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LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA BRASILEIRA E CORRELATA

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS


CONARQ

Janeiro de 2021
a
Julho de 2021

Ministério da Justiça e Segurança Pública


Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ
Arquivo Nacional
Praça da República, 173 – Centro
Rio de Janeiro – RJ
20211-350
Tel.: (0**21) 2179-1271
E-mail: conarq@arquivonacional.gov.br
Sítio: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br

Pesquisa e organização:
Carlos Augusto Silva Ditadi
Arquivo Nacional
Dispõe sobre a expedição de certidões para a defesa de direitos e
LEGISLAÇÃO ARQUIVÍSTICA BRASILEIRA esclarecimentos de situações.
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
CONARQ LEI Nº 9.265, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1996
Regulamenta o inciso LXXVII do art. 5º da Constituição, dispondo sobre a
gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania.
Janeiro de 2021
LEI Nº 9.507, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997
a Regula o direito de acesso a informações e disciplina o rito processual do
habeas data.
Julho de 2021
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
Sumário
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998
LEGISLAÇÃO FEDERAL Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras
providências.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, DE 1988 - (Excertos) LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999
Regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública
Federal.
LEIS FEDERAIS
LEI Nº 9.800, DE 26 DE MAIO DE 1999
Permite às partes a utilização de sistemas de transmissão de dados para a
prática de atos processuais.
DECRETO-LEI Nº 25, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1937
Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.
LEI Nº 10.869, DE 13 DE MAIO DE 2004
Altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização
DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências.
Código Penal / Dos crimes contra o patrimônio.
LEI Nº 11.111, DE 5 DE MAIO DE 2005
DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941
Regulamenta a parte final do disposto no inciso XXXIII do caput do art. 5º da
Dispõe sobre desapropriações por utilidade pública.
Constituição Federal e dá outras providências.
[Revogada pela Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011]
LEI Nº 4.845, DE 19 DE NOVEMBRO DE 1965
Proíbe a saída, para o exterior, de obras de arte e ofícios produzidos no país,
até o fim do período monárquico. LEI Nº 11.419, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006
Dispõe sobre a informatização do processo judicial; altera a Lei nº 7 5.869, de
LEI N° 5.433, DE 8 DE MAIO DE 1968 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil; e dá outras providências.
Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá outras providências.
LEI Nº 11.977, DE 7 DE JULHO DE 2009
LEI Nº 5.471, DE 9 DE JULHO DE 1968 Conversão da Medida Provisória nº 459, de 2009
Dispõe sobre a exportação de livros antigos e conjuntos bibliográficos Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a
brasileiros. regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas;
altera o Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nºs 4.380, de 21
LEI Nº 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973 de agosto de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de
Código de Processo Civil – CPC [Excertos] 1990, e 10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória nº 2.197-43, de
[Revogada pela Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015. Vigência: 16 de março de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
2016]
LEI Nº 12.343, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2010
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973 Institui o Plano Nacional de Cultura – PNC, cria o Sistema Nacional de
Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. [Excertos] Informações e Indicadores Culturais – SNIIC e dá outras providências.

LEI Nº 6.246, DE 7 DE OUTUBRO DE 1975 LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011


Suspende a vigência do art. 1.215 do Código do Processo Civil. Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso
II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei
LEI N° 6.546, DE 4 DE JULHO DE 1978 nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de
Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Arquivista e de Técnico de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras
Arquivo, e dá outras providências. providências.

LEI Nº 7.115, DE 29 DE AGOSTO DE 1983 LEI Nº 12.528, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011


Dispõe sobre prova documental nos casos que indica e dá outras providências. Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência
da República.
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade por danos causados ao meio LEI Nº 12.682, DE 9 DE JULHO DE 2012
ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, Dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios
turístico e paisagístico (vetado) e dá outras providências. eletromagnéticos.

LEI Nº 7.627, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1987 LEI Nº 12.865, DE 9 DE OUTUBRO DE 2013


Dispõe sobre a eliminação de autos findos nos órgãos da Justiça do Trabalho, e (...) disciplina o documento digital no Sistema Financeiro Nacional;
dá outras providências.
LEI Nº 12.965, DE 23 ABRIL DE 2014
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras Brasil.
providências.
LEI Nº 13.097, DE 19 DE JANEIRO DE 2015
LEI Nº 8.394, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991 (...) altera, (...) o Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972; (...) revoga
Dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos acervos documentais dispositivos das Leis nºs (...) 10.865, de 30 de abril de 2004 (...).
privados dos presidentes da República, e dá outras providências.
LEI Nº 13.281, DE 4 DE MAIO DE 2016
LEI Nº 9.051, DE 18 DE MAIO DE 1995 (Conversão da Medida Provisória nº 699 de 2015)

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), Altera os arts. 3º e 7º do Decreto nº 1.173, de 29 de junho de 1994, que dispõe
e a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. sobre a competência, organização e funcionamento do Conselho Nacional de
Arquivos (CONARQ) e do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR).
LEI Nº 13.538, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017 [Revogado pelo Decreto nº 4.073, de 03 de janeiro de 2002]
Cria, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Centro Cultural da
Justiça Eleitoral (CCJE). DECRETO N° 1.799, DE 30 DE JANEIRO DE 1996
Regulamenta a Lei n° 5433, de 8 de maio de 1968, que regula a
LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018 microfilmagem de documentos oficiais, e dá outras providências.
Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
(Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) DECRETO N° 2.134, DE 24 DE JANEIRO DE 1997
Regulamenta o art. 23 da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe
LEI Nº 13.726, DE 8 DE OUTUBRO DE 2018 sobre a categoria dos documentos públicos sigilosos e o acesso a eles, e dá
Racionaliza atos e procedimentos administrativos dos Poderes da União, dos outras providências.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e institui o Selo de [Revogado pelo Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002]
Desburocratização e Simplificação.
DECRETO Nº 2.182, DE 20 DE MARÇO DE 1997
LEI Nº 13.787, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018. Estabelece normas para a transferência e o recolhimento de acervos
Dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a arquivísticos públicos federais para o Arquivo Nacional.
guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente [Revogado pelo decreto nº 4.073, de 03 de janeiro de 2002]

LEI Nº 13.853, DE 8 DE JULHO DE 2019 DECRETO Nº 2.910, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1998


Altera a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, para dispor sobre a proteção de Estabelece normas para a salvaguarda de documentos, materiais, áreas,
dados pessoais e para criar a Autoridade Nacional de Proteção de Dados; e dá comunicações e sistemas de informação de natureza sigilosa, e dá outras
outras providências. providências.
[Revogado pelo Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002]
LEI Nº 13.874, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019
Institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica [...] DECRETO Nº 2.942, DE 18 DE JANEIRO DE 1999
Regulamenta os arts. 7º, 11 a 16 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que
LEI Nº 14.063, DE 23 DE SETEMBRO DE 2020 dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras
Dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas em interações com entes providências.
públicos, em atos de pessoas jurídicas e em questões de saúde e sobre as [Revogado pelo Decreto nº 4.073, de 03 de janeiro de 2002]
licenças de softwares desenvolvidos por entes públicos; e altera a Lei nº 9.096,
de 19 de setembro de 1995, a Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, e a DECRETO Nº 2.954, DE 29 DE JANEIRO DE 1999
Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001. Estabelece regras para a redação de atos normativos de competência dos
órgãos do Poder Executivo.
[Revogado pelo Decreto nº 4.176, de 28 de março de 2002]

MEDIDAS PROVISÓRIAS DECRETO Nº 3.166, DE 14 DE SETEMBRO DE 1999


Promulga a Convenção da UNIDROIT sobre Bens Culturais Furtados ou
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.045-1, DE 28 DE JUNHO DE 2000 Ilicitamente Exportados, concluída em Roma, em 24 de junho de 1995.
Institui o Fundo Nacional de Segurança Pública – FNSP, suspende
temporariamente o registro de armas de fogo, e dá outras providências. DECRETO Nº 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999
[V. Medida Provisória nº 2-049-20 e a Lei nº 10.869, de 13 de maio de 2004] Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.049-20, DE 29 DE JUNHO DE 2000 [Revogado pelo Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008]
Altera dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, que dispõe sobre a
organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras DECRETO Nº 3.294, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1999
providências. Institui o Programa Sociedade da Informação e dá outras providências.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.200-2, DE 24 DE AGOSTO DE 2001 DECRETO Nº 3.505, DE 13 DE JUNHO DE 2000


Institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil, transforma Institui a Política de Segurança da Informação nos órgãos e entidades da
o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em autarquia, e dá outras Administração Pública Federal.
providências. [Revogado pelo Decreto nº 9.637, de 26 de dezembro de 2018]

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 228, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2004 DECRETO Nº 3.585, DE 5 DE SETEMBRO DE 2000


Regulamenta a parte final do disposto no inciso XXXIII do art. 5º da Acresce dispositivo ao Decreto nº 2.954, de 29 de janeiro de 1999, que
Constituição e dá outras providências. estabelece regras para a redação de atos normativos de competência dos
[Convertida na Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005] órgãos do Poder Executivo. [Revogado pelo Decreto nº 4.176, de 28 de março
de 2002]
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 983, DE 16 DE JUNHO DE 2020
Dispõe sobre as assinaturas eletrônicas em comunicações com entes públicos e DECRETO Nº 3.587, DE 5 DE SETEMBRO DE 2000
em questões de saúde e sobre as licenças de softwares desenvolvidos por entes Estabelece normas para a Infraestrutura de Chaves Públicas do Poder
públicos. Executivo Federal - ICP-Gov, e dá outras providências.
[Revogado pelo Decreto nº 3.996, de 31de outubro de 2001]
DECRETOS FEDERAIS
DECRETO DE 18 DE OUTUBRO DE 2000
Cria, no âmbito do Conselho de Governo, o Comitê Executivo do Governo
DECRETO Nº 82.590, DE 06 DE NOVEMBRO DE 1978 Eletrônico, e dá outras providências.
Regulamenta a Lei nº 6.546, de 4 de julho de 1978, que dispõe sobre a [Revogado pelo Decreto nº 8.638, de 15 de janeiro de 2016]
regulamentação das profissões de Arquivista e de técnico de Arquivo.
DECRETO Nº 3.714, DE 3 DE JANEIRO DE 2001
DECRETO Nº 83.936, DE 6 DE SETEMBRO DE 1979 Dispõe sobre a remessa por meio eletrônico de documentos a que se refere o
Simplifica exigências de documentos e dá outras providências. art. 57-A do Decreto nº 2.954, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras
providências.
DECRETO Nº 1.173, DE 29 DE JUNHO DE 1994
Dispõe sobre a competência, organização e funcionamento do Conselho DECRETO Nº 3.779, DE 23 DE MARÇO DE 2001
Nacional de Arquivos (CONARQ) e do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) e Acresce dispositivo ao art. 1º do Decreto nº 3.714, de 3 de janeiro de 2001, que
dá outras providências. dispõe sobre a remessa por meio eletrônico de documentos.
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.073, DE 03 DE JANEIRO DE 2002]
DECRETO Nº 3.865, DE 13 DE JULHO DE 2001
DECRETO Nº 1.461, DE 25 DE ABRIL DE 1995 Estabelece requisito para contratação de serviços de certificação digital pelos
órgãos públicos federais, e dá outras providências.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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[Revoga o Decreto nº 3.179, de 21 de setembro de 1999]
DECRETO Nº 3.872, DE 18 DE JULHO DE 2001
Dispõe sobre o Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - DECRETO DE 20 DE JANEIRO DE 2009
CG ICP-Brasil, sua Secretaria-Executiva, sua Comissão Técnica Executiva e dá Declara de interesse público e social o acervo documental privado de BERTA
outras providências. GLEIZER RIBEIRO.

DECRETO Nº 3.996, DE 31 DE OUTUBRO DE 2001 DECRETO DE 20 DE JANEIRO DE 2009


Dispõe sobre a prestação de serviços de certificação digital no âmbito da Declara de interesse público e social o acervo documental privado de DARCY
Administração Pública Federal. RIBEIRO.
[Revogado pelo decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020]
DECRETO DE 16 DE ABRIL DE 2009
DECRETO Nº 4.073, DE 3 DE JANEIRO DE 2002 Declara de interesse público e social o acervo documental privado de OSCAR
Regulamenta a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política NIEMEYER.
nacional de arquivos públicos e privados.
DECRETO Nº 6.932, DE 11 DE AGOSTO DE 2009
DECRETO Nº 4.176, DE 28 DE MARÇO DE 2002 Dispõe sobre a simplificação do atendimento público prestado ao cidadão,
Estabelece normas e diretrizes para a elaboração, a redação, a alteração, a ratifica a dispensa do reconhecimento de firma em documentos produzidos
consolidação e o encaminhamento ao Presidente da República de projetos de no Brasil, institui a “Carta de Serviços ao Cidadão” e dá outras providências.
atos normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo Federal, e dá
outras providências. DECRETO DE 16 DE JUNHO DE 2010
Declara de interesse público e social o acervo documental privado de ABDIAS
DECRETO Nº 4.344, DE 26 DE AGOSTO DE 2002 DO NASCIMENTO.
Regulamenta a Lei nº 8.394, de 30 de dezembro de 1991, que dispõe sobre a
preservação, organização e proteção dos acervos documentais privados dos DECRETO Nº 6.932, DE 11 DE AGOSTO DE 2009
presidentes da República, e dá outras providências. Dispõe sobre a simplificação do atendimento público prestado ao cidadão,
ratifica a dispensa do reconhecimento de firma em documentos produzidos
DECRETO Nº 4.497, DE 4 DE DEZEMBRO
o DE 2002. no Brasil, institui a “Carta de Serviços ao Cidadão” e dá outras providências.
Altera o art. 17 do Decreto n 2.134, de 24 de janeiro de 1997, que dispõe sobre [REVOGADO PELO DECRETO Nº 9.094, DE 17 DE JULHO DE 2017]
a categoria dos documentos públicos sigilosos e o acesso a eles, e dá outras
providências. DECRETO Nº 7.430, DE 17 DE JANEIRO DE 2011
[Revogado pelo Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro 2002] Dispõe sobre a transferência do Arquivo Nacional e do Conselho Nacional de
Arquivos-CONARQ da Casa Civil da Presidência da República para o
DECRETO Nº 4.553, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002 Ministério da Justiça.
Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais
sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da DECRETO DE 1º DE JUNHO DE 2011
Administração Pública Federal, e dá outras providências. Declara de interesse público e social o acervo documental privado de CÉSAR
[Revogado pelo Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012] LATTES.

DECRETO Nº 4.915, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003 DECRETO Nº 7.538, DE 1º DE AGOSTO DE 2011


Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da Altera o Decreto nº6.061, de 15 de março de 2007, que aprova a Estrutura
administração pública federal, e dá outras providências. Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções Gratificadas do Ministério da Justiça, remaneja cargos em comissão,
DECRETO DE 6 DE SETEMBRO DE 2004 e dá outras providências.
Declara de interesse público e social o acervo documental privado de
Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho. DECRETO DE 15 DE SETEMBRO DE 2011
Institui o Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto e dá outras
DECRETO Nº 5.301, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2004 providências.
Regulamenta o disposto na Medida Provisória nº 228, de 9 de dezembro de 2004,
que dispõe sobre a ressalva prevista na parte final do disposto no inciso XXXIII DECRETO Nº 7.579, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011
do art. 5º da Constituição, e dá outras providências. Dispõe sobre o Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 7.845, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2012] Informação-SISP, do Poder Executivo federal.

DECRETO Nº 5.584, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2005 DECRETO Nº 7.724, DE 16 DE MAIO DE 2012


Dispõe sobre o recolhimento ao Arquivo Nacional dos documentos Regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o
arquivísticos públicos produzidos e recebidos pelos extintos Conselho de acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5º, no inciso
Segurança Nacional - CSN, Comissão Geral de Investigações - CGI e Serviço II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição.
Nacional de Informações - SNI, que estejam sob a custódia da Agência Brasileira
de Inteligência - ABIN. DECRETO DE 9 DE MAIO DE 2012
Declara de interesse público e social o acervo documental privado do
DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006 educador Paulo Reglus Neves Freire.
Declara de interesse público e social o acervo documental privado da
Companhia Antártica Paulista. DECRETO DE 9 DE MAIO DE 2012
Declara de interesse público e social o acervo documental privado da Cúria
DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006 Diocesana de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro.
Declara de interesse público e social o acervo documental privado da
Associação Brasileira de Educação. DECRETO Nº 7.845, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2012
Regulamenta procedimentos para credenciamento de segurança e
DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006 tratamento de informação classificada em qualquer grau de sigilo, e dispõe
Declara de interesse público e social o acervo documental privado da sobre o Núcleo de Segurança e Credenciamento.
Companhia Cervejaria Brahma.
DECRETO Nº 8.124, DE 17 DE OUTUBRO DE 2013
DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006 Regulamenta dispositivos da Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009, que
Declara de interesse público e social o acervo documental privado de Gláuber institui o Estatuto de Museus, e da Lei nº 11.906, de 20 de janeiro de 2009, que
Rocha. cria o Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM.

DECRETO DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007 DECRETO Nº 8.135, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013


Declara de interesse público e social o acervo documental privado da Atlântida Dispõe sobre as comunicações de dados da administração pública federal
Cinematográfica Ltda. direta, autárquica e fundacional, e sobre a dispensa de licitação nas
contratações que possam comprometer a segurança nacional.
DECRETO Nº 6.514, DE 22 DE JULHO DE 2008
Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às condutas e atividades DECRETO Nº 8.270, DE 26 DE JUNHO DE 2014
lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Institui o Sistema Nacional de Informações de Registro Civil - Sirc e seu comitê nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e dispõe sobre a dispensa de licitação nos
gestor, e dá outras providências. casos que possam comprometer a segurança nacional.

DECRETO Nº 8.539, DE 8 DE OUTUBRO DE 2015 DECRETO Nº 9.690, DE 23 DE JANEIRO DE 2019


Dispõe sobre o uso do meio eletrônico para a realização do processo Altera o Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, que regulamenta a Lei n º
administrativo no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública 12.527, de 18 de novembro de 2011 - Lei de Acesso à Informação.
federal direta, autárquica e fundacional.
DECRETO Nº 9.716, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2019
DECRETO Nº 8.638, DE 15, DE JANEIRO DE 2016 Revoga dispositivos do Decreto n º 9.690, de 23 de janeiro de 2019, que altera
Institui a Política de Governança Digital no âmbito dos órgãos e das entidades o Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, que regulamenta a Lei nº 12.527, de
da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. 18 de novembro de 2011 - Lei de Acesso à Informação.
DECRETO Nº 8.660, DE 29 DE JANEIRO DE 2016 DECRETO Nº 10.148, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2019
Promulga a Convenção sobre a Eliminação da Exigência de Legalização de Institui a Comissão de Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos e
Documentos Públicos Estrangeiros, firmada pela República Federativa do Brasil, Arquivos da administração pública federal, dispõe sobre a Comissão
em Haia, em 5 de outubro de 1961 Permanente de Avaliação de Documentos, as Subcomissões de Coordenação
do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da Administração Pública
DECRETO Nº 8.742, DE 4 DE MAIO DE 2016 Federal e o Conselho Nacional de Arquivos, e dá outras providências.
Dispõe sobre os atos notariais e de registro civil do serviço consular brasileiro e
da dispensa de legalização no Brasil das assinaturas e atos emanados das DECRETO Nº 10.159, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2019
autoridades consulares brasileiras. Institui o Comitê de Governança Digital da Presidência da República.
DECRETO Nº 8.771, DE 11 DE MAIO DE 2016
DECRETO Nº 10.209, DE 22 DE JANEIRO DE 2020
Regulamenta a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, para tratar das hipóteses
Dispõe sobre a requisição de informações e documentos e sobre o
admitidas de discriminação de pacotes de dados na internet e de degradação de
compartilhamento de informações protegidas pelo sigilo fiscal.
tráfego, indicar procedimentos para guarda e proteção de dados por
provedores de conexão e de aplicações, apontar medidas de transparência na
requisição de dados cadastrais pela administração pública e estabelecer DECRETO Nº 10.278, DE 18 DE MARÇO DE 2020
parâmetros para fiscalização e apuração de infrações. Regulamenta o disposto no inciso X do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20
de setembro de 2019, e no art. 2º-A da Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012,
DECRETO Nº 8.777, DE 11 DE MAIO DE 2016 para estabelecer a técnica e os requisitos para a digitalização de documentos
Institui a Política de Dados Abertos do Poder Executivo Federal. públicos ou privados, a fim de que os documentos digitalizados produzam os
mesmos efeitos legais dos documentos originais.
DECRETO DE 20 DE OUTUBRO DE 2016
Declara de interesse público e social o acervo arquivístico privado de DOM DECRETO Nº 10.279, DE 18 DE MARÇO DE 2020
LUCAS MOREIRA NEVES. Altera o Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017, que regulamenta
dispositivos da Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017, dispõe sobre a
DECRETO Nº 8.936, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2016 simplificação do atendimento prestado aos usuários dos serviços públicos,
Institui a Plataforma de Cidadania Digital e dispõe sobre a oferta dos serviços institui o Cadastro de Pessoas Físicas - CPF como instrumento suficiente e
públicos digitais, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração substitutivo para a apresentação de dados do cidadão no exercício de
pública federal direta, autárquica e fundacional. obrigações e direitos e na obtenção de benefícios, ratifica a dispensa do
reconhecimento de firma e da autenticação em documentos produzidos no
DECRETO Nº 9.094, DE 17 DE JULHO DE 2017 País e institui a Carta de Serviços ao Usuário.
Regulamenta dispositivos da Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017 , dispõe sobre
a simplificação do atendimento prestado aos usuários dos serviços públicos, DECRETO Nº 10.543, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2020
institui o Cadastro de Pessoas Físicas - CPF como instrumento suficiente e Dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas na administração pública
substitutivo para a apresentação de dados do cidadão no exercício de federal e regulamenta o art. 5º da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 2020,
obrigações e direitos e na obtenção de benefícios, ratifica a dispensa do quanto ao nível mínimo exigido para a assinatura eletrônica em interações
reconhecimento de firma e da autenticação em documentos produzidos no País com o ente público.
e institui a Carta de Serviços ao Usuário. (Redação dada pelo Decreto nº 9.723,
de 2019)

DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017 RESOLUÇÕES


Dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das
instituições de educação superior e dos cursos superiores de graduação e de RESOLUÇÕES (CONSELHOS DE CLASSE)
pós-graduação no sistema federal de ensino.

DECRETO DE 24 DE JANEIRO DE 2018 CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA


Declara de interesse público e social o acervo documental privado da RESOLUÇÃO CFM Nº 1331/1989 [PRONTUÁRIOS MÉDICOS]
Associação Circo Voador. [REVOGADA PELA RESOLUÇÃO CFM Nº 1639/2002]

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA


DECRETO Nº 9.360, DE 7 DE MAIO DE 2018
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.639/2002
Aprova as Estruturas Regimentais e os Quadros Demonstrativos dos Cargos em
Aprova as “Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Informatizados para a
Comissão e das Funções de Confiança do Ministério da Justiça e do Ministério
Guarda e Manuseio do Prontuário Médico”, dispõe sobre tempo de guarda
Extraordinário da Segurança Pública...
dos prontuários, estabelece critérios para certificação dos sistemas de
[Revogado pelo Decreto nº 9.662, de 1º de janeiro de 2019]
informação e dá outras providências.
[REVOGADA PELA RESOLUÇÃO CFM Nº 1.821, DE 11 DE JULHO DE 2007]
DECRETO Nº 9.662, DE 1º DE JANEIRO DE 2019
Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Comissão e das Funções de Confiança do Ministério da Justiça e Segurança
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.821, DE 11 DE JULHO DE 2007
Pública, remaneja cargos em comissão e funções de confiança e transforma
Aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos sistemas
cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS.
informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários
DECRETO Nº 9.618, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2018 dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de informação
identificada em saúde.
Declara de interesse público e social o acervo documental privado do Instituto
de Arqueologia Brasileira.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS
RESOLUÇÃO Nº 594, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2017
DECRETO Nº 9.637, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2018
Dispõe sobre o registro das informações clínicas e administrativas do
Institui a Política Nacional de Segurança da Informação, dispõe sobre a paciente, a cargo do nutricionista, relativas à assistência nutricional, em
governança da segurança da informação, e altera o Decreto nº 2.295, de 4 de prontuário físico (papel) ou eletrônico do paciente.
agosto de 1997, que regulamenta o disposto no art. 24, caput , inciso IX, da Lei

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA [Portaria, destinada a orientar os órgãos da Presidência da República,
RESOLUÇÃO CFM Nº 2.279, DE 30 DE JULHO DE 2020 Ministérios, autarquias e fundações integrantes do Sistema de Serviços
Adota instrumentos técnicos de gestão de documentos de arquivo dos Gerais – SISG, quanto aos procedimentos relativos às atividades de
Conselhos de Medicina. Comunicações Administrativas, para utilização do número único de
processos e documentos]
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL
RESOLUÇÃO CFESS Nº 959, DE 8 DE OUTUBRO DE 2020 MINISTÉRIO DA CULTURA
Dispõe sobre regras e procedimentos referentes à gestão documental no PORTARIA Nº 259, DE 2 DE SETEMBRO DE 2004
âmbito do Conselho Federal de Serviço Social [Cria o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da
UNESCO]

RESOLUÇÃO FEDERAL MINISTÉRIO DA JUSTIÇA


PORTARIA Nº 73, DE 13 DE SETEMBRO DE 2005
MINISTÉRIO DA CULTURA [Altera a Portaria nº 17, de 30 de março de 2001, que regulamenta o registro e
INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS a fiscalização do exercício da atividade de microfilmagem de documentos]
RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 29 DE AGOSTO DE 2014 [REVOGADA PELA PORTARIA Nº 29, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008]
Estabelece os elementos de descrição das informações sobre o acervo
museológico, bibliográfico e arquivístico que devem ser declarados no MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Inventário Nacional dos Bens Culturais Musealizados, em consonância com o SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
Decreto nº 8.124, de 17 de outubro de 2013. PORTARIA nº 29, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008
Portaria Nº 29 do Ministério da Justiça, de 10 de setembro de 2008
MINISTERIO DA FAZENDA [Registro e fiscalização de empresas que exerçam atividade de
BANCO CENTRAL microfilmagem de documentos, de detentores dos documentos a serem
RESOLUÇÃO Nº 4.474, DE 31 DE MARÇO DE 2016 microfilmados e os órgãos públicos que microfilmem documentos para
Dispõe sobre a digitalização e a gestão de documentos digitalizados relativos às terceiros. Ficam revogadas as Portarias nº 73, de 13 de setembro de 2005 e, nº
operações e às transações realizadas pelas instituições financeiras e pelas 17, de 30 de março de 2001 e nº 58, de 20 de junho de 1996].
demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem [REVOGADA PELA PORTARIA Nº 12, DE 8 DE JUNHO DE 2009]
como sobre o procedimento de descarte das matrizes físicas dos documentos
digitalizados e armazenados eletronicamente. PRESIDENCIA DA REPÚBLICA
CASA CIVIL
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO PORTARIA Nº 204, DE 13 DE MAIO DE 2009
SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Cria o “Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) -
RESOLUÇÃO Nº 1, DE 24 DE MARÇO DE 2017. Memórias Reveladas”, no âmbito do Arquivo Nacional da Casa Civil da
Aprova o Regimento Interno do Comitê Gestor da Infraestrutura Nacional de Presidência da República
Dados Aberto s – CGINDA.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO CASA CIVIL
SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 205, DE 13 DE MAIO DE 2009
COMITÊ GESTOR DA INFRAESTRUTURA NACIONAL DE DADOS ABERTOS Dispõe sobre a realização de chamada pública para apresentação de
RESOLUÇÃO N º3, DE 13 DE OUTUBRO DE 2017 documentos ou informações produzidos ou acumulados sobre o regime
Aprova as normas sobre elaboração e publicação de Planos de Dados Abertos, político que vigorou no período de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985.
conforme disposto no Decreto nº 8.777, de 11 de maio de 2016.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
PORTARIA Nº 12, DE 8 DE JUNHO DE 2009
PORTARIA FEDERAL Dispõe sobre o registro e fiscalização do exercício da atividade de
microfilmagem de documentos e revoga a Portaria nº 29, de 10 de setembro
de 2008.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
PORTARIA Nº 58, DE 20 DE JUNHO DE 1996 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
[Regulamenta o registro e a fiscalização do exercício da atividade de SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
microfilmagem de documentos, em conformidade com o parágrafo único do PORTARIA Nº 12, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2009
art. 15 do Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro de 1996]. Altera a Portaria Normativa nº 5, de 19 de dezembro de 2002, que dispõe
[REVOGADA PELA PORTARIA Nº 17, DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, DE 30 MARÇO sobre os procedimentos gerais para utilização de protocolo, no âmbito da
DE 2001] Administração Pública Federal, para os órgãos e entidades integrantes do
[REVOGADA PELA PORTARIA Nº 29, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008] Sistema de Serviços Gerais – SISG.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA MINISTÉRIO DA SAÚDE
PORTARIA Nº 17, DE 30 DE MARÇO DE 2001 PORTARIA Nº 583, DE 28 DE MARÇO DE 2011
[Regulamenta o registro e a fiscalização do exercício da atividade de Institui o Conselho de Gestão de Documentos Digitais do Ministério da
microfilmagem de documentos, em conformidade com o parágrafo único do Saúde
art. 15 do Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro de 1996]
REVOGADA PELA PORTARIA Nº 29, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008 MINISTÉRIO DA CULTURA
PORTARIA Nº 60, DE 13 DE JULHO DE 2011
PRESIDENCIA DA REPÚBLICA – CASA CIVIL Dispõe sobre a Política de Gestão Documental do Ministério da Cultura –
PORTARIA Nº 5, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2002 MinC, cria a Subcomissão de Coordenação do Sistema de Gestão de
Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ. Documentos de Arquivo - SubSIGA/MinC e a Comissão Permanente de
[REVOGADA PELA PORTARIA Nº 2.588, DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, DE 24 DE Avaliação de Documentos - CPAD/ MinC.
NOVEMBRO DE 2011]
MINISTERIO DA JUSTIÇA
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO - ARQUIVO NACIONAL
SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PORTARIA Nº 92, DE 23 DE SETEMBRO DE 2011
PORTARIA NORMATIVA Nº 05, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2002
[Aprova o Código de Classificação e a Tabela de Temporalidade e Destinação
Dispõe sobre os procedimentos gerais para utilização dos serviços de protocolo,
de Documentos de Arquivo relativos às Atividades-Fim das Instituições
no âmbito da Administração Pública Federal, para os órgãos e entidades
Federais de Ensino Superior (IFES), ficando a cargo das IFES dar publicidade
integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG.
(*) Republicada por ter saído com incorreção, do original, no D.O.U. De 23-12- aos referidos instrumentos técnicos]
2002, Seção 1.
MINISTERIO DA JUSTIÇA
MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO PORTARIA Nº 2.420, DE 24 DE OUTUBRO DE 2011
SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Aprova o Regimento Interno da Comissão de Coordenação do Sistema de
PORTARIA Nº 3, DE 16 DE MAIO DE 2003 Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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especificações técnicas que regulamentam a utilização da Tecnologia de
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Informação e Comunicação (TIC) na interoperabilidade de serviços de
PORTARIA Nº 2.433, DE 24 DE OUTUBRO DE 2011 Governo Eletrônico
Aprova o Regimento Interno do Arquivo Nacional.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 2.588, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011 PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº - 2.320, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014
Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos. Institui o Sistema Protocolo Integrado no âmbito dos órgãos e entidades da
[Revogada pela Portaria MJSP nº 313, de 22 de julho de 2021] Administração Pública Federal.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA MINISTÉRIO DA JUSTIÇA


GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 35, DE 9 DE MAIO DE 2012 PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.321, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014
Dispõe sobre o recolhimento ao Arquivo Nacional dos documentos Define os procedimentos relativos à utilização do Número Único de
arquivísticos públicos produzidos e acumulados entre 16.03.1990 e 06.12.1999 Protocolo - NUP no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública
pelas extintas unidades técnicas encarregadas das ações de inteligência Federal e dá outras providências.
vinculadas à Presidência da República e que estejam sob a custódia da Agência [Alterada pela Portaria Interministerial nº 2.162, de 24 de dezembro de 2015].
Brasileira de Inteligência – ABIN.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA EXECUTIVA
PORTARIA Nº 2.758, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 PORTARIA Nº 1.246, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014
Institui o Processo Eletrônico de Compras (PEC) no âmbito do Ministério da Institui o Comitê Gestor do Sistema Eletrônico de Informações - SEI e
Saúde. estabelece os procedimentos de gestão de documentos, processos e arquivos
pelo SEI, no âmbito do Ministério da Justiça.
MINISTÉRIO CIENCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
MINISTERIO DA CULTURA MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 151, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2014 GABINETE DO MINISTRO
Instituir, no âmbito dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da PORTARIA Nº 432, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014
Cultura, Grupo de Trabalho [...] Dispõe sobre a implantação e o funcionamento do Processo Eletrônico de
[o... Programa Nacional de Acervos Digitais (ProNAD), com o objetivo de prover Documentos- PED.
suporte técnico e infraestrutura, e promover a articulação entre instituições de
memória (Bibliotecas, Arquivos e Museus) em prol da constituição de um MINISTERIO DA JUSTIÇA
ecossistema integrado dos diversos acervos memoriais brasileiros;] e [articular PORTARIA Nº 41, DE 20 DE JANEIRO DE 2015
as unidades vinculadas mantenedoras de acervos no âmbito dos Ministérios da [Composição do Comitê Gestor do Sistema Eletrônico de Informação - SEI
Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação, Educação e Justiça (Arquivo Nacional)] será composto pelos membros do Comitê de Governança Administrativa -
CGA instituído pela Portaria nº 590, de 25 de junho de 2014, do Secretário-
MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES Executivo].
SECRETARIA EXECUTIVA
PORTARIA Nº 89, DE 29 DE ABRIL DE 2014 MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
Estabelece os procedimentos de gestão de documentos, processos e arquivos GABINETE DO MINISTRO
pelo Sistema Eletrônico de Informações - SEI, no âmbito do Ministério das PORTARIA Nº 8, DE 23 DE JANEIRO DE 2015
Comunicações. [Regulamenta os procedimentos relativos à classificação e ao tratamento da
informação classificada no âmbito do Ministério do Planejamento,
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL Orçamento e Gestão]
SECRETARIA EXECUTIVA
PORTARIA Nº 25, DE 15 DE JULHO DE 2014 MINISTÉRIO DA DEFESA
Homologa a Norma Complementar nº 20/IN01/DSIC/GSIPR. COMANDO DA AERONÁUTICA
[Estabelece Diretrizes de Segurança da Informação e Comunicações para GABINETE DO COMANDANTE
Instituição do Processo de Tratamento da Informação nos órgãos e entidades PORTARIA Nº 127/GC3, DE 28 DE JANEIRO DE 2015
da Administração Pública Federal (APF), direta e indireta] Reformula o Sistema de Documentação do Comando da Aeronáutica.

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL


SECRETARIA EXECUTIVA PORTARIA Nº- 9, DE 30 DE MARÇO DE 2015
PORTARIA Nº 396, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2014 Estabelece os procedimentos de gestão de documentos, processos e arquivos
Dispõe sobre a implantação e o funcionamento do processo administrativo pelo Sistema Eletrônico de Informações - SEI, no âmbito do Gabinete de
eletrônico ou digital no âmbito do Ministério do Planejamento, Orçamento e Segurança Institucional.
Gestão.
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PORTARIA Nº 11, DE 30 DE MARÇO DE 2015
CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA Dispõe sobre os procedimentos de assinatura eletrônica e assinatura digital
RESOLUÇÃO Nº 11, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2014 em processos e arquivos eletrônicos do Sistema Eletrônico de Informações,
Institui o Sistema Eletrônico de Informações – SEI como sistema oficial de no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional.
gestão de documentos eletrônicos do CADE.
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1.254, DE 18 DE MAIO DE 2015
SECRETARIA EXECUTIVA Institui o Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC) no
PORTARIA Nº 49, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2014 âmbito do Poder Executivo federal.
Homologa a Revisão 01 da Norma Complementar nº 20/IN01/DSIC/GSIPR
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
GABINETE DO MINISTRO PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 705, DE 22 DE JUNHO DE 2015
PORTARIA Nº 2.145, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014 Altera a vigência e o Anexo da Portaria Interministerial nº 2.321, de 30 de
Dispõe sobre a implantação e o funcionamento do processo eletrônico no dezembro de 2014, que define os procedimentos relativos à utilização do
âmbito do Ministério da Justiça Número Único de Protocolo - NUP no âmbito dos órgãos e entidades da
Administração Pública Federal e dá outras providências.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
PORTARIA Nº 92, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2014 Portaria Interministerial MJ/MP nº 851, de 03 de julho de 2015
Institui a arquitetura ePING (Padrões de Interoperabilidade de Governo
Eletrônico), que define um conjunto mínimo de premissas, políticas e

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Altera a vigência da Portaria Interministerial n° 2.320, de 30 de dezembro de e supervisão da educação superior no sistema federal de educação, e o
2014, que institui o Sistema Protocolo Integrado no âmbito dos órgãos e Cadastro Nacional de Cursos e Instituições de Educação Superior / Cadastro
entidades da Administração Pública Federal e-MEC.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO PORTARIA Nº 330, DE 5 DE ABRIL DE 2018
Portaria Interministerial MJ/MP nº 1.677, de 7 de outubro de 2015 Dispõe sobre a emissão de diplomas em formato digital nas instituições de
Define os procedimentos gerais para o desenvolvimento das atividades de ensino superior pertencentes ao sistema federal de ensino.
protocolo no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO/GABINETE
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA DO MINISTRO
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO PORTARIA Nº 443, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018
Portaria Interministerial MJ/MP nº 2.162, de 24 de dezembro de 2015 Estabelece os serviços que serão preferencialmente objeto de execução
Altera a data de início da vigência da Portaria Interministerial nº 2.321, de 30 de indireta, em atendimento ao disposto no art. 2º do Decreto nº 9.507, de 21 de
dezembro de 2014, que define os procedimentos relativos à utilização do setembro de 2018.
Número Único de Protocolo - NUP no âmbito dos órgãos e entidades da
Administração Pública Federal e dá outras providências. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
GABINETE DO MINISTRO
MINISTÉRIO DA SAÚDE PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 11, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2019
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ Dispõe sobre os procedimentos relativos à utilização do Número Único de
PORTARIA Nº- 28, DE 28 DE OUTUBRO DE 2015 Protocolo - NUP no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública
[Reconhecer a importância e autorizar o acesso às informações contidas nos federal direta, autárquica e fundacional.
prontuários de pacientes reunidos na Seção Hospital Evandro Chagas (atual
Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas - INI) do Fundo Instituto MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Oswaldo Cruz, recolhidos ao Departamento de Arquivo e Documentação da ARQUIVO NACIONAL
Casa de Oswaldo Cruz, para a pesquisa científica e a recuperação de fatos PORTARIA Nº 47, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020
históricos de maior relevância; OBJETIVO: Estabelecer procedimentos e Dispõe sobre o Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e
responsabilidades para o acesso aos prontuários de pacientes.] Destinação de Documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo
Federal.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
ARQUIVO NACIONAL MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES
PORTARIA AN Nº 252, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2015 PORTARIA Nº 484, DE 28 DE AGOSTO DE 2020
Estabelece os procedimentos para transferência ou recolhimento de acervos Aprova o Manual de Migração que trata da transferência do conteúdo dos
arquivísticas públicos, em qualquer suporte, pelos órgãos e entidades do Poder portais do Governo federal para o novo Portal Institucional denominado
Executivo Federal para o Arquivo Nacional. Gov.Br

MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA


GABINETE DO MINISTRO ARQUIVO NACIONAL
PORTARIA Nº 290, DE 29 DE SETEMBRO DE 2016 PORTARIA Nº 272, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2020
Disciplina a implantação, a promoção e o acompanhamento de Redes de Dispõe sobre a aprovação de Planos de Destinação de Documentos pelo
Conhecimento relevantes ao aprimoramento da governança digital na Arquivo Nacional.
administração pública federal direta, autárquica e fundacional.

MINISTERIO DA FAZENDA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO


RECEITA FEDERAL DO BRASIL FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL
PORTARIA RFB Nº 1674, DE 02 DE DEZEMBRO DE 2016 SUPERIOR
Estabelece critérios de digitalização e eliminação dos atos, termos e Portaria nº 6, de 8 de janeiro de 2021
documentos dos Processos Administrativos Fiscais. Consolidação das normas de gestão de documentos e arquivos da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior.
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
SECRETARIA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO MINISTERIO DA ECONOMIA
Portaria Nº 58, de 23 de dezembro de 2016 COMISSÃO DE VALORES IMOBILIARIOS
Dispõe sobre procedimentos complementares para o compartilhamento de Portaria CVM/PTE/nº 10, de 22 de janeiro de 2021
bases de dados oficiais entre órgãos e entidades da administração pública Institui a Política de Gestão de Documentos no Âmbito da CVM
federal direta e indireta e as demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União
INSTRUÇÕES NORMATIVAS FEDERAIS
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO
GABINETE DO MINISTRO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1, DE 12 DE JANEIRO DE 2017 ARQUIVO NACIONAL
Dispõe sobre procedimentos para a elaboração e a publicação dos relatórios INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1 DO ARQUIVO NACIONAL, DE 18 DE ABRIL DE
circunstanciados, previstos no art. 120 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, 1997
sobre a situação de acessibilidade em sítios, portais, sistemas e serviços Estabelece os procedimentos para entrada de acervos arquivísticos no
mantidos na internet pelos órgãos do governo pertencentes à Administração Arquivo Nacional.
Pública Federal e as devidas providências a serem adotadas para melhoria da [REVOGADA PELA PORTARIA AN Nº 252, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2015]
acessibilidade desses ambientes digitais.
MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO.
MINISTERIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA SECRETARIA DE LOGISTICA E TECNOLOGA DA INFORMAÇÃO
ARQUIVO NACIONAL INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04 DE 12 DE NOVEMBRO DE 2010
PORTARIA Nº 8, DE 12 DE JANEIRO DE 2017 Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da
[Institui o Comitê Gestor de Tecnologia da Informação (COGESTI), com a Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos
finalidade de formular a política de Tecnologia da Informação no âmbito do Recursos de Informação e Informática (SISP) do Poder Executivo Federal.
Arquivo Nacional] [REVOGADA PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 2, DE 12 DE JANEIRO DE 2015]

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO


PORTARIA Nº 21, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2017 SECRETÁRIA DE LOGISTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
Dispõe sobre o sistema e-MEC, sistema eletrônico de fluxo de trabalho e INSTRUÇÃO NORMATIVA N°4, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014.
gerenciamento de informações relativas aos processos de regulação, avaliação

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da Dispõe sobre os arquivos públicos que integram o acervo das agências
Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos reguladoras, das empresas em processo de desestatização, das empresas
Recursos de Tecnologia da Informação -SISP do Poder Executivo Federal. desestatizadas, das concessionárias, permissionárias e autorizatárias de
[Redação dada pela Instrução Normativa N° 2, de 12 de janeiro de 2015]. serviços públicos, e das pessoas jurídicas de direito privado.
[REVOGADA PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019] [REVOGADA PELA RESOLUÇÃO Nº 18, DE 30 DE JULHO DE 2003]

MINISTÉRIO DA ECONOMIA RESOLUÇÃO Nº 12, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999


SECRETARIA ESPECIAL DE DESBUROCRATIZAÇÃO, GESTÃO E GOVERNO DIGITA Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de interesse público e
SECRETARIA DE GOVERNO DIGITAL social de arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 4 DE ABRIL DE 2019 documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento
Dispõe sobre o processo de contratação de soluções de Tecnologia da nacional.
Informação e Comunicação - TIC pelos órgãos e entidades integrantes do [REVOGADA PELA RESOLUÇÃO Nº 17, DE 25 DE JULHO DE 2003]
Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação - SISP do
Poder Executivo Federal. RESOLUÇÃO Nº 13, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2001
Dispõe sobre a implantação de uma política municipal de arquivos, sobre a
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO construção de arquivos e de websites de instituições arquivísticas.
E GESTÃO
SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO RESOLUÇÃO Nº 14, DE 24 DE OUTUBRO DE 2001
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 4, DE 12 ABRIL DE 2012 Aprova a versão revisada e ampliada da Resolução nº 4, de 28 de março de
Institui a Infraestrutura Nacional de Dados Abertos - INDA. 1996, que dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de Arquivo
para a Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como modelo
para os arquivos correntes dos órgãos e entidades integrantes do Sistema
RESOLUÇÕES DO CONARQ Nacional de Arquivos (SINAR), e os prazos de guarda e a destinação de
documentos estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação
de Documentos de Arquivo Relativos as Atividades-Meio da Administração
RESOLUÇÃO Nº 1, DE 18 DE OUTUBRO DE 1995 Pública.
Dispõe sobre a necessidade da adoção de planos e/ou códigos de classificação [Revogada pela Resolução Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020]
de documentos nos arquivos correntes, que considerem a natureza dos
assuntos resultantes de suas atividades e funções. RESOLUÇÃO Nº 15, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2002
[Revoga a Resolução nº 09, de 1 de julho de 1997, do CONARQ, substituída pela
RESOLUÇÃO Nº 2, DE 18 DE OUTUBRO DE 1995 Portaria nº 05, da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de fevereiro de
Dispõe sobre as medidas a serem observadas na transferência ou no 2002, que dispõe sobre o regimento interno do Conselho Nacional de
recolhimento de acervos documentais para instituições arquivísticas públicas. Arquivos (CONARQ)].

RESOLUÇÃO Nº 3, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995 RESOLUÇÃO Nº 16, DE 24 DE JUNHO DE 2003


Dispõe sobre o Programa de Assistência Técnica do Conselho Nacional de Dispõe sobre as diretrizes a serem adotadas para criação do Boletim Interno
Arquivos (CONARQ). do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ.

RESOLUÇÃO Nº 4, DE 28 DE MARÇO DE 1996 RESOLUÇÃO Nº 17, DE 25 DE JULHO DE 2003


[Revogada pela Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001] Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de interesse público e
Dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a social de arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham
Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como modelo para os documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento
arquivos correntes dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de nacional.
Arquivos (SINAR), e aprova os prazos de guarda e a destinação de documentos [Alterada pela Resolução do CONAR, nº 46 de 22 de dezembro de 2020]
estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos
de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Administração Pública. RESOLUÇÃO Nº 18, DE 28 DE JULHO DE 2003
Dispõe sobre os arquivos públicos que integram o acervo das agências
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 30 DE SETEMBRO DE 1996 reguladoras, das empresas em processo de desestatização, das empresas
Dispõe sobre a publicação de editais para eliminação de documentos nos desestatizadas, das concessionárias, permissionárias e autorizatárias de
Diários Oficiais da União, Distrito Federal, Estados e Municípios. serviços públicos, e das pessoas jurídicas de direito privado.
[REVOGADA PELA RESOLUÇÃO Nº 19, DE 28 DE OUTUBRO DE 2003]
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 15 DE MAIO DE 1997
Dispõe sobre diretrizes quanto à terceirização de serviços arquivísticos RESOLUÇÃO Nº 19, DE 28 DE OUTUBRO DE 2003
públicos. Dispõe sobre os documentos públicos que integram o acervo das empresas
em processo de desestatização e das pessoas jurídicas de direito privado
RESOLUÇÃO Nº 7, DE 20 DE MAIO DE 1997 sucessoras de empresas públicas.
Dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito
dos órgãos e entidades integrantes do Poder Público. RESOLUÇÃO Nº 20, DE 16 DE JULHO DE 2004
[REVOGADA PELA RESOLUÇÃO Nº 40, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014] Dispõe sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão
arquivística de documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema
RESOLUÇÃO Nº 8, DE 20 DE MAIO DE 1997 Nacional de Arquivos.
Atualiza o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a
Administração Pública: Atividades-Meio e a Tabela Básica de Temporalidade e RESOLUÇÃO Nº 21, DE 4 DE AGOSTO DE 2004
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da [Revogada pela Resolução Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020]
Administração Pública, aprovados pela Resolução nº 4 do CONARQ. Dispõe sobre o uso da subclasse 080 – Pessoal Militar do Código de
[REVOGADA PELA RESOLUÇÃO Nº 14, DE 24 DE OUTUBRO DE 2001] Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública:
Atividades-Meio e da Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
RESOLUÇÃO Nº 9, DE 1 DE JULHO DE 1997 Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Administração
Dispõe sobre o regimento interno do Conselho Nacional de Arquivos Pública, aprovados pela Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001, Conselho
(CONARQ). Nacional de Arquivos - CONARQ.
[Revogada pela Portaria nº 05, da Casa Civil da Presidência da República, de 7
de fevereiro de 2002] RESOLUÇÃO Nº 22, DE 30 DE JUNHO DE 2005
[Ver: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA - PORTARIA Nº 2.588, DE 24 DE NOVEMBRO DE Dispõe sobre as diretrizes para a avaliação de documentos em instituições de
2011. Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos] saúde.

RESOLUÇÃO Nº 10, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999 RESOLUÇÃO Nº 23, DE 16 DE JUNHO DE 2006


Dispõe sobre a adoção de símbolos ISO nas sinaléticas a serem utilizadas no Dispõe sobre a adoção do Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística
processo de microfilmagem de documentos arquivísticos. pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos-SINAR.
[Ver: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA - PORTARIA Nº 2.588, DE 24 DE NOVEMBRO DE
2011. Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos] RESOLUÇÃO Nº 24, DE 3 DE AGOSTO DE 2006
Estabelece diretrizes para a transferência e recolhimento de documentos
RESOLUÇÃO Nº 11, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999 arquivísticos digitais para instituições arquivísticas públicas.

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[Alterada pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020]
RESOLUÇÃO Nº 25, DE 27 DE ABRIL DE 2007
Dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados RESOLUÇÃO Nº 41, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014
de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades Dispõe sobre a inserção dos documentos audiovisuais, iconográficos,
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. sonoros e musicais em programas de gestão de documentos arquivísticos
dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR,
RESOLUÇÃO Nº 26, DE 06 DE MAIO DE 2008 visando a sua preservação e acesso.
Estabelece diretrizes básicas de gestão de documentos a serem adotadas nos
arquivos do Poder Judiciário RESOLUÇÃO Nº 42, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014
Dispõe sobre a análise do papel reciclado fabricado no Brasil para produção
RESOLUÇÃO Nº 27, DE 16 DE JUNHO DE 2008 de documentos arquivísticos.
Dispõe sobre o dever do Poder Público, no âmbito dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios, de criar e manter Arquivos Públicos, na sua RESOLUÇÃO Nº 43, DE 04 DE SETEMBRO DE 2015
específica esfera de competência, para promover a gestão, a guarda e a Altera a redação da Resolução do CONARQ nº 39, de 29 de abril de 2014, que
preservação de documentos arquivísticos e a disseminação das informações estabelece diretrizes para a implementação de repositórios digitais
neles contidas. confiáveis para a transferência e recolhimento de documentos arquivísticos
digitais para instituições arquivísticas dos órgãos e entidades integrantes do
RESOLUÇÃO Nº 28, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2009 Sistema Nacional de Arquivos – SINAR.
Dispõe sobre a adoção da Norma Brasileira de Descrição Arquivística -
NOBRADE pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de RESOLUÇÃO Nº 44, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020
Arquivos - SINAR, institui o Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras de Dá nova redação aos artigos 1º, 2º e 3º e respectivos anexos 1, 2 e 3 da
Acervos Arquivísticos e estabelece a obrigatoriedade da adoção do Código de Resolução nº 40, de 9 de dezembro de 2014.
Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos – CODEARQ.
RESOLUÇÃO Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020
RESOLUÇÃO Nº 29, DE 29 DE MAIO DE 2009 Revoga as Resoluções nº 14, de 24 de outubro de 2001; nº 21 de 4 de agosto de
Dá nova redação ao Art. 2º e ao inciso I da Resolução nº 27, de 16 de junho de 2004 e nº 35, de 11 de dezembro de 2012.
2008.
RESOLUÇÃO Nº 46, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2020
RESOLUÇÃO Nº 30, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009 Altera a Resolução nº 17, de 25 de julho de 2003, do CONARQ, que “Dispõe
Altera a Resolução nº 26 de 6 de maio de 2008, que estabelece diretrizes básicas sobre os procedimentos relativos à declaração de interesse público e social
de gestão de documentos a serem adotadas nos arquivos do Poder Judiciário de arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham
documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento
RESOLUÇÃO Nº 31, DE 28 DE ABRIL DE 2010 nacional.”
Dispõe sobre a adoção das Recomendações para Digitalização de Documentos [Revogada pela Resolução nº 47, de 26 de abril de 2021]
Arquivísticos Permanentes
RESOLUÇÃO Nº 47, DE 26 DE ABRIL DE 2021
RESOLUÇÃO Nº 32, DE 17 DE MAIO DE 2010 Dispõe sobre os procedimentos relativos à declaração de interesse público e
Dispõe sobre a inserção dos Metadados na Parte II do Modelo de Requisitos social de arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que contenham
para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos – e-ARQ documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento
Brasil nacional.

RESOLUÇÃO Nº 33, DE 30 DE MAIO DE 2011


Dispõe sobre a criação do Informativo CONARQ e dá outras providências CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ
CARTA PARA A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUIVÍSTICO
RESOLUÇÃO Nº 34, DE 15 DE MAIO DE 2012 DIGITAL - 6 de julho de 2004.
Dispõe sobre a adoção das Recomendações para a salvaguarda de acervos
arquivísticos danificados por água pelos órgãos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Arquivos – SINAR PODER JUDICIÁRIO
RESOLUÇÃO Nº 35, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012
[Revogada pela Resolução Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020] SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
CONSELHO FEDERAL DA JUSTIÇA FEDERAL
[atualiza o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Resolução CJF nº 23, de 19 de setembro de 2008
Administração Pública: Atividades-Meio e a Tabela Básica de Temporalidade e Estabelece a Consolidação Normativa do Programa de Gestão Documental da
Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Justiça Federal de 1º e 2º graus.
Administração Pública, aprovados pela Resolução nº 14, de 24 de outubro de [Revogada pela Resolução CJF, n. 318, de 04 de novembro de 2014]
2001, do CONARQ, publicada no DOU, de 8 de fevereiro de 2002]

RESOLUÇÃO Nº 36, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2012 CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ


Dispõe sobre a adoção das Diretrizes para a Gestão arquivística do Correio RECOMENDAÇÃO Nº 37, DE 15 DE AGOSTO DE 2011
Eletrônico Corporativo pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Recomenda aos Tribunais a observância das normas de funcionamento do
Nacional de Arquivos – SINAR. Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário -
Proname e de seus instrumentos.
RESOLUÇÃO Nº 37, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2012
Aprova as Diretrizes para a Presunção de Autenticidade de Documentos SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Arquivísticos Digitais. CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL
Resolução nº-318, de 4 de novembro de 2014
RESOLUÇÃO Nº 38, DE 9 DE JULHO DE 2013 Dispõe sobre o Programa de Gestão Documental e Memória da Justiça Federal
Dispõe sobre a adoção das “Diretrizes do Produtor - A Elaboração e a e de seus instrumentos.
Manutenção de Materiais Digitais: Diretrizes Para Indivíduos” e “Diretrizes do
Preservador - A Preservação de Documentos Arquivísticos digitais: Diretrizes TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
para Organizações”. PORTARIA Nº 1.013, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2018.
Institui Política de Preservação Digital da Justiça Eleitoral.
RESOLUÇÃO Nº 39, DE 29 DE ABRIL DE 2014
Estabelece diretrizes para a implementação de repositórios digitais confiáveis SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
para a transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais para RESOLUÇÃO STJ/GP N. 11 DE 25 DE JUNHO DE 2019.
instituições arquivísticas dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Institui a Política de Preservação Digital do Superior Tribunal de Justiça.
Nacional de Arquivos – SINAR.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ
RESOLUÇÃO Nº 40, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014 RESOLUÇÃO Nº 324, DE 30 DE JUNHO DE 2020
Dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito
dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR.

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Institui diretrizes e normas de Gestão de Memória e de Gestão Documental e eletrônicos ofertados por meio de solução denominada TCU-eletrônico (e-
dispõe sobre o Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder TCU), e altera as Resoluções-TCU nº 170, de 30 de junho de 2004, nº 175, de
Judiciário (Proname). 25 de maio de 2005, e nº 191, de 21 de junho de 2006.

ESTADO DO CEARÁ Portaria TCU nº 188, de 12 de agosto de 2010


Tribunal de Justiça do Estado do Ceará Dispõe sobre o uso de certificado digital no âmbito do Tribunal de Contas da
PROVIMENTO Nº 18, DE 18 DE JULHO DE 2011 União.
Dispõe acerca do procedimento de eliminação de petições e documentos físicos
protocolados no Poder Judiciário do Estado do Ceará, e já digitalizados. Resolução TCU nº 254, de 10 de abril de 2013
Dispõe sobre a classificação da informação quanto à confidencialidade no
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO âmbito do Tribunal de Contas da União.
PORTARIA CONJUNTA Nº 3, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2014
Institui o modelo de governança do Sistema Eletrônico de Informações - SEI Resolução TCU nº 294, de 18 de abril de 2018
no âmbito do projeto Processo Eletrônico Nacional e dá outras providências. Dispõe sobre a classificação da informação quanto à confidencialidade no
âmbito do Tribunal de Contas da União
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA - CNJ
PROVIMENTO Nº 50 DE 28 DE SETEMBRO DE 2015
Dispõe sobre a conservação de documentos nos cartórios extrajudiciais.
LEGISLAÇÃO ESTADUAL E MUNICIPAL

PODER LEGISLATIVO FEDERAL


DISTRITO FEDERAL
Governo do Distrito Federal
SENADO FEDERAL
Lei nº 2.545, de 28 de abril de 2000
Ato da Comissão Diretora nº 9, de 2012 Dispõe sobre a proteção dos documentos de arquivos públicos.
Regulamenta, no âmbito do Senado Federal, a Lei nº 12.527, de 18 de novembro
de 2011, que dispõe sobre o acesso aos dados, informações e documentos de Decreto nº 24.205, de 10 de novembro de 2003
interesse da sociedade e do Estado. Regulamenta a Lei nº 2.545, de 28 de abril de 2000, que dispõe sobre a
proteção dos documentos de arquivos públicos.
Ato do Presidente nº 6, de 2015
Dispõe sobre o Processo Eletrônico no âmbito do Senado Federal. Decreto nº 35.382, de 29 de abril de 2014
Regulamenta o art. 42, da Lei nº 4.990, de 12 de dezembro de 2012, dispõe
Ato da Diretoria-Geral nº 12, de 2015 sobre os procedimentos para credenciamento de segurança, sobre o Núcleo
Aprova os procedimentos gerais para a produção de documentos e processos e de Segurança e Credenciamento, institui o Comitê Gestor de
o desenvolvimento das atividades de protocolo no Senado Federal. Credenciamento de Segurança, e dá outras providências.

Ato da Comissão Diretora nº 3, de 2018 ESTADO DE ALAGOAS


Aprova a reestruturação do Plano de Classificação e da Tabela de Decreto nº 9.228, de 13 de dezembro de 2010
Temporalidade de Documentos de Arquivo do Senado Federal e do Congresso Dispõe sobre o acesso aos documentos produzidos e acumulados por órgãos
Nacional. de inteligência e informação, especificamente aqueles relacionados ao
período do Regime Militar no Brasil, no âmbito do Estado de Alagoas, e dá
Ato da Diretoria-Geral nº 20, de 2016 outras providências.
Regulamenta a recepção, registro e inclusão de documentos no Processo
Eletrônico do Senado Federal. Decreto nº 26.320, de 13 de maio de 2013
Dispõe sobre o acesso a informações públicas de que trata a lei federal nº
Ato da Comissão Diretora nº 6, de 2017 12.527, de 18 de novembro de 2011.
Aprova o Manual de Transparência e Classificação de Informações do Senado
Federal. ESTADO DA BAHIA
Governo do estado da Bahia
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Lei Delegada nº 52, de 31 de maio de 1983.
Ato da Mesa nº 15, de 18 de maio de 1999 (Congresso Nacional). Criação do Sistema Estadual de Arquivos
Sistema de Arquivos da Câmara dos Deputados – SIARQ – CD.
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Ato da Mesa nº 48, de 16de julho de 2012 Governo do estado do Espírito Santo
Institui a Política de Preservação Digital da Câmara dos Deputados. Criação do Sistema Estadual de Arquivos: Decreto nº 2.270, de 24 de
novembro de 1981.
Ato da Mesa nº 147, de 02 de dezembro de 2014
Dispõe sobre o Sistema de Tramitação e Gestão de Processos Administrativos ESTADO DE MINAS GERAIS
Digitais-eDoc. Governo do estado de Minas Gerais
Decreto nº 39.504, de 24 de março de 1997
Portaria nº 285, de 10 de novembro de 2020 Cria o Conselho Estadual de Arquivos-CEA, e dá outras providências.
Estabelece procedimentos para o descarte de documentos arquivísticos na
Câmara dos Deputados. Lei nº 12.040, de 28 de dezembro de 1995
Dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação
Ato da Mesa da Câmara dos Deputados nº 152, de 16 de dezembro de 2020 do ICMS pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo
Regulamenta a aplicação da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. - Lei Geral de único do artigo 158 da Constituição Federal, e dá outras providências.
Proteção de Dados Pessoais (LGPD) -, no âmbito da Câmara dos Deputados.
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte
Portaria nº 321, de 17 de dezembro de 2020 Lei Municipal nº 5.899, de 20 de maio de 1991
Regulamenta assuntos relacionados à proteção de dados pessoais na Câmara Política Municipal de Arquivos
dos Deputados.
Lei Municipal nº 5.900, de 20 de maio de 1991
SENADO FEDERAL Criação do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH)

Prefeitura Municipal de Passa Quatro

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO Lei nº 1.700, de 9 de junho de 2005


Dispõe sobre a política municipal de arquivos públicos e privados
Resolução TCU nº 233, de 4 de agosto de 2010 e dá outras providências.
Dispõe sobre o funcionamento do processo eletrônico e demais serviços

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Lei nº 1.701, de 09 de julho de 2005
Dispõe sobre a criação do Arquivo Público de Passa Quatro e dá Governo do Estado do Rio de Janeiro
outras providências. Atos do Poder Executivo
Decreto nº 42.002 de 21 de agosto de 2009
ESTADO DO PARÁ Dispõe sobre avaliação e destinação de documentos produzidos e recebidos
Governo do estado do Pará pela administração pública estadual e dá outras providências.
Decreto nº 10.685, de 03 de julho de 1978
Criação do Sistema de Informações Administrativas – SINAD. Governo do Estado do Rio de Janeiro
Atos do Poder Executivo
Decreto nº 5.961, de 17 de fevereiro de 1989 Lei nº 5.562 de 20 de outubro de 2009
Criação do Sistema Dispõe sobre a política de arquivos públicos e privados do estado do rio de
janeiro e dá outras providências.
Lei nº 5. 629 de 20 de dezembro de 1990
Dispõe sobre a Preservação e Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico, Governo do Estado do Rio de Janeiro
Natural e Cultural do Estado do Pará. Atos do Poder Executivo
Decreto nº 42.352 de 15 de março de 2010
ESTADO DA PARAÍBA Regulamenta a lei estadual nº 5.427, de 01 de abril de 2009, no que dispõe
Governo do estado da Paraíba sobre a informatização de documentos e processos administrativos na
Decreto n.° 31.816, de 29 de novembro de 2010 administração pública estadual e dá outras providências.
Dispõe sobre o acesso aos documentos produzidos e acumulados por órgãos de
inteligência e informação, especificamente aqueles relacionados ao período do Governo do Estado do Rio de Janeiro
regime militar no Brasil, no âmbito do Estado da Paraíba e dá outras Lei nº 5.978, de 24 de maio de 2011
providências. Dispõe que os órgãos e entidades da administração pública direta, indireta,
autárquica e fundacional do estado do Rio de Janeiro, bem como os órgãos
ESTADO DO PARANÁ autônomos e empresas sob o controle estatal adotarão, preferencialmente,
Governo do Estado do Paraná formatos abertos de arquivos para criação, armazenamento e
Lei 15742 - 18 de Dezembro de 2007 disponibilização digital de documentos.
Dispõe que os órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Indireta,
Autárquica e Fundacional do Estado do Paraná, bem como os órgãos Governo do Estado do Rio de Janeiro
autônomos e empresas sob o controle estatal adotarão, preferencialmente, Atos do Poder Executivo
formatos abertos de arquivos para criação, armazenamento e disponibilização Decreto nº 43.156 de 26 de agosto de 2011
digital de documentos. Dispõe sobre o acesso aos documentos produzidos e acumulados por Órgãos
de inteligência e informação, incluindo aqueles relacionados ao período do
ESTADO DE PERNAMBUCO regime militar no Brasil, no âmbito do estado do Rio de Janeiro, e dá outras
Governo do estado de Pernambuco providências.
Decreto nº 11.147, de 27 de janeiro 1986
Criação do Sistema Governo do Estado do Rio de Janeiro
Atos do Poder Executivo
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Decreto nº 42.002 de 21 de agosto de 2009
Governo do estado do Rio Grande do Norte Dispõe sobre avaliação e destinação de documentos produzidos e recebidos
pela administração pública estadual e dá outras providências.
Decreto nº 7.394, de 18 de maio de 1978
Criação do Sistema Estadual de Arquivos Governo do Estado do Rio de Janeiro
Atos do Poder Legislativo
Decreto nº 12.924, de 20 de março de 1996. Lei nº 6.402 de 08 de Março de 2013
Reestruturação do Sistema Estadual de Arquivos [Piso salarial para arquivista e bibliotecário de nível superior]
Institui pisos salariais no âmbito do estado do Rio de Janeiro para as
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL categorias profissionais que menciona e estabelece outras providências.
Decreto nº 33.200, de 05 de junho de 1989.
Criação do Sistema Estadual de Arquivo Prefeitura municipal da cidade do Rio de Janeiro
Lei nº 3.404 de 5 de junho de 2002
Decreto nº 52.715, de 20 de novembro de 2015. Dispõe sobre a política municipal de arquivos públicos e privados,
Dispõe sobre o Sistema de Processo Administrativo Eletrônico - PROA - no o acesso aos documentos públicos municipais e dá outras
âmbito do Poder Executivo Estadual providências.

Instrução Normativa nº 01, de 16 de dezembro de 2016. Decreto nº 29,966, de 8 de outubro de 2008


Estabelece os procedimentos para a eliminação de documentos de guarda Institui o Conselho Municipal de Arquivos do Rio de Janeiro
temporária nos órgãos do Poder Executivo Estadual. (Anexos: modelos de (COMARQ) e estabelece a sua competência, organização e
Listagem de Eliminação de Documentos, Edital de Ciência de Eliminação de funcionamento.
Documentos e Termo de Eliminação de Documentos).
Decreto nº 35.606, de 15 de maio de 2012
Regimento Interno do Comitê Gestor do SIARQ/RS Regula, em âmbito municipal, a Lei de Acesso a Informações – Lei
Dispõe sobre o Regimento Interno do Comitê Gestor do SIARQ/RS, publicado Federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e dá outras
pela Resolução Nº 01/2016 e Resolução Nº 02/2016 (DOE de 28/12/ 2016 – providências.
Páginas 35 e 36 e DOE de 30/12/2016).

ESTADO DE SANTA CATARINA


ESTADO DO RIO DE JANEIRO Governo do estado de Santa Catarina
Decreto nº 3.427, de 09 de março de 1993.
Governo do Estado do Rio de Janeiro Criação do Sistema Estadual de Arquivo:
Atos do Poder Executivo
Lei nº 2.331, de 05 de outubro de 1994 ESTADO DE SÃO PAULO
Dispõe sobre o acesso aos documentos públicos sob custódia do Arquivo Governo do estado de São Paulo
Público do Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências.
[Revogada pela Lei nº 5.562, de 20 de outubro de 2009] Lei nº 16.787, de 4/07/2018
Institui na Secretaria de Governo o Fundo Especial de Despesa da Unidade
Governo do estado do Rio de Janeiro do Arquivo Público do Estado - FEARQ.
Atos do Poder Executivo
Decreto nº 29.387 de 15 de outubro de 2001 Decreto nº 22.789, de 19 de outubro de 1984.
Cria o Conselho Estadual de Arquivos (CONEARQ) e estabelece a sua Criação do Sistema Estadual de Arquivos
competência, organização e funcionamento.
Instrução Normativa APE/SAESP-1, de 10 de março de 2009 - Estabelece

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diretrizes e define procedimentos para a gestão, a preservação e o acesso Criação do Sistema municipal de arquivos
contínuo aos documentos arquivísticos digitais da Administração Pública
Estadual Direta e Indireta. Prefeitura Municipal de São José dos Campos
Lei nº 4.438, de 29 de setembro de 199
Decreto Estadual 55.479, de 25 de fevereiro de 2010. Criação do Sistema Municipal de Arquivos
Institui, na Casa Civil, Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado de
Gestão Arquivística de Documentos e Informações -SPdoc e dá providências
correlatas. Estado de Sergipe
Criação do Sistema Estadual de Arquivos
UNIDADE DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO Decreto nº 4.507, de 19 de novembro de 1979
Instrução Normativa APE/SAESP - - 02, de dois de dezembro de 2010
Estabelece critérios para a avaliação da massa documental acumulada e Estado do Tocantins
procedimentos para a eliminação, transferência e recolhimento de Decreto nº 5.490, de 22de agosto de 2016
documentos à Unidade do Arquivo Público do Estado Dispõe sobre o Processo Administrativo Eletrônico –PAE, no âmbito da
Administração Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual, e adota outras
Decreto nº 60.132, de 7 de fevereiro de 2014 providências.
Dá nova redação a dispositivo do Decreto nº 55.479, de 25 de fevereiro de 2010,
que institui, na Casa Civil, Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado
de Gestão Arquivística de Documentos e Informações - Spdoc e dá
providências correlatas.

Decreto nº 60.144, de 11 de fevereiro de 2014


Institui a Comissão Estadual de Acesso à Informação - CEAI e dá providências
correlatas.

Decreto nº 60.145, de 11 de fevereiro de 2014


Dispõe sobre o recolhimento de documentos de guarda permanente,
produzidos e acumulados pelos órgãos e entidades da Administração Pública
estadual direta, indireta e fundacional, para a Unidade de Arquivo Público do
Estado, da Casa Civil.

Decreto nº 60.334, de 03 de maio de 2014


Aprova o Manual de Normas e Procedimentos de Protocolo para a
Administração Pública do Estado de São Paulo, e dá providências correlatas.

Decreto nº 61.559, de 15 de outubro de 2015


Dá nova redação a dispositivo do Decreto n. 58.052, de 16 de maio de 2012, que
regulamenta a Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011, e dá
providências correlatas.

Resolução CC-19, de 19 de abril de 2011


Define critérios para a implementação gradual e progressiva do Sistema
Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de Documentos e Informações -
SPdoc nos órgãos da Administração Direta do Poder Executivo.

Portaria APESP/SAESP 1. de 4 de dezembro de 2018


Dispõe sobre diretrizes para a contratação de serviços arquivísticos visando à
execução de atividades técnicas auxiliares.

Portaria UAPESP/SAESP 2. de 4 de dezembro de 2018


Dispõe sobre procedimentos para orientar a modelagem de documentos
digitais.

Resolução SG-57, de 30-9-2019


Aprova o “Manual de orientação para uso do ambiente digital de gestão
documental do Programa SP Sem Papel”, define procedimentos e dá
providências correlatas.

Portaria UAPESP/SAESP- 4, de 23-11-2020.


Substitui os Anexos I e II da Instrução Normativa APE/SAESP nº 1, de 10 de
março de 2009, que definem os requisitos e metadados a serem adotados pelo
ambiente digital de gestão documental (“Documentos Digitais”) do SP Sem
Papel e por outros sistemas autorizados de gestão arquivística de documentos.

Portaria UAPESP/SAESP – 5, de 5-8-2021


Orienta os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual sobre a
digitalização de documentos públicos, a gestão e a preservação de seus
representantes digitais para que produzam os mesmos efeitos legais de
documentos originais.

Universidade Estadual de Campinas


Reitoria
Resolução GR-17, de 29 de junho de 2011
Estabelece diretrizes e define procedimentos para a gestão, a
preservação e o acesso contínuo aos documentos arquivísticos
digitais da Universidade Estadual de Campinas.

Prefeitura Municipal de Indaiatuba


Lei Municipal nº 3.076, de 16 de dezembro de 1993

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Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
LEGISLAÇÃO FEDERAL concorrentemente sobre:
...
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico,
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 turístico e paisagístico.
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao
Título II consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS paisagístico;
Capítulo I IX - educação, cultura, ensino e desporto;
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia,
... pesquisa, desenvolvimento e inovação. NR (Redação dada pela Emenda
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer Constitucional nº 85, de 2015).
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à Capítulo IV
propriedade, nos termos seguintes: DOS MUNICÍPIOS
...
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem Art. 30. Compete aos Municípios:
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral ...
decorrente de sua violação; IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local,
... observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o ...
sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
... Título VIII
XXXIII - todos tem direito a receber dos órgãos públicos DA ORDEM SOCIAL
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que Capítulo III
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do estado; Seção II
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do Da Cultura
pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos
contra ilegalidade ou abuso de poder; culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de valorização e a difusão das manifestações culturais.
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; § 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas populares,
... indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo
LX – a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais civilizatório nacional.
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; § 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta
... significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.
LXXII – conceder-se-á habeas-data: § 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas a pessoa do plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à integração das
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades ações do poder público que conduzem à: NR (Incluído pela Emenda
governamentais ou de caráter público; Constitucional nº 48, de 10 de agosto de 2005, publicada no D.O.U., de 11 de
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por agosto de 2005).
processo sigiloso, judicial ou administrativo; I - defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro; NR
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de 10 de agosto de 2005,
que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o publicada no D.O.U., de 11 de agosto de 2005).
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao II - produção, promoção e difusão de bens culturais; NR (Incluído
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, pela Emenda Constitucional nº 48, de 10 de agosto de 2005, publicada no
isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; D.O.U., de 11 de agosto de 2005).
... III - formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas-corpus e habeas-data e, na suas múltiplas dimensões; NR (Incluído pela Emenda Constitucional nº 48, de
forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania; 10 de agosto de 2005 – publicada no D.O.U., de 11 de agosto de 2005.).
... IV - democratização do acesso aos bens de cultura; (Incluído pela
Título III Emenda Constitucional nº 48, de 10 de agosto de 2005, publicada no D.O.U., de
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO 11 de agosto de 2005).
Capítulo I V - valorização da diversidade étnica e regional. NR(Incluído pela
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVA Emenda Constitucional nº 48, de 10 de agosto de 2005, publicada no D.O.U., de
11 de agosto de 2005).
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de
Municípios: natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto,
... portadores de referência à identidade, a ação, a memória dos diferentes
II - recusar fé aos documentos públicos; grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:
... ...
Capítulo II III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
DA UNIÃO IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
destinados às manifestações artístico culturais;
Art. 23 - É competência comum da União, dos Estados, do Distrito ...
Federal e dos Municípios: § 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade,
I - Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições promoverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de
democráticas e conservar o patrimônio público; inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras
... formas de acautelamento e preservação.
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor § 2º - Cabem a administração pública, na forma da lei, a gestão da
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e documentação governamental e as providências para franquear sua consulta
os sítios arqueológicos; a quantos dela necessitem.
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de § 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o
arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; conhecimento de bens e valores culturais.
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, a educação e a ciência; § 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, na
... forma da lei.
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores
à tecnologia, à pesquisa e à inovação; NR (Redação dada pela Emenda de reminiscências históricas dos antigos quilombos.
Constitucional nº 85, de 2015) § 6º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a fundo
estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de sua receita
tributária líquida, para o financiamento de programas e projetos culturais,

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vedada a aplicação desses recursos no pagamento de: NR (Incluído pela Emenda Art. 4° O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de 2003, publicada no D.O.U. de 31 de possuirá quatro Livros do Tombo, nos quais serão inscritas as obras a que se
dezembro de 2003). refere o art. 1º desta lei, a saber:
I - despesas com pessoal e encargos sociais; NR (Incluído pela 1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, as
Emenda Constitucional nº 42, de 19 de dezembro de 2003, publicada no D.O.U., coisas pertencentes às categorias de arte arqueológica, etnográfica,
de 31 de dezembro de 2003). ameríndia e popular, e bem assim as mencionadas no § 2° do citado art. 1°;
II - serviço da dívida; NR (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, 2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse histórico e
de 19 de dezembro de 2003, publicada no D.O.U., de 31 de dezembro de 2003). as obras de arte histórica;
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos 3) no Livro do Tombo das Belas-Artes, as coisas de arte erudita
investimentos ou ações apoiados. NR (Incluído pela Emenda Constitucional nº nacional ou estrangeira;
42, de 19 de dezembro de 2003, publicada no D.O.U., de 31 de dezembro de 4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras que se
2003). incluírem na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.
... § 1° Cada um dos Livros do Tombo poderá ter vários volumes.
§ 2° Os bens, que se incluem nas categorias enumeradas nas
alíneas 1, 2, 3 e 4 do presente artigo, serão definidos e especificados no
LEIS E DECRETOS-LEI FEDERAIS regulamento que for expedido para execução da presente lei.
Art. 5° O tombamento dos bens pertencentes à União, aos Estados
e aos Municípios se fará de ofício, por ordem do Diretor do Serviço do
DECRETO-LEI Nº 25, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1937 Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, mas deverá ser notificado à
entidade a quem pertencer, ou sob cuja guarda estiver a coisa tombada, a fim
Organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico de produzir os necessários efeitos.
nacional. Art. 6° O tombamento de coisa pertencente à pessoa natural ou à
pessoa do direito privado se fará voluntária ou compulsoriamente.
O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, usando da Art. 7° Proceder-se-á ao Tombamento voluntário sempre que o
atribuição que confere o art. 180, da Constituição, decreta: proprietário o pedir e a coisa se revestir dos requisitos necessários para
constituir parte integrante do patrimônio histórico e artístico nacional, a
CAPÍTULO I juízo do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional Nacional, ou sempre que o mesmo proprietário anuir, por escrito, à
notificação, que se lhe fizer, para a inscrição da coisa em qualquer dos Livros
Art. 1° Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional o do Tombo.
conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja Art. 8° Proceder-se-á ao Tombamento compulsório quando o
de interesse público, que por sua vinculação a fatos memoráveis da história do proprietário se recusar a anuir à inscrição da coisa.
Brasil, que por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico Art. 9° O Tombamento compulsório se fará de acordo com o
ou artístico. seguinte processo:
§ 1° Os bens a que se refere o presente artigo só serão considerados 1) O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, por seu
parte integrante do patrimônio histórico e artístico nacional, depois de órgão competente, notificará o proprietário para anuir ao Tombamento,
inscritos separada ou agrupadamente num dos quatro Livros do Tombo, de que dentro do prazo de quinze dias, a contar do recebimento da notificação, ou
trata o art. 4º desta lei. para, se o quiser impugnar, oferecer dentro do mesmo prazo as razões de sua
§ 2° Equiparam-se aos bens a que se refere o presente artigo e são impugnação;
também sujeitos a tombamentos os monumentos naturais, bem como os sítios 2) no caso de não haver impugnação dentro do prazo assinado,
e paisagens que importe conservar e proteger pela feição notável com que que é fatal, o diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
tenham sido dotados pela natureza ou agenciados pela indústria humana. mandará por simples despacho que se proceda à inscrição da coisa no
Art. 2° A presente lei se aplica às coisas pertencentes às pessoas competente Livro do Tombo;
naturais, bem como às pessoas jurídicas de direito privado e de direito público 3) se a impugnação for oferecida dentro do prazo assinado, far-se-
interno. á vista da mesma, dentro de outros quinze dias fatais, ao órgão de que
Art. 3° Excluem-se do patrimônio histórico e artístico nacional as houver emanado a iniciativa do Tombamento, a fim de sustentá-la. Em
obras de origem estrangeira: seguida, independentemente de custas, será o processo remetido ao
1) que pertençam às representações diplomáticas ou consulares Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
acreditadas no país; que proferirá decisão a respeito, dentro do prazo de sessenta dias, a contar
2) que adornem quaisquer veículos pertencentes a empresas do seu recebimento. Dessa decisão não caberá recurso.
estrangeiras, que façam carreira no país; Art. 10 O Tombamento dos bens, a que se refere o art. 6° desta lei,
3) que se incluam entre os bens referidos no art. 10 da Introdução do será considerado provisório ou definitivo, conforme esteja o respectivo
Código Civil, e que continuam sujeitas à lei pessoal do proprietário; processo iniciado pela notificação ou concluído pela inscrição dos referidos
Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 (Lei de Introdução ao bens no competente Livro do Tombo.
Código Civil Brasileiro): Parágrafo único. Para todos os efeitos, salvo a disposição do art. 13
desta lei, o Tombamento provisório se equiparará ao definitivo.
"Art. 10 A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país
em que era domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que CAPÍTULO III
seja a natureza e a situação dos bens. Dos Efeitos do Tombamento

§ 1º A vocação para suceder em bens de estrangeiro situados no Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União, aos Estados
Brasil será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge e dos ou aos Municípios, inalienáveis por natureza, só poderão ser transferidas de
filhos do casal, sempre que não lhes seja mais favorável à lei do uma à outra das referidas entidades.
domicílio. Parágrafo Único. Feita a transferência, dela deve o adquirente dar
imediato conhecimento ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
§ 2º A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade Nacional.
para suceder." Art. 12. A alienabilidade das obras históricas ou artísticas
4) que pertençam a casas de comércio de objetos históricos ou tombadas, de propriedade de pessoas naturais ou jurídicas de direito privado
artísticos; sofrerá as restrições constantes da presente lei.
5) que sejam trazidas para exposições comemorativas, educativas ou Art. 13. O Tombamento definitivo dos bens de propriedade
comerciais; particular será, por iniciativa do órgão competente do Serviço do Patrimônio
6) que sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente Histórico e Artístico Nacional, transcrito para os devidos efeitos em livro a
para adorno dos respectivos estabelecimentos. cargo dos oficiais do registro de imóveis e averbado ao lado da transcrição do
Parágrafo único. As obras mencionadas nas alíneas 4 e 5 terão guia domínio.
de licença para livre trânsito, fornecida pelo Serviço do Patrimônio Histórico e § 1º No caso de transferência de propriedade dos bens de que trata
Artístico Nacional. este artigo, deverá o adquirente, dentro do prazo de trinta dias, sob pena de
multa de dez por cento sobre o respectivo valor, fazê-la constar do registro,
CAPÍTULO II ainda que se trate de transmissão judicial ou causa mortis.
Do Tombamento § 2º Na hipótese de deslocação de tais bens, deverá o proprietário,
dentro do mesmo prazo e sob pena da mesma multa, inscrevê-los no registro
do lugar para que tiverem sido deslocados.

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§ 3º A transferência deve ser comunicada pelo adquirente, a conceder o sequestro, o qual só será levantado depois de paga a multa e se
deslocação pelo proprietário, ao Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico qualquer dos titulares do direito de preferência não tiver adquirido a coisa
Nacional, dentro do mesmo prazo e sob a mesma pena. no prazo de trinta dias. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 14. A coisa tombada não poderá sair do país, senão por curto § 3º O direito de preferência não inibe o proprietário de gravar
prazo, sem transferência de domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo livremente a coisa tombada, de penhor, anticrese ou hipoteca. (Revogado
do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
Art. 15. Tentada, a não ser no caso previsto no artigo anterior, a § 4º Nenhuma venda judicial de bens tombados se poderá realizar
exportação, para fora do país, da coisa tombada, será esta sequestrada pela sem que, prèviamente, os titulares do direito de preferência sejam disso
União ou pelo Estado em que se encontrar. notificados judicialmente, não podendo os editais de praça ser expedidos, sob
§ 1º Apurada a responsabilidade do proprietário, ser-lhe-á imposta a pena de nulidade, antes de feita a notificação. (Revogado pela Lei n º
multa de cinquenta por cento do valor da coisa, que permanecerá sequestrada 13.105, de 2015) (Vigência)
em garantia do pagamento, e até que este se faça. § 5º Aos titulares do direito de preferência assistirá o direito de
§ 2º No caso de reincidência, a multa será elevada ao dobro. remissão, se dela não lançarem mão, até a assinatura do auto de arrematação
§ 3º A pessoa que tentar a exportação de coisa tombada, além de ou até a sentença de adjudicação, as pessoas que, na forma da lei, tiverem a
incidir na multa a que se referem os parágrafos anteriores, incorrerá nas penas faculdade de remir. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
cominadas no Código Penal para o crime de contrabando. § 6º O direito de remissão por parte da União, bem como do Estado
e do município em que os bens se encontrarem, poderá ser exercido, dentro
Art. 334 do Código Penal de cinco dias a partir da assinatura do auto do arrematação ou da sentença
Pena - reclusão, de um a quatro anos. de adjudicação, não se podendo extrair a carta, enquanto não se esgotar este
... prazo, salvo se o arrematante ou o adjudicante for qualquer dos titulares do
§ 3° A pena aplica-se em dobro, se o crime de contrabando ou direito de preferência. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
descaminho é praticado em transporte aéreo.
Art. 16. No caso de extravio ou furto de qualquer objeto tombado, o CAPÍTULO V
respectivo proprietário deverá dar conhecimento do fato ao Serviço do Disposições Gerais
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, dentro do prazo de cinco dias, sob
pena de multa de dez por cento sobre o valor da coisa. Art. 23. O Poder Executivo providenciará a realização de acordo
Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser entre a União e os Estados, para melhor coordenação e desenvolvimento das
destruídas, demolidas ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do atividades relativas à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional e
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas para a uniformização da legislação estadual complementar sobre o mesmo
ou restauradas, sob pena de multa de cinquenta por cento do dano causado. assunto.
Parágrafo único. Tratando-se de bens pertencentes à União, aos Art. 24. A União manterá, para conservação e a exposição de obras
Estados ou aos Municípios, a autoridade responsável pela infração do presente históricas e artísticas de sua propriedade, além do Museu Histórico Nacional
artigo incorrerá pessoalmente na multa. e do Museu Nacional de Belas-Artes, tantos outros museus nacionais quantos
Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do Patrimônio Histórico e se tornarem necessários, devendo outrossim providenciar no sentido de
Artístico Nacional, não se poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer favorecer a instituição de museus estaduais e municipais, com finalidades
construção que lhe impeça ou reduza a visibilidade, nem nela colocar anúncios similares.
ou cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra ou retirar o objeto, Art. 25. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
impondo-se neste caso multa de cinquenta por cento do valor do mesmo objeto. procurará entendimentos com as autoridades eclesiásticas, instituições
Art. 19. O proprietário de coisa tombada, que não dispuser de científicas, históricas ou artísticas e pessoas naturais e jurídicas, com o
recursos para proceder às obras de conservação e reparação que a mesma objetivo de obter a cooperação das mesmas em benefício do patrimônio
requerer, levará ao conhecimento do Serviço do Patrimônio Histórico e histórico e artístico nacional.
Artístico Nacional a necessidade das mencionadas obras, sob pena de multa Art. 26. Os negociantes de antiguidades, de obras de arte de
correspondendo ao dobro da importância em que for avaliado o dano sofrido qualquer natureza, de manuscritos e livros antigos ou raros são obrigados a
pela mesma coisa. um registro especial no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,
§ 1º Recebida à comunicação, e consideradas necessárias às obras o cumprindo-lhes outrossim apresentar semestralmente ao mesmo relações
diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará completas das coisas históricas e artísticas que possuírem.
executá-las, a expensas da União, devendo as mesmas ser iniciadas dentro do Art. 27. Sempre que os agentes de leilões tiverem de vender
prazo de seis meses, ou providenciará para que seja feita a desapropriação da objetos de natureza idêntica à dos enunciados no artigo anterior, deverão
coisa. apresentar a respectiva relação ao órgão competente do Serviço do
§ 2º À falta de qualquer das providências previstas no parágrafo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob pena de incidirem na multa de
anterior, poderá o proprietário requerer que seja cancelado o Tombamento da cinquenta por cento sobre o valor dos objetos vendidos.
coisa. Art. 28. Nenhum objeto de natureza idêntica à dos referidos no art.
§ 3º Uma vez que verifique haver urgência na realização de obras e 26 desta lei poderá ser posto à venda pelos comerciantes ou agentes de
conservação ou reparação em qualquer coisa tombada, poderá o Serviço do leilões, sem que tenha sido previamente autenticado pelo Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tomar a iniciativa de projetá-las e Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou por perito em que o mesmo se
executá-las, a expensas da União, independentemente da comunicação a que louvar, sob pena de multa de cinquenta por cento sobre o valor atribuído ao
alude este artigo, por parte do proprietário. objeto.
Art. 20. As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância permanente Parágrafo único. A autenticação do mencionado objeto será feita
do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que poderá mediante o pagamento de uma taxa de peritagem de cinco por cento sobre o
inspecioná-las sempre que for julgado conveniente, não podendo os valor da mesma coisa, se este for inferior ou equivalente a um conto de réis,
respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção, sob pena e de mais de cinco réis por conto de réis ou fração que exceder.
de multa de cem mil réis, elevada ao dobro em caso de reincidência. Art. 29. O titular do direito de preferência goza de privilégio
Art. 21. Os atentados cometidos contra os bens de que trata o art. 1º especial sobre o valor produzido em praça por bens tombados, quanto ao
desta lei são equiparados aos cometidos contra o patrimônio nacional. pagamento de multas impostas em virtude de infrações da presente lei.
Parágrafo único. Só terão prioridade sobre o privilégio a que se
CAPÍTULO IV refere este artigo os créditos inscritos no registro competente antes do
Do Direito de Preferência Tombamento da coisa pelo Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional.
Art. 22. Em face da alienação onerosa de bens tombados, Art. 30. Revogam-se as disposições em contrário.
pertencentes a pessoas naturais ou a pessoas jurídicas de direito privado, a
União, os Estados e os municípios terão, nesta ordem, o direito de GETÚLIO VARGAS
preferência. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência) Gustavo Capanema
§ 1º Tal alienação não será permitida, sem que prèviamente sejam os
bens oferecidos, pelo mesmo preço, à União, bem como ao Estado e ao [Diário Oficial do Congresso, de 06 de dezembro de 1937, republicado no
município em que se encontrarem. O proprietário deverá notificar os titulares Diário Oficial do Congresso, de 11 de dezembro de 1937]
do direito de preferência a usá-lo, dentro de trinta dias, sob pena de perdê-
lo. (Revogado pela Lei n º 13.105, de 2015) (Vigência)
§ 2º É nula alienação realizada com violação do disposto no DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940
parágrafo anterior, ficando qualquer dos titulares do direito de preferência CÓDIGO PENAL
habilitado a sequestrar a coisa e a impor a multa de vinte por cento do seu ...
valor ao transmitente e ao adquirente, que serão por ela solidariamente PARTE ESPECIAL
responsáveis. A nulidade será pronunciada, na forma da lei, pelo juiz que

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TÍTULO II Art. 5º Tentada a exportação de quaisquer obras e objetos de que
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO trata esta Lei, serão os mesmos sequestrados pela União ou pelo Estado em
... que se encontrarem, em proveito dos respectivos museus.
CAPÍTULO IV Art. 6º Se ocorrer dúvida sobre a identidade das obras e objetos a
DO DANO que se refere a presente Lei, a respectiva autenticação será feita por peritos
... designados pelas chefias dos serviços competentes da União, ou dos Estados
Art. 165 Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa tombada pela se faltarem no local da ocorrência representantes dos serviços federais.
autoridade competente em virtude de valor artístico, arqueológico ou histórico: Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Pena: detenção, de seis meses a dois anos, e multa, de mil cruzeiros a Art. 8º Revogam-se as disposições em contrário.
vinte mil cruzeiros. Brasília, 19 de novembro de 1965; 144º da Independência e 77º da
Art. 166 Alterar, sem licença da autoridade competente, o aspecto de República
local especialmente protegido por lei: H. CASTELLO BRANCO
Pena: detenção, de um mês a um ano, ou multa, de mil cruzeiros a Octávio Bulhões
vinte mil cruzeiros.
[Diário Oficial da União, de 22 de novembro de 1965]
TÍTULO XI
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
LEI N° 5.433, DE 8 DE MAIO DE 1968
Capítulo I
DOS CRIMES PRATICADOS POR FUNCIONÁRIO PÚBLICO CONTRA A Regula a microfilmagem de documentos oficiais e dá
ADMINISTRAÇÃO EM GERAL outras providências.
(...)
Art. 314 Extraviar livro oficial ou qualquer documento, de que tem a O Presidente da República.
guarda em razão o cargo; sonegá-lo ou inutilizá-lo total ou parcialmente: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
Pena: reclusão de um a quatro anos, se o fato não constituir crime seguinte Lei:
mais grave. Art. 1° É autorizada, em todo o território nacional, a
(...) microfilmagem de documentos particulares e oficiais arquivados, estes de
órgãos federais, estaduais e municipais.
[Diário Oficial do Congresso, de 31 de dezembro de 1940, republicado retificado §1° Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as certidões,
em 03 de janeiro de 1941] os traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente dos filmes
produzirão os mesmos efeitos em juízos ou fora dele.
§2° Os documentos microfilmados poderão, a critério da
DECRETO-LEI Nº 3.365, DE 21 DE JUNHO DE 1941 autoridade competente, ser eliminados por incineração, destruição mecânica
ou por outro processo adequado que assegure a sua desintegração.
Dispõe sobre desapropriações por utilidade pública §3° A incineração dos documentos microfilmados ou sua
transferência para outro local far-se-á mediante lavratura de termo, por
O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da autoridade competente, em livro próprio.
Constituição, decreta: §4° Os filmes negativos resultantes de microfilmagem ficarão
arquivados na repartição detentora do arquivo, vedada sua saída sob
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES qualquer pretexto.
§5° A eliminação ou transferência para outro local dos
Art. 5º Consideram-se casos de utilidade pública: documentos microfilmados far-se-á mediante lavratura de termo em livro
(...) próprio pela autoridade competente.
l) a preservação e a conservação adequada de arquivos, documentos §6° Os originais dos documentos ainda em trânsito, microfilmados
e outros bens móveis de valor histórico ou artístico; não poderão ser eliminados antes de ser arquivados.
(...) §7° Quando houver conveniência, ou por medida de segurança,
Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1941; 120º da Independência e 53º poderão excepcionalmente ser microfilmados documentos ainda não
da República. arquivados desde que autorizados por autoridade competente.
Art. 2° Os documentos de valor histórico não deverão ser
GETULIO VARGAS eliminados, podendo ser arquivados em local diverso da repartição detentora
Francisco Campos dos mesmos.
Art. 3° O Poder Executivo regulamentará, no prazo de 90 (noventa)
[Diário Oficial do Congresso, em 18 de julho de 1941] dias, a presente Lei, indicando as autoridades competentes, nas esferas
federais, estaduais e municipais para a autenticação de traslados e certidões
originais de microfilmagem de documentos oficiais.
LEI Nº 4.845, DE 19 DE NOVEMBRO DE 1965 §1° O decreto de regulamentação determinará, igualmente, quais
os cartórios e órgãos públicos capacitados para efetuarem a microfilmagem
Proíbe a saída, para o exterior, de obras de arte e ofícios de documentos particulares bem como os requisitos que a microfilmagem
produzidos no país, até o fim do período monárquico. realizada, por aqueles cartórios e órgãos públicos devem preencher para
serem autenticados, a fim de produzirem efeitos jurídicos em juízos ou fora
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, dele, quer os microfilmes, quer os seus traslados e certidões originárias.
§2° Prescreverá também o decreto as condições que os cartórios
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a competentes terão de cumprir para autenticação de reproduções realizados
seguinte Lei: por particulares, para produzir efeitos jurídicos com a terceiros.
Art. 1º Fica proibida a saída do País de quaisquer obras de artes e Art. 4° É dispensável o reconhecimento da firma da autoridade
ofícios tradicionais, produzidas no Brasil até o fim do período monárquico, que autenticar os documentos oficiais arquivados, para efeito de
abrangendo não só pinturas, desenhos, esculturas, gravuras e elementos de microfilmagem e os traslados e certidões originais de microfilmes.
arquitetura, como também obra de talha, imaginária, ourivesaria, mobiliário e Art. 5° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
outras modalidades. Art. 6° Revogam-se as disposições em contrário.
Art. 2º Fica igualmente proibida a saída para o estrangeiro de obras Brasília, 8 de maio de 1968; 147° da Independência e 80° da
da mesma espécie oriundas de Portugal e incorporadas ao meio nacional República.
durante os regimes colonial e imperial.
Art. 3º Fica vedada outrossim a saída de obras de pintura, escultura e A. COSTA E SILVA
artes gráficas que, embora produzidas no estrangeiro no decurso do período Luís Antônio da Gama e Silva
mencionado nos artigos antecedentes, representem personalidades brasileiras
ou relacionadas com a História do Brasil, bem como paisagens e costumes do [Diário Oficial da União, de 10 de maio de 1968]
País.
Art.4º Para fins de intercâmbio cultural e desde que se destinem a
exposições temporárias, poderá ser permitida, excepcionalmente, a saída do
País de algumas obras especificadas nos artigos 1º, 2º e 3º, mediante autorização
expressa do órgão competente da administração federal, que mencione o prazo
máximo concedido para o retorno.

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reprodução autorizados em lei.
LEI Nº 5.471, DE 09 DE JULHO DE 1968 Art. 26. Os livros e papéis pertencentes ao arquivo do cartório ali
permanecerão indefinidamente.
Dispõe sobre a Exportação de Livros Antigos e Art. 27. Quando a lei criar novo cartório, e enquanto este não for
Conjuntos Bibliográficos Brasileiros. instalado, os registros continuarão a ser feitos no cartório que sofreu o
desmembramento, não sendo necessário repeti-los no novo ofício.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Parágrafo único. O arquivo do antigo cartório continuará a
Faço saber que o Congresso nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: pertencer-lhe.
Art. 1º Fica proibida, sob qualquer forma, a exportação de bibliotecas e (...)
acervos documentais constituídos de obras brasileiras ou sobre o Brasil, EMÍLIO G. MÉDICI
editadas nos séculos XVI a XIX. Alfredo Buzaid
Parágrafo único. Inclui-se, igualmente, nesta proibição a exportação de:
a) obras e documentos compreendidos no presente artigo que, por [Diário Oficial da União, de 31 de dezembro de 1973]
desmembramento dos conjuntos bibliográficos, ou isoladamente, hajam sido
vendidos;
b) coleções de periódicos que já tenham mais de dez anos de publicados, LEI Nº 6.246, DE 7 DE OUTUBRO DE 1975
bem como quaisquer originais e cópias antigas de partituras musicais.
Art. 2º Poderá ser permitida, para fins de interesse cultural, a juízo da Suspende a vigência do art. 1.215 do Código de
autoridade federal competente, a saída temporária, do País, de obras raras Processo Civil.
atingidas no art. 1º e seu parágrafo único.
Art. 3º A infringência destas disposições será punida na forma da lei, O Presidente da República,
devendo ser efetivadas pela autoridade competente as apreensões dela Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
decorrentes. seguinte Lei:
Parágrafo único. A destinação dos bens apreendidos será feita em Art. 1º Fica suspensa a vigência do artigo 1.215 do Código de
proveito do patrimônio público, após audiência do Conselho Federal de Cultura. Processo Civil, até que lei especial discipline a matéria nele contida.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação e será [“Art. 1.215. Os autos poderão ser eliminados por incineração,
regulamentada dentro de 60 (sessenta) dias. destruição mecânica ou por outro meio adequado, findo o prazo de cinco
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. anos, contado da data do arquivamento, publicando-se previamente no
Brasília, 9 de julho de 1968; 147º da Independência e 80º da República. órgão oficial e em jornal local, onde houver, aviso aos interessados, com o
A. COSTA E SILVA prazo de trinta dias.
Tarso Dutra § 1º É lícito, porém, às partes e interessados requerer, às suas
expensas, o desentranhamento dos documentos que juntaram aos autos, ou a
[Diário Oficial da União, de 10 de julho de 1968] microfilmagem total ou do feito.
§ 2º Se, a juízo da autoridade competente, houver, nos autos,
documentos de valor histórico, serão eles recolhidos ao arquivo público.
LEI Nº 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973 Art. 2º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,
Código de Processo Civil – CPC [Excertos] revogadas as disposições em contrário.
[REVOGADA PELA LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE Brasília, 7 de outubro de 1975; 154º da Independência 87º da
2015. VIGÊNCIA: 16 DE MARÇO DE 2016] República.

ERNESTO GEISEL
LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973 Armando Falcão

Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências [Diário Oficial da União, de 8 de outubro de 1975]

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI N° 6.546, DE 4 DE JULHO DE 1978

TÍTULO I Dispõe sobre a regulamentação das profissões de


Das Disposições Gerais Arquivista e de Técnico de Arquivo, e dá outras
providências.
CAPÍTULO I
Das Atribuições O Presidente da República.
Art. 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
estabelecidos pela legislação civil para autenticidade, segurança e eficácia dos seguinte Lei:
atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei. Art. 1° O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de
.... Arquivo, com as atribuições estabelecidas nesta Lei, só será permitido:
§ 3º Os registros poderão ser escriturados, publicitados e I - aos diplomados no Brasil por curso superior de Arquivologia,
conservados em meio eletrônico, obedecidos os padrões tecnológicos reconhecido na forma da lei;
estabelecidos em regulamento.” (NR). [Redação dada pela Lei 13.784, de 20 de II - aos diplomados no exterior por cursos superiores de
setembro de 2019] Arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil na forma da lei;
CAPÍTULO IV III - aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de
Da Publicidade conclusão de ensino de 2º grau;
.... IV - aos que, embora não habilitados nos termos dos itens
Art. 16. Os oficiais e os encarregados das repartições em que se anteriores, contem, pelo menos, cinco anos ininterruptos de atividade ou dez
façam os registros são obrigados: intercalados, na data do início da vigência desta Lei, nos campos
1º a lavrar certidão do que lhes for requerido; profissionais da Arquivologia ou da Técnica de Arquivo;
2º a fornecer às partes as informações solicitadas. V - aos portadores de certificado de conclusão de curso de 2º grau
Art. 17. Qualquer pessoa pode requerer certidão do registro sem que recebam treinamento específico em técnicas de arquivo em curso
informar ao oficial ou ao funcionário o motivo ou interesse do pedido. ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Federal de Mão de
obra, do Ministério do Trabalho, com carga horária mínima de 1.100 hs. nas
CAPÍTULO V disciplinas específicas.
Da Conservação Art. 2° São atribuições dos Arquivistas:
.... I - planejamento, organização e direção de serviços de Arquivo;
Art. 22. Os livros de registro, bem como as fichas que os substituam, II - planejamento, orientação e acompanhamento do processo
somente sairão do respectivo cartório mediante autorização judicial. documental e informativo;
(...) III - planejamento, orientação e direção das atividades de
Art. 24. Os oficiais devem manter em segurança, permanentemente, identificação das espécies documentais e participação no planejamento de
os livros e documentos e respondem pela sua ordem e conservação. novos documentos e controle de multicópias;
Art. 25. Os papéis referentes ao serviço do registro serão arquivados IV - planejamento, organização e direção de serviços ou centro de
em cartório mediante a utilização de processos racionais que facilitem as documentação e informação constituídos de acervos arquivísticos e mistos;
buscas, facultada a utilização de microfilmagem e de outros meios de

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V - planejamento, organização e direção de serviços de por danos causados ao meio ambiente, ao
microfilmagem aplicada aos arquivos; consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
VI - orientação do planejamento da automação aplicada aos estético, histórico, turístico e paisagístico (vetado)
arquivos; e dá outras providências.
VII - orientação quanto à classificação, arranjo e descrição de
documentos; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso
VIII - orientação da avaliação e seleção de documentos, para fins de Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
preservação; Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação
IX - promoção de medidas necessárias à conservação de documentos; popular, as ações de responsabilidade por danos causados:
X - elaboração de pareceres e trabalhos de complexidade sobre (...)
assuntos arquivísticos; III - a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico
XI - assessoramento aos trabalhos de pesquisa científica ou técnico- e paisagístico;
administrativa; (...)
XII - desenvolvimento de estudos sobre documentos culturalmente Art. 4º Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei,
importantes. objetivando, inclusive, evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, aos
Art. 3° São atribuições dos Técnicos de Arquivo: bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico
I - recebimento, registro e distribuição dos documentos, bem como (vetado).
controle de sua movimentação; (...)
II - classificação, arranjo, descrição e execução de demais tarefas Art. 5º A ação principal e a cautelar poderão ser propostas pelo
necessárias à guarda e conservação dos documentos, assim como prestação de Ministério Público, pela União, pelos Estados e Municípios. Poderão também
informações relativas aos mesmos; ser propostas por autarquia, empresa pública, fundação, sociedade de
III - preparação de documentos de arquivos para microfilmagem e economia mista ou por associação que:
conservação e utilização do microfilme; I - esteja constituída há pelo menos um ano, nos termos da lei civil;
IV - preparação de documentos de arquivo para processamento II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao
eletrônico de dados. meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico,
Art. 4° O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de turístico e paisagístico [VETADO].
Arquivo, depende de registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério (...)
do Trabalho. Brasília, em 24 de julho de 1985; 164º da Independência e 97º da
Art. 5° Não será permitido o exercício das profissões de Arquivista e República.
de Técnico de Arquivo aos concluintes de cursos resumidos, simplificados ou
intensivos, de férias, por correspondência ou avulsos. JOSÉ SARNEY
Art. 6° O exercício da profissão de Técnico de Arquivo, com as Fernando Lyra
atribuições previstas no art. 3º, com dispensa da exigência constante do art. 1º,
item III, será permitido, nos termos previstos no regulamento desta Lei, [Diário Oficial da União, de 25 de setembro de 1985]
enquanto o Poder Executivo não dispuser em contrário.
Art. 7º Esta Lei será regulamentada no prazo de noventa dias, a
contar da data de sua vigência. LEI N° 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
Art. 8º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras
Brasília, 4 de julho de 1978; 157° da Independência e 90° da providências
República. (...)
Art. 110. Acrescente-se o seguinte inciso IV ao art. 1° da Lei n°
ERNESTO GEISEL 7.347, de 24 de julho de 1985:
Arnaldo Prieto “IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo”.
Art. 111. O inciso II do art. 5° da Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985,
[Diário Oficial da União, de 05 de julho de 1978] passa a ter a seguinte redação:
“II - inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao
meio ambiente, ao consumidor, ao patrimônio artístico, estético, histórico,
LEI Nº 7.115, DE 29 DE AGOSTO DE 1983 turístico e paisagístico, ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo”.
Art. 117. Acrescente-se à Lei n° 7.347, de 24 de julho de 1985, o
Dispõe sobre prova documental nos casos que indica seguinte dispositivo, renumerando-se os seguintes:
e dá outras providências. "Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e interesses difusos,
coletivos e individuais, no que for cabível, os dispositivos do Título III da lei
O Presidente da República: que instituiu o Código de Defesa do Consumidor".
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei: [Diário Oficial da União, de 12 de setembro de 1990]
Art. 1º. A declaração destinada a fazer prova de vida, residência,
pobreza, dependência econômica, homonímia ou bons antecedentes, quando
firmada pelo próprio interessado ou por procurador bastante, e sob as penas da LEI Nº 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001
lei, presume-se verdadeira.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para fins de Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição
prova em processo penal. Federal, estabelece diretrizes gerais da política
Art. 2º. Se comprovadamente falsa a declaração, sujeitar-se-ão os urbana e dá outras providências.
declarantes às sanções civis, administrativas e criminais previstas na legislação
aplicável. Art. 53. O art. 1º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passa a
Art. 3º. A declaração mencionará expressamente a responsabilidade vigorar acrescido de novo inciso III, renumerando o atual inciso III e os
do declarante. subsequentes:
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. "Art. 1º .........................................................................
Art. 5º. Revogam-se as disposições em contrário. III - à ordem urbanística; .......................................” (NR)”.
Brasília, em 29 de agosto de 1983, 162º da Independência e 95º da Art. 54. O art. 4º da Lei n°- 7.347, de 1985, passa a vigorar com a
República. seguinte redação:
"Art. 4° Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei,
JOÃO FIGUEIREDO objetivando, inclusive, evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, à
Ibrahim Abi-Ackel ordem urbanística ou aos bens e direitos de valor artístico, estético, histórico,
Hélio Beltrão turístico e paisagístico (VETADO)." (NR)
(...)
[Diário Oficial da União, de 30 de agosto de 1983] [Diário Oficial da União, de 11de julho de 2001, e retificado no Diário Oficial
da União de 17 de julho de 2001]

LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985 Medida Provisória nº 2180, de 27 de agosto de 2001


(...)
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade

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Art. 6º Os arts. 1º e 2º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passam a vigorar Art. 6º Fica resguardado o direito de indenização pelo dano
com as seguintes alterações: material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações
"Art. 1º ................................................................. penal, civil e administrativa.
(...)
V - por infração da ordem econômica e da economia popular; CAPÍTULO II
VI - à ordem urbanística." DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
(...)
[Diário Oficial da União, de 27 de agosto de 2001] Art. 7º Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos
produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos
de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal em decorrência
LEI Nº 7.627, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1987 de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias.
§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos
Dispõe sobre a eliminação de autos findos nos órgãos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas
da Justiça do Trabalho, e dá outras providências. encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades.
§ 2º A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional público implica o recolhimento de sua documentação à instituição
decreta e eu sanciono a seguinte lei: arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.
Art. 1º Fica facilitado aos Tribunais do Trabalho determinar a Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes,
eliminação, por incineração, destruição mecânica ou por outro meio adequado, intermediários e permanentes.
de autos findos há mais de 5 (cinco) anos, contado o prazo da data do § 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou
arquivamento do processo. que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes
Art. 2º A eliminação de autos findos, nos termos do disposto no § 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não
artigo anterior, será decidida pelo Tribunal Pleno, mediante proposta sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse
circunstanciada do seu Presidente. administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda
Parágrafo único. Os feitos arquivados nas Juntas de Conciliação e permanente.
Julgamento poderão ser eliminados, atendidas as mesmas condições, mediante § 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de
proposta do respectivo Titular, aprovada pelo Pleno do Tribunal a que estiver o valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente
órgão subordinado. preservados.
Art. 3º Deliberada a eliminação, o Presidente do Tribunal, para Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições
conhecimento dos interessados, fará publicar a decisão em órgão oficial de públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da
imprensa, por 2 (duas) vezes, com prazo de 60 (sessenta) dias. instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência.
§ 1º É lícito às partes interessadas requerer, às suas expensas, o Art. 10 Os documentos de valor permanente são inalienáveis e
desentranhamento dos documentos que juntaram aos autos, certidões ou imprescritíveis.
cópias de peças do processo ou a microfilmagem total ou parcial do mesmo.
§ 2º Se, a juízo da autoridade competente, houver, nos autos, CAPÍTULO III
documentos de valor histórico, serão eles recolhidos em arquivo próprio, no DOS ARQUIVOS PRIVADOS
Tribunal respectivo.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 11 Consideram-se arquivos privados os conjuntos de
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário. documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em
Brasília, 10 de novembro de 1987; 166º da Independência e 99º da decorrência de suas atividades.
República. Art. 12 Os arquivos privados podem ser identificados pelo Poder
Público como de interesse público e social, desde que sejam considerados
JOSÉ SARNEY como conjuntos de fontes relevantes para a história e desenvolvimento
José Fernando Cirne Lima Eichenberg científico nacional.
Art. 13 Os arquivos privados identificados como de interesse
[Diário Oficial da União, de 11 de novembro de 1987] público e social não poderão ser alienados com dispersão ou perda da
unidade documental, nem transferidos para o exterior.
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 exercerá preferência na aquisição.
Art. 14 O acesso aos documentos de arquivos privados
Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e identificados como de interesse público e social poderá ser franqueado
privados e dá outras providências. mediante autorização de seu proprietário ou possuidor.
Art. 15 Os arquivos privados identificados como de interesse
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA público e social poderão ser depositados a título revogável, ou doados a
instituições arquivísticas públicas.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a Art. 16 Os registros civis de arquivos de entidades religiosas
seguinte Lei: produzidos anteriormente à vigência do Código Civil ficam identificados
como de interesse público e social.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES
Art. 1º É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS
especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de Art. 17 A administração da documentação pública ou de caráter
prova e informação. público compete às instituições arquivísticas federais, estaduais, do Distrito
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos Federal e municipais.
de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de § 1º São Arquivos Federais o Arquivo Nacional do Poder Executivo,
caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades e os arquivos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. São considerados,
específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da também, do Poder Executivo os arquivos do Ministério da Marinha, do
informação ou a natureza dos documentos. Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Exército e do Ministério
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de da Aeronáutica.
procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, § 2º São Arquivos Estaduais o arquivo do Poder Executivo, o
avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
eliminação ou recolhimento para guarda permanente. § 3º São Arquivos do Distrito Federal o arquivo do Poder Executivo,
Art. 4º Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações o arquivo do Poder Legislativo e o arquivo do Poder Judiciário.
de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, contidas em § 4º São Arquivos Municipais o arquivo do Poder Executivo e o
documentos de arquivos que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de arquivo do Poder Legislativo.
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à § 5º Os arquivos públicos dos Territórios são organizados de
segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, acordo com sua estrutura político-jurídica.
da vida privada, da honra e da imagem das pessoas. Art. 18 Compete ao Arquivo Nacional a gestão e o recolhimento
Art. 5º A administração pública franqueará a consulta aos dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Federal, bem
documentos públicos na forma da Lei. como preservar e facultar o acesso aos documentos sob sua guarda, e

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acompanhar e implementar a política nacional de arquivos. Art. 1º Os acervos documentais privados de presidentes da
Parágrafo único - Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo República e o acesso à sua consulta e pesquisa passam a ser protegidos e
Nacional poderá criar unidades regionais. organizados nos termos desta Lei.
Art. 19 Competem aos arquivos do Poder Legislativo Federal a Parágrafo Único. A participação de pessoas físicas ou jurídicas de
gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder direito privado detentoras de acervo presidencial, nos benefícios e
Legislativo Federal no exercício de suas funções, bem como preservar e facultar obrigações decorrentes desta Lei, será voluntária e realizada mediante
o acesso aos documentos sob sua guarda. prévio acordo formal.
Art. 20 Competem aos arquivos do Poder Judiciário Federal a gestão Art. 2º Os documentos que constituem o acervo presidencial
e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário privado são na sua origem, de propriedade do Presidente da República,
Federal no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de inclusive para fins de herança, doação ou venda.
cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos Art. 3º Os acervos documentais privados dos presidentes da
sob sua guarda. República integram o patrimônio cultural brasileiro e são declarados de
Art. 21 Legislação Estadual, do Distrito Federal e municipal definirá interesse público para os fins de aplicação do § 1º do artigo 216 da
os critérios de organização e vinculação dos arquivos estaduais e municipais, Constituição Federal, e são sujeitos às seguintes restrições:
bem como a gestão e o acesso aos documentos, observado o disposto na
Constituição Federal, e nesta Lei. “Constituição Federal
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá
CAPÍTULO V e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e
de outras formas de acautelamento e preservação
Art. 22 É assegurado o direito de acesso pleno aos documentos
públicos. I - em caso de venda, a União terá direito de preferência; e
Art. 23 Decreto fixará as categorias de sigilo que deverão ser II - não poderão ser alienados para o exterior sem manifestação
obedecidas pelos órgãos públicos na classificação dos documentos por eles expressa da União.”
produzidos.
§ 1º Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da CAPÍTULO II
sociedade e do Estado, bem como aqueles necessários ao resguardo da DO SISTEMA DOS ACERVOS DOCUMENTAIS PRIVADOS DOS PRESIDENTES DA
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das REPÚBLICA
pessoas são originalmente sigilosos.
§ 2º O acesso aos documentos sigilosos referentes à segurança da Art. 4º Os acervos documentais privados dos presidentes da
sociedade e do Estado será restrito por um prazo máximo de 30 (trinta) anos, a República ficam organizados sob a forma de sistema que compreende o
contar da data de sua produção, podendo esse prazo ser prorrogado, por uma conjunto de medidas de providências a serem levadas a efeito por entidades
única vez, por igual período. públicas e privadas, coordenadas entre si, para a preservação, conservação e
§ 3º O acesso aos documentos sigilosos referentes à honra e a acesso aos acervos documentais privados dos presidentes da República,
imagem das pessoas será restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a mediante expresso consentimento deles ou de seus sucessores.
contar da data de sua produção. Parágrafo Único. O sistema atuará de forma integrada aos
Art. 24 Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar sistemas nacionais de arquivos, bibliotecas e museus.
a exibição reservada de qualquer documento sigiloso, sempre que Art. 5º O sistema de acervos documentais privados dos presidentes
indispensável à defesa de direito próprio ou esclarecimento de situação pessoal da República terá participação do Arquivo Nacional, Instituto Brasileiro do
da parte. Patrimônio Cultural - IBPC, Museu da República, Biblioteca Nacional,
Parágrafo único Nenhuma norma de organização administrativa Secretaria de Documentação Histórica da Presidência da República e,
será interpretada de modo a, por qualquer forma, restringir o disposto neste mediante acordo, de outras entidades públicas e pessoas físicas ou jurídicas
artigo. de direito privado que detenham ou tratem de acervos documentais
[Os artigos de nº 22 a 24, foram revogados pela Lei nº 12.527, de 18 de presidenciais.
novembro de 2011] Art. 6º O sistema de acervos documentais privados dos presidentes
da República, através de seus participantes, terá como objetivo:
DISPOSIÇÕES FINAIS I - preservar a memória presidencial como um todo num conjunto
integrado, compreendendo os acervos privados arquivísticos, bibliográficos e
Art. 25 Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, museológicos;
na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos II - coordenar, no que diz respeito às tarefas de preservação,
de valor permanente ou considerado como de interesse público e social. conservação, organização e acesso aos acervos presidenciais privados, as
Art. 26 Fica criado o Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, ações dos órgãos públicos de documentação e articulá-los com entidades
órgão vinculado ao Arquivo Nacional, que definirá a política nacional de privadas que detenham ou tratem de tais acervos;
arquivos, como órgão central de um Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. III - manter referencial único de informação, capaz de fornecer ao
§ 1º O Conselho Nacional de Arquivos será presidido pelo Diretor- cidadão, de maneira uniforme e sistemática, a possibilidade de localizar, de
Geral do Arquivo Nacional e integrado por representantes de instituições ter acesso e de utilizar os documentos, onde quer que estejam guardados,
arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas. seja em entidades públicas, em instituições privadas ou com particulares,
§ 2º A estrutura e funcionamento do Conselho criado neste artigo tanto na capital federal como na região de origem do presidente ou nas
serão estabelecidos em regulamento. demais regiões do País;
Art. 27 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. IV - propor metodologia, técnicas e tecnologias para identificação,
Art. 28 Revogam-se as disposições em contrário. referência, preservação, conservação, organização e difusão da
Brasília, em 08 de janeiro de 1991; 170º da Independência e 103º da documentação presidencial privada; e
República. V - conceituar e compatibilizar as informações referentes à
FERNANDO COLLOR documentação dos acervos privados presidenciais aos documentos
Jarbas Passarinho arquivísticos, bibliográficos e museológicos de caráter público.
Parágrafo Único. O acesso a documentos sigilosos fica sujeito aos
[Diário Oficial da União, de 09 de janeiro de 1991, e pub. ret. em 28 de janeiro de dispositivos legais que regulam a segurança do Estado.
1991] Art. 7º O sistema de acervos documentais privados dos presidentes
da República será coordenado pela Comissão de Memória dos Presidentes da
LEI Nº 8.394, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1991 República, que atuará em caráter permanente junto ao Gabinete Pessoal do
Presidente da República.
Dispõe sobre a preservação, organização e proteção dos § 1º A Comissão será composta pelos titulares do Arquivo Nacional,
acervos documentais privados dos presidentes da Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural - IBPC, Museu da República,
República, e dá outras providências. Biblioteca Nacional, Secretaria de Documentação Histórica do Presidente da
República, Departamento de Documentação da Secretaria-Geral da
O Presidente da República, Presidência da República, como membros natos, por titulares de outras
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a entidades integrantes do sistema, e por personalidades de notório saber e
seguinte Lei: experiência em arquivologia, biblioteconomia e documentação em geral,
designados por decreto do Presidente da República.
CAPÍTULO I § 2º Além dos membros designados pelo Presidente da República,
DISPOSIÇÕES GERAIS participarão das reuniões da Comissão, com direito a voz mas não a voto, os
titulares de entidades ou detentores de acervos admitidos formalmente ao

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sistema. República e os fatos decorrentes do exercício do mandato presidencial; e
§ 3º A Comissão terá por Secretário-Executivo o titular da Secretaria III - realizar trabalhos de pesquisa histórica e documental
de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal do Presidente da República. relativos ao acervo, ao Presidente e à sua época
§ 4º A Comissão poderá delegar poderes a subcomissões, que atuarão Art. 12 A Secretaria de Documentação Histórica será dirigida por
junto ao Secretário-Executivo. um Secretário, que exercerá a coordenação dos assuntos, ações e medidas
§ 5º A Organização e o funcionamento da Comissão serão regulados referentes ao acervo documental privado do Presidente da República.
através de seu regimento interno. Parágrafo Único. As atividades de apoio técnico e administrativo
§ 6º A participação na Comissão Memória dos Presidentes da da Secretaria de Documentação Histórica serão desempenhadas por técnicos,
República será considerada de natureza relevante e não remunerada. requisitados, de acordo com a legislação relativa à Presidência da República,
§ 7º A Secretaria-Geral da Presidência da República e o Gabinete do Arquivo Nacional, do Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural, da
Militar da Presidência da República prestarão apoio administrativo à Comissão. Biblioteca Nacional e de outros órgãos federais de documentação.
§ 8º As despesas relativas a transporte e a hospedagem dos membros Art. 13 Ao final do mandato presidencial, os documentos tratados
da Comissão serão efetuadas na forma do disposto no artigo 17 desta Lei. pela Secretaria de Documentação Histórica do Presidente da República serão
Art. 8º Compete à Comissão Memória dos Presidentes da República: entregues ao titular.
I - estabelecer política de proteção aos acervos presidenciais Parágrafo Único. Os documentos privados não recolhidos pelo
privados; Presidente da República ao final do mandato terão destinação definida pela
II - assessorar o Presidente da República nos assuntos referentes à Comissão Memória dos Presidentes da República.
sua documentação;
III - opinar sobre os projetos suscitados por mantenedores de CAPÍTULO IV
acervos para fins de concessão de apoio técnico, humano e financeiro; DOS MANTENEDORES DOS ACERVOS
IV - opinar sobre a celebração de convênios entre mantenedores de
acervos e entidades públicas, e fiscalizar sua execução; Art. 14 As entidades, públicas ou privadas, ou as pessoas físicas
V - apoiar, com recursos técnicos e financeiros, a preservação, mantenedoras de acervos documentais presidenciais privados, poderão
conservação, organização e difusão dos acervos; solicitar dos órgãos públicos orientação ou assistência para a sua organização,
VI - definir as normas básicas de conservação, organização e acesso manutenção e preservação, e pleitear apoio técnico e financeiro do poder
necessárias à garantia da preservação dos documentos e suas informações; público para projetos de fins educativos, científicos ou culturais.
VII - assegurar a manutenção do inventário geral e registro dos Art. 15 O apoio referido no artigo anterior ficará condicionado a
acervos privados presidenciais, bem como suas condições de conservação, que:
organização e acesso; I - os detentores dos acervos adiram à Política de acervos
VIII - estimular os proprietários de acervos privados a ampliar a documentais presidenciais privados formulada pela Comissão dos Acervos
divulgação de tais acervos e o acesso a eles; Documentais Privados dos Presidentes da República e cumpram sua
IX - manifestar-se nos casos de alienação de acervos presidenciais orientação técnica, visando ao atendimento à coletividade;
privados, em conformidade com o artigo 3º desta Lei; II - os projetos tenham finalidade educacional, científica ou
X - fomentar a pesquisa e a consulta a acervos, e recomendar cultural;
providências para sua garantia; e III - os acervos sejam acessíveis à consulta pública e à pesquisa,
XI - estimular a iniciativa privada a colaborar com os mantenedores com exceção das restrições previstas em lei.
de acervos, para a preservação, divulgação e acesso público. § 1º Fica assegurada a consulta ou pesquisa, para fins de estudo ou
Art. 9º Os órgãos participantes do sistema de acervos documentais trabalho, de caráter técnico ou acadêmico, mediante solicitação
dos presidentes da República atuarão de forma articulada, cabendo, fundamentada.
especialmente: § 2º O pesquisador ficará estritamente sujeito às normas de acesso
I - ao Instituto Brasileiro do Patrimônio Cultural, apoiar os projetos e às recomendações de uso estabelecidas pelo proprietário ou gestor.
ou programas específicos de interesse do sistema, fornecendo os meios § 3º Será estritamente cumprida a classificação de sigilo de
técnicos, financeiros e administrativos a instituições de documentação ou a documentos imposta pelo titular, quando do exercício do cargo.
detentores de acervos presidenciais privados; § 4º Os documentos só poderão sofrer restrições adicionais de
II - ao Arquivo Nacional, a orientação técnica relativa ao acervo acesso, por parte do mantenedor, pelo prazo de até trinta anos da data de sua
arquivístico, a organização de centro de referência de acervos presidenciais publicação ou, no caso de revelação constrangedora à honra ou à intimidade,
que reúna e coloque à disposição dos interessados informações sobre pelo prazo de até cem anos da data de nascimento da pessoa mencionada.
documentos arquivísticos, bibliográficos e museológicos, de natureza pública
ou privada, dos presidentes da República, e a manutenção de setor de arquivos CAPÍTULO V
privados presidenciais apto a receber doações de documentos dessa natureza; DISPOSIÇÕES FINAIS
III - ao Museu da República e outros setores do Instituto Brasileiro
do Patrimônio Cultural, a orientação técnica relativa ao acervo museológico; Art. 16 Ocorrendo com entidade privada mantenedora de acervo
IV - à Biblioteca Nacional, a orientação técnica relativa ao acervo presidencial privado a extinção prevista no artigo 22 do Código Civil, os
bibliográfico; documentos que o compõem serão transferidos para a guarda da União.
V - À Secretaria de Documentação Histórica do Presidente da Parágrafo Único. Não havendo no Município ou no Estado, no
República, organizar, durante cada mandato presidencial, o acervo privado do Distrito Federal ou no Território ainda não constituído em Estado, em que a
Presidente, adequando-o ao estabelecido nesta Lei; e associação teve sua sede, estabelecimento nas condições indicadas, o
VI - à Fundação Casa de Rui Barbosa, à Fundação Joaquim Nabuco, patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, à do Distrito Federal, ou à da
aos serviços de documentação do Ministério da Marinha, do Ministério da União”.
Aeronáutica e do Ministério do Exército, ao Arquivo Histórico do Ministério Art. 17 As despesas decorrentes desta Lei correrão à conta das
das Relações Exteriores, às demais entidades públicas de documentação e, dotações orçamentárias próprias da Presidência da República e dos órgãos e
mediante acordo, às pessoas físicas ou jurídicas de direito privado ligadas à entidades participantes do sistema de acervos documentais privados dos
documentação, tais como o Centro de Pesquisa e Documentação da História presidentes da República.
Contemporânea da Fundação Getúlio Vargas, o Instituto Histórico e Geográfico Art. 18 O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei nº
Brasileiro e a Associação dos Arquivistas Brasileiros, as atividades prazo de noventa dias.
complementares. Art. 19 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 20 Revogam-se as disposições em contrário.
CAPÍTULO III Brasília, 30 de dezembro de 1991; 170º da Independência e 103º da
DA ORGANIZAÇÃO DO ACERVO DOCUMENTAL PRIVADO DO PRESIDENTE EM República.
EXERCÍCIO
FERNANDO COLLOR
Art. 10. O acervo documental do cidadão eleito Presidente da Jarbas Passarinho
República será considerado presidencial a partir de sua diplomação, mas o
acesso a ele somente se fará mediante expressa autorização de seu titular. [Diário Oficial da União, de 6 de janeiro de 1992]
Art. 11. Com o objetivo de organizar o acervo documental privado
do Presidente da República em exercício, fica criada, como órgão integrante do
Gabinete Pessoal do Presidente da República, a Secretaria de Documentação LEI Nº 9.051, DE 18 DE MAIO DE 1995
Histórica, à qual compete:
I - coordenar e gerir a formação do acervo privado do Presidente da Dispõe sobre a expedição de certidões para a defesa
República, a partir do levantamento, preservação, conservação e organização de direitos e esclarecimentos de situações.
dos documentos e informações complementares;
II - registrar cronologicamente as atividades do Presidente da O Presidente da Republica.

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Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a requerimento, a entidade ou órgão depositário do registro ou da informação
seguinte Lei: dará ciência ao interessado.
Art. 1º. As certidões para a defesa de direitos e esclarecimentos § 2º. Ainda que não se constate a inexatidão do dado, se o
de situações, requeridas aos órgãos da administração centralizada ou interessado apresentar explicação ou contestação sobre o mesmo,
autárquica, às empresas públicas, às sociedades de economia mista e às justificando possível pendência sobre o fato objeto do dado, tal explicação
fundações públicas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos Municípios, será anotada no cadastro do interessado.
deverão ser expedidas no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, contado do Art. 5º - (VETADO)
registro do pedido no órgão expedidor. Art. 6º - (VETADO)
Art. 2º. Nos requerimentos que objetivam a obtenção de certidões a Art. 7º. Conceder-se-á habeas data:
que se refere esta Lei, deverão os interessados fazer constar esclarecimentos I - para assegurar o conhecimento de informações relativas à
relativos aos fins e razões do pedido. pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de dados de entidades
Art. 3º. (Vetado) governamentais ou de caráter público;
Art. 4º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. II - para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por
Art. 5º. Revogam-se as disposições em contrário. processo sigiloso, judicial ou administrativo;
Brasília, 18 de Maio de 1995; 174º da Independência e 107º da III - para a anotação nos assentamentos do interessado, de
República. contestação ou explicação sobre dado verdadeiro mas justificável e que
esteja sob pendência judicial ou amigável.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Art. 8º. A petição inicial, que deverá preencher os requisitos dos
Nelson A. Jobim arts. 282 a 285 do Código de Processo Civil, será apresentada em duas vias, e
os documentos que instruírem a primeira serão reproduzidos por cópia na
[Diário Oficial da União, de 19 de maio de 1995] segunda.
Parágrafo único. A petição inicial deverá ser instruída com prova.
I - da recusa ao acesso às informações ou do decurso de mais de
LEI Nº 9.265, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1996 dez dias sem decisão;
II - da recusa em fazer-se a retificação ou do decurso de mais de
Regulamenta o inciso LXXVII do art. 5º da Constituição, quinze dias, sem decisão; ou
dispondo sobre a gratuidade dos atos necessários ao exercício III - da recusa em fazer-se a anotação a que se refere o § 2º do art.
da cidadania. 4º ou do decurso de mais de quinze dias sem decisão.
Art. 9º. Ao despachar a inicial, o juiz ordenará que se notifique o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional coator do conteúdo da petição, entregando-lhe a segunda via apresentada
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: pelo impetrante, com as cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de
Art. 1º São gratuitos os atos necessários ao exercício da cidadania, dez dias, preste as informações que julgar necessárias.
assim considerados: Art. 10. A inicial será desde logo indeferida, quando não for o caso
I - os que capacitam o cidadão ao exercício da soberania popular, a de habeas data, ou se lhe faltar algum dos requisitos previstos nesta Lei.
que se reporta o art. 14 da Constituição; Parágrafo único. Do despacho de indeferimento caberá recurso
II - aqueles referentes ao alistamento militar; previsto no art. 15.
III - os pedidos de informações ao poder público, em todos os seus Art. 11. Feita a notificação, o serventuário em cujo cartório corra
âmbitos, objetivando a instrução de defesa ou a denúncia de irregularidades o feito, juntará aos autos cópia autêntica do ofício endereçado ao coator, bem
administrativas na órbita pública; como a prova da sua entrega a este ou da recusa, seja de recebê-lo, seja de
IV - as ações de impugnação de mandato eletivo por abuso do poder dar recibo.
econômico, corrupção ou fraude; Art. 12. Findo o prazo a que se refere o art. 9º, e ouvido o
V - quaisquer requerimentos ou petições que visem as garantias representante do Ministério Público dentro de cinco dias, os autos serão
individuais e a defesa do interesse público. conclusos ao juiz para decisão a ser proferida em cinco dias.
VI - O registro civil de nascimento e o assento de óbito, bem como a Art. 13. Na decisão, se julgar procedente o pedido, o juiz marcará
primeira certidão respectiva. (incluído pela Lei nº 9.534, de 1997) data e horário para que o coator:
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. I - apresente ao impetrante as informações a seu respeito,
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário. constantes de registros ou bancos de dados, ou
Art. 4º (VETADO) (incluído pela Lei nº 9.534, de 1997) II - apresente em juízo a prova da retificação ou da anotação feita
Brasília, 12 de fevereiro de 1996; 175º da Independência e 108º da nos assentamentos do impetrante.
República. Art. 14. A decisão será comunicada ao coator, por correio, com
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO aviso de recebimento, ou por telegrama, radiograma ou telefonema,
Nelson A. Jobim conforme o requerer o impetrante.
Parágrafo único. Os originais, no caso de transmissão telegráfica,
[Diário Oficial da União, de 13 de fevereiro de 1996] radiofônica ou telefônica deverão ser apresentados à agência expedidora,
com a firma do juiz devidamente reconhecida.
Art. 15. Da sentença que conceder ou negar o habeas data cabe
LEI Nº 9.507, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1997 apelação.
Parágrafo único. Quando a sentença conceder o habeas data, o
Regula o direito de acesso a informações e disciplina o recurso terá efeito meramente devolutivo.
rito processual do habeas data. Art. 16. Quando o habeas data for concedido e o Presidente do
Tribunal ao qual competir o conhecimento do recurso ordenar ao juiz a
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA suspensão da execução da sentença, desse seu ato caberá agravo para o
Faço saber o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Tribunal a que presida.
Lei: Art. 17. Nos casos de competência do Supremo Tribunal Federal e
Art. 1º. (VETADO) dos demais Tribunais caberá ao relator a instrução do processo.
Parágrafo único. Considera-se de caráter público todo registro ou Art. 18. O pedido de habeas data poderá ser renovado se a decisão
banco de dados contendo informações que sejam ou que possam ser denegatória não lhe houver apreciado o mérito.
transmitidas a terceiros ou que não sejam de uso privativo do órgão ou Art. 19. Os processos de habeas data terão prioridade sobre todos
entidade produtora ou depositária das informações. os atos judiciais, exceto habeas-corpus e mandado de segurança. Na instância
Art. 2º. O requerimento será apresentado ao órgão ou entidade superior, deverão ser levados a julgamento na primeira sessão que se seguir
depositária do registro ou banco de dados e será deferido ou indeferido no a data em que, feita a distribuição, forem conclusos ao relator.
prazo de quarenta e oito horas. Parágrafo único. O prazo para a conclusão não poderá exceder de
Parágrafo único. A decisão será comunicada ao requerente em vinte vinte e quatro horas, a contar da distribuição.
e quatro horas. Art. 20. O julgamento do habeas data compete:
Art. 3º. Ao deferir o pedido, o depositário do registro ou do banco de I - originariamente:
dados marcará dia e hora para que o requerente tome conhecimento das a) ao Supremo Tribunal Federal, contra atos do Presidente da
informações. República, das Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, do
Parágrafo único. (VETADO) Tribunal de Contas da União, do Procurador-Geral da República e do próprio
Art. 4º. Constatada a inexatidão de qualquer dado a seu respeito, o Supremo Tribunal Federal,
interessado, em petição acompanhada de documentos comprobatórios, poderá b) ao Superior Tribunal de Justiça, contra atos de Ministro de
requerer sua retificação. Estado ou do próprio Tribunal;
§ 1º. Feira a retificação em, no máximo, dez dias após a entrada do c) aos Tribunais Regionais Federais contra atos do próprio

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Tribunal ou de juiz federal; Altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos
d) a juiz federal, contra ato de autoridade federal, executados os autorais e dá outras providências.
casos de competência dos tribunais federais;
e) a tribunais estaduais, segundo o disposto na Constituição do O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Estado; Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
f) a juiz estadual, nos demais casos; seguinte Lei
II - em grau de recurso: Título I
a) ao Supremo Tribunal Federal, quando a decisão denegatória for Disposições Preliminares
proferida em única instância pelos Tribunais Superiores;
b) ao Superior Tribunal de Justiça, quando a decisão for proferida Art. 1º Esta lei regula os direitos autorais, entendendo-se sob esta
em única instância pelos Tribunais Regionais Federais; denominação os direitos de autor e os que lhe são conexos.
c) aos Tribunais Regionais Federais, quando a decisão for proferida Art. 2º Os estrangeiros domiciliados no exterior gozarão da
por juiz federal; proteção assegurada nos acordos, convenções e tratados em vigor no Brasil.
d) aos Tribunais Estaduais e ao do Distrito Federal e Territórios, Parágrafo único. Aplica-se o disposto nesta Lei aos nacionais ou
conforme dispuserem a respectiva Constituição e a lei que organizar a Justiça pessoas domiciliadas em país que assegure aos brasileiros ou pessoas
do Distrito Federal; domiciliadas no Brasil a reciprocidade na proteção aos direitos autorais ou
III - mediante recurso extraordinário ao Supremo Tribunal Federal, equivalentes.
nos casos previstos na Constituição. Art. 3º Os direitos autorais reputam-se, para os efeitos legais, bens
Art. 21. São gratuitos os procedimentos administrativos para acesso móveis.
a informações e retificação de dados e para anotação de justificação, bem como Art. 4º Interpretam-se restritivamente os negócios jurídicos sobre
a ação de habeas data. os direitos autorais.
Art. 22. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 5º Para os efeitos desta lei, considera-se:
Art. 23. Revogam-se as disposições em contrário. I - publicação - o oferecimento de obra literária artística ou
Brasília, 12 de novembro de 1997; 176º da Independência e 109º da científica ao conhecimento do público, com o consentimento do autor, ou de
República. qualquer outro titular de direito de autor, por qualquer forma ou processo;
II - transmissão ou emissão - a difusão de sons ou de sons e
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO imagens, por meio de ondas radioelétricas; sinais de satélite; fio, cabo ou
Íris Rezende outro condutor; meios óticos ou qualquer outro processo eletromagnético;
III - retransmissão - a emissão simultânea da transmissão de uma
[Diário Oficial da União, de 13 de novembro de 1997] empresa por outra;
IV - distribuição - a colocação à disposição do público do original
ou cópia de obras literárias, artísticas ou científicas, interpretações ou
LEI Nº 9.605, DE 12 DE FEVEREIRO DE 1998 execuções fixadas e fonogramas, mediante a venda, locação ou qualquer
outra forma de transferência de propriedade ou posse;
Dispõe sobre as sanções penais e administrativas V - comunicação ao público - ato mediante o qual a obra é
derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio colocada ao alcance do público, por qualquer meio ou procedimento e que
ambiente, e dá outras providências. não consista na distribuição de exemplares;
... VI - reprodução - a cópia de um ou vários exemplares de uma obra
CAPÍTULO V literária, artística ou científica ou de um fonograma, de qualquer forma
DOS CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE tangível, incluindo qualquer armazenamento permanente ou temporário por
meios eletrônico ou qualquer outro meio de fixação que venha a ser
Seção IV desenvolvido;
Dos Crimes contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural VII - contrafação - a reprodução não autorizada;
VIII - obra:
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar: a) em coautoria - quando é criada em comum, por dois ou mais
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou autores;
decisão judicial; b) anônima - quando não se indica o nome do autor, por sua
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação vontade ou por ser desconhecido;
científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial; c) pseudônima - quando o autor se oculta sob nome suposto;
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. d) inédita - a que não haja sido objeto de publicação;
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um e) póstuma - a que se publique após a morte do autor;
ano de detenção, sem prejuízo da multa. f) originária - a criação primígena;
Art. 63. Alterar o aspecto ou estrutura de edificação ou local g) derivada - a que, constituindo criação intelectual nova, resulta
especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial, em da transformação de obra originária;
razão de seu valor paisagístico, ecológico, turístico, artístico, histórico, cultural, h) coletiva - a criada por iniciativa, organização e
religioso, arqueológico, etnográfico e monumental, sem autorização da responsabilidade de uma pessoa física ou jurídica, que a publica sob seu
autoridade competente em desacordo com a concedida. nome ou marca e que é constituída pela participação de diferentes autores,
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. cujas contribuições se fundem numa criação autônoma;
Art. 64 Promover construção em solo não edificável, ou no seu i) audiovisual - a que resulta da fixação de imagens com ou sem
entorno, assim considerado em razão de seu valor paisagístico, ecológico, som, que tenha a finalidade de criar, por meio de sua reprodução, a
turístico, artístico, histórico, cultural, religioso, arqueológico, etnográfico e impressão de movimento, independentemente dos processos de sua captação,
monumental, sem autorização da autoridade competente em desacordo com a do suporte usado inicial ou posteriormente para fixá-lo, bem como dos meios
concedida. utilizados para sua veiculação;
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. IX - fonograma - toda fixação de sons de uma execução ou
Art. 65 Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou interpretação ou de outros sons, ou de uma representação de sons que não
monumento urbano: seja uma fixação incluída em uma obra audiovisual;
Pena - detenção de três meses a um ano, e multa. X - editor - a pessoa física ou jurídica à qual se atribui o direito
Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa exclusivo de reprodução da obra e o dever de divulgá-la, nos limites
tombada em virtude do seu valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é previstos no contrato de edição;
de seis meses a um ano de detenção e multa. XI - produtor - a pessoa física ou jurídica que toma a iniciativa e
... tem a responsabilidade econômica da primeira fixação do fonograma ou da
Brasília, 12 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da obra audiovisual, qualquer que seja a natureza do suporte utilizado;
República. XII - radiodifusão - a transmissão sem fio, inclusive por satélites,
de sons ou imagens e sons ou das representações desses, para recepção ao
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO público e a transmissão de sinais codificados, quando os meios de
Gustavo Krause decodificação sejam oferecidos ao público pelo organismo de radiodifusão ou
com seu consentimento;
[Diário Oficial da União, de 13 de fevereiro de 1998] XIII - artistas intérpretes ou executantes - todos os atores,
cantores, músicos, bailarinos ou outras pessoas que representem um papel,
cantem, recitem, declamem, interpretem ou executem em qualquer forma
LEI Nº 9.610, DE 19 DE FEVEREIRO DE 1998 obras literárias ou artísticas ou expressões do folclore.
Art. 6º Não serão de domínio da União, dos Estados, do Distrito

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Federal ou dos Municípios as obras por eles simplesmente subvencionadas. Art. 15. A coautoria da obra é atribuída àqueles em cujo nome,
pseudônimo ou sinal convencional for utilizada.
Título II § 1º Não se considera coautor quem simplesmente auxiliou o
Das Obras Intelectuais autor na produção da obra literária, artística ou científica, revendo-a,
Capítulo I atualizando-a, bem como fiscalizando ou dirigindo sua edição ou
Das Obras Protegidas apresentação por qualquer meio.
§ 2º Ao coautor, cuja contribuição possa ser utilizada
Art. 7º São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, separadamente, são asseguradas todas as faculdades inerentes à sua criação
expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou como obra individual, vedada, porém, a utilização que possa acarretar
intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como: prejuízo à exploração da obra comum.
I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; Art. 16. São coautores da obra audiovisual o autor do assunto ou
II - as conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma argumento literário, musical ou lítero-musical e o diretor.
natureza; Parágrafo único. Consideram-se coautores de desenhos animados
III - as obras dramáticas e dramático musicais; os que criam os desenhos utilizados na obra audiovisual.
IV - as obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se Art. 17. É assegurada a proteção às participações individuais em
fixe por escrito ou por outra qualquer forma; obras coletivas.
V - as composições musicais, tenham ou não letra; § 1º Qualquer dos participantes, no exercício de seus direitos
VI - as obras audiovisuais, sonorizadas ou não, inclusive as morais, poderá proibir que se indique ou anuncie seu nome na obra coletiva,
cinematográficas; sem prejuízo do direito de haver a remuneração contratada.
VII - as obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo § 2º Cabe ao organizador a titularidade dos direitos patrimoniais
análogo ao da fotografia; sobre o conjunto da obra coletiva.
VIII - as obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e § 3º O contrato com o organizador especificará a contribuição do
arte cinética; participante, o prazo para entrega ou realização, a remuneração e demais
IX - as ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma condições para sua execução.
natureza;
X - os projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, Capítulo III
engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência; Do Registro das Obras Intelectuais
XI - as adaptações, traduções e outras transformações de obras
originais, apresentadas como criação intelectual nova; Art. 18. A proteção aos direitos de que trata esta Lei independe de
XII - os programas de computador; registro.
XIII - as coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, Art. 19. É facultado ao autor registrar a sua obra no órgão público
dicionários, base de dados e outras obras, que, por sua seleção, organização ou definido no caput e no § 1º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de
disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual. 1973.
§ 1º Os programas de computador são objeto de legislação específica, Art. 20. Para os serviços de registro previstos nesta Lei será
observadas as disposições desta Lei que lhes sejam aplicáveis. cobrada retribuição, cujo valor e processo de recolhimento serão
§ 2º A proteção concedida no inciso XIII não abarca os dados ou estabelecidos por ato do titular do órgão da administração pública federal a
materiais em si mesmos e se entende sem prejuízo de quaisquer direitos que estiver vinculado o registro das obras intelectuais.
autorais que subsistam a respeito dos dados ou materiais contidos nas obras. Art. 21. Os serviços de registro de que trata esta Lei serão
§ 3º No domínio das ciências, a proteção recairá sobre a forma organizados conforme preceitua o § 2º do art. 17 da Lei nº 5.988, de 14 de
literária ou artística, não abrangendo o seu conteúdo científico ou técnico, sem dezembro de 1973.
prejuízo dos direitos que protegem os demais campos da propriedade imaterial.
Art. 8º - Não são objeto de proteção como direitos autorais de que Título III
trata esta Lei: Dos Direitos do Autor
I - as ideias, procedimentos normativos, sistemas, métodos, projetos Capítulo I
ou conceitos matemáticos com tais; Disposições Preliminares
II - os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos
ou negócios; Art. 22. Pertencem ao autor os direitos morais e patrimoniais
III - os formulários em branco para serem preenchidos por qualquer sobre a obra que criou.
tipo de informação, científica ou não, e suas instruções; Art. 23. Os coautores da obra intelectual exercerão, de comum
IV - os textos de tratados ou convenções, leis, decretos, acordo, os seus direitos, salvo convenção em contrário.
regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;
V - as informações de uso comum tais como calendários, agendas, Capítulo II
cadastros ou legendas; Dos Direitos Morais do Autor.
VI - os nomes e títulos isolados;
VII - o aproveitamento industrial ou comercial das ideias contidas Art. 24. São direitos morais do autor:
nas obras. I - o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;
Art. 9º À cópia de obra de arte plástica feita pelo próprio autor é II - o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado
assegurada a mesma proteção de que goza o original. ou anunciado, como sendo o do autor, na utilização de sua obra;
Art. 10. A proteção à obra intelectual abrange o seu título, se III - o de conservar a obra inédita;
original e inconfundível com o de obra do mesmo gênero, divulgada IV - o de assegurar a integridade da obra, opondo-se a quaisquer
anteriormente por outro autor. modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam prejudicá-
Parágrafo Único. O título de publicações periódicas, inclusive jornais, la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra;
é protegido até um ano após a saída do seu último número, salvo se forem V - o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;
anuais, caso em que esse prazo se elevará a dois anos. VI - o de retirar de circulação a obra ou de suspender qualquer
forma de utilização já autorizada, quando a circulação ou utilização
Capítulo II implicarem afronta à sua reputação e imagem;
Da Autoria das Obras Intelectuais VII - o de ter acesso a exemplar único e raro da obra, quando se
encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de
Art. 11. Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou processo fotográfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memória,
científica. de forma que cause o menor inconveniente possível a seu detentor, que em
Parágrafo Único. A proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às todo caso, será indenizado de qualquer dano ou prejuízo que lhe seja causado.
pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei. § 1º Por morte do autor, transmitem-se a seus sucessores os
Art. 12. Para se identificar como autor, poderá o criador da obra direitos a que se referem os incisos I a IV.
literária, artística ou científica usar de seu nome civil, completo ou abreviado § 2º Compete ao Estado a defesa da integridade e autoria da obra
até por suas iniciais, de pseudônimo ou qualquer outro sinal convencional. caída em domínio público.
Art. 13. Considera-se autor da obra intelectual, não havendo prova § 3º Nos casos dos incisos V e VI, ressalvam-se as prévias
em contrário, aquele que, por uma das modalidades de identificação referidas indenizações a terceiros, quando couberem.
no artigo anterior, tiver, em conformidade com o uso, indicada ou anunciada Art. 25. Cabe exclusivamente ao diretor o exercício dos direitos
essa qualidade na sua utilização. morais sobre a obra audiovisual.
Art. 14. É titular de direitos de autor quem adapta, traduz, arranja Art. 26. O autor poderá repudiar a autoria de projeto
ou orquestra obra caída no domínio público, não podendo opor-se a outra arquitetônico alterado sem o seu consentimento durante a execução ou após
adaptação, arranjo, orquestração ou tradução, salvo se for cópia da sua. a conclusão da construção.

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Parágrafo único. O proprietário da construção responde pelos danos pela imprensa, diária ou periódica, com exceção dos assinados ou que
que causar ao autor sempre que, após o repúdio, der como sendo daquele a apresentem sinal de reserva, pertence ao editor, salvo convenção em
autoria do projeto repudiado. contrário.
Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienáveis e irrenunciáveis. Parágrafo único. A autorização para utilização econômica de
artigos assinados, para publicação em diários e periódicos, não produz efeito
Capítulo III além do prazo da periodicidade acrescido de vinte dias, a contar de sua
Dos Direitos Patrimoniais do Autor e de sua Duração. publicação, findo o qual recobra o autor o seu direito.
Art. 37. A aquisição do original de uma obra, ou de exemplar, não
Art. 28. Cabe ao autor o direito exclusivo de utilizar, fruir e dispor confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo
da obra literária, artística ou científica. convenção em contrário entre as partes e os casos previstos nesta Lei.
Art. 29. Depende de autorização prévia e expressa do autor a Art. 38. O autor tem o direito, irrenunciável e inalienável, de
utilização da obra, por quaisquer modalidades, tais como: perceber, no mínimo, cinco por cento sobre o aumento do preço
I - a reprodução parcial ou integral; eventualmente verificável em cada revenda de obra de arte ou manuscrito,
II - a edição; sendo originais, que houver alienado.
III - a adaptação, o arranjo musical e quaisquer outras Parágrafo único. Caso o autor não perceba o seu direito de
transformações; sequência no ato da revenda, o vendedor é considerado depositário da
IV - a tradução para qualquer idioma; quantia a ele devida, salvo se operação for realizada por leiloeiro, quando
V - a inclusão em fonograma ou produção audiovisual; será este o depositário.
VI - a distribuição, quando não intrínseca ao contrato firmado pelo Art. 39. Os direitos patrimoniais do autor, excetuados os
autor com terceiros para uso ou exploração da obra; rendimentos resultantes de sua exploração, não se comunicam, salvo pacto
VII - a distribuição para oferta de obras ou produções mediante cabo, antenupcial em contrário.
fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro sistema que permita ao usuário Art. 40. Tratando-se de obra anônima ou pseudônima, caberá a
realizar a seleção da obra ou produção para percebê-la em um tempo e lugar quem publicá-la o exercício dos direitos patrimoniais do autor.
previamente determinados por quem formula a demanda, e nos casos em que o Parágrafo único. O autor que se der a conhecer assumirá o
acesso às obras ou produções se faça por qualquer sistema que importe em exercício dos direitos patrimoniais, ressalvados os direitos adquiridos por
pagamento pelo usuário; terceiros.
VIII - a utilização, direta ou indireta, da obra literária, artística ou Art. 41. Os direitos patrimoniais do autor perduram por setenta
científica, mediante: anos contados de 1º de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento,
a) representação, recitação ou declamação; obedecida a ordem sucessória da lei civil.
b) execução musical; Parágrafo único. Aplica-se às obras póstumas o prazo de proteção
c) emprego de alto-falante ou de sistemas análogos; a que alude o caput deste artigo.
d) radiodifusão sonora ou televisiva; Art. 42. Quando a obra literária, artística ou científica realizada
e) captação de transmissão de radiodifusão em locais de frequência em coautoria for indivisível, o prazo previsto no artigo anterior será contado
coletiva; da morte do último dos coautores sobreviventes.
f) sonorização ambiental; Parágrafo único. Acrescer-se-ão aos dos sobreviventes os direitos
g) a exibição audiovisual, cinematográfica ou por processo do coautor que falecer sem sucessores.
assemelhado; Art. 43. Será de setenta anos o prazo de proteção aos direitos
h) emprego de satélites artificiais; patrimoniais sobre as obras anônimas ou pseudônimas, contado de 1º de
i) emprego de sistemas óticos, fios telefônicos ou não, cabos de janeiro do ano imediatamente posterior ao da primeira publicação.
qualquer tipo e meios de comunicação similares que venham a ser adotados; Parágrafo único. Aplicar-se-á o disposto no art. 41 e seu parágrafo
j) exposição de obras de artes plásticas e figurativas; único, sempre que o autor se der a conhecer antes do termo do prazo
IX - a inclusão em base de dados; o armazenamento em computador, previsto no caput deste artigo.
a microfilmagem e as demais formas de arquivamento do gênero; Art. 44. O prazo de proteção aos direitos patrimoniais sobre obras
X - quaisquer outras modalidades de utilização existentes ou que audiovisuais e fotográficas será de setenta anos, a contar de 1º de janeiro do
venham a ser inventadas. ano subsequente ao de sua divulgação.
Art. 30. No exercício do direito de reprodução, o titular dos direitos Art. 45. Além das obras em relação às quais decorreu o prazo de
autorais poderá colocar à disposição do público a obra, na forma, local e pelo proteção aos direitos patrimoniais, pertencem ao domínio público:
tempo que desejar, a título oneroso ou gratuito. I - as de autores falecidos que não tenham deixado sucessores;
§1º O direito de exclusividade de reprodução não será aplicável II - as de autor desconhecido, ressalvada a proteção legal aos
quando ela for temporária e apenas tiver o propósito de tornar a obra, conhecimentos étnicos e tradicionais.
fonograma ou interpretação perceptível em meio eletrônico ou quando for de
natureza transitória e incidental, desde que ocorra no curso do uso Capítulo IV
devidamente autorizado da obra, pelo titular. Das Limitações aos Direitos Autorais.
§2º Em qualquer modalidade de reprodução, a quantidade de
exemplares será informada e controlada, cabendo a quem reproduzir a obra a Art. 46. Não constitui ofensa aos direitos autorais:
responsabilidade de manter os registros que permitam, ao autor, a fiscalização I - a reprodução:
do aproveitamento econômico da exploração. a) na imprensa diária ou periódica, de notícia ou de artigo
Art. 31. As diversas modalidades de utilização de obras literárias, informativo, publicado em diários ou periódicos, com a menção do nome do
artísticas ou científicas ou de fonogramas são independentes entre si, e a autor, se assinados, e da publicação de onde foram transcritos;
autorização concedida pelo autor, ou pelo produtor, respectivamente, não se b) em diários ou periódicos, de discursos pronunciados em
estende a quaisquer das demais. reuniões públicas de qualquer natureza;
Art. 32. Quando uma obra feita em regime de coautoria não for c) de retratos, ou de outra forma de representação da imagem,
divisível, nenhum dos coautores, sob pena de responder por perdas e danos, feitos sob encomenda, quando realizada pelo proprietário do objeto
poderá, sem consentimento dos demais, publicá-la ou autorizar-lhe a encomendado, não havendo a oposição da pessoa neles representada ou de
publicação, salvo na coleção de suas obras completas. seus herdeiros;
§ 1º Havendo divergência, os coautores decidirão por maioria. d) de obras literárias, artísticas ou científicas, para uso exclusivo
§ 2º Ao coautor dissidente é assegurado o direito de não contribuir de deficientes visuais, sempre que a reprodução, sem fins comerciais, seja
para as despesas de publicação, renunciando a sua parte nos lucros, e o de feita mediante o sistema Braille ou outro procedimento em qualquer suporte
vedar que se inscreva seu nome na obra. para esses destinatários;
§ 3º Cada coautor pode, individualmente, sem aquiescência dos II - a reprodução, em um só exemplar, de pequenos trechos, para
outros, registrar a obra e defender os próprios direitos contra terceiros. o uso privado do copista, desde que feita por este, sem intuito de lucro;
Art. 33. Ninguém pode reproduzir obra que não pertença ao III - a citação em livros, jornais, revistas ou qualquer outro meio
domínio público, a pretexto de anotá-la, comentá-la ou melhorá-la, sem de comunicação, de passagens de qualquer obra, para fins de estudo, crítica
permissão do autor. ou polêmica, na medida justificada para o fim a atingir, indicando-se o nome
Parágrafo único. Os comentários ou anotações poderão ser do autor e a origem da obra;
publicados separadamente. IV - o apanhado de lições em estabelecimentos de ensino por
Art. 34. As cartas missivas, cuja publicação está condicionada à aqueles a quem elas se dirigem, vedada sua publicação, integral ou parcial,
permissão do autor, poderão ser juntadas como documento de prova em sem autorização prévia e expressa de quem as ministrou;
processos administrativos e judiciais. V - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas,
Art. 35. Quando o autor, em virtude de revisão, tiver dado à obra fonogramas e transmissão de rádio e televisão em estabelecimentos
versão definitiva, não poderão seus sucessores reproduzir versões anteriores. comerciais, exclusivamente para demonstração à clientela, desde que esses
Art. 36. O direito de utilização econômica dos escritos publicados estabelecimentos comercializem os suportes ou equipamentos que permitam

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a sua utilização; Art. 56. Entende-se que o contrato versa apenas sobre uma edição,
VI - a representação teatral e a execução musical, quando realizadas se não houver cláusula expressa em contrário.
no recesso familiar ou, para fins exclusivamente didáticos, nos Parágrafo único. No silêncio do contrato, considera-se que cada
estabelecimentos de ensino, não havendo em qualquer caso intuito de lucro. edição se constitui de três mil exemplares.
VII - a utilização de obras literárias, artísticas ou científicas para Art. 57. O preço da retribuição será arbitrado, com base nos usos e
produzir prova judiciária ou administrativa. costumes, sempre que no contrato não a tiver estipulado expressamente o
VIII - a reprodução, em quaisquer obras, de pequenos trechos de autor.
obras preexistentes, de qualquer natureza, ou de obra integral, quando de artes Art. 58. Se os originais forem entregues em desacordo com o
plásticas, sempre que a reprodução em si não seja o objetivo principal da obra ajustado e o editor não os recusar nos trinta dias seguintes ao do
nova e que não prejudique a exploração normal da obra reproduzida nem recebimento, ter-se-ão por aceitas as alterações introduzidas pelo autor.
cause um prejuízo injustificado aos legítimos interesses dos autores. Art. 59. Quaisquer que sejam as condições do contrato, o editor é
Art. 47. São livres as paráfrases e paródias que não forem obrigado a facultar ao autor o exame da escrituração na parte que lhe
verdadeiras reproduções da obra originária nem lhe implicarem descrédito; corresponde, bem como a informá-lo sobre o estado da edição.
Art. 48. As obras situadas permanentemente em logradouros Art. 60. Ao editor compete fixar o preço da venda, sem, todavia,
públicos podem ser representadas livremente, por meio de pinturas, desenhos, poder elevá-lo a ponto de embaraçar a circulação da obra.
fotografias e procedimentos audiovisuais. Art. 61. O editor será obrigado a prestar contas mensais ao autor
sempre que a retribuição deste estiver condicionada à venda da obra, salvo
Capítulo V se prazo diferente houver sido convencionado.
Da Transferência dos Direitos de Autor Art. 62. A obra deverá ser editada em dois anos da celebração do
contrato, salvo prazo diverso estipulado em convenção.
Art. 49. Os direitos de autor poderão ser, total ou parcialmente Parágrafo único. Não havendo edição da obra no prazo legal ou
transferidos a terceiros, por ele ou por seus sucessores, a título universal ou contratual, poderá ser rescindido o contrato, respondendo o editor por
singular, pessoalmente ou por meio de representantes com poderes especiais, danos causados.
por meio de licenciamento, concessão, cessão ou por outros meios admitidos Art. 63. Enquanto não se esgotarem as edições a que tiver direito o
em Direito, obedecidas as seguintes limitações: editor, não poderá o autor dispor de sua obra, cabendo ao editor o ônus da
I - a transmissão total compreende todos os direitos de autor, salvo prova.
os de natureza moral e os expressamente excluídos por lei; § 1º Na vigência do contrato de edição, assiste ao editor o direito
II - somente se admitirá transmissão total e definitiva dos direitos de exigir que se retire de circulação edição da mesma obra feita por outrem.
mediante estipulação contratual escrita; § 2º Considera-se esgotada a edição quando restarem em estoque,
III - na hipótese de não haver estipulação contratual escrita, o prazo em poder do editor, exemplares em número inferior a dez por cento do total
máximo será de cinco anos; da edição.
IV - a cessão será válida unicamente para o país em que se firmou o Art. 64. Somente decorrido um ano de lançamento da edição, o
contrato, salvo estipulação em contrário; editor poderá vender, como saldo, os exemplares restantes, desde que o
V - a cessão só se operará para modalidades de utilização já autor seja notificado de que, no prazo de trinta dias, terá prioridade na
existentes à data do contrato; aquisição dos referidos exemplares pelo preço de saldo.
VI - não havendo especificações quanto à modalidade de utilização, Art. 65. Esgotada a edição, e o editor, com direito a outra, não a
o contrato será interpretado restritivamente, entendendo-se como limitada publicar, poderá o autor notificá-lo a que o faça em certo prazo, sob pena de
apenas a uma que seja aquela indispensável ao cumprimento da finalidade do perder aquele direito, além de responder por danos.
contrato. Art. 66. O autor tem o direito de fazer, nas edições sucessivas de
Art. 50. A cessão total ou parcial dos direitos de autor, que se fará suas obras, as emendas e alterações que bem lhe aprouver.
sempre por escrito, presume-se onerosa. Parágrafo único. O editor poderá opor-se às alterações que lhe
§ 1º Poderá a cessão ser averbada à margem do registro a que se prejudiquem os interesses, ofendam sua reputação ou aumentem sua
refere o art. 19 desta Lei, ou, não estando a obra registrada, poderá o responsabilidade.
instrumento ser registrado em Cartório de Títulos e Documentos. Art. 67. Se, em virtude de sua natureza, for imprescindível a
§ 2º Constarão do instrumento de cessão como elementos essenciais atualização da obra em novas edições, o editor, negando-se o autor a fazê-la,
seu objeto e as condições de exercício do direito quanto a tempo, lugar e preço. dela poderá encarregar outrem, mencionando o fato na edição.
Art. 51. A cessão dos direitos de autor sobre obras futuras abrangerá,
no máximo, o período de cinco anos. Capítulo II
Parágrafo único. O prazo será reduzido a cinco anos sempre que Da Comunicação ao Público.
indeterminado ou superior, diminuindo-se, na devida proporção, o preço
estipulado. Art. 68. Sem prévia e expressa autorização do autor ou titular, não
Art. 52. A omissão do nome do autor, ou de coautor, na divulgação poderão ser utilizadas obras teatrais, composições musicais ou lítero-
da obra não presume o anonimato ou a cessão de seus direitos. musicais e fonogramas, em representações e execuções públicas.
§ 1º Considera-se representação pública a utilização de obras
Título IV teatrais no gênero drama, tragédia, comédia, ópera, opereta, balé,
Da Utilização de Obras Intelectuais e dos Fonogramas pantomimas e assemelhadas, musicadas ou não, mediante a participação de
Capítulo I artistas, remunerados ou não, em locais de frequência coletiva ou pela
Da Edição radiodifusão, transmissão e exibição cinematográfica.
§ 2º Considera-se execução pública a utilização de composições
Art. 53. Mediante contrato de edição, o editor, obrigando-se a musicais ou lítero-musicais, mediante a participação de artistas,
reproduzir e a divulgar a obra literária, artística ou científica, fica autorizado, remunerados ou não, ou a utilização de fonogramas e obras audiovisuais, em
em caráter de exclusividade, a publicá-la e a explorá-la pelo prazo e nas locais de frequência coletiva, por quaisquer processos, inclusive a
condições pactuadas com o autor. radiodifusão ou transmissão por qualquer modalidade, e a exibição
Parágrafo único. Em cada exemplar da obra o editor mencionará: cinematográfica.
I - o título da obra e seu autor; § 3º Consideram-se locais de frequência coletiva os teatros,
II - no caso de tradução, o título original e o nome do tradutor; cinemas, salões de baile ou concertos, boates, bares, clubes ou associações de
III - o ano de publicação; qualquer natureza, lojas, estabelecimentos comerciais e industriais, estádios,
IV - o seu nome ou marca que o identifique. circos, feiras, restaurantes, hotéis, motéis, clínicas, hospitais, órgãos públicos
Art. 54. Pelo mesmo contrato pode o autor obrigar-se à feitura de da administração direta ou indireta, fundacionais e estatais, meios de
obra literária, artística ou científica, em cuja publicação e divulgação se transporte de passageiros terrestres, marítimo, fluvial ou aéreo, ou onde
empenha o editor. quer que se representem, executem ou transmitam obras literárias ou
Art. 55. Em caso de falecimento ou de impedimento do autor para artísticas.
concluir a obra, o editor poderá: § 4º Previamente à realização da execução pública, o empresário
I - considerar resolvido o contrato, mesmo que tenha sido entregue deverá apresentar ao escritório central, previsto no art. 99, a comprovação
parte considerável da obra; dos recolhimentos relativos aos direitos autorais.
II - editar a obra, sendo autônoma, mediante pagamento § 5º Quando a remuneração depender da frequência do público,
proporcional do preço; poderá o empresário, por convênio com o escritório central, pagar o preço
III - mandar que outro a termine, desde que consintam os sucessores após a realização da execução pública.
e seja o fato indicado na edição. § 6º O empresário entregará ao escritório central, imediatamente
Parágrafo único. É vedada a publicação parcial, se o autor após a execução pública ou transmissão, relação completa das obras e
manifestou a vontade de só publicá-la por inteiro ou se assim o decidirem seus fonogramas utilizados, indicando os nomes dos respectivos autores, artistas
sucessores. e produtores.

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§ 7º As empresas cinematográficas e de radiodifusão manterão à Art. 83. O participante da produção da obra audiovisual que
imediata disposição dos interessados, cópia autêntica dos contratos, ajustes ou interromper, temporária ou definitivamente, sua atuação, não poderá opor-
acordos, individuais ou coletivos, autorizando e disciplinando a remuneração se a que esta seja utilizada na obra nem a que terceiro o substitua,
por execução pública das obras musicais e fonogramas contidas em seus resguardados os direitos que adquiriu quanto à parte já executada.
programas ou obras audiovisuais. Art. 84. Caso a remuneração dos coautores da obra audiovisual
Art. 69. O autor, observados os usos locais, notificará o empresário dependa dos rendimentos de sua utilização econômica, o produtor lhes
do prazo para a representação ou execução, salvo prévia estipulação prestará contas semestralmente, se outro prazo não houver sido pactuado.
convencional. Art. 85. Não havendo disposição em contrário, poderão os
Art. 70. Ao autor assiste o direito de opor-se à representação ou coautores da obra audiovisual utilizar-se, em gênero diverso, da parte que
execução que não seja suficientemente ensaiada, bem como fiscalizá-la, tendo, constitua sua contribuição pessoal.
para isso, livre acesso durante as representações ou execuções, no local onde se Parágrafo único. Se o produtor não concluir a obra audiovisual no
realizam. prazo ajustado ou não iniciar sua exploração dentro de dois anos, a contar de
Art. 71. O autor da obra não pode alterar-lhe a substância, sem sua conclusão, a utilização a que se refere este artigo será livre.
acordo com o empresário que a faz representar. Art. 86. Os direitos autorais de execução musical relativos a obras
Art. 72. O empresário, sem licença do autor, não pode entregar a musicais, lítero-musicais e fonogramas incluídos em obras audiovisuais serão
obra a pessoa estranha à representação ou à execução. devidos aos seus titulares pelos responsáveis dos locais ou estabelecimentos
Art. 73. Os principais intérpretes e os diretores de orquestras ou a que alude o § 3º do Art. 68 desta Lei, que as exibirem, ou pelas emissoras de
coro, escolhidos de comum acordo pelo autor e pelo produtor, não podem ser televisão que as transmitirem.
substituídos por ordem deste, sem que aquele consinta.
Art. 74. O autor de obra teatral, ao autorizar a sua tradução ou Capítulo VII
adaptação, poderá fixar prazo para utilização dela em representações públicas. Da Utilização de Bases de Dados.
Parágrafo único. Após o decurso do prazo a que se refere este artigo,
não poderá opor-se o tradutor ou adaptador à utilização de outra tradução ou Art. 87. O titular do direito patrimonial sobre uma base de dados
adaptação autorizada, salvo se for cópia da sua. terá o direito exclusivo, a respeito da forma de expressão da estrutura da
Art. 75. Autorizada a representação de obra teatral feita em referida base, de autorizar ou proibir:
coautoria, não poderá qualquer dos coautores revogar a autorização dada, I - sua reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo;
provocando a suspensão da temporada contratualmente ajustada. II - sua tradução, adaptação, reordenação ou qualquer outra
Art. 76. É impenhorável a parte do produto dos espetáculos modificação;
reservada ao autor e aos artistas. III - a distribuição do original ou cópias da base de dados ou a sua
comunicação ao público;
Capítulo III IV - a reprodução, distribuição ou comunicação ao público dos
Da Utilização da Obra de Arte Plástica. resultados das operações mencionadas no inciso II deste artigo.

Art. 77. Salvo convenção em contrário, o autor de obra de arte Capítulo VIII
plástica, ao alienar o objeto em que ela se materializa, transmite o direito de Da Utilização da Obra Coletiva.
expô-la, mas não transmite ao adquirente o direito de reproduzi-la.
Art. 78. A autorização para reproduzir obra de arte plástica, por Art. 88. Ao publicar a obra coletiva, o organizador mencionará em
qualquer processo, deve se fazer por escrito e se presume onerosa. cada exemplar:
Capítulo IV I - o título da obra;
Da Utilização da Obra Fotográfica. II - a relação de todos os participantes, em ordem alfabética, se
outra não houver sido convencionada;
Art. 79. O autor de obra fotográfica tem direito a reproduzi-la e III - o ano de publicação;
colocá-la à venda, observadas as restrições à exposição, reprodução e venda de IV - o seu nome ou marca que o identifique.
retratos, e sem prejuízo dos direitos de autor sobre a obra fotografada, se de Parágrafo único. Para valer-se do disposto no § 1º do art. 17,
artes plásticas protegidas. deverá o participante notificar o organizador, por escrito, até a entrega de
§ 1º A fotografia, quando utilizada por terceiros, indicará de forma sua participação.
legível o nome do seu autor.
§ 2º É vedada a reprodução de obra fotográfica que não esteja em Título V
absoluta consonância com o original, salvo prévia autorização do autor. Dos Direitos Conexos
Capítulo I
Capítulo V Disposições Preliminares.
Da Utilização de Fonograma.
Art. 89. As normas relativas aos direitos de autor aplicam-se, no
Art. 80. Ao publicar o fonograma, o produtor mencionará em cada que couber, aos direitos dos artistas intérpretes ou executantes, dos
exemplar: produtores fonográficos e das empresas de radiodifusão.
I - o título da obra incluída e seu autor; Parágrafo único. A proteção desta Lei aos direitos previstos neste
II - o nome ou pseudônimo do intérprete; artigo deixa intactas e não afeta as garantias asseguradas aos autores das
III - o ano de publicação; obras literárias, artísticas ou científicas.
IV - o seu nome ou marca que o identifique.
Capítulo II
Capítulo VI Dos Direitos dos Artistas Intérpretes ou Executantes
Da Utilização da Obra Audiovisual.
Art. 90. Tem o artista intérprete ou executante o direito exclusivo
Art. 81. A autorização do autor e do intérprete de obra literária, de, a título oneroso ou gratuito, autorizar ou proibir:
artística ou científica para produção audiovisual implica, salvo disposição em I - a fixação de suas interpretações ou execuções;
contrário, consentimento para sua utilização econômica. II - a reprodução, a execução pública e a locação das suas
§ 1º A exclusividade da autorização depende de cláusula expressa e interpretações ou execuções fixadas;
cessa dez anos após a celebração do contrato. III - a radiodifusão das suas interpretações ou execuções, fixadas
§ 2º Em cada cópia da obra audiovisual, mencionará o produtor: ou não;
I - o título da obra audiovisual; IV - a colocação à disposição do público de suas interpretações ou
II - os nomes ou pseudônimos do diretor e dos demais coautores; execuções, de maneira que qualquer pessoa a elas possa ter acesso, no tempo
III - o título da obra adaptada e seu autor, se for o caso; e no lugar que individualmente escolheram;
IV - os artistas intérpretes; V - qualquer outra modalidade de utilização de suas
V - o ano de publicação; interpretações ou execuções.
VI - o seu nome ou marca que o identifique; § 1º Quando na interpretação ou na execução participarem vários
Art. 82. O contrato de produção audiovisual deve estabelecer: artistas, seus direitos serão exercidos pelo diretor do conjunto.
I - a remuneração devida pelo produtor aos coautores da obra e aos § 2º A proteção aos artistas, intérpretes ou executantes estende-se
artistas intérpretes e executantes, bem como o tempo, lugar e forma de à reprodução da voz e imagem, quando associadas às suas atuações.
pagamento; Art. 91. As empresas de radiodifusão poderão realizar fixações de
II - o prazo de conclusão da obra; interpretação ou execução de artistas que tenham permitido para utilização
III - a responsabilidade do produtor para com os coautores, artistas em determinado número de emissões, facultada sua conservação em arquivo
intérpretes ou executantes, no caso de coprodução público.

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Parágrafo único. A reutilização subsequente da fixação, no País ou § 5º A inobservância da norma do parágrafo anterior tornará o
no exterior, somente será lícita mediante autorização escrita dos titulares de faltoso inabilitado à função de fiscal, sem prejuízo das sanções civis e penais
bens intelectuais incluídos no programa, devida uma remuneração adicional cabíveis.
aos titulares para cada nova utilização. Art. 100. O sindicato ou associação profissional que congregue não
Art. 92. Aos intérpretes cabem os direitos morais de integridade e menos de um terço dos filiados de uma associação autoral poderá, uma vez
paternidade de suas interpretações, inclusive depois da cessão dos direitos por ano, após notificação, com oito dias de antecedência, fiscalizar, por
patrimoniais, sem prejuízo da redução, compactação, edição ou dublagem da intermédio de auditor, a exatidão das contas prestadas a seus representados.
obra de que tenham participado, sob a responsabilidade do produtor, que não
poderá desfigurar a interpretação do artista. Título VII
Parágrafo único. O falecimento de qualquer participante de obra Das Sanções às Violações dos Direitos Autorais
audiovisual, concluída ou não, não obsta sua exibição e aproveitamento Capítulo I
econômico, nem exige autorização adicional, sendo a remuneração prevista Disposição Preliminar
para o falecido, nos termos do contrato e da lei, efetuada a favor do espólio ou
dos sucessores. Art. 101. As sanções civis de que trata este Capítulo aplicam-se
sem prejuízo das penas cabíveis.
Capítulo III
Dos Direitos dos Produtores Fonográficos. Capítulo II
Das Sanções Civis
Art. 93. O produtor de fonogramas tem o direito exclusivo de, a
título oneroso ou gratuito, autorizar-lhes ou proibir-lhes: Art. 102. O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida,
I - a reprodução direta ou indireta, total ou parcial; divulgada ou de qualquer forma utilizada, poderá requerer a apreensão dos
II - a distribuição por meio da venda ou locação de exemplares da exemplares reproduzidos ou a suspensão da divulgação, sem prejuízo da
reprodução; indenização cabível.
III - a comunicação ao público por meio da execução pública, Art. 103. Quem editar obra literária, artística ou científica, sem
inclusive pela radiodifusão; autorização do titular, perderá para este os exemplares que se apreenderem
IV - (VETADO) e pagar-lhe-á o preço dos que tiver vendido.
V - quaisquer outras modalidades de utilização, existentes ou que Parágrafo único. Não se conhecendo o número de exemplares que
venham a ser inventadas. constituem a edição fraudulenta, pagará o transgressor o valor de três mil
Art. 94. Cabe ao produtor fonográfico perceber dos usuários a que se exemplares, além dos apreendidos.
refere o art. 68, e parágrafos, desta Lei os proventos pecuniários resultantes da Art. 104. Quem vender, expuser à venda, ocultar, adquirir,
execução pública dos fonogramas e reparti-los com os artistas, na forma distribuir, tiver em depósito ou utilizar obra ou fonograma reproduzidos
convencionada entre eles ou suas associações. com fraude, com a finalidade de vender, obter ganho, vantagem, proveito,
lucro direto ou indireto, para si ou para outrem, será solidariamente
Capítulo IV responsável com o contrafator, nos termos dos artigos precedentes,
Dos Direitos das Empresas de Radiodifusão. respondendo como contrafatores o importador e o distribuidor em caso de
reprodução no exterior
Art. 95. Cabe às empresas de radiodifusão o direito exclusivo de Art. 105. A transmissão e a retransmissão, por qualquer meio ou
autorizar ou proibir a retransmissão, fixação e reprodução de suas emissões, processo, e a comunicação ao público de obras artísticas, literárias e
bem como a comunicação ao público, pela televisão, em locais de frequência científicas, de interpretações e de fonogramas, realizadas mediante violação
coletiva, sem prejuízo dos direitos dos titulares de bens intelectuais incluídos dos direitos de seus titulares, deverão ser imediatamente suspensas ou
na programação. interrompidas pela autoridade judicial competente, sem prejuízo da multa
diária pelo descumprimento e das demais indenizações cabíveis,
Capítulo V independentemente das sanções penais aplicáveis; caso se comprove que o
Da Duração dos Direitos Conexos. infrator é reincidente na violação aos direitos dos titulares de direitos de
autor e conexos, o valor da multa poderá ser aumentado até o dobro.
Art. 96. É de setenta anos o prazo de proteção aos direitos conexos, Art. 106. A sentença condenatória poderá determinar a destruição
contados a partir de 1º de janeiro do ano subsequente à fixação, para os de todos os exemplares ilícitos, bem como das matrizes, moldes, negativos e
fonogramas; à transmissão, para as emissões das empresas de radiodifusão; e à demais elementos utilizados para praticar o ilícito civil, assim como a perda
execução e representação pública, para os demais casos. de máquinas, equipamentos e insumos destinados a tal fim ou, servindo eles
unicamente para o fim ilícito, sua destruição.
Título VI Art. 107. Independentemente da perda dos equipamentos
Das Associações de Titulares de Direitos de Autor e dos que lhes são Conexos. utilizados, responderá por perdas e danos, nunca inferiores ao valor que
resultaria da aplicação do disposto no art. 103 e seu parágrafo único, quem:
Art. 97. Para o exercício e defesa de seus direitos, podem os autores I - alterar, suprimir, modificar ou inutilizar, de qualquer maneira,
e os titulares de direitos conexos associar-se sem intuito de lucro. dispositivos técnicos introduzidos nos exemplares das obras e produções
§ 1º É vedado pertencer a mais de uma associação para a gestão protegidas para evitar ou restringir sua cópia;
coletiva de direitos da mesma natureza. II - alterar, suprimir ou inutilizar, de qualquer maneira, os sinais
§ 2º Pode o titular transferir-se, a qualquer momento, para outra codificados destinados a restringir a comunicação ao público de obras,
associação, devendo comunicar o fato, por escrito, à associação de origem. produções ou emissões protegidas ou a evitar a sua cópia;
§ 3º As associações com sede no exterior far-se-ão representar, no III - suprimir ou alterar, sem autorização, qualquer informação
País, por associações nacionais constituídas na forma prevista nesta Lei. sobre a gestão de direitos;
Art. 98. Com o ato de filiação, as associações tornam-se mandatárias IV - distribuir, importar para distribuição, emitir, comunicar ou
de seus associados para a prática de todos os atos necessários à defesa judicial puser à disposição do público, sem autorização, obras, interpretações ou
ou extrajudicial de seus direitos autorais, bem como para sua cobrança. execuções, exemplares de interpretações fixadas em fonogramas e emissões,
Parágrafo único. Os titulares de direitos autorais poderão praticar, sabendo que a informação sobre a gestão de direitos, sinais codificados e
pessoalmente, os atos referidos neste artigo, mediante comunicação prévia à dispositivos técnicos foram suprimidos ou alterados sem autorização.
associação a que estiverem filiados. Art. 108. Quem, na utilização, por qualquer modalidade, de obra
Art. 99. As associações manterão um único escritório central para a intelectual, deixar de indicar ou de anunciar, como tal, o nome, pseudônimo
arrecadação e distribuição, em comum, dos direitos relativos à execução ou sinal convencional do autor e do intérprete, além de responder por danos
pública das obras musicais e lítero-musicais e de fonogramas, inclusive por morais, está obrigado a divulgar-lhes a identidade da seguinte forma:
meio da radiodifusão e transmissão por qualquer modalidade, e da exibição de I - tratando-se de empresa de radiodifusão, no mesmo horário em
obras audiovisuais. que tiver ocorrido a infração, por três dias consecutivos;
§ 1º O escritório central organizado na forma prevista neste artigo II - tratando-se de publicação gráfica ou fonográfica, mediante
não terá finalidade de lucro e será dirigido e administrado pelas associações inclusão de errata nos exemplares ainda não distribuídos, sem prejuízo de
que o integrem. comunicação, com destaque, por três vezes consecutivas em jornal de grande
§ 2º O escritório central e as associações a que se refere este Título circulação, dos domicílios do autor, do intérprete e do editor ou produtor;
atuarão em juízo e fora dele em seus próprios nomes como substitutos III - tratando-se de outra forma de utilização, por intermédio da
processuais dos titulares a eles vinculados. imprensa, na forma a que se refere o inciso anterior.
§ 3º O recolhimento de quaisquer valores pelo escritório central Art. 109. A execução pública feita em desacordo com os arts. 68, 97,
somente se fará por depósito bancário. 98 e 99 desta Lei sujeitará os responsáveis a multa de vinte vezes o valor que
§ 4º O escritório central poderá manter fiscais, aos quais é vedado deveria ser originariamente pago.
receber do empresário numerário a qualquer título. Art. 110. Pela violação de direitos autorais nos espetáculos e

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audições públicas, realizados nos locais ou estabelecimentos a que alude o art. IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar
68, seus proprietários, diretores, gerentes, empresários e arrendatários adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos
respondem solidariamente com os organizadores dos espetáculos. administrados;
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de
Capítulo III alegações finais, à produção de provas e à interposição de recursos, nos
Da Prescrição da Ação. processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
Art. 111. (VETADO) XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas
Título VIII as previstas em lei;
Disposições Finais e Transitórias. XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem
prejuízo da atuação dos interessados;
Art. 112. Se uma obra, em consequência de ter expirado o prazo de XIII - interpretação da norma administrativa da forma que
proteção que lhe era anteriormente reconhecido pelo § 2º do art. 42 da Lei nº melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige, vedada
5.988, de 14 de dezembro de 1973, caiu no domínio público, não terá o prazo de aplicação retroativa de nova interpretação.
proteção dos direitos patrimoniais ampliado por força do art. 41 desta Lei. CAPÍTULO II
Art. 113. Os fonogramas, os livros e as obras audiovisuais sujeitar-se- DOS DIREITOS DOS ADMINISTRADOS
ão a selos ou sinais de identificação sob a responsabilidade do produtor, Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a
distribuidor ou importador, sem ônus para o consumidor, com o fim de atestar Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:
o cumprimento das normas legais vigentes, conforme dispuser o regulamento.
I - ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que
Art. 114. Esta Lei entra em vigor cento e vinte dias após a sua
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas
publicação.
obrigações;
Art. 115. Ficam revogados os Arts. 649 a 673 e 1.346 a 1.362 do
II - ter ciência da tramitação dos processos administrativos em
Código Civil e as Leis nº 4.944, de 06 de abril de 1966; 5.988, de 14 de dezembro
de 1973, excetuando-se o art. 17 e seus §§ 1º e 2º; 6.800, de 25 de junho de 1980; que tenha a condição de interessado, ter vista dos autos, obter cópias de
7.123, de 12 de setembro de 1983; 9.045, de 18 de maio de 1995, e demais documentos neles contidos e conhecer as decisões proferidas;
disposições em contrário, mantidos em vigor as Leis nos 6.533, de 24 de maio de III - formular alegações e apresentar documentos antes da
1978 e 6.615, de 16 de dezembro de 1978. decisão, os quais serão objeto de consideração pelo órgão competente;
Brasília, 19 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da IV - fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo
República quando obrigatória a representação, por força de lei.
CAPÍTULO III
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO DOS DEVERES DO ADMINISTRADO
Francisco Weffort Art. 4º São deveres do administrado perante a Administração,
sem prejuízo de outros previstos em ato normativo:
[Diário Oficial da União, de 20 de fevereiro de 1998] I - expor os fatos conforme a verdade;
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
III - não agir de modo temerário;
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar
para o esclarecimento dos fatos.
LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 CAPÍTULO IV
DO INÍCIO DO PROCESSO
Regula o processo administrativo no âmbito da Art. 5º O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a
Administração Pública Federal. pedido de interessado.
Art. 6º O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional for admitida solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: seguintes dados:
CAPÍTULO I I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS II - identificação do interessado ou de quem o represente;
Art. 1º Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo III - domicílio do requerente ou local para recebimento de
administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, comunicações;
em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus
cumprimento dos fins da Administração. fundamentos;
§ 1º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos órgãos dos V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
Poderes Legislativo e Judiciário da União, quando no desempenho de função Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de
administrativa. recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o interessado
§ 2º Para os fins desta Lei, consideram-se: quanto ao suprimento de eventuais falhas.
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Art. 7º Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar
Administração direta e da estrutura da Administração indireta; modelos ou formulários padronizados para assuntos que importem
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade pretensões equivalentes.
jurídica; Art. 9º Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de tiverem conteúdo e fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um
decisão. único requerimento, salvo preceito legal em contrário.
Art. 2º A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos CAPÍTULO V
princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, DOS INTERESSADOS
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança Art. 9º São legitimados como interessados no processo
jurídica, interesse público e eficiência. administrativo:
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de
entre outros, os critérios de: direitos ou interesses individuais ou no exercício do direito de
I - atuação conforme a lei e o Direito; representação;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou
ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização em lei; interesses que possam ser afetados pela decisão a ser adotada;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a III - as organizações e associações representativas, no tocante a
promoção pessoal de agentes ou autoridades; direitos e interesses coletivos;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé; IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as a direitos ou interesses difusos.
hipóteses de sigilo previstas na Constituição; Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de maiores de dezoito anos, ressalvada previsão especial em ato normativo
obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente próprio.
necessárias ao atendimento do interesse público; CAPÍTULO VI
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que DA COMPETÊNCIA
determinarem a decisão;
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos
direitos dos administrados;

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Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos Art. 25. Os atos do processo devem realizar-se preferencialmente
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e na sede do órgão, cientificando-se o interessado se outro for o local de
avocação legalmente admitidos. realização.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não CAPÍTULO IX
houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS
ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, Art. 26. O órgão competente perante o qual tramita o processo
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de
econômica, jurídica ou territorial. decisão ou a efetivação de diligências.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à § 1º A intimação deverá conter:
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. I - identificação do intimado e nome do órgão ou entidade
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: administrativa;
I - a edição de atos de caráter normativo; II - finalidade da intimação;
II - a decisão de recursos administrativos; III - data, hora e local em que deve comparecer;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. IV - se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados representar;
no meio oficial. V - informação da continuidade do processo independentemente
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes do seu comparecimento;
transferidos, os limites da atuação do delegado, a duração e os objetivos da VI - indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes.
delegação e o recurso cabível, podendo conter ressalva de exercício da § 2º A intimação observará a antecedência mínima de três dias
atribuição delegada. úteis quanto à data de comparecimento.
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela § 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por
autoridade delegante. via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar assegure a certeza da ciência do interessado.
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. § 4º No caso de interessados indeterminados, desconhecidos ou
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos com domicílio indefinido, a intimação deve ser efetuada por meio de
relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência publicação oficial.
atribuída a órgão hierarquicamente inferior. § 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta
publicamente os locais das respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade ou irregularidade.
fundacional competente em matéria de interesse especial. Art. 27. O desatendimento da intimação não importa o
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau administrado.
hierárquico para decidir. Parágrafo único. No prosseguimento do processo, será garantido
CAPÍTULO VII direito de ampla defesa ao interessado.
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO Art. 28. Devem ser objeto de intimação os atos do processo que
Art. 18. É impedido de atuar em processo administrativo o servidor resultem para o interessado em imposição de deveres, ônus, sanções ou
ou autoridade que: restrição ao exercício de direitos e atividades e os atos de outra natureza, de
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria; seu interesse.
II - tenha participado ou venha a participar como perito, CAPÍTULO X
testemunha ou representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao cônjuge, DA INSTRUÇÃO
companheiro ou parente e afins até o terceiro grau; Art. 29. As atividades de instrução destinadas a averiguar e
III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o comprovar os dados necessários à tomada de decisão realizam-se de ofício
interessado ou respectivo cônjuge ou companheiro. ou mediante impulsão do órgão responsável pelo processo, sem prejuízo do
Art. 19. A autoridade ou servidor que incorrer em impedimento direito dos interessados de propor atuações probatórias.
deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. § 1º O órgão competente para a instrução fará constar dos autos
Parágrafo único. A omissão do dever de comunicar o impedimento os dados necessários à decisão do processo.
constitui falta grave, para efeitos disciplinares. § 2º Os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados
Art. 20. Pode ser argüida a suspeição de autoridade ou servidor que devem realizar-se do modo menos oneroso para estes.
tenha amizade íntima ou inimizade notória com algum dos interessados ou Art. 30. São inadmissíveis no processo administrativo as provas
com os respectivos cônjuges, companheiros, parentes e afins até o terceiro obtidas por meios ilícitos.
grau. Art. 31. Quando a matéria do processo envolver assunto de
Art. 21. O indeferimento de alegação de suspeição poderá ser objeto interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho motivado,
de recurso, sem efeito suspensivo. abrir período de consulta pública para manifestação de terceiros, antes da
CAPÍTULO VIII decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte interessada.
DA FORMA, TEMPO E LUGAR DOS ATOS DO PROCESSO § 1º A abertura da consulta pública será objeto de divulgação
Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma pelos meios oficiais, a fim de que pessoas físicas ou jurídicas possam
determinada senão quando a lei expressamente a exigir. examinar os autos, fixando-se prazo para oferecimento de alegações escritas.
§ 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em § 2º O comparecimento à consulta pública não confere, por si, a
vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade condição de interessado do processo, mas confere o direito de obter da
responsável. Administração resposta fundamentada, que poderá ser comum a todas as
§ 2º Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente será alegações substancialmente iguais.
exigido quando houver dúvida de autenticidade. Art. 32. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante
§ 3º A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser da relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para
feita pelo órgão administrativo. debates sobre a matéria do processo.
§ 4º O processo deverá ter suas páginas numeradas Art. 33. Os órgãos e entidades administrativas, em matéria
seqüencialmente e rubricadas. relevante, poderão estabelecer outros meios de participação de
Art. 23. Os atos do processo devem realizar-se em dias úteis, no administrados, diretamente ou por meio de organizações e associações
horário normal de funcionamento da repartição na qual tramitar o processo. legalmente reconhecidas.
Parágrafo único. Serão concluídos depois do horário normal os atos Art. 34. Os resultados da consulta e audiência pública e de outros
já iniciados, cujo adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou meios de participação de administrados deverão ser apresentados com a
cause dano ao interessado ou à Administração. indicação do procedimento adotado.
Art. 24. Inexistindo disposição específica, os atos do órgão ou Art. 35. Quando necessária à instrução do processo, a audiência
autoridade responsável pelo processo e dos administrados que dele de outros órgãos ou entidades administrativas poderá ser realizada em
participem devem ser praticados no prazo de cinco dias, salvo motivo de força reunião conjunta, com a participação de titulares ou representantes dos
maior. órgãos competentes, lavrando-se a respectiva ata, a ser juntada aos autos.
Parágrafo único. O prazo previsto neste artigo pode ser dilatado até Art. 36. Cabe ao interessado a prova dos fatos que tenha alegado,
o dobro, mediante comprovada justificação. sem prejuízo do dever atribuído ao órgão competente para a instrução e do
disposto no art. 37 desta Lei.

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Art. 37. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação
registrados em documentos existentes na própria Administração responsável de ato administrativo.
pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a § 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo
instrução proverá, de ofício, à obtenção dos documentos ou das respectivas consistir em declaração de concordância com fundamentos de anteriores
cópias. pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte
Art. 38. O interessado poderá, na fase instrutória e antes da tomada integrante do ato.
da decisão, juntar documentos e pareceres, requerer diligências e perícias, § 2º Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser
bem como aduzir alegações referentes à matéria objeto do processo. utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde
§ 1º Os elementos probatórios deverão ser considerados na que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
motivação do relatório e da decisão. § 3º A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões
§ 2º Somente poderão ser recusadas, mediante decisão ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de termo escrito.
fundamentada, as provas propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, CAPÍTULO XIII
impertinentes, desnecessárias ou protelatórias. DA DESISTÊNCIA E OUTROS CASOS DE EXTINÇÃO DO PROCESSO
Art. 39. Quando for necessária a prestação de informações ou a Art. 51. O interessado poderá, mediante manifestação escrita,
apresentação de provas pelos interessados ou terceiros, serão expedidas desistir total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a
intimações para esse fim, mencionando-se data, prazo, forma e condições de direitos disponíveis.
atendimento. § 1º Havendo vários interessados, a desistência ou renúncia
Parágrafo único. Não sendo atendida a intimação, poderá o órgão atinge somente quem a tenha formulado.
competente, se entender relevante a matéria, suprir de ofício a omissão, não § 2º A desistência ou renúncia do interessado, conforme o caso,
se eximindo de proferir a decisão. não prejudica o prosseguimento do processo, se a Administração considerar
Art. 40. Quando dados, atuações ou documentos solicitados ao que o interesse público assim o exige.
interessado forem necessários à apreciação de pedido formulado, o não Art. 52. O órgão competente poderá declarar extinto o processo
atendimento no prazo fixado pela Administração para a respectiva quando exaurida sua finalidade ou o objeto da decisão se tornar impossível,
apresentação implicará arquivamento do processo. inútil ou prejudicado por fato superveniente.
Art. 41. Os interessados serão intimados de prova ou diligência CAPÍTULO XIV
ordenada, com antecedência mínima de três dias úteis, mencionando-se data, DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E CONVALIDAÇÃO
hora e local de realização. Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando
Art. 42. Quando deva ser obrigatoriamente ouvido um órgão eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de
consultivo, o parecer deverá ser emitido no prazo máximo de quinze dias, conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
salvo norma especial ou comprovada necessidade de maior prazo. Art. 54. O direito da Administração de anular os atos
§ 1º Se um parecer obrigatório e vinculante deixar de ser emitido administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários
no prazo fixado, o processo não terá seguimento até a respectiva apresentação, decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo
responsabilizando-se quem der causa ao atraso. comprovada má-fé.
§ 2º Se um parecer obrigatório e não vinculante deixar de ser § 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de
emitido no prazo fixado, o processo poderá ter prosseguimento e ser decidido decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
com sua dispensa, sem prejuízo da responsabilidade de quem se omitiu no § 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida
atendimento. de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 43. Quando por disposição de ato normativo devam ser Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao
previamente obtidos laudos técnicos de órgãos administrativos e estes não interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem
cumprirem o encargo no prazo assinalado, o órgão responsável pela instrução defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
deverá solicitar laudo técnico de outro órgão dotado de qualificação e CAPÍTULO XV
capacidade técnica equivalentes. DO RECURSO ADMINISTRATIVO E DA REVISÃO
Art. 44. Encerrada a instrução, o interessado terá o direito de Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de
manifestar-se no prazo máximo de dez dias, salvo se outro prazo for razões de legalidade e de mérito.
legalmente fixado. § 1º O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a
Art. 45. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá qual, se não a reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação autoridade superior.
do interessado. § 2º Salvo exigência legal, a interposição de recurso
Art. 46. Os interessados têm direito à vista do processo e a obter administrativo independe de caução.
certidões ou cópias reprográficas dos dados e documentos que o integram, § 3º Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria
ressalvados os dados e documentos de terceiros protegidos por sigilo ou pelo enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão
direito à privacidade, à honra e à imagem. impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso
Art. 47. O órgão de instrução que não for competente para emitir a à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da
decisão final elaborará relatório indicando o pedido inicial, o conteúdo das súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006).
fases do procedimento e formulará proposta de decisão, objetivamente Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três
justificada, encaminhando o processo à autoridade competente. instâncias administrativas, salvo disposição legal diversa.
CAPÍTULO XI Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
DO DEVER DE DECIDIR I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no
Art. 48. A Administração tem o dever de explicitamente emitir processo;
decisão nos processos administrativos e sobre solicitações ou reclamações, em II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente
matéria de sua competência. afetados pela decisão recorrida;
Art. 49. Concluída a instrução de processo administrativo, a III - as organizações e associações representativas, no tocante a
Administração tem o prazo de até trinta dias para decidir, salvo prorrogação direitos e interesses coletivos;
por igual período expressamente motivada. IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses
CAPÍTULO XII difusos.
DA MOTIVAÇÃO Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com para interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou
indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando: divulgação oficial da decisão recorrida.
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; § 1º Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; administrativo deverá ser decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção do recebimento dos autos pelo órgão competente.
pública; § 2º O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo prorrogado por igual período, ante justificativa explícita.
licitatório; Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual
V - decidam recursos administrativos; o recorrente deverá expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo
VI - decorram de reexame de ofício; juntar os documentos que julgar convenientes.
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem
discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; efeito suspensivo.

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Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou § 1º A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando
incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a prova de sua condição, deverá requerê-lo à autoridade administrativa
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo competente, que determinará as providências a serem cumpridas. (Incluído
ao recurso. pela Lei nº 12.008, de 2009).
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele § 2º Deferida a prioridade, os autos receberão identificação
conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de cinco própria que evidencie o regime de tramitação prioritária. (Incluído pela Lei
dias úteis, apresentem alegações. nº 12.008, de 2009).
Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto: § 3º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
I - fora do prazo; § 4º (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
II - perante órgão incompetente; Art. 70. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
III - por quem não seja legitimado; Brasília 29 de janeiro de 1999; 179º da Independência e 112º da
IV - após exaurida a esfera administrativa. República.
§ 1º Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para recurso. Renan Calheiros
§ 2º O não conhecimento do recurso não impede a Administração Paulo Paiva
de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão [Diário Oficial da União, de 1 fevereiro de 1999 e retificado no D.O.U de 11 de
administrativa. março de 1999]
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá
confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão
recorrida, se a matéria for de sua competência. LEI Nº 9.800, DE 26 DE MAIO DE 1999
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder
decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá ser cientificado para Permite às partes a utilização de sistemas de trans-
que formule suas alegações antes da decisão. missão de dados para a prática de atos processuais.
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula
vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
Lei nº 11.417, de 2006). seguinte Lei:
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação Art. 1º É permitida às partes a utilização de sistemas de
fundada em violação de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à transmissão de dados e imagens tipo fac-símile ou outro similar, para a
autoridade prolatora e ao órgão competente para o julgamento do recurso, prática de atos processuais que dependam de petição escrita.
que deverão adequar as futuras decisões administrativas em casos Art. 2º A utilização de sistema de transmissão de dados e imagens
semelhantes, sob pena de responsabilização pessoal nas esferas cível, não prejudica o cumprimento dos prazos, devendo os originais ser entregues
administrativa e penal. (Incluído pela Lei nº 11.417, de 2006). em juízo, necessariamente, até cinco dias da data de seu término.
Art. 65. Os processos administrativos de que resultem sanções Parágrafo único. Nos atos não sujeitos a prazo, os originais
deverão ser entregues, necessariamente, até cinco dias da data da recepção
poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando
do material.
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a
Art. 3º Os juízes poderão praticar atos de sua competência à vista
inadequação da sanção aplicada.
de transmissões efetuadas na forma desta Lei, sem prejuízo do disposto no
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar
artigo anterior.
agravamento da sanção. Art. 4º Quem fizer uso de sistema de transmissão torna-se
CAPÍTULO XVI responsável pela qualidade e fidelidade do material transmitido e por sua
DOS PRAZOS entrega ao órgão judiciário.
Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da Parágrafo único. Sem prejuízo de outras sanções, o usuário do
cientificação oficial, excluindo-se da contagem o dia do começo e incluindo-se sistema será considerado litigante de má-fé se não houver perfeita
o do vencimento. concordância entre o original remetido pelo fac-símile e o original entregue
§ 1º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil em juízo.
seguinte se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este Art. 5º O disposto nesta Lei não obriga a que os órgãos judiciários
for encerrado antes da hora normal. disponham de equipamentos para recepção.
§ 2º Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo. Art. 6º Esta Lei entra em vigor trinta dias após a data de sua
§ 3º Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. publicação.
Se no mês do vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do Brasília, 26 de maio de 1999; 178º da Independência e 111º da
prazo, tem-se como termo o último dia do mês. República.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os
prazos processuais não se suspendem. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
CAPÍTULO XVII Renan Calheiros
DAS SANÇÕES
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, [Diário Oficial da União, de 17 de maio de 1999]
terão natureza pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não
fazer, assegurado sempre o direito de defesa.
LEI Nº 10.869, DE 13 DE MAIO DE 2004
CAPÍTULO XVIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Altera a Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, que
Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a dispõe sobre a organização da Presidência da
reger-se por lei própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os República e dos Ministérios, e dá outras providências.
preceitos desta Lei.
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
instância, os procedimentos administrativos em que figure como parte ou Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
interessado: (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). Art. 1º A Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com
I - pessoa com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; as seguintes alterações:
(Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
II - pessoa portadora de deficiência, física ou mental; (Incluído pela ...
Lei nº 12.008, de 2009).
“Art. 2º À Casa Civil da Presidência da República compete assistir
III – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009).
direta e imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas
IV - pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla,
atribuições, especialmente na coordenação e na integração das ações do
neoplasia maligna, hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, Governo, na verificação prévia da constitucionalidade e legalidade dos atos
cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, presidenciais, na análise do mérito, da oportunidade e da compatibilidade
nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget das propostas, inclusive das matérias em tramitação no Congresso Nacional,
(osteíte deformante), contaminação por radiação, síndrome de com as diretrizes governamentais, bem como na avaliação e monitoramento
imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base em conclusão da da ação governamental e da gestão dos órgãos e entidades da administração
medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída após o pública federal, bem como promover a publicação e a preservação dos atos
início do processo. (Incluído pela Lei nº 12.008, de 2009). oficiais e supervisionar e executar as atividades administrativas da

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Presidência da República e, supletivamente, da Vice-Presidência da República, atos judiciais e administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados,
tendo como estrutura básica o Conselho Deliberativo do Sistema de Proteção bem como comunicações em geral.
da Amazônia, o Conselho Superior do Cinema, o Arquivo Nacional, a Imprensa § 1º O sítio e o conteúdo das publicações de que trata este artigo
Nacional, o Gabinete, 2 (duas) Secretarias, sendo 1 (uma) Executiva, 1 (um) deverão ser assinados digitalmente com base em certificado emitido por
órgão de Controle Interno e até 3 (três) Subchefias.” (NR). Autoridade Certificadora credenciada na forma da lei específica.
§ 2º A publicação eletrônica na forma deste artigo substitui
... qualquer outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à
Brasília, 13 de maio de 2004; 183º da Independência e 116º da exceção dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal.
República. § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
Guido Mantega § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que
José Dirceu de Oliveira e Silva seguir ao considerado como data da publicação.
§ 5º A criação do Diário da Justiça eletrônico deverá ser
[Diário Oficial da União, de 13 de maio de 2004] acompanhada de ampla divulgação, e o ato administrativo correspondente
será publicado durante 30 (trinta) dias no diário oficial em uso.
[Nota explicativa: A Medida Provisória – MP nº 2.045-1, de 28 de junho de 2000, Art. 5º As intimações serão feitas por meio eletrônico em portal
transferiu o Arquivo Nacional para a Casa Civil da Presidência da República. próprio aos que se cadastrarem na forma do art. 2º desta Lei, dispensando-se
Subsequentemente, esta transferência foi regida pela MP nº 2.049-20, de 29 de a publicação no órgão oficial, inclusive eletrônico.
junho de 2000. Finalmente, esta disposição é consolidada pela Lei nº 10.683, de § 1º Considerar-se-á realizada a intimação no dia em que o
28 de maio de 2003, alterada pela Lei nº 10.869, de 13 de maio de 2004.] intimando efetivar a consulta eletrônica ao teor da intimação, certificando-
se nos autos a sua realização.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, nos casos em que a consulta
LEI Nº 11.111, DE 5 DE MAIO DE 2005 se dê em dia não útil, a intimação será considerada como realizada no
primeiro dia útil seguinte.
Regulamenta a parte final do disposto no inciso § 3º A consulta referida nos §§ 1º e 2º deste artigo deverá ser feita
XXXIII do caput do art. 5º da Constituição Federal e em até 10 (dez) dias corridos contados da data do envio da intimação, sob
dá outras providências. pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data do
[Revogada pela Lei nº 12.527 de 18 de novembro de 2011] término desse prazo.
§ 4º Em caráter informativo, poderá ser efetivada remessa de
correspondência eletrônica, comunicando o envio da intimação e a abertura
LEI Nº 11.419, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2006 automática do prazo processual nos termos do § 3º deste artigo, aos que
manifestarem interesse por esse serviço.
Dispõe sobre a informatização do processo judicial; § 5º Nos casos urgentes em que a intimação feita na forma deste
altera a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código artigo possa causar prejuízo a quaisquer das partes ou nos casos em que for
de Processo Civil; e dá outras providências. evidenciada qualquer tentativa de burla ao sistema, o ato processual deverá
ser realizado por outro meio que atinja a sua finalidade, conforme
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional determinado pelo juiz.
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: § 6º As intimações feitas na forma deste artigo, inclusive da
Capítulo I Fazenda Pública, serão consideradas pessoais para todos os efeitos legais.
Da informatização do processo judicial Art. 6º Observadas as formas e as cautelas do art. 5º desta Lei, as
Art. 1º O uso de meio eletrônico na tramitação de processos judiciais, citações, inclusive da Fazenda Pública, excetuadas as dos Direitos Processuais
comunicação de atos e transmissão de peças processuais será admitido nos Criminal e Infracional, poderão ser feitas por meio eletrônico, desde que a
termos desta Lei. íntegra dos autos seja acessível ao citando.
§ 1º Aplica-se o disposto nesta Lei, indistintamente, aos processos Art. 7º As cartas precatórias, rogatórias, de ordem e, de um modo
civil, penal e trabalhista, bem como aos juizados especiais, em qualquer grau de geral, todas as comunicações oficiais que transitem entre órgãos do Poder
jurisdição. Judiciário, bem como entre os deste e os dos demais Poderes, serão feitas
§ 2º Para o disposto nesta Lei, considera-se: preferentemente por meio eletrônico.
I - meio eletrônico qualquer forma de armazenamento ou tráfego de Capítulo III
documentos e arquivos digitais; Do processo eletrônico
II - transmissão eletrônica toda forma de comunicação a distância Art. 8º Os órgãos do Poder Judiciário poderão desenvolver
com a utilização de redes de comunicação, preferencialmente a rede mundial sistemas eletrônicos de processamento de ações judiciais por meio de autos
de computadores; total ou parcialmente digitais, utilizando, preferencialmente, a rede mundial
III - assinatura eletrônica as seguintes formas de identificação de computadores e acesso por meio de redes internas e externas.
inequívoca do signatário: Parágrafo único. Todos os atos processuais do processo eletrônico
a) assinatura digital baseada em certificado digital emitido por serão assinados eletronicamente na forma estabelecida nesta Lei.
Autoridade Certificadora credenciada, na forma de lei específica; Art. 9º No processo eletrônico, todas as citações, intimações e
b) mediante cadastro de usuário no Poder Judiciário, conforme notificações, inclusive da Fazenda Pública, serão feitas por meio eletrônico,
disciplinado pelos órgãos respectivos. na forma desta Lei.
Art. 2º O envio de petições, de recursos e a prática de atos § 1º As citações, intimações, notificações e remessas que
processuais em geral por meio eletrônico serão admitidos mediante uso de viabilizem o acesso à íntegra do processo correspondente serão consideradas
assinatura eletrônica, na forma do art. 1º desta Lei, sendo obrigatório o vista pessoal do interessado para todos os efeitos legais.
credenciamento prévio no Poder Judiciário, conforme disciplinado pelos § 2º Quando, por motivo técnico, for inviável o uso do meio
órgãos respectivos. eletrônico para a realização de citação, intimação ou notificação, esses atos
§ 1º O credenciamento no Poder Judiciário será realizado mediante processuais poderão ser praticados segundo as regras ordinárias,
procedimento no qual esteja assegurada a adequada identificação presencial do digitalizando-se o documento físico, que deverá ser posteriormente
interessado. destruído.
§ 2º Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao Art. 10 A distribuição da petição inicial e a juntada da contestação,
sistema, de modo a preservar o sigilo, a identificação e a autenticidade de suas dos recursos e das petições em geral, todos em formato digital, nos autos de
comunicações. processo eletrônico, podem ser feitas diretamente pelos advogados públicos
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário poderão criar um cadastro único e privados, sem necessidade da intervenção do cartório ou secretaria judicial,
para o credenciamento previsto neste artigo. situação em que a autuação deverá se dar de forma automática, fornecendo-
Art. 3º Consideram-se realizados os atos processuais por meio se recibo eletrônico de protocolo.
eletrônico no dia e hora do seu envio ao sistema do Poder Judiciário, do que § 1º Quando o ato processual tiver que ser praticado em
deverá ser fornecido protocolo eletrônico. determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados
Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada para tempestivos os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia.
atender prazo processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até § 2º No caso do § 1º deste artigo, se o Sistema do Poder Judiciário
as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia. se tornar indisponível por motivo técnico, o prazo fica automaticamente
Capítulo II prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do problema.
Da comunicação eletrônica dos atos processuais § 3º Os órgãos do Poder Judiciário deverão manter equipamentos
Art. 4º Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, de digitalização e de acesso à rede mundial de computadores à disposição dos
disponibilizado em sítio da rede mundial de computadores, para publicação de interessados para distribuição de peças processuais.

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Art. 11 Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos Art. 19 Ficam convalidados os atos processuais praticados por
processos eletrônicos com garantia da origem e de seu signatário, na forma meio eletrônico até a data de publicação desta Lei, desde que tenham
estabelecida nesta Lei, serão considerados originais para todos os efeitos legais. atingido sua finalidade e não tenha havido prejuízo para as partes.
§ 1º Os extratos digitais e os documentos digitalizados e juntados aos Art. 20 A Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo
autos pelos órgãos da Justiça e seus auxiliares, pelo Ministério Público e seus Civil, passa a vigorar com as seguintes alterações:
auxiliares, pelas procuradorias, pelas autoridades policiais, pelas repartições "Art. 38. ...................................................................
públicas em geral e por advogados públicos e privados têm a mesma força Parágrafo único. A procuração pode ser assinada digitalmente
probante dos originais, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de com base em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada,
adulteração antes ou durante o processo de digitalização. na forma da lei específica." (NR)
§ 2º A arguição de falsidade do documento original será processada "Art. 154. .................................................................
eletronicamente na forma da lei processual em vigor. Parágrafo único. (Vetado). (VETADO)
§ 3º Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no § 2º § 2º Todos os atos e termos do processo podem ser produzidos,
deste artigo, deverão ser preservados pelo seu detentor até o trânsito em transmitidos, armazenados e assinados por meio eletrônico, na forma da lei."
julgado da sentença ou, quando admitida, até o final do prazo para interposição (NR)
de ação rescisória. "Art.164. ...................................................................
§ 4º (VETADO) Parágrafo único. A assinatura dos juízes, em todos os graus de
§ 5º Os documentos cuja digitalização seja tecnicamente inviável jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei." (NR)
devido ao grande volume ou por motivo de ilegibilidade deverão ser "Art. 169. ......................................................................
apresentados ao cartório ou secretaria no prazo de 10 (dez) dias contados do § 1º É vedado usar abreviaturas.
envio de petição eletrônica comunicando o fato, os quais serão devolvidos à § 2º Quando se tratar de processo total ou parcialmente eletrônico,
parte após o trânsito em julgado. os atos processuais praticados na presença do juiz poderão ser produzidos e
§ 6º Os documentos digitalizados juntados em processo eletrônico armazenados de modo integralmente digital em arquivo eletrônico
somente estarão disponíveis para acesso por meio da rede externa para suas inviolável, na forma da lei, mediante registro em termo que será assinado
respectivas partes processuais e para o Ministério Público, respeitado o digitalmente pelo juiz e pelo escrivão ou chefe de secretaria, bem como pelos
disposto em lei para as situações de sigilo e de segredo de justiça. advogados das partes.
Art. 12. A conservação dos autos do processo poderá ser efetuada § 3º No caso do § 2º deste artigo, eventuais contradições na
total ou parcialmente por meio eletrônico. transcrição deverão ser suscitadas oralmente no momento da realização do
§ 1º Os autos dos processos eletrônicos deverão ser protegidos por ato, sob pena de preclusão, devendo o juiz decidir de plano, registrando-se a
meio de sistemas de segurança de acesso e armazenados em meio que garanta a alegação e a decisão no termo." (NR)
preservação e integridade dos dados, sendo dispensada a formação de autos "Art. 202. .......................................................................
suplementares. § 3º A carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória pode
§ 2º Os autos de processos eletrônicos que tiverem de ser remetidos ser expedida por meio eletrônico, situação em que a assinatura do juiz
a outro juízo ou instância superior que não disponham de sistema compatível deverá ser eletrônica, na forma da lei." (NR)
deverão ser impressos em papel, autuados na forma dos arts. 166 a 168 da Lei nº "Art. 221 ........................................................................
5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil, ainda que de natureza IV - por meio eletrônico, conforme regulado em lei própria." (NR)
criminal ou trabalhista, ou pertinentes a juizado especial. "Art. 237. ......................................................................
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, o escrivão ou o chefe de secretaria Parágrafo único. As intimações podem ser feitas de forma
certificará os autores ou a origem dos documentos produzidos nos autos, eletrônica, conforme regulado em lei própria." (NR)
acrescentando, ressalvada a hipótese de existir segredo de justiça, a forma pela "Art. 365. .......................................................................
qual o banco de dados poderá ser acessado para aferir a autenticidade das V - os extratos digitais de bancos de dados, públicos e privados,
peças e das respectivas assinaturas digitais. desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações
§ 4º Feita a autuação na forma estabelecida no § 2º deste artigo, o conferem com o que consta na origem;
processo seguirá a tramitação legalmente estabelecida para os processos físicos. VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento, público
§ 5º A digitalização de autos em mídia não digital, em tramitação ou ou particular, quando juntados aos autos pelos órgãos da Justiça e seus
já arquivados, será precedida de publicação de editais de intimações ou da auxiliares, pelo Ministério Público e seus auxiliares, pelas procuradorias,
intimação pessoal das partes e de seus procuradores, para que, no prazo pelas repartições públicas em geral e por advogados públicos ou privados,
preclusivo de 30 (trinta) dias, se manifestem sobre o desejo de manterem ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou
pessoalmente a guarda de algum dos documentos originais. durante o processo de digitalização.
Art. 13º O magistrado poderá determinar que sejam realizados por § 1º Os originais dos documentos digitalizados, mencionados no
meio eletrônico a exibição e o envio de dados e de documentos necessários à inciso VI do caput deste artigo, deverão ser preservados pelo seu detentor
instrução do processo. até o final do prazo para interposição de ação rescisória.
§ 1º Consideram-se cadastros públicos, para os efeitos deste artigo, § 2º Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial
dentre outros existentes ou que venham a ser criados, ainda que mantidos por ou outro documento relevante à instrução do processo, o juiz poderá
concessionárias de serviço público ou empresas privadas, os que contenham determinar o seu depósito em cartório ou secretaria." (NR)
informações indispensáveis ao exercício da função judicante. "Art. 399. .....................................................................
§ 2º O acesso de que trata este artigo dar-se-á por qualquer meio § 1º Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo
tecnológico disponível, preferentemente o de menor custo, considerada sua e improrrogável de 30 (trinta) dias, certidões ou reproduções fotográficas das
eficiência. peças indicadas pelas partes ou de ofício; findo o prazo, devolverá os autos à
§ 3º (VETADO) repartição de origem.
Capítulo IV § 2º As repartições públicas poderão fornecer todos os
Disposições gerais e finais documentos em meio eletrônico conforme disposto em lei, certificando, pelo
Art. 14 Os sistemas a serem desenvolvidos pelos órgãos do Poder mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de
Judiciário deverão usar, preferencialmente, programas com código aberto, dados ou do documento digitalizado." (NR)
acessíveis ininterruptamente por meio da rede mundial de computadores, "Art. 417. .......................................................................
priorizando-se a sua padronização. § 1º O depoimento será passado para a versão datilográfica quando
Parágrafo único. Os sistemas devem buscar identificar os casos de houver recurso da sentença ou noutros casos, quando o juiz o determinar, de
ocorrência de prevenção, litispendência e coisa julgada. ofício ou a requerimento da parte.
Art. 15 Salvo impossibilidade que comprometa o acesso à justiça, a § 2º Tratando-se de processo eletrônico, observar-se-á o disposto
parte deverá informar, ao distribuir a petição inicial de qualquer ação judicial, nos §§ 2º e 3º do art. 169 desta Lei." (NR)
o número no cadastro de pessoas físicas ou jurídicas, conforme o caso, perante "Art. 457. .......................................................................
a Secretaria da Receita Federal. § 4º Tratando-se de processo eletrônico, observar-se-á o disposto
Parágrafo único. Da mesma forma, as peças de acusação criminais nos §§ 2º e 3º do art. 169 desta Lei." (NR)
deverão ser instruídas pelos membros do Ministério Público ou pelas "Art. 556. .......................................................................
autoridades policiais com os números de registros dos acusados no Instituto Parágrafo único. Os votos, acórdãos e demais atos processuais
Nacional de Identificação do Ministério da Justiça, se houver. podem ser registrados em arquivo eletrônico inviolável e assinados
Art. 16 Os livros cartorários e demais repositórios dos órgãos do eletronicamente, na forma da lei, devendo ser impressos para juntada aos
Poder Judiciário poderão ser gerados e armazenados em meio totalmente autos do processo quando este não for eletrônico." (NR)
eletrônico. Art. 21. (VETADO)
Art. 17 (VETADO) Art. 22. Esta Lei entra em vigor 90 (noventa) dias depois de sua
Art. 18 Os órgãos do Poder Judiciário regulamentarão esta Lei, no publicação.
que couber, no âmbito de suas respectivas competências.

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Brasília, 19 de dezembro de 2006; 185º da Independência e 118º da sustentável;
República. IX - democratização das instâncias de formulação das políticas
culturais;
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA X - responsabilidade dos agentes públicos pela implementação
Márcio Thomaz Bastos das políticas culturais;
XI - colaboração entre agentes públicos e privados para o
desenvolvimento da economia da cultura;
[Diário Oficial da União, de 20 de dezembro de 2006] XII - participação e controle social na formulação e
acompanhamento das políticas culturais.
Art. 2º São objetivos do Plano Nacional de Cultura:
LEI Nº 11.977, DE 7 DE JULHO DE 2009. I - reconhecer e valorizar a diversidade cultural, étnica e regional
brasileira;
Conversão da Medida Provisória nº 459, de 2009 II - proteger e promover o patrimônio histórico e artístico,
material e imaterial;
Dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida – PMCMV e a III - valorizar e difundir as criações artísticas e os bens culturais;
regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas; altera IV - promover o direito à memória por meio dos museus,
o Decreto-Lei nº 3.365, de 21 de junho de 1941, as Leis nºs 4.380, de 21 de agosto arquivos e coleções;
de 1964, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 8.036, de 11 de maio de 1990, e V - universalizar o acesso à arte e à cultura;
10.257, de 10 de julho de 2001, e a Medida Provisória nº 2.197-43, de 24 de VI - estimular a presença da arte e da cultura no ambiente
agosto de 2001; e dá outras providências educacional;
(...) VII - estimular o pensamento crítico e reflexivo em torno dos
CAPÍTULO II valores simbólicos;
Regulamento VIII - estimular a sustentabilidade socioambiental;
DO REGISTRO ELETRÔNICO E DAS CUSTAS E EMOLUMENTOS IX - desenvolver a economia da cultura, o mercado interno, o
consumo cultural e a exportação de bens, serviços e conteúdos culturais;
Art. 37. Os serviços de registros públicos de que trata a Lei nº 6.015, X - reconhecer os saberes, conhecimentos e expressões
de 31 de dezembro de 1973, observados os prazos e condições previstas em tradicionais e os direitos de seus detentores;
regulamento, instituirão sistema de registro eletrônico. XI - qualificar a gestão na área cultural nos setores público e
Art. 38. Os documentos eletrônicos apresentados aos serviços de privado;
registros públicos ou por eles expedidos deverão atender aos requisitos da XII - profissionalizar e especializar os agentes e gestores culturais;
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP e à arquitetura e-PING XIII - descentralizar a implementação das políticas públicas de
(Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico), conforme regulamento. cultura;
Parágrafo único. Os serviços de registros públicos disponibilizarão XIV - consolidar processos de consulta e participação da
serviços de recepção de títulos e de fornecimento de informações e certidões sociedade na formulação das políticas culturais;
em meio eletrônico. XV - ampliar a presença e o intercâmbio da cultura brasileira no
Art. 39. Os atos registrais praticados a partir da vigência da Lei nº mundo contemporâneo;
6.015, de 31 de dezembro de 1973, serão inseridos no sistema de registro XVI - articular e integrar sistemas de gestão cultural.
eletrônico, no prazo de até 5 (cinco) anos a contar da publicação desta Lei. CAPÍTULO II
Parágrafo único. Os atos praticados e os documentos arquivados DAS ATRIBUIÇÕES DO PODER PÚBLICO
anteriormente à vigência da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, deverão Art. 3º Compete ao poder público, nos termos desta Lei:
ser inseridos no sistema eletrônico. I - formular políticas públicas e programas que conduzam à
Art. 40. Serão definidos em regulamento os requisitos quanto a efetivação dos objetivos, diretrizes e metas do Plano;
cópias de segurança de documentos e de livros escriturados de forma II - garantir a avaliação e a mensuração do desempenho do Plano
eletrônica. Nacional de Cultura e assegurar sua efetivação pelos órgãos responsáveis;
Art. 41. A partir da implementação do sistema de registro eletrônico III - fomentar a cultura de forma ampla, por meio da promoção e
de que trata o art. 37, os serviços de registros públicos disponibilizarão ao difusão, da realização de editais e seleções públicas para o estímulo a
Poder Executivo federal, por meio eletrônico e sem ônus, o acesso às projetos e processos culturais, da concessão de apoio financeiro e fiscal aos
informações constantes de seus bancos de dados, conforme regulamento. agentes culturais, da adoção de subsídios econômicos, da implantação
(...) regulada de fundos públicos e privados, entre outros incentivos, nos termos
Brasília, 7 de julho de 2009; 188º da Independência e 121º da da lei;
República. IV - proteger e promover a diversidade cultural, a criação
JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA artística e suas manifestações e as expressões culturais, individuais ou
coletivas, de todos os grupos étnicos e suas derivações sociais,
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto reconhecendo a abrangência da noção de cultura em todo o território
Guido Mantega nacional e garantindo a multiplicidade de seus valores e formações;
Paulo Bernardo Silva V - promover e estimular o acesso à produção e ao
Carlos Minc empreendimento cultural; a circulação e o intercâmbio de bens, serviços e
Márcio Fortes de Almeida conteúdos culturais; e o contato e a fruição do público com a arte e a cultura
de forma universal;
[Diário Oficial da União, de 08 de julho de 2009] VI - garantir a preservação do patrimônio cultural brasileiro,
resguardando os bens de natureza material e imaterial, os documentos
históricos, acervos e coleções, as formações urbanas e rurais, as línguas e
LEI Nº 12.343, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2010. cosmologias indígenas, os sítios arqueológicos pré-históricos e as obras de
arte, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência
Institui o Plano Nacional de Cultura - PNC, cria o Sistema Nacional aos valores, identidades, ações e memórias dos diferentes grupos
de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC e dá outras providências. formadores da sociedade brasileira;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional VII - articular as políticas públicas de cultura e promover a
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: organização de redes e consórcios para a sua implantação, de forma
CAPÍTULO I integrada com as políticas públicas de educação, comunicação, ciência e
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES tecnologia, direitos humanos, meio ambiente, turismo, planejamento
Art. 1º Fica aprovado o Plano Nacional de Cultura, em conformidade urbano e cidades, desenvolvimento econômico e social, indústria e comércio,
com o § 3º do art. 215 da Constituição Federal, constante do Anexo, com relações exteriores, dentre outras;
duração de 10 (dez) anos e regido pelos seguintes princípios: VIII - dinamizar as políticas de intercâmbio e a difusão da cultura
brasileira no exterior, promovendo bens culturais e criações artísticas
I - liberdade de expressão, criação e fruição; brasileiras no ambiente internacional; dar suporte à presença desses
II - diversidade cultural; produtos nos mercados de interesse econômico e geopolítico do País;
III - respeito aos direitos humanos; IX - organizar instâncias consultivas e de participação da
IV - direito de todos à arte e à cultura; sociedade para contribuir na formulação e debater estratégias de execução
V - direito à informação, à comunicação e à crítica cultural; das políticas públicas de cultura;
VI - direito à memória e às tradições; X - regular o mercado interno, estimulando os produtos culturais
VII - responsabilidade socioambiental; brasileiros com o objetivo de reduzir desigualdades sociais e regionais,
VIII - valorização da cultura como vetor do desenvolvimento profissionalizando os agentes culturais, formalizando o mercado e

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qualificando as relações de trabalho na cultura, consolidando e ampliando os relevantes para a caracterização da demanda e oferta de bens culturais, para
níveis de emprego e renda, fortalecendo redes de colaboração, valorizando a construção de modelos de economia e sustentabilidade da cultura, para a
empreendimentos de economia solidária e controlando abusos de poder adoção de mecanismos de indução e regulação da atividade econômica no
econômico; campo cultural, dando apoio aos gestores culturais públicos e privados;
XI - coordenar o processo de elaboração de planos setoriais para as III - exercer e facilitar o monitoramento e avaliação das políticas
diferentes áreas artísticas, respeitando seus desdobramentos e segmentações, públicas de cultura e das políticas culturais em geral, assegurando ao poder
e também para os demais campos de manifestação simbólica identificados público e à sociedade civil o acompanhamento do desempenho do PNC.
entre as diversas expressões culturais e que reivindiquem a sua estruturação Art. 10. O Sistema Nacional de Informações e Indicadores
nacional; Culturais - SNIIC terá as seguintes características:
XII - incentivar a adesão de organizações e instituições do setor I - obrigatoriedade da inserção e atualização permanente de
privado e entidades da sociedade civil às diretrizes e metas do Plano Nacional dados pela União e pelos Estados, Distrito Federal e Municípios que vierem a
de Cultura por meio de ações próprias, parcerias, participação em programas e aderir ao Plano;
integração ao Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC. II - caráter declaratório;
§ 1º O Sistema Nacional de Cultura - SNC, criado por lei específica, III - processos informatizados de declaração, armazenamento e
será o principal articulador federativo do PNC, estabelecendo mecanismos de extração de dados;
gestão compartilhada entre os entes federados e a sociedade civil. IV - ampla publicidade e transparência para as informações
§ 2º A vinculação dos Estados, Distrito Federal e Municípios às declaradas e sistematizadas, preferencialmente em meios digitais,
diretrizes e metas do Plano Nacional de Cultura far-se-á por meio de termo de atualizados tecnologicamente e disponíveis na rede mundial de
adesão voluntária, na forma do regulamento. computadores.
§ 3º Os entes da Federação que aderirem ao Plano Nacional de § 1º O declarante será responsável pela inserção de dados no
Cultura deverão elaborar os seus planos decenais até 1 (um) ano após a programa de declaração e pela veracidade das informações inseridas na base
assinatura do termo de adesão voluntária. de dados.
§ 4º O Poder Executivo federal, observados os limites orçamentários § 2º As informações coletadas serão processadas de forma
e operacionais, poderá oferecer assistência técnica e financeira aos entes da sistêmica e objetiva e deverão integrar o processo de monitoramento e
federação que aderirem ao Plano, nos termos de regulamento. avaliação do PNC.
§ 5º Poderão colaborar com o Plano Nacional de Cultura, em caráter § 3º O Ministério da Cultura poderá promover parcerias e
voluntário, outros entes, públicos e privados, tais como empresas, convênios com instituições especializadas na área de economia da cultura,
organizações corporativas e sindicais, organizações da sociedade civil, de pesquisas socioeconômicas e demográficas para a constituição do
fundações, pessoas físicas e jurídicas que se mobilizem para a garantia dos Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC.
princípios, objetivos, diretrizes e metas do PNC, estabelecendo termos de CAPÍTULO V
adesão específicos. DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 6º O Ministério da Cultura exercerá a função de coordenação Art. 11. O Plano Nacional de Cultura será revisto periodicamente,
executiva do Plano Nacional de Cultura - PNC, conforme esta Lei, ficando tendo como objetivo a atualização e o aperfeiçoamento de suas diretrizes e
responsável pela organização de suas instâncias, pelos termos de adesão, pela metas.
implantação do Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais - Parágrafo único. A primeira revisão do Plano será realizada após
SNIIC, pelo estabelecimento de metas, pelos regimentos e demais 4 (quatro) anos da promulgação desta Lei, assegurada a participação do
especificações necessárias à sua implantação. Conselho Nacional de Política Cultural - CNPC e de ampla representação do
CAPÍTULO III poder público e da sociedade civil, na forma do regulamento.
DO FINANCIAMENTO Art. 12. O processo de revisão das diretrizes e estabelecimento de
Art. 4o Os planos plurianuais, as leis de diretrizes orçamentárias e metas para o Plano Nacional de Cultura - PNC será desenvolvido pelo Comitê
as leis orçamentárias da União e dos entes da federação que aderirem às Executivo do Plano Nacional de Cultura.
diretrizes e metas do Plano Nacional de Cultura disporão sobre os recursos a § 1º O Comitê Executivo será composto por membros indicados
serem destinados à execução das ações constantes do Anexo desta Lei. pelo Congresso Nacional e pelo Ministério da Cultura, tendo a participação
Art. 5o O Fundo Nacional de Cultura, por meio de seus fundos de representantes do Conselho Nacional de Política Cultural - CNPC, dos
setoriais, será o principal mecanismo de fomento às políticas culturais. entes que aderirem ao Plano Nacional de Cultura - PNC e do setor cultural.
Art. 6o A alocação de recursos públicos federais destinados às ações § 2º As metas de desenvolvimento institucional e cultural para os
culturais nos Estados, no Distrito Federal e nos Municípios deverá observar as 10 (dez) anos de vigência do Plano serão fixadas pela coordenação executiva
diretrizes e metas estabelecidas nesta Lei. do Plano Nacional de Cultura - PNC a partir de subsídios do Sistema
Parágrafo único. Os recursos federais transferidos aos Estados, ao Distrito Nacional de Informações e Indicadores Culturais - SNIIC e serão publicadas
Federal e aos Municípios deverão ser aplicados prioritariamente por meio de em 180 (cento e oitenta) dias a partir da entrada em vigor desta Lei.
Fundo de Cultura, que será acompanhado e fiscalizado por Conselho de Art. 13. A União e os entes da federação que aderirem ao Plano
Cultura, na forma do regulamento. deverão dar ampla publicidade e transparência ao seu conteúdo, bem como
Art. 7º O Ministério da Cultura, na condição de coordenador à realização de suas diretrizes e metas, estimulando a transparência e o
executivo do Plano Nacional de Cultura, deverá estimular a diversificação dos controle social em sua implementação.
mecanismos de financiamento para a cultura de forma a atender os objetivos Art. 14. A Conferência Nacional de Cultura e as conferências
desta Lei e elevar o total de recursos destinados ao setor para garantir o seu setoriais serão realizadas pelo Poder Executivo federal, enquanto os entes
cumprimento. que aderirem ao PNC ficarão responsáveis pela realização de conferências
CAPÍTULO IV no âmbito de suas competências para o debate de estratégias e o
DO SISTEMA DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO estabelecimento da cooperação entre os agentes públicos e a sociedade civil
Art. 8º Compete ao Ministério da Cultura monitorar e avaliar para a implementação do Plano Nacional de Cultura - PNC.
periodicamente o alcance das diretrizes e eficácia das metas do Plano Nacional Parágrafo único. Fica sob responsabilidade do Ministério da
de Cultura com base em indicadores nacionais, regionais e locais que Cultura a realização da Conferência Nacional de Cultura e de conferências
quantifiquem a oferta e a demanda por bens, serviços e conteúdos, os níveis setoriais, cabendo aos demais entes federados a realização de conferências
de trabalho, renda e acesso da cultura, de institucionalização e gestão cultural, estaduais e municipais para debater estratégias e estabelecer a cooperação
de desenvolvimento econômico-cultural e de implantação sustentável de entre os agentes públicos e da sociedade civil para a implantação do PNC e
equipamentos culturais. dos demais planos.
Parágrafo único. O processo de monitoramento e avaliação do PNC Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
contará com a participação do Conselho Nacional de Política Cultural, tendo o Brasília, 2 de dezembro de 2010; 189º da Independência e 122º da
apoio de especialistas, técnicos e agentes culturais, de institutos de pesquisa, República.
de universidades, de instituições culturais, de organizações e redes LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
socioculturais, além do apoio de outros órgãos colegiados de caráter Guido Mantega
consultivo, na forma do regulamento. João Luiz Silva Ferreira
Art. 9º Fica criado o Sistema Nacional de Informações e Indicadores
Culturais - SNIIC, com os seguintes objetivos: [Diário Oficial da União, de 3 de dezembro de 2010]
I - coletar, sistematizar e interpretar dados, fornecer metodologias
e estabelecer parâmetros à mensuração da atividade do campo cultural e das Anexo
necessidades sociais por cultura, que permitam a formulação, monitoramento, PLANO NACIONAL DE CULTURA:
gestão e avaliação das políticas públicas de cultura e das políticas culturais em [Excertos]
geral, verificando e racionalizando a implementação do PNC e sua revisão nos
prazos previstos; (...)
II - disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações Compete ao Estado:
• AMPLIAR E PERMITIR O ACESSO compreendendo a cultura a

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partir da ótica dos direitos e liberdades do cidadão, sendo o Estado um coleções, memória e patrimônio e na área de arquitetura dos museus.
instrumento para efetivação desses direitos e garantia de igualdade de 3.1.17 Implementar uma política nacional de digitalização e
condições, promovendo a universalização do acesso aos meios de produção e atualização tecnológica de laboratórios de produção, conservação, restauro
fruição cultural, fazendo equilibrar a oferta e a demanda cultural, apoiando a e reprodução de obras artísticas, documentos e acervos culturais mantidos
implantação dos equipamentos culturais e financiando a programação regular em museus, bibliotecas e arquivos, integrando seus bancos de conteúdos e
destes. recursos tecnológicos.
• PRESERVAR O PATRIMÔNIO MATERIAL E IMATERIAL, 3.3 Organizar em rede a infraestrutura de arquivos, bibliotecas,
resguardando bens, documentos, acervos, artefatos, vestígios e sítios, assim museus e outros centros de documentação, atualizando os conceitos e os
como as atividades, técnicas, saberes, linguagens e tradições que não modelos de promoção cultural, gestão técnica profissional e atendimento ao
encontram amparo na sociedade e no mercado, permitindo a todos o cultivo público, reciclando a formação e a estrutura institucional, ampliando o
da memória comum, da história e dos testemunhos do passado. emprego de recursos humanos inovadores, de tecnologias e de modelos de
(...) sustentabilidade econômica, efetivando a constituição de uma rede nacional
(...) que dinamize esses equipamentos públicos e privados.
1.1 Fortalecer a gestão das políticas públicas para a cultura, por 3.5.7 Apoiar a implementação e qualificação de portais de
meio da ampliação das capacidades de planejamento e execução de metas, a internet para a difusão nacional e internacional das artes e manifestações
articulação das esferas dos poderes públicos, o estabelecimento de redes culturais brasileiras, inclusive com a disponibilização de dados para
institucionais das três esferas de governo e a articulação com instituições e compartilhamento livre de informações em redes sociais virtuais.
empresas do setor privado e organizações da sociedade civil. 3.6.4 Fomentar provedores de acesso público que armazenem
1.1.8 Estabelecer programas de cooperação técnica entre os entes dados de texto, som, vídeo e imagem, para preservar e divulgar a memória
da Federação para a elaboração de planos e do planejamento das políticas da cultura digital brasileira.
públicas, organizando consórcios e redes. 3.6.7 Criar enciclopédias culturais, bancos de informação e
1.2.1 Estabelecer padrões de cadastramento, mapeamento e síntese sistemas de compartilhamento de arquivos culturais e artísticos para a
das informações culturais, a fim de orientar a coleta pela União, Estados, internet com a disponibilização de conteúdos e referências brasileiras,
Distrito Federal e Municípios de dados relacionados à gestão, à formação, à permitindo a distribuição de imagens, áudios, conteúdos e informações
produção e à fruição de obras, atividades e expressões artísticas e culturais. qualificados.
1.5.4 Estabelecer programas específicos para setores culturais, 4.5.3 Apoiar políticas de inclusão digital e de criação,
principalmente para artes visuais, música, artes cênicas, literatura, desenvolvimento, capacitação e utilização de softwares livres pelos agentes
audiovisual, patrimônio, museus e diversidade cultural, garantindo e instituições ligados à cultura.
percentuais equilibrados de alocação de recursos em cada uma das políticas 4.6 Incentivar e apoiar a inovação e pesquisa científica e
setoriais. tecnológica no campo artístico e cultural, promovendo parcerias entre
1.7.2 Promover programas de cooperação técnica para atualização e instituições de ensino superior, institutos, organismos culturais e empresas
alinhamento das legislações federais, estaduais e municipais, aprimorando os para o desenvolvimento e o aprimoramento de materiais, técnicas e
marcos jurídicos locais de institucionalização da política pública de cultura. processos.
1.7.7 Fortalecer e aprimorar os mecanismos regulatórios e 5.2.1 Disponibilizar informações sobre as leis e regulamentos que
legislativos de proteção e gestão do patrimônio cultural, histórico e artístico e regem a atividade cultural no País e a gestão pública das políticas culturais,
dos museus brasileiros. dando transparência a dados e indicadores sobre gestão e investimentos
1.8.5 (...) Contribuir para o combate ao tráfico ilícito de bens públicos.
culturais.
1.9 Fortalecer a gestão pública dos direitos autorais, por meio da [Texto integral em: [<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-
expansão e modernização dos órgãos competentes e da promoção do 2010/2010/Lei/L12343.htm >]
equilíbrio entre o respeito a esses direitos e a ampliação do acesso à cultura.
1.9.4 Adequar a regulação dos direitos autorais, suas limitações e
exceções, ao uso das novas tecnologias de informação e comunicação. LEI Nº 12.527, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011
1.10.6 Construir instrumentos integrados de preservação,
salvaguarda e gestão do patrimônio em todas as suas vertentes e dimensões, Regula o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do
incluindo desenvolvimento urbano, turismo, meio ambiente, desenvolvimento art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da
econômico e planejamento estratégico, entre outras. Constituição Federal; altera a Lei nº 8.112, de 11 de
2.3.4 Desenvolver uma rede de cooperação entre instituições dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio de
públicas federais, estaduais e municipais, instituições privadas, meios de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991;
comunicação e demais organizações civis para promover o conhecimento e dá outras providências.
sobre o patrimônio cultural, por meio da realização de mapeamentos,
inventários e ações de difusão. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA
2.4.5 Estimular a compreensão dos museus, centros culturais e Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
espaços de memória como articuladores do ambiente urbano, da história da seguinte Lei:
cidade e de seus estabelecimentos humanos como fenômeno cultural.
2.5 Estabelecer um sistema nacional dedicado à documentação, CAPÍTULO I
preservação, restauração, pesquisa, formação, aquisição e difusão de acervos DISPOSIÇÕES GERAIS
de interesse público e promover redes de instituições dedicadas à memória e Art. 1º Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a serem
identidade dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de
2.5.1 Adotar protocolos que promovam o uso dinâmico de arquivos garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º no inciso
públicos, conectados em rede, assegurando amplo acesso da população e II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal.
disponibilizando conteúdos multimídia. Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei:
2.5.3 Garantir controle e segurança de acervos e coleções de bens I - os órgãos públicos integrantes da administração direta dos
móveis públicos de valor cultural, envolvendo a rede de agentes responsáveis, Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e
de modo a resguardá-los e garantir-lhes acesso. do Ministério Público;
2.5.4 Estimular, por meio de programas de fomento, a implantação II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as
e modernização de sistemas de segurança, de forma a resguardar acervos de sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
reconhecido valor cultural. indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
2.5.6 Promover redes de instituições dedicadas à documentação, Art. 2º Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às
pesquisa, preservação, restauro e difusão da memória e identidade dos entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de
diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. ações de interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou
2.5.7 Fomentar e articular, em rede, os museus comunitários, mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria,
ecomuseus, museus de território, museus locais, casas do patrimônio cultural convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.
e outros centros de preservação e difusão do patrimônio cultural, garantindo Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as
o direito de memória aos diferentes grupos e movimentos sociais. entidades citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos
2.5.8 Estimular a criação de centros integrados da memória recebidos e à sua destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que
(museus, arquivos e bibliotecas) nos Estados e Municípios brasileiros, com a estejam legalmente obrigadas.
função de registro, pesquisa, preservação e difusão do conhecimento. Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a
2.5.9 Fomentar a instalação e a ampliação de acervos públicos assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser
direcionados às diversas linguagens artísticas e expressões culturais em executados em conformidade com os princípios básicos da administração
instituições de ensino, bibliotecas e equipamentos culturais. pública e com as seguintes diretrizes:
2.7.15 Desenvolver linhas de pesquisa no campo dos museus, I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo

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como exceção; § 5º Informado do extravio da informação solicitada, poderá o
II - divulgação de informações de interesse público, interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de
independentemente de solicitações; sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva documentação.
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela § 6º Verificada a hipótese prevista nº § 5º deste artigo, o
tecnologia da informação; responsável pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na (dez) dias, justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua
administração pública; alegação.
V - desenvolvimento do controle social da administração pública. Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover,
Art. 4º Para os efeitos desta Lei, considera-se: independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso,
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou
para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, geral por eles produzidas ou custodiadas.
suporte ou formato; § 1º Na divulgação das informações a que se refere o caput,
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que deverão constar, no mínimo:
seja o suporte ou formato; I - registro das competências e estrutura organizacional,
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento
restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a ao público;
segurança da sociedade e do Estado; II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural financeiros;
identificada ou identificável; III - registros das despesas;
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios,
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos
transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, celebrados;
avaliação, destinação ou controle da informação; V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações,
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser projetos e obras de órgãos e entidades; e
conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido § 2º Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e
produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos
equipamento ou sistema; de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, mundial de computadores (internet).
inclusive quanto à origem, trânsito e destino; § 3º Os sítios de que trata o § 2º deverão, na forma de
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos:
o máximo de detalhamento possível, sem modificações. I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o
Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, acesso à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem
que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma de fácil compreensão;
transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos
CAPÍTULO II eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO texto, de modo a facilitar a análise das informações;
Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em
normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para
ela e sua divulgação; estruturação da informação;
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, V - garantir a autenticidade e a integridade das informações
autenticidade e integridade; e disponíveis para acesso;
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;
observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado
restrição de acesso. comunicar-se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade
Art. 7º O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, detentora do sítio; e
entre outros, os direitos de obter: VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, de conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei nº
bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação 10.098, de 19 de dezembro de 2000, e do art. 9º da Convenção sobre os
almejada; Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo nº
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou 186, de 9 de julho de 2008.
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos § 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil)
públicos; habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou informações relativas à execução orçamentária e financeira, nos critérios e
entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado; prazos previstos no art. 73-B da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, Art. 9º O acesso a informações públicas será assegurado mediante:
inclusive as relativas à sua política, organização e serviços; I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e
VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, entidades do poder público, em local com condições apropriadas para:
utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;
VII - informação relativa: b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, respectivas unidades;
projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a
indicadores propostos; informações; e
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à
contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo participação popular ou a outras formas de divulgação.
prestações de contas relativas a exercícios anteriores. CAPÍTULO III
§ 1º O acesso à informação previsto no caput não compreende as DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos Seção I
ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Do Pedido de Acesso
Estado. Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso
§ 2º Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1º desta Lei, por
ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do
de certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo. requerente e a especificação da informação requerida.
§ 3º O direito de acesso aos documentos ou às informações neles § 1º Para o acesso a informações de interesse público, a
contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato identificação do requerente não pode conter exigências que inviabilizem a
administrativo será assegurado com a edição do ato decisório respectivo. solicitação.
§ 4º Negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado § 2º Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar
aos órgãos e entidades referidas no art. 1º, quando não fundamentada, alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus
sujeitará o responsável a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei. sítios oficiais na internet.

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§ 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos Informações, a que se refere o art. 35.
determinantes da solicitação de informações de interesse público. Art. 17. No caso de indeferimento de pedido de desclassificação
Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o de informação protocolado em órgão da administração pública federal,
acesso imediato à informação disponível. poderá o requerente recorrer ao Ministro de Estado da área, sem prejuízo
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma das competências da Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo previstas no art. 35, e do disposto no art. 16.
não superior a 20 (vinte) dias: § 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, às autoridades mencionadas depois de submetido à apreciação de pelo
efetuar a reprodução ou obter a certidão; menos uma autoridade hierarquicamente superior à autoridade que exarou
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, a decisão impugnada e, no caso das Forças Armadas, ao respectivo Comando.
do acesso pretendido; ou § 2º Indeferido o recurso previsto no caput que tenha como
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu objeto a desclassificação de informação secreta ou ultrassecreta, caberá
conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Informações prevista no art. 35.
requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da Art. 18. Os procedimentos de revisão de decisões denegatórias
remessa de seu pedido de informação. proferidas no recurso previsto no art. 15 e de revisão de classificação de
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) documentos sigilosos serão objeto de regulamentação própria dos Poderes
dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente. Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, em seus respectivos âmbitos,
§ 3º Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do assegurado ao solicitante, em qualquer caso, o direito de ser informado
cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer sobre o andamento de seu pedido.
meios para que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que Art. 19. (VETADO).
necessitar. § 1º (VETADO).
§ 4º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação § 2º Os órgãos do Poder Judiciário e do Ministério Público
total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a informarão ao Conselho Nacional de Justiça e ao Conselho Nacional do
possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, Ministério Público, respectivamente, as decisões que, em grau de recurso,
ainda, ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação. negarem acesso a informações de interesse público.
§ 5º A informação armazenada em formato digital será fornecida Art. 20. Aplica-se subsidiariamente, no que couber, a Lei nº 9.784,
nesse formato, caso haja anuência do requerente. de 29 de janeiro de 1999, ao procedimento de que trata este Capítulo.
§ 6º Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em CAPÍTULO IV
formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO
serão informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se Seção I
poderá consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento Disposições Gerais
esse que desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu Art. 21. Não poderá ser negado acesso à informação necessária à
fornecimento direto, salvo se o requerente declarar não dispor de meios para tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais.
realizar por si mesmo tais procedimentos. Parágrafo único. As informações ou documentos que versem
Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, sobre condutas que impliquem violação dos direitos humanos praticada por
salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não poderão ser objeto
pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o de restrição de acesso.
valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais Art. 22. O disposto nesta Lei não exclui as demais hipóteses legais
utilizados. de sigilo e de segredo de justiça nem as hipóteses de segredo industrial
Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no decorrentes da exploração direta de atividade econômica pelo Estado ou por
caput todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem pessoa física ou entidade privada que tenha qualquer vínculo com o poder
prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei nº público.
7.115, de 29 de agosto de 1983. Seção II
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo
documento cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser Art. 23. São consideradas imprescindíveis à segurança da
oferecida a consulta de cópia, com certificação de que esta confere com o sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as informações
original. cuja divulgação ou acesso irrestrito possam:
Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade
interessado poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão de servidor do território nacional;
público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as
conservação do documento original. relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais;
negativa de acesso, por certidão ou cópia. III - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população;
Seção II IV - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica
Dos Recursos ou monetária do País;
Art. 15. No caso de indeferimento de acesso a informações ou às V - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos
razões da negativa do acesso, poderá o interessado interpor recurso contra a das Forças Armadas;
decisão no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. VI - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e
Parágrafo único. O recurso será dirigido à autoridade desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens,
hierarquicamente superior à que exarou a decisão impugnada, que deverá se instalações ou áreas de interesse estratégico nacional;
manifestar no prazo de 5 (cinco) dias. VII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas
Art. 16. Negado o acesso à informação pelos órgãos ou entidades do autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou
Poder Executivo Federal, o requerente poderá recorrer à Controladoria-Geral VIII - comprometer atividades de inteligência, bem como de
da União, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias se: investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção
I - o acesso à informação não classificada como sigilosa for negado; ou repressão de infrações.
II - a decisão de negativa de acesso à informação total ou Art. 24. A informação em poder dos órgãos e entidades públicas,
parcialmente classificada como sigilosa não indicar a autoridade classificadora observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da
ou a hierarquicamente superior a quem possa ser dirigido pedido de acesso ou sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta
desclassificação; ou reservada.
III - os procedimentos de classificação de informação sigilosa § 1º Os prazos máximos de restrição de acesso à informação,
estabelecidos nesta Lei não tiverem sido observados; e conforme a classificação prevista no caput, vigoram a partir da data de sua
IV - estiverem sendo descumpridos prazos ou outros produção e são os seguintes:
procedimentos previstos nesta Lei. I - ultrassecreta: 25 (vinte e cinco) anos;
§ 1º O recurso previsto neste artigo somente poderá ser dirigido à II - secreta: 15 (quinze) anos; e
Controladoria-Geral da União depois de submetido à apreciação de pelo menos III - reservada: 5 (cinco) anos.
uma autoridade hierarquicamente superior àquela que exarou a decisão § 2º As informações que puderem colocar em risco a segurança do
impugnada, que deliberará no prazo de 5 (cinco) dias. Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos cônjuges e filhos(as)
§ 2º Verificada a procedência das razões do recurso, a serão classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo até o término do
Controladoria-Geral da União determinará ao órgão ou entidade que adote as mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição.
providências necessárias para dar cumprimento ao disposto nesta Lei. § 3º Alternativamente aos prazos previstos no § 1º, poderá ser
§ 3º Negado o acesso à informação pela Controladoria-Geral da estabelecida como termo final de restrição de acesso à ocorrência de
União, poderá ser interposto recurso à Comissão Mista de Reavaliação de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo

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máximo de classificação. mediante provocação ou de ofício, nos termos e prazos previstos em
§ 4º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento regulamento, com vistas à sua desclassificação ou à redução do prazo de
que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de sigilo, observado o disposto no art. 24.
acesso público. § 1º O regulamento a que se refere o caput deverá considerar as
§ 5º Para a classificação da informação em determinado grau de peculiaridades das informações produzidas no exterior por autoridades ou
sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o agentes públicos.
critério menos restritivo possível, considerados: § 2º Na reavaliação a que se refere o caput, deverão ser
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do examinadas a permanência dos motivos do sigilo e a possibilidade de danos
Estado; e decorrentes do acesso ou da divulgação da informação.
II - o prazo máximo de restrição de acesso ou o evento que defina § 3º Na hipótese de redução do prazo de sigilo da informação, o
seu termo final. novo prazo de restrição manterá como termo inicial a data da sua produção.
Seção III Art. 30. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade
Da Proteção e do Controle de Informações Sigilosas publicará, anualmente, em sítio à disposição na internet e destinado à
Art. 25. É dever do Estado controlar o acesso e a divulgação de veiculação de dados e informações administrativas, nos termos de
informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a regulamento:
sua proteção. I - rol das informações que tenham sido desclassificadas nos
§ 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação últimos 12 (doze) meses;
classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade II - rol de documentos classificados em cada grau de sigilo, com
de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na forma do identificação para referência futura;
regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos autorizados III - relatório estatístico contendo a quantidade de pedidos de
por lei. informação recebidos, atendidos e indeferidos, bem como informações
§ 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a genéricas sobre os solicitantes.
obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. § 1º Os órgãos e entidades deverão manter exemplar da
§ 3º Regulamento disporá sobre procedimentos e medidas a serem publicação prevista no caput para consulta pública em suas sedes.
adotados para o tratamento de informação sigilosa, de modo a protegê-la § 2º Os órgãos e entidades manterão extrato com a lista de
contra perda, alteração indevida, acesso, transmissão e divulgação não informações classificadas, acompanhadas da data, do grau de sigilo e dos
autorizados. fundamentos da classificação.
Art. 26. As autoridades públicas adotarão as providências Seção V
necessárias para que o pessoal a elas subordinado hierarquicamente conheça Das Informações Pessoais
as normas e observe as medidas e procedimentos de segurança para Art. 31. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de
tratamento de informações sigilosas. forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e
Parágrafo único. A pessoa física ou entidade privada que, em razão imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais.
de qualquer vínculo com o poder público, executar atividades de tratamento § 1º As informações pessoais, a que se refere este artigo, relativas
de informações sigilosas adotará as providências necessárias para que seus à intimidade, vida privada, honra e imagem:
empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e I - terão seu acesso restrito, independentemente de classificação
procedimentos de segurança das informações resultantes da aplicação desta de sigilo e pelo prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de
Lei. produção, a agentes públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se
Seção IV referirem; e
Dos Procedimentos de Classificação, Reclassificação e Desclassificação II - poderão ter autorizada sua divulgação ou acesso por terceiros
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no âmbito da diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se
administração pública federal é de competência: referirem.
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes autoridades: § 2º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este
a) Presidente da República; artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
b) Vice-Presidente da República; § 3º O consentimento referido no inciso II do § 1º não será exigido
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas; quando as informações forem necessárias:
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no física ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para
exterior; o tratamento médico;
II - no grau de secreto, das autoridades referidas no inciso I, dos II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente
titulares de autarquias, fundações ou empresas públicas e sociedades de interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da
economia mista; e pessoa a que as informações se referirem;
III - no grau de reservado, das autoridades referidas nos incisos I e III - ao cumprimento de ordem judicial;
II e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia, nível DAS 101.5, IV - à defesa de direitos humanos; ou
ou superior, do Grupo Direção e Assessoramento Superiores, ou de hierarquia V - à proteção do interesse público e geral preponderante.
equivalente, de acordo com regulamentação específica de cada órgão ou § 4º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada,
entidade, observado o disposto nesta Lei. honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de
§ 1º A competência prevista nos incisos I e II, no que se refere à prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das
classificação como ultrassecreta e secreta, poderá ser delegada pela informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a
autoridade responsável a agente público, inclusive em missão no exterior, recuperação de fatos históricos de maior relevância.
vedada a subdelegação. § 5º Regulamento disporá sobre os procedimentos para
§ 2º A classificação de informação no grau de sigilo ultrassecreto tratamento de informação pessoal.
pelas autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I deverá ser CAPÍTULO V
ratificada pelos respectivos Ministros de Estado, no prazo previsto em DAS RESPONSABILIDADES
regulamento. Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam
§ 3º A autoridade ou outro agente público que classificar responsabilidade do agente público ou militar:
informação como ultrassecreta deverá encaminhar a decisão de que trata o art. I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta
28 à Comissão Mista de Reavaliação de Informações, a que se refere o art. 35, Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la
no prazo previsto em regulamento. intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
Art. 28. A classificação de informação em qualquer grau de sigilo II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir,
deverá ser formalizada em decisão que conterá, no mínimo, os seguintes inutilizar, desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação
elementos: que se encontre sob sua guarda ou a que tenha acesso ou conhecimento em
I - assunto sobre o qual versa a informação; razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função pública;
II - fundamento da classificação, observados os critérios III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à
estabelecidos no art. 24; informação;
III - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias, IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir
ou do evento que defina o seu termo final, conforme limites previstos no art. acesso indevido à informação sigilosa ou informação pessoal;
24; e V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de
IV - identificação da autoridade que a classificou. terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por
Parágrafo único. A decisão referida no caput será mantida no outrem;
mesmo grau de sigilo da informação classificada. VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente
Art. 29. A classificação das informações será reavaliada pela informação sigilosa para beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de
autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, terceiros; e

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VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos segurança de pessoas físicas, empresas, órgãos e entidades para tratamento
concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes de informações sigilosas; e
do Estado. II - garantir a segurança de informações sigilosas, inclusive
§ 1º Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do aquelas provenientes de países ou organizações internacionais com os quais
devido processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas: a República Federativa do Brasil tenha firmado tratado, acordo, contrato ou
I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Armadas, qualquer outro ato internacional, sem prejuízo das atribuições do Ministério
transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios neles das Relações Exteriores e dos demais órgãos competentes.
estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção Parágrafo único. Regulamento disporá sobre a composição,
penal; ou organização e funcionamento do NSC.
II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, Art. 38. Aplica-se, no que couber, a Lei nº 9.507, de 12 de
e suas alterações, infrações administrativas, que deverão ser apenadas, no novembro de 1997, em relação à informação de pessoa, física ou jurídica,
mínimo, com suspensão, segundo os critérios nela estabelecidos. constante de registro ou banco de dados de entidades governamentais ou de
§ 2º Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente caráter público.
público responder, também, por improbidade administrativa, conforme o Art. 39. Os órgãos e entidades públicas deverão proceder à
disposto nas Leis nºs 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de reavaliação das informações classificadas como ultrassecretas e secretas no
1992. prazo máximo de 2 (dois) anos, contado do termo inicial de vigência desta
Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações Lei.
em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de § 1º A restrição de acesso a informações, em razão da reavaliação
observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: prevista no caput, deverá observar os prazos e condições previstos nesta Lei.
I - advertência; § 2º No âmbito da administração pública federal, a reavaliação
II - multa; prevista no caput poderá ser revista, a qualquer tempo, pela Comissão Mista
III - rescisão do vínculo com o poder público; de Reavaliação de Informações, observados os termos desta Lei.
IV - suspensão temporária de participar em licitação e § 3º Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto
impedimento de contratar com a administração pública por prazo não no caput, será mantida a classificação da informação nos termos da
superior a 2 (dois) anos; e legislação precedente.
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a § 4º As informações classificadas como secretas e ultrassecretas
administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria não reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas,
autoridade que aplicou a penalidade. automaticamente, de acesso público.
§ 1º As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas Art. 40. No prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da vigência desta
juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, Lei, o dirigente máximo de cada órgão ou entidade da administração pública
no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. federal direta e indireta designará autoridade que lhe seja diretamente
§ 2º A reabilitação referida no inciso V será autorizada somente subordinada para, no âmbito do respectivo órgão ou entidade, exercer as
quando o interessado efetivar o ressarcimento ao órgão ou entidade dos seguintes atribuições:
prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso a
inciso IV. informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos desta Lei;
§ 3º A aplicação da sanção prevista no inciso V é de competência II - monitorar a implementação do disposto nesta Lei e
exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública, facultada a apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;
defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao
abertura de vista. aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao correto
Art. 34. Os órgãos e entidades públicas respondem diretamente cumprimento do disposto nesta Lei; e
pelos danos causados em decorrência da divulgação não autorizada ou IV - orientar as respectivas unidades no que se refere ao
utilização indevida de informações sigilosas ou informações pessoais, cabendo cumprimento do disposto nesta Lei e seus regulamentos.
a apuração de responsabilidade funcional nos casos de dolo ou culpa, Art. 41. O Poder Executivo Federal designará órgão da
assegurado o respectivo direito de regresso. administração pública federal responsável:
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se à pessoa física ou I - pela promoção de campanha de abrangência nacional de
entidade privada que, em virtude de vínculo de qualquer natureza com órgãos fomento à cultura da transparência na administração pública e
ou entidades, tenha acesso a informação sigilosa ou pessoal e a submeta a conscientização do direito fundamental de acesso à informação;
tratamento indevido. II - pelo treinamento de agentes públicos no que se refere ao
CAPÍTULO VI desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS pública;
Art. 35. (VETADO). III - pelo monitoramento da aplicação da Lei nº âmbito da
§ 1º É instituída a Comissão Mista de Reavaliação de Informações, administração pública federal, concentrando e consolidando a publicação de
que decidirá, no âmbito da administração pública federal, sobre o tratamento informações estatísticas relacionadas no art. 30;
e a classificação de informações sigilosas e terá competência para: IV - pelo encaminhamento ao Congresso Nacional de relatório
I - requisitar da autoridade que classificar informação como ultrassecreta e anual com informações atinentes à implementação desta Lei.
secreta esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral da informação; Art. 42. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei nº
II - rever a classificação de informações ultrassecretas ou secretas, prazo de 180 (cento e oitenta) dias a contar da data de sua publicação.
de ofício ou mediante provocação de pessoa interessada, observado o disposto Art. 43. O inciso VI do art. 116 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro
no art. 7º e demais dispositivos desta Lei; e de 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:
III - prorrogar o prazo de sigilo de informação classificada como “Art. 116. ...................................................................................................................
ultrassecreta, sempre por prazo determinado, enquanto o seu acesso ou .......................................................................................................................................
divulgação puder ocasionar ameaça externa à soberania nacional ou à VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao
integridade do território nacional ou grave risco às relações internacionais do conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de
País, observado o prazo previsto no § 1º do art. 24. envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para
§ 2º O prazo referido no inciso III é limitado a uma única renovação. apuração;
§ 3º A revisão de ofício a que se refere o inciso II do § 1º deverá .................................................................................” (NR)
ocorrer, no máximo, a cada 4 (quatro) anos, após a reavaliação prevista no art. Art. 44. O Capítulo IV do Título IV da Lei nº 8.112, de 1990, passa a
39, quando se tratar de documentos ultrassecretos ou secretos. vigorar acrescido do seguinte art. 126-A:
§ 4º A não deliberação sobre a revisão pela Comissão Mista de “Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou
Reavaliação de Informações nos prazos previstos no § 3º implicará a administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando
desclassificação automática das informações. houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para
§ 5º Regulamento disporá sobre a composição, organização e apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de
funcionamento da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, observado que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo,
o mandato de 2 (dois) anos para seus integrantes e demais disposições desta emprego ou função pública.”
Lei. Art. 45. Cabe aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, em
Art. 36. O tratamento de informação sigilosa resultante de tratados, legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas nesta Lei,
acordos ou atos internacionais atenderá às normas e recomendações definir regras específicas, especialmente quanto ao disposto no art. 9 º e na
constantes desses instrumentos. Seção II do Capítulo III.
Art. 37. É instituído, no âmbito do Gabinete de Segurança Art. 46. Revogam-se:
Institucional da Presidência da República, o Núcleo de Segurança e I - a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005; e
Credenciamento (NSC), que tem por objetivos: II - os arts. 22 a 24 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
I - promover e propor a regulamentação do credenciamento de Art. 47. Esta Lei entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a

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data de sua publicação. guardar qualquer relação com os fatos e circunstâncias examinados;
Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º da Independência e 123º da IV - determinar a realização de perícias e diligências para coleta
República. ou recuperação de informações, documentos e dados;
V - promover audiências públicas;
DILMA ROUSSEFF VI - requisitar proteção aos órgãos públicos para qualquer pessoa
José Eduardo Cardoso que se encontre em situação de ameaça em razão de sua colaboração com a
Celso Luiz Nunes Amorim Comissão Nacional da Verdade;
Antônio de Aguiar Patriota VII - promover parcerias com órgãos e entidades, públicos ou
Míriam Belchior privados, nacionais ou internacionais, para o intercâmbio de informações,
Paulo Bernardo Silva dados e documentos; e
Gleisi Hoffmann VIII - requisitar o auxílio de entidades e órgãos públicos.
José Elito Carvalho Siqueira § 1º As requisições previstas nos incisos II, VI e VIII serão
Helena Chagas realizadas diretamente aos órgãos e entidades do poder público.
Luís Inácio Lucena Adams § 2º Os dados, documentos e informações sigilosos fornecidos à
Jorge Hage Sobrinho Comissão Nacional da Verdade não poderão ser divulgados ou
Maria do Rosário Nunes disponibilizados a terceiros, cabendo a seus membros resguardar seu sigilo.
§ 3º É dever dos servidores públicos e dos militares colaborar com
a Comissão Nacional da Verdade.
[Diário Oficial da União de 18.11.2011 - Edição extra] § 4º As atividades da Comissão Nacional da Verdade não terão
caráter jurisdicional ou persecutório.
LEI Nº 12.528, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2011 § 5º A Comissão Nacional da Verdade poderá requerer ao Poder
Judiciário acesso a informações, dados e documentos públicos ou privados
Cria a Comissão Nacional da Verdade no âmbito necessários para o desempenho de suas atividades.
da Casa Civil da Presidência da República. § 6º Qualquer cidadão que demonstre interesse em esclarecer
situação de fato revelada ou declarada pela Comissão terá a prerrogativa de
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA solicitar ou prestar informações para fins de estabelecimento da verdade.
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a Art. 5º As atividades desenvolvidas pela Comissão Nacional da
seguinte Lei: Verdade serão públicas, exceto nos casos em que, a seu critério, a
Art. 1º É criada, no âmbito da Casa Civil da Presidência da República, manutenção de sigilo seja relevante para o alcance de seus objetivos ou para
a Comissão Nacional da Verdade, com a finalidade de examinar e esclarecer as resguardar a intimidade, a vida privada, a honra ou a imagem de pessoas.
graves violações de direitos humanos praticadas no período fixado no art. 8º Art. 6º Observadas as disposições da Lei nº 6.683, de 28 de agosto
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a fim de efetivar o direito de 1979, a Comissão Nacional da Verdade poderá atuar de forma articulada e
à memória e à verdade histórica e promover a reconciliação nacional. integrada com os demais órgãos públicos, especialmente com o Arquivo
Art. 2º A Comissão Nacional da Verdade, composta de forma Nacional, a Comissão de Anistia, criada pela Lei nº 10.559, de 13 de
pluralista, será integrada por 7 (sete) membros, designados pelo Presidente da novembro de 2002, e a Comissão Especial sobre mortos e desaparecidos
República, dentre brasileiros, de reconhecida idoneidade e conduta ética, políticos, criada pela Lei nº 9.140, de 4 de dezembro de 1995.
identificados com a defesa da democracia e da institucionalidade Art. 7º Os membros da Comissão Nacional da Verdade perceberão
constitucional, bem como com o respeito aos direitos humanos. o valor mensal de R$ 11.179,36 (onze mil, cento e setenta e nove reais e
§ 1º Não poderão participar da Comissão Nacional da Verdade trinta e seis centavos) pelos serviços prestados.
aqueles que: § 1º O servidor ocupante de cargo efetivo, o militar ou o
I - exerçam cargos executivos em agremiação partidária, com empregado permanente de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, dos
exceção daqueles de natureza honorária; Municípios ou do Distrito Federal, designados como membros da Comissão,
II - não tenham condições de atuar com imparcialidade no exercício manterão a remuneração que percebem no órgão ou entidade de origem
das competências da Comissão; acrescida da diferença entre esta, se de menor valor, e o montante previsto
III - estejam no exercício de cargo em comissão ou função de no caput.
confiança em quaisquer esferas do poder público. § 2º A designação de servidor público federal da administração
§ 2º Os membros serão designados para mandato com duração até o direta ou indireta ou de militar das Forças Armadas implicará a dispensa das
término dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, a qual será suas atribuições do cargo.
considerada extinta após a publicação do relatório mencionado no art. 11. § 3º Além da remuneração prevista neste artigo, os membros da
§ 3º A participação na Comissão Nacional da Verdade será Comissão receberão passagens e diárias para atender aos deslocamentos, em
considerada serviço público relevante. razão do serviço, que exijam viagem para fora do local de domicílio.
Art. 3º São objetivos da Comissão Nacional da Verdade: Art. 8º A Comissão Nacional da Verdade poderá firmar parcerias
I - esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves com instituições de ensino superior ou organismos internacionais para o
violações de direitos humanos mencionados no caput do art. 1º; desenvolvimento de suas atividades.
II - promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de Art. 9º São criados, a partir de 1º de janeiro de 2011, no âmbito da
torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua administração pública federal, para exercício na Comissão Nacional da
autoria, ainda que ocorridos no exterior; Verdade, os seguintes cargos em comissão do Grupo Direção e
III - identificar e tornar públicos as estruturas, os locais, as Assessoramento Superiores:
instituições e as circunstâncias relacionados à prática de violações de direitos I - 1 (um) DAS-5;
humanos mencionadas no caput do art. 1º e suas eventuais ramificações nos II - 10 (dez) DAS-4; e
diversos aparelhos estatais e na sociedade; III - 3 (três) DAS-3.
IV - encaminhar aos órgãos públicos competentes toda e qualquer Parágrafo único. Os cargos previstos neste artigo serão
informação obtida que possa auxiliar na localização e identificação de corpos e automaticamente extintos após o término do prazo dos trabalhos da
restos mortais de desaparecidos políticos, nos termos do art. 1º da Lei nº 9.140, Comissão Nacional da Verdade, e os seus ocupantes, exonerados.
de 4 de dezembro de 1995; Art. 10. A Casa Civil da Presidência da República dará o suporte
V - colaborar com todas as instâncias do poder público para técnico, administrativo e financeiro necessário ao desenvolvimento das
apuração de violação de direitos humanos; atividades da Comissão Nacional da Verdade.
VI - recomendar a adoção de medidas e políticas públicas para Art. 11. A Comissão Nacional da Verdade terá prazo de 2 (dois)
prevenir violação de direitos humanos, assegurar sua não repetição e anos, contado da data de sua instalação, para a conclusão dos trabalhos,
promover a efetiva reconciliação nacional; e devendo apresentar, ao final, relatório circunstanciado contendo as
VII - promover, com base nos informes obtidos, a reconstrução da atividades realizadas, os fatos examinados, as conclusões e recomendações.
história dos casos de graves violações de direitos humanos, bem como Parágrafo único. Todo o acervo documental e de multimídia
colaborar para que seja prestada assistência às vítimas de tais violações. resultante da conclusão dos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade
Art. 4º Para execução dos objetivos previstos no art. 3º, a Comissão deverá ser encaminhado ao Arquivo Nacional para integrar o Projeto
Nacional da Verdade poderá: Memórias Reveladas.
I - receber testemunhos, informações, dados e documentos que lhe Art. 12. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei.
forem encaminhados voluntariamente, assegurada a não identificação do Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
detentor ou depoente, quando solicitada; Brasília, 18 de novembro de 2011; 190º da Independência e 123º da
II - requisitar informações, dados e documentos de órgãos e República.
entidades do poder público, ainda que classificados em qualquer grau de sigilo;
III - convocar, para entrevistas ou testemunho, pessoas que possam DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo

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Celso Luiz Nunes Amorim § 8º Para a garantia de preservação da integridade, da
Míriam Belchior autenticidade e da confidencialidade de documentos públicos será usada
Maria do Rosário Nunes certificação digital no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira
(ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
[Diário Oficial da União, de 18 de novembro de 2011 - edição extra] Art. 3º O processo de digitalização deverá ser realizado de forma a
manter a integridade, a autenticidade e, se necessário, a confidencialidade do
LEI Nº 12.682, DE 9 DE JULHO DE 2012 documento digital, com o emprego de certificado digital emitido no âmbito
da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP - Brasil.
Dispõe sobre a elaboração e o arquivamento de Parágrafo único. Os meios de armazenamento dos documentos
documentos em meios eletromagnéticos. digitais deverão protegê-los de acesso, uso, alteração, reprodução e
destruição não autorizados.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Art. 4º As empresas privadas ou os órgãos da Administração
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Pública direta ou indireta que utilizarem procedimentos de armazenamento
Art. 1º A digitalização, o armazenamento em meio eletrônico, óptico de documentos em meio eletrônico, óptico ou equivalente deverão adotar
ou equivalente e a reprodução de documentos públicos e privados serão sistema de indexação que possibilite a sua precisa localização, permitindo a
regulados pelo disposto nesta Lei. posterior conferência da regularidade das etapas do processo adotado.
Parágrafo único. Entende-se por digitalização a conversão da fiel Art. 5º (VETADO).
imagem de um documento para código digital. Art. 6º Os registros públicos originais, ainda que digitalizados,
Art. 2º (VETADO). deverão ser preservados de acordo com o disposto na legislação pertinente.
“Art. 2º-A. Fica autorizado o armazenamento, em meio eletrônico, Art. 7º (VETADO).
óptico ou equivalente, de documentos privados, compostos por dados ou por Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
imagens, observado o disposto nesta Lei, nas das demais legislações específicas Brasília, 9 de julho de 2012; 191º da Independência e 124º da
e no regulamento. (Incluído pela lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019 ) República.
§ 1º Após a digitalização, constatada a integridade do documento DILMA ROUSSEFF
digital nos termos estabelecidos no regulamento, o original poderá ser Márcia Pelegrini
destruído, ressalvados os documentos de valor histórico, cuja preservação Guido Mantega
observará o disposto na legislação específica. (Incluído pela lei nº 13.874, de 20 Jorge Hage Sobrinho
de setembro de 2019 ). Luis Inácio Lucena Adams
§ 2º O documento digital e a sua reprodução, em qualquer meio,
realizada de acordo com o disposto nesta Lei e na legislação específica, terão o [Diário Oficial da União, de 10 de julho de 2012]
mesmo valor probatório do documento original, para todos os fins de direito,
inclusive para atender ao poder fiscalizatório do Estado. (Incluído pela lei nº
13.874, de 20 de setembro de 2019 ) LEI Nº 12.865, DE 9 DE OUTUBRO DE 2013
§ 3º Decorridos os respectivos prazos de decadência ou de prescrição,
os documentos armazenados em meio eletrônico, óptico ou equivalente (...) disciplina o documento digital no Sistema
poderão ser eliminados. (Incluído pela lei nº 13.874, de 20 de setembro de Financeiro Nacional;
2019 ).
§ 4º Os documentos digitalizados nos termos do disposto neste A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
artigo terão o mesmo efeito jurídico conferido aos documentos microfilmados, Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
nos termos do disposto na Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, e regulamentação (...)
posterior. (Incluído pela lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019 ) Art. 23. Sem prejuízo do disposto na Lei no 12.682, de 9 de julho de
§ 5º Ato do Secretário de Governo Digital da Secretaria Especial de 2012, nas operações e transações realizadas no sistema financeiro nacional,
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia inclusive por meio de instrumentos regulados por lei específica, o
estabelecerá os documentos cuja reprodução conterá código de autenticação documento digitalizado terá o mesmo valor legal que o documento que lhe
verificável. (Incluído pela lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019 ) deu origem, respeitadas as normas do Conselho Monetário Nacional.
Art. 2º-A. Fica autorizado o armazenamento, em meio eletrônico, Parágrafo único. As normas mencionadas no caput disporão sobre
óptico ou equivalente, de documentos públicos ou privados, compostos por o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes a produção,
dados ou por imagens, observado o disposto nesta Lei, nas legislações classificação, tramitação, uso, avaliação, arquivamento, reprodução e acesso
específicas e no regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) ao documento digitalizado e ao documento que lhe deu origem, observado o
disposto nos arts. 7º a 10 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, quando se
§ 1º Após a digitalização, constatada a integridade do documento tratar de documentos públicos.
digital nos termos estabelecidos no regulamento, o original poderá ser § 1º As normas mencionadas no caput disporão sobre o conjunto
destruído, ressalvados os documentos de valor histórico, cuja preservação de procedimentos e operações técnicas referentes a produção, classificação,
observará o disposto na legislação específica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de tramitação, uso, avaliação, arquivamento, reprodução e acesso ao documento
2019) digitalizado e ao documento que lhe deu origem, observado o disposto nos
§ 2º O documento digital e a sua reprodução, em qualquer meio, arts. 7º a 10 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, quando se tratar de
realizada de acordo com o disposto nesta Lei e na legislação específica, terão o documentos públicos.(Incluído pela Lei nº 13.097, de 2015)
mesmo valor probatório do documento original, para todos os fins de direito, § 2º O Conselho Monetário Nacional poderá disciplinar ainda o
inclusive para atender ao poder fiscalizatório do Estado. (Incluído pela Lei nº procedimento para o descarte das matrizes físicas dos documentos
13.874, de 2019) digitalizados e armazenados eletronicamente, nos termos do § 1º (Incluído
§ 3º Decorridos os respectivos prazos de decadência ou de pela Lei nº 13.097, de 2015)
prescrição, os documentos armazenados em meio eletrônico, óptico ou
§ 1º As normas de que trata o caput disporão sobre o conjunto de
equivalente poderão ser eliminados. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019)
procedimentos e operações técnicas referentes à produção, à classificação, à
§ 4º Os documentos digitalizados conforme o disposto neste artigo
tramitação, ao uso, à avaliação, ao arquivamento, à reprodução e ao acesso
terão o mesmo efeito jurídico conferido aos documentos microfilmados, nos
termos da Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968 , e de regulamentação posterior. ao documento digitalizado, observado o disposto nos art. 7º ao art. 10 da Lei
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, quando se tratar de documentos
§ 5º Ato do Secretário de Governo Digital da Secretaria Especial de públicos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 897, de 2019)
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia § 2º O documento que, observadas as normas do Conselho
estabelecerá os documentos cuja reprodução conterá código de autenticação Monetário Nacional, tenha originado o documento digitalizado e
verificável. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) armazenado eletronicamente poderá ser descartado, ressalvados os
§ 6º Ato do Conselho Monetário Nacional disporá sobre o documentos para os quais lei específica exija a guarda do documento original
cumprimento do disposto no § 1º deste artigo, relativamente aos documentos para o exercício de direito. (Redação dada pela Medida Provisória nº 897, de
referentes a operações e transações realizadas no sistema financeiro nacional. 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) § 1º As normas de que trata o caput deste artigo disporão sobre o
§ 7º É lícita a reprodução de documento digital, em papel ou em conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, à
qualquer outro meio físico, que contiver mecanismo de verificação de classificação, à tramitação, ao uso, à avaliação, ao arquivamento e à
integridade e autenticidade, na maneira e com a técnica definidas pelo reprodução do documento digitalizado, bem como ao seu acesso, observado o
mercado, e cabe ao particular o ônus de demonstrar integralmente a presença disposto nos arts. 7º, 8º, 9º e 10 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
de tais requisitos. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) quando se tratar de documentos públicos. (Redação dada pela Lei nº 13.986,
de 2020

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§ 2º O documento que, observadas as normas do Conselho Monetário pelo estímulo ao uso de boas práticas;
Nacional, tenha originado o documento digitalizado e armazenado VI - responsabilização dos agentes de acordo com suas atividades,
eletronicamente poderá ser descartado, ressalvados os documentos para os nos termos da lei;
quais lei específica exija a guarda do documento original para o exercício de VII - preservação da natureza participativa da rede;
direito. (Redação dada pela Lei nº 13.986, de 2020) VIII - liberdade dos modelos de negócios promovidos na internet,
Art. 24. O Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, passa a vigorar desde que não conflitem com os demais princípios estabelecidos nesta Lei.
com as seguintes alterações: (...)
“Art. 2º ......................................................................... Art. 4º A disciplina do uso da internet no Brasil tem por objetivo a
Parágrafo único. Os atos e termos processuais poderão promoção:
ser formalizados, tramitados, comunicados e I - do direito de acesso à internet a todos;
transmitidos em formato digital, conforme disciplinado II - do acesso à informação, ao conhecimento e à participação na
em ato da administração tributária.” (NR) vida cultural e na condução dos assuntos públicos;
“ Art. 64-A . Os documentos que instruem o processo III - da inovação e do fomento à ampla difusão de novas tecnologias
poderão ser objeto de digitalização, observado o disposto e modelos de uso e acesso; e
nos arts. 1º e 3º da Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012. ” IV - da adesão a padrões tecnológicos abertos que permitam a
“Art. 64-B. No processo eletrônico, os atos, documentos e comunicação, a acessibilidade e a interoperabilidade entre aplicações e bases
termos que o instruem poderão ser natos digitais ou de dados.
produzidos por meio de digitalização, observado o (...)
disposto na Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto
de 2001. Art. 6o Na interpretação desta Lei serão levados em conta, além dos
§ 1º Os atos, termos e documentos submetidos a digitalização pela fundamentos, princípios e objetivos previstos, a natureza da internet, seus
administração tributária e armazenados eletronicamente possuem o mesmo usos e costumes particulares e sua importância para a promoção do
valor probante de seus originais. desenvolvimento humano, econômico, social e cultural.
§ 2º Os autos de processos eletrônicos, ou parte deles, que tiverem CAPÍTULO II
de ser remetidos a órgãos ou entidades que não disponham de sistema DOS DIREITOS E GARANTIAS DOS USUÁRIOS
compatível de armazenagem e tramitação poderão ser encaminhados Art. 7º O acesso à internet é essencial ao exercício da cidadania, e ao
impressos em papel ou por meio digital, conforme disciplinado em ato da usuário são assegurados os seguintes direitos:
administração tributária.” I - inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e
(...) indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Brasília, 9 de outubro de 2013; 192º da Independência e 125º da II - inviolabilidade e sigilo do fluxo de suas comunicações pela
República. internet, salvo por ordem judicial, na forma da lei;
DILMA ROUSSEFF III - inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas
José Eduardo Cardozo armazenadas, salvo por ordem judicial;
Guido Mantega (...)
Antônio Andrade VII - não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais, inclusive
Alexandre Rocha Santos Padilha registros de conexão, e de acesso a aplicações de internet, salvo mediante
Fernando Damata Pimentel consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas em lei;
Edison Lobão VIII - informações claras e completas sobre coleta, uso,
Paulo Bernardo Silva armazenamento, tratamento e proteção de seus dados pessoais, que somente
Luís Inácio Lucena Adams poderão ser utilizados para finalidades que:
Alexandre Antonio Tombini a) justifiquem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especificadas nos contratos de prestação de serviços ou
[Diário Oficial da União - Seção 1 – de 18 de outubro de 2013] em termos de uso de aplicações de internet;
IX - consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e
tratamento de dados pessoais, que deverá ocorrer de forma destacada das
LEI Nº 12.965, DE 23 ABRIL DE 2014 demais cláusulas contratuais;
Estabelece princípios, garantias, direitos e deveres X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a
para o uso da Internet no Brasil. determinada aplicação de internet, a seu requerimento, ao término da
relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA registros previstas nesta Lei;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte XI - publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos
Lei: provedores de conexão à internet e de aplicações de internet;
XII - acessibilidade, consideradas as características físico-motoras,
perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, nos termos da lei; e
CAPÍTULO I
XIII - aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES relações de consumo realizadas na internet.
Art. 8o A garantia do direito à privacidade e à liberdade de
Art. 1º Esta Lei estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para expressão nas comunicações é condição para o pleno exercício do direito de
o uso da internet no Brasil e determina as diretrizes para atuação da União, dos acesso à internet.
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em relação à matéria. Parágrafo único. São nulas de pleno direito as cláusulas contratuais
Art. 2º A disciplina do uso da internet no Brasil tem como fundamento que violem o disposto no caput, tais como aquelas que:
o respeito à liberdade de expressão, bem como: I - impliquem ofensa à inviolabilidade e ao sigilo das comunicações
I - o reconhecimento da escala mundial da rede; privadas, pela internet; ou
II - os direitos humanos, o desenvolvimento da personalidade e o (...)
exercício da cidadania em meios digitais; Seção II
III - a pluralidade e a diversidade; Da Proteção aos Registros, aos Dados Pessoais e às Comunicações Privadas
IV - a abertura e a colaboração;
V - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor; e Art. 10. A guarda e a disponibilização dos registros de conexão e de
VI - a finalidade social da rede. acesso a aplicações de internet de que trata esta Lei, bem como de dados
Art. 3º A disciplina do uso da internet no Brasil tem os seguintes pessoais e do conteúdo de comunicações privadas, devem atender à
princípios: preservação da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das partes
I - garantia da liberdade de expressão, comunicação e manifestação de direta ou indiretamente envolvidas.
pensamento, nos termos da Constituição Federal; § 1o O provedor responsável pela guarda somente será obrigado a
II - proteção da privacidade; disponibilizar os registros mencionados no caput, de forma autônoma ou
III - proteção dos dados pessoais, na forma da lei; associados a dados pessoais ou a outras informações que possam contribuir
IV - preservação e garantia da neutralidade de rede; para a identificação do usuário ou do terminal, mediante ordem judicial, na
V - preservação da estabilidade, segurança e funcionalidade da rede, forma do disposto na Seção IV deste Capítulo, respeitado o disposto no art.
por meio de medidas técnicas compatíveis com os padrões internacionais e 7º.

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§ 2o O conteúdo das comunicações privadas somente poderá ser conteúdos por provedores de aplicações de internet, poderão ser
disponibilizado mediante ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei apresentadas perante os juizados especiais.
estabelecer, respeitado o disposto nos incisos II e III do art. 7º. § 4º O juiz, inclusive no procedimento previsto no § 3o, poderá
§ 3o O disposto no caput não impede o acesso aos dados cadastrais que antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido
informem qualificação pessoal, filiação e endereço, na forma da lei, pelas inicial, existindo prova inequívoca do fato e considerado o interesse da
autoridades administrativas que detenham competência legal para a sua coletividade na disponibilização do conteúdo na internet, desde que
requisição. presentes os requisitos de verossimilhança da alegação do autor e de
fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação.
§ 4o As medidas e os procedimentos de segurança e de sigilo devem Art. 20 Sempre que tiver informações de contato do usuário
ser informados pelo responsável pela provisão de serviços de forma clara e diretamente responsável pelo conteúdo a que se refere o art. 19, caberá ao
atender a padrões definidos em regulamento, respeitado seu direito de provedor de aplicações de internet comunicar-lhe os motivos e informações
confidencialidade quanto a segredos empresariais. relativos à indisponibilização de conteúdo, com informações que permitam o
Art. 11. Em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e contraditório e a ampla defesa em juízo, salvo expressa previsão legal ou
tratamento de registros, de dados pessoais ou de comunicações por provedores expressa determinação judicial fundamentada em contrário.
de conexão e de aplicações de internet em que pelo menos um desses atos Parágrafo único. Quando solicitado pelo usuário que disponibilizou
ocorra em território nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados a o conteúdo tornado indisponível, o provedor de aplicações de internet que
legislação brasileira e os direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e exerce essa atividade de forma organizada, profissionalmente e com fins
ao sigilo das comunicações privadas e dos registros. econômicos substituirá o conteúdo tornado indisponível pela motivação ou
§ 1º O disposto no caput aplica-se aos dados coletados em território pela ordem judicial que deu fundamento à indisponibilização.
nacional e ao conteúdo das comunicações, desde que pelo menos um dos Art. 21 O provedor de aplicações de internet que disponibilize
terminais esteja localizado no Brasil. conteúdo gerado por terceiros será responsabilizado subsidiariamente pela
(...) violação da intimidade decorrente da divulgação, sem autorização de seus
§ 3ºOs provedores de conexão e de aplicações de internet deverão participantes, de imagens, de vídeos ou de outros materiais contendo cenas
prestar, na forma da regulamentação, informações que permitam a verificação de nudez ou de atos sexuais de caráter privado quando, após o recebimento
quanto ao cumprimento da legislação brasileira referente à coleta, à guarda, ao de notificação pelo participante ou seu representante legal, deixar de
armazenamento ou ao tratamento de dados, bem como quanto ao respeito à promover, de forma diligente, no âmbito e nos limites técnicos do seu
privacidade e ao sigilo de comunicações. serviço, a indisponibilização desse conteúdo.
(...) Parágrafo único. A notificação prevista no caput deverá conter, sob
Subseção I pena de nulidade, elementos que permitam a identificação específica do
Da Guarda de Registros de Conexão material apontado como violador da intimidade do participante e a
verificação da legitimidade para apresentação do pedido.
Art. 13. Na provisão de conexão à internet, cabe ao administrador de Seção IV
sistema autônomo respectivo o dever de manter os registros de conexão, sob Da Requisição Judicial de Registros
sigilo, em ambiente controlado e de segurança, pelo prazo de 1 (um) ano, nos Art. 22 A parte interessada poderá, com o propósito de formar
termos do regulamento. conjunto probatório em processo judicial cível ou penal, em caráter
(...) incidental ou autônomo, requerer ao juiz que ordene ao responsável pela
Subseção II guarda o fornecimento de registros de conexão ou de registros de acesso a
Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de aplicações de internet.
Conexão (...)
Art. 14 Na provisão de conexão, onerosa ou gratuita, é vedado guardar Art. 23 Cabe ao juiz tomar as providências necessárias à garantia do
os registros de acesso a aplicações de internet. sigilo das informações recebidas e à preservação da intimidade, da vida
Subseção III privada, da honra e da imagem do usuário, podendo determinar segredo de
Da Guarda de Registros de Acesso a Aplicações de Internet na Provisão de justiça, inclusive quanto aos pedidos de guarda de registro.
Aplicações CAPÍTULO IV
Art. 15 O provedor de aplicações de internet constituído na forma de DA ATUAÇÃO DO PODER PÚBLICO
pessoa jurídica e que exerça essa atividade de forma organizada, Art. 24 Constituem diretrizes para a atuação da União, dos Estados,
profissionalmente e com fins econômicos deverá manter os respectivos do Distrito Federal e dos Municípios no desenvolvimento da internet no
registros de acesso a aplicações de internet, sob sigilo, em ambiente controlado Brasil:
e de segurança, pelo prazo de 6 (seis) meses, nos termos do regulamento. I - estabelecimento de mecanismos de governança
(...) multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática, com a
Art. 16 Na provisão de aplicações de internet, onerosa ou gratuita, é participação do governo, do setor empresarial, da sociedade civil e da
vedada a guarda: comunidade acadêmica;
I - dos registros de acesso a outras aplicações de internet sem que o II - promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da
titular dos dados tenha consentido previamente, respeitado o disposto no art. internet, com participação do Comitê Gestor da internet no Brasil;
III - promoção da racionalização e da interoperabilidade tecnológica
7o; ou
dos serviços de governo eletrônico, entre os diferentes Poderes e âmbitos da
II - de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade
Federação, para permitir o intercâmbio de informações e a celeridade de
para a qual foi dado consentimento pelo seu titular.
procedimentos;
Art. 17 Ressalvadas as hipóteses previstas nesta Lei, a opção por não
IV - promoção da interoperabilidade entre sistemas e terminais
guardar os registros de acesso a aplicações de internet não implica
diversos, inclusive entre os diferentes âmbitos federativos e diversos setores
responsabilidade sobre danos decorrentes do uso desses serviços por terceiros.
da sociedade;
Seção III
V - adoção preferencial de tecnologias, padrões e formatos abertos e
Da Responsabilidade por Danos Decorrentes de Conteúdo Gerado por Terceiros
livres;
Art. 18 O provedor de conexão à internet não será responsabilizado
VI - publicidade e disseminação de dados e informações públicos, de
civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros.
forma aberta e estruturada;
Art. 19 Com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir
VII - otimização da infraestrutura das redes e estímulo à
a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser
implantação de centros de armazenamento, gerenciamento e disseminação
responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por
de dados no País, promovendo a qualidade técnica, a inovação e a difusão das
terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no
aplicações de internet, sem prejuízo à abertura, à neutralidade e à natureza
âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado,
participativa;
tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as
VIII - desenvolvimento de ações e programas de capacitação para
disposições legais em contrário.
uso da internet;
(...)
IX - promoção da cultura e da cidadania; e
§ 2º A aplicação do disposto neste artigo para infrações a direitos de
X - prestação de serviços públicos de atendimento ao cidadão de
autor ou a direitos conexos depende de previsão legal específica, que deverá
forma integrada, eficiente, simplificada e por múltiplos canais de acesso,
respeitar a liberdade de expressão e demais garantias previstas no art. 5o da
inclusive remotos.
Constituição Federal.
Art. 25 As aplicações de internet de entes do poder público devem
§ 3º As causas que versem sobre ressarcimento por danos decorrentes
buscar:
de conteúdos disponibilizados na internet relacionados à honra, à reputação ou
I - compatibilidade dos serviços de governo eletrônico com diversos
a direitos de personalidade, bem como sobre a indisponibilização desses

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terminais, sistemas operacionais e aplicativos para seu acesso; § 2º O Conselho Monetário Nacional poderá disciplinar ainda o
II - acessibilidade a todos os interessados, independentemente de suas procedimento para o descarte das matrizes físicas dos documentos
capacidades físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais, mentais, digitalizados e armazenados eletronicamente, nos termos do § 1o.” (NR)
culturais e sociais, resguardados os aspectos de sigilo e restrições (...)
administrativas e legais; Brasília, 19 de janeiro de 2015; 194º da Independência e 127º da
III - compatibilidade tanto com a leitura humana quanto com o República.
tratamento automatizado das informações; DILMA ROUSSEFF
IV - facilidade de uso dos serviços de governo eletrônico; e Marivaldo de Castro Pereira
V - fortalecimento da participação social nas políticas públicas. Tarcísio José Massote de Godoy
Art. 26. O cumprimento do dever constitucional do Estado na Antônio Carlos Rodrigues
prestação da educação, em todos os níveis de ensino, inclui a capacitação, Manoel Dias
integrada a outras práticas educacionais, para o uso seguro, consciente e Arthur Chioro
responsável da internet como ferramenta para o exercício da cidadania, a Armando Monteiro
promoção da cultura e o desenvolvimento tecnológico. Eduardo Braga
Art. 27. As iniciativas públicas de fomento à cultura digital e de Nelson Barbosa
promoção da internet como ferramenta social devem: Ricardo Berzoini
I - promover a inclusão digital; Gilberto Kassab
Alexandre Antonio Tombini
II - buscar reduzir as desigualdades, sobretudo entre as diferentes
Luís Inácio Lucena Adams
regiões do País, no acesso às tecnologias da informação e comunicação e no seu
Eliseu Padilha
uso; e
Guilherme Afif Domingos
III - fomentar a produção e circulação de conteúdo nacional.
Art. 28 O Estado deve, periodicamente, formular e fomentar estudos, [Diário Oficial da União, Seção 1, de 20 de janeiro de 2015]
bem como fixar metas, estratégias, planos e cronogramas, referentes ao uso e
desenvolvimento da internet no País.
CAPÍTULO V LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015 (*)
DISPOSIÇÕES FINAIS CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
Art. 29 (...) (Excertos)
Parágrafo único. Cabe ao poder público, em conjunto com os (*) Vigência: março de 2016.
provedores de conexão e de aplicações de internet e a sociedade civil,
promover a educação e fornecer informações sobre o uso dos programas de
computador previstos no caput, bem como para a definição de boas práticas (...)
para a inclusão digital de crianças e adolescentes. Seção II
Art. 30. A defesa dos interesses e dos direitos estabelecidos nesta Lei Da Prática Eletrônica de Atos Processuais
poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma da lei.
Art. 193. Os atos processuais podem ser total ou parcialmente
Art. 31. Até a entrada em vigor da lei específica prevista no § 2o do art. digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados,
19, a responsabilidade do provedor de aplicações de internet por danos armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
decorrentes de conteúdo gerado por terceiros, quando se tratar de infração a Parágrafo único. O disposto nesta Seção aplica-se, no que for
direitos de autor ou a direitos conexos, continuará a ser disciplinada pela cabível, à prática de atos notariais e de registro.
legislação autoral vigente aplicável na data da entrada em vigor desta Lei. Art. 194. Os sistemas de automação processual respeitarão a
Art. 32. Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) dias de publicidade dos atos, o acesso e a participação das partes e de seus
sua publicação oficial. procuradores, inclusive nas audiências e sessões de julgamento, observadas
Brasília, 23 de abril de 2014; 193o da Independência e 126o da as garantias da disponibilidade, independência da plataforma computacional,
República. acessibilidade e interoperabilidade dos sistemas, serviços, dados e
DILMA ROUSSEFF informações que o Poder Judiciário administre no exercício de suas funções.
José Eduardo Cardozo Art. 195. O registro de ato processual eletrônico deverá ser feito
Miriam Belchior em padrões abertos, que atenderão aos requisitos de autenticidade,
Paulo Bernardo Silva integridade, temporalidade, não repúdio, conservação e, nos casos que
Clélio Campolina Diniz tramitem em segredo de justiça, confidencialidade, observada a
infraestrutura de chaves públicas unificada nacionalmente, nos termos da lei.
Art. 196. Compete ao Conselho Nacional de Justiça e,
[Diário Oficial da União, de 24 de abril de 2014, Seção 1, pg. 1] supletivamente, aos tribunais, regulamentar a prática e a comunicação
oficial de atos processuais por meio eletrônico e velar pela compatibilidade
[http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=24/04/2014 dos sistemas, disciplinando a incorporação progressiva de novos avanços
&jornal=1&pagina=1&totalArquivos=124] tecnológicos e editando, para esse fim, os atos que forem necessários,
respeitadas as normas fundamentais deste Código.
Art. 197. Os tribunais divulgarão as informações constantes de
LEI Nº 13.097, DE 19 DE JANEIRO DE 2015 seu sistema de automação em página própria na rede mundial de
computadores, gozando a divulgação de presunção de veracidade e
(...) altera, (...) o Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972; (...) revoga confiabilidade.
dispositivos das Leis nºs (...) 10.865, de 30 de abril de 2004 (...) Parágrafo único. Nos casos de problema técnico do sistema e de
(...) erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo registro dos
Seção XIII andamentos, poderá ser configurada a justa causa prevista no art. 223, caput
Do Descarte das Matrizes Físicas no Processo Administrativo e § 1o.
Eletrônico Art. 198. As unidades do Poder Judiciário deverão manter
Art. 46. O art. 64-B do Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, passa gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos necessários à
a vigorar acrescido do seguinte § 3º: prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos
“Art. 64-B. ........................................................................................................ documentos dele constantes.
........................................................................................................... Parágrafo único. Será admitida a prática de atos por meio não
§ 3º As matrizes físicas dos atos, dos termos e dos documentos eletrônico no local onde não estiverem disponibilizados os equipamentos
digitalizados e armazenados eletronicamente, nos termos do § 1o, poderão ser previstos no caput.
descartadas, conforme regulamento.” (NR) Art. 199. As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas
Art. 47. O art. 23 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, passa a com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de
vigorar com a seguinte redação: computadores, ao meio eletrônico de prática de atos judiciais, à comunicação
“Art. 23. ...................................................................................................... eletrônica dos atos processuais e à assinatura eletrônica.
§ 1º As normas mencionadas no caput disporão sobre o conjunto de (...)
procedimentos e operações técnicas referentes a produção, classificação, Seção III
tramitação, uso, avaliação, arquivamento, reprodução e acesso ao documento Da Ata Notarial
digitalizado e ao documento que lhe deu origem, observado o disposto nos arts.
7o a 10 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, quando se tratar de documentos
públicos.

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Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som
atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata gravados em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial.
lavrada por tabelião. (...)
Parágrafo único. Dados representados por imagem ou som gravados Seção VII
em arquivos eletrônicos poderão constar da ata notarial. Da Prova Documental
Subseção I
CAPÍTULO XII Da Força Probante dos Documentos
DAS PROVAS Art. 405. O documento público faz prova não só da sua formação,
Seção I mas também dos fatos que o escrivão, o chefe de secretaria, o tabelião ou o
Disposições Gerais servidor declarar que ocorreram em sua presença.
Art. 369. As partes têm o direito de empregar todos os meios legais, Art. 406. Quando a lei exigir instrumento público como da
bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste Código, substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, pode
para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir suprir-lhe a falta.
eficazmente na convicção do juiz. Art. 407. O documento feito por oficial público incompetente ou
Art. 370. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, sem a observância das formalidades legais, sendo subscrito pelas partes, tem
determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. a mesma eficácia probatória do documento particular.
Parágrafo único. O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as Art. 408. As declarações constantes do documento particular
diligências inúteis ou meramente protelatórias. escrito e assinado ou somente assinado presumem-se verdadeiras em relação
Art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, ao signatário.
independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as Parágrafo único. Quando, todavia, contiver declaração de ciência
razões da formação de seu convencimento. de determinado fato, o documento particular prova a ciência, mas não o fato
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em em si, incumbindo o ônus de prová-lo ao interessado em sua veracidade.
outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o Art. 409. A data do documento particular, quando a seu respeito
contraditório. surgir dúvida ou impugnação entre os litigantes, provar-se-á por todos os
Art. 373. O ônus da prova incumbe: meios de direito.
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; Parágrafo único. Em relação a terceiros, considerar-se-á datado o
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou documento particular:
extintivo do direito do autor. I - no dia em que foi registrado;
§ 1º Nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa II - desde a morte de algum dos signatários;
relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo III - a partir da impossibilidade física que sobreveio a qualquer dos
nos termos do caput ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato signatários;
contrário, poderá o juiz atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o IV - da sua apresentação em repartição pública ou em juízo;
faça por decisão fundamentada, caso em que deverá dar à parte a oportunidade V - do ato ou do fato que estabeleça, de modo certo, a
de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído. anterioridade da formação do documento.
§ 2º A decisão prevista no § 1o deste artigo não pode gerar situação Art. 410. Considera-se autor do documento particular:
em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou I - aquele que o fez e o assinou;
excessivamente difícil. II - aquele por conta de quem ele foi feito, estando assinado;
§ 3º A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer III - aquele que, mandando compô-lo, não o firmou porque,
por convenção das partes, salvo quando: conforme a experiência comum, não se costuma assinar, como livros
I - recair sobre direito indisponível da parte; empresariais e assentos domésticos.
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito. Art. 411. Considera-se autêntico o documento quando:
§ 4º A convenção de que trata o § 3º pode ser celebrada antes ou I - o tabelião reconhecer a firma do signatário;
durante o processo. II - a autoria estiver identificada por qualquer outro meio legal de
Art. 374. Não dependem de prova os fatos: certificação, inclusive eletrônico, nos termos da lei;
I - notórios; III - não houver impugnação da parte contra quem foi produzido o
II - afirmados por uma parte e confessados pela parte contrária; documento.
III - admitidos no processo como incontroversos; Art. 412. O documento particular de cuja autenticidade não se
IV - em cujo favor milita presunção legal de existência ou de duvida prova que o seu autor fez a declaração que lhe é atribuída.
veracidade. Parágrafo único. O documento particular admitido expressa ou
Art. 375. O juiz aplicará as regras de experiência comum tacitamente é indivisível, sendo vedado à parte que pretende utilizar-se dele
subministradas pela observação do que ordinariamente acontece e, ainda, as aceitar os fatos que lhe são favoráveis e recusar os que são contrários ao seu
regras de experiência técnica, ressalvado, quanto a estas, o exame pericial. interesse, salvo se provar que estes não ocorreram.
Art. 376. A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro Art. 413. O telegrama, o radiograma ou qualquer outro meio de
ou consuetudinário provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim o juiz determinar. transmissão tem a mesma força probatória do documento particular se o
Art. 377. A carta precatória, a carta rogatória e o auxílio direto original constante da estação expedidora tiver sido assinado pelo remetente.
suspenderão o julgamento da causa no caso previsto no art. 313, inciso V, Parágrafo único. A firma do remetente poderá ser reconhecida
alínea “b”, quando, tendo sido requeridos antes da decisão de saneamento, a pelo tabelião, declarando-se essa circunstância no original depositado na
prova neles solicitada for imprescindível. estação expedidora.
Parágrafo único. A carta precatória e a carta rogatória não Art. 414. O telegrama ou o radiograma presume-se conforme com
devolvidas no prazo ou concedidas sem efeito suspensivo poderão ser juntadas o original, provando as datas de sua expedição e de seu recebimento pelo
aos autos a qualquer momento. destinatário.
Art. 378. Ninguém se exime do dever de colaborar com o Poder Art. 415. As cartas e os registros domésticos provam contra quem
Judiciário para o descobrimento da verdade. os escreveu quando:
Art. 379. Preservado o direito de não produzir prova contra si I - enunciam o recebimento de um crédito;
própria, incumbe à parte: II - contêm anotação que visa a suprir a falta de título em favor de
I - comparecer em juízo, respondendo ao que lhe for interrogado; quem é apontado como credor;
II - colaborar com o juízo na realização de inspeção judicial que for III - expressam conhecimento de fatos para os quais não se exija
considerada necessária; determinada prova.
III - praticar o ato que lhe for determinado. Art. 416. A nota escrita pelo credor em qualquer parte de
Art. 380. Incumbe ao terceiro, em relação a qualquer causa: documento representativo de obrigação, ainda que não assinada, faz prova
I - informar ao juiz os fatos e as circunstâncias de que tenha em benefício do devedor.
conhecimento; Parágrafo único. Aplica-se essa regra tanto para o documento que
II - exibir coisa ou documento que esteja em seu poder. o credor conservar em seu poder quanto para aquele que se achar em poder
Parágrafo único. Poderá o juiz, em caso de descumprimento, do devedor ou de terceiro.
determinar, além da imposição de multa, outras medidas indutivas, coercitivas, Art. 417. Os livros empresariais provam contra seu autor, sendo
mandamentais ou sub-rogatórias. lícito ao empresário, todavia, demonstrar, por todos os meios permitidos em
(...) direito, que os lançamentos não correspondem à verdade dos fatos.
Seção III Art. 418. Os livros empresariais que preencham os requisitos
Da Ata Notarial exigidos por lei provam a favor de seu autor no litígio entre empresários.
Art. 384. A existência e o modo de existir de algum fato podem ser Art. 419. A escrituração contábil é indivisível, e, se dos fatos que
atestados ou documentados, a requerimento do interessado, mediante ata resultam dos lançamentos, uns são favoráveis ao interesse de seu autor e
lavrada por tabelião.

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outros lhe são contrários, ambos serão considerados em conjunto, como Art. 430. A falsidade deve ser suscitada na contestação, na réplica
unidade. ou no prazo de 15 (quinze) dias, contado a partir da intimação da juntada do
Art. 420. O juiz pode ordenar, a requerimento da parte, a exibição documento aos autos.
integral dos livros empresariais e dos documentos do arquivo: Parágrafo único. Uma vez arguida, a falsidade será resolvida como
I - na liquidação de sociedade; questão incidental, salvo se a parte requerer que o juiz a decida como
II - na sucessão por morte de sócio; questão principal, nos termos do inciso II do art. 19.
III - quando e como determinar a lei. Art. 431. A parte arguirá a falsidade expondo os motivos em que
Art. 421. O juiz pode, de ofício, ordenar à parte a exibição parcial dos funda a sua pretensão e os meios com que provará o alegado.
livros e dos documentos, extraindo-se deles a suma que interessar ao litígio, Art. 432. Depois de ouvida a outra parte no prazo de 15 (quinze)
bem como reproduções autenticadas. dias, será realizado o exame pericial.
Art. 422. Qualquer reprodução mecânica, como a fotográfica, a Parágrafo único. Não se procederá ao exame pericial se a parte
cinematográfica, a fonográfica ou de outra espécie, tem aptidão para fazer que produziu o documento concordar em retirá-lo.
prova dos fatos ou das coisas representadas, se a sua conformidade com o Art. 433. A declaração sobre a falsidade do documento, quando
documento original não for impugnada por aquele contra quem foi produzida. suscitada como questão principal, constará da parte dispositiva da sentença e
§ 1º As fotografias digitais e as extraídas da rede mundial de sobre ela incidirá também a autoridade da coisa julgada.
computadores fazem prova das imagens que reproduzem, devendo, se Subseção III
impugnadas, ser apresentada a respectiva autenticação eletrônica ou, não Da Produção da Prova Documental
sendo possível, realizada perícia. Art. 434. Incumbe à parte instruir a petição inicial ou a
§ 2º Se se tratar de fotografia publicada em jornal ou revista, será contestação com os documentos destinados a provar suas alegações.
exigido um exemplar original do periódico, caso impugnada a veracidade pela Parágrafo único. Quando o documento consistir em reprodução
outra parte. cinematográfica ou fonográfica, a parte deverá trazê-lo nos termos do caput,
§ 3º Aplica-se o disposto neste artigo à forma impressa de mensagem mas sua exposição será realizada em audiência, intimando-se previamente as
eletrônica. partes.
Art. 423. As reproduções dos documentos particulares, fotográficas Art. 435. É lícito às partes, em qualquer tempo, juntar aos autos
ou obtidas por outros processos de repetição, valem como certidões sempre documentos novos, quando destinados a fazer prova de fatos ocorridos
que o escrivão ou o chefe de secretaria certificar sua conformidade com o depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos nos
original. autos.
Art. 424. A cópia de documento particular tem o mesmo valor Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de
probante que o original, cabendo ao escrivão, intimadas as partes, proceder à documentos formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos
conferência e certificar a conformidade entre a cópia e o original. que se tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos,
Art. 425. Fazem a mesma prova que os originais: cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de
I - as certidões textuais de qualquer peça dos autos, do protocolo das juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar a
audiências ou de outro livro a cargo do conduta da parte de acordo com o art. 5º
escrivão ou do chefe de secretaria, se extraídas por ele ou sob sua Art. 436. A parte, intimada a falar sobre documento constante dos
vigilância e por ele subscritas; autos, poderá:
II - os traslados e as certidões extraídas por oficial público de I - impugnar a admissibilidade da prova documental;
instrumentos ou documentos lançados em suas notas; II - impugnar sua autenticidade;
III - as reproduções dos documentos públicos, desde que III - suscitar sua falsidade, com ou sem deflagração do incidente de
autenticadas por oficial público ou conferidas em cartório com os respectivos arguição de falsidade;
originais; IV - manifestar-se sobre seu conteúdo.
IV - as cópias reprográficas de peças do próprio processo judicial Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II e III, a impugnação
declaradas autênticas pelo advogado, sob sua responsabilidade pessoal, se não deverá basear-se em argumentação específica, não se admitindo alegação
lhes for impugnada a autenticidade; genérica de falsidade.
V - os extratos digitais de bancos de dados públicos e privados, Art. 437. O réu manifestar-se-á na contestação sobre os
desde que atestado pelo seu emitente, sob as penas da lei, que as informações documentos anexados à inicial, e o autor manifestar-se-á na réplica sobre os
conferem com o que consta na origem; documentos anexados à contestação.
VI - as reproduções digitalizadas de qualquer documento público ou § 1º Sempre que uma das partes requerer a juntada de documento
particular, quando juntadas aos autos pelos órgãos da justiça e seus auxiliares, aos autos, o juiz ouvirá, a seu respeito, a outra parte, que disporá do prazo de
pelo Ministério Público e seus auxiliares, pela Defensoria Pública e seus 15 (quinze) dias para adotar qualquer das posturas indicadas no art. 436.
auxiliares, pelas procuradorias, pelas repartições públicas em geral e por § 2º Poderá o juiz, a requerimento da parte, dilatar o prazo para
advogados, ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração. manifestação sobre a prova documental produzida, levando em consideração
§ 1º Os originais dos documentos digitalizados mencionados no a quantidade e a complexidade da documentação.
inciso VI deverão ser preservados pelo seu detentor até o final do prazo para Art. 438. O juiz requisitará às repartições públicas, em qualquer
propositura de ação rescisória. tempo ou grau de jurisdição:
§ 2º Tratando-se de cópia digital de título executivo extrajudicial ou I - as certidões necessárias à prova das alegações das partes;
de documento relevante à instrução do processo, o juiz poderá determinar seu II - os procedimentos administrativos nas causas em que forem
depósito em cartório ou secretaria. interessados a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios ou
Art. 426. O juiz apreciará fundamentadamente a fé que deva merecer entidades da administração indireta.
o documento, quando em ponto substancial e sem ressalva contiver entrelinha, § 1º Recebidos os autos, o juiz mandará extrair, no prazo máximo
emenda, borrão ou cancelamento. e improrrogável de 1 (um) mês, certidões ou reproduções fotográficas das
Art. 427. Cessa a fé do documento público ou particular sendo-lhe peças que indicar e das que forem indicadas pelas partes, e, em seguida,
declarada judicialmente a falsidade. devolverá os autos à repartição de origem.
Parágrafo único. A falsidade consiste em: § 2º As repartições públicas poderão fornecer todos os
I - formar documento não verdadeiro; documentos em meio eletrônico, conforme disposto em lei, certificando, pelo
II - alterar documento verdadeiro. mesmo meio, que se trata de extrato fiel do que consta em seu banco de
Art. 428. Cessa a fé do documento particular quando: dados ou no documento digitalizado.
I - for impugnada sua autenticidade e enquanto não se comprovar Seção VIII
sua veracidade; Dos Documentos Eletrônicos
II - assinado em branco, for impugnado seu conteúdo, por Art. 439. A utilização de documentos eletrônicos no processo
preenchimento abusivo. convencional dependerá de sua conversão à forma impressa e da verificação
Parágrafo único. Dar-se-á abuso quando aquele que recebeu de sua autenticidade, na forma da lei.
documento assinado com texto não escrito no todo ou em parte formá-lo ou Art. 440. O juiz apreciará o valor probante do documento
completá-lo por si ou por meio de outrem, violando o pacto feito com o eletrônico não convertido, assegurado às partes o acesso ao seu teor.
signatário. Art. 441. Serão admitidos documentos eletrônicos produzidos e
Art. 429. Incumbe o ônus da prova quando: conservados com a observância da legislação específica.
I - se tratar de falsidade de documento ou de preenchimento abusivo, (...)
à parte que a arguir;
II - se tratar de impugnação da autenticidade, à parte que produziu o Brasília, 16 de março de 2015; 194º da Independência e 127º da
documento. República.
Subseção II DILMA ROUSSEFF
Da Arguição de Falsidade José Eduardo Cardozo
Jaques Wagner

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Joaquim Vieira Ferreira Levy I -estabelecer vínculos de cooperação e intercâmbio com
Luís Inácio Lucena Adams instituições de ensino, órgãos e entidades públicas ou privadas, nacionais,
estrangeiras ou supranacionais;
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 17 de março de 2015] II formalizar parcerias com organizações da sociedade civil para a
execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos
de trabalho inseridos em termos de colaboração ou de fomento e em acordos
LEI Nº 13.281, DE 4 DE MAIO DE 2016. de cooperação;
III apresentar, nos termos da legislação federal, estadual ou
(Conversão da Medida Provisória nº 699 de 2015) municipal, projetos para obtenção de recursos de fundos de incentivo à
cultura.
ALTERA A LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 Art. 4º O TSE garantirá a disponibilidade de recursos humanos e
(CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO), E A LEI Nº materiais suficientes para o cumprimento dos objetivos do CCJE.
13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. § 1º O CCJE terá, como estrutura mínima, 2 (dois) cargos em
comissão de Assessor II, nível CJ-2, e 2 (duas) funções comissionadas de
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional Assistente II, nível FC-2.
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: § 2º Para atendimento ao previsto neste artigo, o TSE promoverá
Art. 1º A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito adequação interna na distribuição dos cargos e funções já existentes.
Brasileiro), passa a vigorar com as seguintes alterações: Art. 5º As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à
(...) conta da dotação orçamentária consignada ao TSE.
“Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no mínimo, 5 Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
(cinco) anos os documentos relativos à habilitação de condutores, ao registro e Brasília, 15 de dezembro de 2017; 196o da Independência e 129º da
ao licenciamento de veículos e aos autos de infração de trânsito. República.
§ 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados e
tramitados eletronicamente, bem como arquivados e armazenados em meio MICHEL TEMER
digital, desde que assegurada a autenticidade, a fidedignidade, a confiabilidade Torquato Jardim
e a segurança das informações, e serão válidos para todos os efeitos legais, Grace Maria Fernandes Mendonça
sendo dispensada, nesse caso, a sua guarda física.
§ 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o [Diário Oficial de, 18 de dezembro de 2017 seção I]
arquivamento, o armazenamento e a eliminação de documentos eletrônicos e
físicos gerados em decorrência da aplicação das disposições deste Código.
§ 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá ser LEI Nº 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018
certificado digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade, integridade,
validade jurídica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Brasileira (ICP-Brasil).” (NR)” (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
(...)
Art. 7º Esta Lei entra em vigor: O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
I - na data de sua publicação, em relação aos arts. 3º e 4º; e Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
II - após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação CAPÍTULO I
oficial, em relação aos demais artigos. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Brasília, 4 de maio de 2016; 195º da Independência e 128º da Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais,
República. inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de
DILMA ROUSSEFF direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos
Eugênio José Guilherme de Aragão fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da
Inês da Silva Magalhães personalidade da pessoa natural.
Parágrafo único. As normas gerais contidas nesta Lei são de
[Diário Oficial da União,Seção 1, de 5 de maio de 2016] interesse nacional e devem ser observadas pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
Art. 2º A disciplina da proteção de dados pessoais tem como
LEI Nº 13.538, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017 fundamentos:
I - o respeito à privacidade;
Cria, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o II - a autodeterminação informativa;
Centro Cultural da Justiça Eleitoral (CCJE). III - a liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de
opinião;
O PRESIDENT E DA REPÚBLICA IV - a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a V - o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação;
seguinte Lei: VI - a livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do
Art. 1º consumidor; e
É criado, no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Centro VII - os direitos humanos, o livre desenvolvimento da
Cultural da Justiça Eleitoral (CCJE). personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
Art. 2º O CCJE será regido por ato normativo específico aprovado Art. 3º Esta Lei aplica-se a qualquer operação de tratamento
pelo Plenário do TSE. realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou
Parágrafo único.Sem prejuízo do disposto neste artigo, o TSE poderá privado, independentemente do meio, do país de sua sede ou do país onde
firmar convênios para a gestão do CCJE. estejam localizados os dados, desde que:
Art. 3º Constituem objetivos do CCJE, entre outros correlatos que I - a operação de tratamento seja realizada no território nacional;
poderão ser estabelecidos administrativamente: II - a atividade de tratamento tenha por objetivo a oferta ou o
I identificar e preservar os bens materiais e imateriais do fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de indivíduos
patrimônio histórico e cultural da Justiça Eleitoral; localizados no território nacional; ou (Redação dada pela Lei nº 13.853, de
II elaborar e executar projetos e atividades voltados à aquisição, 2019) Vigência
restauração, documentação, conservação e difusão de bens culturais de III - os dados pessoais objeto do tratamento tenham sido coletados
interesse da Justiça Eleitoral; no território nacional.
III desenvolver, sem fins lucrativos, programas, exposições e § 1º Consideram-se coletados no território nacional os dados
atividades educativas e culturais de interesse da Justiça Eleitoral e de pessoais cujo titular nele se encontre no momento da coleta.
promoção da cidadania, com fundamento no respeito à diversidade cultural e § 2º Excetua-se do disposto no inciso I deste artigo o tratamento
na participação comunitária; de dados previsto no inciso IV do caput do art. 4º desta Lei.
IV -promover e incentivar estudos e pesquisas sobre a memória e a Art. 4º Esta Lei não se aplica ao tratamento de dados pessoais:
história da Justiça Eleitoral; I - realizado por pessoa natural para fins exclusivamente
V -estimular publicações e peças publicitárias sobre temas particulares e não econômicos;
vinculados a seus objetivos institucionais. II - realizado para fins exclusivamente:
Parágrafo único a) jornalístico e artísticos; ou
Para a consecução de seus objetivos, o CCJE, por intermédio do TSE, b) acadêmicos, aplicando-se a esta hipótese os arts. 7º e 11 desta
poderá: Lei;
III - realizado para fins exclusivos de:

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a) segurança pública; XVIII - órgão de pesquisa: órgão ou entidade da administração
b) defesa nacional; pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins
c) segurança do Estado; ou lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no
d) atividades de investigação e repressão de infrações penais; ou País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou
IV - provenientes de fora do território nacional e que não sejam estatutário a pesquisa básica ou aplicada de caráter histórico, científico,
objeto de comunicação, uso compartilhado de dados com agentes de tecnológico ou estatístico; e (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
tratamento brasileiros ou objeto de transferência internacional de dados com Vigência
outro país que não o de proveniência, desde que o país de proveniência XIX - autoridade nacional: órgão da administração pública
proporcione grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei. responsável por zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento desta Lei em
§ 1º O tratamento de dados pessoais previsto no inciso III será regido todo o território nacional. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
por legislação específica, que deverá prever medidas proporcionais e Vigência
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público, observados o Art. 6º As atividades de tratamento de dados pessoais deverão
devido processo legal, os princípios gerais de proteção e os direitos do titular observar a boa-fé e os seguintes princípios:
previstos nesta Lei. I - finalidade: realização do tratamento para propósitos legítimos,
§ 2º É vedado o tratamento dos dados a que se refere o inciso III do específicos, explícitos e informados ao titular, sem possibilidade de
caput deste artigo por pessoa de direito privado, exceto em procedimentos sob tratamento posterior de forma incompatível com essas finalidades;
tutela de pessoa jurídica de direito público, que serão objeto de informe II - adequação: compatibilidade do tratamento com as finalidades
específico à autoridade nacional e que deverão observar a limitação imposta no informadas ao titular, de acordo com o contexto do tratamento;
§ 4º deste artigo. III - necessidade: limitação do tratamento ao mínimo necessário
§ 3º A autoridade nacional emitirá opiniões técnicas ou para a realização de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes,
recomendações referentes às exceções previstas no inciso III do caput deste proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do tratamento de
artigo e deverá solicitar aos responsáveis relatórios de impacto à proteção de dados;
dados pessoais. IV - livre acesso: garantia, aos titulares, de consulta facilitada e
§ 4º Em nenhum caso a totalidade dos dados pessoais de banco de gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a
dados de que trata o inciso III do caput deste artigo poderá ser tratada por integralidade de seus dados pessoais;
pessoa de direito privado, salvo por aquela que possua capital integralmente V - qualidade dos dados: garantia, aos titulares, de exatidão,
constituído pelo poder público. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) clareza, relevância e atualização dos dados, de acordo com a necessidade e
Vigência para o cumprimento da finalidade de seu tratamento;
Art. 5º Para os fins desta Lei, considera-se: VI - transparência: garantia, aos titulares, de informações claras,
I - dado pessoal: informação relacionada a pessoa natural precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do tratamento e os
identificada ou identificável; respectivos agentes de tratamento, observados os segredos comercial e
II - dado pessoal sensível: dado pessoal sobre origem racial ou étnica, industrial;
convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de VII - segurança: utilização de medidas técnicas e administrativas
caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, aptas a proteger os dados pessoais de acessos não autorizados e de situações
dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural; acidentais ou ilícitas de destruição, perda, alteração, comunicação ou difusão;
III - dado anonimizado: dado relativo a titular que não possa ser VIII - prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de
identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e danos em virtude do tratamento de dados pessoais;
disponíveis na ocasião de seu tratamento; IX - não discriminação: impossibilidade de realização do
IV - banco de dados: conjunto estruturado de dados pessoais, tratamento para fins discriminatórios ilícitos ou abusivos;
estabelecido em um ou em vários locais, em suporte eletrônico ou físico; X - responsabilização e prestação de contas: demonstração, pelo
V - titular: pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que agente, da adoção de medidas eficazes e capazes de comprovar a observância
são objeto de tratamento; e o cumprimento das normas de proteção de dados pessoais e, inclusive, da
VI - controlador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou eficácia dessas medidas.
privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados CAPÍTULO II
pessoais; DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS
VII - operador: pessoa natural ou jurídica, de direito público ou Seção I
privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador; Dos Requisitos para o Tratamento de Dados Pessoais
VIII - encarregado: pessoa indicada pelo controlador e operador Art. 7º O tratamento de dados pessoais somente poderá ser
para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos realizado nas seguintes hipóteses:
dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); (Redação dada I - mediante o fornecimento de consentimento pelo titular;
pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência II - para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo
IX - agentes de tratamento: o controlador e o operador; controlador;
X - tratamento: toda operação realizada com dados pessoais, como III - pela administração pública, para o tratamento e uso
as que se referem a coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas
reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou
armazenamento, eliminação, avaliação ou controle da informação, modificação, instrumentos congêneres, observadas as disposições do Capítulo IV desta Lei;
comunicação, transferência, difusão ou extração; IV - para a realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida,
XI - anonimização: utilização de meios técnicos razoáveis e sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais;
disponíveis no momento do tratamento, por meio dos quais um dado perde a V - quando necessário para a execução de contrato ou de
possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo; procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o
XII - consentimento: manifestação livre, informada e inequívoca titular, a pedido do titular dos dados;
pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma VI - para o exercício regular de direitos em processo judicial,
finalidade determinada; administrativo ou arbitral, esse último nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de
XIII - bloqueio: suspensão temporária de qualquer operação de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
tratamento, mediante guarda do dado pessoal ou do banco de dados; VII - para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular
XIV - eliminação: exclusão de dado ou de conjunto de dados ou de terceiro;
armazenados em banco de dados, independentemente do procedimento VIII - para a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento
empregado; realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade
XV - transferência internacional de dados: transferência de dados sanitária; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
pessoais para país estrangeiro ou organismo internacional do qual o país seja IX - quando necessário para atender aos interesses legítimos do
membro; controlador ou de terceiro, exceto no caso de prevalecerem direitos e
XVI - uso compartilhado de dados: comunicação, difusão, liberdades fundamentais do titular que exijam a proteção dos dados pessoais;
transferência internacional, interconexão de dados pessoais ou tratamento ou
compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e entidades públicos no X - para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na
cumprimento de suas competências legais, ou entre esses e entes privados, legislação pertinente.
reciprocamente, com autorização específica, para uma ou mais modalidades de § 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
tratamento permitidas por esses entes públicos, ou entre entes privados; Vigência
XVII - relatório de impacto à proteção de dados pessoais: § 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
documentação do controlador que contém a descrição dos processos de Vigência
tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos § 3º O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público deve
direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de considerar a finalidade, a boa-fé e o interesse público que justificaram sua
mitigação de risco; disponibilização.

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§ 4º É dispensada a exigência do consentimento previsto no caput Seção II
deste artigo para os dados tornados manifestamente públicos pelo titular, Do Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis
resguardados os direitos do titular e os princípios previstos nesta Lei. Art. 11. O tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá
§ 5º O controlador que obteve o consentimento referido no inciso I ocorrer nas seguintes hipóteses:
do caput deste artigo que necessitar comunicar ou compartilhar dados pessoais I - quando o titular ou seu responsável legal consentir, de forma
com outros controladores deverá obter consentimento específico do titular específica e destacada, para finalidades específicas;
para esse fim, ressalvadas as hipóteses de dispensa do consentimento previstas II - sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses
nesta Lei. em que for indispensável para:
§ 6º A eventual dispensa da exigência do consentimento não a) cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo
desobriga os agentes de tratamento das demais obrigações previstas nesta Lei, controlador;
especialmente da observância dos princípios gerais e da garantia dos direitos b) tratamento compartilhado de dados necessários à execução,
do titular. pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou
§ 7º O tratamento posterior dos dados pessoais a que se referem os regulamentos;
§§ 3º e 4º deste artigo poderá ser realizado para novas finalidades, desde que c) realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre
observados os propósitos legítimos e específicos para o novo tratamento e a que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis;
preservação dos direitos do titular, assim como os fundamentos e os princípios d) exercício regular de direitos, inclusive em contrato e em
previstos nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência processo judicial, administrativo e arbitral, este último nos termos da Lei nº
Art. 8º O consentimento previsto no inciso I do art. 7º desta Lei 9.307, de 23 de setembro de 1996 (Lei de Arbitragem) ;
deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre a e) proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de
manifestação de vontade do titular. terceiro;
§ 1º Caso o consentimento seja fornecido por escrito, esse deverá f) tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado
constar de cláusula destacada das demais cláusulas contratuais. por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária; ou
§ 2º Cabe ao controlador o ônus da prova de que o consentimento foi (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
obtido em conformidade com o disposto nesta Lei. g) garantia da prevenção à fraude e à segurança do titular, nos
§ 3º É vedado o tratamento de dados pessoais mediante vício de processos de identificação e autenticação de cadastro em sistemas
consentimento. eletrônicos, resguardados os direitos mencionados no art. 9º desta Lei e
§ 4º O consentimento deverá referir-se a finalidades determinadas, e exceto no caso de prevalecerem direitos e liberdades fundamentais do titular
as autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais serão nulas. que exijam a proteção dos dados pessoais.
§ 5º O consentimento pode ser revogado a qualquer momento § 1º Aplica-se o disposto neste artigo a qualquer tratamento de
mediante manifestação expressa do titular, por procedimento gratuito e dados pessoais que revele dados pessoais sensíveis e que possa causar dano
facilitado, ratificados os tratamentos realizados sob amparo do consentimento ao titular, ressalvado o disposto em legislação específica.
anteriormente manifestado enquanto não houver requerimento de eliminação, § 2º Nos casos de aplicação do disposto nas alíneas “a” e “b” do
nos termos do inciso VI do caput do art. 18 desta Lei. inciso II do caput deste artigo pelos órgãos e pelas entidades públicas, será
§ 6º Em caso de alteração de informação referida nos incisos I, II, III dada publicidade à referida dispensa de consentimento, nos termos do inciso
ou V do art. 9º desta Lei, o controlador deverá informar ao titular, com I do caput do art. 23 desta Lei.
destaque de forma específica do teor das alterações, podendo o titular, nos § 3º A comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais
casos em que o seu consentimento é exigido, revogá-lo caso discorde da sensíveis entre controladores com objetivo de obter vantagem econômica
alteração. poderá ser objeto de vedação ou de regulamentação por parte da autoridade
Art. 9º O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre nacional, ouvidos os órgãos setoriais do Poder Público, no âmbito de suas
o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibilizadas de forma clara, competências.
adequada e ostensiva acerca de, entre outras características previstas em § 4º É vedada a comunicação ou o uso compartilhado entre
regulamentação para o atendimento do princípio do livre acesso: controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com objetivo de
I - finalidade específica do tratamento; obter vantagem econômica, exceto nas hipóteses relativas a prestação de
II - forma e duração do tratamento, observados os segredos serviços de saúde, de assistência farmacêutica e de assistência à saúde, desde
comercial e industrial; que observado o § 5º deste artigo, incluídos os serviços auxiliares de diagnose
III - identificação do controlador; e terapia, em benefício dos interesses dos titulares de dados, e para permitir:
IV - informações de contato do controlador; (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
V - informações acerca do uso compartilhado de dados pelo I - a portabilidade de dados quando solicitada pelo titular; ou
controlador e a finalidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
VI - responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento; e II - as transações financeiras e administrativas resultantes do uso
VII - direitos do titular, com menção explícita aos direitos contidos e da prestação dos serviços de que trata este parágrafo. (Incluído pela Lei nº
no art. 18 desta Lei. 13.853, de 2019) Vigência
§ 1º Na hipótese em que o consentimento é requerido, esse será § 5º É vedado às operadoras de planos privados de assistência à
considerado nulo caso as informações fornecidas ao titular tenham conteúdo saúde o tratamento de dados de saúde para a prática de seleção de riscos na
enganoso ou abusivo ou não tenham sido apresentadas previamente com contratação de qualquer modalidade, assim como na contratação e exclusão
transparência, de forma clara e inequívoca. de beneficiários. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
§ 2º Na hipótese em que o consentimento é requerido, se houver Art. 12. Os dados anonimizados não serão considerados dados
mudanças da finalidade para o tratamento de dados pessoais não compatíveis pessoais para os fins desta Lei, salvo quando o processo de anonimização ao
com o consentimento original, o controlador deverá informar previamente o qual foram submetidos for revertido, utilizando exclusivamente meios
titular sobre as mudanças de finalidade, podendo o titular revogar o próprios, ou quando, com esforços razoáveis, puder ser revertido.
consentimento, caso discorde das alterações. § 1º A determinação do que seja razoável deve levar em
§ 3º Quando o tratamento de dados pessoais for condição para o consideração fatores objetivos, tais como custo e tempo necessários para
fornecimento de produto ou de serviço ou para o exercício de direito, o titular reverter o processo de anonimização, de acordo com as tecnologias
será informado com destaque sobre esse fato e sobre os meios pelos quais disponíveis, e a utilização exclusiva de meios próprios.
poderá exercer os direitos do titular elencados no art. 18 desta Lei. § 2º Poderão ser igualmente considerados como dados pessoais,
Art. 10. O legítimo interesse do controlador somente poderá para os fins desta Lei, aqueles utilizados para formação do perfil
fundamentar tratamento de dados pessoais para finalidades legítimas, comportamental de determinada pessoa natural, se identificada.
consideradas a partir de situações concretas, que incluem, mas não se limitam § 3º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões e técnicas
a: utilizados em processos de anonimização e realizar verificações acerca de
I - apoio e promoção de atividades do controlador; e sua segurança, ouvido o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais.
II - proteção, em relação ao titular, do exercício regular de seus Art. 13. Na realização de estudos em saúde pública, os órgãos de
direitos ou prestação de serviços que o beneficiem, respeitadas as legítimas pesquisa poderão ter acesso a bases de dados pessoais, que serão tratados
expectativas dele e os direitos e liberdades fundamentais, nos termos desta Lei. exclusivamente dentro do órgão e estritamente para a finalidade de
§ 1º Quando o tratamento for baseado no legítimo interesse do realização de estudos e pesquisas e mantidos em ambiente controlado e
controlador, somente os dados pessoais estritamente necessários para a seguro, conforme práticas de segurança previstas em regulamento específico
finalidade pretendida poderão ser tratados. e que incluam, sempre que possível, a anonimização ou pseudonimização dos
§ 2º O controlador deverá adotar medidas para garantir a dados, bem como considerem os devidos padrões éticos relacionados a
transparência do tratamento de dados baseado em seu legítimo interesse. estudos e pesquisas.
§ 3º A autoridade nacional poderá solicitar ao controlador relatório § 1º A divulgação dos resultados ou de qualquer excerto do estudo
de impacto à proteção de dados pessoais, quando o tratamento tiver como ou da pesquisa de que trata o caput deste artigo em nenhuma hipótese
fundamento seu interesse legítimo, observados os segredos comercial e poderá revelar dados pessoais.
industrial.

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§ 2º O órgão de pesquisa será o responsável pela segurança da VII - informação das entidades públicas e privadas com as quais o
informação prevista no caput deste artigo, não permitida, em circunstância controlador realizou uso compartilhado de dados;
alguma, a transferência dos dados a terceiro. VIII - informação sobre a possibilidade de não fornecer
§ 3º O acesso aos dados de que trata este artigo será objeto de consentimento e sobre as consequências da negativa;
regulamentação por parte da autoridade nacional e das autoridades da área de IX - revogação do consentimento, nos termos do § 5º do art. 8º
saúde e sanitárias, no âmbito de suas competências. desta Lei.
§ 4º Para os efeitos deste artigo, a pseudonimização é o tratamento § 1º O titular dos dados pessoais tem o direito de peticionar em
por meio do qual um dado perde a possibilidade de associação, direta ou relação aos seus dados contra o controlador perante a autoridade nacional.
indireta, a um indivíduo, senão pelo uso de informação adicional mantida § 2º O titular pode opor-se a tratamento realizado com
separadamente pelo controlador em ambiente controlado e seguro. fundamento em uma das hipóteses de dispensa de consentimento, em caso
Seção III de descumprimento ao disposto nesta Lei.
Do Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e de Adolescentes § 3º Os direitos previstos neste artigo serão exercidos mediante
Art. 14. O tratamento de dados pessoais de crianças e de requerimento expresso do titular ou de representante legalmente
adolescentes deverá ser realizado em seu melhor interesse, nos termos deste constituído, a agente de tratamento.
artigo e da legislação pertinente. § 4º Em caso de impossibilidade de adoção imediata da
§ 1º O tratamento de dados pessoais de crianças deverá ser realizado providência de que trata o § 3º deste artigo, o controlador enviará ao titular
com o consentimento específico e em destaque dado por pelo menos um dos resposta em que poderá:
pais ou pelo responsável legal. I - comunicar que não é agente de tratamento dos dados e indicar,
§ 2º No tratamento de dados de que trata o § 1º deste artigo, os sempre que possível, o agente; ou
controladores deverão manter pública a informação sobre os tipos de dados II - indicar as razões de fato ou de direito que impedem a adoção
coletados, a forma de sua utilização e os procedimentos para o exercício dos imediata da providência.
direitos a que se refere o art. 18 desta Lei. § 5º O requerimento referido no § 3º deste artigo será atendido
§ 3º Poderão ser coletados dados pessoais de crianças sem o sem custos para o titular, nos prazos e nos termos previstos em regulamento.
consentimento a que se refere o § 1º deste artigo quando a coleta for necessária § 6º O responsável deverá informar, de maneira imediata, aos
para contatar os pais ou o responsável legal, utilizados uma única vez e sem agentes de tratamento com os quais tenha realizado uso compartilhado de
armazenamento, ou para sua proteção, e em nenhum caso poderão ser dados a correção, a eliminação, a anonimização ou o bloqueio dos dados, para
repassados a terceiro sem o consentimento de que trata o § 1º deste artigo. que repitam idêntico procedimento, exceto nos casos em que esta
§ 4º Os controladores não deverão condicionar a participação dos comunicação seja comprovadamente impossível ou implique esforço
titulares de que trata o § 1º deste artigo em jogos, aplicações de internet ou desproporcional. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
outras atividades ao fornecimento de informações pessoais além das § 7º A portabilidade dos dados pessoais a que se refere o inciso V
estritamente necessárias à atividade. do caput deste artigo não inclui dados que já tenham sido anonimizados pelo
§ 5º O controlador deve realizar todos os esforços razoáveis para controlador.
verificar que o consentimento a que se refere o § 1º deste artigo foi dado pelo § 8º O direito a que se refere o § 1º deste artigo também poderá ser
responsável pela criança, consideradas as tecnologias disponíveis. exercido perante os organismos de defesa do consumidor.
§ 6º As informações sobre o tratamento de dados referidas neste Art. 19. A confirmação de existência ou o acesso a dados pessoais
artigo deverão ser fornecidas de maneira simples, clara e acessível, serão providenciados, mediante requisição do titular:
consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais, I - em formato simplificado, imediatamente; ou
intelectuais e mentais do usuário, com uso de recursos audiovisuais quando II - por meio de declaração clara e completa, que indique a origem
adequado, de forma a proporcionar a informação necessária aos pais ou ao dos dados, a inexistência de registro, os critérios utilizados e a finalidade do
responsável legal e adequada ao entendimento da criança. tratamento, observados os segredos comercial e industrial, fornecida no
Seção IV prazo de até 15 (quinze) dias, contado da data do requerimento do titular.
Do Término do Tratamento de Dados § 1º Os dados pessoais serão armazenados em formato que
Art. 15. O término do tratamento de dados pessoais ocorrerá nas favoreça o exercício do direito de acesso.
seguintes hipóteses: § 2º As informações e os dados poderão ser fornecidos, a critério
I - verificação de que a finalidade foi alcançada ou de que os dados do titular:
deixaram de ser necessários ou pertinentes ao alcance da finalidade específica I - por meio eletrônico, seguro e idôneo para esse fim; ou
almejada; II - sob forma impressa.
II - fim do período de tratamento; § 3º Quando o tratamento tiver origem no consentimento do
III - comunicação do titular, inclusive no exercício de seu direito de titular ou em contrato, o titular poderá solicitar cópia eletrônica integral de
revogação do consentimento conforme disposto no § 5º do art. 8º desta Lei, seus dados pessoais, observados os segredos comercial e industrial, nos
resguardado o interesse público; ou termos de regulamentação da autoridade nacional, em formato que permita
IV - determinação da autoridade nacional, quando houver violação a sua utilização subsequente, inclusive em outras operações de tratamento.
ao disposto nesta Lei. § 4º A autoridade nacional poderá dispor de forma diferenciada
Art. 16. Os dados pessoais serão eliminados após o término de seu acerca dos prazos previstos nos incisos I e II do caput deste artigo para os
tratamento, no âmbito e nos limites técnicos das atividades, autorizada a setores específicos.
conservação para as seguintes finalidades: Art. 20. O titular dos dados tem direito a solicitar a revisão de
I - cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador; decisões tomadas unicamente com base em tratamento automatizado de
II - estudo por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a dados pessoais que afetem seus interesses, incluídas as decisões destinadas a
anonimização dos dados pessoais; definir o seu perfil pessoal, profissional, de consumo e de crédito ou os
III - transferência a terceiro, desde que respeitados os requisitos de aspectos de sua personalidade. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
tratamento de dados dispostos nesta Lei; ou Vigência
IV - uso exclusivo do controlador, vedado seu acesso por terceiro, e § 1º O controlador deverá fornecer, sempre que solicitadas,
desde que anonimizados os dados. informações claras e adequadas a respeito dos critérios e dos procedimentos
CAPÍTULO III utilizados para a decisão automatizada, observados os segredos comercial e
DOS DIREITOS DO TITULAR industrial.
Art. 17. Toda pessoa natural tem assegurada a titularidade de seus § 2º Em caso de não oferecimento de informações de que trata o §
dados pessoais e garantidos os direitos fundamentais de liberdade, de 1º deste artigo baseado na observância de segredo comercial e industrial, a
intimidade e de privacidade, nos termos desta Lei. autoridade nacional poderá realizar auditoria para verificação de aspectos
Art. 18. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do discriminatórios em tratamento automatizado de dados pessoais.
controlador, em relação aos dados do titular por ele tratados, a qualquer § 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
momento e mediante requisição: Art. 21. Os dados pessoais referentes ao exercício regular de
I - confirmação da existência de tratamento; direitos pelo titular não podem ser utilizados em seu prejuízo.
II - acesso aos dados; Art. 22. A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de
III - correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados; dados poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma
IV - anonimização, bloqueio ou eliminação de dados desnecessários, do disposto na legislação pertinente, acerca dos instrumentos de tutela
excessivos ou tratados em desconformidade com o disposto nesta Lei; individual e coletiva.
V - portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou CAPÍTULO IV
produto, mediante requisição expressa, de acordo com a regulamentação da DO TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS PELO PODER PÚBLICO
autoridade nacional, observados os segredos comercial e industrial; (Redação Seção I
dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência Das Regras
VI - eliminação dos dados pessoais tratados com o consentimento do Art. 23. O tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas de
titular, exceto nas hipóteses previstas no art. 16 desta Lei; direito público referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº 12.527, de 18

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de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) , deverá ser realizado para o parecer técnico complementar para garantir o cumprimento desta Lei.
atendimento de sua finalidade pública, na persecução do interesse público, (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência
com o objetivo de executar as competências legais ou cumprir as atribuições Art. 30. A autoridade nacional poderá estabelecer normas
legais do serviço público, desde que: complementares para as atividades de comunicação e de uso compartilhado
I - sejam informadas as hipóteses em que, no exercício de suas de dados pessoais.
competências, realizam o tratamento de dados pessoais, fornecendo Seção II
informações claras e atualizadas sobre a previsão legal, a finalidade, os Da Responsabilidade
procedimentos e as práticas utilizadas para a execução dessas atividades, em Art. 31. Quando houver infração a esta Lei em decorrência do
veículos de fácil acesso, preferencialmente em seus sítios eletrônicos; tratamento de dados pessoais por órgãos públicos, a autoridade nacional
II - (VETADO); e poderá enviar informe com medidas cabíveis para fazer cessar a violação.
III - seja indicado um encarregado quando realizarem operações de Art. 32. A autoridade nacional poderá solicitar a agentes do Poder
tratamento de dados pessoais, nos termos do art. 39 desta Lei; e (Redação dada Público a publicação de relatórios de impacto à proteção de dados pessoais e
pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência sugerir a adoção de padrões e de boas práticas para os tratamentos de dados
IV - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência pessoais pelo Poder Público.
§ 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre as formas de CAPÍTULO V
publicidade das operações de tratamento. DA TRANSFERÊNCIA INTERNACIONAL DE DADOS
§ 2º O disposto nesta Lei não dispensa as pessoas jurídicas Art. 33. A transferência internacional de dados pessoais somente é
mencionadas no caput deste artigo de instituir as autoridades de que trata a Lei permitida nos seguintes casos:
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) . I - para países ou organismos internacionais que proporcionem
§ 3º Os prazos e procedimentos para exercício dos direitos do titular grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto nesta Lei;
perante o Poder Público observarão o disposto em legislação específica, em II - quando o controlador oferecer e comprovar garantias de
especial as disposições constantes da Lei nº 9.507, de 12 de novembro de 1997 cumprimento dos princípios, dos direitos do titular e do regime de proteção
(Lei do Habeas Data) , da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999 (Lei Geral do de dados previstos nesta Lei, na forma de:
Processo Administrativo) , e da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de a) cláusulas contratuais específicas para determinada
Acesso à Informação) . transferência;
§ 4º Os serviços notariais e de registro exercidos em caráter privado, b) cláusulas-padrão contratuais;
por delegação do Poder Público, terão o mesmo tratamento dispensado às c) normas corporativas globais;
pessoas jurídicas referidas no caput deste artigo, nos termos desta Lei. d) selos, certificados e códigos de conduta regularmente emitidos;
§ 5º Os órgãos notariais e de registro devem fornecer acesso aos III - quando a transferência for necessária para a cooperação
dados por meio eletrônico para a administração pública, tendo em vista as jurídica internacional entre órgãos públicos de inteligência, de investigação
finalidades de que trata o caput deste artigo. e de persecução, de acordo com os instrumentos de direito internacional;
Art. 24. As empresas públicas e as sociedades de economia mista que IV - quando a transferência for necessária para a proteção da vida
atuam em regime de concorrência, sujeitas ao disposto no art. 173 da ou da incolumidade física do titular ou de terceiro;
Constituição Federal , terão o mesmo tratamento dispensado às pessoas V - quando a autoridade nacional autorizar a transferência;
jurídicas de direito privado particulares, nos termos desta Lei. VI - quando a transferência resultar em compromisso assumido
Parágrafo único. As empresas públicas e as sociedades de economia em acordo de cooperação internacional;
mista, quando estiverem operacionalizando políticas públicas e no âmbito da VII - quando a transferência for necessária para a execução de
execução delas, terão o mesmo tratamento dispensado aos órgãos e às política pública ou atribuição legal do serviço público, sendo dada
entidades do Poder Público, nos termos deste Capítulo. publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei;
Art. 25. Os dados deverão ser mantidos em formato interoperável e VIII - quando o titular tiver fornecido o seu consentimento
estruturado para o uso compartilhado, com vistas à execução de políticas específico e em destaque para a transferência, com informação prévia sobre
públicas, à prestação de serviços públicos, à descentralização da atividade o caráter internacional da operação, distinguindo claramente esta de outras
pública e à disseminação e ao acesso das informações pelo público em geral. finalidades; ou
Art. 26. O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público IX - quando necessário para atender as hipóteses previstas nos
deve atender a finalidades específicas de execução de políticas públicas e incisos II, V e VI do art. 7º desta Lei.
atribuição legal pelos órgãos e pelas entidades públicas, respeitados os Parágrafo único. Para os fins do inciso I deste artigo, as pessoas
princípios de proteção de dados pessoais elencados no art. 6º desta Lei. jurídicas de direito público referidas no parágrafo único do art. 1º da Lei nº
§ 1º É vedado ao Poder Público transferir a entidades privadas dados 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação) , no âmbito
pessoais constantes de bases de dados a que tenha acesso, exceto: de suas competências legais, e responsáveis, no âmbito de suas atividades,
I - em casos de execução descentralizada de atividade pública que poderão requerer à autoridade nacional a avaliação do nível de proteção a
exija a transferência, exclusivamente para esse fim específico e determinado, dados pessoais conferido por país ou organismo internacional.
observado o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Art. 34. O nível de proteção de dados do país estrangeiro ou do
Acesso à Informação) ; organismo internacional mencionado no inciso I do caput do art. 33 desta Lei
II - (VETADO); será avaliado pela autoridade nacional, que levará em consideração:
III - nos casos em que os dados forem acessíveis publicamente, I - as normas gerais e setoriais da legislação em vigor no país de
observadas as disposições desta Lei. destino ou no organismo internacional;
IV - quando houver previsão legal ou a transferência for respaldada II - a natureza dos dados;
em contratos, convênios ou instrumentos congêneres; ou(Incluído pela Lei nº III - a observância dos princípios gerais de proteção de dados
13.853, de 2019) Vigência pessoais e direitos dos titulares previstos nesta Lei;
V - na hipótese de a transferência dos dados objetivar IV - a adoção de medidas de segurança previstas em regulamento;
exclusivamente a prevenção de fraudes e irregularidades, ou proteger e V - a existência de garantias judiciais e institucionais para o
resguardar a segurança e a integridade do titular dos dados, desde que vedado respeito aos direitos de proteção de dados pessoais; e
o tratamento para outras finalidades. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) VI - outras circunstâncias específicas relativas à transferência.
Vigência Art. 35. A definição do conteúdo de cláusulas-padrão contratuais,
§ 2º Os contratos e convênios de que trata o § 1º deste artigo deverão bem como a verificação de cláusulas contratuais específicas para uma
ser comunicados à autoridade nacional. determinada transferência, normas corporativas globais ou selos,
Art. 27. A comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais de certificados e códigos de conduta, a que se refere o inciso II do caput do art.
pessoa jurídica de direito público a pessoa de direito privado será informado à 33 desta Lei, será realizada pela autoridade nacional.
autoridade nacional e dependerá de consentimento do titular, exceto: § 1º Para a verificação do disposto no caput deste artigo, deverão
I - nas hipóteses de dispensa de consentimento previstas nesta Lei; ser considerados os requisitos, as condições e as garantias mínimas para a
II - nos casos de uso compartilhado de dados, em que será dada transferência que observem os direitos, as garantias e os princípios desta Lei.
publicidade nos termos do inciso I do caput do art. 23 desta Lei; ou § 2º Na análise de cláusulas contratuais, de documentos ou de
III - nas exceções constantes do § 1º do art. 26 desta Lei. normas corporativas globais submetidas à aprovação da autoridade nacional,
Parágrafo único. A informação à autoridade nacional de que trata o poderão ser requeridas informações suplementares ou realizadas diligências
caput deste artigo será objeto de regulamentação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de verificação quanto às operações de tratamento, quando necessário.
de 2019) Vigência § 3º A autoridade nacional poderá designar organismos de
Art. 28. (VETADO). certificação para a realização do previsto no caput deste artigo, que
Art. 29. A autoridade nacional poderá solicitar, a qualquer momento, permanecerão sob sua fiscalização nos termos definidos em regulamento.
aos órgãos e às entidades do poder público a realização de operações de § 4º Os atos realizados por organismo de certificação poderão ser
tratamento de dados pessoais, informações específicas sobre o âmbito e a revistos pela autoridade nacional e, caso em desconformidade com esta Lei,
natureza dos dados e outros detalhes do tratamento realizado e poderá emitir submetidos a revisão ou anulados.

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§ 5º As garantias suficientes de observância dos princípios gerais de II - que, embora tenham realizado o tratamento de dados pessoais
proteção e dos direitos do titular referidas no caput deste artigo serão também que lhes é atribuído, não houve violação à legislação de proteção de dados;
analisadas de acordo com as medidas técnicas e organizacionais adotadas pelo ou
operador, de acordo com o previsto nos §§ 1º e 2º do art. 46 desta Lei. III - que o dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos
Art. 36. As alterações nas garantias apresentadas como suficientes dados ou de terceiro.
de observância dos princípios gerais de proteção e dos direitos do titular Art. 44. O tratamento de dados pessoais será irregular quando
referidas no inciso II do art. 33 desta Lei deverão ser comunicadas à autoridade deixar de observar a legislação ou quando não fornecer a segurança que o
nacional. titular dele pode esperar, consideradas as circunstâncias relevantes, entre as
CAPÍTULO VI quais:
DOS AGENTES DE TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS I - o modo pelo qual é realizado;
Seção I II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
Do Controlador e do Operador III - as técnicas de tratamento de dados pessoais disponíveis à
Art. 37. O controlador e o operador devem manter registro das época em que foi realizado.
operações de tratamento de dados pessoais que realizarem, especialmente Parágrafo único. Responde pelos danos decorrentes da violação da
quando baseado no legítimo interesse. segurança dos dados o controlador ou o operador que, ao deixar de adotar as
Art. 38. A autoridade nacional poderá determinar ao controlador medidas de segurança previstas no art. 46 desta Lei, der causa ao dano.
que elabore relatório de impacto à proteção de dados pessoais, inclusive de Art. 45. As hipóteses de violação do direito do titular no âmbito
dados sensíveis, referente a suas operações de tratamento de dados, nos termos das relações de consumo permanecem sujeitas às regras de responsabilidade
de regulamento, observados os segredos comercial e industrial. previstas na legislação pertinente.
Parágrafo único. Observado o disposto no caput deste artigo, o CAPÍTULO VII
relatório deverá conter, no mínimo, a descrição dos tipos de dados coletados, a DA SEGURANÇA E DAS BOAS PRÁTICAS
metodologia utilizada para a coleta e para a garantia da segurança das Seção I
informações e a análise do controlador com relação a medidas, salvaguardas e Da Segurança e do Sigilo de Dados
mecanismos de mitigação de risco adotados. Art. 46. Os agentes de tratamento devem adotar medidas de
Art. 39. O operador deverá realizar o tratamento segundo as segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais de
instruções fornecidas pelo controlador, que verificará a observância das acessos não autorizados e de situações acidentais ou ilícitas de destruição,
próprias instruções e das normas sobre a matéria. perda, alteração, comunicação ou qualquer forma de tratamento inadequado
Art. 40. A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões de ou ilícito.
interoperabilidade para fins de portabilidade, livre acesso aos dados e § 1º A autoridade nacional poderá dispor sobre padrões técnicos
segurança, assim como sobre o tempo de guarda dos registros, tendo em vista mínimos para tornar aplicável o disposto no caput deste artigo, considerados
especialmente a necessidade e a transparência. a natureza das informações tratadas, as características específicas do
Seção II tratamento e o estado atual da tecnologia, especialmente no caso de dados
Do Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais pessoais sensíveis, assim como os princípios previstos no caput do art. 6º
Art. 41. O controlador deverá indicar encarregado pelo tratamento desta Lei.
de dados pessoais. § 2º As medidas de que trata o caput deste artigo deverão ser
§ 1º A identidade e as informações de contato do encarregado observadas desde a fase de concepção do produto ou do serviço até a sua
deverão ser divulgadas publicamente, de forma clara e objetiva, execução.
preferencialmente no sítio eletrônico do controlador. Art. 47. Os agentes de tratamento ou qualquer outra pessoa que
§ 2º As atividades do encarregado consistem em: intervenha em uma das fases do tratamento obriga-se a garantir a segurança
I - aceitar reclamações e comunicações dos titulares, prestar da informação prevista nesta Lei em relação aos dados pessoais, mesmo após
esclarecimentos e adotar providências; o seu término.
II - receber comunicações da autoridade nacional e adotar Art. 48. O controlador deverá comunicar à autoridade nacional e
providências; ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco
III - orientar os funcionários e os contratados da entidade a respeito ou dano relevante aos titulares.
das práticas a serem tomadas em relação à proteção de dados pessoais; e § 1º A comunicação será feita em prazo razoável, conforme
IV - executar as demais atribuições determinadas pelo controlador definido pela autoridade nacional, e deverá mencionar, no mínimo:
ou estabelecidas em normas complementares. I - a descrição da natureza dos dados pessoais afetados;
§ 3º A autoridade nacional poderá estabelecer normas II - as informações sobre os titulares envolvidos;
complementares sobre a definição e as atribuições do encarregado, inclusive III - a indicação das medidas técnicas e de segurança utilizadas
hipóteses de dispensa da necessidade de sua indicação, conforme a natureza e o para a proteção dos dados, observados os segredos comercial e industrial;
porte da entidade ou o volume de operações de tratamento de dados. IV - os riscos relacionados ao incidente;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Vigência V - os motivos da demora, no caso de a comunicação não ter sido
Seção III imediata; e
Da Responsabilidade e do Ressarcimento de Danos VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter ou
Art. 42. O controlador ou o operador que, em razão do exercício de mitigar os efeitos do prejuízo.
atividade de tratamento de dados pessoais, causar a outrem dano patrimonial, § 2º A autoridade nacional verificará a gravidade do incidente e
moral, individual ou coletivo, em violação à legislação de proteção de dados poderá, caso necessário para a salvaguarda dos direitos dos titulares,
pessoais, é obrigado a repará-lo. determinar ao controlador a adoção de providências, tais como:
§ 1º A fim de assegurar a efetiva indenização ao titular dos dados: I - ampla divulgação do fato em meios de comunicação; e
I - o operador responde solidariamente pelos danos causados pelo II - medidas para reverter ou mitigar os efeitos do incidente.
tratamento quando descumprir as obrigações da legislação de proteção de § 3º No juízo de gravidade do incidente, será avaliada eventual
dados ou quando não tiver seguido as instruções lícitas do controlador, comprovação de que foram adotadas medidas técnicas adequadas que
hipótese em que o operador equipara-se ao controlador, salvo nos casos de tornem os dados pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e nos limites
exclusão previstos no art. 43 desta Lei; técnicos de seus serviços, para terceiros não autorizados a acessá-los.
II - os controladores que estiverem diretamente envolvidos no Art. 49. Os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais
tratamento do qual decorreram danos ao titular dos dados respondem devem ser estruturados de forma a atender aos requisitos de segurança, aos
solidariamente, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43 desta Lei. padrões de boas práticas e de governança e aos princípios gerais previstos
§ 2º O juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova a favor nesta Lei e às demais normas regulamentares.
do titular dos dados quando, a seu juízo, for verossímil a alegação, houver Seção II
hipossuficiência para fins de produção de prova ou quando a produção de Das Boas Práticas e da Governança
prova pelo titular resultar-lhe excessivamente onerosa. Art. 50. Os controladores e operadores, no âmbito de suas
§ 3º As ações de reparação por danos coletivos que tenham por competências, pelo tratamento de dados pessoais, individualmente ou por
objeto a responsabilização nos termos do caput deste artigo podem ser meio de associações, poderão formular regras de boas práticas e de
exercidas coletivamente em juízo, observado o disposto na legislação governança que estabeleçam as condições de organização, o regime de
pertinente. funcionamento, os procedimentos, incluindo reclamações e petições de
§ 4º Aquele que reparar o dano ao titular tem direito de regresso titulares, as normas de segurança, os padrões técnicos, as obrigações
contra os demais responsáveis, na medida de sua participação no evento específicas para os diversos envolvidos no tratamento, as ações educativas,
danoso. os mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos e outros
Art. 43. Os agentes de tratamento só não serão responsabilizados aspectos relacionados ao tratamento de dados pessoais.
quando provarem: § 1º Ao estabelecer regras de boas práticas, o controlador e o
I - que não realizaram o tratamento de dados pessoais que lhes é operador levarão em consideração, em relação ao tratamento e aos dados, a
atribuído;

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natureza, o escopo, a finalidade e a probabilidade e a gravidade dos riscos e dos IX - a adoção de política de boas práticas e governança;
benefícios decorrentes de tratamento de dados do titular. X - a pronta adoção de medidas corretivas; e
§ 2º Na aplicação dos princípios indicados nos incisos VII e VIII do XI - a proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade
caput do art. 6º desta Lei, o controlador, observados a estrutura, a escala e o da sanção.
volume de suas operações, bem como a sensibilidade dos dados tratados e a § 2º O disposto neste artigo não substitui a aplicação de sanções
probabilidade e a gravidade dos danos para os titulares dos dados, poderá: administrativas, civis ou penais definidas na Lei nº 8.078, de 11 de setembro
I - implementar programa de governança em privacidade que, no de 1990, e em legislação específica. (Redação dada pela Lei nº 13.853, de 2019)
mínimo: § 3º O disposto nos incisos I, IV, V, VI, X, XI e XII do caput deste
a) demonstre o comprometimento do controlador em adotar artigo poderá ser aplicado às entidades e aos órgãos públicos, sem prejuízo
processos e políticas internas que assegurem o cumprimento, de forma do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, na Lei nº 8.429, de 2
abrangente, de normas e boas práticas relativas à proteção de dados pessoais; de junho de 1992, e na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
b) seja aplicável a todo o conjunto de dados pessoais que estejam sob (Promulgação partes vetadas)
seu controle, independentemente do modo como se realizou sua coleta; § 4º No cálculo do valor da multa de que trata o inciso II do caput
c) seja adaptado à estrutura, à escala e ao volume de suas operações, deste artigo, a autoridade nacional poderá considerar o faturamento total da
bem como à sensibilidade dos dados tratados; empresa ou grupo de empresas, quando não dispuser do valor do
d) estabeleça políticas e salvaguardas adequadas com base em faturamento no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração,
processo de avaliação sistemática de impactos e riscos à privacidade; definido pela autoridade nacional, ou quando o valor for apresentado de
e) tenha o objetivo de estabelecer relação de confiança com o titular, forma incompleta ou não for demonstrado de forma inequívoca e idônea.
por meio de atuação transparente e que assegure mecanismos de participação § 5º O produto da arrecadação das multas aplicadas pela ANPD,
do titular; inscritas ou não em dívida ativa, será destinado ao Fundo de Defesa de
f) esteja integrado a sua estrutura geral de governança e estabeleça Direitos Difusos de que tratam o art. 13 da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985,
e aplique mecanismos de supervisão internos e externos; e a Lei nº 9.008, de 21 de março de 1995. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
g) conte com planos de resposta a incidentes e remediação; e § 6º As sanções previstas nos incisos X, XI e XII do caput deste
h) seja atualizado constantemente com base em informações obtidas artigo serão aplicadas: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
a partir de monitoramento contínuo e avaliações periódicas; I - somente após já ter sido imposta ao menos 1 (uma) das sanções
II - demonstrar a efetividade de seu programa de governança em de que tratam os incisos II, III, IV, V e VI do caput deste artigo para o mesmo
privacidade quando apropriado e, em especial, a pedido da autoridade nacional caso concreto; e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
ou de outra entidade responsável por promover o cumprimento de boas II - em caso de controladores submetidos a outros órgãos e
práticas ou códigos de conduta, os quais, de forma independente, promovam o entidades com competências sancionatórias, ouvidos esses órgãos. (Incluído
cumprimento desta Lei. pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 3º As regras de boas práticas e de governança deverão ser § 7º Os vazamentos individuais ou os acessos não autorizados de
publicadas e atualizadas periodicamente e poderão ser reconhecidas e que trata o caput do art. 46 desta Lei poderão ser objeto de conciliação direta
divulgadas pela autoridade nacional. entre controlador e titular e, caso não haja acordo, o controlador estará
Art. 51. A autoridade nacional estimulará a adoção de padrões sujeito à aplicação das penalidades de que trata este artigo. (Incluído pela Lei
técnicos que facilitem o controle pelos titulares dos seus dados pessoais. nº 13.853, de 2019)
CAPÍTULO VIII Art. 53. A autoridade nacional definirá, por meio de regulamento
DA FISCALIZAÇÃO próprio sobre sanções administrativas a infrações a esta Lei, que deverá ser
Seção I objeto de consulta pública, as metodologias que orientarão o cálculo do
Das Sanções Administrativas valor-base das sanções de multa.
Art. 52. Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações § 1º As metodologias a que se refere o caput deste artigo devem
cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções ser previamente publicadas, para ciência dos agentes de tratamento, e
administrativas aplicáveis pela autoridade nacional: devem apresentar objetivamente as formas e dosimetrias para o cálculo do
I - advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas valor-base das sanções de multa, que deverão conter fundamentação
corretivas; detalhada de todos os seus elementos, demonstrando a observância dos
II - multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da critérios previstos nesta Lei.
pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu § 2º O regulamento de sanções e metodologias correspondentes
último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 deve estabelecer as circunstâncias e as condições para a adoção de multa
(cinquenta milhões de reais) por infração; simples ou diária.
III - multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II; Art. 54. O valor da sanção de multa diária aplicável às infrações a
IV - publicização da infração após devidamente apurada e esta Lei deve observar a gravidade da falta e a extensão do dano ou prejuízo
confirmada a sua ocorrência; causado e ser fundamentado pela autoridade nacional.
V - bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua Parágrafo único. A intimação da sanção de multa diária deverá
regularização; conter, no mínimo, a descrição da obrigação imposta, o prazo razoável e
VI - eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração; estipulado pelo órgão para o seu cumprimento e o valor da multa diária a ser
VII - (VETADO); aplicada pelo seu descumprimento.
VIII - (VETADO); CAPÍTULO IX
IX - (VETADO). DA AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (ANPD) E DO
X - suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS PESSOAIS E DA
refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual PRIVACIDADE
período, até a regularização da atividade de tratamento pelo Seção I
controlador; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD)
XI - suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados Art. 55. (VETADO).
pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, Art. 55-A. Fica criada, sem aumento de despesa, a Autoridade
prorrogável por igual período; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão da administração pública
XII - proibição parcial ou total do exercício de atividades federal, integrante da Presidência da República. (Incluído pela Lei nº 13.853,
relacionadas a tratamento de dados. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de 2019)
§ 1º As sanções serão aplicadas após procedimento administrativo § 1º A natureza jurídica da ANPD é transitória e poderá ser
que possibilite a oportunidade da ampla defesa, de forma gradativa, isolada ou transformada pelo Poder Executivo em entidade da administração pública
cumulativa, de acordo com as peculiaridades do caso concreto e considerados federal indireta, submetida a regime autárquico especial e vinculada à
os seguintes parâmetros e critérios: Presidência da República. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
I - a gravidade e a natureza das infrações e dos direitos pessoais § 2º A avaliação quanto à transformação de que dispõe o § 1º deste
afetados; artigo deverá ocorrer em até 2 (dois) anos da data da entrada em vigor da
II - a boa-fé do infrator; estrutura regimental da ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
III - a vantagem auferida ou pretendida pelo infrator; § 3º O provimento dos cargos e das funções necessários à criação e
IV - a condição econômica do infrator; à atuação da ANPD está condicionado à expressa autorização física e
V - a reincidência; financeira na lei orçamentária anual e à permissão na lei de diretrizes
VI - o grau do dano; orçamentárias. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
VII - a cooperação do infrator; Art. 55-B. É assegurada autonomia técnica e decisória à ANPD.
VIII - a adoção reiterada e demonstrada de mecanismos e (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
procedimentos internos capazes de minimizar o dano, voltados ao tratamento Art. 55-C. A ANPD é composta de: (Incluído pela Lei nº 13.853, de
seguro e adequado de dados, em consonância com o disposto no inciso II do § 2º 2019)
do art. 48 desta Lei;

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I - Conselho Diretor, órgão máximo de direção; (Incluído pela Lei nº VII - promover e elaborar estudos sobre as práticas nacionais e
13.853, de 2019) internacionais de proteção de dados pessoais e privacidade; (Incluído pela Lei
II - Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da nº 13.853, de 2019)
Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) VIII - estimular a adoção de padrões para serviços e produtos que
III - Corregedoria;(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) facilitem o exercício de controle dos titulares sobre seus dados pessoais, os
IV - Ouvidoria; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) quais deverão levar em consideração as especificidades das atividades e o
V - órgão de assessoramento jurídico próprio; e (Incluído pela Lei nº porte dos responsáveis; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
13.853, de 2019) IX - promover ações de cooperação com autoridades de proteção
VI - unidades administrativas e unidades especializadas necessárias de dados pessoais de outros países, de natureza internacional ou
à aplicação do disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) transnacional; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Art. 55-D. O Conselho Diretor da ANPD será composto de 5 (cinco) X - dispor sobre as formas de publicidade das operações de
diretores, incluído o Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) tratamento de dados pessoais, respeitados os segredos comercial e industrial;
§ 1º Os membros do Conselho Diretor da ANPD serão escolhidos pelo (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Senado XI - solicitar, a qualquer momento, às entidades do poder público
Federal, nos termos da alínea ‘f’ do inciso III do art. 52 da Constituição Federal, que realizem operações de tratamento de dados pessoais informe específico
e ocuparão cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores sobre o âmbito, a natureza dos dados e os demais detalhes do tratamento
- DAS, no mínimo, de nível 5. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) realizado, com a possibilidade de emitir parecer técnico complementar para
§ 2º Os membros do Conselho Diretor serão escolhidos dentre garantir o cumprimento desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
brasileiros que tenham reputação ilibada, nível superior de educação e elevado XII - elaborar relatórios de gestão anuais acerca de suas
conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados. atividades; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XIII - editar regulamentos e procedimentos sobre proteção de
§ 3º O mandato dos membros do Conselho Diretor será de 4 (quatro) dados pessoais e privacidade, bem como sobre relatórios de impacto à
anos. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) proteção de dados pessoais para os casos em que o tratamento representar
§ 4º Os mandatos dos primeiros membros do Conselho Diretor alto risco à garantia dos princípios gerais de proteção de dados pessoais
nomeados serão de 2 (dois), de 3 (três), de 4 (quatro), de 5 (cinco) e de 6 (seis) previstos nesta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
anos, conforme estabelecido no ato de nomeação. (Incluído pela Lei nº 13.853, XIV - ouvir os agentes de tratamento e a sociedade em matérias de
de 2019) interesse relevante e prestar contas sobre suas atividades e
§ 5º Na hipótese de vacância do cargo no curso do mandato de planejamento;(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
membro do Conselho Diretor, o prazo remanescente será completado pelo XV - arrecadar e aplicar suas receitas e publicar, no relatório de
sucessor.(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) gestão a que se refere o inciso XII do caput deste artigo, o detalhamento de
Art. 55-E. Os membros do Conselho Diretor somente perderão seus suas receitas e despesas; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
cargos em virtude de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou XVI - realizar auditorias, ou determinar sua realização, no âmbito
pena de demissão decorrente de processo administrativo disciplinar. (Incluído da atividade de fiscalização de que trata o inciso IV e com a devida
pela Lei nº 13.853, de 2019) observância do disposto no inciso II do caput deste artigo, sobre o
§ 1º Nos termos do caput deste artigo, cabe ao Ministro de Estado tratamento de dados pessoais efetuado pelos agentes de tratamento, incluído
Chefe da Casa Civil da Presidência da República instaurar o processo o poder público; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
administrativo disciplinar, que será conduzido por comissão especial XVII - celebrar, a qualquer momento, compromisso com agentes
constituída por servidores públicos federais estáveis. (Incluído pela Lei nº de tratamento para eliminar irregularidade, incerteza jurídica ou situação
13.853, de 2019) contenciosa no âmbito de processos administrativos, de acordo com o
§ 2º Compete ao Presidente da República determinar o afastamento previsto no Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942; (Incluído pela Lei
preventivo, somente quando assim recomendado pela comissão especial de que nº 13.853, de 2019)
trata o § 1º deste artigo, e proferir o julgamento. (Incluído pela Lei nº 13.853, de XVIII - editar normas, orientações e procedimentos simplificados
2019) e diferenciados, inclusive quanto aos prazos, para que microempresas e
Art. 55-F. Aplica-se aos membros do Conselho Diretor, após o empresas de pequeno porte, bem como iniciativas empresariais de caráter
exercício do cargo, o disposto no art. 6º da Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013. incremental ou disruptivo que se autodeclarem startups ou empresas de
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) inovação, possam adequar-se a esta Lei;(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
Parágrafo único. A infração ao disposto no caput deste artigo XIX - garantir que o tratamento de dados de idosos seja efetuado
caracteriza ato de improbidade administrativa.(Incluído pela Lei nº 13.853, de de maneira simples, clara, acessível e adequada ao seu entendimento, nos
2019) termos desta Lei e da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do
Art. 55-G. Ato do Presidente da República disporá sobre a estrutura Idoso); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
regimental da ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) XX - deliberar, na esfera administrativa, em caráter terminativo,
§ 1º Até a data de entrada em vigor de sua estrutura regimental, a sobre a interpretação desta Lei, as suas competências e os casos omissos;
ANPD receberá o apoio técnico e administrativo da Casa Civil da Presidência da (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
República para o exercício de suas atividades. (Incluído pela Lei nº 13.853, de XXI - comunicar às autoridades competentes as infrações penais
2019) das quais tiver conhecimento; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 2º O Conselho Diretor disporá sobre o regimento interno da ANPD. XXII - comunicar aos órgãos de controle interno o
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) descumprimento do disposto nesta Lei por órgãos e entidades da
Art. 55-H. Os cargos em comissão e as funções de confiança da ANPD administração pública federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
serão remanejados de outros órgãos e entidades do Poder Executivo federal. XXIII - articular-se com as autoridades reguladoras públicas para
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) exercer suas competências em setores específicos de atividades econômicas e
Art. 55-I. Os ocupantes dos cargos em comissão e das funções de governamentais sujeitas à regulação; e(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
confiança da ANPD serão indicados pelo Conselho Diretor e nomeados ou XXIV - implementar mecanismos simplificados, inclusive por
designados pelo Diretor-Presidente. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) meio eletrônico, para o registro de reclamações sobre o tratamento de dados
Art. 55-J. Compete à ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) pessoais em desconformidade com esta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de
I - zelar pela proteção dos dados pessoais, nos termos da 2019)
legislação;(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 1º Ao impor condicionantes administrativas ao tratamento de
II - zelar pela observância dos segredos comercial e industrial, dados pessoais por agente de tratamento privado, sejam eles limites,
observada a proteção de dados pessoais e do sigilo das informações quando encargos ou sujeições, a ANPD deve observar a exigência de mínima
protegido por lei ou quando a quebra do sigilo violar os fundamentos do art. 2º intervenção, assegurados os fundamentos, os princípios e os direitos dos
desta Lei; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) titulares previstos no art. 170 da Constituição Federal e nesta Lei. (Incluído
III - elaborar diretrizes para a Política Nacional de Proteção de pela Lei nº 13.853, de 2019)
Dados Pessoais e da Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 2º Os regulamentos e as normas editados pela ANPD devem ser
IV - fiscalizar e aplicar sanções em caso de tratamento de dados precedidos de consulta e audiência públicas, bem como de análises de
realizado em descumprimento à legislação, mediante processo administrativo impacto regulatório.(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
que assegure o contraditório, a ampla defesa e o direito de recurso; (Incluído § 3º A ANPD e os órgãos e entidades públicos responsáveis pela
pela Lei nº 13.853, de 2019) regulação de setores específicos da atividade econômica e governamental
V - apreciar petições de titular contra controlador após comprovada devem coordenar suas atividades, nas correspondentes esferas de atuação,
pelo titular a apresentação de reclamação ao controlador não solucionada no com vistas a assegurar o cumprimento de suas atribuições com a maior
prazo estabelecido em regulamentação; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) eficiência e promover o adequado funcionamento dos setores regulados,
VI - promover na população o conhecimento das normas e das conforme legislação específica, e o tratamento de dados pessoais, na forma
políticas públicas sobre proteção de dados pessoais e das medidas de segurança; desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)

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§ 4º A ANPD manterá fórum permanente de comunicação, inclusive II - não poderão ser membros do Comitê Gestor da Internet no
por meio de cooperação técnica, com órgãos e entidades da administração Brasil; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
pública responsáveis pela regulação de setores específicos da atividade III - terão mandato de 2 (dois) anos, permitida 1 (uma)
econômica e governamental, a fim de facilitar as competências regulatória, recondução. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
fiscalizatória e punitiva da ANPD. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) § 4º A participação no Conselho Nacional de Proteção de Dados
§ 5º No exercício das competências de que trata o caput deste artigo, Pessoais e da Privacidade será considerada prestação de serviço público
a autoridade competente deverá zelar pela preservação do segredo empresarial relevante, não remunerada. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
e do sigilo das informações, nos termos da lei. (Incluído pela Lei nº 13.853, de Art. 58-B. Compete ao Conselho Nacional de Proteção de Dados
2019) Pessoais e da Privacidade: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
§ 6º As reclamações colhidas conforme o disposto no inciso V do I - propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para a
caput deste artigo poderão ser analisadas de forma agregada, e as eventuais elaboração da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
providências delas decorrentes poderão ser adotadas de forma padronizada. Privacidade e para a atuação da ANPD;(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) II - elaborar relatórios anuais de avaliação da execução das ações
Art. 55-K. A aplicação das sanções previstas nesta Lei compete da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da
exclusivamente à ANPD, e suas competências prevalecerão, no que se refere à Privacidade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
proteção de dados pessoais, sobre as competências correlatas de outras III - sugerir ações a serem realizadas pela ANPD;(Incluído pela Lei
entidades ou órgãos da administração pública. (Incluído pela Lei nº 13.853, de nº 13.853, de 2019)
2019) IV - elaborar estudos e realizar debates e audiências públicas
Parágrafo único. A ANPD articulará sua atuação com outros órgãos e sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade; e (Incluído pela Lei nº
entidades com competências sancionatórias e normativas afetas ao tema de 13.853, de 2019)
proteção de dados pessoais e será o órgão central de interpretação desta Lei e V - disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados pessoais
do estabelecimento de normas e diretrizes para a sua implementação.(Incluído e da privacidade à população. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
pela Lei nº 13.853, de 2019) Art. 59. (VETADO).
Art. 55-L. Constituem receitas da ANPD: (Incluído pela Lei nº 13.853, CAPÍTULO X
de 2019) DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
I - as dotações, consignadas no orçamento geral da União, os Art. 60. A Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da
créditos especiais, os créditos adicionais, as transferências e os repasses que Internet) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
lhe forem conferidos; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) “Art. 7º ..................................................................
II - as doações, os legados, as subvenções e outros recursos que lhe .......................................................................................
forem destinados;(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) X - exclusão definitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a
III - os valores apurados na venda ou aluguel de bens móveis e determinada aplicação de internet, a seu requerimento, ao término da
imóveis de sua propriedade; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de
IV - os valores apurados em aplicações no mercado financeiro das registros previstas nesta Lei e na que dispõe sobre a proteção de dados
receitas previstas neste artigo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) pessoais;
V - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) ..............................................................................” (NR)
VI - os recursos provenientes de acordos, convênios ou contratos “Art. 16. .................................................................
celebrados com entidades, organismos ou empresas, públicos ou privados, .......................................................................................
nacionais ou internacionais; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) II - de dados pessoais que sejam excessivos em relação à finalidade
VII - o produto da venda de publicações, material técnico, dados e para a qual foi dado consentimento pelo seu titular, exceto nas hipóteses
informações, inclusive para fins de licitação pública. (Incluído pela Lei nº 13.853, previstas na Lei que dispõe sobre a proteção de dados pessoais.” (NR)
de 2019) Art. 61. A empresa estrangeira será notificada e intimada de todos
Art. 56. (VETADO). os atos processuais previstos nesta Lei, independentemente de procuração
Art. 5 7. (VETADO). ou de disposição contratual ou estatutária, na pessoa do agente ou
Seção II representante ou pessoa responsável por sua filial, agência, sucursal,
Do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade estabelecimento ou escritório instalado no Brasil.
Art. 58. (VETADO). Art. 62. A autoridade nacional e o Instituto Nacional de Estudos e
Art. 58-A. O Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), no âmbito de suas
Privacidade será composto de 23 (vinte e três) representantes, titulares e competências, editarão regulamentos específicos para o acesso a dados
suplentes, dos seguintes órgãos: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) tratados pela União para o cumprimento do disposto no § 2º do art. 9º da Lei
I - 5 (cinco) do Poder Executivo federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação
de 2019) Nacional) , e aos referentes ao Sistema Nacional de Avaliação da Educação
II - 1 (um) do Senado Federal; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Superior (Sinaes), de que trata a Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004 .
III - 1 (um) da Câmara dos Deputados; (Incluído pela Lei nº 13.853, de Art. 63. A autoridade nacional estabelecerá normas sobre a
2019) adequação progressiva de bancos de dados constituídos até a data de entrada
IV - 1 (um) do Conselho Nacional de Justiça;(Incluído pela Lei nº em vigor desta Lei, consideradas a complexidade das operações de
13.853, de 2019) tratamento e a natureza dos dados.
V - 1 (um) do Conselho Nacional do Ministério Público; (Incluído Art. 64. Os direitos e princípios expressos nesta Lei não excluem
pela Lei nº 13.853, de 2019) outros previstos no ordenamento jurídico pátrio relacionados à matéria ou
VI - 1 (um) do Comitê Gestor da Internet no Brasil; (Incluído pela Lei nos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
nº 13.853, de 2019) parte.
VII - 3 (três) de entidades da sociedade civil com atuação Art. 65. Esta Lei entra em vigor: (Redação dada pela Lei nº 13.853,
relacionada a proteção de dados pessoais; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) de 2019)
VIII - 3 (três) de instituições científicas, tecnológicas e de inovação; I - dia 28 de dezembro de 2018, quanto aos arts. 55-A, 55-B, 55-C,
(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) 55-D, 55-E, 55-F, 55-G, 55-H, 55-I, 55-J, 55-K, 55-L, 58-A e 58-B; e(Incluído pela
IX - 3 (três) de confederações sindicais representativas das Lei nº 13.853, de 2019)
categorias econômicas do setor produtivo; (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) II - 24 (vinte e quatro) meses após a data de sua publicação,
X - 2 (dois) de entidades representativas do setor empresarial quanto aos demais artigos.(Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019)
relacionado à área de tratamento de dados pessoais; e (Incluído pela Lei nº Brasília , 14 de agosto de 2018; 197º da Independência e 130º da
13.853, de 2019) República.
XI - 2 (dois) de entidades representativas do setor laboral. (Incluído MICHEL TEMER
pela Lei nº 13.853, de 2019) Torquato Jardim
§ 1º Os representantes serão designados por ato do Presidente da Aloysio Nunes Ferreira Filho
República, permitida a delegação. (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Eduardo Refinetti Guardia
§ 2º Os representantes de que tratam os incisos I, II, III, IV, V e VI do Esteves Pedro Colnago Junior
caput deste artigo e seus suplentes serão indicados pelos titulares dos Gilberto Magalhães Occhi
respectivos órgãos e entidades da administração pública. (Incluído pela Lei nº Gilberto Kassab
13.853, de 2019) Wagner de Campos Rosário
§ 3º Os representantes de que tratam os incisos VII, VIII, IX, X e XI Gustavo do Vale Rocha
do caput deste artigo e seus suplentes: (Incluído pela Lei nº 13.853, de 2019) Ilan Goldfajn
I - serão indicados na forma de regulamento; (Incluído pela Lei nº Raul Jungmann
13.853, de 2019) Eliseu Padilha

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[Diário Oficial da União de 15 de agosto de 2018, e republicado parcialmente em possam ser replicadas em outras esferas da administração pública.
15 de agosto de2018 - Edição Extra] Art. 8º A participação do servidor no desenvolvimento e na
execução de projetos e programas que resultem na desburocratização do
LEI Nº 13.726, DE 8 DE OUTUBRO DE 2018 serviço público será registrada em seus assentamentos funcionais.
Art. 9º Os órgãos ou entidades estatais que receberem o Selo de
Racionaliza atos e procedimentos administrativos Desburocratização e Simplificação serão inscritos em Cadastro Nacional de
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Desburocratização.
Federal e dos Municípios e institui o Selo de Parágrafo único. Serão premiados, anualmente, 2 (dois) órgãos ou
Desburocratização e Simplificação. entidades, em cada unidade federativa, selecionados com base nos critérios
estabelecidos por esta Lei.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional Art. 10. (VETADO).
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Brasília, 8 de outubro de 2018; 197º da Independência e 130º da
Art. 1º Esta Lei racionaliza atos e procedimentos administrativos dos República.
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios mediante a MICHEL TEMER
supressão ou a simplificação de formalidades ou exigências desnecessárias ou Eliseu Padilha
superpostas, cujo custo econômico ou social, tanto para o erário como para o Grace Maria Fernandes Mendonça
cidadão, seja superior ao eventual risco de fraude, e institui o Selo de
Desburocratização e Simplificação. [Diário Oficial da União, de 9 de outubro de2018]
Art. 2º (VETADO).
Art. 3º Na relação dos órgãos e entidades dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios com o cidadão, é dispensada a LEI Nº 13.787, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018.
exigência de:
I - reconhecimento de firma, devendo o agente administrativo, Dispõe sobre a digitalização e a utilização de
confrontando a assinatura com aquela constante do documento de identidade sistemas informatizados para a guarda, o
do signatário, ou estando este presente e assinando o documento diante do armazenamento e o manuseio de prontuário de
agente, lavrar sua autenticidade no próprio documento; paciente
II - autenticação de cópia de documento, cabendo ao agente
administrativo, mediante a comparação entre o original e a cópia, atestar a O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
autenticidade; Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
III - juntada de documento pessoal do usuário, que poderá ser Art. 1º A digitalização e a utilização de sistemas informatizados
substituído por cópia autenticada pelo próprio agente administrativo; para a guarda, o armazenamento e o manuseio de prontuário de paciente são
IV - apresentação de certidão de nascimento, que poderá ser regidas por esta Lei e pela Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 .
substituída por cédula de identidade, título de eleitor, identidade expedida por Art. 2º O processo de digitalização de prontuário de paciente será
conselho regional de fiscalização profissional, carteira de trabalho, certificado realizado de forma a assegurar a integridade, a autenticidade e a
de prestação ou de isenção do serviço militar, passaporte ou identidade confidencialidade do documento digital.
funcional expedida por órgão público; § 1º Os métodos de digitalização devem reproduzir todas as
V - apresentação de título de eleitor, exceto para votar ou para informações contidas nos documentos originais.
registrar candidatura; § 2º No processo de digitalização será utilizado certificado digital
VI - apresentação de autorização com firma reconhecida para emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil)
viagem de menor se os pais estiverem presentes no embarque. ou outro padrão legalmente aceito.
§ 1º É vedada a exigência de prova relativa a fato que já houver sido § 3º O processo de digitalização deve obedecer a requisitos
comprovado pela apresentação de outro documento válido. dispostos em regulamento.
§ 2º Quando, por motivo não imputável ao solicitante, não for Art. 3º Os documentos originais poderão ser destruídos após a sua
possível obter diretamente do órgão ou entidade responsável documento digitalização, observados os requisitos constantes do art. 2º desta Lei, e após
comprobatório de regularidade, os fatos poderão ser comprovados mediante análise obrigatória de comissão permanente de revisão de prontuários e
declaração escrita e assinada pelo cidadão, que, em caso de declaração falsa, avaliação de documentos, especificamente criada para essa finalidade.
ficará sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis. § 1º A comissão a que se refere o caput deste artigo constatará a
§ 3º Os órgãos e entidades integrantes de Poder da União, de Estado, integridade dos documentos digitais e avalizará a eliminação dos
do Distrito Federal ou de Município não poderão exigir do cidadão a documentos que os originaram.
apresentação de certidão ou documento expedido por outro órgão ou entidade § 2º Os documentos de valor histórico, assim identificados pela
do mesmo Poder, ressalvadas as seguintes hipóteses: comissão a que se refere o caput deste artigo, serão preservados de acordo
I - certidão de antecedentes criminais; com o disposto na legislação arquivística.
II - informações sobre pessoa jurídica; Art. 4º Os meios de armazenamento de documentos digitais
III - outras expressamente previstas em lei. deverão protegê-los do acesso, do uso, da alteração, da reprodução e da
Art. 4º (VETADO). destruição não autorizados.
Art. 5º Os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Parágrafo único. Os documentos oriundos da digitalização de
Municípios poderão criar grupos setoriais de trabalho com os seguintes prontuários de pacientes serão controlados por meio de sistema
objetivos: especializado de gerenciamento eletrônico de documentos, cujas
I - identificar, nas respectivas áreas, dispositivos legais ou características e requisitos serão especificados em regulamento.
regulamentares que prevejam exigências descabidas ou exageradas ou Art. 5º O documento digitalizado em conformidade com as normas
procedimentos desnecessários ou redundantes; estabelecidas nesta Lei e nos respectivos regulamentos terá o mesmo valor
II - sugerir medidas legais ou regulamentares que visem a eliminar o probatório do documento original para todos os fins de direito.
excesso de burocracia. § 1º Para fins do disposto no caput deste artigo é mandatório que a
Art. 6º Ressalvados os casos que impliquem imposição de deveres, guarda, o armazenamento e o manuseio dos documentos digitalizados
ônus, sanções ou restrições ao exercício de direitos e atividades, a comunicação também estejam em conformidade com as normas estabelecidas nesta Lei e
entre o Poder Público e o cidadão poderá ser feita por qualquer meio, inclusive nos respectivos regulamentos.
comunicação verbal, direta ou telefônica, e correio eletrônico, devendo a § 2º Poderão ser implementados sistemas de certificação para a
circunstância ser registrada quando necessário. verificação da conformidade normativa dos processos referida no caput
Art. 7º É instituído o Selo de Desburocratização e Simplificação, deste artigo.
destinado a reconhecer e a estimular projetos, programas e práticas que Art. 6º Decorrido o prazo mínimo de 20 (vinte) anos a partir do
simplifiquem o funcionamento da administração pública e melhorem o último registro, os prontuários em suporte de papel e os digitalizados
atendimento aos usuários dos serviços públicos. poderão ser eliminados.
Parágrafo único. O Selo será concedido na forma de regulamento § 1º Prazos diferenciados para a guarda de prontuário de paciente,
por comissão formada por representantes da Administração Pública e da em papel ou digitalizado, poderão ser fixados em regulamento, de acordo
sociedade civil, observados os seguintes critérios: com o potencial de uso em estudos e pesquisas nas áreas das ciências da
I - a racionalização de processos e procedimentos administrativos; saúde, humanas e sociais, bem como para fins legais e probatórios.
II - a eliminação de formalidades desnecessárias ou § 2º Alternativamente à eliminação, o prontuário poderá ser
desproporcionais para as finalidades almejadas; devolvido ao paciente.
III - os ganhos sociais oriundos da medida de desburocratização; § 3º O processo de eliminação deverá resguardar a intimidade do
IV - a redução do tempo de espera no atendimento dos serviços paciente e o sigilo e a confidencialidade das informações.
públicos; § 4º A destinação final de todos os prontuários e a sua eliminação
V - a adoção de soluções tecnológicas ou organizacionais que serão registradas na forma de regulamento.

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§ 5º As disposições deste artigo aplicam-se a todos os prontuários de valor probatório do documento original, para todos os fins de direito, inclu-
paciente, independentemente de sua forma de armazenamento, inclusive aos sive para atender ao poder fiscalizatório do Estado.
microfilmados e aos arquivados eletronicamente em meio óptico, bem como § 3º Decorridos os respectivos prazos de decadência ou de prescrição,
aos constituídos por documentos gerados e mantidos originalmente de forma os documentos armazenados em meio eletrônico, óptico ou equivalente
eletrônica. poderão ser eliminados.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. § 4º Os documentos digitalizados conforme o disposto neste artigo te-
Brasília, 27 de dezembro de 2018; 197º da Independência e 130º da rão o mesmo efeito jurídico conferido aos documentos microfilmados, nos
República. termos da Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, e de regulamentação posterior.
MICHEL TEMER § 5º Ato do Secretário de Governo Digital da Secretaria Especial de Des-
Torquato Jardim burocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia estabe-
Gustavo do Vale Rocha lecerá os documentos cuja reprodução conterá código de autenticação verifi-
cável.
[Diário Oficial da União de 28 de dezembro de 2018] § 6º Ato do Conselho Monetário Nacional disporá sobre o cumprimento
do disposto no § 1º deste artigo, relativamente aos documentos referentes a
LEI Nº 13.853, DE 8 DE JULHO DE 2019 operações e transações realizadas no sistema financeiro nacional.
Altera a Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, para dispor § 7º É lícita a reprodução de documento digital, em papel ou em qual-
sobre a proteção de dados pessoais e para criar a Autori- quer outro meio físico, que contiver mecanismo de verificação de integrida-
dade Nacional de Proteção de Dados; e dá outras provi- de e autenticidade, na maneira e com a técnica definidas pelo mercado, e
dências. cabe ao particular o ônus de demonstrar integralmente a presença de tais
requisitos.
[Ver em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019- § 8º Para a garantia de preservação da integridade, da autenticidade e
2022/2019/lei/l13853.htm] da confidencialidade de documentos públicos será usada certificação digital
no padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
LEI Nº 13.874, DE 20 DE SETEMBRO DE 2019 (...)
Conversão da Medida Provisória nº 881, de 2019 Art. 18. A eficácia do disposto no inciso X do caput do art. 3º desta Lei
fica condicionada à regulamentação em ato do Poder Executivo federal,
Institui a Declaração de Direitos de Liberdade observado que:
Econômica; estabelece garantias de livre mercado; I - para documentos particulares, qualquer meio de comprovação da
altera as Leis nos 10.406, de 10 de janeiro de 2002 autoria, integridade e, se necessário, confidencialidade de documentos em
(Código Civil), 6.404, de 15 de dezembro de 1976, forma eletrônica é válido, desde que escolhido de comum acordo pelas partes
11.598, de 3 de dezembro de 2007, 12.682, de 9 de ou aceito pela pessoa a quem for oposto o documento; e
julho de 2012, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, II - independentemente de aceitação, o processo de digitalização que
10.522, de 19 de julho de 2002, 8.934, de 18 de empregar o uso da certificação no padrão da Infraestrutura de Chaves Públi-
novembro 1994, o Decreto-Lei nº 9.760, de 5 de cas Brasileira (ICP-Brasil) terá garantia de integralidade, autenticidade e
setembro de 1946 e a Consolidação das Leis do confidecialidade para documentos públicos e privados.
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º (...)
de maio de 1943; revoga a Lei Delegada nº 4, de 26 de Art. 20. Esta Lei entra em vigor:
setembro de 1962, a Lei nº 11.887, de 24 de dezembro I - (VETADO);
de 2008, e dispositivos do Decreto-Lei nº 73, de 21 de II - na data de sua publicação, para os demais artigos.
novembro de 1966; e dá outras providências. Brasília, 20 de setembro de 2019; 198o da Independência e 131o da
República.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: JAIR MESSIAS BOLSONARO
Paulo Guedes
Art. 1º Fica instituída a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica, Luiz Henrique Mandetta
que estabelece normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de
atividade econômica e disposições sobre a atuação do Estado como agente [Diário Oficial da União, seção 1, de 20 de setembro de 2019]
normativo e regulador, nos termos do inciso IV do caput do art. 1º, do parágra-
fo único do art. 170 e do caput do art. 174 da Constituição Federal.
§ 1º O disposto nesta Lei será observado na aplicação e na interpretação LEI Nº 14.063, DE 23 DE SETEMBRO DE 2020
do direito civil, empresarial, econômico, urbanístico e do trabalho nas relações
jurídicas que se encontrem no seu âmbito de aplicação e na ordenação pública, Dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas em
inclusive sobre exercício das profissões, comércio, juntas comerciais, registros interações com entes públicos, em atos de pessoas
públicos, trânsito, transporte e proteção ao meio ambiente. jurídicas e em questões de saúde e sobre as licenças
§ 2º Interpretam-se em favor da liberdade econômica, da boa-fé e do res- de softwares desenvolvidos por entes públicos; e
peito aos contratos, aos investimentos e à propriedade todas as normas de altera a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, a Lei
ordenação pública sobre atividades econômicas privadas. nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, e a Medida
(...) Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001.
Art. 3º São direitos de toda pessoa, natural ou jurídica, essenciais para o
desenvolvimento e o crescimento econômicos do País, observado o disposto no O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
parágrafo único do art. 170 da Constituição Federal: Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
(...) CAPÍTULO I
X - arquivar qualquer documento por meio de microfilme ou por meio DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
digital, conforme técnica e requisitos estabelecidos em regulamento, hipótese Art. 1º Esta Lei dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas em
em que se equiparará a documento físico para todos os efeitos legais e para a interações com entes públicos, em atos de pessoas jurídicas e em questões de
comprovação de qualquer ato de direito público; (Regulamento) saúde e sobre as licenças de softwares desenvolvidos por entes públicos,
(...) com o objetivo de proteger as informações pessoais e sensíveis dos cidadãos,
Art. 10. A Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, passa a vigorar acrescida do com base nos incisos X e XII do caput do art. 5º da Constituição Federal e na
seguinte art. 2º-A: Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados
“Art. 2º-A. Fica autorizado o armazenamento, em meio eletrônico, óptico Pessoais), bem como de atribuir eficiência e segurança aos serviços públicos
ou equivalente, de documentos públicos ou privados, compostos por dados ou prestados sobretudo em ambiente eletrônico.
por imagens, observado o disposto nesta Lei, nas legislações específicas e no CAPÍTULO II
regulamento. DA ASSINATURA ELETRÔNICA EM INTERAÇÕES COM ENTES PÚBLICOS
§ 1º Após a digitalização, constatada a integridade do documento digital Seção I
nos termos estabelecidos no regulamento, o original poderá ser destruído, Do Objeto, do Âmbito de Aplicação e das Definições
ressalvados os documentos de valor histórico, cuja preservação observará o Art. 2º Este Capítulo estabelece regras e procedimentos sobre o
disposto na legislação específica. uso de assinaturas eletrônicas no âmbito da:
§ 2º O documento digital e a sua reprodução, em qualquer meio, realizada
de acordo com o disposto nesta Lei e na legislação específica, terão o mesmo

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I - interação interna dos órgãos e entidades da administração direta, III - a assinatura eletrônica qualificada será admitida em qualquer
autárquica e fundacional dos Poderes e órgãos constitucionalmente autônomos interação eletrônica com ente público, independentemente de
dos entes federativos; cadastramento prévio, inclusive nas hipóteses mencionadas nos incisos I e II
II - interação entre pessoas naturais ou pessoas jurídicas de direito deste parágrafo.
privado e os entes públicos de que trata o inciso I do caput deste artigo; § 2º É obrigatório o uso de assinatura eletrônica qualificada:
III - interação entre os entes públicos de que trata o inciso I do I - nos atos assinados por chefes de Poder, por Ministros de Estado
caput deste artigo. ou por titulares de Poder ou de órgão constitucionalmente autônomo de ente
Parágrafo único. O disposto neste Capítulo não se aplica: federativo;
I - aos processos judiciais; II - (VETADO);
II - à interação: III - nas emissões de notas fiscais eletrônicas, com exceção
a) entre pessoas naturais ou entre pessoas jurídicas de direito daquelas cujos emitentes sejam pessoas físicas ou Microempreendedores
privado; Individuais (MEIs), situações em que o uso torna-se facultativo;
b) na qual seja permitido o anonimato; IV - nos atos de transferência e de registro de bens imóveis,
c) na qual seja dispensada a identificação do particular; ressalvado o disposto na alínea “c” do inciso II do § 1º deste artigo;
III - aos sistemas de ouvidoria de entes públicos; V – (VETADO);
IV - aos programas de assistência a vítimas e a testemunhas VI - nas demais hipóteses previstas em lei.
ameaçadas; § 3º (VETADO).
V - às outras hipóteses nas quais deva ser dada garantia de § 4º O ente público informará em seu site os requisitos e os
preservação de sigilo da identidade do particular na atuação perante o ente mecanismos estabelecidos internamente para reconhecimento de assinatura
público. eletrônica avançada.
Art. 3º Para os fins desta Lei, considera-se: § 5º No caso de conflito entre normas vigentes ou de conflito
I - autenticação: o processo eletrônico que permite a identificação entre normas editadas por entes distintos, prevalecerá o uso de assinaturas
eletrônica de uma pessoa natural ou jurídica; eletrônicas qualificadas.
II - assinatura eletrônica: os dados em formato eletrônico que se § 6º As certidões emitidas por sistema eletrônico da Justiça
ligam ou estão logicamente associados a outros dados em formato eletrônico e Eleitoral possuem fé pública e, nos casos dos órgãos partidários, substituem
que são utilizados pelo signatário para assinar, observados os níveis de os cartórios de registro de pessoas jurídicas para constituição dos órgãos
assinaturas apropriados para os atos previstos nesta Lei; partidários estaduais e municipais, dispensados quaisquer registros em
III - certificado digital: atestado eletrônico que associa os dados de cartórios da circunscrição do respectivo órgão partidário.
validação da assinatura eletrônica a uma pessoa natural ou jurídica; Art. 6º O art. 7º da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de
IV - certificado digital ICP-Brasil: certificado digital emitido por uma 2001, passa a vigorar com a seguinte redação:
Autoridade Certificadora (AC) credenciada na Infraestrutura de Chaves “Art. 7º Compete às AR, entidades operacionalmente vinculadas a
Públicas Brasileira (ICP-Brasil), na forma da legislação vigente. determinada AC, identificar e cadastrar usuários, encaminhar solicitações de
Seção II certificados às AC e manter registros de suas operações.
Da Classificação das Assinaturas Eletrônicas Parágrafo único. A identificação a que se refere o caput deste
Art. 4º Para efeitos desta Lei, as assinaturas eletrônicas são artigo será feita presencialmente, mediante comparecimento pessoal do
classificadas em: usuário, ou por outra forma que garanta nível de segurança equivalente,
I - assinatura eletrônica simples: observadas as normas técnicas da ICP-Brasil.” (NR)
a) a que permite identificar o seu signatário; Art. 7º O § 2º do art. 10 e o § 6º do art. 32 da Lei nº 9.096, de 19 de
b) a que anexa ou associa dados a outros dados em formato setembro de 1995, passam a vigorar com a seguinte redação:
eletrônico do signatário; “Art. 10. .......................................................................................................
II - assinatura eletrônica avançada: a que utiliza certificados não ..........................................................................................................................
emitidos pela ICP-Brasil ou outro meio de comprovação da autoria e da § 2º Após o recebimento da comunicação de constituição dos
integridade de documentos em forma eletrônica, desde que admitido pelas órgãos de direção regionais e municipais, definitivos ou provisórios, o
partes como válido ou aceito pela pessoa a quem for oposto o documento, com Tribunal Superior Eleitoral, na condição de unidade cadastradora, deverá
as seguintes características: proceder à inscrição, ao restabelecimento e à alteração de dados cadastrais e
a) está associada ao signatário de maneira unívoca; da situação cadastral perante o CNPJ na Secretaria Especial da Receita
b) utiliza dados para a criação de assinatura eletrônica cujo Federal do Brasil.” (NR)
signatário pode, com elevado nível de confiança, operar sob o seu controle “Art. 32. .......................................................................................................
exclusivo; .........................................................................................................................
c) está relacionada aos dados a ela associados de tal modo que § 6º O Tribunal Superior Eleitoral, na condição de unidade
qualquer modificação posterior é detectável; cadastradora, deverá proceder à reativação da inscrição perante o CNPJ na
III - assinatura eletrônica qualificada: a que utiliza certificado digital, Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil dos órgãos partidários
nos termos do § 1º do art. 10 da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de municipais referidos no § 4º deste artigo que estejam com a inscrição baixada
2001. ou inativada, após o recebimento da comunicação de constituição de seus
§ 1º Os 3 (três) tipos de assinatura referidos nos incisos I, II e III do órgãos de direção regionais e municipais, definitivos ou provisórios.
caput deste artigo caracterizam o nível de confiança sobre a identidade e a ................................................................................................................” (NR)
manifestação de vontade de seu titular, e a assinatura eletrônica qualificada é a Seção IV
que possui nível mais elevado de confiabilidade a partir de suas normas, de Dos Atos Praticados por Particulares perante Entes Públicos
seus padrões e de seus procedimentos específicos. Art. 8º As assinaturas eletrônicas qualificadas contidas em atas
§ 2º Devem ser asseguradas formas de revogação ou de deliberativas de assembleias, de convenções e de reuniões das pessoas
cancelamento definitivo do meio utilizado para as assinaturas previstas nesta jurídicas de direito privado constantes do art. 44 da Lei nº 10.406, de 10 de
Lei, sobretudo em casos de comprometimento de sua segurança ou de janeiro de 2002 (Código Civil), devem ser aceitas pelas pessoas jurídicas de
vazamento de dados. direito público e pela administração pública direta e indireta pertencentes
Seção III aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Da Aceitação e da Utilização de Assinaturas Eletrônicas pelos Entes Públicos Art. 9º (VETADO).
Art. 5º No âmbito de suas competências, ato do titular do Poder ou Seção V
do órgão constitucionalmente autônomo de cada ente federativo estabelecerá Dos Atos Realizados durante a Pandemia
o nível mínimo exigido para a assinatura eletrônica em documentos e em Art. 10. O ato de que trata o caput do art. 5º desta Lei poderá prever nível de
interações com o ente público. assinatura eletrônica incompatível com o previsto no § 1º do art. 5º para os
§ 1º O ato de que trata o caput deste artigo observará o seguinte: atos realizados durante o período da emergência de saúde pública de
I - a assinatura eletrônica simples poderá ser admitida nas importância internacional decorrente da pandemia da Covid-19, de que trata
interações com ente público de menor impacto e que não envolvam a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, com vistas à redução de contatos
informações protegidas por grau de sigilo; presenciais ou para a realização de atos que, de outro modo, ficariam
II - a assinatura eletrônica avançada poderá ser admitida, inclusive: impossibilitados.
a) nas hipóteses de que trata o inciso I deste parágrafo; CAPÍTULO III
b) (VETADO); DA ATUAÇÃO DO COMITÊ GESTOR E DO INSTITUTO NACIONAL DE
c) no registro de atos perante as juntas comerciais; TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO PERANTE ENTES PÚBLICOS
Art. 11. (VETADO).
Art. 12. (VETADO).

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CAPÍTULO IV Art. 19. Revogam-se as alíneas “a”, “b” e “c” do caput do art. 35 da
DA ASSINATURA ELETRÔNICA EM QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973.
Art. 13. Os receituários de medicamentos sujeitos a controle especial Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
e os atestados médicos em meio eletrônico, previstos em ato do Ministério da Brasília, 23 de setembro de 2020; 199º da Independência e 132º da República.
Saúde, somente serão válidos quando subscritos com assinatura eletrônica JAIR MESSIAS BOLSONARO
qualificada do profissional de saúde. Paulo Guedes
Parágrafo único. As exigências de nível mínimo de assinatura Eduardo Pazuello
eletrônica previstas no caput deste artigo e no art. 14 desta Lei não se aplicam Walter Souza Braga Netto
aos atos internos do ambiente hospitalar.
Art. 14. Com exceção do disposto no art. 13 desta Lei, os documentos [Diário Oficial da União, seção I, de 24 de setembro de 2020]
eletrônicos subscritos por profissionais de saúde e relacionados à sua área de
atuação são válidos para todos os fins quando assinados por meio de:
I - assinatura eletrônica avançada; ou
II - assinatura eletrônica qualificada. MEDIDAS PROVISÓRIAS
Parágrafo único. Observada a legislação específica, o art. 13 desta Lei
e o caput deste artigo, ato do Ministro de Estado da Saúde ou da Diretoria MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.045-1, DE 28 DE JUNHO DE 2000
Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no âmbito de
Institui o Fundo Nacional de Segurança Pública – FNSP, suspen-
suas competências, especificará as hipóteses e os critérios para a validação dos
de temporariamente o registro de armas de fogo, e dá outras
documentos de que trata o caput deste artigo.
providências.
Art. 15. O art. 35 da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973, passa
vigorar com as seguintes alterações, numerando-se o atual parágrafo único ...
como § 1º: Art. 8º O Arquivo Nacional e a Imprensa Nacional passam a
“Art. 35. ...................................................................................................... integrar a estrutura básica da Casa Civil da Presidência da República.
a) (revogada); ...
b) (revogada); § 1º Ficam transferidos para a Casa Civil da Presidência da
c) (revogada). República o quadro de servidores e o acervo patrimonial dos órgãos referidos
I - que seja escrita no vernáculo, redigida sem abreviações e de neste artigo.
forma legível e que observe a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas ...
oficiais; Brasília, 28 de junho de 2000; 179º da Independência e 112º da
II - que contenha o nome e o endereço residencial do paciente e, República.
expressamente, o modo de usar a medicação; e
III - que contenha a data e a assinatura do profissional de saúde, o MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL
endereço do seu consultório ou da sua residência e o seu número de inscrição José Gregori
no conselho profissional.
§ 1º O receituário de medicamentos terá validade em todo o [Diário Oficial da União, de 29 de junho de 2000]
território nacional, independentemente do ente federativo em que tenha sido
emitido, inclusive o de medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial, [Nota explicativa: A Medida Provisória – MP nº 2.045-1, de 28 de
nos termos da regulação. junho de 2000, transferiu o Arquivo Nacional para a Casa Civil da
§ 2º As receitas em meio eletrônico, ressalvados os atos internos no Presidência da República. Subsequentemente, esta transferência
ambiente hospitalar, somente serão válidas se contiverem a assinatura foi regida pela MP nº 2.049-20, de 29 de junho de 2000. Finalmente,
esta disposição é consolidada pela Lei nº 10.683, de 28 de maio de
eletrônica avançada ou qualificada do profissional e atenderem aos requisitos
2003, alterada pela Lei nº 10.869, de 13 de maio de 2004. O Decreto
de ato da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
nº 7.430, de 17 de janeiro de 2011, transfere o Arquivo Nacional e o
(Anvisa) ou do Ministro de Estado da Saúde, conforme as respectivas
Conselho Nacional de Arquivos-CONARQ da Casa Civil da
competências.
Presidência da República para o Ministério da Justiça]
§ 3º É obrigatória a utilização de assinaturas eletrônicas qualificadas
para receituários de medicamentos sujeitos a controle especial e para atestados
médicos em meio eletrônico.” (NR) MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.049-20, DE 29 DE JUNHO DE 2000
CAPÍTULO V
DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E DE COMUNICAÇÃO DOS ENTES PÚBLICOS Altera dispositivos da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, que
Art. 16. Os sistemas de informação e de comunicação desenvolvidos dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos
exclusivamente por órgãos e entidades da administração direta, autárquica e Ministérios, e dá outras providências.
fundacional dos Poderes e órgãos constitucionalmente autônomos dos entes
federativos são regidos por licença de código aberto, permitida a sua utilização, O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de
cópia, alteração e distribuição sem restrições por todos os órgãos e entidades Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 62 da
abrangidos por este artigo. Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
§ 1º O disposto no caput deste artigo aplica-se, inclusive, aos
sistemas de informação e de comunicação em operação na data de entrada em Art. 1º A Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, passa a vigorar com as
vigor desta Lei. seguintes alterações:
§ 2º Não estão sujeitos ao disposto neste artigo: ...
I - os sistemas de informação e de comunicação cujo código-fonte “Art. 2º À Casa Civil da Presidência da República compete assistir
possua restrição de acesso à informação, nos termos do Capítulo IV da Lei nº direta e imediatamente ao Presidente da República no desempenho de suas
12.527, de 18 de novembro de 2011; atribuições, especialmente na coordenação e na integração das ações do
II - os dados armazenados pelos sistemas de informação e de Governo, na verificação prévia da constitucionalidade e legalidade dos atos
comunicação; presidenciais, na análise do mérito, da oportunidade e da compatibilidade
III - os componentes de propriedade de terceiros; e das propostas com as diretrizes governamentais, na publicação e
IV - os contratos de desenvolvimento de sistemas de informação e preservação dos atos oficiais, bem assim supervisionar e executar as
de comunicação que tenham sido firmados com terceiros antes da data de atividades administrativas da Presidência da República e supletivamente da
entrada em vigor desta Lei e que contenham cláusula de propriedade Vice-Presidência da República, tendo como estrutura básica o Conselho do
intelectual divergente do disposto no caput deste artigo. Programa Comunidade Solidária, o Conselho Deliberativo do Sistema de
CAPÍTULO VI Proteção da Amazônia, o Arquivo Nacional, a Imprensa Nacional, o Gabinete,
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS duas Secretarias, sendo uma Executiva, até duas Subchefias, e um órgão de
Art. 17. O disposto nesta Lei não estabelece obrigação aos órgãos e Controle Interno.” (NR)
entidades da administração direta, indireta, autárquica e fundacional dos
Poderes e órgãos constitucionalmente autônomos dos entes federativos de "Art. 18
disponibilizarem mecanismos de comunicação eletrônica em todas as hipóteses ...
III - para a Casa Civil da Presidência da República:
de interação com pessoas naturais ou jurídicas.
...
Art. 18. Os sistemas em uso na data de entrada em vigor desta Lei
a) do Departamento de Imprensa Nacional;
que utilizem assinaturas eletrônicas e que não atendam ao disposto no art. 5º
b) do Arquivo Nacional;
desta Lei serão adaptados até 1º de julho de 2021.
...

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Brasília, 29 de junho de 2000; 179º da Independência e 112º da VI - aprovar políticas de certificados, práticas de certificação e
República. regras operacionais, credenciar e autorizar o funcionamento das AC e das AR,
[Nota explicativa: O Decreto nº 7.430, de 17 de janeiro de 2011, transfere o bem como autorizar a AC Raiz a emitir o correspondente certificado;
Arquivo Nacional e o Conselho Nacional de Arquivos-CONARQ da Casa Civil da VII - identificar e avaliar as políticas de ICP externas, negociar e
Presidência da República para o Ministério da Justiça] aprovar acordos de certificação bilateral, de certificação cruzada, regras de
interoperabilidade e outras formas de cooperação internacional, certificar,
MARCO ANTONIO DE OLIVEIRA MACIEL quando for o caso, sua compatibilidade com a ICP-Brasil, observado o
Pedro Parente disposto em tratados, acordos ou atos internacionais; e
VIII - atualizar, ajustar e revisar os procedimentos e as práticas
[Diário Oficial da União, de 30 de junho de 2000] estabelecidas para a ICP-Brasil, garantir sua compatibilidade e promover a
atualização tecnológica do sistema e a sua conformidade com as políticas de
[Nota explicativa: A Medida Provisória – MP nº 2.045-1, de 28 de segurança.
junho de 2000, transferiu o Arquivo Nacional para a Casa Civil da Parágrafo único. O Comitê Gestor poderá delegar atribuições à AC
Presidência da República. Subsequentemente, esta transferência foi Raiz.
regida pela MP nº 2.049-20, de 29 de junho de 2000. Finalmente, esta Art. 5º À AC Raiz, primeira autoridade da cadeia de certificação,
disposição é consolidada pela Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, executora das Políticas de Certificados e normas técnicas e operacionais
alterada pela Lei nº 10.869, de 13 de maio de 2004. O Decreto nº 7.430, aprovadas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil, compete emitir, expedir,
de 17 de janeiro de 2011, transfere o Arquivo Nacional e o Conselho distribuir, revogar e gerenciar os certificados das AC de nível imediatamente
Nacional de Arquivos-CONARQ da Casa Civil da Presidência da subsequente ao seu, gerenciar a lista de certificados emitidos, revogados e
República para o Ministério da Justiça ] vencidos, e executar atividades de fiscalização e auditoria das AC e das AR e
dos prestadores de serviço habilitados na ICP, em conformidade com as
diretrizes e normas técnicas estabelecidas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil, e
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.200, DE 28 DE JUNHO DE 2001 exercer outras atribuições que lhe forem cometidas pela autoridade gestora
de políticas.
Institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, Parágrafo único. É vedado à AC Raiz emitir certificados para o
e dá outras providências. usuário final.
Art. 6º Às AC, entidades credenciadas a emitir certificados digitais
[Essa Medida Provisória é convalidada pela Medida Provisória 2.200-2, de vinculando pares de chaves criptográficas ao respectivo titular, compete
24 de agosto de 2001] emitir, expedir, distribuir, revogar e gerenciar os certificados, bem como
colocar à disposição dos usuários listas de certificados revogados e outras
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.200-2, DE 24 DE AGOSTO DE 2001 informações pertinentes e manter registro de suas operações.
Parágrafo único. O par de chaves criptográficas será gerado
Institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, sempre pelo próprio titular e sua chave privada de assinatura será de seu
transforma o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em exclusivo controle, uso e conhecimento.
autarquia, e dá outras providências. Art. 7º Compete às AR, entidades operacionalmente vinculadas a
determinada AC, identificar e cadastrar usuários, encaminhar solicitações de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere certificados às AC e manter registros de suas operações.
o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Parágrafo único. A identificação a que se refere o caput deste
Art. 1º Fica instituída a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - artigo será feita presencialmente, mediante comparecimento pessoal do
ICP-Brasil, para garantir a autenticidade, a integridade e a validade jurídica de usuário, ou por outra forma que garanta nível de segurança equivalente,
documentos em forma eletrônica, das aplicações de suporte e das aplicações observadas as normas técnicas da ICP-Brasil.” (NR) Redação dada pela Lei
habilitadas que utilizem certificados digitais, bem como a realização de nº 14.063, de 23 de setembro de 2020.
transações eletrônicas seguras. Art. 8º Observados os critérios a serem estabelecidos pelo Comitê
Art. 2º A ICP-Brasil, cuja organização será definida em regulamento, Gestor da ICP-Brasil, poderão ser credenciados como AC e AR os órgãos e as
será composta por uma autoridade gestora de políticas e pela cadeia de entidades públicos e as pessoas jurídicas de direito privado.
autoridades certificadoras composta pela Autoridade Certificadora Raiz - AC Art. 9º É vedado a qualquer AC certificar nível diverso do
Raiz, pelas Autoridades Certificadoras - AC e pelas Autoridades de Registro - AR. imediatamente subsequente ao seu, exceto nos casos de acordos de
Art. 3º A função de autoridade gestora de políticas será exercida pelo certificação lateral ou cruzada, previamente aprovados pelo Comitê Gestor
Comitê Gestor da ICP-Brasil, vinculado à Casa Civil da Presidência da República da ICP-Brasil.
e composto por cinco representantes da sociedade civil, integrantes de setores Art. 10. Consideram-se documentos públicos ou particulares, para
interessados, designados pelo Presidente da República, e um representante de todos os fins legais, os documentos eletrônicos de que trata esta Medida
cada um dos seguintes órgãos, indicados por seus titulares: Provisória.
I - Ministério da Justiça; § 1º As declarações constantes dos documentos em forma
II - Ministério da Fazenda; eletrônica produzidos com a utilização de processo de certificação
III - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; disponibilizado pela ICP-Brasil presumem-se verdadeiros em relação aos
IV - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; signatários, na forma do art. 131 da Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916 -
V - Ministério da Ciência e Tecnologia; Código Civil.
VI - Casa Civil da Presidência da República; e § 2º O disposto nesta Medida Provisória não obsta a utilização de
VII - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da outro meio de comprovação da autoria e integridade de documentos em
República. forma eletrônica, inclusive os que utilizem certificados não emitidos pela
§ 1º A coordenação do Comitê Gestor da ICP-Brasil será exercida pelo ICP-Brasil, desde que admitido pelas partes como válido ou aceito pela
representante da Casa Civil da Presidência da República. pessoa a quem for oposto o documento.
§ 2º Os representantes da sociedade civil serão designados para Art. 11. A utilização de documento eletrônico para fins tributários
períodos de dois anos, permitida a recondução. atenderá, ainda, ao disposto no art. 100 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de
§ 3º A participação no Comitê Gestor da ICP-Brasil é de relevante 1966 - Código Tributário Nacional.
interesse público e não será remunerada. Art. 12. Fica transformado em autarquia federal, vinculada ao
§ 4º O Comitê Gestor da ICP-Brasil terá uma Secretaria-Executiva, na Ministério da Ciência e Tecnologia, o Instituto Nacional de Tecnologia da
forma do regulamento. Informação - ITI, com sede e foro no Distrito Federal.
Art. 4º Compete ao Comitê Gestor da ICP-Brasil: Art. 13. O ITI é a Autoridade Certificadora Raiz da Infraestrutura
I - adotar as medidas necessárias e coordenar a implantação e o de Chaves Públicas Brasileira.
funcionamento da ICP-Brasil; Art. 14. No exercício de suas atribuições, o ITI desempenhará
II - estabelecer a política, os critérios e as normas técnicas para o atividade de fiscalização, podendo ainda aplicar sanções e penalidades, na
credenciamento das AC, das AR e dos demais prestadores de serviço de suporte forma da lei.
à ICP-Brasil, em todos os níveis da cadeia de certificação; Art. 15. Integrarão a estrutura básica do ITI uma Presidência, uma
III - estabelecer a política de certificação e as regras operacionais da Diretoria de Tecnologia da Informação, uma Diretoria de Infraestrutura de
AC Raiz; Chaves Públicas e uma Procuradoria-Geral.
IV - homologar, auditar e fiscalizar a AC Raiz e os seus prestadores Parágrafo único. A Diretoria de Tecnologia da Informação poderá
de serviço; ser estabelecida na cidade de Campinas, no Estado de São Paulo.
V - estabelecer diretrizes e normas técnicas para a formulação de Art. 16. Para a consecução dos seus objetivos, o ITI poderá, na
políticas de certificados e regras operacionais das AC e das AR e definir níveis forma da lei, contratar serviços de terceiros.
da cadeia de certificação; § 1º O Diretor-Presidente do ITI poderá requisitar, para ter
exercício exclusivo na Diretoria de Infraestrutura de Chaves Públicas, por

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período não superior a um ano, servidores, civis ou militares, e empregados de Averiguação e Análise de Informações Sigilosas para que reveja a decisão de
órgãos e entidades integrantes da Administração Pública Federal direta ou ressalva a acesso de documento público classificado no mais alto grau de
indireta, quaisquer que sejam as funções a serem exercidas. sigilo, por aplicação do disposto na parte final do inciso XXXIII do art. 5º da
§ 2º Aos requisitados nos termos deste artigo serão assegurados Constituição.
todos os direitos e vantagens a que façam jus no órgão ou na entidade de § 3° Nas hipóteses a que se referem os §§ 1º e 2º, a Comissão de
origem, considerando-se o período de requisição para todos os efeitos da vida Averiguação e Análise de Informações Sigilosas decidirá pela:
funcional, como efetivo exercício no cargo, posto, graduação ou emprego que I - autorização de acesso livre ou condicionado ao documento; ou
ocupe no órgão ou na entidade de origem. II - permanência da ressalva ao seu acesso, enquanto for
Art. 17. Fica o Poder Executivo autorizado a transferir para o ITI: imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
I - os acervos técnico e patrimonial, as obrigações e os direitos do § 4° Os documentos públicos que deixarem de ser classificados no
Instituto Nacional de Tecnologia da Informação do Ministério da Ciência e mais alto grau de sigilo, mas que contenham informações relacionadas à
Tecnologia; intimidade, vida privada, honra e imagem de pessoas, terão, em face do
II - remanejar, transpor, transferir, ou utilizar, as dotações disposto no inciso X do art. 5º da Constituição, o acesso a essas informações
orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária de 2001, consignadas ao restrito, no prazo de que trata o § 3º do art. 23 da Lei nº 8.159, de 1991, à
Ministério da Ciência e Tecnologia, referentes às atribuições do órgão ora pessoa diretamente interessada ou, em se tratando de morto ou ausente, ao
transformado, mantida a mesma classificação orçamentária, expressa por seu cônjuge, ascendentes ou descendentes.
categoria de programação em seu menor nível, observado o disposto no § 2º do Art. 6° Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua
art. 3º da Lei nº 9.995, de 25 de julho de 2000, assim como o respectivo publicação.
detalhamento por esfera orçamentária, grupos de despesa, fontes de recursos, Brasília, 9 de dezembro de 2004; 183º da Independência e 116º da
modalidades de aplicação e identificadores de uso. República.
Art. 18. Enquanto não for implantada a sua Procuradoria Geral, o ITI LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
será representado em juízo pela Advocacia Geral da União. Márcio Thomaz Bastos
Art. 19. Ficam convalidados os atos praticados com base na Medida José Dirceu de Oliveira e Silva
Provisória nº 2.200-1, de 27 de julho de 2001. Jorge Armando Félix
Art. 20. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua Álvaro Augusto Ribeiro Costa
publicação.
Brasília, 24 de agosto de 2001; 180º da Independência e 113º da [Diário Oficial da União, de 10 de dezembro de 2004]
República.
MEDIDA PROVISÓRIA Nº 983, DE 16 DE JUNHO DE 2020
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
José Gregori Dispõe sobre as assinaturas eletrônicas em
Martus Tavares comunicações com entes públicos e em questões de
Ronaldo Mota Sardenberg saúde e sobre as licenças de softwares desenvolvidos
Pedro Parente por entes públicos.
[Convertida na Lei nº 14.063, de 23 de setembro de
[Diário Oficial da União, de 27 de agosto de 2001] 2020]

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 228, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2004 DECRETOS


[Convertida na Lei Nº 11.111, de 5 de maio de 2005] DECRETO Nº 82.590, DE 06 DE NOVEMBRO DE 1978
[V. tb. Decreto 4.301, de 9 de dezembro de 2004]
Regulamenta a Lei nº 6.546, de 4 de julho de 1978, que
Regulamenta a parte final do disposto no inciso XXXIII do art. 5º dispõe sobre a regulamentação das profissões de
da Constituição e dá outras providências. Arquivista e de técnico de Arquivo.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , usando da atribuição que lhe
o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: confere o artigo 81, item III, da Constituição, e tendo em vista o disposto no
artigo 7º, da Lei nº 6.546, de 4 de julho de 1978,
Art. 1° Esta Medida Provisória regulamenta a parte final do disposto DECRETA:
no inciso XXXIII do art. 5º da Constituição. Art. 1º O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de
Art. 2° Exclusivamente nas hipóteses em que o sigilo dos Arquivo, com as atribuições estabelecidas nos artigos 2º e 3º deste Decreto, só
documentos públicos de interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, será permitido:
seja ou permaneça imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, o seu I - aos diplomados no Brasil por curso superior de Arquivologia,
acesso será ressalvado, nos termos do disposto na parte final do inciso XXXIII reconhecido na forma da lei;
do art. 5º da Constituição. II - aos diplomados no exterior por cursos superiores de
Art. 3° Os documentos públicos que contenham informações cujo Arquivologia, cujos diplomas sejam revalidados no Brasil na forma da lei;
sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado poderão ser III - aos Técnicos de Arquivo portadores de certificados de
classificados no mais alto grau de sigilo, conforme regulamento. conclusão de ensino de 2º grau;
Art. 4° O Poder Executivo instituirá, no âmbito da Casa Civil da IV - aos que, embora não habilitados nos termos dos itens
Presidência da República, Comissão de Averiguação e Análise de Informações anteriores, contem, em 5 de julho de 1978, pelo menos, cinco anos
Sigilosas, com a finalidade de decidir pela aplicação da ressalva prevista na ininterruptos de atividade ou dez intercalados, nos campos profissionais da
parte final do inciso XXXIII do art. 5° da Constituição. Arquivologia ou da Técnica de Arquivo;
Parágrafo único. Os Poderes Legislativo e Judiciário, o Ministério V - aos portadores de certificado de conclusão de curso de 2º grau
Público da União e o Tribunal de Contas da União estabelecerão normas que recebam treinamento específico em técnicas de arquivo em curso
próprias para a proteção das informações por eles produzidas, cujo sigilo seja ministrado por entidades credenciadas pelo Conselho Federal de Mão de
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem assim a possibilidade obra, do Ministério do Trabalho, com carga horária mínima de 1.110 horas
de seu acesso quando cessar a necessidade de manutenção desse sigilo, nos nas disciplinas específicas.
termos da parte final do inciso XXXIII do art. 5° da Constituição. Art. 2º São atribuições dos Arquivistas:
Art. 5° O acesso aos documentos públicos classificados no mais alto I - planejamento, organização e direção de serviços de Arquivo;
grau de sigilo poderá ser restringido pelo prazo e prorrogação previstos no § 2º II - planejamento, orientação e acompanhamento do processo
do art. 23 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. documental e informativo;
§ 1° Vencido o prazo ou sua prorrogação de que trata o caput, os III - planejamento, orientação e direção das atividades de
documentos classificados no mais alto grau de sigilo tornar-se-ão de acesso identificação das espécies documentais e participação no planejamento de
público, podendo, todavia, a autoridade competente para dispor sobre a novos documentos e controle de multicópias;
matéria provocar, de modo justificado, a manifestação da Comissão de IV - planejamento, organização e direção de serviços ou centros
Averiguação e Análise de Informações Sigilosas para que avalie, antes de ser de documentação e informação constituídos de acervos arquivísticos e
autorizado qualquer acesso ao documento, se ele, uma vez acessado, não mistos;
afrontará a segurança da sociedade e do Estado, na forma da ressalva prevista V - planejamento, organização e direção de serviços de
na parte final do inciso XXXIII do art. 5º da Constituição. microfilmagem aplicada aos arquivos;
§ 2° Qualquer pessoa que demonstre possuir efetivo interesse VI - orientação do planejamento da automação aplicada aos
poderá provocar, no momento que lhe convier, a manifestação da Comissão de arquivos;

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VII - orientação quanto à classificação, arranjo e descrição de CONSIDERANDO:
documentos; a) que, no relacionamento da Administração com seus servidores
VIII - orientação da avaliação e seleção de documentos, par fins de e com o público deve prevalecer o princípio da presunção da veracidade, que
preservação; consiste em acreditar-se, até prova em contrário, que as pessoas estão
IX - promoção de medidas necessárias à conservação de documentos; dizendo a verdade;
X - elaboração de pareceres e trabalhos de complexidade sobre b) que a excessiva exigência de prova documental constitui um
assuntos arquivísticos; dos entraves à pronta solução dos assuntos que tramitam nos órgãos e
XI - assessoramento aos trabalhos de pesquisa científica ou técnico- entidades da Administração Federal;
administrativa; c) que as despesas com a obtenção de documentos oneram mais
XII - desenvolvimento de estudos sobre documentos culturalmente pesadamente as classes de menor renda;
importantes. d) que, em troca da simplificação processual e da agilização das
Art. 3º - São atribuições dos Técnicos de Arquivo: soluções, cumpre aceitar-se, conscientemente, o risco calculado da confiança,
I - recebimento, registro e distribuição dos documentos, bem como uma vez que os casos de fraude não representam regra, mas exceção, e não
controle de sua movimentação; são impedidos pela prévia e sistemática exigência de documentação;
II - classificação, arranjo, descrição e execução de demais tarefas e) que a falsidade documental e o estelionato, em todas as suas
necessárias à guarda e conservação dos documentos, assim como prestação de modalidades, constituem crime de ação pública punível na forma Código
informações relativas aos mesmos; Penal; pelo que se torna dispensável qualquer precaução administrativa que,
III - preparação de documentos de arquivo para microfilmagem e a seu turno, não elide a ação penal;
conservação e utilização de microfilme; DECRETA:
IV - preparação de documentos de arquivo para processamento Art. 1º Fica abolida, nos órgãos e entidades da Administração
eletrônico de dados; Federal, Direta e Indireta, a exigência de apresentação dos seguintes
Art. 4º O exercício das profissões de Arquivista e de Técnico de atestados, aceitando-se em substituição a declaração do interessado ou
Arquivo, depende de registro na Delegacia Regional do Trabalho do Ministério procurador bastante:
do Trabalho. [*] I - atestado de vida;
Art. 5º O regime a que se refere o artigo anterior será efetuado a II - atestado de residência;
requerimento do interessado, instruído com os seguintes documentos: III - atestado de pobreza;
I - para Arquivista: IV - atestado de dependência econômica;
a) diploma mencionado no item I ou no item II do artigo 1º; ou V - atestado de idoneidade moral;
documentos comprobatórios de atividade profissional de Arquivista, incluindo VI - atestado de bons antecedentes.
as de magistério no campo de Arquivologia, durante cinco anos ininterruptos Art.2º As declarações feitas perante os órgãos ou entidades da
ou dez intercalados, até 5 de julho de 1978; Administração Federal Direta e Indireta serão suficientes, salvo quando a
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social. exigência de prova documental constar expressamente de lei, e reputar-se-
II - para Técnico de Arquivos: ão verdadeiras até prova em contrário.
a) certificado mencionado no item III do artigo 1º; ou certificado de Art.3º Havendo fundadas razões de dúvida quanto à identidade do
conclusão de curso de treinamento específico previsto no item V do artigo 1º; declarante ou à veracidade das declarações, serão desde logo solicitadas ao
ou documentos comprobatórios do exercício das atividades mencionadas no interessado providências para que a dúvida seja dirimida, anotando-se a
art. 3º, durante cinco anos ininterruptos, até 5 de julho de 1978; circunstância no processo.
b) Carteira de Trabalho e Previdência Social. Art.4º Quando a apresentação de documento decorrer de dispositivo legal
§ 1º - O requerimento mencionado neste artigo deverá conter, além expresso ou do disposto no artigo anterior, o servidor anotará os elementos
do nome do interessado, a filiação, o local e data de nascimento, o estado civil, essenciais do documento, restituindo-o em seguida ao interessado.
os endereços residencial e profissional, o número da Carteira de Identidade, Art. 5º A juntada de documento, quando decorrente de dispositivo
seu órgão expedidor e a data, e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas legal expresso, poderá ser feita por cópia autenticada, dispensada nova
Físicas do Ministério da Fazenda. conferência com o documento original.
§ 2º - Para comprovação das atividades profissionais de Arquivista e Parágrafo único. A autenticação poderá ser feita, mediante cotejo
de Técnico de Arquivo, durante o período mencionado no item IV do artigo 1º, da cópia com o original pelo próprio servidor a quem o documento deva ser
o interessado deverá juntar documentos que demonstrem, irrefutavelmente, o apresentado, se não houver sido anteriormente feita por tabelião.
exercício. Art. 6º As exigências necessárias à instrução do requerido serão
Art. 6º - O exercício da profissão de Técnico de Arquivo, com as feitas desde logo e de uma só vez ao interessado, justificando-se exigência
atribuições previstas no artigo 3º e dispensa do certificado de conclusão de posterior apenas em caso de dúvida superveniente.
ensino de 2º grau, depende de registro provisório na Delegacia Regional do Art. 7º Não será exigida prova de fato já comprovado pela
Trabalho, do Ministério do Trabalho. apresentação de outro documento válido, seja por dele constar
§ 1º - O registro provisório de que trata este artigo terá validade de 5 expressamente, seja por necessário à sua obtenção.
anos, podendo ser esse prazo prorrogado, por ato do Ministro do Trabalho, Art. 8º Para complementar informações ou solicitar
caso comprove a inexistência de cursos em determinadas cidades ou regiões. esclarecimentos, a comunicação entre o órgão e o interessado poderá ser
§ 2º - O registro provisório será efetuado a requerimento do feita por qualquer meio: comunicação oral, direta ou telefônica,
interessado, instruído com a Carteira de Trabalho e Previdência Social e correspondência, telegrama ou telex, registrando-se a circunstância no
declaração, do empregador ou da empresa interessada na sua contratação, de processo, caso necessário.
que se encontra desempenhando ou em condições de desempenhar as Art. 9º Nenhum assunto deixará de ter andamento por ter sido
atribuições previstas no artigo 3º. dirigido ou apresentado a setor incompetente para apreciá-lo, cabendo a este
Art. 7º - Não será permitido o exercício das profissões de Arquivista promover de imediato o seu correto encaminhamento.
e de Técnico de Arquivo aos concluintes de cursos resumidos, simplificados ou Art. 10 Para controle e correção de eventuais abusos decorrentes
intensivos, de férias, por correspondência ou avulsos. da simplificação de exigências de que trata este Decreto, os órgãos e
Art. 8º - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, entidades intensificarão as atividades de fiscalização "a posteriori", por
revogadas as disposições em contrário. amostragem e outros meios estatísticos de controle de desempenho,
Brasília, DF, em 06 de novembro de 1978; 157º da Independência e concentrando-se especialmente na identificação dos casos de irregularidade.
90º da República. Parágrafo único. Verificada em qualquer tempo a ocorrência de
ERNESTO GEISEL fraude ou falsidade em prova documental ou declaração do interessado, a
Arnaldo Prieto exigência será considerada como não satisfeita e sem efeito o ato praticado
em consequência de sua apresentação ou juntada, devendo o órgão ou
[Diário Oficial da União, de 07 de novembro de 1978] entidade dar conhecimento do fato à autoridade competente, dentro de 5
(cinco) dias, para instauração de processo criminal.
Art.11 Dentro de 60 (sessenta) dias, contados da publicação deste
DECRETO Nº 83.936, DE 6 DE SETEMBRO DE 1979 decreto, os órgãos e entidades da Administração Federal Direta e Indireta
identificarão na legislação, na regulamentação e em normas internas,
Simplifica exigências de documentos e dá outras relativas à sua área de competência, as disposições de que resulte exigência
providências. de prova documental excessiva ou redundante e proporão ao respectivo
Ministro de Estado as alterações necessárias para adaptá-las à orientação
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe fixada neste Decreto e no Programa Nacional de Desburocratização instituído
confere o artigo 81, itens III e V, da Constituição, tendo em vista o disposto no pelo Decreto nº 83.740, de 18 de julho de corrente ano.
artigo 14 do Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e no Decreto nº Art. 12 Os órgãos e entidades darão execução imediata ao disposto
83.740, de 18 de julho de 1979, que instituiu o Programa Nacional de no presente decreto, independente das medidas previstas no artigo anterior.
Desburocratização, e, Art. 13 Ao Ministro Extraordinário para a Desburocratização

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caberá: microfilmadas.
I - receber, examinar e coordenar as propostas de alterações Art. 7° Na microfilmagem de documentos cada série será sempre
encaminhadas pelos Ministros de Estado em consequência do que determina o precedida de imagem de abertura, com os seguintes elementos:
artigo 11; I - identificação do detentor dos documentos a serem
II - submeter à consideração do Presidente da República os projetos microfilmados;
de decretos e anteprojetos de lei que consubstanciem as aludidas alterações, II - número do microfilme, se for o caso;
inclusive os de sua própria iniciativa; III - local e a data da microfilmagem;
III - Orientar e acompanhar a execução das medidas constantes IV - registro no Ministério da Justiça;
deste decreto, assim como dirimir as dúvidas a propósito suscitadas. V - ordenação, identificação e resumo da série de documentos a
Art.14. Este decreto revoga quaisquer disposições em contrário serem microfilmados;
constante de decretos, regulamentos ou normas internas em vigor no âmbito VI - menção, quando for o caso, de que a série de documentos a
da Administração Federal Direta e Indireta. serem microfilmados é continuação da série contida em microfilme anterior;
Art.15. Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação. VII - identificação do equipamento utilizado, da unidade filmada e
Brasília, 06 de setembro de 1979; 158º da Independência e 91º da do grau de redução;
República. VIII - nome por extenso, qualificação funcional, se for o caso, e
JOÃO FIGUEIREDO assinatura do detentor dos documentos a serem microfilmados;
Hélio Beltrão IX - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.
[Diário Oficial da União, de 10 de setembro de 1979] Art. 8° No final da microfilmagem de cada série será sempre
reproduzida a imagem de encerramento, imediatamente após o último
documento, com os seguintes elementos:
DECRETO Nº 1.173, DE 29 DE JUNHO DE 1994 I - identificação do detentor dos documentos microfilmados;
II - informações complementares relativas ao item V do artigo 6
Dispõe sobre a competência, organização e funcionamento deste Decreto;
do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) e do Sistema III - termo de encerramento atestando a fiel observância às
Nacional de Arquivos (SINAR) e dá outras providências. disposições do presente Decreto;
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.073 DE 03 DE JANEIRO DE 2002] IV - menção, quando for o caso, de que a série de documentos
microfilmados continua em microfilme posterior;
DECRETO Nº 1.461, DE 25 DE ABRIL DE 1995 V - nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do
responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.
Altera os arts. 3º e 7º do Decreto nº 1.173, de 29 de junho de Art. 9° Os documentos da mesma série ou sequência,
1994, que dispõe sobre a competência, organização e eventualmente omitidos quando da microfilmagem, ou aqueles cujas
funcionamento do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) imagens não apresentarem legibilidade, por falha de operação ou por
e do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR). problema técnico, serão reproduzidos posteriormente, não sendo permitido
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.073 DE 03 DE JANEIRO DE 2002] corte ou inserção no filme original.
§ 1° A microfilmagem destes documentos será precedida de uma
DECRETO Nº 1.799, DE 30 DE JANEIRO DE 1996 imagem de observação, com os seguintes elementos:
a) identificação do microfilme, local e data;
Regulamenta a Lei n° 5433, de 8 de maio de 1968, que b) descrição das irregularidades constatadas;
regula a microfilmagem de documentos oficiais, e dá c) nome por extenso, qualificação funcional e assinatura do
outras providências. responsável pela unidade, cartório ou empresa executora da microfilmagem.
§ 2° É obrigatório fazer indexação remissiva para recuperar as
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe informações e assegurar a localização dos documentos.
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição e tendo em vista o disposto no art. § 3° Caso a complementação não satisfaça os padrões de qualidade
3° da Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968 exigidos, a microfilmagem dessa série de documentos deverá ser repetida
Decreta: integralmente.
Art. 1° A microfilmagem, em todo território nacional, autorizada Art. 10 Para o processamento dos filmes serão utilizados
pela Lei n° 5.433, de 8 de maio de 1968, abrange a dos documentos oficiais ou equipamentos e técnicas que assegurem ao filme alto poder de definição,
públicos, de qualquer espécie e em qualquer suporte, produzidos e recebidos densidade uniforme e durabilidade.
pelos órgãos dos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo, da Administração Art. 11 Os documentos, em tramitação ou em estudo, poderão, a
Indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como critério da autoridade competente, ser microfilmados, não sendo permitida a
a dos documentos particulares ou privados, de pessoas físicas ou jurídicas. sua eliminação até a definição de sua destinação final.
Art. 2° A emissão de cópias, traslados e certidões extraídas de Art. 12 A eliminação de documentos, após a microfilmagem, dar-
microfilmes, bem assim a autenticação desses documentos, para que possam se-á por meios que garantam sua inutilização, sendo a mesma precedida de
produzir efeitos legais, em juízo ou fora dele, é regulada por este Decreto. lavratura de termo próprio e após a revisão e a extração de filme cópia.
Art. 3° Entende-se por microfilme, para fins deste Decreto, o Parágrafo único. A eliminação de documentos oficiais ou públicos
resultado do processo de reprodução em filme, de documentos, dados e só deverá ocorrer se a mesma estiver prevista na tabela de temporalidade do
imagens, por meios fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de redução. órgão, aprovada pela autoridade competente na esfera de atuação do mesmo
Art. 4° A microfilmagem será feita em equipamentos que garantam e respeitado o disposto no art. 9° da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
a fiel reprodução das informações, sendo permitida a utilização de qualquer Art. 13. Os documentos oficiais ou públicos, com valor de guarda
microforma. permanente, não poderão ser eliminados após a microfilmagem, devendo ser
Parágrafo único. Em se tratando da utilização de microfichas, além recolhidos ao arquivo público de sua esfera de atuação ou preservados pelo
dos procedimentos previstos neste Decreto, tanto a original como a cópia terão, próprio órgão detentor.
na sua parte superior, área reservada a titulação, a identificação e a numeração Art. 14. Os traslados, as certidões e as cópias em papel ou em filme
sequencial legíveis com a vista desarmada, bem como fotogramas destinados à de documentos microfilmados, para produzirem efeitos legais em juízo ou
indexação. fora dele, terão que ser autenticados pela autoridade competente detentora
Art. 5° A microfilmagem, de qualquer espécie, será feita sempre em do filme original.
filme original, com o mínimo de 180 linhas por milímetro de definição, § 1° Em se tratando de cópia em filme, extraída de microfilmes de
garantida a segurança e qualidade de imagem e de reprodução. documentos privados, deverá ser emitido termo próprio, no qual deverá
§ 1° Será obrigatória, para efeito de segurança, a extração de filme constar que o filme que o acompanha é cópia fiel do filme original, cuja
cópia, do filme original. autenticação far-se-á nos cartórios que satisfizerem os requisitos
§ 2° Fica vedada a utilização de filmes atualizáveis de qualquer tipo, especificados no artigo seguinte.
tanto para a confecção do original como para a extração de cópias. § 2° Em se tratando de cópia em papel, extraída de microfilmes de
§ 3° O armazenamento do filme original deverá ser feito em local documentos privados, a autenticação far-se-á por meio de carimbo aposto,
diferente do seu filme cópia. em cada folha, nos cartórios que satisfizerem os requisitos especificados no
Art. 6° Na microfilmagem poderá ser utilizado qualquer grau de artigo seguinte.
redução, garantida a legibilidade e a qualidade de reprodução. § 3° A cópia em papel, de que trata o parágrafo anterior, poderá
Parágrafo único. Quando se tratar de original cujo tamanho ser extraída utilizando-se qualquer meio de reprodução, desde que seja
ultrapasse a dimensão máxima do campo fotográfico do equipamento em uso, a assegurada a sua fidelidade e qualidade de leitura.
microfilmagem poderá ser feita por etapas, sendo obrigatória a repetição de Art. 15 A microfilmagem de documentos poderá ser feita por
uma parte da imagem anterior na imagem subsequente, de modo que se possa empresas e cartórios habilitados nos termos deste Decreto.
identificar, por superposição, a continuidade entre as seções adjacentes Parágrafo único. Para exercer a atividade de microfilmagem de

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documentos, as empresas e cartórios a que se refere este artigo, além da
legislação a que estão sujeitos, deverão requerer registro no Ministério da Promulga a Convenção da UNIDROIT sobre Bens
Justiça e sujeitar-se à fiscalização que por este será exercida quanto ao Culturais Furtados ou Ilicitamente Exportados,
cumprimento do disposto no presente Decreto. (Revogado pelo Decreto nº concluída em Roma, em 24 de junho de 1995.
10.148, de 2019)
Art. 16 As empresas e os cartórios, que se dedicarem à O PRESIDENTE DA REPUBLICA, no uso da atribuição que lhe
microfilmagem de documentos de terceiros, fornecerão, obrigatoriamente, um confere o art. 84, inciso VIII, da Constituição,
documento de garantia, declarando: Considerando que a Convenção da UNIDROIT sobre Bens Culturais
I - que a microfilmagem foi executada de acordo com o disposto Furtados ou Ilicitamente Exportados foi concluída em Roma, em 24 de junho
neste Decreto; de 1995;
II - que se responsabilizam pelo padrão de qualidade do serviço Considerando que o Congresso Nacional aprovou o Ato
executado; multilateral em epígrafe por meio do Decreto Legislativo nº 4, de 21 de
III - que o usuário passa a ser responsável pelo manuseio e janeiro de 1999;
conservação das microformas. Considerando que o Ato em tela entrou em vigor internacional em
Art. 17. Os microfilmes e filmes cópia, produzidos no exterior, 1º de julho de 1998;
somente terão valor legal, em juízo ou fora dele, quando: Considerando que o Governo brasileiro depositou o Instrumento
I - autenticados por autoridade estrangeira competente; de Adesão à referida Convenção em 23 de março de 1999, passando a mesma
II - tiverem reconhecida pela autoridade consular brasileira a firma a vigorar, para o Brasil, em 1º de setembro de 1999;
da autoridade estrangeira que os houver autenticado; DECRETA :
III - forem acompanhados de tradução oficial. Art. 1º A Convenção da UNIDROIT sobre Bens Culturais Furtados
Art. 18. Os microfilmes originais e os filmes cópia resultantes da ou Ilicitamente Exportados, concluída em Roma, em 24 de junho de 1995,
microfilmagem de documentos sujeitos à fiscalização, ou necessários à apensa por cópia a este Decreto, deverá ser executada e cumprida tão
prestação de contas, deverão ser mantidos pelos prazos de prescrição a que inteiramente como nela se contém.
estariam sujeitos os seus respectivos originais. Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 19. As infrações, às normas deste Decreto, por parte dos Brasília, 14 de setembro de 1999; 178º da Independência e 111º da
cartórios e empresas registrados no Ministério da Justiça sujeitarão o infrator, República.
observada a gravidade do fato, às penalidades de advertência ou suspensão do
registro, sem prejuízo das sanções penais e civis cabíveis. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Parágrafo único. No caso de reincidência por falta grave, o registro Luiz Felipe de Seixas Corrêa
será cassado definitivamente.
Art. 20. O Ministério da Justiça expedirá as instruções que se fizerem [Diário Oficial da União, de 15 de setembro de 1999]
necessárias ao cumprimento deste Decreto.
Art. 21. Revoga-se o decreto n° 64.398, de 24 de abril de 1969. Convenção da UNIDROIT sobre Bens Culturais Furtados ou
Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Ilicitamente Exportados
Brasília, 30 de janeiro de 1996; 175° da Independência e 108° da
República. Os Estados Partes na presente Convenção,
Reunidos em Roma, a convite do Governo da República Italiana, de
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO 7 a 24 de junho de 1995, para uma Conferência diplomática sobre a adoção do
Milton Seligman projeto de uma Convenção da UNIDROIT sobre a restituição internacional
dos bens culturais furtados ou ilicitamente exportados,
[Diário Oficial da União, de 31 de janeiro de 1996] Convencidos da importância fundamental da proteção do
patrimônio cultural e do intercâmbio cultural para promover o
entendimento entre os povos, bem como da difusão da cultura para o bem-
DECRETO Nº 2.134, DE 24 DE JANEIRO DE 1997 estar da humanidade e o progresso da civilização,
Regulamenta o art. 23 da Lei nº 8.159, de 8 de Profundamente preocupados com o tráfico ilícito de bens
janeiro de 1991, que dispõe sobre a categoria dos culturais e com os danos irreparáveis que frequentemente dele decorrem,
documentos públicos sigilosos e o acesso a eles, e para esses próprios bens e para o patrimônio cultural das comunidades
dá outras providências. nacionais, tribais, autóctones ou outras, bem como para o patrimônio
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.553, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002] comum dos povos, e deplorando em especial a pilhagem dos sítios
arqueológicos e a perda de informações arqueológicas, históricas e
científicas insubstituíveis que disso resulta,
Determinados a contribuir eficazmente para a luta contra o
DECRETO Nº 2.182, DE 20 DE MARÇO DE 1997 tráfico ilícito de bens culturais, estabelecendo um conjunto mínimo de
Estabelece normas para a transferência e o regras jurídicas comuns para os efeitos da restituição e do retorno dos bens
recolhimento de acervos arquivísticos públicos culturais entre os Estados Contratantes, com o objetivo de favorecer a
federais para o Arquivo Nacional. preservação e a proteção do patrimônio cultural no interesse de todos,
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.073, DE 03 DE JANEIRO DE 2002] Enfatizando que a presente Convenção tem como objetivo facilitar
a restituição e o retorno dos bens culturais, e que a prática em alguns Estados
de mecanismos, tais como indenização, necessários a assegurar a restituição
DECRETO Nº 2.910, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1998 e o retorno, não implica em que tais medidas devam ser adotadas em outros
Estabelece normas para a salvaguarda de Estados,
documentos, materiais, áreas, comunicações e Afirmando que a adoção para o futuro das disposições da presente
sistemas de informação de natureza sigilosa, e dá Convenção não constitui de modo algum uma aprovação ou uma legitimação
outras providências. de qualquer tráfico ilícito havido antes de sua entrada em vigor,
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.553, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002] Conscientes do fato de que a presente Convenção não trará por si
só uma solução para os problemas que coloca o tráfico ilícito, mas de que ela
estimulará um processo que visa a reforçar a cooperação cultural
DECRETO Nº 2.942, DE 18 DE JANEIRO DE 1999 internacional e a manter o devido lugar para o comércio lícito e para os
Regulamenta os arts. 7º, 11 e 16 da Lei nº 8.159, de 8 acordos entre estados para o intercâmbio cultural,
de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política Reconhecendo que a prática da presente Convenção deveria ser
nacional de arquivos públicos e privados e dá acompanhada de outras medidas eficazes em favor da proteção dos bens
outras providências. culturais, tais como a elaboração e a utilização de registros, a proteção
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.073, DE 03 DE JANEIRO DE 2002] material dos sítios arqueológicos e a cooperação técnica,
Prestando homenagem à ação levada a cabo por diferentes
organismos para proteger os bens culturais, em especial a Convenção da
DECRETO Nº 2.954, DE 29 DE JANEIRO DE 1999 UNESCO de 1970, relativa ao tráfico ilícito e a elaboração de códigos de
Estabelece regras para a redação de atos normativos conduta no setor privado,
de competência dos órgãos do Poder Executivo.
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.176, DE 28 DE MARÇO DE 2002] Adotaram as disposições seguintes:

Capítulo I
DECRETO Nº 3.166, DE 14 DE SETEMBRO DE 1999 Campo da Ação e Definição

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DECRETO Nº 3.505, DE 13 DE JUNHO DE 2000
Artigo Primeiro
A presente Convenção se aplica a solicitações de caráter Institui a Política de Segurança da Informação
internacional: nos órgãos e entidades da Administração Pública
a) de restituição de bens culturais furtados; Federal
b) de retorno de bens culturais deslocados do território de um [Revogado pelo Decreto nº 9.637, de 26 de dezembro de 2018]
Estado Contratante em violação a sua legislação interna relativa à exportação
de bens culturais, com vistas a proteger seu patrimônio cultural (de agora em O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
diante denominados "bens culturais ilicitamente exportados"). confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na
Artigo 2 Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto nº 2.910, de 29 de dezembro
Entende-se como bens culturais, para os efeitos da presente de 1998,
Convenção, aqueles bens que, a título religioso ou profano, se revestem de uma DECRETA:
importância para a arqueologia, a pré-história, a história, a literatura, a arte ou Art. 1º Fica instituída a Política de Segurança da Informação nos
a ciência, e que pertencem a uma das categorias enumeradas no Anexo à órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, que tem como
presente Convenção. pressupostos básicos:
(...) I - assegurar a garantia ao direito individual e coletivo das pessoas,
Anexo à inviolabilidade da sua intimidade e ao sigilo da correspondência e das
comunicações, nos termos previstos na Constituição;
a) Coleções e espécimes raros de zoologia, botânica, mineralogia, II - proteção de assuntos que mereçam tratamento especial;
anatomia, objetos que tenham interesse paleontológico; III - capacitação dos segmentos das tecnologias sensíveis;
b) Os bens que digam respeito à história, inclusive à história das IV - uso soberano de mecanismos de segurança da informação,
ciências e da técnica, à história militar e social, bem como à vida dos dirigentes, com o domínio de tecnologias sensíveis e duais;
pensadores, sábios e artistas nacionais, e dos fatos de importância nacional; V - criação, desenvolvimento e manutenção de mentalidade de
c) O produto de escavações arqueológicas (regulares e clandestinas), segurança da informação;
e de descobertas arqueológicas; VI - capacitação científico-tecnológica do País para uso da
d) Os elementos provenientes do desmembramento de monumentos criptografia na segurança e defesa do Estado; e
artísticos ou históricos e de sítios arqueológicos; VII - conscientização dos órgãos e das entidades da Administração
e) Objetos de antiguidade tendo mais de cem anos de idade, tais Pública Federal sobre a importância das informações processadas e sobre o
como inscrições, moedas e selos gravados; risco da sua vulnerabilidade.
f) O material etnológico; Art. 2º Para efeitos da Política de Segurança da Informação, ficam
g) Os bens de interesse artístico, tais como: estabelecidas as seguintes conceituações:
i) Quadros, pinturas e desenhos feitos inteiramente à mão, sobre I - Certificado de Conformidade: garantia formal de que um
qualquer base e em todos os materiais (exceto os desenhos industriais e os produto ou serviço, devidamente identificado, está em conformidade com
artigos manufaturados à mão); uma norma legal;
ii) Produções originais da arte da estatuária e da escultura, em todos II - Segurança da Informação: proteção dos sistemas de
os materiais; informação contra a negação de serviço a usuários autorizados, assim como
iii) Gravuras, estampas e litografias originais; contra a intrusão, e a modificação desautorizada de dados ou informações,
iv) Agrupamentos e montagens artísticas originais em todos os armazenados, em processamento ou em trânsito, abrangendo, inclusive, a
materiais; segurança dos recursos humanos, da documentação e do material, das áreas
h) Manuscritos raros e iconografia, livros antigos, documentos e e instalações das comunicações e computacional, assim como as destinadas a
publicações de interesse especial (histórico, artístico, científico, literário, etc.), prevenir, detectar, deter e documentar eventuais ameaças a seu
isolados ou em coleções; desenvolvimento.
i) Estampilhas postais, estampilhas fiscais e artigos análogos, Art. 3º São objetivos da Política da Informação:
isolados ou em coleções; I - dotar os órgãos e as entidades da Administração Pública
j) Arquivos, inclusive os arquivos fonográficos, fotográficos e Federal de instrumentos jurídicos, normativos e organizacionais que os
cinematográficos; capacitem científica, tecnológica e administrativamente a assegurar a
k) Objetos de mobiliário com mais de cem anos de idade e confidencialidade, a integridade, a autenticidade, o não-repúdio e a
instrumentos musicais antigos. disponibilidade dos dados e das informações tratadas, classificadas e
sensíveis;
II - eliminar a dependência externa em relação a sistemas,
DECRETO Nº 3.179, DE 21 DE SETEMBRO DE 1999 equipamentos, dispositivos e atividades vinculadas à segurança dos sistemas
de informação;
Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às III - promover a capacitação de recursos humanos para o
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá desenvolvimento de competência científico-tecnológica em segurança da
outras providências. informação;
[REVOGADO PELO DECRETO Nº 6.514, DE 22. DE JULHO DE 2008] IV - estabelecer normas jurídicas necessárias à efetiva
implementação da segurança da informação;
V - promover as ações necessárias à implementação e manutenção
DECRETO Nº 3.294, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1999 da segurança da informação;
VI - promover o intercâmbio científico-tecnológico entre os
Institui o Programa Sociedade da Informação e dá órgãos e as entidades da Administração Pública Federal e as instituições
outras providências. públicas e privadas, sobre as atividades de segurança da informação;
VII - promover a capacitação industrial do País com vistas à sua
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere autonomia no desenvolvimento e na fabricação de produtos que incorporem
o art. 84, inciso VI, da Constituição, recursos criptográficos, assim como estimular o setor produtivo a participar
competitivamente do mercado de bens e de serviços relacionados com a
DECRETA : segurança da informação; e
VIII - assegurar a interoperabilidade entre os sistemas de
Art. 1º Fica instituído o Programa Sociedade da Informação, com o segurança da informação.
objetivo de viabilizar a nova geração da Internet e suas aplicações em benefício Art. 4º Para os fins deste Decreto, cabe à Secretaria-Executiva do
da sociedade brasileira. Conselho de Defesa Nacional, assessorada pelo Comitê Gestor da Segurança
Art. 2º O Ministério da Ciência e Tecnologia será o responsável pela da Informação de que trata o art. 6º, adotar as seguintes diretrizes:
coordenação das atividades e da execução do Programa. I - elaborar e implementar programas destinados à
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. conscientização e à capacitação dos recursos humanos que serão utilizados
Brasília, 15 de dezembro de 1999; 178º da Independência e 111º da na consecução dos objetivos de que trata o artigo anterior, visando garantir a
República. adequada articulação entre os órgãos e as entidades da Administração
Pública Federal;
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO II - estabelecer programas destinados à formação e ao
Ronaldo Mota Sardenberg aprimoramento dos recursos humanos, com vistas à definição e à
implementação de mecanismos capazes de fixar e fortalecer as equipes de
[Diário Oficial da União, de 16 de dezembro de 1999] pesquisa e desenvolvimento, especializadas em todos os campos da
segurança da informação;

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III - propor regulamentação sobre matérias afetas à segurança da § 4º A organização e o funcionamento do Comitê serão dispostos
informação nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal; em regimento interno por ele aprovado.
IV - estabelecer normas relativas à implementação da Política § 5º Caso necessário, o Comitê Gestor poderá propor a alteração de
Nacional de Telecomunicações, inclusive sobre os serviços prestados em sua composição.
telecomunicações, para assegurar, de modo alternativo, a permanente Art. 8º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
disponibilização dos dados e das informações de interesse para a defesa Brasília, 13 de junho de 2000; 179º da Independência e 112º da
nacional; República.
V - acompanhar, em âmbito nacional e internacional, a evolução
doutrinária e tecnológica das atividades inerentes à segurança da informação; FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
VI - orientar a condução da Política de Segurança da Informação já José Gregori
existente ou a ser implementada; Geraldo Magela da Cruz Quintão
VII - realizar auditoria nos órgãos e nas entidades da Administração Luiz Felipe Lampreia
Pública Federal, envolvidas com a política de segurança da informação, no Pedro Malan
intuito de aferir o nível de segurança dos respectivos sistemas de informação; Waldeck Ornélas
VIII - estabelecer normas, padrões, níveis, tipos e demais aspectos José Serra
relacionados ao emprego dos produtos que incorporem recursos criptográficos, Alcides Lopes Tápias
de modo a assegurar a confidencialidade, a autenticidade, a integridade e o Martus Tavares
não-repúdio, assim como a interoperabilidade entre os Sistemas de Segurança Pimenta da Veiga
da Informação; Ronaldo Mota Sardenberg
IX - estabelecer as normas gerais para o uso e a comercialização dos Pedro Parente
recursos criptográficos pelos órgãos e pelas entidades da Administração Alberto Mendes Cardoso
Pública Federal, dando-se preferência, em princípio, no emprego de tais
recursos, a produtos de origem nacional; [Diário Oficial da União, de 14 de junho de 2000]
X - estabelecer normas, padrões e demais aspectos necessários para
assegurar a confidencialidade dos dados e das informações, em vista da
possibilidade de detecção de emanações eletromagnéticas, inclusive as DECRETO Nº 3.585, DE 5 DE SETEMBRO DE 2000
provenientes de recursos computacionais;
XI - estabelecer as normas inerentes à implantação dos Acresce dispositivo ao Decreto nº 2.954, de 29 de janeiro de
instrumentos e mecanismos necessários à emissão de certificados de 1999, que estabelece regras para a redação de atos
conformidade no tocante aos produtos que incorporem recursos criptográficos; normativos de competência dos órgãos do Poder Executivo.
XII - desenvolver sistema de classificação de dados e informações, [REVOGADO PELO DECRETO Nº 4.176, DE 28 DE MARÇO DE 2002]
com vistas à garantia dos níveis de segurança desejados, assim como à
normatização do acesso às informações; DECRETO Nº 3.587, DE 5 DE SETEMBRO DE 2000
XIII - estabelecer as normas relativas à implementação dos Sistemas
de Segurança da Informação, com vistas a garantir a sua interoperabilidade e a Estabelece normas para a Infraestrutura de Chaves Públicas do Poder
obtenção dos níveis de segurança desejados, assim como assegurar a Executivo Federal - ICP-Gov, e dá outras providências.[
permanente disponibilização dos dados e das informações de interesse para a [REVOGADO PELO DECRETO Nº 3.996, DE 31 DE OUTUBRO DE 2001]
defesa nacional; e
XIV - conceber, especificar e coordenar a implementação da infra-
estrutura de chaves públicas a serem utilizadas pelos órgãos e pelas entidades PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
da Administração Pública Federal. DECRETO DE 18 DE OUTUBRO DE 2000
Art. 5º À Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, por intermédio do
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações - Cria, no âmbito do Conselho de Governo, o Comitê
CEPESC, competirá: Executivo do Governo Eletrônico, e dá outras
I - apoiar a Secretaria-Executiva do Conselho de Defesa Nacional no PROVIDÊNCIAS.
tocante a atividades de caráter científico e tecnológico relacionadas à [REVOGADO PELO DECRETO Nº 8.638, DE 15 DE JANEIRO DE 2016]
segurança da informação; e
II - integrar comitês, câmaras técnicas, permanentes ou não, assim
como equipes e grupos de estudo relacionados ao desenvolvimento das suas DECRETO Nº 3.714, DE 3 DE JANEIRO DE 2001
atribuições de assessoramento.
Art. 6º Fica instituído o Comitê Gestor da Segurança da Informação, Dispõe sobre a remessa por meio eletrônico de
com atribuição de assessorar a Secretaria-Executiva do Conselho de Defesa documentos a que se refere o art. 57-A do Decreto nº
Nacional na consecução das diretrizes da Política de Segurança da Informação 2.954, de 29 de janeiro de 1999, e dá outras
nos órgãos e nas entidades da Administração Pública Federal, bem como na providências.
avaliação e análise de assuntos relativos aos objetivos estabelecidos neste
Decreto. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
Art. 7º O Comitê será integrado por um representante de cada confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição,
Ministério e órgãos a seguir indicados: DECRETA :
I - Ministério da Justiça; Art. 1º Para o cumprimento do disposto no art. 57-A do Decreto nº
II - Ministério da Defesa; 2.954, de 29 de janeiro de 1999, serão observados os procedimentos
III - Ministério das Relações Exteriores; estabelecidos neste Decreto.
IV - Ministério da Fazenda; Art. 2º A transmissão dos documentos a que se refere este Decreto,
V - Ministério da Previdência e Assistência Social; assinados eletronicamente pela autoridade competente, far-se-á por sistema
VI - Ministério da Saúde; que lhes garanta a segurança, a autenticidade e a integridade de seu
VII - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; conteúdo, bem como a irretratabilidade ou irrecusabilidade de sua autoria.
VIII - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; Art. 3º Cada Ministério criará caixa postal específica para recepção
IX - Ministério das Comunicações; e remessa eletrônica de propostas dos atos a que se refere o Decreto nº 2.954,
X - Ministério da Ciência e Tecnologia; de 1999.
XI - Casa Civil da Presidência da República; e Parágrafo único. A Casa Civil da Presidência da República fixará o
XII - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da número de servidores que serão indicados e credenciados, pelos Ministros de
República, que o coordenará. Estado, para receber e dar destinação aos atos de que trata este artigo.
§ 1º Os membros do Comitê Gestor serão designados pelo Chefe do Art. 4º A recepção dos documentos oficiais referidos no artigo
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, mediante anterior será objeto de confirmação mediante aviso de recebimento
indicação dos titulares dos Ministérios e órgãos representados. eletrônico.
§ 2º Os membros do Comitê Gestor não poderão participar de Art. 5º A caixa postal de que trata o art. 3º será dotada de
processos similares de iniciativa do setor privado, exceto nos casos por ele dispositivo ou sistema de segurança que impeça a alteração ou a supressão
julgados imprescindíveis para atender aos interesses da defesa nacional e após dos documentos remetidos ou recebidos.
aprovação pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da Art. 6º O documento recebido na Casa Civil da Presidência da
República. República será submetido ao Presidente da República para despacho, na
§ 3º A participação no Comitê não enseja remuneração de qualquer forma estabelecida pelo Chefe da Casa Civil.
espécie, sendo considerada serviço público relevante.

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Art. 7º Havendo necessidade de reprodução de documento em outro junho de 2001, exerce a função de autoridade gestora de políticas (AGP) da
meio que não seja o eletrônico, o servidor responsável certificará a referida Infraestrutura
autenticidade da cópia ou reprodução. Art. 2º O CG ICP-Brasil, vinculado à Casa Civil da Presidência da
Art. 8º Cabe à Casa Civil da Presidência da República a administração República, é composto por onze membros, sendo quatro representantes da
do sistema a que se refere este Decreto aplicando-se, no que couber, o disposto sociedade civil, integrantes de setores interessados e sete representantes dos
no Decreto nº 3.587, de 5 de setembro de 2000. seguintes órgãos, todos designados pelo Presidente da República:
Art. 9º O Chefe da Casa Civil da Presidência da República poderá I - Casa Civil da Presidência da República, que o coordenará;
expedir normas complementares para cumprimento do disposto neste Decreto. II - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
Brasília, 3 de janeiro de 2001; 180º da Independência e 113º da República;
República. III - Ministério da Justiça;
IV - Ministério da Fazenda;
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO V - Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;
Pedro Parente VI - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
VII - Ministério da Ciência e Tecnologia.
[Diário Oficial da União, de 4 de janeiro de 2001] § 1º Os representantes da sociedade civil serão designados para
períodos de dois anos, permitida a recondução.
DECRETO Nº 3.779, DE 23 DE MARÇO DE 2001 § 2º A participação no CG ICP-Brasil é de relevante interesse
público e não será remunerada.
Acresce dispositivo ao art. 1º do Decreto nº 3.714, de 3 de § 3º O CG ICP-Brasil terá uma Secretaria-Executiva.
janeiro de 2001, que dispõe sobre a remessa por meio § 4º As decisões do CG ICP-Brasil serão aprovadas pela maioria
eletrônico de documentos. absoluta de seus membros.
§ 5º Os membros do CG ICP-Brasil serão, em seus impedimentos,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe substituídos por suplentes designados na forma do caput.
confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, § 6º Poderão ser convidados a participar das reuniões do CG ICP-
DECRETA: Brasil, a juízo do seu Coordenador ou do próprio Comitê, técnicos e
Art. 1º O art. 1º do Decreto no 3.714, de 3 de janeiro de 2001, passa a especialistas de áreas afins.
vigorar acrescido do seguinte parágrafo: Art. 3º Compete ao CG ICP-Brasil:
"Parágrafo único. Será utilizado o meio eletrônico, na forma I - adotar as medidas necessárias e coordenar a implantação e o
estabelecida neste Decreto, para remessa de aviso ministerial, exceto nos casos funcionamento da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil;
em que for impossível a utilização desse meio." (NR) II - estabelecer a política, os critérios e as normas para
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. licenciamento das Autoridades Certificadoras - AC, das Autoridades de
Brasília, 23 de março de 2001; 180º da Independência e 113º da Registro - AR e dos demais prestadores de serviços de suporte à ICP-Brasil,
República. em todos os níveis da cadeia de certificação;
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO III - estabelecer a política de certificação e as regras operacionais
Pedro Parente da Autoridade Certificadora Raiz - AC Raiz;
IV - homologar, auditar e fiscalizar a AC Raiz e os seus prestadores
[Diário Oficial da União, de 26 de março de 20001] de serviço;
V - estabelecer diretrizes e normas para a formulação de políticas
DECRETO Nº 3.865, DE 13 DE JULHO DE 2001 de certificados e regras operacionais das AC e das AR e definir níveis da
cadeia de certificação;
Estabelece requisito para contratação de serviços de VI - aprovar políticas de certificados e regras operacionais,
certificação digital pelos órgãos públicos federais, e dá licenciar e autorizar o funcionamento das AC e das AR, bem como autorizar a
outras providências. AC Raiz a emitir o correspondente certificado;
VII - identificar e avaliar as políticas de ICP externas, quando for o
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe caso, certificar sua compatibilidade com a ICP-Brasil, negociar e aprovar,
confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, observados os tratados, acordos e atos internacionais, acordos de certificação
DECRETA: bilateral, de certificação cruzada, regras de interoperabilidade e outras
Art. 1º Somente mediante prévia autorização do Comitê Executivo formas de cooperação internacional; e
do Governo Eletrônico, os órgãos da Administração Pública Federal, direta e VIII - atualizar, ajustar e revisar os procedimentos e as práticas
indireta, e as entidades a eles vinculadas poderão contratar, para uso próprio estabelecidas para a ICP-Brasil, garantir sua compatibilidade e promover a
ou de terceiros, quaisquer serviços de certificação digital de: atualização tecnológica do sistema e a sua conformidade com as políticas de
I - documentos em forma eletrônica; segurança.
II - aplicações de suporte; e Art. 4º O CG ICP-Brasil será assistido e receberá suporte técnico da
III - transações eletrônicas. Comissão Técnica Executiva - COTEC, coordenada pelo Secretário-Executivo
Parágrafo único. O Comitê Executivo do Governo Eletrônico poderá do Comitê Gestor, e integrada por representantes indicados pelos membros
baixar normas complementares para cumprimento do disposto neste artigo e do CG ICP-Brasil e designados pelo Chefe da Casa Civil da Presidência da
no art. 3º do Decreto de 18 de outubro de 2000, que o instituiu no âmbito do República.
Conselho de Governo. § 1º Serão convidados permanentes às reuniões da COTEC
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. representantes:
Brasília, 13 de julho de 2001; 180º da Independência e 113º da I - do Ministério da Defesa;
República. II - do Ministério da Previdência e Assistência Social;
III - do Ministério da Saúde; e
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO IV - da Autoridade Certificadora Raiz - AC Raiz.
Martus Tavares § 2º Poderão ser convidados a participar das reuniões da COTEC, a
Pedro Parente juízo do seu Coordenador ou da própria Comissão, representantes de outros
órgãos e entidades públicos.
[Diário Oficial da União, de 16 de julho de 2001] § 3º Compete à COTEC:
I - manifestar-se previamente sobre todas as matérias a serem
DECRETO Nº 3.872, DE 18 DE JULHO DE 2001 apreciadas e decididas pelo CG ICP-Brasil;
II - preparar e encaminhar previamente aos membros do CG ICP-
Dispõe sobre o Comitê Gestor da Infraestrutura de Brasil expediente contendo o posicionamento técnico dos órgãos e das
Chaves Públicas Brasileira - CG ICP-Brasil, sua entidades relacionados com as matérias que serão apreciadas e decididas; e
Secretaria-Executiva, sua Comissão Técnica Executiva e III - cumprir outras atribuições que lhe forem conferidas por
dá outras providências. delegação do CG ICP-Brasil.
§ 4º Os membros da COTEC serão, em seus impedimentos,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe substituídos por suplentes designados na forma do caput.
confere o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Art. 5º O CG ICP-Brasil estabelecerá a forma pela qual lhe será
Medida Provisória no 2.200, de 28 de junho de 2001, prestada assessoria pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a
DECRETA: Segurança das Comunicações - CEPESC.
Art. 1º O Comitê Gestor da Infraestrutura de Chaves Públicas Art. 6º A Secretaria-Executiva do CG ICP-Brasil é chefiada por um
Brasileira - CG ICP-Brasil, instituído pela Medida Provisória no 2.200, de 28 de Secretário-Executivo e integrada por assessores especiais e por pessoal
técnico e administrativo.

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§ 1º O Secretário-Executivo será designado por livre escolha do sugerindo metas e prioridades da política nacional de arquivos públicos e
Presidente da República. privados;
§ 2º A Secretaria-Executiva receberá da Casa Civil da Presidência da VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes
República o apoio necessário ao exercício de suas funções, inclusive no que se Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e
refere aos cargos de assessoria e ao apoio técnico e administrativo. nos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios;
Art. 7º Compete à Secretaria-Executiva do CG ICP-Brasil: VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos
I - prestar assistência direta e imediata ao Coordenador do Comitê públicos e privados;
Gestor; IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social,
II - preparar as reuniões do Comitê Gestor; nos termos do art. 12 da Lei no 8.159, de 1991;
III - coordenar e acompanhar a implementação das deliberações e X - propor ao Presidente da República, por intermédio do
diretrizes fixadas pelo Comitê Gestor; Ministro de Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de
IV - coordenar os trabalhos da COTEC; e arquivos privados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência
V - cumprir outras atribuições que lhe forem conferidas por X - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a
delegação do Comitê Gestor. declaração de interesse público e social de arquivos privados; (Redação dada
Art. 8º Este Decreto entra em vigor na
o data de sua publicação. pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Brasília, 18 de julho de 2001; 180 da Independência e 113º da XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que
República. desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR;
XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
atos lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados;
José Gregori
XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos
Pedro Parente
públicos e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes
[Diário Oficial da União, 19 de julho de 2001] a arquivos;
XIV - manter intercâmbio com outros conselhos e instituições,
DECRETO Nº 3.996, DE 31 DE OUTUBRO DE 2001 cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover
e receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear
Dispõe sobre a prestação de serviços de certificação ações;
digital no âmbito da Administração Pública Federal. XIV - manter, por meio do Arquivo Nacional, intercâmbio com
Revogado pelo Decreto nº 10.543, de 13 de novembro outros colegiados e instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou
de 2020 complementares às suas, para prover e receber elementos de informação e
juízo, conjugar esforços e encadear ações; (Redação dada pelo Decreto nº
DECRETO Nº 4.073, DE 3 DE JANEIRO DE 2002. 10.148, de 2019)
XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público
Regulamenta a Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência,
sobre a política nacional de arquivos públicos e privados. tecnologia, informação e informática.
XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência,
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei tecnologia, informação e informática; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148,
no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, de 2019)
XVI - propor a celebração, por meio do Arquivo Nacional, de
DECRETA: acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação técnica com órgãos e
Capítulo I entidades públicas e privadas em matéria de interesse mútuo; e (Incluído
DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Art. 1o O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão colegiado, XVII - editar orientações técnicas para a implementação da
vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de política nacional de arquivos, por meio de resolução. (Incluído pelo Decreto
janeiro de 1991, tem por finalidade definir a política nacional de arquivos nº 10.148, de 2019)
públicos e privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão Art. 2º-A Compete ao Arquivo Nacional, quanto à implementação da
documental e à proteção especial aos documentos de arquivo. política nacional de arquivos públicos e privados, no âmbito da
Art. 1º O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão colegiado administração pública federal: (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
instituído no âmbito do Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei nº 8.159, de I - celebrar acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação
8 de janeiro de 1991, tem por finalidade definir a política nacional de arquivos com órgãos e entidades públicas e privadas em matéria de interesse mútuo;
públicos e privados. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Art. 2o Compete ao CONARQ: II - propor atos normativos ao Ministro de Estado da Justiça e
I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacional Segurança Pública relativos ao aprimoramento e à implementação da política
de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos nacional de arquivos públicos e privados; (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de
documentos de arquivos; 2019)
II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e III - fornecer subsídios para o arquivamento de documentos
privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades públicos em meio eletrônico, óptico ou equivalente, observado a legislação; e
arquivísticas; (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
III - propor ao Chefe da Casa Civil da Presidência da República IV - estabelecer as diretrizes para a preservação e o acesso aos
normas legais necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política documentos públicos, independentemente de sua forma ou natureza.
nacional de arquivos públicos e privados; (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais Art. 3o São membros conselheiros do CONARQ:
necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá;
arquivos públicos e privados; (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de II - dois representantes do Poder Executivo Federal;
2011) Vigência III - dois representantes do Poder Judiciário Federal;
III - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública III - um representante do Poder Judiciário federal; (Redação dada
atos normativos necessários ao aprimoramento e à implementação da política pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
nacional de arquivos públicos e privados; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, IV - dois representantes do Poder Legislativo Federal;
de 2019) V - um representante do Arquivo Nacional;
IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e legais V - um representante dos arquivos públicos estaduais e distrital;
que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
V - estimular programas de gestão e de preservação de documentos VI - dois representantes dos Arquivos Públicos Estaduais e do
públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e municipal, Distrito Federal;
produzidos ou recebidos em decorrência das funções executiva, legislativa e VI - um representante dos arquivos públicos municipais; (Redação
judiciária; dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
V - estimular programas de gestão e de preservação de documentos VII - dois representantes dos Arquivos Públicos Municipais;
públicos de âmbito federal, estadual, distrital e municipal, produzidos ou VII - um representante de associações de arquivistas; e (Redação
recebidos pelo Poder Público; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimento, VIII - um representante das instituições mantenedoras de curso

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superior de arquivologia; Art. 7o O CONARQ poderá constituir câmaras técnicas e comissões
VIII - quatro representantes de instituições de ensino e pesquisa, especiais, com a finalidade de elaborar estudos, normas e outros
organizações ou instituições com atuação na área de tecnologia da informação instrumentos necessários à implementação da política nacional de arquivos
e comunicação, arquivologia, história ou ciência da informação. (Redação dada públicos e privados e ao funcionamento do SINAR, bem como câmaras
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) setoriais, visando a identificar, discutir e propor soluções para questões
IX - um representante de associações de arquivistas; (Revogado temáticas que repercutirem na estrutura e organização de segmentos
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) específicos de arquivos, interagindo com as câmaras técnicas.
X - três representantes de instituições que congreguem Parágrafo único. Os integrantes das câmaras e comissões serão
profissionais que atuem nas áreas de ensino, pesquisa, preservação ou acesso a designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do
fontes documentais. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Plenário. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
§ 1o Cada Conselheiro terá um suplente. Art. 7º O CONARQ poderá instituir câmaras técnicas consultivas
§ 1º Cada membro do CONARQ terá um suplente, que o substituirá com a finalidade de auxiliar o Conselho a elaborar estudos e propostas
em suas ausências e impedimentos. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de normativas e propor soluções para questões da política nacional de arquivos
2019) públicos e privados e do funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos.
§ 2o Os membros referidos nos incisos III e IV e respectivos (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
suplentes serão designados pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal e § 1º As câmaras técnicas consultivas serão compostas na forma de
pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, ato do CONARQ e seus membros poderão ser conselheiros do CONARQ ou
respectivamente. especialistas convidados. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
§2º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão § 2º Os membros das câmaras técnicas consultivas serão
indicados: (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do Conselho.
I - na hipótese do inciso II do caput: (Incluído pelo Decreto nº (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
10.148, de 2019) § 3º As câmaras técnicas do CONARQ: (Incluído pelo Decreto nº
a) um pelo Ministro de Estado da Economia; e (Incluído pelo Decreto 10.148, de 2019)
nº 10.148, de 2019) I - não poderão ter mais de cinco membros; (Incluído pelo Decreto
b) um pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da nº 10.148, de 2019)
Presidência da República; (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) II - terão caráter temporário e duração não superior a um ano;
II - na hipótese do inciso III do caput, pelo Presidente do Supremo e (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Tribunal Federal; (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) III - estão limitadas a cinco operando simultaneamente. (Incluído
III - na hipótese do inciso IV do caput: (Incluído pelo Decreto nº pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
10.148, de 2019) § 4º Os membros das câmaras técnicas que se encontrarem no
a) um pelo Presidente da Câmara dos Deputados; e (Incluído pelo Distrito Federal ou no Rio de Janeiro, a depender do local de realização da
Decreto nº 10.148, de 2019) reunião, participarão de forma presencial e os membros que se encontrem
b) um pelo Presidente do Senado Federal; e (Incluído pelo Decreto nº em outros entes federativos participarão da reunião por meio de
10.148, de 2019) videoconferência. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
IV - nas hipóteses dos incisos V a VIII do caput, por meio de seleção Art. 7º-A Fica instituída a Comissão de Avaliação de Acervos
pública realizada nos termos do disposto em ato do Ministro de Estado da Privados, no âmbito do CONARQ, de caráter permanente, à qual compete:
Justiça e Segurança Pública. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
§ 3o Os conselheiros e suplentes referidos nos inciso II e V a X serão I - receber as propostas de declaração de interesse público e social
designados pelo Presidente da República, a partir de listas apresentadas pelo de acervos privados e instruir o processo de avaliação; (Incluído pelo Decreto
Chefe da Casa Civil da Presidência da República, mediante indicações dos nº 10.148, de 2019)
dirigentes dos órgãos e entidades representados. II - convidar especialistas para análise do acervo privado, quando
§ 3o Os conselheiros e suplentes referidos nos inciso II e V a X serão necessário; (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
designados pelo Presidente da República, a partir de listas apresentadas pelo III - emitir parecer conclusivo sobre o interesse público e social do
Ministro de Estado da Justiça, mediante indicações dos dirigentes dos órgãos e acervo privado para apreciação pelo Plenário do CONARQ; e (Incluído pelo
entidades representados. (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Decreto nº 10.148, de 2019)
Vigência IV - subsidiar o monitoramento dos acervos declarados como de
§ 3º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão interesse público e social pelo Poder Executivo federal. (Incluído pelo
designados pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. (Redação Decreto nº 10.148, de 2019)
dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) § 1º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados terá de três a
§ 4o O mandato dos Conselheiros será de dois anos, permitida uma cinco membros e respectivos suplentes, nos termos do disposto em ato do
recondução. CONARQ. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
§ 4º Os membros do CONARQ de que tratam os incisos VII e VIII do § 2º Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos Privados e
caput e respectivos suplentes terão mandato de dois anos. (Redação dada pelo respectivos suplentes, incluído o seu Presidente: (Incluído pelo Decreto nº
Decreto nº 10.148, de 2019) 10.148, de 2019)
§ 5o O Presidente do CONARQ, em suas faltas e impedimentos, será I - poderão ser conselheiros do CONARQ ou especialistas
substituído por seu substituto legal no Arquivo Nacional. convidados; e (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Art. 4o Caberá ao Arquivo Nacional dar o apoio técnico e II - serão designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum
administrativo ao CONARQ. do Conselho. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Art. 5o O Plenário, órgão superior de deliberação do CONARQ, reunir-se-á, § 3º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados se reunirá em
em caráter ordinário, no mínimo, uma vez a cada quatro meses e, caráter ordinário sempre que houver solicitação para análise de acervo
extraordinariamente, mediante convocação de seu Presidente ou a privado e por convocação do seu Presidente e em caráter extraordinário por
requerimento de dois terços de seus membros. convocação do seu Presidente ou solicitação de seus membros. (Incluído pelo
§ 1o O CONARQ funcionará na sede do Arquivo Nacional. Decreto nº 10.148, de 2019)
§ 1º O CONARQ funcionará junto ao Arquivo Nacional. (Redação § 4º O quórum de reunião da Comissão de Avaliação de Acervos
dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Privados é de maioria absoluta dos membros e o quórum de aprovação é de
§ 2o As reuniões do CONARQ poderão ser convocadas para local fora maioria simples. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
da sede do Arquivo Nacional, por deliberação do Plenário ou ad referendum § 5º Além do voto ordinário, o Presidente da Comissão de
deste, sempre que razão superior indicar a conveniência de adoção dessa Avaliação de Acervos Privados terá o voto de qualidade em caso de empate.
medida. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
§ 2º As reuniões do CONARQ serão realizadas preferencialmente por § 6º A Secretaria-Executiva da Comissão de Avaliação de Acervos
meio de videoconferência. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Privados será exercida pelo Arquivo Nacional. (Incluído pelo Decreto nº
Art. 6o O CONARQ somente se reunirá para deliberação com o 10.148, de 2019)
quorum mínimo de dez conselheiros. § 7º Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos Privados
Art. 6º O quórum de reunião do CONARQ é de maioria absoluta dos que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente no
membros e o quórum de aprovação é de maioria simples. (Redação dada pelo Arquivo Nacional e os membros que se encontrem em outros entes
Decreto nº 10.148, de 2019) federativos participarão da reunião por meio de videoconferência. (Incluído
Parágrafo único. Além do voto ordinário, o Presidente do CONARQ pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
terá o voto de qualidade em caso de empate. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, § 8º A participação na Comissão de Avaliação de Acervos Privados
de 2019) será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.

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(Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) exercício de seu cargo ou função ou deles decorrente;
Art. 8o É considerado de natureza relevante, não ensejando III - produzidos e recebidos pelas empresas públicas e pelas
qualquer remuneração, o exercício das atividades de Conselheiro do CONARQ e sociedades de economia mista;
de integrante das câmaras e comissões. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de IV - produzidos e recebidos pelas Organizações Sociais, definidas
2019) como tal pela Lei no 9.637, de 15 de maio de 1998, e pelo Serviço Social
Art. 9o A aprovação do regimento interno do CONARQ, mediante Autônomo Associação das Pioneiras Sociais, instituído pela Lei no 8.246, de 22
proposta deste, é da competência do Chefe da Casa Civil da Presidência da de outubro de 1991.
República. Parágrafo único. A sujeição dos entes referidos no inciso IV às
Art. 9o A aprovação do regimento interno do CONARQ, mediante normas arquivísticas do CONARQ constará dos Contratos de Gestão com o
proposta deste, é da competência do Ministro de Estado da Justiça. (Redação Poder Público.
dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência Art. 16. Às pessoas físicas e jurídicas mencionadas no art. 15
Art. 9º-A O Presidente do CONARQ encaminhará relatório anual das compete a responsabilidade pela preservação adequada dos documentos
atividades do CONARQ ao Ministro da Justiça e Segurança Pública. (Incluído produzidos e recebidos no exercício de atividades públicas.
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Art. 17. Os documentos públicos de valor permanente, que
Capítulo II integram o acervo arquivístico das empresas em processo de desestatização,
DO SISTEMA NACIONAL DE ARQUIVOS parcial ou total, serão recolhidos a instituições arquivísticas públicas, na sua
Art. 10. O SINAR tem por finalidade implementar a política nacional esfera de competência.
de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos § 1o O recolhimento de que trata este artigo constituirá cláusula
documentos de arquivo. específica de edital nos processos de desestatização.
Art. 11. O SINAR tem como órgão central o CONARQ. § 2o Para efeito do disposto neste artigo, as empresas, antes de
Art. 12. Integram o SINAR: concluído o processo de desestatização, providenciarão, em conformidade
I - o Arquivo Nacional; com as normas arquivísticas emanadas do CONARQ, a identificação,
II - os arquivos do Poder Executivo Federal; classificação e avaliação do acervo arquivístico.
III - os arquivos do Poder Legislativo Federal; § 3o Os documentos de valor permanente poderão ficar sob a
IV - os arquivos do Poder Judiciário Federal; guarda das empresas mencionadas no § 2o, enquanto necessários ao
V - os arquivos estaduais dos Poderes Executivo, Legislativo e desempenho de suas atividades, conforme disposto em instrução expedida
Judiciário; pelo CONARQ.
VI - os arquivos do Distrito Federal dos Poderes Executivo, § 4o Os documentos de que trata o caput são inalienáveis e não
Legislativo e Judiciário; são sujeitos a usucapião, nos termos do art. 10 da Lei no 8.159, de 1991.
VII - os arquivos municipais dos Poderes Executivo e Legislativo. § 5o A utilização e o recolhimento dos documentos públicos de
§ 1o Os arquivos referidos nos incisos II a VII, quando organizados valor permanente que integram o acervo arquivístico das empresas públicas
sistemicamente, passam a integrar o SINAR por intermédio de seus órgãos e das sociedades de economia mista já desestatizadas obedecerão às
centrais. instruções do CONARQ sobre a matéria.
§ 2o As pessoas físicas e jurídicas de direito privado, detentoras de Capítulo IV
arquivos, podem integrar o SINAR mediante acordo ou ajuste com o órgão DA GESTÃO DE DOCUMENTOS
central. DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
Art. 13. Compete aos integrantes do SINAR: Seção I
I - promover a gestão, a preservação e o acesso às informações e aos Das Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos
documentos na sua esfera de competência, em conformidade com as diretrizes Art. 18. Em cada órgão e entidade da Administração Pública
e normas emanadas do órgão central; Federal será constituída comissão permanente de avaliação de documentos,
II - disseminar, em sua área de atuação, as diretrizes e normas que terá a responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise,
estabelecidas pelo órgão central, zelando pelo seu cumprimento; avaliação e seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito
III - implementar a racionalização das atividades arquivísticas, de de atuação, tendo em vista a identificação dos documentos para guarda
forma a garantir a integridade do ciclo documental; permanente e a eliminação dos destituídos de valor. (Revogado pelo Decreto
IV - garantir a guarda e o acesso aos documentos de valor nº 10.148, de 2019)
permanente; § 1o Os documentos relativos às atividades-meio serão analisados,
V - apresentar sugestões ao CONARQ para o aprimoramento do avaliados e selecionados pelas Comissões Permanentes de Avaliação de
SINAR; Documentos dos órgãos e das entidades geradores dos arquivos, obedecendo
VI - prestar informações sobre suas atividades ao CONARQ; aos prazos estabelecidos em tabela de temporalidade e destinação expedida
VII - apresentar subsídios ao CONARQ para a elaboração de pelo CONARQ. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
dispositivos legais necessários ao aperfeiçoamento e à implementação da § 2o Os documentos relativos às atividades-meio não constantes
política nacional de arquivos públicos e privados; da tabela referida no § 1o serão submetidos às Comissões Permanentes de
VIII - promover a integração e a modernização dos arquivos em sua Avaliação de Documentos dos órgãos e das entidades geradores dos arquivos,
esfera de atuação; que estabelecerão os prazos de guarda e destinação daí decorrentes, a serem
IX - propor ao CONARQ os arquivos privados que possam ser aprovados pelo Arquivo Nacional. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de
considerados de interesse público e social; 2019)
X - comunicar ao CONARQ, para as devidas providências, atos § 3o Os documentos relativos às atividades-fim serão avaliados e
lesivos ao patrimônio arquivístico nacional; selecionados pelos órgãos ou entidades geradores dos arquivos, em
XI - colaborar na elaboração de cadastro nacional de arquivos conformidade com as tabelas de temporalidade e destinação, elaboradas
públicos e privados, bem como no desenvolvimento de atividades censitárias pelas Comissões mencionadas no caput, aprovadas pelo Arquivo Nacional.
referentes a arquivos; (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
XII - possibilitar a participação de especialistas nas câmaras Seção II
técnicas, câmaras setoriais e comissões especiais constituídas pelo CONARQ; Da Entrada de Documentos Arquivísticos Públicos no Arquivo Nacional
XII - possibilitar a participação de especialistas de órgãos e Art. 19. Os documentos arquivísticos públicos de âmbito federal,
entidades, públicos e privados, nas câmaras técnicas e na Comissão de ao serem transferidos ou recolhidos ao Arquivo Nacional, deverão estar
Avaliação de Acervos Privados; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de avaliados, organizados, higienizados e acondicionados, bem como
2019) acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação e
XIII - proporcionar aperfeiçoamento e reciclagem aos técnicos da controle.
área de arquivo, garantindo constante atualização. Parágrafo único. As atividades técnicas referidas no caput, que
Art. 14. Os integrantes do SINAR seguirão as diretrizes e normas precedem à transferência ou ao recolhimento de documentos, serão
emanadas do CONARQ, sem prejuízo de sua subordinação e vinculação implementadas e custeadas pelos órgãos e entidades geradores dos arquivos.
administrativa. Art. 20. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
Capítulo III deverá, tão logo sejam nomeados os inventariantes, liquidantes ou
DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS administradores de acervos para os órgãos e entidades extintos, solicitar à
Art. 5. São arquivos públicos os conjuntos de documentos: Casa Civil da Presidência da República a assistência técnica do Arquivo
I - produzidos e recebidos por órgãos e entidades públicas federais, Nacional para a orientação necessária à preservação e à destinação do
estaduais, do Distrito Federal e municipais, em decorrência de suas funções patrimônio documental acumulado, nos termos do § 2o do art. 7o da Lei no
administrativas, legislativas e judiciárias; 8.159, de 1991.
II - produzidos e recebidos por agentes do Poder Público, no Art. 20. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão

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deverá, tão logo sejam nomeados os inventariantes, liquidantes ou Justiça e Segurança Pública, na forma prevista na Lei nº 9.784, de 29 de
administradores de acervos para os órgãos e entidades extintos, solicitar ao janeiro de 1999. (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Ministro de Estado da Justiça a assistência técnica do Arquivo Nacional para a Art. 24. O proprietário ou detentor de arquivo privado declarado
orientação necessária à preservação e à destinação do patrimônio documental de interesse público e social deverá comunicar previamente ao CONARQ a
acumulado, nos termos do § 2o do art. 7o da Lei no 8.159, de 1991. (Redação dada transferência do local de guarda do arquivo ou de quaisquer de seus
pelo Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência documentos, dentro do território nacional.
Art. 20. Após nomeação dos inventariantes, liquidantes ou Art. 25. A alienação de arquivos privados declarados de interesse
administradores de acervos para órgãos e entidades extintos, o Ministério da público e social deve ser precedida de notificação à União, titular do direito
Economia solicitará ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a de preferência, para que manifeste, no prazo máximo de sessenta dias,
assistência técnica do Arquivo Nacional para a orientação necessária à interesse na aquisição, na forma do parágrafo único do art. 13 da Lei no 8.159,
preservação e à destinação do patrimônio documental acumulado, nos termos de 1991.
do disposto no § 2º do art. 7º da Lei nº 8.159, de 1991. (Redação dada pelo Art. 26. Os proprietários ou detentores de arquivos privados
Decreto nº 10.148, de 2019) declarados de interesse público e social devem manter preservados os
Art. 21. A Casa Civil da Presidência da República, mediante proposta acervos sob sua custódia, ficando sujeito à responsabilidade penal, civil e
do Arquivo Nacional, baixará instrução detalhando os procedimentos a serem administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou
observados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, para a destruir documentos de valor permanente.
plena consecução das medidas constantes desta Seção. Art. 27. Os proprietários ou detentores de arquivos privados
Art. 21. O Ministro de Estado da Justiça, mediante proposta do declarados de interesse público e social poderão firmar acordos ou ajustes
Arquivo Nacional, baixará instrução detalhando os procedimentos a serem com o CONARQ ou com outras instituições, objetivando o apoio para o
observados pelos órgãos e entidades da administração pública federal, para a desenvolvimento de atividades relacionadas à organização, preservação e
plena consecução das medidas constantes desta Seção. (Redação dada pelo divulgação do acervo.
Decreto nº 7.430, de 2011) Vigência Art. 28. A perda acidental, total ou parcial, de arquivos privados
Art. 21. O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, declarados de interesse público e social ou de quaisquer de seus documentos
mediante proposta do Arquivo Nacional, editará instrução a respeito dos deverá ser comunicada ao CONARQ, por seus proprietários ou detentores.
procedimentos a serem observados pelos órgãos e pelas entidades da Capítulo VI
administração pública federal, para a execução das medidas constantes desta DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Seção.(Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Art. 29. Este Decreto aplica-se também aos documentos
Capítulo V eletrônicos, nos termos da lei.
DA DECLARAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO E SOCIAL DE ARQUIVOS PRIVADOS Art. 30. O Chefe da Casa Civil da Presidência da República baixará
Art. 22. Os arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que instruções complementares à execução deste Decreto.
contenham documentos relevantes para a história, a cultura e o Art. 30. O Ministro de Estado da Justiça baixará instruções
desenvolvimento nacional podem ser declarados de interesse público e social complementares à execução deste Decreto. (Redação dada pelo Decreto nº
por decreto do Presidente da República. 7.430, de 2011) Vigência
Art. 22. Os arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que Art. 30. O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública poderá editar
contenham documentos relevantes para a história, a cultura e o normas complementares à execução do disposto neste Decreto. (Redação
desenvolvimento nacional podem ser declarados de interesse público e social dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
por ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.(Redação dada Art. 31. Fica delegada competência ao Chefe da Casa Civil da
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Presidência da República, permitida a subdelegação, para designar os
§ 1o A declaração de interesse público e social de que trata este membros do CONARQ de que trata o § 3o do art. 3o.
artigo não implica a transferência do respectivo acervo para guarda em Art. 31. Fica delegada competência ao Ministro de Estado da
instituição arquivística pública, nem exclui a responsabilidade por parte de Justiça, permitida a subdelegação, para designar os membros do CONARQ de
seus detentores pela guarda e a preservação do acervo. que trata o § 3o do art. 3o. (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011)
§ 2o São automaticamente considerados documentos privados de Vigência (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
interesse público e social: Art. 32. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
I - os arquivos e documentos privados tombados pelo Poder Público; Art. 33. Ficam revogados os Decretos nos 1.173, de 29 de junho de
II - os arquivos presidenciais, de acordo com o art. 3o da Lei no 8.394, 1994, 1.461, de 25 de abril de 1995, 2.182, de 20 de março de 1997, e 2.942, de
de 30 de dezembro de 1991; 18 de janeiro de 1999.
III - os registros civis de arquivos de entidades religiosas produzidos Brasília, 3 de janeiro de 2002; 181o da Independência e 114o da
anteriormente à vigência da Lei no 3.071, de 1o de janeiro de 1916, de acordo República.
com o art. 16 da Lei no 8.159, de 1991.
Art. 23. O CONARQ, por iniciativa própria ou mediante provocação, FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
encaminhará solicitação, acompanhada de parecer, ao Chefe da Casa Civil da Silvano Gianni
Presidência da República, com vistas à declaração de interesse público e social
de arquivos privados pelo Presidente da República. [Diário Oficial da União, de 4 de janeiro de 2002]
Art. 23. O CONARQ, por iniciativa própria ou mediante provocação,
encaminhará solicitação, acompanhada de parecer, ao Ministro de Estado da
Justiça, com vistas à declaração de interesse público e social de arquivos DECRETO Nº 4.344, DE 26 DE AGOSTO DE 2002
privados pelo Presidente da República. (Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de
2011) Vigência Regulamenta a Lei nº 8.394, de 30 de dezembro de
§ 1o O parecer será instruído com avaliação técnica procedida por 1991, que dispõe sobre a preservação, organização e
comissão especialmente constituída pelo CONARQ. proteção dos acervos documentais privados dos
§ 2o A avaliação referida no § 1o será homologada pelo Presidente presidentes da República, e dá outras providências.
do CONARQ.
§ 3o Da decisão homologatória caberá recurso das partes afetadas ao O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
Chefe da Casa Civil da Presidência da República, na forma prevista na Lei no confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no
9.784, de 29 de janeiro de 1999. art. 18 da Lei nº 8.394, de 30 de dezembro de 1991,
§ 3o Da decisão homologatória caberá recurso das partes afetadas ao DECRETA:
Ministro de Estado da Justiça, na forma prevista na Lei no 9.784, de 29 de janeiro Art. 1º Este Decreto dispõe sobre a preservação, organização e
de 1999 .(Redação dada pelo Decreto nº 7.430, de 2011)Vigência (Revogado proteção dos acervos documentais privados dos presidentes da República.
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Art. 2º O acervo documental privado do cidadão eleito presidente
Art. 23. A Comissão de Avaliação de Acervos Privados, por iniciativa da República é considerado presidencial a partir de sua diplomação,
independentemente de o documento ter sido produzido ou acumulado antes,
própria ou mediante provocação, encaminhará solicitação relativa à declaração
durante ou depois do mandato presidencial.
de interesse público e social de arquivos privados, acompanhada de parecer,
Art. 3º Os acervos documentais privados dos presidentes da
para deliberação do Conselho Nacional de Arquivos.(Redação dada pelo Decreto
República são os conjuntos de documentos, em qualquer suporte, de
nº 10.148, de 2019)
natureza arquivística, bibliográfica e museológica, produzidos sob as formas
§ 1º O parecer será instruído com avaliação técnica da Comissão de textual (manuscrita, datilografada ou impressa), eletromagnética, fotográfica,
Avaliação de Acervos Privados de que trata o art. 7º-A. (Redação dada pelo filmográfica, videográfica, cartográfica, sonora, iconográfica, de livros e
Decreto nº 10.148, de 2019) periódicos, de obras de arte e de objetos tridimensionais.
§ 2º Da decisão do CONARQ caberá recurso ao Ministro de Estado da Parágrafo único. Os acervos de que trata o caput não

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compreendem: Departamento de Documentação Histórica, separadamente, de acordo com a
I - os documentos de natureza arquivística produzidos e recebidos natureza do acervo avaliado.
pelos presidentes da República, no exercício o dos seus mandatos, com Art. 9º Para efeito de registro e inventário geral dos acervos
fundamento no inciso II do art. 15 do Decreto n 4.073, de 3 de janeiro de 2002; documentais privados dos presidentes da República, os documentos
e recebidos em viagens, encontros e audiências do presidente da República
II - os documentos bibliográficos e museológicos recebidos em pela Ajudância de Ordens serão encaminhados ao Departamento de
cerimônias de troca de presentes, nas audiências com chefes de Estado e de Documentação Histórica do Gabinete Pessoal do Presidente da República
Governo por ocasião das "Visitas Oficiais" ou "Viagens de Estado" do acompanhados de dados de identificação, conforme formulário padrão
presidente da República ao exterior, ou quando das "Visitas Oficiais" ou estabelecido por esse Departamento, devidamente preenchido, datado e
"Viagens de Estado" de chefes de Estado e de Governo estrangeiros ao Brasil. assinado pelo representante do órgão, ou pessoa física remetente.
Art. 4º Os acervos a que se refere o art. 3º ficam organizados sob a Art. 10. A venda de acervos documentais privados dos presidentes
forma do Sistema de Acervos Documentais Privados dos Presidentes da da República deverá ser precedida de comunicação por escrito à Comissão
República, que compreende o conjunto de medidas e providências a serem Memória dos Presidentes da República, que se manifestará, no prazo máximo
levadas a efeito por entidades públicas e privadas, coordenadas entre si, para a de sessenta dias, sobre o interesse da União na aquisição desses acervos.
preservação, conservação e acesso àqueles acervos, mediante expresso Art. 11. Compete à Comissão Memória dos Presidentes da
consentimento dos presidentes da República ou de seus sucessores. República elaborar o seu regimento interno, que será submetido à aprovação
Art. 5º O Sistema de Acervos Documentais Privados dos Presidentes do Chefe da Casa Civil da Presidência da República.
da República, coordenado pela Comissão Memória dos Presidentes da Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
República, atuará de forma integrada aos Sistemas Nacionais de Arquivos, Brasília, 26 de agosto de 2002; 181º da Independência e 114º da
Bibliotecas e Museus, e terá como objetivos: República.
I - preservar a memória presidencial como um todo num conjunto FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
integrado, compreendendo os acervos privados arquivísticos, bibliográficos e Pedro Parente
museológicos;
II - coordenar, no que diz respeito às tarefas de preservação, [Diário Oficial da União, de 27 de agosto de 2002]
conservação, organização e acesso aos acervos presidenciais privados, as ações
dos órgãos públicos de documentação e fazer a articulação destes com
entidades privadas que detenham ou tratem de tais acervos; DECRETO Nº 4.497, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2002
III - manter referencial único de informação, capaz de fornecer ao o
cidadão, de maneira uniforme e sistemática, a possibilidade de localizar e ter Altera o art. 17 do Decreto n 2.134, de 24 de janeiro de
acesso aos documentos, onde quer que estejam guardados, seja em entidades 1997, que dispõe sobre a categoria dos documentos
públicas, em instituições privadas ou com particulares, tanto na capital federal públicos sigilosos e o acesso a eles, e dá outras
como na região de origem do presidente ou nas demais regiões do País; providências.
IV - propor metodologia, técnicas e tecnologias para identificação,
referência, preservação, conservação, organização e difusão da documentação [Revogado pelo Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002]
presidencial privada; e
V - compatibilizar as informações referentes à documentação dos O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
acervos privados presidenciais com as dos documentos arquivísticos, confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no
bibliográficos e museológicos de caráter público. art. 23 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
Art. 6º A adesão ao Sistema de Acervos Documentais Privados dos DECRETA:
Presidentes da República far-se-á por meio de termo específico, do qual Art. 1º O art. 17 do Decreto n° 2.134, de 24 de janeiro de 1997,
constará que: passa a vigorar com a seguinte redação:
I - os acervos documentais privados dos presidentes da República "Art. 17......................................................................
integram o patrimônio cultural brasileiro e são declarados de interesse público §1° A classificação de documento na categoria secreta poderá ser
para os fins de aplicação do § 1º do art. 216 da Constituição, conforme o art. 3º feita pelas autoridades indicadas no parágrafo único do art. 16 deste Decreto,
da Lei nº 8.394, de 1991; por governadores e ministros de Estado, ou, ainda, por quem haja recebido
II - em caso de venda do acervo, a União tem direito de preferência, delegação.
observado o disposto no art. 10; § 2° A competência prevista no § 1° deste artigo poderá ser
III - sem prejuízo do disposto no inciso II, os acervos não podem ser subdelegada." (NR)
alienados para o exterior sem manifestação expressa da União, por meio da Art. 2 Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Comissão Memória dos Presidentes da República; e Brasília, 4 de dezembro de 2002; 181º da Independência e 114º da
IV - o titular do acervo tem a obrigação de: República.
a) preservá-lo e conservá-lo de acordo com a orientação técnica da FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Comissão Memória dos Presidentes da República, autorizando o acesso a eles, Geraldo Magela da Cruz Quintão
observadas as restrições previstas em lei; e Pedro Parente
b) comunicar ao Departamento de Documentação Histórica do
Gabinete Pessoal do Presidente da República a transferência do local de guarda [Diário Oficial da União, de 5 de dezembro de 2002]
do acervo, dentro do território nacional.
Art. 7º As entidades, públicas ou privadas, ou as pessoas físicas
mantenedoras de acervos documentais privados dos presidentes da República DECRETO Nº 4.553, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2002
poderão solicitar aos órgãos públicos orientação ou assistência para a sua
organização, manutenção e preservação, e pleitear apoio técnico e financeiro Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações,
do poder público para projetos de fins educativos, científicos ou culturais. documentos e materiais sigilosos de interesse da
§ 1º O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da
apoiará financeiramente, com recursos previstos na lei orçamentária, a Administração Pública Federal, e dá outras
consecução de projetos técnicos de interesse do Sistema de Acervos providências.
Documentais Privados dos Presidentes da República aprovados pela Comissão [Revogado pelo Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012]
Memória dos Presidentes da República.
§ 2º O apoio referido no caput ficará condicionado a que:
I - os detentores dos acervos adiram à política de acervos DECRETO Nº 4.915 DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003.
documentais privados dos presidentes da República formulada pela Comissão
Memória dos Presidentes da República e cumpram sua orientação técnica, Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos
visando ao atendimento à coletividade; e de Arquivo - SIGA, da administração pública
II - os acervos sejam acessíveis à consulta pública e à pesquisa, com federal, e dá outras providências.
exceção das restrições previstas em lei.
Art. 8º A Comissão Memória dos Presidentes da República, por meio Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos e
de representantes especialmente designados pelo Arquivo Nacional, pelo Arquivos da administração pública federal.
IPHAN, pelo Museu da República e pela Fundação Biblioteca Nacional, realizará, (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
anualmente, visitas técnicas para avaliação e destinação do acervo documental
privado do presidente da República em exercício. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
§ 1º As visitas serão organizadas pelo titular do Departamento de confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista
Documentação Histórica do Gabinete Pessoal do Presidente da República. o disposto no art. 30 do Decreto-Lei no 200, de 25 de fevereiro de 1967, no art.
§ 2º O relatório conclusivo da visita técnica será apresentado ao

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18 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro atividades e rotinas de trabalho relacionadas à gestão de documentos nos
de 2002, órgãos setoriais;
III - promover a disseminação de normas técnicas e informações
DECRETA: de interesse para o aperfeiçoamento do sistema junto aos órgãos setoriais do
SIGA;
Art. 1o Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a IV - promover e manter intercâmbio de cooperação técnica com
denominação de Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, as instituições e sistemas afins, nacionais e internacionais;
atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos e entidades da V - estimular e promover a capacitação, o aperfeiçoamento, o
administração pública federal. treinamento e a reciclagem dos servidores que atuam na área de gestão de
Art. 1º As atividades de gestão de documentos no âmbito dos órgãos documentos de arquivo.
e entidades da administração pública federal ficam organizadas sob a forma de I - planejar, coordenar e supervisionar os assuntos relativos ao
sistema denominado Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos - Siga. Siga, em conjunto com a Comissão de Coordenação do Siga; (Redação dada
(Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
§ 1o Para os fins deste Decreto, consideram-se documentos de II - definir, elaborar e divulgar as diretrizes e as normas gerais
arquivo aqueles produzidos e recebidos por órgãos e entidades da relativas à gestão de documentos e arquivos a serem implementadas nos
administração pública federal, em decorrência do exercício de funções e órgãos e nas entidades da administração pública federal, com apoio da
atividades específicas, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza Comissão de Coordenação do Siga; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de
dos documentos. 2019)
§ 1º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se arquivo o III - editar normas para regulamentar a padronização dos
conjunto de documentos produzidos e recebidos pela administração pública procedimentos técnicos relativos às atividades de gestão de documentos,
federal, em decorrência do exercício de atividades específicas, qualquer que independentemente do suporte da informação ou da natureza dos
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos (Redação dada documentos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) IV - orientar a implementação, a coordenação e o controle das atividades
§ 2o Considera-se gestão de documentos, com base no art. 3o da Lei e das rotinas de trabalho relacionadas à gestão de documentos nos órgãos
no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, o conjunto de procedimentos e operações setoriais; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento dos V - divulgar normas técnicas e informações para o
documentos, em fase corrente e intermediária, independente do suporte, aprimoramento do Siga junto aos órgãos setoriais e seccionais; (Redação
visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Art. 2o O SIGA tem por finalidade: VI - promover cooperação técnica com instituições e sistemas
I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração pública afins, nacionais e internacionais; e (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
federal, de forma ágil e segura, o acesso aos documentos de arquivo e às VII - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e o treinamento
informações neles contidas, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições dos servidores que atuam na gestão de documentos e arquivos. (Incluído pelo
administrativas ou legais; Decreto nº 10.148, de 2019)
I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração Art. 5o Compete aos órgãos setoriais:
pública federal o acesso aos arquivos e às informações neles contidas, de forma I - implantar, coordenar e controlar as atividades de gestão de documentos
ágil e segura, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições legais; (Redação de arquivo, em seu âmbito de atuação e de seus seccionais, em conformidade
dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) com as normas aprovadas pelo Chefe da Casa Civil da Presidência da
II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos de República;
arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; I - implementar e coordenar as atividades de gestão de
II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos e documentos e arquivos, em seu âmbito de atuação e dos órgãos seccionais do
arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; Siga; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
(Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) II - implementar e acompanhar rotinas de trabalho desenvolvidas,
III - disseminar normas relativas à gestão de documentos de no seu âmbito de atuação e de seus seccionais, visando à padronização dos
arquivo; procedimentos técnicos relativos às atividades de produção, classificação,
III - divulgar normas relativas à gestão e à preservação de registro, tramitação, arquivamento, preservação, empréstimo, consulta,
documentos e arquivos; (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de 2019) expedição, avaliação, transferência e recolhimento ou eliminação de
IV - racionalizar a produção da documentação arquivística pública; documentos de arquivo e ao acesso e às informações neles contidas;
V - racionalizar e reduzir os custos operacionais e de armazenagem II - coordenar as rotinas de trabalho, no seu âmbito de atuação e
da documentação arquivística pública; dos órgãos seccionais do Siga, com vistas à padronização dos procedimentos
VI - preservar o patrimônio documental arquivístico da técnicos relativos à gestão de documentos arquivísticos; (Redação dada pelo
administração pública federal; Decreto nº 10.148, de 2019)
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou III - coordenar a elaboração de código de classificação de
indiretamente na gestão da informação pública federal. documentos de arquivo, com base nas funções e atividades desempenhadas
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou pelo órgão ou entidade, e acompanhar a sua aplicação no seu âmbito de
indiretamente na gestão da informação pública federal; e (Redação dada pelo atuação e de seus seccionais;
Decreto nº 10.148, de 2019) IV - coordenar a aplicação do código de classificação e da tabela
VIII - fortalecer os serviços arquivísticos nos órgãos e nas entidades da de temporalidade e destinação de documentos de arquivo relativos as
administração pública federal, com vistas à racionalização e eficiência de suas atividades-meio, instituída para a administração pública federal, no seu
atividades. (Incluído pelo Decreto nº 10.148, de 2019) âmbito de atuação e de seus seccionais;
Art. 3o Integram o SIGA: V - elaborar, por intermédio da Comissão Permanente de
I - como órgão central, o Arquivo Nacional; Avaliação de Documentos e de que trata o art. 18 do Decreto no 4.073, de 3 de
II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação janeiro de 2002, e aplicar, após aprovação do Arquivo Nacional, a tabela de
das atividades de gestão de documentos de arquivo nos Ministérios e órgãos temporalidade e destinação de documentos de arquivo relativos às
equivalentes; atividades-fim;
II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela coordenação VI - promover e manter intercâmbio de cooperação técnica com
das atividades de gestão de documentos e arquivos nos órgãos e nas entidades instituições e sistemas afins, nacionais e internacionais;
da administração pública federal; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.148, de VII - proporcionar aos servidores que atuam na área de gestão de
2019) documentos de arquivo a capacitação, o aperfeiçoamento, o treinamento e a
III - como órgãos seccionais, as unidades vinculadas aos Ministérios e reciclagem garantindo constante atualização.
órgãos equivalentes. Art. 6o Fica instituída, junto ao órgão central, a Comissão de
III - como órgãos seccionais, as unidades responsáveis pela Coordenação do SIGA, cabendo-lhe: (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de
coordenação das atividades de gestão de documentos e arquivos nas entidades 2019)
vinculadas aos órgãos da administração pública federal. (Redação dada pelo I - assessorar o órgão central no cumprimento de suas
Decreto nº 10.148, de 2019) atribuições; (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
Art. 4o Compete ao órgão central: II - propor políticas, diretrizes e normas relativas à gestão de
I - acompanhar e orientar, junto aos órgãos setoriais do SIGA, a documentos de arquivo, a serem implantadas nos órgãos e entidades da
aplicação das normas relacionadas à gestão de documentos de arquivos administração pública federal, após aprovação do Chefe da Casa Civil da
aprovadas pelo Chefe da Casa Civil da Presidência da República; Presidência da República; (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
II - orientar a implementação, coordenação e controle das III - propor aos órgãos integrantes do SIGA as alterações ou

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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adaptações necessárias ao aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão de Informações - SNI, que estejam sob a custódia da Agência
documentos de arquivo; (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Brasileira de Inteligência - ABIN.
IV - avaliar os resultados da aplicação das normas e propor os
ajustamentos que se fizerem necessários, visando à modernização e ao O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
aprimoramento do SIGA. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019) confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição,
Art. 7o Compõem a Comissão de Coordenação do SIGA: (Revogado DECRETA:
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Art. 1º Os documentos arquivísticos públicos produzidos e
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que a presidirá; (Revogado recebidos pelos extintos Conselho de Segurança Nacional - CSN, Comissão
pelo Decreto nº 10.148, de 2019) Geral de Investigações - CGI e Serviço Nacional de Informações - SNI, que
II - um representante do órgão central, responsável pela estejam sob a custódia da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN, deverão
coordenação do SIGA, designado pelo Diretor-Geral do Arquivo ser recolhidos ao Arquivo Nacional, até 31 de dezembro de 2005, observados
Nacional; (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019) os termos do § 2º do art. 7º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
III - um representante do Sistema de Administração dos Recursos de Art. 2º O recolhimento dos documentos referidos no art. 1º
Informação e Informática - SISP, indicado pelo Ministro de Estado do observará o procedimento previsto neste Decreto, devendo ser coordenado,
Planejamento, Orçamento e Gestão; (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de planejado e supervisionado por Grupo Supervisor composto por um
2019) representante de cada órgão a seguir indicado:
IV - um representante do Sistema de Serviços Gerais - SISG, indicado I - Casa Civil da Presidência da República, que o coordenará;
II - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
pelo Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão; (Revogado pelo Decreto
República;
nº 10.148, de 2019)
III - Secretaria-Geral da Presidência da República;
V - os coordenadores das subcomissões dos Ministérios e órgãos
IV - Ministério da Defesa;
equivalentes. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019)
V - Ministério da Justiça; e
§ 1o Poderão participar das reuniões como membros ad-hoc, por VI - Advocacia-Geral da União.
solicitação de seu Presidente, especialistas e consultores com direito a voz e Art. 3º As atividades técnicas necessárias ao recolhimento dos
não a voto, quando julgado necessário pela maioria absoluta de seus documentos referidos no art. 1º serão executadas por Grupo Técnico
membros. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019) composto por cinco representantes do Arquivo Nacional e cinco
§ 2o O Arquivo Nacional promoverá, quarenta e cinco dias após a representantes da ABIN.
publicação deste Decreto, a instalação da Comissão de Coordenação do SIGA, Art. 4º Os representantes dos órgãos que compõem os Grupos
em Brasília, para discussão e deliberação, por maioria absoluta de seus Supervisor e Técnico serão designados pela Ministra de Estado Chefe da Casa
membros, de seu regimento interno a ser encaminhado pelo órgão central do Civil da Presidência da República, mediante indicação dos dirigentes
SIGA para a aprovação do Chefe da Casa Civil da Presidência da máximos dos órgãos representados, a ser realizada no prazo de cinco dias,
República. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019) contados da publicação deste Decreto.
Art. 8o Deverão ser constituídas nos Ministérios e nos órgãos Art. 5º Os órgãos representados nos Grupos Supervisor e Técnico
equivalentes, no prazo máximo de trinta dias após a publicação deste Decreto, prestarão apoio administrativo e fornecerão os meios necessários à execução
subcomissões de coordenação que reúnam representantes dos órgãos dos trabalhos.
seccionais de seu âmbito de atuação com vistas a identificar necessidades e Art. 6º Os trabalhos desenvolvidos pelos integrantes dos Grupos
harmonizar as proposições a serem apresentadas à Comissão de Coordenação Supervisor e Técnico serão considerados prestação de relevante serviço
do SIGA. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de 2019) público e não serão remunerados.
Parágrafo único. As subcomissões serão presididas por Art. 7º Para acesso e manuseio dos documentos referidos no art. 1º,
representante designado pelo respectivo Ministro. (Revogado pelo Decreto nº os integrantes dos Grupos Supervisor e Técnico firmarão termo de
10.148, de 2019) manutenção de sigilo e receberão credencial de segurança no grau de sigilo
Art. 9o Os órgãos setoriais do SIGA vinculam-se ao órgão central correspondente ao dos documentos.
para os estritos efeitos do disposto neste Decreto, sem prejuízo da Art. 8º O recolhimento ao Arquivo Nacional dos documentos
subordinação ou vinculação administrativa decorrente de sua posição na públicos referidos no art. 1º deverá estar acompanhado de instrumento
estrutura organizacional dos órgãos e entidades da administração pública descritivo que permita a sua identificação e controle.
federal. Art. 9º Caberá ao Grupo Técnico constituído nos termos do art. 3º
Art. 10. Fica instituído sistema de informações destinado à executar, dentre outras, as seguintes atividades técnicas:
operacionalização do SIGA, com a finalidade de integrar os serviços I - quantificar os documentos referidos no art. 1º, se possível
arquivísticos dos órgãos e entidades da administração pública federal. utilizando-se de relatórios gerados por suas respectivas bases de dados;
Parágrafo único. Os órgãos setoriais e seccionais são responsáveis pela II - identificar as unidades de acondicionamento e elaborar as
alimentação e processamento dos dados necessários ao desenvolvimento e respectivas listagens de descrição e controle;
manutenção do sistema de que trata o caput deste artigo. III - elaborar os competentes termos de recolhimento dos
Art. 11. Compete ao Arquivo Nacional, como órgão central do SIGA, documentos referidos no art. 1º; e
IV - controlar o embarque dos documentos, o respectivo
o encaminhamento, para aprovação do Ministro Chefe da Casa Civil da
transporte e deslocamento, bem como o desembarque e alocação nos
Presidência da República, das normas complementares a este Decreto,
depósitos, previamente determinados, na Coordenação Regional do Arquivo
deliberadas pela Comissão de Coordenação do SIGA. (Revogado pelo Decreto
Nacional no Distrito Federal.
nº 10.148, de 2019)
Parágrafo único. As atividades técnicas previstas no caput
Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. deverão observar, no que couber,
Brasília, 12 de dezembro de 2003; 182o da Independência e 115o da o as normas de salvaguarda de documentos
sigilosos dispostas no Decreto n 4.553, de 27 de dezembro de 2002.
República. Art. 10 Recolhidos ao Arquivo Nacional, os documentos referidos
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA no art. 1º deverão ser disponibilizados para acesso público, resguardadas a
José Dirceu de Oliveira e Silva manutenção de sigilo e a restrição ao acesso de documentos que se refiram à
intimidade da vida privada de pessoas ou cujo sigilo seja imprescindível
o à
[Diário Oficial da União, de 15 de dezembro de 2003] segurança da sociedade e do Estado, nos termos do Decreto n 4.553, de 2002.
Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 18 de novembro de 2005; 184º da Independência e 117º da
DECRETO Nº 5.301, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2004 República.

Regulamenta o disposto na Medida Provisória nº 228, de 9 LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


de dezembro de 2004, que dispõe sobre a ressalva Dilma Rousseff
prevista na parte final do disposto no inciso XXXIII do art.
5º da Constituição, e dá outras providências. [Diário Oficial da União, de 18 de novembro de 2005 - Edição extra]
[Revogado pelo Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012]

DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006


DECRETO Nº 5.584, DE 18 DE NOVEMBRO DE 2005
Declara de interesse público e social o acervo
Dispõe sobre o recolhimento ao Arquivo Nacional dos documental privado da Companhia Antártica
documentos arquivísticos públicos produzidos e recebidos Paulista.
pelos extintos Conselho de Segurança Nacional - CSN,
Comissão Geral de Investigações - CGI e Serviço Nacional de

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


78
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere inovadora para o cinema brasileiro, o acervo documental privado de Gláuber
o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei Rocha.
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
de 2002, Brasília, 7 de abril de 2006; 185º da Independência e 118º da
DECRETA: República.
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social, por conter
documentos relevantes para a história econômica, a cultura e o LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
desenvolvimento nacional, o arquivo privado da Companhia Antártica Paulista, Dilma Rousseff
de valor permanente, compreendendo o período de 1891 a 1999.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. [Diário Oficial da União, de 10 de abril de 2006]
Brasília, 7 de abril de 2006; 185º da Independência e 118º da
República. DECRETO DE 1º DE FEVEREIRO DE 2007

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Declara de interesse público e social o acervo


Dilma Rousseff documental privado da Atlântida Cinematográfica
Ltda.
[Diário Oficial da União, de 10 de abril de 2006]
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no
DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006 art. 12 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073,
de 3 de janeiro de 2002,
Declara de interesse público e social o acervo DECRETA:
documental privado da Associação Brasileira de Art. 1º Fica declarado de interesse público e social, por conter
Educação. documentos de inquestionável valor para a cinematografia brasileira e, em
especial pela produção de cinejornais que oferecem inúmeras referências à
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere política, à sociologia, ao urbanismo, às transformações da sociedade e do
o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei imaginário popular da segunda metade do século XX, o arquivo privado da
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro Atlântida Cinematográfica Ltda., de valor permanente, compreendendo o
de 2002, período de 1950 a 1987.
DECRETA: Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social, por conter
documentos relevantes para a história, a cultura e o desenvolvimento nacional, LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
o arquivo privado da Associação Brasileira de Educação, de valor permanente, Dilma Rousseff
compreendendo o período de 1924 a 2004.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. [Diário Oficial da União, de 02 de fevereiro de 2007]
Brasília, 7 de abril de 2006; 185º da Independência e 118º da
República.
DECRETO Nº 6.514, DE 22 DE JULHO DE 2008
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Dilma Rousseff Dispõe sobre a especificação das sanções aplicáveis às
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá
[Diário Oficial da União, de 10 abril de 2006] outras providências
....
CAPÍTULO II
DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006 Das Infrações Contra o Ordenamento Urbano e o Patrimônio Cultural

Declara de interesse público e social o acervo Art. 72. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
documental privado da Companhia Cervejaria I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou
Brahma. decisão judicial; ou
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:
o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei Multa de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a R$ 500.000,00 (quinhentos
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro mil reais).
de 2002, Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa
DECRETA : tombada, a multa é aplicada em dobro.
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social, por conter
documentos relevantes para a história econômica, a cultura e o LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
desenvolvimento nacional, o arquivo privado da Companhia Cervejaria Brahma, Carlos Minc
de valor permanente, compreendendo o período de 1891 a 1999.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. [Diário Oficial da União, de 23 de julho de 2008]
Brasília, 7 de abril de 2006; 185º da Independência e 118º da
República.
DECRETO DE 20 DE JANEIRO DE 2009
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Dilma Rousseff Declara de interesse público e social o acervo
documental privado de BERTA GLEIZER RIBEIRO.
[Diário Oficial da União, de 10 de abril de 2006]
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, tendo em vista o disposto no art.
DECRETO DE 7 DE ABRIL DE 2006 12 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073, de
3 de janeiro de 2002, e o que constado processo nº 00321.000001/2007-14, do
Declara de interesse público e social o acervo Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ,
documental privado de Gláuber Rocha. DECRETA:
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo textual,
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere iconográfico e sonoro de BERTA GLEIZER RIBEIRO, do período de 1931 a 1997,
o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei sob a guarda e propriedade da Fundação Darcy Ribeiro - FUNDAR, por se
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro constituir em importante fonte textual e iconográfica para a história da
de 2002, política indigenista e da antropologia brasileira.
DECRETA: Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social, por conter Brasília, 20 de janeiro de 2009; 188º da Independência e 121º da
documentos relevantes para o estudo e pesquisa sobre as formas de República.
pensamento e expressão artística, bem como sobre a elaboração de linguagem

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA VI - aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar
Dilma Rousseff processos e procedimentos de atendimento ao cidadão e a propiciar
melhores condições para o compartilhamento das informações;
[Diário Oficial da União, de 21 de janeiro de 2009] VII - utilização de linguagem simples e compreensível, evitando o
uso de siglas, jargões e estrangeirismos; e
DECRETO DE 20 DE JANEIRO DE 2009 VIII - articulação com Estados, Distrito Federal, Municípios e
outros poderes para a integração, racionalização, disponibilização e
Declara de interesse público e social o acervo simplificação de serviços públicos prestados ao cidadão.
documental privado de DARCY RIBEIRO. Art. 2º Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que
necessitarem de documentos comprobatórios de regularidade de situação do
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere cidadão, atestados, certidões ou outros documentos comprobatórios que
o art. 84, inciso IV, da Constituição, tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei constem em base de dados oficial da administração pública federal deverão
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro obtê-los diretamente do respectivo órgão ou entidade.
de 2002, e o que consta do processo nº 00321.000001/2007-14, do Conselho Parágrafo único. Exclui-se da aplicação do disposto no caput:
Nacional de Arquivos - CONARQ, I - comprovação de antecedentes criminais;
DECRETA: II - informações sobre pessoa jurídica; e
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo textual, III - situações expressamente previstas em lei.
iconográfico, sonoro e de imagem em movimento de DARCY RIBEIRO, do Art. 3º Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal não
período de 1928 a 1997, sob a guarda e propriedade da Fundação Darcy Ribeiro - poderão exigir do cidadão a apresentação de certidões ou outros documentos
FUNDAR, por oferecer inúmeras possibilidades de pesquisas em diferentes expedidos por outro órgão ou entidade do Poder Executivo Federal,
áreas do conhecimento. ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 2º.
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. § 1º O órgão ou entidade deverá, quando necessário, juntar aos
Brasília, 20 de janeiro de 2009; 188º da Independência e 121º da autos do respectivo processo administrativo versão impressa da certidão ou
República. documento obtido por meio eletrônico.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA § 2º As certidões ou outros documentos que contenham
Dilma Rousseff informações sigilosas do cidadão somente poderão ser obtidas por meio de
sua autorização expressa.
[Diário Oficial da União, de 21 de janeiro de 2009] § 3º Quando não for possível a obtenção de atestados, certidões e
documentos comprobatórios de regularidade de situação diretamente do
órgão ou entidade expedidora, os fatos poderão ser comprovados mediante
DECRETO DE 16 DE ABRIL DE 2009 declaração escrita e assinada pelo cidadão, que, em caso de declaração falsa,
ficará sujeito às sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.
Declara de interesse público e social o acervo Art. 4o No âmbito da administração pública federal, os órgãos e
documental privado de Oscar Niemeyer. entidades gestores de base de dados oficial colocarão à disposição dos órgãos
e entidades públicos interessados as orientações para acesso às informações
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere constantes dessas bases de dados, observadas as disposições legais aplicáveis
o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 12 da e as diretrizes, orientações e procedimentos estabelecidos pelo Comitê
Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, 22 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de Executivo do Governo Eletrônico, criado pelo Decreto de 18 de outubro de
2002, e o que consta do Processo nº 00321.000002/2007-51, 2000.
DECRETA: Art. 4º No âmbito da administração pública federal, os órgãos e as
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo entidades gestores de base de dados oficial colocarão à disposição dos órgãos
documental textual, iconográfico, sonoro e de imagem em movimento de e entidades públicos interessados as orientações para acesso às informações
OSCAR NIEMEYER, do período de 1940 a 2007, sob a guarda e propriedade da constantes dessas bases de dados, observadas as disposições legais
Fundação Oscar Niemeyer, por oferecer inúmeras possibilidades de pesquisa e aplicáveis.(Redação dada pelo Decreto nº 8.638, de 2016)
estudos nas áreas de arquitetura, urbanismo, design e artes plásticas. Art. 5º No atendimento aos requerimentos do cidadão, os órgãos e
§ 1º A declaração de que trata o caput alcança, apenas, os entidades do Poder Executivo Federal observarão as seguintes práticas:
documentos do acervo arquivístico, já declarados permanentes, excluídos os I - gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania, nos
elementos referentes ao acervo bibliográfico e museológico, bem como os termos da Lei nº 9.265, de 12 de fevereiro de 1996;
caracterizados como de arquivo corrente. II - padronização de procedimentos referentes à utilização de
§ 2º A inserção de novos elementos ao acervo fica condicionada à formulários, guias e outros documentos; e
avaliação técnica e à apreciação do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ. III - vedação de recusa de recebimento de requerimentos pelos
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. serviços de protocolo, salvo quando o órgão ou entidade for manifestamente
Brasília, 16 de abril de 2009; 188º da Independência e 121º da incompetente.
República. § 1º Na ocorrência da hipótese referida no inciso III, os serviços de
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA protocolo deverão prover as informações e orientações necessárias para que
Dilma Rousseff o cidadão possa dar andamento ao requerimento.
§ 2º Após a protocolização do requerimento, caso o agente público
[Diário Oficial da União, de 17 de abril de 2009] verifique que o órgão ou entidade é incompetente para o exame ou decisão
da matéria, este deverá providenciar a remessa imediata do requerimento ao
DECRETO Nº 6.932, DE 11 DE AGOSTO DE 2009 órgão ou entidade competente.
§ 3º Quando a remessa referida no § 2º não for possível, o
Dispõe sobre a simplificação do atendimento público interessado deverá ser comunicado imediatamente do fato para adoção das
prestado ao cidadão, ratifica a dispensa do providências a seu cargo.
reconhecimento de firma em documentos produzidos no Art. 6º As exigências necessárias para o requerimento serão feitas
Brasil, institui a “Carta de Serviços ao Cidadão” e dá desde logo e de uma só vez ao interessado, justificando-se exigência
outras providências. posterior apenas em caso de dúvida superveniente.
[Revogado pelo Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017] Art. 7º Não será exigida prova de fato já comprovado pela
apresentação de outro documento válido.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere Art. 8º Para complementar informações ou solicitar
o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, esclarecimentos, a comunicação entre o órgão ou entidade e o interessado
DECRETA: poderá ser feita por qualquer meio, inclusive comunicação verbal, direta ou
Art. 1º Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal observarão telefônica, correspondência, telegrama, fax ou correio eletrônico,
as seguintes diretrizes nas relações entre si e com o cidadão: registrando-se a circunstância no processo, caso necessário.
I - presunção de boa-fé; Art. 9º Salvo na existência de dúvida fundada quanto à
II - compartilhamento de informações, nos termos da lei; autenticidade e no caso de imposição legal, fica dispensado o
III - atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, reconhecimento de firma em qualquer documento produzido no Brasil
certidões e documentos comprobatórios de regularidade; destinado a fazer prova junto a órgãos e entidades da administração pública
IV - racionalização de métodos e procedimentos de controle; federal, quando assinado perante o servidor público a quem deva ser
V - eliminação de formalidades e exigências cujo custo econômico apresentado.
ou social seja superior ao risco envolvido; Art. 10. A juntada de documento, quando decorrente de
disposição legal, poderá ser feita por cópia autenticada, dispensada nova
conferência com o documento original.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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§ 1º A autenticação poderá ser feita, mediante cotejo da cópia com o na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e na Lei nº 6.880, de 9 de
original, pelo próprio servidor a quem o documento deva ser apresentado. dezembro de 1980.
§ 2º Verificada, a qualquer tempo, falsificação de assinatura ou de Parágrafo único. O cidadão que tiver os direitos garantidos neste
autenticação de documento público ou particular, o órgão ou entidade Decreto desrespeitados poderá fazer representação junto à Controladoria-
considerará não satisfeita a exigência documental respectiva e, dentro do Geral da União.
prazo máximo de cinco dias, dará conhecimento do fato à autoridade Art. 17. Cabe à Controladoria-Geral da União e aos órgãos
competente para adoção das providências administrativas, civis e penais integrantes do sistema de controle interno do Poder Executivo Federal zelar
cabíveis. pelo cumprimento do disposto neste Decreto, bem como adotar as
Art. 11. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que providências para a responsabilização dos dirigentes e dos servidores que
prestam serviços diretamente ao cidadão deverão elaborar e divulgar “Carta de praticarem atos em desacordo com as disposições aqui estabelecidas.
Serviços ao Cidadão”, no âmbito de sua esfera de competência. Art. 18. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal terão
§ 1º A Carta de Serviços ao Cidadão tem por objetivo informar o prazo de cento e oitenta dias, após a publicação deste Decreto, para cumprir
cidadão dos serviços prestados pelo órgão ou entidade, das formas de acesso a o disposto no art. 4º.
esses serviços e dos respectivos compromissos e padrões de qualidade de Art. 19. Este Decreto entra em vigor:
atendimento ao público. I - trezentos e sessenta dias após a data de sua publicação, em
§ 2º A Carta de Serviços ao Cidadão deverá trazer informações claras relação ao art. 3º; e
e precisas em relação a cada um dos serviços prestados, em especial as II - na data de sua publicação, em relação aos demais dispositivos.
relacionadas com: Art. 20. Ficam revogados os Decretos nºs 63.166, de 26 de agosto de
I - o serviço oferecido; 1968, 64.024-A, de 27 de janeiro de 1969, e 3.507, de 13 de junho de 2000.
II - os requisitos, documentos e informações necessários para
acessar o serviço; Brasília, 11 de agosto de 2009; 188º da Independência e 121º da
III - as principais etapas para processamento do serviço; República.
IV - o prazo máximo para a prestação do serviço;
V - a forma de prestação do serviço; LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
VI - a forma de comunicação com o solicitante do serviço; e Paulo Bernardo Silva
VII - os locais e formas de acessar o serviço.
§ 3º Além das informações descritas no § 2º, a Carta de Serviços ao [Diário Oficial da União, de 12 de agosto de 2009]
Cidadão deverá detalhar os padrões de qualidade do atendimento relativos aos
seguintes aspectos:
I - prioridades de atendimento; DECRETO DE 16 DE JUNHO DE 2010
II - tempo de espera para atendimento;
III - prazos para a realização dos serviços; Declara de interesse público e social o acervo
IV - mecanismos de comunicação com os usuários; documental privado de Abdias Nascimento
V - procedimentos para receber, atender, gerir e responder às
sugestões e reclamações; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
VI - fornecimento de informações acerca das etapas, presentes e confere o art. 84, inciso VI, "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto
futuras, esperadas para a realização dos serviços, inclusive estimativas de nos arts. 12 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, 22 do Decreto no 4.073, de
prazos; 3 de janeiro de 2002, e o que consta do Processo no 00321.000001/2009-DV,
VII - mecanismos de consulta, por parte dos usuários, acerca das do Conselho Nacional de Arquivo - CONARQ,
etapas, cumpridas e pendentes, para a realização do serviço solicitado; DECRETA:
VIII - tratamento a ser dispensado aos usuários quando do Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo
atendimento; arquivístico de Abdias Nascimento, sob a guarda do Instituto de Pesquisas e
IX - requisitos básicos para o sistema de sinalização visual das Estudos Afro Brasileiros - IPEAFRO, por se tratar de um conjunto de fontes
unidades de atendimento; relevantes para a cultura e história brasileira no século XX focalizando,
X - condições mínimas a serem observadas pelas unidades de especialmente, os direitos civis e humanos da população afro-brasileira e
atendimento, em especial no que se refere a acessibilidade, limpeza e conforto; suas manifestações culturais, políticas e artísticas.
XI - procedimentos alternativos para atendimento quando o sistema Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
informatizado se encontrar indisponível; e Brasília, 16 de junho de 2010; 189º da Independência e 122º da
XII - outras informações julgadas de interesse dos usuários. República.
§ 4º A Carta de Serviços ao Cidadão será objeto de permanente
divulgação por meio de afixação em local de fácil acesso ao público, nos LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
respectivos locais de atendimento, e mediante publicação em sítio eletrônico Erenice Guerra
do órgão ou entidade na rede mundial de computadores.
Art. 12. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal deverão [Diário Oficial da União, de 17 de junho de 2010]
aplicar periodicamente pesquisa de satisfação junto aos usuários de seus
serviços e utilizar os resultados como subsídio relevante para reorientar e
ajustar os serviços prestados, em especial no que se refere ao cumprimento dos DECRETO Nº 7.430, DE 17 DE JANEIRO DE 2011
compromissos e dos padrões de qualidade de atendimento divulgados na Carta
de Serviços ao Cidadão. Dispõe sobre a transferência do Arquivo Nacional e do
§ 1º A pesquisa de satisfação objetiva assegurar a efetiva Conselho Nacional de Arquivos-CONARQ da Casa Civil
participação do cidadão na avaliação dos serviços prestados, possibilitar a da Presidência da República para o Ministério da
identificação de lacunas e deficiências na prestação dos serviços e identificar o Justiça.
nível de satisfação dos usuários com relação aos serviços prestados.
§ 2º Os órgãos e as entidades do Poder Executivo Federal deverão A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
divulgar, anualmente, preferencialmente na rede mundial de computadores, os confere o art. 84, inciso VI, alínea “a”, da Constituição,
resultados da avaliação de seu desempenho na prestação de serviços ao cidadão, DECRETA:
especialmente em relação aos padrões de qualidade do atendimento fixados na Art. 1º Fica o Arquivo Nacional da Casa Civil da Presidência da
Carta de Serviços ao Cidadão. República transferido para o Ministério da Justiça.
Art. 13. O Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização Parágrafo único. O disposto neste artigo inclui a transferência das
- GESPÚBLICA, instituído pelo Decreto nº 5.378, de 23 de fevereiro de 2005, competências, do quadro de servidores efetivos do Arquivo Nacional, dos
colocará à disposição dos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal acervos técnicos e patrimoniais, e dos direitos e obrigações relativos ao
interessados, gratuitamente, metodologia para elaboração da Carta de Serviço Arquivo Nacional.
ao Cidadão e instrumento padrão de pesquisa de satisfação. Art. 2º Em decorrência do disposto no art. 1º, ficam remanejados
Art. 14. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal que os seguintes cargos em comissão do Grupo Direção e Assessoramento
prestam serviços diretamente aos cidadãos deverão envidar esforços para Superiores - DAS e Funções Gratificadas - FG:
manter esses serviços disponíveis às Centrais de Atendimento ao Cidadão I - da Casa Civil da Presidência da República para a Secretaria de
estaduais, municipais e do Distrito Federal. Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, sendo: um DAS
Art. 15. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão poderá 101.5; cinco DAS 101.4; onze DAS 101.3; um DAS 101.2; um DAS 102.3; dois DAS
dispor sobre a implementação do disposto neste Decreto, inclusive sobre 102.2; seis DAS 102.1; trinta e sete FG-1; e
mecanismos de acompanhamento, avaliação e incentivo. II - da Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento,
Art. 16. O servidor civil ou militar que descumprir as normas Orçamento e Gestão para o Ministério da Justiça, sendo: um DAS 101.5; cinco
contidas neste Decreto estará sujeito às penalidades previstas, respectivamente,

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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DAS 101.4; onze DAS 101.3; um DAS 101.2; um DAS 102.3; dois DAS 102.2; seis Art. 7º O Anexo II do Decreto nº 5.135, de 7 de julho de 2004, passa
DAS 102.1; e trinta e sete FG-1. a vigorar na forma do Anexo II.
Art. 3º Os arts. 2º, 3º, 9º, 20, 21, 23, 30 e 31 do Decreto nº 4.073, de 3 Art. 8º A Casa Civil da Presidência da República, o Ministério da
de janeiro de 2002, passam a vigorar com a seguinte redação: Justiça e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão adotarão, até 24
“Art. 2º ............................................................................. de março de 2011, as providências necessárias para a efetivação das
III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais transferências de que trata este Decreto, inclusive quanto à movimentação
necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de das dotações orçamentárias destinadas aos órgãos transferidos.
arquivos públicos e privados; Parágrafo único. No prazo de que trata o caput, a Casa Civil
................................................................................................ continuará prestando o apoio administrativo e jurídico necessário à
X - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro execução das atividades do Arquivo Nacional.
de Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de arquivos Art. 9º Ficam revogados:
privados; I - o item 3 da alínea “c” do inciso I do art. 2º e o art. 13 do Anexo I
................................................................................” (NR) do Decreto nº 5.135, de 7 de julho de 2004;
“Art. 3º ..................................................................... II - o art. 4º e o Anexo I do Decreto no 7.424, de 5 de janeiro de
§ 3º Os conselheiros e suplentes referidos nos inciso II e V a X serão 2011;
designados pelo Presidente da República, a partir de listas apresentadas pelo III - o art. 5º e o Anexo I do Decreto nº 7.426, de 7 de janeiro de
Ministro de Estado da Justiça, mediante indicações dos dirigentes dos órgãos e 2011; e
entidades representados. IV - O Decreto nº 7.115, de 19 de fevereiro de 2010.
................................................................................” (NR) Art. 10. Este Decreto entra em vigor no dia 24 de janeiro de 2011.
“Art. 9º A aprovação do regimento interno do CONARQ, mediante Brasília, 17 de janeiro de 2011; 190º da Independência e 123º da
proposta deste, é da competência do Ministro de Estado da Justiça.” (NR) República.
“Art. 20. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão deverá, DILMA ROUSSEFF
tão logo sejam nomeados os inventariantes, liquidantes ou administradores de José Eduardo Cardoso
acervos para os órgãos e entidades extintos, solicitar ao Ministro de Estado da Míriam Belchior
Justiça a assistência técnica do Arquivo Nacional para a orientação necessária à Antonio Palocci Filho
preservação e à destinação do patrimônio documental acumulado, nos termos
do § 2º do art. 7º da Lei nº 8.159, de 1991.” (NR) [ANEXOS I, II e III]
“Art. 21. O Ministro de Estado da Justiça, mediante proposta do
Arquivo Nacional, baixará instrução detalhando os procedimentos a serem [Diário Oficial da União, de 18 de janeiro de 2011]
observados pelos órgãos e entidades da administração pública federal, para a
plena consecução das medidas constantes desta Seção.” (NR)
“Art. 23. O CONARQ, por iniciativa própria ou mediante provocação, DECRETO DE 1º DE JUNHO DE 2011
encaminhará solicitação, acompanhada de parecer, ao Ministro de Estado da
Justiça, com vistas à declaração de interesse público e social de arquivos Declara de interesse público e social o acervo
privados pelo Presidente da República. documental privado de César Lattes
................................................................................................
§ 3º Da decisão homologatória caberá recurso das partes afetadas ao A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
Ministro de Estado da Justiça, na forma prevista na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro confere o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o
de 1999.” (NR) disposto nos arts. 12 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, 22 do Decreto no
“Art. 30. O Ministro de Estado da Justiça baixará instruções 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e o que consta do Processo no
complementares à execução deste Decreto.” (NR) 00321.000003/2008-DV, do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ,
“Art. 31. Fica delegada competência ao Ministro de Estado da Justiça, DECRETA :
permitida a subdelegação, para designar os membros do CONARQ de que trata Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo
o § 3º do art. 3º.” (NR) arquivístico de César Lattes, sob a guarda do Departamento de Raios
Art. 4º Os arts. 1º e 2º do Anexo I ao Decreto nº 6.061, de 15 de março Cósmicos e Cronologia do Instituto de Física Gleb Wataghin e do Arquivo
de 2007, passam a vigorar com a seguintes redação: Central do Sistema de Arquivos da Universidade Estadual de Campinas -
“Art. 1º .............................................................................. UNICAMP, por se tratar de um conjunto documental de máxima relevância
XIII - coordenação e implementação dos trabalhos de consolidação para a história da ciência, pela singularidade e ineditismo de suas
dos atos normativos no âmbito do Poder Executivo; descobertas, fundamentais para o desenvolvimento da física atômica em
XIV - prevenção e repressão à lavagem de dinheiro e cooperação âmbito nacional e internacional.
jurídica internacional; e Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
XV - política nacional de arquivos.” (NR) Brasília, 1º de junho de 2011; 190º da Independência e 123º da
“Art. 2º ................................................................................... República.
II - .......................................................................................... DILMA ROUSSEFF
l) Arquivo Nacional. José Eduardo Cardozo
III - ........................................................................................
f) Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ. [Diário Oficial da União, de 2 de junho de 2011, seção 1]
..............................................................” (NR)
Art. 5º O Anexo I ao Decreto nº 6.061, de 2007, passa a vigorar
acrescido dos seguintes artigos: DECRETO Nº 7.538, DE 1º DE AGOSTO DE 2011
“Art. 38-F Ao Arquivo Nacional, órgão central do Sistema Nacional
de Arquivos, compete implementar a política nacional de arquivos por meio da Altera o Decreto nº6.061, de 15 de março de 2007, que
gestão, do recolhimento, da preservação e da divulgação do patrimônio aprova a Estrutura Regimental e o Quadro
documental do País, garantindo pleno acesso à informação com a finalidade de Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções
apoiar as decisões governamentais de caráter político-administrativas, o Gratificadas do Ministério da Justiça, remaneja cargos
cidadão na defesa de seus direitos e de incentivar a produção de conhecimento em comissão, e dá outras providências.
científico e cultural.” (NR) ...
"Art. 38-F. Ao Arquivo Nacional, órgão central do Sistema de Gestão Art. 6º. O Anexo I ao Decreto n º6.061, de 15 de março de 2007,
de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal, compete passa a vigorar com as seguintes alterações:
implementar a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho Nacional …
de Arquivos – CONARQ, órgão central do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR,
por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento técnico, da preservação e "Art. 38-F. Ao Arquivo Nacional, órgão central do Sistema de
da divulgação do patrimônio documental do Governo Federal, garantindo Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal,
pleno acesso à informação, visando apoiar as decisões governamentais de compete implementar a política nacional de arquivos, definida pelo Conselho
caráter político-administrativo, o cidadão na defesa de seus direitos e de Nacional de Arquivos – CONARQ, órgão central do Sistema Nacional de
incentivar a produção de conhecimento científico e cultural." Arquivos – SINAR, por meio da gestão, do recolhimento, do tratamento
(Redação dada pelo Decreto nº 7.538 de 1º de agosto de 2011) técnico, da preservação e da divulgação do patrimônio documental do
“Art. 42-B. Ao Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ - cabe Governo Federal, garantindo pleno acesso à informação, visando apoiar as
exercer as competências estabelecidas no Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de decisões governamentais de caráter político-administrativo, o cidadão na
2002.” (NR) defesa de seus direitos e de incentivar a produção de conhecimento
Art. 6º O Anexo II do Decreto nº 6.061, de 2007, passa a vigorar na científico e cultural." (NR)
forma do Anexo I. …

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XVII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
[Diário Oficial da União, nº 147, seção 1, terça-feira, 2 de agosto de 2011] República; e
XVIII - Secretaria de Comunicação Social da Presidência da
República.
DECRETO DE 15 DE SETEMBRO DE 2011 Parágrafo único. Os membros do CIGA indicarão seus respectivos
suplentes.
Institui o Plano de Ação Nacional sobre Governo Art. 6º Fica instituído, no âmbito do CIGA, Grupo Executivo que
Aberto e dá outras providências. terá como objetivos:
I - elaborar a proposta do Plano de Ação Nacional sobre Governo
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere Aberto e submetê-la à apreciação do CIGA, no prazo e condições por este
o art. 84, inciso VI, alínea "a", da Constituição, definidos;
DECRETA: II - planejar, executar e coordenar processos de consulta,
Art. 1º Fica instituído o Plano de Ação Nacional sobre Governo voltados ao Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto;
Aberto destinado a promover ações e medidas que visem ao incremento da III - coordenar a implementação e a execução do Plano de Ação
transparência e do acesso à informação pública, à melhoria na prestação de Nacional sobre Governo Aberto;
serviços públicos e ao fortalecimento da integridade pública, que serão IV - definir procedimentos para realização de estudos e
pautadas, entre outras, pelas seguintes diretrizes: levantamento de dados e informações essenciais para a elaboração,
I - aumento da disponibilidade de informações acerca de atividades implementação, coordenação e avaliação do Plano de Ação Nacional sobre
governamentais, incluindo dados sobre gastos e desempenho das ações e Governo Aberto;
programas; V - monitorar e avaliar periodicamente a implementação do
II - fomento à participação social nos processos decisórios; Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto, sob a orientação do CIGA, e a
III - estímulo ao uso de novas tecnologias na gestão e prestação de ele reportar os resultados;
serviços públicos, que devem fomentar a inovação, fortalecer a governança VI - coordenar a produção e a disseminação do material de
pública e aumentar a transparência e a participação social; e divulgação sobre o Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; e
IV - incremento dos processos de transparência e de acesso a VII - proceder às alterações no Plano de Ação Nacional sobre
informações públicas, e da utilização de tecnologias que apoiem esses Governo Aberto ou à sua revisão, e zelar pela adoção dos parâmetros,
processos. métodos e práticas, em cumprimento ao disposto nos incisos IV e V do
Art. 2º O Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto caput do art. 4º.
contemplará iniciativas, ações, projetos, programas e políticas públicas Art. 7º O Grupo Executivo será integrado pelos Secretários-
voltados para: Executivos dos seguintes órgãos:
I - o aumento da transparência; I - Controladoria-Geral da União, que o coordenará;
II - o aprimoramento da governança pública; II - Casa Civil da Presidência da República;
III - o acesso às informações públicas; III - Secretaria-Geral da Presidência da República;
IV - a prevenção e o combate à corrupção; IV - Ministério da Fazenda;
V - a melhoria da prestação de serviços públicos e da eficiência V - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
administrativa; e VI - Ministério das Relações Exteriores.
VI - o fortalecimento da integridade pública. § 1º Cada membro do Grupo Executivo indicará até três suplentes,
Parágrafo único. O Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto observadas as respectivas áreas de interesse no âmbito do Plano, cujas
deverá contemplar, prioritariamente, a inserção de iniciativas, ações, projetos, atribuições deverão manter conformidade com os objetivos deste Decreto.
programas e políticas públicas inovadoras. § 2º O Grupo Executivo convidará para participar de suas
Art. 3º Fica instituído o Comitê Interministerial Governo Aberto - reuniões representantes dos demais órgãos integrantes do CIGA sempre que
CIGA com a finalidade de: necessário para a discussão de políticas, programas, projetos ou matérias
I - orientar a elaboração, a implementação, o monitoramento e a relacionados com suas respectivas competências institucionais.
avaliação do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; § 3º Poderão ser constituídos, no âmbito do Grupo Executivo,
II - propor ações prioritárias a serem implementadas no curto grupos de trabalho temáticos destinados ao estudo e à construção de
prazo no âmbito do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; propostas sobre temas específicos abrangidos por este Decreto.
III - promover a articulação intragovernamental necessária à Art. 8º A estratégia de elaboração do Plano de Ação Nacional
execução das ações conjuntas, troca de experiências, transferência de sobre Governo Aberto deverá prever a realização de consultas para
tecnologia e capacitação no âmbito do Plano de Ação Nacional sobre Governo manifestação de movimentos sociais, instituições científicas e demais
Aberto; e entidades e agentes interessados.
IV - identificar ações de pesquisa e desenvolvimento necessárias no Art. 9º O CIGA e o Grupo Executivo poderão convidar para
âmbito do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto. participar dos seus trabalhos representantes de órgãos e entidades, públicas
Art. 4º Compete ao CIGA: ou privadas, além de especialistas, peritos e outros profissionais, cujos
I - promover a difusão do Plano de Ação Nacional sobre Governo conhecimentos, habilidades ou competências possam contribuir para o
Aberto junto à sociedade e a articulação intragovernamental para a sua cumprimento dos seus objetivos.
implementação e execução; Art. 10. A participação nas instâncias colegiadas instituídas neste
II - identificar os meios necessários à elaboração, implementação e Decreto será considerada serviço público relevante, não remunerado.
monitoramento do Plano de Ação Nacional sobre Governo Aberto; Art. 11. O apoio administrativo e os meios necessários à execução
III - apreciar as propostas que lhe forem submetidas pelo Grupo dos trabalhos do CIGA e do Grupo Executivo serão fornecidos pela
Executivo a que se refere o art. 6º; Controladoria-Geral da União.
IV - avaliar os resultados e propor alterações ou revisões ao Plano Art. 12. As instituições da administração pública federal
de Ação Nacional sobre Governo Aberto; e fornecerão informações necessárias à elaboração e implementação do Plano
V - aprovar parâmetros, métodos e práticas para sua de Ação Nacional sobre Governo Aberto, quando solicitadas, de forma
implementação, coordenação, execução e avaliação do Plano de Ação Nacional justificada, pelo Grupo Executivo.
sobre Governo Aberto, quando necessário. Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º O CIGA será integrado pelos titulares dos seguintes órgãos: Brasília, 15 de setembro de 2011; 190º da Independência e 123º da
I - Casa Civil da Presidência da República, que o coordenará; República.
II - Secretaria-Geral da Presidência da República;
III - Controladoria-Geral da União; DILMA ROUSSEFF
IV - Ministério da Justiça; Jorge Hage Sobrinho
V - Ministério da Fazenda;
VI - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; [Diário Oficial da União, de 16 de setembro de 2011]
VII - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
VIII - Ministério das Comunicações;
IX - Ministério das Relações Exteriores; DECRETO Nº 7.579, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011
X - Ministério da Educação;
XI - Ministério da Saúde; Dispõe sobre o Sistema de Administração dos Recursos de
XII - Ministério do Esporte; Tecnologia da Informação-SISP, do Poder Executivo federal.
XIII - Ministério do Meio Ambiente;
XIV - Ministério da Integração Nacional; A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
XV - Ministério da Previdência Social; confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista
XVI - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome;

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o disposto nos arts. 30 e 31 do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e I - participar da elaboração e implementação das políticas,
no art. 27, inciso XVII, da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, diretrizes e normas gerais relativas à gestão dos recursos do SISP e ao
DECRETA: processo de compras do Governo na área de tecnologia da informação;
Art.1º Ficam organizados sob a forma de sistema, com a II - assessorar o Órgão Central do SISP no cumprimento de suas
denominação de Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da atribuições;
Informação - SISP, o planejamento, a coordenação, a organização, a operação, o III - promover o intercâmbio de conhecimento entre seus
controle e a supervisão dos recursos de tecnologia da informação dos órgãos e participantes e homogeneizar o entendimento das políticas, diretrizes e
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, normas gerais relativas ao SISP; e
em articulação com os demais sistemas utilizados direta ou indiretamente na IV - acompanhar e avaliar os resultados da regulamentação
gestão da informação pública federal. emanada do Órgão Central do SISP, e propor ajustamentos.
Parágrafo único. É facultada às empresas públicas e às sociedades de Art. 6º Compete aos Órgãos Setoriais do SISP:
economia mista a participação no SISP, cujas condições devem constar de I - coordenar, planejar, articular e controlar as ações relativas aos
termo próprio a ser firmado entre os dirigentes das entidades e o titular do recursos de tecnologia da informação, no âmbito dos respectivos Ministérios
Órgão Central do SISP. ou órgãos da Presidência da República;
Art. 2º O SISP tem por finalidade: II - fornecer subsídios ao Órgão Central do SISP, por intermédio da
I - assegurar ao Governo federal suporte de informação adequado, Comissão de Coordenação, para a definição e elaboração de políticas,
dinâmico, confiável e eficaz; diretrizes e normas gerais relativas ao SISP;
II - facilitar aos interessados a obtenção das informações disponíveis, III - cumprir e fazer cumprir, por meio de políticas, diretrizes,
resguardados os aspectos de disponibilidade, integridade, confidencialidade e normas e projetos setoriais, as políticas, diretrizes e normas gerais emanadas
autenticidade, bem como restrições administrativas e limitações legais; do Órgão Central do SISP; e
III - promover a integração e a articulação entre programas de IV - participar, como membro da Comissão de Coordenação, dos
governo, projetos e atividades, visando à definição de políticas, diretrizes e encontros de trabalho programados para tratar de assuntos relacionados ao
normas relativas à gestão dos recursos de tecnologia da informação; SISP.
IV - estimular o uso racional dos recursos de tecnologia da Art.7 - Compete aos Órgãos Seccionais do SISP:
informação, no âmbito do Poder Executivo federal, visando à melhoria da I - cumprir e fazer cumprir, por meio de políticas, diretrizes,
qualidade e da produtividade do ciclo da informação; normas e projetos seccionais, as políticas, diretrizes e normas emanadas do
V - estimular o desenvolvimento, a padronização, a integração, a Órgão Setorial do SISP a que estão vinculados;
interoperabilidade, a normalização dos serviços de produção e disseminação de II - subsidiar o Órgão Setorial do SISP a que estão vinculados na
informações, de forma desconcentrada e descentralizada; elaboração de políticas, diretrizes, normas e projetos setoriais; e
VI - propor adaptações institucionais necessárias ao III - participar dos encontros de trabalho programados para tratar
aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão dos recursos de tecnologia da de assuntos relacionados ao SISP.
informação; Art. 8º Compete aos Órgãos Correlatos do SISP:
VII - estimular e promover a formação, o desenvolvimento e o I - subsidiar a unidade de tecnologia da informação de seu
treinamento dos servidores que atuam na área de tecnologia da informação; e respectivo Órgão Setorial ou Seccional no cumprimento das políticas,
VIII - definir a política estratégica de gestão de tecnologia da diretrizes e normas gerais relativas ao SISP;
informação do Poder Executivo federal. II - subsidiar a unidade de tecnologia da informação de seu
§1º Consideram-se recursos de tecnologia da informação o conjunto respectivo Órgão Setorial ou Seccional na elaboração de políticas, diretrizes,
formado pelos bens e serviços de tecnologia da informação que constituem a normas e projetos setoriais ou seccionais; e
infraestrutura tecnológica de suporte automatizado ao ciclo da informação, III - participar dos encontros de trabalho programados para tratar
que envolve as atividades de produção, coleta, tratamento, armazenamento, de assuntos relacionados ao SISP.
transmissão, recepção, comunicação e disseminação. Art.9º A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do
§º2 As questões relativas à gestão de segurança da informação são Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão expedirá as normas
disciplinadas conforme as disposições do Decreto nº 3.505, de 13 de junho de necessárias à implantação e ao funcionamento do SISP.
2000. Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Integram o SISP: Art. 11. Fica revogado o Decreto nº 1.048, de 21 de janeiro de 1994.
I - como Órgão Central, a Secretaria de Logística e Tecnologia da Brasília, 11 de outubro de 2011; 190º da Independência e 123º da
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; República.
II - como Órgãos Setoriais, representadas por seus titulares, as
unidades de administração dos recursos de tecnologia da informação dos DILMA ROUSSEFF
Ministérios e dos órgãos da Presidência da República; Míriam Belchior
III - a Comissão de Coordenação, formada pelos representantes dos
Órgãos Setoriais, presidida por representante do Órgão Central; [Diário Oficial da União, de 13 de outubro de 2011]
IV - como Órgãos Seccionais, representadas por seus titulares, as
unidades de administração dos recursos de tecnologia da informação das DECRETO DE 9 DE MAIO DE 2012
autarquias e fundações; e
V - como Órgãos Correlatos, representados pelos seus titulares, as Declara de interesse público e social o
unidades desconcentradas e formalmente constituídas de administração dos acervo documental privado do educador
recursos de tecnologia da informação nos Órgãos Setoriais e Seccionais. Paulo Reglus Neves Freire.
Parágrafo único. Poderão colaborar com o SISP, mediante acordos
específicos com o Órgão Central, outras entidades do Poder Público e entidades A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
da iniciativa privada interessadas no desenvolvimento de projetos de interesse confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o
comum. disposto no art. 12 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
Art. 4º Compete ao Órgão Central do SISP: DECRETA :
I - orientar e administrar os processos de planejamento estratégico, Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo
de coordenação geral e de normalização relativos aos recursos de tecnologia da arquivístico do educador Paulo Reglus Neves Freire, que se encontra sob a
informação abrangidos pelo SISP; custódia da Senhora Ana Maria Araújo Freire e do Instituto Paulo Freire, por
II - definir, elaborar, divulgar e implementar, com apoio da se tratar de conjunto documental de máxima relevância para a história da
Comissão de Coordenação, as políticas, diretrizes e normas gerais relativas à educação no País.
gestão dos recursos do SISP e ao processo de compras do Governo na área de Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
tecnologia da informação; Brasília, 9 de maio de 2012; 191º da Independência e 124º da
III - promover a elaboração de planos de formação, desenvolvimento
República.
e treinamento do pessoal envolvido na área de abrangência do SISP;
IV - incentivar ações prospectivas, visando acompanhar as
DILMA ROUSSEFF
inovações técnicas da área de tecnologia da informação, de forma a atender às
José Eduardo Cardozo
necessidades de modernização dos serviços dos órgãos e entidades abrangidos
pelo SISP; e
V - promover a disseminação das políticas, diretrizes, normas e [Diário Oficial da União, nº 90, quinta-feira, 10 de maio de 2012]
informações disponíveis, de interesse comum, entre os órgãos e entidades
abrangidos pelo SISP.
Art. 5º Compete à Comissão de Coordenação do SISP: DECRETO DE 9 DE MAIO DE 2012

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Declara de interesse público e social o acervo em normas específicas ou conforme a periodicidade estabelecida nos
documental privado da Cúria Diocesana de Nova Iguaçu, sistemas informatizados que a organizam; e
no Estado do Rio de Janeiro. XII - documento preparatório - documento formal utilizado como
fundamento da tomada de decisão ou de ato administrativo, a exemplo de
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe pareceres e notas técnicas.
confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto Art. 4º A busca e o fornecimento da informação são gratuitos,
no art. 12 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, ressalvada a cobrança do valor referente ao custo dos serviços e dos
DECRETA: materiais utilizados, tais como reprodução de documentos, mídias digitais e
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo postagem.
arquivístico da Cúria Diocesana de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, Parágrafo único. Está isento de ressarcir os custos dos serviços e
por se tratar de um conjunto documental de máxima relevância para o dos materiais utilizados aquele cuja situação econômica não lhe permita
registro da história do País. fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. da Lei nº 7.115, de 29 de agosto de 1983.
Brasília, 9 de maio de 2012; 191º da Independência e 124º da CAPÍTULO II
República. DA ABRANGÊNCIA
DILMA ROUSSEFF Art. 5º Sujeitam-se ao disposto neste Decreto os órgãos da
José Eduardo Cardozo administração direta, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e as demais entidades controladas
[Diário Oficial da União, nº 90, quinta-feira, 10 de maio de 2012] direta ou indiretamente pela União.
§ 1º A divulgação de informações de empresas públicas, sociedade
de economia mista e demais entidades controladas pela União que atuem em
DECRETO Nº 7.724, DE 16 DE MAIO DE 2012 regime de concorrência, sujeitas ao disposto no art. 173 da Constituição,
estará submetida às normas pertinentes da Comissão de Valores Mobiliários,
Regulamenta a Lei nº 12.527, de 18 de novembro de a fim de assegurar sua competitividade, governança corporativa e, quando
2011, que dispõe sobre o acesso a informações houver, os interesses de acionistas minoritários.
previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5º, no § 2º Não se sujeitam ao disposto neste Decreto as informações
inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da relativas à atividade empresarial de pessoas físicas ou jurídicas de direito
Constituição. privado obtidas pelo Banco Central do Brasil, pelas agências reguladoras ou
por outros órgãos ou entidades no exercício de atividade de controle,
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe regulação e supervisão da atividade econômica cuja divulgação possa
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em representar vantagem competitiva a outros agentes econômicos.
vista o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, Art. 6º O acesso à informação disciplinado neste Decreto não se
aplica:
DECRETA: I - às hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal,
CAPÍTULO I bancário, de operações e serviços no mercado de capitais, comercial,
DISPOSIÇÕES GERAIS profissional, industrial e segredo de justiça; e
Art. 1º Este Decreto regulamenta, no âmbito do Poder Executivo II - às informações referentes a projetos de pesquisa e
federal, os procedimentos para a garantia do acesso à informação e para a desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à
classificação de informações sob restrição de acesso, observados grau e prazo segurança da sociedade e do Estado, na forma do §1º do art. 7º da Lei nº
de sigilo, conforme o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que 12.527, de 2011.
dispõe sobre o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. CAPÍTULO III
5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição. DA TRANSPARÊNCIA ATIVA
Art. 2º Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal Art. 7º É dever dos órgãos e entidades promover, independente de
assegurarão, às pessoas naturais e jurídicas, o direito de acesso à informação, requerimento, a divulgação em seus sítios na Internet de informações de
que será proporcionado mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas, observado o
transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão, observados os disposto nos arts. 7º e 8º da Lei nº 12.527, de 2011.
princípios da administração pública e as diretrizes previstas na Lei nº 12.527, de § 1º Os órgãos e entidades deverão implementar em seus sítios na
2011. Internet seção específica para a divulgação das informações de que trata o
Art. 3º Para os efeitos deste Decreto, considera-se: caput.
I - informação - dados, processados ou não, que podem ser utilizados § 2º Serão disponibilizados nos sítios na Internet dos órgãos e
para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, entidades, conforme padrão estabelecido pela Secretaria de Comunicação
suporte ou formato; Social da Presidência da República:
II - dados processados - dados submetidos a qualquer operação ou I - banner na página inicial, que dará acesso à seção específica de
tratamento por meio de processamento eletrônico ou por meio automatizado que trata o § 1º; e
com o emprego de tecnologia da informação; II - barra de identidade do Governo federal, contendo ferramenta
III - documento - unidade de registro de informações, qualquer que de redirecionamento de página para o Portal Brasil e para o sítio principal
seja o suporte ou formato; sobre a Lei nº 12.527, de 2011.
IV - informação sigilosa - informação submetida temporariamente à § 3º Deverão ser divulgadas, na seção específica de que trata o § 1º,
restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a informações sobre:
segurança da sociedade e do Estado, e aquelas abrangidas pelas demais I - estrutura organizacional, competências, legislação aplicável,
hipóteses legais de sigilo; principais cargos e seus ocupantes, endereço e telefones das unidades,
V - informação pessoal - informação relacionada à pessoa natural horários de atendimento ao público;
identificada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e II - programas, projetos, ações, obras e atividades, com indicação
imagem; da unidade responsável, principais metas e resultados e, quando existentes,
VI - tratamento da informação - conjunto de ações referentes à indicadores de resultado e impacto;
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, III - repasses ou transferências de recursos financeiros;
transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, IV - execução orçamentária e financeira detalhada;
avaliação, destinação ou controle da informação; V - licitações realizadas e em andamento, com editais, anexos e
VII - disponibilidade - qualidade da informação que pode ser resultados, além dos contratos firmados e notas de empenho emitidas;
conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados; VI - remuneração e subsídio recebidos por ocupante de cargo,
VIII - autenticidade - qualidade da informação que tenha sido posto, graduação, função e emprego público, incluindo auxílios, ajudas de
produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, custo, jetons e quaisquer outras vantagens pecuniárias, bem como proventos
equipamento ou sistema; de aposentadoria e pensões daqueles que estiverem na ativa, de maneira
IX - integridade - qualidade da informação não modificada, inclusive individualizada, conforme ato do Ministério do Planejamento, Orçamento e
quanto à origem, trânsito e destino; Gestão;
X - primariedade - qualidade da informação coletada na fonte, com VII - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade; e
o máximo de detalhamento possível, sem modificações; VIII - contato da autoridade de monitoramento, designada nos
XI - informação atualizada - informação que reúne os dados mais termos do art. 40 da Lei nº 12.527, de 2011, e telefone e correio eletrônico do
recentes sobre o tema, de acordo com sua natureza, com os prazos previstos Serviço de Informações ao Cidadão - SIC.

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§ 4º As informações poderão ser disponibilizadas por meio de IV - endereço físico ou eletrônico do requerente, para
ferramenta de redirecionamento de página na Internet, quando estiverem recebimento de comunicações ou da informação requerida.
disponíveis em outros sítios governamentais. Art. 13. Não serão atendidos pedidos de acesso à informação:
§ 5º No caso das empresas públicas, sociedades de economia mista e I - genéricos;
demais entidades controladas pela União que atuem em regime de II - desproporcionais ou desarrazoados; ou
concorrência, sujeitas ao disposto no art. 173 da Constituição, aplica-se o III - que exijam trabalhos adicionais de análise, interpretação ou
disposto no § 1º do art. 5º. consolidação de dados e informações, ou serviço de produção ou tratamento
§ 6º O Banco Central do Brasil divulgará periodicamente de dados que não seja de competência do órgão ou entidade.
informações relativas às operações de crédito praticadas pelas instituições Parágrafo único. Na hipótese do inciso III do caput, o órgão ou
financeiras, inclusive as taxas de juros mínima, máxima e média e as entidade deverá, caso tenha conhecimento, indicar o local onde se
respectivas tarifas bancárias. encontram as informações a partir das quais o requerente poderá realizar a
§ 7º A divulgação das informações previstas no § 3º não exclui outras interpretação, consolidação ou tratamento de dados.
hipóteses de publicação e divulgação de informações previstas na legislação. Art. 14. São vedadas exigências relativas aos motivos do pedido de
Art. 8º Os sítios na Internet dos órgãos e entidades deverão, em acesso à informação.
cumprimento às normas estabelecidas pelo Ministério do Planejamento, Seção III
Orçamento e Gestão, atender aos seguintes requisitos, entre outros: Do Procedimento de Acesso à Informação
I - conter formulário para pedido de acesso à informação; Art. 15. Recebido o pedido e estando a informação disponível, o
II - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso acesso será imediato.
à informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil § 1º Caso não seja possível o acesso imediato, o órgão ou entidade
compreensão; deverá, no prazo de até vinte dias:
III - possibilitar gravação de relatórios em diversos formatos I - enviar a informação ao endereço físico ou eletrônico informado;
eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, II - comunicar data, local e modo para realizar consulta à
de modo a facilitar a análise das informações; informação, efetuar reprodução ou obter certidão relativa à informação;
IV - possibilitar acesso automatizado por sistemas externos em III - comunicar que não possui a informação ou que não tem
formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina; conhecimento de sua existência;
V - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da IV - indicar, caso tenha conhecimento, o órgão ou entidade
informação; responsável pela informação ou que a detenha; ou
VI - garantir autenticidade e integridade das informações V - indicar as razões da negativa, total ou parcial, do acesso.
disponíveis para acesso; § 2º Nas hipóteses em que o pedido de acesso demandar manuseio
VII - indicar instruções que permitam ao requerente comunicar-se, de grande volume de documentos, ou a movimentação do documento puder
por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade; e comprometer sua regular tramitação, será adotada a medida prevista no
VIII - garantir a acessibilidade de conteúdo para pessoas com inciso II do § 1º.
deficiência. § 3º Quando a manipulação puder prejudicar a integridade da
CAPÍTULO IV informação ou do documento, o órgão ou entidade deverá indicar data, local
DA TRANSPARÊNCIA PASSIVA e modo para consulta, ou disponibilizar cópia, com certificação de que
Seção I confere com o original.
Do Serviço de Informação ao Cidadão § 4º Na impossibilidade de obtenção de cópia de que trata o
Art. 9º Os órgãos e entidades deverão criar Serviço de Informações § 3º, o requerente poderá solicitar que, às suas expensas e sob
ao Cidadão - SIC, com o objetivo de: supervisão de servidor público, a reprodução seja feita por outro meio que
I - atender e orientar o público quanto ao acesso à informação; não ponha em risco a integridade do documento original.
II - informar sobre a tramitação de documentos nas unidades; e Art. 16. O prazo para resposta do pedido poderá ser prorrogado
III - receber e registrar pedidos de acesso à informação. por dez dias, mediante justificativa encaminhada ao requerente antes do
Parágrafo único. Compete ao SIC: término do prazo inicial de vinte dias.
I - o recebimento do pedido de acesso e, sempre que possível, o Art. 17. Caso a informação esteja disponível ao público em
fornecimento imediato da informação; formato impresso, eletrônico ou em outro meio de acesso universal, o órgão
II - o registro do pedido de acesso em sistema eletrônico específico e ou entidade deverá orientar o requerente quanto ao local e modo para
a entrega de número do protocolo, que conterá a data de apresentação do consultar, obter ou reproduzir a informação.
pedido; e Parágrafo único. Na hipótese do caput o órgão ou entidade
III - o encaminhamento do pedido recebido e registrado à unidade desobriga-se do fornecimento direto da informação, salvo se o requerente
responsável pelo fornecimento da informação, quando couber. declarar não dispor de meios para consultar, obter ou reproduzir a
Art. 10 O SIC será instalado em unidade física identificada, de fácil informação.
acesso e aberta ao público. Art. 18. Quando o fornecimento da informação implicar
§ 1º Nas unidades descentralizadas em que não houver SIC será reprodução de documentos, o órgão ou entidade, observado o prazo de
oferecido serviço de recebimento e registro dos pedidos de acesso à informação. resposta ao pedido, disponibilizará ao requerente Guia de Recolhimento da
§ 2º Se a unidade descentralizada não detiver a informação, o pedido União - GRU ou documento equivalente, para pagamento dos custos dos
será encaminhado ao SIC do órgão ou entidade central, que comunicará ao serviços e dos materiais utilizados.
requerente o número do protocolo e a data de recebimento do pedido, a partir Parágrafo único. A reprodução de documentos ocorrerá no prazo
da qual se inicia o prazo de resposta. de dez dias, contado da comprovação do pagamento pelo requerente ou da
Seção II entrega de declaração de pobreza por ele firmada, nos termos da Lei nº 7.115,
Do Pedido de Acesso à Informação de 1983, ressalvadas hipóteses justificadas em que, devido ao volume ou ao
Art. 11. Qualquer pessoa, natural ou jurídica, poderá formular estado dos documentos, a reprodução demande prazo superior.
pedido de acesso à informação. Art. 19. Negado o pedido de acesso à informação, será enviada ao
§ 1º O pedido será apresentado em formulário padrão, requerente, no prazo de resposta, comunicação com:
disponibilizado em meio eletrônico e físico, no sítio na Internet e no SIC dos I - razões da negativa de acesso e seu fundamento legal;
órgãos e entidades. II - possibilidade e prazo de recurso, com indicação da autoridade
§ 2º O prazo de resposta será contado a partir da data de que o apreciará; e
apresentação do pedido ao SIC. III - possibilidade de apresentação de pedido de desclassificação
§ 3º É facultado aos órgãos e entidades o recebimento de pedidos de da informação, quando for o caso, com indicação da autoridade classificadora
acesso à informação por qualquer outro meio legítimo, como contato que o apreciará.
telefônico, correspondência eletrônica ou física, desde que atendidos os §1º As razões de negativa de acesso a informação classificada
requisitos do art. 12. indicarão o fundamento legal da classificação, a autoridade que a classificou
§ 4º Na hipótese do § 3º, será enviada ao requerente comunicação e o código de indexação do documento classificado.
com o número de protocolo e a data do recebimento do pedido pelo SIC, a § 2º Os órgãos e entidades disponibilizarão formulário padrão para
partir da qual se inicia o prazo de resposta. apresentação de recurso e de pedido de desclassificação.
Art. 12 O pedido de acesso à informação deverá conter: Art. 20. O acesso a documento preparatório ou informação nele
I - nome do requerente; contida, utilizados como fundamento de tomada de decisão ou de ato
II - número de documento de identificação válido; administrativo, será assegurado a partir da edição do ato ou decisão.
III - especificação, de forma clara e precisa, da informação requerida;
e

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Parágrafo único. O Ministério da Fazenda e o Banco Central do Brasil Parágrafo único. Poderá ser estabelecida como termo final de
classificarão os documentos que embasarem decisões de política econômica, restrição de acesso a ocorrência de determinado evento, observados os
tais como fiscal, tributária, monetária e regulatória. prazos máximos de classificação.
Seção IV Art. 29. As informações que puderem colocar em risco a segurança
Dos Recursos do Presidente da República, Vice-Presidente e seus cônjuges e filhos serão
Art. 21. No caso de negativa de acesso à informação ou de não classificadas no grau reservado e ficarão sob sigilo até o término do mandato
fornecimento das razões da negativa do acesso, poderá o requerente em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição.
apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à Art. 30. A classificação de informação é de competência:
autoridade hierarquicamente superior à que adotou a decisão, que deverá I - no grau ultrassecreto, das seguintes autoridades:
apreciá-lo no prazo de cinco dias, contado da sua apresentação. a) Presidente da República;
Parágrafo único. Desprovido o recurso de que trata o caput, poderá b) Vice-Presidente da República;
o requerente apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas;
decisão, à autoridade máxima do órgão ou entidade, que deverá se manifestar d) Comandantes da Marinha, do Exército, da Aeronáutica; e
em cinco dias contados do recebimento do recurso. e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no
Art. 22. No caso de omissão de resposta ao pedido de acesso à exterior;
informação, o requerente poderá apresentar reclamação no prazo de dez dias à II - no grau secreto, das autoridades referidas no inciso I do caput,
autoridade de monitoramento de que trata o art. 40 da Lei nº 12.527, de 2011, dos titulares de autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, contado do recebimento da economia mista; e
reclamação. III - no grau reservado, das autoridades referidas nos incisos I e II
§ 1º O prazo para apresentar reclamação começará trinta dias após a do caput e das que exerçam funções de direção, comando ou chefia do
apresentação do pedido. Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível DAS 101.5 ou
§ 2º A autoridade máxima do órgão ou entidade poderá designar superior, e seus equivalentes.
outra autoridade que lhe seja diretamente subordinada como responsável pelo § 1º É vedada a delegação da competência de classificação nos
recebimento e apreciação da reclamação. graus de sigilo ultrassecreto ou secreto.
Art. 23. Desprovido o recurso de que trata o parágrafo único do art. § 2º O dirigente máximo do órgão ou entidade poderá delegar a
21 ou infrutífera a reclamação de que trata o art. 22, poderá o requerente competência para classificação no grau reservado a agente público que
apresentar recurso no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão, à exerça função de direção, comando ou chefia.
Controladoria-Geral da União, que deverá se manifestar no prazo de cinco dias, § 3º É vedada a subdelegação da competência de que trata o § 2º.
contado do recebimento do recurso. § 4º Os agentes públicos referidos no § 2º deverão dar ciência do
§ 1º A Controladoria-Geral da União poderá determinar que o órgão ato de classificação à autoridade delegante, no prazo de noventa dias.
ou entidade preste esclarecimentos. § 5º A classificação de informação no grau ultrassecreto pelas
§ 2º Provido o recurso, a Controladoria-Geral da União fixará prazo autoridades previstas nas alíneas “d” e “e” do inciso I do caput deverá ser
para o cumprimento da decisão pelo órgão ou entidade. ratificada pelo Ministro de Estado, no prazo de trinta dias.
Art. 24. No caso de negativa de acesso à informação, ou às razões da § 6º Enquanto não ratificada, a classificação de que trata o § 5º
negativa do acesso de que trata o caput do art. 21, desprovido o recurso pela considera-se válida, para todos os efeitos legais.
Controladoria-Geral da União, o requerente poderá apresentar, no prazo de dez Seção II
dias, contado da ciência da decisão, recurso à Comissão Mista de Reavaliação de Dos Procedimentos para Classificação de Informação
Informações, observados os procedimentos previstos no Capítulo VI. Art. 31. A decisão que classificar a informação em qualquer grau
CAPÍTULO V de sigilo deverá ser formalizada no Termo de Classificação de Informação -
DAS INFORMAÇÕES CLASSIFICADAS EM GRAU DE SIGILO TCI, conforme modelo contido no Anexo, e conterá o seguinte:
Seção I I - código de indexação de documento;
Da Classificação de Informações quanto ao Grau e Prazos de Sigilo II - grau de sigilo;
Art. 25. São passíveis de classificação as informações consideradas III - categoria na qual se enquadra a informação;
imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado, cuja divulgação ou IV - tipo de documento;
acesso irrestrito possam: V - data da produção do documento;
I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do VI - indicação de dispositivo legal que fundamenta a classificação;
território nacional; VII - razões da classificação, observados os critérios estabelecidos
II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as no art. 27;
relações internacionais do País; VIII - indicação do prazo de sigilo, contado em anos, meses ou dias,
III - prejudicar ou pôr em risco informações fornecidas em caráter ou do evento que defina o seu termo final, observados os limites previstos no
sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; art. 28;
IV - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; IX - data da classificação; e
V - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou X - identificação da autoridade que classificou a informação.
monetária do País; § 1º O TCI seguirá anexo à informação.
VI - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos § 2º As informações previstas no inciso VII do caput deverão ser
das Forças Armadas; mantidas no mesmo grau de sigilo que a informação classificada.
VII - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e § 3º A ratificação da classificação de que trata o § 5º do art. 30
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, deverá ser registrada no TCI.
instalações ou áreas de interesse estratégico nacional, observado o disposto no Art. 32. A autoridade ou outro agente público que classificar
inciso II do caput do art. 6º; informação no grau ultrassecreto ou secreto deverá encaminhar cópia do TCI
VIII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas à Comissão Mista de Reavaliação de Informações no prazo de trinta dias,
autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou contado da decisão de classificação ou de ratificação.
IX - comprometer atividades de inteligência, de investigação ou de Art. 33. Na hipótese de documento que contenha informações
fiscalização em andamento, relacionadas com prevenção ou repressão de classificadas em diferentes graus de sigilo, será atribuído ao documento
infrações. tratamento do grau de sigilo mais elevado, ficando assegurado o acesso às
Art. 26. A informação em poder dos órgãos e entidades, observado o partes não classificadas por meio de certidão, extrato ou cópia, com
seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do ocultação da parte sob sigilo.
Estado, poderá ser classificada no grau ultrassecreto, secreto ou reservado. Art. 34. Os órgãos e entidades poderão constituir Comissão
Art. 27. Para a classificação da informação em grau de sigilo, deverá Permanente de Avaliação de Documentos Sigilosos - CPADS, com as seguintes
ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos atribuições:
restritivo possível, considerados: I - opinar sobre a informação produzida no âmbito de sua atuação
I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do para fins de classificação em qualquer grau de sigilo;
Estado; e II - assessorar a autoridade classificadora ou a autoridade
II - o prazo máximo de classificação em grau de sigilo ou o evento hierarquicamente superior quanto à desclassificação, reclassificação ou
que defina seu termo final. reavaliação de informação classificada em qualquer grau de sigilo;
Art. 28. Os prazos máximos de classificação são os seguintes: III - propor o destino final das informações desclassificadas,
I - grau ultrassecreto: vinte e cinco anos; indicando os documentos para guarda permanente, observado o disposto na
II - grau secreto: quinze anos; e Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e
III - grau reservado: cinco anos.

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IV - subsidiar a elaboração do rol anual de informações para que seus empregados, prepostos ou representantes observem as
desclassificadas e documentos classificados em cada grau de sigilo, a ser medidas e procedimentos de segurança das informações.
disponibilizado na Internet. Art. 45. A autoridade máxima de cada órgão ou entidade publicará
Seção III anualmente, até o dia 1° de junho, em sítio na Internet:
Da Desclassificação e Reavaliação da Informação Classificada em Grau de Sigilo I - rol das informações desclassificadas nos últimos doze meses;
Art. 35. A classificação das informações será reavaliada pela II - rol das informações classificadas em cada grau de sigilo, que
autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, deverá conter:
mediante provocação ou de ofício, para desclassificação ou redução do prazo a) código de indexação de documento;
de sigilo. b) categoria na qual se enquadra a informação;
Parágrafo único. Para o cumprimento do disposto no caput, além do c) indicação de dispositivo legal que fundamenta a classificação; e
disposto no art. 27, deverá ser observado: d) data da produção, data da classificação e prazo da classificação;
I - o prazo máximo de restrição de acesso à informação, previsto no III - relatório estatístico com a quantidade de pedidos de acesso à
art. 28; informação recebidos, atendidos e indeferidos; e
II - o prazo máximo de quatro anos para revisão de ofício das IV - informações estatísticas agregadas dos requerentes.
informações classificadas no grau ultrassecreto ou secreto, previsto no inciso I Parágrafo único. Os órgãos e entidades deverão manter em meio
do caput do art. 47; físico as informações previstas no caput, para consulta pública em suas sedes.
III - a permanência das razões da classificação; CAPÍTULO VI
IV - a possibilidade de danos ou riscos decorrentes da divulgação ou DA COMISSÃO MISTA DE REAVALIAÇÃO DE INFORMAÇÕES CLASSIFICADAS
acesso irrestrito da informação; e Art. 46. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações,
V - a peculiaridade das informações produzidas no exterior por instituída nos termos do § 1º do art. 35 da Lei nº 12.527, de 2011, será
autoridades ou agentes públicos. integrada pelos titulares dos seguintes órgãos:
Art. 36. O pedido de desclassificação ou de reavaliação da I - Casa Civil da Presidência da República, que a presidirá;
classificação poderá ser apresentado aos órgãos e entidades independente de II - Ministério da Justiça;
existir prévio pedido de acesso à informação. III - Ministério das Relações Exteriores;
Parágrafo único. O pedido de que trata o caput será endereçado à IV - Ministério da Defesa;
autoridade classificadora, que decidirá no prazo de trinta dias. V - Ministério da Fazenda;
Art. 37. Negado o pedido de desclassificação ou de reavaliação pela VI - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
autoridade classificadora, o requerente poderá apresentar recurso no prazo de VII - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República;
dez dias, contado da ciência da negativa, ao Ministro de Estado ou à autoridade VIII - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
com as mesmas prerrogativas, que decidirá no prazo de trinta dias. República;
§ 1º Nos casos em que a autoridade classificadora esteja vinculada a IX - Advocacia-Geral da União; e
autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade de economia mista, o X - Controladoria Geral da União.
recurso será apresentado ao dirigente máximo da entidade. Parágrafo único. Cada integrante indicará suplente a ser
§ 2º No caso das Forças Armadas, o recurso será apresentado designado por ato do Presidente da Comissão.
primeiramente perante o respectivo Comandante, e, em caso de negativa, ao Art. 47. Compete à Comissão Mista de Reavaliação de Informações:
Ministro de Estado da Defesa. I - rever, de ofício ou mediante provocação, a classificação de
§ 3º No caso de informações produzidas por autoridades ou agentes informação no grau ultrassecreto ou secreto ou sua reavaliação, no máximo a
públicos no exterior, o requerimento de desclassificação e reavaliação será cada quatro anos;
apreciado pela autoridade hierarquicamente superior que estiver em território II - requisitar da autoridade que classificar informação no grau
brasileiro. ultrassecreto ou secreto esclarecimento ou conteúdo, parcial ou integral, da
§ 4º Desprovido o recurso de que tratam o caput e os §§1º a 3º, informação, quando as informações constantes do TCI não forem suficientes
poderá o requerente apresentar recurso à Comissão Mista de Reavaliação de para a revisão da classificação;
Informações, no prazo de dez dias, contado da ciência da decisão. III - decidir recursos apresentados contra decisão proferida:
Art. 38. A decisão da desclassificação, reclassificação ou redução do a) pela Controladoria-Geral da União, em grau recursal, a pedido
prazo de sigilo de informações classificadas deverá constar das capas dos de acesso à informação ou às razões da negativa de acesso à informação; ou
processos, se houver, e de campo apropriado no TCI. b) pelo Ministro de Estado ou autoridade com a mesma
Seção IV prerrogativa, em grau recursal, a pedido de desclassificação ou reavaliação
Disposições Gerais de informação classificada;
Art. 39. As informações classificadas no grau ultrassecreto ou IV - prorrogar por uma única vez, e por período determinado não
secreto serão definitivamente preservadas, nos termos da Lei nº 8.159, de 1991, superior a vinte e cinco anos, o prazo de sigilo de informação classificada no
observados os procedimentos de restrição de acesso enquanto vigorar o prazo grau ultrassecreto, enquanto seu acesso ou divulgação puder ocasionar
da classificação. ameaça externa à soberania nacional, à integridade do território nacional ou
Art. 40. As informações classificadas como documentos de guarda grave risco às relações internacionais do País, limitado ao máximo de
permanente que forem objeto de desclassificação serão encaminhadas ao cinquenta anos o prazo total da classificação; e
Arquivo Nacional, ao arquivo permanente do órgão público, da entidade V - estabelecer orientações normativas de caráter geral a fim de
pública ou da instituição de caráter público, para fins de organização, suprir eventuais lacunas na aplicação da Lei nº 12.527, de 2011.
preservação e acesso. Parágrafo único. A não deliberação sobre a revisão de ofício no prazo
Art. 41. As informações sobre condutas que impliquem violação dos previsto no inciso I do caput implicará a desclassificação automática das
direitos humanos praticada por agentes públicos ou a mando de autoridades informações.
públicas não poderão ser objeto de classificação em qualquer grau de sigilo Art. 48. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações se
nem ter seu acesso negado. reunirá, ordinariamente, uma vez por mês, e, extraordinariamente, sempre
Art. 42. Não poderá ser negado acesso às informações necessárias à que convocada por seu Presidente.
tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Parágrafo único. As reuniões serão realizadas com a presença de no mínimo
Parágrafo único. O requerente deverá apresentar razões que demonstrem a seis integrantes.
existência de nexo entre as informações requeridas e o direito que se pretende Art. 49. Os requerimentos de prorrogação do prazo de
proteger. classificação de informação no grau ultrassecreto, a que se refere o inciso IV
Art. 43. O acesso, a divulgação e o tratamento de informação do caput do art. 47, deverão ser encaminhados à Comissão Mista de
classificada em qualquer grau de sigilo ficarão restritos a pessoas que tenham Reavaliação de Informações em até um ano antes do vencimento do termo
necessidade de conhecê-la e que sejam credenciadas segundo as normas final de restrição de acesso.
fixadas pelo Núcleo de Segurança e Credenciamento, instituído no âmbito do Parágrafo único. O requerimento de prorrogação do prazo de
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, sem prejuízo sigilo de informação classificada no grau ultrassecreto deverá ser apreciado,
das atribuições de agentes públicos autorizados por lei. impreterivelmente, em até três sessões subsequentes à data de sua autuação,
Art. 44. As autoridades do Poder Executivo federal adotarão as ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais
providências necessárias para que o pessoal a elas subordinado conheça as deliberações da Comissão.
normas e observe as medidas e procedimentos de segurança para tratamento Art. 50. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações deverá
de informações classificadas em qualquer grau de sigilo. apreciar os recursos previstos no inciso III do caput do art. 47,
Parágrafo único. A pessoa natural ou entidade privada que, em impreterivelmente, até a terceira reunião ordinária subsequente à data de
razão de qualquer vínculo com o Poder Público, executar atividades de sua autuação.
tratamento de informações classificadas, adotará as providências necessárias

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Art. 51. A revisão de ofício da informação classificada no grau I - comprovação do consentimento expresso de que trata o inciso
ultrassecreto ou secreto será apreciada em até três sessões anteriores à data de II do caput do art. 55, por meio de procuração;
sua desclassificação automática. II - comprovação das hipóteses previstas no art. 58;
Art. 52. As deliberações da Comissão Mista de Reavaliação de III - demonstração do interesse pela recuperação de fatos
Informações serão tomadas: históricos de maior relevância, observados os procedimentos previstos no
I - por maioria absoluta, quando envolverem as competências art. 59; ou
previstas nos incisos I e IV do caput do art.47; e IV - demonstração da necessidade do acesso à informação
II - por maioria simples dos votos, nos demais casos. requerida para a defesa dos direitos humanos ou para a proteção do interesse
Parágrafo único. A Casa Civil da Presidência da República poderá público e geral preponderante.
exercer, além do voto ordinário, o voto de qualidade para desempate. Art. 61. O acesso à informação pessoal por terceiros será
Art. 53. A Casa Civil da Presidência da República exercerá as funções condicionado à assinatura de um termo de responsabilidade, que disporá
de Secretaria-Executiva da Comissão Mista de Reavaliação de Informações, sobre a finalidade e a destinação que fundamentaram sua autorização, sobre
cujas competências serão definidas em regimento interno. as obrigações a que se submeterá o requerente.
Art. 54. A Comissão Mista de Reavaliação de Informações aprovará, § 1º A utilização de informação pessoal por terceiros vincula-se à
por maioria absoluta, regimento interno que disporá sobre sua organização e finalidade e à destinação que fundamentaram a autorização do acesso,
funcionamento. vedada sua utilização de maneira diversa.
Parágrafo único. O regimento interno deverá ser publicado no § 2º Aquele que obtiver acesso às informações pessoais de
Diário Oficial da União no prazo de noventa dias após a instalação da Comissão. terceiros será responsabilizado por seu uso indevido, na forma da lei.
CAPÍTULO VII Art. 62. Aplica-se, no que couber, a Lei nº 9.507, de 12 de
DAS INFORMAÇÕES PESSOAIS novembro de 1997, em relação à informação de pessoa, natural ou jurídica,
Art. 55. As informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, constante de registro ou banco de dados de órgãos ou entidades
honra e imagem detidas pelos órgãos e entidades: governamentais ou de caráter público.
I - terão acesso restrito a agentes públicos legalmente autorizados e CAPÍTULO VIII
a pessoa a que se referirem, independentemente de classificação de sigilo, pelo DAS ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS LUCRATIVOS
prazo máximo de cem anos a contar da data de sua produção; e Art. 63. As entidades privadas sem fins lucrativos que receberem
II - poderão ter sua divulgação ou acesso por terceiros autorizados recursos públicos para realização de ações de interesse público deverão dar
por previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que se referirem. publicidade às seguintes informações:
Parágrafo único. Caso o titular das informações pessoais esteja I - cópia do estatuto social atualizado da entidade;
morto ou ausente, os direitos de que trata este artigo assistem ao cônjuge ou II - relação nominal atualizada dos dirigentes da entidade; e
companheiro, aos descendentes ou ascendentes, conforme o disposto no III - cópia integral dos convênios, contratos, termos de parcerias,
parágrafo único do art. 20 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, e na Lei nº acordos, ajustes ou instrumentos congêneres realizados com o Poder
9.278, de 10 de maio de 1996. Executivo federal, respectivos aditivos, e relatórios finais de prestação de
Art. 56. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de contas, na forma da legislação aplicável.
forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem § 1º As informações de que trata o caput serão divulgadas em sítio
das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. na Internet da entidade privada e em quadro de avisos de amplo acesso
Art. 57. O consentimento referido no inciso II do caput do art. 55 não público em sua sede.
será exigido quando o acesso à informação pessoal for necessário: § 2º A divulgação em sítio na Internet referida no §1º poderá ser
I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física dispensada, por decisão do órgão ou entidade pública, e mediante expressa
ou legalmente incapaz, e para utilização exclusivamente para o tratamento justificação da entidade, nos casos de entidades privadas sem fins lucrativos
médico; que não disponham de meios para realizá-la.
II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente § 3º As informações de que trata o caput deverão ser publicadas a
interesse público ou geral, previstos em lei, vedada a identificação da pessoa a partir da celebração do convênio, contrato, termo de parceria, acordo, ajuste
que a informação se referir; ou instrumento congênere, serão atualizadas periodicamente e ficarão
III - ao cumprimento de decisão judicial; disponíveis até cento e oitenta dias após a entrega da prestação de contas
IV - à defesa de direitos humanos de terceiros; ou final.
V - à proteção do interesse público geral e preponderante. Art. 64. Os pedidos de informação referentes aos convênios,
Art. 58. A restrição de acesso a informações pessoais de que trata o contratos, termos de parcerias, acordos, ajustes ou instrumentos congêneres
art. 55 não poderá ser invocada: previstos no art. 63 deverão ser apresentados diretamente aos órgãos e
I - com o intuito de prejudicar processo de apuração de entidades responsáveis pelo repasse de recursos.
irregularidades, conduzido pelo Poder Público, em que o titular das CAPÍTULO IX
informações for parte ou interessado; ou DAS RESPONSABILIDADES
II - quando as informações pessoais não classificadas estiverem Art. 65. Constituem condutas ilícitas que ensejam
contidas em conjuntos de documentos necessários à recuperação de fatos responsabilidade do agente público ou militar:
históricos de maior relevância. I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos deste
Art. 59. O dirigente máximo do órgão ou entidade poderá, de ofício Decreto, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la
ou mediante provocação, reconhecer a incidência da hipótese do inciso II do intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa;
caput do art. 58, de forma fundamentada, sobre documentos que tenha II - utilizar indevidamente, subtrair, destruir, inutilizar,
produzido ou acumulado, e que estejam sob sua guarda. desfigurar, alterar ou ocultar, total ou parcialmente, informação que se
§ 1º Para subsidiar a decisão de reconhecimento de que trata o caput, encontre sob sua guarda, a que tenha acesso ou sobre que tenha
o órgão ou entidade poderá solicitar a universidades, instituições de pesquisa conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou
ou outras entidades com notória experiência em pesquisa historiográfica a função pública;
emissão de parecer sobre a questão. III - agir com dolo ou má-fé na análise dos pedidos de acesso à
§ 2º A decisão de reconhecimento de que trata o caput será informação;
precedida de publicação de extrato da informação, com descrição resumida do IV - divulgar, permitir a divulgação, acessar ou permitir acesso
assunto, origem e período do conjunto de documentos a serem considerados de indevido a informação classificada em grau de sigilo ou a informação pessoal;
acesso irrestrito, com antecedência de no mínimo trinta dias. V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de
§ 3º Após a decisão de reconhecimento de que trata o § 2º, os terceiro, ou para fins de ocultação de ato ilegal cometido por si ou por
documentos serão considerados de acesso irrestrito ao público. outrem;
§ 4º Na hipótese de documentos de elevado valor histórico VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente
destinados à guarda permanente, caberá ao dirigente máximo do Arquivo informação classificada em grau de sigilo para beneficiar a si ou a outrem, ou
Nacional, ou à autoridade responsável pelo arquivo do órgão ou entidade em prejuízo de terceiros; e
pública que os receber, decidir, após seu recolhimento, sobre o VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos
reconhecimento, observado o procedimento previsto neste artigo. concernentes a possíveis violações de direitos humanos por parte de agentes
Art. 60. O pedido de acesso a informações pessoais observará os do Estado.
procedimentos previstos no Capítulo IV e estará condicionado à comprovação § 1º Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do
da identidade do requerente. devido processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas:
Parágrafo único. O pedido de acesso a informações pessoais por I - para fins dos regulamentos disciplinares das Forças Armadas,
terceiros deverá ainda estar acompanhado de: transgressões militares médias ou graves, segundo os critérios neles

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estabelecidos, desde que não tipificadas em lei como crime ou contravenção VII - definir, em conjunto com a Casa Civil da Presidência da
penal; ou República, diretrizes e procedimentos complementares necessários à
II - para fins do disposto na Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, implementação da Lei nº 12.527, de 2011.
infrações administrativas, que deverão ser apenadas, no mínimo, com Art. 69. Compete à Controladoria-Geral da União e ao Ministério
suspensão, segundo os critérios estabelecidos na referida lei. do Planejamento, Orçamento e Gestão, observadas as competências dos
§ 2º Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente demais órgãos e entidades e as previsões específicas neste Decreto, por meio
público responder, também, por improbidade administrativa, conforme o de ato conjunto:
disposto nas Leis no 1.079, de 10 de abril de 1950, e no 8.429, de 2 de junho de I - estabelecer procedimentos, regras e padrões de divulgação de
1992. informações ao público, fixando prazo máximo para atualização; e
Art. 66. A pessoa natural ou entidade privada que detiver II - detalhar os procedimentos necessários à busca, estruturação e
informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o Poder Público e prestação de informações no âmbito do SIC.
praticar conduta prevista no art. 65, estará sujeita às seguintes sanções: Art. 70. Compete ao Gabinete de Segurança Institucional da
I - advertência; Presidência da República, observadas as competências dos demais órgãos e
II - multa; entidades e as previsões específicas neste Decreto:
III - rescisão do vínculo com o Poder Público; I - estabelecer regras de indexação relacionadas à classificação de
IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento informação;
de contratar com a administração pública por prazo não superior a dois anos; e II - expedir atos complementares e estabelecer procedimentos
V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a relativos ao credenciamento de segurança de pessoas, órgãos e entidades
administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a públicos ou privados, para o tratamento de informações classificadas; e
autoridade que aplicou a penalidade. III - promover, por meio do Núcleo de Credenciamento de
§ 1º A sanção de multa poderá ser aplicada juntamente com as Segurança, o credenciamento de segurança de pessoas, órgãos e entidades
sanções previstas nos incisos I, III e IV do caput. públicos ou privados, para o tratamento de informações classificadas.
§ 2º A multa prevista no inciso II do caput será aplicada sem prejuízo CAPÍTULO XI
da reparação pelos danos e não poderá ser: DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
I - inferior a R$ 1.000,00 (mil reais) nem superior a R$ 200.000,00 Art. 71. Os órgãos e entidades adequarão suas políticas de gestão
(duzentos mil reais), no caso de pessoa natural; ou da informação, promovendo os ajustes necessários aos processos de registro,
II - inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais) nem superior a processamento, trâmite e arquivamento de documentos e informações.
R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), no caso de entidade privada. Art. 72. Os órgãos e entidades deverão reavaliar as informações
§ 3º A reabilitação referida no inciso V do caput será autorizada classificadas no grau ultrassecreto e secreto no prazo máximo de dois anos,
somente quando a pessoa natural ou entidade privada efetivar o ressarcimento contado do termo inicial de vigência da Lei nº 12.527, de 2011.
ao órgão ou entidade dos prejuízos resultantes e depois de decorrido o prazo da § 1º A restrição de acesso a informações, em razão da reavaliação
sanção aplicada com base no inciso IV do caput. prevista no caput, deverá observar os prazos e condições previstos neste
§ 4º A aplicação da sanção prevista no inciso V do caput é de Decreto.
competência exclusiva da autoridade máxima do órgão ou entidade pública. § 2º Enquanto não transcorrido o prazo de reavaliação previsto no
§ 5º O prazo para apresentação de defesa nas hipóteses previstas caput, será mantida a classificação da informação, observados os prazos e
neste artigo é de dez dias, contado da ciência do ato. disposições da legislação precedente.
CAPÍTULO X § 3º As informações classificadas no grau ultrassecreto e secreto
DO MONITORAMENTO DA APLICAÇÃO DA LEI não reavaliadas no prazo previsto no caput serão consideradas,
Seção I automaticamente, desclassificadas.
Da Autoridade de Monitoramento Art. 73. A publicação anual de que trata o art. 45 terá inicio em
Art. 67. O dirigente máximo de cada órgão ou entidade designará junho de 2013.
autoridade que lhe seja diretamente subordinada para exercer as seguintes Art. 74. O tratamento de informação classificada resultante de
atribuições: tratados, acordos ou atos internacionais atenderá às normas e
I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à recomendações desses instrumentos.
informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos da Lei nº 12.527, de Art. 75. Aplica-se subsidiariamente a Lei nº 9.784, de 29 de janeiro
2011; de 1999, aos procedimentos previstos neste Decreto.
II - avaliar e monitorar a implementação do disposto neste Decreto e Art. 76. Este Decreto entra em vigor em 16 de maio de 2012.
apresentar ao dirigente máximo de cada órgão ou entidade relatório anual Brasília, 16 de maio de 2012; 191º da Independência e 124º da
sobre o seu cumprimento, encaminhando-o à Controladoria-Geral da União; República.
III - recomendar medidas para aperfeiçoar as normas e DILMA ROUSSEFF
procedimentos necessários à implementação deste Decreto; José Eduardo Cardozo
IV - orientar as unidades no que se refere ao cumprimento deste Celso Luiz Nunes Amorim
Decreto; e Antonio de Aguiar Patriota
V - manifestar-se sobre reclamação apresentada contra omissão de Guido Mantega
autoridade competente, observado o disposto no art. 22. Miriam Belchior
Seção II Paulo Bernardo Silva
Das Competências Relativas ao Monitoramento Marco Antonio Raupp
Art. 68. Compete à Controladoria-Geral da União, observadas as Alexandre Antonio Tombini
competências dos demais órgãos e entidades e as previsões específicas neste Gleisi Hoffmann
Decreto: José Elito Carvalho Siqueira
I - definir o formulário padrão, disponibilizado em meio físico e Helena Chagas
eletrônico, que estará à disposição no sítio na Internet e no SIC dos órgãos e Luis Inácio Lucena Adams
entidades, de acordo com o § 1º do art. 11; Jorge Hage Sobrinho
II - promover campanha de abrangência nacional de fomento à Maria do Rosário Nunes
cultura da transparência na administração pública e conscientização sobre o
direito fundamental de acesso à informação; [Diário Oficial da União, Seção 1, de 16 de maio de 2012 - Edição extra]
III - promover o treinamento dos agentes públicos e, no que couber,
a capacitação das entidades privadas sem fins lucrativos, no que se refere ao ANEXO
GRAU DE SIGILO:
desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração (idêntico ao grau de sigilo do documento)
pública;
IV - monitorar a implementação da Lei nº 12.527, de 2011, TERMO DE CLASSIFICAÇÃO DE INFORMAÇÃO
concentrando e consolidando a publicação de informações estatísticas ÓRGÃO/ENTIDADE:
relacionadas no art. 45; CÓDIGO DE INDEXAÇÃO:
V - preparar relatório anual com informações referentes à GRAU DE SIGILO:
implementação da Lei nº 12.527, de 2011, a ser encaminhado ao Congresso CATEGORIA:
Nacional; TIPO DE DOCUMENTO:
VI - monitorar a aplicação deste Decreto, especialmente o DATA DE PRODUÇÃO:
cumprimento dos prazos e procedimentos; e FUNDAMENTO LEGAL PARA CLASSIFICAÇÃO:
RAZÕES PARA A CLASSIFICAÇÃO:

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(idêntico ao grau de sigilo do documento) XII - medidas de segurança - medidas destinadas a garantir sigilo,
PRAZO DA RESTRIÇÃO DE ACESSO: inviolabilidade, integridade, autenticidade e disponibilidade da informação
DATA DE CLASSIFICAÇÃO: classificada em qualquer grau de sigilo;
AUTORIDADE CLASSIFICADORA Nome: XIII - órgão de registro nível 1 - ministério ou órgão de nível
equivalente habilitado pelo Núcleo de Segurança e Credenciamento;
Cargo:
XIV - órgão de registro nível 2 - órgão ou entidade pública
AUTORIDADE RATIFICADORA Nome: vinculada a órgão de registro nível 1 e por este habilitado;
(quando aplicável)
Cargo: XV - posto de controle - unidade de órgão ou entidade pública ou
DESCLASSIFICAÇÃO em ____/____/________ Nome:
privada, habilitada, responsável pelo armazenamento de informação
(quando aplicável) classificada em qualquer grau de sigilo;
Cargo: XVI - quebra de segurança - ação ou omissão que implica
RECLASSIFICAÇÃO em ____/____/_________ Nome: comprometimento ou risco de comprometimento de informação classificada
(quando aplicável) em qualquer grau de sigilo;
Cargo:
XVII - recurso criptográfico - sistema, programa, processo,
REDUÇÃO DE PRAZO em ____/____/_______ Nome:
(quando aplicável)
equipamento isolado ou em rede que utiliza algoritmo simétrico ou
Cargo: assimétrico para realizar cifração ou decifração; e
PRORROGAÇÃO DE PRAZO em ___/ ____/_____ Nome: XVIII - tratamento da informação classificada - conjunto de ações
(quando aplicável) referentes a produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução,
Cargo:
transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento,
_____________________________________________________ eliminação, avaliação, destinação ou controle de informação classificada em
ASSINATURA DA AUTORIDADE CLASSIFICADORA
qualquer grau de sigilo.
_____________________________________________________________________ CAPÍTULO II
ASSINATURA DA AUTORIDADE RATIFICADORA (quando aplicável)
_____________________________________________________________________ DO CREDENCIAMENTO DE SEGURANÇA
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por DESCLASSIFICAÇÃO (quando aplicável) Seção I
_____________________________________________________________________ Dos Órgãos
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por RECLASSIFICAÇÃO (quando aplicável)
_____________________________________________________________________ Art. 3º Compete ao Núcleo de Segurança e Credenciamento, órgão
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por REDUÇÃO DE PRAZO (quando aplicável) central de credenciamento de segurança, instituído no âmbito do Gabinete
_____________________________________________________________________ de Segurança Institucional da Presidência da República, nos termos do art. 37
ASSINATURA DA AUTORIDADE responsável por PRORROGAÇÃO DE PRAZO (quando
aplicável)
da Lei nº 12.527, de 2011:
GRAU DE SIGILO: I - habilitar os órgãos de registro nível 1 para o credenciamento de
(idêntico ao grau de sigilo do documento) segurança de órgãos e entidades públicas e privadas, e pessoas para o
tratamento de informação classificada;
DECRETO Nº 7.845, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2012 II - habilitar postos de controle dos órgãos de registro nível 1 para
armazenamento de informação classificada em qualquer grau de sigilo;
Regulamenta procedimentos para credenciamento de III - habilitar entidade privada que mantenha vínculo de qualquer
segurança e tratamento de informação classificada em natureza com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
qualquer grau de sigilo, e dispõe sobre o Núcleo de República para o tratamento de informação classificada;
Segurança e Credenciamento. IV - credenciar pessoa que mantenha vínculo de qualquer
natureza com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe República para o tratamento de informação classificada;
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em V - realizar inspeção e investigação para credenciamento de
vista o disposto nos arts. 25, 27, 29, 35, § 5º, e 37 da Lei nº 12.527, de 18 de segurança necessárias à execução do previsto, respectivamente, nos incisos
novembro de 2011, III e IV do caput; e
VI - fiscalizar o cumprimento das normas e procedimentos de
DECRETA : credenciamento de segurança e tratamento de informação classificada.
Art. 4º Fica criado o Comitê Gestor de Credenciamento de
CAPÍTULO I Segurança, integrado por representantes, titular e suplente, dos seguintes
DISPOSIÇÕES GERAIS órgãos:
Art. 1º Este Decreto regulamenta procedimentos para o I - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
credenciamento de segurança e tratamento de informação classificada em República, que o coordenará;
qualquer grau de sigilo no âmbito do Poder Executivo federal, e dispõe sobre o II - Casa Civil da Presidência da República;
Núcleo de Segurança e Credenciamento, conforme o disposto nos arts. 25, 27, III - Ministério da Justiça;
29, 35, § 5º, e 37 da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011. IV - Ministério das Relações Exteriores;
Art. 2º Para os efeitos deste Decreto, considera-se: V - Ministério da Defesa;
I - algoritmo de Estado - função matemática utilizada na cifração e VI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
na decifração, desenvolvido pelo Estado, para uso exclusivo em interesse do VII - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
serviço de órgãos ou entidades do Poder Executivo federal; VIII - Controladoria-Geral da União.
II - cifração - ato de cifrar mediante uso de algoritmo simétrico ou § 1º Os membros titulares e suplentes serão indicados pelos
assimétrico, com recurso criptográfico, para substituir sinais de linguagem dirigentes máximos dos órgãos representados, e designados pelo Ministro de
clara por outros ininteligíveis por pessoas não autorizadas a conhecê-la; Estado Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
III - código de indexação - código alfanumérico que indexa República.
documento com informação classificada em qualquer grau de sigilo; § 2º A participação no Comitê será considerada prestação de
IV - comprometimento - perda de segurança resultante do acesso serviço público relevante, não remunerada.
não autorizado; § 3º Poderão ser convidados para as reuniões do Comitê
V - contrato sigiloso - ajuste, convênio ou termo de cooperação cujo representantes de órgãos e entidades públicas e privadas, ou especialistas,
objeto ou execução implique tratamento de informação classificada; para emitir pareceres e fornecer informações.
VI - credencial de segurança - certificado que autoriza pessoa para o Art. 5º Compete ao Comitê Gestor de Credenciamento de
tratamento de informação classificada; Segurança:
VII - credenciamento de segurança - processo utilizado para I - propor diretrizes gerais de credenciamento de segurança para
habilitar órgão ou entidade pública ou privada, e para credenciar pessoa para o tratamento de informação classificada;
tratamento de informação classificada; II - definir parâmetros e requisitos mínimos para:
VIII - decifração - ato de decifrar mediante uso de algoritmo a) qualificação técnica de órgãos e entidades públicas e privadas,
simétrico ou assimétrico, com recurso criptográfico, para reverter processo de para credenciamento de segurança, nos termos dos arts. 10 e 11; e
cifração original; b) concessão de credencial de segurança para pessoas, nos termos
IX - dispositivos móveis - equipamentos portáteis dotados de do art. 12; e
capacidade computacional ou dispositivos removíveis de memória para III - avaliar periodicamente o cumprimento do disposto neste
armazenamento; Decreto.
X - gestor de segurança e credenciamento - responsável pela Art. 6º Compete ao Gabinete de Segurança Institucional da
segurança da informação classificada em qualquer grau de sigilo no órgão de Presidência da República:
registro e posto de controle; I - expedir atos complementares e estabelecer procedimentos
XI - marcação - aposição de marca que indica o grau de sigilo da para o credenciamento de segurança e para o tratamento de informação
informação classificada; classificada;

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II - participar de negociações de tratados, acordos ou atos credenciamento de segurança no território nacional se dará somente se
internacionais relacionados com o tratamento de informação classificada, em houver tratado, acordo, memorando de entendimento ou ajuste técnico
articulação com o Ministério das Relações Exteriores; firmado entre o país ou organização estrangeira e a República Federativa do
III - acompanhar averiguações e processos de avaliação e Brasil.
recuperação dos danos decorrentes de quebra de segurança; CAPÍTULO III
IV - informar sobre eventuais danos referidos no inciso III do caput DO TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO CLASSIFICADA
ao país ou à organização internacional de origem, sempre que necessário, pela Seção I
via diplomática; e Disposições Gerais
V - assessorar o Presidente da República nos assuntos relacionados Art. 17. Os órgãos e entidades adotarão providências para que os
com credenciamento de segurança para o tratamento de informação agentes públicos conheçam as normas e observem os procedimentos de
classificada, inclusive no que se refere a tratados, acordos ou atos credenciamento de segurança e de tratamento de informação classificada.
internacionais, observadas as competências do Ministério das Relações Parágrafo único. O disposto no caput se aplica à pessoa ou
Exteriores. entidade privada que, em razão de qualquer vínculo com o Poder Público,
Parágrafo único. O Gabinete de Segurança Institucional da execute atividade de credenciamento de segurança ou de tratamento de
Presidência da República exercerá as funções de autoridade nacional de informação classificada.
segurança para tratamento de informação classificada decorrente de tratados, Art. 18. O acesso, a divulgação e o tratamento de informação
acordos ou atos internacionais. classificada ficarão restritos a pessoas com necessidade de conhecê-la e que
Art. 7º Compete ao órgão de registro nível 1: sejam credenciadas na forma deste Decreto, sem prejuízo das atribuições dos
I - habilitar órgão de registro nível 2 para credenciar pessoa para o agentes públicos autorizados na legislação.
tratamento de informação classificada; Parágrafo único. O acesso à informação classificada em qualquer
II - habilitar posto de controle dos órgãos e entidades públicas ou grau de sigilo a pessoa não credenciada ou não autorizada por legislação
privadas que com ele mantenham vínculo de qualquer natureza, para o poderá, excepcionalmente, ser permitido mediante assinatura de Termo de
armazenamento de informação classificada em qualquer grau de sigilo; Compromisso de Manutenção de Sigilo - TCMS, constante do Anexo I, pelo
III - credenciar pessoa que com ele mantenha vínculo de qualquer qual a pessoa se obrigará a manter o sigilo da informação, sob pena de
natureza para o tratamento de informação classificada; responsabilidade penal, civil e administrativa, na forma da lei.
IV- realizar inspeção e investigação para credenciamento de Art. 19. A decisão de classificação, desclassificação, reclassificação
segurança necessárias à execução do previsto no inciso III do caput; e ou redução do prazo de sigilo de informação classificada em qualquer grau
V - fiscalizar o cumprimento das normas e procedimentos de de sigilo observará os procedimentos previstos nos arts. 31 e 32 do Decreto nº
credenciamento de segurança e tratamento de informação classificada, no 7.724 de 16 de maio de 2012, e deverá ser formalizada em decisão
âmbito de suas competências. consubstanciada em Termo de Classificação de Informação.
Art. 8º Compete ao órgão de registro nível 2 realizar investigação e Art. 20. A publicação de atos normativos relativos a informação
credenciar pessoa que com ele mantenha vínculo de qualquer natureza para o classificada em qualquer grau de sigilo ou protegida por sigilo legal ou
tratamento de informação classificada. judicial poderá limitar-se, quando necessário, aos seus respectivos números,
Parágrafo único. A competência para realização de inspeção e datas de expedição e ementas, redigidos de modo a não comprometer o sigilo.
investigação de que trata o inciso IV do caput do art. 7º poderá ser delegada a Seção II
órgão de registro nível 2. Do Documento Controlado
Art. 9º Compete ao posto de controle: Art. 21. Para o tratamento de documento com informação
I - realizar o controle das credenciais de segurança das pessoas que classificada em qualquer grau de sigilo ou prevista na legislação como
com ele mantenham vínculo de qualquer natureza; e sigilosa o órgão ou entidade poderá adotar os seguintes procedimentos
II - garantir a segurança da informação classificada em qualquer adicionais de controle:
grau de sigilo sob sua responsabilidade. I - identificação dos destinatários em protocolo e recibo
Seção II específicos;
Dos procedimentos II - lavratura de termo de custódia e registro em protocolo
Art. 10. A habilitação dos órgãos e entidades públicas para o específico;
credenciamento de segurança fica condicionada aos seguintes requisitos: III - lavratura anual de termo de inventário, pelo órgão ou
I - comprovação de qualificação técnica necessária à segurança de entidade expedidor e pelo órgão ou entidade receptor; e
informação classificada em qualquer grau de sigilo; e IV - lavratura de termo de transferência de custódia ou guarda.
II - designação de gestor de segurança e credenciamento, e de seu § 1º O documento previsto no caput será denominado Documento
substituto. Controlado - DC.
Art. 11. A concessão de habilitação de entidade privada como posto § 2º O termo de inventário previsto no inciso III do caput deverá
de controle fica condicionada aos seguintes requisitos: conter no mínimo os seguintes elementos:
I - regularidade fiscal; I - numeração sequencial e data;
II - comprovação de qualificação técnica necessária à segurança de II - órgãos produtor e custodiante do DC;
informação classificada em qualquer grau de sigilo; III - rol de documentos controlados; e
III - expectativa de assinatura de contrato sigiloso; IV - local e assinatura.
IV - designação de gestor de segurança e credenciamento, e de seu § 3º O termo de transferência previsto no inciso IV do caput
substituto; e deverá conter no mínimo os seguintes elementos:
V - aprovação em inspeção para habilitação de segurança. I - numeração sequencial e data;
Art. 12. A concessão de credencial de segurança a uma pessoa fica II - agentes públicos substituto e substituído;
condicionada aos seguintes requisitos: III - identificação dos documentos ou termos de inventário a
I - solicitação do órgão ou entidade pública ou privada em que a serem transferidos; e
pessoa exerce atividade; IV - local e assinatura.
II - preenchimento de formulário com dados pessoais e autorização Art. 22. O documento ultrassecreto é considerado DC desde sua
para investigação; classificação ou reclassificação.
III - aptidão para o tratamento da informação classificada, verificada Seção III
na investigação; e Da Marcação
IV - declaração de conhecimento das normas e procedimentos de Art. 23. A marcação será feita nos cabeçalhos e rodapés das
credenciamento de segurança e de tratamento de informação classificada. páginas que contiverem informação classificada e nas capas do documento.
Art. 13. A habilitação para credenciamento de segurança e a § 1º As páginas serão numeradas seguidamente, devendo cada
concessão de credencial de segurança resultarão da análise objetiva dos uma conter indicação do total de páginas que compõe o documento.
requisitos previstos neste Decreto. § 2º A marcação deverá ser feita de modo a não prejudicar a
Art. 14. Os órgãos de registro nível 1 e nível 2 poderão firmar ajustes, compreensão da informação.
convênios ou termos de cooperação com outros órgãos ou entidades públicas, Art. 24. O DC possuirá a marcação de que trata o art. 23 e conterá,
habilitados, para: na capa e em todas as páginas, a expressão em diagonal “Documento
I - credenciamento de segurança e tratamento de informação Controlado (DC)” e o número de controle, que indicará o agente público
classificada; e custodiante.
II - realização de inspeção e investigação para credenciamento de Art. 25. A indicação do grau de sigilo em mapas, fotocartas, cartas,
segurança. fotografias, quaisquer outros tipos de imagens e meios eletrônicos de
Art. 15. Cada órgão de registro terá no mínimo um posto de controle, armazenamento obedecerá aos procedimentos complementares adotados
habilitado. pelos órgãos e entidades.
Art. 16. Na hipótese de troca e tratamento de informação Seção IV
classificada em qualquer grau de sigilo com país ou organização estrangeira, o Da Expedição, Tramitação e Comunicação

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Art. 26. A expedição e a tramitação de documentos classificados público, da entidade pública ou da instituição de caráter público, para fins de
deverão observar os seguintes procedimentos: organização, preservação e acesso.
I - serão acondicionados em envelopes duplos; Art. 37. O documento de guarda permanente não pode ser
II - no envelope externo não constará indicação do grau de sigilo ou desfigurado ou destruído, sob pena de responsabilidade penal, civil e
do teor do documento; administrativa, na forma da lei.
III - no envelope interno constarão o destinatário e o grau de sigilo Seção VII
do documento, de modo a serem identificados logo que removido o envelope Dos Sistemas de Informação
externo; Art. 38. No tratamento da informação classificada deverão ser
IV - o envelope interno será fechado, lacrado e expedido mediante utilizados sistemas de informação e canais de comunicação seguros que
recibo, que indicará remetente, destinatário e número ou outro indicativo que atendam aos padrões mínimos de qualidade e segurança definidos pelo Poder
identifique o documento; e Executivo federal.
V - será inscrita a palavra "PESSOAL" no envelope que contiver § 1º A transmissão de informação classificada em qualquer grau de
documento de interesse exclusivo do destinatário. sigilo por meio de sistemas de informação deverá ser realizada, no âmbito da
Art. 27. A expedição, a condução e a entrega de documento com rede corporativa, por meio de canal seguro, como forma de mitigar o risco de
informação classificada em grau de sigilo ultrassecreto serão efetuadas quebra de segurança.
pessoalmente, por agente público autorizado, ou transmitidas por meio § 2º A autenticidade da identidade do usuário da rede deverá ser
eletrônico, desde que sejam usados recursos de criptografia compatíveis com o garantida, no mínimo, pelo uso de certificado digital.
grau de classificação da informação, vedada sua postagem. § 3º Os sistemas de informação de que trata o caput deverão ter
Art. 28. A expedição de documento com informação classificada em níveis diversos de controle de acesso e utilizar recursos criptográficos
grau de sigilo secreto ou reservado será feita pelos meios de comunicação adequados aos graus de sigilo.
disponíveis, com recursos de criptografia compatíveis com o grau de sigilo ou, § 4º Os sistemas de informação de que trata o caput deverão
se for o caso, por via diplomática, sem prejuízo da entrega pessoal. manter controle e registro dos acessos autorizados e não-autorizados e das
Art. 29. Cabe aos responsáveis pelo recebimento do documento com transações realizadas por prazo igual ou superior ao de restrição de acesso à
informação classificada em qualquer grau de sigilo, independente do meio e informação.
formato: Art. 39. Os equipamentos e sistemas utilizados para a produção de
I - registrar o recebimento do documento; documento com informação classificada em qualquer grau de sigilo deverão
II - verificar a integridade do meio de recebimento e registrar estar isolados ou ligados a canais de comunicação seguros, que estejam física
indícios de violação ou de irregularidade, comunicando ao destinatário, que ou logicamente isolados de qualquer outro, e que possuam recursos
informará imediatamente ao remetente; e criptográficos e de segurança adequados à sua proteção.
III - informar ao remetente o recebimento da informação, no prazo Art. 40. A cifração e a decifração de informação classificada em
mais curto possível. qualquer grau de sigilo deverão utilizar recurso criptográfico baseado em
§ 1º Caso a tramitação ocorra por expediente ou correspondência, o algoritmo de Estado.
envelope interno somente será aberto pelo destinatário, seu representante Parágrafo único. Compete ao Gabinete de Segurança Institucional
autorizado ou autoridade hierarquicamente superior. da Presidência da República estabelecer parâmetros e padrões para os
§ 2º Envelopes internos contendo a marca "PESSOAL" somente recursos criptográficos baseados em algoritmo de Estado, ouvido o Comitê
poderão ser abertos pelo destinatário. Gestor de Segurança da Informação previsto no art. 6º do Decreto nº 3.505, de
Art. 30. A informação classificada em qualquer grau de sigilo será 13 de junho de 2000.
mantida ou arquivada em condições especiais de segurança. Art. 41. Os procedimentos de tratamento de informação
§ 1º Para manutenção e arquivamento de informação classificada no classificada em qualquer grau de sigilo aplicam-se aos recursos criptográficos,
grau de sigilo ultrassecreto e secreto é obrigatório o uso de equipamento, atendidas as seguintes exigências:
ambiente ou estrutura que ofereça segurança compatível com o grau de sigilo. I - realização de vistorias periódicas, com a finalidade de assegurar
§ 2º Para armazenamento em meio eletrônico de documento com a execução das operações criptográficas;
informação classificada em qualquer grau de sigilo é obrigatória a utilização de II - manutenção de inventários completos e atualizados do
sistemas de tecnologia da informação atualizados de forma a prevenir ameaças material de criptografia existente;
de quebra de segurança, observado o disposto no art. 38. III - designação de sistemas criptográficos adequados a cada
§ 3º As mídias para armazenamento poderão estar integradas a destinatário;
equipamentos conectados à internet, desde que por canal seguro e com níveis IV - comunicação, ao superior hierárquico ou à autoridade
de controle de acesso adequados ao tratamento da informação classificada, competente, de anormalidade relativa ao sigilo, à inviolabilidade, à
admitindo-se também a conexão a redes de computadores internas, desde que integridade, à autenticidade, à legitimidade e à disponibilidade de
seguras e controladas. informações criptografadas; e
Art. 31. Os meios eletrônicos de armazenamento de informação V - identificação de indícios de violação, de interceptação ou de
classificada em qualquer grau de sigilo, inclusive os dispositivos móveis, devem irregularidades na transmissão ou recebimento de informações
utilizar recursos criptográficos adequados ao grau de sigilo. criptografadas.
Art. 32. Os agentes responsáveis pela guarda ou custódia de Seção VIII
documento controlado o transmitirá a seus substitutos, devidamente conferido, Das Áreas, Instalações e Materiais
quando da passagem ou transferência de responsabilidade. Art. 42. As áreas e instalações que contenham documento com
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo aos responsáveis informação classificada em qualquer grau de sigilo, ou que, por sua utilização
pela guarda ou custódia de material de acesso restrito. ou finalidade, demandarem proteção, terão seu acesso restrito às pessoas
Seção V autorizadas pelo órgão ou entidade.
Da Reprodução Art. 43. Os órgãos e entidades públicas adotarão medidas para
Art. 33. A reprodução do todo ou de parte de documento com definição, demarcação, sinalização, segurança e autorização de acesso às
informação classificada em qualquer grau de sigilo terá o mesmo grau de sigilo áreas restritas sob sua responsabilidade.
do documento. Parágrafo único. As visitas a áreas ou instalações de acesso
§ 1º A reprodução total ou parcial de informação classificada em restrito serão disciplinadas pelo órgão ou entidade responsável pela sua
qualquer grau de sigilo condiciona-se à autorização expressa da autoridade segurança.
classificadora ou autoridade hierarquicamente superior com igual prerrogativa. Art. 44. Os materiais que, por sua utilização ou finalidade,
§ 2º As cópias serão autenticadas pela autoridade classificadora ou demandarem proteção, terão acesso restrito às pessoas autorizadas pelo
autoridade hierarquicamente superior com igual prerrogativa. órgão ou entidade.
Art. 34. Caso a preparação, impressão ou reprodução de informação Art. 45. São considerados materiais de acesso restrito qualquer
classificada em qualquer grau de sigilo for efetuada em tipografia, impressora, matéria, produto, substância ou sistema que contenha, utilize ou veicule
oficina gráfica ou similar, essa operação será acompanhada por pessoa conhecimento ou informação classificada em qualquer grau de sigilo,
oficialmente designada, responsável pela garantia do sigilo durante a informação econômica ou informação científico-tecnológica cuja divulgação
confecção do documento. implique risco ou dano aos interesses da sociedade e do Estado, tais como:
Seção VI I - equipamentos, máquinas, modelos, moldes, maquetes,
Da Preservação e da Guarda protótipos, artefatos, aparelhos, dispositivos, instrumentos, representações
Art. 35. A avaliação e a seleção de documento com informação cartográficas, sistemas, suprimentos e manuais de instrução;
desclassificada, para fins de guarda permanente ou eliminação, observarão o II - veículos terrestres, aquaviários e aéreos, suas partes, peças e
disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto nº 4.073, de 3 de componentes;
janeiro de 2002. III - armamentos e seus acessórios, as munições e os aparelhos,
Art. 36. O documento de guarda permanente que contiver equipamentos, suprimentos e insumos correlatos;
informação classificada em qualquer grau de sigilo será encaminhado, em caso
de desclassificação, ao Arquivo Nacional ou ao arquivo permanente do órgão

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IV - aparelhos, equipamentos, suprimentos e programas de sigilo ultrassecreto, de acordo com a seguinte composição: dia (dois
relacionados a tecnologia da informação e comunicações, inclusive à dígitos)/mês (dois dígitos)/ano (quatro dígitos), na cor vermelha, quando
inteligência de sinais e imagens; possível.
V - recursos criptográficos; e Art. 53. Para fins de gestão documental, deverá ser guardado o
VI - explosivos, líquidos e gases. histórico das alterações do CIDIC.
Art. 46. Os órgãos ou entidades públicas encarregadas da preparação CAPÍTULO V
de planos, pesquisas e trabalhos de aperfeiçoamento ou de elaboração de DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
projeto, prova, produção, aquisição, armazenagem ou emprego de material de Art. 54. A implementação do CIDIC deverá ser consolidada até 1º
acesso restrito expedirão instruções adicionais necessárias à salvaguarda dos de junho de 2013.
assuntos a eles relacionados. Parágrafo único. Enquanto não implementado o CIDIC, o Termo de
Art. 47. O meio de transporte utilizado para deslocamento de Classificação de Informação será preenchido com o NUP.
material de acesso restrito é de responsabilidade do custodiante e deverá Art. 55. O documento com informação classificada em qualquer
considerar o grau de sigilo das informações. grau de sigilo, produzido antes da vigência da Lei nº 12.527, de 2011, receberá
§ 1º O material de acesso restrito poderá ser transportado por o CIDIC para fins do disposto no art. 45 do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de
empresas contratadas, adotadas as medidas necessárias à manutenção do sigilo 2012.
das informações. Art. 56. Os órgãos e entidades deverão adotar os recursos
§ 2º As medidas necessárias para a segurança do material criptográficos baseados em algoritmo de Estado no prazo de um ano a contar
transportado serão prévia e explicitamente estabelecidas em contrato. da definição dos parâmetros e padrões de que trata o parágrafo único do art.
Seção IX 40.
Da Celebração de Contratos Sigilosos Parágrafo único. Até o término do prazo previsto no caput,
Art. 48. A celebração de contrato, convênio, acordo, ajuste, termo de compete ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República
cooperação ou protocolo de intenção cujo objeto contenha informação acompanhar e prestar apoio técnico aos órgãos e entidades quanto à
classificada em qualquer grau de sigilo, ou cuja execução envolva informação implementação dos recursos criptográficos baseados em algoritmo de Estado.
classificada, é condicionada à assinatura de TCMS e ao estabelecimento de Art. 57. Os órgãos e entidades poderão expedir instruções
cláusulas contratuais que prevejam os seguintes requisitos: complementares, no âmbito de suas competências, que detalharão os
I - obrigação de manter sigilo relativo ao objeto e a sua execução; procedimentos relativos ao credenciamento de segurança e ao tratamento de
II - possibilidade de alteração do objeto para inclusão ou alteração informação classificada em qualquer grau de sigilo.
de cláusula de segurança não estipulada previamente; Art. 58. O Regimento Interno da Comissão Mista de Reavaliação da
III - obrigação de adotar procedimentos de segurança adequados, no Informação detalhará os procedimentos de segurança necessários para a
âmbito das atividades sob seu controle, para a manutenção do sigilo relativo ao salvaguarda de informação classificada em qualquer grau de sigilo durante os
objeto; seus trabalhos e os de sua Secretaria-Executiva, observado o disposto neste
IV - identificação, para fins de concessão de credencial de segurança Decreto.
e assinatura do TCMS, das pessoas que poderão ter acesso a informação Art. 59. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
classificada em qualquer grau de sigilo e material de acesso restrito; Art. 60. Ficam revogados:
V - obrigação de receber inspeções para habilitação de segurança e I - o Decreto nº 4.553, de 27 de dezembro de 2002; e
sua manutenção; e II - o Decreto nº 5.301, de 9 de dezembro de 2004.
VI - responsabilidade em relação aos procedimentos de segurança, Brasília, 14 de novembro de 2012; 191º da Independência e 124º da
relativa à subcontratação, no todo ou em parte. República.
Art. 49. Aos órgãos e entidades públicas com que os contratantes
mantêm vínculo de qualquer natureza caberá adotar procedimentos de DILMA ROUSSEFF
segurança da informação classificada em qualquer grau de sigilo ou do material Márcia Pelegrini
de acesso restrito em poder dos contratados ou subcontratados. Celso Luiz Nunes Amorim
CAPÍTULO IV Miriam Belchior
DA INDEXAÇÃO DE DOCUMENTO COM INFORMAÇÃO Marco Antonio Raupp
CLASSIFICADA José Elito Carvalho Siqueira
Art. 50. A informação classificada em qualquer grau de sigilo ou o Luís Inácio Lucena Adams
documento que a contenha receberá o Código de Indexação de Documento que Jorge Hage Sobrinho
contém Informação Classificada - CIDIC.
Parágrafo único. O CIDIC será composto por elementos que [Diário Oficial da União, de 16 de novembro de 2012]
garantirão a proteção e a restrição temporária de acesso à informação
classificada, e será estruturado em duas partes. ANEXO I
Art. 51. A primeira parte do CIDIC será composta pelo Número Único
de Protocolo -NUP, originalmente cadastrado conforme legislação de gestão TERMO DE COMPROMISSO DE MANUTENÇÃO DE SIGILO - TCMS
documental. [Qualificação: nome, nacionalidade, CPF, identidade (no, data e
§ 1º A informação classificada em qualquer grau de sigilo ou o local de expedição), filiação e endereço], perante o(a) [órgão ou entidade],
documento que a contenha, quando de sua desclassificação, manterá apenas o declaro ter ciência inequívoca da legislação sobre o tratamento de
NUP. informação classificada cuja divulgação possa causar risco ou dano à
§ 2º Não serão usadas tabelas de classificação de assunto ou de segurança da sociedade ou do Estado, e me comprometo a guardar o sigilo
natureza do documento, em razão de exigência de restrição temporária de necessário, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e a:
acesso à informação classificada em qualquer grau de sigilo, sob pena de pôr a) tratar as informações classificadas em qualquer grau de sigilo
em risco sua proteção e confidencialidade. ou os materiais de acesso restrito que me forem fornecidos pelo(a) [órgão ou
Art. 52. A segunda parte do CIDIC será composta dos seguintes entidade] e preservar o seu sigilo, de acordo com a legislação vigente;
elementos: b) preservar o conteúdo das informações classificadas em
I - grau de sigilo: indicação do grau de sigilo, ultrassecreto (U), qualquer grau de sigilo, ou dos materiais de acesso restrito, sem divulgá-lo a
secreto (S) ou reservado (R), com as iniciais na cor vermelha, quando possível; terceiros;
II - categorias: indicação, com dois dígitos, da categoria relativa, c) não praticar quaisquer atos que possam afetar o sigilo ou a
exclusivamente, ao primeiro nível do Vocabulário Controlado do Governo integridade das informações classificadas em qualquer grau de sigilo, ou dos
Eletrônico (VCGE), conforme Anexo II; materiais de acesso restrito; e
III - data de produção da informação classificada: registro da data de d) não copiar ou reproduzir, por qualquer meio ou modo: (i)
produção da informação classificada, de acordo com a seguinte composição: dia informações classificadas em qualquer grau de sigilo; (ii) informações
(dois dígitos)/mês (dois dígitos)/ano (quatro dígitos); relativas aos materiais de acesso restrito do (da) [órgão ou entidade], salvo
IV - data de desclassificação da informação classificada em qualquer autorização da autoridade competente.
grau de sigilo: registro da potencial data de desclassificação da informação Declaro que [recebi] [tive acesso] ao (à) [documento ou material
classificada, efetuado no ato da classificação, de acordo com a seguinte entregue ou exibido ao signatário], e por estar de acordo com o presente
composição: dia (dois dígitos)/mês (dois dígitos)/ano (quatro dígitos); Termo, o assino na presença das testemunhas abaixo identificadas.
V - indicação de reclassificação: indicação de ocorrência ou não, S [Local, data e assinatura]
(sim) ou N (não), de reclassificação da informação classificada, respectivamente, [Duas testemunhas identificadas]
conforme as seguintes situações:
a) reclassificação da informação resultante de reavaliação; ou ANEXO II
b) primeiro registro da classificação; e
VI - indicação da data de prorrogação da manutenção da CÓDIGO DE INDEXAÇÃO DE DOCUMENTO
classificação: indicação, exclusivamente, para informação classificada no grau QUE CONTÉM INFORMAÇÃO CLASSIFICADA - CIDIC - CATEGORIAS

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CATEGORIAS CÓDIGO VII - destruição - dano total, causado por ação natural do tempo,
NUMÉRICO por catástrofes naturais, por manipulação indevida, por armazenamento
inadequado, ou por qualquer ação que inviabilize sua restauração;
Agricultura, extrativismo e pesca 01
VIII - inutilização - dano equivalente a degradação passível de
Ciência, Informação e Comunicação 02 restauração parcial;
Comércio, Serviços e Turismo 03 IX - museu - instituição sem fins lucrativos, de natureza cultural,
Cultura, Lazer e Esporte 04 que conserva, investiga, comunica, interpreta e expõe, para fins de
preservação, estudo, pesquisa, educação, contemplação e turismo, conjuntos
Defesa e Segurança 05 e coleções de valor histórico, artístico, científico, técnico ou de outra
Economia e Finanças 06 natureza cultural, abertos ao público, a serviço da sociedade e de seu
Educação 07 desenvolvimento;
X - processo museológico - programa, projeto e ação em
Governo e Política 08
desenvolvimento ou desenvolvido com fundamentos teórico e prático da
Habitação, Saneamento e Urbanismo 09 museologia, que considere o território, o patrimônio cultural e a memória
Indústria 10 social de comunidades específicas, para produzir conhecimento e
Justiça e Legislação 11 desenvolvimento cultural e socioeconômico.
CAPÍTULO VI
Meio ambiente 12
DO SISTEMA BRASILEIRO DE MUSEUS
Pessoa, família e sociedade 13 (...)
Relações internacionais 14 Art. 14. O Sistema Brasileiro de Museus - SBM é uma rede
Saúde 15 organizada e constituída por meio de adesão voluntária das instituições
relacionadas nos arts. 17 e 18, e visa à coordenação, articulação, mediação,
Trabalho 16 qualificação e cooperação entre os museus brasileiros.
Transportes e trânsito 17 Art. 15. O SBM que tem suas finalidades previstas no art. 58 da Lei
Obs.: nº 11.904, de 2009, colaborará com o desenvolvimento, a implementação, o
1. Categorias: representam os aspectos ou temas correlacionados à monitoramento e a avaliação do Plano Nacional de Cultura, de que trata a Lei
informação classificada em grau de sigilo, e serão indicadas pela Autoridade nº 12.343, de 2010, e do Plano Nacional Setorial de Museus.
Classificadora. Para tanto deverá ser usado, exclusivamente, o primeiro nível Art. 19. O SBM disporá de Comitê Gestor para propor diretrizes e
do Vocabulário Controlado do Governo Eletrônico (VCGE), definidos no Padrão ações, apoiar e acompanhar o desenvolvimento do setor museológico
de Interoperabilidade do Governo Eletrônico (e-Ping), conforme quadro acima. brasileiro, e aprovar a inclusão no sistema de participantes que não sejam
2. Composição no CIDIC: 2 dígitos = código numérico. museus.
§ 1º O Comitê Gestor do SBM será composto por representantes
dos seguintes órgãos e entidades:
DECRETO Nº 8.124, DE 17 DE OUTUBRO DE 2013 (...)
IX - um da Fundação Biblioteca Nacional;
Regulamenta dispositivos da Lei nº 11.904, de 14 de X - um do Arquivo Nacional;
janeiro de 2009, que institui o Estatuto de Museus, e (...)
da Lei nº 11.906, de 20 de janeiro de 2009, que cria o XVI - um da Associação dos Arquivistas Brasileiros;
Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM. XVII - um do Conselho Federal de Biblioteconomia;
XVIII - um da Associação Brasileira de Conservadores -
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe Restauradores de Bens Culturais;
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em (...)
vista o disposto na Lei nº 11.904, de 14 de janeiro de 2009 e na Lei nº 11.906, de CAPÍTULO VII
20 de janeiro de 2009, DO DIREITO DE PREFERÊNCIA

DECRETA: Art. 20. Os museus integrados ao SBM gozam de direito de


TÍTULO I preferência em caso de venda judicial ou leilão de bens culturais, nos termos
DISPOSIÇÕES GERAIS do art. 63 da Lei nº 11.904, de 2009. 1º Para possibilitar o exercício do direito
CAPÍTULO I de preferência previsto no caput, o responsável pelo leilão ou venda judicial
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES de bens culturais deverá notificar o IBRAM sobre o leilão com antecedência
de, no mínimo, trinta dias, e caberá à autarquia estabelecer requisitos
Art. 1º Este Decreto regulamenta dispositivos da Lei nº 11.904, de 14 mínimos para notificação.
de janeiro de 2009, que institui o Estatuto dos Museus, e da Lei nº 11.906, de 20 (...)
de janeiro de 2009, que cria o Instituto Brasileiro de Museus - IBRAM. § 6º O direito de preferência será válido somente se o bem cultural
Art. 2º Para fins deste Decreto, consideram-se: se enquadrar na política de aquisições e descartes de bens culturais do
I - bens culturais - todos os bens culturais e naturais que se museu, elaborada nos termos do art. 24.
transformam em testemunhos materiais e imateriais da trajetória do homem (...)
sobre o seu território; TÍTULO VI
II - bens culturais musealizados - os descritos no inciso I do caput DA DECLARAÇÃO DE INTERESSE PÚBLICO
que, ao serem protegidos por museus, se constituem como patrimônio Art. 35. A declaração de interesse público de bens culturais,
museológico; considerados individualmente ou em conjunto, dependerá de homologação
III - bens culturais passíveis de musealização - bens móveis e do Ministro de Estado da Cultura, após processo administrativo instaurado
imóveis, de interesse público, de natureza material ou imaterial, considerados perante a Presidência do IBRAM, ouvido o Conselho Consultivo do
individualmente ou em conjunto, portadores de referência ao ambiente Patrimônio Museológico.
natural, à identidade, à cultura e à memória dos diferentes grupos formadores § 1º Poderão ser declarados de interesse público os bens culturais
da sociedade brasileira; musealizados e passíveis de musealização, cuja proteção e valorização,
IV - centro de documentação - instituição que reúne documentos de pesquisa e acesso à sociedade representarem valor cultural de destacada
tipologias e origens diversas, sob a forma de originais ou cópias, ou referências importância para o País, respeitada a diversidade cultural, regional, étnica e
sobre uma área específica da atividade humana, que não apresente as linguística.
características previstas nos incisos IX e X do caput; § 2º Em caso de risco à integridade do bem cultural, a declaração
V - coleção visitável - conjuntos de bens culturais conservados por de interesse público poderá ser concedida cautelarmente pelo Ministro de
pessoa física ou jurídica que não apresentem as características previstas nos Estado da Cultura, ficando a concessão definitiva condicionada ao processo
incisos IX e X do caput, e que sejam abertos à visitação, ainda que administrativo no âmbito do IBRAM.
esporadicamente; Art. 36. O IBRAM manterá cadastro específico dos bens declarados
VI - degradação - dano de natureza química, física ou biológica, de interesse público para fins de documentação, monitoramento, promoção
causado por ação natural do tempo, por catástrofes naturais, por manipulação e fiscalização, que poderá fazer parte de outros instrumentos da política
indevida, por armazenamento inadequado, ou por qualquer ação que coloque nacional de museus.
em risco a integridade física do acervo do museu, passível de restauração total; (...)
TÍTULO VIII

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DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS § 3º A dispensa de licitação será justificada quanto ao preço pelo
órgão ou entidade competente pela contratação.
Art. 59. Este Decreto deverá ser observado pelos órgãos e entidades Art. 3º Este Decreto entra em vigor:
do Poder Executivo federal no seu relacionamento, direto ou indireto, com os I - na data de sua publicação, em relação ao art. 2º; e
museus, notadamente quanto ao repasse de recursos, incentivos fiscais, II - em cento e vinte dias após a data de sua publicação, em
premiações, concursos e demais formas de apoio financeiro. relação ao art. 1º.
(...) Brasília, 4 de novembro de 2013; 192º da Independência e 125º da
Art. 65. Fica revogado o Decreto nº 5.264, de 5 de novembro de 2004. República.
Art. 66. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. DILMA ROUSSEFF
Brasília, 17 de outubro de 2013; 192º da Independência e 125º da Celso Luiz Nunes Amorim
República. Miriam Belchior
DILMA ROUSSEFF Paulo Bernardo Silva
Marta Suplicy [Diário Oficial da União, de 05 de novembro de 2013
[Diário Oficial da União, de 18 de outubro de 2013 - Seção 1, pg. ]

[Texto integral em: DECRETO Nº 8.270, DE 26 DE JUNHO DE 2014


[<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagin
a=1&data=18/10/2013>] Institui o Sistema Nacional de Informações de
Registro Civil - Sirc e seu comitê gestor, e dá
outras providências.
DECRETO Nº 8.135, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2013
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo
Dispõe sobre as comunicações de dados da em vista o disposto nos arts. 37 a 41 da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009,
administração pública federal direta, autárquica e
fundacional, e sobre a dispensa de licitação nas DECRETA:
contratações que possam comprometer a segurança Art. 1º Fica instituído o Sistema Nacional de Informações de
nacional. Registro Civil - Sirc, com a finalidade de captar, processar, arquivar e
disponibilizar dados relativos a registros de nascimento, casamento, óbito e
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere natimorto, produzidos pelas serventias de registro civil das pessoas naturais.
o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. § 1º O Sirc terá base de dados própria, constituída pelos dados
24, caput, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ouvido o Conselho referidos no caput.
de Defesa Nacional, § 2º O Sirc visa apoiar e otimizar o planejamento e a gestão de
DECRETA: políticas públicas que demandarem o conhecimento e a utilização dos dados
Art. 1º As comunicações de dados da administração pública federal referidos no caput.
direta, autárquica e fundacional deverão ser realizadas por redes de Art. 2º Caberá ao Sirc:
telecomunicações e serviços de tecnologia da informação fornecidos por I - promover o aperfeiçoamento da troca de dados entre as
órgãos ou entidades da administração pública federal, incluindo empresas serventias de registro civil de pessoas naturais e o Poder Público;
públicas e sociedades de economia mista da União e suas subsidiárias. II - promover a interoperabilidade entre os sistemas das
§ 1º O disposto no caput não se aplica às comunicações realizadas serventias de registro civil de pessoas naturais e os cadastros
através de serviço móvel pessoal e serviço telefônico fixo comutado. governamentais;
§ 2º Os órgãos e entidades da União a que se refere o caput deverão III - padronizar os procedimentos para envio de dados pelas
adotar os serviços de correio eletrônico e suas funcionalidades serventias de registro civil de pessoas naturais ao Poder Executivo federal; e
complementares oferecidos por órgãos e entidades da administração pública IV - promover a realização de estudos e pesquisas voltadas ao seu
federal. aprimoramento.
§ 3º Os programas e equipamentos destinados às atividades de que Art. 3º O Sirc contará com um comitê gestor responsável pelo
trata o caput deverão ter características que permitam auditoria para fins de estabelecimento de diretrizes para funcionamento, gestão e disseminação do
garantia da disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade das sistema e pelo monitoramento do uso dos dados nele contidos.
informações, na forma da regulamentação de que trata o § 5º. § 1º Caberá ao comitê gestor:
§ 4º O armazenamento e a recuperação de dados a que se refere o I - estabelecer procedimentos para implementação,
caput deverá ser realizada em centro de processamento de dados fornecido por operacionalização, controle e aprimoramento do Sirc;
órgãos e entidades da administração pública federal. II - definir procedimentos para assegurar a integridade, a
§ 5º Ato conjunto dos Ministros de Estado da Defesa, do disponibilidade, a autenticidade e a confidencialidade dos dados e a
Planejamento, Orçamento e Gestão e das Comunicações disciplinará o disposto interoperabilidade entre o Sirc e outros sistemas de informação dos órgãos e
neste artigo e estabelecerá procedimentos, abrangência e prazos de entidades envolvidos, observada a legislação aplicável e as recomendações
implementação, considerando: técnicas da arquitetura dos Padrões de Interoperabilidade de Governo
I - as peculiaridades das comunicações dos órgãos e entidades da Eletrônico - e-PING;
administração pública federal; e III - deliberar sobre as recomendações do grupo técnico executivo
II - a capacidade dos órgãos e entidades da administração pública de que trata o art. 5º;
federal de ofertar satisfatoriamente as redes e os serviços a que se refere o IV - autorizar o acesso aos dados do Sirc, de acordo com o art. 7º;
caput. V - estabelecer níveis de acesso aos dados do Sirc;
Art. 2º Com vistas à preservação da segurança nacional, fica VI - estabelecer as regras referentes ao custeio da disponibilização
dispensada a licitação para a contratação de órgãos ou entidades da dos dados do Sirc a outros órgãos e entidades públicos que não estejam
administração pública federal, incluindo empresas públicas e sociedades de representados no comitê gestor;
economia mista da União e suas subsidiárias, para atendimento ao disposto no VII - zelar pela eficácia e efetividade das medidas adotadas no
art. 1º. âmbito do Sirc;
§ 1º Enquadra-se no caput a implementação e a operação de redes VIII - promover a realização de estudos e pesquisas voltados para
de telecomunicações e de serviços de tecnologia da informação, em especial à o aprimoramento do Sirc;
garantia da inviolabilidade das comunicações de dados da administração IX - propor medidas, em cooperação com o Poder Judiciário, para
pública federal direta e indireta. fortalecimento e modernização do registro civil das pessoas naturais;
§ 2º Os fornecimentos referidos no § 1º para a administração pública X - dispor sobre a divulgação pública de dados obtidos por meio
federal consistirão em: do Sirc, na forma do § 6º do art. 7º;
I - rede de telecomunicações - provimento de serviços de XI - monitorar a disponibilização e o uso dos dados do Sirc,
telecomunicações, de tecnologia da informação, de valor adicionado e de suspendendo-os em caso de comprovado abuso, irregularidade ou desvio de
infraestrutura para redes de comunicação de dados; e finalidade;
II - serviços de tecnologia da informação - provimento de serviços XII - definir cronograma de implantação da sistemática de envio
de desenvolvimento, implantação, manutenção, armazenamento e recuperação dos dados de que trata o art. 8º;
de dados e operação de sistemas de informação, projeto de infraestrutura de XIII - aprovar o regimento interno por maioria absoluta dos seus
redes de comunicação de dados, modelagem de processos e assessoramento membros; e
técnico, necessários à gestão da segurança da informação e das comunicações.

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XIV - dispor sobre outras questões referentes ao Sirc, nos termos do Art. 8º Os dados atualizados relativos aos registros de nascimento,
regimento interno. casamento, óbito e natimorto serão disponibilizados no Sirc
§ 2º O regimento interno previsto no inciso XIII do § 1º deverá eletronicamente, nos termos dos arts. 39 e 41 da Lei nº 11.977, de 7 de julho
dispor sobre a competência, estrutura e funcionamento do comitê gestor e do de 2009, e do art. 68 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991.
grupo técnico executivo e sobre as atribuições de seus membros. § 1º O titular da serventia de registro civil de pessoas naturais
Art. 4º O comitê gestor será composto por representantes de cada deverá inserir no Sirc, de preferência diariamente, os dados de nascimento,
um dos seguintes órgãos e entidades: casamento, óbito e natimorto registrados no mês, observado como prazo
I - Ministério da Previdência Social; máximo o dia 10 do mês subsequente, na forma definida pelo comitê gestor.
II - Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; § 2º Na hipótese de não haver sido registrado nenhum
III - Ministério da Justiça; nascimento, casamento, óbito ou natimorto, deverá o titular das serventias
IV - Ministério da Defesa; de registro civil de pessoas naturais comunicar o fato por meio do Sirc, no
V - Ministério das Relações Exteriores; prazo previsto no §1º.
VI - Ministério da Fazenda; § 3º Os atos registrais referentes a registros de nascimento,
VII - - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome; casamento, óbito e natimorto praticados a partir da vigência da Lei nº 6.015,
VIII - Ministério da Saúde; de 31 de dezembro de 1973, ainda não constantes do sistema de registro
IX - Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão; eletrônico, deverão ser inseridos no Sirc, na forma disposta pelo comitê
X - Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; e gestor, observado o art. 39 da Lei nº 11.977, de 2009.
XI - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Art. 9º Os dados obtidos por meio do Sirc não substituem certidões
§ 1º A coordenação do comitê gestor será exercida de forma emitidas pelas serventias de registros civis das pessoas naturais.
alternada, em períodos anuais, pelo Ministério da Previdência Social e pela Art. 10. Os registradores civis das pessoas naturais terão acesso,
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, na forma disposta por meio do Sirc, a informações suficientes para localização dos registros e
pelo regimento interno. identificação da respectiva serventia, para que possam solicitar e emitir
§ 2º A secretaria-executiva do comitê gestor será exercida pelo certidões, inclusive por meio eletrônico.
Ministério da Previdência Social. § 1º As certidões eletrônicas poderão ser produzidas, transmitidas,
§ 3º A coordenação do comitê gestor convidará o Conselho Nacional armazenadas e assinadas por meio eletrônico, na forma da lei.
de Justiça - CNJ e duas entidades de representação nacional dos registradores § 2º Cada certidão eletrônica só poderá ser impressa uma única
civis de pessoas naturais a indicarem representantes para integrarem o comitê vez pelo registrador civil.
na qualidade de membros. § 3º As certidões eletrônicas serão consideradas válidas desde que
§ 4º Cada órgão ou entidade mencionados no § 3º poderá indicar, atendidos os requisitos da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-
para membro do comitê gestor, um representante titular e seu suplente. Brasil.
§ 5º Cada órgão ou entidade previstos no caput indicará, por meio de § 4º O emitente da certidão eletrônica deverá prover mecanismo
seu dirigente máximo, para membro do Comitê Gestor, um representante de acesso público e gratuito na internet que possibilite ao usuário verificar a
titular e seu suplente, designados mediante ato conjunto do Ministro de Estado autenticidade da certidão emitida, na forma definida pelo comitê gestor.
da Previdência Social e da Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Art. 11. As despesas com desenvolvimento, manutenção, operação
Humanos da Presidência da República. e demais atividades de tecnologia da informação do Sirc serão custeadas por
§ 6º O Comitê Gestor deliberará por maioria simples, presente a meio de recursos consignados no orçamento do INSS, observado o disposto
maioria absoluta de seus membros. no inciso VI do § 1º do art. 3º.
§ 7º O desenvolvimento, a operacionalização e a manutenção do Sirc Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
caberão ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, observadas as diretrizes Brasília, 26 de junho de 2014; 193º da Independência e 126º da
e deliberações do comitê gestor. República.
Art. 5º O comitê gestor terá o apoio de um grupo técnico executivo. DILMA ROUSSEFF
§ 1º Caberá ao grupo técnico executivo subsidiar o comitê gestor José Eduardo Cardozo
quanto aos aspectos técnicos de suas atividades e apresentar propostas sobre a Celso Luiz Nunes Amorim
implementação, operacionalização, controle e aprimoramento do Sirc. Luiz Alberto Figueiredo achado
§ 2º Cada membro do comitê gestor indicará, para participar do Guido Mantega
grupo técnico executivo, um representante titular e seu suplente, designados Arthur Chioro
mediante ato conjunto do Ministro de Estado da Previdência Social e da Miriam Belchior
Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Garibaldi Alves Filho
República. Tereza Campello
Art. 6º A participação no comitê gestor e no grupo técnico executivo Ideli Salvati
será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.
Parágrafo único. A participação no comitê gestor e no grupo técnico [Diário Oficial da União - Seção 1 - de 27 de junho de 2014]
executivo será custeada pelo órgão ou entidade de origem de cada
representante.
Art. 7º Os dados contidos no Sirc poderão ser disponibilizados, após Presidência da República
autorização do comitê gestor, aos órgãos e entidades da União, dos Estados, do Casa Civil
Distrito Federal e dos Municípios que os solicitarem, observado o disposto no Subchefia para Assuntos Jurídicos
art. 31 da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 1º A disponibilização dos dados contidos no Sirc a órgãos e DECRETO Nº 8.539, DE 8 DE OUTUBRO DE 2015
entidades integrantes do comitê gestor independerá de autorização.
§ 2º A solicitação de dados do Sirc deverá ser motivada e somente Dispõe sobre o uso do meio eletrônico para a
será autorizado o acesso à base de dados quando verificada a pertinência entre realização do processo administrativo no âmbito dos
a competência institucional do órgão ou entidade pública e a utilidade dos órgãos e das entidades da administração pública
dados solicitados. federal direta, autárquica e fundacional
§ 3º Os órgãos e entidades referidos neste artigo poderão integrar às
suas próprias bases de dados os dados disponibilizados pelo Sirc. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
§ 4º Os dados contidos no Sirc serão disponibilizados ao Ministério confere o art. 84, caput, inciso IV e inciso VI, alínea “a”, da Constituição, e
da Justiça para viabilizar a integração com o Cadastro Nacional de Registro de tendo em vista o disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, na Medida
Identificação Civil, instituído pelo art. 2º da Lei nº 9.454, de 7 de abril de 1997. Provisória nº 2.200-2, de 24 de agosto de 2001, na Lei nº 12.682, de 9 de julho
§ 5º Os órgãos e entidades referidos neste artigo não poderão de 2012,
transferir a terceiros o acesso à base de dados do Sirc. DECRETA:
§ 6º A divulgação pública dos dados obtidos por meio do Sirc Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o uso do meio eletrônico para a
observará o previsto em resolução do comitê gestor, vedada a identificação das realização do processo administrativo no âmbito dos órgãos e das entidades
pessoas a que os dados se referirem. da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
§ 7º Excepcionalmente, os dados contidos no Sirc poderão ser Art. 2º Para o disposto neste Decreto, consideram-se as seguintes
disponibilizados a entidades privadas, exclusivamente para fins de estudos e definições:
pesquisas, após autorização do comitê gestor, vedada a identificação das I - documento - unidade de registro de informações,
pessoas a que os dados se referirem. independentemente do formato, do suporte ou da natureza;

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II - documento digital - informação registrada, codificada em dígitos Art. 12. A digitalização de documentos recebidos ou produzidos no
binários, acessível e interpretável por meio de sistema computacional, âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta,
podendo ser: autárquica e fundacional deverá ser acompanhada da conferência da
a) documento nato-digital - documento criado originariamente em integridade do documento digitalizado.
meio eletrônico; ou § 1º A conferência prevista no caput deverá registrar se foi
b) documento digitalizado - documento obtido a partir da conversão apresentado documento original, cópia autenticada em cartório, cópia
de um documento não digital, gerando uma fiel representação em código autenticada administrativamente ou cópia simples.
digital; e § 2º Os documentos resultantes da digitalização de originais serão
III - processo administrativo eletrônico - aquele em que os atos considerados cópia autenticada administrativamente, e os resultantes da
processuais são registrados e disponibilizados em meio eletrônico. digitalização de cópia autenticada em cartório, de cópia autenticada
Art. 3º São objetivos deste Decreto: administrativamente ou de cópia simples terão valor de cópia simples.
I - assegurar a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação § 3º A administração poderá, conforme definido em ato de cada
governamental e promover a adequação entre meios, ações, impactos e órgão ou entidade:
resultados; I - proceder à digitalização imediata do documento apresentado e
II - promover a utilização de meios eletrônicos para a realização dos devolvê-lo imediatamente ao interessado;
processos administrativos com segurança, transparência e economicidade; II - determinar que a protocolização de documento original seja
III - ampliar a sustentabilidade ambiental com o uso da tecnologia da acompanhada de cópia simples, hipótese em que o protocolo atestará a
informação e da comunicação; e conferência da cópia com o original, devolverá o documento original
IV - facilitar o acesso do cidadão às instâncias administrativas. imediatamente ao interessado e descartará a cópia simples após a sua
Art. 4º Para o atendimento ao disposto neste Decreto, os órgãos e as digitalização; e
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional III - receber o documento em papel para posterior digitalização,
utilizarão sistemas informatizados para a gestão e o trâmite de processos considerando que:
administrativos eletrônicos. a) os documentos em papel recebidos que sejam originais ou cópias
Parágrafo único. Os sistemas a que se refere o caput deverão utilizar, autenticadas em cartório devem ser devolvidos ao interessado,
preferencialmente, programas com código aberto e prover mecanismos para a preferencialmente, ou ser mantidos sob guarda do órgão ou da entidade, nos
verificação da autoria e da integridade dos documentos em processos termos da sua tabela de temporalidade e destinação; e
administrativos eletrônicos. b) os documentos em papel recebidos que sejam cópias autenticadas
Art. 5º Nos processos administrativos eletrônicos, os atos processuais administrativamente ou cópias simples podem ser descartados após
deverão ser realizados em meio eletrônico, exceto nas situações em que este realizada a sua digitalização, nos termos do caput e do § 1º.
procedimento for inviável ou em caso de indisponibilidade do meio eletrônico § 4º Na hipótese de ser impossível ou inviável a digitalização do
cujo prolongamento cause dano relevante à celeridade do processo. documento recebido, este ficará sob guarda da administração e será admitido
Parágrafo único. No caso das exceções previstas no caput, os atos o trâmite do processo de forma híbrida, conforme definido em ato de cada
processuais poderão ser praticados segundo as regras aplicáveis aos processos órgão ou entidade.
em papel, desde que posteriormente o documento-base correspondente seja Art. 13. Impugnada a integridade do documento digitalizado,
digitalizado, conforme procedimento previsto no art. 12. mediante alegação motivada e fundamentada de adulteração, deverá ser
Art. 6º A autoria, a autenticidade e a integridade dos documentos e da instaurada diligência para a verificação do documento objeto de controvérsia.
assinatura, nos processos administrativos eletrônicos, poderão ser obtidas por Art. 14. A administração poderá exigir, a seu critério, até que decaia
meio de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves o seu direito de rever os atos praticados no processo, a exibição do original
Públicas Brasileira - ICP-Brasil, observados os padrões definidos por essa de documento digitalizado no âmbito dos órgãos ou das entidades ou enviado
Infraestrutura. eletronicamente pelo interessado.
§ 1º O disposto no caput não obsta a utilização de outro meio de Art. 15. Deverão ser associados elementos descritivos aos
comprovação da autoria e integridade de documentos em forma eletrônica, documentos digitais que integram processos eletrônicos, a fim de apoiar sua
inclusive os que utilizem identificação por meio de nome de usuário e senha. identificação, sua indexação, sua presunção de autenticidade, sua
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica a situações que permitam preservação e sua interoperabilidade.
identificação simplificada do interessado ou nas hipóteses legais de anonimato. Art. 16. Os documentos que integram os processos administrativos
Revogados pelo Decreto nº 10.543, de 13 de novembro de 2020 eletrônicos deverão ser classificados e avaliados de acordo com o plano de
Art. 7º Os atos processuais em meio eletrônico consideram-se classificação e a tabela de temporalidade e destinação adotados no órgão ou
realizados no dia e na hora do recebimento pelo sistema informatizado de na entidade, conforme a legislação arquivística em vigor.
gestão de processo administrativo eletrônico do órgão ou da entidade, o qual § 1º A eliminação de documentos digitais deve seguir as diretrizes
deverá fornecer recibo eletrônico de protocolo que os identifique. previstas na legislação.
§ 1º Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado § 2º Os documentos digitais e processos administrativos eletrônicos
prazo, por meio eletrônico, serão considerados tempestivos os efetivados, salvo cuja atividade já tenha sido encerrada e que estejam aguardando o
disposição em contrário, até as vinte e três horas e cinquenta e nove minutos cumprimento dos prazos de guarda e destinação final poderão ser
do último dia do prazo, no horário oficial de Brasília. transferidos para uma área de armazenamento específica, sob controle do
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º, se o sistema informatizado de gestão órgão ou da entidade que os produziu, a fim de garantir a preservação, a
de processo administrativo eletrônico do órgão ou entidade se tornar segurança e o acesso pelo tempo necessário.
indisponível por motivo técnico, o prazo fica automaticamente prorrogado até Art. 17. A definição dos formatos de arquivo dos documentos digitais
as vinte e três horas e cinquenta e nove minutos do primeiro dia útil seguinte deverá obedecer às políticas e diretrizes estabelecidas nos Padrões de
ao da resolução do problema. Interoperabilidade de Governo Eletrônico - ePING e oferecer as melhores
Art. 8º O acesso à íntegra do processo para vista pessoal do interessado expectativas de garantia com relação ao acesso e à preservação.
pode ocorrer por intermédio da disponibilização de sistema informatizado de Parágrafo único. Para os casos ainda não contemplados nos padrões
gestão a que se refere o art. 4º ou por acesso à cópia do documento, mencionados no caput, deverão ser adotados formatos interoperáveis,
preferencialmente, em meio eletrônico. abertos, independentes de plataforma tecnológica e amplamente utilizados.
Art. 9º A classificação da informação quanto ao grau de sigilo e a Art. 18. Os órgãos ou as entidades deverão estabelecer políticas,
possibilidade de limitação do acesso aos servidores autorizados e aos estratégias e ações que garantam a preservação de longo prazo, o acesso e o
interessados no processo observarão os termos da Lei nº 12.527, de 18 de uso contínuo dos documentos digitais.
novembro de 2011, e das demais normas vigentes. Parágrafo único. O estabelecido no caput deverá prever, no mínimo:
Art. 10. Os documentos nato-digitais e assinados eletronicamente na I - proteção contra a deterioração e a obsolescência de
forma do art. 6º são considerados originais para todos os efeitos legais. equipamentos e programas; e
Art. 11. O interessado poderá enviar eletronicamente documentos II - mecanismos para garantir a autenticidade, a integridade e a
digitais para juntada aos autos. legibilidade dos documentos eletrônicos ou digitais.
§ 1º O teor e a integridade dos documentos digitalizados são de Art. 19. A guarda dos documentos digitais e processos
responsabilidade do interessado, que responderá nos termos da legislação civil, administrativos eletrônicos considerados de valor permanente deverá estar
penal e administrativa por eventuais fraudes. de acordo com as normas previstas pela instituição arquivística pública
§ 2º Os documentos digitalizados enviados pelo interessado terão valor responsável por sua custódia, incluindo a compatibilidade de suporte e de
de cópia simples. formato, a documentação técnica necessária para interpretar o documento e
§ 3º A apresentação do original do documento digitalizado será os instrumentos que permitam a sua identificação e o controle no momento
necessária quando a lei expressamente o exigir ou nas hipóteses previstas nos de seu recolhimento.
art. 13 e art. 14.

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Art. 20. Para os processos administrativos eletrônicos regidos por este IV - simplicidade;
Decreto, deverá ser observado o prazo definido em lei para a manifestação dos V - priorização de serviços públicos disponibilizados em meio digital;
interessados e para a decisão do administrador. VI - segurança e privacidade;
Art. 21. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, o VII - participação e controle social;
Ministério da Justiça e a Casa Civil da Presidência da República editarão, VIII - governo como plataforma; e
conjuntamente, normas complementares a este Decreto. IX - inovação.
Art. 22. No prazo de seis meses, contado da data de publicação deste Art. 4º O planejamento e a execução de programas, projetos e
Decreto, os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, processos relativos à governança digital pelos órgãos e pelas entidades da
autárquica e fundacional deverão apresentar cronograma de implementação administração pública federal direta, autárquica e fundacional deverão
do uso do meio eletrônico para a realização do processo administrativo à observar as seguintes diretrizes:
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do I - o autosserviço será a forma prioritária de prestação de serviços
Planejamento, Orçamento e Gestão. públicos disponibilizados em meio digital;
§ 1º O uso do meio eletrônico para a realização de processo II - serão oferecidos canais digitais de participação social na
administrativo deverá estar implementado no prazo de dois anos, contado da formulação, na implementação, no monitoramento e na avaliação das
data de publicação deste Decreto. políticas públicas e dos serviços públicos disponibilizados em meio digital;
§ 2º Os órgãos e as entidades de que tratam o caput que já utilizam III - os dados serão disponibilizados em formato aberto, amplamente
processo administrativo eletrônico deverão adaptar-se ao disposto neste acessível e utilizável por pessoas e máquinas, assegurados os direitos à
Decreto no prazo de três anos, contado da data de sua publicação. segurança e à privacidade;
Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. IV - será promovido o reuso de dados pelos diferentes setores da
Brasília, 8 de outubro de 2015; 194º da Independência e 127º da sociedade, com o objetivo de estimular a transparência ativa de informações,
República. prevista no art. 3º e no art. 8º da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011; e
DILMA ROUSSEFF V - observadas as disposições da Lei nº 12.527, de 2011, será
José Eduardo Cardozo implementado o compartilhamento de dados entre os órgãos e as entidades
Nelson Barbosa da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, sempre
que houver necessidade de simplificar a prestação de serviços à sociedade.
[Diário Oficial da União, de 09 de outubro de 2015] Parágrafo único. As soluções de tecnologia da informação e
comunicação desenvolvidas ou adquiridas pelos órgãos e pelas entidades da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional observarão o
DECRETO Nº 8.638, DE 15, DE JANEIRO DE 2016 disposto nos incisos I a V do caput deste artigo.
Art. 5º O Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
Institui a Política de Governança Digital no editará a Estratégia de Governança Digital - EGD da administração pública
âmbito dos órgãos e das entidades da federal , documento que definirá os objetivos estratégicos, as metas, os
administração pública federal direta, autárquica indicadores e as iniciativas da Política de Governança Digital e norteará
e fundacional programas, projetos, serviços, sistemas e atividades a ela relacionados.
Parágrafo único. O período de vigência da EGD coincidirá com o prazo
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o de vigência do Plano Plurianual - PPA.
art. 84, caput, inciso VI, alínea “a”, da Constituição, Art. 6º Para a formulação da EGD, serão considerados:
DECRETA: I - o alinhamento com as políticas públicas e os programas do Governo
Art. 1º Fica instituída a Política de Governança Digital para os órgãos e as federal, com o objetivo de identificar oportunidades que possam ser
entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional, alavancadas pelo uso de tecnologia da informação e comunicação; e
com as seguintes finalidades: II - a ampla participação da sociedade e dos órgãos e das entidades da
I - gerar benefícios para a sociedade mediante o uso da informação e dos administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
recursos de tecnologia da informação e comunicação na prestação de serviços Art. 7º A formulação, o monitoramento, a avaliação e a revisão da EGD
públicos; serão coordenados pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
II - estimular a participação da sociedade na formulação, na com participação de suas unidades que atuam como órgão central dos
implementação, no monitoramento e na avaliação das políticas públicas e dos sistemas estruturantes do Poder Executivo federal.
serviços públicos disponibilizados em meio digital; e Art. 8º Para contribuir com o alcance dos objetivos estabelecidos na
III - assegurar a obtenção de informações pela sociedade, observadas as EGD, os órgãos e as entidades da administração pública federal direta,
restrições legalmente previstas. autárquica e fundacional elaborarão:
Art. 2º Para os fins deste Decreto, considera-se: I - Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação ou
I - autosserviço - serviço público disponibilizado em meio digital que instrumento equivalente de planejamento de tecnologia da informação e
pode ser utilizado pelo próprio cidadão, sem auxílio do órgão ou da entidade comunicação; e
ofertante do serviço; II - instrumento de planejamento de segurança da informação e
II - dados em formato aberto - dados representados em meio digital em comunicação e de segurança cibernética.
um formato sobre o qual nenhuma organização tenha controle exclusivo, Parágrafo único. Os instrumentos de planejamento de que tratam os
passíveis de utilização por qualquer pessoa; incisos I e II do caput serão atualizados para atender as disposições da EGD
III - governança digital - a utilização pelo setor público de recursos de em vigor.
tecnologia da informação e comunicação com o objetivo de melhorar a Art. 9º Os órgãos e as entidades da administração pública federal
disponibilização de informação e a prestação de serviços públicos, incentivar a direta, autárquica e fundacional deverão manter um Comitê de Governança
participação da sociedade no processo de tomada de decisão e aprimorar os Digital, ou estrutura equivalente, para deliberar sobre os assuntos relativos à
níveis de responsabilidade, transparência e efetividade do governo; Governança Digital, composto por, no mínimo:
IV - Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicação - I - um representante da Secretaria Executiva ou da unidade
instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de equivalente do órgão ou da entidade, que o presidirá;
tecnologia da informação e comunicação, com o objetivo de atender às II - um representante de cada unidade finalística do órgão ou da
necessidades finalísticas e de informação de órgão ou entidade para entidade; e
determinado período; III - o titular da unidade de tecnologia da informação e comunicação
V - rede de conhecimento - associação de indivíduos constituída para do órgão ou da entidade.
permitir a interação, o debate, a criação, o aprimoramento e a disseminação de Parágrafo único. Os membros do Comitê ou da estrutura equivalente
conhecimento sobre assuntos relativos à governança digital e a temas referidos nos incisos I e II do caput deverão ser ocupantes de cargo de
correlatos; e provimento em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores, de
VI - tecnologia da informação e comunicação - ativo estratégico que nível 5 ou equivalente, ou de cargo de hierarquia superior.
apoia processos de negócios institucionais, mediante a conjugação de recursos, Art. 10. A edição dos instrumentos de planejamento de que trata o art.
processos e técnicas utilizados para obter, processar, armazenar, disseminar e 8º dependerá de prévia manifestação favorável do Comitê de Governança
fazer uso de informações. Digital ou da estrutura equivalente.
Art. 3º A Política de Governança Digital observará os seguintes Art. 11. Os trabalhos do Comitê de Governança Digital ou da estrutura
princípios: equivalente observarão as proposições das redes de conhecimento.
I - foco nas necessidades da sociedade; Art. 12. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão
II - abertura e transparência; estabelecerá redes de conhecimento sobre assuntos relativos à Governança
III - compartilhamento da capacidade de serviço; Digital e a temas correlatos, as quais terão como finalidades:

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I - gerar, compartilhar e disseminar conhecimento e experiências; A presente Convenção aplica-se a documentos públicos feitos no
II - formular propostas de padrões, políticas, guias e manuais; território de um dos Estados Contratantes e que devam produzir efeitos no
III - discutir sobre os desafios enfrentados e as possibilidades de ação; e território de outro Estado Contratante. No âmbito da presente Convenção,
IV - prospectar novas tecnologias para facilitar a prestação de serviços são considerados documentos públicos:
públicos disponibilizados em meio digital, o fornecimento de informações e a a) Os documentos provenientes de uma autoridade ou de um agente
participação social por meios digitais. público vinculados a qualquer jurisdição do Estado, inclusive os documentos
§ 1º As redes de conhecimento serão abertas à participação de qualquer provenientes do Ministério Público, de escrivão judiciário ou de oficial de
cidadão interessado. justiça;
§ 2º A mediação, a criação dos espaços de diálogo e a manutenção de um b) Os documentos administrativos;
repositório de informações das redes de conhecimento ficarão a cargo do c) Os atos notariais;
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. d) As declarações oficiais apostas em documentos de natureza
Art. 13. O Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de 2009, passa a vigorar com privada, tais como certidões que comprovem o registro de um documento ou
as seguintes alterações: a sua existência em determinada data, e reconhecimentos de assinatura.
“Art. 4º No âmbito da administração pública federal, os órgãos e as
entidades gestores de base de dados oficial colocarão à disposição dos órgãos e Entretanto, a presente Convenção não se aplica:
entidades públicos interessados as orientações para acesso às informações a) Aos documentos emitidos por agentes diplomáticos ou
constantes dessas bases de dados, observadas as disposições legais aplicáveis.” consulares;
(NR) b) Aos documentos administrativos diretamente relacionados a
Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. operações comerciais ou aduaneiras.
Art. 15. Ficam revogados:
I - o Decreto de 18 de outubro de 2000, que cria, no âmbito do Conselho Artigo 2º
de Governo, o Comitê Executivo do Governo Eletrônico; e Cada Estado Contratante dispensará a legalização dos documentos aos
II - o Decreto de 29 de outubro de 2003, que institui Comitês Técnicos do quais se aplica a presente Convenção e que devam produzir efeitos em seu
Comitê Executivo do Governo Eletrônico. território. No âmbito da presente Convenção, legalização significa apenas a
Brasília, 15 de janeiro de 2016; 195º da Independência e 128º da formalidade pela qual os agentes diplomáticos ou consulares do país no qual
República. o documento deve produzir efeitos atestam a autenticidade da assinatura, a
DILMA ROUSSEFF função ou o cargo exercidos pelo signatário do documento e, quando cabível,
Valdir Moysés Simão a autenticidade do selo ou carimbo aposto no documento.
Artigo 3º
[Diário Oficial da União, de 18 de janeiro de 2016] A única formalidade que poderá ser exigida para atestar a
autenticidade da assinatura, a função ou cargo exercido pelo signatário do
DECRETO Nº 8.660, DE 29 DE JANEIRO DE 2016 documento e, quando cabível, a autenticidade do selo ou carimbo aposto no
documento, consiste na aposição da apostila definida no Artigo 4º, emitida
Promulga a Convenção sobre a Eliminação da pela autoridade competente do Estado no qual o documento é originado.
Exigência de Legalização de Documentos Públicos Contudo, a formalidade prevista no parágrafo anterior não pode ser
Estrangeiros, firmada pela República Federativa do exigida se as leis, os regulamentos ou os costumes em vigor no Estado onde o
Brasil, em Haia, em 5 de outubro de 1961. documento deva produzir efeitos - ou um acordo entre dois ou mais Estados
contratantes - a afastem ou simplifiquem, ou dispensem o ato de legalização.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o Artigo 4º
art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e A apostila prevista no primeiro parágrafo do Artigo 3º será aposta no
Considerando que a Convenção sobre a Eliminação da Exigência de próprio documento ou em uma folha a ele apensa e deverá estar em
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros foi firmada em Haia, em 5 de conformidade com o modelo anexo à presente Convenção.
outubro de 1961; A apostila poderá, contudo, ser redigida no idioma oficial da
Considerando que o Congresso Nacional aprovou a Convenção sobre a autoridade que a emite. Os termos padronizados nela inscritos também
Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, poderão ser redigidos em um segundo idioma. O título "Apostille
por meio do Decreto Legislativo nº 148, de 6 de julho de 2015; (Convention de La Haye du 5 octobre 1961)" deverá ser escrito em francês.
Considerando que o Governo brasileiro depositou, junto ao Ministério Artigo 5º
das Relações Exteriores dos Países Baixos, em 2 de dezembro de 2015, o A apostila será emitida mediante solicitação do signatário do
instrumento de adesão da República Federativa do Brasil à Convenção sobre a documento ou de qualquer portador. Quando preenchida adequadamente, a
Eliminação da Exigência de Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros; e apostila atesta a autenticidade da assinatura, a função ou o cargo exercido
Considerando que a Convenção sobre a Eliminação da Exigência de pelo signatário do documento e, quando cabível, a autenticidade do selo ou
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros entrará em vigor para a carimbo nele aposto. A assinatura, selo ou carimbo contidos na apostila serão
República Federativa do Brasil, no plano jurídico externo, em 14 de agosto de isentos de qualquer certificação.
2016; Artigo 6º
DECRETA: Cada Estado Contratante designará as autoridades às quais, em razão
Art. 1º Fica promulgada a Convenção sobre a Eliminação da Exigência de do cargo ou função que exercem, será atribuída a competência para emitir a
Legalização de Documentos Públicos Estrangeiros, firmada em Haia, em 5 de apostila prevista no primeiro parágrafo do Artigo 3º.
outubro de 1961, anexa a este Decreto. Esta designação deverá ser notificada pelo Estado Contratante ao
Art. 2º São sujeitos à aprovação do Congresso Nacional atos que possam Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos, no momento do
resultar em revisão do Acordo e ajustes complementares que acarretem depósito do respectivo instrumento de ratificação, adesão ou da respectiva
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional, nos termos do declaração de extensão. Todas as modificações que ocorrerem na designação
inciso I do caput do art. 49 da Constituição. daquelas autoridades também deverão ser notificadas ao referido Ministério.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Artigo 7º
Brasília, 29 de janeiro de 2016; 195º da Independência e 128º da Cada uma das autoridades designadas nos termos do Artigo 6º manterá
República. registro ou arquivo no qual serão anotadas as apostilas emitidas,
DILMA ROUSSEFF especificando:
José Eduardo Cardozo a) O número e a data da apostila;
Mauro Luiz Iecker Vieira b) O nome do signatário do documento público e o cargo ou função
por ele exercida ou, no caso de documentos não-assinados, a indicação da
CONVENÇÃO SOBRE A ELIMINAÇÃO DA EXIGÊNCIA DE LEGALIZAÇÃO DE autoridade que apôs o selo ou carimbo.
DOCUMENTOS PÚBLICOS ESTRANGEIROS Mediante solicitação de qualquer interessado, a autoridade emissora
(Celebrada em 5 de outubro de 1961) da apostila verificará se os dados nela inscritos correspondem àqueles
Os Estados Signatários da presente Convenção, contidos no registro ou no arquivo.
Desejando eliminar a exigência de legalização diplomática ou consular Artigo 8º
de documentos públicos estrangeiros, Sempre que um tratado, convenção ou acordo entre dois ou mais
Decidiram celebrar uma Convenção com essa finalidade e concordaram Estados Contratantes contiver disposições que sujeitem o reconhecimento de
com as seguintes disposições: uma assinatura, selo ou carimbo a certas formalidades, a presente Convenção
Artigo 1º apenas derrogará as referidas disposições se tais formalidades forem mais
rigorosas do que a formalidade prevista nos Artigos 3º e 4º.

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Artigo 9º
Cada Estado Contratante tomará as providências necessárias para evitar [Diário Oficial da União - Seção 1, de 1 de fevereiro de 2016]
que seus agentes diplomáticos ou consulares realizem legalizações nos casos
em que esse procedimento seja dispensado pela presente Convenção.
Artigo 10 DECRETO Nº 8.742, DE 4 DE MAIO DE 2016
A presente Convenção fica aberta à assinatura pelos Estados
representados na 9ª Sessão da Conferência da Haia sobre Direito Internacional Dispõe sobre os atos notariais e de registro civil do
Privado, bem como por Irlanda, Islândia, Liechtenstein e Turquia. A Convenção serviço consular brasileiro e da dispensa de
será ratificada e os instrumentos de ratificação serão depositados junto ao legalização no Brasil das assinaturas e atos
Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos. emanados das autoridades consulares brasileiras.
Artigo 11
A presente Convenção entrará em vigor no sexagésimo dia após o A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
depósito do terceiro instrumento de ratificação previsto no segundo parágrafo confere o art. 84, caput, inciso VI, "a", da Constituição,
do Artigo 10. DECRETA:
A Convenção entrará em vigor, para cada Estado signatário que a Art. 1º São consideradas válidas as cópias dos atos notariais e de
ratifique posteriormente, no sexagésimo dia após o depósito do respectivo registro civil escriturados nos livros do serviço consular brasileiro, quando a
instrumento de ratificação. elas estiver aposta a etiqueta ou a folha de segurança da repartição consular
Artigo 12 emitente, que leva o nome e a assinatura da autoridade consular brasileira
Qualquer Estado que não esteja mencionado no Artigo 10 poderá aderir à responsável.
presente Convenção depois da sua entrada em vigor, de acordo com o primeiro § 1º As assinaturas originais das autoridades consulares brasileiras
parágrafo do Artigo 11. O instrumento de adesão será depositado junto ao têm validade em todo o território nacional, ficando dispensada sua
Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos. legalização.
A adesão somente produzirá efeitos no âmbito das relações entre o § 2º São considerados autoridades consulares brasileiras os servidores do
Estado aderente e os Estados Contratantes que não apresentem objeção à Serviço Exterior Brasileiro no exercício dos seguintes cargos:
adesão nos seis meses posteriores ao recebimento da notificação prevista no I - Cônsul-Geral;
Artigo 15, alínea "d". Qualquer objeção será informada ao Ministério das II - Cônsul-Geral Adjunto;
Relações Exteriores dos Países Baixos. III - Cônsul;
A Convenção entrará em vigor entre o Estado aderente e os Estados que IV - Cônsul-Adjunto;
não tiverem apresentado objeção à adesão no sexagésimo dia após a expiração V - Vice-Cônsul; e
do prazo de seis meses previsto no parágrafo anterior. VI - Encarregados de Negócios, Encarregados dos Arquivos das
Artigo 13 Embaixadas, Encarregados de Consulados-Gerais, Encarregados de Vice-
Qualquer Estado, no momento da assinatura, da ratificação ou da Consulados, Chefes de Setor Consular das Embaixadas, Terceiros, Segundos e
adesão, poderá declarar que a aplicação da presente Convenção se estenderá ao Primeiros Secretários, Conselheiros, Ministros- Conselheiros e
conjunto dos territórios que ele representa no plano internacional, ou a um ou Embaixadores, quando no exercício de função consular em Missões
a alguns dentre eles. Essa declaração terá efeito na data da entrada em vigor da Diplomáticas ou Representações Consulares.
Convenção para o Estado em questão. Art. 2º Em caso de dúvidas quanto à autenticidade ou validade dos
Posteriormente, tais extensões serão notificadas ao Ministério das atos emitidos pelas autoridades consulares brasileiras supracitadas, as
Relações Exteriores dos Países Baixos. consultas poderão ser dirigidas diretamente aos Consulados e às Embaixadas
Quando um Estado que tenha assinado e ratificado a presente Convenção brasileiras que escrituraram esses atos em seus livros.
apresentar declaração de extensão, esta entrará em vigor nos territórios em Art. 3º As etiquetas e as folhas de segurança emitidas pelas
questão conforme o Artigo 11. Quando a declaração de extensão for feita por repartições consulares poderão trazer o nome e o cargo da autoridade
um Estado que tenha aderido à Convenção, esta entrará em vigor nos consular brasileira responsável por sua emissão com ou sem a sua assinatura,
territórios em questão conforme o Artigo 12. sempre que a autenticidade e a validade do documento possam ser
Artigo 14 comprovadas eletronicamente.
A presente Convenção terá vigência de cinco anos a partir da data da sua Art. 4º Ficam dispensados de legalização consular, para terem
entrada em vigor, nos termos do primeiro parágrafo do Artigo 11, inclusive efeito no Brasil, os documentos expedidos por autoridades estrangeiras
para os Estados que a ratificaram ou a ela aderiram posteriormente. encaminhados por via diplomática ao Governo brasileiro.
Caso não haja denúncia, a Convenção será renovada tacitamente a cada Art. 5º Ficam igualmente dispensados de legalização consular os
cinco anos. documentos expedidos por países com os quais a República Federativa do
A denúncia será notificada ao Ministério das Relações Exteriores dos Brasil tenha firmado acordos bilaterais ou multilaterais de simplificação ou
Países Baixos, pelo menos seis meses antes do final do período de cinco anos. dispensa do processo de legalização de documentos.
A denúncia poderá limitar-se a alguns dos territórios aos quais a Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Convenção se aplica. Art. 7º Fica revogado o Decreto nº 84.451, 31 de janeiro de 1980.
A denúncia produzirá efeitos apenas em relação ao Estado que tenha Brasília, 4 de maio de 2016; 195º da Independência e 128º da
feito a respectiva notificação. República.
A Convenção permanecerá em vigor para os outros Estados DILMA ROUSSEFF
Contratantes. Eugênio José Guilherme de Aragão
Artigo 15 Mauro Luiz Iecker Vieira
O Ministério das Relações Exteriores dos Países Baixos deverá notificar Valdir Moysés Simão
os Estados mencionados no Artigo 10 e os Estados que tenham aderido nos
termos do Artigo 12 sobre o seguinte: [Diário Oficial da União - Seção 1 - 5/5/2016, Página 5 (Publicação
a) As notificações previstas no segundo parágrafo do Artigo 6º; Original) ]
b) As assinaturas e ratificações previstas no Artigo 10;
c) A data em que a presente Convenção entrará em vigor nos termos
do primeiro parágrafo do Artigo 11; DECRETO Nº 8.771, DE 11 DE MAIO DE 2016
d) As adesões e objeções previstas no Artigo 12 e a data em que as
adesões entrarão em vigor; Regulamenta a Lei nº 12.965, de 23 de abril de
e) As extensões previstas no Artigo 13 e a data em que entrarão em 2014, para tratar das hipóteses admitidas de
vigor; e discriminação de pacotes de dados na internet e
f) As denúncias previstas no terceiro parágrafo do Artigo 14. de degradação de tráfego, indicar procedimentos
Em fé do que, os abaixo assinados, devidamente autorizados, firmaram a para guarda e proteção de dados por provedores
presente Convenção. de conexão e de aplicações, apontar medidas de
Concluída na Haia, em 5 de outubro de 1961, em francês e inglês, sendo transparência na requisição de dados cadastrais
que o texto em francês prevalecerá em caso de divergência entre os dois pela administração pública e estabelecer
textos, em uma única cópia que será depositada nos arquivos do Governo dos parâmetros para fiscalização e apuração de
Países Baixos e da qual será remetida uma cópia autenticada, por via infrações.
diplomática, para cada Estado representado na 9ª Sessão da Conferência da
Haia sobre Direito Internacional Privado, bem como para Irlanda, Islândia,
Liechtenstein e Turquia.

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A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere II - comunicações necessárias para informar a população em
o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº situações de risco de desastre, de emergência ou de estado de calamidade
12.965, de 23 de abril de 2014, DECRETA: pública.
CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Parágrafo único. A transmissão de dados nos casos elencados
Art. 1º Este Decreto trata das hipóteses admitidas de discriminação neste artigo será gratuita.
de pacotes de dados na internet e de degradação de tráfego, indica Art. 9º. Ficam vedadas condutas unilaterais ou acordos entre o
procedimentos para guarda e proteção de dados por provedores de conexão e responsável pela transmissão, pela comutação ou pelo roteamento e os
de aplicações, aponta medidas de transparência na requisição de dados provedores de aplicação que:
cadastrais pela administração pública e estabelece parâmetros para fiscalização I - comprometam o caráter público e irrestrito do acesso à
e apuração de infrações contidas na Lei no 12.965, de 23 de abril de 2014. internet e os fundamentos, os princípios e os objetivos do uso da internet no
Art. 2º. O disposto neste Decreto se destina aos responsáveis pela País;
transmissão, pela comutação ou pelo roteamento e aos provedores de conexão II - priorizem pacotes de dados em razão de arranjos comerciais;
e de aplicações de internet, definida nos termos do inciso I do caput do art. 5o ou
da Lei no 12.965, de 2014. Parágrafo único. O disposto neste Decreto não se III - privilegiem aplicações ofertadas pelo próprio responsável
aplica: pela transmissão, pela comutação ou pelo roteamento ou por empresas
I - aos serviços de telecomunicações que não se destinem ao integrantes de seu grupo econômico.
provimento de conexão de internet; e Art. 10. As ofertas comerciais e os modelos de cobrança de acesso
II - aos serviços especializados, entendidos como serviços à internet devem preservar uma internet única, de natureza aberta, plural e
otimizados por sua qualidade assegurada de serviço, de velocidade ou de diversa, compreendida como um meio para a promoção do desenvolvimento
segurança, ainda que utilizem protocolos lógicos TCP/IP ou equivalentes, desde humano, econômico, social e cultural, contribuindo para a construção de
que: uma sociedade inclusiva e não discriminatória.
a) não configurem substituto à internet em seu caráter público e CAPÍTULO III
irrestrito; e DA PROTEÇÃO AOS REGISTROS, AOS DADOS PESSOAIS E ÀS COMUNICAÇÕES
b) sejam destinados a grupos específicos de usuários com controle PRIVADAS
estrito de admissão. Seção I Da requisição de dados cadastrais
CAPÍTULO II DA NEUTRALIDADE DE REDE Art. 11. As autoridades administrativas a que se refere o art. 10, §
Art. 3º. A exigência de tratamento isonômico de que trata o art. 9º da 3º, da Lei nº 12.965, de 2014, indicarão o fundamento legal de competência
Lei nº 12.965, de 2014, deve garantir a preservação do caráter público e expressa para o acesso e a motivação para o pedido de acesso aos dados
irrestrito do acesso à internet e os fundamentos, princípios e objetivos do uso cadastrais.
da internet no País, conforme previsto na Lei nº 12.965, de 2014. § 1º O provedor que não coletar dados cadastrais deverá informar
Art. 4º. A discriminação ou a degradação de tráfego são medidas tal fato à autoridade solicitante, ficando desobrigado de fornecer tais dados.
excepcionais, na medida em que somente poderão decorrer de requisitos § 2º São considerados dados cadastrais:
técnicos indispensáveis à prestação adequada de serviços e aplicações ou da I - a filiação;
priorização de serviços de emergência, sendo necessário o cumprimento de II - o endereço; e
todos os requisitos dispostos no art. 9º, § 2º, da Lei nº 12.965, de 2014. III - a qualificação pessoal, entendida como nome, prenome,
Art. 5º. Os requisitos técnicos indispensáveis à prestação adequada estado civil e profissão do usuário.
de serviços e aplicações devem ser observados pelo responsável de atividades § 3º Os pedidos de que trata o caput devem especificar os
de transmissão, de comutação ou de roteamento, no âmbito de sua respectiva indivíduos cujos dados estão sendo requeridos e as informações desejadas,
rede, e têm como objetivo manter sua estabilidade, segurança, integridade e sendo vedados pedidos coletivos que sejam genéricos ou inespecíficos.
funcionalidade. Art. 12. A autoridade máxima de cada órgão da administração
§ 1º Os requisitos técnicos indispensáveis apontados no caput são pública federal publicará anualmente em seu sítio na internet relatórios
aqueles decorrentes de: estatísticos de requisição de dados cadastrais, contendo:
I - tratamento de questões de segurança de redes, tais como I - o número de pedidos realizados;
restrição ao envio de mensagens em massa (spam) e controle de ataques de II - a listagem dos provedores de conexão ou de acesso a
negação de serviço; e aplicações aos quais os dados foram requeridos;
II - tratamento de situações excepcionais de congestionamento de III - o número de pedidos deferidos e indeferidos pelos provedores
redes, tais como rotas alternativas em casos de interrupções da rota principal e de conexão e de acesso a aplicações; e
em situações de emergência. IV - o número de usuários afetados por tais solicitações.
§ 2º A Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel atuará na Seção II Padrões de segurança e sigilo dos registros, dados pessoais e
fiscalização e na apuração de infrações quanto aos requisitos técnicos comunicações privadas
elencados neste artigo, consideradas as diretrizes estabelecidas pelo Comitê Art. 13. Os provedores de conexão e de aplicações devem, na
Gestor da Internet - CGIbr. guarda, armazenamento e tratamento de dados pessoais e comunicações
Art. 6º. Para a adequada prestação de serviços e aplicações na privadas, observar as seguintes diretrizes sobre padrões de segurança:
internet, é permitido o gerenciamento de redes com o objetivo de preservar I - o estabelecimento de controle estrito sobre o acesso aos dados
sua estabilidade, segurança e funcionalidade, utilizando-se apenas de medidas mediante a definição de responsabilidades das pessoas que terão
técnicas compatíveis com os padrões internacionais, desenvolvidos para o bom possibilidade de acesso e de privilégios de acesso exclusivo para
funcionamento da internet, e observados os parâmetros regulatórios expedidos determinados usuários;
pela Anatel e consideradas as diretrizes estabelecidas pelo CGIbr. II - a previsão de mecanismos de autenticação de acesso aos
Art. 7º. O responsável pela transmissão, pela comutação ou pelo registros, usando, por exemplo, sistemas de autenticação dupla para
roteamento deverá adotar medidas de transparência para explicitar ao usuário assegurar a individualização do responsável pelo tratamento dos registros;
os motivos do gerenciamento que implique a discriminação ou a degradação de III - a criação de inventário detalhado dos acessos aos registros de
que trata o art. 4º, tais como: conexão e de acesso a aplicações, contendo o momento, a duração, a
I - a indicação nos contratos de prestação de serviço firmado com identidade do funcionário ou do responsável pelo acesso designado pela
usuários finais ou provedores de aplicação; e empresa e o arquivo acessado, inclusive para cumprimento do disposto no
II - a divulgação de informações referentes às práticas de art. 11, § 3º da Lei nº 12.965, de 2014; e
gerenciamento adotadas em seus sítios eletrônicos, por meio de linguagem de IV - o uso de soluções de gestão dos registros por meio de técnicas
fácil compreensão. que garantam a inviolabilidade dos dados, como encriptação ou medidas de
Parágrafo único. As informações de que trata esse artigo deverão proteção equivalentes.
conter, no mínimo: § 1º Cabe ao CGIbr promover estudos e recomendar
I - a descrição dessas práticas; procedimentos, normas e padrões técnicos e operacionais para o disposto
II - os efeitos de sua adoção para a qualidade de experiência dos nesse artigo, de acordo com as especificidades e o porte dos provedores de
usuários; e III - os motivos e a necessidade da adoção dessas práticas. conexão e de aplicação.
Art. 8º. A degradação ou a discriminação decorrente da priorização § 2º Tendo em vista o disposto nos incisos VII a X do caput do art.
de serviços de emergência somente poderá decorrer de: 7º da Lei nº 12.965, de 2014, os provedores de conexão e aplicações devem
I - comunicações destinadas aos prestadores dos serviços de reter a menor quantidade possível de dados pessoais, comunicações privadas
emergência, ou comunicação entre eles, conforme previsto na regulamentação e registros de conexão e acesso a aplicações, os quais deverão ser excluídos:
da Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel; ou I - tão logo atingida a finalidade de seu uso; ou
II - se encerrado o prazo determinado por obrigação legal.
Art. 14. Para os fins do disposto neste Decreto, considera-se:

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I - dado pessoal - dado relacionado à pessoa natural identificada ou VII - promover o desenvolvimento tecnológico e a inovação nos
identificável, inclusive números identificativos, dados locacionais ou setores público e privado e fomentar novos negócios;
identificadores eletrônicos, quando estes estiverem relacionados a uma pessoa; VIII - promover o compartilhamento de recursos de tecnologia da
e informação, de maneira a evitar a duplicidade de ações e o desperdício de
II - tratamento de dados pessoais - toda operação realizada com recursos na disseminação de dados e informações; e
dados pessoais, como as que se referem a coleta, produção, recepção, IX - promover a oferta de serviços públicos digitais de forma
classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, integrada.
processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação ou Art. 2º Para os fins deste Decreto, entende-se por:
controle da informação, modificação, comunicação, transferência, difusão ou I - dado - sequência de símbolos ou valores, representados em
extração. qualquer meio, produzidos como resultado de um processo natural ou
Art. 15. Os dados de que trata o art. 11 da Lei nº 12.965, de 2014, artificial;
deverão ser mantidos em formato interoperável e estruturado, para facilitar o II - dado acessível ao público - qualquer dado gerado ou
acesso decorrente de decisão judicial ou determinação legal, respeitadas as acumulado pelo Governo que não esteja sob sigilo ou sob restrição de acesso
diretrizes elencadas no art. 13 deste Decreto. nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011;
Art. 16. As informações sobre os padrões de segurança adotados III - dados abertos - dados acessíveis ao público, representados em
pelos provedores de aplicação e provedores de conexão devem ser divulgadas meio digital, estruturados em formato aberto, processáveis por máquina,
de forma clara e acessível a qualquer interessado, preferencialmente por meio referenciados na internet e disponibilizados sob licença aberta que permita
de seus sítios na internet, respeitado o direito de confidencialidade quanto aos sua livre utilização, consumo ou cruzamento, limitando-se a creditar a
segredos empresariais. autoria ou a fonte;
CAPÍTULO IV IV - formato aberto - formato de arquivo não proprietário, cuja
DA FISCALIZAÇÃO E DA TRANSPARÊNCIA especificação esteja documentada publicamente e seja de livre conhecimento
Art. 17. A Anatel atuará na regulação, na fiscalização e na apuração e implementação, livre de patentes ou qualquer outra restrição legal quanto
de infrações, nos termos da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997. à sua utilização; e
Art. 18. A Secretaria Nacional do Consumidor atuará na fiscalização V - Plano de Dados Abertos - documento orientador para as ações
e na apuração de infrações, nos termos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de de implementação e promoção de abertura de dados de cada órgão ou
1990. entidade da administração pública federal, obedecidos os padrões mínimos
Art. 19. A apuração de infrações à ordem econômica ficará a cargo de qualidade, de forma a facilitar o entendimento e a reutilização das
do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, nos termos da Lei nº 12.529, informações.
de 30 de novembro de 2011. Art. 3º A Política de Dados Abertos do Poder Executivo federal
Art. 20. Os órgãos e as entidades da administração pública federal será regida pelos seguintes princípios e diretrizes:
com competências específicas quanto aos assuntos relacionados a este Decreto I - observância da publicidade das bases de dados como preceito
atuarão de forma colaborativa, consideradas as diretrizes do CGIbr, e deverão geral e do sigilo como exceção;
zelar pelo cumprimento da legislação brasileira, inclusive quanto à aplicação II - garantia de acesso irrestrito às bases de dados, as quais devem
das sanções cabíveis, mesmo que as atividades sejam realizadas por pessoa ser legíveis por máquina e estar disponíveis em formato aberto;
jurídica sediada no exterior, nos termos do art. 11 da Lei nº 12.965, de 2014. III - descrição das bases de dados, com informação suficiente para
Art. 21. A apuração de infrações à Lei nº 12.965, de 2014, e a este a compreensão de eventuais ressalvas quanto à sua qualidade e integridade;
Decreto atenderá aos procedimentos internos de cada um dos órgãos IV - permissão irrestrita de reuso das bases de dados publicadas
fiscalizatórios e poderá ser iniciada de ofício ou mediante requerimento de em formato aberto;
qualquer interessado. V - completude e interoperabilidade das bases de dados, as quais
Art. 22. Este Decreto entra em vigor trinta dias após a data de sua devem ser disponibilizadas em sua forma primária, com o maior grau de
publicação. Brasília, 11 de maio de 2016; 195º da Independência e 128º da granularidade possível, ou referenciar as bases primárias, quando
República. disponibilizadas de forma agregada;
DILMA ROUSSEFF VI - atualização periódica, de forma a garantir a perenidade dos
Eugênio José Guilherme de Aragão dados, a padronização de estruturas de informação e o valor dos dados à
André Peixoto Figueiredo Lima sociedade e atender às necessidades de seus usuários; e
João Luiz Silva Ferreira VII - designação clara de responsável pela publicação, atualização,
Emília Maria Silva Ribeiro Curi evolução e manutenção de cada base de dado aberta, incluída a prestação de
assistência quanto ao uso de dados.
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 11 de maio de 2016 - Edição extra] CAPÍTULO II
DA LIVRE UTILIZAÇÃO DE BASES DE DADOS
Art. 4º Os dados disponibilizados pelo Poder Executivo federal,
DECRETO Nº 8.777, DE 11 DE MAIO DE 2016 bem como qualquer informação de transparência ativa, são de livre
utilização pelo Governo federal e pela sociedade.
Institui a Política de Dados Abertos do Poder Parágrafo único. Na divulgação de dados protegidos por direitos
Executivo federal. autorais pertencentes a terceiros, fica o Poder Executivo federal obrigado a
indicar o seu detentor e as condições de utilização por ele autorizadas.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe CAPÍTULO III
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em DA GOVERNANÇA
vista o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e no art. 24, caput, Art. 5º A gestão da Política de Dados Abertos do Poder Executivo
incisos V e VI, da Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014, federal será coordenada pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e
DECRETA: Gestão, por meio da Infraestrutura Nacional de Dados Abertos - INDA.
CAPÍTULO I § 1º A INDA contará com mecanismo de governança
DISPOSIÇÕES GERAIS multiparticipativa, transparente, colaborativa e democrática, com caráter
Art. 1º Fica instituída a Política de Dados Abertos do Poder Executivo gerencial e normativo, na forma de regulamento.
federal, com os seguintes objetivos: § 2º A implementação da Política de Dados Abertos ocorrerá por
I - promover a publicação de dados contidos em bases de dados de meio da execução de Plano de Dados Abertos no âmbito de cada órgão ou
órgãos e entidades da administração pública federal direta, autárquica e entidade da administração pública federal, direta, autárquica e fundacional,
fundacional sob a forma de dados abertos; o qual deverá dispor, no mínimo, sobre os seguintes tópicos:
II - aprimorar a cultura de transparência pública; I - criação e manutenção de inventários e catálogos corporativos
III - franquear aos cidadãos o acesso, de forma aberta, aos dados de dados;
produzidos ou acumulados pelo Poder Executivo federal, sobre os quais não II - mecanismos transparentes de priorização na abertura de bases
recaia vedação expressa de acesso; de dados, os quais obedecerão os critérios estabelecidos pela INDA e
IV - facilitar o intercâmbio de dados entre órgãos e entidades da considerarão o potencial de utilização e reutilização dos dados tanto pelo
administração pública federal e as diferentes esferas da federação; Governo quanto pela sociedade civil;
V - fomentar o controle social e o desenvolvimento de novas III - cronograma relacionado aos procedimentos de abertura das
tecnologias destinadas à construção de ambiente de gestão pública bases de dados, sua atualização e sua melhoria;
participativa e democrática e à melhor oferta de serviços públicos para o IV - especificação clara sobre os papeis e responsabilidades das
cidadão; unidades do órgão ou entidade da administração pública federal relacionados
VI - fomentar a pesquisa científica de base empírica sobre a gestão
pública;

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com a publicação, a atualização, a evolução e a manutenção das bases de dados; Dados do Sistema Integrado de Administração
Ministério da Fazenda
Financeira - Siafi
V - criação de processos para o engajamento de cidadãos, com o
Informações sobre o quadro societário das empresas, a
objetivo de facilitar e priorizar a abertura da dados, esclarecer dúvidas de Ministério da Fazenda
partir do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
interpretação na utilização e corrigir problemas nos dados já disponibilizados; Ministério do Planejamento, Orçamento Dados relacionados ao Plano Plurianual, incluindo
e e Gestão metas físicas.
VI - demais mecanismos para a promoção, o fomento e o uso Ministério do Planejamento, Orçamento
Dados relativos a servidores inativos e aposentados.
eficiente e efetivo das bases de dados pela sociedade e pelo Governo. e Gestão
§ 3º A INDA poderá estabelecer normas complementares Ministério do Planejamento, Orçamento Bens móveis e de patrimônio registrados no Sistema
e Gestão Integrado de Administração de Serviços - Siads
relacionadas com a elaboração do Plano de Dados Abertos, bem como
Ministério do Planejamento, Orçamento Dados relacionados ao Sistema Integrado de
relacionadas a proteção de informações pessoais na publicação de bases de e Gestão Administração de Serviços Gerais - Siasg /Comprasnet.
dados abertos nos termos deste Decreto. Ministério do Planejamento, Orçamento
§ 4º A autoridade designada nos termos do art. 40 da Lei nº 12.527, de Dados referentes ao Portal de Convênios/Siconv.
e Gestão
2011, será responsável por assegurar a publicação e a atualização do Plano de Ministério do Planejamento, Orçamento Informações cadastrais e relacionadas ao controle da
Dados Abertos, e exercerá as seguintes atribuições: e Gestão execução de emendas parlamentares.
I - orientar as unidades sobre o cumprimento das normas referentes Ministério do Planejamento, Orçamento
Propriedades e imóveis do Governo federal.
e Gestão
a dados abertos;
Sistema Nacional de Informações de Dados sobre nascimentos, casamentos, divórcios e
II - assegurar o cumprimento das normas relativas à publicação de Registro Civil - SIRC óbitos.
dados abertos, de forma eficiente e adequada;
III - monitorar a implementação dos Planos de Dados Abertos; e
IV - apresentar relatórios periódicos sobre o cumprimento dos
Planos de Dados Abertos, com recomendações sobre as medidas indispensáveis DILMA ROUSSEFF
à implementação e ao aperfeiçoamento da Política de Dados Abertos. Eugênio José Guilherme de Aragão
CAPÍTULO IV Valdir Moysés Simão
DA SOLICITAÇÃO DE ABERTURA DE BASES DE DADOS Luiz Navarro
Art. 6º Às solicitações de abertura de bases de dados da
[Diário Oficial da União, de 12 de maio de 2016]
administração pública federal aplicam-se os prazos e os procedimentos
previstos para o processamento de pedidos de acesso à informação, nos termos
da Lei nº 12.527, de 2011, e do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012.
DECRETO DE 20 DE OUTUBRO DE 2016
Parágrafo único. A decisão negativa de acesso de pedido de abertura
de base de dados governamentais fundamentada na demanda por custos
Declara de interesse público e social o acervo
adicionais desproporcionais e não previstos pelo órgão ou pela entidade da
arquivístico privado de Dom Lucas Moreira
administração pública federal deverá apresentar análise sobre a quantificação Neves.
de tais custos e sobre a viabilidade da inclusão das bases de dados em edição
futura do Plano de Dados Abertos. O PRESIDENTE DA REPUBLICA, no uso da atribuição que lhe
CAPÍTULO V confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, tendo em vista o disposto
DISPOSIÇÕES FINAIS no art. 12 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº
Art. 7º O Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, passa a vigorar 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e o que consta do Processo nº
com as seguintes alterações: 08062.000001/2014 DV, do Conselho Nacional de Arquivo - CONARQ,
“Art. 47. .................................................................................. DECRETA:
III - ................................................................................ Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo
a) pela Controladoria-Geral da União, em grau recursal, pedido de arquivístico privado de Dom Lucas Moreira Neves, por se tratar de um
acesso à informação ou de abertura de base de dados, ou às razões da negativa conjunto documental relevante para o estudo da história da Ordem dos
de acesso à informação ou de abertura de base de dados; ou Dominicanos e da Igreja Católica no Brasil.
....................................................................................” (NR) Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8º Consideram-se automaticamente passíveis de abertura as Brasília, 20 de outubro de 2016; 195º da Independência e 128º da República.
bases de dados do Governo federal que não contenham informações protegidas MICHEL TEMER
nos termos dos art. 7, § 3º, art. 22, art. 23 e art. 31 da Lei nº 12.527, de 2011. Alexandre de Moraes
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput a bases de dados que [Diário Oficial da União, de 21 de outubro de 2016, seção I]
contenham informações protegidas, no que se refere às informações não
alcançadas por essa proteção. DECRETO Nº 8.936, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2016
Art. 9º Os Planos de Dados Abertos dos órgãos e das entidades da
administração pública federal direta, autárquica e fundacional deverão ser Institui a Plataforma de Cidadania Digital e dispõe
elaborados e publicados em sítio eletrônico no prazo de sessenta dias da data sobre a oferta dos serviços públicos digitais, no
de publicação deste Decreto. âmbito dos órgãos e das entidades da
§ 1º Os Planos de Dados Abertos dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta, autárquica e
administração pública federal direta, autárquica e fundacional deverão fundacional.
priorizar a abertura dos dados de interesse público listados no Anexo, os quais
deverão ser publicados em formato aberto no prazo de cento e oitenta dias da DECRETA:
data de publicação deste Decreto. Art. 1º Fica instituída a Plataforma de Cidadania Digital, no âmbito
§ 2º Os Planos de Dados Abertos dos demais órgãos e entidades da dos órgãos e das entidades da administração pública federal direta,
administração pública federal direta, autárquica e fundacional serão autárquica e fundacional, com a finalidade de:
publicados conforme cronograma publicado em ato conjunto do Ministério do I - facultar aos cidadãos, às pessoas jurídicas e a outros entes
públicos a solicitação e o acompanhamento dos serviços públicos sem a
Planejamento, Orçamento e Gestão e da Controladoria-Geral da União.
necessidade de atendimento presencial;
Art. 10. Compete à Controladoria-Geral da União monitorar a
II - implementar e difundir o uso dos serviços públicos digitais aos
aplicação do disposto neste Decreto e o cumprimento dos prazos e
cidadãos, às pessoas jurídicas e a outros entes públicos, inclusive por meio de
procedimentos.
dispositivos móveis;
Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. III - disponibilizar, em plataforma única e centralizada, mediante
Brasília, 11 de maio de 2016; 195o da Independência e 128o da o nível de autenticação requerido, o acesso às informações e a prestação
República. direta dos serviços públicos;
IV - simplificar as solicitações, a prestação e o acompanhamento
ANEXO dos serviços públicos, com foco na experiência do usuário;
V - dar transparência à execução e permitir o acompanhamento e
SISTEMA/ÓRGÃO RESPONSÁVEL DADOS DE INTERESSE PÚBLICO PARA PRIORIZAÇÃO o monitoramento dos serviços públicos; e
Casa Civil da Presidência da República Texto das publicações do Diário Oficial da União VI - promover a atuação integrada e sistêmica entre os órgãos e as
Ocupantes de cargos de gerência e direção em empresas entidades envolvidos na prestação dos serviços públicos.
Controladoria-Geral da União
estatais e subsidiárias (...)
Órgãos e entidades que não utilizam o
Dados relativos a servidores inativos e aposentados e MICHEL TEMER
relativos à empregados e servidores públicos das Dyogo Henrique de Oliveira
Sistema Integrado de Administração de
entidades da administração indireta que órgãos e
Recursos Humanos - Siape
entidades que não utilizam o Siape Torquato Jardim

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2020)
[Texto integral em: Parágrafo único. Quando não for possível a obtenção dos
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina= documentos a que a que se refere o art. 2º diretamente do órgão ou da
7&data=20/12/2016] entidade responsável pela base de dados oficial, a comprovação necessária
poderá ser feita por meio de declaração escrita e assinada pelo usuário dos
[Diário Oficial da União, de 20 de dezembro de 2016, seção 1, pg. 7 e 8] serviços públicos, que, na hipótese de declaração falsa, ficará sujeito às
sanções administrativas, civis e penais aplicáveis.
DECRETO Nº 9.094, DE 17 DE JULHO DE 2017 Art. 4º Os órgãos e as entidades responsáveis por bases de dados
oficiais da administração pública federal prestarão orientações aos órgãos e
Dispõe sobre a simplificação do atendimento prestado aos usuários dos serviços às entidades públicos interessados para o acesso às informações constantes
públicos, ratifica a dispensa do reconhecimento de firma e da autenticação em das bases de dados, observadas as disposições legais aplicáveis.
documentos produzidos no País e institui a Carta de Serviços ao Usuário. Art. 5º No atendimento aos usuários dos serviços públicos, os
órgãos e as entidades do Poder Executivo federal observarão as seguintes
Regulamenta dispositivos da Lei nº 13.460, de 26 de práticas:
junho de 2017 , dispõe sobre a simplificação do I - gratuidade dos atos necessários ao exercício da cidadania, nos
atendimento prestado aos usuários dos serviços termos da Lei nº 9.265, de 12 de fevereiro de 1996 ;
públicos, institui o Cadastro de Pessoas Físicas - II - padronização de procedimentos referentes à utilização de
CPF como instrumento suficiente e substitutivo formulários, guias e outros documentos congêneres; e
para a apresentação de dados do cidadão no III - vedação de recusa de recebimento de requerimentos pelos
exercício de obrigações e direitos e na obtenção de serviços de protocolo, exceto quando o órgão ou a entidade for
benefícios, ratifica a dispensa do reconhecimento manifestamente incompetente.
de firma e da autenticação em documentos § 1º Na hipótese referida no inciso III do caput , os serviços de
produzidos no País e institui a Carta de Serviços ao protocolo deverão prover as informações e as orientações necessárias para
Usuário. (Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de que o interessado possa dar andamento ao requerimento.
2019) § 2º Após a protocolização de requerimento, caso o agente público
verifique que o órgão ou a entidade do Poder Executivo federal é
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atribuição que lhe confere incompetente para o exame ou a decisão da matéria, deverá providenciar a
o art. 84, caput , inciso VI, alínea “a”, da Constituição, remessa imediata do requerimento ao órgão ou à entidade do Poder
DECRETA: Executivo federal competente.
§ 3º Quando a remessa referida no § 2º não for possível, o
Art. 1º Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal interessado deverá ser comunicado imediatamente do fato para adoção das
observarão as seguintes diretrizes nas relações entre si e com os usuários dos providências necessárias.
serviços públicos: Art. 5º-A Para fins de acesso a informações e serviços, de exercício
I - presunção de boa-fé; de obrigações e direitos e de obtenção de benefícios perante os órgãos e as
II - compartilhamento de informações, nos termos da lei; entidades do Poder Executivo federal, o número de inscrição no Cadastro de
III - atuação integrada e sistêmica na expedição de atestados, Pessoas Físicas - CPF é suficiente e substitutivo para a apresentação dos
certidões e documentos comprobatórios de regularidade; seguintes dados: (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) (Vide Decreto nº
IV - racionalização de métodos e procedimentos de controle; 9.723, de 2019)
V - eliminação de formalidades e exigências cujo custo econômico I - Número de Identificação do Trabalhador - NIT, de que trata o
ou social seja superior ao risco envolvido; inciso I do caput do art. 3º do Decreto nº 97.936, de 10 de julho de 1989 ;
VI - aplicação de soluções tecnológicas que visem a simplificar (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
processos e procedimentos de atendimento aos usuários dos serviços públicos II - número do cadastro perante o Programa de Integração Social -
e a propiciar melhores condições para o compartilhamento das informações; PIS ou o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - Pasep;
VII - utilização de linguagem clara, que evite o uso de siglas, jargões (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
e estrangeirismos; e III - número e série da Carteira de Trabalho e Previdência Social -
VIII - articulação com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e CTPS, de que trata o art. 16 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovado
os outros Poderes para a integração, racionalização, disponibilização e pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 ; (Incluído pelo Decreto nº
simplificação de serviços públicos. 9.723, de 2019)
Parágrafo único. Usuários dos serviços públicos são as pessoas físicas IV - número da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de
e jurídicas, de direito público ou privado, diretamente atendidas por serviço Habilitação, de que trata o inciso VII do caput do art. 19 da Lei nº 9.503, de 23
público. de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro ; (Incluído pelo Decreto
CAPÍTULO I nº 9.723, de 2019)
DA RACIONALIZAÇÃO DE EXIGÊNCIAS E DA TROCA DE INFORMAÇÕES V - número de matrícula em instituições públicas federais de
Art. 2º Salvo disposição legal em contrário, os órgãos e as entidades ensino superior; (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
do Poder Executivo federal que necessitarem de documentos comprobatórios VI - números dos Certificados de Alistamento Militar, de
da regularidade da situação de usuários dos serviços públicos, de atestados, de Reservista, de Dispensa de Incorporação e de Isenção de que trata a Lei nº
certidões ou de outros documentos comprobatórios que constem em base de 4.375, de 17 de agosto de 1964 ; (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
dados oficial da administração pública federal deverão obtê-los diretamente do VII - número de inscrição em conselho de fiscalização de profissão
órgão ou da entidade responsável pela base de dados, nos termos do Decreto nº regulamentada; (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
8.789, de 29 de junho de 2016 , e não poderão exigi-los dos usuários dos serviços VIII - número de inscrição no Cadastro Único para Programas
públicos. Sociais do Governo Federal - CadÚnico, de que trata o Decreto nº 6.135, de 26
Art. 2º Exceto se houver disposição legal em contrário, os órgãos e de junho de 2007 ; e (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
as entidades do Poder Executivo federal que necessitarem de documentos IX - demais números de inscrição existentes em bases de dados
comprobatórios de regularidade da situação de usuários dos serviços públicos, públicas federais. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
de atestados, de certidões ou de outros documentos comprobatórios que § 1º O disposto no inciso IV do caput não se aplica aos processos
constem em base de dados oficial da administração pública federal deverão administrativos em trâmite nos órgãos federais do Sistema Nacional de
obtê-los diretamente do órgão ou da entidade responsável pela base de dados, Trânsito para os quais seja necessário apresentar o número da Permissão
nos termos do disposto no Decreto nº 10.046, de 9 de outubro de 2019, e não para Dirigir ou da Carteira Nacional de Habilitação para obter acesso à
poderão exigi-los dos usuários dos serviços públicos. (Redação dada pelo informação. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
Decreto nº 10.279, de 2020) § 2º O disposto no inciso VI do caput não se aplica aos processos
Art. 3º Na hipótese dos documentos a que se refere o art. 2º administrativos em trâmite nos órgãos federais vinculados ao Ministério da
conterem informações sigilosas sobre os usuários dos serviços públicos, o Defesa para os quais seja necessário apresentar o número dos Certificados de
fornecimento pelo órgão ou pela entidade responsável pela base de dados Alistamento Militar, de Reservista, de Dispensa de Incorporação ou de
oficial fica condicionado à autorização expressa do usuário, exceto nas Isenção para obter acesso à informação. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de
situações previstas em lei. 2019)
Art. 3º Na hipótese de os documentos a que se refere o art. 2º § 3º Os cadastros, formulários, sistemas e outros instrumentos
conterem informações de caráter sigiloso sobre os usuários dos serviços exigidos dos usuários para a prestação de serviço público conterão campo de
públicos, o fornecimento pelo órgão ou pela entidade responsável pela base de preenchimento obrigatório para registro do número de inscrição no CPF.
dados oficial deverá ser realizado com observância dos requisitos de segurança (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
da informação e das restrições legais. (Redação dada pelo Decreto nº 10.279, de

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§ 4º Ato do Secretário Especial de Desburocratização, Gestão e VIII - o tratamento a ser dispensado aos usuários quando do
Governo Digital do Ministério da Economia poderá dispor sobre outras atendimento;
hipótese, além das previstas no caput . (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) IX - os elementos básicos para o sistema de sinalização visual das
§ 5º A substituição dos dados constantes nos incisos I a VIII do caput unidades de atendimento;
pelo número de inscrição no CPF é ato preparatório à implementação do X - as condições mínimas a serem observadas pelas unidades de
Documento Nacional de Identidade a que se refere o art. 8º da Lei nº 13.444, de atendimento, em especial no que se refere à acessibilidade, à limpeza e ao
11 de maio de 2017 . (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) conforto;
Art. 6º As exigências necessárias para o requerimento serão feitas XI - os procedimentos para atendimento quando o sistema
desde logo e de uma só vez ao interessado, justificando-se exigência posterior informatizado se encontrar indisponível; e
apenas em caso de dúvida superveniente. XII - outras informações julgadas de interesse dos usuários.
Art. 7º Não será exigida prova de fato já comprovado pela CAPÍTULO III
apresentação de documento ou informação válida. DA RACIONALIZAÇÃO DAS NORMAS
Art.8º Para complementar informações ou solicitar esclarecimentos, Art. 12. A edição e a alteração das normas relativas ao
a comunicação entre o órgão ou a entidade do Poder Executivo federal e o atendimento dos usuários dos serviços públicos observarão os princípios da
interessado poderá ser feita por qualquer meio, preferencialmente eletrônico. eficiência e da economicidade e considerarão os efeitos práticos tanto para a
Art. 9º Exceto se existir dúvida fundada quanto à autenticidade ou administração pública federal quanto para os usuários.
previsão legal, fica dispensado o reconhecimento de firma e a autenticação de CAPÍTULO IV
cópia dos documentos expedidos no País e destinados a fazer prova junto a DA SOLICITAÇÃO DE SIMPLIFICAÇÃO
órgãos e entidades do Poder Executivo federal. Art. 13. Os usuários dos serviços públicos poderão apresentar
Art. 10. A apresentação de documentos por usuários dos serviços Solicitação de Simplificação, por meio de formulário próprio denominado
públicos poderá ser feita por meio de cópia autenticada, dispensada nova Simplifique!, aos órgãos e às entidades do Poder Executivo federal, quando a
conferência com o documento original. prestação de serviço público não observar o disposto neste Decreto.
§ 1º A autenticação de cópia de documentos poderá ser feita, por Art. 13. Os usuários dos serviços públicos poderão apresentar
meio de cotejo da cópia com o documento original, pelo servidor público a Solicitação de Simplificação aos órgãos e às entidades do Poder Executivo
quem o documento deva ser apresentado. federal, por meio de formulário próprio denominado Simplifique!, nas
§ 2º Constatada, a qualquer tempo, a falsificação de firma ou de seguintes hipóteses: (Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
cópia de documento público ou particular, o órgão ou a entidade do Poder Art. 13. Os usuários dos serviços públicos poderão apresentar
Executivo federal considerará não satisfeita a exigência documental respectiva Solicitação de Simplificação aos órgãos e às entidades do Poder Executivo
e, no prazo de até cinco dias, dará conhecimento do fato à autoridade federal, por meio de formulário próprio denominado Simplifique!, sempre
competente para adoção das providências administrativas, civis e penais que vislumbrarem oportunidade de simplificação ou melhoria do serviço
cabíveis. público. (Redação dada pelo Decreto nº 10.279, de 2020)
CAPÍTULO II I - quando a prestação de serviço público não observar o disposto:
DA CARTA DE SERVIÇOS AO USUÁRIO (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) (Revogado pelo Decreto nº 10.279, de
Art. 11. Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal que 2020)
prestam atendimento aos usuários dos serviços públicos, direta ou a) neste Decreto; (Incluída pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
indiretamente, deverão elaborar e divulgar Carta de Serviços ao Usuário, no (Revogado pelo Decreto nº 10.279, de 2020)
âmbito de sua esfera de competência. b) na Lei nº 13.460, de 2017 ; (Incluída pelo Decreto nº 9.723, de
§ 1 º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar aos 2019) (Revogado pelo Decreto nº 10.279, de 2020)
usuários dos serviços prestados pelo órgão ou pela entidade do Poder c) na Lei nº 13.726, de 8 de outubro de 2018 ; ou (Incluída pelo
Executivo federal as formas de acesso a esses serviços e os compromissos e Decreto nº 9.723, de 2019) (Revogado pelo Decreto nº 10.279, de 2020)
padrões de qualidade do atendimento ao público. d) na legislação correlata; e (Incluída pelo Decreto nº 9.723, de
§ 1º A Carta de Serviços ao Usuário tem por objetivo informar aos 2019) (Redação dada pelo Decreto nº 10.279, de 2020)
usuários: (Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019) II - sempre que vislumbrarem oportunidade de simplificação ou
I - os serviços prestados pelo órgão ou pela entidade do Poder melhoria do respectivo serviço público. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de
Executivo federal; (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) 2019) (Revogado pelo Decreto nº 10.279, de 2020)
II - as formas de acesso aos serviços a que se refere o inciso I; § 1 º A Solicitação de Simplificação deverá ser apresentada,
(Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) preferencialmente, por meio eletrônico, em canal único oferecido pela
III - os compromissos e padrões de qualidade do atendimento ao Ouvidoria-Geral da União, do Ministério da Transparência e Controladoria-
público; e (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) Geral da União.
IV - os serviços publicados no Portal de Serviços do Governo Federal, § 1º A Solicitação de Simplificação deverá ser apresentada,
nos termos do disposto no Decreto nº 8.936, de 19 de dezembro de 2016. preferencialmente, por meio eletrônico, em canal único oferecido pela
(Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) Ouvidoria-Geral da União da Controladoria-Geral da União. (Redação dada
IV - os serviços publicados no portal único gov.br, nos termos do pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
disposto no Decreto nº 8.936, de 19 de dezembro de 2016. (Redação dada pelo § 2º Sempre que recebida por meio físico, os órgãos e as entidades
Decreto nº 10332, de 2020) deverão digitalizar a Solicitação de Simplificação e promover a sua inserção
§ 2º Da Carta de Serviços ao Usuário, deverão constar informações no canal a que se refere o § 1º.
claras e precisas sobre cada um dos serviços prestados, especialmente as Art. 14. Do formulário Simplifique! deverá constar:
relativas: I - a identificação do solicitante;
I - ao serviço oferecido; II - a especificação do serviço objeto da simplificação;
II - aos requisitos e aos documentos necessários para acessar o III - o nome do órgão ou da entidade perante o qual o serviço foi
serviço; solicitado;
III - às etapas para processamento do serviço; IV - a descrição dos atos ou fatos; e (Revogado pelo Decreto nº
IV - ao prazo para a prestação do serviço; 10.279, de 2020)
V - à forma de prestação do serviço; V - facultativamente, a proposta de melhoria.
VI - à forma de comunicação com o solicitante do serviço; e V - a proposta de melhoria do serviço. (Redação dada pelo Decreto
VII - aos locais e às formas de acessar o serviço. nº 10.279, de 2020)
§ 3º Além das informações referidas no § 2º, a Carta de Serviços ao Art. 15. Ato conjunto dos Ministros de Estado da Transparência e
Usuário deverá, para detalhar o padrão de qualidade do atendimento, Controladoria-Geral da União e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão
estabelecer: disciplinará o procedimento aplicável à Solicitação de Simplificação.
I - os usuários que farão jus à prioridade no atendimento; Art. 15. Ato conjunto dos Ministros de Estado da Controladoria-
II - o tempo de espera para o atendimento; Geral da União e da Economia disciplinará o procedimento aplicável à
III - o prazo para a realização dos serviços; Solicitação de Simplificação. (Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
IV - os mecanismos de comunicação com os usuários; CAPÍTULO V
V - os procedimentos para receber, atender, gerir e responder às DAS SANÇÕES PELO DESCUMPRIMENTO
sugestões e reclamações; Art. 16. O servidor público ou o militar que descumprir o disposto
VI - as etapas, presentes e futuras, esperadas para a realização dos neste Decreto estará sujeito às penalidades previstas, respectivamente, na
serviços, incluídas a estimativas de prazos; Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990 , e na Lei nº 6.880, de 9 de dezembro
VII - os mecanismos para a consulta pelos usuários acerca das etapas, de 1980 .
cumpridas e pendentes, para a realização do serviço solicitado; Parágrafo único. Os usuários dos serviços públicos que tiverem os

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direitos garantidos neste Decreto desrespeitados poderão representar ao reorientar e ajustar a prestação dos serviços.
Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. Art. 20. Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal
Parágrafo único. Os usuários dos serviços públicos que tiverem os utilizarão ferramenta de pesquisa de satisfação dos usuários dos seus
direitos garantidos neste Decreto desrespeitados poderão representar à serviços, disponível no endereço eletrônico www.gov.br/governodigital e os
Controladoria-Geral da União. (Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019) dados obtidos subsidiarão a reorientação e o ajuste da prestação dos serviços.
Art. 17. Cabe ao Ministério da Transparência e Controladoria-Geral (Redação dada pelo Decreto nº 10332, de 2020)
da União e aos órgãos integrantes do sistema de controle interno do Poder § 1º Os canais de ouvidoria e as pesquisas de satisfação objetivam
Executivo federal zelar pelo cumprimento do disposto neste Decreto e adotar assegurar a efetiva participação dos usuários dos serviços públicos na
as providências para a responsabilização dos servidores públicos e dos avaliação e identificar lacunas e deficiências na prestação dos serviços.
militares, e de seus superiores hierárquicos, que praticarem atos em desacordo § 2º Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal deverão
com suas disposições. dar ampla divulgação aos resultados das pesquisas de satisfação.
Art. 17. Cabe à Controladoria-Geral da União e aos órgãos Art. 20-A. As avaliações da efetividade e dos níveis de satisfação
integrantes do sistema de controle interno do Poder Executivo federal zelar dos usuários, de que trata o art. 24 da Lei nº 13.460, de 2017 , serão feitas na
pelo cumprimento do disposto neste Decreto e adotar as providências para a forma definida em ato do Secretário de Governo Digital da Secretaria
responsabilização dos servidores públicos e dos militares, e de seus superiores Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da
hierárquicos, que praticarem atos em desacordo com suas disposições. Economia. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
(Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019) Art. 20-B. A Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de
CAPÍTULO VI Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia
DA DIVULGAÇÃO AOS USUÁRIOS DOS SERVIÇOS PÚBLICOS publicará no Portal de Serviços do Governo Federal o ranking das entidades
Art. 18. A Carta de Serviços ao Usuário, a forma de acesso, as com maior incidência de reclamação dos usuários e com melhor avaliação de
orientações de uso e as informações do formulário Simplifique! deverão ser serviços por parte dos usuários, de que trata o § 2º do art. 23 da Lei nº 13.460,
objeto de permanente divulgação aos usuários dos serviços públicos, e de 2017 . (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
mantidos visíveis e acessíveis ao público: Art. 20-B. A Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de
I - nos locais de atendimento; Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia
I - nos locais de atendimento, por meio de extração das informações, publicará no portal único gov.br o ranking das entidades com melhor
em formato impresso, a partir do Portal de Serviços do Governo Federal; e avaliação de serviços por parte dos usuários, de que trata o § 2º do art. 23 da
(Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019) Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017. (Redação dada pelo Decreto nº 10332,
I - no portal único gov.br; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.332, de 2020)
de 2020) CAPÍTULO VIII
II - nos portais institucionais e de prestação de serviços na internet; DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
e Art. 21. O Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da
II - nos portais institucionais e de prestação de serviços na internet, União terá prazo de cento e oitenta dias, contado da data de publicação deste
a partir de link de acesso ao Portal de Serviços do Governo Federal. (Redação Decreto, para disponibilizar os meios de acesso à Solicitação de Simplificação
dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019) e ao Simplifique!.
II - nos locais de atendimento, por meio de extração das informações Art. 21. A Controladoria-Geral da União terá prazo de cento e
do portal único gov.br, em formato impresso. (Redação dada pelo Decreto nº oitenta dias, contado da data de publicação deste Decreto, para disponibilizar
10.332, de 2020) os meios de acesso à Solicitação de Simplificação e ao Simplifique!. (Redação
III - no Portal de Serviços do Governo federal, disponível em dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
www.servicos.gov.br. (Revogado pelo Decreto nº 9.723, de 2019) Art. 22. Os Ministros de Estado da Transparência e Controladoria-
Art. 18-A. Fica vedado aos órgãos e às entidades da administração Geral da União e do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão poderão
pública federal solicitar ao usuário do serviço público requisitos, documentos, expedir normas complementares ao disposto neste Decreto.
informações e procedimentos cuja exigibilidade não esteja informada no Portal Art. 22. A Controladoria-Geral da União, por meio da Ouvidoria-
de Serviços do Governo Federal. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) Geral da União, e o Ministério da Economia, por meio da Secretaria de
Art. 18-A. Fica vedado aos órgãos e às entidades da administração Governo Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e
pública federal solicitar ao usuário do serviço público requisitos, documentos, Governo Digital, poderão expedir normas complementares ao disposto neste
informações e procedimentos cuja exigibilidade não esteja informada no portal Decreto. (Redação dada pelo Decreto nº 9.723, de 2019)
único gov.br. (Redação dada pelo Decreto nº 10332, de 2020) Art. 23. O Decreto nº 8.936, de 2016 , passa vigorar com as
§ 1º A disponibilização de informações sobre serviços públicos nos seguintes alterações:
portais institucionais próprios dos órgãos e das entidades da administração “Art. 3º ..................................................................
pública federal não dispensa a obrigatoriedade da divulgação no Portal de .......................................................................................
Serviços do Governo Federal. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) V - ...........................................................................
(Revogado pelo Decreto nº 10332, de 2020) ........................................................................................
§ 2º A criação ou a alteração do rol de requisitos, documentos, b) tempo médio de atendimento;
informações e procedimentos do serviço público deverá ser precedida de c) grau de satisfação dos usuários; e
publicação no Portal de Serviços do Governo Federal. (Incluído pelo Decreto nº d) número de Solicitações de Simplificação relativas ao serviço.”
9.723, de 2019) (NR)
§ 2º A criação ou a alteração do rol de requisitos, documentos, Art. 24. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
informações e procedimentos do serviço público será precedida de publicação Art. 25. Ficam revogados:
no portal único gov.br. (Redação dada pelo Decreto nº 10332, de 2020) I - o Decreto nº 6.932, de 11 de agosto de 2009 ; e
§ 3º A Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de II - o Decreto nº 5.378, de 23 de fevereiro de 2005 .
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia Brasília, 17 de julho de 2017; 196º da Independência e 129º da
disponibilizará os meios para publicação dos serviços públicos no Portal de República.
Serviços do Governo Federal e definirá as regras de acesso, credenciamento e MICHEL TEMER
procedimentos de publicação. (Incluído pelo Decreto nº 9.723, de 2019) Dyogo Henrique de Oliveira
§ 3º A Secretaria de Governo Digital da Secretaria Especial de Wagner Campos Rosário
Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia [Diário Oficial da União, de 18 de julho de 2017]
disponibilizará os meios para publicação dos serviços públicos no portal único
gov.br e definirá as regras de acesso e credenciamento e os procedimentos de DECRETO Nº 9.235, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2017
publicação.
Art. 19. As informações do formulário Simplifique!, de que trata o art. Dispõe sobre o exercício das funções de regulação,
14, serão divulgadas no painel de monitoramento do desempenho dos serviços supervisão e avaliação das instituições de educação
públicos prestados a que se refere o inciso V do caput do art. 3º do Decreto nº superior e dos cursos superiores de graduação e de
8.936, de 19 de dezembro de 2016 . pós-graduação no sistema federal de ensino.
CAPÍTULO VII
DA AVALIAÇÃO E DA MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DECRETA
Art. 20. Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal deverão Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o exercício das funções de
utilizar ferramenta de pesquisa de satisfação dos usuários dos seus serviços, regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior - IES
constante do Portal de Serviços do Governo federal, e do Sistema de Ouvidoria e dos cursos superiores de graduação e de pós-graduação lato sensu, nas
do Poder Executivo federal, e utilizar os dados como subsídio relevante para modalidades presencial e a distância, no sistema federal de ensino.
(...)

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Art. 21. Observada a organização acadêmica da instituição, o PDI DECRETO Nº 9.637, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2018
conterá, no mínimo, os seguintes elementos:
(...) Institui a Política Nacional de Segurança da
VIII - projeto de acervo acadêmico em meio digital, com a utilização Informação, dispõe sobre a governança da segurança
de método que garanta a integridade e a autenticidade de todas as informações da informação, e altera o Decreto nº 2.295, de 4 de
contidas nos documentos originais; agosto de 1997, que regulamenta o disposto no art. 24,
IX - infraestrutura física e instalações acadêmicas, que especificará: caput, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
a) com relação à biblioteca: 1993, e dispõe sobre a dispensa de licitação nos casos
1. acervo bibliográfico físico, virtual ou ambos, incluídos livros, que possam comprometer a segurança nacional.
periódicos acadêmicos e científicos, bases de dados e recursos multimídia;
(...)
Art. 58. Após o descredenciamento da instituição ou o encerramento O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
da oferta de cursos, permanece com a mantenedora a responsabilidade pela confere o art. 84, caput, inciso VI, alínea "a", da Constituição,
guarda e gestão do acervo acadêmico.
§ 1º O representante legal da mantenedora responderá, nos termos DECRETA:
da legislação civil e penal, pela guarda do acervo acadêmico da instituição,
inclusive nas hipóteses de negligência ou de sua utilização fraudulenta. CAPÍTULO I
§ 2º A responsabilidade pela guarda e gestão do acervo acadêmico DISPOSIÇÕES GERAIS
pode ser transferida a outra IES devidamente credenciada, mediante termo de Art. 1º Fica instituída a Política Nacional de Segurança da
transferência e aceite por parte da IES receptora, na pessoa de seu Informação - PNSI, no âmbito da administração pública federal, com a
representante legal, conforme regulamento a ser editado pelo Ministério da finalidade de assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade
Educação. e a autenticidade da informação em âmbito nacional. (Artigo com redação dada
§ 3º A IES receptora, na pessoa de seu representante legal, será pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021)
integralmente responsável pela totalidade dos documentos e registros Art. 2º Para os fins do disposto neste Decreto, a segurança da
acadêmicos dos estudantes e cursos recebidos de outra IES. informação abrange:
§ 4º Na hipótese de comprovada impossibilidade de guarda e de I - a segurança cibernética;
gestão do acervo pelos representantes legais da mantenedora de IES II - a defesa cibernética;
descredenciada, o Ministério da Educação poderá editar ato autorizativo da III - a segurança física e a proteção de dados organizacionais; e
transferência do acervo a IFES da mesma unidade federativa na qual IV - as ações destinadas a assegurar a disponibilidade, a
funcionava a IES descredenciada, conforme regulamento a ser editado pelo integridade, a confidencialidade e a autenticidade da informação.
Ministério da Educação.
(...) CAPÍTULO II
Art. 104. Os documentos que compõem o acervo acadêmico das IES DOS PRINCÍPIOS
na data de publicação deste Decreto serão convertidos para o meio digital,
mediante a utilização de métodos que garantam a integridade e a autenticidade Art. 3º São princípios da PNSI:
de todas as informações contidas nos documentos originais, nos termos da I - soberania nacional;
legislação. II - respeito e promoção dos direitos humanos e das garantias
Parágrafo único. O prazo e as condições para que as IES e suas fundamentais, em especial a liberdade de expressão, a proteção de dados
mantenedoras convertam seus acervos acadêmicos para o meio digital e os pessoais, a proteção da privacidade e o acesso à informação;
prazos de guarda e de manutenção dos acervos físicos serão definidos em III - visão abrangente e sistêmica da segurança da informação;
regulamento a ser editado pelo Ministério da Educação. IV - responsabilidade do País na coordenação de esforços e no
(...) estabelecimento de políticas, estratégias e diretrizes relacionadas à
Art. 108. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. segurança da informação;
Brasília, 15 de dezembro de 2017; 196º da Independência e 129º da V - intercâmbio científico e tecnológico relacionado à segurança
República. da informação entre os órgãos e as entidades da administração pública
MICHEL TEMER federal;
José Mendonça Bezerra Filho VI - preservação do acervo histórico nacional;
VII - educação como alicerce fundamental para o fomento da
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 18 de dezembro de 2017] cultura em segurança da informação;
VIII - orientação à gestão de riscos e à gestão da segurança da
DECRETO DE 24 DE JANEIRO DE 2018 informação;
IX - prevenção e tratamento de incidentes de segurança da
Declara de interesse público e social o acervo informação;
documental privado da Associação Circo Voador. X - articulação entre as ações de segurança cibernética, de defesa
cibernética e de proteção de dados e ativos da informação;
O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS , no exercício do cargo XI - dever dos órgãos, das entidades e dos agentes públicos de
de Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, garantir o sigilo das informações imprescindíveis à segurança da sociedade e
caput , inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei do Estado e a inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da
nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no art. 22 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro imagem das pessoas;
de 2002, XII - need to know para o acesso à informação sigilosa, nos termos
DECRETA: da legislação;
Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo XIII - consentimento do proprietário da informação sigilosa
arquivístico privado da Associação Circo Voador, por sua relevância para a recebida de outros países, nos casos dos acordos internacionais;
memória e a história de nosso País e por sua importância cultural. XIV - cooperação entre os órgãos de investigação e os órgãos e as
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. entidades públicos no processo de credenciamento de pessoas para acesso às
Brasília, 24 de janeiro de 2018; 197º da Independência e 130º da República. informações sigilosas;
XV - integração e cooperação entre o Poder Público, o setor
RODRIGO MAIA empresarial, a sociedade e as instituições acadêmicas; e
Torquato Jardim XVI - cooperação internacional, no campo da segurança da
informação.
[Diário Oficial da União, de 25 de janeiro de 2018]
CAPÍTULO III
DECRETO Nº 9.360, DE 7 DE MAIO DE 2018 DOS OBJETIVOS

Aprova as Estruturas Regimentais e os Quadros Art. 4º São objetivos da PNSI:


Demonstrativos dos Cargos em Comissão e das I - contribuir para a segurança do indivíduo, da sociedade e do
Funções de Confiança do Ministério da Justiça e do Estado, por meio da orientação das ações de segurança da informação,
Ministério Extraordinário da Segurança Pública... observados os direitos e as garantias fundamentais;
[Revogado pelo Decreto nº 9.662, de 1º de janeiro II - fomentar as atividades de pesquisa científica, de
de 2019] desenvolvimento tecnológico e de inovação relacionadas à segurança da
informação;

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III - aprimorar continuamente o arcabouço legal e normativo XIII - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações; (Primitivo
relacionado à segurança da informação; inciso XVIII renumerado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, com redação dada pelo
IV - fomentar a formação e a qualificação dos recursos humanos Decreto n° 10.641, de 2/3/2021)
necessários à área de segurança da informação; XIV - Ministério do Meio Ambiente; (Primitivo inciso XIX
V - fortalecer a cultura da segurança da informação na sociedade; renumerado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
VI - orientar ações relacionadas a: XV - Ministério do Turismo; (Primitivo inciso XXI renumerado pelo
a) segurança dos dados custodiados por entidades públicas; Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
b) segurança da informação das infraestruturas críticas; XVI - Ministério do Desenvolvimento Regional; (Inciso com redação
c) proteção das informações das pessoas físicas que possam ter sua dada pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
segurança ou a segurança das suas atividades afetada, observada a legislação XVII - Controladoria-Geral da União; (Inciso com redação dada pelo
específica; e Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
d) tratamento das informações com restrição de acesso; e XVIII - Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos;
VII - contribuir para a preservação da memória cultural brasileira. (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
XIX - Secretaria-Geral da Presidência da República; (Primitivo inciso
CAPÍTULO IV XXVI renumerado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
DOS INSTRUMENTOS XX - Secretaria de Governo da Presidência da República; (Primitivo
inciso XXVII renumerado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
Art. 5º São instrumentos da PNSI: XXI - Advocacia-Geral da União; e (Primitivo inciso XXVIII
I - a Estratégia Nacional de Segurança da Informação; e renumerado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
II - os planos nacionais. XXII - Banco Central do Brasil. (Primitivo inciso XXIX renumerado
Art. 6º A Estratégia Nacional de Segurança da Informação conterá as pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
ações estratégicas e os objetivos relacionados à segurança da informação, em XXIII - (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, retificado no DOU
consonância com as políticas públicas e os programas do Governo federal, e de 14/6/2019)
será dividida nos seguintes módulos, entre outros, a serem definidos no XXIV - (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, retificado no DOU
momento de sua publicação: de 14/6/2019)
I - segurança cibernética; XXV - (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, retificado no DOU
II - defesa cibernética; de 14/6/2019)
III - segurança das infraestruturas críticas; XXVI - (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, retificado no DOU
IV - segurança da informação sigilosa; e de 14/6/2019)
V - proteção contra vazamento de dados. XXVII - (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, retificado no DOU
Parágrafo único. A construção da Estratégia Nacional de Segurança de 14/6/2019)
da Informação terá a ampla participação da sociedade e dos órgãos e das XXVIII - (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, retificado no
entidades do Poder Público. DOU de 14/6/2019)
Art. 7º Os planos nacionais de que trata o inciso II do caput do art. 5º XXIX - (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, retificado no DOU
conterão: de 14/6/2019)
I - o detalhamento da execução das ações estratégicas e dos § 1º Os membros do Comitê Gestor da Segurança da Informação e
objetivos da Estratégia Nacional de Segurança da Informação; os respectivos suplentes serão indicados pelos titulares dos órgãos que
II - o planejamento, a organização, a coordenação das atividades e representam e designados em ato do Ministro de Estado Chefe do Gabinete
do uso de recursos para a execução das ações estratégicas e o alcance dos de Segurança Institucional da Presidência da República. (Parágrafo com
objetivos da Estratégia Nacional de Segurança da Informação; e redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021)
III - a atribuição de responsabilidades, a definição de cronogramas e § 2º Os membros de que trata o § 1º deverão ser indicados dentre
a apresentação da análise de riscos e das ações de contingência que garantam o os agentes públicos que possuam atribuição para definir políticas ou normas
atingimento dos resultados esperados. relacionadas à tecnologia da informação ou à segurança da informação nos
Parágrafo único. Os planos nacionais serão divididos em temas e respectivos órgãos. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de
designados a um órgão responsável, conforme estabelecido na Estratégia 2/3/2021)
Nacional de Segurança da Informação. § 3º Os membros titulares do Comitê serão substituídos pelos
respectivos suplentes, em suas ausências ou impedimentos.
CAPÍTULO V § 4º A participação no Comitê Gestor da Segurança da Informação
DO COMITÊ GESTOR DA SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO e nos subcolegiados será considerada prestação de serviço público relevante,
não remunerada. (Parágrafo com redação dada pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
Art. 8º Fica instituído o Comitê Gestor da Segurança da Informação, § 5º O Coordenador do Comitê Gestor da Segurança da Informação
com atribuição de assessorar o Gabinete de Segurança Institucional da aprovará o regimento interno, que disporá sobre a organização e o
Presidência da República nas atividades relacionadas à segurança da funcionamento do Comitê, no prazo de noventa dias, contado da data de
informação. publicação do Decreto nº 9.832, de 12 de junho de 2019. (Parágrafo com redação
Art. 9º O Comitê será composto por um representante titular e dada pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
respectivo suplente indicados pelos seguintes órgãos: Art. 10. O Comitê se reunirá, em caráter ordinário,
I - Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, semestralmente e, em caráter extraordinário, por convocação de seu
que o coordenará; Coordenador.
II - Casa Civil da Presidência da República; § 1º As reuniões do Comitê ocorrerão, em primeira convocação,
III - Ministério da Justiça e Segurança Pública; (Inciso com redação com a presença da maioria simples de seus membros ou, quinze minutos
dada pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019) após a hora estabelecida, em segunda convocação, com a presença de, no
IV - Ministério da Defesa; (Primitivo inciso V renumerado pelo Decreto nº mínimo, um terço de seus membros.
9.832, de 12/6/2019) § 2º (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
V - Ministério das Relações Exteriores; (Primitivo inciso VI renumerado § 3º (Revogado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019)
pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019) § 4º As deliberações do Comitê serão aprovadas pela maioria
VI - Ministério da Economia; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº simples dos membros presentes e o Coordenador, além do voto regular, terá
9.832, de 12/6/2019) o voto de desempate.
VII - Ministério da Infraestrutura; (Inciso com redação dada pelo § 5º Os membros do Comitê Gestor da Segurança da Informação
Decreto nº 9.832, de 12/6/2019) que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente ou por
VIII - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; (Primitivo videoconferência, nos termos do disposto no Decreto nº 10.416, de 7 de julho
inciso IX renumerado pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019) de 2020, e os membros que se encontrarem em outros entes federativos
IX - Ministério da Educação; (Primitivo inciso X renumerado pelo Decreto participarão da reunião por meio de videoconferência. (Parágrafo acrescido
nº 9.832, de 12/6/2019) pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019, com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de
X - Ministério da Cidadania; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 2/3/2021)
9.832, de 12/6/2019)
XI - Ministério da Saúde; (Primitivo inciso XIV renumerado pelo Decreto Art. 10-A. O Comitê Gestor da Segurança da Informação poderá
nº 9.832, de 12/6/2019) instituir subcolegiados com o objetivo de tratar de temáticas específicas
XII - Ministério de Minas e Energia; (Primitivo inciso XVI renumerado relacionadas à segurança da informação. (Artigo acrescido pelo Decreto nº 9.832,
pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019) de 12/6/2019)
XII-A - Ministério das Comunicações; (Inciso acrescido pelo Decreto n° Art. 10-B. Os subcolegiados a que se refere o art. 10-A:
10.641, de 2/3/2021) I - serão compostos na forma de ato do Comitê Gestor da
Segurança da Informação;

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II - não poderão ter mais de sete membros; IV - instituir comitê de segurança da informação ou estrutura
III - terão caráter temporário e duração não superior a um ano; e equivalente, para deliberar sobre os assuntos relativos à PNSI;
IV - estão limitados a quatro operando simultaneamente. (Artigo V - destinar recursos orçamentários para ações de segurança da
acrescido pelo Decreto nº 9.832, de 12/6/2019) informação;
Art. 11. A Secretaria-Executiva do Comitê Gestor da Segurança da VI - promover ações de capacitação e profissionalização dos
Informação será exercida pelo Departamento de Segurança da Informação do recursos humanos em temas relacionados à segurança da informação;
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. (Artigo com VII - instituir e implementar equipe de prevenção, tratamento e
redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021) resposta a incidentes cibernéticos, que comporá a rede de equipes dos órgãos
e das entidades da administração pública federal, coordenada pelo Centro de
CAPÍTULO VI Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo do
DAS COMPETÊNCIAS Departamento de Segurança da Informação do Gabinete de Segurança
Institucional da Presidência da República; (Inciso com redação dada pelo Decreto
Seção I n° 10.641, de 2/3/2021)
Do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República VIII - coordenar e executar as ações de segurança da informação
no âmbito de sua atuação;
Art. 12. Compete ao Gabinete de Segurança Institucional da IX - consolidar e analisar os resultados dos trabalhos de auditoria
Presidência da República, nos temas relacionados à segurança da informação: sobre a gestão de segurança da informação; e
(“Caput” do artigo com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021) X - aplicar as ações corretivas e disciplinares cabíveis nos casos de
I - estabelecer norma sobre a definição dos requisitos metodológicos violação da segurança da informação.
para a implementação da gestão de risco dos ativos da informação pelos órgãos § 1º O comitê de segurança da informação interno de que trata o
e pelas entidades da administração pública federal; inciso IV do caput será composto por:
II - aprovar diretrizes, estratégias, normas e recomendações; I - o gestor da segurança da informação do órgão ou da entidade,
III - elaborar e implementar programas sobre segurança da de que trata o inciso III do caput, que o coordenará;
informação destinados à conscientização e à capacitação dos servidores II - um representante da Secretaria-Executiva ou da unidade
públicos federais e da sociedade; equivalente do órgão ou da entidade;
IV - acompanhar a evolução doutrinária e tecnológica, em âmbito III - um representante de cada unidade finalística do órgão ou da
nacional e internacional; entidade; e
V - elaborar e publicar a Estratégia Nacional de Segurança da IV - o titular da unidade de tecnologia da informação e
Informação, em articulação com o Comitê Interministerial para a comunicação do órgão ou da entidade.
Transformação Digital, criado pelo Decreto nº 9.319, de 21 de março de 2018; § 2º (Revogado pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021)
VI - apoiar a elaboração dos planos nacionais vinculados à Estratégia § 3º O comitê de segurança da informação interno dos órgãos e
Nacional de Segurança da Informação; das entidades da administração pública federal tem as seguintes atribuições:
VII - estabelecer critérios que permitam o monitoramento e a I - assessorar na implementação das ações de segurança da
avaliação da execução da PNSI e de seus instrumentos; informação;
VIII - propor a edição dos atos normativos necessários à execução da II - constituir grupos de trabalho para tratar de temas e propor
PNSI; (Inciso com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021) soluções específicas sobre segurança da informação;
IX - estabelecer os requisitos mínimos de segurança para o uso dos III - propor alterações na política de segurança da informação
produtos que incorporem recursos de segurança da informação, de modo a interna; e
assegurar a disponibilidade, a integridade, a confidencialidade e a IV - propor normas internas relativas à segurança da informação.
autenticidade da informação e garantir a interoperabilidade entre os sistemas § 4º O gestor de segurança da informação será designado dentre
de segurança da informação, ressalvadas as competências específicas de outros os servidores públicos ocupantes de cargo efetivo, empregados públicos e
órgãos; e (Inciso com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021) militares do órgão ou da entidade, com formação ou capacitação técnica
X - articular-se com centros nacionais de prevenção, tratamento e compatível com as normas estabelecidas por este Decreto. (Parágrafo acrescido
resposta a incidentes cibernéticos pertencentes a outros países. (Inciso acrescido pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021)
pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021) Art. 16. Os órgãos e as entidades da administração pública federal
Parágrafo único. Nas hipóteses de que trata o inciso IX do caput, editarão atos para definir a forma de funcionamento dos respectivos comitês
quando se tratar de competência de outro órgão, caberá ao Gabinete de de segurança da informação, observado o disposto neste Decreto e na
Segurança Institucional da Presidência da República propor as atualizações legislação.
referentes à segurança da informação. Art. 17. Compete à alta administração dos órgãos e das entidades
da administração pública federal a governança da segurança da informação,
Seção II e especialmente:
Do Ministério da Defesa I - promover a simplificação administrativa, a modernização da
gestão pública e a integração dos serviços públicos, especialmente aqueles
Art. 13. Ao Ministério da Defesa compete: prestados por meio eletrônico, com vistas à segurança da informação;
I - apoiar o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da II - monitorar o desempenho e avaliar a concepção, a
República nas atividades relacionadas à segurança cibernética; e implementação e os resultados da sua política de segurança da informação e
II - elaborar as diretrizes, os dispositivos e os procedimentos de das normas internas de segurança da informação;
defesa que atuem nos sistemas relacionados à defesa nacional contra ataques III - incorporar padrões elevados de conduta para a garantia da
cibernéticos. segurança da informação e orientar o comportamento dos agentes públicos,
em consonância com as funções e as atribuições de seus órgãos e de suas
Seção III entidades;
Da Controladoria-Geral da União IV - planejar a execução de programas, de projetos e de processos
(Denominação da Seção com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021) relativos à segurança da informação;
V - estabelecer diretrizes para o processo de gestão de riscos de
Art. 14. Compete à Controladoria-Geral da União auditar a execução segurança da informação;
das ações da PNSI de responsabilidade dos órgãos e das entidades da VI - observar as normas que estabelecem requisitos e
administração pública federal. (Artigo com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de procedimentos para a segurança da informação publicadas pelo Gabinete de
2/3/2021) Segurança Institucional da Presidência da República;
VII - implementar controles internos fundamentados na gestão de
Seção IV riscos da segurança da informação;
Dos órgãos e das entidades da administração pública federal VIII - instituir um sistema de gestão de segurança da informação;
IX - implantar mecanismo de comunicação imediata sobre a
Art. 15. Aos órgãos e às entidades da administração pública federal, existência de vulnerabilidades ou incidentes de segurança que impactem ou
em seu âmbito de atuação, compete: possam impactar os serviços prestados ou contratados pelos órgãos da
I - implementar a PNSI; administração pública federal; e
II - elaborar sua política de segurança da informação e as normas X - observar as normas e os procedimentos específicos aplicáveis,
internas de segurança da informação, observadas as normas de segurança da implementar e manter mecanismos, instâncias e práticas de governança da
informação editadas pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência segurança da informação em consonância com os princípios e as diretrizes
da República; estabelecidos neste Decreto e na legislação.
III - designar um gestor de segurança da informação interno, § 1º O planejamento e a execução de programas, de projetos e de
indicado pela alta administração do órgão ou da entidade; processos relativos à segurança da informação de que trata o inciso IV do
caput serão orientados para:

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I - a utilização de recursos criptográficos adequados aos graus de I - orientar os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal na
sigilo exigidos no tratamento das informações e as restrições de acesso implementação de programas de gestão de documentos, em qualquer
estabelecidas para o compartilhamento das informações, observada a suporte;
legislação; II - fiscalizar a aplicação dos procedimentos e das operações
II - o aumento da resiliência dos ativos de tecnologia da informação técnicas referentes à produção, ao registro, à classificação, ao controle da
e comunicação e dos serviços definidos como estratégicos pelo Governo federal; tramitação, ao uso e à avaliação de documentos, com vistas à modernização
III - a contínua cooperação entre as equipes de prevenção, dos serviços arquivísticos governamentais;
tratamento e resposta a incidentes cibernéticos na administração pública III - promover o recolhimento dos documentos de guarda
federal direta, autárquica e fundacional e o Centro de Prevenção, Tratamento e permanente para tratamento técnico, preservação e divulgação, de forma a
Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo do Departamento de Segurança garantir acesso pleno à informação, em apoio às decisões governamentais de
da Informação do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da caráter político-administrativo e ao cidadão na defesa de seus direitos, com
República; e (Inciso com redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021) vistas a incentivar a produção de conhecimento científico e cultural;
IV - a priorização da interoperabilidade de tecnologias, processos, IV - acompanhar e implementar a política nacional de arquivos,
informações e dados, com a promoção: definida pelo Conselho Nacional de Arquivos; e
a) da integração e do compartilhamento dos ativos de informação V - instruir e analisar as solicitações de registro de empresas que
do Governo federal ou daqueles sob sua custódia; executem serviços de microfilmagem. (Revogado pelo Decreto nº 10.148, de
b) da uniformização e da redução da fragmentação das bases de 2019)
informação de interesse do Governo federal e da sociedade; ...
c) da integração e do compartilhamento das redes de Art. 55. Ao Conselho Nacional de Arquivos cabe exercer as
telecomunicações da administração pública federal direta, autárquica e competências estabelecidas no Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002 .
fundacional; e
d) da padronização da comunicação entre sistemas. Art. 12. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
§ 2º O sistema de gestão de segurança da informação de que trata o Brasília, 1º de janeiro de 2019; 198º da Independência e 131º da
inciso VIII do caput identificará as necessidades da organização quanto aos República.
requisitos de segurança da informação e implementará o processo de gestão de JAIR MESSIAS BOLSONARO
riscos de segurança da informação. Sérgio Moro
Art. 18. Os órgãos e as entidades da administração pública federal Paulo Guedes
direta, autárquica e fundacional, nos atos administrativos que envolvam ativos
de tecnologia da informação, sem prejuízo dos demais dispositivos legais, [Diário Oficial da União, de 2 de janeiro de 2019 - Edição extra nº 1-A]
incorporarão as normas de segurança da informação estabelecidas pelo
Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. (Artigo com DECRETO Nº 9.618, DE 18 DE DEZEMBRO DE 2018
redação dada pelo Decreto n° 10.641, de 2/3/2021)
Declara de interesse público e social o acervo
CAPÍTULO VII documental privado do Instituto de Arqueologia
DISPOSIÇÕES FINAIS Brasileira.

Art. 19. O Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança O PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS , no exercício do
Institucional da Presidência da República editará, no prazo de noventa dias, cargo de Presidente da República, uso da atribuição que lhe confere o art. 84,
contado da data de publicação deste Decreto, glossário com a definição dos caput , inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei
termos técnicos e operacionais relativos à segurança da informação, que será nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
utilizado como referência conceitual para as normas e os regulamentos DECRETA:
relacionados à segurança da informação. Art. 1º Fica declarado de interesse público e social o acervo
Art. 20. O Ministro de Estado Chefe do Gabinete de Segurança documental privado do Instituto de Arqueologia Brasileira - IAB, por sua
Institucional da Presidência da República poderá expedir atos complementares relevância para a identidade nacional e por conter informações referentes à
necessários à aplicação deste Decreto. ocupação e à colonização do território brasileiro e pesquisas arqueológicas
Art. 21. (Revogado pelo Decreto nº 10.631, de 18/2/2021) em igrejas e fazendas em Estados brasileiros.
Art. 22. Ficam revogados: Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
I - o Decreto nº 3.505, de 13 de junho de 2000; e Brasília, 18 de dezembro de 2018; 197º da Independência e 130º da
II - o Decreto nº 8.135, de 4 de novembro de 2013. República.
Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. RODRIGO MAIA
Torquato Jardim
Brasília, 26 de dezembro de 2018; 197º da Independência e 130º da
República. [Diário Oficial da União, de 18 de dezembro de 2018 - Edição extra]

MICHEL TEMER
Sergio Westphalen Etchegoyen DECRETO Nº 9.690, DE 23 DE JANEIRO DE 2019

[Diário Oficial da União, seção 1, de 27 de dezembro de 2018] Altera o Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, que
regulamenta a Lei n º 12.527, de 18 de novembro de
2011 - Lei de Acesso à Informação.
DECRETO Nº 9.662, DE 1º DE JANEIRO DE 2019
[Ver em:
Aprova a Estrutura Regimental e o Quadro http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D9690.htm]
Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Funções de Confiança do Ministério da Justiça e DECRETO Nº 9.716, DE 26 DE FEVEREIRO DE 2019
Segurança Pública, remaneja cargos em comissão e
funções de confiança e transforma cargos em Revoga dispositivos do Decreto n º 9.690, de 23 de
comissão do Grupo-Direção e Assessoramento janeiro de 2019, que altera o Decreto nº 7.724, de 16
Superiores - DAS. de maio de 2012, que regulamenta a Lei nº 12.527, de
... 18 de novembro de 2011 - Lei de Acesso à
Art. 2 O Ministério da Justiça e Segurança Pública tem a seguinte Informação.
estrutura organizacional:
... O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso das atribuições que lhe
i) Arquivo Nacional; confere o art. 84, caput , incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo
... em vista o disposto na Lei n º 12.527, de 18 de novembro de 2011,
III - órgãos colegiados:
... DECRETA :
i) Conselho Nacional de Arquivos; (Redação dada pelo Decreto nº
10.073, de 2019) Art. 1 º Fica revogada a parte do art. 1 º do Decreto n º 9.690, de 23
... de janeiro de 2019 , que altera os § 1º , § 2 º, § 3 º e § 4º do art. 30 do Decreto nº
Art. 51. Ao Arquivo Nacional, órgão central do Sistema de Gestão de 7.724, de 16 de maio de 2012 .
Documentos de Arquivo da administração pública federal, compete:

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111
Art. 2º Ficam repristinadas as redações dadas aos § 1º , § 2º , § 3º e § Art. 3º A Comissão de Coordenação do Siga se reunirá em caráter
4º do art. 30 do Decreto nº 7.724, de 2012 , anteriormente às alterações ordinário semestralmente e em caráter extraordinário sempre que
promovidas pelo Decreto n º 9.690, de 2019 . convocada por seu Presidente ou por solicitação de dois terços dos membros.
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. § 1º O quórum de reunião da Comissão de Coordenação do Siga é
Brasília, 26 de fevereiro de 2019; 198º da Independência e 131º da de um terço dos membros e o quórum de aprovação é de maioria simples.
República. § 2º Além do voto ordinário, o Presidente da Comissão de
Coordenação do Siga terá o voto de qualidade em caso de empate.
JAIR MESSIAS BOLSONARO Art. 4º A Secretaria-Executiva da Comissão de Coordenação do
Onyx Lorenzoni Siga será exercida pelo Arquivo Nacional.
Art. 5º É vedada a divulgação das discussões em curso na
[Diário Oficial da União, de 27 de fevereiro de 2019] Comissão de Coordenação do Siga sem anuência prévia do Ministro de Estado
da Justiça e Segurança Pública.
Art. 6º As Subcomissões de Coordenação do Sistema de Gestão de
DECRETO Nº 10.148, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2019 Documentos e Arquivos da administração pública federal - Subcomissões de
Coordenação do Siga serão instituídas no âmbito dos órgãos setoriais do Siga,
Institui a Comissão de Coordenação do Sistema de com o objetivo de:
Gestão de Documentos e Arquivos da administração I - propor as modificações necessárias ao aprimoramento dos
pública federal, dispõe sobre a Comissão Permanente mecanismos de gestão de documentos e arquivos à Comissão de Coordenação
de Avaliação de Documentos, as Subcomissões de do Siga;
Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos e II - avaliar a aplicação das normas e seus resultados no âmbito
Arquivos da Administração Pública Federal e o setorial e seccional e propor os ajustes necessários, com vistas à
Conselho Nacional de Arquivos, e dá outras modernização e ao aprimoramento do Siga; e
providências. III - implementar, coordenar e controlar as atividades de gestão
de documentos e arquivos nos âmbitos setorial e seccional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe § 1º Cada Subcomissão de Coordenação do Siga será composta por
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em um representante:
vista o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, I - do respectivo órgão setorial, que a presidirá; e
DECRETA: II - de cada um dos órgãos seccionais.
CAPÍTULO I § 2º Os membros da Subcomissão de Coordenação do Siga serão
DA COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DE DOCUMENTOS E indicados pelos titulares dos órgãos ou das entidades que representam.
ARQUIVOS § 3º As Subcomissões de Coordenação do Siga se reunirão em
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Arquivo Nacional, a Comissão caráter ordinário semestralmente e em caráter extraordinário sempre que
de Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da convocada por seu Presidente ou por solicitação de dois terços dos membros.
administração pública federal - Comissão de Coordenação do Siga, à qual § 4º O quórum de reunião das Subcomissões de Coordenação do
compete: Siga é de um terço de seus membros e o quórum de aprovação é de maioria
I - propor diretrizes e normas relativas à gestão e à preservação de simples.
documentos e arquivos, no âmbito da administração pública federal; Art. 7º Os membros da Comissão de Coordenação do Siga e das
II - orientar os órgãos integrantes do Siga quanto às modificações Subcomissões de Coordenação do Siga que se encontrarem no Distrito
necessárias ao aprimoramento dos mecanismos de gestão de documentos e Federal se reunirão presencialmente e os membros que se encontrem em
arquivos; outros entes federativos participarão da reunião por meio de
III - monitorar a aplicação das normas e seus resultados, com vistas videoconferência.
à modernização e ao aprimoramento do Siga; Art. 8º A participação na Comissão de Coordenação do Siga e nas
IV - fornecer informações sobre os órgãos setoriais e seccionais ao Subcomissões de Coordenação do Siga será considerada prestação de serviço
órgão central do Siga; e público relevante, não remunerada.
V - assessorar o órgão central do Siga na execução de suas CAPÍTULO II
competências. DA COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE DOCUMENTOS
Parágrafo único. Compete ao Arquivo Nacional, na qualidade de Art. 9º Serão instituídas Comissões Permanentes de Avaliação de
órgão central do Siga, submeter as propostas de que trata o inciso I do caput, Documentos, no âmbito dos órgãos e das entidades da administração pública
aprovadas pela Comissão de Coordenação do Siga, à aprovação do Ministro de federal, órgãos técnicos com o objetivo de orientar e realizar o processo de
Estado da Justiça e Segurança Pública. análise, avaliação e seleção dos documentos produzidos e acumulados no seu
Art. 2º A Comissão de Coordenação do Siga é composta: âmbito de atuação para garantir a sua destinação final, nos termos da
I - pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que a presidirá; legislação vigente e das normas do Siga, com as seguintes competências:
II - por representantes: I - elaborar os códigos de classificação de documentos e as tabelas
a) do Arquivo Nacional; de temporalidade e destinação de documentos, que são instrumentos
b) do órgão central do Sistema de Serviços Gerais; e técnicos de gestão relativos às atividades-fim de seus órgãos e entidades e
c) do órgão central do Sistema de Administração dos Recursos de submetê-los à aprovação do Arquivo Nacional;
Tecnologia da Informação; e II - aplicar e orientar a aplicação do código de classificação de
III - pelos Presidentes das Subcomissões de Coordenação do Siga dos documentos e a tabela de temporalidade e destinação de documentos das
órgãos da administração pública federal. atividades-meio da administração pública federal e de suas atividades-fim
§ 1º Cada membro da Comissão de Coordenação do Siga terá um aprovada pelo Arquivo Nacional;
suplente, que o substituirá em suas ausências e impedimentos. III - orientar as unidades administrativas do seu órgão ou
§ 2º O membro da Comissão de Coordenação do Siga de que trata a entidade, analisar, avaliar e selecionar o conjunto de documentos produzidos
alínea “a” do inciso II do caput e respectivo suplente serão indicados pelo e acumulados pela administração pública federal, tendo em vista a
Diretor-Geral do Arquivo Nacional e designados pelo Ministro de Estado da identificação dos documentos para guarda permanente e a eliminação dos
Justiça e Segurança Pública. documentos destituídos de valor;
§ 3º Os membros da Comissão de Coordenação do Siga de que IV - analisar os conjuntos de documentos para a definição de sua
tratam as alíneas “b” e “c” do inciso II do caput e respectivos suplentes serão destinação final, após a desclassificação quanto ao grau de sigilo; e
indicados pelo Ministro de Estado da Economia e designados pelo Ministro de V - observado o disposto nos incisos I e II, submeter as listagens
Estado da Justiça e Segurança Pública. de eliminação de documentos para aprovação do titular do órgão ou da
§ 4º Os membros da Comissão de Coordenação do Siga de que trata o entidade.
inciso III do caput e respectivos suplentes serão indicados pelos titulares dos Parágrafo único. As Comissões Permanentes de Avaliação de
órgãos que representam e designados pelo Ministro de Estado da Justiça e Documentos serão instituídas por ato dos titulares dos órgãos ou das
Segurança Pública. entidades.
§ 5º O Presidente da Comissão de Coordenação do Siga poderá Art. 10. A autorização para a eliminação de documentos de que
convidar representantes de outros órgãos e entidades públicos ou privados e trata o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, ocorrerá por meio da
especialistas na matéria em discussão para participar das reuniões, sem direito aprovação das tabelas de temporalidade e destinação de documentos do
a voto. órgão ou da entidade pelo Arquivo Nacional, condicionada ao cumprimento
do disposto nos incisos I, II e V do caput do art. 9º.

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Parágrafo único. A eliminação de documentos públicos será “Art. 4º .....................................................................................................
efetuada de forma que a descaracterização dos documentos não possa ser I - planejar, coordenar e supervisionar os assuntos relativos ao
revertida. Siga, em conjunto com a Comissão de Coordenação do Siga;
Art. 11. As Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos II - definir, elaborar e divulgar as diretrizes e as normas gerais
serão compostas pelos seguintes servidores do órgão ou da entidade: relativas à gestão de documentos e arquivos a serem implementadas nos
I - servidor arquivista ou servidor responsável pelos serviços órgãos e nas entidades da administração pública federal, com apoio da
arquivísticos, que a presidirá; e Comissão de Coordenação do Siga;
II - servidores das unidades organizacionais às quais se referem os III - editar normas para regulamentar a padronização dos
conjuntos de documentos a serem avaliados e destinados para guarda procedimentos técnicos relativos às atividades de gestão de documentos,
permanente ou eliminação. independentemente do suporte da informação ou da natureza dos
§ 1º Cada membro da Comissão Permanente de Avaliação de documentos;
Documentos terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e IV - orientar a implementação, a coordenação e o controle das
impedimentos. atividades e das rotinas de trabalho relacionadas à gestão de documentos nos
§ 2º Os membros da Comissão Permanente de Avaliação de órgãos setoriais;
Documentos serão designados pelo titular do órgão ou da entidade dentre os V - divulgar normas técnicas e informações para o
seus servidores. aprimoramento do Siga junto aos órgãos setoriais e seccionais;
§ 3º A Secretaria-Executiva da Comissão Permanente de Avaliação VI - promover cooperação técnica com instituições e sistemas
de Documentos será exercida por um dos servidores a que se refere o inciso II afins, nacionais e internacionais; e
do caput. VII - promover a capacitação, o aperfeiçoamento e o treinamento
§ 4º O Presidente de cada Comissão Permanente de Avaliação de dos servidores que atuam na gestão de documentos e arquivos.” (NR)
Documentos poderá convidar representantes de outros órgãos e entidades “Art. 5º .......................................................................................................
públicos ou privados e especialistas na matéria em discussão para participar I - implementar e coordenar as atividades de gestão de
das reuniões, sem direito a voto. documentos e arquivos, em seu âmbito de atuação e dos órgãos seccionais do
Art. 12. A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos se Siga;
reunirá em caráter ordinário, no mínimo, semestralmente e em caráter II - coordenar as rotinas de trabalho, no seu âmbito de atuação e
extraordinário sempre que convocada por seu Presidente ou por solicitação de dos órgãos seccionais do Siga, com vistas à padronização dos procedimentos
um terço dos membros. técnicos relativos à gestão de documentos arquivísticos;
§ 1º O quórum de reunião da Comissão Permanente de Avaliação de .....................................................................................................................
Documentos é de maioria absoluta de seus membros e o quórum de aprovação VII - proporcionar a capacitação, o aperfeiçoamento e o
é de maioria simples. treinamento aos servidores que atuam nos serviços arquivísticos e garantir
§ 2º Além do voto ordinário, o Presidente da Comissão Permanente sua atualização.” (NR)
de Avaliação de Documentos terá o voto de qualidade em caso de empate. Art. 17. O Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, passa a vigorar
Art. 13. A participação na Comissão Permanente de Avaliação de com as seguintes alterações:
Documentos será considerada prestação de serviço público relevante, não “Art. 1º O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão
remunerada. colegiado instituído no âmbito do Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei
Art. 14. Os membros da Comissão Permanente de Avaliação de nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade definir a política
Documentos que se encontrarem no mesmo ente federativo da reunião nacional de arquivos públicos e privados.” (NR)
participarão presencialmente e os membros que se encontrem em outros entes “Art.
federativos participarão da reunião por meio de videoconferência. 2º ........................................................................................................
CAPÍTULO III .....................................................................................................................
DAS ALTERAÇÕES DOS DECRETOS Nº 4.915, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2003, E Nº III - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública
4.073, DE 3 DE JANEIRO DE 2002 atos normativos necessários ao aprimoramento e à implementação da
Art. 15. A ementa do Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003, política nacional de arquivos públicos e privados;
passa a vigorar com as seguintes alterações: .....................................................................................................................
“Dispõe sobre o Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da V - estimular programas de gestão e de preservação de
administração pública federal.” (NR) documentos públicos de âmbito federal, estadual, distrital e municipal,
Art. 16. O Decreto nº 4.915, de 2003, passa a vigorar com as produzidos ou recebidos pelo Poder Público;
seguintes alterações: ......................................................................................................................
“Art. 1º As atividades de gestão de documentos no âmbito dos X - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a
órgãos e entidades da administração pública federal ficam organizadas sob a declaração de interesse público e social de arquivos privados;
forma de sistema denominado Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos - .......................................................................................................................
Siga. XIV - manter, por meio do Arquivo Nacional, intercâmbio com
§ 1º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se arquivo o outros colegiados e instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou
conjunto de documentos produzidos e recebidos pela administração pública complementares às suas, para prover e receber elementos de informação e
federal, em decorrência do exercício de atividades específicas, qualquer que juízo, conjugar esforços e encadear ações;
seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos. XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público
..............................................................................................................” (NR) formuladores de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência,
“Art. 2º ............................................................................................... tecnologia, informação e informática;
I - garantir ao cidadão e aos órgãos e entidades da administração XVI - propor a celebração, por meio do Arquivo Nacional, de
pública federal o acesso aos arquivos e às informações neles contidas, de forma acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação técnica com órgãos e
ágil e segura, resguardados os aspectos de sigilo e as restrições legais; entidades públicas e privadas em matéria de interesse mútuo; e
II - integrar e coordenar as atividades de gestão de documentos e XVII - editar orientações técnicas para a implementação da
arquivo desenvolvidas pelos órgãos setoriais e seccionais que o integram; política nacional de arquivos, por meio de resolução.” (NR)
III - divulgar normas relativas à gestão e à preservação de “Art. 2º-A Compete ao Arquivo Nacional, quanto à implementação
documentos e arquivos; da política nacional de arquivos públicos e privados, no âmbito da
..................................................................................................................... administração pública federal:
VII - articular-se com os demais sistemas que atuam direta ou I - celebrar acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação
indiretamente na gestão da informação pública federal; e com órgãos e entidades públicas e privadas em matéria de interesse mútuo;
VIII - fortalecer os serviços arquivísticos nos órgãos e nas entidades II - propor atos normativos ao Ministro de Estado da Justiça e
da administração pública federal, com vistas à racionalização e eficiência de Segurança Pública relativos ao aprimoramento e à implementação da política
suas atividades.” (NR) nacional de arquivos públicos e privados;
“Art. 3º ....................................................................................................... III - fornecer subsídios para o arquivamento de documentos
..................................................................................................................... públicos em meio eletrônico, óptico ou equivalente, observado a legislação; e
II - como órgãos setoriais, as unidades responsáveis pela IV - estabelecer as diretrizes para a preservação e o acesso aos
coordenação das atividades de gestão de documentos e arquivos nos órgãos e documentos públicos, independentemente de sua forma ou natureza.” (NR)
nas entidades da administração pública federal; e “Art. 3º .................................................
III - como órgãos seccionais, as unidades responsáveis pela III - um representante do Poder Judiciário federal;
coordenação das atividades de gestão de documentos e arquivos nas entidades .....................................................................................................................
vinculadas aos órgãos da administração pública federal.” (NR) V - um representante dos arquivos públicos estaduais e distrital;

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VI - um representante dos arquivos públicos municipais; § 5º Além do voto ordinário, o Presidente da Comissão de
VII - um representante de associações de arquivistas; e Avaliação de Acervos Privados terá o voto de qualidade em caso de empate.
VIII - quatro representantes de instituições de ensino e pesquisa, § 6º A Secretaria-Executiva da Comissão de Avaliação de Acervos
organizações ou instituições com atuação na área de tecnologia da informação Privados será exercida pelo Arquivo Nacional.
e comunicação, arquivologia, história ou ciência da informação. § 7º Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos Privados
§ 1º Cada membro do CONARQ terá um suplente, que o substituirá que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente no
em suas ausências e impedimentos. Arquivo Nacional e os membros que se encontrem em outros entes
§ 2º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão federativos participarão da reunião por meio de videoconferência.
indicados: § 8º A participação na Comissão de Avaliação de Acervos Privados
I - na hipótese do inciso II do caput: será considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada.”
a) um pelo Ministro de Estado da Economia; e (NR)
b) um pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da “Art. 9º-A O Presidente do CONARQ encaminhará relatório anual
Presidência da República; das atividades do CONARQ ao Ministro da Justiça e Segurança Pública.” (NR)
II - na hipótese do inciso III do caput, pelo Presidente do Supremo “Art. 13 .......................................................................................................
Tribunal Federal; XII - possibilitar a participação de especialistas de órgãos e
III - na hipótese do inciso IV do caput: entidades, públicos e privados, nas câmaras técnicas e na Comissão de
a) um pelo Presidente da Câmara dos Deputados; e Avaliação de Acervos Privados; e
b) um pelo Presidente do Senado Federal; e ............................................................................................................” (NR)
IV - nas hipóteses dos incisos V a VIII do caput, por meio de seleção “Art. 20. Após nomeação dos inventariantes, liquidantes ou
pública realizada nos termos do disposto em ato do Ministro de Estado da administradores de acervos para órgãos e entidades extintos, o Ministério da
Justiça e Segurança Pública. Economia solicitará ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a
§ 3º Os membros do CONARQ e respectivos suplentes serão assistência técnica do Arquivo Nacional para a orientação necessária à
designados pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. preservação e à destinação do patrimônio documental acumulado, nos
§ 4º Os membros do CONARQ de que tratam os incisos VII e VIII do termos do disposto no § 2º do art. 7º da Lei nº 8.159, de 1991.” (NR)
caput e respectivos suplentes terão mandato de dois anos. “Art. 21. O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública,
...........................................................................................................” (NR) mediante proposta do Arquivo Nacional, editará instrução a respeito dos
“Art. 5º ...................................................................................................... procedimentos a serem observados pelos órgãos e pelas entidades da
§ 1º O CONARQ funcionará junto ao Arquivo Nacional. administração pública federal, para a execução das medidas constantes desta
§ 2º As reuniões do CONARQ serão realizadas preferencialmente por Seção.” (NR)
meio de videoconferência.” (NR) “Art. 22. Os arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas que
“Art. 6º O quórum de reunião do CONARQ é de maioria absoluta dos contenham documentos relevantes para a história, a cultura e o
membros e o quórum de aprovação é de maioria simples. desenvolvimento nacional podem ser declarados de interesse público e social
Parágrafo único. Além do voto ordinário, o Presidente do CONARQ por ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
terá o voto de qualidade em caso de empate.” (NR) ...........................................................................................................” (NR)
“Art. 7º O CONARQ poderá instituir câmaras técnicas consultivas “Art. 23. A Comissão de Avaliação de Acervos Privados, por
com a finalidade de auxiliar o Conselho a elaborar estudos e propostas iniciativa própria ou mediante provocação, encaminhará solicitação relativa
normativas e propor soluções para questões da política nacional de arquivos à declaração de interesse público e social de arquivos privados,
públicos e privados e do funcionamento do Sistema Nacional de Arquivos. acompanhada de parecer, para deliberação do Conselho Nacional de
§ 1º As câmaras técnicas consultivas serão compostas na forma de Arquivos.
ato do CONARQ e seus membros poderão ser conselheiros do CONARQ ou § 1º O parecer será instruído com avaliação técnica da Comissão
especialistas convidados. de Avaliação de Acervos Privados de que trata o art. 7º-A.
§ 2º Os membros das câmaras técnicas consultivas serão designados § 2º Da decisão do CONARQ caberá recurso ao Ministro de Estado
pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do Conselho. da Justiça e Segurança Pública, na forma prevista na Lei nº 9.784, de 29 de
§ 3º As câmaras técnicas do CONARQ: janeiro de 1999.” (NR)
I - não poderão ter mais de cinco membros; “Art. 30. O Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública
II - terão caráter temporário e duração não superior a um ano; e poderá editar normas complementares à execução do disposto neste
III - estão limitadas a cinco operando simultaneamente. Decreto.” (NR)
§ 4º Os membros das câmaras técnicas que se encontrarem no CAPÍTULO IV
Distrito Federal ou no Rio de Janeiro, a depender do local de realização da DISPOSIÇÕES FINAIS
reunião, participarão de forma presencial e os membros que se encontrem em Art. 18. Os atuais membros do CONARQ designados com
outros entes federativos participarão da reunião por meio de fundamento nos incisos VII e VIII do caput do art. 3º do Decreto nº 4.073, de
videoconferência.” (NR) 2002, com a redação anterior às alterações promovidas por este Decreto,
“Art. 7º-A Fica instituída a Comissão de Avaliação de Acervos manterão seus mandatos, excepcionalmente, até 31 de março de 2020.
Privados, no âmbito do CONARQ, de caráter permanente, à qual compete: Art. 19. Ficam revogados:
I - receber as propostas de declaração de interesse público e social I - os art. 6º, art. 7º, art. 8º e art. 11 do Decreto nº 4.915, de 2003;
de acervos privados e instruir o processo de avaliação; II - os seguintes dispositivos do Decreto nº 4.073, de 2002:
II - convidar especialistas para análise do acervo privado, quando a) os incisos IX e X do caput do art. 3º;
necessário; b) o parágrafo único do art. 7º;
III - emitir parecer conclusivo sobre o interesse público e social do c) os art. 8º e art. 18;
acervo privado para apreciação pelo Plenário do CONARQ; e d) o § 3º do art. 23; e
IV - subsidiar o monitoramento dos acervos declarados como de e) art.31;
interesse público e social pelo Poder Executivo federal. III - o parágrafo único do art. 15 do Decreto nº 1.799, de 30 de
§ 1º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados terá de três a janeiro de 1996; e
cinco membros e respectivos suplentes, nos termos do disposto em ato do IV - o inciso V do caput do art. 51 do Anexo I ao Decreto nº 9.662,
CONARQ. de 1º de janeiro de 2019.
§ 2º Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos Privados e Art. 20. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
respectivos suplentes, incluído o seu Presidente: Brasília, 2 de dezembro de 2019; 198º da Independência e 131º da
I - poderão ser conselheiros do CONARQ ou especialistas convidados; República
e
II - serão designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do JAIR MESSIAS BOLSONARO
Conselho. Sérgio Moro
§ 3º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados se reunirá em
caráter ordinário sempre que houver solicitação para análise de acervo privado [Diário Oficial da União, de 3 de dezembro de 2019]
e por convocação do seu Presidente e em caráter extraordinário por
convocação do seu Presidente ou solicitação de seus membros.
§ 4º O quórum de reunião da Comissão de Avaliação de Acervos DECRETO Nº 10.278, DE 18 DE MARÇO DE 2020
Privados é de maioria absoluta dos membros e o quórum de aprovação é de
maioria simples. Regulamenta o disposto no inciso X do caput do
art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e
no art. 2º-A da Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012,

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para estabelecer a técnica e os requisitos para a § 1º Cabe ao possuidor do documento físico a responsabilidade
digitalização de documentos públicos ou privados, a perante terceiros pela conformidade do processo de digitalização ao disposto
fim de que os documentos digitalizados produzam os neste Decreto.
mesmos efeitos legais dos documentos originais. § 2º Na hipótese de contratação de terceiros pela administração
pública federal, o instrumento contratual preverá:
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere I - a responsabilidade integral do contratado perante a
o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto no inciso administração pública federal e a responsabilidade solidária e ilimitada em
X do caput do art. 3º e no art. 18 da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e relação ao terceiro prejudicado por culpa ou dolo; e
no art. 2º-A da Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, II - os requisitos de segurança da informação e de proteção de
DECRETA: dados, nos termos da legislação vigente.
Objeto Descarte dos documentos físicos
Art. 1º Este Decreto regulamenta o disposto no inciso X do caput do Art. 9º Após o processo de digitalização realizado conforme este
art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e no art. 2º-A da Lei nº 12.682, Decreto, o documento físico poderá ser descartado, ressalvado aquele que
de 9 de julho de 2012, para estabelecer a técnica e os requisitos para a apresente conteúdo de valor histórico.
digitalização de documentos públicos ou privados, a fim de que os documentos Manutenção dos documentos digitalizados
digitalizados produzam os mesmos efeitos legais dos documentos originais. Art. 10. O armazenamento de documentos digitalizados
Âmbito de aplicação assegurará:
Art. 2º Aplica-se o disposto neste Decreto aos documentos físicos I - a proteção do documento digitalizado contra alteração,
digitalizados que sejam produzidos: destruição e, quando cabível, contra o acesso e a reprodução não autorizados;
I - por pessoas jurídicas de direito público interno, ainda que e
envolva relações com particulares; e II - a indexação de metadados que possibilitem:
II - por pessoas jurídicas de direito privado ou por pessoas naturais a) a localização e o gerenciamento do documento digitalizado; e
para comprovação perante: b) a conferência do processo de digitalização adotado.
a) pessoas jurídicas de direito público interno; ou Preservação dos documentos digitalizados
b) outras pessoas jurídicas de direito privado ou outras pessoas Art. 11. Os documentos digitalizados sem valor histórico serão
naturais. preservados, no mínimo, até o transcurso dos prazos de prescrição ou
Parágrafo único. O disposto neste Decreto não se aplica a: decadência dos direitos a que se referem.
I - documentos nato-digitais, que são documentos produzidos Preservação de documento digitalizados e entes públicos
originalmente em formato digital; Art. 12. As pessoas jurídicas de direito público interno observarão
II - documentos referentes às operações e transações realizadas no o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e nas tabelas de
sistema financeiro nacional; temporalidade e destinação de documentos aprovadas pelas instituições
III - documentos em microfilme; arquivísticas públicas, no âmbito de suas competências, observadas as
IV - documentos audiovisuais; diretrizes do Conselho Nacional de Arquivos - Conarq quanto à
V - documentos de identificação; e temporalidade de guarda, à destinação e à preservação de documentos.
VI - documentos de porte obrigatório. Vigência
Definições Art. 13. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Para fins do disposto neste Decreto, considera-se: Brasília, 18 de março de 2020; 199º da Independência e 132º da
I - documento digitalizado - representante digital do processo de República.
digitalização do documento físico e seus metadados; JAIR MESSIAS BOLSONARO
II - metadados - dados estruturados que permitem classificar, Sérgio Moro
descrever e gerenciar documentos; Paulo Guedes
III - documento público - documentos produzidos ou recebidos por
pessoas jurídicas de direito público interno ou por entidades privadas [Diário Oficial da União, de 19 de março de 2020]
encarregadas da gestão de serviços públicos; e ANEXO I
IV - integridade - estado dos documentos que não foram PADRÕES TÉCNICOS MÍNIMOS PARA DIGITALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS
corrompidos ou alterados de forma não autorizada. DOCUMENTO RESOLUÇÃO COR TIPO FORMATO
Regras gerais de digitalização
MÍNIMA ORIGINAL DE
Art. 4º Os procedimentos e as tecnologias utilizados na digitalização
ARQUIVO*
de documentos físicos devem assegurar:
I - a integridade e a confiabilidade do documento digitalizado; Textos 300 dpi Monocromático Texto PDF/A
II - a rastreabilidade e a auditabilidade dos procedimentos impressos, (preto e
empregados; sem branco)
III - o emprego dos padrões técnicos de digitalização para garantir a ilustração,
qualidade da imagem, da legibilidade e do uso do documento digitalizado; em preto e
IV - a confidencialidade, quando aplicável; e branco
V - a interoperabilidade entre sistemas informatizados.
Requisitos na digitalização que envolva entidades públicas Textos 300 dpi Escala de cinza Texto/imagem PDF/A
Art. 5º O documento digitalizado destinado a se equiparar a impressos,
documento físico para todos os efeitos legais e para a comprovação de qualquer com
ato perante pessoa jurídica de direito público interno deverá: ilustração,
I - ser assinado digitalmente com certificação digital no padrão da em preto e
Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil, de modo a garantir a branco
autoria da digitalização e a integridade do documento e de seus metadados;
II - seguir os padrões técnicos mínimos previstos no Anexo I; e Textos 300 dpi RGB (colorido) Texto/imagem PDF/A
III - conter, no mínimo, os metadados especificados no Anexo II. impressos,
Requisito na digitalização entre particulares com
Art. 6º Na hipótese de documento que envolva relações entre ilustração e
particulares, qualquer meio de comprovação da autoria, da integridade e, se cores
necessário, da confidencialidade de documentos digitalizados será válido,
desde que escolhido de comum acordo pelas partes ou aceito pela pessoa a Textos
quem for oposto o documento. manuscritos,
Parágrafo único. Na hipótese não ter havido acordo prévio entre as com ou sem
300 dpi Escala de cinza Texto/imagem PDF/A
partes, aplica-se o disposto no art. 5º. ilustração,
Desnecessidade da digitalização em preto e
Art. 7º A digitalização de documentos por pessoas jurídicas de branco
direito público interno será precedida da avaliação dos conjuntos documentais, Textos 300 dpi RGB (colorido) Texto/imagem PDF/A
conforme estabelecido em tabelas de temporalidade e destinação de manuscritos,
documentos, de modo a identificar previamente os que devem ser com ou sem
encaminhados para descarte. ilustração,
Responsabilidade pela digitalização
em cores
Art. 8º O processo de digitalização poderá ser realizado pelo
possuidor do documento físico ou por terceiros.

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Fotografias e 300 dpi RGB (colorido) Imagem PNG de firma e da autenticação em documentos
cartazes produzidos no País e institui a Carta de Serviços
ao Usuário.
Plantas e 600 dpi Monocromático Texto/imagem PNG
mapas (preto e O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe
branco) confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo
em vista o disposto na Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017,
DECRETA:
*Na hipótese de o arquivo ser comprimido, deve ser realizada Art. 1º O Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017, passa a vigorar
compressão sem perda, de forma que a informação obtida após a com as seguintes alterações:
descompressão seja idêntica à informação antes de ser comprimida. “Art. 2º Exceto se houver disposição legal em contrário, os órgãos
e as entidades do Poder Executivo federal que necessitarem de documentos
ANEXO II comprobatórios de regularidade da situação de usuários dos serviços
METADADOS MÍNIMOS EXIGIDOS públicos, de atestados, de certidões ou de outros documentos
a) Para todos os documentos: comprobatórios que constem em base de dados oficial da administração
Metadados Definição pública federal deverão obtê-los diretamente do órgão ou da entidade
Assunto Palavras-chave que representam o conteúdo do responsável pela base de dados, nos termos do disposto no Decreto nº 10.046,
documento. de 9 de outubro de 2019, e não poderão exigi-los dos usuários dos serviços
Pode ser de preenchimento livre ou com o uso públicos.” (NR)
de vocabulário controlado ou tesauro. “Art. 3º Na hipótese de os documentos a que se refere o art. 2º
Autor (nome) Pessoa natural ou jurídica que emitiu o conterem informações de caráter sigiloso sobre os usuários dos serviços
documento. públicos, o fornecimento pelo órgão ou pela entidade responsável pela base
de dados oficial deverá ser realizado com observância dos requisitos de
Data e local da Registro cronológico (data e hora) e tópico
segurança da informação e das restrições legais.
digitalização (local) da digitalização do documento.
.................................................................................................................”
Identificador do Identificador único atribuído ao documento no (NR)
documento digital ato de sua captura para o sistema informatizado “Art. 13. Os usuários dos serviços públicos poderão apresentar
(sistema de negócios). Solicitação de Simplificação aos órgãos e às entidades do Poder Executivo
Responsável pela Pessoa jurídica ou física responsável pela federal, por meio de formulário próprio denominado Simplifique!, sempre
digitalização digitalização que vislumbrarem oportunidade de simplificação ou melhoria do serviço
Título Elemento de descrição que nomeia o público.
documento. Pode ser formal ou atribuído: .................................................................................................................”
• formal: designação registrada no documento; (NR)
• atribuído: designação providenciada para “Art.
identificação de um documento formalmente 14. ...........................................................................................................
desprovido de título. V - a proposta de melhoria do serviço.” (NR)
Tipo documental Indica o tipo de documento, ou seja, a Art. 2º Ficam revogados os seguintes dispositivos do Decreto nº
configuração da espécie documental de acordo 9.094, de 2017:
com a atividade que a gerou. I - os incisos I e II do caput do art. 13; e
II - o inciso IV do caput do art. 14.
Hash (chekcsum) da Algoritmo que mapeia uma sequência de bits
Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
imagem (de um arquivo em formato digital), com a
Brasília, 18 de março de 2020; 199º da Independência e 132º da
finalidade de realizar a sua verificação de República.
integridade. JAIR MESSIAS BOLSONARO
b) Para documentos digitalizados por pessoas jurídicas de direito público Paulo Guedes
interno: Wagner de Campos Rosário
Metadados Definição
Classe Identificação da classe, subclasse, grupo ou [Diário Oficial da União, seção 1, de 19 de março de 2020]
subgrupo do documento com base em um plano
de classificação de documentos. DECRETO Nº 10.543, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2020
Data de produção (do Registro cronológico (data e hora) e tópico
documento original) (local) da produção do documento. Dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas na
Destinação prevista Indicação da próxima ação de destinação administração pública federal e regulamenta o art.
(eliminação ou guarda (transferência, eliminação ou recolhimento) 5º da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 2020,
quanto ao nível mínimo exigido para a assinatura
permanente) prevista para o documento, em cumprimento à
eletrônica em interações com o ente público.
tabela de temporalidade e destinação de
documentos das atividades-meio e das
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
atividades-fim.
confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo
Gênero Indica o gênero documental, ou seja, a em vista o disposto no art. 5º da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 2020,
configuração da informação no documento de DECRETA:
acordo com o sistema de signos utilizado na Objeto
comunicação do documento. Art. 1º Este Decreto dispõe sobre o uso de assinaturas eletrônicas
Prazo de guarda Indicação do prazo estabelecido em tabela de na administração pública federal e regulamenta o art. 5º da Lei nº 14.063, de
temporalidade para o cumprimento da 23 de setembro de 2020, quanto ao nível mínimo exigido para a assinatura
destinação. eletrônica em interações com o ente público.
Âmbito de aplicação
Art. 2º Este Decreto aplica-se à:
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA I - interação eletrônica interna dos órgãos e entidades da
SECRETARIA-GERAL administração pública federal direta, autárquica e fundacional;
SUBCHEFIA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS II - interação entre pessoas naturais ou pessoas jurídicas de direito
DECRETO Nº 10.279, DE 18 DE MARÇO DE 2020 privado, diretamente ou por meio de procurador ou de representante legal, e
os entes públicos de que trata o inciso I; e
Altera o Decreto nº 9.094, de 17 de julho de 2017, III - interação eletrônica entre os entes públicos de que trata o
que regulamenta dispositivos da Lei nº 13.460, de inciso I e outros entes públicos de qualquer Poder ou ente federativo.
26 de junho de 2017, dispõe sobre a simplificação Parágrafo único. O disposto neste Decreto não se aplica:
do atendimento prestado aos usuários dos serviços I - aos processos judiciais;
públicos, institui o Cadastro de Pessoas Físicas - II - à interação eletrônica:
CPF como instrumento suficiente e substitutivo a) entre pessoas naturais ou entre pessoas jurídicas de direito
para a apresentação de dados do cidadão no privado;
exercício de obrigações e direitos e na obtenção de b) na qual seja permitido o anonimato; e
benefícios, ratifica a dispensa do reconhecimento c) na qual seja dispensada a identificação do particular;

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III - aos sistemas de ouvidoria de entes públicos; b) os atos assinados pelo Presidente da República e pelos
IV - aos programas de assistência a vítimas e a testemunhas Ministros de Estado; e
ameaçadas; c) as demais hipóteses previstas em lei.
V - às outras hipóteses nas quais deva ser dada garantia de § 1º A autoridade máxima do órgão ou da entidade poderá
preservação de sigilo da identidade do particular na atuação perante o ente estabelecer o uso de assinatura eletrônica em nível superior ao mínimo
público; e exigido no caput, caso as especificidades da interação eletrônica em questão
VI - às interações, sem participação da administração pública federal, o exijam.
direta, autárquica e fundacional, que envolvam: § 2º A exigência de níveis mínimos de assinatura eletrônica não
a) outros Poderes; poderá ser invocada como fundamento para a não aceitação de assinaturas
b) órgãos constitucionalmente autônomos; realizadas presencialmente ou derivadas de procedimentos presenciais para
c) outros entes federativos; a identificação do interessado.
d) empresas públicas; ou § 3º A assinatura simples de que trata o inciso I do caput será
e) sociedades de economia mista. admitida para interações eletrônicas em sistemas informatizados de
Conceitos processo administrativo ou de atendimento a serviços públicos, por parte de
Art. 3º Para os fins deste Decreto, considera-se: agente público, exceto nas hipóteses do inciso III do caput.
I - interação eletrônica - o ato praticado por particular ou por Fornecimento dos meios de acesso
agente público, por meio de edição eletrônica de documentos ou de ações Art. 5º A administração pública federal direta, autárquica e
eletrônicas, com a finalidade de: fundacional adotará mecanismos para prover aos usuários a capacidade de
a) adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir ou declarar utilizar assinaturas eletrônicas para as interações com entes públicos,
direitos; respeitados os seguintes critérios:
b) impor obrigações; ou I - para a utilização de assinatura simples, o usuário poderá fazer
c) requerer, peticionar, solicitar, relatar, comunicar, informar, seu cadastro pela internet, mediante autodeclaração validada em bases de
movimentar, consultar, analisar ou avaliar documentos, procedimentos, dados governamentais;
processos, expedientes, situações ou fatos; II - para a utilização de assinatura avançada, o usuário deverá
II - validação biométrica - confirmação da identidade da pessoa realizar o cadastro com garantia de identidade a partir de validador de
natural mediante aplicação de método de comparação estatístico de medição acesso digital, incluída a:
biológica das características físicas de um indivíduo com objetivo de identificá- a) validação biográfica e documental, presencial ou remota,
lo unicamente com alto grau de segurança; conferida por agente público;
III - validação biográfica - confirmação da identidade da pessoa b) validação biométrica conferida em base de dados
natural mediante comparação de fatos da sua vida, tais como nome civil ou governamental; ou
social, data de nascimento, filiação, naturalidade, nacionalidade, sexo, estado c) validação biométrica, biográfica ou documental, presencial ou
civil, grupo familiar, endereço e vínculos profissionais, com o objetivo de remota, conferida por validador de acesso digital que demonstre elevado
identificá-la unicamente com médio grau de segurança; e grau de segurança em seus processos de identificação; e
IV - validador de acesso digital - órgão ou entidade, pública ou III - para utilização de assinatura qualificada, o usuário utilizará
privada, autorizada a fornecer meios seguros de validação de identidade certificado digital, nos termos da Medida Provisória nº 2.200-2, de 24 de
biométrica ou biográfica em processos de identificação digital. agosto de 2001.
Níveis mínimos para assinatura eletrônica § 1º Compete à Secretaria de Governo Digital da Secretaria
Art. 4º Os níveis mínimos para as assinaturas em interações Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da
eletrônicas com a administração pública federal direta, autárquica e Economia autorizar os validadores de acesso digital previstos no inciso II do
fundacional são: caput.
I - assinatura simples - admitida para as hipóteses cujo conteúdo da § 2º O órgão ou entidade informará em seu sítio eletrônico os
interação não envolva informações protegidas por grau de sigilo e não ofereça requisitos e os mecanismos estabelecidos internamente para
risco direto de dano a bens, serviços e interesses do ente público, incluídos: reconhecimento de assinatura eletrônica avançada.
a) a solicitação de agendamentos, atendimentos, anuências, § 3º Constarão dos termos de uso dos mecanismos previstos no
autorizações e licenças para a prática de ato ou exercício de atividade; caput as orientações ao usuário quanto à previsão legal, à finalidade, aos
b) a realização de autenticação ou solicitação de acesso a sítio procedimentos e às práticas utilizadas para as assinaturas eletrônicas, nos
eletrônico oficial que contenha informações de interesse particular, coletivo ou termos do inciso I do caput do art. 23 da Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018.
geral, mesmo que tais informações não sejam disponibilizadas publicamente; Assinaturas na Plataforma de Cidadania Digital
c) o envio de documentos digitais ou digitalizados e o recebimento Art. 6º As contas digitais na Plataforma de Cidadania Digital,
de número de protocolo decorrente da ação; prevista no Decreto nº 8.936, de 19 de dezembro de 2016, podem realizar
d) a participação em pesquisa pública; e assinaturas eletrônicas, respeitados os níveis mínimos previstos no art. 4º
e) o requerimento de benefícios assistenciais, trabalhistas ou deste Decreto.
previdenciários diretamente pelo interessado; Responsabilidade dos usuários
II - assinatura eletrônica avançada - admitida para as hipóteses Art. 7º Os usuários são responsáveis:
previstas no inciso I e nas hipóteses de interação com o ente público que, I - pela guarda, pelo sigilo e pela utilização de suas credenciais de
considerada a natureza da relação jurídica, exijam maior garantia quanto à acesso, de seus dispositivos e dos sistemas que provêm os meios de
autoria, incluídos: autenticação e de assinatura; e
a) as interações eletrônicas entre pessoas naturais ou pessoas II - por informar ao ente público possíveis usos ou tentativas de
jurídicas de direito privado e os entes públicos que envolvam informações uso indevido.
classificadas ou protegidas por grau de sigilo; Suspensão de acesso
b) os requerimentos de particulares e as decisões administrativas Art. 8º Em caso de suspeição de uso indevido das assinaturas
para o registro ou a transferência de propriedade ou de posse empresariais, de eletrônicas de que trata este Decreto, a administração pública federal poderá
marcas ou de patentes; suspender os meios de acesso das assinaturas eletrônicas possivelmente
c) a manifestação de vontade para a celebração de contratos, comprometidas, de forma individual ou coletiva.
convênios, acordos, termos e outros instrumentos sinalagmáticos bilaterais ou Competências do ITI
plurilaterais congêneres; Art. 9º O Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI:
d) os atos relacionados a autocadastro, como usuário particular ou I - em ato conjunto com a Secretaria de Governo Digital da
como agente público, para o exercício de atribuições, em sistema Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do
informatizado de processo administrativo eletrônico ou de serviços; Ministério da Economia, definirá os padrões criptográficos referenciais para
e) as decisões administrativas referentes à concessão de benefícios as assinaturas avançadas nas comunicações que envolvam a administração
assistenciais, trabalhistas, previdenciários e tributários que envolvam pública federal direta, autárquica e fundacional; e
dispêndio direto ou renúncia de receita pela administração pública; II - poderá atuar, em conformidade com as políticas e as diretrizes
f) as declarações prestadas em virtude de lei que constituam do Governo federal, junto a pessoas jurídicas de direito público interno no
reconhecimento de fatos e assunção de obrigações; apoio técnico e operacional relacionado à criptografia, à assinatura
g) o envio de documentos digitais ou digitalizados em atendimento a eletrônica, à identificação eletrônica e às tecnologias correlatas.
procedimentos administrativos ou medidas de fiscalização; e Normas complementares
h) a apresentação de defesa e interposição de recursos Art. 10. O Secretário Especial de Desburocratização, Gestão e
administrativos; e Governo Digital do Ministério da Economia poderá expedir atos
III - assinatura eletrônica qualificada - aceita em qualquer interação complementares para o cumprimento do disposto neste Decreto.
eletrônica com entes públicos e obrigatória para: Parágrafo único. Em caso de dúvida ou divergência quanto aos
a) os atos de transferência e de registro de bens imóveis, ressalvados critérios definidos no art. 4º, caberá à Secretaria de Governo Digital da
os atos realizados perante as juntas comerciais; Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do

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Ministério da Economia orientar e esclarecer junto aos órgãos e às entidades da CONSIDERANDO que as unidades de serviços de apoio, diagnóstico
administração pública federal os níveis mínimos para assinatura admitidos. e terapêutica têm documentos próprios, que fazem parte dos prontuários dos
Atos durante a pandemia pacientes;
Art. 11. A utilização da assinatura simples será admitida nos casos CONSIDERANDO o crescente volume de documentos armazenados
previstos nas alíneas “b” e “c” do inciso II do caput do art. 4º durante o período pelos vários tipos de estabelecimentos de saúde, conforme definição de tipos
da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente da de unidades do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde, do
pandemia da covid-19 de que trata a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, se Ministério da Saúde;
necessário para a redução de contatos presenciais ou para a realização de atos CONSIDERANDO os avanços da tecnologia da informação e de
que, de outro modo, ficariam impossibilitados. telecomunicações, que oferecem novos métodos de armazenamento e
Adaptação do processo administrativo eletrônico transmissão de dados;
Art. 12. O Decreto nº 8.539, de 8 de outubro de 2015, passa a vigorar CONSIDERANDO o teor das Resoluções CFM nos 1.605, de 29 de
com as seguintes alterações: setembro de 2000, e 1.638, de 9 de agosto de 2002;
“Art. 6º A autoria, a autenticidade e a integridade dos documentos e CONSIDERANDO o teor do Parecer CFM nº 30/02, aprovado na
da assinatura, nos processos administrativos eletrônicos, poderão ser obtidas sessão plenária de 10 de julho de 2002, que trata de prontuário elaborado em
por meio dos padrões de assinatura eletrônica definidos no Decreto nº 10.543, meio eletrônico;
de 13 de novembro de 2020.” (NR) CONSIDERANDO que o prontuário do paciente, em qualquer meio
Regras transitórias de armazenamento, é propriedade física da instituição onde o mesmo é
Art. 13. Até 1º de julho de 2021, os órgãos e as entidades da assistido - independente de ser unidade de saúde ou consultório -, a quem
administração pública federal deverão: cabe o dever da guarda do documento;
I - adequar os sistemas de tecnologia da informação em uso, para CONSIDERANDO que os dados ali contidos pertencem ao paciente
que a utilização de assinaturas eletrônicas atenda ao previsto neste Decreto; e e só podem ser divulgados com sua autorização ou a de seu responsável, ou
II - divulgar na Carta de Serviços ao Usuário os níveis de assinatura por dever legal ou justa causa;
eletrônica exigidos nos seus serviços, nos termos do art. 11 do Decreto nº 9.094, CONSIDERANDO que o prontuário e seus respectivos dados
de 17 de julho de 2017. pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis, de
Revogações modo que quando solicitado por ele ou seu representante legal permita o
Art. 14. Ficam revogados: fornecimento de cópias autênticas das informações pertinentes;
I - o Decreto nº 3.996, de 31 de outubro de 2001; CONSIDERANDO que o sigilo profissional, que visa preservar a
II - o Decreto nº 4.414, de 7 de outubro de 2002; e privacidade do indivíduo, deve estar sujeito às normas estabelecidas na
III - os § 1º e § 2º do art. 6º do Decreto nº 8.539, de 2015. legislação e no Código de Ética Médica, independente do meio utilizado para
Vigência o armazenamento dos dados no prontuário, quer eletrônico quer em papel;
Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. CONSIDERANDO o disposto no Manual de Certificação para
Brasília, 13 de novembro de 2020; 199º da Independência e 132º da Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde, elaborado, conforme convênio,
República. pelo Conselho Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Informática em
JAIR MESSIAS BOLSONARO Saúde;
Paulo Guedes Walter Souza Braga Netto CONSIDERANDO que a autorização legal para eliminar o papel
Jorge Antonio de Oliveira Francisco depende de que os sistemas informatizados para a guarda e manuseio de
prontuários de pacientes atendam integralmente aos requisitos do “Nível de
[Diário Oficial da União, de 16 de novembro de 2020] garantia de segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no referido manual;
CONSIDERANDO que toda informação em saúde identificada
RESOLUÇÕES individualmente necessita de proteção em sua confidencialidade, por ser
(Conselhos de Classe) principio basilar do exercício da medicina;
CONSIDERANDO os enunciados constantes nos artigos 102 a 109
do Capítulo IX do Código de Ética Médica, o médico tem a obrigação ética de
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA proteger o sigilo profissional;
RESOLUÇÃO CFM Nº 1331/89 CONSIDERANDO o preceituado no artigo 5º, inciso X da
(REVOGADA PELA RESOLUÇÃO CFM 1639/2002) Constituição da República Federativa do Brasil, nos artigos 153, 154 e 325 do
Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940) e no artigo 229,
inciso I do Código Civil (Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002);
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CONSIDERANDO, finalmente, o decidido em sessão plenária de
RESOLUÇÃO CFM nº 1.639/2002 11/7/2007,
resolve:
Aprova as “Normas Técnicas para o Uso de Sistemas Art. 1º Aprovar o Manual de Certificação para Sistemas de Registro
Informatizados para a Guarda e Manuseio do Eletrônico em Saúde, versão 3.0 e/ou outra versão aprovada pelo Conselho
Prontuário Médico”, dispõe sobre tempo de guarda Federal de Medicina, anexo e também disponível nos sites do Conselho
dos prontuários, estabelece critérios para Federal de Medicina e Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS),
certificação dos sistemas de informação e dá outras respectivamente, www.portalmedico.org.br e www.sbis.org.br.
providências. Art. 2º Autorizar a digitalização dos prontuários dos pacientes,
(REVOGADA PELA RESOLUÇÃO CFM 1.821, DE 11 desde que o modo de armazenamento dos documentos digitalizados obedeça
JULHO DE 2007, PUBLICADA EM 27 DE NOVEMBRO DE a norma específica de digitalização contida nos parágrafos abaixo e, após
2007) análise obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários, as normas da
Comissão Permanente de Avaliação de Documentos da unidade médico-
hospitalar geradora do arquivo.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA § 1º Os métodos de digitalização devem reproduzir todas as
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.821, DE 11 DE JULHO DE 2007 informações dos documentos originais.
§ 2º Os arquivos digitais oriundos da digitalização dos documentos
Aprova as normas técnicas concernentes à do prontuário dos pacientes deverão ser controlados por sistema
digitalização e uso dos sistemas informatizados para especializado (Gerenciamento eletrônico de documentos - GED), que possua,
a guarda e manuseio dos documentos dos minimamente, as seguintes características:
prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação a) Capacidade de utilizar base de dados adequada para o
do papel e a troca de informação identificada em armazenamento dos arquivos digitalizados;
saúde. b) Método de indexação que permita criar um arquivamento
organizado, possibilitando a pesquisa de maneira simples e eficiente;
O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições que lhe c) Obediência aos requisitos do “Nível de garantia de segurança 2
confere a Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, alterada pela Lei nº 11.000, de (NGS2)”, estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro
15 de dezembro de 2004, regulamentada pelo Decreto nº 44.045, de 19 de julho Eletrônico em Saúde;
de 1958, e Art. 3º Autorizar o uso de sistemas informatizados para a guarda e
CONSIDERANDO que o médico tem o dever de elaborar um manuseio de prontuários de pacientes e para a troca de informação
prontuário para cada paciente a que assiste; identificada em saúde, eliminando a obrigatoriedade do registro em papel,
CONSIDERANDO que o Conselho Federal de Medicina (CFM) é a desde que esses sistemas atendam integralmente aos requisitos do “Nível de
autoridade certificadora dos médicos do Brasil (AC) e distribuirá o CRM-Digital garantia de segurança 2 (NGS2)”, estabelecidos no Manual de Certificação
aos médicos interessados, que será um certificado padrão ICP-Brasil; para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde;

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Art. 4º Não autorizar a eliminação do papel quando da utilização considerando que as atividades do nutricionista nos
somente do “Nível de garantia de segurança 1 (NGS1)”, por falta de amparo estabelecimentos de saúde compreendem a de registrar em prontuário do
legal. paciente o diagnóstico nutricional, a prescrição dietética e a evolução do
Art. 5º Como o “Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)”, exige o estado nutricional e complementação de dados da intervenção realizada, de
uso de assinatura digital, e conforme os artigos 2º e 3º desta resolução, está acordo com protocolos préestabelecidos pelo serviço e aprovados pela
autorizada a utilização de certificado digital padrão ICP-Brasil, até a instituição;
implantação do CRM Digital pelo CFM, quando então será dado um prazo de considerando os critérios para prescrição dietética pelo
360 (trezentos e sessenta) dias para que os sistemas informatizados incorporem nutricionista na área de nutrição clínica e os preceitos da ética profissional
este novo certificado. relacionados aos deveres, responsabilidades e relações com outros
Art. 6º No caso de microfilmagem, os prontuários microfilmados profissionais;
poderão ser eliminados de acordo com a legislação específica que regulamenta considerando a Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, que dispõe
essa área e após análise obrigatória da Comissão de Revisão de Prontuários da sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em meios
unidade médico-hospitalar geradora do arquivo. eletromagnéticos;
Art. 7º Estabelecer a guarda permanente, considerando a evolução considerando o arcabouço legal, que dispõe sobre certificação
tecnológica, para os prontuários dos pacientes arquivados eletrônicamente em digital, infraestrutura de chave pública e garantia de segurança. resolve:
meio óptico, microfilmado ou digitalizado. CAPÍTULO I
Art. 8º Estabelecer o prazo mínimo de 20 (vinte) anos, a partir do DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
último registro, para a preservação dos prontuários dos pacientes em suporte
Art. 1º - Para fins desta Resolução, definem-se os seguintes termos:
de papel, que não foram arquivados eletronicamente em meio óptico,
- Certificado digital: arquivo de computador que identifica uma
microfilmado ou digitalizado.
pessoa física ou jurídica no mundo digital. Trata-se de um documento
Art. 9º As atribuições da Comissão Permanente de Avaliação de
eletrônico que contém o nome, um número público exclusivo, denominado
Documentos em todas as unidades que prestam assistência médica e são
detentoras de arquivos de prontuários de pacientes, tomando como base as chave pública e outros dados que identificam o profissional para outros
atribuições estabelecidas na legislação arquivística brasileira, podem ser usuários, assim como para o próprio sistema de informação.
exercidas pela Comissão de Revisão de Prontuários. - Chave pública: meio utilizado para validar uma assinatura
Art. 10º Estabelecer que o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a realizada em documentos eletrônicos.
Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), mediante convênio - Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP - Brasil):
específico, expedirão selo de qualidade dos sistemas informatizados que funcionalidade tecnológica instituída pela Medida Provisória nº 2.200, de 28
estejam de acordo com o Manual de Certificação para Sistemas de Registro de junho de 2001, que visa garantir a autenticidade e a integridade de
Eletrônico em Saúde, aprovado nesta resolução. documentos eletrônicos por meio da sistemática da criptografia assimétrica
Art. 11º Ficam revogadas as Resoluções CFM nºs 1.331/89 e 1.639/02, (chaves públicas e privadas).
e demais disposições em contrário. - Nível de Garantia de Segurança 1 (NGS1): funcionalidade
Art. 12º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. tecnológica que define inúmeros requisitos obrigatórios de segurança, tais
como controle de versão do software, controle de acesso e autenticação,
EDSON DE OLIVEIRA ANDRADE disponibilidade, comunicação remota, auditoria e documentação.
Presidente do Conselho - Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2): funcionalidade
LÍVIA BARROS GARÇÃO tecnológica que define nível mais elevado de segurança, sendo necessário
Secretária-Geral que o mesmo atinja todas as especificações do NGS1 e apresente, ainda, total
conformidade com os requisitos especificados para o NGS2. Exige a utilização
[Diário Oficial da União, de 3 de novembro de 2007] de certificados digitais ICP-Brasil para os processos de assinatura e
autenticação.
CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS - Nome social: entende-se por nome social aquele pelo qual
RESOLUÇÃO Nº 594, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2017 travestis, transgêneros e transexuais se identificam e são identificadas pela
sociedade. - Plano terapêutico: plano de cuidado de cada paciente, resultado
Dispõe sobre o registro das informações clínicas e da discussão da equipe multiprofissional, com o objetivo de avaliar ou
administrativas do paciente, a cargo do nutricionista, reavaliar diagnósticos e riscos, redefinindo as linhas de intervenção
relativas à assistência nutricional, em prontuário terapêutica dos profissionais envolvidos no cuidado.
físico (papel) ou eletrônico do paciente. - Prontuário do Paciente: conjunto agregado e organizado de
documentos, informações, sinais e imagens registrados, gerados a partir de
O CONSELHO FEDERAL DE NUTRICIONISTAS (CFN), no exercício das fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a
competências previstas na Lei nº 6.583, de 20 de outubro de 1978, no Decreto nº ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a
84.444, de 30 de janeiro de 1980, e no Regimento Interno aprovado pela comunicação entre membros da equipe multiprofissional e interdisciplinar e
Resolução CFN nº 320, de 2 de dezembro de 2003, e tendo em vista o que foi a continuidade da assistência prestada ao indivíduo.
deliberado na 320ª Sessão Plenária, Ordinária, do CFN, realizada no dia 17 de - Responsável legal: é o indivíduo investido, na forma da lei, por
dezembro de 2017, meio de contrato ou de outro ato jurídico, dos poderes para representar
considerando os avanços tecnológicos que possibilitam a construção pessoa jurídica ou outra pessoa física.
e implantação do prontuário eletrônico na área da saúde e a consequente Art. 2º - O registro de informações clínicas e administrativas do
redução de tempo no processo assistencial, com armazenamento seguro de paciente, necessárias à tomada de decisão quanto ao diagnóstico à prescrição
informações e em espaço compacto; dietética e ao monitoramento da evolução nutricional, será feito pelo
considerando que o prontuário do paciente, nos meios físico (papel) nutricionista no prontuário do paciente, em meio físico (papel) ou eletrônico.
ou eletrônico, é uma fonte de informações clínicas e administrativas para a § 1º - Esta Resolução se aplica a todos os nutricionistas que atuam
tomada de decisão e um meio de comunicação compartilhado entre os em serviços de saúde destinados à prestação de assistência à população na
profissionais da equipe de saúde; promoção e recuperação da saúde, na prevenção de doenças e na reabilitação
considerando que o prontuário e seus respectivos dados pertencem de pacientes.
ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis, de modo que quando § 2º - Compreendem-se como serviços de saúde os
solicitado por ele ou seu representante legal permita o fornecimento de cópias estabelecimentos e instituições de saúde destinados à prestação de
autênticas das informações pertinentes; assistência direta a pacientes, seja em Unidades Básicas de Saúde,
considerando o que preconiza a Lei nº 8.234, de 17 de setembro de ambulatórios e consultórios, hospitais e clínicas com internação, hospitais-
1991, que regulamenta a profissão de Nutricionista, a qual define como dia, instituições de longa permanência para idosos e em assistência
atividades privativas do nutricionista a "assistência e educação nutricional a domiciliar.
coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas e Art. 3º - O registro de informações em prontuário do paciente
privadas e em consultório de nutrição e dietética", assim como "a assistência deverá atender ao seguinte:
dietoterápica hospitalar, ambulatorial e a nível de consultórios de nutrição e I - o prontuário do paciente deverá ser preenchido de maneira
dietética, prescrevendo, planejando, analisando, supervisionando e avaliando impessoal, de forma clara, sucinta, informativa, precisa e completa, sem
dietas para enfermos"; termos populares ou que denotem orientações informais;
considerando que o sigilo profissional, que visa preservar a II - a linguagem deverá ser técnica, de forma a permitir o
privacidade do indivíduo, deve estar sujeito às normas estabelecidas na entendimento por outros profissionais que compõem a equipe
legislação e no Código de Ética do Nutricionista, independente do meio multidisciplinar e que também prestam atendimento ao paciente e que terão
utilizado para o armazenamento dos dados no prontuário, quer eletrônico quer acesso às informações sobre as avaliações, as condutas adotadas e os
em físico (papel); resultados terapêuticos;

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III - as informações dadas pelo paciente devem ser transcritas entre § 2º - Na hipótese da necessidade de plano terapêutico, a avaliação
aspas ou seguidas da sigla SIC (Segundo Informações Coletadas), utilizando-se do resultado deverá ser estabelecida pela instituição, assim como a forma dos
somente abreviações padronizadas; respectivos registros.
IV - as informações e dados contidos no prontuário do paciente são Art. 6º - Os demais atendimentos realizados e que não estejam
protegidos pelo sigilo, podendo ser divulgados somente nas hipóteses de previstos em protocolos deverão, preferencialmente, ser registrados com os
autorização do próprio paciente ou do responsável legal, ou ainda em razão de seguintes dados mínimos:
decisão judicial, de acordo com o que rege o Código de Ética do Nutricionista; I - data e horário;
V - a guarda do prontuário do paciente é de responsabilidade do II - alteração na conduta dietética ou a manutenção da conduta
serviço de saúde onde se dá a assistência, ou do nutricionista, no caso de inicial;
atendimento em consultório próprio; III - outras informações pertinentes.
VI - os prontuários deverão ser preservados observando o que segue: Art. 7º - Quando aplicável, o prontuário do paciente deverá conter
a) prontuário físico (papel): pelo prazo mínimo de 20 anos após o o registro de encerramento do acompanhamento nutricional por ocasião de
último registro, que não foram arquivados eletronicamente em meio óptico, alta, abandono do tratamento ou óbito do paciente.
microfilmado ou digitalizado; Parágrafo único - No encerramento do acompanhamento
b) prontuário eletrônico: guarda permanente, podendo ser nutricional em razão de alta, deverá haver o registro da orientação final
eliminado 20 anos após o último registro, mantendo o meio de armazenamento fornecida ao paciente, ou da informação sobre a sua dispensabilidade.
atualizado de acordo com novas tecnologias; Art. 8º - Todo e qualquer registro realizado em prontuário de
Parágrafo único - Atingidos os prazos do inciso VI, o prontuário paciente deverá ser seguido da identificação profissional, obedecendo aos
físico (papel) ou eletrônico poderá ser entregue aos herdeiros do paciente, em padrões relacionados a cada modalidade de prontuário, sendo:
caso de morte deste. I - prontuário físico (papel): nome e sobrenome, profissão,
CAPÍTULO II número de inscrição no Conselho Regional de Nutricionistas e respectiva
DOS CONTEÚDOS DO PRONTUÁRIO ELETRÔNICO E FÍSICO (PAPEL) jurisdição, com assinatura e uso de carimbo;
Art. 4º - Todas as informações clínicas e administrativas II - prontuário eletrônico: nome e sobrenome, profissão, número
relacionadas à assistência nutricional do paciente deverão ser registradas no de inscrição no Conselho Regional de Nutricionistas e respectiva jurisdição
prontuário deste. com no mínimo dois níveis de garantia de segurança, nos termos da
§ 1º - Na primeira consulta ou atendimento inicial e considerando as legislação vigente sobre a elaboração e o arquivamento de documentos em
características de cada instituição, o nutricionista deverá efetuar o registro no meios eletromagnéticos.
prontuário do paciente das seguintes informações: Art. 9º - Em atendimentos domiciliares, o prontuário deverá ser
I - identificação do paciente, salvo se tal já tiver sido feito preenchido pelo nutricionista em duas vias, destinando-se uma ao
anteriormente por outro profissional da equipe: nome completo, data de prontuário domiciliar e outra ao prontuário institucional, para acesso do
nascimento, idade, sexo, gênero, estado civil, nacionalidade, naturalidade, profissional e da equipe de atendimento conforme orientado pelo Ministério
etnia, escolaridade, profissão, endereço completo, endereço eletrônico e da Saúde, devendo o preenchimento, a cargo do nutricionista, atender no
telefones, assim como dados do responsável legal, se for o caso; a pedido do mínimo ao estabelecido nesta Resolução.
paciente poderá ser incluído o "nome social", a seguir ao nome constante da Art. 10 - No caso de atendimento clínico em grupo, o nutricionista
identificação civil; deverá registrar as informações relativas aos atendimentos nutricionais no
II - triagem nutricional para avaliação de risco nutricional e nível de prontuário de cada paciente, conforme Cartilha sobre Prontuário Eletrônico
atendimento nutricional; da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS).
III - identificação do nível de assistência de nutrição para CAPÍTULO III
estabelecer conduta dietoterápica adequada; DA DIGITALIZAÇÃO DOS PRONTUÁRIOS FÍSICOS (PAPEL)
IV - anamnese alimentar e nutricional compreendendo informações Art. 11 - Será aceita, no âmbito dos Conselhos Regionais de
sobre o nível de atividade física e mobilidade, história clínica individual e Nutricionistas, a digitalização de prontuários de pacientes sob atendimento
familiar, história pregressa do paciente relacionada à nutrição, aplicação de de nutricionista.
inquérito de consumo alimentar (com identificação do nível socioeconômico), Parágrafo único. Para a validade da digitalização será obrigatório
intolerâncias, aversões, alergias e restrições alimentares, alterações ponderais que o modo de armazenamento dos documentos digitalizados obedeça à
recentes, medicamentos em uso, queixas, sinais e sintomas, estes em especial legislação específica de digitalização, após análise obrigatória da Comissão de
do sistema digestório, exames bioquímicos prévio e atuais; Revisão de Prontuários e da Comissão Permanente de Avaliação de
V - avaliação do estado nutricional compreendendo: Documentos da unidade médico-hospitalar geradora do arquivo.
obrigatoriamente, avaliação antropométrica (peso, estatura, Índice de Massa Art. 12 - A eliminação do prontuário físico (papel) somente poderá
Corporal - IMC) e avaliação dos indicadores clínicos e laboratoriais, quando ser efetuada caso o serviço de saúde utilize sistemas informatizados para a
houver; complementarmente, exame físico nutricional, circunferências, pregas guarda e manuseio de prontuários ou para a troca de informação identificada
cutâneas e outros métodos para avaliação da composição corporal; em saúde, atendendo aos requisitos de normas vigentes.
VI - hipótese diagnóstico de nutrição, e, se couber, diagnóstico CAPÍTULO IV
nutricional, com identificação e determinação do estado nutricional do DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
paciente, com indicação do protocolo referencial utilizado; Art. 13 - Caso o serviço de saúde utilize transcritores para o
VII - determinação das necessidades nutricionais específicas, registro em prontuário eletrônico, a fim de auxiliar o trabalho dos
quando aplicável, com base na avaliação do estado nutricional realizada; profissionais, caberá ao nutricionista efetuar a conferência e confirmar a
VIII - prescrição dietética: obrigatoriamente, data, horário, certificação digital da sua prescrição, sendo todo o conteúdo da prescrição de
características da dieta (valor energético total, consistência da alimentação, sua exclusiva responsabilidade.
composição de macro e micronutrientes mais importantes para o paciente, Art. 14 - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
fracionamento, doses, incluindo volume e gramatura), conforme o caso, assim ÉLIDO BONOMO - Presidente do Conselho
como outras informações nutricionais pertinentes.
Art. 5º - Nos atendimentos subsequentes, conforme protocolo pré- [Diário Oficial da União, de 22 de dezembro de 2017, Seção 1. Entidades de
estabelecido, os registros do monitoramento da evolução nutricional deverão Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais]
considerar os planos educacional e terapêutico, caso sejam previstos pela
instituição na atenção ao paciente e conter:
I - data e horário;
II - alteração da conduta dietética, em função da avaliação da CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
aceitação e tolerância digestiva; RESOLUÇÃO CFM Nº 2.279, DE 30 DE JULHO DE 2020
III - exame físico nutricional, antropometria e avaliação bioquímica;
IV - diagnóstico nutricional, efetuado a partir da reavaliação Adota instrumentos técnicos de gestão de
nutricional do paciente; documentos de arquivo dos Conselhos de Medicina.
V - outros itens relevantes, conforme o caso.
§ 1º - Durante a internação, dever-se-á possuir um plano O CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, no uso das atribuições que
educacional, para que seja desenvolvida a educação nutricional e alimentar do lhe confere a Lei nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, regulamentada pelos
paciente, de forma interativa e multiprofissional, visando orientações para o Decretos nº 44.045, de 19 de julho de 1958, e nº 6.821, de 14 de abril de 2009, e
autocuidado, tratamento e promoção de comportamento saudável para alterada pela Lei nº 11.000, de 15 de dezembro de 2014; e
melhoria das condições de vida, envolvendo, também, sempre que possível, os CONSIDERANDO a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe
familiares, sendo que a forma de registro dessa orientação dependerá de cada sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e atribui ao Arquivo
instituição. Nacional (AN) competência para implementar e acompanhar a política
nacional de arquivos;

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CONSIDERANDO a Nota Técnica nº 45/2013 da Advocacia-Geral da Art. 4º Os Conselhos Regionais de Medicina poderão promover a
União, que concluiu que os órgãos de fiscalização profissional estão sujeitos às digitalização do seu acervo documental para fins de garantia da preservação
regras fixadas pela Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, quanto à gestão, ao e consulta da documentação, ficando autorizada a digitalização e o
recolhimento e à eliminação de documentos por eles produzidos e recebidos; armazenamento em meio eletrônico, óptico ou equivalente, de documentos
CONSIDERANDO a Resolução nº 1, de 18 de outubro de 1995, do particulares e oficiais arquivados perante os Conselhos de Medicina, desde
Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), que dispõe sobre a necessidade da que obedecidos os parâmetros estabelecidos no Decreto nº 10.278, de 20 de
adoção de planos e ou códigos de classificação de documentos nos arquivos março de 2020.
correntes, que considerem a natureza dos assuntos resultantes de suas Parágrafo único. A responsabilidade pela guarda, bem como pelos
atividades e funções; demais aspectos relativos à gestão documental, deve constar em Política de
CONSIDERANDO o artigo 18 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de Gestão Documental a ser criada pelo Conselho Regional e submetida à
2002, que regulamenta a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, no qual se aprovação do Conselho Federal de Medicina.
estabelece que em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal será Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
constituída Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, que terá a MAURO LUIZ DE BRITTO RIBEIRO
responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e Presidente do Conselho
seleção da documentação; DILZA TERESINHA AMBRÓS RIBEIRO
CONSIDERANDO que o capítulo II do Decreto nº 10.148, de 2 de Secretária-Geral
dezembro de 2019 - que institui a Comissão de Coordenação do Sistema de
Gestão de Documentos e Arquivos da Administração Pública Federal, dispõe [Diário Oficial da União, de 28 de agosto de 2020, Seção: I. Entidades de
sobre a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, as Subcomissões de Fiscalização do Exercício das Profissões Liberais/Conselho Federal de
Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da Medicina]
Administração Pública Federal e o Conselho Nacional de Arquivos, e dá outras
providências -, estabelece a competência e a composição da Comissão
Permanente de Avaliação de Documentos; CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL
CONSIDERANDO que o artigo 62 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de RESOLUÇÃO CFESS Nº 959, DE 8 DE OUTUBRO DE 2020
1998, estabelece que é crime destruir, inutilizar ou deteriorar documentos de Dispõe sobre regras e procedimentos referentes à
arquivo protegidos por lei, ato administrativo ou decisão judicial, definindo as gestão documental no âmbito do Conselho Federal de Serviço Social
sanções penais dele decorrentes;
CONSIDERANDO o artigo 1º da Portaria AN nº 398, de 25 de [Diário Oficial da União, nº 195, de 9 de outubro de 2020, Seção 1, Páginas
novembro de 2019, que aprova pelo prazo de 24 meses, contados a partir da 131/135]
data de sua publicação no Diário Oficial da União, o Código de Classificação e a
Tabela de Temporalidade e Destinação dos Documentos de Arquivo relativos às Texto integral em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/ResolucaoCfess959-
atividades-fim dos Conselhos de Fiscalização Profissional, estabelecendo que 2020.pdf>.
fica a cargo de cada órgão/entidade dar publicidade aos referidos instrumentos
de gestão de documentos;
CONSIDERANDO a necessidade de adotar instrumentos técnicos para RESOLUÇÕES FEDERAIS
definir uma Política de Gestão Documental para os Conselhos de Medicina; e
CONSIDERANDO o decidido na Sessão Plenária de 30 de julho de MINISTÉRIO DA CULTURA
2020, resolve: INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS
Art. 1º Ficam definidos como instrumentos técnicos de gestão de RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 2, DE 29 DE AGOSTO DE 2014
documentos de arquivo dos Conselhos de Medicina:
I. Para documentos de atividades-fim: o Código de Classificação de Estabelece os elementos de descrição das
Documentos e a Tabela de Temporalidade e de Destinação dos Documentos de informações sobre o acervo museológico,
Arquivo relativos às atividades-fim dos Conselhos de Fiscalização Profissional, bibliográfico e arquivístico que devem ser declarados
aprovados pela Portaria AN nº 398, de 25 de novembro de 2019; no Inventário Nacional dos Bens Culturais
II. Para documentos de atividade-meio: o Código de Classificação de Musealizados, em consonância com o Decreto nº
Documentos e a Tabela de Temporalidade e de Destinação dos Documentos de 8.124, de 17 de outubro de 2013.
Arquivo relativos às atividades-meio do Poder Executivo, aprovados pela
Portaria AN nº 47, de 14 de fevereiro de 2020.
§ 1º. Entende-se a atividade-meio como atividade que dá apoio à O PRESIDENTE DO INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS (IBRAM),
consecução das atividades-fim de uma instituição, também chamada de no uso das atribuições que lhe confere o art. 20, II e IV do Anexo I do Decreto
atividade mantenedora; e atividade-fim como a atividade desenvolvida em nº 6.845, de 7 de maio de 2009, considerando o disposto nos arts. 3º e 4º da Lei
decorrência da finalidade de uma instituição, também chamada de atividade nº 11.906, de 20 de janeiro de 2009, e na Lei 11.904, de 14 de janeiro de 2009,
finalística (Dicionário de Terminologia Arquivística). resolve:
§ 2º. Os Conselhos Regionais de Medicina deverão encaminhar Art. 1º - Esta Resolução Normativa estabelece os elementos de
relatório circunstanciado apresentando uma análise do impacto da utilização descrição das informações sobre o acervo museológico, bibliográfico e
dos instrumentos de gestão de documentos de atividade-fim, apontando as arquivístico que devem ser declarados no Inventário Nacional dos Bens
necessidades de alteração e/ou complementação, no prazo de 18 (dezoito) Culturais Musealizados - INBCM, em consonância com o Decreto nº 8.124, de
meses. 17 de outubro de 2013 e a Resolução Normativa nº 1, de 31 de julho de 2014.
Art. 2º Os Conselhos Regionais de Medicina devem nomear Comissão Art. 2º - O INBCM não substitui os outros instrumentos de
Permanente de Avaliação Documental nos termos dos artigos 9º, 10, 11, 12, 13 e documentação e pesquisa realizados nos museus.
14 do Decreto nº 10.148, de 2 de dezembro de 2019. Art. 3º - Para efeito desta Resolução Normativa, consideram-se:
Art. 3º Após a aplicação do instrumento técnico específico, os I - Os bens culturais de caráter museológico - bens materiais que
registros e procedimentos referentes à eliminação de documentos no âmbito ao serem incorporados aos museus perderam as suas funções originais e
do sistema dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina ocorrerão de acordo ganharam outros valores simbólicos, artísticos, históricos e/ou culturais,
com o estabelecido na Resolução Conarq nº 40, de 9 de dezembro de 2014, passando a corresponder ao interesse e objetivo de preservação, pesquisa e
alterada pela Resolução Conarq nº 44, de 14 de fevereiro de 2020, que dispõe comunicação de um museu.
sobre os procedimentos de eliminação de documentos no âmbito dos órgãos e II -Os bens culturais de caráter bibliográfico que sejam
entidades integrantes do poder público, e na Resolução Conarq nº 5, de 30 de classificados como obras raras que estejam enquadrados em pelo menos em
setembro de 1996, que dispõe sobre a publicação de editais para eliminação de uma das seguintes situações:
documentos nos Diários Oficiais da União, do Distrito Federal, de estados e a) primeiras impressões dos séculos (XV - XVI);
municípios, ou outras normativas que venham a substituí-las. b) impressões dos séculos XVII e XVIII;
§ 1º. Os Conselhos Regionais de Medicina deverão encaminhar ao c) obras impressas no Brasil no século XIX;
Conselho Federal de Medicina, na sua específica esfera de competência, uma d) edições clandestinas;
cópia da página do periódico oficial ou do veículo de divulgação local no qual o e) edições de tiragem reduzida;
Edital de Ciência de Eliminação de Documentos foi publicado. f) exemplares com anotações manuscritas de importância
§ 2º. Após efetivar a eliminação, os Conselhos Regionais de Medicina (incluindo dedicatórias);
devem encaminhar uma cópia do Termo de Eliminação de Documentos ao g) obras esgotadas (edições consagradas e não reeditadas);
Conselho Federal de Medicina, dando ciência de que a eliminação foi efetivada. h) obras que datam do período inicial de qualquer ramo do
conhecimento;
i) obras que possuam suportes especiais (papel de trapo,

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papel de linho, pergaminho e papiro); restrição que possa impedir a reprodução/divulgação da imagem do objeto
j) obras com ex-libris, encadernações originais, de luxo, ilustrações nos meios ou ferramentas de divulgação;
originais e/ou reproduzidas artesanalmente (xilogravura, água forte, aquarela, o) mídias relacionadas - informação facultativa acerca da inserção
etc). de arquivos de imagem, sons, vídeos e/ou textuais relacionados
III -Os bens culturais de caráter bibliográfico que sejam classificados ao objeto.
como obras preciosas, assim consideradas as coleções especiais formadas por II - Elementos de descrição para identificação do bem cultural de
materiais bibliográficos compostos por publicações que não são raras, mas que caráter bibliográfico:
tem algum valor de posse e de identidade com o museu e a instituição a qual a) número de registro -informação obrigatória do registro
pertença, e que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes situações: individual definido pela biblioteca do museu para identificação e controle do
a) obras que compõem a produção tipográfica do museu e/ou da exemplar dentro do acervo;
instituição a qual pertença; b) outros números - informação facultativa da numeração
b) obras que contam a história do museu e/ou da instituição a qual anterior atribuída ao objeto (números antigos e números patrimoniais);
pertença; c) situação - informação obrigatória da situação em que se
c) obras que caracterizam as primeiras produções tipográficas da encontra o objeto, ou seja, seu status dentro do acervo da biblioteca do
localidade a qual o museu está inserido; museu com a marcação das opções: 1-localizado; 2-não localizado; 3-
d) obras que pertençam a um conjunto bibliográfico de excluído;
personalidade ilustre. d) título - informação obrigatória do título principal, do subtítulo,
IV -Os bens culturais de caráter arquivístico, assim considerados os da série ou da coleção e da edição para os casos que houver;
conjuntos de documentos produzidos e acumulados por uma entidade coletiva, e) tipo - informação obrigatória da Designação Geral do Material
pública ou privada, pessoa ou família, no desempenho de suas atividades (DGM) com as informações a cerca da classe geral do material que pertence o
específicas, independente da natureza dos documentos e suporte da objeto (mapa, livro, periódico e outros);
informação, com valor histórico-cultural, probatório, informativo e legal que f) identificação de responsabilidade - informação obrigatória de
justifique sua guarda permanente e estejam enquadrados nos seguintes todos os responsáveis pela obra, tais como: autor, ilustrador, entidade
critérios: responsável, editor e outros;
a) fundos ou arquivos (públicos ou privados) adquiridos pelos g) local de produção -informação obrigatória da indicação
museus por meio de doação, legado, depósito, permuta, compra ou comodato geográfica do local onde a obra foi publicada;
devido ao seu valor histórico-cultural, probatório, informativo e de pesquisa h) editora - informação obrigatória do nome da editora ou
que justifiquem sua guarda permanente; distribuidora da obra;
b) coleções, assim considerados os conjuntos de documentos com i) data -informação obrigatória da data de publicação da edição;
características comuns, reunidos intencionalmente, independente de sua j) dimensão física - informação obrigatória do tamanho do objeto
proveniência, inclusive as coleções adquiridas, ou formadas artificialmente e da extensão do item de acordo com a terminologia sugerida no próprio
pelo próprio museu; objeto, em números arábicos correspondentes ao número das partes físicas
c) fundos ou arquivos institucionais, assim considerados os tais como: páginas, folhas, lâminas, cadernos;
conjuntos de documentos produzidos e acumulados no exercício das atividades k) material/técnica - informação obrigatória das características
meio e fim do museu, de valor probatório, legal, testemunhal e histórico- físicas do objeto, como materiais do suporte no qual é constituído, presença
cultural de guarda permanente que passaram pela gestão documental. de ilustrações e materiais adicionais;
Art. 4º -Para fins de identificação do bem cultural musealizado no l) encadernação - informação obrigatória das características
INBCM, os elementos de descrição que deverão compor as informações no físicas da encadernação referentes às obras raras;
preenchimento da declaração do inventário, de acordo com as especificidades m) resumo descritivo - informação obrigatória da descrição
das áreas da Museologia, da Biblioteconomia e da Arquivologia, são os textual do objeto apresentando as características que o identifique,
seguintes: inequivocamente, assim como sua função original;
I - Elementos de descrição para identificação do bem cultural de n) estado de conservação - informação obrigatória do estado de
caráter museológico: conservação em que se encontra o objeto na data da inserção das
a) número de registro -informação obrigatória do registro informações;
individual definido pelo museu para identificação e controle do objeto dentro o) assunto principal - informação obrigatória dos termos que
do acervo; indicam os assuntos principais tratados pelo objeto;
b) outros números -informação facultativa de numerações p) assunto cronológico -informação facultativa dos termos que
anteriores atribuídas ao objeto, tais como números antigos e números indicam o período tratado pela obra, caso haja;
patrimoniais; q) assunto geográfico - informação facultativa dos termos que
c) situação - informação obrigatória da situação em que se encontra indicam a área geográfica tratada pela obra, caso haja;
o objeto, o seu status dentro do acervo do museu, com a marcação das opções: r) condições de reprodução - informação obrigatória das
1- localizado; 2 -não localizado; 3 -excluído; condições de reprodução do bem cultural, informação se há alguma restrição
d) denominação - informação obrigatória do nome que identifica que possa impedir a reprodução/divulgação da imagem do bem em meios ou
o objeto; ferramentas de divulgação;
e) título - informação facultativa da denominação dada ao objeto s) mídias relacionadas - informação facultativa acerca da inserção
atribuído pelo autor, curador ou pelo profissional da documentação; de arquivos de imagem, sons, vídeos e/ou textuais relacionados ao objeto.
f) autor - informação obrigatória do nome do autor do objeto III. Elementos de descrição para identificação do bem cultural de
(individual ou coletivo); caráter arquivístico:
g) classificação -informação facultativa da classificação do objeto a) código de referência -informação obrigatória de identificação
segundo o "Thesaurus para Acervos Museológicos ou outros vocabulários da unidade de descrição a ser empreendida utilizando-se padrão do Código
controlados; de Entidade Custodiadora de Acervos Arquivísticos
h) resumo descritivo - informação obrigatória do resumo da (CODEARQ);
descrição textual do objeto, apresentando as características que o identifique b) título - informação obrigatória que identifica nominalmente a
inequivocamente e sua função original; unidade de descrição, devendo ser registrado o título original. No nível de
i) dimensões - informação obrigatória das dimensões físicas do descrição 0 (acervo da entidade custodiadora) deverá ser registrado como
objeto, considerando-se as medidas bidimensionais (altura x largura); título o nome da entidade e, no nível de descrição 1 (fundo) o título deverá
tridimensionais (altura x largura x profundidade); circulares (diâmetro x representar o produtor. No caso de uma coleção, o título deverá representar
espessura) e peso; o colecionador ou o tema da coleção;
j) material / técnica - informação obrigatória dos materiais do c) data - informação obrigatória da(s) data(s) de produção da
suporte que compõem o objeto, hierarquizando sempre a sua maior área unidade de descrição. Opcionalmente, registre outras datas crônicas
confeccionada/manufaturada e a técnica empregada na sua manufatura; pertinentes, como data(s) de acumulação ou data(s)-assunto. Caso seja
k) estado de conservação - informação obrigatória do estado de relevante, poderá ser registrado também a(s) data(s) tópica(s) de produção
conservação em que se encontra o objeto na data da inserção das informações; da unidade de descrição. Pode-se, neste elemento, trabalhar com períodos,
l) local de produção -informação facultativa da indicação geográfica ou seja, datas-limite;
do local onde o objeto foi confeccionado; d) nível de descrição - informação obrigatória do nível da unidade
m) data de produção - informação facultativa da data ou período de de descrição em relação às demais, com as seguintes definições: nível 0 =
confecção/produção/manufatura do objeto; acervo da entidade custodiadora e nível 1 = fundo ou coleção;
n) condições de reprodução -informação obrigatória com a e) dimensão e suporte -informação obrigatória das dimensões
descrição das condições de reprodução do objeto, indicando se há alguma físicas ou lógicas e o suporte da unidade de descrição. As dimensões tornam-

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se mais precisas quando associadas a informações relativas ao gênero, espécie
ou tipo de documentos. O registro das dimensões deve ser feito por gênero O Banco Central do Brasil, na forma do art. 9º da Lei nº 4.595, de 31
documental, variando conforme o nível de descrição. São considerados os de dezembro de 1964, torna público que o Conselho Monetário Nacional, em
seguintes gêneros documentais: bibliográfico, cartográfico, eletrônico, sessão realizada em 31 de março de 2016, com base nos arts. 4º, inciso VIII, da
filmográfico, iconográfico, micrográfico, sonoro, textual, tridimensional. Em referida Lei, e 23 da Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013,
caso de acervo predominantemente textual e na ausência de informação RESOLVEU :
discriminada dos demais gêneros que compõem o acervo, deverá indicar as Art. 1º Esta Resolução estabelece procedimentos para a produção
dimensões em metros lineares; e a gestão de documentos digitalizados relativos às operações e às transações
f) nome do produtor -informação obrigatória do(s) produtor(es) da realizadas pelas instituições financeiras e pelas demais instituições
unidade de descrição. Registrar a(s) forma(s) normalizada(s) do(s) nome(s) da(s) autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem como para o
entidade(s) produtora(s) da unidade de descrição. O produtor é a entidade descarte das matrizes físicas dos documentos digitalizados e armazenados
singular ou coletiva responsável, em última instância, pela acumulação do eletronicamente.
acervo. Ao longo do seu tempo de atividade, o produtor, seja uma entidade Parágrafo único. Para os efeitos desta Resolução, considera-se:
coletiva, pessoa ou família, pode ter seu nome modificado. O produtor e autor I - documento origem: matriz física do documento, relativo à
devem ser considerados figuras distintas, conforme prescrito pela Norma transação ou à operação realizada pela instituição, empregado para gerar,
Internacional de Registro de autoridade arquivística para entidades coletivas, mediante processo de digitalização, o documento digitalizado;
pessoas e famílias (ISAAR(CPF)), estabelecendo as relações pertinentes com II - digitalização: processo tecnológico que permite obter a fiel e
este elemento de descrição; íntegra imagem digital de um documento origem;
g) história administrativa / biografia - informação facultativa de III - documento digitalizado: imagem digital do documento
referenciais sistematizadas da trajetória do(s) produtor(es), da sua criação ou origem, resultante do processo de digitalização; e
nascimento até a sua extinção ou falecimento. Registrar de maneira concisa IV - descarte: eliminação definitiva do documento origem, após
informações relacionadas à história da entidade coletiva, família ou pessoa sua digitalização.
produtora da unidade de descrição; Art. 2º As instituições referidas no art. 1º devem, na digitalização
h) história arquivística -informação facultativa de referenciais de documento origem, registrar se o documento submetido à digitalização é
sistematizadas sobre a história da produção e acumulação da unidade de documento original, cópia autenticada em cartório, cópia autenticada
descrição, bem como sobre a sua custódia. Informar também sobre extravios, administrativamente ou cópia simples.
sinistros e ocorrências similares de que se tenha notícia, se possível com datas Art. 3º Deve ser produzida cópia de segurança dos documentos
precisas e outras referências; digitalizados.
i) procedência - informação facultativa para identificar a origem Art. 4º Os procedimentos e as tecnologias utilizados na
imediata de aquisição ou transferência da unidade de descrição. Registrar o digitalização de documentos e na manutenção de documentos digitalizados
nome da entidade que encaminhou, a forma e data de aquisição, podendo devem assegurar:
também incluir outras referências pertinentes; I - integridade, autenticidade, confidencialidade e possibilidade de
j) âmbito e conteúdo - informações facultativas relevantes ou rastreamento do documento digitalizado;
complementares, ao Título (b) da unidade de descrição. Informar, de acordo II - proteção do documento digitalizado contra o acesso, o uso, a
com o nível, o âmbito (contexto histórico e geográfico) e o conteúdo (tipologia alteração, a reprodução e a destruição não autorizados;
documental, assunto e estrutura da informação) da unidade de descrição; III - rastreamento e auditoria dos procedimentos empregados;
k) sistema de arranjo - informação facultativa sobre a estrutura IV - padrão de qualidade da imagem do documento digitalizado
interna, ordem e/ou sistema de arranjo da unidade de descrição. Informar que garanta a sua legibilidade e uso; e
sobre a organização da unidade de descrição, especialmente quanto ao estágio V - indexação que possibilite a localização, o gerenciamento e a
de tratamento técnico. Os estágios de tratamento mais usuais são: identificado, preservação do documento digitalizado, bem como posterior conferência da
organizado e descrito, parcial ou totalmente; regularidade das etapas do processo adotado.
l) condições de reprodução - informação obrigatória das condições Art. 5º Os documentos digitalizados e as cópias de segurança dos
de reprodução do bem cultural. Registra se há alguma restrição, a exemplo das documentos digitalizados devem ser armazenados em local seguro, que
leis, que possam impedir a reprodução/divulgação da imagem do bem em permita o rápido acesso para fins de consulta e restauração.
meios ou ferramentas de divulgação; § 1º Os documentos digitalizados devem ser devidamente
m) existência e localização dos originais - informação facultativa ordenados, classificados e catalogados.
acerca da existência e a localização, ou inexistência, dos originais de uma § 2º Os mecanismos de controle de integridade das mídias e de
unidade de descrição constituída por cópias, bem como registrar quaisquer evolução tecnológica de hardware e de software implementados devem
números de controle significativos, se o original pertencer à entidade assegurar a utilização do documento digitalizado.
custodiadora ou a outra entidade. No caso dos originais não existirem ou ser § 3º Os documentos digitalizados e as cópias de segurança dos
desconhecida a sua localização, registre essa informação; documentos digitalizados devem ser armazenados no País.
n) notas sobre conservação - informação facultativa sobre o estado Art. 6º A produção, o armazenamento, a manutenção e a
de conservação em que se encontra o fundo ou coleção na data da inserção das restauração das cópias de segurança dos documentos digitalizados devem ser
informações; realizados com base em procedimentos e requisitos que assegurem a
o) pontos de acesso e indexação de assuntos -informação facultativa proteção e a retenção das informações, com a manutenção de registros
dos procedimentos para recuperação do conteúdo de determinados elementos completos e exatos dessas cópias.
de descrição, por meio da geração e elaboração de índices baseados em § 1º Os procedimentos e os requisitos adotados no
entradas autorizadas e no controle do vocabulário; armazenamento da cópia de segurança devem assegurar a manutenção da
p) mídias relacionadas -informação facultativa acerca da inserção de segurança física e lógica necessária à sua proteção e salvaguarda.
arquivos de imagem, sons, vídeos e/ou textuais relacionados ao objeto. § 2º A cópia de segurança deve ser armazenada em local físico
Art. 5º - Esta Resolução Normativa entra em vigor na data de sua distinto do local onde está armazenado o documento digitalizado, de modo a
publicação. assegurar que eventual indisponibilidade do documento digitalizado não
comprometa o pleno acesso à cópia de segurança e vice-versa.
ANGELO OSWALDO DE ARAÚJO SANTOS § 3º As mídias e os componentes eletrônicos onde estão gravados
os dados referentes às cópias de segurança devem ser regularmente testados.
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 1 de setembro de 2014] § 4º As tecnologias, os recursos e os mecanismos de proteção
aplicados na utilização, transporte e armazenamento das mídias que contêm
MINISTERIO DA FAZENDA as cópias de segurança devem atender aos princípios de confidencialidade,
BANCO CENTRAL integridade e disponibilidade da informação, de acordo com seu nível de
RESOLUÇÃO Nº 4.474, DE 31 DE MARÇO DE 2016 criticidade.
§ 5º Os procedimentos de restauração e de teste das cópias de
Dispõe sobre a digitalização e a gestão de segurança devem ser documentados.
documentos digitalizados relativos às operações e § 6º O processo operacional relacionado à produção, ao
às transações realizadas pelas instituições armazenamento e à manutenção das cópias de segurança deve possibilitar o
financeiras e pelas demais instituições autorizadas monitoramento da execução das cópias e a detecção de falhas de cópias de
a funcionar pelo Banco Central do Brasil, bem segurança programadas.
como sobre o procedimento de descarte das Art. 7º As responsabilidades e os critérios para concessão,
matrizes físicas dos documentos digitalizados e manutenção, revisão e revogação das autorizações de acesso aos sistemas, às
armazenados eletronicamente. informações relativas aos documentos digitalizados e às cópias de segurança

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devem ser definidos de modo a garantir que apenas pessoas autorizadas PORTARIA FEDERAL
tenham acesso aos sistemas e às informações.
§ 1º Os acessos devem ser rastreáveis por meio dos registros de
trilha de auditoria. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
§ 2º A concessão de autorização de acesso deve seguir fluxo e alçada SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
de controle da instituição e deve gerar registro para a trilha de auditoria. PORTARIA Nº 58, DE 20 DE JUNHO DE 1996
§ 3º As autorizações de acesso devem ser revistas periodicamente. [REVOGADA PELA PORTARIA Nº 17, DE 30 DE MARÇO DE 2001]
Art. 8º Os ambientes onde são armazenadas as mídias ou a [REVOGADA PELA PORTARIA Nº 29, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008]
infraestrutura que contêm as cópias de segurança devem possuir controles de
acesso físico e lógico que restrinjam o acesso não autorizado e que permitam o MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
rastreamento, bem como a identificação dos motivos dos acessos. SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
Art. 9º Para assegurar a autenticidade e a integridade do documento PORTARIA Nº 17, DE 30 DE MARÇO DE 2001
digitalizado, deve ser utilizado padrão de assinaturas digitais legalmente aceito, [REVOGADA PELA PORTARIA Nº 29, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008]
que permita a conferência das assinaturas digitais durante todo o período de
validade do documento.
Art. 10. As instituições referidas no art. 1º podem descartar o PRESIDENCIA DA REPÚBLICA
documento origem após a sua digitalização. CASA CIVIL
PORTARIA Nº 5, DE 7 DE FEVEREIRO DE 2002
§ 1º O descarte de que trata o caput deve ser compatível com as
Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional
disposições da legislação específica aplicável aos direitos e às obrigações
de Arquivos – CONARQ.
consignados no documento origem.
[REVOGADA PELA PORTARIA Nº 2.588, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011,
§ 2º Previamente ao descarte de que trata o caput, as instituições
DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA]
mencionadas no art. 1º devem averiguar se a eliminação do documento origem
poderá, direta ou indiretamente, impedir, prejudicar, dificultar ou mitigar, por
qualquer forma, a tutela judicial ou extrajudicial dos direitos e dos interesses MINISTERIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
que decorram, direta ou indiretamente, do documento origem, inclusive no SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
que diz respeito à produção de provas. PORTARIA Nº 3, DE 16 DE MAIO DE 2003
§ 3º O descarte de documentos origem protegidos por legislação ou
regulamentação específica, tais como documentos oficiais ou públicos, [Portaria, destinada a orientar os órgãos da Presidência da República,
documentos com valor de guarda permanente e documentos de valor histórico, Ministérios, autarquias e fundações integrantes do Sistema de Serviços
deve observar as disposições dos respectivos atos normativos. Gerais – SISG, quanto aos procedimentos relativos às atividades de
§ 4º É vedado o descarte de documentos origem que apresentem Comunicações Administrativas, para utilização do número único de
danos materiais que prejudiquem sua legibilidade. processos e documentos]
§ 5º O cheque, após sua digitalização, somente pode ser descartado
sessenta dias após liquidado. O SECRETÁRIO DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO,
Art. 11. Os procedimentos utilizados na digitalização, na guarda de DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso da
documentos digitalizados e de cópias de segurança e no descarte de atribuição que lhe confere o Decreto nº 3.858, de 4 de julho de 2001, e tendo
documentos devem ser submetidos a testes periódicos pela auditoria interna e em vista o disposto no Decreto nº 1.094, de 23 de março de 1994, resolve:
serem consistentes com os controles internos da instituição. Art. 1º Baixar a presente Portaria, destinada a orientar os órgãos
Art. 12. Os procedimentos e as tecnologias utilizadas na digitalização de da Presidência da República, Ministérios, autarquias e fundações integrantes
documentos, que envolvem a produção, o armazenamento, a manutenção e o do Sistema de Serviços Gerais – SISG, quanto aos procedimentos relativos às
acesso aos documentos digitalizados e às cópias de segurança dos documentos atividades de Comunicações Administrativas, para utilização do número
digitalizados, bem como o procedimento de descarte de documentos origem, único de processos e documentos.
devem ser descritos em manual específico da instituição. Art. 2º Os processos autuados pelos órgãos públicos federais
Art. 13. As instituições mencionadas no art. 1º podem contratar integrantes do SISG deverão adotar a sistemática de numeração única de
terceiros para a prestação dos serviços de digitalização de documentos no País. processo e/ou documentos, de acordo com o disposto nesta Portaria, visando
§ 1º A instituição contratante dos serviços de que trata o caput é a integridade do número atribuído ao processo e/ou documento, na unidade
responsável pela integridade, pela confiabilidade, pela segurança e pelo sigilo protocolizadora de origem.
em relação à digitalização de documentos realizada por terceiros, bem como Parágrafo único. Entende-se por unidade protocolizadora, a
pelo cumprimento da legislação e da regulamentação relativa ao procedimento unidade organizacional que tenha, dentre suas competências,
de digitalização e de descarte de documentos origem. independentemente da sua denominação e hierarquia, na escritura do órgão
§ 2º Na hipótese de contratação de terceiros para prestação de que integra, a responsabilidade pela autuação/numeração de processos e/ou
serviços de digitalização de documentos, é vedado o armazenamento das documentos.
Art. 3º...
cópias de segurança pelo contratado.
§ 3º Os contratos referentes à prestação dos serviços de digitalização
[Diário Oficial da União, de 19 de maio de 2003. Seção 1]
de documentos de que trata o caput devem prever:
[Texto integral:
I - observância, pelo prestador de serviços contratado, aos
<http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=80&
procedimentos e às tecnologias utilizadas na digitalização de documentos data=19/05/2003>]
descritos no manual específico da instituição contratante, de que trata o art. 12;
II - acesso irrestrito da instituição contratante aos processos, aos
documentos e às informações relativas à digitalização visando ao cumprimento MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO -
do disposto no art. 11; e SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
III - permissão de acesso do Banco Central do Brasil aos contratos PORTARIA NORMATIVA Nº 05, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2002
firmados, à documentação e às informações referentes aos serviços prestados,
bem como às dependências do contratado. Dispõe sobre os procedimentos gerais para utilização dos
Art. 14. A documentação e os registros relativos aos mecanismos de serviços de protocolo, no âmbito da Administração Pública
controle, procedimentos, testes e trilhas de auditoria devem ser mantidos à Federal, para os órgãos e entidades integrantes do Sistema de
disposição do Banco Central do Brasil pelo prazo mínimo de cinco anos. Serviços Gerais - SISG.
Art. 15. O Banco Central do Brasil poderá estabelecer requisitos [Diário Oficial da União de 23 de dezembro de 2002]
técnicos e procedimentos operacionais a serem observados no processo de
digitalização e de descarte de documentos de que trata esta Resolução. [Republicada por ter saído com incorreção, no Diário Oficial da União, seção
Art. 16. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 1, de 23 de dezembro de 2002, pg. 1]
[Texto integral em:
Anthero de Moraes Meirelles <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=23/12/20
Presidente do Banco Central do Brasil, substituto 02&jornal=1&pagina=274&totalArquivos=304>]

[Diário Oficial da União, de 1º de abril de 2016, Seção 1, páginas 26 e 27] MINISTÉRIO DA CULTURA
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA Nº 259, DE 2 DE SETEMBRO DE 2004

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[Cria o Comitê Nacional do Brasil do Programa PORTARIA Nº 73, DE 13 DE SETEMBRO DE 2005
Memória do Mundo da UNESCO] [Revogada pela Portaria nº 29, de 10 de setembro de 2008]

O MINISTRO DE ESTADO DA CULTURA, Interino, no uso de suas


atribuições, previstas no art. 87 da Constituição Federal combinado com o art. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
27 - VI da Lei 10.683 de 28 de maio de 2003, considerando a importância da SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
preservação do patrimônio documental brasileiro para o desenvolvimento da PORTARIA nº 29, DE 10 DE SETEMBRO DE 2008
nação, resolve: SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
Art. 1º - Criar o Comitê Nacional do Brasil do Programa Memória do [Revogada pela Portaria nº 12, de 8 de junho de 2009]
Mundo da UNESCO.
Art. 2º - O Comitê tem como objetivo assegurar a preservação das O SECRETÁRIO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas atribuições
coleções documentais de importância mundial, por meio de seu registro na legais e, CONSIDERANDO ser da competência da Secretaria Nacional de
lista do patrimônio documental da humanidade, democratizar o seu acesso e Justiça conceder o registro e proceder à fiscalização do exercício da atividade
criar a consciência sobre a sua importância e a necessidade de preservá-lo. de microfilmagem de documentos, em conformidade com o parágrafo único,
Art. 3º - O Comitê tem as seguintes atribuições: do art. 15, do Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro de 1996, combinado com o
I - Promover os objetivos do Programa Memória do Mundo da artigo 12, inciso VIII, da Estrutura Regimental do Ministério da Justiça,
UNESCO, de acordo com suas diretrizes, que visam assegurar a preservação e o aprovada pelo Decreto nº 3.968, de 21 de dezembro de 2000, resolve:
acesso ao patrimônio documental e bibliográfico de importância mundial. Art. 1º Estão obrigadas ao registro, neste Ministério, as empresas
II - Trabalhar em consonância com o Comitê Regional da América que exerçam atividade de microfilmagem de documentos.
Latina e Caribe, para o Programa Memória do Mundo, por meio do Parágrafo único. Os detentores dos documentos a serem
Representante do Brasil neste Comitê, na preservação e nominação das microfilmados e os órgãos públicos que microfilmem documentos para
Coleções do Brasil e da região. terceiros são igualmente sujeitos ao registro referido no caput deste artigo.
III - Realizar reuniões nas regiões do país, com o apoio do Ministério Art. 2º O referido registro será concedido em caráter provisório,
da Cultura, para que os objetivos do Programa Memória do Mundo e as ações tornando-se definitivo após um ano, se não houver comprovação de
do Comitê possam ser disseminados e discutidos em todo o Brasil. irregularidade.
IV - Identificar, avaliar e selecionar documentos e coleções de Art. 3º O pedido de registro deve ser formulado por meio de
importância mundial para que sejam encaminhados aos registros do Programa requerimento escrito à Secretaria Nacional de Justiça, encaminhado ao
Memória do Mundo em seus três níveis: Nacional, Regional da América Latina e Departamento de Justiça, Classificação, Título e Qualificação, situado na
do Caribe com o Mundial. Esplanada dos Ministérios, Ministério da Justiça, Anexo II, 2º andar - sala 213,
V - Supervisionar os projetos e atividades nacionais que estejam CEP 70064-900, em Brasília/DF, acompanhado dos seguintes documentos e
dentro do escopo do Programa. informações:
VI - Apoiar os órgãos competentes na formulação de políticas I - documento comprobatório da existência legal da requerente,
nacionais que permitam definir, registrar, salvaguardar e dar acesso ao com as respectivas alterações, devidamente registradas;
patrimônio arquivístico e bibliográfico do Brasil. II - comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
VII - Propor mecanismos que favoreçam a Cooperação, a difusão e o Jurídica, no Ministério da Fazenda (CNPJ);
intercâmbio da informação sobre a conservação do patrimônio documental e III - em se tratando de serviços notariais e de registro,
bibliográfico do País. apresentação de cópia de título de nomeação para o cargo de titular e
VIII - Promover junto aos órgãos públicos e entidades da substituto ou outro ato que comprove a existência do serviço notarial e de
Administração Pública do País e de Instituições Privadas, a conscientização registro;
para a salvaguarda do Patrimônio documental e bibliográfico do Brasil, IV - qualificação completa dos dirigentes da empresa, do titular do
considerando parte essencial de nosso patrimônio cultural. serviço notarial e de registro;
IX - Elaborar o Regulamento do Comitê e submetê-lo à aprovação do V - qualificação completa da pessoa responsável pela unidade que
Ministério da Cultura. executa serviços de microfilmagem;
Art. 4º Da Composição: VI - endereço completo da sede da empresa, do serviço notarial e
I - A composição do Comitê estará limitada a 17 (dezessete) de registro;
membros. VII - endereço completo do local da execução da microfilmagem;
II - O Comitê Nacional do Brasil será formado pela representante do VIII - relação completa do equipamento a ser utilizado na
Brasil no Comitê Regional da América Latina e Caribe e pelas Instituições e microfilmagem (convencional ou eletrônico), acompanhada da prova de sua
segmentos seguintes: titularidade;
1. Arquivo Nacional IX - declaração do requerente, por escrito, de que informará ao
2. Comissão Nacional da Unesco - IBECC/MRE Ministério da Justiça eventuais alterações com relação à denominação,
3. Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ mudança de endereço ou substituição do responsável pela unidade que
4. Fundação Biblioteca Nacional executa serviços de microfilmagem.
5. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN Parágrafo único. Os documentos referidos nos incisos I, II, III, e
6. Ministério da Cultura VIII devem ser apresentados por cópias autenticadas.
7. Arquivos audiovisuais Art. 4º Ficam revogadas as Portarias nº 73, de 13 de setembro de
8. Arquivos eclesiásticos 2005 e, nº 17, de 30 de março de 2001 e nº 58, de 20 de junho de 1996.
9. Arquivos militares Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
10. Arquivos municipais / estaduais
11. Arquivos privados ROMEU TUMA JÚNIOR
12. Associações de ensino e pesquisa.
III - O Comitê será integrado, ainda, por dois membros especialistas [Diário Oficial da União, nº 177, Seção 1, de 12 de setembro de 2008]
de renomado conhecimento, que serão convidados por sua atuação na área de
preservação do Patrimônio Documental Brasileiro.
IV - Os trabalhos do Comitê são dirigidos por uma Mesa Diretora PRESIDENCIA DA REPÚBLICA
composta por um Presidente, um Vice-Presidente e um Relator, que serão CASA CIVIL
eleitos entre os profissionais indicados para compor o Comitê. PORTARIA Nº 204, DE 13 DE MAIO DE 2009
V - O mandato dos membros do Comitê é de dois anos, podendo ser
renovado de acordo com o regulamento do Comitê a ser elaborado. Cria o “Centro de Referência das Lutas Políticas no
VI O trabalho no Comitê é totalmente voluntário, não sendo Brasil (1964-1985) - Memórias Reveladas”, no
recebida nenhuma remuneração pela participação do profissional. âmbito do Arquivo Nacional da Casa Civil da
Art. 5º - O funcionamento do Comitê está vinculado à existência do Presidência da República.
Programa Memória do Mundo da UNESCO.
Art. 6º - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação. A MINISTRA DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA
DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo
JOÃO LUIZ SILVA FERREIRA único, inciso I, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 1º e 2º da
Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, 1º, incisos I, III, V, VI e VII, e 13 do Anexo
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 6 de setembro de 2004] I ao Decreto nº 5.135, de 7 de julho de 2004, e
Considerando que o acesso à informação é parte dos direitos
fundamentais assegurados pela Constituição;
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Considerando a necessidade de apoiar a formulação e
SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA implementação de políticas públicas voltadas para a gestão, preservação e

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divulgação do patrimônio documental nacional, valorizando a memória como RESOLVEM:
direito humano fundamental; Art. 1º Fica determinada a realização de chamada pública para
Considerando a necessidade de identificar, recensear, organizar, entrega de documentos e registro de informações referentes ao período de 1º
preservar e abrir à consulta documentos de interesse para o tema da repressão de abril de 1964 a 15 de março de 1985, e cujo conteúdo:
política, produzidos e acumulados por entidades públicas ou por pessoas e I - diga respeito a toda e qualquer investigação, perseguição,
instituições privadas; prisão, interrogatório, cassação de direitos políticos, operação militar ou
Considerando a oportunidade de fortalecer as instituições policial, infiltração, estratégia e outras ações levadas a efeito com o intuito
arquivísticas públicas, transformando-as em espaços de cidadania aptos a de apurar ou punir supostos ilícitos ou envolvimento político oposicionista
disponibilizar ou receber documentos relativos à ação repressora do Estado de cidadãos brasileiros e estrangeiros;
brasileiro, qualquer que seja sua origem; II - seja referente a atos de repressão a opositores ao regime que
Considerando a importância de estabelecer intercâmbio de dados e vigorou no País de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985; ou
informações com programas congêneres, em especial na América Latina; III - inclua informação relacionada a falecimentos ou possível
RESOLVE: localização de corpos de desaparecidos políticos.
Art. 1º Fica criado, no âmbito do Arquivo Nacional da Casa Civil da Art. 2º A presente chamada terá início com a publicação de edital
Presidência da República, o “Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil pelo Arquivo Nacional, cujo texto observará os seguintes princípios e
(1964-1985) - Memórias Reveladas”, com o objetivo de tornar-se espaço de diretrizes:
convergência e difusão de documentos ou informações produzidos ou I - as informações ou documentos a que se refere esta Portaria
acumulados sobre o regime político que vigorou no período de 1º de abril de poderão ser apresentados, perante o Arquivo Nacional, por qualquer pessoa
1964 a 15 de março de 1985, bem como pólo incentivador e dinâmico de estudos, que os detenha, inclusive servidores públicos e militares;
pesquisas e reflexões sobre o tema. II - respeito ao anonimato daqueles que prestarem informações
Parágrafo único. O Centro de Referência gerenciará e disponibilizará ou apresentarem os documentos;
dados sobre o regime político mencionado no caput e suas consequências III - será facultado o acesso público às informações e documentos
Art. 2º O “Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964- recebidos pelo Arquivo Nacional, ressalvados os casos de sigilo previstos na
1985) - Memórias Reveladas” tem como objetivo: legislação em vigor;
I - estimular a organização e a gestão do acervo documental sobre o IV - o edital de chamada pública deverá disciplinar os
regime político previsto no art. 1º, física e eletronicamente, assim como procedimentos para a coleta das informações e documentos, admitida a sua
articular, com os Estados, Distrito Federal e Municípios, a convergência e apresentação por qualquer meio, e para sua remessa ao Arquivo Nacional,
difusão de informações e dados sob custódia de órgãos e entidades públicas e nos termos do art. 18 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e
privadas; V - o Arquivo Nacional adotará as providências necessárias para
II - estimular a pesquisa sobre o regime político de que trata o art. 1º que se dê ampla publicidade ao edital de chamada pública junto aos meios de
nas áreas da sociologia, antropologia, história, ciência política e direito, comunicação.
mediante a garantia do acesso aos dados e informações sobre a produção Art. 3º O edital mencionado no art. 2º será publicado no Diário
bibliográfica, assim como das fontes primárias sob a guarda de instituições e Oficial da União na mesma data de publicação desta Portaria.
entidades públicas e privadas; Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
III - promover amplo acesso às fontes de informação e de DILMA ROUSSEFF
conhecimento, por meio de banco de dados a ser constituído no Arquivo Jorge Armando Félix
Nacional, com sua disponibilização em portal próprio; Tarso Genro
IV - contribuir para o debate de natureza acadêmica e política sobre Nelson Azevedo Jobim
o regime político de que trata o art. 1º, mediante a organização de seminários e Celso Luiz Nunes Amorim
eventos de caráter interdisciplinar; e José Antonio Dias Toffoli
V - promover concursos monográficos, incentivando a produção de Paulo de Tarso Vannucchi
conhecimento em vários níveis, assim como intercâmbio com instituições
congêneres, nacionais e estrangeiras. [Diário Oficial da União, de 14 de maio de 2009, nº 90, Seção 1, p.2]
Parágrafo único. Para a plena consecução dos objetivos do “Centro
de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) - Memórias Reveladas”,
o Arquivo Nacional poderá firmar acordos de cooperação técnica com os MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Estados, o Distrito Federal, os Municípios, órgãos e entidades, públicas e SECRETARIA NACIONAL DE JUSTIÇA
privadas, detentoras de acervo de interesse para a temática daquele Centro, PORTARIA Nº 12, DE 8 DE JUNHO DE 2009
com vistas ao desenvolvimento de ações e atividades de interesse comum.
Art. 3º O Arquivo Nacional proverá a infra-estrutura necessária para Dispõe sobre o registro e fiscalização do exercício da
promover o gerenciamento do “Centro de Referência das Lutas Políticas no atividade de microfilmagem de documentos e revoga
Brasil (1964-1985) - Memórias Reveladas”, dando-lhe suporte técnico e a Portaria nº 29, de 10 de setembro de 2008.
administrativo para a realização de suas atividades.
Art. 4º Esta Portaria entrará vigor na data de sua publicação. O SECRETÁRIO NACIONAL DE JUSTIÇA DO MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA, no uso das atribuições legais e, Considerando o disposto no
DILMA ROUSSEFF parágrafo único, do artigo 15, do Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro de 1996,
que regulamenta a Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, combinado com o
[Diário Oficial da União, de 14 de maio de 2009, nº 90, Seção 1, p.2] artigo 8º, inciso VI, da Estrutura Regimental do Ministério da Justiça,
aprovada pelo Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007; e
Considerando que o Decreto mencionado acima prevê o cadastro
PRESIDENCIA DA REPÚBLICA no Ministério da Justiça das empresas e serviços notariais e de registro que
CASA CIVIL executam serviços de microfilmagem, não exigindo o cadastramento de
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 205, DE 13 DE MAIO DE 2009. usuários, consumidores ou órgãos públicos que executam microfilmagem de
documentos internos, resolve:
Dispõe sobre a realização de chamada pública para Art. 1º Estão obrigados a inscrição, neste Ministério, as empresas e
apresentação de documentos ou informações produzidos ou serviços notariais e de registro que exerçam atividade de microfilmagem de
acumulados sobre o regime político que vigorou no período de documentos.
1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985 Parágrafo único. Os órgãos públicos que executam microfilmagem
de documentos para terceiros estão sujeitos à inscrição referida no caput
OS MINISTROS DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA deste artigo.
DA REPÚBLICA, CHEFE DO GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA Art. 2º A mencionada inscrição será provisória, tornando-se
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, DA JUSTIÇA, DA DEFESA, DAS RELAÇÕES definitiva após um ano, caso não haja comprovação de irregularidade.
EXTERIORES, DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO E O SECRETÁRIO ESPECIAL DOS Art. 3º O pedido de inscrição deverá ser formulado por meio de
DIREITOS HUMANOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que requerimento escrito à Secretaria Nacional de Justiça, encaminhado ao
lhes confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da Constituição, e Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação (DEJUS),
situado na Esplanada dos Ministérios, Ministério da Justiça, Anexo II, 2º
CONSIDERANDO a necessidade de se promover amplo acesso às andar - sala 213, CEP 70064-900, em Brasília/ DF, acompanhado dos seguintes
fontes de informação e de conhecimento sobre o regime político que vigorou documentos e informações:
no período de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985; I - cópia autenticada do comprovante atualizado da existência
CONSIDERANDO a possível existência de documentos pertinentes ao legal do interessado na inscrição;
período sob a posse de pessoas físicas ou jurídicas, servidores públicos e II - comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa
militares; Jurídica, do Ministério da Fazenda (CNPJ);

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III - cópia autenticada do ato de nomeação do titular, e substituto, X - garantir e promover a aplicação de soluções tecnológicas para
responsável pelo serviço notarial ou de registro; favorecer a implantação e a sustentabilidade dos projetos de digitalização
IV - qualificação completa dos dirigentes da empresa ou do titular de documentos, bem como a autenticidade e a preservação desses
do serviço notarial ou de registro e do responsável pela execução da documentos no ambiente digital ao longo do seu ciclo de vida;
microfilmagem; XI - assegurar a preservação dos documentos arquivísticos
V - comprovante de endereço da sede da empresa ou do serviço produzidos em suporte eletrônico pelos prazos de guarda estabelecidos na
notarial ou de registro e do local da execução da microfilmagem; Tabela de Temporalidade instituída no Ministério da Saúde e aprovada pelo
VI - descrição do equipamento a ser utilizado na microfilmagem e Arquivo Nacional; e
prova da sua titularidade; XII - assegurar o cumprimento das leis, normas, convenções e
VII - declaração expressa do interessado na inscrição de que padronizações institucionais, nacionais e internacionais relativas à gestão
informará ao Ministério da Justiça eventuais alterações com relação à de documentos digitais e digitalizados.
denominação, mudança de endereço ou substituição do responsável pela da Parágrafo único. O CONGEDI poderá, sempre que necessário,
microfilmagem. solicitar pareceres de especialistas externos para validar projetos de alta
Art. 4º Os casos omissos e as dúvidas quanto à aplicação desta complexidade, com ênfase nas atualizações tecnológicas, obedecidos os
Portaria serão dirimidos pela Secretaria Nacional de Justiça - SNJ/MJ. requisitos previstos na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e observada a
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, legislação vigente que impacte diretamente na implementação da Política
ficando revogada a Portaria nº 29, de 10 de setembro de 2008. de Documentos Digitais e Digitalizados do Ministério da Saúde.
ROMEU TUMA JÚNIOR Art. 4º O Conselho será constituído por um membro, titular e
suplente, dos seguintes órgãos e áreas:
[Diário Oficial da União nº 109, de 10 de junho de 2009, Seção 1] I - Consultoria Jurídica (CONJUR);
II - Gabinete da Secretaria-Executiva (SE);
III - Departamento de Informática do SUS (DATASUS);
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO IV - Coordenação-Geral de Documentação e Informação, da
SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Subsecretaria de Assuntos Administrativos (CGDI/SAA);
PORTARIA Nº 12, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2009 V - Departamento de Gestão Hospitalar no Estado do Rio de
Janeiro (DGHRJ);
Altera a Portaria Normativa nº 5, de 19 de dezembro de 2002, VI - Instituto Nacional de Cardiologia (INC);
que dispõe sobre os procedimentos gerais para utilização de VII - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO);
protocolo, no âmbito da Administração Pública Federal, para os VIII - Instituto Nacional de Câncer (INCA);
órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais – IX - Instituto Evandro Chagas (IEC); e
SISG. X - Centro Nacional de Primatas (CENP).
[Diário Oficial da União, Seção 1, 24 de novembro de 2009] § 1º Os membros, titulares e suplentes serão indicados à
[Versão integral em: Coordenação do Conselho pelos dirigentes de seus respectivos órgãos e
<http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=73&da áreas, dentre os servidores que possuam conhecimento das necessidades do
ta=24/11/2009>] órgão e área, no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da publicação desta
Portaria.
§ 2º As Unidades representadas deverão prover os meios e
MINISTERIO DA SAÚDE informações necessárias às atividades de participação no Comitê.
PORTARIA Nº 583, DE 28 DE MARÇO DE 2011 § 3º Caberá à Coordenação-Geral de Documentação e Informação,
da Subsecretaria de Assuntos Administrativos, a presidência do Conselho,
Institui o Conselho de Gestão de Documentos Digitais que será substituída nos impedimentos pelo seu suplente ou por membro do
do Ministério da Saúde colegiado, escolhido por critério a ser estabelecido no Regimento Interno
previsto no artigo 8º desta Portaria.
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE no uso da atribuição que lhe Art. 5º O Conselho poderá convidar, sempre que necessário,
confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, resolve: servidores dos órgãos do Ministério da Saúde, de outros órgãos da
Art. 1º Instituir o Conselho de Gestão de Documentos Digitais do Administração Pública Federal, de entidades não-governamentais, bem
Ministério da Saúde (CONGEDI), colegiado normativo e deliberativo, com a como especialistas em assuntos ligados ao tema, cuja presença sejam
atribuição de elaborar a Política de Gestão de Documentos Digitais e consideradas necessárias ao cumprimento do disposto nesta Portaria.
Digitalizados, estabelecendo critérios de avaliação e uso de informações Art. 6º O mandato dos conselheiros e suplentes será de quatro
digitais, bem como de monitorar, aprovar e acompanhar projetos de mudança anos, exceto na primeira composição, na qual seis membros terão mandato
de suporte na abrangência da Administração Direta do Ministério da Saúde. de dois anos para assegurar a renovação parcial a cada dois anos.
Art. 2º Ao CONGEDI caberá elaborar, implantar, fazer cumprir e Art. 7º À Coordenação-Geral de Documentação e Informação
atualizar a Política de Gestão de Documentos Digitais com objetivo de caberá manter uma Secretaria Técnica para suporte especializado ao
fortalecer a aplicação da metodologia de gestão de documentos em suporte Conselho no recebimento e na especificação técnica de cada projeto de
impresso, eletrônico e/ou digital. gestão de documentos digitais e digitalizados, bem como na rotina
Art. 3º O CONGEDI tem por finalidade: administrativa e preparatória às reuniões periódicas.
I - estabelecer normas e procedimentos para o gerenciamento de Art. 8º As funções dos membros do Conselho não serão
documentos digitais e digitalizados; remuneradas e seu exercício será considerado serviço público relevante.
II - alinhar-se aos programas, projetos e iniciativas do governo Art. 9º O Conselho elaborará seu Regimento Interno, no prazo
federal relacionados a temas afins à Política de Gestão de Documentos Digitais máximo de 30 (trinta) dias, a partir da data da publicação desta Portaria,
do Ministério da Saúde; submetendo-o à aprovação do Ministro de Estado da Saúde.
III - acompanhar os avanços nas discussões do Registro Eletrônico Art. 10. A partir da publicação desta Portaria o CONGEDI iniciará
em Saúde; os procedimentos para elaboração da Política de Gestão de Documentos
IV - acompanhar e orientar, de acordo com os critérios previstos Digitais do MS, para posterior aprovação do Ministro de Estado da Saúde.
nos programas de gestão arquivística de documentos, os levantamentos, os Art. 11. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
diagnósticos, a elaboração e a implantação de projetos de digitalização de ALEXANDRE ROCHA SANTOS PADILHA
documentos arquivísticos, no âmbito da Administração Direta do Ministério
da Saúde; [Diário Oficial da União, nº 60, Seção I, de 29 de março de 2011]
V - garantir a efetividade da aplicação da metodologia de gestão de
documentos arquivísticos no Ministério da Saúde;
VI - avaliar e emitir pareceres técnicos quanto à aquisição de MINISTERIO DA CULTURA
quaisquer sistemas informatizados e softwares de gestão e de digitalização de GABINETE DA MINISTRA
documentos no âmbito da administração direta do Ministério da Saúde; PORTARIA Nº 60, DE 13 DE JULHO DE 2011
VII - avaliar e emitir pareceres técnicos quanto à aquisição de
serviços, equipamentos e produtos de digitalização de documentos no âmbito Dispõe sobre a Política de Gestão Documental do
da Administração Direta do Ministério da Saúde; Ministério da Cultura – MinC, cria a Subcomissão de
VIII - garantir a autenticidade, a disseminação, a preservação e a Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos de
segurança dos documentos e das informações digitais e digitalizadas; Arquivo - SubSIGA/MinC e a Comissão Permanente de
IX - realizar estudos e discussões com o objetivo de promover a manutenção e Avaliação de Documentos - CPAD/ MinC.
o aperfeiçoamento contínuo da infraestrutura tecnológica para a consecução
dos objetivos estabelecidos na Política; A MINISTRA DE ESTADO DA CULTURA, no uso das atribuições que
lhe confere o inciso II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal;

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Considerando que é de responsabilidade da Administração Pública Parágrafo único. Os membros da CPAD/MinC serão responsáveis
Federal a gestão da documentação governamental e as providências para pela orientação e acompanhamento das normas elaboradas pelo grupo, em
franquear sua consulta a quantos dela necessitem, conforme preceitua o § 2º cujas reuniões deverão apresentar propostas para aperfeiçoar os
do art. 216 da Constituição Federal; instrumentos de gestão.
Considerando serem deveres do Poder Público a gestão documental Art. 7º Compor o nível decisório da CPAD/MinC com:
e a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à I - um servidor da Consultoria Jurídica do MinC, com
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de especialidade em Direito, para validar os prazos legais de guarda do acervo;
prova e informação, conforme previsto II - um servidor da Assessoria Especial de Controle Interno/GM;
no art. 1° da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991; III - um servidor do Gabinete do Ministro (GM), com
Considerando que o Decreto n° 4.915, de 12 de dezembro de 2003, conhecimento na área de atuação da Pasta;
ao instituir o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da IV - um servidor da Secretaria Executiva, com conhecimento na
Administração Pública Federal, estipulou a necessidade de criar órgãos área de atuação da Pasta;
setoriais e seccionais do referido sistema nos Ministérios e em suas Entidades V - um servidor da Secretaria de Fomento e Incentivo à Cultura -
Vinculadas, bem como subcomissões de coordenação, a fim de integrá-los ao SEFIC, com conhecimento na área de atuação da Pasta;
sistema, mediante articulação com a Comissão de Coordenação do SIGA; VI - um servidor da Secretaria da Identidade e da Diversidade
Considerando a previsão efetuada pelo art. 18 do Decreto nº 4.073, Cultural - SID, com conhecimento na área de atuação da Pasta;
de 3 de janeiro de 2002, de criação de Comissões Permanentes de Avaliação de VII - um servidor da Secretaria de Cidadania Cultural – SCC, com
Documentos em cada órgão e entidade da Administração Pública Federal, com conhecimento na área de atuação da Pasta;
responsabilidade de orientar e realizar o processo de análise, avaliação e VIII - um servidor da Secretaria de Articulação Institucional - SAI,
seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, com conhecimento na área de atuação da Pasta;
com o objetivo de identificar os documentos para guarda permanente e a IX - um servidor da Secretaria de Políticas Culturais – SPC, com
eliminação dos destituídos de valor; conhecimento na área de atuação da Pasta;
e Considerando o previsto nas Resoluções nºs 6, de 15 de maio de X - um servidor da Secretaria do Audiovisual - SAV, com
1997, e 7, de 20 de maio de 1997, do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, conhecimento na área de atuação da Pasta; e
resolve: XI - um servidor da Diretoria de Relações Internacionais -DRI/SE,
Art. 1º Estabelecer a Política de Gestão do Patrimônio Documental com conhecimento na área de atuação da Pasta.
do Ministério da Cultura (MinC), visando salvaguardar o patrimônio Parágrafo único. Os membros terão mandato de dois anos,
documental, em razão de seu valor de prova, informação e apoio à permitida uma recondução por igual período.
administração, à cultura e ao desenvolvimento científico. Art. 8° Compor o nível técnico da CPAD/MinC com:
Parágrafo único. Para os fins previstos nesta Portaria entende-se I - um servidor efetivo com formação em Arquivologia;
por: II - um servidor efetivo com formação em Biblioteconomia;
I - gestão do patrimônio documental: o conjunto de procedimentos III - um servidor representante da Coordenação-Geral de
e operações técnicas referentes à produção, à tramitação, à classificação, ao Atendimento, Documentação e Prestação de Contas -
uso, à avaliação e ao arquivamento de documentos de arquivo em fase CGAD/DGI/SE;
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou ao seu recolhimento IV - um servidor representante da Coordenação-Geral de
para guarda permanente; e Execução Orçamentária e Financeira - CGEX/DGI/SE;
II - documentos de arquivo: todos os registros de informação, em V - um servidor representante da Coordenação-Geral de Gestão
qualquer suporte, inclusive magnético, óptico ou digital, produzidos e de Pessoas - CGEP/DGI/SE; e
recebidos pelo MinC em decorrência do exercício de suas funções e atividades VI - um servidor representante da Gerência de Informações
específicas ou administrativas. Estratégicas da Diretoria de Gestão Estratégica - GIE/DGE/SE.
Art. 2º Determinar que qualquer descarte ou alienação de acervos §1° Os servidores do nível técnico, titulares e suplentes, a que se
impressos, digitais ou de qualquer outro tipo de suporte seja precedido de referem os incisos de III a VI deste artigo serão escolhidos
avaliação com a finalidade de identificar o valor e o ciclo de vida do mesmo preferencialmente dentre os que tenham formação em Arquivologia e
nas suas diversas fases, identificando o uso e a função da documentação como Biblioteconomia.
patrimônio institucional. §2° Cabe aos servidores com especialidade em Arquivologia e
Art. 3º Estabelecer os instrumentos arquivísticos de gestão Biblioteconomia dar apoio bibliográfico.
documental do MinC, que são: §3° Os membros terão mandato de dois anos, permitida a
I - o Plano de Classificação de Documentos; recondução.
II - a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos; Art. 9º Cabe ao Secretário-Executivo do Ministério da Cultura a
III - o Manual de Procedimentos Arquivísticos; e designação dos titulares e suplentes da SubSIGA e da CPAD/MinC, em seus
IV - o Manual de Assistência Técnica Documental. níveis decisório e técnico.
Parágrafo único. Os instrumentos arquivísticos de gestão Parágrafo único. Caberá ao Secretário-Executivo indicar o nome
documental serão todos validados pela Comissão Permanente de Avaliação de do servidor que coordenará a SubSIGA, bem como daquele que presidirá a
Documentos do Ministério da Cultura - CPAD/MinC, cabendo ao Arquivo CPAD/MinC.
Nacional, Órgão integrante da estrutura básica da Casa Civil da Presidência da Art. 10. À Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do
República, aprovar o Plano de Classificação da área fim e os respectivos prazos Ministério da Cultura - CPAD/MinC, compete:
de guarda submetidos à homologação do Ministro de Estado da Cultura, pelo I - estabelecer as diretrizes necessárias à implementação e ao
Secretário-Executivo do MinC, que providenciará a publicação. aperfeiçoamento da Política de Gestão do Patrimônio Documental do MinC,
Art. 4º Criar, no âmbito do órgão setorial do SIGA/MinC, a visando a gestão, a preservação e o acesso aos documentos de arquivo em
Subcomissão de Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo consonância com as decisões e Resoluções do Conselho Nacional de
- SubSIGA, com vistas a identificar necessidades e a harmonizar as proposições Arquivos - CONARQ;
a serem apresentadas à Comissão de Coordenação do SIGA de que tratam os II - desenvolver os instrumentos arquivísticos de gestão
arts. 6º e 7º do Decreto nº 4.915, de 2003, bem como organizar as atividades de documental do MinC, bem como revisá-los, atualizá-los e adaptá-los,
gestão de documentos das Unidades deste Ministério e Órgãos Vinculados. quando se fizer necessário;
Art. 5º Criar a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos III - orientar e promover a identificação, avaliação e definição da
do Ministério da Cultura - CPAD/MinC, vinculada à Secretaria Executiva e destinação e dos prazos de guarda dos documentos de arquivo, tendo em
constituída de representantes de cada uma das Secretarias do Sistema MinC, vista a preservação daqueles selecionados para guarda permanente e a
na qualidade de titular e suplente, com a finalidade e responsabilidade de eliminação dos destituídos de valor;
orientar e realizar o processo de análise, avaliação e seleção da documentação IV - validar as diretrizes para elaboração de Listagem de
produzida e acumulada no âmbito do Ministério da Cultura, visando Eliminação de Documentos e Termo de Eliminação de Documentos das
estabelecer prazos de guarda e destinação final de documentos de arquivo. Unidades do MinC;
Parágrafo único. A CPAD/MinC deverá elaborar seu Regimento V - estabelecer diretrizes para formação da Subcomissão do
Interno no prazo de noventa dias após o ato de designação de seus membros, o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo do Ministério da Cultura -
qual será submetido à aprovação do Ministro de Estado da Cultura. SubSIGA/MinC e os procedimentos de avaliação e destinação dos
Art. 6º Compor a Comissão Permanente de Avaliação de documentos de arquivo do MinC;
Documentos do Ministério da Cultura - CPAD/MinC com: VI - promover e estimular a realização de estudos técnicos sobre
I - nível decisório, responsável pela análise, aprovação e validação a situação dos acervos arquivísticos localizados nas Unidades do MinC e
dos trabalhos da CPAD/MinC; e sobre a estrutura organizacional existente, no tocante à racionalização das
II - nível técnico, responsável pelo desenvolvimento dos estudos da atividades arquivísticas, bem como oferecer assistência e subsídios técnicos
comissão e por propiciar conhecimento sobre as rotinas de procedimentos em às referidas Unidades, sugerindo as providências necessárias;
seu âmbito de atuação.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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VII - incentivar a capacitação técnica, o aperfeiçoamento e a CAPÍTULO I
reciclagem dos servidores que desenvolvam, ou dos que venham a NATUREZA E FINALIDADE
desenvolver, atividades de arquivo no âmbito do MinC;
VIII - fomentar, em âmbito nacional, a integração, a padronização de Art. 1º A Comissão de Coordenação do Sistema de Gestão de
procedimentos e a modernização dos serviços de arquivo do MinC; Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal, instituída
IX - zelar pelo cumprimento da Política de Gestão do Patrimônio junto ao Arquivo Nacional, órgão central, na forma do art. 6º do Decreto nº
Documental do MinC, bem como pelos dispositivos constitucionais e legais que 4.915, de 12 de dezembro de 2003, tem por finalidades:
norteiam as políticas arquivísticas públicas brasileiras, em sua área de atuação; I - assessorar o órgão central no cumprimento de suas atribuições;
X - manter intercâmbio com outras comissões, grupos de trabalho II - propor políticas, diretrizes e normas relativas à gestão de
ou instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou complementares às documentos de arquivo, a serem implantadas nos órgãos e entidades da
suas, para prover e receber elementos de informação e juízo, conjugar administração pública federal, após aprovação do Ministro de Estado da
esforços e encadear ações; e Justiça;
XI - elaborar e rever, sempre que necessário, seu Regimento III - propor aos órgãos integrantes do SIGA as alterações ou
Interno. adaptações necessárias ao aperfeiçoamento dos mecanismos de gestão de
Art. 11. Quando necessário, o Presidente da CPAD/MinC poderá documentos de arquivo;
convocar colaboradores eventuais para assessorarem e oferecerem subsídios IV - avaliar os resultados da aplicação das normas e propor os
ao melhor desenvolvimento dos trabalhos, dos estudos e das pesquisas ajustamentos que se fizerem necessários, visando à modernização e ao
técnicas. aprimoramento do SIGA;
Art. 12. A CPAD/MinC se reunirá para deliberações ordinárias e V - propor ao Ministro de Estado da Justiça a alteração neste
extraordinárias, conforme dispuser seu Regimento Interno. Regimento Interno; e
Art. 13. Fica vedada, temporariamente, até a elaboração da Tabela VI - criar e extinguir Grupos Técnicos de Trabalho - GTT - bem
de Temporalidade e após a avaliação do valor histórico pela CPAD/MinC, a como definir suas competências e seu prazo de duração.
eliminação dos documentos relacionados à atividade fim do Ministério da CAPÍTULO II
Cultura. ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Seção I
Composição
ANNA MARIA BUARQUE DE HOLLANDA Art. 2º São membros natos da Comissão de Coordenação do SIGA:
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que a presidirá;
[Diário oficial da União, nº 134, Seção 1, 14 de julho de 2011] II - um representante do órgão central, responsável pela
coordenação do SIGA, designado pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional;
III - um representante do Sistema de Administração dos Recursos
MINISTERIO DA JUSTIÇA de Informação e Informática - SISP, indicado pelo Ministro de Estado do
ARQUIVO NACIONAL Planejamento, Orçamento e Gestão;
PORTARIA Nº 92, DE 23 DE SETEMBRO DE 2011 IV - um representante do Sistema de Serviços Gerais - SISG,
indicado pelo Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão; e
O Diretor-Geral do Arquivo Nacional, no uso de suas atribuições V - os presidentes ou coordenadores das subcomissões dos
previstas no art. 45 do Anexo I do Decreto nº 6.061, de 15 de março de 2007, e Ministérios e órgãos equivalentes.
tendo em vista o disposto no art. 38-F do Anexo I do Decreto nº 6.061, de 2007, e § 1º Poderão participar das reuniões, como membros ad hoc,
considerando a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, o Decreto nº 4.073, de 3 de especialistas e consultores, sem direito a voto, por solicitação do Presidente
janeiro de 2002, e o Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003, resolve: da Comissão, quando julgado necessário pela maioria absoluta dos seus
Art. 1º - Aprovar o Código de Classificação e a Tabela de membros.
Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo relativos às § 2º O exercício das atividades como membro da Comissão de
Atividades-Fim das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), ficando a Coordenação do SIGA é de natureza relevante e não sujeito à remuneração.
cargo das IFES dar publicidade aos referidos instrumentos técnicos. Seção II
Art. 2º - O referido Código encontra-se disponível para consultas e Funcionamento e Deliberação
cópias no sítio eletrônico do "Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - Art. 3º A Comissão de Coordenação do SIGA obedecerá às
SIGA, da Administração Pública Federal": http:// seguintes regras de funcionamento:
www.siga.arquivonacional.gov.br. I - a Comissão deliberará pela maioria absoluta dos seus membros
titulares;
Art. 3º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua assinatura.
II - nas deliberações da Comissão, caberá ao Presidente o voto de
qualidade;
JAIME ANTUNES DA SILVA
III - a cada reunião, o Presidente indicará um dos membros para
Diretor-Geral do Arquivo Nacional
secretariá-la;
IV - o Presidente, em seus impedimentos, será substituído pelo
[Diário Oficial da União, de 26 de setembro de 2011] representante previsto no art. 2º, inciso II, deste Regimento Interno;
V - cada membro titular da Comissão de Coordenação do SIGA
MINISTERIO DA JUSTIÇA será substituído, em suas faltas e impedimentos, por suplente designado pela
GABINETE DO MINISTRO autoridade competente;
PORTARIA Nº 2.420, DE 24 DE OUTUBRO DE 2011 VI - é obrigação do membro titular, impossibilitado de
comparecer à reunião da Comissão de Coordenação do SIGA, providenciar o
Aprova o Regimento Interno da Comissão de comparecimento do seu respectivo suplente;
Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos de VII - a ausência do membro titular e do respectivo suplente a mais
Arquivo - SIGA, da administração pública federal. de duas reuniões no período de um ano será comunicada à autoridade
responsável pela designação;
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições VIII - o arquivo produzido pela Comissão, no exercício de suas
previstas nos incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição Federal atividades, será gerido pela Coordenação-Geral de Gestão de Documentos do
e considerando o disposto no Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003, no Arquivo Nacional; e
Decreto 6.061, de 15 de março de 2007, e no Decreto nº 7.430, de 17 de janeiro IX - as reuniões da Comissão de Coordenação serão realizadas,
de 2011, resolve: preferencialmente, em Brasília.
Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo desta Portaria, o Seção III
Regimento Interno da Comissão de Coordenação do Sistema de Gestão de Reuniões da Comissão
Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal. Art. 4º A Comissão se reunirá trimestralmente, em caráter
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. ordinário, e, extraordinariamente, por convocação do seu Presidente ou
requerimento de pelo menos dois terços dos seus membros.
JOSÉ EDUARDO CARDOZO Art. 5º Lavrar-se-ão registros das reuniões da Comissão, os quais
serão aprovados pelos membros presentes e posteriormente arquivados na
ANEXO Coordenação-Geral de Gestão de Documentos do Arquivo Nacional.
Art. 6º A pauta das reuniões será encaminhada aos membros da
REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO DE COORDENAÇÃO DO SISTEMA DE Comissão com antecedência mínima de dez dias, devendo ser acompanhada
GESTÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO - SIGA, DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA pela documentação necessária para subsidiar as deliberações desse colegiado.
FEDERAL Parágrafo único. A pauta das reuniões deverá incluir, entre outros,
os seguintes itens:

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


129
I - abertura da sessão; Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, no Decreto nº 6.061, de 15 de
II - leitura e aprovação do registro da reunião anterior; março de 2007, no Decreto nº 7.430, de 17 de janeiro de 2011 e no Decreto nº
III - leitura do expediente e das comunicações da ordem do dia; e 7538, de 1º de agosto de 2011, RESOLVE:
IV - votação e deliberação de matérias. Art. 1º Aprovar, na forma do anexo, o Regimento Interno do
Seção IV Arquivo Nacional.
Grupos Técnicos de Trabalho - GTT Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º A Comissão de Coordenação constituirá Grupos Técnicos de Art. 3º Fica revogada a Portaria nº 42, de 8 de novembro de 2002.
Trabalho - GTT, de caráter temporário, visando elaborar estudos e normas
necessárias à implementação do SIGA. JOSÉ EDUARDO CARDOZO
Art. 8º Os GTT serão compostos por membros da Comissão de
Coordenação e das Subcomissões de Coordenação dos Ministérios e órgãos [Diário Oficial da União, de 25 de outubro de 2011, Seção I, página 41]
equivalentes.
Art. 9º Os GTT serão supervisionados por um de seus membros, ANEXO
eleito em reunião de trabalho por maioria simples dos votos de seus REGIMENTO INTERNO DO ARQUIVO NACIONAL
integrantes.
Art. 10. Os GTT apresentarão relatórios de suas atividades à [Texto integral em:
Comissão de Coordenação do SIGA para exame e deliberação. <http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=41&
Art. 11. Os GTT reunir-se-ão por convocação dos respectivos data=25/10/2011>]
supervisores, seguindo o cronograma estabelecido por seus membros.
Art. 12. Lavrar-se-ão registros das reuniões dos GTT, os quais serão
aprovados pelos membros presentes e posteriormente arquivados na MINISTERIO DA JUSTIÇA
Coordenação-Geral de Gestão de Documentos do Arquivo Nacional. PORTARIA Nº 2.588, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2011
Art. 13. Os supervisores dos GTT poderão, caso julguem necessário, Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de
convidar profissionais para tratar de assuntos específicos nas reuniões, com Arquivos.
direito a voz, mas sem direito a voto. [Revogada pela Portaria MJSP nº 313, de 22 de julho de
CAPÍTULO III 2021]
ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA COMISSÃO
Seção I
Presidente O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições
Art. 14. Ao Presidente da Comissão de Coordenação do SIGA previstas nos incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição
compete dirigir, coordenar e supervisionar as suas atividades e, Federal, e no art. 9º do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e
especificamente: considerando o disposto no art. 42-B do Decreto no 6.061, de 15 de março de
I - representar a Comissão nos atos em que se fizer necessário; 2007, e no Decreto nº 7.430, de 17 de janeiro de 2011, resolve:
II - convocar e presidir as reuniões; Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo, o Regimento Interno do
III - receber os expedientes dirigidos à Comissão, encaminhando, Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ.
para decisão, aqueles pendentes de deliberação; Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
IV - submeter à votação as matérias a serem decididas, intervindo
na ordem dos trabalhos ou suspendendo-os sempre que necessário; JOSÉ EDUARDO CARDOZO
V - indicar, dentre os membros da Comissão, os relatores das
matérias; [Diário Oficial da União, de 25 de novembro de 2011, nº 226, Seção 1]
VI - indicar membros da Comissão para realização de estudos,
levantamentos e emissão de pareceres necessários à consecução das ANEXO
finalidades do SIGA; REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ
VII - proferir voto de qualidade nas matérias submetidas à
Comissão; CAPÍTULO I
VIII - assinar os registros das reuniões; DA NATUREZA E DA FINALIDADE
IX - criar, em caso de urgência, GTT ad referendum da Comissão; Art. 1º O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão
X - encaminhar ao Ministro de Estado da Justiça as proposições e colegiado vinculado ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei nº 8.159,
informações sobre matérias deliberadas pela Comissão; de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos, e
XI - cumprir e fazer cumprir as deliberações da Comissão; regulamentado pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, tem por
e finalidade:
XII - expedir atos administrativos e normativos internos, de acordo I - definir a política nacional de arquivos públicos e privados;
com as deliberações da Comissão. e
Seção II II - exercer orientação normativa visando à gestão documental e à
Membros da Comissão proteção especial aos documentos de arquivo.
Art. 15. Compete aos membros da Comissão: CAPÍTULO II
I - comparecer às reuniões; DA COMPETÊNCIA
II - apreciar e votar os registros de reunião; Art. 2º Para consecução de suas finalidades, compete ao CONARQ:
III - debater e votar as matérias em discussão; I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema
IV - requerer informações, providências e esclarecimentos ao Nacional de Arquivos - SINAR, visando à gestão, à preservação e ao acesso
Presidente da Comissão; aos documentos de arquivos;
V - realizar estudos, apresentar proposições, apreciar e relatar as II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e
matérias que lhes forem distribuídas; privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades
VI - disseminar entre os integrantes das Subcomissões de arquivísticas;
Coordenação, criadas no âmbito dos Ministérios ou órgãos equivalentes, as III - propor ao Ministro de Estado da Justiça normas legais
deliberações aprovadas pela Comissão de Coordenação; necessárias ao aperfeiçoamento e à implementação da política nacional de
e arquivos públicos e privados;
VII - realizar, no seu âmbito de atuação, na qualidade de IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e
presidentes ou coordenadores das Subcomissões de Coordenação, reuniões legais que norteiem o funcionamento e acesso aos arquivos públicos;
trimestrais, bem como encaminhar à Coordenação do SIGA, com a mesma V - estimular programas de gestão e de preservação de
periodicidade, os relatórios de atividades. documentos públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito Federal e
CAPÍTULO IV municipal, produzidos ou recebidos em decorrência de suas funções
DISPOSIÇÕES GERAIS executiva, legislativa e judiciária;
Art. 16. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação deste VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de
Regimento serão dirimidos pela Comissão de Coordenação do SIGA. desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política nacional de
arquivos públicos e privados;
MINISTERIO DA JUSTIÇA VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes
PORTARIA Nº 2.433, DE 24 DE OUTUBRO DE 2011 Executivo, Legislativo e Judiciário da União, nos Estados, no Distrito Federal e
nos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios;
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos
previstas nos incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição públicos e privados;
Federal, e considerando o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, no

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


130
IX - promover a realização das conferências nacionais de arquivo, I - propor ao Ministro de Estado da Justiça alteração deste
evento bienal, com vistas a definir planos, metas e ajustes nas diretrizes da Regimento;
política nacional de arquivos a serem validados por seu Plenário; II - definir a política nacional de arquivos públicos e privados;
X - propor ao Presidente da República, por intermédio do Ministro III - baixar normas necessárias à regulamentação e
de Estado da Justiça, a declaração de interesse público e social de arquivos implementação da política nacional de arquivos e do SINAR;
privados, nos termos do art. 12 da Lei nº 8.159, de 1991, e do art. 23 do Decreto IV - decidir sobre os assuntos encaminhados à sua apreciação
nº 4.073, de 2002; pelas câmaras técnicas, câmaras setoriais, comissões especiais, conselheiros e
XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que representantes da sociedade civil; e
desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do SINAR; V - criar e extinguir câmaras técnicas, câmaras setoriais e
XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos comissões especiais, bem como definir suas competências e estabelecer o
lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados; prazo de duração destas.
XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos Seção III
públicos e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes a Das Câmaras Técnicas
arquivos; Art. 11 O Plenário do CONARQ constituirá câmaras técnicas, de
XIV - manter intercâmbio com outros conselhos e instituições cujas caráter permanente, visando elaborar estudos e normas necessárias à
finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e implementação da política nacional de arquivos públicos e privados e ao
receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações; e funcionamento do SINAR.
XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formuladores §1º As câmaras técnicas serão integradas por especialistas,
de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência e tecnologia, conselheiros ou não, designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum
informação e informática. do Plenário.
CAPÍTULO III §2º O Presidente de câmara técnica poderá, eventualmente,
DA COMPOSIÇÃO E DO MANDATO recorrer a profissional qualificado para o trato de assuntos específicos,
Art. 3º O CONARQ é constituído por dezessete membros conselheiros, não tendo este direito a voto.
sendo: §3º O membro de câmara técnica que faltar, injustificadamente, a
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá; mais de duas reuniões no período de um ano, será desligado.
II - dois representantes do Poder Executivo Federal; §4º As câmaras técnicas apresentarão relatórios de suas atividades
III - dois representantes do Poder Judiciário Federal; ao Plenário do CONARQ.
IV - dois representantes do Poder Legislativo Federal; Art. 12. As câmaras técnicas serão presididas por um de seus
V - um representante do Arquivo Nacional; membros.
VI - dois representantes dos Arquivos Públicos Estaduais e do Art. 13 O Presidente de câmara técnica será eleito em reunião
Distrito Federal; ordinária da respectiva câmara, por maioria simples dos votos de seus
VII - dois representantes dos Arquivos Públicos Municipais; integrantes.
VIII - um representante das instituições mantenedoras de curso Parágrafo único. O Presidente de câmara técnica participará das
superior de Arquivologia; votações.
IX - um representante de associações de arquivistas; e Art. 14 O Presidente de câmara técnica poderá relatar processos
X - três representantes de instituições que congreguem ou designar relator.
profissionais que atuem nas áreas de ensino, pesquisa, preservação ou acesso a Parágrafo único. Os processos serão apresentados pelos relatores,
fontes documentais. juntamente com os respectivos pareceres.
§ 1º O Presidente do Conselho, em suas faltas e impedimentos, será Art. 15 As decisões das câmaras técnicas serão tomadas por
substituído por seu substituto legal no Arquivo Nacional. votação da maioria simples dos votos de seus membros.
§ 2º Cada conselheiro terá um suplente. Seção IV
§ 3º Os membros referidos no inciso III serão designados pelo Das Câmaras Setoriais
Presidente do Supremo Tribunal Federal. Art. 16 O Plenário do CONARQ constituirá câmaras setoriais, de
§ 4º Os membros referidos no inciso IV serão designados um pelo caráter permanente, visando identificar, discutir e propor soluções para
Presidente da Câmara dos Deputados e o outro pelo Presidente do Senado questões temáticas que se repercutirem na estrutura e organização de
Federal. segmentos específicos de arquivos, interagindo com as câmaras técnicas.
§ 5º Os demais conselheiros e respectivos suplentes serão §1º As câmaras setoriais serão integradas por especialistas,
designados pelo Presidente da República, observado o disposto no art. 31 do conselheiros ou não, designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum
Decreto nº 4.073, de 2002, a partir de listas apresentadas pelo Ministro de do Plenário.
Estado da Justiça, mediante indicações dos dirigentes dos órgãos e entidades §2º O Presidente de câmara setorial poderá, eventualmente,
representadas. recorrer a profissional qualificado para o trato de assuntos específicos, não
§ 6º O mandato dos conselheiros será de dois anos, permitida uma tendo este direito a voto.
recondução. §3º O membro de câmara setorial que faltar, injustificadamente, a
§ 7º É obrigação do conselheiro titular impossibilitado de mais de duas reuniões no período de um ano, será desligado.
comparecer à reunião do Plenário do CONARQ providenciar o comparecimento §4º As câmaras setoriais apresentarão relatórios de suas
do suplente. atividades ao Plenário do CONARQ.
§ 8º A ausência do conselheiro e do respectivo suplente a mais de Art. 17. As câmaras setoriais serão presididas por um de seus
duas reuniões no período de um ano será comunicada à autoridade responsável membros.
pela designação do conselheiro, para as providências que entender cabíveis. Art. 18. O Presidente de câmara setorial será eleito em reunião
Art. 4º O exercício das atividades de conselheiro é de natureza ordinária da respectiva câmara, por maioria simples dos votos de seus
relevante e não sujeito à remuneração. integrantes.
CAPÍTULO IV Parágrafo único. O Presidente de câmara setorial participará das
DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO votações.
Seção I Art. 19. O Presidente de câmara setorial poderá relatar processos
Da Estrutura Básica ou designar relator.
Art. 5º O CONARQ tem como estrutura básica o Plenário, as Câmaras Parágrafo único. Os processos serão apresentados pelos relatores,
Técnicas, as Câmaras Setoriais e as Comissões Especiais. juntamente com os respectivos pareceres.
Art. 6º O CONARQ funcionará na sede do Arquivo Nacional. Art. 20. As decisões das câmaras setoriais serão tomadas por
Parágrafo único. As reuniões do CONARQ poderão ser convocadas votação da maioria simples dos votos de seus membros.
para local fora da sede do Arquivo Nacional, por deliberação do seu Plenário ou Seção V
ad referendum deste, sempre que razão superior indicar a conveniência de Das Comissões Especiais
adoção dessa medida. Art. 21. O Plenário do CONARQ constituirá comissões especiais, de
Art. 7º Os integrantes das câmaras e comissões serão designados caráter temporário, para exame de assuntos específicos.
pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do Plenário. §1º Em caso de urgência, o Presidente do CONARQ poderá criar
Art. 8º O exercício das atividades desenvolvidas nas câmaras e comissões especiais, ad referendum do Plenário.
comissões é considerado relevante e não sujeito à remuneração. §2º As comissões especiais serão integradas por especialistas,
Seção II conselheiros ou não, designados pelo Presidente do CONARQ, ad referendum
Do Plenário do Plenário, sendo o exercício das atividades por eles desenvolvidas
Art. 9º O Plenário, órgão superior de deliberação do CONARQ, é considerado relevante e não sujeito à remuneração.
constituído na forma do art. 3º deste Regimento. §3º O Presidente de comissão especial poderá, eventualmente,
Art. 10. Ao Plenário compete: recorrer a profissional qualificado para o trato de assuntos específicos, não
tendo este direito a voto.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


131
§4º O membro de comissão especial que faltar à maioria das PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
reuniões realizadas pela Comissão não terá seu nome incluído nos créditos dos GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
documentos por ela elaborados.
§5º As comissões serão presididas por um de seus membros, eleito PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 35, DE 9 DE MAIO DE 2012
por maioria simples dos votos de seus membros.
Art. 22 O Presidente de comissão especial designará o relator da Dispõe sobre o recolhimento ao Arquivo Nacional dos
matéria a ela submetida, para elaboração de documento conclusivo a ser documentos arquivísticos públicos produzidos e
apresentado ao Plenário do CONARQ. acumulados entre 16.03.1990 e 06.12.1999 pelas
Parágrafo único. O parecer da comissão será aprovado por votação
extintas unidades técnicas encarregadas das ações de
da maioria simples dos votos de seus membros.
inteligência vinculadas à Presidência da República e
CAPÍTULO V
que estejam sob a custódia da Agência Brasileira de
DAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DO CONARQ
Inteligência – ABIN.
Seção I
Do Presidente
Art. 23 Ao Presidente do CONARQ incumbe dirigir, coordenar e O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA E O MINISTRO CHEFE DO
supervisionar as atividades do Conselho e, especificamente: GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA,
I - representar o CONARQ nos atos que se fizerem necessários; no uso da atribuição que lhes confere o art. 87, parágrafo único, inciso II, da
II - convocar e presidir as reuniões do Plenário; Constituição da República, Considerando a necessidade de assegurar o direito
III - receber os expedientes dirigidos ao CONARQ, encaminhando ao fundamental de acesso à informação mediante a observação das diretrizes
Plenário aqueles pendentes de deliberação; indicadas na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011;
IV - submeter à votação as matérias a serem decididas pelo Plenário, Considerando que a Agência Brasileira de Inteligência - ABIN,
intervindo na ordem dos trabalhos ou suspendendo-os sempre que necessário; órgão integrante do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
V - designar os integrantes das câmaras técnicas e das comissões República, não necessita para o desempenho de suas atividades manter sob
especiais, ad referendum do Plenário; sua custódia os documentos arquivísticos públicos produzidos e acumulados
VI - indicar, dentre os membros do CONARQ, os relatores das entre 16 de março de 1990 e 6 de dezembro de 1999 pelas extintas unidades
matérias; técnicas encarregadas das ações de inteligência vinculadas à Presidência da
VII - indicar conselheiros para realização de estudos, levantamentos República;
e emissão de pareceres necessários à consecução das finalidades do CONARQ; Considerando que o Arquivo Nacional, órgão integrante do
VIII - decidir, por voto de qualidade, matérias submetidas ao Ministério da Justiça, é legalmente a entidade arquivística pública de guarda
Plenário; e preservação, bem como de acesso a documentos produzidos e acumulados
IX - assinar as atas das reuniões, as resoluções do CONARQ e os atos pela Administração Pública Federal, e manifesta concordância em recolher o
relativos ao seu cumprimento; acervo acima referido, resolvem:
X - criar, em caso de urgência, comissões especiais, ad referendum Art. 1º Recolher ao Arquivo Nacional os documentos arquivísticos
do Plenário; públicos produzidos e acumulados entre 16 de março de 1990 e 6 de
XI - encaminhar ao Ministro de Estado da Justiça exposição de dezembro de 1999 pelas extintas unidades técnicas encarregadas das ações
motivos e informações sobre matéria da competência do CONARQ; de inteligência vinculadas à Presidência da República e que estejam sob a
XII - cumprir e fazer cumprir as resoluções emanadas do Plenário; custódia da Agência Brasileira de Inteligência - ABIN.
XIII - expedir atos administrativos e normativos internos; e § 1º O recolhimento de que trata o caput deverá ser realizado até
XIV - encaminhar ao Ministro de Estado da Justiça alterações neste 31 de maio de 2012.
Regimento propostas pelo Plenário. § 2º Não se incluem entre os documentos a que se refere o caput
Seção II deste artigo aqueles referidos no art. 36 da Lei nº 12.527, de 18 de novembro
Dos Conselheiros de 2011, que, por sua natureza, ainda sejam aptos a subsidiar as atividades a
Art. 24 Aos conselheiros incumbe: que se refere o art. 1º da Lei nº 9.883, de 7 de dezembro de 1999.
I - comparecer às reuniões; Art. 2º As atividades técnicas necessárias ao recolhimento dos
II - apreciar e votar a ata de reunião;
documentos referidos no art. 1º serão realizadas por Grupo Técnico
III - debater e votar a matéria em discussão;
composto por três representantes do Arquivo Nacional e três representantes
IV - requerer informações, providências e esclarecimentos ao
da ABIN.
Presidente do CONARQ; e
Parágrafo único. A execução das atividades referidas no caput
V - realizar estudos, apresentar proposições, apreciar e relatar as
matérias que lhes forem atribuídas. ficará a cargo dos representantes da ABIN, que atuarão sob a supervisão
CAPÍTULO VI técnica dos representantes do Arquivo Nacional e com observância aos
DAS REUNIÕES DO CONARQ procedimentos previstos na Instrução Normativa AN/Nº 1, de 18 de abril de
Art. 25 O Plenário do CONARQ reunir-se-á, ordinariamente, no 1997, expedida pelo Diretor-Geral do Arquivo Nacional.
mínimo, uma vez a cada quatro meses e, extraordinariamente, por convocação Art. 3º Os representantes dos órgãos que compõem o Grupo
de seu Presidente ou a requerimento de, no mínimo, dois terços de seus Técnico serão designados por meio de ato conjunto dos dirigentes máximos
conselheiros. dos órgãos representados no prazo de cinco dias a contar da publicação desta
Parágrafo único. O Plenário somente se reunirá para deliberação Portaria.
com o quorum mínimo de dez conselheiros. Art. 4º Os trabalhos desenvolvidos pelos integrantes do Grupo
Art. 26 As câmaras técnicas, as câmaras setoriais e as comissões Técnico serão considerados prestação de relevante serviço público e não
especiais reunir-se-ão por convocação dos respectivos presidentes ou serão remunerados.
coordenadores, seguindo o cronograma estabelecido por seus membros. Art. 5º Para acesso e manuseio dos documentos referidos no art. 1º,
Parágrafo único. As câmaras técnicas, as câmaras setoriais e as os integrantes do Grupo Técnico que não possuírem credencial de segurança
comissões especiais somente se reunirão para deliberação quando presentes a firmarão termo de compromisso de manutenção de sigilo.
maioria de seus membros. Art. 6º Caberá aos representantes da ABIN no Grupo Técnico
Art. 27 Das reuniões do Plenário, de câmaras técnicas, de câmaras executar, entre outras, as seguintes atividades:
setoriais e de comissões especiais será lavrada ata que, após aprovação dos I - quantificar os documentos referidos no art. 1º, se possível
presentes, será arquivada no CONARQ. utilizando-se de relatórios gerados por suas respectivas bases de dados;
Art. 28 A pauta das reuniões ordinárias do Plenário do CONARQ será II - identificar as unidades de acondicionamento e elaborar as
encaminhada aos conselheiros com antecedência de, no mínimo, quinze dias, respectivas listagens de descrição e controle;
acompanhada da documentação necessária a estudos para deliberação. III - elaborar, em conjunto com os representantes do Arquivo
Parágrafo único. A pauta das reuniões incluirá, dentre outros Nacional, os competentes termos de recolhimento dos documentos referidos
assuntos, os seguintes: no art. 1º; e
I - leitura e aprovação da ata da reunião anterior; IV - controlar o embarque dos documentos, o respectivo
II - leitura do expediente e das comunicações da ordem do dia; transporte e deslocamento, bem como o desembarque e alocação nos
III - deliberação de matéria; e depósitos, previamente determinados, na Coordenação Regional do Arquivo
IV - votação de matéria. Nacional no Distrito Federal.
CAPÍTULO VII Parágrafo único. As atividades técnicas previstas no caput
DISPOSIÇÕES GERAIS deverão observar, no que couber, as normas de tratamento de informação
Art. 29 Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação deste classificada nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e de sua
Regimento serão dirimidos pelo Plenário do CONARQ regulamentação.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Art. 7º Recolhidos ao Arquivo Nacional, os documentos referidos no
art. 1º deverão ser disponibilizados para acesso público, resguardadas a O SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES,
manutenção de sigilo e a restrição ao acesso de documentos que se refiram à no uso de suas atribuições, considerando o disposto no art. 21 da Portaria nº
intimidade e à vida privada de pessoas ou cujo sigilo seja imprescindível à 126, de 12 de março de 2014, que dispõe sobre a implantação e o
segurança da sociedade e do Estado, nos termos do art. 5º, inciso XXIII, da funcionamento do processo eletrônico no âmbito do Ministério das
Constituição Federal. Comunicações, resolve:
Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 1º Estabelecer os procedimentos de gestão de documentos,
processos e arquivo pelo Sistema Eletrônico de Informações - SEI no âmbito
JOSÉ EDUARDO MARTINS CARDOZO do Ministério das Comunicações - MC, conforme definido a seguir.
Ministro de Estado da Justiça (...)
JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA Capítulo I
Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional DO OBJETO
Art. 2º A presente Portaria tem por objeto, definir e disciplinar os
[Diário Oficial da União, n º 63, de 15 de maio de 2012, Seção I] procedimentos de gerenciamento eletrônico de documentos no âmbito deste
Ministério, com base nos seguintes ordenamentos legais:
(...)
MINISTÉRIO DA SAÚDE Seção VI
GABINETE DO MINISTRO Da Classificação Arquivística e Avaliação

PORTARIA Nº- 2.758, 18 DE NOVEMBRO DE 2013 Art. 33. Todos os processos do SEI serão classificados com base no
Código de Classificação de Documentos de Arquivo do MC.
Institui o Processo Eletrônico de Compras (PEC) no Art. 34. Os processos eletrônicos serão mantidos até que cumpram
âmbito do Ministério da Saúde. seus prazos de guarda conforme definido na tabela de temporalidade de
(...) documentos de arquivo.
Art. 16. O tratamento arquivístico, inclusive a eliminação de § 1º Os processos eletrônicos de guarda permanente deverão
documentos e processos eletrônicos, observará os procedimentos de gestão receber tratamento de preservação de forma que não haja perda ou
documental adotados no âmbito do Ministério da Saúde. corrupção da integridade das informações.
§ 1º A gestão de documentos eletrônicos orienta-se pelos critérios § 2º O descarte de documentos e processos eletrônicos será
da integridade e da disponibilidade das informações produzidas e custodiadas promovido pelo Arquivo Geral, e executado de acordo com os procedimentos
pelo Ministério da Saúde, respeitados os requisitos legais e os princípios de relativos à eliminação.
segurança da informação. § 3º O setor responsável por documentação e arquivo no âmbito
§ 2º Ato específico definirá plano de preservação de documentos do MC, juntamente com o setor de Tecnologia da Informação, devem
eletrônicos. desenvolver um plano de preservação digital, a ser submetido e aprovado
§ 3º A eliminação de documentos e processos eletrônicos será pelo Comitê Gestor do SEI e pelo Comitê de Organização da Informação - COI.
realizada após a aprovação pelo Arquivo Nacional, conforme procedimento Art. 35. Ressalvadas as hipóteses de devolução de documentos ao
previsto na legislação vigente. interessado, os documentos e processos físicos objeto de digitalização serão
(...) destinados ao Arquivo Geral e ali mantidos até que cumpram seus prazos de
guarda, conforme definido na tabela de temporalidade de documentos de
[Diário Oficial da União, de 19 de novembro de 2011] arquivo do MC.
(…)
[Texto integral em
<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina [Diário Oficial da União, de 30 de abril de 2014, Seção 1, pg. 110]
=23&data=19/11/2013>] [Texto integral em:
<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagi
na=110&data=30/04/2014>]
MINISTÉRIO CIENCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
MINISTÉRIO DA CULTURA
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 151, DE 4 DE FEVEREIRO DE 2014 CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
SECRETARIA EXECUTIVA
OS MINISTROS DE ESTADO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO E
DA CULTURA, no uso da atribuição que lhes confere o art. 87, parágrafo único, PORTARIA Nº 25, DE 15 DE JULHO DE 2014
inciso IV, da Constituição Federal, resolvem:
Homologa a Norma Complementar nº
Art. 1º Instituir, no âmbito dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e 20/IN01/DSIC/GSIPR
Inovação e da Cultura, Grupo de Trabalho com as seguintes finalidades:
... O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DO GABINETE DE SEGURANÇA
V - promover estudos e ações para o desenvolvimento do Programa INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, na condição de
Nacional de Acervos Digitais (ProNAD), com o objetivo de prover suporte SECRETÁRIO EXECUTIVO DO CONSELHO DE DEFESA NACIONAL, no uso de
técnico e infraestrutura, e promover a articulação entre instituições de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 6º e no art. 7º do Decreto
memória (Bibliotecas, Arquivos e Museus) em prol da constituição de um nº 3.505, de 13 de junho de 2000, com nova redação dada pelo Decreto nº
ecossistema integrado dos diversos acervos memoriais brasileiros; 8.097, de 4 de setembro de 2013, resolve:
Parágrafo único. O Programa a que se refere o inciso V deste artigo
Art. 1º Fica homologada a Norma Complementar nº
deve, preferencialmente, articular as unidades vinculadas mantenedoras de
20/IN01/DSIC/GSIPR que estabelece Diretrizes de Segurança da Informação e
acervos no âmbito dos Ministérios da Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação,
Comunicações para Instituição do Processo de Tratamento da Informação
Educação e Justiça (Arquivo Nacional).
nos órgãos e entidades da Administração Pública Federal (APF), direta e
...
[Diário Oficial da União, de 5 de Fevereiro de2014 Seção I, pg. 3] indireta.
(...)
1. OBJETIVO
MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES Estabelecer diretrizes de Segurança da Informação e
SECRETARIA EXECUTIVA Comunicações para instituição do processo de tratamento da informação,
envolvendo todas as etapas do ciclo de vida da informação, no âmbito da
Administração Pública Federal, direta e indireta.
PORTARIA Nº 89, DE 29 DE ABRIL DE 2014
2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal (APF)
Estabelece os procedimentos de gestão de produzem e tratam informações diariamente na rotina de trabalho de seus
documentos, processos e arquivos pelo Sistema agentes públicos, ocupando relevância fundamental para a gestão da
Eletrônico de Informações - SEI, no âmbito do máquina pública e o processo de tomada de decisões quanto às políticas
Ministério das Comunicações. públicas federais.

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133
Neste sentido, a presente norma dispõe acerca de diretrizes a serem 5.3 Uso e Disseminação: trata-se do estágio em que as informações
cumpridas no âmbito órgãos e entidades da APF quanto ao adequado estão sendo utilizadas e compartilhadas pelos órgãos e entidade da APF,
tratamento da informação durante as fases do seu do ciclo de vida. envolvendo ações como o seu uso, transporte, transmissão e divulgação.
Esta norma configura instrumento complementar as políticas, 5.4 Destinação: refere-se ao estágio final do ciclo de vida da
procedimentos e regras regulamentados por atos normativos que norteiam o informação, no qual devem ser tomadas as medidas necessárias à sua
tratamento da informação nos órgãos e entidades da APF. Por essa razão, destinação, tais como guarda permanente ou eliminação.
ressalta-se a importância da observação, por parte dos agentes públicos, dos 6. DIRETRIZES ESPECÍFICAS
dispositivos estabelecidos na legislação relativa a temas como Segurança da 6.1 Produção e Recepção
Informação e Comunicações (SIC), gestão documental e arquivística, gestão da (...)
informação, acesso à informação, e sigilo da informação. 6.1.8 Recomenda-se que, durante a produção e a recepção de
(...) informações, sejam identificados os metadados necessários para a gestão da
3. CONCEITOS E DEFINIÇÕES informação nos órgãos e entidades da APF.
Para os efeitos desta Norma Complementar são estabelecidos os 6.2 Registro e Armazenamento
seguintes conceitos e definições: Os aspectos principais a serem observados pelos órgãos e
Agente Público: todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente entidades da APF na fase do registro e armazenamento são:
ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou 6.2.1 A seleção, dentre as opções de registro e armazenamento de
qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou informações, deverá considerar:
função nos órgãos e entidades da APF. a) as características físicas do suporte e do ambiente;
Ciclo de vida da informação: ciclo formado pelas fases da Produção e b) o volume e estimativa de crescimento;
Recepção; Registro e Armazenamento; Uso e Disseminação; e Destinação. c) o período previsto para a retenção da informação;
Documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja d) a proteção contra acesso não autorizado;
o suporte ou formato. e) as eventuais necessidades de classificação e preservação das
Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados informações conforme atos normativos correlatos;
para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, f) as perdas por destruição, furto ou sinistro;
suporte ou formato. g) a frequência de uso;
Informação classificada: informação sigilosa em poder dos órgãos e h) os custos relativos ao seu armazenamento.
entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade 6.2.2 É dever do agente público a manutenção dos registros que
à segurança da sociedade ou do Estado, a qual é classificada como ultrassecreta, tenham servido de fundamento ao ato administrativo.
secreta ou reservada. 6.2.3 Para o registro de seus documentos arquivísticos, os órgãos e
Metadados: dados que descrevem os dados, isto é, são informações entidades da APF devem observar as legislações pertinentes que tratam dos
úteis para identificar, localizar, compreender e gerenciar os dados. procedimentos gerais para utilização de protocolo na APF.
Tratamento da informação: conjunto de ações referentes às fases do 6.2.4 Na fase do registro e armazenamento das informações, os
ciclo de vida da informação. órgãos e entidades da APF deverão avaliar eventuais necessidades de
4. DIRETRIZES GERAIS indexação, catalogação, classificação e marcação das informações, conforme
4.1 Toda informação institucional dos órgãos e entidades da APF em arcabouço legal existente e orientações adicionais internas que se fizerem
qualquer suporte, materiais, áreas, comunicações e sistemas de informação necessárias.
institucionais, é patrimônio do Estado brasileiro e deve ser tratada segundo as 6.2.5 Os órgãos e entidades da APF deverão priorizar a adoção de
diretrizes descritas nesta Norma Complementar, nos termos da legislação formatos abertos e não proprietários, sempre que possível, para preservar as
pertinente em vigência. informações digitais e permitir seu amplo acesso, conforme padrões de
4.2 O tratamento das informações ao longo de seu ciclo de vida interoperabilidade do Governo Eletrônico.
deverá ser realizado de modo ético e responsável pelos agentes públicos dos 6.2.6 Os órgãos e entidades da APF deverão adotar os
órgãos e entidades da APF e com respeito à legislação vigente. procedimentos de controle de acesso necessários à segurança dos registros e
4.3 O tratamento da informação deverá ser feito conforme atos armazenamento das informações.
normativos de Segurança da Informação e Comunicações (SIC), assegurando-se 6.2.7 Os órgãos e entidades da APF deverão manter controle sobre
os requisitos da disponibilidade, da integridade, da confidencialidade e da eventuais cópias de registros de informações, zelando também por seu
autenticidade da informação em todo seu ciclo de vida. adequado armazenamento, garantindo-se a rastreabilidade das cópias de
4.4 As informações institucionais dos órgãos e entidades da APF segurança e restauração das informações por meio da manutenção de
deverão ser tratadas visando-se as suas funções administrativas, informativas, registros completos e apropriados.
probatórias e comunicativas, e considerados os princípios de acesso a 6.2.8 Na fase de registro e armazenamento, deverão ser realizadas
informação dispostos pela Lei 12.527/2011. as marcações e adotadas as demais medidas de salvaguarda das informações
4.5 É dever do agente público salvaguardar a informação classificada, sigilosas nos termos da Lei 12.527/2011 ou de outras legislações específicas,
sigilosa ou pessoal, bem como assegurar a publicidade da informação de bem como de informações pessoais.
caráter ostensivo, utilizando-as, exclusivamente, para o exercício das 6.2.9 As informações sigilosas classificadas, produzidas e
atribuições de cargo, emprego ou função pública, sob pena de armazenadas em meios eletrônicos, devem utilizar criptografia compatível
responsabilização administrativa, civil e penal. com o grau de sigilo, conforme a legislação vigente.
4.6 As medidas e os procedimentos relacionados ao tratamento da 6.2.10 No armazenamento de informações classificadas em grau
informação a ser realizado com apoio de empresas terceirizadas, em qualquer de sigilo secreto ou ultrassecreto, deverá ser utilizado cofre ou estrutura que
fase do ciclo de vida da informação, deverão ser estabelecidos contratualmente ofereça segurança equivalente.
para que se assegure o cumprimento das diretrizes previstas nesta norma, bem 6.2.11 No caso das demais informações sigilosas, o
como em legislações vigentes. armazenamento deve ser realizado em ambiente com acesso controlado.
4.7 Os órgãos e entidades da APF devem promover ações para 6.2.12 Os órgãos e entidades da APF devem instituir as medidas
conscientização dos agentes públicos visando à disseminação das diretrizes de necessárias para garantir a segurança e o adequado tratamento das
tratamento da informação. informações registradas e armazenadas em repositórios digitais
5. CICLO DE VIDA DA INFORMAÇÃO institucionais, a fim de permitir o acesso, a recuperação e a preservação
O tratamento da informação abrange as políticas, os processos, as dessas informações.
práticas e os instrumentos utilizados pelos órgãos e entidades da APF para lidar 6.2.13 As informações dos órgãos e entidades da APF devem ser
com a informação ao longo de cada fase de seu ciclo de vida, contemplando o armazenadas nos servidores de armazenamento e sistemas corporativos,
conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, instalados em ambiente seguro, que garantam a continuidade das atividades
acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, do órgão.
armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação. 6.2.14 Em face de um cenário híbrido, que envolva ao mesmo
Para efeito desta norma, as ações referidas estão agrupadas nas tempo documentos em suporte físico e eletrônico, devem-se estabelecer
seguintes fases, conforme Anexo A: requisitos de armazenamento que atendam às necessidades de preservação
5.1 Produção e Recepção: refere-se ao estágio em que as desses dois tipos de documentos.
informações são produzidas ou recebidas pelos agentes públicos, 6.2.15 Recomenda-se criteriosa e periódica avaliação na
independentemente de seu formato ou suporte. especificação de mídias de armazenamento adequadas à necessidade de
5.2 Registro e Armazenamento: diz respeito à fase em que as preservação, atentando-se para a compatibilidade com as novas tecnologias.
informações são registradas e armazenadas em quaisquer suportes ou formatos. 6.2.16 Os órgãos e entidades da APF devem assegurar-se de que as
informações hospedadas com uso de computação em nuvem estejam em
conformidade com a legislação vigente.

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6.3 Uso e disseminação objeto de normatização complementar pelos órgãos e entidades da APF, para
Os aspectos principais a serem observados pelos órgãos e entidades da APF na que se garanta a preservação de conteúdos relevantes para o exercício de
fase do uso e disseminação da informação são: suas competências e/ou a preservação de sua memória institucional.
6.3.1 As informações deverão ser utilizadas para as finalidades para 6.4.4 Os órgãos e entidades da APF devem providenciar a
as quais foram produzidas e conforme os interesses dos órgãos e entidades da sanitização de mídias, tais como dispositivos móveis, discos rígidos,
APF, não devendo ser usadas para propósito pessoal de determinado agente memórias das impressoras, scanners, multifuncionais e demais dispositivos
público ou privado. de armazenamento, antes de seu descarte, a fim de evitar a recuperação
6.3.2 Os órgãos e entidades da APF deverão garantir que as irregular de dados destes meios.
informações estejam disponíveis para a utilização pelos agentes públicos que 7. IMPLEMENTAÇÃO
delas necessitarem para o desempenho de suas atribuições. A adoção de mecanismos de gestão dos processos e
6.3.3 Toda informação pública a ser disponibilizada por meio da procedimentos envolvidos no tratamento da informação ao longo de seu
transparência ativa deverá ser objeto de prévia avaliação a fim de que se ciclo de vida é fundamental para a implementação das diretrizes
identifiquem eventuais parcelas da informação que não sejam passíveis de determinadas por esta norma. A metodologia aqui recomendada envolve os
divulgação. passos a seguir, a serem assegurados pela Alta Administração dos órgãos e
6.3.4 O transporte e/ou a transferência de informações entre entidades da APF:
organizações deve respeitar os dispositivos previstos em atos normativos 7.1 Planejamento
gerais que regulamentam o assunto, além de orientações específicas a cada 7.1.1 A Alta Administração dos órgãos e entidades da APF deverá
órgão ou entidade da APF que se fizerem necessárias para que se garantam a assegurar a elaboração de plano que defina as estratégias internas quanto ao
preservação de informações de acesso restrito, a divulgação de informações tratamento da informação ao longo de seu ciclo de vida, visando à
ostensivas, e os princípios da disponibilidade, integridade, confidencialidade e implementação das diretrizes determinadas por esta norma e dos
autenticidade das informações. dispositivos determinados por legislações correlatas ao tema.
6.3.5 A publicação de informações institucionais deve ser realizada 7.1.2 O plano deverá identificar os objetivos e as ações necessárias
prioritariamente por meio dos canais oficiais do órgão e entidade da APF. ao aprimoramento do tratamento da informação durante o seu ciclo de vida
6.3.6 Recomenda-se que os equipamentos de acesso franqueado ao no órgão ou entidade da APF, incluindo a indicação das ações de capacitação
público estejam em ambiente isolado da rede corporativa. quanto ao tema, determinação de metas, indicadores e responsáveis, e a
6.3.7 A concessão de acessos lógicos e físicos ou o uso de previsão de orçamento necessário à implementação do plano.
informações institucionais em dispositivos móveis corporativos e/ou 7.1.3 A elaboração do plano deverá envolver representantes, no
particulares deve observar a legislação vigente. mínimo, das áreas de gestão documental, segurança da informação, acesso a
6.3.8 Recomenda-se a regulamentação do uso de impressoras e informação e controle interno.
copiadoras, definindo as diretrizes para a impressão/cópia de documentos que 7.1.4 O referido plano deve estar alinhado aos demais
contenham informação de acesso restrito. instrumentos de planejamento do órgão ou entidade da APF, como o
6.3.9 Recomenda-se a realização periódica de testes de restauração Planejamento Estratégico, o Plano Diretor de Tecnologia da Informação e sua
das informações contidas nas mídias de cópias de segurança, a fim de garantir Política de Segurança da Informação e Comunicações, além de considerar o
seu uso quando da ocorrência de incidentes com comprometimento das efeito das ações pretendidas sobre as fases do ciclo de vida da informação.
informações. 7.1.5 O plano deverá ser apreciado e aprovado pela Alta
6.3.10 No transporte de documentos em suporte físico que for Administração dos órgãos e entidades da APF.
realizado por empresas terceirizadas, cabe ao órgão e entidade da APF (...)
estabelecer contratualmente as medidas e procedimentos de SIC adequados. 7.2 Execução
6.3.11 Na definição dos procedimentos de segurança para o Aprovado o plano de ações conforme item anterior, deve-se
transporte de documentos, deve-se observar o tempo de exposição da garantir a sua implementação, incluindo a realização de ações de capacitação
informação, atentando-se para a agilidade, tempestividade e oportunidade. aos responsáveis pela sua execução, bem como dos demais agentes públicos
6.3.12 Os órgãos e entidades da APF devem planejar e dimensionar quanto ao tratamento da informação no desempenho de suas atribuições.
seus sistemas e canais de comunicação de forma a garantir a disponibilidade 7.3 Avaliação
das informações públicas distribuídas e/ou divulgadas. 7.3.1 Neste estágio, devem ser realizados procedimentos de
6.3.13 Os órgãos e entidades da APF devem definir medidas e avaliação da implementação das ações determinadas pelo plano,
procedimentos para que os fluxos de distribuição das informações assegurem a identificando-se as revisões e alterações pertinentes.
continuidade das medidas de salvaguarda de informações sigilosas conforme a 7.3.2 Após a realização da avaliação, devem ser elaborados os
Lei 12.527/2011 ou de acordo com legislações específicas, bem como de ajustes e as alterações cabíveis ao plano, a serem incorporadas após
informações pessoais relativas à intimidade, vida privada, honra e imagem aprovação da Alta Administração do órgão ou entidade da APF.
detidas pelos órgãos e entidades da APF. 7.3.3 Em seguida, devem ser implementadas as referidas
6.3.14 O acesso às áreas, instalações e materiais que contenham alterações, assegurando-se de que atinjam os objetivos pretendidos.
informações classificadas em qualquer grau de sigilo, ou que demandem 8. VIGÊNCIA
proteção, nos termos da Seção VIII, do capítulo III do Decreto 7.845/2012 deve Esta norma entra em vigor na data da sua publicação.
ser regulado e registrado. 9. ANEXOS
6.3.15 No transporte de mídias que contenham informações sigilosas
devem-se utilizar dispositivos com restrições de acesso e uso de criptografia A - CICLO DE VIDA DA INFORMAÇÃO
adequada.
6.3.16 No transporte de documentos que contenham informações
sigilosas, em qualquer suporte físico, os órgãos e entidades da APF deverão
definir medidas e procedimentos de segurança adequados ao deslocamento.
6.4 Destinação
Os aspectos principais a serem observados pelos órgãos e entidades
da APF na fase da destinação são:
6.4.1 As medidas referentes à destinação das informações
produzidas ou custodiadas pelos órgãos e entidades da APF devem ser
precedidas por avaliação que observe as orientações das legislações correlatas
quanto ao encaminhamento necessário a cada tipo de registro, tais como
documentos arquivísticos, materiais digitais, correios eletrônicos, entre outros,
sob pena de responsabilização de agentes públicos que eliminarem registros de
informações sem o devido fundamento legal.
6.4.2 Tal avaliação deve considerar aspectos como a temporalidade
de guarda; os processos e as práticas a serem observados quando da guarda
permanente; os procedimentos formais que precedem atos de eliminação; as
orientações quanto à operacionalização do ato de eliminação, entre outros,
devendo ser tais aspectos normatizados complementarmente pelos órgãos e
entidades nos casos necessários e cabíveis.
6.4.3 A destinação de informações que constem de sítios eletrônicos
institucionais, de repositórios internos da organização e/ou similares, deve
observar as legislações correlatas sobre o assunto e, nos casos necessários, ser ANEXO B

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QUADRO RESUMO E EMBASAMENTO LEGAL 2000, com nova redação dada pelo Decreto nº 8.097, de 4 de setembro de 2013,
resolve:
1.1 Reservada - Prazo Art. 23 e 24 da Lei
CLASSIFICADA máximo de restrição de 12.527/2011 Art. 1º Fica homologada a Revisão 01 da Norma Complementar nº
acesso de 5 anos 20/IN01/DSIC/GSIPR que estabelece Diretrizes de Segurança das Informação
1.2 Secreta - Prazo Art. 23 e 24 da Lei e Comunicações (SIC) para Instituição do Processo de Tratamento da
máximo de restrição de 12.527/2011 Informação nos Órgãos e Entidades da Administração Pública Federal (APF).
acesso de 15 anos Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
1.3 Ultrassecreta - Prazo Art. 23 e 24 da Lei
máximo de restrição de 12.527/2011 JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA
acesso de 25 anos
2.1 Pessoal Art. 31 da Lei ANEXO
12.527/2011
2.2 Protegida por Legislação Específica DIRETRIZES DE SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÕES PARA
2.2.1 Sigilos Decorrentes de Direitos de INSTITUIÇÃO DO PROCESSO DE TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO NOS
Personalidade ÓRGÃOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL
2.2.1.1 Sigilo Fiscal Art. 198 da Lei nº
5.172/1966 1 OBJETIVO
2.2.1.2 Sigilo Bancário Art. 1º da Lei nº Estabelecer diretrizes de Segurança da Informação e
105/2001 Comunicações (SIC) para instituição do processo de tratamento da
ACESSO RESTRITO informação, envolvendo todas as etapas do ciclo de vida da informação, nos
2.2.1.3 Sigilo Comercial §2º do art. 155 da Lei
órgãos e entidades da Administração Pública Federal (APF), direta e indireta.
nº 6.404/1976
As hipóteses legais de 2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
2.2.1.4 Sigilo Empresarial Art. 169 da Lei nº
restrição de acesso à Os órgãos e entidades da APF produzem e tratam informação
11.101/2005
informação elencadas diariamente na rotina de trabalho de seus agentes públicos, ocupando
neste item não são 2.2.1.5 Sigilo Contábil Art. 1.190 e 1.191 da relevância fundamental para a gestão da máquina pública e o processo de
exaustivas Lei nº 5.869/1973 tomada de decisões quanto às políticas públicas federais. Neste sentido, a
2.2.2 Sigilos de Processos e Procedimentos presente Norma dispõe acerca de diretrizes a serem cumpridas no âmbito
2.2.2.1 Restrição § 3º do art. 7º da Lei nº dos órgãos e entidades da APF quanto ao adequado tratamento da
Discricionária de Acesso a 12.527/2011 informação durante as fases do ciclo de vida.
Documento Preparatório Esta Norma configura instrumento complementar as políticas,
2.2.2.2 Sigilo do Art. 150 da Lei nº procedimentos e regras regulamentados por atos normativos que norteiam o
Procedimento 8.112/1991 tratamento da informação nos órgãos e entidades da APF.
Administrativo Disciplinar Por essa razão, ressalta-se a importância da observação, por parte
em Curso dos agentes públicos, dos dispositivos estabelecidos na legislação relativa a
2.2.2.3 Sigilo do Inquérito Art. 20 da Lei nº temas como SIC, gestão documental e arquivística, gestão da informação,
Policial 3.689/1941 acesso à informação, e sigilo da informação.
3 CONCEITOS E DEFINIÇÕES
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 16 de julho de 2014] Para os efeitos desta Norma Complementar são estabelecidos os
seguintes conceitos e definições:
Agente Público: todo aquele que exerce, ainda que
transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato,
SECRETARIA EXECUTIVA cargo, emprego ou função nos órgãos e entidades da APF.
Ciclo de vida da informação: ciclo formado pelas fases da
PORTARIA Nº 396, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2014 Produção e Recepção; Organização; Uso e Disseminação; e Destinação.
Custodiante da informação: refere-se a qualquer indivíduo ou
Dispõe sobre a implantação e o funcionamento do estrutura do órgão ou entidade da APF que tenha a responsabilidade formal
processo administrativo eletrônico ou digital no de proteger a informação e aplicar os níveis de controles de segurança em
âmbito do Ministério do Planejamento, Orçamento e conformidade com as exigências de SIC comunicadas pelo proprietário da
Gestão. informação.
(...) Documento: unidade de registro de informações, qualquer que
Art. 16. Os documentos em processos administrativos eletrônicos ou seja o suporte ou formato.
digitais deverão ser classificados e avaliados de acordo com o código de Informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados
classificação e a tabela de temporalidade e destinação adotados pelo Ministério para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio,
do Planejamento, Orçamento e Gestão, conforme a legislação arquivística em suporte ou formato.
vigor. Informação classificada em grau de sigilo: informação sigilosa em
Parágrafo único. A eliminação de documentos eletrônicos ou digitais poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de
deve seguir as diretrizes previstas na legislação em vigor. sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, a qual é
(...) classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
Informação pessoal: informação relacionada à pessoa natural
[Diário Oficial da União, de 13 de novembro de 2014, Seção 1] identificada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e
[Texto integral em: imagem.
<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina Informação sigilosa: informação submetida temporariamente à
=145&data=13/11/2014>] restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a
segurança da sociedade ou do Estado, e aquelas abrangidas pelas demais
PRESIDENCIA DA REPUBLICA hipóteses legais de sigilo.
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL Metadados: conjunto de dados estruturados que descrevem
SECRETARIA EXECUTIVA informação primária.
Proprietário da informação: refere-se a parte interessada do órgão
PORTARIA Nº- 49, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2014 ou entidade da APF, indivíduo legalmente instituído por sua posição e/ou
cargo, o qual é responsável primário pela viabilidade e sobrevivência da
Homologa a Revisão 01 da Norma Complementar nº informação.
20/IN01/DSIC/GSIPR Sanitização de dados: eliminação efetiva de informação
armazenada em qualquer meio eletrônico, garantindo que os dados não
O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DO GABINETE DE SEGURANÇA possam ser reconstruídos ou recuperados.
INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, na condição de Tratamento da informação: conjunto de ações referentes à
SECRETÁRIO-EXECUTIVO DO produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução,
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL, no uso de suas atribuições e tendo em
vista o disposto no art. 6º e no art. 7º do Decreto nº 3.505, de 13 de junho de

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transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, 6.1.2 A informação produzida e custodiada pelos órgãos e
eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação. entidades da APF deve ser mantida disponível e acessível aos agentes
4 DIRETRIZES GERAIS públicos que dela necessitarem para o desempenho de suas atribuições.
4.1 Toda informação institucional dos órgãos e entidades da APF em 6.1.3 Com vistas a garantir as condições essenciais ao
qualquer suporte, materiais, áreas, comunicações e sistemas de informação aprofundamento da democratização do acesso a informação no âmbito
institucionais, é patrimônio do Estado brasileiro e deve ser tratada segundo as interno e externo aos órgãos e entidades da APF, deve-se priorizar a
diretrizes descritas nesta Norma Complementar e nos termos da legislação produção de informação em linguagem clara e precisa independentemente
pertinente em vigência. de seu formato ou suporte.
4.2 O tratamento da informação ao longo de seu ciclo de vida deve 6.1.4 Os órgãos e entidades da APF devem verificar se a
ser realizado de modo ético e responsável pelos agentes públicos dos órgãos e informação por eles produzida, recebida ou custodiada refere-se à
entidades da APF. informação pessoal ou se enquadra em quaisquer hipóteses de sigilo, a fim de
4.3 O tratamento da informação deve ser feito conforme atos adotar as medidas cabíveis quanto ao seu tratamento (Anexo A).
normativos de SIC, assegurando-se os requisitos da disponibilidade, da 6.1.5 Os órgãos e entidades da APF devem garantir que a produção,
integridade, da confidencialidade e da autenticidade da informação em todo a recepção e a custódia de informação sejam feitas com a devida proteção da
seu ciclo de vida. informação pessoal e sigilosa (Anexo A).
4.4 A informação institucional dos órgãos e entidades da APF deve 6.1.6 Nas reuniões em que é produzida e recebida informação
ser tratada visando as suas funções administrativas, informativas, probatórias e sigilosa e pessoal, devem ser adotados controles de segurança para acesso ao
comunicativas, e considerados os princípios de acesso a informação dispostos ambiente, aos documentos, as anotações, as mídias e aos demais recursos
pela Lei nº 12.527/2011 e seus Decretos nº 7.724/2012 e nº 7.845/2012. utilizados.
4.5 É dever do agente público salvaguardar a informação sigilosa e a 6.1.7 Quando a produção, recepção e custódia de informação
pessoal, bem como assegurar a publicidade da informação ostensiva, sigilosa e pessoal exigir impressão em tipografias, impressoras, oficinas
utilizando-as, exclusivamente, para o exercício das atribuições de cargo, gráficas ou similares, a operação deve ser acompanhada por pessoa
emprego ou função pública, sob pena de responsabilização administrativa, civil oficialmente designada, responsável pela execução das medidas de
e penal. salvaguarda necessárias à garantia do sigilo durante todo o processo.
4.6 As medidas e os procedimentos relacionados ao tratamento da 6.1.8 Quando a produção, recepção e custódia de informação
informação a ser realizado com apoio de empresa terceirizada, em qualquer sigilosa classificada, em qualquer grau de sigilo, exigir impressão em
fase do ciclo de vida da informação, devem ser estabelecidos contratualmente tipografias, impressoras, oficinas gráficas ou similares, a operação deve ser
para que se assegure o cumprimento das diretrizes previstas nesta Norma, bem acompanhada por pessoa credenciada, ou excepcionalmente, que tenha
como em legislações vigentes. assinado o Termo de Compromisso de Manutenção de Sigilo (TCMS).
4.7 Os órgãos e entidades da APF devem promover ações para 6.1.9 Recomenda-se que a informação produzida, recepcionada ou
conscientização dos agentes públicos visando à disseminação das diretrizes de custodiada seja identificada por metadados.
tratamento da informação. 6.1.10 O registro do documento descreve o seu conteúdo e deve,
4.8 Os órgãos e entidades da APF devem identificar o proprietário e no mínimo, incluir número sequencial de identificação do documento,
o custodiante da informação. identificação da origem do documento, ano de produção, assunto,
4.9 O proprietário da informação deve assumir, no mínimo, as classificação e indicação de sigilo, quando couber.
seguintes atividades: 6.1.11 Para toda informação classificada em qualquer grau de
a) descrever a informação; sigilo, os órgãos e entidades da APF devem adotar o Código de Indexação de
b) definir as exigências de SIC da informação; Documento que contém Informação Classificada (CIDIC).
c) comunicar as exigências de SIC da informação a todos os 6.1.12 Os órgãos e entidades da APF, por meio de normas e
custodiantes e usuários; procedimentos internos, podem estabelecer código de indexação para o caso
d) buscar assegurar o cumprimento das exigências de SIC por meio de informação pessoal e demais hipóteses de sigilo previstas em lei.
de monitoramento; e 6.1.13 A informação classificada deve ser produzida e custodiada
e) indicar os riscos que podem afetar a informação. utilizando criptografia baseada em algoritmo de Estado compatível com o
4.10 O custodiante da informação deve aplicar os níveis de controles grau de sigilo, conforme padrões mínimos estabelecidos na NC 09
de segurança conforme as exigências de SIC, comunicadas pelo proprietário da DSIC/GSI/PR.
informação, de forma a assegurar a disponibilidade, integridade, 6.1.14 Para a classificação da informação, os órgãos e entidades da
confidencialidade e autenticidade da informação. APF devem observar a legislação pertinente que trata dos procedimentos
5 CICLO DE VIDA DA INFORMAÇÃO gerais para utilização de protocolo na APF.
O tratamento da informação abrange as políticas, os processos, as 6.2 Organização
práticas e os instrumentos utilizados pelos órgãos e entidades da APF para lidar 6.2.1 Devem ser considerados para o armazenamento, o
com a informação ao longo de cada fase do ciclo de vida, contemplando o arquivamento e controle da informação:
conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, a) as características físicas do suporte e do ambiente;
acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, b) o volume e estimativa de crescimento;
armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação. c) o período previsto para a retenção da informação;
Para efeito desta Norma, o conjunto das ações referentes ao d) a proteção contra incidentes de SIC;
tratamento da informação está agrupado nas seguintes fases: e) as eventuais necessidades de classificação e preservação da
5.1 Produção e Recepção: refere-se à fase inicial do ciclo de vida, e informação conforme atos normativos correlatos;
compreende a produção, recepção ou custódia e classificação da informação. f) as perdas por destruição, furto ou sinistro;
5.2 Organização: refere-se ao armazenamento, arquivamento e g) a frequência de uso; e
controle da informação. h) os custos relativos ao armazenamento, arquivamento e o
5.3 Uso e Disseminação: refere-se à utilização, acesso, reprodução, controle da informação.
transporte, transmissão e distribuição da informação. 6.2.2 É dever do agente público a manutenção dos registros de
5.4 Destinação: refere-se a fase final do ciclo de vida da informação, documento formal utilizado como fundamento da tomada de decisão ou de
e compreende a avaliação, destinação ou eliminação da informação. ato administrativo, a exemplo de pareceres e notas técnicas.
6 DIRETRIZES ESPECÍFICAS DE SIC 6.2.3 Recomenda-se a observância dos padrões de
Os órgãos e entidades da APF devem seguir as diretrizes específicas interoperabilidade do Governo Eletrônico.
relativas às fases do ciclo de vida da informação, conforme apresentado, a 6.2.4 Devem ser mantidos controles sobre cópias de segurança da
seguir, nos subitens 6.1, 6.2, 6.3 e 6.4. informação, zelando por seu adequado armazenamento e garantindo sua
As diretrizes específicas representam o mínimo a ser implementado rastreabilidade e restauração.
pelos órgãos e entidades da APF, e os respectivos normativos internos devem 6.2.5 Devem ser realizadas as marcações e adotadas as demais
observar a legislação vigente e todos os normativos de SIC para a APF. medidas de salvaguarda da informação sigilosa e da pessoal nos termos dos
6.1 Produção e Recepção Decretos 7.724/2012 e 7.845/2012 ou de outras legislações específicas.
6.1.1 Os processos de produção, recepção e custódia da informação 6.2.6 A informação classificada em grau de sigilo deve ser
devem ser planejados e implementados considerando-se: armazenada utilizando criptografia compatível conforme padrões mínimos
a) os interesses da APF; para recurso criptográfico baseado em algoritmo de Estado estabelecido na
b) o período previsto para a retenção da informação; e NC 09 DSIC/GSI/PR.
c) os custos com recursos materiais, financeiros e pessoas. 6.2.7 No armazenamento de informação classificada em grau de
sigilo secreto ou ultrassecreto, deve ser utilizado cofre ou estrutura que
ofereça segurança equivalente.

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6.2.8 A informação sigilosa e pessoal deve ser armazenada e grau de sigilo, desclassificação, reclassificação ou reavaliação da informação,
arquivada em ambiente com acesso restrito e controlado. propor o destino final da informação desclassificada e subsidiar a elaboração
6.2.9 A informação deve ser armazenada em servidores de arquivos do rol anual das informações desclassificadas e documentos classificados em
e sistemas corporativos instalados em ambiente seguro. Na comunicação de cada grau de sigilo, a ser disponibilizado na Internet.
dados da APF, o armazenamento e a recuperação de dados deve ser realizada 6.4.3 A disponibilidade, integridade, confidencialidade e
em centro de processamento de dados fornecido por órgãos e entidades da APF, autenticidade devem ser observadas na avaliação, destinação, arquivamento
conforme legislação vigente. ou eliminação da informação, conforme legislação vigente.
6.2.10 Devem ser estabelecidas ações de Segurança da Informação e A avaliação e a seleção de documento com informação
Comunicações para a Gestão de Continuidade de Negócio (GCN). desclassificada, para fins de guarda permanente ou eliminação, observarão o
6.2.11 Em face de um cenário híbrido, que envolva ao mesmo tempo disposto na Lei nº 8.159/1991 e no Decreto nº 4.073/2002.
documentos em diferentes suportes e meios, devem ser estabelecidos 6.4.4 A destinação de informação que conste de sítios eletrônicos
requisitos de armazenamento que atendam às necessidades de sua preservação. institucionais e de repositórios internos, deve observar as legislações
6.2.12 Recomenda-se criteriosa e periódica avaliação na vigentes sobre o assunto e, nos casos necessários, ser objeto de normatização
especificação de mídias de armazenamento adequadas à necessidade de complementar pelos órgãos e entidades da APF, para que se garanta a
preservação, atentando-se para a compatibilidade com as novas tecnologias. preservação de conteúdos relevantes para o exercício de suas competências e
6.2.13 No uso de computação em nuvem devem ser observados os a preservação da memória institucional.
normativos de SIC e a legislação vigente. 6.4.5 Na eliminação de informação em meio eletrônico deve ser
6.3 Uso e disseminação realizada sanitização dos dados nas mídias de armazenamento, tais como
6.3.1 A utilização, o acesso, a reprodução, o transporte, a dispositivos móveis, discos rígidos, memórias das impressoras, scanners,
transmissão e a distribuição da informação devem seguir os princípios da multifuncionais, entre outros dispositivos, antes do descarte, a fim de evitar
disponibilidade, integridade, confidencialidade e autenticidade, conforme a recuperação irregular e indevida de dados.
normativos de SIC e legislação vigente, bem como orientações específicas que 7 IMPLEMENTAÇÃO
garantam a salvaguarda de informação sigilosa e pessoal, bem como a A adoção de mecanismos de gestão dos processos e
divulgação de informação ostensiva. procedimentos envolvidos no tratamento da informação ao longo do ciclo de
6.3.2 Nas reuniões em que é tratada informação sigilosa e pessoal, vida é fundamental para a implementação das diretrizes determinadas por
devem ser adotados controles de segurança para acesso ao ambiente, aos esta Norma.
documentos, as anotações, as mídias e aos demais recursos utilizados. Recomenda-se que a Alta Administração dos órgãos e entidades da
6.3.3 A informação deve ser utilizada para atender aos interesses dos APF estabeleça metodologia de gestão de tratamento da informação,
órgãos e entidades da APF, não devendo ser usada para propósito pessoal de observando no mínimo, as etapas de planejamento, execução, avaliação e
agente público ou privado. desenvolvimento de ações de melhoria, conforme a seguir apresentado:
6.3.4 A informação a ser disponibilizada por meio da transparência 7.1 Planejamento
ativa e passiva deve ser objeto de prévia análise a fim de que se identifiquem 7.1.1 A Alta Administração dos órgãos e entidades da APF deve
parcelas da informação com restrição de acesso. assegurar que a Política de Segurança da Informação e Comunicações (POSIC)
6.3.5 A publicação de informação institucional deve ser realizada estabeleça diretrizes gerais de tratamento da informação ao longo do ciclo de
prioritariamente por meio dos canais oficiais do órgão e entidade da APF. vida.
6.3.6 Recomenda-se que os recursos de Tecnologia da Informação e 7.1.2 As normas e procedimentos internos de tratamento da
Comunicação (TIC) franqueados ao público estejam isolados da rede informação devem ser elaborados com participação do Gestor de Segurança
corporativa. da Informação e Comunicações do órgão e entidade da APF, aprovados no
6.3.7 A concessão de acessos lógicos e físicos ou o uso de informação âmbito do respectivo Comitê de Segurança da Informação e Comunicações, e
institucional em dispositivos móveis corporativos e particulares devem submetidos à Alta Administração, para aprovação e publicação.
observar a legislação de SIC vigente. 7.1.3 Devem ser identificadas em normativos internos ações
6.3.8 Recomenda-se regulamentação interna para o uso de necessárias ao aprimoramento do processo de tratamento da informação, a
impressoras e copiadoras, definindo as diretrizes para a impressão/cópia de serem implementadas na etapa de execução.
documentos que contenham informação sigilosa e pessoal. 7.2 Execução
6.3.9 Recomenda-se a realização periódica de testes de restauração As normas e procedimentos internos de tratamento da
da informação contida nas mídias de cópias de segurança, a fim de garantir a informação devem garantir a sua implementação em todo ciclo de vida da
utilização quando da ocorrência de incidentes de SIC. informação, atentando para:
6.3.10 No transporte, transmissão e distribuição de documentos em a) promoção de capacitação;
suporte físico que for realizado por empresa terceirizada, cabe ao órgão e b) promoção de cultura;
entidade da APF estabelecer contratualmente as medidas e procedimentos de c) estímulo de boas práticas em todas as fases do ciclo de vida da
SIC adequados. informação; e
6.3.11 Os órgãos e entidades da APF devem planejar e dimensionar d) adoção de metodologias e tecnologias adequadas e atuais.
seus sistemas e canais de comunicação de forma a garantir a disponibilidade, a 7.3 Avaliação
integridade, a confidencialidade e autenticidade da informação distribuída e 7.3.1 Devem ser realizados procedimentos de avaliação periódica
divulgada. do processo de tratamento da informação, identificando-se as revisões e
6.3.12 A salvaguarda da informação sigilosa e pessoal deve ser alterações pertinentes.
observada na utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão e 7.3.2 Após a realização da avaliação, devem ser elaborados os
distribuição, conforme legislação vigente. ajustes e as alterações cabíveis ao processo de tratamento da informação
6.3.13 O acesso às áreas, instalações e materiais que contenham instituído.
informação classificada em qualquer grau de sigilo, de acesso restrito, ou que 7.4 Ações de Melhoria
demande proteção, deve ser normatizado internamente. Devem ser desenvolvidas continuamente ações de melhoria
6.3.14 No transporte, transmissão e distribuição de mídias que visando aumentar o nível de maturidade do processo de tratamento da
contenham informação sigilosa deve ser aplicado controle de acesso e uso de informação no âmbito da SIC do órgão ou entidade da APF.
criptografia baseada em algoritmo registrado. No caso da informação 8 RESPONSABILIDADES
classificada em qualquer grau de sigilo deve-se utilizar criptografia baseada em 8.1 Cabe à Alta Administração do órgão ou entidade da APF, no
algoritmo de Estado. (NC 09 DSIC/GSI/PR). âmbito de suas atribuições, aprovar as diretrizes estratégicas de SIC que
6.3.15 Devem ser definidos medidas e procedimentos específicos de norteiam o tratamento da informação.
SIC no transporte, transmissão e distribuição de documentos que contenham 8.2 Cabe ao Gestor de SIC, no âmbito de suas atribuições no
informação sigilosa e pessoal, em qualquer suporte ou meio. Comitê de SIC, propor, avaliar, realizar periódica análise de melhorias de
6.3.16 É vedada a expedição de documento ultrassecreto por meio normas e procedimentos internos de tratamento da informação.
postal. 8.3 Cabe aos agentes públicos observar o disposto nesta Norma,
6.4 Destinação nos demais normativos internos de SIC do órgão e entidade da APF, bem
6.4.1 Deve ser constituída a Comissão Permanente de Avaliação de como nos Decretos nº 7.724/2012 e nº 7845/2012.
Documentos (CPAD) para orientar e realizar o processo de análise, avaliação e 9 VIGÊNCIA
seleção da documentação produzida e acumulada no seu âmbito de atuação, Esta Norma entra em vigor na data da sua publicação.
tendo em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a 10 ANEXO
eliminação dos destituídos de valor, conforme legislação vigente. A - QUADRO EXEMPLIFICATIVO DE TIPOS DE INFORMAÇÃO
6.4.2 Pode ser constituída a Comissão Permanente de Avaliação de ANEXO A
Documentos Sigilosos (CPADS) para assessorar sobre a classificação quanto ao QUADRO EXEMPLIFICATIVO DE TIPOS DE INFORMAÇÃO

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IV - garantir a integração com sistemas de processo eletrônico de
TIPO DESCRIÇÃO outros órgãos e entidades da Administração Pública Federal;
Transparência Ativa V - garantir a qualidade e confiabilidade dos dados e das
1. OSTENSIVA informações disponíveis;
Transparência Passiva
2.1 Reservada - Prazo máximo de restrição de VI - assegurar a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação
acesso de 5 anos governamental, promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e
resultados;
2.2 Secreta - Prazo máximo de restrição de acesso
2. SIGILOSA VII - ampliar a sustentabilidade ambiental com o uso da
de 15 anos
CLASSIFICADA EM Tecnologia da Informação e Comunicação; e
GRAU DE SIGILO 2.3 Ultrassecreta - Prazo de restrição de acesso de VIII - facilitar o acesso do cidadão às instâncias administrativas.
25 anos, prorrogável por uma única vez, e por CAPÍTULO II
período não superior a 25 anos, limitado ao máximo DA GESTÃO OPERACIONAL DO SEI
de 50 anos o prazo total da classificação. Art. 4º Fica instituído o Núcleo Gestor do SEI, subordinado à
3.1 Sigilos Decorrentes de Direitos de Personalidade Coordenação-Geral Processual - CGP, que exercerá a gestão operacional do
3.1.1 Sigilo Fiscal SEI, competindo-lhe o desempenho das seguintes atribuições:
3.1.2 Sigilo Bancário I - zelar pela contínua adequação do SEI à legislação de gestão
3.1.3 Sigilo Comercial documental, às necessidades do Cade e aos padrões de uso e evoluções
3. SIGILOSA 3.1.4 Sigilo Empresarial definidos no âmbito do projeto Processo Eletrônico Nacional;
PROTEGIDA POR 3.1.5 Sigilo Contábil II - acompanhar a adequada utilização do SEI, zelando pela
LEGISLAÇÃO qualidade das informações nele contidas;
3.2 Sigilos de Processos e Procedimentos
ESPECÍFICA III - promover a capacitação, realizar suporte operacional e
3.2.1 Sigilo do Procedimento Administrativo
Disciplinar em Curso orientar os funcionários do Cade, quanto à utilização do SEI;
(As hipóteses legais IV - orientar os usuários externos quanto à utilização do SEI;
3.2.2 Sigilo do Inquérito Policial
de restrição de acesso e
à informação 3.2.3 Segredo de Justiça no Processo Civil
V - propor revisões das normas afetas ao processo eletrônico.
elencadas neste item 3.2.4 Segredo de Justiça no Processo Penal
Parágrafo Único. O Núcleo Gestor do SEI será auxiliado, no
não são exaustivas) 3.3 Informação de Natureza Patrimonial
exercício das atribuições que lhe foram conferidas no caput deste dispositivo,
3.3.1 Segredo Industrial pela Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI, responsável
3.3.2 Direito Autoral e Propriedade Intelectual pela manutenção técnica do sistema.
de Programa de Computador CAPÍTULO III
3.3.3 Propriedade Industrial DO ACESSO E CREDENCIAMENTO
4.1. Pessoal - Prazo máximo de restrição de acesso Art. 5º Qualquer pessoa poderá ter acesso aos processos e aos
100 anos, independente de classificação de sigilo e documentos no SEI, bem como acompanhar o trâmite dos processos,
4. PESSOAL
quando se referir à intimidade, vida privada, honra independentemente de credenciamento prévio, ressalvadas as hipóteses
e imagem das pessoas. legais de restrição de acesso.
Parágrafo único. O acesso a processos públicos será
[Diário Oficial da união, Seção 1, de 15 de dezembro de 2014] disponibilizado exclusivamente na página eletrônica do Cade na internet,
não se fazendo necessário, para tal finalidade, qualquer credenciamento ou
formulação de pedido.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Art. 6º Os usuários externos, mediante credenciamento prévio,
CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA poderão:
I - visualizar os processos de acesso restrito em trâmite no CADE;
RESOLUÇÃO Nº 11, DE 24 DE NOVEMBRO DE 2014 e
II - assinar eletronicamente contrato, convênio, acordo e outros
Institui o Sistema Eletrônico de Informações – SEI instrumentos congêneres celebrados com o Cade.
como sistema oficial de gestão de documentos §1º O credenciamento de usuário externo é ato pessoal e
eletrônicos do CADE. intransferível e dar-se-á a partir do preenchimento de cadastro
disponibilizado no sítio eletrônico do Cade na Internet.
O PLENÁRIO DO CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA, no uso §2º Após o preenchimento do cadastro de que trata o §1º deste
das atribuições conferidas pela Lei nº 12.529, de 30 de novembro de 2011, e pelo artigo, o interessado deverá encaminhar ao Núcleo Gestor do SEI de forma
art. 231 do Regimento Interno do Cade, aprovado pela Resolução nº 01, de 29 de presencial ou por correspondência postal, cópia autenticada de documento
maio de 2012, resolve: de identificação contendo número do Cadastro de Pessoa Física (CPF).
Art. 1º Instituir o Sistema Eletrônico de Informações - SEI como §3º As cópias dos documentos poderão ser autenticadas em
sistema oficial de gestão de processos e documentos eletrônicos do Cade. cartório ou pelo próprio advogado da parte que as apresentar, mediante
CAPÍTULO I declaração de tratar-se de cópia fiel ao original, sob sua responsabilidade
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS pessoal.
Art. 2º Para fins desta Resolução, considera-se: §4º O Cade poderá requisitar, a qualquer tempo, a apresentação do
I - ASSINATURA ELETRÔNICA: registro realizado eletronicamente, documento original, fixando prazo para cumprimento.
por usuário identificado de modo inequívoco, de uso pessoal e intransferível, §5º No caso da entrega presencial do documento de que trata o §2º,
com vistas a firmar determinado documento com sua assinatura; a autenticação poderá ser efetivada por servidor do Cade, mediante a
II - CAPTURA PARA O SEI: conjunto de ações que visam à apresentação do respectivo original.
incorporação de um documento ao SEI; §6º Verificada a correspondência entre os dados cadastrados e a
III - DOCUMENTO DIGITAL: documento armazenado sob a forma documentação encaminhada, o Cade autorizará o credenciamento do
eletrônica e codificado em dígitos binários, podendo ser: interessado para acesso ao SEI, em até 05 (cinco) dias úteis, contados a partir
a) Nato digital: produzido originariamente em meio eletrônico; do recebimento da documentação prevista no §2º. §7º O credenciamento está
e condicionado à aceitação, pelo interessado, das condições regulamentares
b) Digitalizado: obtido a partir da conversão de um documento- base que disciplinam o SEI, e tem como consequência a responsabilização do
não digital, gerando uma fiel representação em código digital. usuário externo pelas ações efetuadas, as quais são passíveis de apuração nas
IV - DOCUMENTO EXTERNO: documento digital de origem externa esferas administrativa, civil e penal.
ao SEI, ou seja, não produzido diretamente no sistema, independentemente de §8º Os editais destinados à contratação de bens, serviços e obras,
ser nato digital ou digitalizado; bem como os contratos e acordos celebrados pelo Cade conterão a exigência
V - USUÁRIO EXTERNO DO SEI: pessoa física externa ao CADE que, de cadastramento do representante legal da contraparte no SEI, assim como
mediante credenciamento prévio, está autorizada a ter acesso ao SEI; a necessidade de submissão do procedimento às regras do processo
Art. 3º A implantação do SEI visa a atender os seguintes objetivos: eletrônico do Cade.
I - aprimorar a gestão documental e facilitar o acesso de servidores e Art. 7º A visualização dos processos de acesso restrito e a
cidadãos às informações do Cade; assinatura dos documentos de que trata o inciso II do artigo 6º serão
II - propiciar celeridade, segurança e economicidade aos concedidas aos usuários externos devidamente cadastrados mediante
procedimentos; solicitação em petição específica, a ser juntada oportunamente no processo
III - reduzir o volume de processos tramitados em suporte físico; correspondente, conforme modelo de referência anexo à presente resolução.

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§ 1º A liberação do processo ao usuário externo será condicionada à Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICPBrasil) para garantir a
regular comprovação de sua legitimidade ou dos poderes conferidos por meio integridade, autoria e autenticidade de seus documentos.
de procuração ou substabelecimento. §3º A instituição e a disciplina da assinatura digital prevista no §2º
§ 2º Havendo renúncia do procurador ou revogação do instrumento deste artigo será feita por Portaria.
de outorga de poderes, a revogação do acesso ao processo deverá ser CAPÍTULO VI
formalmente solicitada ao Cade, mediante petição específica no processo DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
correspondente. Art. 14 A autenticidade de documentos gerados no SEI poderá ser
§ 3° A solicitação será deferida pelo Cade no prazo de até 05 (cinco) conferida em endereço na Internet indicado no próprio documento, com uso
dias. do Código Verificador e CRC informados na tarja de assinatura do documento.
§4º A solicitação deverá ser endereçada ao Núcleo Gestor do SEI. CAPÍTULO IV Art. 15 Os atos processuais praticados no SEI serão considerados
DO PROCESSO ELETRÔNICO realizados no dia e hora da respectiva assinatura eletrônica, conforme
Art. 8º Todos os documentos no âmbito do SEI integrarão processos horário oficial de Brasília.
eletrônicos. Art. 16 A partir de 1º de janeiro de 2015, todos os processos
§1º Os documentos natos digitais juntados aos processos eletrônicos administrativos tramitarão unicamente no SEI, na forma eletrônica.
no SEI serão considerados originais para todos os efeitos legais. Parágrafo único. Os processos abertos até 31 de dezembro de 2014
§2º Os documentos digitalizados juntados aos processos eletrônicos serão digitalizados e inseridos no SEI no momento da primeira
no SEI terão a mesma força probante do documento físico apresentado, movimentação realizada após a entrada em vigor do processo eletrônico do
ressalvada a alegação motivada e fundamentada de adulteração antes ou Cade.
durante o processo de digitalização. Art. 17 O Cade promoverá o pré-credenciamento de usuários
Art. 9º O processo eletrônico dispensa a realização de externos, de que trata o artigo 6º, bem como iniciará o recebimento de
procedimentos formais típicos de processo em suporte físico, tais como petições para liberação de processo de acesso restrito a usuário externo,
capeamento, criação de volumes, inclusão de termos, numeração de folhas, conforme disposto no artigo 7º, em data divulgada oportunamente em seu
carimbos e aposição de etiquetas. sítio eletrônico.
§1º Os documentos do processo serão ordenados cronologicamente, Parágrafo único. Nas hipóteses tratadas no caput, os prazos
por data de protocolo do documento. definidos no §6º do artigo 6º e no §3º do artigo 7º iniciarão sua contagem a
§2º Qualquer alteração na ordenação dos documentos inseridos no partir de 2 de janeiro de 2015.
SEI deverá ser acompanhada de correspondente registro no andamento Art. 18 Os casos omissos e excepcionais serão resolvidos pela
processual. Presidência do Cade.
Art. 10 Todos os documentos recebidos pelo Cade a partir de 02 de Art. 19 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
janeiro de 2015, independentemente da sua forma de envio, deverão ser VINÍCIUS MARQUES DE CARVALHO
registrados no SEI. Presidente do Conselho
§1º Os documentos externos necessários a instrução dos processos
administrativos eletrônicos deverão ser enviados ao Cade em meio físico, ANEXO
ocasião em que serão digitalizados pelo Cade e capturados para o SEI, em sua
integralidade. AO NÚCLEO GESTOR DO SEI
§2º A digitalização de que trata o §1º deverá ser efetivada em SOLICITAÇÃO DE ACESSO A PROCESSO RESTRITO
arquivos no formato PDF e com processamento de Reconhecimento Óptico de Número do Processo:
Caracteres (OCR), antes ou durante a captura para o SEI. [NOME DA PARTE] solicita, nos termos da Resolução nº11/2014, art. 7º, a
§3º Os documentos que contenham informações sigilosas ou de concessão aos seguintes indivíduos, todos já devidamente cadastrados nos
acesso restrito deverão ser registrados no SEI com a sinalização do adequado termos do art. 6º da Resolução nº 11/2014 e com poderes para tanto, de
nível de acesso, em conformidade com o disposto no Regimento Interno do acesso aos apartados que lhe são de acesso restrito:
Cade - RICADE.
§4º Os documentos de acesso restrito serão autuados em processos Nome CPF OAB 1 E-mail Procuração
com numeração própria, denominados Apartado de Acesso Restrito. 1
§5º No caso de documentos de procedência externa recebidos pelo 2
Cade com indicação de informação sigilosa, não será efetivada sua digitalização 3
no momento do recebimento pelo Protocolo, que os encaminhará à área 4
competente sem violação do respectivo envelope, a qual procederá a sua 5
digitalização e captura para o SEI. 6
§6º Serão autuados como novos processos os documentos de
...
procedência externa recebidos em suporte físico que não possuam referência
[CIDADE, DATA]
expressa a número de processo já existente no SEI.
[ASSINATURA]
§7º Se, na ocorrência da situação disposta no §6º, for identificada,
Informar número de protocolo ou de folha em que foi juntado instrumento
posteriormente, a existência de processo anterior ao qual o documento deveria
de mandato.
ser anexado, o documento deverá ser movido para o processo pré-existente
identificado.
Art. 11 Após o procedimento previsto no artigo 10, §1º desta
Resolução, os documentos em suporte papel deverão ser arquivados. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Parágrafo Único. Os procedimentos de guarda dos documentos em GABINETE DO MINISTRO
suporte papel serão disciplinados por Portaria. PORTARIA Nº 2.145, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014
Art. 12 Não serão digitalizados nem capturados para o SEI:
I - jornais, revistas, livros, folders, propagandas e demais materiais Dispõe sobre a implantação e o funcionamento do
que não caracterizam documento; e processo eletrônico no âmbito do Ministério da
II - correspondências pessoais. Justiça.
Parágrafo Único. O disposto neste artigo não se aplica a documentos,
O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA, no uso das atribuições que
correspondências e qualquer tipo de impresso, áudio e vídeo que seja
lhe conferem o art. 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, e o
submetido ou relacionado ao propósito de instrução de processo
Decreto no 6.061, de 15 de março de 2007, resolve:
administrativo.
CAPÍTULO V CAPÍTULO I
DA ASSINATURA ELETRÔNICA DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 13 Os documentos eletrônicos produzidos e geridos no âmbito
do SEI terão garantia de integridade, autoria e autenticidade asseguradas pela Art. 1º Esta Portaria dispõe sobre a implantação e o
utilização de Assinatura Eletrônica emitida pelo próprio sistema, mediante funcionamento do processo eletrônico no âmbito do Ministério da Justiça.
login e senha de acesso do usuário. Art. 2º Para o atendimento ao disposto nesta Portaria, fica
§1º A assinatura eletrônica é de uso pessoal e intransferível, sendo instituído o Sistema Eletrônico de Informações - SEI-MJ como sistema oficial
de responsabilidade do titular sua guarda e sigilo. de informações, documentos e processos eletrônicos no âmbito do Ministério
§2º O Cade poderá utilizar mecanismo de assinatura digital, baseado da Justiça.
em certificado digital emitido por Autoridade Certificadora credenciada à Art. 3º A implantação do SEI-MJ atenderá aos seguintes objetivos e
diretrizes:

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I - assegurar eficiência, eficácia e efetividade da ação governamental, b) os documentos em suportes físicos recebidos que sejam cópias
promovendo a adequação entre meios, ações, impactos e resultados; autenticadas administrativamente ou cópias simples podem ser descartados
II - promover a utilização de meios eletrônicos para a realização dos após a digitalização nos termos do caput.
processos administrativos com segurança, transparência e economicidade; § 5º Impugnada a integridade do documento digitalizado,
III - aumentar a produtividade e a celeridade na tramitação de mediante alegação motivada e fundamentada de adulteração, deverá ser
processos; instaurado incidente para a verificação do documento objeto de controvérsia.
IV - ampliar a sustentabilidade ambiental com o uso da tecnologia Art. 7º É ônus do administrado conservar os documentos físicos
da informação e comunicação; originais objetos da digitalização, que estiverem em seu poder, até que
V - facilitar o acesso às informações e às instâncias administrativas; decaia o direito da Administração de rever os atos praticados no processo.
e Art. 8º O Ministério da Justiça poderá exigir no curso do processo,
VI - propiciar a satisfação do público usuário. a seu critério, a exibição do original do documento digitalizado no âmbito
Art. 4º Para fins do disposto nesta Portaria, considera-se: dos órgãos ou entidades, ou enviado eletronicamente pelo administrado.
I - assinatura eletrônica: as seguintes formas de identificação Art. 9º Nos processos administrativos eletrônicos ou digitais,
inequívoca do usuário: todos os atos processuais deverão ser realizados por meio do SEI-MJ e
a) assinatura digital: forma de identificação inequívoca do usuário assinados eletronicamente.
baseada em certificado digital emitido por autoridade certificadora § 1º O uso de assinatura digital é obrigatório para atos de
credenciada na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil; e conteúdo decisório ou que necessitem de comprovação de autoria e
b) assinatura cadastrada: forma de identificação inequívoca do integridade em ambiente externo, adotando-se, nos demais casos, a
usuário mediante prévio credenciamento de acesso de usuário, com modalidade de assinatura cadastrada, ressalvado o disposto em normas que
fornecimento de login e senha; disciplinem procedimentos eletrônicos específicos no âmbito do Ministério
II - credenciamento de acesso: cadastro prévio do usuário para a da Justiça.
utilização do SEI-MJ; § 2º A utilização de assinatura eletrônica importa aceitação das
III - digitalização: processo de conversão de um documento em meio normas sobre o assunto pelo usuário, inclusive no que se refere à
físico para o formato digital por meio de dispositivo apropriado, como um responsabilidade por eventual uso indevido.
escâner; Art. 10. Os documentos produzidos digitalmente e juntados aos
IV - documento: unidade de registro de informações, qualquer que processos eletrônicos com garantia de sua origem e de seu signatário serão
seja o suporte ou formato; considerados originais para todos os efeitos legais.
V - documento digital: documento codificado em dígitos binários, Seção II
acessível por meio de sistema computacional; Do procedimento
VI - documento eletrônico: gênero documental integrado por Art. 11. O processo eletrônico inicia-se com a autuação de um
documentos em meio eletrônico ou somente acessíveis por equipamentos documento produzido eletronicamente ou digitalizado, por um usuário
eletrônicos, como cartões perfurados, disquetes e documentos digitais; interno ou externo.
VII - documento nato digital: documento digital criado Parágrafo único. Os atos gerados no SEI-MJ serão registrados com
originalmente em meio eletrônico; a identificação do usuário, data e hora de sua realização.
VIII - meio eletrônico: qualquer forma de armazenamento ou Art. 12. O envio de requerimentos e recursos e a prática de atos
tráfego de documentos e arquivos digitais; processuais em geral por meio eletrônico serão admitidos, para usuários
IX - NUP: número único de protocolo; externos, mediante uso de assinatura eletrônica e certificados digitais.
X - processo eletrônico ou digital: conjunto de documentos digitais e Art. 13. As comunicações de atos processuais nos procedimentos
nato digitais oficialmente reunidos no decurso de uma ação administrativa; em tramitação no Ministério da Justiça, quando destinadas aos cadastrados
XI - suporte: material no qual são registradas as informações; no sistema, serão feitas exclusivamente por meio eletrônico.
XII - suporte físico: material no qual são registradas as informações Parágrafo único. As comunicações realizadas na forma prevista no
e que não necessitam de equipamentos eletrônicos para sua leitura; caput serão consideradas recebidas para todos os efeitos nos procedimentos
XIII - usuário interno: autoridade, servidor ou colaborador do em trâmite no âmbito do Ministério da Justiça.
Ministério da Justiça credenciado que tenha acesso ao SEI-MJ; e XIV - usuário Art. 14. As comunicações de atos processuais destinadas aos não
externo: pessoa física ou jurídica credenciada que tenha acesso ao SEI-MJ e que cadastrados no sistema de processo eletrônico serão realizadas via postal,
não seja caracterizada como usuário interno. com aviso de recebimento - AR, observado o disposto no art. 29.
CAPÍTULO II Art. 15. Os documentos e processos em meio físico, cuja inclusão
DO PROCESSO ELETRÔNICO no SEI-MJ seja necessária para a sua tramitação e análise, deverão ser
Seção I digitalizados e registrados no SEI-MJ pelas unidades administrativas
Dos documentos e atos processuais competentes mantendo o seu NUP anterior.
Art. 5º Todo documento produzido no âmbito das atividades do Art. 16. Caso seja necessário fazer a impressão do processo, este
Ministério da Justiça, a partir de 5 de janeiro de 2015, deverá ser editado, deverá ser autuado na forma da legislação em vigor, antes de sua expedição
assinado, tramitado e arquivado digitalmente por meio do SEI-MJ. ou arquivamento.
Art. 6º Todo documento recebido ou produzido em suporte físico no Art. 17. O processo eletrônico estará disponível para vista dos
âmbito das atividades do Ministério da Justiça, a partir de 5 de janeiro de 2015, autos ou consulta pelos usuários credenciados.
deverá ser digitalizado, conferido, indexado, tramitado e arquivado por meio Parágrafo único. Nos casos em que haja garantia legal do sigilo ou
do SEI-MJ pelas unidades administrativas competentes. que mereçam restrição à consulta pública, o acesso será limitado aos
§ 1º A conferência prevista no caput deverá registrar se foi usuários previamente autorizados.
apresentado documento original, cópia autenticada em cartório, cópia Seção III
autenticada administrativamente por servidor ou cópia simples. Dos documentos sigilosos
§ 2º Os documentos digitais resultantes da digitalização de originais Art. 18. Documentos sigilosos ou com restrição de acesso gerados
em suporte físico são considerados cópia autenticada administrativamente. no SEI-MJ deverão ter grau de sensibilidade informado no ato de criação e
§ 3º Os documentos digitais resultantes da digitalização de cópias de deverão ser atribuídos imediatamente a servidor que tenha prerrogativa
documentos em suporte físico são considerados cópias simples. legal para a posse da informação classificada nos termos que dispõe a Lei nº
§ 4º As unidades administrativas competentes para a digitalização 12.527, de 18 de novembro de 2011, e demais normas vigentes.
de documentos em suporte físico poderão: Parágrafo único. A solicitação de classificação de sigilo e de
I - proceder à digitalização imediata do documento original em restrição de acesso para os documentos produzidos e recebidos pelo
suporte físico apresentado, devolvendo-o imediatamente ao interessado; Ministério da Justiça deverá ser encaminhada à Comissão Permanente de
II - determinar que a protocolização de documento original em Avaliação de Documentos Sigilosos - CPADS, que submeterá a proposta à
suporte físico seja acompanhada de cópia simples, hipótese em que a unidade validação da autoridade competente.
atestará a conferência da cópia com o original, devolvendo-se este de imediato Art. 19. A responsabilidade pela atribuição de credencial de acesso
ao interessado e descartando-se a cópia simples após a digitalização; e aos documentos sigilosos ou com restrição de acesso é da autoridade que
III - receber o documento em suporte físico para posterior fizer a atribuição.
digitalização, considerando que: Art. 20. O detentor de credencial de acesso a documentos sigilosos
a) os documentos em suportes físicos recebidos que sejam originais ou com restrição de acesso, concluídos ou em tramitação, que tenha sua
ou cópias autenticadas em cartório devem ser devolvidos ao administrado, lotação ou função alterada, deverá realizar a transferência de credencial nos
preferencialmente, ou ser mantidos sob guarda da unidade administrativa referidos documentos ao seu sucessor.
competente, nos termos da tabela de temporalidade e destinação, apondo o Seção IV
NUP do processo e número gerado pelo SEI-MJ na parte superior direita do Dos prazos
documento a ser arquivado; e Art. 21. Os prazos começam a correr a partir da data do
recebimento da comunicação do ato, excluindo-se da contagem o dia do
começo e incluindo-se o do vencimento.

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§ 1º Para efeito de contagem do prazo mencionado no caput, imputáveis à falha do SEI-MJ, não servirão de escusa para o descumprimento
considerar-se-á efetuado o recebimento da comunicação: de obrigações e prazos legais.
I - no dia em que o usuário efetivar a consulta eletrônica ao teor da § 2º Para fins de recebimento de comunicações eletrônicas e
comunicação, devidamente registrada no processo; ou II - nos casos em que interface com o SEI-MJ, o usuário poderá cadastrar até cinco emails.
não efetuada a consulta referida no inciso I, dez dias corridos após a data de CAPÍTULO V
encaminhamento da comunicação. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 2º Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte Art. 29 A partir de 5 de janeiro de 2015, todas as comunicações de
se o vencimento cair em dia em que não houver expediente ou este for atos processuais nos procedimentos em trâmite no Ministério da Justiça
encerrado antes da hora normal. poderão ser efetuadas por meio eletrônico.
Art. 22. Quando o ato processual tiver de ser praticado em Parágrafo único. Após a data referida no caput, os usuários ainda
determinado prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados não cadastrados no SEI-MJ serão oficiados pela unidade administrativa
tempestivos os efetivados até as 23h59 (vinte e três horas e cinquenta e nove competente para efetuar o credenciamento de acesso no prazo de até cento e
minutos) do último dia, conforme horário oficial de Brasília. oitenta dias, sob pena de arquivamento do respectivo processo
Parágrafo único. Considera-se realizado o envio eletrônico de administrativo.
documentos no dia e hora do respectivo registro eletrônico constante no Art. 30 A Secretaria-Executiva poderá expedir instruções
comprovante de protocolo, conforme horário oficial de Brasília. complementares ao disposto nesta Portaria.
CAPÍTULO III Parágrafo único. O ato a que se refere o caput disporá, entre
DAS COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES outros assuntos, sobre as hipóteses nas quais será admitida,
Art. 23. Às unidades organizacionais do Ministério da Justiça excepcionalmente, a continuidade de tramitação de processos em meio físico
compete: e de encaminhamento de comunicações por via postal após a data referida
I - cooperar no processo de aperfeiçoamento da gestão de no art. 29.
documentos; Art. 31 A partir do dia 5 de janeiro de 2015, as unidades
II - produzir os documentos da unidade no SEI-MJ; administrativas do Ministério da Justiça deverão efetuar:
III - tramitar e receber os documentos e processos por meio do SEI- I - a autuação de novos processos, exclusivamente, em meio
MJ; e eletrônico; e
IV - indicar servidor para atuar como multiplicador do SEI-MJ. II - a digitalização de processos antigos no momento da primeira
Art. 24. São deveres de todos os usuários do SEI-MJ: movimentação realizada após a implementação do SEI-MJ.
I - registrar todos os documentos produzidos ou recebidos no Art. 32. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
âmbito de suas atividades no SEI-MJ;
II - manter a cautela necessária na utilização do SEI-MJ, a fim de JOSÉ EDUARDO CARDOZO
evitar que pessoas não autorizadas tenham acesso às suas informações;
III - encerrar a sessão de uso do SEI-MJ sempre que se ausentar do [Diário Oficial da União, de 18 de dezembro de 2014, Seção 1 - nº 245, p. 69 e
computador, garantindo a impossibilidade de uso indevido das informações 70]
por pessoas não autorizadas;
IV - responder pelas consequências decorrentes das ações ou MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
omissões que possam pôr em risco ou comprometer a exclusividade de GABINETE DO MINISTRO
conhecimento de sua senha ou das transações em que esteja habilitado; e
V - não fornecer a sua senha de acesso ao SEI-MJ a outros usuários, PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.320, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014
sob pena de responsabilização.
CAPÍTULO IV Institui o Sistema Protocolo Integrado no âmbito dos
DO CREDENCIAMENTO DE ACESSO AO USUÁRIO EXTERNO órgãos e entidades da Administração Pública Federal.
Art. 25. O credenciamento de acesso ao usuário externo estará
disponível a partir do dia 5 de janeiro de 2014, no sítio eletrônico do Ministério OS MINISTROS DE ESTADO DA JUSTIÇA E DO PLA NEJAMENTO,
da Justiça. ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhes conferem o art. 87,
Parágrafo único. A implementação das demais funcionalidades do parágrafo único, inciso II, da Constituição, o Decreto nº 6.061, de 15 de março
SEI-MJ será objeto de divulgação no sítio do Ministério da Justiça. de 2007, e o Decreto nº 8.189, de 21 de janeiro de 2014, e tendo em vista o
Art. 26. Para a realização do credenciamento de acesso, o usuário disposto nos arts. 1º, 4º e 18 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, no
externo deverá preencher o formulário disponível no sítio eletrônico do Decreto nº 1.094, de 23 de março de 1994, no Decreto nº 4.915, de 12 de
Ministério da Justiça e anexar os seguintes documentos: dezembro de 2003, e no Decreto nº 7.579, de 11 de outubro de 2011, resolvem:
I - no caso de credenciamento de pessoa física: Art. 1º Fica instituído o Sistema Protocolo Integrado, no âmbito
a) documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física - CPF; e
dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, com o objetivo de
b) comprovante de endereço;
disponibilizar para a sociedade a consulta de informações sobre a tramitação
II - no caso de credenciamento de pessoa jurídica:
de documentos, avulsos ou processos.
a) documento de identidade e CPF do representante legal;
Parágrafo único. O Sistema Protocolo Integrado não substituirá os
b) ato constitutivo e suas alterações, devidamente registrado;
c) ato de nomeação ou eleição de dirigentes, devidamente sistemas de protocolo utilizados pelos órgãos e entidades da Administração
registrado; e Pública Federal, cabendo aos sistemas existentes interoperar com o Sistema
d) Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ. Protocolo Integrado.
§ 1º O Ministério da Justiça poderá solicitar documentação Art. 2º A integração ao Sistema Protocolo Integrado será
complementar para efetivação do cadastro. obrigatória para os órgãos e entidades da Administração Pública Federal.
§ 2º O resultado da análise da documentação será informado ao Parágrafo único. Será facultado às empresas estatais federais a
usuário por mensagem eletrônica. integração ao Sistema Protocolo Integrado.
Art. 27. O credenciamento de acesso importará aceitação das Art. 3º Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
condições regulamentares que disciplinam o processo eletrônico. deverão disponibilizar ao Sistema Protocolo Integrado as informações sobre
Art. 28. São de exclusiva responsabilidade do usuário: a tramitação dos documentos, avulsos ou processos, que não possuam
I - o sigilo da senha relativa à assinatura eletrônica, não sendo restrição de acesso, conforme as normas em vigor, responsabilizando-se por
oponível, em qualquer hipótese, alegação de uso indevido; sua integridade, fidedignidade e atualização.
II - a equivalência entre os dados informados para o envio do § 1º As informações a que se refere o caput deverão ser fornecidas
documento e os constantes do documento protocolado; periodicamente, com intervalos não superiores a 48 (quarenta e oito) horas.
III - a edição dos documentos enviados em conformidade com as § 2º Cabe à autoridade competente ou à unidade administrativa do
especificações técnicas estabelecidas pelo Ministério da Justiça, no que se órgão ou entidade, responsável pela identificação de informações com acesso
refere à formatação e ao tamanho do arquivo enviado; restrito, indicar ao servidor a que se refere o art. 4º, o rol de documentos,
IV - a consulta periódica ao endereço de e-mail cadastrado e ao SEI- avulsos ou processos, cujos trâmites e operações não deverão ser
MJ, a fim de verificar o recebimento de comunicações eletrônicas relativas a disponibilizados ao Sistema Protocolo Integrado.
atos processuais; Art. 4º Compete ao servidor público formalmente designado como
V - a atualização de seus dados cadastrais no SEI-MJ; e representante do órgão ou entidade da Administração Pública Federal para
VI - o acompanhamento da divulgação dos períodos em que o SEI-MJ atuar no âmbito do Sistema Protocolo Integrado as seguintes atribuições:
não estiver em funcionamento em decorrência de indisponibilidade técnica do I - providenciar a configuração tecnológica para disponibilizar as
serviço. informações ao Sistema Protocolo Integrado;
§ 1º A não obtenção de acesso ou credenciamento no SEIMJ, bem II - providenciar a disponibilização das informações necessárias
como eventual defeito de transmissão ou recepção de dados e informações, não ao Sistema Protocolo Integrado, observada a periodicidade do §1º do art. 3º; e

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III - zelar para que as informações a serem disponibilizadas ao Administração Pública Federal, visando à integridade do número atribuído
Sistema Protocolo Integrado estejam íntegras, fidedignas e atualizadas. ao documento, avulso ou processo, na unidade protocolizadora de origem.
Art. 5º Compete ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça: § 1º Para fins desta Portaria, considera-se unidade protocolizadora
I - orientar os órgãos e entidades da Administração Pública Federal a unidade administrativa que tenha, independentemente de sua
quanto aos procedimentos referentes à gestão de documentos, conforme denominação e posição hierárquica, a incumbência do recebimento,
determina o art. 18 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, visando à integração classificação, registro, distribuição, controle da tramitação e expedição de
ao Sistema Protocolo Integrado; e documentos, avulsos ou processos, bem como seja responsável pela autuação
II - orientar os órgãos e entidades da Administração Pública Federal de documento(s) avulso(s) para formação de processo(s) e pela atribuição de
a respeito das informações necessárias para a identificação dos documentos, NUP aos documentos, avulsos ou processos.
avulsos ou processos, cujos trâmites e operações serão disponibilizados ao § 2º Será facultado às empresas estatais federais a adoção dos
Sistema Protocolo Integrado. procedimentos a que se refere o caput.
Art. 6º Compete à Secretaria de Logística e Tecnologia da Art. 2º Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: adotarão o NUP para os documentos, avulsos ou processos, produzidos ou
I - promover a disponibilização e manutenção do Sistema Protocolo recebidos, que necessitem de tramitação, independentemente do suporte
Integrado; e desses documentos, observando-se os seguintes procedimentos:
II - orientar os órgãos e entidades da Administração Pública Federal I - quando da utilização dos códigos numéricos das unidades
quanto aos procedimentos referentes à integração ao Sistema Protocolo protocolizadoras, não haverá distinção entre processos e documentos
Integrado e seu funcionamento. avulsos;
Art. 7º Compete ao Arquivo Nacional do Ministério da Justiça e à II - o documento avulso produzido no âmbito do órgão ou
Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do entidade para integrar um processo não receberá NUP, pois os
Planejamento, Orçamento e Gestão, em conjunto: procedimentos de anexação de documento avulso a processo permitem
I - revisar os padrões relacionados ao Sistema Protocolo Integrado; controlar e identificar a origem do documento;
II - promover o intercâmbio de conhecimento entre os órgãos e III - o documento avulso produzido no âmbito do órgão ou
entidades da Administração Pública Federal, permitindo homogeneizar o entidade receberá NUP quando demandar análise, informação, despacho,
entendimento dos padrões e orientações editados para o Sistema; parecer ou decisão administrativa e necessitar de tramitação;
III - acompanhar e avaliar os resultados da integração ao Sistema IV - o documento avulso que não tenha recebido NUP no órgão ou
Protocolo Integrado e sua operacionalização pelos órgãos e entidades da entidade de origem receberá NUP no órgão ou entidade que o receber;
Administração Pública Federal, propondo ajustes, quando necessário; e V - quando o documento avulso, que recebeu o NUP no órgão ou
IV - orientar a respeito da operacionalização do Sistema Protocolo entidade de origem, for autuado para formar processo neste mesmo órgão ou
Integrado. entidade, deverá ser mantido o mesmo NUP no processo formado;
Art. 8º Os padrões referentes à integração ao Sistema Protocolo VI - quando o documento avulso com NUP, recebido de outro
Integrado, a serem obrigatoriamente respeitados, assim como toda a órgão ou entidade, for autuado para formar processo no órgão ou entidade
documentação complementar, estarão disponíveis nos sítios eletrônicos destinatário, deverá ser atribuído um novo NUP ao processo formado e o
www.governoeletronico.gov.br, www.comprasgovernamentais.gov.br e NUP anteriormente atribuído ao documento avulso será mantido como
www.siga.arquivonacional.gov.br em até 90 (noventa) dias a partir da data de referência;
publicação desta Portaria. VII - quando da tramitação de processo para outros órgãos ou
Parágrafo único. As versões dos padrões de que trata o caput entidades da Administração Pública Federal, o NUP original deverá ser
indicarão o início de suas respectivas vigências. mantido, sendo vedada a atribuição de um novo;
Art. 9º Os casos omissos serão resolvidos, em conjunto, pelo Arquivo VIII - o documento, avulso ou processo, recebido de órgão ou
Nacional do Ministério da Justiça, e pela Secretaria de Logística e Tecnologia da entidade não integrante da Administração Pública Federal receberá um NUP
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. e a identificação de origem, se houver, será mantida como referência; e
Art. 10. O Arquivo Nacional do Ministério da Justiça e a Secretaria de IX - o documento, avulso ou processo, produzido pela
Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Administração Pública Federal, em trâmite ou arquivado, submetido a
Orçamento e Gestão, poderão, em conjunto, expedir orientações controles anteriores ao desta Portaria, manterá a identificação
complementares aos dispositivos desta Portaria. anteriormente atribuída, não sendo permitida a renumeração.
Art. 11. Esta Portaria entra em vigor: Parágrafo único. É vedado autuar documento avulso para
I - na data de sua publicação em relação ao art. 8º; e formação de processo utilizando NUP oriundo de unidade protocolizadora de
II - em 180 (cento e oitenta) dias, contados da data de sua publicação, outro órgão ou entidade.
para as demais disposições. Art. 3º O código numérico de cada unidade protocolizadora será o
código de identificação da unidade administrativa no Sistema de
JOSÉ EDUARDO CARDOZO Informações Organizacionais do Governo Federal - SIORG.
Ministro de Estado da Justiça §1º É vedado o funcionamento como unidades protocolizadoras de
unidades administrativas que não estiverem efetivamente cadastradas e
MIRIAM BELCHIOR ativas no SIORG.
Ministra de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão § 2º Os órgãos e entidades deverão manter atualizadas no SIORG as
informações referentes às unidades administrativas que são unidades
[Diário Oficial da União, de 31 de dezembro de 2014, Seção 1] protocolizadoras.
Art. 4º Fica instituído o Cadastro de Unidades Protocolizadoras da
Administração Pública Federal.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA § 1º Os órgãos e entidades serão responsáveis pelo cadastramento
GABINETE DO MINISTRO e atualização das informações referentes a suas unidades protocolizadoras.
§ 2º Os procedimentos para o cadastramento e atualização das
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 2.321, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2014 informações referentes às unidades protocolizadoras dos órgãos e entidades,
bem como a forma de designação e as atribuições do servidor responsável de
Define os procedimentos relativos à utilização do cada órgão ou entidade serão definidos em norma específica a ser expedida
Número Único de Protocolo - NUP no âmbito dos pelo Arquivo Nacional do Ministério da Justiça e pela Secretaria de Logística
órgãos e entidades da Administração Pública e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Federal e dá outras providências. Gestão.
Art. 5º O NUP atribuído ao documento, avulso ou processo, será
OS MINISTROS DE ESTADO DA JUSTIÇA E DO PLA- NEJAMENTO, constituído de vinte e um dígitos, separados em grupos
ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhes conferem o art. 87, (0000000.00000000/0000-00), conforme descrito abaixo:
parágrafo único, inciso II, da Constituição, o Decreto nº 6.061, de 15 de março I - o primeiro grupo será constituído de sete dígitos referentes ao
de 2007, e o Decreto nº 8.189, de 21 de janeiro de 2014, e tendo em vista o código de identificação da unidade administrativa no SIORG, que identificará
disposto nos arts. 1º, 4º e 18 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, no Decreto a unidade protocolizadora do órgão ou entidade de origem do documento,
nº 1.094, de 23 de março de 1994, e no Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de avulso ou processo;
2003, resolvem: II - o segundo grupo, separado do primeiro grupo por um ponto,
Art. 1º Ficam definidos os procedimentos relativos à utilização do será constituído de oito dígitos e determinará o registro sequencial dos
Número Único de Protocolo - NUP no âmbito dos órgãos e entidades da documentos, avulsos ou processos, sequência que deverá ser reiniciada a
cada ano;

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III - o terceiro grupo, separado do segundo grupo por uma barra, 2. O resultado da fórmula deve ser formatado em dois dígitos, incluindo-se
será constituído de quatro dígitos e indicará o ano de atribuição do NUP aos um zero à esquerda, se necessário, que são os dígitos verificadores e devem
documentos, avulsos ou processos; e ser colocados ao final do número-base, formando-se o NUP.
IV - o quarto grupo, separado do terceiro grupo por hífen, será 3. A validação da integridade do NUP deve ser realizada pela aplicação da
constituído de dois dígitos e indicará os dígitos verificadores, calculados de seguinte fórmula, cujo resultado deve ser igual a 1 (um):
acordo com os procedimentos descritos no Anexo a esta Portaria.
§ 1º Caso o código a que se refere o inciso I do caput seja constituído O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0D1D0 módulo 97
de menos de sete dígitos, deverão ser atribuídos zeros à esquerda até que se 4. Exemplos1
complete o número de dígitos do primeiro grupo do NUP. I – Dado o número-base 0008060.10000176/2016, os dígitos verificadores
§ 2º É vedado colocar arbitrariamente qualquer algarismo para serão calculados do seguinte modo:
indicar os dígitos verificadores ou suprimir dígitos que tenham sido lançados
por outro órgão ou entidade. a) (0008060100001762016 x 100) ÷ 97. Resto = 40.
§ 3º A forma de cálculo dos dígitos verificadores dos NUP gerados b) 98 – 40 = 58. Logo, os dígitos verificadores serão 5 e 8.
anteriormente à vigência desta Portaria seguirão a regra definida à época. c) O número-base dado como exemplo será acrescido dos dígitos
Art. 6º Os casos omissos serão resolvidos, em conjunto, pelo Arquivo verificadores, formando-se o NUP 0008060.10000176/2016-58.
Nacional do Ministério da Justiça e pela Secretaria de Logística e Tecnologia da
Informação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. II – Dado o número-base 0003517.00000862/2016, os dígitos verificadores
Art. 7º O Arquivo Nacional do Ministério da Justiça e a Secretaria de serão calculados do seguinte modo:
Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, a) (0003517000008622016 x 100) ÷ 97. Resto = 92.
Orçamento e Gestão poderão, em conjunto, expedir orientações b) 98 – 92 = 6.
complementares aos dispositivos desta Portaria.
c) Após formatação do resultado em dois dígitos, incluindo-se o zero à
Art. 8º Esta Portaria entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após a
data de sua publicação. esquerda, os dígitos verificadores serão 0 e 6.
d) O número-base dado como exemplo será acrescido dos dígitos
JOSÉ EDUARDO CARDOZO verificadores, formando-se o NUP 0003517.00000862/2016-06.
Ministro de Estado da Justiça 1 Os NUPs constantes deste Anexo são exemplificativos e fictícios. (NR)
MIRIAM BELCHIOR (Redação dada pela Portaria nº 705 de 22 de junho de 2015, publicada em 23 de junho
Ministra de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão de 2015 e republicada em 26 de junho, por ter saído no DOU, com incorreção no
original)
ANEXO
[Diário Oficial da União, de 31 de dezembro de 2014, Seção 1]
CÁLCULO DOS DÍGITOS VERIFICADORES

1. O cálculo dos dígitos verificadores do Número Único de Protocolo - NUP deve MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
ser efetuado pela aplicação do algoritmo Módulo 97 Base 10, conforme Norma SECRETARIA EXECUTIVA
ISO 7064:2003, de acordo com a seguinte fórmula: PORTARIA Nº 1.246, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014
D1D0 = 98 - (O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0 módulo 97)
Onde: Institui o Comitê Gestor do Sistema Eletrônico de
a) D1D0 são os dígitos verificadores que compõem o NUP; Informações - SEI e estabelece os procedimentos de
b) O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0 é o número-base, que gestão de documentos, processos e arquivos pelo SEI,
representa os três primeiros grupos do NUP, conforme descrito no art. 5° desta no âmbito do Ministério da Justiça.
Portaria; e
c) módulo é a operação "resto da divisão inteira". O SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, no uso
1. O resultado da fórmula deve ser formatado em dois dígitos, incluindo-se um das atribuições que lhe conferem o art. 43, inciso IV, do Anexo I do Decreto
zero à esquerda, se necessário, que são os dígitos verificadores e devem ser no 6.061, de 15 de março de 2007, e o art. 30 da Portaria no 2.145 , de 17 de
colocados ao final do número-base, formando-se o NUP. dezembro de 2014, do Ministério da Justiça, e tendo em vista o disposto na
2. Exemplos: Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973, na Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
I - dado o número-base 0008060.10000176/2015, os dígitos verificadores serão na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, na Lei no 11.419, de 19 de dezembro
calculados do seguinte modo: de 2006, na Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, na Lei no 12.682, de 9
a) 0008060100001762015 ÷ 97. Resto = 77. de julho de 2012, no Decreto no 4.073, de 3 de janeiro de 2002, no Decreto no
b) 98 - 77 = 21. Logo, os dígitos verificadores serão 2 e 1. 4.915, de 12 de dezembro de 2003, no Decreto no 7.724, de 16 de maio de 2012,
c) o número-base dado como exemplo será acrescido dos dígitos verificadores, na Portaria SLTI/MPOG no 5, de 19 de dezembro de 2002, na Portaria
formando-se o NUP 0008060.10000176/2015-21. SLTI/MPOG no 3, de 16 de maio de 2003, na Resolução no 1, de 18 de outubro
II - dado o número-base 0003517.00000758/2015, os dígitos verificadores serão de 1995, do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, na Resolução no 14, de
calculados do seguinte modo: 24 de outubro de 2001, do CONARQ, na Resolução no 20, de 16 de julho de
a) 0003517000007582015 ÷ 97. Resto = 95. 2004, do CONARQ, na Resolução no 24, de 3 de agosto de 2006, do CONARQ, na
b) 98 - 96 = 2. Resolução no 25, de 27 de abril de 2007, do CONARQ, na Resolução no 31, de
c) após formatação do resultado em dois dígitos, incluindo-se o zero à esquerda, 28 de abril de 2010, do CONARQ, na Resolução no 37, de 19 de dezembro de
os dígitos verificadores serão 0 e 2. 2012, do CONARQ, na Resolução no 40, de 9 de dezembro de 2014, do CONARQ,
d) o número-base dado como exemplo será acrescido dos dígitos verificadores, na Resolução no 41, de 9 de dezembro de 2014, do CONARQ, na Tomada de
formando-se o NUP 0003517.00000758/2015-02 Contas TCU no 023.402/2009-1, de 6 de outubro de 2009, e na Portaria no 600,
de 12 de abril de 2012, do Ministério da Justiça, resolve:
ANEXO Art. 1º A presente Portaria institui o Comitê Gestor do Sistema
Eletrônico de Informações - SEI e estabelece os procedimentos de gestão de
CÁLCULO DOS DÍGITOS VERIFICADORES documentos, processos e arquivo pelo SEI, no âmbito do Ministério da Justiça
- MJ.
1. O cálculo dos dígitos verificadores do Número Único de Protocolo (NUP) CAPÍTULO I
deve ser efetuado pela aplicação do algoritmo Módulo 97 Base 10, conforme DAS DEFINIÇÕES
Norma ISO 7064:2003, de acordo com a seguinte fórmula:
D1D0 = 98 – [(O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0 x 100) módulo 97] Art. 2º Para fins do disposto nesta Portaria, considera-se:
I - arquivo: conjuntos de documentos produzidos e recebidos por
Onde: órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em
a) D1D0 são os dígitos verificadores que compõem o NUP; decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa
b) O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0 é o número-base, que representa os física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos
três primeiros grupos do NUP, conforme descrito no art. 5° desta Portaria; e documentos;
II - arquivo central: corresponde ao setor do MJ responsável por
c) módulo é a operação “resto da divisão inteira”. executar as atividades de arquivo intermediário;

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III - arquivo corrente: conjunto de documentos ou processos sob requerer informação ou solicitar vista de processo, por meio de ferramenta
custódia das unidades produtoras e protocolizadoras que constituem objeto de específica disponibilizada pelo Ministério da Justiça;
consultas frequentes; XXIX - processamento: todo trabalho realizado pelo serviço de
IV - assinatura eletrônica: as seguintes formas de identificação apoio administrativo;
inequívoca do usuário: XXX - processo eletrônico: conjunto de documentos digitais e
a) assinatura digital: forma de identificação inequívoca do usuário nato digitais oficialmente reunidos no decurso de uma ação administrativa;
baseada em certificado digital emitido por autoridade certificadora XXXI - processo principal: processo que, pela natureza de sua
credenciada na Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras - ICP-Brasil; e matéria, poderá exigir a anexação de um ou mais processos como
b) assinatura cadastrada: forma de identificação inequívoca do complemento ao seu andamento ou decisão;
usuário mediante prévio credenciamento de acesso de usuário, com XXXII - setores de protocolo (Protocolo Geral e Protocolos
fornecimento de login e senha; Setoriais): unidades do Ministério da Justiça responsáveis pelas atividades de
V - atividade de protocolo: conjunto de operações que visam o recebimento de documentos e/ou processo externos, inclusive
controle dos documentos produzidos e recebidos externamente, assegurando correspondências, expedição, custódia em fase corrente e transferência ao
sua localização, recuperação e acesso, tais como recebimento, classificação, Arquivo Central de documentos e/ou processos em meio físico, digitalização,
registro, distribuição, digitalização, tramitação interna, expedição e registro no SEI e tramitação interna dos processos eletrônicos;
arquivamento em fase corrente; XXXIII - setor: unidade da estrutura organizacional do Ministério
VI - captura: consiste em declarar um documento como arquivístico da Justiça;
ao incorporá-lo no SEI, a partir das seguintes ações: digitalização, registro, XXXIV - Sistema Eletrônico de Informações - SEI: sistema oficial
classificação, indexação, atribuição de metadados e arquivamento; de informações, documentos e processos eletrônicos no âmbito do Ministério
VII - categorias de acesso: forma de controle de documentos e de da Justiça;
processos eletrônicos no SEI, classificados quanto ao nível de acesso em público, XXXV - remessa: ato de envio do documento ou processo para
restrito ou sigiloso, nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011, e destinatário externo ao Ministério da Justiça;
do Decreto no 7.724, de 16 de maio de 2012; XXXVI - tramitação: movimentação do processo de um setor a
VIII - credencial de acesso à informação classificada: credencial outro, por meio do SEI;
gerada no âmbito do SEI que permite acesso a processos sigilosos ao usuário XXXVII - unidade de trâmite: unidades do Ministério da Justiça
interno em razão de suas atribuições, sendo validada com a confirmação de que produzem ou recebem documentos ou processos no exercício de suas
vinculação do usuário ao setor; atividades e são responsáveis pela análise e encaminhamento destes;
IX - custódia: responsabilidade pela guarda e preservação dos XXXVIII - usuário externo: pessoa física ou jurídica credenciada
documentos e/ou processos em meio físico; que tenha acesso ao SEI e que não seja caracterizada como usuário interno; e
X - desentranhamento: movimentação de documento externo para XXXIX - usuário interno: autoridade, servidor ou colaborador do
que faça parte de outro processo; Ministério da Justiça credenciado que tenha acesso ao SEI.
XI - despacho: ato processual que contém solicitação ou decisão CAPÍTULO II
proferida pela autoridade administrativa competente; DO COMITÊ GESTOR DO SEI
XII - digitalização: processo de conversão de um documento em Art. 3º Ao Comitê Gestor do SEI incumbe tomar as medidas
meio físico para o formato digital por meio de dispositivo apropriado, como um necessárias para a implementação, o uso e a sustentabilidade do processo
escâner; eletrônico, dentre as quais:
XIII - documento arquivístico: documento produzido ou recebido I - aprovar as propostas de alterações na plataforma tecnológica
por pessoa física ou jurídica, no decorrer de suas atividades, qualquer que seja do sistema e encaminhar ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão;
o suporte, e dotado de organicidade; II - monitorar a operacionalização do sistema, bem como propor
XIV - documento eletrônico: gênero documental integrado por medidas corretivas necessárias;
documentos em meio eletrônico ou somente acessíveis por equipamentos III - estabelecer prazos e cronogramas adicionais;
eletrônicos, como cartões perfurados, disquetes e documentos digitais; IV - propor a regulamentação de procedimentos a serem
XV - documento externo: documento de origem externa carregado observados no âmbito do processo eletrônico;
no SEI; V - levantar e priorizar as demandas de melhorias relativas ao
XVI - documento interno: documento produzido no SEI; processo eletrônico e ao uso do sistema com os órgãos do Ministério da
XVII - documento preparatório: documento formal utilizado como Justiça, assim como promover sua viabilização; e
fundamento da tomada de decisão ou de ato administrativo, a exemplo de VI - definir os perfis de acesso ao SEI, assim como suas
pareceres e notas técnicas; funcionalidades.
XVIII - gestão de documentos: conjunto de procedimentos e Art. 4º O Comitê Gestor do SEI será composto por representantes a
operações técnicas referentes à produção, à tramitação, à avaliação e ao serem indicados por ato do Secretário Executivo.
arquivamento de documentos; § 1º Qualquer dos membros do Comitê Gestor do SEI poderá
XIX - informação orgânica: é a informação registrada em sugerir ao Coordenador a convocação de reuniões.
documento relativa às atividades do órgão produtor; § 2º Caberá ao representante de cada unidade indicar servidores
XX - informação pessoal: informação relacionada à pessoa natural para auxiliar os trabalhos do Comitê Gestor do SEI.
identificada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e Art. 5º O titular da Coordenação-Geral de Modernização e
imagem; Administração - CGMA irá coordenar os trabalhos do Comitê Gestor do SEI.
XXI - juntada por anexação: união definitiva de um ou mais Parágrafo único. Caberá ao Coordenador do Comitê Gestor do SEI
processo a um outro processo, considerado principal, com vista à continuidade I - convocar as reuniões;
da ação administrativa com a formação de um único processo, desde que II - elaborar planos de trabalho; e
pertencentes a um mesmo interessado e que contenham o mesmo assunto; III - estabelecer, de comum acordo com os membros, as atividades
XXII - número do documento: código numérico sequencial gerado a serem executadas.
para identificar as sequências de tipo de documento; Art. 6º O apoio às atividades do Comitê Gestor do SEI será dado
XXIII - número SEI: código numérico sequencial gerado pela Coordenação de Documentação e Informação da CGMA.
automaticamente pelo SEI para identificar individualmente um documento Art. 7º O Comitê Gestor do SEI reunir-se-á no âmbito do Comitê de
dentro do sistema; Governança Administrativa, criado pela Portaria nº 590, de 25 de junho de
XXIV - número único de protocolo - NUP: código numérico que 2014, da Secretaria Executiva do Ministério da Justiça.
identifica, de forma única e exclusiva, cada processo produzido, recebido ou CAPÍTULO III
autuado no âmbito do Ministério da Justiça; DOS PROCEDIMENTOS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS, PROCESSOS E
XXV - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado: ARQUIVOS PELO SEI
Gabinete, Secretaria-Executiva, Consultoria Jurídica e Comissão de Anistia; Seção I
XXVI - órgãos específicos singulares: Secretaria Nacional de Justiça, Das Competências
Secretaria Nacional de Segurança Pública, Secretaria Nacional do Consumidor, Art. 8º No âmbito da implantação e funcionamento do SEI,
Secretaria de Assuntos Legislativos, Secretaria de Reforma do Judiciário, compete:
Departamento Penitenciário Nacional, Secretaria Nacional de Políticas sobre I - à CGMA:
Drogas e Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos; a) prestar assistência técnica e orientação aos usuários para
XXVII - peça processual: documento que, sob diversas formas, utilização do SEI;
integra o processo; b) planejar, orientar, coordenar e supervisionar a implantação do
XXVIII - peticionamento eletrônico: envio, por parte de usuário SEI;
externo, de documento, visando formar novo processo, compor um já existente, c) gerenciar e normatizar as atividades do sistema;

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d) orientar, coordenar e supervisionar a execução das atividades de V - permissão para a vinculação entre processos, a ser utilizada
gestão de documentos a partir do sistema; nos casos de juntada por anexação e relacionamento; e
e) promover a racionalização da produção documental, em conjunto VI - permissão da reclassificação do nível de sensibilidade da
com as demais unidades organizacionais do Ministério da Justiça; informação, como público, restrito ou sigiloso, limitando ou ampliando o
f) realizar estudos, em conjunto com a Coordenação-Geral de acesso.
Tecnologia da Informação - CGTI, objetivando o desenvolvimento e o Art. 13. Os documentos gerados ou inseridos no SEI deverão ser
aperfeiçoamento do sistema; classificados, conforme nível de sensibilidade da informação, como público,
g) promover o treinamento de servidores e colaboradores para restrito ou sigiloso.
utilização do sistema; e Seção IV
h) receber e tramitar todos os documentos enviados ao MJ Da produção de documentos
eletronicamente, por meio do sistema de peticionamento eletrônico, Art. 14. Todo documento oficial produzido no âmbito do MJ
informando ao remetente seu NUP; deverá ser gerado no editor de texto do SEI.
II - à Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTI: Art. 15. Na confecção dos documentos, deverão ser observados os
a) fornecer suporte técnico e tecnológico às unidades critérios de impessoalidade, optando-se por destinar as correspondências
organizacionais para utilização do sistema; internas sempre ao cargo e não ao seu ocupante.
b) realizar as atualizações e manutenções necessárias ao pleno Art. 16. Em caso de impossibilidade técnica momentânea de
funcionamento do SEI; produção dos documentos no SEI, estes poderão ser produzidos em papel e
c) gerir o banco de dados do SEI; e assinados pela autoridade competente.
d) promover a preservação, a fidedignidade e a autenticidade dos Parágrafo único. Os documentos mencionados no caput deverão
arquivos digitais registrados no banco de dados do SEI; ser digitalizados conforme definido nesta Portaria, e, quando do retorno da
III - aos setores de Protocolo: disponibilidade do SEI, deverão ser imediatamente capturados no sistema.
a) receber, conferir, digitalizar, registrar no SEI, autenticar e Seção V
tramitar os documentos de origem externa recebidos no âmbito do MJ; Da recepção e digitalização de documentos
b) arquivar, custodiar e manter organizados os documentos e Art. 17. O MJ receberá documentos:
processos em meio físico recebidos, visando a pesquisa dos mesmos quando I - por meio de peticionamento eletrônico; e
solicitados e a transferência ao Arquivo Central; e II - excepcionalmente, por meio físico.
c) realizar a remessa de documentos fisicamente quando não for Art. 18. Todos os documentos remetidos ao MJ,
possível a tramitação eletrônica; e independentemente da sua forma de entrega, devem ser digitalizados e
IV - aos órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de registrados no sistema SEI.
Estado e aos órgãos específicos singulares, seus multiplicadores e respectivos Art. 19. Os documentos recebidos na forma do art. 17, sempre que
dirigentes: não referenciados com um número de protocolo já existente, serão autuados
a) orientar os usuários no âmbito do seu setor sobre a utilização do como novos processos, aos quais será atribuído um NUP.
SEI; Art. 20. Documentos externos recebidos pelo Protocolo Geral que
b) verificar se os registros e as movimentações de processos no sejam sigilosos ou que digam respeito a procedimentos licitatórios, serão
âmbito do seu setor estão sendo efetuados de forma adequada; e encaminhados ao setor competente, que procederá à digitalização e o devido
c) propor à CGMA a inserção de novos tipos de processo, tipos de registro no SEI.
documentos e modelos de documentos específicos de sua área para serem Art. 21. Não deverão ser objeto de registro no SEI:
inseridos no SEI. I - jornais, revistas, livros, folders, propagandas e demais
Seção II materiais que não se caracterizam como documento arquivístico; e
Do acesso e credenciamento II - correspondências particulares.
Art. 9º Os usuários internos poderão cadastrar e tramitar processos, Art. 22. O documento recebido em meio físico será digitalizado e
bem como gerar e assinar documentos no âmbito do SEI, de acordo com o seu capturado no sistema de acordo com sua especificidade.
cargo e perfil de acesso. § 1o A digitalização de documentos deverá:
Art. 10. Os usuários externos, mediante credenciamento, poderão: I - ser realizada mediante a utilização da funcionalidade
I - encaminhar requerimentos, petições e documentos; Reconhecimento Óptico de Caracteres - OCR antes de sua inserção no SEI;
II - acompanhar o trâmite de processos; II - ser limitada a duzentas páginas;
III - receber ofícios e notificações; e III - possuir resolução mínima de 300 dpi; e
IV - solicitar vistas. IV - ser preferencialmente feita em preto e branco, mas quando
§ 1º O credenciamento de usuário externo é ato pessoal e necessário em tons de cinza ou colorido.
intransferível e dar-se-á a partir de solicitação efetuada no sítio eletrônico do § 2º Os documentos com mais de duzentas páginas serão
Ministério da Justiça. fragmentados em mais de um arquivo eletrônico no momento de sua
§ 2º A autorização do credenciamento de usuário externo e a digitalização.
consequente liberação dos serviços disponíveis no SEI dependem de prévia § 3º A digitalização e a inserção de documentos no processo
aprovação por parte deste Ministério, a qual será concedida somente após o eletrônico poderão ser efetuadas por servidores e empregados em exercício
encaminhamento da documentação necessária pelo interessado e a análise do no MJ ou por prestadores de serviço terceirizado.
cumprimento dos requisitos necessários ao credenciamento. § 4º Salvo na hipótese de indício fundado de irregularidade, fica
§ 3º O credenciamento está condicionado à aceitação das condições dispensada a autenticação dos documentos digitalizados na forma do § 3o.
regulamentares que disciplinam o SEI e tem como consequência a § 5º Nos casos de restrição técnica ou de grande volume de
responsabilidade do usuário pelo uso indevido das ações efetuadas, as quais são documentos, a digitalização poderá ser efetuada em até dois dias úteis.
passíveis de apuração de responsabilidade civil, penal e administrativa. Seção VI
Seção III Da Tramitação
Do processo eletrônico Art. 23. Toda tramitação de processos dar-se-á via SEI.
Art. 11. O processo eletrônico dispensa a realização de Art. 24. A tramitação interna de processos respeitará as
procedimentos formais típicos de processo em papel, tais como capeamento, especificidades e a estrutura hierárquica dos órgãos de assistência direta e
criação de volumes, inclusão de termos, numeração de folhas, carimbos e imediata ao Ministro de Estado e órgãos específicos singulares.
aposição de etiquetas. Parágrafo único. A tramitação de processo pelos dirigentes dos
Parágrafo único. No SEI, os processos serão concluídos ou fechados órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado e dos órgãos
pelo setor responsável e arquivados de forma digital. específicos singulares, seus substitutos e Gabinetes, ou chefia de setores,
Art. 12. Para a criação de um processo eletrônico deverão ser poderá ter incluído retorno programado para finalização da análise e
inseridos no SEI dados que permitam sua eficiente localização e controle, prosseguimento do trâmite.
mediante o preenchimento dos campos próprios do sistema, observados os Art. 25. A tramitação de processos entre os órgãos de assistência
seguintes requisitos: direta e imediata ao Ministro de Estado e órgãos específicos singulares
I - identificação correta do tipo de processo; ocorrerá somente por meio dos seus Gabinetes ou similares, salvo o
II - identificação e registro do interessado no processo; Protocolo Geral.
III - formação de maneira cronológica, lógica e contínua; Art. 26. As exceções, no âmbito de cada setor, serão tratadas pelos
IV - possibilidade de consulta a conjuntos segregados de peças seus dirigentes e submetidas à aprovação do Comitê Gestor do SEI.
processuais, salvo os processos físicos já existentes antes da vigência desta Art. 27. Em caso de erro na tramitação de processo eletrônico, a
Portaria e, posteriormente, digitalizados; área de destino deverá promover imediatamente:
I - a sua devolução ao remetente; ou

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II - o seu adequado direcionamento. Art. 42. Serão classificados como sigilosos os documentos
Seção VII submetidos temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua
Do relacionamento e desentranhamento imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado, e aquelas
Art. 28. O relacionamento de processos será realizado quando abrangidas pelas demais hipóteses legais de sigilo.
houver a necessidade de associar um ou mais processos com o objetivo de Parágrafo único. O acesso aos documentos classificados como sigilosos será
complementar informações, dispensando a juntada por anexação. limitado a usuários com credencial de acesso.
Art. 29. Documento externo digitalizado integrante de um processo Art. 43. Será classificado como restrito, o acesso a documentos
poderá ser desentranhado, a fim de atender demanda administrativa preparatórios e a informações pessoais.
Da classificação arquivística e avaliação Parágrafo único. O acesso a documento preparatório ou à
Art. 30. Todos os processos do SEI serão classificados com base no informação nele contida, utilizado como fundamento de tomada de decisão
Código de Classificação, Temporalidade e Destinação de Documentos de ou de ato administrativo, será assegurado a partir da edição do ato ou
Arquivo relativos às Atividades-Meio da Administração Pública do Conselho decisão.
Nacional de Arquivos - CONARQ e no Código de Classificação de Documentos de Seção XIII
Arquivo Relativos às Atividades-Fim do Ministério da Justiça. Dos perfis de acesso
Art. 31. Os processos eletrônicos serão mantidos até que cumpram Art. 44. Um usuário poderá estar associado a mais de um setor no
seus prazos de guarda conforme definido na tabela de temporalidade de SEI, desde que a autoridade competente do outro setor solicite sua inclusão.
documentos de arquivo. Art. 45. A realocação de usuário em novo setor implicará perda de
§ 1º Os processos eletrônicos de guarda permanente deverão seu perfil de acesso.
receber tratamento de preservação de forma que não haja perda ou corrupção Parágrafo único. É de responsabilidade da autoridade competente
da integridade das informações. do novo setor solicitar acesso compatível com as novas atribuições do
§ 2º O descarte de documentos e processos eletrônicos será usuário.
promovido pela Divisão de Arquivo, e executado de acordo com os CAPÍTULO IV
procedimentos legais relativos à eliminação. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
§ 3º A CGMA e a CGTI deverão desenvolver um plano de preservação Art. 46. O uso inadequado do SEI ficará sujeito à apuração de
de documentos digitais, a ser submetido e aprovado pelo Comitê Gestor do SEI. responsabilidade, na forma da legislação em vigor.
Art. 32. Ressalvadas as hipóteses de devolução de documentos ao Art. 47. A partir da vigência desta Portaria, ficará vedada:
interessado, os documentos e processos físicos originais deverão ser I - a tramitação de documentos ou processos por outro meio que
arquivados nos setores com a atribuição de arquivo setorial dos órgãos de não o SEI; e
assistência direta e imediata ao Ministro de Estado e aos órgãos específicos II - a tramitação ou abertura de novos documentos ou processos
singulares, onde aguardarão a sua transferência ao Arquivo Central. no MJDOC.
Seção IX § 1º Os documentos ou processos físicos registrados no MJDOC, em
Do cancelamento e exclusão data anterior à vigência desta Portaria, continuarão disponíveis para
Art. 33. No SEI poderão ser cancelados ou excluídos no setor consulta no MJDOC.
possuidor do processo eletrônico: § 2o Quando da digitalização dos processos físicos e inserção no
I - documentos sem assinatura; e SEI:
II - documentos assinados, mediante justificativa e autorização da I - o processo permanecerá com o mesmo NUP;
autoridade competente, responsável pelo setor. II - o relatório completo do registro do documento no sistema
Art. 34. Todos os cancelamentos e exclusões serão registrados no MJDOC deverá ser inserido em formato PDF após os arquivos resultantes da
sistema com os dados do responsável pela ação. digitalização;
Art. 35. É proibida a exclusão e cancelamento de documentos III - deverá ser criado no SEI o Termo de Encerramento de
assinados por outras áreas. Trâmite Físico, que após assinado eletronicamente, deverá ser impresso e
Seção X anexado ao processo físico original na posição de última folha;
Do pedido de vistas ao processo IV - o processo físico deverá ser arquivado nos setores com a
Art. 36. As solicitações de pedido de vistas serão dirigidas aos órgãos atribuição de arquivo setorial dos órgãos de assistência direta e imediata ao
de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado e órgãos específicos Ministro de Estado e aos órgãos específicos singulares, onde aguardarão a sua
singulares, por meio eletrônico ou presencial. Parágrafo único. As transferência ao Arquivo Central; e
disponibilizações de acesso deverão obedecer à legislação pertinente ao acesso V - o processo eletrônico deverá ser tramitado para a sua unidade
à informação, bem como às disposições da Política de Segurança da Informação de destino.
do MJ. Art. 48. As dúvidas e casos omissos desta Portaria serão dirimidos
Art. 37. O acesso externo para vista será disponibilizado por usuário pelo Comitê Gestor do SEI.
interno, onde o processo ou documento em questão esteja sendo analisado. Art. 49. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Parágrafo único. É vedado conceder acesso externo, para fins de MARIVALDO DE CASTRO PEREIRA
vistas a processo, superior a dez dias.
Seção XI [Diário Oficial da União, de 2 de janeiro de 2015 – Seção 1]
Da assinatura eletrônica
Art. 38. Os documentos eletrônicos produzidos e geridos no âmbito MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES
do SEI terão garantia de autoria, autenticidade e integridade asseguradas, GABINETE DO MINISTRO
mediante utilização de assinatura eletrônica. PORTARIA Nº 432, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2014
Parágrafo único. A assinatura digital e a assinatura cadastrada são
de uso pessoal e intransferível, sendo de responsabilidade do titular sua guarda Dispõe sobre a implantação e o funcionamento do
e sigilo. Processo Eletrônico de Documentos- PED.
Art. 39. A prática de atos assinados eletronicamente importará
aceitação das normas regulamentares sobre o assunto e da responsabilidade do O MINISTRO DE ESTADO DOS TRANSPORTES, no uso das
usuário pela utilização indevida de sua assinatura eletrônica. atribuições que lhe confere o art. 87, parágrafo único, incisos I e II, da
Seção XII Constituição, resolve:
Das categorias de acesso Art. 1° Instituir o Processo Eletrônico de Documentos - PED/MT
Art. 40. Os procedimentos relativos à disponibilização, à para a gestão de informações e documentos, no âmbito do Ministério dos
classificação, ao tratamento e à gestão da informação de natureza restrita e Transportes, com base nos seguintes ordenamentos jurídicos:
sigilosa, no âmbito do MJ, obedecerão às disposições contidas em legislação I - Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil;
específica. II - Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, dispõe sobre a política
Art. 41. Os processos e documentos classificados com o nível de nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências;
III - Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula o processo
acesso público poderão ser visualizados por todos os usuários internos, sendo
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal;
franqueado o acesso aos usuários externos mediante solicitação de vista
IV - Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, dispõe sobre a
processual.
informatização do processo judicial; altera a Lei nº 5.869/73 e dá outras
§ 1º Quando tramitado para um setor específico, o acesso imediato
providências;
ao processo no SEI ficará limitado aos usuários daquele setor. V - Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso à
§ 2º O disposto no § 1o não impede a disponibilização ou a informação e altera a Lei nº 8.112/90, revoga dispositivos da Lei nº 8.159/91, e
tramitação do processo para consulta dos demais usuários internos, mediante dá outras providências;
solicitação simples.

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VI - Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, que dispõe sobre a Parágrafo único. As reuniões do Comitê Gestor do SEI serão
digitalização, o armazenamento em meio eletrônico, óptico ou equivalente e a realizadas no âmbito do CGA.
reprodução de documentos públicos e privados; Art. 2º A coordenação dos trabalhos do Comitê Gestor do SEI será
VII - Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que regulamenta a Lei exercida pelo titular da Coordenação-Geral de Modernização e
nº 8.159/91, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e Administração - CGMA.
privados; Parágrafo único. O Coordenador do Comitê Gestor do SEI poderá
VIII - Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003, que dispõem convidar representantes de outros órgãos e unidades da estrutura
sobre o Sistema de Gestão de Documentos de Arquivo - SIGA, da Administração organizacional do Ministério da Justiça - MJ, para colaborar com as
Pública Federal, e dá outras providências; atividades de aperfeiçoamento dos processos administrativos, de logística e
IX - Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, que regulamenta a Lei de recursos humanos.
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a informações, Art. 3º A participação neste Comitê será considerada serviço
previsto no inciso XXXIII, do caput do art. 5º, no inciso II do § 3º, do art. 37 e no público relevante, não ensejando, por si só, qualquer remuneração.
§2º do art.216 da Constituição; Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
X - Portaria normativa SLTI/MPOG nº 5, de 19 de dezembro de 2002,
que dispõe sobre os procedimentos gerais para utilização dos serviços de MARIVALDO DE CASTRO PEREIRA
protocolo no âmbito da administração pública federal, para os órgãos e
entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG; [Diário Oficial da União, seção 2, de 22 de janeiro de 2015]
XI - Portaria SLTI/MPOG nº 3, de 16 de maio de 2003, que orienta os
órgãos da Presidência da República, Ministérios, autarquias e fundações
integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG, quanto aos procedimentos
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
relativos às atividades de Comunicações Administrativas, para utilização do
GABINETE DO MINISTRO
número único de processos e documentos;
PORTARIA Nº 8, DE 23 DE JANEIRO DE 2015
XII - Resolução nº 1, de 18 de outubro de 1995, do Conselho Nacional
de Arquivos - CONARQ, que dispõe sobre a necessidade de adoção de planos
O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E
e/ou códigos de classificação de documentos nos arquivos correntes, que
GESTÃO, no uso das atribuições que lhe confere o inciso II do parágrafo único
considerem a natureza dos assuntos resultantes de suas atividades e funções;
do art. 87 da Constituição Federal, tendo em vista o disposto na Lei nº 12.527,
XIII - Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001 do CONARQ, que
aprova a versão revisada e ampliada da Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, de 18 de novembro de 2007, no Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012 e no
que dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2014, e
Administração Pública - Atividade-meio; Considerando o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
XIV - Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004 do CONARQ, que dispõe 2011, em especial seu art. 3º, inciso I, que determina a observância da
sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão arquivística publicidade como preceito geral e do sigilo como exceção;
de documentos dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Arquivos; Considerando que a informação em poder dos órgãos e entidades
XV - Resolução nº 24, de 3 de agosto de 2006 do CONARQ, que públicas poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada,
estabelece diretrizes para a transferência e recolhimento de documentos observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da
arquivísticos digitais para instituições arquivísticas públicas; sociedade ou do Estado, nos termos do art. 23 da Lei nº 12.527, de 18 de
XVI - Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007 do CONARQ, que dispõe novembro de 2011; e
sobre a adoção do Modelo de Requisito para Sistemas Informatizados de Gestão Considerando as diretrizes para a instituição do processo de
Arquivística de Documentos - eARQ Brasil pelos órgãos e entidades integrantes tratamento da informação contidas na Norma Complementar nº
do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR; 20/IN01/DSIC/GSI, do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da
XVII - Resolução nº 37, de 19 de dezembro de 2012 do CONARQ, que República, emitida em 15 de julho de 2014 e revisada em 15 de dezembro de
aprova as diretrizes para a presunção de autenticidade de Documentos 2014, resolve:
Arquivísticos Digitais; CAPÍTULO I
XVIII - Decreto nº 9.932, de 11 de agosto 2009, dispõe sobre a DISPOSIÇÕES GERAIS
simplificação do atendimento público prestado ao cidadão, ratifica a dispensa Art. 1º Esta Portaria regulamenta os procedimentos relativos à
do reconhecimento de firma em documentos produzidos no Brasil, institui a classificação e ao tratamento da informação classificada no âmbito do
“Carta de Serviços ao Cidadão”. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.
Art. 2° O Processo Eletrônico de Documentos tem por finalidade: Art. 2º Para efeitos desta Portaria consideram-se as seguintes
I - reduzir a tramitação dos procedimentos em meio físico; definições:
II - integrar com sistemas de processo eletrônico de outros órgãos e I - informação: dados, processados ou não, que podem ser
entidades da Administração Pública Federal; utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em
III - melhorar a gestão, otimizar fluxos de trabalho e racionalizar qualquer meio, suporte ou formato;
despesas administrativas; e II - informação classificada: espécie de informação sigilosa que,
IV - aumentar a produtividade e a celeridade na tramitação dos em virtude de seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da
processos. sociedade ou do Estado, é classificada como ultrassecreta, secreta ou
Art. 3° Com a implantação do PED/MT todo documento eletrônico reservada, nos termos do art. 24 da Lei nº 12.527, de 2011;
no âmbito do Ministério dos Transportes deverá ser produzido, assinado e III - documento: unidade de registro de informações, qualquer que
tramitado digitalmente por meio de sistema eletrônico de informação. seja o suporte ou formato;
Art. 4º O Secretário-Executivo expedirá normas complementares
IV - necessidade de conhecer: condição segundo a qual o
para a implantação do Processo Eletrônico de Documentos - PED/MT, para o
conhecimento da informação classificada é indispensável para o adequado
acesso de usuários e para o gerenciamento eletrônico do sistema, além de
exercício de cargo, função, ou atividade;
instituir o Comitê Gestor do PED/MT, designando os titulares e respectivos
V - processo: documento ou conjunto de documentos que exige
suplentes, em ato a ser publicado em Boletim de Serviço.
Art. 5° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. estudo mais detalhado, bem como procedimentos expressados por despachos,
pareceres técnicos, anexos ou, ainda, instruções para pagamento de despesas,
PAULO SÉRGIO PASSOS protocolado e autuado pelos órgãos autorizados a executar tais
procedimentos; e
[Diário Oficial da União, de 02 de janeiro de 2014 Seção 1 p. 123] VI - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à
produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte,
transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação,
MINISTERIO DA JUSTIÇA avaliação, destinação ou controle da informação.
PORTARIA Nº 41, DE 20 DE JANEIRO DE 2015 Art. 3º Para a classificação da informação em grau de sigilo, deverá
ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos
O SECRETÁRIO EXECUTIVO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, no uso das restritivo possível, considerados:
atribuições que lhe conferem o art. 43 do Decreto nº 6.061, de 15 de março de I - a gravidade do risco ou dano à segurança da sociedade e do
2007, bem como o inciso XII do art. 1º da Portaria Ministerial nº 888, de 26 de Estado; e
maio de 2014, e tendo em vista o disposto no art. 4º da Portaria nº 1.246, de 31 II - o prazo máximo de classificação em grau de sigilo ou o evento
de dezembro de 2014, do Secretário-Executivo, resolve: que defina seu termo final.
Art. 1º O Comitê Gestor do Sistema Eletrônico de Informação - SEI Art. 4º A classificação da informação deve observar os critérios
será composto pelos membros do Comitê de Governança Administrativa - CGA definidos no art. 23, incisos I a VIII, da Lei nº 12.527, de 2011.
instituído pela Portaria nº 590, de 25 de junho de 2014, do Secretário-Executivo. Art. 5º A classificação das informações será realizada pelas
autoridades competentes, conforme graus determinados a seguir:

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I - ultrassecreto e secreto: Ministro de Estado do Planejamento, V - data da produção do documento;
Orçamento e Gestão; e VI - indicação de dispositivo legal que fundamenta a classificação;
II - reservado: Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e VII - razões da classificação, observados os critérios estabelecidos
Gestão, e ocupantes de cargos de chefia do Grupo Direção e Assessoramento no art. 4º;
Superiores (DAS), nível DAS 101.5 ou superior. VIII - indicação do prazo de sigilo;
§ 1º O Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão IX - data da classificação; e
poderá delegar competência para classificação em grau reservado a ocupantes X - identificação da autoridade que classificou a informação.
de cargos de chefia do Grupo Direção e Assessoramento Superiores (DAS), nível § 1º O TCI seguirá anexo à informação classificada.
DAS 101.4, vedada a subdelegação. § 2º As informações previstas no inciso VII do caput deverão ser
§ 2º A classificação da informação realizada pelos agentes públicos mantidas no mesmo grau de sigilo que a informação classificada.
referidos no § 1º deverá ser informada à autoridade delegante, no prazo de Art. 17. O Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e
noventa dias. Gestão, ao classificar informação no grau ultrassecreto ou secreto deverá
Art. 6º Os prazos máximos de classificação são os seguintes: encaminhar cópia do TCI à Comissão Mista de Reavaliação de Informações no
I - grau ultrassecreto: vinte e cinco anos; prazo de trinta dias, contado da decisão de classificação.
II - grau secreto: quinze anos; e Seção III
III - grau reservado: cinco anos. Da organização
§ 1º Os prazos serão contados a partir da data de produção do Art. 18. É obrigatório o cadastro de todo processo ou documento
documento. que contenha informação classificada no sistema eletrônico oficial de
§ 2º Poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso registro e tramitação de documentos do Ministério do Planejamento,
a ocorrência de determinado evento, observados os prazos máximos de Orçamento e Gestão com observância, no que for aplicável, às normas e
classificação. procedimentos de protocolização e organização processual.
Art. 7º A classificação das informações será reavaliada pela § 1º Os atos de classificação, desclassificação ou reclassificação da
autoridade classificadora ou por autoridade hierarquicamente superior, informação devem ser registrados preferencialmente sob o mesmo número
mediante provocação ou de ofício, para desclassificação ou redução do prazo de registro do documento, informação ou processo.
de sigilo, observado o disposto no parágrafo único do art. 35 do Decreto nº § 2º O sigilo de nomes ou de outras características que possam
7.724, de 16 de maio de 2012. revelar dados ou informações classificadas deverá ser mantido no sistema
Art. 8º A reclassificação da informação poderá ser feita pela eletrônico oficial de registro e tramitação de documentos do Ministério do
autoridade competente para a classificação no novo grau de sigilo, devendo ser Planejamento, Orçamento e Gestão.
observado o prazo máximo de restrição de acesso do novo grau de classificação, Seção IV
a contar da data de produção do documento. Do uso e disseminação
Art. 9º A classificação, desclassificação ou reclassificação de Art. 19. A expedição, a tramitação e a comunicação referente a
informação em qualquer grau de sigilo deverá ser formalizada no Termo de informações classificadas deverão observar os procedimentos contidos no
Classificação de Informação (TCI), conforme estabelecido no art. 16 desta Capítulo III, Seção IV, do Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012.
Portaria. Parágrafo único. Na hipótese de documento que contenha
Parágrafo único. Os atos de classificação, desclassificação ou informações classificadas em diferentes graus de sigilo, será atribuído ao
reclassificação da informação devem sempre ser motivados. documento tratamento do grau de sigilo mais elevado, ficando assegurado o
Art. 10. A desclassificação de informações será automática depois de acesso às partes não classificadas por meio de certidão, extrato ou cópia, com
transcorridos os prazos ou termos previstos na decisão de classificação. ocultação da parte sob sigilo.
CAPÍTULO II Art. 20. Os processos ou documentos produzidos externamente e
DO TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO CLASSIFICADA apresentados ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão que
Seção I contenham informações classificadas deverão observar os procedimentos
Das etapas do ciclo de vida da informação classificada contidos no art. 19.
Art. 11. O sigilo da informação classificada deve ser resguardado § 1º O recebimento de processos ou documentos externos que
durante todas as etapas de seu ciclo de vida, considerando-se as seguintes contenham informações classificadas deverá ser protocolizado
definições para efeitos desta Portaria: exclusivamente no Protocolo Central do Ministério do Planejamento,
I - produção e recepção: estágio inicial do ciclo de vida, e Orçamento e Gestão.
compreende a produção, recepção ou custódia e classificação da informação; § 2º Ao receber processo ou documento classificado de origem
II - organização: armazenamento, arquivamento e controle da externa, cabe à unidade de protocolo:
informação; I - verificar a integridade do meio de recebimento e registrar
III - uso e disseminação: utilização, acesso, reprodução, transporte, indícios de violação ou de irregularidade, cientificado o destinatário, que
transmissão, armazenamento e distribuição da informação; informará imediatamente ao remetente; e
e II - encaminhá-lo o mais breve possível à autoridade destinatária
IV - destinação: estágio final do ciclo de vida da informação, e e, nos casos em que não haja indicação expressa do destinatário, à Secretaria-
compreende a avaliação, destinação ou eliminação da informação. Executiva ou aos titulares das unidades regionais ou locais do Ministério do
Seção II Planejamento, Orçamento e Gestão, conforme o caso.
Da produção e recepção § 3º A autoridade destinatária deverá atestar o recebimento do
Art. 12. É de responsabilidade do servidor que produziu ou recebeu a documento classificado, por meio de recibo.
informação passível de classificação, nos termos do art. 4º, dar ciência à chefia § 4º Após tomar conhecimento do conteúdo do processo ou
imediata, que deverá encaminhar o documento que a contenha à autoridade documento classificado, o destinatário o encaminhará à unidade setorial de
máxima da unidade. protocolo determinando o registro em sistema eletrônico oficial de registro e
Art. 13. A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos tramitação de documentos do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Sigilosos (CPADS) deverá opinar sobre as informações passíveis de classificação Gestão e a autuação do processo, se for o caso.
em qualquer grau de sigilo. § 5º A unidade de protocolo, após o registro, retornará o processo
Art. 14. Após a manifestação da CPADS, a autoridade competente ou documento à autoridade destinatária.
nos termos do art. 5º decidirá sobre a classificação da informação, observada a Art. 21. A tramitação de documentos que contenham informação
data da produção da informação e os prazos estabelecidos no art. 6º. classificada deverá ser realizada por meio de carga pessoal no sistema
Art. 15. Deverá ser preservado o sigilo em relação à informação eletrônico oficial de registro e tramitação de documentos do Ministério do
classificada por outro órgão ou entidade como ultrassecreta, secreta, ou Planejamento, Orçamento e Gestão.
reservada. Art. 22. O acesso, a divulgação e o tratamento da informação
Art. 16. A decisão de classificar a informação deverá ser formalizada classificada ficarão restritos a pessoas com necessidade de conhecê-las e que
no Termo de Classificação de Informação (TCI), conforme modelo constante no sejam credenciadas na forma do Decreto nº 7.845, de 2012, sem prejuízo das
Anexo ao Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, e deverá conter o seguinte: atribuições dos agentes públicos autorizados na legislação.
I - código de indexação de documento, que deverá ser elaborado § 1º O acesso à informação classificada de pessoa não credenciada
conforme orientações contidas no Capítulo IV do Decreto nº 7.845, de 14 de ou não autorizada por legislação poderá ser permitido, excepcionalmente,
novembro de 2012; mediante assinatura de Termo de Compromisso de Manutenção de Sigilo
II - grau de sigilo da informação classificada; (TCMS), constante do anexo desta Portaria, pelo qual a pessoa obrigar-se-á a
III - categoria na qual se enquadra a informação, conforme Anexo II manter o sigilo da informação, sob pena de responsabilidade penal, civil e
ao Decreto nº 7.845, de 14 de novembro de 2012; administrativa, na forma da lei.
IV - tipo de documento;

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§ 2º Os servidores que tiverem acesso a qualquer informação sigilosa [testemunha identificada]
ficam proibidos de revelá-las ou divulgá-las mesmo após o desligamento de
suas funções.
Art. 23. O armazenamento de documentos que contenham MINISTÉRIO DA DEFESA
informações classificadas é de responsabilidade do dirigente máximo de cada COMANDO DA AERONÁUTICA
unidade administrativa. GABINETE DO COMANDANTE
Parágrafo único. Os locais em que estejam armazenados os PORTARIA Nº 127/GC3, DE 28 DE JANEIRO DE 2015
documentos com informações classificadas terão o seu acesso restrito a pessoas
autorizadas. Reformula o Sistema de Documentação do Comando da
Art. 24. O Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão Aeronáutica.
publicará anualmente, até o dia 1º de junho, o rol das informações
desclassificadas, bem como o rol das informações classificadas em cada grau de O COMANDANTE DA AERONÁUTICA, de conformidade com o
sigilo, nos últimos doze meses, devendo este último conter: previsto no inciso XIV do art. 23 da Estrutura Regimental do Comando da
I - código de indexação de documento; Aeronáutica, aprovada pelo Decreto nº 6.834, de 30 de abril de 2009, e tendo
II - categoria na qual se enquadra a informação; em vista o disposto na ICA 700-1 "Implantação e Gerenciamento de Sistemas
III - indicação de dispositivo legal que fundamenta a classificação; no Comando da Aeronáutica", aprovada pela Portaria nº 839/GC3, de 29 de
e agosto de 2006, e considerando o que consta do processo nº
IV - data da produção, data da classificação e prazo da classificação. 67401.001463/2014-51,
resolve:
Parágrafo único. A CPADS deverá subsidiar a elaboração do rol anual
Art. 1º Reformular o Sistema de Documentação do Comando da
de informações desclassificadas.
Aeronáutica (SISDOC), instituído pela Portaria nº 40/GM3, de 3 de abril de
Seção V
1975, com a finalidade de planejar, orientar, coordenar, controlar e executar
Da destinação
as atividades de Documentação no âmbito do Comando da Aeronáutica
Art. 25. A avaliação e a seleção de documento com informação (COMAER).
desclassificada, para fins de guarda permanente ou eliminação, observarão o Parágrafo único. Para os fins desta Portaria, as atividades
disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto nº 4.073, de 3 de inerentes ao SISDOC são as relacionadas com a gestão de documentos
janeiro de 2002. arquivísticos e bibliográficos, garantindo o acesso de forma ágil e segura aos
Parágrafo único. Em caso de desclassificação, o documento de referidos documentos.
guarda permanente será recolhido ao Arquivo Nacional. Art. 2º O Órgão Central do SISDOC é o Centro de Documentação da
CAPÍTULO III Aeronáutica (CENDOC), pertencente à estrutura organizacional do Comando-
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Geral do Pessoal (COMGEP), o qual tem sua constituição e suas competências
Art. 26. Caberá ao Comitê de Segurança da Informação e definidas em Regulamento e Regimento Interno próprios.
Comunicação (CSIC) avaliar e propor soluções e requisitos de proteção física e Art. 3º Ao Órgão Central do Sistema compete:
lógica para o adequado tratamento das informações classificadas, no Ministério I - propor e manter atualizada a Política de Documentação do
do Planejamento, Orçamento e Gestão. COMAER;
Art. 27. A CPADS poderá estabelecer orientações complementares II - disciplinar as atividades de Gestão Documental no âmbito do
para o cumprimento do disposto nesta Portaria. COMAER por meio de Normas de Sistema do Comando da Aeronáutica (NSCA);
Art. 28. Os casos omissos serão dirimidos pelo Secretário- Executivo III - fiscalizar a aplicação das NSCA pertinentes;
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. IV - assessorar os elos do SISDOC no desempenho das suas
Art. 29. O disposto nesta Portaria não exclui as demais hipóteses atividades;
legais de sigilo e de segredo de justiça. V - fomentar a capacitação do pessoal envolvido na execução das
Art. 30. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. atividades do SISDOC;
VI - assessorar na concepção de projetos de sistemas eletrônicos
NELSON BARBOSA de gestão de documentos arquivísticos e bibliográficos, analisando e
emitindo parecer prévio quanto à sua implantação; e
ANEXO VII - em conformidade com as diretrizes do Comando-Geral do
Pessoal (COMGEP), interagir com as Organizações congêneres das demais
TERMO DE COMPROMISSO DE MANUTENÇÃO DE SIGILO Forças Armadas, instituições civis públicas similares, sociedades científicas e
(TCMS) universidades, para fins de pesquisa e acompanhamento contínuo da
evolução tecnológica e científica na área de Documentação.
Eu, _______________________________, nacionalidade, CPF, identidade (nº, Art. 4º Os elos do SISDOC estão localizados na estrutura
data e local de expedição), (filiação e endereço), perante o Ministério do organizacional do Comando da Aeronáutica, de acordo com a realização da
Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), declaro ter ciência inequívoca da atividade-meio correspondente, tendo suas constituições e competências
legislação sobre o tratamento de informação classificada cuja divulgação possa definidas em Regulamentos e Regimentos Internos próprios ou das
Organizações a que pertencem.
causar risco ou dano à segurança da sociedade ou do Estado, e me comprometo
Art. 5º Aos elos do SISDOC compete:
a guardar o sigilo necessário, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
I - executar as atividades inerentes ao SISDOC;
2011, do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, e nos artigos constantes na
II - cumprir as normas contidas nas NSCA e demais instruções
SEÇÃO VIII, do Decreto nº 7.845, 14 de novembro de 2012, e a:
emitidas pelo Órgão Central;
a) tratar as informações classificadas em qualquer grau de sigilo ou os III - submeter à apreciação do Órgão Central as sugestões que
materiais de acesso restrito que me forem fornecidos pelo MP e preservar o seu visem ao aperfeiçoamento do Sistema; e
sigilo, de acordo com a legislação vigente; IV - auxiliar o Órgão Central na fiscalização da atividade sistêmica.
b) preservar o conteúdo das informações classificadas em qualquer grau de Art. 6º Os Elos do SISDOC ficam sujeitos à orientação normativa, à
sigilo, ou dos materiais de acesso restrito, sem divulgá-lo a terceiros; coordenação, ao controle, à supervisão técnica e à fiscalização das atividades
c) não praticar quaisquer atos que possam afetar o sigilo ou a integridade das pelo Órgão Central do Sistema, respeitada a subordinação hierárquica às
informações classificadas em qualquer grau de sigilo, ou dos materiais de organizações em cuja estrutura organizacional estejam integrados.
acesso restrito; e Art. 7º O SISDOC vincula-se ao Sistema de Gestão de Documentos
d) não copiar ou reproduzir, por qualquer meio ou modo: de Arquivo - SIGA, organizado pelo Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de
(i) informações classificadas em qualquer grau de sigilo; e 2003, para cumprimento dos objetivos desse Sistema no âmbito do COMAER.
(ii) informações relativas aos materiais de acesso restrito do MP, salvo por Art. 8º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
meio de autorização da autoridade competente. Art. 9º Revoga-se a Portaria nº 685/GC3, de 24 de setembro de 2010,
Declaro que [recebi] [tive acesso] ao (à) [documento ou material entregue ou publicada no Diário Oficial da União nº 185, de 27 de setembro de 2010, Seção
exibido ao signatário], e por estar de acordo com o presente Termo, o assino na 1, página 18.
presença das testemunhas abaixo identificadas.
_________________________________ Ten Brig Ar JUNITI SAITO
[Local e data]
__________________________________________ [Diário Oficial da União, de 29 de janeiro de 2015 - Seção 1]
[assinatura]
__________________________________________ GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL
[testemunha identificada] PORTARIA Nº 9, DE 30 DE MARÇO DE 2015
_________________________________________

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Estabelece os procedimentos de gestão de para a transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais
documentos, processos e arquivos pelo Sistema para instituições arquivísticas dos órgãos e entidades integrantes do Sistema
Eletrônico de Informações - SEI, no âmbito do Nacional de Arquivos - SINAR;
Gabinete de Segurança Institucional. XVIII - Resolução nº 40, de 9 de dezembro de 2014, do CONARQ,
dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito
O MINISTRO DE ESTADO, CHEFE DO GABINETE DE SEGURANÇA dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR;
INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso de suas atribuições, e
resolve: XIV - Tomada de Contas TCU nº 023.402/2009-1, de 6 de outubro
de 2009, consulta acerca da validade jurídica de documentos eletrônicos e
Art. 1º Estabelecer os procedimentos de gestão de documentos, legalidade de atuação de usuários colaboradores e estagiários em processos
processos e arquivos não classificados pelo Sistema Eletrônico de Informações - eletrônicos.
SEI no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional - GSI, conforme definido Capítulo II
a seguir: DAS DEFINIÇÕES
Capítulo I Art. 3º Para efeitos desta Portaria consideram-se as seguintes
DO OBJETO definições:
Art. 2º A presente Portaria tem por finalidade definir e disciplinar os I - arquivo: conjuntos de documentos produzidos e recebidos por
procedimentos de gerenciamento eletrônico de documentos no âmbito deste órgãos e entidades integrantes da administração pública e instituições
Gabinete, com base nos seguintes ordenamentos legais: privadas, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como
I - Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, institui o Código de por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza
Processo Civil; dos documentos;
II - Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, dispõe sobre a política II - arquivo geral: setor responsável por executar as atividades de
nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências; arquivo intermediário e permanente, bem como aquelas referentes aos
III - Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, regula o processo documentos que forem objeto de digitalização e registro no SEI;
administrativo no âmbito da Administração Pública Federal; III - assinatura eletrônica: é o registro realizado eletronicamente,
IV - Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, regula o acesso a por usuário identificado de modo inequívoco com vistas a firmar
informações e altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº documentos, e se dará pelas seguintes formas:
11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de a) assinatura digital: baseada em certificado digital emitido por
1991; e dá outras providências; autoridade certificadora credenciada na Infraestrutura de Chaves Públicas
V - Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, dispõe sobre a elaboração e o Brasileiras - ICP-Brasil; e
arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos; b) assinatura cadastrada: mediante prévio credenciamento de
VI - Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, regulamenta a Lei nº acesso de usuário, com fornecimento de login e senha;
8.159, de 8 de janeiro de 1991, que dispõe sobre a política nacional de arquivos IV - atividade de protocolo: conjunto de operações que visam o
públicos e privados; controle dos documentos produzidos e recebidos externamente,
VII - Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, regulamenta a Lei nº assegurando sua localização, recuperação e acesso, tais como: recebimento,
12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a informações classificação, registro, distribuição, digitalização, tramitação interna e
previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § remessa;
2º do art. 216 da Constituição; V - captura: consiste em declarar um documento como
VIII - Portaria SLTI/MPOG nº 3, de 16 de maio de 2003, orienta os arquivístico ao incorporá-lo ao SEI, a partir das seguintes ações: digitalização,
órgãos da Presidência da República, Ministérios, autarquias e fundações registro, classificação, indexação, atribuição de metadados e arquivamento;
integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG, quanto aos procedimentos VI - categorias de acesso: forma de controle de documentos e de
relativos às atividades de Comunicações Administrativas, para utilização do processos eletrônicos no SEI, classificados quanto ao nível de acesso em
número único de processos e documentos; público, restrito ou sigiloso, nos termos da Lei nº 12.527, de 18 de novembro
IX - Portaria Interministerial nº 2.321, de 30 de dezembro de 2014, de 2011 e do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012;
define os procedimentos relativos à utilização do Número Único de Protocolo - VII - credencial de acesso: credencial gerada no âmbito do SEI que
NUP no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal e dá permite acesso a processos com nível de visibilidade estabelecido como
outras providências; sigiloso, sendo validada com a confirmação de vinculação do usuário a
X - Resolução nº 1, de 18 de outubro de 1995, do Conselho Nacional unidade;
de Arquivos - CONARQ, dispõe sobre a necessidade de adoção de planos e/ou VIII - desentranhamento: movimentação de documento externo
códigos de classificação de documentos nos arquivos correntes, que para que faça parte de outro processo;
considerem a natureza dos assuntos resultantes de suas atividades e funções; IX - despacho: ato processual que contém solicitação ou decisão
XI - Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001, do CONARQ, aprova a proferida pela autoridade administrativa competente;
versão revisada e ampliada da Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, que X - digitalização: conversão da fiel imagem de um documento
dispõe sobre o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a para código digital;
Administração Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como modelo para os XI - documento arquivístico: documento produzido ou recebido
arquivos correntes dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de por pessoa física ou jurídica, no decorrer de suas atividades,
Arquivos (SINAR), e os prazos de guarda e a destinação de documentos qualquer que seja o suporte, e dotado de informação orgânica;
estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos XII - documento eletrônico: documento armazenado sob a forma
de Arquivo Relativos as Atividades-Meio da Administração Pública; de arquivo eletrônico, inclusive aquele resultante de digitalização;
XII - Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004, do CONARQ, dispõe XIII - documento externo: documento de origem externa
sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão arquivística carregado no SEI;
de documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de XIV - documento interno: documento produzido no SEI;
Arquivos; XV - documento preparatório: documento formal utilizado como
XIII - Resolução nº 24, de 3 de agosto de 2006, do CONARQ, fundamento da tomada de decisão ou de ato administrativo, a exemplo de
estabelece diretrizes para a transferência e recolhimento de documentos pareceres e notas técnicas, podendo ser externos ou internos;
arquivísticos digitais para instituições arquivísticas públicas; XVI - gestão de documentos: conjunto de procedimentos e
XIV - Resolução nº 25, de 27 de abril de 2007, do CONARQ, dispõe operações técnicas referentes à produção, tramitação, avaliação e
sobre a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de arquivamento de documentos;
Gestão Arquivística de Documentos - e- ARQ Brasil pelos órgãos e entidades XVII- informação orgânica: é a informação registrada em
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR; documento relativa às atividades do órgão produtor;
XV - Resolução nº 37, de 19 de dezembro de 2012, do CONARQ, XVIII - informação pessoal: informação relacionada à pessoa
aprova as Diretrizes para a Presunção de Autenticidade de Documentos natural identificada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada,
Arquivísticos Digitais; honra e imagem;
XVI - Resolução nº 38, de 9 de julho de 2013, do CONARQ, dispõe XIX - juntada por anexação: união definitiva de um ou mais
sobre a adoção das "Diretrizes do Produtor - A Elaboração e a Manutenção de processo(s) a outro processo (considerado principal), com vista à
Materiais Digitais: Diretrizes Para Indivíduos" e "Diretrizes do Preservador - A continuidade da ação administrativa com a formação de um único processo,
Preservação de Documentos Arquivísticos digitais: Diretrizes para desde que pertencentes a um mesmo interessado e que contenham o mesmo
Organizações"; assunto;
XVII - Resolução nº 39, de 29 de abril de 2014, do CONARQ, XX - número do documento: código numérico sequencial gerado
estabelece diretrizes para a implementação de repositórios digitais confiáveis para identificar as sequências de tipo de documento;

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XXI - número SEI: código numérico sequencial gerado DO PROCESSO ELETRÔNICO
automaticamente pelo SEI para identificar individualmente um documento Seção I
dentro do sistema; Das Disposições Gerais
XXII - Número Único de Protocolo (NUP): código numérico que Art. 9º Todos os documentos produzidos ou inseridos no âmbito
identifica, de forma única e exclusiva, cada processo, produzido, recebido ou do SEI constituirão ou se vincularão a um processo eletrônico, sendo de
autuado no âmbito dos órgãos e entidades integrantes da administração responsabilidade exclusiva do usuário os seus registros.
pública federal; § 1º Os documentos produzidos eletronicamente e juntados aos
XXIII - peticionamento eletrônico: envio, por parte de usuário processos eletrônicos, na forma estabelecida nesta Portaria, serão
externo, de documento visando formar novo processo ou compor um já considerados originais para todos os efeitos legais.
existente; § 2º Os documentos digitalizados e inseridos no processo
XXIV - processamento: todo trabalho realizado pelo serviço de eletrônico por servidor autorizado têm a mesma força probante dos originais.
apoio administrativo; Art. 10. O processo eletrônico dispensa a realização de
XXV - processo eletrônico: conjunto de documentos e atos procedimentos formais típicos de processo em papel, tais como capeamento,
processados, armazenados e disponibilizados por meio eletrônico; criação de volumes, inclusão de termos, numeração de folhas, carimbos e
XXVI - processo principal: processo que, pela natureza de sua aposição de etiquetas.
matéria, poderá exigir a anexação de um ou mais processos como Parágrafo único. No SEI, os processos serão concluídos ou
complemento ao seu andamento ou decisão; fechados pela unidade responsável e arquivados de forma digital.
XXVII - Protocolo Geral: setor responsável por executar as Art. 11. Para a criação de um processo eletrônico devem ser
atividades de protocolo no âmbito do GSI; inseridos no SEI dados que permitam sua eficiente localização e controle,
XXVIII - unidade: divisão ou subdivisão da estrutura organizacional mediante o preenchimento dos campos próprios do sistema, observados os
do GSI; seguintes requisitos:
XXIX - Sistema Eletrônico de Informações - SEI: sistema oficial de I - estruturar de maneira cronológica, lógica e contínua;
informações, protocolo e tramitação de documentos e processos eletrônicos no II - possibilitar a consulta a conjuntos segregados de peças
âmbito do GSI; processuais, salvo os processos físicos já existentes antes da vigência desta
XXX - remessa: ato de envio do documento ou processo para Portaria e posteriormente digitalizados;
destinatário externo ao GSI; III - permitir a vinculação entre processos, a ser utilizada nos
XXXI - tramitação: movimentação do processo de uma unidade para casos de juntada por anexação e relacionamento; e
outra, por meio do SEI. IV - permitir a reclassificação do nível de sensibilidade da
XXXII - usuário externo: qualquer pessoa física autorizada a acessar informação, como público, restrito ou sigiloso, limitando ou ampliando o
ou atuar em processos eletrônicos, e que não seja caracterizada como usuário acesso.
interno ou usuário colaborador; Art. 12. Os documentos gerados ou inseridos no SEI deverão ser
XXXIII - usuário colaborador: estagiário, bolsista, menor aprendiz, classificados, conforme nível de sensibilidade da informação, como público,
ou qualquer outro colaborador do GSI autorizado a acessar processos restrito ou sigiloso.
eletrônicos; e Seção II
XXXIV - usuário interno: servidor, militar ou empregado em Da Produção de Documentos
exercício no GSI que tenha acesso, de forma autorizada, às informações Art. 13. Todo documento oficial produzido no âmbito do GSI
produzidas ou custodiadas no SEI. deverá ser, prioritariamente, gerado no editor de texto do SEI.
Capítulo III Art. 14. Na confecção dos documentos internos deverão ser
DAS COMPETÊNCIAS observados os critérios de impessoalidade, optando-se por destinar as
Art. 4º Compete ao Protocolo Geral e as demais unidades de correspondências sempre ao cargo e não ao seu ocupante.
protocolo do GSI: Art. 15. Ao serem criados no SEI, os documentos receberão
I - receber, conferir, digitalizar, registrar e tramitar documentos no numeração automática sequencial, sem distinção da Unidade, recomeçando a
âmbito do GSI, observando o disposto no Art. 20 desta Portaria; e numeração a cada exercício.
II - realizar remessa de documentos de forma física, quando não for Art. 16. O Grupo de Gestão do SEI deverá utilizar os modelos de
possível a tramitação eletrônica. documentos constantes do Manual da Presidência da República.
Parágrafo único. Caberá a unidade de Protocolo Geral receber todos § 1º O Grupo de Gestão do SEI recomendará modelos, padrão de
os documentos enviados eletronicamente, por meio do sistema de documentos ou formulários, que não constem do manual de Redação da
peticionamento eletrônico, e informar ao remetente o NUP. Presidência da República, e disponibilizará para as demais áreas executoras,
Art. 5º Observado o disposto nesta Portaria, caberá ao Secretário- que adotarão o formato definido.
Executivo do GSI, por intermédio do Grupo de Gestão do SEI, tomar as medidas § 2º Todos os modelos de documentos deverão ser submetidos à
necessárias para a implementação, uso e sustentabilidade do processo Secretaria Executiva do GSI.
eletrônico, entre as quais: Art. 17. Em caso de impossibilidade técnica momentânea de
I - aprovar as alterações na plataforma tecnológica do sistema; produção dos documentos no SEI, estes poderão ser produzidos em papel e
II - estabelecer prazos e cronogramas adicionais; e assinados pela autoridade competente.
III - propor a regulamentação de procedimentos a serem observados Parágrafo único. Os documentos mencionados no caput deste
no âmbito do processo eletrônico. artigo deverão ser digitalizados conforme definido nesta Portaria, e quando
Capítulo IV do retorno da disponibilidade do SEI, deverão ser imediatamente capturados
DO ACESSO E CREDENCIAMENTO no sistema.
Art. 6º Os usuários internos poderão cadastrar e tramitar processos, Art. 18. Os documentos gerados no SEI e destinados à publicação
bem como gerar e assinar documentos no âmbito do SEI, no Diário Oficial da União - DOU, poderão, nos casos disciplinados pelo Grupo
conforme o seu perfil de acesso. de Gestão do SEI, ter dispensada a funcionalidade de numeração automática.
Art. 7º Os usuários colaboradores não poderão assinar documentos Seção III
no âmbito do SEI. Da Recepção e Digitalização de Documentos
Art. 8º Os usuários externos, mediante credenciamento, poderão: Art. 19. O GSI receberá documentos:
I - encaminhar requerimentos, petições e documentos; I - por meio de peticionamento eletrônico; e
II - acompanhar o trâmite de processos; e II - excepcionalmente, por meio físico.
III - receber ofícios e notificações. § 1º Somente será admitida a inserção no SEI de documentos
§ 1º O credenciamento de usuário externo é ato pessoal e externos em formato PDF.
intransferível e dar-se-á a partir de solicitação efetuada ao Secretário- § 2º O Grupo de Gestão do SEI, por meio de resolução, poderá
Executivo do GSI. propor ao Secretário-Executivo do GSI, como exceções, novos formatos de
§ 2º A autorização do credenciamento de usuário externo e a documentos.
consequente liberação dos serviços disponíveis no SEI dependem de prévia Art. 20. Todos os documentos remetidos ao Ministro, Secretário-
aprovação por parte da Secretaria Executiva do GSI, a qual será concedida após Executivo e Diretor do Departamento de Gestão, independentemente da sua
o encaminhamento da documentação necessária pelo interessado e a análise do forma de entrega, serão encaminhados ao Protocolo Geral para registro.
cumprimento dos requisitos necessários ao conhecimento. § 1º Havendo indícios de violação, o Protocolo Geral deverá
§ 3º O credenciamento está condicionado à aceitação das condições registrar o fato no ato do recebimento e comunicar imediatamente à
regulamentares que disciplinam o SEI e tem como consequência a autoridade competente.
responsabilidade do usuário pelo uso indevido das ações efetuadas.
Capítulo V

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§ 2º Os documentos recebidos na forma deste artigo e do Art. 19, Art. 34. É vedada a exclusão e cancelamento de documentos
sempre que não referenciados com um número de protocolo já existente, serão assinados por outras unidades.
autuados como novos processos, aos quais será atribuído um NUP. Capítulo VI
§ 3º No caso de documentos externos sigilosos ou que digam DA ASSINATURA ELETRÔNICA
respeito a procedimentos licitatórios, atos de assentimento prévio, de anuência Art. 35. Os documentos eletrônicos produzidos e geridos no
prévia ou manifestações do Conselho de Defesa Nacional, o Protocolo Geral os âmbito do SEI terão garantia de autoria, autenticidade e integridade
encaminhará a unidade competente, que procederá à digitalização e o devido asseguradas, mediante utilização de assinatura eletrônica.
registro no SEI. § 1º O uso da assinatura digital é obrigatório para assinatura de
Art. 21. Não deverão ser objeto de registro no SEI: atos de conteúdo decisório ou destinados a público externo ao GSI, adotando-
I - jornais, revistas, livros, folders, propagandas e demais materiais se nos demais casos a modalidade de assinatura cadastrada.
que não se caracterizam como documento arquivístico; e § 2º A assinatura digital e a assinatura cadastrada são de uso
II - correspondências particulares. pessoal e intransferível, sendo de responsabilidade do titular sua guarda e
Art. 22. O documento recebido em meio físico será digitalizado e sigilo.
capturado no sistema de acordo com sua especificidade. Art. 36. A prática de atos assinados eletronicamente importará
§ 1º A digitalização de documentos será: aceitação das normas regulamentares sobre o assunto e da responsabilidade
I - Realizada mediante a utilização da funcionalidade do usuário pela utilização indevida de sua assinatura eletrônica.
Reconhecimento Óptico de Caracteres - OCR antes de sua inserção no SEI, Capítulo VII
sempre que for possível; e DAS CATEGORIAS DE ACESSO
II - limitada a duzentas páginas. Art. 37. Os procedimentos relativos à disponibilização, à
§ 2º Os documentos com mais de duzentas páginas serão classificação, ao tratamento e à gestão da informação de natureza restrita e
fragmentados em mais de um arquivo eletrônico no momento de sua sigilosa, no âmbito do GSI, obedecerão às disposições contidas em legislação
digitalização. específica.
§ 3º A digitalização e a inserção de documentos no processo Art. 38. Os processos e documentos classificados com o nível de
eletrônico poderão ser efetuadas por servidores em exercício no GSI. acesso público poderão ser visualizados por todos os usuários internos e
§ 4º Salvo na hipótese de indício fundado de irregularidade, fica colaboradores.
dispensada a autenticação dos documentos digitalizados na forma do § 3º. § 1º Quando tramitado para uma unidade específica, o acesso
Art. 23. A digitalização de que trata o Art. 22 será efetuada no ato do imediato ao processo no SEI ficará limitado aos usuários daquela unidade.
protocolo. § 2º O disposto no § 1º não impede a disponibilização ou a
Parágrafo único. Os originais dos documentos digitalizados, que não tramitação do processo para consulta dos demais usuários internos,
estejam inseridos em processos físicos, serão destinados ao Arquivo Geral e ali mediante solicitação simples.
mantidos até que cumpram seus prazos de guarda, conforme definido na tabela Art. 39. Será classificado como restrito o acesso: I - a documentos
de temporalidade de documentos de arquivo. preparatórios; e
Seção IV II - às informações pessoais.
Da Tramitação Parágrafo único. Os acessos a documento preparatório ou
Art. 24. Toda movimentação de novos processos se dará via SEI. informação nele contida, utilizados como fundamento de tomada de decisão
Art. 25. A movimentação interna de processos respeitará as ou de ato administrativo, serão assegurados a partir da edição do ato ou
especificidades e a estrutura hierárquica de cada Unidade do GSI. decisão.
Parágrafo único. Na tramitação de um processo poderá ser incluído Art. 40. Serão classificados como sigilosos os documentos
retorno programado para finalização da análise e prosseguimento do trâmite. submetidos temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua
Art. 26. Em caso de erro na tramitação de processo eletrônico, a área imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado, e aquelas
de destino deverá promover imediatamente: abrangidas pelas demais hipóteses legais de sigilo.
I - a sua devolução ao remetente; ou Parágrafo único. O acesso aos documentos classificados como
II - o seu adequado direcionamento. sigilosos será limitado a usuários com credencial de acesso.
Seção V Capítulo VIII
Do Relacionamento e Desentranhamento DOS PERFIS DE ACESSO
Art. 27. O relacionamento de processos será realizado quando Art. 41. Caberá ao Grupo de Gestão do SEI definir os perfis de
houver a necessidade de associar um ou mais processos com o objetivo de acesso ao SEI, assim como suas funcionalidades.
complementar informações, dispensando a juntada por anexação. Art. 42. O SEI estará disponível no GSI com, no mínimo, os
Art. 28. Documento digitalizado integrante de um processo poderá seguintes perfis e funcionalidades:
ser desentranhado, a fim de atender demanda administrativa. I - Administrador: designado pelo Secretário-Executivo do GSI,
Parágrafo único. O desentranhamento será motivado e registrado com finalidade de gerenciamento do sistema, com atribuições de concessão
em termo específico a ser juntado ao processo. de acesso aos demais perfis;
Seção VI II - Básico: destinado à criação, instrução e tramitação de
Da Classificação Arquivística e Avaliação processos, bem como produção e assinatura de documentos;
Art. 29. Todos os processos do SEI serão classificados com base no III - Apoio: destinado à criação, instrução e tramitação de
Código de Classificação de Documentos de Arquivo. processos; e produção de documentos; e
Art. 30. Os processos eletrônicos serão mantidos até que cumpram IV - Consulta: limitado à consulta e leitura dos documentos.
seus prazos de guarda conforme definido na tabela de temporalidade de Parágrafo único. Os perfis e suas funcionalidades podem ser
documentos de arquivo. mudados a qualquer tempo, conforme a necessidade de cada unidade e
§ 1º Os processos eletrônicos de guarda permanente deverão usuário interno, desde que em consonância com esta Portaria.
receber tratamento de preservação de forma que não haja perda ou corrupção Art. 43. Um usuário poderá estar associado a mais de uma unidade
da integridade das informações. no SEI, desde que a autoridade competente da outra unidade solicite sua
§ 2º O descarte de documentos e processos eletrônicos será inclusão.
promovido pelo Arquivo Geral, e executado de acordo com os procedimentos Art. 44. A realocação de usuário em nova unidade implicará na
relativos à eliminação. perda de seus acessos.
Art. 31. Ressalvadas as hipóteses de devolução de documentos ao Parágrafo único. É de responsabilidade da autoridade competente
interessado, os documentos e processos físicos objeto de digitalização serão da nova unidade solicitar acesso compatível com as novas atribuições do
destinados ao Arquivo Geral e ali mantidos até que cumpram seus prazos de usuário.
guarda, conforme definido na tabela de temporalidade de documentos de Capítulo IX
arquivo DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 45. O uso inadequado do SEI fica sujeito à apuração de
Cancelamento e Exclusão responsabilidade, na forma da legislação em vigor.
Art. 32. No SEI, poderão ser cancelados ou excluídos na Unidade Art. 46. A partir de 6 de abril de 2015, todas as comunicações de
possuidora do processo eletrônico: atos processuais em trâmite no GSI serão efetuadas por meio eletrônico.
I - documentos sem assinatura; e Parágrafo único. A continuidade da comunicação por meio físico,
II - documentos assinados, mediante justificativa e autorização da após o prazo do caput, só será admitida quando tratar de ato processual de
autoridade competente, responsável pela unidade. inequívoco interesse do GSI, ou na impossibilidade de ser realizada por meio
Art. 33. Todos os cancelamentos e exclusões serão registrados no eletrônico.
sistema com os dados do responsável pela ação.

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Art. 47. A partir da data definida no Art. 46, as unidades Art. 1º Fica instituído o Sistema Eletrônico do Serviço de
administrativas do GSI deverão efetuar: Informação ao Cidadão (e-SIC), no âmbito dos órgãos e entidades do Poder
I - a autuação de novos processos, exclusivamente, em meio Executivo federal, como sistema centralizado para o tratamento de pedidos
eletrônico; e de acesso à informação amparados pela Lei nº 12.527, de 2011.
II - a digitalização de processos antigos, após a implementação do § 1º Entende-se por tratamento, para fins desta Portaria, o
SEI/GSI, no momento da primeira movimentação realizada ou quando registro do pedido de acesso à informação, bem como o fornecimento da
inseridos ou gerados novos documentos. respectiva resposta, a interposição de recursos e o registro das respectivas
Art. 48. No prazo de 8 (oito) dias, a contar da vigência desta Portaria, decisões.
o Secretário-Executivo do GSI designará os integrantes do Grupo de Gestão do § 2º Os pedidos de acesso à informação poderão ser recebidos
SEI. por outros meios, desde que atendam os seguintes requisitos, previstos no
Parágrafo único. O Grupo de Gestão do SEI será constituído por um art. 12 do Decreto nº 7.724, de 2012:
representante de cada Unidade do GSI e coordenado pela Secretaria Executiva. I - nome do requerente;
Art. 49. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. II - número de documento de identificação válido;
III - especificação, de forma clara e precisa, da informação
JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA requerida; e
IV - endereço físico ou eletrônico do requerente, para
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 31 de março de 2015] recebimento de comunicações ou da informação requerida.
Art. 2º A utilização do e-SIC é obrigatória para órgãos da
GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL administração direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas,
PORTARIA Nº 11, DE 30 DE MARÇO DE 2015 sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União.
Dispõe sobre os procedimentos de assinatura Parágrafo único. A obrigatoriedade do e-SIC não exclui a
eletrônica e assinatura digital em processos e possibilidade de utilização, pelos órgãos e entidades, de outros sistemas para
arquivos eletrônicos do Sistema Eletrônico de organização dos fluxos internos de tratamento dos pedidos de acesso à
Informações, no âmbito do Gabinete de Segurança informação.
Institucional. Art. 3º Compete à Controladoria-Geral da União:
I - promover a disponibilização, a gestão, a manutenção e a
O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DO GABINETE DE SEGURANÇA atualização do e-SIC; e
INSTITUCIONAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, de acordo com a Portaria nº II - orientar os órgãos e entidades do Poder Executivo federal
9, de 30 de março de 2015 e no uso de suas atribuições, resolve: quanto aos procedimentos referentes à utilização do e-SIC.
Art. 4º Compete aos órgãos e entidades do Poder Executivo federal:
Art. 1º Estabelecer os procedimentos de assinatura eletrônica e I - garantir o acesso à informação, resguardando, sob pena de
assinatura digital de documentos pelo Sistema Eletrônico de Informações - SEI responsabilização, nos termos do artigo 34 da Lei nº 12.527, de 2011:
no âmbito do Gabinete de Segurança Institucional - GSI, conforme definido a a) as informações pessoais relacionadas à pessoa natural
seguir: identificada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e
Art. 2º O uso de meio eletrônico na tramitação de documentos imagem;
ostensivos será admitido nos termos desta Portaria. b) as informações classificadas, nos termos dos arts. 23 e 24 da Lei
§ 1º Aplica-se o disposto nesta Portaria, de forma indistinta, aos nº 12.527, de 2011;
documentos eletrônicos produzidos pelo SEI, no âmbito do GSI. c) as informações referentes a projetos de pesquisa e
§ 2º Para o disposto nesta Portaria, consideram-se os seguintes desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à
termos e definições: segurança da sociedade e do Estado, na forma do §1º do art. 7º da Lei nº
I - meio eletrônico: qualquer forma de armazenamento ou tráfego 12.527, de 2011; e
de documentos e arquivos digitais; d) as hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal,
II - transmissão eletrônica: toda forma de comunicação à distância bancário, de operações e serviços no mercado de capitais, comercial,
com a utilização de redes de comunicação; e profissional, industrial e segredo de justiça, conforme inciso I do art.
III - assinatura eletrônica: é o registro realizado eletronicamente, 6º do Decreto nº 7.724, de 2012.
por usuário identificado de modo inequívoco com vistas a firmar documentos, II - garantir que todos os pedidos de acesso à informação
e se dará pelas seguintes formas: direcionados a seu órgão ou entidade, no ato de seu recebimento, sejam
a) assinatura digital: baseada em certificado digital emitido por registrados no e-SIC, bem como as respectivas respostas, os recursos, as
autoridade certificadora credenciada na Infraestrutura de Chaves Públicas reclamações e as decisões;
Brasileiras - ICP-Brasil; e III - disponibilizar acesso ao e-SIC em seus sítios eletrônicos;
b) assinatura cadastrada: mediante prévio credenciamento de IV - efetuar o cadastramento de seus Serviços de Informações ao
acesso de usuário, com fornecimento de login e senha. Cidadão junto à Controladoria-Geral da União e mantê-lo atualizado;
Art. 3º Os documentos eletrônicos produzidos, geridos e tramitados V - criar e administrar o perfil dos servidores cadastrados no e-
no âmbito do SEI terão garantia de autoria, autenticidade e integridade SIC, responsabilizando-se por sua atualização;
asseguradas, mediante utilização de assinatura eletrônica. VI - manter os dados e informações relativos ao cumprimento da
Parágrafo único. A assinatura digital e a assinatura cadastrada são legislação de acesso à informação atualizados no e-SIC, conforme orientações
de uso pessoal e intransferível, sendo de responsabilidade do titular sua guarda da Controladoria-Geral da União; e
e sigilo. VII - seguir as orientações quanto aos procedimentos referentes à
Art. 4º A prática de atos assinados eletronicamente importará na utilização do e-SIC emitidas pela Controladoria-Geral União.
aceitação das normas regulamentares sobre o assunto e da responsabilidade do Parágrafo único. As informações fornecidas pelos órgãos e
usuário pela utilização indevida de sua assinatura eletrônica. entidades são de sua responsabilidade exclusiva, não cabendo à
Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Controladoria-Geral da União, como gestora do e-SIC, a responsabilidade por
eventuais danos decorrentes de uso indevido, ainda que por terceiros não
JOSÉ ELITO CARVALHO SIQUEIRA autorizados.
Art. 5º Os casos omissos serão resolvidos pela Controladoria-Geral
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 31 de março de 2015] da União.
Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº-1.254, DE 18 DE MAIO DE 2015 VALDIR MOYSÉS SIMÃO
Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União
Institui o Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao NELSON BARBOSA
Cidadão (e-SIC) no âmbito do Poder Executivo federal. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão

O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CONTROLADORIA-GERAL DA [Diário Oficial da União, seção 1, de 19 de maio de 2015]
UNIÃO E O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO,
no uso das atribuições que lhes conferem o art. 87, parágrafo único, inciso II, da
Constituição, e o art. 69 do Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012, e tendo em
vista o disposto na Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, resolvem:

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MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PORTARIA INTERMINISTERIAL MJ/MP Nº 851, DE 03 DE JULHO DE 2015
MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 705, DE 22 DE JUNHO DE 2015 Altera a vigência da Portaria Interministerial n° 2.320, de
30 de dezembro de 2014, que institui o Sistema Protocolo
Altera a vigência e o Anexo da Portaria Interministerial nº 2.321, Integrado no âmbito dos órgãos e entidades da
de 30 de dezembro de 2014, que define os procedimentos relativos Administração Pública Federal.
à utilização do Número Único de Protocolo - NUP no âmbito dos
órgãos e entidades da Administração Pública Federal e dá outras OS MINISTROS DE ESTADO DA JUSTIÇA E DO PLANEJAMENTO,
providências. ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso das atribuições que lhes conferem o art. 87,
parágrafo único, inciso II, da Constituição, o Decreto n° 6.061, de 15 de março
OS MINISTROS DE ESTADO DA JUSTIÇA E DO PLANEJAMENTO, de 2007, e o Decreto n° 8.189, de 21 de janeiro de 2014, e tendo em vista o
ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso da atribuição que lhe confere o art. 87, disposto nos arts. 1°, 4° e 18 da Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, no
parágrafo único, inciso II, da Constituição, o Decreto nº 6.061, de 15 de março Decreto n° 1.094, de 23 de março de 1994, no Decreto n° 4.915, de 12 de
de 2007, e o Decreto nº 8.189, de 21 de janeiro de 2014, e tendo em vista o dezembro de 2003, e no Decreto n° 7.579, de 11 de outubro de 2011,
disposto nos arts. 1º, 4º e 18 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, no Decreto resolvem:
nº 1.094, de 23 de março de 1994, e no Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de Art. 1° O inciso II do art. 11 da Portaria Interministerial n° 2.320, de 30
2003, resolvem: de dezembro de 2014, passa a vigorar com a seguinte alteração:
Art. 1º O art. 8º da Portaria Interministerial nº 2.321, de 30 de " Art. 11......................................................... ..............................
dezembro de 2014, passa a vigorar com a seguinte alteração: I - ...........................................................................................
“Art. 8º Esta Portaria entra em vigor em 1º de janeiro de 2016.”(NR) II - em 1° de janeiro de 2016, para as demais disposições." (NR)
Art. 2º O Anexo da Portaria Interministerial nº 2.321, de 30 de
dezembro de 2014, que dispõe sobre o cálculo dos dígitos verificadores do Art. 2° Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Número Único de Protocolo - NUP, passa a vigorar conforme o Anexo a esta
Portaria. JOSÉ EDUARDO CARDOSO Ministro de Estado da Justiça
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. NELSON BARBOSA Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
JOSÉ EDUARDO CARDOZO
Ministro de Estado da Justiça [Diário Oficial da União, nº 126, seção 1, de 06 de julho de 2015]
NELSON BARBOSA
Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão
MINISTERIO DA SAÚDE
ANEXO FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
PORTARIA nº 28, DE 28 DE OUTUBRO DE 2015
CÁLCULO DOS DÍGITOS VERIFICADORES
O DIRETOR DA CASA DE OSWALDO CRUZ no uso de suas
atribuições e da competência que lhe confere a Portaria Fiocruz-PR no 1.178,
1. O cálculo dos dígitos verificadores do Número Único de Protocolo (NUP) de 25/09/2015, Considerando a Constituição da República Federativa do
deve ser efetuado pela aplicação do algoritmo Módulo 97 Base 10, conforme Brasil de 1988 no artigo 5o, incisos V, X e XXXIII; Considerando a Lei no 8.159,
Norma ISO 7064:2003, de acordo com a seguinte fórmula: de 08 de janeiro de 1991, nos artigos 1o, 6o e 25; Considerando a Lei no 12.527,
D1D0 = 98 – [(O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0 x 100) módulo 97] de 18 de novembro de 2011, nos artigos 31, caput e §2o, e 34; Considerando a
Portaria MS/GM no 2.376 de 15 de dezembro de 2003 no artigo 232, inciso I,
Onde: alíneas a) b) c) d) e e); Considerando a Portaria MS/GM no 1.583 de 19 de
a) D1D0 são os dígitos verificadores que compõem o NUP; julho de 2012, nos artigos 31, 32, inciso II, 33, inciso II, e 34 §4º; Considerando
b) O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0 é o número-base, que representa os o parecer no 20/2015/CCC/PF/FIOCRUZ/PGF/AGU da Procuradoria Federal
três primeiros grupos do NUP, conforme descrito no art. 5° desta Portaria; e junto à Fiocruz, de 13 de agosto de 2015 constante do processo
administrativo no 25067.000100/2015-87, resolve:
c) módulo é a operação “resto da divisão inteira”. 1. PROPÓSITO: Reconhecer a importância e autorizar o acesso às
2. O resultado da fórmula deve ser formatado em dois dígitos, incluindo-se um informações contidas nos prontuários de pacientes reunidos na Seção
zero à esquerda, se necessário, que são os dígitos verificadores e devem ser Hospital Evandro Chagas (atual Instituto Nacional de Infectologia Evandro
colocados ao final do número-base, formando-se o NUP. Chagas - INI) do Fundo Instituto Oswaldo Cruz, recolhidos ao Departamento
3. A validação da integridade do NUP deve ser realizada pela aplicação da de Arquivo e Documentação da Casa de Oswaldo Cruz, para a pesquisa
seguinte fórmula, cujo resultado deve ser igual a 1 (um): científica e a recuperação de fatos históricos de maior relevância;
2. OBJETIVO:Estabelecer procedimentos e responsabilidades para
O6O5O4O3O2O1O0S7S6S5S4S3S2S1S0A3A2A1A0D1D0 módulo 97 o acesso aos prontuários de pacientes.
4. Exemplos1 3.PROCEDIMENTOS PARA SOLICITAÇÃO DE ACESSO:
I – Dado o número-base 0008060.10000176/2016, os dígitos verificadores serão 3.1 - Para que seja autorizado o acesso aos prontuários objeto
calculados do seguinte modo: desta portaria deverá ser encaminhada solicitação de acesso contendo:
a) (0008060100001762016 x 100) ÷ 97. Resto = 40. 3.1.1) Qualificação completa do solicitante, nacionalidade, filiação,
b) 98 – 40 = 58. Logo, os dígitos verificadores serão 5 e 8. data de nascimento, identidade, CPF, endereços particular e profissional;
3.1.2) A descrição exata do que deseja acessar;
c) O número-base dado como exemplo será acrescido dos dígitos verificadores,
formando-se o NUP 0008060.10000176/2016-58. 3.1.3) A finalidade do acesso as informações desejadas, ou seja, o
uso que será dispensado a essas informações;
II – Dado o número-base 0003517.00000862/2016, os dígitos verificadores serão
calculados do seguinte modo: 3.1.4) Esclarecimento do porquê essas informações são necessárias
para se alcançar a finalidade indicada;
a) (0003517000008622016 x 100) ÷ 97. Resto = 92.
3.1.5) O tempo estimado para finalizar a pesquisa no acervo.
b) 98 – 92 = 6.
3.2 - A solicitação deverá ser acompanhada de um Termo de
c) Após formatação do resultado em dois dígitos, incluindo-se o zero à Compromisso e Responsabilidade no qual o solicitante assume o
esquerda, os dígitos verificadores serão 0 e 6. compromisso de:
d) O número-base dado como exemplo será acrescido dos dígitos verificadores, 3.2.1) Submeter-se a todas as exigências, procedimentos e regras
formando-se o NUP 0003517.00000862/2016-06. definidas pela Casa de Oswaldo Cruz para acesso aos documentos de seu
1 Os NUPs constantes deste Anexo são exemplificativos e fictícios. arquivo;
(*) Republicada por ter saído no DOU de 23-6-2015, Seção 1, pág. 53, com 3.2.2) Utilizar as informações acessadas exclusivamente para os
incorreção no original. fins indicados no Termo de Compromisso e Responsabilidade;
3.2.3) Não reproduzir, divulgar ou compartilhar informações que
[Diário Oficial da União, de 26 de junho de 2015, pg. 22, seção 1] permitam identificar a pessoa, titular dos dados acessados que constem nos
prontuários.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


155
3.2.3.1) Quando houver necessidade de individualização da RESOLVE:
informação o solicitante deverá fazê-lo de maneira que se torne impossível a
identificação de seu titular; Art. 1º Estabelecer nos anexos a esta Portaria, os procedimentos
para transferência ou recolhimento para o Arquivo Nacional de acervos
3.2.4) Citar o acervo como fonte;
arquivísticos públicos, em qualquer suporte, pelos órgãos e entidades do
3.2.5) Entregar ao Departamento de Arquivo e Documentação um Poder Executivo Federal.
extrato da versão final do trabalho com todas as indicações e usos das § 1º. Os anexos referidos no caput deste artigo encontram-se
informações acessadas, e disponíveis, para consultas e cópias, no sítio eletrônico do Sistema de Gestão
3.2.6) Assumir a responsabilidade pelos resultados danosos que por de Documentos de Arquivo - SIGA, da administração pública federal:
ação ou omissão resultem do acesso às informações indicadas. www.siga.arquivonacional.gov.br
3.3 - A Solicitação de Acesso, datada e assinada deverá ser entregue § 2º As atualizações dos Anexos referidos no parágrafo anterior
serão igualmente publicadas no sítio eletrônico:
em 01 via original ao Departamento de Arquivo e Documentação da Casa de
www.siga.arquivonacional.gov.br.
Oswaldo Cruz instruída com: Art. 2º Para fins desta Portaria consideram-se:
3.3.1) Termo de Compromisso e Responsabilidade; I - Transferência: passagem dos documentos produzidos e
3.3.2) Declaração da instituição de pesquisa ou Programa de Pós- recebidos pelos órgãos ou entidades do Poder Executivo Federal, de seus
Graduação a que o solicitante esteja vinculado; arquivos correntes (ou setoriais) para o arquivo intermediário, com guarda
3.3.3) Cópia do projeto de pesquisa; temporária no Arquivo Nacional, em sistema de parceria, assegurado a estes
3.3.4) Cópia do documento de identidade e do CPF; o direito de acesso e consulta, inclusive sob a forma de empréstimo, por meio
de solicitação formal ao Arquivo Nacional. A consulta de terceiros,
3.3.5) Cópia do parecer com decisão favorável emitido por um
excetuando-se os casos previstos em lei, somente será permitida mediante
Comitê de Ética em Pesquisa no que lhe compete. expressa autorização do órgão ou entidade transferidor (a)
3.4 - A solicitação deverá ser protocolada no DAD/COC/FIOCRUZ e II - Recolhimento: passagem para a guarda permanente no
será encaminhada para despacho do Diretor da COC/FIOCRUZ Arquivo Nacional de documentos produzidos e recebidos por órgãos ou
3.4.1) Em caso de deferimento, o solicitante será encaminhado para entidades do Poder Executivo Federal, sendo assegurado ao Arquivo Nacional
a sala de consulta do DAD/COC/FIOCRUZ onde tomará conhecimento das promover o acesso, a divulgação e a publicação de quaisquer documentos do
regras e procedimentos para consulta aos documentos. acervo recolhido. Exceto nos casos estabelecidos em lei e em acordos
firmados entre organizações nacionais e internacionais será autorizado o
4. DO PEDIDO DE RECURSO empréstimo de originais.
4.1) Em caso de indeferimento, o solicitante poderá interpor recurso Art. 3º O Arquivo Nacional do Ministério da Justiça poderá,
para decisão do Presidente da FIOCRUZ, que analisará o cumprimento das expedir orientações complementares aos dispositivos desta Portaria e
exigências desta portaria e os motivos da decisão denegatória do Diretor da promover atualizações dos Anexos.
COC/FIOCRUZ para uma decisão final. Art. 4º - Os casos omissos serão dirimidos por acordo entre as
5. DOS CASOS OMISSOS Os casos omissos nesta Portaria serão partes.
Art. 5º - Revoga-se a Instrução Normativa AN Nº 1, de 18 de abril
resolvidos pelo Presidente da Fiocruz. A Portaria na íntegra e seus anexos
de 1997.
(Modelo de solicitação de acesso e Modelo de Termo de Compromisso e Art. 6º - Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Responsabilidade) estão disponíveis no
link:http://www.coc.fiocruz.br/index.php/patrimonio-cultural/acervo- JAIME ANTUNES DA SILVA
arquivistico
6.VIGÊNCIA: A presente portaria tem vigência a partir da data de sua [Diário Oficial da União, nº 2, seção 1, p. 91, de 05 de janeiro de 2016]
publicação.
PAULO ROBERTO ELIAN DOS SANTOS
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA
[Diário Oficial da União, seção 1, de 16 de novembro de 2015] MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO
GABINETE DO MINISTRO
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 1, DE 12 DE JANEIRO DE 2017
ARQUIVO NACIONAL
Portaria AN nº 252, de 30 de dezembro de 2015 Dispõe sobre procedimentos para a elaboração e a
publicação dos relatórios circunstanciados, previstos no
Estabelece os procedimentos para transferência ou art. 120 da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, sobre a
recolhimento de acervos arquivísticos públicos, em situação de acessibilidade em sítios, portais, sistemas e
qualquer suporte, pelos órgãos e entidades do Poder serviços mantidos na internet pelos órgãos do governo
Executivo Federal para o Arquivo Nacional. pertencentes à Administração Pública Federal e as
devidas providências a serem adotadas para melhoria da
O DIRETOR-GERAL DO ARQUIVO NACIONAL, no uso de suas acessibilidade desses ambientes digitais.
atribuições e com fundamento no Art. 22, do Regimento Interno do Arquivo
Nacional, aprovado pela Portaria nº 2.433, do Ministério da Justiça, de 24 de OS MINISTROS DE ESTADO DA JUSTIÇA E CIDADANIA E DO
outubro de 2011, publicada no Diário Oficial da União de 25 de outubro de 2011, PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO, Interino, no uso de suas
e atribuições previstas no art. 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição,
Considerando a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que trata da resolvem
política nacional de arquivos públicos e privados, Considerando o disposto no Art. 1º Ficam estabelecidos os procedimentos para a elaboração e
art. 19 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que trata da entrada de a publicação dos relatórios circunstanciados sobre a situação de
documentos arquivísticos públicos de âmbito federal no Arquivo Nacional, acessibilidade em sítios, portais, sistemas e serviços mantidos na internet
Considerando a Resolução nº 2 do Conselho Nacional de Arquivos - pelos órgãos do governo pertencentes à Administração Pública Federal, bem
CONARQ, de 18 de outubro de 1995, que dispõe sobre as medidas a serem como os procedimentos que deverão ser adotados para melhoria da
observadas na transferência ou no recolhimento de acervos documentais para acessibilidade desses ambientes digitais.
instituições arquivísticas públicas, e Art. 2º Para os fins desta Portaria, consideram-se:
Considerando a Resolução nº 24 do Conselho Nacional de Arquivos - I - ambientes digitais: sítios, portais, sistemas e serviços
CONARQ, de 3 de agosto de 2006, que estabelece diretrizes para a transferência eletrônicos disponibilizados na internet;
e recolhimento de documentos arquivísticos digitais para instituições II - formulário eletrônico de acessibilidade digital: formulário
arquivísticas públicas, eletrônico elaborado para colher informações padronizadas sobre a situação
Considerando a Resolução nº 39 do Conselho Nacional de Arquivos - da acessibilidade nos ambientes digitais;
CONARQ, de 29 de abril de 2014, que estabelece diretrizes para a III - sítio institucional: ambiente digital que abriga as informações
implementação de repositórios arquivísticos digitais confiáveis para o da instituição;
arquivamento e manutenção de documentos arquivísticos digitais em suas IV - diretrizes de acessibilidade: instruções sobre as melhores
fases corrente, intermediária e permanente, dos órgãos e entidades integrantes práticas no desenvolvimento e na construção do conteúdo de ambientes
do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. [Redação dada pela Resolução nº 43 digitais relacionadas à acessibilidade;
de 4 de setembro de 2015],

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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V - conformidade com as diretrizes de acessibilidade: atendimento a § 2º As matérias só serão deliberadas com o quorum mínimo de
todas as diretrizes de acessibilidade aplicáveis a um respectivo ambiente digital; cinco dos sete componentes, e aprovadas quando obtiverem, no mínimo, os
e votos de maioria simples.
VI - Relatório de Gestão: relatório anual apresentado aos órgãos de Art. 4º Caberá ao titular da Coordenação de Tecnologia da
controle interno e externo como prestação de contas, a que uma unidade está Informação, a coordenação do Comitê.
obrigada, nos termos do art. 70 da Constituição Federal, elaborado de acordo Art. 5º A Coordenação-Geral de Administração proverá o apoio
com as disposições da Instrução Normativa - TCU nº 63, de 1º de setembro de administrativo necessário ao funcionamento do Comitê. Art.
2010, do Tribunal de Contas da União. 6º A Coordenação de Tecnologia da Informação proverá o apoio
(...) técnico necessário ao funcionamento do Comitê.
Art. 7º O Comitê Gestor de Tecnologia da Informação poderá
ALEXANDRE DE MORAES convidar para participar das reuniões, sem direito a voto, representante(s)
Ministro de Estado da Justiça e Cidadania de entidade(s) pública(s) e privada(s), a fim de colaborar na execução dos
DYOGO HENRIQUE DE OLIVEIRA trabalhos.
Ministro de Estado do Planejamento Desenvolvimento e Gestão, Interino Art. 8º O Diretor-Geral poderá criar grupos de trabalho e
subcomitês para auxiliar o Comitê Gestor de Tecnologia da Informação em
[Texto integral em: suas decisões.
<http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina Art. 9º As decisões emanadas do Comitê serão submetidas ao
=27&data=13/01/2017>] Diretor-Geral para referendo e serão publicadas em boletim interno.
Art. 10 A periodicidade das reuniões e o funcionamento do Comitê
[Diário Oficial da União, de 13 de janeiro de 2017, seção 1] Gestor de Tecnologia da Informação serão definidos pelo próprio Comitê.
Art. 11 A atuação no âmbito do Comitê Gestor de Tecnologia da
MINISTERIO DA JUSTIÇA E CIDADANIA Informação não enseja qualquer remuneração.
ARQUIVO NACIONAL Art. 12 As despesas com viagens e estada dos membros do Comitê
PORTARIA Nº 8, DE 12 DE JANEIRO DE 2017 serão custeadas pelo Arquivo Nacional.
Art. 13 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
O DIRETOR-GERAL DO ARQUIVO NACIONAL, no uso de suas Art. 14 Fica revogada a Portaria nº 144, de 21 de dezembro de 2010,
atribuições e com fundamento no Art. 22, do Regimento Interno do Arquivo publicada no Diário Oficial da União nº 245, Seção 1, de 23 de dezembro de
Nacional, aprovado pela Portaria nº 2.433, do Ministério da Justiça, de 24 de 2010.
outubro de 2011, publicada no Diário Oficial da União de 25 de outubro de 2011. JOSÉ RICARDO MARQUES
CONSIDERANDO o Decreto nº 7.579 de 11 de novembro de 2011, que
dispõe sobre Sistema de Administração de Recursos de Informação e [Diário Oficial da União, de 13 de janeiro de 2017, seção1]
Informática da Administração Pública Federal (SISP)
CONSIDERANDO a orientação da Instrução Normativa nº 04 de 12 de
novembro de 2010, da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, que MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de Tecnologia da GABINETE DO MINISTRO
Informação pelos órgãos integrantes do Sistema de Administração dos PORTARIA Nº 330, DE 5 DE ABRIL DE 2018
Recursos de Informação e Informática (SISP) do Poder Executivo Federal,
resolve: Dispõe sobre a emissão de diplomas em
Art. 1° Instituir o Comitê Gestor de Tecnologia da Informação formato digital nas instituições de ensino
(COGESTI), com a finalidade de formular a política de Tecnologia da Informação superior pertencentes ao sistema federal de
no âmbito do Arquivo Nacional. ensino.
Art. 2° O Comitê Gestor de Tecnologia da Informação terá as
seguintes competências: O MINISTRO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso das atribuições
I - estabelecer a política e as diretrizes de Tecnologia da Informação que lhe confere o art. 87, parágrafo único, incisos I e II, da Constituição, em
para a melhoria contínua da gestão das pesquisas, estudos e serviços, em observância ao art. 6º da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com
alinhamento à missão, às estratégias e às metas do Arquivo Nacional; redação dada pela Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, bem como o
II - propor ao Diretor-Geral o plano de metas de Tecnologia da disposto nos arts. 9º e 16 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, resolve:
Informação de forma alinhada ao planejamento estratégico do Arquivo Art. 1º Fica instituído o Diploma Digital no âmbito das instituições
Nacional; de ensino superior, públicas e privadas, pertencentes ao sistema federal de
III - analisar e acompanhar a execução do plano de metas de ensino.
Tecnologia da Informação; § 1º O Diploma Digital abrange o registro e o respectivo histórico
IV - analisar e aprovar o plano de ações e de investimentos em escolar.
Tecnologia da Informação; § 2º A emissão do Diploma Digital fica restrita às instituições que
V - acompanhar, supervisionar e priorizar a contratação de bens e dispõem da prerrogativa para emissão e registro de diploma conforme os
de serviços de Tecnologia da Informação; arts. 48, § 1º; 53, inciso VI; e 54, § 2º, da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
VI - propor ao Diretor-Geral o Plano Diretor de Tecnologia da 1996, e de acordo com o Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017, e a
Informação - PDTI, observadas as diretrizes estabelecidas na Política de Resolução CNE/CES nº 12, de 13 de dezembro de 2007.
Tecnologia da Informação definidas pela SLTI no âmbito do SISP e as diretrizes Art. 2º A adoção do meio digital para expedição de diplomas e
estabelecidas pelo Comitê Executivo do Governo Eletrônico, respeitadas as documentos acadêmicos deverá atender as diretrizes de certificação digital
peculiaridades técnicas e funcionais do Arquivo Nacional; do padrão da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil,
VII - elaborar o Regimento Interno do Comitê de Tecnologia da disciplinado em lei, normatizado e fixado pelo Instituto Nacional de
Informação; Tecnologia da Informação - ITI, para garantir autenticidade, integridade,
Art. 3° O Comitê Gestor de Tecnologia da Informação será confiabilidade, disponibilidade, rastreabilidade e validade jurídica e nacional
constituído pelo titular da Coordenação de Tecnologia da Informação (COTIN) e dos documentos emitidos.
pelos representantes das seguintes unidades: Art. 3º Os procedimentos gerais para emissão de documentos por
I - Coordenação-Geral de Gestão de Documentos (COGED); meio digital e para a expedição e o registro de diplomas digitais serão
II - Coordenação-Geral de Processamento e Preservação do Acervo regulamentados em ato específico do Ministério da Educação.
(COPRA); Art. 4º As instituições de ensino superior terão vinte e quatro
III - Coordenação-Geral de Acesso e Difusão Documental (COACE); meses para implementar o Diploma Digital após a data de publicação do
IV - Coordenação-Geral de Administração (COAD); regulamento previsto no art. 3º.
V - Coordenação Regional no Distrito Federal (COREG); Art. 5º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
VI - Gerência do Sistema de Informações do Arquivo Nacional (SIAN); MENDONÇA FILHO
e (Diário Oficial da União, de 06.de abril de 2018]
VII - Assessoria de Planejamento e Modernização da Direção-Geral
do Arquivo Nacional (ASPLAM). MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO
§ 1º Para cada um dos representantes, deverá haver um suplente GABINETE DO MINISTRO
formalmente designado. PORTARIA Nº 443, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018

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Estabelece os serviços que serão preferencialmente Número Único de Protocolo - NUP no âmbito dos órgãos e
objeto de execução indireta, em atendimento ao entidades da Administração Pública federal direta,
disposto no art. 2º do Decreto nº 9.507, de 21 de autárquica e fundacional.
setembro de 2018. [Ver em http://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-interministerial-n-11-
de-25-de-novembro-de-2019-229645093]
O MINISTRO DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, DESENVOLVIMENTO E GESTÃO,
no uso das atribuições que lhe conferem o art. 87, parágrafo único, inciso II e IV,
da Constituição Federal, e o Decreto nº 9.035, de 20 de abril de 2017, e MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
considerando o disposto no art. 2º do Decreto nº 9.507, de 21 de setembro de ARQUIVO NACIONAL
2018, resolve: PORTARIA Nº 47, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020
Art. 1º No âmbito da administração pública federal direta,
autárquica e fundacional, serão preferencialmente objeto de execução indireta, Dispõe sobre o Código de Classificação e Tabela de
dentre outros, os seguintes serviços: Temporalidade e Destinação de Documentos
I - alimentação; relativos às atividades-meio do Poder Executivo
II - armazenamento; Federal.
III - atividades técnicas auxiliares de arquivo e biblioteconomia;
IV - atividades técnicas auxiliares de laboratório; A DIRETORA-GERAL DO ARQUIVO NACIONAL, com fundamento
V - carregamento e descarregamento de materiais e equipamentos; nos incisos II e III do art.4º do Decreto nº 4.915, de 12 de dezembro de 2003;
VI - comunicação social, incluindo jornalismo, publicidade, relações no Decreto nº 10.148 de 2 de dezembro de 2019; no artigo 22 da Portaria nº
públicas e cerimonial, diagramação, design gráfico, webdesign, edição, 2.433, de 24 de outubro de 2011; e nas informações constantes do processo
editoração e atividades afins; SEI nº 08227.000222/2020-31, resolve:
VII - conservação e jardinagem; Art. 1º Aprovar o Código de Classificação e Tabela de
VIII - copeiragem; Temporalidade e Destinação de Documentos relativos às atividades-meio do
IX - cultivo, extração ou exploração rural, agrícola ou agropecuária; Poder Executivo Federal a ser adotado nos órgãos e entidades integrantes do
X - elaboração de projetos de arquitetura e engenharia e Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da Administração Pública
acompanhamento de execução de obras; Federal - Siga.
XI - geomensuração; § 1º A subclasse 080 - Pessoal Militar, passa a integrar o Código de
XII - georeferenciamento; Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos
XIII - instalação, operação e manutenção de máquinas e relativos às atividades-meio do Poder Executivo Federal, para uso no âmbito
equipamentos, incluindo os de captação, tratamento e transmissão de áudio, do Ministério da Defesa, nos Comandos Militares e nas organizações que os
vídeo e imagens; integram.
XIV - limpeza; § 2º O Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e
XV - manutenção de prédios e instalações, incluindo montagem, Destinação de Documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo
desmontagem, manutenção, recuperação e pequenas produções de bens Federal aprovado será publicado no sítio eletrônico do Siga:
móveis; www.siga.arquivonacional.gov.br.
XVI - mensageria; Art. 2º Os órgãos setoriais e seccionais do Siga deverão coordenar
XVII - monitoria de atividades de visitação e de interação com a aplicação do Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e
público em parques, museus e demais órgãos e entidades da Administração Destinação de Documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo
Pública federal; Federal, no seu âmbito de atuação.
XVIII - recepção, incluindo recepcionistas com habilidade de se Parágrafo único. Compete aos órgãos e entidades integrantes do
comunicar na Linguagem Brasileira de Sinais - Libras; Siga, por meio de suas respectivas Comissões Permanentes de Avaliação de
XIX - reprografia, plotagem, digitalização e atividades afins; Documentos de que trata o art. 9º do Decreto nº 10.148, de 2 de dezembro de
XX - secretariado, incluindo o secretariado executivo; 2019:
XXI - segurança, vigilância patrimonial e brigada de incêndio; I - orientar as unidades administrativas do seu órgão ou entidade
XXII - serviços de escritório e atividades auxiliares de apoio à gestão na aplicação do Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e
de documentação, incluindo manuseio, digitação ou digitalização de Destinação de Documentos das atividades-meio do Poder Executivo Federal;
documentos e a tramitação de processos em meios físicos ou eletrônicos II - analisar, avaliar e selecionar o conjunto de documentos
(sistemas de protocolo eletrônico); produzidos e acumulados em decorrência das atividades do seu respectivo
XXIII - serviços de tecnologia da informação e prestação de serviços órgão ou entidade, de acordo com código de classificação, mantendo-os pelos
de informação; prazos de guarda e a destinação final definidos na tabela de temporalidade e
XXIV - teleatendimento; destinação de documentos.
XXV - telecomunicações; Art. 3º A eliminação de documentos produzidos e recebidos por
XXVI - tradução, inclusive tradução e interpretação de Língua órgãos e entidades da administração pública federal será realizada de acordo
Brasileira de Sinais (Libras); com o estabelecido no art. 10 do Decreto nº 10.148, de 2019, com a Resolução
XXVII - degravação; nº 40, de 9 de dezembro de 2014 e suas alterações, do Conselho Nacional de
XXVIII - transportes; Arquivos (CONARQ), que dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de
XXIX - tratamento de animais; documentos no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do Poder Público,
XXX - visitação domiciliar e comunitária para execução de bem como orientações expedidas no âmbito do Siga.
atividades relacionadas a programas e projetos públicos, em áreas urbanas ou Art. 4º Os órgãos setoriais do Siga deverão monitorar a elaboração
rurais; de Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de
XXXI - monitoria de inclusão e acessibilidade; e Documentos relativos às atividades-fim dos órgãos e entidades no seu âmbito
XXXII - certificação de produtos e serviços, respeitado o contido no de atuação e de seus seccionais.
art. 3º, § 2º do Decreto nº 9.507, de 2018. Parágrafo único. Compete à Comissão Permanente de Avaliação
Parágrafo único. Outras atividades que não estejam contempladas de Documentos elaborar os Códigos de Classificação e Tabelas de
na presente lista poderão ser passíveis de execução indireta, desde que Temporalidade e Destinação de Documentos relativos às atividades-fim de
atendidas as vedações constantes no Decreto nº 9.507, de 2018. seu respectivo órgão ou entidade e submetê-lo à aprovação do Arquivo
Art. 2º Cabe ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Nacional.
Gestão expedir normas complementares ao cumprimento do disposto nesta Art. 5º O Arquivo Nacional, com o apoio da Comissão de
Portaria. Coordenação do Siga, realizará, sempre que necessário, a atualização do
Art. 3º Fica revogada a Portaria nº 409, de 21 de dezembro de 2016. Código de Classificação e Tabela de Temporalidade e Destinação de
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor em 22 de janeiro de 2019. Documentos relativos às atividades-meio do Poder Executivo Federal.
Art. 6 º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
ESTEVES PEDRO COLNAGO JUNIOR
[Diário Oficial da União, de 28 de dezembro de 2018] NEIDE ALVES DIAS DE SORDI

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA [Diário Oficial da União, seção 1, de 20 de fevereiro de 2020]
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 11, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2019
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Dispõe sobre os procedimentos relativos à utilização do SECRETARIA-GERAL

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


158
SECRETARIA ESPECIAL DE ADMINISTRAÇÃO Dispõe sobre a aprovação de planos de destinação
PORTARIA Nº 33, DE 8 DE MAIO DE 2020 de documentos pelo Arquivo Nacional.

Institui a Subcomissão de Coordenação do


Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos da A DIRETORA-GERAL DO ARQUIVO NACIONAL, no uso das
Presidência da República. atribuições que lhe confere o Art. 22, do Regimento Interno do Arquivo
Nacional, aprovado pela Portaria nº 2.433, do Ministério da Justiça, de 24 de
O SECRETÁRIO ESPECIAL DE ADMINISTRAÇÃODA SECRETARIA- outubro de 2011, publicada no Diário Oficial da União, de 25 de outubro de
GERAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere 2011, com fundamento no §2º do art. 2º da Resolução CONARQ nº 40, de 9 de
o art. 17 do Anexo I ao Decreto nº 9.982, de 20 de agosto de 2019 e, tendo em dezembro de 2014, alterada pela Resolução CONARQ nº 44, de 14 de fevereiro
vista do disposto no art. 6º do Decreto nº 10.148, de 2 de dezembro de 2019, de 2020 , e considerando o que consta do processo nº 08227.000971/2020-69,
resolve: resolve:
Art. 1º Fica instituída a Subcomissão de Coordenação do Sistema de Art. 1º Estabelecer orientações aos órgãos e às entidades do Poder
Gestão de Documentos e Arquivos da Presidência da República, à qual compete: Executivo Federal quanto aos procedimentos para a identificação e a
I - propor as modificações necessárias ao aprimoramento dos submissão de conjuntos documentais à autorização excepcional de
mecanismos de gestão de documentos e arquivos à Comissão de Coordenação eliminação pelo Arquivo Nacional, conforme disposto no §2º do art. 2º da
do Siga; Resolução CONARQ nº 40, de 9 de dezembro de 2014 e suas alterações.
Parágrafo único. A autorização de que trata o caput dar-se-á
II - avaliar a aplicação das normas e seus resultados no âmbito
mediante a aprovação, pelo Arquivo Nacional, de Plano de Destinação de
setorial e seccional e propor os ajustes necessários; com vistas à modernização
Documentos, e somente na hipótese dos conjuntos documentais não
e ao aprimoramento do Siga; e
constarem em Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos.
III - implementar, coordenar e controlar as atividades de gestão de
Art. 2º Para fins do disposto nesta Portaria considera-se:
documentos e arquivos nos âmbitos setorial e seccional. I - Plano de Destinação de Documentos - esquema no qual se fixa a
Art. 2º A Subcomissão de Coordenação do Sistema de Gestão de destinação dos documentos que não constem de Tabela de Temporalidade e
Documentos e Arquivos da Presidência da República será composta: Destinação de Documentos, elaborado por Comissão Permanente de
I - como órgão setorial: Secretaria Especial de Administração da Avaliação de Documentos (CPAD) a ser submetido à autorização do Arquivo
Secretaria-Geral da Presidência da República, cujo representante a presidirá; e Nacional para fins de eliminação;
II - como órgãos seccionais, com os seguintes representantes: II - Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos -
a) da Agência Brasileira de Inteligência, vinculada ao Gabinete de Instrumento de destinação que determina prazos e condições de guarda
Segurança Institucional; tendo em vista a transferência, recolhimento, descarte ou eliminação de
b) da Empresa Brasil de Comunicação, vinculada à Secretaria de documentos, elaborada pela Comissão Permanente de Avaliação de
Governo, por intermédio da Secretaria Especial de Comunicação Social; Documentos (CPAD) do órgão ou entidade e aprovada pelo Arquivo Nacional;
c) da Imprensa Nacional, vinculada à Secretaria-Geral; e III - Destinação - decisão, com base na avaliação, quanto ao
d) do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação, vinculado à encaminhamento de documentos para guarda permanente, descarte ou
Casa Civil. eliminação;
§ 1º Cada membro da Subcomissão terá um suplente, que o IV - Eliminação- destruição de documentos que, na avaliação,
substituirá em suas ausências e seus impedimentos. foram considerados sem valor permanente; e
§ 2º Os representantes e seus suplentes serão indicados pelos V - Valor Secundário - valor atribuído a um documento em função
titulares dos órgãos e entidades que representam, dentre os servidores que do interesse que possa ter para o órgão ou entidade e outros usuários, tendo
desempenham atividades relacionadas ao Siga, e designados pelo Secretário em vista sua utilidade para fins diferentes daqueles para os quais foi,
Especial de Administração da Secretaria-Geral da Presidência da República. originalmente, produzido.
§ 3º Os representantes deverão ser cientificados, expressamente, da Art. 3º Os Planos de Destinação de Documentos aplicam-se
indicação e das respectivas atribuições, antes de sua designação. somente aos conjuntos documentais cuja destinação final seja a eliminação.
Art. 3º A Subcomissão de Coordenação do Sistema de Gestão de Art. 4º Poderão ser objeto de Planos de Destinação de Documentos
Documentos e Arquivos da Presidência da República se reunirá em caráter os conjuntos documentais que não constem de Tabela de Temporalidade e
ordinário semestralmente e em caráter extraordinário sempre que convocada Destinação de Documentos relativa às atividades-meio ou às atividades-fim
por seu Presidente ou por solicitação de dois terços dos membros. do órgão ou entidade e atendam a uma das seguintes condições:
Parágrafo único. O quórum de reunião da Subcomissão é de um I - não possuem valor secundário e, o volume acumulado e
terço de seus membros e o quórum de aprovação é de maioria simples. produzido pelo órgão ou entidade é grande em relação ao contexto
Art. 4º A Coordenação de Documentação da Diretoria de Recursos arquivístico do órgão ou entidade; ou
Logísticos da Secretaria Especial de Administração da Secretaria-Geral da II - não possuem valor secundário e não são mais produzidos pelo
Presidência da República exercerá a função de Secretaria-Executiva da órgão ou entidade.
Subcomissão de Coordenação do Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos Art. 5º Os Planos de Destinação de Documentos a serem
submetidos à aprovação do Arquivo Nacional deverão conter, no mínimo, os
da Presidência da República.
seguintes elementos:
Art. 5º A Subcomissão de Coordenação do Sistema de Gestão de
I - Identificação do Órgão ou Entidade responsável pelo
Documentos e Arquivos da Presidência da República poderá instituir grupos
encaminhamento da proposta de Plano de Destinação de Documentos;
técnicos para auxiliar nos trabalhos de competência da Subcomissão.
II - Nome do conjunto documental;
Art. 6º A participação na Subcomissão de Coordenação do Sistema de III - Identificação do(s) Órgão(s) ou Entidade(s) produtor(es) do
Gestão de Documentos e Arquivos da Presidência da República será conjunto documental;
considerada prestação de serviço público relevante, não remunerada. IV - História Administrativa do(s) produtor(es) do conjunto
Art. 7º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. documental;
V - História Arquivística da produção e da acumulação do
CLOVIS FELIX CURADO JUNIOR conjunto documental;
VI - Datas-limite do conjunto documental;
[Diário Oficial da União, seção 1, de 18 de maio de 2020] VII - Mensuração ou quantificação e suporte do conjunto
documental;
MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES VIII - Gênero, espécie e tipo do conjunto documental;
PORTARIA Nº 484, DE 28 DE AGOSTO DE 2020 IX - Justificativa para a eliminação que comprove a inexistência
Aprova o Manual de Migração que trata da transferência do conteúdo dos de valor secundário, inclusive com referência a frequência de uso;
portais do Governo federal para o novo Portal Institucional denominado Gov.Br X - Indicação de que os documentos não constem de Tabela de
Temporalidade e Destinação de Documentos relativa às atividades-meio ou a
[Diário Oficial da União, seção 1, de 17 de setembro de 2020] atividades-fim aprovada pelo Arquivo Nacional;
XI - Indicação do estágio de elaboração da Tabela de
<https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-484-de-28-de-agosto-de-2020- Temporalidade e Destinação de Documentos relativa às atividades-fim do
277907183> órgão ou da entidade;
XII - Aprovação do Plano de Destinação de Documentos pela
Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CPAD);
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA XIII - Aprovação do Plano de Destinação de Documentos pelo
ARQUIVO NACIONAL titular do órgão ou entidade antes do envio ao Arquivo Nacional para
PORTARIA Nº 272, DE 9 DE NOVEMBRO DE 2020 autorização final; e
XIV - Outras informações julgadas importantes e necessárias para

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159
a autorização da eliminação dos conjuntos documentais. diretamente no documento, de elemento de verificação
Art. 6º Compete às Comissões Permanentes de Avaliação de ou de afirmação por parte de pessoa investida de
Documentos, incorporar os estudos e informações que resultaram nos Planos autoridade para tal;
de Destinação de Documentos de conjuntos documentais, ainda produzidos V. avaliação de documentos de arquivo: processo de
pelos órgãos ou entidades, ao processo de elaboração ou atualização dos seus análise de documentos de arquivo que estabelece os
respectivos Códigos de Classificação de Documentos e das Tabelas de prazos de guarda e a destinação, de acordo com os
Temporalidade e Destinação de Documentos, a serem submetidos à aprovação valores que lhes são atribuídos;
do Arquivo Nacional. VI. captura para o SEI: conjunto de operações que visam ao
Art. 7º Aplicam-se aos Planos de Destinação de Documentos a registro, à classificação, à atribuição de informações
mesma efetividade aplicada às Tabelas de Temporalidade e Destinação de estruturadas e codificadas e à anexação de documento
Documentos de Arquivo aprovadas pelo Arquivo Nacional, no que diz respeito arquivístico digital no SEI;
aos procedimentos de eliminação de documentos. VII. credencial de acesso SEI: credencial gerada no âmbito
Art. 8º Os casos omissos serão resolvidos pela Direção-Geral do do SEI, que permite ao usuário atuar sobre processos
Arquivo Nacional que poderá expedir normas complementares para a execução com nível de acesso Sigiloso;
do disposto nesta Portaria. VIII. credenciamento de acesso: habilitação de interessado
Art. 9º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. para uso do SEI, após aprovação de cadastro e análise
da documentação, nos termos desta Portaria;
NEIDE ALVES DIAS DE SORDI
IX. código CRC (Cyclic Redundancy Check): código que
garante a autenticidade de um documento assinado
[Diário Oficial da União, de 12 de novembro de 2020 ]
eletronicamente no SEI, constante em sua declaração
de autenticidade;
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO X. código de classificação de documentos de arquivo ou
FUNDAÇÃO COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL plano de classificação de documentos de arquivo:
SUPERIOR instrumento de trabalho utilizado para classificar por
assunto/função todo e qualquer documento produzido
PORTARIA Nº 6, DE 8 DE JANEIRO DE 2021 ou recebido, com o objetivo de agrupar os documentos
sob um mesmo tema, função ou objeto, como forma de
Consolidação das normas de gestão de documentos e arquivos da agilizar sua recuperação e facilitar as tarefas
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. arquivísticas relacionadas à avaliação, seleção,
eliminação, transferência, recolhimento e acesso a
O PRESIDENTE DA COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE esses documentos;
PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR - CAPES, no uso das atribuições que lhe são XI. detentor do processo eletrônico: unidade(s) na(s)
conferidas pelo inciso II e IX do artigo 26, do Estatuto aprovado pelo Decreto nº qual(is) o processo está aberto e passível de inserção de
8.977, de 30 de janeiro de 2017, resolve: novos documentos;
XII. documento arquivístico ou documento de arquivo:
Art. 1º Esta Portaria consolida a disciplina normativa da gestão de aquele produzido e recebido por órgãos e entidades da
documentos e arquivos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Administração Pública Federal, em decorrência do
Nível Superior - CAPES. exercício de funções e atividades específicas, qualquer
que seja o suporte da informação ou a natureza dos
CAPÍTULO I documentos;
DOS OBJETIVOS XIII. documento arquivístico digital: é o documento arqui-
vístico armazenado sob a forma eletrônica e codificado
Art. 2º São objetivos da gestão de documentos e arquivos na CAPES: em dígitos binários, podendo ser:
a) nato digital: produzido e finalizado
I. garantir a produção, manutenção e preservação de originariamente em meio eletrônico; e,
documentos arquivísticos confiáveis, autênticos, acessíveis e b) digitalizado: obtido a partir da conversão de
compreensíveis; um documento em meio físico não digital,
II. integrar e coordenar as atividades de gestão de gerando uma fiel representação em código
documentos e arquivo desenvolvidas pelas unidades da CAPES; digital;
III. favorecer a economia, eficiência, eficácia e transparência XIV. -documento corrente: documento arquivístico em cur-
das ações administrativas; so ou que, mesmo sem movimentação, constitua objeto
IV. assegurar a proteção da documentação arquivística da de consultas frequentes;
CAPES, visando preservar a memória e apoiar à administração, XV. documento externo: documento arquivístico digital de
história e cultura; origem externa ao SEI, ou seja, não produzido direta-
V. garantir o acesso aos arquivos e às informações neles mente no sistema, independentemente de ser nato di-
contidas, de forma ágil e segura, resguardados os aspectos de sigilo e gital ou digitalizado e de ter sido produzido na CAPES
as restrições legais. ou por ela recebido;
XVI. documento gerado: documento arquivístico nato digi-
CAPÍTULO II
tal produzido diretamente no SEI;
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
XVII. documento intermediário: documento arquivístico que,
Seção I
não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por
Das Definições
razões de interesse administrativo, aguarda a sua eli-
Art. 3º Para fins desta Portaria são adotadas as seguintes definições:
minação ou recolhimento para guarda permanente;
XVIII. documento permanente: documento arquivístico de
I. anexação de processos: união definitiva de um ou mais
valor histórico, probatório e informativo que deve ser
processos a um outro processo, considerado principal,
definitivamente preservado;
desde que pertencentes a um mesmo interessado e que
XIX. gestão de documentos e arquivos: conjunto de proce-
tratem do mesmo assunto;
dimentos e operações técnicas referentes à produção,
II. arquivo central: arquivo de documentos intermediários e
tramitação, uso, avaliação e arquivamento de docu-
permanentes que forem ou não objeto de digitalização e
mentos em fase corrente e intermediária, visando a sua
captura para o SEI;
eliminação ou recolhimento para guarda permanente;
III. arquivo setorial: arquivo de documentos correntes nos
assim como a interação desses procedimentos e opera-
setores de trabalho que forem ou não objeto de
ções, visando a eficiência e eficácia administrativa. São
digitalização e captura para o SEI até sua transferência
incluídas, ainda, as normas relacionadas à administra-
para o Arquivo Central, conforme Tabela de
ção de arquivos e às técnicas de descrição, preservação,
Temporalidade e Destinação de Documentos ou instrução
organização e difusão do arquivo permanente da CA-
estabelecida no Manual de Transferência de Arquivos da
PES;
CAPES;
XX. informação sigilosa: submetida temporariamente à res-
IV. autenticação: declaração de autenticidade de um
trição de acesso público em razão de hipótese legal de
documento arquivístico, resultante do acréscimo,

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160
sigilo, subdividida em: Do Objeto e da Operacionalização
a) classificada: em razão de sua imprescindibilidade para a
segurança da sociedade e do Estado, à qual é atribuído Art. 4º A Política Arquivística da CAPES é um conjunto de
grau de sigilo reservado, secreto ou ultrassecreto, diretrizes, premissas e regras gerais que tem como objetivos garantir o
conforme estabelecido pela Lei nº 12.527, de 18 de disposto no artigo 2º.
novembro de 2012, e pelo Decreto nº 7.724, de 16 de maio Art. 5º A operacionalização da Política Arquivística dar-se-á por
de 2012; e, meio do Programa de Gestão Arquivística de Documentos.
b) não classificada: informações pessoais e aquelas não Parágrafo Único. O Programa de Gestão Arquivística de
imprescindíveis para a segurança da sociedade e do Es- Documentos consiste em um instrumento de planejamento com objetivos,
tado abrangidas pelas demais hipóteses legais de sigilo, metas e estratégias de implantação, divulgação e acompanhamento
que necessitam ter seu acesso restrito, em função de relacionados à condução dos projetos e serviços de Gestão de Documentos.
outras disposições legais; Art. 6º O Programa de Gestão Arquivística de Documentos tratará,
entre outros, de:
XXI. nível de acesso: forma de controle de acesso de usuários a
processos e documentos no SEI, quanto à informação I. definição dos tipos de documentos que devem ser produzidos no âmbito
neles contida, segundo as seguintes regras: das atividades da CAPES e das informações que devem conter;
XXII. público: acesso irrestrito e visível a todos os usuários; II. definição da forma desses documentos;
XXIII. restrito: acesso limitado aos usuários das unidades em III. análise e revisão do fluxo dos documentos;
que o processo esteja aberto ou por onde tramitou; e, IV. definição e/ou aperfeiçoamento dos procedimentos de protocolo e de
XXIV. sigiloso: acesso limitado aos usuários que possuem Cre- arquivamento dos documentos;
dencial de Acesso SEI sobre o processo; V. definição e/ou aperfeiçoamento dos procedimentos para acesso e trans-
XXV. Número Único de Protocolo (NUP): código numérico que missão dos documentos;
identifica de forma única e exclusiva cada processo, pro- VI. elaboração e/ou revisão de manuais e normativos sobre gestão de docu-
duzido ou recebido, conforme normatização específica do mentos.
Poder Executivo Federal; Art. 7º O Programa de Gestão Arquivística de Documentos será
XXVI. número SEI: código numérico sequencial, próprio do SEI, constantemente monitorado e avaliado quanto à consecução dos objetivos;
gerado automaticamente para identificar única e indivi- Art. 8º O Programa de Gestão Arquivística de Documentos será
dualmente cada documento dentro do sistema; atualizado a cada 2 (dois) anos;
XXVII. número do documento: código numérico sequencial apli- Parágrafo único. Em caso de necessidade, o Programa de Gestão
cado a determinadas espécies/tipos documentais para Arquivística de Documentos será atualizado em prazo inferior ao
controle de produção; estabelecido no caput.
XXVIII. peticionamento eletrônico: envio, diretamente por usuá- Art. 9º Será criada Comissão Permanente de Avaliação de
rio externo previamente credenciado, de documentos di- Documentos da CAPES, com as seguintes competências:
gitais, visando a formar novo processo ou a compor pro- I. elaborar o Código de Classificação de Documentos e a Tabela de
cesso já existente, por meio de formulário específico dis- Temporalidade e Destinação de Documentos, que são instrumentos técnicos
ponibilizado diretamente no SEI ou em sistemas integra- de gestão relativos às atividades-fim e submetê-los à aprovação do Arquivo
dos; Nacional;
XXIX. política arquivística: conjunto de diretrizes, premissas e II. aplicar e orientar a aplicação do Código de Classificação de Docu-
regras gerais que garantam o cumprimento dos objetivos mentos e a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos das ativi-
da gestão de documentos e arquivos; dades-meio da administração pública federal e das atividades-fim aprovada
XXX. processo principal: processo que, pela natureza de sua pelo Arquivo Nacional;
matéria, poderá exigir a anexação de um ou mais proces- III. orientar as unidades administrativas na análise, avaliação e sele-
sos como complemento ao seu andamento ou decisão; ção do conjunto de documentos produzidos e acumulados pela CAPES, tendo
XXXI. programa de gestão arquivística de documentos: em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a elimi-
instrumento de planejamento com objetivos, metas e nação dos documentos destituídos de valor;
estratégias de implantação, divulgação e IV. analisar os conjuntos de documentos para a definição de sua
acompanhamento relacionados à condução dos projetos destinação final, após a desclassificação quanto ao grau de sigilo; e
e serviços de Gestão de Documentos; V. submeter as listagens de eliminação de documentos para aprova-
XXXII. relacionamento de processos: funcionalidade do SEI que ção do Presidente da CAPES.
permite a criação de links de acesso entre processos que Parágrafo Único. A Comissão Permanente de Avaliação de
possuem alguma vinculação entre si, conforme definição Documentos será instituída por meio de Portaria da Presidência da CAPES,
dos usuários; sendo presidida pela chefia da unidade responsável pela gestão de
XXXIII. seleção: separação dos documentos de valor permanente documentos na CAPES.
daqueles passíveis de eliminação, mediante critérios e
técnicas previamente estabelecidos em Tabela de Tempo- Seção II
ralidade e Destinação de Documentos; Das Responsabilidades
XXXIV. sobrestamento de processo: interrupção formal temporá-
ria do seu andamento, em razão de determinação exis- Art. 10 Compete ao Presidente e aos Diretores apoiar a
tente no próprio processo, em outro; ou no fluxo proces- implantação da Política Arquivística da CAPES, alocando os recursos
sual; necessários para o seu alcance e promovendo o envolvimento de todos no
XXXV. - tabela de temporalidade e destinação de documentos: Programa de Gestão Arquivística de Documentos.
instrumento de trabalho utilizado para identificar os Art. 11 Compete aos gestores das unidades, chefias imediatas e
prazos e condições de guarda e a destinação dos docu- grupos de trabalho garantir que os membros de suas equipes produzam,
mentos de arquivo, em conformidade com o Plano de mantenham e utilizem documentos, de acordo com o Programa de Gestão
Classificação de Documentos de Arquivo; Arquivística de Documentos.
XXXVI. - unidade: designação genérica que corresponde a cada Art. 12 Compete aos servidores, empregados públicos e
uma das divisões e subdivisões da estrutura organizacio- colaboradores observar as orientações estabelecidas pelo Programa de
nal ou unidades necessárias ao funcionamento do fluxo Gestão Arquivística de Documentos.
processual no âmbito da CAPES; Art. 13 Compete à Diretoria de Gestão o planejamento, a
XXXVII. usuário externo: pessoa física externa à CAPES que, me- coordenação da implantação, o monitoramento e a avaliação do Programa de
diante credenciamento prévio, está autorizada a ter aces- Gestão Arquivística de Documentos.
so ao SEI; Art. 14 Compete à Coordenação de Gestão de Documentos a
XXXVIII. usuário interno: todo servidor, colaborador e estagiário disseminação das técnicas e da cultura arquivística.
ativo da CAPES com cadastro na rede e devido credenci-
amento no SEI. CAPÍTULO IV
DO SISTEMA OFICIAL DE GESTÃO DE PROCESSOS E DOCUMENTOS
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA ARQUIVÍSTICA Seção I
Do Objeto
Seção I Art. 15. O Sistema Eletrônico de Informações (SEI) é o sistema
oficial de gestão de processos administrativos e documentos arquivísticos

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161
digitais utilizado pela CAPES.
Subseção II
Seção II Do Processo de Credenciamento dos Usuários Externos
Das Competências
Art. 24. O credenciamento para usuário externo é ato pessoal,
Art. 16. Compete à Coordenação de Gestão de Documentos a intransferível e indelegável e dar-se-á a partir de solicitação de cadastro
implementação e gestão operacional do SEI. efetuada por meio de formulário eletrônico disponível em página própria no
Parágrafo único. Após a implantação, a Coordenação de Gestão de Portal da CAPES na Internet.
Documentos será responsável pela gestão do SEI e terá as seguintes atribuições: § 1º O credenciamento está condicionado à aceitação, pelo
I. zelar pela contínua adequação do SEI à legislação de gestão de documentos, interessado, das regras que disciplinam o uso do SEI e tem como
às necessidades da CAPES e aos padrões de uso e evolução definidos no âm- consequência a responsabilização do usuário externo pelas ações efetuadas,
bito do projeto Processo Eletrônico Nacional; as quais são passíveis de apuração nas esferas administrativa, civil e penal.
II. acompanhar a adequada utilização do SEI, zelando pela qualidade das § 2º A CAPES poderá aceitar, para efeitos de credenciamento de
informações nele contidas; usuários externos, os cadastros existentes em plataformas oficiais do
governo federal destinadas à identificação digital dos cidadãos.
III. apoiar a promoção de capacitação, suporte técnico-operacional e orienta-
Art. 25. No caso de pessoa jurídica, o credenciamento será feito
ção aos usuários quanto à utilização do SEI; e
por pessoa física investida dos devidos poderes de representação, sujeitos à
IV. propor revisões das normas afetas ao processo eletrônico. verificação documental pela área técnica.
Art. 17. Compete ao Serviço de Protocolo e Expedição (SPE): Art. 26. Após o preenchimento do cadastro, o interessado deve
I. a execução das atividades de protocolo definidas em norma própria apresentar pessoalmente na CAPES os seguintes documentos:
da Administração Pública Federal e Regimento Interno; I. Termo de Declaração de Concordância e Veracidade assinado (A-
II. a digitalização e autenticação de documentos em suporte não eletrônico nexo I);
recebidos pela CAPES; II. cópias de RG e CPF ou de outro documento de identi-
III. expedição de documentos em suporte não eletrônico da CAPES. dade no qual conste CPF juntamente com o original para fins de
Parágrafo único. A remessa de documentos a destinatário externo autenticação administrativa.
será efetivada por meio de correspondência em papel nos casos em que há a § 1º Alternativamente, as cópias autenticadas dos documentos de
necessidade de confirmação de recebimento (Aviso de Recebimento - AR) e nos que tratam o inciso II e o Termo de Declaração de Concordância e
demais casos julgados imprescindíveis pelas unidades. Veracidade com reconhecimento de firma em cartório, poderão ser:
Art. 18. Compete às demais unidades da CAPES a gestão dos arquivos a) entregues por terceiro;
setoriais em seus respectivos âmbitos, inclusive aqueles recebidos em caixas de b) enviados pelo serviço postal à Coordenação de Gestão
correio eletrônico, estando, no exercício dessa atividade, subordinadas de Documentos da CAPES (Setor Bancário Norte - SBN, Quadra 2,
tecnicamente à Coordenação de Gestão de Documentos.
Bloco L, Lote 06, Edifício CAPES - CEP: 70040-031 - Brasília, DF);
§ 1º Os documentos correntes podem ser mantidos
temporariamente no arquivo setorial, para fins de conferência com o original c) enviados para o e-mail sei@capes.gov.br, em formato
caso necessário, podendo ser enviados para o Arquivo Central, conforme PDF e assinado digitalmente utilizando-se de Certificado Digital
Tabela de Temporalidade de Documentos ou instrução estabelecida no Manual ICP-Brasil, ficando dispensado o o envio dos documentos de que
de Transferência de Arquivos da CAPES. tratam o inciso II do caput deste artigo.
§ 2º Os documentos recebidos pelas unidades diretamente em suas § 2º No caso de entrega pelo serviço postal, a CAPES poderá
caixas de correio eletrônico deverão ser salvos, contendo a mensagem de requisitar, a qualquer tempo, a apresentação do documento original, fixando
correio e os respectivos anexos, e juntados aos seus respectivos processos no prazo para cumprimento.
SEI. § 3º No caso de servidores públicos federais, os gestores de
§ 3º Cabe à unidade elaboradora dos documentos a serem expedidos recursos humanos ou as respectivas unidades superiores podem apresentar,
em papel proceder sua impressão e realizar demais procedimentos individualmente ou em lote, informações de credenciamento por
ordinatórios antes do envio ao SPE. comunicação oficial à CAPES, juntamente com os respectivos Termos de
§ 4º Os processos em trâmite em suporte não eletrônico deverão ser Declaração de Concordância e Veracidade assinados, ficando dispensados de
encaminhados para o Serviço de Digitalização para realização da conversão, apresentar os documentos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o
conforme os procedimentos previstos nesta Portaria. reconhecimento de firma do referido Termo.
Art. 19. Compete à Coordenação de Gestão de Documentos manter o § 4º No caso dos estrangeiros, o documento de identificação de
Serviço de Digitalização com a finalidade de atender as necessidades de que trata o inciso II do caput deste artigo deverá conter o número do
digitalização de processos em trâmite, com vistas a sua conversão para passaporte ou do Registro Nacional de Estrangeiros (RNE).
processo eletrônico no SEI. § 5º Os documentos e a assinatura do Termo de Declaração de
Art. 20. Compete à Diretoria de Tecnologia da Informação: Concordância e Veracidade de que tratam o § 4º deverão ser devidamente
I. - garantir a disponibilidade operacional e a interconexão do SEI; apostilados, quando oriundos de países signatários da Convenção de Haia,
nos termos do Decreto nº 8.660, de 29 de janeiro de 2016.
II. - prover suporte técnico e monitoramento para a solução SEI, excluídas a
§ 6º Quando oriundos de países não signatários da Convenção
execução de alterações do código-fonte do SEI e a prestação de suporte
mencionada no § 5º, para que possam produzir efeitos legais no Brasil, os
técnico relativo a questões de operação, uso e administração do sistema;
documentos deverão ser submetidos ao processo de legalização junto às
III. - implementar e manter políticas de Segurança da Informação referentes repartições Consulares do Brasil no exterior, bem como aos demais
ao SEI; procedimentos legais, nos termos dos artigos 129 e 148 da Lei nº 6.015, de 31
IV. - analisar e implantar as atualizações de versões disponibilizadas e apro- de dezembro de 1973 e do Decreto nº 8.742, de 4 de maio de 2016.
vadas pelo Ministério da Economia, referentes ao SEI; Art. 27. Verificada a correspondência entre os dados cadastrados e
V. - analisar a utilização e o desempenho da solução SEI, identificando os a documentação encaminhada, a CAPES credenciará o usuário externo para
problemas e promovendo as correções no ambiente operacional; acesso ao SEI, em até 05 (cinco) dias úteis, contados a partir do dia seguinte à
VI. - zelar pela integridade e resguardo de informações do SEI; data de recebimento da documentação.
VII. - manter o ambiente acessível.
Subseção III
Seção III Das Responsabilidades
Dos Usuários
Art. 28. É de responsabilidade do usuário externo:
Subseção I I. o sigilo da senha de acesso, não sendo oponível, em
Das Disposições Gerais qualquer hipótese, alegação de uso indevido;
II. a conformidade entre os dados informados no formu-
Art. 21. O SEI é disponível para usuários internos e externos. lário eletrônico de peticionamento e os constantes do documento
Art. 22. Os usuários internos poderão cadastrar e tramitar processos, enviado, incluindo o preenchimento dos campos obrigatórios e a
bem como gerar e assinar documentos no âmbito do SEI, de acordo com a anexação dos documentos essenciais e complementares;
previsão legal e suas competências funcionais. III. a confecção dos documentos digitais em conformidade
Parágrafo único. Em razão da natureza do serviço, algumas com os requisitos estabelecidos pelo sistema, no que se refere ao
funcionalidades do SEI são de acesso exclusivo para usuários internos. formato e ao tamanho dos arquivos transmitidos eletronicamente;
Art. 23. O acesso ao SEI pelos usuários externos será precedido de IV. a conservação dos originais em papel de documentos
aprovação no processo de credenciamento e realizado mediante a utilização de digitalizados enviados por meio do peticionamento eletrônico até
senha de segurança, nos limites e condições estabelecidos nesta Portaria. que decaia o direito da Administração de rever os atos praticados

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162
no processo, para que, caso solicitado, sejam apresentados à CAPES § 3º A notificação do usuário externo a respeito da integridade do
para qualquer tipo de conferência; documento digital, mediante adulteração ou fraude, dará início à diligência
V. a verificação, por meio do recibo eletrônico de protocolo, para a verificação do documento objeto da controvérsia.
do recebimento dos documentos transmitidos eletronicamente; § 4º O teor e a integridade dos documentos enviados na forma do
VI. a realização dos atos e das comunicações processuais en- caput são de responsabilidade do usuário externo, o qual responderá por
tre a CAPES e o usuário ou a entidade porventura representada, pre- eventuais adulterações ou fraudes, nos termos da legislação civil, penal e
ferencialmente por meio eletrônico; administrativa.
Art. 34. O peticionamento eletrônico será registrado
VII. a observância de que os atos processuais em meio eletrô-
automaticamente pelo SEI, o qual fornecerá recibo eletrônico de protocolo
nico se consideram realizados no dia e na hora do recebimento pelo
contendo pelo menos os seguintes dados:
SEI, considerando-se tempestivos os atos praticados até as 23 horas
e 59 minutos e 59 segundos do último dia do prazo, considerado
I. - número do processo correspondente;
sempre o horário oficial de Brasília, independente do fuso horário II. - lista dos documentos enviados com seus respectivos
em que se encontre o usuário externo; números de protocolo;
VIII. a consulta periódica ao SEI ou ao sistema por meio do III. - data e horário do recebimento dos documentos; e
qual efetivou o peticionamento eletrônico, a fim de verificar o rece- IV. - identificação do signatário da petição.
bimento de comunicados. Caso não seja efetuada a consulta, esta se- Art. 35. Os documentos originais em suporte físico cuja
rá considerada realizada 15 dias após a data da disponibilização do digitalização seja tecnicamente inviável, assim como os documentos nato-
documento pela CAPES; digitais em formato originalmente incompatível ou de tamanho superior ao
IX. as condições de sua rede de comunicação, o acesso a seu suportado pelo sistema deverão ser apresentados fisicamente ao Protocolo
da CAPES no prazo de 10 (dez) dias contados do envio da petição eletrônica
provedor de internet e a configuração do computador utilizado nas
que deveria encaminhá-los, independentemente de manifestação da CAPES.
transmissões eletrônicas;
§ 1º A petição a que se refere o caput deverá indicar
X. a observância dos períodos de manutenção programada, expressamente os documentos que serão apresentados em data posterior.
que será realizada, preferencialmente, no período da 0 hora dos sá- § 2º Os prazos processuais e administrativos fixados em lei para
bados às 22 horas dos domingos ou da 0 hora às 6 horas nos demais formalização do ato e juntada de documentos, ainda que menores, terão
dias da semana, ou qualquer outro tipo de indisponibilidade do sis- prevalência em relação ao prazo disposto no caput deste artigo.
tema. Art. 36. A CAPES poderá exigir, caso o usuário externo tenha sido
§ 1º A realização do cadastro como Usuário Externo no SEI da CAPES devidamente credenciado, a utilização exclusiva do sistema SEI para a
e a entrega do Termo de Declaração de Concordância e Veracidade (anexo I assinatura e peticionamento de documentos.
desta portaria) importará na aceitação de todos os termos e condições que
regem o processo eletrônico, conforme previsto no Decreto nº 8.539, de 8 de Seção V
outubro de 2015, e demais normas aplicáveis, admitindo como válida a Do Processo Eletrônico
assinatura eletrônica na modalidade cadastrada (login e senha), tendo como
consequência a responsabilidade pelo uso indevido das ações efetuadas, as Subseção I
quais serão passíveis de apuração de responsabilidade civil, penal e Disposições Gerais
administrativa.
§ 2º O usuário externo deverá respeitar eventual sigilo e restrição Art. 37. Todos os documentos no âmbito do SEI integrarão
que recaia sobre documentos e processos constantes do SEI, nos termos da processos eletrônicos.
legislação vigente, sob pena de responsabilização nas esferas civil, penal e § 1º Os documentos arquivísticos natos digitais juntados aos
administrativa. processos eletrônicos no SEI, na forma estabelecida nesta Portaria, serão
Art. 29. É de responsabilidade da CAPES: considerados originais para todos os efeitos legais.
I. credenciar o interessado para acesso ao SEI, após verifi- § 2º Os documentos arquivísticos digitalizados juntados aos
cada a correspondência entre os dados cadastrados e a documentação en- processos eletrônicos no SEI, na forma estabelecida nesta Portaria, terão a
caminhada; mesma força probante dos originais.
II. arquivar os documentos de que tratam o artigo 26 desta Art. 38. O processo eletrônico no SEI deve ser criado e mantido
Portaria; pelos usuários de forma a permitir sua eficiente localização e controle,
III. dar suporte aos usuários externos devidamente creden- mediante o preenchimento dos campos próprios do sistema, observados os
ciados para a utilização adequada do sistema. seguintes requisitos:
I. - ser formado de maneira cronológica, lógica e contí-
Subseção IV nua;
Dos Direitos de Acesso dos Usuários Externos II. - possibilitar a consulta a conjuntos segregados de do-
cumentos, salvo os processos em suporte não eletrônico já existentes que
Art. 30. Os usuários externos, após o credenciamento, poderão: forem digitalizados e convertidos em processo eletrônico;
III. - permitir a vinculação entre processos;
I. visualizar processos disponibilizados pelas unidades da IV. - observar a publicidade das informações como precei-
CAPES; to geral e o sigilo como exceção; e
II. assinar eletronicamente documentos produzidos no SEI; V. - ter o nível de acesso de seus documentos individual-
III. peticionar eletronicamente. mente atribuído, quanto à informação neles contida, como público, res-
trito ou sigiloso, ou alterado sempre que necessário, ampliando ou limi-
Parágrafo único. O disposto neste artigo poderá se dar por meio de tando o acesso.
sistemas integrados ao SEI.
Subseção II
Seção IV Da Produção de Documentos
Do Peticionamento Eletrônico e Prazos
Art. 39. Todo documento oficial produzido no âmbito da CAPES
Art. 31. O peticionamento eletrônico poderá ser utilizado por pessoa deverá ser elaborado por meio do editor de textos do SEI, observando o
natural em nome próprio ou na qualidade de representante de pessoa física ou seguinte:
jurídica que figure como parte ou interessada em processo administrativo no I. documentos gerados no SEI receberão Número SEI e,
âmbito da CAPES. quando aplicável, Número do Documento;
Art. 32. O controle dos representantes das pessoas jurídicas ou II. qualquer usuário interno poderá elaborar documentos,
procuradores deverá ser feito pelas unidades responsáveis pelos processos bem como assinar aqueles de sua competência, em conformidade
administrativos.
com normas próprias;
Art. 33. Os usuários externos poderão enviar documentos digitais,
que terão valor de cópias simples, por meio de peticionamento eletrônico. III. documentos que demandem análise preliminar de sua
§ 1º A apresentação dos originais será necessária somente quando a minuta, seja por parte da Procuradoria Federal junto à CAPES ou
regulamentação ou a lei expressamente o exigir ou quando houver dúvida a para fins de Consulta Interna ou Consulta Pública, devem ser for-
respeito de sua autenticidade pelas áreas técnicas da CAPES. malizados por meio de tipo de documento próprio (Edital-Minuta,
§ 2º A CAPES poderá exigir, a qualquer tempo, a exibição, no prazo Portaria-Minuta, Convênio-Minuta etc.), que não se confunde com
de 5 (cinco) dias, do original do documento digitalizado no âmbito da CAPES ou o documento final a ser posteriormente formalizado (Edital, Por-
enviado por usuário externo por meio de peticionamento eletrônico. taria, Convênio etc.).

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163
§ 1º Na hipótese do documento a ser elaborado exigir formatação de procedência interna ou externa, que forem digitalizados devem ser
incompatível com o editor de textos, no momento de sua captura para o SEI imediatamente submetidos a procedimento de conferência e autenticação no
deve ser utilizado o formato PDF. SEI por servidor público, por meio de sua assinatura eletrônica com emprego
§ 2º O limite do tamanho individual de arquivos para captura para o de certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas
SEI de documentos externos será definido pela Coordenação de Gestão de Brasileira (ICP-Brasil).
Documentos. § 1º Somente após a autenticação de que trata o caput os
§ 3º Os documentos arquivísticos digitais de áudio e vídeo devem ser documentos digitalizados poderão tramitar por meio do SEI.
gravados em formato de compressão que garanta o menor tamanho de arquivo § 2º A digitalização de processos é atividade exclusiva do Serviço
possível, mantendose sua inteligibilidade, de forma a cada arquivo não de Digitalização.
ultrapassar o limite definido pela Coordenação de Gestão de Documentos. Art. 43. Não deverão ser objeto de digitalização nem captura para
§ 4º Documentos arquivísticos digitais, de qualquer natureza, que o SEI, exceto nos casos em que venham a se tornar peças processuais, os
ultrapassarem o limite definido pela Coordenação de Gestão de Documentos seguintes documentos:
devem ser mantidos em mídia digital, a qual deverá ser identificada com o I. jornais, revistas, livros, folders, propagandas e demais
Número SEI relativo ao Termo de Guarda de Mídia inserido no processo materiais que não se caracterizam documento arquivístico; e
correspondente. II. correspondências pessoais.
§ 5º A mídia a que refere o § 4º será encaminhada para a área
responsável pelo processo correspondente para análise e posterior envio para Subseção IV
o Arquivo Central, conforme Tabela de Temporalidade de Documentos ou Da Tramitação
instrução estabelecida no Manual de Transferência de Arquivos da CAPES.
Art. 40. Em caso de impossibilidade técnica momentânea de Art. 44. Em caso de erro na movimentação de processo eletrônico,
produção dos documentos no SEI, para questões urgentes que não possam a área de destino promoverá imediatamente:
esperar o reestabelecimento do sistema, estes podem ser produzidos em
I. - a sua devolução ao remetente; ou
suporte não eletrônico e assinados de próprio punho, podendo receber
numeração manual sequencial provisória e, quando do retorno da II. - o seu envio para a área competente.
disponibilidade do sistema, devem ser imediatamente digitalizados e Art. 45. Poderão ser criadas no SEI unidades fora da estrutura
capturados para o SEI. organizacional da CAPES, desde que sejam correspondentes a atividades de
comissões, comitês, grupos de trabalho ou outros colegiados instituídos por
Subseção III ato normativo; ou que sejam vinculadas a uma unidade administrativa, para
Da Recepção de Documentos, Captura para o SEI e Digitalização recebimento e trâmite correspondentes a atividades que gerem demandas
expressivas de movimentação de processos.
Art. 46. A solicitação de criação de unidades no SEI deve ser
Art. 41. Os documentos a serem capturados para o SEI observarão os
formalizada à Diretoria de Gestão pelos dirigentes das diretorias ou
seguintes procedimentos:
representantes das comissões, comitês, grupos de trabalho ou outros
I. os documentos de procedência externa recebidos em su-
colegiados.
porte não eletrônico deverão ser carimbados ou etiquetados com
registro da data de recebimento pelo Serviço de Protocolo e Expedi- Subseção V
ção (SPE) antes de digitalizados e capturados para o SEI; Do Sobrestamento, Relacionamento e Anexação
II. imediatamente a seguir, deve ser realizada a digitaliza-
ção e captura para o SEI, em sua integralidade, de acordo com sua Art. 47. O sobrestamento de processo será temporário e deve ser
especificidade, gerando uma fiel representação em código digital, precedido de determinação formal e motivada no próprio processo ou de
com indicação da real data do documento no campo próprio; outro que determine o sobrestamento.
III. a realização do procedimento de digitalização de docu- § 1º O documento no qual consta a determinação de que trata o
mentos e processos em suporte não eletrônico deverá ser efetivada caput deste artigo, juntamente com seu Número SEI, e seu teor resumido
em formato PDF, com qualidade mínima de 300dpi e com processa- devem constar do campo "motivo" para sobrestamento do processo no SEI.
mento de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR), antes ou du- § 2º O sobrestamento deve ser removido quando não mais
rante sua captura para o SEI; subsistir o motivo que o determinou ou quando for determinada a retomada
IV. para documentos e processos em suporte não eletrônico de sua regular tramitação.
em trâmite na CAPES, após a digitalização e captura para o SEI, de- Art. 48. O relacionamento de processos será efetivado quando
verá ser anotado seu Número SEI no canto superior direito da pri- houver a necessidade de associar um ou mais processos entre si, para
meira página do documento ou na capa de cada volume do processo, facilitar a recuperação de informações.
remetendo-o imediatamente para procedimento de conferência e Parágrafo único. O relacionamento de processos não se confunde
autenticação por servidor público, que, após, devolverá a via física com a anexação, não havendo vinculação entre suas tramitações, que
para a unidade demandante; continuam a ocorrer normalmente e de forma individual.
V. para documentos e processos em suporte não eletrônico Art. 49. Deve ocorrer a anexação de processos quando
que forem recepcionados pela Seção de Protocolo e Expedição de pertencerem a um mesmo interessado, tratarem do mesmo assunto,
pessoas externas à CAPES, após a digitalização e captura para o SEI, inclusive de modo complementar, e, por isso, devam ser analisados e
decididos de forma conjunta.
deverá ser anotado seu Número SEI no canto superior direito da
Art. 50. O desfazimento da anexação de processos poderá ser
primeira página do documento ou na capa de cada volume do pro-
realizado excepcionalmente, por meio de solicitação à Coordenação de
cesso, remetendo-o imediatamente para procedimento de conferên-
Gestão de Documentos, fundamentada em despacho assinado por autoridade
cia e autenticação por servidor público, que, após, o reterá para en- competente no âmbito do processo principal.
caminhamento ao Arquivo Central;
§ 1º - documentos que contenham informações sigilosas deverão ser Subseção VI
registrados no SEI com a sinalização do adequado nível de acesso, em Do Arquivamento
conformidade com o disposto na legislação pertinente.
§ 2º Serão autuados como novos processos no SEI os documentos de
Art. 51. Os processos eletrônicos serão mantidos até que cumpram
procedência externa recebidos em suporte não eletrônico pela Seção de
seus prazos de guarda, conforme definido na Tabela de Temporalidade e
Protocolo e Expedição que não possuam referência expressa a número de
Destinação de Documentos de Arquivo e em procedimentos estabelecidos em
processo já existente no SEI ou se refiram a processo ou documento em papel
norma específica, obedecendo aos seguintes critérios:
ainda não convertidos para processo eletrônico.
§ 3º A digitalização de processos ou documentos de procedência
I. - o arquivamento dos documentos será realizado de
externa recebidos em suporte não eletrônico deverá ser efetuada em até dois forma lógica, iniciando-se a contagem de temporalidade quando
dias úteis, contados da data de sua entrega à CAPES, salvo nos casos de todas as unidades nas quais o processo esteja aberto indicarem
restrição técnica ou de grande volume de documentos, devidamente sua conclusão diretamente no sistema;
justificados, hipótese na qual poderá ser efetuada em até cinco dias úteis. II. - os documentos originais, ainda que digitalizados, de-
§ 4º Processos de procedência externa recebidos em suporte não verão ser preservados de acordo com o disposto na legislação per-
eletrônico serão protocolizados no SEI com NUP próprio da CAPES, exceto se já tinente; e
possuírem NUP, quando deverão ser digitalizados e capturados para o SEI III. - os processos e documentos em suporte não eletrônico
mantendo seu NUP de origem. convertidos para eletrônico e os documentos recebidos em supor-
§ 5º Aplica-se aos documentos recebidos o disposto nos §§ 2º ao 5º do te não eletrônico no curso do processo cumprirão o mesmo prazo
art. 39 desta Portaria. de guarda do processo eletrônico correspondente.
Art. 42. Todos os documentos e processos em suporte não eletrônico, Art. 52. Os processos eletrônicos deverão receber tratamento de

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164
preservação de forma a não haver perda ou corrupção da integridade das Art. 58. Os documentos preparatórios e as informações neles
informações. contidas poderão ter nível de acesso Restrito, segundo a hipótese legal
§ 1º A Diretoria de Tecnologia da Informação em parceria com a correspondente, até a conclusão do ato ou decisão subsequente, momento a
Diretoria de Gestão desenvolverá e implementará Política de Segurança e partir do qual é obrigatória a redefinição de seu nível de acesso para Público,
Preservação de Documentos Arquivísticos Digitais para preservação e exceto se incidir outra hipótese legal de sigilo sobre os correspondentes
recuperação desses documentos. documentos.
§ 2º A Política de Segurança e Preservação de Documentos Art. 59. O acesso, a divulgação, o credenciamento de segurança de
Arquivísticos Digitais observará o disposto na Política de Segurança da pessoas naturais e o tratamento de informação sigilosa classificada em
Informação da CAPES. qualquer grau de sigilo deverão seguir os procedimentos dispostos na
legislação pertinente em vigor.
Subseção VII
Da Exclusão de Documentos Seção VIII
Da Conversão de Processo e Documento Avulso em Suporte Não Eletrônico
Art. 53. O usuário interno pode excluir documentos que ainda não para Processo Eletrônico
tenham se estabilizado como oficiais e completos.
Parágrafo único. O documento excluído deixa de ser exibido na Art. 60. A conversão de processos em suporte não eletrônico para
árvore de documentos do processo e não poderá ser recuperado. eletrônico deve obedecer aos seguintes procedimentos:
I. o processo em papel deve estar instruído e ser digitali-
Seção VI zado em conformidade com o disposto na legislação afeta à ins-
Da assinatura Eletrônica trução documental em suporte não eletrônico e nesta Portaria;
II. cada volume deve ter a primeira imagem correspon-
Art. 54. Os documentos eletrônicos produzidos e geridos no âmbito dente à face frontal da capa e as imagens subsequentes corres-
do SEI terão garantia de integridade, de autoria e de autenticidade, mediante pondentes ao restante das folhas;
utilização de Assinatura Eletrônica nas seguintes modalidades: III. as folhas do processo devem ser digitalizadas obrigato-
I. assinatura digital, baseada em certificado digital emitido riamente em frente e verso, exceto nos casos em que o verso da
por Autoridade Certificadora credenciada à Infraestrutura de Chaves Públi- folha tenha recebido o carimbo "Em Branco" ou não apresente in-
cas Brasileira (ICP-Brasil); e formação;
II. assinatura cadastrada, mediante login e senha de acesso IV. cada volume do processo deve ter seu próprio repre-
do usuário. sentante digital, correspondente às suas folhas;
§ 1º As assinaturas digital e cadastrada são de uso pessoal e V. caso o processo possua mídia fisicamente juntada, seu
intransferível, sendo responsabilidade do titular sua guarda e sigilo. conteúdo deve ser compactado, preferencialmente, em um único
§ 2º O uso da assinatura digital é obrigatório para a autenticação de arquivo de formato padrão ZIP e capturado para o SEI;
documentos digitalizados, em conformidade com o art. 42 desta Portaria,
adotando-se para os demais casos a modalidade de assinatura cadastrada. VI. o inteiro teor do processo em papel e seus arquivos de-
§ 3º A autenticidade de documentos gerados no SEI pode ser vem ser capturados para o SEI na seguinte ordem:
verificada em endereço da CAPES na Internet indicado na tarja de assinatura e a) arquivos PDFs resultantes da digitalização de cada vo-
declaração de autenticidade no próprio documento, com uso dos Código lume do processo; e
Verificador e Código CRC. b) arquivos de mídia porventura existentes, na sequência
§ 4º É permitido ao usuário interno utilizar certificado digital em que foram juntados no processo em suporte não eletrônico,
emitido pela ICP-Brasil adquirido por meios próprios, desde que possua independente da indicação do nível de acesso;
características compatíveis com as disposições desta Portaria, não sendo VII - o primeiro documento gerado no SEI, logo após a captura dos
cabível, em qualquer hipótese, o ressarcimento pela CAPES dos custos havidos. arquivos de que trata o inciso VI, deve ser o Termo de Encerra-
Art. 55. A assinatura eletrônica de documentos importa na aceitação mento de Trâmite Físico, assinado pelo usuário responsável pela
das normas regulamentares sobre o assunto e da responsabilidade do usuário conversão, no qual será registrada a conversão do processo em
por sua utilização indevida. suporte não eletrônico para eletrônico, conforme modelo a ser
disponibilizado pela Coordenação de Gestão de Documentos.
Seção VII § 1º O processo objeto da conversão para processo eletrônico deve
Dos Níveis de Acesso ser cadastrado no SEI com seu NUP já existente, incluindo o correspondente
Dígito Verificador (DV), e mantidos o mesmo interessado e data de autuação
Art. 56. Os processos e documentos incluídos no SEI devem obedecer do processo.
aos níveis de acesso público, restrito ou sigiloso. § 2º Aplica-se à conversão para processo eletrônico o disposto nos
§ 1º Os processos e documentos no SEI devem, em regra, ter nível de §§ 2º ao 5º do art. 39, nos incisos III, IV, V e no § 1º do art. 41 e no art. 42 desta
acesso público e, excepcionalmente, restrito ou sigiloso, com indicação da Portaria.
hipótese legal aplicável. § 3º Os processos convertidos para o formato eletrônico serão
§ 2º O detentor do processo eletrônico deverá, de ofício, segundo devolvidos às unidades demandantes para transferência ao Arquivo Central,
legislação aplicável, definir ou redefinir o nível de acesso sempre que conforme Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos ou
necessário, ampliando ou limitando seu acesso, especialmente quando não instrução estabelecida no Manual de Transferência de Arquivos da CAPES.
mais subsistir a situação de fato ou de direito que justifique a atribuição de § 4º Nos casos em que a juntada dos processos originalmente em
nível de acesso Restrito ou Sigiloso. suporte não eletrônico seja por apensação, os processos devem ser
§ 3º A atribuição de nível de acesso Restrito deve ser efetivada de convertidos de forma individual, devendo, após a conversão, proceder ao
ofício, diretamente pelo usuário interno que primeiramente tenha identificado relacionamento entre os processos, observado o art. 48 desta Portaria.
a informação sigilosa ou, mediante solicitação do administrado para § 5º Nas situações que se julgar inconveniente ou inoportuna a
tratamento sigiloso de seus dados e informações. Quando a solicitação advir do digitalização de processos com muitos volumes, poderá ser criado no SEI um
administrado, a atribuição do nível de acesso restrito estará sujeita à processo que receberá o número único de protocolo do processo existente,
confirmação por decisão devidamente fundamentada em Despacho Decisório formando assim um processo híbrido. O processo físico não receberá mais
do titular da unidade responsável pelo processo. documentos, devendo ser realizadas todas as ações na versão digital do
§ 4º O usuário interno que atribuir nível de acesso Restrito a processo.
processos ou documentos deverá informar imediatamente ao titular da § 6º Os processos híbridos serão abertos pela Coordenação de
unidade responsável pelo processo para deliberação sobre a atribuição do sigilo. Gestão de Documentos, mediante solicitação por e-mail para
Art. 57. O nível de acesso Sigiloso somente deve ser atribuído ao cgd@capes.gov.br.
processo quando contenha informação sigilosa não classificada que deva, Art. 61. Aplicam-se, naquilo que couber, as disposições do art. 60
temporariamente, ter seu acesso limitado aos usuários internos que possuam desta Portaria à conversão de documentos avulsos controlados pelo Sistema
Credencial de Acesso SEI sobre o correspondente processo. de Protocolo e Arquivo (SPArq) para processo eletrônico no SEI, para fins de
§ 1º Independente da atribuição do nível de acesso Sigiloso ao continuidade de seu tratamento exclusivamente por meio do SEI.
processo, cada documento deve ter seu nível de acesso atribuído como Público § 1º Somente serão digitalizadas as faces das folhas de
ou Restrito segundo seu conteúdo. documentos avulsos que possuam conteúdo.
§ 2º As áreas responsáveis devem solicitar à Coordenação de Gestão § 2º Em se tratando de documento avulso externo à CAPES que já
de Documentos, alteração no cadastro do tipo de processo para passar a possua NUP, o processo eletrônico a ser aberto no SEI deve ser cadastrado
permitir nível de acesso Sigiloso. com o NUP já existente, incluindo o correspondente Dígito Verificador (DV),
§ 3º Regulamento disporá sobre as hipóteses nas quais o nível de e mantidos o mesmo interessado e data de autuação do documento como
acesso Sigiloso deverá ser utilizado. sendo a data de autuação do processo eletrônico.

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§ 3º Em se tratando de documento avulso interno, ou seja, que não com reconhecimento de firma em cartório, juntamente com as cópias
possua NUP, o processo eletrônico a ser aberto no SEI deve seguir a numeração autenticadas de RG e CPF ou de outro documento de identidade no qual
automática do sistema. conste CPF do Usuário. No caso de envio pelos Correios, encaminhar
§ 4º Caso o documento avulso possua anexos, deve-se abrir um para Coordenação de Gestão de Documentos da CAPES (Setor Bancário
processo eletrônico para cada documento que possua NUP, conforme o Norte - SBN, Quadra 2, Bloco L, Lote 06, Edifício CAPES - CEP: 70040-031
disposto no § 2º deste artigo, ou abrir processo com número automaticamente - Brasília, DF).
gerado pelo SEI para o documento principal protocolado com número interno  Documentos enviados por e-mail: Termo de Declaração de Concordân-
da CAPES, sendo que os demais documentos do conjunto protocolizados com cia e Veracidade em formato PDF, assinado digitalmente, utilizando-se
número interno devem ser capturados para o SEI em arquivos separados de Certificado Digital ICP-Brasil. Encaminhar para o e-mail
dentro do mesmo processo, procedendo-se as devidas anexações de processos sei@capes.gov.br. Nesse caso, são dispensadas as cópias dos documen-
em conformidade com o art. 49 desta Portaria. tos de identificação.
§ 5º O documento avulso convertido em PDF deverá ser autenticado
Obs. 1: Servidores públicos federais ficam isentos da responsabilidade de
por meio de função própria no SEI ou por meio de outro documento com tal
apresentar seus documentos pessoais, sendo exigido apenas o presente
finalidade, constando na árvore do processo.
Termo assinado, desde que as respectivas informações de seu
Art. 62. Qualquer documento avulso em suporte não eletrônico pode
credenciamento sejam apresentadas pelo gestor de recursos humanos ou
ser convertido para eletrônico diretamente pelas áreas competentes,
observados os procedimentos de conversão dispostos nesta Portaria. superior hierárquico de seu órgão, em comunicação oficial à CAPES,
podendo ser realizada em lote.
Seção IX Obs. 2: No caso dos estrangeiros, independentemente da forma de envio, o
Outras Disposições presente Termo (original) deverá ser assinado e entregue à CAPES
juntamente com a cópia de um documento de identificação que conste o
Art. 63. Os atos processuais praticados no SEI serão considerados número do passaporte ou do Registro Nacional de Estrangeiros (RNE). A
realizados no dia e hora da respectiva assinatura eletrônica e/ou registro assinatura do Termo e o documento de identificação devem estar
eletrônico, conforme horário oficial de Brasília e legislação processual aplicável. devidamente apostilados, quando oriundos de países signatários da
Art. 64. As unidades devem recusar processos e documentos que Convenção de Haia, nos termos do Decreto nº 8.660, de 29 de janeiro de
estiverem em desacordo com esta Portaria, restituindo-os às unidades que os 2016. Quando oriundos de países não signatários, os referidos documentos
encaminharam, especialmente aqueles em suporte não eletrônico, quando deverão ser submetidos ao processo de legalização junto às repartições
deveriam ter sido remetidos pelo SEI. Consulares do Brasil no exterior, bem como aos demais procedimentos
Art. 65. O uso inadequado do SEI fica sujeito à apuração de legais, nos termos dos artigos 129 e 148 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro
responsabilidade, na forma da legislação em vigor. de 1973 e do Decreto nº 8.742, de 4 de maio de 2016.
Art. 66. A utilização do SPArq passou a ser restrita aos
procedimentos devidos à transferência do Arquivo Central de processos e
documentos em suporte não eletrônico e para o controle do trânsito dos MINISTÉRIO DA ECONOMIA
processos para o Serviço de Digitalização.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIARIOS
CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS PORTARIA CVM/PTE Nº 010, DE 22.01.2021
Art. 67. Ficam revogadas, por consolidação, as seguintes normas: Institui a Política de Gestão de Documentos no Âmbito da CVM.
- Portaria GAB/CAPES nº 46, de 6 de maio de 2009, publicada no
Boletim de Serviço da CAPES, Especial Nº 1, Maio de 2009, págs. 2-4; O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS, no uso
- Portaria GAB/CAPES nº 01, de 4 de janeiro de 2016, publicada no das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 17 do Regimento Interno,
Boletim de Serviço da CAPES Nº 1, Janeiro de 2016, págs. 2-18; aprovado pela Portaria MF nº 327, de 11 de julho de 1977, e considerando:
- Portaria GAB/CAPES nº 134, de 6 de julho de 2017, publicada no I - O direito fundamental de acesso à informação, previsto no
Boletim de Serviço da CAPES Nº 7, Julho de 2017, págs. 2-4;
inciso XXXIII do art. 5º da Constituição Federal;
- Portaria GAB/CAPES nº 266, de 23 de dezembro de 2019, publicada
II - Que compete à administração pública promover a gestão da
no Diário Oficial da União, Seção 1, de 30 de dezembro de 2019, p. 938-940;
documentação governamental e as providências para franquear sua consulta
àqueles que dela necessitem, permitindo o acesso dos usuários a registros
BENEDITO GUIMARÃES AGUIAR NETO administrativos e a informações sobre atos de governo, conforme previsto no
inciso II do § 3º do art. 37 e no §2º do art. 216 da Constituição Federal,
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 11 de janeiro de 2021] regulamentado pela Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011;
III - O dever do Poder Público de promover a gestão documental, a
ANEXO proteção especial aos documentos de arquivos, nos termos do art. 1º da Lei nº
TERMO DE DECLARAÇÃO DE CONCORDÂNCIA E VERACIDADE 8.159, de 8 de janeiro de 1991;
IV - O dever do Estado de controlar o acesso e a divulgação de
Nome Completo do Usuário: informações sigilosas produzidas por seus órgãos e entidades, assegurando a
sua proteção, nos termos do art. 28 da Lei nº 12.527, de 2011;
Se brasileiro, documento de CPF: V - A necessidade de assegurar que as atividades e serviços
Identidade: públicos prestados pela CVM, apoiados em informações, documentos e
arquivos, garantam o amplo acesso à informação, com eficiência e
Se estrangeiro, nº do
transparência, e preservem as informações cujo sigilo seja garantido por lei;
passaporte ou RNE:
VI - Que uma política de gestão documental, ao orientar a
E-mail: Telefone: elaboração de normas e a organização de serviços, constitui instrumento de
gestão conducente à garantia do direito fundamental de acesso e do
Endereço de Domicílio: correlato dever de proteção a informações produzidas ou custodiadas; e
VII - Que a comissão permanente de avaliação de documentos
Cidade/UF: País: CEP: prevista pelo Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e alterações
posteriores, deve ter sua composição atualizada para que a análise de
documentos para destinação à guarda permanente ou eliminação reflita a
Para que o cadastro seja aprovado, o Usuário deve apresentar à CAPES o estrutura organizacional da CVM, resolve:
presente Termo, juntamente com os seus documentos de identificação. A Art. 1º Instituir a Política de Gestão Documental da CVM (PGD),
documentação deve ser entregue por meio de uma das seguintes formas: nos termos do Anexo.
Art. 2º Estabelecer que a Comissão Permanente de Avaliação de
Documentos - CAD será constituída por pelo menos:
 Documentos apresentados pessoalmente na CAPES: Termo de Declara-
I - um servidor arquivista ou titular do componente
ção de Concordância e Veracidade assinado, juntamente com os origi-
organizacional da CVM responsável pelos serviços arquivísticos, que a
nais e cópias de RG e CPF ou de outro documento de identidade no qual
presidirá;
conste CPF, para fins de autenticação administrativa
II - um servidor da Superintendência de Tecnologia da Informação
 Documentos entregues por terceiros na CAPES ou enviados pelos (STI);
Correios: Termo de Declaração de Concordância e Veracidade assinado III - identificada a necessidade de contar com a colaboração de

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outros servidores, visando o entendimento dos conjuntos documentais que controles contribuam para o alcance dos seguintes objetivos:
estão sendo avaliados, a autoridade máxima da unidade será informada pelo  assegurar o direito fundamental de acesso à informação, promo-
Presidente da CAD e deverá indicar um servidor com perfil adequado ao vendo a transparência da gestão;
solicitado, a fim de participar como membro temporário da Comissão.  controlar o acesso e a divulgação de informações cujo sigilo deva
§ 1º Cada membro terá um suplente, indicado pelos titulares de seus ser preservado por força legal; e
componentes organizacionais, que o substituirá em suas ausências e  preservar o acervo documental da CVM.
impedimentos. A PGD adota o conceito de gestão de documentos contido no art. 3º da Lei
§ 2º Com ressalva daqueles que atuem como membros temporários 8.159, de 8 de janeiro de 1991¹ e implementa, no âmbito da CVM, a Política
(inciso III), os membros e seus suplentes, indicados pelos titulares de seus Nacional de Arquivos Públicos e Privados, além das orientações do Sistema
componentes organizacionais, serão designados por ato do Superintendente Nacional de Arquivos (SINAR), nos termos do Decreto nº 4.073, de 03 de
Geral da CVM (SGE), para mandato de 3 (três) anos, admitida uma recondução janeiro de 2002. Dessa forma, ela é aplicável a todas as informações,
por igual período. documentos e arquivos produzidos e recebidos no decorrer das atividades de
§ 3º A Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores - SOI um órgão, entidade ou pessoa, dotada de organicidade e que possua
indicará dois representantes, sendo pelo menos um deles da Divisão de Gestão elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades,
da Informação (DINF), com formação em Arquivologia, a fim de exercer a contemplando todo o ciclo de vida da informação (criação, manipulação,
presidência da CAD. armazenamento, transporte e descarte).
§ 4º A Secretaria-Executiva da Comissão Permanente de Avaliação Os seguintes resultados são esperados com a aplicação da presente Política:
de Documentos será exercida por um dos servidores a que se refere o inciso II
 padronização e interação das atividades de arquivo e controle de
do caput, indicado pelo Presidente da Comissão.
documentos no âmbito da CVM;
§ 5º A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos se reunirá
 racionalização e modernização dos serviços arquivísticos;
em caráter ordinário, no mínimo, semestralmente e em caráter extraordinário
sempre que convocada por seu Presidente ou por solicitação de um terço dos  agilidade, eficiência e segurança no acesso e recuperação da in-
membros. formação pública, com redução de custos e uso racional dos re-
§ 6º O Presidente da Comissão poderá convidar para participar das cursos;
reuniões da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, sem direito a  preservação do patrimônio arquivístico da CVM e do mercado de
voto, representantes da Procuradoria Federal Especializada da CVM (PFE- capitais; democratização do acesso às informações públicas;
CVM), bem como, representantes de outros órgãos e entidades, públicos ou  preservação da função social dos arquivos como instrumento de
privados, e especialistas na matéria em discussão. apoio ao Estado e ao cidadão, bem como à pesquisa histórica e ao
§ 7º Todos os integrantes da CAD poderão participar das reuniões de desenvolvimento científico e cultural.
forma remota, por videoconferência ou outros meios tecnologicamente Aspectos gerais
disponíveis. 1. A gestão de documentos da CVM independe da forma ou do
§ 8º Um representante da Superintendência de Tecnologia da suporte adotados, ambientes convencionais, digitais ou híbridos em que as
Informação - STI prestará apoio técnico especializado aos trabalhos da CAD, informações são produzidas e armazenadas, tendo por objetivo principal
especialmente no que concerne à segurança da informação. garantir a produção, a manutenção, a preservação de documentos
§ 9º A participação na Comissão Permanente de Avaliação de arquivísticos fidedignos, autênticos e compreensíveis, e o acesso a estes.
Documentos será considerada prestação de serviço público relevante, não 2. A CVM definirá normas e utilizará procedimentos técnicos para
remunerada. produção, classificação, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de
Art. 3º Compete à CAD/CVM: documentos em fase corrente e intermediária, visando à sua eliminação ou
I - elaborar os códigos de classificação de documentos e as tabelas de recolhimento para guarda permanente.
temporalidade e destinação de documentos, que são instrumentos técnicos de 3. Mecanismos para racionalização da produção documental e
gestão relativos às atividades-fim de seus órgãos e entidades e submetê-los à eficiência na recuperação de informações e da pesquisa serão estabelecidos,
aprovação do Arquivo Nacional; devendo existir orientações técnicas para assegurar a proteção e preservação
II - aplicar e orientar a aplicação do código de classificação de aos documentos produzidos e recebidos no desempenho das funções
documentos e a tabela de temporalidade e destinação de documentos das institucionais.
atividades-meio da administração pública federal e de suas atividades-fim 4. A aplicação da melhor técnica e das boas práticas será
aprovada pelo Arquivo Nacional; estimulada, de modo que a gestão dos arquivos correntes, intermediários e
III - estabelecer os procedimentos de análise, avaliação e seleção da permanentes seja permanentemente aprimorada.
documentação produzida e acumulada no âmbito da CVM, nos termos da 5. A avaliação de documentos destinados à preservação seguirá
legislação vigente e das normas da Comissão de Coordenação do Sistema de critérios técnicos, considerando não apenas a finalidade de sua produção e
Gestão de Documentos e Arquivos da administração pública federal - Comissão guarda (administrativa, legal, pesquisa etc.), mas também o eventual valor
de Coordenação do Siga; histórico para a história da CVM e do mercado de valores mobiliários
IV - orientar os componentes organizacionais da CVM a analisar, brasileiro.
avaliar e selecionar o conjunto de documentos produzidos e acumulados, tendo 6. Pela busca constante de eficiência, buscar-se-á a redução da
em vista a identificação dos documentos para guarda permanente e a massa documental e a redução dos custos de armazenamento, físico ou em
eliminação dos documentos destituídos de valor; meio digital.
V - analisar os conjuntos de documentos para a definição de sua 7. Além da edição de normas necessárias à gestão documental, a
destinação final, após a desclassificação quanto ao grau de sigilo, quando CVM estabelecerá instrumentos arquivísticos de gestão documental, em
houver; e especial os seguintes:
VI - validar e encaminhar ao Superintendente Geral da CVM para a) Código de Classificação de Documentos;
aprovação as listagens de eliminação de documentos. b) Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos
§ 1º A CAD elaborará proposta de regimento interno, para aprovação (Atividades-Fim); e
pelo SGE. c) Manual de Gestão de Documentos Arquivísticos.
Art. 4º Enquanto não for aprovada tabela de temporalidade para 8. A gestão documental será apoiada em sistema eletrônico de
documentos produzidos no âmbito das atividades-fim da CVM, fica vedado o gestão arquivística de documentos, que adotará requisitos funcionais,
descarte e a alienação de acervos impressos, digitais ou de qualquer outro tipo requisitos não funcionais e metadados estabelecidos pelo CONARQ, bem
de suporte. como tudo o mais que vise garantir a integridade e a acessibilidade de longo
Art. 5º Fica revogada a Portaria/CVM/PTE/nº 50, de 27 de Abril de prazo aos documentos produzidos ou recebidos pela CVM.
2017. 9. As informações e documentos classificados em qualquer grau
Art. 6º Esta norma entra em vigor em 1º de fevereiro de 2021. de sigilo no âmbito da CVM ou do Poder Executivo Federal terão seu sigilo
GUSTAVO MACHADO GONZALEZ preservado pela Autarquia.
Em Exercício 10. O acesso, a divulgação e o tratamento dessas informações
ficarão restritos a pessoas com necessidade de conhecê-la, observando-se
ANEXO procedimentos para classificação, desclassificação, reclassificação ou redução
Política de Gestão Documental da CVM do prazo de sigilo de informação classificada.
Introdução 11. No caso de documentos relativos a servidores, sua análise e
A Política de Gestão Documental (PGD) da CVM visa nortear as decisões de gestão serão realizadas identificando-se não apenas o seu valor primário,
gestão e preservação das informações e arquivos, abrangendo documentos assim entendido como aquele de natureza administrativa que levou à sua
produzidos e recebidos, independentemente do suporte, de modo que as produção, mas em especial o seu valor secundário, que gere outros fins,
atividades e serviços da Autarquia, bem como suas normas, procedimentos e como o probatório e informativo.
12. Os arquivos correntes da CVM serão organizados com base em

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métodos de classificação que considerem a natureza dos assuntos dos protocolar diferentes informações e documentos, em diversos suportes.
documentos resultantes de suas atividades e funções. 31. A gestão arquivística apoiará o funcionamento efetivo do
13. Será observado código de classificação de documentos de Protocolo Digital, do Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão
arquivo tanto para atividades finalísticas quanto para atividades-meio. (e-SIC/FalaBr) e do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da CVM, no que
14. Cumprida sua finalidade administrativa nos arquivos correntes, se refere a pedidos de acesso a informações e documentos produzidos ou
os documentos da CVM serão transferidos para arquivos intermediários, onde detidos pela CVM, orientando o funcionamento, ainda, do Sistema Eletrônico
aguardarão destinação final: eliminação ou guarda permanente em uma de Informações (SEI).
instituição arquivística pública. 32. O compartilhamento de bases de dados na administração
15. A eliminação de documentos observará tabela de temporalidade pública federal, bem como o pedido de abertura de bases de dados serão mais
e destinação de documentos de arquivo relativa às atividades-meio da bem viabilizados por meio da execução desta política.
Administração Pública, bem como aquela aplicável às atividades específicas ou 33. Os serviços públicos orientados, total ou parcialmente por esta
finalísticas da CVM. Política, serão prestados preferencialmente na forma digital, com
16. As instalações da CVM serão preparadas para a guarda de atualizações na Plataforma de Cidadania Digital do governo federal.
arquivos intermediários e, quando for o caso, adaptadas às funções específicas Responsabilidades
de arquivo permanente. 34. De forma geral, todos os servidores, colaboradores e
17. A CVM constituirá comissão permanente de avaliação de estagiários da CVM devem contribuir para que os objetivos da PGD sejam
documentos de arquivo com o fim de orientar e realizar o processo de análise, alcançados, mas há responsabilidades específicas para a Superintendência de
avaliação e seleção da documentação, independente do suporte, produzida e Proteção e Orientação aos Investidores, por meio da Divisão de Gestão da
acumulada no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação dos Informação (DINF), área técnica especializada na gestão arquivística.
documentos para guarda permanente e a eliminação dos destituídos de valor. 35. Caberá à DINF/SOI:
Documentos e Arquivos Digitais a) propor as atualizações da PGD e orientar, tecnicamente, sua
18. A avaliação e a destinação dos documentos arquivísticos digitais implantação;
devem obedecer aos procedimentos e critérios pelo CONARQ, devendo sua b) redigir propostas de normas e procedimentos específicos
eliminação observar a tabela de temporalidade da CVM. Tais documentos relacionados à PGD; e
também poderão ser objeto de recolhimento para guarda permanente por c) oferecer subsídios para avaliação e controle da PGD.
instituição arquivística pública. A gestão de documentos da CVM abrangerá, 36. A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos (CAD)
também, o correio eletrônico corporativo. terá as atribuições definidas em ato normativo da Presidência da CVM.
19. A preservação, a autenticidade e a acessibilidade dos 37. Os titulares de componentes organizacionais (TCO) serão
documentos digitais deverão ser apoiadas em política de preservação digital, responsáveis por orientar, se necessário com o apoio técnico da DINF, suas
com adequada sustentação legal, observando-se o seguinte: equipes para que a produção, guarda e controle de documentos seja realizada
a) infraestrutura organizacional, incluindo recursos humanos, em linha com a PGD e as normas aplicáveis.
tecnológicos e financeiros adequados, para receber, descrever, preservar e dar Sustentação
acesso aos documentos arquivísticos digitais sob sua guarda, garantindo o 38. A CVM possuirá setor com atribuições voltadas para a
armazenamento e segurança de longo prazo; e implementação, desenvolvimento e operacionalização desta Política, cuja
b) manutenção e atualização do ambiente tecnológico responsável responsabilidade pela sua execução é compartilhada com os demais
pela preservação e acesso dos documentos arquivísticos digitais sob sua componentes organizacionais da CVM.
custódia, como softwares, hardwares, formatos de arquivo e mídias de Monitoramento e controle
armazenamento digital. 39. O monitoramento da implementação e do desenvolvimento da
20. A digitalização de documentos arquivísticos permanentes será PGD será realizado com base em informações coletadas pela DINF, as quais
realizada pela CVM, seguindo não apenas os princípios da arquivologia, mas serão compiladas, periodicamente, em relatórios ao SOI e, quando
também o cumprimento das atividades inerentes ao processo, quais sejam a necessário, ao SGE.
captura digital, o armazenamento e a disseminação dos representantes digitais. 40. As conclusões poderão apontar para a necessidade de ações
21. Deverão existir repositórios arquivísticos digitais confiáveis para corretivas ou preventivas, de modo a garantir a efetividade desta Política,
o arquivamento e manutenção de documentos arquivísticos digitais em suas que será adaptada, também, para refletir mudanças na legislação aplicável e
fases corrente, intermediária e permanente. nas orientações técnicas pertinentes.
Recursos Humanos e Materiais
22. Servidores com formação especializada em Arquivologia Glossário
executarão e prestarão orientação técnica ao exercício de atividades de guarda,
preservação, conservação, restauração, digitalização, consulta e manuseio de
documentos, bem como de normatização. Arquivos - conjuntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos
23. A concepção, projeto, implantação e gerenciamento dos sistemas públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em
de gestão de documentos envolverão necessariamente profissionais de arquivo. decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa
24. A estrutura organizacional da CVM atribuirá a componente física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos
específico organizacional a responsabilidade técnica pela gestão documental, documentos.
considerando especialmente sua essencialidade à garantia do direito Arquivos correntes - conjuntos de documentos correntes.
fundamental de acesso à informação.
25. Ações de capacitação serão implementadas com o objetivo de Arquivos intermediários - conjuntos de documentos intermediários, os quais
orientar e treinar as equipes envolvidas com a gestão documental. aguardam sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
26. Os usuários internos serão também capacitados quanto à
produção e uso de informações e documentos arquivísticos. Arquivos públicos - conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no
27. Periodicamente ações de orientação serão promovidas, com o exercício de suas atividades:
intuito de fomentar uma cultura adequada de gestão da informação e arquivos. a) por órgãos públicos, em decorrência de suas funções
28. A presente política seguirá e, quando necessária, será atualizada administrativas, legislativas e judiciárias; e
para refletir as políticas relacionadas do Poder Executivo Federal, tais como: a
Política Nacional de Arquivos Públicos e Privados, a Política de Dados Abertos b) por instituições de caráter público e por entidades privadas
do Poder Executivo Federal, a Estratégia de Governança Digital. encarregadas da gestão de serviços públicos, no exercício de suas atividades.
29. No âmbito da CVM, a presente política concretizar-se-á por meio
Captura digital - conversão em imagem, por dispositivo eletrônico (escâner),
de normas específicas, como a Norma de Gestão de Processos Administrativos,
para o formato digital de um documento originalmente não digital
bem como por instrumentos de gestão arquivística, como o Código de
Classificação de Documentos e a Tabela de Temporalidade da CVM. Ela também Ciclo de vida da informação - abrange as 4 fases seguintes:
se relaciona com outras políticas da CVM, como o Plano de Dados Abertos da
CVM (PDA-CVM), a Política de Governança Digital, a Política de Segurança da a) manuseio - momento em que a informação é criada e
Informação (POSIC), o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação manipulada, incluindo, neste caso, a digitação de informações, o acesso com
(PETI) e o Plano Diretor de Tecnologia da Informação (PDTI). senha ou ao documento em suporte físico;
30. Os seguintes serviços públicos da CVM estão relacionados a esta
b) armazenamento - momento em que a informação é
Política:
armazenada, em banco de dados, papel, mídia óptica etc.
a) atendimento ao cidadão: no que concerne em viabilizar o acesso a
informações produzidas ou detidas pela CVM; e c) transporte - momento em que a informação é transportada,
b) protocolo: no que se refere à possibilidade de o cidadão em seja por correio eletrônico, postal, telefone etc.

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d) descarte - momento em que a informação pode ser eliminada,
seja pela destruição do suporte físico, seja pela eliminação do banco de dados. MINISTERIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
CONARQ - O Conselho Nacional de Arquivos é o órgão colegiado, vinculado ao
PORTARIA MJSP Nº 313, DE 22 DE JULHO DE 2021
Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e
que tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e
Aprova o Regimento Interno do Conselho
privados, bem como exercer orientação normativa visando à gestão
Nacional de Arquivos - Conarq.
documental e à proteção especial aos documentos de arquivo.
Digitalização - processo de conversão dos documentos arquivísticos em O MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA,
formato digital, que consiste em unidades de dados binários, denominadas de no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único
bits - que são 0 (zero) e 1 (um), agrupadas em conjuntos de 8 bits (binary digit) do art. 87 da Constituição, e o caput do art. 9º do Decreto nº 4.073, de 3 de
formando um byte, e com os quais os computadores criam, recebem, janeiro de 2002, e tendo em vista o disposto na alínea "i" do inciso III do art.
processam, transmitem e armazenam dados. 2º do Anexo I ao Decreto nº 9.662, de 1º de janeiro de 2019, e o que consta no
Processo Administrativo nº 08062.000008/2020-13, resolve:
Documento arquivístico - informação registrada, independente da forma ou do
suporte, produzida e recebida no decorrer das atividades de um órgão, Art. 1º Fica aprovado, na forma do Anexo, o Regimento Interno do
entidade ou pessoa, dotada de organicidade e que possui elementos Conselho Nacional de Arquivos - Conarq.
constitutivos suficientes para servir de prova dessas atividades. Art. 2º Fica revogada a Portaria MJ nº 2.588, de 24 de novembro de
2011.
Documento arquivístico digital - documento arquivístico codificado em dígitos
Art. 3º Esta Portaria entra em vigor no dia 02/08/2021.
binários, produzido, tramitado e armazenado por sistema computacional.
Documentos públicos correntes - documentos em curso ou que, mesmo sem ANDERSON GUSTAVO TORRES
movimentação, constituam objeto de consultas frequentes.
ANEXO
Documentos públicos intermediários - documentos que, não sendo de uso REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CO-
corrente, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação NARQ
ou recolhimento para guarda permanente.
Documentos públicos permanentes - conjuntos de documentos de valor CAPÍTULO I
histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente DA NATUREZA E DA FINALIDADE
preservados. Documentos de valor permanente são inalienáveis e Art. 1º O Conselho Nacional de Arquivos - Conarq, órgão colegiado
imprescritíveis, nos termos do art. 10 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991. instituído no âmbito do Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei nº 8.159,
de 8 de janeiro de 1991, e regulamentado pelo Decreto nº 4.073, de 3 de
Gestão de documentos - o conjunto de procedimentos e operações técnicas janeiro de 2002, com as alterações do Decreto nº 10.148, de 2 de dezembro de
referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase 2019, tem por finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para privados.
guarda permanente. CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA
Metadados - informações estruturadas e codificadas que descrevem e Art. 2º Para consecução de suas finalidades, compete ao Conarq:
permitem gerenciar, compreender, preservar e acessar os documentos digitais I - estabelecer diretrizes para o funcionamento do Sistema Nacio-
ao longo do tempo. Os metadados referem-se a: identificação e contexto nal de Arquivos - Sinar, visando à gestão, à preservação e ao acesso aos
documental (identificador único, instituição produtora, nomes, assunto, datas, documentos de arquivos;
local, código de classificação, tipologia documental, temporalidade, destinação, II - promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e
versão, documentos relacionados, idioma e indexação), segurança (categoria de privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das atividades
sigilo, informações sobre criptografia, assinatura digital e outras marcas arquivísticas;
digitais), contexto tecnológico (formato de arquivo, tamanho de arquivo, III - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública
dependências de hardware normas legais e decretos necessários ao aprimoramento e à implementação
Preservação de documentos - tratamento de acervos documentais que permita da política nacional de arquivos públicos e privados;
a prevenção da deterioração física dos documentos, com vistas à recuperação IV - zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e
da informação legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos;
V - estimular a instituição de programas de gestão e de preserva-
Recolhimento - entrada de documentos para guarda permanente em ção de documentos públicos de âmbito federal, estadual, distrital e munici-
instituições arquivísticas públicas. pal, produzidos ou recebidos pelo Poder Público;
VI - subsidiar a elaboração de planos nacionais de desenvolvimen-
Requisitos funcionais - abrangem registro e captura, classificação, tramitação, to, sugerindo metas e prioridades da política nacional de arquivos públicos e
avaliação e destinação, recuperação da informação, acesso e segurança, privados;
armazenamento e preservação. VII - estimular a implantação de sistemas de arquivos nos Poderes
Requisitos não funcionais - referem-se a utilização de padrões abertos, Executivo, Legislativo e Judiciário da União, dos Estados, do Distrito Federal e
independência de fornecedor, integração com sistemas legados, conformidade nos Poderes Executivo e Legislativo dos Municípios;
com a legislação e os padrões de interoperabilidade do governo, atendimento a VIII - estimular a integração e modernização dos arquivos públi-
usuários internos e externos, facilidade de utilização e desempenho. cos e privados;
IX - identificar os arquivos privados de interesse público e social,
Seleção - separação dos documentos de valor permanente daqueles passíveis de nos termos do art. 12 da Lei nº 8.159, de 1991;
eliminação, mediante critérios e técnicas previamente estabelecidos em tabela X - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública a
de temporalidade. declaração de interesse público e social de arquivos privados;
XI - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que
Transferência - passagem de documentos de um arquivo corrente para o desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do Sinar;
arquivo intermediário, onde aguardarão sua destinação final: eliminação ou XII - recomendar providências para a apuração e a reparação de
recolhimento para guarda permanente. atos lesivos à política nacional de arquivos públicos e privados;
[1]"Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos e XIII - promover a elaboração do cadastro nacional de arquivos
operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e públicos e privados, bem como desenvolver atividades censitárias referentes
arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou a arquivos;
recolhimento para guarda permanente." XIV - manter, por meio do Arquivo Nacional, intercâmbio com
outros colegiados e instituições, cujas finalidades sejam relacionadas ou
complementares às suas, para prover e receber elementos de informação e
(Publicado no Diário Oficial da União, Seção 1. de 25 de janeiro de 2021) juízo, conjugar esforços e encadear ações;
XV - articular-se com outros órgãos do Poder Público formulado-
res de políticas nacionais nas áreas de educação, cultura, ciência, tecnologia,
informação e informática;

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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XVI - propor a celebração, por meio do Arquivo Nacional, de DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO
acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação técnica com órgãos e Seção I
entidades públicas e privadas em matéria de interesse mútuo; e Da Estrutura Básica
XVII - editar orientações técnicas para a implementação da política Art. 5º O Conarq tem como estrutura básica:
nacional de arquivos, por meio de resolução. I - o Plenário; e
Parágrafo único. O Conarq, em articulação com os demais integrantes do Sinar, II - a Comissão de Avaliação de Acervos Privados.
promoverá a realização de conferência nacional de arquivos, de periodicidade Parágrafo único. O Conarq poderá instituir câmaras técnicas
quadrienal, com o objetivo de propor diretrizes para o aprimoramento da consultivas, de caráter temporário.
política nacional de arquivos públicos e privados. Art. 6º O Conarq funcionará junto ao Arquivo Nacional, ao qual
CAPÍTULO III caberá fornecer-lhe apoio técnico e administrativo.
DA COMPOSIÇÃO E DO MANDATO Seção II
Seção I Do Plenário
Dos Membros Conselheiros Art. 7º Compete ao Plenário, órgão superior de deliberação do
Art. 3º O Conarq é constituído por treze membros conselheiros: Conarq, constituído na forma do art. 3º deste Regimento:
I - o Diretor-Geral do Arquivo Nacional, que o presidirá; I - definir a política nacional de arquivos públicos e privados;
II - dois representantes do Poder Executivo federal; II - aprovar as normas necessárias à regulamentação e implemen-
III - um representante do Poder Judiciário federal; tação da política nacional de arquivos e funcionamento do Sinar;
IV - dois representantes do Poder Legislativo federal; III - decidir sobre os assuntos encaminhados à sua apreciação pelo
V - um representante dos arquivos públicos estaduais e distrital; Presidente do Conarq, pelas câmaras técnicas consultivas, pela Comissão de
VI - um representante dos arquivos públicos municipais; Avaliação de Acervos Privados ou pelos membros do Sinar;
VII - um representante de associações de arquivistas; e IV - criar e extinguir câmaras técnicas consultivas, bem como
VIII - quatro representantes de instituições de ensino e pesquisa, definir suas competências e estabelecer o seu prazo de duração;
organizações ou instituições com atuação na área de tecnologia da informação V - propor acordos, convênios, parcerias e termos de cooperação
e comunicação, arquivologia, história ou ciência da informação. técnica com órgãos e entidades públicas e privadas em matéria de interesse
§ 1º O Presidente do Conarq, em suas faltas e impedimentos, será mútuo, a serem celebrados por meio do Arquivo Nacional, observada a
substituído por seu substituto legal no Arquivo Nacional. disponibilidade de recursos orçamentários, humanos e tecnológicos necessá-
§ 2º Cada membro do Conarq terá um suplente, que o substituirá em rios à sua execução e respeitada a legislação pertinente; e
suas ausências e impedimentos. VI - propor ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública
§ 3º Os membros do Conarq e respectivos suplentes serão indicados: alteração do seu Regimento.
I - na hipótese do inciso II do caput: Parágrafo único. Para a consecução das competências previstas no
a) um pelo Ministro de Estado da Economia; e caput, o Plenário deverá estabelecer o seu planejamento estratégico pluria-
b) um pelo Ministro de Estado Chefe da Secretaria-Geral da Presi- nual e agenda regulatória, além de formular e aprovar projetos, implementar
dência da República; ações e avaliar resultados.
II - na hipótese do inciso III do caput, pelo Presidente do Supremo Art. 8º O Plenário reunir-se-á, em caráter ordinário, no mínimo,
Tribunal Federal; uma vez a cada quatro meses e, extraordinariamente, mediante convocação
III - na hipótese do inciso IV do caput: de seu Presidente ou a requerimento de dois terços de seus conselheiros.
a) um pelo Presidente da Câmara dos Deputados; e Art. 9º As reuniões serão, preferencialmente, realizadas por meio
b) um pelo Presidente do Senado Federal; e de videoconferência e gravadas em meio eletrônico.
IV - nas hipóteses dos incisos V a VIII do caput, por meio de seleção Parágrafo único. As reuniões poderão ser públicas, caso em que
pública realizada nos termos do disposto em ato do Ministro de Estado da será assegurado o acesso a qualquer pessoa, desde que previamente identifi-
Justiça e Segurança Pública. cada, observadas as restrições de acesso, sigilo legal e confidencialidade na
§ 4º Os membros do Conarq e respectivos suplentes serão designa- deliberação de matérias administrativas, bem como eventuais limitações
dos pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. físicas e tecnológicas.
§ 5º As designações dos membros do Conarq, de que tratam os Art. 10. As pautas das reuniões ordinárias do Plenário do Conarq
incisos II a IV do caput, terão validade por dois anos, renováveis, uma única serão encaminhadas aos conselheiros com antecedência de, no mínimo, dez
vez, por igual período. dias, sempre acompanhadas dos documentos necessários para deliberação.
§ 6º Os membros do Conarq, de que tratam os incisos V a VIII do Parágrafo único. As pautas das reuniões incluirão, dentre outros
caput, e seus respectivos suplentes, terão mandato referencial de dois anos, assuntos:
renováveis, uma única vez, por igual período. I - aprovação da ata da reunião anterior;
§ 7º Os Conselheiros titulares ou suplentes poderão ser destituídos, a II - leitura do expediente e das comunicações da ordem do dia;
qualquer tempo, por decisão do órgão ou da entidade que representem, os III - deliberação de matéria; e
quais deverão informar ao Conselho a ocorrência da vacância da representação IV - votação de matéria.
e indicar novos nomes para a recomposição e complementação do mandato. Art. 11. O quórum de reunião do Conarq é de maioria absoluta dos
§ 8º A substituição de conselheiro deverá ser comunicada formal- membros, e o quórum de aprovação é de maioria simples.
mente, com antecedência mínima de trinta dias da reunião subsequente, ao Parágrafo único. Além do voto ordinário, o Presidente do Conarq
Presidente do Conarq, que a encaminhará para designação pelo Ministro de terá o voto de qualidade, em caso de empate.
Estado da Justiça e Segurança Pública. Art. 12. É obrigação do conselheiro titular, caso impossibilitado de
§ 9º Na hipótese de substituição de conselheiro titular ou suplente comparecer à reunião do Plenário, providenciar o comparecimento do res-
com mandato em curso, o substituto completará o prazo remanescente a partir pectivo suplente.
da publicação da Portaria de sua designação. § 1º A ausência injustificada do conselheiro e do respectivo su-
Seção II plente a mais de duas reuniões, no período de um ano, será comunicada à
Da Seleção Pública de Conselheiros autoridade ou instituição responsável pela indicação do conselheiro, para
Art. 4º Os membros conselheiros do Conarq de que tratam os incisos sua substituição.
V a VIII do caput do art. 3º deste Regimento serão indicados por meio de sele- § 2º A ausência injustificada do conselheiro suplente que, convo-
ção pública, nos termos de edital aprovado pelo Ministro de Estado da Justiça e cado a substituir o titular, deixar de comparecer à reunião para a qual foi
Segurança Pública. designado, poderá implicar a sua destituição sumária, que será comunicada
Parágrafo único. A seleção pública observará as seguintes diretrizes: ao órgão ou à entidade que represente.
I - o Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública poderá dele- Art. 13. É permitida a participação e manifestação dos suplentes
gar ao Presidente do Conarq a publicação e execução do referido edital; nas reuniões do Conarq, sem direito a voto, por convite do Presidente ou por
II - o Presidente do Conarq constituirá, ad referendum do Conselho, solicitação do respectivo membro titular.
a comissão responsável pela condução do processo de seleção pública; Art. 14. O Conselho Nacional de Arquivos poderá convidar para
III - a comissão de seleção será formada por até cinco membros, participar de suas reuniões, sem direito a voto, entidades ou pessoas do setor
entre especialistas e convidados, e contará com o auxílio da Coordenação de público ou privado que atuem profissionalmente em atividades relacionadas
Apoio ao Conarq, unidade da estrutura do Arquivo Nacional; e aos assuntos em discussão pelo Plenário.
IV - concluído o processo de seleção pública, a comissão de seleção Art. 15. O registro das reuniões do Plenário será feito em atas cujo
deverá entregar relatório de atividades ao Presidente do Conarq com a relação arquivamento, após aprovação do Plenário, ficará a cargo da Coordenação de
dos candidatos habilitados, a ser encaminhada para análise final e designação Apoio ao Conarq, unidade da estrutura do Arquivo Nacional.
pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
CAPÍTULO IV

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


170
Art. 16. As informações referentes ao Conarq e ao desenvolvimento I - representar o Conarq nos atos que se fizerem necessários;
de suas atividades, incluindo registro de suas reuniões e deliberações, deverão II - definir a pauta de trabalho das reuniões do Plenário;
ser divulgadas em sítio eletrônico na Internet. III - convocar e presidir as reuniões do Plenário;
Seção III IV - receber os expedientes dirigidos ao Conarq, encaminhando ao
Das Câmaras Técnicas Consultivas Plenário aqueles pendentes de deliberação;
Art. 17. O Conarq poderá instituir câmaras técnicas consultivas, de V - submeter à votação as matérias a serem decididas pelo Plená-
caráter temporário, visando elaborar estudos, propostas normativas e proposi- rio, intervindo na ordem dos trabalhos ou suspendendo-os sempre que
ções de soluções necessárias à formulação e implementação da política nacio- necessário;
nal de arquivos públicos e privados ou relativas ao funcionamento do Sistema VI - designar os integrantes das câmaras técnicas consultivas e da
Nacional de Arquivos - Sinar. Comissão de Avaliação de Acervos Privados, ad referendum do Plenário;
§ 1º As câmaras técnicas consultivas serão compostas na forma de VII - indicar, dentre os membros do Conarq, os relatores das
ato do Conarq e seus membros poderão ser conselheiros ou especialistas con- matérias;
vidados. VIII - convidar membro suplente do Plenário, de ofício ou por
§ 2º Os membros das câmaras técnicas, em número máximo de proposição de conselheiro, para participar de suas reuniões, na forma do art.
cinco, incluindo o seu coordenador, serão designados pelo Presidente do Co- 13;
narq, ad referendum do Conselho. IX - indicar conselheiros para realização de estudos e emissão de
§ 3º O membro de câmara técnica consultiva que faltar, injustifica- pareceres necessários à consecução das finalidades do Conarq;
damente, a mais de duas reuniões, será automaticamente desligado. X - decidir, em caso de empate, por voto de qualidade, matérias
Art. 18. As câmaras técnicas estão limitadas à quantidade máxima de submetidas ao Plenário;
cinco, operando simultaneamente. XI - assinar as atas das reuniões, as resoluções do Conarq e demais
Art. 19. A duração máxima das atividades de uma câmara técnica expedientes e atos relativos ao cumprimento das decisões do Plenário;
consultiva é de um ano. XII - encaminhar ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança
Art. 20. As decisões das câmaras técnicas consultivas serão tomadas Pública minuta de exposição de motivos e informações sobre matérias de
por votação da maioria simples dos votos de seus membros presentes, cabendo competência do Conarq;
ao coordenador o voto de qualidade, quando necessário. XIII - cumprir e fazer cumprir as resoluções emanadas do Plená-
Art. 21. As câmaras técnicas consultivas reunir-se-ão por convoca- rio;
ção dos respectivos coordenadores, observado o cronograma estabelecido por XIV - encaminhar ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança
seus membros. Pública as propostas de alterações neste Regimento aprovadas pelo Plenário;
§ 1º As câmaras técnicas consultivas somente se reunirão para XV - deliberar nos casos de urgência e relevante interesse público,
deliberação quando presente a maioria de seus membros. ad referendum do Conselho, submetendo os referidos atos aos demais mem-
§ 2º Os membros das câmaras técnicas que se encontrarem no local bros do Conselho na reunião subsequente às deliberações; e
de realização da respectiva reunião participarão de forma presencial, enquanto XVI - encaminhar ao Ministro de Estado e Segurança Pública o
os membros que se encontrem em outros entes federativos participarão por relatório anual de atividades do Conarq.
meio de videoconferência. Seção II
Art. 22. As câmaras técnicas consultivas apresentarão relatórios de Dos Conselheiros
suas atividades ao Plenário do Conarq. Art. 28. Compete ao conselheiro do Conarq, como representante
Seção IV de seu segmento:
Da Comissão de Avaliação de Acervos Privados I - propor a inclusão de matérias na pauta de votação;
Art. 23. A Comissão de Avaliação de Acervos Privados é um subcole- II - comparecer às reuniões plenárias;
giado do Conarq, de caráter permanente, ao qual compete: III - apreciar a ata de reunião;
I - receber as propostas de declaração de interesse público e social IV - debater e votar a matéria em discussão;
de acervos privados e instruir o processo de avaliação; V - requerer informações, providências e esclarecimentos ao
II - convidar especialistas para análise do acervo privado, quando Presidente do Conarq
necessário; VI - realizar estudos, apresentar proposições, bem como apreciar
III - emitir parecer conclusivo sobre o interesse público e social do e relatar as matérias que lhes forem atribuídas;
acervo privado para apreciação pelo Plenário do Conarq; e VII - prestar informações e esclarecimentos ao Presidente do
IV - subsidiar o monitoramento dos acervos declarados como de Conarq quanto às ações para a implantação da política nacional de arquivos
interesse público e social pelo Poder Executivo federal. públicos e privados em seu segmento de representação;
Art. 24. A Comissão de Avaliação de Acervos Privados terá de três a VIII - solicitar a inclusão, em ata de reunião, de declarações de
cinco membros, e seus respectivos suplentes, nos termos do disposto em ato do voto, quando entender conveniente; e
Conarq. IX - apresentar, por escrito, propostas sobre assuntos sujeitos à
Parágrafo único. Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos análise do Conselho, entregando cópia à Coordenação de Apoio ao Conarq, do
Privados e respectivos suplentes, incluído o seu Presidente: Arquivo Nacional.
I - poderão ser conselheiros do Conarq ou especialistas convidados; Art. 29. Os conselheiros deverão apresentar informações sobre as
e atividades realizadas no âmbito do seu respectivo segmento de representa-
II - serão designados pelo Presidente do Conarq, ad referendum do ção para implementação da política nacional de arquivos públicos e privados,
Conselho. com o objetivo de subsidiar o relatório anual de atividades do Conarq.
Art. 25. A Comissão de Avaliação de Acervos Privados se reunirá, em Art. 30. É vedado ao Conselheiro:
caráter ordinário, sempre que houver solicitação para análise de acervo priva- I - manifestar-se em nome do Conselho sem delegação específica do Plenário
do, ou por convocação do seu Presidente, e, em caráter extraordinário, por ou do Presidente que o autorize, ressalvada a manifestação de sua própria
convocação do seu Presidente ou solicitação de seus membros. opinião, como Conselheiro;
Art. 26. O quórum de reunião da Comissão de Avaliação de Acervos II - fazer uso da condição de membro do Conselho ou efetuar
Privados é de maioria absoluta dos membros e o quórum de aprovação é de referências ao Conarq para fins particulares, ou em desacordo com os termos
maioria simples. deste Regimento; e
§ 1º Além do voto ordinário, o Presidente da Comissão de Avaliação III - divulgar as discussões em curso no Plenário sem anuência
de Acervos Privados terá o voto de qualidade em caso de empate. prévia do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública ou do Presidente
§ 2º A Secretaria-Executiva da Comissão de Avaliação de Acervos do Conarq.
Privados será exercida pelo Arquivo Nacional, por meio da Coordenação de CAPÍTULO VI
Apoio ao Conarq. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 3º Os membros da Comissão de Avaliação de Acervos Privados que Art. 31. As funções de conselheiro, membro de câmara técnica
se encontrarem no Distrito Federal se reunirão presencialmente no Arquivo consultiva ou da Comissão de Avaliação de Acervos Privados não será remu-
Nacional e os membros que se encontrem em outros entes federativos partici- nerada, sendo seu exercício considerado de relevante interesse público.
parão da reunião por meio de videoconferência. Art. 32. As vedações de que trata o art. 30 se aplicam aos membros
CAPÍTULO V das câmaras técnicas consultivas e das Câmaras de Avaliação de Acervos
DAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DO CONARQ Privados.
Seção I Art. 33. Os casos omissos e as dúvidas surgidas na aplicação deste
Do Presidente Regimento serão dirimidos pelo Plenário do Conarq.
Art. 27. Compete ao Presidente do Conarq dirigir, coordenar e
supervisionar as atividades do Conselho e, especificamente:

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


171
[Diário Oficial da União,Edição:138 | Seção: 1 | Página: 73, de 23 de julho de 2021] [Texto integral em:
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=12/09/201
4&jornal=1&pagina=96&totalArquivos=256]

INSTRUÇÕES NORMATIVAS FEDERAIS


MINISTÉRIO DA JUSTIÇA RESOLUÇÕES DO CONARQ
ARQUIVO NACIONAL
INSTRUÇÃO NORMATIVA AN/Nº 1, DE 18 DE ABRIL DE 1997 ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
Estabelece os procedimentos para entrada de acervos RESOLUÇÃO Nº 1, DE 18 DE OUTUBRO DE 1995
arquivísticos no Arquivo Nacional
Dispõe sobre a necessidade da adoção de planos
[REVOGADA PELA PORTARIA AN Nº 252, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2015] e ou códigos de classificação de documentos nos
arquivos correntes, que considerem a natureza
dos assuntos resultantes de suas atividades e
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO funções.
SECRETARIA DE LOGÍSTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 04 de 12 de novembro de 2010 O Presidente do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, no uso
Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu Regimento
Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em 27 de setembro
Sistema de Administração dos Recursos de Informação e de 1995 e
Informática (SISP) do Poder Executivo Federal. Considerando que é dever do Poder Público a gestão documental,
[REVOGADA PELA INSTRUÇÃO NORMATIVA N°4, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014] a proteção especial aos documentos de arquivo e as providências para
franquear aos cidadãos as informações contidas na documentação
governamental;
MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO Considerando que a organização da documentação pública é a
SECRETÁRIA DE LOGISTICA E TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO maneira pela qual o cidadão tem acesso aos instrumentos de garantia de seus
INSTRUÇÃO NORMATIVA N°4, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014 direitos;
Considerando que a organização dos arquivos se constitui em
Dispõe sobre o processo de contratação de Soluções de instrumento de eficácia administrativa no gerenciamento das informações,
Tecnologia da Informação pelos órgãos integrantes do contribuindo como agente de modernização da própria administração
Sistema de Administração dos Recursos de Tecnologia da pública do País;
Informação -SISP do Poder Executivo Federal. Considerando a importância e vantagens da classificação de
(Redação dada pela Instrução Normativa N° 2, de 12 de documentos de arquivos correntes, que objetiva a racionalização do fluxo
documental, a agilidade e a segurança na recuperação de informações para a
janeiro de 2015)
administração, bem como a organização da documentação acumulada como
(...)
requisito para sua correta destinação final,
Subseção II
resolve:
Do Estudo Técnico Preliminar da Contratação
Art. 1º - Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de
Art. 12. O Estudo Técnico Preliminar da Contratação será realizado pelos Arquivos, como decorrência de um programa de gestão de documentos,
Integrantes Técnico e Requisitante, compreendendo as seguintes tarefas: deverão organizar seus arquivos correntes com base em métodos de
I -definição e especificação das necessidades de negócio e classificação, que considerem a natureza dos assuntos dos documentos
tecnológicas, e/ou dos requisitos necessários e suficientes à escolha da Solução resultantes de suas atividades e funções.
de Tecnologia da Informação, a partir da avaliação do DOD e do levantamento §1º - Considera-se gestão de documentos o planejamento e o
de: controle das atividades técnicas relacionadas à produção, classificação,
a) demandas dos potenciais gestores e usuários da Solução de tramitação, uso, arquivamento, avaliação e seleção dos documentos de
Tecnologia da Informação; arquivo, em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou
b) soluções disponíveis no mercado; e recolhimento para guarda permanente.
c) análise de projetos similares realizados por outros órgãos ou §2º - Consideram-se arquivos correntes os conjuntos de
entidades da Administração Pública. documentos em curso ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto
II -avaliação das diferentes soluções que atendam aos requisitos, de consultas frequentes.
considerando: §3º Consideram-se arquivos intermediários os conjuntos de
a) a disponibilidade de solução similar em outro órgão ou entidade da documentos que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores,
Administração Pública; aguardam sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
b) as soluções existentes no Portal do Software Público Brasileiro Art. 2º O Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, poderá
(http://www.softwarepublico.gov.br); subsidiar, por intermédio de suas Câmaras Técnicas, os integrantes do
c) a capacidade e alternativas do mercado, inclusive a existência de Sistema Nacional de Arquivos - SINAR na elaboração ou análise de planos e
software livre ou software público; ou códigos de classificação de arquivos correntes.
d) a observância às políticas, premissas e especificações técnicas
definidas pelos Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico -e-PING e JAIME ANTUNES DA SILVA
Modelo de Acessibilidade em Governo Eletrônico -e-MAG, conforme as
Portarias Normativas SLTI nº5, de 14 de julho de 2005 e nº3, de 7 de maio de [Diário Oficial da União, de 24 de outubro de 1995]
2007;
e) a aderência às regulamentações da Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira -ICP-Brasil, conforme a Medida Provisória nº2.200-2, de 24 ARQUIVO NACIONAL
de agosto de 2001, quando houver necessidade de utilização de certificação CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
digital; RESOLUÇÃO Nº 2, DE 18 DE OUTUBRO DE 1995
f) a observância às orientações, premissas e especificações técnicas e
funcionais definidas pelo Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados Dispõe sobre as medidas a serem observadas na
de Gestão Arquivística de Documentos -e-ARQ Brasil, quando o objetivo da transferência ou no recolhimento de acervos
documentais para instituições arquivísticas
solução abranger a gestão de documentos arquivísticos digitais e não digitais ,
públicas.
conforme Resolução do CONARQ nº32, de 17 de maio de 2010;
(...)
O Presidente do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, no uso
Art. 41. Esta Instrução Normativa entrará em vigor em 2 de janeiro
de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu Regimento
de 2015, quando restará revogada a Instrução Normativa SLTI/MP nº 4, de 12 de Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em 27 de setembro
novembro de 2010, e suas alterações.(Redação dada pela Instrução Normativa de 1995 e
N° 2, de 12 de janeiro de 2015) Considerando a importância da preservação dos acervos
Loreni F. Foresti produzidos pela administração pública como instrumento de prova e
informação sobre suas atividades para as administrações e gerações futuras;
[Diário Oficial da União, de 12 de setembro de 2014, Seção 1]

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


172
Considerando a necessidade de orientar os órgãos e entidades 2. OBJETIVOS E ÁREA DE ATUAÇÃO
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR em relação à 2.1. Objetivo Geral:
transferência ou ao recolhimento de seus acervos para instituições O Programa de Assistência Técnica tem por objetivo geral prestar
arquivísticas públicas, cumprida sua finalidade administrativa nos arquivos orientação especializada aos órgãos e entidades integrantes do SINAR, no
correntes; sentido de promover a transferência de tecnologias adequadas e a difusão de
Considerando que a transferência e o recolhimento de acervos, normas e procedimentos quanto ao melhor gerenciamento de seus arquivos,
corretamente operacionalizados, são fundamentais para garantir melhores visando à efetiva integração sistêmica e à modernização da rede de arquivos
condições de guarda e preservação dos documentos, bem como para torná-los públicos e privados do País.
rapidamente disponíveis aos usuários, resolve: 2.2. Objetivos específicos:
Art. 1º - Os acervos documentais a serem transferidos ou recolhidos a) Promover o desenvolvimento de programas de gestão de
às instituições arquivísticas públicas, pelos órgãos e entidades do Poder Público, documentos, objetivando o planejamento e o controle das atividades técnicas
deverão estar organizados, avaliados, higienizados, acondicionados e relacionadas à produção, tramitação, classificação, arquivamento, uso,
acompanhados de instrumento descritivo que permita sua identificação e avaliação e seleção dos documentos de arquivo, em fase corrente e
controle. intermediária, com fins de recolhimento para guarda permanente ou
§ 1º - Considera-se transferência a passagem de documentos de um eliminação;
arquivo corrente para o arquivo intermediário, onde aguardarão sua b) promover o desenvolvimento de atividades relacionadas à
destinação final: eliminação ou recolhimento para guarda permanente. organização e preservação de arquivos permanentes;
§ 2º - Considera-se recolhimento a entrada de documentos para c) promover o intercâmbio e a integração sistêmica das atividades
guarda permanente em instituições arquivísticas públicas. arquivísticas, envolvendo todas as fases do ciclo documental (corrente,
Art. 2º - O instrumento descritivo mencionado no Art. 1º deverá intermediária e permanente);
conter os seguintes dados: órgão de procedência (responsável pela d) estimular e promover a capacitação e aperfeiçoamento técnico
transferência ou recolhimento); órgão de proveniência (responsável pela dos recursos humanos que desenvolvam atividades de arquivos nos órgãos e
produção e acumulação do acervo); tipo e número das embalagens utilizadas entidades participantes do Sistema Nacional de Arquivos.
no transporte (containers, caixas, pacotes); tipo e número das unidades de 2.3. Área de atuação:
acondicionamento; descrição do conteúdo, indicando, entre outras O Programa de Assistência Técnica visa ao desenvolvimento de
informações, o gênero dos documentos (textual, iconográfico, audiovisual, uma série de atividades relacionadas a diferentes campos da Arquivologia -
cartográfico, informático); e datas-limite dos documentos. gestão de documentos, tratamento técnico de arquivos permanentes,
Parágrafo único - O instrumento descritivo deverá conter data e conservação, restauração, microfilmagem, informática, etc. - por meio das
assinatura do responsável pelo órgão que procede a transferência ou o seguintes modalidades: consultoria técnica para a elaboração e/ou
recolhimento. administração de projetos na área da Arquivologia; supervisão e/ou
Art. 3º - As instituições arquivísticas públicas deverão baixar assessoramento técnico para a execução de atividades relacionadas à área;
instruções normativas sobre a matéria, no seu âmbito de atuação. produção e difusão de manuais e instrumentos de trabalho; realização de
cursos de capacitação e treinamento de recursos humanos; estágios; visitas
JAIME ANTUNES DA SILVA técnicas; promoção de encontros, seminários, mesas-redondas e outros
eventos.
[Diário Oficial da União, de 24 de outubro de 1995] 3. ESTRATÉGIAS DE ATUAÇÃO
Com vistas ao desempenho eficaz do Programa de Assistência
Técnica, no sentido de otimizar os serviços e garantir, nas instituições
atendidas, condições favoráveis à continuidade dos trabalhos realizados, este
ARQUIVO NACIONAL Programa tem como prioridade as seguintes estratégias de atuação:
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS 3.1 Por parte do CONARQ
RESOLUÇÃO Nº 3, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1995 a) Receber e analisar os pedidos de assistência técnica que lhe
forem formulados, encaminhando-os aos órgãos integrantes do SINAR mais
Dispõe sobre o Programa de Assistência Técnica do habilitados a atendê-los;
Conselho Nacional de Arquivos. b) promover a articulação das atividades de assistência técnica,
atuando como agente interlocutor junto aos órgãos envolvidos, para
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, estabelecer prioridades e disciplinar a prestação de serviços, objetivando o
no uso de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu Regimento planejamento e o bom desempenho do Programa;
Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em 15 de dezembro de c) orientar os órgãos indicados para prestar os serviços, tendo em
1995 e vista a complexidade dos trabalhos e a natureza das instituições a serem
Considerando que compete ao CONARQ, como órgão central do atendidas, quanto ao estabelecimento de mecanismos, na forma de ajustes,
Sistema Nacional de Arquivos-SINAR, exercer orientação normativa quanto à contratos ou convênios, a serem firmados entre as partes interessadas, nos
gestão e à proteção especial dos documentos de arquivo; quais serão definidas as condições para o desenvolvimento dos trabalhos.
Considerando que compete, também, ao CONARQ estimular o inter- 3.2 Por parte dos órgãos indicados para prestar os serviços
relacionamento de arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e a) Prever, de acordo com a orientação recebida do CONARQ, os
integração sistêmica das atividades arquivísticas, bem como a integração e mecanismos adequados à prestação dos serviços, na forma do item 3.1 c
modernização dos arquivos públicos e privados; supra;
Considerando, ainda, a necessidade de definir uma estratégia de b) designar técnicos qualificados para as atividades de consultoria
atuação, junto aos integrantes do SINAR, que tenha por premissa a e assessoria, que deverão orientar a execução das tarefas, competindo esta às
transferência de metodologias e técnicas adequadas no campo da Arquivologia, próprias instituições que solicitarem a assistência técnica;
através da prestação de assessoramento técnico especializado, c) manter o CONARQ informado sobre o andamento dos trabalhos.
RESOLVE: 3.3 Por parte dos órgãos solicitantes dos serviços
Art. 1º - Aprovar o anexo Programa de Assistência Técnica, a ser a) Encaminhar toda solicitação de assistência técnica ao CONARQ
desenvolvido pelos órgãos e entidades integrantes do SINAR, sob a por meio de correspondência oficial;
coordenação do CONARQ. b) assegurar, como condição prévia ao recebimento da assistência
técnica, a participação de seus funcionários nas atividades a serem
JAIME ANTUNES DA SILVA desenvolvidas sob a supervisão técnica do órgão integrante do SINAR
indicado para atender à demanda, de modo a capacitá-los a zelar pela guarda
[Diário Oficial da União, de 28 de dezembro de 1995] e pelo bom funcionamento de seus arquivos, consagrando, assim, o princípio
da cooperação mútua entre parceiros;
[Anexo] c) estimular, junto ao seu corpo técnico o registro sistemático e o
intercâmbio permanente do conhecimento acumulado e das experiências
PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS realizadas, interna e externamente, no exercício de suas funções.
4. RESULTADOS ESPERADOS
1. JUSTIFICATIVA O Programa de Assistência Técnica visa a alcançar, a curto e
O Programa de Assistência Técnica é instituído para dar médio prazos, os seguintes resultados:
cumprimento às disposições previstas no Decreto nº 1.173/94, particularmente a) Padronização e interação sistêmica das atividades de arquivo e
no que se refere nos itens V, VII, VIII e X do art. 2º. controle de documentos no âmbito da Administração Pública;
As ações decorrentes deste Programa serão desenvolvidas para os b) racionalização e modernização dos serviços arquivísticos;
membros e pelos membros integrantes do Sistema Nacional de Arquivos-SINAR c) agilidade e segurança no acesso e recuperação da informação
sob a coordenação do Conselho Nacional de Arquivos-CONARQ, órgão pública;
vinculado ao Arquivo Nacional, do Ministério da Justiça. d) redução nos custos de armazenagem da documentação pública;

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


173
e) racionalização e otimização de recursos humanos e materiais; Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em sua 8ª reunião
f) preservação do patrimônio arquivístico do País, como decorrência ordinária, realizada nos dias 12 e 13 de maio de 1997 e,
da avaliação criteriosa da massa documental a ser eliminada ou recolhida, em Considerando que cabe à Administração Pública a gestão da
função dos programas de gestão e de preservação de documentos públicos documentação governamental e as providências para franquear sua consulta
desenvolvidos nos órgãos e entidades governamentais; a quantos dela necessitem (Parágrafo 2º, do art. 216 da Constituição Federal);
g) eficácia e agilidade no processo decisório por parte da máquina Considerando que é dever do Poder Público a gestão documental e
administrativa do Estado; a proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à
h) democratização da informação pública em benefício dos direitos administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de
da cidadania, tendo em vista que a organização da documentação pública é a prova e informação (Artigo 1º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991),
maneira pela qual o cidadão tem acesso às ações da autoridade pública e, RESOLVE estabelecer as seguintes diretrizes para orientação dos
portanto, aos instrumentos de garantia de seus direitos; órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR
i) conscientização da função social dos arquivos como instrumento quanto à terceirização de serviços arquivísticos.
de apoio ao Estado e ao cidadão, bem como à pesquisa histórica e ao Art. 1º As atividades de avaliação serão reservadas para execução
desenvolvimento científico e cultural. direta pelos órgãos e entidades do Poder Público, por ser atividade essencial
da gestão de documentos, de responsabilidade de Comissões Permanentes de
Avaliação, conforme determina o disposto no art. 2º do Decreto nº 2.182, de
ARQUIVO NACIONAL 20 de março de 1997, sendo vedada a eliminação de documentos sem prévia
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS autorização da instituição arquivística pública de seu âmbito de atuação,
RESOLUÇÃO Nº 4, DE 28 DE MARÇO DE 1996 conforme determina o disposto no art. 9º, da Lei nº 8.159/91.
[REVOGADA PELA RESOLUÇÃO, Nº 14 DE 24 DE OUTUBRO DE 2001] Art. 2º A guarda dos documentos públicos é exclusiva dos órgãos e
entidades do Poder Público, visando garantir o acesso e a democratização da
Dispõe sobre o Código de Classificação de informação, sem ônus, para a administração e para o cidadão.
Documentos de Arquivo para a Administração Art. 3º Poderão ser contratados serviços para a execução de
Pública: Atividades-Meio, a ser adotado como um atividades técnicas auxiliares, desde que planejados, supervisionados e
modelo para os arquivos correntes dos órgãos e controlados por agentes públicos pertencentes aos órgãos e entidades
entidades integrantes do Sistema Nacional de produtores e acumuladores dos documentos.
Arquivos - SINAR, e aprova os prazos de guarda e a Art. 4º Para efeitos desta Resolução, a gestão de documentos,
destinação de documentos estabelecidos na Tabela conforme preconiza o art. 3º da Lei nº 8.159/91, compreende o conjunto de
Básica de Temporalidade e Destinação de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação,
Documentos de Arquivo Relativos às Atividades- uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a
Meio da Administração Pública. sua eliminação ou recolhimento para a guarda permanente.

JAIME ANTUNES DA SILVA


ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS [Diário Oficial da União, de 23 de maio de 1997]
RESOLUÇÃO Nº 5, DE 30 DE SETEMBRO DE 1996
ARQUIVO NACIONAL
Dispõe sobre a publicação de editais para Eliminação CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
de Documentos nos Diários Oficiais da União, Distrito RESOLUÇÃO Nº 7, DE 20 DE MAIO DE 1997
Federal, Estados e Municípios. [REVOGADA PELA RESOLUÇÃO Nº 40, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014]

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS-CONARQ,


no uso de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu Regimento
Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em sua 6ª reunião
ordinária realizada nos dias 22 e 23 de agosto de 1996 e,
Considerando o disposto na alínea C, do parágrafo único, do art. 5º,
do Anexo ao Decreto nº 96.671, de 9 de setembro de 1988;
Considerando o disposto no item 3 da Tabela Básica de
Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às
Atividades-Meio da Administração Pública, aprovada pela Resolução nº 4, de 28
de março de 1996, deste Conselho;
Considerando as recomendações contidas na NBR - 10.519, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT, sobre Critérios de Avaliação
de Documentos de Arquivo, resolve:
Art. 1º- Os órgãos e entidades integrantes do Poder Público farão
publicar nos Diários Oficiais da União, do Distrito Federal, dos Estados e
Municípios, correspondentes ao seu âmbito de atuação, os editais para
eliminação de documentos, decorrentes da aplicação de suas Tabelas de
Temporalidade, observado o disposto no art. 9º da Lei 8.159, de 08 de janeiro de
1991.
Parágrafo único - Os editais referidos neste artigo serão publicados
em outro veículo de divulgação local quando a administração pública
municipal não editar Diário Oficial.
Art. 2º - Os editais para eliminação de documentos deverão
consignar um prazo de 30 a 45 dias para possíveis manifestações ou, quando for
o caso, possibilitar às partes interessadas requererem, a suas expensas, o
desentranhamento de documentos ou cópias de peças de processos.

JAIME ANTUNES DA SILVA

[Diário Oficial da União, de 11 de outubro de 1996]

ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 6, DE 15 DE MAIO DE 1997

Dispõe sobre diretrizes quanto à terceirização de


serviços arquivísticos públicos.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,


no uso de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu Regimento

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


174
ANEXO 1

LISTAGEM DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS ÓRGÃO/SETOR: ___________


ÓRGÃO/ENTIDADE LISTAGEM Nº:______________
UNIDADE/SETOR FOLHA Nº:__________________
CÓDIGO UNIDADE DE ARQUIVAMENTO
OU
Nº. DO ASSUNTO DATAS-LIMITE QUANT. ESPECIFICAÇÃO OBSERVAÇÕES/JUSTIFICATIVA
ITEM SÉRIE

LOCAL/DATA LOCAL/DATA, LOCAL/DATA


________, ___/___/___ ______, ___/___/___ ___________, ___/___/___

AUTORIZO:
_____________________ _______________________________
RESPONSÁVEL PRESIDENTE DA _______________________________
PELA SELEÇÃO COMISSÃO AUTORIDADE DO ÓRGÃO A QUEM COMPETE AUTORIZAR
PERMANENTE DE AVALIAÇÃO

ANEXO 2

(NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE)


TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

Aos ______ dias do mês de __________ do ano de _________, o (indicar o nome do órgão ou entidade responsável pela eliminação), de acordo com o
que consta do/da (indicar a Tabela de Temporalidade de Documentos ou a Listagem de Eliminação de Documentos e respectivo Edital de Ciência de
Eliminação de Documentos), aprovados pelo (titular) do/da (indicar a instituição arquivística), por intermédio do (indicar o documento de aprovação), e
publicada(o) no (indicar o periódico oficial), de (indicar a data de publicação da tabela ou do edital), procedeu à eliminação de (indicar a quantificação
mensuração), de documentos relativos a (referência aos conjuntos documentais eliminados), integrantes do acervo do(a) (indicar o nome do órgão ou
entidade produtor/acumulador), do período (indicar as datas-limite dos documentos eliminados).
(nome da unidade orgânica responsável pela eliminação, nome, cargo e assinatura do titular)

ANEXO 3

(NOME DO ÓRGÃO OU ENTIDADE)


EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

Nº ______/____

O Presidente da Comissão Permanente de Avaliação, designado pela Portaria nº _____, de ___/___/___, publicada no (indicar o periódico oficial), de
___/___/___, de acordo com (indicar a Listagem de Eliminação de Documentos), aprovada pelo (titular) do(a) (indicar a instituição arquivística), por
intermédio do (indicar o documento de aprovação), faz saber a quem possa interessar que a partir do (30º a 45º) (escrever por extenso, entre parênteses, o
número ordinal correspondente) dia subsequente a data de publicação deste Edital no (indicar o periódico oficial), se não houver oposição, o(a) (indicar a
unidade orgânica responsável pela eliminação) eliminará os documentos relativos a (indicar os conjuntos documentais a serem eliminados), do período
(indicar as datas-limite), do(a) (indicar o nome do órgão ou entidade produtor dos documentos a serem eliminados).

Os interessados, no prazo citado, poderão requerer às suas expensas, o desentranhamento de documentos ou cópias de peças do processo,
mediante petição, desde que tenha respectiva qualificação e demonstração de legitimidade do pedido, dirigida à Comissão Permanente de Avaliação do(a)
(indicar o órgão ou entidade).
(Local e data)

(Nome e assinatura do Presidente da Comissão Permanente de Avaliação)

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Julho de 2020 a dezembro de 2020


175
ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 8, DE 20 DE MAIO DE 1997
[Revogada pela Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001]

ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 9, DE 1º DE JULHO DE 1997
[Regimento interno do CONARQ]
[Revogada pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República, de
14 de fevereiro de 2002]
[Ver: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA - PORTARIA Nº 2.588, DE 24 DE NOVEMBRO
DE 2011. Aprova o Regimento Interno do Conselho Nacional de Arquivos]

ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 10, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1999

Dispõe sobre a adoção de símbolos ISO nas


sinaléticas a serem utilizadas no processo de
microfilmagem de documentos arquivísticos.

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS -


CONARQ, no uso de suas atribuições previstas no item IX, do art.18, de seu
Regimento Interno, de conformidade com deliberação do Plenário, em sua
15ª reunião ordinária realizada no dia 6 de dezembro de 1999 e,
Considerando os dispositivos da Lei nº 5.433, de 8 de maio de
1968, regulamentada pelo Decreto nº 1.799, de 30 de janeiro de 1996 e da
Portaria MJ nº 58, de 20 de junho de 1996, que tratam da microfilmagem de
documentos arquivísticos;
Considerando os resultados da Comissão Especial criada pela
Portaria CONARQ nº 30, de 22 de fevereiro de 1999, com a finalidade de
adequar os símbolos de normas ISO de sinaléticas técnicas à microfilmagem
de documentos arquivísticos;
Considerando a necessidade de que a microfilmagem dos
documentos arquivísticos seja realizada dentro dos padrões e normas
internacionais, resolve:
Art. 1º Adotar, no processo de microfilmagem de documentos
arquivísticos, símbolos constantes da ISO 9878/1990, anexo 1, e o roteiro de
sinaléticas, anexo 2.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JAIME ANTUNES DA SILVA

[Diário Oficial da União de 22 de dezembro de 1999. Seção I, pg. 202]

(SEGUEM ANEXOS 1 E 2)

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Junho de 2021


176
ANEXO 1

SÍMBOLOS UTILIZADOS – ISO 9878/1990

1) Símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos os rolos:

Início do rolo. Fim do rolo.


Beginning of roll. End of roll.
0076 (*) 0075 (*)

2) Símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos os rolos, caso a documentação tenha continuidade:
Continua em outro rolo. Continuação de outro rolo.
Continued on another roll. Continued from another roll.
(*) 0491 (*)
0490

3) Símbolos obrigatórios a serem microfilmados junto com os documentos, conforme a situação:

Original ilegível. Original em cores.


Original difficult to read. Original in colour.
0077 (*) 0488 (*)

Texto deteriorado. Repetição de imagem.


Encadernação defeituosa. Repetition of image. 0080 (*)
Damaged text.
Wrong binding.
0078 (*)

Numeração incorreta. Páginas e/ou números em falta.


Data incorreta. Missing pages and/or issues.
Incorrect numbering. 0081 (*)
Incorrect date.
0079 (*)

(*) Números de referência da Norma ISO 7000/1984, incluídos na ISO 9878/1990.

OBS: As letras e números das mensagens, que acompanham os símbolos obrigatórios indicados no item 1, deverão ser apresentados na fonte ARIAL, em
tamanho igual ou superior a 70 pontos. Para os símbolos indicados no item 2, o tamanho poderá variar entre 14 e 30 pontos. Na ausência da fonte ARIAL,
usar letras e números não serifados, isto é, sem qualquer tipo de adorno, em tamanho igual ou superior a 18 milímetros para os símbolos indicados no item
1. Para os símbolos indicados no item 2, o tamanho poderá variar entre 3 e 7 milímetros.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Junho de 2021


177
ANEXO 2

ROTEIRO DE SINALÉTICAS – QUADRO DE APLICAÇÃO

I - SINALÉTICAS QUE ANTECEDEM À SEQÜÊNCIA DE DOCUMENTOS A SEREM


MICROFILMADOS:

SÍMBOLOS ISO CORPO DAS LETRAS E NÚMEROS


1
SINALÉTICAS ARIAL OU SIMILAR INFORMAÇÕES SOBRE O USO
(ANEXO 1) PONTOS MILÍMETROS

70 18 Deve constar de todos os rolos para que não


1. INÍCIO DO ROLO
ou superior ou superior restem dúvidas quanto ao início do filme.

2. CONTINUAÇÃO DE Deve ser usada para informar que os


70 18
OUTRO ROLO documentos que precedem os que serão
ou superior ou superior
microfilmados encontram-se em outro rolo.

Deve ser usada para indicar as omissões,


3. IMAGEM DE problemas de legibilidade ou outras
__ 14 a 30 3a7
OBSERVAÇÃO ocorrências previstas no art. 9º do Decreto nº
1.799, de 30 janeiro de 1996.
Deve constar de todos os rolos uma folha em
4. DENSIDADE branco, preferencialmente com as
__ __ __
UNIFORME características do papel fotográfico fosco, que
permita a medição da densidade do microfilme.
Cada rolo de microfilme poderá receber um
70 18
5. NÚMERO DO FILME __ número, para fins de identificação, registro,
ou superior ou superior
controle e acesso.
6. LOGOTIPO E
IDENTIFICAÇÃO DA Deve constar de todos os rolos. Caso a
INSTITUIÇÃO DETENTORA DO __ 14 a 30 3a7 instituição possua logotipo, este poderá
ACERVO integrar a sinalética.

7. LOGOTIPO E Pode ser usada quando a microfilmagem


IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO __ 36 a 58 9 a 15 decorrer de patrocínio, convênio, intercâmbio
DE MICROFILMAGEM etc.
Pode ser usada para informar ao usuário que a
instituição se reserva o direito de recusar
pedidos de reprodução de documentos de seu
8. RESTRIÇÕES acervo, que violem dispositivos legais em vigor,
__ 14 a 30 3a7
QUANTO À REPRODUÇÃO tais como: Lei nº 9.610, de 19 de fevereiro de
1998 (Direitos Autorais), Lei nº 8.159, de 8 de
janeiro de 1991 (Lei de Arquivos) e seus
decretos regulamentadores.
(1) Usar a fonte ARIAL, no tamanho indicado em pontos. Na ausência dessa fonte, usar letras e números não serifados, isto é, letras e números sem qualquer
tipo de adorno, no tamanho indicado em milímetros.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Junho de 2021


178
SÍMBOLOS ISO CORPO DAS LETRAS E NÚMEROS
2
SINALÉTICAS ARIAL OU SIMILAR INFORMAÇÕES SOBRE O USO
(ANEXO 1) PONTOS MILÍMETROS

9. SÍMBOLOS Deve constar de todos os rolos, visando à


ANEXO 1 14 a 30 3a7
UTILIZADOS orientação do usuário.

Deve constar de todos os rolos, para a


identificação dos documentos e dos
10. IMAGEM DE
__ 14 a 30 3a7 procedimentos utilizados na microfilmagem,
ABERTURA
em conformidade com o art. 7º do Decreto nº
1.799/96.
Pode ser usada para destacar conjuntos
11. IDENTIFICAÇÃO DO 70 18 documentais (fundos, coleções, séries etc.),
__
FUNDO / COLEÇÃO ou superior ou superior acrescentando outras informações de interesse
para a melhor orientação do usuário.
Deve ser usada para identificar e localizar os
12. CONTEÚDO DO ROLO __ 36 a 58 9 a 15
documentos que integram um mesmo rolo.
13. CARTÃO DE Deve constar de todos os rolos para permitir a
__ __ __
RESOLUÇÃO realização de testes de qualidade.
Pode ser usada antes de cada conjunto
14. SEPARAÇÃO DE documental para alertar o usuário da mudança
__ __ __
CONJUNTOS DOCUMENTAIS de um conjunto documental para outro. Mais
conhecida como ZEBRA.
Deve constar de todos os rolos para informar os
graus de redução adotados. Sempre que houver
necessidade de alteração do grau de redução
15. GRAU DE REDUÇÃO __ 36 a 58 9 a 15
para determinado conjunto documental, o
novo grau de redução adotado deverá ser
informado.
(2) Usar a fonte ARIAL, no tamanho indicado em pontos. Na ausência dessa fonte, usar letras e números não serifados, isto é, letras e números sem qualquer
tipo de adorno, no tamanho indicado em milímetros

II - SINALÉTICAS POSTERIORES À SEQÜÊNCIA DE DOCUMENTOS MICROFILMADOS:

CORPO DAS LETRAS E NÚMEROS


SINALÉTICAS SÍMBOLOS ISO ARIAL OU SIMILAR INFORMAÇÕES SOBRE O USO

(ANEXO 1) PONTOS MILÍMETROS


Deve constar de todos os rolos uma folha em
branco, preferencialmente com as
1. DENSIDADE
__ __ __ características do papel fotográfico fosco,
UNIFORME
que permita a medição da densidade do
microfilme.
2. CARTÃO DE Deve constar de todos os rolos para permitir
__ __ __
RESOLUÇÃO a realização de testes de qualidade.
Deve constar de todos os rolos, contendo as
3. IMAGEM DE
__ 14 a 20 3a7 informações previstas no art. 8º do Decreto
ENCERRAMENTO
nº 1.799/96.

70 18 Deve ser usada para informar que


4. CONTINUA EM
documentos do mesmo conjunto documental
OUTRO ROLO ou superior ou superior
encontram-se microfilmados em outro rolo.

70 18 Deve constar de todos os rolos para que não


5. FIM DO ROLO
ou superior ou superior restem dúvidas quanto ao fim do filme.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Junho de 2021


179
desempenho de suas atividades, desde que garantido o atendimento às
ARQUIVO NACIONAL seguintes condições:
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS a - preservação e acesso aos documentos, conforme legislação e
RESOLUÇÃO Nº 11, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999 regulamentação aplicável;
[Revogada pela Resolução nº 18, de 30 de julho de 2003] b - fornecimento anual, às instituições arquivísticas públicas e às
agências reguladoras, das informações cadastrais básicas, conforme modelo
Dispõe sobre os arquivos públicos que integram o padrão anexo a esta Resolução;
acervo das agências reguladoras, das empresas em c - observância às demais orientações emanadas das agências
processo de desestatização, das empresas reguladoras no que tange à gestão de arquivos públicos pertinentes a sua
desestatizadas, das concessionárias, atividade-fim.
permissionárias e autorizatárias de serviços Art. 5º - O disposto nesta Resolução aplica-se, também, às
públicos, e das pessoas jurídicas de direito privado. instituições mencionadas em seu art. 1º, cujos editais, contratos de concessão,
termos de autorização, permissões e correspondentes, não incluíram item ou
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ, no cláusula específica sobre os documentos públicos de valor permanente,
uso de suas atribuições previstas no item IX, do art. 18, de seu Regimento Interno, inalienáveis e imprescritíveis, de acordo com o artigo 10 da Lei n° 8.159/99.
aprovado pela Resolução n° 9, de 1º de Julho de 1997,de conformidade com Art. 6º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
deliberação do Plenário, em sua 16ª reunião ordinária realizada em 7 de dezembro
de 1999, JAIME ANTUNES DA SILVA
Considerando o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que
dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras [Diário Oficial da União, de 11 de janeiro de 2000]
providências;
Considerando a necessidade de estabelecer instruções complementares ANEXO
para a execução do Decreto nº 2.942, de 18 de janeiro de 1999, em conformidade
com seu art. 12, com relação aos arquivos públicos das empresas em processo de FORMULÁRIO PARA CADASTRAMENTO DE ARQUIVOS PERMANENTES
desestatização, das empresas desestatizadas e das concessionárias, permissionárias
e autorizatárias de serviços públicos, e das pessoas jurídicas de direito privado; 1- IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
resolve:
Art. 1º - Esta Resolução aplica-se às agências reguladoras, empresas em 1.1 - Nome/sigla:
processo de desestatização, empresas desestatizadas, concessionárias,
permissionárias e autorizatárias de serviços públicos e outras pessoas jurídicas de
direito privado, detentoras de arquivos públicos. 1.2 - Natureza:
Art. 2º - Para os fins desta Resolução, considera-se:
I - Atividade ou serviço público: universo de ações do Estado, por ele
diretamente empreendidas ou desempenhadas por particular, mediante 1.3 - Endereço:
autorização, permissão, concessão ou delegação;
II - Concessão: delegação pelo poder concedente, mediante licitação na
modalidade de concorrência, da prestação de serviços públicos por pessoa jurídica 1.4 - Telefones/ fax:
ou consórcio de empresas, que demonstre capacidade para desempenho por sua
conta e risco, por prazo determinado;
III - Permissão: delegação pelo poder concedente, a título precário, 1.5 - Homepage/ e-mail:
mediante licitação, da prestação de serviços públicos por pessoa física ou jurídica,
que demonstre capacidade para desempenho por sua conta e risco;
IV - Autorização: ato administrativo pelo qual o poder concedente 1.6 - Legislação principal (constituição, organização e funcionamento):
autoriza a prestação por particular, sob regime privado, de serviço de interesse
coletivo, em caráter precário;
V - Agência reguladora: autarquia instituída por lei com o objetivo de, 2- IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS TEXTUAIS
em conformidade com as políticas e diretrizes do Governo Federal, regular, Documentos manuscritos e datilografados/ digitados
outorgar e fiscalizar serviços públicos;
VI - Arquivo permanente: conjunto de documentos públicos de valor 2.1- Unidade responsável pela preservação
permanente, que deve ser preservado pelo seu valor histórico, probatório e
informativo;
VII - Preservação de arquivos: tratamento de acervos documentais que Nome/ sigla:
permita a prevenção da deterioração física dos documentos, com vistas à
recuperação da informação; Telefone/ fax/ e-mail:
VIII - Gestão de documentos: conjunto de procedimentos e operações
técnicas referentes à produção, à tramitação, à avaliação, ao uso e ao
arquivamento de documentos; 2.2- Mensuração (unidades, metros lineares ou cúbicos):
Art. 3º- As instituições referidas no art. 1º desta Resolução, detentoras
de arquivos públicos, devem garantir a sua preservação e acesso, proceder à
identificação, classificação e avaliação do acervo, de conformidade com as normas 2.3- Datas-limite (ano do documento mais antigo e do mais recente):
emanadas do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, e recolher os arquivos
permanentes à instituição arquivística pública na sua específica esfera de
competência. 2.4 -Estágio de tratamento:
Art. 4º - Os editais, contratos de concessão, termos de autorização, ( ) identificado ( ) organizado parcialmente
permissões e correspondentes, relativos às instituições mencionadas no art. 1º ( ) organizado totalmente ( ) sem organização
desta Resolução, deverão prever os seguintes itens:
I - os arquivos permanentes serão recolhidos ao Arquivo Nacional ou à
instituição arquivística de âmbito estadual, do Distrito Federal ou municipal,
conforme dispõe o § 2º do art. 7º da Lei nº 8.159/91;
II – os procedimentos relativos ao recolhimento deverão obedecer ao
disposto no Decreto nº 2.182, de 20 de março de 1997 e na Instrução Normativa do
Arquivo Nacional nº 1, de 18 de abril de 1997, ou à legislação específica de âmbito
estadual, do Distrito Federal ou municipal;
III - Os arquivos permanentes poderão ficar sob a guarda das
instituições mencionadas no art. 1º desta Resolução, enquanto necessários ao

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


180
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ,
2.5- Formas de organização/ ordenação: no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 18, de seu regimento
( ) alfabética ( ) por assunto ( ) numérica ( ) cronológica interno, aprovado pela Resolução nº 9, de 1º de julho de 1997, de conformidade
( ) numérico-cronológica ( ) alfa-numérica ( ) por espécie com a deliberação do Plenário, em sua 16ª reunião ordinária, realizada em 7 de
( ) por procedência ( ) geográfica dezembro de 1999.
( ) outros _______________________ Considerando a necessidade de se estabelecer procedimentos para
a emissão do ato declaratório de interesse público e social de arquivos
privados, previsto no art. 12 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
2.6- Instrumentos de recuperação da informação: regulamentado pelo Decreto nº 2.942, de 18 de janeiro de 1999;
( ) listagem ( ) catálogo ( ) fichário ( ) inventário Considerando a função social dos arquivos traduzida na difusão de
( ) outros ____________________________________________ informações para o pleno exercício da cidadania e da pesquisa científica; e
Considerando que a declaração de interesse público e social de
arquivos privados reflete a ação do Estado visando a sua preservação pelo seu
valor histórico, probatório e informativo,
2.7- Conteúdo (tipos documentais e principais assuntos relativos às atividades- RESOLVE,
fim e atividades-meio): Art. 1º - A declaração de interesse público e social de arquivos
privados, de competência do CONARQ, nos termos do art. 2º, inciso IX, do
Decreto nº 1.173, de 29 de junho de 1994, será objeto de processo
2.8- Estado de conservação (indicação de danos causados por poeira, umidade, administrativo.
insetos, micro organismos, acondicionamento inadequado, papel quebradiço, Art. 2º - O ato declaratório será antecedido de avaliação elaborada
entre outros): pela Comissão Técnica referida no art. 6º, § 1º, do Decreto nº 2.942/99.
Parágrafo único – A Comissão será constituída de acordo com o
artigo 3° desta Resolução, mediante portaria do Presidente do CONARQ, no
3- IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS ESPECIAIS prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da publicação desta Resolução.
Art. 3º - A Comissão Técnica de Avaliação será permanente e
composta de três membros, e seus respectivos suplentes, indicados entre os
3.1 - Documentos Iconográficos (indicação da existência de ampliações, servidores ocupantes de cargo efetivo do Arquivo Nacional, da Biblioteca
negativos e contatos fotográficos, diapositivos e desenhos, registrando sua Nacional e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
mensuração, datas-limite, conteúdo e estado de conservação): Parágrafo único - A Comissão será sediada na cidade do Rio de
Janeiro.
Art. 4º - Toda pessoa física ou jurídica, ou órgão da administração
3.2- Documentos Filmográficos (indicação da existência de filmes e fitas pública direta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
videomagnéticas, registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e estado poderá solicitar a instauração do processo de declaração de interesse público e
de conservação): social de que trata esta Resolução.
Art. 5º - A solicitação deverá ser dirigida ao Presidente do CONARQ
3.3- Documentos Sonoros (indicação da existência de discos e fitas e endereçada a esse Conselho, que funciona na sede do Arquivo Nacional.
audiomagnéticas em rolo e cassete, registrando sua mensuração, datas-limite, Art. 6º - A solicitação deverá conter os seguintes dados, sob pena de
conteúdo e estado de conservação): ser recusado o seu recebimento:
I – identificação e qualificação do solicitante ou de quem o
represente;
3.4 -Documentos Cartográficos (indicação da existência de mapas e plantas, II – domicílio ou sede do solicitante e local para recebimento de
registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e estado de conservação): comunicações;
III – justificativa da solicitação;
IV – identificação e qualificação do proprietário ou do detentor do
arquivo;
4-DADOS COMPLEMENTARES SOBRE OS ACERVOS TEXTUAIS E ESPECIAIS V – localização do arquivo.
Art. 7º - Todas as solicitações serão autuadas na respectiva unidade
4.1- Origem (indicação do(s) agente(s) produtor(es), registrando a ocorrência protocolizadora do CONARQ e encaminhadas, pelo seu Presidente, à Comissão
de incorporação de acervos de outras instituições, em especial no que tange ao Técnica de Avaliação.
processo de desestatização do setor público): Art. 8°– A Comissão promoverá a instrução do processo com base
na análise da justificativa da solicitação, da eventual documentação anexada
àquela, bem como do acervo em questão, devendo fazer constar da instrução,
4.2 - Mudança de suporte (indicação de conjuntos documentais microfilmados pelo menos, as seguintes informações:
e/ou digitalizados, registrando os objetivos do procedimento adotado): I – mensuração aproximada, traduzida em unidades, metros
lineares e/ou metros cúbicos;
II – estado de conservação dos documentos, incluindo o tipo de
4.3 - Acesso (indicação da existência de conjuntos documentais de acesso acondicionamento e armazenamento;
restrito, justificando em termos de estado de conservação, condições de III – resumo do conteúdo e histórico do acervo.
organização, grau de sigilo ou informações pessoais): Art. 9º - A Comissão poderá requerer do solicitante informações
complementares às mencionadas no art. 6° desta Resolução.
Art. 10 - Sempre que a Comissão considerar necessário será
4.4 - Observações: solicitado parecer de especialistas em matéria específica.
Art. 11 - Se o arquivo, objeto do processo de declaração, estiver
localizado fora da sede da Comissão, esta poderá requerer, na impossibilidade
ARQUIVO NACIONAL de deslocamento de seus membros, a colaboração de instituições arquivísticas
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS públicas estaduais, do Distrito Federal ou municipais, para instrução do
RESOLUÇÃO Nº 12, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1999 processo.
[Revogada pela Resolução nº 17, de 25 de julho de 2003] Art.12 - Se o proprietário ou o detentor do arquivo dificultar ou
impedir, comprovadamente, o acesso da Comissão ou de quaisquer de seus
Dispõe sobre os procedimentos relativos à membros ao arquivo, ressalvado o direito à intimidade e à vida privada, este
declaração de interesse público e social de fato será comunicado ao Presidente do CONARQ para que sejam recomendadas
arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas as medidas administrativas ou judiciais cabíveis.
que contenham documentos relevantes para a Art. 13 – A Comissão emitirá, no prazo de 90 (noventa) dias, a
história, a cultura e o desenvolvimento nacional. contar do recebimento do processo, parecer conclusivo pela declaração ou não
do interesse público e social do arquivo.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


181
Parágrafo único – Desde que devidamente justificado, o prazo CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
estabelecido neste artigo poderá ser prorrogado por igual período, a critério do RESOLUÇÃO Nº 14, DE 24 DE OUTUBRO DE 2001
Presidente do CONARQ [Revogada pela Resolução Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020]
Art. 14 – Concluído o trabalho da Comissão, o processo será Aprova a versão revisada e ampliada da Resolução
encaminhado ao Presidente do CONARQ, que adotará as seguintes providências: nº 4, de 28 de março de 1996, que dispõe sobre o
I – determinará o arquivamento do processo, no caso de parecer Código de Classificação de Documentos de Arquivo
desfavorável à declaração, dando ciência ao proprietário do arquivo e ao para a Administração Pública: Atividades-Meio, a
solicitante; ser adotado como modelo para os arquivos
II – submeterá ao Plenário do CONARQ, para a apreciação do processo, correntes dos órgãos e entidades integrantes do
no caso de parecer favorável . Sistema Nacional de Arquivos (SINAR), e os prazos
Art. 15 – Aprovado o parecer pelo Plenário do CONARQ, este emitirá o de guarda e a destinação de documentos
ato declaratório, que será homologado por seu Presidente. estabelecidos na Tabela Básica de Temporalidade
§ 1°- A não aprovação pelo Plenário implicará o arquivamento do e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos
processo, dando-se ciência ao proprietário do arquivo e ao solicitante. as Atividades-Meio da Administração Pública.
§ 2°- A cópia da ata da reunião plenária integrará o processo.
Art. 16 – Após a decisão homologatória, o CONARQ providenciará O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
notificação cabível ao proprietário, bem como o informará das implicações no uso de suas atribuições previstas no item VII, do art. 17, de seu Regimento
decorrentes do ato declaratório. Interno e,
Art. 17 - O proprietário poderá impugnar o ato, no prazo de 30 (trinta) Considerando a necessidade de se atualizar o Código de
dias contados da data do recebimento da notificação, mediante recurso dirigido ao Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública:
ministro de Estado da Justiça, por intermédio do Presidente do CONARQ. Atividades-Meio e a Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
Parágrafo único - O recurso será previamente apreciado pela Comissão Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Administração
de Avaliação Técnica, para análise das questões relativas ao mérito, e pela Pública, aprovados pela Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, do CONARQ,
Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça, para opinar sobre os aspectos legais publicada no Suplemento nº 62, do DOU de 29 de março de 1996, e alterados
eventualmente suscitados. pela Resolução nº 8, de 20 de maio de 1997, do CONARQ, publicada no DOU, de
Art. 18 – Indeferido o recurso, pelo ministro de Estado da Justiça, o 23 de maio de 1997, resolve :
processo retornará ao CONARQ, que providenciará, em livro próprio, o registro do Art. 1º - APROVAR a versão revista e ampliada do Código de
ato declaratório, bem como dará ciência ao proprietário do arquivo e ao solicitante, Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública :
e o fará publicar na Imprensa Oficial. Atividades-Meio, como um modelo a ser adotado nos órgãos e entidades
Art. 19 – Deferido o recurso, o Presidente do CONARQ determinará o integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR.
arquivamento do processo, expedindo comunicação ao Plenário do CONARQ, ao § 1º - Caberá aos órgãos e entidades que adotarem o Código
proprietário do arquivo e ao solicitante. proceder ao desenvolvimento das classes relativas às suas atividades
Art. 20 - Na ausência de recurso, o CONARQ providenciará, em livro específicas ou atividades-fim, as quais deverão ser aprovadas pela instituição
próprio, o registro do ato declaratório. arquivística pública na sua específica esfera de competência.
Art. 21- O Presidente do CONARQ poderá delegar, no todo ou em parte, § 2º - Caberá ao CONARQ, por intermédio de câmara técnica
as atribuições a ele conferidas na presente Resolução, desde que não sejam específica, proceder à atualização periódica deste Código.
conflitantes com a sua competência privativa, determinada pelo art. 6° do Decreto Art. 2º - Aprovar os prazos de guarda e a destinação dos
nº 2.942/99, e pela Resolução nº 9/97 do CONARQ. documentos estabelecidos na versão revista e ampliada da Tabela Básica de
Art. 22 – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivos Relativos às
Atividades-Meio da Administração Pública.
JAIME ANTUNES DA SILVA § 1 - Caberá aos órgãos e entidades que adotarem a Tabela proceder
às adaptações necessárias para sua correta aplicação aos conjuntos
[Diário Oficial da União, Seção I, de 31 de janeiro de 2000] documentais produzidos e recebidos em decorrência de suas atividades,
mantendo-se os prazos de guarda e a destinação nela definidos.
CASA CIVIL § 2º - Caberá, ainda, aos órgãos e entidades que adotarem a Tabela
ARQUIVO NACIONAL estabelecer os prazos de guarda e a destinação dos documentos relativos às
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS suas atividades específicas ou atividades-fim, os quais deverão ser aprovados
RESOLUÇÃO Nº 13, DE 9 DE FEVEREIRO DE 2001 pela instituição arquivística pública na sua específica esfera de competência.
§ 3º - Caberá ao CONARQ, por intermédio de câmara técnica
Dispõe sobre a implantação de uma política específica, proceder à atualização periódica desta Tabela.
municipal de arquivos, sobre a construção de Art. 3º - A eliminação de documentos produzidos por instituições
arquivos e de websites de instituições arquivísticas. públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da
instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência,
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS-CONARQ, no conforme determina o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que
uso de suas atribuições previstas no item IX do art. 18 de seu Regimento Interno, dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados, e de acordo
aprovado pela Resolução nº 9, de 1º de julho de 1997, resolve: com a Resolução nº 7, de 20 de maio de 1997, do CONARQ, que dispõe sobre os
Art. 1º - Recomendar a adoção das diretrizes aprovadas pelo Plenário do procedimentos para a eliminação de documentos no âmbito dos órgãos e
CONARQ em suas 12ª, 13ª e 19ª reuniões ordinárias, realizadas respectivamente nos entidades integrantes do Poder Público.
dias 12 e 13 de agosto de 1998, 25 e 26 de março de 1999 e 18 de dezembro de 2000, Art. 4º - O Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a
constantes das publicações editadas em 2000 e 2001, a saber: Administração Pública e a Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
I – Subsídios para a Implantação de uma Política Municipal de Arquivos: Documentos de que trata esta Resolução constitui-se numa publicação editada
O Arquivo Municipal a Serviço dos Cidadãos; pelo CONARQ em outubro de 2001, intitulada Classificação, Temporalidade e
II – Recomendações para a Construção de Arquivos; Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-meio da
III – Diretrizes Gerais para a Construção de Websites de Instituições Administração Pública.
Arquivísticas. Art. 5º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Art. 6º - Ficam revogadas a Resolução nº 4, de 28 de março de 1996, e
a Resolução nº 8, de 20 de maio de 1997, do CONARQ.
JAIME ANTUNES DA SILVA
JAIME ANTUNES DA SILVA
[Diário Oficial da União, de 26 de fevereiro de 2001]
[Diário Oficial da União, de 8 de fevereiro de 2002]

CASA CIVIL CASA CIVIL


SECRETARIA EXECUTIVA SECRETARIA EXECUTIVA
ARQUIVO NACIONAL ARQUIVO NACIONAL

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


182
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS CASA CIVIL
RESOLUÇÃO Nº 15, DE 15 DE FEVEREIRO DE 2002 SECRETARIA-EXECUTIVA
ARQUIVO NACIONAL
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
uso de suas atribuições previstas no item IX do art. 23 do Regimento Interno, RESOLUÇÃO Nº 17, DE 25 DE JULHO DE 2003
aprovado pela Portaria nº 5, de 7 de fevereiro de 2002, da Casa Civil da Presidência
da República, publicada no Diário Oficial da União nº 30, de 14 de fevereiro de 2002, Dispõe sobre os procedimentos relativos à
em consonância com o art. 9º do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, declaração de interesse público e social de
publicado no Diário Oficial da União nº 3, de 4 de janeiro de 2002, resolve: arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas
Art. 1º - Revogar a Resolução nº 9, de 1º de julho de 1997 do CONARQ. que contenham documentos relevantes para a
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. história, a cultura e o desenvolvimento nacional.
[Alterada pela Resolução do CONARQ, nº 46 de
JAIME ANTUNES DA SILVA 22 de dezembro de 2020]
[Revogada pela Resolução do CONARQ, nº 47 de
[Diário Oficial da União, de 06 de março de 2002] 26 de abril de 2021]

CASA CIVIL O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,


SECRETARIA EXECUTIVA no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu regimento
ARQUIVO NACIONAL interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República,
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS de 7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em
RESOLUÇÃO Nº 16 DE 23 DE JULHO DE 2003 sua 30ª reunião ordinária, realizada em 20 de maio de 2003.
Considerando a necessidade de se estabelecer procedimentos para
Dispõe sobre as diretrizes a serem adotadas para a emissão do ato declaratório de interesse público e social de arquivos
criação do Boletim Interno do Conselho Nacional privados, previsto no art. 12 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
de Arquivos – CONARQ. regulamentado pelo Capítulo V do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002;
Considerando a função social dos arquivos traduzida na difusão de
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ, no informações para o pleno exercício da cidadania e da pesquisa científica; e
uso de suas atribuições previstas no item IX, do art. 23, do Regimento Interno, Considerando que a declaração de interesse público e social de arquivos
aprovado pela Portaria nº 5, de 7 de fevereiro de 2002, da Casa Civil da Presidência privados reflete a ação do Estado visando a sua preservação pelo seu valor
da República, e de conformidade com deliberação do Plenário, em sua 30º reunião histórico, probatório e informativo,
ordinária, realizada em 20 de maio de 2003, RESOLVE,
Considerando que cabe ao Presidente do CONARQ designar, ad Art. 1º A declaração de interesse público e social de arquivos
referendum do Plenário, os integrantes das Câmaras Técnicas e das Câmaras privados se fará por ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública,
Setoriais, bem como das Comissões Especiais; nos termos dos artigos 22 e 23 do Decreto nº 4.073, de 2002.” NR (Redação dada
Considerando que as Câmaras Técnicas e as Câmaras Setoriais, criadas pela Resolução nº 46, de 22 de dezembro de 2020).
por Portarias do Presidente do CONARQ, são de caráter permanente e visam Parágrafo único. A solicitação de declaração de interesse público e
agilizar a sua atuação, no que tange a sua interveniência para estabelecer social de arquivos privados será objeto de autuação no CONARQ.
diretrizes e normas gerais necessárias à implementação da política nacional de Art. 2º A declaração de interesse público e social de arquivos
arquivos públicos e privados e ao funcionamento do SINAR; privados será precedida de parecer instruído com avaliação técnica realizada
Considerando que cabe ao Presidente do CONARQ expedir atos pela Comissão de Avaliação de Acervos Privados, instituída pelo Art. 7º-A, do
administrativos e normativos internos, Decreto nº 4.073, de 2002.” (Redação dada pela Resolução nº 46, de 22 de
RESOLVE: dezembro de 2020).
Art. 1º Criar o Boletim Interno do Conselho Nacional de Arquivos - Art. 3º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados será
CONARQ, com a finalidade de publicar atos relativos à designação, dispensa ou permanente e composta de três a cinco membros e respectivos suplentes, os
substituição de membros das Câmaras Técnicas, Câmaras Setoriais e Comissões quais poderão ser conselheiros ou especialistas convidados e serão designados
Especiais. pelo Presidente do CONARQ, ad referendum do Conselho.” NR (Redação dada
Parágrafo único – A criação das Câmaras Técnicas, Câmaras Setoriais e pela Resolução nº 46, de 22 de dezembro de 2020).
Comissões Especiais se fará por meio de Portaria numerada do Presidente do Parágrafo único. A Comissão será sediada na cidade do Rio de
CONARQ, e será publicada no Diário Oficial da União. Janeiro.
Art. 2º Criar Grupos de Trabalho, de caráter temporário, bem como Art. 4º Toda pessoa física ou jurídica, ou órgão da administração
designar seus membros, com a finalidade de elaborar estudos sobre temas pública direta da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios,
específicos, subsidiando o Plenário do CONARQ, bem como as Câmaras Técnicas e poderá solicitar a instauração do processo de declaração de interesse público e
Câmaras Setoriais. social de que trata esta Resolução.
Parágrafo único – A criação dos Grupos de Trabalho, bem como Art. 5º A solicitação deverá ser dirigida ao Presidente do CONARQ e
designação de seus membros se fará por Portaria sem número, e será publicada endereçada a esse Conselho, que funciona na sede do Arquivo Nacional.
neste Boletim. Art. 6º A solicitação deverá conter os seguintes dados, sob pena de
Art. 3º O Boletim Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, ser recusado o seu recebimento:
publicará, ainda, atos do Presidente visando a promover o inter-relacionamento de I - identificação e qualificação do solicitante ou de quem o
arquivos públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica represente;
das instituições arquivísticas. II - domicílio ou sede do solicitante e local para recebimento de
Art. 4º O Boletim Interno do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, comunicações;
será veiculado no sítio do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ da internete III - justificativa da solicitação;
http://www.arquivonacional.gov.br e terá ampla divulgação aos membros do IV - identificação e qualificação do proprietário ou do detentor do
SINAR. arquivo; V - localização do arquivo.
Art. 5º Esta Resolução será publicada no número 1 do O Boletim Interno Art. 7º Todas as solicitações serão autuadas na respectiva unidade
do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ. protocolizadora do CONARQ e encaminhadas, pelo seu Presidente, à Comissão
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor nesta data. de Avaliação de Acervos Privados“. NR (Redação dada pela Resolução nº 46, de
22 de dezembro de 2020).
JAIME ANTUNES DA SILVA Art. 8º A Comissão promoverá a instrução do processo com base na
Presidente do CONARQ análise da justificativa da solicitação, da eventual documentação anexada
àquela, bem como do acervo em questão, devendo fazer constar da instrução,
[Publicada no Boletim Interno nº 1 do CONARQ] pelo menos, as seguintes informações:
I - mensuração aproximada, traduzida em unidades, metros
lineares e/ou metros cúbicos;

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


183
II - estado de conservação dos documentos, incluindo o tipo de CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
acondicionamento e armazenamento; RESOLUÇÃO Nº 18 DE 28 DE JULHO DE 2003
III- resumo do conteúdo e histórico do acervo. [Revogada pela Resolução nº 19 de 28 de outubro de 2003]
Art. 9º A Comissão poderá requerer do solicitante informações
complementares às mencionadas no art. 6º desta Resolução. Dispõe sobre os arquivos públicos que integram o
Art. 10. Sempre que a Comissão considerar necessário será solicitado acervo das agências reguladoras, das empresas em
parecer de especialistas em matéria específica. processo de desestatização, das empresas
Art. 11. Se o arquivo, objeto do processo de declaração, estiver desestatizadas, das concessionárias, permissionárias
localizado fora da sede da Comissão, esta poderá requerer, na impossibilidade de e autorizatárias de serviços públicos, e das pessoas
deslocamento de seus membros, a colaboração de instituições arquivísticas jurídicas de direito privado.
públicas estaduais, do Distrito Federal, municipais, de universidades públicas ou de
instituições que atuem nas áreas de preservação e acesso a fontes documentais, O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ,
para instrução do processo. no uso de suas atribuições previstas no, inciso IX do art. 23, de seu Regimento
Art.12. Se o proprietário ou o detentor do arquivo dificultar ou impedir, Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República,
comprovadamente, o acesso da Comissão ou de quaisquer de seus membros ao de 7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em
arquivo, ressalvado o direito à intimidade e à vida privada, este fato será sua 30º reunião ordinária, realizada em 20 de maio de 2003
comunicado ao Presidente do CONARQ para que sejam recomendadas as medidas Considerando o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
administrativas ou judiciais cabíveis. que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá
Art. 13. A Comissão emitirá, no prazo de 90 (noventa) dias, a contar do outras providências;
recebimento do processo, parecer conclusivo pela declaração ou não do interesse Considerando a necessidade de estabelecer instruções
público e social do arquivo. complementares para a execução do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002 ,
Parágrafo único. Desde que devidamente justificado, o prazo em conformidade com seu art. 17, com relação aos arquivos públicos das
estabelecido neste artigo poderá ser prorrogado por igual período, a critério do empresas em processo de desestatização, das empresas desestatizadas e das
Presidente do CONARQ concessionárias, permissionárias e autorizatárias de serviços públicos, e das
Art. 14. Concluído o trabalho da Comissão, o processo será pessoas jurídicas de direito privado; resolve:
encaminhado ao Presidente do CONARQ, que adotará as seguintes providências: Art. 1º - Esta Resolução aplica-se às agências reguladoras, empresas
I - determinará o arquivamento do processo, no caso de parecer em processo de desestatização, empresas desestatizadas, concessionárias,
desfavorável à declaração, dando ciência ao proprietário do arquivo e ao permissionárias e autorizatárias de serviços públicos e outras pessoas jurídicas
solicitante; de direito privado, detentoras de arquivos públicos.
II - submeterá ao Plenário do CONARQ, para a apreciação do processo, Art. 2º - Para os fins desta Resolução, considera-se:
no caso de parecer favorável . I - Atividade ou serviço público: universo de ações do Estado, por
Art. 15. Aprovado o parecer pelo Plenário do CONARQ, e homologado ele diretamente empreendidas ou desempenhadas por particular, mediante
por seu Presidente, este encaminhará o processo ao Ministro de Estado da Justiça e autorização, permissão, concessão ou delegação;
Segurança Pública, com vistas à declaração de interesse público e social.” NR II - Concessão: delegação pelo poder concedente, mediante licitação
(Redação dada pela Resolução nº 46, de 22 de dezembro de 2020). na modalidade de concorrência, da prestação de serviços públicos por pessoa
§ 1º A não aprovação pelo Plenário implicará o arquivamento do jurídica ou consórcio de empresas, que demonstre capacidade para
processo, dando-se ciência ao proprietário do arquivo e ao solicitante. desempenho por sua conta e risco, por prazo determinado;
§ 2º A cópia da ata da reunião plenária integrará o processo. III - Permissão: delegação pelo poder concedente, a título precário,
Art. 16. Após a decisão homologatória do Ministro de Estado da Justiça e mediante licitação, da prestação de serviços públicos por pessoa física ou
Segurança Pública, o CONARQ providenciará notificação cabível ao proprietário, jurídica, que demonstre capacidade para desempenho por sua conta e risco;
bem como o informará das implicações decorrentes do ato declaratório.” NR IV - Autorização: ato administrativo pelo qual o poder concedente
(Redação dada pela Resolução nº 46, de 22 de dezembro de 2020). autoriza a prestação por particular, sob regime privado, de serviço de
Art. 17. Da decisão homologatória caberá recurso das partes afetadas ao interesse coletivo, em caráter precário;
Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, na forma da Lei nº 9.784, de 1999, V - Agência reguladora: autarquia instituída por lei com o objetivo
por intermédio do Presidente do CONARQ.” NR (Redação dada pela Resolução nº 46, de, em conformidade com as políticas e diretrizes do Governo Federal, regular,
de 22 de dezembro de 2020). outorgar e fiscalizar serviços públicos;
Parágrafo único. O recurso será previamente apreciado pela Comissão VI - Arquivo permanente: conjunto de documentos públicos de
de Avaliação de Acervos Privados, para análise das questões relativas ao mérito e valor permanente, que deve ser preservado pelo seu valor histórico,
encaminhado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.” NR (Redação dada pela probatório e informativo;
Resolução nº 46, de 22 de dezembro de 2020). VII - Preservação de arquivos: tratamento de acervos documentais
Art. 18. Indeferido o recurso, pelo Ministro de Estado da Justiça e que permita a prevenção da deterioração física dos documentos, com vistas à
Segurança Pública, o processo será encaminhado para expedição do ato recuperação da informação;
declaratório, que será publicado no Diário Oficial da União, cabendo ao Presidente VIII - Gestão de documentos: conjunto de procedimentos e
do CONARQ dar ciência ao proprietário do arquivo e ao solicitante.” NR (Redação operações técnicas referentes à produção, à tramitação, à avaliação, ao uso e
dada pela Resolução nº 46, de 22 de dezembro de 2020). ao arquivamento de documentos;
Art. 19. Deferido o recurso, pelo Ministro de Estado da Justiça e Art. 3º- As instituições referidas no art. 1º desta Resolução,
Segurança Pública, caberá ao Presidente do CONARQ determinar o arquivamento detentoras de arquivos públicos, devem garantir a sua preservação e acesso,
do processo, expedindo comunicação ao Plenário do CONARQ, ao proprietário do proceder à identificação, classificação e avaliação do acervo, de conformidade
arquivo e ao solicitante.” NR (Redação dada pela Resolução nº 46, de 22 de com as normas emanadas do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ, e
dezembro de 2020). recolher os arquivos permanentes à instituição arquivística pública na sua
Art. 20. O Presidente do CONARQ poderá delegar, no todo ou em parte, específica esfera de competência.
as atribuições a ele conferidas na presente Resolução, desde que não sejam Art. 4º - Os editais, contratos de concessão, termos de autorização,
conflitantes com a sua competência privativa, determinada pelo Regimento permissões e correspondentes, relativos às instituições mencionadas no art. 1º
Interno do CONARQ.” NR (Redação dada pela Resolução nº 46, de 22 de dezembro desta Resolução, deverão prever os seguintes itens:
de 2020). I - os arquivos permanentes serão recolhidos ao Arquivo Nacional
Art. 21. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. ou à instituição arquivística de âmbito estadual, do Distrito Federal ou
Art. 22. Fica revogada a Resolução nº 12, de 7 de dezembro de 1999. municipal, conforme dispõe o § 2º do art. 7º da Lei n.º 8.159/91;
II – os procedimentos relativos ao recolhimento deverão obedecer
JAIME ANTUNES DA SILVA ao disposto no Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002 e na Instrução
Normativa do Arquivo Nacional nº 1, de 18 de abril de 1997, ou à legislação
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 29 de julho de 2003] específica de âmbito estadual, do Distrito Federal ou municipal;
III - Os arquivos permanentes poderão ficar sob a guarda das
CASA CIVIL instituições mencionadas no art. 1º desta Resolução, enquanto necessários ao
SECRETARIA-EXECUTIVA desempenho de suas atividades, desde que garantido o atendimento às
ARQUIVO NACIONAL seguintes condições:

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


184
a - preservação e acesso aos documentos, conforme legislação e ( ) outros ____________________________________________
regulamentação aplicável;
b - fornecimento anual, às instituições arquivísticas públicas e às
agências reguladoras, das informações cadastrais básicas, conforme modelo
padrão anexo a esta Resolução; 2.7- Conteúdo (tipos documentais e principais assuntos relativos às atividades-
c - observância às demais orientações emanadas das agências fim e atividades-meio):
reguladoras no que tange à gestão de arquivos públicos pertinentes a sua
atividade-fim.
Art. 5º - O disposto nesta Resolução aplica-se, também, às instituições 2.8- Estado de conservação (indicação de danos causados por poeira,
mencionadas em seu art. 1º, cujos editais, contratos de concessão, termos de umidade, insetos, micro organismos, acondicionamento inadequado, papel
autorização, permissões e correspondentes, não incluíram item ou cláusula quebradiço, entre outros):
específica sobre os documentos públicos de valor permanente, inalienáveis e
imprescritíveis, de acordo com o artigo 10 da Lei n° 8.159, de 1991.
Art. 6º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
3 - IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS ESPECIAIS
Art. 7º - Fica revogada a Resolução nº 11, de 7 de dezembro de 1999.

JAIME ANTUNES DA SILVA 3.1- Documentos Iconográficos (indicação da existência de ampliações,


negativos e contatos fotográficos, diapositivos e desenhos, registrando sua
mensuração, datas-limite, conteúdo e estado de conservação):
[Diário Oficial da União, Seção 1,de 30 de julho de 2003]

ANEXO 3.2- Documentos Filmográficos (indicação da existência de filmes e fitas


FORMULÁRIO PARA CADASTRAMENTO DE ARQUIVOS PERMANENTES videomagnéticas, registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e
estado de conservação):
1- IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
3.3- Documentos Sonoros (indicação da existência de discos e fitas
1.1 - Nome/sigla: audiomagnéticas em rolo e cassete, registrando sua mensuração, datas-
limite, conteúdo e estado de conservação):
1.2 - Natureza:
3.4 -Documentos Cartográficos (indicação da existência de mapas e plantas,
registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e estado de
1.3 - Endereço: conservação):

1.4 - Telefones/ fax:


4 - DADOS COMPLEMENTARES SOBRE OS ACERVOS TEXTUAIS E ESPECIAIS

1.5 - Homepage/ e-mail: 4.1- Origem (indicação do(s) agente(s) produtor(es), registrando a
ocorrência de incorporação de acervos de outras instituições, em especial
no que tange ao processo de desestatização do setor público):
1.6 - Legislação principal (constituição, organização e funcionamento):

4.2 - Mudança de suporte (indicação de conjuntos documentais


microfilmados e/ou digitalizados, registrando os objetivos do
2 - IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS TEXTUAIS procedimento adotado):
Documentos manuscritos e datilografados/ digitados
2.1- Unidade responsável pela preservação
4.3 - Acesso (indicação da existência de conjuntos documentais de acesso
restrito, justificando em termos de estado de conservação, condições de
Nome/ sigla: organização, grau de sigilo ou informações pessoais):

Telefone/ fax/ e-mail: 4.4 - Observações:

2.2- Mensuração (unidades, metros lineares ou cúbicos):


CASA CIVIL
SECRETARIA EXECUTIVA
2.3- Datas-limite (ano do documento mais antigo e do mais recente): ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 19 de 28 de outubro de 2003
2.4 -Estágio de tratamento:
( ) identificado ( ) organizado parcialmente Dispõe sobre os documentos públicos que integram o
( ) organizado totalmente ( ) sem organização acervo das empresas em processo de desestatização e
das pessoas jurídicas de direito privado sucessoras de
empresas públicas.
2.5- Formas de organização/ ordenação:
( ) alfabética ( ) por assunto ( ) numérica ( ) cronológica
( ) numérico-cronológica ( ) alfa-numérica ( ) por espécie O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ,
( ) por procedência ( ) geográfica no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu Regimento
( ) outros _______________________ Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República,
de 7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em
sua 30º reunião ordinária, realizada em 20 de maio de 2003,
2.6- Instrumentos de recuperação da informação: Considerando o disposto na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
( ) listagem ( ) catálogo ( ) fichário ( ) inventário que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá
outras providências;

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185
Considerando a necessidade de estabelecer instruções complementares
para a execução do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002 , em conformidade
1.4 - Telefones/ fax:
com seu art. 17, com relação aos documentos públicos que integram o acervo
arquivístico das empresas em processo de desestatização e das pessoas jurídicas de
direito privado sucessoras de empresas públicas, resolve: 1.5 - Homepage/ e-mail:
Art. 1º - Esta Resolução aplica-se às empresas em processo de
desestatização e às pessoas jurídicas de direito privado sucessoras de empresas
públicas, detentoras de documentos públicos. 1.6 - Legislação principal (constituição, organização e funcionamento):
Art. 2º - Para os fins desta Resolução, considera-se:
I – Documento público de valor permanente: documento que deve ser
preservado pelo seu valor histórico, probatório e informativo, estabelecido em 2- IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS TEXTUAIS
tabela de temporalidade elaborada pelas entidades mencionadas no art. 1º, ou, na Documentos manuscritos e datilografados/ digitados
sua ausência, de conformidade com as normas emanadas pelo CONARQ;
II – Gestão de documentos: conjunto de procedimentos e operações 2.1- Unidade responsável pela preservação
técnicas referentes à produção, à tramitação, à avaliação, ao uso e ao
arquivamento de documentos; Nome/ sigla:
III - Preservação de documentos: tratamento de acervos documentais
que permita a prevenção da deterioração física dos documentos, com vistas à
recuperação da informação. Telefone/ fax/ e-mail:
Art. 3º- As pessoas jurídicas referidas no art. 1º desta Resolução,
detentoras de documentos públicos, devem garantir a sua preservação e acesso,
proceder à identificação, classificação e avaliação do acervo, de conformidade com
as normas emanadas pelo CONARQ, e recolher os documentos públicos de valor 2.2 - Mensuração (unidades, metros lineares ou cúbicos):
permanente à instituição arquivística pública na sua específica esfera de
competência.
Art. 4º - Os editais de licitação relativos aos processos de desestatização 2.3 - Datas-limite (ano do documento mais antigo e do mais recente):
deverão prever os seguintes itens:
I - os documentos públicos de valor permanente serão recolhidos ao 2.4 - Estágio de tratamento:
Arquivo Nacional ou à instituição arquivística de âmbito estadual, do Distrito ( ) identificado ( ) organizado parcialmente
Federal ou municipal, conforme dispõe o art. 17 do Decreto nº 4.073, de 2002; ( ) organizado totalmente ( ) sem organização
II – os procedimentos relativos ao recolhimento de que trata o inciso
anterior deverão obedecer ao disposto no Decreto nº 4.073, de 2002 e na Instrução
Normativa do Arquivo Nacional nº 1, de 18 de abril de 1997, ou à legislação 2.4 - Estágio de tratamento:
específica de âmbito estadual, do Distrito Federal ou municipal; ( ) identificado ( ) organizado parcialmente
III – os documentos públicos de valor permanente poderão ficar sob a ( ) organizado totalmente ( ) sem organização
guarda das entidades mencionadas no artigo 1º enquanto necessários ao
desempenho de suas atividades, desde que garantido o atendimento às seguintes
condições: 2.5 - Formas de organização/ ordenação:
a - preservação e acesso aos documentos, conforme legislação e ( ) alfabética ( ) por assunto ( ) numérica ( ) cronológica
regulamentação aplicável; ( ) numérico-cronológica ( ) alfa-numérica ( ) por espécie
b - fornecimento anual, às instituições arquivísticas públicas e às ( ) por procedência ( ) geográfica ( ) outros
agências reguladoras, das informações cadastrais básicas, conforme modelo
padrão anexo a esta Resolução;
c - observância às demais orientações emanadas das agências 2.6 - Instrumentos de recuperação da informação:
reguladoras no que tange à gestão de arquivos públicos pertinentes a sua ( ) listagem ( ) catálogo ( ) fichário ( ) inventário ( ) outros
atividade-fim.
Art. 5º - Com fundamento no art. 10 da Lei nº 8.159, de 1991, que
determina serem inalienáveis e imprescritíveis os documentos públicos de valor 2.7 - Conteúdo (tipos documentais e principais assuntos relativos às
permanente, o disposto nesta Resolução aplica-se, também, às pessoas jurídicas de atividades-fim e atividades-meio):
direito privado mencionadas no art. 1º, detentoras desses documentos, por
sucederem empresas públicas em decorrência de licitação, ainda que os
respectivos editais não hajam incluído item ou cláusula específica sobre a
destinação daqueles documentos. 2.8- Estado de conservação (indicação de danos causados por poeira,
Art. 6º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. umidade, insetos, micro organismos, acondicionamento inadequado, papel
Art. 7º - Fica revogada a Resolução nº 18, de 28 de julho de 2003. quebradiço, entre outros):

[Diário Oficial da União, de 29 de outubro de 2003] 3- IDENTIFICAÇÃO DE ACERVOS ESPECIAIS

JAIME ANTUNES DA SILVA 3.1 - Documentos Iconográficos (indicação da existência de ampliações,


negativos e contatos fotográficos, diapositivos e desenhos, registrando sua
mensuração, datas-limite, conteúdo e estado de conservação):
ANEXO

FORMULÁRIO PARA CADASTRAMENTO DE DOCUMENTOS PÚBLICOS DE VALOR 3. 2- Documentos Filmográficos (indicação da existência de filmes e fitas
PERMANENTE videomagnéticas, registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e
estado de conservação):
1- IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

1.1 - Nome/sigla: 3.3 - Documentos Sonoros (indicação da existência de discos e fitas


audiomagnéticas em rolo e cassete, registrando sua mensuração, datas-
limite, conteúdo e estado de conservação):
1.2 - Natureza:
3.4 - Documentos Cartográficos (indicação da existência de mapas e plantas,
1.3 - Endereço: registrando sua mensuração, datas-limite, conteúdo e estado de

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conservação): atividades.
§2º - Considera-se documento arquivístico digital o documento
arquivístico codificado em dígitos binários, produzido, tramitado e
4-DADOS COMPLEMENTARES SOBRE OS ACERVOS TEXTUAIS E ESPECIAIS armazenado por sistema computacional. São exemplos de documentos
arquivísticos digitais: planilhas eletrônicas, mensagens de correio eletrônico,
4.1- Origem (indicação do(s) agente(s) produtor(es), registrando a sítios na internet, bases de dados e também textos, imagens fixas, imagens em
ocorrência de incorporação de acervos de outras instituições, em especial movimento e gravações sonoras, dentre outras possibilidades, em formato
no que tange ao processo de desestatização do setor público): digital.
§3º – Considera-se gestão arquivística de documentos o conjunto de
procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso,
4.2 - Mudança de suporte (indicação de conjuntos documentais avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária,
microfilmados e/ou digitalizados, registrando os objetivos do procedimento visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
adotado): Art. 2º - Um programa de gestão arquivística de documentos é
aplicável independente da forma ou do suporte, em ambientes convencionais,
digitais ou híbridos em que as informações são produzidas e armazenadas.
4.3 - Acesso (indicação da existência de conjuntos documentais de acesso Art. 3º - A gestão arquivística de documentos digitais deverá prever
restrito, justificando em termos de estado de conservação, condições de a implantação de um sistema eletrônico de gestão arquivística de documentos,
organização, grau de sigilo ou informações pessoais): que adotará requisitos funcionais, requisitos não funcionais e metadados
estabelecidos pelo Conselho Nacional de Arquivos, que visam garantir a
integridade e a acessibilidade de longo prazo dos documentos arquivísticos.
4.4 - Observações: §1º – Os requisitos funcionais referem-se a: registro e captura,
classificação, tramitação, avaliação e destinação, recuperação da informação,
acesso e segurança, armazenamento e preservação.
CASA CIVIL §2º – Os requisitos não funcionais referem-se a: utilização de
SECRETARIA EXECUTIVA padrões abertos, independência de fornecedor, integração com sistemas
ARQUIVO NACIONAL legados, conformidade com a legislação e os padrões de interoperabilidade do
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS governo, atendimento a usuários internos e externos, facilidade de utilização e
RESOLUÇÃO Nº 20, DE 16 DE JULHO DE 2004 desempenho.
§3º – Os metadados são informações estruturadas e codificadas que
Dispõe sobre a inserção dos documentos digitais em descrevem e permitem gerenciar, compreender, preservar e acessar os
programas de gestão arquivística de documentos dos documentos digitais ao longo do tempo. Os metadados referem-se a:
órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de identificação e contexto documental (identificador único, instituição
Arquivos. produtora, nomes, assunto, datas, local, código de classificação, tipologia
documental, temporalidade, destinação, versão, documentos relacionados,
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no idioma e indexação), segurança (categoria de sigilo, informações sobre
uso de suas atribuições previstas no item no inciso IX do art. 23, de seu Regimento criptografia, assinatura digital e outras marcas digitais), contexto tecnológico
Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República, de (formato de arquivo, tamanho de arquivo, dependências de hardware e
7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 34ª software, tipos de mídias, algoritmos de compressão) e localização física do
reunião ordinária, realizada em 6 de julho de 2004, documento.
Considerando que é dever do Poder Público a gestão documental, a Art. 4º - Os profissionais de arquivo e as instituições arquivísticas
proteção especial aos documentos de arquivo e as providências para franquear aos devem participar da concepção, do projeto, da implantação e do
cidadãos as informações contidas na documentação governamental; gerenciamento dos sistemas eletrônicos de gestão de documentos, a fim de
Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por finalidade garantir o cumprimento dos requisitos e metadados previstos no artigo 3º.
definir a política nacional de arquivos públicos e privados e exercer orientação Art. 5º - A avaliação e a destinação dos documentos arquivísticos
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de digitais devem obedecer aos procedimentos e critérios previstos na Lei nº
arquivo, independente da forma ou do suporte em que a informação está 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e às Resoluções do CONARQ, nº 5, de 30 de
registrada; setembro de 1996, nº 7, de 20 de maio de 1997, e nº 14, de 24 de outubro de 2001.
Considerando que a organização dos arquivos e o gerenciamento das Parágrafo único - A eliminação de documentos arquivísticos
informações neles contidas se constituem em instrumento de eficácia submetidos a processo de digitalização só deverá ocorrer se estiver prevista na
administrativa, contribuindo para a modernização da administração pública; tabela de temporalidade do órgão ou entidade, aprovada pela autoridade
Considerando que a gestão arquivística de documentos, independente competente na sua esfera de atuação e respeitado o disposto no art. 9º da Lei nº
da forma ou do suporte adotados, tem por objetivo garantir a produção, a 8.159, de 8 de janeiro de 1991.
manutenção, a preservação de documentos arquivísticos fidedignos, autênticos e Art. 6º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
compreensíveis, e o acesso a estes;
Considerando que as organizações públicas e privadas e os cidadãos JAIME ANTUNES DA SILVA
vêm cada vez mais produzindo documentos arquivísticos exclusivamente em
formato digital e que governos, organizações e cidadãos dependem do documento [Diário Oficial da União, de 19 de julho de 2004]
digital como fonte de prova e informação, e garantia de direitos;
Considerando que os documentos digitais são suscetíveis à degradação CASA CIVIL
física e à obsolescência tecnológica de hardware, software e formatos, as quais SECRETARIA EXECUTIVA
podem colocar em risco o patrimônio arquivístico digital; ARQUIVO NACIONAL
Considerando que somente com a participação ativa das instituições e CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
profissionais de arquivo no processo de gestão arquivística serão assegurados a RESOLUÇÃO Nº 21, DE 4 DE AGOSTO DE 2004
preservação de longo prazo de documentos em formato digital e o acesso contínuo [Revogada pela Resolução Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020]
a esses documentos;
RESOLVE: Dispõe sobre o uso da subclasse 080 – Pessoal Militar do
Art. 1º – Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Código de Classificação de Documentos de Arquivo para
Arquivos deverão identificar, dentre as informações e os documentos produzidos, a Administração Pública: Atividades-Meio e da Tabela
recebidos ou armazenados em meio digital, aqueles considerados arquivísticos Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos de
para que sejam contemplados pelo programa de gestão arquivística de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Administração
documentos. Pública, aprovados pela Resolução nº 14, de 24 de
§1º – Considera-se documento arquivístico como a informação outubro de 2001, Conselho Nacional de Arquivos-
registrada, independente da forma ou do suporte, produzida e recebida no CONARQ.
decorrer das atividades de um órgão, entidade ou pessoa, dotada de organicidade e
que possui elementos constitutivos suficientes para servir de prova dessas

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O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no Parágrafo único. A Comissão referida no caput deve ser criada por
uso de suas atribuições previstas no inciso IX do artigo 23, de seu Regimento ato normativo interno da direção da instituição e publicado em Diário Oficial,
Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República, de boletim interno, ou veículo de divulgação usualmente utilizado.
7 de fevereiro de 2002, e de conformidade com a deliberação do Plenário, em sua Art. 2º Consideram-se como requisitos necessários para o
32ª reunião, realizada no dia 3 de dezembro de 2003 e desenvolvimento do processo de avaliação:
Considerando a necessidade de se definir uma subclasse para os I conhecer os objetivos, a estrutura e o funcionamento da
conjuntos documentais específicos à gestão de pessoal militar, em decorrência das instituição detentora dos documentos;
sugestões apresentadas pelo Ministério da Defesa e pelos Comandos da II conhecer a organização dos conjuntos documentais a serem
Aeronáutica, do Exército e da Marinha, a partir da legislação que regula a situação, avaliados, incluídos os métodos de classificação adotados, bem como sua
obrigações, deveres, direitos e prerrogativas dos membros das Forças Armadas; importância para fins de prova, de informação, e de estudos e pesquisas nas
Considerando que a subclasse 080 do Código de Classificação de áreas das ciências da saúde, humanas e sociais;
Documentos de Arquivo para a Administração Pública: Atividades-Meio e da III conhecer a terminologia e os procedimentos da área médica,
Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos bem como de suas especialidades;
às Atividades-Meio da Administração Pública, aprovados pela Resolução nº 14, de. IV conhecer a legislação pertinente à concessão de direitos
24 de outubro de 2001, deixada vaga para atender às expansões e inserções de relativos aos indivíduos portadores de necessidades especiais e de doenças
conjuntos documentais específicos referentes à Administração Geral, resolve : graves e terminais.
Art. 1º - Aprovar a subclasse 080 - Pessoal Militar, que passará a integrar Art. 3º No que se refere ao estabelecimento de temporalidade e
o Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública: destinação final dos prontuários de pacientes, independente da forma ou do
Atividades-Meio e da Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos suporte, compete à Comissão Permanente de Avaliação de Documentos:
de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Administração Pública, aprovados pela a) analisar os conjuntos documentais, determinando os respectivos
Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001, do CONARQ, para uso no Ministério da prazos de guarda e destinação;
Defesa, nos Comandos Militares e nas organizações que os integram. b) identificar os valores primário e secundário, segundo o seu
Art. 2º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. potencial de uso; considerando por valor primário o uso administrativo para a
instituição, razão primeira da criação do documento, e valor secundário o uso
JAIME ANTUNES DA SILVA para outros fins que não aqueles para os quais os documentos foram criados,
podendo ser probatório e informativo;
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 9 de agosto de 2004] c) estabelecer critérios para análise e avaliação dos documentos e
sua destinação final, considerando os requisitos previstos no art. 2º desta
resolução;
ARQUIVO NACIONAL d) elaborar Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos,
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS Listagem de Eliminação de Documentos, Edital de Ciência de Eliminação e
RESOLUÇÃO Nº 22, DE 30 DE JUNHO DE 2005 Termo de Eliminação de Documentos, quando for o caso, e relatório final da
Comissão;
Dispõe sobre as diretrizes para a avaliação de e) revisar, periodicamente, a Tabela de Temporalidade e Destinação
documentos em instituições de saúde. de Documentos, em função da produção ou supressão de novos documentos, e
da evolução da legislação e dos procedimentos médicos.
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no Art. 4º A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos deverá
uso de suas atribuições, previstas no inciso IX do art. 23 de seu Regimento Interno, ser constituída por uma equipe multiprofissional da instituição detentora do
aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de acervo, com membros efetivos e eventuais, e deverão integrá-la:
fevereiro de 2002, e em conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 36ª a) representantes do Corpo Clínico e da Equipe de Saúde;
reunião ordinária, realizada no dia 7 de dezembro de 2004, b) arquivista ou responsável pela guarda da documentação;
Considerando a Lei de Arquivos, Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, c) servidores das unidades organizacionais às quais se referem os
que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados; documentos a serem avaliados, com profundo conhecimento das atividades
Considerando a Lei nº 10.402, de 10 de janeiro de 2002, que instituiu o desempenhadas;
Código Civil, e a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 que dispõe sobre o Estatuto da d) representante da Comissão de Revisão de Prontuários;
Criança e do Adolescente; e) representante da área jurídica da instituição;
Considerando o art. 18 do Decreto nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, que Parágrafo único A Comissão poderá solicitar, sempre que necessário,
dispõe sobre a constituição de Comissões Permanentes de Avaliação de a participação de profissionais ligados aos diversos campos do conhecimento
Documentos nos órgãos e entidades da Administração Pública Federal; que possam contribuir com os trabalhos de avaliação dos documentos, tais
Considerando a Resolução nº 20 de 16 de julho de 2004, do CONARQ, que como médicos, historiadores, sociólogos e outros.
dispõe sobre a inserção de documentos digitais em programas de gestão Art. 5º A eliminação de documentos, autorizada na Ta bela de
arquivística de documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Temporalidade e Destinação de Documentos, deverá ser efetuada com base
Nacional de Arquivos - SINAR; nos procedimentos previstos na Resolução nº 7 do CONARQ, de 20 de maio de
Considerando a legislação pertinente à área médica, em especial a Lei nº 1997.
3.268, de 30 de setembro de 1957, e o Decreto nº 44.045, de 19 de Julho de 1958, que, Art. 6º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
respectivamente, instituem e aprovam o regulamento do Conselho Federal e dos
Conselhos Regionais de Medicina, e a Resolução CFM nº 1.246, de 8 de janeiro de JAIME ANTUNES DA SILVA
1988, que aprova o Código de Ética Médica;
Considerando a necessidade de orientar as ações operacionais de [Diário Oficial da União, de 04 de julho de 2005]
avaliação de documentos nas instituições de saúde que praticam assistência
médica;
Considerando a relevância das informações que devem constar do CASA CIVIL
prontuário do paciente para estudos, pesquisas clínicas e científicas e para a SECRETARIA EXECUTIVA
continuidade da assistência prestada nas instituições de saúde; ARQUIVO NACIONAL
Considerando que é de responsabilidade da instituição de saúde a CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
guarda, conservação, consulta, controle e disponibilização do prontuário do
paciente para o atendimento médico-assistencial, em todos os níveis; RESOLUÇÃO Nº 23, DE 16 DE JUNHO DE 2006
Considerando que o prontuário do paciente é documento único
constituído de um conjunto de informações, sinais e imagens em qualquer suporte, Dispõe sobre a adoção do Dicionário Brasileiro de
geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a Terminologia Arquivística pelos órgãos e entidades
assistência prestada a ele, de caráter sigiloso e científico que possibilita a integrantes do Sistema Nacional de Arquivos-SINAR.
comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da
assistência prestada ao indivíduo, resolve: O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
Art. 1º Recomendar às instituições de saúde a criação e implantação de no uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
Comissão Permanente de Avaliação de Documentos. Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República,

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de 7 de fevereiro de 2002, e de conformidade com a deliberação do Plenário em sua e) vir acompanhados de declaração de autenticidade, emitida pelo
37ª reunião ordinária, realizada no dia 4 de julho de 2005, e órgão ou entidade responsável pela transferência ou recolhimento, que
Considerando que a terminologia arquivística é um instrumento de permita avaliar e atestar a autenticidade dos documentos, elaborada conforme
fundamental importância para a normalização conceitual das atividades inerentes anexo II dessa resolução, em duas vias, sendo que uma ficará
ao fazer arquivístico; permanentemente com o órgão ou entidade responsável pela transferência ou
Considerando que compete ao CONARQ estimular o inter- recolhimento e a outra com a instituição arquivística, para fins de prova e
relacionamento de arquivos públicos e privados, com vistas ao intercâmbio e informação;
integração sistêmica das atividades arquivísticas; f) estar no(s) formato(s) de arquivo digital previsto(s) pelas normas
Considerando as possibilidades de se promover a transferência de da instituição arquivística responsável pela sua custódia; e
tecnologias e a difusão de normas e procedimentos quanto ao melhor g) ser enviados em mídia(s) ou protocolo(s) de transmissão
gerenciamento dos arquivos, visando a efetiva integração sistêmica e a previsto(s) pelas normas da instituição arquivística.
modernização da rede de arquivos públicos e privados do País; Art. 2º - Os órgãos e entidades produtores e acumuladores devem
Considerando a importância da adoção de uma correta terminologia assegurar a preservação, a autenticidade e a acessibilidade dos documentos
arquivística para a produção e difusão de manuais e instrumentos de trabalho, arquivísticos digitais até a transferência ou o recolhimento para a instituição
resolve: arquivística na sua esfera de competência.
Art. 1º Recomendar aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Art. 3º - A instituição arquivística pública, na sua esfera de
Arquivos-SINAR a adoção do Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística competência, deverá atender aos seguintes requisitos para o recebimento dos
elaborado e recentemente editado pelo Arquivo Nacional. documentos arquivísticos digitais:
Art. 2º Dentro de dois anos será feita uma revisão do Dicionário, a) estabelecer política de preservação digital com sustentação legal,
incorporando as alterações apresentadas nesse período, com vistas à edição e de maneira a possuir infra-estrutura organizacional, incluindo recursos
lançamento da 2ª edição. humanos, tecnológicos e financeiros adequados, para receber, descrever,
preservar e dar acesso aos documentos arquivísticos digitais sob sua guarda,
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. garantindo o armazenamento e segurança de longo prazo, e
b) garantir a manutenção e atualização do ambiente tecnológico
JAIME ANTUNES DA SILVA responsável pela preservação e acesso dos documentos arquivísticos digitais
sob sua custódia, como softwares, hardwares, formatos de arquivo e mídias de
[Diário Oficial da União, de 20 de junho de 2006] armazenamento digital.
Art. 4º - A instituição arquivística pública procederá à presunção de
CASA CIVIL autenticidade dos documentos arquivísticos digitais recolhidos com base nos
SECRETARIA-EXECUTIVA metadados relacionados a esses documentos, conforme especificado no anexo
ARQUIVO NACIONAL II, e com base na listagem descritiva apresentada pelo órgão ou entidade
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS responsável pela transferência ou pelo recolhimento.
Art. 5º - Documentos arquivísticos digitais recebidos por meio de
RESOLUÇÃO Nº 24, DE 3 DE AGOSTO DE 2006 procedimento de transferência ou recolhimento à instituição arquivística
pública devem estar sob a forma não criptografada ou descriptografada e sem
Estabelece diretrizes para a transferência e recolhimento qualquer outro atributo tecnológico que impeça o acesso.
de documentos arquivísticos digitais para instituições Art. 6º - O órgão ou entidade que transfere ou recolhe documentos
arquivísticas públicas. arquivísticos digitais manterá uma cópia, até que a instituição arquivística
pública emita atestado de validação aprovando o processo de transferência ou
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no recolhimento.
uso de suas atribuições previstas no item no inciso IX do art. 23, de seu Regimento Parágrafo único - A cópia a que se refere este artigo deverá ser
Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República, de eliminada de forma irreversível e por método seguro e comprovado.
7 de fevereiro de 2002, em conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 42ª Art. 7º - Para o pleno cumprimento desta Resolução as instituições
reunião ordinária, realizada em 1 de agosto de 2006 e, arquivísticas públicas, na sua esfera de competência, em conjunto com os
Considerando a Resolução nº 2, de 18 de outubro de 1995, que dispõe órgãos e entidades públicos, deverão estabelecer os instrumentos normativos
sobre as medidas a serem observadas na transferência ou no recolhimento de necessários.
acervos documentais para instituições arquivísticas públicas; Art. 8º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Considerando a Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004, que dispõe
sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão arquivística de JAIME ANTUNES DA SILVA
documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos;
Considerando a natureza específica dos arquivos digitais, criados e ANEXO I
mantidos em ambiente tecnológico de contínua alteração e crescente
complexidade, e que não se constituem como entidades físicas convencionais; Elementos essenciais para a elaboração da listagem descritiva para
Considerando que as instituições arquivísticas devem estabelecer transferência e recolhimento de documentos arquivísticos digitais
política de preservação e possuir infra-estrutura organizacional, bem como
requisitos, normas e procedimentos para assegurar que os documentos a) órgão ou entidade responsável pela transferência ou
arquivísticos digitais permaneçam sempre acessíveis, compreensíveis, autênticos e recolhimento dos documentos arquivísticos;
íntegros, resolve: b) órgão ou entidade responsável pela produção e acumulação dos
Art. 1º - Os documentos arquivísticos digitais a serem transferidos ou documentos arquivísticos, caso seja diferente do responsável pela
recolhidos às instituições arquivísticas públicas, deverão: transferência ou recolhimento;
a) ser previamente identificados, classificados, avaliados e destinados, c) tipo e quantidade de mídias utilizadas e o volume total de dados
incluindo os documentos não digitais que façam parte do conjunto a ser em bytes;
transferido ou recolhido, conforme o previsto em tabela de temporalidade e d) identificação dos formatos de arquivo digital;
destinação de documentos, ou plano de destinação aprovados pelas instituições e) metadados necessários para a interpretação e apresentação dos
arquivísticas na sua esfera de competência e de acordo com a legislação vigente; documentos, tais como a estrutura da base de dados, o esquema HTML e o
b) ter asseguradas a sua integridade e confiabilidade, por meio da esquema de metadados;
adoção de procedimentos administrativos e técnicos que gerenciem riscos e f) registro de migrações e datas em que ocorreram;
garantam a segurança de maneira a evitar corrupção ou perda de dados; g) registro das eliminações realizadas;
c) vir acompanhados de termo de transferência ou de recolhimento, h) indicação de espécie, título, gênero, tipo, datas-limite,
conforme as normas da instituição arquivística na sua esfera de competência; identificador do documento, e indicação de documentos complementares em
d) vir acompanhados de listagem descritiva que permita a identificação outros suportes. No caso de transferência, indicação da classificação e do seu
e controle dos documentos transferidos ou recolhidos, conforme anexo I dessa respectivo prazo de guarda e destinação documentos;
resolução, em duas vias, sendo que uma ficará permanentemente com o órgão ou i) informações necessárias para apoiar a presunção de
entidade responsável pela transferência ou recolhimento e a outra com a autenticidade conforme anexo II; e
instituição arquivística para fins de prova e informação;

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


189
j) data e assinatura do responsável pelo órgão que procede a manutenção, a preservação de documentos arquivísticos confiáveis,
transferência ou o recolhimento, podendo ser em meio convencional e/ou digital. autênticos e compreensíveis, bem como o acesso a estes;
Nota: A instituição arquivística recebedora poderá definir uma listagem Considerando que as organizações públicas e privadas e os cidadãos
descritiva mais detalhada de acordo com as características da documentação a ser vêm cada vez mais produzindo documentos arquivísticos exclusivamente em
recolhida. formato digital e que governos, organizações e cidadãos dependem do
documento digital como fonte de prova e informação, bem como de garantia
ANEXO II de direitos;
Informações para apoiar a presunção de autenticidade Considerando que o artigo 3º da Resolução do CONARQ nº 20, de 16
de julho de 2004, prevê a implantação de um sistema informatizado de gestão
Essas informações são requisitos que servem como base para a arquivística de documentos, com a especificação de requisitos e de metadados
instituição arquivística avaliar e atestar a autenticidade dos documentos para garantir a integridade e a acessibilidade de longo prazo dos documentos
transferidos ou recolhidos. A disponibilidade e a qualidade dessas informações vai arquivísticos;
variar de acordo com o tipo de documento arquivístico digital e dos RESOLVE:
procedimentos de gestão adotados. Quanto maior o número de requisitos Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do Sistema
atendidos e quanto melhor o grau de satisfação de cada um deles, mais forte será a Nacional de Arquivos - SINAR a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas
presunção de autenticidade. As informações compreendem metadados e outras Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil, Versão
informações para apoiar a presunção de autenticidade que podem não constar da 1.0, aprovado na 43ª reunião plenária do CONARQ, realizada no dia 4 de
listagem descritiva do acervo. dezembro de 2006, de que trata esta Resolução, disponibilizada em pdf na
I – Metadados página web do CONARQ, www.conarq.arquivonacional.gov.br.
Os metadados relacionados aos documentos arquivísticos digitais, que §1º Considera-se gestão arquivística de documentos o conjunto de
costumam estar registrados nos sistemas de gestão de documentos, devem procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso,
acompanhar o documento digital no momento da transferência ou recolhimento. avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária,
São eles: visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
a) nome do autor; §2º Consideram-se requisitos o conjunto de condições a serem
b) nome do destinatário; cumpridas pela organização produtora/recebedora de documentos, pelo
c) assunto; sistema de gestão arquivística e pelos próprios documentos a fim de garantir a
d) data de produção; sua confiabilidade e autenticidade, bem como seu acesso.
e) data da transmissão; §3º Considera-se sistema informatizado de gestão arquivística de
f) data do recebimento; documentos o sistema desenvolvido para produzir, receber, armazenar, dar
g) data da captura ou arquivamento; acesso e destinar documentos arquivísticos em ambiente eletrônico.
h) código de classificação; Art. 2º O e-ARQ Brasil tem por objetivo orientar a implantação da
i) indicação de anexo; gestão arquivística de documentos, fornecer especificações técnicas e
j) nome do setor responsável pela execução da ação contida no funcionais, bem como metadados para orientar a aquisição e/ou
documento; desenvolvimento de sistemas informatizados, independentes da plataforma
k) indicação de anotação; tecnológica em que forem desenvolvidos e/ou implantados, referidos no
l) registro das migrações e data em que ocorreram; e parágrafo 3º do art. 3º da Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004.
m) restrição de acesso. Parágrafo único. Os metadados mencionados no caput desse artigo
II – Outras informações para apoiar a presunção de autenticidade que serão incluídos na próxima versão.
estarão contidas na listagem descritiva: Art. 3º O e-ARQ Brasil é aplicável para os sistemas que produzem e
a) indicação dos procedimentos de privilégios de acesso e uso; mantém somente documentos digitais ou para sistemas que compreendem
b) indicação dos procedimentos para prevenir, descobrir e corrigir documentos digitais e convencionais ao mesmo tempo.
perdas ou adulteração dos documentos; §1º Para documentos convencionais o sistema inclui apenas o
c) indicação dos procedimentos de preservação com relação à registro das referências nos metadados.
deterioração da mídia e obsolescência tecnológica; §2º Para documentos digitais, o sistema inclui os próprios
d) indicação das normas e procedimentos que determinam a forma documentos.
documental; e Art. 4º O CONARQ, por intermédio de sua Câmara Técnica de
e) indicação das normas e meios para autenticação de documentos, Documentos Eletrônicos, poderá subsidiar os órgãos e entidades integrantes
utilizadas pelo órgão ou entidade produtor ou acumulador. do SINAR na aplicação do e-ARQ Brasil.
Art. 5º Caberá ao CONARQ, por intermédio de sua Câmara Técnica
[Dário Oficial da União, de 7 de agosto de 2006] de Documentos Eletrônicos, proceder à atualização periódica do e-ARQ Brasil.
Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

CASA CIVIL JAIME ANTUNES DA SILVA


SECRETARIA EXECUTIVA
ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS [Diário Oficial da União, de 27 de abril de 2007]
RESOLUÇÃO Nº 25, DE 27 DE ABRIL DE 2007
CASA CIVIL
Dispõe sobre a adoção do Modelo de Requisitos para SECRETARIA EXECUTIVA
Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de ARQUIVO NACIONAL
Documentos - e-ARQ Brasil pelos órgãos e entidades CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. RESOLUÇÃO Nº 26, DE 06 DE MAIO DE 2008

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no Estabelece diretrizes básicas de gestão de documentos
uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, a serem adotadas nos arquivos do Poder Judiciário.
aprovado pela Portaria nº. 5, da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de
fevereiro de 2002, e de conformidade com a deliberação do Plenário em sua 43ª O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
reunião ordinária, realizada no dia 04 de dezembro de 2006, e no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu Regimento
Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por finalidade Interno aprovado pela Portaria nº 5 da Casa Civil da Presidência da República,
definir a política nacional de arquivos públicos e privados e exercer orientação de 7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de sua 47ª reunião ordinária, realizada em 1º de abril de 2008 e,
arquivo, independente da forma ou do suporte em que a informação está Considerando que a Constituição Federal de 1988, em seu art. 216,
registrada; §2º, dispõe que cabe à administração pública a gestão da documentação
Considerando que a gestão arquivística de documentos, independente governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela
da forma ou do suporte adotados, tem por objetivo garantir a produção, a necessitem;

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Considerando que ao Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, órgão CASA CIVIL
central do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, vinculado ao Arquivo Nacional, SECRETARIA EXECUTIVA
órgão integrante da Casa Civil da Presidência da República, criado pelo artigo 26 da ARQUIVO NACIONAL
Lei Federal de Arquivos nº 8.159, 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade definir a CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer orientação RESOLUÇÃO Nº 27, DE 16 DE JUNHO DE 2008
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de
arquivo; Dispõe sobre o dever do Poder Público, no âmbito dos
Considerando a importância de se harmonizar os prazos e a destinação estados, do Distrito Federal e dos municípios, de criar
de documentos de arquivo produzidos e recebidos pelos órgãos e entidades do e manter Arquivos Públicos, na sua específica esfera de
Poder Público, recomenda-se a adoção, no que couber, dos prazos e da destinação competência, para promover a gestão, a guarda e a
de documentos aprovados pelo CONARQ; preservação de documentos arquivísticos e a
Considerando que, pelo art. 3° da Lei Federal de Arquivos nº 8.159, de disseminação das informações neles contidas.
1991, a gestão de documentos é o conjunto de procedimentos e operações técnicas
referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ,
em fase corrente e intermediária, visando à eliminação ou recolhimento para no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu Regimento
guarda permanente; Interno aprovado pela Portaria nº 5 da Casa Civil da Presidência da República,
Considerando que, em seu Capítulo IV, a Lei Federal de Arquivos nº de 7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em
8.159, de 1991, define a competência e o dever inerentes aos órgãos do Poder sua 48º reunião ordinária, realizada em 2 de abril de 2008 e,
Judiciário, integrantes do Sistema Nacional de Arquivos, de proceder à gestão de Considerando que a Constituição Federal de 1988, no § 2º do art. 216,
documentos produzidos e recebidos em razão do exercício de suas funções; dispõe que cabe à administração pública a gestão da documentação
Considerando que arquivos do Poder Judiciário são os conjuntos de governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela
documentos produzidos e recebidos por seus órgãos em decorrência do exercício necessitem;
de suas atividades, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos Considerando que o art. 1º da Lei Federal de Arquivos nº 8.159, de 8
documentos; e de janeiro de 1991 dispõe que é dever do Poder Público a gestão documental e
Considerando que a organização dos arquivos e o gerenciamento das a proteção especial a documentos de arquivo, como instrumentos de apoio à
informações se constituem em instrumento de eficácia administrativa, administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de
contribuindo para a modernização da Administração no Poder Judiciário e prova e informação;
viabilizando o seu acesso, em benefício do Estado e do cidadão, Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ,
RESOLVE: órgão central do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, vinculado ao Arquivo
Art. 1º Os órgãos do Poder Judiciário, abaixo relacionados, deverão criar Nacional, órgão integrante da Casa Civil da Presidência da República, criado
programas de gestão de documentos arquivísticos, coordenados por Comitês pelo artigo 26 da Lei Federal de Arquivos nº 8.159, de 1991, tem por finalidade
Gestores, que terão por objetivo definir as diretrizes do referido programa de definir a política nacional de arquivos públicos e privados, bem como exercer
gestão de documentos e elaborar Planos de Classificação de Documentos e Tabelas orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos
de Temporalidade e Destinação de Documentos a serem aplicados nos órgãos de documentos de arquivo;
seu âmbito de atuação: Considerando a importância dos arquivos como instrumento de
I - Supremo Tribunal Federal, para o âmbito de sua competência gestão indispensável à transparência, à eficiência, eficácia e efetividade
originária; administrativas, ao desenvolvimento político e social e como garantia do
II - Superior Tribunal de Justiça, para o âmbito de sua competência direito à informação e à memória;
originária; Considerando a necessidade urgente de se estabelecer um modelo
III - Superior Tribunal Militar, para o âmbito de sua competência de gestão que integre as fases corrente, intermediária e permanente pelas
originária e para o âmbito dos demais órgãos da Justiça Militar; quais passam os documentos em seu ciclo vital, como forma de assegurar sua
IV - Tribunal Superior Eleitoral, para o âmbito de sua competência organização, controle, proteção e preservação a partir de sua produção;
originária e para o âmbito dos demais órgãos da Justiça Eleitoral; Considerando que o art. 9º da Lei Federal de Arquivos nº 8.159, de
V - Tribunal Superior do Trabalho, para o âmbito de sua competência 1991, determina que a eliminação de documentos produzidos por instituições
originária e para o âmbito dos demais órgãos da Justiça Trabalhista; públicas e de caráter público será realizada mediante autorização da
VI - Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, instituição arquivística pública, na sua específica esfera de competência;
para o âmbito de sua competência originária e para o âmbito dos demais órgãos da Considerando que o art. 62 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de
Justiça Comum; 1998, dispõe que é crime destruir, inutilizar e deteriorar documentos de
VII - Conselho da Justiça Federal, para o âmbito da Justiça Federal. arquivo, protegidos por lei, ato administrativo ou decisão judicial, e estabelece
Parágrafo Único. Os Comitês Gestores encaminharão à sessão as sanções penais dele decorrentes;
administrativa dos órgãos referidos no caput deste artigo as diretrizes, planos e Considerando que a perda, o extravio ou a destruição
tabelas para aprovação. indiscriminada do patrimônio documental público podem acarretar danos
Art. 2º Nos órgãos mencionados no art. 1º e nos demais órgãos da Justiça irreparáveis à administração pública, aos direitos dos cidadãos, à produção do
que os integram serão constituídas Comissões Permanentes de Avaliação de conhecimento, à memória e à história; e
Documentos, que terão responsabilidade de orientar e realizar o processo de Considerando a obrigatoriedade de que em cada estado, no Distrito
análise, avaliação e seleção dos documentos produzidos e recebidos nos Federal e em cada município tenha em sua estrutura um Arquivo Público para
respectivos órgãos, tendo em vista a destinação dos documentos para a guarda promover a gestão, a preservação e o acesso aos documentos produzidos e
permanente e a eliminação dos destituídos de valor. recebidos no âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, para
Parágrafo Único. Os presidentes das Comissões Permanentes de pleno cumprimento das disposições contidas nos incisos XIV e XXXIII do art.
Avaliação de Documentos integrarão os respectivos Comitês Gestores constituídos 5º, no inciso III do art. 23, no art. 215, no inciso IV e nos §§ 1º e 2º do art. 216 da
nos órgãos referidos no art. 1º desta resolução. Constituição Federal de 1988, assim como nos arts. 5º, 9º e 21 da Lei Federal de
Art. 3º Caberá à autoridade competente de cada órgão, autorizar a Arquivos nº 8.159, de 1991,
eliminação de documentos, fazendo publicar nos Diários Oficiais da União, do RESOLVE
Distrito Federal e dos Estados, correspondentes ao seu âmbito de atuação, os Art. 1º O Poder Público, no âmbito dos estados, do Distrito Federal e
editais para eliminação de documentos, consignando um prazo de 45 dias para dos municípios, deverá, por meio de lei específica de arquivos, definir os
possíveis manifestações das partes interessadas. critérios de organização sistêmica da gestão arquivística de documentos
Art. 4º Os órgãos do Poder Judiciário, por meio de seus Comitês Gestores, públicos e dos serviços arquivísticos governamentais, bem como a criação e a
promoverão troca de informações sobre experiências e compartilharão esforços de vinculação do Arquivo Público e os mecanismos de difusão e acesso aos
pesquisa e estudo com o objetivo de disseminar as melhores práticas e de unificar registros públicos, em conformidade com o art. 21, da Lei Federal de Arquivos
padrões de gestão de documentos. nº 8.159, de 1991.
Art. 5º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Parágrafo único. O Arquivo Público deve ser entendido como a
instituição do Poder Público com a função de implementar, acompanhar e
JAIME ANTUNES DA SILVA supervisionar a gestão de documentos arquivísticos produzidos e recebidos
pela Administração Pública em seu âmbito de atuação, e de promover a
[Diário Oficial da União, de 6 de maio de 2008] organização, a preservação e o acesso dos documentos de valor permanente

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191
ou histórico recolhidos dos diversos órgãos e entidades dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios. O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
Art. 2º O Arquivo Público referido no art. 1º deverá ser dotado no uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
obrigatoriamente de: Interno, aprovado pela Portaria nº. 5, da Casa Civil da Presidência da República,
I – Personalidade jurídica própria, que o integre à Administração de 7 de fevereiro de 2002, e de conformidade com a deliberação do Plenário em
Pública Direta, por exercer funções típicas de Estado. sua 42ª reunião plenária do CONARQ, realizada no dia 1º de agosto de 2006 e,
II - Infraestrutura física, material e tecnológica adequadas para a guarda, Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por
armazenamento e preservação de documentos de acordo com as normas e finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados,
legislação em vigor. conforme a lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e exercer orientação
III – Recursos orçamentários e financeiros para a implementação e normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos
manutenção das políticas arquivísticas estabelecidas. de arquivo, independente da forma ou do suporte em que a informação está
IV – Recursos humanos qualificados, dos quadros permanentes da registrada;
Administração Pública, para dar cumprimento às especificidades de suas Considerando que a descrição arquivística é uma atividade
atividades. fundamental para a recuperação e acesso às informações contidas nos
Art. 3º O Poder Público deverá promover programa de capacitação documentos;
continuada dos recursos humanos do Arquivo Público e dos serviços arquivísticos Considerando que para garantir que a descrição de documentos
governamentais. arquivísticos seja consistente, apropriada e autoexplicativa é indispensável a
Art. 4º Os editais para a realização de concursos públicos deverão incluir, adoção de normas específicas para esse fim;
dentre outros, vagas para graduados em Arquivologia, visando à inclusão destes Considerando que a padronização da descrição contribui para que
profissionais no quadro de pessoal permanente do Arquivo Público e dos serviços as entidades custodiadoras de acervos arquivísticos realizem, com eficácia, o
arquivísticos governamentais. tratamento técnico dos acervos documentais, proporcionando economia dos
Art. 5º Pela lei específica de arquivos, referida no caput do art. 1º, a ser recursos disponíveis, otimizando a recuperação das informações, além de
editada pelo Poder Público, no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos viabilizar um intercâmbio eficaz entre as diversas instituições arquivísticas; e
municípios, deverá ser criado um sistema de arquivos que contemple programa de Considerando que a normalização da descrição amplia o potencial
gestão de documentos de arquivo, o qual poderá englobar uma ou mais esferas dos dos instrumentos de pesquisa, simplificando o acesso e sua utilização pelos
Poderes constituídos, tendo o Arquivo Público de seu âmbito como órgão central, usuários, uma vez que estrutura as informações de maneira padronizada,
integrado ao Sistema Nacional de Arquivos – SINAR, conforme art. 12 do Decreto resolve:
Federal nº 4.073, 3 de janeiro de 2002. Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do Sistema
Art. 6º Os programas de gestão de documentos arquivísticos do âmbito Nacional de Arquivos - SINAR a adoção da Norma Brasileira de Descrição
dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, deverão contemplar Arquivística - NOBRADE, aprovada na 42ª reunião plenária do CONARQ,
obrigatoriamente: realizada no dia 1º de agosto de 2006, disponibilizada em pdf no sítio web do
I – Mecanismos para a elaboração e aplicação de plano de classificação CONARQ, www.conarq.arquivonacional.gov.br e publicada pelo CONARQ em
de documentos para as atividades-meio, em consonância com as diretrizes do 2006.
CONARQ e determinação para a concepção de um plano de classificação relativo às Art. 2º A NOBRADE estabelece, no Brasil, diretivas para a descrição
atividades finalísticas dos órgãos e entidades de seu âmbito de atuação. de documentos arquivísticos, compatíveis com as normas internacionais,
II – Estratégias para a elaboração e aplicação de tabelas de visando à padronização de procedimentos em sistemas de arquivos e/ou em
temporalidade e destinação de documentos para as atividades-meio, em entidades custodiadoras e a facilitação do acesso e do intercâmbio de
consonância com as diretrizes do CONARQ e determinação para a concepção das informações em âmbito nacional e internacional.
tabelas de temporalidade e destinação de documentos relativas às atividades Art. 3º Para aplicabilidade da NOBRADE será adotado o Código de
finalísticas dos órgãos e entidades do seu âmbito de atuação. Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos - CODEARQ, que tem como
III – Programa de preservação documental, contemplando as etapas de finalidade identificar de forma inequívoca cada instituição.
produção, armazenamento e manuseio do documento arquivístico em todos os Art. 4º A inscrição da instituição no Cadastro Nacional de Entidades
suportes. Custodiadoras de Acervos Arquivísticos deverá ser solicitada ao Conselho
IV – Diretrizes para normalização de instrumentos de pesquisa ou de Nacional de Arquivos - CONARQ, para cada ponto de acesso, que o
recuperação de informações com base na Norma Brasileira de Descrição disponibilizará no sítio do Conselho.
Arquivística - NOBRADE, aprovada pelo CONARQ, para garantir o acesso à Parágrafo único - O Cadastro Nacional de Entidades Custodiadoras
documentação de valor permanente; de Acervos Arquivísticos visa permitir o acesso às informações sobre a missão
V – Determinação para que a aquisição ou o desenvolvimento de institucional dessas entidades, seu acervo e contatos.
sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos atenda aos Art. 5º O CODEARQ deve estar presente em todos os níveis de
dispositivos contidos no e-Arq Brasil - Modelo de Requisitos para Sistemas descrição, conjugado com os demais elementos que compõem o código de
Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos aprovado pelo CONARQ. referência das unidades de descrição.
Art. 7º O CONARQ subsidiará os órgãos e entidades do Poder Público, no Art. 6º O CODEARQ só será fornecido às entidades custodiadoras que
âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, que têm a competência permitam acesso de seu acervo ao público em geral, ainda que sob restrições.
de fiscalizar o cumprimento desta Resolução, com informações e orientação para Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
sua aplicação integral.
Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. JAIME ANTUNES DA SILVA

JAIME ANTUNES DA SILVA


[Diário Oficial da União, de 19 de fevereiro de 2009]
[Diário Oficial da União, de 18 de junho de 2008]

CASA CIVIL CASA CIVIL


SECRETARIA EXECUTIVA SECRETARIA EXECUTIVA
ARQUIVO NACIONAL ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 28, DE 17 DE FEVEREIRO DE 2009 RESOLUÇÃO Nº 29, DE 29 DE MAIO DE 2009

Dispõe sobre a adoção da Norma Brasileira de Dá nova redação ao Art. 2º e ao inciso I da Resolução
Descrição Arquivística - NOBRADE pelos órgãos e nº. 27, de 16 de junho de 2008.
entidades integrantes do Sistema Nacional de
Arquivos - SINAR, institui o Cadastro Nacional de O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ,
Entidades Custodiadoras de Acervos Arquivísticos e no uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu Regimento
estabelece a obrigatoriedade da adoção do Código Interno aprovado pela Portaria nº 5 da Casa Civil da Presidência da República,
de Entidades Custodiadoras de Acervos de 7 de fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em
Arquivísticos – CODEARQ. sua 53º reunião ordinária, realizada em 20 de maio de 2009,

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


192
RESOLVE: Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do Sistema
Art. 1º O artigo 2º e o inciso I da Resolução nº 27, de 16 de junho de 2008, Nacional de Arquivos - SINAR a adoção das Recomendações para Digitalização
passam a vigorar com a seguinte redação: de Documentos Arquivísticos Permanentes, anexas a esta Resolução.
... Parágrafo único: O referido anexo será publicado e disponibilizado
“Art. 2º O Arquivo Público referido no art. 1°, por exercer atividades no sítio do CONARQ em: http://www.conarq.arquivonacional.gov.br.
típicas de Estado, deverá ser dotado obrigatoriamente de: Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
I – Autonomia de gestão e posicionamento hierárquico na estrutura
funcional do Poder Executivo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que JAIME ANTUNES DA SILVA
lhe permita desempenhar as prerrogativas definidas nessa Resolução.” (NR)
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação. [Diário Oficial da União, edição nº 82, Seção 1, de 03 de maio de 2010]

JAIME ANTUNES DA SILVA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA


SECRETARIA EXECUTIVA
ARQUIVO NACIONAL
[Diário Oficial da União. Edição nº 102, de 1 de junho de 2009, seção 1] CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 32, DE 17 DE MAIO DE 2010
CASA CIVIL
SECRETARIA EXECUTIVA Dispõe sobre a inserção dos Metadados na Parte II do
ARQUIVO NACIONAL Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS de Gestão Arquivística de Documentos – e-ARQ
RESOLUÇÃO Nº 30, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2009 Brasil

Altera a Resolução nº 26 de 6 de maio de 2008, que O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ,
estabelece diretrizes básicas de gestão de documentos a no uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
serem adotadas nos arquivos do Poder Judiciário Interno, aprovado pela Portaria nº 5, da Casa Civil da Presidência da República,
de 7 de fevereiro de 2002, em cumprimento do art. 2º, parágrafo único, da
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no Resolução do CONARQ nº 25, de 27 de abril de 2007, e de conformidade com a
uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu Regimento Interno deliberação do Plenário em sua 55ª reunião ordinária, realizada no dia 15 de
aprovado pela Portaria nº 5 da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de dezembro de 2009, RESOLVE:
fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 56ª Art. 1º Aprovar a inserção dos Metadados na Parte II do Modelo de
reunião ordinária, realizada em 16 de dezembro de 2009, RESOLVE: Requisitos para Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de
Art. 1º O art. 1º da Resolução nº 26 de 5 de maio de 2008 passa a vigorar Documentos – e-ARQ Brasil, prevista pelo art. 2º, parágrafo único, da
com a seguinte redação “Os órgãos do Poder Judiciário relacionados no art. 92, Resolução do CONARQ nº 25, de 2007.
inciso II e seguintes da Constituição Federal de 1988 e os Conselhos respectivos Art. 2º O Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de
deverão adotar o Programa de Gestão de Documentos do Conselho Nacional de Gestão Arquivística de Documentos – e-ARQ Brasil, em sua versão 1.1, será
Justiça - CNJ.” publicado e disponibilizado no sítio do CONARQ em:
Art. 2º Acrescente-se o seguinte parágrafo ao art. 1º, renumerando o http://www.conarq.arquivonacional.gov.br.
atual parágrafo único: Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
§ 1º A adoção do referido Programa de Gestão de Documentos será
coordenado por Comitês Gestores, que terão por objetivo zelar pelo cumprimento Jaime Antunes da Silva
das diretrizes do referido Programa de Gestão de Documentos e elaborar Planos de
Classificação de Documentos e Tabelas de Temporalidade e Destinação de
Documentos a serem aplicados nos órgãos de seu âmbito de atuação. [Diário Oficial da União, Edição nº 93, de 18 de maio de 2010 - Seção 1]
§ 2º Os Comitês Gestores encaminharão à sessão administrativa dos
órgãos referidos no art. 1º os instrumentos de gestão documental específicos para MINISTERIO DA JUSTIÇA
aprovação. ARQUIVO NACIONAL
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 33, DE 30 DE MAIO DE 2011
JAIME ANTUNES DA SILVA
Dispõe sobre a criação do Informativo CONARQ e dá
outras providências
[Diário Oficial da União, edição nº 246, seção 1, de 24 de dezembro de 2009]
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
no uso de suas atribuições previstas no item IX, do art. 23, do Regimento
CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA Interno, aprovado pela Portaria nº 5, de 7 de fevereiro de 2002, da Casa Civil da
SECRETARIA EXECUTIVA Presidência da República, e de conformidade com a deliberação de seu
ARQUIVO NACIONAL Plenário;
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS Considerando que compete ao CONARQ, órgão central do Sistema
RESOLUÇÃO Nº 31, DE 28 DE ABRIL DE 2010 Nacional de Arquivos - SINAR, promover o inter-relacionamento de arquivos
públicos e privados com vistas ao intercâmbio e à integração sistêmica das
Dispõe sobre a adoção das Recomendações para atividades arquivísticas;
Digitalização de Documentos Arquivísticos Considerando a necessidade de dar ampla publicidade às atividades
Permanentes desenvolvidas pelo CONARQ;
Considerando a importância de um veículo informativo como
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS – CONARQ, no ferramenta para promover o diálogo entre o CONARQ, a comunidade
uso de suas atribuições previstas no inciso IX do art. 23, de seu Regimento Interno arquivística e a sociedade, resolve:
aprovado pela Portaria nº 5 da Casa Civil da Presidência da República, de 7 de Art. 1º Criar o Informativo CONARQ, periódico semestral com o
fevereiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em sua 56ª objetivo de divulgar as ações do CONARQ e temas relacionados à política de
reunião ordinária, realizada em 16 de dezembro de 2009, e arquivos.
Considerando propiciar o acesso e a disseminação dos documentos Art. 2º Caberá à Coordenação do CONARQ providenciar a coleta,
custodiados pelos arquivos por meio da digitalização, uma das tecnologias da seleção e aprovação das matérias a serem veiculadas bem como coordenar sua
informação e comunicação aplicadas a arquivos; edição e divulgação do Informativo CONARQ.
Considerando a necessidade de disciplinar e recomendar padrões Art. 3º O Informativo CONARQ será editado e divulgado em versão
técnicos e metodologia adequados à digitalização de acervos convencionais de eletrônica, ficando todas as edições disponíveis no sitio do CONARQ:
valor permanente, para acesso em longo prazo, RESOLVE: www.conarq.arquivonacional.gov.br.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


193
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. aprovado pela Portaria nº. 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de novembro
de 2011, em conformidade com a deliberação da 64ª reunião plenária do
JAIME ANTUNES DA SILVA CONARQ, realizada no dia 17 de novembro de 2011 e ratificada em sua 67ª
reunião plenária, realizada no dia 4 de dezembro de 2012, e
[Diário Oficial da União, edição nº 105, seção 1, de 2 de junho de 2011] Considerando a necessidade de se atualizar o Código de
Classificação de Documentos de Arquivo para a Administração Pública:
Atividades-Meio e a Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Documentos de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Administração
ARQUIVO NACIONAL Pública, aprovados pela Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001, do CONARQ,
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS publicada no DOU, de 8 de fevereiro de 2002, resolve:
RESOLUÇÃO Nº 34, DE 15 DE MAIO DE 2012 Aprovar as seguintes alterações:
I - No Código de Classificação de Documentos de Arquivo para a
Dispõe sobre a adoção das Recomendações para a Administração Pública: Atividades-Meio:
salvaguarda de acervos arquivísticos danificados por 1) em 004 - Acordos. Ajustes. Contratos. Convênios,
água pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Onde se lê:
Nacional de Arquivos – SINAR " - Incluem-se documentos referentes a um acordo, ajuste, contrato
e/ou convênio, implementados ou não, tais como projetos, relatórios técnicos,
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no prestações de contas e aditamentos, que abranjam a execução de várias
uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, atividades ao mesmo tempo."
aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de novembro de Leia-se:
2011, em conformidade com a deliberação do Plenário em sua 65ª reunião plenária " - Incluem-se documentos referentes a um acordo, ajuste, contrato
do CONARQ, realizada no dia 06 de março de 2012 e, e/ou convênio, implementados ou não, tais como projetos, relatórios técnicos,
Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por finalidade prestações de contas e aditamentos, que abranjam a execução de várias
definir a política nacional de arquivos públicos e privados, conforme a lei nº 8.159, atividades ao mesmo tempo, bem como aqueles referentes à formalização,
de 8 de janeiro de 1991, e exercer orientação normativa visando à gestão execução, acompanhamento, fiscalização, prestação de contas ou tomada de
documental e à proteção especial aos documentos de arquivo, independente da contas e informações acerca de tomada de contas especial de convênios,
forma ou do suporte em que a informação está registrada; contratos de repasse, termos de parceria, e termos de cooperação."
Considerando que a preservação de acervos arquivísticos é 2) em 057:
fundamental para garantir o acesso e a difusão da informação, essenciais para a Onde se lê:
constituição da memória social e o exercício pleno da cidadania; "Tomada de contas. Prestação de contas (inclusive parecer de
Considerando que o risco de perda do patrimônio documental por aprovação das contas)",
desastres causados por água devido às mudanças climáticas é cada vez mais Leia-se:
recorrente; "Tomada de contas. Prestação de contas (inclusive parecer de
Considerando a necessidade dos órgãos e entidades custodiadores de aprovação das contas). Tomada de contas especial
acervos arquivísticos disporem de um instrumento que os oriente a implementar - Incluem-se documentos referentes a avaliação da gestão dos
medidas para recuperar acervos que sofreram sinistros causados por água; responsáveis por unidades jurisdicionadas da administração pública federal
Considerando a necessidade de se estabelecer uma metodologia básica para direta e indireta.
salvaguarda de acervos arquivísticos em caso de desastres ocasionados por água, Quanto à prestação de contas de despesas relativas a gastos com
resolve: diárias e passagens, fornecimento e manutenção de serviços, classificar no
Art. 1º Aprovar as Recomendações para a salvaguarda de acervos assunto específico."
arquivísticos danificados por água, conforme deliberação da 65ª reunião plenária II - Na Tabela Básica de Temporalidade e Destinação de Documentos
do CONARQ, realizada no dia 6 de março de 2012, e disponibilizada no sítio do de Arquivo Relativos às Atividades-Meio da Administração Pública:
CONARQ. 1) em 004 - Acordos. Ajustes. Contratos. Convênios, na coluna
Art. 2º Propor a adoção das Recomendações referidas no artigo anterior referente à Fase Intermediária, onde se lê "10 anos", leia-se "20 anos".
pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR. 2) em 057:
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Onde se lê:
"Tomada de contas. Prestação de contas (inclusive parecer de
JAIME ANTUNES DA SILVA aprovação das contas)",
Leia-se:
[Diário Oficial da União, nº 94, de 16 de maio de 2012, Seção 1] "Tomada de contas. Prestação de contas (inclusive parecer de
aprovação das contas). Tomada de contas especial"
[Disponível em: Na coluna referente à Fase Intermediária, fica excluído o prazo de
<http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/Recomendações para o guarda "5 anos a contar da aprovação das contas". Na coluna referente à
resgate de acervos arquivísticos - Res 34.pdf>] destinação final mantém-se a guarda permanente.
JAIME ANTUNES DA SILVA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
ARQUIVO NACIONAL [Diário Oficial da União, edição nº 239, de 12 de dezembro de 2012 - Seção 1]
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 35, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2012

[atualiza o Código de Classificação de Documentos MINISTÉRIO DA JUSTIÇA


de Arquivo para a Administração Pública: ARQUIVO NACIONAL
Atividades-Meio e a Tabela Básica de Temporalidade CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
e Destinação de Documentos de Arquivo Relativos às RESOLUÇÃO Nº 36, DE 19 DE DEZEMBRO DE 201
Atividades-Meio da Administração Pública,
aprovados pela Resolução nº 14, de 24 de outubro de Dispõe sobre a adoção das Diretrizes para a Gestão
2001, do CONARQ, publicada no DOU, de 8 de arquivística do Correio Eletrônico Corporativo pelos
fevereiro de 2002] órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional
[Revogada pela Resolução Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020] de Arquivos - SINAR

O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, no uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Interno, aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de Considerando a Resolução nº 24, de 3 de agosto de 2006, que
novembro de 2011, em conformidade com a deliberação do Plenário em sua 68ª estabelece diretrizes para a transferência e recolhimento de documentos
reunião plenária do CONARQ, realizada no dia 5 de dezembro de 2012 e, arquivísticos digitais para instituições arquivísticas públicas.
Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por finalidade RESOLVE:
definir a política nacional de arquivos públicos e privados e exercer orientação Art. 1º Aprovar as Diretrizes para a Presunção de Autenticidade de
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de Documentos Arquivísticos Digitais, disponibilizadas no sitio do CONARQ, em:
arquivo, independente da forma ou do suporte em que a informação está <http://www.conarq.arquivonacional.gov.br>
registrada; § 1º As Diretrizes de que trata essa resolução têm por finalidade
Considerando o estabelecido na Resolução nº 20, do CONARQ, de 16 de instrumentalizar os produtores e custodiadores de documentos arquivísticos
julho de 2004, que dispõe sobre a inserção dos documentos digitais em programas para essa presunção da autenticidade desses documentos.
de gestão arquivística de documentos dos órgãos e entidades integrantes do § 2º A autenticidade dos documentos arquivísticos digitais deve
Sistema Nacional de Arquivos; estar apoiada em procedimentos de gestão arquivística de documentos.
Considerando que o correio eletrônico corporativo tem sido utilizado Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
para a transmissão e recebimento de mensagens no curso das atividades
desenvolvidas pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de JAIME ANTUNES DA SILVA
Arquivos - SINAR.
RESOLVE:
Art. 1º Aprovar as Diretrizes para a Gestão Arquivística do Correio [Diário Oficial da União, edição nº 245, de 20 de dezembro de 2012 - Seção 1]
Eletrônico Corporativo, a ser adotado pelos órgãos e entidades integrantes do
Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, e disponibilizado no sitio do CONARQ, em: [Acesso ao anexo em :
<http://www.conarq.arquivonacional.gov.br>. <http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/diretrizes_presuncao_au
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. tenticidade_publicada.pdf>]

JAIME ANTUNES DA SILVA


MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
ARQUIVO NACIONAL
[Diário Oficial da União, edição nº 245, de 20 de dezembro de 2012 - Seção 1] CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 38, DE 9 DE JULHO DE 2013
[Acesso ao anexo em:
<http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/diretrizes_gestao_correio.pdf>] Dispõe sobre a adoção das "Diretrizes do Produtor -
A Elaboração e a Manutenção de Materiais Digitais:
Diretrizes Para Indivíduos" e "Diretrizes do
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Preservador - A Preservação de Documentos
ARQUIVO NACIONAL Arquivísticos digitais: Diretrizes para Organizações"
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 37, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2012 O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
no uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
Aprova as Diretrizes para a Presunção de Interno, aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de
Autenticidade de Documentos Arquivísticos Digitais novembro de 2011, em conformidade com a deliberação do Plenário em sua 69ª
reunião plenária do CONARQ, realizada no dia 25 de junho de 2013,
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por
uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados e exercer
aprovado pela Portaria nº. 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de novembro de orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos
2011, em conformidade com a deliberação do Plenário em sua 68ª reunião plenária documentos de arquivo, independentemente da forma ou do suporte em que a
do CONARQ, realizada no dia 5 de dezembro de 2012, informação está registrada;
Considerando que é dever do Poder Público a gestão documental, a Considerando que os documentos arquivísticos digitais podem se
proteção especial aos documentos de arquivo e as providências para franquear aos apresentar na forma de texto, imagem fixa ou em movimento, áudio, base de
cidadãos as informações contidas na documentação governamental; dados, planilha e outras num repertório crescente de possibilidades;
Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por finalidade Considerando que os documentos digitais são suscetíveis à
definir a política nacional de arquivos públicos e privados e exercer orientação alteração, lícita ou ilícita, à degradação física e à obsolescência tecnológica de
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de hardware, software e formatos, as quais podem colocar em risco sua
arquivo, independentemente da forma ou do suporte em que a informação está autenticidade;
registrada; Considerando que a gestão arquivística de documentos,
Considerando que a organização dos arquivos e o gerenciamento das independentemente da forma ou do suporte adotados, tem por objetivo
informações neles contidas se constituem em instrumento de eficácia garantir a produção, a manutenção e a preservação de documentos
administrativa, contribuindo para a modernização da administração pública; arquivísticos;
Considerando que as organizações públicas e privadas e os cidadãos Considerando propiciar a produção, o acesso e a preservação dos
vêm cada vez mais produzindo documentos arquivísticos digitais e que governos, documentos digitais arquivísticos por meio de padrões técnicos e metodologia
organizações e cidadãos dependem do documento digital como fonte de prova e de adequados.
informação, e para garantia de direitos; RESOLVE:
Considerando que os documentos arquivísticos digitais podem se Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do Sistema
apresentar na forma de texto, imagem fixa ou em movimento, áudio, base de Nacional de Arquivos - SINAR, a adoção das Diretrizes do Produtor - A
dados, planilha e outras num repertório crescente de possibilidades; Elaboração e a Manutenção de Materiais Digitais: Diretrizes Para Indivíduos e
Considerando que os documentos digitais são suscetíveis à alteração, Diretrizes do Preservador - A Preservação de Documentos Arquivísticos
lícita ou ilícita, à degradação física e à obsolescência tecnológica de hardware, digitais: Diretrizes para Organizações, publicadas no âmbito do Projeto The
software e formatos, as quais podem colocar em risco sua autenticidade; International Research on Permanent Authentic Records in Electronic
Considerando que a gestão arquivística de documentos, Systems InterPARES, da Universidade de British Columbia, Canadá, em acordo
independentemente da forma ou do suporte adotados, tem por objetivo garantir a técnico com o Arquivo Nacional, visando ao aperfeiçoamento da gestão e
produção, a manutenção e a preservação de documentos arquivísticos confiáveis e preservação dos documentos de arquivo em formato digital.
autênticos; Parágrafo único. As referidas diretrizes estão disponibilizadas no
Considerando o conceito de autenticidade dos documentos a partir da sítio do CONARQ.
Arquivologia e da Diplomática; Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
JAIME ANTUNES DA SILVA

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


195
[Diário Oficial da União, de 30 de abril de 2014, Seção 1, pg. 55]
[Diário Oficial da União, Edição nº 223, de 11 de julho de 2013 - Seção 1]
[Anexo disponível em:
[Publicações integrais] <http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/publicacoes/resol_conar
 DIRETRIZES DO PRODUTOR q_39_repositorios.pdf>]
 DIRETRIZES DO PRESERVADOR

[https://www.gov.br/conarq/pt-br/centrais-de- MINISTÉRIO DA JUSTIÇA


conteudo/publicacoes/conarq_diretrizes_produtor_preservador_resolucao_38.pdf]
ARQUIVO NACIONAL
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA RESOLUÇÃO Nº 40, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014

ARQUIVO NACIONAL [Alterada pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020]


CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 39, DE 29 DE ABRIL DE 2014 Dispõe sobre os procedimentos para a eliminação de
documentos no âmbito dos órgãos e entidades
Estabelece diretrizes para a implementação de integrantes do Sistema Nacional de Arquivos -
repositórios digitais confiáveis para a SINAR.
transferência e recolhimento de documentos
arquivísticos digitais para instituições O Presidente do CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no
arquivísticas dos órgãos e entidades integrantes uso de suas atribuições previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR. Interno, aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de
novembro de 2011, em conformidade com deliberação do Plenário em sua 79ª
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no Reunião Plenária, realizada no dia 26 de novembro de 2014, e
uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, Considerando o dispositivo na Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991,
aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de novembro de que trata da autorização pela instituição arquivística pública, na sua específica
2011, em conformidade com a deliberação do Plenário em sua 77ª reunião plenária esfera de competência, da eliminação de documentos produzidos por órgãos e
do CONARQ, realizada no dia 20 de março de 2014, entidades da Administração Pública, por instituições de caráter público e por
Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por finalidade entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos;
definir a política nacional de arquivos públicos e privados e exercer orientação Considerando a Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispõe
normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos documentos de sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades
arquivo, independente da forma ou do suporte em que a informação está lesivas ao meio ambiente; o Decreto n° 6.514, de 22 de julho de 2008, que
registrada; dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente e
estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações; a
Considerando que as organizações públicas e privadas e os cidadãos
Lei n° 12.315, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de
vêm cada vez mais produzindo documentos arquivísticos exclusivamente em
Resíduos Sólidos, e o Decreto n° 7.404, de 23 de dezembro de 2010 que a
formato digital e que governos, organizações e cidadãos dependem do documento
regulamenta;
digital como fonte de prova e informação, bem como de garantia de direitos;
Considerando a Resolução nº 5, do Conselho Nacional de Arquivos -
Considerando que as instituições arquivísticas devem estabelecer CONARQ, de 30 de setembro de 1996, que dispõe sobre a publicação de editais
política de preservação e possuir infraestrutura organizacional, bem como para eliminação de documentos nos Diários Oficiais da União, dos Estados, do
requisitos, normas e procedimentos para assegurar que os documentos Distrito Federal, e dos Municípios; e
arquivísticos digitais permaneçam sempre acessíveis, compreensíveis, autênticos e Considerando as determinações do Conselho Nacional de Arquivos -
íntegros, CONARQ sobre a Classificação, Temporalidade e Destinação de Documentos de
Considerando que a gestão arquivística de documentos, independente Arquivo relativas às atividades-meio da Administração Pública.
da forma ou do suporte adotados, tem por objetivo garantir a produção, a RESOLVE:
manutenção, a preservação de documentos arquivísticos confiáveis, autênticos e Art. 1º A eliminação de documentos no âmbito dos órgãos e
compreensíveis, bem como o acesso a estes; entidades integrantes do SINAR ocorrerá depois de concluído o processo de
Considerando a natureza específica dos arquivos digitais, criados e avaliação e seleção conduzido pelas respectivas Comissões Permanentes de
mantidos em ambiente tecnológico de contínua alteração e crescente Avaliação de Documentos - CPAD e será efetivada quando cumpridos os
complexidade, e que não se constituem como entidades físicas convencionais; procedimentos estabelecidos nesta Resolução.
Considerando a Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico “Art. 1º A eliminação de documentos digitais e não digitais no
Digital do CONARQ, de 6 de julho de 2004, que manifesta a necessidade do, âmbito dos órgãos e entidades integrantes do SINAR ocorrerá depois de
estabelecimento de políticas, procedimentos, sistemas, normas e práticas que concluído o processo de avaliação e seleção conduzido pelas respectivas
levem os produtores de documentos a criar e manter documentos arquivísticos Comissões Permanentes de Avaliação de Documentos - CPAD e será efetivada
fidedignos, autênticos, preserváveis e acessíveis; quando cumpridos os procedimentos estabelecidos nesta Resolução.” (Redação
Considerando a Resolução nº 2, de 18 de outubro de 1995, que dispõe dada pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020).
sobre as medidas a serem observadas na transferência ou no recolhimento de Parágrafo único. Os órgãos e entidades só poderão eliminar
acervos documentais para instituições arquivísticas públicas; documentos caso possuam Comissões Permanentes de Avaliação de
Considerando a Resolução nº 20, de 16 de julho de 2004, que dispõe Documentos constituídas e com autorização da instituição arquivística pública,
sobre a inserção dos documentos digitais em programas de gestão arquivística de na sua específica esfera de competência.
documentos dos órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos; Art. 2º O registro dos documentos a serem eliminados deverá ser
Considerando a Resolução nº 24, de 3 de agosto de 2006, que estabelece efetuado por meio da elaboração de Listagem de Eliminação de Documentos
diretrizes para a transferência e recolhimento de documentos arquivísticos [Anexo 1] que, após a aprovação pela Comissão Permanente de Avaliação de
digitais para instituições arquivísticas públicas, resolve: Documentos - CPAD e pelas autoridades dos órgãos e entidades a quem
Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades integrantes do Sistema compete aprovar, deverá ser submetida à instituição arquivística pública, na
Nacional de Arquivos – SINAR, que tiverem por finalidade a transferência ou o sua específica esfera de competência, para autorização da eliminação.
recolhimento de documentos arquivísticos em formato digital, e de forma a “Art. 2º A autorização para a eliminação de documentos digitais e
garantir a integridade, a autenticidade, a confidencialidade, a disponibilidade e a não digitais de que trata o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, dar-
preservação desses documentos, a adoção das Diretrizes para a Implementação de se-á mediante aprovação do código de classificação de documentos e tabela de
temporalidade e destinação de documentos elaborados pela Comissão
Repositórios Digitais Confiáveis de Documentos Arquivísticos, anexas a esta
Permanente de Avaliação de Documentos – CPAD de cada órgão ou entidade e
Resolução.
aprovados pela instituição arquivística pública, em sua esfera de
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
competência.” (Redação dada pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020).
JAIME ANTUNES DA SILVA

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


196
Parágrafo único. Os órgãos e entidades deverão, obrigatoriamente,
encaminhar, por meio de correspondência oficial, duas cópias da Listagem de
Eliminação de Documentos, assinadas e rubricadas a fim de obter a autorização.
§1º A eliminação de documentos fica condicionada à análise, avaliação e
seleção pela CPAD dos arquivos produzidos e acumulados pelo órgão ou entidade
no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação daqueles destituídos de
valor, de acordo com a tabela de temporalidade e destinação de documentos e à
aprovação do titular do órgão ou entidade produtor ou acumulador do arquivo.”
(Redação dada pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020).
§2º A eliminação de documentos que não constarem da tabela de
temporalidade e destinação de documentos, será realizada mediante autorização
excepcional da instituição arquivística pública, em sua esfera de competência.”
(Redação dada pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020)
“Art. 2º-A. O registro dos documentos a serem eliminados deverá ser
efetuado por meio da elaboração de Listagem de Eliminação de Documentos
[Anexo 1] pela Comissão Permanente de Avaliação de Documentos – CPAD a ser
submetida para autorização do titular dos órgãos e entidades da administração
pública.” (Redação dada pela Resolução nº 44, de 14 de fevereiro de 2020).
Art. 3º Após obter a autorização, os órgãos e entidades, para proceder à
eliminação, deverão elaborar e publicar o Edital de Ciência de Eliminação de
Documentos [Anexo 2], em periódico oficial, sendo que na ausência destes, os
municípios poderão publicá-los em outro veículo de divulgação local, para dar
publicidade ao fato de que serão eliminados os documentos relacionados na
Listagem de Eliminação de Documentos.
“Art. 3º Após obter a autorização de que trata o art. 2º-A, os órgãos e
entidades deverão elaborar e publicar o Edital de Ciência de Eliminação de
Documentos [Anexo 2], em periódico oficial, sendo que na ausência destes, os
municípios poderão publicá-los em outro veículo de divulgação local, para dar
publicidade ao fato de que serão eliminados os documentos relacionados na
Listagem de Eliminação de Documentos.” (Redação dada pela Resolução nº 44, de
14 de fevereiro de 2020).
Parágrafo único. Os órgãos e entidades deverão encaminhar,
obrigatoriamente, para a instituição arquivística pública, na sua específica esfera
de competência, uma cópia da página do periódico oficial ou do veículo de
divulgação local no qual o Edital de Ciência de Eliminação de Documentos foi
publicado.
Art. 4º Após efetivar a eliminação, os órgãos e entidades deverão
elaborar o Termo de Eliminação de Documentos [Anexo 3], que tem por objetivo
registrar as informações relativas ao ato de eliminação, não sendo obrigatório dar
publicidade em periódico oficial, devendo ser dada publicidade em boletim interno
ou, ainda, no próprio portal ou sítio eletrônico, encaminhando uma cópia do
Termo de Eliminação de Documentos para a instituição arquivística pública, na sua
específica esfera de competência, para ciência de que a eliminação foi efetivada.
Art. 5º A eliminação de documentos arquivísticos públicos e de caráter
público será efetuada por meio de fragmentação manual ou mecânica,
pulverização, desmagnetização ou reformatação, com garantia de que a
descaracterização dos documentos não possa ser revertida.
§ 1° A eliminação dos documentos deverá, obrigatoriamente, ocorrer
com a supervisão de responsável designado para acompanhar o procedimento.
§ 2° A escolha do procedimento a ser adotado para a descaracterização
dos documentos deverá observar as normas legais em vigor em relação à
preservação do meio ambiente e da sustentabilidade.
Art. 6º Os procedimentos dispostos nesta Resolução deverão ser
realizados utilizando-se os modelos constantes dos Anexos 1, 2 e 3.
Art. 7° Fica revogada a Resolução n° 7, do CONARQ, de 20 de maio de
1997.

Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

JAIME ANTUNES DA SILVA

[anexos] [NR}

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


197
ANEXO 1

ÓRGÃO/SETOR: (indicar as
siglas)
LISTAGEM DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS
Listagem nº: (indicar nº / ano
ÓRGÃO/ENTIDADE: (indicar o nome do órgão/entidade, acompanhado das siglas respectivas) da listagem)

UNIDADE/SETOR: (indicar o nome da unidade/setor que eliminará os documentos relacionados na Folha nº: (indicar nº da folha /
listagem, acompanhado das siglas respectivas) nº total de folhas)

No caso de eliminação de documentos de órgãos/entidades extintos, indicar o nome do


produtor(a)/acumulador(a) dos documentos.

CÓDIGO DESCRITOR DATAS- UNIDADE DE ARQUIVAMENTO OBSERVAÇÕES E/OU


REFERENTE LIMITE JUSTIFICATIVAS
DO
À CLASSIFICAÇÃO
CÓDIGO

QUANTIFICAÇÃO (*) ESPECIFICAÇÃO

MENSURAÇÃO TOTAL: (indicar, em metros lineares, unidades ou bytes, o total de documentos que serão eliminados)

DATAS-LIMITE GERAIS: (indicar, em anos, o período dos documentos que serão eliminados)

(*) PARA DOCUMENTOS DIGITAIS: (volume/quantificação) – indicar o volume total, medido em múltiplo de bytes, dos
documentos a serem eliminados.

(O quadro abaixo somente deverá ser preenchido se os documentos a serem eliminados necessitarem de comprovação de aprovação
das contas pelos Tribunais de Contas).

Conta(s) do(s) exercício(s) Conta(s) aprovada(s) pelo Publicação no Diário Oficial (data, seção, página)
de: Tribunal de Contas em:

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198
LOCAL/DATA LOCAL/DATA LOCAL/DATA

RESPONSÁVEL PELA PRESIDENTE DA COMISSÃO AUTORIDADE DO ÓRGÃO/ENTIDADE A QUEM COMPETE


SELEÇÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DE APROVAR
DOCUMENTOS

LOCAL/DATA

AUTORIZO:

TITULAR DO ÓRGÃO/ENTIDADE PRODUTOR / ACUMULADOR DO ARQUIVO

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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ANEXO 2

NOME DO ÓRGÃO/ENTIDADE

EDITAL DE CIÊNCIA DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

Nº (indicar o nº / ano do Edital)

O (A) Presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, designado (a) pela Portaria nº (indicar o nº / dia, mês e ano da
portaria de designação), publicada no (indicar o nome do periódico oficial ou do boletim interno do órgão/entidade), de (indicar dia,
mês e ano da publicação), de acordo com a Listagem de Eliminação de Documentos n° (indicar o nº / ano da listagem), autorizada pe-
lo(a) titular do(a) (indicar o nome do órgão ou entidade), faz saber a quem possa interessar que a partir do (indicar o prazo para a
efetivação da eliminação, escrevendo por extenso, entre parênteses, o número ordinal correspondente – 30º a 45º) dia subsequente a
data de publicação deste Edital no (indicar o nome do periódico oficial ou, na ausência dele, o do veículo de divulgação local), se não
houver oposição, o(a) (indicar o responsável pela eliminação) eliminará (indicar a mensuração total) dos documentos relativos a (indi-
car as referências gerais dos descritores dos códigos de classificação dos documentos a serem eliminados), do período de (indicar as
datas-limite gerais), do(a) (indicar o nome do(a) órgão/entidade produtor(a) ou acumulador(a) dos documentos a serem eliminados).

Os interessados, no prazo citado, poderão requerer às suas expensas e mediante petição dirigida à Comissão Permanente de Avaliação
de Documentos do(a) (indicar o nome do(a) órgão/entidade), a retirada ou cópias de documentos, avulsos ou processos, bem como o
desentranhamento ou cópias de folhas de um processo.

Local e data.

Nome e assinatura do(a) Presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos.

ANEXO 3

NOME DO ÓRGÃO/ENTIDADE

TERMO DE ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS

Aos ..... dias do mês de ................... do ano de .........., o(a) (indicar o nome do órgão/entidade responsável pela eliminação), de acordo
com o que consta da Listagem de Eliminação de Documentos nº (indicar o nº / ano da listagem), aprovada pelo(a) titular do(a) (indicar
o nome do órgão ou instituição) e respectivo Edital de Ciência de Eliminação de Documentos nº (indicar o nº / ano do edital), publicado
no (indicar o nome do periódico oficial ou, na ausência dele, o do veículo de divulgação local), de (indicar a data de publicação do edi-
tal), procedeu à eliminação de (indicar a mensuração total) dos documentos relativos a (indicar as referências gerais dos descritores dos
códigos de classificação dos documentos a serem eliminados), do período de (indicar as datas-limite gerais), do(a) (indicar o nome do(a)
órgão/entidade produtor(a) ou acumulador(a) dos documentos que foram eliminados).

Local e data.

Nome, assinatura e cargo do(a) responsável designado(a) para supervisionar e acompanhar a eliminação.

Nome e assinatura do(a) Presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


200
JAIME ANTUNES DA SILVA
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
ARQUIVO NACIONAL [Diário Oficial da União, nº 240, quinta-feira, 11 de dezembro de 2014]
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
RESOLUÇÃO Nº 41, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
Dispõe sobre a inserção dos documentos ARQUIVO NACIONAL
audiovisuais, iconográficos, sonoros e musicais em CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
programas de gestão de documentos arquivísticos RESOLUÇÃO Nº 42, DE 9 DE DEZEMBRO DE 2014
dos órgãos e entidades integrantes do Sistema
Nacional de Arquivos - SINAR, visando a sua Dispõe sobre a análise do papel reciclado
preservação e acesso. fabricado no Brasil para produção de documentos
arquivísticos.
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no
uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno, O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
aprovado pela Portaria nº. 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de novembro de no uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
2011, em conformidade com a deliberação do Plenário em sua 79ª Reunião Plenária, Interno, aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de
realizada no dia 26 de novembro de 2014 e, novembro de 2011, em conformidade com a deliberação do Plenário em sua
Considerando que o CONARQ tem por finalidade definir a política 79ª Reunião Plenária, realizada no dia 26 de novembro de 2014 e,
nacional de arquivos públicos e privados, como órgão central do Sistema Nacional Considerando que o CONARQ tem por finalidade definir a política
de Arquivos - SINAR, bem como exercer orientação normativa visando à gestão nacional de arquivos públicos e privados, conforme a lei nº 8.159, de 8 de
documental e à proteção especial aos documentos de arquivo; janeiro de 1991, e exercer orientação normativa visando à gestão documental
Considerando que o SINAR tem por finalidade implementar a política e à proteção especial aos documentos de arquivo, independente da forma ou
nacional de arquivos públicos e privados, visando à gestão, à preservação, e ao do suporte em que a informação está registrada;
acesso aos documentos de arquivo; Considerando a importância da preservação dos documentos
Considerando arquivo o conjunto de documentos produzidos e arquivísticos produzidos pela administração pública como instrumento de
recebidos por uma entidade coletiva, pública ou privada, pessoa ou família, no prova e informação;
desempenho de suas atividades, independentemente da natureza do suporte; RESOLVE:
Considerando documento a unidade de registro de informações, Art. 1º Não recomendar a utilização de papéis reciclados fabricados
qualquer que seja o suporte ou formato; apenas com fibras curtas, secundárias não selecionadas, que contenham
Considerando documento audiovisual o gênero documental integrado corantes e lignina para a produção de documentos arquivísticos, conforme as
por documentos que contém imagens, com finalidade de criar a impressão de amostras analisadas no documento anexo a esta resolução, por terem sido
movimento, associadas ou não a registros sonoros; reprovados em testes realizados para verificar suas qualidades físico-
Considerando documento iconográfico o gênero documental integrado químicas e por não estarem em conformidade com as normas ISO 9706 (1994)
por documentos constituídos de imagens fixas; e ISO 11108 (1996).
Considerando documento sonoro o gênero documental integrado por Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
documentos que contém registros sonoros; JAIME ANTUNES DA SILVA
Considerando documento musical o gênero documental integrado por
documentos que se caracterizam por conter informação codificada através de [Diário Oficial da União, edição n 240, de 11 de dezembro de 2014 - Seção 1]
notação musical, independentemente do processo de produção, de registro ou
fixação, e de reprodução ou realização; [Texto integral em:
Considerando a Recomendação sobre a salvaguarda e a conservação das <http://www.conarq.arquivonacional.gov.br/media/resolu/analise_papel_re
imagens em movimento, consolidada na 21ª Conferência Geral da UNESCO em 1980; ciclado_fabricado_brasil.pdf>]
RESOLVE:
Art. 1º Recomendar aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
Arquivos - SINAR: MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
§ 1º Implementar política de gestão arquivística de documentos ARQUIVO NACIONAL
integrando todos os gêneros documentais, incluindo os audiovisuais, iconográficos, CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
sonoros e musicais, independentemente do formato e do suporte em que estão RESOLUÇÃO Nº 43, DE 04 DE SETEMBRO DE 2015
registrados, por meio da classificação e avaliação arquivística, bem como dos
procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação e uso; Altera a redação da Resolução do CONARQ nº 39, de
§ 2º Aplicar e padronizar a descrição arquivística, com base na Norma 29 de abril de 2014, que estabelece diretrizes para a
Brasileira de Descrição Arquivística - NOBRADE, aprovada pela Resolução nº 28, de implementação de repositórios digitais confiáveis
17 de fevereiro de 2009, do CONARQ, visando o acesso às informações contidas nos para a transferência e recolhimento de documentos
documentos de arquivo e propiciando o intercâmbio de informações arquivísticas arquivísticos digitais para instituições arquivísticas
entre instituições detentoras de acervos audiovisuais, iconográficos, sonoros e dos órgãos e entidades integrantes do Sistema
musicais; Nacional de Arquivos - SINAR.
§ 3º Implementar, a partir da produção do documento, políticas de
preservação com ações preventivas e curativas, visando à preservação e acesso aos O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
documentos audiovisuais, iconográficos, sonoros e musicais; no uso de suas atribuições, previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
§ 4º Garantir o acesso aos documentos audiovisuais, iconográficos, Interno, aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de
sonoros e musicais, observando as disposições previstas na legislação vigente: novembro de 2011 e de acordo com a deliberação adotada na 80ª Reunião
Constituição Federal de 1988; Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; Lei nº 9.610, de Plenária, realizada no dia 12 de agosto de 2015, Resolve:
19 de fevereiro de 1998; Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002; Lei nº 12.527, de 18
Art. 1º A ementa da Resolução do CONARQ nº 39, de 29 de abril de
de novembro de 2011.
2014, passa a vigorar com a seguinte alteração:
§ 5º Providenciar o recolhimento às instituições arquivísticas públicas,
Estabelece diretrizes para a implementação de repositórios arquivísticos
em sua específica esfera de competência, dos documentos produzidos e recebidos
digitais confiáveis para o arquivamento e manutenção de documentos
pelas respectivas instituições, conforme Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991;
§ 6º Solicitar ao CONARQ, por intermédio da Câmara Técnica de arquivísticos digitais em suas fases corrente, intermediária e permanente, dos
Documentos Audiovisuais, Iconográficos e Sonoros, informações necessárias e órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR." (NR)
complementares referentes ao tratamento arquivístico, preservação e acesso aos Art. 2º O art. 1º da Resolução do CONARQ nº 39, de 29 de abril de
acervos audiovisuais, iconográficos, sonoros e musicais; 2014, passa a vigorar com a seguinte alteração:
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. “Art. 1º Aprovar as Diretrizes para a Implementação de
Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis - RDC-Arq, anexas a esta
Resolução, e recomendar sua adoção aos órgãos e entidades integrantes do

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


201
Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, para o arquivamento e manutenção dos “Art. 2º A autorização para a eliminação de documentos digitais e
documentos arquivísticos em suas fases corrente, intermediária e permanente em não digitais de que trata o art. 9º da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, dar-
formato digital, e de forma a garantir a autenticidade (identidade e integridade), a se-á mediante aprovação do código de classificação de documentos e tabela de
confidencialidade, a disponibilidade e a preservação desses documentos". temporalidade e destinação de documentos elaborados pela Comissão
Art. 3º A redação do anexo da Resolução n.º 39, de 29 de abril de 2014, Permanente de Avaliação de Documentos – CPAD de cada órgão ou entidade e
passa a vigorar com as seguintes alterações: aprovados pela instituição arquivística pública, em sua esfera de competência.
Na página 1, onde se lê: "DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTACAO DE §1º A eliminação de documentos fica condicionada à análise,
REPOSITORIOS DIGITAIS CONFIAVEIS DE DOCUMENTOS ARQUIVISTICOS". avaliação e seleção pela CPAD dos arquivos produzidos e acumulados pelo
Nova redação: "DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE órgão ou entidade no seu âmbito de atuação, tendo em vista a identificação
REPOSITÓRIOS ARQUIVÍSTICOS DIGITAIS CONFIÁVEIS - RDC-Arq". daqueles destituídos de valor, de acordo com a tabela de temporalidade e
Na página 2, onde se lê: "DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTACAO DE destinação de documentos e à aprovação do titular do órgão ou entidade
REPOSITORIOS DIGITAIS CONFIAVEIS DE DOCUMENTOS ARQUIVISTICOS". produtor ou acumulador do arquivo.
Nova redação: "DIRETRIZES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE §2º A eliminação de documentos que não constarem da tabela de
REPOSITÓRIOS ARQUIVÍSTICOS DIGITAIS CONFIÁVEIS - RDC-Arq". temporalidade e destinação de documentos, será realizada mediante
Na página 3, onde se lê: "II. Repositório digital confiável de documentos autorização excepcional da instituição arquivística pública, em sua esfera de
arquivísticos - principais requisitos". competência.” (NR)
Nova redação: "II. Repositório Arquivístico Digital Confiável - RDC-Arq: “Art. 2º-A. O registro dos documentos a serem eliminados deverá
ser efetuado por meio da elaboração de Listagem de Eliminação de
principais requisitos".
Documentos [Anexo 1] pela Comissão Permanente de Avaliação de
Na página 5, onde se lê: "Assim, em face da necessidade de implantação
Documentos – CPAD a ser submetida para aprovação do titular do órgão ou
de repositórios digitais confiáveis para documentos arquivísticos digitais, nas fases
entidade produtor ou acumulador do arquivo.” (NR)
corrente, intermediaria e permanente, o Conarq apresenta estas diretrizes".
“Art. 3º Após obter a aprovação de que trata o art. 2º-A, os órgãos e
Nova redação: "Assim, em face da necessidade de implantação de entidades deverão elaborar e publicar o Edital de Ciência de Eliminação de
repositórios digitais confiáveis para documentos arquivísticos digitais, nas fases Documentos [Anexo 2], em periódico oficial, sendo que na ausência destes, os
corrente, intermediária e permanente, o Conarq apresenta estas diretrizes de municípios poderão publicá-los em outro veículo de divulgação local, para dar
Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis - RDC-Arq". publicidade ao fato de que serão eliminados os documentos relacionados na
Na página 5, onde se lê: "Indicar parâmetros para repositórios Listagem de Eliminação de Documentos.” (NR)
confiáveis de documentos arquivísticos digitais, de forma a garantir a integridade, Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.
a autenticidade, a confidencialidade, a disponibilidade, o acesso e a preservação,
tendo em vista a perspectiva da necessidade de manutenção dos acervos NEIDE ALVES DIAS DE SORDI
documentais por longos períodos de tempo ou, ate mesmo, permanentemente". Anexos
Nova redação: "Indicar parâmetros para repositórios arquivísticos <http://conarq.gov.br/images/Resolucoes/Resolucao_44_conarq_anexos.doc
digitais confiáveis, de forma a garantir a autenticidade (identidade e integridade), x>
a confidencialidade, a disponibilidade, o acesso e a preservação, tendo em vista a [Diário Oficial da União, Seção 1, de 20 de fevereiro de 2020]
perspectiva da necessidade de manutenção dos acervos documentais por longos
períodos de tempo ou, até mesmo, permanentemente". MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
Na página 10, onde se lê: "Um repositório digital confiável de ARQUIVO NACIONAL
documentos arquivísticos deve ser capaz de atender aos procedimentos CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
arquivísticos e aos requisitos de um repositório digital confiável." RESOLUÇÃO Nº 45, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020
Nova redação: "Um repositório arquivístico digital confiável deve ser
capaz de atender aos procedimentos arquivísticos em suas diferentes fases e aos Revoga as Resoluções nº 14, de 24 de outubro de
requisitos de um repositório digital confiável". 2001; nº 21 de 4 de agosto de 2004 e nº 35, de 11 de
Na página 19, onde se lê: "A seguir, são apresentados documentos de dezembro de 2012.
referência para a construção de repositórios digitais confiáveis de documentos
arquivísticos". A PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ,
Nova redação: "A seguir, são apresentados documentos de referência no uso de suas atribuições previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento
para a construção de repositórios arquivísticos digitais confiáveis - RDC-Arq." Interno, aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. novembro de 2011, em conformidade com deliberação do Plenário em sua 95ª
Reunião Plenária, realizada no dia 06 de dezembro de 2019, resolve:
JAIME ANTUNES DA SILVA Art. 1º Ficam revogadas as seguintes resoluções:
I – Resolução nº 14, de 24 de outubro de 2001;
[Diário Oficial da União, seção 1, de 8 de setembro de 2015] II – Resolução nº 21, de 4 de agosto de 2004;
III – Resolução nº 35, de 11 de dezembro de 2012.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA Art. 2º O Conselho Nacional de Arquivos aprovará em até 120 (cento
ARQUIVO NACIONAL e vinte) dias, a partir da data de publicação desta Resolução, diretrizes para
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS elaboração e uso dos instrumentos técnicos de gestão de documentos pelos
RESOLUÇÃO Nº 44, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020 órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos – SINAR.
Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Dá nova redação aos artigos 1º, 2º e 3º e respectivos
anexos 1, 2 e 3 da Resolução nº 40, de 9 de dezembro NEIDE ALVES DE SORDI
de 2014.
[Diário Oficial da União, seção 1, de 20 de fevereiro de 2020]
A PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no
uso de suas atribuições previstas no item IX do art. 23 de seu Regimento Interno,
aprovado pela Portaria nº 2.588, do Ministério da Justiça, de 24 de novembro de MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA
2011, em conformidade com deliberação do Plenário em sua 95ª Reunião Plenária, ARQUIVO NACIONAL
realizada no dia 06 de dezembro de 2019, resolve: CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS
Art. 1º A Resolução nº 40, de 9 de dezembro de 2014, passa a vigorar com RESOLUÇÃO Nº 46, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2020
as seguintes alterações: Altera a Resolução nº 17, de 25 de julho de 2003,
“Art. 1º A eliminação de documentos digitais e não digitais no âmbito do CONARQ, que “Dispõe sobre os procedimentos
dos órgãos e entidades integrantes do SINAR ocorrerá depois de concluído o relativos à declaração de interesse público e social
processo de avaliação e seleção conduzido pelas respectivas Comissões de arquivos privados de pessoas físicas ou
Permanentes de Avaliação de Documentos - CPAD e será efetivada quando jurídicas que contenham documentos relevantes
cumpridos os procedimentos estabelecidos nesta Resolução.” (NR)

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


202
para a história, a cultura e o desenvolvimento
nacional.” O CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS, de acordo com a deliberação do
[Revogada pela Resolução nº 47, de 26 de abril de 2021] Plenário, na 97ª reunião ordinária, de 29 de outubro de 2020, no uso de suas de
suas competências previstas nos incisos I, III, IX, X e XVII do art. 2º do Decreto
A Presidente do CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS - CONARQ, no uso nº 4.073, de 3 de janeiro de 2002, e tendo em vista o disposto no art. 12 da Lei
de suas atribuições legais e considerando o Inciso XVII, do Art. 2º do Decreto nº nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, nos arts. 7º-A e 22 a 28 do Decreto nº 4.073, de
4.073, de 3 de janeiro de 2002, de conformidade com a deliberação do Plenário, em 2002, e no processo administrativo nº 08062.000009/2020-50,
sua 97º reunião ordinária, realizada em 29 de outubro de 2020 e ainda o que consta Considerando a função social dos arquivos traduzida na difusão de
do processo administrativo 08062.000009/2020-50, resolve: informações para o pleno exercício da cidadania e da pesquisa científica; e
Art. 1º A redação da Resolução nº 17, de 25 de julho de 2003, do CONARQ, Considerando que a declaração de interesse público e social de
passa a vigorar com as seguintes alterações: arquivos privados reflete a atuação do Estado Brasileiro em prol da memória
Art. 1º A declaração de interesse público e social de arquivos privados se nacional, mediante preservação de documentos pelo seu valor histórico,
fará por ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, nos termos dos cultural, probatório e informativo,
artigos 22 e 23 do Decreto nº 4.073, de 2002.” (NR) resolve:
................................... Art. 1º Esta resolução estabelece os procedimentos relativos à
“Art. 2º A declaração de interesse público e social de arquivos privados declaração de interesse público e social de arquivos privados de pessoas físicas
será precedida de parecer instruído com avaliação técnica realizada pela Comissão ou jurídicas que contenham documentos relevantes para a história, a cultura e
de Avaliação de Acervos Privados, instituída pelo Art. 7º-A, do Decreto nº 4.073, de o desenvolvimento nacional.
2002.” (NR) Art. 2º A declaração de interesse público e social de arquivos
“Art. 3º A Comissão de Avaliação de Acervos Privados será permanente privados se fará por ato do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública.
e composta de três a cinco membros e respectivos suplentes, os quais poderão ser Art. 3º A solicitação poderá ser efetuada por qualquer pessoa física
conselheiros ou especialistas convidados e serão designados pelo Presidente do ou jurídica ou órgão ou entidade da administração pública da União, dos
CONARQ, ad referendum do Conselho.” (NR) Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, demonstrado o interesse
................................. específico.
“Art. 7º Todas as solicitações serão autuadas na respectiva unidade § 1º A solicitação deve ser apresentada ao Conselho Nacional de
protocolizadora do CONARQ e encaminhadas, pelo seu Presidente, à Comissão de Arquivos - CONARQ, com processamento técnico perante a Comissão de
Avaliação de Acervos Privados.” (NR) Avaliação de Acervos Privados - CAAP.
................................ § 2º A CAAP, com sede na cidade do Rio de Janeiro/RJ, terá de três a
“Art. 15. Aprovado o parecer pelo Plenário do CONARQ, e homologado cinco membros, dos quais um será seu Presidente, e por respectivos suplentes,
por seu Presidente, este encaminhará o processo ao Ministro de Estado da Justiça e e terá seu funcionamento de acordo com as disposições do art. 7º-A do Decreto
Segurança Pública, com vistas à declaração de interesse público e social.” (NR) nº 4.073, de 2002.
........................... § 3º A solicitação deve estar acompanhada das seguintes
“Art. 16. Após a decisão homologatória do Ministro de Estado da Justiça informações e documentação:
e Segurança Pública, o CONARQ providenciará notificação cabível ao proprietário, I - identificação e qualificação do solicitante ou de quem o
bem como o informará das implicações decorrentes do ato declaratório.” (NR) represente, nesse caso, com respectiva procuração;
“Art. 17. Da decisão homologatória caberá recurso das II - domicílio, endereço ou sede do solicitante e do representante,
partes afetadas ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública, na forma da quando o caso, e local para recebimento de comunicações;
Lei nº 9.784, de 1999, por intermédio do Presidente do CONARQ.” (NR) III - justificativa da solicitação, com demonstração do interesse
“Parágrafo único. O recurso será previamente apreciado pela Comissão específico;
de Avaliação de Acervos Privados, para análise das questões relativas ao mérito e IV - identificação e qualificação do proprietário ou do detentor do
encaminhado ao Ministério de Estado da Justiça e Segurança Pública.” (NR) arquivo;
“Art. 18. Indeferido o recurso pelo Ministro de Estado da Justiça e V - localização do arquivo privado; e
Segurança Pública, o processo será encaminhado para expedição do ato VI - descrição do acervo, e de suas condições de conservação física.
declaratório, que será publicado no Diário Oficial da União, cabendo ao Presidente § 4º A verificação quanto ao atendimento das informações e
do CONARQ dar ciência ao proprietário do arquivo e ao solicitante.” (NR) documentação prevista nos incisos do § 3º deverá ser efetuada pela CAAP com
“Art. 19. Deferido o recurso pelo Ministro de Estado da Justiça e o auxílio da Coordenação de Apoio ao CONARQ, do Arquivo Nacional
Segurança Pública, caberá ao Presidente do CONARQ determinar o arquivamento (COACO/AN).
do processo, expedindo comunicação ao Plenário do CONARQ, ao proprietário do § 5º Poderão ser admitidas nos autos manifestações de terceiros
arquivo e ao solicitante.” (NR) interessados em sentido contrário à solicitação.
“Art. 20. O Presidente do CONARQ poderá delegar, no todo ou em parte, Art. 4º Na ausência de alguma das informações ou documentação
as atribuições a ele conferidas na presente Resolução, desde que não sejam referidas no § 3º do art. 3º, o solicitante deverá ser notificado para, no prazo de
conflitantes com a sua competência privativa, determinada pelo Regimento 15 (quinze) dias, proceder à complementação de informações ou
Interno do CONARQ” (NR) documentação, sob pena de não prosseguimento da análise da solicitação e
............................. arquivamento do processo administrativo.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Parágrafo único. A decisão pelo não prosseguimento da análise da
solicitação e arquivamento do processo administrativo será proferida pelo
NEIDE ALVES DE SORDI Presidente da CAAP e dela caberá recurso, em única instância, a ser
apresentado no prazo de 15 (quinze) dias ao Presidente do CONARQ, que
[Diário Oficial da União, seção 1, de 31 de dezembro de 2020] decidirá ouvido o Conselho.
Art. 5º No caso de seguimento da solicitação, os autos serão
submetidos à CAAP, que promoverá instrução mediante emissão de parecer
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA técnico contendo fundamentação e opinião favorável ou não sobre a
ARQUIVO NACIONAL solicitação.
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS § 1º A análise da CAAP levará em consideração as informações e
RESOLUÇÃO Nº 47, DE 26 DE ABRIL DE 2021 documentação constantes dos autos, sendo possível, a solicitação de
informações complementares ou a realização de diligências técnicas, a serem
Dispõe sobre os procedimentos relativos à definidas em decisão do Presidente da CAAP.
declaração de interesse público e social de § 2º São elementos a serem levados em consideração na análise da
arquivos privados de pessoas físicas ou jurídicas CAAP, dentre outros que se fizerem úteis ou necessários:
que contenham documentos relevantes para a I - mensuração aproximada, traduzida em unidades, metros
história, a cultura e o desenvolvimento nacional. lineares ou metros cúbicos;
II - estado de conservação do conjunto de documentos, incluindo o
tipo de acondicionamento e armazenamento; e
III - conteúdo e histórico do acervo.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


203
Art. 6º Sempre que a CAAP considerar necessário poderá ser solicitado Considerando que este patrimônio arquivístico digital se encontra
parecer de especialistas em matéria específica. em perigo de desaparecimento e de falta de confiabilidade, e que sua
Art. 7º Se o arquivo privado, objeto do processo administrativo de preservação em benefício das gerações atuais e futuras é uma preocupação
declaração, estiver localizado fora da sede da CAAP, esta poderá requerer, na urgente no mundo inteiro;
impossibilidade de deslocamento de seus membros, a colaboração de instituições Considerando que a Carta para a Preservação do Patrimônio Digital
arquivísticas públicas estaduais, do Distrito Federal, municipais, de universidades da UNESCO manifesta a necessidade de os Estados-membros, incluindo o Brasil,
públicas ou de instituições que atuem nas áreas de preservação e acesso a fontes estabelecerem políticas e ações para proteger o patrimônio digital;
documentais, para instrução processual. Considerando que o Conselho Internacional de Arquivos
Art. 8º Se o proprietário ou o detentor do arquivo privado dificultar ou estabeleceu entre seus princípios que os arquivos devem facilitar o
impedir, comprovadamente, o acesso da CAAP ou de quaisquer de seus membros estabelecimento de políticas, procedimentos, sistemas, normas e práticas que
ao acervo, ressalvando-se o direito à intimidade e à vida privada, este fato será levem os produtores de documentos a criar e manter documentos
comunicado ao Presidente do CONARQ para que sejam analisadas e adotadas as arquivísticos fidedignos, autênticos, preserváveis e acessíveis;
medidas administrativas ou judiciais cabíveis. Considerando que o Conselho Nacional de Arquivos tem por
Art. 9º A CAAP emitirá seu parecer técnico, no prazo de 90 (noventa) finalidade definir a política nacional de arquivos públicos e privados e exercer
dias, a contar do recebimento dos autos para apreciação. orientação normativa visando à gestão documental e à proteção especial aos
Parágrafo único. Desde que devidamente justificado, o prazo documentos de arquivo, independente do suporte em que a informação está
estabelecido no caput poderá ser prorrogado por igual período, a critério do registrada;
Presidente do CONARQ. O Conselho Nacional de Arquivos, em sua 34ª reunião plenária,
Art. 10. Concluído o trabalho da CAAP, o processo administrativo será realizada em 6 de julho de 2004, no Rio de Janeiro, aprova a presente Carta.
encaminhado ao Presidente do CONARQ, que:
I - determinará o arquivamento do processo administrativo, no caso de As organizações públicas e privadas e os cidadãos vêm cada vez
parecer técnico desfavorável à declaração, dando ciência ao proprietário do mais transformando ou produzindo documentos arquivísticos exclusivamente
arquivo e ao solicitante; ou em formato digital, como textos, bases de dados, planilhas, mensagens
II - submeterá o processo administrativo ao Plenário do CONARQ, no eletrônicas, imagens fixas ou em movimento, gravações sonoras, material
caso de parecer técnico favorável à declaração, para deliberação. gráfico, sítios da internet, dentre muitos outros formatos e apresentações
§ 1º No caso de decisão pelo arquivamento do processo administrativo, possíveis de um vasto repertório de diversidade crescente.
prevista no inciso I deste artigo, o solicitante deverá ser notificado para, no prazo As facilidades proporcionadas pelos meios e tecnologias digitais de
de 15 (quinze) dias, apresentar recurso ao Plenário do CONARQ, que decidirá processamento, transmissão e armazenamento de informações reduziram
ouvida a CAAP. custos e aumentaram a eficácia dos processos de criação, troca e difusão da
§ 2º No caso de indeferimento do recurso, o solicitante deverá ser informação arquivística. O início do século XXI apresenta um mundo
notificado para, no prazo de 15 (quinze) dias, em última instância, apresentar fortemente dependente do documento arquivístico digital como um meio para
recurso ao Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. registrar as funções e atividades de indivíduos, organizações e governos.
Art. 11. No caso de deliberação favorável do Plenário do CONARQ, o Os documentos arquivísticos são gerados e mantidos por
processo administrativo segue para homologação do Presidente do CONARQ e após organizações e pessoas para registrar suas atividades e servirem como fonte
para a apreciação do Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública. de prova e informação. Eles precisam ser fidedignos e autênticos para fornecer
Parágrafo único. A cópia da ata da reunião plenária integrará os autos. evidência das suas ações e devem contribuir para a ampliação da memória de
Art. 12. Após a edição pelo Ministro de Estado da Justiça e Segurança uma comunidade ou da sociedade como um todo, vez que registram
Pública da declaração de interesse público e social do arquivo privado, o CONARQ informações culturais, históricas, científicas, técnicas, econômicas e
providenciará a comunicação formal ao proprietário e demais pessoas e órgãos administrativas.
interessados, explicitando as implicações decorrentes do ato. A eficácia de um documento arquivístico depende da qualidade e do
Parágrafo único. O CONARQ deverá manter livro de registro das rigor dos procedimentos de produção e manutenção realizados pelas
declarações de interesse público e social dos arquivos privados, publicando organizações produtoras de documentos. Entretanto, como a informação em
anualmente a lista. formato digital é extremamente suscetível à degradação física e à
Art. 13. As atuações e deliberações do CONARQ, inclusive da CAAP, no obsolescência tecnológica – de hardware, software e formatos –, essas novas
procedimento previsto nesta Resolução, quando couber, poderão ser realizadas facilidades trazem consequências e desafios importantes para assegurar sua
mediante atos eletrônicos, dispensados atos presenciais, de acordo com decisão e integridade e acessibilidade. A preservação dos documentos arquivísticos
orientações do Presidente do CONARQ, observadas as regras de segurança da digitais requer ações arquivísticas, a serem incorporadas em todo o seu ciclo
informação e integridade dos registros no processo administrativo. de vida, antes mesmo de terem sido criados, incluindo as etapas de
Art. 14. Ficam revogadas: planejamento e concepção de sistemas eletrônicos, a fim de que não haja
I - a Resolução CONARQ nº 17, de 25 de julho de 2003; e perda nem adulteração dos registros. Somente desta forma se garantirá que
II - a Resolução CONARQ nº 46, de 22 de dezembro de 2020. esses documentos permaneçam disponíveis, recuperáveis e compreensíveis
Art. 15. Essa Resolução entra em vigor na data de sua publicação. pelo tempo que se fizer necessário.
A preservação de documentos arquivísticos tem por objetivo
NEIDE ALVES DIAS DE SORDI garantir a autenticidade e a integridade da informação, enquanto o acesso
Presidente do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ depende dos documentos estarem em condições de serem utilizados e
compreendidos. O desafio da preservação dos documentos arquivísticos
[Diário Oficial da União, Seção 1, de 28 abril de 2021] digitais está em garantir o acesso contínuo a seus conteúdos e funcionalidades,
por meio de recursos tecnológicos disponíveis à época em que ocorrer a sua
utilização.
Assim, é importante alertar os governos, as organizações públicas e
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS privadas, as instituições de ensino e pesquisa e todos os setores da sociedade
CONARQ brasileira comprometidos com a inclusão informacional para os seguintes
CARTA PARA A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUIVÍSTICO DIGITAL – problemas:
CONARQ  Dependência social da informação digital
O governo, a administração pública e privada, a pesquisa científica e
6 de julho de 2004 tecnológica e a expressão cultural dependem cada vez mais de documentos
digitais, não disponíveis em outra forma, para o exercício de suas atividades.
Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital  Rápida obsolescência da tecnologia digital
Preservar para garantir o acesso A preservação de longo prazo das informações digitais está seriamente
ameaçada pela vida curta das mídias, pelo ciclo cada vez mais rápido de
Considerando que a informação arquivística, produzida, recebida, obsolescência dos equipamentos de informática, dos softwares e dos formatos.
utilizada e conservada em sistemas informatizados, vem constituindo um novo  Incapacidade dos atuais sistemas eletrônicos de informação em
tipo de legado: o patrimônio arquivístico digital; assegurar a preservação de longo prazo

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


204
Atualmente, não obstante os pesados investimentos em tecnologia da informação, sejam adequados às especificidades da legislação e das práticas arquivísticas
há uma crescente debilidade estrutural dos sistemas eletrônicos de informação, brasileiras.
que os incapacitam de assegurar a preservação de longo prazo e o acesso contínuo  Metadados
às informações geradas num contexto de rápido avanço tecnológico. Definir estruturas padronizadas de metadados e determinar a sua utilização
 Fragilidade intrínseca do armazenamento digital nos sistemas eletrônicos de gestão arquivística, com o propósito de gerir a
A tecnologia digital é comprovadamente um meio mais frágil e mais instável de preservação e a acessibilidade dos documentos digitais.
armazenamento, comparado com os meios convencionais de registrar informações,  Segurança da informação digital
tendo um impacto profundo sobre a gestão dos documentos digitais no presente Definir política de segurança da informação, que considere os aspectos legais,
para que se tenha garantia de acesso no futuro. organizacionais, humanos e tecnológicos, de modo a garantir a autenticidade
 Complexidade e custos da preservação digital dos documentos digitais e o sigilo da informação, bem como a proteção contra
A preservação de documentos digitais pressupõe uma constante atualização de perdas, acidentes e intervenções não autorizadas.
suporte e de formato, além de estratégias para possibilitar a recuperação das
informações, que passam pela preservação da plataforma de hardware e software 3 - Promoção do conhecimento
em que foram criados, pela migração ou pela emulação. Estas são algumas
iniciativas que vêm sendo tomadas, mas que não são ainda respostas definitivas  Agenda de pesquisa
para o problema da preservação de longo prazo. Não há soluções únicas e todas Desenvolver uma agenda nacional de pesquisa para a preservação e
elas exigem investimento financeiro elevado e contínuo em infra-estrutura longevidade dos documentos digitais, alinhada com as principais iniciativas
tecnológica, pesquisa científica aplicada e capacitação de recursos humanos. nacionais e internacionais, com a participação das agências governamentais
 Multiplicidade de atores envolvidos de fomento e de amparo à pesquisa, universidades e outras entidades dos
A preservação da informação em formato digital não se limita ao domínio setores público e privado.
tecnológico, envolve também questões administrativas, legais, políticas,  Ensino e formação de recursos humanos
econômico-financeiras e, sobretudo, de descrição dessa informação através de Estimular a inserção do tema Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital
estruturas de metadados que viabilizem o gerenciamento da preservação digital e na formação dos profissionais de informação, especialmente dos arquivistas,
o acesso no futuro. Desta forma, preservar exige compromissos de longo prazo nos cursos de graduação e pós-graduação.
entre os vários segmentos da sociedade: poderes públicos, indústria de tecnologia  Disseminação do conhecimento
da informação, instituições de ensino e pesquisa, arquivos e bibliotecas nacionais e Estabelecer ações de identificação, disseminação e compartilhamento do
demais organizações públicas e privadas. conhecimento e a utilização de metodologias e técnicas para a gestão e a
Reconhecida a instabilidade da informação arquivística digital, é preservação de documentos arquivísticos digitais.
necessário o estabelecimento de políticas públicas, diretrizes, programas e
projetos específicos, legislação, metodologias, normas, padrões e protocolos que O CONARQ reafirma o seu compromisso com a aplicação de políticas
minimizem os efeitos da fragilidade e da obsolescência de hardware, software e públicas voltadas para a preservação do patrimônio arquivístico digital, e
formatos e que assegurem, ao longo do tempo, a autenticidade, a integridade, o convoca os setores públicos e privados, envolvidos com a produção e proteção
acesso contínuo e o uso pleno da informação a todos os segmentos da sociedade especial dos documentos em formato digital, a envidarem esforços para
brasileira. Isto só será possível se houver uma ampla articulação entre os diversos garantir sua preservação e acesso contínuo, condição fundamental para a
setores comprometidos com a preservação do patrimônio arquivístico digital, e em democratização da informação arquivística em nosso país e a preservação da
cooperação com os organismos nacionais e internacionais. memória nacional.
Desta forma, manifestamos a importância das instituições arquivísticas,
do poder público, da indústria de tecnologia da informação e comunicação e das JAIME ANTUNES DA SILVA
instituições de ensino e pesquisa, implementarem ações, especialmente no que
concerne a: [Diário Oficial da União, Seção 1, de 14 de dezembro de 2011,]

1 - Elaboração de estratégias e políticas


PODER JUDICIÁRIO
 Gestão arquivística de documentos
Definir procedimentos e estratégias de gestão arquivística de documentos quando
da criação, transmissão e preservação de documentos em formatos digitais, com o SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
objetivo de garantir a produção e manutenção de documentos fidedignos, CONSELHO FEDERAL DA JUSTIÇA FEDERAL
autênticos, acessíveis, compreensíveis e preserváveis. RESOLUÇÃO CJF Nº 23, DE 19 DE SETEMBRO DE 2008
 Instrumentalização dos arquivos
Orientar quanto à criação de infra-estrutura nas instituições arquivísticas e nas Estabelece a Consolidação Normativa do Programa de
organizações produtoras e acumuladoras de documentos, no que concerne a Gestão Documental da Justiça Federal de 1º e 2º graus.
equipamentos, sistemas, metodologias e recursos humanos capacitados, para que
possam desempenhar um papel ativo na gestão da preservação dos documentos [Revogada pela Resolução CJF, n. 318, de 04 de novembro de 2014]
digitais.
 Governo eletrônico SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Promover a participação de representantes das instituições arquivísticas nos CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL
projetos de governo eletrônico, para a definição de estratégias, padrões e normas
RESOLUÇÃO Nº-318, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2014
de gestão, preservação e acesso a documentos e informações, conforme orientação
do Conselho Internacional de Arquivos e da UNESCO.
Dispõe sobre o Programa de Gestão Documental e
 Ações cooperativas
Memória da Justiça Federal e de seus instrumentos.
Incentivar programas cooperativos de preservação de documentos digitais para
aplicação e compartilhamento de recursos sob a forma de acordos, consórcios,
[Texto integral em: https://www2.cjf.jus.br/jspui/bitstream/handle/1234/48041/Res
convênios e parcerias.
318-2014 publ.pdf?sequence=5
2 - Estabelecimento de normas
TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO
 Padrões e protocolos
PORTARIA CONJUNTA Nº 3, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2014
Definir e/ou recomendar a utilização de padrões e protocolos abertos e de
aceitação ampla na criação, uso, transmissão e armazenamento de documentos
Institui o modelo de governança do Sistema
digitais; e desenvolver soluções em cooperação com organizações de pesquisa e a
Eletrônico de Informações - SEI no âmbito do
indústria de tecnologia da informação e comunicação.
projeto Processo Eletrônico Nacional e dá outras
 Requisitos funcionais
providências.
Definir os requisitos funcionais e estimular sua adoção para orientar o
desenvolvimento e a aquisição de sistemas eletrônicos de gestão arquivística, que

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


205
O PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO e a Art. 4º A Coordenação-Executiva é responsável pela
MINISTRA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO, no uso de operacionalização do modelo de governança do SEI e será composta por
suas atribuições legais, e servidores do MP.
Art. 5º São atribuições da Coordenação-Executiva:
CONSIDERANDO que o Sistema Eletrônico de Informações - SEI se I - elaborar e propor os planos de ação relativos ao SEI;
transformou em um projeto estratégico para toda a administração pública federal, II - organizar as evoluções a serem implementadas no SEI,
permitindo a inovação de processos, a economia do gasto, a transparência considerando:
administrativa, o compartilhamento do conhecimento produzido e a a) as diretrizes emanadas pelo Comitê Gestor;
sustentabilidade; b) as necessidades e sugestões levantadas pela Comunidade de
Negócio;
CONSIDERANDO a rede colaborativa de órgãos e entidades de todos os c) o atendimento às disposições legais; e
entes federativos e poderes da União usuários do SEI, congregada em torno do d) a integração com outras iniciativas do Governo Federal e do
projeto Processo Eletrônico Nacional - PEN e da parceria direta com o Tribunal Poder Judiciário.
Regional Federal da 4ª Região - TRF4; III - submeter ao Comitê Gestor as evoluções a serem
implementadas no SEI;
CONSIDERANDO o grande número de instituições públicas federais que IV - avaliar os reportes de ocorrências no SEI e encaminhar sua
adotam o SEI, devido ao sucesso da prática de cessão da ferramenta sem ônus para resolução;
outras instituições, e a necessária permanente interlocução com todas as V - expedir orientações quanto ao uso do SEI;
organizações usuárias; VI - promover eventos e capacitações de gestores sobre o SEI;
VII - disponibilizar e moderar o ambiente colaborativo para a
CONSIDERANDO a necessidade de definir um modelo de gestão da interação da Comunidade de Negócio e da Comunidade Técnica;
evolução do SEI no âmbito do PEN, para garantir a coordenada, colaborativa e VIII - manter a documentação do SEI atualizada; e
permanente atualização de todos os produtos, acompanhando as inovações IX - submeter questões à apreciação do Comitê Gestor.
gerenciais, jurídicas e tecnológicas relacionadas e evitando, assim, a obsolescência Capítulo III
da solução, resolvem: DA CÂMARA TÉCNICA
Art. 6º A Câmara Técnica é a instância responsável por aspectos de
Art. 1º Instituir o modelo de governança do Sistema Eletrônico de tecnologia da informação do SEI.
Informações - SEI, no âmbito do projeto Processo Eletrônico Nacional - PEN, que § 1º A Câmara Técnica será composta por representantes do MP e
será exercido por intermédio da seguinte estrutura: do TRF4 designados pelo Comitê Gestor.
I - Comitê Gestor; § 2° São atribuições da Câmara Técnica:
II - Coordenação-Executiva; I - definir, coordenar e monitorar o processo de desenvolvimento
III - Câmara Técnica; colaborativo do SEI;
IV - Comunidade de Negócio; e II - definir as regras e condições para a participação do
V - Comunidade Técnica. desenvolvimento colaborativo do SEI;
§ 1° A participação nas instâncias citadas nos incisos I a V do caput III - coordenar e acompanhar as atividades de desenvolvimento
será considerada prestação de serviço público relevante e não remunerada. colaborativo pelos membros da Comunidade Técnica;
§ 2° As despesas decorrentes da participação nas instâncias citadas nos IV - gerenciar o ambiente de desenvolvimento colaborativo;
incisos I a V serão custeadas pelo respectivo órgão de exercício do servidor V - definir as formas e regras de distribuição do SEI;
público. VI - revisar tecnicamente as implementações realizadas pela
§ 3° As deliberações e decisões serão consignadas em atas de reunião a Comunidade Técnica;
serem disponibilizadas no ambiente colaborativo a que se refere o art. 14 desta VII - apoiar a resolução de dúvidas e problemas técnicos
Portaria Conjunta. relacionados ao SEI;
Capítulo I VIII - capacitar os membros da Comunidade Técnica no
DO COMITÊ GESTOR desenvolvimento no SEI e no processo de desenvolvimento colaborativo
Art. 2º O Comitê Gestor é a autoridade máxima no modelo de definido;
governança do SEI no âmbito do PEN e será composto por dois representantes do IX - disponibilizar e gerenciar as novas versões do SEI no ambiente
Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MP e dois representantes do de desenvolvimento colaborativo, após a homologação pelo TRF4;
Tribunal Regional Federal da 4ª Região - TRF4. X - manter a documentação técnica do SEI atualizada; e
§ 1° As deliberações do Comitê Gestor deverão ser tomadas em XI - analisar e encaminhar ao Comitê Gestor as necessidades e
consenso. sugestões de evolução técnica do SEI.
§ 2° Em caso da não formação de consenso no âmbito do Comitê Gestor, Capítulo IV
a decisão será tomada por voto na forma do Regimento Interno. DA COMUNIDADE DE NEGÓCIO
§ 3° O MP deve considerar em suas deliberações no âmbito do Comitê Art. 7° A Comunidade de Negócio será composta por gestores de
Gestor as necessidades e sugestões priorizadas pelos órgãos integrantes da negócio nos órgãos que tenham o SEI implantado e em utilização ou que
Comunidade de Negócio e da Comunidade Técnica. estejam em processo de implantação.
§ 4° O Comitê Gestor deverá se reunir periodicamente conforme Art. 8° São atribuições da Comunidade de Negócio:
estabelecido no Regimento Interno. I - apresentar à Coordenação-Executiva necessidades e sugestões
Art. 3º São atribuições do Comitê Gestor: de evolução do SEI;
I - aprovar o seu Regimento Interno; II - reportar à Coordenação-Executiva os defeitos identificados no
II - aprovar o plano de ação relativo ao SEI, proposto pela SEI;
Coordenação-Executiva; III - colaborar na resolução de dúvidas e problemas reportados
III - designar os membros da Coordenação-Executiva e da Câmara pelos membros da Comunidade de Negócio, bem como na evolução da
Técnica; documentação do SEI;
IV - emanar diretrizes estratégicas para a evolução do SEI; IV - compartilhar boas práticas de implantação e uso do SEI com a
V - aprovar o modelo de licença que vier a ser utilizado para a Coordenação-Executiva e com os demais membros da Comunidade de
distribuição do SEI; Negócio; e
VI - garantir a disponibilidade de recursos humanos e financeiros para V - colaborar no processo de homologação de novas versões do SEI,
a manutenção e a evolução contínua do SEI; conforme as orientações da Coordenação-Executiva.
VII - deliberar sobre casos omissos na aplicação desta Portaria Capítulo V
Conjunta; e DA COMUNIDADE TÉCNICA
VIII - aprovar e encaminhar as solicitações de evolução ao TRF4 para Art. 9° A Comunidade Técnica será composta por servidores do MP,
análise. do TRF4 e dos demais órgãos usuários do SEI envolvidos na implantação do
Capítulo II SEI e na implementação de evoluções no sistema.
DA COORDENAÇÃO-EXECUTIVA Art. 10. São atribuições da Comunidade Técnica:

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


206
I - implementar melhorias e correções no SEI distribuídas pela Câmara Público a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos
Técnica, conforme planejamento e priorização definidos pelo Comitê Gestor; como instrumento de apoio à administração, à cultura e ao desenvolvimento
II - seguir o processo de desenvolvimento colaborativo definido pela científico e como elementos de prova e informação;
Câmara Técnica; CONSIDERANDO que a mencionada Lei nº 8.159, no seu art. 20,
III - apresentar à Câmara Técnica necessidades e sugestões de evolução define a competência e o dever inerente dos órgãos do Poder Judiciário
técnica do SEI; Federal de proceder à gestão de documentos produzidos em razão do exercício
IV - propor à Câmara Técnica aperfeiçoamentos no processo de das suas funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias,
desenvolvimento colaborativo do SEI. bem como de preservar os documentos e facultar o acesso aos documentos
V - compartilhar boas práticas de instalação e configuração do SEI com àqueles sob a sua guarda;
os demais membros da Comunidade Técnica; e CONSIDERANDO que a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, no
VI - colaborar no processo de homologação de novas versões do SEI, seu art. 62, tipifica a destruição de arquivos como crime contra o patrimônio
conforme as orientações da Câmara Técnica. cultural;
Capítulo VI CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de
DA CESSÃO DO DIREITO DE USO DO SEI 2006, sobre a geração, a tramitação, o acesso e a guarda de processos judiciais
Art. 11. A cessão do direito de uso do SEI pelo MP aos órgãos da e documentos em meio eletrônico;
Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional será de CONSIDERANDO a necessidade de assegurar a autenticidade, a
competência da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação (SLTI). integridade, a segurança, a preservação e o acesso de longo prazo dos
§ 1° A SLTI poderá ceder o SEI somente após a anuência formal do TRF4, documentos e processos em face das ameaças de degradação física e de rápida
que terá o prazo de 5 (cinco) dias úteis para se manifestar, a contar do protocolo obsolescência tecnológica de hardware, software e formatos;
do pedido no TRF4. CONSIDERANDO a necessidade de fomentar as atividades de
§ 2° Na omissão do TRF4, considera-se que não há oposição à cessão do preservação, pesquisa e divulgação da história do Poder Judiciário, bem como
SEI, podendo a SLTI formalizá-la. das informações de caráter histórico contidas nos acervos judiciais;
§ 3º Será objeto de cessão a versão mais recente que estiver em uso no RESOLVE
MP e no TRF4. I) Recomendar aos órgãos do Poder Judiciário, descritos no art. 92,
§ 4º A cessão do direito de uso gratuita será permitida mediante a II a VIII da Constituição Federal, a observância das normas de funcionamento
formalização de Termo próprio contendo as obrigações de proteção do SEI, do Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário
realizado exclusivamente por meio eletrônico, com assinatura eletrônica dos (Proname) e de seus instrumentos.
signatários no SEI-MP. II) A Gestão Documental no Poder Judiciário é o conjunto de
Art. 12. Incumbirá à SLTI/MP providenciar, às suas expensas, a procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso,
publicação do extrato dos Termos de cessão de uso no Diário Oficial da União. avaliação e arquivamento de documentos institucionais produzidos e
Art. 13. A cessão do direito de uso do SEI pelo MP será realizada nos recebidos pelas instituições do Judiciário no exercício das suas atividades,
termos da Resolução nº 56, de 14 de junho de 2011, do TRF4 ou por outras normas independentemente do suporte em que a informação encontra-se registrada.
que a venha substituir. III) Recomenda-se para a Gestão Documental no Poder Judiciário:
Capítulo VII a) a manutenção dos documentos em ambiente físico ou eletrônico
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS seguro e a implementação de estratégias de preservação desses documentos
Art. 14. O MP e o TRF4 irão manter e coordenar um ambiente desde sua produção e pelo tempo de guarda que houver sido definido;
colaborativo para o SEI, que contemple um conjunto de ferramentas integradas b) a classificação, a avaliação e a descrição documental, mediante a
que permitam o apoio e o estímulo à colaboração e organização do conhecimento utilização de normas, planos de classificação e tabelas de temporalidade
em torno do SEI. documental padronizadas, visando preservar as informações indispensáveis à
§ 1° O ambiente colaborativo do SEI será o meio oficial para administração das instituições, à memória nacional e à garantia dos direitos
comunicação, interação, colaboração e realização das atribuições dos integrantes individuais;
das instâncias que compõem a estrutura do modelo de governança do SEI no c) a padronização das espécies, tipos, classes, assuntos e registros
âmbito do PEN. de movimentação de documentos e processos;
§ 2° É facultado ao TRF4 estender o uso do ambiente colaborativo para d) a adoção de critérios de transferência e de recolhimento dos
a rede de órgãos que utilizam o SEI, mesmo que não integrem o PEN. documentos e processos das unidades administrativas e judiciais para a
Art. 15. Os órgãos, entidades e entes que utilizam o SEI são convidados unidade de gestão documental;
a participar do evento 'SEI Federação', encontro presencial essencial entre todas e) a orientação de magistrados e de servidores das instituições do
as instâncias do modelo de governança do SEI no âmbito do PEN. Judiciário sobre os fundamentos e instrumentos do Proname;
Parágrafo único. O 'SEI Federação' é o evento anual realizado pelo f) a adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados
TRF4 desde 2011, onde ocorrem debates, apresentações e trocas de experiências de Gestão de Processos e Documentos (MoReq-Jus);
envolvendo todos os parceiros que utilizam o SEI, visando o aperfeiçoamento do g) a constituição de unidades de gestão documental e de comissões
uso do sistema nas diferentes realidades do serviço público. permanentes de avaliação documental (CPADs) nas instituições do Poder
Art. 16. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Judiciário.
Des. TADAAQUI HIROSE IV) São instrumentos do Proname:
a) os sistemas informatizados de gestão de documentos e processos
[Diário Oficial da União, Seção 1, nº 251, de 29 de dezembro de 2014] administrativos e judiciais, bem como os métodos desses sistemas, essenciais à
identificação do documento institucional de modo inequívoco em sua relação
com os outros documentos;
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA b) o Plano de Classificação (Tabelas Processuais Unificadas) e a
RECOMENDAÇÃO Nº 37, DE 15 DE AGOSTO DE 2011 Tabela de Temporalidade dos Processos Judiciais do Poder Judiciário;
c) o Plano de Classificação e a Tabela de Temporalidade dos
Recomenda aos Tribunais a observância das normas de Documentos da Administração do Poder Judiciário;
funcionamento do Programa Nacional de Gestão d) a Lista de Verificação para Baixa Definitiva de Autos;
Documental e Memória do Poder Judiciário - Proname e e) a Lista de Verificação para Eliminação de Autos Findos;
de seus instrumentos f) o Fluxograma de Avaliação, Seleção e Destinação de Autos Findos;
g) o Plano para Amostra Estatística Representativa; e
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas h) o Manual de Gestão Documental do Poder Judiciário;
atribuições constitucionais e regimentais; V) Os instrumentos do Proname encontram-se disponíveis no
portal do Conselho Nacional de Justiça e serão atualizados e alterados, sempre
CONSIDERANDO que a Constituição Federal dispõe no art. 216, § 2º, que necessário.
caber à administração pública a gestão da documentação governamental e as VI) O Plano de Classificação (Tabelas Processuais Unificadas) e a
providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem; Tabela de Temporalidade dos Processos Judiciais do Poder Judiciário estarão
CONSIDERANDO que a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, estabelece a registrados no Sistema Gestor de Tabelas Processuais do Poder Judiciário, sob
política nacional de arquivos públicos e privados, determina ser dever do Poder a responsabilidade do Comitê do Proname.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


207
VII) O Comitê do Proname, coordenado pelo Secretário Geral do CNJ ou Sistema Gestor de Tabelas Processuais do CNJ, de forma a adequá-los às
por juiz por ele designado, com o apoio do Departamento de Pesquisas Judiciárias, peculiaridades locais e regionais.
é integrado por representantes de todos os segmentos do Poder Judiciário, nos b) Vencido o prazo de guarda, a destinação de cada documento ou
termos da Portaria no 616, de 10 de setembro de 2009, do CNJ, e tem como processo poderá ser alterada pela comissão de avaliação documental da
atribuições: instituição, com base em fatos supervenientes que possam ter ocorrido em
a) elaborar, atualizar e publicar no portal do CNJ os instrumentos de relação a ele.
gestão documental; XVII) A eliminação dos autos de ações judiciais transitadas em
b) encaminhar proposições complementares ao programa e à presente julgado, processos e documentos administrativos definitivamente arquivados
Recomendação para apreciação do CNJ; nas instituições do Poder Judiciário será precedida de publicação de extrato do
c) acompanhar a aplicação da presente Recomendação e sugerir edital de eliminação em diário oficial do órgão e o inteiro teor na sua página
medidas que entender necessárias ao CNJ. na internet.
VIII) Poderão ser instituídas Comissões Permanentes de Avaliação a) Deverá ser consignado um prazo de 45 (quarenta e cinco) dias
Documental nos Tribunais e nas suas unidades subordinadas, com a após a publicação do edital para o atendimento a possíveis solicitações de
responsabilidade de: documentos ou processos pelas suas partes.
a) orientar e realizar o processo de análise e avaliação da documentação b) Os recursos que formarem autos, os embargos à execução e
produzida e acumulada no seu âmbito de atuação; outros processos que não existem de forma autônoma deverão ser remetidos
b) identificar, definir e zelar pela aplicação dos critérios de valor para a instituição de origem ou nela mantidos para eliminação concomitante
secundário (histórico, probatório, informativo, etc.) dos documentos e processos; com o processo principal.
c) analisar e aprovar os editais de eliminação de documentos e c) Os agravos poderão ser eliminados independente do processo
processos da instituição. principal, imediatamente após o traslado das peças originais não existentes no
d) Recomenda-se que as Comissões Permanentes sejam compostas, no processo principal.
mínimo, pelos seguintes técnicos: d) As ações rescisórias terão a mesma destinação final atribuída ao
d1) servidor responsável pela unidade de gestão documental; feito que lhe deu origem, cuja destinação ficará suspensa até a baixa da ação
d2) bacharel em Arquivologia; rescisória.
d3) bacharel em História; XVIII) Serão de guarda permanente o inteiro teor de sentenças,
d4) bacharel em Direito. decisões terminativas, acórdãos e decisões recursais monocráticas;
e) A critério das Comissões, poderão ser convidados a integrá-las armazenados em base de dados, em livro eletrônico ou impresso ou retirados
servidores das unidades organizacionais, referidas nos documentos a serem dos autos que serão eliminados.
avaliados, bem como profissionais ligados ao campo de conhecimento de que trata XIX) Serão de guarda permanente os processos em que suscitados
o acervo objeto da avaliação, podendo ser substituídos após a conclusão dos Incidente de Uniformização de Jurisprudência e Arguições de
trabalhos relativos às respectivas unidades ou áreas de conhecimento. Inconstitucionalidade, bem como os que constituírem precedentes de Súmulas,
f) Poderão ser indicados magistrados para atuarem junto às Comissões Recurso Repetitivo e Repercussão Geral.
Permanentes de Avaliação Documental. a) Os processos nas condições do caput serão objeto de anotação na
IX) Os documentos do Poder Judiciário são classificados como correntes, Tabela de Temporalidade quando constituírem classes ou assuntos próprios.
intermediários ou permanentes: Em caso contrário, deverão ser objeto de indicação pelos órgãos julgadores às
a) correntes: aqueles que estiverem em tramitação ou que, mesmo sem instâncias de origem para fim de anotação nos sistemas processuais.
movimentação, constituírem objeto de consultas frequentes; XX) Será preservada uma amostra estatística representativa do
b) intermediários: aqueles que, por conservarem ainda algum interesse universo dos documentos e processos administrativos e dos autos judiciais
jurisdicional ou administrativo, mesmo não sendo de uso corrente pelas áreas findos destinados à eliminação.
emitentes, estiverem aguardando eliminação ou recolhimento para guarda XXI) A eliminação de documentos institucionais realizar-se-á
permanente; mediante critérios de responsabilidade social e de preservação ambiental, por
c) permanentes: aqueles de valor histórico, probatório e informativo, meio da reciclagem do material descartado, ficando autorizada sua destinação
que devam ser definitivamente preservados no suporte em que foram criados. a programas de natureza social.
X) Os documentos e processos de guarda permanente constituem o XXII) Os tribunais que já possuam instrumentos de gestão
fundo arquivístico das instituições do Poder Judiciário e: documental aprovados, não precisarão realizar nova avaliação e destinação
a) devem ser disponibilizados para consulta sem, contudo, colocar em dos documentos já avaliados.
risco a sua adequada preservação; XXIII) Encaminhe-se cópia desta Recomendação a todos os
b) não poderão ser eliminados, mesmo que digitalizados. Tribunais.
XI) Os processos com trânsito em julgado e documentos em arquivo
intermediário que não sejam de valor permanente não precisarão ser digitalizados Ministro Cezar Peluso
para a eliminação. Presidente
XII) Os autos físicos que forem digitalizados para a tramitação
eletrônica não poderão ser objeto de arquivamento definitivo até o trânsito em [Publicada no Diário da Justiça, nº 152/2011, em 17/08/2011, pág. 3-6]
julgado.
XIII) É facultada aos magistrados a apresentação à Comissão [Disponível em:
Permanente de Avaliação Documental da sua instituição de proposta http://www.cnj.jus.br/images/stories/docs_cnj/recomendacoes/reccnj_37.pdf]
fundamentada de guarda definitiva de processo em que atuem.
XIV) Os Processos com decisões transitadas em julgado serão
definitivamente arquivados quando não necessitarem de diligência do juízo CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA – CNJ
processante, da secretaria da unidade judiciária respectiva e de terceiros PROVIMENTO Nº 50 DE 28 DE SETEMBRO DE 2015
designados para atuar na lide ou eventualmente alcançados pelo julgado,
conforme a Lista de Verificação para Baixa Definitiva de Autos. Dispõe sobre a conservação de documentos nos
XV) A eliminação dos processos com decisões transitadas em julgado cartórios extrajudiciais.
deverá ser precedida do registro de dados e das informações processuais no
sistema processual e do atendimento às exigências da Lista de Verificação para Corregedoria
Eliminação de Autos Findos, de forma que, a qualquer tempo, seja possível a
expedição de certidões sobre o processo. A CORREGEDORA NACIONAL DA JUSTIÇA, MINISTRA NANCY
XVI) A temporalidade mínima e a destinação dos processos judiciais ANDRIGHI, no uso de suas atribuições legais e regimentais,
com trânsito em julgado serão registradas no sistema gestor de tabelas processuais CONSIDERANDO o disposto no art. 236 da Constituição Federal de
unificadas do CNJ. 1988, no inciso XIV do art. 30 da Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994, no
a) Os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça, o Conselho da Justiça inciso X do art. 8º do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, e
Federal e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho poderão estabelecer prazos inciso XI do art. 3º do Regulamento Geral da Corregedoria Nacional de Justiça;
de guarda dos documentos e processos superiores à temporalidade registrada no CONSIDERANDO serem responsabilidade dos tabeliães e
registradores públicos a guarda, ordem e conservação de livros, fichas,

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documentos, papéis, microfilmes e sistemas de computação relacionados à Art. 3º A Política de Preservação Digital da Justiça Eleitoral rege-se
prestação dos serviços extrajudiciais correspondentes (arts. 30, inc. I, e 46, caput, pelos seguintes princípios:
da Lei 8.935/94); I - transparência, efetividade, eficiência, acessibilidade,
CONSIDERANDO as normas dos arts. 7º, § 2º, 8º, 9º e 10 da Lei 8.159, de 8 disseminação e preservação;
de janeiro de 1991, especialmente a classificação dos documentos em correntes, II - responsabilidade, estratégia, aquisição, desempenho,
intermediários e permanentes, e os critérios para sua guarda permanente ou conformidade e comportamento humano, que fazem parte da boa governança
eliminação; corporativa de Tecnologia da Informação.
CONSIDERANDO as necessidades impostas pela economia de tempo, Art. 4º São objetivos da Política de Preservação Digital da Justiça
esforços e custos; Eleitoral:
CONSIDERANDO a experiência que se noticia frutuosa de adoção de I - assegurar as condições adequadas ao pleno acesso a documentos
Tabela de Temporalidade de Documentos pelo Tribunal de Justiça do Rio de digitais pelo prazo institucionalmente estabelecido;
Janeiro; II - assegurar, permanentemente, a autenticidade dos documentos
RESOLVE: digitais;
Art. 1º. Ficam autorizados os Cartórios de Notas, Protestos de Letras e III - implantar repositório institucional próprio para a preservação
Títulos, Registros de Imóveis, Registros Civis de Pessoas Naturais, Registros Civis digital;
de Pessoas Jurídicas e Registros de Títulos e Documentos a adotar a anexa Tabela IV - contribuir para a redução do risco em segurança da informação;
de Temporalidade de Documentos. V - promover o intercâmbio de informações e experiências sobre
Art. 2º. Os documentos que venham a ser descartados devem ser
preservação digital com entidades nacionais e internacionais, com vistas à
previamente desfigurados de modo que as informações não possam ser
constante atualização e aperfeiçoamento das práticas e normas.
recuperadas, especialmente as indicações de identidade pessoal e assinaturas.
Dos Requisitos
Art. 3º. Toda eliminação de documentos pelos cartórios extrajudiciais,
Art. 5º Os documentos digitais produzidos ou capturados pela
observados os termos da Lei 8.159 de 1991 e a Tabela de Temporalidade de
Documentos anexa, deverá ser comunicada, semestralmente, ao juízo competente. Justiça Eleitoral deverão adequar-se, pelo menos, aos seguintes requisitos de
Art. 4º. Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação. preservação digital:
Ministra NANCY ANDRIGHI I - formatos de arquivo específicos para cada tipo de documento
Corregedora Nacional de Justiça digital mencionado no parágrafo único do art. 2º;
II - mídias de gravação e armazenamento padronizadas, se
[Inteiro Teor e Anexo. <http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=3008> necessário, para cada tipo de documento;
<http://www.cnj.jus.br/files/atos_administrativos/provimento-n50-28-09-2015- III - capacidade de migração para novas versões, sem perda de
corregedoria.pdf> ] autenticidade;
IV - outros requisitos que vierem a ser definidos na
regulamentação.
Institui Política de Preservação Digital da Justiça Eleitoral. Parágrafo único. As normas relativas à preservação digital serão
avaliadas pela Comissão de Gestão de Documentos Digitais do Comitê de
Gestão Documental da Justiça Eleitoral (CGD-JE).
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL Art. 6º Os requisitos de preservação digital, bem como os padrões e
SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO procedimentos operacionais necessários à sua implantação na Justiça Eleitoral,
COORDENADORIA DE JURISPRUDÊNCIA serão amplamente divulgados às unidades administrativas e aos servidores
SEÇÃO DE LEGISLAÇÃO interessados.
Do Repositório Para Preservação Digital
PORTARIA Nº 1.013, DE 23 DE NOVEMBRO DE 2018 Art. 7º Os tribunais eleitorais deverão criar e manter repositórios
institucionais dedicados à preservação digital.
Institui Política de Preservação Digital da Justiça §1º Repositório de preservação digital compreende tanto o software
Eleitoral. como o hardware correspondente.
§2º Os repositórios de preservação digital utilizarão padrões
O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, abertos.
no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo inciso VIII do artigo 116 do § 3º Os repositórios de preservação digital deverão observar a
Regulamento Interno; Norma Brasileira (NBR) nº 15472, de 9 de abril de 2007, em seu modelo de
RESOLVE: referência para um Sistema Aberto de Arquivamento de Informação (SAAI).
Art. 1º Fica instituída a Política de Preservação Digital da Justiça §4º Os repositórios de preservação digital deverão contemplar as
Eleitoral, que compreende princípios, objetivos, diretrizes e requisitos para a diretrizes para a implementação de repositórios arquivísticos digitais
preservação de documentos digitais. confiáveis (RDC-Arq), aprovados pela Resolução nº 39, de 29 de abril de 2014, e
Parágrafo único. As unidades administrativas promoverão a elaboração pela Resolução nº 43, de 4 de setembro de 2015, do Conselho Nacional de
ou a adequação de seus planos, programas, projetos e processos de trabalho em Arquivos.
conformidade com os princípios e as diretrizes aqui estabelecidos, bem como em Art. 8º Os repositórios de preservação digital deverão adotar
relação aos requisitos, aos procedimentos e às atribuições decorrentes deste ato. padrões e/ou protocolos padronizados para comunicação automática
Art. 2º Esta política abrange todos os documentos digitais, concebidos interinstitucional.
nessa forma ou digitalizados, recebidos ou produzidos na Justiça Eleitoral, desde Art. 9º A comunidade-alvo dos repositórios de preservação digital
que relacionados às atividades derivadas das suas funções institucionais e missão será definida pelo CGD-JE.
institucional. Art. 10. O envio de documentos ao repositório de preservação
Parágrafo único. São exemplos de documentos digitais: digital e a gestão da consulta nesse repositório serão efetuados pelas unidades
I - gravações digitais de som; responsáveis pela gestão documental em cada tribunal eleitoral.
II - fotografia digital e vídeo digital; Art. 11. Somente serão encaminhados e aceitos no repositório de
III - páginas de intranet, extranet e internet; preservação digital os documentos digitais consolidados, em sua versão final, e
IV - bases de dados digitais; submetidos à avaliação documental.
V - mensagens eletrônicas; § 1º Os documentos digitais de guarda permanente deverão,
VI - publicações digitais; obrigatoriamente, ser encaminhados ao repositório e terão prioridade de
VII - processos administrativos ou judiciais digitais; recursos em relação aos demais.
VIII - código-fonte de sistemas de informação desenvolvidos § 2º Os documentos digitais que não sejam de guarda permanente
institucionalmente; serão encaminhados ao repositório de acordo com a necessidade de adoção de
IX - combinações dos tipos citados anteriormente, além de outros que ações específicas de preservação digital, para mantê-los pelos prazos
venham a ser identificados. estabelecidos em seu processo de avaliação.
Dos princípios e objetivos

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Art. 12. Sempre que o tempo de vida de um conteúdo informacional Parágrafo único. As unidades administrativas e judiciárias do
digital, determinado pela política de avaliação documental, for superior ao tempo Tribunal adequarão, no que couber, seus planos, programas, projetos e
de vida estimado do sistema informatizado que o gerou, esse sistema deverá processos de trabalho em conformidade com a política de que trata o caput.
produzir um documento digital consolidado para envio ao repositório de Art. 2º Para os efeitos desta resolução, considera-se:
preservação digital, considerando as condições dispostas no art. 11. I – preservação digital: conjunto de procedimentos e operações
§ 1º O disposto no caput não se aplica aos casos em que os sistemas técnicas que promovam a salvaguarda do acervo arquivístico digital,
migrem seu conteúdo informacional para novos sistemas que mantenham os assegurando a sua integridade, autenticidade, fidedignidade e acesso ao longo
requisitos de segurança da informação. do tempo, bem como sua proteção contra falhas de suporte, perda física e
§ 2º A critério do gestor de negócio e considerando o tempo de guarda obsolescência tecnológica;
determinado pela política de avaliação documental, o disposto no caput pode II – cadeia de custódia: no âmbito legal, significa um método de
aplicar-se somente a uma parte do conteúdo informacional digital do sistema. documentação que preserva a história cronológica e garante a idoneidade e o
Art. 13. Os documentos digitais consolidados aceitos no repositório de rastreamento de evidência;
preservação digital deverão atender aos requisitos deacesso e recuperação integral III – cadeia de preservação: sistema de controle que se estende por
de seu conteúdo, devendo ser independentemente compreensíveis em relação aos todo o ciclo de vida dos documentos, a fim de assegurar sua autenticidade ao
sistemas que os produziram. longo do tempo;
Art. 14. Ao conteúdo de cada documento digital enviado ao repositório IV – documento arquivístico: documento produzido (elaborado ou
de preservação digital deverá ser acrescido um pacote de informações que recebido) no curso de uma atividade prática como instrumento ou resultado
de tal atividade e retido para ação ou referência;
identifique proveniência, contexto, referência e fixidez do documento.
V – documento digital: informação registrada, codificada em
§1º As informações necessárias para criar o pacote de informações são
dígitos binários, acessível e interpretável por meio de sistema computacional;
parte dos requisitos de preservação digital.
VI – formato de arquivo: especificação de regras e padrões
§2º Os pacotes de informação deverão possuir descritores que os
descritos formalmente para a interpretação dos bits constituintes de um
identifiquem claramente em relação as demais pacotes. arquivo digital. Pode ser aberto, fechado, proprietário e/ou padronizado;
Art. 15. Os documentos digitais que forem aceitos no repositório de VII – metadados: dados estruturados que descrevem e permitem
preservação e os respectivos pacotes de informação deverão ter seu histórico de encontrar, gerenciar, compreender e/ou preservar documentos arquivísticos
processamento preservado indefinidamente. ao longo do tempo;
Parágrafo único. Nos procedimentos de migração de documentos VIII – mídia (ou suporte): base física sobre a qual a informação é
digitais, poderão ser mantidas versões anteriores dos documentos digitais por registrada;
razões históricas. IX – migração: conjunto de procedimentos e técnicas para
Art. 16. As unidades administrativas responsáveis pela gestão da assegurar a capacidade de os objetos digitais serem acessados em face das
preservação digital passam a ter controle sobre os documentos recebidos no mudanças tecnológicas. A migração consiste na transferência de um objeto
repositório de preservação, podendo até mesmo produzir novas versões desses digital:
documentos, caso isso seja necessário. a) de um suporte que está tornando-se obsoleto,
Responsabilidades e Revisão fisicamente deteriorado ou instável para um suporte mais novo;
Art. 17. A implantação da política de preservação digital será b) de um formato obsoleto para um formato mais atual ou
supervisionada pelo CGD-JE. padronizado;
Art. 18. Às unidades administrativas de toda a Justiça Eleitoral e aos c) de uma plataforma computacional em vias de
servidores, no âmbito de seus processos de trabalho, cabem as responsabilidades descontinuidade para uma outra mais moderna;
constantes nas políticas de gestão de conteúdos informacionais e de segurança da X– PDTIC: Plano Diretor de Tecnologia da Informação e
informação, no que couber à preservação digital. Comunicação;
Art. 19. As unidades responsáveis pela gestão da preservação digital XI – tabela de temporalidade: documento resultante de
deverão: procedimento de validação, define o tempo de guarda e a destinação final dos
I - realizar parcerias e acordos com instituições nacionais e processos e documentos;
internacionais, a fim de promover o intercâmbio de informações e experiências XII – RDC-Arq: sigla de Repositório Arquivístico Digital Confiável,
sobre preservação digital; que designa um ambiente que oferta preservação e acesso, voltado a
II - produzir decisões e procedimentos registrados e bem documentados. documentos de cunho arquivístico em formato digital;
Art. 20. Esta política aplica-se aos servidores da Justiça Eleitoral. XIII – transparência ativa: divulgação de dados na internet ou em
Art. 21. O não cumprimento destas medidas poderá implicar outros meios por iniciativa do próprio setor público, ou seja, quando são
responsabilização na forma da legislação vigente. tornadas públicas informações, independentemente de requerimento do
Art. 22. Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação. cidadão (conceito associado à Lei n. 12.527/2011).
RODRIGO CURADO FLEURY Art. 3º A Política de Preservação Digital do STJ abrange todos os
documentos arquivísticos nato digitais ou digitalizados, produzidos ou
[Diário da Justiça Eletrônico – TSE DJE-TSE, nº 237, de 30 de novembro de 2018] recebidos em função do cumprimento da missão institucional do Tribunal.
Parágrafo único. São exemplos de documentos arquivísticos digitais:
I – processos administrativos ou judiciais digitais;
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
II – informações arquivísticas produzidas nos sistemas de negócios
RESOLUÇÃO STJ/GP N. 11 DE 25 DE JUNHO DE 2019
do Tribunal;
Institui a Política de Preservação Digital do Superior
III – gravações digitais de som e imagem;
Tribunal de Justiça
IV – fotografia digital;
V – páginas intranet e internet;
O PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA,
VI – bases de dados digitais;
Usando da atribuição conferida pelo art. 21, inciso XX, do Regimento
VII – publicações digitais;
Interno, considerando o §2º do art. 216 da Constituição Federal, o art. 1º da Lei n.
VIII – mensagem de correio eletrônico.
8.159, de 8 de janeiro de 1991, o art. 6º, inciso II, da Lei n. 12.527, de 18 de
Seção II
novembro de 2011, a Resolução CNJ n. 91, de 29 de setembro de 2009, e o que
Dos Princípios e Objetivos
consta do Processo STJ n. 38.156/2018, ad referendum do Conselho de
Art. 4º São princípios da Política de Preservação Digital do STJ:
Administração,
I. – da organização e preservação dos documentos digitais
e de todos seus componentes, de modo a garantir a relação orgânica e a
RESOLVE:
disponibilidade plena desses registros no futuro;
Seção I
II. – da integridade e confiabilidade das informações
Das Disposições Gerais
custodiadas, de modo a garantir a segurança dos documentos e evitar a
Art. 1º Fica instituída a Política de Preservação Digital do Superior
corrupção e perda de dados;
Tribunal de Justiça, que compreende princípios, objetivos, diretrizes e requisitos
III. – da garantia de autenticidade dos documentos;
para a preservação de documentos digitais em um Repositório Arquivístico Digital
IV. – do respeito à propriedade intelectual;
Confiável RDC-Arq.

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V. – da observância do sigilo e restrição de acesso às Arquivístico Digital Confiável – RDC-Arq composto de:
informações sensíveis; I. – repositório digital para documentos arquivísticos;
VI. – da transparência ativa. II. – procedimentos normativos e técnicos capazes de manter
Art. 5º São objetivos da Política de Preservação Digital do STJ: autênticos os materiais digitais nele custodiados, de modo a preservá-los e dar
I. – implantar repositório arquivístico digital confiável próprio acesso a eles pelo tempo necessário.
para receber, descrever, armazenar, preservar e garantir o acesso contínuo aos III. Parágrafo único. O RDC-Arq deverá:
documentos arquivísticos digitais custodiados; IV. – gerenciar os documentos e metadados de acordo com os
II. – tornar público o contexto de implantação da Política da princípios relacionados à descrição arquivística multinível e preservação;
PreservaçãoDigital, bem como os requisitos legais e normativos com os quais o V. – proteger as características do documento arquivístico, em
Tribunal deve estar em conformidade; especial a autenticidade (identidade e integridade) e a relação orgânica dos
III. – fundamentar a definição dos procedimentos e as opções documentos;
tecnológicas a serem adotados no tratamento da informação digital do Tribunal; VI. – preservar e dar acesso, pelo tempo necessário, a documentos
IV. – divulgar as estratégias adotadas pelo Tribunal com relação arquivísticos digitais autênticos;
à abordagem de preservação digital, de modo a propiciar o seu aperfeiçoamento VII. – estar em conformidade com os critérios estabelecidos na
contínuo; ISO16363:2012 e na NBR 15.472;
V. – assegurar as condições adequadas ao pleno acesso a VIII. – utilizar padrões abertos que não possuam restrições legais quanto
documentos digitais, pelo prazo institucionalmente estabelecido; ao uso, reconhecidos em nível nacional e internacional;
VI. – zelar pela cadeia de custódia de modo permanente, com o IX. – adotar protocolos padronizados para comunicação automática,
intuito de garantir a autenticidade dos documentos digitais; garantida a interoperabilidade.
VII. – contribuir para a cultura de gestão de risco em segurança Art. 10. Os sistemas informatizados de gestão eletrônica de
da informação; documentos do Tribunal deverão se adequar ao Modelo de Requisitos para
VIII. – promover o intercâmbio de informações e experiências Sistemas Informatizados de Gestão de Processos e Documentos do Judiciário
com entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, com vistas à Brasileiro – MoReq-Jus.
constante atualização e aperfeiçoamento das normas e procedimentos de §1º A adequação aos requisitos de avaliação e destinação de
preservação digital do Tribunal; documentos do MoReq-Jus será prioritária em relação aos demais requisitos.
IX. – fomentar a capacitação sistemática na área de preservação §2º As ações necessárias à adequação aos requisitos de avaliação e
digital. destinação de documentos do MoReq-Jus farão parte do PPDD.
Seção III §3º A adequação aos demais requisitos do MoReq-Jus será
Dos Requisitos priorizada pela Secretaria de Documentação em conjunto com a Secretaria de
Art. 6º A produção, o recebimento e a captura de documentos digitais Tecnologia da Informação e Comunicação.
no âmbito do Tribunal obedecerão aos seguintes requisitos de preservação digital: Art. 11. O envio de documentos ao RDC-Arq e a gestão da consulta
I – classificação arquivística dos documentos de acordo com as normas nesse repositório serão gerenciados pela unidade de gestão documental da
vigentes do Programa de Gestão Documental; Secretaria de Documentação.
II – registro do seguinte conjunto mínimo de metadados descritivos dos Art. 12. Somente serão encaminhados e aceitos no RDC-Arq os
documentos: documentos digitais consolidados, em sua versão final, e que tenham sido
a) produtor; submetidos à avaliação documental.
b) interessado; §1º Os documentos digitais de guarda permanente deverão,
c) descrição; obrigatoriamente, ser encaminhados ao RDC-Arq e terão prioridade de
d) espécie documental; recursos em relação aos demais no repositório.
e) código de classificação; §2º Os documentos arquivísticos digitais de guarda longa, ainda que
f) código de identificação; não estejam destinados à guarda permanente, serão encaminhados ao
g) data de captura; repositório e nele mantidos pelos prazos estabelecidos na Tabela de
h) data de produção; Temporalidade.
i) data de arquivamento; Art. 13. Os documentos digitais aceitos no RDC-Arq deverão atender
j) data de transmissão e recebimento; aos requisitos de acesso e recuperação integral de seu conteúdo, de forma a
l) indicação de anexo; serem lidos e compreendidos independentemente dos sistemas que os
m) registro das migrações e datas em que ocorreram; produziram.
n) restrição de acesso; Art. 14. Os documentos digitais enviados ao RDC-Arq deverão
III – observância da padronização de formatos de arquivo para constar de um pacote de informações que identifique suas características
documentos de guarda longa ou permanente; arquivísticas, em especial os metadados descritivos e administrativos
IV– migração de hardware, software, formato e metadados, com constantes do inciso II do art. 6º desta resolução.
informações técnicas que permitam avaliar a qualidade da migração; Art. 15. Os documentos digitais permanentes aceitos no RDC-Arq e
V– observância da cadeia de custódia e da cadeia de preservação digital; seus respectivos pacotes de informação deverão ter seu histórico de produção
VI– padronização das mídias de gravação e armazenamento; e de manutenção e seus respectivos metadados preservados indefinidamente,
VII – capacidade de migração automática de formatos, a fim de superar por meio da cadeia de custódia.
a obsolescência tecnológica e digital, sem intervenção manual e sem rompimento Seção V
da cadeia de custódia e sem perda de autenticidade. Das Responsabilidades e das Disposições Finais
Art. 7º Os requisitos de preservação digital adotados pelo Tribunal e os Art. 16. Compete à Secretaria de Documentação:
padrões e procedimentos operacionais necessários à sua implantação serão I. – supervisionar a elaboração do PPDD;
amplamente divulgados, sendo oferecida aos interessados a devida orientação II. – acompanhar a execução das ações estabelecidas no
técnica. PPDD, informando ao diretor-geral o seu andamento;
Art. 8º O grupo de trabalho instituído pela Portaria STJ/GDG n. 830 de 22 III. – requisitar colaboração de outras unidades na
de novembro de 2018 fica autorizado a elaborar o Plano de Preservação de implementação do PPDD.
Documentos Digitais do Superior Tribunal de Justiça – PPDD. Art. 17. Compete à Secretaria de Tecnologia da Informação e
§1º O PPDD deve contemplar as ações prioritárias da Política de Comunicação:
Preservação Digital do STJ, não obstante a adoção de outras medidas necessárias à I. – contribuir com informações técnicas para a elaboração do PPDD;
preservação de documentos digitais. II. – analisar a viabilidade técnica das ações das unidades do Tribunal
§2º O PPDD será desenvolvido de acordo com o cronograma para o desenvolvimento da Política de Preservação Digital do STJ;
previamente apresentado pelo grupo de trabalho de que trata o caput. III. – realizar as ações referentes à tecnologia de informação e
§3º A implantação e atualização dos requisitos de preservação digital de comunicação – TIC para o desenvolvimento da Política de Preservação Digital
que trata o art. 6º desta resolução também integrarão o PPDD. e a implementação do Plano de Preservação Digital do STJ.
Seção IV Parágrafo único. As ações de TIC do Plano de Preservação Digital do
Do Repositório Arquivístico Digital Confiável STJ deverão constar do Plano Diretor de Tecnologia da Informação e
Art. 9º O Tribunal deverá implantar e manter um Repositório Comunicação.

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Art. 18. O disposto nesta resolução aplica-se aos magistrados, servidores CONSIDERANDO a deliberação do Plenário do CNJ no
e prestadores de serviços. Procedimento de Ato Normativo nº 0002003-54.2020.2.00.0000, na 312ª Sessão
Art. 19. Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Ordinária, realizada em 23 de junho de 2020;
RESOLVE:
Ministro João Otávio de Noronha CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
[Diário da Justiça Eletrônico, Edição nº 2699 - Brasília, 27 de junho de 2019] Art. 1º Instituir diretrizes e normas de Gestão de Memória e de
Gestão Documental e dispor sobre o Programa Nacional de Gestão
Documental e Memória do Poder Judiciário – Proname.
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PRESIDÊNCIA Art. 2º Para fins desta Resolução, compreendem-se: – Gestão
Documental como o conjunto de procedimentos e operações
RESOLUÇÃO Nº 324, DE 30 DE JUNHO DE 2020 I. técnicas referentes à produção, à tramitação, ao uso, à
avaliação e ao arquivamento de documentos e processos recebidos e
Institui diretrizes e normas de Gestão de Memória e tramitados pelos órgãos do Poder Judiciário no exercício das suas atividades,
de Gestão Documental e dispõe sobre o Programa inclusive administrativas, independentemente do suporte de registro da
Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder informação; e
Judiciário – Proname. II. – Gestão da Memória como o conjunto de ações e
práticas de preservação, valorização e divulgação da história contida nos
O PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, no uso de suas documentos, processos, arquivos, bibliotecas, museus, memoriais,
atribuições legais e regimentais, personalidades, objetos e imóveis do Poder Judiciário, abarcando iniciativas
CONSIDERANDO que a Constituição Federal, no art. 5º, XIV e XXXIII, direcionadas à pesquisa, à conservação, à restauração, à reserva técnica, à
garante o acesso à informação como direito fundamental, seja de interesse comunicação, à ação cultural e educativa.
particular ou de interesse geral ou coletivo; Art. 3º Os órgãos do Poder Judiciário devem observar as normas de
CONSIDERANDO que a Constituição Federal determina que o Estado Gestão Documental e de Gestão de Memória definidas no Proname, o qual é
deve garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da regido pelos seguintes princípios e diretrizes:
cultura nacional, assim como a defesa e valorização do Patrimônio Cultural I. – garantia de acesso a informações necessárias ao exercício de
brasileiro (art. 215); direitos;
CONSIDERANDO que os acervos documentais do Poder Judiciário II. – promoção da cidadania por meio do pleno acesso ao patrimônio
constituem Patrimônio Cultural e histórico, que devem ser preservados em arquivístico, bibliográfico, museográfico, histórico e cultural gerido e
conformidade com o art. 216, § 1º, da Constituição Federal; custodiado pelo Poder Judiciário;
CONSIDERANDO que cabe à administração pública a gestão da III. – produção da narrativa acerca da história do Poder Judiciário e a
documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a consequente difusão e consolidação da imagem institucional;
quantos dela necessitem, nos termos do art. 216, § 2º, da Constituição Federal; IV. – intercâmbio e interlocução com instituições culturais e
CONSIDERANDO que a Lei nº 8.159/91, que estabelece a política protetoras do Patrimônio Histórico e Cultural e da área da ciência da
nacional de arquivos públicos e privados, determina ser dever do Poder Público informação;
promover a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos V. – interface multidisciplinar e convergência dos saberes ligados às
como instrumento de apoio à administração, à cultura e ao desenvolvimento áreas da memória, da história e do patrimônio com aquelas da museologia, da
científico e como elementos de prova e informação; arquivologia, do direito, da gestão cultural, da comunicação social e da
CONSIDERANDO que o art. 20 da mencionada Lei nº 8.159/91 define a tecnologia da informação;
competência e o dever inerente dos órgãos do Poder Judiciário Federal de VI. – guarda de documentos ou informações necessários à extração de
proceder à gestão de documentos produzidos em razão do exercício de suas certidões acerca do julgado, na hipótese de eliminação de autos;
funções, tramitados em juízo e oriundos de cartórios e secretarias, bem como de VII. – manutenção dos documentos em ambiente físico ou eletrônico
preservar os documentos, de modo a facultar aos interessados o seu acesso; seguro e a implementação de estratégias de preservação desses documentos
CONSIDERANDO que o art. 62 da Lei nº 9.605/98 tipifica a destruição de desde sua produção e durante o período de guarda definido;
arquivos como crime contra o Patrimônio Cultural; VIII. – classificação, avaliação e descrição documental mediante a
CONSIDERANDO o disposto na Lei nº 11.419/2006, sobre a geração, a utilização de normas, planos de classificação e tabelas de temporalidade
tramitação, o acesso e a guarda de processos judiciais e documentos em meio documental padronizadas, visando preservar as informações indispensáveis à
eletrônico; administração das instituições, à memória nacional e à garantia dos direitos
CONSIDERANDO que a Lei nº 12.527/2011 estabelece a obrigação de o individuais;
Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante IX. – manutenção da cadeia de custódia ininterrupta, visando garantir
procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de os requisitos arquivísticos e a presunção de autenticidade de documentos e
fácil compreensão; processos administrativos e judiciais digitais;
CONSIDERANDO o contido na Lei nº 12.682/2012, que disciplina a X. – padronização das espécies, tipos, classes, assuntos e registros de
elaboração e o arquivamento de documentos em meios eletromagnéticos, com a movimentação de documentos e processos;
alteração imposta pela Lei nº 13.874/2019; XI. – adoção de critérios de transferência e de recolhimento dos
CONSIDERANDO a necessidade de assegurar a autenticidade, a documentos e processos das unidades administrativas e judiciais para a
integridade, a segurança, a preservação e o acesso em longo prazo dos unidade de gestão documental;
documentos e processos em face das ameaças de degradação física e de rápida XII. – garantia de fidedignidade, integridade e presunção de
obsolescência tecnológica de hardware, software e formatos; autenticidade no caso de reprodução ou reformatação de documentos
CONSIDERANDO a existência de modelos nacionais e internacionais arquivísticos físicos e digitais;
para sistemas abertos de arquivamento de informações; XIII. – capacitação e orientação de magistrados e de servidores dos
CONSIDERANDO a necessidade de implementação de repositórios órgãos do Poder Judiciário sobre os fundamentos e instrumentos do Proname;
arquivísticos digitais confiáveis – RDC-Arq nos órgãos do Poder Judiciário, em XIV. – adoção do Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de
atendimento ao disposto nas normativas do Conselho Nacional de Arquivos – Gestão de Processos e Documentos – MoReq-Jus;
Conarq e em normas internacionais; XV. – constituição de unidades de Gestão Documental e de Gestão da
CONSIDERANDO a necessidade de fomentar as atividades de Memória, assim como de Comissões Permanentes de Avaliação Documental –
preservação, pesquisa e divulgação da história do Poder Judiciário e das CPADs; e
informações de caráter histórico contidas nos acervos judiciais; XVI. – fomento às atividades de preservação, pesquisa e divulgação da
CONSIDERANDO a necessidade de criar as bases para promover a história do Poder Judiciário e da história nacional ou regional por meio de
interoperabilidade entre os órgãos do Poder Judiciário; criação de Museus, Memoriais, Espaços de Memória ou afins, assim como de
CONSIDERANDO a necessidade de aperfeiçoamento da Recomendação divulgação do patrimônio contido nos Arquivos judiciais.
CNJ nº 37/2011, que dispõe sobre o funcionamento do Programa Nacional de CAPÍTULO II DO PRONAME
Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário – Proname e de seus
instrumentos;

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212
Art. 4º O Proname é constituído por normas de gestão documental e de Art. 11. Deverão ser instituídas CPADs nos tribunais e nos seus
gestão de memória com os respectivos instrumentos definidos nesta Resolução. órgãos subordinados com as seguintes atribuições:
Art. 5º São instrumentos do Proname: I. – propor instrumentos arquivísticos de classificação,
I. – os sistemas informatizados de gestão de documentos e processos temporalidade e destinação de documentos e submetê-los à aprovação da
administrativos e judiciais, bem como os metadados desses sistemas, essenciais à autoridade competente;
identificação do documento institucional de modo inequívoco em sua relação com II. – orientar as unidades judiciárias e administrativas a realizar o
os outros documentos; processo de análise e avaliação da documentação produzida e acumulada no
II. – o Plano de Classificação (Tabelas Processuais Unificadas) e a Tabela seu âmbito de atuação;
de Temporalidade dos Processos Judiciais do Poder Judiciário; III. – identificar, definir e zelar pela aplicação dos critérios de valor
III. – o Plano de Classificação e a Tabela de Temporalidade dos secundário dos documentos e processos;
Documentos da Administração do Poder Judiciário; IV. – analisar os editais de eliminação de documentos e processos da
IV. – a Listagem de Verificação para Baixa Definitiva de Autos; instituição
V. – a Listagem de Verificação para Eliminação de Autos Findos; V. e aprová-los; e
VI. – o Fluxograma de Avaliação, Seleção e Destinação de Autos Findos; VI. – realizar estudos e encaminhar propostas ao Comitê do Proname
VII. VII – o Plano para Amostra Estatística Representativa; sobre
VIII. – o Manual de Gestão Documental do Poder Judiciário; e VII. questões relativas à Gestão Documental e à Gestão da Memória.
IX. – o Manual de Gestão de Memória do Poder Judiciário. Art. 12. As CPADs devem ser integradas por, no mínimo:
Art. 6º O CNJ disponibilizará, em seu sítio eletrônico, os instrumentos do I. – um servidor responsável pela unidade de gestão documental;
Proname. II. – um servidor responsável pelas atividades de Memória da
Art. 7º O Plano de Classificação (Tabelas Processuais Unificadas) e a instituição;
Tabela de Temporalidade dos Processos Judiciais do Poder Judiciário estarão III. – um servidor da unidade de tecnologia da informação;
registrados no Sistema Gestor de Tabelas Processuais do Poder Judiciário, sob a IV. – um servidor graduado em curso superior de Arquivologia;
responsabilidade do Comitê do Proname. V. – um servidor graduado em curso superior de História; e
CAPÍTULO III VI. – um servidor graduado em curso superior de Direito.
DO COMITÊ DO PRONAME Art. 13. A critério das Comissões, poderão ser convidados a integrá-las
Art. 8º O Proname será coordenado por um Comitê, ao qual compete: servidores das unidades organizacionais referidas nos documentos a serem
I. – elaborar, atualizar e publicar no portal do CNJ os avaliados, bem como profissionais ligados ao campo de conhecimento de que
instrumentos de gestão documental e de gestão da memória; trata o acervo objeto da avaliação, podendo ser substituídos após a conclusão
II. – encaminhar proposições complementares ao programa e dos trabalhos relativos às respectivas unidades ou áreas de conhecimento.
à presente Resolução para apreciação do CNJ; Art. 14. Preferencialmente, serão indicados magistrados com
III. – propor e apoiar ações de capacitação de servidores e experiência em gestão documental ou gestão de memória para coordenarem
magistrados em questões relacionadas à gestão documental e à gestão da as CPADs.
memória; e Parágrafo único. As deliberações das CPADs serão tomadas pelo voto da
IV. – acompanhar a aplicação desta Resolução e sugerir maioria simples de seus membros e serão lavradas em ata. Em caso de empate,
medidas que entender necessárias ao CNJ. prevalecerá o voto do coordenador.
Art. 9º O Comitê do Proname é integrado por representantes de todos os CAPÍTULO V
segmentos do Poder Judiciário e apresenta a seguinte composição mínima: DAS NORMAS DE GESTÃO DE DOCUMENTOS
I. – o Secretário-Geral do CNJ; Art. 15. Os órgãos do Poder Judiciário deverão estabelecer e
II. – um juiz auxiliar da Presidência do CNJ; publicar em seus sítios eletrônicos políticas de gestão documental baseadas
III. – um representante do Supremo Tribunal Federal; nos princípios da legalidade, transparência, proteção de dados e eficiência.
IV. – um representante do Superior Tribunal de Justiça; Parágrafo único. Entende-se por política de gestão documental a
V. – um representante do Tribunal Superior Eleitoral; definição de diretrizes para a gestão de documentos arquivísticos,
VI. – um representante do Tribunal Superior do Trabalho /ou do Conselho abrangendo desde a produção até a destinação final, seja a preservação por
Superior da Justiça do Trabalho; meio de guarda permanente, seja a eliminação depois de sua avaliação.
VII. – um representante do Superior Tribunal Militar; Art. 16. Os documentos do Poder Judiciário são classificados como
VIII. – um representante do Conselho de Justiça Federal; correntes, intermediários ou permanentes.
IX. – cinco representantes dos Tribunais de Justiça; I. – Documentos correntes são aqueles em tramitação ou que, mesmo
X. – dois representantes dos Tribunais Regionais Federais; sem movimentação, sejam objeto de consultas frequentes.
XI. – dois representantes dos Tribunais Regionais do Trabalho; II. – Documentos intermediários são aqueles que, por conservarem
XII. – um representante do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ; ainda algum interesse jurisdicional ou administrativo, mesmo não sendo de
XIII. – um representante do Conselho Nacional de Arquivos – Conarq; e uso corrente pelas áreas emitentes, aguardam avaliação para recolhimento
XIV. – cinco magistrados de qualquer órgão do Poder Judiciário com para guarda permanente ou eliminação.
experiência em Gestão de Memória ou em Gestão Documental. III. – Documentos permanentes são aqueles de valor histórico,
§ 1º Os integrantes do Comitê serão indicados pela Presidência do CNJ. probatório ou informativo, que devem ser definitivamente preservados no
§ 2º Na indicação dos representantes dos tribunais, observar-se-ão suporte original de criação.
critérios de experiência em Gestão Documental ou de Gestão da Memória e a Art. 17. Faculta-se aos órgãos do Poder Judiciário estabelecer convênios
participação de profissionais com formação em história e arquivologia. com órgãos ou entidades de caráter histórico, cultural, social e universitário
§ 3º O Comitê do Proname poderá contar com o auxílio de outros para auxílio nas atividades de gestão documental, sob coordenação e
servidores e magistrados na realização de suas atividades. supervisão das CPADs e das unidades de Gestão Documental existentes nos
§ 4º O Comitê do Proname será coordenado pelo Secretário-Geral do tribunais.
CNJ ou por juiz por ele designado. § 1º Os convênios de que se trata o caput terão por objeto o tratamento,
§ 5º O funcionamento do Comitê do Proname será disciplinado por a disponibilização de acesso, a descrição do acervo e a difusão da informação
regimento interno por ele aprovado. contida na documentação judicial, sendo vedada a transferência das funções
§ 6º Os magistrados mencionados no inciso XIV deverão manifestar inerentes à gestão e à avaliação documental.
interesse na participação do Comitê mediante ofício endereçado à Presidência do § 2º O tratamento, a descrição e a divulgação do acervo deverão atender
CNJ, a quem caberá a indicação, conforme parágrafo 1º. aos critérios de respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das
Art. 10. São Subcomitês do Proname, com atuação consultiva e pessoas, assim como às liberdades e às garantias individuais.
propositiva nas seguintes áreas temáticas: § 3º É vedada a transferência da guarda permanente da documentação,
I – Subcomitê de Instrumentos de Gestão Documental; II – Subcomitê admitindo-se apenas a custódia temporária de documentos para atendimento
de Preservação Digital; do objeto do convênio, pelo prazo máximo de cinco anos.
III – Subcomitê de Memória; e IV – Subcomitê de Capacitação. § 4º Findo o prazo máximo previsto no § 3o deste artigo, a
CAPÍTULO IV documentação em cedência deverá ser devolvida ao órgão produtor
DA COMISSÃO PERMANENTE DE AVALIAÇÃO DOCUMENTAL correspondente, que concluirá sua destinação, salvo se houver novo convênio.
SEÇÃO I

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DA AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS depois do traslado das peças originais não existentes nesse, não havendo
Art. 18. A avaliação é entendida como a análise dos documentos e necessidade de publicação de edital.
processos judiciais e administrativos, desde sua produção, com a finalidade de Art. 27. Nos casos de eliminação de documentos, observar-se-ão os
estabelecer os prazos de guarda e destinação final, sob orientação das CPADs e das critérios de sustentabilidade social, ambiental e econômica, por meio da
unidades de Gestão Documental de cada órgão do Poder Judiciário, de acordo com reciclagem do material descartado.
a atribuição de valores primários e secundários. § 1º A destruição de documentos institucionais realizar-se-á por
§ 1º Valor primário é aquele relacionado à significância jurídica, meio de fragmentação manual ou mecânica, pulverização, desmagnetização
administrativa ou financeira atribuída em função do interesse para as partes ou reformatação, com garantia de que a descaracterização dos documentos
litigantes ou para o respectivo tribunal que os autos ou documentos tenham. não possa ser revertida.
§ 2º Valor secundário é aquele atribuído aos documentos e autos §2º A eliminação dos documentos deverá ocorrer com supervisão
judiciais ou administrativos, em função do interesse que possam ter para a de responsável designado para acompanhar o procedimento.
sociedade ou para a instituição, respectivamente, em virtude de suas Art. 28. Os processos que originarem precatórios e requisições de
características históricas ou informativas. pequeno valor não serão eliminados até que haja decisão judicial extintiva da
§ 3º Finda a avaliação e observados os procedimentos estabelecidos obrigação transitada em julgado.
nesta Resolução, poderá haver eliminação de documentos destituídos de valor SEÇÃO II
secundário. DOS DOCUMENTOS E PROCESSOS DE GUARDA PERMANENTE
Art. 19. Os processos com decisões transitadas em julgado serão Art. 29. Os documentos e processos de guarda permanente
definitivamente arquivados quando não necessitarem de diligência do juízo constituem patrimônio cultural nacional e compõem o fundo arquivístico
processante, da secretaria da unidade judiciária respectiva e de terceiros, histórico do Poder Judiciário, devendo ser custodiados em locais com
conforme a Listagem de Verificação para Baixa Definitiva de Autos. condições físicas e ambientais adequadas, preferencialmente do próprio
Art. 20. A guarda e a destinação final de documentos e processos órgão, e disponibilizados para consulta sem colocar em risco sua adequada
judiciais e administrativos observarão as Tabelas de Temporalidades das áreas preservação.
meio e fim dos órgãos do Poder Judiciário. Parágrafo único. É vedada a eliminação de documentos e processos
§ 1º Os órgãos do Poder Judiciário deverão adotar como modelo para a de guarda permanente, mesmo após microfilmagem, digitalização ou
área meio o Plano de Classificação e, no mínimo, os prazos da Tabela de qualquer outra forma de reprodução ou reformatação.
Temporalidade dos Documentos da Administração do Poder Judiciário. Art. 30. São de guarda permanente:
§ 2º Os órgãos do Poder Judiciário deverão adotar o Código de I. – documentos e processos assim indicados nos instrumentos
Classificação e, no mínimo, os prazos da Tabela de Temporalidade Documental previstos no art. 5º, incisos II e III, desta Resolução;
Unificada da Área Fim – TTDU-AF aprovada pelo CNJ e disponibilizados nos II. – o inteiro teor de petições iniciais, sentenças, decisões de
Sistemas de Gestão de Tabelas Processuais Unificadas. julgamento parcial de mérito, decisões terminativas, acórdãos e decisões
Art. 21. A eliminação dos processos com decisões transitadas em monocráticas em tribunais armazenados em base de dados;
julgado deverá ser precedida do registro de dados e das informações processuais III. – os metadados, assim compreendidos como dados estruturados e
no sistema processual e do atendimento às exigências da Listagem de Verificação codificados, necessários à expedição de certidão sobre o conteúdo da decisão
para Eliminação de Autos Findos, de forma que, a qualquer tempo, seja possível a transitada em julgado;
expedição de certidões sobre o processo, observando-se as regras no Manual de IV. – os atos normativos: ato, regimento, resolução, portaria e outras
Gestão Documental do Poder Judiciário. normas expedidas;
Art. 22. A temporalidade mínima e a destinação dos processos judiciais V. – os atos de ajuste: contrato, convênio e outros acordos em que o
com trânsito em julgado serão registradas no Sistema Gestor de Tabelas respectivo órgão do Poder Judiciário for parte;
Processuais Unificadas do CNJ. VI. – os documentos e processos administrativos e judiciais
§ 1º Os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça, os Tribunais protocolados ou produzidos em data anterior ao corte cronológico
Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais estabelecido por cada órgão do Poder Judiciário fixando-se o ano mínimo de
Eleitorais, o Conselho da Justiça Federal e o Conselho Superior da Justiça do 1950 para os tribunais ou unidades judiciais então existentes;
Trabalho poderão estabelecer prazos de guarda dos documentos e processos VII. – os processos em que forem suscitados Incidente de
superiores à temporalidade registrada no Sistema Gestor de Tabelas Processuais Uniformização de Jurisprudência, Arguições de Inconstitucionalidade,
do CNJ, de forma a adequá-los às peculiaridades regionais. Assunção de Competência e aqueles que constituírem precedentes de
§ 2º Vencido o prazo de guarda, a destinação de cada documento ou Súmulas, Recurso Repetitivo e Demandas Repetitivas, o que deverá ser
processo poderá ser alterada pela CPAD da instituição, mediante justificativa, anotado nos sistemas processuais;
quer para majorar referido prazo de guarda, quer para torná-la permanente. VIII. – os documentos e os processos relacionados aos principais
Art. 23. Os recursos com autos apartados, os embargos à execução e eventos históricos dos estados, comarcas e municípios dos respectivos órgãos
outros processos dependentes do principal deverão ser remetidos para a unidade do Poder Judiciário;
de origem, para avaliação conjunta. IX. – os documentos e os processos administrativos ou judiciais de
Art. 24. As ações rescisórias terão a mesma destinação final atribuída valor secundário reconhecido pela CPAD do respectivo órgão do Poder
ao feito que lhe deu origem, cuja destinação será suspensa até o respectivo Judiciário de ofício ou a partir de requerimento fundamentado formulado por
trânsito em julgado. magistrado ou entidade de caráter histórico, cultural e universitário;
Art. 25. A eliminação dos autos de ações judiciais transitadas em X. – os documentos e os processos da amostra estatística
julgado, processos e documentos administrativos arquivados nos órgãos do Poder representativa do conjunto documental destinado à eliminação; e
Judiciário será precedida de publicação do extrato do edital de eliminação em XI. – os acervos de processos e documentos gravados pelo programa
diário oficial do órgão e de seu inteiro teor na sua página na rede mundial de Memória do Mundo – MOW da UNESCO.
computadores. CAPÍTULO VI
§ 1º Será consignado o prazo de quarenta e cinco dias após a publicação DA GESTÃO DE DOCUMENTOS DIGITAIS
do edital para o atendimento a solicitações de documentos ou processos pelas Art. 31. Cada órgão do Poder Judiciário deverá elaborar e publicar
suas partes. sua política de gestão documental de processos e documentos em meio digital
§ 2º No prazo compreendido entre a data da publicação do edital e a de acordo com a presente Resolução e normativas do CNJ.
data prevista para a eliminação, é facultado às partes interessadas, às suas § 1º Entende-se por gestão documental de processos e documentos
expensas, formular requerimento à CPAD ou à unidade de Gestão Documental do em meio digital o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes
respectivo órgão do Poder Judiciário para obtenção de cópias de peças dos autos à sua produção, à tramitação, ao uso, à avaliação e ao arquivamento em fases
judiciais, desentranhamento de documentos ou expedição de certidões. corrente e intermediária, visando ao recolhimento para guarda permanente
§ 3º Não será permitida a carga dos processos incluídos nos editais de ou à eliminação.
eliminação de documentos, no prazo compreendido entre a data da publicação do § 2º Entende-se por documento arquivístico digital aquele
edital e a data prevista para a eliminação. produzido ou recebido no curso de uma atividade, como seu instrumento ou
Art. 26. Os agravos de instrumentos, recursos em sentido estrito em resultado, em suporte digital dotado de organicidade.
matéria criminal processados por instrumento e incidentes processuais autuados Art. 32. Os sistemas informatizados e todos os sistemas de negócio
em apartado poderão ser eliminados, independentemente do processo principal, que produzem documentos arquivísticos nos órgãos do Poder Judiciário
deverão adequar-se às normativas do Conarq e conter módulos de gestão

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documental que contemplem, no mínimo, os planos de classificação e tabelas de Art. 40. Os órgãos do Poder Judiciário deverão instituir ambientes
temporalidades de cada órgão. físico e virtual de preservação e divulgação de informações relativas à
Parágrafo único. A distribuição dos processos obedecerá ao disposto memória, produzidas ou custodiadas pelo órgão, seja por meio de Museu,
nas normativas do CNJ, observada a obrigatoriedade de classificação do processo Memorial ou Centro de Memória, de caráter informativo, educativo e de
com base nas respectivas Tabelas Processuais Unificadas e automática indicação interesse social.
do prazo de guarda, observando se, no mínimo, os prazos previstos na Tabela de §1º O ambiente virtual mencionado no caput será veiculado em
Temporalidade Documental Unificada da Área Fim – TTDU-AF. espaço permanente do sítio eletrônico do órgão.
Art. 33. Os sistemas informatizados que produzem documentos § 2º O acervo digital relacionado à memória institucional será
arquivísticos atenderão requisitos de autenticidade definidos em território preservado em Repositório Arquivístico Digital Confiável – RDC-Arq, com
nacional pelos modelos de requisitos para produção e manutenção de interoperabilidade de pacotes informacionais.
documentos arquivísticos digitais autênticos, a exemplo do Modelo de Requisitos CAPÍTULO IX
para Sistemas Informatizados de Gestão de Processos e Documentos do Poder DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Judiciário – Moreq-Jus. Art. 41. Os tribunais terão o prazo de doze meses para elaboração
Art. 34. Para fins de preservação digital, os órgãos do Poder Judiciário ou adaptação de Programa de Gestão Documental e de Gestão da Memória e
adotarão repositório arquivístico digital confiável (RDC-Arq), desenvolvido como aprovação de seus instrumentos, com observância dos princípios e das
software livre, gratuito e de código aberto, projetado para manter os dados em diretrizes do Proname indicados na presente Resolução.
padrões de preservação digital e o acesso em longo prazo. Art. 42. Os órgãos do Poder Judiciário, coordenados pelo CNJ,
CAPÍTULO VII promoverão a interoperabilidade dos sistemas de gestão documental e da
DA CONVERSÃO DO SUPORTE memória.
Art. 35. É permitida a conversão do suporte de documentos e processos Art. 43. O Comitê do Programa Nacional de Gestão Documental e
administrativos e judiciais, cabendo a cada órgão do Poder Judiciário a Memória do Poder Judiciário, no prazo de 180 dias a contar da publicação
coordenação, a orientação e a padronização desse trabalho, observado o disposto desta Resolução, submeterá sua proposta de minuta dos novos manuais de
nesta Resolução e demais normas. Gestão Documental e de Gestão da Memória à aprovação da Presidência do
Art. 36. As partes e advogados serão intimados, nos termos da lei, para Conselho Nacional de Justiça, que os instituirá por portaria.
que verifiquem a regularidade da digitalização dos processos convertidos para o Art. 44. Esta Resolução entra em vigor na data da sua publicação.
meio eletrônico, constando prazo mínimo de trinta dias para alegação de eventual
desconformidade com o processo físico. Ministro DIAS TOFFOLI
Parágrafo único. Os autos físicos digitalizados para tramitação
eletrônica não poderão ser objeto de arquivamento definitivo até o trânsito em [Diário da Justiça/CNJ, nº 215, de 09 de julho de 2020]
julgado.
CAPÍTULO VIII
DA GESTÃO DA MEMÓRIA DO PODER JUDICIÁRIO ESTADO DO CEARÁ
Art. 37. Compete ao CNJ, com o auxílio do Comitê do Proname,
coordenar as iniciativas para fortalecimento e valorização da memória Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
institucional do Poder Judiciário, bem como promover a construção de redes
nessa área entre os vários órgãos, o intercâmbio de experiências e de boas PROVIMENTO Nº 18, DE 18 DE JULHO DE 2011
práticas, a implantação de sistemas e a colaboração mútua com o escopo de Dispõe acerca do procedimento de eliminação
divulgação de seu patrimônio histórico e documental ao público e aos de petições e documentos físicos protocolados
pesquisadores. no Poder Judiciário do Estado do Ceará, e já
Art. 38. Constituem princípios e diretrizes da política de Gestão da digitalizados.
Memória do Poder Judiciário, além dos elencados no artigo 3º da presente
Resolução: O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ,
I. – favorecimento do uso de novas tecnologias digitais para ampliar a no uso das atribuições que lhe confere o inciso II, do art. 5º, da Lei 12.483, de 3
dimensão informativa dos acervos; de agosto de 1995;
II. – compartilhamento de técnicas das ciências da informação, CONSIDERANDO os termos da Recomendação nº 11, de 22 de maio
arquivologia, biblioteconomia, museologia, história, antropologia e sociologia de 2007, do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, que atribui aos Tribunais a
para agregar valor informativo sobre a instituição e seu papel na sociedade; adoção de políticas públicas, com vistas à formação e recuperação de um
III. – colaboração e interação entre as unidades de Memória e de Arquivo; ambiente ecologicamente equilibrado e na Resolução nº 02, de 21 de janeiro
IV. – promoção de iniciativas de preservação do patrimônio arquivístico, de 2010, do Tribunal de Justiça, que estabelece a responsabilidade
mobiliário e imobiliário de caráter histórico e cultural do Poder Judiciário e socioambiental como um dos objetivos do Plano Estratégico do Poder
respectiva divulgação; Judiciário;
V. – promoção de encontros e seminários para intercâmbio de CONSIDERANDO a Resolução nº 11, de 28 de maio de 2010, do
experiências; e Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, a qual instituiu, no âmbito da Justiça
VI. – registro e divulgação de boas práticas no sítio eletrônico do CNJ. do Estado do Ceará, o sistema eletrônico de tramitação de processos judiciais,
Art. 39. Os órgãos do Poder Judiciário criarão Comissão de Gestão da de comunicação de atos e de tramitação de peças processuais; especialmente
Memória, com as seguintes atribuições, dentre outras definidas pelo próprio o seu art. 20, que trata do descarte de petições e documentos, originais e
órgão: cópias, após sua digitalização;
I. – coordenar a política de Gestão da Memória da instituição de acordo CONSIDERANDO o disposto no art. 12-F, da Lei nº 12.483, de 3 de
com a presente Resolução e em conformidade com os Manuais de Gestão da agosto de 1995, modificado pela alínea b, do inciso III, do art. 2º, da Lei nº
Memória e Documental do Poder Judiciário; 14.913, de 3 de maio de 2011, ambas do Estado do Ceará, que atribui à Divisão
II. – fomentar a interlocução e a cooperação entre as áreas de Arquivo, de Arquivo e Documentação do Departamento de Gestão de Documentos da
Museu, Memorial, Biblioteca e Gestão Documental do respectivo órgão; Assessoria Institucional a incumbência de formular e expedir normas gerais
III. – aprovar critérios de seleção, organização, preservação e exposição de sobre o arquivamento, descarte e destinação final de papéis;
objetos, processos e documentos museológicos, arquivísticos ou bibliográficos, CONSIDERANDO a necessidade de disciplinar o procedimento de
que comporão o acervo histórico permanente do órgão; eliminação de petições e documentos interpostos perante o Poder Judiciário
IV. – promover intercâmbio do conhecimento científico e cultural com do Estado do Ceará na forma física, após a devida digitalização, procedimento
outras instituições e programas similares; e esse desenhado pelo Departamento de Otimização Organizacional da
V. – coordenar a identificação e o recebimento de material que comporá Secretaria Especial de Planejamento e Gestão, nos termos da alínea b, do
os acervos físico e virtual de preservação, bem como a divulgação de informações inciso I, do §3º, do art. 3º, da Lei nº 14.816, de 14 de dezembro de 2010, do
relativas à Memória institucional. Estado do Ceará, que estabelece a competência de assessorar as demais
§1º Nos tribunais de segundo grau, a comissão deverá ser integrada por unidades administrativas na elaboração de normas, procedimentos,
magistrados de ambas as instâncias. regulamentos, manuais e demais instrumentos operacionais de trabalho;
§2º A Comissão de Gestão da Memória poderá requisitar servidores e o CONSIDERANDO, por fim, a necessidade de definir normas e
auxílio da CPAD para o exercício de suas atribuições. procedimentos com vistas à realização dos trabalhos pertinentes;

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215
RESOLVE:
Art. 1º - O procedimento de eliminação de petições e documentos PODER LEGISLATIVO FEDERAL
físicos protocolados no Poder Judiciário do Estado do Ceará, e já digitalizados, dar-
se-á de acordo com os fluxos estabelecidos nos Anexos I e II, integrantes do
presente provimento.
Art. 2º - O resultado do descarte contemplará programas
socioambientais, incentivando ações conjuntas, através da reciclagem e doação a
entidades sem fins lucrativos mediante Convênio. SENADO FEDERAL
Parágrafo único – Essas ações terão o propósito, inclusive, de
sensibilizar os servidores do Poder Judiciário, buscando promover o exercício dos SENADO FEDERAL
direitos sociais, a gestão adequada dos resíduos gerados, o incentivo ao combate SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO
de desperdícios dos recursos naturais e a inclusão de critérios socioambientais. ATO DA COMISSÃO DIRETORA Nº 9, DE 2012
Art. 3º - A realização do descarte das petições e documentos entregues
em meio físico e já digitalizados, originados nas unidades administrativas e Regulamenta, no âmbito do Senado Federal, a Lei nº 12.527,
judiciárias do Tribunal de Justiça e do Fórum Clóvis Beviláqua, será executada da de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso aos
seguinte forma: dados, informações e documentos de interesse da
I - documentos recebidos no Serviço de Protocolo do Tribunal de sociedade e do Estado.
Justiça do Estado do Ceará serão de responsabilidade da Divisão de Arquivo e
Documentação do Departamento de Gestão de Documentos da Assessoria A COMISSÃO DIRETORA DO SENADO FEDERAL, no uso de suas
Institucional; atribuições regimentais,
Art. 4º - Após conversão das petições e dos documentos físicos para a Considerando a vigência, a partir de 16 de maio de 2012, da Lei nº
forma digital, caberá a quem os interpôs, ou por ele autorizado, retirá-los no 12.527, de 18 de novembro de 2011, que regula o acesso a informações previsto
prazo de 30 (trinta) dias, consoante disciplina do art. 20, da Resolução nº 11, de 28 no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da
de maio de 2010, do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Constituição Federal; altera a Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga
Art. 5º - Os procedimentos necessários à abertura do processo a Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de
administrativo para sistematização, registro e acompanhamento das rotinas de janeiro de 1991; e dá outras providências;
descarte de documentos a serem realizados pelas unidades competentes do Considerando os incisos X e XII da Constituição Federal de 1988;
Tribunal de Justiça e do Fórum Clóvis Beviláqua serão efetuados da forma que se Considerando a necessidade de regulamentar a aplicação da citada
segue: Lei no âmbito do Senado Federal;
I - a Secretaria Judiciária do Tribunal de Justiça abrirá, anualmente ou ADOTA O SEGUINTE ATO:
sempre que necessário, processo administrativo para sistematização, registro e CAPÍTULO I
acompanhamento das rotinas de descarte de documentos, encaminhando através DISPOSIÇÕES GERAIS
de memorando a relação de documentos a serem descartados ao Departamento de Art. 1º Este Ato dispõe sobre o acesso aos dados, informações e
Gestão de Documentos, o qual publicará, no Diário da Justiça, Edital de Eliminação documentos de interesse da sociedade e do Estado e à respectiva salvaguarda
de Documentos, franqueando o prazo de 5 (cinco) dias contados da data da dos direitos individuais no que diz respeito ao acervo informacional do Senado
publicação do referido edital para que se proceda a retirada dos documentos Federal.
mencionados. Parágrafo único. O Senado Federal atuará de maneira a facilitar o acesso aos
II - o Departamento de Serviços Judiciais do Fórum Clóvis Beviláqua dados, informações e documentos de interesse coletivo ou geral, produzidos
abrirá, anualmente ou sempre que necessário, processo administrativo para ou sob sua guarda, pautando-se pela transparência e publicidade em todos os
sistematização, registro e acompanhamento das rotinas de descarte de seus atos, observadas as normas constitucionais e legais.
documentos, encaminhando através de memorando a relação de documentos a Art. 2º Os procedimentos previstos neste Ato se destinam a
serem descartados à Diretoria do Fórum da Comarca da Capital, a qual publicará, assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser
no Diário da Justiça, Edital de Eliminação de Documentos, franqueando o prazo de executados em conformidade com as seguintes diretrizes:
5 (cinco) dias contados da data da publicação do referido edital para que se I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como
proceda a retirada dos documentos mencionados. exceção;
§1º - Decorrido o prazo de 5 (cinco) dias de que tratam os incisos I e II II - divulgação de informações de interesse público,
deste artigo, as petições e documentos não reclamados serão triturados e doados a independentemente de solicitações;
entidades sem fins lucrativos, conforme Convênio a ser firmado. III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela
§2º - A Assessoria Institucional indicará um servidor da Divisão de tecnologia da informação;
Arquivo do Departamento de Gestão e Documentos do Tribunal de Justiça para IV - desenvolvimento do controle social do Senado Federal; e
acompanhar todo o processo de descarte das peças e solicitará a lavratura de V - garantia ao direito de acesso à informação, que será franqueada,
“Termo de Trituração e Declaração de Recebimento de Doação” de que constará a mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
destinação dos resíduos para programas sociais ou entidades sem fins lucrativos. linguagem de fácil compreensão.
§3º - O Departamento de Serviços Judiciais do Fórum Clóvis Beviláqua CAPÍTULO II
indicará um servidor para acompanhar todo o processo de descarte das peças e DO ACESSO À INFORMAÇÃO NO SENADO FEDERAL
solicitará a lavratura de “Termo de Trituração e Declaração de Recebimento de Art. 3º Fica designada a Diretoria-Geral do Senado Federal para
Doação” de que constará a destinação dos resíduos para programas sociais ou exercer a função de autoridade responsável pela implantação e supervisão do
entidades sem fins lucrativos. sistema de acesso à informação no âmbito do Senado Federal, com as seguintes
Art. 6º - Os casos omissos serão resolvidos pela Presidência do Tribunal atribuições:
de Justiça ou pela Diretoria do Fórum da Comarca da Capital, conforme o caso. I - assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à
Art. 7º - Este Provimento entra em vigor na data de sua publicação, informação, de forma eficiente e adequada aos objetivos da Lei nº 12.527, de
revogadas as disposições em contrário. 2011;
PUBLIQUE-SE, REGISTRE-SE E CUMPRA-SE. II - monitorar a implementação do disposto na lei e apresentar
GABINETE DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO relatórios periódicos sobre o seu cumprimento;
CEARÁ, em Fortaleza, aos 18 de julho de 2011. III - recomendar as medidas indispensáveis à implementação e ao
aperfeiçoamento das normas e procedimentos necessários ao correto
Desembargador José Arísio Lopes da Costa cumprimento do disposto na referida lei;
PRESIDENTE IV - orientar as respectivas unidades técnicas no que se refere ao
cumprimento do disposto na lei e em seus regulamentos;
[Diário da Justiça Eletrônico. Ano II • Edição 277 • Fortaleza, Quinta-feira, 21 de V - promover campanha interna de esclarecimento e fomento à
Julho de 2011. Caderno 1: Administrativo. <http://esaj.tjce.jus.br/cdje/index.do>] cultura da transparência na administração pública e conscientização do
direito fundamental de acesso à informação;

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216
VI - determinar o treinamento de servidores no que se refere ao § 7º Não sendo possível autorizar ou conceder o acesso imediato à
desenvolvimento de práticas relacionadas à transparência na administração informação, a autoridade respectiva deverá promover a recepção do pedido,
pública; com sua inserção no Sistema Integrado de Informação ao Cidadão, para que
VII - publicar periodicamente as informações estatísticas nos termos do seja respondido após os trâmites previstos neste Ato.
art. 30 da Lei nº 12.527, de 2011; e Art. 10. Sempre que o interessado procurar uma unidade que não
VIII - consolidar o relatório anual de informações atinentes à ofereça estrutura de atendimento ao cidadão, esta deverá orientá-lo a
implementação da Lei. procurar o atendimento presencial ou qualquer dos canais de atendimento
Art. 4º Todas as unidades do Senado Federal deverão assegurar o acesso não presenciais.
à informação por meio da adoção dos procedimentos definidos neste Ato e nos Art. 11. Os pedidos de informação formulados por jornalistas,
Regimentos Interno do Senado Federal e Comum relativamente à recepção, órgãos e veículos de comunicação serão recebidos e respondidos pela
instrução e resposta aos pedidos de informação, bem como divulgar ativamente Secretaria Especial de Comunicação Social, ouvidas as unidades pertinentes,
informações públicas de sua competência, observados os preceitos da Lei nº 12.527, nos termos do Ato do Presidente nº 428, de 2009 e do Ato do Presidente nº 301,
de 2011. de 2010.
Parágrafo único. A garantia de acesso de que trata este Ato abrange as Art. 12. Todo pedido de informação ou de cópia de documentação
informações públicas acerca de atos, fatos, documentos ou informações que sejam encaminhado ao Senado Federal será registrado no Sistema Integrado de
próprios das competências do Senado Federal, excetuando-se as de natureza Informação ao Cidadão, recebendo numeração protocolar que será informada
pessoal, ou, ainda, as sigilosas, nos termos da lei e da Constituição Federal. ao requerente, juntamente com o número telefônico e endereço eletrônico do
Art. 5º A autoridade que indevidamente se recusar a responder pedido setor de atendimento do Senado Federal.
de informação estará sujeita às responsabilidades descritas na Lei nº 12.527, de Art. 13. O interessado que desejar autuar a solicitação de
2011. informação como processo deverá dirigir-se ao Serviço de Protocolo
Art. 6º Fica instituído o Sistema Integrado de Informação do Senado Administrativo do Senado Federal.
Federal ao Cidadão, composto por todas as unidades produtoras de informação e Parágrafo único. A solicitação encaminhada na forma prevista no
documentação, sob a coordenação da Diretoria-Geral, com o objetivo de dar caput deste artigo deverá atender, além do disposto no §§ 1º a 3º do art. 9º, ao
efetividade à Lei nº 12.527, de 2011. seguinte:
Parágrafo único. Será implementada no Portal da Transparência do I - a solicitação deverá indicar a autoridade à qual se dirige;
Senado Federal, em 31 de julho de 2012, seção específica para a divulgação das II - o documento principal deverá ser posicionado à frente, seguido
informações relativas à remuneração, subsídio e proventos de aposentadoria e dos demais documentos anexos, caso existam;
pensão recebidos por parlamentares e servidores efetivos e comissionados, de III - o conjunto documental poderá ser composto por originais ou
maneira individualizada, conforme ato do Primeiro-Secretário. (Redação dada pelo cópias autenticadas pelo Serviço de Protocolo Administrativo do Senado
Ato da Comissão Diretora nº 14/2013) Federal, ou por cartório;
Art. 7º Compete à Secretaria de Informação e Documentação prover o IV - toda documentação deverá estar legível e isenta de rasuras, e o
serviço de atendimento presencial de que trata o inciso I do art. 9º da Lei nº 12.527, documento principal deverá estar assinado com tinta indelével pelo
de 2011, bem como prestar auxílio técnico-operacional às atribuições da Diretoria- interessado ou por seu representante legal;
Geral constantes do art. 3º. V - o interessado deverá providenciar cópia do documento
Art. 8º Será assegurada a confidencialidade referente aos dados pessoais principal para ser usada como recibo de entrega no Serviço de Protocolo
fornecidos nos pedidos de informação e nas manifestações enviadas pelos Administrativo do Senado Federal, onde receberá carimbo datador e
interessados. numerador e assinatura do servidor responsável pelo recebimento do
§ 1º O disposto no caput deste artigo não impede que, mediante documento.
autorização do interessado, seja dada publicidade à manifestação ou ao pedido de Art. 14. O pedido de informação autuado por qualquer dos canais de
informação, para fins institucionais do Senado. atendimento ao cidadão será encaminhado ao órgão detentor do documento
§ 2º A confidencialidade mencionada no caput deste artigo não se aplica ou informação e remetido, para deliberação, conforme a natureza da
às manifestações que oferecerem risco à segurança das autoridades ou instituições, informação solicitada:
que deverão ser encaminhadas à Polícia do Senado Federal, para as devidas I - à presidência das comissões ou dos demais órgãos colegiados do
providências. Senado Federal;
CAPÍTULO III II - às Senadoras e Senadores, no âmbito dos seus respectivos
DAS FORMAS DE ATENDIMENTO gabinetes;
Art. 9º Qualquer pessoa tem direito de apresentar pedido de acesso a III - à Diretoria-Geral do Senado;
informações do Senado Federal. IV - à Secretaria-Geral da Mesa.
§ 1º Somente se submetem aos prazos previstos neste Ato os pedidos de § 1º As informações deverão ser prestadas no prazo de 20 (vinte)
informação abrangidos pela Lei nº 12.527, de 2011, aplicando-se, aos demais casos, dias, prorrogáveis por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa.
os prazos e previstos em normas especiais. § 2º Recebido o pedido de acesso a informação de natureza sigilosa,
§ 2º O pedido de acesso a informações deve conter a devida a autoridade competente para deliberar sobre ele poderá declarar,
identificação do requerente, mediante o fornecimento de nome completo e incidentalmente, mediante decisão circunstanciada, o caráter sigiloso da
número de documento de identidade expedido com valor legal, dados para contato informação, cujo prazo de sigilo passará a ser contado desde sua produção,
e a especificação objetiva da informação requerida. sendo as razões encaminhadas ao requerente.
§ 3º A pessoa jurídica deverá apresentar os documentos comprobatórios Art. 15. Em caso de deferimento do pedido de informação, o Senado
da sua existência e também do representante legal que apresentou o pedido, a par deverá:
dos seus respectivos poderes. I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta,
§ 4º Sem prejuízo da segurança, da proteção das informações, e do efetuar a reprodução ou obter a certidão;
cumprimento da legislação aplicável, o Senado Federal poderá oferecer meios para II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial,
que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar, do acesso pretendido; ou
principalmente quando a obtenção da informação solicitada exigir recursos III - comunicar que não possui a informação e indicar, se for do seu
onerosos. conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o
§ 5º Caso a informação solicitada verbalmente esteja disponível ao requerimento a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado do envio
público em formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso de seu pedido de informação.
universal, o requerente será verbalmente informado do lugar e forma pela qual § 1º Se a informação ou documento for disponibilizado por cópia,
poderá ser consultada, obtida ou reproduzida a referida informação, procedimento esta ficará disponível para consulta do requerente ou de qualquer interessado,
esse que desonerará o Senado Federal da obrigação de seu fornecimento direto, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, após o que será encaminhada à Secretaria de
salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais Arquivo do Senado.
procedimentos e sua obtenção não for excessivamente onerosa. § 2º A informação armazenada em formato digital será fornecida
§ 6º Nos casos em que a informação seja prestada de imediato, a desse modo, caso haja anuência do requerente.
unidade que realizar o atendimento deverá registrá-lo no Sistema Integrado de § 3º As cópias de documentos somente serão autenticadas,
Informação ao Cidadão, para fins de controle e consolidação estatística das recebendo o carimbo de "Confere com o original", caso haja pedido expresso
demandas de que trata o inciso VII do art. 3º deste Ato. do requerente neste sentido, no momento do requerimento inicial.

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Art. 16. Havendo dúvida sobre o caráter ostensivamente público da II - secreto, pelas autoridades do inciso I, pelos presidentes de
informação ou documento, ou quanto à exequibilidade do atendimento do pedido, comissão ou dos demais órgãos colegiados do Senado Federal;
o órgão responsável ou aquele por onde o processo estiver tramitando, III - reservado, pelas autoridades dos incisos I e II, pelos Senadores,
encaminhará consulta à Comissão Permanente de Acesso a Dados, Informações e no âmbito de seus respectivos gabinetes e, ainda, pelo Secretário-Geral da
Documentos do Senado Federal, acompanhada das razões que ocasionarem a Mesa, pelo Diretor-Geral e pelos titulares dos órgãos de assessoramento
dúvida quanto ao caráter público ostensivo do documento ou informação. superior do Senado Federal, no âmbito de suas respectivas unidades.
§ 1º Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação Parágrafo único. As competências previstas nos incisos II e III,
total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a poderão ser delegadas a agente público, vedada a subdelegação.
possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda, Art. 25. Os prazos máximos de restrição de acesso aos dados, às
ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação. informações e aos documentos sigilosos, conforme a classificação prevista no
§ 2º O requerente tem o direito de obter o inteiro teor da decisão art. 23, vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:
denegatória de acesso, por certidão ou cópia, bem como cópia autenticada do I - ultrassecreto: 25 (vinte e cinco) anos;
restante dos autos formados a partir do seu requerimento de acesso. II - secreto: 15 (quinze) anos; e
Art. 17. Quando o pedido de acesso se referir a informação classificada, III - reservado: 5 (cinco) anos.
o requerente será informado sobre a limitação de acesso. § 1º Alternativamente aos prazos previstos no caput deste artigo
Parágrafo único. O pedido de desclassificação deverá ser registrado por algum dos poderá ser estabelecida como termo final de restrição de acesso a ocorrência
canais de atendimento ao cidadão, observado o disposto nos § 1º e 3º do art. 9º, e de determinado evento, desde que este ocorra antes do transcurso do prazo
será encaminhado à autoridade classificadora, que decidirá fundamentadamente. máximo de classificação.
Art. 18. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, § 2º Transcorrido o prazo de classificação ou consumado o evento
salvo nas hipóteses de reprodução de documentos, situação em que poderá ser que defina o seu termo final, a informação tornar-se-á, automaticamente, de
cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento dos custos dos acesso público.
serviços e dos materiais utilizados. Seção III
Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos neste Da Proteção e do Controle de Informações
artigo todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo Art. 26. É dever do Senado Federal controlar o acesso e a divulgação
do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei nº 7.115, de 29 de de dados, documentos e informações sigilosos produzidos ou sob sua guarda,
agosto de 1983. assegurando sua proteção.
Art. 19. Quando se tratar de informação contida em documento cuja § 1º O acesso, a divulgação e o tratamento de informação
manipulação possa prejudicar sua integridade, será oferecida à consulta cópia com classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham necessidade
certificação de que confere com o original. de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas, sem prejuízo das
Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o atribuições dos agentes públicos autorizados por lei.
interessado poderá solicitar que, às suas expensas e sob supervisão de servidor § 2º O acesso à informação classificada como sigilosa cria a
público, a reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo.
conservação do documento original. § 3º O Senado Federal respeitará a classificação e prazos de
CAPÍTULO IV restrição de acesso dos dados, informações e documentos sigilosos recebidos.
DOS RECURSOS Art. 27. O Senado Federal adotará as providências necessárias para
Art. 20. Na hipótese de indeferimento de acesso, o interessado poderá divulgação das normas, medidas e procedimentos de segurança para
interpor recurso contra a decisão por meio dos canais de atendimento ao cidadão, tratamento de informações sigilosas.
no prazo de 10 (dez) dias a contar da sua ciência. Parágrafo único. A pessoa física ou jurídica que, em função de
Art. 21. O recurso contra decisão de indeferimento de acesso será qualquer vínculo com o Senado Federal, executar atividades de tratamento de
recebido, registrado e deliberado pela Mesa ou pela Comissão Diretora, conforme a informações sigilosas, adotará as providências necessárias para que seus
natureza da informação solicitada. empregados, prepostos ou representantes observem as medidas e
CAPÍTULO V procedimentos de segurança das informações resultantes da aplicação deste
DAS RESTRIÇÕES DE ACESSO À INFORMAÇÃO Ato, inclusive mediante a assinatura de termo de ciência de obrigação de
Seção I manutenção do sigilo, sob pena de responsabilização civil e criminal.
Disposições Gerais Seção IV
Art. 22. O acesso aos dados, informações e documentos respeitará os Das Informações Pessoais
direitos constitucionais de proteção à intimidade e privacidade, as hipóteses de Art. 28. O tratamento das informações pessoais respeitará a
sigilo de correspondência, fiscal, financeiro, telefônico, de comunicação de dados, intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como as
de segredo de justiça, e as de segredo industrial ou comercial porventura sob a liberdades e garantias individuais, e atenderá ao seguinte:
guarda do Senado Federal, bem como as previstas na Lei nº 8.112, de 11 de I - as informações de que trata o caput deste artigo terão seu acesso
dezembro de 1990, no Regimento Interno do Senado Federal, no seu Regulamento restrito, independentemente de classificação de sigilo e pelo prazo máximo de
Administrativo e nas resoluções ou atos da Comissão Diretora. 100 (cem) anos a contar da sua data de produção, a agentes públicos
Seção II legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem; e
Da Classificação da Informação quanto ao Grau e Prazos de Sigilo II - a divulgação ou acesso por terceiros poderá ser autorizado
Art. 23. Atendido o disposto no inciso XXXIII do Art. 5º da Constituição diante de previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que elas se
Federal, no art. 23 da Lei nº 12.527, de 2011, bem como nos Regimentos Interno do referirem.
Senado Federal e Comum, os dados, informações e documentos sigilosos § 1º Aquele que obtiver acesso às informações de que trata este
produzidos ou sob a guarda do Senado Federal, observado o seu teor, poderão ser artigo será responsabilizado por seu uso indevido.
classificados como ultrassecretos, secretos ou reservados. § 2º O consentimento referido no inciso II do caput deste artigo não
§ 1º A Comissão Permanente de Acesso a Dados, Informações e será exigido quando as informações forem necessárias:
Documentos do Senado Federal realizará, nos termos do inciso I do art. 30, os I - à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa estiver física
estudos e levantamentos necessários à especificação e detalhamento dos critérios ou legalmente incapaz, e para utilização única e exclusivamente para o
de enquadramento em cada um dos graus de sigilo referidos no caput deste artigo. tratamento médico;
§ 2º As informações e documentos produzidos no âmbito do Senado II - à realização de estatísticas e pesquisas científicas de evidente
Federal, relativas ao exercício do mandato, estão salvaguardadas nos termos art. interesse público ou geral, previstos em lei, sendo vedada a identificação da
53, § 6º, da Constituição Federal. pessoa a que as informações se referirem;
§ 3º O titular de unidade do Senado Federal, nos processos e III - ao cumprimento de ordem judicial;
documentos de sua responsabilidade, recomendará à autoridade competente, IV - à defesa de direitos humanos; ou
observado o caput deste artigo, a qualquer tempo e com a devida fundamentação, V - à proteção do interesse público e geral preponderante.
a classificação de informação ou documento. § 3º A restrição de acesso à informação relativa à vida privada,
Art. 24. O grau de sigilo dos documentos produzidos ou sob a guarda do honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito de
Senado Federal será declarado pelas seguintes autoridades: prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o titular das
I - ultrassecreto, pelo Presidente e Vice-Presidentes do Senado Federal; informações estiver envolvido, bem como em ações voltadas para a
recuperação de fatos históricos de maior relevância.

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CAPÍTULO IV O PRESIDENTE DO SENADO FEDERAL, no desempenho de suas
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS atribuições regimentais e regulamentares;
Art. 29. Fica criada a Comissão Permanente de Acesso a Dados, Considerando que a adoção de procedimentos uniformes de
Informações e Documentos do Senado Federal. tratamento documental pelo Senado Federal revela-se fundamental à
Art. 30. Compete à Comissão de que trata o art. 29: segurança jurídica e às prerrogativas da Administração, bem como aos direitos
I - assessorar a alta direção na regulamentação do acesso e da dos administrados;
salvaguarda de dados, informações e documentos sigilosos do Senado Federal; Considerando o Ato da Comissão Diretora nº 11, de 2014, que dispõe
II - atuar como órgão consultivo, sob demanda das autoridades sobre o Processo Eletrônico no âmbito do Senado Federal, que tem, entre
competentes, nos procedimentos de fixação de categorias de sigilo de dados, outras, a finalidade de prover informações de alta qualidade, o fácil acesso aos
informações e documentos, bem como nos processos de revisão ou desclassificação documentos produzidos e recebidos pelo Senado Federal, e a obtenção de
de sigilo; maior eficiência organizacional, de segurança da informação, de transparência
III - emitir parecer técnico sobre manifestações ou recomendações de e de agilidade processual, RESOLVE:
órgãos externos, bem como nos casos omissos ou situações não contempladas pela Art. 1º A produção, tramitação e gestão arquivística dos
legislação; documentos e processos administrativos no Senado Federal serão realizadas
IV - propor, quando julgar necessário, alterações nos procedimentos de em meio digital, conforme os princípios, regras e responsabilidades previstos
acesso, classificação, tratamento e armazenamento de dados, informações e neste Ato.
documentos sigilosos. Art. 2º São princípios que regem os documentos e processos digitais:
Art. 31. A Comissão é constituída pelos seguintes membros: I - a autenticidade, a confiabilidade e a integridade das informações
I - Diretor da Secretaria de Informação e Documentação, que exercerá e documentos;
sua presidência; II - a transparência, a disponibilidade e a agilidade na obtenção,
II - um representante dos seguintes órgãos: pelo usuário, de informações seguras e precisas sobre a tramitação e o
a) Diretoria-Geral; conteúdo dos documentos e processos, observado o grau de sigilo ou a
b) Secretaria-Geral da Mesa; restrição de acesso a eles atribuídos, consoante a legislação vigente e os
c) Advocacia-Geral; normativos internos do Senado Federal;
d) Consultoria Legislativa; III - as práticas de gestão que resultem na redução dos custos e dos
e) Consultoria de Orçamento, Fiscalização e Controle; e impactos ambientais;
f) Secretaria de Comunicação Social. IV - a modernização administrativa e a celeridade processual.
III - titular da Secretaria de Arquivo. Art. 3º A Diretoria-Geral é o órgão supervisor do Sistema
§ 1º O Presidente da Comissão Permanente de Acesso a Dados, Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos.
Documentos e Informações do Senado Federal indicará um servidor para Art. 4º A Coordenação de Arquivo é o órgão responsável pela gestão
secretariar os trabalhos da Comissão. do Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos e definição
§ 2º Compete à Diretoria-Geral a designação dos membros que das regras de negócio do sistema.
comporão a referida comissão. Art. 5º Secretaria de Tecnologia da Informação - Prodasen é o órgão
Art. 32. A Comissão poderá criar, sempre que necessário, para auxiliá-la responsável por providenciar a instalação e manutenção do Sistema
nos trabalhos, subcomissões com servidores da Casa envolvidos diretamente com Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos e manter infraestrutura
os dados, informações e documentos em análise. adequada à operação estável e segura do sistema, com disponibilidade e
Art. 33. Para os efeitos deste Ato, considera-se: desempenho adequados às necessidades dos usuários.
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados Art. 6º A Secretaria de Polícia Legislativa é o órgão responsável pela
para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, emissão e gestão da certificação digital interna.
suporte ou formato; Art. 7º Compete às unidades administrativas gerir a documentação
II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o arquivística produzida e recebida, em conformidade com a legislação aplicável,
suporte ou formato; normas internas e orientações da Coordenação de Arquivo.
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição Art. 8º A Coordenação de Arquivo, em conjunto com a Secretaria de
de acesso público em função de sua imprescindibilidade para a segurança da Tecnologia da Informação e demais unidades administrativas competentes,
sociedade e do Estado; manterá estrutura de atendimento e orientação aos usuários durante a
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural implantação e consolidação do processo eletrônico.
identificada ou identificável; Art. 9º Compete à Diretoria-Geral regulamentar o disposto neste
Art. 34. O Diretor-Geral expedirá os atos complementares necessários à Ato, bem como decidir os casos omissos.
presente regulamentação. Art. 10. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 35. Fica revogado o Ato do Presidente nº 168, de 3 de novembro de
2003. Senado Federal, 6 de abril de 2015.
Art. 36. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. Senador Renan Calheiros, Presidente do Senado Federal.

Sala de Reuniões, 16 de maio de 2012. [Boletim Administrativo do Senado Federal, nº 5725, seção nº 2, de 7 de abril de
Senador José Sarney 2015, p. 1.]
Senadora Marta Suplicy
Senador Waldemir Moka
Senador Cícero Lucena SENADO FEDERAL
Senador João Vicente Claudino SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO
Senador Ciro Nogueira
Senador João Durval ATO DA DIRETORIA-GERAL Nº 12, DE 2015
Senadora Maria do Carmo Alves
Senadora Vanessa Grazziotin. Aprova os procedimentos gerais para a produção de
documentos e processos e o desenvolvimento das atividades
[Boletim Administrativo Eletrônico de Pessoal, nº 4976, de 17 de maio de 2012, p. 1. ] de protocolo no Senado Federal.

SENADO FEDERAL A DIRETORA-GERAL DO SENADO FEDERAL, no uso das


SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO competências conferidas pelo art. 252 do Regulamento Administrativo,
aprovado pela Resolução do Senado Federal nº 40, de 2014;
ATO DO PRESIDENTE Nº 6, DE 2015 Considerando o disposto no Ato da Comissão Diretora nº 11, de 2014,
Dispõe sobre o Processo Eletrônico no âmbito do Senado e no Ato do Presidente nº 6, de 2015, que dispõem sobre o processo eletrônico
Federal. no âmbito do Senado Federal, RESOLVE:
Art. 1º Aprovar os procedimentos gerais para a produção de
documentos e o desenvolvimento das atividades de protocolo, de observância

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obrigatória pelas unidades e servidores do Senado Federal, nos termos dos Anexos Considerando o disposto no Ato da Comissão Diretora n° 11 de 2014
I e II, que se referem a documentos e processos digitais e não digitais, e no Ato do Presidente nº 6 de 2015, que dispõem sobre o processo eletrônico
respectivamente. no âmbito do Senado Federal, RESOLVE:
Art. 2º Aprovar o glossário para os procedimentos gerais para o Art. 1º Este Ato dispõe sobre a recepção de documentos recebidos
desenvolvimento das atividades de protocolo, nos termos do Anexo III. no Protocolo Administrativo e demais unidades do Senado Federal, e
Art. 3º Para fins deste Ato consideram-se atividades de protocolo o entregues por pessoas físicas ou jurídicas externas.
recebimento, a classificação, o registro, a distribuição, o controle da tramitação, a Art. 2º Para o disposto neste Ato, consideram-se as seguintes
expedição e a autuação de documentos e os procedimentos dela decorrentes. definições:
Art. 4° Os documentos digitais criados ou capturados pelo Sistema I - documento - unidade de registro de informações,
Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos terão o status de minuta, independentemente do formato, do suporte ou da natureza;
original ou via. II - documento original - documento produzido pela primeira vez
Parágrafo único. Serão considerados documentos arquivísticos digitais ou em primeiro lugar. Versão final de um documento, já na sua forma
somente os originais e as vias. apropriada;
Art. 5° A partir da implantação do Processo Eletrônico, os documentos e III - documento digital - informação registrada, codificada em
processos administrativos do Senado Federal serão produzidos, exclusivamente, dígitos binários, acessível e interpretável por meio de sistema computacional,
em meio digital e gerenciados pelo Sistema Informatizado de Gestão Arquivística podendo ser:
de Documentos. a) documento nato-digital - documento criado originariamente em
Parágrafo único. Os documentos e processos administrativos serão meio eletrônico; ou
assinados eletronicamente, conforme dispõe o Ato da Comissão Diretora nº 11, de b) documento digitalizado - documento obtido a partir da
2014. conversão de um documento não digital, gerando uma fiel representação em
Art. 6° Os documentos provenientes de fontes externas ao Senado código digital;
Federal serão recebidos preferencialmente em formato digital, com assinatura IV - processo administrativo eletrônico - aquele em que os atos
digital baseada em certificado digital, de uso pessoal e intransferível, emitido por processuais são registrados e disponibilizados em meio eletrônico;
autoridade certificadora credenciada junto à Infraestrutura de Chaves Públicas V - cópia - resultado da reprodução de um documento, geralmente
Brasileira (ICP-Brasil) ou certificado digital interno da fonte externa mediante qualificada por sua função ou processo de duplicação, podendo ser:
convênio. a) cópia autenticada - cópia exata que, conferida à vista do original
Art. 7° Na eventualidade de interrupção do funcionamento do Sistema por autoridade competente, possui fé pública.
Informatizado fica suspensa, pelo período da intercorrência, nos termos do art. 67 b) cópia simples - cópia não autenticada
da Lei nº 9.784, de 1999, a contagem dos prazos processuais, salvo os prazos Art. 3º São objetivos deste Ato:
estabelecidos em lei específica ou determinação de autoridade ou órgão I - assegurar a eficiência, a eficácia e a efetividade da ação
competente. legislativa e administrativa, e promover a adequação entre meios, ações,
Art. 8° Os processos administrativos que foram autuados até o dia impactos e resultados;
imediatamente anterior ao início de implantação do processo eletrônico poderão II - promover a utilização de meios eletrônicos para a realização
ter seus volumes físicos encerrados, sendo aberto um novo volume digital, no qual dos processos administrativos com segurança, transparência e economicidade;
serão anexados os documentos digitais, ressalvados os casos definidos em Ato da III - facilitar o acesso do cidadão às instâncias administrativas do
Diretoria-Geral. Senado Federal;
§ 1º Os documentos e volumes dos processos físicos serão digitalizados IV - simplificar e tornar céleres as demandas internas de servidores
gradativamente e por demanda. efetivos e comissionados, possibilitando demandas remotas.
§ 2º Enquanto não forem digitalizados, os documentos e volumes dos Art. 4º Os procedimentos para recepção de documentos são:
processos físicos serão tramitados física e eletronicamente. I - documentos originais físicos recebidos deverão ser digitalizados
Art. 9º As dúvidas quanto à aplicação deste Ato serão dirimidas pela e mantidos sob guarda do Senado Federal de acordo com a Tabela de
Coordenação de Arquivo do Senado Federal. Temporalidade Documental vigente, sendo sua cópia digitalizada objeto de
Art. 10. Revoga-se o Ato da Diretoria-Geral nº 667, de 2013. tramitação e/ou juntada em processo eletrônico;
Art. 11. Este Ato entra em vigor na data da sua publicação. II - cópias simples de documentos físicos recebidos deverão ser
digitalizadas e eliminadas, sendo sua cópia digitalizada objeto de tramitação
ANEXO I - PROCEDIMENTOS GERAIS PARA PRODUÇÃO E PROTOCOLO DE e/ou juntada em processo eletrônico;
DOCUMENTOS E PROCESSOS DIGITAIS NO SENADO FEDERAL. (Com as alterações III - cópias autenticadas e recebidas deverão ser digitalizadas e
promovidas pelo Ato da Diretoria-Geral nº 30, de 2015) mantidas sob guarda do Senado Federal de acordo com a Tabela de
Temporalidade de Documentos de Arquivo do Senado Federal e do Congresso
ANEXO II - PROCEDIMENTOS GERAIS PARA PRODUÇÃO E PROTOCOLO Nacional vigente, sendo sua cópia digitalizada objeto de tramitação e/ou
DE DOCUMENTOS E PROCESSOS NÃO DIGITAIS NO SENADO FEDERAL. (Com as juntada em processo eletrônico;
alterações promovidas pelo Ato da Diretoria-Geral nº 30, de 2015) IV - documentos natos-digitais recebidos deverão ter sua
autenticidade conferida pelos meios disponíveis;
ANEXO III - GLOSSÁRIO V - documentos digitalizados recebidos terão valor de cópias
simples e serão objetos de tramitação e/ou juntada em processo eletrônico;
Senado Federal, 7 de abril de 2015. VI - documentos recebidos em mídias de armazenamento, tais
Ilana Trombka como CDs, pendrives ou similares, deverão estar acompanhados de documento
Diretora-Geral. oficial original que os encaminhe.
§ 1º Quando da apresentação de cópias simples, deverá ser aposto
[Boletim Administrativo do Senado Federal, nº 5726, seção nº 2, de 8 de abril de carimbo de CÓPIA SIMPLES em todas as suas páginas antes da digitalização,
2015, p. 1.] permitindo ao usuário identificar pela imagem tratar-se de cópia simples de
documento.
§ 2º Não serão aceitos documentos ilegíveis ou com rasuras.
SENADO FEDERAL § 3º Não serão recebidas petições, representações e recursos sem
SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO assinaturas ou em termos desrespeitosos, podendo as assinaturas, a juízo da
autoridade competente, serem reconhecidas.
ATO DA DIRETORIA-GERAL Nº 20, de 2016 § 4º Não serão aceitas cópias de documentos nos casos em que a
Regulamenta a recepção, registro e inclusão de documentos no legislação exigir a apresentação dos originais.
Processo Eletrônico do Senado Federal. Art. 5º Documentos digitalizados cadastrados por servidores
efetivos ou comissionados, em razão da necessidade de comprovação de
A DIRETORA-GERAL DO SENADO FEDERAL, no uso das competências situação obrigatória para obtenção ou modificação de direitos, serão
conferidas pelo art. 252 do Regulamento Administrativo, aprovado pela Resolução considerados cópias simples, dispensada a necessidade de assinatura destes
do Senado Federal nº 20, de 2015; com certificação digital.

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§ 1º O teor e a integridade dos documentos digitalizados são de
responsabilidade do interessado, que responderá nos termos da legislação civil, ANEXO
penal e administrativa por eventuais fraudes.
§ 2º Havendo suspeição sobre a autenticidade, integridade ou Sala de Reuniões, 17 de abril de 2018.
fidedignidade das informações contidas nos documentos digitalizados, o
interessado deverá apresentar os originais sob pena de nulidade da demanda. Senador Cássio Cunha Lima, Presidente em exercício.
Art. 6º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. Senador João Alberto Souza, 2º Vice-Presidente
Senador Antonio Carlos Valadares, 3º Secretário
Senado Federal, 20 de outubro de 2016. Senador Eduardo Amorim, 1º Suplente de Secretário
Ilana Trombka, Diretora-Geral. Senador Sérgio Petecão, 2º Suplente de Secretário.
[Publicado: - Boletim Administrativo do Senado Federal, nº 6486, seção 2, de
[Boletim Administrativo do Senado Federal, nº 6122, seção nº 2, de 26 de outubro 19/04/2018, p.1. - Boletim Administrativo do Senado Federal, nº 6509, seção 2,
de 2016, p. 4] de 23/05/2018, p.1. (Republicação).]

SENADO FEDERAL CAMARA DOS DEPUTADOS


SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO ATO DA MESA Nº 15, DE 18 DE MAIO DE 1999 (CONGRESSO NACIONAL).
SISTEMA DE ARQUIVOS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – SIARQ – CD.
ATO DA COMISSÃO DIRETORA Nº 6, de 2017
A MESA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas atribuições,
Aprova o Manual de Transparência e Classificação de RESOLVE:
Informações do Senado Federal. Art. 1º Fica instituído o Sistema de Arquivo da Câmara dos
Deputados - SIARQ-CD, integrante do Sistema de Arquivo do Poder Legislativo
A COMISSÃO DIRETORA DO SENADO FEDERAL, no uso das atribuições e do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR, conforme disposto no § 1º, do art.
regulamentares determinadas pelo art. 233 do Regulamento Administrativo do 17, da Lei nº 8.159 , de 08.01.1991.
Senado Federal, consolidado pela Resolução nº 20, de 2015, RESOLVE: Art. 2º São objetivos gerais do Sistema:
Art. 1º O Manual de Transparência e Classificação de Informações do I - assegurar o controle e a organização dos documentos
Senado Federal é instituído por este Ato e aprovado na forma do Anexo I deste Ato. produzidos e recebidos pelas várias unidades organizacionais da Câmara dos
Art. 2º As autoridades e servidores do Senado Federal devem adotar os Deputados, no desempenho de suas funções administrativa e legislativa;
procedimentos indicados no Manual de Transparência e Classificação de II - zelar pela preservação do patrimônio arquivístico da Câmara
Informações do Senado Federal na produção, recebimento, classificação, acesso, dos Deputados;
gestão e arquivamento dos documentos e informações do Senado Federal. III - controlar o acesso aos documentos de caráter arquivístico,
Art. 3º Compete à Comissão Permanente de Acesso a Dados, obedecidos os critérios de sigilo, de acordo com a legislação vigente;
Informações e Documentos, instituída pelo art. 29 do Ato da Comissão Diretora nº 9 IV - promover a divulgação dos acervos arquivísticos.
de 2012, a alteração deste Manual, que surtirá efeitos após homologação e Art. 3º Consideram-se integrantes do patrimônio arquivístico
publicação pela Diretoria Geral. todos os documentos, de qualquer tipo e natureza, independente do suporte,
Art. 4º Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Permanente de acumulados no decurso das atividades de cada unidade organizacional da
Acesso a Dados, Informações e Documentos com a anuência da Diretoria-Geral, Câmara dos Deputados.
conforme disposto no art. 3º do Ato da Comissão Diretora nº 9 de 2012. Art. 4º Integram o SIARQ-CD:
Art. 5º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. I - Órgão Central - a Coordenação de Arquivo - COARQ, do Centro
de Documentação e Informação - CEDI, da Câmara dos Deputados;
Sala de Reuniões, 5 de abril de 2017. II - Órgãos setoriais - as unidades organizacionais integrantes da
estrutura administrativa da Câmara dos Deputados, responsáveis por
Senador Eunício Oliveira- Presidente, atividades de gestão de documentos em fase intermediária, quais sejam: os
Senador Cássio Cunha Lima - 1º Vice-Presidente, Serviços de Administração, as Seções Administrativas e demais unidades com
Senador João Alberto Souza - 2º Vice-Presidente, atribuições similares;
Senador José Pimentel - 1º Secretário, III - Órgãos detentores dos arquivos correntes - as unidades
Senador Antônio Carlos Valadares - 3º Secretário, organizacionais encarregadas do conjunto de documentos vinculados aos
Senador Eduardo Amorim - 1º Suplente de Secretário, objetivos imediatos do setor;
Senador Sérgio Petecão - 2º Suplente de Secretário. IV - Protocolo Central - Seção de Protocolo-Geral, da Coordenação
de Comunicações;
ANEXO - Manual de Transparência e Classificação de Informações do Senado V - Comissão de Avaliação de Documentos de Arquivo - CADAR;
Federal VI - Comissão Especial de Documentos Sigilosos - CEDOS.
Art. 5º São atribuições básicas do Órgão Central:
[Publicado: -Boletim Administrativo do Senado Federal, nº 6233, seção 2, de I - elaborar, propor e manter atualizada, a política arquivística
07/04/2017, p. 1.] para o tratamento dos documentos da Câmara dos Deputados;
II - manter intercâmbio de informações e procedimentos
SENADO FEDERAL arquivísticos com os demais órgãos integrantes do Sistema de Arquivo do
SECRETARIA DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO E DOCUMENTAÇÃO Poder Legislativo Federal;
III - promover a articulação entre os órgãos integrantes do SIARQ-
ATO DA COMISSÃO DIRETORA Nº 3, DE 2018 CD;
IV - acompanhar os métodos e rotinas de trabalho, bem como
Aprova a reestruturação do Plano de Classificação e da Tabela de fluxos administrativos desenvolvidos pelos integrantes do SIARQ-CD, com
Temporalidade de Documentos de Arquivo do Senado Federal e vistas ao controle da produção documental;
do Congresso Nacional. V - propor a política de uso e a disciplina de acesso aos
documentos;
A COMISSÃO DIRETORA DO SENADO FEDERAL, no uso da VI - apresentar as propostas de avaliação e atualização dos
competência que lhe foi conferida pelo inciso I do art. 98 do Regimento Interno do documentos com vistas a determinar sua destinação final, elaborando o Plano
Senado Federal, RESOLVE: de Destinação de Documentos de Arquivo e a Tabela de Temporalidade;
Art. 1º Aprovar a reestruturação do Plano de Classificação e da Tabela VII - descartar e supervisionar o descarte dos documentos que não
de Temporalidade de Documentos do Arquivo do Senado Federal e do Congresso apresentem valor permanente, obedecidos os critérios da avaliação;
Nacional, nos termos do Anexo I. VIII - supervisionar e coordenar a execução das tarefas relativas
Art. 2º Revoga-se o Ato da Comissão Diretora nº 21 de 2013. aos arquivos correntes e intermediários na origem, assegurando o
Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. cumprimento das normas e da metodologia arquivística;

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IX - arranjar e descrever os documentos escritos, sonoros, fotográficos, VII - classificar os documentos de natureza sigilosa, produzidos
fílmicos e outros, recolhidos ao arquivo permanente, para controle, recuperação e internamente, atribuindo o grau de sigilo de acordo com a legislação
disseminação das informações; específica.
X - receber, por transferência dos órgãos setoriais, os documentos Art. 8º No âmbito do SIARQ-CD, são atribuições básicas do órgão
ultimados, com prazo de guarda previsto para a "Fase intermediária - COARQ"; responsável pelo Protocolo Central:
XI - articular-se com os órgãos responsáveis pela preservação dos I - proceder ao registro, classificação e indexação dos documentos
documentos, acompanhando suas atividades junto aos acervos; oficiais produzidos e recebidos na Casa;
XII - planejar, em cooperação com os órgãos setoriais, as atividades II - controlar o trâmite e recuperar as informações dos
operacionais relativas aos arquivos corrente e intermediário na origem, visando documentos em curso;
estabelecer a necessidade de instalações, equipamentos, material em geral e III - gerir a utilização do Sistema de Controle de Protocolo - SIPRO
pessoal; e as atividades das unidades protocolizadoras voltadas para o controle de
XIII - prestar assistência técnica a todos os órgãos da Câmara dos tramitação de documentos e processos;
Deputados, nos assuntos relativos aos arquivos setoriais e correntes; IV - zelar pela utilização da tabela de assuntos para os documentos
XIV - elaborar e atualizar, quando necessário, o Plano de Classificação e processos que tramitem via SIPRO.
dos Documentos de Arquivo; Art. 9º No âmbito do SIARQ-CD, são atribuições da CADAR:
XV - manter atualizada a tabela de termos controlados para a abertura I - aprovar a padronização dos formulários;
de processos; II - estabelecer a temporalidade dos documentos produzidos na
XVI - elaborar, em conjunto com a Assessoria Técnica da Diretoria- Casa;
Geral, propostas de aperfeiçoamento dos formulários e de sua circulação na III - propor, em cooperação com o Órgão Central, a política
Câmara dos Deputados; arquivística da Casa, observando as normas vigentes;
XVII - promover a divulgação do acervo arquivístico por meio dos IV - manter o registro atualizado das decisões emanadas de suas
veículos de comunicação oficial da Câmara dos Deputados, da disseminação dos reuniões internas;
instrumentos de pesquisa, da publicação de trabalhos de valor cultural ou V - divulgar, no âmbito da Casa, os procedimentos adotados em
histórico e da organização de exposições; relação à metodologia para o tratamento dos arquivos;
XVIII - promover, em articulação com o Centro de Formação, VI - propor alterações e manter atualizado o seu regimento
Treinamento e Aperfeiçoamento - CEFOR, o treinamento em arquivo e a interno;
reciclagem dos servidores da Câmara dos Deputados, que atuam em áreas ligadas VII - acompanhar o cumprimento das propostas e sugestões
ao assunto; aprovadas nas reuniões;
XIX - realizar a atualização da metodologia de arquivo por meio de VIII- divulgar ao público externo as Tabelas de Temporalidade
intercâmbio com órgãos no País ou no exterior. aprovadas;
Art. 6º No âmbito do SIARQ-CD, são atribuições básicas dos órgãos IX - decidir quanto aos procedimentos a serem adotados nas
setoriais: questões arquivísticas internas.
I - manter articulação com o Órgão Central, objetivando a Art. 10. No âmbito do SIARQ-CD, são atribuições da CEDOS:
padronização dos procedimentos relativos ao tratamento técnico a ser aplicado I - fazer cumprir a legislação específica que dispõe sobre
aos documentos; documentos sigilosos na Câmara dos Deputados;
II - transferir seus documentos ao Órgão Central, de acordo com as II - indicar os procedimentos para transferência ao Órgão Central
normas vigentes e com a observância dos prazos estipulados na Tabela de dos documentos classificados como sigilosos;
Temporalidade; III - responsabilizar-se pelo cancelamento ou redução dos prazos
III - proceder ao registro, classificação e indexação dos documentos de sigilo, definidos pelos produtores, para os documentos;
oficiais produzidos e recebidos pela Casa; IV - observar as normas quanto à publicidade de informações ou
IV - controlar o trâmite e recuperar as informações dos documentos de documentos classificados como sigilosos.
em curso; Art. 11. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
V - prestar informações, quando solicitados, ao Órgão Central do Sala das Reuniões, 18 de maio de 1999.
Sistema acerca das atividades desenvolvidas; MICHEL TEMER,
VI - responsabilizar-se pela organização e guarda dos documentos nas Presidente.
respectivas áreas;
VII - atender as requisições e controlar empréstimos de documentos e [Diário da Câmara dos Deputados - Suplemento de 19 de maio de 1999]
dossiês, nas respectivas áreas;
VIII - receber, dos órgãos detentores dos arquivos correntes, os
documentos de fase intermediária; CAMARA DOS DEPUTADOS
IX - selecionar os documentos a serem transferidos ao Órgão Central, ATO DA MESA. Nº 48, DE 16 DE JULHO DE 2012
de acordo com os critérios de avaliação aprovados, e proceder à elaboração da
Guia de Transferência; Institui a Política de Preservação Digital da
X - descartar os documentos de acordo com os critérios de avaliação Câmara dos Deputados.
aprovados, após assistência técnica do Órgão Central e a lavratura do Termo de
Descarte; A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, usando de suas atribuições
XI - organizar e manter o arquivo intermediário - origem de acordo legais e
com os critérios previstos na Tabela de Temporalidade.
Art. 7º No âmbito do SIARQ-CD, são atribuições básicas dos órgãos CONSIDERANDO o disposto na Lei de Acesso à Informação, Lei nº
detentores de arquivos correntes: 12.527/2011, de maneira especial o seu artigo 6º, inciso II, que determina aos
I - responder, junto ao Órgão Central, quando da avaliação dos órgãos do poder público que assegurem a "proteção da informação,
documentos, no que tange ao valor primário dos mesmos; garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade".
II - seguir as instruções do Órgão Central quanto à adoção de CONSIDERANDO a Política de Gestão de Conteúdos Informacionais
procedimentos, visando o tratamento Técnico a ser aplicado aos documentos; da Câmara dos Deputados;
III - transferir os documentos ao órgão setorial, de acordo com as CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer objetivos, diretrizes,
normas de transferência vigentes e obedecidos os prazos estipulados na Tabela de requisitos e instrumentos em consonância com normas nacionais e
Temporalidade; internacionais para a preservação de documentos digitais na Câmara dos
IV - prestar informações ao Órgão Central do Sistema acerca das Deputados;
atividades desenvolvidas, quando solicitadas; RESOLVE:
V - responsabilizar-se pela organização e guarda dos documentos nas Disposições preliminares
respectivas áreas; Art. 1º Fica instituída a Política de Preservação Digital da Câmara
VI - organizar e manter o arquivo corrente de acordo com os critérios dos Deputados que compreende princípios, objetivos, diretrizes e requisitos
previstos no Plano de Classificação de Documentos de Arquivo e na Tabela de para a preservação de documentos digitais.
Temporalidade;

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Parágrafo único.As unidades administrativas promoverão a elaboração Art. 8º O repositório de preservação digital na Câmara dos
ou a adequação de seus planos, programas, projetos e processos de trabalho em Deputados deverá adotar padrões e/ou protocolos padronizados para
conformidade com os princípios e as diretrizes aqui estabelecidas, bem como em comunicação automática inter-institucional.
relação aos requisitos, procedimentos e as atribuições decorrentes deste Ato; Art. 9º A comunidade-alvo do repositório de preservação digital
Art. 2º Esta política abrange todos os documentos digitais, nascidos será definida pelo Centro de Documentação e Informação.
nessa forma ou digitalizados, produzidos na Câmara dos Deputados ou recebidos Art. 10. O envio de documentos ao repositório de preservação
pela Casa, desde que relacionados às atividades derivadas das suas funções digital e a gestão da consulta nesse repositório serão efetuados pela
institucionais e missão institucional. Coordenação de Arquivo do Centro de Documentação e Informação.
Parágrafo único. São exemplos de documentos digitais: Art. 11. Somente serão encaminhados e aceitos no repositório de
I - gravações digitais de som; preservação digital os documentos digitais consolidados, em sua versão final,
II - fotografia digital e vídeo digital; e que tenham sido submetidos à avaliação documental.
III - páginas intranet, extranet e internet; § 1º Os documentos digitais de guarda permanente deverão,
IV - bases de dados digitais; obrigatoriamente, ser encaminhados ao repositório e terão prioridade de
V - mensagens eletrônicas; recursos em relação aos demais no repositório.
VI - publicações digitais; § 2º Os documentos digitais que não sejam de guarda permanente
VII - processos administrativos ou legislativos digitais; serão encaminhados ao repositório de acordo com a necessidade de adoção de
VIII - combinações dos tipos acima, além de outros que venham a ser ações específicas de preservação digital, para mantê-los pelos prazos
identificados. estabelecidos em seu processo de avaliação.
Dos princípios e objetivos Art. 12. Sempre que o tempo de vida de conteúdo informacional
Art. 3º A Política de Preservação Digital da Câmara dos Deputados rege- digital, determinado pela política de avaliação documental, for superior ao
se pelos princípios da: tempo de vida estimado do sistema informatizado que o gera, esse sistema
I - transparência, efetividade, eficiência, acessibilidade, disseminação e deverá produzir um documento digital consolidado para envio ao repositório
preservação; de preservação digital, considerando as condições no Art. 11.
II - responsabilidade, estratégia, aquisição, desempenho, conformidade § 1º O disposto no caput não se aplica aos casos em que os sistemas
e comportamento humano, que fazem parte da Boa Governança Corporativa de migrem seu conteúdo informacional para novos sistemas, mantendo todos os
Tecnologia da Informação. requisitos de segurança da informação.
Art. 4º São objetivos da Política de Preservação Digital da Câmara dos § 2º A critério do gestor de negócio e considerando o tempo de
Deputados: guarda determinado pela política de avaliação documental, o disposto no
I - assegurar as condições adequadas ao pleno acesso a documentos caput pode aplicar-se somente a uma parte do conteúdo informacional digital
digitais, pelo prazo institucionalmente estabelecido; total do sistema.
II - assegurar, permanentemente, a autenticidade dos documentos Art. 13. Os documentos digitais consolidados aceitos no repositório
digitais; de preservação digital deverão atender aos requisitos de acesso e recuperação
III - implantar repositório institucional próprio para a preservação integral de seu conteúdo, devendo ser compreensíveis independentemente
digital; em relação aos sistemas que os produziram.
IV - contribuir para a redução do risco em segurança da informação; Art. 14. Ao conteúdo de cada documento digital enviado ao
V - promover o intercâmbio de informações e experiências sobre repositório de preservação digital deverá ser acrescido um pacote de
preservação digital com entidades nacionais e internacionais, com vistas a sua informações que identifique sua proveniência, contexto, referência e fixidez.
constante atualização e aperfeiçoamento. § 1º As informações necessárias para criar o pacote de informações
Dos requisitos são parte dos requisitos de preservação digital.
Art. 5º Os documentos digitais produzidos ou capturados pela Câmara § 2º Os pacotes de informação deverão possuir descritores que os
dos Deputados deverão se adequar, pelo menos, aos seguintes requisitos de identifiquem claramente em relação as demais pacotes.
preservação digital: Art. 15. Os documentos digitais que forem aceitos no repositório
I - formatos de arquivo específicos para cada tipo de documento digital de preservação, bem como seus respectivos pacotes de informação, deverão
mencionado no parágrafo único do art. 2º; ter seu histórico de processamento preservado indefinidamente.
II - mídias de gravação e armazenamento padronizadas, se necessário, Parágrafo único.Nos procedimentos de migração de documentos
para cada tipo de documento; digitais, poderão ser mantidas versões anteriores dos documentos digitais por
III - capacidade de migração para novas versões, sem perda de razões históricas.
autenticidade; Art. 16. As unidades administrativas responsáveis pela gestão da
IV - outros requisitos que vierem a ser definidos na regulamentação; preservação digital passam a ter controle sobre os documentos recebidos no
Parágrafo único. As normas relativas à preservação digital serão repositório de preservação, inclusive podendo produzir novas versões desses
avaliadas pelo Comitê Gestor de Segurança da Informação, nos termos do art. 8º, § documentos, caso isso se faça necessário.
3º, inciso III, do Ato da Mesa nº 47, de 2012. (Primitivos §§ 1º e 2º transformados Responsabilidades e revisão
em parágrafo único pelo Ato da Mesa nº 146, de 2/12/2014) Art. 17. A implantação da política de preservação digital será
§ 3 As ações de implantação dos requisitos de preservação digital, bem supervisionada pela Diretoria-Geral, com a participação de todas as unidades
como de sua atualização contínua, integrarão o Plano Plurianual de Gestão de administrativas da Câmara dos Deputados.
Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados; § 1º Os projetos e demais ações necessários à implantação desta
Art. 6º Os requisitos de preservação digital, bem como os padrões e política integrarão o Plano Plurianual de Gestão de Conteúdos Informacionais
procedimentos operacionais necessários à sua implantação na Câmara dos da Câmara dos Deputados, a ser aprovado pelo Comitê de Gestão Estratégica,
Deputados, serão amplamente divulgados às unidades administrativas e criado pela Portaria nº 233 de 27/12/2009.
servidores interessados. § 2º Ato normativo do Diretor Geral regulamentará a governança
Do repositório para preservação digital desta política.
Art. 7º A Câmara dos Deputados deverá criar e manter repositório Art. 18. Às unidades administrativas da Câmara dos Deputados e
institucional dedicado à preservação digital. aos servidores, no âmbito de seus processos de trabalho, cabem as
§ 1º O repositório de preservação digital compreende tanto o software responsabilidades constantes nas políticas de gestão de conteúdos
como também o hardware correspondente. informacionais e de segurança da informação, no que couber à preservação
§ 2º O repositório de preservação digital utilizará padrões abertos. digital.
§ 3º O repositório de preservação digital deverá contemplar a norma Art. 19. Os órgãos responsáveis pela gestão da preservação digital
brasileira NBR 15.472 de 09 de abril de 2007 em seu modelo de referência para um na Câmara dos Deputados deverão:
sistema aberto de arquivamento de informação (SAAI). I - implementar parcerias e acordos com instituições nacionais e
§ 4º As ações necessárias à atualização tecnológica do repositório de internacionais, a fim de promover o intercâmbio de informações e
preservação digital integrarão o Plano Plurianual de Gestão de Conteúdos experiências sobre preservação digital;
Informacionais. II - produzir decisões e procedimentos registrados e bem
documentados.

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Art. 20. Esta política se aplica aos servidores da Câmara dos Deputados Formato de arquivo: organização de dados dentro de objetos
e o seu não cumprimento implicará nas penalidades previstas na legislação digitais, usualmente projetada para facilitar o armazenamento, recuperação,
vigente e nas normas internas pertinentes. processamento, apresentação e/ou transmissão dos dados pelo software.
Art. 21. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. Independentemente compreensível: característica da informação
Sala de Reuniões da Mesa, 16 de julho de 2012. que possui documentação suficiente para possibilitar seu entendimento e uso
pela comunidade alvo, sem necessidade de recorrer a indivíduos e fontes
Deputado Marco Maia especiais não disponíveis de forma ampla.
Presidente Informação descritiva: conjunto de informações, composto
principalmente por descrições de pacote, fornecido à entidade de
Deputada Rose de Freitas gerenciamento de dados para apoiar a pesquisa, a solicitação e a recuperação
Primeira-Vice-Presidente dos conteúdos de informação do SAAI pelo consumidor.
Informação de Contexto: informação que documenta os
Deputado Eduardo da Fonte relacionamentos da informação de conteúdo com seu ambiente. Inclui as
Segundo-Vice-Presidente condições de produção da informação de conteúdo e seus relacionamentos
com outros objetos de informação de conteúdo.
Deputado Eduardo Gomes Informação de Fixidez: informação que documenta mecanismos de
Primeiro-Secretário autenticação e fornece chaves de autenticação para garantir que o objeto de
informação de conteúdo não tenha sido alterado de forma não documentada.
Deputado Jorge Tadeu Mudalen Por exemplo, código de verificação de redundância cíclica (cyclical
Segundo-Secretário redundancy check - CRC) para um arquivo de dados.
Informação de Proveniência: informação que documenta o
Deputado Inocêncio Oliveira histórico de uma informação de conteúdo. Essa informação relata a origem ou
Terceiro-Secretário a fonte da informação de conteúdo, sua custódia e mudanças desde a sua
produção. Por exemplo, o pesquisador principal que registrou os dados e a
Deputado Júlio Delgado informação sobre seu arquivamento, manuseio e migração.
Quarto-Secretário Informação de Referência: informação que identifica e, se
necessário, descreve um ou mais mecanismos usados para fornecer
Justificação identificadores para uma informação de conteúdo. Fornece também
identificadores que possibilitam que sistemas externos façam referência não
A Câmara dos Deputados vem produzindo documentos digitais há pelo ambígua a determinada informação de conteúdo. Por exemplo, um ISBN.
menos duas décadas, quer seja através de processos de digitalização, quer seja por Longo prazo: período de tempo suficiente para se preocupar com
outros meios que produzem documentos já nascidos digitalmente. Esses os impactos de mudanças na comunidade de usuários e de mudanças
documentos contêm conteúdo diverso como texto, imagem fixa, imagem em tecnológicas na informação mantida em um repositório, incluindo suporte a
movimento e som, necessitando de tratamento diferenciado com relação à sua novas mídias e formatos de dado. O período estende-se ao futuro indefinido.
preservação (preservação digital), em especial, no caso de documentos digitais de Mídia: material físico ou substância na qual a informação pode ser
guarda permanente. ou é gravada ou armazenada.
A importância da normatização relaciona-se à garantia da preservação Migração: transferência de informação digital dentro do SAAI,
da Memória Institucional da Casa, possibilitando o estabelecimento de padrões para fins de preservação. Distingue-se da transferência em geral por três
que permitam a legibilidade das informações armazenadas ao longo do tempo e a razões: foco na preservação de todo o conteúdo da informação; perspectiva de
migração de suportes obsoletos para outros mais modernos. Relaciona-se ainda à que a nova implementação da informação no arquivo substitua a anterior; e
garantia da disponibilidade, autenticidade e integridade das informações, imposta entendimento de que todo controle e toda responsabilidade sobre os aspectos
pela Lei de Acesso à Informação, Lei nº 12.527/11. de transferência residem dentro do SAAI."
Nesse sentido, a Política de Preservação Digital preconizada neste Ato Metadados: dados descrevendo o conteúdo (incluindo termos de
da Mesa estabelece objetivos, diretrizes e requisitos, alinhados às principais indexação para recuperação), contexto e estrutura da informação baseada em
normas técnicas internacionais e nacionais, para assegurar, a longo prazo, a documento e sua gestão através do tempo.
gestão do ciclo de vida de documentos digitais, permitindo seu armazenamento, Pacote de Informação: informação de conteúdo junto com sua
tratamento, recuperação, acesso e disseminação, independentemente dos informação de descrição de preservação. O pacote de informação possui
sistemas de informação que os geraram. informação de empacotamento relacionada, usada para delimitar e identificar
Para tanto, são estabelecidos os requisitos necessários para a a informação de conteúdo e sua informação de descrição de preservação.
conversão e migração de informações digitais, bem como as características e a Preservação Digital: processo específico de manter materiais
forma de gestão de repositório institucional destinado à preservação de digitais através do tempo e de diferentes gerações de tecnologia,
documentos digitais consolidados. independentemente de onde estejam.
Dada a estreita vinculação da preservação digital com a segurança da Proveniência: informação que documenta o histórico de uma
informação institucional, este Ato da Mesa define o Comitê Gestor de Segurança informação de conteúdo. Essa informação relata a origem ou a fonte da
da Informação como o colegiado responsável pelas propostas de regulamentação informação de conteúdo, sua custódia e mudanças desde a sua produção. Por
e de implementação dessa política. exemplo, o pesquisador principal que registrou os dados e a informação sobre
seu arquivamento, manuseio e migração.
Glossário
Repositório: local em que os conteúdos informacionais são
Comunidade-alvo: grupo identificado de potenciais consumidores, armazenados e organizados segundo padrões que permitam sua recuperação
capazes de compreender determinado conjunto de informações. A comunidade tempestiva
alvo pode ser composta por múltiplas comunidades de usuários.
Disponibilidade: garantia de acesso à informação por usuários Transformação: migração digital na qual a informação de
autorizados, quando necessário conteúdo ou a informação de descrição de preservação é modificada. Por
Documento: conjunto de um ou mais conteúdos informacionais com exemplo, mudar os códigos ASCII para UNICODE em determinado documento
estrutura pré-estabelecida de texto preservado.
Documento digital: um componente digital ou grupo de componentes
que são salvos, tratados e gerenciados como um documento. [https://www2.camara.leg.br/legin/int/atomes/2012/atodamesa-
Documento digital consolidado: documento digital que é produzido a 48-16-julho-2012-773828-normaatualizada-cd-mesa.html]
partir de sistemas informatizados, numa forma independente desses sistemas e
adequada para apresentação e acesso humano, cuja informação é CÂMARA DOS DEPUTADOS
independentemente compreensível. ATO DA MESA Nº 49, DE 16 DE JULHO DE 2012

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Institui a Política de Preservação dos Suportes II - observância de requisitos e padrões compatíveis com as boas
Físicos dos Conteúdos Informacionais da Câmara práticas e normas técnicas nacionais e internacionais;
dos Deputados III - observância dos códigos de ética nacionais e internacionais
dos conservadores-restauradores;
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas atribuições IV - articulação com as demais políticas relacionadas à Gestão de
regimentais e Conteúdos Informacionais, em especial com as políticas de preservação
CONSIDERANDO o disposto na Lei de Acesso à Informação, Lei nº digital e de segurança da informação;
12.527/2011, de maneira especial o seu artigo 6º, inciso II, que determina aos V - cooperação entre as unidades administrativas e servidores na
órgãos do poder público que assegurem a "proteção da informação, garantindo-se execução de ações que impactem na preservação dos acervos.
sua disponibilidade, autenticidade e integridade"; SEÇÃO IV
CONSIDERANDO a Política de Gestão de Conteúdos Informacionais da DOS REQUISITOS
Câmara dos Deputados; Art. 5º A Política de Preservação dos Suportes Físicos dos
CONSIDERANDO a necessidade de garantir condições adequadas para a Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados obedecerá aos seguintes
preservação do patrimônio informacional da Câmara dos Deputados, em requisitos:
conformidade com o disposto no art. 23, incisos III e IV, da Constituição Federal; I - atualização periódica dos inventários;
CONSIDERANDO a necessidade de estabelecer objetivos, diretrizes, II - levantamento do estado de conservação dos suportes físicos
requisitos e parâmetros compatíveis com as normas e boas práticas nacionais e dos conteúdos informacionais;
internacionais de preservação que assegurem a disponibilização contínua e III - definição do grau de significância dos conteúdos
autenticidade dos conteúdos informacionais; informacionais;
CONSIDERANDO a necessidade de dotar a Casa de instrumentação IV - adequação da infraestrutura dos repositórios dos acervos aos
normativa para orientação das atividades, programas e projetos que venham a parâmetros de preservação;
impactar na preservação dos suportes físicos dos conteúdos informacionais da V - contínua capacitação dos servidores da área de preservação na
Câmara dos Deputados; gestão e utilização de técnicas de preservação dos suportes físicos de
RESOLVE: conteúdos informacionais;
SEÇÃO I VI - atualização tecnológica e garantia de suprimento de insumos
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS para os setores responsáveis pelas atividades de preservação dos suportes
Art. 1º Fica instituída a Política de Preservação dos Suportes Físicos dos físicos dos conteúdos informacionais.
Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados, compreendendo objetivos, SEÇÃO V
diretrizes, requisitos, parâmetros e atribuições. DOS PARÂMETROS DE PRESERVAÇÃO
§ 1º As unidades administrativas promoverão a elaboração ou a Art. 6º O Centro de Documentação e Informação da Câmara dos
adequação de seus planos, programas, projetos e processos de trabalho, que Deputados - CEDI, com a participação das demais unidades administrativas
venham a impactar na preservação dos acervos, em conformidade com este Ato. competentes, elaborará Guia de Preservação dos Suportes Físicos dos
§ 2º Esta política se aplica aos servidores da Câmara dos Deputados e o Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados, contendo informações e
seu não cumprimento implicará nas penalidades previstas na legislação vigente e procedimentos adequados para a preservação e acesso seguro aos acervos,
nas normas internas pertinentes. abordando os seguintes aspectos:
§ 3º Os contratos firmados com a Câmara dos Deputados, I - acondicionamento;
especialmente os relacionados à Resolução nº 03, de 2011, obedecerão, no que II - transporte;
couber, ao disposto nesta Política. III - manuseio;
Art. 2º Para os fins desta Política, define-se IV - acesso;
I - Acervo: conjunto de conteúdos informacionais que, por V - fatores ambientais;
compartilharem determinadas características formam um todo homogêneo que VI - preparação para emergências;
pode ser sujeito a métodos e técnicas específicas de gestão; VII - segurança;
II - Conteúdo Informacional: toda informação registrada, produzida, VIII - reproduções;
recebida, adquirida, capturada ou colecionada pela Câmara dos Deputados, no IX - controle de agentes biológicos.
desempenho de sua missão institucional, qualquer que seja seu suporte. Incluindo, SEÇÃO VI
para os fins desta política, os bens históricos e culturais. DA IMPLANTAÇÃO, EXECUÇÃO E REVISÃO DA POLÍTICA
III - Preservação: conjunto de ações, incluindo conservação e A implantação da Política de Preservação dos Suportes Físicos dos
restauração, dispensadas aos suportes físicos dos conteúdos informacionais; Conteúdos Informacionais será supervisionada e coordenada pelo CEDI, que a
IV - Suporte: base sobre a qual os conteúdos informacionais são executará com o apoio de todas as unidades administrativas da Câmara dos
registrados; Deputados.
V - Unidade administrativa: Parágrafo único. As ações necessárias à implantação e execução
a) os órgãos definidos no Regimento Interno da Câmara dos desta política integrarão o Plano Plurianual de Gestão de Conteúdos
Deputados, aprovado pela Resolução n.º 17, de 1989; Informacionais.
b) as unidades organizacionais especificadas na Resolução nº SEÇÃO VII
20, de 1971, que dispõe sobre a sua organização administrativa, bem como as DAS ATRIBUIÇÕES
criadas após sua publicação; Art. 8º Compete ao CEDI, no que diz respeito à Política de
c) Gabinetes Parlamentares e Preservação dos Suportes Físicos dos Conteúdos Informacionais da Câmara
d) Comitês e Conselhos criados por norma interna. dos Deputados:
Parágrafo único. O glossário de termos constante do Anexo I contém os I - coordenar e supervisionar a implantação, revisão e atualização
demais conceitos necessários à definição do escopo e da aplicação desta Política. desta Política;
SEÇÃO II II - promover a adequada alocação dos recursos humanos,
DOS OBJETIVOS materiais, orçamentários e financeiros necessários à sua implantação e
Art. 3º Esta Política tem como objetivos: execução;
I - assegurar a manutenção da integridade dos materiais de que são III - promover o envolvimento de todas as unidades
compostos os suportes físicos dos conteúdos informacionais; administrativas na consecução de suas diretrizes e metas;
II - garantir a segurança física dos acervos; IV - elaborar, e atualizar quando necessário, o Guia de Preservação
III - estabelecer a governança para a preservação dos acervos da dos Suportes Físicos dos Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados;
Câmara dos Deputados. V - desenvolver programas e ações que visem à melhoria do estado
SEÇÃO III de conservação e segurança dos acervos em articulação com as unidades
DAS DIRETRIZES administrativas;
Art. 4º São diretrizes da Política de Preservação dos Suportes Físicos VI - coordenar, acompanhar e avaliar a execução da Política de
dos Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados: Preservação dos Suportes Físicos dos Conteúdos Informacionais da Câmara
I - obediência aos princípios de governança corporativa, em especial o dos Deputados;
alinhamento ao planejamento e à gestão estratégica;

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VII - receber e avaliar sugestões de alteração da Política de venham a impactar na manutenção da integridade dos suportes físicos dos
Preservação dos Suportes Físicos dos Conteúdos Informacionais da Câmara dos conteúdos informacionais da Câmara dos Deputados.
Deputados apresentadas pelas unidades administrativas e por servidores; GLOSSÁRIO
VIII - prestar orientação técnica às unidades administrativas Acervo: conjunto de conteúdos informacionais que, por compartilharem
detentoras de acervos, contribuindo para o planejamento e desenvolvimento de determinadas características, formam um todo homogêneo, que pode ser
ações e atividades adequadas à segurança e à preservação dos acervos. sujeito a métodos e técnicas específicas de gestão.
IX - divulgar a Política de Preservação dos Suportes Físicos dos Acesso: disponibilidade de consulta aos conteúdos informacionais,
Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados, bem como as normas dela dependendo de autorização e limites.
derivadas. Acondicionamento: provimento de proteção ao acervo objetivando sua
Art. 9º São atribuições das unidades administrativas da Câmara dos preservação em função de danos causados por choques, vibrações, poeira,
Deputados: poluição e mudanças de temperatura, dentre outros.
I - observar diretrizes, princípios, objetivos e requisitos desta política e Agentes biológicos: são introduzidos em acervos por meio de fatores externos
de sua regulamentação; ou a partir do contato com materiais infestados. São classificados em fungos e
II - solicitar, previamente, ao CEDI, orientações quanto às ações que líquens, insetos e animais (pombos, morcegos e ratos) e podem causar sérios
impactem na preservação dos acervos da Câmara dos Deputados; danos, inclusive a total degradação.
III - participar, em conjunto com o CEDI, quando necessário, do Agentes de deterioração: são considerados dez agentes que submetem as
planejamento, execução e avaliação de ações relacionadas à preservação dos coleções a impactos diretos de degradação: força física, fogo, pragas, água,
acervos da Câmara dos Deputados; dissociação, roubo e vandalismo, luz/radiação ultra-violeta (UV) e infra-
IV - zelar pela preservação dos acervos da Câmara dos Deputados no vermelha, poluentes, temperatura e umidade.
âmbito dos seus processos de trabalho e das atividades sob sua responsabilidade; Autenticidade: atributos que permitem atestar a proveniência, a veracidade e
V - colaborar para a preservação da integridade dos acervos da Câmara a fidedignidade de um conteúdo informacional.
dos Deputados Código de ética: são normas que servem de referência para um
VI - contribuir para a formulação e revisão dos procedimentos de comportamento baseadas em procedimentos legais e valores convencionais
preservação. através dos quais o profissional deve pautar sua conduta no exercício de sua
Art. 10. As unidades administrativas gestoras de acervo terão, além das profissão.
atribuições dispostas no parágrafo anterior, as seguintes atribuições: Conservação: conjunto de práticas que têm por objetivo minimizar a ação dos
I - providenciar, com orientação do CEDI e em conformidade com o agentes deterioradores dos suportes dos conteúdos informacionais com o
disposto nesta Política, a adequação dos acervos sob sua guarda; objetivo de manter a sua integridade e assegurar sua disponibilidade contínua.
II - atualizar periodicamente os inventários, avaliando a significância Conteúdo informacional: toda informação registrada, produzida, recebida,
do conteúdo informacional dos acervos sob sua guarda. adquirida, capturada ou colecionada pela Câmara dos Deputados no
Art. 11. Compete aos servidores da Câmara dos Deputados, no âmbito desempenho de sua missão institucional, qualquer que seja seu suporte.
de seus processos de trabalho, observar as normas e procedimentos relacionados Incluindo, para os fins desta política, os bens históricos e culturais.
à conservação de acervos, contribuindo para a preservação do patrimônio Estado de conservação: condição em que se encontra o suporte físico do
informacional da Câmara dos Deputados. conteúdo informacional em determinado momento. Seu conhecimento
§ 1º São direitos dos servidores, em relação à Política de Preservação propicia meios para que se estabeleça conjunto de medidas e práticas que
dos Suportes Físicos dos Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados: visam a sua preservação.
I - receber orientações quanto à aplicação das ações e procedimentos Fatores ambientais: agentes ambientais que contribuem para a deterioração
adequados de preservação dos acervos; dos acervos - umidade, iluminação, temperatura, poluentes e agentes
II - propor aperfeiçoamento desta política e de seus instrumentos de biológicos - e que devem seguir padrões específicos e adequados de
gestão. preservação.
§ 2º Aos servidores responsáveis pela supervisão de menores Integridade: qualidade dos conteúdos informacionais que se encontram
aprendizes e estagiários compete a orientação quanto ao cumprimento das completos e que não sofreram nenhum tipo de corrupção ou alteração não
normas e procedimentos desta política. autorizada ou não documentada, seja na origem, no trâmite ou na destinação.
Art. 12. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. Parâmetros de preservação: normas técnicas a serem observadas na aplicação
Sala de Reuniões da Mesa, 16 de julho de 2012. dos procedimentos de preservação em conformidade com padrões nacionais e
Deputado Marco Maia internacionais.
Presidente Preparação para emergências: todo o processo de planejamento e
Deputada Rose de Freitas aparelhamento contra um potencial desastre. Compreende as providências
Primeira-Vice-Presidente necessárias para a minimização dos riscos e o salvamento inerente a cada tipo
Deputado Eduardo da Fonte de sinistro, especificando as várias atividades que irão demandar o socorro, a
Segundo-Vice-Presidente pronta resposta e a recuperação dos acervos atingidos.
Deputado Eduardo Gomes Preservação: conjunto de ações, incluindo conservação e restauração,
Primeiro-Secretário dispensadas aos suportes físicos dos conteúdos informacionais. (Cf. glossário
Deputado Jorge Tadeu Mudalen da Política de Gestão de Conteúdos Informacionais da Câmara dos Deputados)
Segundo-Secretário Reproduções: são procedimentos para produção de cópia de um documento,
Deputado Inocêncio Oliveira em todo ou em parte, para fins de acesso. Em se tratando de digitalização e
Terceiro-Secretário microfilmagem, podem também ter o caráter de preservação.
Deputado Júlio Delgado Restauração: intervenção de caráter excepcional compreendendo conjunto de
Quarto-Secretário medidas que objetivam a estabilização ou a reversão de danos adquiridos pelo
JUSTIFICAÇÃO suporte físico do conteúdo informacional ao longo do tempo e do uso, de
O patrimônio da Câmara dos Deputados é caracterizado por um amplo modo a não comprometer sua integridade e seu caráter histórico.
acervo documental e museológico de grande importância histórica, artística e Segurança dos acervos: ações preventivas necessárias para proteção dos
cultural. Os acervos são caracterizados pela peculiaridade e diversidade de acervos de perdas inesperadas causadas por sinistros.
materiais que compõem os suportes físicos, sendo a maior parte desses acervos Servidor: pessoa legalmente investida em cargo público. No caso da Câmara
constituída de materiais orgânicos e, portanto, mais vulneráveis à ação de agentes dos Deputados, compreende servidores efetivos, ocupantes de Cargos de
de deterioração, necessitando de cuidados específicos para a sua preservação. Natureza Especial e o Secretariado Parlamentar.
A criação de uma política de preservação que estabeleça diretrizes, Significância: valor relacionado ao conteúdo estético, histórico, econômico,
requisitos e parâmetros adequados, que garantam a manutenção e segurança dos social ou cultural que um conteúdo informacional tem para as gerações
diversos acervos pertencentes à Casa, é condição essencial para a conservação passadas, presentes ou futuras.
permanente dos suportes físicos dos conteúdos informacionais que compõem Suporte físico: base sobre a qual os conteúdos informacionais são produzidos.
esses acervos. Unidade administrativa: os órgãos definidos no Regimento Interno da Câmara
Nesse sentido, esta norma define diretrizes quanto à preservação, dos Deputados, aprovado pela Resolução n.º 17, de 1989; as unidades
elenca a responsabilidade dos órgãos competentes, servidores e usuários, e dispõe organizacionais especificadas na Resolução nº 20, de 1971, que dispõe sobre a
sobre a revisão, adequação e criação de projetos e processos de trabalho que organização administrativa da Câmara dos Deputados, bem como as criadas

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após sua publicação; os Gabinetes Parlamentares; e os Comitês e Conselhos § 5° Os objetos ou documentos em suporte físico cuja digitalização
criados por norma interna. seja tecnicamente impossível ou, em função do excessivo volume,
inconveniente, devem ser:
[Diário da Câmara dos Deputados - Suplemento de 17 de julho de 2012] I - registrados no eDoc; e
II - tramitados fisicamente, quando for o caso, para as unidades
administrativas competentes.
ATO DA MESA Nº 147, DE 02/12/2014 § 6° Os objetos tridimensionais devem ser fotografados
Dispõe sobre o Sistema de Tramitação e Gestão de Processos Administrativos digitalmente, sendo os respectivos arquivos digitais capturados no processo
Digitais-eDoc. administrativo digital correspondente.
Art. 7° Os procedimentos de anexação, apensação, desapensação e
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas atribuições desmembramento de processos administrativos digitais, bem como de
regimentais, resolve: desentranhamento de documentos deverão ser registrados e, quando couber,
SEÇÃO I justificados através de recursos específicos disponíveis no eDoc.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 8° Na eventualidade de interrupção do funcionamento do
Art. 1° Este Ato estabelece os princípios, as regras, os procedimentos e eDoc, fica suspensa, pelo período da intercorrência, nos termos do art. 67 da
as competências para a tramitação e a gestão arquivística de processos Lei nº 9.784, de 1999, a contagem dos prazos processuais, salvo os prazos
administrativos, no âmbito do Sistema de Tramitação e Gestão de Processos estabelecidos em lei específica ou determinação de autoridade ou órgão
Administrativos Digitais - eDoc. competente.
Parágrafo único. Para os fins a que se destina este Ato, consideram-se Art. 9 Os processos administrativos que foram autuados até o dia
os termos e respectivas definições contidos no Anexo Único. imediatamente anterior ao início de operação do eDoc serão tramitados em
SEÇÃO II papel até seu encerramento definitivo, ressalvados os casos definidos em
DOS PRINCÍPIOS portaria do Diretor-Geral.
Art. 2° São princípios que regem o eDoc. § 1° A cópia digital autêntica do processo administrativo em papel
I - a autenticidade, a confiabilidade e a integridade das informações poderá ser apensada ou anexada a um processo administrativo digital
relativas a documentos e processos administrativos digitais; existente no eDoc.
II - a transparência, a disponibilidade e a agilidade na obtenção, pelo § 2° Na hipótese prevista no § 1°, a eliminação do documento
usuário, de informações seguras e precisas sobre a tramitação e o conteúdo dos original deverá respeitar o prazo específico previsto na tabela de
processos administrativos, observado o grau de sigilo ou restrição de acesso temporalidade.
atribuído às informações, consoante os normativos internos da Câmara dos SEÇÃO IV
Deputados; DAS RESPONSABILIDADES
III - as práticas de gestão que resultem na redução dos impactos Art. 10. A Diretoria-Geral é o órgão supervisor do Sistema de
ambientais decorrentes da atividade institucional; Tramitação e Gestão de Processos Administrativos.
IV - a celeridade processual. Art. 11. O Centro de Documentação e Informação é o órgão
SEÇÃO III responsável pelo Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de
DAS REGRAS E PROCEDIMENTOS documentos, associado ao eDoc, e tem por competência:
Art. 3° Os documentos digitais criados ou capturados pelo eDoc terão o I - zelar pelo cumprimento dos princípios e métodos da gestão
status de minuta, original ou cópia. arquivística dos documentos e dos processos administrativos digitais, desde a
Parágrafo único. Serão considerados documentos arquivísticos digitais produção até a destinação final;
somente os originais e as cópias. II - estabelecer e gerir os perfis de acesso para os grupos de
Art. 4° A partir do início da operação do eDoc, os processos usuários do eDoc;
administrativos da Câmara dos Deputados serão iniciados, exclusivamente, por III - gerir as taxonomias utilizadas pelo eDoc, em especial o Plano
meio desse sistema. de Classificação Funcional, o Tesauro da Câmara dos Deputados, os glossários
§ 1° Os atos processuais terão registros, tramitação e controle e as listas;
realizados exclusivamente por meio digital e serão assinados eletronicamente. IV - definir e gerir os artefatos relacionados à arquitetura de
§ 2° Nas situações excepcionais em que a autoridade competente informação do eDoc, em cooperação com as unidades administrativas
estiver impossibilitada de utilizar o eDoc, admitir-se-á que ela assine de próprio competentes;
punho documento produzido em papel, sendo sua cópia digital autenticada V - definir e gerir os tipos documentais que irão compor os
posteriormente registrada no sistema. processos administrativos, em cooperação com as unidades administrativas
Art. 5° As unidades administrativas e servidores utilizarão os modelos competentes;
de documentos iniciadores disponíveis no eDoc, com vistas a facilitar a Art. 12. Compete ao Centro de Informática:
classificação funcional dos processos e a recuperação posterior das informações I - desenvolver, manter e promover a evolução do sistema eDoc
neles contidas. conforme os requisitos e as regras de negócio definidos pelo Cedi;
Parágrafo único. Na hipótese de não ter sido encontrado modelo II - manter infraestrutura adequada à operação estável e segura do
adequado de documento iniciador, a unidade administrativa comunicará, de sistema eDoc, com disponibilidade e desempenho adequados às necessidades
imediato, o fato à Coordenação de Arquivo do Centro de Documentação e dos usuários, conforme estabelecido em Acordo de Nível de Serviço;
Informação, que avaliará a inclusão de tipo documental adequado no eDoc ou III - adotar medidas destinadas a preservar a integridade dos dados
indicará o modelo mais adequado dentre os existentes. do sistema eDoc, bem como dos registros de segurança e dos registros de
Art. 6° Os documentos provenientes de fontes externas à Câmara dos auditoria das transações do sistema, conforme definido em Acordo de Nível
Deputados serão recebidos preferencialmente em formato digital, com assinatura de Serviço.
digital baseada em certificado digital, de uso pessoal e intransferível, emitido por Art. 13. Compete às unidades administrativas:
autoridade certificadora credenciada junto à Infraestrutura de Chaves Públicas I - solicitar, previamente, assistência técnica ao Centro de
Brasileira (ICP-Brasil). Documentação e Informação para autuar um processo cujo documento
§ 1° Poderá ser admitida outra modalidade de assinatura eletrônica, na iniciador não tenha sido localizado;
hipótese de convênio firmado entre a Câmara dos Deputados e a fonte externa II - zelar pela qualidade e legibilidade das cópias digitais autênticas
referenciada no caput. capturadas pelo eDoc;
§ 2° Na hipótese de recebimento de documento em suporte físico, a III - armazenar de forma adequada e organizada os documentos
unidade administrativa que o receber gerará cópia digital autenticada, que será em suporte físico que originaram as cópias digitais, em conformidade com o
capturada pelo eDoc, observadas as restrições atinentes às informações sigilosas. Ato da Mesa n. 62/1985.
§ 3° Os documentos em suporte físico que originaram as cópias digitais devem ser SEÇÃO V
arquivados na unidade administrativa recebedora. DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
§ 4° A Coordenação de Arquivo definirá cronograma de assistência Art. 14. O Centro de Documentação e Informação, em conjunto
técnica às áreas para orientar sobre o descarte do material armazenado ou sua com o Centro de Informática e demais unidades administrativas competentes,
transferência para o Arquivo. manterá estrutura de atendimento e orientação aos usuários do eDoc,
durante sua implantação e consolidação.

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Art. 15. Os casos excepcionais serão decididos pela Diretoria-Geral. Sistema Informatizado de Gestão Arquivística de Documentos: conjunto
Art. 16. Portaria do Diretor-Geral regulamentará o disposto neste Ato. de procedimentos e operações técnicas que visam o controle do ciclo de vida
Art. 17. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. dos documentos digitais ou não digitais, desde a produção até a destinação
final, seguindo os princípios e métodos da gestão arquivística de documentos
HENRIQUE EDUARDO ALVES e apoiado em um sistema informatizado.
Presidente Suporte físico: base sobre a qual os conteúdos informacionais são registrados.
Tabela de temporalidade: instrumento de destinação que determina prazos
[Diário da Câmara dos Deputados - Suplemento de 03/12/2014 Página 9] e condições de guarda, tendo em vista a transferência, o recolhimento ou o
[Boletim Administrativo da Câmara dos Deputados - 4/12/2014, Página 3719] descarte de documentos.
Tipo documental: documento com forma estabelecida pelas regras de
ANEXO ÚNICO negócio da Câmara dos Deputados para dar curso a uma ação administrativa
GLOSSÁRIO ou judicial.
Tramitação: curso do documento desde a sua produção ou recepção até o
Acordo de nível de serviço: é um contrato escrito entre o fornecedor do serviço cumprimento de sua função administrativa. No sistema eDoc, uma ação de
e o cliente deste serviço. O objetivo é estabelecer metas mensuráveis de tramitação só é completa quando há o envio e o aceite do recebimento do
desempenho a fim de se ter um entendimento comum da natureza e do nível de documento ou processo.
serviço desejado.
Anexação: juntada, em caráter definitivo, de documento ou processo a outro
processo, na qual prevalece, para referência, o número do processo mais antigo. CÂMARA DOS DEPUTADOS
Apensação: juntada, em caráter temporário, com o objetivo de elucidar ou PORTARIA Nº 285, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2020
subsidiar a matéria tratada, conservando cada processo a sua identidade e
independência. Estabelece procedimentos para o descarte de
Autuação: ação pela qual um documento passa a constituir um processo, documentos arquivísticos na Câmara dos
independente de origem e suporte. Deputados.
Captura: incorporação de um documento ao sistema de gestão arquivística por
meio de registro, classificação funcional e arquivamento. O DIRETOR-GERAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das
Classificação Funcional: organização dos documentos arquivísticos, com a atribuições que lhe confere o inciso XV do art. 147 da Resolução n° 20, de
atribuição de códigos, de acordo com o Plano de Classificação Funcional da 30 de novembro de 1971,
Câmara dos Deputados. Considerando a necessidade de garantir condições adequadas
Ciclo de vida dos documentos: refere-se às sucessivas etapas pelas quais passam de preservação e acesso ao patrimônio informacional da Câmara dos
os documentos: produção, tramitação, uso, avaliação, arquivamento e destinação Deputados, em conformidade com o disposto nos incisos III e IV do art. 23
(guarda permanente ou eliminação). da Constituição Federal;
Cópia: imagem proveniente de digitalização de documento original, registrada no Considerando a necessidade de evitar a redundância de dados e
eDoc. informações, assegurando a otimização constante das condições de acesso
Cópia digital autêntica: imagem proveniente de digitalização de documento e recuperação da informação e a confiabilidade dos resultados
original, registrada no eDoc e autenticada por servidor público ativo da Câmara apresentados;
dos Deputados.
Considerando o disposto no Ato da Mesa n° 62, de 1985, quanto
Desapensação: separação de documento ou processo juntado por apensação.
à avaliação e ao descarte de documentos arquivísticos; e
Desentranhamento: retirada de peças de um processo, que pode ocorrer quando
Considerando o disposto no Ato da Mesa n° 15, de 1999, quanto
houver interesse da Administração ou a pedido do interessado.
às atribuições do órgão central e dos órgãos setoriais do Sistema de
Desmembramento: separação de parte da documentação de um ou mais
processos para formação de um novo processo. Arquivo da Câmara dos Deputados (Siarq-CD), RESOLVE:
Documento arquivístico: informação registrada, independente da forma ou do CAPÍTULO I
suporte, produzida e recebida no decorrer das atividades da Câmara dos DISPOSIÇÕES GERAIS
Deputados, que possui características e elementos constitutivos suficientes para Art. 1° Compete à Coordenação de Arquivo (Coarq), como órgão
servir de referência e/ou prova dessas atividades. central do Sistema de Arquivos da Câmara dos Deputados, descartar e
Documento iniciador: aquele que, para dar curso a uma ação administrativa ou supervisionar o descarte dos documentos que não apresentem valor
judicial, implica autuação de um processo ao qual serão juntadas outras peças. permanente, obedecidos os critérios da avaliação e os prazos de guarda
Documento digital: Documento codificado em dígitos binários, acessível por previstos na Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo (TTDA)
meio de sistema computacional. vigente.
Gestão arquivística: conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes §1° O registro formal das ações e procedimentos relacionados à
à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase execução desta norma será feito por meio dos seguintes documentos e
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda formulários:
permanente. I - Termo de Autorização de Descarte: formaliza o início do
Metadados: dados estruturados que descrevem e permitem encontrar, gerenciar, processo de descarte, a ser assinado pelo órgão custodiador e pelo órgão
compreender e/ou preservar documentos arquivísticos ao longo do tempo. transferidor;
Minuta: versão preliminar de documento, sujeita à aprovação. II - Edital de Ciência de Descarte de Documentos: torna público
Original: documento que contém os metadados necessários ao fim para o qual foi o início da contagem do tempo para execução do descarte de documentos
criado e com a aposição da assinatura de seu autor. e processos;
Plano de Classificação Funcional: representação taxonômica das funções III - Listagem de Descarte de Documentos: relaciona os
desenvolvidas na Câmara dos Deputados, estruturada em itens hierarquizados, documentos e processos que serão descartados;
nominados e acompanhados pelas respectivas notas explicativas. IV - Termo de Descarte de Documentos: após o prazo
Processo: conjunto de documentos oficialmente reunidos no decurso de uma estabelecido no edital, formaliza o descarte de documentos e processos,
ação administrativa ou judicial, que constitui uma unidade de arquivamento. seja por eliminação, seja por cessão a outrem;
Processo administrativo digital: conjunto de documentos digitais e atos V - Termo de Descarte de Documentos - Substituição de
processuais organicamente acumulados no curso de uma ação administrativa na Suporte: relaciona os documentos e processos que foram eliminados após
Câmara dos Deputados, cuja tramitação se dá por meios eletrônicos, prescindindo substituição por reprodução em microfilmes ou outra tecnologia
total ou parcialmente de documentos impressos em papel. legalmente aceita; e
Registro: procedimento que formaliza a captura do documento arquivístico no VI - Requerimento de Documentos em Fase de Descarte:
sistema de gestão arquivística por meio da atribuição de um identificador único e formaliza a solicitação e/ou a cessão a outrem de documentos e processos
de outros metadados que descrevem o documento. em fase de descarte.
Sistema de gestão arquivística: conjunto de procedimentos e operações técnicas § 2° Caberá à Coarq a criação, atualização e disponibilização dos
cuja interação permite a eficiência e a eficácia da gestão arquivística de
modelos de documentos e formulários previstos no §1°.
documentos.

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228
§3° Compete à Coarq garantir a publicidade dos documentos e Art. 6º O descarte de documentos digitais armazenados em
formulários previstos no §1°, promovendo a transparência e o conhecimento mídias móveis submete-se aos mesmos procedimentos que os demais
dos procedimentos de descarte em andamento, por meio de sua publicação documentos, visto que se dará por meio da destruição da mídia ou suporte
nos veículos de divulgação formais e de acesso público mantidos pela Câmara de armazenamento.
dos Deputados, observada a proteção de dados e informações com restrição de Art. 7° O descarte de documentos digitais armazenados em
acesso. bancos e bases de dados ou em sistemas computacionais que não possuem
§4° A efetivação do descarte de documentos arquivísticos ocorrerá funcionalidades arquivísticas de gestão documental integradas deverá ser
findo o prazo de 60 (sessenta) dias da publicação do Edital de Ciência de realizado de acordo com o disposto nos incisos I e II do art. 3º, com os
Descarte, exceto no que se refere ao previsto no art. 4º desta norma. seguintes acréscimos:
Art. 2º O descarte poderá ser feito por: I - uma vez autorizada a eliminação pela Coarq, findo o prazo do
I - eliminação: destruição física ou lógica dos documentos, podendo Edital de Ciência de Descarte de Documentos, na hipótese de os registros
ser por fragmentação manual ou mecânica, pulverização, desmagnetização, estarem em sistemas informatizados cuja unidade requerente tem
reformatação ou qualquer outra forma em que a descaracterização dos permissão de administrador, essa unidade deverá apagar as informações e
documentos não possa ser revertida; documentos dos sistemas e registrar tal ação em Termo de Autorização de
II - cessão em atendimento à solicitação externa, conforme art. 11 Descarte;
deste ato. II - caso a administração do sistema esteja a cargo da Diretoria
§1° A eliminação dos documentos ocorrerá, obrigatoriamente, sob de Inovação e Tecnologia da Informação (Ditec), uma vez cumprido o
supervisão de servidor lotado na Coarq. prazo do Edital de Ciência de Descarte de Documentos, a Coarq
§2° A escolha do procedimento para a descaracterização dos encaminhará o Termo de Autorização de Descarte à área competente para
documentos deverá observar as normas legais em vigor em relação à que, uma vez executada a ação, complemente o formulário com os dados
preservação do meio ambiente, à proteção de dados e informações com sobre a eliminação realizada.
restrição de acesso e à sustentabilidade. § 1º O registro gerado em processos de backup dos dados
Art. 3° O procedimento de descarte será iniciado pela unidade eliminados não serão objeto de eliminação, senão no processo contínuo de
administrativa com a custódia dos documentos arquivísticos, que deverá, com atualização de backups, realizados pela Ditec.
orientação técnica da Coarq: § 2º É de responsabilidade dos administradores dos sistemas
I - identificar e selecionar os documentos com prazos de guarda verificar, em caso de restauração de backups, se dados já eliminados
concluídos e com previsão de descarte conforme Tabela de Temporalidade de foram, eventualmente, recuperados e, em caso positivo, eliminar
Documentos de Arquivo vigente na Câmara dos Deputados; novamente os dados restaurados equivocadamente.
II - realizar a lavratura do Termo de Autorização de Descarte e os § 3°. Os metadados dos documentos descartados também
procedimentos para o encaminhamento dos documentos, observado o deverão ser eliminados dos respectivos sistemas informatizados, com
disposto no capítulo IV. exceção daqueles metadados necessários à recuperação de referência ao
§ 1° Quando se tratar de acervo em fase corrente, a unidade descarte dos documentos a que se referem.
administrativa custodiadora, uma vez cumpridas as orientações recebidas, Art. 8º O descarte de documentos digitais armazenados em
deverá agendar com a Coarq a entrega dos documentos nas suas bancos e bases de dados ou em sistemas computacionais que possuem
dependências, juntamente com o Termo de Autorização de Descarte funcionalidades arquivísticas de temporalidade e destinação integradas e
devidamente preenchido e assinado. homologadas pela Coordenação de Arquivo seguirá os parâmetros do
§ 2° Quando se tratar de acervo em fase intermediária, sob a próprio sistema.
custódia da Coordenação de Arquivo, essa executará os procedimentos Art. 9° O descarte de documentos digitais deve ser
necessários ao descarte da documentação, e assinará, juntamente com complementado com a sanitização dos dados e documentos replicados em
representante da área transferidora, o Termo de Autorização de Descarte. discos rígidos, memórias de impressoras, scanners, multifuncionais, entre
§ 3° São justificativas do órgão produtor para solicitar a suspensão outros dispositivos similares, a fim de evitar sua recuperação irregular e
de procedimento de descarte relativo aos documentos por ele transferidos: indevida.
I - mudança da legislação que impactem nos prazos de guarda; Art. 10. Os documentos digitais incompletos, em forma de
II - processo de auditoria, sindicância, investigação judicial ou minuta ou em versões preliminares, não constituem documentos
similares que estejam em andamento e que envolvam os documentos a serem arquivísticos, podendo ser descartados a critério do órgão produtor.
descartados. CAPÍTULO V
CAPÍTULO II REQUERIMENTO E CESSÃO DE DOCUMENTOS EM FASE DE DESCARTE
DESCARTE DE DOCUMENTOS ARQUIVÍSTICOS ORIGINAIS SUBSTITUÍDOS Art. 11. Os interessados, no prazo definido no Edital de Ciência
Art. 4º. O descarte de documentos arquivísticos originais, após de Descarte, poderão requerer às suas expensas e mediante requerimento
procedimentos de microfilmagem, ou uso de outra tecnologia legalmente dirigido à Comissão de Avaliação de Documentos de Arquivo - Cadar, a
aceita de substituição, obedecerá aos seguintes procedimentos: retirada de documentos, avulsos ou processos, bem como o
I - eliminação, no âmbito da Coarq, e nos prazos previstos na Tabela desentranhamento de folhas de um processo.
de Temporalidade; § 1° Essa solicitação deverá ser feita por meio do Requerimento
II - formalização por meio do formulário Termo de Descarte de de Documentos em Fase de Descarte em que conste, no mínimo, a
Documentos - Substituição de Suporte; identificação do interessado, e o(s) item(ns) da Listagem de Descarte de
III - autorização pela Coarq, sem necessidade de confirmação do Documentos de seu interesse.
órgão produtor ou transferidor; § 2° Compete ao Presidente da Cadar autorizar ou rejeitar a
IV - divulgação anual por relatório que sistematize todas as cessão de documentos em fase de descarte, observando o disposto nos
eliminações por substituição ocorridas no período. incisos a seguir, com recurso para a Comissão.
CAPÍTULO III I - Os documentos requeridos que tratem ou envolvam
ELIMINAÇÃO DE CÓPIAS informações protegidas por sigilo legal, segredo de justiça e industrial,
Art. 5° As cópias de documentos, inclusive digitais, contemplando bem como outros assim definidos em legislação, não poderão ser
cópias de segurança e backups, não são consideradas documentos replicados ou cedidos.
arquivísticos. II - Os documentos requeridos que tratem ou envolvam
Parágrafo único. A eliminação, nos órgãos de origem, de cópias, informações caracterizadas como pessoais só poderão ser entregues aos
inclusive digitais, dos documentos arquivísticos, produzidas para fins de titulares ou seus procuradores devidamente identificados.
distribuição, leitura, e cujos originais se encontram nas dependências da § 3° A Cadar deverá apresentar ao requerente a justificativa
Câmara dos Deputados, está isenta do preenchimento e assinatura de para o não fornecimento de documentos considerando o disposto nesta
quaisquer termos de autorização. norma e a oportunidade e a conveniência do atendimento à requisição,
CAPÍTULO IV nos termos que regem a Administração Pública.
DESCARTE DE DOCUMENTOS DIGITAIS § 4° Os documentos entregues deverão estar caracterizados
como oriundos de procedimentos de descarte da Câmara dos Deputados.

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§ 5° O fornecimento de cópias dos documentos arquivísticos a Art. 8º A Câmara dos Deputados elaborará relatório de impacto
serem descartados sempre será realizado por meio digital. à proteção de dados pessoais, inclusive de dados sensíveis, referente a
§ 6° Será de inteira e exclusiva responsabilidade do requerente, no suas operações de tratamento de dados, na forma que será disposto em
âmbito cível e penal, possível indenização por danos materiais ou morais portaria da Diretoria-Geral.
decorrentes do uso dos documentos cedidos. Art. 9º Os padrões de interoperabilidade para fins de
Art. 12. O Diretor do Centro de Documentação e Informação portabilidade, livre acesso aos dados e segurança, assim como sobre o
apreciará os casos omissos. tempo de guarda dos registros, tendo em vista especialmente a
Art. 13. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. necessidade e a transparência serão regulamentados por portaria da
MAURO LIMEIRA MENA BARRETO Diretoria-Geral.
Diretor-Geral em exercício Art. 10. O Encarregado atuará como canal de comunicação entre
a Câmara dos Deputados, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional
[Boletim Administrativo da Câmara dos Deputados, de 29 de dezembro de de Proteção de Dados (ANPD), bem como com outras entidades de
2020] proteção de dados pessoais com as quais a Câmara dos Deputados
estabeleça acordo de serviço ou de cooperação técnica.
[A Câmara dos Deputados disponibiliza um conjunto integral de sua legislação § 1° A identidade e as informações de contato do Encarregado
arquivística em: https://www2.camara.leg.br/a-camara/documentos-e- serão publicadas no portal Câmara dos Deputados.
pesquisa/arquivo/legislacao-arquivistica] § 2° Compete ao Encarregado pelo tratamento de dados
pessoais na Câmara dos Deputados:
I - receber reclamações e comunicação dos titulares dos dados,
prestar esclarecimentos e adotar providências, observado o disposto no
ATO DA MESA Nº 152, DE 16/12/2020 art. 4° deste Ato;
II - receber comunicações da ANPD e adotar providências;
Regulamenta a aplicação da Lei n. 13.709, de 14 de agosto III - orientar os servidores e demais colaboradores da Câmara
de 2018. - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) dos Deputados a respeito das práticas a serem adotadas em relação à
-, no âmbito da Câmara dos Deputados. proteção de dados pessoais:
IV - executar as demais atribuições determinadas pela Câmara
A MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas atribuições dos Deputados ou estabelecidas em normas cornplementares.
regimentais, resolve: § 3° Devem ser comunicadas ao Encarregado, pelo gestor da
Art. 1º Este Ato regulamenta a aplicação da Lei n. 13.709, de 14 de unidade administrativa responsável pelo tratamento dos dados:
agosto de 2018, - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) -, no âmbito I - a existência de qualquer tipo de tratamento de dados
da Câmara dos Deputados. pessoais;
§1º Para os fins deste Ato, adotam-se as terminologias previstas no II - contratos que envolvam dados pessoais;
art. 5° da Lei n. 13.709/2018. III - situações de conflito entre a proteção de dados pessoais, o
§2° Este Ato não se aplica ao tratamento de dados pessoais princípio da transparência ou algum outro interesse público;
realizados por gabinetes parlamentares, lideranças partidárias e frentes IV - qualquer outra situação que precise de análise e
parlamentares, quando o tratamento não utilizar sistemas institucionais da encaminhamento.
Câmara dos Deputados. Art. 11. O Encarregado comunicará à Diretoria-Geral da Câmara
Art. 2º Considera-se legítimo interesse da Câmara dos Deputados, dos Deputados e ao titular dos dados a ocorrência de incidente de
de que trata o art. 10 da Lei n. 13.709/2018, sem prejuízo de outras hipóteses segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares.
previstas em regulamento interno, a promoção da instituição, a aproximação
com a sociedade, a preservação histórica, o exercício das atividades de § 1° A comunicação será feita em prazo razoável, conforme
representação do povo brasileiro, de legislar sobre os assuntos de interesse definido em regulamento e deverá mencionar, no mínimo:
nacional, de controle e fiscalização dos atos do poder executivo federal e da I - a descrição da natureza dos dados pessoais afetados;
aplicação dos recursos públicos, e o fortalecimento da democracia. II - as informações sobre os titulares envolvidos;
Art. 3º Os direitos do titular de dados pessoais, em qualquer caso, III - a indicação das medidas técnicas e de segurança utilizadas
serão ponderados com o interesse público de conservação de dados históricos, para a proteção dos dados, observados os segredos comercial e industrial;
preservação da transparência da instituição e das condutas de agentes IV - os riscos relacionados ao incidente;
públicos, no exercício de suas atribuições, e divulgação de informações V - os motivos da demora no caso de a comunicação não ter
relevantes à sociedade, no exercício da democracia. sido imediata;
Art. 4º O titular dos dados pessoais tem o direito de peticionar, em VI - as medidas que foram ou que serão adotadas para reverter
relação aos seus dados, contra a unidade administrativa que realizou o ou mitigar os efeitos do prejuízo.
tratamento, mediante requerimento endereçado à Diretoria-Geral da Câmara § 2° A Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados verificará a
dos Deputados. gravidade do incidente e poderá, ouvido os órgãos técnicos, caso
Art. 5º As informações e os dados poderão ser fornecidos, a critério necessário para a salvaguarda dos direitos dos titulares, determinar à
do titular: unidade administrativa responsável pelo tratamento dos dados a adoção
I - por meio eletrônico, seguro e idôneo para esse fim, sem custos; de providências, tais como:
II - sob forma impressa, com custos pagos pelo solicitante. I - divulgação ampla do fato em meios de comunicação,
Art. 6º A Câmara dos Deputados, na condição de Controladora, especialmente no portal Câmara dos Deputados;
manterá registro das operações de tratamento de dados pessoais que realizar, lI - medidas para reverter ou mitigar os efeitos do incidente.
especialmente quando baseado no legítimo interesse. § 3° No juízo de gravidade do incidente, será avaliada eventual
Parágrafo único. O registro de que trata o caput também deverá ser comprovação de que foram adotadas medidas técnicas adequadas que
realizado por qualquer empresa contratada pela Câmara dos Deputados que tornem os dados pessoais afetados ininteligíveis, no âmbito e nos limites
atue corno Operadora de dados pessoais. técnicos de seus serviços, para terceiros não autorizados a acessá-los.
Art. 7º A empresa contratada pela Câmara dos Deputados que atue Art. 12. O pedido de dados pessoais solicitado pelo titular não se
como operadora de dados pessoais deverá realizar o tratamento segundo as confunde com o pedido realizado com fundamento na Lei n. 12.527/2011 e
instruções fornecidas pela Câmara dos Deputados, que verificará a no Ato da Mesa n. 45/2012, mantendo-se válidos os dispositivos que
observância das próprias instruções e das normas sobre a matéria. restringem o acesso a informações pessoais por terceiros, salvo após
Parágrafo único. O instrumento contratual utilizado para decorrência do prazo de sigilo, previsão legal ou consentimento expresso
estabelecer as relações de serviço mencionadas no caput deverá mencionar do titular.
expressamente a possibilidade de a Câmara dos Deputados verificar a adoção Parágrafo único. Deverá constar do respectivo termo de uso as
das instruções e normas pela contratada. informações pessoais tratadas pela Câmara dos Deputados que puderem

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ser fornecidas por meio de solicitação fundamentada na Lei n. 12.527/2011 e § 2º As unidades administrativas promoverão a elaboração ou a
no Ato da Mesa n. 45/2012. adequação de seus planos, programas, projetos, processos de trabalho e
Art. 13. A adequação progressiva de bancos de dados e sistemas sistemas em conformidade com os procedimentos, as diretrizes, os
constituídos e utilizados pela Câmara dos Deputados será objeto de requisitos e as atribuições estabelecidas na regulamentação sobre
regulamentação em Portaria da Diretoria-Geral, consideradas a complexidade tratamento de dados pessoais.
das operações de tratamento e a natureza dos dados. § 3º Esta Portaria se aplica aos servidores e colaboradores da
Art. 14. Compete à Diretoria-Geral da Câmara dos Deputados: Câmara dos Deputados e o seu descumprimento implicará nas penalidades
I - designar o Encarregado pelo tratamento de dados pessoais, bem previstas na legislação vigente.
como estabelecer normas complementares sobre suas atribuições; Art. 2º São responsáveis pelo tratamento dos dados pessoais na
II - expedir normas regulamentares necessárias ao cumprimento da Câmara dos Deputados:
Lei n. 13.709/2018 e deste Ato; I - Encarregado de Proteção de Dados Pessoais, doravante
III - assegurar o cumprimento das normas relativas à proteção dos denominado Encarregado, servidor responsável por acompanhar a
dados pessoais, de forma adequada aos objetivos da Lei n. 13.709/2018; aplicação das diretrizes emanadas do Controlador e por monitorar o
IV - recomendar à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados as atendimento dos preceitos da LGPD;
medidas indispensáveis à implementação e ao aperfeiçoamento das normas e II - Gestor de Dados Pessoais, titular de Unidade Administrativa
procedimentos necessários ao correto cumprimento do disposto na Lei n. responsável por processo em que sejam tratados dados pessoais;
13.709/2018; III - Operador, pessoa natural ou jurídica, de direito público ou
V - orientar as demais unidades da estrutura organizacional da privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do
Câmara dos Deputados no que se refere ao cumprimento do disposto na Lei n. Controlador.
13.709/2018 e neste Ato; Art. 3º Compete ao Encarregado:
VI - monitorar a aplicação da Lei n. 13.709/2018 e deste Ato no I - expedir instruções operacionais sobre processos e
âmbito da Câmara dos Deputados. procedimentos no cumprimento de suas atribuições;
Art. 15. Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. II - decidir pedidos de titulares sobre seus dados pessoais
Sala de Reuniões, em 16 de dezembro de 2020. previstos na LGPD;
III - assinar prazo e determinar aos Gestores de Dados Pessoais
Rodrigo Maia as providências cabíveis para atendimento aos preceitos da LGPD e aos
Presidente direitos dos titulares;
IV - revisar os processos em andamento e autorizar o início de
Marcos Pereira novos processos, no que se refere ao tratamento de dados pessoais;
Primeiro Vice-Presidente V - decidir sobre os pedidos de compartilhamento dos dados
pessoais com outras Instituições públicas e privadas, conforme a
Luciano Bivar legislação pertinente e as diretrizes emitidas pelo Controlador;
Segundo Vice-Presidente VI - receber comunicações da Autoridade Nacional de Proteção
de Dados - ANPD e adotar providências;
Soraya Santos VII - orientar os servidores, colaboradores e contratados da
Primeira-Secretária Câmara dos Deputados a respeito das práticas, normas e regulamentos em
relação à proteção de dados pessoais.
Mário Heringer Art. 4º Compete ao Gestor de Dados Pessoais:
Segundo-Secretário I - observar as regras e determinações do Encarregado sobre o
tratamento de dados pessoais;
Expedido Netto II - ajustar os processos sob sua gerência que tratem de dados
Terceiro-Secretário pessoais, de modo a assegurar que servidores e colaboradores conheçam e
cumpram o regramento em vigor sobre o assunto;
André-Fufuca III - prestar as informações solicitadas pelo Encarregado sobre
Quarto-Secretário quaisquer aspectos de tratamento de dados pessoais;
IV - submeter ao Encarregado a solicitação de coleta de dados e
de finalidade do uso para autorização, sempre que identificada a
[Publicação: Boletim Administrativo da Câmara dos Deputados - 16/12/2020, necessidade de tratamento de dados pessoais em meios físicos e digitais;
Página 4 (Publicação Original); Diário da Câmara dos Deputados - Edição Extra V - garantir o correto e seguro armazenamento permanente ou
A - 16/12/2020, Página 3 (Publicação Original)] provisório dos dados pessoais;
VI - informar previamente ao Encarregado sobre eventos
CÂMARA DOS DEPUTADOS significativos a respeito dos dados pessoais sob sua responsabilidade,
Diretoria-Geral como a suspeita ou o próprio vazamento, a eliminação e o
compartilhamento com outras unidades;
PORTARIA Nº 321, DE 17/12/2020 VII - encaminhar ao Encarregado as demandas de usuários
relativas ao tratamento de dados pessoais;
Regulamenta assuntos relacionados à proteção de VIII - submeter à decisão do Encarregado os pedidos de
dados pessoais na Câmara dos Deputados. compartilhamento de dados pessoais com outras Instituições públicas e
privadas, observadas as diretrizes emitidas pelo Controlador;
O DIRETOR-GERAL EM EXERCÍCIO DA CÂMARA DOS IX - decidir sobre o compartilhamento de dados pessoais com
DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147, XV, da outras unidades administrativas da Câmara dos Deputados, desde que a
Resolução nº 20, de 30 de novembro de 1971, e considerando o disposto na Lei solicitação esteja pautada em obrigação legal, regulatória ou operacional;
nº 13.709, de 14 de agosto de 2018, - Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais X - fornecer as informações solicitadas pelo titular de dados
(LGPD) -, e no art. 14, II, do Ato da Mesa nº 152, de 16 de dezembro de 2020, pessoais.
RESOLVE: Art. 5º Compete ao Operador prezar pelo correto tratamento
Art. 1º Esta Portaria regulamenta assuntos relacionados à dos dados pessoais de acordo com a finalidade de tratamento, incluindo o
proteção de dados pessoais na Câmara dos Deputados, inclusive nos meios armazenamento, compartilhamento, modificação, exclusão e demais
digitais, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de atividades elencadas no art. 5º da LGPD.
privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Art. 6º Os processos de trabalho que envolvem dados pessoais
§ 1º Deverá ser buscado o alinhamento entre o tratamento de dados serão avaliados de acordo com as regras e diretrizes da Governança de
pessoais e as diretrizes e regras sobre governança de dados no âmbito da Dados da Câmara dos Deputados, de modo a verificar as adaptações
Câmara dos Deputados.

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necessárias ao cumprimento da legislação relativa à proteção de dados Disponível em:
pessoais. [<http://www.ticontrole.gov.br/portal/pls/portal/docs/1604929.PDF>]
Art. 7º Os contratos administrativos da Câmara dos Deputados
deverão conter, quando for o caso, cláusulas que garantam a privacidade e a Portaria TCU nº 188, de 12 de agosto de 2010
proteção e segurança de dados pessoais, e que disciplinem a relação entre Dispõe sobre o uso de certificado digital no âmbito do Tribunal de Contas da
controlador e operador do tratamento de dados pessoais. União
Art. 8º O Encarregado deverá providenciar a publicação, no portal [Disponível em:
da Câmara dos Deputados, de conteúdo sobre privacidade e tratamento de <http://www.ticontrole.gov.br/portal/pls/portal/docs/1604931.PDF>]
dados pessoais, nos termos do art. 9º da LGPD.
Art. 9º A Câmara dos Deputados apresentará ao titular de dados Resolução TCU nº 254, de 10 de abril de 2013
pessoais termo de uso informando sobre o tratamento. Dispõe sobre a classificação da informação quanto à confidencialidade no
§ 1º Os termos de uso deverão ser informados aos titulares de dados âmbito do Tribunal de Contas da União.
pessoais sempre que este tipo de dado for fornecido à Câmara dos Deputados.
§ 2º Os sistemas ou atividades que envolvam dados pessoais O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, no uso de suas atribuições
sensíveis devem conter termo próprio, do qual constará o dado sensível constitucionais, legais e regulamentares, Considerando o disposto nos
tratado, bem como o fundamento legal e a finalidade do tratamento. incisos X e XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art.
§ 3º A coleta de dados pessoais de crianças ou adolescentes deve se 216 da Constituição Federal, sobre acesso à informação e direito à
limitar ao mínimo necessário à realização da atividade ou utilização do intimidade, à vida privada, à honra e à imagem; e na Lei nº 12.527, de 18 de
sistema, e ser precedida de termo próprio, em linguagem simples, cuja novembro de 2011, sobre o acesso à informação previsto na Constituição
anuência deve ser dada pelo pai ou responsável legal. Federal;
Art. 10. As demandas sobre dados pessoais relacionadas no art. 18 Considerando que o Tribunal produz e custodia informações no
da LGPD poderão ser solicitadas por seus titulares a qualquer momento, exercício de suas competências, e que eventual sigilo dessas informações
mediante requisição à Câmara dos Deputados. deve ser resguardado;
§ 1º A requisição de que trata o caput será encaminhada ao Considerando as hipóteses de sigilo previstas em legislação
Encarregado. específica, como sigilo fiscal, bancário, de operação e serviços no mercado
§ 2º O Encarregado, com apoio dos gestores de dados pessoais, de capitais, comercial, profissional e industrial, bem assim aquelas
avaliará a requisição sob a ótica da legislação cabível, e decidirá a respeito. envolvendo segredo de justiça e denúncias;
§ 3º No caso de negativa, o titular poderá recorrer, nos termos da Considerando o disposto na Lei nº 8.443, de 16 de julho de 1992 -
Lei nº 9.784/1999. Lei Orgânica do TCU, no Regimento Interno e na Resolução-TCU nº 191, de
§ 4º O Encarregado poderá solicitar ao titular dos dados pessoais 21 de junho de 2006, no que concerne ao tratamento de informações não
prova de identidade, de modo a mitigar o risco de terceiros obterem acesso públicas; e na Resolução-TCU nº 249, de 2 de maio de 2012, sobre o acesso
ilegal a dados pessoais. à informação e a aplicação da Lei nº 12.527, de 2011, no âmbito do Tribunal
Art. 11. O relatório de que trata o art. 38 da LGPD será elaborado de Contas da União;
mediante solicitação da Diretoria-Geral. Considerando o disposto na Política Corporativa de Segurança
Art. 12. O Encarregado comunicará à Diretoria-Geral e ao titular dos da Informação do TCU - PCSI/TCU sobre a necessidade de regulamentação
dados a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou da classificação das informações produzidas ou custodiadas pelo Tribunal,
dano relevante aos titulares. compatível com as necessidades de negócio e de manutenção da imagem
Art. 13. O relatório de incidente de segurança da informação deverá do Tribunal;
conter, sempre que possível: Considerando os estudos e os pareceres constantes do processo
I - tipo de incidente/vazamento; TC 045.809/2012-7, resolve:
II - tipo de dados pessoais afetados; Seção I
III - sensibilidade dos dados afetados; Das Disposições Preliminares
IV - volume de dados afetados; Art. 1º A classificação da informação quanto à confidencialidade
V - número de titulares atingidos; no âmbito do Tribunal de Contas da União observa os critérios e os
VI - natureza do processamento; procedimentos de segurança estabelecidos nesta Resolução, bem como as
VII - identificação dos titulares para comunicação e saneamento do disposições constitucionais, legais e regimentais vigentes.
incidente; Parágrafo único. A classificação prevista neste artigo respeita,
VIII - identificação da gravidade e extensão das consequências para no que couber, as disposições da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.
os titulares; (...)
IX - identificação dos objetivos de quem perpetrou o ataque que
gerou o incidente; [Diário Oficial da União, de 12 de abril de 2013, Seção 1, pg. 126]
X - avaliação dos possíveis riscos gerados com relação aos direitos [Texto integral em:
dos titulares. <http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&p
Art. 14. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. agina=126&data=12/04/2013>]
MAURO LIMEIRA MENA BARRETO
Diretor-Geral em exercício
LEGISLAÇÃO ESTADUAL E MUNICIPAL
[Publicação:
Boletim Administrativo da Câmara dos Deputados - 17/12/2020,
Página 17 (Publicação Original) ] GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

LEI Nº 2.545, DE 28 DE ABRIL DE 2000


Dispõe sobre a proteção dos documentos de
arquivos públicos

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, FAÇO SABER QUE A


CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL DECRETA E EU SANCIONO A
Resolução TCU nº 233, de 4 de agosto de 2010 SEGUINTE LEI:
Dispõe sobre o funcionamento do processo eletrônico e demais serviços Art. 1° Incumbe ao Poder Público do Distrito Federal a gestão e a
eletrônicos ofertados por meio de solução denominada TCU-eletrônico (e-TCU), e proteção dos documentos de arquivos públicos, como instrumento de apoio à
altera as Resoluções-TCU nº 170, de 30 de junho de 2004, nº 175, de 25 de maio de administração, à cultura e ao desenvolvimento científico e como elemento de
2005, e nº 191, de 21 de junho de 2006. prova e informação.

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232
§ 1° Consideram-se arquivos públicos, para fins desta Lei, os conjuntos
de documentos produzidos e recebidos por órgãos e entidades da administração JOAQUIM DOMINGOS RORIZ
pública do Distrito Federal, no exercício de suas atividades, em decorrência de
funções administrativas e legislativas. [Diário Oficial do Distrito Federal, de 8 de maio de 2000]
§ 2° São, também, arquivos públicos, os conjuntos de documentos
produzidos e recebidos por instituição de caráter público ou por entidade privada DECRETO Nº 24.205, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2003
encarregada da administração de serviços públicos. Regulamenta a Lei nº 2.545, de 28 de abril de 2000,
Art. 2° O Poder Público do Distrito Federal deverá estimular a gestão dos que dispõe sobre a proteção dos documentos de
documentos de arquivos públicos visando: arquivos públicos.
I - à organização dos arquivos correntes, intermediários e permanentes,
de forma a viabilizar a recuperação das informações contidas em seus documentos O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que
e o atendimento eficiente aos seus usuários; lhe confere o art. 100, inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal, e tendo
II - à avaliação e seleção dos documentos, conforme os valores que em vista o art. 5º do Decreto nº 8.530, de 14 de março de 1985, combinado com
apresentam para a administração e para a sociedade; o inciso I do art.7º da Lei nº 2.545, de 28 de abril de 2000,
III - à preservação dos documentos que constituem o patrimônio DECRETA:
arquivístico público do Distrito Federal, em todas as fases de arquivamento; Art.1º. O Sistema de Arquivos do Distrito Federal -SIARDF tem como
IV - à garantia do acesso às informações contidas nos documentos de objetivos principais:
arquivos públicos, observado o disposto na legislação federal e nesta Lei; I - assegurar a proteção e preservação da documentação
V - à adequada formação de recursos humanos que exerçam atividades arquivística do Poder Público do Distrito Federal, como elemento de prova e
arquivísticas. instrumento de apoio à administração e pelo seu valor histórico e cultural;
Art. 3° Os documentos de arquivos públicos considerados de valor II - harmonizar as atividades nas diversas fases de administração
permanente são inalienáveis e a sua guarda imprescritível. dos documentos de arquivo – corrente, intermediária, permanente –
§ 1° O valor permanente será determinado mediante avaliação atendendo às peculiaridades dos órgãos geradores da documentação; e
documental; III - facilitar o acesso ao patrimônio arquivístico público.
§ 2° Os documentos de valor permanente serão preservados Art. 2º. Para fins de constituição do Sistema de Arquivos do Distrito
preferencialmente em sua forma original. Federal - SIARDF, considera- se parte integrante do patrimônio arquivístico
Art. 4° Os órgãos e entidades do Poder Público do Distrito Federal público o conjunto de documentos organicamente produzidos ou recebidos
deverão constituir Comissões Permanentes de Avaliação, às quais competirá por instituições públicas, em decorrência de atividade específica de cada órgão
definir os prazos de guarda e a destinação dos documentos por eles produzidos e da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal, qualquer que seja o
recebidos, observadas as orientações do Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ, suporte da informação ou a natureza do documento.
órgão central do Sistema Nacional de Arquivos - SINAR. Parágrafo único. Os documentos de arquivo caracterizam-se,
Art. 5° A eliminação de documentos produzidos e recebidos por órgãos conforme a fase de seu ciclo de vida, como:
ou entidades do Poder Público do Distrito Federal será realizada mediante I - corrente: constituída por conjuntos de documentos em
autorização da instituição arquivística pública, na sua específica esfera de tramitação ou que, embora ultimados, sejam objeto de consultas frequentes,
competência. cabendo sua administração ao órgão de origem;
Art. 6° A cessação de atividades de órgãos e entidades do Poder Público II - intermediária: constituída por conjuntos de documentos que,
do Distrito Federal implicará o recolhimento de seus documentos à instituição cessada ou reduzida sua utilidade nas unidades orgânicas, onde se
arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora. acumularam, são transferidos dos arquivos correntes e aguardam destinação
Art. 7° São instituições arquivísticas públicas para fins desta Lei: final em depósitos de armazenagem temporária, cujo acesso à consulta fica
I - do Poder Executivo, o Arquivo Público do Distrito Federal, órgão condicionado à regulamentação específica, ressalvados os usos dos órgãos de
central do Sistema de Arquivos do Distrito Federal - SIARDF; origem; e
II - do Poder Legislativo, os arquivos da Câmara Legislativa do Distrito III - permanente: constituída por conjuntos de documentos de valor
Federal e do Tribunal de Contas do Distrito Federal. probatório, cultural e informativo que devem ser preservados
Art. 8° Compete às instituições arquivísticas públicas a orientação e o permanentemente e assegurado o acesso público.
acompanhamento das atividades de gestão documental desenvolvidas pelos órgãos Art. 3º. Código de Classificação de Documentos de Arquivo é um
e entidades do Poder Público do Distrito Federal, a guarda e a preservação instrumento de trabalho utilizado para classificar todo e qualquer documento
permanente dos documentos públicos e de caráter público e a implementação da produzido ou recebido por um órgão no exercício de suas funções e atividades.
política distrital de arquivos. Art. 4º. Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos é um
Art. 9° É assegurado o acesso pleno aos documentos sob a gestão e a instrumento arquivístico resultante de avaliação, que indica o tempo de
guarda de arquivos públicos do Distrito Federal, nos termos do disposto na permanência dos documentos nos arquivos corrente e intermediário e sua
Constituição Federal, na Lei n° 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e no Decreto n° 2.134, destinação final, para o arquivo de guarda permanente ou eliminação.
de 24 de janeiro de 1997. Art. 5º. O Código de Classificação de Documentos de Arquivo e a
Art. 10 O Poder Público do Distrito Federal, ouvidas as instituições Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos, aprovados para os
arquivísticas públicas, poderá identificar arquivos privados como de interesse órgãos da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal, apresentam-se
público e social, quando constituírem conjunto de fontes relevantes para a história estruturados em dez classes, sendo:
e para o desenvolvimento científico local. I - duas desenvolvidas e destinadas às atividades-meio, comuns a
§ 1° O acesso aos documentos de arquivos privados identificados como todos os órgãos da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal;
de interesse público e social será facultado ao público mediante autorização de seu II - as demais serão destinadas às atividades específicas ou
proprietário ou possuidor. atividades-fim dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Distrito
§ 2° Os arquivos privados identificados como de interesse público e Federal.
social poderão ser depositados, a título revogável, ou doados a instituições § 1º Caberá aos órgãos da Administração Direta e Indireta do
arquivísticas públicas. Distrito Federal constituir Comissões Permanentes de Avaliação de
Art. 11 Os arquivos privados identificados pelo Poder Público do Distrito Documentos para desenvolver as classes referentes às suas atividades
Federal como de interesse público e social não poderão ser alienados com específicas, estabelecendo os respectivos prazos de guarda e a destinação dos
dispersão e perda da unidade documental, nem transferidos ao exterior. documentos.
Parágrafo único. Na alienação desses arquivos, o Poder Público do § 2º Os documentos relativos às atividades-meio, a serem mantidos,
Distrito Federal exercerá a preferência na aquisição. transferidos, recolhidos ou eliminados, serão classificados de conformidade
Art. 12 O Poder Executivo e o Poder Legislativo terão o prazo de com o Código de Classificação de Documentos de Arquivo e com a Tabela de
sessenta dias para regulamentar esta Lei nas suas respectivas esferas de atuação. Temporalidade e Destinação de Documentos, aprovados de acordo com as
Art. 13 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. normas vigentes.
Art. 14 Revogam-se as disposições em contrário. Art. 6º. Todos os documentos produzidos e acumulados pela
Administração Direta e Indireta do Distrito Federal que não sejam
Brasília, 28 de abril de 2000 considerados como de valor permanente só poderão ser eliminados nos prazos
112º da República e 41º de Brasília

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estabelecidos na Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos, após Art. 12. Os procedimentos a serem cumpridos pelos órgãos setoriais,
autorização do Órgão Central do SIARDF. visando à obtenção de autorização do Órgão Central do SIARDF para a
Parágrafo único. Compete ao Órgão Central do Sistema de Arquivos do eliminação de documentos, de acordo com o inciso XII, art. 9º, serão objeto de
Distrito Federal aprovar o Código de Classificação de Documentos de Arquivo e a ato específico a ser publicado no Diário Oficial do Distrito Federal.
Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos relativos às atividades-fim. Art. 13. As dúvidas e omissões surgidas em decorrência deste
Art. 7º. Os acervos documentais permanentes a serem recolhidos ao Decreto serão dirimidas pelo Órgão Central do SIARDF.
Arquivo Público do Distrito Federal - ArPDF pelos órgãos da Administração Direta e Art. 14. O Órgão Central baixará atos necessários à implantação do
Indireta do Distrito Federal deverão estar organizados, avaliados, higienizados, SIARDF.
acondicionados e acompanhados de instrumento descritivo que permita sua Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
identificação. Art.16. Revogam-se as disposições em contrário, especialmente o
Art. 8º. Compõem a estrutura orgânica do Sistema de Arquivos do Decreto nº 11.133, de 13 de junho de 1988.
Distrito Federal - SIARDF: Brasília, 10 de novembro de 2003
I - Conselho de Arquivos do Distrito Federal – Órgão Deliberativo; 115º da República e 44º de Brasília
II - Arquivo Público do Distrito Federal - ArPDF – Órgão Central do
Sistema de Arquivos do Distrito Federal - SIARDF; e JOAQUIM DOMINGOS RORIZ
III - Unidades específicas dos órgãos da Administração Direta e Indireta
do Distrito Federal – Órgãos Setoriais. [Diário Oficial do Distrito Federal, de 11 de novembro de 2003]
Parágrafo único. A definição dos órgãos setoriais de que trata o inciso
III será objeto de decreto específico e recairá em unidade técnica que compõe a
estrutura organizacional de cada órgão. GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
Art. 9º. Compete ao Órgão Central do SIARDF:
I - elaborar, segundo princípios arquivísticos, as diretrizes e normas e DECRETO Nº 35.382, DE 29 DE ABRIL DE 2014
definir os métodos para a organização e funcionamento das atividades de arquivo Regulamenta o art. 42, da Lei nº 4.990, de 12 de dezembro de 2012,
corrente, intermediário e permanente; dispõe sobre os procedimentos para credenciamento de segurança, sobre o
II - orientar, quanto à localização e instalação de centros de Núcleo de Segurança e Credenciamento, institui o Comitê Gestor de
arquivamento intermediário, no âmbito da Administração Direta e Indireta do Credenciamento de Segurança, e dá outras providências.
Distrito Federal; O GOVERNADOR DO DISTRITO FEDERAL, no uso das atribuições que
III - divulgar o SIARDF e promover a consecução da política de arquivos; lhe confere o artigo 100, inciso VII, da Lei Orgânica do Distrito Federal,
IV - prestar orientação técnica quanto aos assuntos relacionados com o considerando o disposto no artigo 42, da Lei nº 4.990, de 12 de dezembro de
SIARDF; 2012, e tendo em vista o que consta nos autos do Processo nº 0428-
V - propor a política de acesso aos documentos públicos; 000.085/2014,
VI - orientar a avaliação, seleção e preparo de documentos de arquivo a DECRETA:
serem submetidos à microfilmagem; CAPÍTULO I
VII - prestar orientação técnica aos órgãos componentes do SIARDF, DISPOSIÇÕES GERAIS
sem prejuízo da subordinação administrativa aos órgãos a que estiverem Art. 1º O credenciamento de segurança e o tratamento de
vinculados; informações ou dados classificados em qualquer grau de sigilo, ou previstos
VIII - participar do planejamento de elaboração de sistemas de na legislação como sigilosos no âmbito do Poder Executivo respeitarão os
processamento eletrônico de dados aplicados a documentos de arquivo; procedimentos previstos neste Decreto.
IX - solicitar, quando necessário, orientação técnica ao Conselho
Nacional de Arquivos-CONARQ; [Diário Oficial do Governo do Distrito Federal, em 8 de maio de 2014]
X - manter cadastro geral atualizado das unidades responsáveis pela [Texto integral:
guarda de documentos arquivísticos; <http://www.buriti.df.gov.br/ftp/diariooficial/2014/05_Maio/DODF%20N%C
XI - compatibilizar a ação do SIARDF com as normas e diretrizes 2%BA%20090%2008-05-2014/Se%C3%A7%C3%A3o01-%20090.pdf>
emanadas do Conselho Nacional de Arquivos – Órgão Central do Sistema Nacional
de Arquivos - SINAR; Estado de Alagoas
XII - aprovar proposta de eliminação de documentos apresentada pelos
órgãos da Administração Direta e Indireta do Distrito Federal; GABINETE DO GOVERNADOR
XIII - celebrar convênios de cooperação técnica junto aos órgãos da Decreto nº 9.228, de 13 de dezembro de 2010
Administração Direta e Indireta do Distrito Federal;
XIV - manter intercâmbio com entidades nacionais e internacionais, Dispõe sobre o acesso aos documentos produzidos e
públicas e privadas; e acumulados por órgãos de inteligência e
XV - propor a realização de programas de aperfeiçoamento, reciclagem informação, especificamente aqueles relacionados
e extensão; ao período do Regime Militar no Brasil, no âmbito
Art. 10. Compete aos Órgãos Setoriais do SIARDF em suas áreas de do Estado de Alagoas, e dá outras providências
atuação:
I - executar as atividades específicas do SIARDF; O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS, no uso das atribuições
II - executar, programar e acompanhar projetos definidos pelo Órgão que lhe são conferidas pelo inciso IV, do art. 107 da Constituição Estadual, bem
Central do SIARDF; como o disposto no art. 21 da Lei Federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, e
III - zelar pelo cumprimento das diretrizes e normas disciplinadoras do tendo em vista o que dispõe o Processo Administrativo nº 1101-5272/2010,
SIARDF; DECRETA:
IV - promover treinamento de pessoal envolvido com atividades de Art. 1º Fica assegurado, a todos os interessados, o acesso às
arquivo; informações constantes dos documentos produzidos e acumulados pela
V - acompanhar e orientar a execução das atividades arquivísticas, de extinta Delegacia da Ordem Política e Social – DOPS, pelas unidades de
acordo com as rotinas estabelecidas; inteligência da Polícia Civil e Militar do Estado e pelas Assessorias de
VI - manter cadastro dos acervos arquivísticos pertencentes às suas Informação dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual,
estruturas organizacionais; especificamente aqueles relacionados ao período do regime militar no Brasil,
VII - prestar ao Órgão Central do SIARDF informações sobre suas por serem fontes importantes de interesse público e geral para o resgate da
atividades; e memória, para defesa de direitos dos cidadãos e dos direitos humanos e para a
VIII - apresentar sugestões visando ao aprimoramento do SIARDF. recuperação de fatos relevantes da história contemporânea brasileira.
Art. 11. As competências, composição e demais disposições referentes Art. 2º Os documentos referidos no art. 1º deste Decreto, que ainda
ao Conselho de Arquivos do Distrito Federal, instituído pelo inciso I, do art. 8º não tenham sido recolhidos ao Arquivo Público do Estado de Alagoas - APA,
deste Decreto, serão estabelecidas em regulamento próprio pelo titular da deverão ser identificados pelos órgãos e entidades responsáveis pela sua
Secretaria de Estado de Cultura. custódia e a ele recolhidos no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contados da
data da publicação deste Decreto.

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Art. 3º O APA ficará responsável pela organização e integração sistêmica 158 da Constituição Federal, será distribuída nos percentuais e nos exercícios
dos acervos referidos no art. 1º deste Decreto com os acervos dos demais arquivos indicados no Anexo I desta Lei, conforme os seguintes critérios.
públicos e privados do país que contenham documentos de interesse para o estudo (...)
das lutas políticas no Brasil. VI – patrimônio cultural; relação percentual entre o Índice de
§ 1º A integração sistêmica prevista no caput deste artigo será efetivada Patrimônio Cultural do Município e o somatório dos Índices para todos os
por meio da Rede Nacional de Cooperação e Informações Arquivísticas - Memórias municípios, fornecida pelo Instituto do Estadual do Patrimônio Histórico e
Reveladas, e dar-se-á mediante Termo de Cooperação firmado entre o Arquivo Artístico – IEPHA -, da Secretaria de Estado da Cultura, que fará publicar, até o
Público do Estado de Alagoas e o Arquivo Nacional, gestor do Centro de Referência dia 30 de abril de cada ano, os dados apurados relativos ao ano civil
das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) - Memórias Reveladas, transformando-se imediatamente anterior, observado o disposto no Anexo III desta lei;
em Ponto de Acesso e Pesquisa às informações da Rede, facilitando o acesso aos (...)
registros de interesse para a pesquisa e defesa de direitos, independentemente da Dada no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 28 de
instituição custodiadora. dezembro de 1995.
§ 2º O APA, quando de sua integração à Rede citada no parágrafo EDUARDO AZEREDO
anterior, deverá disponibilizar as informações contidas nos acervos referidos no Amílcar Vianna Martins Pinto
art. 1º deste Decreto, por meio do Banco de Dados Memórias Reveladas, mantido Walfrido Silvino dos Mares Guia Neto
pelo Arquivo Nacional. João Heraldo Lima
Art. 4º O acesso às informações contidas nos documentos referidos no Arésio de Almeida Dâmaso e Silva
art. 1º deste Decreto poderá ser efetivado no local de guarda, nos Pontos de Acesso
e Pesquisa e também pela Rede Mundial de Computadores - Internet. [Diário Oficial do estado de Minas Gerais, de 29 de dezembro de 1995]
§ 1º O acesso se dará mediante cadastramento e aceitação do termo de
responsabilidade de uso e divulgação de informações sobre terceiros, no qual o
usuário se responsabilize por eventuais danos oriundos do uso inadequado do GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
documento e de informações nele contidas. DECRETO Nº 39.504, DE 24 DE MARÇO DE 1997
§ 2º A aceitação do termo de responsabilidade eximirá o Poder Público Cria o Conselho Estadual de Arquivos-CEA, e dá
de ônus por eventuais danos morais ou materiais causados a terceiros pela outras providências.
divulgação de informações obtidas nos referidos acervos.
§ 3º Fica assegurada aos interessados a obtenção de certidão ou cópias O Governador do Estado de Minas Gerais, no uso de atribuição que
de documentos contidos nos acervos, às suas expensas, observadas as disposições lhe confere o artigo 90, inciso VII, da Constituição do Estado, e tendo em vista
contidas nos §§ 1º e 2º deste artigo e respeitadas as normas internas de serviços aos o disposto no artigo 83 da Lei nº 11.726, de 30 de dezembro de 1994,
usuários e de preservação de documentos do Arquivo Público do Estado de Alagoas DECRETA:
- APA. Art. 1º - Fica criado o Conselho Estadual de Arquivos, órgão
Art. 5º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação. colegiado com função deliberativa, previsto no artigo 83 da Lei nº 11.726, de 30
PALÁCIO REPÚBLICA DOS PALMARES, em Maceió, 13 de dezembro de de dezembro de 1994, subordinado diretamente ao Governador do Estado de
2010, 194º da Emancipação Política e 122º da República. Minas Gerais.
TEOTONIO VILELA FILHO Parágrafo único – Para os efeitos deste Decreto, a sigla CEA e a
Governador palavra Conselho equivalem à denominação Conselho Estadual de Arquivos.
Art. 2º - O CEA tem por finalidade coordenar as ações da política
[Diário Oficial do Estado de Alagoas, do dia 14 de dezembro de 2010] estadual de arquivos, bem como estabelecer normas técnicas de organização
dos arquivos da Administração Pública Estadual, definir os planos de
regionalização do Arquivo Público Mineiro e de funcionamento dos serviços
Decreto nº 26.320, de 13 de maio de 2013 ou unidades de arquivos nos órgãos públicos estaduais.
Dispõe sobre o acesso a informações públicas de que trata a lei federal nº Art. 3º - Compete ao CEA:
12.527, de 18 de novembro de 2011. I - estabelecer diretrizes visando à gestão, à preservação e ao acesso
a documentação de arquivos;
[Diário Oficial do Estado, de 14 de maio de 2013] II - promover o inter-relacionamento entre os arquivos públicos
dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário estaduais;
[Disponível em: http://www.doeal.com.br/portal/visualizacoes/jornal/#e:11028>] III - propor a edição de instrumentos normativos necessários ao
aperfeiçoamento e à implementação da política estadual de arquivos;
IV - zelar pelo cumprimento da legislação que disciplina o
Estado da Bahia funcionamento e acesso aos arquivos públicos;
Governo do estado da Bahia V - colaborar com o Conselho Nacional de Arquivos na identificação
Lei Delegada nº 52, de 31 de maio de 1983. de arquivos privados de interesse público e social;
Criação do Sistema Estadual de Arquivos VI - elaborar subsídios e emitir pareceres, sempre que solicitados,
nas questões pertinentes ao patrimônio arquivístico do Estado de Minas Gerais;
VII - estimular programas de gestão e de preservação de
Estado do Espírito Santo documentos públicos, de âmbito estadual e municipal, produzidos ou
Governo do estado do Espírito Santo recebidos em decorrência das funções executiva e legislativa;
VIII - subsidiarCriação a elaboração de planos
do Sistema Estadual estaduais
de Arquivos: de nº 2.270,
Decreto
desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política estadual de
arquivos;
Estado de Minas Gerais IX - estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que
desenvolvam atividades de arquivo nas instituições integrantes do Sistema
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Estadual de Arquivos;
LEI Nº 12.040, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1995 X - recomendar providências para a apuração e a reparação de atos
lesivos à política estadual de arquivos públicos e arquivos privados de
Dispõe sobre a distribuição da parcela de receita do produto da arrecadação do interesse público e social;
ICMS pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do XI - articular-se com outros órgãos e entidades do poder público
artigo 158 da Constituição Federal, e dá outras providências. formuladores de políticas estaduais de planejamento, de educação, de ciência
(...) e tecnologia, de informação e de informática;
Art. 1. – A parcela da receita do produto da arrecadação do Imposto XII - exercer as atividades correlatas que lhe forem delegadas.
sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Art. 4º - O Conselho Estadual de Arquivos tem a seguinte
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS – composição:
pertencente aos municípios, de que trata o inciso II do parágrafo único do artigo I - Diretor do Arquivo Público Mineiro, que é seu Presidente;

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II - 1 (um) representante da Secretaria de Estado de Recursos Humanos arquivamento, em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou
e Administração; recolhimento para guarda permanente.
III - 1 (um) representante do Poder Judiciário; Art. 4º Todos os cidadãos têm o direito de receber dos órgãos
IV - 1 (um) representante do poder Legislativo; públicos informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou
V - 1 (um) representante de Arquivo Público de Município; geral, contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas, no prazo da
VI - 2 (dois) representantes do Arquivo Público Mineiro; lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja
VII - 1 (um) representante do Instituto Estadual do Patrimônio imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, bem como à
Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA-MG; inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem das
VIII - 1 (um) representante da Companhia de Processamento de Dados pessoas.
do Estado de Minas Gerais – PRODEMGE; Art. 5º A administração pública é obrigada a abrir à consulta os
IX - 2 (dois) representantes de instituições não governamentais que documentos públicos, na forma da presente Lei.
atuem na área de ensino, pesquisa, preservação ou acesso a fontes documentais. Art. 6º Fica resguardado ao cidadão o direito de indenização pelo
§ 1º - A cada membro do Conselho Estadual de Arquivos corresponderá dano material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das
um suplente, que o substituirá em caso de ausência ou impedimento. ações penal, civil e administrativa.
§ 2º - Os membros do CEA e seus respectivos suplentes serão indicados CAPÍTULO II
pelos dirigentes dos órgãos, entidades ou Poder que representam e designados por DOS ARQUIVOS PÚBLICOS MUNICIPAIS
ato do Governador do Estado. Art. 7º Os arquivos públicos são o conjunto de documentos
§ 3º - Os membros do Conselho terão mandato de 2 (dois) anos, produzidos e recebidos no exercício de suas atividades por órgãos públicos
permitida a recondução por igual período. municipais em decorrência de suas funções executivas e legislativas.
Art. 5º - O exercício da função de membro do Conselho Estadual de § 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e
Arquivos é considerado serviço público relevante. recebidos por instituições de caráter público municipal, por entidades
Art. 6º - O Plenário, órgão superior de deliberação do Conselho privadas encarregadas da gestão de serviços públicos municipais, e por
Estadual de Arquivos, reunir-se-á, ordinariamente, no mínimo, uma vez a cada 6 agentes públicos municipais no exercício de suas atividades.
(seis) meses e, extraordinariamente, mediante convocação de seu Presidente ou a § 2º A cessação de atividades de instituições públicas municipais e
requerimento de 2/3 (dois terços) de seus membros. de entidades de caráter público implica o recolhimento de sua documentação
Art. 7º - O suporte técnico e administrativo necessário ao ao ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO ou a sua transferência a instituição
funcionamento do Conselho será prestado pelo Arquivo Público Mineiro. sucessora.
Art. 8º - O CEA constituirá câmaras técnicas e comissões especiais, Art. 8º Os documentos públicos são identificados como correntes,
com a finalidade de elaborar estudos e normas necessários à implementação da intermediários e permanentes.
política estadual de arquivos públicos e ao funcionamento do Sistema Estadual de § 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que,
Arquivos. mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas frequentes.
Parágrafo único – Os integrantes das câmaras e comissões serão § 2º Consideram-se documentos intermediários aquele que, não
designados pelo Presidente do Conselho e referendados pelo Plenário. sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse
Art. 9º - O Regimento Interno do Conselho Estadual de Arquivos será administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda
elaborado e aprovado pelo seu Plenário. permanente.
Art. 10 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. § 3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de
Art. 11 - Revogam-se as disposições em contrário. valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente
Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, aos 24 de março de 1997. preservados.
Eduardo Azeredo Art. 9º A eliminação de documentos produzidos por instituições
Governador do Estado públicas municipais e entidades de caráter público municipal será realizada
mediante autorização da instituição arquivística municipal em sua esfera de
[Publicação – Diário do Executivo – “Minas Gerais” - 25-03-1997] competência.
[Retificação – Diário do Executivo – “Minas Gerais” - 26-03-1997] Art. 10 Os documentos permanentes são inalienáveis e
imprescritíveis.
CAPÍTULO III
DOS ARQUIVOS PRIVADOS
Prefeitura Municipal de Belo Horizonte Art. 11 Consideram-se arquivos privados os conjuntos de
Lei Municipal nº 5.899, de 20 de maio de 1991 documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em
Política Municipal de Arquivos decorrência de suas atividades.
Art. 12 Os arquivos privados podem ser identificados, pelo Poder
Lei Municipal nº 5.900, de 20 de maio de 1991 Público Municipal, como de interesse público e social, desde que sirvam como
Criação do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte (APCBH) instrumento de apoio à história, à cultura e ao desenvolvimento científico do
Município.
§ 1º Os arquivos privados, localizados no Município e identificados
Prefeitura Municipal de Passa Quatro pelo Poder Público Municipal como de interesse social, não poderão ser
Câmara Municipal de Passa-Quatro alienados com dispersão ou perda da unidade documental, nem transferidos
LEI Nº 1700/2005 para o exterior.
Dispõe sobre a política municipal de arquivos públicos e privados e dá § 2º Na alienação desses arquivos, o Poder Público Municipal terá
outras providências. preferência na aquisição.
O Povo do Município de Passa-Quatro, por seus representantes, aprovou, § 3º O acesso aos documentos de arquivos privados localizados no
e eu, em seu nome, sanciono a seguinte Lei: Município e identificados como de interesse público e social poderá ser
CAPÍTULO I permitido mediante autorização de seu proprietário ou possuidor.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 13 Os arquivos privados, localizados no Município e
Art. 1 É dever do Poder Público a gestão documental e a proteção identificados como de interesse público e social, poderão ser depositados a
especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à título revogável, ou doados ao ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO.
cultura, ao desenvolvimento científico e como elemento de prova e informação. CAPÍTULO IV
Art. 2º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, conjunto de DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS
documentos organicamente acumulados, produzidos e recebidos por órgãos MUNICIPAIS
públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do Art. 14 A gestão dos documentos da administração pública direta,
exercício de atividades específicas, bem como pessoas físicas, qualquer que seja o indireta e fundacional compete às instituições arquivísticas municipais.
suporte da informação ou a natureza dos documentos. Parágrafo único. São arquivos municipais: o arquivo do Poder
Art. 3º Considera-se gestão de documentos o conjunto de Executivo e o arquivo do Poder Legislativo.
procedimentos e operações técnicas referentes à sua tramitação, avaliação e Art. 15 Compete ao ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO a gestão
e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder

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Executivo e pelo Poder Legislativo e a normatização, gestão, conservação e Secretário de Administração
organização dos documentos dos arquivos municipais, de modo a facultar o seu
acesso e implementar a política municipal de arquivos. [Fonte: <http://www.passaquatro.mg.gov.br/governo-legislacao.php>]
Art. 16 O ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO será subordinado
diretamente ao Gabinete do Executivo Municipal.
CAPÍTULO V ESTADO DO PARÁ
DO ACESSO E DO SIGILO DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 17 É assegurado o acesso pleno aos documentos públicos Governo do estado do Pará
municipais.
Art. 18 Os documentos cuja divulgação ponha em risco a segurança da Decreto nº 10.685, de 03 de julho de 1978
sociedade e dos Poderes Públicos Municipais, bem como aqueles necessários para Criação do Sistema de Informações Administrativas – SINAD.
resguardar a inviolabilidade da intimidade da vida privada, da honra e da imagem
das pessoas são originariamente sigilosos. Decreto nº 5.961, de 17 de fevereiro de 1989
§ 1º O acesso aos documentos sigilosos, referentes à segurança da Criação do Sistema
sociedade e dos Poderes Públicos Municipais será restrito por 30 (trinta) anos, a
contar da data de sua produção, podendo ser prorrogado por uma única vez, por Lei nº 5. 629 de 20 de dezembro de 1990
igual período. Dispõe sobre a Preservação e Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico,
§ 2º O acesso aos documentos sigilosos, referentes à honra e à imagem Natural e Cultural do Estado do Pará.
das pessoas, será restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a contar da A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu
data da sua produção. sanciono a seguinte Lei:
Art. 19 Poderá o Poder Judiciário, em qualquer instância, determinar a CAPÍTULO I
exibição reservada de qualquer documento sigiloso sempre que indispensável à DO PATRIMÔNIO, HISTÓRICO, ARTÍSTICO, NATURAL E CULTURAL
defesa de direito próprio ou esclarecimento de situação pessoal da parte. DO ESTADO DO PARÁ
Parágrafo único. Nenhuma norma de organização administrativa será Art. 1º - São considerados patrimônio cultural do Estado do Pará os
interpretada de modo a restringir, de qualquer forma, o disposto neste artigo. bens de natureza material ou imaterial, quer tomados individualmente ou em
DISPOSIÇÕES FINAIS conjunto, que sejam relacionados à identidade, à ação, à memória dos
Art. 20 Aquele que desfigurar ou destruir documentos de valor diferentes grupos que formam a sociedade paraense, dentre os quais se
permanente, ou identificados como de interesse público e social será incluem:
responsabilizado penal, civil e administrativamente, na forma da legislação em I - As formas de expressão;
vigor. II - Os modos de criar, fazer e viver;
Art. 21 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando as III - As criações científicas, artísticas e tecnológicas;
disposições em contrário. IV - As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços
Passa-Quatro, 9 de junho de 2005. destinados às manifestações artístico-culturais;
Acácio Mendes de Andrade V - As cidades, os edifícios, os conjuntos urbanos e sítios de valor
Prefeito Municipal histórico, arquitetônico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico,
Leonardo Vilhena Viana ecológico, natural, científico e inerentes a relevantes narrativas de nossa
Secretário de Administração história cultural.
VI - A cultura indígena tomada isoladamente e em conjunto.
Câmara Municipal de Passa-Quatro Art. 2º - Estas disposições se aplicam às coisas pertencentes às pessoas naturais,
bem como às pessoas jurídicas de direito público e privado.
LEI Nº 1701/2005 …
Dispõe sobre a criação do ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO e dá Art. 4º - O DPHAC da Secretaria de Cultura do Estado-SECULT e os
outras providências AMPPPC possuirão 04 (quatro) Livros de Tombo ou de Registro de Bens
O Povo do Município de Passa Quatro, por seus Representantes, aprovou Culturais, nos quais serão inscritos os bens a que se refere o disposto no Art.
a seguinte lei: 1o desta Lei, a saber:
Art. 1º Fica criado o ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO, como ...
instrumento de apoio à administração, à cultura e como elemento de prova e 4- Livro de Tombo de Bens Móveis de valor histórico, artístico,
informação. folclórico, iconográfico, toponímico, etnográfico, incluindo-se acervos de
Art. 2º O ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO tem por finalidade bibliotecas, arquivos, museus, coleções, objetos e documentos de propriedade
recolher e promover a preservação e divulgação do patrimônio documental dos pública e privada.
Poderes Executivo e Legislativo Municipal bem como de documentos privados de Parágrafo Único - Serão inscritos nos respectivos Livros de Tombo os bens
interesse público, competindo-lhe: tombados em qualquer nível de governo e situado no território do Estado do
a) localizar, recolher, reunir, recuperar, organizar e manter sob sua Pará.
guarda os documentos públicos e privados, a fim de que possam ser utilizados com ...
fins administrativos, legais e culturais; DOS INCENTIVOS À PRESERVAÇÃO
b) franquear o uso do acervo ao público em geral, atendendo aos ...
pedidos para fins de prova e informação; Art. 7º - O Estado e os municípios estabelecerão mecanismos de
c) manter intercâmbio com outros arquivos, buscando o compensação aos proprietários de imóveis tombados por seu valor histórico,
enriquecimento documental do Município; artístico, paisagístico, arquitetônico, urbanístico, arqueológico e natural,
d) manter uma biblioteca de apoio, com linha de acervo definida. através de incentivos fiscais, isenções tributárias e transferência do direito de
Art. 3º Os Poderes Executivo e Legislativo do Município recolherão ao construir.
ARQUIVO PÚBLICO os conjuntos documentais existentes em seus arquivos, Art. 8º - O Estado do Pará através do seu Banco Oficial, estabelecerá
conforme estipular o regimento. linha de crédito especial a proprietário de imóvel tombado como incentivo na
Art. 4º O ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO será subordinado preservação e/ou restauração do mesmo.
diretamente ao Gabinete do Executivo Municipal. Art. 9º - Os agentes e órgãos de preservação e proteção do
Art. 5º A Lei Orçamentária dotará, anualmente, recursos necessários patrimônio cultural no Estado poderão prestar assessoria técnica e
para a realização das despesas com o ARQUIVO PÚBLICO DE PASSA QUATRO. acompanhamento na preservação e/ou restauração de bens culturais imóveis
Art. 6º Esta Lei será regulamentada sessenta dias após sua publicação. e móveis.
Art. 7º Esta Lei entra em vigor na dada de sua publicação, revogadas as § 1º - Promoverão política de formação de pessoal especializado na
disposições em contrário. área de preservação e restauração de bens culturais.
Passa Quatro, 9 de junho de 2005. § 2º - Estabelecerão, quando for o caso, Convênio de intercâmbio e
Acácio Mendes de Andrade cooperação a qualquer nível de Governo objetivando à consecução de seus
Prefeito Municipal objetivos.
Leonardo Vilhena Viana

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Art. 10 - O poder público promoverá ou incentivará mecanismo de PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA, em João Pessoa, 29
divulgação, conscientização e valorização do patrimônio paraense. de novembro de 2010; 122° da Proclamação da República
... JOSÉ TARGINO MARANHÃO
Art. 48 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas Governador
as disposições em contrário.
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO, 20 de dezembro de 1990 ESTADO DO PARANÁ
HÉLIO MOTA GUEIROS
Governador do Estado Governo do Estado do Paraná
ARTHUR CLÁUDIO MELLO Lei nº 15.742, de 18 de Dezembro de 2007
Secretário de Estado de Justiça
JOSÉ NOGUEIRA DE SOUZA SOBRINHO Dispõe que os órgãos e entidades da Administração
Secretário de Estado de Administração, em exercício Pública Direta, Indireta, Autárquica e Fundacional
JOÃO DE JESUS PAES LOUREIRO do Estado do Paraná, bem como os órgãos
Secretário de Estado da Cultura autônomos e empresas sob o controle estatal
adotarão, preferencialmente, formatos abertos de
ESTADO DA PARAÍBA arquivos para criação, armazenamento
disponibilização digital de documentos
DECRETO N.° 31.816, de 29 de novembro de 2010
A Assembleia Legislativa do Estado do Paraná decretou e eu
Dispõe sobre o acesso aos documentos produzidos e sanciono a seguinte lei:
acumulados por órgãos de inteligência e informação, Art. 1°. Os órgãos e entidades da Administração Pública Direta,
especificamente aqueles relacionados ao período do regime Indireta, Autárquica e Fundacional do Estado do Paraná, bem como os órgãos
militar no Brasil, no âmbito do Estado da Paraíba e dá outras autônomos e empresas sob o controle estatal adotarão, preferencialmente,
providencias. formatos abertos de arquivos para criação, armazenamento e disponibilização
digital de documentos.
O GOVERNADOR DO ESTADO DA PARAÍBA, no uso das atribuições que Art. 2°. Entende-se por formatos abertos de arquivos aqueles que:
lhe são conferidas pelo art. 86, inciso IV, da Constituição do Estado, I - possibilitam a interoperabilidade entre diversos aplicativos e
DECRETA: plataformas, internas e externas;
Art. 1º Fica assegurado, a todos os interessados, o acesso às informações II - permitem aplicação sem quaisquer restrições ou pagamento de
constantes dos documentos produzidos e acumulados na Secretaria da Segurança royalties;
Pública e Defesa Social do Estado, pelas unidades de inteligência da Polícia Civil e III - podem ser implementados plena e independentemente por
Militar do Estado e pelas Assessorias de informação dos órgãos e entidades da múltiplos fornecedores de programas de computador, em múltiplas
Administração Pública Estadual, especificamente aqueles relacionados ao período plataformas, sem quaisquer ônus relativos à propriedade intelectual para a
do regime militar no Brasil, por serem fontes importantes de interesse público e necessária tecnologia;
geral para o resgate da memória, para defesa dos direitos dos cidadãos e dos Art. 3°. Os entes, mencionados no art. 1º desta lei, deverão estar
direitos humanos e para recuperação de fatos relevantes da história aptos ao recebimento, publicação, visualização e preservação de documentos
contemporânea brasileira. digitais em formato aberto, de acordo com a norma ISO/IEC 26.300 (Open
Art. 2º Os documentos referidos no art. 1º, que ainda não tenham sido Document Format – ODF).
recolhidos à Gerência Operacional de Arquivo e da Documentação - GOAR, unidade Art. 4°. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
da Secretaria de Estado da Administração, deverão ser identificados pelos órgão e PALÁCIO DO GOVERNO EM CURITIBA, em 18 de dezembro de 2007.
entidades responsáveis pela sua custódia e a ele recolhidos no prazo de 180 dias, Roberto Requião
contados da data da publicação deste Decreto. Governador do Estado
Art. 3º A Gerência Operacional de Arquivo e Documentação - GOARD Nizan Pereira Almeida
ficará responsável pela organização e integração sistêmica dos acervos referidos Secretário para Assuntos Estratégicos
no art. 1º com os dos demais arquivos públicos e privados do país que contenham Rafael Iatauro
documentos de interesse para o estudo das lutas políticas no Brasil. Chefe da Casa Civil
§ 1º A integração sistêmica prevista no caput será efetivada por meio da
rede Nacional de Cooperação e Informação Arquivísticas - Memórias Reveladas, [Diário Oficial do Estado do Paraná, de 18 de Dezembro de 2007. Nº. 7621]
dar-se-á mediante Termo de Cooperação firmado entre o Arquivo Público do
Estado, Gerência Operacional de Arquivo e documentação - GOARD, e o Arquivo ESTADO DE PERNAMBUCO
Nacional, gestor do Centro de Referência das Políticas no Brasil (1964 -1985) - Governo do estado de Pernambuco
Memórias Reveladas, transformando-se em Ponto de Acesso e Pesquisas às Decreto nº 11.147, de 27 de janeiro 1986
informações da Rede, facilitando o acesso e pesquisa e defesa de direitos, Criação do Sistema
independentemente da instituição custodiadora.
§ 2º A Gerência Operacional de Arquivo e Documentação - GOARD, ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
quando de sua integração à Rede, citada no parágrafo anterior, deverá Governo do estado do Rio Grande do Norte
disponibilizar as informações contidas nos acervos referidos no art. 1º por meio do Decreto nº 7.394, de 18 de maio de 1978
Banco de Dados Memórias Reveladas, mantido pelo Arquivo Nacional. Criação do Sistema Estadual de Arquivos
Art. 4° O acesso às informações contidas nos documentos referidos no
art. 1º poderá ser efetivado no local da guarda, nos Pontos de Acesso e pesquisa e Decreto nº 12.924, de 20 de março de 1996.
também pela Rede Mundial de Computadores - Internet. Reestruturação do Sistema Estadual de Arquivos
§ 1º O acesso se dará mediante cadastramento e aceitação do termo de
responsabilidade de uso e divulgação de informações sobre terceiros, no qual o ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
usuário se responsabilize por eventuais danos oriundos do uso inadequado do Governo do estado do Estado do Rio Grande do Sul
documento e de informações nele contidas. Decreto nº 33.200, de 05 de junho de 1989
§ 2º A aceitação do termo de responsabilidade eximirá o Poder Público Criação do Sistema Estadual de Arquivo.
de ônus por eventuais danos morais ou materiais causados a terceiros pela
divulgação de informações obtidas nos referidos acervos.
§ 3º Fica assegurada aos interessados a obtenção de certidão ou cópias Governo do estado do Rio Grande do Sul
de documentos contidos nos acervos, às suas expensas, observadas as disposições Decreto nº 52715 de 20 de novembro de 2015
contidas nos parágrafos 1º e 2º deste artigo e respeitadas as normas internas de Dispõe sobre o Sistema de Processo Administrativo Eletrônico - PROA - no
serviços aos usuários e de preservação de documentos do Arquivo Público do âmbito do Poder Executivo Estadual.
Estado.
Art. 5º Este decreto entra em vigor na data de sua publicação. O Governador do Estado do Rio Grande do Sul, no uso das

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atribuições que lhe confere o art. 82, incisos V e VII da Constituição do Estado, CAPÍTULO II - DO COMITÊ GESTOR
Decreta: Art. 3º O Comitê Gestor do Processo Administrativo Eletrônico será
CAPÍTULO I - DO SISTEMA DE PROCESSO ADMINISTRATIVO ELETRÔNICO composto por um representante titular, e respectivo suplente, das seguintes
Art. 1º O expediente administrativo e sua representação por meio instituições:
eletrônico, na produção, no registro, na tramitação, na consulta, na transmissão e I - Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos
no arquivamento de documentos pela Administração Pública Estadual será Humanos, que o presidirá;
admitido por intermédio do Sistema de Processo Administrativo Eletrônico - PROA, II - Gabinete do Governador;
nos termos deste Decreto. III - Secretaria da Casa Civil;
§ 1º A implantação do Sistema mencionado no "caput" deste artigo IV - Secretaria-Geral de Governo;
ocorrerá conforme cronograma definido pelo Comitê Gestor do Processo V - Procuradoria-Geral do Estado;
Administrativo Eletrônico. VI - Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento
§ 2º A implementação de expedientes administrativos eletrônicos é de Regional;
responsabilidade dos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual Direta VII - Secretaria da Fazenda;
e Indireta. VIII - Companhia de Processamento de Dados do Estado do Rio
§ 3º O Sistema PROA fica definido como solução tecnológica única para Grande do Sul - PROCERGS;
o Poder Executivo Estadual. IX - Autoridade Certificadora do Estado do Rio Grande do Sul - AC-
Art. 2º Para fins do Sistema de Processo Administrativo Eletrônico, RS; e
disposto neste Decreto, considera-se: X - Sistema de Arquivos do Estado do Rio Grande do Sul - SIARQ/RS.
I - meio eletrônico: qualquer forma de armazenamento ou de tráfego de § 1º Os integrantes do Comitê Gestor serão indicados pelos titulares
documentos e arquivos digitais; dos respectivos órgãos e designados por ato do Governador do Estado.
II - transmissão eletrônica: toda forma de comunicação à distância com § 2º O Comitê Gestor, por seu Presidente, poderá convidar
a utilização de redes de comunicação; representantes de outros órgãos, entidades da administração pública ou de
III - assinatura eletrônica: registro realizado eletronicamente por usuário organizações da sociedade civil, para participar das reuniões e discussões por
identificado de modo inequívoco, com o objetivo de assinar ele organizadas.
determinado documento, admitindo as seguintes formas de identificação do § 3º A função de membro do Comitê Gestor será considerada
signatário: prestação de serviço relevante, não remunerada.
a) assinatura digital; e Art. 4º O Comitê Gestor supervisionará o gerenciamento, a
b) assinatura cadastrada. especificação, o desenvolvimento, a implantação, o suporte e a manutenção
IV - usuário interno: todo aquele que, por força de suas atribuições conetiva e evolutiva do Sistema de Processo Administrativo Eletrônico.
funcionais, tenha acesso, de forma autorizada, as informações produzidas ou Art. 5º São atribuições do Comitê Gestor do Processo
custodiadas pela Administração; Administrativo Eletrônico:
V - usuário externo: qualquer pessoa física que tenha acesso, de forma I - definir a metodologia, o fluxo e a tramitação dos expedientes
autorizada, mediante cadastramento prévio, as informações produzidas ou administrativos eletrônicos, a padronização da infraestrutura, aplicações e
custodiadas pela Administração que não seja caracterizada como usuário interno; dados;
VI - Documento digital: informação registrada, codificada em dígitos II - garantir a adequação do Sistema aos requisitos legais e às
binários, acessível e interpretável por meio de sistema computacional; necessidades da Administração Pública Estadual;
VII - processo eletrônico: conjunto de entradas, de saídas e de III - definir as premissas e as estratégias utilizadas para a
movimentações de documentos em formato eletrônico com validação por especificação, o desenvolvimento, os testes, a homologação, a implantação e a
intermédio de assinatura eletrônica, arquivados em banco de dados corporativo integridade de operação do sistema;
com identificação única; IV - promover a integração com demais órgãos e entidades
VIII - certificação digital: conjunto de procedimentos que asseguram a necessários ao desenvolvimento e implantação do Sistema; e
integridade das informações e a autoria das ações realizadas em meio eletrônico, V - priorizar e deliberar sobre as necessidades de manutenção do
mediante assinatura digital; Sistema e encaminhá-las às áreas pertinentes.
IX - certificado digital: conjunto de dados de computador, gerados por Art. 6º As deliberações referentes ao Sistema de Processo
uma Autoridade Certificadora que se destina a registrar, de forma única, exclusiva Administrativo Eletrônico dar-se-ão por meio de resoluções do Secretário de
e intransferível, a relação existente entre uma chave de criptografia e uma pessoa Estado da Modernização Administrativo e dos Recursos Humanos e publicadas
física, jurídica, máquina ou aplicação; no Diário Oficial do Estado.
X - certificado digital do tipo A3: certificado em que a geração e o CAPÍTULO III - DA ASSINATURA ELETRÔNICA
armazenamento das chaves criptográficas são feitos em mídias do tipo cartão Art. 7º A tramitação do expediente administrativo por meio
inteligente ou "token", observando-se que as mídias devem ter capacidade de eletrônico será admitida mediante a utilização de assinatura eletrônica,
geração de chaves e serem protegidas por senha ou hardware criptográfico contendo elementos que permitam identificar o usuário responsável pela sua
aprovado pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil; prática.
XI - gestão documental: conjunto de procedimentos e operações § 1º O credenciamento será realizado mediante procedimento no
técnicas referentes à produção, registro, classificação, tramitação, uso, avaliação e qual esteja assegurada a adequada identificação.
arquivamento de documentos, visando a sua eliminação ou guarda permanente; § 2º Ao credenciado será atribuído registro e meio de acesso ao
XII - conversão de autos processuais em papel para meio eletrônico: sistema, de modo a preservar o sigilo, a integridade e a autenticidade de suas
execução de procedimento que envolve a digitalização do expediente comunicações.
administrativo objeto da conversão, a inclusão dos arquivos resultantes da Art. 8º A assinatura eletrônica será admitida sob as seguintes
digitalização como peças do respectivo expediente administrativo e a inserção, modalidades:
tanto na versão papel quanto na versão eletrônica, de termo que ateste a I - assinatura digital: baseada em certificado digital e atenderá aos
fidedignidade da versão eletrônica; requisitos de autenticidade; integridade, validade jurídica e interoperabilidade
XIII - cópia eletrônica: o documento eletrônico resultante da da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP Brasil -, conforme
digitalização de documento físico; disposto na Lei nº 12.469 , de 3 de maio de 2006;
XIV - carimbo de tempo: mecanismo que indica, em todo e qualquer II - assinatura cadastrada: credenciada em sistema de controle de
documento e/ou transação eletrônica, o momento em que o evento ocorreu, acesso informatizado, com fornecimento de "login" e senha para o
baseando-se na hora oficial brasileira fornecida pelo Observatório Nacional; credenciamento, assegurada a adequada e inequívoca identificação.
XV - plano de classificação de documentos: instrumento elaborado a Art. 9º A prática de atos assinados eletronicamente dar-se-á na
partir de estudos das estruturas e das funções do órgão, que resulta em um forma estabelecida neste Decreto e implicará a responsabilização legal do
esquema de distribuição de documentos em níveis hierárquicos, de acordo com credenciado pelo uso indevido da assinatura eletrônica.
métodos de arquivamento; e Art. 10. São de exclusiva responsabilidade dos usuários:
XVI - tabela de temporalidade de documentos: instrumento aprovado I - o sigilo da assinatura eletrônica, de uso pessoal e intransferível;
por autoridade competente, que determina os prazos de guarda e destinação final e
dos conjuntos documentais produzidos a partir das atividades desempenhadas II - a preparação dos documentos digitais e anexos, em
pelo Estado. conformidade com as definições do Sistema, no que diz respeito à formatação

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e características técnicas. CAPÍTULO VI - DO ARQUIVAMENTO E DO DESARQUIVAMENTO
CAPÍTULO IV - DOS DOCUMENTOS, DA CONSULTA E DA SEGURANÇA Art. 17. Nenhum auto de infração ou expediente administrativo
Art. 11. O PROA, "software" específico para a tramitação do expediente eletrônico dele decorrente poderá ser arquivado sem despacho fundamentado
administrativo eletrônico, deverá: da autoridade competente.
I - ter características que permitam auditoria para fins de garantia da Art. 18. O arquivamento ou desarquivamento justificado do
disponibilidade, da integridade, da confidencialidade e da autenticidade das expediente administrativo eletrônico somente poderá ser determinado por
informações; autoridade competente conforme normatização estabelecida.
II - realizar o armazenamento e a recuperação de dados em centro de Art. 19. Para a prática de ato em expediente administrativo
processamento de dados fornecido por órgãos e entidades da Administração eletrônico desarquivado, os responsáveis pelo arquivo distribuirão o
Pública Estadual, incluindo empresas públicas e sociedades de economia mista e expediente administrativo eletrônico para a unidade requisitante, lançando a
suas subsidiárias; e necessária tramitação.
III - adequar-se ao Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados CAPÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
de Gestão Arquivística de Documentos - e-ARQ Brasil, e às Diretrizes para a Art. 20. O uso inadequado do expediente administrativo eletrônico que cause
Implementação de Repositórios Arquivísticos Digitais Confiáveis - RDC-Arq, prejuízo aos interessados ou à Administração Pública Estadual está sujeito à
mantidos e atualizados pelo Conselho Nacional de Arquivos - CONARQ. apuração de responsabilidade civil e criminal, bem como à aplicação de
Art. 12. Todos os atos processuais do expediente administrativo sanções administrativas.
eletrônico serão assinados eletronicamente na forma estabelecida neste Decreto e Art. 21. Fica convalidado o uso de outros sistemas eletrônicos de
utilizarão, preferencialmente, formatos abertos de arquivos, baseado na gestão de expedientes administrativos até a data de publicação deste Decreto,
padronização ABNT NBR ISO/IEC 26300. desde que atingida sua finalidade e que não tenham causado prejuízo aos
Parágrafo único. Caso não seja possível tecnicamente atender ao interessados.
disposto no "caput" deste artigo, os atos processuais do expediente administrativo Art. 22. A adoção de certificados digitais para a realização de
eletrônico utilizarão preferencialmente o formato "Portable Document Format" transações eletrônicas seguras a fim de garantir a autenticidade, a integridade
(PDF/A), baseado na padronização ABNT NBR ISO 19005. e a validade jurídica de documentos em forma eletrônica deverá atender ao
Art. 13. Os documentos produzidos eletronicamente ou os convertidos disposto na Lei nº 12.469 , de 3 de maio de 2006, e regramento da
em arquivos por meio de digitalização e juntados ao expediente administrativo Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.
eletrônico, a requerimento ou à petição administrativa eletrônica, com garantia da Art. 23. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação,
origem e de seu signatário, na forma estabelecida neste Decreto, são considerados ficando revogados os Decretos nº 51.566, de 10 de junho de 2014, e nº 51.677, de
válidos para fins do expediente administrativo eletrônico. 24 de julho de 2014.
§ 1º Os representantes digitais dos documentos digitalizados e juntados PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 20 de novembro de 2015.
aos autos pelos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual têm a JOSÉ IVO SARTORI,
mesma força probante dos originais para fins do expediente administrativo Governador do Estado.
eletrônico. Registre-se e publique-se.
§ 2º A arguição de falsidade do documento juntado será processada MÁRCIO BIOLCHI,
eletronicamente na forma da lei processual em vigor. Secretário Chefe da Casa Civil.
§ 3º Os originais dos documentos digitalizados a que se refere o § 1º
deste artigo deverão ser preservados pelo seu detentor até que proferida decisão [Diário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, em 23 de novembro de 2015]
irrecorrível nos casos previstos no § 2º deste artigo. [<https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=306966>]
§ 4º Os documentos originados em meio físico, após digitalizados e
juntados ao expediente administrativo eletrônico, que por razões legais
necessitem a guarda dos originais por parte do Estado, deverão ser arquivados Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos
segundo as normativas e recomendações emanadas pelo Sistema de Arquivos do Gabinete do Secretário
Estado do Rio Grande do Sul - SIARQ/RS.
§ 5º A classificação e o tempo de guarda de expedientes administrativos INSTRUÇÕES NORMATIVAS
em meio eletrônico deverão ocorrer em conformidade com o Plano de INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 / 2016
Classificação de Documentos - PCD - e com a Tabela de Temporalidade Documental Estabelece os procedimentos para a
- TTD, mantidos e atualizados pelo SIARQ/RS. eliminação de documentos de guarda
CAPÍTULO V - DO TRÂMITE E DA PUBLICIDADE ELETRÔNICA temporária nos órgãos do Poder Executivo
Art. 14. Todas as comunicações oficiais, que estiverem sujeitas a Estadual.
manifestação ou decisão administrativa e transitem entre órgãos e entidades da
Administração Pública Estadual, serão feitas por meio eletrônico, respeitando o O SECRETÁRIO DE ESTADO DA MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
cronograma, definido pelo Comitê Gestor do Processo Administrativo Eletrônico, E RECURSOS HUMANOS, no uso da atribuição que lhe conferem os Decretos nº
previsto no art. 1º, § 1º deste Decreto. 52.808, de 18 de dezembro de 2015, e nº 35.923, de 12 de abril de 1995,
Parágrafo único. Os autos de expedientes administrativos eletrônicos DETERMINA:
que tiverem de ser remetidos a outros órgãos ou entidades que não disponham de Art. 1º - Ficam estabelecidos os procedimentos para a eliminação de
sistema compatível deverão ser autuados na forma Decreto nº 43.803, de 20 de documentos de guarda temporária nos órgãos do Poder Executivo Estadual.
maio de 2005. § 1º - A eliminação de documentos é competência do Órgão
Art. 15. No expediente administrativo eletrônico, as notificações,
Executivo, e poderá ser conduzida pela Unidade Organizacional responsável
quando possível, serão feitas por meio eletrônico, na forma deste Decreto.
por determinado acervo documental.
§ 1º As notificações que viabilizem o acesso à íntegra do expediente
§ 2º - O Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul – APERS
administrativo eletrônico correspondente serão consideradas vista pessoal do
poderá capacitar as equipes envolvidas na aplicação do Plano de Classificação
interessado para todos os efeitos legais.
§ 2º Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado de Documentos – PCD e da Tabela de Temporalidade de Documentos – TTD.
prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos os CAPÍTULO I – DOS REQUISITOS PARA ELIMINAR DOCUMENTOS
efetivados até às 24 (vinte e quatro) horas do último dia. Art. 2º - A eliminação de documentos, cujos respectivos prazos de
§ 3º No caso do § 2º deste artigo, se o sítio se tomar indisponível por guarda tenham sido cumpridos, nos órgãos do Poder Executivo Estadual é
motivo técnico, o prazo fica automaticamente prorrogado para o primeiro dia útil decorrente da aplicação do PCD e da TTD vigentes.
seguinte à resolução do problema. § 1º - Entende-se por prazo de guarda, aquele definido na TTD e
§ 4º Quando for inviável o uso do meio eletrônico para a realização de baseado em estimativas de uso, em que os documentos deverão ser mantidos
notificação, esta poderá ser praticada segundo as regras ordinárias, digitalizando- na unidade de guarda, ao fim do qual a destinação do documento é efetivada.
se os documentos físicos produzidos, anexando-se os arquivos digitais gerados, § 2º - Considera-se, para fins de contagem do prazo de guarda, a
que serão considerados oficiais para todos os efeitos legais. data do arquivamento do documento.
Art. 16. Compete às unidades administrativas verificar diariamente no CAPÍTULO II – DOS REGISTROS DA ELIMINAÇÃO DE DOCUMENTOS
sistema a existência de carga de expedientes administrativos eletrônicos Art. 3º - Toda a eliminação de documentos de guarda temporária
pendentes de providências. deve ser registrada, mediante os instrumentos: “Listagem de Eliminação de

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Documentos” (Anexo 1), “Edital de Ciência de Eliminação de Documentos” (Anexo
2) e “Termo de Eliminação de Documentos” (Anexo 3); bem como nos eventuais Secretaria da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos
sistemas eletrônicos de gerenciamento de documentos. Gabinete do Secretário
§ 1º - Entende-se por “Listagem de Eliminação de Documentos” a RESOLUÇÃO Nº 01/2016 e RESOLUÇÃO Nº 02/2016.
relação elaborada que descreve os documentos passíveis de eliminação. Dispõe sobre o Regimento Interno do Comitê
§ 2º - Entende-se por “Edital de Ciência de Eliminação de Documentos” Gestor do Sistema de Arquivo do Estado do Rio
o instrumento que tem por objetivo dar publicidade ao ato de eliminação de Grande do Sul – SIARQ/RS.
documentos, o qual deverá conter informações sobre os documentos a serem
eliminados e sobre o Órgão por eles responsável. O SECRETÁRIO DE ESTADO DA MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
§ 3º - Entende-se por “Termo de Eliminação de Documentos” o E DOS RECURSOS HUMANOS, no uso das atribuições que lhe confere o inciso I
instrumento no qual registram-se as informações sobre a efetivação do descarte do art. 4º do Decreto nº 52.808, de 18 de dezembro de 2015, em consonância ao
dos documentos. deliberado na reunião realizada em 18 de outubro de 2016, registrada no
Art. 4º - A Unidade Organizacional deve elaborar a “Listagem de Processo Eletrônico nº 16/2400-0003983-6, adota a seguinte Resolução e
Eliminação de Documentos” e remetê-la, via expediente administrativo, para determina a sua publicação, nos termos que seguem:
aprovação do Órgão Gestor do Sistema Estadual de Arquivos do Estado do Rio
Grande do Sul – SIARQ/RS – o APERS. Art. 1º Fica instituído o Regimento Interno do Comitê Gestor do
Parágrafo único – O APERS deve verificar as informações da “Listagem Sistema de Arquivo do Estado do Rio Grande do Sul – SIARQ/RS, reorganizado
de Eliminação de Documentos” e manifestar-se pela aprovação ou reprovação, com pelo Decreto nº 52.808, de 18 de Dezembro de 2015.
as devidas considerações, no expediente administrativo. CAPÍTULO I - Da Composição
Art. 5º - A Unidade Organizacional, após aprovada a “Listagem de Art. 2º O Comitê Gestor tem a seguinte composição:
Eliminação de Documentos”, deve elaborar o “Edital de Ciência de Eliminação de a) Diretor do Arquivo Público do Estado – APERS que o presidirá;
Documentos” e publicá-lo no Diário Oficial do Estado. b) um representante da Casa Civil;
Parágrafo único - O “Edital de Ciência de Eliminação de Documentos” c) um Procurador do Estado, da Procuradoria-Geral do Estado – PGE;
deverá consignar um prazo de 45 (quarenta e cinco) dias para possíveis d) um historiador da Secretaria da Cultura;
manifestações e, quando for o caso, possibilitar às partes interessadas requererem e) um representante dos Órgãos de Segurança do Estado, a ser
o desentranhamento de documentos ou cópias de peças de expedientes. indicado pelo Secretário de Estado da Segurança Pública;
Art. 6º - Decorridos os 45 (quarenta e cinco) dias, a Unidade f) um Auditor-Fiscal da Receita Estadual, da Secretaria da Fazenda –
Organizacional deve efetuar o descarte dos referidos documentos, que deve ser SEFAZ;
feito por meio da fragmentação manual ou mecânica. g) dois Arquivistas e um Historiador do Arquivo Público do Estado;
Art. 7º - Posteriormente ao ato de descarte, a Unidade Organizacional h) um representante do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul;
deve preencher o “Termo de Eliminação de Documentos” finalizando o processo. i) um Analista de Sistemas da Companhia de Processamento de
Art. 8º - O APERS poderá solicitar ou verificar os registros, “Edital de Dados do Rio Grande do Sul – PROCERGS; e
Ciência de Eliminação de Documentos” e “Termo de Eliminação de Documentos” j) um Auditor Público Externo, do Tribunal de Contas do Estado –
com o objetivo de acompanhar a finalização do procedimento de eliminação de TCE, na qualidade de convidado. Parágrafo único – Cada órgão indicará um
documentos de guarda temporária e consolidar informações para estudos na área suplente para atuação nos casos de impedimento do titular.
de gestão de documentos. Art. 3º A participação como membro do Comitê Gestor é
CAPÍTULO III – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS considerada de relevante interesse público e não será remunerada.
Art. 9º - Documentos públicos atingidos por sinistro devem ser tratados CAPÍTULO II - Das Responsabilidades Inerentes ao Comitê Gestor
imediatamente após a ocorrência do fato, visando a recuperação da informação, Art. 4º Caberá ao Comitê Gestor do Sistema de Arquivo do Estado do
conforme legislação e diretrizes vigentes, a fim de que sejam aplicados os Rio Grande do Sul – SIARQ/RS:
instrumentos de gestão documental. I – apreciar alterações legislativas ou normativas necessárias ao
§ 1º - Somente serão passíveis de eliminação sem a aplicação da TTD, aperfeiçoamento e a implementação da Gestão Documental do Estado;
os conjuntos documentais com dano irreversível, comprovado mediante II – avaliar e aprovar as diretrizes e os instrumentos de Gestão
sindicância administrativa, a ser remetida para aprovação da eliminação pelo Documental e Preservação propostos pelo Órgão Gestor do SIARQ/RS;
Órgão Gestor do SIARQ/RS – o APERS. III – convocar especialistas de outras áreas para auxiliar na plena
§ 2º - O Órgão Executivo deve realizar todos os registros conforme esta execução das atribuições do Comitê por meio de Grupos de Trabalho - GT's -
normativa. para estudos técnicos, quando necessário;
Art. 10 - Toda e qualquer eliminação de documentos públicos, que não IV – propor medidas para a concretização das políticas de Gestão
estejam contemplados na TTD, será realizada mediante orientação do APERS. Documental, encaminhadas pelos órgãos que compõem o SIARQ/RS;
Art. 11 - As disposições desta Instrução Normativa aplicam-se também V – recomendar providências para a apuração de atos lesivos ao
aos documentos arquivísticos digitais e aos sistemas eletrônicos de controle e patrimônio documental do Estado;
informação. VI – estimular os órgãos a disponibilizarem recursos financeiros e
Art. 12 - Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua humanos necessários à implantação das políticas de Gestão Documental;
publicação, revogando-se as disposições em contrário, especialmente, o Capítulo VII – emitir parecer sobre a declaração de interesse público aos
III da Instrução Normativa SARH 002/14. arquivos privados que contenham fontes para a pesquisa, a história, a cultura
e o desenvolvimento do Estado, nos termos do art. 12, da Lei Federal nº 8.159,
ANEXOS de 8 de janeiro de 1991; e
ANEXO I - Listagem de Eliminação de Documentos VIII – zelar pelo cumprimento dos dispositivos legais emanados
ANEXO II - Edital de Ciência de Eliminação de Documentos pelo SIARQ/RS.
ANEXO II - Termo de Eliminação de Documentos CAPÍTULO III - Da Organização e Atribuição
Art. 5º O Comitê Gestor será presidido pelo Diretor do Arquivo
S.M.A.R.H., em Porto Alegre, agosto de 2016. Público do Estado – APERS e terá um secretário executivo escolhido pelos
membros do próprio Comitê.
Raffaele M. Q. Camelli Art. 6º A reunião do Comitê Gestor poderá ser pública, com pauta
Secretário da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos preestabelecida no ato de sua convocação.
Art. 7º São atribuições do Presidente do Comitê Gestor:
[Diário Oficial do Estado, de 16 de dezembro de 2016 – Páginas 10 e 11] I - convocar e presidir as reuniões;
II - representar o Comitê, quando necessário;
[Anexos em: IN 01/2016: III - assinar as atas, recomendações, pareceres e expedientes
http://www.apers.rs.gov.br/arquivos/1481893554.2016.12.16_IN_01_Dispoe_Elimi aprovados pelo Comitê;
nacao_Poder_Executivo.pdf] IV - encaminhar ao Secretário da Modernização Administrativa e
dos Recursos Humanos, como presidente do Sistema de Arquivos do Estado, as

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decisões aprovadas em reuniões do Comitê Gestor; Cria o Conselho Estadual de Arquivos (CONEARQ)
V - votar nas reuniões do Comitê, toda vez que houver empate; e e estabelece a sua competência, organização e
VI - solicitar substituição dos representantes que se ausentarem por funcionamento.
três reuniões consecutivas.
Art. 8º São atribuições do Secretário Executivo: O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas
I - encaminhar a convocação das reuniões e organizar a pauta; atribuições legais, tendo em vista o constante no Processo n. E-06/70. 050/01;
II - assessorar as reuniões, redigir as atas e enviar cópias aos membros; CONSIDERANDO que são deveres do Poder Público a gestão
e III - organizar e arquivar os documentos do Comitê no Arquivo Público. documental e a proteção especial a documentos de arquivos como
Art. 9º São atribuições dos membros do Comitê: instrumentos de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento
I - comparecer, participar e votar nas reuniões; científico e como elementos de prova e informação;
II - encaminhar os assuntos que julgarem pertinentes ao Comitê, CONSIDERANDO que todos os órgãos da Administração pública,
introduzindo-os para as reuniões deste, dentro da ordem estabelecida em pauta direta e indireta, produzem e acumulam documentos de valor probatório e
pelo Presidente; histórico, em decorrência do exercício de atividades específicas, independente
III - solicitar, a qualquer tempo, esclarecimento acerca das matérias que do suporte da informação ou da natureza dos documentos;
tramitam no Comitê; e CONSIDERANDO que a administração da documentação pública ou
IV - representar o Comitê quando for designado pelo Presidente. de caráter público compete ao Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, o
CAPÍTULO IV - Do Funcionamento qual tem as funções precípuas de gestão, organização, preservação e acesso
aos documentos oriundos do Poder Executivo Estadual.
Art. 10 O Comitê Gestor do Sistema de Arquivo do Estado do Rio Grande
DECRETA:
do Sul – SIARQ/RS se reunirá ordinariamente ou extraordinariamente, quando
Art. 1º – É constituído o Conselho Estadual de Arquivos - CONEARQ,
necessário.
órgão colegiado, vinculado ao Gabinete Civil do Estado, que tem por finalidade
§ 1º As reuniões extraordinárias ocorrerão por iniciativa do Presidente,
elaborar e implementar políticas públicas voltadas para gestão, preservação e
ou por solicitação assinada por um terço dos membros titulares do Comitê, ao acesso aos documentos de arquivos, de forma a garantir seu pleno uso
entregue ao Presidente com antecedência mínima de 05 (cinco) dias úteis. administrativo, científico, cultural e favorecer o cidadão no exercício de seus
§ 2º Para a realização das reuniões deverá ser respeitado quórum direitos.
mínimo de um terço dos integrantes do Comitê. Art. 2º - Compete ao CONEARQ:
§ 3° Para deliberar é necessária a presença da maioria absoluta (50% I – estabelecer diretrizes para gestão, preservação e acesso aos
mais um) dos integrantes do Comitê, sendo a matéria aprovada pelos votos da documentos de arquivos;
maioria absoluta dos presentes. II – promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e
§ 4º As reuniões do Comitê deverão respeitar a capacidade do local onde privados para intercâmbio e integração sistêmica das atividades arquivísticas;
forem realizadas e a ordem de inscrição do público interessado, quando autorizada III – propor ao Gabinete Civil dispositivos legais necessários ao
a participação popular. aperfeiçoamento e à implementação da política estadual de arquivos públicos
§ 5º Somente os membros do Comitê terão direito a voto. e privados;
§ 6º As reuniões do Comitê Gestor serão realizadas na sede Arquivo IV – zelar pelo cumprimento dos dispositivos constitucionais e
Público, de acordo com o Calendário Anual de Reuniões aprovado pelo mesmo, legais que norteiam o funcionamento e o acesso aos arquivos públicos;
podendo também serem realizadas em outro local a ser definido consensualmente V – estimular programas de gestão e de preservação de documentos
por seus membros. públicos de âmbito estadual e municipal, de interesse para o Serviço Público
CAPÍTULO V - Das Disposições Finais Estadual
Art. 11 O Regimento Interno só poderá ser alterado pelo voto de dois VI – subsidiar a elaboração de planos estaduais de desenvolvimento,
terços dos membros do Comitê. Parágrafo único. A proposta de alteração de que sugerindo metas e prioridades da política estadual de arquivos públicos e
trata o “caput”, deverá ser discutida em reunião extraordinária convocada para privados;
esta finalidade, sendo que a deliberação poderá ocorrer em reunião subsequente. VII – estimular a implantação de sistemas de arquivos no Serviço
Art. 12 Os casos omissos e as dúvidas na aplicação do presente Público Estadual;
Regimento Interno serão solucionados em reuniões do Comitê Gestor. VIII – estimular a integração e modernização dos arquivos públicos
Art. 13 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, ficando e privados;
revogadas disposições em contrário. IX – Propor sejam declarados de interesse público e social os
arquivos privados que contenham fontes relevantes para a história e o
Porto Alegre, 29 de dezembro de 2016. desenvolvimento do Estado, nos termos do art. 12 da Lei nº 8.159, de 1991;
Leandro Balen X – estimular a capacitação técnica dos recursos humanos que
Secretário Adjunto da Modernização Administrativa e dos Recursos Humanos desenvolvam atividades de arquivo;
XI – recomendar providências para a apuração e a reparação de
[Publicadas, respectivamente, no DOE de 28/12/ 2016 – Páginas 35 e 36 e DOE de atos lesivos à política estadual de arquivos públicos;
30/12/2016 – Página 15] XII – promover a elaboração do cadastro estadual de arquivos
públicos e privados, disponíveis no Estado, de interesse relevante, bem como
desenvolver atividades censitárias referentes a arquivos; Art. 1º Fica instituído o Regim
XIII – manter intercâmbio com outros conselhos e instituições cujas
ESTADO DO RIO DE JANEIRO finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e
receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações;
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO XIV – articular-se com outros órgãos do Poder Público
LEI Nº 2331, de 05 de outubro de 1994 formuladores de políticas estaduais nas áreas de educação, cultura, ciência e
tecnologia, informação e informática.
Dispõe sobre o acesso aos documentos públicos sob custódia Art. 3º - O Conselho Estadual de Arquivos (CONEARQ) tem como
do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, e dá outras Presidente o Secretário de Estado de Direitos Humanos e Sistema
providências Penitenciário e como Vice-Presidente o Diretor Geral do Arquivo Público do
[Revogada pela Lei nº 5562, de 20 de outubro de 2009] Estado do Rio de Janeiro, sendo composto por oito membros Conselheiros,
representantes da sociedade civil e do Poder Público, sendo:
I – três representantes do Poder Executivo Estadual, sendo um da
Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, um da Secretaria de Estado de
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Direitos Humanos e Sistema Penitenciário e um da Secretaria de Estado de
SECRETARIA DE ESTADO DE DIREITOS HUMANOS E SISTEMA PENITENCIÁRIO Administração e Reestruturação;
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO II – um representante do Arquivo Público do Estado do Rio de
DECRETO Nº 29.387, DE 15 DE OUTUBRO DE 2001 Janeiro;
III – um representante de Arquivos Público Municipais, indicado
pelo Presidente do Conselho;

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IV – dois representantes dos Cursos Universitários de Arquivologia do específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da
Estado do Rio de Janeiro; informação ou a natureza dos documentos.
V – um representante de instituições não governamentais que atuem Art. 3º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de
nas áreas de ensino, pesquisa, preservação ou acesso a fontes documentais, procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, classificação,
indicado pelo Presidente do Conselho; avaliação, tramitação, uso e arquivamento em fase corrente e intermediária,
§ 1º O número de conselheiros poderá ser estendido a até treze visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente.
membros dentre pessoas indicadas: §1º São instrumentos básicos de gestão de documentos o plano de
I – Pelo Poder Judiciário; classificação de documentos e a tabela de temporalidade.
II – pelo Poder Legislativo; §2º Os documentos de valor histórico-cultural terão sua
III – pelo Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ; preservação assegurada, inclusive mediante recolhimento ao Arquivo Público
IV – pela Fundação Getúlio Vargas / Centro de Pesquisa e Estadual.
Documentação em História Contemporânea do Brasil; §3º Os documentos de valor histórico-cultural são inalienáveis e
V – pela Associação dos Arquivistas Brasileiros. imprescritíveis.
§ 2º Cada conselheiro terá um suplente; Art. 4º - Todos têm direito a receber dos órgãos públicos
§ 3º Conselheiros e suplentes serão designados pelo Governador. informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou geral
§ 4º O mandato dos Conselheiros será de dois anos, permitida uma contidas em documentos de arquivos, que serão prestadas no prazo da lei, sob
recondução. pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível
§ 5º O Presidente do Conselho, em suas faltas e impedimentos, será à segurança da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da
substituído pelo Vice-Presidente; intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas.
Art. 4º - O exercício das atividades de Conselheiros é de natureza Art. 5º - A Administração Pública franqueará a consulta aos
relevante e não ensejará qualquer remuneração. documentos públicos na forma desta Lei.
Art. 5º - Caberá ao Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro dar apoio §1º O Poder Executivo disponibilizará as informações para as
técnico e administrativo ao CONEARQ. autoridades e servidores estaduais que, em decorrência da prática de atos
Art. 6º - O Plenário, órgão superior de deliberação do CONEARQ, reunir- funcionais de gestão ou equivalente, venham a se encontrar na posição de
se há, em caráter ordinário, no mínimo uma vez por quadrimestre e, sujeito passivo em inquéritos civis ou penais, inclusive inquéritos
extraordinariamente, mediante convocação de seu Presidente ou de seu Vice- preparatórios de ações civis públicas, em ações civis públicas, em ações
Presidente, ou a requerimento de dois terços de seus membros. judiciais de natureza civil ou penal, inclusive ações civis públicas, ações
§ 1º O CONEARQ terá sede e foro onde for a sede do Arquivo Público do populares e outras.
Estado. §2º Os critérios de acesso e sigilo aos documentos sob a custódia do
§ 2º As reuniões do Conselho poderão ser convocadas em local fora de Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, de órgãos públicos, instituições
sua sede, sempre que razão superior indicar conveniente. de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de
Art. 7º - O CONEARQ somente se reunirá para deliberação com o quorum atividades específicas de arquivos públicos estaduais e municipais observarão
mínimo de sete Conselheiros. o disposto na Constituição Federal, na Lei Federal n.º 8159, de 8 de janeiro de
Art. 8º - O CONEARQ constituirá câmaras técnicas e comissões especiais 1991, na Constituição Estadual, na Lei Estadual n.º 2397, de 10 de maio de 1995,
com a finalidade de elaborar estudos necessários à implementação da política na Lei Orgânica dos Municípios e nesta Lei.
estadual de arquivos públicos e privados. Art. 6º - O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro deverá
Parágrafo único. Os integrantes das câmaras e comissões serão proceder à desclassificação dos documentos sigilosos, recolhidos à sua
designados pelo Presidente do Conselho, ad referendum do Plenário, sendo o custódia permanente, de modo a garantir o livre acesso e o pleno exercício da
exercício das atividades por eles desenvolvidos considerado relevante, sem ensejar cidadania.
qualquer remuneração. Art. 7º - Todo aquele que tome conhecimento de documento
Art. 9º - O Regimento Interno do CONEARQ será aprovado pelo Plenário. sigiloso, fica automaticamente responsável pela preservação de seu sigilo.
Art. 10 - Por decisão da maioria de seus membros, o CONEARQ poderá Art. 8º - Fica resguardado o direito de indenização pelo dano
aprovar moção, dirigida ao Ministério Público, em favor da responsabilidade penal, material ou moral decorrente da violação do sigilo, sem prejuízo das ações
civil e administrativa, na forma da legislação em vigor, daquele que desfigurar ou penal, civil e administrativa.
destituir documentos de valos permanente ou considerado como de interesse CAPÍTULO II
público e social. DOS ARQUIVOS PÚBLICOS
Art. 11 - Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, Art. 9º - São arquivos públicos os conjuntos de documentos:
revogadas as disposições em contrário. I - produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por
Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2001 órgãos públicos de âmbito estadual e municipal, em decorrência de suas
funções administrativas, legislativas e judiciárias;
ANTHONY GAROTINHO II - produzidos e recebidos por agentes do Poder Público, no
exercício de seu emprego, cargo e/ou função;
[Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, em 16 de outubro de 2001] III - produzidos e recebidos por pessoas naturais e jurídicas que,
embora se submetam a regime jurídico de direito privado, desenvolvam
atividades públicas, por força de lei;
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO IV - produzidos e recebidos pelas autarquias, fundações instituídas
LEI Nº 5562 DE 20 DE OUTUBRO DE 2009 ou mantidas pelo Poder Público, empresas públicas, sociedades de economia
mista e entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos.
Dispõe sobre a política de arquivos públicos e privados do §1º Os documentos públicos, estaduais ou da esfera estadual, de
Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências valor permanente, incluindo os que integram o acervo arquivístico das
empresas públicas em processo de desestatização, parcial ou total, extinção
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ou liquidação, serão recolhidos ao Arquivo Público do Estado do Rio de
Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Janeiro, por serem inalienáveis e imprescritíveis.
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: §2º A cessação de atividade de instituições públicas e de caráter
CAPÍTULO I público implica o recolhimento de sua documentação ao Arquivo Público do
DISPOSIÇÕES GERAIS Estado do Rio de Janeiro ou a sua transferência à instituição sucessora.
Art. 1º - É dever dos órgãos e entidades da Administração Pública Art. 10 - Os documentos públicos são identificados como correntes,
Estadual a gestão documental e a proteção especial a documentos de arquivos, intermediários e permanentes.
como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento social, §1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que,
educacional e científico e como elementos de prova e informação do Estado e do mesmo sem movimentação, são mantidos junto às unidades produtoras por
cidadão, para a efetividade dos direitos e garantias individuais e coletivos. serem objeto de consultas frequentes
Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de §2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não
documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse
público e entidades privadas, em decorrência do exercício de atividades administrativo, aguardam, nas unidades que tenham atribuições de arquivo

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nas Secretarias de Estado ou no Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, a sua Art. 21 - Legislação municipal definirá os critérios de organização e
eliminação ou recolhimento para guarda permanente. vinculação dos arquivos municipais, bem como a gestão e o acesso aos
§3º Consideram-se permanentes os conjuntos de documentos de valor documentos, observado o disposto na Constituição Federal, na Lei Federal nº
histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente preservados 8.159/91, na Constituição Estadual, na Lei Orgânica dos Municípios e o
no Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro. disposto nesta Lei.
§4º Às pessoas naturais e jurídicas mencionadas no art. 9º compete a CAPÍTULO V
responsabilidade pela preservação adequada dos documentos produzidos e DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
recebidos no exercício de atividades públicas. Art. 22 - Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e
CAPÍTULO III administrativa, na forma da legislação em vigor, aquele que destruir
DOS ARQUIVOS PRIVADOS inutilizar ou desfigurar arquivos, registros e documentos protegido por lei,
Art. 11 - Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos ato administrativo ou decisão judicial.
produzidos ou recebidos por pessoas naturais ou jurídicas, em decorrência de Art. 23 - Fica revogada a Lei nº 2331, de 5 de outubro de 1994, e
suas atividades. todas as disposições em contrário.
Art. 12 - Os arquivos privados podem ser identificados pelo Conselho Art. 24 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação Rio de
Estadual de Arquivos como de interesse público e social, desde que sejam Janeiro, 20 de outubro de 2009.
considerados como conjuntos de fontes relevantes para a história e
desenvolvimento científico do Estado do Rio de Janeiro. SÉRGIO CABRAL
Art. 13 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e Governador
social não poderão ser alienados com dispersão ou perda da unidade documental,
nem transferidos para o exterior. [Diário Oficial do estado do Rio de Janeiro, de 21 de outubro de 2009]
Parágrafo único - Na alienação desses arquivos o Poder Público
exercerá preferência na aquisição. ATOS DO PODER EXECUTIVO
Art. 14 - O acesso aos documentos de arquivos privados identificados DECRETO Nº 42.002 DE 21 DE AGOSTO DE 2009
como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante autorização DISPÕE SOBRE AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE DOCUMENTOS PRODUZIDOS E
de seu proprietário ou possuidor. RECEBIDOS PELA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL E DÁ OUTRAS
Art. 15 - Os arquivos privados identificados como de interesse público e PROVIDÊNCIAS.
social poderão ser depositados a título revogável ou doados a instituições O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições
arquivísticas públicas. constitucionais e legais, tendo em vista o que consta do Processo nº E-
CAPÍTULO IV 12/2367/2009,
DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE INSTITUIÇÕES ARQUIVÍSTICAS CONSIDERANDO:
PÚBLICAS - que o §2º do Art. 216 da Constituição Federal, o Art. 1º da Lei Federal nº 8159,
Art. 16 - A administração dos documentos públicos ou de caráter de 08 de janeiro de 1991, e o Art. 1º da Lei Estadual nº 2.331, de 05 de outubro
público compete às instituições arquivísticas dos entes federativos, no âmbito de de 1994, determinam que é dever do Poder Público a gestão documental e a
suas esferas de competência. proteção especial a documentos de arquivos, como instrumento de apoio à
§1º São Arquivos Estaduais: o Arquivo Público do Estado do Rio de administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e à cidadania, onde
Janeiro, e os arquivos do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder servem como elementos de prova e informação na garantia dos direitos
Judiciário. individuais;
§2º São Arquivos Municipais: os arquivos do Poder Executivo e do - e que o Plano de Classificação e a Tabela de Temporalidade são os principais
Poder Legislativo. instrumentos de Gestão Documental,
Art. 17 - Compete ao Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro
implementar a política estadual de arquivos, definida pelo Conselho Estadual de DECRETA:
Arquivos - CONEARQ, criado pelo Decreto Estadual nº 29.387, de 15 de outubro de Art. 1º - O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, da Secretaria de
2001, além da gestão, transferência, recolhimento, processamento técnico, Estado da Casa Civil, deverá apresentar, no prazo de 180 (cento e oitenta dias)
preservação e divulgação dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder contados da publicação deste Decreto, proposta de revisão do Plano de
Executivo Estadual, garantindo pleno acesso à informação, visando apoiar as Classificação e Tabela de Temporalidade para atividades-meio, aprovada pelo
decisões governamentais de caráter político-administrativo, o cidadão na defesa Decreto 29.010, de 04 de agosto de 2001, para fins de controle, arquivamento e
de seus direitos e incentivar a produção de conhecimento científico e cultural. eliminação de documentos que tramitam na Administração Pública Estadual.
§1º É também competência do Arquivo Público do Estado do Rio de Art. 2° - As Secretarias de Estado e demais Entidades da Administração Direta
Janeiro a implementação do programa de gestão de documento do Poder e Indireta deverão apresentar, no prazo de 180 (cento e oitenta dias),
Executivo Estadual. contados da publicação deste Decreto, proposta de Plano de Classificação e
§2º Para o pleno exercício de suas funções, o Arquivo Público do Estado Tabela de Temporalidade referente às atividades-fim da Administração.
do Rio de Janeiro poderá criar unidades locais. § 1o - O trabalho de elaboração das tabelas será coordenado pelo Arquivo
Art. 18 - Compete ao Arquivo do Poder Legislativo Estadual a gestão e o Público do Estado do Rio de Janeiro, ao qual caberá definir a metodologia a
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo ser empregada e ministrar treinamento às Comissões de Gestão de
Estadual no exercício de suas funções, bem como preservar e facultar o acesso aos Documentos, que serão instituídas por cada Órgão.
documentos sob sua guarda. §2º - As Comissões de que trata o parágrafo anterior serão compostas
Art. 19 - Compete ao Arquivo do Poder Judiciário Estadual a gestão e o obrigatoriamente por um representante de cada subsecretaria e será
recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Judiciário responsável pelo mapeamento das atividades e identificação das tipologias
Estadual no exercício de suas funções, tramitados em juízo e oriundos de documentais referentes às atividades-fim.
cartórios e secretarias, bem como preservar e facultar o acesso aos documentos §3º - As propostas dos Planos de Classificação e Tabelas de Temporalidade
sob sua guarda. referentes às atividades-fim deverão ser aprovadas pelo Arquivo Público do
Art. 20 - A eliminação de documentos, produzidos por instituições Estado do Rio de Janeiro.
públicas e de caráter público estadual, é decorrente do trabalho de avaliação Art. 3o - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas
documental conduzido pelas respectivas Comissões de Avaliação de Documentos as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 22.989, de 06 de março
de Arquivo e deverá ser executada de acordo com os prazos estabelecidos nas de 1997, os artigos nº 79 a nº 85 do Título V do Decreto nº 31.896, de 20 de
Tabelas de Temporalidade de Documentos das atividades-meio e das atividades- setembro de 2002.
fim dos órgãos da Administração Pública Estadual. Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2009
Parágrafo Único - Toda e qualquer eliminação de documentos públicos, SÉRGIO CABRAL
que não constem da Tabela de Temporalidade de Documentos das atividades- DORJ SEGUNDA-FEIRA, 24 DE AGOSTODE2009
meio ou das Tabelas de Temporalidade de Documentos das atividades-fim dos
órgãos da Administração Pública Estadual, será realizada mediante autorização GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
prévia respectivamente do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, do ATOS DO PODER EXECUTIVO
Arquivo do Poder Legislativo Estadual, do Arquivo do Poder Judiciário DECRETO Nº 42.352 DE 15 DE MARÇO DE 2010
Estadual.

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Regulamenta a lei estadual nº 5.427, de 01 de abril de Art. 1º - Fica assegurado a todos os interessados o acesso às
2009, no que dispõe sobre a informatização de informações constantes dos documentos produzidos e acumulados pelas
documentos e processos administrativos na extintas Delegacias de Polícia Política, pelas unidades de inteligência da
administração pública estadual e dá outras Polícia Civil e Militar do Estado e pelas Assessorias de Informação dos órgãos
providências. e entidades da Administração Pública Estadual, especificamente aqueles
relacionados ao período do regime militar no Brasil, por serem fontes
[Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, em 16 de março de 2010] importantes de interesse público e geral para o resgate da memória, para
[Texto integral: defesa de direitos dos cidadãos e dos direitos humanos, bem ainda para a
<http://www.silep.planejamento.rj.gov.br/decreto_42_352___150310.htm> recuperação de fatos relevantes da história contemporânea brasileira.
Art. 2º - É pleno o acesso aos registros pelo próprio interessado,
inclusive por meio de procurador ou representante legal, assim como, em
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO caso de falecimento, pelos ascendentes, descendentes, cônjuge supérstite,
LEI Nº 5.978, DE 24 DE MAIO DE 2011 herdeiros ou por pessoa regularmente autorizada.
Art. 3º - O acesso aos documentos cujo sigilo seja ou permaneça
Dispõe que os órgãos e entidades da administração imprescindível à segurança da sociedade e do Estado e aqueles que
pública direta, indireta, autárquica e fundacional do contenham informações de caráter personalíssimo, cuja divulgação seja
estado do Rio de Janeiro, bem como os órgãos autônomos passível de violação dos direitos da personalidade, notadamente a intimidade,
e empresas sob o controle estatal adotarão, a honra, a vida privada e a imagem das pessoas, fica sob controle da Comissão
preferencialmente, formatos abertos de arquivos para de Acesso a Documentos Sigilosos do Arquivo Público do Estado do Rio de
criação, armazenamento e disponibilização digital de Janeiro.
documentos. Parágrafo Único - A Comissão de Acesso a Documentos Sigilosos
poderá, no todo ou em parte, impedir o acesso aos registros solicitados por
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO terceiros interessados, mediante decisão escrita e fundamentada, sem
Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu menção dos dados sigilosos e/ou de caráter personalíssimo.
sanciono a seguinte Lei: Art. 4º - Todos os interessados em consultar os arquivos de que
Art. 1º. Os órgãos e entidades da Administração Pública Direta, Indireta, trata este Decreto deverão assinar Termo de Responsabilidade do qual conste,
Autárquica e Fundacional do Estado do Rio de Janeiro, bem como os órgãos expressamente, que o consulente tem ciência das restrições a que se referem
autônomos e empresas sob o controle estatal adotarão, preferencialmente, os artigos 4º e 6º da Lei Federal nº 8.159, de 08 de janeiro de 1991 (Lei de
formatos abertos de arquivos para criação, armazenamento e disponibilização Arquivos); da Lei Federal nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998 (Lei de Direitos
digital de documentos. Autorais); dos artigos 138 a 145 do Código Penal, que prevê os crimes de
Art. 2º. Entende-se por formatos abertos de arquivos aqueles que: calúnia, injúria e difamação; bem como da proibição decorrente do artigo 5º,
I – possibilitam a interoperabilidade entre diversos aplicativos e inciso X, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, de
plataformas, internas e externas; difundir as informações obtidas que, embora associadas a interesses
II – permitem aplicação sem quaisquer restrições ou pagamento de particulares ou coletivos, digam respeito à honra e à imagem de terceiros.
royalties; § 1º - Deverá constar do referido Termo a responsabilização
III – podem ser implementados plena e independentemente por pessoal e exclusiva do consulente pela utilização dos documentos, no âmbito
múltiplos fornecedores de programas de computador, em múltiplas plataformas, civil e penal, a qualquer tempo, sobre danos materiais e/ou morais que
sem quaisquer ônus relativos à propriedade intelectual para a necessária possam advir do uso das informações, cabendo a este zelar pela integridade
tecnologia; física do material apresentado, eximindo, consequentemente, o Arquivo
Art. 3º. Os entes, mencionados no art. 1º desta lei, deverão estar aptos Público do Estado do Rio de Janeiro e seus agentes de qualquer
ao recebimento, publicação, visualização e preservação de documentos digitais responsabilidade.
em formato aberto, de acordo com a norma ISO/IEC 26.300 (Open Document § 2º - As autorizações relativas a direitos autorais e de imagem,
Format – ODF). quando pertinentes, devem ser solicitados aos autores ou retratados.
Art. 4º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 5º - Conforme o estado de conservação poderá ser indeferido o
Rio de Janeiro, 24 de maio de 2011. acesso aos documentos que apresentem fragilidade ou risco à sua integridade,
SÉRGIO CABRAL ou pela necessidade de organização e tratamento técnico do acervo.
Governador Art. 6º - Os documentos referidos no artigo 1º que ainda não
[Fonte: ALERJ. <http://www.alerj.rj.gov.br/processo2.htm] tenham sido recolhidos ao Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro
deverão ser identificados pelos órgãos e entidades responsáveis pela sua
custódia e a ele recolhidos no prazo de 180 dias, contados da data da
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO publicação deste Decreto.
ATOS DO PODER EXECUTIVO Art. 7º - O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro ficará
DECRETO Nº 43.156 DE 26 DE AGOSTO DE 2011 responsável pela organização e integração sistêmica dos acervos referidos no
artigo 1º com os acervos dos demais arquivos públicos e privados do país que
Dispõe sobre o acesso aos documentos produzidos e contenham documentos de interesse para o estudo das lutas políticas no
acumulados por órgãos de inteligência e informação, Brasil.
incluindo aqueles relacionados ao período do regime § 1º - A integração sistêmica prevista no caput será efetivada por
militar no Brasil, no âmbito do estado do Rio de Janeiro, e meio da Rede Nacional de Cooperação e Informações Arquivísticas -
dá outras providências Memórias Reveladas, e dar-se-á mediante Termo de Cooperação firmado
entre o Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro e o Arquivo Nacional,
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas gestor do Centro de Referência das Lutas Políticas no Brasil (1964-1985) -
atribuições constitucionais e legais, tendo em vista o que consta do Processo nº E- Memórias Reveladas, transformando-se em Ponto de Acesso e Pesquisa às
12/2319/2010, informações da Rede, de modo a facilitar o acesso aos registros de interesse
CONSIDERANDO: para a pesquisa e defesa de direitos, independente da instituição custodiadora.
- o estabelecido no art. 5º, incisos X, XXXIII e XXXIV, alínea “b”, e art. § 2º - O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, quando de sua
216, § 2º da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988; integração à Rede citada no parágrafo anterior, deverá disponibilizar as
- o estabelecido no art. 9º da Constituição Estadual do Estado do Rio de informações contidas nos acervos referidos no artigo 1º por meio do Banco de
Janeiro; Dados Memórias Reveladas mantido no Arquivo Nacional.
- o disposto nos art. 21, 22 e 23 da Lei Federal nº 8.159, de 8 de janeiro Art. 8º - O acesso às informações contidas nos documentos
de 1991; referidos no artigo 1º poderá ser efetivado no local de guarda, nos Pontos de
- a necessidade de facilitar ao público interessado o acesso ao acervo Acesso e Pesquisa e também pela Rede Mundial de Computadores - Internet.
arquivístico oriundo das extintas Delegacias de Polícia Política, sob custódia e § 1º - O acesso dar-se-á mediante cadastramento e aceitação do
guarda do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro; Termo de Responsabilidade de uso e divulgação de informações sobre
DECRETA:

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terceiros, no qual o usuário se responsabilize por eventuais danos oriundos do uso II-- disseminar normas relativas à gestão de documentos de
inadequado do documento e de informações nele contidas. arquivo, avaliando a sua correta utilização e prestando suporte aos órgãos e
§ 2º - A aceitação do Termo de Responsabilidade eximirá o Poder entidades para a sua aplicabilidade;
Público de ônus por eventuais danos morais ou materiais causados a terceiros III - padronizar procedimentos e integrar os órgãos e entidades
pela divulgação de informações obtidas nos referidos acervos. componentes do SIARQ-RJ;
§ 3º - Fica assegurada aos interessados a obtenção de certidão ou cópias IV - preservar a memória do Estado, protegendo seu acervo
de documentos contidos nos acervos, às suas expensas, observadas as disposições arquivístico, para servir como referência, informação, prova ou fonte de
contidas nos parágrafos 1º e 2º deste artigo e respeitadas as normas internas de pesquisa científica;
serviços aos usuários e de preservação de documentos do Arquivo Público do
Estado do Rio de Janeiro. V - estimular e promover a formação e o treinamento dos
Art. 9º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação. servidores que atuam na área a que se refere este Decreto.
Rio de Janeiro, 26 de agosto de 2011 Art. 4º - O Comitê Gestor do SIARQ-RJ terá a seguinte composição:
I - Diretor Geral do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro –
SÉRGIO CABRAL APERJ;
II - Representante da Secretaria de Estado da Casa Civil;
[Diário Oficial do estado do Rio de Janeiro, de 26 de agosto de 2011] III - Representante do Centro de Tecnologia da Informação e
Comunicação – PRODERJ; e,
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
IV - Representante do Órgão Gestor do Processo Digital.
DECRETO Nº 43.871 DE 08 DE OUTUBRO DE 2012
§ 1º - O Coordenador do SIARQ-RJ no âmbito do Governo do Estado
será o Comitê Gestor do SIARQ-RJ, que terá caráter normativo das atividades
DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO SISTEMA DE ARQUIVOS
arquivísticas.
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – SIARQ-RJ E DÁ
§ 2º - O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro d o órgão
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
central do SIARQ-RJ, cabendo a ele exercer as funções executivas do Comitê.
Art. 5º - Compete ao Comitê Gestor do SIARQ-RJ:
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DO JANEIRO, no uso das
I - estabelecer as diretrizes a serem seguidas por todos os órgãos e
atribuições que lhe confere o artigo 145, incisos IV e VI da Constituição Estadual,
entidades que compõem o sistema;
tendo em vista o que consta do Processo nº E-12/2602/2012,
II - normatizar as atividades do Programa de Gestão de
CONSIDERANDO:
Documentos do Estado do Rio de Janeiro;
- que são deveres do Poder Público a gestão documental e a proteção
III - estabelecer critérios técnicos, sistemas e métodos de trabalho
especial a documentos de arquivos como elementos de prova e informação, bem
que possibilitem a reformulação e modernização dos procedimentos
como instrumentos de apoio à administração, e cultura e ao desenvolvimento
operacionais de gestão de documentos, incluindo a definição de requisitos
científico;
arquivísticos dos sistemas de informação e de gestão eletrônica de
- a necessidade de padronização, atualização e aplicação de normas e
documentos;
procedimentos referentes à produção, tramitação e arquivamento de documentos
IV - promover o diálogo entre os integrantes do SIARQ-RJ, a fim de
no âmbito do Poder Executivo Estadual; e,
garantir uma ação integrada de gestão documental.
- o que preceitua a Lei Estadual nº 56562, de 20 de outubro de 2009, que
Art. 6º - Compete ao Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro a
atribuiu competência ao Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro para
APERJ, como órgão central do SIARQ-RJ:
implementar a política estadual de arquivos, além da gestão, transferência,
I - coordenar as atividades do Programa de Gestão de Documentos
recolhimento, processamento técnico, preservação e divulgação dos documentos
do Estado do Rio de Janeiro, promovendo orientações teórico-metodológicas
produzidos e recebidos pelo Poder Executivo Estadual e a necessidade de
relativas à produção, classificação, avaliação, tramitação, indexação, uso,
regulamentar o disposto no seu artigo 17, §1º, sobre a competência do Arquivo
arquivamento, destinação de documentos, entre outros;
Público do Estado do Rio de Janeiro na implementação do programa de gestão de
II - orientar, em conjunto com as Comissões de Gestão de
documentos do Poder Executivo Estadual.
Documentos os respectivos órgãos e entidades da administração direta e
DECRETA:
indireta quanto da implantação, execução e aplicabilidade do Programa de
Art. 1º - Ficam organizadas sob a forma de sistema, com a denominação
Gestão de Documentos do Estado do Rio de Janeiro;
de SISTEMA DE ARQUIVOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – SRARQ-RJ, e as
III - aprovar o conteúdo e as respectivas alterações dos
atividades de gestão de documentos no Âmbito dos órgãos e entidades da
instrumentos de gestão, incluindo planos de classificação de documentos e
Administração Pública do Estado do Rio de Janeiro.
tabelas de temporalidade das atividades-fim do Poder Executivo do Estado,
§ 1º - Para os fins deste Decreto, consideram-se documentos de arquivo
elaborados pelas Comissões citadas no inciso anterior;
aqueles produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter
IV - manter atualizados os instrumentos de gestão, incluindo
público e entidades privadas, em decorrência do exercício das atividades
planos de classificação e tabelas de temporalidade das atividades-meio do
específicas, bem como por pessoa física , qualquer que seja o suporte da
Poder Executivo do Estado;
informação ou a natureza dos documentos.
V - acompanhar e garantir a qualidade do Programa de Gestão de
§ 2º - Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedimentos
Documentos do Estado do Rio de Janeiro;
e operações técnicas referentes à produção, classificação, avaliação, tramitação,
VI - articular com o Órgão Gestor do Processo Digital ações de
uso e arquivamento dos documentos, em fase corrente e intermediária,
desenvolvimento e implementação de sistemas de informação e gestão
independente do suporte, visando a sua eliminação ou recolhimento para a
eletrônica de documentos, no que tange à definição de requisitos
guarda permanente.
arquivísticos referentes à produção, classificação, indexação, controle
Art. 2º - O Sistema de Arquivos do Estado do Rio de Janeiro – SIARQ-RJ
terminológico, avaliação, fidedignidade, integridade, autenticidade,
terá a seguinte composição:
criticidade, tramitação, manutenção e preservação dos objetos digitais;
I - Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro – APERJ;
VII - fiscalizar, por intermédio das Comissões de Gestão de
II - órgãos e entidades da administração direta e indireta do Estado do
Documentos, os órgãos e entidades da administração direta e indireta do
Rio de Janeiro;
Estado do Rio de Janeiro no cumprimento das normas e procedimentos
III - órgãos e entidades municipais e dos demais poderes que aderirem
técnicos estabelecidos pelo SIARQ-RJ;
ao SIARQ-RJ, mediante celebração me convênio com o Arquivo Público do Estado
VIII - auxiliar os municípios na implantação de políticas de gestão
do Rio de Janeiro;
documental;
IV - conjunto de normas, padrões e documentação em uso no SIARQ-RJ.
IX- fiscalizar, por intermédio das Comissões de Gestão de
Art. 3º - Compete ao Sistema de Arquivos do Estado do Rio de Janeiro –
Documentos, e dar providências para a apuração de atos lesivos ao
SIARQ-RJ:
patrimônio documental do Estado;
I - racionalizar a produção, classificação, avaliação, tramitação, uso e
X - prestar assessoria técnica em Gestão Documental às
arquivamento de documentos, assim como o acesso aos mesmos nos órgãos e
instituições do Estado do Rio de Janeiro;
entidades da administração direta e indireta;

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XI - definir a política de transferência e recolhimento da LEI Nº 6.402 DE 08 DE MARÇO DE 2013
documentação do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro; Institui pisos salariais no âmbito do estado do Rio
XII - promover a capacitação, o aperfeiçoamento, o treinamento e a de Janeiro para as categorias profissionais que
reciclagem dos servidores, por meio de cursos, palestras e seminários voltados menciona e estabelece outras providências.
para a gestão de documentos.
XIII - gerenciar o sistema de gestão de protocolo do Governo do Estado O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
do Rio de Janeiro; Faço saber que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
XIV - manter atualizadas as informações de cadastro das unidades Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
protocoladoras. Art. 1º - No Estado do Rio de Janeiro, o piso salarial dos
Art. 7º - Compete à Secretaria de Estado da Casa Civil: empregados, integrantes das categorias profissionais abaixo enunciadas, que
não o tenham definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de
I - prover os meios para a implementação do SIARQ-RJ; trabalho que o fixe a maior, será de:
II - criar estímulos e recursos para que todos os capitais (intelectual, IX - R$ 2.047,58 (dois mil e quarenta e sete reais e cinquenta e oito
humano e estrutural) envolvidos com o SIARQ-RJ se desenvolvam; centavos) - Para arquivistas de nível superior; bibliotecários de nível superior;
III - buscar o alinhamento do SIARQ-RJ com os princípios estratégicos Art. 2° - Ficam excetuados dos efeitos desta Lei os empregados que
do Governo do Estado; tem piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo e os
IV - sugerir ao Comitê Gestor do SIARQ- RJ ações normativas relativas excluídos pelo inciso II do §1° do art. 1° da Lei Complementar nº103, de 14 de
julho de 2000.
às atividades de sua competência.
Art. 3º - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deverão
Art. 8º - Compete ao Centro de Tecnologia da Informação e
observar os valores do Piso Salarial Regional previsto em Lei Estadual em
Comunicação – PRODERJ:
todos os editais de licitação para contratação de empresa prestadora de
I - acompanhar e orientar a implantação dos instrumentos
serviço.
tecnológicos relacionados ao SIARQ-RJ; Parágrafo Único - O disposto no “caput” deste artigo aplica-se
II - prestar toda assistência técnica necessária ao efetivo uso do sistema também a toda administração indireta.
de protocolo informatizado do Estado do Rio de Janeiro; Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
III - disponibilizar e manter a infraestrutura necessária para suportar a produzindo os seus efeitos a partir de 1º de janeiro de 2013, revogadas as
automação dos procedimentos de gestão documental; e disposições da Lei nº 6.163, de 9 de fevereiro de 2012.
IV- sugerir ao Comitê Gestor do SIARQ-RJ ações normativas relativas às Rio de Janeiro, 08 de março de 2013.
atividades de sua competência. SÉRGIO CABRAL
Art. 9° - Compete ao Órgão Gestor do Processo Digital: Governador
I - estimular e promover a automatização aos processos
administrativos dos órgãos estaduais por meio da disseminação da solução de [Diário Oficial do estado do Rio de Janeiro, de 03 de março de 2013]
gerenciamento eletrônico de documentos, licitada pela Caso Civil;
II - implementar as diretrizes gerenciais e de governança relativos aos GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
sistemas de gestão eletrônica de documentos; ATOS DO PODER EXECUTIVO
III - estabelecer metas e diretrizes gerenciais para a implantação de DECRETO Nº 42.002 DE 21 DE AGOSTO DE 2009
sistemas de gestão eletrônica de documentos; DISPÕE SOBRE AVALIAÇÃO E DESTINAÇÃO DE
IV - garantir a padronização da metodologia de implantação do Projeto DOCUMENTOS PRODUZIDOS E RECEBIDOS PELA
Processo Digital; ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL E DÁ
V - avaliar e gerenciar os riscos para a implantação de sistemas de OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
gestão eletrônica de documentos.
Art. 10 - Compete às Comissões de Gestão de Documentos, instituídas O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas
no âmbito do Programa de Gestão Documental do Rio de Janeiro – PGD/RJ: atribuições constitucionais e legais, tendo em vista o que consta do Processo
I - implementar normas e procedimentos de gestão documental no seu nº E-12/2367/2009,
respectivo órgão ou entidade; CONSIDERANDO:
II - elaborar e manter atualizados, sob orientação do APERJ, seus - que o §2º do Art. 216 da Constituição Federal, o Art. 1º da Lei
instrumentos de gestão de documentos; Federal nº 8159, de 08 de janeiro de 1991, e o Art. 1º da Lei Estadual nº 2.331,
III - gerenciar os procedimentos de seleção e destinação de de 05 de outubro de 1994, determinam que é dever do Poder Público a gestão
documentos, a partir das tabelas de temporalidade aprovadas pelo APERJ; documental e a proteção especial a documentos de arquivos, como
IV - fiscalizar o seu respectivo órgão ou entidade em relação ao instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento
cumprimento de normas e procedimentos técnicos estabelecidos pelo SIARQ-RJ; científico e à cidadania, onde servem como elementos de prova e informação
V - gerir e controlar o acesso aos documentos, no seu respectivo órgão na garantia dos direitos individuais;
ou entidade, com vistas ao atendimento dos ditames da Lei Federal nº 12.527, de - e que o Plano de Classificação e a Tabela de Temporalidade são os
principais instrumentos de Gestão Documental,
18 de novembro de 2011, e do Decreto Estadual nº 43.597, de 16 de maio de 2012.
DECRETA:
Parágrafo Único - Os dirigentes dos órgãos e entidades da
Art. 1º - O Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, da
administração direta e indireta deverão manter, atualizadas e ativas, as suas
Secretaria de Estado da Casa Civil, deverá apresentar, no prazo de 180 (cento
Comissões de Gestão de Documentos, atendendo às orientações do SIARQ-RJ.
e oitenta dias) contados da publicação deste Decreto, proposta de revisão do
Art. 11 - Todos os órgãos e entidades da administração direta e indireta Plano de Classificação e Tabela de Temporalidade para atividades-meio,
do Estado do Rio de Janeiro deverão utilizar o sistema de protocolo informatizado aprovada pelo Decreto 29.010, de 04 de agosto de 2001, para fins de controle,
para o registro da tramitação de processos administrativos e expedientes de arquivamento e eliminação de documentos que tramitam na Administração
qualquer natureza, Pública Estadual.
Art. 11 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, Art. 2° - As Secretarias de Estado e demais Entidades da
revogados os Decretos nº 25.828, de 14 de dezembro de 1999, e nº 31.634, de 06 de Administração Direta e Indireta deverão apresentar, no prazo de 180 (cento e
agosto de 2002. oitenta dias),
Rio de Janeiro, 08 de outubro de 2012. contados da publicação deste Decreto, proposta de Plano de Classificação e
SERGIO CABRAL Tabela de Temporalidade referente às atividades-fim da Administração.
§ 1º - O trabalho de elaboração das tabelas será coordenado pelo
[Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, de 09 de outubro de 2012] Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro, ao qual caberá definir a
metodologia a ser empregada e ministrar treinamento às Comissões de
Gestão de Documentos, que serão instituídas por cada Órgão.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO §2º - As Comissões de que trata o parágrafo anterior serão
ATOS DO PODER LEGISLATIVO compostas obrigatoriamente por um representante de cada subsecretaria e

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será responsável pelo mapeamento das atividades e identificação das tipologias serão recolhidos a instituições arquivísticas públicas, na sua esfera de
documentais referentes às atividades-fim. competência, por serem inalienáveis e imprescritíveis.
§3º - As propostas dos Planos de Classificação e Tabelas de § 1º O recolhimento de que trata este artigo constituirá cláusula
Temporalidade referentes às atividades-fim deverão ser aprovadas pelo Arquivo específica de edital nos processos de desestatização.
Público do Estado do Rio de Janeiro. § 2º Para efeito do disposto neste artigo, as empresas desestatizadas,
Art. 3º - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, as concessionárias ou as permissionárias providenciarão, em conformidade
revogadas as disposições em contrário, em especial o Decreto nº 22.989, de 06 de com as normas arquivísticas emanadas do Conselho Municipal de Arquivos do
março de 1997, os artigos nº 79 a nº 85 do Título V do Decreto nº 31.896, de 20 de Rio de Janeiro-COMARQ, a identificação, classificação e avaliação do acervo
setembro de 2002. arquivístico.
Rio de Janeiro, 21 de agosto de 2009 § 3º Os documentos de valor permanente poderão ficar sob a guarda
SÉRGIO CABRAL das empresas mencionadas no § 2º, enquanto necessários ao desempenho de
suas atividades.
[Diário Oficial do estado Rio de Janeiro, de 24 de agosto de 2009] Art. 10. A cessação de atividades de entidade pública e de caráter
público implica o recolhimento de seus arquivos ao Arquivo Geral da Cidade
do Rio de Janeiro, ou sua transferência à instituição sucessora.
PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Art. 11. Os documentos públicos municipais são identificados como
CAMARA MUNICIPAL correntes, intermediários e permanentes.
LEI Nº 3.404 DE 5 DE JUNHO DE 2002 § 1º Consideram-se documentos correntes aqueles em curso ou que,
mesmo sem movimentação, constituem objeto de consultas frequentes
Dispõe sobre a política municipal de arquivos públicos e § 2º Consideram-se documentos intermediários aqueles que, não
privados, o acesso aos documentos públicos municipais e sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse
dá outras providências. administrativo, aguardam sua eliminação ou recolhimento para a guarda
permanente.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara § 3º Consideram-se permanente os conjuntos de documentos de
Municipal decreta e eu sanciono a seguinte Lei: valor histórico, probatório e informativo, que devem ser definitivamente
CAPÍTULO I preservados.
DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 12. A eliminação de documentos produzidos e recebidos pelo
Art. 1º É assegurado ao cidadão o direito de acesso pleno aos Poder Executivo Municipal e por instituições municipais de caráter público
documentos públicos municipais, cuja consulta será franqueada pelo Poder Público, será realizada mediante autorização do Arquivo Geral da Cidade do Rio de
na forma desta Lei, ressalvados aqueles cujo sigilo seja imprescindível à segurança Janeiro.
da sociedade e do Estado, bem como à inviolabilidade da intimidade, da vida Art. 13. Compete ao Arquivo da Câmara Municipal a gestão e o
privada, da honra e da imagem da pessoa. recolhimento dos documentos produzidos e recebidos pelo Poder Legislativo
Art. 2º É dever do Poder Público Municipal a gestão documental e a Municipal, no exercício de suas funções, bem como preservar os documentos
proteção especial a documentos de arquivos, como instrumentos de apoio à sob sua guarda e facultar o acesso aos mesmos.
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e tecnológico e como Parágrafo único. A eliminação de documentos produzidos e
elementos de prova e informação. recebidos pelo Poder Legislativo Municipal será realizada mediante
Art. 3º Consideram-se arquivos, para os fins desta Lei, os conjuntos de autorização do Arquivo da Câmara Municipal.
documentos produzidos e recebidos por órgãos da Administração Direta, Indireta, Art. 14. Compete ao Arquivo do Tribunal de Contas do Município a
Autárquica e Fundacional e instituições municipais de caráter público e entidades gestão e o recolhimento dos documentos produzidos e recebidos no exercício
privadas, em decorrência do exercício de suas atividades específicas, bem como de suas funções, bem como preservar os documentos sob sua guarda e facultar
por pessoas físicas, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos o acesso aos mesmos.
documentos. Parágrafo único. A eliminação de documentos produzidos e
Art. 4º Considera-se gestão de documentos públicos municipais o recebidos pelo Tribunal de Contas será realizada mediante autorização do
conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, Arquivo do Tribunal de Contas do Município.
tramitação, uso, avaliação e arquivamento, em fase corrente e intermediária, Art. 15. Os documentos de valor permanente são inalienáveis e
visando à sua eliminação ou recolhimento para a guarda permanente. imprescritíveis.
Art. 5º Considera-se política municipal de arquivos o conjunto de CAPÍTULO III
objetivos, princípios, diretrizes e programas elaborados e executados pelo Poder DOS ARQUIVOS PRIVADOS
Executivo Municipal, de forma a garantir a gestão, preservação e acesso aos Art. 16. Consideram-se arquivos privados os conjuntos de
documentos dos arquivos públicos municipais, bem como a proteção especial a documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas em
arquivos privados, considerados de interesse público e social para a Cidade do Rio decorrência de suas atividades.
de Janeiro. Art. 17. Os arquivos privados poderão ser classificados como de
Art. 6º O Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro passa a ser o órgão interesse público e social, desde que sejam considerados como conjuntos de
gestor do Sistema de Memória da Cidade. fontes relevantes para a História e o desenvolvimento científico e tecnológico
CAPÍTULO II da Cidade do Rio de Janeiro.
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS MUNICIPAIS § 1º Os arquivos de entidades privadas encarregadas da gestão de
Art. 7º São arquivos públicos os conjuntos de documentos: serviços públicos municipais ficam classificados como de interesse público e
I - produzidos e recebidos por órgãos públicos do Poder Executivo social.
Municipal em decorrência de suas funções administrativas e legislativas; § 2º A declaração de interesse público e social de que trata este
II - produzidos e recebidos por agentes do Poder Público, no exercício artigo não implica a transferência do respectivo acervo para guarda em
de seu cargo e/ou função; instituição arquivística pública, nem exclui a responsabilidade por parte de
III - produzidos e recebidos por pessoas físicas e jurídicas que, embora seus detentores, pela guarda e preservação do acervo.
se submetam a regime jurídico de direito privado, desenvolvam atividades § 3º Os proprietários e possuidores de arquivos privados
públicas, por força de lei; classificados como de interesse público e social poderão receber assistência
IV - produzidos e recebidos pelas empresas públicas, sociedades de técnica do Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
economia mista, fundações privadas instituídas por entes políticos e territoriais; e § 4º O acesso aos documentos de arquivos privados classificados
V - produzidos e recebidos pelas concessionárias e permissionárias de como de interesse público e social poderá ser franqueado mediante
serviços públicos referentes a atos praticados no exercício das funções delegadas autorização de seu proprietário ou possuidor.
pelo Poder Público Municipal. § 5º Os arquivos privados classificados como de interesse público e
Art. 8º Às pessoas físicas e jurídicas mencionadas no art. 7º, compete a social poderão ser depositados, a título revogável, no Arquivo Geral da Cidade
responsabilidade pela preservação adequada dos documentos produzidos e do Rio de Janeiro, ou doados a este.
recebidos no exercício de atividades públicas. Art. 18. A alienação de arquivos privados declarados de interesse
Art. 9º Os documentos públicos de valor permanente que integram o público e social deve ser precedida de notificação ao Município, titular do
acervo arquivístico das empresas em processo de desestatização, parcial ou total,

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direito de preferência, para que manifeste, no prazo máximo de sessenta dias, as funções precípuas de gestão, organização, preservação e acesso aos
interesse na aquisição. documentos oriundos do Poder Executivo Municipal;
Art. 19. Fica instituído, no Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, o considerando o estabelecido no capítulo IV (DA POLÍTICA
Cadastro Municipal de Arquivos Públicos e Privados. MUNICIPAL DE ARQUIVOS) da Lei nº 3.404, de 5 de junho de 2002:
CAPÍTULO IV DECRETA
DA POLÍTICA MUNICIPAL DE ARQUIVOS Art. 1º Fica instituído o Conselho Municipal de Arquivos do Rio de
Art. 20. Fica criado o Conselho Municipal de Arquivos-COMARQ, Janeiro — COMARQ
vinculado ao Gabinete do Prefeito e composto por representantes de órgãos da Parágrafo único. Por determinação do art. 20 da Lei nº 3.404, de
Administração Direta e Indireta, Autárquica e Fundacional, instituições 2002, é um órgão colegiado, com funções consultivas e de assessoramento,
arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas, e presidido pelo Diretor do vinculado ao Gabinete do Prefeito e composto por representantes de órgãos da
Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Administração Direta e Indireta, Autárquica e Fundacional, instituições
Parágrafo único O Conselho Municipal de Arquivos é um órgão arquivísticas e acadêmicas, públicas e privadas, e presidido pelo Diretor do
colegiado, com funções consultivas e de assessoramento, com a finalidade de Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro.
favorecer a formulação e a implementação da Política Municipal de Arquivos. Art. 2º Compete ao COMARQ:
Art. 21. Caberá ao Conselho Municipal de Arquivos avaliar os arquivos I – avaliar os arquivos privados identificados pelo Arquivo Geral da
privados identificados pelo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro e emitir Cidade do Rio de Janeiro e emitir parecer, encaminhando-o ao Prefeito, que
parecer, encaminhando-o ao Prefeito, que decidirá por sua classificação como de decidirá por sua classificação como de interesse público;
interesse público. II – estabelecer diretrizes para gestão, preservação e acesso aos
Parágrafo único. Do Ato Declaratório a que se refere o caput deste documentos de arquivos;
artigo caberá recurso ao Prefeito, no prazo de trinta dias, contados de sua ciência. III – promover o inter-relacionamento de arquivos públicos e
Art. 22. Fica criada a Rede Municipal de Arquivos-ARQ-RIO vinculada ao privados tendo por fim o intercâmbio e a integração sistêmica das atividades
Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de implementar a arquivísticas;
Política Municipal de Arquivos no âmbito do Poder Executivo Municipal. IV – subsidiar a elaboração de planos municipais de
Parágrafo único. Compete à ARQ-RIO a supervisão e orientação técnica desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política municipal de
às unidades de protocolo e arquivos correntes dos órgãos e entidades da arquivos públicos e privados;
Administração Direta, Indireta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo V – zelar pelo cumprimento, no âmbito do Poder Executivo
Municipal. Municipal, dos dispositivos constitucionais e legais que norteiam o
Art. 23. O Arquivo da Câmara Municipal poderá vir a integrar a ARQ-RIO, funcionamento e o acesso aos arquivos públicos;
mediante convênio com o órgão gestor da Rede Municipal de Arquivos. VI – estimular programas de gestão e de preservação de
Art. 24. O Arquivo do Tribunal de Contas do Município poderá vir a documentos públicos de âmbito municipal, produzidos ou recebidos em
integrar a ARQ-RIO, mediante convênio com o órgão gestor da Rede Municipal de decorrência das funções executiva, legislativa e judiciária;
Arquivos. VII – subsidiar a elaboração de planos municipais de
CAPÍTULO V desenvolvimento, sugerindo metas e prioridades da política municipal de
DISPOSIÇÕES FINAIS arquivos públicos e privados;
Art. 25. Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, VIII – estimular a implantação de sistemas e modernização dos
na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir, no todo ou em arquivos públicos e privados;
parte, documento de valor permanente ou considerado como de interesse público IX – estimular a integração e modernização dos arquivos públicos e
e social. privados;
Art. 26. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. X – declarar como de interesse público e social os arquivos privados
que contenham fontes relevantes para a história e o desenvolvimento da
CÉSAR MAIA Cidade do Rio de Janeiro, nos termos do art. 12 da Lei nº 8.159, de 1991;
XI – recomendar providências para a apuração e a reparação de
[Diário Oficial do município da Cidade do Rio de Janeiro, de 6 de junho de 2002] atos lesivos à política municipal de arquivos públicos e privados;
XII – manter intercâmbio com outros conselhos e instituições cujas
finalidades sejam relacionadas ou complementares às suas, para prover e
PREFEITURA MUNICIPAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO receber elementos de informação e juízo, conjugar esforços e encadear ações;
XIII – articular-se com outros órgãos do Poder Público
formuladores de políticas municipais nas áreas de educação, cultura, ciência e
ATOS DO PREFEITO tecnologia, informação e informática.
DECRETO Nº 29.966, DE 8 DE OUTUBRO DE 2008 Parágrafo único. Do Ato Declaratório a que e refere o caput deste
artigo caberá recurso ao Prefeito, no prazo de trinta dias, contados de sua
Institui o Conselho Municipal de Arquivos do Rio de ciência.
Janeiro (COMARQ) e estabelece a sua competência, Art. 3.º Cria-se a Rede Municipal de Arquivos (ARQ-RIO) vinculada
organização e funcionamento. ao Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de implementar a
Política Municipal de Arquivos no âmbito do Poder Executivo Municipal.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, Parágrafo único. Compete à ARQ-RIO a supervisão e orientação
técnica às unidades de protocolo e arquivos correntes dos órgãos e entidades
no uso das atribuições legais que lhe são conferidas pela legislação em da Administração Direta, Indireta, Autárquica e Fundacional do Poder
vigor, tendo em vista o constante do processo administrativo nº 12/002.172/2008, Executivo Municipal.
considerando que são deveres do Poder Público a gestão documental e a Art. 4º O Arquivo da Câmara Municipal poderá vir a integrar a ARQ-
proteção especial a documentos de arquivos como instrumentos de apoio à RIO, mediante convênio com o órgão gestor da Rede Municipal de Arquivos.
administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de Art. 5º O Arquivo do Tribunal de Contas do Município poderá vir a
prova e informação; integrar a ARQ-RIO, mediante convênio com o órgão gestor da Rede Municipal
considerando que todos os órgãos da Administração Pública, Direta e de Arquivos.
Indireta, produzem e acumulam documentos de valor probatório e histórico, em Art. 6º O Conselho Municipal de Arquivos do Rio de Janeiro
decorrência do exercício de atividades específicas, independentemente do suporte (COMARQ) tem como Presidente o Diretor-Geral do Arquivo Geral da Cidade
da informação ou da natureza dos documentos; do Rio de Janeiro, sendo constituído por quatorze membros Conselheiros,
considerando que os documentos públicos se encontram dispersos pela representantes da sociedade civil e do Poder Público, sendo:
Administração, o que dificulta o exercício do direito de acesso pleno aos I – dois representantes do Poder Executivo Municipal, sendo um do
documentos públicos e compromete a preservação da memória carioca, na medida Gabinete do Prefeito e um da Secretaria Municipal de Administração;
em que todos os órgãos públicos deveriam ter seus documentos organizados e II – um representante do Poder Legislativo Municipal;
guardados em boas condições; III – um representante do Arquivo Público Estadual;
considerando que a administração da documentação pública ou de IV – o Presidente do Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ;
caráter público compete ao Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro, o qual tem

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V – dois representantes dos Cursos Universitários de Arquivologia do Decreto nº 54.276, de 27 de abril de 2009, cabe à Unidade do Arquivo Público
Estado do Rio de Janeiro; do Estado, órgão central do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo -
VI – um representante de Arquivos Privados; SAESP, orientar o desenvolvimento, a implementação e o aperfeiçoamento
VII – um representante da Associação dos Arquivistas Brasileiros; contínuo de sistema informatizado unificado de gestão arquivística de
VIII – um representante da Associação dos Arquivistas do Estado do Rio documentos e informações, em conformidade com a política estadual de
de Janeiro; arquivos,
IX – um representante da Associação Brasileira de Antropólogos (ABA); Decreta:
X – um representante da Associação Nacional de Pós-Graduação e Artigo 1º - Fica instituído, na Casa Civil, junto ao Gabinete do
Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS); Secretário, Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado de Gestão
XI – um representante da Associação Nacional de História (ANPUH); Arquivística de Documentos e Informações -SPdoc, no âmbito da
XII – um representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB). administração direta do Poder Executivo, para planejar sua implementação
§ 1º Cada Conselheiro terá um suplente. progressiva e aperfeiçoamento contínuo.
§ 2º O mandato dos conselheiros será de dois anos, permitida uma Artigo 2º - O Sistema Informatizado Unificado de Gestão
recondução. Arquivística de Documentos e Informações -SPdoc se constitui em conjunto
Art. 7º O exercício das atividades de Conselheiros é de natureza de procedimentos e operações técnicas da gestão arquivística de documentos
relevante e não ensejará qualquer remuneração. processado eletronicamente, aplicável a documentos convencionais e digitais.
Parágrafo único. As reuniões do Conselho poderão ser convocadas em Parágrafo único - Para assegurar consistência, segurança e
local fora de sede, sempre que razão superior indicar a conveniência de adoção confiabilidade ao Sistema deverão ser observados os requisitos, padrões,
desta medida. normas e procedimentos arquivísticos, definidos nos termos do artigo 11,
Art. 8º O COMARQ constituirá câmaras técnicas e comissões especiais inciso IV, do Decreto nº 54.276, de 27 de abril de 2009.
com a finalidade de elaborar estudos e normas necessárias à implementação da Artigo 3º - O Comitê Gestor é composto dos seguintes membros,
política municipal de arquivos públicos e privados. designados pelo Secretário-Chefe da Casa Civil:
Art. 9º O Regimento Interno do COMARQ será aprovado pelo Plenário. I - 3 (três) representantes da Casa Civil, na seguinte conformidade:
Art. 10. Ficará sujeito à responsabilidade penal, civil e administrativa, a) o Coordenador da Unidade do Arquivo Público do Estado, que
na forma da legislação em vigor, aquele que desfigurar ou destruir documentos de exercerá a coordenação dos trabalhos;
valor permanente ou considerado como interesse público e social. b) o Diretor do Departamento de Gestão do Sistema de Arquivos do
Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Estado de São Paulo;
Rio de Janeiro, 8 de outubro de 2008 - 444º ano da Fundação da Cidade c) 1 (um) de livre escolha do Secretário-Chefe da Casa Civil;
CÉSAR MAIA II - 2 (dois) representantes da Secretaria de Gestão Pública, sendo 1
(um) da Unidade de Tecnologia da Informação e Comunicação;
[Diário Oficial do Município da Cidade do Rio de Janeiro, de 9 de outubro de 2008] III - 1 (um) representante de cada um dos seguintes órgãos e
entidade, que exercerão funções de assessoramento nas suas áreas específicas
de atuação:
ESTADO DE SANTA CATARINA a) Secretaria de Economia e Planejamento;
b) Procuradoria-Geral do Estado;
Governo do estado de Santa Catarina c) Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo -
Decreto nº 3.427, de 09 de março de 1993. PRODESP.
Criação do Sistema Estadual de Arquivo. § 1º - As funções de membro do Comitê Gestor não serão
remuneradas, mas consideradas como serviço público relevante.
§ 2º - O Comitê Gestor poderá convidar, para participar de suas
reuniões, técnicos e especialistas de áreas afins que, por seus conhecimentos
ESTADO DE SÃO PAULO e experiência profissional, possam contribuir para a discussão das matérias
em exame.
Governo do estado de São Paulo (Redação dada pelo artigo 2º do Decreto nº 56.260, de 6 de outubro
de 2010 - acrescenta parágrafos):
Lei nº 16.787, de 4/07/2018 § 3º - O Coordenador do Comitê Gestor será substituído, em suas
Institui na Secretaria de Governo o Fundo Especial de Despesa da Unidade do faltas e impedimentos, pelo Diretor do Departamento de Gestão do Sistema de
Arquivo Público do Estado - FEARQ. Arquivos do Estado de São Paulo. § 4º -Os membros de que tratam os incisos I,
[Ver em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2018/lei-16787-04.07.2018.html] alínea “c”, II e III deste artigo serão designados para um mandato de 2 (dois)
anos, permitida a recondução.
§ 5º - Na hipótese de vacância antes do término do mandato dos
Decreto nº 22.789, de 19 de outubro de 1984. membros a que se refere o § 4º deste artigo, far-se-á nova designação para o
Criação do Sistema Estadual de Arquivos período restante.
§ 6º - Concluído o mandato, os membros a que se refere o § 4º deste
Unidade do Arquivo Público do Estado artigo permanecerão no exercício de suas funções até a posse dos novos
Instrução Normativa APE/SAESP-1, de 10 de março de 2009 designados.
Estabelece diretrizes e define procedimentos para a gestão, a Artigo 4º - Para a consecução de seus objetivos, cabe ao Comitê
preservação e o acesso contínuo aos documentos arquivísticos digitais Gestor:
da Administração Pública Estadual Direta e Indireta I - desenvolver ações integradas entre a Casa Civil e a Secretaria de
Gestão Pública nos assuntos afetos ao uso da tecnologia da informação nas
[Diário Oficial do Estado de São Paulo - Poder Executivo - Seção I, 18 de março de atividades de protocolo e arquivo;
2009] II - planejar, coordenar e acompanhar a implementação gradual e
[Texto integral em<http://www.arquivoestado.sp.gov.br/saesp/instrucao_normativa_APE- progressiva do Sistema;
SAESP_n1_10-03-09.pdf>] III - elaborar e propor diretrizes e procedimentos a serem
adotados para contínua manutenção e aprimoramento do Sistema;
Decreto nº 55.479, de 25 de fevereiro de 2010 IV - planejar os recursos necessários ao pleno funcionamento,
manutenção e aprimoramento do
Institui, na Casa Civil, Comitê Gestor do Sistema Sistema;
Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de V - manifestar-se conclusivamente a respeito das formulações
Documentos e Informações - SPdoc e dá providências apresentadas por órgãos públicos a respeito do funcionamento do Sistema;
correlatas. VI - elaborar projeto de capacitação de pessoal referente aos
procedimentos de arquivo e protocolo e à operação do Sistema, orientando
JOSÉ SERRA, Governador do Estado de São Paulo, no uso de suas sua execução;
atribuições legais e considerando que, nos termos do artigo 2º, inciso II, do VII - planejar e manter serviço de orientação aos usuários do

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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Sistema; Decreto nº 60.144, de 11 de fevereiro de 2014
VIII - atualizar, ajustar e revisar, de forma permanente, os Institui a Comissão Estadual de Acesso à Informação - CEAI e dá providências
procedimentos e as práticas estabelecidas, garantindo sua compatibilidade; correlatas.
IX - promover a atualização constante do Sistema e a sua conformidade [Texto integral em: <http://www.al.sp.gov.br/norma/?id=172357>]
com a política estadual de arquivo e de segurança da informação.
(Redação dada pelo artigo 2º do Decreto nº 56.260, de 6 de outubro de Decreto nº 60.145, de 11 de fevereiro de 2014
2010 -acrescenta inciso e parágrafo): Dispõe sobre o recolhimento de documentos de guarda permanente,
X - elaborar seu Regimento Interno. produzidos e acumulados pelos órgãos e entidades da Administração Pública
Parágrafo único -O Regimento Interno do Comitê Gestor será aprovado
estadual direta, indireta e fundacional, para a Unidade de Arquivo Público do
mediante resolução do Secretário-Chefe da Casa Civil e poderá conter, além das
Estado, da Casa Civil.
normas de seu funcionamento, o detalhamento das atribuições e competências
[Texto integral em: http://www.al.sp.gov.br/norma/?id=172358]
previstas neste decreto.
Artigo 5º - O Comitê Gestor conta com:
I - Núcleo de Apoio; Decreto nº 60.334, de 03 de maio de 2014
II - Comissões Técnicas. Aprova o Manual de Normas e Procedimentos de Protocolo para a
§ 1º - Ao Núcleo de Apoio cabe: Administração Pública do Estado de São Paulo, e dá providências correlatas.
1. assessorar o Comitê Gestor no desempenho de suas atividades; [Texto integral em: <http://www.al.sp.gov.br/norma/?id=172678>]
2. desenvolver atividades características de apoio técnico e
administrativo. Decreto nº 61.559, de 15 de outubro de 2015
§ 2º - A condução dos trabalhos do Núcleo de Apoio, que não se Dá nova redação a dispositivo do Decreto nº 58.052, de 16
caracteriza como unidade administrativa, é da responsabilidade do Departamento de maio de 2012, que regulamenta a Lei federal n° 12.527,
de Gestão do Sistema de Arquivos do Estado de São Paulo. de 18 de novembro de 2011, e dá providências correlatas
§ 3º - Às Comissões Técnicas, integradas por especialistas, membros ou GERALDO ALCKMIN, Governador do Estado de São Paulo, no uso de
não do Comitê Gestor, cabe a realização de estudos e pesquisas sobre temas suas atribuições legais,
específicos, necessários à adequada execução deste decreto. Decreta:
§ 4º - Serão objeto de resolução do Secretário-Chefe da Casa Civil, por Artigo 1º - O artigo 33 do Decreto nº 58.052, de 16 de maio de 2012,
proposta do Coordenador do Comitê Gestor, a definição de cada Comissão Técnica passa a vigorar com a seguinte redação:
e a designação de seus membros. “Artigo 33 - A classificação de sigilo de documentos, dados e
§ 5º - O disposto no § 1º do artigo 3º deste decreto aplica-se, também, informações no âmbito da Administração Pública Estadual, Direta e Indireta, a
aos membros das Comissões Técnicas. (Redação dada pelo artigo 1º do Decreto nº que se refere o inciso II do artigo 32 deste decreto, é de competência das
56.260, de 6 de outubro de 2010). seguintes autoridades:
Artigo 5º-A - As ausências não justificadas às reuniões do Comitê Gestor I - Governador do Estado;
e de suas Comissões Técnicas, por 2 (duas) vezes consecutivas ou 3 (três) II - Vice-Governador do Estado;
alternadas, implicarão na solicitação de sua substituição. III - Secretários de Estado e Procurador Geral do Estado.
Parágrafo único - O disposto no “caput” deste artigo não se aplica aos § 1º - É vedada a delegação da competência estabelecida neste
membros de que tratam as alíneas “a” e “b” do inciso I do artigo 3º deste decreto. artigo.
Artigo 5º-B - O Comitê Gestor poderá promover intercâmbio com § 2º - A decisão da autoridade prevista no inciso III deste artigo que
órgãos nacionais e internacionais, públicos e privados, visando à capacitação e classificar documentos, dados e informações nos graus de sigilo reservado,
atualização de recursos humanos, ao desenvolvimento de pesquisas e à
secreto e ultrassecreto, deverá ser ratificada pela Comissão Estadual de Acesso
incorporação de novas melhorias no Sistema.
à Informação.”. (NR)
Artigo 6º - O Comitê Gestor deverá apresentar, ao Secretário-Chefe da
Artigo 2º - Ficam revogadas todas as resoluções, portarias e demais
Casa Civil, relatórios periódicos a respeito do andamento dos trabalhos.
atos normativos que, com fundamento na Lei federal nº 12.527, de 18 de
Artigo 7º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 25 de fevereiro de 2010. novembro de 2011, e no Decreto estadual nº 58.052, de 16 de maio de 2012, no
âmbito da Administração Pública Estadual, Direta e Indireta, instituíram
JOSÉ SERRA Tabelas de Classificação de Documentos, Dados e Informações Sigilosas,
Sidney Estanislau Beraldo - Secretário de Gestão Pública resguardada a proteção de documentos, dados e informações decorrente de lei
Francisco Vidal Luna - Secretário de Economia e Planejamento ou ordem judicial.
Aloysio Nunes Ferreira Filho - Secretário-Chefe da Casa Civil Artigo 3º - Os Secretários de Estado e o Procurador Geral do Estado
deverão, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação do presente
[Diário Oficial do Estado de São Paulo (DOSP), de 26.02.2010] decreto, encaminhar as Tabelas de Classificação de Sigilo de Documentos,
Dados e Informações relativos à respectiva Secretaria e às Autarquias,
[Texto integral em: Fundações e Empresas a elas vinculadas, à Comissão Estadual de Acesso à
<http://www.arquivoestado.sp.gov.br/saesp/Decreto_55479_de_25_de_fevereiro Informação que deverá, em igual prazo, deliberar sobre a ratificação dos atos.
_de_2010.pdf>] Artigo 4º - Os Secretários de Estado e o Procurador Geral do Estado,
no âmbito de suas respectivas competências, deverão, de ofício, reanalisar
todos os pedidos de acesso a informações formulados e negados com base em
sigilo instituído pelos atos normativos ora revogados, quer pelas Secretarias,
UNIDADE DO ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO quer pelas Autarquias, Fundações e Empresas a elas vinculadas,
Instrução Normativa APE/SAESP - - 02, de dois de dezembro de 2010 independentemente de requerimento dos interessados.
Estabelece critérios para a avaliação da massa documental acumulada e Artigo 5º - Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
procedimentos para a eliminação, transferência e recolhimento de documentos à Palácio dos Bandeirantes, 15 de outubro de 2015
Unidade do Arquivo Público do Estado
GERALDO ALCKMIN
Diário Oficial do Estado de São Paulo – Seção 1, de 3 de dezembro de 2010
[Texto integral em: http://zip.net/bgrsLH] [Diário Oficial do Estado de São Paulo, nº 125, de 16 de outubro de 2015]

Decreto nº 60.132, de 7 de fevereiro de 2014


Dá nova redação a dispositivo do Decreto nº 55.479, de 25 de fevereiro de 2010, que Resolução CC-19, de 19 de abril de 2011
institui, na Casa Civil, Comitê Gestor do Sistema Informatizado Unificado de Gestão Define critérios para a implementação gradual e progressiva do Sistema
Arquivística de Documentos e Informações - Spdoc e dá providências correlatas. Informatizado Unificado de Gestão Arquivística de Documentos e Informações
[Texto integral em: <http://www.al.sp.gov.br/norma/?id=172344>] - SPdoc nos órgãos da Administração Direta do Poder Executivo.

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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[Texto integral em: Decreto nº 5.490, de 22de agosto de 2016
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/institucional/legislacao] Dispõe sobre o Processo Administrativo Eletrônico –PAE, no âmbito da
Administração Direta e Indireta do Poder Executivo Estadual, e adota outras
Portaria APESP/SAESP 1. de 4 de dezembro de 2018 providências.
Dispõe sobre diretrizes para a contratação de serviços arquivísticos visando à [http://servicos.casacivil.to.gov.br/decretos/resources/pdf/decreto_5490]
execução de atividades técnicas auxiliares
[Texto integral em:
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/institucional/legislacao

Portaria UAPESP/SAESP 2. de 4 de dezembro de 2018


Dispõe sobre procedimentos para orientar a modelagem de documentos digitais
[Texto integral em:
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/institucional/legislacao] FIM
Resolução SG-57, de 30-9-2019
Aprova o “Manual de orientação para uso do ambiente digital de gestão
documental do Programa SP Sem Papel”, define procedimentos e dá providências
correlatas.
[Texto integral em:
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/institucional/legislacao]

Portaria UAPESP/SAESP- 4, de 23-11-2020.


Substitui os Anexos I e II da Instrução Normativa APE/SAESP nº 1, de 10 de março
de 2009, que definem os requisitos e metadados a serem adotados pelo ambiente
digital de gestão documental (“Documentos Digitais”) do SP Sem Papel e por
outros sistemas autorizados de gestão arquivística de documentos Aviso
[Texto integral em:
<http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/assets/legislacao/2020_11_24_Portaria Solicitação de inclusão ou alteração de legislação aqui publicada, deve ser
%20UAPESP_SAESP-4_23-11-2020-mesclado.pdf>] enviada para <conarq@arquivonacional.gov.br>.

Portaria UAPESP/SAESP – 5, de 5-8-2021 O CONARQ reserva-se o direito de avaliar a pertinência do pedido e em


Orienta os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual sobre a digitali- publicar em forma integral ou só a ementa ou partes do texto.
zação de documentos públicos, a
gestão e a preservação de seus representantes digitais para que produzam os Essa publicação é para referência e não substitui os instrumentos oficiais
mesmos efeitos legais de documentos originais originais em suas esferas de competência.
[Texto integral em:
http://www.arquivoestado.sp.gov.br/uploads/legislacao/portaria_uapesp_saesp_
5_de_05_08_2021.pdf]

Universidade Estadual de Campinas


REITORIA
Resolução GR-17, de 29-6-2011
Estabelece diretrizes e define procedimentos para a gestão, a preservação e o
acesso contínuo aos documentos arquivísticos digitais da Universidade Estadual
de Campinas

[Diário oficial do estado de São Paulo, 1º de julho de 2011, Poder Executivo - Seção
I - pg. 77-79]

[Texto integral em:


<http://diariooficial.imprensaoficial.com.br/nav_v4/index.asp?c=4&e=20110701&
p=1>]

Prefeitura Municipal de Indaiatuba


Lei Municipal nº 3.076, de 16 de dezembro de 1993
Criação do Sistema municipal de arquivos

Prefeitura Municipal de São José dos Campos


Lei nº 4.438, de 29 de setembro de 199
Criação do Sistema Municipal de Arquivos

Recomendamos visitar:

http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/institucional/legislacao

ESTADO DE SERGIPE
Governo do estado de Sergipe
Criação do Sistema Estadual de Arquivos
Decreto nº 4.507, de 19 de novembro de 1979

ESTADO DO TOCANTINS

Conselho Nacional de Arquivos – CONARQ – Janeiro de 2021 a Julho de 2021


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