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PREÂMBULO
O POVO DO PARÁ, por seus representantes, reunidos em Assembléia Estadual Constituinte,
inspirado nos princípios constitucionais da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, rejeitando
todas as formas de colonialismo e opressão; almejando edificar uma sociedade justa e pluralista;
buscando a igualdade econômica, política, cultural, jurídica e social entre todos; reafirmando os
direitos e garantias fundamentais e as liberdades inalienáveis de homens e mulheres, sem
distinção de qualquer espécie; pugnando por um regime democrático avançado, social e
abominando, portanto, os radicalismos de toda origem; consciente de que não pode haver
convivência fraternal e solidária dentro de uma ordem econômica injusta e egoísta; confiante em
que o valor supremo é a liberdade do ser humano e que devem ser reconhecidos e respeitados
os seus direitos elementares e naturais, especialmente, o direito ao trabalho, à livre iniciativa, à
saúde, à educação, à alimentação, à segurança, à dignidade; invoca a proteção de DEUS e
promulga a seguinte CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ, esperando que ela seja o
instrumento eficiente da paz e do progresso, perpetuando as tradições, a cultura, a história, os
recursos naturais, os valores materiais e morais dos paraenses.
SEÇÃO VII
§ 1°. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais
o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.
Art. 116. O controle externo, a cargo da Assembléia Legislativa, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Governador, mediante parecer prévio, que
deverá ser elaborado em sessenta dias a contar de seu recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores
públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas
e mantidas pelo Poder Público estadual e as contas daqueles que derem causa à perda,
extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer
título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem
como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias
posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;
IV - realizar, por iniciativa própria, da Assembléia Legislativa, de Comissão técnica ou de
inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional
e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário,
e demais entidades referidas no inciso II;
VI - fiscalizar a aplicação das quotas entregues pela União ao Estado, referentes ao Fundo
de Participação estabelecido no art. 159 da Constituição Federal;
VII - prestar as informações solicitadas pela Assembléia Legislativa, ou por qualquer de suas
Comissões, sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
§ 1°. No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Assembléia
Legislativa, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis;
§ 3°. As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de
título executivo.
§ 2°. Entendendo o Tribunal irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto possa
causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à Assembléia
Legislativa sua sustação.
Art. 118. O Tribunal de Contas do Estado e o Tribunal de Contas dos Municípios, integrados
por sete Conselheiros, cada um, têm sede na Capital, quadro próprio de pessoal e jurisdição
em todo o território estadual, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 160,
cabendo-lhes a iniciativa de leis que disponham sobre a criação e extinção dos cargos de
suas secretarias e serviços auxiliares, e fixação dos respectivos vencimentos, provendo por
concurso público de provas, ou de provas e títulos, os cargos necessários à realização de
suas atividades, exceto os de confiança assim definidos em lei.
IV - mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija
os conhecimentos mencionados no inciso anterior.
I - diploma em curso superior referente aos conhecimentos mencionados no art. 119, III.
II - mais de trinta e cinco anos de idade, na data da inscrição do concurso; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 51 de 14/12/2011)
IV – dez anos, pelo menos, de efetiva atividade profissional. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 51 de 14/12/2011)
Art. 121. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, com
auxílio dos respectivos órgãos de auditoria, sistema de controle interno com a finalidade
de:
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos
e haveres do Estado;
Art. 122. O Tribunal de Contas do Estado prestará suas contas, anualmente, à Assembléia
Legislativa, no prazo de sessenta dias da abertura da sessão legislativa.
Art. 123. As normas estabelecidas nesta seção aplicam-se, no que couber, à organização,
composição e fiscalização do Tribunal de Contas dos Municípios.