Arrepender para conhecer

A Bíblia nos ensina que o ministério de João Batista iniciou com a pregação
do arrependimento → Ele percorreu toda a região nas imediações do rio Jordão, pregando
batismo de arrependimento para remissão de pecados, (Lucas 3:3). Igualmente Jesus
Cristo, após ser batizado por João Batista e voltar do deserto, iniciou seu
ministério pregando o arrependimento → Depois de João ter sido preso, Jesus foi para a
Galileia, pregando o evangelho de Deus. Ele dizia: — O tempo está cumprido, e o Reino de
Deus está próximo; arrependam-se e creiam no evangelho. (Marcos 1:14,15).
Há uma razão significativa para que o arrependimento venha antes de ser
apresentado o Reino de Deus. É necessário reconhecermos que somos
imperfeitos, que nosso esforço em busca de justificação própria (não
dependência de Deus) é pecado, que temos inclinações a pensar e agir de forma
pecaminosa e maldosa, mesmo nos esforçando para se corrigir, não
conseguimos mudar nossa natureza. Isso que a Palavra de Deus, na carta aos
Hebreus, capítulo 6 chama de arrependimento de obras mortas.
A Bíblia toda, entre outras coisas, é uma história de amor, mostrando como
Deus nos ama a tal ponto que busca a todo tempo nos atrair para perto de si,
onde há toda bondade, amor, cuidado e proteção. Um contratste ao ser humano
que busca tudo isso, só que sem Deus, por autosuficiência, enquanto Deus
insiste que sem Ele não alcançaremos nada disso. → — Eu sou a videira, vocês são
os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim vocês
não podem fazer nada. (João 15:5); → Eu é que sei que pensamentos tenho a respeito de
vocês, diz o Senhor. São pensamentos de paz e não de mal, para dar-lhes um futuro e uma
esperança. Então vocês me invocarão, se aproximarão de mim em oração, e eu os ouvirei.
Vocês me buscarão e me acharão quando me buscarem de todo o coração. (Jeremias 29:11-
13).
É necessário o reconhececimento do nosso real estado, nossas obras,
todas elas, não nos levam para perto de Deus, muito pelo contrário, caminhamos
cada vez mais para longe d’Ele. Deus é Santo e nossa incapacidade de sermos
santos nos mantém afastados de Deus. Somos pecadores, por mais que
neguemos isso ou nos esforcemos para alterar, não conseguimos, por nós
mesmo mudar esse fato. Precisaríamos ser desfeito e refeito de sem defeito. →
Jesus respondeu: — Em verdade, em verdade lhe digo: quem não nascer da água e do
Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é
nascido do Espírito é espírito. Não fique admirado por eu dizer: "Vocês precisam nascer de
novo." (João 3:5-7).

Por isso, por causa do tanto que Deus nos ama e por saber que nunca
conseguiremos nos salvar, ou seja, estar em comunhão com Ele, é que Ele
mesmo providencia a única forma de salvação de todo ser humano. → Porque
Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para
que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. (João 3:16,17).
Escapamos do juízo e condenação, reconhecendo nos estado pecaminoso
e se arrependendo disso, então Deus, maravilhosamente, cira em nós a
esperamça, a fé n’Ele e na sua obra, a fé em Jesus Cristo. Assim todo aquele que
crê que Jesus é o seu Salvador e Redentor já herdou a vida eterna e reconectado
está com a Vida e Comunhão com Deus. Em contrapartida, quem não se
arrepende, não reconhecendo sua natureza errante e pecaminosa, permanece
setenciado e viver sem Deus, morte eterna. → Quem nele crê não é condenado; mas o
que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus. (João
3:18); → Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; quem se mantém rebelde contra o
Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus. (João 3:36).
O arrependimento, que vem do reconhecimento de somos pecadores, abra
as portas para a fé, que é um dom de Deus, entrar em nós e nos fazer crer em
Jesus Cristo. Passamos a fazer parte do reino de Deus. Por isso Jesus afirma
que o reino de Deus está próximo, perto de nós, basta nos arrependermos, o
resto é obra d’Ele mesmo em nós.
Não como recebermos uma cura sem reconhecermos que estamos
doentes. Quando alguns religiosos criticaram Jesus por conviver com “pecadores
e republicanos” Jesus mesmo explica que quem precisa de médico são os
doentes, ou seja, que não se vê como doente, nunca entenderá que precisa ser
curado. → Jesus tomou a palavra e disse: — Os sãos não precisam de médico, e sim os
doentes. Não vim chamar justos, e sim pecadores,ao arrependimento. (Lucas 5:31,32).
O arrependimento que nos leva a cremso em Cristo, nos “cura” do nosso
estado pecaminos e da nossa cegueira esperitural. Passamos a conhecer e
reconhcer Deus. Tomamos ciência do óbvio, de que Deus é Deus, ou melhor, de
que somente Deus é Deus e Senhor, somente n’Eele há salvação. → Este Jesus é
a pedra que vocês, os construtores, rejeitaram, mas ele veio a ser a pedra angular. E não há
salvação em nenhum outro, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre
os homens, pelo qual importa que sejamos salvos. (Atos 4:11,12).
Obedecemos a autoridade que conhecemos e reconhecemos! A história nos
mostra como o faraó, no tempo em que os hebreus era escaravos, teve seu
coração endurecido para não crer em Deus e assim ouví-lo e libertar os hebreus
da escravidão. Mostra também as consequências, as pragas enviadas contra ele,
devida a esse desobediência. E como tudo começou? Com a falta de
arrependimento, pois o faraó se via como “deus”, assim se via como alguém que
precisava de outro deus, nem de nenhum tipo de cura ou salvação,
consequentemente não conhecia, nem reconhecia Deus, o Senhor. → Faraó
respondeu: — Quem é o Senhor para que eu ouça a sua voz e deixe Israel ir? Não conheço o
Senhor e não deixarei Israel ir. (Êxodo 5:2).
Repito, obedecemos a autoridade que conhecemos e reconhecemos!
O mesmo aconteceu com os religiosos no tempode Jesus. Eles esperavam
O Cristo, O Messias, mas, devido a hipocrisia deles mesmo, uma crença de que
eram melhores que os outros, criaram uma expectativa e certeza de O Messias
seria exatamente do “jeito” que eles queriam, e não reconheceram Jesus como
salvador e redentor. → Os fariseus chegaram e começaram a discutir com Jesus. E,
tentando-o, pediram-lhe um sinal vindo do céu. (Marcos 8:11).
Bem, temos o testemunho do “jovem rico”, que buscava herdar a vida
eterna. → Pondo-se Jesus a caminho, um homem correu ao seu encontro e, ajoelhando-se
diante dele, perguntou-lhe: — Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? Jesus
respondeu: — Por que você me chama de bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus.
Você conhece os mandamentos: "Não mate,não cometa adultério,não furte,não dê falso
testemunho, não defraude ninguém, honre o seu pai e a sua mãe." Então o homem respondeu:
— Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude. E Jesus, olhando para ele com
amor, disse: — Só uma coisa falta a você: vá, venda tudo o que tem, dê o dinheiro aos pobres
e você terá um tesouro no céu; depois, venha e siga-me. Ele, porém, contrariado com esta
palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades. (Marcos 10:17-22).
Essa passagem nas escrituras pode nos ensinar algumas coisas:
1) o jovem rico tinha dúvidas se herdaria ou não a salvação, por isso perguntou.
Porém a Bíblia também nos ensina que aquele que verdadeiramente se
arrepende, recebe a fé e crê, tendo certeza de sua salvação → O próprio Espírito
confirma ao nosso espírito que somos filhos de Deus. E, se somos filhos, somos também
herdeiros; herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo, se com ele sofremos, para que também
com ele sejamos glorificados. (Romanos 8:16,17);
2) o jovem rico chama Jesus de bom, mas é confrontado por Jesus sendo
perguntado “Por que você me chama de bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus. ”,
ou seja, se não crê que Jesus é Deus, por que crerá que Ele é bom ou mesmo
crerá em seus ensinamentos, ou ainda e mais importante, crerá que é Jesus que
te salvará e não você mesmo?;
3) Jesus responde ao homem informado-o que ele deve cumprir os
mandamentos, recendo como resposta a afirmação de que eram cumpridos
desde a juventude. Para surpresa de alguns, Jesus não disse que era mentira,
que ele não cumpria, ao contrário, Jesus olha-o com amor e afiram que só uma
coisa faltava, ou seja, era verdade, o homem observa o fiel cumprimento dos
mandamentos, pois não faltava nada, só uma coisa;
4) interessante vermos que, quando a única coisa que faltava é revelada, vendor
tudo, abrir mão de suas posses materiais e riquezas, o homem se afasta de
Jesus, triste, porque era muito rico. Aqui, aprendemos que não é proibido ser rico,
mas confiar mais em nossas riquezas e em nossas práticas de justiça como
forma de salvação, em substituição ao arrependimento e fé em Jesus Cristo, não
nos fará herdar a vida eterna. Por isso o homem saiu triste, pois esperava ouvir
que o seu tipo de justiça (sou uma boa pessoa) seria sificiente para ser salvo. E o
que ouviu foi, sim sum bondade é um bom testemunho, mas falta você se
arrepender e crer, não confiar em mais nada além de mim, Jesus.

É interessante que o “jovem rico” encontra Jesus no caminho. Isso também

é uma lição para nós. Podemos estar no caminho certo, podemos inclusive,
nesse caminho certo, encontrar Jesus. Ele irá nos amar e ensinar, mas se não
nos arrependermos e crermos n’Ele, sairemos do caminho e ficaremos tristes, em
vez de permacermos no caminho, com alegria pelo perdão e pela certeza de
salvação que poderíamos ter recebido.

Que possamos, sempre, termos um coração inclinado ao arrependimento,

para recebermos o perdão e a fé em Cristo, assim adarmos sempre no caminho
com Jesus, com alegria e certeza da salvão. Desta forma, diferente do faraó,
conheceremos Deus, ouviremos a sua voz e o reconheceremos como a única
autoridade capáz de nos salvar, por isso o obedeceremos.