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Curso Pró Técnico

Disciplina:

Matemática
Texto Experimental – 1a Edição

Antonio José Bento Bottion e


Paulo Henrique Cruz Pereira

Varginha – Minas Gerais


Dezembro de 2006

Fonte: http://community.learnnc.org/dpi/math/archives/AlgArt.gif

Fonte: http://ww2.wdg.uri.edu:81/testsite/fileadmin/advance_client/mathematics.gif

ii
MATEMÁTICA I
Prof. Antônio José Bento Bottion

ÍNDICE
1. TEORIA DOS CONJUNTOS .................................................................................................................... 1
1.1. SIMBOLOGIA ....................................................................................................................................... 1
1.2. CONCEITOS PRIMITIVOS....................................................................................................................... 1
1.3. REPRESENTAÇÕES DE UM CONJUNTO................................................................................................... 2
1.4. MAIS DOIS POSTULADOS ...................................................................................................................... 3
1.5. DEFINIÇÃO DE SUBCONJUNTO .............................................................................................................. 3
1.6. TEOREMAS ......................................................................................................................................... 4
1.7. COMPLEMENTAR ................................................................................................................................. 5
1.8. CONJUNTO UNIVERSO ......................................................................................................................... 5
1.9. UNIÃO ................................................................................................................................................ 6
1.10. INTERSECÇÃO ..................................................................................................................................... 7
1.11. DIFERENÇA ......................................................................................................................................... 8
1.12. PAR ORDENADO ................................................................................................................................ 10
1.13. PRODUTO CARTESIANO ..................................................................................................................... 10

2. CONJUNTOS NUMÉRICOS................................................................................................................... 11
2.1. NÚMEROS NATURAIS E NÚMEROS INTEIROS ........................................................................................ 11
2.2. NÚMEROS RACIONAIS ........................................................................................................................ 11
2.3. NÚMEROS IRRACIONAIS ..................................................................................................................... 13
2.4. NÚMEROS REAIS ............................................................................................................................... 13
2.5. TEOREMAS ....................................................................................................................................... 14
2.6. OUTRAS NOTAÇÕES .......................................................................................................................... 15
2.7. INTERVALOS ..................................................................................................................................... 16

3. ARITMÉTICA DOS INTEIROS ............................................................................................................... 16


3.1. MÚLTIPLO E DIVISOR ......................................................................................................................... 16
3.2. NÚMERO PAR .................................................................................................................................... 17
3.3. TEOREMA ......................................................................................................................................... 19
3.4. NÚMERO PRIMO ................................................................................................................................ 20
3.5. NÚMERO COMPOSTO ......................................................................................................................... 20
3.6. TEOREMA ......................................................................................................................................... 20
3.7. FORMA FATORADA ............................................................................................................................ 22
3.8. DIVISÃO EUCLIDIANA ......................................................................................................................... 24
3.9. MÁXIMO DIVISOR COMUM ................................................................................................................... 25

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3.10. NÚMEROS PRIMOS ENTRE SI .............................................................................................................. 26
3.11. MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM ................................................................................................................. 26
3.12. TEOREMA ......................................................................................................................................... 27

4. TÉCNICAS DE FATORAÇÃO ................................................................................................................ 28


4.1. EXPRESSÃO ALGÉBRICA .................................................................................................................... 28
4.2. VALOR NUMÉRICO ............................................................................................................................. 28
4.3. FATORAR – DESENVOLVER ................................................................................................................ 29
4.4. CASOS DE FATORAÇÃO...................................................................................................................... 30

5. POTENCIAÇÃO ...................................................................................................................................... 40
5.1. DEFINIÇÃO........................................................................................................................................ 40
5.2. DEFINIÇÕES ...................................................................................................................................... 41
5.3. SIMPLIFICAÇÃO DE EXPRESSÕES........................................................................................................ 43
5.4. PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS ........................................................................................................ 44
5.5. EQUAÇÕES EXPONENCIAIS ................................................................................................................ 47
5.6. NOTAÇÃO CIENTÍFICA ........................................................................................................................ 49
5.7. RESUMO ........................................................................................................................................... 50

6. RADICIAÇÃO.......................................................................................................................................... 52
6.1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 52
6.2. GENERALIZAÇÃO ............................................................................................................................... 52
6.3. DEFINIÇÃO........................................................................................................................................ 53
6.4. PROPRIEDADES DOS RADICAIS ........................................................................................................... 55
6.5. REDUÇÃO DE RADICAIS AO MESMO ÍNDICE .......................................................................................... 58
6.6. RACIONALIZAÇÃO DE DENOMINADORES .............................................................................................. 59
6.7. POTÊNCIA DE EXPOENTE RACIONAL.................................................................................................... 60
6.8. RADICANDO NEGATIVO ...................................................................................................................... 61
6.9. PROPRIEDADE .................................................................................................................................. 62

7. EQUAÇÃO DO 2º GRAU........................................................................................................................ 63
7.1. DEFINIÇÃO........................................................................................................................................ 63
7.2. RAIZ DA EQUAÇÃO ............................................................................................................................. 63
7.3. CONJUNTO SOLUÇÃO ........................................................................................................................ 64
7.4. FÓRMULA RESOLUTIVA ...................................................................................................................... 64
7.5. OBSERVAÇÕES ................................................................................................................................. 64
7.6. EQUAÇÕES INCOMPLETAS ................................................................................................................. 66
7.7. A FORMA FATORADA .......................................................................................................................... 66
7.8. SOMA E PRODUTO DAS RAÍZES ........................................................................................................... 67
7.9. EQUAÇÕES BIQUADRADAS ................................................................................................................. 69

8. TEORIA DAS FUNÇÕES........................................................................................................................ 71


8.1. FUNÇÃO DE A EM B........................................................................................................................... 71
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8.2. UMA OUTRA NOTAÇÃO ....................................................................................................................... 72
8.3. DOMÍNIO DE UMA FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL REAL ............................................................................. 74
8.4. CONJUNTO IMAGEM ........................................................................................................................... 75
8.5. GRÁFICO .......................................................................................................................................... 77
8.6. CRESCIMENTO DE UMA FUNÇÃO ......................................................................................................... 79
8.7. CONJUNTO SIMÉTRICO ...................................................................................................................... 81
8.8. PARIDADE DE UMA FUNÇÃO................................................................................................................ 81

9. A FUNÇÃO DO 1° GRAU ....................................................................................................................... 83


9.1. FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU .............................................................................................................. 83
9.2. TEOREMA ......................................................................................................................................... 86

10. A FUNÇÃO DO 2° GRAU................................................................................................................... 88


10.1. FUNÇÃO DO SEGUNDO GRAU ............................................................................................................. 88
10.2. A PARÁBOLA ..................................................................................................................................... 88
10.3. CONSIDERAÇÕES .............................................................................................................................. 90

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1. Teoria dos conjuntos

Para termos uma linguagem precisa e concisa, serão utilizados os seguintes símbolos:

Símbolo Leia se

(∀ ) para todo x

(∃ ) existe x

(∃ ) existe um único x

⇒ se P, então Q

⇔ P se, e somente se, Q

Na implicação ⇒ , deve se entender que, parindo da proposição P, deduz se a

proposição Q. Assim, por exemplo, sendo x um número real, a sentença ( > )⇒( > ) é

VERDADEIRA, pois todo número maior que 5 é maior que 3, enquanto que a sentença

( > )⇒( > ) é FALSA, pois existem números maiores que 3, que não são maiores que 5.

A bi implicação ⇔ é equivalente à sentença ( ⇒ )∧( ⇒ ).


Assim, por exemplo, = ⇔ + = é uma sentença verdadeira, pois as sentenças

= ⇒ + = e + = ⇒ = são ambas verdadeiras.

O ponto de partida da teoria dos conjuntos consiste nos seguintes conceitos primitivos:

− conjunto
− elemento de um conjunto
− igualdade de conjuntos

Para indicar que x é um elemento do conjunto A, escrevemos ∈ (leia se também x

pertence a A.)
A notação ∉ significa que x não é elemento do conjunto A.

É importante observar que acima não consta o conceito de “elemento”, e sim o conceito de
“elemento de um conjunto”. Assim, não há sentido em discutir se x é elemento ou não. Discute se
apenas se x é ou não elemento de um dado conjunto.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Além de se representar um conjunto por uma letra (na maioria das vezes maiúscula), são
usadas as seguintes representações:

− {e1, e2, ..., en}, onde e1, e2, ..., em é a lista dos elementos do referido conjunto
dispostos numa ordem qualquer, com ou sem repetição.
− { ∈ ( )} , onde S(x) é uma propriedade sobre a variável x, que tem por

finalidade selecionar elementos de A; por exemplo, { ∈ > }.

Adotaremos também o seguinte postulado:

Se todo elemento de A é elemento de B e todo elemento de B é elemento de A, então os


conjuntos A e B são iguais.

Exemplo 1

{ } ={ } e { } ={ }

Exemplo 2

Sendo ℕ ={ } o conjunto dos números naturais, quantos são os

elementos do referido conjunto: { ∈ℕ + ≤ }?


+ ≤ ⇒ ≤ ≤ ⇒ ≤
Tem se então que ≤ e ∈{ }.
Logo, os elementos do referido conjunto são 0, 1, 2, 3, 4, 5 e 6, e, portanto, este possui 7
elementos.

Resposta: 7.

Exemplo 3
Quais são os elementos do conjunto ℕ dos números naturais que satisfazem à condição
+ ≤ ?
+ ≤ ⇒ ≤−
Repare que não há número natural que satisfaz tal condição.

Resposta: Nenhum.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Para que possamos operar com conjuntos, sem correr o risco de ficar operando com o
“nada”, como no último exemplo, vamos estabelecer que:

Existe um conjunto sem elementos, que chamamos de conjunto vazio e que indicaremos,
sem preferência por { } ou por ∅ (Postulado).

Sendo assim, podemos voltar ao item 2 e obter maior precisão, se ficar estabelecido que:

Dados um conjunto A e uma sentença S(x), na qual a variável x ocorre pelo menos uma
vez sem ser introduzida por “existe x”, nem por “para todo x”, existe sempre um conjunto B tal que

={ ∈ ( )} (Postulado).

Assim,

{ ∈ℕ + ≤ }={ } e

{ ∈ℕ + ≤ } ={ }=∅

! "

Dados os conjuntos A e B, dizemos que B é subconjunto de A se , e somente se, todo


elemento de B é elemento de A.
Notação: ⊂ (leia se B está contido em A).

⊂ ⇔ (∀ )( ∈ ⇒ ∈ )

Obs: A representação gráfica usada aqui foi proposta pelo matemático Venn.

Por outro lado, tem se que ⊄ se, e somente se, existir pelo menos um elemento de
B que não é elemento de A.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Em símbolos:

⊄ ⇔ (∃ )( ∈ ∉ )

Exemplo 4

Dado o conjunto ={ { }} , classificar em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma


das seguintes proposições:

a) A possui quatro elementos ( )


b) ∈ e ∈ ( )
c) { }⊂ ( )

d) { }⊂ ( )
e) {{ }} ⊂ ( )
O conjunto A possui 4 elementos, a saber, os números 1, 2, 3 e o conjunto binário { };
portanto, tem se que ∈ , ∈ , ∈ e { }∈ .

{ }⊂ , pois 1 e 2 são elementos de A

{ }⊄ , pois 4 não é elemento de A

{{ }} ⊂ , pois { } é elemento de A
Sendo assim, a única afirmação falsa é a (d).

# $

Qualquer que seja o conjunto A, tem se que o conjunto vazio é subconjunto de A.

Pois, se não o fosse, deveria existir pelo menos um elemento do conjunto vazio que não
pertencesse a A (o que é absurdo).

Qualquer que seja o conjunto A, tem se que A é subconjunto de A.

Pois todo elemento de A é elemento de A.

Tem se então que ( ∀ )( ⊂ ) , mesmo com A = { }.

Repare ainda que a expressão “todo elemento de A” não implica que o conjunto A tenha
elementos. Assim, por exemplo, a afirmação “Toda tarefa deve ser cumprida.” não implica que
haja tarefa.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Sendo A e B conjuntos, tem se que:
⊂ e ⊂ se, e somente se, A = B.
Sendo A um conjunto finito com n elementos, prova se que o número de subconjuntos de
n
Aé2 .
O conjunto de todos os subconjuntos de A é chamado “o conjunto das partes de A” e será
indicado por %&'

Exemplo 5

Dado o conjunto ={ } , obter o conjunto das partes de A.


Como o número de elementos de A é 3, conclui se que o número de seus subconjuntos é
3
2 = 8. Os subconjuntos de A são:

{ }
{1} {2} {3}
{1,2} {1,3} {2,3}
A

Resposta:
O conjunto das partes de A é
(A)= {{ }, {1}, {2}, {3}, {1,2}, {1,3}, {2,3}, A}

Dados os conjuntos A e B, com ⊂ , chama se de complementar de B em relação a A


ao conjunto:

={ ∈ ∉ }

Em qualquer discussão na teoria dos conjuntos devemos fixar sempre um conjunto U, que
contém todos os conjuntos que possam ser envolvidos. O conjunto U será chamado de conjunto
universo.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Sendo u o conjunto universo e A um conjunto qualquer, chama se complementar de A ao
conjunto:

= ={ ∈ ∉ }
Exemplo 6

Considerando como universo o conjunto ={ }, e dados os conjuntos

={ }e ={ } , tem se que:

O complementar de B em relação a A é ={ }.
O complementar de A em relação a A é ={ }.
O complementar de B é ={ }.
O complementar de A é ={ }.

* + "

Dados os conjuntos A e B num Universo U, chama se de união (ou reunião) de A com B


ao conjunto dos elementos que pertencem a pelo menos um dos conjuntos A ou B.

∪ ={ ∈ ∈ ∈ }

Exemplo 7

a) { } ∪{ } ={ }
b) { } ∪{ } ={ }

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


c) { } ∪{ } = { }
d) { } ∪{ } = { }

Propriedades:

∪ = ∪
⊂ ⇒ ∪ =
∪{ }=
( ∪ )∪ = ∪( ∪ )= ∪ ∪

, - "

Dados os conjuntos A e B num universo U, chama se de intersecção de A com B ao


conjunto dos elementos comuns a A e B.

∩ ={ ∈ ∈ ∈ }

Exemplo 8

a) { } ∩{ }={ }
b) { } ∩{ }={ }
c) { } ∩{ } = { }
d) { } ∩{ } = { }

Propriedades:

∩ = ∩
⊂ ⇔ ∩ =
∩{ }={ }
( ∩ )∩ = ∩( ∩ )= ∩ ∩ ( ∩ )⊂( ∪ )

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


!
Dados os conjuntos A e B num universo U, chama se de diferença entre A e B, nesta
ordem, ao conjunto dos elementos de A que não são elementos de B.

− ={ ∈ ∈ ∉ }
Observe que aqui, ao contrário do que ocorreu na definição de complementar de B em
relação a A, não é exigido que B seja subconjunto de A.

Exemplo 9

a) { } −{ } ={ }
b) { } −{ } ={ }
c) { } −{ } = { }
d) { } −{ } = { }

Propriedades:

( − )⊂
−{ }=
{ }− ={ }
⊂ ⇔ − =

−( ∩ )= −

Exemplo 10

Dados os conjuntos ={ } e ={ }, obter os conjuntos ∩ ,


∪ , − e − .

∩ ={ }
∪ ={ }
− ={ }
− ={ }

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


Exemplo 11

Sejam A e B conjuntos num universo U tais que: o complementar de A é ={ }

∪ ={ ! }
∩ = { !}

Obter os conjuntos A e B.

∩ = { !} ⇒ c e d são os únicos elementos que A e B têm em comum.

∉ ⇒ ∈ e ∉( ∩ )
Logo, ∈( − ).
Analogamente, conclui se que ∈( − ).
∈ ⇒ ∈ e

∉( ∪ )
Logo, ∈( − ).
Analogamente para f, g.
Repare que h e i não pertencem a A nem a B, pois não pertencem a ∪ .

Resposta: ={ !} e ={ ! }

Exemplo 12

Numa prova de Matemática caíram apenas dois problemas. Terminada a sua correção,
constatou se que:
300 alunos acertaram somente um dos problemas
260 acertaram o segundo
100 acertaram os dois
210 erraram o primeiro

Quantos alunos fizeram esta prova?

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


Resolução:

Sendo x, y, z e w o número de elementos de cada partição indicada no diagrama acima,


segue que:

 +"= ( )

# + " = ( )

 #= ( )
" + $ =
 ( )
Das equações (3) e (2) tem se que z = 160.
Substituindo z por 160 nas equações (1) e (4), obtêm se respectivamente, os valores de x
e w; x = 140 e w = 50.
O número total de alunos que fizeram esta prova é x+y+z+w = 450.

.
Sabemos que { } representam o mesmo conjunto.

No entanto há situações em que é conveniente que haja uma ordem entre a e b. Para isto
existe o conceito de par ordenado.

Definição: ( ) = {{ } { }}
Observe aí a maneira sutil com que foi introduzida a noção de ordem, pois pela definição,

é fácil concluir que, se ≠ , então ( )≠( ) , pois ( ) = {{ } { }} , que é diferente


de {{ } { }} .

.
Dados os conjuntos A e B, chama se de produto cartesiano de A por B, nesta ordem, ao
conjunto de todos os pares ordenados (x,y), onde x é elemento de A e y é elemento de B.

× = {( #) ∈ #∈ }

Exemplo 13

Dados os conjuntos ={ } e ={ } , obtenha os produtos cartesianos AXB,


2
BXA e B =BXB.

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


× = {( )( )( )( )( )( )}
× = {( )( )( )( )( )( )}
= {( )( )( )( )}

Repare que o produto cartesiano é uma operação não comutativa, isto é, AXB pode não
ser igual a BXA.

2. Conjuntos numéricos
/0 0

O conjunto dos números naturais { % } será representado por ℕ , e o

conjunto dos números inteiros { − − } , por ℤ . Repare que todo natural é inteiro,
isto é, ℕ éum subconjunto de ℤ .

/0

Chamamos de número racional a todo número que pode ser expresso na forma , onde

a e b são inteiros quaisquer, com ≠ .

   − 
Assim, os números 5  =  e 0,333333...  =  são dois exemplos de números
   
racionais.
O conjunto dos números racionais é expresso por ℚ.
Como todo inteiro é racional, podemos afirmar que ℤ ⊂ ℚ.


Exemplo 1
Obter uma representação decimal para os números:

! " #$ % & ' ( ) ) * +


&
a) b)

Resolução:

&
' ' '
'

'

Uma vez entendido o exemplo acima, é fácil concluir que todo número racional pode ser
expresso por uma dízima exata (existe um último algarismo à direita) ou por uma dízima periódica
infinita (não existe um último algarismo à direita, mas, sim, uma repetição indefinida de uma
seqüência de algarismos).
Exemplo 2
Representar as seguintes dízimas por frações de inteiros (frações geratrizes):
a) 1,23456
b) 5,644444...4...
c) 5,645454545...45...

Resolução:
− −
a) = =

b) Seja f = 5,644444...4... (I); então, multiplicando por 10, segue que 10f = 56,44444...4... (II).
Calculando a diferença (II) – (I):
=
= −
& = '
' '
e, portanto, = =
& &
c) Seja f = 5,6454545454545...45... (I); então, multiplicando por 100, segue que
100f=564,54545454... (II). Calculando a diferença (II) – (I):
=
= −
&& = '&

! " #$ % & ' ( ) ) * +


'& '&
e, portanto, = =
&& &&

Resposta:

− ' '&
a) b) c)
& &&

Com estes exemplos, podemos perceber que toda dízima periódica é um número racional.

Outro fato que pode chamar atenção é que a dízima periódica 0,999...9... é uma outra
representação do número 1 (um).

/0

Existem dízimas infinitas e não periódicas; são os números irracionais. Como exemplos de
números irracionais, podemos citar:

π= &
=
= '

Os números irracionais não podem ser expressos na forma , com a e b inteiros e

≠ .

/0

A reunião do conjunto dos números irracionais com o dos racionais é o conjunto dos
números reais ( ℝ ).
Dada uma reta, podemos estabelecer uma relação entre seus pontos e os números reais,
de tal modo que a todo ponto corresponda um único real e a todo real corresponda um único
ponto. Desta maneira podemos identificar todos os números reais por pontos da reta dada. A idéia
é construir uma espécie de régua em que constam também os números negativos.
Chamamos esta régua de reta (ou eixo) real.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


$

n
− Sendo m e n naturais quaisquer, tem se que m+n, m ⋅ n e m são todos naturais. (Lembre se
0
de que 0 = 1.)
− Sendo h e k inteiros quaisquer, tem se que h + k, h k, h ⋅ k são todos inteiros.
( (
− Sendo r e s racionais quaisquer, r + s, r – s, r ⋅ s e são todos racionais. (Em , devemos ter
) )
) ≠ .)
− Sendo r um número racional e x um número irracional, tem se que r + x é irracional.
− Sendo r, ( ≠ , um racional e x um número irracional, tem se que r ⋅ x é irracional.

− Sendo x um irracional qualquer não nulo, tem se que é irracional.

− Entre dois números racionais existem infinitos outros números racionais e infinitos números
irracionais.
− Entre dois números irracionais existem infinitos outros números irracionais e infinitos números
racionais.

Exemplo 3

Quantos são os elementos do conjunto { ∈ℕ * < < }?


Resolução:

= ⇒ =
= ⇒ =
Entre 14,1... e 17,3... existem 3 números naturais, a saber 15, 16 e 17.

Resposta: 3

Exemplo 4
(G. V.) Quaisquer que sejam o racional x e o irracional y, pode se dizer que:

a) x ⋅ y é irracional
b) y ⋅ y é irracional
c) x + y é racional
d) −#+ é irracional
e) x + 2y é irracional

Resolução:

Vejamos cada uma das alternativas:


a) (FALSA) Se x for igual a zero, x ⋅ y = 0, que é racional.
b) (FALSA) Se considerarmos, por exemplo, # = , segue que y ⋅ y = 3 que é racional.
c) (FALSA) Para qualquer x racional e para qualquer y irracional, x + y é irracional.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


d) (FALSA) Se # = , −#+ = , que é racional.
e) (VERDADEIRA) Para qualquer irracional y, tem se que 2y é irracional. Logo, x + 2y é irracional.
Resposta: e
Exemplo 5

Mostre que o número + + − é irracional.

Resolução:

Seja = + + − .
Observe que x é um número real positivo.

Segue que:

= + + − + ( + )( − )
= + ( + )( − )
= + & −'
='
E como x > 0, tem se que = , que é irracional.

# 1
Sendo A um dos conjuntos ℤ , ℚ ou ℝ , usaremos ainda as seguintes notações:

para indicar { ∈ * ≠ }
+ para indicar { ∈ * ≥ } (os não negativos)

+ para indicar { ∈ * > } (os positivos)
− para indicar { ∈ * ≤ } (os não positivos)

− para indicar { ∈ * < } (os negativos)

Assim, por exemplo, ℝ + é o conjunto de todos os números reais não negativos, isto é, o

conjunto { ∈ℝ* ≥ }.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


( -

Sendo a e b (a<b) números reais quaisquer, temos os seguintes subconjuntos de ℝ,


chamados de intervalos:

[ ]={ ∈ℝ + ≤ ≤ } (intervalo fechado)


] [ ={ ∈ℝ + < < } (intervalo aberto)
[ [ ={ ∈ℝ + ≤ < } (intervalo fechado só à esquerda)
] ]={ ∈ℝ + < ≤ }

[ +∞[ = { ∈ ℝ + ≥ }
] +∞[ = { ∈ ℝ + > }

]−∞ ] = { ∈ℝ + ≤ }
]−∞ [ = { ∈ℝ + < }

Exemplo 6

Obter [ ]∩] [.

Resolução:

[ ]

] [

[ ]∩] [

Resposta: ] ]

3. Aritmética dos inteiros

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


Dados dois números m e d, dizemos que m é um múltiplo de d se, e somente se, existir
um inteiro k tal que m = k ⋅ d.
Nestas condições, também se diz que d é um fator (ou divisor) de m.

/0

Um número inteiro a é dito par se, e somente se, ele for múltiplo de 2.
Todo número inteiro que não é par é dito número ímpar.

Exemplo 1
Determinar quantos são os múltiplos de 7 compreendidos entre os números 50 e +500.

Resolução:

Se considerarmos estes números em ordem crescente, temos a P.A. ( 49, 42, 35, ... , an), cujo
primeiro termo é a1 = 49, cuja razão é r = 7 e cujo último termo é an.
Precisamos obter o maior valor possível de n tal que seja satisfeita a condição na < 500.

Como % = + ( % − ) ⋅ ( , segue que:

49 + (n – 1) ⋅ 7 < 500
49 + 7n < 556

O maior valor possível de n que satisfaz tal condição é 79.

Resposta: 79

Exemplo 2
Decompor o inteiro 1995 numa soma de cinco ímpares consecutivos.

Resolução:

Considere a seqüência destes ímpares em ordem crescente e seja x o termo médio. Deste modo,
tem se que

( − )+( − )+ +( + )+( + )= &&


= && , ou ainda, x = 399.

Resposta: 395 + 397 + 399 + 401 + 403

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


Exemplo 3
2
Seja um inteiro tal que a é ímpar. Prove que a é ímpar.

Demosntração:

(Método indireto) Suponhamos que a seja um número par, isto é, a = 2k, com k inteiro.
2 2 2
Segue que a = 4n , ou seja, a é par, o que é ABSURDO, pois contraria a hipótese.

Observações importantes:
Todo número ímpar, isto é, um inteiro não múltiplo de 2, pode ser representado,
indiferentemente, pela expressão 2k + 1, ou por 2k – 1, com k inteiro, pois sempre existem dois
números pares tais que ele seja o sucessor de um deles e o antecessor do outro.
Assim, por exemplo, o número ímpar 17 é o sucessor de 16 e o antecessor de 18.
Consideremos, agora, um inteiro x, não múltiplo de 3.
Repare que há uma diferença entre afirmar que x é da forma 3k + 1 e afirmar que x é da
forma 3k – 1, onde k é um inteiro.
Assim, por exemplo, o número 4 é da forma 3k + 1 e não da forma 3k – 1, enquanto o
número 5 é da forma 3k – 1, sempre considerando k inteiro.
Observe que todo inteiro não múltiplo de 3, ou é da forma 3k + 1, ou é da forma 3k–1.
Verifique a seguinte afirmação, com k inteiro:
Todo inteiro não múltiplo de 5 é de uma e apenas uma, das seguintes formas:
5k + 1, 5k – 1, 5k + 2, 5k 2

Exemplo 4
2 2
Sendo a um inteiro, não múltiplo de 5, mostre que o antecessor de a ou o sucessor de a
é um múltiplo de 5.

Demosntração:

Tem se que a é da forma 5k + 1 ou da forma 5k + 2.


No primeiro caso, tem se que:

= , + , + , isto é, − = ( , + ,)
No segundo caso, tem se que:

= , + ,+ e, portanto:

+ = , + ,+ = ( , + ,+ ) -!

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


$
Sejam x, y e d inteiros. Se d é divisor de x, e d é divisor de (x + y), então d é divisor de y.

Justificativa:
Existe um inteiro k1 tal que x = d ⋅ k1
Existe um inteiro k2 tal que x + y = d ⋅ k2
Logo, d ⋅ k1 + y = d ⋅ k2
y = d ⋅ k2 d ⋅ k1
y = d ⋅ (k2 – k1)

Como k2 – k1 é inteiro, tem se que d é divisor de y.


(c.q.d.)

Exemplo 5
Obter os valores inteiros de n de modo que n + 3 seja um divisor de n + 13.

Resolução:
n + 3 é divisor de n + 11
n + 3 é divisor de n + 3 + 8 (*)
n + 3 é divisor de n + 3 (**)

De (*) e (**) segue que:

n + 3 é divisor de 8

Portanto,

% + ∈{ ' − − − −'}

% ∈ {− − − − − − }
Resposta: 2, 1, 1, 5, 4, 5, 7 e 11.

Exemplo 6
Mostre que um inteiro ℕ com quatro algarismos é múltiplo de 3 se, e somente se, a soma
dos algarismos for múltiplo de 3.
Demosntração:

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


Seja ℕ=( ! ) , isto é, a é o algarismo dos milhares, b o das centenas, c o das
dezenas e d o das unidades.
ℕ= + + +!
ℕ = &&& + && + & + + + + !
ℕ= ( + + )+ + + +!

1a parte: se a + b + c + d = 3m, então ℕ é obviamente múltiplo de 3.

2a parte: se ℕ for um múltiplo de 3, isto é, ℕ = 3h, então


= ( + + )+ + + +!

− ( + + )= + + +!
Logo, a + b + c + d é múltiplo de 3. (c.q.d.)

Observação:

Esta regra de divisibilidade por 3 vale para todos os inteiros, independentemente do


número de algarismos. A mesma regra vale para a divisibilidade por 9.

/0

Um inteiro p é dito número primo, ou simplesmente primo, se, e somente se, ele possuir
quatro e apenas quatro divisores distintos. (Os quatro divisores em questão são 1, 1, p e –p.)

/0

Os números inteiros não nulos que têm mais do que 4 divisores distintos são chamados de
números compostos.
Observações:

− Os números 1, 1 e 0 não são primos nem compostos.


− Os números 2 e 2 são os únicos números primos e pares.
− Todo inteiro k positivo e diferente de 1 admite pelo menos um divisor primo positivo.

# $

Existem infinitos números primos.

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


Demosntração:

Suponhamos que exista só um número finito de primos positivos p1, p2, p3, ... , pn e
consideremos o número p = p1 ⋅ p2 ⋅ p3 ... ⋅ pn + 1.
Como p é maior que qualquer um dos números primos enumerados, segue que p é um
número composto e, portanto, um destes primos deve ser o divisor de p.
Seja pk, com 1<k<n, este divisor.
Como pk é divisor de p1 ⋅ p2 ⋅ p3 ... ⋅ pn e pk é divisor de p, conclui se que pk é divisor de 1,
o que é absurdo, pois os únicos divisores de 1 são os números 1 e 1. (c.q.d.)

Exemplo 7
Verificar se 251 é primo.

Resolução:
O seguinte procedimento de verificar a primalidade de um número é conhecido como o
crivo de Erastótenes.
Constrói se uma tabela de todos os inteiros maiores que 1 cujos quadrados não superem
o número 251.

' &
. / - >
O próximo passo consiste em verificar se um dos números desta tabela é um divisor do
número 251. Isto pode ser feito de maneira relativamente rápida, pois se um dado número não for
divisor, então seus números também não o serão.
Note que 2 não é divisor de 251 e, portanto, os números 4, 6, 8, 10, 12 e 14 também não
serão. Vamos “eliminar” o número 2 e todos os seus múltiplos.

' &

Note que 3 não é divisor de 251 e, portanto, também podemos “eliminar” todos os
múltiplos de 3.
Prosseguimos desta maneira até encontrar um divisor, ou então até “eliminar” todos os
números da tabela. Se for encontrado um divisor, então o número em questão é composto; caso
contrário, o número é primo.

' &

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Resposta: 251 é primo

Observação:

A elegância deste procedimento chama a atenção pelo seguinte:


Consideremos o produto d1 ⋅ d2.
Se d1 > 15 e d2 > 15, então d1 ⋅ d2 > 251.
Logo, se 251 admitisse um divisor d1, d1 > 15, deveríamos ter um inteiro d2, d2 < 15, de
modo que d1 ⋅ d2 = 251, isto é, 251 teria um divisor menor ou igual a 15.
Porém, isto é absurdo, pois, como foi verificado na tabela, 251 não admite divisor menor
ou igual a 15.

Exemplo 8
4 2
Obter todos os inteiros a tais que a + a + 1 seja um número primo.

Resolução:

+ + = + + −
=( + ) −
=( + − )( + + )
Repare que para este produto ser um número primo é necessário (mas não sufuciente) que um
dos seus fatores seja igual a 1 ou igual a 1. Vejamos:

+ − = ⇒ = =
+ − =− ⇒ %0 1 %/ (
+ + = ⇒ =− =
+ + =− ⇒ %0 1 %/ (
Os valores encontrados foram 1, 1 e 0.
4 2
Substituindo, conclui se que a + a + 1 é primo somente para a = 1 ou a = 1.

Resposta: 1 e 1

( 2 !

Todo inteiro a, não nulo, diferente de 1 e diferente de 1, pode ser expresso na forma:
α
= +2 α 2 α
2 2 % α% ) > , ou
α
= −2 α 2 α
2 2 % α% ) <

! " #$ % & ' ( ) ) * +


onde p1, p2, ... e pn são primos positivos e dois a dois distintos, e os expoentes α1, α2, ...,
αn são números naturais não nulos.

Exemplo 9
Qual a forma fatorada de 528?

Resolução:
'

4
Resposta: 2 ⋅ 3 ⋅ 11

Exemplo 10
3 4
Quantos divisores possui o número 5 ⋅ 11 ?

Resolução:
Consideremos os conjuntos:

3 ={ }e
3 ={ }
Repare que todo produto do tipo d1 ⋅ d2 com ! ∈ 3 , ! ∈ 3 e apenas estes produtos são
3 4
divisores positivos de 5 ⋅ 11 .
Para d1, temos (1 + 3) opções, e para d2 há (1 + 4) opções.
Logo, existem (1 + 3)(1 + 4) = 20 divisores positivos.
3 4
Consequentemente há 20 divisores negativos. Há, portanto, 40 divisores de 5 ⋅ 11 .

Resposta: 40

Observação:

! " #$ % & ' ( ) ) * +


α
Sendo 2α2 α
2 2 % α% a forma fatorada de um número natural n, pode se concluir que

o número de divisores positivos de n é (α + )( α + ) ( α% + ) .

) "
Dados dois inteiros n e d, com ! ≠ , efetuar a divisão de n por d significa obter dois
inteiros q e r tais que n = d ⋅ q + r e ≤(< ! .

Os números n, d, q e r são, nesta ordem, chamados de dividendo, divisor, quociente e


resto. Pode se provar que para cada par (n,d), o quociente e o resto são únicos.

Exemplo 11
Efetuar a divisão de:
a) 29 por 4
b) 29 por 4
c) 29 por 4

Resolução:

& & − − &


− −'
Observe que, em cada caso, o resto é não negativo e é menor que o módulo do divisor!

Resposta:
a) quociente 7, resto 1
b) quociente 7, resto 1
c) quociente 8, resto 3

Exemplo 12
Seja d um divisor comum dos inteiros não nulos x e y. Mostre que d é um divisor do resto
da divisão de x por y.
Demonstração:
Sejam q e r, respectivamente, o quociente e o resto da divisão de x por y. Então:
= #⋅- + (
Sendo = ⋅ ! e # = ⋅ ! , segue que:
( = − # = ⋅! − ⋅! = !( − ) (c.q.d.)

Exemplo 13
Obter o conjunto dos inteiros positivos menores que 180 e que, quando divididos por 27,
deixam um resto igual ao quociente.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Resolução:
= ( + ( com ≤(≤ e < '
= '(
( ∈{ }
∈{ ' ' ' & }
Como devemos ter x < 180, tem se que o conjunto pedido é: { ' ' '} .

Resposta: { ' ' '}

* 34

Sendo a e b inteiros, não ambos nulos, chama se de máximo divisor comum de a e b ao


maior dos divisores que eles têm em comum.
Notação: mdc(a,b)

Exemplo 14
Calcular mdc(1750,1400).

Resolução:

1a maneira:

= ⋅ ⋅ e = ⋅ ⋅
O maior divisor (ou fator) comum é

⋅ ⋅ = .

2a maneira (por divisões sucessivas):


Efetua se a divisão de um número pelo outro e, daí em diante, divide se sucessivamente o último
divisor obtido pelo resto, até obter um resto nulo. (Os quocientes são abandonados.)

1750 1400 350


restos: 350 0

(O exemplo 12 justifica a validade deste processo.)

Resposta: 350

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Exemplo 15
Calcular mdc(2048,1935).

Resolução:

2048 1935 113 14 1


restos: 113 14 1 0

Resposta: 1

, /0

Dois inteiros quais quer são ditos primos entre si se, e somente se, o seu mdc for 1.

Exemplo 16
Os números 2048 e1935 são primos entre si.

Exemplo 17
Verificar se existe um inteiro k tal que 3k + 1 e 2k + 1 não sejam primos entre si.

Resolução:
Seja d, d > 0 um divisor comum; então tem se que:

 , + = ⋅! −

 , + = ⋅!
− , − = − ⋅ !

 , + = ⋅! +
=( − )⋅!
Como d=1, conclui se que os números 3k + 1 e 2k + 1 são primos para todo inteiro k.

(Tente resolver este exercício pelo método das divisões sucessivas.)

Resposta: não

5 0

Sendo a e b inteiros, não ambos nulos, chama se de mínimo múltiplo comum de a e b ao


menor dos múltipos positivos que eles têm em comum.

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


Notação: mmc(a,b)

Exemplo 18
Calcular mmc(1750,1400).

Resolução:

= ⋅ ⋅ e = ⋅ ⋅
O menor dos múltiplos positivos que estes números têm em comum é ⋅ ⋅ .

Resposta: 7000

Sendo a e b inteiros, não ambos nulos, tem se que: 4! ( ) ⋅ 44 ( )= ⋅ .

Exemplo 19
Obter k, dado que o mdc e o mmc de k e 20 são, nesta ordem, iguais a 4 e 160.

Resolução:

⋅, = ⋅ ⇒ , = e = ⋅ ⋅

Resposta: 32 e 32

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


4. Técnicas de fatoração

64 " 7

Para estabelecer conceitos, definições, axiomas, teorema, etc., na Álgebra, usaremos,


quase sempre, seqüências de caracteres, que podem ser letras, algarismos, sinais de operação,
parênteses, colchetes ou chaves, dispostos numa ordem determinada. Seqüências desse tipo, em
que pelo menos um dos caracteres é uma letra, são chamadas expressões algébricas.
O uso de expressões algébricas traz várias conveniências, entre elas a precisão e a
concisão de linguagem.
Observe o quadro abaixo:
Exemplo: Expressão Algébrica:
O dobro de um número 2x
2
O quadrado da soma de dois números (a + b)
2 2
A soma dos quadrados de dois números a +b
A soma do quadrado de um número com o 2
n + 2n
seu dobro

8 7

Quando, numa expressão algébrica, cada letra for substituída por um número e as
eventuais operações puderem ser efetuadas, obter se á um resultado chamado de valor numérico
da expressão algébrica.

Exemplo 1
2 2
Obter o valor numérico de a – b + ab para:
a) a = 1 e b = 2 b) a = 2 e b = 1
Solução:
a) Substituindo a por 1 e b por 2, obtemos:
− +( )( ) = − + =− .

b) Substituindo a por 2 e b por 1, obtemos:


− +( )( ) = − + = .

Exemplo 2

Sendo a = 3 e b = 4, obter o valor numérico de ( + )( + )− ( + + )

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


Solução:
Substituindo a por 3 e b por 4, obtemos:

( + )( + )− ( +'+ ) = ( )( ) − ( )( ) = .

Exemplo 3

Mostrar que o valor numérico de ( + )( + )− ( + + ) independe dos valores

de a e b.

Solução:
Efetuando os produtos indicados, obtemos:

+ + + − − − = .
Portanto para quaisquer valores de a e b a expressão terá valor numérico 2.

EXERCÍCIOS
Sendo a = 5 e b = 2, obter os valores numéricos de:

1) ( + )
2) +
3) ( − )
4) ( − )
5) −
6) Mostrar que o valor numérico da expressão abaixo não depende do valor de b.
( + )( + )− ( + + ).
2 9

Consideremos as expressões:

5 = ( + # )( + #) e 3 = + #+ #
Repare que:

( + # )( + #) = + #+ #+ #
= + #+ #

Denomina se:

• ( + # )( + # ) de FORMA FATORADA
• + # + # de FORMA DESENVOLVIDA

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


Repare que, em geral, desenvolver um produto requer apenas mão de obra e, portanto,
não oferece maiores dificuldades. O que pode dar problemas é a passagem no sentido contrário.
Como fatorar? Isto é, como passar da forma desenvolvida para a forma fatorada?
A seguir veremos algumas identidades fundamentais, que serão ferramentas
indispensáveis para a técnica de fatoração.

! "

1° caso: o fator comum

Pela propriedade distributiva, temos que ( + )= + e portanto:

⋅ + ⋅ = ( + )

Observe que no membro esquerdo da igualdade acima h’uma soma (adição ou subtração)
de produtos que, neles, a é um fator comum. No membro direito diremos que o fator comum a foi
colocado em “evidência”.
A igualdade acima pode ser ilustrada da seguinte maneira:

A área da região hachurada é igual a ( + )= + .

Exemplo 4
Fatorar + #− .

Solução:
Como x é fator comum, segue que:

+ #− = ( +#− )

Exemplo 5

Fatorar ' − .

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


Solução:
Observe que 4x é fator comum!

' − =
= ⋅ − ⋅
= ( − )

Exemplo 6

Fatorar # − # + # .

Solução:

O fator comum é # :

# − # + # =
= # − # #+ # #
= # ( −#+ # )

EXERCÍCIOS
Fatorar as seguintes expressões:

7) + −
8) ( + #) + ( + #)
9) ( − )− ( − )
10) ( − ) + #( − )
11) ( − )+ −

OBSERVAÇÃO
Pode haver aplicações repetidas deste caso. Vejamos um exemplo básico.
+ #+ + #=
=( + #) + ( + #)
= ( + #) + ( + #)
=( + )( + #)

Exemplo 7
Fatorar + #− − #.

Solução:

! " #$ % & ' ( ) ) * +


+ #− − #=
=( + #) − ( + #)
= ( + #) − ( + #)
=( − )( + #)

Exemplo 8
Fatorar − #− + #.

Solução:
− #− + #=
=( − #) − ( − #)
= ( − #) − ( − #)
= ( − # )( − )

EXERCÍCIOS
Fatorar:

12) − − +
13) − + −
14) 2 − # + 2 − #
15) + + +
16) +( − ) −

2° caso: diferença de dois quadrados

− =( + )( − )
Assim, por exemplo, 5 – 3 é igual a
2 2
( + )( − ) (verifique!).
É claro que podemos justificar essa identidade partindo do membro direito e,
desenvolvendo o produto, chegar ao membro esquerdo. Como ficaria se quiséssemos partir do
membro esquerdo e, fatorando, chegar no direito?

Repare que em − = ⋅ − ⋅ não há fator comum!


Observe então a seguinte seqüência em que é usado um pequeno artifício: somando e
subtraindo ab, obtemos fatores comuns sem alterar o valor da expressão.

− = + − −
= ( + )− ( + )
=( + )( − )
Veja na seguinte ilustração como podemos verificar a identidade em questão.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


a

a b

( + )( − ) a b

As regiões hachuradas têm áreas iguais e ilustram o fato de que

− =( + )( − ).

Exemplo 9

Fatorar − .

Solução:

− =
= −
=( + )( − )

Exemplo 10

Fatorar − .

Solução:

− =
=( ) −( )
= ( + )( − )
= ( + ) ( + )( − )

2 2
(Observação: No conjunto dos números reais, a expressão a + b não é fatorável!)

! " #$ % & ' ( ) ) * +


EXERCÍCIOS

Fatorar as seguintes expressões em ℝ:


17) −
18) −
19) − + +
20) + + −
21) − + −
22) − + −
23) − − +

3° caso: trinômio quadrado perfeito

+ + =( + )
− + =( − )

Veja:

+ + =
= + + +
=( + )+( + )
= ( + )+ ( + )
=( + )( + )
=( + )

− + =
= − − +
=( − )−( − )
= ( − )− ( − )
=( − )( − )
=( − )

Ilustrando:

! " #$ % & ' ( ) ) * +


a b

a+b

a+b
( + )

Exemplo 11

Desenvolver ( + # ) .

Solução:

( + # ) =

=( ) + ( )( # )+( # )
= + # + &#

Exemplo 12

 
Desenvolver  −  .
 

Solução:

 
 −  =
 

= − ( )    
+ 
   
= + +

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Exemplo 13

Fatorar + + .

Solução:

+ + =
=( ) + ( )( )+( )
=( + )

EXERCÍCIOS

 
24) Desenvolver:  + 
 

Fatorar as seguintes expressões em ℝ:


25) + +&
26) − +
27) − +
28) − + −
29) − −
30) + +

31) + + −
32) + + −#
33) −(# − )
4° caso: soma e diferença de cubos

+ =( + )( − + )
− =( − )( + + )
Justificativa:

( + )( − + )=
= − + + − +
= +

( − )( + + )=
= + + − − −
= −

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


Exemplo 14

Fatorar +'.
Solução:

+' =
= +
=( + )( − + )
=( + )( − + )

Exemplo 15

Fatorar − .
Solução:

− =
=( ) −
=( − ) ( ) + ( )( ) + 

=( − ) (& + + )
Exemplo 16

Fatorar − + − + − .
Solução:

− + − + − =
=( − )+( − )+( − )
=( − )( + + ) + ( + )( − ) + ( − )
=( − ) ( + + ) + ( + ) + 

=( − )( + + + + + )

EXERCÍCIOS

3
34) a) Fatorar x 1

b) Sendo x = 0,1, obter o valor numérico de

35) Fatorar:
a)
&
+ #&
b)
&
− #&

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


5° caso: cubo da soma e cubo da diferença

+ + + =( + )
− + − =( − )

Justificativa:

( + ) =( + )( + )
=( + + )( + )
= + + + + +
= + + +

( − ) =( − )( − )
=( − + )( − )
= − − + + −
= − + −

Exemplo 17

Desenvolver ( + ) .

Solução:

( + ) =
=( ) + ( ) ( ) + ( )( ) +
=' + + +
Exemplo 18

Desenvolver ( − #) .
Solução:

( − #) =
= − ( #) + ( #) − ( #)
= − #+ # − '#
Exemplo 19

Fatorar + + + .

Solução:

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


+ + + =
= + ⋅ + ⋅ +
=( + )
EXERCÍCIOS

36) Desenvolver as expressões:


a) ( + #" ) b) ( − )

Fatorar as expressões:

37) + #+ # +#
38) + # + # + '#
39) −& + −
40) + + + +

RESUMO

1. + − != ( + + −! )
2. − = ( + )( − )
3. + + =( + )
4. − + =( − )
5. + = ( + )( − + )
6. − = ( − )( + + )
7. + + + =( + )
8. − + − =( − )

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


5. Potenciação

! "

Dado um número a, ∈ ℝ , e um número inteiro n, n > 1, chama se potência enésima de


n
a, que se indica por a , ao produto de n fatores iguais a a. Assim:

%
= ⋅ ⋅
% / ( )
O número a é chamado de base e n, de expoente.
Exemplo 1

a) = ⋅ ⋅ ='
b) (− ) = (− ) ⋅(− ) ⋅(− ) = −'

Exemplo 2

Obter o valor de cada expressão:

    − 
a) + (− ) b)   ⋅ c)   ⋅ 
     
Solução:

a) + (− ) = ⋅ + (− ) ⋅(− )= +& =
       
b)   ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ^
       
         
c)   ⋅ −  = ⋅ ⋅ − ⋅ − ⋅ −  = −
         

OBSERVAÇÕES

1) (− ) ≠− pois:

(− ) = (− ) ⋅(− )= e − = −( ⋅ )=−
( − ) = , se n é par
%
2)
( − ) = − , se n é ímpar
%

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


EXERCÍCIOS

1) Calcular:

a) d) g) −

 
b) e) ( − ) h)  
 

 
c) f) (− ) i) −− 
 
2) Calcular:

a) (− ) −
 
b)  −  ⋅
 
   
c)   ⋅  − 
   

5
Considere, por exemplo, a potência 2 , que é 32.
Observe que, ao diminuirmos de 1(uma) unidade o expoente, o valor da potência fica
dividido por 2, que é o valor da base. Veja:

= , = , =', =

Continuando se o raciocínio anterior, vem:

− −
= , = , = , = e assim por diante.

Tais resultados sugerem as definições:

%
−%  
= = = %
=  ≠
 

Exemplo 3

! " #$ % & ' ( ) ) * +



a) = e) = =
&

b) (− ) =− f)

= =

(− )

c) = g) = =
(− ) &

(− )

d) (− ) = h) = =−
(− )

Exemplo 4
Calcular:
− −
−     −
a) b)   c)  −  d) ⋅
   
Solução:


a) = =

    &
b)   =   =
   

    &
c)  −  =  −  =
   

d) ⋅ = ⋅ =

EXERCÍCIOS

3) Calcular:


   
a) d) (− ) g)   j)  
   

   
b) e) (− ) h)   k)  − 
   
− −
   
(− )
− −
c) f) i)   l) −− 
   

4) Calcular:

! " #$ % & ' ( ) ) * +



 −      −  −
 
a)  +   b)   −  −  
        

( )
− −
5) Calcular o valor de + #− , sabendo que x = 0,1 e y = 0,9.

! " 4

Numa expressão numérica com parêntesis ( ), colchetes [ ] e chaves { }, efetuamos


inicialmente as operações que estão entre parênteses, depois as que estão entre colchetes e por
fim aquelas que estão entre chaves, obedecendo à seguinte ordem de cáculo:
1) as potenciações;
2) as multiplicações ou divisões na ordem em que aparecem;
3) as adições ou subtrações na ordem em que aparecem.

Exemplo 5

Simplificar a expressão:

{ 
 +( − )} +

Solução:

Efetuando as operações entre parênteses na ordem dada:

{  +( − )  + }
={  + ( & − )  + }
={  + ' + }
Efetuando as operações entre colchetes na ordem dada:

! " #$ % & ' ( ) ) * +


{ [ + ']} +
={ }+

Efetuando as operações entre chaves na ordem dada:

{& }+
= '+
= '+&
=

EXERCÍCIOS

6) Calcular:

a) { +  + ( ') − }
b)

+ { − ( − ) }

− −

c) { ( + )} −

. :

Observe os cálculos:

( ) ⋅ =( ⋅ ⋅ ⋅ )( ⋅ )= +
( )
( + ) / ( )

( ) =
( ⋅ ⋅ ⋅ )= ⋅ = −
( )
( ⋅ ) ( − )
/ ( )

( ) ( ) =( ⋅ ⋅ ⋅ )( ⋅ ⋅ ⋅ )= ( )
( ) / ( )

  ⋅
( )   = ⋅ = = ( )
  ⋅

( )( ⋅ ) =( ⋅ )( ⋅ )= ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ ( )

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Imprimiremos maior rapidez aos cálculos se passarmos diretamente do estágio (A) para o
estágio (B) e vice versa. Tal passagem é garantida pelas chamadas propriedades das potências.
Para todo ∈ℝ , ∈ ℝ , m e n inteiros, prova se:

4+ %
4
⋅ %
=
4
4−%
%
= ≠

( ) 4 %
= 4 ⋅%

4
 
4

  = 4

 
( )
4
⋅ = 4
⋅ 4

Exemplo 6

a) ⋅ = + = (P1)
+( − )
b) ⋅ ⋅ − = + = '
(P1)
c) = − = (P2)
d) ( ) = (P3)

 
e)   = (P4)
 
f) ( ⋅ ) = ⋅ (P5)
Exemplo 7

1. Calcular:

a)
( ⋅ )  
b)   ⋅ c)
( −
) ⋅ −

' −
 

Solução:

a)
( ⋅ ) =( ) = = =
' ' '

 
b)   ⋅ = ⋅ = ='
 

c)
( −
) ⋅ −

=

⋅ −
=

=
− −( − )
= =
− − −

! " #$ % & ' ( ) ) * +


2. Calcular:


 
( )

a) b) ⋅  c)
&

Solução:

− −
   
=( )
− −
a) ( ) =  = 

= =
   
− −
   
⋅( )
− −
b) ⋅  = ⋅  = = ⋅ = = &
&  
c) =
( )= '
=

OBSERVAÇÕES

≠(
( )=
1) ) , pois = e ( ) = '

2) ( + ) ≠ + , pois ( + ) = = e + = +& =

EXERCÍCIOS

7) Transformar cada expressão abaixo numa única potência de base 2.


a) ⋅ ⋅ d) '


b) e) '


 
c) ( ) f) '−  
 

8) Transformar cada expressão abaixo em uma única potência de base 10.


 
a) ⋅ c) ⋅ 
 

b) ( ) d)

9) Calcular o valor de cada expressão.

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


a)
( ) ⋅

b) ⋅( )

⋅( )
&&
10) A expressão é equivalente a:

a) 5 d)

b) 10 e) 100

c)

11) Assinalar V (verdadeira) ou F (falsa)

a) ⋅ = ( )
b) + = ( )
c)
'
= ( )
d) ( ) = ( )

e) = '
( )
12) Assinalar V (verdadeira) ou F (falsa)

+
a) = '⋅ ( )

b) = ( )

c) ( ) =' ( )

13) Se = e = , então é igual a:

a) a + b d) a – b
b) a ⋅ b e) 42
c) 6a + 7b

6; 4
Sendo b > 0 e ≠ , tem se = ⇔ =

Exemplo 8

= ⇔ =

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


Exemplo 9
Resolver em ℝ


a) =

Solução:

Sendo 3 > 0 e ≠ , temos que:


− = ∴ ='∴ =
Logo: S = {4}

     
b)   =  ⋅ 
     

Solução:

   
  = 
   

Sendo > e ≠ , temos que x = 5.

Logo: S = {5}

c) &⋅& =
Solução:

∴( )
+
&+ = = ∴ +
= ∴ + = ∴ =

 
Logo: S =  
 


d) =
Solução:

− − −
= ⇔ =

Sendo 3 > 0 e ≠ , temos que:


− =− ∴ =
Logo: S = {}

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


OBSERVAÇÃO
Se a base for zero, um ou negativa, não se poderá concluir a igualdade entre os
expoentes. De fato:

1) = e no entanto ≠
2) = e no entanto ≠
3) (− ) = (− ) e no entanto ≠

EXERCÍCIOS
14) Resolver em ℝ

a) = f) & =


b) = g) = ⋅
c) = h) '⋅' =
+
d) = i) + ⋅ =

 
e)   = j) = −

 

# / " 5!

Todo número N, não nulo, pode ser representado numa das formas:

.= ⋅ 4
ou .=− ⋅ 4

( ≤ ≤ ) e (4 ∈ ℤ)
conforme N seja positivo ou negativo, respectivamente. Essa forma de se escrever um número é
chamada de notação científica e é bastante utilizada na Química, Física, Matemática, etc.
7 7
Por exemplo, os números 3 ⋅ 10 e 3 ⋅ 10 estão em notação científica.
Para se escrever um número em notação científica, devem se observar as seguintes
propriedades:
2
1) Multiplicar um número por , p > 0, é o mesmo que deslocar a vírgula para a direita de p
“casas” decimais. Se p é negativo, desloca se a vírgula para a esquerda.
Assim:

a) ⋅ =

b) ⋅ =
−2
2) O valor de um número não se altera ao ser multiplicado por 2
⋅ . De fato:
2
⋅ −2 = = .

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


As duas propriedades acima permitem escrever um número em sua notação científica.

Exemplo 10

a) = ⋅ ⋅ = ⋅

b) = ⋅ ⋅ = ⋅

c) − =− ⋅ ⋅ =− ⋅
− −
d) = ⋅ ⋅ = ⋅

EXERCÍCIOS
15) Escrever em notação científica os números

a) 230 e) 8000
b) 23 f) 8237
c) 2 g) 354,2
d) 0,2 h) 0,01

16) A carga de um elétron é 0,0000000000000000016 C. Escreva este número em notação


científica.
17) A vida na terra existe há aproximadamente 10 bilhões de anos. Escreva este número em
notação científica.

DEFINIÇÕES OBSERVAÇÕES
∈ℝ %∈ℕ
1)
%
= ⋅ ⋅ %≥ 1) (− ) =
% / ( )
2) − =−
2) =
(− )
%
3) a) = , se n é par
3) =
(− )
%
% b) = , se n é ímpar
−%  
4) = %
=  ≠
 

PROPRIEDADES OBSERVAÇÕES

1) + =

∈ℝ ∈ℝ 4 % %/ ( ) 2) ( + ) =

3) ( ) =

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


4+ %
4
⋅ %
= 4) =
4
4−%
%
= ≠

( ) 4 %
= 4 ⋅%

4
 
4

  = 4

 
( )
4
⋅ = 4
⋅ 4

EQUAÇÃO EXPONENCIAL OBSERVAÇÃO


> ≠ Se a base for zero, um ou negativa, nada
= ⇔ = se poderá concluir.

NOTAÇÃO CIENTÍFICA

.= ⋅ 4
ou .=− ⋅ 4

( ≤ < ) e (4 ∈ ℤ)

! " #$ % & ' ( ) ) * +


6. Radiciação

# - "

Consideremos o seguinte problema:


2
Qual é a medida do lado de um quadrado com 5 cm de área?
Para resolvermos esse problema, vamos supor que a medida do lado do quadrado seja x
(x>0).

2
A área desse quadrado é dada por x , e pelo enunciado devemos ter:

=
Nessas condições, o problema estará resolvido somente quando determinarmos o valor
2
positivo de x que torne verdadeira a sentença x = 5.

O número x, não negativo, cujo quadrado é igual a 5, será indicado por , que deve ser
lido: “raiz quadrada de cinco”. Assim,

=
Portanto, o lado do quadrado mede cm.

# < = "

Suponhamos a sentença x =a onde


n
% ∈ ℕ∗ e ≥ . O valor não negativo que satisfaz tal
%
igualdade será indicado por e deve ser lido: “raiz enésima de a”. Adotaremos a seguinte
nomenclatura para o novo símbolo apresentado:
%
é o radical
n é o índice do radical
a é o radicando

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Exemplos
Leitura Radical Índice Radicando
Raiz quinta de
5 4
quatro
Raiz terceira ou
' ' 3 8
Raiz cúbica de oito
Raiz segunda ou
& Raiz quadrada de & 2 9
nove

Observação

Devido à raiz quadrada de um número não negativo a, isto é, , ser utilizada com muita

freqüência, é comum denotá la simplesmente, por , suprimindo se por comodidade, o índice 2.

# ! "
Sendo ≥ e % ∈ ℕ∗ , tem se:
%
= ⇔ %
= e ≥
onde b é um número real chamado raiz enésima de a.

Exemplo 1
Usando a definição temos:

a) & = , pois =& e ≥


b) = , pois = e ≥
c) = , pois = e ≥
d) = , pois = e ≥

 
e) = , pois   = e ≥
&   &

Exemplo 2
3
O volume de um cubo de aresta x é dado por x .

! " #$ % & ' ( ) ) * +


3
Calcular a medida da aresta de um cubo de volume 64 cm .

Solução:

Sendo x a medida da aresta do cubo, devemos ter:

= e > .
Pela definição de raiz, temos:

= = , pois = e ≥ .

Portanto a aresta do cubo mede 4 cm.

Exemplo 3

2
Obter a medida do lado de um quadrado de área 25 cm .

Solução:

Sendo x a medida do lado do quadrado, devemos ter: = e > .


Pela definição de raiz, temos que:

= =
Portanto, a medida do lado do quadrado é 5 cm.

Observação

2
Existem dois valores de x que tornam verdadeira a sentença x =25:
5 ou 5

O valor positivo 5 é indicado por , e o valor negativo 5 é indicado por − .

Assim,

= ⇒ =±

De modo geral, para ≥ e n par:


%
= ⇒ = ±%

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Exercícios

1) Calcular, usando a definição, o valor de cada uma das raízes.

a) e)

b) f)

&
c) ' g)

d)

2) Obter a medida, em cm, do lado de um quadrado de área:


2 2 2
a) 36 cm b) 64 cm c) 81 cm

3) Obter a medida, em cm, da aresta de um cubo de volume:


3 3 3
a) 8 cm b) 27 cm c) 125 cm

4) Assinalar V (verdadeiro) ou F (falso)

a) &= ( )

b) &=− ( )

c) &=± ( )

d) =& ⇒ =± & ( )

e) =' ⇒ =± ' ( )

f) =' ⇒ = ' ( )

# .
Sendo a e b números reais não negativos, e os índices números naturais não nulos,
temos:
%
⋅% = %

%

%
= % ≠
%2 42
= % 4

( )
4
%
= % 4

% 4
= %4

! " #$ % & ' ( ) ) * +


Exemplo 4

a) ⋅ = ⋅ =

' '
b) = =

÷& & ÷&


c)
&
= =

d) ( ) = = ÷ ÷
=

e) =

f) = =

g) ' = ( ') =

Exercícios
5) Simplificar as expressões:

 
a) ⋅ f)  
 

b) ⋅ g)
'

c) ⋅ h)
&

d) i) ( )
( )
'
e) ' j)

6) Simplificar os radicais:

a) c)

'
b) d)

Exemplo 5
Simplificar os radicais:

a) b) c)

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


Soluções:
a) Decompondo 320 em fatores primos, temos:

'

= ⋅

Assim,

= ⋅ = ⋅ = ⋅ =

b) Decompondo 32 em fatores primos, temos = . Assim,

= = ⋅ = ⋅ =

c) Decompondo 160 em fatores primos, temos = ⋅ . Assim,

= ⋅ = ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ =

Exercícios
7) Simplificar os radicais:

a) e) '

b) ' f) ( ≥ )
c) g) ( ≥ )
d) h) ' &
( ≥ ≥ ≥ )

Exemplo 6
Efetuar:

a) +
Como é fator comum às duas parcelas, temos + =( + ) = .

b) − +

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


Como é fator comum às três parcelas, temos

− + =( − + ) = .

Exercícios
8) Efetuar:

a) + d) & + −

b) − e) + ( ≥ )
c) + −

# " 5
Em algumas situações, é necessário transformar dois ou mais radicais de índices
diferentes em outros equivalentes e que possuam um índice comum.

Exemplo 7

Reduzir ao mesmo índice os radicais , e .

Solução:
Tomando como índice comum o mmc(2,3,4)=12, temos:

⋅ ⋅
= =
⋅ ⋅
= =
⋅ ⋅
= =

Exemplo 8

Comparar os radicais: e .

Solução:
Entre dois radicais de mesmo índice e radicandos não negativos, será maior aquele que

tiver o maior radicando. Assim, > .

Exemplo 9

Comparar os radicais: e .

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


Solução:
Reduzindo os radicais ao mesmo índice, temos: mmc(6,4)=12

Sendo & > ' , temos > .

Exercícios

9) Escrever em ordem crescente os números , e &.


10) Escrever em ordem decrescente os números , e .

Exemplo 10

Calcular ⋅ .

Solução:
Reduzindo ao mesmo índice, temos:

⋅ = ⋅ = ⋅ = '

Exercício
11) Calcular

a) ⋅ b)

## = "
Vejamos agora como, em algumas situações, podemos evitar a divisão por números
irracionais, minimizando assim os possíveis erros propagados pelos cálculos.

Exemplo 11
Racionalizar o denominador de:

⋅ ⋅ ⋅
a) = = =

⋅ ⋅ & ⋅ &
b) = = =

Exercício
12) Racionalizar o denominador de:

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


a) d) ( > )

b) e) ( > )
'

c)

Exemplo 12
Racionalizar o denominador de:

a) =
( − ) =
( − )= ( − )= ( − )= −
+ ( + )( ) ( )−
− −

b) =
( +) = ( +)= ( + )= ( + )
− ( − )( + ) ( )− −

Exercícios

a) d)
+ −

b) e)
− +
+
c) f)
+ −

#( . : 4
2 6 2
Já sabemos calcular potências do tipo 5 , 8 , 4 , isto é, potências com expoentes inteiros.

Vejamos agora como interpretar uma potência do tipo .

Chamando essa potência de x, temos = .


Elevando à quinta potência ambos os membros da igualdade, temos:

  ⋅
=  ou =
 

! " #$ % & ' ( ) ) * + #,


Daí, = e, por definição de raiz, temos = .

Assim, = .
Isso sugere a seguinte definição:
4
%
= % 4
, com a > 0, m e n inteiros e n > 0.

Observação
Para a=0 devemos ter m>0.

Exemplo 13

a) =

b) & =& = &



− −
c) = =

Exercícios
13) Escrever os radicais abaixo na forma de potência.

a) b)
' c) d) ≥

14) Calcular o valor da expressão:


+' −

#)

A igualdade (− ) = −' sugere escrever −' = − .


Por isso, define se
%
= ⇔ %
= , a < 0 e n natural ímpar.

Exemplo 14

a) − =−
b) − =−

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


#* .
Se n é um número natural ímpar, então %
− = −% .

Exemplo 15

a) −' = − '
b) − =−

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


7. Equação do 2º grau

( ! "

Chamamos de equação do segundo grau na incógnita x a toda equação que pode ser

reduzida à forma + + = , ≠ .
a, b e c são reais chamados de coeficientes.

Exemplo 1
Quais são os coeficientes da equação:

− − =
Solução:
Comparando a equação com a forma:

+ + =
temos que os coeficientes são a = 2, b = 5 e c = 2.

Exercício

1) Qual a soma dos coeficientes da equação + + =

( = ; "
Um número r será chamado raiz, ou solução da equação + + = , se, e somente
se, a sentença ( + (+ = for verdadeira.

Exemplo 2

Verificar se o número 2 é uma das raízes da equação − + = .

Solução:
Substituindo x por 2 temos:

⋅ − ⋅ + = '− + =
portanto 2 é uma raiz da equação.

Exemplo 3

Determinar o coeficiente c de modo que seja uma raiz da equação − + = .

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


Solução:

Substituindo x por , segue que:

   
⋅   − ⋅   + = , isto é, − + = .
   

Daí devemos ter =− + e, portanto, c = 2.

Exercícios

2) Obter o coeficiente c na equação + + = , sabendo que a = 1, b = 2 e uma das


raízes é 1.

3) Obter a constante p na equação − 2 = 2 , sabendo que uma de suas raízes é o número 2.

( "
Resolver a equação do 2º grau + + = no conjunto universo U significa obter o
conjunto de todas as raízes dessa equação que pertencem a U.
O conjunto das raízes é chamado de conjunto solução, ou conjunto verdade da equação.

Assim, por exemplo, no conjunto universo ℝ , o conjunto solução da equação = é

{ − }.

( 2>
Tendo como universo o conjunto ℝ dos números reais, pode se provar que a equação
+ + = ( ≠ ) com − ≥ possui duas raízes, que indicaremos por x1 e x2.

Estas podem ser obtidas pelas fórmulas:

− + − − − −
= e =

A expressão − , normalmente indicada pela letra grega n (delta maiúscula), é


chamada de discriminante da equação.

− ± 8
Se 8 ≥ , podemos escrever de maneira resumida = .

Mais adiante veremos que há situações particulares em que podemos obter as raízes sem
ter de recorrer a essa fórmula.

( 1
8> ⇔ A equação possui duas raízes reais distintas.

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


8= ⇔ A equação possui duas raízes reais e iguais.
8< ⇔ A equação não possui raízes reais.

Exemplo 4

Resolver em ℝ: − + = .

Solução:

a = 2; b = 5; c = 2 ⇒ 8= − = (− ) − ( )( ) = &
− ± 8 ±
Portanto = = ⇒ x = 2 ou =

 
= 
 

Exemplo 5

Resolver em ℝ: − + − = .

Solução:

a = 1; b = 4; c = 4 ⇒ 8= − =( ) − ( − )( − ) =
− ± 8 − ±
Portanto = = ⇒ x=2

Ambas as raízes são iguais a 2 (2 é raiz dupla)

={ }

Exemplo 6

Resolver em ℝ: + + = .

Solução:

a = 1; b = 1; c = 2 ⇒ 8= − =( ) − ( )( ) = −
Como 8 < , podemos afirmar que não há raízes reais.
={ } (o conjunto vazio)

Exercícios

4) Resolver em ℝ : − − =
5) Resolver em ℝ : + + =

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


6) Resolver em ℝ : + + =

( # 6;
A equação do 2º grau + + = será chamada incompleta se, e somente se, pelo
menos um dos coeficientes b ou c for nulo. O conjunto solução dessas equações pode ser obtido
sem o uso da fórmula estudada anteriormente, como veremos nos exemplos a seguir.

Exemplo 7

Resolver em ℝ: − = .

Solução:

− = se, e somente se, ( − )=


Portanto, x = 0 ou x – 3 = 0
Devemos ter então x = 0 ou x = 3

={ }

Exemplo 8

Resolver em ℝ: −& = .

Solução:

−& = se, e somente se, =&


Devemos ter então =± &=±
={ − }

Exercícios
Resolver em ℝ as seguintes equações:
2 2
7) x – 7x = 0 8) x + 7x = 0
2 2
9) x – 81 = 0 10) x + 81 =0
2 2
11) 2x – 5x = 0 12) 7x + 3x = 0

(( &! !

Supondo que − ≥ , tem se que a expressão + + = , ≠ ,


denominada trinômio do segundo grau, é idêntica ao produto ( − )( − ) , onde x1 e x2 são
raízes da equação + + = .

! " #$ % & ' ( ) ) * + ##


+ + = ( − )( − )

Exemplo 9

Fatorar a expressão − + .

Solução:

Resolvendo a equação − + = , conclui se que suas raízes são = e = ; logo,

 
segue que − + =  − ( − )
 

Exemplo 10

− +
Sendo x = 3,14, obter o valor numérico de .

Solução:

 
 − ( − )
− +  
Repare que = = −
−  
 − 
 
Logo, para x = 3,14, o valor numérico da expressão é 1,14.

Exercícios
Fatorar as expressões
2
13) 2x – 2x – 4
2
14) 3x + 10x + 3

& + −'
15) Simplificar a expressão supondo que seu denominador não seja nulo.
− +'

() 5=
Sendo x1 e x2 as duas raízes da equação + + = , pode se mostrar que a soma
e o produto dessas raízes são, respectivamente, iguais a:

= + =− = ⋅ =

Exemplo 11

! " #$ % & ' ( ) ) * + #(


A Equação Soma x1 + x2 Produto x1.x2 Conj. Sol. {x1,x2}
2
x 5x + 6 = 0 5 6 {2,3}
2
x + 5x + 6 = 0 5 6 { 2, 3}

2  
2x 5x + 2 = 0 1  
 
2
x 4=0 0 4 { 2,2}

Observe ainda que, se quisermos escrever uma equação do segundo grau cujas raízes

sejam x1 e x2, bastará escrever − + = , onde S e P são, respectivamente, a soma e o


produto de x1 e x2.

Exemplo 12

Dada a equação − + = , obter


a) a soma das raízes
b) o produto das raízes
c) o inverso da soma das raízes
d) a soma dos inversos das raízes
e) o quadrado da soma das raízes
f) a soma dos quadrados das raízes

Solução
Sendo x1 e x2 as raízes, segue que

a) + =− =

b) ⋅ = =

c) =
+
+
d) + = =

  &
e) ( + ) =  =
  &

f) Lembrando que ( + ) = + + , tem se que

&
+ =( + ) − = = − =
& &

Exercícios

! " #$ % & ' ( ) ) * + #)


16) Sendo r e s raízes da equação −' + = , obter
2 2
a) r + s d) r s + rs
2 2
b) r . s e) r + s
1 1
c) r + s

17) Obter os valores de m e n na equação + 4 + % = , sabendo que suas raízes são


+ e − .

18) Obter a constante k, tal que a equação (, − ) − , + = tenha duas raízes cuja soma

é igual a seu produto.

(* 6; ;

Chamamos de equações biquadradas àquelas que podem ser reduzidas à forma

+ + = , ≠ .
a, b e c são constantes reais quaisquer.
2
Repare que, se substituirmos x por y, obteremos a equação # + #+ = .
2
Resolvendo essa última equação, obtemos os possíveis valores de y e, como y = x ,

podemos afirmar que = ± # , para cada valor real não negativo de y.

É também fácil concluir que a equação biquadrada + + = possui, no máximo,


quatro raízes reais.

Exemplo 13

Resolver em ℝ: − + = .

Solução
2
Com x = y, tem se que # − #+ =
Resolvendo esta equação, obtém se

#= ou y = 1

=#= ⇒ =± =±

=#= ⇒ =± =±

 
Logo, = − − .
 

! " #$ % & ' ( ) ) * + #*


Exemplo 14

Resolver em ℝ: + − '= .

Solução
2
Com x = y, tem se que # + #− '=
Resolvendo esta equação, obtém se
y = 9 ou y = 2.
2
Note que a equação x = 9 não tem raízes reais.

Por outro lado, = ⇒ =± e, portanto, = { − }.


Exercícios
Resolver em ℝ:
19) − + =
20) + + =

! " #$ % & ' ( ) ) * + (,


8. Teoria das funções
Muitas, ao observar fenômenos da nossa realidade, podemos caracterizar dois conjuntos
e alguma lei que associa os elementos de um dos conjuntos aos elementos do outro. Uma análise
destas três coisas, os dois conjuntos e a lei, pode esclarecer detalhes sobre a interdependência
dos elementos destes conjuntos e descrever o fenômeno em observação.

) 2 " & ?
Dados dois conjuntos A e B, vimos, na Teoria dos Conjuntos, que uma relação de A em B
é um conjunto qualquer de pares ordenados (x, y), onde x é um elemento de A e y é um elemento
de B. Chamemos, em cada par (x,y), y de conseqüente de x.
Adotaremos a seguinte definição:

Uma função de A em B é uma relação em que para cada x, ∈ , existe um único y,


# ∈ , que seja conseqüente de x.

− O conjunto A é chamado de domínio de f, e o conjunto B é chamado de contradomínio de f.


− Nas condições acima, x é chamado de variável independente, e y é chamado de variável
dependente (de x).
− Diz se também que y é uma função de x.

Exemplo 1

Seja T um conjunto de pessoas num dado instante e seja ℕ o conjunto dos números
naturais. Ao associar a cada elemento de T a sua idade (que é um número natural), fica
estabelecida uma função de T em ℕ.
Repare que é possível, talvez até provável, que haja em T várias pessoas com a mesma
idade, mas há, pelo menos, dois aspectos matemáticos importantes:

− a todo elemento de T corresponde um elemento de ℕ , já que toda pessoa tem uma idade;
− nenhuma pessoa tem duas ou mais idades.
Em resumo, para cada elemento x de T, corresponde um único elemento y de ℕ.

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


Exemplo 2

Considere os conjuntos = {− }e ={ }.
Ao associar a cada elemento de A ao seu quadrado em B, estabelece se uma função de A
em B, pois, assim, para cada elemento de A corresponde um único elemento de B.
A função é o conjunto de pares ordenados:

{( − ) ( ) ( ) ( )}
Sendo x um elemento de A e y o seu correspondente em B, podemos representar a

função acima descrita pela equação #= .

) + "
Para operar com os pares ordenados (x,y) de uma função dada, é muito comum escolher
se uma letra, uma palavra ou alguma abreviatura, para indicar a função.
Assim, no exemplo 1, podemos indicar a idade de cada pessoa x, ∈ 6 , por Idade(x).
Supondo que Alexandre, Tatiana e Juliana sejam elementos de T e que suas idades sejam
respectivamente 17, 14 e 9, escrevemos:
Idade(Alexandre) = 17
Idade(Tatiana) = 14
Idade(Juliana) = 9
Por outro lado, com a notação Idade: 6 → ℕ queremos dizer que Idade é, no caso,
uma função de T em ℕ.
No exemplo 2, se indicarmos o quadrado de x por q(x), isto é, -( )= , seguirá que:

Para indicar que se trata de uma função de A em B, usa se a notação - → .

Exemplo 3

Considere a função ℝ → ℝ, ( )= + .
Obter:

a) ( )+ ( )+ ( )
b) ( + + )
c) x tal que ( )=

Resolução:

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


a) ( ) = ( )( ) + =

( ) = ( )( ) + =

( ) = ( )( ) + =

Logo, ( )+ ( )+ ( ) =

b) + + =
( + + )= ( )
= ( )( ) + =&

Logo, ( + + )=&

c) ( )= ⇔ + =

+ = ⇔ =−

Logo, ( )= ⇔ =−

Resposta: a) 15 b) 9 c) −

Exemplo 4

Considere a função ℝ → ℝ ∗+ tal que:

( )=
( ) ⋅ ( 7) = ( + 7 ) , para todo u e v
Obter:
a) f(2) d) f( 1)

 
b) f(3) e)  
 
c) f(0)

Resolução:

a) ( )⋅ ( ) = ( + )
Como ( )= , tem se que ( )=

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


b) ( )⋅ ( ) = ( + )
Como ( )= e ( )= , tem se que ( )=

c) ( )⋅ ( ) = ( + )
( )⋅ ( ) = ( )
( )⋅ =

( )=

d) (− ) ⋅ ( ) = (− + )
(− )⋅ ( ) = ( )
(− )⋅ =

(− ) =

     
e)  ⋅   =  + 
     

  
   = ()
  

  
   =
  
  ∗  
Como   ∈ ℝ + , segue que   =
   

Resposta: a) 25 b) 125 c) 1 d) 1/5 e)

) 5 ! " 3

Sejam D um subconjunto não vazio de ℝ e 3 → ℝ uma função. Então sabemos


que, para todo x, ∈ 3 , existe y, # ∈ ℝ , tal que # = ( ).
Nestas condições, diremos que f é uma função real de variável real.

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


Estabeleçamos ainda a seguinte convenção:
Quando o domínio D de uma função f real de variável real não for especificado, este será
o conjunto de todos os valores reais de x para os quais f(x) seja um número real, isto é,

3 ={ ∈ℝ+ ( ) ∈ ℝ} .
Quando o contradomínio de uma função real de variável real não for especificado, deve se
subentender que este seja o conjunto ℝ de todos os reais.

Exemplo 5

Qual o domínio da função ( )= ?

Resolução:

Devemos obter o conjunto de todos os valores reais de x para os quais seja real.

Repare que a única condição para isto é que x seja diferente de 0 (zero).

Resposta: O domínio de f é o conjunto ℝ∗ .

Exemplo 6

Qual o domínio da função ( )= ?

Resolução

A condição para que seja real é que x seja um número real não negativo, isto é, x
deve ser positivo ou nulo.

Resposta: O domínio de f é o conjunto ℝ+ .

)
Sendo A e B conjuntos e → uma função, sabemos que, para cada x, ∈ ,

existe um único y, # ∈ , tal que # = ( ).

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


Fica determinado assim um subconjunto de B cujos elementos são os correspondentes
dos elementos de A pela função f. Este subconjunto é chamado de conjunto imagem de f.
Em símbolos:

{
84 = # ∈ + ( ∃ )( ∈ #= ( ) )}

Exemplo 7
Sejam G um conjunto de pessoas e H o conjunto dos dias do ano de 1992. Se associamos
a cada elemento de G o seu dia de aniversário em H, teremos uma função em que:
− o domínio é o conjunto G
− o contradomínio é o conjunto H
− o conjunto imagem é o conjunto de todos os dias de 1992 (elementos de H) em que pelo
menos uma pessoa, elemento de G, faça aniversário.

Observação:
Determinar o conjunto imagem de uma função dada poderá exigir técnicas e conceitos
avançados. Nos próximos exemplos veremos apenas alguns casos simples e fundamentais.

Exemplo 8

Sejam = {− } e ={ }. Obter o conjunto imagem da função

→ , ( )= .

Resolução

(− ) = , ( )= , ( )= e ( )=

Resposta: { }

Exemplo 9

Obter o conjunto imagem da função ℝ →ℝ , ( )= .

! " #$ % & ' ( ) ) * + (#


Resolução

Devemos obter o conjunto de todos os reais y para os quais exista pelos menos um valor real de

x, tal que #= . Repare que é necessário e suficiente que y seja maior ou igual a zero, dado que

o expoente é um número par.

Resposta: Logo, o conjunto imagem é 84 = ℝ +

Exemplo 10

Obter o domínio e o conjunto imagem da função ( )=

Resolução
Como não se define divisão por zero, devemos ter − ≠ .
Logo, o domínio D de f é ℝ −{ }.

Para cada real x, ≠ , existe um real y tal que #= .

Segue que:

#( − )= −
#− #= −
#− = #−

(# − ) = #−
Observe que, para y=3, obtemos a equação ⋅ = , que não possui solução real.

#−
Por outro lado, para todo real y, # ≠ , segue que existe x e =
#−

Resposta: Portanto, 3 = ℝ −{ } ; 84 = ℝ − { }

) < 3!

Sendo f uma função real de variável real, chama se de gráfico de f ao conjunto de todos
pontos (x,y) do plano cartesiano em que y = f(x).

! " #$ % & ' ( ) ) * + ((


Exemplo 11

Esboce o gráfico da função ℝ→ℝ ( )=

Resolução

O gráfico é o conjunto de todos os pontos (x,y) do plano cartesiano em que y = f(x) = x, isto é, a
bissetriz dos quadrantes I e III.

Exemplo 12

Esboce o gráfico da função ℝ→ℝ ( )=


Resolução
y

(0,2)

O gráfico é o conjunto de todos os pontos do plano cartesiano com ordenada y igual a 2.

Exemplo 13

O gráfico abaixo representa a função ℝ→ℝ ( )=4 + % , onde m e n são


constantes reais.
Obter os valores de m e n.

! " #$ % & ' ( ) ) * + ()


Resolução

( )∈ ⇒ ( )=
( 4 )( ) + % =
%=

( )∈ ⇒ ( )=
( 4 )( ) + % =
( 4 )( ) + =
4=

Resposta: 4= e %=

)# ! "

Sejam A e B subconjuntos de ℝ e seja f uma função de A em B. Seja I um subconjunto


de A. Então:

− f é uma função crescente em I se, e somente se, para todo par de elementos de I, { },
> , tivermos ( ) > ( ) , isto é, quando x aumenta, f(x) aumenta.

! " #$ % & ' ( ) ) * + (*


− f é uma função decrescente em I se, e somente se, para todo par de elementos de I, { },
> , tivermos ( ) < ( ) , isto é, quando x aumenta, f(x) diminui.

− f é uma função constante em I se, e somente se, para todo par de elementos { } de I,

tivermos ( )= ( ).

− f é uma função não crescente em I se, e somente se, para todo par de elementos de I,

{ }, > , tivermos ( ) ≤ ( ) , isto é, quando x aumenta, f(x) não aumenta.

− f é uma função não decrescente em I se, e somente se, para todo par de elementos de I,

{ }, > , tivermos ( ) ≥ ( ) , isto é, quando x aumenta, f(x) não diminui.

! " #$ % & ' ( ) ) * + ),


)( 7
Um conjunto A, ⊂ ℝ , é dito simétrico se, e somente se, para todo x, ∈ , tivermos
− ∈ .

Assim, os conjuntos {− } , [ − ] , ℤ , ℚ e ℝ são exemplos de conjuntos simétricos,

enquanto os conjuntos [− ] e ℕ não o são.

)) . ! "

Uma função f cujo domínio D é um conjunto simétrico é dita função par se, e somente se,

para todo x, ∈ 3 , tivermos que (− ) = ( ) .


Uma função f cujo domínio D é um conjunto simétrico é dita função ímpar se, e somente

se, para todo x, ∈ 3 , tivermos que (− ) = − ( ) .


Chamamos de função sem paridade àquela que não é par nem ímpar.

Exemplo 14
Verificar a paridade das seguintes funções:

a) ( )=
b) ( )=
c) ( )= +

d) ( )= +

e) ( ) = ( ) + ( − ) , onde g é uma função de ℝ em ℝ

Resolução

a) (− ) = = ( ) , logo f é uma função par


b) (− ) = =− ( ) , logo f é uma função ímpar

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


c) (− ) = (− ) + = ( ) , logo f é uma função par
d) (− ) = − +

(− ) = ( ) e ( − ) = − ( ) , logo f não tem paridade


e) ( − ) = ( − ) + ( ) = ( ) , logo f é uma função par

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


9. A função do 1° grau

* 2 "

Sejam A e B subconjuntos de ℝ e seja f uma função de A em B. Diremos que f é uma


função do primeiro grau, ou uma função afim, se e somente se, existirem constantes reais m e n,

4 ≠ , tais que ( )=4 + % , para todo x, ∈ .

Se nas condições acima tivermos n = 0, diremos que a função f é linear. Repare que,
neste caso, tem se que:

( )=
( + 7) = ( ) + ( 7 ) , quaisquer que sejam u e v
( , ⋅ ) = , ⋅ ( ) , qualquer que seja a constante k
O gráfico de toda função deste tipo é um conjunto de pontos colineares e, em particular,
se A = ℝ , então o gráfico é uma reta.

A constante m é igual à tangente do ângulo θ, indicado no gráfico, é chamada de


coeficiente angular da reta e consiste numa espécie de taxa de crescimento ou de decrescimento
da função.
Com m > 0, a função é crescente (0 < θ < 90°), e com m < 0, a função é decrescente (90°
< θ < 180°).
Por outro lado, a constante n indica onde a reta y = mx + n intercepta o eixo y. Esta
intersecção é o ponto (0,n).
No caso da função ser linear, isto é, n=0, o gráfico é uma reta que “passa” pela origem.

Exemplo 1

Esboçar o gráfico da função ℝ→ℝ ( )= .

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


Resposta:

Exemplo 2

Esboçar o gráfico da função ℝ→ℝ ( )= + .

Resposta:
Como uma reta é determinada por dois pontos distintos, podemos atribuir simplesmente dois
valores a x para obter dois pares ordenados.

Exemplo 3

Esboçar o gráfico da função ℝ→ℝ ( )= .

Resposta:

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


Exemplo 4

Esboçar o gráfico da função ℝ→ℝ ( )=− .

Resposta:

Exemplo 5

Esboçar o gráfico da função ℝ→ℝ ( )= − .

Resposta:

Exemplo 6

 ) ≤
Esboçar o gráfico da função ℝ→ℝ ( )= .
− + ) >

Resposta:

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


* $
Sendo ( )=4 + % (com m e n constantes) uma função em ℝ , tem se que:

( ( ) − () ) = 4
( −)
para todo par de números reais r e s, ( ≠ ) .

A demonstração é imediata. Veja:

( ( ) = 4( + % e ( ) ) = 4) + % , logo ( ( ) − ( ) ) = 4( + % − 4) − % = 4 ( ( − ) ) .

Como, por hipótese, ( ≠ ) , segue que 4 =


( ( ) − () ) .
( −)

Exemplo 7
Identificar a função f dada pelo gráfico:

Resolução:

Como o gráfico é uma reta, a f é definida em ℝ e é tal que ( )=4 + % , onde m e n são
constantes.

4=
( )− ( )

! " #$ % & ' ( ) ) * + )#



4=

4=

( ) =  
 +%
 
= +% ⇒ % =

2ª maneira:

 ( )=
Sendo ( )=4 + % , segue que 
 ( )=
 4+% =
Daí 
 4+% =

Resolvendo este sistema, conclui se que 4= e n = 2.

Resposta: ℝ→ℝ ( )= +

! " #$ % & ' ( ) ) * + )(


10. A Função do 2° Grau

, 2 "
Sejam A e B subconjuntos de ℝ e seja f uma função de A em B.
Se existirem constantes reais a, b e c, com ≠ , tais que ( )= + + , para
todo x, ∈ , diremos que f é uma função do segundo grau (ou uma função quadrática).
Pode se provar que o gráfico de uma função do segundo grau é um subconjunto de uma
parábola.
Se ∈ ℝ , então o gráfico de f é uma parábola.

, & 3
Antes de prosseguir, vamos estudar o conceito de parábola.
Consideremos, num plano α, uma reta (d) e um ponto (F), 5∈! .
Chama se de parábola ao conjunto de todos os pontos do plano α que eqüidistam de (d) e
(F).
Observe, na figura abaixo, que os pontos V, P1 e P2 são eqüidistantes da reta (d) e do
ponto (F).

O roteiro a seguir mostra como obter outros pontos que eqüidistam de (d) e (F):
− considerar o semiplano αF como origem na reta (d) ao qual pertence o ponto (F).
− traçar em αF uma reta (r) paralela a (d), de modo que a distância h, de (r) a (d), seja maior que
a distância de (V) a (d).
− traçar uma circunferência λ de centro (F) e raio h.
− os pontos obtidos pela intersecção da circunferência com a reta (r) são eqüidistantes da reta
(d) e o ponto (F) e são, portanto, pontos da parábola.

! " #$ % & ' ( ) ) * + ))


Observe que:
− existem infinitos pontos na parábola.
− a parábola é uma figura simétrica em relação à reta (e) determinada pelos pontos (F) e (V).
− a reta (e) é chamada eixo da parábola.
− o ponto (V) é chamado vértice da parábola.

Exemplo 1
Esboçar, no mesmo plano, os gráficos das funções:

a) ( )=
b) ( )=−

Resolução:

! " #$ % & ' ( ) ) * + )*


,
− A parábola #= + + tem a concavidade no sentido do eixo y se, e somente se, a > 0,

e no sentido oposto se, e somente se, a < 0.

− A toda expressão + + corresponde um número 8= − , chamado


discriminante, que, como veremos, tem papel importante no estudo das funções.

− Quando 8 > , a parábola # = + + intercepta o eixo x em dois pontos distintos,

( )e( ) , onde x1 e x2 são as raízes da equação + + = .

! " #$ % & ' ( ) ) * + *,


− 
− Quando 8 = , a parábola # = + + é tangente ao eixo x, no ponto   . Repare
 
que quando tivermos o discriminante 8 = , as duas raízes da equação + + = são


iguais a .

− Se 8 < , a parábola # = + + não intercepta o eixo x.

− Na parábola #= + + existem dois pontos em que y = c, e estes correspondem aos


pares ordenados ( ) e  
.
 

 b 
 − a ,c 
 

b

a

− A parábola é simétrica em relação a uma reta chamada eixo da parábola. Sobre esta reta se

encontra o vértice da parábola. Em todos os casos o vértice da parábola #= + + éo

− −8
ponto V, de abscissa 9 = e ordenada #9 = .


Que 9 = é conseqüência direta da simetria da parábola, e para obter yV basta

lembrar que #9 = ( 9):

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


y V = a ⋅ x 2V + b ⋅ x V + c
2
 −b   −b 
= a  b +c
 2a   2a 
2 2
b b
= a⋅ 2 − +c
4a 2a
b2 b 2
yV = − +c
4a 2a
b2 − 2b2 + 4ac
=
4a
−b + 4ac
2
=
4a
−8
=
4a
Repare que, se x for uma variável real, então o vértice corresponde a um extremo

(máximo ou mínimo) da função #= + + .

Exemplo 2

Esboçar o gráfico da função f(x) = x – 2x – 3,


2
( ∈ ℝ ) e obter o seu conjunto imagem.
Resolução:

−b
xV = =1
2a
y V = f (1) = −4

Resposta: 84 = { # ∈ ℝ + # ≥ − }
Exemplo 3
2
Esboçar o gráfico da função f(x) = x – 2x +3 e obter o valor mínimo de y.

Resolução:

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


8 = −8
−b
xV = =1
2a
−8
yV = =2
4a

Resposta: 2

Exemplo 4
2
Esboçar o gráfico da função f(x) = 3x x e obter o valor máximo de f(x).

Resolução:

−b 3
xV = = 3 9
2a 4a  , 
2 4
3 9
yV = f   =
2 4

&
Resposta:

Exemplo 5
Qual a função representada pela parábola abaixo?
y

4 (1,4)

1 1 2 x

Resolução:

1ª maneira:

Seja ( )= + + . Então temos que:

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


(1,4 ) ∈ f ⇒ f (1) = a ⋅ 12 + b ⋅ 1 + c = 4
( −1,0 ) ∈ f ⇒ f ( −1) = a ( −1) + b ( −1) + c = 0
2

( 2,0 ) ∈ f ⇒ f ( 2 ) = a ⋅ 22 + b ⋅ 2 + c = 0
Resolvendo o sistema

 a+b+c = 4

 a−b+c = 0

4a + 2b + c = 0
obtemos a = 2, b = 2 e c = 4.

Logo, a função é ℝ→ , ( )=− + + , com ⊂ ℝ.

2ª maneira:

Lembrando que + + = ( − )( − ) , onde x1 e x2 são as raízes 1 e 2, tem se que

( )= ( − )( − ).
Por outro lado, de ( )= segue que ( + )( − )= isto é, − = , ou ainda =− .

Logo, ( )=− ( + )( − )=− + + .

Resposta: ℝ→ , ( )=− + + , com ⊂ ℝ.

Exemplo 6
Um muro será usado como um dos lados de um galinheiro retangular. Para os outros
lados será usado um rolo de 25 metros de tela de arame. Determinar quais devem ser as
dimensões do galinheiro para que sua área seja máxima.

Resolução:
Sendo u e v as dimensões do galinheiro, tem se que:

u + 2v = 25 ( u = 25 − 2v )
A área do galinheiro será igual a A = u . v, ou ainda

A = v ( 25 − 2v ) = −2v 2 + 25v

Abaixo temos o gráfico da área A em função de v.

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


É fácil concluir que a área será máxima para
−b −25
v= = = 6,25
2a −4
Nestas condições, tem se que u = 25 – 2v = 12,5.

Resposta: 12,5 m por 6,25 m

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


Referências Bibliográficas

[1] TEIXEIRA, J. C. et al. Matemática, Livro 1, Assuntos Básicos. São Paulo: Gráfica e Editora
Anglo LTDA, 1990 1991. 58p. (Coleção Anglo)
[2] AMSON, G. A. J. V.; JAMAL, R. M. E.; TEIXEIRA, J. C. Matemática, Livro 2, Álgebra I. São
Paulo: Gráfica e Editora Anglo LTDA, 1990 1991. 91p. (Coleção Anglo)

! " #$ % & ' ( ) ) * + *#


MATEMÁTICA II
Prof. Paulo Henrique Cruz Pereira

ÍNDICE

1. RAZÕES E PROPORÇÕES: ....................................................................................................... 99


1.1. RAZÃO .................................................................................................................................... 99
1.2. RAZÃO DE DUAS GRANDEZAS:................................................................................................. 100
1.3. PROPORÇÃO:......................................................................................................................... 101

2. GRANDEZAS PROPORCIONAIS ............................................................................................. 103


2.1. PROPORÇÃO DIRETA OU GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS: .................................... 103
2.2. PROPORÇÃO INVERSA OU GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS:................................. 104

3. DIVISÃO PROPORCIONAL...................................................................................................... 106


3.1. DIVISÃO EM PARTES DIRETAMENTE PROPORCIONAIS: ............................................................... 106
3.2. DIVISÃO EM PARTES INVERSAMENTE PROPORCIONAIS: ............................................................. 106
3.3. DIVISÃO PROPORCIONAL COMPOSTA: ...................................................................................... 108

4. REGRA DE TRÊS ...................................................................................................................... 110


4.1. REGRA DE TRÊS SIMPLES ...................................................................................................... 110
4.2. REGRA DE TRÊS COMPOSTA .................................................................................................. 111

5. PORCENTAGEM ....................................................................................................................... 113


5.1. CÁLCULOS DE PORCENTAGEM:............................................................................................... 113
5.2. ELEMENTOS DOS CÁLCULOS PORCENTUAL ............................................................................. 114

6. JUROS SIMPLES....................................................................................................................... 117


6.1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 117
6.2. RELAÇÃO ENTRE CAPITAL, JUROS SIMPLES E MONTANTE ........................................................ 118
6.3. EXERCÍCIOS RESOLVIDOS ...................................................................................................... 118

7. SISTEMA MÉTRICO .................................................................................................................. 123


7.1. MEDIDAS DE COMPRIMENTO ................................................................................................... 123
7.2. UNIDADES DE POTÊNCIA DE 10............................................................................................... 123
7.3. MEDIDAS DE TEMPO............................................................................................................... 123

ATIVIDADES EM GERAL .............................................................................................................. 124


8. GEOMETRIA .............................................................................................................................. 126
8.1. DEFINIÇÕES........................................................................................................................... 126
8.2. CONHECENDO A GEOMETRIA PLANA ....................................................................................... 127
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................. 145

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1. RAZÕES E PROPORÇÕES:

Revisar o estudo de proporções é neste momento muito importante, já que todos


os temas a serem trabalhados ao longo do curso se baseiam nas grandezas proporcionais. Mas
para compreendermos o que é uma proporção, necessitamos, primeiramente, recordar o conceito
de razão em Matemática.

="

Você já deve ter ouvido expressões como: “De cada 20 habitantes, 5 são
analfabetos”, “De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática”, “Um dia de sol para cada dois dias de
chuva”.

Em cada uma dessas frases está sempre clara a comparação entre dois números. No
primeiro caso, destacamos 5 entre 20, no segundo, 2 entre 10, e no terceiro, 1 para cada 2.

Todas as comparações são matematicamente expressas por um quociente


chamado razão.Temos, então:

1) De cada 20 habitantes, 5 são analfabetos. Razão = =

2) De cada 10 alunos, 2 gostam de Matemática. Razão = =

3) Um dia de sol, para cada dois de chuva. Razão = 1/2

Portanto, razão entre dois números a e b (com b ≠0) é o quociente entre a e b.

Indica se: ou a : b e lê se a para b.

O número a é chamado antecedente e o número b, conseqüente.

Exemplos:

1. A razão de 3 para 12 é: =¼

2. A razão de 20 para 5 é: =4

3. A razão de 5 e ½ é = 5 . = 10

! " #$ % & ' ( ) ) * + **


=" = D

Considerando grandeza como tudo o que pode ser medido, podemos dizer que a
razão entre duas grandezas, dadas em uma certa ordem, é a razão entre a medida da primeira
grandeza e a medida da segunda grandeza.

) Se as grandezas são da mesma espécie, suas medidas devem ser expressas na


mesma unidade. Neste caso, a razão é um número puro.

Exemplos:

1. A razão de 2 m para 3 m é: =

2. A razão de 30 dm para 6 m = = = ½

) Se as grandezas não são da mesma espécie, a razão é um número cuja unidade


depende das unidades das grandezas a partir das quais se determina a razão.

Exemplo:

Um automóvel percorre 160 Km em 2 horas. A razão entre a distância percorrida e o tempo


gasto em percorrê la é:

= 80 Km/h

&$-8- & 6 D

=" = D

' # *#, ' B B( ' E ' E ,B e' ( F


3 !' G ), ,,, ' , F H' , ' ,

2.No vestibular de 2005 da Faculdade concorreram, para 50 vagas da opção Administração,150


candidatos. Qual a relação candidato vaga para essa opção?

$ H 3 3 & 7 (* 3 #
3 & 7 3 (( 3 A
> I

/ 3 B ,; 6 =" D

' 0 0 ;
' 0 0

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,,


. " D

Existem situações em que as grandezas que estão sendo comparadas podem ser
expressas por razões com antecedentes e conseqüentes diferentes, porém com o mesmo
quociente. Assim, ao dizer que de 40 alunos entrevistados, 10 gostam de Matemática, poderemos
supor que, se forem entrevistados 80 alunos da mesma escola, 20 deverão gostar de Matemática.
Na verdade, estamos afirmando que 10 estão representando em 40 o mesmo que 20 em 80.

Escrevemos: =
'

A esse tipo de igualdade entre duas razões dá se o nome de proporção.

Portanto:

Dadas duas razões a/b e c/d com b e d ≠ 0, teremos uma proporção se a/b = c/d

A proporção também pode ser representada como a : b : : c : d

* Lê se: a está para b assim como c está para d

* a e d são chamados extremos e b e c são chamados meios.

Propriedade fundamental das proporções:

Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, e vice)versa.

Exemplo:

&
= 2 : 4 : : 9 : 18 2. 18 = 4. 9 36 = 36
'

! "

$ ! " 7 !
; 4 " ! "

64 D

" E) J ,E B ! 3K D

• #$ %$ " E) J ,E J) , #, J #,
• #$ & " E , J )E J , ) #, J #,

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


• & ' $ $ L )E J E , ) ,J #, J #,
• $ ( D ,E J E ) , )J #, J #,

) & $ # *& ( &+ & , ! -#$& # ."

Em uma série de razões iguais , a soma dos antecedentes está para a soma dos
conseqüentes assim como qualquer antecedente está para o seu respectivo conseqüente.

% # "

' + + +' '


J
+ + +

ATIVIDADES:

8 ! " " D

& − ' *& *


' E J ( E (, ' ,B( E ,B J ' J ' J
* '

6 4 D

+ −
' 4E , J E , E J #E4 ' =

6 ; = 0 B B# )

4 M " 4E( J ME B ; 4 N M J (#

5.Na série de razões x/10 = y/120 = z/14, calcular x, y e z, sabendo que x + y + z = 88.

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


2. GRANDEZAS PROPORCIONAIS

A maioria dos problemas que se apresentam em nosso dia a dia liga duas grandezas de
tal forma que, quando uma delas varia, como conseqüência varia também a outra.

Assim, a quantidade de combustível gasto por um automóvel depende do número de


quilômetros percorridos. O tempo numa construção depende do número de operários
empregados. O salário está relacionado aos dias de trabalho.

A relação entre duas grandezas estabelece a lei de variação dos valores de uma em
relação à outra. Existem dois tipos básicos de dependência entre grandezas proporcionais: a
proporção direta e a proporção inversa.

. " < = . D

Se analisarmos duas grandezas como trabalho e remuneração, velocidade média e


distância percorrida, área e preço de um terreno, altura de um objeto e comprimento da sombra
projetada ..., veremos que aumentando ou diminuindo uma delas a outra também aumenta ou
diminui.

Então:

Duas grandezas variáveis são diretamente proporcionais quando,


aumentando ou diminuindo uma delas numa determinada razão, a outra aumenta ou
diminui nessa mesma razão. As razões de cada elemento da primeira por cada
elemento correspondente da segunda são iguais, ou seja, possuem o mesmo
coeficiente de proporcionalidade.

Exemplo 1:

+ ; O ,B,,B 3
8 " 0 3

Número de pessoas 1 2 4 5 10
Despesa diária 10,00 20,00 40,00 50,00 100,00

Percebemos que a razão de aumento do número de pessoas é a mesma para o aumento


da despesa. É, portanto, uma proporção direta. As grandezas número de pessoas e despesa
diária são diretamente proporcionais, ou seja, a razão entre o número de pessoas e a despesa
diária são iguais:

1/10 = 2/20 = 4/40 = 5/50 = 10/100

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


↓ ↓ ↓ ↓ ↓

1/10 1/10 1/10 1/10 1/10

Exemplo 2:

1 0 B , ) " 0 #B , #B
B ; =" ! :

3/ 6 = 10/20 = 8/16

↓ ↓ ↓

½ = ½ = ½

. " - < = - . D

Se analisarmos duas grandezas como tempo de trabalho e número de operários para a


mesma tarefa, velocidade média e tempo de viagem, número de torneiras e tempo para encher um
tanque..., veremos que aumentando uma grandeza , a outra diminuirá.

Então:

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando, aumentando (ou


diminuindo) uma delas numa determinada razão, a outra diminui (ou aumenta) na mesma
razão. As razões de cada elemento da primeira pelo inverso de cada elemento
correspondente da segunda são iguais. Em outras palavras, duas grandezas são
inversamente proporcionais quando os elementos da primeira grandeza forem
diretamente proporcionais ao inverso dos elementos da segunda grandeza.

Exemplo 1:

H ; 4 % =" 'B ;
O ,,B,, 6 " B : 3
0 Analise a tabelaD

Número de pessoas 1 2 4 5 10
Tempo de permanência (dias) 20 10 5 4 2

Percebemos que, se dobrarmos o número de pessoas, o tempo de permanência se


reduzirá à metade. É, portanto, uma proporção inversa. As grandezas número de pessoas e
número de dias são inversamente proporcionais. A razão entre o número de pessoas é igual ao
inverso da razão do tempo de permanência:

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


= = = = = 20
* * * * *

Exemplo 2:

1 0 *B # " 0 B# )B B
; =" "
" "

&
= = = 16
* * * '

/ "

01/ & &2 - 034 5 6 ! ! & $ $ 2& &


- 54 7 01

71/ & &2 - 2 ! ,68479478. ! ! & ' $


2& & - 2 ! ,94:45.

61 2 $ % ;4 < = - 784 %4 ; ! & $ $ 2& &


- 94 7 01

91 2 $ %4 ; ( < = 2 ,%4 64 (. ,>4 ;4 65. ! & ' $


2& & 2 2 &2& $ 2& #& &+ # 651

:1 - & + $ % 2 ! < * & $ & ' $


2& # - ?= & + < @) = @

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


3. DIVISÃO PROPORCIONAL

" D

4 A4 $ < #B $ & $ 4 = $ < #B


$ 5B A $ :B 1 # & ! &'& & 2 C $& D 558488 = !
+ $ @

Na verdade, o que cada uma tem a receber deve ser diretamente proporcional ao
tempo gasto durante a realização da tarefa. Portanto:

Dividir um número em partes diretamente proporcionais a outros números dados significa


encontrar parcelas desse número que são diretamente proporcionais aos números dados e
que, somadas, reproduzam esse número.

No problema acima, devemos dividir 660 em partes diretamente proporcionais a 6 e


5 são as horas que as pessoas A e B trabalharam.

Chamamos de x o que A tem a receber e de y o que B tem a receber. Então:

x + y = 660 e x/6 = y/5

Aplicando as propriedades de proporção que vimos em aulas anteriores, podemos


resolver :

+
= = = =
+

Onde:

= =

x = 360 y = 300

Concluindo, A deve receber R$ 360,00, enquanto B receberá R$ 300,00.

" D

E se tivéssemos que efetuar uma divisão em partes inversamente proporcionais?

Por exemplo: & ? H 5 !


O #,B,, & H H ?B B
! " I

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,#


O problema agora é dividir R$ 160,00 em partes inversamente proporcionais a 3 e 5, pois
deve ser levado em consideração que aquele que se atrasa mais deve receber menos.

Dividir um número em partes inversamente proporcionais a outros números dados


é encontrar parcelas desse número que sejam diretamente proporcionais aos inversos
desses números dados.

Nesse problema, temos que dividir 160 em partes inversamente proporcionais a 3 e 5, que
são os números de atraso de A e B. Para realizar essa divisão, chamaremos de x o que A tem a
receber e de y o que B tem a receber.

x + y = 160

+
= = x = 100
* * * + * '* '* *

= y = 60
'* *

Concluindo, A deve receber R$ 100,00 e B receberá R$ 60,00.

ATIVIDADES:

( , B# ) % #,B ,B ,'

0 #, 0 B % ,B ),
#,'

3 O ),B,, ; B
H ( H ) H B "
H I %) *#'

4. A Federação Brasileira de futebol resolveu distribui prêmios num total de 320.000,00 para os
quatro jogadores brasileiros que tiveram o melhor ataque durante a Copa do Mundo, ou seja, para
aqueles que fizeram o maior número de gols na razão direta desses gols. Os jogadores premiados
fizeram 9, 6, 3 e 2 gols. Quanto recebeu cada jogador? (144 000, 96 000, 48 000 e 32 000)

5. Um pai deixou R$ 2 870 00 para serem divididos entre seus três filhos na razão inversa de suas
idades: 8, 12 e 28 anos. Quanto recebeu cada um? ( 1 470, 980, 420)

6. Um número foi dividido em partes diretamente proporcionais a 4 e 3. Sabendo que a parte


correspondente a 4 era 2 000, encontre esse número. (3 500)

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,(


" D

8 " D

Uma empreiteira foi contratada para pavimentar uma rua. Ela dividiu o trabalho em duas
turmas, prometendo pagá las proporcionalmente. A tarefa foi realizada da seguinte maneira: na
primeira turma, 10 homens trabalharam durante 5 dias; na segunda turma, 12 homens
trabalharam durante 4 dias. Sabendo que a empreiteira tinha R$ 29 400,00 disponíveis, como
dividir com justiça essa quantia entre as duas turmas de trabalho?

6 " " 7 = $ K "


B 0 " 0
H 7 0 H & ; D

K/ D ,H = ; ,H % ,
'

K/ D H H ; )H 0 % '

. D

Para dividir um número em partes, de tal forma que uma delas seja proporcional a e
e a outra a e =, basta dividir esse número em partes proporcionais a 1 e 1 =.

B D

+ &
J ou = = = x = 15 000
' + ' &'

Como x + y = 29 400 y = 19 400 – 15 000 = 14 400

Assim, a primeira turma deverá receber R$ 15 000,00 da empreiteira e a segunda R$


14.400,00.

ATIVIDADES:

1. Dividir o número 4 680 em partes diretamente proporcionais a 3 e 6 e, em seguida, diretamente


proporcionais a 5 e 4. ( 1 800 e 2 880)

2. Dividir o número 2 640 em partes diretamente proporcionais a ¾ e ½ e inversamente


proporcionais a 5/6 e 2/3. ( 1 440 e 1 200)

3. Um milionário resolveu dividir parte de sua fortuna entre três sobrinhas, de modo que a divisão
fosse diretamente proporcionais às suas idades e inversamente proporcionais a seus pesos. As
moças tinha 16, 18 e 21 anos e pesavam, respectivamente, 52, 48 e 50 quilos. A quantia a ser
dividida entre elas era de R$ 5 734 000, 00. Quanto cada uma recebeu? ( 1 600 000, 1 950 000, 2
184 000).

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,)


4. (BB)A importância de R$ 20 650,00 foi dividida entre duas pessoas. A primeira recebeu na
razão direta de 8 e na razão inversa de 3; a segunda recebeu na razão direta de 9 e na razão
inversa de 4. Quanto recebeu cada pessoa? ( 11 200 e 9 450)

5. (TTN) Um comerciante deseja premiar, no primeiro dia útil de cada mês, os três primeiros
fregueses que chegarem ao seu estabelecimento. Para tanto, dividiu R$ 507,00 em partes

inversamente proporcionais a 2 ¼ , e 1,2. Nessas condições, qual o prêmio de menor valor a

ser pago? (120)

6. (TTN) Dividindo o número 570 em três partes, de tal forma que a primeira esteja para a segunda
como 4 está para 5 e a segunda esteja para a terceira como 6 está para 12. Qual o valor da 3ª
parte? (300)

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,*


4. REGRA DE TRÊS
H + $ E 3 ; B 7 "
= B " ! K K K 6
= ! " ; B ! 3 =B : " H
K ;

$ : D & # 4; H = B
2 $ 4; =

$:

& : B B =
1
B B = B 5B
; " 7 " ! A =
! & $ $ 2& & B ; " 3 !

/ = & ' $2& & B ; " 3!


K =" = A = !
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0F. $ $ < # D & ; =


4

% ' . % O'

),B,,

* 4

7F. / & &2 + ( ! & $ $ & ' $ 2& & "

: = ! B K
4B " B

: = ! B K !
4B

6F. $ & ' # %4 = * $ 2 4 $ '* & $ #

% # "

Cinco metros de um tecido custam R$ 80,00. Quanto pagarei por 9 metros do


mesmo tecido?

/ 4 : 1
D

% ' . % O'

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


),B,,

* 4

' ' &


J 4 J 4 J B,,
&

ATIVIDADES:

1. Se 6 operários fazem certa obra em 10 dias, em quantos dias 20 operários fariam a mesma
obra?

2. Uma viagem foi feita em 12 dias, percorrendo se 150 Km por dia. Quantos dias seriam
necessários para fazer a mesma viagem, percorrendo se 200 Km por dia?

3. Três torneiras completamente abertas enchem um tanque em 1h30min. Quantas torneiras de


mesma vazão seriam necessárias para encher o mesmo tanque em 54min?

4. Um corte de tecido de 2m x 2,5m custa R$ 100,00. Quanto deverá ser pago por um corte do
mesmo tecido de 3m x 5 m?

5. Se 4/9 de uma obra foram feitos em 28 dias, em quantos dias a obra será concluída?

$:

& : : = 1
" " : A H3 :
= ; 7 3 = B
& ; " 3 B = ; 7
3 =

% # "

Três operários, trabalhando durante 6 dias, produzem 400 peças. Quantas peças desse
mesmo tipo produzirão sete operários, trabalhando 9 dias?

/P 3 /P /P

# ,,

( * 4

= ; 7 4 = B ! ;
" 6 " D

'
J J J 4J ),, 4J ,,
&

ATIVIDADES:

1. Um ciclista percorre 120 Km em 2 dias, dirigindo 3 horas por dia. Em quantos dias percorrerá
500 Km, viajando 5 horas por dia?

! " #$ % & ' ( ) ) * +


2. Numa fazenda, 3 cavalos consomem 210 Kg de alfafa durante 7 diais. Para alimentar 8 cavalos,
durante 10 diais, quantos quilos de alfafa serão necessários?

3. Seis digitadores preparam 720 páginas em 18 dias. Em quantos dias 8 digitadores, de mesma
capacidade, prepararão 800 páginas?

4. Um automóvel, com velocidade média de 60 km/h, roda 8 horas por dia e leva 6 dias para fazer
certo percurso. Se a velocidade fosse 80 km/h e se rodasse 9 horas por dia, em quanto tempo ele
faria o mesmo percurso?

5. Uma torneira enche um tanque em 20 horas, com uma vazão de 1 litro por minuto. Quanto
tempo será necessário para que duas torneiras, com vazão de 2 litros por minuto, encham o
mesmo tanque?

6. Trabalhando 6 horas por dia durante 10 dias, 10 engenheiros executam projetos de 5 pontes.
Quantos engenheiros seriam necessários para projetar 8 pontes, trabalhando 8 horas por dia,
durante 15 dias?

7. Um livro de 120 páginas, com 25 linhas, é impresso em 4 horas. Quantas horas seriam
necessárias para imprimir um livro de 100 páginas com 30 linhas por página?

8. Uma pessoa que viajará para os Estados Unidos dispõe de R$ 2 500,00 para a viagem.Quantos
dólares conseguirá comprar?

! " #$ % & ' ( ) ) * +


5. PORCENTAGEM

6 K K 4 Q 1
5 7 *B)R S Q 1 ! B )R S Q
T; " ,R S

Essas expressões envolvem uma razão especial chamada porcentagem. Porcentagem,


portanto, pode se definida como uma razão cujo conseqüente é 100 ou ainda como uma
razão centesimal, onde o conseqüente é substituído pelo símbolo %, chamado “por cento“.

'
J ,B), J ),R

3 . D

4 3 3 ; D

0F. ) / / G "

% # " Quanto é 20% de 800?

,R ),,B 7 ; ),, ,, ,

,R ),, J ,E ,, ),, ),, D ,, , J #,

4 3 D

,R ),, J ,E ,, J ,B , ),, ,B , J #,

7F. ) H ) "

% # 0" Um trabalhador cujo salário era de R$ 2 000,00, recebeu um aumento de 5%. Quanto
passou a ser o seu novo salário?

6 : D

0I. ,,, ,,R

4 R 4J 4 J ,,B,,

3 J ,,,B,, N ,,B,, J
,,B,,

7I. ,,, ,,R

4 , R 4J

! " #$ % & ' ( ) ) * +


4J ,,B,,

3 D ,,B,,

% # 7" Ao comprar um automóvel por R$ 15 000,00, obtive um desconto de R$ 1 800,00.


Qual foi a taxa de desconto?

,,, ,,R

'
),, 4 4 J 4J R

$ 4 D R

% # 6" Uma taxa de 13% é aplicado num determinado capital, produzindo um valor
porcentual de 5 200,00. De quanto era o capital?

R ,,

,,R 4 4J 4J , ,,,

D O , ,,,B,,

6 3 .

. 4 ; " : 3
D

) & 2& # &$ #" = ; %. '

% 2 $ #" ; ; ,,
%'

) 2 $ + C " ; 7 ; 4
4 % '

5 7 ; " : H
5 D

(
) 2 $ + J J 4 )J &J

<* 2 $ #+ #&$ $ "

= 4 = =

! " #$ % & ' ( ) ) * +


U 3 4 3 D RJ E ,, J 847:

ATIVIDADES:

1. Calcular:

a) 20 % de 32 b) 3,5% de R$ 4 500 c) 4% de 550

2. Qual a taxa unitária de 20%?

3. Qual a taxa porcentual correspondente a 0,05?

4. Qual é o número principal em que 20 representa 3%?

5. Qual o número principal em que 800 representa 3/5%?

6. Qual a porcentagem em que 2 representa em 40?

7. Um comerciante vendeu um objeto por R$ 540,00 com um lucro de 15%. Quanto ganhou?

8. Em uma escola, as 1120 alunas representam 56% do total de alunos. Qual é esse total?

9. A média de reprovação em concursos públicos é de 82%. Quantos serão aprovados num


concurso público com 6 500 inscritos?

10. Walter pediu aumento salarial na empresa em que trabalha, alegando que um simples reajuste
(que naquele dissídio seria 7,5%) não cobriria suas reais necessidades. Na ocasião, seu salário
era de R$ 2.850,00 e sua proposta foi uma correção de 9 %. No final do mês, ele recebeu R$
3.092, 25. Calculando qual o índice de correção aplicado pela empresa, responda se o pedido foi
atendido.

11. Um comerciante comprou um automóvel de R$ 84 000,00 com desconto de 2%. Em seguida,


vendeu o automóvel por um valor 3% acima desse preço(valor inicial do automóvel). Qual foi a
taxa de lucro total, desde a venda até a compra, usada pelo comerciante?

12. Dois postos de abastecimento misturam água ao álcool que vendem. No primeiro deles foram
encontrados 7,5 l de água em 300 l de álcool e, no segundo, 13,5 l de água em 500 l de álcool.
Quanto por cento o álcool de um posto é mas aguado que o do outro/

13. Do que eu recebo, 30% vão para a poupança, 20% para o aluguel e 35% para a alimentação,
restando me apenas R$ 450,00. Qual é o meu salário?

14. Numa cidade, 45% da população é composta por homens. Qual a população total dessa
cidade se nela residem 60 500 mulheres?

15. Uma certa quantia y tornou se 2y após 1 ano e 3y após 2 anos. Com relação a quantia inicial,
calcule a taxa aplicada no primeiro e no segundo ano.

16. Que taxa devemos utilizar para transformar uma quantia x em 3x?

17. Um vendedor ganha 3% de comissão sobre as vendas que realiza. Tendo recebido R$ 300,00
de comissões, qual o total vendido por ele?

18. Comprei uma casa cujo preço era R$ 200 000,00. Tendo gasto 5% desse valor em impostos e
3% de comissão para o corretor, quanto efetivamente tive que desembolsar?

! " #$ % & ' ( ) ) * +


19. Uma turma tem 40 alunos. Destes, 60% são moças e 40% são rapazes. Em um determinado
dia, compareceram às aulas 75% das moças e 50% dos rapazes. Quantos alunos foram às aulas
nesse dia? Qual a porcentagem (taxa) que compareceu às aulas nesse dia?

20. Ao comprar uma automóvel por R$ 15 000,00 obtive um desconto de R$ 1 800,00. Qual foi a
taxa de desconto?

! " #$ % & ' ( ) ) * + #


6. JUROS SIMPLES

# - "

Juros simples é o regime de remuneração do capital onde a taxa de juros é aplicada


sempre sobre o capital inicial, tantas vezes quantos forem os períodos de aplicação.

Não se trata, portanto, de porcentuais acumulados, pois é calculado sempre sobre o


mesmo valor.

Exemplo: Um capital de R$ 1.000 é aplicado a 20% ao mês, durante o tempo de 4


meses. Quais os juros?

Solução: 20% de R$ 1.000 é igual a R$ 200. Como o capital foi aplicado por 4 meses, a
quantia total dos juros é de 4 x R$ 200 = R$ 800.

Podemos também calcular o porcentual total, ou 20% ao mês durante 4 meses resultam
80%. 80% de 1.000 resultam R$ 800.

O porcentual total é calculado portanto, multiplicando a taxa (i) pelo número de períodos
de tempo ( t ), tomados em unidades adequadas.

Exemplos:

a) i = 20% ao mês (a.m) t = 3 meses it = 20 x 3 = 60%

b) i = 45% ao ano (a.a.) t = 8 meses it = (45/12) x 8 = 30%

c) i = 25% ao mês (a.m.) t = 2 anos it = 25 x 24 = 600%

d) i = 30% ao ano (a.a.) t = 4 meses it = (3/12) x 4 = 1%

Observações: 1) Quando na taxa não vem explicando o período de tempo, considera se o


período anual;

2) Para efeito comercial, considera se: 1 mês = 30 dias e 1 ano = 360 dias

! " #$ % & ' ( ) ) * + (


# " BV

Como o porcentual total (it) é aplicado sobre o capital (C), podemos montar as
seqüências diretamente proporcionais:

Capital C 100%

Juros J it%

Montante M (100 + i t) %

lembrando que o montante M é a soma do capital mais juros.

# 64 5

a) Um capital de R$15.000 foi aplicado a uma taxa de 60% a.a., durante 4 meses. Quais os
juros?

Solução:

Calculando o porcentual total, temos: = = ;

Montando a proporção: = = 3.000

Resposta: Juros de R$ 3.000.

b) Um capital foi aplicado a 24% a.a. durante 8 meses, rendendo juros de R$ 1.600. Qual
o capital aplicado?

Solução:

Calculando o porcentual total, temos: = '= ;

Montando a proporção: = = = =

Resposta: Capital de R$ 10.000.

! " #$ % & ' ( ) ) * + )


c) O capital de R$ 12.000 foi aplicado durante 9 meses, rendendo juros de R$ 4.320. Qual
a taxa de juros?

Solução:

Calculando porcentual total, temos: it = i x 9 = 9i%

Montando a proporção: = = & = 9i = 36 i = 4% a.m.

Resposta: A taxa é de 4% ao mês (a.m.) ou 48%) ao ano (a.a.).

d) O capital de R$ 25.000 foi aplicado a 36% ao mês, rendendo juros de R$ 4.500. Qual o
tempo de aplicação?

Solução:

Calculando o porcentual total, temos: it = 36t.

Montando a proporção: = = = 36t = 18 t = ½ mês

Resposta: Tempo de 1/2 mês ou 15 dias.

e) Um capital foi aplicado a uma taxa de 18% a.m., durante 75 dias, gerando um montante
de R$ 7.250. Qual foi o capital aplicado?

Solução:

'
Calculando o porcentual total, temos: = = ;

+
Montando a proporção: M = C + j = = =
+ +

C = 5.000

Resposta: O capital foi de R$ 5.000.

f) 1/4 de um capital foi aplicado a 10% a.m., durante dois meses. O restante foi aplicado a
5% a.m., durante o mesmo tempo. O total de juros obtidos foi de R$ 1.250. Qual o capital
aplicado?

! " #$ % & ' ( ) ) * + *


Solução:

Calculando os porcentuais totais, temos:

it= 10x2= 20%


it= 5x2= 10%,.

Vamos resolver o problema supondo o capital inicial de 100.

20%

1/4 25 5,0

100 12,5 (juros totais para 100)

3/4 75 7,5

10%

Ou seja, para um capital de 100 obtivemos juros totais de 12,5, que são números diretamente
proporcionais aos valores do problema.

100 12,5

Por regra de 3 temos: donde: = = 10.000

X 1.250

Resposta: O capital total foi de R$ 10.000.

g) Dois capitais foram aplicados a 36% a.a. durante 4 meses. Os juros dos capitais diferem
de R$ 360. Qual a diferença entre os capitais?

Solução:

Se a diferença entre os juros é de R$ 360, esta foi devida à diferença dos capitais. Para
determinarmos a diferença dos capitais, basta determinar qual o capital que, na taxa e no tempo
dados, renderia juros de R$ 360.Temos portanto:

! " #$ % & ' ( ) ) * + ,


Porcentual total: = = ; na proporção = =

= =

Resposta: A diferença entre os capitais é de R$3.000.

h) Qual a taxa necessária para que um capital, em 4 anos, triplique de valor?

Solução:

Supondo um capital 100, teremos um montante de 300.

+
M=C+j = = = 4i = 300 – 100 i = 50
+ +

Resposta: A taxa necessária é de 50% ao ano.

ATIVIDADES

01) O capital de R$ 3.500, em 6 meses, a 4% a.a., produz juros, em Reais, de

a) 55. b)60. c) 65. d) 70. e) 75.

02) Um capital de R$ 1.500 produz juros de R$ 25, em 75 dias, a uma taxa de

a) 6% a.a. b) 7% a.a. c) 8% a.a. d) 9% a.a. e) 10% a.a.

03) O capital de R$ 48.000 produz R$ 11.160 de juros, a uma taxa de 9%, em

a) 2a 7m. b) 2a 6m. c) 2a 5m. d) 2a 4m. e) 2a 3m.

04) O capital que a taxa de 6,5% a.a., em 6 anos, produz um montante de R$ 2.085, em Reais, é

a) 1.350. b) 1.400. c) 1.450. d) 1.500. e) 1.600.

05) O capital que diminuído de seus juros de 5 anos, 4 meses e 12 dias, à taxa de .5% a.a., reduz
se a R$ 96.580, em Reais, é

a) 128.000. b) 132.000. c) 135.000. d) 136.000. e) 144.000.

06) A taxa para que certo capital produza, em 5 anos, juros iguais a 2/3 de si mesmo, é

! " #$ % & ' ( ) ) * +


a) 12 1/2%. b) 12 1/3%. c) 13 2/3%. d) 13 1/2%. e) 13 1/3%.

07) Um capital foi aplicado a 10% a.m. durante 5 meses. Findo este prazo, o montante foi
reaplicado por um mesmo período, à taxa de 8% a.m., resultando em um montante final de R$
21.000. O capital, em Reais, era de:

a) 9.000. b) 9.500. c) 10.000. d) 10.500. e) 11.000.

08) Coloquei 1/5 de meu capital a 10%, e o restante a 5%. Recebi juros anuais de RS 3.600. Em
Reais, meu capital era de

a) 50.000. b) 55.000. c) 60.000. d) 65.000. e) 70.000.

09) Sabendo se que um capital foi duplicado em 8 anos a juros simples, a taxa anual empregada
foi de

a) 10%. b) 12,5%. c) 15%. d) 17,5%. e) 20%.

10) O tempo para que um capital triplique de valor a 20% ao ano, no regime de juros simples, em
anos, é

a) 5. b)8. c) 10. d) 12. e) 15.

11) Dois capitais aplicados a 5% ao mês, durante 5 meses, rendem juros que diferem de R$ 750.
A diferença entre os capitais, em Reais, é de

a) 2.500. b) 2.750. c) 3.000. d) 3.250. e) 3.500.

12) Depositei certa quantia em um banco e recebi o montante de RS 6.342 no fim de 40 dias. Se a
aplicação foi feita à taxa de 6% ao ano, os juros são, em Reais, de

a) 40. b) 42. c) 44. d) 48. e) 52.

13) Um certo capital aplicado durante 5 meses resulta em um montante de R$ 12.500 e aplicado
durante 6 meses resulta em outro montante de R$ 13.000. O capital, em Reais, é

a) 8.000. b) 9.000. c) 9.500. d) 10.000. e) 12.000.

14) Dividindo R$ 360 em duas partes de tal forma que a primeira produza em 6 meses os mesmos
juros que a segunda em 3 meses, ambas com a mesma taxa de aplicação, a maior parte vale,
em Reais,

a) 200. b)210. c) 220. d) 230. e) 240.

! " #$ % & ' ( ) ) * +


7. SISTEMA MÉTRICO

A unidade fundamental para medir comprimento é o metro e é representado pela letra


“m”. Outras unidades são:

1) Múltiplos do metro: quilômetro, hectômetro, decâmetro.

2) Submúltiplos do metro: decímetro, centímetro e milímetro.

A tabela abaixo de unidades representa um exemplo de conversão

Km hm dam m dm cm mm
1.000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Cada unidade de comprimento é igual a 10 vezes a unidade imediatamente inferior, ou seja,

3
12,45 dm = 124,5 cm ou 1,245 x 10 mm

8,73 dam = 0,873 hm

( + . : ,

Para facilitar a representação de números múltiplos de 10 existe as potências de 10, ou


seja, podemos substituir “os zeros” por letras que contenham a sua representação. As mais
utilizadas são:

9
G = 10 = 1.000.000.000 = Giga

6
M = 10 = 1.000.000 = Mega

3
K = 10 = 1.000 = Kilo

3
m = 10 = = mili

6
w = 10 = = micro

9
n = 10 = = nano

! " #$ % & ' ( ) ) * +


................................................................................

( $

A unidade fundamental para medir tempo é o segundo e é representado pela letra “s”. Outras
unidades também utilizadas são:

a) Horas [h] = 3.600 s

b) Minutos [min] = 60 s

c) Dia = 24 h = 1.440 min = 86.400 s

d) Mês = 30 dias = 720 h (comercial)

e) Ano = 12 meses = 360 dias (comercial)

Observação: vale ressaltar que para o Sistema Internacional (SI) de medidas utilizamos o metro e o
segundo.

ATIVIDADES

1. Realize as seguintes conversões:

a) 12 m para hm, dm e mm

b) 15 Km para m, dam e cm

2 2
c) 10 m para cm

3 3
d) 10 dm para m

2. Realize as seguintes operações, em potência de 10:

a) 1,2G + 100M

b) 12m + 900w

c) 1.200w + 2m

d) 110K + 20.000

3. Realize as conversões de tempo:

a) 120 min = ? h

b) 2 h e 30 min = ? h

! " #$ % "& ( ) ) * + 123


................................................................................

c) 36 h e 40 min = ? h

d) 2,65 h = ? min

e) 465 s = ?? h e ?? min (resposta em XX h: YY min)

ATIVIDADES EM GERAL

01) Na fração a/b, o numerador vale um terço do denominador. Somando se 10 ao numerador, a fração
torna se equivalente a 1. Determine o valor de a + b.

02) Peguei 2/5 de R$ 10,20 e distribuí 1/3 para cada filho. Quanto recebeu cada um?

03) Certa chácara dista de São Paulo 2/5 da distância entre Rio e São Paulo. Quanto gasto em
combustível para ir e voltar da chácara?
Dados:
Distância Rio São Paulo: 425km;
Consumo do carro: 11,1 / 3 km por litro;
Preço do combustível: R$ 0,66 por litro.

04) A soma de três números é 98. A razão entre o primeiro e o segundo (nesta ordem) é 2/3, e entre o
segundo e o terceiro é 5/8. O segundo número é:
a) 15
b) 20
c) 30
d) 32
e) 33

05) Um motorista dirige um carro em velocidade constante, de uma cidade A para outra B. sabendo se
que faz 60km/h na ida e 80 km/h na volta e que gastou 9 horas e 20 minutos no percurso de ida e volta,
determinar a distância entre A e B.

06) Um fenômeno foi observado desde o instante 2h 30 min até o instante 7h 45 min. Quanto tempo durou
esse fenômeno?

07) Um livro possui 200 folhas, que totalizam uma espessura de 2cm. A massa de cada folha é de 1,2g e
a massa de cada capa do livro é de 10g.
a) Qual a massa do livro
b) Qual a espessura de uma folha?

08) Uma pessoa ganha R$ 500,00 por 10 dias de trabalho, quanto receberá por 200 dias de trabalho?

09) No mesmo instante em que uma casa de 5m de altura projeta uma sombra de 20 cm, qual será a
altura, em metros, de um prédio cuja sombra projetada mede 2m?

10) Para realizar uma obra, 20 operários levarão 150 dias, se o número de operários aumentar de 30, em
quantos dias a obra ficará pronta?

11) Para forrar as paredes de um salão, são necessárias 30 peças de papel com 70cm de largura cada
uma. Quantas peças seriam necessárias se as peças tivessem 1m de largura?

! " #$ % "& ( ) ) * + 124


................................................................................

12) Uma torneira aberta durante 4 horas enche uma banheira de 150 litros. Se a banheira tivesse metade
do volume, em quantos minutos a banheira estaria cheia?

13) A água do mar contém 2,5g de sal para cada 100g de água. Quantos gramas de sal terão em 5 kg de
água do mar?
2
14) Para cobrir 2m de uma parede precisamos de 16 azulejos. Quantos azulejos serão necessários para
2
cobrir uma parece de 8m ?

15) Para realizar a metade de uma obra 10 operários levam 14 dias. Se forem empregados mais 18
operários, quantos dias levarão para terminar essa obra?

16) Uma roda de 20 dentes engrena com outra de 50 dentes. Quantas voltas darão esta última sabendo
que a primeira deu 120 voltas?

17) Sabemos que a carga máxima de um elevador é de 7 pessoas adultas com 80kg cada uma. Quantas
crianças, pesando 35 kg cada, atingiriam a carga máxima desse elevador?

18) Três torneiras completamente abertas enchem um tanque em 90 minutos. Quantas torneiras iguais a
essa encheriam o mesmo tanque em 54 minutos?

19) Uma torneira enche um tanque em 6 horas. Outra enche o mesmo tanque em 4 horas. Em quantas
horas as duas juntas encheriam o tanque?

20) Comprei 12 m de certo tecido e paguei R$ 48,00. Quanto cursta o metro do tecido?

21) 900 gramas de glicose contêm 360 gramas de carbono, 60 gramas de hidrogênio e 480 gramas de
oxigênio. Calcule quantos gramas de carbono, hidrogênio e oxigênio têm, respectiva mente, em 300
gramas de glicose.

22) Uma banheira tem três formas de ser cheia. Uma torneira que enche em 3 horas, outra que leva 4 horas
para enchê la e o chuveiro que demora 12horas para enchê la. Se abrirmos tudo junto, em quanto tempo a
banheira ficará cheia?

! " #$ % "& ( ) ) * + 125


................................................................................

8. GEOMETRIA

A Geometria está apoiada sobre alguns postulados, axiomas, definições e teoremas, sendo que
essas definições e postulados são usados para demonstrar a validade de cada teorema. Alguns desses
objetos são aceitos sem demonstração, isto é, você deve aceitar tais conceitos porque os mesmos parecem
funcionar na prática!
A Geometria permite que façamos uso dos conceitos elementares para construir outros objetos mais
complexos como: pontos especiais, retas especiais, planos dos mais variados tipos, ângulos, médias,
centros de gravidade de objetos, etc.

) !

Polígono: É uma figura plana formada por três ou mais segmentos chamados lados de modo que cada lado
tem interseção com somente outros dois lados próximos, sendo que tais interseções são denominadas
vértices do polígono e os lados próximos não são paralelos. A região interior ao polígono é muitas vezes
tratada como se fosse o próprio polígono

Polígono convexo: É um polígono construído de modo que os prolongamentos dos lados nunca ficarão no
interior da figura original. Se dois pontos pertencem a um polígono convexo, então todo o segmento tendo
estes dois pontos como extremidades, estará inteiramente contido no polígono. Um polígono é dito não
convexo se dados dois pontos do polígono, o segmento que tem estes pontos como extremidades, contiver
pontos que estão fora do polígono.

Polígono No. de lados Polígono No. de lados


Triângulo 3 Quadrilátero 4
Pentágono 5 Hexágono 6
Heptágono 7 Octógono 8
Eneágono 9 Decágono 10
Undecágono 11 Dodecágono 12

Polígono não convexo: Um polígono é dito não convexo se dados dois pontos do polígono, o segmento
que tem estes pontos como extremidades, contiver pontos que estão fora do polígono.

Segmentos congruentes: Dois segmentos ou ângulos são congruentes quando têm as mesmas medidas.

Paralelogramo: É um quadrilátero cujos lados opostos são paralelos. Pode se mostrar que num
paralelogramo:

! " #$ % "& ( ) ) * + 126


................................................................................

Os lados opostos são congruentes;


Os ângulos opostos são congruentes;
A soma de dois ângulos consecutivos vale 180o;
As diagonais cortam se ao meio.

Losango: Paralelogramo que tem todos os quatro lados congruentes. As diagonais de um losango formam
um ângulo de 90o.

Retângulo: É um paralelogramo com quatro ângulos retos e dois pares de lados paralelos.

Quadrado: É um paralelogramo que é ao mesmo tempo um losango e um retângulo. O quadrado possui


quatro lados com a mesma medida e também quatro ângulos retos.

Trapézio: Quadrilátero que só possui dois lados opostos paralelos com comprimentos distintos,
denominados base menor e base maior. Pode se mostrar que o segmento que liga os pontos médios dos
lados não paralelos de um trapézio é paralelo às bases e o seu comprimento é a média aritmética das
somas das medidas das bases maior e menor do trapézio.

Trapézio isósceles: Trapézio cujos lados não paralelos são congruentes. Neste caso, existem dois ângulos
congruentes e dois lados congruentes. Este quadrilátero é obtido pela retirada de um triângulo isósceles
menor superior (amarelo) do triângulo isósceles maior.

Pipa ou papagaio: É um quadrilátero que tem dois pares de lados consecutivos congruentes, mas os seus
lados opostos não são congruentes. Neste caso, pode se mostrar que as diagonais são perpendiculares e
que os ângulos opostos ligados pela diagonal menor são congruentes.

) H < .

Para se chegar à compreensão da necessidade de classificação de figuras, da forma como é usual


na Geometria Euclidiana, é necessário obter compreendido as suas vantagens matemáticas. Sem esta
compreensão, parece um jogo de palavras ter ouvido o professor afirmar que um triângulo isósceles é o que
tem os lados iguais, e depois ver o professor permitir que um triângulo com os três lados iguais seja também
isósceles. Só após o conhecimento de algumas propriedades das figuras é que os alunos compreenderão
as vantagens de optar por uma classificação.
Vamos optar por apresentar os diversos tipos de figuras em separado apenas por uma razão de
"arrumação".
Chamamos polígonos a qualquer porção do plano limitada por segmentos de reta que forma uma
linha poligonal fechada.

! " #$ % "& ( ) ) * + 127


................................................................................

317101 &K + #

Os triângulos são polígonos de três lados. Iremos classificar os triângulos de duas maneiras: quanto aos
lados e quanto aos ângulos.

Quanto aos lados:

Equilátero Isósceles Escaleno

todos os lados iguais dois lados iguais todos os lados diferentes

Quanto aos ângulos:

Acutângulo Obtusângulo Retângulo

Um ângulo agudo Um ângulo obtuso Um ângulo reto

8.2.1.1. Algumas propriedades:

Se o triângulo tem dois lados iguais, os ângulos que lhes são opostos também são iguais.

Num triângulo, ou em triângulos iguais, a lados iguais opõem se ângulos iguais.

Num triângulo, ou em triângulos iguais, a ângulos iguais opõem se lados iguais.

Num triângulo, ao maior lado opõem se o maior ângulo.

8.2.1.2. Área de um Triângulo

Considere as seguintes figuras:

! " #$ % "& ( ) ) * + 128


................................................................................

Observe que, em qualquer uma das três figuras, a área do triângulo destacada é igual à metade da
área do retângulo ABCD.

Assim, de modo geral, temos:

área do triângulo: S = (b.h)/2

Neste caso, podemos considerar qualquer lado do triângulo como base (b). A altura (l) a ser
considerada é a relativa a esse lado.

) A 3

Os quadriláteros podem ser trapézios (com dois lados paralelos) e não trapézios (quando não tem lados
paralelos).

Os trapézios podem ser paralelogramos (com lados opostos paralelos) e trapézios propriamente ditos
(apenas com dois lados paralelos).

Paralelogramos

Retângulo Losango Quadrado Paralelogramo

8.2.2.1. Propriedades:

Retângulo: lados opostos iguais


quatro ângulos retos
! " #$ % "& ( ) ) * + 129
................................................................................

diagonais iguais que se cortam ao meio (bissteriz)


dois eixos de simetria

Losango: quatro lados iguais


ângulos opostos iguais
diagonais perpendiculares que se cortam ao meio (bissetriz)
dois eixos de simetria

Quadrado: quatro lados iguais


quatro ângulos retos
diagonais perpendiculares
quatro eixos de simetria

Paralelogramo obliquângulo: lados opostos iguais


ângulos opostos iguais
não tem eixos de simetria

Trapézios propriamente ditos

Isósceles Retangular Escaleno

Propriedades:

Isósceles: dois lados iguais


um eixo de simetria

Retângular: um ângulo reto


não tem eixos de simetria
Escaleno: quatro lados diferentes
não tem eixos de simetria

8.2.2.2. Área do Retângulo

Em um retângulo de lados a e b, figura abaixo, onde:

! " #$ % "& ( ) ) * + 130


................................................................................

a = medida do comprimento ou base


b = medida da largura ou altura
S = área total

temos que: área do retângulo: S = b.h

8.2.2.3. Área do Quadrado

Considerando que o quadrado é um caso particular do retângulo, onde todos os lados são iguais,
figura abaixo:

l = medida do comprimento ou base


l = medida da largura ou altura
S = área total

2
temos que: área do quadrado: S = l . l ou S = l

8.2.2.4. Área de um Losango

O quadrilátero abaixo é um losango onde vamos considerar:

1) O segmento PR representa a Diagonal Maior, cuja medida vamos indicar por “D”.

2) O segmento QS representa a Diagonal Menor, cuja medida vamos indicar por “d”.

Note que a área do losango PQRS é igual à metade da área do losango cujas dimensões são as
medidas D e d das diagonais do losango, então:

! " #$ % "& ( ) ) * + 131


................................................................................

área do losango: S = (D.d)/2

8.2.2.5. Área de um Trapézio

Considerando o Trapézio abaixo, podemos destacar:

1) MN é a base maior, cuja medida vamos representar por B.


2) PQ é a base menor, cuja medida vamos representar por b.
3) A distância entre as bases é a altura do trapézio, cuja medida indicaremos por h.

Se traçarmos a diagonal QN, por exemplo, obteremos dois triângulos, QPN e QMN, que têm a
mesma altura de medida h.

Da figura temos:

área do trapézio MNPQ=área do triângulo QPN + área do triângulo QMN


área do trapézio = (B.h)/2 + (b.h)/2
área do trapézio = (B.h+b.h)/2
área do trapézio: S = (B + b).h/2

) . 5
Pentágonos São polígonos com cinco lados e cinco ângulos. Por exemplo:

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.
Hexágonos São polígonos de seis lados e seis ângulos. Por exemplo:
! " #$ % "& ( ) ) * + 132
................................................................................

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

Heptágonos São polígonos de sete lados e sete ângulos. Por exemplo:

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

Octógonos São polígonos de oito lados e oito ângulos. Por exemplo:

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

Os polígonos podem ser côncavos ou convexos.


Um polígono diz se côncavo quando o prolongamento de pelo menos um dos seus lados corta o
polígono em duas partes.
Exemplo:

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

Um polígono diz se convexo quando o prolongamento de qualquer dos segmentos que o determina
deixa o polígono de um só lado.
Exemplo:

! " #$ % "& ( ) ) * + 133


................................................................................

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

Os polígonos podem ser regulares ou não regulares.


Um polígono é regular se tem todos os lados e todos os ângulos iguais, caso contrário, diz se não
regular.
Exemplo de polígonos regulares:

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

8.2.3.1. Área de um Polígono Regular

Considerando o polígono regular da figura abaixo, que é um pentágono.

A partir do centro vamos decompor esse pentágono em triângulos que são isósceles e congruentes,
em cada um desses triângulos temos:

1) base do triângulo, que corresponde ao lado do polígono e cuja medida vamos indicar por “l”.

2) altura relativa à base do triângulo, que corresponde ao apótema do polígono e cuja medida vamos
indicar por “a”.

A área de cada triângulo é dada por (l.a)/2.


Como são cinco triângulos, a área do polígono seria dada por: 5.(l.a)/2

! " #$ % "& ( ) ) * + 134


................................................................................

Logo, a área de um polígono regular, é dada por n.(l.a)/2, onde n = nº de lados do polígono.

área de um polígono regular = n.(l.a)/2

Sabendo, que 5.l representa o perímetro (2p) do pentágono regular considerado, a expressão 5.l/2
representa a metade do perímetro ou o semiperímetro (p) do pentágono.

Assim temos: área do pentágono = 5.l/2


Concluímos que para todos os polígonos regulares, podemos escrever:

área de um polígono regular = p.a


Observações:


1) O número de diagonais de um polígono convexo é determinado por: =

Onde: d = diagonal
n = número de lados

0
2) A soma dos ângulos internos de um polígono convexo é Si = (n)2) . 180

) ! : % 5 '
Circunferência é a figura geométrica formada por todos os pontos de um plano que distam
igualmente de um ponto fixo. Esse ponto fixo é denominamos de CENTRO da circunferência (ponto O). À
distância constante denominamos de RAIO (indicado por “r”).

Por exemplo:

Vejamos alguns elementos da circunferência:

1) Qualquer segmento que une o Centro a qualquer ponto da circunferência chama se raio (r).
2) Qualquer segmento que une dois pontos quaisquer e distintos de uma circunferência chama se CORDA.

! " #$ % "& ( ) ) * + 135


................................................................................

3) A corda que passa pelo centro da circunferência chama se DIÂMETRO. Assim, o diâmetro é a maior
corda da circunferência e seu comprimento é igual ao dobro do comprimento do raio. Vamos indicar o
diâmetro por d, logo d=2r.

8.2.4.1. Área de um Circulo

Observe a seqüência de polígonos regulares inscritos numa Circunferência.

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e


Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

Repare que a medida que o número de lados aumenta, o polígono regular tende a se confundir com
a região limitada pela CINCUNFERÊNCIA, ou seja, o CÍRCULO.

Assim, termos:
1) O perímetro do polígono regular tende a se confundir com o comprimento da CIRCUNFERÊN
CIA (C=2.pi.r).;

2) O semiperímetro do polígono tende ao valor 2.pi.r/2 = pi.r.;


3) O apótema do polígono tende a coincidir com a altura o raio do círculo, então:

2
área de um círculo: S = pi.r.r ou S = pi.r

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................................................................................

ATIVIDADES

1. Coloque V (verdadeira) ou F (falsa), conforme as sentenças seguintes:

a) Em qualquer losango as diagonais, cortam se mutuamente ao meio ( )


b) Em qualquer parelelogramo, as diagonais são congruentes ( )
c) Em qualquer paralelogramo, as diagonais são bissetrizes dos ângulos internos ( )
d) Todo quadrado é inscritível e circunscritivel ( )
e) Todo retângulo

2. As bases de um trapézio ABCD medem: = 4 cm e = 10 cm, e a altura mede 12 cm. Calcule a


área deste trapézio.

2
3. Um triângulo ABC tem uma altura de 20 cm e sua base igual a 10 cm. Calcule sua área, em m .

4. Um determinado círculo possui seu diâmetro igual a 24 cm. Calcule a área e o perímetro deste circulo.

) 7 $ @

Seja um triângulo ABC retângulo em Â, e seja α a medida de um de seus ângulos agudos:

a
c

C α
A
b
Temos:

a = hipotenusa c = cateto oposto b = cateto adjacente

Logo:


sen α = α= (seno)


cos α = )α = (cosseno)


tag α = α= (tangente)

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Também vale lembrar que: sen2 α + cos2 α = 1 e que

2 2 2 2 2 2
(hipotenusa) = (cateto oposto) + (cateto adjacente) a =b +c (Teorema de Pitágoras)

Para um triângulo qualquer temos:

b a

A
c B

2 2 2
1) Teorema dos cossenos: a = b + c – 2bc cos α

2) Teorema dos senos: <


= <
= <
=

0 0
A soma dos ângulos internos de qualquer triângulo é 180 . â + ^b + ^c = 180

4) Num triângulo qualquer, um ângulo extreno é igual a soma dos dois ângulos internos não adjacentes a
ele.

ê = â + ^c

Nota: Tabela com alguns ângulos principais

Sen Cos Tag

0
30

0
45 * * 1

0
60

0
90 1 0 infinito

ATIVIDADES

1. O lado de um triângulo eqüilátero mede a. Calcule a medida de sua altura. =

2. Calcule a medida do raio da circunferência inscrita num trapézio isóceles cujas bases medem 8 m e 18 m.
(r = 6m)

3. Sabendo que o lado de um quadrado mede a, calcule a medida de sua diagonal. (d = a )


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................................................................................

4. O triangulo ABC tem base de 18 cm e altura de 12 cm. Calcule o perímetro do quadro inscrito.

B C

<
0
5. Em relação ao triângulo ABC, qualquer, sabemos que: = 5 cm , = 8 cm e = 60 . Calcule:

a) A medida do lado AC (x=7cm)

b) A medida da altura AH. A

( = cm)

B C
H

6. Os lados do triângulo ABC medem: = 12 cm , =4 cm e = 8 cm. Calcule a medida da


projeção do lado AC sobre o lado AB (base). (x=4 cm)

) # B. C

Consideremos duas retas paralelas r e s, cortadas por uma transversal t, conforme a figura abaixo:

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................................................................................

0
Onde: a1 é colateral de b4 e a1 + b4 = 180

Pelo postulado de Euclides:

a1 = a2 = a3 = a4 (ângulos agudos)

b1 = b2 = b3 = b4 (ângulos obtusos)

Observação: Os ângulos a2 e a3 são chamados de alternados internos, assim como os ângulos b2 e b3.

Ângulos na Circunferência

Ângulo Central: possui o vértice no centro da circunferência e, portanto, seus lados são raios. O ângulo
central e o arco determinado por ele têm a mesma medida.

Ângulo Inscrito: possui o vértice na circunferência e os seus lados são cordas da circunferência.

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................................................................................

Teorema: Se um ângulo central e um ângulo inscrito estiverem determinado num mesmo arco, numa
mesma circunferência, o ângulo central vale o dobro do inscrito.

α = 2β

Exemplo:

(UFMG 97) Observe a figura. Suponha que as medidas dos ângulos PSQ, QSR, SPR, assinalados na
figura, sejam 45°, 18° e 38°, respectivamente. A medida do ângulo PQS, em graus, é:

a) 38
b) 63
c) 79
d) 87

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Solução

0 0
O arco PQ = 90 (pois PQ = 2 x 45 )

0 0
Já o arco QR = 36 (2 x 18 )

0 0
Mais uma vez o arco RS = 76 (2 x 38 )

0 0 0 0
Logo: o arco PS = PQ + QR + RS PS = 90 + 36 + 76 PS = 202

0
Sabemos que o perímetro de uma circunferência ‘é de 360 , portanto:

0 0 0 0 0
PS + 202 = 360 PS = 360 – 202 PS = 158

Como a medida do arco é o dobro da medida do ângulo, que desejamos, teremos:

0
O ângulo PQS = 158/2 = 79 , ou seja, letra C.

ATIVIDADES

0
1. Dois lados de um triângulo medem 4 cm e 5 cm, e o ângulo formado por eles mede 30 . Calcule:
2
a) A área deste triângulo. (S = 5 cm )
b) A altura relativa ao lado maior. (h = 2 cm)

2. Num losango, uma diagonal mede o triplo da outra. Calcule a área deste quadrilátero, sabendo que seu
2
perímetro é 40 m. (S=60m )

3. Calcule a área da coroa circular seguinte, sabendo que seus raios medem 4 cm e 3 cm.

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................................................................................

Resp.: Scoroa = π cm
2

2> < <

Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.

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Fonte: Matemática: Curso Completo – Nery, Chico e Trotta, Fernando. Editora Moderna.1988.
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Referências Bibliográficas

1. GUELLI, Oscar. Matemática: uma aventura do pensamento. São Paulo: Ática, 1999.

2. MORI, Iracema e ONAGA, Dulce Satiko. Matemática: idéias e desafios. São Paulo: Saraiva, 2000.

3. SPINELLI, Walter e SOUZA, Maria Helena. Matemática. São Paulo: Ática, 2001.

4. DANTE, Luiz Roberto. Tudo é Matemática. São Paulo: Ática, 2004.

5. NERY, Chico e TROTTA, Fernando. Matemática: Curso Completo. Rio de Janeiro: Moderna,
1988

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