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Fisioterapia Traumatologia e Ortopedia

Faculdade Mauricio de Nassau


Profº: Emanuela Almeida
Acadêmico: Márcia Rodrigues Moura
Fisioterapia 6º Semestre

Amputações

04 de Dezembro de 2014
Amputações
O termo amputação  é definido como a remoção de uma extremidade do
corpo por meio de cirurgia ou acidente. Na medicina, esta prática
é utilizada para controlar a dor ou doença que está acometendo o membro
em questão, como no caso do câncer e da gangrena.
Embora a amputação seja vista como uma mutilação, incapacidade ou
impossibilidade de realizar atividades rotineiras, na realidade, este
procedimento deve ser encarado como o início de uma nova fase, pois,
mesmo que um membro tenha sido perdido, com consequente alteração
da imagem corporal, houve a eliminação de um perigo iminente da perda
da vida ou de alívio de um sofrimento.

Níveis de Amputações:

Membros Inferiores
- Parcial dos dedos do pé - retira-se a 1ª ou 2ª falange; permanece o coto
- Desarticulação do dedo do pé - retirada total do dedo.
- Transmetatársica - 3ª, 4ª e 5ª metatarso sao retirados.
- Symes - desarticulação do tornozelo
- Abaixo do joelho- longa - retira-se mais de 30% do comprimento da tíbia.
- Abaixo do joelho - curta - retira-se menos de 20% do comprimento da tíbia.
- Desarticulação do joelho - retira-se a patela, a tíbia e a fíbula, ficando o fêmur
totalmente íntegro.
- Acima do joelho - longa - retira-se mais de 60% do comprimento do fêmur.
- Acima do joelho - curta - retira-se menos de 35 % do comprimento do fêmur.
- Desarticulação Coxofemoral - retira-se totalmente o fêmur.
- Hemipelvectomia - retira-se a metade inferior da hemipelve.
- Hemicorporectomia - retira-se a parte inferior do corpo, abaixo de L4- L5. Este
procedimento dificilmente é utilizado, devido a complicações que futuramente serão
evidenciadas.
Membros Superiores
 Salve o que for possível da mão.
 As amputações através do carpo não são boas.
 A desarticulação do punho permite o uso de prótese simples com grande
capacidade funcional.
 O terço médio com o inferior é o nível ideal para amputação de antebraço.
 Deixar sempre um coto na antebraço por menor que seja. O uso da prótese
mioelétrica é o ideal para estes casos.
 Desarticulação do cotovelo da mau coto para prótese por dificuldade na
colocação das articulações funcionais.
 O comprimento ideal para amputação acima do cotovelo é no terço médio
com o inferior.
 Cotos acima da inserção do peitoral têm pouco valor para o controle da
prótese
 Evitar a remoção da cabeça do úmero, o que traz deformidade de ombro
dificultando o apoio do arreio.

Indicações:

Necrose
- Causada por Doença Vascular Periférica
- Causada por Queimaduras
- Causada por Congelamento
Congênitas
- Malformação
Traumas
- Lesão por Esmagamento (comum em acidentes)
Tumores
- Forma profilática do Osteossarcoma
Infecções
- Osteomielite
FAIXA ETÁRIA x ETIOLOGIA
Criança
- Defeitos Congênitos
- Ausência de um dos Membros
Meia-idade
- Traumas diretos ou Acidentes
- Infecções Crônicas
Idosos
- Diabete com Gangrena

Principais tipos de Próteses

Luva Cosmética 2 ¾ “ para Prótese de Braço do Sexo Feminino


Luva cosmética para revestimento dos componentes da prótese do membro superior. Possui uma textura
e suavidade muito semelhante à pele humana sendo de limpeza e manutenção muito fácil.
Especificações
 Indicação:Indicado para revestir próteses modulares de membro superior Trans Umerais ou Trans
Radiais de adultos ou adolescentes do sexo feminino.
 Tamanhos nas MF:2 ¾ polegadas
 Diâmetro do Punho:54 mm
 Comprimento da Mão:5 ½ polegadas
 Comprimento do dedo médio:Esq 75 mm, Dto 75 mm
 Circunferência Palmar:Esq 168mm, Dto 175mm
 Materiais:Silicone ou PVC com e sem acabamento “Truefinish”

Conjunto de Suspensão Trans Umeral


Conjunto de tirantes de suspensão para próteses Trans Umerais que acionam cotovelos e dispositivos
funcionais (ganchos, mãos acionadas por cabo, etc.).
Especificações
 Indicação:Para próteses Trans Umerais.
 Materiais:Nylon, Cabedal e Aço.

Mão Biônica
Mão protésica com punho de engate rápido, com abertura e fechamento de dedos acionado por motores
elétricos individuais para cada dedo, comandado por estímulos mioelétricos capturados por elétrodos
colocados sobre a pele do paciente. Disponível em um tamanho para adulto; 50 mm e para os lados
esquerdo e direito. Possui seis tipos de comandos de abertura e fechamento.
Especificações
 Indicação:Para próteses Transumerais ou Transradiais
 Materiais:Aço, alumínio, titânio, nylon e PVC
 Lado:Direito, Esquerdo
Mão Mioelétrica
Mão protésica Mioelétrica de punho de engate rápido ou de fricção ou de rosca M12, fornecida com luva
interna, 2 elétrodos , 2 cabos de elétrodo (600mm), cabo de conexão à bateria, 2 baterias, carregador de
baterias e encaixe da bateria. Disponível em quatro tamanhos; dois de Adulto, um de adolescente e um
de criança. Possui nove tipos de comandos de abertura e fechamento. Fornecida com luva interna de
proteção em PVC.
Especificações
 Indicação:Para uso em próteses Trans Umerais ou Trans Radiais
 Tamanhos:Disponível em quatro tamanhos; dois de Adulto, um de adolescente e um de criança.
 Peso:c/luva interna: 520g
 Velocidade de Fecho:0,8 s
 Força de Preensão:80N
 Abertura Máxima:100 mm
 Materiais:Aço, alumínio, nylon e PVC
Mão Mecânica Steeper
Mão protésica operada por cabo com inserção na parte posterior da mão para abertura voluntária dos
dedos. O fechamento dos dedos é acionado por um sistema de molas. Disponível em quatro tamanhos;
dois de Adulto, um de adolescente e um de criança: 6 ¾, 7 ¼, 7 ¾ e 8 ¼ e para os lados esquerdo e
direito.
Especificações
 Indicação:Para uso em próteses Trans Umerais ou Trans Radiais
 Materiais:Aço, alumínio, nylon e PVC

ESK+
O mecanisno de estabilização ativado pelo peso proporciona aos pacientes um sistema de frenagem
sofisticado que cede para uma ligeira flexão quando o peso do corpo é transferido para a outra perna.
Torna a marcha mais natural porque diminui a elevação do quadril e desvios de marcha assimétricos,
fornece simultâneamente uma sensação de segurança aos usuários mais ativos que gostam de variar de
atividade ou terreno. O controle pneumático ajustável fornece resistência na flexão e extensão durante a
fase de balanço.
 Controle de frenagem ativado pelo peso
 Flexão no apoio ajustável
 Flexão do joelho de 140°
 Superfície do tambor melhorada
 Chassi reforçado em fibra de carbono
 Fácil acesso para ajuste da estabilidade
 Conexão distal de pirâmide
 Conexão proximal de pirâmide deslizante ou de 4 parafusos
 Controle pneumático da fase de balanço
Especificações
 Material:Fibra de Carbono / Alumínio
 Peso Componentes:1,15kg
 Peso Máx.:100kg (K1 - K4) / 125kg (K1 - K3)
 Altura Total:283mm
 Aclopamento Distal:Pirâmide
 Unidade de Controle:Pneumática

Mercury Hi-Activity
Um joelho robusto e compacto para pacientes com nível de atividade muito elevado. Certificado para
166Kg, este joelho combina uma chassis em fibra de carbono com rolamentos de agulhas e um cilindro
hidráulico Rex700 de controle de balanço e apoio.
 Chassis resistente em fibra de carbono
 Certificado para um peso máximo de até 166Kg
 Rolamentos de agulhas de longa duração
 Cilindro hidráulico Rex reforçado
 Almofada da rótula em uretano resistente
 125° de flexão do joelho
 Leve, pequeno e de acabamento cosmético fácil
 Chassi reforçado em fibra de carbono
Especificações
 Material:Fibra de Carbono / Alumínio
 Peso Componentes:1,3kg
 Peso Máx.:136kg (K1 - K4) / 145kg (K1 - K3)
 Altura Total:231mm
 Unidade de Controle:CaTech Hidráulico

Smart Adaptive “ORION”
Joelho controlado por microprocessadores para pacientes ativos, nível K2 e K3, com um nível elevado de
controle da musculatura residual. O Joelho Smart Adaptive abraça o conceito da mobilidade no contexto
da vida diária. Simplesmente se consegue adaptar ao terreno mais complexo. Os sensores do sistema
analizam simultâneamente a velocidade, degraus, rampas e outros parâmetros e se adapta para fornecer
mais segurança e melhorar o estilo de vida do paciente. A nova programação “Smart” reduz o tempo da
programação e permite que o joelho comece o aprendizado com as variações da marcha do paciente.
 Microprocessador de controle híbrido – apoio hidráulico e balanço pneumático
 Níveis de apoio específicos para escadas e rampas
 140° de flexão do joelho
 Programação Smart
 Modo de sustentação durante o apoio ou tropeções
 Cartão Smart para armazenar a programação
 Armazena os dados da atividade para monitorar o progresso
 Apoio na flexão para absorver o impacto do apoio do calcanhar
 Compatível com qualquer tipo de pé protésico
 Conjunto de baterias discretamente escondidas
 As baterias inclusas duram até 14 dias com uma única carga (Este tempo pode diminui com programas
que necessitem mais apoio)
Especificações
 Material:Fibra de Carbono / Alumínio
 Peso Componentes:1,4kg
 Peso Máx.:100kg (K1 - K4) / 125kg (K1 - K3)
 Altura Total:265mm
 Diâmetro do Sistema:30/pyr/TTPRO
 Unidade de Controle:Microprocessador Hidráulico / Pneumático
 Nível de Atividade:Médio (K3)
Pé Paciente Ajustável
Pé protésico multi axial com dedos separados e com ajuste da altura do calcanhar para uso com
tornozelo Multiflex em próteses transtibiais ou transfemurais.
Especificações
 Certificação:Certificado para pacientes com até 80Kg e atividade moderada.
 Material:Alumínio, borracha e nylon
 Tamanhos (cm):22 23 24 25 26
 Lado:Direito, Esquerdo

Pé Multiflex Estandarte
Pé protésico multi axial com dedos separados para uso com tornozelo Multiflex em próteses transtibiais
ou transfemurais.
Especificações
 Certificação:Certificado para pacientes com até 125Kg e atividade média
 Material:Borracha e nylon
 Tamanhos (cm):22 23 24 25 26 27 28 29 30
 Lado:Direito, Esquerdo

Pé Esprit
Pé protésico para uso em próteses transtibiais ou transfemurais.
Especificações
 Certificação:Certificado para pacientes com até 125Kg e atividade média.
 Material:Borracha, alumínio, aço, fibra de carbono e nylon.
 Tamanhos (cm):22 23 24 25 26 27 28 29 30
 Laminhas (mola):01 02 03 04 05 06 07 08
 Outras Informações:Fornecido de origem montado com capa cosmética, aro de ligação e meia de
proteção em kevlar. Cosmetica interfasica.
 Lado:Direito, Esquerdo
Pé Elite Blade
Pé protésico para uso em próteses transtibiais ou transfemurais.
Especificações
 Certificação:Certificado para pacientes com até 166Kg e atividade alta.
 Material:Borracha, alumínio, aço, fibra de carbono e nylon.
 Tamanhos (cm):24 25 26 27 28 29 30
 Laminhas (mola):01 02 03 04 05 06 07 08 09
 Outras Informações:Fornecido de origem montado com capa cosmética, aro de ligação e meia de
proteção em kevlar. Cosmetica interfasica.
 Lado:Direito, Esquerdo

Pé Elite
Pé protésico para uso em próteses transtibiais ou transfemurais.
Especificações
 Certificação:Certificado para pacientes com até 166Kg e atividade alta.
 Material:Borracha, alumínio, aço, fibra de carbono e nylon.
 Tamanhos (cm):22 23 24 25 26 27 28 29 30
 Laminhas (mola):01 02 03 04 05 06 07 08 09
 Outras Informações:Fornecido de origem montado com capa cosmética, aro de ligação e meia de
proteção em kevlar. Cosmetica interfasica.
 Lado:Direito, Esquerdo
Impressões 3D

Avançam testes com prótese feita em impressora 3D

O modelo vai permitir que a pessoa segure talheres, escove os dentes, use uma caneta,
além de ponteira para digitar.

A tecnologia de impressão 3D permite a criação de coisas fantásticas. E a Nike se


aproprio disso para criar uma prótese personalizada para um jovem atleta.
O resultado é uma peça belíssima e com ares futuristas e de alta tecnologia, em
nada parecida com as próteses tradicionais.
O designer responsável é Colin Matsco.
Próteses de Joelho
Conceito do implante
- A articulação tíbio - femoral permite a total intercambialidade entre
componentes femoral e tibial. A prótese AGC® oferece um componente tibial
moldado de uma única peça, o que praticamente elimina o micro-movimento da
interface componente tibial – inserto tibial e um componente femoral de cromo
cobalto ambidestro com capacidade modular. 
Características
- Instrumentação precisa, proporciona ajuste excelente dos componentes aos
ossos. Máxima preservação óssea. 
- Excelente sobrevivência dos implantes do sistema AGC® utilizados desde 1983
com 98% em 15 anos, demonstrado por vários estudos. 
Indicações 
- Para utilização em artroplastias totais do joelho tanto para opção estabilizada,
não estabilizada e revisão. 
- O design único do componente femoral estabilizado AGC® permite a
estabilização posterior sem remoção adicional de osso intercondilar, tornando-a
assim a prótese de joelho estabilizada com menor remoção óssea.

Caso Clinico
Paciente M.R.M, 26 anos, sexo feminino sofreu um acidente automobilístico, havendo
a mutilação do membro inferior direito. No hospital, se submeteu a uma intervenção
cirúrgica para a amputação em nível de desarticulação de joelho, pois o paciente sofreu
um esmagamento transtibial.
Áreas na região anterior da coxa para enxerto no coto. Edema residual na região distal
do coto.

Hipotrofia de glúteo Maximo e musculatura proximal da coxa direita.

Relata dor Fantasma.

Esta na cadeira de Rodas.

Tratamento
 Imediatamente após a cirurgia, os cuidados com a ferida operatória Enfaixamento do
coto; posicionamento correto do membro amputado é fundamental, principalmente
pensando na prevenção de contraturas em flexão do joelho.

Liberação de cicatriz para dentro, depois de 45 dias liberação de cicatriz para fora.

Ultra Som 3 min, pulsátil diminuição da dor, TENS 100x100 20min Crioterapia 10 min
para massagear o coto,leves tapas por causa da sensação fantasma .

Alongamentos para o músculo encurtados, Exercícios passivos, ativo assistido e ativo


livre.

Reeducação para o paciente sentar e levantar.

Prótese
1º (modelamento do coto através do uso adequado de faixas elásticas),
dissensibilização, prevenção de contraturas musculares, melhora de força muscular,
treino para melhora de quelíbrio estático e treino de transferência de peso sobre o mebro
amputado, dentre outros, sempre de acordo com a necessidade e respeitando a limitação
de cada indivíduo, não há receitas.

2º será exigido do paciente, dentre outras coisas, a aprendizagem de como colocar a


prótese de forma independente e os pacientes deverão aprender a dividir o peso de
forma igual entre o membro são e a prótese e a partir destes primeiros passos essenciais
o paciente será treinado para ter uma marcha com passos simétricos, boa cadência
(velocidade). primeiramente será trabalhado com apoio bilateral e com a progressão será
retirado um apoio e por fim o treino será sem apoio em terrenos planos progredindo
para terrenos instáveis e irregulares e escadas e rampas.

Muitas vezes terão que fazer uso de aditamentos (muletas ou andadores) para


auxílio. A qual reduz seus níveis de força, equilíbrio e sensibilidade.

3º Treina a marcha (biomecânica)


 Não flexionar

suficientemente o joelho

do lado da prótese.

 Apoiar incorretamente o

calcanhar na fase inicial do

apoio.

 Elevar excessivamente o

quadril do lado da

prótese.

 Dar passos curtos com o

lado não protetizado,

evitando colocar todo o

peso do corpo sobre a

prótese; passos não

seqüenciados.

 Não dar passos em linha

reta, somente em forma

de círculos.
Referencias
 Revista de Saúde Pública
Print version ISSN 0034-8910

 IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS DE AMPUTAÇÕES DE MEMBROS NO


HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE SANTA MARIA
Jones Eduardo Agne, Cristiane Maria Cassol, Denize Bataglion, Fernanda
Vargas Ferreira

 Arq. ciências saúde UNIPAR;9(3):175-180, set.-dez. 2005. tab.


Referência  em  FISIOTERAPIA  na  Internet
 www.fisioweb.com.br 

 Fisioterapia e amputação transtibial


Physical therapy and transtibial amputation
Carlos M. Pastre1, Juliana F. Salioni2, Bruno A.F. Oliveira2, Marcos
Micheletto3
Jayme Netto Júnior4 Fisioterapeuta; Professor Doutor*
Departamento de fisioterapia das FAI –Adamantina; Faculdade de Educação
Física UNOESTE – Presidente
Prudente; Consultor da Confederação Brasileira de Atletismo; 2
Fisioterapeuta, Aluno* Psicólogo, Professor Mestre* Fisioterapeuta Professor
Mestre do Departamento de Fisioterapia da FCT/UNESP – Presidente Prudente.
Curso de Especialização em Fisioterapia Hospitalar pela FAMERP –S.J. Rio
Preto.

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