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002512/2019-00
Em 14 de novembro de 2019.
Processo: 48500.002116/2019-97
I - DO OBJETIVO
II - DOS FATOS
1
De acordo com a Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013, em especial seu artigo 9º, e com a Portaria MME nº 442, de 23 de
agosto de 2016.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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ASSINADO DIGITALMENTE POR OTAVIO HENRIQUE GALEAZZI FRANCO, CRISTINA SCHIAVI NODA
RICARDO MARTINS,DAVI ANTUNES LIMA, ANDRE VALTER FEIL
FRANCISCO DE MATTOS FAE
CÓDIGO DE VERIFICAÇÃO: 23B341A30050EA46 CONSULTE EM http://sicnet2.aneel.gov.br/sicnetweb/v.aspx
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4. Pelo fato da CEA não possuir regras definidas em contrato, as tarifas até 2016 não foram
reposicionadas mediante realização de revisão tarifária periódica. Em razão disso, o equilíbrio econômico-
financeiro da concessão até aquele ano nunca foi redefinido, bem como nunca foram compartilhados os
ganhos de produtividade mediante aplicação do Fator X nos reajustes tarifários até aquele ciclo.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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2
Documento SIC nº 48510.001305/2018-00.
3
Documento SIC nº 48513.029400/2019-00.
4
Memorando nº 103/2019-SGT/ANEEL (SIC 48581.000947/2019-00).
5
Memorando nº 104/2019-SGT/ANEEL (SIC 48581.000948/2019-00).
6
Documento SIC nº 48513.029125/2019-00.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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11. A reunião presencial previamente agendada pela SGT com os representantes da CEA para
7/11/2019, que tinha como propósito prestar os esclarecimentos complementares cabíveis acerca da
metodologia do reajuste tarifário anual e apresentar resultados preliminares, além de reiterar os prazos
a serem observados para entrega de informações e documentos, foi cancelada pela distribuidora7. Os
temas previstos para a reunião presencial continuaram a ser tratados por contatos telefônicos e
mensagens via e-mail.
15. O Reajuste Tarifário Anual – RTA da CEA conduz a um efeito médio nas tarifas a ser
percebido pelos consumidores de -7,83%, sendo de -10,34%, em média, para os consumidores conectados
na Alta Tensão e de -7,03%, em média, para os consumidores conectados na Baixa Tensão.
7
Documento SIC nº 48581.002490/2019-00.
8
Documento SIC nº 48580.001825/2019-00.
9
Documento SIC nº 48536.003790/2019-00.
10
Documento SIC nº 48581.002491/2019-00.
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(ii) da inclusão dos componentes financeiros apurados no atual reajuste tarifário para
compensação nos 12 meses subsequentes; e
17. Conforme apresentado na Tabela 2, o efeito médio a ser percebido por consumidor
depende do grupo e modalidade tarifária a qual pertence. A diferença entre os efeitos médios percebidos
pelos grupos A (Alta Tensão) e B (Baixa Tensão) tem relação com os itens de custos que estão sofrendo
variações.
18. Do índice de reajuste tarifário, a variação dos custos de Parcela A contribuiu para o efeito
médio em 3,24% enquanto a variação de custos de Parcela B foi responsável por 0,79%, conforme tabela
seguinte:
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19. O gráfico 1 abaixo demonstra a participação dos itens das Parcelas A e B na composição da
nova Receita Anual da concessionária.
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Custo de
Transmissão
5,0% Encargos Receitas
Setoriais Irrecuperáveis
7,9% 1,8%
Custo de
Energia
48,0%
Custo de
Distribuição
37,2%
ICMS
Impostos
16,3%
19,2%
PIS/COFINS
Custo de 2,9%
Distribuição
30,1%
Gráfico 2: Participação dos itens das Parcelas A e B na composição da Receita Anual com tributos
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B1 - Residencial 566,38
537,28 526,52
IGPM
IPCA
397,09
301,11
301,11
272,62
253,86 253,86
197,29 197,29 197,29 197,29 197,29
Reajuste Reajuste Reajuste Reajuste RTE Reajuste Reajuste Reajuste RTE Reajuste Reajuste Revisão Reajuste Reajuste
2009 2010 2011 2012 2013 2013 2014 2015 2015 2015 2016 2017 2018 2019
11
SIC nº 48581.002785/2017-00
“A situação de inadimplência da CEA com suas obrigações intrasetoriais impossibilitou a aplicação dos reajustes tarifários
homologados durante o período compreendido entre novembro de 2004 até novembro de 2013, ficando estagnadas as tarifas
durante todo esse período.
O reajuste de 2013, resultou em um efeito médio aos consumidores da CEA de 28,67%.
Em 2014, foi homologado o reajuste anual das tarifas da CEA, que conduziu ao efeito médio a ser percebido pelos seus
consumidores de 18,56%.
Quando da Revisão Tarifária Extraordinária - RTE de 2015, a CEA não foi contemplada por não ter assinado o Contrato de
Concessão.
No reajuste tarifário de 2016 foram incorporadas as determinações da Portaria MME 442/2016 e da Lei 13.299/2016, que
estabeleceu novos níveis regulatórios de perdas para a CEA. Dessa forma o efeito percebido no Reajuste Tarifário de 2016 foi
da ordem de 46%.”
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IV - DA ANÁLISE
25. No cálculo da Receita Anual inicial (RA0) da distribuidora nesse processo tarifário, foram
considerados os dados de mercado disponíveis no Sistema de Acompanhamento de Informações de
Mercado para Regulação Econômica – SAMP e as tarifas homologadas no processo tarifário anterior,
representando um faturamento anual de R$546.489.671,67, conforme demonstrado na Tabela a seguir.
IV.4. PARCELA A
26. Os valores dos encargos setoriais considerados neste reajuste tarifário, bem como os
dispositivos legais associados estão demonstrados na tabela abaixo:
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27. O total dos encargos setoriais corresponde a uma variação no efeito médio de 1,14%.
Destaca-se o fim do recolhimento da CDE-Energia (Decreto 7.891) ocorrido em março/2019, que
contribuiu para uma variação de -0,04%. Em contrapartida, o orçamento da CDE – USO para 2019,
aprovado por meio da REH 2.510, de 18 de dezembro de 2018, contribuiu para um efeito médio de
0,46%12.
IV.4.2. Transmissão
28. Os valores dos encargos relacionados à transmissão de energia a serem considerados neste
reajuste tarifário estão demonstrados na tabela abaixo:
12
A previsão para o orçamento de 2020 da CDE, constante de documentos disponibilizados no âmbito da CP 29/2019, com
período de contribuição até 29/11/2019, indica a alteração de cota CDE USO para a CEA correspondendo ao valor de
R$19.068.083,20.
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30. A tabela abaixo apresenta os valores de perdas utilizados no atual reajuste tarifário da CEA.
31. A Tabela a seguir demonstra os requisitos de energia elétrica da CEA para atendimento ao
seu mercado de referência apurado, obtidos pela soma das perdas regulatórias com o mercado de venda
da concessionária.
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32. A Tabela a seguir demonstra o resumo dos contratos de compra de energia elétrica, e os
seus respectivos montantes e despesas, já computadas as variações decorrentes das sobras/déficits nos
montantes de energia adquirida.
33. Os custos de compra de energia elétrica considerados para a CEA, em função do Mercado
de Referência e das perdas regulatórias totalizam R$273.161.664,30 e levaram a uma variação no efeito
médio de 1,35%. Contribuíram para esse efeito positivo, principalmente, o aumento do custo unitário do
ACR médio bem como a tarifa dos CCGFs, nos termos do Proret 12.2.
34. A Tabela e o gráfico abaixo demonstram a variação dos montantes e do custo com compra
de energia em relação ao processo anterior por tipo de contrato:
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0,66%
0,48%
0,17% 0,22%
0,01% 0,06% 0,02% 0,01%
-0,04%
-0,23%
Bilateral
Total
Belo Monte
Nova/Alternativa
Nova/Alternativa
Lei 12.783/2013
Geração
Disponibilidade
Quantidade
Angra I e II
Proinfa
Disponibilidade
Madeira e
Própria
Existente
CCEAR
Quantidade
Existente
Cota
CCEAR
CCEAR
CCEAR
Cotas
35. Para a CEA, os percentuais e valores de receitas irrecuperáveis considerados, por classe de
consumo, estão descritos na tabela abaixo:
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IV.5. PARCELA B
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40. Em relação aos componentes financeiros apurados, para compensação nos 12 meses
subsequentes, esses contribuíram com o efeito de -10,29% no atual reajuste da CEA. Destaca-se a CVA
em processamento com efeito de -8,15%.
41. Ressalta-se que o financeiro de previsão para o Risco Hidrológico para os próximos 12
meses aumentou em relação à previsão concedida no processo tarifário de 2018, em razão da alteração
das regras de cálculo previstas no PRORET 4.4A, versão 1.3. Também contribuiu para o aumento a previsão
de GSF informada pela CCEE, de 84,5%, que indica cenário hidrológico mais severo do que aquele previsto
há um ano atrás, GSF de 86,9%.
42. Quanto à sobrecontratação de energia, com detalhes contidos no Anexo II desta Nota Técnica,
foi considerado o Decreto Presidencial nº 10.050 de 09/10/2019 que estabelece:
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44. Cabe registrar que, ainda no âmbito do processo do Reajuste Tarifário de 2018 da CEA, foi
citado na Nota Técnica nº 253/2018-SGT/ANEEL de 21/11/2018 13 que, por meio do Memorando nº
532/2018-SFF/ANEEL, de 20 de novembro de 2018, a SFF informou que não foi possível validar os
pagamentos da CEA devido à inconsistência dos dados informados pela distribuidora. Na época, a SFF
informou ainda que a empresa teve problemas para encaminhar os dados, comprovar os pagamentos
realizados e que necessitava de prazo adicional para ajustar os procedimentos internos às obrigações de
prestação de informações por meio digital implantadas pela SFF.
45. Em função disso, a CVA em Processamento no RTA de 2018 foi considerada provisória, até
que os dados fossem devidamente enviados pela empresa, fiscalizados pela SFF e considerados na CVA
Saldo a Compensar no atual processo tarifário da distribuidora.
46. Dessa forma, no saldo a compensar da CVA do ano anterior (2018) no atual processo
tarifário (2019) foi efetuada a reversão do montante considerado no RTA de 2018, de tal forma que a CVA
em processamento no RTA de 2019 computa o ciclo de dois anos, restando um componente negativo de
R$ 14.183.254,80), impactando em cerca de -2,60 % no atual processo tarifário.
47. Destaca-se que o Anexo II desta Nota Técnica contém o relatório de apuração do Saldo da
CVA em Processamento e dos Resultados do Mercado de Curto Prazo considerados neste processo
tarifário.
48. Por fim, cumpre retornar ao tema reportado em voto proferido em 11/12/2018, na
deliberação do processo de reajuste tarifário de 2018 da CEA, relativamente à determinação feita à SGT
para que avaliasse a efetivação de ajustes nos processos tarifários de 2013 e 2014, referente à cobertura
13
Documento SIC nº 48581.002609/2018-00.
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tarifária para a compra de energia da UHE Coaracy Nunes. Naquela ocasião, foi reconhecido como
adequado aguardar a finalização do reprocessamento dos reembolsos da CCC à CEA no período de 2009
a 2016 para a realização dos eventuais ajustes na CVA no próximo processo tarifário da Distribuidora,
portanto no atual processo de 2019.
50. Diante disso, propõe-se que, s.m.j. aquela determinação à SGT tenha seu cumprimento
reprogramado.
51. A tabela abaixo apresenta o valor mensal a ser repassado pela CCEE à distribuidora no
período de competência de novembro/2019 a outubro/2020, até o 10º dia útil do mês subsequente. Esse
valor contempla também o ajuste referente à diferença entre os valores previstos e realizados no período
de novembro/2018 a outubro/2019.
Tabela 15: Valores dos subsídios que serão repassados pela CCEE
TIPO Ajuste (R$) Previsão (R$) Valor Mensal (R$)
Subsídio Água, Esgoto e Saneamento - 3.510,17 84.303,35 80.793,18
Subsídio Rural - 2.874,64 44.438,13 41.563,48
Total - 6.384,81 128.741,47 122.356,66
VI - DO FUNDAMENTO LEGAL
VII - DA CONCLUSÃO
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i) pela aprovação das novas tarifas de aplicação da CEA, correspondendo a um efeito médio
a ser percebido pelos consumidores de -7,83% sendo de -10,34% em média para os
consumidores conectados em Alta Tensão (AT) e de -7,03% em média para aqueles
conectados em Baixa Tensão (BT);
ii) pela fixação das Tarifas de Energia – TE e das Tarifas de Uso dos Sistemas de Distribuição –
TUSD aplicáveis aos consumidores e usuários da CEA;
iii) pelo estabelecimento dos valores da receita anual referente às instalações de transmissão
classificadas como DIT de uso exclusivo; e
iv) pela homologação do valor mensal a ser repassado pela Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica – CCEE à distribuidora para custeio dos subsídios retirados da estrutura
tarifária.
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VIII - DA RECOMENDAÇÃO
(Assinado digitalmente)
OTÁVIO HENRIQUE GALEAZZI FRANCO
Especialista em Regulação
De acordo:
(Assinado digitalmente)
DAVI ANTUNES LIMA
Superintendente de Gestão Tarifária
(*) Relação de participantes da SGT na elaboração desta Nota Técnica consta de tabela na página seguinte.
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Equipe Atividade
Otávio Henrique Galeazzi Franco Coordenador - Processos Tarifários
André Valter Feil Coordenador Adjunto - Processos Tarifários
Ricardo Martins Técnico Responsável
Francisco de Mattos Faé
Marcelo Hlebetz de Souza
Robson Kuhn Yatsu Coordenador - Estrutura Tarifária e Mercado
Diego Luis Brancher Estrutura Tarifária
Geovane Anselmo Silveira Caputo Suporte - SAMP
Jorge Caetano Pereira Júnior Suporte - Sistemas
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I. OBJETIVO
2. A metodologia aplicada ao cálculo deste Reajuste Tarifário Anual – RTA está descrita nos
Procedimentos de Regulação Tarifária (PRORET) 14 , os quais têm caráter normativo e consolidam a
regulamentação acerca dos processos tarifários. Os cálculos realizados correspondem ao fiel
cumprimento das disposições estabelecidas no Contrato de Concessão da concessionária e na legislação
setorial vigente.
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Número: 48581.002512/2019-00
5.5
Taxa de fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica – TFSEE 1.1 31/05/2016
5.6
Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e eficiência Energética – EE 1.1 23/10/2018
Módulo 6 – Demais Procedimentos
6.1 Limites de Repasses de Compras de Energia 1.0 28/03/2016
6.2 Itaipu 1.0 01/06/2017
6.3 Encargos de conexão A1 1.0 18/04/2012
6.7 Centrais de Geração Angra 1 e 2 3.0 26/12/2018
6.8 Bandeiras Tarifárias 1.6 15/08/2018
Módulo 10 - Ordem e Condições de Realização dos processos Tarifários e Requisitos de Informações e
Obrigações
10.2 Reajustes tarifários de Distribuidoras e Permissionárias 1.2 23/03/2015
6. A Parcela A é a parcela da receita que contempla os custos referentes aos seguintes itens:
(i) Encargos Setoriais; (ii) Energia Elétrica Comprada; (iii) Custos de Conexão e de Uso das Instalações de
Transmissão e/ou Distribuição de Energia Elétrica; e (iv) Receitas Irrecuperáveis;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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𝑅𝑅 = 𝑉𝑃𝐴 + 𝑉𝑃𝐵
onde:
RR: Receita Requerida;
VPA: Valor da Parcela A considerando as condições vigentes na data do reajuste em processamento e o
Mercado de Referência, podendo contemplar ajustes e previsões, conforme regulação da ANEEL e legislação
setorial;
VPB: Valor resultante da aplicação da tarifa correspondente aos itens que compõem a Parcela B, vigente na
Data de Referência Anterior, ao Mercado de Referência, atualizado pela diferença entre o Índice de Variação
da Inflação (IVI) e o Fator X;
IVI: número índice obtido pela divisão dos índices do IPCA, do IBGE, ou do índice que vier a sucedê-lo, do
mês anterior à data do reajuste em processamento e o índice considerado no último reposicionamento
tarifário;
Fator X: Nos processos de revisão tarifária ordinária serão estabelecidos os valores ou a forma de cálculo
do Fator X, com o objetivo de repassar aos usuários ganhos de produtividade observados no setor de
distribuição de energia elétrica e resultados decorrentes de mecanismos de incentivos, que poderão
contemplar estímulos à melhora na qualidade do serviço e à eficiência energética, conforme regulação da
ANEEL.
Data de Referência Anterior: Data do último reposicionamento tarifário;
Mercado de Referência: composto pelos montantes de energia elétrica e de demanda de potência faturados
no Período de Referência; e
Período de Referência: 12 (doze) meses anteriores ao mês do reajuste tarifário anual ou revisão tarifária
periódica em processamento, quando for o caso.
9. A aludida Cláusula Sexta do citado termo aditivo estabelece que nos reajustes e revisões
tarifários ordinários a ANEEL garantirá a neutralidade aos itens da Parcela A, a ser considerada nos ajustes
da receita da distribuidora, consideradas as diferenças mensais apuradas entre os valores faturados de
cada item no Período de Referência e os respectivos valores contemplados no reposicionamento tarifário
anterior, devidamente remuneradas com base no mesmo índice utilizado na apuração do saldo da Conta
de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA.
10. O período de referência para o reajuste anual corresponde ao ciclo de doze meses, entre o
mês do processo tarifário anterior e o mês anterior ao atual processo de reajuste.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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11. No cálculo da Receita Anual inicial (RA0) da distribuidora devem ser considerados os dados
de mercado disponíveis no Sistema de Acompanhamento de Informações de Mercado para Regulação
Econômica – SAMP e as tarifas homologadas no processo tarifário anterior.
12. A Parcela A é composta pela soma dos seguintes componentes: (i) Encargos Setoriais; (ii)
Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição; (iii) Custo de aquisição de energia
elétrica e geração própria e (iv) Receitas Irrecuperáveis.
14. Os encargos setoriais, oriundos de políticas de governo para o setor elétrico, possuem
finalidades específicas e são definidos em legislação própria. Seus valores são estabelecidos pela ANEEL e
não representam ganhos de receita para a concessionária. Os encargos considerados nos processos
tarifários são:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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15. A cobertura tarifária referente ao encargo de CDE considerado neste processo tarifário
incorpora os seguintes valores:
a) quota anual de CDE Uso. Essa cota é paga por todos os agentes que atendem
consumidores finais cativos e livres no Sistema Interligado Nacional - SIN, mediante
encargo tarifário incluído nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão
de energia elétrica. Essa quota é destinada ao custeio dos objetivos da CDE, previstos
em seu orçamento anual, definido pelo Poder Executivo, conforme previsto nos §§ 2º
e 3º do art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002, com redação dada pela Lei nº 12.783, de
2013.
b) quota anual da CDE – ENERGIA (Art. 4º-A do Dec. 7.891/2013). Essa cota é paga por
todos as concessionárias de distribuição que atendem consumidores finais cativos no
Sistema Interligado Nacional - SIN, mediante encargo tarifário incluído nas tarifas
energia elétrica.
Refere-se à devolução de parcela dos recursos da CDE recebidos pelas distribuidoras
no período de janeiro de 2013 a fevereiro de 2014, nos termos do Art. 4º-A do Dec.
7.891/2013. Os recursos foram destinados à cobertura do resultado positivo da Conta
de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A - CVA decorrente do
custo de aquisição de energia elétrica, devendo os consumidores recompor a Conta
em até 5 anos, com atualização dos valores pela variação do IPCA, mediante encargo
a ser incluído nas tarifas de energia elétrica, definido na proporção dos recursos
recebidos pela distribuidora.
c) quota anual da CDE – ENERGIA (CONTA – ACR) (Art. 4º-C do Dec. 7.891/2013). Essa
cota é paga por todos as concessionárias de distribuição que atendem consumidores
finais cativos no Sistema Interligado Nacional - SIN, mediante encargo tarifário incluído
nas tarifas energia elétrica.
Essa quota é destinada à quitação das operações de crédito contratadas pela Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE na gestão da Conta no Ambiente de
Contratação Regulada – CONTA-ACR, em atendimento ao Decreto nº 8.222, de
01/4/2014, e nos termos na Resolução Normativa nº 612, de 16/4/2014.
A CONTA-ACR teve como objetivo cobrir as despesas incorridas pelas concessionárias
de distribuição, relativas ao ano de 2014, em decorrência da exposição involuntária no
mercado de curto prazo e do despacho de usinas termelétricas vinculadas a Contratos
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ii) Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica – TFSEE. Instituída pela Lei nº
9.427, de 26/12/1996 e alterada pela Lei n° 12.783/2013, de 11/01/2013, destina-se à cobertura do
custeio das atividades da ANEEL e tem sua metodologia de cálculo detalhada no Submódulo 5.5 do
PRORET;
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distribuição de energia elétrica de aplicarem percentuais de sua receita operacional líquida para fins de
pesquisa e desenvolvimento do setor elétrico e programas de eficiência energética. Importante esclarecer
que, segundo orientação do Ofício Circular nº 185/2015-SFF/ANEEL, as receitas adicionais de Bandeira
Tarifária foram reconhecidas dentro da receita operacional líquida das Concessionárias e, portanto,
passam a sofrer a incidência dos percentuais de P&D e PEE; e
III.3.2. Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição
16. Os custos com transmissão de energia elétrica, desde as usinas até as redes de distribuição
da concessionária, são compostos por: Rede Básica (Sistêmica e Fronteira), DIT Compartilhada e de uso
exclusivo, Transporte de Itaipu, Uso da Rede Básica pela usina de Itaipu e Uso de Sistemas de Distribuição.
18. Os Custos de Rede Básica referem-se aos valores pagos pelas concessionárias de
distribuição às Transmissoras, conforme Contrato de Uso do Sistema de Transmissão – CUST celebrado
com o ONS, para acesso à rede de transmissão do sistema interligado. São calculados pelo ONS, com base
nos valores de demanda de potência multiplicados por tarifa estabelecida pela ANEEL. Essa tarifa depende
da receita anual permitida para as concessionárias de transmissão (RAP) para cobrir os custos decorrentes
da atividade de transmissão. A ANEEL fixa a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) nas formas
de TUSTRB, relativa ao uso de instalações da Rede Básica, e TUSTFR, referente ao uso de instalações de
fronteira com a Rede Básica. As distribuidoras quotistas de Itaipu pagam também a parcela atribuída à
geradora Itaipu Binacional pelo Uso da Rede Básica (MUST Itaipu), de forma proporcional às suas quotas-
partes.
19. Para o cálculo dos encargos de Rede Básica Nodal e Fronteira, os MUSTs (Montantes de
Uso do Sistema de Transmissão) são obtidos no CUST - Contrato de Uso do Sistema de Transmissão,
celebrado entre o ONS, as concessionárias de transmissão e a distribuidora, disponibilizado no SACT –
Sistema de Acompanhamento dos Contratos de Transmissão, enquanto que as tarifas são fixadas pela
ANEEL por meio de Resolução Homologatória.
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21. O Custo de Conexão refere-se ao uso exclusivo, pelas distribuidoras, das Demais
Instalações de Transmissão (DIT) não integrantes da rede básica e pertencentes às transmissoras, para
conexão às instalações da rede básica de transmissão. Os valores desse custo são estabelecidos pela
ANEEL e têm reajuste anual concatenado com a data de reajuste das tarifas de fornecimento das
distribuidoras de energia elétrica.
22. Cabe esclarecer que a Receita Anual da Conexão de uso exclusivo referente às Demais
Instalações de Transmissão (DIT) presente na Resolução Homologatória do processo tarifário da
distribuidora pode diferir do custo de conexão repassado às tarifas e considerado na DRP.
23. A situação descrita acima pode ocorrer, pois de acordo com o que consta no § 12 do artigo
7º e § 3º do artigo 7º-A da Resolução Normativa nº 67/2004 e § 6º do artigo 4º-A da Resolução Normativa
nº 68/2004, os encargos de conexão associados às novas instalações de transmissão de uso exclusivo,
apesar de serem devidos pela distribuidora a partir da data de entrada em operação comercial dessas
instalações, só poderão ser considerados no cálculo da tarifa dos consumidores finais da concessionária
ou permissionária de distribuição a partir da respectiva prestação de serviço, sem efeitos retroativos.
24. Caso haja instalações de transmissão de uso exclusivo da distribuidora, autorizados com
RAP prévia e que entraram em operação comercial durante o Período de Referência, considera-se
adicionalmente para fins de cobertura tarifária dos custos associados a essas instalações, o período
compreendido entre a data de conexão da distribuidora na nova instalação e a data de aniversário da
concessionária de distribuição.
26. O Custo relativo ao Uso de Sistemas de Distribuição refere-se aos valores pagos pelas
concessionárias de distribuição a outras Distribuidoras, conforme Contrato de Uso do Sistema de
Distribuição – CUSD celebrado entre as partes, para acesso à rede de distribuição daquelas. A despesa é
calculada com base nos valores de demanda de potência, observando a Contratação Eficiente (montante
faturado contido no intervalo de 100% até 110% do MUSD contratado), multiplicados por tarifa
estabelecida pela ANEEL em resolução da distribuidora acessada.
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27. O cálculo dos custos de aquisição de energia obedece aos critérios estabelecidos no
contrato de concessão e nas normas setoriais, em especial à Lei nº 10.848/2004 e ao Decreto nº
5.163/2004.
29. Além disso, é considerado no cálculo o procedimento aprovado pelo Despacho nº 4.225,
de 10/12/2013, que estabelece que o custo de aquisição de energia seja obtido pela multiplicação da
energia requerida, líquida da energia do PROINFA, pela tarifa média dos contratos de compra de energia
vigentes na data da revisão.
• Contratos Bilaterais são contratos de livre negociação entre os agentes, dos quais fazem
parte: os contratos para atendimento do Sistema Interligado Nacional, realizados antes da
publicação da Lei nº 10.848/2004; os contratos firmados para o atendimento do Sistema
Isolado, realizados antes da Medida Provisória nº 466, de 29/07/2009; os contratos
firmados por meio de licitação realizada na modalidade de concorrência, conforme Decreto
n° 7.246, de 28 de julho de 2010; , os contratos de energia de Geração Distribuída
decorrente da desverticalização, conforme dispõe a Lei n.º 10.848, de 2004; os contratos
oriundos de licitação pública realizada por agentes de distribuição com mercado inferior a
500 GWh/ano;
• Leilões de Ajuste: são contratos realizados de acordo com o art. 26 do Decreto n° 5.163, de
2004, em decorrência de leilões específicos realizados pela ANEEL, direta ou
indiretamente, para contratações de ajuste pelas distribuidoras, com prazo de suprimento
de até dois anos, para complementação do montante de energia elétrica necessário para
o atendimento à totalidade de suas cargas.
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metodologia para o cálculo das cotas – parte encontra-se descrita no Submódulo 12,6 do
PRORET;
• Cotas de Angra I e II: refere-se à energia comercializada pelas centrais geradoras Angra I e
Angra II com as concessionárias de distribuição de energia elétrica no Sistema Interligado
Nacional – SIN adquirentes das suas respectivas cotas-partes; a metodologia para o cálculo
dos montantes encontra-se descrita no Submódulo 12,6 do PRORET;;
31. Com a finalidade de calcular o montante de energia que deve ser repassado às tarifas dos
consumidores, a ANEEL determina o nível máximo de perdas (técnicas e não técnicas na distribuição e na
Rede Básica) a ser admitido em função do mercado atendido pela distribuidora. A energia requerida é
definida como sendo o volume de energia elétrica e potência adquirida para o atendimento dos
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32. São denominadas perdas na distribuição o somatório de perdas técnicas e não técnicas no
sistema de distribuição de uma concessionária de energia. As perdas técnicas representam o montante
de energia elétrica dissipada no sistema de distribuição decorrente dos processos de transporte,
transformação de tensão e medição de energia elétrica; já as perdas não técnicas são aquelas apuradas
pela diferença entre as perdas totais na distribuição e as perdas técnicas, considerando, portanto, todas
as demais perdas, tais como fraude e furtos de energia, erros de medição, erros no processo de
faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de medição, dentre outros.
33. Já as perdas na Rede Básica são definidas como aquelas externas à rede de distribuição da
concessionária, representando a energia dissipada no sistema de transmissão e nas Demais Instalações
de Transmissão de uso compartilhado em decorrência dos processos de transporte, transformação de
tensão e medição de energia elétrica15.
34. As perdas regulatórias na distribuição são definidas a cada revisão tarifária, enquanto as
perdas na Rede Básica são estimadas, todos os anos, em cada processo tarifário, utilizando-se os valores
contabilizados nos últimos 12 meses e informados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –
CCEE, aí incluindo-se as perdas das DIT de uso compartilhado.
35. O Art. 36 do Decreto n° 5.163, de 30/7/2004, estabelece que a ANEEL autorize o repasse
dos custos de aquisição de energia elétrica previstos nos contratos de que tratam os artigos 15, 27 e 32
do mesmo Decreto, pelos agentes de distribuição às tarifas de seus consumidores finais, assegurando a
neutralidade no repasse dos custos de aquisição de energia elétrica.
36. O cálculo dos valores econômicos para a compra de energia na DRP obedece aos critérios
estabelecidos no contrato de concessão e nas normas setoriais, em especial a Lei nº 10.848/2004 e o
Decreto nº 5.163/2004.
15
De acordo com o § 2° do art. 8° da Resolução Normativa nº. 67, de 8/6/2004, com redação alterada pela Resolução Normativa nº. 210, de
13/2/2006, as perdas provenientes das DIT de uso compartilhado deverão ser atribuídas a cada acessante da referida instalação.
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37. Para o cálculo da despesa com energia elétrica comprada para revenda, elabora-se o
Balanço Energético da concessionária, que apura as sobras ou déficits 16 considerando o período de
referência em questão.
38. As sobras ou déficits são calculados a partir da diferença entre os totais de energia
contratada e de energia requerida, ambos relativos ao período de referência. A energia contratada
disponível corresponde ao somatório de CCEAR’s, Contratos de Leilão de Ajuste, Contratos Bilaterais,
Geração Própria, cotas de energia de Itaipu, do Proinfa, de Angra I e II, e das Usinas com Contratos
Renovados, e Contratos de Suprimento.
𝑅𝑅 +𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠+𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
𝑉𝑅𝐼 = × {∑𝐶 (𝜌𝑐 × 𝑅𝐼𝑐 )}
(1−𝐼𝐶𝑀𝑆−𝑃𝐼𝑆−𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆)
Onde:
𝑉𝑅𝐼 : valor a ser considerado de receitas irrecuperáveis;
𝑅𝑅: receita requerida (Parcela A + Parcela B), sem incluir os valores correspondentes à RI;
𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 : Componentes Financeiros das Tarifas de Distribuição, conforme definidos no PRORET
submódulo 4;
Receita de Bandeiras: receita faturada de bandeira tarifária nos últimos 12 meses;
𝜌𝑐 : participação da classe de consumo C na receita total verificada no ano teste;
𝑅𝐼𝑐 : percentual de receitas irrecuperáveis regulatórias, relativo à classe C, do grupo ao qual pertence à
empresa.
16As sobras ou déficits são calculados a partir da diferença entre os totais de energia contratada e de energia requerida, ambos relativos ao
período de referência.
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Onde:
VPB0i: Valor da Parcela B, considerando as tarifas de aplicação vigentes e o mercado de referência;
TUSD fio B Vigente: Valor vigente econômico correspondente ao componente tarifário do Fio B;
Mercado Ref: Mercado de referência composto pelos montantes de energia elétrica e de demanda de
potência faturados no Período de Referência;
Período de Referência: 12 (doze) meses anteriores ao mês do reajuste tarifário anual ou revisão tarifária
periódica em processamento, quando for o caso;
VPB1i :Valor da Parcela B econômico na data do reajuste em processamento;
Fator 𝑷𝒃 𝒊−𝟏 : Fator de recomposição da Parcela B integral, que retira os valores de Receita Irrecuperável e
inclui os valores de OR, UD e ER da Receita Fio B que foram contemplados no processo tarifário anterior,
ORDR1: Valores de Outras Receitas apurados no período de referência, atualizados conforme o Submódulo
2.7A; e
UD, ERDR1: Valores de Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativos, apurados entre a Data
Referência de Alteração Contratual e DR1, atualizados conforme o Submódulo 2.1A.
42. Portanto, são necessários ajustes na Receia Fio B (VPB0), de modo a retirar os efeitos da
presença do componente Receitas Irrecuperáveis (RI) na Parcela B e isolar os efeitos das parcelas
correspondentes a Outras Receitas (OR), Ultrapassagem de Demanda (UD) e Excedente de Reativos (ER),
que são apurados considerando o que for efetivamente realizado.
43. Assim, para fazer os ajustes relacionados acima na Receita Fio B (VPB0), aplica-se o Fator
Pb i−1, definido como:
Onde,
VPBRi-1: Valor da Parcela B de aplicação, calculada no último processo tarifário; e
OR, UD, ERi-1: Valores de Outras receitas, Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativos, apurados
no último processo tarifário.
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Fator X = Pd + Q + T
onde:
Pd = Ganhos de produtividade da atividade de distribuição;
Q = Qualidade do serviço; e
T = Trajetória de custos operacionais.
47. Por fim, o valor da componente Q é resultado da qualidade dos serviços técnicos e
comerciais prestados por cada distribuidora aos seus consumidores. Seu cálculo leva em conta a variação
de sete indicadores, técnicos e comerciais, e o atendimento aos padrões de qualidade estabelecidos pela
ANEEL.
48. Os componentes tarifários financeiros não fazem parte da base tarifária econômica e se
referem a valores a serem pagos ou recebidos pelos consumidores em cada período de 12 meses
subsequentes aos reajustes ou revisões tarifárias, em função de obrigações legais e regulamentares
impostas às distribuidoras. Descrições detalhadas e formas de cálculo encontram-se nos Submódulos 4.1,
4.2A, 4.3 e 4.4A do PRORET18.
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• Os valores da CVA do 5º dia útil anterior à data do reajuste tarifário anual são atualizados
pela Selic19.
• Em observância ao Submódulo 4.2A e 6.8 do PRORET, na apuração da CVA ENERGIA e na
CVAESS/ERR, é efetuada a reversão da receita decorrente da aplicação dos adicionais das
Bandeiras Tarifárias Vermelha e os repasses da Conta Centralizadora dos Recursos de
Bandeiras Tarifárias alocada para a concessionária, evitando aumento adicional.
• Ressalta-se que dados considerados no cálculo já foram fiscalizados pela Superintendência
de Fiscalização Econômica e Financeira – SFF/ANEEL. Para a fiscalização, foi utilizado banco
de dados corporativo para receber os dados de pagamento associados ao cálculo do saldo
de CVA e das garantias financeiras dos contratos de compra de energia.
A SFF/ANEEL recomenda que a SGT/ANEEL não utilize dados que não estejam salvos no
citado banco. Solicita ainda que oriente as empresas, caso necessário, a reenviar ou
retificar os dados sempre para o banco de pagamentos via Dutonet.
50. Os adicionais de bandeiras tarifárias são definidos pela ANEEL anualmente conforme
previsão das variações relativas aos custos de geração por fonte termelétrica e à exposição aos preços de
19 Em conformidade com os §§ 2° e 3° do Art. 3° da Portaria Interministerial MF/MME n° 25, de 24 de janeiro de 2002, e os §§ 1° e 2º do Art.
6° da Resolução n° 89, de 18 de fevereiro de 2002, os valores das CVA até o 5º (quinto) dia útil anterior à data do reajuste tarifário são
atualizados pela aplicação da menor taxa obtida na comparação entre a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos públicos federais e a projeção de variação indicada no mercado futuro da taxa
média de depósitos interfinanceiros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros para o prazo de 12 meses, ambos referentes aos 30 dias
anteriores à data do reajuste.
20 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2016703_Proret_Submod_4_3_V0.pdf
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liquidação no mercado de curto prazo que afetem os agentes de distribuição de energia elétrica
conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN.
51. Os recursos provenientes da aplicação das bandeiras tarifárias pelas distribuidoras são
revertidos à Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias – Conta Bandeiras, a qual foi criada
pelo Decreto nº 8.401/2015 e regulamentada por meio do Submódulo 6.8 do PRORET.
52. Uma vez arrecadados na Conta Bandeiras, os recursos são repassados às distribuidoras,
considerando os custos efetivamente realizados de geração por fonte termelétrica e de exposição aos
preços de liquidação no mercado de curto prazo e a respectiva cobertura tarifária vigente.
54. Nos termos do inciso VII do artigo 13º da Lei nº 10.438/2002, e conforme dispõe o Decreto
nº 7.891/2013, a CDE, além de suas demais finalidades, deve custear descontos incidentes sobre as tarifas
aplicáveis aos: geradores e consumidores de fonte incentivada; serviço de irrigação e aquicultura em
horário especial; serviço público de água esgoto e saneamento; distribuidoras com mercado próprio
inferior a 500 GWh/ano; classe rural; subclasse cooperativa de eletrificação rural e; serviço público de
irrigação.
56. Desde meados de 2015, uma grande quantidade de agentes do setor elétrico vem
ajuizando ações judiciais com o objetivo de desobrigá-los do pagamento de parcelas consideradas
controversas no orçamento anual da CDE.
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57. Com o aumento substancial de processos judiciais contestando o encargo da CDE, visando
uma simplificação operacional benéfica tanto para a ANEEL quanto para as distribuidoras , a Diretoria da
ANEEL decidiu por meio da Resolução Homologatória nº 2.083/201621, de 14 de junho de 2016, publicar
as tarifas com os efeitos das liminares e a lista de consumidores beneficiados, de tal forma que as
distribuidoras realizem o faturamento do encargo da CDE considerando as novas tarifas publicadas, com
vigência da decisão judicial até quando perdurar os seus efeitos.
58. Ou seja, as distribuidoras recolherão mensalmente à CCEE, atual gestora da Conta CDE, as
cotas da CDE fixadas pela ANEEL descontado o efeito mensal das liminares, relativos à mesma
competência, e observando a diferenciação entre CDE – USO e CDE – ENERGIA, dando ciência à CCEE
sobre as glosas realizadas.
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1. O saldo da CVA consiste no resultado da apuração das variações dos valores dos itens da
Parcela A (encargos setoriais, transporte e compra de energia) que ocorrem no período entre os eventos
tarifários, sendo calculado conforme os procedimentos definidos no Submódulo 4.2 A do PRORET22. No
reajuste tarifário em processamento, foram obtidos os seguintes resultados:
* O saldo da CVA em processamento é resultado da atualização dos valores da CVA do 5º dia útil anterior à data do reajuste
tarifário anual pela Selic projetada de 4,85%. A diferença entre a Selic projetada e realizada será capturada na apuração da
CVA saldo a compensar no processo tarifário.
3. Dessa forma, esta apuração de CVA contemplou as competências que seriam apuradas na
CVA de 2018, além das competências da CVA de 2019. A CVA de 2018 considerada provisoriamente foi
totalmente estornada através de componente financeiro específico no RTA.
22 Conforme definido no Submódulo 4.2 do PRORET, o saldo da CVA é apurado pela aplicação dos Método 1, 2 e 3. Pela aplicação do
Método 1, é apurada a diferença entre a cobertura concedida em reais e os custos realizados. Já pelo Método 2, é apurada a diferença entre
o preço praticado e a tarifa média de cobertura concedida no processo tarifário. Já pelo Método 3, são repassados os custos cuja a cobertura
tarifária já foi retirada pelo Método 1 ou 2.
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Financeira – SFF/ANEEL, que utilizou banco de dados corporativo para receber os dados das distribuidoras
relativos ao pagamento dos itens de custo observados no cálculo do saldo de CVA.
5. Ressalta-se, de acordo com a SFF, os pagamentos de rede básica não puderam ser
validados, devido a inconsistências nos dados informados pela CEA. Dessa forma, a CVA em
Processamento de Rede Básica foi considerada provisoriamente e deverá ser recalculada por ocasião do
próximo processo tarifário da distribuidora.
9. A seguir serão detalhados a apuração do saldo da CVA cujos impactos foram significativos
no processo tarifário e/ou pontos específicos da CVA em questão.
ESS/EER
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10. Na apuração do saldo da CVA ESS/EER são considerados os acrônimos TAJ_AR (Alívio
Retroativo), RES_EXCD_ER (Excedente da CONER), e VL_E_DESC (Custos decorrentes da operação de
usinas termelétricas despachadas por ordem de mérito, que se enquadram na situação onde
PLD<CVU≤CMO), por estarem associados aos custos de ESS e EER. A tabela a seguir apresenta o
detalhamento dos custos apurados pela CCEE para o período da CVA.
11. Para fins de monitoramento, foi comparada a cobertura tarifária concedida no processo
tarifário, segregada por ESS e EER, com os pagamentos realizados. Os resultados estão apresentados nos
Gráficos II.2, II.3 e Tabela II.3.
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Tabela II.3 – Comparativo dos valores totais de cobertura e pagamento de ESS e EER
Pagamento Cobertura Delta
Item
(R$) (R$) (R$)
EES 6.043.280,77 3.419.974,27 2.623.306,50
EER (9.742.161,04) 24.974.197,82 (34.716.358,86)
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Compra de Energia
12. A tabela a seguir apresenta a participação dos tipos de contratos no portfólio de compra
de energia da distribuidora.
13. O gráfico a seguir apresenta a formação do saldo da CVA Energia apurada pela aplicação
do Método 2. As barras representam o comparativo entre a tarifa média de cobertura tarifária concedida
e o preço realizado (sem os efeitos dos custos apurados pelo Método 3). Já a área em cinza representa o
saldo acumulado da CVA Energia ao longo do período de apuração.
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Milhões
250 45
212 40
200 35
176
165 165 165 164 160 160 158 156 164 163 161
159 157 154 154 155 155 158 159
152 152 153 153 153 153156
153155 153 153 153 153 30
150 139 139 139 139 139 139 139 139 139 139 139 139 134
129 124 25
20
100
15
50 10
5
0
0 -
jul-18
jul-19
jan-18
jan-19
fev-18
fev-19
dez-17
dez-18
nov-17
nov-18
mai-18
mai-19
abr-18
abr-19
jun-18
jun-19
mar-18
mar-19
set-17
out-17
set-18
out-18
ago-17
ago-18
ago-19
Saldo Acumulado Preço Médio Tarifa de Cobertura
14. A Tabela I.5 apresenta os custos de compra de energia apurados por meio do Método 3,
cujos valores são liquidados na CCEE. Já a Tabela I.6 apresenta os deltas, dos itens da Energia apurados
pelo Método 3, decorrentes das recontabilizações da CCEE.
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15. O gráfico a seguir apresenta o comparativo entre o preço médio dos contratos de compra
de energia, por modalidade, considerando os custos apurados por meio dos Métodos 2 e 3, e a cobertura
tarifária econômica concedida.
16. O impacto da CVA Energia no índice de reajuste de -3,36% pode ser segregado para cada
tipo de contrato, observando a respectiva cobertura concedida no processo tarifários e alocação da
receita de bandeiras destinada para a cobertura dos custos do Efeito Disponibilidade dos CCEAR-D, Risco
Hidrológico de Itaipu, Risco Hidrológico de CCGF e Risco Hidrológico das Usinas Repactuadas, conforme
custos apurados no âmbito da Conta Bandeiras. Os resultados estão detalhados no gráfico a seguir a
seguir.
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Gráfico II.6 – Impacto da CVA Energia no processo tarifário por modalidade de compra de energia
17. Cabe destacar que o impacto negativo significativo do MCSD EN é devido à inadimplência
de aproximadamente R$ 135 milhões da distribuidora acumulada até a última liquidação do mecanismo.
Tabela II.7 – Impacto da CVA Energia no processo tarifário por modalidade de compra de energia,
segregado em Método 2 e 3
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Item Impacto
Diferença entre preço realizado e tarifa de cobertura -15,06%
CCEAR-Q/MCSD -0,61%
MCSD EN -15,36%
CCEN 0,12%
Itaipu 0,00%
Bilateral -0,21%
CCGF 1,01%
GP 0,00%
MVE 0,00%
Suprimento 0,00%
CCEAR-A 0,00%
Método 3 11,71%
Efeito Disponibilidade CCEN -0,24%
Risco Hidrológico e CCEAR-D* 5,22%
Demais Custos 6,73%
Total -3,36%
* Efeito conjungado do Método 2 e 3 para o CCEAR-D
20. A Nota Técnica nº 253/2018 destacou a necessidade de ajustes a serem realizados na CVA
de 2019 com objetivo de corrigir eventuais divergências nos valores reconhecidos para a energia
contratada da UHE Coaracy Nunes a título de Parcela A nos processos tarifários de 2013 e 2014:
“Cabe aqui ressaltar que a Diretoria Colegiada determinou, mediante item ii do Despacho nº
4278/2017, no âmbito do processo 48500.003921/2016-95, que a SGT avaliasse ajustes nos
processos tarifários de 2013 e 2014 da CEA:
ii) Determinar à Superintendência de Gestão Tarifária – SGT que avalie os processos tarifários da
CEA dos anos de 2013 e 2014 e promova, no que couber, os ajustes necessários no processo tarifário
subsequente com o objetivo de corrigir eventuais divergências nos valores reconhecidos para a
energia contratada da UHE Coaracy Nunes a título de Parcela A;
Da análise da SGT, a determinação está associada à necessidade de recálculo de CVA da CEA das
competências de janeiro de 2013 a dezembro de 2014 – período em que a empresa recebeu
cobertura tarifária para a energia da UHE Coaracy Nunes valorada ao ACRmédio, mesmo a partir
da alteração da concessão da usina para o regime de cotas de garantia física, nos termos da Lei
12.783/2012.
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Dessa forma, a energia da UHE Coaracy Nunes, parte do contrato bilateral da Eletronorte com a
CEA, deveria ser repassada às tarifas pelo preço do regime de cotas e não mais considerada para
fins de cálculo do reembolso da CCC desde janeiro de 2013, competência a partir da qual a UHE
Coaracy Nunes passou a ser considerada no regime de cotas de garantia física. Em uma avaliação
preliminar da SGT, o ajuste representa uma reversão para a modicidade tarifária da ordem de 200
milhões de reais a valores de novembro de 2018.
Ocorre que, para separação da energia da UHE do restante do contrato com a Eletronorte, são
necessários os montantes gerados por aquela usina, integralmente destinados à CEA. Conforme
voto do Diretor Tiago de Barros Correia, o reprocessamento da CCC no período de 2009 a 2016 está
sendo realizado pelas áreas de fiscalização da ANEEL e definirá os montantes associados à geração
térmica e à UHE Coaracy Nunes, no âmbito do contrato bilateral com a Eletronorte.
Nesse sentido, SGT e SFF entenderam que seria prudente aguardar o término do processo de
fiscalização da CCC da CEA para que fossem realizados os ajustes necessários na CVA de 2019 da
empresa.”
Glosa de Energia
22. Tendo em vista que a distribuidora apresentou, para o período em questão, uma carga real
superior à energia requerida regulatória, houve aplicação do ajuste da glosa de energia.
23 Processo nº 48500.000024/2017-19.
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23. Nos termos do art. 22 do Decreto nº 7.246, de 28 de julho de 2010, o resultado financeiro
do mercado de curto prazo deve ser considerado no custo total de geração de energia elétrica do sistema
isolado da CEA, nos três anos subsequentes ao da interligação ao SIN.
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sobrecontratação de energia ou exposição ao mercado de curto prazo a partir dessa data até 31 de
dezembro de 2018, é objeto de ressarcimento pela CCC.
27. Na apuração do último ano será calculado o resultado líquido de todo o período. Se o
resultado líquido for custo, a CCC deverá pagar. Se o resultado for receita, ela deverá ser revertida para a
modicidade tarifária, podendo haver devolução de valores à CCC.
28. Nos processos tarifários de 2016 e 2017, conforme determinado pelas REH nº 2.187/2016
e REH nº 2.351/2017, foram homologados, respectivamente, custos de R$ 9.851.676,01 e R$
27.209.093,99 – valores a serem considerados no cálculo do reembolso da CCC para a CEA, relativos às
competências de 01/08/2015 a 01/08/2017.
29. No processo tarifário de 2018, houve uma receita de R$ 6.023.380,35, relativa ao período
de 01/09/2017 a 01/08/2018, que deveria ser repassada à modicidade tarifária, conforme o Submódulo
5.1 do Proret, item 5 – Sobrecontratação de Energia. Ocorre que o terceiro ano subsequente a que se
refere o art. 22 do Decreto 7.246/2010 foi completado em dezembro de 2018. Na ocasião do processo
tarifário de 2018, ainda restava apurar o resultado da sobrecontratação/exposição das competências de
01/09/2018 a 01/12/2018.
30. Portanto, neste processo tarifário foi apurada uma receita de R$ 7.560.410,54 relativa às
competências entre 01/09/2017 e 01/12/2018. Esse valor deve ressarcido pela CEA à CCC, nos termos do
art. 22 do Decreto 7.246/2010.
• O resultado no mercado de curto prazo para a distribuidora entre 01/01/2019 e 01/08/2019, com base em
dados fornecidos pela CCEE, foi calculado em R$ -16.334.694,30 a preços de novembro/2019.
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100
80
60
40
20
0
33. O Gráfico a seguir apresenta o comparativo entre o Preço Médio dos Contratos de Compra
de Energia e o valor do PLD percebido pela distribuidora, bem como o resultado financeiro no mercado
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de curto prazo24 dado a diferença entre esses preços e a posição contratual da distribuidora, descrita no
gráfico anterior.
10 600
R$ MILHÕES
R$/MWH
8
500
6
4 R$ 9,1 400
R$ 6,5
2 R$ 3,6
300
0 R$ 0,3 R$ 0,0 R$ 0,5 R$ 0,1 R$ 0,8
-R$ 0,3
-2 -R$ 4,4 200
-R$ 5,0 -R$ 6,0
-4
100
-6
-8 0
set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18 fev/18 mar/18 abr/18 mai/18 jun/18 jul/18 ago/18
Conta Bandeira
34. Por fim, para o monitoramento da adequabilidade das coberturas concedidas para os
custos de CCEAR-D e os riscos hidrológicos de CCGF, Itaipu e Usinas Repactuadas, deve-se observar as
previsões de risco hidrológico consideradas no processo tarifário como componente financeiro. Também
devem ser considerados os saldos positivos nas rubricas “Resultado MCP” e “ESS” da Conta Bandeira, pois
pela sistemática de apuração dos repasses da conta, resultados positivos desses itens de custos são
considerados como cobertura para os custos de CCEAR-D e risco hidrológico. Desta forma, a tabela a
seguir apresenta o resultado dessa comparação.
24Embora o procedimento de apuração do resultado financeiro do MCP, para fins de repasse tarifário, seja obtido com base na diferença
entre PLD e tarifa média de cobertura (uma vez que a CVA já captura o efeito da diferença entre preço e tarifa média), o custo ou receita
decorrente das compras e vendas no MCP se dá pela diferença entre o PLD e o Preço Médio dos contratos (Pmix).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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Tabela II.9 – Impacto dos custos de CCEAR-D e do Risco Hidrológico após o desconto da previsão de
risco hidrológico considerada no processo tarifários e de saldos positivos na Conta Bandeira
Itens Impacto
I - Impacto na CVA* 5,22%
Risco Hidrológico de CCGF 2,41%
Risco Hidrológico de Usinas Repactuadas 3,13%
Risco Hidrológico de Itaipu 0,00%
CCEAR-D (RRV + Efeito disponibilidade) -0,32%
II - Reversão da Previsão de Risco Hidrológico** -3,86%
Risco Hidrológico de CCGF -1,46%
Risco Hidrológico de Usinas Repactuadas -2,40%
Risco Hidrológico de Itaipu 0,00%
III - Receitas de MCP e ESS -4,18%
Resultado do MCP *** R$13.006.500,27
ESS + CONER -R$35.824.470,53
V - Custos não cobertos pela bandeira e previsão (I + II + III) -2,82%
Risco Hidrológico de CCGF -1,98%
Risco Hidrológico de Usinas Repactuadas -1,50%
Risco Hidrológico de Itaipu 0,00%
CCEAR-D (RRV + Efeito disponibilidade) 0,66%
* Já descontadas as receitas da Conta Bandeiras.
** Incluída a reversão relativa ao processo tarifário de 2018.
*** Para a avaliação da Conta Bandeira, está sendo considerado o resultado do
MCP referente às competências de 09/2017 a 08/2019. Porém, para fins tarifários,
o resultado das competências até 12/2018 é objeto de ressarcimento pela CCC.
35. Pode-se concluir, que após o desconto da previsão de risco hidrológico considerada no
processo tarifários e de saldos positivos do resultado de MCP e ESS (ESS + CONER) na Conta Bandeira, o
impacto dos custos não cobertos de CCEAR-D e risco hidrológico de CCGF e Usinas Repactuadas foi de -
2,82%. Isto significa que os custos foram cobertos em sua totalidade pela Conta Bandeira.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
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36. Nesse sentido, a tabela a seguir apresenta o impacto de cada modalidade contratual, já
descontada a reversão da previsão do risco hidrológico e da alocação das receitas de MCP e ESS/CONER,
chegando a um percentual líquido de -8,57%25.
37. Cabe aqui ressalvar que o resultado do MCP considerado para fins de apuração dos
impactos de CCEAR-D e Risco Hidrológico não contempla o limite de repasse da sobrecontratação, de
forma que parte desse resultado poderá ser repassado à distribuidora quando homologado o limite de
sobrecontratação involuntária para o período. Para o período de janeiro de 2019 a agosto de 2019, o nível
de contratação apurado em relação à carga real foi de 3,81%.
25 A receita de MCP e ESS é limitada até cobrir os custos de CCEAR-D e do Risco Hidrológico de CCGF, Itaipu e Usinas Repactuadas.
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1. Por meio do Ofício nº 1.016 PR/CEA, datado de 24/11/201926, que substituiu o de nº 1.005
PR/ CEA27, datado de 23/10/2019, a distribuidora apresentou pleitos a seguir descritos com respectivos
posicionamentos da SGT.
3. Após análise desta SGT, o pleito não foi acatado, considerando que os montantes indicados
correspondem a pagamentos recentes relacionados a dívidas de ciclos anteriores em que a distribuidora
estava inadimplente com obrigações setoriais, sendo esse procedimento o mesmo já adotado para outras
distribuidoras em situações semelhantes.
3. Trata-se de imposição legal com caráter punitivo, para desestimular inadimplências no setor elétrico e seus efeitos
negativos para todos os agentes, vale dizer, a gravidade da conduta justifica que a concessionária seja privada de
reajustar as suas tarifas, imputando-lhe perda de receita sem possibilidade de recuperação, do contrário, essa medida
perderia a sua força coercitiva.
4. Nesse contexto, ainda que existam hoje mecanismos de compensação tarifária, representados nos componentes
financeiros, não cabe aplicá-los nem reverter a perda imputada à concessionária pela sua inadimplência, o que
invalidaria os efeitos pretendidos pela Lei 8.631, de 1993.
5. Não há, portanto, que se falar em recomposição das perdas tampouco de suposto desequilíbrio incorrido pela
concessionária durante o período de sua inadimplência, pois quem gerou essa situação foi CELG-D, com inadequados
26
Documento SIC nº 48513.029125/2019-00.
27
Documento SIC nº 48513.027791/2019-00.
28 Processo nº 48500.003121/2010-89
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atos de gestão. Assim, a perda de receita de um comando legal e para o qual não cabe à ANEEL negá-la aplicação em
função da regularização da inadimplência, já que os eventuais efeitos retroativos tornariam a penalidade sem efeitos
práticos.
6. Sob essa ótica, o IRT da CELG-D deve ser calculado de acordo com o procedimento padrão e as perdas de receita
passadas não devem ser consideradas. Isso significa que os financeiros considerados restringem-se aos valores
correntes, pertencentes ao Reajuste de 2010.
7. A apuração dos saldos das Contas de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA seguem o
disposto na Portaria Interministerial1 MF/MME nº 025, de 24 de janeiro de 2002.
8. Particularmente no caso da CELG-D, existem ainda faturas de CCC, CDE, PROINFA e de energia proveniente de Itaipu,
referente a reajustes anteriores que não foram contabilizados na CVA por conseqüência do não pagamento. Contudo,
dado o caráter punitivo da restrição prevista no art. 10 da Lei nº 8.631, de 1993, os pagamentos relativos a meses de
competência anteriores ao período de fiscalização pertencente ao Reajuste Tarifário em processamento não poderão
ser considerados para fins de apuração da CVA atual nem subseqüentes, sob pena de restituição de parcela da perda
imputada.
9. Assim, para fins de apuração da CVA em Processamento, foram considerados apenas os pagamentos
correspondentes aos meses de competência pertencentes ao atual período de fiscalização, qual seja, aquele que
compreende os meses de competência, vencíveis entre o 29º dia anterior à data do último cálculo tarifário homologado
e o 30º dia anterior à data do reajuste tarifário em processamento.
5. Neste sentido, observando a situação da CEA, que esteve inadimplente até o processo
tarifário de 2013, a apuração de CVA deve se restringir ao período de apuração com início em novembro
de 2012, desconsiderando apuração de saldos anteriores a tal período e, portanto, não recepcionando o
reconhecimento de pagamentos associados ao acordo reportado pela empresa.
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7. Após análise da SGT, o pleito foi parcialmente acatado, especificamente para o período de
30/11/2018 a 11/12/2018, considerando o disposto no artigo 10 da REH 2.495/2018, publicada em
12/12/2018: [“Art. 10. Diferir o montante da receita não auferida pela CEA, de 30 de novembro de 2018
até a data da publicação desta Resolução Homologatória, decorrente da não aplicação do reajuste
tarifário no período, mediante tratamento como componente financeiro, a ser considerado no processo
tarifário de 2019.”].
10. Destaca-se que a suspensão nesse período não decorreu de ato da ANEEL e que os efeitos
deveriam retornar a cada consumidor na medida em que foram beneficiados pela liminar.
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