Este poema de Shakespeare explora o dilema existencial de ser ou não ser, e se vale a pena continuar vivendo diante dos sofrimentos da vida ou se é melhor a morte. Já a peça de Gil Vicente satiriza os pecados e defeitos humanos através de diálogos grosseiros entre viajantes que embarcam na Barca do Inferno.
Este poema de Shakespeare explora o dilema existencial de ser ou não ser, e se vale a pena continuar vivendo diante dos sofrimentos da vida ou se é melhor a morte. Já a peça de Gil Vicente satiriza os pecados e defeitos humanos através de diálogos grosseiros entre viajantes que embarcam na Barca do Inferno.
Este poema de Shakespeare explora o dilema existencial de ser ou não ser, e se vale a pena continuar vivendo diante dos sofrimentos da vida ou se é melhor a morte. Já a peça de Gil Vicente satiriza os pecados e defeitos humanos através de diálogos grosseiros entre viajantes que embarcam na Barca do Inferno.
Será mais nobre deixar que o espírito suporte Os golpes e as setas da fortuna ultrajante Ou erguer armas contra um mar de angústias E, não aceitando, pôr-lhes termo? Morrer, dormir, Dormir e talvez sonhar. Ai, mas aqui é que está o difícil – Pois que sonhos surgirão nesse sono da morte Quando tivermos despido o tumulto mortal? É isso que nos detém – esta é a suspeita Que dá tão demorada vida ao sofrimento: Pois quem suportaria as chicotadas e as troças do tempo, A injustiça do opressor, os desprezos do orgulhoso, A angústia do amor desprezado, a demora da lei, A insolência das autoridades e os desdéns Que o mérito paciente recebe dos medíocres, Se, com um punhal, pudesse Criar ele próprio a sua paz. Quem quereria Levar os fardos e gemer e suar sob uma vida exausta? Mas o terror de alguma coisa que está depois da morte – País desconhecido de cujas fronteiras Nenhum viajante regressa – perturba o nosso desejo E leva-nos a suportar o mal que temos E a não voar para males dos quais nada sabemos. Assim a consciência faz de nós covardes, E assim o primitivo brilho da vontade Desmaia sob a pálida cor do pensamento. Empreendimentos de grande alcance e grande peso Torcem por causa disto o seu caminho E perdem o nome de ação. Silêncio agora! A doce Ofélia! Ninfa, nas tuas orações Lembrados sejam meus pecados todos. AUTO DA BARCA DO INFERNO Gil Vicente PARVO
Ao Inferno?... Espera lá....
Ui! Ui! É a Barca do cornudo!!! Pêro de Vinagre! Beiçudo, Lenhador de Alverca, uh, uh! SAPATEIRO da Candosa! Entrecosto de carrapato! Ui! Ui! Caga no sapato, Filho de uma grande aleivosa! (prostituta) A tua mulher é tinhosa E há de parir um sapo, Achatado num guardanapo! Neto de uma cagosa! Ladrão de cebolas! Ui! Ui! Excomungado das igrejas! Burrelas, cornudo sejas! Toma o pão que te caiu!(*) A mulher que te fugiu, Para Ilha da Madeira! [(*) toma aquilo que mereces] Cornudo até à mangueira, Toma o pão que te caiu! Uh! Uh! Lanço-te uma pulha! (um manguito) Toma, toma! Pica naquela! Hump! Hump! Caga na vela! Cabeça de grulha! Perna de cigarra velha, Caganita de coelha, Pelourinho da Pampulha! Mija na agulha, mija na agulha!