Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
O Controle de Vocabulário Da Linguagem Orgânico-Funcional: Concepção e Princípios Teórico-Metodológicos
O Controle de Vocabulário Da Linguagem Orgânico-Funcional: Concepção e Princípios Teórico-Metodológicos
O Controle de Vocabulário da
Linguagem Orgânico-Funcional
Concepção e princípios teórico-metodológicos
A
mediada por uma linguagem consistente.
o considerar que as práticas
documentárias no contexto Do ponto de vista do ciclo documentário
arquivístico se desenvolvem arquivístico, pode-se dizer que a utilização
no universo da linguagem – a questão da de uma linguagem normalizada de acordo
linguagem percorre todo o ciclo documen- com o contexto e a cultura organizacional
tário (produção, registro, organização,
de uma instituição é um dos fatores de-
disseminação, recuperação e assimilação),
terminantes para garantir a dinâmica e a
observa-se a importância do controle de
totalidade do ciclo documentário (produ-
vocabulário como um recurso normativo
ção, organização, disseminação).
para nomear as atividades, os procedimen-
tos funcionais, os tipos documentais e os A complexidade da estrutura orgânico-
órgãos produtores que compõem a estrutu- funcional (departamentos e setores) de
ra organizacional de uma instituição, com uma instituição, aliada às características e
a função de assegurar o compartilhamento especificidades funcionais de cada um dos
ção, na maioria das vezes, são atribuídos dos arquivos, no momento da elaboração
Nessa perspectiva, apontamos como pro- relações que estabelecem a partir da orga-
posta para subsidiar a normalização e ga- nização sintagmática dos elementos e, de
rantir a univocidade na linguagem orgâni- certo modo, a morfologia que, sintetizando
co-funcional nos sistemas de recuperação parcialmente aspectos da semântica e da
da informação arquivística os princípios sintaxe, se encarrega da identificação das
teórico-metodológicos da terminologia. partes da palavra e de suas condições de
Ao oferecer aportes metodológicos e prag- ocorrência” (Cintra, 1983, p. 7). Ou seja,
máticos para retificar as dissonâncias de o processo de controle de vocabulário
linguagem ocorridas durante as etapas de pressupõe intervenções no: controle da
produção, organização, representação, normalização gramatical – a forma dos
acesso e recuperação da infor mação, termos; controle semântico dos termos
utiliza-se como recurso nor mativo o ou controle do significado.
princípio da univocidade terminológica Ao nor malizar a linguagem or gânico-
e conceitual de um objeto, processo ou funcional, tem-se a oportunidade de mini-
atividade funcional. Nesse sentido, “este mizar as ambiguidades e a plurivocidade
princípio estabelece uma correspondên- dos termos na nomeação das atividades,
cia única entre o significante/significado, procedimentos funcionais e tipologias
impedindo deste modo a ocorrência de documentais, permitindo o compartilha-
ambiguidades” (Ferreira, 1999). mento eficaz e atendendo uma diversidade
P
ara construir um sistema de in- vários termos e um termo pode se referir
para designar um mesmo conceito utilizado conceito como o termo mais adequado
por falantes de uma mesma língua em re- para o uso; a opção pelo singular ou
de discurso – são expressões utilizadas para devem ser registradas claramente nesse
S
mit e Kobashi (2003, p. 20) de básica da terminologia e distingue-se
afir mam que o “controle de da palavra do léxico geral. O termo é a
vocabulário é processo para palavra efetivamente usada no discurso.
um objetivo que se deseja atingir”, já O léxico é um estoque de palavras inde-
o vocabulário controlado é resultado pendente das coisas, sendo resultado de
desse processo, é “um instrumento para convenções arbitrárias”.
Segundo Lara (2005, p. 6), a terminologia arquivístico (a sua função) e não o que ele
“assume funções de comunicação e de contém (assunto/temática). O tratamento
representação, procura consenso e pro- temático, deste modo, cumpre uma função
põe formas de controle da diversidade de complementar.
significação”.
Somente assim as LDs poderão subsidiar
As linguagens controladas com base na ter- os processos que envolvem as etapas de
minologia propõem múltiplas representações organização, representação e recuperação
de um conjunto de documentos ou de um da informação arquivística.
documento arquivístico de modo a contem-
As LDs atuam com os conceitos expressos
plar diferentes demandas de informação.
nos documentos, ou seja, a unidade que
Segundo Canalejo (1998, p. 116 apud compõe a sua estrutura é um conceito
Calderon, 2003, p. 102) a normalização representado por um ter mo/descritor,
terminológica como recurso para o controle independentemente de o conceito evocar
de vocabulário “procede das linguagens de um assunto/temática ou uma função/ativi-
indexação e supõe a seleção dos termos dade. Assim, o processo de construção de
que representam o documento em si, seu vocabulários controlados na arquivística,
conteúdo e seu contexto para proporcionar ao lidar com o conceito, deve considerar,
qualidade de informação que se pede atual- no momento da análise dos conjuntos do-
mente aos arquivos, inseridos num sistema cumentais, a rede conceitual das funções,
de informação e por isso cada dia frequen- atividades, processos e procedimentos
tados por um público muito heterogêneo”. orgânico-funcionais para designar os ter-
mos com precisão e consistência, além
Tradicionalmente, a aplicação das linguagens
do estabelecimento de relações entre si.
de indexação, ou simplesmente LDs (lingua-
gens documentárias), tem sido muito utiliza- Os fundamentos teóricos, conceituais e
da na área da biblioteconomia para subsidiar metodológicos para construção, desen-
as atividades de organização, representação volvimento, implementação, gestão e uti-
e recuperação temática de conteúdos docu- lização de vocabulários controlados como
mentais. No entanto, é importante salientar instrumento para organizar e representar
que a aplicabilidade das LDs no âmbito da informações demarcam suas origens na bi-
arquivística somente cumpre o seu papel blioteconomia, na documentação e, poste-
documentário, caso considere as caracte- riormente, tornou-se uma especialidade de
rísticas das atividades orgânico-funcionais e estudo também da ciência da informação.
contextuais do órgão produtor.
De acordo com Dodebei (2002, p. 39),
As LDs, nesse contexto, precisam consi- “os conceitos de linguagem documentária
derar para fins de organização e repre- encontrados na literatura reduzem, por
sentação a razão de ser do documento vezes, todas as formas de representação
documentos. Além disso, não oferecem si, ajuda o usuário a identificar todos os
mecanismos para o estabelecimento de termos que seriam necessários para rea-
relações associativas, partitivas e de equi- lizar uma busca completa”.
valência entre as unidades terminológicas.
Pode-se observar que o vocabulário con-
Pode-se dizer que, na maioria dos casos,
trolado é constituído por termos que são
a organização e a estrutura desses instru-
utilizados como descritores ou outros não
mentos arquivísticos utilizam a palavra
descritores, já o plano de classificação
como ponto de acesso, sendo raras as ve-
arquivístico raramente apresenta a preo-
zes em que possuem base terminológica.
cupação em estabelecer essas relações.
Não é comum os planos de classificação,
Sob o ponto de vista da linguagem, um
quando recorrem aos índices, se preocupa-
vocabulário controlado pode ser compre-
rem com o controle de vocabulário (padroni-
endido como um instrumento interlocutor
zação de termos), por não introduzirem em
entre as linguagens utilizadas pelos produ-
sua estrutura os componentes relacionais
tores da informação, os organizadores da
para gerar uma estrutura significante. Vale
informação em sistemas de recuperação e
ressaltar que padronização não é sinônimo
os utilizadores da informação. Nele tenta-
de normalização com base terminológica.
se repertoriar e compatibilizar as diversas
Do ponto de vista da recuperação da infor- linguagens (dos produtores, organizadores
mação e da interface entre usuário e siste- e usuários) através de uma linguagem ar-
ma, arriscamos afirmar que os tradicionais tificial (documentária) intermediada pelos
instrumentos de pesquisa e de gestão da pontos de acesso (descritores) normaliza-
informação arquivística não são flexíveis dos. Nesse sentido, Cintra et al. (2002, p.
e dinâmicos por restringir a eficiência na 43) assinalam que o vocabulário tem por
recuperação através de índices. objetivo
atua com mecanismos para a elaboração redundância etc. Além disso, ele é
de relações associativas, hierárquicas e de fixado de tal forma que seu uso, bem
equivalência com base na terminologia, como suas relações estruturais são co-
sendo sua principal unidade o descritor. dificadas e não podem mudar ao sabor
dos usuários.
Para Lancaster (1993, p. 207) “o vocabu-
lário controlado reduz a diversidade da Sendo o vocabulário controlado um produ-
terminologia. Além disso, ao ligar semanti- to documentário e por vez uma linguagem
camente termos que tenham relação entre documentária, é importante apontar os
lário controlado, devem-se identificar os Vale ressaltar que essas relações e asso-
indícios linguísticos que poderão provocar ciações sintagmáticas somente são válidas
da moda etc.); metáfora (atua como compo- mas variantes para conceitos emergentes:
nente analógico. Ex: serra, em que o signifi- contêineres ou contentores, containers (ou
cado de montes decorreu da analogia com ainda, cofres de carga); e) grafias diversas,
“serra”); restrição (purgativo na linguagem inclusive com variantes no radical: cator-
médica e beberete na linguagem comum). ze ou quatorze; quociente ou cociente;
quota ou cota; f) palavras favorecidas, ou
A homonímia “corresponde à igualdade
de uso corrente, versus palavras antigas:
entre significantes de significados dife-
deontologia ou ética; energia atômica ou
rentes”. É, pois, o estudo das formas que
energia nuclear; corpo discente ou aluna-
apenas se diferenciam pela significação
do; g) siglas ou nomes por extenso: USP
ou função, já que a estrutura fonológica
ou Universidade de São Paulo.
é a mesma. A homonímia pode ser: to-
tal – como fiar, que tanto significa tecer, A antonímia “decorre de significações con-
quanto confiar; ou parcial – como em trárias de dois vocábulos ditos autônomos.
coser e cozer. Neste caso, Smit e Kobashi É o estudo de palavras com significações
(2003, p. 27) apontam como recursos opostas, como amor/ódio, bom/mal, mo-
de “ser alado”, por ave, pássaro. Segundo nível da polissemia, sinonímia, homoní-
O
compartilhamento de infor- ção arquivística, remetendo às séries ou
mações orgânicas é uma das conjuntos de documentos.
condições para a autossustenta-
Qual a função do vocabulário controlado
ção das organizações. Nesse sentido, os
no âmbito da organização e da recuperação
sistemas de recuperação da informação
da informação arquivística? Dispositivo me-
arquivística assumem papel adjuvante
todológico para organização de termos, e
nesse processo. No entanto, para que
estabelecimento de vínculos entre si, com o
as instituições arquivísticas cumpram a
propósito de otimizar o processo de busca
função de um verdadeiro sistema de infor-
da informação arquivística, possuindo base
mação é necessário utilizar instrumentos
terminológica como pontos de acesso.
documentários capazes de comportar o
Por que necessitamos usá-los? Para supe-
controle de vocabulário. Assim, destaca-
rar as dificuldades terminológicas provoca-
se o vocabulário controlado como uma
das pelo uso indiscriminado da linguagem
interface documentária capaz de reunir a
(linguagem natural).
linguagem dos colaboradores. A linguagem
formal (organização), ou seja, o desen- Quem os usa? Podem ser utilizados por
volvimento de uma linguagem comum a uma gama de usuários, além dos profis-
C
8 – Incluir os termos preferidos (descrito- onsiderando-se que a sustenta-
res) e fazer relações de equivalências (use ção de toda a prática de organiza-
e usado para) dos termos não preferidos; ção e tratamento da informação
9 – Descrever nas notas de escopo uma bre- arquivística é orientada pelo princípio da
ro, agindo como um índice da classificação permita futuras inserções de novas ativi-
e mostra as relações que não podem ser vocabulário controlado (lista categorizada e
Segundo Smit e Kobashi (2003, p. 45), um conteúdo de alguns documentos que indicam
tesauro funcional opera como índice de um assunto/tema. Nesse sentido, Smit e Ko-
termos do plano de classificação; opera bashi (2003, p. 44) afirmam que “um tesauro
como índice para encontrar séries docu- funcional controla o vocabulário que designa
mentais a serem eliminadas; provê pontos a razão de ser do documento (sua função) e
Archives of Austrália é: funcionar como gia a ser aplicada; Segunda fase: exame
É
que se elabore num primeiro momento “um
importante destacar que o percurso
vocabulário controlado, incorporando-o
teórico-metodológico apresentado
ao plano de classificação e, num segundo
neste artigo para subsidiar a cons-
momento, elaborar um tesauro baseado no
trução de uma linguagem documentária
primeiro vocabulário, priorizando a organi-
no contexto arquivístico, operacionalizado
zação intelectual das funções/atividades
pelo tesauro funcional, é uma alternativa
geradoras de documentos”.
dentre outras propostas existentes para
Cabe destacar que do ponto de vista
fundamentar a elaboração de uma lingua-
da representação, organização e recu-
gem documentária verbal em sistemas de
peração da informação arquivística um
recuperação da informação arquivística.
tesauro funcional não representa nem
Deste modo, ressaltamos que a utilização
recupera conteúdos documentais, mas
conjunta do plano de classificação de ar-
sim as atividades, estruturas e funções
quivos (estrutura funcional), compreendi-
consubstanciadas nos documentos.
do enquanto uma linguagem documentária
Sua finalidade é representar as atividades,
verbal notacional, com o tesauro funcional
estruturas e funções dos documentos
importe em mais uma opção dentre outras
através de uma interface documentária
existentes para garantir a inteligibilidade
formada de termos (descritores). Convém
da informação arquivística.
lembrar que na arquivística, as práticas
No que se refere à aplicabilidade de me-
de organização, representação e recupe-
canismos de controle de vocabulário e ao
ração não são orientadas pelo conteúdo-
vocabulário controlado operacionalizado
assunto de um documento, mas sim pela
pelo tesauro funcional, é importante des-
compreensão do contexto em que está
tacar que depende do tipo de arquivo e do
inserido o documento arquivístico, por
contexto arquivístico.
sua relação com o órgão produtor e pelo
inter-relacionamento de um documento Diante dos enunciados expostos até o
com o outro. momento, pode-se afirmar que a utiliza-
Vale ressaltar, também, que os tesauros Este artigo é resultado de um estudo ex-
funcionais possuem características que ploratório de natureza bibliográfico-docu-
se aproximam do paradigma do usuário mental e integra a dissertação de mestrado
(sistema focado no usuário, isto é, a pre- apresentada em 2008 à Pontifícia Univer-
ocupação com as linguagens), ao com- sidade Católica de Campinas por Aguiar.
N O T A S
1. No contexto arquivístico, o método funcional baseia-se nas funções, ações e atividades
do órgão produtor do documento. É utilizado para construir planos de classificação
de documentos de arquivos. Considerado por muitos autores como sendo o método
de classificação arquivístico mais estável, por levar em conta como elementos de
estruturação e representação o propósito e a razão de existir de uma organização
(funções, ações e atividades). Na prática, o método funcional é considerado mais
estável, pois caso haja mudanças estruturais e organizacionais no órgão produtor, as
funções provavelmente permanecerão as mesmas.
Referências Bibliográficas
AGUIAR, Francisco Lopes de. O controle de vocabulário controlado como dispositivo me-
todológico para organização, tratamento e organização da informação arquivística. 2008.
Dissertação (Mestrado), Curso de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Pontifícia
Universidade Católica de Campinas, Campinas.
AITCHISON, J.; GILCHRIST, A. Manual para construção de tesauros. Rio de Janeiro: BNG/
Brasilart, 1979. 142 p.
CINTRA, Anna Maria Marques. Elementos de linguística para estudos de indexação. Ciência
da Informação, Brasília, v. 12, n. 1, p. 5-22, 1983.
CINTRA, Anna Maria Marques et al. Para entender as linguagens documentárias. São Paulo:
Polis, 1994. 71 p.
______. Para entender as linguagens documentárias . São Paulo: Polis, 2002. (Coleção
Palavra Chave).
LARA, Marilda Lopes Ginez de. Elementos de terminologia (apostila para uso didático).
São Paulo: Escola de Comunicação e Artes da USP, 2005.
LE GUERN, Michel. Sur les relations entre terminologie et lexique. Meta, Montreal, v. 34,
n. 3, p. 340-343, 1989.
LOPES, Ilza Leite. Uso das linguagens controlada e natural em bases de dados: revisão de
literatura. Ciência da Informação, Brasília, v. 31, n. 1, jan. 2002.
SMIT, Johanna Wilhelmina; KOBASHI, Nair Yumiko. Como elaborar vocabulário controlado
para aplicação em arquivos. São Paulo: Arquivo do Estado de São Paulo, 2003. (Projeto
Como Fazer, 10).
______. Como organizar o arquivo enquanto sistema de informação: manual. São Paulo: Arquivo do
Estado de São Paulo; Associação dos Arquivistas de São Paulo, 2005. 51p. (Projeto Como Fazer).
TRISTÃO, Ana Maria Delazari; FACHIN, Gleisy Regina Bóries; ALARCON, Orestes Estevam.
Sistema de classificação facetada e tesauros: instrumentos para organização do conheci-
mento. Ciência da Informação, Brasília, v. 33, n. 2, p. 161-171, maio/ago. 2004. Disponível
em: <http://www.ibict.br/cienciadainformacao/viewarticle.php?id=120&layout=abstract>.
Acesso em: 26 maio 2006.
R E S U M O
Sistematização dos princípios teóricos, conceituais e metodológicos acerca do controle de voca-
bulário (processo documentário) e do vocabulário controlado (instrumento documentário) sob
a ótica da arquivística. A importância de considerar a linguagem como componente central nas
práticas organizativas da arquivística e a necessidade de retificar os códigos linguísticos e termi-
nológicos ocorridos durante os processos de produção, organização e recuperação da informação
orgânico-funcional. O controle de vocabulário e o vocabulário controlado como dispositivos meto-
dológicos para a organização, tratamento e recuperação da informação arquivística. Procedimentos
metodológicos para a construção de um tesauro funcional para subsidiar e garantir a memória
orgânico-funcional, a organização, a representação e a recuperação da informação arquivística.
R E S U M É N
Sistematización de principios teóricos, conceptuales y metodológicos relativos al control
del vocabulario (proceso documental) y el vocabulario controlado (instrumento documen-
tal) desde el punto de vista de la archivística. Enfatiza la importancia de la lengua como
un componente central en las prácticas de la organización de archivos y la necesidad de
rectificar los códigos lingüísticos y la terminología que se produjeron durante los procesos
de producción, organización y recuperación de información orgánica y funcional. Presen-
ta el control del vocabulario y el vocabulario como dispositivos metodológicos para la
organización, procesamiento y recuperación de información archivística. Por último, son
sugeridos procedimientos metodológicos para la construcción de un tesauro de funciones
para apoyar y asegurar la memoria orgánica y funcional y la organización, representación
y recuperación de la información archivística.
Palabras clave: tesauro funcional, control del vocabulario, vocabulario controlado, recu-
peración de la información; archivística.
Recebido em 15/4/2012
Aprovado em 9/6/2012