Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Epidemiológico
Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde
14
Volume 50 | Jun. 2019
ISSN 9352-7864
Colaboradores
Departamento de Doenças de Condições Crônicas
e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DCCI/
SVS/MS): Silvia Giugliani.
Secretaria Executiva
Márcia Maria Freitas e Silva
(CGDEP/DEGEVS/SVS)
Normalização
Ana Flávia Lucas de Faria Kama
(CGDEP/DEGEVS/SVS)
Revisão de Português
Maria Irene Lima Mariano
(CGDEP/DEGEVS/SVS)
Projeto gráfico
Fred Lobo, Sabrina Lopes (GAB/SVS)
Distribuição Eletrônica
Alexandre Magno de Aguiar Amorim, Fábio de
Lima Marques, Flávio Trevellin Forini (GAB/SVS)
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
A distribuição das frequências absoluta e relativa (percentual) As bases de dados secundários utilizadas na elaboração deste
das notificações de violências na população em situação de estudo não continham dados de identificação dos indivíduos,
rua foi estimada de acordo com as seguintes características: de forma a garantir sua confidencialidade e anonimato. Dessa
faixa etária em anos (<1, 1 a 4, 5 a 14, 15 a 24, 25 a 34, 35 a forma, o estudo foi dispensado de apreciação por Comitê de
44, 45 a 54, 55 a 64, e 65 ou mais), sexo (masculino, feminino, Ética em Pesquisa, em conformidade com os princípios éticos
ignorado/branco), raça/cor da pele (branca, negra – preta, da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 510,
parda –, amarela, indígena, ignorado/branco), orientação de 7 de abril de 2016.13
sexual (heterossexual, homossexual, bissexual, não se aplica
– categoria destinada ao preenchimento para menores de
idade –, ignorado/branco), identidade de gênero (travesti, Resultados
transexual mulher, transexual homem, não se aplica – quando
a identidade de gênero corresponde ao sexo biológico –, No período 2015-2017, foram notificados 777.904 casos de
ignorado/branco), tipo de violência (física; psicológica/ violência; destes, em 17.386 (2,2%), a motivação principal
moral; tortura; sexual; tráfico de seres humanos; financeira/ foi a condição de situação de rua da vítima. Entre essas
econômica; negligência/abandono; intervenção legal, 17.386 pessoas, observou-se que os casos se concentraram
quando se trata de ação realizada por agente legal público em indivíduos nas faixas etárias de 15-24 anos, com 6.622
– representante do Estado, polícia ou outro agente da lei em (38,1%); 25-34 anos, com 3.802 (21,9%); e 35-44 anos, com
exercício, incluindo violência com ou sem uso de artefatos 2.561(14,7%). Ainda que em menor frequência, observou-se
[armas de fogo, explosivos, uso de gás, objetos contundentes] também a ocorrência de casos notificados em menores de 5
e abuso de autoridade –; outra violência; ignorado/branco), anos 303(1,8%). Ao longo do triênio estudado, a faixa etária
provável autor da violência (desconhecido, amigos/ mais afetada foi a de 15 a 24 anos (36,0% em 2015, 40,7% em
conhecidos, familiar, parceiro atual, ex-parceiro, policial/ 2016 e 37,9% em 2017) – Tabela 1.
agente da lei, ignorado/branco), violência de repetição (sim,
não, ignorado/branco) e lesão autoprovocada (sim, não, As notificações de violência motivada por situação de rua
ignorado/branco).11 As categorias ignorado/branco foram foram mais frequentes em indivíduos do sexo feminino
mantidas nas análises para evidenciar a qualidade do dado. (50,8%), e entre as pessoas da raça/cor da pele negra (pretos
e pardos), com 9.522 (54,8%), no período de 2015 a 2017
A evolução anual do número de notificações foi mensurada (Tabela1). A maior proporção de notificações foi registrada
para todo o país, regiões, Unidades da Federação (UFs) e entre os heterossexuais (65,2%), no período estudado,
capitais. Foi utilizado o software Tabwin (versão 4.1.5) para seguida da que se registrou entre os homossexuais (2,9%). As
construção do banco de dados a partir dos registros do transexuais mulheres constituíram a identidade de gênero
Sinan, e as análises (cálculo das proporções e gráficos) foram mais frequente entre as notificações de violência motivada
processadas no programa Microsoft Excel. pela situação de rua da vítima (1,6% em 2015, 1,8% em 2016 e
1,8% em 2017). A proporção de ignorado/branco foi alta para
o total dos anos para os campos de identidade de gênero
(33,6%) e orientação sexual (21,1%).
3
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
TABELA 1 Número de notificações de violência cujo motivo principal foi “situação de rua”, segundo ano da ocorrência, faixa etária e
sexo da vítima, Brasil, 2015 a 2017
4
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
Quanto ao tipo de violência sofrido pelas vítimas notificadas 34,9% em 2017), seguindo-se amigos/conhecidos (36,1%
em situação de rua, destacaram-se os seguintes tipos: física em 2015; 33,6% em 2016; e 31,5% em 2017). A violência de
(16.149; 92,9%), psicológica/moral (4.025; 23,2%), sexual repetição foi relatada em 17,6%, 14,2% e 18,4% dos casos
(673; 3,9%), tortura (655; 3,8%) e negligência/abandono notificados em 2015, 2016 e 2017, respectivamente. As
(460; 2,7%), em todos os anos analisados. O provável autor lesões autoprovocadas foram mencionadas em 7,3% das
da violência foi um desconhecido, para a maior parte das notificações de violência motivadas por situação de rua nos
notificações estudadas (38,0 % em 2015; 38,2% em 2016; e anos estudados (Tabela 2).
TABELA 2 Distribuição das frequências absoluta e relativa dos tipos de violência registrados nas fichas de notificação de violência cuja
motivação principal foi “situação de rua”, Brasil, 2015-2017
Nota: Na ficha de notificação individual de violência, o tipo de violência é uma questão de múltipla escolha, logo uma única notificação pode ter registro de mais de um tipo de violência.
Fonte: Sinan Net (atualizado em 10/05/2019).
5
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
A frequência absoluta de notificações de violência motivada de rua da vítima em 2016. No ano de 2017, destacaram-
por situação de rua da vítima demonstra que São Paulo foi se, pelo maior número de notificações, Salvador (n=274),
a capital com maior número de notificações em todos os Rio de Janeiro (n=84) e Natal (n=63) (Tabela 3). As UFs
anos analisados, com 176 notificações em 2015, 317 em que mostraram os maiores percentuais de notificações de
2016 e 295 em 2017. Além de São Paulo, em 2015, as capitais violência motivada por situação de rua da vítima, no período
Goiânia (n=62), Natal (n=61) e Salvador (n=58) apresentaram 2015-2017, foram Minas Gerais (29,1%) e São Paulo (20,1%)
as maiores frequências absolutas de notificações. Salvador (Tabela 4). A região Sudeste foi responsável por 54,0% das
(n=63), Maceió (n=59) e Goiânia (n=52) foram as capitais que notificações de violência motivada por situação de rua da
mais registraram casos de violência motivados pela situação vítima entre os anos de 2015 e 2017 (Tabela 4).
Ano
Capitais Total
2015 2016 2017
Aracaju 3 4 3 10
Belém 5 3 3 11
Belo Horizonte 11 15 29 55
Boa Vista 6 15 7 28
Brasília 8 6 8 22
Campo Grande 22 16 11 49
Cuiabá 2 12 8 22
Curitiba 11 12 17 40
Florianópolis 15 8 8 31
Fortaleza 11 27 20 58
Goiânia 62 52 20 134
João Pessoa 9 0 12 21
Macapá 9 6 0 15
Maceió 33 59 25 117
Manaus 7 2 5 14
Natal 61 21 63 145
Palmas 28 17 11 56
Porto Alegre 20 36 39 95
Porto Velho 5 3 14 22
Recife 17 28 27 72
Rio Branco 7 4 4 15
Rio de Janeiro 7 14 84 105
Salvador 58 63 274 395
São Luís 31 9 5 45
São Paulo 176 317 295 788
Teresina 9 5 2 16
Vitória 23 21 35 79
6
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
TABELA 4 Distribuição das frequências absoluta e relativa (total) das notificações de violência cuja motivação principal
foi “situação de rua”, segundo Unidades da Federação, Brasil, 2015-2017
Ano Total
Região/Unidade da Federação
2015 2016 2017 n %
Norte 339 436 425 1.200 6,9%
Rondônia 8 12 26 46 0,3
Acre 15 14 17 46 0,3
Amazonas 132 222 130 484 2,9
Roraima 7 16 9 32 0,2
Pará 81 61 115 257 1,5
Amapá 20 14 22 56 0,3
Tocantins 76 97 106 279 1,6
Nordeste 964 931 1.307 3.202 18,4%
Maranhão 110 62 57 229 1,3
Piauí 22 53 29 104 0,6
Ceará 91 77 65 233 1,3
Rio Grande do Norte 84 54 94 232 1,3
Paraíba 59 55 132 246 1,4
Pernambuco 94 119 206 419 2,4
Alagoas 105 115 66 286 1,7
Sergipe 5 5 5 15 0,1
Bahia 394 391 653 1.438 8,3
Sudeste 3.244 2.834 3.303 9.381 54,0%
Minas Gerais 1.892 1.436 1.726 5.054 29,1
Espírito Santo 92 91 147 330 1,9
Rio de Janeiro 137 152 208 497 2,9
São Paulo 1.123 1.155 1.222 3.500 20,1
Sul 1.065 759 824 2.648 15,2%
Paraná 486 334 429 1.249 7,2
Santa Catarina 327 179 130 636 3,7
Rio Grande do Sul 252 246 265 763 4,4
Centro-Oeste 366 290 299 955 5,5%
Mato Grosso do Sul 110 75 116 301 1,7
Mato Grosso 86 69 70 225 1,3
Goiás 162 140 105 407 2,3
Distrito Federal 8 6 8 22 0,1
7
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
8
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
De acordo com dados do Sistema de Vigilância de Violências São Paulo destacou-se como a capital com maior número de
e Acidentes (Viva), em 2013, foram notificados 188.624 notificações de violência motivadas pela situação de rua da
atendimentos por violência. Destes, 65,7% foram classificados vítima, seguida de capitais do Nordeste e do Centro-Oeste.
como violência física e 27% como violência psicológica/ As UFs com maior percentual de notificações foram Minas
moral, o que corrobora os dados estudados para a população Gerais e São Paulo, e a região com mais da metade dessas
em situação de rua.28 Sobre o provável autor da agressão notificações foi o Sudeste. A maior parte da população em
motivada pela situação de rua ser um desconhecido, a situação de rua (40%) encontra-se em municípios com mais
hipótese é de que a sociedade percebe a pessoa em situação de 900 mil habitantes, e a região Sudeste concentra 48,9% da
de rua como indesejável, perigosa e incômoda, e por isso população em situação de rua em suas áreas metropolitanas.4
não a vê como sujeito de direitos. Esta percepção pode Salienta-se que um maior número de notificações não
ser manifestada tanto por meio da violência simbólica nos significa simplesmente um contexto de maior violência,
discursos proferidos e propagados até mesmo na mídia, e sim que o sistema de vigilância está captando mais
quanto na prática da violência física contra os indivíduos em frequentemente este fenômeno.
situação de rua.20, 29
9
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
O SUS tem o desafio não apenas de proporcionar o acesso para A principal rede de atendimento à população em situação
a população em situação de rua, mas também de oferecer o de rua envolve ações integradas do SUS – por meio das
serviço com equidade e qualidade, rompendo a construção equipes de Consultório na Rua ligadas às Unidades Básicas
social estigmatizada a respeito deste grupo e avançando no de Saúde, Centros de Apoio Psicossocial componentes da
reconhecimento do protagonismo e da autonomia das pessoas Rede de Atenção Psicossocial, Núcleos de Apoio à Saúde
em situação de rua, assim contribuindo para o enfrentamento da da Família, assim como serviços da rede de média e alta
exclusão e discriminação socioinstitucional.16 O estabelecimento complexidade (hospitais, por exemplo). E, no âmbito do
de uma rede de atenção intersetorial é fundamental para que o Sistema Único de Assistência Social, as ações de proteção
acesso aos serviços de saúde ocorra de maneira integral e efetive social, básica e especial. Além disso, existem entidades não
a rede de proteção a esta população. governamentais que ofertam apoio à população em situação
de rua. O Ministério da Saúde também prioriza a população
Por fim, compreender as violências que afetam as pessoas em situação de rua com estratégias específicas para o
em situação de rua e trabalhar o setor saúde para além dos enfrentamento do HIV/aids e tuberculose, agravos de alta
estigmas não apenas contribui para dimensionar o problema prevalência nesta população.
e lançar luz sobre soluções pontuais e individuais, mas
também coopera para a criação de espaços de discussão a
respeito da cidade, dos direitos, das desigualdades, da justiça Recomendações
e da própria sociedade.
Fortalecimento de estratégias interinstitucionais, a fim
de se efetivar o cuidado integrado e favorecer a rede
Ações do Ministério da Saúde de proteção à população em situação de rua, para a
prevenção das situações de violência;
O Ministério da Saúde estabeleceu o II Plano Operativo (2017- Participação nas demais políticas públicas que incidem
2019) das ações de saúde previstas na Política Nacional para sobre os determinantes sociais da saúde na população em
a População em Situação de Rua no âmbito do Sistema Único situação de rua, como a geração de renda e de moradia;
de Saúde (SUS), que traz eixos prioritários e estratégias para Inserção do campo “população em situação de rua”
atenção à saúde desta população.32 São seus eixos: em todos os sistemas de informação do Ministério
da Saúde estratégicos para este grupo, com vistas ao
I- Acesso à saúde Integral da População em Situação de Rua; aperfeiçoamento dos indicadores de saúde específicos;
Promoção de ações de qualificação dos profissionais do
II - Promoção e Vigilância em Saúde; SUS para atuação com a população em situação de rua,
com o objetivo de aumentar a resolutividade do cuidado,
III - Educação Permanente e Educação Popular em Saúde; melhorar a competência cultural dos profissionais e
desconstruir estigmas negativos associados socialmente
IV- Mobilização, Articulação, Participação e Controle Social; a esta população;
Apoio à articulação com o Instituto Brasileiro de
V - Monitoramento e avaliação das ações de saúde para a Geografia e Estatística (IBGE) para se garantir a realização
População em Situação de Rua. do recenseamento da população em situação de rua;
Estímulo a pesquisas e produção de conhecimento sobre
violência e saúde da população em situação de rua.
10
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
11
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
16. Hallais JAS, Barros NF. Consultório na rua: Interdiscip [Internet]. 2016 jan-abr [citado 2019 maio
visibilidades, invisibilidades e hipervisibilidade. Cad 23];8(1):95-120. Disponível em: https://periodicos.sbu.
Saúde Pública [Internet]. 2015 jul [citado 2019 mar unicamp.br/ojs/index.php/urbana/article/view/8642601.
1];31(7):1497-1504. Disponível em: http://www. doi: 10.20396/urbana.v8i1.8642601
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 24. Romero DE, Cunha CB. Avaliação da qualidade
311X2015000701497&lng=en. doi: 10.1590/0102- das variáveis epidemiológicas e demográficas do
311X00143114 Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos. Cad
17. Bagett TP, O’Connell JJ, Singer DE, Rigotti NA. The Saúde Pública [Internet]. 2007 mar [citado 2019
unmet health care needs of homeless adults: a maio 23];23(3):701-14. Disponível em: http://www.
national study. Am J Public Health [Internet]. 2010 scielo.br/pdf/csp/v23n3/28.pdf. doi: 10.1590/S0102-
Jul [cited 2019 May 23];100(7):1326-33. Available 311X2007000300028
from: https://ajph.aphapublications.org/doi/ 25. Prefeitura de São Paulo (SP). Secretaria de Assistência e
full/10.2105/AJPH.2009.180109?url_ver=Z39.88- Desenvolvimento Social. Fundação Instituto de Pesquisas
2003&rfr_id=ori%3Arid%3Acrossref.org&rfr_dat=cr_ Econômicas. Censo da população em situação de rua
pub%3Dpubmed. doi: 10.2105/AJPH.2009.180109 da cidade de São Paulo: resultados [Internet]. São Paulo:
18. Varanda W, Adorno RCF. Descartáveis urbanos: discutindo Prefeitura de São Paulo; 2015 [citado 2018 dez 20].
a complexidade da população de rua e o desafio para Disponível em: https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/
políticas de saúde. Saúde Soc [Internet]. 2004 abr [citado secretarias/upload/assistencia_social/observatorio_
2019 mar 1];13(1):56-69. Disponível em: http://www. social/2015/censo/FIPE_smads_CENSO_2015_
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- coletivafinal.pdf
12902004000100007&lng=en. doi: 10.1590/S0104- 26. Prefeitura de São Paulo (SP). Secretaria de Assistência
12902004000100007 e Desenvolvimento Social. Fundação Instituto
19. Carneiro Junior N, Jesus CH, Crevelim MA. A Estratégia de Pesquisas Econômicas. Pesquisa censitária da
Saúde da Família para a equidade de acesso em população em situação de rua, caracterização
dirigida à população em situação de rua em grandes socioeconômica da população adulta em situação
centros urbanos. Saúde Soc [Internet]. 2010 set [citado de rua e relatório temático de identificação das
2019 mar 1];19(3):709-16. Disponível em: http://www. necessidades desta população na cidade de São Paulo
scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104- [Internet]. São Paulo: Prefeitura de São Paulo: 2015
12902010000300021&lng=en. doi: 10.1590/S0104- [citado 2019 dez 18]. Disponível em: https://www.
12902010000300021 prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/00-
20. Pinheiro ZAC. Vidas infames: uma etnografia das publicacao_de_editais/0003.pdf
masculinidades, identidades de gênero e sobrevivências 27. Barata RB, Carneiro Junior N, Ribeiro MCSDA, Silveira C.
de homens que moram nas ruas [tese]. Universidade Desigualdade social em saúde na população em situação
Estadual Paulista (UNESP), Faculdade de Filosofia e de rua na cidade de São Paulo. Saúde Soc [Internet]. 2015
Ciências: Marília; 2018. Disponível em: http://hdl.handle. jun [citado 2019 maio 23];24(Suppl 1):219-32. Disponível
net/11449/157355 em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v24s1/0104-
21. Pinho VA, Grando BS, Pinho AM. Jovens negros e 1290-sausoc-24-s1-00219.pdf. doi: 10.1590/S0104-
negras em situação de rua em Cuiabá: um estudo das 12902015S01019
experiências em direitos humanos. In: Guimarães STL, 28. Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Vigilância em
Carvalho CCF, Passos LA, Marín J, organizadores. RuAção: Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e
das epistemologias da rua à política da rua [Internet]. Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde.
Cuiabá: EdUFMT, Editora Sustentável; 2014 [citado 2019 Viva: vigilância de violências e acidentes: 2013 e 2014
maio 23]. p.147-162. Disponível em: http://www.editora. [Internet]. Brasília: Ministério da Saúde; 2017 [citado
ufmt.br/download/ebook_RuAcao.pdf 2019 maio 23]. 218 p. Disponível em: http://bvsms.
22. Cerqueira DC, Lima RSD, Bueno S, Neme C, Ferreira saude.gov.br/bvs/publicacoes/viva_vigilancia_violencia_
H, Coelho D, et al. Atlas da violência [Internet]. Rio de acidentes_2013_2014.pdf
Janeiro: IPEA, Fórum Brasileiro de Segurança Pública; 29. Resende VDM. A violação de direitos da população em
2018 [citado 2019 mar 1]. 35 p. Disponível em: http:// situação de rua e a violência simbólica: representação
www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_ discursiva no jornalismo on-line. Aled [Internet]. 2016
institucional/180604_atlas_da_violencia_2018.pdf [citado 2019 maio 23];15(1):71-91. Disponível em: http://
23. Pires FL. Discriminação na cidade: a mobilidade como www.dissoc.org/ediciones/v09n01-2/DS9(1-2)Resende.
direito social. Discriminação na cidade: a mobilidade pdf. doi:10.17851/2237-2083.24.3.955-988
como direito social. Urbana: Rev Eletrônica Cent
12
Boletim Epidemiológico | Secretaria de Vigilância em Saúde | Ministério da Saúde Volume 50 | Nº 14 | Jun. 2019
13