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Utilização prática do programa EAGLE 4.

14

Agosto/2005

Lucínio Preza de Araújo


lucinio@yahoo.com
http://www.prof2000.pt/users/lpa
Utilização prática do programa Eagle

INDICE

Introdução Pág.2

Instalar o programa Pág.3

Executar o programa Pág.6

Barra de ferramentas e bibliotecas Pág.9

Adicionar componentes à área de trabalho Pág.11

Inserir os componentes Pág.13

Ligar os componentes Pág.16

Criar o layout Pág.17

Furos de fixação Pág.22

Impressão Pág.24

Anexo 1 – Library Pág.26

Anexo 2 – Layers Pág.30

Anexo 3 – Criar bibliotecas de componentes Pág.32

Anexo 4 – Design Rule Check (DRC) Pág.41

Anexo 5 – Personalizar o dimensionamento das pistas Pág.45

Anexo 6 – Inserir uma frame no esquemático Pág.46

Anexo 7 – Obter uma listagem dos componentes Pág.47

Anexo 8 – Exportar o esquema ou a board para o formato bmp Pág.49

Bibliografia Pág.50

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Utilização prática do programa Eagle

Introdução

O programa Eagle é um programa de desenho de placas de circuito impresso (PCI)1.

Este programa é gratuito (freeware) e é relativamente fácil de utilizar, depois de


se conhecerem os passos fundamentais.

Pode-se fazer download deste programa freeware (versão 4.14) em:


http://www.cadsoftusa.com/

Em primeiro lugar deve desenhar-se o esquema eléctrico pretendido (ficheiros de


extensão *.sch) e, a partir desse esquema, o programa apresenta uma solução para
o desenho das pistas. O desenho da placa de circuito impresso (PCI ou PCB) é
apresentado em ficheiros de extensão *.brd.

Utilizando as bibliotecas de componentes existentes no programa, constrói-se o


esquema eléctrico que será usado como base no projecto da PCI. Assim sendo, é
muito importante a selecção correcta do componente, pois além da sua aplicação
básica também servirão de referência as suas características gerais, tais como o
tamanho, o encapsulamento, a potência, etc.

Após a elaboração do esquema é possível gerar uma PCI, através de um rascunho


fornecido pelo programa. Este rascunho pode (e deve) ser alterado para a
adequação e posicionamento físico dos componentes sobre a placa, de modo a
facilitar a passagem das pistas, montagens, fixações mecânicas e outros requisitos.

1
Existem outros programas de desenho de placas de circuito impresso nomeadamente: Ultiboard,
QuickRoute, Pcad, ACCEL, etc.

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Utilização prática do programa Eagle

Instalar o Programa

Localize no seu computador o disco onde está guardado o programa “eagle-


4.14.exe”. Execute-o para iniciar a instalação e clique sobre a opção “Setup”.

Será apresentada a janela de boas vindas e de aviso de protecção do programa.


Clique sobre “Next”.

Em seguida será apresentada a janela de concordância com a licença e termos de


utilização. Este software é de uso livre para fins educativos apresentando no
entanto algumas limitações 2.
Clique sobre “Yes”.

2
A área da placa (board) é limitada a 100 x 80 mm, o esquema eléctrico fica limitado a uma só folha e
só pode ser usado, no máximo, para placas de dupla face.

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Utilização prática do programa Eagle

Será apresentada uma nova janela para a escolha da directoria de destino da


instalação do programa. Caso seja necessário, altere para a localização pretendida.
Clique sobre “Next”.

A janela seguinte apresenta para simples conferência, um resumo dos parâmetros


iniciais da instalação.
Clique sobre “Next”. Começará a instalação propriamente dita.

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Utilização prática do programa Eagle

O processo de instalação é iniciado e pode ser acompanhado pela barra de


progresso. Terminada a instalação, surge a janela de finalização. Caso não queira
visualizar os ficheiros ou iniciar o programa, desseleccione os quadrados. Clique em
“Finish”.

Quando executar o software pela


primeira vez aparecerá uma caixa de
diálogo a pergunta se tem uma licença
pessoal. Seleccione "Run as Freeware".

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Utilização prática do programa Eagle

Executar o Programa

Executando-se o programa, surge a janela principal onde estão localizados os


comandos básicos para criação e abertura de projectos. Entre estes, destacamos a
directoria “Projects”, onde originalmente são armazenados os projectos em
elaboração ou já concluídos.

Como vamos realizar a aprendizagem através de um exemplo prático, devemos criar


inicialmente um novo projecto para guardarmos os nossos trabalhos. Para esse
efeito siga a seguinte sequência de comandos: (File> New> Project).

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Utilização prática do programa Eagle

Vamos acrescentar um novo projecto ao qual vamos atribuir o nome “Dimmer”.


Observe que à direita do nome, surge a frase “Empty Project”, indicando que ainda
não tem nenhum conteúdo, ou seja, apenas a pasta foi criada.
Devemos então criar um novo esquema eléctrico (New Schematic), pressionando
com o botão direito do rato sobre a pasta Dimmer, seguindo a sequência mostrada
na figura a seguir.

Surge então a janela com os comandos e funções específicas para o desenho do


esquema eléctrico.

Título
Barra de menus
Barra de acção
Barra de parâmetros
Linha de comando
Display de
coordenadas

Área de
Barra de
trabalho
ferramentas

Barra de estado

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Utilização prática do programa Eagle

Barra de acção

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

1 - Abrir um documento.

2 - Gravar um documento.

3 - Imprimir um documento.

4 - Exportar um ficheiro para o formato de industrialização (CAM – Computer

Aided Manufacturing).

5 - Passar do esquemático para a placa e vice-versa.

6 - Número de folhas.

7 - Utilizar a biblioteca.

8 - Executar um ficheiro script (*.scr).

9 - Correr um programa de linguagem de utilizador (*.ulp).

10 - Ajustar o desenho à janela.

11 - Ampliar o desenho.

12 - Reduzir o desenho.

13 - Redesenhar/limpar o desenho.

14 - Ampliar uma área seleccionada do desenho.

15 - Anular a última alteração.

16 - Refazer a alteração anterior.

17 - Cancelar comando.

18 - Executar comando.

19 - Ajuda do programa.

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Utilização prática do programa Eagle

Barra de Ferramentas e Bibliotecas


INFO: Mostra as propriedades dos objectos
seleccionados.
SHOW: Mostra, na barra de status, os nomes e outros
detalhes do objecto seleccionado.
DISPLAY: Permite mostrar ou esconder as camadas
(layers) que pretendemos que apareçam ou não no
desenho ou impressão.
MARK: Permite seleccionar a origem das coordenadas
para a apresentação da posição relativa indicada na parte
superior esquerda da janela (display de coordenadas).
MOVE: Permite mover um objecto seleccionado.
COPY: Permite copiar um objecto.
MIRROR: Gera uma imagem invertida dos objectos e
grupos relativamente ao eixo dos Y.
ROTATE: Permite rodar um objecto.
GROUP: Activando esta função pode-se seleccionar um
conjunto de objectos.
CHANGE: Permite alterar as propriedades dos objectos.
CUT e PASTE: Com CUT pode-se guardar na memória um
componente ou grupo e PASTE permite recuperá-lo e
colocá-lo na área de trabalho
DELETE: Permite apagar um objecto seleccionado.
ADD: Com esta função podem-se inserir no esquema os
componentes que estão disponíveis nas bibliotecas.
NAME: Permite modificar o nome que o programa deu aos
componentes e condutores utilizados.
VALUE: Permite definir ou modificar o valor de um objecto.
SMASH: Permite separar o nome do objecto do seu valor.
PINSWAP: Permite trocar pinos equivalentes.
GATESWAP: Permite trocar gates equivalentes.
SPLIT: Permite curvar uma linha já desenhado.
INVOKE: Pode ser utilizado para permitir a ligação do componente activo a uma fonte de
tensão diferente de VCC e GND.
WIRE: Permite desenhar linhas/condutores.
TEXT: Permite acrescentar etiquetas de texto a um elemento ou desenho.
CIRCLE: Permite desenhar círculos.
ARC: Permite desenhar arcos.
RECTANGLE: Permite desenhar rectângulos.
POLYGON: Permite desenhar um polígono.
BUS: Permite desenhar barramentos de condutores paralelos.
NET: Permite fazer ligações eléctricas ao bus e definir o dimensionamento das pistas.
JUNCTION: Serve para inserir um nó (numa derivação) ou para definir os terminais dos
componentes.
LABEL: Permite colocar uma etiqueta com o nome dado a uma linha simples ou barramento.
ERC: (Electrical Rule Check) Esta é uma ferramenta que realiza uma verificação eléctrica
do circuito, detectando erros nos esquemas eléctricos.
Se necessitar de ajuda suplementar sobre alguma ferramenta, clique no seu ícone e seguidamente no
ícone de Help ou escreva na linha de comando a palavra Help seguida do nome da ferramenta.

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Utilização prática do programa Eagle

Os esquemas eléctricos devem ser sempre desenhados com a grelha de 0,1


polegada (2,54 mm), porque as bibliotecas estão definidas para este valor. Os
símbolos deverão ser colocados nesta grelha ou num múltiplo da mesma, uma vez
que em caso contrário é possível que as pistas não possam ser ligadas aos pinos
(terminais).
Vamos iniciar o desenho do esquema eléctrico partindo da selecção e
posicionamento dos componentes. Os componentes electrónicos disponíveis estão
agrupados por similaridade e/ou fabricante e organizados por ordem alfabética,
em arquivos independentes denominados bibliotecas (ver anexo 1).

Se seleccionarmos o menu Library e a opção Use podemos verificar que o Eagle já


carregou todas as bibliotecas disponíveis.

Como podemos
observar, em
função da
quantidade de
bibliotecas,
componentes
e combinações
entre os
grupos,
inicialmente
haverá uma
certa
dificuldade
em localizar o
componente
desejado.

Além disso, uma vez localizado, devemos decidir sobre qual entre as variações
apresentadas é o mais adequado, para tal devemos utilizar as informações
mostradas na janela à direita quando seleccionamos uma biblioteca qualquer ou um
componente.

O componente
seleccionado
C22/11 é um
condensador
com as
dimensões de
22mm x 11mm e
com uma
distância entre
os terminais de
22,5 mm.

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Utilização prática do programa Eagle

Adicionar componentes à área de trabalho

Uma vez que as bibliotecas estão disponíveis, para se inserir um componente


utilizamos os comandos Edit> Add ou usamos o ícone

Surgirá a seguinte janela

Faça a rolagem da listagem de nomes, seleccione e expanda a livraria “rcl “. Dentro


desta biblioteca localize o componente “R-EU_0207/12” (lê-se: Resistência,
símbolo EUropeu, dimensões 2mm x 7mm, distância entre as ilhas 12mm).

Representação do
Símbolo a ser componente a ser
utilizado no utilizado na placa
esquema. (board)

Nas janelas do lado direito pode ser vista a representação do componente


(símbolo), a sua configuração física (ilhas, serigrafia) e o seu encapsulamento.

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Utilização prática do programa Eagle

Para localizar nas bibliotecas um componente com um dado código alfanumérico


específico deverá escrever esse código no campo “Search” da janela “ADD” e
pressionar OK.

Surgirá a seguinte janela

Se pressionar em OK poderá colocar esse componente na área de trabalho.

Nota: Se alguns dos componentes da listagem inicial parecem ter desaparecido quando usa
a pesquisa dentro da janela do comando “Add” o que deverá fazer é dentro dessa janela
apagar o que estiver no campo “Search” e pressionar OK.

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Utilização prática do programa Eagle

Um exemplo: Dimmer light – Inserir os componentes

Para facilitar a aprendizagem vamos utilizar como exemplo o projecto de um


regulador de intensidade luminosa.

Com base no esquema, devemos começar por dimensionar o tipo de componentes


que serão utilizados e quais efectivamente serão montados na PCI.

A tensão de 230 V liga


entre os pontos 1 e 4.
A lâmpada liga entre os
pontos 2 e 3.

Uma eventual primeira lista de componentes seria a seguinte:

1 - Resistência fixa linear de 18K


1 - Potenciómetro de 470K
2 - Condensadores de 47nF/400V
1 - Diac de 32V
1 - Triac BT137

Para obtermos previamente todas as dimensões dos componentes que vamos


utilizar, a partir dos seus valores, podemos recorrer a um catálogo geral de
componentes (por exemplo o catálogo geral da Farnell) ou comprar os componentes
e medir as suas dimensões.
É de notar que nas bibliotecas deste programa, nem sempre existem os
componentes com as dimensões exactas, tendo por isso de se escolher os que têm
valores mais aproximados. Se um dado componente que é necessário não se
encontra em nenhuma biblioteca, poder-se-á criar uma nova biblioteca de
componentes (ver anexo 3).

Podemos iniciar o desenho do esquema eléctrico no Eagle, para posterior geração


da PCI. É de notar que o potenciómetro não será montado directamente na PCI.

No caso da alimentação da rede por exemplo, deve ser prevista a sua ligação
eléctrica com a placa, colocando-se ilhas específicas onde serão soldados os fios. A
mesma coisa deve ser feita com a carga (lâmpada), onde deverão ser usadas duas
ilhas para a ligação através de fios.
Temos que considerar a possibilidade de montar um dissipador de calor no triac,
caso a potência da carga a controlar seja grande.

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Utilização prática do programa Eagle

Seleccione o projecto gravado anteriormente no Eagle (Dimmer) e crie um novo


esquema. Execute o comando “Add”.
Localize e abra a biblioteca “rcl”. Seleccione a resistência “R-EU_0207/12” e
clique em OK. Posicione a resistência no esquema clicando uma vez com o botão
esquerdo do rato. Para fazer a rotação do componente de 90o antes de posicioná-lo
utilize o botão direito do rato. Pressione a tecla ESC para finalizar a colocação da
resistência e voltar para a selecção de bibliotecas.

Utilizando os
comandos “Name” e
“Value” altere os
nomes e valores dos
Grelha
componentes.

Com o comando
“Smash” (clique em
Smash e em seguida
use Move) podemos
deslocar os nomes e
valores dos
componentes para
posições mais
adequadas no
desenho.

Ainda na biblioteca “rcl” seleccione o condensador C-EU150-054 x 183 e clique em


OK. Coloque os dois condensadores no esquema.

Se pretender
mover um
componente use o
comando “Move”.

Deve utilizar o
comando “Rotate”
se pretender
rodar um
componente e o
comando “Delete”
se pretender
apagá-lo.

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Utilização prática do programa Eagle

Feche a biblioteca “rcl”, abra a biblioteca “triac” e seleccione o diac GT32. Coloque
o componente no esquema. Na mesma biblioteca seleccione o triac TIC225S e
coloque-o no esquema.

Ainda necessitamos de colocar as ilhas para a soldagem dos fios do potenciómetro,


alimentação da rede e receptor.
Feche a biblioteca “triac”, abra a biblioteca “wirepad” e escolha a ilha desejada
conforme o seu diâmetro externo e o diâmetro do furo de solda. Neste exemplo
utilizaremos a ilha de 2,54/1,0.

Para
acrescentar
texto ao
esquema
(potenciómetro,
receptor…)
utilize o
comando
“Text”.

Pressione a tecla ESC para finalizar a colocação das ilhas e feche a biblioteca
“wirepad”.

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Utilização prática do programa Eagle

Um exemplo: Dimmer light – Ligar os componentes

Seleccione primeiro
o comando “Wire”
(ver o anexo 5) na
barra de
ferramentas e
conforme o nosso
esquema inicial
comece a interligar
os componentes.
Com um clique do
rato num dos
terminais inicia-se a
linha e com dois
cliques no outro
terminal (ou Esc)
conclui-se a ligação.
Observe que ao seleccionar o comando “Wire” surgem algumas opções de
configuração na parte superior da janela do Eagle. Com estas opções podemos
ajustar os parâmetros das linhas que iremos desenhar. Podemos alterar os
“formatos” das linhas (ângulo recto, 45 graus, curvas e espessura da linha).

Continue a
desenhar as linhas
de interligação
entre os
componentes até
completar o
circuito. Finalize-
o colocando os nós
eléctricos
utilizando o
comando
“Junction”.

Para terminar, faça a verificação do esquema utilizando o comando “Erc”


e corrija os eventuais erros apontados.

Certifique-se de ter gravado o esquema com o nome Dimmer e vamos passar para a
criação da PCI.

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Utilização prática do programa Eagle

Um exemplo: Dimmer light – Criar o layout

Utilize os comandos “File”>> “Switch to board” ou clique no ícone


Responda afirmativamente à pergunta se quer criar uma nova PCI.

Observe que automaticamente será criada uma nova janela apresentando à


esquerda os componentes utilizados no esquema eléctrico, com interligações
cruzadas, posicionados ao lado de uma área rectangular (PCI). A partir deste
rascunho inicial iremos posicionar adequadamente estes componentes na placa para
gerarmos o layout final da PCI.

Componentes utilizados no Placa de circuito impresso.


esquema eléctrico.

Grave o ficheiro desta placa (“File”>> “Save”).

Antes de se iniciar a criação da PCI, observe que algumas novas funções


(sublinhadas a vermelho) foram acrescentadas na barra de ferramentas.

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Utilização prática do programa Eagle

REPLACE: Permite trocar o encapsulamento a um


componente, por outro da mesma livraria
SPLIT: Permite quebrar uma pista.
Copy
OPTIMIZE: Unir segmentos de fio.
ROUTE: Permite criar manualmente uma pista a
partir de uma ligação já estabelecida
RIPUP: Permite converter uma pista numa ligação
não “routeada”.
VIA: Permite desenhar os furos quando é necessário
passar uma pista de uma camada para outra.
SIGNAL: Permite gerar ligações entre ilhas de
componentes (pads). Estas ligações devem ser logo
“routeadas” manualmente (ROUTE) ou de forma
automática (AUTO).
HOLE: Permite desenhar a marcação dos furos para
a fixação da placa.
RATSNEST: Calcula a mínima distância entre os
pontos de ligação eléctrica.
AUTO: Permite efectuar a traçagem das pistas
automaticamente.
DRC (Design Rule Check): Faz a verificação das
regras de desenho. (Ver anexo 4)
ERRORS: Apresenta os erros encontrados pela
análise das regras de desenho (DRC) - (Ver anexo 4)

Semelhante ao que se fez no esquema eléctrico, também aqui é conveniente termos


um rascunho da distribuição desejada, principalmente em função das dimensões
mecânicas gerais da placa (tamanho da caixa, pontos de fixação, dissipação
térmica, etc.).

A seguir deveremos mover os componentes para dentro da área da placa, para isso
use o comando Move da barra de ferramentas

Posicione os componentes conforme a sua preferência e conveniência com o


projecto. Durante a movimentação do componente pode girá-lo utilizando o botão
direito do rato, de modo a encontrar uma posição mais favorável à passagem das
pistas.

NOTA: Quando se inicia o desenho do circuito impresso a partir do esquema, o programa não permite
a inclusão de novos componentes nem de ligações eléctricas que não figurem no esquemático, para
desta forma se manter a consistência entre eles.

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Utilização prática do programa Eagle

Clicando no seguinte ícone poderá, se necessário, aceder ao esquemático


correspondente.
Uma primeira apresentação seria a seguinte (pode tentar outras possibilidades).

Observe que o triac foi posicionado com sua face metálica “para fora” da PCI, em
função da possível montagem de um dissipador de calor.

Após mover os componentes, execute o comando “Ratsnest” para


organizar as pistas de referência. Verifique o layout quanto à necessidade de mais
ajustes, tais como rodar ou mover algum componente para facilitar a passagem das
pistas.

Verifique a existência de erros que possam comprometer a PCI utilizando os


comandos Tools>> ”ERC” e “Errors”, ou clique nos ícones.

Se não houver nenhuma indicação de erro vamos gerar as pistas automaticamente,


indo a “Tools”>> “Auto” 3 ou clique no ícone

3
Se pretender traçar as pistas manualmente, clique no ícone “Route”, que se encontra na barra de
ferramentas, e clique com o rato numa extremidade de um componente e deslize o rato segundo o
traçado que pretende até ao próximo terminal, onde voltamos a clicar. Repita as operações para o
restante traçado.

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Utilização prática do programa Eagle

Na janela de configuração apresentada (Autorouter setup), na opção General mude


a opção disponível em “Preferred Directions” no item “16 Bottom” para N/A (não
aplicável) e pressione o botão OK.

Top:
Lado de
cima da
placa
(lado dos
compo-
nentes).

Bottom:
Lado de
baixo da
placa
(lado da
solda)

Conforme a disposição dos componentes adoptada, as pistas serão geradas


automaticamente, resultando num layout preliminar. Este layout pode ser alterado,
de modo a se organizarem as pistas da forma mais adequada, mudar os “ângulos”
utilizados, etc. Para desfazer o roteamento sem perder o posicionamento utilize o
menu Edit e o comando Ripup ou o ícone (Ripup) da barra de ferramentas (ver
figura) e clique sobre os segmentos das pistas que pretende alterar.

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Utilização prática do programa Eagle

Como resultado teremos estas pistas ainda não “roteadas”, ou seja, agora podemos
utilizar o comando “Move” e deslocar o que for necessário.
Vá a “Tools”>> “Auto” e refaça as pistas novamente.
O resultado destas alterações pode ser visto na imagem seguinte.

Nota: Todas as alterações feitas no esquema serão aplicadas automaticamente na


placa. No caso da inclusão de novos componentes no esquema serão estes colocados
fora da área da placa para serem posteriormente posicionados por nós no seu
interior.

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Utilização prática do programa Eagle

Um exemplo: Dimmer light – Furos de fixação

Agora que o layout está pronto, vamos finalizar a PCI seleccionando os locais para
os furos de fixação e definindo o contorno para o recorte da placa de circuito
impresso.
Para facilitar o posicionamento active a grelha através do comando “View” >>“Grid”.
Seleccione On para ver a grelha. Seleccione o tipo de grelha: pontos (Dot) ou linhas
(Lines).

Nota:

1 inch (polegada)  2,54 cm

0,05 inch (polegadas)  50


mil (milésimas de polegada).

0,05 inch (polegada)  1,27


mm  1270 mic (milésimas
de milímetro).

Caso o fundo (background) esteja preto, mude-o para branco. Para efectuar esta
alteração no fundo, seleccione o menu Options>>User Interface e faça a mudança.
Deixe o fundo (background) branco.

Para marcar os locais de furação seleccione o menu “Draw”>> “Hole” ou clique em

Após essa selecção, aparecerá um menu PopUp, Drill, onde poderá escolher o
diâmetro do furo.

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Utilização prática do programa Eagle

Posicione os quatro pontos para furação da placa.


Lembre-se que estes pontos serão usados apenas como guia de furação e
posteriormente, utilizando-se uma broca de 3mm, deverão desaparecer da placa.

O passo seguinte é o de ajustar os bordos da placa de circuito impresso. Para isso


podemos seleccionar o comando “Move” e clicando sobre os cantos da linha de
contorno deslocá-la até à posição desejada. Neste exemplo não nos preocupamos
com as dimensões mecânicas e outros parâmetros referentes à caixa de montagem.
Com a ferramenta “Text” pode-se adicionar o texto desejado, facilitando a
identificação do projecto

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Utilização prática do programa Eagle

Um exemplo: Dimmer light – Impressão

A última etapa consiste na impressão do circuito, seja para a documentação do


projecto ou para a fabricação da PCI.
Antes de imprimir é aconselhável que se desactivem temporariamente as camadas
(layers) indesejadas. Deste modo, podemos imprimir apenas as ilhas e pistas (para
o fabrico da PCI) ou apenas a serigrafia e as ilhas (para a documentação do
projecto).

Para isso utilizamos os comandos View>> Display/Hide Layers ou o ícone (ver


anexo 2).
Na janela que surge, clique sobre o número da layer para desactivá-la (branco) ou
activá-lo (azul) conforme pretendido.

Na janela está seleccionada a camada Top (pistas de cobre) Pads (ilhas) e


Dimension (contorno da placa) para serem visíveis. Obtemos o seguinte resultado:

Esta será a impressão a


ser utilizada na folha de
acetato, pois temos
apenas os elementos que
devem aparecer na face
cobreada a ser corroída.

Página 24
Utilização prática do programa Eagle

Porém existe um detalhe muito importante, pois no Eagle a visão que temos da PCI
corresponde à sua vista superior, olhando-se através da face de componentes, ou
seja, estamos a visualizar as pistas e ilhas como se a placa de circuito impresso
fosse totalmente transparente.
Isto significa que a impressão desta vista deve ser feita de modo “espelhado”.
Para isso, ao seleccionar os comandos File>> Print deve certificar-se que a opção
Mirror esteja assinalada antes de prosseguir.

Nesta janela também podemos alterar alguns parâmetros na opção “Page”.


Com as alterações indicadas abaixo, pode posicionar a impressão em qualquer parte
da página permitindo um melhor aproveitamento do papel.

No exemplo da figura ao
lado a impressão seria feita
na parte superior da folha
(Top) e no centro da mesma
(Center)

Uma vez que estas características podem variar conforme o tipo de impressora
utilizada, antes de imprimir em acetato próprio para impressora faça alguns testes
de impressão em papel comum e ajuste os parâmetros conforme a impressora
disponível.

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Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 1 – Library
Library Content

19INCH Eurocards with VG connectors

40XX CMOS 40xx-Series CMOS Logic,

40XXSMD Same as above, but with SMD packages

41XX1 CMOS 41xx-Series CMOS Logic,

41XXSMD Same as above, but with SMD packages

45XX4 CMOS 45xx-Series CMOS Logic,

45XXSMD Same as above, but with SMD packages

74XX11 TTL 74xx-Series TTL Logic,

74XXSMD Same as above, but with SMD packages

751XX3 TTL 75xx-Series TTL Logic,

751XXSMD Same as above, but with SMD packages

ACL8 Texas Inst. ACL Logic,

BATTERY Lithium batteries, NC accumulators

BURR53 Burr-Brown components

BUSBAR Schroff bus bars

BUZZER Buzzers, SMD

CAP Capacitors

CAP-FE Interference suppression capacitors

CAP-TANT Tantal capacitors

CAP-WI Capacitors from WIMA

CON-DIL DIL connectors for ribbon cables

CON-LSTA Pinhead connectors, female

CON-LSTB Pinhead connectors, male

CON-ML ML connectors

CON-MSF MSF connectors, grid 2.5mm

CON-MT MT connectors from AMP

CON-MT6 MT6 crimp connectors from AMP

CON-RIB Ribbon cables 2.8 / 4.8 / 6.3mm

CON-VG VG connectors from HARTING

CONNSIMM SIMM connectors from AMP

Página 26
Utilização prática do programa Eagle

CONQUICK Quick connectors from AMP

DC-DC DC-DC converters

DEMO Demo library

DIL DIL packages, Octagon 63 Mil/drill 32 Mil

DIL-E DIL packages, YLongOct

DILSWTSCH DIL switches, encoder switches

DIODE Diodes

DISCRETE Discrete components (R,C...)

DISP-HP Display components from HP

DISP-LCD LCD’s from DATA MODUL

DRAM DRAM’s from Motorola

ECL ECL components from Texas Instr. and Motorola

EXAR Exar components

FET FET’s

FIB-HP Fiber optic components, HP

FIB-SI Fiber optic components, Siemens

FIFO FIFO components

FRAMES Drawing frames for schematics

FUJITSU Fujitsu

FUSE Fuses

HARRIS Microprocessor products from Harris

HEATSINK Heatsinks

HIRSCHM Hirschmann diodes; LS, Scart connectors etc.

HOLES Assembly holes

IC DIL packages, Octagon 55 Mil

IDTCMOS IDT products

IND -A69 Inductors, Trafo ETD29

IND-B39 Ferrite cores, Siemens

INTEL Microprocessor products from Intel

INTELPLD PLD’s from Intel

JUMPER Bridges for single layer boards, SMD sold.

JUMPS Jumpers and jumper connectors

KEY Keys from RAFI and ITT

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Utilização prática do programa Eagle

KEYOMRON OMRON keys

LED LED’s

LINEAR Analog components

M68000 68000 family components

MARKS Crop marks, reference marks

MAXIM MAXIM components

MEMHITCH Hitachi memory components

MEMNEC NEC memory components

MEMORY Generic memory components

MOTOROLA Motorola microprocessor products

NPN NPN transistors

OPTO-TRA Opto transistors from Siemens

OPTOCPL Opto couplers

PAL Monolithic Memories

PHO500 PHOENIX clamp connectors

PHO508A PHOENIX clamp connectors

PHO508B PHOENIX clamp connectors

PHO508C PHOENIX clamp connectors

PHO508D PHOENIX clamp connectors

PHO508E PHOENIX clamp connectors

PIC Microchip PIC controllers

PINH-H Pinhead connectors with lever, horizontal

PINH-V Pinhead connectors with lever, vertical

PINHEAD Pinhead connectors

PLCCPACK PLCC packages

PNP PNP transistors

POLCAP Polarized capacitors

PTC-NTC PTC’s and NTC’s

PTR500 PTR clamp connectors

QUARTZ Quartzes, generators, SMD

R Resistors

R-DIL Resistor networks, DIL

R-PWR Power resistors

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Utilização prática do programa Eagle

R-SIL Resistor networks, SIL

RECTIF Rectifier bridges

RELAIS Relays

RIBCON PC board connectors

RIBCON4 4-row pc board connectors

SIEMENS Siemens components

SMD SMD packages

SMD-IC SMD packages

SMD-SPC SMD packages

SOLPAD Soldering pads

SPECIAL Special devices, transformer, fuse, lamp, etc.

SRAM Static RAM’s from Motorola

SUBD-A Sub-D connectors, 9 to 37 pins

SUBD-B Sub-D connectors, 50 pins

SUPPLY1 Supply symbols

SUPPLY2 Supply symbols

SWITCH Rotary switches, toggle switches

TESTPAD Test areas, test pins

TRAFO-B BLOCK transformers

TRAFO-E ERA transformers

TRAFO-R Ring core transformers

TRANS-SM Small power transformers

TRANS-PW Power Transformers

TRIAC Thyristors, triacs

TRIMPOT Trimmpots

ULN ULN ICs

V-REG Voltage regulators

VARIST Siemens varistors

WAGO500 WAGO clamp connectors, grid 5.00mm

WAGO508 WAGO clamp connectors, grid 5.08mm

WIREPAD Pads for connecting wires

WSIPSD WSI components

ZILOG Zilog components

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Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 2 – Layers

Os desenhos do Eagle contêm objectos em camadas (layers) diferentes.

Predefined EAGLE Layers

Layout

1 Top Tracks, top side Pistas do lado de cima da placa.


2 Route2 Inner layer (signal or supply)
3 Route3 Inner layer (signal or supply)
4 Route4 Inner layer (signal or supply)
5 Route5 Inner layer (signal or supply)
6 Route6 Inner layer (signal or supply)
7 Route7 Inner layer (signal or supply)
8 Route8 Inner layer (signal or supply)
Camadas intermédias existentes em placas
9 Route9 Inner layer (signal or supply) de circuito impresso do tipo multicamadas.
10 Route10 Inner layer (signal or supply)
11 Route11 Inner layer (signal or supply)
12 Route12 Inner layer (signal or supply)
13 Route13 Inner layer (signal or supply)
14 Route14 Inner layer (signal or supply)
15 Route15 Inner layer (signal or supply)
16 Bottom Tracks, bottom side Pistas do lado de baixo da placa.
17 Pads Pads (through-hole) Ilhas para a soldagem dos componentes.
18 Vias Vias (through-hole) Furo para passagem da pista para outra
camada.
19 Unrouted Airwires (rubberbands) Ligações não “routeadas”.
20 Dimension Board outlines (circles for holes) Limites da placa e furos de fixação.
21 tPlace Silk screen, top side
22 bPlace Silk screen, bottom side
23 tOrigins Origins, top side
24 bOrigins Origins, bottom side
25 tNames Service print, top side
26 bNames Service print, bottom side
27 tValues Component VALUE, top side
28 bValues Component VALUE, bottom side
29 tStop Solder stop mask, top side
30 bStop Solder stop mask, bottom side
31 tCream Solder cream, top side
32 bCream Solder cream, bottom side
33 tFinish Finish, top side
34 bFinish Finish, bottom side
35 tGlue Glue mask, top side
36 bGlue Glue mask, bottom side

Página 30
Utilização prática do programa Eagle

37 tTest Test and adjustment inf., top side


38 bTest Test and adjustment inf. bottom side
39 tKeepout Nogo areas for components, top side
40 bKeepout Nogo areas for components, bottom side
41 tRestrict Nogo areas for tracks, top side
42 bRestrict Nogo areas for tracks, bottom side
43 vRestrict Nogo areas for via-holes
44 Drills Conducting through-holes
45 Holes Non-conducting holes
46 Milling Milling
47 Measures Measures
48 Document General documentation
49 Reference Reference marks
51 tDocu Part documentation, top side
52 bDocu Part documentation, bottom side

Schematic

91 Nets - Nets
92 Busses - Buses
93 Pins - Connection points for component symbols with additional information
94 Symbols - Shapes of component symbols
95 Names - Names of component symbols
96 Values - Values/component types

Página 31
Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 3 – Criar bibliotecas de componentes

Para criar uma nova biblioteca de componentes deve-se seleccionar no painel de


controlo inicial do programa o menu File >> New >> Library.

Surgirá a seguinte janela:

Componente
Símbolo

Encapsulamento

Existem três elementos básicos que devem ser considerados quando se cria um
novo componente dentro de uma biblioteca: O símbolo (SYMBOL), o
encapsulamento (PACKAGE) e o componente (DEVICE – que é o componente real,
consistindo no símbolo e encapsulamento).
Para criar um novo componente, em 1º lugar cria-se o símbolo, em 2º lugar o
encapsulamento e em 3º lugar o componente.

Página 32
Utilização prática do programa Eagle

Vamos exemplificar.

Na janela anterior seleccione o menu Library e a opção Description . Surgirá a


seguinte janela:

Escreva na parte inferior


dessa janela a designação
dos componentes que irão
constituir essa biblioteca,
como indicado na figura ao
lado.
É essa descrição que irá
surgir quando o utilizador
seleccionar a biblioteca
através do comando Add.

Para criar um novo símbolo na biblioteca seleccione no menu Library a opção


Symbol ou clique sobre o ícone

Surgirá a seguinte janela onde deverá escrito o nome do símbolo que vai ser criado.

Clicando no botão OK surgirá uma nova janela para se efectuar o desenho do


símbolo, usando-se para esse efeito a barra de ferramentas existente no lado
esquerdo.
Se a grelha estiver activa (menu View, opção Grid) fica mais facilitado o desenho
do símbolo.

Página 33
Utilização prática do programa Eagle

Depois de ser desenhado o símbolo devem-se criar os terminais de ligação.

Para desenhar os pinos de


ligação pode-se utilizar o
menu Draw e a opção Pin ou
o ícone Pin da barra de
ferramentas.

Neste desenho tem que


ser incluído ainda o rótulo
>NAME e o rótulo >VALUE
Pin

Para inserir o rótulo >NAME:

1º. Utiliza-se o menu Draw e a opção Text.


2º. Na janela que surge digita-se o texto >NAME.
3º. Selecciona-se a Layer 95 Names.
4º. Clicar no local onde se pretende colocar o rótulo.

Página 34
Utilização prática do programa Eagle

Para inserir o rótulo >VALUE:

5º. Utiliza-se o menu Draw e a opção Text.


6º. Na janela que surge digita-se o texto >VALUE.
7º. Selecciona-se a Layer 96 Values.
8º. Clicar no local onde se pretende colocar o rótulo.

Com o símbolo pronto podemos iniciar o desenho do encapsulamento, utilizando para


esse efeito o menu Library e a opção Package ou usando o ícone

Irá surgir uma janela onde se deverá


escrever o nome do encapsulamento a ser
criado, como se mostra na figura ao lado.

Página 35
Utilização prática do programa Eagle

Na janela que surge desenha-se o encapsulamento utilizando para esse efeito a


barra de ferramentas. Para desenhar os terminais de ligação utiliza-se o menu
Draw e a opção Pad ou o ícone Pad da barra de ferramentas.

Como no símbolo, no desenho


do encapsulamento também
devem ser inseridos os
rótulos>NAME e >VALUE.

Para inserir o rótulo >NAME:

1º. Utiliza-se o menu Draw e


a opção Text.
2º. Na janela que surge
digita-se o texto
>NAME.
3º. Selecciona-se a Layer 25
tNames.
4º. Clicar no local onde se
pretende colocar o
rótulo.
Para inserir o rótulo >VALUE:

1º. Utiliza-se o menu Draw e a opção Text.


2º. Na janela que surge digita-se o texto >VALUE.
3º. Selecciona-se a Layer 27 tValues.
4º. Clicar no local onde se pretende colocar o rótulo.

Página 36
Utilização prática do programa Eagle

Com o símbolo e o encapsulamento já desenhados podemos agora criar o


componente (Device), utilizando para esse efeito o menu Library e a opção Device
ou através do ícone

Surgirá uma janela onde se deve escrever o nome do componente a ser criado,
como indicado na figura

Depois de clicar em OK surgirá a seguinte janela

Página 37
Utilização prática do programa Eagle

Primeiro insere-se o símbolo através da menu Edit opção Add que abrirá uma nova
janela onde se escolhe o símbolo a ser inserido.

Em segundo lugar vamos inserir o encapsulamento para este símbolo clicando sobre
o botão New que se encontra na parte inferior direita da janela (indicado com um
circulo vermelho, na figura acima).
Irá surgir uma janela para a selecção do encapsulamento a ser incluído.

Página 38
Utilização prática do programa Eagle

Com o símbolo e o respectivo encapsulamento já seleccionados podemos agora


definir a associação dos terminais de ligação do símbolo com os pads do
encapsulamento clicando sobre o botão Connect (indicado com um circulo azul, na
figura acima).
Para fazer a associação dos pinos do símbolo com os pad do encapsulamento basta
clicar sobre o botão Connect até que todos os pinos estejam associados.

inais (Pin) do Depois da associação dos terminais (Pin) do


psulamento. símbolo às lhas (Pad) do encapsulamento.

O sinal que surge na janela (identificado pelo circulo vermelho) indica que houve
associação dos pinos com os pad.

Página 39
Utilização prática do programa Eagle

A última etapa é definir o prefixo do rótulo >NAME clicando sobre o botão Prefix
indicado na figura com um circulo vermelho.

Agora podemos gravar o novo componente dentro da directoria lbr com o nome
Altifalantes.

Página 40
Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 4 – DRC – Design Rule Check

O DRC é a ferramenta que define as regras de verificação para o roteamento


automático, aplicadas na concepção de uma placa.

Podem-se definir diversos parâmetros como:

Layers permite definir a espessura do cobre da placa (Copper) as camadas


permitidas para o desenho das pistas (Setup) bem como a espessura do isolamento
(Isolation) entre elas.
No exemplo da figura estamos a visualizar a espessura da face inferior de cobre
(0,035mm = 35 microns).

Clearance permite definir o espaçamento mínimo entre pistas (Wire), entre ilhas
(Pad), entre vias (via), entre pista a pad, entre pista e via, etc.
No exemplo da figura estamos a visualizar a distância entre a pista e a ilha.

Página 41
Utilização prática do programa Eagle

Distance permite definir o espaçamento mínimo entre os vários elementos (pistas,


ilhas, vias) relativamente aos limites da placa (Copper/Dimension).
Também permite definir a distância mínima entre os furos dos pads (ilhas), entre
os furos das vias e entre os furos da placa (Drill/Hole).
No exemplo da figura estamos a visualizar a distância entre pistas, ilhas ou vias em
relação ao limite da placa.

Sizes permite definir a largura mínima das pistas (Minimum Width) e o diâmetro
mínimo dos furos das vias (Minimum Drill).
No exemplo da figura estamos a visualizar a largura mínima da pista.

Página 42
Utilização prática do programa Eagle

Restring permite definir o diâmetro das ilhas (pads) e vias.


Restrings são especificados como percentagem do diâmetro do drill (limitados
pelos valores de Min e Max).

Restring DRILL

No exemplo da figura estamos a visualizar o tamanho mínimo da ilha na face


inferior da placa.

Shapes permite definir a forma das ilhas (pads) e o seu arredondamento para os
componentes SMD.
No exemplo da figura estamos a seleccionar o formato redondo para as ilhas (pads)
da face inferior da placa.

Página 43
Utilização prática do programa Eagle

Supply permite definir as dimensões mínimas e máximas das ilhas (pads) usadas
para a alimentação do circuito.

Masks permite definir as dimensões das máscaras de solda.

Página 44
Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 5 – Personalizar o dimensionamento das pistas


O tamanho padrão das pistas é de 10 mil ≈ 0,25 mm (4)

Para alterar a dimensão das pistas deverá seleccionar o menu Edit e a opção Net
classes, surgindo a seguinte janela

Largura da Espaçamento Diâmetro


pista na PCI entre pistas da furação

As dimensões personalizadas a serem introduzidas devem conter no fim


obrigatoriamente a palavra mil (milésima de polegada). Por exemplo:

Largura da pista na
PCI:
78mil = 2mm

Espaçamento mínimo
entre pistas:
39mil = 1mm

Diâmetro mínimo da
furação:
25mil ≈ 0,6mm

Depois de terem sido definidas as dimensões personalizadas basta seleccionar OK.


Para utilizar as pistas personalizadas seleccione o ícone Net da barra de
ferramentas e surgirá na parte superior da janela a seguinte barra:

4
10mil (milésimas de polegada) → (10/1000) x 25,4 mm → 0,01 x 25,4mm → 0,25mm

Página 45
Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 6 – Inserir uma frame no esquemático

Utilizando os comandos Edit> Add ou usando o ícone seleccionar


a biblioteca “frames”.
Surgirá a seguinte janela

Escolher a frame desejada e inseri-la no esquemático.

Página 46
Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 7 – Obter uma listagem dos componentes

Pode-se gerar um ficheiro com a relação dos componentes usados no


esquemático. Para esse efeito deve proceder da seguinte forma:

Com o esquemático aberto ir para a janela inicial “Control Panel” e


seleccionar a directoria “User Language Programs”.

Na directoria “User Language Programs” deve seleccionar o ficheiro


“bom.ulp” com o botão direito do rato e clicar na opção “Run in Schematic”.

Página 47
Utilização prática do programa Eagle

Surgirá uma janela com a relação dos componentes existentes no


esquemático

Clique em “Save…” para guardar este ficheiro dentro da directoria onde tem
o projecto.
O ficheiro com a relação dos componentes surgirá, depois de gravado,
dentro da pasta do projecto.

Página 48
Utilização prática do programa Eagle

ANEXO 8 – Exportar o esquema ou a board para o formato bmp

A exportação do desenho esquemático ou da board para o formato de


imagem bmp pode ser útil, pois podemos juntar essas imagens a um texto.

Para
exportar uma
imagem
seleccione a
seguinte
opção do
menu “File”
do Editor de
Esquemas ou
do Editor da
Board: File>>
Export…>>
Image.

Surgirá a seguinte janela:

File: Colocar o nome que se pretende dar ao


ficheiro.
Browse: Para escolher a directoria onde se
pretende guardar a imagem.
Clipboard: Guarda a imagem na memória para ser
colada posteriormente.
Monochrome: Para imagens em escalas de cinza.
Resolution: Para definir a resolução da imagem.
Image Sise: Indica o tamanho da imagem.

Seleccione as opções pretendidas e clique em OK. A imagem com a extensão


bmp será exportada para dentro da directoria seleccionada. Em qualquer
altura poderá ser inserida num documento, como se mostra a seguir…

Página 49
Utilização prática do programa Eagle

BIBLIOGRAFIA

Eagle – Manual
CadSoft Computer, Inc.
http://www.cadsoft.de/download.htm

Eagle – Tutorial
CadSoft Computer, Inc.
http://www.cadsoft.de/download.htm

Apostila Eagle 4.x


Cliceu Buture de Oliveira
http://www.microgenios.com.br/

Textos de apoio
António Leite
http://www.freewebs.com/eagle411

Página 50
2010
CadSoft Eagle 5.10
Uma Aplicação Prática

Rodrigo Krug
13/10/2010
Rodrigo Krug

CadSoft Eagle 5.10 - Uma Aplicação Prática

Porto Alegre
14 de outubro de 2010
Rodrigo Krug

CadSoft Eagle 5.10 - Uma Aplicação Prática

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul


Faculdade de Engenharia

Porto Alegre
14 de outubro de 2010
Sumário

1 Introdução p. 5

2 Instalando o Software p. 7

3 Executando o Software p. 11

3.1 Barra de Ação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 14

3.2 Barra de Ferramentas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 15

3.3 Bibliotecas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 17

3.4 Alterando o "Grid" do Ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 18

3.5 Adicionando Componentes à Janela de Trabalho . . . . . . . . . . . . . p. 19

4 Projeto: Fonte Simétrica Regulável de -12V à +12V p. 21

4.1 Funcionamento do Circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 21

4.2 Lista de Componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 22

4.3 Criando o Esquema Elétrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23

4.3.1 Adicionando Componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 23

4.3.2 Conectando os Componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 27

4.4 Informações Importantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 29

4.5 Criando o Layout da Placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 31


4.5.1 Roteamento Automático . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 34

4.5.2 Roteamento Manual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 38

4.5.3 Fazendo uma Malha de Terra(GND) na Placa . . . . . . . . . . p. 47

4.6 Impressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 49

Referências p. 53

Apêndice A -- Criando Imagens 3D de seus Projetos p. 55

A.1 Configurando os Softwares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 55

A.2 Gerando uma Imagem 3D . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 59

Apêndice B -- Gerando Arquivos para LPKF p. 63

B.1 Alterando Definições do Eagle . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 63

B.2 Exportando Arquivos GERBER . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 64

B.2.1 Layers TOP e BOTTOM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 64

B.2.2 Outline da Placa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . p. 67

B.3 Exportando Arquivo EXCELLON ("Drill File") . . . . . . . . . . . . . p. 67

B.3.1 Arquivo de Configuração de Fresagem ("Aperture File") . . . . p. 67

B.3.2 Arquivo Excellon de Fresagem ("Drill File") . . . . . . . . . . . p. 68

Apêndice C -- Gerando Arquivo Gerber no Eagle p. 71

Anexo A -- Esquema Elétrico p. 79

Anexo B -- Lista de Componentes p. 81

Anexo C -- Resultado Final p. 83

Anexo D -- Cálculo da Capacidade de Condução de Corrente Elétrica


das Trilhas p. 85
5

Introdução
1
O Eagle é um software de desenho de placas de circuito impresso (PCI ou PCB).
É disponibilizado nas versões "Professional", em que o usuário tem acesso à todos os
recursos, necessitando a compra de uma licença. E a versão "Light" do software, que
é disponibilizada gratuitamente. A diferença relevante entre as versões a limitação do
tamanho da placa em 100mm por 80mm, o número de layers disponíveis para o roteamento
e a indisponibilidade da ferramenta de roteamento automático.

Pode-se fazer o download da versão mais ressente do software na página do desen-


volvedor:

http://www.cadsoft.de.

O projeto de uma placa de circuito impresso no software Eagle é basicamente composto


por dois arquivos, um contendo o esquema elétrico pretendido (arquivo de extensão *.sch)
e o outro contendo o desenho da placa em si, para futura confecção(arquivo de extensão
*.brd).

Utilizando as bibliotecas de componentes existentes no programa constrói-se o es-


quema elétrico que será usado como base no projeto da placa de circuito impresso. Sendo
assim, é muito importante a seleção correta dos componentes, pois além da sua aplicação
básica também servirão de referência as suas características gerais, como o tamanho, o
encapsulamento, a potência, etc.

Após a elaboração do esquema elétrico é possível gerar uma PCI através de um ras-
cunho fornecido pelo programa. Este rascunho pode (e deve) ser alterado para a adequação
e posicionamento físico dos componentes sobre a placa, de modo a facilitar a passagem
das trilhas, montagens, fixações mecânicas e outros requisitos.
6
7

Instalando o Software
2
Faça o download do software a partir do site do desenvolvedor1 .

Localize no seu computador o disco onde foi salvo o programa "eagle-xx.exe"2 . Execute-
o para iniciar a instalação e clique sobre a opção "Setup".

Fig. 2.1: Etapa 1

Será apresentada a janela de boas vindas. Clique em "Next".

Fig. 2.2: Etapa 2


1
http://www.cadsoft.de
2
"xx"corresponde a versão atual
8

Em seguida será apresentada a janela de concordância com a licença e termos de


utilização. Este software é de uso livre para fins educativos apresentando no entanto
algumas limitações. Clique em "YES".

Fig. 2.3: Etapa 3

Será apresentada uma nova janela para a escolha do diretório de destino da instalação
do programa. Caso seja necessário altere para a localização pretendida. Clique em "Next".

Fig. 2.4: Etapa 4

A janela seguinte apresenta, para simples conferência, um resumo dos parâmetros


iniciais da instalação. Clique em "Next". Começará a instalação propriamente dita.
9

Fig. 2.5: Etapa 5

O processo de instalação é iniciado e pode ser acompanhado pela barra de progresso.


Terminada a instalação, surge a janela de finalização. Aguarde o término e clique em
"Next".

Fig. 2.6: Etapa 6

Terminada a instalação, surge a janela de finalização. Selecione o modo de execução


do software pretendido, no caso "Run as Freeware", e clique em "Next".
10

Fig. 2.7: Etapa 7

Pronto, a instalação está completa, basta clicar em "Finish" e começar a utilizar o


software.

Fig. 2.8: Finalização


11

Executando o Software
3
Executando o software, surge a janela principal em que estão localizados os comandos
básicos para criação e abertura de projetos. Entre estes, destaca-se o diretório "Projects",
onde originalmente são armazenados os projetos em elaboração ou os já concluídos.

Fig. 3.1: Tela inicial

Como o tutorial é baseado em um exemplo prático, devemos criar inicialmente um


novo projeto para guardarmos os nossos trabalhos. Para isso clique em: "File → New →
Project".
12

Fig. 3.2: Criando o projeto

Vamos acrescentar um novo projeto o qual vamos atribuir o nome "Fonte Simétrica".

Observe que à direita do nome, surge a frase "Empty Project", indicando que ainda
não há nenhum conteúdo, ou seja, apenas a pasta foi criada. Devemos então criar um novo
esquema elétrico "New Schematic", pressionando com o botão direito do mouse sobre a
pasta Fonte Simétrica, seguindo a sequência mostrada na figura 3.3.

Surge então a janela com os comandos e as funções específicas para o desenho do


esquema elétrico.
13

Fig. 3.3: Criando esquemático

Fig. 3.4: Janela de edição de esquemático


14

3.1 Barra de Ação

Fig. 3.5: Barra de ação

1. Abrir um documento.

2. Salvar um documento.

3. Imprimir um documento.

4. Exportar um arquivo para o formato de industrialização.

5. Passar do esquemático para a placa e vice-versa.

6. Número de folhas.

7. Utilizar a biblioteca.

8. Executar um arquivo script (*.scr).

9. Executar um programa de linguagem de utilizador (*.ulp).

10. Ajustar o desenho à janela.

11. Ampliar o desenho.

12. Diminuir o desenho.

13. Redesenhar/limpar o desenho.

14. Ampliar uma área selecionada do desenho.

15. Anular a última alteração.

16. Refazer a alteração anterior.

17. Cancelar comando.

18. Executar comando.

19. Ajuda do programa.

20. Editar o malha"Grid" da tela.


15

3.2 Barra de Ferramentas

Fig. 3.6: Barra de ferramentas

INFO - Mostra as propriedades dos objetos selecionados1 .

SHOW - Mostra, na barra de status, os nomes e outros detalhes do objeto selecionado.

DISPLAY - Permite mostrar ou esconder as camadas ("layers").

MARK - Permite selecionar a origem das coordenadas para a apresentação da posição


relativa indicada na parte superior da janela.

MOVE - Permite mover um objeto selecionado.

COPY - Permite copiar um objeto.

MIRROR - Gera uma imagem invertida dos objetos e grupos relativamente ao eixo "Y".

ROTATE - Permite rodar um objeto.

GROUP - Ativado esta função pode-se selecionar um conjunto de objeto.


1
Se necessitar de ajuda suplementar sobre alguma ferramenta, clique no seu ícone e em
seguida no ícone de Help ou escreva na linha de comando a palavra "help" seguida do nome
da ferramenta.
16

CHANGE - Permite alterar as propriedades dos objetos.

CUT e PASTE - Com "CUT" pode-se guardar na memória um componente ou grupo


e "PASTE" permite recuperá-lo e colocá-lo na área de trabalho.

DELETE - Permite apagar um objeto selecionado.

ADD - Com esta função podem-se inserir no esquema os componentes que estão disponíveis
nas bibliotecas.

PINSWAP - Permite trocar pinos equivalentes.

REPLACE - Troca o componente selecionado por outro da biblioteca.

GATESWAP - Permite trocar gates equivalentes.

NAME - Permite modificar o nome que o programa deu aos componentes e condutores
utilizados.

VALUE - Permite definir ou modificar o valor de um objeto.

SMASH - Permite separar o nome do objeto do seu valor.

MITER - Permite arredondar o canto das ligações.

SPLIT - Permite curvar uma linha já desenhada.

INVOKE - Permite a ligação de componentes ativos a outra fonte de tensão que não
seja VCC ou GND.

WIRE - Permite desenhar linhas/condutores.

TEXT - Permite acrescentar etiquetas de texto à um elemento ou desenho.

CIRCLE - Permite desenhar círculos.

ARC - Permite desenhar arcos.

RECTANGLE - Permite desenhar retângulos.

POLYGON - Permite desenhar um polígono.

BUS - Permite desenhar barramentos de condutores paralelos.

NET - Permite fazer ligações elétricas ao "bus" e definir o dimensionamento das pistas.
17

JUNCTION - Serve para inserir um nó em uma derivação ou para definir os terminais


dos componentes.

LABEL - Permite colocar uma etiqueta com o nome dado a uma linha simples ou bar-
ramento.

ATTRIBUTES - Permite definir atributos de componentes e ligações.

ERC - (Electrical Rule Check ) Esta é uma ferramenta que realiza uma verificação elétrica
do circuito, detectando erros nos esquemas elétricos.

ERRORS - Mostra erros de ligação do esquema elétrico.

3.3 Bibliotecas

Os componentes eletrônicos disponíveis estão agrupados por similaridade e/ou fab-


ricante e organizados por ordem alfabética, em arquivos independentes denominados
bibliotecas. Se selecionarmos o menu "Library → Use" podemos verificar que o Ea-
gle já carregou todas as bibliotecas disponíveis, este comando só será utilizado quando for
necessário utilizar uma outra biblioteca que não consta na biblioteca padrão do software.

Fig. 3.7: Bibliotecas disponíveis

Como podemos observar, em função da quantidade de bibliotecas, componentes e com-


binações entre os grupos, inicialmente haverá certa dificuldade de localizar o componente
desejado.
18

Além disso, uma vez localizado, devemos decidir sobre qual, entre as variações ap-
resentadas, é a mais adequada. Para tal, devemos utilizar as informações mostradas na
janela à direita quando selecionarmos uma biblioteca qualquer ou um componente.

Como exemplo o componente selecionado C-EU025-025X050 é um capacitor não po-


larizado, tendo como simbolo o padrão europeu e com seu "footprint", ou seja seu formato
na placa com as dimensões de 2,5 mm x 5 mm e com uma distância entre os terminais
"grid" de 2,5 mm.

Fig. 3.8: Detalhes na escolha de um componente

3.4 Alterando o "Grid" do Ambiente

Os esquemas elétricos devem ser sempre desenhados com a malha de 0,1 polegada
(2,54 mm), já que a maioria das bibliotecas estão definidas para este valor. Os símbolos
deverão ser colocados nesta grade ou num múltiplo da mesma, uma vez que em caso
contrário é possível que as pistas não possam ser ligadas aos pinos (terminais). Para
editar o valor de grid, basta clicar na ferramenta "Grid" sobre a barra de ação ou digitar
"grid"no campo linha de comando.
19

Fig. 3.9: Modificando Grid do ambiente

Note que é possível alterar o sistema de unidades do projeto, porem usual é trabalhar
com o sistema de unidades "mil" 2 . Sempre altere o grid em um múltiplo do número atual,
pois, caso contrário, não será possível a conexão dos componentes. O parâmetro "Size"
corresponde ao grid normal do ambiente, o parâmetro "Alt"normalmente é definido com
um grid inferior ao anterior, ele entra em ação pressionando a tecla "Alt"do teclado
juntamente ao comando que está sendo executado. Pode-se optar por mostrar ou não o
grid na tela, isso para facilitar o alinhamento dos componentes. Todas essas configurações
valem também para o ambiente de desenho da placa de circuito impresso.

3.5 Adicionando Componentes à Janela de Trabalho

Uma vez que as bibliotecas estão disponíveis, para inserir um componente, utilize os
comandos "Edit → Add" ou clique no ícone correspondente Uma outra forma mais usual
é simplesmente digitar o comando "add"no campo "Linha de comando"e surgirá a janela
seguinte.

2
Relação entre "mil" e milímetros: 10mil (milésimos de polegada) → (10/1000) ∗ 25, 4mm → 0, 01 ∗
25, 4mm → 0, 25mm
20

Fig. 3.10: Janela de escolha de componente

Faça a rolagem da listagem de nomes, selecione e expanda a biblioteca "rcl". Den-


tro desta biblioteca localize o componente "R-EU 0207/12" (lê-se: Resistência, símbolo
EUropeu, dimensões 2mm x 7mm, distância entre as ilhas 12mm), para isso procure pela
categoria "R-EU ".

Fig. 3.11: Escolha de um componente

Na janela do lado direito pode ser vista a representação do componente (símbolo), a


sua configuração física (ilhas, serigrafia) e seu encapsulamento.
21

Projeto: Fonte Simétrica Regulável de -12V à +12V


4
Para a maioria dos projetos que você irá realizar, você precisará de uma fonte para
testá-los, neste exemplo foi projetada uma fonte simétrica regulável de +1.25 V à +12
V e de -1.25 V à -12 V, suportando uma corrente máxima de 1 A. Uma fonte simétrica
é capaz de produzir tensão negativa e positiva, foi escolhido o projeto desse dispositivo
devido sua importância dentro da engenharia, pois existem vários circuitos elétricos que
necessitam de tensão negativa e positiva para funcionar, por exemplo, uma aplicação com
um amplificador operacional.

4.1 Funcionamento do Circuito

Esta fonte foi projetada para fornecer uma tensão regulável, tanto positiva quanto
negativa. Os principais componentes de seu funcionamento são os reguladores de tensão,
LM317 que fornece a variação de tensão positiva e o LM337 que fornece a variação de
tensão negativa, estes dois podem suportar no máximo 1 Ampere de consumo. A fonte
consiste em um transformador 12+12 V por 1 A, essa tensão fornecida pelo transformador
é retificada através de uma ponte de retificação feita com diodos 1N4004, junto com os
capacitores que filtram a onda, deixando-a em forma linear. Juntamente aos reguladores
de tensão, um potenciômetro de 10KΩ fornece regulagem grossa e um de 270Ω a regulagem
fina da tensão, isso tanto para o LM317 e LM337, após um capacitor de 1uF filtra os ruídos
gerados1 .

1
Nunca provoque um curto circuito entre os polos de alimentação, caso isso aconteça
poderá ocasionar em danos irreversíveis de alguns componentes da fonte.
22

4.2 Lista de Componentes

Com a ajuda do software, disponibilizo uma lista dos componentes a serem utilizados
no projeto, esta lista pode ser gerada de forma automática seguindo os passos a seguir.
Clique no botão "ULP" na barra de ação ou digite "run" no campo linha de comando.
Aparecerá a seguinte janela.

Fig. 4.1: Executando uma "ULP"

Selecione "bom.ulp"(Bill Of Materials) e clique em "Abrir".

Fig. 4.2: Edição de parâmetros da "ULP"


23

Nesta janela poderão ser editados os parâmetros de configuração da "ulp". Basta


clicar em "Save...". Será gerado um arquivo do formato selecionado na pasta do projeto
em edição. A lista 1 mostra os componentes a serem utilizados no projeto proposto.

Tab. 1: Lista de componentes


Part Value Device Package Description Library
C1 1000uF CPOL-USE3.5-8 E3,5-8 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C2 1000uF CPOL-USE3.5-8 E3,5-8 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C3 1uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C4 1uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C5 10nF C-EU050-030X075 C050-030X075 CAPACITOR, European symbol rcl
C6 10nF C-EU050-030X075 C050-030X075 CAPACITOR, European symbol rcl
C7 10uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C8 10uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
D1 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
D2 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
D3 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
D4 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
ENTRADA AK500/3 AK500/3 CONNECTOR con-ptr500
SAIDA AK500/3 AK500/3 CONNECTOR con-ptr500
IC1 317T 317T TO220H Positive VOLTAGE REGULATOR linear
IC2 337T 337T TO220H Negative VOLTAGE REGULATOR linear
LED1 +vcc LED5MM LED5MM LED led
LED2 -vcc LED5MM LED5MM LED led
R1 10KOhm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R2 470Ohm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R3 470Ohm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R4 10KOhm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R5 220Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl
R6 220Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl
R7 330Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl
R8 330Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl

4.3 Criando o Esquema Elétrico

4.3.1 Adicionando Componentes

Na janela inicial clique no ícone "Add" ou digite "add"no campo linha de comando.
Irá abrir a janela da biblioteca de componentes, para facilitar, no canto inferior esquerdo
existe um campo de busca, onde o usuário põe o nome do componente ou sua característica
e o software realiza uma busca em toda a biblioteca.
24

Fig. 4.3: Adicionando um componente

Após digitar o nome do componente, aperte "ENTER"e os resultados aparecerão.


Escolha o componente correto para sua aplicação e clique em "OK", caso a busca não
apresente resultado, limpe o campo de busca e aperte "ENTER"para voltar a aparecer
a biblioteca completa2 . Dê um clique no componente a ser adicionado e o mesmo ficará
"preso"no mouse, e a cada clique com o botão esquerdo será fixado um componente na
área de trabalho. Adicione quantos componentes forem necessários e em seguida aperte
a tecla "Esc"do teclado. Aproveite e já os posicione da maneira que mais lhe agrade.

Fig. 4.4: Componente adicionado

2
Para uma busca mais eficiente experimente utilizar asterisco antes e depois do nome desejado, por
exemplo, *317*, assim o software listará todos os componentes que tiverem "317"em seu nome, bastando
apenas localizar o correto
25

Adicione os componentes restantes, conforme descrito anteriormente. Caso a busca


que você fizer não obtiver resultados satisfatórios, você deverá de percorrer a lista até
achar o componente que lhe satisfaça. Para a montagem desta fonte você irá precisar
adicionar todos os componentes da lista da tabela ??. Na mesma lista se encontram a
localização dos mesmos em suas bibliotecas.

Alguns componentes elétricos, tais como resistores e capacitores, necessitam de um


valor que corresponde a seu valor real, lembrando que o software Eagle, serve apenas para
confecção de placas de circuito impresso e não simula esquemas elétricos, logo, o valor
digitado servirá apenas para facilitar a identificação na montagem e manutenção da placa
e também para a geração da lista de componentes a fim de documentar o projeto. Para
dar valor a um componente é necessário clicar sobre o ícone "Value", ou digitar "value"no
campo linha de comando, após selecionado o comando basta clicar sobre um componente
e editar seu valor, o mesmo se aplica para o comando "Name". Após adicionar todos os
componentes o esquema deve parecer com a figura 4.5.

IC1
317T
3 VI VO 2
330 Ohm

220 Ohm

C1 C5 ADJ
D1 C7
1

ENTRADA-1 1000uF 10nF


1N4004
R7

R5
GND

10uF
ENTRADA-2
A

10K Ohm
R1

D2 S
LED1

ENTRADA-3
+vcc

1N4004
C3
E

1uF
1N4004
A

470 Ohm
R2

D3 S
E

1N4004
D4 SAIDA-1
GND

SAIDA-2
GND SAIDA-3

GND
470 Ohm
E

S
LED2
-vcc

R3

C4
A

1uF
10K Ohm
E
330 Ohm

S
R4

220 Ohm
A
R8

C2 C8
10nF
R6

1000uF 10uF
1

C6 ADJ
2 VI VO 3

IC2
337T

Tec. Rodrigo Krug

Fig. 4.5: Componentes adicionados


26

Uma dica é adicionar junto ao esquemático um "frame", que nada mais é que, uma
borda por toda a página onde existem marcações para facilitar a procura de componentes
e campos para a inserção de informações do projeto. Para adicionar o "frame" navegue
na biblioteca de componentes até a biblioteca "Frames" e lá usualmente é utilizado o
frame "A4L-LOC", que possui o formato "Landscape" no tamanho "A4".

Fig. 4.6: Escolha do "frame"


27

4.3.2 Conectando os Componentes

Após adicionar os componentes é necessário fazer a ligação elétrica entre eles, para
isso, a maneira corretá é utilizar a ferramenta "Net" na barra de ferramentas, ou digitar
"net"no campo linha de comandos.

Com um clique do mouse na extremidade de um terminal inicia-se a linha e com outro


clique na extremidade do outro terminal (ou Esc) conclui a ligação.

Fig. 4.7: Parâmetros de conexão

Observe que ao selecionar o comando "Net" surgem algumas opções de configuração


na parte superior da janela do software. Com estas opções podemos ajustar os parâmetros
das linhas que iremos desenhar. Podemos alterar o formato das linhas (ângulo reto, 45
graus, curvas e espessura da linha), lembrando que esta edição é apenas uma representação
do esquema elétrico. Um cuidado deve ser tomado na hora de conectar os componentes,
a conexão só é realizada quando a linha ("net") é conectada na extremidade do pino do
componente, caso contrario a ligação não é feita, para testar se a conexão foi realmente
feita, basta selecionar a ferramenta "move" e arrastar o componente ao qual a linha esta
conectada, se ela não acompanhar o movimento do componente, ela não esta conectada
ao mesmo.

Um dos parâmetros mais interessantes a serem utilizados na ferramenta "Net" é o


"Net Class", o qual, o usuário configura anteriormente classes de trilhas definindo seus
parâmetros, tais como largura, diâmetro de furo e isolamento, já prevendo a utilização da
mesma, por exemplo, uma trilha que vai transmitir apenas um sinal de controle pode ter
uma largura menor que uma que trabalhe com um sinal de potência. Para definir estes
parâmetros é necessário clicar em "Edit → Net classes".
28

Fig. 4.8: Net classes

O parâmetro "Width" corresponde a largura da trilha, "Drill" corresponde ao diâmetro


do furo para possível conexão, "Clearance" corresponde ao isolamento da trilha em re-
lação as outras. Lembrando que todas as medidas estão dispostas na unidade "mil" que
corresponde à milésimos de polegadas3 .

Após terminar de ligar todos os pontos do circuito, o Eagle oferece uma ferramenta
que verifica se todas as conexões realmente estão conectadas, e se todos os componentes
tem seu devido nome e valor. Para executá-la, clique no comando "Erc" ("Eletrical Rule
Check") ou digite "erc"no campo linha de comando. Aparecerá uma janela informando
se há algum erro no esquema elétrico, caso sim, clique duas vezes em cima da mensagem
de erro e o software indicará onde está posicionado o erro.

Fig. 4.9: ERC - Eletrical Rule Check

3
Relação entre "mil" e milímetros: 10mil (milésimos de polegada) → (10/1000) ∗ 25, 4mm → 0, 01 ∗
25, 4mm → 0, 25mm
29

No exemplo, o software apenas encontrou dois "Warnings", pode se observar este


resultado também na barra inferior esquerda do software .Caso esteja tudo certo, o circuito
deve se parecer com o indicado na figura 4.10. Note que na barra no canto inferior
esquerdo são informados todos os "erros"e "warnings" do esquema elétrico. Em anexo é
disponibilizado uma copia em tamanho maior do esquema elétrico.

Fig. 4.10: Componentes adicionados

4.4 Informações Importantes

Salve seu esquema elétrico.

A partir de agora passamos para uma fase do projeto, em que vamos gerar uma placa
de circuito impresso, onde o software tomará por referência o esquema elétrico anterior
para realizar as ligações entre os pinos dos componentes.

Antes de começar é importante esclarecer algumas informações sobre o processo.


Primeiramente o processo de desenho de placas de circuito impresso é composto de "Lay-
ers", que são os lados de uma placa. Em nosso caso, devido a limitação da versão Light,
estão disponíveis dois layers: "Top", lado superior da placa e "Bottom", lado inferior da
placa, onde normalmente são soldadas os pinos dos componentes. Mas, a confecção de
placas de circuito impresso, não está limitada há somente dois layers, placas mais com-
30

plexas e processos mais sofisticados de manufatura podem realizar placas com um número
maior de layers. A versão Pofessional do Eagle da suporte à até 16 layers.

Em nosso projeto trabalharemos apenas com o layer "Bottom" da placa, pois apenas
com um layer fica muito simples de manufaturar a placa, podendo ser feita com poucos
recursos.

Resumo de termos técnicos utilizados:

TOP - Trilhas do lado dos componentes.

BOTTOM - Trilhas do lado da solda.

PADS - Ilhas de solda dos componentes.

VIAS - Ilhas de passagem para conectar layers.

UNROUTED - Linhas que indicam uma conexão ainda não "roteada".

tKEEPOUT e bKEEPOUT - Demarca áreas onde componentes não pode ser posi-
cionados.

tSTOP e bSTOP - Máscara de solda.

É importante também, levar em consideração que a largura das trilhas a serem feitas
não precisam ter sua largura constante. Por exemplo, quanto maior for a corrente acionada
pela trilha, mais larga ela deve ser. A tabela 2 mostra a capacidade de condução em relação
a largura e espessura da trilha.

Tab. 2: Relação largura de trilha versus capacidade de corrente

Largura da trilha Corrente para cobre = 1oz. Corrente para cobre = 2oz.
5 mils 500 mA 700 mA
10 mils 800 mA 1.4 A
20 mils 1.4 A 2.2 A
30 mils 1.9 A 3A
50 mils 2.5 A 4A
100 mils 4A 7A

Quando a intenção é fabricar uma placa de circuito impresso do modo "caseiro", ou


seja, imprimir o layout da placa em papel transfer para posteriormente transferi-lo para
31

a placa de cobre com uma prensa a calor, é recomendado utilizar as trilhas com uma
espessura de no minimo 30 mils, isso porque o processo é muito rudimentar e muitas
vezes trilhas mais finas não são transferidas para a placa. É recomendado também, se
possível, fazer todos os cantos em 45o , isso para evitar cantos agudos, onde o líquido
corrosivo tende a se acumular, possivelmente rompendo a trilha.

Se a intensão for mandar a placa para a manufatura em um empresa especializada,


é importante verificar junto a empresa quais são as limitações da empresa à respeito de
diâmetro de furos, largura mínima de trilha, espaçamentos, etc.

4.5 Criando o Layout da Placa

Ainda na tela de edição do esquema elétrico clique no menu "File → Switch to board"
ou digite "board"no campo linha de comando. Quando questionado se realmente quer
criar uma placa do circuito projetado clique em "Yes".

Fig. 4.11: Trocando de ambiente de edição

Observe que automaticamente será inicializada uma nova janela apresentando os com-
ponentes utilizados no esquema elétrico com as interligações todas espalhadas e os com-
ponentes posicionados ao lado de uma área retangular. À partir deste rascunho inicial
iremos posicionar adequadamente estes componentes na placa para gerar o layout final
da PCI. Lembrando que a versão light do Eagle limita o tamanho da placa à 100mm x 80
mm.
32

Fig. 4.12: Ambiente de edição do layout da placa de circuito impresso

Antes de iniciar a criação da placa, observe que algumas novas funções em vermelho
na figura 4.13, foram acrescentadas na barra de ferramentas.

Fig. 4.13: Barra de ferramentas de layout


33

REPLACE - Troca o componente selecionado por outro da biblioteca.

LOCK - Trava a posição de algum componente na placa.

SPLIT - Cria uma dobra na trilha.

OPTMIZE - Une segmentos de fio.

ROUTE - Permite criar manualmente uma trilha a partir de uma ligação já estabelecida
no esquema elétrico.

RIPUP - Permite desfazer uma trilha.

RECTANGLE - Permite fazer uma malha em forma de retângulo sobre a placa, por
exemplo, uma malha de terra.

POLYGON - Mesma função do comando "Rectangle", porém pode-se desenhar qual-


quer forma.

VIA - Permite fazer uma ligação entre os "layers" da placa.

SIGNAL - Permite gerar ligações entre ilhas de componentes (pads).

HOLE - Permite adicionar furos de fixação na placa.

ATTRIBUTE - Permite definir atributos de componentes e ligações.

RATSNEST - Redesenha a tela, calculando a menor distância entre os pontos de ligação


elétrica.

AUTO - Permite fazer o roteamento das ligações de maneira automática (Indisponível


na versão Light).

DRC - "Design Rule Check". Verifica à placa a procura de erros, tais como curto
circuito, falta de ligação, etc.

ERRORS - Mostra erros encontrados pela ferramenta "DRC".

Semelhante ao que se fez no esquema elétrico é conveniente termos um rascunho da


distribuição desejada, principalmente em função das dimensões mecânicas gerais da placa
(tamanho da caixa, pontos de fixação, dissipação térmica, etc). Em seguida deve-se mover
os componentes para dentro da área da placa (retângulo na cor branca). Para isso use o
comando "Move" da barra de ferramentas, ou digite "move" no campo linha de comando.
34

Posicione os componentes conforme possível ou de acordo com as especificações do


projeto. Durante a movimentação do componente pode-se girá-lo utilizando o botão
direito do mouse, de modo a encontrar uma posição mais favorável à passagem das trilhas.

Após o posicionamento dos componentes a janela deverá ficar parecida com a seguinte.

Fig. 4.14: Posição dos componentes

Também com o comando "Move" ajuste o tamanho do retângulo branco, este rep-
resenta o tamanho real de sua placa. Após mover os componentes, execute o comando
"Ratsnest"para organizar as trilhas de referência. Verifique o layout quanto à necessi-
dade de mais ajustes, tais como rotacionar ou mover algum componente para facilitar
a passagem das trilhas. Com os componentes posicionados é hora de rotear as trilhas e
podemos fazer isso de duas maneiras, manual e automática.

4.5.1 Roteamento Automático

Uma ferramenta que a versão Professional do Eagle fornece é o roteamento au-


tomático, onde o usuário define uma série de parâmetros, e à partir destes, o software
faz o roteamento seguindo um algorítimo interno. Este método é muito prático e rápido,
mas não tão eficaz quanto rotear a placa manualmente. Para iniciar o roteamento man-
ual é necessário ajustar alguns parâmetros, para isso clique no menu "Tolls → DRC" ou
digite "drc"no campo linha de comando.
35

Fig. 4.15: DRC - Design Rule Check

Nesta janela é configurado uma série de parâmetros, vamos focar nos mais úteis no
momento, levando em consideração que placa será manufaturada pelo método "caseiro".
Clique na aba "Clearance", neste campo vamos editar as distâncias mínimas entre as tril-
has, pad´s e vias, evitando assim curto circuito entre elas. Configure os valores conforme
a figura 4.16.

Fig. 4.16: Parâmetro "Clearance"

Clique na aba "Sizes". Neste campo vamos editar as larguras mínimas de trilha e
diâmetros de furos, caso estes valores forem muito pequenos você terá dificuldade na hora
de fazer a placa, pois as trilhas muito finas poderão desaparecer. Configure os valores
conforme a figura 4.17.
36

Fig. 4.17: Parâmetro "Sizes"

O restante dos parâmetros serão aplicados quando a placa for manufaturada em uma
empresa especializada, logo, o projetista deverá configurar estes de acordo com as especi-
ficações da empresa.

Após efetuar as configurações clique em "Check" e o software buscará por erros na


placa, e os apontando-os. Resolva todos os erros até que o comando "Check" não os
detecte mais. Assim sua placa esta pronta para ser roteada.

Clique no menu "Tools → Auto" ou digite "auto"no campo linha de comando e a


seguinte janela se abrirá.

Fig. 4.18: Definindo parâmetros de roteamento automático

Nesta janela são definidos os parâmetros de roteamento automático. Vamos nos deter
na primeira aba da janela, onde o usuário configura o número de layer´s que utilizará,
e também define as direções preferenciais de cada layer. Em nosso caso utilizaremos
apenas o layer "Bottom"configurado para permitir que as trilhas sejam desenhadas sem
37

uma direção preferida, assim definido pelo símbolo "*". Clique em "OK"para iniciar o
processo.

Fig. 4.19: Resultado do roteamento automático

Pode-se observar que o resultado obtido fica bastante confuso e visualmente de-
sagradável, pois as trilhas estão todas desorganizadas. Mesmo com o processo de rotea-
mento automático, pode-se observar que resta ainda uma conexão a ser feita, que o soft-
ware não foi capaz de realizar.

Existem duas maneiras de solucionar este problema

Uma seria reposicionando alguns componentes e realizando o processo novamente até


obter o roteamento completo da placa. Para isso a placa deve ter suas trilhas desconec-
tadas, como no estado anterior ao roteamento automático. Clique na ferramente "Ripup"
ou digite "ripup"no campo linha de comando. Após clique no simbolo de semáforo na
barra de ação. O software questionará se realmente o usuário quer desconectar todas as
trilhas, clique em "Yes"e a placa voltará ao estado anterior ao processo. Após reposi-
cione os componentes da maneira adequada, e repita o processo novamente até obter um
resultado satisfatório.
38

Fig. 4.20: Limpando o roteamento automático

A outra maneira é fazer um "jumper" que nada mais é que um ponto, utilizando
um pedaço de fio através do lado superior da placa. No capitulo 4.5.2 é explicado como
faze-lo.

4.5.2 Roteamento Manual

No roteamento manual, o usuário deve fazer todas as ligações da placa de maneira


manual, ligando ponto a ponto. Apesar de ser trabalhoso, os resultados de uma placa
roteada manualmente, são satisfatórios, pois, o usuário tem total controle sobre o caminho
das trilhas, podendo assim adotar estrategias de roteamento, que o método automático
não é capaz de tomar. Um exemplo seria separar as trilhas de potência, de trilhas que
conduzem algum sinal lógico, evitando assim problemas de atenuação de sinal, etc. Com
o roteamento manual fica muito mais simples de localizar possíveis problemas no pro-
tótipo, pois o usuário tem conhecimento de todas as trilhas. Uma outra vantagem muito
importante, é que o usuário durante o roteamento pode alterar o posicionamento dos
componentes, que facilita e reduz o tamanho da placa consideravelmente.

Assim como no roteamento automático, os componentes devem ser previamente posi-


cionados para iniciar o processo.
39

Fig. 4.21: Posição dos componentes

Antes de iniciar clique no comando "Ratsnest" ou digite "ratsnest"no campo linha


de comando. Isso fará com que todas as ligações ainda não realizadas(linhas na cor
amarela) procurem o menor caminho até o ponto em que são conectadas, facilitando
assim a visualização das conexões.

Para iniciar o roteamento selecione a ferramente "Route" ou digite "route"no campo


linha de comando.

Fig. 4.22: Ferramentas para criar e apagar as trilhas

Na barra de ação aparecerá os campos de seleção dos parâmetros da trilha.

Fig. 4.23: Parâmetros do comando "Route"

Nestes parâmetros, o usuário define o layer a ser trabalhado, o tipo de "canto"da


trilha, tipo de arredondamento de cantos e raio("Miter"). Define a largura da trilha em
40

"mils" 4 , o formato das "vias"e suas dimensões.

Para o projeto da fonte, recomenda-se utilizar uma largura de trilha de 50mils, não
só por suportar a corrente necessária, mas também para facilitar na hora de manufaturar
a placa, pois trilhas muito finas, tendem a desaparecer no processo de transferência e
corrosão. Também recomenda-se configurar o canto das trilhas para 45o , para evitar o
acúmulo de líquido corrosivo nos cantos agudos.

Após setar todos os parâmetros, basta clicar sobre a trilha desejada que o software
mostrará onde ela deve ser conectada.

Fig. 4.24: Possíveis conexões da trilha

Note que o software enfatiza os locais em comum conexão na cor verde claro. Também
no canto inferior direito o software exibe algumas informações na trilha a ser conectada.

4
Relação entre "mil" e milímetros: 10mil (milésimos de polegada) → (10/1000) ∗ 25, 4mm → 0, 01 ∗
25, 4mm → 0, 25mm
41

Fig. 4.25: Conexão realizada

Agora basta repetir o processo até que todas as trilhas estejam conectadas.

Importante: Deve-se observar que as trilhas distintas de um mesmo layer


não podem cruzar-se umas sobre as outras, isso ocasionaria um curto circuito,
prejudicando o funcionamento da placa. Também deve-se observar a distancia
entre trilhas distintas, a fim de evitar outro possível curto circuito, devido a
falhas no processo de manufatura.

Após terminar o processo a placa deve-se parecer com a figura 4.26.

Fig. 4.26: Placa roteada


42

Note que ainda faltam rotear 3 trilhas na placa, pois não foi encontrada uma maneira
de conecta-las sem provocar curto circuito.

Fig. 4.27: Detalhe nas trilhas não terminadas

É possível solucionar este problema de duas maneiras: Uma seria tentar realocar
alguns componentes a fim de encontrar um caminho, mas muitas vezes isto não é possível.
Outra maneira seria recorrer a utilização de mais um layer da placa, o "Top"(superfície
superior), já que o software à disponibiliza.

Neste projeto queremos fazer uma placa com apenas um layer, sendo assim, existe uma
maneira simples de resolver o problema, criando um jumper (uma ponte pela superfície
da placa com um pedaço de fio), para isso, desenhe a trilha até o ponto mais próximo da
outra parte da trilha, conforme a figura 4.28.
43

Fig. 4.28: Criando um jumper

O próximo passo é adicionar uma "via"(furo que liga o lado inferior com o lado superior
da placa). A maneira mais simples é desenhando uma trilha no layer "Top" da placa,
que criará automaticamente as duas vias necessárias para a conexão.

Para isso selecione a ferramenta "Route" e configure os parâmetros da via nas opções
da ferramenta. Recomenda-se que os furos de via sejam feitos com o diâmetro de 1mm,
pois é a broca mais comum disponível. Clique sobre a extremidade da trilha a ser trabal-
hada, selecione o layer "Top" e clique na outra extremidade da trilha.

Fig. 4.29: Criando um jumper


44

Após clicar na outra extremidade da trilha, selecione novamente o layer "Bottom" e


clique mais uma vez sobre a trilha.

Fig. 4.30: Criando um jumper

Agora basta repetir o processo para todos os outros jumper´s da placa. É recomen-
dado quanto menos jumper´s melhor, pois eles se tornam pontos críticos da placa. Uma
dica: Quando é feita a troca de layer´s, ao invés de ir até a barra de ação e trocar de
layer, clicando com o botão central(clique na rolagem) do mouse durante o processo, da
acesso ao menu de troca de layer´s.

Fig. 4.31: Criando um jumper

Ao final do roteamento a placa deve-se parecer com a 4.32.


45

Fig. 4.32: Roteamento completo

Para ajudar na identificação de pinos de entrada e até na inserção de uma informação


qualquer, é possível adicionar texto na placa. Caso a placa for feita no processo caseiro,
este texto pode estar em forma de cobre, auxiliando assim o usuário na conexão dos cabos
de alimentação, etc. Para isso basta selecionar a opção "Text" ou digitar "text"no campo
linha de comando, configurar o tamanho e fonte do texto e posicioná-lo na placa.

Fig. 4.33: Inserindo um texto na placa

Por fim, é interessante adicionar furos de fixação em sua placa. Basta clicar no
comando "Via" ou digitar "via"no campo linha de comando, definir os parâmetros na
barra de ação e adicionar os furos necessários na placa. Também recomenda-se adicionar
uma linha mais larga no contorno da placa, para ajudar no corte da placa. Para isso
46

basta clicar no comando "Wire" ou digitar "wire"no campo linha de comando, definir
seus parâmetros e desenhá-la no contorno da placa, sempre observando para não provocar
pontos de curto circuito na placa. Ao final a placa deve-se parecer com a figura 4.34.

Fig. 4.34: Placa pronta


47

4.5.3 Fazendo uma Malha de Terra(GND) na Placa

Alguns circuitos necessitam de uma malha de terra. Para isso clique na ferramenta
"Polygon", ou digite "polygon"no campo linha de comando.

Fig. 4.35: Parâmetros da ferramenta "Polygon"

Note que surgirão na barra de ação, os parâmetros a serem ajustados, entre eles
destaca-se, a escolha do layer de aplicação da malha de terra, tipo de malha e de conexão
dos furos e isolamento(Isolate) da malha em relação às trilhas que não pertencem ao
"GND".

Para desenhar uma malha de terra("GND"), por exemplo, selecione a ferramenta


polygon, configure os parâmetros de acordo com o especificado no projeto e em nosso caso
altere o parâmetro "Width" para 32mils e "Isolate" para 32mils.

Desenhe o formato da malha desejada e procure sempre fechar o polígono por com-
pleto, caso contrário o software não realizará a malha.

Após fechar o polígono, clique no comando "Name" ou digite "name"no campo linha
de comando, clique no polígono gerado e defina o nome a malha deve se conectar, em
nosso caso, ao "GND".

Fig. 4.36: Nomeando malha


48

Marque a opção "the entire signal", clique em "OK". O software questionará se


realmente o usuário quer conectar a malha com o sinal em questão, clique em "OK"e sua
malha estará pronta.

Fig. 4.37: Resultado da malha


49

4.6 Impressão

A última etapa consiste na impressão do circuito, seja para a documentação do pro-


jeto ou para a fabricação da placa através do método de transferência por calor e cor-
rosão. Antes de imprimir é necessário desativar temporariamente alguns layers indeseja-
dos. Deste modo, podemos imprimir apenas as ilhas, vias e trilhas da placa, ou apenas a
serigrafia e as ilhas (para a documentação do projeto).

Para desabilitar estes layers, clique em "Display" na barra de ferramentas ou digite


"display"no campo linha de comando. A seguinte janela aparecerá.

Fig. 4.38: Seleção de visualização de layers

Para ativar ou desativar a visualização de um layer, basta clicar sobre o número do


layer correspondente, tendo como cor "azul"ativado e "branco"desativado.

Para a impressão da placa para a manufatura caseira de um layer (Bottom), deve-se


selecionar apenas os layers: Bottom, Pads e Vias, conforme figura 4.39.
50

Fig. 4.39: Seleção de layers para a impressão

O próximo passo é imprimir a placa em uma impressora laser, em um papel especial


para este tipo de processo(normalmente papel "transfer"ou "glossi", encontrado em diver-
sas lojas de eletrônica). Ao imprimir, é aberta uma janela de configuração, onde devem
ser selecionadas as seguintes caixas: Black e Solid, isto para evitar que impressora tente
imprimir em escala de cinza, prejudicando o resultado final. Também podemos alterar o
alinhamento da placa sobre a folha, assim melhorando o aproveitamento da folha.

Fig. 4.40: Configurando impressão

Clique em "OK"e obteremos o seguinte resultado, pronto para ser transferido para a
placa.
51

Fig. 4.41: Resultado final da placa


52
53

Referências

[1] Alldatasheet. Informações sobre componentes elétricos. http://www.alldatasheet.


com/, Outubro 2010.

[2] CadSoft. Cadsoft eagle 5.10. http://www.cadsoft.de/, Outubro 2010.

[3] M. N. O. S. Charles K. Alexander. Fundamentos de circuitos elétricos. McGraw-Hill,


2008.

[4] Cirvale. Informações técnicas. http://www.cirvale.com.br/, Outubro 2010.

[5] Eagle3D. Informações. http://www.matwei.de/doku.php?id=en:eagle3d:eagle3d,


Outubro 2010.

[6] Micropress. Informações técnicas. http://www.micropress.com.br/portugues/


techtalk.asp, Outubro 2010.

[7] S. M. D. William H. Hayt Jr., Jack E. Kemmerly. Análise de circuitos em engenharia.


McGraw-Hill, 2010.
54
55

APÊNDICE A -- Criando Imagens 3D de seus


Projetos

A.1 Configurando os Softwares

O "Eagle 3D"é uma ferramenta bastante interessante, que em conjunto com o software
"POV-RAY"permite criar uma imagem ou vídeo tridimensional de seus projetos.

Softwares necessários:

• Eagle 3D: http://http://www.matwei.de

• POV-RAY: http://www.povray.org/download/

O primeiro passo é fazer o download e instalar o software "Eagle 3D". Localize e


execute o arquivo "eagle3d 1 05 27112006 .exe"

Fig. A.1: Instalando o Eagle 3D

Na janela seguinte clique em "Next". Selecione o local de instalação do software, por


padrão ele já define um local. Clique em "Next".
56

Fig. A.2: Instalando o Eagle 3D

Na janela seguinte clique em "Install"e o processo de instalação iniciará.

Fig. A.3: Finalizando a instalação

Com o software instalado clique em "Finish".

O próximo passo é instalar o software "POV-RAY". Faça o download do software,


localize o arquivo e o execute.
57

Fig. A.4: Instalando o software POV-RAY

Clique em "Next"nas suas janelas seguintes.

Fig. A.5: Instalando o software POV-RAY

Clique em "Install"e logo que é completada a instalação clique em "Finish".


58

Fig. A.6: Instalando o software POV-RAY

Após instalar o software é necessário alterar um parâmetro do arquivo "POVRAY.ini",


para isso execute o software "POV-RAY", clique "Tools → Edit Master POVRAY.ini".

Fig. A.7: Alterando arquivo POVRAY.ini


59

No final do arquivo deve constar a seguinte linha:

Library Path="C:\Program Files\POV-Ray for Windows v3.6\INCLUDE"

Posicione o cursor na linha seguinte e adicione o caminho que aponte para a pasta
em que está instalado o software Eagle 3D, pode haver variações em relação ao caminho
abaixo, o importante é que o caminho aponte para a pasta "povray"que está dentro da
pasta de instalação do software Eagle 3D.

Library Path="C:\Program Files\Eagle\ulp\Eagle3D\povray"

Salve e feche o arquivo.

A.2 Gerando uma Imagem 3D

Abra o software "Eagle"e a partir do "Control Panel"abra o arqivo ".brd"de seu


projeto. No ambiente de edição do layout da placa de circuito impresso digite "run"no
campo linha de comando ou clique no botão correspondente. Navegue até a pasta de
instalação do software Eagle 3D e selecione o arquivo "3d41.ulp". Clique em "Abrir".

Fig. A.8: Executando a ulp Eagle 3D

A janela seguinte questionará o idioma de preferência, clique em "Ok". Abrirá a


seguinte janela.
60

Fig. A.9: Executando a ulp Eagle 3D

Nesta janela é possível a configuração de vários parâmetros, tais como rotação da


placa, cor da placa, tipos de iluminação, etc. Selecione o caminho de destino do arquivo
".pov"a ser criado. Clique em "Criar POV-File e sair". Ao longo do processo de criação do
arquivo ".pov"o usuário deve escolher entre algumas opções dependendo dos componentes
que a placa contém. No caso do projeto da fonte, a única questão é a respeito das cores
dos "LED’s"dispostos na placa.

Fig. A.10: Configurando a cor do LED1

Se tudo ocorrer bem, a seguinte janela aparecerá.


61

Fig. A.11: Arquivo .pov criado com sucesso

O próximo passo é abrir o software "POV-RAY"e carregar o arquivo ".pov"gerado no


processo anterior.

Fig. A.12: Carregando arquivo .pov

Com o arquivo carregado, clique em "Run"e a renderização deve iniciar.


62

Fig. A.13: Placa sendo renderizada

Ao final será gerado um arquivo ".bmp"na pasta onde está salvo o arquivo ".pov".

Fig. A.14: Placa renderizada

Existe uma série de outros parâmetros que podem ser editados no software, tais como
qualidade de imagem, tamanho, etc.
63

APÊNDICE B -- Gerando Arquivos para LPKF

B.1 Alterando Definições do Eagle

Destino: Programa CircuitCAM da fresadora LPKF

Arquivos necessários:

Tab. 3: Arquivos necessários

Arquivo Conteúdo
xxx.cmp TOP Layer - Lado componentes
xxx.sol Solder Layer - Lado soldagem
xxx.otl Board outline - Limites da placa
xxx.drl Drill configuration/aperture file
xxx.drd Excellon drill file

Existe uma inconsistência entre a forma como o Eagle gera os dados Gerber para
octágonos e a forma como o CircuitCAM os interpreta. Isto pode levar ao desaparecimento
de "pads". Torna-se, assim, necessário transformar os octágonos em círculos, para isso
siga os seguintes passos:

I Feche o software Eagle.

I Localizar o arquivo "eagle.def", no computador.

I Faça um backup deste arquivo, exemplo: "eagleOriginal.def".

I Abra o arquivo com um editor de texto.


I Procurar no texto por "AMOC8".

"%%AMOC8*\n5,1,8,0,0,1.08239X\$1,22.5*\n"\ Octagons are emulated with a circle (using 8 vertices)


64

I Altere o "25.5"para "0.0".

"%%AMOC8*\n5,1,8,0,0,1.08239X$1,0.0*\n"\ Octagons are emulated with a circle (using 8 vertices)

I Retire o "ponto e vírgula"da linha.

;Octagon = "%%AD%sC,%6.4f*%%\n" ; (code, diameter) (looks like there is no octagon, so we take a circle)

I Adicione um "ponto e vírgula"na linha.

Octagon = "%%AD%sOC8,%6.4f*%%\n" ; (code, diameter)

I Salve o arquivo.

Após as alterações(em azul) o arquivo deve parecer conforme a imagem B.1.

Fig. B.1: Alterações do arquivo

B.2 Exportando Arquivos GERBER

B.2.1 Layers TOP e BOTTOM

O Eagle mantem as configurações da sua ultima seção, assim tenha certeza de que
está trabalhando com os arquivos corretos em todos os passos.

No painel de controle, expanda a opção "CAM Jobs", de um duplo clique sobre o


arquivo "gerb274x.com".
65

Fig. B.2: Seleção de CAM

Na janela seguinte abra o arquivo ".brd" de sua placa.

Fig. B.3: Abrindo arquivo

Se a placa for composta de dois layers clique na aba "Component side", configure os
parâmetros conforme a figura B.4 e clique em "Process Section".
66

Fig. B.4: Layer TOP

Serão criados dois arquivos: xxx.cmp e xxx.gpi.

Clique na aba "Solder side", desmarque a caixa "Mirror", configure os parâmetros


conforme a figura B.5, e em seguida clique em "Process Section".

Fig. B.5: Layer BOTTOM


67

Será criado o arquivo: xxx.sol.

B.2.2 Outline da Placa

Ainda com a janela "CAM Processor", clique na aba "Solder side"e clique no botão
"Add".

Surgirá uma nova aba de nome "Solder side", nesta altere o campo "Section"com o
nome "Outline". Alterar também a extensão do arquivo para "xxx.otl". Desmarque todos
os layers exeto "Dimension". Clique em "Process Section".

Fig. B.6: OUTLINE

B.3 Exportando Arquivo EXCELLON ("Drill File")

B.3.1 Arquivo de Configuração de Fresagem ("Aperture File")

A partir do "Control Panel"do Eagle, abra o arquivo ".brd"de seu projeto. Digite
"run drillcfg.ulp"no campo linha de comando ou clique no botão "Run"na barra de ação
e selecione o arquivo correspondente. Após executar o comando, selecione o sistema de
unidades "inch", clique em "OK"e na janela seguinte clique em "OK".

Selecione o diretório do projeto e clique em "Save".


68

Fig. B.7: Executando a ulp

Fig. B.8: Salvando arquivo de furação

B.3.2 Arquivo Excellon de Fresagem ("Drill File")

A partir da janela "Control Panel"expanda a opção "CAM Jobs", dando um duplo


clique no arquivo "excellon.cam".
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Fig. B.9: Gerando arquivo de furação

Na janela "CAM Processor"abra o arquivo ".brd"de seu projeto.

Fig. B.10: Abrindo o arquivo .brd do projeto

Selecione o diretório de saída e clique em "Process Job". Será criado o arquivo xxx.drd
70

Fig. B.11: Finalizando


71

APÊNDICE C -- Gerando Arquivo Gerber no


Eagle

A partir da janela "Control Panel"expanda a opção "CAM Jobs", dando um duplo


clique no arquivo "gerb274x.com".

Fig. C.1: Gerando arquivo Gerber

Abra o arquivo ".brd"de seu projeto.


72

Fig. C.2: Abrindo arquivo .brd

O Eagle já seleciona automaticamente todos os layer’s necessários em cada aba, resta


ao usuário percorrer todas as abas e certificar-se de que o caminho de salvamento no
campo "Output"está correto. É recomendado criar uma pasta dentro da pasta de seu
projeto, a fim de separar os arquivos "gerber". Após confirmar, clique em "Process Job".

Serão criados os seguintes arquivos:

Tab. 4: Arquivos criados

Arquivo Conteúdo
xxx.cmp TOP Layer - Lado componentes
xxx.sol Solder Layer - Lado soldagem
xxx.otl Board outline - Limites da placa
xxx.plc Silk screen - Nomes e valores dos componentes
xxx.stc Solder stop mask CMP - Mascara de solda, lado componentes
xxx.sts Solder stop mask SOL - Mascara de solda, lado solda

Volte ao "Control Panel"do Eagle e abra o arquivo ".brd"de seu projeto. Digite "run
drillcfg.ulp"no campo linha de comando ou clique no botão "Run"na barra de ação e
selecione o arquivo correspondente. Após executar o comando, selecione o sistema de
unidades "inch", clique em "OK"e na janela seguinte clique em "OK".

Selecione o diretório onde estão sendo salvos os arquivos gerber e clique em "Save".
73

Fig. C.3: Gerando arquivo de furação

Fig. C.4: Gerando arquivo de furação

Será criado um arquivo xxx.drl.

A partir da janela "Control Panel"expanda a opção "CAM Jobs", dando um duplo


clique no arquivo "excellon.cam".
74

Fig. C.5: Gerando arquivo de furação

Na janela "CAM Processor"clique em "File → Open → JOB", e selecione o arquivo


"excellon.cam", para que o programa configure os padrões de furação.

Fig. C.6: Abrindo CAM excellon

Abra o arquivo ".brd" de seu projeto. Na janela "CAM Processor", selecione os


layer’s: Drills e Holes. Em "Output"configure o "Device"como "SM3000"e crie um nome
para o arquivo de furação xxx.smb. Clique "Rack"e selecione o arquivo ".drl"gerado no
passo anterior.
75

Fig. C.7: Abrindo arquivo de furação

Certifique-se que o arquivo está sendo salvo na pasta correta e clique em "Process
Section".

Fig. C.8: Finalizando

Junto aos arquivos criados anteriormente aparecerá um arquivo xxx.smb, o qual cor-
responde aos furos da placa.

Para verificar se está tudo certo com os arquivos criados, o software "Gerbv"disponível
76

para download no site do desenvolvedor:

http://gerbv.sourceforge.net/

O software possibilita a visualização dos arquivos criados, verificando possíveis erros.

Fig. C.9: Software Gerbv

Para abrir os arquivos criados, clique em "File → Open Layer(s)". Navegue até a
pasta onde os arquivos foram salvos e pressionando a tecla "Control", selecione todos os
arquivos.

Fig. C.10: Software Gerbv

Clique em "Abrir".
77

Fig. C.11: Software Gerbv

Se tudo estiver correto, os arquivos já podem ser enviados para uma empresa espe-
cializada.
78
IC1
317T
3 VI VO 2

C1 C5 ADJ

1
D1 C7
ENTRADA-1 1000uF 10nF
1N4004

R7
330 Ohm
R5
220 Ohm
10uF
ENTRADA-2

GND
R1
ENTRADA-3 D2 S
1N4004

LED1
+vcc
C3

10K Ohm
1uF

A
1N4004

R2
D3 S

E
470 Ohm
1N4004
D4 SAIDA-1
GND SAIDA-2

GND
GND SAIDA-3

GND

E
S

R3
470 Ohm
A

LED2
-vcc
C4
1uF

E
S

R4
10K Ohm
A

R8
330 Ohm
C2 C8
10nF

R6
220 Ohm
1000uF 10uF

1
C6 ADJ
2 VI VO 3

IC2

Fig. A.1: Esquema Elétrico


ANEXO A -- Esquema Elétrico

337T

Tec. Rodrigo Krug


79
80
81

ANEXO B -- Lista de Componentes

Tab. 5: Lista de componentes


Part Value Device Package Description Library
C1 1000uF CPOL-USE3.5-8 E3,5-8 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C2 1000uF CPOL-USE3.5-8 E3,5-8 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C3 1uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C4 1uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C5 10nF C-EU050-030X075 C050-030X075 CAPACITOR, European symbol rcl
C6 10nF C-EU050-030X075 C050-030X075 CAPACITOR, European symbol rcl
C7 10uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
C8 10uF CPOL-USE2.5-6 E2,5-6 POLARIZED CAPACITOR, American symbol rcl
D1 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
D2 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
D3 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
D4 1N4004 1N4004 DO41-10 DIODE diode
ENTRADA AK500/3 AK500/3 CONNECTOR con-ptr500
SAIDA AK500/3 AK500/3 CONNECTOR con-ptr500
IC1 317T 317T TO220H Positive VOLTAGE REGULATOR linear
IC2 337T 337T TO220H Negative VOLTAGE REGULATOR linear
LED1 +vcc LED5MM LED5MM LED led
LED2 -vcc LED5MM LED5MM LED led
R1 10KOhm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R2 470Ohm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R3 470Ohm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R4 10KOhm TRIM EU-RS3 RS3 POTENTIOMETER pot
R5 220Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl
R6 220Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl
R7 330Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl
R8 330Ohm R-US 0207/10 0207/10 RESISTOR, American symbol rcl
82
83

ANEXO C -- Resultado Final

Fig. C.1: Resultado final


84
85

ANEXO D -- Cálculo da Capacidade de


Condução de Corrente Elétrica
das Trilhas

Fig. D.1: Capacidade de condução de corrente


Simple Jfet Buffer for Guitar
Tutorial: Making a Groundplane using Cadsoft Eagle
by Jack A. Orman

This is the schematic of the simple jfet buffer that will be used in this
tutorial. It is a fully functional circuit that is ready for use on an effects
pedalboard. It is one of the circuits from the Basic Buffer article in the
AMZ Lab Notebook, with the addition of pulldown resistors at the input
and output.

If you decide to make this for use with your guitar, and intend to leave
it in the signal path at all times to provide a buffered signal, then I
suggest that you leave out R1 as it will not be needed. The values
shown here will give good performance but can be tweaked to suit your
taste. For example, if it is a bit too bright for your rig, reduce the
values of both R2 and R3 to 1M or even 470k to see if the lower input
impedance takes some of the edge off.

The jfet transistor Q1 can be any common small signal device such as
the 2N5457, MPF102, or J201.

This is what the printed circuit layout looks like when the
schematic has been entered into Cadsoft's Eagle Layout
Editor. The free version of Eagle is sufficient for most
stompbox circuits and is an excellent editor for pc
boards, though it can be a bit challenging at first.

This board is about 1.25" square and will easily fit in a


small enclosure. You should be able to visualize the
positioning of each component as it is related to the
schematic above.

Open the pc board file in Eagle to try the method shown


in this article to create the groundplane. It should look
exactly like the image shown here on the left.

There are two pads for connecting wires in the upper


right corner of the board. The top one is for the positive
9v battery connection and below it is the ground pad,
which has white layout corners around it. The blue traces
that lead away from the pad are all ground points for
components on the board.

Let's view the info about the ground traces. Go to the top menu bar
in Eagle and select "View", then "Info" from the dropdown list. Now
if you click on the blue ground trace below the label GR on the pc
board, a box will pop up with the info about that circuit element.
The info should be as shown in this example.

Note that the ground trace is named "S1". If you click on any of the
other blue wire elements that connect to the ground pad, you will
see that they all are also named "S1".

We can change the name of the ground system if we like. On the


top menu bar, select "Edit" then "Name" from the dropdown list.
Click on the blue trace below the GR label and a box will popup that
allows the name of the element to be changed. Delete the S1 label
and type in GND and hit the OK button. The ground traces are now
all named GND and that can be verified by using the View/Info function as we did before.
Finally we are to the actual creation of the groundplace itself.
This is done by using the Polygon tool in Eagle. Click on the
Polygon button and a new menu will popup directly above the
pc board layout. This contains the parameters that will be used
for the polygon that will be drawn on the board. Make sure that
the bottom layer is selected, which will be the far left item of
the new menu.

Before we draw the polygon, a couple of the default values


need to be changed. The width of the line should be changed to
0.010. The Isolate value, which is how much space will be
between the groundplace polygon and the other non-grounded
elements needs to be selected. On the current version of Eagle
it defaults to 0 which is not useful. I select 0.016 or sometimes
0.024 for the Isolate value.

When you have the polygon drawn completely


around the perimeter of the circuit, it should look
similar to the example here.

The polygon is the blue box just inside the white


border of the pcb.

To make the groundplane, we rename the


polygon to the same name that is used for the
traces connected to the ground pad. If you have
changed the name as taught earlier in this article,
it will be called GND. To rename the polygon, we
go to "Edit" on the top menu, then "Name" from
the dropdown list. Now click on the blue polygon
line and the box will popup that allows you to
enter a new name for the polygon, which we will
enter as GND.
There will be another popup box to confirm that
you want to connect the polygon to GND, so
select it from the choices and hit the OKAY
button. The groundplane should automatically fill
the bottom layer of the pcb as shown here. You
can hit the F2 key to refresh the view and
cleanup any stray bits.

If the groundplane does not appear, click the


Ratsnest button on the sidebar. Should it still not
appear, you likely do not have the polygon and
the ground traces using the same name. Did you
rename "S1" as instructed in an earlier
paragraph?

Note that the pads for all of the components that


were connected to ground are now isolated but
tied to the groundplane with short copper traces.
The components that are not grounded are
isolated electrically from the groundplane by a
clear space around each pad and trace, which will
be the width that was selected in the "Isolate"
menu item.

The groundplane does not have to encompass the


entire perimeter of the board nor does it even
have to be rectangular. Here I have made a small
irregular ground fill that just covers the transistor
and a few of the component pads. It is not
typically done this way on small boards but on
larger, more complex layouts this may come in
handy.

This type of copper pour is also used to create


small heatsink pads on the pcb for transistors or
voltage regulators.

A small board like this one, especially one with low gain, probably does not improve much by having a
groundplane but there is one advantage. By pouring a copper fill on the bottom of the board, less copper has
to be removed when the board is etched and this extends the life of your ferric chlroide etchant making it
capable of doing more boards before it is depleted.

I hope this short tutorial helps you with your Eagle CAD layouts, and the jfet buffer may be a useful additional
to your guitar effects pedalboard.

©2007 Jack Orman


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