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Índice
1 Escrevendo para Orquestra
2 Adaptação de música para orquestra
o 2.1 Transcrição Musical
o 2.2 Arranjo Musical
o 2.3 Variação no tema
3 Instrumentação
4 Literatura sobre orquestração
5 Ver também
6 Referências
7 Ligações externas
Escrever para orquestra é um processo complexo . Pessoas que querem escrever música
para orquestra precisam estudar orquestração. Quem estuda orquestração precisa ter um
certo conhecimento avançado de: Teoria e Harmonia musical; conhecer bem os
intervalos, acordes e rítmos diferentes; e estudar Literatura musical dos diferentes
períodos históricos; Forma e Análise; Contraponto; Instrumentação; Arranjo além de ter
aulas regulares da prática instrumental, e ainda participar em grupos musicais, incluindo
uma agenda de recitais. A leitura de literatura especializada sobre orquestração é
essencial, e estudar partituras de orquestra também é necessário. Regência não é
especificamente uma matéria necessária para quem só vai escrever ou transcrever
música para uma editora, por exemplo, mas todo músico com um conhecimento aberto
aproveitaria muito com práticas de regência, tanto teórica como, regência coral e
instrumental. Uma prática boa é iniciar a escrever para grupos menores, trio de cordas e
quarteto de sopros ou de cordas, por exemplo. Aos poucos, com experiência, outros
instrumentos podem ser adicionados. Vários instrumentos são chamados de
"instrumentos de transposição"; escrever para estes instrumentos exige muita prática na
literatura musical, mais precisamente nas notações dos instrumentos. Conhecer cada
instrumento, sua tessitura, sua técnica de execução e seu vocabulário de instruções é
outro requisito. Estudar regência instrumental faz também com que a pessoa se
familiarize com:
os diversos instrumentos;
muitas obras literárias de Música;
instrumentações variadas;
a prática com a leitura de partituras e seu idioma.2
Transcrição;
Arranjo musical.
Transcrição Musical
Neste exemplo, na versão trasncrita para orquestra de Stokowski, ele dobra o valor das
notas, mas ainda dentro do mesmo andamento; de maneira que, os dois primeiros
compassos de Bach (acima, ilustrado) se transformam em quatro, na versão de
Stokowski.4 Os violinos (2), juntos com as violas e os violoncelos iniciam o tema com a
primeira frase (o primeiro compasso na escrita de Bach; ou seja, os dois primeiros
compassos de Stokowski). Em seguida, o compasso três e o quatro (Stokowski) são
tocados pelas flautas (4), oboés (3), corne inglês, clarinetas (3), clarineta baixo e fagotes
(3); todas as partes dos devidos instrumentos escritas separadamente em sua própria
pauta, numa partitura de orquestra, obviamente.
Arranjo Musical
Menu
0:00
Robert Schröter tocando em um cravo
Ave Maria
Menu
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interpretado por John Michel (melodia no violoncelo)
Quanto as obras da música barroca, da Idade Média e de eras mais antigas quando são
executadas ao vivo, ou gravadas em estúdios, hoje em dia, tem que haver uma certa
dose de transcrição e arranjo com adaptação instrumental nas partituras, pois os próprios
instrumentos da época eram outros e muitos já não se praticam mais no uso cotidiano. A
viola da gamba, por exemplo, o alaúde, vários tipos de cornes de madeira ou metal, em
fim, existia uma série de instrumentos noutrora que, para as execuções destas obras com
orquestras atuais é necessário fazer uma adaptação na partitura para que os instrumentos
modernos possam tocar músicas de outras épocas.5
Variação no tema
Outra prática, a parte, muito usada em música é a variação no tema que não deixa de ser
uma forma de arranjo e transcrição usados, simultaneamente, sobre um tema original,
mas com muito mais material original na variação do que existemnte na melodia
original. Johannes Brahms (1833-1897), compositor alemão, escreveu as Variações (28)
em um Tema de Paganini, para Piano, em lá menor, opus 35. Brahms usa o tema
melódico do Caprice nº24 em lá menor, de Paganini (1782-1840), escrito originalmente
para violino, para criar uma composição nova, basicamente arranjando e transcrevendo
o tema original de formas diferentes, noutro instrumento; uma prática comum na música
erudita, inclusive que Franz Liszt e Robert Schumann empregaram e também usando
Caprices de Paganini.
Instrumentação
Orquestração aplica-se, falando restritamente, somente à orquestra, enquanto o termo
instrumentação aplica-se a todos grupos instrumentais. Em instrumentação, portanto,
inclui-se orquestração. No estudo de orquestração---em contraposição à prática---o
termo instrumentação pode também referir-se à consideração das características
definidas de instrumentos individuais, oposto à arte de combinar instrumentos.
Referências
1. Ir para cima ↑ Percy A. Scholes: Concise Oxford Dictionary of Music, 2/1964
2. Ir para cima ↑ "Princípios de Orquestração", um guia de Rimsky Korsakov Onlie
(em inglês)
3. Ir para cima ↑ Ouvir: Stokowski, Leopold. "Toccata e Fuga em ré menor,
BWV565 originalmente escrita por Johann Sebastian Bach, Filme, audio,
música, animação, Fantasia de Walt Disney, (1940), O Filme abre com a
Toccata e Fuga em ré menor transcrita para grande orquestra por Leopold
Stokowski.
4. Ir para cima ↑ Cópia Onlilne do manuscrito de Leopold Stokowski da Tocata e
Fuga em ré menor, BWV 565.
5. Ir para cima ↑ Um Guia para instrumentos da era Medieval e da Renascença---
Online---em Inglês
Ligações externas
Kentaro Sato - "Breve Guia de Orquestração" (em inglês)
Outros Ventos - Teoria Musical Diversos artigos sobre teoria musical
rimsky-Korsakov, Nikolay. "Princípios de Orquestração". Matéria Online (inclui
exemplos interativos com partituras e audio) - (em inglês) (visitado em 27 de
março de 2008)
Rimsky-Korsakov- "Princípios de Orquestração" - Textos completos com
material interativo (em inglês)
Alan Belkin - "Orquestração Artística" (em inglês)
Andrew Hugill com a Orquestra Filarmônica - "A Orquestra: Um Manual do
Usuário" - Informação detalhada sobre orquestração, incluindo exemplos e
videos de intrevistas com instrumentalistas de cada instrumento (em inglês)
Orquestra
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A grande orquestra
Índice
1 Etimologia
2 História da orquestra
o 2.1 A orquestra barroca
o 2.2 A orquestra clássica
o 2.3 A orquestra no século XIX
o 2.4 A orquestra no século XX
o 2.5 A maior orquestra do mundo
3 Maestro
4 Outros significados
5 Referências
6 Bibliografia
7 Ver também
8 Ligações externas
Etimologia
Esta palavra designa não só um grupo de músicos que interpretam obras musicais com
diversos instrumentos como também uma parte física do teatro grego, que se
caracterizava por um coro formado por bailarinos e músicos que faziam evoluções sobre
um estrado chamado orkhéstra (ορχήστρα), situado entre o cenário e os espectadores.
Orkhéstra provinha do verbo orcheisthai, que significava 'dançar' ou 'eu danço'. O
vocábulo grego passou ao latim como 'orchestra', com o mesmo significado, como
documentam os escritos de diversos poetas romanos. No século I, Vitrúvio e Suetónio a
utilizaram para designar o lugar destinado aos senadores no teatro romano. A palavra
chegou ao francês em fins da Idade Média, em traduções de Suetónio, porém só se
aplicou ao teatro moderno a partir do século XVIII, com a ópera italiana.
Atualmente, as orquestras são conduzidas por um maestro, embora não fosse assim com
as orquestras originais, sendo a condução responsabilidade do líder de orquestra.
Também noutros casos não existe maestro, como em orquestras pequenas, ou em
reproduções realistas de música barroca.
História da orquestra
A orquestra de câmara
A história da orquestra está ligada à história da música instrumental. Sempre existiu a
prática de música em instrumentos musicais, mas em geral esta prática foi sempre
minoritária em relação à música vocal. Na maioria das vezes, inclusive, os instrumentos
musicais eram usados como apoio ou acompanhamento às vozes.
Foi no século XVI, durante o Renascimento, que a música instrumental começou a ser
praticada de forma autônoma. Ou seja, foi com a música renascentista que os
instrumentos musicais ganharam o status de merecerem ser ouvidos independentemente
da música vocal. Inicialmente isto ocorreu com transcrições de música vocal ou danças
estilizadas, e os primeiros instrumentos solistas foram o órgão e o alaúde.
Além do apoio à música vocal, os grupos instrumentais também foram, desde muito
antigamente, usados em cerimônias públicas e em locais abertos. As festas romanas no
Coliseu já usavam grupos de cornetas e outros instrumentos de grande volume.
Acredita-se que por causa desta ligação com festas pagãs e com espetáculos que
envolviam o martírio de cristãos é que a tradição cristã proibiu desde cedo o uso de
instrumentos musicais na música litúrgica. As cortes feudais também usaram com
frequência os instrumentos mais estridentes para cerimônias de coroação e festas em
lugares abertos. Era comum chamar estes grupos instrumentais de música de estábulo.
Mas o surgimento da orquestra está ligado a uma autonomia e uma padronização dos
grupos instrumentais, seguindo sempre uma tendência de desenvolvimento da cultura
urbana e burguesa. Neste sentido, os primeiros grupos a serem classificados como
orquestras são aqueles determinados pelo veneziano Giovani Gabrielli (1557-1612) para
o acompanhamento de suas ’’Sinfonias Sacras’’ compostas por volta de 1600. Quase
simultaneamente, em Florença, Claudio Monteverdi (1567-1643) também define uma
orquestra para o acompanhamento de sua ópera L'Orfeo, composta em 1607. Estas
orquestras primitivas, surgidas no início do período barroco, foram os primeiros grupos
instrumentais com instrumentos definidos, correspondendo às primeiras tentativas feitas
por compositores em obter um grupo instrumental de timbre definido. Ou seja, a partir
deste período, os compositores passaram a não mais deixar a definição do timbre dos
grupos instrumentais a cargo dos executantes, institucionalizando uma certa formação
instrumental. Neste momento, ainda não havia uma fixação da formação orquestral, o
que só iria acontecer no fim do primeiro quartel do século XVIII.
A orquestra barroca
A orquestra barroca era largamente baseada nos instrumentos da família das violas.
Assim era a orquestra usada por Monteverdi, e esta família de instrumentos predominou
por todo o século XVII. Uma boa forma de conhecer estes instrumentos é através do
filme Todas as manhãs do mundo, estrelado por Gerard Depardieu. Neste filme o ator
representa o violista e compositor Marin Marais (1656-1728), um dos músicos mais
célebres do século XVII. As dublagens não são muito convincentes quanto aos
movimentos dos executantes da viola da gamba, mas a trilha sonora original é de
responsabilidade de Jordi Savall, uma grande autoridade do instrumento na atualidade.
A orquestra no período barroco não estava ainda fixada como formação instrumental,
pois havia grande variação entre as formações empregadas por cada compositor, ou
mesmo entre obras diferentes do mesmo compositor. Mas já se podem ver as tendências
que se afirmariam plenamente no período clássico: substituição dos instrumentos da
família das violas pelos da família dos violinos; abandono da grande variedade de
instrumentos antigos de sopro; prática de escrever para as cordas a quatro partes, como
se fossem as quatro vozes de um coral.
Não se pode deixar de mencionar outros dois importantes fatores. O fim do período
barroco coincide também com uma grande mudança na construção dos instrumentos
musicais, devido à novidade da afinação pelo sistema temperado, que passava a
substituir o antigo sistema de afinação, por oposição denominado como não-temperado.
O sistema temperado está ligado à consolidação do sistema tonal, baseado nas escalas
maiores e nas escalas menores e em suas transposições. Também os instrumentos
construídos para serem afinados pelo sistema temperado foram sendo adaptados para
salas cada vez maiores, perdendo riqueza de timbres e ganhando em potência e
homogeneidade sonoras – isso para acompanhar a tendência de deslocamento da prática
musical das igrejas e dos salões aristocráticos para os teatros e os concertos públicos.
Outro fator é que toda a música instrumental do período barroco foi fortemente marcada
pela tradição do baixo contínuo, forma de escrita e de execução em que apenas a linha
do baixo é definida na partitura, ficando toda a execução da harmonia a critério do
músico que tocava os instrumentos harmônicos (cravo, alaúde e outros destas famílias).
Esta tradição seria abandonada com o fim do período barroco.
A orquestra clássica
Orquestra em frente à reitoria da UFMG.
Foi no período conhecido como classicismo que a orquestra tomou sua formação atual,
simultaneamente ao surgimento da ideia de música absoluta que se tornou critério
positivo de valor estético. Isto não teria ocorrido sem o desenvolvimento da forma-
sonata e dos gêneros da sinfonia, do quarteto de cordas, da sonata e do concerto. Apesar
dos termos sinfonia, sonata e concerto já existirem no período barroco, foi no fim do
século XVIII que eles assumiram um significado mais preciso em termos de forma
musical. E foram estas formas clássicas que deram tanta importância à orquestra
sinfônica.
Esta seria uma orquestra baseada nos instrumentos de cordas de arco, tratados pelos
compositores como naipe para o qual se escreve a quatro partes, como já vinha se
tradicionalizando desde o início do século XVIII. Além disso, esta orquestra clássica era
normalmente acrescida das madeiras a dois (duas flautas, dois oboés, dois clarinetes e
dois fagotes) e das trompas, ocasionalmente tímpanos, trompetes e trombones. Neste
período até cerca de 1820 os instrumentos de bocal, ou também classificados como
naipe dos metais, ainda eram muito limitados pela inexistência de válvulas ou pistões.
Assim tinham dificuldades com modulações e cromatismos, sendo praticamente
instrumentos que funcionavam em um único tom principal (e também em seus
vizinhos).
A orquestra no século XIX
Entre os compositores do século XIX sempre houve aqueles que se mantiveram mais
apegados à orquestra clássica e às formas tradicionais da sinfonia e do concerto. Pode-se
citar neste grupo, sem a pretensão de ser exaustivo, compositores como Schubert,
Schumann, Mendelssohn, Chopin ou Brahms. Outros podem ser apontados como os
mais comprometidos com o desenvolvimento da orquestra e também, coincidentemente,
das formas musicais (notadamente com a criação do poema sinfônico e as novas formas
de composição de ópera) e da linguagem harmônica. São estes, principalmente, Berlioz,
Liszt e Wagner, numa tradição de vanguarda que continua na virada do século XIX para
o XX com Bruckner, Mahler, Richard Strauss, Rimsky-Korsakov, Mussorgski,
Debussy, Ravel, Respighi e até o Schoenberg da primeira fase (antes de 1912).
São estes que desenvolvem combinações inusitadas entre os timbres dos instrumentos,
técnicas arrojadas de execução dos próprios instrumentos bem como uma escrita rítmica
e harmonicamente cada vez mais complexa. A obra seminal é, sem dúvida, a Sinfonia
Fantástica de Berlioz, escrita em 1830, apenas 3 anos após a morte de Beethoven. Outra
obra considerada muito avançada foi o Prelúdio da ópera Tristão e Isolda da Wagner,
concluída em 1859. Obra normalmente lembrada por beirar o atonalismo ainda em
plena metade do século XIX, mas que também foi radical na escrita orquestral, bem
como na diluição da rítmica antes fundada em compassos e pulsos. Outra obra sempre
lembrada como paradigma orquestral é a 8ª Sinfonia (1907) de Mahler, apelidada de
Sinfonia dos mil pela grande quantidade de músicos que emprega, entre orquestra e
coral. (O número de componentes necessários para a execução é variável, mas na estreia
chegou efetivamente a mais de mil músicos!) As sinfonias de Mahler, contudo, não
costumaram usar o grande efetivo orquestral como recurso de volume ou potência
sonora, mas, principalmente, para possibilitar grandes variedades de timbre – tendência
que seria dominante no século XX. Por isso, muitas vezes, assistir à execução de uma
sinfonia de Mahler é ver uma grande quantidade de músicos no palco, mas quase nunca
estão todos tocando juntos, sendo mais comum que uns poucos estejam tocando e os
demais estejam em pausa.
A orquestra no século XX
Por outros motivos, houve também os países que não formaram o seu público
tradicional de música orquestral durante os séculos XVIII e XIX – caso em geral dos
países do continente americano. Estes não quiseram ou não puderam fazer os
investimentos necessários para isso no século XX, como fizeram os Estados Unidos e
também os países do leste europeu (especialmente após a 1945). Por isso compositores
latino-americanos também tiveram limitações para o uso de grandes orquestras, mesmo
quando continuavam usando técnicas de composição mais tradicionais.
Por estes motivos, pode-se afirmar o fim da orquestra no século XX, pelo menos como
grupo estável utilizado pela maioria dos compositores. A orquestra transformou-se
assim num grupo instrumental dedicado à execução de música dos séculos XVIII e XIX,
ou, quando muito, de epígonos do século XX ou XXI. Os compositores passaram a
utilizar grupos menores e, ao mesmo tempo, maior variedade de instrumentos. A
orquestração deixou de seguir um padrão mais ou menos aceite por grande conjunto de
compositores e tornou-se muito atomizada. Praticamente existe uma diferente forma de
orquestração para cada compositor ou, ainda mais, formas de orquestração específicas
para diferentes obras do mesmo compositor.
A grande característica da orquestra do século XX (se é que se pode usar este termo) é o
aumento da presença dos instrumentos de percussão, que também ganham muito em
variedade. Ao contrário do que aconteceu nos séculos XVIII e XIX, quando os naipes
de cordas e de sopros se padronizaram em torno de um grupo definido formado por
poucos instrumentos diferentes, a percussão orquestral do século XX assumiu uma
gama ilimitada de instrumentos, expandindo a palheta orquestral a níveis inimagináveis.
Pode-se dizer que o aumento do uso e da importância dos instrumentos de percussão na
música do século XX acompanhou a tendência geral de aumento da importância do
fator timbre frente aos fatores melodia e harmonia, bem como ao aumento do valor do
ritmo. Obra paradigmática deste aumento da importância da percussão foi a obra
Ionizações de Edgar Varèse. Concluída em 1931, muitas vezes reputada como a
primeira obra escrita exclusivamente para instrumentos de percussão. Mas em 1930 o
compositor cubano Amadeo Roldán já tinha composto também para grupo de percussão
as Rítmicas V e VI. A partir da segunda metade do século, tornou-se bastante comum a
escrita de obras para uma orquestra formada unicamente por instrumentos de percussão.
Curioso observar que, mesmo o abandono da orquestra como grupo definido e como
principal meio expressivo, a parte da composição destinada ao tratamento dos
instrumentos musicais e de suas combinações continua sendo denominada orquestração.
Por isso não se pode deixar de mencionar que no século XX também houve uma
tendência pela valorização do ruído e pelo desenvolvimento de instrumentos musicais
não convencionais, bem como pelo seu uso em grupo – muitas vezes mantendo o termo
tradicional orquestra para designar instrumentos muito diferentes daqueles consagrados
na tradição clássico-romântica. Assim deve-se registrar o surgimento de máquinas de
som como o Théremin, os Intona-rumori ou máquinas de ruído do futurista italiano
Luigi Russolo, e o uso dos geradores elétricos ou eletrônicos.
Pioneiro da música eletrônica foi novamente Edgar Varése com sua obra Poema
Eletrônico, de 1958. Pierre Schaeffer desenvolveu o conceito da música concreta, com a
gravação de sons em fita magnética e posterior distorção em equipamentos elétricos.
Estes conceitos acabaram misturando-se em obras consideradas como música eletro-
acústica, por misturar sons elétricos e instrumentos tradicionais. Trabalharam com esta
técnica os principais compositores hoje ainda vivos, como Berio, Stockhausen ou
Penderecki. Uma divertida obra demonstrativa desta técnica é Santos football music de
Gilberto Mendes, para orquestra e fita magnética (cujo conteúdo é de gravações de
narrações de jogos de futebol feitas por Osmar Santos) – obra composta na época em
que o Santos, time de futebol da cidade do compositor, contava com a participação de
Pelé, e chegava duas vezes ao título mundial de futebol.
Maestro
Ver artigo principal: Maestro
No início da orquestra, ainda não existia a figura do regente. Seja pelo tamanho
reduzido dos grupos orquestrais (normalmente não mais que 20 ou 30 músicos), seja
pela menor complexidade rítmica, normalmente não era necessária a regência, havendo
apenas um líder do grupo que orientasse os ensaios, ou mesmo que coordenasse a
execução a partir de seu próprio instrumento musical enquanto participava do concerto.
Mas o fato é que somente pela segunda metade do século XIX a figura do regente
tornou-se comum. O aumento do tamanho das orquestras e também da complexidade
rítmica das obras executadas tornou praticamente impossível executar certas obras sem
o trabalho do regente.
Outros significados
O termo orquestra também é usado para descrever um espaço dentro do edifício dos
antigos teatros gregos, entre o proscênio e a plateia, onde se postavam o coro e os
instrumentistas.
Referências
The orchestra in the modern sense of the word did not exist before the 17th cent.
Previous instrumental ensemble music was chamber music, except for occasional
ceremonies when as many instruments as were available would be massed together.
Until well into the 17th cent. there was little thought of specifying what instrument
should play a part; any available instrument with the proper range was used. The first
known example of orchestration occurs in Giovanni Gabrieli's (see under Andrea
Gabrieli) Sacrae Symphoniae (1597). Monteverdi's Orfeo (1607), one of the first operas,
demands a large and varied group of instruments—all, in fact, that were available to him
through his patron.
During the 17th cent. the violin family displaced the viols, except the double-bass viol,
as the principal strings of the orchestra. By the end of the century a division into four
parts had become standard: first and second violins, violas, and cellos, with the double
basses playing the cello part an octave lower. (Not until the 19th cent. did the cellos and
basses frequently have different parts to play.)
Throughout the baroque period and into the second half of the 18th cent., the basso
continuo was an integral part of the scoring and required that a harpsichord or some
other chord-playing instrument fill in the harmonies above the figured bass. The treble
and bass were strongly emphasized, while the middle parts were often left to the
continuo alone. The orchestra was rather small at this time; Bach had as few as 18
players for his larger church works, and Handel usually used about 30.
During the latter half of the 18th cent. the classical orchestra was gradually established
through the disuse of the continuo and the acceptance of the clarinet. The abandonment
of the continuo led to much greater independence in the string parts, which now had to
fill the harmony unaided. Instead of both violin parts doubling the melody and the
violas, cellos, and basses doubling the bass, there were now four distinct parts. The
clarinet, like the flute, first appeared as an alternate for the oboe, but in the late works of
Haydn and Mozart the orchestra was standardized, with pairs of flutes, oboes, clarinets,
bassoons, French horns, trumpets, and kettledrums in addition to the strings. All the
wind instruments, especially the woodwinds, could carry the melody, providing desired
changes of color.
In the 19th cent., beginning in the works of Beethoven, the brass took an increasingly
prominent place. The trombone was used regularly, while the invention of the valve in
1813 soon made the horn and trumpet completely chromatic. All the brass thus became
melody instruments, instantly available in the most remote keys. The horn section was
increased to four early in the century, and the introduction of the tuba (c.1835–50) gave
the brass a dependable contrabass register it had previously lacked. The woodwinds also
were improved mechanically in the 19th cent., greatly enlarging their technical
capabilities. Throughout the century the string section was expanded to balance the
increasing numbers of wind players.
The scores of Mozart and Beethoven generally required an orchestra of about 40; those
of Weber and early Wagner called for about 55; Wagner's Ring cycle (1854–74) called
for about 110; and Strauss's Elektra for 115. Hector Berlioz was highly influential in
increasing awareness of orchestral color and in encouraging the use of a larger
orchestra; his Traité d'orchestration, a fundamental work of its kind, envisioned an ideal
orchestra of 465. After the climax of orchestral bulk in the works of Wagner, Mahler,
Strauss, and several others, composers reacted against orchestral gigantism, first in the
impressionism of Debussy and his followers. They still used a large orchestra, but more
restrainedly, making more distinctive use of the instruments and largely avoiding
massive sonorities.
Stravinsky's Rite of Spring (1913) illustrates the early 20th-century interest in diverse
instrumental combinations and original exploitation of the instruments' capabilities. In
general, composers of the 20th cent. have continued exploring novel uses of instruments
and have preferred a moderate-sized orchestra. Seventy-five to ninety players suffice for
most 20th-century scores; a reduced, or chamber, orchestra of classical or baroque
dimensions has also been much used. In this century the percussion section is used more
prominently; new instruments have been devised and the playing of old ones varied.
The strings are the most important section of the orchestra; they are the most versatile
and flexible and play almost continuously in most scores. The woodwinds are next in
importance; they add color to the string sound and in some passages carry the melody.
Of the brass, the French horn is the most useful, since it blends equally well with the
woodwinds or the other brasses. The trumpets, trombones, and tuba are the "heavy
artillery" of the orchestra; playing loudly, they provide a dynamic climax, but they are
also effective in subdued passages as a group or individually.
The percussion instruments are used to emphasize rhythm. The kettledrums are most
important, blending best with the rest of the orchestra and also being tunable to a
definite pitch. The others stand out so prominently that they are most effective when
used sparingly. The harp is principally a color instrument and does not share the
importance of the bowed strings. The piano and organ occasionally are used as
orchestral instruments, apart from their role as soloists in concertos.
Orchestras of Note
Among the world's many fine orchestras the following European ensembles have
particular historic importance: the Leipzig Gewandhaus-Konzerte, not called by that
name until later, began in 1743; the Philharmonic Society, London, was established in
1813; the Société des Concerts du Conservatoire, Paris, began in 1828; the Wiener
Philharmonische Konzerte, Vienna, began in 1842; the Berlin Philharmonisches
Orchester was established in 1882.
Among the oldest American orchestras still in existence are the New York
Philharmonic, the St. Louis Symphony (1880), the Boston Symphony Orchestra (1881),
the Chicago Symphony Orchestra (1891), the Cincinnati Symphony (1895), and the
Philadelphia Orchestra (1900).
For orchestra, see P. Hart, Orpheus in the New World: The Symphony Orchestra as an
American Cultural Institution (1973); E. Prout, The Orchestra (2 vol., 1899, repr.
1988); P. Bekker, The Orchestra (1963). For orchestration, see K. Kennan, Technique
of Orchestration (2d ed. 1970); N. Del Mar, Anatomy of the Orchestra (1982).
The strings are the most important section of the orchestra; they are the most versatile
and flexible and play almost continuously in most scores. The woodwinds are next in
importance; they add color to the string sound and in some passages carry the melody.
Of the brass, the French horn is the most useful, since it blends equally well with the
woodwinds or the other brasses. The trumpets, trombones, and tuba are the "heavy
artillery" of the orchestra; playing loudly, they provide a dynamic climax, but they are
also effective in subdued passages as a group or individually.
The percussion instruments are used to emphasize rhythm. The kettledrums are most
important, blending best with the rest of the orchestra and also being tunable to a
definite pitch. The others stand out so prominently that they are most effective when
used sparingly. The harp is principally a color instrument and does not share the
importance of the bowed strings. The piano and organ occasionally are used as
orchestral instruments, apart from their role as soloists in concertos.
In the old days, when musicians got together to play, they used whatever
instruments were around. If there were three lute players, a harp, and two
flutes, then that's what they used. By the 1500s, the time known as the
Renaissance, the word "consort" was used to mean a group of instrumentalists,
and sometimes singers too, making music together or "in concert".
Early Renaissance composers usually didn't say what instrument they were
writing a part for. They meant for the parts to be played by whatever was
around. But around 1600 in Italy, the composer Claudio Monteverdi liked things
just so. He knew just what instruments he wanted to accompany his opera
Orfeo (1607), and he said exactly what instruments should play: fifteen viols of
different sizes; two violins; four flutes, two large and two medium; two oboes,
two cornetts (small wooden trumpets), four trumpets, five trombones, a harp,
two harpsichords, and three small organs.
You can see that Monteverdi's "Renaissance orchestra" was already starting to
look like what we think of as an orchestra: instruments organized into sections;
lots of bowed strings; lots of variety. In the next century (up to about 1700, J.S.
Bach's time) the orchestra developed still further. The violin family, violin, viola,
cello, and bass, replaced the viols, and this new kind of string section became
even more central to the Baroque orchestra than the viols had been in the
Renaissance. Musical leadership in the Baroque orchestra came from the
keyboard instruments, with the harpsichordist, or sometimes the organist, acting
as leader. When J.S. Bach worked with an orchestra, he sat at the organ or
harpsichord and gave cues from his bench.
In the Baroque era, a musical director occasionally stood and conducted, but
not in the way we're used to seeing. Jean-Baptiste Lully, who was in charge of
music at the French court in the 1600s, used to pound out the beat for his
musicians using a sort of long pole, which he tapped on the floor. But once, he
accidentally hit his foot, developed gangrene, and died!
In the next century, the orchestra changed a lot. This takes us up to 1800,
Haydn's and Beethoven's time. The strings were more important than ever, and
the keyboard instruments had taken a back seat. Composers began to write for
the specific instrument they had in mind. This meant knowing each instrument's
individual "language" and knowing what kind of music would sound best and
play easiest on a particular instrument. Composers also began to be more
adventurous about combining instruments to get different sounds and colors.
The first violinist, or concertmaster, led the orchestra's performance from his
chair, but sometimes, a music director would lead part of a performance with
gestures, using a rolled-up piece of white paper that was easy for the musicians
to see. This led to the baton that conductors use today. And early in the 1800s,
conductor-composers such as Carl Maria von Weber and Felix Mendelssohn
actually began to stand up on a podium and conduct from front and center
As orchestras were getting bigger and bigger, all those musicians couldn't see
and follow the concertmaster.
Later in the 1800s, the orchestra reached the size and proportions we know
today and even went beyond that size. Some composers, such as Berlioz, really
went all-out writing for huge orchestras. Instrument design and construction got
better and better, making new instruments such as the piccolo and the tuba
available for orchestras. Many composers, including Berlioz, Verdi, Wagner,
Mahler, and Richard Strauss, became conductors. Their experiments with
orchestration showed the way to the 20th century. Wagner went so far as to
have a new instrument, the Wagner Tuba, designed and built to make certain
special sounds in his opera orchestra. In one of his symphonies, Strauss wrote
a part for an alphorn, a wooden folk instrument up to 12 feet long! (The alphorn
part is usually played by a tuba.) And Arnold Schoenberg wrote a piece called
Gurrelieder for a 150-piece orchestra!
The 20th century has been a century of freedom and experimentation with the
orchestra. It has also been a time of superstar conductors, as the conductor has
more and more responsibility and visibility. The "basic" 19th-century orchestra is
still around, and composers sometimes add or subtract instruments, depending
on the effect they want to get. You might see a hugely expanded percussion
section, or lots and lots of woodwinds and brasses. But the orchestra still takes
more or less the same form: a big string section, with smaller sections for
brasses, woodwinds, percussion, harps and keyboard instruments. After all
these years, it still works!
he Romantic Era
Hector Berlioz
Born: La Côte-Saint-André, Isère, December 11, 1803
Sent to Paris by his father to study medicine, Berlioz instead studied music, supporting
himself by writing about music and giving lessons. Berlioz may well have been the first
great composer to not be able to play a musical instrument, nor to have shown any
musical talent at an early age. But he perservered, and became interested in the vast
possibilities of orchestration and the different combinations of instrumental sounds. In
1844, he wrote a book on orchestration (Traite de l'Instrumentation - Treatise on
Orchestration), which is still widely regarded as one of the best in the field. Berlioz'
advances in this area contributed greatly to the growth and development of the modern
symphony orchestra.
In 1830, only three years after the death of Beethoven, Berlioz composed his most
famous work, the programmatic Symphonie fantastique. Having an autobiographical
basis, the piece is a highly romantic program symphony in five movements, the story
of which tells of an artist who, unhappy in love, takes an overdose of opium and dreams
of his own passions and desires, his beloved, her murder, and his own death. Berlioz
had seen the Irish actress Harriet Smithson perform in Shakespeare's Hamlet and had
fallen passionately, even hysterically in love with her. He intended to immortalize his
love in music with his symphonie. The artist's beloved is represented throughout the
work by a melodic motif known as the idée fixe, a device which serves to unify the
disparate elements of the symphony. The fourth movement is entitled "March to the
Scaffold," and depicts the protagonist's dream of his own execution for having killed his
faithless beloved. The symphony was wildly successful at its premiere, and made a
name for its young composer, if not a fortune.
Berlioz' remarkable gift for orchestration resulted in sounds never before heard from a
symphony orchestra. Greatly criticized during his lifetime for his orchestral
extravagance, the brilliance and overwhelming effect of such instrumental excerpts as
the Rakoczy March from the dramatic cantata The Damnation of Faust and the Royal
Hunt and Storm from Berlioz' immense grand opera Les Troyens (The Trojans), have
earned Berlioz lasting fame as a composer who was definitely ahead of his time. His
theories and creative use of the symphony orchestra influenced such composers as Franz
Liszt and Richard Wagner, but his greatness was not clearly recognized in his own
country until the advent of the French composers of the late nineteenth century.