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Para abordar o assunto, iremos dividir o texto em tópicos, facilitando assim a compreensão e tornando a leitura

mais agradável. Bora ler?

Trataremos dos seguintes tópicos:

•O que são?
•Por que estão inseridos no contexto atual?
•Como é a experiência?
•Dosagens e níveis de intensidade.
•Frequência.
•Set & setting e cuidados.
•Preparos da substância.
•Cultivados e selvagens.
•Onde e como obter?
São fungos que habitam esse planeta há milhares de anos, muito antes do aparecimento dos seres humanos e
utilizados de forma ritualística por tribos primitivas e provavelmente pelos primeiros mamíferos que habitaram a
Terra.

Muito tem se dito acerca deste assunto, variados mitos urbanos têm surgido nas últimas décadas. Um dos mais
recorrentes é o mito no qual se afirma que o indivíduo que se utiliza desse cogumelo pode nunca mais 'retornar' à
realidade. De fato, talvez nunca mais retorne pois, inexoravelmente ao imergir em estados mais profundos de
consciência, o retorno jamais trará o mesmo ser.

Ele emerge sim, mas volta modificado, volta com inúmeras visões, sentimentos, percepções agarradas ao seu ser.
Volta diferente. Nunca mais será o mesmo. Não volta louco, não volta menos consciente, pelo contrário, volta
consciente de esferas desconhecidas pelos seus semelhantes. Volta acrescentado de algo indefinível, volta maior.
Tecnicamente são cogumelos que contém psilocina e psilocibina, substâncias enteógenas de baixíssima toxicidade,
e não há registro de danos ou morte por overdosagem ou intoxicação.
**Como é a experiência**

Nenhum indivíduo é igual ao outro, nenhuma experiência é comparável a outra. Entretanto, podemos apontar
alguns padrões, mais ou menos uniformes, que permeiam a maioria das experiências.

A experiência pode ser dividida em 3 fases distintas, início ou comumente chamado de decolagem (onset).
Plenitude, que é a fase de maior duração, é quando se vivencia o processo em sí. Declínio, quando os efeitos
começam a desaparecer. Podemos também citar um quarto estágio, conhecido por “afterglow”, que se relaciona
com os efeitos posteriores à experiência, horas, dias ou mesmo meses e anos.

Trataremos aqui da experiência com dosagens médias, que são mais amplamente utilizadas.
O enfoque abaixo está contextualizado fora de qualquer visão ritualística ou religiosa, que pode ser totalmente
diferente do relatado abaixo.

Decolagem:

Após aproximadamente 20 minutos os efeitos começam a ser percebidos. É muito comum uma sonolência intensa,
frio, necessidade de se deitar. A musculatura perde tônus. Pode ocorrer algum enjoo, principalmente se não foi
seguida uma dieta alimentar apropriada, que será abordada em outro tópico.
Quando deitado de olhos fechados, a maioria das pessoas relata visões psicodélicas, mandalas, sonhos lúcidos ou
mesmo mistura ou aproximação entre sonho e realidade, cores, efeitos caleidoscópicos, intensa lisergia.
Pensamentos fragmentados. Há até mesmo quem eleja este momento da experiência como o mais significativo.

Plenitude:

Você perceberá a entrada neste estágio quando a sonolência passa repentinamente e no lugar dela entra em cena
uma série de outras características.

É bastante normal que o indivíduo sinta vontade de se comunicar, rir, externalizar uma energia que explode dentro
de si. O riso não é por motivos de estar achando algo engraçado. É porque seja talvez a única forma de extravasar
um bem-estar, essa energia absurda que irrompe dentro do peito.

Também é bastante comum que a pessoa se sinta ousada, inteligente, sagaz, com um senso de humor maravilhoso.

Um fato curioso é o imenso número de relatos de pessoas que estão nesta fase, em um dia ensolarado, de céu
limpo. O céu torna-se um espetáculo à parte. Completamente tecido por tênues, mas consistentes, linhazinhas
brancas, numa mandala imensa.

Relatos de nuvens que dançam, brilhos e luzes, sonhos que se intrometem em meio à realidade. Bordas e ângulos
podem se curvar. Cores vivas. Espiritualidade. Estar dentro de uma cúpula sagrada. Comunhão com o universo.
Presença divina. Perceber energia, ver auras, intuir diálogos antes deles acontecerem, etc, etc.

Esta fase pode durar de uma a mais ou menos três horas, dependendo do indivíduo, da dosagem, da qualidade dos
cogumelos e mais uma porção de variáveis.

Declínio:

Neste momento os efeitos começam a se tornar mais brandos, você percebe que as cortinas começam a se fechar. É
normal, em uma experiência bem-sucedida, que a pessoa não queira perder seu estado de plenitude, querer
prolongar mais um pouco a fase anterior.

Devo aqui deixar uma advertência. Não “repita a dose”, não tente “prolongar” tomando mais cogumelos neste
momento. Deixe que a experiência se encerre e se desejar, tome um pouco mais na próxima vez.

Embora não pareça, os mergulhos em realidades de expansão de consciência costumam ser mais cansativos do que
imaginamos. Neste momento é interessante se alimentar. Você poderá sentir o sabor maravilhoso dos alimentos.
Provavelmente vai adorar se alimentar um pouco e descansar. É normal ao se alimentar voltar a sentir alguns
efeitos retornarem muito fortes.

Até que todos os efeitos tenham ido embora, é muito difícil dormir. Caso esteja exausto, deite e descanse, mas se
perceber que não consegue dormir, não force a barra nem se preocupe. Procure relaxar, ouça uma música, assista
um filme, logo mais o sono virá.
Começar com algo entre 1,5g e 2,0g é prudente.

Normalmente, para a maioria das pessoas, a tabela “dose x intensidade” abaixo é uma boa referência:

•Leve: entre 1,5g e 2,5g

•Moderada: entre 2,5g e 3,5g


•Forte: entre 3,5g e 5,0g

•Muito forte: acima de 5,0g

Uma boa forma para encontrar a dosagem para você é começar com 1,5g e ir aumentando de 0,5g em 0,5g, sempre
em experiências distintas e garantindo que seu material tenha excelente origem.
Prepare-se para a experiência, de preferência com vários dias de antecedência. Não importa se você é católico ou
budista, crente ou ateu. Comece acalmando seus pensamentos. Acalmando suas emoções. Evite situações
conflitantes.

Principalmente um ou dois dias antes, evite alimentos pesados, gordurosos, fortes. Procure fazer uma dieta mais
leve, mais frugal. Evitar carne pelo menos um dia antes pode te ajudar a escapar de situações de enjoos, vômitos e
bad trips, pois a carne, principalmente a vermelha é uma proteína de difícil digestão e com bastante toxinas.

Evite poluição mental, stress, negativismo. Evite assistir a filmes que possam te impressionar, seja pela violência,
terror, angustia, tristeza
*Preparos da substância**

Existem muitas e muitas formas de consumir os cogumelos. As mais populares e eficientes são comê-los ou
preparar uma infusão. Comê-los aproveita melhor suas propriedades, mas tem o incômodo de nem sempre
agradar ao paladar e por vezes provocar enjoos.

Se for consumi-los na forma de chá, basta triturá-los em pequeninos pedaços, fervê-los em um pouco de
água, aproximadamente 100ml, por 10 minutos. É interessante juntar uma ou duas gotas de limão, pois o
ambiente ácido ajuda na extração dos alcalóides. Coar e reservar. Repetir o processo por mais duas vezes
para garantir uma boa extração. Ao final, juntar o produto das 3 vezes e deixar ferver até reduzir o volume
para uns 50 ml. É mito que a fervura diminui de alguma forma a potência. Reduza sem medo para uma
pequena quantidade, quanto menor a quantidade, menor a chance de distúrbios estomacais
Deus disse:

“Eis que vos dou toda a erva que dá semente sobre a Terra e todas as árvores frutíferas, contendo em sí
mesmas a sua semente, para que vos sirva de alimento”
Genesis 1,29
Das plantas se obtém os princípios ativos empregados nos medicamentos. Deus nos uma completa fármácia
natural. Umas alimentam, outras nos perfumam, outras nos purificam, nos calmam, nos dão prazer, etc.
Porém, algumas plantas transportam a mente humana a regiões de maravilhas espirituais, alterando a
nossa consciência, levando-nos ao Mundo Profundo, reconectando-nos com os nossos ancestrais.
As Plantas de Poder são ingeridas em rituais. Obedecem a preceito mágico-religiosos e proporcionam cura,
autoconhecimento, expansão da consciência.
Com as obras de Castañeda, abriu-se uma porta para a observação do uso de plantas de poder, para a
expansão da consciência, mas há sinais de sua utilização em Escrituras Sagradas. Sabe-se por exemplo que
os sacerdotes védicos se utilizavam do Soma para entrar em contato com o Reino Celestial, que o Rei
Salomão era mestre no conhecimento de algumas plantas de poder. Os druidas tomavam uma poção que
lhes conferia força e coragem, mas, foi entre os primitivos, os indígenas que se têm um relato mais preciso
de sua utilização.

Conhecidas atualmente como plantas enteógenas ( entheos = Deus dentro ) são também reconhecidas como;
Plantas Mestres, Plantas Professoras, Plantas de Conhecimento, Plantas de Poder, Plantas Sagradas.
As plantas de Poder, em suas diferentes espécies, participaram e participam de cerimônias rituais em todos
os continentes. Com o advento das obras de Castañeda, abriu-se uma porta para a observação do uso de
plantas para expansão da consciência, porém há sinais de sua utilização em muitas escrituras sagradas.

Atualmente, existem comunidades religiosas que se utilizam de Plantas de Poder, como sacramento de seus
rituais tais como; a Igreja Nativa Americana que se utiliza do Peiote ( Don Juan ) ; o Catimbó, da Jurema; a
Ganja entre os Rastafaris, O Santo Daime, a União Vegetal, e a Barquinha, da bebida Sacramental
conhecida no Peru como Ayauasca, e nas matas brasileiras com os nomes; iagé, nixi honi xuma, caapi.

As Plantas de Poder aumentam a percepção, a acuidade visual e auditiva, e transportam o praticante para
outras camadas vibracionais ou dimensões. A experiência é individual, algumas pessoas tem visões, outras
canalizam mensagens, fazem regressões, recebem insights, recebem soluções para seus problemas com
maior claridade, percebem as causas de suas doenças, recebem cura, se conectam a arquétipos, aos mitos,
aos medos, traumas, símbolos que estão no inconsciente coletivo, visualizam entidades, viajam astralmente,
etc..

O uso ritualístico de Plantas de Poder, proporciona, sem dúvida, uma experiência místico-religiosa de
beleza incomparável, proporcionando o samadhi, o êxtase, o nirvana, o encontro com o Eu Superior, o
transe.
Gostaria de ressaltar uma pequena preocupação com relação ao uso de cogumelos e plantas sagradas,
sabemos que estas plantas foram utilizadas por nossos ancestrais. Nós civilizados, que temos uma
alimentação cheia de aditivos químicos, onde reina, por exemplo, esse mundo dos refrigerantes,
principalmente as “colas”, sei que nossos organismos não são puros e contaminados por corantes,
conservantes, agrotóxicos e etc…
Alerta – A busca pelas Plantas de Poder pode ser perigosa. Não são todos os que dizem conhece-las, que as
conhecem realmente. As Plantas de Poder só trazem resultados benéficos, se utilizadas dentro de um
fundamento espiritual.

De todas as plantas, a que tem seu uso mais difundido é a Banisteriopsis, cujas variedades, caapi, quitenses e
inebrians são utilizadas no preparo da ayahuasca. As receitas dessa bebida variam, e os diversos grupos
adicionam a ela diferentes ervas, dependendo de suas tradições e dos fins a que ela se destina. Geralmente
incluem a Diploterys Cabrerana, a Psychotria Carthaginensis ou mais comumente, a Psychotria viridis, que
se crê eficientes em reforçar e sustentar as visões provocadas.”

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