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JANEIRO 8
Lei Complementar nº 177, de 12.1.2021 - Altera a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000,
para vedar a limitação de empenho e movimentação financeira das despesas relativas à inovação e
ao desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade, e a Lei nº
11.540, de 12 de novembro de 2007, para modificar a natureza e as fontes de receitas do Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), e incluir programas desenvolvidos
por organizações sociais entre as instituições que podem acessar os recursos do FNDCT. 8

Lei nº 14.118, de 12.1.2021 - Institui o Programa Casa Verde e Amarela; altera as Leis n os 8.036, de
11 de maio de 1990, 8.100, de 5 de dezembro de 1990, 8.677, de 13 de julho de 1993, 11.124, de 16
de junho de 2005, 11.977, de 7 de julho de 2009, 12.024, de 27 de agosto de 2009, 13.465, de 11 de
julho de 2017, e 6.766, de 19 de dezembro de 1979; e revoga a Lei nº 13.439, de 27 de abril de 2017.
8

Lei Complementar nº 178, de 13.1.2021 - Estabelece o Programa de Acompanhamento e


Transparência Fiscal e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal; altera a Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000, a Lei Complementar nº 156, de 28 de dezembro de 2016, a Lei Complementar
nº 159, de 19 de maio de 2017, a Lei Complementar nº 173, de 27 de maio de 2020, a Lei nº 9.496,
de 11 de setembro de 1997, a Lei nº 12.348, de 15 de dezembro de 2010, a Lei nº 12.649, de 17 de
maio de 2012, e a Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.
13

Lei nº 14.119, de 13.1.2021 - Institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais; e
altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, para adequá-las à nova política. 25

FEVEREIRO 25
Decreto nº 10.628, de 12.2.2021 - Altera o Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019, que regulamenta
a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro e
a posse de armas de fogo e de munição. 25

Decreto nº 10.630, de 12.2.2021 - Altera o Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019, que regulamenta
a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o
porte e a comercialização de armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas. 26

MARÇO 30
Emenda Constitucional nº 109, de 15.3.2021 - Altera os arts. 29-A, 37, 49, 84, 163, 165, 167, 168 e
169 da Constituição Federal e os arts. 101 e 109 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
acrescenta à Constituição Federal os arts. 164-A, 167- A, 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-
G; revoga dispositivos do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e institui regras transitórias
sobre redução de benefícios tributários; desvincula parcialmente o superávit financeiro de fundos
públicos; e suspende condicionalidades para realização de despesas com concessão de auxílio
emergencial residual para enfrentar as consequências sociais e econômicas da pandemia da Covid-
19. 30

Lei nº 14.129, de 29.3.2021 - Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e
para o aumento da eficiência pública e altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, a Lei nº 12.527,

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de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), a Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, e


a Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017. 34

Lei nº 14.132, de 31.3.2021 - Acrescenta o art. 147-A ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de


1940 (Código Penal), para prever o crime de perseguição; e revoga o art. 65 do Decreto-Lei nº 3.688,
de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais). 35

Lei nº 14.133, de 1º.4.2021 - Lei de Licitações e Contratos Administrativos. 35

Lei nº 14.141, de 19.4.2021 - Altera o art. 16 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica
da Saúde), para dispor sobre a remessa de patrimônio genético ao exterior em situações
epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública. 35

Decreto nº 10.681 de 20.4.2021 - Regulamenta a Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017,


que institui o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal. 36

MAIO 52
Lei Complementar nº 181, de 6.5.2021 - Altera a Lei Complementar nº 172, de 15 de abril de 2020, e
a Lei nº 14.029, de 28 de julho de 2020, para conceder prazo para que os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios executem atos de transposição e de transferência e atos de transposição e de
reprogramação, respectivamente; altera a Lei Complementar nº 156, de 28 de dezembro de 2016,
para conceder prazo adicional para celebração de aditivos contratuais e permitir mudança nos critérios
de indexação dos contratos de refinanciamento de dívidas; altera a Lei Complementar nº 159, de 19
de maio de 2017, para permitir o afastamento de vedações durante o Regime de Recuperação Fiscal
desde que previsto no Plano de Recuperação Fiscal; altera a Lei Complementar nº 178, de 13 de
janeiro de 2021, para conceder prazo adicional para celebração de contratos e disciplinar a apuração
de valores inadimplidos de Estado com Regime de Recuperação Fiscal vigente em 31 de agosto de
2020; e revoga o art. 27 da Lei Complementar nº 178, de 13 de janeiro de 2021. 52

Lei nº 14.151, de 12.5.2021 - Dispõe sobre o afastamento da empregada gestante das atividades de
trabalho presencial durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do
novo coronavírus. 53

Decreto nº 10.701, de 17.5.2021 - Institui o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra


Crianças e Adolescentes e a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Crianças e
Adolescentes. 53

Lei nº 14.154, de 26.5.2021 - Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), para aperfeiçoar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), por meio do
estabelecimento de rol mínimo de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho; e dá outras
providências. 56

Lei nº 14.155, de 27.5.2021 - Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
para tornar mais graves os crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos
de forma eletrônica ou pela internet; e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de
Processo Penal), para definir a competência em modalidades de estelionato. 57

JUNHO 58

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Lei Complementar nº 182, de 1º.6.2021 - Institui o marco legal das startups e do empreendedorismo
inovador; e altera a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e a Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006. 58

Lei nº 14.157, de 1º.6.2021 - Altera as Leis nºs 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
Brasileiro), e 10.233, de 5 de junho de 2001, para estabelecer condições para a implementação da
cobrança pelo uso de rodovias por meio de sistemas de livre passagem. 60

Lei nº 14.162, de 2.6.2021 - Dispõe sobre a organização básica da Polícia Civil do Distrito Federal.
61

Lei nº 14.164, de 10.6.2021 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional), para incluir conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher
nos currículos da educação básica, e institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a
Mulher. 61

Lei nº 14.176, de 22.6.2021 - Altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, para estabelecer o
critério de renda familiar per capita para acesso ao benefício de prestação continuada, estipular
parâmetros adicionais de caracterização da situação de miserabilidade e de vulnerabilidade social e
dispor sobre o auxílio-inclusão de que trata a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa
com Deficiência); autoriza, em caráter excepcional, a realização de avaliação social mediada por meio
de videoconferência; e dá outras providências . 62

JULHO 65
Lei nº 14.181, de 1º.7.2021 - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do
Consumidor), e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a
disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento.
65

Lei nº 14.188, de 28.7.2021 - Define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência
Doméstica como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher
previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), em todo o território nacional; e altera o Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para modificar a modalidade da pena da lesão
corporal simples cometida contra a mulher por razões da condição do sexo feminino e para criar o
tipo penal de violência psicológica contra a mulher . 70

AGOSTO 70
Lei nº 14.191, de 3.8.2021 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional), para dispor sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos. 70

Lei nº 14.192, de 4.8.2021 - Estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política
contra a mulher; e altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), a Lei nº 9.096, de
19 de setembro de 1995 (Lei dos Partidos Políticos), e a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei
das Eleições), para dispor sobre os crimes de divulgação de fato ou vídeo com conteúdo inverídico
no período de campanha eleitoral, para criminalizar a violência política contra a mulher e para
assegurar a participação de mulheres em debates eleitorais proporcionalmente ao número de
candidatas às eleições proporcionais. 72

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Lei nº 14.195, de 26.8.2021 - Dispõe sobre a facilitação para abertura de empresas, sobre a proteção
de acionistas minoritários, sobre a facilitação do comércio exterior, sobre o Sistema Integrado de
Recuperação de Ativos (Sira), sobre as cobranças realizadas pelos conselhos profissionais, sobre a
profissão de tradutor e intérprete público, sobre a obtenção de eletricidade, sobre a desburocratização
societária e de atos processuais e a prescrição intercorrente na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil); altera as Leis nºs 11.598, de 3 de dezembro de 2007, 8.934, de 18 de novembro
de 1994, 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 7.913, de 7 de dezembro de 1989, 12.546, de 14 de
dezembro 2011, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.522, de 19 de julho de 2002, 12.514, de 28
de outubro de 2011, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), 4.886, de 9 de dezembro de 1965,
5.764, de 16 de dezembro de 1971, 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e 13.874, de 20 de setembro
de 2019, e o Decreto-Lei nº 341, de 17 de março de 1938; e revoga as Leis nºs 2.145, de 29 de
dezembro de 1953, 2.807, de 28 de junho de 1956, 2.815, de 6 de julho de 1956, 3.187, de 28 de
junho de 1957, 3.227, de 27 de julho de 1957, 4.557, de 10 de dezembro de 1964, 7.409, de 25 de
novembro de 1985, e 7.690, de 15 de dezembro de 1988, os Decretos nºs 13.609, de 21 de outubro
de 1943, 20.256, de 20 de dezembro de 1945, e 84.248, de 28 de novembro de 1979, e os Decretos-
Lei nºs 1.416, de 25 de agosto de 1975, e 1.427, de 2 de dezembro de 1975, e dispositivos das Leis
nºs 2.410, de 29 de janeiro de 1955, 2.698, de 27 de dezembro de 1955, 3.053, de 22 de dezembro
de 1956, 5.025, de 10 de junho de 1966, 6.137, de 7 de novembro de 1974, 8.387, de 30 de dezembro
de 1991, 9.279, de 14 de maio de 1996, e 9.472, de 16 de julho de 1997, e dos Decretos-Lei nºs 491,
de 5 de março de 1969, 666, de 2 de julho de 1969, e 687, de 18 de julho de 1969; e dá outras
providências. 73

SETEMBRO 86
Lei nº 14.197, de 1º.9.2021 - Acrescenta o Título XII na Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848, de 7
de dezembro de 1940 (Código Penal), relativo aos crimes contra o Estado Democrático de Direito; e
revoga a Lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983 (Lei de Segurança Nacional), e dispositivo do
Decreto-Lei nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais). 86

Lei nº 14.199, de 2.9.2021 - Altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, e 8.213, de 24 de julho
de 1991, para dispor sobre medidas alternativas de prova de vida para os beneficiários da Previdência
Social durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Congresso Nacional; e dá outras
providências. 88

Lei Complementar nº 183, de 22.9.2021 - Altera a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003,
para explicitar a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre o
monitoramento e rastreamento de veículos e carga. 91

Emenda Constitucional nº 111, de 28.9.2021 - Altera a Constituição Federal para disciplinar a


realização de consultas populares concomitantes às eleições municipais, dispor sobre o instituto da
fidelidade partidária, alterar a data de posse de Governadores e do Presidente da República e
estabelecer regras transitórias para distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo
partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e para o funcionamento dos
partidos políticos. 91

Lei nº 14.208, de 28.9.2021 - Altera a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 (Lei dos Partidos
Políticos), e a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições), para instituir as federações
de partidos políticos. 92

Lei Complementar nº 184, de 29.9.2021 - Altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990,
para excluir da incidência de inelegibilidade responsáveis que tenham tido contas julgadas irregulares
sem imputação de débito e com condenação exclusiva ao pagamento de multa. 93

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OUTUBRO 94
Lei nº 14.210, de 30.9.2021 - Acrescenta o Capítulo XI-A à Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999,
para dispor sobre a decisão coordenada no âmbito da administração pública federal. 94

Lei nº 14.229, de 21.10.2021 - Altera a Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985, e a Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre a fiscalização do excesso
de peso dos veículos; altera a Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, para dispor sobre a prescrição
da cobrança de multa ou indenização nos termos que especifica; e dá outras providências. 97

Lei nº 14.230, de 25.10.2021 - Altera a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, que dispõe sobre
improbidade administrativa. 100

Emenda Constitucional 112, de 27.10.2021 - Altera o art. 159 da Constituição Federal para disciplinar
a distribuição de recursos pela União ao Fundo de Participação dos Municípios. 111

Lei Complementar nº 186, de 27.10.2021 - Altera a Lei Complementar nº 160, de 7 de agosto de 2017,
para permitir a prorrogação, por até 15 (quinze) anos, das isenções, dos incentivos e dos benefícios
fiscais ou financeiro-fiscais vinculados ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS) destinados à manutenção ou ao incremento das atividades comerciais, desde
que o beneficiário seja o real remetente da mercadoria, às prestações interestaduais com produtos
agropecuários e extrativos vegetais in natura e à manutenção ou ao incremento das atividades
portuária e aeroportuária vinculadas ao comércio internacional, incluída a operação subsequente à da
importação, praticada pelo contribuinte importador; e dá outras providências. 111

Lei nº 14.232, de 28.10.2021 - Institui a Política Nacional de Dados e Informações relacionadas à


Violência contra as Mulheres (PNAINFO) 112

NOVEMBRO 113
Lei nº 14.238, de 19.11.2021 - Institui o Estatuto da Pessoa com Câncer; e dá outras providências.
113

Lei nº 14.245, de 22.11.2021 - Altera os Decretos-Leis n os 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código


Penal), e 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e a Lei nº 9.099, de 26 de
setembro de 1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais), para coibir a prática de atos
atentatórios à dignidade da vítima e de testemunhas e para estabelecer causa de aumento de pena
no crime de coação no curso do processo (Lei Mariana Ferrer). 117

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JANEIRO

Lei Complementar nº 177, de 12.1.2021 - Altera a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000,
para vedar a limitação de empenho e movimentação financeira das despesas relativas à inovação e ao
desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade, e a Lei nº
11.540, de 12 de novembro de 2007, para modificar a natureza e as fontes de receitas do Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), e incluir programas desenvolvidos por
organizações sociais entre as instituições que podem acessar os recursos do FNDCT.

LEI COMPLEMENTAR 101


Art. 9ª, §2º: Se verificado, ao final de um bimestre, que a realização da receita poderá não comportar o
cumprimento das metas de resultado primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais, os
Poderes e o Ministério Público promoverão, por ato próprio e nos montantes necessários, nos trinta dias
subseqüentes, limitação de empenho e movimentação financeira, segundo os critérios fixados pela lei de
diretrizes orçamentárias.
(...)
§ 2º Não serão objeto de limitação as despesas que constituam obrigações constitucionais e legais do
ente, inclusive aquelas destinadas ao pagamento do serviço da dívida, as relativas à inovação e ao
desenvolvimento científico e tecnológico custeadas por fundo criado para tal finalidade e as ressalvadas
pela lei de diretrizes orçamentárias.

Lei nº 14.118, de 12.1.2021 - Institui o Programa Casa Verde e Amarela; altera as Leis n os 8.036, de
11 de maio de 1990, 8.100, de 5 de dezembro de 1990, 8.677, de 13 de julho de 1993, 11.124, de 16
de junho de 2005, 11.977, de 7 de julho de 2009, 12.024, de 27 de agosto de 2009, 13.465, de 11 de
julho de 2017, e 6.766, de 19 de dezembro de 1979; e revoga a Lei nº 13.439, de 27 de abril de 2017.

LEI 8.036 (FGTS)


Art. 6º Ao gestor da aplicação compete:
(...)
III - elaborar orçamentos anuais e planos plurianuais de aplicação dos recursos, discriminados por região
geográfica, e submetê-los até 31 de julho ao Conselho Curador do FGTS; (Redação dada pela Lei nº
14.118, de 2021)

LEI 8.677 (FUNDO DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL)


Art. 2º O FDS destina-se ao financiamento de projetos de investimento de interesse social nas áreas de
habitação popular, sendo permitido o financiamento nas áreas de saneamento e infra-estrutura, desde
que vinculadas aos programas de habitação, bem como equipamentos comunitários.
Parágrafo único. O FDS tem por finalidade o financiamento de projetos de iniciativa de pessoas físicas e
de empresas ou entidades do setor privado, incluída a concessão de garantia de crédito de operações de
financiamento habitacional, vedada a concessão de financiamentos a projetos de órgãos da
administração direta, autárquica ou fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios ou de entidades sob seu controle direto ou indireto. (Redação dada pela Lei nº 14.118, de
2021)

Art. 6º Compete ao Conselho Curador do FDS:

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I - estabelecer limites para a concessão de empréstimos, de financiamentos e de garantias de crédito,


bem como de plano de subsídios na forma desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)
III - estabelecer, em função da natureza e finalidade dos projetos:
a) percentual máximo de financiamento pelo FDS; (Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)
b) taxa de financiamento; (Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)
(..)
d) condições de garantia e de desembolso do financiamento, além da contrapartida do proponente,
quando for o caso; (Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)
e) subsídio nas operações efetuadas com os recursos do FDS; (Redação dada pela Lei nº 14.118, de
2021)

Art. 12-A. Ficam os cotistas do FDS autorizados a efetuar doação gratuita, total ou parcial, dos valores
que compõem as suas cotas ao referido Fundo, incluídos aqueles referentes ao retorno financeiro
proporcional aos mútuos concedidos no âmbito de programas habitacionais. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 1.070, de 2021)
§ 1º A doação efetuada na forma prevista no caput deste artigo afasta a garantia de resgate e de liquidez
dos valores aplicados nos termos do art. 12 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 2º As receitas provenientes da doação de que trata o caput poderão ser utilizadas para: (Redação dada
pela Medida Provisória nº 1.070, de 2021)
I - subvencionar a produção, a aquisição, a requalificação e a melhoria de moradias; (Incluído pela Lei nº
14.118, de 2021)
II - promover a regularização fundiária; ou (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
III - conceder subvenção econômica ao beneficiário pessoa física, desde que essa operação seja
autorizada pelo Conselho Curador do FDS. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 3º O disposto no parágrafo único do art. 3º desta Lei não se aplica aos recursos oriundos da doação
efetuada na forma prevista no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)

LEI 11.124 (SISTEMA NACIONAL DE HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL)


Art. 12. Os recursos do FNHIS serão aplicados de forma descentralizada, por intermédio dos Estados,
Distrito Federal e Municípios, que deverão:
(...)
§ 7º Observado o disposto no art. 73 da Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017, os recursos referidos no §
4º do art. 11 desta Lei serão transferidos, a título de complementação, aos fundos estaduais criados para
esse fim, independentemente da celebração de convênio, de ajuste, de acordo, de contrato ou de
instrumento congênere, conforme disciplinado em ato do Poder Executivo federal, observadas as
seguintes condições: (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
I - existência de conselho estadual de habitação ou similar com a responsabilidade de fiscalizar a boa e
regular aplicação dos recursos; (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
II - formalização de termo de adesão pelos Estados, conforme previsto no parágrafo único do art. 73 da
Lei nº 13.465, de 11 de julho de 2017; (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
III - aporte de recursos próprios no fundo estadual; e (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
IV - encaminhamento dos demonstrativos de aplicação dos recursos ao controle interno do Poder
Executivo federal e ao Tribunal de Contas da União. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)

Art. 14. Ao Ministério do Desenvolvimento Regional, sem prejuízo do disposto na Lei nº 13.844, de 18 de
junho de 2019, compete: (Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)
(...)

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Parágrafo único. A oitiva de que tratam os incisos II e III do caput deste artigo poderá, a critério do
Ministério do Desenvolvimento Regional, ser realizada mediante consulta pública. (Incluído pela Lei nº
14.118, de 2021)

LEI 11.977 (PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA)


o
Art. 3 Para a indicação dos beneficiários do PMCMV, deverão ser observados os seguintes requisitos:
(...)
§ 5º Os Estados, os Municípios e o Distrito Federal que aderirem ao PMCMV, as entidades privadas sem
fins lucrativos, na qualidade de entidades organizadoras, e as instituições financeiras oficiais federais
serão responsáveis pela realização do trabalho social nos empreendimentos implantados, na forma
estabelecida em termo de adesão a ser definido em regulamento. (Redação dada pela Lei nº 14.118, de
2021)

Art. 4o O Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU tem por objetivo promover a produção ou
aquisição de novas unidades habitacionais ou a requalificação de imóveis urbanos, desde 14 de abril de
2009.
(...)
§ 2º A assistência técnica e os seguros de engenharia, de danos estruturais, de responsabilidade civil do
construtor, de garantia de término de obra e outros que visem à mitigação de riscos inerentes aos
empreendimentos habitacionais podem fazer parte da composição de custos do PNHU. (Redação dada
pela Lei nº 14.118, de 2021)

Art. 6o-A. As operações realizadas com recursos advindos da integralização de cotas no FAR e recursos
transferidos ao FDS, conforme previsto no inciso II do caput do art. 2o, são limitadas a famílias com renda
mensal de até R$ 1.395,00 (mil trezentos e noventa e cinco reais), e condicionadas a:
(...)
§ 5o Nas operações com recursos previstos no caput:
(...)
II - a quitação antecipada do financiamento implicará o pagamento do valor da dívida contratual do imóvel
na forma regulamentada por ato do Ministro de Estado do Desenvolvimento Regional; e (Redação dada
pela Lei nº 14.118, de 2021)
(...)
§ 9º Após consolidada a propriedade em seu nome, em razão do não pagamento da dívida pelo
beneficiário, o FAR e o FDS, na qualidade de credores fiduciários, ficam dispensados de levar o imóvel a
leilão, hipótese em que deverão promover a reinclusão das unidades que reunirem condições de
habitabilidade em programa habitacional, no mínimo uma vez, e destiná-las à aquisição por beneficiário
a ser indicado conforme as políticas habitacionais e as normas vigentes.
(...)
§ 16. Na hipótese de não pagamento pelo beneficiário, as unidades habitacionais poderão ser doadas
pelo FAR ou pelo FDS aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou aos órgãos de suas
administrações diretas e indiretas que pagarem os valores devidos pelas famílias inadimplentes, com
vistas à sua permanência na unidade habitacional ou à sua disponibilização para outros programas de
interesse social.
§ 17. As unidades sem condições de habitabilidade poderão ser alienadas pelo gestor operacional do
FAR ou do FDS, conforme o caso, em condições a serem regulamentadas, com prioridade para:
I - utilização em programas de interesse social em âmbito municipal, distrital, estadual ou federal; e
II - aquisição por pessoas físicas que cumpram os requisitos para habilitar-se no PMCMV.

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Art. 7º-D. Para garantia da posse legítima dos empreendimentos produzidos pelo FAR ou pelo FDS ainda
não alienados aos beneficiários finais que venham a sofrer turbação ou esbulho, poderão ser empregados
atos de defesa ou de desforço diretos, inclusive por meio do auxílio de força policial. (Incluído pela
Lei nº 14.118, de 2021)
§ 1º O auxílio de força policial a que se refere o caput deste artigo poderá estar previsto no instrumento
firmado ou em outro que venha a ser estabelecido entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 2º Os atos de defesa ou de desforço a que se refere o caput deste artigo não poderão ir além do
indispensável à manutenção ou à restituição da posse e deverão ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco)
dias, contado da data de ciência do ato de turbação ou de esbulho. (Incluído pela Lei nº 14.118, de
2021)

Art. 7º-E. O disposto nos arts. 7º-A, 7º-B e 7º-C desta Lei aplica-se também aos empreendimentos
executados com recursos provenientes do FDS. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)

Art. 8º-A. O Ministério do Desenvolvimento Regional, nas situações enquadradas nos incisos VI e VII do
parágrafo único do art. 7º desta Lei, deverá notificar, no prazo de até 60 (sessenta) dias, as instituições
ou agentes financeiros para: (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
I - efetuar a imediata devolução ao erário do valor dos recursos liberados, acrescido de juros e atualização
monetária, com base na remuneração dos recursos que serviram de lastro à sua concessão, sem prejuízo
das penalidades previstas em lei; ou (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
II - manifestar interesse na conclusão e entrega das unidades habitacionais. (Incluído pela Lei nº
14.118, de 2021)
§ 1º No caso de não atendimento à notificação a que se refere o caput deste artigo, caberá ao Ministério
do Desenvolvimento Regional a adoção dos procedimentos necessários para inscrição das instituições
ou agentes financeiros inadimplentes na dívida ativa da União. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 2º No caso previsto no inciso II do caput deste artigo, as instituições ou agentes financeiros poderão
apresentar: (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
I - manifestação de interesse na conclusão e entrega das unidades habitacionais, dentro do valor
originalmente previsto, sem custos adicionais para a União; ou (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
II - manifestação de interesse do Estado ou do Município, a ser firmada em conjunto com a instituição ou
agente financeiro, na conclusão e entrega das unidades habitacionais com recursos provenientes do
Estado ou do Município, vedada a liberação de recursos da União. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 3º Para cumprimento do disposto no § 2º deste artigo, as instituições ou agentes financeiros deverão
declarar ao Ministério do Desenvolvimento Regional as unidades habitacionais que tenham viabilidade de
execução para conclusão e entrega. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 4º A manifestação de interesse a que se refere o § 2º deste artigo possibilitará a prorrogação dos
compromissos assumidos pelas instituições ou agentes financeiros pelo prazo de até 30 (trinta) meses,
contado a partir de 26 de agosto de 2020, para conclusão e entrega das unidades habitacionais. (Incluído
pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 5º Nos casos enquadrados no inciso I do § 2º deste artigo, a liberação de recursos pela União às
instituições ou agentes financeiros fica condicionada à comprovação da conclusão e entrega da unidade
habitacional, vedadas quaisquer formas de adiantamento. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
§ 6º Nos casos enquadrados no inciso II do § 2º deste artigo, no período de vigência dos compromissos,
fica suspensa a exigibilidade do crédito das instituições ou agentes financeiros constituído em decorrência
do disposto nos incisos VI e VII do parágrafo único do art. 7º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.118, de
2021)

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§ 7º O adimplemento do compromisso decorrente da manifestação a que se refere o inciso II do caput


deste artigo pelas instituições ou agentes financeiros implica a extinção da obrigação. (Incluído pela
Lei nº 14.118, de 2021)
§ 8º O descumprimento do prazo-limite estabelecido no § 4º deste artigo implicará a aplicação do disposto
nos incisos VI e VII do parágrafo único do art. 7º desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)

LEI 13.465/2017 (REURB)


Art. 12. A aprovação municipal da Reurb corresponde à aprovação urbanística do projeto de regularização
fundiária e, na hipótese de o Município ter órgão ambiental capacitado, à aprovação ambiental. (Redação
dada pela Lei nº 14.118, de 2021)

Art. 23. A legitimação fundiária constitui forma originária de aquisição do direito real de propriedade
conferido por ato do poder público, exclusivamente no âmbito da Reurb, àquele que detiver em área
pública ou possuir em área privada, como sua, unidade imobiliária com destinação urbana, integrante de
núcleo urbano informal consolidado existente em 22 de dezembro de 2016.
§ 1º Apenas na Reurb-S, a legitimação fundiária será concedida ao beneficiário, desde que atendidas as
seguintes condições:
I - o beneficiário não seja concessionário, foreiro ou proprietário exclusivo de imóvel urbano ou rural;
(Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)

Art. 33. Instaurada a Reurb, compete ao Município aprovar o projeto de regularização fundiária, do qual
deverão constar as responsabilidades das partes envolvidas.
§ 1º A elaboração e o custeio do projeto de regularização fundiária e da implantação da infraestrutura
essencial obedecerão aos seguintes procedimentos: (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)
I - na Reurb-S, caberá ao Município ou ao Distrito Federal a responsabilidade de elaborar e custear o
projeto de regularização fundiária e a implantação da infraestrutura essencial, quando necessária;
(Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)
(...)
§ 2º Na Reurb-S, fica facultado aos legitimados promover, a suas expensas, os projetos e os demais
documentos técnicos necessários à regularização de seu imóvel, inclusive as obras de infraestrutura
essencial nos termos do § 1º do art. 36 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 14.118, de 2021)

Art. 54. As unidades desocupadas e não comercializadas alcançadas pela Reurb terão as suas matrículas
abertas em nome do titular originário do domínio da área.
Parágrafo único. As unidades não edificadas que tenham sido comercializadas a qualquer título terão
suas matrículas abertas em nome do adquirente, conforme procedimento previsto nos arts. 84 e 98 desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)

LEI 6.766/79 (PARCELAMENTO DO SOLO URBANO)


Art. 2º-A. Considera-se empreendedor, para fins de parcelamento do solo urbano, o responsável pela
implantação do parcelamento, o qual, além daqueles indicados em regulamento, poderá ser: (Incluído
pela Lei nº 14.118, de 2021)
a) o proprietário do imóvel a ser parcelado; (Incluída pela Lei nº 14.118, de 2021)
b) o compromissário comprador, cessionário ou promitente cessionário, ou o foreiro, desde que o
proprietário expresse sua anuência em relação ao empreendimento e sub-rogue-se nas obrigações do
compromissário comprador, cessionário ou promitente cessionário, ou do foreiro, em caso de extinção do
contrato; (Incluída pela Lei nº 14.118, de 2021)
c) o ente da administração pública direta ou indireta habilitado a promover a desapropriação com a
finalidade de implantação de parcelamento habitacional ou de realização de regularização fundiária de

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interesse social, desde que tenha ocorrido a regular imissão na posse; (Incluída pela Lei nº 14.118, de
2021)
d) a pessoa física ou jurídica contratada pelo proprietário do imóvel a ser parcelado ou pelo poder público
para executar o parcelamento ou a regularização fundiária, em forma de parceria, sob regime de
obrigação solidária, devendo o contrato ser averbado na matrícula do imóvel no competente registro de
imóveis; (Incluída pela Lei nº 14.118, de 2021)
e) a cooperativa habitacional ou associação de moradores, quando autorizada pelo titular do domínio, ou
associação de proprietários ou compradores que assuma a responsabilidade pela implantação do
parcelamento. (Incluída pela Lei nº 14.118, de 2021)

Art. 18. Aprovado o projeto de loteamento ou de desmembramento, o loteador deverá submetê-lo ao


registro imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade da aprovação,
acompanhado dos seguintes documentos:
(...)
V - cópia do ato de aprovação do loteamento e comprovante do termo de verificação, pelo Município ou
pelo Distrito Federal, da execução das obras exigidas pela legislação municipal, que incluirão, no mínimo,
a execução das vias de circulação do loteamento, demarcação dos lotes, quadras e logradouros e das
obras de escoamento das águas pluviais ou da aprovação de um cronograma, com a duração máxima de
4 (quatro) anos, prorrogáveis por mais 4 (quatro) anos, acompanhado de competente instrumento de
garantia para a execução das obras; (Redação dada pela Lei nº 14.118, de 2021)

Lei Complementar nº 178, de 13.1.2021 - Estabelece o Programa de Acompanhamento e


Transparência Fiscal e o Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal; altera a Lei Complementar nº 101, de
4 de maio de 2000, a Lei Complementar nº 156, de 28 de dezembro de 2016, a Lei Complementar nº
159, de 19 de maio de 2017, a Lei Complementar nº 173, de 27 de maio de 2020, a Lei nº 9.496, de 11
de setembro de 1997, a Lei nº 12.348, de 15 de dezembro de 2010, a Lei nº 12.649, de 17 de maio de
2012, e a Medida Provisória nº 2.185-35, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências.

LEI COMPLEMENTAR 159 (Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal):
Art. 1º É instituído o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do
Capítulo II do Título VI da Constituição Federal.
(...)
§ 3º Para os efeitos desta Lei Complementar: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
I - as referências aos Estados e ao Distrito Federal compreendem o Poder Executivo, o Poder Legislativo,
o Poder Judiciário, os Tribunais de Contas, o Ministério Público e a Defensoria Pública e as respectivas
administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes; (Incluído pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - as referências aos Estados compreendem também o Distrito Federal; e (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
III - observar-se-ão os conceitos e as definições da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, em
particular o disposto em seus arts. 1º, 2º, 18 e 19. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 2º O Plano de Recuperação Fiscal será formado por leis ou atos normativos do Estado que desejar
aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, por diagnóstico em que se reconhece a situação de
desequilíbrio financeiro, por metas e compromissos e pelo detalhamento das medidas de ajuste, com os
impactos esperados e os prazos para a sua adoção. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de
2021)

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§ 1º Das leis ou atos referidos no caput deverá decorrer, observados os termos do regulamento, a
implementação das seguintes medidas: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
I - a alienação total ou parcial de participação societária, com ou sem perda do controle, de empresas
públicas ou sociedades de economia mista, ou a concessão de serviços e ativos, ou a liquidação ou
extinção dessas empresas, para quitação de passivos com os recursos arrecadados, observado o
disposto no art. 44 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
II - a adoção pelo Regime Próprio de Previdência Social, no que couber, das regras previdenciárias
aplicáveis aos servidores públicos da União; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de
2021)
III - a redução de pelo menos 20% (vinte por cento) dos incentivos e benefícios fiscais ou financeiro-fiscais
dos quais decorram renúncias de receitas, observado o § 3º deste artigo; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
IV - a revisão dos regimes jurídicos de servidores da administração pública direta, autárquica e
fundacional para reduzir benefícios ou vantagens não previstos no regime jurídico único dos servidores
públicos da União; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
V - a instituição de regras e mecanismos para limitar o crescimento anual das despesas primárias à
variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA); (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
VI - a realização de leilões de pagamento, nos quais será adotado o critério de julgamento por maior
desconto, para fins de prioridade na quitação de obrigações inscritas em restos a pagar ou inadimplidas,
e a autorização para o pagamento parcelado destas obrigações; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 178, de 2021)
VII - a adoção de gestão financeira centralizada no âmbito do Poder Executivo do ente, cabendo a este
estabelecer para a administração direta, indireta e fundacional e empresas estatais dependentes as
condições para o recebimento e a movimentação dos recursos financeiros, inclusive a destinação dos
saldos não utilizados quando do encerramento do exercício, observadas as restrições a essa
centralização estabelecidas em regras e leis federais e em instrumentos contratuais preexistentes;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
VIII - a instituição do regime de previdência complementar a que se referem os §§ 14, 15 e 16 do art. 40
da Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 2º O atendimento do disposto no inciso I do § 1º não exige que as alienações, concessões, liquidações
ou extinções abranjam todas as empresas públicas ou sociedades de economia mista do Estado.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 3º O disposto no inciso III do § 1º: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
I - não se aplica aos incentivos e aos benefícios fiscais ou financeiro-fiscais de que trata o art. 178 da Lei
nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, nem aos instituídos na forma estabelecida pela alínea “g” do inciso
XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal; e (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - será implementado nos 3 (três) primeiros anos do Regime de Recuperação Fiscal, à proporção de, no
mínimo, 1/3 (um terço) ao ano. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 4º Não se incluem na base de cálculo e no limite de que trata o inciso V do § 1º: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)
I - as transferências constitucionais para os respectivos Municípios estabelecidas nos arts. 158 e 159, §§
3º e 4º, e as destinações de que trata o art. 212-A, todos da Constituição Federal; (Incluído pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - as despesas custeadas com as transferências de que trata o art. 166-A da Constituição Federal;
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
III - as despesas custeadas com doações e as transferências voluntárias definidas no art. 25 da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

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IV - as despesas em saúde e educação realizadas pelo ente em razão de eventual diferença positiva
entre a variação anual das bases de cálculo das aplicações mínimas de que tratam o § 2º do art. 198 e o
art. 212 da Constituição Federal e a variação do IPCA no mesmo período. (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 5º O conjunto de dívidas a ser submetido aos leilões de pagamento de que trata o inciso VI do § 1º e a
frequência dos leilões serão definidos no Plano de Recuperação Fiscal. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 6º O prazo de vigência do Regime de Recuperação Fiscal será de até 9 (nove) exercícios financeiros,
observadas as hipóteses de encerramento do art. 12 e de extinção do art. 13, ambos desta Lei. (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 7º O Ministério da Economia poderá autorizar a alteração, a pedido do Estado, das empresas públicas
e das sociedades de economia mista e dos serviços e ativos de que trata o inciso I do § 1º, desde que
assegurado ingresso de recursos equivalentes aos valores previstos na medida de ajuste original.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 8º Para fins de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal, consideram-se implementadas as medidas
referidas no § 1º caso o Estado demonstre, nos termos de regulamento, ser desnecessário editar
legislação adicional para seu atendimento durante a vigência do Regime. (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 9º Não se aplica o disposto no inciso VII aos fundos públicos previstos nas Constituições e Leis
Orgânicas de cada ente federativo, inclusive no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, ou que
tenham sido criados para operacionalizar vinculações de receitas estabelecidas nas Constituições e Leis
Orgânicas de cada ente federativo. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 3o Considera-se habilitado para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal o Estado que atender,
cumulativamente, aos seguintes requisitos:
(...)
II - despesas: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
a) correntes superiores a 95% (noventa e cinco por cento) da receita corrente líquida aferida no exercício
financeiro anterior ao do pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal; ou (Incluída pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
b) com pessoal, de acordo com os arts. 18 e 19 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, que
representem, no mínimo, 60% (sessenta por cento) da receita corrente líquida aferida no exercício
financeiro anterior ao do pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal; e (Incluída pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
(...)
§ 2º Excepcionalmente, o Estado que não atender ao requisito do inciso I deste artigo poderá aderir ao
Regime de Recuperação Fiscal sem as prerrogativas do art. 9º. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 3º Na verificação do atendimento dos requisitos do caput para Estados com Regime de Recuperação
Fiscal vigente em 31 de agosto de 2020 que pedirem nova adesão, serão computadas as obrigações
suspensas em função daquele Regime. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 4º O Estado que aderir ao Regime de Recuperação Fiscal deverá observar as normas de contabilidade
editadas pelo órgão central de contabilidade da União. (Redação dada pela Lei Complementar nº
178, de 2021)

Art. 4º O Estado protocolará o pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal no Ministério da


Economia, que conterá, no mínimo: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
I - a demonstração de que os requisitos previstos no art. 3º tenham sido atendidos; (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)

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II - a demonstração das medidas que o Estado considera implementadas, nos termos do art. 2º; (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
III - a relação de dívidas às quais se pretende aplicar o disposto no inciso II do art. 9º, se cabível; e
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
IV - a indicação de membro titular e membro suplente para compor o Conselho de Supervisão do Regime
de Recuperação Fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 1º Protocolado o pedido referido no caput, o Ministério da Economia verificará em até 20 (vinte) dias o
cumprimento dos requisitos do art. 3º e publicará o resultado em até 10 (dez) dias. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 4º-A. Deferido o pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal: (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
I - o Estado, conforme regulamento do Poder Executivo Federal: (Incluído pela Lei Complementar nº
178, de 2021)
a) elaborará, com a supervisão do Ministério da Economia, o Plano de Recuperação Fiscal; (Incluída pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)
b) apresentará as proposições encaminhadas à Assembleia Legislativa e os atos normativos para
atendimento do disposto no art. 2º desta Lei Complementar; e (Incluída pela Lei Complementar nº 178,
de 2021)
c) cumprirá o disposto nos arts. 7º-D e 8º e fará jus às prerrogativas previstas no art. 10 e art. 10-A;
(Incluída pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - o Ministério da Economia: (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
a) aplicará o disposto no caput do art. 9º por até 12 (doze) meses, desde que assinado o contrato de
refinanciamento de que trata o art. 9º-A; (Incluída pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
b) criará o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal e em até 30 (trinta) dias investirá
seus membros; e (Incluída pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
III - o Tribunal de Contas da União indicará, em até 15 (quinze) dias, membro titular e membro suplente
para compor o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal. (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 1º O Poder Executivo estadual solicitará aos demais Poderes e órgãos autônomos as informações
necessárias para a elaboração do Plano de Recuperação Fiscal segundo os prazos definidos pela
Secretaria do Tesouro Nacional. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 2º Se o Poder ou órgão autônomo não encaminhar as informações solicitadas na forma do § 1º no
prazo, ou se as encaminhar sem observar as condições estabelecidas nesta Lei Complementar, inclusive
as relativas ao disposto no inciso IV do § 1º do art. 2º, o Poder Executivo estadual poderá suprir a ausência
de informações, vedada a inclusão no Plano de Recuperação Fiscal de ressalvas previstas no art. 8º para
aquele Poder ou órgão. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 3º Concluída a elaboração, o Chefe do Poder Executivo do Estado: (Incluído pela Lei Complementar
nº 178, de 2021)
I - dará ciência aos demais Chefes dos Poderes e órgãos autônomos do Plano de Recuperação Fiscal;
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - protocolará o Plano no Ministério da Economia e entregará a comprovação de atendimento do disposto
no art. 2º, nos termos do regulamento; e (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
III - publicará o Plano de Recuperação Fiscal no Diário Oficial e nos sítios eletrônicos oficiais do Estado.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 4º O Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal terá amplo acesso ao processo de
elaboração do Plano de Recuperação Fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

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Art. 5º Após manifestação favorável do Ministro de Estado da Economia, ato do Presidente da República
homologará o Plano e estabelecerá a vigência do Regime de Recuperação Fiscal. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 1º A manifestação de que trata o caput será acompanhada de pareceres: (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
I - da Secretaria do Tesouro Nacional, a respeito do reequilíbrio das contas estaduais durante a vigência
do Regime; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, sobre a adequação das leis apresentadas pelo Estado
em atendimento ao disposto no art. 2º; e (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
III - do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, no tocante ao art. 7º-B. (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 2º As alterações do Plano de Recuperação Fiscal serão homologadas pelo Ministro de Estado da
Economia, mediante parecer prévio do Conselho de Supervisão de que trata o art. 6º, podendo a referida
competência do Ministro ser delegada, nos termos do regulamento. (Incluído pela Lei Complementar nº
178, de 2021)
§ 3º O Ministério da Economia e o Poder Executivo do Estado publicarão o Plano de Recuperação Fiscal,
e suas alterações, respectivamente, no Diário Oficial da União e no Diário Oficial do Estado, e em seus
sítios eletrônicos. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 6o O Conselho de Supervisão, criado especificamente para o Regime de Recuperação Fiscal dos
Estados e do Distrito Federal, será composto por 3 (três) membros titulares, e seus suplentes, com
experiência profissional e conhecimento técnico nas áreas de gestão de finanças públicas, recuperação
judicial de empresas, gestão financeira ou recuperação fiscal de entes públicos.
§ 1º O Conselho de Supervisão a que se refere o caput deste artigo terá seus membros indicados em até
15 (quinze) dias da data do deferimento do pedido de adesão de que trata o caput do art. 4º-A e terá a
seguinte composição: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 4º Os membros titulares do Conselho de Supervisão serão investidos no prazo de 30 (trinta) dias após
a indicação em cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores (DAS) de nível 6,
em regime de dedicação exclusiva. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 7o São atribuições do Conselho de Supervisão:


I - apresentar e dar publicidade a relatório bimestral de monitoramento, com classificação de desempenho,
do Regime de Recuperação Fiscal do Estado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - recomendar ao Estado e ao Ministério da Economia providências, alterações e atualizações financeiras
no Plano de Recuperação; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
(...)
IV - convocar audiências com especialistas e com interessados, sendo-lhe facultado requisitar
informações de órgãos públicos, as quais deverão ser prestadas no prazo de 30 (trinta) dias;
(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
VII - recomendar ao Estado: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
a) a suspensão cautelar de execução de contrato ou de obrigação do Estado quando estiverem em
desconformidade com o Plano de Recuperação Fiscal; (Incluída pela Lei Complementar nº 178, de
2021)
b) a adoção de providências para o fiel cumprimento do disposto nesta Lei Complementar; (Incluída pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)
VIII - avaliar, periodicamente ou extraordinariamente, as propostas de alteração do Plano de Recuperação
Fiscal; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
XI - analisar e aprovar previamente a compensação prevista no inciso I do § 2º do art. 8º; (Incluído pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)

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XII - avaliar a inadimplência com as obrigações do caput do art. 7º-B desta Lei Complementar; e (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
XIII - acompanhar a elaboração do Plano de Recuperação Fiscal e suas alterações e atualizações, bem
como sobre elas emitir parecer. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 7º-A. As atribuições do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal previstas no art.
7º serão exercidas com o auxílio técnico da Secretaria do Tesouro Nacional quando relacionadas com o
acompanhamento do cumprimento das metas e dos compromissos fiscais estipulados no Plano, com a
avaliação da situação financeira estadual ou com a apreciação das propostas de atualização das
projeções financeiras e dos impactos fiscais das medidas de ajuste do Plano de Recuperação Fiscal.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 7º-B. Configura inadimplência com as obrigações do Plano: (Incluído pela Lei Complementar nº 178,
de 2021)
I - o não envio das informações solicitadas pelo Conselho de Supervisão e pela Secretaria do Tesouro
Nacional, no exercício de suas atribuições, nos prazos estabelecidos; (Incluído pela Lei Complementar
nº 178, de 2021)
II - a não implementação das medidas de ajuste nos prazos e formas previstos no Plano em vigor;
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
III - o não cumprimento das metas e dos compromissos fiscais estipulados no Plano em vigor; e (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
IV - a não observância do art. 8º, inclusive a aprovação de leis locais em desacordo com o referido artigo.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 1º É assegurado ao ente federativo o direito ao contraditório e à ampla defesa no processo de verificação
de descumprimento das obrigações estabelecidas no caput deste artigo. (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 2º As avaliações que concluam pela inadimplência das obrigações dos incisos II a IV do caput deste
artigo poderão ser revistas pelo Ministro de Estado da Economia, mediante justificativa fundamentada do
Estado e parecer prévio da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, até o final do exercício em que for
verificada a inadimplência. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 3º O regulamento disciplinará as condições excepcionais em que o Ministro de Estado da Economia
poderá empregar o disposto no § 2º deste artigo, tendo em conta a classificação de desempenho referida
no inciso I do art. 7º. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 4º Não configurará descumprimento das obrigações dos incisos III ou IV do caput deste artigo, se o
Conselho de Supervisão concluir que, nos termos do regulamento: (Incluído pela Lei Complementar nº
178, de 2021)
I - (VETADO); ou (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - foram revogados leis ou atos vedados no art. 8º, ou foi suspensa a sua eficácia, no caso das
inadimplências previstas no inciso IV. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 5º O não cumprimento do inciso I do caput deste artigo implicará inadimplência do ente até a entrega
das informações pendentes. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 7º-C. Enquanto perdurar a inadimplência com as obrigações previstas no art. 7º-B, fica vedada a:
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
I - contratação de operações de crédito; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II - inclusão, no Plano, de ressalvas às vedações do art. 8º, nos termos do inciso II do § 2º do referido
artigo. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 1º Adicionalmente ao disposto no caput, os percentuais previstos nos §§ 1º e 2º do art. 9º elevar-se-ão
permanentemente: (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

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I - em 5 (cinco) pontos percentuais, ao fim de cada exercício em que for verificada a inadimplência do
Estado com as obrigações previstas no inciso II do art. 7º-B; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de
2021)
II - em 10 (dez) pontos percentuais, ao fim de cada exercício em que for verificada a inadimplência do
Estado com as obrigações previstas no inciso III do art. 7º-B; e (Incluído pela Lei Complementar nº 178,
de 2021)
III - em 20 (vinte) pontos percentuais, ao fim de cada exercício em que for verificada a inadimplência do
Estado com as obrigações previstas no inciso IV do art. 7º-B. (Incluído pela Lei Complementar nº 178,
de 2021)
§ 2º Os percentuais de que trata o § 1º são adicionais em relação aos referidos nos §§ 1º e 2º do art. 9º,
observado o limite máximo total de 30 (trinta) pontos percentuais adicionais para cada exercício. (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 3º Em caso de inadimplência com as obrigações do art. 7º-B, o Poder ou órgão autônomo será multado
pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal e o valor correspondente será utilizado
para amortização extraordinária do saldo devedor do Estado relativo ao contrato de que trata o art. 9º-A.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 7º-D. Durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal, os titulares de Poderes e órgãos
autônomos, das Secretarias de Estado e das entidades da administração indireta deverão encaminhar ao
Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal relatórios mensais contendo, no mínimo,
informações sobre: (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
I - as vantagens, aumentos, reajustes ou adequações remuneratórias concedidas; (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
II - os cargos, empregos ou funções criados; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
III - os concursos públicos realizados; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
IV - os servidores nomeados para cargos de provimento efetivo e vitalícios; (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
V - as revisões contratuais realizadas; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
VI - as despesas obrigatórias e as despesas de caráter continuado criadas; (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
VII - os auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios de qualquer natureza
criados ou majorados; (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
VIII - os incentivos de natureza tributária concedidos, renovados ou ampliados; (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
IX - as alterações de alíquotas ou bases de cálculo de tributos; (Incluído pela Lei Complementar nº
178, de 2021)
X - os convênios, acordos, ajustes ou outros tipos de instrumentos que envolvam a transferência de
recursos para outros entes federativos ou para organizações da sociedade civil; e (Incluído pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)

XI - as operações de crédito contratadas. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)


Parágrafo único. O Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal disciplinará o disposto
neste artigo, podendo exigir informações periódicas adicionais e dispensar o envio de parte ou da
totalidade das informações previstas no caput. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 8o São vedados ao Estado durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal:


IV - a admissão ou a contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas as reposições de:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

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a) cargos de chefia e de direção e assessoramento que não acarretem aumento de despesa; (Incluída
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
b) contratação temporária; e (Incluída pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
c) (VETADO); (Incluída pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
VI - a criação, majoração, reajuste ou adequação de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de
representação ou benefícios remuneratórios de qualquer natureza, inclusive indenizatória, em favor de
membros dos Poderes, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, de servidores e empregados
públicos e de militares; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
VIII - a adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
IX - a concessão, a prorrogação, a renovação ou a ampliação de incentivo ou benefício de natureza
tributária da qual decorra renúncia de receita, ressalvados os concedidos nos termos da alínea “g” do
inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição Federal; (Redação dada pela Lei Complementar nº
178, de 2021)
X - o empenho ou a contratação de despesas com publicidade e propaganda, exceto para as áreas de
saúde, segurança, educação e outras de demonstrada utilidade pública; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
XIII - a alteração de alíquotas ou bases de cálculo de tributos que implique redução da arrecadação;
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
XIV - a criação ou majoração de vinculação de receitas públicas de qualquer natureza; (Incluído pela
Lei Complementar nº 178, de 2021)
XV - a propositura de ação judicial para discutir a dívida ou o contrato citados nos incisos I e II do art. 9º;
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
XVI - a vinculação de receitas de impostos em áreas diversas das previstas na Constituição Federal.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§1 O Regime de Recuperação Fiscal impõe as restrições de que trata o caput deste artigo a todos os
Poderes, aos órgãos, às entidades e aos fundos do Estado.(Renumerado do parágrafo único pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 2º As vedações previstas neste artigo poderão ser: (Redação dada pela Lei Complementar nº 181, de
2021)
I - objeto de compensação; ou (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
II – afastadas, desde que previsto expressamente no Plano de Recuperação Fiscal em vigor.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 181, de 2021)
§ 3º A compensação prevista no inciso I do § 2º deste artigo, previamente aprovada pelo Conselho de
Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, se dará por ações: (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
I - com impactos financeiros iguais ou superiores ao da vedação descumprida; e (Incluído pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
II - adotadas no mesmo Poder ou no Tribunal de Contas, no Ministério Público e na Defensoria Pública.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 4º É vedada a compensação de aumento de despesa primária obrigatória de caráter continuado com
receitas não recorrentes ou extraordinárias. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 5º Considera-se aumento de despesa a prorrogação daquela criada por prazo determinado. (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 6º Ressalva-se do disposto neste artigo a violação com impacto financeiro considerado irrelevante, nos
termos em que dispuser o Plano de Recuperação Fiscal.
§ 7º Ato do Ministro de Estado da Economia disciplinará a aplicação do disposto nos §§ 2º e 3º.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

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“Art. 9º Durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal, desde que assinado o contrato previsto
no art. 9º-A, a União:
I - concederá redução extraordinária das prestações relativas aos contratos de dívidas administrados pela
Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Economia contratados em data anterior ao protocolo do
pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal de que trata o art. 4º;
II - poderá pagar em nome do Estado, na data de seu vencimento, as prestações de operações de crédito
com o sistema financeiro e instituições multilaterais, garantidas pela União, contempladas no pedido de
adesão ao Regime de Recuperação Fiscal e contratadas em data anterior ao protocolo do referido pedido,
sem executar as contragarantias correspondentes.
§ 1º O benefício previsto no inciso I será aplicado regressivamente no tempo, de tal forma que a relação
entre os pagamentos do serviço das dívidas estaduais e os valores originalmente devidos das prestações
dessas mesmas dívidas será zero no primeiro exercício e aumentará pelo menos 11,11 (onze inteiros e
onze centésimos) pontos percentuais a cada exercício financeiro.
§ 2º O benefício previsto no inciso II será aplicado regressivamente no tempo, de tal forma que a União
pagará integralmente as parcelas devidas durante a vigência do Regime, mas a relação entre os valores
recuperados por ela dos Estados e os valores originalmente devidos das prestações daquelas dívidas
será zero no primeiro exercício e aumentará pelo menos 11,11 (onze inteiros e onze centésimos) pontos
percentuais a cada exercício financeiro.
§ 3º Para fins do disposto nos §§ 1º e 2º, entende-se como valores originalmente devidos aqueles
apurados de acordo com as condições financeiras previstas nos contratos referidos nos incisos I e II do
caput.
§ 4º O disposto nos §§ 1º e 2º do art. 7º-C será aplicado a partir do exercício financeiro subsequente ao
da verificação de descumprimento das obrigações estabelecidas nos incisos II a IV do art. 7º-B.
§ 5º Ato do Ministro de Estado da Economia poderá estabelecer a metodologia de cálculo e demais
detalhamentos necessários à aplicação do disposto neste artigo.
(...)
§ 10. Não se aplica o disposto neste artigo às operações de crédito contratadas ao amparo do art. 11

Art. 9º-A. É a União autorizada a celebrar com o Estado cujo pedido de adesão ao Regime de
Recuperação Fiscal tenha sido aprovado, nos termos do art. 4º, contrato de refinanciamento dos valores
não pagos em decorrência da aplicação do art. 9º e do disposto na alínea “a” do inciso II do art. 4º-A.
§ 1º O contrato de refinanciamento do Regime de Recuperação Fiscal previsto no caput deverá:
I - estabelecer como:
a) encargos de normalidade: os juros e a atualização monetária nas condições do art. 2º da Lei
Complementar nº 148, de 25 de novembro de 2014, e sua regulamentação; e
b) encargos moratórios: os previstos no § 11 do art. 3º da Lei nº 9.496, de 11 de setembro de 1997;
II - prever que o Estado vinculará em garantia à União as receitas de que trata o art. 155 e os recursos
de que tratam o art. 157 e a alínea “a” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição
Federal;
III - definir prazo no qual deverá ser apresentada comprovação do pedido de desistência pelo Estado das
ações judiciais que discutam dívidas ou contratos de refinanciamento de dívidas pela União administrados
pela Secretaria do Tesouro Nacional ou a execução de garantias e contragarantias pela União em face
do respectivo ente federado.
§ 2º O refinanciamento de que trata o caput será pago em parcelas mensais e sucessivas apuradas pela
Tabela Price, nas seguintes condições:
I - com o primeiro vencimento ocorrendo no primeiro dia do segundo mês subsequente ao da
homologação do Regime e prazo de pagamento de 360 (trezentos e sessenta) meses, se o Regime tiver
sido homologado; ou

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II - com o primeiro vencimento ocorrendo na data prevista no contrato e prazo de pagamento de 24 (vinte
e quatro) meses, em caso de não homologação do Regime no prazo previsto no contrato.
§ 3º Os valores não pagos em decorrência da aplicação do previsto na alínea “a” do inciso II do art. 4º-A
e do art. 9º serão incorporados ao saldo devedor do contrato nas datas em que as obrigações originais
vencerem ou forem pagas pela União.
§ 4º Em caso de não homologação do Regime no prazo previsto no contrato:
I - os valores não pagos em decorrência da aplicação do previsto na alínea “a” do inciso II do art. 4º-A
serão capitalizados de acordo com os encargos moratórios previstos na alínea “b” do inciso I do § 1º deste
artigo; e
II - a diferença entre o resultado da aplicação do inciso I deste parágrafo e do disposto no § 3º será
incorporada ao saldo devedor do contrato de refinanciamento.
§ 5º Ato do Ministro de Estado da Economia estabelecerá a metodologia de cálculo e demais
detalhamentos necessários à aplicação do disposto neste artigo.

Art. 10-A. Nos 3 (três) primeiros exercícios de vigência do Regime de Recuperação Fiscal, ficam
dispensados todos os requisitos legais exigidos para a contratação com a União e a verificação dos
requisitos exigidos pela Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, para a realização de operações
de crédito e equiparadas e para a assinatura de termos aditivos aos contratos de refinanciamento.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 10-B. Durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal, o disposto no art. 4º da Lei
Complementar nº 160, de 7 de agosto de 2017, não será aplicável aos incentivos e benefícios fiscais ou
financeiro-fiscais concedidos com base nos §§ 7º e 8º do art. 3º da referida Lei Complementar. (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 11. Enquanto vigorar o Regime de Recuperação Fiscal, poderão ser contratadas operações de crédito
para as seguintes finalidades:
(...)
III - financiamento dos leilões de que trata o inciso VI do § 1º do art. 2º; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
IV - reestruturação de dívidas ou pagamento de passivos, observado o disposto no inciso X do art. 167
da Constituição Federal; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
V - modernização da administração fazendária e, no âmbito de programa proposto pelo Poder Executivo
federal, da gestão fiscal, financeira e patrimonial; (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de
2021)
VI - antecipação de receita da alienação total da participação societária em empresas públicas ou
sociedades de economia mista de que trata o inciso I do § 1º do art. 2º. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 178, de 2021)
§ 8º É requisito para a realização de operação de crédito estar adimplente com o Plano de Recuperação
Fiscal. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 9º Na hipótese de alienação total da participação societária em empresas públicas e sociedades de
economia mista, nos termos do inciso I do § 1º do art. 2º, o limite de que trata o § 5º deste artigo será
duplicado. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 12. O Regime de Recuperação Fiscal será encerrado, nos termos de regulamento, quando:
I - as condições estabelecidas no Plano de Recuperação Fiscal forem satisfeitas;
II - a vigência do Plano de Recuperação Fiscal terminar; ou
III - a pedido do Estado.

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§ 1º O pedido de encerramento do Regime de Recuperação Fiscal dependerá de autorização em lei


estadual e deverá ser encaminhado pelo Governador do Estado ao Ministério da Economia.
§ 2º Na hipótese do inciso III do caput, o Estado deverá definir a data para o encerramento da vigência
do Regime.
§ 3º Após o recebimento do pedido de encerramento do Regime de Recuperação Fiscal, o Ministro de
Estado da Economia o submeterá em até 30 (trinta) dias ao Presidente da República, que publicará ato
formalizando o encerramento da vigência do Regime.

“Art. 13. O Regime de Recuperação Fiscal será extinto, nos termos de regulamento:
I - quando o Estado for considerado inadimplente por 2 (dois) exercícios; ou
II - em caso de propositura, pelo Estado, de ação judicial para discutir a dívida ou os contratos citados
nos incisos I e II do art. 9º.
Parágrafo único. No caso de extinção do Regime, nos termos do caput, fica vedada a concessão de
garantias pela União ao Estado por 5 (cinco) anos, ressalvada a hipótese do art. 65 da Lei Complementar
nº 101, de 4 de maio de 2000.

Art. 17-A. As infrações dos dispositivos desta Lei Complementar serão punidas segundo o Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a Lei nº 1.079, de 10 de abril de 1950, o Decreto-Lei
nº 201, de 27 de fevereiro de 1967, a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e demais normas da legislação
pertinente. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 17-B. (VETADO). (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 17-C. Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se regulamento o ato do Presidente da
República editado no uso da competência prevista no art. 84, inciso IV, da Constituição Federal. (Incluído
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

LEI COMPLEMENTAR 101


Art. 18. Para os efeitos desta Lei Complementar, entende-se como despesa total com pessoal: o
somatório dos gastos do ente da Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a
mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de membros de Poder, com quaisquer
espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da
aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais
de qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições recolhidas pelo ente às entidades de
previdência.
§ 2º A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no mês em referência com as
dos 11 (onze) imediatamente anteriores, adotando-se o regime de competência, independentemente de
empenho. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
§ 3º Para a apuração da despesa total com pessoal, será observada a remuneração bruta do servidor,
sem qualquer dedução ou retenção, ressalvada a redução para atendimento ao disposto no art. 37, inciso
XI, da Constituição Federal. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 19, §1º: Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, não serão computadas as
despesas:
(...)
VI - com inativos e pensionistas, ainda que pagas por intermédio de unidade gestora única ou fundo
previsto no art. 249 da Constituição Federal, quanto à parcela custeada por recursos provenientes:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
(...)

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c) de transferências destinadas a promover o equilíbrio atuarial do regime de previdência, na forma


definida pelo órgão do Poder Executivo federal responsável pela orientação, pela supervisão e pelo
acompanhamento dos regimes próprios de previdência social dos servidores públicos. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
(...)
§ 3º Na verificação do atendimento dos limites definidos neste artigo, é vedada a dedução da parcela
custeada com recursos aportados para a cobertura do déficit financeiro dos regimes de previdência.
(Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 20, § 7º Os Poderes e órgãos referidos neste artigo deverão apurar, de forma segregada para
aplicação dos limites de que trata este artigo, a integralidade das despesas com pessoal dos respectivos
servidores inativos e pensionistas, mesmo que o custeio dessas despesas esteja a cargo de outro Poder
ou órgão. (Incluído pela Lei Complementar nº 178, de 2021)

Art. 23, § 3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido e enquanto perdurar o excesso, o Poder ou
órgão referido no art. 20 não poderá:(Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
(...)
III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária e as
que visem à redução das despesas com pessoal. (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de
2021)

Art. 31, §1º, I: estará proibido de realizar operação de crédito interna ou externa, inclusive por antecipação
de receita, ressalvadas as para pagamento de dívidas mobiliárias; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 178, de 2021)

Art. 32, § 7º Poderá haver alteração da finalidade de operação de crédito de Estados, do Distrito Federal
e de Municípios sem a necessidade de nova verificação pelo Ministério da Economia, desde que haja
prévia e expressa autorização para tanto, no texto da lei orçamentária, em créditos adicionais ou em lei
específica, que se demonstre a relação custo-benefício e o interesse econômico e social da operação e
que não configure infração a dispositivo desta Lei Complementar.

Art. 33, § 3º Enquanto não for efetuado o cancelamento ou a amortização ou constituída a reserva de que
trata o § 2º, aplicam-se ao ente as restrições previstas no § 3º do art. 23.

Art. 40. Os entes poderão conceder garantia em operações de crédito internas ou externas, observados
o disposto neste artigo, as normas do art. 32 e, no caso da União, também os limites e as condições
estabelecidos pelo Senado Federal e as normas emitidas pelo Ministério da Economia acerca da
classificação de capacidade de pagamento dos mutuários.
(...)
§ 11. A alteração da metodologia utilizada para fins de classificação da capacidade de pagamento de
Estados e Municípios deverá ser precedida de consulta pública, assegurada a manifestação dos entes.

Art. 51, § 1º Os Estados e os Municípios encaminharão suas contas ao Poder Executivo da União até 30
de abril.
§ 2º O descumprimento dos prazos previstos neste artigo impedirá, até que a situação seja regularizada,
que o Poder ou órgão referido no art. 20 receba transferências voluntárias e contrate operações de crédito,
exceto as destinadas ao pagamento da dívida mobiliária.

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Art. 59. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tribunais de Contas, e o sistema de controle
interno de cada Poder e do Ministério Público fiscalizarão o cumprimento desta Lei Complementar,
consideradas as normas de padronização metodológica editadas pelo conselho de que trata o art. 67,
com ênfase no que se refere a: (Redação dada pela Lei Complementar nº 178, de 2021)
(...)

Lei nº 14.119, de 13.1.2021 - Institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais; e altera
as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, e 6.015, de 31 de
dezembro de 1973, para adequá-las à nova política.

LEI 8.212/91
Art. 12, §9º: Não descaracteriza a condição de segurado especial:
(...)
VIII - a participação em programas e ações de pagamento por serviços ambientais. (Incluído pela Lei nº
14.119, de 2021)

LEI 6.015/73 (REGISTROS PÚBLICOS)


Art. 167 - No Registro de Imóveis, além da matrícula, serão feitos.
I - o registro:
(...)
45. do contrato de pagamento por serviços ambientais, quando este estipular obrigações de natureza
propter rem; (Incluído pela Lei nº 14.119, de 2021)

FEVEREIRO

Decreto nº 10.628, de 12.2.2021 - Altera o Decreto nº 9.845, de 25 de junho de 2019, que regulamenta
a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro e a
posse de armas de fogo e de munição.

DECRETO 9.845
Art. 3º Para fins de aquisição de arma de fogo de uso permitido e de emissão do Certificado de Registro
de Arma de Fogo administrada pelo Sistema Nacional de Armas - Sinarm, o interessado deverá: (Redação
dada pelo Decreto nº 10.628, de 2021) (Vide ADIN 6675) (Vide ADIN 6676) (Vide ADIN 6677) (Vide
ADIN 6695)
(...)
§ 4º O comprovante de capacidade técnica de que trata o inciso VI do caput deverá ser expedido por
instrutor de armamento e de tiro credenciado pela Polícia Federal no Sinarm e deverá atestar,
necessariamente:
(...)
§ 8º O disposto no § 1º aplica-se à aquisição de até seis armas de fogo de uso permitido, de porte ou
portáteis, não dispensada a caracterização da efetiva necessidade se presentes outros fatos e
circunstâncias que a justifiquem, inclusive para a aquisição de armas de fogo de uso permitido em
quantidade superior a esse limite. (Vide ADIN 6675) (Vide ADIN 6676) (Vide ADIN 6695)
§ 8º-A Os ocupantes dos cargos de que tratam os incisos I, II, V e VI do caput do art. 6º da Lei nº 10.826,
de 2003, os membros da magistratura, do Ministério Público e os integrantes das polícias penais federal,

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estadual ou distrital, e os agentes e guardas prisionais, além do limite estabelecido no § 8º, poderão
adquirir até duas armas de fogo de uso restrito, de porte ou portáteis, de funcionamento semiautomático
ou de repetição.
§ 13. Os profissionais de que tratam os incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da Lei nº
10.826, de 2003 , e os atiradores desportivos com Certificado de Registro de Arma de Fogo válido, que
possuam armas apostiladas no acervo de atirador, que estejam credenciados junto à Polícia Federal
como instrutores de armamento e tiro poderão utilizar as suas armas registradas no Sistema de
Gerenciamento Militar de Armas - Sigma para aplicar os testes de tiro para fornecimento do comprovante
de capacidade técnica.
§ 14. O cumprimento dos requisitos legais e regulamentares necessários ao porte e aquisição de armas
de fogo dos servidores de que tratam os incisos X e XI do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003 , dos
membros da magistratura e do Ministério Público poderá ser atestado por declaração da própria
instituição, na forma estabelecida pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da
Economia, pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Conselho Nacional do Ministério Público,
respectivamente, adotados os parâmetros técnicos estabelecidos pela Polícia Federal.

Decreto nº 10.630, de 12.2.2021 - Altera o Decreto nº 9.847, de 25 de junho de 2019, que regulamenta
a Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, para dispor sobre a aquisição, o cadastro, o registro, o
porte e a comercialização de armas de fogo e de munição e sobre o Sistema Nacional de Armas e o
Sistema de Gerenciamento Militar de Armas.

DECRETO 9.847
Art. 3º O Sinarm, instituído no âmbito da Polícia Federal do Ministério da Justiça e Segurança Pública,
manterá cadastro nacional, das armas de fogo importadas, produzidas e comercializadas no País.
(...)
§ 3º Serão cadastradas no Sinarm as armas de fogo:
(...)
III - institucionais, observado o disposto no inciso I, constantes de cadastros próprios:
(...)
d) dos órgãos do sistema penitenciário federal, estadual ou distrital; (Redação dada pelo Decreto nº
10.630, de 2021)
IV - dos integrantes:
(...)
c) dos órgãos do sistema penitenciário federal, estadual ou distrital; (Redação dada pelo Decreto
nº 10.630, de 2021)
V - dos instrutores de armamento e tiro credenciados pela Polícia Federal, exceto aquelas que já
estiverem, obrigatoriamente, cadastradas no Sigma;

Art. 12, § 3º-A Os profissionais descritos nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e X do caput do art. 6º da Lei nº
10.826, de 2003, e o atirador desportivo com certificado de registro válido, que possua armas apostiladas
no acervo de atirador, que estejam credenciados junto à Polícia Federal como instrutores de armamento
e tiro poderão utilizar suas armas registradas no Sigma para aplicar os testes de tiro para fornecimento
do comprovante de capacidade técnica. (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
§ 14. O cumprimento dos requisitos legais e regulamentares necessários ao porte e à aquisição de armas
de fogo dos servidores previstos nos incisos X e XI do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, dos
membros da Magistratura e do Ministério Público poderá ser atestado por declaração da própria
instituição, na forma estabelecida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia,

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pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Conselho Nacional do Ministério Público, respectivamente,
adotados os parâmetros técnicos estabelecidos pela Polícia Federal. (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de
2021)

Art. 13. O proprietário de arma de fogo fica obrigado a comunicar, imediatamente após à ciência dos fatos,
à polícia judiciária e ao Sinarm, o extravio, o furto, o roubo e a recuperação de arma de fogo ou do
Certificado de Registro de Arma de Fogo. (Redação dada pelo Decreto nº 10.630, de 2021)

Art. 15. O porte de arma de fogo de uso permitido, vinculado ao registro prévio da arma e ao cadastro no
Sinarm, será expedido pela Polícia Federal, no território nacional, desde que atendidos os requisitos
previstos nos incisos I, II e III do § 1º do art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003 (Redação dada pelo Decreto nº
10.630, de 2021)
§ 1º Na análise da efetiva necessidade, de que trata o inciso I do § 1º do art. 10 da Lei nº 10.826, de 2003,
devem ser consideradas as circunstâncias fáticas enfrentadas, as atividades exercidas e os critérios
pessoais descritos pelo requerente, especialmente os que demonstrem os indícios de riscos potenciais à
sua vida, incolumidade ou integridade física, permitida a utilização de todas as provas admitidas em direito
para comprovar o alegado. (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
§ 2º O indeferimento do requerimento de porte de arma de fogo que trata o caput deverá ser devidamente
fundamentado pela autoridade concedente. (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
§ 3º A taxa estipulada para o porte de arma de fogo somente será recolhida após a análise e a aprovação
dos documentos apresentados. (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021)

Art. 16. O porte de arma de fogo é documento obrigatório para a condução da arma e deverá conter os
seguintes dados:
(...)
III - características das armas;
IV - número dos cadastros de, ao menos, uma das armas no Sinarm ou Sigma;
V - identificação do proprietário das armas;

Art. 17. O porte de arma de fogo é pessoal, intransferível e revogável a qualquer tempo, e será válido em
todo o território nacional para as armas de fogo de porte de uso permitido devidamente registradas no
acervo do proprietário no Sinarm ou no Sigma (Redação dada pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
§ 1º O porte de arma de fogo autoriza a condução simultânea de até duas armas de fogo, respectivas
munições e acessórios (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021) (Vide ADIN 6675) (Vide ADIN 6676)
(Vide ADIN 6677) (Vide ADIN 6695)
§ 2º O documento de porte deverá ser apresentado em conjunto com o documento de identificação do
portador e o Certificado de Registro da Arma de Fogo válido (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
§3º Os integrantes das entidades de que tratam os incisos I, II, V, VI, X e XI do caput do art. 6º da Lei nº
10.826, de 2003, e os membros da Magistratura e do Ministério Público poderão portar as armas
apostiladas em seus certificados de registro, no acervo de atirador desportivo (Incluído pelo Decreto nº
10.630, de 2021)

Art. 24-A. O porte de arma de fogo também será deferido aos integrantes das entidades de que tratam os
incisos III, IV, V, X e XI do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, aos integrantes do quadro efetivo
das polícias penais federal, estadual ou distrital e aos agentes e guardas prisionais, em razão do
desempenho de suas funções institucionais (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021)

Art. 27. Poderá ser autorizado, em casos excepcionais, pelo órgão competente, o uso, em serviço, de
arma de fogo de propriedade dos integrantes dos órgãos, das instituições ou das corporações a que se

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referem os incisos I, II, III, V, VI e VII do caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003. (Redação dada
pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
(...)
§ 3º Para fins do disposto no caput, deverá ser observado o disposto no § 1º-B do art. 6º da Lei nº 10.826,
de 2003, em relação aos integrantes do quadro efetivo das polícias penais federal, estadual ou distrital e
aos agentes e guardas prisionais. (Incluído pelo Decreto nº 10.630, de 2021)

Art. 29. A capacidade técnica e a aptidão psicológica para o manuseio de armas de fogo, para os
integrantes das instituições a que se referem os incisos III, IV, V, VI, VII, X e XI do caput do art. 6º da Lei
nº 10.826, de 2003 , poderão ser atestadas por profissionais da própria instituição ou por instrutores de
armamento e tiro credenciados, depois de cumpridos os requisitos técnicos e psicológicos estabelecidos
pela Polícia Federal, nos termos do disposto neste Decreto (Redação dada pelo Decreto nº 10.630, de
2021)

Art. 29-C: O porte de arma de fogo aos integrantes das instituições de que tratam os incisos III e IV do
caput do art. 6º da Lei nº 10.826, de 2003, será concedido somente mediante comprovação de
treinamento técnico de, no mínimo:
I - sessenta horas, para armas de repetição, caso a instituição possua este tipo de armamento em sua
dotação (Redação dada pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
II - cem horas, para arma de fogo semiautomática; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.630, de 2021)
III - sessenta horas, para arma de fogo automática.

Art. 33. A classificação legal, técnica e geral, a definição das armas de fogo e a dos demais produtos
controlados são aquelas constantes do Decreto nº 10.030, de 2019, e de sua legislação complementar
(Redação dada pelo Decreto nº 10.630, de 2021)

Art. 34. O Comando do Exército autorizará previamente a aquisição e a importação de armas de fogo de
uso restrito, munições de uso restrito e demais produtos controlados de uso restrito, para os seguintes
órgãos, instituições e corporações:
(...)
V - os órgãos do sistema penitenciário federal, estadual e distrital;(Redação dada pelo Decreto nº 10.630,
de 2021)
(...)
X - os corpos de bombeiros militares dos Estados e do Distrito Federal;
XI - as guardas municipais;
XII- os tribunais e o Ministério Público; e
XIII - a Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia.
(...)
§ 2º Serão, ainda, autorizadas a adquirir e importar armas de fogo, munições, acessórios e demais
produtos controlados:
I - os integrantes das instituições a que se referem os incisos I a XIII do caput (Redação dada pelo Decreto
nº 10.630, de 2021)
(...)
§ 5º A autorização de que trata o caput poderá ser concedida pelo Comando do Exército após avaliação
e aprovação de planejamento estratégico, com duração de, no máximo, quatro anos, para a aquisição de
armas, munições e produtos controlados de uso restrito pelos órgãos, pelas instituições e pelas
corporações de que trata o caput.

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§ 5º-A A autorização de que trata o caput poderá, excepcionalmente, ser concedida antes da aprovação
do planejamento estratégico de que trata o § 5º, em consideração aos argumentos apresentados pela
instituição demandante.
§ 5º-B Na ausência de manifestação do Comando do Exército no prazo de sessenta dias úteis, contado
da data do recebimento do processo, a autorização de que trata o caput será considerada tacitamente
concedida.
§ 5º-C Na hipótese de serem verificadas irregularidades ou a falta de documentos nos planejamentos
estratégicos, o prazo de que trata o § 5º-B ficará suspenso até a correção do processo.

Art. 42. Fica vedada a importação de armas de fogo completas e suas partes essenciais, armações,
culatras, ferrolhos e canos, e de munições e seus insumos para recarga, do tipo pólvora ou outra carga
propulsora e espoletas, por meio do serviço postal e similares.

Art. 45. As armas de fogo apreendidas, após a finalização dos procedimentos relativos à elaboração do
laudo pericial e quando não mais interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz
competente ao Comando do Exército, no prazo de quarenta e oito horas, para doação aos órgãos de
segurança pública ou às Forças Armadas ou para destruição quando inservíveis.
§ 1º O Comando do Exército indicará no relatório trimestral reservado de que trata o § 1º do art. 25 da
Lei nº 10.826, de 2003 , as armas, as munições e os acessórios passíveis de doação.
§ 2º Os órgãos de segurança pública ou as Forças Armadas manifestarão interesse pelas armas de fogo
apreendidas, ao Comando do Exército, no prazo de trinta dias, contado da data do recebimento do
relatório reservado trimestral por aquelas instituições.
§ 3º Os órgãos de segurança pública ou as Forças Armadas que efetivaram a apreensão terão
preferência na doação das armas.
§ 4º O Comando do Exército se manifestará favoravelmente à doação de que trata este artigo, no prazo
de trinta dias, na hipótese de serem atendidos os critérios de priorização estabelecidos pelo Ministério da
Justiça e Segurança Pública, nos termos do disposto no § 1º do art. 25 da Lei nº 10.826, de 2003 , dentre
os quais, destaque-se:
I - a comprovação da necessidade de destinação do armamento; e
II - a adequação das armas de fogo ao padrão de cada instituição.
§ 5º Os critérios de priorização a que se refere o § 4º deverão ser atendidos inclusive pelos órgãos de
segurança pública ou pelas Forças Armadas responsáveis pela apreensão.
§ 6º Cumpridos os requisitos de que trata o § 4º e observada a regra de preferência do órgão apreensor,
o Comando do Exército encaminhará, no prazo de trinta dias, a relação das armas de fogo a serem
doadas ao juiz competente, que determinará o seu perdimento em favor do órgão ou da Força Armada
beneficiária.
§ 7º As armas de fogo de valor histórico ou obsoletas poderão ser objeto de doação a museus das Forças
Armadas ou de instituições policiais indicados pelo Comando do Exército.
§ 8º A decisão sobre o destino final das armas de fogo não doadas aos órgãos interessados nos termos
do disposto neste Decreto caberá ao Comando do Exército, que deverá concluir pela sua destruição ou
pela doação às Forças Armadas.
§ 9º As munições e os acessórios apreendidos, concluídos os procedimentos relativos à elaboração do
laudo pericial e quando não mais interessarem à persecução penal, serão encaminhados pelo juiz
competente ao Comando do Exército, no prazo de quarenta e oito horas, para destruição ou doação aos
órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas, na forma estabelecida neste artigo.
§ 10. O órgão de segurança pública ou as Forças Armadas responsáveis pela apreensão das munições
serão o destinatário da doação, desde que manifestem interesse, no prazo de trinta dias, contado da data
do recebimento do relatório trimestral reservado.

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§ 11. Na hipótese de não haver interesse por parte do órgão ou das Forças Armadas responsáveis pela
apreensão, as munições serão destinadas ao primeiro órgão que manifestar interesse.
§ 12. Compete ao órgão de segurança pública beneficiário da doação das munições periciá-las para
atestar a sua validade e encaminhá-las ao Comando do Exército para destruição, na hipótese de ser
constatado que são inservíveis.
§ 13. As armas de fogo, as munições e os acessórios apreendidos que forem de propriedade das
instituições a que se referem os incisos I a XIII do caput do art. 34 serão devolvidos à instituição após a
realização de perícia, exceto se determinada sua retenção até o final do processo pelo juízo competente

Art. 45-A. As armas de fogo e munições apreendidas em decorrência do tráfico de drogas ou de qualquer
forma utilizadas em atividades ilícitas de produção ou comercialização de drogas, ou ainda, que tenham
sido adquiridas com recursos provenientes do tráfico de drogas, perdidas em favor da União e
encaminhadas para o Comando do Exército, serão destinadas à doação, após perícia ou vistoria que
atestem seu bom estado, observado o seguinte critério de prioridade:
I - órgão de segurança pública responsável pela apreensão;
II - demais órgãos de segurança pública ou do sistema penitenciário do ente federativo responsável pela
apreensão; e
III - órgãos de segurança pública ou do sistema penitenciário dos demais entes federativos.
§ 1º O pedido do ente federativo deverá ser feito no prazo de vinte dias, contado da data do recebimento
do relatório trimestral reservado, observado o critério de prioridade de que trata o caput .
§ 2º O pedido de doação previsto neste artigo deverá atender aos critérios de priorização estabelecidos
pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, nos termos do disposto no § 4º do art. 45.

Art. 45-B. As armas de fogo apreendidas poderão ser devolvidas pela autoridade competente aos seus
legítimos proprietários na hipótese de serem cumpridos os requisitos de que trata o art. 4º da Lei nº
10.826, de 2003

Art. 57-A. Os procedimentos previstos neste Decreto serão realizados prioritariamente de forma
eletrônica, dispensado o comparecimento pessoal do requerente, exceto se houver necessidade
especificamente motivada e comunicada de apresentação dos documentos originais.

MARÇO

Emenda Constitucional nº 109, de 15.3.2021 - Altera os arts. 29-A, 37, 49, 84, 163, 165, 167, 168 e 169
da Constituição Federal e os arts. 101 e 109 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias;
acrescenta à Constituição Federal os arts. 164-A, 167- A, 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G;
revoga dispositivos do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e institui regras transitórias
sobre redução de benefícios tributários; desvincula parcialmente o superávit financeiro de fundos
públicos; e suspende condicionalidades para realização de despesas com concessão de auxílio
emergencial residual para enfrentar as consequências sociais e econômicas da pandemia da Covid-19.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal, incluídos os subsídios dos Vereadores e
excluídos os gastos com inativos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao somatório
da receita tributária e das transferências previstas no § 5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente
realizado no exercício anterior:

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Art. 37, § 16. Os órgãos e entidades da administração pública, individual ou conjuntamente, devem
realizar avaliação das políticas públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos
resultados alcançados, na forma da lei.

Art. 49: É da competência exclusiva do Congresso Nacional:


XVIII - decretar o estado de calamidade pública de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-
D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional
previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição.

Art. 163. Lei complementar disporá sobre:


VIII - sustentabilidade da dívida, especificando: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
a) indicadores de sua apuração; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em legislação; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida. Parágrafo único. A
lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das vedações
previstas no art. 167-A desta Constituição (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem conduzir suas políticas fiscais
de forma a manter a dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complementar referida no
inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem refletir a compatibilidade dos
indicadores fiscais com a sustentabilidade da dívida.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


(...)
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública
federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com trajetória
sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais
de fomento (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
(...)
§ 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no que couber, os resultados do monitoramento e
da avaliação das políticas públicas previstos no § 16 do art. 37 desta Constituição.

Art. 167. São vedados:


XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados mediante a vinculação
de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por programação orçamentária e
financeira de órgão ou entidade da administração pública (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109,
de 2021)
§ 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os arts. 155, 156, 157, 158 e as alíneas "a",
"b", "d" e "e" do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para pagamento de débitos

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com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021)
§ 6º Para fins da apuração ao término do exercício financeiro do cumprimento do limite de que trata o
inciso III do caput deste artigo, as receitas das operações de crédito efetuadas no contexto da gestão da
dívida pública mobiliária federal somente serão consideradas no exercício financeiro em que for realizada
a respectiva despesa (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e receitas
correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal
de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação, aplicar o mecanismo de
ajuste fiscal de vedação da:
I - concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de
membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e de militares, exceto dos
derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da
aplicação das medidas de que trata este artigo;
II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas:
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição; e
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de formação de
militares;
V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso IV deste
caput;
VI - criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou benefícios
de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de Poder, do Ministério
Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos e de militares, ou ainda de seus
dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação
legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este artigo;
VII - criação de despesa obrigatória;
VIII - adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da variação da inflação,
observada a preservação do poder aquisitivo referida no inciso IV do caput do art. 7º desta Constituição;
IX - criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como remissão, renegociação ou
refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação das despesas com subsídios e subvenções;
X - concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária.
§ 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta e cinco por cento) da receita corrente, sem
exceder o percentual mencionado no caput deste artigo, as medidas nele indicadas podem ser, no todo
ou em parte, implementadas por atos do Chefe do Poder Executivo com vigência imediata, facultado aos
demais Poderes e órgãos autônomos implementá-las em seus respectivos âmbitos.
§ 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser submetido, em regime de urgência, à apreciação do
Poder Legislativo.
§ 3º O ato perde a eficácia, reconhecida a validade dos atos praticados na sua vigência, quando:
I - rejeitado pelo Poder Legislativo;
II - transcorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias sem que se ultime a sua apreciação; ou
III - apurado que não mais se verifica a hipótese prevista no § 1º deste artigo, mesmo após a sua
aprovação pelo Poder Legislativo.
§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada bimestralmente.

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§ 5º As disposições de que trata este artigo:


I - não constituem obrigação de pagamento futuro pelo ente da Federação ou direitos de outrem sobre o
erário;
II - não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que
disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de despesas.
§ 6º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as medidas nele previstas
tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos nele mencionados, de acordo com declaração do
respectivo Tribunal de Contas, é vedada:
I - a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente envolvido;
II - a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente da Federação,
diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias, fundações ou empresas estatais dependentes,
ainda que sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente,
ressalvados os financiamentos destinados a projetos específicos celebrados na forma de operações
típicas das agências financeiras oficiais de fomento.

Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito nacional, decretado pelo
Congresso Nacional por iniciativa privativa do Presidente da República, a União deve adotar regime
extraordinário fiscal, financeiro e de contratações para atender às necessidades dele decorrentes,
somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos termos definidos nos arts.
167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição

Art. 167-C. Com o propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade pública e de seus efeitos sociais
e econômicos, no seu período de duração, o Poder Executivo federal pode adotar processos simplificados
de contratação de pessoal, em caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras que
assegurem, quando possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes, dispensada
a observância do § 1º do art. 169 na contratação de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta
Constituição, limitada a dispensa às situações de que trata o referido inciso, sem prejuízo do controle dos
órgãos competentes.

Art. 167-D. As proposições legislativas e os atos do Poder Executivo com propósito exclusivo de enfrentar
a calamidade e suas consequências sociais e econômicas, com vigência e efeitos restritos à sua duração,
desde que não impliquem despesa obrigatória de caráter continuado, ficam dispensados da observância
das limitações legais quanto à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento de ação governamental que
acarrete aumento de despesa e à concessão ou à ampliação de incentivo ou benefício de natureza
tributária da qual decorra renúncia de receita.
Parágrafo único. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art. 167-B,
não se aplica o disposto no § 3º do art. 195 desta Constituição

Art. 167-E. Fica dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade
pública de âmbito nacional, a observância do inciso III do caput do art. 167 desta Constituição.

Art. 167-F. Durante a vigência da calamidade pública de âmbito nacional de que trata o art. 167-B desta
Constituição:
I - são dispensados, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública,
os limites, as condições e demais restrições aplicáveis à União para a contratação de operações de
crédito, bem como sua verificação;
II - o superávit financeiro apurado em 31 de dezembro do ano imediatamente anterior ao reconhecimento
pode ser destinado à cobertura de despesas oriundas das medidas de combate à calamidade pública de
âmbito nacional e ao pagamento da dívida pública.

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§ 1º Lei complementar pode definir outras suspensões, dispensas e afastamentos aplicáveis durante a
vigência do estado de calamidade pública de âmbito nacional.
§ 2º O disposto no inciso II do caput deste artigo não se aplica às fontes de recursos:
I - decorrentes de repartição de receitas a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios;
II - decorrentes das vinculações estabelecidas pelos arts. 195, 198, 201, 212, 212-A e 239 desta
Constituição;
III - destinadas ao registro de receitas oriundas da arrecadação de doações ou de empréstimos
compulsórios, de transferências recebidas para o atendimento de finalidades determinadas ou das
receitas de capital produto de operações de financiamento celebradas com finalidades contratualmente
determinadas

Art. 167-G. Na hipótese de que trata o art. 167-B, aplicam-se à União, até o término da calamidade pública,
as vedações previstas no art. 167-A desta Constituição.
§ 1º Na hipótese de medidas de combate à calamidade pública cuja vigência e efeitos não ultrapassem
a sua duração, não se aplicam as vedações referidas nos incisos II, IV, VII, IX e X do caput do art. 167-
A desta Constituição.
§ 2º Na hipótese de que trata o art. 167-B, não se aplica a alínea "c" do inciso I do caput do art. 159 desta
Constituição, devendo a transferência a que se refere aquele dispositivo ser efetuada nos mesmos
montantes transferidos no exercício anterior à decretação da calamidade.
§ 3º É facultada aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios a aplicação das vedações referidas no
caput, nos termos deste artigo, e, até que as tenham adotado na integralidade, estarão submetidos às
restrições do § 6º do art. 167-A desta Constituição, enquanto perdurarem seus efeitos para a União.

Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)
§ 1º É vedada a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de repasses duodecimais
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
§ 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma do caput deste artigo deve ser
restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou terá seu valor deduzido das primeiras parcelas
duodecimais do exercício seguinte (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 109, de 2021)

Lei nº 14.129, de 29.3.2021 - Dispõe sobre princípios, regras e instrumentos para o Governo Digital e
para o aumento da eficiência pública e altera a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, a Lei nº 12.527,
de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), a Lei nº 12.682, de 9 de julho de 2012, e a
Lei nº 13.460, de 26 de junho de 2017.

LEI 12.527 (LAI)


Art. 12. O serviço de busca e de fornecimento de informação é gratuito. (Redação dada pela Lei nº
14.129, de 2021)
§ 1º O órgão ou a entidade poderá cobrar exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento dos custos
dos serviços e dos materiais utilizados, quando o serviço de busca e de fornecimento da informação exigir

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reprodução de documentos pelo órgão ou pela entidade pública consultada. (Incluído pela Lei nº 14.129,
de 2021)
§ 2º Estará isento de ressarcir os custos previstos no § 1º deste artigo aquele cuja situação econômica
não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos da Lei nº
7.115, de 29 de agosto de 1983 (Incluído pela Lei nº 14.129, de 2021)

ABRIL

Lei nº 14.132, de 31.3.2021 - Acrescenta o art. 147-A ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de


1940 (Código Penal), para prever o crime de perseguição; e revoga o art. 65 do Decreto-Lei nº 3.688,
de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais).

CÓDIGO PENAL
Perseguição
Art. 147-A. Perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando-lhe a integridade física ou
psicológica, restringindo-lhe a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando
sua esfera de liberdade ou privacidade.
Pena – reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 1º A pena é aumentada de metade se o crime é cometido:
I – contra criança, adolescente ou idoso;
II – contra mulher por razões da condição de sexo feminino, nos termos do § 2º-A do art. 121 deste
Código;
III – mediante concurso de 2 (duas) ou mais pessoas ou com o emprego de arma.
§ 2º As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.
§ 3º Somente se procede mediante representação.

Lei nº 14.133, de 1º.4.2021 - Lei de Licitações e Contratos Administrativos.

Lei nº 14.141, de 19.4.2021 - Altera o art. 16 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica
da Saúde), para dispor sobre a remessa de patrimônio genético ao exterior em situações
epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública.

LEI 8.080/90
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) compete:
(...)
§ 1º A União poderá executar ações de vigilância epidemiológica e sanitária em circunstâncias especiais,
como na ocorrência de agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção estadual
do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de disseminação nacional (Renumerado do
parágrafo único pela Lei nº 14.141, de 2021)
§ 2º Em situações epidemiológicas que caracterizem emergência em saúde pública, poderá ser adotado
procedimento simplificado para a remessa de patrimônio genético ao exterior, na forma do regulamento
(Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021)

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§ 3º Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto acabado ou material reprodutivo


oriundo de acesso ao patrimônio genético de que trata o § 2º deste artigo serão repartidos nos termos da
Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015 (Incluído pela Lei nº 14.141, de 2021)

Decreto nº 10.681 de 20.4.2021 - Regulamenta a Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017,


que institui o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei Complementar nº 159, de 19 de maio de 2017, que institui o
Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.

Art. 2º Para fins do disposto neste Decreto:


I - as referências aos Estados e ao Distrito Federal compreendem o Poder Executivo, o Poder Legislativo,
o Poder Judiciário, os Tribunais de Contas, o Ministério Público, a Defensoria Pública e as respectivas
administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;
II - serão observados os conceitos e as definições de que trata a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio
de 2000, especialmente o disposto em seus art. 1º, art. 2º, art. 18 e art. 19.
Parágrafo único. As referências aos Estados compreendem o Distrito Federal.

CAPÍTULO I
DO PEDIDO DE ADESÃO AO REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL
Seção I
Da apresentação do pedido de adesão
Art. 3º O pedido de adesão dos Estados ao Regime de Recuperação Fiscal será apresentado à Secretaria
do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia e conterá:
I - demonstração de que os requisitos previstos no caput do art. 3º da Lei Complementar nº 159, de 2017,
foram atendidos;
II - demonstração das medidas que o Estado considera implementadas nos termos do art. 2º da Lei
Complementar nº 159, de 2017;
III - relação das dívidas às quais poderá ser aplicado o disposto no inciso II do caput do art. 9º da Lei
Complementar nº 159, de 2017, se cabível;
IV - indicação de membro titular e de membro suplente para compor o Conselho de Supervisão do Regime
de Recuperação Fiscal; e
V - lei que autoriza a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal.
§ 1º A demonstração de que trata o inciso I do caput observará o disposto no ato a que se refere o § 1º
do art. 3º da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 2º Na apuração da despesa corrente para fins de verificação do atendimento do requisito de adesão
previsto na alínea “a” do inciso II do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 159, de 2017, serão
desconsideradas as transferências constitucionais e legais a Municípios e as despesas
intraorçamentárias.
§ 3º Serão incluídas na verificação do atendimento dos requisitos do caput do art. 3º da Lei Complementar
nº 159, de 2017, para Estados com Regime de Recuperação Fiscal vigente em 31 de agosto de 2020 que
pedirem nova adesão:
I - na despesa corrente de que trata a alínea “a” do inciso II do caput do art. 3º da Lei Complementar nº
159, de 2017, os juros não pagos em função do referido Regime; e
II - nas obrigações de que trata o inciso III do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 159, de 2017, o
valor das prestações não pagas em função do referido Regime.

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§ 4º Na hipótese de pedido de adesão realizado nos termos do disposto no art. 21 da Lei Complementar
nº 178, de 13 de janeiro de 2021, a informação a que se refere o inciso V do caput poderá ser apresentada
no momento do protocolo do Plano de Recuperação Fiscal no Ministério da Economia, conforme previsto
no inciso II do § 3º do art. 4º-A da Lei Complementar nº 159, de 2017.

Seção II
Da análise do pedido de adesão
Art. 4º A Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia
verificará o cumprimento dos requisitos do caput do art. 3º da Lei Complementar nº 159, de 2017, no
prazo de até vinte dias e publicará o resultado da referida análise no prazo de até trinta dias, ambos os
prazos contados da data de protocolo do pedido de que trata o art. 3º deste Decreto.
§ 1º A Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia,
ao se manifestar favoravelmente ao pleito do Estado:
I - encaminhará o processo ao Ministro de Estado da Economia, que adotará providências necessárias
para a criação do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal e investirá seus membros
no prazo de até trinta dias, contado da data do recebimento do processo;
II - encaminhará o processo à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que avaliará se as medidas
enviadas nos termos do disposto no inciso II do caput do art. 3º atendem ao disposto no art. 2º da Lei
Complementar nº 159, de 2017, e neste Decreto no prazo de até trinta dias, contado da data do
recebimento do processo;
III - aplicará o disposto no caput do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, por doze meses ou até
o início da vigência do Regime de Recuperação Fiscal, o que for menor, desde que assinado o contrato
de refinanciamento de que trata o art. 9º-A, da referida Lei; e
IV - estabelecerá os prazos para o processo de elaboração das seções a que se referem os incisos I ao
V do caput do art. 5º no prazo de até dez dias, contado da data da audiência com representantes do
Estado.
§ 2º Os prazos de que trata o inciso IV do § 1º poderão ser revistos mediante apresentação de justificativa
fundamentada por parte do Estado.
§ 3º O Ministério da Economia publicará o resultado do pedido de adesão do Estado ao Plano de
Recuperação Fiscal no prazo de até dez dias, contado da data do protocolo, na hipótese de pedido de
adesão realizado nos termos do disposto no art. 21 da Lei Complementar nº 178, de 2021, conforme o
disposto no § 4º do referido artigo.

CAPÍTULO II
DA ELABORAÇÃO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO FISCAL
Seção I
Do processo de elaboração
Art. 5º O Plano de Recuperação Fiscal será composto das seguintes seções:
I - diagnóstico da situação fiscal do Estado no exercício anterior;
II - projeções financeiras para o exercício corrente e para os exercícios subsequentes, considerados os
efeitos da adesão ao Regime sobre as finanças do Estado;
III - detalhamento das medidas de ajuste que serão adotadas durante a vigência do Regime de
Recuperação Fiscal, dos impactos esperados e dos prazos para a adoção das referidas medidas;
IV - ressalvas às vedações previstas no art. 8º da Lei Complementar nº 159, de 2017, e definição de
impacto financeiro considerado irrelevante para fins de aplicação do disposto no § 6º do referido artigo;
V - metas, compromissos e hipóteses de encerramento do Regime de Recuperação Fiscal; e
VI - leis ou atos normativos dos quais decorram, nos termos do disposto neste Decreto, a implementação
das medidas previstas no § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, ou demonstração da
desnecessidade de edição de legislação adicional, conforme o disposto no § 8º do referido artigo.

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§ 1º O Plano de Recuperação Fiscal observará as orientações do Ministério da Economia, que poderá


exigir o envio de informações adicionais, inclusive dos seguintes anexos:
I - relação de dívidas administradas pela Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de
Fazenda do Ministério da Economia e de dívidas garantidas pela União que devem ser afetadas pela
redução de pagamentos de que trata o art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, com os respectivos
fluxos de pagamentos;
II - relação de operações de crédito que serão contratadas, reestruturadas ou aditadas durante a vigência
do Regime de Recuperação Fiscal, com as respectivas finalidades, datas previstas para a contratação,
garantias envolvidas, valores, desembolsos e fluxos de pagamentos; e
III - relação dos incentivos e benefícios fiscais ou financeiro-fiscais que serão objeto da redução de que
trata o inciso III do § 1º da art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, com as respectivas estimativas
de impacto.
§ 2º Poderão ser incluídas no Plano de Recuperação Fiscal, para fins meramente informativos, projeções
financeiras que não considerem os efeitos da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal e das medidas
de ajuste adotadas pelo Estado.
§ 3º As projeções de que trata o § 2º não serão objeto de avaliação pelo Ministério da Economia.
§ 4º As ressalvas de que trata o inciso IV do caput poderão ser feitas de forma individualizada ou
agrupada por conduta vedada pelo art. 8º da Lei Complementar nº 159, de 2017, desde que, neste último
caso, sejam atribuídos valores máximos ao conjunto de atos ou leis que poderão ser editados sem que
se conclua pela não observância da vedação.

Art. 6º A elaboração das seções de que trata o caput do art. 5º observará os seguintes prazos:
I - de trinta a cento e oitenta dias, contado da data de aprovação do pedido de adesão, para as seções
previstas nos incisos I a IV do caput do art. 5º;
II - de cinco dias para a seção prevista no inciso V do caput do art. 5º, contado da data da conclusão da
elaboração das seções previstas nos incisos I a IV do caput do referido artigo; e
III - a data de apresentação do Plano de Recuperação Fiscal para a seção prevista no inciso VI do caput
do art. 5º.
§ 1º O cumprimento dos prazos de que trata este artigo constitui-se em condição necessária para a
emissão de recomendação favorável à homologação do Plano de Recuperação Fiscal.
§ 2º O prazo de cento e oitenta dias previsto no inciso I do caput será acrescido de sessenta dias para
atualização do trabalho previamente realizado, na hipótese de mudança de exercício financeiro.
§ 3º Os prazos estabelecidos pela Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda
do Ministério da Economia, nos termos do disposto no § 2º do art. 4º, poderão ser revistos mediante
apresentação de justificativa fundamentada por parte do Estado.

Art. 7º Durante o período de elaboração do Plano de Recuperação Fiscal, o Estado deverá:


I - elaborar os documentos que comporão o Plano de Recuperação Fiscal, conforme estabelecido pela
Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia;
II - cumprir o disposto nos art. 7º-D e art. 8º da Lei Complementar nº 159, de 2017;
III - adotar as providências necessárias para a adoção imediata das normas contábeis aplicáveis à
Federação editadas pelo órgão central de contabilidade da União, observadas as regras de transição
existentes, se houver;
IV - apresentar as proposições encaminhadas à Assembleia Legislativa e os atos normativos para
atendimento do disposto no art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017;
V - fazer jus às prerrogativas previstas nos art. 10 e art. 10-A da Lei Complementar nº 159, de 2017; e
VI - prover ao Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal os recursos previstos no inciso
I do caput do art. 27.

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§ 1º As proposições e os atos de que trata o inciso IV do caput serão encaminhadas para a Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, que avaliará o atendimento do disposto no art. 2º da Lei Complementar nº
159, de 2017, e neste Decreto no prazo de até trinta dias, contado da data do recebimento.
§ 2º O exercício das prerrogativas de que trata o art. 10-A da Lei Complementar nº 159, de 2017, para a
contratação de financiamentos com sistema financeiro e instituições multilaterais durante o período de
elaboração do Plano de Recuperação Fiscal fica condicionado à vinculação das liberações de recursos à
homologação do Regime de Recuperação Fiscal.

Art. 8º Durante o período de elaboração do Plano de Recuperação Fiscal, a Secretaria do Tesouro


Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia deverá:
I - prestar assistência técnica ao Estado acerca de aspectos fiscais da documentação que comporá o
Plano de Recuperação Fiscal;
II - observar o prazo de quinze dias para avaliar as entregas dos Estados relativas às seções previstas
nos incisos I a IV do caput do art. 5º; e
III - adotar as providências necessárias para a celebração do contrato de refinanciamento de que trata o
art. 9º-A da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 1º O prazo previsto no inciso II do caput será ser aumentado para:
I - trinta dias, na hipótese de existir outra avaliação semelhante em andamento, assegurada a revisão dos
prazos estabelecidos para a elaboração das referidas seções do Plano de Recuperação Fiscal e o
aumento do prazo máximo previsto no inciso I do caput do art. 6º em quinze dias; e
II - quarenta e cinco dias, na hipótese de existir mais de duas avaliações semelhantes em andamento,
assegurada a revisão dos prazos estabelecidos para a elaboração das referidas seções do Plano de
Recuperação Fiscal e o aumento do prazo máximo previsto no inciso I do caput do art. 6º em trinta dias.
§ 2º Os apontamentos realizados pela Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda
do Ministério da Economia em suas avaliações poderão ser saneados quando da apresentação do Plano
de Recuperação Fiscal para homologação, desde que não prejudiquem significativamente o processo de
elaboração do referido Plano, observados os critérios estabelecidos previamente pela referida Secretaria.

Art. 9º O Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal terá amplo acesso ao processo de
elaboração do Plano de Recuperação Fiscal e demandará a realização das adequações necessárias.

Seção II
Das leis que compõem o Plano de Recuperação Fiscal
Art. 10. A comprovação de atendimento do disposto no § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de
2017, será efetuada por ocasião do protocolo do Plano de Recuperação Fiscal no Ministério da Economia,
sem prejuízo da demonstração das medidas que o Estado considere implementadas por ocasião do
protocolo do pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal no Ministério da Economia, nos termos
do disposto nos art. 2º e art. 4º da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 1º O atendimento do disposto nesta Seção caracteriza pleno atendimento do previsto no § 1º do art. 2º
da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 2º A implementação das medidas que decorram das leis ou dos atos normativos de que tratam o § 1º
do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, e este Decreto observará o disposto neste Decreto e no
Plano de Recuperação Fiscal.

Art. 11. O disposto no inciso I do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido, alternativamente:
I - pela existência de autorização em lei ou ato normativo para que, observado o Plano de Recuperação
Fiscal, o Estado realize:

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a) alienação total ou parcial de participação societária, com ou sem perda do controle, de empresas
públicas ou de sociedades de economia mista;
b) concessão de serviços ou ativos públicos; ou
c) liquidação ou extinção de empresas públicas ou de sociedades de economia mista;
II - pela realização, entre o período do pedido de adesão e a homologação da adesão ao Regime de
Recuperação Fiscal, de:
a) alienação total ou parcial de participação societária, com ou sem perda do controle, de empresas
públicas ou de sociedades de economia mista;
b) concessão de serviços ou ativos públicos; ou
c) liquidação ou extinção de empresas públicas ou de sociedades de economia mista.
Parágrafo único. O atendimento das disposições do caput não exige que todas as empresas públicas ou
sociedades de economia mista do Estado sejam objeto de alienação, liquidação ou extinção.

Art. 12. O disposto no inciso II do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido pela inclusão, no Regime Próprio de Previdência Social - RPPS do Estado, de pelo menos três
das seguintes regras previdenciárias aplicáveis aos servidores públicos civis da União:
I - requisito de idade mínima para a aposentadoria, ressalvadas as hipóteses de aposentadoria por
incapacidade permanente e de aposentadorias decorrentes de requisitos e critérios diferenciados,
previstos em lei complementar do Estado, além de eventuais regras de transição;
II - alíquota de contribuição não inferior à alíquota dos servidores da União, exceto se demonstrado que
o respectivo RPPS não possui déficit atuarial a ser equacionado, hipótese em que a alíquota não poderá
ser inferior às alíquotas aplicáveis ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS, nos termos do disposto
no art. 11 da Emenda Constitucional nº 103, de 12 de novembro de 2019;
III - contribuição incidente sobre proventos recebidos por inativos e pensionistas cujo valor seja inferior
ao teto do RGPS, na hipótese de haver déficit atuarial; e
IV - adoção da temporalidade do direito a pensão para cônjuge ou companheiro estabelecida na alínea
“c” do inciso V do § 2º do art. 77 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
Parágrafo único. As regras previstas no caput serão consideradas instituídas se já constarem do RPPS
do Estado.

Art. 13. O disposto no inciso III do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido nas seguintes hipóteses:
I - apresentação de autorização, em lei ou ato normativo, para adoção mecanismos que permitam a
reduzir em, no mínimo, vinte por cento o valor global de incentivos e benefícios fiscais ou financeiro-fiscais
relativos ao Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS declarado pelo Estado
em relação ao exercício anterior ao do pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal; e
II - inclusão, no Plano de Recuperação Fiscal, de medidas de ajuste correspondentes à implementação
da redução de incentivos e benefícios de que trata o inciso I nos três primeiros anos de vigência do
Regime de Recuperação Fiscal, à proporção de, no mínimo, um terço do valor estimado pelo Estado por
ano.
§ 1º O disposto no caput não se aplica aos incentivos e aos benefícios fiscais ou financeiros-fiscais:
I - de que trata o art. 178 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional; ou
II - instituídos na forma estabelecida pela alínea “g” do inciso XII do § 2º do art. 155 da Constituição.
§ 2º São considerados instituídos na forma estabelecida pela alínea “g” do inciso XII do § 2º do art. 155
da Constituição os incentivos e benefícios originalmente concedidos na forma da Lei Complementar nº
24, de 7 de janeiro 1975, e os reinstituídos na forma da Lei Complementar nº 160, de 7 de agosto de
2017, e do Convênio ICMS 190, de 15 de dezembro de 2017, do Conselho Nacional de Política
Fazendária.

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§ 3º A redução de incentivos prevista neste artigo não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito
e a coisa julgada.
§ 4º A redução das renúncias fiscais de que trata o inciso I do caput poderá ter como referência um dos
exercícios entre 2017 e 2021, excepcionalmente, para os pedidos de adesão realizados no exercício de
2021.

Art. 14. O disposto no inciso IV do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido pela revisão do Regime Jurídico Único dos servidores do Estado para extinguir, no mínimo, três
dos seguintes benefícios, sendo um deles, obrigatoriamente, o previsto no inciso I:
I - os adicionais remuneratórios vinculados exclusivamente ao tempo de serviço dos servidores, inclusive
as gratificações por tempo de serviço;
II - a conversão em pecúnia de licenças e abonos por tempo de serviço;
III - as promoções e progressões vinculadas exclusivamente ao tempo de serviço dos servidores; e
IV - as incorporações das remunerações de funções gratificadas e de cargos comissionados à
remuneração dos servidores.
§ 1º Os benefícios previstos no caput serão considerados extintos quando:
I - não constarem do regime jurídico instituído conforme o disposto no art. 39 da Constituição;
II - forem tacitamente revogados, conforme comprovação apresentada pelo Estado; ou
III - as regras de transição eventualmente existentes:
a) forem aplicáveis apenas a servidores que se encontravam em período aquisitivo do benefício quando
da revisão ou da revogação tácita; e
b) extinguirem a concessão dos benefícios após a aplicação do disposto na alínea “a”.
§ 2º A verificação de que trata este artigo se restringirá ao regime jurídico instituído conforme o disposto
no art. 39 da Constituição e, se for o caso, a legislação que tiver revogado, ainda que tacitamente, os
direitos ou previstos nos incisos do caput, não abrangendo, para fins de adesão ao Regime de
Recuperação Fiscal, os planos de carreira estaduais e legislação esparsa.
§ 3º A revisão prevista neste artigo não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada.

Art. 15. O disposto no inciso V do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido pela previsão de regras e mecanismos para limitar o crescimento anual das despesas primárias
à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA que estabeleçam:
I - prazo de vigência que compreenda, no mínimo, os três exercícios financeiros subsequentes ao do
pedido de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal;
II - regras de contenção do crescimento das despesas que auxiliem a recondução da despesa primária
aos limites estabelecidos;
III - regras para apuração da base de cálculo, que observarão as exceções previstas no § 4º do art. 2º da
Lei Complementar nº 159, de 2017, e definirão o exercício anterior ao do pedido de adesão ao Regime
de Recuperação Fiscal como base de cálculo da limitação; e
IV - órgão estadual responsável para atestar o cumprimento da limitação.
§ 1º O disposto neste artigo será considerado atendido caso a limitação de crescimento anual restrinja o
crescimento agregado das despesas primárias dos Poderes e órgãos do Estado.
§ 2º Consideram-se como despesas primárias, para fins de definição da base de cálculo e de avaliação
quanto ao cumprimento da medida de limitação de despesas previstas no inciso V do § 1º do art. 2º da
Lei Complementar nº 159, de 2017, os gastos necessários para prestação dos serviços públicos à
sociedade, desconsiderados o pagamento dos passivos definidos em ato da Secretaria do Tesouro
Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia.

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§ 3º O cumprimento do limite de crescimento anual das despesas primárias durante a vigência do Regime
de Recuperação Fiscal será um dos critérios utilizados para a elaboração da classificação de desempenho
de que trata o inciso I do caput do art. 7º da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 4º A limitação de despesas de que trata este artigo poderá ter como referência um dos exercícios entre
2017 e 2021, excepcionalmente, para os pedidos de adesão realizados no exercício de 2021,.

Art. 16. O disposto no inciso VI do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido pela autorização, em lei ou ato normativo, para a realização de leilões de pagamento, nos quais
será adotado o critério de julgamento por maior desconto, para fins de prioridade na quitação de
obrigações inscritas em restos a pagar ou inadimplidas.
§ 1º O Estado poderá prever o pagamento parcelado das obrigações referidas no caput, excetuado o
pagamento de precatórios.
§ 2º O conjunto de dívidas a ser submetido aos leilões de pagamento de que trata caput poderá
contemplar:
I - dívidas com fornecedores e prestadores de serviços; e
II - outras obrigações inadimplidas ou inscritas em restos a pagar.

Art. 17. O disposto no inciso VII do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido por meio da publicação de decreto do Governador do Estado ou de outros atos normativos que
estabeleçam a adoção de gestão financeira centralizada no âmbito do Poder Executivo.
§ 1º O decreto ou ato normativo a que se refere o caput estabelecerá, para a administração direta,
indireta, fundacional e para empresas estatais dependentes, as condições para o recebimento e a
movimentação dos recursos financeiros, incluída a destinação dos saldos não utilizados quando do
encerramento do exercício financeiro, observadas as restrições estabelecidas em atos normativos
federais e em instrumentos contratuais preexistentes.
§ 2º Não se aplica o disposto no inciso VII do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, aos
fundos públicos previstos nas Constituições e nas Leis Orgânicas de cada ente federativo, incluído o Ato
das Disposições Constitucionais Transitórias, ou que tenham sido criados para operacionalizar
vinculações estabelecidas nas Constituições e nas Leis Orgânicas de cada ente federativo.

Art. 18. O disposto no inciso VIII do § 1º do art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado
atendido por meio da apresentação da lei que instituir o regime de previdência complementar a que se
referem os § 14, § 15 e § 16 do art. 40 da Constituição.

Seção III
Das operações de crédito autorizadas no Plano de Recuperação Fiscal
Art. 19. O Plano de Recuperação Fiscal elaborado conforme o disposto neste Decreto conterá o conjunto
de operações de crédito que o Estado pretende contratar ou aditar durante o Regime de Recuperação
Fiscal.
§ 1º As operações de crédito contratadas durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal atenderão
ao disposto na Lei Complementar nº 159, de 2017, e deverão:
I - ser cadastradas no sistema de registro a que se referem o § 4º do art. 32 da Lei Complementar nº 101,
de 2000, e o art. 27 da Resolução nº 43, de 21 de dezembro de 2001, do Senado Federal; e
II - ter prazo máximo de carência de três anos.
§ 2º A contratação, a reestruturação ou o aditamento de operações de crédito durante o Regime de
Recuperação Fiscal fica condicionada à previsão no Plano de Recuperação Fiscal.
§ 3º Estarão sujeitas à avaliação de viabilidade pelo Ministério da Economia as privatizações em que o
Estado pretenda utilizar o mecanismo de antecipação de receitas a que se refere o inciso VI do caput do
art. 11 da Lei Complementar nº 159, de 2017.

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Art. 20. O limite de que trata o § 5º do art. 11 da Lei Complementar nº 159, de 2017, definido pela
Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, deverá:
I - ser maior, em proporção da Receita Corrente Líquida, para os Estados que aderirem ao Regime de
Recuperação Fiscal sem as prerrogativas a que se refere o art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017,
que para os demais Estados, não consideradas, para esse fim, as possíveis duplicações de limite a que
se refere o § 9º do art. 11 da referida Lei Complementar; e
II - observar os limites definidos pelo Senado Federal nos termos do disposto no inciso VIII do caput do
art. 52 da Constituição.
§ 1º As operações de crédito cuja finalidade seja a quitação de outras dívidas administradas pela
Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia ou de
dívidas garantidas pela União, independentemente da existência de período de carência para pagamento:
I - poderão ser consideradas como operações de reestruturação ou recomposição do principal de dívidas;
e
II - não estarão sujeitas ao limite de que trata este artigo.
§ 2º Estão sujeitas ao limite de que trata o caput as operações de crédito cuja finalidade seja o pagamento
de passivos das prestações vincendas das dívidas existentes na data de adesão ao Regime de
Recuperação Fiscal.
§ 3º Os Estados poderão prever, em seu Plano de Recuperação Fiscal, a utilização do limite de que trata
o caput de acordo com sua estimativa da necessidade de financiamento anual.
§ 4º A Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia
poderá manifestar-se contrariamente à aprovação de Plano de Recuperação Fiscal cujo volume de
operações de crédito seja superior ao necessário para equilibrar as finanças estaduais ou com
contratações concentradas em poucos exercícios financeiros.
§ 5º O disposto no § 9º do art. 11 da Lei Complementar nº 159, de 2017:
I - será considerado atendido caso o Estado aliene totalmente participações que representem mais de
cinquenta por cento do valor do conjunto das suas participações em empresas públicas e sociedades de
economia mista, conforme apuração definida pela Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial
de Fazenda do Ministério da Economia;
II - permitirá a duplicação dos limites para contratação de operações de crédito no âmbito do Regime de
Recuperação Fiscal uma vez, inclusive para os casos de que trata o inciso I do caput;
III - produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte ao da alienação total das participações acionárias;
e
IV - dependerá da alteração do Plano de Recuperação Fiscal do Estado.

CAPÍTULO III
DO INGRESSO NO REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL
Seção I
Da apresentação do Plano de Recuperação Fiscal
Art. 21. O Governador do Estado, concluída a elaboração do Plano de Recuperação Fiscal:
I - dará ciência aos demais Chefes dos Poderes e órgãos autônomos do Plano de Recuperação Fiscal;
II - protocolará o Plano de Recuperação Fiscal no Ministério da Economia; e
III - publicará o Plano de Recuperação Fiscal no Diário Oficial e nos sítios eletrônicos oficiais do Estado.

Seção II
Da avaliação do Plano de Recuperação
Art. 22. O Plano de Recuperação Fiscal do Estado será apresentado à Secretaria do Tesouro Nacional
da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, que o encaminhará à Procuradoria-Geral
da Fazenda Nacional e ao Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal.

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§ 1º Os pareceres dos seguintes órgãos serão elaborados no prazo de quinze dias, contado da data do
recebimento por cada órgão:
I - Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia, que
avaliará:
a) reequilíbrio das contas estaduais durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal,
b) cumprimento dos prazos para a elaboração do Plano de Recuperação Fiscal;
c) adequação do Plano de Recuperação Fiscal ao disposto na Lei Complementar nº 159, de 2017, e neste
Decreto; e
d) risco de não implementação das medidas de ajuste propostas em decorrência da repartição de
competências estabelecidas pela Constituição;
II - Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que avaliará a adequação das leis apresentadas pelo Estado
em atendimento ao disposto no art. 2º da Lei Complementar nº 159, de 2017; e
III - Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, que avaliará a observância ao disposto
nos incisos I e IV do caput do art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 2º Os pareceres a que se refere o § 1º serão encaminhados ao Ministro de Estado da Economia, que
poderá se manifestar favoravelmente ao Plano de Recuperação Fiscal no prazo de até dez dias, contado
da mais recente dentre as datas de recebimento dos referidos pareceres, caso os pareceres sejam
favoráveis ao pleito do Estado, com ou sem ressalvas.

Art. 23. Após manifestação favorável do Ministro de Estado da Economia, ato do Presidente da República
homologará o Plano de Recuperação Fiscal e estabelecerá a vigência do Regime de Recuperação Fiscal.
§ 1º O Ministério da Economia e o Poder Executivo do Estado publicarão o Plano de Recuperação Fiscal,
e suas alterações, respectivamente, no Diário Oficial da União e no Diário Oficial do Estado, e em seus
sítios eletrônicos.
§ 2º O prazo de vigência do Regime de Recuperação Fiscal será de nove exercícios financeiros,
observadas as hipóteses de encerramento e de extinção ou o prazo de vigência proposto pelo Estado, o
que for menor.

Art. 24. O Estado que não atender ao requisito a que se refere o inciso I do caput do art. 3º da Lei
Complementar nº 159, de 2017, poderá, excepcionalmente, aderir ao Regime de Recuperação Fiscal sem
que lhe sejam conferidas as prerrogativas de que trata o art. 9º da referida Lei Complementar.
Parágrafo único. Os Estados aos quais se aplicar o disposto no caput poderão usufruir de limite ampliado
para contratação de operações de crédito no âmbito do Regime de Recuperação Fiscal, conforme
disposto no art. 20.

Art. 25. Considera-se equilíbrio das contas públicas para fins da manifestação de que trata o inciso I do
§ 1º do art. 5º da Lei Complementar nº 159, de 2017, a obtenção, durante a vigência proposta para o
Regime de Recuperação Fiscal, de:
I - resultados primários anuais maiores que o serviço das dívidas estaduais, desconsiderados os efeitos
da aplicação do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017; e
II - volume sustentável de obrigações financeiras ao final do exercício.
§ 1º Ato da Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia
disciplinará a apuração dos indicadores a que se refere o caput.
§ 2º A norma de que trata o § 1º poderá desconsiderar os impactos de fatores extraordinários ou
temporários sobre as finanças estaduais.
§ 3º As projeções financeiras do Plano de Recuperação Fiscal apresentado conforme o disposto neste
Capítulo indicarão a trajetória esperada de obtenção do equilíbrio fiscal durante a vigência do Regime de
Recuperação Fiscal, a qual será utilizada para a elaboração das metas do referido Plano.

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CAPÍTULO IV
DA VIGÊNCIA DO REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL
Seção I
Da supervisão do Regime de Recuperação Fiscal
Art. 26. Serão constituídos, conforme o disposto no Capítulo IV da Lei Complementar nº 159, de 2017,
Conselhos de Supervisão para acompanhar o cumprimento dos Planos de Recuperação Fiscal de cada
Estado, observadas as atribuições a que se refere o art. 7º da referida Lei Complementar.
§ 1º Os Conselhos de Supervisão dos Regimes de Recuperação Fiscal estarão vinculados
hierarquicamente ao Ministério da Economia.
§ 2º Os membros de Conselho de Supervisão de Regime de Recuperação Fiscal:
I - quando indicados pelo Ministro de E II - poderão participar de até três Conselhos de Supervisão de
Regime de Recuperação Fiscal simultaneamente; e (Redação dada pelo Decreto nº 10.720, de
2021)
III - deverão ser investidos no prazo de trinta dias, contado da data da indicação, em cargo em comissão
do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS de nível 6, em regime de dedicação exclusiva.
§ 3º A existência de membro indicado pelo Estado em exercício no Conselho de Supervisão constitui
requisito para o exercício das competências relacionadas com a aplicação do disposto no § 2º ao § 4º do
art. 7º-B e do § 3º do art. 8º da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 4º Em caso de vacância na representação por membro titular ou suplente no Conselho de Supervisão
do Regime de Recuperação Fiscal, conforme o caso:
I - o responsável pela indicação será provocado pelo Ministro de Estado da Economia a indicar novo
membro no prazo de até trinta dias, contado da data da vacância; ou
II - o Ministro de Estado da Economia realizará a indicação no prazo de até trinta dias, contado da data
da vacância.
§ 5º As indicações de membro titular ou suplente para o Conselho de Supervisão do Regime de
Recuperação Fiscal encaminhadas pelo Tribunal de Contas da União ou pelo Estado não serão objeto de
juízo de conveniência ou oportunidade pelo Ministro de Estado da Economia.
§ 6º As dificuldades encontradas pelos membros do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação
Fiscal no exercício das suas atribuições deverão constar de relatório bimestral encaminhado ao Ministro
de Estado da Economia.

Art. 27. Desde a criação do Conselho de Supervisão e até o término do Regime de Recuperação Fiscal
caberá:
I - ao Estado:
a) designar para assessoramento dos membros, conforme demanda do Conselho de Supervisão, até
quatro servidores com conhecimento técnico na área de gestão de finanças públicas, recuperação judicial
de empresas, gestão financeira ou recuperação fiscal de entes públicos;
b) disponibilizar salas para uso exclusivo do Conselho de Supervisão, com equipamentos adequados
para cada membro e com apoio de secretariado;
c) disponibilizar página dedicada ao Regime de Recuperação Fiscal no sítio eletrônico do Governo do
Estado, a qual deverá estar disponível no prazo de trinta dias, contado da data do início da sua vigência;
e
d) fornecer senhas e demais instrumentos de acesso aos sistemas de execução e controle fiscal com o
nível máximo de acesso para realização de consultas; e
II - ao Ministério da Economia, para o conjunto dos Conselhos de Supervisão existentes:
a) designar quatro servidores, no mínimo, com conhecimento técnico na área de gestão de finanças
públicas, recuperação judicial de empresas, gestão financeira ou recuperação fiscal de entes públicos
para assessoramento dos membros; e

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b) disponibilizar salas para uso exclusivo, com equipamentos adequados para cada membro e com apoio
de secretariado do Distrito Federal.
Parágrafo único. Fica facultado ao Estado disponibilizar quantitativo de servidores superior ao previsto
na alínea “a” do inciso I do caput.

Art. 28. Compete ao Ministro de Estado da Economia:


I - disciplinar o trabalho dos Conselhos de Supervisão dos Regimes de Recuperação Fiscal, inclusive o
realizado com o auxílio da Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do
Ministério da Economia, conforme o disposto no art. 7º-A da Lei Complementar nº 159, de 2017;
II - designar os membros dos Conselhos de Supervisão dos Regimes de Recuperação Fiscal; e
III - aprovar os regimentos internos dos Conselhos de Supervisão dos Regimes de Recuperação Fiscal.
§ 1º As hipóteses não previstas neste Decreto e não disciplinados nos termos do disposto neste artigo
serão ser decididas por cada Conselho de Supervisão, por maioria simples de seus membros.
§ 2º O Conselho de Supervisão será presidido, sucessivamente, pelo membro titular indicado pelo:
I - Ministro de Estado da Economia;
II - Tribunal de Contas da União; e
III - Estado.

Art. 29. Durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal, os titulares de Poderes e de órgãos
autônomos, das Secretarias de Estado e das entidades da administração indireta encaminharão ao
Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal relatórios informativos, conforme o disposto
no art. 7º-D da Lei Complementar nº 159, de 2017.
Parágrafo único. Além dos relatórios a que se refere o caput caberá:
I - aos titulares de Poderes e de órgãos autônomos, até 30 de março de cada ano, a elaboração de
relatórios consolidados sobre o cumprimento das vedações de que trata o art. 8º da Lei Complementar
159, de 2017, constatadas durante o exercício financeiro anterior, no âmbito de seus órgãos e entidades;
II - ao Governador do Estado realizar a atualização anual das projeções financeiras do Estado.

Art. 30. O processo de monitoramento bimestral a que se refere o inciso I do caput do art. 7º da Lei
Complementar nº 159, de 2017, quanto ao cumprimento das obrigações previstas no inciso IV do caput
do art. 7º-B da referida Lei Complementar, observará as seguintes fases:
I - identificação de indícios de irregularidade;
II - representação às autoridades para a solicitação de esclarecimentos e a adoção de providências
acautelatórias e para a revogação de leis ou atos vedados pelo disposto no art. 8º da Lei Complementar
nº 159, de 2017, se necessário; e
III - emissão de parecer conclusivo do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal
concluindo pela regularidade ou pela irregularidade do ato ou lei em relação ao disposto no art. 8º da Lei
Complementar nº 159, de 2017.
§ 1º A autoridade responsável deverá, na fase de identificação de indícios de irregularidade, responder
aos questionamentos do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal no prazo de até
trinta dias, contado da data do recebimento.
§ 2º O Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, adimplida a prestação de informações
solicitadas dentro do prazo estabelecido:
I - poderá solicitar novos esclarecimentos e fixar novo prazo para resposta na hipótese de mais
informações serem necessárias; ou
II - deverá emitir parecer conclusivo e:
a) arquivar o processo, caso conclua pelo não descumprimento de obrigação do Regime de Recuperação
Fiscal; ou

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b) cientificar as autoridades interessadas, registrar o inadimplemento a fim de compor a avaliação


semestral de que trata o art. 31 e fixar os valores das multas diárias ou simples impostas ao Poder ou ao
órgão autônomo inadimplente, conforme o previsto no § 3º do art. 7º-C da Lei Complementar nº 159, de
2017, caso conclua pelo descumprimento de obrigação do Regime de Recuperação Fiscal.
§ 3º O não envio das informações solicitadas pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação
Fiscal nos prazos estabelecidos configura inadimplência, nos termos do disposto no inciso I do caput do
art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017.

Art. 31. As vedações a que se refere o art. 8º da Lei Complementar nº 159, de 2017, poderão ser
compensadas na forma do disposto no § 2º do referido artigo, desde que a compensação financeira:
I - seja previamente aprovada pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal;
II - acarrete impactos financeiros iguais ou superiores ao da vedação descumprida; e
III - seja adotada no mesmo Poder ou órgão constitucionalmente autônomo.
§ 1º Fica vedada a compensação de aumento de despesa primária obrigatória de caráter continuado com
receitas não recorrentes ou extraordinárias.
§ 2º Considera-se aumento de despesa a prorrogação de despesa criada por prazo determinado.
§ 3º O disposto neste artigo não se aplica à violação com impacto financeiro considerado irrelevante,
observadas as disposições do Plano de Recuperação Fiscal.

Seção II
Das avaliações quanto ao cumprimento das obrigações do Estado
Art. 32. Compete ao Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal avaliar o cumprimento
das obrigações a que se refere o art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 1º A Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia
encaminhará ao Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, até 31 de julho de cada ano,
subsídios para a avaliação acerca do cumprimento das metas e compromissos fiscais estipulados no
Plano de Recuperação Fiscal em vigor para o exercício anterior, nos termos do disposto no art. 18 da Lei
Complementar nº 178, de 2021.
§ 2º As avaliações quanto ao cumprimento das obrigações serão realizadas:
I - no mês de agosto, para a hipótese de que trata o no inciso III do caput do art. 7º-B da Lei Complementar
nº 159, de 2017;
II - nos meses de janeiro e julho, com informações referentes aos inadimplementos registrados nos meses
do segundo semestre do exercício anterior e do primeiro semestre do exercício corrente, respectivamente,
nas hipóteses de que tratam os incisos II e IV do caput do art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017;
e
III - bimestralmente, no mês imediatamente subsequente ao bimestre encerrado, com o objetivo de
compor o relatório bimestral previsto no inciso I do caput do art. 7º da Lei Complementar nº 159, de 2017,
na hipótese de que trata o inciso I do caput do art. 7º-B da referida Lei Complementar.
§ 3º O direito ao contraditório e à ampla defesa no processo de verificação de descumprimento das
obrigações a que se refere o art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017, será assegurado aos Estados
por meio:
I - da provocação pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, até o quinto dia do
mês previsto para realização das avaliações, para que se manifestem acerca dos fatos levantados que
poderiam caracterizar descumprimento das obrigações do Plano; e
II - da faculdade de, até o décimo quinto dia do mês previsto para realização das avaliações, apresentar
documentos e pareceres, requerer diligências e perícias e aduzir alegações referentes à matéria objeto
de avaliação.
§ 4º Não configurará descumprimento das obrigações do inciso IV do caput do art. 7º-B da Lei
Complementar nº 159, de 2017, se, durante o processo de avaliação, o Conselho de Supervisão do

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Regime de Recuperação Fiscal concluir que foram revogados leis ou atos vedados pelo art. 8º da referida
Lei Complementar ou que tenha sido suspensa a sua eficácia.
§ 5º Na hipótese de as avaliações de que tratam os incisos I e II do § 2º concluírem pela inadimplência
das obrigações, o Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal encaminhará o resultado
ao Estado, que poderá apresentar o pedido de revisão de que trata o § 2º do art. 7º-B da Lei
Complementar nº 159, de 2017.
§ 6º O Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, recebido o pedido de revisão de que
trata o § 2º do art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017, no prazo de até de quinze dias, contado
da data do recebimento, encaminhará o pedido à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para posterior
envio ao Ministro de Estado da Economia acompanhado:
I - das respectivas avaliações que concluíram pela inadimplência das obrigações do Plano de
Recuperação Fiscal;
II - da classificação de desempenho do Estado quanto ao cumprimento do Regime de Recuperação Fiscal;
e
III - de manifestação acerca da justificativa fundamentada apresentada pelo Estado.
§ 7º Configura inadimplência com o Plano de Recuperação Fiscal o não envio das informações solicitadas
pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal ou pela Secretaria do Tesouro Nacional
da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia nos prazos estabelecidos.

Art. 33. As manifestações que concluam pela inadimplência das obrigações de que tratam os incisos II
ao IV do caput do art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017, poderão ser revistas pelo Ministro de
Estado da Economia, mediante justificativa fundamentada do Estado e parecer prévio da Procuradoria-
Geral da Fazenda Nacional, até o final do exercício em que for verificada a inadimplência.
§ 1º Poderão ser utilizados como critérios para a revisão prevista no caput:
I - a boa classificação de desempenho do Estado quanto ao cumprimento do Regime de Recuperação
Fiscal; ou
II - no caso de Estado sem boa classificação de desempenho, a existência de caso fortuito ou de força
maior capaz de justificar o descumprimento das obrigações, conforme justificativa apresentada pelo
próprio Estado.
§ 2º A justificativa fundamentada de que trata o caput deverá ser submetida ao Conselho de Supervisão
do Regime de Recuperação Fiscal, que a avaliará no prazo de até quinze dias, contado da data do seu
recebimento.

Art. 34. A elevação dos percentuais de que tratam os § 1º e § 2º do art. 7º-C da Lei Complementar nº
159, de 2017, será aplicada a partir do exercício financeiro subsequente ao da verificação de
descumprimento das obrigações a que se referem os incisos II a IV do caput do art. 7º-B da referida Lei
Complementar e observará o limite máximo total de trinta pontos percentuais adicionais a cada exercício.
Parágrafo único. O pagamento do valor integral das prestações será devido a partir do exercício para o
qual a elevação dos percentuais referida no caput resulte em percentual igual ou superior a cem por cento.

Art. 35. Na hipótese de a manifestação a que se refere o art. 32 concluir pela inadimplência com as
obrigações a que se refere o art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017, o Poder ou órgão autônomo
que lhe deu causa será multado pelo Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal e o
valor correspondente será utilizado para amortização extraordinária do saldo devedor do Estado relativo
ao contrato de que trata o art. 9º-A da referida Lei Complementar.
Parágrafo único. Ato do Ministro de Estado da Economia disporá sobre a multa a que se refere o caput,
que poderá ser diária ou simples.

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Art. 36. O Ministério da Economia poderá autorizar, a pedido do Estado, a alteração das empresas
públicas, das sociedades de economia mista e dos serviços e ativos de que trata o inciso I do § 1º do art.
2º da Lei Complementar nº 159, de 2017, desde que assegurado ingresso de recursos equivalentes aos
valores previstos na medida de ajuste original.
Parágrafo único. A autorização para a alteração a que se refere o caput considerará, em cada caso, no
valor de avaliação do ativo apresentado pelo Estado, com base em um dos seguintes critérios:
I - valor de patrimônio líquido contábil registrado nas demonstrações financeiras auditadas do último
exercício social e aprovadas por assembleia geral;
II - fluxo de caixa descontado, o qual deverá ser objeto de avaliação independente; e
III - preço de mercado da ação, na hipótese de companhia com ações negociadas em bolsa de valores.

Seção III
Das alterações do Plano de Recuperação Fiscal
Art. 37. O Plano de Recuperação Fiscal homologado:
I - poderá ser alterado a pedido do Estado, observado o disposto no art. 36; e
II - deverá ser atualizado a cada dois anos.
§ 1º Considera-se atualização a alteração conjunta das seções a que se referem os incisos II a V do
caput do art. 5º.
§ 2º O não fornecimento das informações necessárias para a atualização do Plano de Recuperação
Fiscal nos termos do inciso II do caput acarretará a inadimplência prevista no inciso I do caput do art. 7º-
B da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 3º Ato do Ministro de Estado da Economia regulamentará o disposto neste artigo.

Art. 38. As alterações do Plano de Recuperação Fiscal serão homologadas pelo Ministro de Estado da
Economia, mediante parecer prévio do Conselho de Supervisão do Regime de Recuperação Fiscal, e a
referida competência poderá ser delegada ao referido Conselho caso não ocorra alteração das metas ou
compromissos fiscais do Plano em vigor.
§ 1º A Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia
deverá se manifestar acerca das alterações do Plano de Recuperação Fiscal que alterem a trajetória fiscal
do Estado em relação ao Plano de Recuperação Fiscal vigente.
§ 2º O Ministério da Economia e o Poder Executivo do Estado publicarão o Plano de Recuperação Fiscal,
e suas alterações, respectivamente, no Diário Oficial da União e no Diário Oficial do Estado, e em seus
sítios eletrônicos.
§ 3º O Poder Executivo do Estado cientificará os demais Poderes e órgãos autônomos acerca das
alterações do Plano de Recuperação Fiscal homologado.

CAPÍTULO V
DO TÉRMINO DO REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL
Seção I
Do encerramento do Regime de Recuperação Fiscal
Art. 39. O Regime de Recuperação Fiscal será encerrado quando:
I - as condições do Plano de Recuperação Fiscal forem atendidas mediante a obtenção do equilíbrio fiscal;
II - a vigência do Plano de Recuperação Fiscal terminar; ou
III - a pedido do Estado.

Art. 40. A avaliação acerca da obtenção do equilíbrio fiscal será realizada no âmbito do processo de
adimplência com o Regime de Recuperação Fiscal de que trata o Capítulo IV.
Parágrafo único. O Regime de Recuperação Fiscal, na hipótese de que trata o caput, será encerrado ao
final do exercício em que for verificada a obtenção do equilíbrio fiscal.

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Art. 41. O encerramento do Regime de Recuperação Fiscal em decorrência do término da vigência do


Plano de Recuperação Fiscal prescinde de ato declaratório.

Art. 42. O pedido de encerramento do Regime de Recuperação Fiscal dependerá de autorização em lei
estadual e deverá ser encaminhado pelo Governador do Estado à Secretaria do Tesouro Nacional da
Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia.
§ 1º O Estado deverá, na hipótese de que trata o caput, definir a data para o encerramento da vigência
do Regime de Recuperação Fiscal.
§ 2º A Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia
avaliará se o pedido de encerramento do Regime de Recuperação Fiscal está adequado ao disposto na
Lei Complementar nº 159, de 2017, e neste Decreto no prazo de até dez dias, contado da data do
protocolo, e encaminhará o processo ao Ministro de Estado da Economia.
§ 3º O Ministro de Estado da Economia submeterá, no prazo estabelecido no § 3º do art. 12 da Lei
Complementar nº 159, de 2017, o pedido ao Presidente da República, que publicará ato que disporá sobre
o processo de encerramento da vigência do Regime de Recuperação Fiscal.

Art. 43. Na hipótese de encerramento do Regime de Recuperação Fiscal em razão de pedido do Estado,
este deverá conter proposta de retomada dos pagamentos das dívidas de que trata o art. 9º da Lei
Complementar nº 159, de 2017.
§ 1º A retomada dos pagamentos não poderá prever:
I - durante o período entre a publicação do ato a que se refere o § 3º do art. 42 e o efetivo encerramento
do Regime de Recuperação Fiscal, regra mais benéfica que a decorrente da aplicação ordinária do
disposto no art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017; e
II - a aplicação do disposto no art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, após o encerramento do
Regime de Recuperação Fiscal.
§ 2º Os valores não pagos durante o período de retomada dos pagamentos das dívidas de que trata o
art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, serão refinanciados no âmbito do contrato de que trata o
art. 9º-A da referida Lei Complementar.

Art. 44. Encerrado o Regime de Recuperação Fiscal, o Estado fica desobrigado de cumprir o disposto na
Lei Complementar nº 159, de 2017, e perde as prerrogativas previstas na referida Lei Complementar.
Parágrafo único. A perda das prerrogativas do Regime de Recuperação Fiscal implica:
I - a retomada dos pagamentos das parcelas vincendas das dívidas a que se refere o inciso I do caput do
art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017 pelos valores integrais, até a liquidação dos saldos
devedores correspondentes;
II - a retomada dos pagamentos, pelo Estado, dos valores integrais das parcelas vincendas das dívidas a
que se refere o inciso II do caput do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, diretamente aos
respectivos credores, nas condições originalmente contratadas; e
III - a manutenção dos pagamentos da dívida relativa ao contrato de refinanciamento a que se refere o
art. 9º-A da Lei Complementar nº 159, de 2017, na forma contratada.

Seção II
Da extinção do Regime de Recuperação Fiscal
Art. 45. O Regime de Recuperação Fiscal será extinto por ato do Presidente da República quando:
I - o Estado for considerado inadimplente por dois exercícios consecutivos, observado o disposto nos §
1º ao § 5º do art. 7º-B da Lei Complementar nº 159, de 2017; ou
II - houver propositura, pelo Estado, de ação judicial para discutir a dívida ou o contrato a que se refere o
caput do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017.

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§ 1º No caso de extinção do Regime de Recuperação Fiscal nos termos do caput, fica vedada a
concessão de garantias pela União ao Estado pelo prazo de cinco anos, contado da data da extinção,
ressalvada a hipótese de que trata o art. 65 da Lei Complementar nº 101, de 2000.
§ 2º A hipótese a que se refere o inciso I do caput será comunicada pelo Ministro de Estado da Economia
ao Presidente da República até o dia 10 de janeiro do exercício seguinte ao da verificação de
inadimplência.
§ 3º A hipótese a que se refere o inciso II do caput será comunicada pela Advocacia-Geral da União ao
Presidente da República e ao Ministério da Economia no prazo de até dez dias, contado da data do
recebimento da citação judicial.

Art. 46. Extinto o Regime de Recuperação Fiscal, o Estado fica desobrigado de cumprir o disposto na Lei
Complementar nº 159, de 2017, e perde as prerrogativas previstas na referida Lei Complementar.
Parágrafo único. A perda das prerrogativas do Regime de Recuperação Fiscal implica:
I - a retomada dos pagamentos das parcelas vincendas das dívidas a que se refere o inciso I do caput
do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, pelos valores integrais, até a liquidação dos saldos
devedores correspondentes;
II - a retomada dos pagamentos, pelo Estado, dos valores integrais das parcelas vincendas das dívidas a
que se refere o inciso II do caput do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, diretamente aos
respectivos credores, nas condições originalmente contratadas; e
III - a manutenção dos pagamentos da dívida relativa ao contrato de refinanciamento a que se refere o
art. 9º-A da Lei Complementar nº 159, de 2017, na forma contratada.

CAPÍTULO VI
DAS DÍVIDAS ADMNISTRADAS PELA SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL DA SECRETARIA
ESPECIAL DE FAZENDA DO MINISTÉRIO DA ECONOMIA E DAS DÍVIDAS GARANTIDAS PELA
UNIÃO
Art. 47. Para fins de apuração do valor mensal das prestações devidas referentes ao contrato de
refinanciamento de que trata o art. 9º-A da Lei Complementar nº 159, de 2017, será considerado o seu
saldo devedor no último dia útil do mês anterior ao de exigibilidade.

Art. 48. Os valores não pagos em decorrência da aplicação do previsto na alínea ”a” do inciso II do caput
do art. 4º-A e no art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, serão incorporados ao saldo devedor do
contrato de refinanciamento de que trata o art. 9º-A da referida Lei Complementar, com o
reprocessamento pela Tabela Price pelo prazo remanescente, nas datas em que as obrigações originais
vencerem ou forem pagas pela União.

Art. 49. A cobrança dos valores devidos pelos Estados no âmbito da aplicação dos benefícios regressivos
de que tratam o caput e os § 1º e § 2º do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, quanto aos
contratos de dívidas administrados pela Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de
Fazenda do Ministério da Economia, contratados em data anterior ao protocolo do pedido de adesão ao
Regime de Recuperação Fiscal, e às parcelas relativas às operações de crédito com o sistema financeiro
e instituições multilaterais, garantidas pela União, contempladas no pedido de adesão ao Regime de
Recuperação Fiscal e contratadas em data anterior ao protocolo do referido pedido, será realizada pela
Secretaria do Tesouro Nacional da Secretaria Especial de Fazenda do Ministério da Economia ou pelo
agente financeiro da União.
§ 1º Os valores a serem pagos pelos Estados corresponderão:
I - a zero, no primeiro exercício financeiro do Regime de Recuperação Fiscal; e

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II - a no mínimo, onze inteiros e onze centésimos por cento dos valores originalmente devidos das
prestações das dívidas e das prestações das operações de crédito a que se refere o caput, no segundo
exercício financeiro do Regime de Recuperação Fiscal.
§ 2º Encerrado o segundo exercício financeiro, os valores a serem pagos pelos Estados aumentarão,
no mínimo, na proporção de onze inteiros e onze centésimos por cento a cada exercício financeiro, que
serão aplicados sobre os valores originalmente devidos das prestações das dívidas e das prestações das
operações de crédito a que se refere o caput.
§ 3º Consideram-se como valores originalmente devidos aqueles apurados de acordo com as condições
financeiras previstas nos contratos e nas operações de crédito a que se refere no caput.
§ 4º Os valores devidos pelos Estados à União nos termos do disposto neste artigo serão pagos nas
datas definidas no § 2º do art. 9º-A da Lei Complementar nº 159, de 2017.
§ 5º Na hipótese de atraso nos pagamentos, serão aplicados os encargos moratórios pactuados nos
contratos que regem as dívidas e as operações de crédito a que se refere o caput.
§ 6º Serão celebrados:
I - termos aditivos para cada um dos contratos com reduções extraordinárias das prestações nos termos
do disposto no inciso I do caput do art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017, para adequá-los ao
disposto neste artigo; e
II - contratos para disciplinar os pagamentos devidos pelos Estados nos termos do disposto no § 2º do
art. 9º da Lei Complementar nº 159, de 2017.

CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 50. O Estado com Regime de Recuperação Fiscal que se encontrava vigente em 31 de agosto de
2020 e que estiver vigente na data de publicação deste Decreto obedecerá às regras estabelecidas no
Decreto nº 9.109, de 27 de julho de 2017.
Parágrafo único. Ato da Secretaria do Tesouro Nacional poderá disciplinar a operacionalização do
disposto no caput.

Art. 51. A partir da publicação deste Decreto, o Decreto nº 9.109, de 2017, não será aplicado aos novos
pedidos de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal.

MAIO

Lei Complementar nº 181, de 6.5.2021 - Altera a Lei Complementar nº 172, de 15 de abril de 2020, e
a Lei nº 14.029, de 28 de julho de 2020, para conceder prazo para que os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios executem atos de transposição e de transferência e atos de transposição e de
reprogramação, respectivamente; altera a Lei Complementar nº 156, de 28 de dezembro de 2016, para
conceder prazo adicional para celebração de aditivos contratuais e permitir mudança nos critérios de
indexação dos contratos de refinanciamento de dívidas; altera a Lei Complementar nº 159, de 19 de
maio de 2017, para permitir o afastamento de vedações durante o Regime de Recuperação Fiscal
desde que previsto no Plano de Recuperação Fiscal; altera a Lei Complementar nº 178, de 13 de janeiro
de 2021, para conceder prazo adicional para celebração de contratos e disciplinar a apuração de
valores inadimplidos de Estado com Regime de Recuperação Fiscal vigente em 31 de agosto de 2020;
e revoga o art. 27 da Lei Complementar nº 178, de 13 de janeiro de 2021.

LEI COMPLEMENTAR 159 (REGIME DE RECUPERAÇÃO FISCAL DOS ESTADOS E DF)


Art. 8o São vedados ao Estado durante a vigência do Regime de Recuperação Fiscal:

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(...)
§ 2º As vedações previstas neste artigo poderão ser:
(...)
II – afastadas, desde que previsto expressamente no Plano de Recuperação Fiscal em vigor. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 181, de 2021)

Lei nº 14.151, de 12.5.2021 - Dispõe sobre o afastamento da empregada gestante das atividades de
trabalho presencial durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo
coronavírus.

Art. 1º Durante a emergência de saúde pública de importância nacional decorrente do novo coronavírus,
a empregada gestante deverá permanecer afastada das atividades de trabalho presencial, sem prejuízo
de sua remuneração.
Parágrafo único. A empregada afastada nos termos do caput deste artigo ficará à disposição para exercer
as atividades em seu domicílio, por meio de teletrabalho, trabalho remoto ou outra forma de trabalho a
distância.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Decreto nº 10.701, de 17.5.2021 - Institui o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra


Crianças e Adolescentes e a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Crianças e
Adolescentes.

Art. 1º Fica instituído o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e


Adolescentes, de caráter intersetorial, como estratégia de proteção integral ao público infanto-juvenil.

Art. 2º O Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes visa a


articular, consolidar e desenvolver políticas públicas voltadas para a garantia dos direitos humanos da
criança e do adolescente, a fim de protegê-los de toda forma de negligência, discriminação, exploração,
violência, abuso, crueldade e opressão.
Parágrafo único. São objetivos específicos do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra
Crianças e Adolescentes:
I - possibilitar a formação continuada de operadores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do
Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência, em conformidade com o disposto na Lei nº 13.431, de
4 de abril de 2017;
II - colaborar com o fortalecimento e com o desenvolvimento das competências familiares em relação à
proteção integral e à educação relativas aos direitos humanos da criança e do adolescente no espaço
doméstico;
III - contribuir para o fortalecimento do Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente
Vítima ou Testemunha de Violência;
IV - promover a integração e a eficiência no funcionamento dos serviços de denúncia e notificação de
violações dos direitos da criança e do adolescente;
V - estimular a integração das políticas que garantam a proteção integral e o direito à convivência familiar
e comunitária da criança e do adolescente; e

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VI - incentivar a atuação de organizações da sociedade civil no desenvolvimento de programas, projetos,


ações e serviços na área do enfrentamento da violência contra a criança e o adolescente.

Art. 3º Para a consecução dos objetivos de que trata o art. 2º, o Programa Nacional de Enfrentamento
da Violência contra Crianças e Adolescentes adotará as seguintes linhas de ação:
I - desenvolver, estimular e ofertar uma política de formação continuada voltada para os operadores do
Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência;
II - produzir materiais, realizar campanhas e ofertar formação em proteção integral da criança e do
adolescente no espaço doméstico e nos espaços sociais, como a escola;
III - desenvolver e disponibilizar canais de atendimento e de encaminhamento de denúncias e notificações
de violações dos direitos da criança e do adolescente;
IV - contribuir para a integração e a qualificação dos atores do Sistema de Garantia de Direitos da Criança
e do Adolescente Vítima ou Testemunha de Violência, por meio do compartilhamento de boas práticas e
do estímulo à troca de experiências para a criação e o aperfeiçoamento de políticas públicas na área do
enfrentamento da violência contra a criança e o adolescente;
V - contribuir com a elaboração de diretrizes e de parâmetros para estruturar e aperfeiçoar o atendimento
integral e em rede à criança e ao adolescente vítima de violência, considerados, entre outros princípios,
o da prioridade absoluta, o do tratamento digno e abrangente, o da celeridade processual e o da limitação
das intervenções;
VI - incentivar a criação, o fortalecimento, a ampliação e a regionalização das delegacias e varas
especializadas em crimes contra a criança e o adolescente;
VII - desenvolver e implantar, em parceria com os entes federativos, políticas, programas, ações e
serviços voltados para a prevenção e redução da violência letal contra a criança e o adolescente;
VIII- colaborar para a elaboração e o aperfeiçoamento de diretrizes, parâmetros e fluxos de atendimento
relacionados com a criança e o adolescente integrantes de povos e comunidades tradicionais e vítimas
de violência;
IX - estimular o intercâmbio de conhecimentos e informações com vistas a desenvolver estratégias
colaborativas de proteção da criança e do adolescente contra o abuso e a exploração sexual on-line;
X - estimular a criação e o funcionamento de conselhos tutelares nos Municípios e no Distrito Federal; e
XI - estimular o desenvolvimento de projetos e programas voltados para a orientação e o atendimento
psicossocial da criança e do adolescente vítimas de violência e dos autores de violência doméstica contra
a criança e o adolescente.

Art. 4º As ações do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes


serão executadas por meio da ação conjunta da União e, de forma facultativa, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, além de entidades públicas e privadas.
§ 1º Na execução das ações do Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e
Adolescentes, serão observadas a intersetorialidade, as especificidades das políticas públicas setoriais e
a participação da sociedade civil.
§ 2º A participação dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das entidades públicas e privadas
no Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e Adolescentes ocorrerá por meio
de instrumentos próprios.

Art. 5º Os recursos financeiros necessários à execução das ações de que trata o art. 3º decorrerão:
I - do Orçamento Geral da União e de suas emendas;
II - de parcerias público-privadas; e
III - de parcerias com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Parágrafo único. As despesas decorrentes das ações do Programa Nacional de Enfrentamento da
Violência contra Crianças e Adolescentes correrão à conta das dotações orçamentárias consignadas aos

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órgãos envolvidos, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da


programação orçamentária e financeira anual.

Art. 6º Fica instituída a Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência contra Crianças e


Adolescentes no âmbito do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, órgão consultivo
que monitorará e avaliará o Programa Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e
Adolescentes.

Art. 7º A Comissão Intersetorial priorizará o combate das violências física, sexual, psicológica e
institucional contra a criança e o adolescente.

Art. 8º À Comissão Intersetorial compete:


I - criar, monitorar e avaliar o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência contra Crianças e
Adolescentes de forma articulada com o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente -
Conanda;
II - formular propostas de políticas, de programas, de projetos e de ações relacionados com o
enfrentamento da violência contra a criança e o adolescente;
III - elaborar proposta de sistematização e de divulgação de materiais teórico-metodológicos sobre o
enfrentamento à violência contra a criança e o adolescente; e
IV - formular propostas de ações e de políticas públicas relacionadas com o Plano Nacional de
Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes de forma articulada com o Conanda.

Art. 9º A Comissão Intersetorial é composta por representantes dos seguintes órgãos:


I - Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, que a presidirá;
II - Ministério da Justiça e Segurança Pública;
III - Ministério da Educação;
IV - Ministério da Cidadania;
V - Ministério da Saúde;
VI - Ministério do Turismo; e
VII - Conanda.
§ 1º Cada membro da Comissão Intersetorial terá um suplente, que o substituirá em suas ausências e
seus impedimentos.
§ 2º Os membros da Comissão Intersetorial e os respectivos suplentes serão indicados pelos titulares
dos órgãos que representam e designados em ato do Ministro de Estado da Mulher, da Família e dos
Direitos Humanos.

Art. 10. A Comissão Intersetorial se reunirá, em caráter ordinário, mensalmente, e, em caráter


extraordinário, mediante convocação do seu Presidente.
§ 1º O quórum de reunião da Comissão Intersetorial é de maioria absoluta e o quórum de aprovação é
de maioria simples.
§ 2º Na hipótese de empate, além do voto ordinário, o Presidente da Comissão Intersetorial terá o voto
de qualidade.
§ 3º Os membros da Comissão Intersetorial que se encontrarem no Distrito Federal se reunirão
presencialmente ou por videoconferência, nos termos do disposto no Decreto nº 10.416, de 7 de julho de
2020, e os membros que se encontrarem em outros entes federativos participarão da reunião por meio
de videoconferência.
§ 4º O horário de início e de término das reuniões, a pauta de deliberações e o local serão especificados
no ato de convocação das reuniões da Comissão Intersetorial.

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§ 5º Poderão participar das reuniões da Comissão Intersetorial, na qualidade de convidados, sem direito
a voto, representantes de organizações da sociedade civil que atuem na área da defesa dos direitos
humanos da criança e do adolescente vítimas de violência.

Art. 11. A Secretaria-Executiva da Comissão Intersetorial será exercida pela Secretaria Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Art. 12. A participação na Comissão Intersetorial será considerada prestação de serviço público relevante,
não remunerada.

Art. 13. A Comissão Intersetorial encaminhará aos titulares dos órgãos que a compõem, na primeira
quinzena de janeiro de cada ano, relatório substanciado de suas atividades.

Art. 14. Fica revogado o Decreto nº 10.482, de 9 de setembro de 2020.

Art. 15. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Lei nº 14.154, de 26.5.2021 - Altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), para aperfeiçoar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), por meio do
estabelecimento de rol mínimo de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho; e dá outras
providências.

ECA
OBS: Em vacatio legis
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de gestantes, públicos e particulares,
são obrigados a:
(...)
§ 1º Os testes para o rastreamento de doenças no recém-nascido serão disponibilizados pelo Sistema
Único de Saúde, no âmbito do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), na forma da
regulamentação elaborada pelo Ministério da Saúde, com implementação de forma escalonada, de
acordo com a seguinte ordem de progressão:
I – etapa 1:
a) fenilcetonúria e outras hiperfenilalaninemias;
b) hipotireoidismo congênito;
c) doença falciforme e outras hemoglobinopatias;
d) fibrose cística;
e) hiperplasia adrenal congênita;
f) deficiência de biotinidase;
g) toxoplasmose congênita;
II – etapa 2:
a) galactosemias;
b) aminoacidopatias;
c) distúrbios do ciclo da ureia;
d) distúrbios da betaoxidação dos ácidos graxos;
III – etapa 3: doenças lisossômicas;
IV – etapa 4: imunodeficiências primárias;
V – etapa 5: atrofia muscular espinhal.
§ 2º A delimitação de doenças a serem rastreadas pelo teste do pezinho, no âmbito do PNTN, será
revisada periodicamente, com base em evidências científicas, considerados os benefícios do

56
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rastreamento, do diagnóstico e do tratamento precoce, priorizando as doenças com maior prevalência no


País, com protocolo de tratamento aprovado e com tratamento incorporado no Sistema Único de Saúde.
§ 3º O rol de doenças constante do § 1º deste artigo poderá ser expandido pelo poder público com base
nos critérios estabelecidos no § 2º deste artigo.
§ 4º Durante os atendimentos de pré-natal e de puerpério imediato, os profissionais de saúde devem
informar a gestante e os acompanhantes sobre a importância do teste do pezinho e sobre as eventuais
diferenças existentes entre as modalidades oferecidas no Sistema Único de Saúde e na rede privada de
saúde.

Lei nº 14.155, de 27.5.2021 - Altera o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
para tornar mais graves os crimes de violação de dispositivo informático, furto e estelionato cometidos
de forma eletrônica ou pela internet; e o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de
Processo Penal), para definir a competência em modalidades de estelionato.

CP
Art. 154-A. Invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, com
o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário
do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita: (Redação dada pela Lei nº
14.155, de 2021)
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 14.155, de 2021)
(...)
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços) se da invasão resulta prejuízo econômico.
§ 3º Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações eletrônicas privadas, segredos
comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim definidas em lei, ou o controle remoto não
autorizado do dispositivo invadido:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa. (Redação dada pela Lei nº 14.155, de 2021)
(...)
§ 4º-B. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se o furto mediante fraude é cometido
por meio de dispositivo eletrônico ou informático, conectado ou não à rede de computadores, com ou sem
a violação de mecanismo de segurança ou a utilização de programa malicioso, ou por qualquer outro
meio fraudulento análogo. (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
§ 4º-C. A pena prevista no § 4º-B deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso: (Incluído
pela Lei nº 14.155, de 2021)
I – aumenta-se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de
servidor mantido fora do território nacional; (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)
II – aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é praticado contra idoso ou vulnerável.

Art. 171. Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo
alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
(...)
§ 2º-A. A pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa, se a fraude é cometida com a utilização
de informações fornecidas pela vítima ou por terceiro induzido a erro por meio de redes sociais, contatos
telefônicos ou envio de correio eletrônico fraudulento, ou por qualquer outro meio fraudulento análogo.
§ 2º-B. A pena prevista no § 2º-A deste artigo, considerada a relevância do resultado gravoso, aumenta-
se de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se o crime é praticado mediante a utilização de servidor mantido
fora do território nacional.
(...)

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§ 4º A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) ao dobro, se o crime é cometido contra idoso ou vulnerável,
considerada a relevância do resultado gravoso.

CPP
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no
caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
(...)
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal),
quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provisão de fundos
em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de valores, a competência
será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-
se-á pela prevenção (Incluído pela Lei nº 14.155, de 2021)

JUNHO

Lei Complementar nº 182, de 1º.6.2021 - Institui o marco legal das startups e do empreendedorismo
inovador; e altera a Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e a Lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006.

LEI 6.404/76 (LEI DA SA)


Art. 143. A Diretoria será composta por 1 (um) ou mais membros eleitos e destituíveis a qualquer tempo
pelo conselho de administração ou, se inexistente, pela assembleia geral, e o estatuto estabelecerá:
(Redação dada pela Lei Complementar nº 182, de 2021)
I - o número de diretores, ou o máximo e o mínimo permitidos;
II - o modo de sua substituição;
III - o prazo de gestão, que não será superior a 3 (três) anos, permitida a reeleição;
IV - as atribuições e poderes de cada diretor.
§ 1º Os membros do conselho de administração, até o máximo de 1/3 (um terço), poderão ser eleitos para
cargos de diretores.
§ 2º O estatuto pode estabelecer que determinadas decisões, de competência dos diretores, sejam
tomadas em reunião da diretoria.

Art. 294. A companhia fechada que tiver receita bruta anual de até R$ 78.000.000,00 (setenta e oito
milhões de reais) poderá: (Redação dada pela Lei Complementar nº 182, de 2021)
(Revoga os incisos I e II)
III - realizar as publicações ordenadas por esta Lei de forma eletrônica, em exceção ao disposto no art.
289 desta Lei; e (Incluído pela Lei Complementar nº 182, de 2021)
IV - substituir os livros de que trata o art. 100 desta Lei por registros mecanizados ou eletrônicos (Incluído
pela Lei Complementar nº 182, de 2021)
(...)
§ 4º Na hipótese de omissão do estatuto quanto à distribuição de dividendos, estes serão estabelecidos
livremente pela assembleia geral, hipótese em que não se aplicará o disposto no art. 202 desta Lei, desde
que não seja prejudicado o direito dos acionistas preferenciais de receber os dividendos fixos ou mínimos
a que tenham prioridade.
§ 5º Ato do Ministro de Estado da Economia disciplinará o disposto neste artigo.

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Art. 294-A. A Comissão de Valores Mobiliários regulamentará as condições facilitadas para o acesso de
companhias de menor porte ao mercado de capitais, e será permitido dispensar ou modular a observância
ao disposto:
I - no art. 161 desta Lei, quanto à obrigatoriedade de instalação do conselho fiscal a pedido de acionistas;
II - no § 5º do art. 170 desta Lei, quanto à obrigatoriedade de intermediação de instituição financeira em
distribuições públicas de valores mobiliários, sem prejuízo da competência prevista no inciso III do § 3º
do art. 2º da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976;
III - no inciso I do caput do art. 109, nos §§ 1º e 2º do art. 111 e no art. 202 desta Lei, quanto ao
recebimento de dividendo obrigatório;
IV - no art. 289 desta Lei, quanto à forma de realização das publicações ordenadas por esta Lei.

Art. 294-B. Para fins do disposto nesta Lei, considera-se companhia de menor porte aquela que aufira
receita bruta anual inferior a R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais).
§ 1º A regulamentação editada não prejudica o estabelecimento de procedimentos simplificados
aplicáveis às companhias de menor porte, pela Comissão de Valores Mobiliários, com base nas
competências previstas na Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, especialmente quanto:
I - à obtenção de registro de emissor;
II - às distribuições públicas de valores mobiliários de sua emissão; e
III - à elaboração e à prestação de informações periódicas e eventuais.
§ 2º A Comissão de Valores Mobiliários poderá:
I - estabelecer a forma de atualização do valor previsto no caput deste artigo e os critérios adicionais para
a manutenção da condição de companhia de menor porte após seu acesso ao mercado de capitais; e
II - disciplinar o tratamento a ser empregado às companhias abertas que se caracterizem como de menor
porte nos termos do caput deste artigo.

LC 123 (SIMPLES NACIONAL)


Art. 61-A. Para incentivar as atividades de inovação e os investimentos produtivos, a sociedade
enquadrada como microempresa ou empresa de pequeno porte, nos termos desta Lei Complementar,
poderá admitir o aporte de capital, que não integrará o capital social da empresa.
§ 2º O aporte de capital poderá ser realizado por pessoa física, por pessoa jurídica ou por fundos de
investimento, conforme regulamento da Comissão de Valores Mobiliários, que serão denominados
investidores-anjos. (Redação dada pela Lei Complementar nº 182, de 2021)
(...)
§ 4o O investidor-anjo:
I - não será considerado sócio nem terá qualquer direito a gerência ou a voto na administração da
empresa, resguardada a possibilidade de participação nas deliberações em caráter estritamente
consultivo, conforme pactuação contratual;
(...)
III - será remunerado por seus aportes, nos termos do contrato de participação, pelo prazo máximo de 7
(sete) anos;
IV - poderá exigir dos administradores as contas justificadas de sua administração e, anualmente, o
inventário, o balanço patrimonial e o balanço de resultado econômico; e
V - poderá examinar, a qualquer momento, os livros, os documentos e o estado do caixa e da carteira da
sociedade, exceto se houver pactuação contratual que determine época própria para isso.
(...)
§ 6º As partes contratantes poderão:
I - estipular remuneração periódica, ao final de cada período, ao investidor-anjo, conforme contrato de
participação; ou
II - prever a possibilidade de conversão do aporte de capital em participação societária.

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§ 7º O investidor-anjo somente poderá exercer o direito de resgate depois de decorridos, no mínimo, 2


(dois) anos do aporte de capital, ou prazo superior estabelecido no contrato de participação, e seus
haveres serão pagos na forma prevista no art. 1.031 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código
Civil), não permitido ultrapassar o valor investido devidamente corrigido por índice previsto em contrato.

Art. 61-D. Os fundos de investimento poderão aportar capital como investidores-anjos em microempresas
e em empresas de pequeno porte, conforme regulamentação da Comissão de Valores Mobiliários.

Art. 65-A. Fica criado o Inova Simples, regime especial simplificado que concede às iniciativas
empresariais de caráter incremental ou disruptivo que se autodeclarem como empresas de inovação
tratamento diferenciado com vistas a estimular sua criação, formalização, desenvolvimento e
consolidação como agentes indutores de avanços tecnológicos e da geração de emprego e renda.
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
(...)
§ 4º Os titulares de empresa submetida ao regime do Inova Simples preencherão cadastro básico com
as seguintes informações:
(...)
II - descrição do escopo da intenção empresarial inovadora, que utilize modelos de negócios inovadores
para a geração de produtos ou serviços, e definição do nome empresarial, que conterá a expressão ‘Inova
Simples (I.S.).
§ 7º No portal da Redesim, no espaço destinado ao preenchimento de dados do Inova Simples, será
disponibilizado ícone que direcionará a ambiente virtual do Instituto Nacional da Propriedade Industrial
(INPI), do qual constarão orientações para o depósito de pedido de patente ou de registro de marca.
§ 8º O exame dos pedidos de patente ou de registro de marca, nos termos deste artigo, que tenham sido
depositados por empresas participantes do Inova Simples será realizado em caráter prioritário.

Lei nº 14.157, de 1º.6.2021 - Altera as Leis nºs 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
Brasileiro), e 10.233, de 5 de junho de 2001, para estabelecer condições para a implementação da
cobrança pelo uso de rodovias por meio de sistemas de livre passagem.

CTB
Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta
lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 10. O Contran estabelecerá os meios técnicos, de uso obrigatório, para garantir a identificação dos
veículos que transitarem por rodovias e vias urbanas com cobrança de uso pelo sistema de livre
passagem (Incluído pela Lei nº 14.157, de 2021)

Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem sinalização ou dispositivos auxiliares,
ou deixar de adentrar as áreas destinadas à pesagem de veículos: (Redação dada pela Lei nº 14.157, de
2021)
Infração - grave;
Penalidade - multa.

Art. 209-A. Evadir-se da cobrança pelo uso de rodovias e vias urbanas para não efetuar o seu pagamento,
ou deixar de efetuá-lo na forma estabelecida: (Incluído pela Lei nº 14.157, de 2021)
Infração – grave;

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Penalidade – multa.

Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito será aplicada, exclusivamente, em
sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito.
(...)
§ 3º O valor total destinado à recomposição das perdas de receita das concessionárias de rodovias e vias
urbanas, em decorrência do não pagamento de pedágio por usuários da via, não poderá ultrapassar o
montante total arrecadado por meio das multas aplicadas com fundamento no art. 209-A deste Código,
ressalvado o previsto em regulamento do Poder Executivo.

Lei nº 14.162, de 2.6.2021 - Dispõe sobre a organização básica da Polícia Civil do Distrito Federal.

Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a organização básica da Polícia Civil do Distrito Federal, conforme o disposto
no inciso XIV do caput do art. 21 da Constituição Federal.

Art. 2º A Polícia Civil do Distrito Federal tem a seguinte estrutura básica:


I - a Delegacia-Geral de Polícia Civil;
II - o Gabinete do Delegado-Geral;
III - o Conselho Superior de Polícia Civil;
IV - a Corregedoria-Geral de Polícia Civil;
V - até 8 (oito) departamentos; e
VI - a Escola Superior de Polícia Civil.

Art. 3º A organização, o funcionamento, a transformação, a extinção e a definição de competências de


órgãos da Polícia Civil do Distrito Federal, observado o disposto no art. 2º desta Lei, ficarão a cargo:
I - do Poder Executivo federal, quanto às linhas gerais dos órgãos da Polícia Civil do Distrito Federal; e
II - da Polícia Civil do Distrito Federal, quanto ao detalhamento não incluído no inciso I do caput deste
artigo.

Art. 4º Ficam mantidos os cargos em comissão e as funções de confiança existentes no âmbito da Polícia
Civil do Distrito Federal na data de entrada em vigor desta Lei.
§ 1º O Governador do Distrito Federal, mediante proposta do Delegado-Geral, poderá realocar ou
transformar, sem aumento de despesa, os cargos em comissão e as funções de confiança de que trata o
caput deste artigo.
§ 2º A criação ou a transformação, com aumento de despesa, de cargos e de funções de confiança, no
âmbito da Polícia Civil do Distrito Federal, poderá ser realizada, respeitado o disposto na Lei
Complementar nº 173, de 27 de maio de 2020, mediante proposta do Delegado-Geral, por lei do Distrito
Federal de iniciativa do Governador.
§ 3º As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão à conta do Distrito Federal.
Art. 5º (VETADO).
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Lei nº 14.164, de 10.6.2021 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional), para incluir conteúdo sobre a prevenção da violência contra a mulher
nos currículos da educação básica, e institui a Semana Escolar de Combate à Violência contra a Mulher.

LEI 9.394 (DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL)

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Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio devem ter base
nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabelecimento escolar,
por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da
economia e dos educandos.
(...)
§ 9º Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as formas de violência contra a
criança, o adolescente e a mulher serão incluídos, como temas transversais, nos currículos de que trata
o caput deste artigo, observadas as diretrizes da legislação correspondente e a produção e distribuição
de material didático adequado a cada nível de ensino. (Redação dada pela Lei nº 14.164, de 2021)

Lei nº 14.176, de 22.6.2021 - Altera a Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, para estabelecer o
critério de renda familiar per capita para acesso ao benefício de prestação continuada, estipular
parâmetros adicionais de caracterização da situação de miserabilidade e de vulnerabilidade social e
dispor sobre o auxílio-inclusão de que trata a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa
com Deficiência); autoriza, em caráter excepcional, a realização de avaliação social mediada por meio
de videoconferência; e dá outras providências .

LEI Nº 8.742
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com
deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que comprovem não possuir meios de
prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua família.
§ 3º Observados os demais critérios de elegibilidade definidos nesta Lei, terão direito ao benefício
financeiro de que trata o caput deste artigo a pessoa com deficiência ou a pessoa idosa com renda familiar
mensal per capita igual ou inferior a 1/4 (um quarto) do salário-mínimo (Redação dada pela Lei nº 14.176,
de 2021)
(...)
§ 11-A. O regulamento de que trata o § 11 deste artigo poderá ampliar o limite de renda mensal familiar
per capita previsto no § 3º deste artigo para até 1/2 (meio) salário-mínimo, observado o disposto no art.
20-B desta Lei. (OBS: entra em vigor em 1º de janeiro de 2022).

Art. 20-B. Na avaliação de outros elementos probatórios da condição de miserabilidade e da situação de


vulnerabilidade de que trata o § 11 do art. 20 desta Lei, serão considerados os seguintes aspectos para
ampliação do critério de aferição da renda familiar mensal per capita de que trata o § 11-A do referido
artigo:
I – o grau da deficiência;
II – a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da vida diária; e
III – o comprometimento do orçamento do núcleo familiar de que trata o § 3º do art. 20 desta Lei
exclusivamente com gastos médicos, com tratamentos de saúde, com fraldas, com alimentos especiais
e com medicamentos do idoso ou da pessoa com deficiência não disponibilizados gratuitamente pelo
SUS, ou com serviços não prestados pelo Suas, desde que comprovadamente necessários à preservação
da saúde e da vida.
§ 1º A ampliação de que trata o caput deste artigo ocorrerá na forma de escalas graduais, definidas em
regulamento.
§ 2º Aplicam-se à pessoa com deficiência os elementos constantes dos incisos I e III do caput deste
artigo, e à pessoa idosa os constantes dos incisos II e III do caput deste artigo.
§ 3º O grau da deficiência de que trata o inciso I do caput deste artigo será aferido por meio de instrumento
de avaliação biopsicossocial, observados os termos dos §§ 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de
julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), e do § 6º do art. 20 e do art. 40-B desta Lei.

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§ 4º O valor referente ao comprometimento do orçamento do núcleo familiar com gastos de que trata o
inciso III do caput deste artigo será definido em ato conjunto do Ministério da Cidadania, da Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia e do INSS, a partir de valores médios dos
gastos realizados pelas famílias exclusivamente com essas finalidades, facultada ao interessado a
possibilidade de comprovação, conforme critérios definidos em regulamento, de que os gastos efetivos
ultrapassam os valores médios
(OBS: entra em vigor em 1º de janeiro de 2022).

Art. 21. O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos para avaliação da
continuidade das condições que lhe deram origem.
(...)
§ 5º O beneficiário em gozo de benefício de prestação continuada concedido judicial ou
administrativamente poderá ser convocado para avaliação das condições que ensejaram sua concessão
ou manutenção, sendo-lhe exigida a presença dos requisitos previstos nesta Lei e no regulamento.
(Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021)

Art. 40-B. Enquanto não estiver regulamentado o instrumento de avaliação de que tratam os §§ 1º e 2º
do art. 2º da Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a concessão do
benefício de prestação continuada à pessoa com deficiência ficará sujeita à avaliação do grau da
deficiência e do impedimento de que trata o § 2º do art. 20 desta Lei, composta por avaliação médica e
avaliação social realizadas, respectivamente, pela Perícia Médica Federal e pelo serviço social do INSS,
com a utilização de instrumentos desenvolvidos especificamente para esse fim

Art. 40-C. Os eventuais débitos do beneficiário decorrentes de recebimento irregular do benefício de


prestação continuada ou do auxílio-inclusão poderão ser consignados no valor mensal desses benefícios,
nos termos do regulamento

Do Auxílio-Inclusão
Art. 26-A. Terá direito à concessão do auxílio-inclusão de que trata o art. 94 da Lei nº 13.146, de 6 de
julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a pessoa com deficiência moderada ou grave que,
cumulativamente:
I – receba o benefício de prestação continuada, de que trata o art. 20 desta Lei, e passe a exercer
atividade:
a) que tenha remuneração limitada a 2 (dois) salários-mínimos; e
b) que enquadre o beneficiário como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social ou
como filiado a regime próprio de previdência social da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios;
II – tenha inscrição atualizada no CadÚnico no momento do requerimento do auxílio-inclusão;
III – tenha inscrição regular no CPF; e
IV – atenda aos critérios de manutenção do benefício de prestação continuada, incluídos os critérios
relativos à renda familiar mensal per capita exigida para o acesso ao benefício, observado o disposto no
§ 4º deste artigo.
§ 1º O auxílio-inclusão poderá ainda ser concedido, nos termos do inciso I do caput deste artigo, mediante
requerimento e sem retroatividade no pagamento, ao beneficiário:
I – que tenha recebido o benefício de prestação continuada nos 5 (cinco) anos imediatamente anteriores
ao exercício da atividade remunerada; e
II – que tenha tido o benefício suspenso nos termos do art. 21-A desta Lei.

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§ 2º O valor do auxílio-inclusão percebido por um membro da família não será considerado no cálculo da
renda familiar mensal per capita de que trata o inciso IV do caput deste artigo, para fins de concessão e
de manutenção de outro auxílio-inclusão no âmbito do mesmo grupo familiar.
§ 3º O valor do auxílio-inclusão e o da remuneração do beneficiário do auxílio-inclusão de que trata a
alínea “a” do inciso I do caput deste artigo percebidos por um membro da família não serão considerados
no cálculo da renda familiar mensal per capita de que tratam os §§ 3º e 11-A do art. 20 desta Lei para fins
de manutenção de benefício de prestação continuada concedido anteriormente a outra pessoa do mesmo
grupo familiar.
§ 4º Para fins de cálculo da renda familiar per capita de que trata o inciso IV do caput deste artigo, serão
desconsideradas:
I – as remunerações obtidas pelo requerente em decorrência de exercício de atividade laboral, desde que
o total recebido no mês seja igual ou inferior a 2 (dois) salários-mínimos; e
II – as rendas oriundas dos rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e de aprendizagem.

Art. 26-B. O auxílio-inclusão será devido a partir da data do requerimento, e o seu valor corresponderá a
50% (cinquenta por cento) do valor do benefício de prestação continuada em vigor.
Parágrafo único. Ao requerer o auxílio-inclusão, o beneficiário autorizará a suspensão do benefício de
prestação continuada, nos termos do art. 21-A desta Lei.

Art. 26-C. O pagamento do auxílio-inclusão não será acumulado com o pagamento de:
I – benefício de prestação continuada de que trata o art. 20 desta Lei;
II – prestações a título de aposentadoria, de pensões ou de benefícios por incapacidade pagos por
qualquer regime de previdência social; ou
III – seguro-desemprego.

Art. 26-D. O pagamento do auxílio-inclusão cessará na hipótese de o beneficiário:


I – deixar de atender aos critérios de manutenção do benefício de prestação continuada; ou
II – deixar de atender aos critérios de concessão do auxílio-inclusão.
Parágrafo único. Ato do Poder Executivo federal disporá sobre o procedimento de verificação dos critérios
de manutenção e de revisão do auxílio-inclusão.

Art. 26-E. O auxílio-inclusão não está sujeito a desconto de qualquer contribuição e não gera direito a
pagamento de abono anual.

Art. 26-F. Compete ao Ministério da Cidadania a gestão do auxílio-inclusão, e ao INSS a sua


operacionalização e pagamento.

Art. 26-G. As despesas decorrentes do pagamento do auxílio-inclusão correrão à conta do orçamento do


Ministério da Cidadania.
§ 1º O Poder Executivo federal compatibilizará o quantitativo de benefícios financeiros do auxílio-inclusão
de que trata o art. 26-A desta Lei com as dotações orçamentárias existentes.
§ 2º O regulamento indicará o órgão do Poder Executivo responsável por avaliar os impactos da
concessão do auxílio-inclusão na participação no mercado de trabalho, na redução de desigualdades e
no exercício dos direitos e liberdades fundamentais das pessoas com deficiência, nos termos do § 16 do
art. 37 da Constituição Federal.

Art. 26-H. No prazo de 10 (dez) anos, contado da data de publicação desta Seção, será promovida a
revisão do auxílio-inclusão, observado o disposto no § 2º do art. 26-G desta Lei, com vistas a seu
aprimoramento e ampliação.

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JULHO

Lei nº 14.181, de 1º.7.2021 - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do
Consumidor), e a Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), para aperfeiçoar a
disciplina do crédito ao consumidor e dispor sobre a prevenção e o tratamento do superendividamento.

CDC
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades
dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses
econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações
de consumo, atendidos os seguintes princípios:
(...)
IX - fomento de ações direcionadas à educação financeira e ambiental dos consumidores; (Incluído pela
Lei nº 14.181, de 2021)
X - prevenção e tratamento do superendividamento como forma de evitar a exclusão social do consumidor
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)

Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os
seguintes instrumentos, entre outros:
(...)
VI - instituição de mecanismos de prevenção e tratamento extrajudicial e judicial do superendividamento
e de proteção do consumidor pessoa natural; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
VII - instituição de núcleos de conciliação e mediação de conflitos oriundos de superendividamento
(Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:


(...)
XI - a garantia de práticas de crédito responsável, de educação financeira e de prevenção e tratamento
de situações de superendividamento, preservado o mínimo existencial, nos termos da regulamentação,
por meio da revisão e da repactuação da dívida, entre outras medidas; (Incluído pela Lei nº 14.181, de
2021)
XII - a preservação do mínimo existencial, nos termos da regulamentação, na repactuação de dívidas e
na concessão de crédito; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
XIII - a informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal como por quilo, por litro,
por metro ou por outra unidade, conforme o caso (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)

Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de
produtos e serviços que:
(...)
XVII - condicionem ou limitem de qualquer forma o acesso aos órgãos do Poder Judiciário; (Incluído pela
Lei nº 14.181, de 2021)
XVIII - estabeleçam prazos de carência em caso de impontualidade das prestações mensais ou impeçam
o restabelecimento integral dos direitos do consumidor e de seus meios de pagamento a partir da
purgação da mora ou do acordo com os credores. (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)

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DA PREVENÇÃO E DO TRATAMENTO DO SUPERENDIVIDAMENTO


Art. 54-A. Este Capítulo dispõe sobre a prevenção do superendividamento da pessoa natural, sobre o
crédito responsável e sobre a educação financeira do consumidor.
§ 1º Entende-se por superendividamento a impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural,
de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis e vincendas, sem comprometer seu
mínimo existencial, nos termos da regulamentação.
§ 2º As dívidas referidas no § 1º deste artigo englobam quaisquer compromissos financeiros assumidos
decorrentes de relação de consumo, inclusive operações de crédito, compras a prazo e serviços de
prestação continuada.
§ 3º O disposto neste Capítulo não se aplica ao consumidor cujas dívidas tenham sido contraídas
mediante fraude ou má-fé, sejam oriundas de contratos celebrados dolosamente com o propósito de não
realizar o pagamento ou decorram da aquisição ou contratação de produtos e serviços de luxo de alto
valor.’

Art. 54-B. No fornecimento de crédito e na venda a prazo, além das informações obrigatórias previstas no
art. 52 deste Código e na legislação aplicável à matéria, o fornecedor ou o intermediário deverá informar
o consumidor, prévia e adequadamente, no momento da oferta, sobre:
I - o custo efetivo total e a descrição dos elementos que o compõem;
II - a taxa efetiva mensal de juros, bem como a taxa dos juros de mora e o total de encargos, de qualquer
natureza, previstos para o atraso no pagamento;
III - o montante das prestações e o prazo de validade da oferta, que deve ser, no mínimo, de 2 (dois) dias;
IV - o nome e o endereço, inclusive o eletrônico, do fornecedor;
V - o direito do consumidor à liquidação antecipada e não onerosa do débito, nos termos do § 2º do art.
52 deste Código e da regulamentação em vigor.
§ 1º As informações referidas no art. 52 deste Código e no caput deste artigo devem constar de forma
clara e resumida do próprio contrato, da fatura ou de instrumento apartado, de fácil acesso ao consumidor.
§ 2º Para efeitos deste Código, o custo efetivo total da operação de crédito ao consumidor consistirá em
taxa percentual anual e compreenderá todos os valores cobrados do consumidor, sem prejuízo do cálculo
padronizado pela autoridade reguladora do sistema financeiro.
§ 3º Sem prejuízo do disposto no art. 37 deste Código, a oferta de crédito ao consumidor e a oferta de
venda a prazo, ou a fatura mensal, conforme o caso, devem indicar, no mínimo, o custo efetivo total, o
agente financiador e a soma total a pagar, com e sem financiamento.’

Art. 54-C. É vedado, expressa ou implicitamente, na oferta de crédito ao consumidor, publicitária ou não:
I - (VETADO);
II - indicar que a operação de crédito poderá ser concluída sem consulta a serviços de proteção ao crédito
ou sem avaliação da situação financeira do consumidor;
III - ocultar ou dificultar a compreensão sobre os ônus e os riscos da contratação do crédito ou da venda
a prazo;
IV - assediar ou pressionar o consumidor para contratar o fornecimento de produto, serviço ou crédito,
principalmente se se tratar de consumidor idoso, analfabeto, doente ou em estado de vulnerabilidade
agravada ou se a contratação envolver prêmio;
V - condicionar o atendimento de pretensões do consumidor ou o início de tratativas à renúncia ou à
desistência de demandas judiciais, ao pagamento de honorários advocatícios ou a depósitos judiciais.
Parágrafo único. (VETADO).’

Art. 54-D. Na oferta de crédito, previamente à contratação, o fornecedor ou o intermediário deverá, entre
outras condutas:

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I - informar e esclarecer adequadamente o consumidor, considerada sua idade, sobre a natureza e a


modalidade do crédito oferecido, sobre todos os custos incidentes, observado o disposto nos arts. 52 e
54-B deste Código, e sobre as consequências genéricas e específicas do inadimplemento;
II - avaliar, de forma responsável, as condições de crédito do consumidor, mediante análise das
informações disponíveis em bancos de dados de proteção ao crédito, observado o disposto neste Código
e na legislação sobre proteção de dados;
III - informar a identidade do agente financiador e entregar ao consumidor, ao garante e a outros
coobrigados cópia do contrato de crédito.
Parágrafo único. O descumprimento de qualquer dos deveres previstos no caput deste artigo e nos arts.
52 e 54-C deste Código poderá acarretar judicialmente a redução dos juros, dos encargos ou de qualquer
acréscimo ao principal e a dilação do prazo de pagamento previsto no contrato original, conforme a
gravidade da conduta do fornecedor e as possibilidades financeiras do consumidor, sem prejuízo de
outras sanções e de indenização por perdas e danos, patrimoniais e morais, ao consumidor.’

Art. 54-E. (VETADO).

Art. 54-F. São conexos, coligados ou interdependentes, entre outros, o contrato principal de fornecimento
de produto ou serviço e os contratos acessórios de crédito que lhe garantam o financiamento quando o
fornecedor de crédito:
I - recorrer aos serviços do fornecedor de produto ou serviço para a preparação ou a conclusão do contrato
de crédito;
II - oferecer o crédito no local da atividade empresarial do fornecedor de produto ou serviço financiado ou
onde o contrato principal for celebrado.
§ 1º O exercício do direito de arrependimento nas hipóteses previstas neste Código, no contrato principal
ou no contrato de crédito, implica a resolução de pleno direito do contrato que lhe seja conexo.
§ 2º Nos casos dos incisos I e II do caput deste artigo, se houver inexecução de qualquer das obrigações
e deveres do fornecedor de produto ou serviço, o consumidor poderá requerer a rescisão do contrato não
cumprido contra o fornecedor do crédito.
§ 3º O direito previsto no § 2º deste artigo caberá igualmente ao consumidor:
I - contra o portador de cheque pós-datado emitido para aquisição de produto ou serviço a prazo;
II - contra o administrador ou o emitente de cartão de crédito ou similar quando o cartão de crédito ou
similar e o produto ou serviço forem fornecidos pelo mesmo fornecedor ou por entidades pertencentes a
um mesmo grupo econômico.
§ 4º A invalidade ou a ineficácia do contrato principal implicará, de pleno direito, a do contrato de crédito
que lhe seja conexo, nos termos do caput deste artigo, ressalvado ao fornecedor do crédito o direito de
obter do fornecedor do produto ou serviço a devolução dos valores entregues, inclusive relativamente a
tributos.

Art. 54-G. Sem prejuízo do disposto no art. 39 deste Código e na legislação aplicável à matéria, é vedado
ao fornecedor de produto ou serviço que envolva crédito, entre outras condutas:
I - realizar ou proceder à cobrança ou ao débito em conta de qualquer quantia que houver sido contestada
pelo consumidor em compra realizada com cartão de crédito ou similar, enquanto não for adequadamente
solucionada a controvérsia, desde que o consumidor haja notificado a administradora do cartão com
antecedência de pelo menos 10 (dez) dias contados da data de vencimento da fatura, vedada a
manutenção do valor na fatura seguinte e assegurado ao consumidor o direito de deduzir do total da fatura
o valor em disputa e efetuar o pagamento da parte não contestada, podendo o emissor lançar como
crédito em confiança o valor idêntico ao da transação contestada que tenha sido cobrada, enquanto não
encerrada a apuração da contestação;

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II - recusar ou não entregar ao consumidor, ao garante e aos outros coobrigados cópia da minuta do
contrato principal de consumo ou do contrato de crédito, em papel ou outro suporte duradouro, disponível
e acessível, e, após a conclusão, cópia do contrato;
III - impedir ou dificultar, em caso de utilização fraudulenta do cartão de crédito ou similar, que o
consumidor peça e obtenha, quando aplicável, a anulação ou o imediato bloqueio do pagamento, ou ainda
a restituição dos valores indevidamente recebidos.
§ 1º Sem prejuízo do dever de informação e esclarecimento do consumidor e de entrega da minuta do
contrato, no empréstimo cuja liquidação seja feita mediante consignação em folha de pagamento, a
formalização e a entrega da cópia do contrato ou do instrumento de contratação ocorrerão após o
fornecedor do crédito obter da fonte pagadora a indicação sobre a existência de margem consignável.
§ 2º Nos contratos de adesão, o fornecedor deve prestar ao consumidor, previamente, as informações de
que tratam o art. 52 e o caput do art. 54-B deste Código, além de outras porventura determinadas na
legislação em vigor, e fica obrigado a entregar ao consumidor cópia do contrato, após a sua conclusão.

DA CONCILIAÇÃO NO SUPERENDIVIDAMENTO’
Art. 104-A. A requerimento do consumidor superendividado pessoa natural, o juiz poderá instaurar
processo de repactuação de dívidas, com vistas à realização de audiência conciliatória, presidida por ele
ou por conciliador credenciado no juízo, com a presença de todos os credores de dívidas previstas no art.
54-A deste Código, na qual o consumidor apresentará proposta de plano de pagamento com prazo
máximo de 5 (cinco) anos, preservados o mínimo existencial, nos termos da regulamentação, e as
garantias e as formas de pagamento originalmente pactuadas.
§ 1º Excluem-se do processo de repactuação as dívidas, ainda que decorrentes de relações de consumo,
oriundas de contratos celebrados dolosamente sem o propósito de realizar pagamento, bem como as
dívidas provenientes de contratos de crédito com garantia real, de financiamentos imobiliários e de crédito
rural.
§ 2º O não comparecimento injustificado de qualquer credor, ou de seu procurador com poderes especiais
e plenos para transigir, à audiência de conciliação de que trata o caput deste artigo acarretará a
suspensão da exigibilidade do débito e a interrupção dos encargos da mora, bem como a sujeição
compulsória ao plano de pagamento da dívida se o montante devido ao credor ausente for certo e
conhecido pelo consumidor, devendo o pagamento a esse credor ser estipulado para ocorrer apenas
após o pagamento aos credores presentes à audiência conciliatória.
§ 3º No caso de conciliação, com qualquer credor, a sentença judicial que homologar o acordo descreverá
o plano de pagamento da dívida e terá eficácia de título executivo e força de coisa julgada.
§ 4º Constarão do plano de pagamento referido no § 3º deste artigo:
I - medidas de dilação dos prazos de pagamento e de redução dos encargos da dívida ou da remuneração
do fornecedor, entre outras destinadas a facilitar o pagamento da dívida;
II - referência à suspensão ou à extinção das ações judiciais em curso;
III - data a partir da qual será providenciada a exclusão do consumidor de bancos de dados e de cadastros
de inadimplentes;
IV - condicionamento de seus efeitos à abstenção, pelo consumidor, de condutas que importem no
agravamento de sua situação de superendividamento.
§ 5º O pedido do consumidor a que se refere o caput deste artigo não importará em declaração de
insolvência civil e poderá ser repetido somente após decorrido o prazo de 2 (dois) anos, contado da
liquidação das obrigações previstas no plano de pagamento homologado, sem prejuízo de eventual
repactuação.’

Art. 104-B. Se não houver êxito na conciliação em relação a quaisquer credores, o juiz, a pedido do
consumidor, instaurará processo por superendividamento para revisão e integração dos contratos e

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repactuação das dívidas remanescentes mediante plano judicial compulsório e procederá à citação de
todos os credores cujos créditos não tenham integrado o acordo porventura celebrado.
§ 1º Serão considerados no processo por superendividamento, se for o caso, os documentos e as
informações prestadas em audiência.
§ 2º No prazo de 15 (quinze) dias, os credores citados juntarão documentos e as razões da negativa de
aceder ao plano voluntário ou de renegociar.
§ 3º O juiz poderá nomear administrador, desde que isso não onere as partes, o qual, no prazo de até 30
(trinta) dias, após cumpridas as diligências eventualmente necessárias, apresentará plano de pagamento
que contemple medidas de temporização ou de atenuação dos encargos.
§ 4º O plano judicial compulsório assegurará aos credores, no mínimo, o valor do principal devido,
corrigido monetariamente por índices oficiais de preço, e preverá a liquidação total da dívida, após a
quitação do plano de pagamento consensual previsto no art. 104-A deste Código, em, no máximo, 5
(cinco) anos, sendo que a primeira parcela será devida no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias,
contado de sua homologação judicial, e o restante do saldo será devido em parcelas mensais iguais e
sucessivas.’

Art. 104-C. Compete concorrente e facultativamente aos órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional
de Defesa do Consumidor a fase conciliatória e preventiva do processo de repactuação de dívidas, nos
moldes do art. 104-A deste Código, no que couber, com possibilidade de o processo ser regulado por
convênios específicos celebrados entre os referidos órgãos e as instituições credoras ou suas
associações.
§ 1º Em caso de conciliação administrativa para prevenir o superendividamento do consumidor pessoa
natural, os órgãos públicos poderão promover, nas reclamações individuais, audiência global de
conciliação com todos os credores e, em todos os casos, facilitar a elaboração de plano de pagamento,
preservado o mínimo existencial, nos termos da regulamentação, sob a supervisão desses órgãos, sem
prejuízo das demais atividades de reeducação financeira cabíveis.
§ 2º O acordo firmado perante os órgãos públicos de defesa do consumidor, em caso de
superendividamento do consumidor pessoa natural, incluirá a data a partir da qual será providenciada a
exclusão do consumidor de bancos de dados e de cadastros de inadimplentes, bem como o
condicionamento de seus efeitos à abstenção, pelo consumidor, de condutas que importem no
agravamento de sua situação de superendividamento, especialmente a de contrair novas dívidas.

è Estatuto do Idoso:
Art. 96. Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos
meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao
exercício da cidadania, por motivo de idade:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
(...)
§ 3º Não constitui crime a negativa de crédito motivada por superendividamento do idoso. (Incluído
pela Lei nº 14.181, de 2021)

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Lei nº 14.188, de 28.7.2021 - Define o programa de cooperação Sinal Vermelho contra a Violência
Doméstica como uma das medidas de enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher
previstas na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e no Decreto-Lei nº 2.848, de
7 de dezembro de 1940 (Código Penal), em todo o território nacional; e altera o Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para modificar a modalidade da pena da lesão corporal
simples cometida contra a mulher por razões da condição do sexo feminino e para criar o tipo penal de
violência psicológica contra a mulher .

CP
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
(...)
§ 13. Se a lesão for praticada contra a mulher, por razões da condição do sexo feminino, nos termos do
§ 2º-A do art. 121 deste Código: (Incluído pela Lei nº 14.188, de 2021)
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro anos)

Art. 147-B. Causar dano emocional à mulher que a prejudique e perturbe seu pleno desenvolvimento ou
que vise a degradar ou a controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, chantagem, ridicularização, limitação do direito
de ir e vir ou qualquer outro meio que cause prejuízo à sua saúde psicológica e autodeterminação:
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não constitui crime mais grave.

LEI MARIA DA PENHA:


Art. 12-C. Verificada a existência de risco atual ou iminente à vida ou à integridade física ou psicológica
da mulher em situação de violência doméstica e familiar, ou de seus dependentes, o agressor será
imediatamente afastado do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida: (Redação dada pela Lei
nº 14.188, de 2021)
(...)

AGOSTO

Lei nº 14.191, de 3.8.2021 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional), para dispor sobre a modalidade de educação bilíngue de surdos.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL


Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
(...)
XIV - respeito à diversidade humana, linguística, cultural e identitária das pessoas surdas, surdo-cegas e
com deficiência auditiva (Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021)

CAPÍTULO V-A
(Incluído pela Lei nº 14.191, de 2021)
DA EDUCAÇÃO BILÍNGUE DE SURDOS
Art. 60-A. Entende-se por educação bilíngue de surdos, para os efeitos desta Lei, a modalidade de
educação escolar oferecida em Língua Brasileira de Sinais (Libras), como primeira língua, e em português
escrito, como segunda língua, em escolas bilíngues de surdos, classes bilíngues de surdos, escolas

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comuns ou em polos de educação bilíngue de surdos, para educandos surdos, surdo-cegos, com
deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras
deficiências associadas, optantes pela modalidade de educação bilíngue de surdos.
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio educacional especializado, como o atendimento
educacional especializado bilíngue, para atender às especificidades linguísticas dos estudantes surdos.
§ 2º A oferta de educação bilíngue de surdos terá início ao zero ano, na educação infantil, e se estenderá
ao longo da vida.
§ 3º O disposto no caput deste artigo será efetivado sem prejuízo das prerrogativas de matrícula em
escolas e classes regulares, de acordo com o que decidir o estudante ou, no que couber, seus pais ou
responsáveis, e das garantias previstas na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com
Deficiência), que incluem, para os surdos oralizados, o acesso a tecnologias assistivas.

Art. 60-B. Além do disposto no art. 59 desta Lei, os sistemas de ensino assegurarão aos educandos
surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação
ou com outras deficiências associadas materiais didáticos e professores bilíngues com formação e
especialização adequadas, em nível superior.
Parágrafo único. Nos processos de contratação e de avaliação periódica dos professores a que se refere
o caput deste artigo serão ouvidas as entidades representativas das pessoas surdas

Art. 78-A. Os sistemas de ensino, em regime de colaboração, desenvolverão programas integrados de


ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos estudantes surdos, surdo-
cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras
deficiências associadas, com os seguintes objetivos:
I - proporcionar aos surdos a recuperação de suas memórias históricas, a reafirmação de suas identidades
e especificidades e a valorização de sua língua e cultura;
II - garantir aos surdos o acesso às informações e conhecimentos técnicos e científicos da sociedade
nacional e demais sociedades surdas e não surdas.”

Art. 79-C. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no provimento da educação
bilíngue e intercultural às comunidades surdas, com desenvolvimento de programas integrados de ensino
e pesquisa.
§ 1º Os programas serão planejados com participação das comunidades surdas, de instituições de ensino
superior e de entidades representativas das pessoas surdas.
§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos no Plano Nacional de Educação, terão os
seguintes objetivos:
I - fortalecer as práticas socioculturais dos surdos e a Língua Brasileira de Sinais;
II - manter programas de formação de pessoal especializado, destinados à educação bilíngue escolar dos
surdos, surdo-cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação
ou com outras deficiências associadas;
III - desenvolver currículos, métodos, formação e programas específicos, neles incluídos os conteúdos
culturais correspondentes aos surdos;
IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático bilíngue, específico e diferenciado.
§ 3º Na educação superior, sem prejuízo de outras ações, o atendimento aos estudantes surdos, surdo-
cegos, com deficiência auditiva sinalizantes, surdos com altas habilidades ou superdotação ou com outras
deficiências associadas efetivar-se-á mediante a oferta de ensino bilíngue e de assistência estudantil,
assim como de estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas especiais

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Lei nº 14.192, de 4.8.2021 - Estabelece normas para prevenir, reprimir e combater a violência política
contra a mulher; e altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), a Lei nº 9.096, de 19
de setembro de 1995 (Lei dos Partidos Políticos), e a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das
Eleições), para dispor sobre os crimes de divulgação de fato ou vídeo com conteúdo inverídico no
período de campanha eleitoral, para criminalizar a violência política contra a mulher e para assegurar a
participação de mulheres em debates eleitorais proporcionalmente ao número de candidatas às
eleições proporcionais.

CÓDIGO ELEITORAL
Art. 243. Não será tolerada propaganda:
(...)
X - que deprecie a condição de mulher ou estimule sua discriminação em razão do sexo feminino, ou em
relação à sua cor, raça ou etnia. (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021)

Art. 323. Divulgar, na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, fatos que sabe
inverídicos em relação a partidos ou a candidatos e capazes de exercer influência perante o eleitorado:
(Redação dada pela Lei nº 14.192, de 2021)
Pena - detenção de dois meses a um ano, ou pagamento de 120 a 150 dias-multa.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem produz, oferece ou vende vídeo com conteúdo inverídico acerca
de partidos ou candidatos. (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021)
§ 2º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até metade se o crime: (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021)
I - é cometido por meio da imprensa, rádio ou televisão, ou por meio da internet ou de rede social, ou é
transmitido em tempo real; (Incluído pela Lei nº 14.192, de 2021)
II - envolve menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia. (Incluído pela
Lei nº 14.192, de 2021)

Art. 326-B. Assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo
eletivo ou detentora de mandato eletivo, utilizando-se de menosprezo ou discriminação à condição de
mulher ou à sua cor, raça ou etnia, com a finalidade de impedir ou de dificultar a sua campanha eleitoral
ou o desempenho de seu mandato eletivo.
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço), se o crime é cometido contra mulher:
I - gestante;
II - maior de 60 (sessenta) anos;
III - com deficiência.

Art. 327. As penas cominadas nos arts. 324, 325 e 326 aumentam-se de 1/3 (um terço) até metade, se
qualquer dos crimes é cometido: (Redação dada pela Lei nº 14.192, de 2021)
(...)
IV - com menosprezo ou discriminação à condição de mulher ou à sua cor, raça ou etnia; (Incluído pela
Lei nº 14.192, de 2021)
V - por meio da internet ou de rede social ou com transmissão em tempo real. (Incluído pela Lei nº 14.192,
de 2021)

LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS


Art. 15. O Estatuto do partido deve conter, entre outras, normas sobre:
(...)

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X - prevenção, repressão e combate à violência política contra a mulher. (Incluído pela Lei nº 14.192, de
2021)

LEI DAS ELEIÇÕES

Art. 46.
II - nas eleições proporcionais, os debates poderão desdobrar-se em mais de um dia e deverão ser
organizados de modo que assegurem a presença de número equivalente de candidatos de todos
os partidos que concorrem a um mesmo cargo eletivo, respeitada a proporção de homens e
mulheres estabelecida no § 3º do art. 10 desta Lei;

Lei nº 14.195, de 26.8.2021 - Dispõe sobre a facilitação para abertura de empresas, sobre a proteção
de acionistas minoritários, sobre a facilitação do comércio exterior, sobre o Sistema Integrado de
Recuperação de Ativos (Sira), sobre as cobranças realizadas pelos conselhos profissionais, sobre a
profissão de tradutor e intérprete público, sobre a obtenção de eletricidade, sobre a desburocratização
societária e de atos processuais e a prescrição intercorrente na Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002
(Código Civil); altera as Leis nºs 11.598, de 3 de dezembro de 2007, 8.934, de 18 de novembro de
1994, 6.404, de 15 de dezembro de 1976, 7.913, de 7 de dezembro de 1989, 12.546, de 14 de dezembro
2011, 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 10.522, de 19 de julho de 2002, 12.514, de 28 de outubro de
2011, 6.015, de 31 de dezembro de 1973, 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), 13.105, de
16 de março de 2015 (Código de Processo Civil), 4.886, de 9 de dezembro de 1965, 5.764, de 16 de
dezembro de 1971, 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e 13.874, de 20 de setembro de 2019, e o
Decreto-Lei nº 341, de 17 de março de 1938; e revoga as Leis nºs 2.145, de 29 de dezembro de 1953,
2.807, de 28 de junho de 1956, 2.815, de 6 de julho de 1956, 3.187, de 28 de junho de 1957, 3.227, de
27 de julho de 1957, 4.557, de 10 de dezembro de 1964, 7.409, de 25 de novembro de 1985, e 7.690,
de 15 de dezembro de 1988, os Decretos nºs 13.609, de 21 de outubro de 1943, 20.256, de 20 de
dezembro de 1945, e 84.248, de 28 de novembro de 1979, e os Decretos-Lei nºs 1.416, de 25 de agosto
de 1975, e 1.427, de 2 de dezembro de 1975, e dispositivos das Leis nºs 2.410, de 29 de janeiro de
1955, 2.698, de 27 de dezembro de 1955, 3.053, de 22 de dezembro de 1956, 5.025, de 10 de junho
de 1966, 6.137, de 7 de novembro de 1974, 8.387, de 30 de dezembro de 1991, 9.279, de 14 de maio
de 1996, e 9.472, de 16 de julho de 1997, e dos Decretos-Lei nºs 491, de 5 de março de 1969, 666, de
2 de julho de 1969, e 687, de 18 de julho de 1969; e dá outras providências.

LEI 11.598 (REDESIM)


o
Art. 2 Fica criada a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e
Negócios - REDESIM, com a finalidade de propor ações e normas aos seus integrantes, cuja participação
na sua composição será obrigatória para os órgãos federais e voluntária, por adesão mediante consórcio,
para os órgãos, autoridades e entidades não federais com competências e atribuições vinculadas aos
assuntos de interesse da Redesim.
§ 1º A Redesim será administrada pelo Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do
Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (CGSIM), presidido por representante indicado pelo
Ministro de Estado da Economia, nos termos de regulamento. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 2º A composição, a estrutura e o funcionamento do CGSIM serão definidos em regulamento, que
contemplará representação dos órgãos e das entidades envolvidos no processo de registro e de
legalização de empresários, incluídos produtores rurais estabelecidos como pessoas físicas, e de

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pessoas jurídicas e no processo de licenciamento e de autorizações de funcionamento. (Incluído pela


Lei nº 14.195, de 2021)
§ 3º A plataforma tecnológica de integração do processo relativa à Redesim poderá abranger produtos
artesanais alimentícios, inclusive de origem animal ou vegetal, e as obras de construção civil, de
empresários e de pessoas jurídicas. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 4º Os órgãos e as entidades envolvidos no processo de registro e de legalização de empresas, no


âmbito de suas competências, deverão manter à disposição dos usuários, de forma gratuita, por meio
presencial e da internet, ficha cadastral simplificada, da qual constem os dados atualizados da empresa,
bem como informações, orientações e instrumentos que permitam pesquisas prévias sobre as etapas de
registro ou de inscrição, de alteração e de baixa de empresários, incluídos produtores rurais estabelecidos
como pessoas físicas, e de pessoas jurídicas e de licenciamento e de autorizações de funcionamento, de
modo a fornecer ao usuário clareza quanto à documentação exigível e à viabilidade locacional, de nome
empresarial, de registro, de licenciamento ou de inscrição.

“Art. 5º-A Resolução do CGSIM disporá sobre a classificação de risco das atividades, válida para todos
os integrantes da Redesim, a ser observada na ausência de legislação estadual, distrital ou municipal
específica, sem prejuízo do disposto no § 1º do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, e
observado o disposto no § 5º do art. 4º desta Lei.

§ 1º Na hipótese de sobrevir legislação estadual, distrital ou municipal específica que disponha sobre a
classificação de atividades, o ente federativo que editar a norma específica informará a alteração realizada
ao CGSIM.

§ 2º As licenças, os alvarás e os demais atos públicos de liberação serão considerados válidos até o
cancelamento ou a cassação por meio de ato posterior, caso seja constatado o descumprimento de
requisitos ou de condições, vedada a atribuição de prazo de vigência por tempo indeterminado.”

Art. 6º-A Sem prejuízo do disposto no inciso I do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro de
2019, nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado médio, na forma prevista no art.
5º-A desta Lei, o alvará de funcionamento e as licenças serão emitidos automaticamente, sem análise
humana, por intermédio de sistema responsável pela integração dos órgãos e das entidades de registro,
nos termos estabelecidos em resolução do CGSIM.
§ 1º O alvará de funcionamento será emitido com a assinatura de termo de ciência e responsabilidade do
empresário, sócio ou responsável legal pela sociedade, que firmará compromisso, sob as penas da lei,
de observar os requisitos exigidos para o funcionamento e o exercício das atividades econômicas
constantes do objeto social, para efeito de cumprimento das normas de segurança sanitária, ambientais
e de prevenção contra incêndio.
§ 2º Do termo de ciência e responsabilidade constarão informações sobre as exigências que deverão ser
cumpridas antes do início da atividade empresarial.
§ 3º O CGSIM comunicará ao responsável pela integração nos Estados e no Distrito Federal sobre o
recebimento de classificação própria prevista em legislação estadual, distrital ou municipal específica,
caso em que o sistema aplicará a classificação respectiva e não a estabelecida pelo CGSIM na forma
prevista no caput do art. 5º-A desta Lei.
§ 4º A emissão automática de que trata o caput deste artigo não obsta a fiscalização pelos órgãos ou
pelas entidades estaduais, distritais ou municipais competentes.
§ 5º A assinatura de termo de ciência e responsabilidade do empresário, sócio ou responsável legal pela
sociedade, referido no § 1º deste artigo, poderá ser realizada eletronicamente mediante o uso de
assinaturas eletrônicas nos termos da Lei nº 14.063, de 23 de setembro de 2020.

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§ 6º As disposições deste artigo não afastam as regras de licenças ambientais e outros atos autorizativos
previstos na Lei Complementar nº 140, de 8 de dezembro de 2011

Art. 11. O Poder Executivo Federal criará e manterá, na rede mundial de computadores - internet, sistema
pelo qual:
I - promover orientação e informação sobre as etapas e os requisitos para processamento de registro, de
inscrição, de alteração e de baixa de pessoas jurídicas ou de empresários;
II - prestar os serviços prévios ao registro e à legalização de empresários e de pessoas jurídicas, incluída
a disponibilização de aplicativo de pesquisa on-line e com resposta imediata sobre a existência de nome
empresarial idêntico;
III - (revogado);
IV - realizar o registro e as inscrições de empresários e pessoas jurídicas sem estabelecimento físico;
V - prestar serviço de consulta sobre a possibilidade de exercício da atividade empresarial no local
indicado para o funcionamento do estabelecimento comercial, no caso de os Municípios disponibilizarem
resposta automática e imediata e seguirem as orientações constantes de resolução do CGSIM;
VI - prestar os serviços posteriores ao registro e à legalização, incluída a coleta de informações relativas
aos empregados contratados pelo empresário ou pela pessoa jurídica; e
VII - oferecer serviço de pagamento on-line e unificado das taxas e dos preços públicos envolvidos no
processo de registro e de legalização de empresas.
Parágrafo único. O sistema mencionado no caput deste artigo deverá contemplar o conjunto de ações a
cargo dos órgãos e das entidades federais, estaduais, distritais e municipais, observado o disposto no art.
2º desta Lei.” (NR)

Art. 11-A. Não poderão ser exigidos, no processo de registro de empresários, incluídos produtores rurais
estabelecidos como pessoas físicas, e de pessoas jurídicas realizado pela Redesim:
I - quaisquer outros números de identificação além do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ),
número de identificação cadastral única, nos termos do inciso III do caput do art. 8º da Lei Complementar
nº 123, de 14 de dezembro de 2006;
II - dados ou informações que constem da base de dados do governo federal;
III - coletas adicionais à realizada no âmbito do sistema responsável pela integração, a qual deverá ser
suficiente para a realização do registro e das inscrições, inclusive no CNPJ, e para a emissão das licenças
e dos alvarás para o funcionamento do empresário ou da pessoa jurídica.
§ 1º Para os fins de implementação do disposto no inciso I do caput deste artigo, os respectivos entes
federativos deverão adaptar seus sistemas, de modo que o CNPJ seja o único identificador cadastral.
§ 2º A inscrição no CNPJ, a partir dos dados informados no sistema responsável pela integração nos
Estados, elimina a necessidade de coleta de dados adicionais pelos Estados e pelos Municípios para
emissão de inscrições fiscais, devendo o sistema federal compartilhar os dados coletados com os órgãos
estaduais e municipais.
§ 3º Os dados coletados para inscrições e para licenças deverão ser previamente aprovados pelo CGSIM

Art. 14, Parágrafo único. Até que seja implementado o sistema de que trata o inciso III do caput deste
artigo, os órgãos integrantes da Redesim deverão:
(...)
III - promover a unificação da identificação nacional cadastral única, correspondente ao número da
inscrição no CNPJ. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 16-A. O CGSIM poderá instituir outras iniciativas de integração entre União, Distrito Federal, Estados
e Municípios, que visem à facilitação do ambiente de negócios no exercício de competências e de
atuações que envolvam os entes federativos. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

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§ 1º O CGSIM poderá instituir a obrigatoriedade da adesão à iniciativa de integração referida no caput


deste artigo para os membros da Redesim. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 2º O CGSIM poderá instituir a adesão condicionada ou tácita, decorrente de não manifestação de
contrariedade, à iniciativa de integração referida no caput deste artigo para os entes que não sejam
membros da Redesim, caso a iniciativa recaia em matérias sobre as quais a União tenha competência
privativa ou concorrente para legislar, na forma dos arts. 22 e 24 da Constituição Federal. (Incluído pela
Lei nº 14.195, de 2021)

LEI 8.934 (REGISTRO DE EMPRESAS MERCANTIS)


Art. 4º O Departamento Nacional de Registro Empresarial e Integração (Drei) da Secretaria de Governo
Digital da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia
tem por finalidade:
(...)
X - instruir, examinar e encaminhar os pedidos de autorização para nacionalização ou instalação de filial,
de agência, de sucursal ou de estabelecimento no País por sociedade estrangeira, ressalvada a
competência de outros órgãos federais; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
(...)
XII - apoiar a articulação e a supervisão dos órgãos e das entidades envolvidos na integração para o
registro e a legalização de empresas;
XIII - quanto à integração para o registro e a legalização de empresas:
a) propor planos de ação e diretrizes e implementar as medidas deles decorrentes, em articulação com
outros órgãos e entidades públicas, inclusive estaduais, distritais e municipais;
b) (VETADO);
c) (VETADO); e
d) propor e implementar projetos, ações, convênios e programas de cooperação, em articulação com
órgãos e com entidades públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, no âmbito de sua área de
competência;
XIV - quanto ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, propor os planos de ação,
as diretrizes e as normas e implementar as medidas necessárias;
XV - coordenar as ações dos órgãos incumbidos da execução dos serviços do Registro Público de
Empresas Mercantis e Atividades Afins;
XVI - especificar, desenvolver, implementar, manter e operar os sistemas de informação relativos à
integração para o registro e para a legalização de empresas, em articulação com outros órgãos e
observadas as competências destes; e
XVII - propor, implementar e monitorar medidas relacionadas com a desburocratização do registro público
de empresas e destinadas à melhoria do ambiente de negócios no País.

Art. 35. Não podem ser arquivados:


(...)
III - os atos constitutivos de empresas mercantis que, além das cláusulas exigidas em lei, não designarem
o respectivo capital e a declaração de seu objeto, cuja indicação no nome empresarial é facultativa;
IV - (revogado);
V - os atos de empresas mercantis com nome idêntico a outro já existente
(...)
§ 1º O registro dos atos constitutivos e de suas alterações e extinções ocorrerá independentemente de
autorização governamental prévia, e os órgãos públicos deverão ser informados pela Rede Nacional para
a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim) a respeito dos registros
sobre os quais manifestarem interesse.

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§ 2º Eventuais casos de confronto entre nomes empresariais por semelhança poderão ser questionados
pelos interessados, a qualquer tempo, por meio de recurso ao Drei. (Incluído pela Lei nº 14.195, de
2021)

Art. 35-A. O empresário ou a pessoa jurídica poderá optar por utilizar o número de inscrição no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) como nome empresarial, seguido da partícula identificadora do tipo
societário ou jurídico, quando exigida por lei. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 37. Instruirão obrigatoriamente os pedidos de arquivamento:


(...)
III - a ficha cadastral padronizada, que deverá seguir o modelo aprovado pelo Drei, a qual incluirá, no
mínimo, as informações sobre os seus titulares e administradores, bem como sobre a forma de
representação da empresa mercantil; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 56. Os documentos arquivados pelas juntas comerciais não serão retirados, em qualquer hipótese,
de suas dependências, ressalvado o disposto no art. 57 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.195,
de 2021)

Art. 57. Quaisquer atos e documentos, após microfilmados ou preservada a sua imagem por meios
tecnológicos mais avançados, poderão ser eliminados pelas juntas comerciais, conforme disposto em
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
Parágrafo único. Antes da eliminação prevista no caput deste artigo, será concedido o prazo de 30 (trinta)
dias para os acionistas, os diretores e os procuradores das empresas ou outros interessados retirarem,
facultativamente, a documentação original, sem qualquer custo.

Art. 63. Os atos levados a arquivamento nas juntas comerciais são dispensados de reconhecimento de
firma (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 64. A certidão dos atos de constituição e de alteração de empresários individuais e de sociedades
mercantis, fornecida pelas juntas comerciais em que foram arquivados, será o documento hábil para a
transferência, por transcrição no registro público competente, dos bens com que o subscritor tiver
contribuído para a formação ou para o aumento do capital. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

LEI 6.404 (SA)


Art. 15. As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares, são
ordinárias, preferenciais, ou de fruição.
§ 1º As ações ordinárias e preferenciais poderão ser de uma ou mais classes, observado, no caso das
ordinárias, o disposto nos arts. 16, 16-A e 110-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 16. As ações ordinárias de companhia fechada poderão ser de classes diversas, em função de:
(...)
IV - atribuição de voto plural a uma ou mais classes de ações, observados o limite e as condições
dispostos no art. 110-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
Parágrafo único. A alteração do estatuto na parte em que regula a diversidade de classes, se não for
expressamente prevista e regulada, requererá a concordância de todos os titulares das ações atingidas.
(Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

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Art. 16-A. Na companhia aberta, é vedada a manutenção de mais de uma classe de ações ordinárias,
ressalvada a adoção do voto plural nos termos e nas condições dispostos no art. 110-A desta Lei. (Incluído
pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 100, § 3º Nas companhias fechadas, os livros referidos nos incisos I, II, III, IV e V do caput deste
artigo poderão ser substituídos por registros mecanizados ou eletrônicos, nos termos do regulamento.
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 110-A. É admitida a criação de uma ou mais classes de ações ordinárias com atribuição de voto
plural, não superior a 10 (dez) votos por ação ordinária:
I - na companhia fechada; e
II - na companhia aberta, desde que a criação da classe ocorra previamente à negociação de quaisquer
ações ou valores mobiliários conversíveis em ações de sua emissão em mercados organizados de valores
mobiliários.
§ 1º A criação de classe de ações ordinárias com atribuição do voto plural depende do voto favorável de
acionistas que representem:
I - metade, no mínimo, do total de votos conferidos pelas ações com direito a voto; e
II - metade, no mínimo, das ações preferenciais sem direito a voto ou com voto restrito, se emitidas,
reunidas em assembleia especial convocada e instalada com as formalidades desta Lei.
§ 2º Nas deliberações de que trata o § 1º deste artigo, será assegurado aos acionistas dissidentes o
direito de se retirarem da companhia mediante reembolso do valor de suas ações nos termos do art. 45
desta Lei, salvo se a criação da classe de ações ordinárias com atribuição de voto plural já estiver prevista
ou autorizada pelo estatuto.
§ 3º O estatuto social da companhia, aberta ou fechada, nos termos dos incisos I e II do caput deste
artigo, poderá exigir quórum maior para as deliberações de que trata o § 1º deste artigo.
§ 4º A listagem de companhias que adotem voto plural e a admissão de valores mobiliários de sua
emissão em segmento de listagem de mercados organizados sujeitar-se-ão à observância das regras
editadas pelas respectivas entidades administradoras, que deverão dar transparência sobre a condição
de tais companhias abertas.
§ 5º Após o início da negociação das ações ou dos valores mobiliários conversíveis em ações em
mercados organizados de valores mobiliários, é vedada a alteração das características de classe de
ações ordinárias com atribuição de voto plural, exceto para reduzir os respectivos direitos ou vantagens.
§ 6º É facultado aos acionistas estipular no estatuto social o fim da vigência do voto plural condicionado
a um evento ou a termo, observado o disposto nos §§ 7º e 8º deste artigo.
§ 7º O voto plural atribuído às ações ordinárias terá prazo de vigência inicial de até 7 (sete) anos,
prorrogável por qualquer prazo, desde que:
I - seja observado o disposto nos §§ 1º e 3º deste artigo para a aprovação da prorrogação;
II - sejam excluídos das votações os titulares de ações da classe cujo voto plural se pretende prorrogar;
e
III - seja assegurado aos acionistas dissidentes, nas hipóteses de prorrogação, o direito previsto no § 2º
deste artigo.
§ 8º As ações de classe com voto plural serão automaticamente convertidas em ações ordinárias sem
voto plural na hipótese de:
I - transferência, a qualquer título, a terceiros, exceto nos casos em que:
a) o alienante permanecer indiretamente como único titular de tais ações e no controle dos direitos
políticos por elas conferidos;
b) o terceiro for titular da mesma classe de ações com voto plural a ele alienadas; ou
c) a transferência ocorrer no regime de titularidade fiduciária para fins de constituição do depósito
centralizado; ou

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II - o contrato ou acordo de acionistas, entre titulares de ações com voto plural e acionistas que não sejam
titulares de ações com voto plural, dispor sobre exercício conjunto do direito de voto.
§ 9º Quando a lei expressamente indicar quóruns com base em percentual de ações ou do capital social,
sem menção ao número de votos conferidos pelas ações, o cálculo respectivo deverá desconsiderar a
pluralidade de voto.
§ 10. (VETADO).
§ 11. São vedadas as operações:
I - de incorporação, de incorporação de ações e de fusão de companhia aberta que não adote voto plural,
e cujas ações ou valores mobiliários conversíveis em ações sejam negociados em mercados organizados,
em companhia que adote voto plural;
II - de cisão de companhia aberta que não adote voto plural, e cujas ações ou valores mobiliários
conversíveis em ações sejam negociados em mercados organizados, para constituição de nova
companhia com adoção do voto plural, ou incorporação da parcela cindida em companhia que o adote.
§ 12. Não será adotado o voto plural nas votações pela assembleia de acionistas que deliberarem sobre:
I - a remuneração dos administradores; e
II - a celebração de transações com partes relacionadas que atendam aos critérios de relevância a serem
definidos pela Comissão de Valores Mobiliários.
§ 13. O estatuto social deverá estabelecer, além do número de ações de cada espécie e classe em que
se divide o capital social, no mínimo:
I - o número de votos atribuído por ação de cada classe de ações ordinárias com direito a voto, respeitado
o limite de que trata o caput deste artigo;
II - o prazo de duração do voto plural, observado o limite previsto no § 7º deste artigo, bem como eventual
quórum qualificado para deliberar sobre as prorrogações, nos termos do § 3º deste artigo; e
III - se aplicável, outras hipóteses de fim de vigência do voto plural condicionadas a evento ou a termo,
além daquelas previstas neste artigo, conforme autorizado pelo § 6º deste artigo.
§ 14. As disposições relativas ao voto plural não se aplicam às empresas públicas, às sociedades de
economia mista, às suas subsidiárias e às sociedades controladas direta ou indiretamente pelo poder
público

Art. 122. Compete privativamente à assembleia geral:


(...)
VIII - deliberar sobre transformação, fusão, incorporação e cisão da companhia, sua dissolução e
liquidação, eleger e destituir liquidantes e julgar as suas contas;
IX - autorizar os administradores a confessar falência e a pedir recuperação judicial; e
X - deliberar, quando se tratar de companhias abertas, sobre a celebração de transações com partes
relacionadas, a alienação ou a contribuição para outra empresa de ativos, caso o valor da operação
corresponda a mais de 50% (cinquenta por cento) do valor dos ativos totais da companhia constantes do
último balanço aprovado.
Parágrafo único. Em caso de urgência, a confissão de falência ou o pedido de recuperação judicial poderá
ser formulado pelos administradores, com a concordância do acionista controlador, se houver, hipótese
em que a assembleia geral será convocada imediatamente para deliberar sobre a matéria.

Art. 124, §1: A primeira convocação da assembléia-geral deverá ser feita:


II - na companhia aberta, com 21 (vinte e um) dias de antecedência, e a segunda convocação com 8 (oito)
dias de antecedência. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
(...)
§ 5o A Comissão de Valores Mobiliários poderá, a seu exclusivo critério, mediante decisão fundamentada
de seu Colegiado, a pedido de qualquer acionista, e ouvida a companhia:

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I - determinar, fundamentadamente, o adiamento de assembleia geral por até 30 (trinta) dias, em caso de
insuficiência de informações necessárias para a deliberação, contado o prazo da data em que as
informações completas forem colocadas à disposição dos acionistas; e (Redação dada pela Lei nº 14.195,
de 2021)

Art. 125. Ressalvadas as exceções previstas em lei, a assembleia geral instalar-se-á, em primeira
convocação, com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 1/4 (um quarto) do total de votos
conferidos pelas ações com direito a voto e, em segunda convocação, instalar-se-á com qualquer número.
(Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 135. A assembleia geral extraordinária que tiver por objeto a reforma do estatuto somente se instalará,
em primeira convocação, com a presença de acionistas que representem, no mínimo, 2/3 (dois terços) do
total de votos conferidos pelas ações com direito a voto, mas poderá instalar-se, em segunda convocação,
com qualquer número. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 136. É necessária a aprovação de acionistas que representem metade, no mínimo, do total de votos
conferidos pelas ações com direito a voto, se maior quórum não for exigido pelo estatuto da companhia
cujas ações não estejam admitidas à negociação em bolsa ou no mercado de balcão, para deliberação
sobre: (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
(...)
§ 2º A Comissão de Valores Mobiliários pode autorizar a redução do quórum previsto neste artigo no caso
de companhia aberta com a propriedade das ações dispersa no mercado e cujas 3 (três) últimas
assembleias tenham sido realizadas com a presença de acionistas que representem menos da metade
do total de votos conferidos pelas ações com direito a voto. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de
2021)
§ 2º-A Na hipótese do § 2º deste artigo, a autorização da Comissão de Valores Mobiliários será
mencionada nos avisos de convocação e a deliberação com quórum reduzido somente poderá ser
adotada em terceira convocação (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 3º O disposto nos §§ 2º e 2º-A deste artigo aplica-se também às assembleias especiais de acionistas
preferenciais de que trata o § 1º deste artigo (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 138. A administração da companhia competirá, conforme dispuser o estatuto, ao conselho de


administração e à diretoria, ou somente à diretoria.
(...)
§ 3º É vedada, nas companhias abertas, a acumulação do cargo de presidente do conselho de
administração e do cargo de diretor-presidente ou de principal executivo da companhia. (Incluído pela Lei
nº 14.195, de 2021)
§ 4º A Comissão de Valores Mobiliários poderá editar ato normativo que excepcione as companhias de
menor porte previstas no art. 294-B desta Lei da vedação de que trata o § 3º deste artigo. (Incluído pela
Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 140 (...)


§ 1º O estatuto poderá prever a participação no conselho de representantes dos empregados, escolhidos
pelo voto destes, em eleição direta, organizada pela empresa, em conjunto com as entidades sindicais
que os representam. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 2º Na composição do conselho de administração das companhias abertas, é obrigatória a participação
de conselheiros independentes, nos termos e nos prazos definidos pela Comissão de Valores Mobiliários.
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

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Art. 141. Na eleição dos conselheiros, é facultado aos acionistas que representem, no mínimo, 10% (dez
por cento) do capital social com direito a voto, esteja ou não previsto no estatuto, requerer a adoção do
processo de voto múltiplo, por meio do qual o número de votos de cada ação será multiplicado pelo
número de cargos a serem preenchidos, reconhecido ao acionista o direito de cumular os votos em um
só candidato ou distribuí-los entre vários. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
(...)
§ 7º Sempre que, cumulativamente, a eleição do conselho de administração ocorrer pelo sistema do voto
múltiplo e os titulares de ações ordinárias ou preferenciais exercerem a prerrogativa de eleger conselheiro,
será assegurado a acionista ou a grupo de acionistas vinculados por acordo de votos que detenham mais
de 50% (cinquenta por cento) do total de votos conferidos pelas ações com direito a voto o direito de
eleger conselheiros em número igual ao dos eleitos pelos demais acionistas, mais um,
independentemente do número de conselheiros que, segundo o estatuto, componha o órgão. (Redação
dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 146. Apenas pessoas naturais poderão ser eleitas para membros dos órgãos de administração
(Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
(...)
§ 2º A posse de administrador residente ou domiciliado no exterior fica condicionada à constituição de
representante residente no País, com poderes para, até, no mínimo, 3 (três) anos após o término do prazo
de gestão do administrador, receber:
I - citações em ações contra ele propostas com base na legislação societária; e
II - citações e intimações em processos administrativos instaurados pela Comissão de Valores Mobiliários,
no caso de exercício de cargo de administração em companhia aberta.

Art. 215. A assembléia-geral pode deliberar que antes de ultimada a liquidação, e depois de pagos todos
os credores, se façam rateios entre os acionistas, à proporção que se forem apurando os haveres sociais.
§ 1º É facultado à assembleia geral aprovar, pelo voto de acionistas que representem, no mínimo, 90%
(noventa por cento) dos votos conferidos pelas ações com direito a voto, depois de pagos ou garantidos
os credores, condições especiais para a partilha do ativo remanescente, com a atribuição de bens aos
sócios, pelo valor contábil ou outro por ela fixado. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 243, § 5º É presumida influência significativa quando a investidora for titular de 20% (vinte por cento)
ou mais dos votos conferidos pelo capital da investida, sem controlá-la. (Redação dada pela Lei nº 14.195,
de 2021)

Art. 252, § 2º A assembleia geral da companhia cujas ações houverem de ser incorporadas somente
poderá aprovar a operação por metade, no mínimo, do total de votos conferidos pelas ações com direito
a voto e, se a aprovar, autorizará a diretoria a subscrever o aumento do capital da incorporadora, por
conta dos seus acionistas, e os dissidentes da deliberação terão direito de se retirar da companhia,
observado o disposto no inciso II do caput do art. 137 desta Lei, mediante o reembolso do valor de suas
ações, nos termos do art. 230 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 284. Não se aplica à sociedade em comandita por ações o disposto nesta Lei sobre voto plural, sobre
conselho de administração, sobre autorização estatutária de aumento de capital e sobre emissão de
bônus de subscrição. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

LEI 7.913
Art. 1º Sem prejuízo da ação de indenização do prejudicado, o Ministério Público ou a Comissão de
Valores Mobiliários, pelo respectivo órgão de representação judicial, adotará as medidas judiciais

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necessárias para evitar prejuízos ou para obter ressarcimento de danos causados aos titulares de valores
mobiliários e aos investidores do mercado, especialmente quando decorrerem de: (Redação dada pela
Lei nº 14.195, de 2021)
(...)

LEI 9.430
Art. 80. As inscrições no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) serão suspensas quando se
enquadrarem nas hipóteses de suspensão definidas pela Secretaria Especial da Receita Federal do
Brasil. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
(parágrafos revogados)

Art. 81. As inscrições no CNPJ serão declaradas inaptas, nos termos e nas condições definidos pela
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, quando a pessoa jurídica:
I - deixar de apresentar obrigações acessórias, por, no mínimo, 90 (noventa) dias a contar da omissão;
II - não comprovar a origem, a disponibilidade e a efetiva transferência, se for o caso, dos recursos
empregados em operações de comércio exterior;
III - for inexistente de fato, assim considerada a entidade que:
a) não dispuser de patrimônio ou de capacidade operacional necessários à realização de seu objeto,
inclusive a que não comprovar o capital social integralizado;
b) não for localizada no endereço informado no CNPJ;
c) quando intimado, o seu representante legal:
1. não for localizado ou alegar falsidade ou simulação de sua participação na referida entidade ou não
comprovar legitimidade para representá-la; ou
2. não indicar, depois de intimado, seu novo domicílio tributário;
d) for domiciliada no exterior e não tiver indicado seu procurador ou seu representante legalmente
constituído no CNPJ ou, se indicado, não tiver sido localizado; ou
e) encontrar-se com as atividades paralisadas, salvo quando a paralisação for comunicada;
IV - realizar operações de terceiros, com intuito de acobertar seus reais beneficiários;
V - tiver participado, segundo evidências, de organização constituída com o propósito de não recolher
tributos ou de burlar os mecanismos de cobrança de débitos fiscais, inclusive por meio de emissão de
documentos fiscais que relatem operações fictícias ou cessão de créditos inexistentes ou de terceiros;
VI - tiver sido constituída, segundo evidências, para a prática de fraude fiscal estruturada, inclusive em
proveito de terceiras empresas; ou
VII - encontrar-se suspensa por no, mínimo, 1 (um) ano.
§ 1º (Revogado).
§ 2º Para fins do disposto no inciso II do caput deste artigo, a comprovação da origem de recursos
provenientes do exterior dar-se-á mediante, cumulativamente:
(...)

Art. 81-A. As inscrições no CNPJ serão declaradas baixadas após 180 (cento e oitenta) dias contados da
declaração de inaptidão. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 1º Poderão ainda ter a inscrição no CNPJ baixada as pessoas jurídicas que estejam extintas,
canceladas ou baixadas nos respectivos órgãos de registro.
§ 2º O ato de baixa da inscrição no CNPJ não impede que, posteriormente, sejam lançados ou cobrados
os débitos de natureza tributária da pessoa jurídica.
§ 3º Mediante solicitação da pessoa jurídica, poderá ser restabelecida a inscrição no CNPJ, observados
os termos e as condições definidos pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil.

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Art. 82. Além das demais hipóteses de inidoneidade de documentos previstas na legislação, não produzirá
efeitos tributários em favor de terceiros interessados o documento emitido por pessoa jurídica cuja
inscrição no CNPJ tenha sido considerada ou declarada inapta. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de
2021)

CPC
Art. 77. Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos
aqueles que de qualquer forma participem do processo:
(...)
VII - informar e manter atualizados seus dados cadastrais perante os órgãos do Poder Judiciário e, no
caso do § 6º do art. 246 deste Código, da Administração Tributária, para recebimento de citações e
intimações. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 231. Salvo disposição em sentido diverso, considera-se dia do começo do prazo:
(...)
IX - o quinto dia útil seguinte à confirmação, na forma prevista na mensagem de citação, do recebimento
da citação realizada por meio eletrônico. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 238. Citação é o ato pelo qual são convocados o réu, o executado ou o interessado para integrar a
relação processual.
Parágrafo único. A citação será efetivada em até 45 (quarenta e cinco) dias a partir da propositura da
ação. (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 246. A citação será feita preferencialmente por meio eletrônico, no prazo de até 2 (dois) dias úteis,
contado da decisão que a determinar, por meio dos endereços eletrônicos indicados pelo citando no
banco de dados do Poder Judiciário, conforme regulamento do Conselho Nacional de Justiça.
(Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
(Incisos revogados)
§ 1º As empresas públicas e privadas são obrigadas a manter cadastro nos sistemas de processo em
autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações, as quais serão efetuadas
preferencialmente por esse meio. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 1º-A A ausência de confirmação, em até 3 (três) dias úteis, contados do recebimento da citação
eletrônica, implicará a realização da citação: (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - pelo correio;
II - por oficial de justiça;
III - pelo escrivão ou chefe de secretaria, se o citando comparecer em cartório;
IV - por edital.
§ 1º-B Na primeira oportunidade de falar nos autos, o réu citado nas formas previstas nos incisos I, II, III
e IV do § 1º-A deste artigo deverá apresentar justa causa para a ausência de confirmação do recebimento
da citação enviada eletronicamente.
§ 1º-C Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça, passível de multa de até 5% (cinco por cento)
do valor da causa, deixar de confirmar no prazo legal, sem justa causa, o recebimento da citação recebida
por meio eletrônico.
(...)
§ 4º As citações por correio eletrônico serão acompanhadas das orientações para realização da
confirmação de recebimento e de código identificador que permitirá a sua identificação na página
eletrônica do órgão judicial citante (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 5º As microempresas e as pequenas empresas somente se sujeitam ao disposto no § 1º deste artigo
quando não possuírem endereço eletrônico cadastrado no sistema integrado da Rede Nacional para a

83
PAULA CAROLINA - 950.215.151-87

Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim). (Incluído pela Lei nº


14.195, de 2021)
§ 6º Para os fins do § 5º deste artigo, deverá haver compartilhamento de cadastro com o órgão do Poder
Judiciário, incluído o endereço eletrônico constante do sistema integrado da Redesim, nos termos da
legislação aplicável ao sigilo fiscal e ao tratamento de dados pessoais (Incluído pela Lei nº 14.195, de
2021)

Art. 247. A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca do País, exceto:
(Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
I - nas ações de estado, observado o disposto no art. 695, § 3º ;
II - quando o citando for incapaz;
III - quando o citando for pessoa de direito público;
IV - quando o citando residir em local não atendido pela entrega domiciliar de correspondência;
V - quando o autor, justificadamente, a requerer de outra forma.

Art. 397. O pedido formulado pela parte conterá:


I - a descrição, tão completa quanto possível, do documento ou da coisa, ou das categorias de
documentos ou de coisas buscados; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
II - a finalidade da prova, com indicação dos fatos que se relacionam com o documento ou com a coisa,
ou com suas categorias; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
III - as circunstâncias em que se funda o requerente para afirmar que o documento ou a coisa existe,
ainda que a referência seja a categoria de documentos ou de coisas, e se acha em poder da parte
contrária. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

Art. 921. Suspende-se a execução:


(...)
III - quando não for localizado o executado ou bens penhoráveis; (Redação dada pela Lei nº 14.195, de
2021)
(...)
§ 4º O termo inicial da prescrição no curso do processo será a ciência da primeira tentativa infrutífera de
localização do devedor ou de bens penhoráveis, e será suspensa, por uma única vez, pelo prazo máximo
previsto no § 1º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 4º-A A efetiva citação, intimação do devedor ou constrição de bens penhoráveis interrompe o prazo de
prescrição, que não corre pelo tempo necessário à citação e à intimação do devedor, bem como para as
formalidades da constrição patrimonial, se necessária, desde que o credor cumpra os prazos previstos
na lei processual ou fixados pelo juiz (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 5º O juiz, depois de ouvidas as partes, no prazo de 15 (quinze) dias, poderá, de ofício, reconhecer a
prescrição no curso do processo e extingui-lo, sem ônus para as partes (Redação dada pela Lei nº 14.195,
de 2021)
§ 6º A alegação de nulidade quanto ao procedimento previsto neste artigo somente será conhecida caso
demonstrada a ocorrência de efetivo prejuízo, que será presumido apenas em caso de inexistência da
intimação de que trata o § 4º deste artigo (Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)
§ 7º Aplica-se o disposto neste artigo ao cumprimento de sentença de que trata o art. 523 deste Código.
(Incluído pela Lei nº 14.195, de 2021)

LEI 4.886 (REPRESENTANTES COMERCIAIS AUTÔNOMOS)


Art. 44. No caso de falência ou de recuperação judicial do representado, as importâncias por ele devidas
ao representante comercial, relacionadas com a representação, inclusive comissões vencidas e
vincendas, indenização e aviso prévio, e qualquer outra verba devida ao representante oriunda da relação

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estabelecida com base nesta Lei, serão consideradas créditos da mesma natureza dos créditos
trabalhistas para fins de inclusão no pedido de falência ou plano de recuperação judicial. (Redação dada
pela Lei nº 14.195, de 2021)
Parágrafo único. Os créditos devidos ao representante comercial reconhecidos em título executivo
judicial transitado em julgado após o deferimento do processamento da recuperação judicial, e a sua
respectiva execução, inclusive quanto aos honorários advocatícios, não se sujeitarão à recuperação
judicial, aos seus efeitos e à competência do juízo da recuperação, ainda que existentes na data do
pedido, e prescreverá em 5 (cinco) anos a ação do representante comercial para pleitear a retribuição
que lhe é devida e os demais direitos garantidos por esta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de 2021)

LEI 5.764 (LEI DAS COOPERATIVAS)


Art. 22. A sociedade cooperativa deverá possuir os seguintes livros:
Parágrafo único. É facultada a adoção de livros de folhas soltas ou fichas ou em meio digital, nos termos
de regulamento do órgão competente do Poder Executivo federal. (Redação dada pela Lei nº 14.195, de
2021)

LEI 13.874 (LEI DA LIBERDADE ECONÔMICA)


Art. 4º-A É dever da administração pública e das demais entidades que se sujeitam a esta Lei, na
aplicação da ordenação pública sobre atividades econômicas privadas: (Incluído pela Lei nº 14.195, de
2021)
I - dispensar tratamento justo, previsível e isonômico entre os agentes econômicos;
II - proceder à lavratura de autos de infração ou aplicar sanções com base em termos subjetivos ou
abstratos somente quando estes forem propriamente regulamentados por meio de critérios claros,
objetivos e previsíveis; e
III - observar o critério de dupla visita para lavratura de autos de infração decorrentes do exercício de
atividade considerada de baixo ou médio risco.
§ 1º Os órgãos e as entidades competentes, na forma do inciso II do caput deste artigo, editarão atos
normativos para definir a aplicação e a incidência de conceitos subjetivos ou abstratos por meio de
critérios claros, objetivos e previsíveis, observado que:
I - nos casos de imprescindibilidade de juízo subjetivo para a aplicação da sanção, o ato normativo
determinará o procedimento para sua aferição, de forma a garantir a maior previsibilidade e
impessoalidade possível;
II - a competência da edição dos atos normativos infralegais equivalentes a que se refere este parágrafo
poderá ser delegada pelo Poder competente conforme sua autonomia, bem como pelo órgão ou pela
entidade responsável pela lavratura do auto de infração.
§ 2º Para os fins administrativos, controladores e judiciais, consideram-se plenamente atendidos pela
administração pública os requisitos previstos no inciso II do caput deste artigo, quando a advocacia
pública, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nos limites da respectiva
competência, tiver previamente analisado o ato de que trata o § 1º deste artigo.
§ 3º Os órgãos e as entidades deverão editar os atos normativos previstos no § 1º deste artigo no prazo
de 4 (quatro) anos, podendo o Poder Executivo estabelecer prazo inferior em regulamento.
§ 4º O disposto no inciso II do caput deste artigo aplica-se exclusivamente ao ato de lavratura decorrente
de infrações referentes a matérias nas quais a atividade foi considerada de baixo ou médio risco, não se
aplicando a órgãos e a entidades da administração pública que não a tenham assim classificado, de forma
direta ou indireta, de acordo com os seguintes critérios:
I - direta, quando realizada pelo próprio órgão ou entidade da administração pública que procede à
lavratura; e

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PAULA CAROLINA - 950.215.151-87

II - indireta, quando o nível de risco aplicável decorre de norma hierarquicamente superior ou subsidiária,
por força de lei, desde que a classificação refira-se explicitamente à matéria sobre a qual se procederá a
lavratura.

SETEMBRO

Lei nº 14.197, de 1º.9.2021 - Acrescenta o Título XII na Parte Especial do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 (Código Penal), relativo aos crimes contra o Estado Democrático de Direito; e revoga
a Lei nº 7.170, de 14 de dezembro de 1983 (Lei de Segurança Nacional), e dispositivo do Decreto-Lei
nº 3.688, de 3 de outubro de 1941 (Lei das Contravenções Penais).

CP
DOS CRIMES CONTRA O ESTADO
DEMOCRÁTICO DE DIREITO
CAPÍTULO I
DOS CRIMES CONTRA A SOBERANIA NACIONAL
Atentado à soberania
Art. 359-I. Negociar com governo ou grupo estrangeiro, ou seus agentes, com o fim de provocar atos
típicos de guerra contra o País ou invadi-lo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 8 (oito) anos.
§ 1º Aumenta-se a pena de metade até o dobro, se declarada guerra em decorrência das condutas
previstas no caput deste artigo.
§ 2º Se o agente participa de operação bélica com o fim de submeter o território nacional, ou parte dele,
ao domínio ou à soberania de outro país:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.

Atentado à integridade nacional


Art. 359-J. Praticar violência ou grave ameaça com a finalidade de desmembrar parte do território nacional
para constituir país independente:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, além da pena correspondente à violência.

Espionagem
Art. 359-K. Entregar a governo estrangeiro, a seus agentes, ou a organização criminosa estrangeira, em
desacordo com determinação legal ou regulamentar, documento ou informação classificados como
secretos ou ultrassecretos nos termos da lei, cuja revelação possa colocar em perigo a preservação da
ordem constitucional ou a soberania nacional:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 12 (doze) anos.
§ 1º Incorre na mesma pena quem presta auxílio a espião, conhecendo essa circunstância, para subtraí-
lo à ação da autoridade pública.
§ 2º Se o documento, dado ou informação é transmitido ou revelado com violação do dever de sigilo:
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 15 (quinze) anos.
§ 3º Facilitar a prática de qualquer dos crimes previstos neste artigo mediante atribuição, fornecimento ou
empréstimo de senha, ou de qualquer outra forma de acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de
informações:
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

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§ 4º Não constitui crime a comunicação, a entrega ou a publicação de informações ou de documentos


com o fim de expor a prática de crime ou a violação de direitos humanos.

CAPÍTULO II
DOS CRIMES CONTRA AS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS
Abolição violenta do Estado Democrático de Direito
Art. 359-L. Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito,
impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, além da pena correspondente à violência.

Golpe de Estado
Art. 359-M. Tentar depor, por meio de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos, além da pena correspondente à violência.

CAPÍTULO III
DOS CRIMES CONTRA O FUNCIONAMENTO DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS NO
PROCESSO ELEITORAL
Interrupção do processo eleitoral
Art. 359-N. Impedir ou perturbar a eleição ou a aferição de seu resultado, mediante violação indevida de
mecanismos de segurança do sistema eletrônico de votação estabelecido pela Justiça Eleitoral:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
(VETADO)

Art. 359-O. (VETADO).

Violência política
Art. 359-P. Restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o
exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou
procedência nacional:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
(VETADO)

Art. 359-Q. (VETADO).

CAPÍTULO IV
DOS CRIMES CONTRA O FUNCIONAMENTO
DOS SERVIÇOS ESSENCIAIS
Sabotagem
Art. 359-R. Destruir ou inutilizar meios de comunicação ao público, estabelecimentos, instalações ou
serviços destinados à defesa nacional, com o fim de abolir o Estado Democrático de Direito:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos.

CAPÍTULO V
(VETADO)

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES COMUNS
Art. 359-T. Não constitui crime previsto neste Título a manifestação crítica aos poderes constitucionais
nem a atividade jornalística ou a reivindicação de direitos e garantias constitucionais por meio de

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passeatas, de reuniões, de greves, de aglomerações ou de qualquer outra forma de manifestação política


com propósitos sociais.
(VETADO)

Art. 359-U. (VETADO).

Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é
cometido:
(...)
II - contra funcionário público, em razão de suas funções, ou contra os Presidentes do Senado Federal,
da Câmara dos Deputados ou do Supremo Tribunal Federal. (Lei 14.197)

Incitação ao crime
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem incita, publicamente, animosidade entre as Forças
Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a sociedade. (Lei 14.197)

(OBS: vacatio de 90 dias)

LEI DE SEGURANÇA NACIONAL


REVOGADA
(OBS: vacatio de 90 dias)

LEI DAS CONTRAVENÇÕES


Art. 39 revogado.
(OBS: vacatio de 90 dias)

Lei nº 14.199, de 2.9.2021 - Altera as Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 1991, e 8.213, de 24 de julho
de 1991, para dispor sobre medidas alternativas de prova de vida para os beneficiários da Previdência
Social durante o estado de calamidade pública reconhecido pelo Congresso Nacional; e dá outras
providências.

LEI 8.212
Art. 68-A. A lavratura de procuração pública e a emissão de sua primeira via para fins exclusivos de
recebimento de benefícios previdenciários ou assistenciais administrados pelo INSS são isentas do
pagamento das custas e dos emolumentos (Incluído pela Lei nº 14.199, de 2021)

Art. 69 (...)
§ 7º Para fins do disposto no caput deste artigo, o INSS poderá realizar recenseamento para atualização
do cadastro dos beneficiários, abrangidos os benefícios administrados pelo INSS, observado o disposto
no § 8º deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 14.199, de 2021)
§ 8º Aquele que receber benefício realizará anualmente, no mês de aniversário do titular do benefício, a
comprovação de vida, preferencialmente por meio de atendimento eletrônico com uso de biometria, ou
outro meio definido pelo INSS que assegure a identificação inequívoca do beneficiário, implementado
pelas instituições financeiras pagadoras dos benefícios, observadas as seguintes disposições: (Redação
dada pela Lei nº 14.199, de 2021)

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I - a prova de vida e a renovação de senha serão efetuadas pelo beneficiário, preferencialmente no mesmo
ato, mediante identificação por funcionário da instituição financeira responsável pelo pagamento, quando
não realizadas por atendimento eletrônico com uso de biometria;
II - a prova de vida poderá ser realizada por representante legal ou por procurador do beneficiário,
legalmente cadastrado no INSS;
III - (revogado);
IV - os órgãos competentes deverão dispor de meios alternativos que garantam a realização da prova de
vida do beneficiário com idade igual ou superior a 80 (oitenta) anos ou com dificuldade de locomoção,
inclusive por meio de atendimento domiciliar quando necessário;
IV-A - as instituições financeiras deverão, obrigatoriamente, envidar esforços a fim de facilitar e auxiliar o
beneficiário com idade igual ou superior a 80 (oitenta) anos ou com dificuldade de locomoção, de forma
a evitar ao máximo o seu deslocamento até a agência bancária e, caso isso ocorra, dar-lhe preferência
máxima de atendimento, para diminuir o tempo de permanência do idoso no recinto e evitar sua exposição
a aglomeração;
IV-B - a instituição financeira, quando a prova de vida for nela realizada, deverá enviar as informações ao
INSS, bem como divulgar aos beneficiários, de forma ampla, todos os meios existentes para efetuar o
procedimento, especialmente os remotos, a fim de evitar o deslocamento dos beneficiários; e
V - o INSS poderá bloquear o pagamento do benefício encaminhado às instituições financeiras até que o
beneficiário realize a prova de vida, permitida a liberação do pagamento automaticamente pela instituição
financeira.

Art. 76. O Instituto Nacional do Seguro Social-INSS deverá proceder ao recadastramento de todos
aqueles que, por intermédio de procuração, recebem benefícios da Previdência Social.
§ 1º O documento de procuração deverá ser revalidado, anualmente, nos termos de norma definida pelo
INSS. (Incluído pela Lei nº 14.199, de 2021)
§ 2º Na hipótese de pagamento indevido de benefício a pessoa não autorizada, ou após o óbito do titular
do benefício, a instituição financeira é responsável pela devolução dos valores ao INSS, em razão do
descumprimento das obrigações a ela impostas por lei ou por força contratual (Incluído pela Lei nº 14.199,
de 2021)

LEI 8.213
Art. 124-A. (...)
(...)
§ 4º As ligações telefônicas realizadas de telefone fixo ou móvel que visem à solicitação dos serviços
referidos no § 1º deste artigo deverão ser gratuitas e serão consideradas de utilidade pública. (Incluído
pela Lei nº 14.199, de 2021)

Lei nº 14.200, de 2.9.2021 - Altera a Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996 (Lei de Propriedade Industrial),
para dispor sobre a licença compulsória de patentes ou de pedidos de patente nos casos de declaração
de emergência nacional ou internacional ou de interesse público, ou de reconhecimento de estado de
calamidade pública de âmbito nacional

LEI 9.279 (LPI)


Art. 71. Nos casos de emergência nacional ou internacional ou de interesse público declarados em lei ou
em ato do Poder Executivo federal, ou de reconhecimento de estado de calamidade pública de âmbito
nacional pelo Congresso Nacional, poderá ser concedida licença compulsória, de ofício, temporária e não
exclusiva, para a exploração da patente ou do pedido de patente, sem prejuízo dos direitos do respectivo

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titular, desde que seu titular ou seu licenciado não atenda a essa necessidade. (Redação dada pela Lei
nº 14.200, de 2021)
§ 1º O ato de concessão da licença estabelecerá seu prazo de vigência e a possibilidade de prorrogação.
(Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 14.200, de 2021)
§ 2º Nos casos previstos no caput deste artigo, o Poder Executivo federal publicará lista de patentes ou
de pedidos de patente, não aplicável o prazo de sigilo previsto no art. 30 desta Lei, potencialmente úteis
ao enfrentamento das situações previstas no caput deste artigo, no prazo de até 30 (trinta) dias após a
data de publicação da declaração de emergência ou de interesse público, ou do reconhecimento de
estado de calamidade pública, excluídos as patentes e os pedidos de patente que forem objetos de
acordos de transferência da tecnologia de produção ou de licenciamento voluntário capazes de assegurar
o atendimento da demanda interna, nos termos previstos em regulamento.
§ 3º Entes públicos, instituições de ensino e pesquisa e outras entidades representativas da sociedade e
do setor produtivo deverão ser consultados no processo de elaboração da lista de patentes ou de pedidos
de patente que poderão ser objeto de licença compulsória, nos termos previstos em regulamento.
§ 4º Qualquer instituição pública ou privada poderá apresentar pedido para inclusão de patente ou de
pedido de patente na lista referida no § 2º deste artigo.
§ 5º A lista referida no § 2º deste artigo conterá informações e dados suficientes para permitir a análise
individualizada acerca da utilidade de cada patente e pedido de patente e contemplará, pelo menos:
I – o número individualizado das patentes ou dos pedidos de patente que poderão ser objeto de licença
compulsória;
II – a identificação dos respectivos titulares;
III – a especificação dos objetivos para os quais será autorizado cada licenciamento compulsório.
§ 6º A partir da lista publicada nos termos do § 2º deste artigo, o Poder Executivo realizará, no prazo de
30 (trinta) dias, prorrogável por igual período, a avaliação individualizada das invenções e modelos de
utilidade listados e somente concederá a licença compulsória, de forma não exclusiva, para produtores
que possuam capacidade técnica e econômica comprovada para a produção do objeto da patente ou do
pedido de patente, desde que conclua pela sua utilidade no enfrentamento da situação que a fundamenta.
§ 7º Patentes ou pedidos de patente que ainda não tiverem sido objeto de licença compulsória poderão
ser excluídos da lista referida no § 2º deste artigo nos casos em que a autoridade competente definida
pelo Poder Executivo considerar que seus titulares assumiram compromissos objetivos capazes de
assegurar o atendimento da demanda interna em condições de volume, de preço e de prazo compatíveis
com as necessidades de emergência nacional ou internacional, de interesse público ou de estado de
calamidade pública de âmbito nacional por meio de uma ou mais das seguintes alternativas:
I – exploração direta da patente ou do pedido de patente no País;
II – licenciamento voluntário da patente ou do pedido de patente; ou
III – contratos transparentes de venda de produto associado à patente ou ao pedido de patente.
§ 8º (VETADO).
§ 9º (VETADO).
§ 10. (VETADO).
§ 11. As instituições públicas que possuírem informações, dados e documentos relacionados com o objeto
da patente ou do pedido de patente ficam obrigadas a compartilhar todos os elementos úteis à reprodução
do objeto licenciado, não aplicáveis, nesse caso, as normas relativas à proteção de dados nem o disposto
no inciso XIV do caput do art. 195 desta Lei.
§ 12. No arbitramento da remuneração do titular da patente ou do pedido de patente, serão consideradas
as circunstâncias de cada caso, observados, obrigatoriamente, o valor econômico da licença concedida,
a duração da licença e as estimativas de investimentos necessários para sua exploração, bem como os
custos de produção e o preço de venda no mercado nacional do produto a ela associado.

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§ 13. A remuneração do titular da patente ou do pedido de patente objeto de licença compulsória será
fixada em 1,5% (um inteiro e cinco décimos por cento) sobre o preço líquido de venda do produto a ela
associado até que seu valor venha a ser efetivamente estabelecido.
§ 14. A remuneração do titular do pedido de patente objeto de licença compulsória somente será devida
caso a patente venha a ser concedida, e o pagamento, correspondente a todo o período da licença,
deverá ser efetivado somente após a concessão da patente.
§ 15. A autoridade competente dará prioridade à análise dos pedidos de patente que forem objeto de
licença compulsória.
§ 16. Os produtos que estiverem sujeitos ao regime de vigilância sanitária deverão observar todos os
requisitos previstos na legislação sanitária e somente poderão ser comercializados após a concessão de
autorização, de forma definitiva ou para uso em caráter emergencial, pela autoridade sanitária federal,
nos termos previstos em regulamento.
§ 17. (VETADO).
§ 18. Independentemente da concessão de licença compulsória, o poder público dará prioridade à
celebração de acordos de cooperação técnica e de contratos com o titular da patente para a aquisição da
tecnologia produtiva e de seu processo de transferência.

Art. 71-A. Poderá ser concedida, por razões humanitárias e nos termos de tratado internacional do qual
a República Federativa do Brasil seja parte, licença compulsória de patentes de produtos destinados à
exportação a países com insuficiente ou nenhuma capacidade de fabricação no setor farmacêutico para
atendimento de sua população. (Incluído pela Lei nº 14.200, de 2021)

Lei Complementar nº 183, de 22.9.2021 - Altera a Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003,
para explicitar a incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) sobre o
monitoramento e rastreamento de veículos e carga.

LC 116
Art. 6º (...)
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1o deste artigo, são responsáveis
II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou intermediária dos serviços descritos nos
subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05, 7.09, 7.10, 7.12, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista anexa a
esta Lei Complementar, exceto na hipótese dos serviços do subitem 11.05, relacionados ao
monitoramento e rastreamento a distância, em qualquer via ou local, de veículos, cargas, pessoas e
semoventes em circulação ou movimento, realizados por meio de telefonia móvel, transmissão de
satélites, rádio ou qualquer outro meio, inclusive pelas empresas de Tecnologia da Informação Veicular,
independentemente de o prestador de serviços ser proprietário ou não da infraestrutura de
telecomunicações que utiliza; (Redação dada pela Lei Complementar nº 183, de 2021)

Emenda Constitucional nº 111, de 28.9.2021 - Altera a Constituição Federal para disciplinar a realização
de consultas populares concomitantes às eleições municipais, dispor sobre o instituto da fidelidade
partidária, alterar a data de posse de Governadores e do Presidente da República e estabelecer regras
transitórias para distribuição entre os partidos políticos dos recursos do fundo partidário e do Fundo
Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e para o funcionamento dos partidos políticos.

CF/88

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Art. 14 A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor
igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
(...)
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre questões
locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (noventa) dias
antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões submetidas às consultas populares nos
termos do § 12 ocorrerão durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda gratuita no
rádio e na televisão (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania
nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e
observados os seguintes preceitos:
(...)
§ 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Deputados Distritais e os Vereadores que se
desligarem do partido pelo qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de anuência
do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabelecidas em lei, não computada, em qualquer caso,
a migração de partido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de outros fundos
públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de
2021)

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de 4 (quatro) anos,
realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em
segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse
ocorrerá em 6 de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77 desta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de janeiro do ano
seguinte ao de sua eleição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)

OBS: As alterações efetuadas nos arts. 28 e 82 da Constituição Federal constantes do art. 1º desta
Emenda Constitucional, relativas às datas de posse de Governadores, de Vice-Governadores, do
Presidente e do Vice-Presidente da República, serão aplicadas somente a partir das eleições de 2026.

Lei nº 14.208, de 28.9.2021 - Altera a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995 (Lei dos Partidos
Políticos), e a Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições), para instituir as federações
de partidos políticos.

LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS


Art. 11-A. Dois ou mais partidos políticos poderão reunir-se em federação, a qual, após sua constituição
e respectivo registro perante o Tribunal Superior Eleitoral, atuará como se fosse uma única agremiação
partidária. (Incluído pela Lei nº 14.208, de 2021)
§ 1º Aplicam-se à federação de partidos todas as normas que regem o funcionamento parlamentar e a
fidelidade partidária.
§ 2º Assegura-se a preservação da identidade e da autonomia dos partidos integrantes de federação.
§ 3º A criação de federação obedecerá às seguintes regras:

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I – a federação somente poderá ser integrada por partidos com registro definitivo no Tribunal Superior
Eleitoral;
II – os partidos reunidos em federação deverão permanecer a ela filiados por, no mínimo, 4 (quatro) anos;
III – a federação poderá ser constituída até a data final do período de realização das convenções
partidárias;
IV – a federação terá abrangência nacional e seu registro será encaminhado ao Tribunal Superior
Eleitoral.
§ 4º O descumprimento do disposto no inciso II do § 3º deste artigo acarretará ao partido vedação de
ingressar em federação, de celebrar coligação nas 2 (duas) eleições seguintes e, até completar o prazo
mínimo remanescente, de utilizar o fundo partidário.
§ 5º Na hipótese de desligamento de 1 (um) ou mais partidos, a federação continuará em funcionamento,
até a eleição seguinte, desde que nela permaneçam 2 (dois) ou mais partidos.
§ 6º O pedido de registro de federação de partidos encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral será
acompanhado dos seguintes documentos:
I – cópia da resolução tomada pela maioria absoluta dos votos dos órgãos de deliberação nacional de
cada um dos partidos integrantes da federação;
II – cópia do programa e do estatuto comuns da federação constituída;
III – ata de eleição do órgão de direção nacional da federação.
§ 7º O estatuto de que trata o inciso II do § 6º deste artigo definirá as regras para a composição da lista
da federação para as eleições proporcionais.
§ 8º Aplicam-se à federação de partidos todas as normas que regem as atividades dos partidos políticos
no que diz respeito às eleições, inclusive no que se refere à escolha e registro de candidatos para as
eleições majoritárias e proporcionais, à arrecadação e aplicação de recursos em campanhas eleitorais, à
propaganda eleitoral, à contagem de votos, à obtenção de cadeiras, à prestação de contas e à
convocação de suplentes.
§ 9º Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, de partido que
integra federação.

LEI DAS ELEIÇÕES


Art. 6º-A Aplicam-se à federação de partidos de que trata o art. 11-A da Lei nº 9.096, de 19 de setembro
de 1995 (Lei dos Partidos Políticos), todas as normas que regem as atividades dos partidos políticos no
que diz respeito às eleições, inclusive no que se refere à escolha e registro de candidatos para as eleições
majoritárias e proporcionais, à arrecadação e aplicação de recursos em campanhas eleitorais, à
propaganda eleitoral, à contagem de votos, à obtenção de cadeiras, à prestação de contas e à
convocação de suplentes. (Incluído pela Lei nº 14.208, de 2021)
Parágrafo único. É vedada a formação de federação de partidos após o prazo de realização das
convenções partidárias. (Incluído pela Lei nº 14.208, de 2021)

Lei Complementar nº 184, de 29.9.2021 - Altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990,
para excluir da incidência de inelegibilidade responsáveis que tenham tido contas julgadas irregulares
sem imputação de débito e com condenação exclusiva ao pagamento de multa.

LC 64
Art. 1º São inelegíveis:
I - para qualquer cargo:
g) os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por
irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível
do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as

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eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-
se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem
exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 135, de 2010)
(...)
§ 4º-A. A inelegibilidade prevista na alínea “g” do inciso I do caput deste artigo não se aplica aos
responsáveis que tenham tido suas contas julgadas irregulares sem imputação de débito e
sancionados exclusivamente com o pagamento de multa. (Incluído pela Lei Complementar nº 184,
de 2021)

OUTUBRO

Lei nº 14.210, de 30.9.2021 - Acrescenta o Capítulo XI-A à Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, para
dispor sobre a decisão coordenada no âmbito da administração pública federal.

LEI DO PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI 9.784)

CAPÍTULO XI-A
DA DECISÃO COORDENADA
(Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021)
Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões administrativas que exijam a
participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos ou entidades poderão ser tomadas mediante decisão
coordenada, sempre que:
I - for justificável pela relevância da matéria; e
II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo administrativo decisório.
§ 1º Para os fins desta Lei, considera-se decisão coordenada a instância de natureza interinstitucional ou
intersetorial que atua de forma compartilhada com a finalidade de simplificar o processo administrativo
mediante participação concomitante de todas as autoridades e agentes decisórios e dos responsáveis
pela instrução técnico-jurídica, observada a natureza do objeto e a compatibilidade do procedimento e de
sua formalização com a legislação pertinente.
§ 2º (VETADO).
§ 3º (VETADO).
§ 4º A decisão coordenada não exclui a responsabilidade originária de cada órgão ou autoridade
envolvida.
§ 5º A decisão coordenada obedecerá aos princípios da legalidade, da eficiência e da transparência, com
utilização, sempre que necessário, da simplificação do procedimento e da concentração das instâncias
decisórias.
§ 6º Não se aplica a decisão coordenada aos processos administrativos:
I - de licitação;
II - relacionados ao poder sancionador; ou
III - em que estejam envolvidas autoridades de Poderes distintos.

Art. 49-B. Poderão habilitar-se a participar da decisão coordenada, na qualidade de ouvintes, os


interessados de que trata o art. 9º desta Lei.
Parágrafo único. A participação na reunião, que poderá incluir direito a voz, será deferida por decisão
irrecorrível da autoridade responsável pela convocação da decisão coordenada.

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Art. 49-C. (VETADO).

Art. 49-D. Os participantes da decisão coordenada deverão ser intimados na forma do art. 26 desta Lei.

Art. 49-E. Cada órgão ou entidade participante é responsável pela elaboração de documento específico
sobre o tema atinente à respectiva competência, a fim de subsidiar os trabalhos e integrar o processo da
decisão coordenada.
Parágrafo único. O documento previsto no caput deste artigo abordará a questão objeto da decisão
coordenada e eventuais precedentes.

Art. 49-F. Eventual dissenso na solução do objeto da decisão coordenada deverá ser manifestado durante
as reuniões, de forma fundamentada, acompanhado das propostas de solução e de alteração necessárias
para a resolução da questão.
Parágrafo único. Não poderá ser arguida matéria estranha ao objeto da convocação.

Art. 49-G. A conclusão dos trabalhos da decisão coordenada será consolidada em ata, que conterá as
seguintes informações:
I - relato sobre os itens da pauta;
II - síntese dos fundamentos aduzidos;
III - síntese das teses pertinentes ao objeto da convocação;
IV - registro das orientações, das diretrizes, das soluções ou das propostas de atos governamentais
relativos ao objeto da convocação;
V - posicionamento dos participantes para subsidiar futura atuação governamental em matéria idêntica
ou similar; e
VI - decisão de cada órgão ou entidade relativa à matéria sujeita à sua competência.
§ 1º Até a assinatura da ata, poderá ser complementada a fundamentação da decisão da autoridade ou
do agente a respeito de matéria de competência do órgão ou da entidade representada.
§ 2º (VETADO).
§ 3º A ata será publicada por extrato no Diário Oficial da União, do qual deverão constar, além do registro
referido no inciso IV do caput deste artigo, os dados identificadores da decisão coordenada e o órgão e
o local em que se encontra a ata em seu inteiro teor, para conhecimento dos interessados.

Lei nº 14.211, de 1º.10.2021 - Altera a Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), e a Lei n º
9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições), para ajustar a sua redação à vedação constitucional
de coligações nas eleições proporcionais; para fixar critérios para a participação dos partidos e dos
candidatos na distribuição dos lugares pelo critério das maiores médias nas eleições proporcionais; e
para reduzir o limite de candidatos que cada partido poderá registrar nas eleições proporcionais

CÓDIGO ELEITORAL
Art. 23-A. A competência normativa regulamentar prevista no parágrafo único do art. 1º e no inciso IX do
caput do art. 23 deste Código restringe-se a matérias especificamente autorizadas em lei, sendo vedado
ao Tribunal Superior Eleitoral tratar de matéria relativa à organização dos partidos políticos. (Incluído
pela Lei nº14.211, de 2021)

Art. 91. (...)


(...)
§ 3º É facultado aos partidos políticos celebrar coligações no registro de candidatos às eleições
majoritárias. (Incluído pela Lei nº14.211, de 2021)

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Art. 107. Determina-se para cada partido o quociente partidário dividindo-se pelo quociente eleitoral o
número de votos válidos dados sob a mesma legenda, desprezada a fração. (Redação dada pela
Lei nº14.211, de 2021)

Art. 108. Estarão eleitos, entre os candidatos registrados por um partido que tenham obtido votos em
número igual ou superior a 10% (dez por cento) do quociente eleitoral, tantos quantos o respectivo
quociente partidário indicar, na ordem da votação nominal que cada um tenha recebido. (Redação dada
pela Lei nº14.211, de 2021)
(...)

Art. 109. Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários e em razão da exigência
de votação nominal mínima a que se refere o art. 108 serão distribuídos de acordo com as seguintes
regras:
I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada partido pelo número de lugares por ele obtido
mais 1 (um), cabendo ao partido que apresentar a maior média um dos lugares a preencher, desde que
tenha candidato que atenda à exigência de votação nominal mínima; (Redação dada pela Lei nº14.211,
de 2021)
(...)
III - quando não houver mais partidos com candidatos que atendam às duas exigências do inciso I deste
caput, as cadeiras serão distribuídas aos partidos que apresentarem as maiores médias. (Redação
dada pela Lei nº14.211, de 2021)
§ 1º O preenchimento dos lugares com que cada partido for contemplado far-se-á segundo a ordem de
votação recebida por seus candidatos. (Redação dada pela Lei nº14.211, de 2021)
§ 2º Poderão concorrer à distribuição dos lugares todos os partidos que participaram do pleito, desde que
tenham obtido pelo menos 80% (oitenta por cento) do quociente eleitoral, e os candidatos que tenham
obtido votos em número igual ou superior a 20% (vinte por cento) desse quociente. (Redação dada
pela Lei nº14.211, de 2021)

Art. 111. Se nenhum partido alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos, até serem
preenchidos todos os lugares, os candidatos mais votados. (Redação dada pela Lei nº14.211, de
2021)

LEI DAS ELEIÇÕES


Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição
majoritária. (Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021)

Art. 10. Cada partido poderá registrar candidatos para a Câmara dos Deputados, a Câmara Legislativa,
as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais no total de até 100% (cem por cento) do número
de lugares a preencher mais 1 (um). (Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021)
(Incisos I e II revogados)
(§§ 6º e 7º vetados)

Art. 15 (...)
(...)
§ 3º Os candidatos de coligações majoritárias serão registrados com o número de legenda do respectivo
partido. (Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021)

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Art. 46. Independentemente da veiculação de propaganda eleitoral gratuita no horário definido nesta Lei,
é facultada a transmissão por emissora de rádio ou televisão de debates sobre as eleições majoritária ou
proporcional, assegurada a participação de candidatos dos partidos com representação no Congresso
Nacional, de, no mínimo, cinco parlamentares, e facultada a dos demais, observado o seguinte:
(...)
II - nas eleições proporcionais, os debates deverão ser organizados de modo que assegurem a presença
de número equivalente de candidatos de todos os partidos a um mesmo cargo eletivo e poderão
desdobrar-se em mais de um dia, respeitada a proporção de homens e mulheres estabelecida no § 3º do
art. 10 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.211, de 2021)
(...)
§ 5º Para os debates que se realizarem no primeiro turno das eleições, serão consideradas aprovadas as
regras, inclusive as que definirem o número de participantes, que obtiverem a concordância de pelo
menos 2/3 (dois terços) dos candidatos aptos, no caso de eleição majoritária, e de pelo menos 2/3 (dois
terços) dos partidos com candidatos aptos, no caso de eleição proporcional. (Redação dada pela Lei nº
14.211, de 2021)

Art. 47 (...)
(...)
§ 2º Os horários reservados à propaganda de cada eleição, nos termos do § 1º, serão distribuídos entre
todos os partidos e coligações que tenham candidato, observados os seguintes critérios: (Redação dada
pela Lei nº 12.875, de 2013) (Vide ADI-5105)
I - 90% (noventa por cento) distribuídos proporcionalmente ao número de representantes na Câmara dos
Deputados, considerado, no caso de coligação para as eleições majoritárias, o resultado da soma do
número de representantes dos 6 (seis) maiores partidos que a integrem; (Redação dada pela Lei nº
14.211, de 2021)

Lei nº 14.229, de 21.10.2021 - Altera a Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985, e a Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para dispor sobre a fiscalização do excesso
de peso dos veículos; altera a Lei nº 10.209, de 23 de março de 2001, para dispor sobre a prescrição
da cobrança de multa ou indenização nos termos que especifica; e dá outras providências.

CTB
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das rodovias e estradas federais:
(...)
XIII - realizar perícia administrativa nos locais de acidentes de trânsito.

Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veículo cujo peso e dimensões atenderem aos
limites estabelecidos pelo CONTRAN.
(...)
§ 4º Somente poderá haver autuação, por ocasião da pesagem do veículo, quando o veículo ou a
combinação de veículos ultrapassar os limites de peso fixados, acrescidos da respectiva tolerância.
§ 5º O fabricante fará constar em lugar visível da estrutura do veículo e no Renavam o limite técnico de
peso por eixo, na forma definida pelo Contran

Art. 101. Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no transporte de carga que não se enquadre
nos limites de peso e dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com
circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem ou

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por período, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias, conforme regulamentação


do Contran.
(...)
§ 4º O Contran estabelecerá os requisitos mínimos e específicos a serem observados pela autoridade
com circunscrição sobre a via para a concessão da autorização de que trata o caput deste artigo quando
o veículo ou a combinação de veículos trafegar exclusivamente em via rural não pavimentada, os quais
deverão contemplar o caráter diferenciado e regional dessas vias (Lei 14.229).

Art. 131 (...)


§ 4º As informações referentes às campanhas de chamamento de consumidores para substituição ou
reparo de veículos realizadas a partir de 1º de outubro de 2019 e não atendidas no prazo de 1 (um) ano,
contado da data de sua comunicação, deverão constar do Certificado de Licenciamento Anual. (Redação
dada pela Lei nº 14.229, de 2021)
(...)
§ 6º O Contran regulamentará a inserção dos dados no Certificado de Licenciamento Anual referentes às
campanhas de chamamento de consumidores para substituição ou reparo de veículos realizadas antes
da data prevista no § 4º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)

Art. 257 (...)


§ 8º Após o prazo previsto no § 7º deste artigo, se o infrator não tiver sido identificado, e o veículo for de
propriedade de pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo, mantida a originada
pela infração, cujo valor será igual a 2 (duas) vezes o da multa originária, garantidos o direito de defesa
prévia e de interposição de recursos previstos neste Código, na forma estabelecida pelo Contran.

Art. 271 (...)


§ 9º-A. Quando não for possível sanar a irregularidade no local da infração, o veículo, desde que ofereça
condições de segurança para circulação, será liberado e entregue a condutor regularmente habilitado,
mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual, contra a apresentação de recibo, e prazo
razoável, não superior a 15 (quinze) dias, será assinalado ao condutor para regularizar a situação, o qual
será considerado notificado para essa finalidade na mesma ocasião. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)
§ 9º-B. O disposto no § 9º-A deste artigo não se aplica às infrações previstas no inciso V do caput do art.
230 e no inciso VIII do caput do art. 231 deste Código. (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)
§ 9º-C. Não efetuada a regularização no prazo referido no § 9º-A deste artigo, será feito registro de
restrição administrativa no Renavam por órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados ou do
Distrito Federal, o qual será retirado após comprovada a regularização (Incluído pela Lei nº 14.229, de
2021)
§ 9º-D. O descumprimento da obrigação estabelecida no § 9º-A deste artigo resultará em recolhimento
do veículo ao depósito, aplicando-se, nesse caso, o disposto neste artigo (Incluído pela Lei nº 14.229, de
2021)

Art. 282. Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja apresentada no prazo estabelecido, será
aplicada a penalidade e expedida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, por remessa postal
ou por qualquer outro meio tecnológico hábil que assegure a ciência da imposição da penalidade
(Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021)
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço do proprietário do veículo ou por recusa em
recebê-la será considerada válida para todos os efeitos (Redação dada pela Lei nº 14.229, de 2021)
(...)

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§ 6º O prazo para expedição das notificações das penalidades previstas no art. 256 deste Código é de
180 (cento e oitenta) dias ou, se houver interposição de defesa prévia, de 360 (trezentos e sessenta) dias,
contado:
I - no caso das penalidades previstas nos incisos I e II do caput do art. 256 deste Código, da data do
cometimento da infração;
II - no caso das demais penalidades previstas no art. 256 deste Código, da conclusão do processo
administrativo da penalidade que lhe der causa.
§ 6º-A. Para fins de aplicação do inciso I do § 6º deste artigo, no caso das autuações que não sejam em
flagrante, o prazo será contado da data do conhecimento da infração pelo órgão de trânsito responsável
pela aplicação da penalidade, na forma definida pelo Contran.
§ 7º O descumprimento dos prazos previstos no § 6º deste artigo implicará a decadência do direito de
aplicar a respectiva penalidade.

Art. 285. O recurso contra a penalidade imposta nos termos do art. 282 deste Código será interposto
perante a autoridade que imputou a penalidade e terá efeito suspensivo.
§ 1º O recurso intempestivo ou interposto por parte ilegítima não terá efeito suspensivo.
§ 2º Recebido o recurso tempestivo, a autoridade o remeterá à Jari, no prazo de 10 (dez) dias, contado
da data de sua interposição.
§ 3º (Revogado).
(...)
§ 5º O recurso intempestivo será arquivado.
§ 6º O recurso de que trata o caput deste artigo deverá ser julgado no prazo de 24 (vinte e quatro) meses,
contado do recebimento do recurso pelo órgão julgador.

Art. 289. O recurso de que trata o art. 288 deste Código deverá ser julgado no prazo de 24 (vinte e quatro)
meses, contado do recebimento do recurso pelo órgão julgador:
(...)
Parágrafo único. No caso do inciso I do caput deste artigo:
I - quando houver apenas 1 (uma) Jari, o recurso será julgado por seus membros;
II - quando necessário, novos colegiados especiais poderão ser formados, compostos pelo Presidente da
Junta que apreciou o recurso e por mais 2 (dois) Presidentes de Junta, na forma estabelecida pelo
Contran

Art. 289-A. O não julgamento dos recursos nos prazos previstos no § 6º do art. 285 e no caput do art. 289
deste Código ensejará a prescrição da pretensão punitiva.

Art. 290-A. Os prazos processuais de que trata este Código não se suspendem, salvo por motivo de força
maior devidamente comprovado, nos termos de regulamento do Contran

Art. 338-A. As competências previstas no inciso XV do caput do art. 21 e no inciso XXII do caput do art.
24 deste Código serão atribuídas aos órgãos ou entidades descritos no caput dos referidos artigos a partir
de 1º de janeiro de 2024 (Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)
Parágrafo único. Até 31 de dezembro de 2023, as competências a que se refere o caput deste artigo
serão exercidas pelos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal
(Incluído pela Lei nº 14.229, de 2021)

OBS: VIGÊNCIA:
Art. 7º Esta Lei entra em vigor:

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I - na data de sua publicação, quanto aos arts. 1º, 3º, 4º e 5º, ao inciso I do art. 6º, às alterações do art.
2º aos arts. 131, 271 e 282 e, também no art. 2º, à inclusão do art. 338-A na Lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro);
II - em 1º de janeiro de 2024, quanto às alterações ao caput do art. 289 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro
de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), e quanto aos acréscimos do § 6º ao art. 285 e do art. 289-A ao
referido Código, todos do art. 2º desta Lei;
III - após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial, quanto aos demais dispositivos.

Lei nº 14.230, de 25.10.2021 - Altera a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, que dispõe sobre
improbidade administrativa.

LEI 8429/92
Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade administrativa tutelará a probidade na
organização do Estado e no exercício de suas funções, como forma de assegurar a integridade do
patrimônio público e social, nos termos desta Lei.
Parágrafo único. (Revogado).
§ 1º Consideram-se atos de improbidade administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e
11 desta Lei, ressalvados tipos previstos em leis especiais.
§ 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º,
10 e 11 desta Lei, não bastando a voluntariedade do agente.
§ 3º O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas, sem comprovação de ato
doloso com fim ilícito, afasta a responsabilidade por ato de improbidade administrativa.
§ 4º Aplicam-se ao sistema da improbidade disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais do direito
administrativo sancionador.
§ 5º Os atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado e no exercício de suas funções
e a integridade do patrimônio público e social dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como
da administração direta e indireta, no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.
§ 6º Estão sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de
entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de entes públicos ou
governamentais, previstos no § 5º deste artigo.
§ 7º Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta Lei os atos
de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja criação ou custeio o erário
haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita atual, limitado o ressarcimento de prejuízos,
nesse caso, à repercussão do ilícito sobre a contribuição dos cofres públicos.
§ 8º Não configura improbidade a ação ou omissão decorrente de divergência interpretativa da lei,
baseada em jurisprudência, ainda que não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente
prevalecente nas decisões dos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário.

Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente político, o servidor público e todo
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas
entidades referidas no art. 1º desta Lei.
Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, sujeita-se às sanções previstas nesta
Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que celebra com a administração pública convênio, contrato de
repasse, contrato de gestão, termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente.

Art. 3º As disposições desta Lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente
público, induza ou concorra dolosamente para a prática do ato de improbidade.

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§ 1º Os sócios, os cotistas, os diretores e os colaboradores de pessoa jurídica de direito privado não


respondem pelo ato de improbidade que venha a ser imputado à pessoa jurídica, salvo se,
comprovadamente, houver participação e benefícios diretos, caso em que responderão nos limites da sua
participação.
§ 2º As sanções desta Lei não se aplicarão à pessoa jurídica, caso o ato de improbidade administrativa
seja também sancionado como ato lesivo à administração pública de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de
agosto de 2013.

Art. 7º Se houver indícios de ato de improbidade, a autoridade que conhecer dos fatos representará ao
Ministério Público competente, para as providências necessárias.
Parágrafo único. (Revogado)

Art. 8º O sucessor ou o herdeiro daquele que causar dano ao erário ou que se enriquecer ilicitamente
estão sujeitos apenas à obrigação de repará-lo até o limite do valor da herança ou do patrimônio
transferido.”

Art. 8º-A A responsabilidade sucessória de que trata o art. 8º desta Lei aplica-se também na hipótese de
alteração contratual, de transformação, de incorporação, de fusão ou de cisão societária.
Parágrafo único. Nas hipóteses de fusão e de incorporação, a responsabilidade da sucessora será restrita
à obrigação de reparação integral do dano causado, até o limite do patrimônio transferido, não lhe sendo
aplicáveis as demais sanções previstas nesta Lei decorrentes de atos e de fatos ocorridos antes da data
da fusão ou da incorporação, exceto no caso de simulação ou de evidente intuito de fraude, devidamente
comprovados.”

Art. 9º Constitui ato de improbidade administrativa importando em enriquecimento ilícito auferir, mediante
a prática de ato doloso, qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo,
de mandato, de função, de emprego ou de atividade nas entidades referidas no art. 1º desta Lei, e
notadamente:
(...)
IV - utilizar, em obra ou serviço particular, qualquer bem móvel, de propriedade ou à disposição de
qualquer das entidades referidas no art. 1º desta Lei, bem como o trabalho de servidores, de empregados
ou de terceiros contratados por essas entidades;
(...)
VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa
sobre qualquer dado técnico que envolva obras públicas ou qualquer outro serviço ou sobre quantidade,
peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades
referidas no art. 1º desta Lei;
VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, de cargo, de emprego ou de função
pública, e em razão deles, bens de qualquer natureza, decorrentes dos atos descritos no caput deste
artigo, cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público, assegurada
a demonstração pelo agente da licitude da origem dessa evolução;

Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão
dolosa, que enseje, efetiva e comprovadamente, perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento
ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta Lei, e notadamente: (Redação
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - facilitar ou concorrer, por qualquer forma, para a indevida incorporação ao patrimônio particular, de
pessoa física ou jurídica, de bens, de rendas, de verbas ou de valores integrantes do acervo patrimonial
das entidades referidas no art. 1º desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

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(...)
VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou de processo seletivo para celebração de parcerias com
entidades sem fins lucrativos, ou dispensá-los indevidamente, acarretando perda patrimonial efetiva;
(...)
X - agir ilicitamente na arrecadação de tributo ou de renda, bem como no que diz respeito à conservação
do patrimônio público;
(...)
XIX - agir para a configuração de ilícito na celebração, na fiscalização e na análise das prestações de
contas de parcerias firmadas pela administração pública com entidades privadas;
(...)
XXI - (revogado);
XXII - conceder, aplicar ou manter benefício financeiro ou tributário contrário ao que dispõem o caput e o
§ 1º do art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003.
§ 1º Nos casos em que a inobservância de formalidades legais ou regulamentares não implicar perda
patrimonial efetiva, não ocorrerá imposição de ressarcimento, vedado o enriquecimento sem causa das
entidades referidas no art. 1º desta Lei.
§ 2º A mera perda patrimonial decorrente da atividade econômica não acarretará improbidade
administrativa, salvo se comprovado ato doloso praticado com essa finalidade.

Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração
pública a ação ou omissão dolosa que viole os deveres de honestidade, de imparcialidade e de legalidade,
caracterizada por uma das seguintes condutas:
I - (revogado);
II - (revogado);
III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em
segredo, propiciando beneficiamento por informação privilegiada ou colocando em risco a segurança da
sociedade e do Estado;
IV - negar publicidade aos atos oficiais, exceto em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da
sociedade e do Estado ou de outras hipóteses instituídas em lei;
V - frustrar, em ofensa à imparcialidade, o caráter concorrencial de concurso público, de chamamento ou
de procedimento licitatório, com vistas à obtenção de benefício próprio, direto ou indireto, ou de terceiros;
VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo, desde que disponha das condições para
isso, com vistas a ocultar irregularidades;
(...)
IX - (revogado);
X - (revogado);
XI - nomear cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau,
inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda,
de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas;
XII - praticar, no âmbito da administração pública e com recursos do erário, ato de publicidade que
contrarie o disposto no § 1º do art. 37 da Constituição Federal, de forma a promover inequívoco
enaltecimento do agente público e personalização de atos, de programas, de obras, de serviços ou de
campanhas dos órgãos públicos.
§ 1º Nos termos da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, promulgada pelo Decreto nº
5.687, de 31 de janeiro de 2006, somente haverá improbidade administrativa, na aplicação deste artigo,
quando for comprovado na conduta funcional do agente público o fim de obter proveito ou benefício
indevido para si ou para outra pessoa ou entidade.

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§ 2º Aplica-se o disposto no § 1º deste artigo a quaisquer atos de improbidade administrativa tipificados


nesta Lei e em leis especiais e a quaisquer outros tipos especiais de improbidade administrativa instituídos
por lei.
§ 3º O enquadramento de conduta funcional na categoria de que trata este artigo pressupõe a
demonstração objetiva da prática de ilegalidade no exercício da função pública, com a indicação das
normas constitucionais, legais ou infralegais violadas.
§ 4º Os atos de improbidade de que trata este artigo exigem lesividade relevante ao bem jurídico tutelado
para serem passíveis de sancionamento e independem do reconhecimento da produção de danos ao
erário e de enriquecimento ilícito dos agentes públicos.
§ 5º Não se configurará improbidade a mera nomeação ou indicação política por parte dos detentores de
mandatos eletivos, sendo necessária a aferição de dolo com finalidade ilícita por parte do agente.

Art. 12. Independentemente do ressarcimento integral do dano patrimonial, se efetivo, e das sanções
penais comuns e de responsabilidade, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o
responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada
ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - na hipótese do art. 9º desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, perda
da função pública, suspensão dos direitos políticos até 14 (catorze) anos, pagamento de multa civil
equivalente ao valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o poder público ou de receber
benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa
jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 14 (catorze) anos;
II - na hipótese do art. 10 desta Lei, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se
concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos até 12 (doze)
anos, pagamento de multa civil equivalente ao valor do dano e proibição de contratar com o poder público
ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por
intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 12 (doze) anos;
III - na hipótese do art. 11 desta Lei, pagamento de multa civil de até 24 (vinte e quatro) vezes o valor da
remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o poder público ou de receber benefícios
ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica
da qual seja sócio majoritário, pelo prazo não superior a 4 (quatro) anos;
IV - (revogado).
Parágrafo único. (Revogado).
§ 1º A sanção de perda da função pública, nas hipóteses dos incisos I e II do caput deste artigo, atinge
apenas o vínculo de mesma qualidade e natureza que o agente público ou político detinha com o poder
público na época do cometimento da infração, podendo o magistrado, na hipótese do inciso I do caput
deste artigo, e em caráter excepcional, estendê-la aos demais vínculos, consideradas as circunstâncias
do caso e a gravidade da infração.
§ 2º A multa pode ser aumentada até o dobro, se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica
do réu, o valor calculado na forma dos incisos I, II e III do caput deste artigo é ineficaz para reprovação
e prevenção do ato de improbidade.
§ 3º Na responsabilização da pessoa jurídica, deverão ser considerados os efeitos econômicos e sociais
das sanções, de modo a viabilizar a manutenção de suas atividades.
§ 4º Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a sanção de proibição de
contratação com o poder público pode extrapolar o ente público lesado pelo ato de improbidade,
observados os impactos econômicos e sociais das sanções, de forma a preservar a função social da
pessoa jurídica, conforme disposto no § 3º deste artigo.
§ 5º No caso de atos de menor ofensa aos bens jurídicos tutelados por esta Lei, a sanção limitar-se-á à
aplicação de multa, sem prejuízo do ressarcimento do dano e da perda dos valores obtidos, quando for o
caso, nos termos do caput deste artigo.

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§ 6º Se ocorrer lesão ao patrimônio público, a reparação do dano a que se refere esta Lei deverá deduzir
o ressarcimento ocorrido nas instâncias criminal, civil e administrativa que tiver por objeto os mesmos
fatos.
§ 7º As sanções aplicadas a pessoas jurídicas com base nesta Lei e na Lei nº 12.846, de 1º de agosto de
2013, deverão observar o princípio constitucional do non bis in idem.
§ 8º A sanção de proibição de contratação com o poder público deverá constar do Cadastro Nacional de
Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) de que trata a Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013,
observadas as limitações territoriais contidas em decisão judicial, conforme disposto no § 4º deste artigo.
§ 9º As sanções previstas neste artigo somente poderão ser executadas após o trânsito em julgado da
sentença condenatória.
§ 10. Para efeitos de contagem do prazo da sanção de suspensão dos direitos políticos, computar-se-á
retroativamente o intervalo de tempo entre a decisão colegiada e o trânsito em julgado da sentença
condenatória

Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração de
imposto de renda e proventos de qualquer natureza, que tenha sido apresentada à Secretaria Especial
da Receita Federal do Brasil, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. (Redação dada
pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º (Revogado).
§ 2º A declaração de bens a que se refere o caput deste artigo será atualizada anualmente e na data em
que o agente público deixar o exercício do mandato, do cargo, do emprego ou da função.
§ 3º Será apenado com a pena de demissão, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público
que se recusar a prestar a declaração dos bens a que se refere o caput deste artigo dentro do prazo
determinado ou que prestar declaração falsa.
§ 4º (Revogado)

Art. 14 (...)
(...)
§ 3º Atendidos os requisitos da representação, a autoridade determinará a imediata apuração dos fatos,
observada a legislação que regula o processo administrativo disciplinar aplicável ao agente. (Redação
dada pela Lei nº 14.230, de 2021)

Art. 16. Na ação por improbidade administrativa poderá ser formulado, em caráter antecedente ou
incidente, pedido de indisponibilidade de bens dos réus, a fim de garantir a integral recomposição do
erário ou do acréscimo patrimonial resultante de enriquecimento ilícito. (Redação dada pela Lei nº 14.230,
de 2021)
§ 1º (Revogado).
§ 1º-A O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo poderá ser formulado
independentemente da representação de que trata o art. 7º desta Lei.
§ 2º Quando for o caso, o pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo incluirá
a investigação, o exame e o bloqueio de bens, contas bancárias e aplicações financeiras mantidas pelo
indiciado no exterior, nos termos da lei e dos tratados internacionais.
§ 3º O pedido de indisponibilidade de bens a que se refere o caput deste artigo apenas será deferido
mediante a demonstração no caso concreto de perigo de dano irreparável ou de risco ao resultado útil do
processo, desde que o juiz se convença da probabilidade da ocorrência dos atos descritos na petição
inicial com fundamento nos respectivos elementos de instrução, após a oitiva do réu em 5 (cinco) dias.
§ 4º A indisponibilidade de bens poderá ser decretada sem a oitiva prévia do réu, sempre que o
contraditório prévio puder comprovadamente frustrar a efetividade da medida ou houver outras
circunstâncias que recomendem a proteção liminar, não podendo a urgência ser presumida.

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§ 5º Se houver mais de um réu na ação, a somatória dos valores declarados indisponíveis não poderá
superar o montante indicado na petição inicial como dano ao erário ou como enriquecimento ilícito.
§ 6º O valor da indisponibilidade considerará a estimativa de dano indicada na petição inicial, permitida a
sua substituição por caução idônea, por fiança bancária ou por seguro-garantia judicial, a requerimento
do réu, bem como a sua readequação durante a instrução do processo.
§ 7º A indisponibilidade de bens de terceiro dependerá da demonstração da sua efetiva concorrência para
os atos ilícitos apurados ou, quando se tratar de pessoa jurídica, da instauração de incidente de
desconsideração da personalidade jurídica, a ser processado na forma da lei processual.
§ 8º Aplica-se à indisponibilidade de bens regida por esta Lei, no que for cabível, o regime da tutela
provisória de urgência da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 9º Da decisão que deferir ou indeferir a medida relativa à indisponibilidade de bens caberá agravo de
instrumento, nos termos da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 10. A indisponibilidade recairá sobre bens que assegurem exclusivamente o integral ressarcimento do
dano ao erário, sem incidir sobre os valores a serem eventualmente aplicados a título de multa civil ou
sobre acréscimo patrimonial decorrente de atividade lícita.
§ 11. A ordem de indisponibilidade de bens deverá priorizar veículos de via terrestre, bens imóveis, bens
móveis em geral, semoventes, navios e aeronaves, ações e quotas de sociedades simples e empresárias,
pedras e metais preciosos e, apenas na inexistência desses, o bloqueio de contas bancárias, de forma a
garantir a subsistência do acusado e a manutenção da atividade empresária ao longo do processo.
§ 12. O juiz, ao apreciar o pedido de indisponibilidade de bens do réu a que se refere o caput deste artigo,
observará os efeitos práticos da decisão, vedada a adoção de medida capaz de acarretar prejuízo à
prestação de serviços públicos.
§ 13. É vedada a decretação de indisponibilidade da quantia de até 40 (quarenta) salários mínimos
depositados em caderneta de poupança, em outras aplicações financeiras ou em conta-corrente.
§ 14. É vedada a decretação de indisponibilidade do bem de família do réu, salvo se comprovado que o
imóvel seja fruto de vantagem patrimonial indevida, conforme descrito no art. 9º desta Lei

Art. 17. A ação para a aplicação das sanções de que trata esta Lei será proposta pelo Ministério Público
e seguirá o procedimento comum previsto na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo
Civil), salvo o disposto nesta Lei. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º (Revogado).
§ 2º (Revogado).
§ 3º (Revogado).
§ 4º (Revogado).
§ 4º-A A ação a que se refere o caput deste artigo deverá ser proposta perante o foro do local onde ocorrer
o dano ou da pessoa jurídica prejudicada.
§ 5º A propositura da ação a que se refere o caput deste artigo prevenirá a competência do juízo para
todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto.
§ 6º A petição inicial observará o seguinte:
I - deverá individualizar a conduta do réu e apontar os elementos probatórios mínimos que demonstrem
a ocorrência das hipóteses dos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei e de sua autoria, salvo impossibilidade
devidamente fundamentada;
II - será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da veracidade dos
fatos e do dolo imputado ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer
dessas provas, observada a legislação vigente, inclusive as disposições constantes dos arts. 77 e 80 da
Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 6º-A O Ministério Público poderá requerer as tutelas provisórias adequadas e necessárias, nos termos
dos arts. 294 a 310 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).

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§ 6º-B A petição inicial será rejeitada nos casos do art. 330 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015
(Código de Processo Civil), bem como quando não preenchidos os requisitos a que se referem os incisos
I e II do § 6º deste artigo, ou ainda quando manifestamente inexistente o ato de improbidade imputado.
§ 7º Se a petição inicial estiver em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a citação dos
requeridos para que a contestem no prazo comum de 30 (trinta) dias, iniciado o prazo na forma do art.
231 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 8º (Revogado).
§ 9º (Revogado).
§ 9º-A Da decisão que rejeitar questões preliminares suscitadas pelo réu em sua contestação caberá
agravo de instrumento.
§ 10. (Revogado).
(...)
§ 10-B. Oferecida a contestação e, se for o caso, ouvido o autor, o juiz:
I - procederá ao julgamento conforme o estado do processo, observada a eventual inexistência manifesta
do ato de improbidade;
II - poderá desmembrar o litisconsórcio, com vistas a otimizar a instrução processual.
§ 10-C. Após a réplica do Ministério Público, o juiz proferirá decisão na qual indicará com precisão a
tipificação do ato de improbidade administrativa imputável ao réu, sendo-lhe vedado modificar o fato
principal e a capitulação legal apresentada pelo autor.
§ 10-D. Para cada ato de improbidade administrativa, deverá necessariamente ser indicado apenas um
tipo dentre aqueles previstos nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei.
§ 10-E. Proferida a decisão referida no § 10-C deste artigo, as partes serão intimadas a especificar as
provas que pretendem produzir.
§ 10-F. Será nula a decisão de mérito total ou parcial da ação de improbidade administrativa que:
I - condenar o requerido por tipo diverso daquele definido na petição inicial;
II - condenar o requerido sem a produção das provas por ele tempestivamente especificadas.
§ 11. Em qualquer momento do processo, verificada a inexistência do ato de improbidade, o juiz julgará
a demanda improcedente.
§ 12. (Revogado).
§ 13. (Revogado).
§ 14. Sem prejuízo da citação dos réus, a pessoa jurídica interessada será intimada para, caso queira,
intervir no processo.
§ 15. Se a imputação envolver a desconsideração de pessoa jurídica, serão observadas as regras
previstas nos arts. 133, 134, 135, 136 e 137 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de
Processo Civil).
§ 16. A qualquer momento, se o magistrado identificar a existência de ilegalidades ou de irregularidades
administrativas a serem sanadas sem que estejam presentes todos os requisitos para a imposição das
sanções aos agentes incluídos no polo passivo da demanda, poderá, em decisão motivada, converter a
ação de improbidade administrativa em ação civil pública, regulada pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de
1985.
§ 17. Da decisão que converter a ação de improbidade em ação civil pública caberá agravo de
instrumento.
§ 18. Ao réu será assegurado o direito de ser interrogado sobre os fatos de que trata a ação, e a sua
recusa ou o seu silêncio não implicarão confissão.
§ 19. Não se aplicam na ação de improbidade administrativa:
I - a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor em caso de revelia;
II - a imposição de ônus da prova ao réu, na forma dos §§ 1º e 2º do art. 373 da Lei nº 13.105, de 16 de
março de 2015 (Código de Processo Civil);

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III - o ajuizamento de mais de uma ação de improbidade administrativa pelo mesmo fato, competindo ao
Conselho Nacional do Ministério Público dirimir conflitos de atribuições entre membros de Ministérios
Públicos distintos;
IV - o reexame obrigatório da sentença de improcedência ou de extinção sem resolução de mérito.
§ 20. A assessoria jurídica que emitiu o parecer atestando a legalidade prévia dos atos administrativos
praticados pelo administrador público ficará obrigada a defendê-lo judicialmente, caso este venha a
responder ação por improbidade administrativa, até que a decisão transite em julgado.
§ 21. Das decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento, inclusive da decisão que rejeitar
questões preliminares suscitadas pelo réu em sua contestação

Art. 17-B. O Ministério Público poderá, conforme as circunstâncias do caso concreto, celebrar acordo de
não persecução civil, desde que dele advenham, ao menos, os seguintes resultados: (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021)
I - o integral ressarcimento do dano;
II - a reversão à pessoa jurídica lesada da vantagem indevida obtida, ainda que oriunda de agentes
privados.
§ 1º A celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo dependerá, cumulativamente:
I - da oitiva do ente federativo lesado, em momento anterior ou posterior à propositura da ação;
II - de aprovação, no prazo de até 60 (sessenta) dias, pelo órgão do Ministério Público competente para
apreciar as promoções de arquivamento de inquéritos civis, se anterior ao ajuizamento da ação;
III - de homologação judicial, independentemente de o acordo ocorrer antes ou depois do ajuizamento da
ação de improbidade administrativa.
§ 2º Em qualquer caso, a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo considerará a
personalidade do agente, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do ato de
improbidade, bem como as vantagens, para o interesse público, da rápida solução do caso.
§ 3º Para fins de apuração do valor do dano a ser ressarcido, deverá ser realizada a oitiva do Tribunal de
Contas competente, que se manifestará, com indicação dos parâmetros utilizados, no prazo de 90
(noventa) dias.
§ 4º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá ser celebrado no curso da investigação de
apuração do ilícito, no curso da ação de improbidade ou no momento da execução da sentença
condenatória.
§ 5º As negociações para a celebração do acordo a que se refere o caput deste artigo ocorrerão entre o
Ministério Público, de um lado, e, de outro, o investigado ou demandado e o seu defensor.
§ 6º O acordo a que se refere o caput deste artigo poderá contemplar a adoção de mecanismos e
procedimentos internos de integridade, de auditoria e de incentivo à denúncia de irregularidades e a
aplicação efetiva de códigos de ética e de conduta no âmbito da pessoa jurídica, se for o caso, bem como
de outras medidas em favor do interesse público e de boas práticas administrativas.
§ 7º Em caso de descumprimento do acordo a que se refere o caput deste artigo, o investigado ou o
demandado ficará impedido de celebrar novo acordo pelo prazo de 5 (cinco) anos, contado do
conhecimento pelo Ministério Público do efetivo descumprimento

Art. 17-C. A sentença proferida nos processos a que se refere esta Lei deverá, além de observar o
disposto no art. 489 da Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil): (Incluído pela
Lei nº 14.230, de 2021)
I - indicar de modo preciso os fundamentos que demonstram os elementos a que se referem os arts. 9º,
10 e 11 desta Lei, que não podem ser presumidos;
II - considerar as consequências práticas da decisão, sempre que decidir com base em valores jurídicos
abstratos;

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III - considerar os obstáculos e as dificuldades reais do gestor e as exigências das políticas públicas a
seu cargo, sem prejuízo dos direitos dos administrados e das circunstâncias práticas que houverem
imposto, limitado ou condicionado a ação do agente;
IV - considerar, para a aplicação das sanções, de forma isolada ou cumulativa:
a) os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade;
b) a natureza, a gravidade e o impacto da infração cometida;
c) a extensão do dano causado;
d) o proveito patrimonial obtido pelo agente;
e) as circunstâncias agravantes ou atenuantes;
f) a atuação do agente em minorar os prejuízos e as consequências advindas de sua conduta omissiva
ou comissiva;
g) os antecedentes do agente;
V - considerar na aplicação das sanções a dosimetria das sanções relativas ao mesmo fato já aplicadas
ao agente;
VI - considerar, na fixação das penas relativamente ao terceiro, quando for o caso, a sua atuação
específica, não admitida a sua responsabilização por ações ou omissões para as quais não tiver
concorrido ou das quais não tiver obtido vantagens patrimoniais indevidas;
VII - indicar, na apuração da ofensa a princípios, critérios objetivos que justifiquem a imposição da sanção.
§ 1º A ilegalidade sem a presença de dolo que a qualifique não configura ato de improbidade.
§ 2º Na hipótese de litisconsórcio passivo, a condenação ocorrerá no limite da participação e dos
benefícios diretos, vedada qualquer solidariedade.
§ 3º Não haverá remessa necessária nas sentenças de que trata esta Lei.

Art. 17-D. A ação por improbidade administrativa é repressiva, de caráter sancionatório, destinada à
aplicação de sanções de caráter pessoal previstas nesta Lei, e não constitui ação civil, vedado seu
ajuizamento para o controle de legalidade de políticas públicas e para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos, coletivos e individuais homogêneos. (Incluído
pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. Ressalvado o disposto nesta Lei, o controle de legalidade de políticas públicas e a
responsabilidade de agentes públicos, inclusive políticos, entes públicos e governamentais, por danos ao
meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico, a qualquer outro interesse difuso ou coletivo, à ordem econômica, à ordem urbanística, à
honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos e ao patrimônio público e social submetem-
se aos termos da Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985.

Art. 18. A sentença que julgar procedente a ação fundada nos arts. 9º e 10 desta Lei condenará ao
ressarcimento dos danos e à perda ou à reversão dos bens e valores ilicitamente adquiridos, conforme o
caso, em favor da pessoa jurídica prejudicada pelo ilícito. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º Se houver necessidade de liquidação do dano, a pessoa jurídica prejudicada procederá a essa
determinação e ao ulterior procedimento para cumprimento da sentença referente ao ressarcimento do
patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens.
§ 2º Caso a pessoa jurídica prejudicada não adote as providências a que se refere o § 1º deste artigo no
prazo de 6 (seis) meses, contado do trânsito em julgado da sentença de procedência da ação, caberá ao
Ministério Público proceder à respectiva liquidação do dano e ao cumprimento da sentença referente ao
ressarcimento do patrimônio público ou à perda ou à reversão dos bens, sem prejuízo de eventual
responsabilização pela omissão verificada.
§ 3º Para fins de apuração do valor do ressarcimento, deverão ser descontados os serviços efetivamente
prestados.

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§ 4º O juiz poderá autorizar o parcelamento, em até 48 (quarenta e oito) parcelas mensais corrigidas
monetariamente, do débito resultante de condenação pela prática de improbidade administrativa se o réu
demonstrar incapacidade financeira de saldá-lo de imediato.
Art. 18-A. A requerimento do réu, na fase de cumprimento da sentença, o juiz unificará eventuais sanções
aplicadas com outras já impostas em outros processos, tendo em vista a eventual continuidade de ilícito
ou a prática de diversas ilicitudes, observado o seguinte:
I - no caso de continuidade de ilícito, o juiz promoverá a maior sanção aplicada, aumentada de 1/3 (um
terço), ou a soma das penas, o que for mais benéfico ao réu;
II - no caso de prática de novos atos ilícitos pelo mesmo sujeito, o juiz somará as sanções.
Parágrafo único. As sanções de suspensão de direitos políticos e de proibição de contratar ou de receber
incentivos fiscais ou creditícios do poder público observarão o limite máximo de 20 (vinte) anos.

Art. 20 (...)
§ 1º A autoridade judicial competente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do
cargo, do emprego ou da função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida for necessária à
instrução processual ou para evitar a iminente prática de novos ilícitos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de
2021)
§ 2º O afastamento previsto no § 1º deste artigo será de até 90 (noventa) dias, prorrogáveis uma única
vez por igual prazo, mediante decisão motivada. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

Art. 21 (...)
I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento e às
condutas previstas no art. 10 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 1º Os atos do órgão de controle interno ou externo serão considerados pelo juiz quando tiverem servido
de fundamento para a conduta do agente público.
§ 2º As provas produzidas perante os órgãos de controle e as correspondentes decisões deverão ser
consideradas na formação da convicção do juiz, sem prejuízo da análise acerca do dolo na conduta do
agente.
§ 3º As sentenças civis e penais produzirão efeitos em relação à ação de improbidade quando concluírem
pela inexistência da conduta ou pela negativa da autoria.
§ 4º A absolvição criminal em ação que discuta os mesmos fatos, confirmada por decisão colegiada,
impede o trâmite da ação da qual trata esta Lei, havendo comunicação com todos os fundamentos de
absolvição previstos no art. 386 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo
Penal).
§ 5º Sanções eventualmente aplicadas em outras esferas deverão ser compensadas com as sanções
aplicadas nos termos desta Lei

Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de
autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14 desta
Lei, poderá instaurar inquérito civil ou procedimento investigativo assemelhado e requisitar a instauração
de inquérito policial. (Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
Parágrafo único. Na apuração dos ilícitos previstos nesta Lei, será garantido ao investigado a
oportunidade de manifestação por escrito e de juntada de documentos que comprovem suas alegações
e auxiliem na elucidação dos fatos. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

Art. 23. A ação para a aplicação das sanções previstas nesta Lei prescreve em 8 (oito) anos, contados a
partir da ocorrência do fato ou, no caso de infrações permanentes, do dia em que cessou a permanência.
(Redação dada pela Lei nº 14.230, de 2021)
I - (revogado);

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II - (revogado);
III - (revogado).
§ 1º A instauração de inquérito civil ou de processo administrativo para apuração dos ilícitos referidos
nesta Lei suspende o curso do prazo prescricional por, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias corridos,
recomeçando a correr após a sua conclusão ou, caso não concluído o processo, esgotado o prazo de
suspensão.
§ 2º O inquérito civil para apuração do ato de improbidade será concluído no prazo de 365 (trezentos e
sessenta e cinco) dias corridos, prorrogável uma única vez por igual período, mediante ato fundamentado
submetido à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei
orgânica.
§ 3º Encerrado o prazo previsto no § 2º deste artigo, a ação deverá ser proposta no prazo de 30 (trinta)
dias, se não for caso de arquivamento do inquérito civil.
§ 4º O prazo da prescrição referido no caput deste artigo interrompe-se:
I - pelo ajuizamento da ação de improbidade administrativa;
II - pela publicação da sentença condenatória;
III - pela publicação de decisão ou acórdão de Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal que
confirma sentença condenatória ou que reforma sentença de improcedência;
IV - pela publicação de decisão ou acórdão do Superior Tribunal de Justiça que confirma acórdão
condenatório ou que reforma acórdão de improcedência;
V - pela publicação de decisão ou acórdão do Supremo Tribunal Federal que confirma acórdão
condenatório ou que reforma acórdão de improcedência.
§ 5º Interrompida a prescrição, o prazo recomeça a correr do dia da interrupção, pela metade do prazo
previsto no caput deste artigo.
§ 6º A suspensão e a interrupção da prescrição produzem efeitos relativamente a todos os que
concorreram para a prática do ato de improbidade.
§ 7º Nos atos de improbidade conexos que sejam objeto do mesmo processo, a suspensão e a interrupção
relativas a qualquer deles estendem-se aos demais.
§ 8º O juiz ou o tribunal, depois de ouvido o Ministério Público, deverá, de ofício ou a requerimento da
parte interessada, reconhecer a prescrição intercorrente da pretensão sancionadora e decretá-la de
imediato, caso, entre os marcos interruptivos referidos no § 4º, transcorra o prazo previsto no § 5º deste
artigo

Art. 23-A. É dever do poder público oferecer contínua capacitação aos agentes públicos e políticos que
atuem com prevenção ou repressão de atos de improbidade administrativa. (Incluído pela Lei nº 14.230,
de 2021)

Art. 23-B. Nas ações e nos acordos regidos por esta Lei, não haverá adiantamento de custas, de preparo,
de emolumentos, de honorários periciais e de quaisquer outras despesas. (Incluído pela Lei nº
14.230, de 2021)
§ 1º No caso de procedência da ação, as custas e as demais despesas processuais serão pagas ao final.
(Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)
§ 2º Haverá condenação em honorários sucumbenciais em caso de improcedência da ação de
improbidade se comprovada má-fé. (Incluído pela Lei nº 14.230, de 2021)

Art. 23-C. Atos que ensejem enriquecimento ilícito, perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação de recursos públicos dos partidos políticos, ou de suas fundações, serão
responsabilizados nos termos da Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995. (Incluído pela Lei nº 14.230,
de 2021)

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Emenda Constitucional 112, de 27.10.2021 - Altera o art. 159 da Constituição Federal para disciplinar
a distribuição de recursos pela União ao Fundo de Participação dos Municípios.

CF/88
Art. 159. A União entregará:
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre
produtos industrializados, 50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 112, de 2021)
(...)
f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio
do mês de setembro de cada ano

Lei Complementar nº 186, de 27.10.2021 - Altera a Lei Complementar nº 160, de 7 de agosto de 2017,
para permitir a prorrogação, por até 15 (quinze) anos, das isenções, dos incentivos e dos benefícios
fiscais ou financeiro-fiscais vinculados ao Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
Comunicação (ICMS) destinados à manutenção ou ao incremento das atividades comerciais, desde
que o beneficiário seja o real remetente da mercadoria, às prestações interestaduais com produtos
agropecuários e extrativos vegetais in natura e à manutenção ou ao incremento das atividades portuária
e aeroportuária vinculadas ao comércio internacional, incluída a operação subsequente à da
importação, praticada pelo contribuinte importador; e dá outras providências.

LC 160
Art. 3º (...)
(...)
§ 2o A unidade federada que editou o ato concessivo relativo às isenções, aos incentivos e aos benefícios
fiscais ou financeiro-fiscais vinculados ao ICMS de que trata o art. 1o desta Lei Complementar cujas
exigências de publicação, registro e depósito, nos termos deste artigo, foram atendidas é autorizada a
concedê-los e a prorrogá-los, nos termos do ato vigente na data de publicação do respectivo convênio,
não podendo seu prazo de fruição ultrapassar:
(...)
II - 31 de dezembro do décimo quinto ano posterior à produção de efeitos do respectivo convênio, quanto
àqueles destinados à manutenção ou ao incremento das atividades portuária e aeroportuária vinculadas
ao comércio internacional, incluída a operação subsequente à da importação, praticada pelo contribuinte
importador; (Redação dada pela Lei Complementar nº 186, de 2021)
III - 31 de dezembro do décimo quinto ano posterior à produção de efeitos do respectivo convênio, quanto
àqueles destinados à manutenção ou ao incremento das atividades comerciais, desde que o beneficiário
seja o real remetente da mercadoria; (Redação dada pela Lei Complementar nº 186, de 2021)
IV - 31 de dezembro do décimo quinto ano posterior à produção de efeitos do respectivo convênio, quanto
àqueles destinados às operações e às prestações interestaduais com produtos agropecuários e extrativos
vegetais in natura; (Incluído pela Lei Complementar nº 186, de 2021)
(...)
§ 2º-A. A partir de 1º de janeiro do décimo segundo ano posterior à produção de efeitos do respectivo
convênio, a concessão e a prorrogação de que trata o § 2º deste artigo deverão observar a redução em
20% (vinte por cento) ao ano com relação ao direito de fruição das isenções, dos incentivos e dos
benefícios fiscais ou financeiros-fiscais vinculados ao ICMS destinados à manutenção ou ao incremento
das atividades comerciais, às prestações interestaduais com produtos agropecuários e extrativos vegetais
in natura e à manutenção ou ao incremento das atividades portuária e aeroportuária vinculadas ao
comércio internacional (Incluído pela Lei Complementar nº 186, de 2021)

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§ 3º Os atos concessivos cujas exigências de publicação, de registro e de depósito, nos termos deste
artigo, foram atendidas permanecerão vigentes e produzindo efeitos como normas regulamentadoras nas
respectivas unidades federadas concedentes das isenções, dos incentivos e dos benefícios fiscais ou
financeiro-fiscais vinculados ao ICMS, nos termos dos §§ 2º e 2º-A deste artigo (Redação dada pela Lei
Complementar nº 186, de 2021)
(...)
§ 8º As unidades federadas poderão aderir às isenções, aos incentivos e aos benefícios fiscais ou
financeiro-fiscais concedidos ou prorrogados por outra unidade federada da mesma região na forma dos
§§ 2º e 2º-A deste artigo, enquanto vigentes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 186, de 2021)

Lei nº 14.232, de 28.10.2021 - Institui a Política Nacional de Dados e Informações relacionadas à


Violência contra as Mulheres (PNAINFO)

Art. 1º Esta Lei cria a Política Nacional de Dados e Informações relacionadas à Violência contra as
Mulheres (PNAINFO), com a finalidade de reunir, organizar, sistematizar e disponibilizar dados e
informações atinentes a todos os tipos de violência contra as mulheres.
Parágrafo único. (VETADO).

Art. 2º São diretrizes da PNAINFO:


I - a integração das bases de dados dos órgãos de atendimento à mulher em situação de violência no
âmbito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
II - a produção e gestão transparente das informações sobre a situação de violência contra as mulheres
no País;
III - o incentivo à participação social por meio da oferta de dados consistentes, atualizados e periódicos
que possibilitem a avaliação crítica das políticas públicas de enfrentamento à violência contra as
mulheres.

Art. 3º São objetivos da PNAINFO:


I - subsidiar a formulação, o planejamento, a implementação, o monitoramento e a avaliação das políticas
de enfrentamento à violência contra as mulheres;
II - produzir informações com disponibilidade, autenticidade, integridade e comparabilidade sobre todos
os tipos de violência contra as mulheres;
III - manter as informações disponíveis em sistema eletrônico para acesso rápido e pleno, ressalvados os
dados cuja restrição de publicidade esteja disciplinada pela legislação;
IV - integrar e subsidiar a implementação e avaliação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência
contra as Mulheres e do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres;
V - atender ao disposto no inciso II do caput do art. 8º e no art. 38 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de
2006 (Lei Maria da Penha);
VI - padronizar, integrar e disponibilizar os indicadores das bases de dados dos organismos de políticas
para as mulheres, dos órgãos da saúde, da assistência social, da segurança pública e do sistema de
justiça, entre outros, envolvidos no atendimento às mulheres em situação de violência;
VII - padronizar, integrar e disponibilizar informações sobre políticas públicas de enfrentamento à violência
contra as mulheres;
VIII - atender ao disposto nos acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário, no que tange à
produção de dados e estatísticas sobre a violência contra as mulheres.

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Art. 4º Para o alcance dos objetivos da PNAINFO, o poder público instituirá, em meio eletrônico e na
forma do regulamento, o Registro Unificado de Dados e Informações sobre Violência contra as Mulheres.
§ 1º O Registro Unificado de Dados e Informações sobre Violência contra as Mulheres deverá conter
informações e dados sobre os registros administrativos referentes ao tema, sobre os serviços
especializados de atendimento às mulheres em situação de violência e sobre as políticas públicas de
enfrentamento à violência contra as mulheres.
§ 2º O cadastro no registro mencionado no caput deste artigo conterá, no mínimo, os seguintes dados:
I - local, data, hora da violência, meio utilizado, descrição da agressão e tipo de violência;
II - perfil da mulher agredida, incluídas informações sobre idade, raça/etnia, deficiência, renda, profissão,
escolaridade, procedência de área rural ou urbana e relação com o agressor;
III - características do agressor, incluídas informações sobre idade, raça/etnia, deficiência, renda,
profissão, escolaridade, procedência de área rural ou urbana e relação com a mulher agredida;
IV - histórico de ocorrências envolvendo violência tanto da agredida quanto do agressor;
V - ocorrências registradas pelos órgãos policiais;
VI - inquéritos abertos e encaminhamentos;
VII - quantidade de medidas protetivas requeridas pelo Ministério Público e pela mulher agredida, bem
como das concedidas pelo juiz;
VIII - quantidade de processos julgados, prazos de julgamento e sentenças proferidas;
IX - medidas de reeducação e de ressocialização do agressor;
X - atendimentos prestados à mulher pelos órgãos de saúde, de assistência social e de segurança pública,
pelo sistema de justiça e por outros serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de
violência; e
XI - quantitativo de mortes violentas de mulheres.

Art. 5º (VETADO).

Art. 6º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão aderir à PNAINFO mediante instrumento
de cooperação federativa, conforme dispuser o regulamento.

Art. 7º As despesas decorrentes da execução do disposto nesta Lei correrão por conta das dotações
orçamentárias de cada órgão que aderir à PNAINFO.

Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

NOVEMBRO

Lei nº 14.238, de 19.11.2021 - Institui o Estatuto da Pessoa com Câncer; e dá outras providências.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído o Estatuto da Pessoa com Câncer, destinado a assegurar e a promover, em
condições de igualdade, o acesso ao tratamento adequado e o exercício dos direitos e das liberdades
fundamentais da pessoa com câncer, com vistas a garantir o respeito à dignidade, à cidadania e à sua
inclusão social.

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Parágrafo único. Esta Lei estabelece princípios e objetivos essenciais à proteção dos direitos da pessoa
com câncer e à efetivação de políticas públicas de prevenção e combate ao câncer.

CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E DOS OBJETIVOS
Art. 2º São princípios essenciais deste Estatuto:
I - respeito à dignidade da pessoa humana, à igualdade, à não discriminação e à autonomia individual;
II - acesso universal e equânime ao tratamento adequado;
III - diagnóstico precoce;
IV - estímulo à prevenção;
V - informação clara e confiável sobre a doença e o seu tratamento;
VI - transparência das informações dos órgãos e das entidades em seus processos, prazos e fluxos;
VII - oferecimento de tratamento sistêmico referenciado em acordo com diretrizes preestabelecidas por
órgãos competentes;
VIII - fomento à formação e à especialização dos profissionais envolvidos;
IX - estímulo à conscientização, à educação e ao apoio familiar;
X - ampliação da rede de atendimento e de sua infraestrutura;
XI - sustentabilidade dos tratamentos, garantida, inclusive, a tomada de decisão com vistas à prevenção
de agravamentos e à socioeficiência;
XII - humanização da atenção ao paciente e à sua família.

Art. 3º São objetivos essenciais deste Estatuto:


I - garantir e viabilizar o pleno exercício dos direitos sociais da pessoa com câncer;
II - promover mecanismos adequados para o diagnóstico precoce da doença;
III - garantir o tratamento adequado, nos termos das Leis nos 8.080, de 19 de setembro de 1990, e 12.732,
de 22 de novembro de 2012;
IV - fomentar a comunicação, a publicidade e a conscientização sobre a doença, sua prevenção, seus
tratamentos e os direitos da pessoa com câncer;
V - garantir transparência das informações dos órgãos e das entidades em seus processos, prazos e
fluxos e o acesso às informações imprescindíveis acerca da doença e do seu tratamento pelos pacientes
e por seus familiares;
VI - garantir o cumprimento da legislação vigente com vistas a reduzir as dificuldades da pessoa com
câncer desde o diagnóstico até a realização do tratamento;
VII - fomentar e promover instrumentos para viabilização da Política Nacional para a Prevenção e Controle
do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS);
VIII - fomentar a criação e o fortalecimento de políticas públicas de prevenção e combate ao câncer;
IX - promover a articulação entre países, órgãos e entidades sobre tecnologias, conhecimentos, métodos
e práticas na prevenção e no tratamento da doença;
X - promover a formação, a qualificação e a especialização dos recursos humanos envolvidos no processo
de prevenção e tratamento do câncer;
XI - viabilizar métodos e sistemas para aferição qualificada do número de pessoas acometidas pela
doença;
XII - combater a desinformação e o preconceito;
XIII - contribuir para melhoria na qualidade de vida e no tratamento da pessoa com câncer e de seus
familiares;
XIV - reduzir a incidência da doença por meio de ações de prevenção;
XV - reduzir a mortalidade e a incapacidade causadas pela doença;
XVI - fomentar a educação e o apoio ao paciente e à sua família;

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XVII - incentivar a criação, a manutenção e a utilização de fundos especiais, nacionais, estaduais e


municipais de prevenção e combate ao câncer;
XVIII - garantir tratamento diferenciado, universal e integral às crianças e aos adolescentes, priorizando
a prevenção e o diagnóstico precoce;
XIX - estimular a expansão contínua, sustentável e responsável da rede de atendimento e de sua
infraestrutura;
XX - estimular a humanização do tratamento, prestando atenção diferenciada ao paciente e à sua família.

CAPÍTULO III
DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 4º São direitos fundamentais da pessoa com câncer:
I - obtenção de diagnóstico precoce;
II - acesso a tratamento universal, equânime, adequado e menos nocivo;
III - acesso a informações transparentes e objetivas relativas à doença e ao seu tratamento;
IV - assistência social e jurídica;
V - prioridade;
VI - proteção do seu bem-estar pessoal, social e econômico;
VII - presença de acompanhante durante o atendimento e o período de tratamento;
VIII - acolhimento, preferencialmente, por sua própria família, em detrimento de abrigo ou de instituição
de longa permanência, exceto da que careça de condições de manutenção da própria sobrevivência;
IX - tratamento domiciliar priorizado;
X - atendimento educacional em classe hospitalar ou regime domiciliar, conforme interesse da pessoa
com câncer e de sua família, nos termos do respectivo sistema de ensino.
§ 1º Para os efeitos desta Lei, considera-se pessoa com câncer aquela que tenha o regular diagnóstico,
nos termos de relatório elaborado por médico devidamente inscrito no conselho profissional,
acompanhado pelos laudos e exames diagnósticos complementares necessários para a correta
caracterização da doença.
§ 2º Entende-se por direito à prioridade, previsto no inciso V do caput deste artigo, as seguintes garantias
concedidas à pessoa com câncer clinicamente ativo, respeitadas e conciliadas as normas que garantem
o mesmo direito aos idosos, às gestantes e às pessoas com deficiência:
I - assistência preferencial, respeitada a precedência dos casos mais graves e outras prioridades legais;
II - atendimento nos serviços públicos nos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à
população, respeitada a precedência dos casos mais graves e de outras prioridades legais;
III - prioridade no acesso a mecanismos que favoreçam a divulgação de informações relativas à prevenção
e ao tratamento da doença;
IV - prioridade na tramitação dos processos judiciais e administrativos.

CAPÍTULO IV
DOS DEVERES
Art. 5º É dever da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa com
câncer, prioritariamente, a plena efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à
assistência social e jurídica, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição
Federal e das leis.
Art. 6º Nenhuma pessoa com câncer será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação ou
violência, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei.
§ 1º Considera-se discriminação qualquer distinção, restrição ou exclusão em razão da doença, mediante
ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, de impedir ou de anular o
reconhecimento dos direitos assegurados nesta Lei.

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§ 2º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta
Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento.

Art. 7º É dever do Estado desenvolver políticas públicas de saúde específicas direcionadas à pessoa com
câncer, que incluam, entre outras medidas:
I - promover ações e campanhas preventivas da doença;
II - garantir acesso universal, igualitário e gratuito aos serviços de saúde;
III – (VETADO);
IV - promover avaliação periódica do tratamento ofertado ao paciente com câncer na rede pública de
saúde e adotar as medidas necessárias para diminuir as desigualdades existentes;
V - estabelecer normas técnicas e padrões de conduta a serem observados pelos serviços públicos e
privados de saúde no atendimento à pessoa com câncer;
VI - estimular o desenvolvimento científico e tecnológico para promoção de avanços na prevenção, no
diagnóstico e no combate à doença;
VII - promover processos contínuos de capacitação dos profissionais que atuam diretamente nas fases
de prevenção, de diagnóstico e de tratamento da pessoa com câncer;
VIII - capacitar e orientar familiares, cuidadores, entidades assistenciais e grupos de autoajuda de
pessoas com câncer;
IX - organizar programa de rastreamento e diagnóstico que favoreça o início precoce do tratamento;
X - promover campanhas de conscientização a respeito de direitos e de benefícios previdenciários,
tributários, trabalhistas, processuais e de tratamentos de saúde, entre outros, da pessoa com câncer.

Art. 8º O direito à assistência social, previsto no inciso IV do caput do art. 4º desta Lei, será prestado de
forma articulada e com base nos princípios e diretrizes previstos na Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de
1993 (Lei Orgânica da Assistência Social), de forma harmonizada com as demais políticas sociais,
observadas as demais normas pertinentes.
§ 1º O poder público deverá promover o acesso da pessoa com câncer ao Ministério Público, à Defensoria
Pública e ao Poder Judiciário em todas suas instâncias.
§ 2º O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, o conhecimento e o acesso aos
incentivos fiscais e aos subsídios devidos à pessoa com câncer.
Art. 9º O Estado deverá formular políticas direcionadas à pessoa com câncer que esteja em situação de
vulnerabilidade social, de forma a facilitar o andamento dos procedimentos de diagnóstico e de
tratamento.

CAPÍTULO V
DO ATENDIMENTO ESPECIAL ÀS CRIANÇAS E AOS ADOLESCENTES
Art. 10. O atendimento prestado às crianças e aos adolescentes com câncer, ou em suspeição, deverá
ser especial em todas suas fases, devendo ser garantido tratamento universal e integral, priorizados a
prevenção e o diagnóstico precoce.

CAPÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 11. O direito à saúde da pessoa com câncer será assegurado mediante a efetivação de políticas
sociais públicas, de modo a garantir seu bem-estar físico, psíquico, emocional e social com vistas à
preservação ou à recuperação de sua saúde.

Art. 12. É obrigatório o atendimento integral à saúde da pessoa com câncer por intermédio do SUS, na
forma de regulamento.

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§ 1º Para efeitos desta Lei, entende-se por atendimento integral aquele realizado nos diversos níveis de
complexidade e hierarquia, bem como nas diversas especialidades médicas, de acordo com as
necessidades de saúde da pessoa com câncer, incluídos assistência médica e de fármacos, assistência
psicológica, atendimentos especializados e, sempre que possível, atendimento e internação domiciliares.
§ 2º O atendimento integral deverá garantir, ainda, tratamento adequado da dor, atendimento
multidisciplinar e cuidados paliativos.

Art. 13. A conscientização e o apoio à família da pessoa com câncer constituem compromissos
fundamentais do Estado e fazem parte indispensáveis deste Estatuto.

Art. 14. Os direitos e as garantias previstos nesta Lei não excluem os já resguardados em outras
legislações.

Art. 15. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Lei nº 14.245, de 22.11.2021 - Altera os Decretos-Leis n os 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código


Penal), e 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), e a Lei nº 9.099, de 26 de
setembro de 1995 (Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais), para coibir a prática de atos
atentatórios à dignidade da vítima e de testemunhas e para estabelecer causa de aumento de pena no
crime de coação no curso do processo (Lei Mariana Ferrer).

CÓDIGO PENAL
Art. 344.
Parágrafo único. A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até a metade se o processo envolver crime contra
a dignidade sexual.

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL


Art. 400-A. Na audiência de instrução e julgamento, e, em especial, nas que apurem crimes contra a
dignidade sexual, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão zelar pela
integridade física e psicológica da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa,
cabendo ao juiz garantir o cumprimento do disposto neste artigo, vedadas:
I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de apuração nos autos;
II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a dignidade da vítima ou de
testemunhas.

Art. 474-A. Durante a instrução em plenário, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no
ato deverão respeitar a dignidade da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa,
cabendo ao juiz presidente 344garantir o cumprimento do disposto neste artigo, vedadas:
I - a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de apuração nos autos;
II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a dignidade da vítima ou de
testemunhas.

LEI 9099/95
Art. 81.
§ 1º-A. Durante a audiência, todas as partes e demais sujeitos processuais presentes no ato deverão
respeitar a dignidade da vítima, sob pena de responsabilização civil, penal e administrativa, cabendo ao
juiz garantir o cumprimento do disposto neste artigo, vedadas:
- a manifestação sobre circunstâncias ou elementos alheios aos fatos objeto de apuração nos autos;

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II - a utilização de linguagem, de informações ou de material que ofendam a dignidade da vítima ou de


testemunhas.

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