Você está na página 1de 13

CÓDIGO DE JUSTIÇA

IRONMAN E IRONMAN

2ª EDIÇÃO

ABRIL - 2016

Página 1 de 13
LIVRO PRIMEIRO

DO JURI DE COMPETIÇÃO

TÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO JURI DE COMPETIÇÃO DO PROCESSO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO JURI DE COMPETIÇÃO

ART. 1º A organização, o funcionamento, as atribuições do Júri de Competição e o processo desportivo, bem como a
previsão das infrações disciplinares desportivas e de suas respectivas sanções, no que se referem ao desporto de
endurance promovido pela Unlimited Sports, neste caso Ironman Brasil e Ironman Brasil 70.3, regulam-se por este
Código e, no que couberem, pela legislação aplicável, a que ficam submetidas todas as pessoas físicas e/ou jurídicas,
remuneradas ou não, e/ou terceiros que, direta ou indiretamente estiverem a elas subordinadas, participando do
IRONMAN BRASIL e/ou IRONMAN BRASIL 70.3.

ART. 2º. A interpretação e aplicação deste Código observará os seguintes princípios, sem prejuízo de outros previstos na
legislação própria e na Constituição Federal:

I- ampla defesa;

II- celeridade;

III- contraditório;

IV- economia processual;

V- impessoalidade;

VI- independência;

VII- legalidade;

VIII- moralidade;

IX- motivação;

X- oficialidade;

XI– oralidade;

XII- proporcionalidade;

XII- publicidade;

XIII- razoabilidade;

XIV- devido processo legal;

XV– tipicidade desportiva;

XVI- prevalência, continuidade e estabilidade das competições (pro competitione);

XVII- espírito desportivo (fair play).

ART. 3º. São órgãos deste Código de Justiça:

Página 2 de 13
I- Júri de Competição.

ART. 4º. O Júri de Competição compõe-se de 05 (cinco) membros, denominados auditores, bacharéis em direito ou
pessoas de notório saber jurídico desportivo e de reputação ilibada, sendo:

I- 1 (um) indicado pela Direção Técnica da prova ou etapa;

II- 1 (um) indicado pela entidade de Triatlon do Estado ou município onde se realiza a prova;

III- 1 (um) representante da Comissão de Apuração;

IV- 1 (um) representante dos árbitros, por estes indicado;

V- 1 (um) representante dos atletas, por estes indicado no ato do Congresso Técnico da prova ou etapa.

§ 1º. Além da indicação dos auditores efetivos, os segmentos ou instituições referidas nos incisos I até V do caput deste
artigo, poderão indicar cada um, um auditor suplente que terá sua atuação regulada por Ato específico da Direção Geral
da Prova ou etapa.

ART. 5º. O Júri de Competição será dirigido por um Presidente, dentre seus membros, indicado pela Presidência da
Unlimited Sports.

§ 1º. Em caso a vacância do presidente devido à indicação mencionada acima, o auditor mais velho do Júri de
Competição exercerá a presidência dos trabalhos até o final do evento/prova/etapa ao qual os auditores foram
empossados.

§ 2º. Junto ao órgão judicante atuarão, pelo menos, 1 (um) Procurador, e 1 (um) Secretário, indicados pela Unlimited
Sports.

§ 3º. O Júri de Competição só poderá deliberar e julgar com a presença da maioria dos seus membros

CAPÍTULO II

DA PRESIDÊNCIA

ART. 6º. São atribuições do Presidente do Júri de Competição, além das que lhe forem conferidas por lei e/ou por este
Código:

I- zelar pelo perfeito funcionamento do Júri de Competição e fazer cumprir suas decisões;

II- ordenar a instauração de processos;

III- sortear os Auditores-Relatores dos processos, exceto quando houver motivo de caráter especial, quando então serão
designados a seu critério;

IV- designar dia e hora para as sessões ordinárias e dirigir os trabalhos, dar redação final ou mandar redigir o acórdão
relativo a cada processo julgado;

V- Expedir citações, intimações, notificações e outros documentos.

CAPÍTULO III

DOS AUDITORES

ART. 7º. O mandato dos auditores do Júri de Competição tem início no primeiro dia da competição para a qual foram
constituídos e se encerra as 23h59m do dia posterior ao término da competição/prova/etapa.

Página 3 de 13
ART. 8º. Ocorre vacância do cargo de Auditor:

I- pela morte;

II- pela renúncia;

III- pela condenação criminal ou na Justiça Desportiva, transitado em julgado;

IV- pelo não comparecimento a uma sessão de julgamento.

V– Pela incompatibilidade para o exercício do cargo.

§ 1º. Ocorre incompatibilidade para o exercício do cargo de auditor:

a) a partir da condenação criminal, passada em julgado na Justiça Comum, ou disciplinar, passada em julgado na Justiça
Desportiva, quando, o resultado comprometer a probidade necessária ao desempenho do mandato;

b) quando o auditor, durante o mandato, passar a exercer cargo ou função incompatível com o exercício da atividade na
justiça desportiva, nos termos da legislação e deste Código;.

§ 2º. Aberta a vaga de auditor, o Presidente do Júri de Competição dará posse ao suplente do segmento, se houver, ou
obrigatoriamente iniciará processo de indicação para o preenchimento da vaga do segmento.

ART. 9º. Não podem integrar o Júri de Competição Auditores que tenham parentesco na linha ascendente ou
descendente, nem Auditor que seja cônjuge, irmão, cunhado, tio, sobrinho, sogro, padrasto ou enteado de outro
Auditor.

ART. 10º. O Auditor fica impedido de intervir no processo:

I - quando, em relação à parte, ocorrerem os vínculos de parentesco e afinidade, conforme o Art. 9º;

II - quando for credor, devedor, avalista, fiador, patrão ou empregado de qualquer das partes ou quando tenha com
qualquer delas interesse de natureza comercial;

III - quando, por qualquer forma, se houver manifestado, antes da sessão ou audiência de julgamento, sobre causa que
estiver em processamento na Justiça Desportiva e/ou Justiça Civil.

§ 1º. Os impedimentos a que se refere este artigo devem ser declarados pelo próprio Auditor, tão logo tome
conhecimento da pauta de julgamento e, se assim não o fizer, podem as partes ou a Procuradoria argüi-los, na primeira
oportunidade em que tiverem de falar no processo, sob pena de preclusão.

§ 2º. Argüido o impedimento, decidirá o Júri de Competição por maioria.

§ 3º. Uma vez declarado o impedimento, o auditor impedido não poderá, a partir de então, praticar qualquer outro ato
no processo em referência.

ART. 11º. Compete ao auditor, além das atribuições conferidas por este Código:

I - comparecer, obrigatoriamente, às sessões e audiências, quando regularmente convocado;

II - empenhar-se no sentido da estrita observância das leis, do contido neste Código e zelar pelo prestígio das
instituições desportivas;

III - manifestar-se rigorosamente dentro dos prazos processuais;

IV - apreciar, livremente, a prova dos autos, tendo em vista, sobretudo, o interesse do desporto, fundamentando,
obrigatoriamente, a sua decisão.

Página 4 de 13
CAPÍTULO IV

DA PROCURADORIA DO JURI DE COMPETIÇÃO

ART. 12º. A Procuradoria do Júri de Competição destina-se a promover a responsabilidade das pessoas naturais ou
jurídicas que violarem as disposições deste Código, exercida por procurador nomeado pela Unlimited Sports, aos quais
compete:

I - oferecer denúncia, nos casos previstos em lei ou neste Código;

II - dar parecer nos processos de competência do órgão judicante aos quais estejam vinculados;

III - formalizar as providências legais e processuais e acompanhá-las em seus trâmites;

IV - requerer vistas dos autos;

V - propor medidas que visem à preservação dos princípios que regem a Justiça Desportiva e o Desporto;

VI - requerer a instauração de inquérito;

VII - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, por este Código ou regimento interno.

ART. 13º. A Procuradoria será dirigida por um Procurador, indicado e nomeado pelo Presidente da Unlimited Sports, o
qual poderá atuar somente durante o período dos trabalhos do Júri de Competição.

§ 1º. O mandato do Procurador será idêntico ao estabelecido para todos os membros do Júri de Competição.

ART. 14º. Aplica-se ao Procurador o disposto nos Art. 08º ao 10º.

CAPÍTULO IV

DA SECRETARIA

ART. 15º. As atribuições da Secretaria são as previstas neste Código e no Regulamento Geral do IRONMAN BRASIL E
IRONMAN BRASIL 70.3, competindo-lhe:

I - organizar os processos, numerando-os por ordem seqüencial;

II - redigir, segundo a orientação do Presidente do Júri de Competição, a ordem do dia de cada sessão, dando-lhe a
divulgação prevista.

III - redigir a decisão de cada processo após sua apreciação na ordem do dia, incluindo-a na ata-resumo dos trabalhos da
respectiva sessão, assinando-a com os membros;

IV - fazer a citação das partes no momento de entrega do recurso;

V - elaborar as atas das sessões de julgamento;

VI - cumprir outras obrigações que lhe são conferidas.

§ 1º. A Secretaria do Júri de Competição deverá manter registro atualizado:

a) das penalidades aplicadas nos 2 (dois) últimos anos, nas competições realizadas no âmbito de sua jurisdição;

b) das ordens do dia e respectivas sessões, em cada evento;

c) do quadro de Auditores em exercício e seus substitutos.

Página 5 de 13
§ 2º. A Secretaria somente poderá prestar informações aos Auditores do Júri de Competição e às partes ou seus
representantes, quando devidamente credenciados.

§ 3º. É facultada a vista de processos encerrados a qualquer das partes na presença do Secretário.

§ 4º. O horário de funcionamento da Secretaria para recebimento dos recursos será desde o horário de afixação do
resultado oficial da prova até trinta (0h30) minutos posterior a afixação do resultado

§ 5º. O horário de que trata o § 4º. Será divulgado por ocasião da realização do Congresso/Seminário Técnico do
evento/prova/etapa.

TÍTULO II

DA JURISDIÇÃO E DA COMPETÊNCIA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

ART. 16º. O Júri de Competição tem jurisdição territorial restrita ao âmbito do evento para o qual foi constituído.

ART. 17º. O Júri de Competição tem competência para processar e julgar as infrações praticadas por qualquer pessoa
que faça parte do evento/prova/etapa para o qual fora empossado, podendo rever ou não a classificação final do
evento/prova/etapa, cabendo-lhe:

I - processar e julgar originariamente:

a) os seus Auditores;

b) as infrações praticadas contra os membros da organização do evento/prova/etapa;

c) os impedimentos postos a seus Auditores;

II - declarar a incompatibilidade de Auditor;

III - requisitar informações para esclarecimento de matéria submetida à sua apreciação;

IV - deliberar sobre casos omissos;

V - conceder efeito suspensivo a recurso, em decisão fundamentada, quando a simples devolução da matéria possa
causar prejuízo irreparável ao recorrente.

CAPÍTULO II

DOS DEFENSORES

ART. 18º. Qualquer pessoa, maior de 18 (dezoito) anos, com notório saber Jurídico-Desportivo, poderá atuar como
defensor, mediante a apresentação de Instrumento do Mandato.

Parágrafo Único. A simples declaração, feita pela parte, habilita o defensor a intervir no processo.

ART. 19º. O menor de 18 (dezoito) anos, que não tiver defensor, será assistido ou representado por defensor nomeado
pelo Presidente do órgão judicante, sendo este de notório saber jurídico desportivo, e de conduta ilibada.

ART. 20º. O Presidente do Júri de Competição poderá nomear, pessoa de notório saber jurídico desportivo, e de
conduta ilibada, para o exercício da função de defensor dativo.

TÍTULO III

Página 6 de 13
DO PROCESSO DISCIPLINAR

CAPÍTULO I

DO PROCESSO ORDINÁRIO

ART. 21º. O processo ordinário será iniciado de ofício mediante denúncia da Comissão de Apuração, ou por queixa ao
Júri de Competição a ele endereçado, formulada por qualquer pessoa interessada.

I - Recebida e despachada a documentação, pela Secretaria do Júri de Competição, a secretaria procederá ao registro,
encaminhando ao Presidente para manifestação, que deverá sortear aos auditores no inicio da Sessão de Julgamento.

II - As partes interessadas, querendo, podem apresentar documentos que entenderem fundamentais para a defesa, até
o início da sessão de julgamento.

CAPÍTULO II

DOS PRAZOS

ART. 22º. Os prazos para as partes contam-se:

I - O prazo para recurso será de 0h30m após a afixação do resultado final do evento.

Parágrafo Único. O horário de afixação do resultado será divulgado durante o congresso/Seminário Técnico da prova.

ART. 23º. Os Auditores proferirão os seus despachos e decisões dentro de até 30 minutos após o recebimento do
processo;

Parágrafo Único. A Secretaria tem o mesmo prazo fixado neste artigo, para a prática dos atos que são atribuídos.

ART. 24º. O prazo para a apresentação de acórdão será de até 30 minutos após o término da Sessão de Julgamento.

CAPÍTULO III

DAS PROVAS

ART. 25º. Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados, são hábeis para
provar os fatos alegados no processo.

ART. 26º. Relativamente aos fatos ocorridos antes, durante e depois da competição, o julgador levará em conta,
principalmente, a súmula do árbitro e/ou a palavra do árbitro, no que se refere ao que foi por ele observado, decidido,
descrito na súmula ou relatório.

Parágrafo Único. Não se aplicará o disposto neste artigo quando se tratar de infração praticada pelo árbitro ou seus
auxiliares.

SEÇÃO I

DAS TESTEMUNHAS

ART. 27º. Toda pessoa pode servir como testemunha, exceto os incapazes, impedidos e suspeitos, assim considerados
pelo artigo 405, do Código do Processo Civil.

§ 1º. Quando o interesse do desporto o exigir, o órgão judicante ouvirá testemunhas incapazes, impedidas ou suspeitas,
mas não lhes deferirá compromisso e dará aos seus depoimentos o valor que possam merecer.

§ 2º. Aos ofendidos também não se deferirá compromisso.

Página 7 de 13
ART. 28º. Nenhuma das partes, nem a Procuradoria, poderá arrolar mais de 3 (três) testemunhas.

ART. 29º. As testemunhas poderão ser indicadas e apresentadas até a hora do julgamento.

ART. 30º. A testemunha assumirá o compromisso de bem servir ao desporto, de dizer a verdade sobre o que souber e
lhe for perguntado, devendo ser qualificada e declarar se tem parentesco com as partes e do seu interesse direto ou
indireto no resultado.

Parágrafo Único. O depoimento das testemunhas será reduzido a termo.

ART. 31º. É vedado à testemunha trazer o depoimento por escrito, ou fazer apreciações pessoais sobre os fatos
testemunhados, salvo quando inseparáveis da respectiva narração.

ART. 32º. Os Auditores diretamente, e as partes por intermédio do Presidente, poderão inquirir e reinquirir as
testemunhas.

ART. 33º. O Auditor-Relator ouvirá as testemunhas, separada e sucessivamente, primeiro as da Comissão de Apuração
e, em seguida, as das partes, providenciando para que uma não ouça os depoimentos das demais.

SEÇÃO II

DOS DOCUMENTOS, FILMES E GRAVAÇÕES

ART. 34º. As provas fotográficas, fonográficas, cinematográficas, mídia eletrônica e outras equivalentes serão
apreciadas com as cautelas que a sua natureza exige, cabendo à parte que as quiser produzi-las.

ART. 35º. Os documentos, fotografias, películas, mídia eletrônica e outras equivalentes ou outros elementos materiais
de prova devem ser anexados ao processo, até a hora marcada para a sessão de julgamento.

CAPÍTULO IV

DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS

ART. 36º. A citação, ato processual pelo qual a pessoa física ou jurídica é convocada para, perante o Júri de Competição,
comparecer e defender-se das acusações que lhe são imputadas, far-se-á através do recebimento do protocolo na
entrega do recurso a Secretaria do IRONMAN Brasil e IRONMAN Brasil 70.3.

ART. 37º. Feita a citação, o processo prosseguirá em todos os seus termos, independentemente do comparecimento do
citado.

CAPÍTULO V

DA INTERVENÇÃO DE TERCEIRO

ART. 38º. Nos processos admitir-se-á a intervenção de terceiro, quando houver legítimo interesse.

Parágrafo Único. O pedido de intervenção, que deverá ser acompanhado da prova de legitimidade do interesse, só será
admitido até 10(dez) minutos antes do horário marcado para o início da sessão.

CAPÍTULO VI

DAS NULIDADES

ART. 39º. São causas determinantes de nulidade:

I -a incompetência, ou a suspeição ou o suborno do julgador;

Página 8 de 13
II - a falta ou a irregularidade de citação;

III - a falta de intimação da parte ou de seu defensor para a sessão de julgamento;

IV - o cerceamento de defesa;

V - a preterição de formalidade essencial;

VI - o julgamento de parte incapaz sem a necessária assistência ou representação.

ART. 40º. A nulidade não será pronunciada em favor de quem lhe houver dado causa, como não o será, também,
quando o processo, no mérito, puder ser resolvido a favor da parte a quem aproveitaria.

CAPÍTULO VII

DA SESSÃO DE JULGAMENTO

ART. 41º. O Presidente do Júri de Competição, havendo número legal de Auditores, dará início à sessão.

Parágrafo Único. As sessões de julgamento serão públicas, podendo o Presidente do Júri de Competição, por motivo de
ordem ou segurança, determinar que a sessão seja reservada, garantida, porém, a presença das partes e de seus
defensores.

ART. 42º. Nas sessões de julgamento será observada a pauta previamente organizada pela Secretaria, de acordo com a
ordem numérica dos processos, ressalvados os pedidos de preferência das partes que estiverem presentes, a critério da
Presidência.

ART. 43º. Em cada processo, antes de dar início ao julgamento, o Presidente indagará das partes se têm provas a
produzir

§ 1º. Deferida a produção das provas, será feito o relatório e em seguida ouvidas as testemunhas.

§ 2º. Se houver prova de mídia eletrônica, será exibida após o relatório.

§ 3º. Feito o relatório e tomadas às provas, será dado o prazo de 10 (dez) minutos, sucessivamente, a cada uma das
partes, para sustentação oral.

ART. 44º. O Presidente, encerrado o debate, indagará dos Auditores se estão em condições de votar e, no caso
afirmativo, dará a palavra ao Auditor-Relator, para proferir o seu voto.

§ 1º. O Auditor-Relator findo o relatório e após a produção das provas, prestará aos demais Auditores os
esclarecimentos que solicitarem.

ART. 45º. Após o voto do Auditor-Relator, votarão, por ordem de antigüidade, os Auditores e por último o Presidente.

ART. 46º. Qualquer Auditor, sem ser interrompido, pode usar da palavra 2 (duas) vezes sobre a matéria em julgamento,
inclusive para modificação de voto.

ART. 47º. Os Auditores presentes à sessão e que hajam assistido ao relatório serão obrigados a votar.

Parágrafo Único. Não poderá votar o Auditor que não tenha assistido ao relatório.

ART. 48º. Nos casos de empate na votação, ao Presidente é atribuído o voto de qualidade;

ART. 49º. Proclamado o resultado do julgamento, a decisão passa a produzir efeitos a partir da publicação no mural de
resultados do IRONMAN e IRONMAN 70.3;

Página 9 de 13
ART. 50º. As decisões do Júri de Competição serão comunicadas, imediatamente após o término da sessão de
julgamento, aos interessados, para os devidos efeitos legais.

TÍTULO VI

DAS INFRAÇÕES EM ESPÉCIE

CAPÍTULO I

DAS INFRAÇÕES EM GERAL

ART. 51 º. Praticar ato desleal ou hostil durante a prova, etapa ou equivalente.

PENA: Desclassificação e/ou suspensão pelo prazo de 15 (quinze) a 90 (noventa) dias, se praticada por qualquer outra
pessoa natural submetida a este Código.

ART. 52 º. Praticar Ato violento.

PENA: Desclassificação da prova, etapa ou equivalente.

ART. 53 º. Praticar agressão física durante o evento, prova ou equivalente.

PENA: Desclassificação do evento, prova ou equivalente;

Parágrafo único. Se a ação for praticada contra árbitros, assistentes ou demais membros de equipe de arbitragem, a
pena será de suspensão por 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias dos eventos organizados pela
Unlimited Sports.

ART. 54 º. Participar de rixa, conflito ou tumulto, durante o evento, prova ou equivalente.

PENA: Desclassificação e/ou suspensão pelo prazo de 90 (noventa) a 360 (trezentos e sessenta) dias, dos eventos
organizados pela Unlimited Sports.

ART. 55º. Manifestar-se de forma desrespeitosa ou ofender alguém em sua honra, por fato relacionado diretamente ao
desporto, ainda que fora do local de competição.

PENA: Desclassificação e suspensão pelo prazo de 15 (quinze) a 180 (cento e oitenta) dias, dos eventos organizados pela
Unlimited Sports.

§ 1º. Se a ação for praticada contra árbitros, assistentes ou demais membros de equipe de arbitragem, a pena mínima
será de suspensão por 60 (sessenta) a 120 (cento e vinte) dias.

ART. 56º. Ameaçar alguém, por palavra, escrito, gestos ou por qualquer outro meio, a causar-lhe mal injusto ou grave.

PENA: Advertência, ou suspensão de 15 (quinze) a 90 (noventa) dias, dos eventos organizados pela Unlimited Sports.

ART. 57º. Incitar publicamente o ódio ou a violência.

PENA: Desclassificação.

ART. 58º. Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica,
raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.

PENA: Desclassificação.

ART. 59º. Falsificar, no todo ou em parte, documento público ou particular, omitir declaração que nele deveria constar,
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita, para o fim de usá-lo perante a Justiça

Página 10 de 13
Desportiva ou entidade desportiva.

PENA: suspensão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias dos eventos organizados pela
Unlimited Sports.

§ 1º. No caso de falsidade de documento público, após o trânsito em julgado da decisão que a reconhecer, o Presidente
do órgão judicante encaminhará ao Ministério Público os elementos necessários à apuração da responsabilidade
criminal.

§ 2º. Equipara-se a documento, para os efeitos deste artigo, as provas fotográficas, fonográficas, cinematográficas, de
video-tape e as imagens fixadas por qualquer meio eletrônico.

ART. 60º. Apresentar queixa notoriamente falsa ou dar causa, por erro grosseiro ou sentimento pessoal, à instauração
de procedimento na Justiça Desportiva.

PENA: Advertência ou suspensão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias dos eventos
organizados pela Unlimited Sports.

ART. 61º. Prestar depoimento falso perante a Justiça Desportiva.

PENA: Desclassificação e suspensão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias dos eventos
organizados pela Unlimited Sports, em caso de atleta.

ART. 62º. Dar ou oferecer vantagem a testemunha, perito, tradutor ou intérprete, para fazer afirmação falsa, negar ou
calar a verdade em depoimento, perícia, tradução ou interpretação.

PENA: Desclassificação e suspensão pelo prazo de 180 (cento e oitenta) a 720 (setecentos e vinte) dias dos eventos
organizados pela Unlimited Sports, em caso de atleta.

Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que aceita a vantagem oferecida.

ART. 63º. Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste
Código.

PENA: Advertência ou suspensão pelo prazo de 15 (quinze) a 360 (trezentos e sessenta) dias dos eventos organizados
pela Unlimited Sports, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código.

ART. 64º. Deixar o árbitro, de observar as regras da modalidade.

PENA: suspensão pelo prazo de 10 (dez) a 180 (cento e oitenta) dias.

Parágrafo único. É facultado ao órgão judicante substituir a pena de suspensão pela de advertência se a infração for de
pequena gravidade.

ART. 65º. Deixar o árbitro, auxiliar ou membro da equipe de arbitragem de se apresentar devidamente uniformizado ou
apresentar-se sem o material necessário ao desempenho das suas atribuições.

PENA: suspensão pelo prazo de 10 (dez) a 180 (cento e oitenta) dias.

Parágrafo único. É facultado ao órgão judicante substituir a pena de suspensão pela de advertência se a infração for de
pequena gravidade.

ART. 66º. Deixar o árbitro, auxiliar ou membro da equipe de arbitragem de entregar ao órgão competente, no prazo
estabelecido neste Código, os documentos do evento, prova ou equivalente, regularmente preenchidos.

Página 11 de 13
PENA: suspensão pelo prazo de 10 (dez) a 180 (cento e oitenta) dias.

ART. 67º. Deixar o árbitro, de relatar as ocorrências disciplinares do evento, prova ou equivalente, ou fazê-lo de modo a
impossibilitar ou dificultar a punição de infratores, deturpar os fatos ocorridos ou fazer constar fatos que não tenha
presenciado.

PENA: suspensão pelo prazo de 10 (dez) a 180 (cento e oitenta) dias.

ART. 68º. Praticar o árbitro, atos com excesso ou abuso de autoridade.

PENA: suspensão pelo prazo de 10 (dez) a 180 (cento e oitenta) dias.

ART 69º. Transferir o kit de prova para outrem.

PENA: suspensão de dois anos, de qualquer prova de Ironman e Ironman 70.3 no mundo. 

ART 70º. Largar fora de sua categoria, não usando a cor de touca correspondente a ela.

PENA: Desclassificação da prova/evento/etapa. 

ART 71º. Se direcionar à largada por fora da área de concentração de largada, não passando pelo controle de entrada.

PENA: Desclassificação da prova/evento/etapa. 

ART 72º. Ultrapassar o tempo limite de conclusão da modalidade, conforme especificado em regulamento e/ou regras
gerais e/ou da modalidade.

PENA: Desclassificação da prova/evento/etapa. 

ART 73º. Não cumprir fielmente o percurso de cada modalidade.

PENA: Desclassificação da prova/evento/etapa. 

ART 74º. usar equipamento de auxílio para nadar, exceto óculos e roupa de borracha se liberada.

PENA: Desclassificação da prova/evento/etapa. 

ART 75º. Não usar capacete duro e afivelado

PENA: Desclassificação da prova/evento/etapa. 

CAPÍTULO III

DAS INFRAÇÕES RELATIVAS À DOPAGEM

ART. 74º. As infrações por dopagem são reguladas pela lei, pelas normas internacionais pertinentes e, de forma
complementar, pela legislação internacional referente à respectiva modalidade esportiva.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

ART. 75º. Os casos omissos e as lacunas deste Código serão resolvidos de acordo com os princípios gerais de direito e
legislação específica, vedadas, porém, para definir e qualificar infrações, as decisões por analogia.

ART. 76º. Todas as citações, intimações, comunicações, bem como atos oficiais do Júri de Competição terão como
publicação o sítio do IRONMAN na internet e o mural da Secretaria da prova, a qual obrigará ao cumprimento das

Página 12 de 13
disposições a que se referem.

ART. 77º. A interpretação das normas deste Código, regida pelas regras gerais de hermenêutica, será feita visando à
defesa da disciplina e da moralidade do desporto.

Página 13 de 13

Você também pode gostar