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SEASON 1

SEASON 1
1
SEASON
SEASON
SEASON

PGE
PROJETO DE GRADUAÇÃO ESAMC

Ana Carolina Campos Flausino


Gabriele Moreira Pires
João Vitor Vieira de Andrade
Lucas Weber Borba
Nathalia Tavares de Souza
Pamela Gonçalves

UBERLÂNDIA,
DIA 26 DE MAIO
DE 2020
1
SEASON
SEASON
SEASON

PGE
PROJETO DE GRADUAÇÃO ESAMC

Ana Carolina Campos Flausino Essa escalada foi e continua


Gabriele Moreira Pires sendo guiada pelo experiente
João Vitor Vieira de Andrade instrutor Arnaldo Galhardo
Lucas Weber Borba Júnior e sua equipe incrível
Nathalia Tavares de Souza de técnicos, especialistas e
Pamela Gonçalves mentores.

UBERLÂNDIA,
DIA 26 DE MAIO
DE 2020
Ana Carolina Campos Flausino Essa escalada foi e continua
Gabriele Moreira Pires sendo guiada pelo experiente
João Vitor Vieira de Andrade instrutor Arnaldo Galhardo
Lucas Weber Borba Júnior e sua equipe incrível
Nathalia Tavares de Souza de técnicos, especialistas e
Pamela Gonçalves mentores.

Data de Aprovação:

Banca Examinadora

Francisco José Fontes Werpel

Helen Novaes

Paola Danyelle Novaes Queiroz

Professor Orientador: Arnaldo Galhardo Júnior

Uberlândia/MG - 2020
TABELAS
G/T 36: Salário médio 143
G/T 37: Média salarial por gênero e subsetor 143
G/T 38: Nível de escolaridade dos envolvidos no setor
144
G/T 39: Representatividade do grau de escolaridade

EFIGURAS!
144
G/T 40: Economia por gênero 145
G/T 41: PIB Criativo 146
G/T 42: Produção no setor 146
G/T 43: Economia criativa em MG 147
G/T 44: Empregos economia criativa MG 148
G/T 45: Massa salarial mensal MG 148
G/T 46: Salário Médio 149
G/T 48: Divisão de empresas 149
G/T 47: Potencial de crescimento 149
G/T 49: Escolaridade MG 150
Figura 1: Uniforme Eleve 20/21 48 G/T 50: Retrato do Audiovisual no Brasil 151
Figura 2: Faixa 48 G/T 51: Tempo gasto com mídias 152
de Capitão Eleve 48 G/T 52: Comparação com outros setores 152
Figura 3: Balde de pipoca Eleve 49 G/T 54: Comparação de salário médio 153
G/T 1: Pesquisa 70 G/T 53: Empregos informais 153
primária - Sexo 70 G/T 55: Grau de instrução dos empregados 154
G/T 2: Pesquisa 70 G/T 56: Valor arrecadado 1 154
primária - Grau de Ensino 70 G/T 57: Valor arrecadado 2 154
G/T 4: Pesquisa 71 G/T 59: Classes de rendimento familiar 155
primária - Plataformas Digitais 71 G/T 58: Emprego x Salário Médio 155
G/T 3: Pesquisa 71 G/T 60: Classes de rendimento familiar 2 156
primária - Faixa Etária 71 G/T 61: Importações x Exportações 157
G/T 5: Pesquisa 72 G/T 62: Legislação 158
primária - Ideia 72 G/T 63: Atividades 163
G/T 6: Pesquisa 72 G/T 64: Atividades x Carga tributária 163
primária - exposição 72 G/T 65: Mundo moderno 164
Figura 4: Logo Quora 73 G/T 66: Perfil da Startup Brasileira 173
G/T 7: Pesquisa 73 G/T 67: Os catarinenses estão no topo 173
primária - recompensa 73 G/T 68: Momento atual 173
Figura 5: Print Quora dificuldades 74 G/T 69: Perspectivas 176
Figura 6: Print investimentos 75 Figura 9: Espaço 178
G/T 8: Funil de Ideias 76 Figura 10: Trabalho remoto 180
apresentado por José 76 Figura 11: A economia criativa brasileira 183
Mauro Floriano. 76 Figura 12: Distrito 184
G/T 9: Balança Ideia x Execução 77 Figura 13: Exemplo de aplicação 184
G/T 10: Incubadora x Aceleradora 78 Figura 14: Paleta 185
G/T 11: Mortalidade de Startups 80 Figura 13: Fontes 185
G/T 12: Problemas de negócios 81 Figura 15: efeitos 1 186
G/T 13: Empreendedores no Brasil 82 Figura 15: efeitos 2 186
Figura 7: Fatores que influenciam no empreenderorismo. Figura 16: gráficos 2 187
Delivery Much 87 Figura 15: gráficos 1 187
Figura 8: Fatores que influenciam no empreenderorismo Figura 17: Capital Intelectual 189
2. Delivery Much 88 G/T 70: Acessos no Brasil 193
G/T 14: Divisão de empreendedores 88 Figura 18: Sex Education, Netflix 202
G/T 15: Novos negócios Oportunidade x Necessidade Figura 19: Tweet de Rachel Brosnahan 203
89 Figura 20: Tweet da Netflix 204
G/T 16: Pessoas trabalhando. PNAD/IBGE 90 Figura 21: Media Wars, Prime Video 205
G/T 17: Desemprego. por G1. 90 Figura 22: Tela Netflix 206
G/T 18: Desemprego. por IBGE 91 Figura 23: Logo YouTube 216
G/T 19: Aplicações de Internet das coisas. por IBGE Figura 24: Canal Nilson Izaias Papinho 220
110 Figura 25: Vídeos de Nilson Izaias Papinho 220
G/T 20: Economia criativa. Atividades 124 Figura 26: Canal Whindersson Nunes 223
G/T 21: Indústria criativa 124 Figura 27: Câmera fotográfica 224
G/T 22: Passos 128 Figura 28: Rosa dos ventos YT, TV, Stream. 225
G/T 25: Filmes 133 G/T 71: Variação absoluta da população mundial
G/T 26: Marcas mais consumidas 133 231
G/T 27: Posição das marcas. 134 G/T 72: população residente estimada - Brasil 231
G/T 28: Poder Nacional 135 G/T 73: Projeções da população brasileira 232
G/T 29: Entretenimento e Mídia: escala e crescimento G/T 74: Imigração salvadora 233
nos mercados globais 2016-2021. 137 G/T 75: Pessoas em milhares 236
G/T 30: Taxa de crescimento anual composta estimada G/T 76: Evolução anual - Brasil 237
para segmentos selecionados 2016-2021 (CAGR acima do G/T 77: Evolução anual - Brasil 2 237
PIB) 137 G/T 78: Taxa de fecundidade 241
G/T 31: Economia criativa no Brasil. 138 G/T 79: Éramos seis, seremos três 243
G/T 33: Porte de empresas 139 Figura 29: Mapa real Brasil 244
G/T 32: Empresas 139 Figura 30: Densidade demográfica 245
Figura 9: Distribuição de postos de emprego 140 Figura 31: Cidades mais populosas 246
Figura 10: Distribuição do subsetor Mídias 141 G/T 80: Dos 10% mais pobres à renda média 250
G/T 35: Massa salarial mensal 142 G/T 81: Investimento Total 254
G/T 34: UF com mais empregos pelo setor 142 G/T 83: Taxa de investimento (%PIB) 255
G/T 82: Origens 255 G/T 132: Faixa Etária 385
G/T 84: Evolução da taxa de desemprego 258 G/T 133: Escolaridade 385
G/T 86: Importância reduzida 278 G/T 135: Distribuição percentual 386
G/T 87: Queda Livre 279 G/T 134: Renda 386
G/T 88: Histórico da Variável 282 G/T 136: Luciano 391
G/T 89: Histórico da Variável 283 G/T 136: Vitória 393
Figura 30: Contra a censura 286 Figura 41: Temperamentos 394
G/T 90: Propriedade Intelectual 289 G/T 137: Jornada 397
G/T 91: Concessões de patentes por anos 291 Figura 42: Diego Calegari 399
G/T 92: Empreendedores no Brasil 294 Figura 43: Juliano Trevizan 400
G/T 93: Empreendedorismo é um propósito de vida Figura 42: Márcio Jappe 400
295 Figura 44: Gabriela Werner 401
G/T 94: Números revelam tamanho do problema Figura 47: Logo MasterChef 404
298 Figura 46: Premiação Endemol 404
G/T 95: O empreendedorismo feminino no Brasil Figura 48: Logo BBB 404
300 Figura 45: Logo Endemol 404
G/T 96: Evolução entre 2001-2011 300 Figura 49: Logo Globosat 405
G/T 97: Brasileiros passam 9 horas/dia na internet Figura 50: Programação Globosat 406
302 Figura 51: Canais líderes 407
G/T 98: 80% dos CEOs estão preocupados com 305 Figura 52: Logo Cinemátika 407
a dispnibilidade de habilidades críticas 305 G/T 138: Montes Atendimento 424
G/T 99: Práticas para atrair talentos 306 G/T 139: Montes Seleção de canais 426
G/T 100: Varejo fecha portas 311 G/T 140: Montes Estrutura de Custos 427
Figura 32: Anúncio Casas Bahia 312 G/T 141: Montes Força de Marca 428
G/T 101: Madero x Outback 313 G/T 142: Montes Networking 430
G/T 102: Mecanismo de precificação de serviços de TI 319 G/T 143: Eixo Y x Eixo X 431
G/T 103: Variação mensal e anual. 321 G/T 144: Cruzamento FxA 432
G/T 104: Percentual Global x Brasil 323 G/T 145: Cruzamento AxE 433
G/T 105: Construa seu futuro em Cloud 324 G/T 146: Cruzamento ExS 434
G/T 106: Histórico da variável 326 G/T 147: Cruzamento AxN 436
G/T 107: Gasto total com Pesquisa e Desenvolvimento G/T 148: Cruzamento AxS 437
(P&D), 327 G/T 149: Cruzamento NxS 438
2011-2015, em % do PIB 327 G/T 150: Cruzamento FxN 439
G/T 108: A tecnologia 5G está caracterizada. 329 G/T 151: Cruzamento FxS 440
G/T 109: Internet do 1G ao 5G 332 G/T 152: Cruzamento FxE 441
G/T 110: Internet do 1G ao 5G 2 333 G/T 153: Cruzamento ExS 442
G/T 111: A tecnologia 5G está caracterizada como: G/T 154: Notas Grupo Estratégico: Classificação de
334 Concorrentes 444
G/T 112: Canais 336 Figura 53: Logo Planeta Startup 449
G/T 112: Variação de pedidos 339 Figura 54: Banner site Planeta Startup 452
G/T 112: Principais tendências 340 Figura 55: Banner site Planeta Startup 2 452
G/T 113: Cruzamento Macro Econômico 342 Figura 57: Análise SEO Planeta Startup 453
G/T 114: Cruzamento Macro Sociocultural 342 Figura 56: Site Planeta Startup Mobile 453
G/T 114: Cruzamento Macro Político-Legal 342 Figura 58: Análise SEO PS Oportunidade 454
G/T 115: Cruzamento Macro Tecnológico 343 Figura 59: Análise SEO PS Diagnóstico 454
G/T 116: Cruzamento Macro Demográfico 343 Figura 60: Rodapé Planeta Startup 455
G/T 116: Cruzamento Macro Natural 343 Figura 60: Redes sociais Planeta Startup 456
G/T 117: Definição de mercado 352 Figura 61: Engajamento Planeta Startup 457
G/T 118: Tipos de marketing de segmentação 360 Figura 62: Anúncio Planeta Startup 458
G/T 119: Ranking geral, melhores cidades para empreender Figura 63: Anúncio validado Planeta Startup 459
361 Figura 64: Postagem Planeta Startup 460
Figura 31: Belo Horizonte 362 Figura 65: Rede de anúncios Planeta Startup 461
G/T 120: Ordem de implementação 362 Figura 65: Postagem Planeta Startup 2 461
Figura 32: Rio de Janeiro 363 Figura 66: Vídeos Planeta Startup 462
Figura 33: Vitória 363 Figura 66: Descrição YouTube Planeta Startup 463
Figura 34: São Paulo 364 Figura 67: Dados mensais YouTube Planeta Startup 463
Figura 35: Campinas 364 Figura 68: Ganho de Views e Subs PS YT 464
Figura 36: São José dos Campos 365 Figura 69: Reclame Aqui Planeta Startup 464
Figura 36: Curitiba 365 Figura 70: Inscrição Planeta Startup 466
Figura 38: Joinville 366 Figura 71: Logo negativo Planeta Startup 466
Figura 37: Maringá 366 Figura 74: Tipografia Planeta Startup 467
Figura 38: Florianópolis 367 Figura 72: Ícone Planeta Startup 467
G/T 121: Atividade empreendedora 368 Figura 73: Logo NASA 467
G/T 122: Idade 368 Figura 75: Tipografia Planeta Startup 2 468
G/T 123: VALS-2 370 Figura 76: Banner Planeta Startup 2 469
G/T 124: Segmentação Psicográfica 372 Figura 77: Hierárquia Planeta Startup 470
Figura 39: Montanha 373 Figura 78: Feed Planeta Startup 471
G/T 125: Evolução do número de assinantes de TV por Figura 80: Destaques Planeta Startup 472
assinatura (milhões) 374 Figura 79: Grid Planeta Startup 472
Figura 40: Social Media Banco Palmas 375 Figura 81: YouTube Planeta Startup feed negativo 473
G/T 126: Empreendedores no Brasil - 2002-2015 375 Figura 104: Logo Shark Tank 474
G/T 127: Crise aumenta o empreendedorismo 377 Figura 105: Banner Shark Tank 477
G/T 128: Economia criativa brasileira 382 Figura 107: Números Insta Face Shark Tank 478
G/T 129: O sonho dos brasileiros 383 Figura 106: Rodapé Shark Tank 478
G/T 131: Gênero dos Empreendedores 384 Figura 108: Engajamento Shark Tank 479
G/T 130: Motivação “Oportunidade” 384 Figura 109: Shark Tank Anúncio 479
Figura 110: Follower Shark Tank 481 Figura 149 Logo PEGN 531
Figura 110: Shark Tank Post Insta 481 Figura 151: PEGN Capa 532
Figura 111: Rede de Anúncios Shark Tank Brasil Figura 152: The Coffee Match 532
482 Figura 153: Telas TCM 534
Figura 112: Rede de Anúncios Shark Tank 482 Figura 154: Banner TCM 535
Figura 113: Rede de Anúncios Shark Tank Brasil Figura 155: Diagramação TCM 535
483 Figura 157: SEO Dados TCM 536
Figura 114: Comunicade YouTube Shark Tank 483 Figura 156: SEO TCM 536
Figura 116: Feed YouTube Shark Tank 2 484 Figura 158: SEO Oportunidades TCM 537
Figura 115: Feed YouTube Shark Tank 484 Figura 159: SEO Diagnóstico TCM 537
Figura 116: Social Blade Shark Tank 485 Figura 160: Insta x Face TCM 538
Figura 117: Social Blade Shark Tank 485 Figura 161: Post TCM 538
Figura 118: Ganhos Shark Tank Brasil Social Blade Figura 162: TCM Insta 539
486 Figura 163: Rede de anúncios TCM 539
Figura 119: Ranking Social Blade Entretenimento Figura 164: TCM download 540
486 Figura 165: Comentários TCM Play Store 541
Figura 120: Sorocaba Shark Tank 488 Figura 166: Coffee Match 542
Figura 121: Investidores Shark Tank Brasil 489 Figura 168: Banner TCM 543
Figura 122: Corredor Shark Tank Brasil 489 Figura 167: Feed TCM 543
Figura 123: Feed Shark Tank Brasil 490 Figura 169: Banner TCM 544
Figura 125: Feed YouTube Shark Tank 491 Figura 170: Produtos TCM 544
Figura 124: Post Shark Tank Brasil 491 Figura 170: Michael Porter 545
Figura 81: YouTube Planeta Startup feed negativo G/T 155: Forças de Porter 546
492 G/T 156: Entretenimento e Mídia: escala e crescimento nos mercados
Figura 82: InovAtiva Brasil 494 globais. 547
Figura 83: Hierárquia Planeta Startup 2 495 G/T 157: Altura dos montes 549
Figura 84: Hierárquia Planeta Startup 3 495 G/T 158: Interesses estratégicos 550
Figura 85: SEO InovAtiva Brasil 496 G/T 159: Altura dos montes 553
Figura 86: SEO Dados de laboratório InovAtiva 496 G/T 160: Diferenciação dos produtos e custos de mundança 554
Figura 87: Oportunidade InovAtiva 497 G/T 161: Altura dos montes 558
Figura 88: Diagnóstico InovAtiva 497 G/T 162: Nível de informação 558
Figura 89: Site InovAtiva 498 G/T 163: Altura dos montes 562
Figura 90: InovAtiva Brasil 498 G/T 164: Política governamental 562
Figura 91: Redes Sociais InovAtiva 499 G/T 165: Altura dos montes 566
Figura 92: Feed InovAtiva 500 G/T 166: Crenças, estilo de vida e valores 566
Figura 94: SAC 2.0 InovAtiva 501 G/T 167: Altura dos montes 567
Figura 93: Post InovAtiva 501 G/T 168: Conclusão Porter 567
Figura 95: Facebook Ads InovAtiva 502 Figura 170: Estudando 572
Figura 95: YouTube InovAtiva 503 G/T 169: Critérios Benchmarking 573
Figura 96: YouTube sobre InovAtiva 503 Figura 170: Logo Y&R 574
Figura 97: Social Blade InovAtiva 504 Figura 171: Pesquisa Medium 575
Figura 98: Social Blade InovAtiva 2 504 Figura 172: Pesquisa Medium 2 576
Figura 99: Social Blade InovAtiva 3 505 Figura 173: Logo Samba Tech 578
Figura 100: Banner InovAtiva 506 Figura 174: Descrição Samba Tech 579
Figura 101: Os números do InovAtiva 506 Figura 174: Sede Samba Tech 579
Figura 102: Tipos de Parcerias 507 Figura 175: Logo Netflix 581
Figura 102: Feed InovAtiva Face 508 Figura 177: Netflix variedade 582
Figura 103: Feed InovAtiva YouTube 509 Figura 176: Netflix vs Sono 582
Figura 126: Logo Startup Summit 510 Figura 177: Caneca Netflix 583
Figura 128: Banner Startup Summit 512 Figura 179: Jovem PC 584
Figura 127: Banner Startup Summit 512 Figura 178: Logo Amazon 584
Figura 129: SEO Startup Summit 513 Figura 180: Alexa 585
Figura 130: SEO Dados Startup Summit 513 Figura 180: Rede de parceiros 587
Figura 132: SEO Oportunidades Startup Summit Figura 181: Logo Sebrae 588
514 Figura 182: Evento Sebrae 589
Figura 131: SEO Bridge Startup Summit 514 Figura 183: Summit Sebrae 589
Figura 133: Rede de anúncios Sebrae ES 515 Figura 184: Empreendedor 590
Figura 135: Organizador Sebrae Startup Summit Figura 185: Atendente 591
516 Figura 186: Logo EndemolShine Brasil 592
Figura 134: Copy Startup Summit 516 Figura 186: Produtos EndemolShine 593
Figura 136: Startup Summit App 517 Figura 187: Professor 594
Figura 137: Apresentação aplicativo Startup Figura 188: Logo Magalu 595
Summit 517 Figura 189: Lu do Magalu 596
Figura 138: Outros informações App Startup Figura 191: SAC 2.0 Lu 597
Summit 518 Figura 193: Érick Jacquin 598
Figura 139: Evento Startup Summit 519 Figura 192: Logo Pesadelo na Cozinha 598
Figura 140: Startup Summit 520 Figura 194: Jacquin ensinando 599
Figura 141: Search Startup Summit 521 Figura 195: Logo The Voice 601
Figura 142: Dropbox estratégia 524 Figura 196: The Voice 602
Figura 143: Cupom de desconto 525 Figura 197: Jurados 603
Figura 145: Rede de anúncios PEGN 528 Figura 198: Logo MasterChef 604
Figura 144: Facebook PEGN 528 Figura 199: Equipe MasterChef 604
Figura 146: Anúncio PEGN 529 Figura 199: Paola Carosella apresenando 605
Figura 147: Banner PEGN 529 Figura 200: Chef 607
Figura 148: Sinopse copy PEGN 530 Figura 201: Logo BBB 608
Figura 150: Linkedin PEGN 531 Figura 202: Prova BBB 609
Figura 203: Parceria BBB 610 Figura 259: Vestido 1006
Figura 204: Logo The Circle 611 Figura 260: Calças 1007
Figura 205: Ambiente The Circle 612 Figura 261: Blusa 1008
Figura 206: JP, The Circle 613 Figura 262: Mosaico moda masculina 1010
Figura 207: Investimento 614 Figura 263: Eireli Lta Empresário 1017
Figura 208: Logo Shark Tank 615 Figura 264: Cálculo 1019
Figura 209: João, Cris e Caito, Shark Tank 616 Figura 265: Espaço a ser reformado 1020
Figura 210: Apresentação Shark Tank 617 Figura 266: 12 Arquétipos Jung 1049
Figura 211: Escoteiros 620 Figura 267: Exemplos arquétipos 1050
G/T 169: SWOT 621 Figura 268: A-I-D-A 1070
G/T 170: Como a crise aumenta o empreendedorismo Figura 269: The Scale 1110
623 Figura 270: Bandeira Argentina 1111
G/T 171: Quarta revolução industrial 627 Figura 271: América do Sul 1112
Figura 212: Empregos futuros 628 Figura 272: Argentina 1112
G/T 172: Tipos de investimentos Startups 635 Figura 272: quedate en casa 1116
G/T 173: Streaming x TV Paga 636 Figura 273: protesto argentina 1126
Figura 213: Kit de trilha 642 Figura 274: Bolsonaro e Alberto 1127
Figura 214: Câmera 660 Figura 275: Atlas 1132
Figura 213: Franklyn 661 Figura 276: Mapa USA 1133
Figura 215: Meet Franklyn 662 Figura 277: Bandeira USA 1134
Figura 216: Cézar Honório 665 Figura 278: Cultura heterogênea 1135
Figura 217: Cézar Honório Meet 666 Figura 279: Jersey Boys 1136
Figura 218: Juninho Cogumelo 669 Figura 280: The Greatest Showman 1136
Figura 219: Juninho Meet 670 Figura 281: Bolsonaro e Trump 1144
Figura 220: Marina Alonso 672 Figura 282: Empreendedorismo de garagem 1148
Figura 221: Mah Coelho 673 Figura 283: Mapa Ásia 1150
Figura 222: Ma e Mah Meet 674 Figura 284: Israel 1151
Figura 223: Mona Barros 676 Figura 283: Bandeira Israel 1152
Figura 224: Mona Barros Meet 677 Figura 284: From Israel 1159
Figura 225: Milla Campos 679 Figura 285: Bolsonaro e Reuven 1160
Figura 224: Milla Campos Meet 680
Figura 225: Rhulian Marcus 683
Figura 226: Rhulian Marcus Meet 684
Figura 227: Artur Jeber 687
Figura 228: Artur Jeber Meet 688
Figura 229: Livro 692
Figura 230: Troféu The Scale 739
Figura 231: Câmera Canon 762
Figura 232: Descrição câmera Canon 763
Figura 233: Tripé 764
Figura 234: Luz 765
Figura 235: Suporte 766
Figura 236: Microfone 767
Figura 237: Livro Comece pelo porquê 770
Toda a 784
indústria 784
Apenas um 784
segmento 784
Posição observada pelo cliente 784
Posição de 784
baixo custo 784
Figura 237: Livro 8P’s digital 837
Figura 238: Superchat YouTube 875
Figura 239: Pirâmide 883
Figura 240: 8P’s 901
Figura 240: Google Trends 903
Figura 242: Google Ads 904
Figura 241: Google Ads 904
Figura 243: Busca Google 905
Figura 244: Banner YT Ads 905
Figura 245: Face Insights 906
Figura 246: Face Insights 3 907
Figura 245: Face Insights 2 907
Figura 247: público 908
Figura 248: Google Search 914
Figura 249: Google Display UOL 915
Figura 249: Performance 985
Figura 250: 360 985
Figura 251: Silhueta feminina 996
Figura 252: Silhueta masculina 997
Figura 253: Feminino 1002
Figura 254: Peça 1 1003
Figura 255: Peça 2 1003
Figura 256: Peça 3 1004
Figura 257: Peça 4 1004
Figura 258: Camisa branca 1005
PRECISA DE
UM MAPA?
Você pode clicar nos cartões para
chegar rápidinho onde quer!
Episódio 3

CONHEÇA O SETOR
Entendemos a área de atuação do
negócio e se existe espaço para um
novo player.

Página 116

Episódio 4

“A GENTE SE VÊ
POR AQUI”
Episódio 1

Com tantas opções de como veicular


O PRAZER É TODO o programa, é preciso escolher uma.
MEU! Isso foi feito nesse episódio.
Conheça aqui a Eleve e os
Página 196
responsáveis pelo projeto.

Página 20

Episódio 5

Episódio 2 MACROAMBIENTE
ONDE TUDO Levantamento e identificação de
COMEÇOU todas as variáveis externas que
possam ter algum impacto no
Onde você fica sabendo sobre negócio, positivo ou negativo.
o que se trata o estudo, as
Página 224
justificativas e a ideia gerada.

Página 52
Episódio 6 Episódio 9

MICROAMBIENTE EUREKA!
Conhecemos nosso mercado, quem Como pensamos em desenvolver
são os clientes, os fornecedores e os nosso projeto.
concorrentes, diretos e indiretos.
Página 638
Página 344

Episódio 10
Episódio 7
1,2,3...
SE INSPIRE COM TESTANDO?!
A GENTE Conversamos com pessoas com
know how para nos ajudar no
Algumas empresas servem de projeto.
exemplo a ser alcançado em
atividades que exercem. Nesse Página 654
episódio listamos quais são as mais
relevantes no segmento do projeto.

Página 568
Episódio 11

VOU TE CONTAR
UM SEGREDO
Episódio 8
Como o serviço de consultoria será
O QUE NÓS JÁ entregue para os participantes.
COLETAMOS?
Página 688
Após tantos estudos, conclui-
se quais são as oportunidades
e ameaças no cenário e como
lidaríamos com elas.

Página 616

MUITAS
EMOÇÕES
CONTINUE
A ESCALAR ;)
Episódio 15
Episódio 12
VAI ENCARAR?
HORA DO SHOW!
Entenda como iremos enfrentar o
Entenda a forma que escolhemos mercado.
para a realização da consultoria.
Página 780
Página 700

Episódio 16

Episódio 13 O QUE GANHO


COM ISSO?
TÁ GRAVANDO?
Os stakeholders são uma parte
Através dessas pesquisas muito importante do projeto. Por
conseguimos entender como isso, devemos proporcionar valor
funcionam por trás dos bastidores para eles.

Página 746 Página 786

Episódio 14 Episódio 17

MAS POR QUÊ? ME TROCARAM?


Toda empresa deve ter uma Tivemos que abrir mão de algumas
justificativa para existir. Conheça a coisas para conseguir definir nossa
nossa. solução. Entenda essas escolhas

Página 766 Página 798


Episódio 23
Episódio 18
TÁ PREPARADO?
GOOOOOOOOOOL!
O que, de fato, é o nosso negócio.
Os recursos mais importantes para
Página 808 o projeto, são os humanos. Conheça-
os.

Página 952
Episódio 19

SER OU NÃO SER,


EIS A QUESTÃO... Episódio 24

O que somos e o que queremos ser COM QUE ROUPA


no futuro. EU VOU?
Página 814
Imagem pessoal faz a diferença.
saiba a importância da moda para o
projeto
Episódio 20
Página 988

DO FRANCÊS
STRATÉGIE
Episódio 25
Aqui delineamos nossos objetivos e
desafios a serem superados.
PROTESTO!
Página 820
Os passos necessários para
regularizar e legalizar o negócio.
Página 1010
Episódio 21

EU NUNCA FIZ ISSO! Episódio 26


SENHORA?
SENHORA? TÁ APROVADO,
MAS MUDA SÓ ISSO
Como criar desejo e ressaltar
necessidades no público.
AQUI...
Página 832 Como faremos com que nossa voz
seja ouvida pelo público.

Página 1038
Episódio 22

SEGUE ESSE Episódio 27


CAMINHO
TÔ PAGAAANDO!
Os recursos mais importantes para
o projeto, são os humanos. Conheça- Entenda os custos para a realização
os. do projeto, assim como suas fontes
de renda
Página 922 Página 1072
Episódio 28 Episódio 30

MALAS PRONTAS! QUEM VÊ CLOSE,


NÃO VÊ CORRE!
Um estudo de viabilidade para
expandir o mercado
Precisa de legenda?

Página 1098 Página 1208

Episódio 29
“Créditos”

MAIS QUE AMIGOS, TIREI DA MINHA


FRIENDS! CABEÇA!?
Essenciais para a concretização do Recorremos a fontes
negócio, nossos parceiros também secundárias para agregar
merecem um destaque conhecimento. Saiba quais
foram.

Página 1184
Página 1212

TENHA
UMA BOA
ESCALADA
16
RESUMO
RESUMO
28.1 O que é internacionalizar e
por que fazer

O presente trabalho tem como objetivo trazer uma


maior conscientização sobre o empreendedorismo no
Brasil, de forma a incentivar as pessoas a seguirem esse
caminho, amparadas por um programa de capacitação
para o mercado. Com mentores especializados e uma
metodologia humanizada, buscamos ajudar as pessoas
a atingirem sua independência e realização pessoal,
através do empreendedorismo.

17
The present work aims to raise awareness of
entrepreneurship in Brazil, in order to encourage
people to follow this path, supported by a guidance
program focused on the economic reality. With
specialized mentors and a humanized methodology,
we seek to help people to achieve their independence
and personal fulfillment, through entrepreneurship.
Key Words: Humanization, entrepreneurship, guidance

18
‫جمانرب نم معدب ‪ ،‬راسملا اذه عابتا ىلع سانلا عيجشت‬
‫ةيجهنمو نيصصختم نيدشرم لالخ نم ‪.‬قوسلل يبيردت‬
‫مهتيلالقتسا قيقحت ىلع سانلا ةدعاسم ىلإ ىعسن ‪ ،‬ةيناسنإ‬
‫‪.‬لامعألا ةداير لالخ نم يصخشلا مهاضرو‬

‫بيردتلا ‪ ،‬لامعألا ةداير ‪ ،‬ةنسنأ ‪:‬ةيسيئرلا ةملكلا‬

‫‪19‬‬
EPISÓDIO 01

20
21
NOSSO SQUAD
É FORMADO
POR 6 PESSOAS

2 PESSOAS
DE NEGÓCIOS
Administradora e

4
internacionalista

PESSOAS
DE DESIGN
Designers gráficos e de moda

O grupo possui uma administradora, duas designers


de moda, dois designers gráficos e
uma internacionalista.
Conheça cada um nas próximas páginas!

22
23
24
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26
27
28
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30
31
32
33
34
35
E POR QUE
CHAMAMOS
ELEVE?
SEMPRE
PARA CIMA
Eleve é uma palavra da língua portuguesa que significa levar de
cima para baixo, o que transmite claramente o cenário atual e o objetivo
do squad.

TODOS
EVOLUEM
Acreditamos que ninguém seja tão bom que não possa melhorar.
Todos tem potêncial e, se aproveitados, podem obter resultados incríveis.

36
Seres vivos, sempre mutáveis,
crescendo, evoluindo e servindo.
Eleve a felicidade, o amor e a verdade.
Seja quem você é!

Capaz de mudar o mundo


e capaz de se provar.
Construa sorrisos,
onde quer que vá.

ISSO NOS
REPRESENTA!
37
COMO
REPRESENTAR?
COM
MONTANHAS
As montanhas representam grandes obstáculos, com o topo
representando seu alvo. Normalmente são vistas como um sinônimo de
superação, onde os alpinistas utilizam altos picos como objetivos de vida
e, a partir disso, tomam como base o planejamento.
Waldemar Niclevicz, primeiro brasileiro a alcançar o topo do
Everest, afirma que o sucesso vem por parte do planejamento, o que
atrela diretamente com a visão do grupo.

COM
ELETROCAR-
DIOGRAMAS
Representam os batimentos de um coração. A aparência se assemelha
a escrita eleve, o que já traz um pouco da ligação. Mas o que traz de fato
a importância dele, são os batimentos representarem a intensidade que
alguém pode estar, logo, demonstra que tudo o que buscamos deve trazer
emoção e intensidade.
38
COM UMA
FONTE LEVE
Precisamos de uma fonte leve e que combine com o isotipo e os
grafismos que estarão presentes na identidade. A escolha da fonte foi a
Hobeaux em tamanho regular, uma fonte privada, onde apenas quem
possui assinatura do Adobe Creative Cloud ou Adobe Fonts pode utilizar,
tornando-se uma fonte premium.

Hobeaux
Ohno nasceu em 2015 por James Edmondson, com uma profunda
apreciação por tipos de letra animados e insatisfação e espanto
simultâneos no atual cenário de design de tipos. O objetivo sempre foi
criar um trabalho de qualidade que destaque gêneros subestimados e
respeite a história sem reinventar a roda. Um bom espaçamento reina
supremo.

JAMES EDMONDSON, Type Designer

CHEGAMOS
AO SEGUINTE
RESULTADO... 39
40
PALETA
DE CORES
Também é utilizada uma paleta de cores voltada somente para cores que representam
positividade e bons resultados, com exceção do amarelo, cor utilizada para detalhes, e traz o
sentido de energia para o grupo.

O azul é uma cor que representa clareza,


transparência e calmaria.
Traz sensações positivas e, quando ligada a
natureza, lembra a água e o céu.

Cor utilizada em propostas negativas,


sombreamento ou detalhe

Representa esperança e fertilidade.


É uma cor utilizada para representar o certo
e o permitido para sinalização.
Lembra a flora, se pensado na natureza.

Cor utilizada em propostas negativas,


sombreamento ou detalhe

Cor que representa a alegria e a energia,


muito por conta de sua relação com o sol.
A cor é bastante utilizada para destaques e
a proposta para a identidade se parte disso.
Além de complementar todas as outras.

A paleta traz cores que combinam do início ao fim do propósito e da visão do grupo. É
importante para destacar e carregar tudo o que estamos propondo e queremos transmitir.

41
COMO IREMOS
UTILIZAR?

PARA NOS
COMUNICARMOS
Utilizaremos a versão completa, o imagotipo,
para representar a comunicação da marca, quando
a marca será trazida como representante ou objeto
de qualquer material de comunicação.

PARA
ENDOSSAR
Para endoçar uma marca ou produto, iremos
utilizar o logotipo, tanto para transmitir seriedade
quanto para não competir espaço com o objeto
principal.

PARA TRAZER
IDENTIDADE
Utilizaremos o isotipo para demonstrar
detalhes e para representar a identidade da marca
quando não é necessária a exposição total, também
para manipulações e imagens de impacto.

42
DE QUE FORMA
ESCREVEREMOS?

QUAL O
NOSSO TOM?
Conversamos de maneira casual e abordamos
assuntos relevantes que realmente fazem diferença
e trazem impacto para o projeto, sem formalidade.

QUAL A
NOSSA VOZ?
Buscamos trazer uma voz jovem e atual, mas
sem exagero e deixando de lado uma voz engraçada
e forçada.

E QUANDO
DEMONSTRAMOS?
Sempre. Isso representa bastante do nosso posicionamento
social e devemos nos portar como uma equipe que possui uma
identidade única e uma linha de raciocínio lógico.

43
COMO
ESCREVEREMOS
PARA CHAMAR
A ATENÇÃO
Utilizamos a Montserrat, em sua versão
original com o corpo Black para títulos, destaques e ABCDEFGHIJKLMNOPQR
informações que precisam de um grande destaque. STUVWXYZ0123456789
É uma fonte com as dimensões grossas e ABCDEFGHIJKLMNOPQR
seus cantos não possuem arredondamentos, o que STUVWXYZ0123456789
possibilita uma ótima visualização e rápida leitura.

PARA
COMPLEMENTAR
A fonte manuscrita Sofia está sendo utilizada
ABCDEFGHIJKLMNOPQR para complementos, subtítulos e informações que
STUVWXYZ0123456789 precisam de destaque.
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz Ao mesmo tempo que a fonte é manuscrita,
ela possui uma leitura fácil, o que vai de acordo com
0123456789
nossas observações sobre tom e voz.

PARA VOCÊ
LER BASTANTE
A fonte Karma vem para a parte escrita
do trabalho, onde você irá ler muito. É uma fonte ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUV
serifada e agradável. WXYZ0123456789
Mesmo com as fontes sem serifa na moda, as
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
fontes serifadas ainda possuem seu espaço na parte
de leituras densas, principalmente impressas, pois 0123456789
as serifas permitem uma linha de leitura visual
mais rápida e fácil para o usuário.

44
SOBRE
AS IMAGENS

FOCO EM
MONTANHAS
Utilizamos imagens de montanhas em alta
definição com o foco de representar o elemento
principal da identidade, simbolizando a equipe.

EFEITOS E
TRATAMENTOS
As fotos sempre terão um tratamento e um
foco em efeitos de iluminação para transmitir a
forte sensação de estar presente em uma escalada.
Abusamos bastante da criatividade para
explorar os elementos da identidade, sempre que
possível.

ONDAS OU
MONTANHAS?
Nosso principal elemento representa as duas
formas. Utilizado tanto para decorar quanto para
transmitir a leveza e calma que propomos.

É interessante entender que isso não se trata de um manual, mas sim de uma
apresentação do grupo. Um manual serve para alguém replicar e é um material exclusivo
para aqueles que tratarão da identidade e do branding de algo. Uma apresentação busca
demonstrar os aspectos que tornam aquilo importante, sem apelo excessivo para regras de
utilização e mockups fora de contexto.

45
TEMOS
MATERIAIS?
Claro que temos! Apresentaremos a seguir alguns
de nossos materiais produzidos para essa temporada.

Figura 1: Uniforme
Eleve 20/21

Enxergamos que é importante carregarmos a nossa identidade. Por esse motivo, temos
uma camisa de uniforme, feita em dri-fit, para transmitir a cara de um material esportivo
e o conforto que nossa identidade busca transmitir. Além disso, temos uma braçadeira para
nossa brilhante capitã, Gabi.
Figura 2: Faixa
de Capitão Eleve

46
PIPOCAS
PARA NOSSA
APRESENTAÇÃO
Em nosso plano de apresentação da primeira temporada do PGE, buscamos trazer um
pouco de conforto para os visualizadores do projeto, com um balde de pipocas para eles já
entrarem no clima do nosso projeto principal, que vocês conhecerão nos próximos episódios.

Figura 3: Balde de
pipoca Eleve

47
E AÍ?
QUER PARTICIPAR
DE UMA ESCALADA
PARA O SUCESSO?
Chegou a hora de se provar e demonstrar para todas as pessoas
o quanto você consegue se tornar um grande empreendedor.
Aqui, você conta com o apoio de profissionais e grandes players do
mercado e tem a oportunidade de fazer conexões impactantes para
o seu futuro!
Pensando na dificuldade dos futuros empreendedores de
criar novos negócios, criamos a solução que facilita o processo
de empreender e colocar suas melhores ideias diretamente no
mercado. Nossa solução é proporcionar aprendizado e
IN evolução para os participantes através de mentorias
SC personalizadas e de qualidade, com profissionais que

RE possuem empatia com o mercado empreendedor.


Nossos maiores diferenciais de mercado são:
VA a visibilidade que o reality show proporciona para
- os participantes por entendermos a necessidade do

SE reconhecimento; o valor acessível que oferecemos

! para os empreendedores iniciais por conhecermos


a realidade financeira deles, pois muitos começam a

48
empreender por necessidade; e o investimento que os finalistas terão a
oportunidade de receber para desenvolverem seus negócios.

VAI PERDER A CHANCE DE


TIRAR SUAS IDEIAS DO PAPEL?
The Scale conta de forma simplificada e divertida a realidade de
futuros empreendedores, suas maiores dificuldades e o processo de
desenvolvimento de suas ideias, e acima de tudo, o desenvolvimento
pessoal e profissional dos participantes. Através do nosso reality show,
contaremos com mentores profissionais das áreas de marketing,
finanças e comunicação, e também profissionais das áreas específicas
de cada temporada, todos os mentores conhecerão sobre o mercado
empreendedor, e quais são suas maiores dificuldades, a fim de aproximar
as realidades e proporcionar momentos mais descontraídos e leves.
Os participantes interessados realizarão sua inscrição pelo site,
adicionarão um vídeo de 5 minutos (pitch) apresentando suas ideias,
após uma análise, as melhores ideias participarão do reality para
aperfeiçoar suas ideias. Além disso, os participantes receberão apoio
jurídico, psicológico, financeiro e de moda para se desenvolverem
enquanto pessoas e profissionais.
No programa, existirão etapas com peneiras, onde cada equipe
mostrará seu desempenho e desenvolvimento durante o programa,
buscando uma vaga na próxima fase. Os critérios de cada peneira
serão definidos posteriormente. As melhores ideias chegarão à final e
se apresentarão para os investidores buscando possíveis investimentos
para seus negócios.

NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO NÃO É COLOCAR APENAS IDEIAS


INOVADORAS DIRETO NO MERCADO, MAS POSSIBILITAR O
DESENVOLVIMENTO DAS PESSOAS POR TRÁS DESSAS IDEIAS.

Isso é só um gostinho da nossa aventura, acompanhe os próximos episódios!

49
ENTENDA
NOSSA
SOLUÇÃO
DE UMA FORMA
MAIS SIMPLES.

50
Nossa proposta é solucionar de uma forma inovadora, prática e
eficiente a dor que encontramos de fazer novos negócios. Ofereceremos
mentorias personalizadas que contarão com uma metodologia criada
especialmente para novos empreendedores, com o intuito de ajudá-los a
tirar suas ideias do papel e colocarem no mercado.
Com um diferencial significativo, pois nosso intuito é trabalhar em
formato de reality show, buscando oferecer maior visibilidade para os
participantes, assim como networkings que ajudarão em seus negócios.
Contaremos com profissionais temporários de cada área específica,
mas também profissionais fixos nas áreas de marketing, finanças e
comunicação. Além disso, ofereceremos apoio jurídico, psicológico e de
moda com o objetivo de desenvolver os participantes enquanto pessoas
e profissionais.
Serão temporadas de 3 meses, em que cada temporada
trabalharemos uma área específica. Os participantes passarão por
etapas de recrutamento, e peneiras de acordo com o desenvolvimento
dentro do programa. As melhores equipes e ideias chegarão à final, e
poderão apresentar suas ideias para investidores em busca de futuros
investimentos.
Nossa monetização acontecerá através de uma taxa de inscrição
dos participantes interessados, uma porcentagem na venda do projeto
e uma sociedade na empresa criada recebendo dividendos da mesma,
no qual constará em contrato para que não existam problemas futuros.
Além disso, monetizaremos com divulgações e anúncios.

51
EPISÓDIO 03

52
53
ESCALAR
POR QUE?
Introdução ao projeto

É importante posicionar os problemas e as oportunidades do objeto


de estudo logo de início para trazer em pauta o que iremos lidar durante
todo o projeto. A seguir, acompanhe as dores e as oportunidades que
foram identificadas com base nas pesquisas.
O objeto de estudo que vem ao caso é o ramo do Empreendedorismo e
das pessoas que buscam criar projetos, negócios e soluções, independente
da área que ela pertença.

2.1 Justificativa do projeto


Nessa etapa, é importante aprofundar nos problemas e nas
oportunidades do público que será estudado. O primeiro passo para
chegar até o caminho da dor foi o de buscar um possível público,
baseado em empreendedores, investidores, geradores de ideias, pessoas
que trabalham em agências, e demais pessoas que se relacionam com a
geração e execução de ideias.
Para isso, é preciso utilizar de pesquisas secundárias relativas a
acontecimentos e históricos desse público, visando caminhos a serem
estudados, problemas, oportunidades, histórico e fatores que trazem a

54
compreensão do objeto de estudo.
Foram realizadas pesquisas em sites nacionais e internacionais,
com foco no tema abordado, sites de notícias, portais de empreendedores
e redes sociais voltadas a empreendedores e pessoas da área da criação,
como Linkedin, Medium e Dribbble.
Também são realizadas pesquisas primárias, no caso uma pesquisa
primária quantitativa com geradores de ideias, e várias pesquisas
primárias qualitativas com pessoas que estão situadas no ambiente que
está sendo estudado.
As pesquisas primárias quantitativas foram feitas online, por meio da
ferramenta Forms, do Google, com pessoas que tiveram acesso a grupos e
páginas relacionadas ao tema, UX Udi, Design Udi, IxDa Udi, NaFacooldade
e pessoas selecionadas que trabalham na área criativa e empresarial.
Já as pesquisas primárias qualitativas foram pré-moldadas, de
maneira individual, para cada respondente e sua área de atuação ou
atividade, para que possa ser explorado o máximo de problemas e
oportunidades que aquele respondente pode oferecer para a pesquisa.
Você poderá conhecer melhor cada um em nosso capítulo referente a
parceiros.

2.1.1 Dificuldade em fazer


novos negócios
A dificuldade de fazer um novo negócio é um cenário real, um dos
maiores motivos é justamente a inexperiência por parte do empreendedor.
A revista Exame lista os 13 maiores desafios de um empreendedor, com
base em pesquisas respondidas por empreendedores experientes.
Entre esses 13 maiores desafios, estão listados:

55
1. Lidar com a solidão e inexperiência: Muitos relacionam esses dois
fatores com uma frustração de primeiro momento, justamente por
muitas dúvidas não poderem ser respondidas e não ter alguém para
ajudar nessa parte. Citam também que, a solução que geralmente
encontram, é leitura profunda em assuntos relacionados aos problemas
que estão ocorrendo com a empresa.
2. Abandonar de vez a vida de funcionário: É um passo difícil, pelo fato
da pessoa não se preocupar somente com o pessoal, mas também com
tudo o que circula dentro da empresa e todos os recursos e problemas que
irão surgir. A solução que geralmente encontram é buscar consultoria
e construir uma boa relação com pessoas que entendem os passos
necessários para guiar uma empresa.
3. Saber quando deixar de planejar e partir para a ação: É um problema
que muito se relaciona ao medo e a inexperiência, mesmo com um ótimo
projeto, não possuem uma confiança adequada para agir. A solução é
simples, executar o projeto e continuar adequando e dando suporte a ele
durante a execução.
4. Calcular custos antes de abrir uma empresa: Muitos empreendedores
não sabem custear e planejar a parte financeira de seu projeto, e
isso compromete a viabilidade do negócio. João Furlan Silva Teles,
sócio fundador da ChipAway Brasil, recomenda que, além de buscar
conhecimento necessário para a área, também deve utilizar e abusar de
sistemas que facilitam a gestão monetária de um empreendimento.
5. Defender o diferencial do seu produto: O baixo poder de convencer
e demonstrar valor do seu negócio é um grande desafio no início. Muitos
não conseguem e até mesmo deixam de acreditar nos diferenciais do
projeto por essa dificuldade de comunicar, expressar e demonstrar todos
os benefícios que aquele ele pode trazer.
6. Tornar sua empresa conhecida no mercado: Gerar impacto no
mercado é um grande passo, que muitas vezes, os empreendedores não

56
entendem que isso pode demorar, e em outros casos, acreditam que isso
pode vir do nada. O conselho dos mais experientes é que deve sempre
investir na imagem da marca e acompanhar a evolução da empresa de
maneira minuciosa.
7. Saber a hora de pivotar: Tem muito a ver com o termo “apaixonado
pela ideia”, onde muitas vezes, o empreendedor tem dificuldade em abrir
mão de alguns detalhes e transformá-los no que o mercado realmente
necessita e procura. Empreendedores iniciantes tratam a ideia como algo
imutável e perdem espaço nesses pequenos detalhes. O ideal é ter foco
nas entregas, nos detalhes que os consumidores pedem e demonstram
interesse e alinhar tudo ao propósito da empresa.
8. Conquistar seus primeiros clientes: A busca pelos primeiros clientes
é um obstáculo real pelo simples motivo de seu negócio ainda não ter
gerado nenhum impacto para aquela pessoa anteriormente. A dica dada
é de iniciar sempre pelo público que terá um maior resultado com aquele
negócio e esforçar todos os investimentos iniciais naquela área.
9. Admitir que você não consegue fazer tudo sozinho: Muitos
empreendedores criam seu negócio com foco em si mesmo, seus sonhos,
crenças e vontades, e geralmente, deixam de lado uma equipe ou
simplesmente não dá voz para ela. Porém o que não pode ser deixado de
lado é a demanda e a resposta do mercado. O ideal é ter uma equipe que
possa ajudar com todas as partes estratégicas do negócio.
10. Ter um bom time: Quando se tem uma empresa nova, é muito
difícil trazer gente grande e experiente, pois normalmente a confiança é
baixa, os salários não são viáveis, e não existe a certeza que sua empresa
pode ser trocada por cada funcionário. São várias dicas para buscar a
solução deste problema, mas a mais viável é que o empreendedor possua
bons líderes e ótimos aprendizes.
11. Lidar com a competição de grandes concorrentes: Além dos
pequenos empresários que concorrem com o negócio, existem também

57
grandes empresas já consolidadas para aquele mesmo público. O segredo
está em construir parcerias e demonstrar condições e seu diferencial
desde o início para os primeiros compradores.
12. Saber planejar e priorizar as atividades do seu negócio: Saber quais
problemas e quais necessidades tem maior importância e maior impacto
é um grande desafio para um empreendedor no início de sua jornada.
É ideal que, cada um deles seja bem estudado, primordialmente para
saber no que se deve gastar energia e o que pode ser retirado da parte de
prioridades.
13. Conciliar pessoal e profissional e lidar com o estresse: O estresse e
as frustrações quando se está à frente de uma empresa, costumam vir
muito fortes. Isso é normal quando não se tem experiência na área. É
importante o empreendedor se permitir tratar, relaxar, fazer atividades
que lhe trazem calma ou até mesmo tratamento psicológico e, acima de
tudo, não transmitir isso para afetar a empresa.

Dentro desses 13 desafios, muito se enxerga em questão emocional


e planejamento, o que reflete onde realmente a inexperiência pesa. Um
grande problema do mercado atualmente se alinha também ao propósito
que as empresas não enxergam para iniciar seus planos. Luciano Araújo,
orientador empresarial em comunicação e propósito e professor da
Faculdade Esamc Uberlândia, reúne provas e conceitos que comprovam
que uma empresa que não possui propósito, está fadada a fracassar em
algum momento.
Olhando de perto esse exemplo, vemos empresas que possuem um
propósito claro sobressaindo e que, com todos os impactos globais, sempre
se mantiveram no topo. Pode servir como exemplo a marca Apple, que
desde o início de sua jornada, possui o propósito de comercializar design,
inovação e criatividade, o que se mantém até hoje e se tornou uma
Lovebrand fortíssima em escala global.

58
Não pode se deixar de lado os investidores, que precisam entender
essas empresas e precisam de um bom caminho para investir, pois ao
mesmo tempo que um empreendedor tem problemas, o investidor não
sabe o caminho certo no qual ele irá investir e se aquilo pode cumprir o
resultado que tanto promete ou não.
A partir desse problema de fazer novos negócios e do que foi entendido
até agora, é preciso se aprofundar em dois tópicos muito importantes, o
primeiro é na dor da falha na geração de ideias, o segundo é entender o
que os erros que acontecem quando a ideia é executada de forma errada
podem causar. Além disso, é interessante checar duas oportunidades, a
primeira é a oportunidade da disposição que o público está oferecendo
e a segunda é sobre um setor que está ligado diretamente a economia, o
setor de economia criativa.

2.1.2 Falha na geração e na


execução de ideias
Começando justamente por onde vem o primeiro momento de
uma empresa, que é a ideia, foi realizada pelo grupo Eleve, uma pesquisa
primária com geradores de ideias em Uberlândia e região para verificar
suas dores.
Foi desenvolvida uma pesquisa primária quantitativa para abordar
possíveis problemas e insights, já para buscar uma sensação do que o
público possui de experiência e problemas.
Primeiramente, apresentaremos como esse questionário foi
pensado, entenda:

59
Objetivo Geral

O objetivo geral desta pesquisa foi de entender o perfil e


comportamento do público de empreendedores. Isso teve o objetivo de
gerar conhecimento baseado em dados particulares desse público que
serão usados para gerar estratégias mais assertivas para o projeto.

Objetivos específicos

1. Gênero

Por quê?

A informação a respeito do gênero é algo que pode variar muito


em questão de prevalência em diferentes segmentos. Mas, saber qual
sexo predomina em um negócio não é qualquer coisa, pois, ambos os
gêneros, em sua maioria, se comportam diferente e preferem formas
específicas de comprar. Por exemplo, segundo Kotler, mulheres tendem
a comprar em maior volume e, em contrapartida, é esperado que os
homens tenham fidelidade por uma marca e o que ele enxerga nela.

Para que?

Para podermos começar a entender mais sobre o público dessa área,


começamos com essa variável e, saber sobre a questão da prevalência de
gênero vai nos dar uma pista de como agir em vendas. Sendo assim, de
acordo com a prevalência de gêneros nesse público, será interessante a
contratação de mentores e pessoal interno para o projeto compatível
com essa segmentação, a fim de que o público possa se identificar com as

60
pessoas que irão atender e abordar os participantes para que se sintam
mais à vontade.

2. Profissão

Por quê?

Entender a profissão do público pesquisado foi importante para


conhecermos a respeito de que tipos de necessidade essas pessoas
trariam como as suas necessidades no mercado e o que eles esperam
como profissionais do mercado. Além disso, saber em que cargo o público
está, também é importante para saber que tipos de exigência ele pode
esperar de uma proposta.

Para que?

Essa informação nos trará ciência a respeito do tipo de carreiras as


quais os consumidores desse segmento possuem e nos ajudará a entender,
por exemplo, que níveis mínimos de mercado essas mentorias do projeto
precisam contemplar, ou seja, o know-how e a linguagem de cada caso
que terá que ser específico.

3. Faixa Etária

Por quê?

A idade é um fator que determina muito como um produto é


vendido, tanto por sua comunicação quanto por sua usabilidade, ou seja,
a experiência como um todo. Para um mercado com idades variadas,
esperaríamos que atender de uma forma mais abrangente seria o ideal.

61
Em contrapartida, para um público nichado, todo tipo de estratégia
seria focada nesse público, com uma série de escolhas baseadas no que
esse nicho prefere.

Para que?

Saber a média da faixa etária prevalente das pessoas do segmento irá


permitir uma maior noção do que abordar em questões de comunicação,
assim como também por que canais de comunicação serão escolhidas
as abordagens, por isso, as decisões aqui serão tomadas para melhor
conversar com essas pessoas.

4. Grau de ensino do público

Por quê?

O grau de ensino que um público possui é um fator relevante desde


que uma profissionalização em áreas específicas, isso é, ir atrás de uma
posição de conhecimento em uma parte específica das atuações vai
influenciar na capacidade de pensar que um indivíduo possui. Assim
como a forma que ele prefere receber novos aprendizados (metodologia)
e, também mostra que um grau de ensino mais elevado mostra que uma
pessoa tem interesse em ir atrás do conhecimento.

Para que?

Gostaríamos de verificar com esse objetivo se o aspecto grau de


ensino foi um fator de relevância para os respondentes, e com isso,
basear as metodologias de ensino da mentoria do projeto de acordo com
esse resultado.

62
5. A integração do público com plataformas digitais

Por quê?

Plataforma digital é um fator que está sendo aderido para a maioria


dos negócios bem-sucedidos, e se trata de uma forma muito interessante
de alavancar um negócio, visto as possibilidades de agilização que a
tecnologia traz.

Para que?

A existência da integração com plataformas digitais para esse


público é algo que, para o projeto, será muito interessante, pois abre
muitas portas e, com isso, caso os estudos mostrem que a integração é
positiva, o projeto terá as plataformas digitais como aliada para o seu
funcionamento.

6. Estas pessoas já tiveram boas ideias?

Por quê?

Dessa vez, começando com algo mais focado para o projeto, saber
se o público entrevistado teve alguma boa ideia para o mercado é
importante para introduzir perguntas de validação sobre a disposição
do empreendedor para ter novos projetos.

63
Para que?

Com isso, iremos verificar essa possibilidade e, caso ela seja positiva,
serão incluídas nas metodologias de mentoria do projeto formas de
incentivo e auxílio para que esses empreendedores consigam fazer suas
ideias funcionarem e gerar renda.

7. O público coloca as ideias em prática?

Por quê?

Saber se o público tem boas ideias é algo interessante, mas saber se eles
ao menos tentam colocar essa ideia em prática é algo que mostra que o
público está teve força de vontade para resolver seu problema, e ajuda
a descobrir se o cenário atual é propício para colocar ideias de mercado
em prática.

Para que?

Com isso, caso a maioria dos respondentes alegue que não coloca as
ideias em prática, buscaremos saber o porquê desse fator e futuramente
será necessário para o projeto fornecer incentivo para essas ideias
entrarem em ação e também disponibiliza recursos que favoreçam
isso. Caso os respondentes digam que colocam suas ideias em prática,
buscaremos entender como são feitas essas resoluções e como elas podem
ser melhoradas.

64
8. A motivação do público em colocar (ou não)
ideias em prática

Por quê?

Essa etapa diz respeito ao nível de profundidade que o público teve


ao ir atrás de ideias durante sua jornada e é importante pois, no mercado
e no mundo, é uma grande possibilidade a desistência de botar uma
ideia em prática visto a falta de motivos e conhecimento para continuar
executando um projeto.

Para que?

Com as respostas conseguidas nesse objetivo, que tem cunho


qualitativo, buscaremos resolver os problemas possíveis que motivaram
a desistência dos projetos e, além disso, usar as motivações nas quais o
público colocou ideias em prática como forma de insight para incentivar
a esses projetos a continuarem sendo executados.

9. O público divulgaria sua ideia, com direitos


garantidos, para terceiros?

Por quê?

Este é um fator de grande relevância para o projeto visto que é a premissa


principal para a obtenção de novos participantes. É algo que mostra se o
público deve ser motivado a divulgar sua ideia ou se ele já está propenso
a fazer isso.

65
Para que?

Caso a maioria do público se mostrar confortável a divulgar suas


ideias de fato, buscaremos formas de mostrar para esse público que sua
ideia está segura para reforçar esse gatilho de segurança a respeito dos
direitos garantidos, mas, com menos preocupações e esforços. Caso o
público não se favoreça a esse ponto, será necessário um foco maior
de estratégias para convencer as pessoas sobre a segurança que terão
fazendo isso.

10. O que leva o público a divulgar suas ideias

Por quê?

A obtenção de informações relacionadas a esse fator mostra o que o


público espera com essa troca de informações, que nível de expectativa
ele tem sobre isso e se ele se sente ameaçado de alguma forma na
divulgação de sua ideia.

Para que?

Com esse ponto, gostaríamos de descobrir o porquê, mais detalhado,


que leva essa segmentação à insegurança e a negação de seus projetos e
trabalhar em cima desses pontos específicos, com objetivo de melhorar
a argumentação a respeito da venda do formato.

66
11. Como a possibilidade de uma recompensa
financeira afeta o público

Por quê?

Esse objetivo irá mostrar a relevância do fator recompensa


financeira dentro do formato do projeto, para descobrir se, de fato,
essa recompensa é necessária e se, de alguma forma, ela incentiva a
participação do público no engajamento da proposta.

Para que?

Caso as respostas alegarem que uma recompensa financeira é


muito relevante para os respondentes, esse fator será mais utilizado
na venda/prospecção do projeto em suas comunicações. Caso o fator se
mostrar irrelevante para o público, ele não receberá tanta relevância na
comunicação para conversão de consumidores.

12. O que mais o público sente sobre a proposta de


recompensa financeira

Por quê?

Este objetivo tem o propósito de ir mais a fundo no pensamento do


público de forma qualitativa a respeito de, por exemplo, o que os leva a
pensar negativamente em uma proposta financeira e, também, o que faz
com que esse público goste dessa hipótese.

67
Para que?
.
Essa pergunta foi feita com o objetivo de descobrir porquê os
respondentes acreditam na recompensa financeira, se existe de algum
preconceito ou visão ruim a respeito de outras empresas que prometem
isso e então, deixar o mais natural e explicado possível no projeto do
motivo dessa recompensa, de forma que fique claro para o público.
Entendendo bem as perguntas, podemos seguir com as respostas
e visualizar melhor cada pergunta, tornando o entendimento fácil e as
respostas mais produtivas.
Com uma amostra de 113 pessoas, foi possível checar os principais
problemas e dificuldades na hora de colocar a ideia em prática.
O primeiro passo foi checar demograficamente com quem estávamos
conversando:

Sexo
113 respostas

Masculino
Feminino

61,9% G/T 1: Pesquisa


primária - Sexo

38,1%

Grau de Ensino
114 repostas

Fundamental
Médio
Superior
61,4% MBA/Mestrado
7% Doutorado/PHD
Nenhum
G/T 2: Pesquisa
primária - Grau de Ensino
29,8%

Fonte: Eleve via Google Forms, 2020

68
Em um público 61,9% feminino e 38,1% masculino, o grau de ensino
destas pessoas foi dividido em 69 (61,4%) pessoas que possuem até o ensino
superior completo, 33 (29,8%) pessoas com até o ensino médio completo,
8 (7%) pessoas que possuem MBA/Mestrado completo, 1 pessoa com até o
fundamental completo e 1 pessoa sem estudo.

Faixa Etária
114 respostas

21,1% Até 18 anos


Entre 19 e 30 anos
Entre 31 e 50 anos
61,4% Acima de 51 anos
12,3%

G/T 3: Pesquisa
primária - Faixa Etária

Fonte: Eleve via Google Forms, 2020

A faixa etária dessas pessoas mostra como a maioria, em 61,4%,


possuindo entre 19 e 30 anos, enquanto 21,1% possuem entre 31 e 50 anos,
12,3% possuem até 18 anos e 5,2% possuem mais de 51 anos de idade.
Sobre as profissões, 33 são estudantes, enquanto 80 se dividem
em auxiliares, promotores, designers, publicitários, analistas,
administradores, desenvolvedores e também, até mesmo, empreendedores.
Entrando na parte comportamental da pesquisa, foi verificado
se as pessoas utilizam plataformas digitais (redes sociais, aplicativos,
programas, jogos, softwares digitais) no seu dia a dia, e os dados mostram
que 98,2% dos respondentes utilizam.

Utiliza plataformas digitais


no dia a dia? Sim
114 respostas Não

98,2%

G/T 4: Pesquisa
primária - Plataformas Digitais
Fonte: Eleve via Google Forms, 2020

69
E por fim, foi perguntado se o público já possuiu alguma ideia para
algum assunto relacionado à negócios, empresas, músicas, programas,
matérias e propagandas. O resultado foi 78,1% das pessoas afirmaram já
terem tido alguma dessas ideias anteriormente.

Já teve alguma boa ideia para negócio/


empresa/programa/matéria/propaganda?
114 respostas

Sim
21,9% Não
G/T 5: Pesquisa
primária - Ideia

78,1%

Fonte: Eleve via Google Forms, 2020

Logo após, partiu a questão sobre a facilidade que estas pessoas


teriam em expor suas ideias, o resultado continua positivo de 62,3%
enquanto 37,7% não possuem esse conforto.

Se sentiria confortável em expor suas ideias,


devidamente registradas para terceiros?
114 respostas

Sim
37,7%
Não
G/T 6: Pesquisa
primária - exposição

62,3%

Fonte: Eleve via Google Forms, 2020

Continuando, foi testado se uma recompensa financeira poderia


influenciar na decisão da pessoa, houve uma quantia de 81,6% positivos
à abordagem, enquanto apenas 18,4% continuam com o fato de que não
afeta sua decisão.

70
114 respostas

Positivamente
Negativamente
18,4% Não afetaria

81,6% G/T 7: Pesquisa


primária - recompensa

Fonte: Eleve via Google Forms, 2020

2.1.2.1 O que é Quora e como


pode colaborar?
Quora é um fórum californiano criado em 2009 por Adam D’Angelo
e Charlie Cheever que hoje funciona no mundo inteiro, porém possui
a maior parte de seu público nos Estados Unidos. É bem restrito em
questão a pessoas sem credibilidade, pois, para utilizar, é preciso fazer
um cadastro utilizando seu nome pessoal e da aprovação de outros
usuários. Atualmente possui uma receita anual média de US$20 milhões
e uma comunidade que leva a sério o propósito da empresa de respostas
técnicas, conceituais e discussões de alto nível.

Figura 4: Logo Quora

71
Entre as maiores pesquisas primárias encontradas na internet, que
por esse motivo se tornam secundárias, o Quora colabora nessa parte.
Existem dezenas de tópicos sobre criatividade e, um deles em específico,
trata sobre a dificuldade de pessoas criativas conseguirem oportunidades
de emprego justas em áreas criativas.

Figura 5: Print Quora dificuldades

O interessante da plataforma é acompanhar diversas respostas e


probabilidades de usuários engajados no assunto e que traçam opiniões
e visões sobre o mercado criativo. Um dos usuários, que possuiu um
número de 960 pessoas que concordam com sua resposta (até o dia
07/04/2020) cita que o mercado criativo possui baixa barreira de entrada
e, por isso, a remuneração não é tão alta e que, na verdade, não existe
local certo para ser criativo, pois justamente nas empresas que não estão
saturadas e com barreiras de entrada altas, que você poderá usufruir da
sua criatividade e ser valorizado por isso.
Para esse mesmo tópico, outro usuário afirma a dificuldade das
pessoas criativas que ele trabalhou em aceitar críticas e demandas que
não se encaixam nos seus projetos, por essas pessoas, muitas das vezes,
inovarem para si mesmos e não pensar em fatores externos.
O tópico possui 42 respostas altamente técnicas, baseadas em
experiências profissionais, pessoais e de conclusões de cada usuário.
Fazendo um filtro, o mais perceptível é que a maioria dos usuários citam
a parte da inovação não existir exatamente em áreas específicas, mas sim
ser uma função que qualquer um pode ter, em qualquer ambiente. Outro

72
detalhe é que a maioria diz se considerar criativo e que, a partir disso,
possuem métodos que acreditam facilitar na criação, independente do
ambiente em que estiver incluso.

Figura 6: Print investimentos

Outro tópico interessante é baseado em grandes inventores que


não obtiveram grande êxito com suas invenções, um grande exemplo no
próprio tópico são os chineses, que inventaram a pólvora, mas apenas os
europeus conseguiram dar sentido àquele poder. Vários outros membros
são citados em várias épocas históricas diferentes. Um caso mais atual se
dá conta por parte de Peter Shor, criador do algoritmo de Shor, que é um
algoritmo de computador quântico para fatoração de número inteiro.
Shor teve um problema um pouco diferente do que a pergunta propõe,
não em usar seu algoritmo, mas devido à tecnologia da época, que não
conseguiu suportar sua inovação.

2.1.2.2 Percepção com base nas


pesquisas primárias
A pesquisa primária confirma, ainda mais, que a execução é o
principal problema para os geradores de ideias. É notável que o público
respondente possui um perfil abrangente, mas possuem problemas com
o mesmo tema: executar ideias.
Enquanto 79,1% do público possui boas ideias, no total de

73
respondentes temos apenas 1 empreendedor, que representa que a grande
maioria não executou ou não conseguiu executar a ideia.
Quanto a pesquisas demográficas e comportamentais, elas dão
força para a afirmação que pessoas criativas não estão concentradas
em um sexo específico, emprego, local ou idade, independente de onde
esteja, as pessoas podem ser inovadoras e criativas.
Também é visto que, com base no fórum Quora, as pessoas têm
dificuldades para sair da “caixa” e até mesmo grandes inventores tiveram
dificuldades com suas invenções, e é possível dizer que pessoas criativas
possuem dificuldades com criação e inovação.

2.1.2.3 Geradores de ideia no


mercado
Em uma entrevista com José Mauro Floriano, investidor anjo da
FCJ Triângulo, ele relata sobre o número de ideias que são descartadas
ou ignoradas no mercado é imenso, e ele joga alguns números na mesa
para refletirmos:

G/T 8: Funil de Ideias


apresentado por José
Mauro Floriano.

74
O número vindo de José Mauro surpreende e transmite a quantidade
de pessoas que buscam por um novo negócio, ideia ou projeto, e não
conseguem, sendo alguns dos motivos, ideias com base ruim e outro que
é a falta de suporte necessário para que essa base seja melhorada.
Um importante passo é checar esses problemas e como eles são
constatados nas empresas de fato, para aprimorar e detalhar ainda mais
as dores que foram levantadas até o momento. Foi então pesquisado
sobre o problema em uma escala maior de mercado.
De acordo com a âncora da Bloomberg TV (canal voltado para
empreendedorismo) e fundadora da Radiante (empresa que oferece
grandes insights com executivos), Betty Liu, afirma que o problema não
está nas ideias, pois existem grandes empresas que vieram de ideias
ruins e grandes ideias que não resultaram em nada.

G/T 9: Balança Ideia x Execução

Aprofundando um pouco mais, Betty Liu explica que a grande


jogada está na execução e trabalho duro e que esse ponto representa 99%
do sucesso de uma empresa.
Outro problema, relatado por Betty Liu, é a forma como as pessoas
levam a rotina e, quando um novo ano começa, surgem as mesmas
atividades, as mesmas obrigações e as ideias que antes tinham grande
importância, ficam de lado e com pouca ou sem nenhuma execução por

75
parte do responsável.
E determinado a esse fator, também existem muitas ideias, a
chance de você aparecer com uma ideia única é 1 em 1 bilhão, e não
foram todos que apareceram assim, portanto, a tecla da execução falha
volta a ser batida.
Com esses problemas, foram pesquisadas medidas para tornar esse
risco menor, e uma grande solução veio quando as empresas se instalam
em aceleradoras.

Incubadora Aceleradora

Tempo de apoio Tempo de apoio


1 a 3 anos 4 a 6 meses

Não investe capital Investe capital


no negócio cerca de R$ 20 mil
a R$ 100 mil em geral

G/T 10: Incubadora x Aceleradora

Aceleradoras são empresas que apoiam e ajudam no crescimento


e investimento rápido de startups até o período em que elas conseguem
mais uma rodada de investimento para pagar suas próprias contas.
Pedro Teixeira, diretor da Tropos Lab, afirma que as aceleradoras
conseguem renda através de participação das empresas aceleradas e que
esses valores variam entre 5% a 20% no Brasil.
Por conta da quantidade de empresas aceleradas e empresas
dispostas a passar por esse processo, hoje existe um nome para essas
empresas, as pré-aceleradas. São empresas que estão, normalmente,
passando por testes, processos e desafios para conseguir, de fato, se
tornar uma empresa acelerada. Um exemplo recente, em Uberlândia, foi
a empresa de gamificação chamada Gamific que passou pelo processo de

76
aceleração da Oxigênio, uma das mais conhecidas do Brasil.
As aceleradoras, por possuírem esse viés, acabam se tornando algo
inviável para empresas que estão começando, e é por isso que existem
as incubadoras. As incubadoras são empresas que oferecem, por um
tempo limitado, estrutura física e logística para as empresas darem
seus primeiros passos. Também se responsabilizam por consultorias,
materiais e apoio empresarial para essas empresas. Esse modelo surgiu
em 1959, em Nova York, quando uma empresa desativada teve seu espaço
usado por empresas no estágio inicial, compartilhando equipamentos e
serviços e, nos anos 70, no Vale do Silício dando início a esse modelo de
negócio.
Hoje, no Brasil, as incubadoras são mantidas com apoio político e
de parceiros, como o Sebrae, a FIESP e associações comerciais e ainda
possuem dois desafios, que é a sustentabilidade, onde são extremamente
dependentes de recursos públicos; e a criação de mais parcerias na rede
de empresas, pois a colaboração não se mostra o suficiente.

2.1.4 O que uma ideia mal


planejada ou executada pode
gerar?
Muitas pessoas que teriam problemas para executar as ideias,
mas executam ignorando os fatores que são essenciais, podem acabar
tendo resultados drásticos. Segundo Lindália Reis, investidora anjo que
comanda a Ions Innovation, 75% das startups estão entrando para a taxa
de mortalidade em 2018. E a causa, na maioria das vezes, não se trata
de questões financeiras, mas sim de desentendimentos dos sócios. Uma
pesquisa mais detalhada, realizada pelo Sebrae, confirma os números
com base no tempo:
77
G/T 11: Mortalidade de Startups

O tempo médio de sobrevivência das empresas (Sebrae) afirma que,


25% das empresas morrem em até um ano, 50% morrem em até quatro
anos e 75% morrem em até treze anos.
A pesquisa realizada pelo Sebrae, também afirma que, o fator de
risco para a sobrevivência de uma empresa está no número de sócios.
Quanto maior a quantidade de sócios naquele projeto, menor a chance
de sobrevivência. A temática volta a assimilar desentendimentos, mas
olhando mais profundamente, os motivos são, normalmente, falta de
capacidade de adaptação dos gestores ao que o mercado propõe e a
questão de problemas no relacionamento entre os sócios envolvidos no
projeto.
Segundo a revista Exame, em 2011, as incubadoras foram responsáveis
por reduzir para 20% a taxa de mortalidade de startups de até 6 anos,
30% a menos que o gráfico dos dados mais atuais, caso pudessem ser
comparados.
Em uma análise mais profunda, a PwC Brasil afirma que, 9 em
cada 10 startups no Brasil, possuem um destino em comum, a morte. E
a principal causa é constatada também, as empresas não resolvem uma
necessidade real de mercado, de acordo com um levantamento mundial
feito em dezembro de 2019, pela CBInsights.

78
O principal problema desses empreendedores, que resultam na
morte da startup, é que, basicamente, criaram um negócio baseado na
experiência pessoal, sem levantar dados, pesquisas com os consumidores,
desenvolver protótipos, fazer testes primários e secundários e nem
mesmo verificar a aceitação do negócio, desenvolvem algo que acham que
alguém está disposto a comprar, da maneira como está sendo oferecido.
Também existem os casos das empresas que tiveram uma boa ideia
e uma solução real de mercado, porém o empreendedor não conseguiu
tirar aquela ideia totalmente do papel, com várias dificuldades e
desistências ao longo do caminho.
Em 2015, quando o professor Alex Frazzati foi conferir esses
dados, ele já havia confirmado que um grande motivo, de fato, é a
dificuldade de conciliação entre os negociadores e também citou a má
localização de seu negócio. Ele também cita a forma que os proprietários
assumem múltiplas funções e deixam o planejamento, ou outros fatores
importantes, de lado.
Segue abaixo, com base nos maiores problemas, o motivo das
startups fecharem:

Produtos ou solução não atendem a uma necessidade real do mercado


42
Pouco capital ou falta de planejamento na hora de usar recursos
29
Equipe pouco diversa ou falta de funcionários com funções complementares
23
Modelo de negócio deixa de ser competitivo
19

18
Baixa aceitação do produto por parte do consumidor
17
Ausência de plano de negócio para inserir o produto no mercado
17
Pouco investimento em estratégias de marketing
14
Reclamações e sugestões de consumidores não são levadas em conta
14
Falta de timing na hora de lançar o produto
13
G/T 12: Problemas de negócios

79
Frazatti afirma que, em sua primeira experiência, tinha um produto
viável e o problema foi justamente que sua equipe não se complementava,
pois ele e seu sócio estavam focados no desenvolvimento do produto
e não havia nenhuma pessoa com competência ideal para marketing,
finanças e administração de seu negócio.
Sérgio Alexandre, sócio da PwC Brasil, afirma que, mesmo aquelas
startups que evitam os principais problemas que levam à mortalidade,
podem sofrer com outro problema, que é de ser incorporado por outra
companhia que não faz parte do propósito e nem do espírito de negócio
da empresa.
Quando se incorpora uma startup para virar um departamento
de uma empresa, vão embora todos os planos iniciais e grande parte da
probabilidade de sucesso daquele negócio, considerando sucesso como o
que foi pensado no início.

Um em cada seis brasileiros Em 2019,


em idade produtiva é
empreendedor

de brasileiros com idade entre 18 e 64 anos


exerceram alguma atividade empreendedora
em negócios de até 3 anos de vida.
G/T 13: Empreendedores no Brasil

Ao mesmo tempo que existem muitos jovens querendo empreender,


eles representam uma grande parcela dos negócios que não dão
continuidade e duram, no máximo, 3 anos de vida. A explicação volta
justamente para o ponto inicial, a falta de experiência, planejamento e
propósito ganham um peso enorme para o empreendedor quando ele é
colocado à prova.

80
2.1.4 Futuros empreendedores
Quando pensamos em futuros empreendedores, é importante
analisar os atuais e os potenciais empreendedores.
O primeiro passo é desmistificar a palavra empreender, que
geralmente é vista somente como o responsável por uma empresa, o que
pode ser uma possibilidade, mas não é o único sentido que está incluso
nessa palavra.
Ronald Jean Degen, no livro O Empreendedor: Empreender como
Opção de Carreira, explica que o termo empreender vem de entrepreneur,
do inglês, que é derivado de entreprendere, do francês antigo. Entre, do
latim, significa reciprocidade e preneur, significa comprador. A junção
se traduz em intermediário.
O termo empreender representa alguém que busca inovar e executar
algo em meio a dificuldades, criando oportunidades e mudanças em
algum ambiente. Esse público pode ser encontrado em vários lugares e
universos diferentes em sua mente, o que importa é sua motivação para
empreender.
Entendendo o que significa o empreendedorismo, é interessante
saber que ele pode ser classificado de três maneiras diferentes:

•Empreendedorismo Corporativo:
O empreendedorismo corporativo é quando os esforços são voltados
para uma organização ou uma empresa, e seus planos para o cenário.
É o modo mais comum de empreender, embora geralmente não seja
reconhecido dessa maneira.

•Empreendedorismo Social:
O empreendedorismo social é quando os esforços são voltados para

81
a sociedade e solução de problemas para uma comunidade. Normalmente
geram desenvolvimento, qualidade de vida, cultura, melhorias ambientais
e econômicas para as pessoas no qual o projeto é focado.

•Empreendedorismo Individual:
O empreendedorismo individual se trata basicamente de quando
os esforços são voltados para a criação de um negócio ou empresa. Esse
é o modo mais reconhecido, e que geralmente é visualizado quando se
fala a palavra empreender.

Entendendo que existem tipos de empreendedores, é importante
pensar que também devem existir motivos para empreender.
Foram levantados dois campos de estudo para aprofundar melhor,
o empreendedorismo por necessidade e o empreendedorismo por
oportunidade.

• Empreendedorismo por necessidade:


O empreendedor por necessidade é aquela pessoa que investe em
um negócio como forma de procurar uma solução para suas dificuldades.
No geral, são pessoas que estão desempregadas, que não conseguem se
encaixar no mercado de trabalho de maneira alguma, ou até mesmo
pessoas que estão há um bom tempo fora do mercado de trabalho. Essas
pessoas encontram, no empreendedorismo, uma forma de poder se
sustentar e se realocar no mercado de trabalho da maneira que acredita
ou julga ideal, uma forma para obter renda, contornar seus problemas
financeiros e problemas ligados a autoestima, carreira e mental.
Esse tipo de empreendedorismo dá a oportunidade de evoluir
profissionalmente em todos esses sentidos e retomar uma visão de
mercado mais atualizada. Normalmente, esse tipo de empreendedor

82
busca por negócios simples e que possuem grande chance de lhe dar
retorno.

• Empreendedorismo por oportunidade:


O empreendedor por oportunidade é baseado em uma pessoa que
visualizou uma oportunidade no mercado e tomou a decisão de executar,
por conta das chances de crescimento identificadas. Normalmente esse
tipo de empreendedor tende a buscar negócios mais inovadores e com
espaço no mercado. Geralmente é pensado em um momento e cenário
oportunos, são duas grandes motivações para essa pessoa sair de sua
zona de conforto e se aventurar como empreendedor.

Tanto a necessidade quanto a oportunidade são motivações


que fazem o empreendedor focar em um propósito e buscar uma
oportunidade real de mercado, nos parâmetros corretos e deixando o
individual de lado. Nenhum dos dois casos estão errados, a diferença
está somente na motivação de ambos. O que os dois lados precisam
seguir é o planejamento estratégico e o estudo de mercado, procurando
se o mesmo está favorável para o lançamento da inovação, se existem
concorrentes e quais são, maneiras de se destacar entre eles, diferenciais
da ideia, entre outros fatores presentes na concepção de um projeto.
Cerca de 70% dos brasileiros respondem que buscam investir em
um próprio negócio em alguma etapa da vida, o que mostra que o
empreendedorismo se torna algo comum. Um dos motivos que colabora
diretamente com isso é a taxa de desemprego.
Após essa análise, é importante validar e aprofundar perante essa
motivação.
Uma pesquisa encomendada pelo Paypal para a MindMiners, no
mês de agosto de 2017, levantou que 66% dos brasileiros querem abrir a
própria empresa para ter mais liberdade e autonomia. A pesquisa contou

83
com 300 homens e mulheres que sonham em empreender. Além disso, a
pesquisa demonstra que, 20% dos futuros empreendedores buscam a área
de tecnologia para aplicar suas ideias e inovações e 51% dos entrevistados
afirmam buscar um negócio multicanal, que funcione de forma física e
digital.
Mesmo com toda essa vontade de empreender, 64% dos indivíduos
ainda não buscaram ajuda para empreender enquanto os que já buscaram,
19% tentaram pelo Sebrae e 13% buscaram através de universidades ou
faculdades. Sobre os motivos, 49% afirmam que o maior problema é a
falta de capital.
Um ponto interessante nessa pesquisa é quando ela é comparada
com outra realizada pela MindMiners com empreendedores que já
iniciaram um negócio. A comparação entre os dois públicos demonstra
uma característica em comum, onde cerca de 42% dizem buscar um
empreendimento multicanal e o ponto comum mais relevante, é que 57%
dos empreendedores afirmaram que abrir o próprio empreendimento
foi uma busca para ter mais liberdade e autonomia.
Gustavo Carrer, consultor do Sebrae, afirma que em relação há 20
anos atrás, os futuros empreendedores evoluíram bastante:

As pessoas que eu atendia há 20 anos tinham dúvidas muito


mais básicas do que os empresários de hoje. Isso mostra um
amadurecimento. As pessoas não se assustam mais quando vêem
a palavra plano de negócio. Pelo contrário, já chegam com um
rascunho pronto quando nos procuram

SEBRAE. 2017

Um ano após essa pesquisa, em 2018, foi realizada outra a base


do MEI (Microempreendedor Individual) demonstrou o aumento de 40%
desses empreendedores.

84
Figura 7: Fatores que influenciam no empreenderorismo. Delivery Much

Como pode ser observado no gráfico, uma nova pesquisa realizada


com futuros empreendedores demonstra que a grande maioria (72%)
se motivam com o fator de construir algo próprio, como citado
anteriormente, é um fator que está sempre presente na maioria nos
dados.
Outros fatores que foram levantados foram novas oportunidades
de negócio (10%), insegurança com o cenário econômico (7,5%), ampliar
negócios e renda (5%) e insatisfação com o emprego (5%). Dentre esses
outros fatores, é interessante avaliar que o fator oportunidade aparece
novamente enquanto os outros tem muita ligação com o fator de
necessidade, pois analisando pela lógica, alguém que está insatisfeito
com o emprego ou que possui insegurança devido ao cenário econômico,
por exemplo, tende a chegar na mesma razão de ter algo próprio, já que
entram na lista de futuros empreendedores juntamente com os outros.
Em uma visão da parte demográfica, foram analisadas as diferenças
entre os homens e as mulheres no campo do empreendedorismo:

85
Figura 8: Fatores que influenciam no empreenderorismo 2. Delivery Much

Através da análise fica explícito o engajamento das mulheres


no mercado desde cedo, são estudadas (79% possuem ensino superior),
trabalham em casa (68%) e são mais jovens, com a média de 40% até 34
anos enquanto os homens são 50%, de 35 a 54 anos. Não esquecendo da
escolaridade dos homens, que representa 35,8% com ao menos ensino
médio completo, enquanto as mulheres possuem 55%:

G/T 14: Divisão de empreendedores

Aprimorando a análise de alguns dados anteriores e assimilando com


outras pesquisas, é percebido que, em 2019, o número de empreendedores
por oportunidade subiu de 59,4% para 61,8%.

86
G/T 15: Novos negócios Oportunidade x Necessidade

Enquanto o número de empreendedores por oportunidade cresce


gradativamente, enquanto o de empreendedores por necessidade está
abaixando desde 2016. Pode ser observado que, antes de 2015, o número
por necessidade era bem abaixo do número de hoje, o grande aumento
se deu somente em 2015, onde a taxa saltou de 29,1% para 42,9%. A
explicação é simples: o Brasil enfrentou uma crise que fez com que o
desemprego disparasse em 38%. Poderia ser a pior taxa em décadas, mas
existe um fator atual que pode se equiparar, a crise econômica por conta
do Covid-19.
Como analisado anteriormente, a taxa de desemprego tem relação
direta com o número de empreendedores por necessidade e isso comprova
a oportunidade de mercado com base nos dados a seguir:
A taxa de desemprego finalizou em 2019 com 11%, no fim do ano o país
possuía 11,6 milhões de desempregados, número 7,1% menor em relação
ao primeiro trimestre de 2019, que equivale a 883 mil pessoas. O ano de
2019 trazia bons resultados em relação a quantidade de trabalhadores
empregados.

87
Pessoas trabalhando
Considera todos os tipos de vínculos, formais ou informais
Em milhões

1 tri 2018 90,3

2 tri 2018 90,9

3 tri 2018 92,3


Variação
antes 2018
4 tri 2018 92,7
1,76%
1 tri 2019 91,9
2,64%
2 tri 2019 93,3

3 tri 2019 93,8 1,59%

4 tri 2019 94,6 1,96%

G/T 16: Pessoas trabalhando. PNAD/IBGE

O fato é que quando surgiu a pandemia do Covid-19 (Sars-CoV-2),


uma doença com pouco conhecimento e alta chance de infecção, que
atinge milhões de infectados e centenas de milhares de mortos no
mundo inteiro. Os países de todo o globo precisaram tomar medidas
para evitar o contágio do vírus, fechando temporariamente as portas de
várias empresas, o que vem gerando um desemprego em massa, inclusive
no Brasil.
Recordando que a taxa de desemprego até dezembro de 2019 estava
vindo de boa evolução, em janeiro a taxa de 11% já subiu para 11,2%
com nenhum caso de Covid-19 no país e nenhuma medida tomada, por
enquanto.

G/T 17: Desemprego. por G1.

88
Nesse mês foi registrado que o país possuía 2 milhões a menos de
desempregados que em abril de 2017, quando foi registrado o maior nível
de desocupação da história do Brasil (13,6%) e 5,4 milhões a mais que em
janeiro de 2014, quando foi registrada a menor taxa da história do Brasil
(6,4%). Mesmo não sendo tão alarmante, pelo fato de janeiro sempre
possuir números maiores de desocupados, por conta das férias escolares
(com exceção de 2014, por conta das preparações para Copa do Mundo
da FIFA de 2014) o mês de janeiro de 2020 registrou o maior crescimento
para trimestres encerrados em janeiro pelo IBGE.
Se janeiro aumentou bastante, a novidade é que em fevereiro
aumentou ainda mais, o número saltou de 11,2% para 11,6%, atingindo
12,3 milhões de pessoas. Nesse mês já houve alguns cortes por conta
da medida do isolamento social recomendado pela OMS (Organização
Mundial da Saúde) no setor da construção, administração pública e
serviços domésticos, segundo o IBGE. Mas as restrições foram baixas,
apenas para frear o avanço da doença no país e, ainda assim, a taxa
evoluiu 0,4%.

G/T 18: Desemprego. por IBGE

89
Com esses números, o governo decidiu suspender o censo mensal
de taxa de emprego e desemprego, pois afirma que, em janeiro, 17 mil
empresas não forneceram os dados sobre demissões.

A Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério


da Economia informa que identificou a falta de prestação das
informações sobre admissões e demissões por parte das empresas,
o que inviabilizou a consolidação dos dados do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), referentes aos meses de
janeiro e fevereiro.

MINISTÉRIO DA ECONOMIA, 2020

Analisando esses dados, fica explicito a relação que o desemprego


traz e a oportunidade por conta dessa taxa para algo que envolva os
empreendedores, seja por necessidade ou oportunidade, se tornando um
caminho atrativo, principalmente para aqueles que não possuem tanto
conhecimento da área e procuram um negócio com risco reduzido.

2.1.6 Crescimento do setor de


economia criativa
A Economia criativa surgiu em 1994 na Austrália com o objetivo
de tornar mais tecnológico e acessível os setores da economia. Ela é
importante através de projetos colaborativos que geram inovação,
conteúdo e renda.
Um dado importante de ser discutido é que, enquanto vários
modelos de negócios voltados para o audiovisual decaem, a Economia
Criativa apenas cresce. Em 2016, foi constatado que o setor já possuía

90
526.647 empresas e pelo menos 1.471.474 pessoas empregadas somente no
estado de São Paulo, com uma massa salarial mensal de 10,24 bilhões de
reais no total.
A estimativa de crescimento para os próximos anos no Brasil está
acima da média mundial até 2021, registrando 4,6% contra 4,2%, de acordo
com um estudo da consultoria PwC. A pesquisa aborda desde segmentos
tradicionais até segmentos de última geração.
A SAMBATECH, uma das maiores empresas de inovação e tecnologia
no país, aborda em um material exclusivo, alguns cases da área que são
totalmente diferentes e foram altamente impactantes. Acompanhe:

1- Shoot the shit: Uma empresa que busca causar impacto nas cidades
através de projetos públicos. Eles possuem ótimos exemplos e o primeiro
a ser citado é o Hack the City, um projeto que busca transformar as
cidades e que sejam facilmente replicáveis, possuíam o objetivo de meio
milhão de pessoas interagindo através das redes sociais e conseguiram.
Após isso conseguiram ser encaixados em um projeto da Youse que
dobrava todo valor que a Shoot the Shit conseguisse arrecadar com seus
projetos.
Eles possuem um site específico onde compartilham e registram ideias
para a cidade onde estão situados, que é Porto Alegre. E por fim, seu maior
impacto foi quando decidiram, através de vídeos bem-humorados, jogar
golfe com os buracos espalhados pela cidade de Porto Alegre. Isso gerou,
em uma semana, uma repercussão viral em redes sociais, gerou mídia
espontânea em todos os telejornais e jornais da região, conseguiram
resolver o problema dos buracos (pelo menos os apresentados no vídeo)
e por fim, conseguiram grandes novos projetos em sua carteira para
continuarem a crescer.

91
2- Num Pulo: Esse talvez seja o mais inusitado e descontraído dentre
os que serão citados. O Num Pulo nasceu de um Insight feito por seus
criadores em um dia de visita ao parque, onde um queria tirar fotos da
natureza e outra apenas queria tirar fotos aleatórias, pulando. A partir
disso surgiu a ideia de fotografá-la pulando por vários locais turísticos
da cidade de Belo Horizonte-MG e montar um clipe com essas cenas.
Isso gerou uma mídia espontânea incrível, eles continuaram fazendo
em cidades vizinhas e os vídeos sempre viralizam, com um público
totalmente orgânico.
E algo que antes não era imaginado aconteceu, a Gol e a Airfrance os
contratou para fazer mais vídeos exclusivos para essas companhias
aéreas, com direito a passagem, hospedagem e acima de tudo, mantendo
o contrato. O mais incrível é que as companhias registraram aumento no
número de passagens vendidas e procura por passagens, justamente por
conta das campanhas realizadas com a Num Pulo. Logo após receberam
mais um contrato, dessa vez da Delta Airlines, para produzirem esses
vídeos em outros países, garantindo também contrato com marcas de
roupas e acessórios para serem apresentados nos vídeos.

3- Perestroika: É uma palavra russa que significa reconstrução, e foi


desse termo que surgiu a Perestroika, uma escola de cursos presenciais
e online feita por pessoas que não faziam a mínima ideia de como era a
organização e metodologia de uma escola. Eles decidiram descartar esses
padrões e partiram para o estudo do que achavam importante, necessário
e funcional. Criaram uma metodologia nova e totalmente inovadora
para suas aulas, com base em seus fundamentos citados anteriormente.
Contrataram uma gama de professores que foram treinados e orientados
a seguir a metodologia criada por eles.
Eles abusavam incansavelmente da comunicação através de vídeos e

92
plataformas e buscam introduzir o empreendedorismo criativo em
empresas que buscam ajuda em seus cursos. Eles utilizam de uma frase
que resume muito bem a ideia deles conforme o mercado: “vivemos em
uma época em que as pessoas buscam a informação de maneira mais
mastigada e visual possível. Uma época em que a sua informação tem
que ser muito relevante para a pessoa parar o scroll no seu conteúdo.”
Essa frase simboliza a crença do impacto que a economia criativa traz a
assuntos que antes poderiam ser considerados difíceis, complexos e até
mesmo chatos para serem discutidos ou atrair algum tipo de público.
Hoje possuem cases importantes que impactam em todo o setor tanto
da Economia Criativa, quanto das EDTECHS.
Recentemente, pode ser diagnosticado que o setor teve um ótimo
desempenho, pois estava marcando quase o dobro de crescimento, em
comparação com o restante da economia brasileira. De acordo com
uma pesquisa feita pela FIRJAN em 2014, o avanço da Economia Criativa
chegou a 69,8% entre os anos de 2003 e 2013, enquanto o restante obteve
36,4% de crescimento.

2.1.7 O que será abordado?


Com base nas pesquisas anteriores, pode ser bem observado que
cada tópico complementa o outro. Vamos facilitar essa visão através
deste tópico.
Primeiro iremos recapitular as dores e oportunidades abordadas,
que no caso são a dificuldade em fazer novos negócios e o crescimento
do setor de economia criativa.
Quando abordamos a dor relacionada a dificuldade em fazer novos
negócios, alertada e direcionada em um brainstorming com nosso
mentor e professor, Cleiton Campano, estudamos o objeto e descobrimos

93
alguns pontos interessantes de estudo para esse campo, que no caso é,
além de checar a falha na geração e execução de ideias, checar erros
que poderiam ser acarretados após uma execução de uma ideia forçada
e também analisar as oportunidades que existiam nesse campo, que
no caso é a taxa de desemprego vinculada aos empreendedores por
necessidade, e o crescimento do setor de Economia Criativa.
Seguindo por um raciocínio contínuo, a primeira dor demonstra
justamente o início do problema, nos traz e relata onde o público sente
dificuldade e onde eles, provavelmente, estão errando de acordo com
pesquisas e relatos de investidores, empreendedores e de geradores de
ideia que foram entrevistados. Nessa parte, descobrimos que o maior
problema é a falta do saber e a falta do planejamento por parte das
pessoas que empreendem, eles não conhecem ou apenas não utilizam as
ferramentas necessárias para criar um negócio.
Logo após partimos para o meio do problema, onde as pessoas
tentaram e não conseguiram resolver seu negócio. Através de entrevistas
com antigos empreendedores, é possível enxergar que eles citam o mesmo
problema que foi abordado no primeiro tópico, falta de planejamento e
de capacidade para administrar o negócio, porém, esses tiveram coragem
e se frustraram após. Também é abordado por especialistas, que essas
empresas não possuem uma organização adequada, um sistema eficaz
de funcionamento, pessoas complementares e o mais importante: essas
empresas não possuem um propósito e nem uma necessidade real de
mercado.
Analisando a primeira oportunidade, que se trata do desemprego,
é visto um que os empreendedores por oportunidade representam a
maioria e crescem cada vez mais, enquanto os empreendedores por
necessidade vinham abaixando. Porém, um dado relevante, demonstra
que, em 2015, em meio a uma crise que afetou a taxa de emprego no
país, a quantidade de empreendedores por necessidade saltou de forma

94
absurda. Após isso, as taxas somente diminuíram em sincronia, porém,
ocorreu outro colapso na economia desde o início de 2020 e a taxa de
desemprego vem crescendo notavelmente a cada mês, batendo recordes
e alertas, onde possibilita a volta dos empreendedores por necessidade
no cenário.
Por fim, analisando o outro lado do cenário, um setor que demonstra
um grande crescimento e fala do mesmo tema que as dores implicam,
que é o setor de Economia Criativa, aqui foram trazidos alguns dados e
análises secundárias com base em seu crescimento. A importância desse
setor é que, além de seu crescimento ser o dobro do crescimento dos
outros setores, ele traz de cara inúmeras formas de modelos, viabilidade,
conteúdo, inovação e tendências.
O que mais faz sentido é que esse setor responde a todos os
problemas anteriores. Quando temos problemas com ideias, temos um
setor totalmente inovador e com portas abertas para execução deles,
quando o problema está vinculado a falta de viabilidade e oportunidades,
o setor demonstra crescimento e quando o problema está vinculado a
falta de informação e atratividade, mais uma vez, a Economia Criativa
apresenta ótimos recursos para lidar com esses problemas.
Esse setor está abordado e descrito com informações completas
e relevantes em nosso capítulo de Setor. Antes disso, abordaremos as
Tendências e a Ideia do Projeto para apresentar as ferramentas que
fortalecem o projeto e qual o primeiro molde que esse projeto está
construído.

95
2.2 Tendências
Tendências, especificamente tendências de mercado, estão
diretamente ligadas a novos hábitos de consumo, que determinam novos
nichos de mercado que podem ser explorados, pois possuem grande
potencial de crescimento no mercado atual e futuro.

2.2.1 Megatendência
Ao contrário de uma tendência, a megatendência é uma
transformação cultural, política e tecnológica a qual influenciará o
mercado por bastante tempo. Sendo assim, foram colocadas em análises
algumas que possuem ou possuirão impacto sobre o projeto, acompanhe-
as abaixo.

2.2.2 Quarta revolução


industrial
Antes de analisar a tendência em questão, deve-se compreender
o seu contexto histórico, onde se inicia com a Revolução Industrial, a
original, conhecida pela descoberta da Máquina à Vapor, com o intuito
de facilitar os processos de produção das indústrias. Após este feito, veio
a segunda revolução, marcada pela eletricidade, algo que transformou
completamente o setor empresarial devido ao seu uso. A terceira
transformação, que por todos pode ser considerada como uma das mais
recentes, pois está diretamente ligada à Tecnologia da Informação, ou

96
seja, internet e eletrônicos que auxiliam a produção.
Nos dias atuais, já se percebe a chegada de uma nova transformação,
sendo ela a Quarta Revolução Industrial. Conceito desenvolvido por
Klaus Schwab, professor alemão diretor e fundador do Fórum Econômico
Mundial. Em seu livro A Quarta Revolução Industrial, publicado em
2016 ele diz que “estamos a bordo de uma revolução tecnológica que
transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e
nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação
será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado
antes”.
Para ele, a quarta revolução está diretamente relacionada com a
forma com que a sociedade viverá e trabalhará nos próximos anos, e uma
mudança de paradigma, e não somente do desenvolvimento tecnológico.
Segundo Schwab, “a quarta revolução industrial não é definida
por um conjunto de tecnologias emergentes em si, mas transição em
direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura
da revolução digital”.
Os teóricos destacam que essa ideia está ligada a encontros de alguns
desdobramentos e com isso representa uma mudança de paradigma e não
apenas mais uma etapa do desenvolvimento tecnológico. Juntamente
com essa nova revolução, vem a tendência de automação total das
fábricas, acontecendo através de sistemas cibernéticos, que vem sendo
possíveis devido a computação na nuvem e internet das coisas.
Essa nova revolução fomentará o desenvolvimento de um conjunto
de tecnologias disruptivas, como robótica, inteligência artificial,
realidade aumentada, big data (análise de volumes massivo de dados),
nanotecnologia, impressão 3D, biologia sintética e a internet das coisas.
Os benefícios da implantação dessa nova indústria e o gerenciamento
de estoques que podem ser controlados de maneira eficaz, em todos os
níveis de produção e entrega. Além disso, o controle de resultados será

97
mais fundamentado, substancial e garantido.
A dinâmica mercadológica será totalmente marcada pela agilidade
na informação, inovação e resposta da empresa ao mercado. A principal
dificuldade ao implementar esse novo modelo industrial é o problema de
segurança, pois, com a fusão entre tecnologias nas fábricas inteligentes,
as empresas necessitarão de atenção redobrada.
Segundo o site Transformação Digital, os profissionais terão que
desenvolver novas habilidades digitais com esse novo modelo, acredita-
se que mais de 35% das habilidades consideradas importantes hoje
terá mudado nos próximos 5 anos. Outro dado importante é que 60%
dos empregos terão suas atividades automatizadas. Dessa maneira, os
profissionais terão que adquirir uma qualidade no QI digital, que é a
capacidade de liderar a transformação, tendo domínio das tecnologias
presentes da revolução.
Conclui-se que há uma demanda latente do mercado, já que se
entende, em sua totalidade, como uma mudança também na forma de
trabalho, precisando compreender seus benefícios e seus malefícios.
Entendemos que, a quarta revolução, aproxima nossos clientes de suas
ideias, abrindo inúmeras possibilidades para o seu negócio, acelerando
no processo de digitalização e abrindo o leque para a criatividade.

2.2.3 Gamificação
“Gamification, ou gamificação, consiste em usar técnicas, estratégias
e o design de games em outros contextos que não sejam necessariamente
associados aos jogos em si.
É trazer o jogo para a realidade e, com isso, impactar pontos como
engajamento, produtividade, foco, determinação e outros, tornando

98
mais simples atingir metas e objetivos em qualquer contexto. (Ludos
Pro, 2020)
Por meio dessa ferramenta, é possível aumentar o engajamento
e despertar curiosidade entre os usuários. Ela busca utilizar a lógica
e a metodologia de diversos games, para que assim, traga resultados
necessários para outros propósitos, trazendo mais dinâmica do que
métodos diversos. Assim como nos jogos, existem várias características
semelhantes que também podem ser utilizadas nas realizações dessas
tarefas, como missões, sistema de pontuação, ranking e recompensas. Ela
pode ser usada em diversas segmentações como indústrias, escritórios,
universidades, marketing e entre outras diversas opções que possam vir
a atingir objetivos diversos.
De acordo com uma estimativa da Gartner, em 2019, a gamificação
foi um mercado de aproximadamente mais de 5 bilhões de dólares no
mundo todo e, até o final deste ano (2020), cerca de 70% das maiores
empresas presentes ao redor do mundo possuirão, pelo menos, uma
aplicação que utiliza esse conceito. Pesquisadores revelam que as pessoas
se sentem mais motivadas quando há elementos que a gamificação oferece
em seus treinamentos, pois 83% trouxeram respostas positivas e, 89% se
consideram mais produtivos quando há em seu trabalho gamificação.
A gamificação não se trata apenas de uma experiência com
games e entretenimento, para o ser humano ela vai muito além disso,
passando para outros pontos básicos e necessários, como a competição,
que é uma característica inerente a todos. Ela traz um maior incentivo
para seus usuários realizarem determinada tarefa da melhor forma
possível, principalmente para resoluções de desafios durante as fases do
programa, dessa forma, aproximando os participantes de seus objetivos,
deixando que um processo monótono se torne divertido e traga prazer,
proporcionando uma experiência enriquecedora em cada momento.

99
2.2.4 Apropriação digital

São adaptações que acontecem com relação ao uso, onde o usuário


traz novas interpretações sobre uma funcionalidade ou sobre o produto
como um todo, por exemplo, existem várias maneiras de conectar um
mouse a um smartphone. Assim o usuário consegue atingir o objetivo
de forma diferente que o designer, programadores e o fabricante de
smartphones tenham projetados.
Alan Dix falou um pouco sobre isso para o site Medium. Ele diz
que essas improvisações e adaptações em torno da tecnologia, mostram
que a tecnologia foi domesticada, ou seja, que os usuários entendem
e se sentem confortáveis o suficiente com a tecnologia para usar seus
próprios caminhos.
Em uma pesquisa realizada pela a Consultoria Kantar, as pessoas
estão em busca de soluções digitais diariamente, eles consideram a
apropriação do online como sendo algo positivo e que está seguindo o
caminho do mundo para uma agilidade e competitividade crescente.
As maiores demandas dessa prática são:

34% consultas online 33% cursos online

29% softwares de home office 26% serviços de


entretenimento online

21% lives via celular

100
Entendemos, como algo positivo a apropriação digital,
proporcionando um maior conforto ao consumidor, dentro delas há
duas demandas principais que serão fornecidas pela empresa, sendo
elas o serviço de entretenimento online e as lives via celular. Essas
demandas têm obtido um crescimento significativo ao passar dos anos
e principalmente no período de pandemia.

2.2.5 Segmento de E&M


O segmento de E&M (entretenimento e mídia) é principalmente
direcionado pelo consumo digital. Entre os anos de 2018 e 2023 acredita-
se que o setor terá um aumento nominal de 4,3%. Monetariamente, o
setor sai de um faturamento de US$ 2,1 trilhões para US$ 2,6 trilhões. A
China deverá fazer girar US$ 84 bilhões de E&M (+ 7,7% de 2018 a 2023) no
período, enquanto os EUA chegarão a US$ 71 bilhões.

China: US$ 83,9 Japão: US$ 12,6

US: US$ 71,0 Grã Bretanha: US$ 11,7

Índia: US$ 17,9 Restante do Mundo: US$ 77,4

Acredita-se que até 2023, os anunciantes direcionarão mais de 50%


de seus orçamentos para publicidade digital. Além disso, o crescimento
anual será de 9,5% no período, porém o Brasil estará cima disso, com 12,8%.
Também se credita esse crescimento principalmente os dispositivos

101
móveis, que será o principal motor desse crescimento.
Como explicado acima, os anunciantes devem direcionar as suas
publicidades para o meio digital, sendo positivo para a Eleve, que
pretende ter uma presença digital significativa e está de portas abertas
para fazer parcerias e assim conseguir recursos para manter o programa,
funcionários e mentores.

2.2.6 Publicidade em TV
A televisão ainda tem uma boa atenção do brasileiro: em média, o
brasileiro passa cerca de quatro horas e meia por dia assistindo televisão.
A publicidade influencia cerca de 90% das decisões do consumidor para
comprar bens e serviços. A publicidade na televisão oferece benéficios no
qual outros meios não são tão efetivos, como alcançar públicos maiores
de maneira direcionada, de uma forma que transmite segurança e
confiança ao consumidor.
Alcance de público maiores: esta é uma oportunidade, no qual é
possível alcançar públicos de massa com um único ponto de anúncio.
Estudos mostram que 60% dos consumidores, após assistir os anúncios,
são propensos a fazer uma compra. Acredita-se que, mais de 70% dos
telespectadores usam um dispositivo móvel enquanto assistem Tv,
facilitando a entrada e aquisição de produtos e serviços imediatamente
após a visualização do anúncio.
Outra vantagem da publicidade na televisão é a capacidade de
atingir públicos específicos, permitindo que os anunciantes possam
segmentar seu público-alvo, podendo inserir sua publicidade de acordo
com o horário e a característica do público em cada programação. Além
disso, anúncios de Tv não possuem concorrência adicional: a partir
do momento que se paga para vincular aquele anúncio, somente ele
aparecerá, mesmo que seja por alguns segundos.
102
Falando monetariamente, segundo a consultoria de marketing
eMarketer, a publicidade em Tvs conectadas alcançará cerca de US$
10 bilhões até 2021. No Brasil, o investimento em publicidade no ano
de 2019 chegou a R$ 17,5 bilhões, segundo o Cenp (Conselho Executivo
das Normas-Padrão), entidade que reúne os principais anunciantes.
Sendo esse valor 6% maior se comparado com o ano de 2018, no qual o
faturamento foi equivalente a R$ 16,5 bilhões.

Investimento publicitário em 2019 Televisão aberta:


R$ 9,26 bilhões (52,8% do total)

Internet: Mídia exterior:


R$ 3,72 bilhão (21,2% do total) R$ 1, 84 bilhão (10,5% do total)

Televisão por assinatura: Rádio:


R$ 1,21 bilhão (6,9% do total) R$ 776,6 milhões (4,4% do total)

Jornal: Revista:
R$ 473,1 milhões (2,7% do total) R$ 169,3 milhões (1% do total)

Cinema: Total:
R$ 70,1 milhões (0,4% do total) R$ 17,54 bilhões

A participação dos veículos de internet foi a que mais cresceu em


comparação com o ano anterior: em 2018 teve o equivalente de 17,7%
para 21,2 em 2019.
O consumo de televisão via internet cresce principalmente
em mercados desenvolvidos, como a China. O dilema principal é a
respeito da diversidade de plataformas de streaming ou sob demanda,
impossibilitando a assinatura reunida de todas as ofertas em um só
lugar.
103
A televisão e a Web estão a cada dia mais se misturando, pensando
nisso surge a TV personalizada. Em suma ela permite que marcas veiculem
mensagens únicas para públicos específicos, para que isso ocorra é feita
uma análise do estilo, estágio de vida e dados primários da marca.
Um exemplo de empresa que já trabalha com a Tv personalizada é a
Sky (canal de televisão inglês), que vêm trabalhando com personalização
de anúncios em TV e vídeo on demand, atingindo cerca de sete milhões
de casas, com uma média de 700 anunciantes e quatro mil campanhas
até o momento.
Mesmo com o meio digital, a publicidade em televisão continua bem
eficaz. As empresas buscam investir na televisão por atingir s grandes
massas nos canais de televisão abertos e nos fechados por atingir um
público específico. A Eleve busca trabalhar com um público específico
e ter suas publicidades direcionadas a esse público, alcançando uma
audiência maior e assertiva.

2.2.7 Publicidade digital


Em 2018 a publicidade realizada pelo meio digital já ultrapassou
a verba de anunciantes gerada por meio de navegação a cabo, sendo
o smartphone o principal dispositivo para realizar essa conexão, mas
aparelhos como smart speakers e smart TVs também vem acelerando
essas mudanças.
Carlos Giusti, sócio da PwC no Brasil, explica que o investimento
em publicidade digital hoje representa 30% da verba total de publicidade
e deve alcançar, em 2023, cerca de 50%, superando então a publicidade
tradicional.
Os estudos também apontam que os investimentos publicitários que
mais crescerão no Brasil são os podcasts, que terão em seus investimentos
104
uma crescente de 43% anualmente, os vídeos onlines terão o crescimento
de 27%, e games online e eSports com 17%.
Com relação aos consumidores, eles identificam nas publicidades
digitais a falta de criatividade e constante repetição. Um estudo nomeado
Dimension, realizado pela Kantar Media no Brasil, China, França, Estados
Unidos e Reino Unido, na qual ouviu mil consumidores em cada país e
constatou que 21,4% acham que os anúncios podem encorajá-los a falar
sobre a marca nas redes sociais. 33,5% dizem que os anúncios tornam
mais provável que elas indiquem a marca para amigos e familiares e
42,9% dizem que os anúncios encorajam a falar sobre as marcas com
amigos e familiares.
Outro dado interessante é com relação ao bloqueio de publicidade
intrusiva, no qual 49% dos entrevistados dizem que sempre bloqueiam e
não gostam de publicidade e 32,5% dos bloqueadores dizem que a causa
que os impulsionam a bloquear é a falta de criatividade, relevância,
contextos inapropriados e cronologia imprecisa da colocação de anúncios.
Mas apesar de tudo isso, 43,9% não se importam de ver anúncios, caso
isso ajude a pagar por conteúdos de qualidade.
Porém as maiores preocupações têm sido com relação à privacidade
dos usuários, às leis internacionais sobre gestão de dados e o alerta sobre
a segurança de marcas, que desacelerou o crescimento desse mercado,
principalmente em mercados que já estão desenvolvidos.
As publicidades realizadas nas mídias digitais vêm em uma
constante crescente, ainda mais com o aumento de usuários dela, fazendo
com que a publicidade nelas seja uma ótima oportunidade para se fazer
uma marca conhecida. Desse modo, se tornando uma ótima alternativa
para que o programa seja conhecido de uma forma que alcance um
grande público, onde quase metade não se importam de visualizar os

105
2.3 Tendências comportamentais
São as mudanças no comportamento dos consumidores que, a
partir disso, origina em criação e desenvolvimento de novas ideias. Elas
acontecem entre o tempo de 3 a 5 anos.

2.3.1 Internet das coisas


Esse termo vem sendo usado para se referir a um ecossistema,
em que não apenas pessoas estão conectadas por meios de dispositivos
interligados entre si, mas agora os itens usados no dia a dia se conectam
à rede de computadores. Para Andy Stanford-Clark, engenheiro na IBM,
esse modelo é como se fosse uma extensão da nossa consciência. A Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações) emitiu um dado onde se afirma
que hoje, no Brasil, há 2,5 milhões de dispositivos, transmitindo dados
para sistemas sem intervenção humana. Além disso, a Teleco (empresa
de consultoria em telecomunicações) publicou uma pesquisa na qual
acreditasse que, em 2025, o país tenha 100 milhões de objetos conectados.
Essa iniciativa pode ser aplicada nas empresas tanto para coleta
de dados no gerenciamento do consumo de energia, como na fabricação
de um produto, fazendo o monitoramento da produção, manutenção
do produto verificando conexão e falhas dos equipamentos, venda no
controle de componentes conectados e seus tempos de uso, logística
para localização de produtos, medicina fazendo coletas de dados e na
agricultura medindo as temperaturas do ar e do solo.
No dia 26 de junho de 2019 o governo brasileiro publicou o decreto
contendo o plano (nº9854 de 2019), no qual traz diversos objetivos para
aumentar a busca por essa tecnologia no país. A norma destaca que
a implantação tecnológica promove qualidade de vida e eficiência em
106
serviços e o plano de implementação prevê a criação de centros de
competência para tecnologias inovadoras, e um observatório nacional
com foco no monitoramento do progresso da transformação digital do
país.
De acordo com Eduardo Kaplan, a IdC pode ser considerada como
uma convergência de tecnologias que já são existentes, mas gerando,
segundo ele, um salto qualitativo. Ela está diretamente associada
a alguma forma de solução prática para o ser humano, pois traz
mudanças no desenvolvimento de alguma conectividade, no aumento
de processamento de dados e no refinamento de sensores de coleta de
dados diversos. Essa praticidade da IdC pode ser elaborada não apenas
para a produção com também para escritórios, hospitais, lares e ações
do cotidiano e mais.

107
G/T 19: Aplicações de Internet
108 das coisas. por IBGE
2.3.2 Economia on demand
Para entender basta olhar ao redor e notar como os modelos de
negócio mudaram: iniciativas como Netflix, Uber, Airbnb entre outros
são verdadeiras aulas de como este modelo vem conquistando seu espaço
definitivo. O que torna essas empresas diferentes? Simples, todas elas
estão oferecendo exatamente o que o consumidor busca, sem tentar
vender outro produto ou serviço pelo qual ele não está buscando. Sempre
de acordo com as necessidades específicas do cliente, a prestação se dá
sob medida.
Em vez de oferecer a propriedade de um bem, é concedido
ao consumidor o direito de usá-lo pontualmente, conforme suas
necessidades, indo do streaming de filmes e séries ao aprendizado de
idiomas. Muitos desses aplicativos oferecem uma forma de degustação aos
clientes, podendo conhecer e experimentar o serviço antes de realmente
contratá-lo.
Podemos dizer então que a economia sob demanda está conquistando
as pessoas devido às suas acessibilidades e por estar totalmente integrada
à era da informação.
Essa forma de trabalho está dentro do processo de contratação
da empresa, com profissionais temporários (freelancers) de acordo com
o segmento escolhido de cada temporada, tendo assim, uma redução
de custos para o programa. Tudo se relacionará com a necessidade do
consumidor, cada temporada terá um nicho específico.

109
2.3.3 Shopstreaming ou
livestreaming commerce
É a prática de se fazer venda e marketing dentro da live, seja no
Instagram ou Youtube. Esse recurso já era crescente na China e, no Brasil
chegou com a pandemia do coronavírus, sendo muito utilizado para
coletar doações durante as lives, durante as apresentações são exibidos
QR Codes que podem ser usados para fazer doação para pessoas ou
negócios que foram gravemente impactados pela COVID-19.
Essa prática foi analisada por David Tiltman, VP de conteúdo da
consultoria WARC, onde ele destacou, que após o sucesso desse recurso
na China essa tendência deve se propagar no ocidente. Tony Parisi, Head
of XR Ad Innovation na Unity, estimou que, em um futuro próximo,
cerca de 50% dos eventos serão realizados virtualmente.
Uma projeção realizada pela iiMedia é de que o shopstreaming
fature 129 bilhões de dólares em 2020, prevendo um crescimento de 111%
em relação a 2019. Além disso, a pesquisa também revela que 46% dos
consumidores realizam alguma entrada no site da empresa, pesquisa
sobre e até realiza a compra de um produto. As lives que tem maior
sucesso são as de conhecimento e de entretenimento.
Durante a pandemia, o Instagram teve um aumento na audiência
das transmissões, segundo a própria empresa, houve um aumento de
70% no número de transmissões ao vivo no mês de março de 2020. No
Brasil, o aumento na audiência chegou a 50%. Já o Youtube informou
que a busca por conteúdos ao vivo cresceu 4.900% durante a quarentena.
O crescimento das lives tem sido significativo e uma grande porta
de entrada para as empresas poderem ganhar clientes. Apostamos em
merchandising, principalmente para conseguirmos atingir a fonte de
renda necessária, e encontramos no conceito de Shopstreaming uma
forma para conseguir chamar a atenção das marcas e fazermos parcerias.
110
2.3.4 Superconsumidores
Eles são conhecidos por serem os consumidores mais apaixonados
e rentáveis de uma categoria, fazendo parte principalmente da geração
Z, embora possam incluir também os Millennials. São conhecidos
principalmente por serem nativos digitais, ou seja, estão sempre
conectados e familiarizados com a internet, dispositivos móveis e outras
tecnologias.
Segundo uma análise realizada por Eddie Yoon, especialista do
mundo de estratégia e crescimento, ao observar categorias que vendem
mais de US$ 400 bilhões ao ano, os super consumidores correspondem a
10% dos clientes de uma categoria, mas representam entre 30% e 70% das
suas vendas. Além disso, eles fornecem cerca de 99% dos insights para que a
empresa cresça, comunicando diretamente com o mercado, as empresas
e governantes, ditando o ritmo e os caminhos das transformações que
deverão ser realizadas para atender às suas necessidades.
Além disso, os super consumidores fazem com que as empresas
tenham um olhar diferente para jornada de compras, isso se deve pelo
fato deles não seguirem apenas um caminho durante a experiência de
compra.
Miguel Duarte, líder da EY comenta que, para o mercado de bens
de consumo e varejo no Brasil e América Latina, as empresas do futuro
deverão resgatar características que se perderam nos últimos anos, será
necessário que estajam centradas no propósito e colocá-lo no centro da
estratégia. Além disso, é preciso que elas valorizem mais o porquê elas
fazem, em contraponto a o que elas fazem.
Os super consumidores estão presentes em todos os mercados e
é necessário compreendê-los para que a empresa atenda melhor os
clientes. Portanto estar ciente das mudanças, principalmente na jornada

111
de compra, nunca foi tão importante para que melhor possamos ajustar
a esse cenário e ainda permanecer relevantes.

2.3.5 Mentoria
O mentor tem como foco ajudar a pessoa a conquistar mais
rapidamente o seu objetivo. As pessoas estão passando mais dias conectados
e muitos procuram passar essas horas buscando conhecimento, assim,
plataformas que permitem uma conexão com professores, especialistas
e mentores são uma tendência crescente para quem busca aprender
novas habilidades, estratégias de aprendizado, sem perder a interação
humana. Mas por que a mentoria é importante? Em uma reportagem
feita pelo site Administradores, é classificada a importância da mentoria
como sendo a passagem de informação e experiência de um determinado
assunto para evitar erros, desse modo, quem recebe a mentoria consegue
acumular mais conhecimentos e identificar caminhos que sejam mais
assertivos e estratégias mais eficazes.
A mentoria dentro da carreira pode ajudar a alcançar objetivos
de forma que possa estimular e provocar para que sejam alcançadas
as metas. Em muitos casos, os mentores são executivos e possuem
experiência no mercado e estão dispostos a compartilhar informações e
fatos que podem enriquecer a carreira do mentorado, para que assim ele
consiga alcançar seus objetivos.
Qual a importância da mentoria para quem vai abrir um negócio?
Segundo a Startup Genome Project, as startups que passam pelo processo
de mentoria estão sete vezes mais propensas a conseguir levantar dinheiro
e investimento para o seu negócio e, além disso, tem três vezes mais
chance de ter usuários interessados em seus produtos e serviços. Isso
acontece devido ao conhecimento fornecido para executar as atividades,

112
fazendo com que o mentorado seja mais empoderado e possua uma
maior credibilidade e autoridade para ir atrás do que é necessário.

Os benefícios da mentoria
Aprendizado:
Dentro do processo de mentoria é possível aprender com quem conhece o
assunto e está disposto a auxiliar e solucionar dúvidas.

Compreensão do modelo de negócio:


É possível captar o valor do seu negócio e ajudar a encaixá-lo dentro da sua
empresa.

Amadurecimento:
Dentro da mentoria, o mentorado consegue aplicar a visão sobre modelo de
negócios e compreender como utilizar os players do mercado a seu favor,
entendo as dores do seu cliente e como conseguir uma solução que realmente
possa auxiliá-los.

Aumento de desempenho:
Por estar mais consciente do mercado e suas dificuldades, é possível traçar
estratégias eficazes tendo, posteriormente, um maior desempenho.

Economia:
O processo de mentoria é mais barato ao comparar com a opção de se
contratar uma agência, por exemplo.

Otimização de recursos:
Por ter uma pessoa auxiliando no processo de tomada de decisão, a
otimização de recursos acontece de forma natural.

113
Dentro da mentoria, é possível também encontrar outras pautas,
como:

Plano de carreira; Desenvolvimento e planejamento


dentro da empresa;

Como aprimorar as relações dentro Dicas organizacionais para a


da organização; empresa evoluir e crescer dentro do
mercado competitivo e acirrado;

Qual será o futuro da organização diante de uma crise – como a pandemia do COVID-19

A partir disso, é possível entender o quão importante é a mentoria


dentro do processo de construção de um negócio. A busca por mentoria
em 2020 está cada vez maior, depois da crise financeira proveniente da
pandemia, as empresas estão cada vez mais em busca de alternativas
para se estabelecer efetivamente no mercado. O processo de mentoria se
encaixa dentro de cada etapa, onde serão disponibilizados mentores de
acordo com os temas das temporadas.

114
115
EPISÓDIO 03

116
117
ONDE VAMOS
SUBIR?
Análise setorial

Realizar uma análise setorial é visualizar o mercado onde a


empresa estará envolvida. Através dela é possível visualizar o cenário
externo, e entender o funcionamento das regras, o comportamento das
empresas, a lucratividade e se é um momento oportuno para abrir um
negócio nessa área. É (ou deveria ser) um dos primeiros passos para se
iniciar um negócio, a fase de saber onde estará investindo seus recursos
(tempo, dinheiro, pessoal), para minimizar os riscos e se preparar para a
competição.

3.1 Surgimento

Dos átomos emergem as moléculas, destas formam-se compostos,


deles emergem unidades vivas e assim por diante. Neurônios, que
individualmente não tem cognição, quando articulados em rede
produzem o mais bem-acabado exemplo de propriedade emergente:
a consciência. Algo semelhante está acontecendo na sociedade e
na economia. Dos sistemas lineares, concentrados e controlados
da política e economia tradicionais emergiram novos sistemas
complexos, distribuídos, em rede.

LALA DEHEINZELIN, 2003.

Comparando com os setores mais tradicionais da economia, o setor


de Economia Criativa, nosso objeto de estudo, é relativamente novo. O

118
termo “economia criativa” foi utilizado pela primeira vez em 1994, em
um documento do governo australiano, escrito pelo primeiro-ministro
Paul Keating. Chamado de “Creative Nation”, tradução literal de nação
criativa, o projeto visava incentivar o desenvolvimento de uma indústria
criativa no país. Três anos mais tarde, como plataforma de sua campanha
para primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, surge um órgão
público especificamente criado para lidar com a economia criativa.
Desde os anos 80, Margaret Thatcher ressaltava, pela primeira vez na
história, a importância de desenvolverem os setores tecnológicos e
criativos da economia dentro do Reino Unido, observando as mudanças
no modelo de negócios que se aproximava: cada vez mais digital (dada a
velocidade de lançamento de novas tecnologias, como aparelhos celulares,
lançados anualmente), competitivo, rápido e globalizado. No ano de 2001,
a economia criativa foi colocada em prática na Austrália, com um grande
apoio do governo trabalhista aos 13 setores que tinham capacidade de
gerar renda, baseados no capital intelectual e na criatividade como
premissa para acelerar o desenvolvimento socioeconômico do país.
O crédito da criação do termo “economia criativa” é de John Howkins,
um britânico, autor da obra The Creative Economy – How People Make
Money From Ideias (Economia Criativa – Como Ganhar Dinheiro com
Ideias Criativas), best-seller de 2001. Howkins organizou um “manual”
sobre o setor de economia criativa, dando visibilidade ao fato de não só
ser possível, mas sobre o futuro ser de negócios que utilizam o capital
intelectual como forma de se tornarem cada vez mais lucrativos.
Com o advento da globalização
cada vez mais presente no dia a
dia das pessoas, a preocupação
com a economia tradicional e os
postos de trabalho aumentavam, à
medida que a competição externa

119
também aumentava. Utilizando-se de suas vantagens comparativas,
cada país passava a produzir o que lhe era mais vantajoso, seja pela
abundância de matéria-prima, mão de obra ou redução de custos. Se,
por exemplo, numa economia liberal, o país X produz celulares melhores
e mais baratos que os produzidos no país Y, a população de Y tenderá
a comprar os aparelhos de X, e o capital passa a migrar para outros
Estados, desacelerando a indústria local de aparelhos telefônicos.
Foi-se percebendo que, para sobreviverem, as empresas deveriam
adotar táticas de redução de preços (vencendo seus concorrentes diretos
pelos preços mais baixos) ou de diferenciação (onde seus produtos/
serviços seriam diferentes ao ponto de serem atrativos mesmo quando
cobrados um valor mais alto). Com a adoção dessas políticas, a indústria
local passaria a aumentar sua competitividade, mesmo frente a
empresas estrangeiras, podendo representar um maior fluxo de capital
circulando dentro das fronteiras geográficas do Estado, já que seus
produtos competiriam diretamente com os importados, seja em preço
ou em diferenciação, aquecendo a economia nacional.
Para tanto, o principal fator determinante para essa revolução era
o próprio ser humano. Sua força de trabalho, habilidades, qualificações e
inteligência representavam a chave para alcançar os objetivos almejados.
Porém, quando se tratava da diferenciação, a capacidade de encontrar
novas formas de oferecer os produtos/serviços era fundamental. A
criatividade passou então a integrar os diversos setores empresariais,
desde os operários até os tomadores de decisão. Valorizada pela sua
importância, a criatividade extrapolou os limites físicos de empresas,
cidades, governos e países, tornando-se um novo setor da economia
mundial. Como principal ferramenta para o desenvolvimento da
economia criativa, investimentos em educação se tornaram essenciais.

120
3.2 Áreas da economia criativa
Os 13 setores foram agrupados em quatro categorias:

1. Consumo ou Criações 2. Cultura, considerando


Funcionais, englobando áreas patrimônios e artes, expressões

como moda, design, arquitetura e culturais, artes cênicas e música;


publicidade;

4. Tecnologia e Inovação,
3. Mídias, abrangendo editorial representando P&D, tecnologias
e audiovisual; da informação, biotecnologia e

tecnologias da comunicação.

Esses subsetores foram agrupados de maneira didática, para


facilitar a compreensão e o enquadramento em uma atividade econômica
específica. As imagens a seguir, retiradas de relatórios sobre o setor
realizados pelo Observatório P7 Criativo e FIRJAN, respectivamente,
dissecam mais sobre as atividades enquadradas dentro de cada categoria,
também apresentados como subsetores. Cada subsetor é analisado de
forma individual dentro dos relatórios mencionados acima, com dados
sobre seu tamanho e representatividade dentro do setor, lucratividade,
número de empregados, quantidade de empresas que atuam na área,
sexo e escolaridade dos envolvidos. A análise do subsetor no presente
trabalho se restringirá ao subsetor relevante para o desenvolvimento do
projeto, Mídias.

121
G/T 20: Economia criativa.
Atividades

G/T 21: Indústria criativa

Apesar de unir subsetores diferentes, o que os agrupa dentro do


setor de economia criativa é o simples fato de que a principal forma
de gerar valor é através da criatividade. As ideias, criações, invenções,
protótipos, rascunhos, fórmulas, tudo faz parte do processo criativo, e
uma grande porção do que é desenvolvido dentro desse setor se encontra
protegido como direito de propriedade intelectual.
122
Considerada como uma poderosa fonte de transformação, a
economia criativa foi reconhecida pela Organização das Nações Unidas
(ONU), como um novo setor da economia global, sendo publicada no
seu artigo para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, 2009), além
da Conferência sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em 2008
e novamente em 2010. No âmbito nacional, os principais estudos sobre
o setor em questão foram desenvolvidos pela FIRJAN (Federação das
Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) em 2008, pela FUNDAP (Fundação
de Desenvolvimento Administrativo) em 2011 e pelo Ministério da Cultura.

3.3 O que é?
É um conjunto de empreendimentos realizados com base no capital
intelectual, na criatividade e na cultura, gerando valor econômico. Ela
cria empregos, ajuda a estimular a criação de renda, tem participação
nas receitas de exportação, e promove o desenvolvimento humano, além
da diversidade cultural.
“A economia criativa abrange todo o ambiente de negócios
que existe em torno da indústria criativa, aquela baseada em bens e
serviços criativos”, explica Ana Carla Fonseca, professora do MBA em
Bens Culturais da Fundação Getúlio Vargas/SP. Quando nos referimos
a economia criativa, pode-se pensar que ela engloba tudo que tenha
relação com a criatividade. Essa, porém, é uma noção equivocada, já que,
para fazer parte do setor, deverá obrigatoriamente existir ao menos uma
parte lucrando diretamente com a atividade praticada.
Em outras palavras, o setor de economia criativa é o espaço que
engloba as atividades que visam a lucratividade, mas a alcançam por meio
de intangible assets, ou seja, recursos intangíveis, e o capital intelectual.

123
O produto final do processo criativo deve gerar valor monetário, riqueza,
e é contabilizado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Os recursos intangíveis dizem respeito a obras que não possuem um
aspecto físico, não podem ser tocadas, não tem corpo material. Como
exemplo temos as músicas, os filmes, os softwares, as marcas dos
produtos (que chegam a valer muito mais que as próprias empresas, os
bens materiais que possuem, como Apple e Disney) e o conteúdo de um
livro. A propriedade intelectual envolve a proteção desses recursos, lhes
conferindo o valor comercial por direito, como patentes e copyrights.
Ainda de acordo com Ana Carla Fonseca, uma referência
internacional no setor abordado e sócia na Garimpo de Soluções,
empresa de consultoria, uma característica do setor é o efeito “nobody
knows” (ninguém sabe): cada vez que se cria um novo produto, ele sairá
diferente dos anteriores.

O que antes se mostrava apenas como um campo preocupado


com a regulação da produção, distribuição e consumo de bens,
dá espaço para a emergência de uma indústria que vende ideias e
soluções para o dia a dia das pessoas em todo o mundo. É o único
tipo de economia onde a imaginação e a criatividade influenciam
as decisões de compra porque agrega os valores econômicos e
culturais, gerando riqueza, impacto social e diversidade. A criação de
valores é algo essencial e traz retornos significativos para as marcas
engajadas, já que a matéria prima que oferecem é a criatividade e o
capital intelectual, ou seja, conteúdo criativo com valor econômico.

TRANSFORMAÇÃO DIGITAL, 2017.

É um conjunto de empreendimentos realizados com base no capital


intelectual, na criatividade e na cultura, gerando valor econômico. Ela
cria empregos, ajuda a estimular a criação de renda, tem participação
das receitas de exportação, e promove o desenvolvimento humano, além
da diversidade cultural.
“A economia criativa abrange todo o ambiente de negócios

124
que existe em torno da indústria criativa, aquela baseada em bens e
serviços criativos”, explica Ana Carla Fonseca, professora do MBA em
Bens Culturais da Fundação Getúlio Vargas/SP. Quando nos referimos
a economia criativa, pode-se pensar que ela engloba tudo que tenha
relação com a criatividade. Essa, porém, é uma noção equivocada, já que,
para fazer parte do setor, deverá, obrigatoriamente, existir, ao menos,
uma parte lucrando diretamente com a atividade praticada.
Em outras palavras, o setor de economia criativa é o espaço que
engloba as atividades que visam a lucratividade, mas a alcançam por meio
de intangible assets, ou seja, recursos intangíveis, e o capital intelectual.
O produto final do processo criativo deve gerar valor monetário, riqueza,
e é contabilizado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Os recursos intangíveis dizem respeito a obras que não possuem um
aspecto físico, não podem ser tocadas, não tem corpo material. Como
exemplo temos as músicas, os filmes, os softwares, as marcas dos
produtos (que chegam a valer muito mais que as próprias empresas, os
bens materiais que possuem, como Apple e Disney) e o conteúdo de um
livro. A propriedade intelectual envolve a proteção desses recursos, lhes
conferindo o valor comercial por direito, como patentes e copyrights.
Ainda de acordo com Ana Carla Fonseca, uma referência
internacional no setor abordado e sócia na Garimpo de Soluções,
empresa de consultoria, uma característica do setor é o efeito “nobody
knows” (ninguém sabe): cada vez que se cria um novo produto, ele sairá
diferente dos anteriores.
Tudo muda, disso ninguém tem dúvida. E que o mundo está
constantemente em mudança, também não. Os modelos de negócios
praticados nos últimos séculos remontam desde a primeira revolução
industrial, uma produção industrial linear, com uma hierarquia
vertical e uma forte separação das etapas desde a concepção, produção e
distribuição, até chegar no consumidor final. Esse processo centralizado

125
inclusive dispensa mão de obra humana em partes, sendo substituído
pela automação, pelo fato da constante repetição de tarefas, que não
requerem raciocínio ou habilidades humanas. Todavia, podemos observar
um desmantelamento desse sistema, enfraquecendo aos poucos, pela
vulnerabilidade perante as mudanças enfrentadas.
Lala Deheinzelin, em 2003, disse que isso só é possível graças à
transformação de um sistema linear para um de crescimento exponencial.
Tangibilizando o universo, 2 + 2 = 4, o que é válido para nossa política e
economia. Apesar disso, temos as inúmeras conexões que são resultado
das TICs¹, com a sua soma de conhecimentos, os processos cada vez mais
colaborativos e otimizadores de recursos, 2 + 2 se torna mais do que
4. Peter Diamandis² explica, na imagem a seguir, que, enquanto trinta
passos dados linearmente (1, 2, 3, 4, 5 etc) te conduzem trinta metros de
distância, os mesmos trinta passos dados exponencialmente (1, 2, 4, 8,
16 etc), representam um bilhão de metros, o equivalente a 26 voltas no
planeta Terra.

G/T 22: Passos

¹Teorias da Informação e Comunicação, todas as vias técnicas que são utilizadas para
processar a informação e assistir na comunicação, incluindo aparelhos de comunicação
móvel, hardwares de computadores e a rede pela qual transitam as informações.

²Engenheiro, médico e empresário greco-americano, é CEO e fundador (ou co-fundador)


de diversas empresas, como a X Prize Foundation e International Space University,
126 além de co-autor de um best seller do The New York Times.
Como forma de substituir esse modelo em decaída, a economia
criativa se porta de maneira mais flexível, o que lhe permite uma maior
capacidade de sobreviver às mudanças por adaptação. Não mais se
concentra o poder verticalmente, mas se tem uma descentralização e
multipolaridade, integrando mais pessoas à cadeia produtiva. Pelo fato
de se tratar de uma economia mais dinâmica, é um ambiente bastante
favorável para o surgimento de novas ideias, formas de se expressar, se
sustentar financeiramente e de comercialização.
A economia criativa tem conquistado mais espaço, mesmo em
tempos de crise, se saindo melhor do que setores mais tradicionais da
economia. Isso se deve ao fato de que “a criatividade e inovação são as
molas propulsoras para a sobrevivência e recuperação” segundo o Rock
Content em 2018. Reino Unido incluiu a economia criativa como um dos
seus setores, e Estados Unidos e Alemanha estão propondo práticas que
fortaleçam a utilização da inovação e da criatividade dentro das suas
indústrias.
Em momentos de crise, principalmente econômica, o
comportamento das pessoas muda. Seus hábitos de compra, as escolhas
de marcas, utilização de serviços considerados “supérfluos” são facilmente
descartados do orçamento, demissões em massa em vista da redução dos
gastos – tanto dos consumidores quanto dos empresários -, diminuição
dos limites de crédito bancário, pelo alto risco de não-pagamento. Lidar
com esse ciclo vicioso é um desafio para qualquer governo, empresa,
organização e pessoa física. Mas esses momentos são ótimas oportunidades
para o surgimento de novos modelos de negócios, novos produtos e
serviços que atendem à demanda atual
da população, na sua determinada
circunstância.
São momentos ideais para “pensar
fora da caixinha”, testar novas formas
de fazer as mesmas coisas, simplificar
127
e diminuir custos de formas de negócio já estabelecidas, simplesmente
pelo fato de que já não se encaixam mais na realidade do consumidor,
seja pelo valor comercial, pela necessidade, importância, benefícios ou
qualquer outro motivo.

3.4 Economia criativa no mundo


Inicialmente implantada na Inglaterra, a economia criativa não
permaneceu dentro de um limite geográfico, pelo contrário, extrapolou
fronteiras. Ao perceberem a necessidade de se adaptar às mudanças que
apareciam no horizonte, mais e mais países foram adotando modelos
parecidos de incentivo à criatividade, inovação e desenvolvimento
tecnológico. A relevância desse projeto logo foi notada, sendo reconhecida
como um setor pela ONU. Dentro das suas possibilidades, crenças, valores
e políticas, cada Estado determinou a melhor forma para implantar o
novo sistema econômico baseado na inovação criativa, capaz de gerar
renda.
Peça motora para alavancar o crescimento desse setor, a educação
ganhou cada vez mais destaque, em especial nos países desenvolvidos,
sendo percebida como a chave para oferecer as melhores oportunidades
possíveis para os envolvidos na indústria criativa. Com a preocupação
com sustentabilidade, as 17 metas da ONU, a escassez de recursos
materiais e naturais, o aumento na população mundial, e problemas
humanitários, como doenças e fome, um novo modelo de produzir e
consumir era necessário.
Não mais se poderia viver no “American Way of Life”, o consumismo
desenfreado, sem pensar nas próximas gerações, no desperdício, nas
espécies de animais em extinção, no desmatamento, petróleo, água
potável, entre tantos outros recursos que acreditávamos infindáveis.
128
O impacto do homem no planeta Terra era indiscutível, o desafio
é diminuir ao máximo os efeitos negativos da presença humana. A
economia criativa por si só não consegue resolver todos esses problemas.
Mas, utilizando todas as áreas disponíveis para atuação, todas as mentes
criativas e capacitadas, toda a inovação e tecnologia, pode ser a resposta
para uma grande maioria dos problemas encontrados hoje.

Modelos da macroeconomia de escala tiveram sua importância e


função na sociedade de massa, mas na sociedade do nicho e da
diversificação são necessários outros. Nosso maior desafio é fazer
esta mudança de paradigma: do foco no tangível, quantitativo
(infraestrutura, mercado financeiro, competição) para o foco
no intangível, qualitativo (economia criativa, novas tecnologias,
colaboração). Devemos levar em conta as condições e características
destes tempos, onde os cenários mudam tão rapidamente. A crise
de 2008 leva a Espanha, em parte endividada por políticas focadas
em infraestrutura, a uma severa crise. A Islândia por sua vez, ao
investir no ciclo virtuoso dos intangíveis (economia criativa + TICs
+ foco no social) tornou-se referência mundial de recuperação pós-
crise. Anualmente Hollywood produz 1.000 horas de conteúdo e tem
uma audiência de 2.6 bilhões de pessoas. O Youtube, criado em 2005,
produz essa quantidade de conteúdo em vinte e um minutos e tem
essa mesma audiência em vinte e um dias.

LALA DEHEINZELIN, 2003

A forma pela qual os países conseguem sair de situações difíceis,


como uma crise, se, ao invés de ser pensada somente levando em
consideração os âmbitos políticos e econômicos, analisada através da
perspectiva humana, com toda sua capacidade de inovar, de criar coisas
nunca antes imaginadas, encontrar saídas “pela tangente”, pode gerar
resultados ainda melhores. O fato da utilização de recursos intangíveis
nos dá a garantia de não entrarem em extinção. Por se tratar de capital
intelectual, enquanto existirem seres humanos conscientes, teremos
matéria-prima e mão de obra no setor.
Uma pesquisa divulgada pela ONU News, em 2019, e realizada
pela Unctad, nos mostra um resultado favorável, mesmo em períodos

129
de crise financeira: o mercado de bens criativos no mundo teve um
salto exponencial de 2002 para 2015, passando de US$208 bilhões para
US$509 bilhões, uma taxa de crescimento médio que superou 7%, com
a conclusão de que a “economia criativa pode catalisar mudanças e
construir sociedades mais inclusivas, conectadas e colaborativas”. (ONU
News, 2019)

3.4.1 Soft power


Soft power é um termo criado em 1990, pelo norte-americano Joseph
Nye, um cientista político. Com a intenção de se referir à habilidade de
um certo país de influenciar outro pela persuasão, através da utilização
de ferramentas culturais, podendo ser a língua, cinema, esporte, música,
comida, entre outros; conseguindo atingir seus objetivos econômicos e/
ou políticos mais facilmente.
A utilização de soft power pelos Estados é algo que, muitas vezes nos passa
despercebido, porém é uma das formas mais eficientes que um país tem
de influenciar o que acontece dentro de outro. Isso se dá, principalmente,
no consumo. Como principais exemplos podemos citar os filmes que
assistimos, as músicas que ouvimos, nossas preferências na alimentação,
as marcas de vestuário que compramos. A seguir serão apresentados dados
que comprovem a presença do soft power, majoritariamente dos Estados
Unidos, dentro no Brasil. Para tanto, utilizaremos os maiores sucessos de
bilheteria de 2019 e as marcas mais consumidas na alimentação, higiene
e no vestuário brasileiro.

130
Filme Estúdio Estúdio Arrecadação (em R$) Público Total
Vingadores: Ultimato Disney/Marvel Disney/Marvel 353.204.628 19.686.119
O Rei leão Walt Disney Studios Walt Disney Studios 287.384.674 16.267.649
Minha mãe é uma peça 3 Downtown/Paris Filmes Downtown/Paris Filmes 180.979.387 11.498.050
Coringa Warner Bros Warner Bros 156.534.483 9.726.567
Capitã marvel Disney/Marvel Disney/Marvel 153.477.449 9.001.043
Toy story 4 Disney/Pixar Disney/Pixar 135.239.503 7.942.430
Homem-aranha: Longe de casa Sony/Marvel Sony/Marvel 117.423.247 6.541.784
Malévola: Dona do mal Walt Disney Studios Walt Disney Studios 91.617.212 5.800.314
Aladdin Walt Disney Studios Walt Disney Studios 84.671.948 4.767.389
WiFi Ralph - Quebrando a internet Walt Disney Studios Walt Disney Studios 64.840.752 4.316.401
Como treinar o seu Dragão 3 Universal Studios Universal Studios 58.092.186 3.900.077
Nada a perder 2 Downtown/Paris FIlmes Downtown/Paris FIlmes 56.715.696 5.781.934
Star Wars: A Ascenção Skywalker Disney/Lucasfilm Disney/Lucasfilm 53.554.158 2.787.087
Shazam! Warner Bros. Warner Bros. 47.585.062 2.898.278
It - Capítulo Dois Warner Bros. Warner Bros. 47.378.190 3.129.434
Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw Universal Pictures Universal Pictures 43.507.605 2.690.132
Dumbo Walt Disney Studios Walt Disney Studios 29.527.559 1.829.341
Turma da Mônica: Laços Downtown/Paris Filmes Downtown/Paris Filmes 29.298.137 2.078.929
Homem-Aranha no Aranhaverso Sony Pictures Sony Pictures 29.292.645 1.909.646
De Pernas pro ar 3 Downtown/Paris Filmes Downtown/Paris Filmes 28.295.639 1.823.714

Fonte: Eleve com base no Wikipedia


G/T 25: Filmes

Na lista divulgada pela Wikipedia constam os vinte maiores


arrecadadores de bilheteria de 2019. Dentre eles, apenas quatro são
brasileiros (representados pelo Estúdio Downtown/Paris Filmes), sendo
os outros 16 divididos entre Disney, Sony, Warner e Universal, todos
estadunidenses, reforçando o soft power dos Estados Unidos.
Em uma pesquisa realizada pela Brand Footprint, empresa cujos
relatórios anuais visam analisar as marcas mais consumidas durante o
ano, chegou a esse resultado no Brasil:

1 Coca-Cola 6 Nissin (Japão)


2 Ypê (Brasil) 7 Nescau (Brasil)
3 Colgate (Estados Unidos) 8 Soya (Multinacional – Bunge)
4 Italac (Brasil) 9 Piracanjuba (Brasil)
5 Tang (Estados Unidos) 10 Vitarella (Brasil)

G/T 26: Marcas mais consumidas

131
Sem contar com o grande número de empresas de fast food, como
McDonald’s, Bob’s, Giraffas, Burger King, Pizza Hut, entre inúmeras outras
opções. Percebemos que a influência de outras culturas sobre a nossa é
forte, mas temos dificuldade em enxergar que é intencional.

Posição de Marcas

1. Nike 9. American Eagle


2. Forever 21 10. Hollister
3. Adidas 11. Converse
4. Vans 12. Under Armour
5. Old Navy 13. Tommy Hillfliger
6. Victoria Secret 14. Rue 21
7. H&M 15. Gap
8. Calvin Klein

Fonte: Eleve
G/T 27: Posição das marcas.

No setor de vestuário, o site InfoMoney trouxe uma lista com as


15 marcas mais utilizadas pela geração Z, jovens entre 13 e 21 anos, em
2019. Nenhuma surpresa ao constatarmos que as quinze marcas são
estrangeiras. Com exceção da H&M, marca sueca, todas as outras são
estadunidenses.
Para tangibilizar o conceito do soft power, a Academy of Soft
Technologies, em Beijing, disponibilizou um arquivo, posteriormente
traduzido para o modelo encontrado abaixo, explicando as abrangências
e diferenças entre o soft power e o hard power, usando o exemplo da
China.

132
PODER NACIONAL
Poder “soft” - Intangíveis Poder “hard” - Tangíveis
Integração
Funcionalidade Estrutura
MULTI CAPITAIS Poder econômico
- Capital Natural
- Capital Social CAPITAL ‘’HARD’’
- Capital Humano - Recursos materiais
- Capital Cultural - Capital financeiro

CAPACIDADE DE INOVAÇÃO SOFT TECH Poder da defesa Nacional


-Tecnologias de gestão organizacional
Poder Hard Tech
-Tecnologias r de comercialização
-Tecnologias diplomáticas AMBIENTE ‘’HARD’’
- Tecnologias do conhecimento etc... Infra-estrutura
MULTI CAPITAIS Base industrial
- Ambiente insitucional: políticas, leis, Matéria Prima
regulamentação, indicadores outros tangíveis
- Ambiente cultural
- Mercado local e internacional
- Infraestrutura adequada para o intangível
G/T 28: Poder Nacional Fonte: Eleve com base em Jim Zhouying, Academy of Soft Technologies, 2009

3.4.2 Importância do soft power


na economia criativa
Baseado na intangibilidade dos recursos, o soft power é fundado
através do uso de multi-capitais, sendo eles:

1. Capital Natural 2. Capital Social

3. Capital Intelectual 4. Capital Cultural

Seus principais valores residem na capacidade de inovação de um


país nas tecnologias intangíveis de gestão organizacional, comercialização,
diplomacia e conhecimento, além de prover um ambiente mais receptivo

133
para inovações, seja na política, regulamentações, cultura, doméstico x
estrangeiro.
Tudo isso é a exata materialização do que a economia criativa propõe,
portanto, do que estamos propondo. Os exemplos que foram citados
aqui – filmes, alimentação, marcas de vestuário -, foram escolhidos
propositalmente, por representarem eixos dentro dos subsetores, como
cultura, moda e gastronomia.

3.5 Tendências de crescimento


mundo x Brasil
Ray Kurzweil, inventor e futurista, afirma “devido à explosiva
natureza do crescimento exponencial, o século XXI trará progressos
equivalentes a 20.000 anos na velocidade atual de crescimento.
Aproximadamente 1.000 vezes mais do que o século XX”.
A seguir serão apresentados dados que mostram a tendência do
crescimento da área de Mídia, um dos quatro grupos dentro do setor,
relevante para a futura análise do subsetor. Os dados comparam a média
de crescimento global e brasileira.

134
G/T 29: Entretenimento e Mídia: escala e
crescimento nos mercados globais 2016-2021.

Taxa de crescimento anual composta estimada para segmentos selecionados -


2016-2021 (CAGR acima do PIB)

Vídeo em internet 6,0%


8,8%

Publicidade em internet 4,3%


11,9%

Games 2,7%
16,6%

Cinema -1,2%
6,8%

8,0%
Música -2,0%

Publicidade em TV -2,8%
5,5%

Rádio -3,4%
0,9%
Brasil
TV & Vídeo (tradicional) -4,2%
2,2%
Mundo
Livros -4,5%
-0,6%

G/T 30: Taxa de crescimento anual composta estimada para


segmentos selecionados 2016-2021 (CAGR acima do PIB) Fonte: Eleve com base no GEMO, 2017.

A comparação nos mostra que o nível de crescimento projetado


entre os anos analisados (2016-2021) do Brasil é maior que a média
mundial para o subsetor de mídia e entretenimento. Isso representa
uma oportunidade, visto que é o subsetor onde o projeto se insere. Em
um cenário otimista, as projeções se concretizam e o setor passa a ser

135
mais lucrativo do que é atualmente. Realisticamente, devido às crises,
as projeções não serão totalmente alcançadas, mas o cenário continua
apresentando melhoras significativas. Já pensando negativamente, o
cenário continua estável, sem melhorias, o que não se apresenta como
uma ameaça.

3.6 Economia criativa no Brasil

G/T 31: Economia criativa no Brasil.

Gerando uma média de mais de quatro milhões e meio de empregos,


no ano de 2016, o setor de economia criativa é dominado pela área de
cultura no país, sendo que mídia responde por apenas 8% do setor. Os
dados a seguir serão apresentados como uma análise do setor no país,
seguido pela análise da performance no estado de Minas Gerais.

136
3.7 Empresas no setor

526.647 EMPRESAS Fonte: RAIS 2016

59,1% 26,2%
CULTURA CRIAÇÕES
FUNCIONAIS

6,6%
TECNOLOGIA 8,1%
E INFORMAÇÃO MÍDIA

G/T 32: Empresas


Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

Mais de meio milhão de empresas são responsáveis por disseminar


a economia criativa no país, onde, novamente, o subsetor de cultura
encabeça o desenvolvimento do setor. A grande maioria das empresas
são microempresas (cerca de 85% do total), seguidas pelas de pequeno
porte, como mostra o gráfico abaixo:

1,18%
Economia
Criativa 8,44%

2,48%
Tecnologia
e Inovação 2,75%

1,28%

Mídia 8,89%

8,28%

Cultura 8,93%
1,87%
Criações
Funcionais 8,25%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Microempresa (MEI) Pequeno porte (EPP) Médio Porte Grande Porte

G/T 33: Porte de empresas


Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

137
3.8 Postos de emprego e
média salarial

4651
4970

41.668 58.738 285.253


39.766 53.256
45.459
29.868 147.858
5.944
8.798 32.769
26.261
44.733 179.673

129.356

457.925
48.766 79.822

1.471.424
442.665

328.655

363.884

354.464

Figura 9: Distribuição de postos de emprego Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

A análise do mapa acima nos ilumina quanto a distribuição dos


postos de emprego do setor de economia criativa no país. O estado com
maior número de empregados é São Paulo, com quase um milhão e
meio de pessoas trabalhando no setor. Seguido por Minas Gerais e Rio
de Janeiro, com quase meio milhão cada. A região sul do país apresenta
números bem relevantes quando comparados com a região norte, a mais
carente do setor.

138
Até 1 mil

De 1 a 2,5 mil

De 2,5 a 5 mil

De 5 a 10 mil

Mais de 10 mil

Figura 10: Distribuição do subsetor Mídias Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

Na análise do subsetor Mídias, também com distribuição geográfica,


continuamos apresentando o mesmo padrão de recorrência, onde a
maior parte se encontra em São Paulo, seguido de Minas Gerais, Rio de
Janeiro e região sul do país. Em último lugar temos regiões do norte
do país e Tocantins. A tabela a seguir mostra números para facilitar a
compreensão da quantidade de pessoas empregada pelo setor.

139
UF . 10 MAIORES Empregados (2016) % do Brasil

São paulo 1.471.474 31.62%


Minas Gerais 457.925 9.84%
Rio de Janeiro 442.655 9,51%
Rio Grande do Sul 354.646 7,62%
Paraná 320.655 6,89%
Santa Catarina 303.884 6,53%
Ceará 205.253 4,41%
Bahia 197.073 3,85%
Pernambuco 147.858 3,18%
Goiás 129.356 2,78%

Fonte: Eleve com base no Rais, 2016


G/T 34: UF com mais empregos pelo setor

O salário mensal da área de economia criativa alcança e ultrapassa


a casa dos dez bilhões de reais, o que significa que, de todo o volume
salarial arrecadado no país, R$10 bilhões foram gastos com funcionários
do setor de economia criativa. Considerando o gasto de 928 bilhões de
reais com o pagamento de servidores públicos, de acordo com a Folha
em 2019, é uma representatividade de 1% para um setor novo.

RS 10,24 BI massa salaria mensal


Fonte: RAIS 2016

37,3% 22,4%
CULTURA CRIAÇÕES
FUNCIONAIS

28,8%
TECNOLOGIA 11,5%
E INFORMAÇÃO MÍDIA

G/T 35: Massa salarial mensal Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

140
Ainda apresentamos a faixa salarial subsetorizada, suas respectivas
diferenças percentuais para o salário médio do ano (2016), quantidade de
pessoas empregadas e média salarial. É possível observar que o subsetor
de Mídia teve uma diferença percentual positiva frente ao salário médio
de 2016, e é o setor com menor número de empregados.
Diferença
percentual para Número Massa salarial
Salário o salário médio de empregados mensal
Grupo
Médio Brasil 2016 em 2016 (em bilhões)

Criações funcionais R$ 1.734,28 -36.51% 1.323.107 2,29

Cultura R$ 1.600,70 -41,40% 2.388.088 3,82

Mídia R$ 3.142,84 15,05% 374.340 1,18

Tecnologia e R$ 5.184,62 89,80% 568.553 2,95


inovação

Economia R$ 2.200,53 -19,44% 4.654.088 10,24


Criativa
G/T 36: Salário médio
Fonte: Eleve com base no Rais, 2016

Em última análise, apresentamos a média salarial por gênero e


subsetor, nos permitindo identificar que as mulheres ainda ganham
menos que os homens. Apesar disso, pela metodologia utilizada na
pesquisa primária não é possível afirmar que há uma disparidade salarial
entre homens e mulheres ocupando o mesmo cargo, somente que os
homens ganham mais, talvez por ocuparem cargos mais elevados que as
mulheres analisadas.
R$ 5.891,37

R$ 4898,98
R$ 3.395,75
R$ 2.802,01 R$ 2.587,65
R$ 1.924,38 R$ 1.813,79
R$ 1.571,80 R$ 1.800,22 R$ 1.413,52

Criações Cultura Mídia Tecnologia


Funcionais e inovação

Masculino Feminino Fonte: Eleve com base no Rais, 2016

G/T 37: Média salarial por gênero e subsetor


141
3.9 Nível de escolaridade e sexo
dos envolvidos no setor
Médio Completo
4%
Superior completo 10%

Fundamental Completo

Médio Incompleto 18%

Fundamental Incompleto 52%

Fundamental Incompleto 11%

Mestrado 0,26%
13%
Analfabeto 0,21%

Doutorado 0,10%

G/T 38: Nível de escolaridade dos envolvidos no setor Fonte: Eleve com base no Rais, 2016

Representatividade no grau de escolaridade


abaixo da representatividade geral
Representatividade no grau de escolaridade
acima da representatividade geral

14,49%
10,10%
11,68% Representatividade de Economia Criativa
11,04% no total de emprego formais do Brasil)
9,24% 10,10%

6,88%
6,50%
4,81%
3,91%

G/T 39: Representatividade do grau de escolaridade Fonte: Eleve com base no Rais, 2016

Um fator que despertou a curiosidade foi o nível de escolaridade das


pessoas envolvidas no setor de economia criativa. O resultado: mais da
142
metade possui apenas o ensino médio completo. Isso se deve ao fato de
que a matéria-prima utilizada não é algo necessariamente desenvolvido
na academia. Inteligência, criatividade e inovação nem sempre podem
ser ensinadas. Ainda é possível perceber, pela imagem abaixo, que a
média do setor é de mais trabalhadores do sexo masculino, em especial
no subsetor de tecnologia e inovação.

Economia
Total 56,01% 43,99%

Economia
Criativa 49,98% 50,02%

Tecnologia 80,74% 39,26%


e Inovação

Mídia 57,40% 42,68%

Cultura 48,40% 51,60%

Criações 46,08% 53,92%


Funcionais

Masculino Feminino

G/T 40: Economia por gênero Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

143
3.10 Participação do setor
no PIB
PIB Criativo
2017 Estimado:
R$ 171,5 bi 2,64%
2,49% 2,56% 2,61%
2,38%
2,55% 2,62% 2,62%
2,20% 2,21%
2,46%
2,26% 2,37%

2,09%

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017
G/T 41: PIB Criativo Fonte: Eleve com base no Firjan, 2018

Nos dados mais recentes sobre o impacto da Economia Criativa


no Produto Interno Bruto Brasileiro, obtivemos uma representatividade
de quase três por cento. Isso significa que, de tudo o que é arrecadado
no país, nos mais diversos setores, inclusive exportação, três por cento
dessa arrecadação é realizada pelo setor de economia criativa. A média
nacional é dissecada por estados no próximo gráfico, sendo São Paulo, Rio
de Janeiro e Distrito Federal responsáveis pela maior parte da produção
no setor.

2,61% BR

SP RJ DF SC AM RS PE CE MG PR MS RR GO PI AC MT ES PA PB SE RN BA AP RO AL MA TO
2015 2017

G/T 42: Produção no setor Fonte: Eleve com base no Firjan, 2018

144
3.11 Economia criativa em
Minas Gerais

A economia
criativa em
Minas Gerais

457.925
EMPREGOS
fonte: Rais 2016

30,3%
54% CRIAÇÕES
CULTURA FUNCIONAIS

9,7%
TECNOLOGIA 6%
E INFORMAÇÃO MÍDIA

Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016


G/T 43: Economia criativa em MG

A Economia Criativa em Minas Gerais é representada por mais de 450


mil empregos, sendo mais da metade na área de cultura, principalmente
voltada para a proteção e conservação de patrimônios culturais, muitas
vezes cidades inteiras se enquadram nessa categoria. As principais
cidades que se desenvolvem no setor são Belo Horizonte, Juiz de Fora e
Uberlândia, como representados na tabela abaixo, polos de inovação e
que possuem um grande público jovem, por serem cidades universitárias.

145
Municípios Empregados Economia Criativa % do MG
Belo horizonte 104.400 22,80%
Juiz de Fora 19.144 4,18%
Uberlândia 19.126 4,18%
Contagem 15.750 3,44%
Nova Serrana 9.636 2,10%
Ubá 9.384 2,05%
Uberaba 8.376 1,83%
Divinópolis 7.438 1,62%
Nova Lima 6.914 1,51%
Montes Claros 6.769 1,48%
Pouso Alegre 6.587 1,44%
Governador Valadares 6.020 1,31%
Poços de Caldas 5.844 1,28%
Betim 5.657 1,24%
Sete Lagoas 5.652 1,23%
Ipatinga 5.596 1,22%
Patos de Minas 4.827 1,05%
Muriaé 4.383 0,96%
Passos 3.830 0,84%
Extrema 3.460 0,76%

G/T 44: Empregos economia criativa MG Fonte: Eleve com base RAIS, 2016

RS 10,24 BI massa salaria mensal


Fonte: RAIS 2016

43,19% 24,8%
CULTURA CRIAÇÕES
FUNCIONAIS

24,7%
TECNOLOGIA 7,3%
E INFORMAÇÃO MÍDIA

G/T 45: Massa salarial mensal MG Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

A massa salarial mensal dos envolvidos no setor é de quase 800


milhões, no estado de Minas Gerais, tendo a maior representatividade
também na área de cultura. Vale lembrar que diferentes subsetores, áreas
e cargos recebem diferentes valores salariais, o que não necessariamente
implica em salários mais altos em uma área, podendo ser apenas mais
pessoas trabalhando, portanto, mais salários a serem pagos. A tabela
abaixo mostra a média salarial por subsetor no ano de 2016 e o número de
funcionários por área, explicando o resultado obtido na massa salarial.

146
Diferença Massa
Salário
percentual para Número de salarial
Grupo médio
o salário médio empregados mensal
2016
Brasil 2016 (em bilhões)
Criações Funcionais R$ 1.409,46 -39,82% 138.813 R$ 195,65
Cultura R$ 1.377,78 -41,17% 247.102 R$ 340,45
Mídia R$ 2.095,25 -10,54% 27.437 R$ 57,49
Tecnologia e inovação R$ 4.366,66 86,44% 44.573 R$ 194,64
Economia Criativa R$ 1.721,30 -26,51% 457.925 R$ 788,23

G/T 46: Salário Médio Fonte: Eleve com base RAIS, 2016

Temos ainda dados da existência formal de 63.561 empresas atuando no setor,


sendo 60% na área de cultura, o que nos deixa mercado para ser explorado nas
outras áreas, que apresentam grande potencial de crescimento.

63.561 EMPRESAS Fonte: RAIS 2016

60,9% 26,7%
CULTURA CRIAÇÕES
FUNCIONAIS

5,3%
TECNOLOGIA 7,1%
E INFORMAÇÃO MÍDIA

G/T 47: Potencial de crescimento Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

0,80%
Economia
Criativa 87,93% 10,97% 0,24%

2,83%
Tecnologia
e Inovação 80,90% 14,65% 1,12%

8,73%

Mídia 87,96% 10,87% 8,44%

3,88%

Cultura 87,64% 11,54% 8,14%


5,84%
Criações
Funcionais
89,97% 9,00% 8,89%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Microempresa (MEI) Pequeno porte (EPP) Médio Porte Grande Porte

G/T 48: Divisão de empresas Fonte: Eleve com base no RAIS, 2016

147
Das empresas apresentadas, cerca de 85% são microempresas, se
tornando um público atrativo e relevante, pois totalizam cerca de 55.934
empresas.

3.12 Subsetor em mídias/


audiovisual
O Subsetor encontrado foi o de mídia e entretenimento, pelas
características que visamos no projeto. Após entender o funcionamento
e os dados do setor, faremos uma análise do subsetor em critérios
semelhantes.
Assim como no setor, a grande maioria dos envolvidos na área de
mídia não apresentam alto grau de escolaridade, tendo apenas superior
incompleto. O que nos leva a pensar na importância da educação na
qualificação desses profissionais.

Representatividade no grau de escolaridade


abaixo da representatividade geral
Representatividade no grau de escolaridade
acima da representatividade geral

0,81%
Representatividade do grupo Mídia
no total de empregos formais do Brasil)
1,63%

1,82%
0,72% 0,87%

0,47% 0,47%
0,32%
0,27%

Analfabeto Fundamental Fundamental Médio Médio Superior Superior Mestrado Doutorado


Incompleto completo Incompleto completo incompleto completo

Fonte: Eleve com base no Rais, 2016

G/T 49: Escolaridade MG

148
Retrato do Audiovisual no Brasil
G/T 50: Retrato do Audiovisual no Brasil

110 mil 129


Empregos diretos gerados Filmes produzidos em 2013

R$ 15,7 bilhões
Recursos Anuais injetados na
Economia pelo setor audiovisual

0,57%
Participação no PIB Nacional

62,48% 83%
Sendo 1.770 digitalizadas Salas de cinema
de um total de 2.833 digitalizadas no Mundo
Fonte: Eleve com base BNDS E SEBRAE, 2015 salas de cinema

Em 2015, em um relatório do BNDS em parceria com o SEBRAE


e intitulado Estudo de Inteligência de Mercado Audiovisual, foram
divulgados dados específicos quanto a recursos, participação no PIB,
empregos gerados, produção de filmes, entre outros. Sabemos que o
cenário tem mudado e se digitalizado cada vez mais. Por isso realizamos
uma pesquisa secundária sobre o uso de internet pelos brasileiros e
encontramos os seguintes dados, no G1 de 2019:
74% da população concentrada na zona urbana tem acesso à
internet, número esse que é 25 pontos percentuais maior que a população
rural que está conectada. 48% das classes D e E também tem internet,
fazendo parte dos 46,5 milhões de domicílios nacionalmente conectados.
48% dessas pessoas fez uso da internet para compras online, serviços
de streaming de músicas ou filmes, aplicativos de carros ou delivery de
comida.
Como utilização da televisão e serviços de streaming também são
opções para a viabilização do projeto, apresentaremos dados a seguir
sobre a utilização dessas mídias, além de redes sociais e serviços de
música. A média diária nos mostra que passamos mais de nove horas
conectados na internet (seja a lazer ou a serviço), e uma média de três
horas e meia nas redes sociais e televisão (aberta e fechada). Esses
números apontam para uma necessidade de conteúdo do público, o que
pretendemos atender com o projeto.

149
Tempo gasto com mídias
Média diária do tempo gasto consumindo e interagindo com mídia

Média diária de tempo Média diária de tempo Média diária de tempo Média diária de tempo
gasto na internet em gasto nas redes sociais gasto com TV (TV aberta, gasto com streaming
qualquer dispositivo em qualquer dispositivo streaming e ond demand) de música

9h 29m 3h 34m 3h 26m 1h 19m


G/T 51: Tempo gasto com mídias Fonte: Eleve com base Hootsuit, 2019

Os dados apresentados a seguir dizem respeito aos números do


subsetor audiovisual no Brasil, retirados de uma pesquisa do SICAV
(Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual), de Agosto de 2014.
O primeiro gráfico representa o número de empregados formais no
subsetor em comparação com outros serviços e sua evolução de 2007 a
2012.

300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Hotelaria Esporte Impressão Audiovisual Turismo

G/T 52: Comparação com outros setores Fonte: Eleve com base no MTE, 2014

150
Considerando o alto grau de informalidade encontrado na economia,
o próximo gráfico analisa os empregos informais na área audiovisual,
no mesmo período de tempo, e seu crescimento. É possível notar que os
empregos informais são mais representativos do que os formais.

119.330 119.719
110.450
98.665 102.905
95.837

2007 2008 2009 2010 2011 2012


G/T 53: Empregos informais Fonte: Eleve com base no MTE, 2014

No tocante ao salário médio do setor de audiovisual, ele é maior que


o dos outros setores ao longo do período de tempo analisado, sendo de R$
2.735 em 2012. Ao mesmo tempo, o salário médio no setor de serviços foi
de R$ 2.028.

R$ 5.000
R$ 4.250
R$ 3.500
R$ 2.750
R$ 2.000
R$ 1.250
R$ 500

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Hotelaria Esporte Impressão Audiovisual Turismo

G/T 54: Comparação de salário médio Fonte: Eleve com base no MTE, 2014

151
Quanto ao grau de instrução dos empregados no setor, temos que
18,5% dos trabalhadores do setor de serviços possuía ensino superior
completo no ano de 2012, percentual esse que atinge 23,1% na indústria
do audiovisual.

30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%

2007 2008 2009 2010 2011 2012

Serviços Audiovisual Impressão Turismo Hotelaria Esporte


G/T 55: Grau de instrução dos empregados

Analisamos também os efeitos diretos e indiretos do subsetor


na economia, pela grande relevância encontrada nos trabalhadores
informais. E, apesar de representarem um maior número de empregos,
a arrecadação indireta é menor em quase quatro bilhões de reais em
2009. A tabela abaixo compara o valor e a arrecadação de impostos com
outros subsetores.

Emprego Valor Adicionado Arrecadação


(em milhares) (em R$ bilhões) (em R$ bilhões)
Multiplicador 2,09 1,76 1,59
Ano 2012 2009 2009
Direto 109,8 15,7 1,6
Indireto 119,7 11,9 0,9

Total 229,6 27,6 2,5

G/T 56: Valor arrecadado 1 Fonte: Eleve com base no IBGE, 2009

Arrecadação
Setor Valor adicionado Produtor
(em R$ bilhões)
Têxteis 15,0 40,4 1,1
Audiovisual 15,7 34,0 1,6
Artigos do vestuário 17,4 41,6 1,5
Autopeças 18,2 65,7 2,7
Produtos Farmacêuticos 18,6 39,5 1,4

G/T 57: Valor arrecadado 2 Fonte: Eleve com base no IBGE, 2009

152
O número de empregados no subsetor de audiovisual cresceu cerca
de 16,1%, anualmente, entre 2007 e 2012. A economia brasileira, em geral,
cresceu 6,1% a.a. no mesmo período analisado. Ao mesmo tempo, a massa
de salários do subsetor subiu 15,2% a.a., enquanto a economia no geral
subiu 8,2% a.a. Deve-se ressaltar ainda que o aumento da massa salarial
não se deveu por uma mudança no valor do salário, e sim, no aumento
do número de empregados.

R$2.150 18.000
15.000
R$2.100
12.000
R$2.050 9.000

6.000
R$2.000
3.000
R$1.950 0
2007 2008 2009 2010 2011 2012

Emprego Salário Médio

G/T 58: Emprego x Salário Médio Fonte: Eleve com base no MTE, 2014

A média de gastos da família brasileira com atividades culturais é


de 5% da renda, o que engloba os serviços oferecidos por esse subsetor
em questão. Em famílias de classes mais elevadas, a porcentagem sobe
para 6,3%, o que nos mostra que os gastos com cultura são proporcionais
à renda.

Classes de rendimento familiar


Até 830 Até 1.245 Até 2.075 Até 4.150 Mais de
Grupos de despesa Total Até 830
a 1.245 a 2.075 a 4.150 a 6.225 6.225

Despesa de consumo total 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Habitação 34,0% 37,8% 38,0% 36,4% 34,2% 32,9% 31,0%
Alimentação 19,8% 29,6% 27,0% 24,1% 20,5% 17,3% 13,7%
Transporte 19,6% 10,3% 12,0% 14,8% 19,0% 22,1% 25,9%
Cultura* 5,0% 3,6% 3,6% 4,0% 4,7% 5,4% 6,3%
Assistência à saúde 7,2% 5,8% 6,5% 6,9% 7,0% 7,2% 8,1%
Vestuário 5,3% 5,6% 5,5% 5,8% 5,7% 5,1% 4,6%
Educação 2,5% 0,7% 0,9% 1,2% 2,3% 3,3% 4,0%
Despesas diversas 2,6% 1,8% 1,8% 2,1% 2,4% 2,8% 3,2%
Higiene e cuidados pessoais 2,4% 2,9% 2,9% 2,9% 2,6% 2,2% 1,7%
Serviços pessoais 1,1% 0,8% 0,9% 1,1% 1,2% 1,3% 1,2%
Fumo 0,5% 1,0% 0,9% 0,8% 0,6% 0,4% 0,3%

G/T 59: Classes de rendimento familiar Fonte: Eleve com base no POF/IBGE, 2009

153
Classes de rendimento familiar
Grupos de despesa Até 830 Até 1.245 Até 2.075 Até 4.150 Mais de
Total Até 830
selecionados a 1.245 a 2.075 a 4.150 a 6.225 6.225

Despesa total com cultura 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
Reprodução de
1,9% 1,8% 2,2% 1,9% 2,0% 1,8% 1,8%
material gravado
Fila de videocassete gravada
0,8% 1,1% 1,1% 0,9% 0,8% 0,7% 0,7%
CD e DVD
Aluguel de fina de vídeo
1,1% 0,8% 1,1% 1,0% 1,1% 1,1% 1,1%
cassete e DVD
Aquisição de
15,7% 29,5% 22,7% 18,9% 15,4% 13,2% 12,2%
eletrodomésticos
Vídeo 7,8% 20,7% 14,8% 10,6% 6,9% 5,1% 5,4%
Aparelho e acessórios de TV 6,3% 15,6% 11,2% 8,1% 5,5% 4,3% 4,6%
Aparelho e acessórios
1,4% 4,9% 3,5% 2,3% 1,3% 0,7% 0,5%
de videocassete e DVD
Informática 6,3% 3,4% 4,4% 6,1% 7,2% 7,3% 6,2%
Microcomputadores 5,7% 3,1% 3,9% 5,5% 6,6% 6,6% 5,5%
Serviço de TV por 6,7% 2,9% 3,1% 3,7% 5,6% 7,3% 9,7%
assinatura e Internet
Acesso à Internet 3,2% 2,1% 2,5% 2,6% 3,3% 3,3% 3,6%
Serviço de TV por assinatura 3,5% 0,8% 0,6% 1,1% 2,3% 4,0% 6,1%
Atividade de cultura,
14,1% 9,0% 8,6% 10,5% 12,4% 14,4% 18,5%
lazer e festas
Cultura e lazer 6,5% 3,3% 3,9% 4,3% 5,4% 7,1% 8,8%
Cinema 1,3% 0,3% 0,6% 0,7% 1,2% 1,6% 1,7%
Teatro, museus e shows 0,6% 0,2% 0,6% 0,4% 0,5% 0,4% 0,9%
Boate, danceteria e discoteca 2,2% 1,3% 1,3% 1,5% 2,0% 2,7% 2,4%

G/T 60: Classes de rendimento familiar 2 Fonte: Eleve com base no POF/IBGE, 2009

A tabela acima consta, discricionalmente, onde estão os gastos com


audiovisual dentro das famílias, de acordo com a sua renda.
O saldo comercial na área de serviços audiovisuais é negativo,
o que nos mostra que o Brasil importa muito mais serviços do que
exporta. Dados da UNCTAD nos mostram que as exportações de serviços
audiovisuais no país diminuíram 23% entre 2000 e 2011, e as importações,
em contrapartida cresceram 301,5%. Esse dado é relevante para nos
mostrar que nosso país não tem produzido em quantidade e/ou qualidade
suficiente para ganhar notoriedade no exterior, ou que o que é produzido
continua no ambiente doméstico.

154
1.100

1.000

900

800

700

600

500

400

300

200

100

0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Importações Exportações
Fonte: Eleve com base no UNCTAD, 2012
G/T 61: Importações x Exportações

Segundo a Unctad (Conferência das Nações Unidas sobre Comércio


e Desenvolvimento), o setor empregava 11 milhões de pessoas no Brasil
em 2014, sendo o subsetor de moda o maior responsável pelas criações no
país. Porém, no último relatório (2019), as atividades dentro do subsetor
de mídia foram as que mais apresentaram crescimento. Estima-se que
o Brasil passará do 11º maior mercado de audiovisual do mundo para
a 5ª posição ao final do ano de 2020, principalmente pelo aumento das
coproduções com os Estados Unidos.

155
3.13 Efeitos reguladores do
sistema e tributação
Somente em meados da década de 90 as políticas públicas para o
audiovisual brasileiro tornaram-se mais ativas, após uma fase de declínio
do setor, que teve seu ápice com a extinção da Embrafilme em 1990.
Empresa Brasileira de Filmes S.A., era uma empresa estatal
brasileira, de economia mista, que produzia e distribuía filmes. Foi
criada por meio de um decreto-lei, de número 862 (em 12 de setembro
de 1969), sendo vinculada ao Ministério da Educação e Cultura. Tinha
como função a fomentação da produção e distribuição de filmes, 100%
brasileiros. Colocou no mercado mais de 200 filmes, cerca de 25 por ano.
Com base nos mecanismos de fomento e regulação do setor
audiovisual, foram identificados quatro marcos regulatórios principais,
que foram organizados pela ANCINE em uma linha do tempo e serão
explicados a seguir.

Lei Rouanet e Criação Ancine, Criação do FSA Lei da


Lei do Audiovisual Funcine e Condecine TV PAGA
00

06
04
02

08
09
03

05

07
01

10

12
13
0

96
94
92

98
99
93

11
95

97
91
9

20

20
20
20

20
20
20
20

20
20

20
19

20

20
19

20
19
19

19
19
19

19

19
19

G/T 62: Legislação Fonte: Eleve com base no Ancine, 2014

156
Criada em 1991 pela Lei 8.313, a Lei de Incentivo à Cultura, mais
conhecida como Lei Rouanet, é um mecanismo de incentivo à cultura
e um dos pilares do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac),
que também conta com o Fundo Nacional de Cultura (FNC) e os Fundos
de Investimento Cultural e Artístico (Ficarts). Ela permite que pessoas
físicas e jurídicas patrocinem espetáculos, shows, filmes, músicas, livros,
museus, galerias e outras expressões artísticas com parte do recurso
financeiro destinado ao pagamento do Imposto de Renda, ficando o
mesmo abatido, desde que o ato seja feito sem perspectiva de retornos
financeiros por parte do patrocinador.
Caso os artistas estejam interessados no subsídio, devem submeter
o projeto à analise na Secretaria Especial da Cultura do Ministério da
Cidadania. Se aprovado, o projeto recebe a chancela da Lei de Incentivo
à Cultura e pode receber recursos de pessoas físicas e/ou jurídicas. A
vantagem para os apoiadores é a dedução do valor doado no Imposto de
Renda, havendo a renúncia fiscal por parte do Governo.
Já a Lei do Audiovisual, Lei número 8.685, de 20 de julho de 1993,
segue a mesma linha da Lei Rouanet, porém é voltada especificamente
para o subsetor trabalhado, o audiovisual. Ela visa criar mecanismos de
fomento à atividade audiovisual no país. Foi limitada ao final do ano
de 2019 pelo Presidente Michel Temer e o atual representante do Estado
anunciou no início do ano de 2020 seu desinteresse em emendar a lei
para permitir a continuação.
A medida foi colocada novamente em pauta pelo senador Rodrigo
Cunha, do PSDB-AL, com o Projeto de Lei 5231/2019 que pretende ampliar
o prazo dos incentivos à produção de obras visuais independentes no
Brasil. Segundo a Agência Senado, a proposta foi aprovada na Comissão
de Educação, Cultura e Esporte (CE) dia 18 de fevereiro do presente ano.
O texto segue para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), onde terá
decisão de caráter terminativo.

157
Como segundo marco temos a Ancine, criada em 2001 pela Medida
Provisória 2228-1, a Agência Nacional do Cinema é uma autarquia especial
que possui vínculo com o Ministério da Cultura e tem funções de fomentar,
regularizar e fiscalizar o mercado do cinema e do audiovisual no Brasil.
Busca o crescimento do mercado interno, expandindo a oferta e a demanda
de conteúdos diversificados, fortalecendo as empresas nacionais que
tenham comprometimento com o conteúdo produzido nacionalmente,
e procura uma maior participação no cenário internacional, através de
coproduções e participações em festivais internacionais.
Para fazer isso, conta com mecanismos de apoio direto – criando
editais e oferecendo prêmios com base no desempenho da obra, através
dos programas PAR (Prêmio Adicional de Renda) e PAQ (Programa ANCINE
de Incentivo à Qualidade do Cinema Brasileiro), além do Fundo Setorial
do Audiovisual, que financia desde a produção até a exibição das obras
– ou indireto, através de incentivos fiscais na Lei Rouanet e na Lei do
Audiovisual.
Além disso, contam com um programa de apoio à exportação
chamado Brazilian TV Producers, que foi criado em 2004, uma parceria
da ABPI-TV com a Apex-Brasil, a Secretaria do Audiovisual do Ministério
da Cultura e Empresa Brasil de Comunicação. Os principais objetivos
são:
• Capacitação de empresas brasileiras para atuar no mercado
internacional;
• Ampliação da participação de produções brasileiras no exterior,
além da quantidade de exportadoras atuando no setor;
• Promover o fomento de projetos que contem com uma coprodução
internacional;
• A procura por novos mercados para exibição das produções
nacionais;
• Realizar e comercializar programas brasileiros no mercado

158
internacional, usando isso como plataforma de divulgação do país e seus
produtos/empresas.
A Funcine, Fundo de Financiamento da Indústria Cinematográfica
Nacional, segue as mesmas características da Ancine, porém não tem
ligação nenhuma com o governo. O investidor pode deduzir até 6% do
Imposto de Renda devido durante o ano ao investir nessa indústria.
Esses investimentos podem ser utilizados para construir/reformar salas
de cinema, comprar equipamentos, aquisição de ações nas companhias,
na produção e na distribuição das obras. O rendimento é diretamente
proporcional à rentabilidade das produções. Exemplos de filmes
realizados com esses investimentos são: Carrossel 2, Faroeste Caboclo e
Vai que Cola.
Já a Condecine é a Contribuição para o Desenvolvimento da
Indústria Cinematográfica Nacional, criada em 2001 pela MP (Medida
Provisória) 2.228.

A contribuição incide sobre a veiculação, a produção, o licenciamento


e a distribuição de obras cinematográficas e videofonográficas
com fins comerciais, bem como sobre o pagamento, o crédito, o
emprego, a remessa ou a entrega, aos produtores, distribuidores
ou intermediários no exterior, de importâncias relativas a
rendimento decorrente da exploração de obras cinematográficas e
videofonográficas ou por sua aquisição ou importação, a preço fixo.

ANCINE

Com a regulação da TV por assinatura na Lei 12.485/2001, a Condecine


passou a entender que, a televisão paga também era um fato gerador, pela
prestação de serviços de distribuição de conteúdo audiovisual. Os valores
arrecadados são revertidos para o financiamento de obras no setor,
compondo o Fundo Setorial do Audiovisual (FSA), o maior mecanismo
para incentivar a produção e distribuição do audiovisual brasileiro.
É subdividida em categorias, de acordo com a tipologia do material,
159
duração, exportação ou veiculação doméstica. O que diz respeito ao
projeto proposto é o Condecine Título, que “incide sobre a exploração
comercial de obras audiovisuais em cada um dos segmentos de mercado
(salas de exibição, vídeo doméstico, TV por assinatura, TV aberta e outros
mercados) ”, segundo a ANCINE. Em uma obra seriada, a cobrança ocorre
por episódios e é devido de cinco em cinco anos em caso de obras não
publicitárias e anualmente, para obras publicitárias.
A FSA, no terceiro marco, significa Fundo Setorial do Audiovisual e
tem como subdivisão o PRODAV, Programa de Apoio ao Desenvolvimento
do Audiovisual Brasileiro. Esse programa tem como objetivo o “fomento
de projetos de produção, programação, distribuição, comercialização e
exibição de obras audiovisuais brasileiras de produção independente”,
segundo a Ancine.
Por último temos o quarto marco, a Lei da TV Paga (12.485/2001), que
permitiu às redes de telefonia a utilização dos seus canais no fornecimento
de serviços de TV paga, onde mais pessoas poderiam ter acesso a esses
serviços por preços mais competitivos. Um dos seus principais objetivos é
o fomento e estímulo à produção e circulação de conteúdos do audiovisual
brasileiro, com qualidade e diversidade, aumentando a geração de renda,
criando empregos, royalties e profissionalizando a cultura nacional.
Discutiremos mais profundamente os efeitos dessas legislações e
como elas afetam o projeto no ambiente político-legal. Já no tocante à
tributação, temos uma tabela comparativa de várias atividades dentro
da indústria audiovisual, tendo uma carga média de, aproximadamente,
17%, como é apresentado a seguir.

160
Atividades %
Serviços de agências de notícias emmídia audiovisual 18,29
Serviços de difusão de programas para televisão aberta e por assinatura 13,45
Serviços de programação dos canais de televisão 13,45
Serviços de produção de programação de televisão, videoteipes e filmes 17,88
Serviços de produção pós-produção em obra audiovisuais 18,45
Serviços de comercialização de obras audiovisuais 18,45
Serviços de projeção de filmes 18,26
Serviços de exibições cinematográficas 18,26
Licenciamento e cessão temporária de direitos de obras cinematográficas e destinadas à televisão 18,29
Serviços de distribuição de pacotes de prorgamação de televisão por assinatura 13,45
Carga média do setor 16,82

G/T 63: Atividades Fonte: Eleve com base no IBPT, 2014

Atividades Carga tributária


Salas de cinema 25%
Home Vídeo - Locação 30%
Home Vídeo - Vendas 28%
TV Paga 23%
TV Aberta 23%
Carga Total 27%

G/T 64: Atividades x Carga tributária Fonte: Eleve com base no LAV/UFRJ, 2014

3.14 Impacto da tecnologia


no setor
Divulgado pelo Estado de Minas Gerais e criado por Garimpo Soluções
em 2016, intitulada “Mundo Moderno: empreendedorismo, criatividade e
colaboração são os caminhos para o futuro”, a imagem abaixo se faz uma
boa ferramenta para introduzirmos a relevância da tecnologia dentro
da economia criativa. As áreas pertinentes à análise serão destacadas,
para que possam servir como exemplo.

161
G/T 65: Mundo moderno

Cada vez mais ações comuns do cotidiano estão sendo substituídas


ou facilitadas pela tecnologia. O simples ato de apertar um interruptor
para acender uma lâmpada se transformou em um comando de voz ou
uma palma. E tudo isso só foi possível graças a pesquisas, tentativas,
protótipos e invenções, abrangidos pela economia criativa. O fato
de que novas tecnologias surgem a todo o tempo não se caracteriza
necessariamente como uma ameaça ao setor, pois são criadas por seres
humanos, para o consumo de seres humanos.
Com uma grande capacidade criativa e de adaptação, a habilidade
do homem em se reinventar nunca para de nos surpreender. Então se as
atividades estão sendo redirecionadas para um meio tecnológico de serem
realizadas, assim seguirá o setor, como já demonstrou seguir. Alguns filmes
deixam de ser lançados no cinema e passam direto para plataformas

162
online (como A Dama e O Vagabundo, da Disney+). Visitas a museus
e galerias de arte contam com tours virtuais (com uma necessidade/
oportunidade criada pela pandemia global do novo coronavírus) que
podem ser realizadas de qualquer parte do mundo. Compras online
têm crescido exponencialmente e os serviços de streaming (de qualquer
forma de conteúdo) acompanham esse crescimento.
Se antes o limite era geográfico para se atingir um possível cliente, com
a utilização das tecnologias de massa e mídias digitais, essa barreira
foi diminuída ou eliminada, potencializando uma maior disseminação
de conteúdos, produtos e serviços. A tecnologia se apresenta como uma
grande oportunidade no setor – pelas diversas formas de ser aproveitada
e inovações que pode propiciar -, mas também se torna uma barreira
de entrada por não ser tão acessível (no volume requerido dentro do
audiovisual ou no próprio subsetor de tecnologia, por exemplo).
É possível dizer, com base em todas as pesquisas secundárias realizadas,
que o setor de economia criativa não existiria sem a união de três fatores:
seres humanos criativos e inovadores, educação e tecnologia. Portanto,
o impacto da tecnologia no setor e todos os subsetores e atividades
desenvolvidas dentro deles é muito grande e positivo.

3.15 Barreiras de entrada e


saída
Quando pensamos nos agentes que podem tornar complicado o
ingresso nesse setor, temos questões subjetivas, até mesmo pelo principal
motor do setor ser o capital intelectual. O setor de Economia Criativa
tem suas particularidades, e cada subsetor depende menos ou mais de
um insumo, se tornando difícil uma unanimidade no setor como um

163
todo. O subsetor da moda não depende tanto de inovações tecnológicas
e investimento quanto o subsetor de tecnologia, por exemplo, que já
depende um pouco menos da criatividade do que o subsetor de mídias,
que tem menos relações governamentais que o a área de patrimônios
culturais.
Levando essa análise em consideração, existem elementos
fundamentais para a existência de empresas no setor, variando somente
em grau de importância dentro de cada subsetor. Esses elementos
representam barreiras para novos negócios, pois tem um alto valor. São
eles: conhecimentos específicos, tecnologia e investimento.
Se tratando de barreiras de entrada, a principal e mais relevante
é uma barreira técnica, já que grande parte dos seguimentos requer
um conhecimento específico na área de atuação. A demanda por
pessoas com habilidades específicas tem crescido em todos os setores da
economia (alta demanda), porém o conhecimento necessário é de difícil
acesso – caro, extenso, distante geograficamente – e não produz mão
de obra ativa na velocidade com que é necessária (baixa oferta). Numa
situação de alta demanda e baixa oferta, temos que as condições de
trabalho – localização, salário, benefícios, cargos, atribuições, segurança
e credibilidade - são os principais determinantes, portanto tornam um
tanto quanto imprevisíveis, se tornando uma barreira à entrada.
Diretor de pesquisa e cidades do Creative Class Group - consultoria
norte-americana focada em estratégia de negócios -, Steven Pedigo, fez
uma parceria com alunos do Centro Universitário Belas Artes em São
Paulo para estudar a indústria criativa do país.
Ele explica que “tivemos como premissas os 4 T’s – tecnologia,
território, talento e tolerância – para avaliar São Paulo como cidade
criativa”, e, a partir desses quatro pontos, foi possível posicionar o Brasil
frente a outros países. O T em que o país encontra maior dificuldade é
Território. Temos muitos talentos no país, o desenvolvimento tecnológico

164
é mediano – mas ainda se encontra à frente da Rússia, Irlanda e Itália -, e
possui uma alta tolerância, demonstrada na sua abertura e receptividade
frente às novidades e estrangeiros.
O motivo do território ser o maior desafio é pela grande dificuldade
encontrada em manter a força de trabalho em território nacional. A falta
de estrutura e a falta de proteção legal para o desenvolvimento de projetos
intelectuais, além do baixo investimento em pesquisa e desenvolvimento
no país, salários menores – quando comparados com valores encontrados
no exterior, principalmente com a atual desvalorização do real, onde
tivemos um dólar à R$5,35 no início do mês de abril), fazem com que a
atratividade oferecida nas propostas de outros países seja maior que a
brasileira.

“No geral, o Brasil é visto como um País de muitas oportunidades com


economia criativa. O ponto desafiador é unir o potencial intelectual
dessa indústria ao mundo dos negócios. Ou seja, conseguir dar
valor econômico às ideias e criar uma cultura empreendedora. Em
termos de investimentos, Pedigo destacou a necessidade de mais
suporte do governo, mas também encorajou instituições privadas
a aderirem a projetos deste setor. ‘A iniciativa privada é peça
fundamental nesse processo e precisa se envolver. Não podemos
esperar apenas uma ação do governo. É preciso a participação de
líderes do setor privado, como universidades. Temos que pensar a
economia criativa como um propulsor do crescimento econômico.

IT FORUM 365, 2016

Como dito por Pedigo, os investimentos ainda estão muito


dependentes de suporte governamental, o que, em contrapartida, não
é o suficiente para financiar o setor, ressaltando a importância do
envolvimento das empresas privadas em um setor que pode proporcionar
grande crescimento econômico. A grande maioria dos negócios,
independente de setor, necessitam de um investimento inicial, variando
na quantia necessária, de acordo com as características do negócio.
Na economia criativa não é diferente, e ainda variam os valores
165
entre os subsetores, como explicado anteriormente. Especificamente
falando do subsetor de mídias e audiovisual, o investimento inicial é tão
grande quanto o projeto. Dados os modelos de reality shows conhecidos
atualmente, é possível perceber que é algo custoso, financeiramente e
produtivamente, logo requer um maior investimento para a entrada no
setor. Conseguir esse investimento é onde encontramos uma barreira.
Existem legislações e programas de incentivo à cultura no país, e
muitos voltados especificamente para o audiovisual. Pode ficar a dúvida
de, se existem esses programas, qual o motivo de ser uma barreira? O
simples fato de que, nem todos os projetos submetidos à análise serem
chancelados para receberem os benefícios, se trata apenas de uma
expectativa de recebimento até o veredito oficial da Secretaria Especial
da Cultura. A partir do momento que os projetos precisam ser analisados
para se enquadrarem nos quesitos necessários para o recebimento do
benefício, torna-se mais difícil para um novo player entrar no mercado.
A última, porém não menos relevante, é a barreira tecnológica.
De acordo com a Sambatech, em 2016, a contribuição da tecnologia
para o desenvolvimento da economia criativa tem sido fundamental.
Coisas que antes eram feitas com técnica, hoje são feitas com aparelhos.
Deslocar para apreciar uma obra de arte também não é mais preciso,
é possível apenas pela tela de um smartphone. E isso não se dá apenas
na arte, todos os negócios desenvolvidos de formas inovadoras e com
criatividade fazem parte da Economia Criativa.
Por se tratar de um setor que depende muito de criatividade e
inovação, muito é atingido, principalmente no mundo de hoje, através
da tecnologia. Não é de se assustar que haja, inclusive, um subsetor
dedicado exclusivamente à tecnologia. Utilizam-se dela os mais diversos
serviços e atividades, desde um software de design de interiores até um
laboratório de biotecnologia, e a variação na dependência e valor dessa
tecnologia segue o mesmo padrão citado nas duas outras barreiras.

166
Para uma análise mais acurada, falaremos do subsetor de mídias
e audiovisual. Em todas as etapas, desde a criação do projeto até sua
distribuição, é necessário algum tipo de tecnologia. Seja um celular,
câmeras, computadores, softwares para edição, plataformas ou até
mesmo a televisão para veicular. Em diferentes níveis de acordo com a
capacitação e o investimento disponível, a tecnologia é imprescindível
para o setor. A alteração nos custos de tecnologia pode ter efeitos
negativos ou positivos, encarecendo ou barateando, respectivamente.
As barreiras de saída residem, principalmente, na parte burocrática
e financeira para a dissolução de um negócio, assim como suas implicações
emocionais. Assim como nas barreiras à entrada, cada subsetor tem
sua particularidade. Empresas que trabalham com moda e arquitetura
podem ter somente um ateliê, por exemplo, enquanto empresas na
área de biotecnologia podem ter um laboratório inteiro, com todos os
equipamentos e uma equipe de profissionais. O custo e a burocracia para
se desfazer das empresas é bem diferente nos dois casos.
Se a empresa depende e se utiliza dos benefícios fiscais do governo
como forma de arrecadação, é necessário realizar todos os procedimentos
para se desvincular do programa. Os débitos com instalações, funcionários
e fornecedores deve ser quitado para obter a certidão negativa, encerrando
então o CNPJ da empresa. O processo é definitivo e leva cerca de três
dias para ser realizado em sua integridade. Micro e pequenas empresas
podem ter que seguir procedimentos paralelos que vem a depender da
cidade em que estão operando, por serem normas municipais.
Uma vez que o documento de distrato social é emitido, com todas
as suas particularidades, em caso de sociedade, o negócio é dado por
encerrado na Junta Comercial.
As barreiras emocionais representam o apego com o negócio, criado
pelo empreendedor. Não existe uma forma única para lidar com esse
empecilho, e não é limitado ao setor em questão, sendo mais um assunto

167
pessoal a ser tratado do que um problema legal/financeiro/técnico para
a dissolução do negócio.

3.16 Principais players


Com a grande variedade de atividades desenvolvidas dentro
do setor, não é possível encaixar empresas que tenham exatamente
a mesma área de atuação. Porém, a principal característica do setor
se mantém constante em todas elas: sua principal matéria prima é o
capital intelectual. Algumas das empresas que mais tem destaque no
setor serão apresentadas a seguir.

1. Catarse: criada em 2011, tem o objetivo de conseguir recursos


financeiros para projetos, com contribuições voluntárias, nas áreas de
jornalismo, artes, música, cinema e escrita. É o maior crowdfunding do
Brasil, lucrando com a taxa de comissão dos projetos inscritos;

2. Bliive: é uma plataforma de escambo de serviços. Ao se cadastrar


você ganha cinco moedas (cinco horas do seu tempo) e contrata serviços
com o seu tempo. Por exemplo, você precisa de alguém para ficar com seu
animal por um dia e a outra pessoa precisa de auxílio com a montagem
de um móvel. Se os dois tiverem a habilidade e disponibilidade, trocam
um serviço por outro, sem transação financeira;

3. Vote na Web: fruto da Webcitizen, veio para discutir propostas de


lei que estão tramitando no Congresso Nacional, de maneira simples
e facilitando o entendimento dos leitores. Tornou-se uma plataforma
onde parlamentares e população podem interagir e debater, de acordo
com a opinião popular;
168
4. Giral: é uma consultoria de estratégias e gestão de investimentos
sociais, com a proposta de encontrar causas sociais e projetos de
sustentabilidade para que as empresas possam se engajar. Se tornou
parceira de grandes empresas, como Walmart, Ambev e o Grupo
Votorantim;

5. ProjectHub: empresa de economia colaborativa, é uma rede


social que conecta empreendedores, marcas e investidores, de forma a
abraçarem projetos que venham a transformar a vida das pessoas (pelo
esporte, cultura, arte, educação, etc) e os desenvolverem;

6. Greentee: um negócio de consumo social, onde, cada camiseta


vendida, uma é doada para organizações não-governamentais que
cuidam de crianças. As camisetas são eco-friendlys – feitas com algodão
orgânico e garrafas pets recicláveis, além de água reutilizada.

3.17 Tendências de negócios


São as mudanças resultadas de ações de players, que tem impacto
no comportamento dos consumidores, realidades econômicas, políticas
e sociais. Elas são analisadas observando uma duração para acontecer
em 2 anos.

169
3.17.1 Empreendedorismo no
Brasil
O empreendedorismo nada mais é que a implementação de novos
negócios/ideias. Para se empreender é necessário ter em mente suas
oportunidades (desenvolvimento de uma ideia quando se tem uma
demanda social) e necessidades (investimento em um negócio quando
não se tem uma oportunidade de trabalho no mercado formal).
O desemprego e a crise econômica estão diretamente ligados com
o surgimento de novo empreendedores, segundo dados do IBGE em
2019 no Brasil em seu primeiro trimestre subiu para 12,7% a taxa de
desemprego, ou seja, 13,4 milhões de brasileiros sem trabalho. A Global
Entrepreneurship Monitor (GEM) analisou o mês de março deste mesmo
ano e a taxa de empreendedorismo no Brasil atingiu 38% na Taxa de
Empreendedorismo Total (TTE), ou seja, 52 milhões de brasileiros tem
um novo negócio.
O Brasil hoje é considerado o país que tem a maior taxa de
empreendedorismo dentre os países da BRICS (Brasil, Rússia, Índia,
China e África do Sul). Segundo dados do governo federal a cada ano
surge 600 mil empreendimentos no brasil, acreditam também que já
existem hoje mais de 1,5 milhões de microempreendedores no âmbito
nacional, um estudo feito pela a PEA (população economicamente ativa)
observando o crescimento do empreendedorismo no brasil na última
década constatou que cerca de 1 a cada 3 pessoas economicamente ativas
possui o seu próprio negócio.
Mas nos últimos anos, as microempresas não têm conseguidos
sustentarem e vêm a falência, de acordo com a revista Fortune, 90% das
empresas emergentes ao redor do mundo quebram, e 67% das empresas
quebram no Brasil antes de se completar 5 anos. O Sebrae (Serviço

170
Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) divulgou um relatório
sobre o percentual de sobrevivência de empresas no brasil, onde cada 4
empresas abertas, 1 fecha antes de completar 2 anos de existência, foi
analisado também que 7% das empresas fecha por falta de lucro, 20%
por falta de capital e quase 50% não sabem precisar se tem lucro ou
prejuízo.

G/T 66: Perfil da Startup Brasileira

G/T 67: Os catarinenses estão no topo

G/T 68: Momento atual


171
Desafios de se empreender no Brasil

Como citado acima os novos negócios brasileiros se iniciam em


momentos de crise, atualmente a maiorias dos empreendedores se
registam pelo o sistema do MEI para se registrar é necessário somente
um cadastro online, após pagar uma taxa mensal o interessado torna
uma pessoa jurídica, possuindo um CNPJ. Mas diante disso, quais são
as dificuldades de empreender no Brasil? Foi realizado uma pesquisa
pela Endeavor juntamente com a Neoway e coleta do Datafolha com
empreendedores Brasileiros dos mais variados perfis, a pesquisa tinha
como intuito listar os principais desafios e suas dores.

Gestão de pessoas

No estudo esse requisito obteve nota 6,7 considerando uma escala de


1 a 10, essa foi a maior média de dor entre o grupo de empreendedores gerais
da pesquisa. As pessoas classificaram esse desafio sendo o mais dolorido,
principalmente quando se leva em consideração os empreendedores de
alto impacto que foi o grupo que obteve maior crescimento em todo o
estudo. A principal dificuldade apontada foi a formação de lideranças para
a empresa, a qual pelo estudo as empresas citaram que não desenvolvem
ações para o desenvolvimento de lideranças.

Gestão financeira

O grupo de alto impacto foi o que obteve a maior nota, tendo uma
média de 6,6, foram apontados na pesquisa entre os empreendedores
gerais que o principal desafio é o custo da empresa.

172
Burocracia (jurídico e regulação)

Nesse quesito o grupo de Empreendedores Gerais deram a nota


de maior dor 6,5. O Banco Mundial apresentou um relatório em que se
considerou 190 países, no qual o Brasil aparecia nas 125 posições, resultado
desse devido às inúmeras licenças e procedimentos que precisam ser
obedecidos, como os alvarás e liberações específicas.
Inovação

O grupo que mais sente dor é o de Tecnologia da Informação e


comunicação (TICs) com uma média de 6,4. Nessa mesma pesquisa
realizada pelo o Banco Mundial, foram analisados talentos, a pesquisa
contou com 118 países e o Brasil se encontrou na 81º posição, mostrando
a escassez de talentos nos países.

3.17.2 Negócios sociais


São empresas que se encontram no setor 2.5, trabalham
principalmente com a solução ou minimização de um problema social
ou ambiental, porém diferentemente de organizações governamentais,
associações e fundações elas tem o intuito de se obter uma lucratividade
sendo esses divididos entre investidores e sócios, mas também podem
reinvestir no próprio negócio.
Comini, Barki e Aguiar (2012) identificaram três perspectivas ao que
se refere como negócios sociais, sendo elas a perspectiva europeia, norte
americana e a relacionadas a países emergentes ou em desenvolvimento.
A perspectiva europeia sobre um padrão de empresas em longo prazo é
generalista ao qual as mesmas trabalham em cima das necessidades que
o setor público deveria suprir. A perspectiva americana busca trabalhar
com atividades que causem um impacto social. Já a perspectiva nos

173
países emergente ou em desenvolvimento busca trabalhar a redução da
pobreza, acesso ao consumo de bens no sentido de melhoria na qualidade
de vida.

G/T 69: Perspectivas

Os empreendedores desse tipo de negócios são pessoas de classes


C, D e E, que componham a cadeia produtivos sendo eles sócios,
fornecedores ou distribuidores, pessoas que buscam causar algum tipo

174
de impacto socioambiental positivo com o seu negócio, recém-formados
ou universitários que tenham um espírito empreendedor e desejam
abrir um negócio nessa área, gestores e empreendedores que tenham
algum negócio no terceiro setor que não seja uma ONG, empreendedores
coletivos e pessoas oriunda de grupos com dificuldade de inserção.

3.17.3 Startups

Yuri Gitahy, especialista em startups explica o conceito como


sendo um grupo de pessoas trabalhando com uma ideia diferente que
aparentemente poderia fazer dinheiro. Segundo dados publicados pela a
Associação Brasileira de Startup (Abstratups) em 2019 no brasil houve um
crescimento de 27% nos números de startup em relação a 2018, quando
se tinha no país aproximadamente 10 mil empresas.

3.17.4 Coworking
Trata-se de um movimento focado na junção de pessoas, empresas
e comunidades que estão à procura de trabalhar e realizar suas vidas
e negócios juntos. O Coworking não está diretamente relacionado com
apenas uma área, ele pode surgir a partir de divergentes iniciativas,
pois cada um se adequa a oferecer o serviço que mais se aproxima da
realidade de seus clientes. Por exemplo, alguns oferecem serviços via
telefone, funcionamento 24h, mesmo gestão de agendas e entre outros.
Esse termo surgiu em 2005, com o objetivo de definir um ambiente
de trabalho onde é compartilhado o espaço. Nesse mesmo local os
profissionais interagem entre si, compartilhando ideias e opiniões,
mesmo possuindo várias áreas diversas. Com o tempo os clientes desses
175
espaços começaram a demonstrar a insatisfação na falta de um local
mais profissional, foi a partir daí que surgiram os serviços coworking.
A CWK foi a primeira empresa a trazer esse serviço mais
profissionalizado para o Brasil. O serviço coworking não se desvinculou
desses espaços compartilhados, apenas o prepararam melhor, para que
o cliente se sinta mais confortável e que facilite a sua vida operacional.

Figura 9: Espaço

Alguns dos principais serviços de Coworking e também mais


valorizados por seus profissionais são: Escritório Virtual, Escritório
Compartilhado, Salas Privadas, Salas de Reuniões, Salas de Treinamento,
Cozinha compartilhada e Serviços Operacionais.
Esse movimento se tornou global em pouco mais de 10 anos,
estudos apontam que existam aproximadamente mais de 10 mil espaços
espalhados pelo mundo.

3.17.5 Marketing interativo


Essa é uma estratégia que se trata de uma busca ao incentivo a
interação do público com a sua empresa. Sendo assim, ela possibilita

176
um maior engajamento, o que traz a otimização das ações de marketing.
Através dessa ferramenta, a empresa consegue com mais facilidade
identificar quais são os interesses do seu público, podendo assim, com
essas informações fidelizar seus clientes. Sempre utilizando a criatividade
e demonstrando naturalidade ao desejo de compra para o cliente.
Segundo Kotler, a uma crescente importância da experiência ao
cliente ao realizar suas decisões de compras. Os consumidores modernos
em sua maioria não buscam por empresas que os tratem como apenas
números em planilhas, mas sim aquelas que buscam tratá-los de uma
forma humanizada e personalizada. Sendo assim, é importante utilizar,
estratégias de Marketing de Conteúdo, que possui como objetivo principal
manter um relacionamento de confiança entre a empresa e a persona.
A partir do momento em que a empresa começa a colocar a
ideia de interatividade em seus serviços/produtos, ela percebe que isso
significa manter seu cliente no centro de tudo, o que mostra inclusão
e colaboração, o que abre as portas para um diálogo aberto com seus
clientes. Porém, deve ser levado em consideração que os benefícios do
Marketing Interativo não dependem apenas da interação entre empresa
e cliente.
Para que tudo saia como planejado, o primeiro passo é a coleta
de dados sobre sua persona, pois assim, é possível moldar a abordagem
correta para ela. Esse passo é essencial para a empresa, para que assim ela
desenvolva seus produtos ou serviços da forma mais adequada possível,
o que faz com que ela atinja seu público-alvo corretamente.
Dentre esses dados, ela terá acesso a informações como idade,
demografia, sexo, grau de escolaridade entre outros. Algo interessante de
se trabalhar nessa estratégia são os Infográficos, o que proporciona ao
lead um motivo a mais para consumir o conteúdo, tornando a experiência
de aprendizagem em algo lúdico e interessante para o consumidor.

177
3.17.6 Home office
O próprio nome ao ser traduzida da língua Inglesa já descreve o
objetivo do conceito em si, sendo, Home Office (Escritório em Casa).
Esse método é adotado em empresas quando seus funcionários não
precisam ou não podem trabalhar no escritório, esses serviços podem
ser realizados em diversos locais como em sua própria casa, cafeterias,
parques ou qualquer outro de sua preferência e que seja apropriado ou
acessível para a realização do mesmo.
De acordo com pesquisas realizadas pela SAP, o número de Home
Officers ao redor do mundo correspondia a 32,5% em 2018, já em 2019 esse
número aumentou para 35%. E relação ao Brasil, São Paulo é a cidade
com mais Home Officers.

Figura 10: Trabalho remoto

Mesmo que empresas adotem esse sistema, em sua maioria quem


mais os utilizam são pessoas autônomas ou que estão iniciando seus

178
próprios negócios, profissionais da área de tecnologia e comunicação são
os que mais utilizam desse método.
O que leva as empresas a trazerem essa tendência para dentro de
seu negócio, é a questão em que eles acreditam que seus funcionários
se mantém mais focados na realização de suas tarefas quando estão em
casa e também não precisam se preocupar com o tempo perdido entre o
deslocamento entre uma e outra. Porém como qualquer outro serviço, o
home office possui suas vantagens e desvantagens.
A maior vantagem, sem dúvida, é o conforto, pois além de ter a
liberdade de escolher o local que melhor se adequa com a necessidade
do profissional, ele também não precisa se preocupar por exemplo com
a vestimenta, estará livre de uniforme e roupas muito formais. Além
disso, caso você seja autônomo então trabalhar em casa é bem mais
econômico, não precisará se preocupar com aluguel nem transportes.
Como citado acima, ao mesmo tempo temos desvantagens que
atingem diretamente quem está nesse ramo, como por exemplo o foco
pelo trabalho, que pode ser desviado por motivos alheios, o profissional
poderá fazer seus horários, sendo assim ele pode tirar quantas folgas
quiser, o que poderá atrapalhá-lo grandemente no futuro, fazendo
com que ele trabalhe em dobro nos próximos dias. Assuntos doméstico
também podem tomar o seu tempo, e ele acaba perdendo o sentido do
que é pessoal e profissional, misturando assuntos indevidamente.
O ideal para evitar alguns problemas é organizar seus horários,
por exemplo, trabalhar em intervalos de noventa minutos, pois assim
maximiza a produtividade, o cérebro humano consegue focar apenas de
90 a 120 minutos, antes de precisar parar para algum descanso. Então
aproveite esse tempo e foque apenas nas atividades mais importantes e
desafiadoras e logo após permita-se um momento de descanso.

179
3.17.7 Crowdfunding
Esse método que foi potencializado pela internet e pode lembrado
como uma vaquinha, pois parte do princípio de pessoas que se juntam
e colaboram para que possam realizar o que antes não conseguiram
sozinhas. É um financiamento de um projeto a partir da colaboração de
um grupo que acontecem através de sites específicos.
Esse termo foi criado em 2006, seus principais públicos-alvo
são empresários, executivos/sócios, empresas novas que querem uma
oportunidade de aprendizagem e buscam por investidores que as apoie.
Em relação aos projetos, ao se cadastrarem no site, são definidos o prazo
de captação, a meta financeira e as recompensas. Se o projeto atinge todas
essas metas no prazo estimulado ele é considerado com bem-sucedido
e a partir daí o realizador recebe sua parte, caso isso não aconteça o
dinheiro é devolvido para todos os apoiadores.
Diferente de locais fora do Brasil, a legislação do país não permite
que startups sejam financiadas através de crowdfunding com retorno
financeiro e societário para quem está investindo. Essa nova tendência
vem como uma alternativa de produção e consumo mais colaborativa,
participativa e poderosa.

180
3.18 Tendências visuais
Coletamos amostras e tendências de design presentes no setor
de economia criativa. É de extrema importância possuir esse tipo de
informação para que o negócio seja reconhecido por quem habita esse
mesmo ambiente. A seguir, você poderá acompanhar uma série de
elementos analisados, como: as famílias tipográficas mais utilizadas,
paleta de cores e seus significados, ornamentos comuns e elementos que
se tornam essenciais nesse setor.

Figura 11: A economia criativa brasileira

A imagem acima, representa perfeitamente o que você irá encontrar


de mais comum entre os criativos presentes no setor: Fontes sem serifa,
condessadas e caixa alta nas chamadas. Existem algumas fontes comuns,
e que são bastante utilizadas, como: DIN Pro Next Condensed, BEBAS
Neue, Futura Condensed e Roboto Condensed.

181
Figura 12: Distrito

É visível a presença de elementos vetoriais na maioria das peças.


Os vetores, hoje, são considerados recursos essenciais quando se trata de
identidades modernas. São totalmente adaptáveis e fáceis de aplicar.

Figura 13: Exemplo de aplicação

Nos últimos anos, a utilização de gradientes se tornou comum,


dessa vez mais estudados e suaves. Em trabalhos com uma pegada flat,
que é o método mais usado na área de eles conseguem transmitir
perfeitamente o estilo
Segundo o site geekpublicitário, houve uma pesquisa na qual foi
realizada uma mensuração das fontes mais utilizadas pelas startups,
entre elas, existem nomes muito famosos que podem ser encontrados
na pesquisa ‘’Fonts that people actually use” ou ‘’Fontes que as pessoas
usam’’.

182
Figura 13: Fontes

Por conta das tendências dentro do UX/UI, as fontes genéricas para


plataformas de criação de sites e landing pages também fazem sentido.
O fato é que
Durante a avaliação das cores, podemos perceber uma paleta
formada, em sua maioria, com tons de roxo, rosa e azul. São cores ligadas
a inovação e criavididade, o que faz sentido estarem sendo aplicadas no
setor de economia criativa.

Figura 14: Paleta

183
Além disso, efeitos em overlay para somar nas imagens traz uma
riqueza muito grande, como é possível ver nas imagens abaixo.

Figura 15: efeitos 1

Figura 15: efeitos 2

Imagens reflexivas, que dão ideia de continuidade e do próprio


esforço propriamente dito, também são ótimas formas de significar e
funcionam muito bem. Além disso, imagens que falam muito e pouco
texto incluido nessas imagens também é uma coisa bem relevante para
estar utilizando.

184
Figura 15: gráficos 1

Gráficos simples. com apenas um título pequeno em destaque no


topo da imagem também são muito utilizados para passar informação.

Figura 16: gráficos 2

Com essas pesquisas, percebemos que nesse setor, uma forma


muito importante para comunicar é priorizar as imagens, com textos
que ornam, mas não tomam espaço de mais na composição. Algo que
traga imponência e simplicidade ao mesmo tempo. Além disso, cores
vivas e alegres que, também com o auxílio de gradientes, somam em
cores que dão ideia de energia e evolução.
Aliado a isso, é necessária a presença de ótimas fotos também que
conversam com o público para chamar atenção e ter relação conceitual
com o que é apresentado.
185
3.18 Fatores chaves de sucesso
O Portal Administradores traz uma comparação entre o médico
e o consultor organizacional, a empresa como o indivíduo, os fatores
chave de sucesso com os sintomas, e o remédio como a solução. Ao
tratar a doença, o médico tem que entender os sintomas para receitar
o medicamento adequado. Da mesma forma, o consultor organizacional
deve entender o mercado, achar os FCS e, só então, sugerir as melhores
ferramentas para utilização.
O que são Fatores Chave de Sucesso, ou Fatores Críticos de Sucesso?
São pontos considerados chave, que todos os empreendedores devem
analisar cuidadosamente, pois é através desses pontos que o negócio
será avaliado pelo cliente. Não dar a devida atenção para esses fatores é
correr um grande risco de ser ignorado pelo cliente, por não conseguir
oferecer a ele o mínimo que as outras empresas do setor têm oferecido.
E quais são eles, dentro do setor de Economia Criativa?

Mais precisamente, a criatividade é a capacidade de imaginar


e produzir o novo, seguindo uma forma de expressão particular.
A novidade é, por conseguinte, a essência da criação. Aquele que
aceita o desafio de criá-la deve se aventurar num universo sem
qualquer ponto de referência. Trata-se de um exercício proativo
que, na maioria das vezes, não se fundamenta em uma demanda
expressa. Criar significa elaborar propostas a partir da simples
subjetividade individual, e é justamente isso que torna o ato criativo
tão fascinante.

OBSERVATÓRIO P7 CRIATIVO, 2018

186
Após extensas pesquisas setoriais e estudo de diversos cases de
empresas que foram bem-sucedidas, e outras não tanto, chegamos à
conclusão de que são cinco os principais e mais relevantes FCS:

CAPITAL INOVAÇÃO
INTELECTUAL E TECNOLOGIA

REDE DE PRODUÇÃO
PARCEIROS E DISTRIBUIÇÃO
DE CONTEÚDO

EMPATIA E
ACESSIBILIDADE
NA LINGUAGEM

Figura 17: Capital Intelectual

187
1

CAPITAL
INTELECTUAL
O criador do termo economia criativa, John Howkins, utiliza uma
frase para definir quais atividades são abrangidas dentro do setor: são
as atividades resultantes do exercício da imaginação dos seres humanos,
quando explorados pelo seu valor econômico. Envolvem processos de
criação, produção e distribuição, seja de produtos ou serviços.
Por fim, ele cita o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual
como os principais recursos produtivos nessa forma de economia.
Como esses três insumos são produto do ser humano, resumimos em
capital intelectual: a habilidade humana de idealizar, criar, produzir e
executar os projetos e processos envolvidos no desenvolvimento das suas
atividades.
Em todos os subsetores e suas atividades, é absolutamente
imprescindível ao menos um ser humano para cumprir as tarefas. Essa
pessoa é responsável por todo o processo produtivo, mesmo que esteja ali
apenas cumprindo ordens, pois alguém fez o trabalho de pensar, testar
e definir o que seria feito, como e quando.
Da mesma forma que empresas de tecnologia dependem de
computadores e softwares para funcionar e escolas dependam de
professores e alunos, a economia criativa depende do ser humano e suas
habilidades intelectuais. A base fundamental, e o principal fator chave
de sucesso, de qualquer empresa que tente entrar e que esteja atuando
nesse mercado criativo, é o capital intelectual.
Em um artigo científico publicado pela UFU (Universidade Federal
de Uberlândia) em 2015, intitulado O Capital Intelectual Na Era Da
Economia Criativa, traz que a principal matéria-prima do setor de

188
Economia Criativa é a junção de três tipos de capital: o humano, o
estrutural e de clientes. A essa junção se dá o nome de capital intelectual.

2

INOVAÇÃO E
TECNOLOGIA
Ainda citando Howkins, ele defende que a economia criativa está
diretamente conectada com as nossas necessidades. Ao ritmo em que se
tornam mais significativas e peçam por novas soluções, esse mercado
representa um papel fundamental em oferecer soluções inovadoras,
se pautando sempre na inovação e na criatividade. Pelo marketing
de oferta ser o principal mecanismo na economia criativa, e não o
tradicional marketing de demanda, a utilização dessas características é
o que determina quais os produtos/serviços serão lançados no mercado
criativo.
Um exemplo de como a inovação e a tecnologia tem mudado a
forma de fazer negócios são as plataformas de financiamento coletivo.
Conhecidas como crowdfunding, é uma nova forma de inserir a economia
criativa no dia a dia. As pessoas contribuem financeiramente, de forma
digital, com projetos para que sejam colocados em prática, por vezes
nem tendo acesso aos benefícios propostos por ele.
Inovações disruptivas são cada vez mais difíceis de serem alcançadas,
mas sempre é possível inovar e melhorar soluções existentes, à medida
que a necessidade dos consumidores mude. O papel da economia criativa
é, se aproveitando do capital intelectual, propor sempre novas soluções
para produtos/serviços já existentes. Para que seja capaz de fazer isso, é
essencial pensar sempre em inovar, seja qual for o subsetor e a área de
atuação.

189
A internet não existia cinquenta anos atrás. Cinco décadas depois,
o mundo é totalmente diferente do que era antes: aplicativos, sites,
streamings, facetime, whatsapp, globalização, voos internacionais,
e-commerce, ensino à distância, e inúmeras outras. O mundo está
mudando novamente, as pessoas e empresas estão mais preocupadas
com sustentabilidade, valores, seres como um todo, e estão buscando
novas soluções para acompanhar o novo ritmo imposto pela geração Z.
E fazem isso como? Inovando.
Analisada como uma das barreiras à entrada de empresas nesse
setor, não é de se estranhar que volte a aparecer como um FCS. De mãos
dadas com a inovação, e de acordo com a realidade vivida hoje, estar à par
da tecnologia e se utilizar dela é a melhor forma de entrar em contato
com um público infantil, jovem e adulto. É muito difícil pensar em
uma empresa, em qualquer segmento, atualmente que não se utilize de
tecnologia. Apesar disso, a economia criativa especificamente depende
muito da sua utilização, sendo um recurso estratégico para qualquer
empresa na área.
Muito do que é feito e veiculado no mundo transita em mídias
sociais, os canais de comunicação mais utilizados pela população. Uma
pesquisa realizada pela We Are Social em 2019 revelou que 66% da
população brasileira está nas mídias sociais. Isso representa um número
de mais de 140 milhões de usuários ativos e um dos países que mais
cresce em usuários, tendo uma média de 10 milhões de novos usuários.
O aproveitamento correto desses canais pode representar uma melhor
interação do negócio com o público, uma vantagem competitiva grande.

190
Jan Brasil
2019 o essencial que você precisa para entender mobile, internet, social e uso de media

TOTAL MOBILE INTERNET ACTIVE SOCIAL MOBILE SOCIAL


POPULATION SUBSCRIPTIONS USERS MEDIA USERS MEDIA USERS

211.6 215.2 149.1 140.0 130.0


MILHÕES MILHÕES MILHÕES MILHÕES MILHÕES
urbanisation vs. população penetração penetração penetração

87% 102% 70% 66% 61%


G/T 70: Acessos no Brasil Fonte: Eleve com base no Digital in 2019 Brazil

O site Economia Criativa, em 2008, fala que alguns fatores, como


o custo da mão de obra e o investimento em um ativo específico na
área de TI podem ser ultrapassados com a utilização de novos modelos
de negócios inteligentes, processos e tecnologias que surjam a partir da
criatividade, da inovação constante e da imaginação.

3

REDE DE
PARCEIROS
Há um grande e crescente movimento tendendo para uma economia
cada vez mais colaborativa. Um dos principais fatores que levaram a
isso é a percepção clara de que é impossível estar no mercado sozinho.
Seja em qual setor você estiver, o empresário precisa do contador, dos
fornecedores, dos clientes, do governo, do advogado, entre outros.
E, mais do que nunca, isso é percebido na economia criativa,
principalmente na estrutura hierárquica dentro das empresas. A figura
191
tradicional piramidal não funciona mais, a estrutura é linear: todos têm
a capacidade de estar no mesmo nível e não existe uma concentração
única de poder, ele está disseminado na cadeia produtiva.
As empresas se deram conta de que é melhor colaborar que
competir, pois não são essas empresas que estão sobrevivendo às
mudanças de valores das últimas gerações. Além disso, muitas pessoas
estão envolvidas na cadeia produtiva de uma empresa nessa indústria,
fazendo-se necessário cultivar uma boa relação com cada um deles,
já que há uma relação de codependência entre eles. Seguindo essa
mentalidade, o próprio Sebrae reconhece essa importância e trás, em
sua página inicial sobre o segmento de Economia Criativa em 2017, o seu
trabalho de parcerias com diversas entidades no país, o que possibilita
a realização dos serviços oferecidos da forma como acontecem.
O conceito de coworking surgiu através dessa mentalidade de
codependência e sustentabilidade, onde diversos profissionais dividem
o mesmo ambiente de trabalho (e as despesas para a manutenção do
espaço), diminuindo custos, aumentando a produtividade e a cooperação
entre pessoas de áreas diferentes e, muitas vezes, de empresas diferentes.
É algo tão atrativo que tem crescido cada vez mais: em 2019 foi estimado
que 3% dos escritórios mundiais estão em espaços de coworking, mas
que pode se transformar em 30% nos próximos dez anos, de acordo com
o CONUBE.

192
4 PRODUÇÃO E
DISTRIBUIÇÃO
DE CONTEÚDO
Produção de conteúdo se refere “o ato de oferecer materiais —
em diferentes formatos ou plataformas — que sejam úteis e relevantes
para um determinado público e, assim, atrair mais consumidores em
potencial para o seu negócio. ” (Rock Content, 2018). Se tornar uma
autoridade no assunto em específico, passando a ser uma referência na
área, o que aumenta seu brand awareness. Em um conteúdo oferecido
pelo Core Ginga em 2018, a Economia Criativa não restringe áreas de
atuação, envolvendo processos como criação, produção e distribuição de
conteúdo, além de produtos e serviços, de forma não convencional.
Ao fazer isso, o cliente passa a ver a marca como uma aliada, e
não alguém que o explora. A geração de materiais que sejam relevantes
para o seu público-alvo, ajudando a fortalecer a reputação e a imagem
da marca, é o que se traduz em produção de conteúdo. O formato e a
plataforma de veiculação podem variar, dependendo do conteúdo, da
comunicação da empresa e do comportamento dos clientes. Para tanto,
é necessário entender qual a melhor forma de veicular o conteúdo, para
a escolha certa do canal. Essa escolha deve ter uma relação estreita
com o posicionamento da empresa e seu modelo de negócios, sendo
fundamental para conseguir alcançar o público alvo.
Em todos os subsetores dentro da Economia Criativa, é preciso
que haja pessoas interessadas nos produtos e serviços produzidos, assim
como em todos os setores. Apesar disso, gerar valor para o cliente é um
dos princípios da Economia Criativa e a produção de conteúdo sumariza

193
isso muito bem, independente do tipo de negócio. Desde a divulgação
de um patrimônio cultural, como, por exemplo, a cidade de Pirenópolis;
a captação de um cliente em um escritório de arquitetura através da
divulgação de fotos de projetos em uma mídia social; a criação e produção
de um filme até a captação da audiência final.
A produção de conteúdo é uma forma de entrar em contato com o
seu público de uma forma relevante, seja qual for a plataforma utilizada.
Com isso, você ganha a confiança dos consumidores e, ao mesmo tempo,
fortalece a ligação deles com o que é oferecido e a reputação da empresa.

5 EMPATIA E
ACESSIBILIDADE
NA LINGUAGEM

A empatia tem relação com a capacidade da pessoa de se colocar no


lugar de outra, realmente ouvindo e se esforçando para compreender os
problemas, as emoções e as dificuldades encontradas por outras pessoas,
auxiliando na compreensão e diminuindo ou evitando conflitos, seja em
um ambiente familiar ou de trabalho.
A forma mais difícil de empatia é a caracterizada pela compreensão
entre pessoas que não se conhecem, ou seja, não possuem nenhum
vínculo afetivo. Isso é relevante em um cenário onde os participantes
envolvidos passam por situações vivenciadas por públicos diferentes
que estão acompanhando o que é desenvolvido. Em obras audiovisuais,
conselhos e situações vividas pelos participantes podem ser aproveitadas

194
pelas pessoas que estão assistindo as obras, quando se encaixam na sua
realidade.
A acessibilidade na linguagem entra como complemento, de
forma que a acessibilidade seja entregue em uma linguagem de fácil
entendimento por públicos que, por qualquer razão que seja, não tenham
o mesmo nível cultural, educacional ou social. Se o público encontrar
facilidade em se identificar com o que é apresentado, em situações,
histórias, personalidades e linguagem, podendo aproveitar as lições na
vida real, o valor agregado do negócio aumenta exponencialmente.
De acordo com o RJ Criativo em 2018, a Economia Criativa envolve os
processos criativos, identificando os problemas, é de grande importância
o envolvimento da empatia, para então propor soluções. Ao considerar
empatia e acessibilidade na linguagem, acrescentamos humanidade
nos negócios, pelo reconhecimento da necessidade de se conectar com
o público, a identificação de pontos em comum e a conscientização de
que, se aquela pessoa com que você se identifica está no programa, o que
impede você de entrar também?

195
EPISÓDIO 04

196
197
ONDE IRÃO
NOS VER?
Análise de canais

Durante as análises, foram levantadas 3 possibilidades para a


solução: ser realizada em alguma plataforma de streaming, ser realizada
em canais de TV, ou ser veículada através do YouTube. Essa análise tem
uma grande importância, porque irá moldar grande parte do projeto.
Durante essa etapa, nós iremos abordar diferentes canais de
transmissão possíveis para a viabilidade do projeto e, com esses dados,
usaremos para podermos tomar uma tomada de decisão em cima do que
é mais assertivo para a execução da ideia.

4.1 Mas como conseguir um


espaço em uma plataforma de
Streaming?

No mundo do streaming, conhecemos empresas grandes de


entretenimento que geram bastante vendas no mundo inteiro, embora
a quantidade exata seja um mistério. De toda forma, a maneira como
a gigante Netflix escolhe o que vai ter em suas opções é: um produtor
de uma gravação deve conseguir a aprovação dos acionistas da empresa
para que um contrato de licenciamento do filme ou série seja feito.

198
Mas, não é todo mundo que consegue seu lugar ali. Passar pela
peneira das plataformas é bem complicado e, ainda que consiga, o
produtor de conteúdo vai precisar de uma boa performance para ter seu
contrato renovado.

4.1.1 O que uma série ou filme


precisa cumprir para continuar
sendo exibida no cartaz da
Netflix?
Pesquisas realizadas no site da Netflix relatam que os filmes e
séries disponibilizados lá passam por um licenciamento por meio de
contratos, os quais têm data para vencer.
- Com isso, a plataforma pondera se um filme vai voltar a ser exibido,
sempre que um contrato acaba ou está pra acabar, e os fatores são:

- Os direitos de renovação da licença para transmissão online ainda


estão disponíveis?

- Qual é a popularidade e o custo daquele título?

- Há outros fatores sazonais ou regionais?

Caso esses fatores não sejam contemplados positivamente, a série


recebe seu aviso de cancelamento e em breve, ela não estará mais no
catálogo da plataforma.

199
4.1.2 Outro problema é a falta
de informação
Procurando na internet, aparecem notícias de que Netflix e Amazon
Prime não divulgam dados específicos quando se procura informações à
respeito da audiência das empresas.
Aconteceram casos em que ela lançou vislumbres de sua performance
na internet, mas nada objetivo. “Tivemos uma audiência de 40 milhões
no lançamento “You” e na série “Sex Education””. Foi o que os jornalistas
entenderam com os dados divulgados pela empresa.

Figura 18: Sex Education, Netflix

Mas, o que servidores de pesquisa como a Nielsen indicam, é que


aproximadamente, a série You obteve cerca de 8 milhões de audiência,
enquanto a Sex Education, conseguiu apenas 3 milhões. São números
bem grandes, mas, bem diferente dos 40 milhões que foram apurados.
O executivo John Landgraf, em um seminário da TCA, disse que
a empresa Netflix forneceu dados que confundiram os jornalistas e
completou alegando que, embora a série ‘’You’’ seja digna de muita
audiência, ela está longe dos 40 milhões.

200
4.1.3 Para conseguir um espaço
nos grandes streamings, precisa
primeiro ser enxergado
A história do roteirista Ahmad Saadaldin, que após construir sua
empresa ‘’Peace House’’ e produzir conteúdos com o roteiro que sempre
planejou, tentou conseguir a atenção da Netflix. Felizmente, ele conseguiu.
Todavia, em grande parte, isso se deveu pelas pessoas que conheciam o
trabalho de Ahmad e não cessavam o bombardeamento de directs para
@netflix no Twitter.
O trabalho de Ahmad veio de longa data, quando tentou sua
carreira em Hollywood e não encontrou seu lugar, pois o preconceito
para atores muçulmanos, negros, asiáticos e indianos foi algo que o
impediu de conseguir seu almejado sonho. Mas não impediu por muito
tempo, porque após isso ele fundou a Peace House, produziu seu próprio
roteiro e por isso teve reconhecimento de muitas pessoas no Twitter. E
o resultado foi esse: Divulgação.

Figura 19: Tweet de Rachel Brosnahan

201
Com isso, foram enxergados pela empresa e conseguiram conversar
com os acionistas responsáveis da Netflix e, ao que é dito, pode ser que
isso vire realidade um dia.

Figura 20: Tweet da Netflix

4.1.4 Empresas que ajudam a ser


reconhecido por plataformas
de conteúdo
Fornecer conteúdo para empresas grandes, como a Amazon Prime
e a Netflix, parece ser impossível, e realmente é bem difícil. É necessário
que o roteiro seja algo atrativo para o acionistas da empresa, ou seja, o
projeto tem que ser vendido primeiramente para os internos responsáveis
pelos projetores de lucro.
Por isso, empresas como a Island Bridge Productions trabalham com
outras empresas para gerar conteúdos que vão ser mais atrativos para
qualquer fornecedora. Seja corporações, internet, televisão… o objetivo é
trabalhar materiais que terão competência para fechar contratos.

202
Figura 21: Media Wars, Prime Video

Projeto como o ‘’Media Wars’’, transmitido pela Amazon Prime,


foi um exemplo de conteúdo que foi desenvolvido pela Island Bridge
Production em parceria com a Brooklyn Studios. Esta história em questão
se trata de um mundo na influência de fake news.

4.1.5 Amazon Prime e Netflix


estão interessados no público da
televisão
É notável que, além da audiência que as empresas de streaming
possuem, a televisão também possui um grande público que, em sua parte,
também se interessa em streaming. Reconhecendo isso, as empresas
Amazon e Netflix buscam fazer parcerias com emissoras para que, com
isso, consigam anunciar seus serviços em intervalos entre programações.
Foram feitas parcerias em emissoras como a Record, SBT e a Band, com o
objetivo de mostrar o serviço que as plataformas de streaming possuem
e trazer público da tv aberta.
De toda forma, as empresas não conseguiram o apoio da TV Globo,
que por outro lado, estava focada com o futuro de sua plataforma de
streaming, a Globoplay. A Globo investiu cerca de 1 bilhão nessa ideia e
o plano é usar de seu nome, que já conquistou muitas pessoas e atender
em ‘’primeira pessoa’’ essa demanda que já se mostrou bem relevante, o
streaming.

203
4.1.6 Conclusão
Figura 22: Tela Netflix

É perceptível que os players aqui possuem um bom rendimento geral,


além de estar crescendo na concepção principalmente dos Brasileiros, que
hoje já são os habitantes do segundo país que mais despende tempo com
Netflix do mundo. Todavia, os holofotes são da Netflix e Amazon Prime.
O ideal pra quem está interessado nos dias de hoje em ter contratos
com empresas de streaming, seria de conseguir seu lugar como parceiro
deles, pois embora existam outros, esses concorrentes são muito fortes e
não têm muita dificuldade em se sobressair dentre os demais.
Além disso, conseguir um contrato com essas empresas não é só
desgastante como também é perigoso. Porque? É incerto, pois depende
muito do público gostar do conteúdo transmitido e, por isso mesmo,
deve ser focado em entretenimento (agradar aquele público específico)
e isso pode sacrificar certa parte do propósito de como tratar apenas da
realidade, que para o público pode ser entediante.

204
4.2 Televisão
Para entender melhor o universo televisivo, nada mais justo do
que começar do ponto onde tudo se inicia. O sinal aberto ou free-to-air
(FTA) é um meio muito utilizado para referir-se a sinal de televisão e
rádio que não são criptografados, esse sinal normalmente é enviado por
via satélite, porém existem outras formas como sinais nas bandas VHF
ou UHF. Assim como em países da América Latina, o Brasil escolheu
o sistema para canais FTA. O satélite mais comum utilizado para as
transmissões principais do país, é o StarOne C2. Através dele é possível
acessar canais como Globo, Sbt, Record, Band e muito mais.
Por muitos a televisão ainda é considerada o princípio da comunicação
em massa no Brasil. Um Censo realizado pelo IBGE apresenta que cerca
de 95,1% dos domicílios brasileiros possuem um aparelho de TV, o que
traz uma facilidade ao acesso à informação. Nos dias atuais existe uma
divisão na televisão, sendo, a TV Aberta, onde inclui os canais gratuitos,
e a TV Fechada, onde estão os canais por assinatura, cabo, satélite. Para
a publicidade, esses meios devem ser analisados separadamente, pois
ambos possuem vantagens e características diversas.

4.2.1 Por que entrar na


televisão?
Segundo estudos realizados pelo site PWC, o setor global de mídia
e entretenimento irá movimentar cerca de U$$ 2,23 Trilhões em 2021, e
a receita gerada no Brasil será de U$$ 43,7 bilhões. Nos próximos cincos
anos, a tendência é de constante crescimento, com uma média anual de
4,2%.
205
Por mais que existam tendências positivas para o setor, ainda há
tanto no Brasil quanto fora, um recuo em relação às futuras estimativas,
um grande exemplo de motivos de que isso esteja acontecendo são
as instabilidades geopolíticas e econômicas em diversos países, a
desvalorização do real comparado ao dólar e a recessão na economia.
Contudo, o Brasil ocupa a 9ª posição no mercado global. Na
publicidade, os gastos totais incluindo online e off-line, chegaram a U$$
10 bilhões em 2016 e aproximadamente 80% desse valor foi destinado às
mídias tradicionais, como a TV. Os anunciantes, em sua maioria, ainda
possuem como primeira opção a TV Aberta – apenas em 2016 o setor
obteve uma receita de U$$ 5,2 bilhões, o que deverá chegar a U$$ 6,9
bilhões em 2021. A estimativa é que o setor cresça 5,5% a.a até 2021.
A TV digital, traz diversas possibilidades para o segmento, como
a interatividade. Pensar fora da caixa buscando alternativas sensatas
para atrair e seduzir o seu público-alvo deve ser considerado de extrema
importância e estar presente em qualquer estratégia.
O avanço e surgimento constante de novas tecnologias não deve
ser vistas como inimiga da mídia tradicional, porém deve ser colocada
com sua aliada.

Até mesmo serviços de streaming (sendo Netflix o mais famoso


deles) se rendem à força da TV aberta e compram mídia nesse meio
para promover o lançamento de seus principais produtos.

MUNDO DO MARKETING, 2018

206
VANTAGENS DESVANTAGENS

Meio audiovisual que é capaz de gerar grande Peças publicitárias necessitam de um


impacto. alto custo de produção.

Meio eficaz para demonstração de um produto, Custo de veiculação alto.


por poder mostrar as suas características
através de imagens em movimento, sons e Dificuldade no alcance ao público-alvo
efeitos especiais. específico, na TV aberta.

Possui resultados rápidos quando refere-se a Índice de audiência baixo, quando se


impacto e cobertura. trata de TV fechadatendo assim um
perfil qualificado de seu público.
Na TV aberta possui uma extrema cobertura.

Na TV fechada, permite que possua uma


cobertura segmentada, tendo assim um perfil
qualificado de seu público.

Capaz de gerar referência.

4.2.2 Principais emissoras


do Brasil
Estação ou emissora de televisão, refere-se a uma organização que
transmite os seus conteúdos através da TV aberta. É necessário que essas
emissoras possuam licença de transmissão vinda de uma agência
governamental, à qual estabelece quais os requisitos e limites que elas
deverão seguir.
Em sua maioria, as estações de TV comercial, são de propriedades
independentes, contudo a maior parte é filiada com uma rede de televisão
ou são de propriedade e geridas por certa rede.
No Brasil todo império televisivo se iniciou na década de 1950,
207
através da TV Tupi do Assis Chateaubriand. Como maior emissora
atualmente no país, temos a Rede Globo, fundada por Roberto Marinho,
o canal rende para a economia cerca de U$$ 30 bilhões por ano.
A Record, ainda na década de 80 fazia parte da potência de Silvio
Santos, porém em 1989 foi vendida ao pastor da Igreja Universal, Edir
Macedo que ainda é o atual dono. O canal possui a segunda maior
audiência e rende cerca de U$$ 3 bilhões ao ano.
Fundado por Silvio Santos em 1981, a SBT fica em terceiro lugar
gerando cerca de U$$ 1 bilhão anualmente. Marcada e representada por
seu proprietário, como grande empresário e apresentador de seu próprio
canal.
Abaixo temos TV Bandeirantes fundada em 1967, fatura em média
900 milhões de dólares por ano, Rede TV que teve sua primeira aparição
em 1999 e apresenta um lucro anual de aproximadamente R$ 350 milhões
e TV Cultura que é uma emissora pública, foi criada pelo governo de São
Paulo em prol da educação em 1967 e não possui fins lucrativos.

4.2.3 Televisão contra


redes sociais
Além das mídias tradicionais as principais emissoras brasileiras
também se mantêm presentes em todas as maiores e principais redes
sócias. A rede globo lidera todas, exceto no YouTube, onde a Rede TV
toma frente devido às suas pegadinhas que são adoradas pelo país.
A Globo possui uma vantagem expressiva diante às suas concorrentes,
principalmente no Twitter onde possui 11,7 milhões de seguidores, que
acompanham suas postagens e geram um alto engajamento, falando
principalmente sobre suas novelas e programas de entretenimento, como
Big Brother Brasil e The Voice, por exemplo. Essa quantidade é menor

208
que sua própria página no Facebook onde a Globo possui 13,7 milhões
de curtidas, porém os seus seguidores não a acompanham rapidamente
como no Twitter.
As emissoras se mantêm atentas em todos os assuntos importantes
no momento, e assim como na TV elas buscam passar esses assuntos em
primeira mão nas redes sociais, de uma forma clara e objetiva, utilizando
meios tradicionais como textos, frases curtas e até manchetes.
Porém com as crescentes mudanças na tecnologia, novas formas
vem surgindo para poder alcançar e acompanhar o seu público-alvo,
como através de vídeos curtos, memes para poder atrair o público mais
jovem, informações através do humor, publicidade de uma forma mais
criativa, hashtags (#), marketing interativo e muito mais. A interação
com o seu público é essencial nas plataformas digitais.

4.2.4 Apresentando o programa


para a televisão
Um fator importante na televisão, é se preocupar com a estadia
do seu programa enquanto estiver lá pois, ele deve estar alinhado com
o que o público quer. Um programa de televisão que não estiver bem
roteirizado pode acabar no esquecimento facilmente e, além disso,
caso não haja KPIS para acompanhar o rendimento deste programa, a
insatisfação gerada à audiência pode acabar com esse projeto de vez.
Por isso é de extrema importância saber como escrever um roteiro
e principalmente apresentar suas criações originais, assim se manterá
com uma grande vantagem, podendo permitir que suas ideias cheguem
ao público e assim seja paga por elas. Para iniciar esse processo, existem
tópicos que auxiliam as etapas de apresentação do projeto, aos quais
serão apresentados abaixo.

209
4.2.5 Empresas adequadas
Fazer uma lista das possíveis empresas/emissoras que podem
apostar no seu projeto é essencial, o meio mais fácil de encontrar essas
empresas é buscando na internet contatos, seja telefone, e-mail ou meios
que sejam eficazes para envio de ideias, principalmente campanhas
que estejam fazendo programas semelhantes aos seus. Assim que os
encontrar, entre em contato, o essencial é se manter focado em vender o
seu modelo de programa. Convença-os de uma oportunidade de encontro
para uma possível discussão sobre o assunto.

4.2.6 Venda eficaz


Após chegar ao local certo, prepare todo o seu potencial para
surpreender os executivos, lembre-se que o principal é vender a ideia,
com o objetivo de deixar todos empolgados com a ideia e criar um método
de que os executivos possam visualizar o produto em suas mentes.
Apresente-os “a sacada”, ou seja, porque o programa é original e
viável, devendo assim ser assistido. Depois qual o seu público, quem
vai assistir e como ele se encaixa na audiência atual da emissora, por
último o trailer, se estivesse fazendo um comercial sobre o mesmo quais
partes principais a serem destacadas.
Convença-os de que o negócio será bom para os dois lados, e que
valerá a pena. Apresente de uma forma rápida e vigorosa, seja objetivo,
gaste em torno de 15 minutos, por fim, agradeça e responda as perguntas,
caso tenha.

210
4.2.7 Televisão aberta e fechada:
como elas podem monetizar?
Segundo o superinteressante, existem algumas formas nas quais
esses programas que utilizam desse meio usam para ganhar sustentar a
estadia na TV.
Tanto a TV aberta quanto a TV fechada possuem diferentes modos
e estratégias para poder receber ou veícular.
Acompanhe agora, os principais métodos utilizados por essas
plataformas:

TV
FECHADA

Taxa de assinatura
No momento em que é feita uma proposta de contrato com os
responsáveis dos canais de televisão por assinatura, fica premeditado uma
quantia determinada para ser acertada com os programas produtores de
conteúdo. E isso tem influência com o tamanho desse canal em questão
e, além disso, o preço que seria pago no pacote de canais ao qual aquele
está contido.

211
Branded content
Conteúdo publicitário é o que traduz esse fator. Ou seja, os programas
de televisão usam de momentos de sua programação para fazer inserções
de marcas de anunciantes e popularizar estes no mercado. E, com isso,
o programa recebe do anunciante para ter a imagem de sua marca
aparecendo nesse momento.

TV
ABERTA

Merchandising
Se trata de momentos no qual o apresentador para o programa para
falar de algum assunto comercial. Aquele momento em que um assunto
é parado subitamente para divulgar os parceiros e, comercialmente, esse
formato de monetização é uma forma do programa ganhar dinheiro.

212
Espaço publicitário
Durante os intervalos, também chamados de comerciais, é o
momento em que essa característica acontece. Os anunciantes pagam
para ter acesso a segundos desse intervalo e veicular sua propaganda
para que a audiência assista.

Aluguel de horário
A emissora fornece um horário de sua grade para permitir que
terceiros façam uso desse momento para o que precisarem, mas, aquele
o qual está alugando é responsável também pelo conteúdo transmitido.

Licenciamento
Esse tipo de estratégia visa pegar algum conteúdo que já existe e
transformar em um produto. Por exemplo, pegar novelas ou reality shows
e vender CDs e DVDs relacionados a essas respectivas programações.

4.2.8 Conclusão: televisão


Este formato, como pudemos ver, possui dois grandes públicos,
encontrando-se em maior quantidade na TV aberta. Mas, da mesma
forma que o conteúdo da TV aberta é grande, ele é muito variado também.
É o lugar perfeito para veicular programas populares como novelas e
jornais televisivos e também possui uma capacidade de alcance muito
grande.

213
Por outro lado, o público é mais nichado. É relativamente fácil
encontrar segmentos buscados e, também, não fica caro pra descobrir
novos públicos interessados.

4.3 YouTube

Figura 23: Logo YouTube

O YouTube é uma plataforma de vídeos e streaming, atualmente,


a mais acessada do mundo. Se tornou uma grande fonte de renda para
muitas pessoas a partir de programas feitos pelo próprio YouTube, pelo
Google (empresa responsável pelo YouTube) e por meio de patrocínios a
partir da grande visibilidade que a plataforma proporciona. É comum,
hoje, ver pessoas que conseguem viver por meio da plataforma.

4.3.1 YouTube Partner Program


A plataforma de conteúdo passou por algumas transições durante
os anos pois, não era esperado que, quando começaram a surgir os vídeos
e canais do youtube, existisse tanta demanda para esse formato. E com
isso, o Youtube conseguiu uma forma de monetizar esses acessos e, com
isso, beneficiar os produtos de conteúdo com salários formalizados e
esses produtores de conteúdo eram chamados de Partners da plataforma.

214
Mas, alguns fatores eram necessários para poder se encaixar nesse
grupo que um dia foi seleto.

- Provar que seu conteúdo é original

- Ter uma cadência de postagem padrão

- Ter um conteúdo que respeite as regras da Comunidade Youtube

- Estar em um dos países aos quais poderiam fazer parte do programa



As pessoas cuja aprovação era realizada nessa categoria de partners
recebiam a possibilidade de veicular Ads (Adsense) em seus vídeos e
ganhar com esses minutos de propagandas colocadas lá.

4.3.2 Os adsenses

PULAR
ANÚNCIO

Um fator de grande importância para os youtubers e de grande


ódio para a audiência. Essa forma de lucrar na plataforma esteve lá
por muito tempo e, até alguns anos atrás, funcionou. O ódio do público
por conta dos “5 segundos de propaganda” foi o suficiente para que
fossem inventadas formas de driblar esse formato do YouTube, o que foi
ruim para a plataforma e para os produtores de conteúdo também, que
passaram a ter menos meios de ganhar dinheiro.

215
4.3.3 Os adblocks
Esse fator surgiu por conta da resistência da audiência do YouTube
com os “ads’’, ou propagandas, que eram inseridas durante os vídeos.
Essa ferramenta faz com que propagandas fossem bloqueadas antes
mesmo que fossem exibidas. Tanto os anúncios do Google que aparecem
na tela da plataforma, como também que apareciam no vídeo. Tudo era
bloqueado!
Essa questão não foi bem recebida para os produtos de conteúdo
pois trabalhar como um YouTuber se tornou cada vez menos viável pois
as formas de monetização se tornaram escassas.

4.3.4 Anúncios do Google


no YouTube
Outra forma que o YouTube conseguiu de ganhar dinheiro, foi
com anúncios do Google posicionados em vários pontos específicos da
plataforma. É uma forma que se tornou interessante para anunciar
pois, o histórico de preferências de uma conta no YouTube (linkada no
G-mail) facilita a segmentação de um público e ajuda o Google a saber
em quais vídeos seriam melhores para entregar determinados anúncios.

4.3.5 YouTube ads


De forma semelhante ao GoogleAds, o Youtube também possui
uma forma de trazer audiência para um produtor de conteúdo, mas com

216
um preço. Todavia, essa ferramenta é melhor utilizada por um público
mais seleto da plataforma já que demanda conhecimento de estratégias
e também de renda para investir nessa plataforma. Esta estratégia é
focada para atender canais mais maduros, focados realmente em ganhar
dinheiro (e gastar) a conseguir maiores quantidades de uma audiência
que também é segmentada.
Mas, deve-se levar em conta de que a responsabilidade pelas
estratégias torna-se responsabilidade do produtor de conteúdo. O
YouTube é responsável apenas por trazer pessoas para o canal, e ele traz
muito bem. Mas, caso o canal não tenha recursos que são necessários
para reter pessoas lá, esse será um investimento desperdiçado.

4.3.6 Barreiras de entrada,


produtores e qualidade
É um fato que não tem segredo começar a produzir conteúdos para
o YouTube. A maior dificuldade a priori é conseguir inscritos para poder
utilizar dos primeiros benefícios de produto de conteúdo. Recursos como
colocar um link personalizado para um canal é disponibilizado apenas
para quem tem uma certa quantidade de inscritos (youtube.com.br/
seucanal).
Mas, essa mesma facilidade fez com que esse mercado se torna-se
saturado. Crianças, jovens, adultos e idosos… qualquer um pode publicar
no YouTube, e alguns até conseguiram ser bem sucedidos com isso.
Houveram casos de pessoas que, por conta de algum vídeo que viralizou,
conseguiu alguns momentos de fama que não foi mantida futuramente,

217
pois o dono do canal não possuía habilidade para reter público. A
plataforma não está preocupada com o estudo de seus produtores de
conteúdo, por isso, qualquer um pode ter voz que conseguir lá.

CASE DE
SUCESSO

Figura 24: Canal Nilson


Izaias Papinho

Esse foi um caso recente no YouTube, que ilustra muito bem a


falta de necessidade de preparo na plataforma para conseguir público.
Nilson é um senhor muito simpático que conseguiu apoio de pessoas
que se sentiram motivadas por seu carisma e seus vídeos baseados em
dicas rotineiras de vídeos de “como fazer slime”, “aprendendo a tocar
piano”, “conhecendo a minha cidade”, a “rotina de Nilson de todas as
manhãs” e por aí vai.
Figura 25: Vídeos de Nilson Izaias Papinho

218
Com nada mais do que sua personalidade, Nilson conseguiu
bastante reconhecimento no país inteiro e conquistou quase 5 milhões
de inscritos em pouco tempo e com 165 vídeos. Mas o que é visto é que
suas visualizações são bem instáveis e é possível que ele não esteja
preocupado com quanto está lucrando.

4.3.7 Novas diretrizes de


YouTube Partners
Muitos produtores de conteúdo consideram o YouTube com um
meio perfeito para começar a atrair visibilidade para o seu conteúdo,
alguns utilizam apenas a monetização oferecida pela plataforma, a qual
é gerada por meio dos anúncios que são veiculados aos seus vídeos, porém
a forma de monetização obteve algumas mudanças nos últimos anos,
devido principalmente a alguns fatos negativos ocorridos na própria
plataforma.
Circunstâncias que também acarretaram certas mudanças eram,
aparentemente, a simplicidade de monetização. Além de diversos
problemas com os anunciantes, pois não haviam peneiras que
selecionavam separadamente para qual vídeo cada anúncio deveria ser
feito, tudo acontecia através de uma algoritmo o que não era tão válido,
por fim diversas propagandas foram veiculadas em vídeos considerados
censuráveis e ofensivos, trazendo assim uma imagem ruim para as
empresas incluídas.
A primeira mudança ocorreu em 2017, onde o sistema de Partners
se alterou, requisitando que para se candidatar o produtor deve possuir
mais de 10 mil visualizações em seu canal. A partir de 2018 vieram novas
mudanças, as quais estão presentes até hoje. Desde esse momento todos
os canais começaram a ser analisados com mais criteriosidade, além

219
do número de visualizações, será levado em conta o engajamento dos
usuários, o tipo de conteúdo apresentado entre outros.
Sendo assim, é necessário ter no mínimo 1 mil inscritos e 4 mil
horas assistidas no canal no último ano para poder obter a monetização.
Além dessas duas regras básicas, é necessário ler e concordar com os
termos do Programa de parcerias do YouTube, este ponto é importante
pois nesses termos possuem informações sobre pagamentos de Receitas,
Anúncios, Prazos de Pagamento, Limitações, Tributos e muito mais.
O contratante também deve se inscrever no Google AdSence, para
assim poder gerar receita com seu conteúdo e receber pelo mesmo, é
essencial juntar 100 dólares para poder receber seu primeiro pagamento.
Por fim, é possível configurar as suas preferências de geração de receita,
ou seja, poderá escolher quais os tipos de anúncios deverá ter em seus
vídeos.

4.3.8 Formas de monetizar


Existem algumas formas de fazer dinheiro no YouTube, tendo
eficiências diferentes dependendo de para qual canal se está utilizando
a estratégia e a forma como ela está sendo aplicada. Veja:
- Exibindo Anúncios no decorrer dos vídeos

- Pedindo contribuição e bonificando com material exclusivo

- Redirecionando o a audiência para links específicos de vendas com


objetivo de ganhar porcentual nos lucros ou nos leads

- Mostrando produtos e marcas no vídeo

- Fazendo conteúdo com apoio de patrocinadores

220
4.3.9 Quanto ganham
De acordo com pesquisa no site Samba Tech, Youtubers ganham
entre 0,25 a 4,50 dólares a cada 1000 visualizações que um vídeo recebe.
Como o pagamento é feito em dólares, alguns fatores do ambiente
financeiro como o valor do câmbio influenciam nesse processo.

4.3.10 Quem consegue retorno

Figura 26: Canal Whindersson Nunes

Por exemplo, o Youtuber Whindersson Nunes, quando possuía 37


milhões de inscritos, ganhava numa faixa de U$11.000 a U$189.000 dólares
baseado em sua média de visualizações. Outros exemplos interessantes
como por exemplo, o Canal Porta dos Fundos, com 16,2 milhões de
inscritos ganha numa faixa de $17.900 a $285.600. Já um canal menor,
como o Petiscos TV da Julia Petit, com apenas 437 mil inscritos, faturaria
entre U$55 a U$876.

221
4.3.11 Conclusão
Sendo assim, o que foi concluído é que os custos para estar no
YouTube não são altos, fora o tempo necessário para se alocar. Mas,
se a plataforma for bem utilizada, pode gerar bons lucros. E, torna-se
facilmente uma boa opção para o projeto do grupo Eleve para usar de
forma secundária de lucros para o Reality show.
Mas, é necessário planejar estrategicamente a postagem de
conteúdos aliado ao auxílio de impulsionamento que o YoutubeADS
possibilita.
E, com isso, usar a longo prazo o canal para divulgar o projeto
principal e também como meio de ganhar dinheiro, seja com anúncios,
ou com a divulgação de propostas que gerarão renda para o projeto.

Figura 27: Câmera fotográfica

222
4.4 E aí? Para onde vamos?

Figura 28: Rosa dos ventos YT, TV, Stream.

Para o projeto que o grupo Eleve está produzindo, o mais viável seria
a televisão, mais especificamente a TV fechada. Isso porque ter controle
das informações necessárias do público, que também é mais nichado,
nesse ponto se torna mais fácil por conta das várias personalidades que
cada canal possui. Além disso, é possível ver onde modelos de programas
semelhantes estão para poder se basear na escolha de entrada. O preço
para veiculação também acaba sendo, para o projeto, o mais viável para
ser pago.

NO PRÓXIMO EPISÓDIO:
Você descobrirá como os ventos estão em nossa escalada!
223
EPISÓDIO 05

224
225
COMO ESTÃO
OS ARES?
Análise macroambiental

O Macroambiente de Marketing de uma empresa consiste no


conjunto dos agentes e das forças exteriores ao Marketing que
afetam a habilidade da administração de Marketing de desenvolver
e manter relações bem sucedidas com os consumidores-alvo.
O ambiente de Marketing oferece oportunidades e ameaças.
As empresas bem sucedidas conhecem a importância vital da
observação e adaptação constante ao ambiente cuja mudança é
constante. [...] Las Casas define como ‘variáveis incontroláveis’
as forças que estão fora do domínio da empresa. Certamente, as
empresas e os consumidores são atingidos por essas variáveis.
Portanto, segundo Philip Kotler, as empresas devem monitorar seis
importantes forças: demográfica, econômica, natural, tecnológica,
político/legal e sociocultural. ‘O mundo seria um lugar mais
tranquilo se as atividades de marketing pudessem ocorrer num
vácuo’ (Semenik & Bamossy: 1995. p. 39). Como não ocorrem dessa
forma, o papel do Marketing é identificar e interpretar os efeitos
das variáveis

IMPLANTANDO MARKETING, 2014

O estudo do macroambiente é de fundamental importância para


as empresas conseguirem entender o que se passa fora do seu ambiente
corporativo. Por mais que sejam fatores que não podem controlar, por
estarem fora do seu escopo, são itens que devem ser analisados, pois
podem afetar a empresa, positiva ou negativamente, em diferentes níveis
de impacto. A função de um estudo macroambiental é estar preparado
para possíveis ameaças e criar estratégias para minimizar seus impactos
no negócio, além de identificar possíveis oportunidades e como melhor
aproveitá-las.

226
O macroambiente é dividido em demográfico, econômico, natural,
político-legal, sociocultural e tecnológico. As variáveis escolhidas para
análise foram cuidadosamente pensadas, levando em consideração o
modelo de negócio pretendido, suas características, as peculiaridades
do setor e o público envolvido, empreendedores. Cabe destacar que as
variáveis abaixo não são as únicas que tem relação com o projeto, porém
são as consideradas mais relevantes para uma análise à fundo.

5.1 Ambiente demográfico


O Portal da Educação define o ambiente demográfico como o estudo
de toda a população de seres humanos dentro de alguns parâmetros,
como localização, densidade populacional, sexo, raça, idade, tamanho,
ocupação, entre outros. É o ambiente onde o principal foco é no público-
alvo, entendendo onde se encontra e quem ele é.
Por se tratar do ambiente mais propício para a análise quantitativa
do público-alvo, serão exploradas variáveis como os níveis de educação,
tamanho das famílias, a concentração da população em grandes cidades,
o crescimento populacional e a mobilidade social.

227
5.1.1 Crescimento populacional
Entender como está se comportando o crescimento da população
brasileira quando se planeja um negócio é indiscutível.

5.1.1.1 Porque a variável


é crítica
Independente do tipo de negócio proposto, todos necessitam de
compradores, fornecedores, parceiros, distribuidores, investidores e
todos os stakeholders necessários para sua consolidação. E são essas
pessoas que fazem parte desse quadro de envolvidos, sendo uma
simples matemática: quanto mais pessoas tem, mais potenciais clientes
(fornecedores, parceiros, concorrentes, investidores, distribuidores e etc)
existem.
Como principal fonte do capital humano, o ser humano é a força
motriz do setor de economia criativa. Sem ele, não existe empresa que
consiga existir. Logo, a variável é ainda mais relevante, por se tratar da
quantidade de capital humano disponível.

5.1.1.2 Histórico da variável


O gráfico abaixo faz um estudo do crescimento da população e
sua variação absoluta, do século XV até o XXI. Observa-se um salto
populacional de quase quatro milhões de pessoas do século 18 para o 19,
porém um acréscimo muito pequeno quando observado na transição do

228
século 20 para 21. O crescimento vem se estabilizando, devido à queda na
taxa de natalidade e a opção dos casais por ter menos filhos.

Variação absoluta da população mundial


1500-2100
6.000
4800
5.000 4537

4.000

3.000

2.000

1.000
397 563
118 47
0
1500-1600 1600-1700 1700-1800 1800-1900 1900-2000 2000-2100
G/T 71: Variação absoluta da população mundial Fonte: Eleve com base no Maddinson, 2013

O IBGE ainda traz dados anuais e atualizados do crescimento


populacional no Brasil. O maior salto encontrado foi entre 2012 e 2013,
aumentando lentamente nos anos subsequentes.

População residente estimada - Brasil

220.000.000

200.000.000

180.000.000
2006 2008 2009 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019

G/T 72: população residente estimada - Brasil Fonte: Eleve com base no IBGE, 2019

229
5.1.1.3 Tendências e projeções
Em uma pesquisa realizada no Population Reference Bureau,
encontramos dados de que a população está projetada para alcançar a
casa dos 9 bilhões de pessoas até 2050, um aumento de quase 2 bilhões
quando comparado com 2011. Isso se deve, majoritariamente, aos países
mais pobres, pois são os que apresentam a maior taxa de fecundidade.
Enquanto países mais desenvolvidos têm menos filhos, pelos altos custos,
os subdesenvolvidos precisam de mais mão de obra, fornecida para o
Governo pelas famílias.

Projeções da população brasileira,


segundo ONU e IBGE: 2015-2055

240
2050 = 238,3 milhões

230 2047 = 232,8 milhões

2042 = 228,4 milhões


220

210

200
2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050 2055
revisão 2015 revisão 2017 ibge, revisão 2013

G/T 73: Projeções da população brasileira Fonte: Eleve com base no IBGE, 2013

A população brasileira está estimada para ultrapassar 238 milhões


de pessoas. Em 2019, a estimativa da população pelo IBGE era de 210.147.125
pessoas, uma diferença de cerca de 28 milhões de pessoas. Uma segunda
pesquisa, dessa vez realizada pela ONU, atribui esse crescimento à
imigração. Isso se deve ao fato de que a população brasileira está
envelhecendo, deixando cada vez menor a população economicamente

230
ativa. Comparando a taxa de crescimento da população com a imigração
permitida (dentro dos trâmites legais) e com uma política de imigração
zero, fica claro que a implantação de uma política rigorosa apresenta
resultados negativos para o país, desestabilizando inclusive a economia
doméstica.

G/T 74: Imigração salvadora

5.1.1.3 Impacto no negócio


Para a implementação desse projeto, serão necessárias várias
partes envolvidas. O principal impacto é sentido nos stakeholders, se
a população aumenta, a gama de possíveis envolvidos também – e a
recíproca é verdadeira. Em um cenário de diminuição da população,

231
principalmente jovem, a demanda pelo serviço oferecido sofre diretamente
- pela rotatividade dos setores trabalhados em cada temporada -, a
audiência passa a ser menor, menos negócios são criados e existem menos
investidores. Essa não é uma realidade no cenário atual, a população
está crescendo, apesar de ser em menores níveis. Logo, o crescimento
populacional vem como uma oportunidade a ser aproveitada.

5.1.2 Níveis de educação


Por estarmos tratando de um projeto com foco em mentorias,
empreendedorismo, incubação e aceleração de empresas, desenvolvimento
e gerenciamento de habilidades e negócios, é fundamental analisar a
educação.

5.1.2.1 Porque a variável


é crítica?
Apesar do setor de atuação ser Economia Criativa, estamos muito
conectados ao empreendedorismo, e mão de obra especializada é um
ativo específico fundamental para o desenvolvimento do projeto. Ao
tratarmos de empreendedores que não sabem como colocar seu negócio
em prática e startups que não conseguem sobreviver além de alguns
anos, encontramos um nicho de educação que ainda pode ser explorado.
Conhecido por LET, a metodologia Lean Education Technology,
une, em sua composição, Design Thinking e Empreendedorismo. Uma
tendência surgida tem como base o desenvolvimento de novos produtos
e a criação/gerenciamento de negócios, com o objetivo de fazer cada

232
vez mais parte do cotidiano dos jovens, que, em sala de aula, passam
a lidar com situações semelhantes ao mercado de trabalho, buscado
o desenvolvimento de habilidades imprescindíveis para resolução de
dilemas complexos, estimulando o pensamento crítico, a colaboração,
comunicação e criatividade. Também é abordado como realizar
pesquisas, transformar os dados em resultados para a compreensão das
dores levantadas e gerar possíveis soluções.
Entender o que nosso público alvo percebe como valor na educação
e os respectivos custos e benefícios, influencia diretamente no formato
de negócio.

5.1.2.2 Histórico da variável


Na época de Brasil Colônia, a educação era restrita a meninos, que
aprendiam a ler e escrever enquanto eram convertidos ao cristianismo.
No Brasil Imperial tivemos professores sem capacitação e prevalência
dos valores morais e religiosos. A reforma educacional, com divisão de
séries de acordo com a idade dos alunos veio no Brasil República.
A realidade que vivemos é de um espaço saturado, que não comporta
a demanda existente, com infraestrutura ultrapassada e precária,
professores ocupando cargos que não tem capacitação profissional para
ocupar, salários baixos e reconhecimento menor ainda, desvio de verbas,
analfabetos funcionais, alta taxa de evasão e falta de preparo para
atender alunos com necessidades especiais.

233
G/T 75: Pessoas em milhares

Em uma pesquisa do IBGE de 2015, tínhamos uma população de


204.860.000 pessoas (99.408.000 homens e 105.452.000 mulheres – uma
proporção de 1,06 mulheres para cada homem). Alfabetizadas eram
191.919.000, sendo 92.778.000 homens e 99.140.000 mulheres (se mantendo
a proporção de 1,06 mulheres para cada homem), subdivididos entre
173.566.000 pessoas na área urbana (83.057.000 homens e 90.510.000
mulheres – uma proporção de 1,09 mulheres para cada homem) e 31.294.000
na zona rural (16.351.000 homens e 14.943.000 mulheres – uma proporção
de 0,91¹ mulheres para cada homem), como ilustrado no gráfico acima.
A boa notícia é que os números têm melhorado e o nível de
escolarização tem subido, como mostra o gráfico abaixo:

¹A menor proporção se deve ao fato de, na zona rural, ser o único ambiente em que
existem mais homens do que mulheres, de acordo com o IBGE de 2015.

234
Evolução anual - Brasil

99,4

99,3

99,2

99,1
2016 2017 2018

G/T 76: Evolução anual - Brasil Fonte: Eleve com base no IBGE

Entre os anos de 2016 e 2017 não tivemos mudanças no nível de


escolarização, porém sobe 0,1 pontos percentuais no ano seguinte.
Ao mesmo tempo, a taxa de analfabetismo vem decaindo aos
poucos, decaindo de 7,2 em 2016 para 6,8 em 2018:

Evolução anual - Brasil

7,5

7,0

6,5
2016 2017 2018

G/T 77: Evolução anual - Brasil 2 Fonte: Eleve com base no IBGE

235
5.1.2.3 Tendências e projeções

A Educação tem sido o foco de importantes debates em todo o


mundo. Ganham cada vez mais relevância modelos que propõem
um maior protagonismo dos alunos e colocam o professor como um
facilitador da aprendizagem e não como um reprodutor de ideias.
Novas tecnologias e metodologias que utilizam desde inteligência
artificial e robótica até ferramentas como o Design Thinking e o
Empreendedorismo têm estimulado diferentes formatos de ensino
e aprendizagem a serem adaptados para as salas de aula. Seguindo
essa tendência, uma formação cada vez mais especializada e
qualificada para os profissionais da educação também é um desafio
a ser superado. Nesse cenário, escolas e professores precisam estar
atentos aos novos caminhos para a educação, aproveitando os
benefícios de metodologias inovadoras e recursos tecnológicos que
podem contribuir com o desenvolvimento de estudantes.

FUNDAÇÃO TELEFÔNICA VIVO, 2020

As tendências de educação estão cada vez mais alinhadas com a


tecnologia e a inovação, não só no Brasil, como no mundo. A importância
da incorporação de novas metodologias, principalmente aliadas à
tecnologia, garante um aprendizado mais contextualizado e a utilização
de ferramentas que podem ser benéficas tanto para o professor quanto
para o aluno. Um exemplo disso é a educação à distância (EAD). No
caso de jovens e adultos, em grande parte dos casos, há o interesse em
cursar o ensino superior, mas a necessidade de trabalhar é maior. A
modalidade EAD vem para facilitar o contato entre alunos e professores,
se constituindo como uma nova e forte plataforma de ensino, utilizando
inovação e tecnologia.
Na Fundação Telefônica Vivo é relatado que a maior aposta das
escolas é na inovação, abraçando as mídias digitais. Espaços como
bibliotecas, que eram pouco usados pelos alunos, tem se tornado cada

236
vez mais tecnológicos, modernos e positivos, o que estimula a utilização
pelos alunos. A utilização de ambientes diferenciados, que proporcionem
consultas a materiais disponíveis digitalmente, vídeos, eventos e
discussões, e momentos de descontração e criatividade, podem ajudar
a aumentar a concentração e o comprometimento dos alunos. Não é
deixar de lado os métodos tradicionais de ensino, mas adaptá-los para a
realidade atual, com uma cultura “do it yourself” muito grande, mostrar
o lado prático ou deixar os alunos “colocarem a mão na massa” pode ser
a melhor saída.

5.1.2.4 Impacto no negócio


A solução proposta é um programa de mentorias para futuros
empreendedores, sendo o reality show apenas o formato escolhido
para apresentar o negócio. Encontramos uma oportunidade no gap da
entrega desse serviço para o consumidor final, por motivos como erro
na escolha dos canais, falta de conhecimento do público, conteúdo sem
especificidade, alto custo, baixa relevância ou falta de reconhecimento
e credibilidade por parte da instituição. Com um estudo aprofundado
do público envolvido, podemos desenvolver um negócio especificamente
para o target.
Já a metodologia LET pode ser percebida de duas formas, uma atual
e uma como projeção futura:
Atualmente, pelo tempo necessário para adaptar a oferta e capacitar
todas as instituições de ensino nessa metodologia, é uma oportunidade
pois podemos ser os pioneiros na sua implantação no Brasil, já que é
uma tendência mundial. Se torna uma ameaça, futuramente, quando
implementada em todas as escolas do país, pelo fato de já ensinar para
os jovens o que estaríamos oferecendo no serviço de mentorias. Quando

237
a demanda estiver capacitada para empreender sem auxílio, por ser algo
quase inerente ao ser humano, serviços de mentoria empreendedora se
tornarão obsoletos.

5.1.3 Tamanho das famílias


A análise do tamanho das famílias brasileiras é um dos indicadores
necessários para quantificar o público que assistirá o programa, visto
que a distribuição será feita com base na preferência da audiência

5.1.3.1 Porque a variável


é crítica
É crítica pois as preferências e gastos da família tem influência
direta no tipo de serviço proposto. A despesa média familiar entre 2017 e
2018, de acordo com o IBGE foi de R$ 4.649,03, subdivididas em alimentação,
moradia, vestuário, entretenimento, deslocamento, educação, entre
outros. Relevantes para a análise, é gasto, em média, R$50,41 em planos
de televisão, internet e telefone (R$42,06 no estado de Minas Gerais);
R$96,16 com recreação e cultura e, R$175,60 em educação, por mês, em
cada família.
Com um rendimento médio mensal de R$5.088,70 por família,
entender como são distribuídos os valores, quantas pessoas na residência
são responsáveis pelas decisões, onde as famílias investem mais o seu
dinheiro e, principalmente, quantas pessoas estariam à frente da televisão

238
(do computador, celular, tablet ou qualquer outro aparelho que comporte
a exibição do programa) assistindo e, futuramente, participando como
candidato.

5.1.3.2 Histórico da variável


A UNFPA, uma agência de saúde reprodutiva e sexual da ONU –
Fundo de População das Nações Unidas -, realizou um estudo que foi
divulgado em outubro de 2018 mostrando que a taxa de fecundidade
brasileira (1,7 filho por mulher) era menor que a taxa mundial (2,5
filhos por mulher) no ano analisado. Na maioria dos países da Europa,
o nível de declínio de fecundidade vivenciado no Brasil demorou cerca
de 100 anos, enquanto aqui levou apenas 30 anos. Foi uma queda muito
rápida e intensa, culpada, principalmente, pela transição demográfica
da população brasileira.
A seguir temos um gráfico retirado do mesmo estudo, mostrando a
evolução da taxa de fecundidade por décadas, desde 1960 até 2018.

G/T 78: Taxa de fecundidade


239
A média brasileira estava acima da mundial até meados de 1986,
onde entrou em declínio, fechando com 0,8 pontos percentuais abaixo
da média mundial. Existem dois principais motivos para isso, de acordo
com a pesquisa, baseados principalmente em educação e nível de renda,
divididos em dois polos opostos, sendo eles:
1 - Mulheres com mais escolaridade e uma progressão mais
acentuada na carreira costumam ter menos filhos, seja pelo pouco
tempo passado em casa, dificuldades financeiras e logísticas (espaço,
deslocamento, educação, relacionamento);
2 - Mulheres com menos escolaridade e menores rendas e
oportunidades, tendem a ter filhos enquanto ainda jovens, frutos de
gravidezes sem planejamento.
Dados do IBGE confirmam esses resultados, apresentando uma
média de 3,3 moradores por residência nas áreas urbanas (entendidos
como um casal e um filho) e 3,8 na zona rural, dados de 2010. Havia uma
estimativa de 69.017.704 famílias no país, com uma média de três pessoas
cada.

5.1.3.3 Tendências e projeções


O Jornal digital Nexo trouxe uma reportagem em 2020 sobre as
tendências na taxa de fecundidade global. Os dados são de que o número
de nascidos tem, desde 1965, caído, resultando em uma quantidade
de nascimentos insuficiente para evitar uma população reduzida, 52
anos depois (em 2017). A média de filhos por mulher na década de 50
era seis, em 2020, é 1,7. A média necessária para garantir uma maior
estabilidade no país, comparando a população economicamente ativa
com os aposentados, a chamada taxa de reposição, é de 2,1.

240
Éramos seis, seremos três
A fecundidade da brasileira despencou - em total de filhos por mulher

Em 1960, a brasileira Em 1980, passou Em 2000, Em 2020, a


tinha em média 6 filhos para 4 crianças eram 2 filhos média será 1,5

1960 1980 2000 2020

G/T 79: Éramos seis, seremos três Fonte: Eleve com base no Geografia Geral e do Brasil, 2014

A ilustração acima retrata a evolução na quantidade de filhos das


brasileiras desde 1960, fazendo um comparativo com a tendência para a
década de 2020. Na África Subsaariana, a média de filhos de uma mulher
é de 5,1, enquanto em lugares mais desenvolvidos, chega a 1,7.

5.1.3.4 Impacto no negócio


O principal e mais relevante impacto é na audiência, seguido dos
possíveis participantes do reality. Identificar quem são os responsáveis
por influenciar as decisões de compra na família e quantas pessoas
seriam atingidas no canal (ou nos canais, futuramente) escolhido para
distribuição tem um impacto grande na construção da comunicação com
o cliente, inclusive servindo para identificar quem, de fato é o cliente.
Uma família em crescimento representa uma oportunidade para
o negócio, seja no fato de empreender ser uma saída para aumentar a
renda da família (possíveis participantes do reality), no incremento da

241
audiência (podendo resultar em uma divulgação boca a boca) e no alcance
do programa. Porém é retratado nos dados o inverso, uma diminuição
na quantidade de filhos. Essa retração não tem um efeito drástico o
suficiente para ser ameaçador, pelo motivo da busca por uma melhor
condição de vida existir com um ou cinco filhos. O fato de não haver
uma segunda criança não reduz as chances de um responsável tentar
empreender, entretanto reduz os números da audiência, motivando uma
comunicação que possa penetrar mais lares

5.1.4 Concentração em
grandes cidades
Figura 29: Mapa real Brasil

242
A imagem representa a densidade demográfica do Brasil e a
concentração de pessoas vivendo dentro de uma área de 30 metros
quadrados. Feitas pelo Facebook, servem como potencializador da
inteligência artificial e Big Data para ONG’s e pesquisadores. A função
dessa variável é entender onde está o público.

5.1.4.1 Porque a variável


é critica
Levando em consideração o capital humano como principal
fator chave de sucesso e os empreendedores como público, analisar
onde se encontra a maior concentração dessas pessoas é fundamental.
Pesquisando sobre a concentração da população podemos entender onde
estão essas pessoas que podem vir a fazer parte da estrutura do projeto.

5.1.4.2 Histórico da variável


Densidade demográfica
2010 1960

Habitantes por km² 1960

menos de 1,0

1,1 a 10,0

10,1 a 25,0

25,1 a 100,0

mais de 100

www.ibge.gov.br

Fonte: Eleve com base no IBGE, 2010


Figura 30: Densidade demográfica

243
A população brasileira, entre a década de 60 e 2010, tem se
concentrado muito em regiões litorâneas, como sudeste, nordeste e sul.
A maior representatividade sendo mantida na região sudeste e parte da
região sul, onde se encontram. Ao comparar os gráficos de 1960 e 2010 é
possível observar não apenas a concentração de pessoas, como também
o crescimento da população, gerando uma maior densidade demográfica.
A imagem a seguir mostra a concentração de pessoas nas capitais
brasileiras. Retirado do IBGE, ressalta São Paulo e Rio de Janeiro como
as capitais mais populosas do país, seguidas por Brasília, Belo Horizonte,
Salvador, Fortaleza e Manaus.

Categorias
mais de um milhão N=14

mais de 500 000 N= 22

mais de 200 000 N= 94

mais de 50 000 N= 347

População urbana em 2010

11.152.344 São Paulo - SP

6.320.446 R io de Janeiro - RJ

2.674.923 Salvador - BA
2.482.210 Brasília - DF
1.061.540 Campinas - SP
49.651 Coari - AM

Figura 31: Cidades mais populosas Fonte: Eleve com base no IBGE, 2010

•Nordeste – 53.081.950 habitantes, densidade demográfica de 34,2 hab./


km²;
•Norte – 15.864.454 habitantes, densidade demográfica de 4,1 hab./km²;
•Sul – 27.386.891 habitantes, densidade demográfica de 47,5 hab./km²;
•Sudeste – 80.364.410 habitantes, densidade demográfica de 87 hab./km²;
244
•Centro-Oeste – 14.058.094 habitantes, densidade demográfica de 8,7
hab./km².

5.1.4.3 Tendências e projeções


As mudanças mais relevantes aconteceram entre regiões, em uma
busca por melhor qualidade de vida. Isso apressou uma urbanização
desordenada, e, consequentemente, um êxodo rural. As tendências,
de acordo com o IPEA, são de continuidade desse fluxo, se fixando em
grandes centros. Devido à maior concentração de postos de emprego
nas grandes cidades, a tendência é de que a concentração populacional
continue se dando, majoritariamente na região Sudeste, encabeçadas
por São Paulo e Rio de Janeiro.

5.1.4.4 Impacto no negócio


Como abordado anteriormente em análise setorial, entende-se que
a maior parte da força de trabalho da Economia Criativa se encontra
na região sudeste (com ênfase em São Paulo e Rio de Janeiro). Isso pode
ser uma ameaça, pelo custo em trazer alguns desses profissionais para
colaborarem no projeto, seja como mentores, investidores ou até mesmo
empreendedores que possam colaborar em eventos de networking.
Ao mesmo tempo, deve-se atentar para a concentração populacional:
se a meta for atingir o maior público possível no quesito audiência,
é melhor investir em comunicação em várias cidades ou em uma só,
obtendo a mesma quantidade de público? A forma com que a população
do município receberá o programa é incerta, sendo uma ameaça.

245
5.1.5 Mobilidade social
Mobilidade social se refere à capacidade de o indivíduo ascender
ou descender de classes. A BBC cita como a chance que uma criança,
nascida em família de baixa renda, conseguir alcançar um futuro
melhor, superando tanto o nível de escolaridade dos pais quanto seu
nível de renda. É conhecido como o “elevador social”, e ele se movimenta
mais rapidamente em países desenvolvidos. Porém o Brasil está abaixo
da média inclusive de países emergentes.

5.1.5.1 Porque a variável


é crítica
Em muitos casos, a busca pelo empreendedorismo vem para tentar
uma melhoria na vida da pessoa, melhoria na renda e, consequentemente,
uma ascensão social. A dificuldade ou facilidade de se movimentar
dentro de diferentes classes sociais pode representar um desafio para
quem quer iniciar um novo negócio.

5.1.5.2 Histórico da variável


Em muitos casos, a busca pelo empreendedorismo vem para tentar
uma melhoria na vida da pessoa, melhoria na renda e, consequentemente,
uma ascensão social. A dificuldade ou facilidade de se movimentar

246
dentro de diferentes classes sociais pode representar um desafio para
quem quer iniciar um novo negócio.

5.1.5.3 Tendências e projeções


Desde épocas medievais, as classes sociais existem e podem ser
observadas com uma certa clareza. Camponeses, senhores feudais,
guerreiros e clero, sofrendo mudanças até se transformarem em classes
A, B, C, D e E. A diferença é a possibilidade de ascender para classes
superiores ou descender para inferiores.
Marcelo Neri, economista do FGV Social, diz que, desde 2015, o Brasil
sofre com um aumento na desigualdade por 17 trimestres seguidos,
um recorde de tempo documentado. Isso aconteceu no auge da crise
econômica, que trouxe uma queda acumulada do PIB de 8%, além da má
elaboração de políticas, e é responsabilidade de várias partes interessadas
corrigi-las”, diz Neri.
A OCDE construiu um gráfico ilustrando a elasticidade intergeracional
de renda, traduzida como a dificuldade que os filhos têm em ascender
da classe social dos pais. Em países desenvolvidos, como Dinamarca, são
necessárias duas gerações. Na França, seis. No Brasil e na África do Sul,
nove. Apelidado de sticky floor, a dificuldade que as famílias têm para
ascender de classe funciona como um chão pegajoso, que os gruda no
fim da pirâmide. Apenas 7% dos que nascem entre os 20% mais pobres
no país conseguem chegar aos 20% mais ricos. O gráfico se encontra
abaixo.

247
Dos 10% mais pobres à renda média
Número esperado de gerações para ascenção
12

10

0
a

dia

al

nça

ile

ina

ina

sil

bia
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OC

G/T 80: Dos 10% mais pobres à renda média Fonte: Eleve com base no OCDE, 2018

O estudo “O Elevador Social Está Quebrado? Como Promover


Mobilidade Social”, também da OCDE posiciona o Brasil na segunda pior
posição no quadro de mobilidade social, ganhando apenas da Colômbia.
Estima-se que a renda mensal dos 5% mais ricos da população seja igual
à renda dos outros 95% juntos. A desigualdade social é muito grande
e mostram que o futuro de uma criança no Brasil tem forte ligação
condicionante com o nível de renda e grau de instrução dos pais. Ainda
destaca que uma criança nascida no Brasil entre os 10% mais pobres,
necessitaria de 225 anos para chegar na renda média de R$1.370,00.
Em contrapartida, também temos no Brasil o sticky ceiling, onde
a dificuldade de mobilidade também se manifesta no rebaixamento
de classes, existindo uma possibilidade muito pequena de que crianças
nascidas em famílias ricas se tornem adultos em uma classe mais
baixa. A tendência mundial é do aumento das desigualdades, porém o

248
Brasil conseguiu reduzir as disparidades econômicas. O principal fator
a ser observado são as políticas governamentais, que podem ser o fator
decisivo para que esse número continue caindo. Porém é improvável que
aconteça.

5.1.5.4 Impacto no negócio


O impacto no negócio se refere à comunicação com o público alvo,
entendendo suas dores e motivações, para oferecer uma solução mais
adequada e personalizada para o target. Encontramos na mobilidade
social uma oportunidade para o convencimento dos futuros possíveis
usuários do serviço proposto, sendo uma consequência positiva da
participação no reality: a possibilidade de ascender de classe social
baseado no seu próprio trabalho e esforço.

249
5.1.6 Conclusão
Com todas as variáveis analisadas, o ambiente demográfico
representa uma grande oportunidade, por representar pessoas e possíveis
consumidores. As principais oportunidades encontradas foram na
Concentração em Grandes Cidades e na Mobilidade Social.

5.2 Ambiente econômico


“Os mercados dependem tanto do poder de compra como dos
consumidores. Este ambiente consiste em fatores que afetam o poder de
compra e os hábitos de gasto do consumidor.” Portal da Educação.
Nesse ambiente analisaremos fatores que tem o poder de afetar, e como
afetam, a criação de novos negócios e o gerenciamento de negócios já
existentes. Para tanto, os estudos serão focados nos níveis de investimentos
no país, desemprego, taxa de juros e disponibilidade de crédito.

5.2.2 Nível de investimento


“Não há evidência clara a demonstrar que a política de investimento
socialmente mais vantajosa coincida com a mais lucrativa.” - John
Maynard Keynes, livro A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda.

250
5.2.2.1 Porque a variável
é crítica
Consumo, investimento, gastos do governo e balanço de exportação
são os quatro componentes do PIB. Analisando o investimento, apresentou
um crescimento de 2,2% comparado ao ano de 2018. A relevância se
encontra no fato de que o ministro da economia, Paulo Guedes, aposta
nesse item para que a economia do país possa voltar a crescer. A
reestruturação da confiança é o que falta para que o setor privado possa
voltar a investir, o responsável por 85% de tudo que foi investido no país
nos últimos anos, de acordo com o Jornal Nexo em 2020.
Todos os negócios na fase inicial dependem de investimento
para conseguirem sair do papel. A retração de investimentos tem sido
perceptível desde 2012/2013 e tem a capacidade de fechar muitas empresas
pela escassez de capital disponível para aplicação devido aos altos riscos.
Considerando o projeto como um novo negócio, e, principalmente, com
a função de capacitar novos negócios para o mercado, entender como
está o cenário dos investimentos é um requisito básico

5.2.2.2 Histórico da variável


A recessão sofrida nos últimos anos representou a pior década
de crescimento experimentada pelo país em mais de um século. O PIB
sofreu recuos de 1,2% a.a. por quatro anos consecutivos. Nesse mesmo
período, 90% dos países cresceram mais que o Brasil entre 2011 e 2018, e, no
último ano mencionado, a mesma quantidade de países apresentou uma
taxa de investimentos maior que o Brasil, em dez pontos percentuais.
Esse número permanece maior mesmo quando comparado com países

251
emergentes, que investiram mais do que o dobro do investimento
nacional.
Os níveis de investimento no país têm flutuado dentro de uma
faixa de 15% e 20% do PIB. A principal decaída se iniciou no final de 2012,
resultado de uma crise financeira global, e permaneceu até meados de
2016/2017.

G/T 81: Investimento Total

É possível reparar que o nível de investimento do Governo e das


empresas/famílias se mantém estável desde os anos 2000. Porém, com uma
observação mais atenta, a curva do investimento familiar e empresarial
decaiu entre 2014 e 2016, com um desvio padrão muito semelhante ao
crescimento obtido na participação do Governo nos investimentos.

252
G/T 82: Origens

No gráfico a seguir é retratada a evolução da taxa de investimento


de acordo com a sua participação no PIB brasileiro, desde 1908 até o
último ano analisado, 2019. A constante variação já se tornou uma
característica dos níveis de investimento brasileiro, tendo seu pico mais
alto e o mais baixo em um curto espaço de três anos (1914 – 1917).

G/T 83: Taxa de investimento (%PIB)

253
5.2.2.3 Tendências e projeções
O investimento encontrado em um país com uma extensão tão
grande quanto o nosso, foi considerado “catastrófico” por alguns
economistas, ressaltando as fragilidades da estrutura doméstica. Por se
tratar de uma perspectiva de longo prazo, a preocupação da falta de
dinamismo econômico não incentivar as empresas a investirem, pode
reforçar a depressão economia vivida na última década.
Como consequência da pandemia do coronavírus, a economia global
sofreu um retrocesso, e, aliado ao choque na queda do preço do petróleo
(mais de 20% nos Estados Unidos, na semana de 13 de abril, fechando
com o menor valor em 18 anos), o Banco Central reduziu a projeção
de investimento direto no Brasil em 25%, tendo uma redução de US$20
bilhões no valor esperado (US$60 bilhões, ao invés de US$80 bilhões).
Está prevista uma queda de 0,7% no PIB brasileiro, onde a média global é
de um PIB global zerado, de acordo com uma previsão do Itaú Unibanco.
As previsões ainda mostram uma queda de 0,4% na economia mundial e
um alarmante número de 2,2% de retração na economia europeia. Já nos
Estados Unidos e na China, é esperado um crescimento de 0,1% e 3,3%
respectivamente.

5.2.2.4 Impacto no negócio


Com uma retração no investimento no Brasil, fica cada vez mais
complicado o acesso a capital para a abertura de novos empreendimentos.
A concessão de crédito acaba ficando cada vez mais seletiva e negócios
que apresentem um risco mais elevado tendem a não conseguir o
investimento pela aversão dos investidores a tomarem riscos em tempos

254
de crise e/ou retração econômica. Para ser considerada como uma
oportunidade ou uma ameaça é preciso entender o nível de risco que
os possíveis investidores do programa estarão dispostos a correr. Mas,
por se tratar de uma possibilidade de investir ou não nos projetos, é
considerado neutro no momento.

5.2.3 Desemprego
Crescimento do desemprego no país é algo que já é reparado há um
tempo e tem um reflexo direto no dinamismo da economia e influenciam,
inclusive, em fatores como migração.

5.2.3.1 Porque a variável


é crítica?
Essa variável está diretamente ligada com “empreendedores por
necessidade”, uma oportunidade encontrada para o negócio. O aumento
do desemprego tem vários efeitos, e são cíclicos. Começam antes mesmo
do próprio desemprego: uma crise econômica, pessoas reduzem os gastos,
investimentos caem, empresas diminuem a produção – em vista da
menor demanda -, funcionários são demitidos – como medida de redução
de custos -, aumenta o custo do capital para conseguir empréstimos –
maior demanda e risco de inadimplência -, contribuindo para a crise e
para esse ciclo vicioso.

255
5.2.3.2 Histórico da variável
O dinamismo da economia brasileira foi se perdendo ao longo dos
tempos, percebido por mais de 20 anos. Os serviços produzidos dependem
da capacidade das pessoas de consumir o que é produzido, porém esse
consumo tem se reduzido cada vez mais, seja pelo desemprego ou pela
falta de confiança no futuro da economia. Os empregos gerados têm sido
precários, informais e com um nível de salários estagnado ou crescendo
muito lentamente, contribuindo para o ciclo vicioso, derrubando os
investimentos, a demanda, a produção e o consumo.

Evolução da taxa de desemprego


Índice no trimestre, em %
12,4 12,7 12,5
12 12,3 12 11,8 11,8 11,8 11,6 11,6
11,2 11 11,2

10

5
mai-jun-jul/19
mar-abr-mai/19
jan-fev-mar/19

fev-mar-abr/19

nov-dez-jan/20
nov-dez-jan/19

set-out-nov/19

out-nov-dez/19
abr-mai-jun/19

ago-set-out/19
jun-jul-ago/19

jul-ago-set/19

dez-jan-fev/20
dez-jan-fev/19

G/T 84: Evolução da taxa de desemprego Fonte: Eleve com base no IBGE, 2020

A pandemia do covid-19 não foi o único responsável pelo aumento no


número de desempregados, sendo possível ver que os números voltaram
a subir antes da adoção das medidas de contenção e de isolamento social
no país. Uma pesquisa do IBGE retratou um aumento de 479 mil pessoas
desempregadas em relação ao trimestre encerrado no mês de novembro
de 2019, porém esse número foi menor em 711 mil quando comparado
256
com um ano atrás.
A população ocupada teve uma queda de 0,7% em relação ao mesmo
trimestre, somando 93,7 milhões de brasileiros, o que representa 706 mil
pessoas. Apesar disso, comparado ao ano anterior, houve uma alta de 108
milhão de pessoas, ou 2%.
Esse aumento no desemprego foi atribuído ao setor de construção,
demitindo cerca de 301 mil pessoas (queda de 4,4%); a administração
pública, com 375 mil pessoas demitidas (2,3%); e serviços domésticos,
com 156 mil desempregados (2,4%), ainda de acordo com o IBGE.
A construção civil vinha apresentando um crescimento no final de
2019, mostrando sinais de recuperação, porém não conseguiu se sustentar.
Os períodos de contratação e dispensa dos serviços públicos (pelos
términos dos contratos temporários no final do ano para contratação no
início) sazonais e o período de férias familiares, diminuindo a procura
por serviços domésticos, contribuíram para aumentar esses dados.

5.2.3.3 Tendências e projeções


O cálculo dos economistas é de que o PIB caia aproximadamente 4,4%
em 2020, um impacto negativo direto no mercado de trabalho, podendo
aumentar cinco pontos percentuais no número de desempregados,
de acordo com a FGV Ibre) ainda no primeiro trimestre do ano. Esse
aumento representa 5 milhões de brasileiros sem emprego em apenas
três meses.
A crise de saúde mundial não foi o motivo desencadeador do
desemprego brasileiro, porém está longe de não ter nenhum efeito no seu
aumento. Como explicado anteriormente, estamos em um ciclo vicioso e
a “coronacrise” já mostra seus efeitos sobre os brasileiros. Com negócios
fechados, muitos empresários e empreendedores não conseguem arcar

257
com os custos do negócio e com pessoal, sem um movimento que traga
um fluxo de caixa. Com a redução do consumo pelas famílias, indústrias
diminuem a produção, necessitando de menos funcionários, ocasionando
mais demissões.

O esperado é que esse número cresça em 5 pontos percentuais até


o final do próximo trimestre, batendo o recorde da taxa de desocupação
(atualmente ocupado por março de 2017, com 14,1 milhões de brasileiros
desempregados, cerda de 13,7%), segundo dados do IBGE. Daniel Duque,
pesquisador da área de Economia Aplicada do Ibre diz: “É de se esperar
que tenhamos a maior taxa de desemprego da história, porque, por mais
que o governo tente ajudar e que haja uma expansão do crédito, nem
todas as empresas conseguirão manter suas atividades nesse quadro de
paralisia da economia. Há muitos custos fixos para as empresas”.

5.2.3.4 Impacto no negócio


Como mencionado, uma das oportunidades encontradas é o
empreendedorismo por necessidade, o que, em uma situação onde
o desemprego poderá bater recordes históricos, fica muito real. Com
a diminuição de empresas (de qualquer tipo, porte, segmento, etc)
contratando novos funcionários, as pessoas precisarão buscar novas
formas de ganhar dinheiro. Muitas dessas vezes acabam fazendo algo
que conhecem, como costura, quitandas ou prestação de serviços, se
tornando empreendedores. Com uma comunicação adequada, podemos
captar essas pessoas e torná-las clientes, aproveitando da oportunidade
criada pelo cenário econômico.

258
5.2.4 Taxa de juros
A SELIC, Sistema Especial de Liquidação e Custódia, é a taxa base
que precifica e controla o índice de inflação no país. É um sistema criado
pelo BaCen, e utilizado pelo governo, no controle da emissão, da compra
e da venda de títulos.

5.2.4.1 Porque a variável


é crítica
Com o aumento do desemprego, a procura por empréstimos, seja
para manter um negócio ou mesmo para conseguir pagar as despesas do
mês, também aumenta. Se trata do ciclo vicioso. Em momentos onde a
procura por capital é alta e os riscos de inadimplência são maiores ainda,
a taxa de juros para pessoas físicas tende a crescer, para desestimular o
consumo.
Com um cenário não convencional encontrado atualmente, a taxa
SELIC se viu despencando, à medida que a captação de recursos bancários
se tornou fundamental para a continuidade da economia. A crise tem
provocado uma significativa desaceleração do ritmo de crescimento
mundial, feito cair os preços das commodities e aumentando a
instabilidade dos preços dos ativos financeiros. Essa medida de redução
da taxa foi realizada por diversos países, inclusive Brasil, para tentar
estimular a economia e evitar resultados ainda piores no futuro próximo.

259
5.2.4.2 Histórico da variável
Com uma queda de 4,25% para 3,75%, é o menor índice desde seu início.
A redução, tomada pelo BaCen, foi pautada na atual conjuntura vivida
no mundo, considerando uma medida adequada para o enfrentamento
da crise.
O Banco Central, em outubro de 2016, começou uma série de 12
cortes interligados na taxa SELIC. Iniciando em 14,25% a.a, terminou o
período em 6,5% a.a, valor mantido de maio de 2018 até junho do ano de
2019, sendo reduzida em meio ponto percentual no final do mês seguinte,
passando para 6% a.a. Foi reduzida novamente em dezembro, de 5% a.a
para 4,5% a.a e mais 0,25 pontos percentuais a menos em fevereiro de
2020.

5.2.4.3 Tendências e projeções


Na atual situação, não há previsão de crescimento da SELIC pelos
próximos dois anos, de acordo com o relatório Focus, com divulgação
pelo Banco Central na manhã do dia 27 de abril de 2020. As projeções do
relatório mostram que a taxa básica de juros foi reduzida de 4,5% para
4,25% a.a para o final do ano de 2021 e de 6% para 5,88% a.a no último mês
de 2022. Além disso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo) teve, pela sétima vez, sua projeção de alta reajustada: de 2,23%
caiu para 2,20% para fechar o ano de 2020 e prevista para 3,4% em 2021.

260
5.2.4.3 Impacto no negócio
A taxa de juros tem impacto direto na abertura de um negócio,
quando é necessário um financiamento ou empréstimo. Buscar por
pessoas dispostas a investir em um período de crise é uma dificuldade,
porém muitas boas ideias saem de períodos como esse. Uma alta taxa de
juros pode desestimular o futuro empreendedor, por aumentar os seus
custos iniciais, podendo representar uma ameaça ao negócio. Porém,
caso o projeto receba investimento e seja possível negociar os termos
(incluindo juros, se for o caso), pode ser uma oportunidade para atrairmos
mais participantes interessados.

5.2.5 Disponibilidade de crédito


Se refere a quantidade de crédito disponível. É uma importante
análise para um futuro negócio onde se é necessário um investimento
externo.

5.2.5.1 Porque a variável


é crítica
A disponibilidade de crédito é o valor que os bancos têm disponível
para fornecer como crédito, quando solicitado. Esse dinheiro é captado
através de investimentos, como poupança, onde são reinvestidos em
negócios, gerando juros, que são transformados em dividendos para os
aplicadores. Para abertura de novos negócios, muitas vezes, é necessário
261
um empréstimo ou um financiamento. Entender a disponibilidade de
crédito para concessão, especialmente em momentos de crise, como o
atual, é saber o momento ideal de agir: crédito disponível e menor taxa
de juros possível.

5.2.5.2 Histórico da variável


O Presidente do BNDS, Gustavo Montezano, afirmou em uma
entrevista, em 11 de março de 2020, que o banco se encontra em uma
situação de liquidez confortável e estável, tendo capital suficiente para
responder aos pedidos de crédito e financiamento. Já estão disponíveis
R$140 bilhões esse ano, além de um possível adicional de R$30 bilhões ao
longo do ano.
A crise financeira que afetou o globo entre 2008 e 2009 gerou uma
aplicação financeira pelos bancos na economia de R$117 bilhões, 3,5%
do PIB. O anúncio do Banco Central no final de março de 2020 é de que
existe um pacote de medidas que serão utilizadas para tentar diminuir
o impacto do coronavírus na economia, injetando R$1,216 trilhões, 16,7%
do PIB. Em queda desde 2016, o crédito bancário retomou o crescimento
em 2018, atingindo uma alta de 5,5% (R$3,26 trilhões).
Boa parte disso foi captada por pessoas físicas, o que representa
um aumento na confiança e no consumo das famílias. A projeção de
crescimento para 2019 foi entre 15,5% e 16,9%, de acordo com o Banco
Central.

262
5.2.5.3 Tendências e projeções
Os riscos voltaram a subir, pela diminuição da confiança da
população e dos empresários/investidores na capacidade de o país sair
dessa crise. Os títulos públicos com vencimento a partir do ano de 2023
tem um risco flutuando entre 1,5% e 5,9%. Até dezembro de 2020 vale
uma medida provisória que reduz a parcela de depósitos compulsórios
a longo prazo dos bancos, de 25% para 17%, recursos esses que ficam
estagnados no Banco Central, com a expectativa de movimentar o
mercado de crédito, injetando R$68 bilhões.
O crédito compulsório havia caído de 31% para 25% em janeiro
de 2020, liberando cerca de R$135 bilhões na economia. A liberação de
empréstimos, com lastro em debêntures de empresas, foi liberada, tendo
uma capacidade de somar R$91 bilhões. A flexibilização das LCA’s (Letras
de Crédito Agrícolas) também tem um potencial impacto na liquidez dos
bancos, de R$2 bilhões, enquanto se estuda garantir empréstimos através
de letras financeiras, liberando 670 bilhões de reais na economia.
Isso mostra que, apesar da crise encontrada, os órgãos responsáveis
pela regulação da economia têm tentado, de formas diferentes,
estimular a economia brasileira, liberando medidas de auxílio para os
que necessitarem.

5.2.5.4 Impacto no negócio


A disponibilidade de crédito para empréstimos pode representar
uma ameaça muito grande para a abertura de novos negócios, caso
esteja limitada. Com o cenário encontrado e as medidas tomadas,
principalmente pelo BaCen, tem apontado para uma possível, lenta,
263
recuperação econômica, com a injeção de bilhões – ou até trilhões – na
tentativa de não desacelerar tanto a economia brasileira. Caso continuem
com um acesso relativamente maior – pela maior disponibilidade de
recursos -, temos uma oportunidade em conseguir captar fundos.

5.2.6 Conclusão
Ao mesmo tempo, representa uma forte ameaça, com o nível de
investimento, e uma grande oportunidade, com o desemprego. As outras
duas variáveis também se tratam de oportunidades, mas nenhuma com
a relevância das duas explicitadas acima.

5.3 Ambiente Natural


“Inclui os recursos naturais que os profissionais de marketing usam
como subsídios ou que são afetados pelas atividades de marketing.”
Portal da Educação
Nesse ambiente será explanado o efeito dos recursos naturais e
da crescente preocupação empresarial com a sustentabilidade, além da
mais recente pandemia que afetou o globo.

5.3.1 Custos de energia


Entender como está se comportando o crescimento da população
brasileira quando se planeja um negócio é indiscutível.

264
5.3.1.1 Porque a variável
é crítica
A energia elétrica é de extrema importância para a sociedade e se
tornou um requisito básico para a maioria das atividades executadas no
dia a dia. Existem inúmeros fatores que fazem com que a energia elétrica
seja mais requisitada em uso e preço. Um deles se trata justamente
do aumento populacional, atrelado aos avanços tecnológicos, onde
cada vez mais atividades, que antes não precisavam de energia, estão
necessitando, como também, cada vez mais pessoas que não possuíam
condições de executar essas atividades, agora possuem, seja por renda,
acesso ou outros fatores que possibilitaram isso.
Isso não é diferente nas empresas, já que a cada vez que o mercado
se torna mais tecnológico e digital, mais as empresas precisam investir
em equipamentos eletrônicos para produção, execução, planejamento
e outros diversos fatores fundamentais para as empresas. No meio
televisivo, por exemplo, é necessário esse uso para, no mínimo, produzir
e transmitir, entre outros diversos fatores que se tornam necessários
para a qualidade do programa.

5.3.1.2 Histórico da variável


O estudo pode ser tomado como base em 2014, o custo médio de
uma residência sobre a energia elétrica era de R$ 362,11 por MWh. Já
no ano seguinte (2015), a média saltou para R$ 470,02 por MWh, muito
se explica por conta da má utilização de eletrodomésticos e aparelhos
eletrônicos, que surgiu a partir da melhoria de qualidade de vida por

265
conta de estarmos em um país com alto índice de irradiação solar. Em
2016, o valor médio abaixou em relação ao ano anterior, para R$ 456,97
por MWh e o motivo foi justamente os processos alternativos de geração
de energia limpa que começaram a ganhar espaço no mercado.
Em 2017, o custo de energia voltou a aumentar, dessa vez em 22,67%
para baixas redes de tensão (residencial e pequenos comércios) e de
27,31% para redes de alta potência (indústrias e grandes varejistas). O
valor médio chegou a R$ 478,13 por MWh. Outro ponto a ser verificado
em 2017 é que o consumo de eletricidade aumentou em 1,2% em relação
a 2016 e Brasil se tornou um dos países com maior dependência de
eletricidade no mundo com 467 TWh. Isso possibilitou que a capacidade
de instalação de matriz energética no Brasil fosse ampliada em 4,5%
para maior geração de energia hidráulica. Vale destacar a energia solar
que possuiu um crescimento de 40 vezes na quantidade de instalações
em relação a 2016. Com o aumento da capacidade de energia, em 2018,
o valor voltou a tornar maior que do ano anterior, dessa vez foi de R$
524,22 por MWh e em 2019 o ajuste se tornou maior que a inflação e
com bandeira amarela, o valor já é maior que R$ 1,50 a cada 100 kWh
consumidos.
De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), o
reajuste anual visa restabelecer o poder de compra da concessionária.
Para calcular o reajuste existe uma fórmula exata com base nas variações
de custos que a distribuidora tem pouco ou nenhuma gestão.

5.3.1.3 Tendências e projeções


Cálculos e análises feitos desde 1900, onde, nessa época, somente
os Estados Unidos e a Europa Ocidental representavam dois terços do
consumo mundial de energia e hoje os países emergentes já representam

266
metade do total. A tendência é que em até 2035, EUA e Europa devem
consumir 12.000 TWh enquanto os países em desenvolvimento vão estar
consumindo mais de 20.000 TWh.
O presidente da Eletrobras afirma que o desenvolvimento do sistema de
energia no Brasil deve continuar a ser o segundo no mundo em energia
hidrelétrica, estando atrás apenas da China. No plano decenal ele
considera que ainda há mais 13,1% do potencial hidrelétrico que podem
ser aproveitados.
Um detalhe que não pode ser ignorado é sobre os métodos
alternativos de energia que vem ganhando um grande espaço no mercado
e a projeção é que a cada ano a quantidade aumente ainda mais. Esses
métodos alternativos incluem energia eólica, solar e biocombustíveis,
como etanol. Estudos feitos pela companhia britânica de petróleo BP,
apontam que, em até 2040, 48% da energia usada no país irá partir de
fontes limpas e renováveis.

FONTES EM 2016 FONTES EM 2040


Petróleo: 40% Petróleo: 31%
Hidrelétricas: 29% Hidrelétricas: 24%
Fontes alternativas: 13% Fontes alternativas: 24%
Gás: 11% Gás: 16%
Carvão: 6% Carvão: 3%
Nuclear: 1% Nuclear: 2%
TOTAL DE TOTAL DE
FONTES LIMPAS E FONTES LIMPAS E
RENOVÁVEIS: 42% RENOVÁVEIS: 48%

Fonte: Eleve com base em BP, 2016

Segundo o mesmo estudo, a energia hidrelétrica que corresponde


apenas 5% do total consumido no mundo deverá manter esse patamar
até 2040, porém, as energias de fontes renováveis que hoje representam
3%, devem chegar até 30%. E de acordo com as projeções da BP, o
crescimento deve ser de 7% ao ano, onde por outro lado, o petróleo que

267
hoje representa cerca de 60% do mercado deve crescer 0,5% ao ano e ver
sua participação cair cerca de 40%.
Hoje em dia, empresas e indústrias que possuem um grande
consumo já estão optando pelo uso de fontes de energia para produção
própria, o meio mais comum é a energia solar. Por conta disso, esse ano
(2020) houve um grande questionamento sobre a criação de impostos
para a utilização desse meio, o que foi vetado pelo atual presidente.
O grande motivo pela opção dos empresários por este meio é que os
cálculos finais apontam uma economia de quase 90% do valor da conta
de luz e uma baixa de mais de 50% no custo dos painéis solares a medida
que a demanda vem crescendo.

5.3.1.4 Impacto no negócio


Os custos de energia se tratam de um requisito básico, mas que
precisa ser bem avaliado para afetar da menor forma possível em qualquer
projeto. O principal meio que pode afetar dentro do campo de estudo é
por parte da produção de conteúdo, onde a demanda por equipamentos
elétricos e materiais de alto consumo de energia serão utilizados durante
boa parte do tempo e de maneira simultânea. Quando maior o custo de
energia, maior irá afetar o caixa e isso poderá até afetar na seleção de
recursos para o projeto.
Em um cenário onde cada vez mais o custo da energia hidrelétrica
aumenta e com a energia solar sendo comprovada como uma alternativa
que economiza dinheiro e ainda vem se tornando mais popular e barata
com o passar dos anos, as alternativas de energia podem ser aproveitadas
como oportunidades para o projeto.

268
5.3.2 Responsabilidade
Socioambiental

Sustentabilidade é a capacidade de: suprir as necessidades da


geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de
suprir as suas.

BRUNDTLAND, 1987

Além das obrigações legais e econômicas, as empresas são avaliadas


e posicionadas conforme sua responsabilidade com o meio ambiente e
os problemas e processos que acontecem na sociedade.

5.3.2.1 Porque a variável


é crítica
As empresas devem cumprir as regulamentações ambientais que
são vigentes no Brasil e devem adotar um sistema de gestão que cumpra
todas as regras para não sofrer futuras penalidades.
Um detalhe interessante é que os recursos naturais, utilizados de
maneira consciente, pode gerar maior produção com menores gastos,
ajudando na economia da empresa. A gestão ambiental contribui
para o aproveitamento de resíduos e rejeitos gerados, dependendo do
negócio que se encontra e pode gerar valor a partir da venda para outras
organizações.
Mas o ponto mais relevante dessa variável é justamente a imagem
da marca que é vinculada diretamente com a maneira que a marca trata
o meio ambiente. A conscientização da sociedade tem se mostrado um
269
fator determinante para a maioria das empresas com grande impacto
por parte do público que está cada vez mais vigente e atento com as
ações da empresa. A imagem da marca tem se tornado um fator cada
vez mais notório com o passar do tempo e um mal posicionamento pode
afetar a empresa de maneira irreversível. Por outro lado, poderia ser
considerado o básico, mas justamente pelas empresas não fazerem isso,
empresas que demonstram preocupação com o meio ambiente e tomam
ações em prol do mesmo, tendem a conseguir conquistar o público mais
seletivo e que se preocupa com este fator.
Com esses motivos listados, verifica-se o quanto é importante para
uma empresa estar a par do meio ambiente para que se mantenha em
dia com a legislação, com a economia e com uma imagem de marca.

5.3.2.2 Histórico da variável


Observando primeiro a legislação, a preocupação com o meio
ambiente existe desde 1981, onde a primeira lei era referente a indenização
que donos de terras que eram afetados por obras de empreendedores.
Desde então, surgiram várias leis que tratavam do meio ambiente
quanto aos empreendedores. É importante ser mencionado a Lei da
Política Nacional do Meio Ambiente, nº 6.938, criada em 1981 e com o
objetivo de que todos os impactos que uma empresa causasse deveriam
ser mitigados por gerar um curso indireto sobre outros fatores, como
a saúde, o meio ambiente e a sociedade. Essa lei foi a primeira que
possibilitou avanços em indústrias que não se preocupavam antes com
o quanto afetam o meio ambiente. Um detalhe importante dessa lei são
os relatórios que as empresas devem prestar conforme a consciência
ambiental corporativa. Houve também a Lei nº 9605 que definem sanções
administrativas para empresas que causasse impactos negativos ao meio

270
ambiente e um ano após foi lançado o Decreto nº 3179 para especificar
todas as ações e possibilidades para essa lei.
Em 1982 surgiu o CONAMA (Conselho nacional do meio ambiente),
que buscava promover o controle prévio dos impactos antes mesmo que
as empresas pudessem executar tarefas relativamente perigosas para o
meio ambiente. O CONAMA até hoje (2020) trata de assuntos relacionados
a empreendedores com o meio ambiente.
Falando sobre a imagem da marca e como o desgaste ambiental
e social afetam da maneira que uma empresa age, podemos recordar
de acidentes recentes que mancharam a imagem de duas empresas em
Minas Gerais.
A primeira empresa a ser citada é a cerveja Belorizontina Backer,
quando em dezembro de 2019, foram registrado casos de pessoas sofrendo
e até mortes confirmadas com uma síndrome nefroneural e que após as
apurações feitas pela Secretária de Saúde de Minas Gerais, confirmaram
que a cerveja possuía um solvente tóxico e que foi encontrado em diversos
lotes da cerveja Belorizontina.
Por conta dos problemas, a produção da cerveja foi proibida e
sua imagem de marca sofreu um impacto irreversível. Consumidores
potenciais e clientes antigos da marca saírem desse ciclo e tomar uma
visão totalmente negativa da marca. De certa forma, a imagem ficou
como uma cerveja perigosa, que matou pessoas e que contém substancias
toxicas, o que traz medo para o consumidor.
Da mesma forma, com a Vale Rio Doce, onde houve o rompimento
da barragem de Mariana em novembro de 2015, causando 19 mortes e
destruindo por completo a cidade de Mariana em Minas Gerais. A Vale
sofreu multas, ataques pela mídia e possuiu sua imagem de marca
manchada pela irresponsabilidade social e serviço de má qualidade. A
empresa buscou se posicionar prestando assistência a comunidade e
prestando serviços para sobreviventes da catástrofe a modo de tentar

271
reverter os danos feitos a sua imagem e a tragédia que ocorreu, mas
falhou pela gravidade do caso.
Em janeiro de 2019, houve o rompimento da barragem de
Brumadinho, outra cidade de Minas Gerais, desta vez com 270 mortos, a
empresa responsável pela barragem era a Vale do Rio Doce, novamente.
O que voltou a relacionar mais uma vez a irresponsabilidade da marca e
a gravidade que seu serviço causou. Hoje a Vale do Rio Doce possui uma
imagem de marca negativa, no seu caso, impossibilita investimentos
e traz uma queda enorme em sua estrutura monetária. Mais casos
relacionados a força de uma imagem de marca poderão ser vistos na
próxima variável (Pandemias).
Em 2012, uma pesquisa realizada pela Nielsen, 74% dos entrevistados
afirmaram que preferem comprar de empresas sustentáveis e 46%
afirmavam estar dispostos a pagarem mais por esses produtos. Em
2015, o CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento
Sustentável) apontou que 85% dos entrevistados afirmaram entender
sobre a necessidade de melhorar o consumo e 75% afirmaram conhecer
o risco que o consumo exagerado traz. Hoje, o grupo CEBDS conta com
grandes empresas que, junto ao conselho, trazem um grande impacto
positivo para suas respectivas marcas, alguns exemplos são a Ambev,
Banco do Brasil, Nestlé, Natural, Boticário e Unilever.

5.3.2.3 Tendências e projeções


A sustentabilidade se tornou um assunto de interesse do brasileiro
e vem crescendo a cada dia mais, em 2017, o tema alcançou 99 do total
de 100 pontos em pesquisas.
A CEBDS realizou um estudo com grandes especialistas brasileiros

272
a respeito da responsabilidade social e da sustentabilidade até 2050,
fazendo projeções e buscando possíveis soluções para assuntos futuros,
o material se chama Visão 2050. Nesse estudo, eles abordam o caso dos
canudos, como um exemplo recente e que vem a se tornar cada vez mais
promissor no futuro, não especificamente dos canudos, mas de diversos
produtos e serviços que utilizam materiais que trazem problemas para
o planeta. As empresas precisam estar conscientes cada vez mais sobre
cada aspecto do negócio e qual impacto traz cada um deles. Como no
caso dos canudos, grandes restaurantes que continuaram insistindo nos
canudos de plástico, em grande quantidade, correram um grande risco
de afetar seu negócio.
Afirmam, também, que serviços que demandam de recursos
naturais, serão cada vez mais cobrados e fiscalizados conforme executam
e funcionam. Existem diversos recursos em ameaça e também diversos
recursos que já provaram poder causar efeitos negativos para o ecossistema,
o que traz, novamente, todos os aspectos citados anteriormente a tona.
Outro detalhe para ficar atento, é sobre o Acordo de Paris, que foi
realizado um tratado entre as nações unidas para reduzir as emissões
de gases estufa a partir de 2020, com o objetivo de conter o aquecimento
global. Isso traduz muito do que se pode esperar para os próximos anos
e o quanto as empresas vão ser pressionadas para colaborarem com o
meio ambiente e reduzir a emissão de poluentes.

5.3.2.3 Impacto no negócio


A responsabilidade socioambiental se trata de um fator importante
para o planeta, para as empresas e para o ser humano. Nos tempos
modernos, cada vez mais as pessoas têm dado importância a isso, logo o
impacto no negócio acontece por diversos lados. É importante o projeto

273
estar adequado conforme toda a legislação e necessidades que são
propostos pelo governo, independentemente de onde esteja posicionado.
Também é importante para a parte econômica o negócio conseguir
desperdiçar o mínimo possível de recursos. Mas o mais importante é
o negócio conseguir ajudar o meio ambiente e transmitir isso em sua
identidade para promover uma marca responsável e motivacional.
Em um cenário onde, cada vez mais, as pessoas dão importância para
esse posicionamento, isso impacta na maneira como elas irão comprar,
onde irão comprar e qual empresa elas irão divulgar espontaneamente.
Esse fator pode ser considerado uma oportunidade, pois o público opta
por empresas responsáveis com o ambiente e a sociedade, e é um fator
que está ligado juntamente ao propósito da Eleve. Isso se torna um ponto
de contato onde pessoas podem conhecer o projeto e dar uma atenção
inicial a ela justamente pelo posicionamento sustentável da empresa

5.3.3.3 Conclusão
Mesmo se tratando de um cenário natural, é observado como a
tecnologia está o afetando, tanto de maneira positiva quanto negativa.
Os custos de energia demonstram uma certa preocupação por conta dos
próprios custos, mas as energias alternativas vem demonstrando uma
crescente participação e demanda, o que pode possibilitar uma grande
redução dos custos no futuro, mas as alternativas atuais são difíceis de se
encaixar em um modelo de negócio que não é definido por uma localização
única. Por outro lado, o que vem importando muito é a responsabilidade
da marca, as três variáveis tratam disso, nos custos de energia tem a
preocupação com as fontes, na responsabilidade socioambiental em as
preocupações com a produção e como as empresas estão lidando com
o meio ambiente e nas pandemias tem a parte do quão o humano as

274
empresas estão sendo para a sociedade.
Diante dessas análises, é importante ver como o ambiente
natural pode ser impactante para veiculação de uma marca, podendo
definir o futuro dela apenas pelo posicionamento. Com o projeto sendo
executado de maneira coerente e responsável, esse ambiente traz mais
oportunidades que ameaças e pode beneficiar qualquer empresa que o
estude com atenção.

5.4 Ambiente político-legal


Nesse ambiente são analisadas como as influências do âmbito
jurídico podem afetar as decisões das empresas. Isso vale para leis,
decretos, agentes governamentais, barreiras reguladoras, grupos de
pressão, entre outros, que podem ter algum impacto no negócio, seja
positivo ou negativo.

5.4.1.1 Porque a variável


é crítica
As políticas de subsídios são formas de conceder apoio, seja com
incentivos fiscais/legislativos ou apoio financeiro. É geralmente feito
pelo governo, com o objetivo de fomentar o desenvolvimento e levar
um produto/serviço mais barato para o consumidor final. Para isso, ele
pode oferecer isenção fiscal, investimentos financeiros (feitos de forma
direta ou com abertura para que outros o façam, como a Lei Rouanet,
já explicada) ou algum outro benefício (como isenção de aluguel, água e
energia) pelo tempo determinado para se atingir o objetivo.

275
5.4.1.2 Histórico da variável
As políticas públicas, a nível federal, de subsídio e incentivo à
cultura surgiram em 1930, no governo Vargas. Em 1933 a lei de propriedade
intelectual foi reformulada, e se instalou a Comissão Nacional da Cultura,
com a criação de um programa de subsídio estatal na criação intelectual
e artística. Em 1964 temos a ditadura militar, o que promoveu uma
maior institucionalização dessa produção, com caráter nacionalista.
Voltou a prosperar no governo Geisel, entre 1974 e 1978, criando alguns
órgãos estatais, como o CNDA (Conselho Nacional de Direito Autoral) e a
Fundação Nacional de Arte (Funarte).
O Portal da Transparência compilou alguns dados e os transformou
em gráficos, mostrando a evolução dos recursos federais para a cultura,
e os resultados se encontram a seguir:

Importância reduzida
Os recursos vêm minguado a cada ano

Investimentos federais A cultura no


em cultura (em bilhões de reais) orçamento da união
0,13%
5
0,10%
4
0,08%
3
0,05%
2
0,03%
1
0,00%
0 2014 2015 2016 2017 2018 2019
2014 2015 2016 2017 2018 2019
Fonte: Dados compilados do portal da
Fonte: Dados compilados transparência (não incluem os valores
do portal da transparência da lei rouanet nem os das estatais
Fonte: Eleve com base no portal da transparência

G/T 86: Importância reduzida

276
Queda Livre
Orçamento realizado pelo Ministério da Cultura sofreu redução
considerável nos últimos quatro anos (em milhões de reais)

300

200

100

0
2014 2015 2016 2017 2018

G/T 87: Queda Livre Fonte: Eleve com base no portal da transparência, 2019

É possível perceber que o valor investido em cultura pelo Governo


Federal, ao longo dos últimos cinco anos, tem caído consideravelmente.
Resultado de políticas culturais subestimadas e realocação dos recursos
para outros pontos da economia, considerados “mais rentáveis e
necessários”.

5.4.1.3 Tendências e projeções


Cada governo tende a tratar essa política de subsídios de uma
forma, o que dificulta as projeções para esse cenário, o que também é
um motivo da análise da próxima variável. É possível a análise dentro
das propostas e medidas do governo atual, o que será realizado.
Como plataforma de campanha, o atual presidente, Jair Bolsonaro,
anunciou uma reestruturação no regulamento da Lei Rouanet, visando a
melhor distribuição dos recursos, dando mais oportunidade a produções
menores e artistas desconhecidos. Além disso, visa uma redução no
277
valor da renúncia fiscal permitido para a lei, caindo de R$40 milhões
para apenas R$10 milhões. O aumento na porcentagem de ingressos que,
obrigatoriamente, tem que ser distribuídos gratuitamente deve passar de
10% para um valor entre 20% e 40%, com a obrigação de serem ofertadas
aulas e espetáculos para indivíduos de baixa renda.

5.4.1.4 Impacto no negócio


Os subsídios oferecidos podem ser um bom atrativo para
empresas que se disponibilizarem a investir no negócio, pois podem
ter esse investimento abatido no imposto de renda. Com uma maior
regulamentação e a diminuição do valor do teto dos subsídios oferecidos
à cultura, pode ficar mais difícil conseguir investidores interessados para
ajudar a tirar a ideia do papel, o que representa uma grande ameaça ao
negócio.
Apesar disso, pesquisadores da Fundação Getúlio Vargas analisaram
todos os projetos, desde 1993, que foram financiados pela Lei Rouanet e
chegaram à conclusão de que mais de 90% deles conseguiram um aporte
entre R$1.000,00 e R$100.000,00. Esse número de projetos subsidiados não
chega nem aos pés dos projetos que foram propostos, aprovados e não
conseguiram, de fato, nenhum recurso. Em 2017, foram 54.000 aprovados
e somente 2.800 financiados.
Para driblar essa situação, ainda são sugeridos três caminhos pela
Você S/A: o mecanismo do sistema nacional de cultura, que é menor
que o subsídio da Lei Rouanet, mas já é uma porta de entrada para o
universo da produção cultural; os fundos patrimoniais, que são usados
para manter entidades e programas que sejam considerados de utilidade
pública; e os financiamentos coletivos, que conta inclusive com parceria
do BNDS, caso receba visibilidade suficiente.

278
5.4.2 Estabilidade política e
governamental
Como mencionado na variável anterior, muito do que é proposto,
principalmente no âmbito da cultura, varia entre governos, dependendo
do seu posicionamento e do momento vivido.

5.4.2.1 Porque a variável


é crítica
Pela imprevisibilidade das políticas de governo, é necessário
sempre ficar antenado às mudanças que aparecem no cenário, pois
podem fazer toda a diferença nas empresas que lidam com os assuntos
dessas mudanças. Um governo pode criar um mecanismo de subsídios
no seu mandato e o próximo pode, simplesmente, extingui-lo. Assim
como as plataformas de campanha importam, a afiliação do candidato
também. Os considerados “de esquerda” têm uma visão mais social da
economia, portanto tem um interesse maior em manter programas
voltados à cultura. O que não é necessariamente uma verdade absoluta,
não impedindo um candidato de direita a apoiar o desenvolvimento
cultural.

²Deixando claro a não-afiliação ou preferência partidária/política de nenhum dos


envolvidos no projeto, sendo apenas um delineamento teórico sobre como a cultura
é vista pela política.

279
5.4.2.2 Histórico da variável

Histórico da Variável www.ibge.gov.br

40%
25%
30%
25% Educação

20% Participação

Saúde
15%
10% Assistência Social

5%
0%
20 8
20 6

20 9
20 2
20 3
20 5

20 7

10

14
12
20 1
0
0
0
0
0
0
0

1
20

20
20

G/T 88: Histórico da Variável Fonte: Eleve com base no Sudano, Soares e Vergili, 2015

A imagem acima foi retirada da revista Política Hoje, da UFPE,


e retrata a evolução das políticas públicas entre 2002 e 2014, apenas
em quatro áreas: educação, participação, saúde e assistência social.
Apesar de serem áreas distintas das tratadas nesse trabalho, servem
como ilustração de como essas políticas tem mudado ao longo do ano,
dependendo de cada governo e governante. Esse período é abrangido
pelos governos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), Luis Inácio
Lula da Silva (2003-2011) e Dilma Rousseff (2011-2016).
O Estadão traz o número de reformas realizadas por cada presidente
em seu tempo de mandato. Essa tabela se trata necessariamente às
reformas no ministério da cultura, para se entender quantas vezes,
mesmo dentro de um só governo, foram mudados os projetos.

280
Como ler o gráfico Separação

Reformas
Cada bolinha representa um ministério, Fusão de dois ou
Por governos em
oranizados horizontalmente em ordem mais ministérios
Ordem cronológica alfabética
Separação de dois
Reforma A ou mais ministérios
Reforma B Ministérios Ausente de um
Reforma C Secretárias com status de ministério ministérios

Histórico da Variável

Fusão Separação Ausente

Reformas Pastas
Por governo Em número
Sarney (1985) Sarney (1985)

Sarney (1985) Sarney (1985)

Collor (1990) x Collor (1990) x

Collor (1990) x Collor (1990) x

Itamar (1992) Itamar (1992)

FCH (1995) FCH (1995)

FCH (1998) FCH (1998)

FCH (1999) FCH (1999)

FCH (2002) FCH (2002)

FCH (2003) FCH (2003)

FCH (2004) FCH (2004)

FCH (2007) FCH (2007)

FCH (2011) FCH (2011)

FCH (2015) FCH (2015)

FCH (2015) FCH (2015)

Temer (2016) Temer (2016)

Temer (2017) Temer (2017)

Bolsonaro (2019) Bolsonaro (2019)

G/T 89: Histórico da Variável Fonte: Eleve com base no Estadão, 2019

281
5.4.2.3 Tendências e projeções
Itamar Franco unificou os ministérios de Educação e Desporto, pela
primeira vez, em 1992. FHC desfez a junção em 1995 e Temer a refez em 2016,
porém juntando Educação com Cultura. Posteriormente foram separadas,
novamente, no mesmo governo. Bolsonaro pretendia, desde o início do
mandato, unificar Educação, Cultura e Esporte em um ministério só.
Apesar disso, foi criado o Ministério da Cidadania, abrangendo Cultura,
Esporte e Desenvolvimento Social. Porém a secretaria especial da cultura
foi transferida para a pasta de turismo.
Essas mudanças são um exemplo de que, nesse cenário político, é
muito difícil, se não impossível, prever quais serão as projeções para o
futuro, visto que podem mudar inclusive dentro de um mesmo governo.
A conclusão que se chega neste ponto é de que o governo brasileiro
apresenta instabilidade política e governamental, não havendo uma
forma correta ou errada de se preparar para as mudanças, caso e quando
elas ocorram.

5.4.2.4 Impacto no negócio


A instabilidade política e governamental pode representar um
impacto significativo no negócio, visto que estamos entrando na área
de cultura, uma das áreas que mais sofre quando o assunto é corte de
gastos e redução orçamental. A falta de previsibilidade é o fator mais
preocupante, pois não tem uma forma de estar preparado para mudanças
de forma a minimizar os impactos, sendo então considerada como uma
ameaça.

282
5.4.3 Restrições a tipos
de comunicação
A instabilidade política e governamental pode representar um
impacto significativo no negócio, visto que estamos entrando na área
de cultura, uma das áreas que mais sofre quando o assunto é corte de
gastos e redução orçamental. A falta de previsibilidade é o fator mais
preocupante, pois não tem uma forma de estar preparado para mudanças
de forma a minimizar os impactos, sendo então considerada como uma
ameaça.

5.4.3.1 Porque a variável


é crítica
O marketing é uma parte essencial de todos os negócios, e a
comunicação está intrínseca no marketing. Com a utilização constante
de mídias sociais, televisão e outros canais de comunicação, é preciso
entender e estar de acordo com as suas regulações, para evitar
reprimendas e possíveis infrações. Ao mesmo tempo, é dever das pessoas
buscarem seus direitos, e, caso estejam se sentindo lesados, justamente,
utilizarem da Constituição como amparo. Saber como utilizar os veículos
de comunicação da melhor forma possível, é a função desse estudo.

283
5.4.3.2 Histórico da variável

Figura 30: Contra a censura

Já existia censura no mundo antes de se saber o que era censura.


Na época colonial, todos as obras produzidas por iluministas ou que
continham ideias iluministas eram proibidas, sujeitas à punição e
perseguição. No período imperial, censurava-se tudo aquilo que era
criado pelos republicanos. O termo censura ficou conhecido no governo
Vargas, o Estado Novo, em 1937. Com a criação do DIP (Departamento
de Imprensa e Propaganda), um órgão diretamente subordinado ao
presidente, controlava todas as ações políticas e produção cultural, para
censurar todas as obras relativas à “malandragem” e críticas à sociedade
ou ao governo. Somente em 1940, o departamento censurou 373 músicas.
Após isso, tivemos a ditadura militar, onde a censura era permitida por
lei. Através do AI-5, ou Ato Institucional número 5, o governo decretou
que as liberdades democráticas e os direitos pela constituição estariam
suspensos, fortalecendo todos os mecanismos voltados à supressão de
direitos.
Finda a ditadura militar, temos a Constituição Federal de 1988, com
seu artigo 5º, proibindo a repressão de qualquer espécie, seja política,

284
artística ou ideológica, pela manifestação livre do pensamento, apoiando
a liberdade de expressão. E, apesar de ser uma garantia constitucional,
ainda encontramos atos de censura e repressão no nosso país. Alguns
exemplos atuais:
-Setembro, 2019: o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella,
decretou o recolhimento de exemplares de um romance gráfico da Bienal
do Livro, por conter temática LGBT;
-Dezembro, 2019: especial de natal do Porta dos Fundos, na Netflix,
é ordenado a sair do ar por um desembargador;
-Fevereiro, 2020: uma professora de inglês sofreu um processo
administrativo, na cidade de Vinhedo, por falar sobre feminismo e
violência contra a mulher dentro da sua sala de aula.
Não se questiona o mérito das ações e reações, somente são utilizados
casos reais para mostrar a existência da censura nos dias de hoje.

5.4.3.3 Tendências e projeções


Assim como a instabilidade política e governamental é um fator
preocupante pela dificuldade em ser prevista, projetos de comunicação
enfrentam um certo obstáculo parecido. Ao mesmo tempo que a
liberdade de expressão está resguardada pela Constituição, existe um
lobby privado com grandes forças políticas dentro do Congresso Nacional
que dificultam um consenso para uma legislação mais equilibrada.
A tendência, seguindo modelos de países desenvolvidos, é que o
Brasil deixe de ser “patrimonialista e cartorial” para ser mais “promotor
e regulador de políticas públicas de comunicação” (Observatório da
Imprensa, 2008), porém não se sabe se esse é realmente o caminho a
ser tomado pelo país e, se for, quanto tempo levará para alcançar esse
objetivo.

285
5.4.3.4 Impacto no negócio
Uma restrição aos meios de comunicação impactará diretamente
na forma e na plataforma a ser utilizada para a divulgação do programa
e a comunicação com o público-alvo. Não somente basta seguir as regras
dispostas nos artigos da Constituição, a liberdade de expressão está
presente em todas as plataformas de comunicação, inclusive em mídias
sociais, sendo, muitas vezes, tão críticas ao ponto de caberem processos
judiciais.
Casos como esse são muito observados em posts de celebridades,
como Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank, discriminando seus filhos pela
cor da pele, ou Bruna Marquezine, considerada “anoréxica” pelo público.
Estar atento a como você se comunica e qual está sendo a resposta do
público pode fazer uma grande diferença em negócios estruturados na
comunicação.

5.4.4 Certificação de
produtos e processos

A certificação de produtos e processos é um mecanismo que confere


ao criador de um certo produto/processo/serviço o título de dono do que
foi criado. Através disso, detém os direitos de produção e veiculação
do seu produto, por exemplo. Esse produto pode ser vendido pronto,
licenciado, vendido pela forma de produzir, entre outras formas. O órgão
responsável por realizar esses registros no Brasil é o INPI (Instituto
Nacional de Propriedade Industrial). Apesar disso, só são protegidos
patentes, marcas, programas de computador e topografias de circuitos

286
integrados, desenhos técnicos, indicações geográficas, as averbações de
contratos de franquia, e diferentes tipos de transferência de tecnologia.
Propriedade intelectual, como ideias, trabalhos artísticos e literários,
filmes, jogos e códigos-fonte para softwares, são apenas protegidos por
direitos autorais, caso tenha a prova de autoria (prova física, registro em
cartório ou na biblioteca nacional).

Propriedade Intelectual

Direitos de
Propriedade Industrial Direitos Sui Generis
Autor e conexos

-Obras literárias, artísticas -Patentes; -Proteção de novas


e científicas (direito de autor); -Desenho industrial; variedades de plantas
-Interpretações artísticas e -Marcas; -Topografia de
execuções, fonogramas e -Indicação Geográfica; Circuito Integrado;
transmissões por radiodifusão -Repressão à Concorrência -Conhecimentos
(direitos conexos); Desleal. Tradicionais;
-Programas de computador -Manifestações
Folclóricas.

G/T 90: Propriedade Intelectual Fonte: Eleve com base no INPI, 2016

5.4.4.1 Porque a variável


é crítica
Negócios enquadrados em economia criativa tendem a inovar
em alguns aspectos e poder ter o direito reconhecido como criador de
algo que pode revolucionar algum aspecto da economia ou resolver um
problema simples, gera, não só um sentimento de auto realização, como
pode trazer dividendos financeiros através disso. Ao mesmo tempo, na
abertura de um negócio, é preciso estar atento inclusive ao nome que se
dá, para não ser pego de surpresa com uma cobrança de royalty, caso o
nome já esteja registrado, ou ter que passas pelo transtorno de mudar o
nome do negócio e toda a comunicação já feita.

287
5.4.4.2 Histórico da variável
500 anos antes de Cristo, Síbaris, Grécia. Foi realizado um concurso
de culinária e o vencedor recebeu permissão de ser o único na cidade a
produzir aquela receita, pelo prazo de um ano. A necessidade de invenções
para que a humanidade pudesse progredir foi reconhecida e incentivos
como esse eram oferecidos às pessoas que conseguissem fazer isso, como
um reconhecimento pelo trabalho.
Em 1421, na Itália, um transportador de mármore inventou
uma ferramenta que o auxiliava a transportar a sua carga, ganhando
a exclusividade para sua utilização por 3 anos. 1449, Inglaterra, um
inventor ganhara o direito de produzir vitrais exclusivamente em um
período de 20 anos. Mas, somente em 1474, em Veneza, foi que surgiu a
primeira lei para proteger os artesãos e seus inventos, comunicando ao
governo as invenções para conseguir o direito de ser o único a explorar
tal metodologia.
Até que, em 1883, na Convenção de Paris, foi-se tentado criar
uma harmonia no sistema de registro de propriedade industrial
internacionalmente. Foi então que a propriedade de ativos intangíveis
passou a ser objeto do direito, estabelecendo uma vinculação efetiva
entre os proprietários e sua propriedade.

288
5.4.4.3 Tendências e projeções
Concessões de patentes por anos
6.695 6.250

4.792 4.766 4.771

3.813 3.862
3.627 3.623
3.138 3.327 3.123
3.163
2.858 2.801 2.830
2.542

1.863

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Elaboração CNI com base em dados INPI

G/T 91: Concessões de patentes por anos Fonte: Eleve com base no CNI, 2017

Observada desde 2012, o crescimento no número de concessões de


patente por ano tem se tornado uma tendência. Cada vez mais pessoas
querem a garantia de que a sua invenção receberá os devidos créditos,
além da capacidade de comercializar e até exportar com o registro. O
aumento observado nos últimos cinco anos do gráfico é traduzido para a
atualidade, podendo-se projetar um crescimento ainda maior no número
de registros.

5.4.4.4 Impacto no negócio


Por se tratar de uma metodologia inovadora e ser fundamentado na
criação de novos negócios, é fundamental o registro dos processos (para
se tornar um produto válido para exportação) e dos negócios criados.
Caso não fosse capaz registrar a propriedade das ideias e dos negócios
289
gerados, o projeto em questão perderia a validade, já que os investidores
(tomados como exemplo) poderiam assistir a um episódio do programa,
encontrar uma ideia que lhe chame atenção e simplesmente começar a
implantá-la, sem nenhum reconhecimento pelo seu autor.
Ter uma garantia de propriedade, um certificado de origem, é uma
oportunidade para o projeto, trazendo um respaldo legal de que, o que
for criado no programa (o programa inclusive), estará protegido contra
violação de direitos autorais ou de propriedade industrial.

5.4.4.3 Conclusão
Dividido igualmente, tem-se duas oportunidades e duas ameaças.
Entretanto, uma delas se destaca mais e tem um poder de influenciar
mais o negócio: a ameaça da “instabilidade” política governamental,
uma das maiores ameaças encontradas pelo projeto.

5.5 Ambiente Sociocultural


A cultura influencia o consumidor nos momentos de escolha
na compra de um produto ou aquisição de um serviço, assim como
suas crenças e costumes. É constituído de instituições e outras forças
que afetam os valores básicos, as percepções, as preferências e os
comportamentos da sociedade. Considerando isso, encontramos cinco
variáveis que se encaixam nas decisões dos nossos clientes, sendo elas:
estilo de vida e padrão de comportamento, atitudes no trabalho, inserção
da mulher no mercado de trabalho, interações sociais e individualidade.

290
5.5.1 Estilo de vida e padrão
de comportamento
O estilo de vida pode ser compreendido como os interesses,
opiniões, classe social e personalidade de uma pessoa, também define
um padrão de interação da pessoa com a sociedade, cada família, cada
pessoa possui seu próprio estilo de vida. Sobre o comportamento do
consumidor identificam-se influências e estímulos que afetam nas
decisões de compras, e quando os ambientes sofrem algum tipo de
alteração, é comum que o padrão de comportamento também altere,
tornando adaptações ágeis ainda mais importantes, com o intuito de
acompanhar as mudanças.

5.5.1.1 Porque a variável


é crítica
O estilo de vida deve ser estudado porque tem uma grande influência
sobre o estudo do comportamento do público-alvo, pois a partir dele
é possível identificar alguns padrões no comportamento que define
como as pessoas vivem, como as pessoas consomem. No momento que
a empresa define seus clientes, é importante que ela compreenda seus
hábitos para assim entregar um produto ou serviço que seja compatível
com seu estilo de vida, caso isso não seja levado em consideração, a
empresa terá resultados nada satisfatórios.

291
5.5.1.2 Histórico da variável
Existem alguns pontos relevantes no momento de analisar o
comportamento de seus clientes, como a sazonalidade, atração por
ofertas, afiliação com marcas, busca pelo diferente, preferência por lojas
de departamento, receio com e-commerce e a exigência dos clientes com
o mercado, porém nem todos afetam o nosso negócio, priorizaremos os
fatores que possuem maior impacto.
A sazonalidade pode ser compreendida como um evento que
acontece em um período determinado, ao mesmo tempo em que pode
ser algo positivo, pode ser negativo para as vendas, porque é algo que
interfere no consumo das pessoas, como por exemplo, no período de
Páscoa, em que as empresas que vendem chocolates e ovos de páscoa
faturam, porém em outros momentos do ano não faturam. Para que
um negócio não sofra com a sazonalidade é importante que ela esteja
preparada quanto ao marketing e ao meio digital, utilizando de redes
sociais, anúncios, entre outros.

Empreendedores no Brasil - 2002-2015


(estimativa em milhões de pessoas)

52,0

45,0
39,1 37,4 39,8

30,9 32,0 33,0


25,1 26,5 25,9
23,5
21,7 21,9

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

*Soma de empreendedores Iniciais (Nascentes + Novos) + Empreendedores estabelecidos

G/T 92: Empreendedores no Brasil Fonte: Eleve com base no IBQP - GEM 2015

292
De acordo com essa pesquisa realizada pelo IBQP em 2015, o número
de novos empreendedores cresceu com o passar dos anos, em 2010 e
2015 foram anos que tiveram um crescimento considerável, acreditamos
que existe ligação com o aumento do desemprego, pois nesses anos
encontramos números elevados de pessoas desempregadas. Segundo uma
pesquisa feita pelo IBGE, de 2014 para 2015 o aumento no desemprego foi
de 38,1%, de acordo com eles, foi o pior resultado desde 2014.

5.5.1.3 Tendências e projeções


De acordo com uma pesquisa realizada Fundação Telefônica Vivo
em parceria com o Ibope Inteligência e a Rede Conhecimento Social,
70% dos jovens de 15 a 29 anos preferem ter um negócio próprio a ser
funcionário de uma empresa. A pesquisa foi realizada com jovens de todas
as regiões do país e apresentaram também dados como: 87% dos jovens
disseram que a maior motivação para empreender é a autorrealização.

Empreendedorismo é um propósito de vida Fonte pesquisa juventude


conectada desenvolvida pela
fundação telefônica vivo em
parceira com ibope iteligência
e rede conhecimento social

Principais
motivações
87% 66% 64% 53% 41%
Autorealização Melhor perspectiva Independência Gastar meu tempo Ter as rédeas
de renda futura de local e horário naquilo que acredito da minha vida
de trabalho

34% 23% 22% 18% 6% 5%


Oportunidade Falta de empregos Contribuir com evitar as Meus amigos e Cenário econômico
de negócios atrativos no mercado a sociedade incertezas família têm seus postivo / economia
do mercado próprios negócios aquecida

G/T 93: Empreendedorismo é um


propósito de vida Fonte: Eleve com na Fundação Telefônica Vivo, 2019

293
Com base nesses dados apresentados, entendemos que os jovens
estão buscando por melhorias no mercado de trabalho, inovação e
independência ao mesmo tempo, e encontram isso no momento que
possuem o primeiro contato com o empreendedorismo. Logo após
encontram diversas dificuldades e obstáculos nesse meio, sejam eles,
financeiro, networking, entre outros, porém o fato de atingirem a
autorrealização faz com que tudo isso se torne apenas fatos que devem
ser ultrapassados.

5.5.1.4 Impacto no negócio


Por se tratar de um reality show que viabiliza o empreendedorismo,
acreditamos que o estilo de vida possui grande impacto, pois se o número
de novos empreendedores cresce, significa que o empreendedorismo
ganha forças no mercado, além de realizarmos o que a maior parte do
nosso público busca a autorrealização.
De acordo com o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo,
Americo Mattar: “O propósito e a realização pessoal são os principais
motivos que levam hoje o jovem para o caminho do empreendedorismo,
pois precisam trabalhar com algo que acreditam. Esses dados confirmam
o quanto essa nova geração considera a realização pessoal alinhada à
profissional”.

294
5.5.2 Inserção da mulher no
mercado de trabalho
Nas últimas décadas, presenciamos um dos maiores fatos históricos
da sociedade brasileira, a inserção da mulher no mercado de trabalho, e
vários fatores auxiliaram esse acontecimento, seja econômico, cultural
ou social. A industrialização no Brasil também contribuiu para que as
mulheres fossem para o mercado, pois buscavam redução nas taxas de
fecundidade nas famílias e a urbanização, tudo isso fez parte do processo
de inserção da mulher no mercado de trabalho.

5.5.2.1 Porque a variável


é crítica
Iniciativas recentes do Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNDU), oferecendo apoio ao empoderamento das
mulheres, com benefícios laborais igualitários entre homens e mulheres,
pois acreditam que é um meio de alcançar o crescimento social além de ser
um direito humano. “Quando as mulheres têm participação em igualdade
de condições com os homens é fundamental para o desenvolvimento
social e econômico sustentável de uma família, comunidade e país”, este
é um dos objetivos para conquistar o crescimento social. Ações como
esta, nos mostram o poder das mulheres no mercado de trabalho e no
mercado empreendedor.

295
5.5.2.2 Histórico da variável
A conquista pelo mercado de trabalho sempre foi algo de bastante
luta pelas mulheres, assim como qualquer conquista, é possível
compreender a partir desses dados, que as mulheres não possuem o
mesmo espaço que os homens possuem no mercado de trabalho.

Números revelam
tamanho do problema

A remuneração das Somente 19% das


mulheres é, em média, empresas têm mulheres
76.5% do rendimento em cargos gerenciais
dos homens e de liderança.

Em 2017, o índice de 53% das companhias


mulheres em cargos de brasileiras não têm
CEOS e diretorias executivas mulheres em cargos
era de apenas 16% no Brasil. gerenciais e nem
de liderança

G/T 94: Números revelam tamanho Fonte: Eleve com base no IBGE, 2018
do problema

Em uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2018, mostra que a


remuneração das mulheres representa uma porcentagem menor ao que
o homem recebe, ao mesmo tempo apenas 19% das empresas possuem
mulheres em cargos de liderança, sendo que apenas 16% do índice de
mulheres ocupavam cargos de CEOs e diretorias executivas.

296
5.5.2.3 Tendências e projeções
A partir de uma pesquisa realizada pelo Sebrae em 2014,
empreendimentos de menos de três anos e meio de atividade, são
comandados por mulheres, uma posição antes dominada pelos homens.
Em 2015, o instituto norte-americano GEDI realizou uma pesquisa em que
mostra que menos de 10% das empresas que são lideradas por mulheres
buscam investimento externo. Com isso, podemos compreender os
benefícios da inclusão das mulheres no mercado empreendedor.

5.5.2.4 Impacto no negócio


Considerando um negócio como o nosso, onde buscamos fomentar o
empreendedorismo no Brasil, o crescimento significativo desse ambiente
significa também crescimento para o nosso negócio. As mulheres, a cada
dia que passa, conquistam ainda mais o mercado, e não é diferente do
mercado empreendedor, estão buscando independência financeira e
autonomia.
A partir de uma pesquisa realizada pelo Sebrae em 2009, apresenta
dados que mostram em 2001 a participação no empreendedorismo
brasileiro de 71% sendo de homens e apenas 29% sendo mulheres. Contudo,
em 2009, a participação das mulheres cresceu para 53% levando assim os
resultados dos homens para 47%.

297
O empreendedorismo
feminino no Brasil
2001 2009

47% 53%
71%
29%

3ª posição no ranking mundial de empreendedores (composto por 42


países) - apenas outros dois países registraram taxas de empreende-
dorismo feminino mais elevadas que as taxas de empreendedorismo
masculino: Guatemala e Tonga

G/T 95: O empreendedorismo Fonte: Eleve com base no GEM, 2009


feminino no Brasil

No gráfico abaixo, é possível compreender o crescimento desse


mercado, principalmente feminino. A partir de uma pesquisa realizada
pelo Sebrae em 2011, é possível perceber um crescimento de 21% de
mulheres no mercado empreendedor, enquanto a participação dos
homens só aumentou em 10%. Algo bastante significativo para o nosso
negócio e para a economia brasileira.

Evolução entre 2001-2011


Entre 2001 e 2011, o número de mulheres empreendedoras
aumentou 21% enquanto o número de homens aumentou 10%

Número de empreendedores no Brasil (em milhões de pessoas)

14,8 15,0 15,4 15,6 15,7 15,4 15,5 15,6 15,8


14,4

6,1 6,2 6,6 6,9 7,1 7,1 7,3 7,4 7,0


5,8

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011

Mulheres Homens

G/T 96: Evolução entre 2001-2011 Fonte: Eleve com base no PNAD (IBGE), 2011

298
5.5.3 Interações sociais
A interação social pode ser compreendida pelas relações sociais
que são desenvolvidas pelos indivíduos e seus grupos sociais. São
extremamente necessárias para a constituição de uma sociedade e para
o sujeito social, a partir disso é possível ver o desenvolvimento dos seres
humanos quanto à comunicação e aos comportamentos sociais.

5.5.3.1 Porque a variável


é crítica?
Para Vigostsky, “a interação social possui um papel muito importante
no desenvolvimento dos seres humanos, o comportamento do homem
é formado por peculiaridades e condições biológicas e sociais do seu
crescimento.” Para Piaget, “o ser social é influenciado pelas relações
sociais que desenvolve durante sua vida. São a partir dessas relações
que são desenvolvidos os comportamentos sociais.” Com base nisso, é
extremamente importante considerarmos as interações sociais no
contexto em que nossa sociedade se encontra, cada dia mais conectada.

5.5.3.2 Histórico da variável


De acordo com um report apresentado na Brazil Conference de 2019,
o Brasil se posicionou em segundo lugar em tempo de uso na internet
por pessoa no mundo. Essa pesquisa nos mostrou que o brasileiro passa
mais de 9 horas na internet, esse tempo é dividido entre mídias sociais,
músicas, vídeos ou streaming.

299
G/T 97: Brasileiros passam 9 horas/dia na internet

Com base nisso, compreendemos que as interações sociais estão


sofrendo mudanças, já que as pessoas se conectam mais virtualmente do
que presencialmente, por diversas razões. Para acompanharmos todas
essas alterações é necessário que estejamos atentos e preparados para
que nosso negócio não se prejudique.
Ao mesmo tempo, percebemos um grande ganho quanto ao
crescimento no uso da internet, e de outros meios que possibilitem
conhecimento, informações e desenvolvimento humano, pois no Brasil
existem grandes defasagens quanto ao desenvolvimento do ser humano.

5.5.3.3 Tendências e projeções

Nos dias atuais, com a chegada da pandemia e da necessidade do


isolamento social, surgiu o “novo normal” que de acordo com as pesquisas
feitas recentemente será um período de readequação da sociedade após

300
a crise, assim como foi depois da primeira guerra mundial. Uma das
tendências vividas nesse período é a utilização excessiva do meio digital
e a hiperconectividade.
Outra questão bastante presente na vida das pessoas durante a
pandemia é a importância das conexões afetivas, pois o isolamento
social nos mostrou como somos seres sociais e a falta que sentimos de
nos relacionar. Ou seja, buscamos nos conectar de formas diversificadas,
por meio digital, por exemplo, ou até mesmo valorizar a presença de
uma pessoa da sua própria casa.
A casa também está num momento de ressignificação, ou seja,
passou a assumir um papel mais importante na vida das pessoas, o que
impacta tanto nos consumos quanto na rotina. Hoje, o consumo de
conteúdos também passou a ser mais valorizado, como a televisão que
nem sempre se mantinha ligada.
A Netflix se tornou algo essencial na vida das pessoas, com diversas
séries e filmes disponíveis. Além disso, o próprio entretenimento familiar
ganhou um novo espaço dentro da casa das pessoas, com jogos, jardins,
treinos, entre outros.
Novos hábitos, novas práticas e novos consumos são adotados
nessa nossa perspectiva que estamos vivendo, reuniões acontecendo
por vídeochamadas, aulas remotas, entre muitas outras possibilidades
que foram criadas para que todos pudessem se adequar nessa situação.
O isolamento social possibilitou diversas formas de nos conectarmos,
interagirmos e estarmos mais próximos uns dos outros.

5.5.3.4 Impacto no negócio


Para o nosso negócio, as interações sociais são extremamente
importantes, pois entendemos que para que uma empresa ou um projeto

301
seja criado e consolidado, é necessário que exista uma equipe, e até
mesmo diversas habilidades e aptidões.
Com isso, o impacto dessa variável para o nosso projeto é alto,
pensando nos nossos fatores chave de sucesso, como capital humano e
rede de parceiros, e na importância de possuir pessoas diferentes, com
capacitações distintas, que agreguem ao negócio.

5.5.4 Individualidade
Podemos compreender a individualidade, como a qualidade
particular que o comportamento humano tem em determinada atividade
ou atitude, isso constrói a sua personalidade, as suas experiências sociais
e até na sua relação familiar. Além de suas capacitações e habilidades
específicas, o sujeito entrega para a organização sua individualidade.
Nas empresas existem muitas complicações quanto à individualidade,
pensando que diversos indivíduos num mesmo espaço, se relacionando,
com divergências de opiniões, entre outros.

5.5.4.1 Porque a variável


é crítica
Para compreendermos a importância da individualidade, é necessário
entendermos a diferença entre individualidade e individualismo, a
primeira diz respeito a se enxergar como indivíduo, com ideias e vontades
próprias, e a segunda desconsidera a outra pessoa ao tomar decisões e
agir de forma egoísta, analisaremos a individualidade e a necessidade de
existir a identidade da pessoa que participa de um projeto ou negócio.

302
5.5.4.2 Histórico da variável
De acordo com uma pesquisa feita pela PwC em 2018, 4 a cada 5
CEOs estão preocupados com a disponibilidade de habilidades críticas
para o sucesso de sua empresa no mundo digital. Esse número cresceu
significativamente, em 2011 registrou 56% deles estavam preocupados e
em 2018 aumentou para 80%.

80% dos CEOs estão preocupados com


a disponibilidade de habilidades críticas

77% 80%
73% 72%
63%
56% 58%
53%

2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

G/T 98: 80% dos CEOs estão preocupados com Fonte: Eleve com base em PWC - 2018
a dispnibilidade de habilidades críticas

Algumas ações para solucionar essa questão foram apresentadas


nessa pesquisa como a implementação de programas contínuos
de aprendizagem e desenvolvimento, assinalada por 85% dos CEOs,
implementação de trabalho flexível, mudança na percepção da marca,
entre outras.
A busca por talentos digitais, nesse caso, não é só uma questão
de salário, mas por oportunidades de desenvolvimento profissional. Se

303
a tecnologia sofre alteração, a força de trabalho passa por mudanças
também, a área de Recursos Humanos precisa se adaptar e transformar
seus recursos e assim reposicionar suas estratégias.

Práticas para atrair talentos


Modernização do ambiente de trabalho 42% 44%

Implementação de programas contínuos de I.&.D 43% 42%

Parcerias com provedores externos 49% 30%

Aprimoramento dos pacotes de compensação 53% 26%

Implementação de trabalho flexível 42% 35%

Terceirização para provedores externos 51% 25%

Mudança na percepção da marca 42% 33%

Realocação das operações próximas aos celeiros de talentos 46% 25%

Mudança no dress code 33% 19%

Trabalho com instituições de ensino 28% 14%

Até certo pontoE m grande média

G/T 99: Práticas para atrair talentos Fonte: Eleve com base no PWC, 2018

5.5.4.3 Tendências e projeções


Estamos num momento complicado da nossa sociedade, vivendo
num isolamento social, sem muitas conexões físicas, somente virtuais,
com cuidados constantes, entre muitas outras coisas. Para muitos, é um
momento de aprendizado, seja realizando cursos para se aprimorarem,
ou até mesmo identificar novas habilidades.
As marcas precisam se readequar para esse novo cenário, seja
por meio das redes sociais, por sites, ou seja, por meio digital. Outra
questão bastante utilizada nesse novo marketing feito por essas marcas
é a utilização de influenciadores digitais, que ganharam mercado e a
confiança do público.

304
Diversas instituições estão oferecendo cursos gratuitos, para que as
pessoas se capacitem nesse momento caótico, além de várias lives sobre
empreendedorismo feitas por empreendedores de sucesso, os assuntos
variam entre vendas, obstáculos e outros. São maneiras diversificadas
de buscar reconhecimento no mercado e assim se reposicionarem.

5.5.4.4 Impacto no negócio


Para o nosso negócio, a individualidade é bastante importante, pois
compreendemos que a identidade de uma pessoa, as habilidades e as
competências que ela possui agregam na construção de um negócio ou
de um projeto. O impacto dessa variável para o projeto é alto e relevante,
tanto no sentido do capital humano quanto na produção de conteúdo,
que são fatores chave de sucesso para alavancar nosso negócio.

5.3.3 Pandemias
Pandemia é a disseminação de uma nova doença em escala global,
atingindo vários continentes. É importante avaliarmos essa variável
pelo fato de estarmos, atualmente (2020), vivendo uma pandemia e
verificarmos quais impactos pandemias anteriores causaram e essa está
causando na sociedade como um todo.

305
5.3.3.1 Porque a variável
é crítica?
Por se tratar de novas doenças e com larga escala, as pandemias
possuem um grande poder de mudar os hábitos e aspectos como a
sociedade se comporta, obrigando a deixar de fazer coisas rotineiras e
obrigando a fazer coisas novas.
Afetando os hábitos, pode afetar também, a economia e os fatores
decisores de compras para as pessoas que estão vinculadas naquele
ambiente.
Analisando bem, a economia é afetada de forma que os produtos
ficam caros por conta de os custos de produção aumentarem para as
empresas que precisam reter e dispensar funcionários, e as pessoas
ficam desempregadas, com cortes e atrasos de salário, o que deixa sua
decisão de compra ainda mais criteriosa. A imagem da marca também
se vincula nesse fator, pois mesmo com o fator econômico, o fator de
empresa responsável, como estudado a variável anterior, se torna um
grande ponto de observação do comprador.
É um cenário novo para a maioria das empresas, onde a empresa
deve estar preparada para se adaptar conforme as notícias e as leis vem
surgindo, portanto, é cada vez mais importante a empresa estar estudada
e preparada para tomar decisões rápidas e coerentes de acordo com a
pandemia e suas possibilidades.

306
5.3.3.2 Histórico da variável
Em 2020, estamos vivendo uma pandemia, mas essa não é a primeira
da história, existem duas que ficaram conhecidas, que são a Peste Negra
e a gripe A H1N1. Pelo fato das outras pandemias serem mais antigas, o
único objeto de estudo, além do Covid-19, será a gripe A H1N1.
Em abril de 2009, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou
que a A H1N1 era uma pandemia, um mês após os primeiros casos ocorrer
no México. A maior fonte de notícias na época estava sendo por meio
dos jornais televisivos, onde a população aguardava diariamente por
notícias sobre a doença. A internet também veiculava informações, mas
não possuía tanto poder quanto a televisão. A gripe foi registrada pela
primeira vez no Brasil em maio de 2009 e após um mês foi registrada a
primeira morte com 627 casos no país.
Com isso, o governo precisou se adaptar às exigências da OMS,
onde a primeira ação foi a implementação de um sistema de barreira
sanitária em todos os aeroportos e nas capitais brasileiras, assim, pode
identificar os “rastros” da doença, de onde ela veio e para onde ela foi.
Foi implementado um sistema de monitoramento diário por parte dos
estados e municípios, avisando sobre os casos e as medidas que cada cidade
estava tomando. As medidas foram simples por conta do controle rápido
da pandemia, a gripe suína registrou oficialmente 18.036 mortos, o que
é considerado um número relativamente pequeno quando comparado
com outras pandemias. A solução foi por conta da vacina e da maneira
como elas foram distribuídas, prioritariamente para o grupo de risco
que eram os jovens e a pandemia durou de abril de 2009 até agosto de
2010.
Dia 31 de dezembro de 2009, chegou até a OMS um alerta de
inúmeros casos de pneumonia na China, especificamente, na cidade de

307
Wuhan. Foi identificado uma variável de coronavírus que ainda não
havia sido identificada antes em seres humanos e uma semana após
a China confirmou que realmente se tratava de um coronavírus, um
resfriado que raramente causa doenças graves mas com uma alta taxa
de infecção, porém, esse coronavírus identificado é mais forte e com um
grande risco de causar as doenças graves, principalmente problemas
respiratórios. Esse coronavírus pode ser considerado o sétimo identificado
com infecção em humanos. A primeira morte veio a ocorrer em 9 de
janeiro de 2020 e em 23 de janeiro, com 140 casos confirmados, a China
colocou Wuhan em quarentena juntamente com cidades próximas e
confirmando a transmissão assintomática da doença.
Dia 30 de janeiro de 2020, a OMS declarou que o surto deveria entrar
em estado de alerta como ESPII, o mais alto nível de alerta da organização.
Esse alerta tinha o objetivo de coordenar e organizar os países para
que a doença não se proliferar pelo planeta. A doença se proliferou em
larga escala na Itália, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Espanha,
Alemanha e no Brasil, a diferença está nas medidas tomadas, onde
alguns países estão drasticamente afetados, como os Estados Unidos e a
Itália e outros estão controlando bem a situação, como a Coreia do Sul
e a Alemanha. Até hoje, dia 04 de maio de 2020, foram infectadas 3,53
milhões de pessoas, recuperadas 1,13 milhões e 248 mil mortes em todo
o planeta.
Conhecendo o vírus e suas características, voltamos a nosso
foco no objeto de estudo, que é como isso afetou o mercado. Pela alta
transmissão de pessoas assintomáticas, o Covid-19 precisou de tomar
medidas de isolamento e fechamento de comércios em todo o mundo,
e isso não foi diferente no Brasil. Pequenos, médios e grandes negócios
estão fechando as portas durante o período de quarentena por conta da
legislação e da falta de clientes nas lojas, inúmeros funcionários foram
demitidos de suas empresas e muitos dos que restaram precisou ter

308
seus salários reajustados e estão sendo pagos com atrasos. Em maio, foi
registrado que o desemprego já atinge 12 milhões de pessoas, 1 milhão
a mais que o fechamento de 2019, dois meses após os dados não serem
mais divulgados pelo fato de milhares empresas não estarem prestando
mais informações e relatórios.

VAREJO FECHA PORTAS


lojas anunciam fechamento por tempo indeterminado

total nas grandes empresas de varejo

4.065 171,5 mil


lojas fechadas funcionários atingidos

funcionários total
lojas/quando foram fechadas (mil) de lojas

Via Varejo 47,0 1.061


(Ponto Frio e Casas Bahia)

Guararapes 25,0 323


Riachuelo

Grupo Renner 23,0 600


(Camicado, Youcom e Ashua)

Magazine Luiza 22,0 1.431

C&A modas 15,0 290

Lojas Marisa 13,0 360

Lojas Americanas 11,5 1320

SBF/Centauro 8,0 150

Hering 7,0 400

Fonte: Eleve com base BP, 2018


G/T 100: Varejo fecha portas

O gráfico demonstra o impacto no desemprego que grandes


empresas causam por fecharem suas lojas físicas, mas não são apenas
as grandes que estão sendo impactadas. De acordo com a CNN, em uma
pesquisa realizada em parceria com o Sebrae, pelo menos 600 mil micros
e pequenas empresas foram fechadas durante essa pandemia e mais de
9 milhões de funcionários foram demitidos por efeitos da economia. Os

309
empresários que se mantiveram não estão com dias fáceis, a pesquisa
demonstra que 30% tiveram que buscar empréstimos para manterem
seus negócios e 29,5% desses ainda não obtiveram respostas enquanto
59,2% foram recusados. O levantamento aponta que pelo menos 55%
ainda terão que pedir empréstimos para manter o negócio sem gerar
demissões.
O governo lançou alguns programas para ajudar os empresários
a manterem seu negócio em funcionamento, como o programa
“coronavoucher” que auxilia autônomos, MEIs e empregados informais
com R$ 600, mas apenas 34% dos respondentes afirmaram conhecer o
auxílio. O senado aprovou um projeto de lei para criar uma linha de
crédito para micro e pequenas empresas durante a crise, mas apenas
14,2% dos respondentes disseram conhecer as medidas.
Uma solução que as pessoas vêm enxergando durante essa pandemia, é
justamente a produção de máscaras para a venda, o assunto se tornou
febre e existem até máscaras personalizadas pela alta demanda que o
mercado trouxe. Uma empresária paranaense, Rosangela Roessler, diz
ter aumentado a demanda e que precisou contratar funcionários para
produzir o que era pedido.
Empresas estão buscando se digitalizar o mais rápido possível para
se manter no mercado, como as Casas Bahia, que antes faziam campanhas
chamando até as lojas, está fazendo campanhas por WhatsApp e
concentrando sua força de vendas pelo seu e-commerce.

Figura 32: Anúncio Casas Bahia

310
Outra preocupação que vem atingindo as empresas de maneira
significativa é a parte do posicionamento, mais do que nunca, isso está
valendo de maneira primordial para os compradores de produtos e
serviços. Eles estão interessados se as marcas realmente estão ajudando
perante a pandemia ou se estão agindo de maneira inapropriada.

O número de menções da marca Uma semana depois a rede confirmou


disparou consideravalmente. Destas a demissão de 600 funcionários e as menções
menções, 63% foram negativas. voltaram a subir. Desta vez, a porcentagem de
24% neutras e 13% positivas. menções negativas aumentou.

13% 7%

63% 67%
24% 26%

Madero: amostra de Outback: amostra de


600 comentários 600 comentários

G/T 101: Madero x Outback Fonte: Eleve com base na Melissa

Alguns exemplos interessantes são o da Madero e Outback. Dia 23


de março, o empresário Júnior Duski, um dos donos da Madero, publicou
um vídeo que criticava a quarentena e dizia: “Não podemos parar por
5 ou 7 mil pessoas que vão morrer!”. Isso aumentou drásticamente a
quantidade de menções nas redes sociais e 63% das menções eram
negativas. Enquanto isso, o Outback fez uma campanha para ajudar no
mês de Páscoa, doando ovos de páscoa para pequenos negócios durante
a crise. O número de menções d a marca subiu de maneira considerável
e 74% eram menções positivas.
Existem também empresas que passam a imagem de querer se
aproveitar da situação, como a Nubank que diz estar se esforçando pelo
público, mas sem demonstrar ações, milhares de comentários pedindo
ajudas como adiamento de faturas, diminuir juros, mas foram negados e
311
respondidos com respostas clichês. Por outro lado, a JEEP foi ovacionada
quando cancelou seu maior evento do ano, o 4/4 e fez um vídeo motivando
pais a brincar com filhos.
Além desses problemas, a pandemia trouxe e expôs problemas
psicológicos, xenofóbicos, interação, respeito, aumento da violência
contra a mulher, aumento do uso de bebidas alcoólicas, entre outros
fatores relacionados a problemas sociais.

5.3.3.3 Tendências e projeções


Como dito anteriormente, a Pandemia traz um cenário improvável
e imensurável, junto com os problemas que ela causou. Porém, alguns
países já estão superando os problemas relacionados à saúde e estão
tomando visão da retomada das atividades sociais.
Países como a China e a Coreia do Sul já estão retomando as
atividades e foi identificado um novo comportamento social identificado
como “Novo normal”. Como previsto anteriormente, a sociedade saindo
do isolamento continuará com precauções e terão algumas dificuldades
para se adaptarem novamente, a teoria é que a sociedade que existiu
antes da pandemia, não irá existir novamente.
O novo normal é caracterizado por um cenário com uma
democratização do digital e a consequente hiperconectividade. Muitos
que resistiram as tecnologias, independente das limitações, viram na
internet uma maneira de driblar os efeitos da pandemia. Enquanto por
outro lado, as pessoas na rua evitam o máximo contato possível com
tudo, ainda evitando aglomerações para evitar uma nova ameaça do
vírus.
Diversas empresas precisaram adaptar o sistema de home office
para continuar seus serviços, uma pesquisa com amostra de 359 empresas

312
afirmou que 43% delas conseguiram adotar o sistema. Um estudo feito
pelo professor André Miceli, da FGV, afirma que o home office possibilitou
as empresas a confiarem no modelo e provar os resultados, a estimativa
é que após a pandemia, 30% das empresas continuem adotando o
sistema por diversos motivos, mas um deles é o simples fato de o negócio
continuar rendendo.
Como dito no histórico, as empresas estão passando por uma
digitalização forçada, a tendência é que, mesmo após o isolamento, as
empresas continuem utilizando e buscando aprimorar as ferramentas do
setor digital, tanto pelo novo normal, mas também pelas oportunidades
que o meio digital poderá provar para elas. Diversos escolas e empresas
estão disponibilizando cursos gratuitos ou com descontos incríveis, como
a própria Harvard e a Mergo, isso prova também de uma preparação que
está sendo feita para o digital no futuro, em um cenário mais técnico e
inteligente.

5.3.3.4 Impacto no negócio


Mesmo com o cenário imprevisível, as pesquisas demonstram o
perigo que a pandemia está trazendo para as empresas, onde estão sendo
obrigadas a se adaptarem o mais rápido possível para não precisarem
fechar as portas. Mesmo com isso estão precisando cortar custos e até
mesmo demitir funcionários em massa.
Por outro lado, outras empresas estão enxergando o lado de
oportunidade, onde estão podendo demonstrar um lado humano e
tecnológico de suas empresas. É um momento onde podem conseguir afeto
com o público e buscar fidelidade. O digital está sendo uma ferramenta
para se estudar e abusar, por conta da facilidade e da necessidade que
está sendo criada por todo o público.

313
As pandemias afetam todo o sistema de como o país e o mundo
funciona, é preciso estar atento a todas as medidas governamentais e
sociais para não acabar precisando fechar o negócio. Esses sistemas geram
crises econômicas e é preciso estar preparado de todas as maneiras para
se manter na ativa.
Por outro lado, a taxa de desemprego aumenta cada vez mais com
uma frequência enorme, isso pode ser considerado uma oportunidade
já que o negócio traz o desemprego ligado ao empreendedorismo por
necessidade, onde mais pessoas irão buscar se inovar e reinventar em
um projeto.

5.5.5 Conclusão
No ambiente sociocultural encontramos apenas oportunidades,
principalmente na questão do estilo de vida/comportamento e nas
interações sociais. Ao analisarmos as variáveis juntamente com
nossos fatores chave de sucesso, encontramos neste ambiente, várias
oportunidades no sentido de capital humano e produção de conteúdo
com relação às mudanças no comportamento do consumidor e no
crescimento e importância das interações sociais.

314
5.6 Ambiente tecnológico
Nesse ambiente são analisados os impactos da tecnologia no setor
e na empresa, que tem se tornada cada vez mais relevante em tempos de
pandemia, com a transferência de muitos negócios para o meio digital.
Por se tratar de um setor de inovação, e estar presente como um fator
chave de sucesso, aliado à tecnologia, é um ambiente importante para
todas as empresas nessa área de atuação. Analisaremos variáveis como a
digitalização, a mudança nos custos da tecnologia, a velocidade e direção
das transferências de tecnologia e o investimento em P&D.

5.6.1 Mudanças nos custos


de tecnologia
Essa análise tem como objetivo entender como os custos de
tecnologia estão se comportando com o tempo, visto que os custos para
a implantação inicial podem ser um desafio caso sejam muito altos,
sendo também uma barreira encontrada para a entrada no setor. Temos
os custos de hardware, o licenciamento de software, as linguagens de
programação, os salários, eventuais manutenções e upgrades, uma
equipe que forneça o apoio necessário (por menor que ela seja), o sistema
operacional e o banco de dados. Resumido como TCO, ou Total Cost of
Ownership, é o custo total de propriedade.

315
5.6.1.1 Porque a variável
é crítica

A tecnologia se torna mais ou menos acessível de acordo com o


custo de disseminação. Pelo fato da tecnologia ser uma barreira de
entrada nesse setor, devido aos custos de aquisição, sua análise de faz de
suma importância como uma variável do macroambiente.

5.6.1.2 Histórico da variável


Desde o século passado, a área de tecnologia da informação
(TI) tem apresentado um dinamismo muito grande, estando muito
ligada ao cotidiano e tarefas até mesmo rotineiras. As empresas têm
destinado grande parte de seus recursos financeiros para a área de TI,
representando uma fatia de até 40% do capital investido (CARR, 2007).
Apesar disso, reduzir esses custos representam uma meta recorrente de
várias empresas, principalmente quando o objetivo é o corte de gastos
do negócio (LUFTMAN e BEM-ZVI, 2010; LUFTMAN e ZADETH, 2011).
Não é possível dizer que há um consenso quando o assunto é o valor
estratégico encontrado na tecnologia de informação. Oh e Pinsonneault,
em 2007, disseram que, apesar de mais de vinte anos de pesquisas, esse
valor percebido é relativo, e que a produção depende de vários fatores além
de somente o investimento em tecnologia, como tarifas, concentração
do setor, economias de escala e custo de produção.

316
Mecanismo de precificação de serviços de TI

Mecanismo de
precificação de serviços

Preço = custo Preço = Custo + Lucro Preço = Porcentagem de


uso x Orçamento total

G/T 102: Mecanismo de precificação de


serviços de TI
Fonte: Eleve com base em Periódicos UFC, 2012

No organograma são representados os mecanismos de precificação


desses serviços, o que faz com que cada empresa adote sua metodologia
e os preços sejam diferentes entre alguns concorrentes analisados,
podendo aumentar o poder de barganha dos consumidores dos serviços
de TI.
Definida a estrutura de precificação, o ICTI (Índice de Custos da
Tecnologia de Informação) mede as variações mensais e anuais desde
2012, período considerado como 100 (valor que indica o início das
mensurações, sendo os valores seguintes somados a ele para indicar a
variação nos custos de TI do período). Nas colunas seguintes temos a
variação mensal e anual, respectivamente. A última coluna está vazia até
o mês de novembro por não ser possível comparar informações anuais
de datas anteriores ao monitoramento.

317
318
G/T 103: Variação mensal e anual.

319
São destacados em negrito quatro trechos da tabela relevantes para
ressaltar. O primeiro, de outubro de 2014 até abril de 2015 é a faixa de
menor valor na variação, sendo o período onde os custos da tecnologia
de informação se mantiveram mais baixos (entre 1,94% e 3,82%). O
segundo compreende dezembro de 2015 e agosto de 2016, sendo as maiores
variações apresentadas nos oito anos analisados, entre 10,48% e 11,35%. O
terceiro trecho diz respeito ao último mês de 2018 e o primeiro de 2019,
onde os números começaram a cair novamente para um patamar de 2%
de variação.
O último deles é o mais atual, que mostra uma recuperação do
crescimento desde fevereiro de 2019, porém volta a cair lentamente nos
meses de 2020 analisados. A conclusão é que os custos flutuam entre
uma faixa de 1% a 11%, e vem apresentando uma tímida redução no ano
de 2020.

5.6.1.2 Tendências e projeções


Estudos apontam três cenários para os custos da tecnologia de
informação, são eles:
1. Offshoring: muitas economias têm utilizado como recurso produtivo
para a diminuição de custos. Nada mais é do que a produção de um ativo
fora do seu território nacional, a terceirização. Países como Estados
Unidos e Brasil terceirizavam a produção de TI para países como China
e Índia, o que ajudava na redução dos custos em vista de uma produção
doméstica. Porém, com as drásticas oscilações cambiais, se tornou cada
vez mais inviável a manutenção desse tipo de contratos, o que fortalece
os prestadores de serviços nacionais.
2. Automação: a redução de custos é pensada de forma mais ampla
quando se considera a inserção de ativos de inteligência artificial e/ou

320
automação. Isso se deve ao fato de que a produção pode ser otimizada,
reduzindo o impacto causado pelos erros humanos. Um trabalhador
estadunidense produz cerca de US$100.000 anualmente, o brasileiro,
US$22.000, pela discrepância no uso de tecnologia. Com o investimento em
automação, reduz-se os custos agregados e se aumenta a produtividade.

100% 93%
83% 92%
80%
81%
65%
60% 51%

40% 40,38%
25,50% 30%
20%
17,03% 17%
8%
0%
Há 3 anos Hoje Em 3 anos
Global - Percentual Médio do trablaho realizado com uso da automação
Global - Percentual de empresas que tiveram algum trabalho realizado
com uso de automação
Brasil - Percentual médio do trabalho realizado com uso da automação
Brasil - Percentual de empresas que tiveram algum trabalho realizado
com uso da automação
G/T 104: Percentual Global x Brasil Fonte: Eleve com base Willis Towers Watson, 2019

3. Computação em nuvem: arquivos que antes requeriam um espaço


bem maior de armazenamento e uma manutenção constante dos
equipamentos para garantir a segurança dos dados tem deixado de
existir, sendo substituídos pelo armazenamento em nuvem, abrangendo
desde atividades básicas como e-mails até os próprios sistemas de gestão
da empresa, servidores esses acessados pela internet, não necessitando
de programas ou softwares específicos para o arquivamento.

321
A imagem abaixo, retirada da MXM Sistemas, retrata a realidade
de 2011 no que diz respeito à migração das empresas para a nuvem e os
respectivos motivos quantificados:

Construa seu futuro em Cloud


Saiba por que as empresas estão
migrando para a nuvem

Aumenta a agilidade dos negócios 42%

Permite focar em projetos mais importantes 43%

Velocidade do deployment 49%

Custo mais baixo 53%

Falta de um profissional de TI para manter a solução 42%

Mudar de custos iniciais totais para pagamentos mensais 51%

G/T 105: Construa seu futuro em Cloud


Fonte: Eleve com base no Forrsights Software Survey Q4 2011

5.6.1.4 Impacto no negócio


Por se tratar de um negócio onde a tecnologia é um pilar e um
fator chave de sucesso, o seu custo estar em patamares muito elevados
representa uma ameaça ao negócio, pode demandar um nível de
investimento financeiro maior. Em contrapartida, seguindo a tendência
de coworking apresentada anteriormente, a tecnologia pode ser algo já
presente nos espaços ou um recurso que será utilizado por mais de uma
empresa, com um custo de aquisição diluído.

322
5.6.2 Investimento em pesquisa
e desenvolvimento

A área de P&D é responsável pela captação de dados sobre clientes,


mercado externo, tendências, inovações e tecnologias atuais e futuras,
de forma a proporcionar para a empresa um maior entendimento das
necessidades do mercado consumidor e como melhor atendê-las. Nas
startups, principalmente, onde a busca por soluções e inovações acontece
de forma muito rápida e revolucionária.
Quando se tratam de empresas atuantes em setores tecnológicos, o
setor de P&D se torna mais relevante ainda. Deve estar em alinhamento
com outras áreas da empresa, como produto, marketing e inovação, para
entender os desejos do consumidor, as tendências do mercado e o que
a empresa pode fazer, dentro dos seus diferenciais, para atender essa
demanda.

5.6.2.1 Porque a variável


é crítica
Para que seja possível implementar áreas de inovação em qualquer
empresa, seja ela pública ou privada, é necessário um investimento na
área de P&D, o que abre portas para a criação de novos produtos, serviços,
tecnologias e metodologias. Tudo de novo criado nas indústrias é resultado
de pesquisas, sejam elas de mercado, concorrentes, consumidores, macro
e microambiente, entre outras, que se desenrolam em algo tangível, que
possa ser comercializado.

323
Em uma outra vertente, a análise de onde vem o investimento de
Pesquisa e Desenvolvimento, se é do setor privado ou público, é uma
diretriz importante para entender onde está a concentração desses
recursos e planejar ações para se aproveitar dos resultados obtidos por
eles.

5.6.2.2 Histórico da variável


(em bilhões de R$ 2017)
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Total Dispêndios públicos Dispêndios empresariais

G/T 106: Histórico da variável Fonte: Eleve com base no MCTIC, 2017

Uma análise sobre os gastos com P&D no Brasil nos anos 2000
retratam um crescimento gradativo nos primeiros quinze anos do
milênio, seguido de uma queda de oito pontos percentuais nos dois
anos seguintes. As linhas verdes e vermelha são, respectivamente, os
gastos de empresas privadas e os dispêndios do governo. As linhas se
sobrepõem em diferentes situações e períodos, com uma discrepância
maior somente 2011 e 2016, onde ficaram mais afastadas. Comumente
liderando os gastos, mesmo que por margens pequenas, os gastos públicos
foram ultrapassados pelos privados em 0,4 pontos percentuais em 2017.

324
Gasto Total com Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), 2011-2015, em % do PIB

< 0.5%

0.5%-1.25%

1.25%-2%

> 2%

Dados não
disponíveis

G/T 107: Gasto total com Pesquisa e Fonte: Eleve com base no FMI (2016), p. 32.
Desenvolvimento (P&D),
2011-2015, em % do PIB

Quando observamos o cenário internacional, é possível comparar


de acordo com a faixa de gastos em Pesquisa e Desenvolvimento
correspondentes ao total do PIB do país, o que é representado no mapa
acima, colorido de acordo com as faixas encontradas. Apenas alguns
países como Austrália, Japão e Estados Unidos investem mais de 2% do
seu Produto Interno Bruto, no período compreendido entre 2011 e 2015.
Brasil, por sua vez, se enquadra na faixa de investimento entre 0,5%
e 1,25%, junto com países menos desenvolvidos da Europa e a Rússia,
países considerados economicamente mais conservadores, portanto,
investindo menos em inovação. Em 2015 os gastos do Brasil com P&D
totalizaram R$87,1 bilhões, o que correspondeu a 1,34% do PIB. Em 2016
esse número caiu para R$79,2 bilhões e 1,27%, sendo que, 52,4% foram
realizados pelo setor público.

325
Em 2018, a lista dos 15 países que mais investem em inovação, de
acordo com o Fórum Econômico Mundial, era:

1. ESTADOS UNIDOS 9. BRASIL


US$ 476,5 bilhões US$ 42,1 bilhões

2. CHINA 10. RÚSSIA


US$ 370,6 bilhões US$ 39,1 bilhões

3. JAPÃO 11. ITÁLIA


US$ 170,5 bilhões US$ 29,6 bilhões

4. ALEMANHA 12. CANADÁ


US$ 109,8 bilhões US$ 27,6 bilhões

5. COREIA DO SUL 13. AUSTRÁLIA


US$ 73,2 bilhões US$ 23,1 bilhões

6. FRANÇA 14. ESPANHA


US$ 60,8 bilhões US$ 19,3 bilhões

7. ÍNDIA 15. HOLANDA


US$ 48,1 bilhões US$ 16,5 bilhões

8. REINO UNIDO
US$ 44,2 bilhões

326
5.6.2.3 Tendências e Projeções

G/T 108: A tecnologia 5G está


caracterizada.

327
Como forma de tangibilizar as projeções, o infográfico acima,
retirado do R7, publicado em 2018, temos as profissões do futuro. O Senai
(Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) juntamente com a CNI
(Confederação Nacional da Indústria), fez a projeção do surgimento de
30 novas profissões divididas em oito áreas. Temos a repetição de termos
como “especialista”, “técnico”, “automático”, “internet” e “sistemas”. Tudo
isso nos mostra como as profissões estão cada vez mais ligadas com o
cenário vivido, passando também pela transformação digital promovida
pela quarta revolução industrial, se tornando cada vez mais específicas
e digitais.
Para que isso seja possível, só há uma maneira: inovação e
tecnologia. E ambas só são alcançadas através de extensas pesquisas e
desenvolvimentos de ativos tangíveis e intangíveis. Para tanto, investir
em P&D, seja no setor público ou privado, é o que permitirá alcançar
esse futuro tecnológico proposto acima.

5.6.2.4 Impacto no negócio


Situado em um ambiente tecnológico e inovador, o projeto depende
fortemente dessas duas ferramentas, alcançadas através da pesquisa e
desenvolvimento. Sem a habilidade de inovar, se tornará obsoleto em
pouco tempo, e, sem entender as necessidades do mercado, não sairá do
papel. Pesquisar a sua conjuntura e desenvolver soluções particulares para
aquela situação ou público é uma das melhores formas de sobreviver em
tempos difíceis de crise e recessão econômica, pois o target se identifica
com o que a empresa oferece e se vê mais próximo dela, estreitando
relacionamentos.

328
5.6.3 Velocidade e direção das
transferências de tecnologia
A tecnologia está em constante evolução, sendo traduzida em
novos modelos de aparelhos telefônicos, novas formas de assistir filmes,
pedir comida e até de acender a luz. Surgem telefones, smartphones,
dispositivos controlados por voz, automação de processos, comércios
virtuais, prestação de serviços à distância (como educação e atendimento
médico e psicológico), entre muitos outros. O objetivo é tentar entender
qual o fluxo dessas transformações e a velocidade em que acontecem.

5.6.3.1 Porque a variável


é crítica
Acompanhar as tendências em tecnologia e inovação, principalmente
dentro de um setor muito dependente desses pilares, pode representar
o sucesso ou o fracasso de uma empresa. Se os consumidores preferem
comprar seu produto pela internet e representam uma grande parcela
das compras, não é viável manter uma loja física aberta e não ter
participação digital. Saber ver e entender essas transferências é estar
atento ao mercado, oferecendo, no mínimo, o que é demandado.

329
5.6.3.2 Histórico da variável
A primeira geração da tecnologia na comunicação surgiu na década
de 80, possibilitando simplesmente a conversa entre pessoas, através de
aparelhos analógicos. Dez anos depois ocorreu a primeira transformação,
com uma digitalização da voz e o acréscimo da possibilidade de trocar
mensagens de texto. Em 2008 tivemos um rompimento desse modelo com
a disseminação da internet móvel, criando a famosa terceira geração,
ou 3G. Menos de uma década depois, tivemos a quarta geração, com um
aumento na capacidade de processamento de dados multimídia.

1980 1990 2008 2014 2020

1G 2G 3G 4G 5G

Voz analógica Voz Digital Integração de Voz Alta capacidade de Flexibilidade


dados multimídia

Mensagem de texto Internet Móvel Aplicações inovadoras

Densidade

Altíssima velocidade

G/T 109: Internet do 1G ao 5G Fonte: Eleve com base no G1, 2016

A última transformação até hoje é a geração cinco, ou 5G, iniciada


em países orientais na segunda metade de 2019, sendo lentamente
transportada para o restante do mundo a partir da segunda década
do século XXI. A 5G conta com a maior velocidade já vista, uma maior
flexibilidade de aplicação, uma maior densidade de sinais e a utilização

330
em diversos aparelhos receptores.
O que antes estava restrito aos telefones celulares, foi lentamente
se transformando e adaptando para outros aparelhos eletrônicos. Com
a transformação 5G temos a “internet das coisas”, onde não só o celular
está conectado à rede, mas veículos, eletrodomésticos, computadores e
sistemas operacionais presentes dentro das casas, automatizando grande
parte dos serviços e proporcionando uma maior agilidade nas tarefas do
dia a dia.

G/T 110: Internet do 1G ao 5G 2

331
5.6.3.2 Tendências e projeções

G/T 111: A tecnologia 5G está caracterizada como:

As características da quinta geração na imagem acima nos


mostram os avanços feitos quando comparados à quarta revolução. A
abrangência do sinal a velocidade da banda larga, o consumo de energia
e a durabilidade da bateria são melhoras significativas.
A Sony Ericsson publicou um relatório em junho de 2019 sobre as
projeções para a implantação dessa tecnologia, que, apesar de já existir,
ainda deve percorrer um longo caminho até se tornar acessível no
mundo. Apenas 15% da população do mundo terá acesso ao 5G até 2022
(25% da América do Norte e 10% na Ásia e no Pacífico juntos). A Scania,
com sede na Suécia, disse já estar fazendo testes pilotos na rede 5G para
o controle remoto de seus veículos através de um centro de operações.
Em contrapartida, a Anatel relata não ter um plano para a
implantação da nova tecnologia no país, levando em consideração o fato
de apenas 59% do Brasil possuir a rede 4G. Prevista para 2023 apenas, a
332
tecnologia 5G promete ser entre 10 e 20 vezes mais veloz que a internet
móvel encontrada atualmente.
Dados coletados pela Cisco (Visual Networking Index), mostram que a
utilização de dados móveis aumentará no Brasil, passando do 1 GB/mês
consumido atualmente, para 5 GB/mês em 2022. O mesmo acontece com
os serviços que serão realizados por smartphones, crescendo de 147,7
milhões para 208,7 milhões na mesma época, um aumento de 7% ao ano.
Em adicional, teremos um salto de 10 milhões de usuários móveis no
país, atingindo 82% da população, cerca de 177 milhões de pessoas.
Um estudo realizado pela Comissão Europeia mostra que, para
desenvolver a tecnologia 5G, serão necessários quase 57 bilhões de euros
como investimento inicial, criando 2,3 milhões de empregos até o ano de
2020 (desconsiderando efeitos recentes da pandemia mundial), e poderá
gerar 113 bilhões de euros por ano em benefícios, nos mais diversos
setores, como saúde, transporte, automotivo e serviços públicos.

5.6.3.2 Impacto no negócio


Por estar diretamente ligado com tecnologia e inovação, o projeto se
beneficiará muito com as transformações que vem ocorrendo, de forma
que possa sempre melhorar o serviço oferecido e se diferenciar cada vez
mais, tornando-se referência para empresas que desejem atuar nesse
setor e para os possíveis consumidores. Como o custo de implantação
da tecnologia é de responsabilidade governamental, fica à cargo dos
consumidores apenas se adaptarem quanto aos aparelhos utilizados, e o
mesmo vale para as empresas.
O investimento inicial na compra de aparelhos e contratação de
serviços pode ser mais elevado, porém se dilui nos benefícios oferecidos,
como mostrado pela Comissão Europeia.

333
5.6.4 Digitalização
Se trata da capacidade de tornar o tangível, intangível. Um
documento físico pode ser digitalizado e se tornar uma imagem na tela
do computador. Uma loja física pode dispor seu estoque em um site,
comercializando os produtos. A digitalização está presente no dia a dia de
grande parte das pessoas e apresenta uma influência no comportamento
de compra dos indivíduos.

5.6.4.1 Porque a variável


é crítica
A análise dessa variável nos permite entender o funcionamento do
mercado e a preferência dos canais de comunicação e comercialização,
além de propiciar um panorama sobre os concorrentes, em localização,
abrangência e marketing digital, por exemplo.

G/T 112: Canais

Temos quatro tipos diferentes de canais, sendo o primeiro


caracterizado pela necessidade de atendimento pessoal, pela inexistência
de outros modelos de comunicação. O segundo conta com a adição de

334
métodos de comunicação remota, porém os canais não interagem entre
si e informações podem ser trocadas e/ou perdidas. No terceiro canal
temos a interdependência dos diversos meios de comunicação, para
facilitar a vida do consumidor. Por último temos um canal holístico, que
busca ver o cliente como um todo, buscando oferecer uma experiência
positiva, pois sabe do poder do cliente em promover ou detratar sua
marca.

5.6.4.2 Histórico da variável


Não só transformando documentos impressos em digitais, mas um
movimento impulsionado pela realidade atual, a digitalização já vinha
acontecendo há anos, lenta e gradualmente. Empresas de e-commerce
ganhavam espaço no mercado, mas os consumidores se apresentavam
receosos de fazer certos tipos de compras, pela inabilidade de se
tangibilizar a experiência, como a compra de uma roupa ou um carro.
Com as medidas de isolamento social, as empresas se viram em
uma encruzilhada: digitalizar ou fechar as portas. Essa digitalização
forçada acelerou o ritmo das transações comerciais on-line, onde os
meios digitais têm ganhado cada vez mais espaço.
A transformação digital data de 30 anos atrás, na Europa. As empresas
viam a necessidade de atender as necessidades dos consumidores de
forma acessível, conveniente, inovadora e tecnológica. Para isso, criaram
sistemas como MB Net, que proporcionava ao cliente a realização de
compras pela internet sem a necessidade de disponibilizar seus dados
bancários, garantindo a segurança do usuário. O MB Way, uma ferramenta
que possibilita comprar ou transferir dinheiro imediatamente, utilizando
apenas um smartphone e o número do celular para identificar o
pagamento.

335
A empresa SIBS foi a pioneira na revolução tecnológica em
Portugal e contavam com um milhão de usuários do MB Net em 2015,
movimentando um montante de 2,64 milhões de euros em compras
realizadas na plataforma. Em 2018 o MB Way já contava com 70 mil
usuários.
Com o surgimento da “grande rede de computadores” em 1990, a
era da transformação digital se iniciou, tornando-se uma grande rede
de pessoas com o surgimento das redes sociais e das ferramentas de
conversação. Em 2009, foi-se inserida a tecnologia GPS (Global Positioning
System) nos aparelhos telefônicos e dispositivos, onde as coisas passaram
a fazer parte dessa rede, o que culminou na Internet das Coisas, como
conhecemos hoje.
Tudo isso foi possibilitado e moldado através da quarta revolução
industrial, uma nova forma de produção envolvendo a digitalização dos
processos dados dentro da indústria, gerando análises mais eficientes
e aumentando a produtividade de toda a cadeia. A tecnologia abrange
todos os estágios e pessoas possíveis, desde o “chão de fábrica” até os
softwares de controle da produção.
No Brasil tomou fôlego em 2010, sendo aplicada lenta e
gradativamente. A internet das coisas ainda é algo distante para algumas
empresas, principalmente pequenas e médias. A Confederação Nacional
da Indústria divulgou dados do crescimento da utilização de tecnologias
digitais em fábricas, passando de 63% em 2016 para 73% em 2018.

5.6.4.3 Tendências e projeções


Não só transformando documentos impressos em digitais, mas um
movimento impulsionado pela realidade atual, a digitalização já vinha
acontecendo há anos, lenta e gradualmente. Empresas de e-commerce

336
ganhavam espaço no mercado, mas os consumidores se apresentavam
receosos de fazer certos tipos de compras, pela inabilidade de se
tangibilizar a experiência, como a compra de uma roupa ou um carro.
Com as medidas de isolamento social, as empresas se viram em
uma encruzilhada: digitalizar ou fechar as portas. Essa digitalização
forçada acelerou o ritmo das transações comerciais on-line, onde os
meios digitais têm ganhado cada vez mais espaço.
A transformação digital data de 30 anos atrás, na Europa. As empresas
viam a necessidade de atender as necessidades dos consumidores de
forma acessível, conveniente, inovadora e tecnológica. Para isso, criaram
sistemas como MB Net, que proporcionava ao cliente a realização de
compras pela internet sem a necessidade de disponibilizar seus dados
bancários, garantindo a segurança do usuário. O MB Way, uma ferramenta
que possibilita comprar ou transferir dinheiro imediatamente, utilizando
apenas um smartphone e o número do celular para identificar o
pagamento.

G/T 112: Variação de pedidos

337
Principais tendências

Integração entre Tratamento


Inovação em
lojas físicas personalizado Ser multicanal
Lojas Físicas
e virtuais ao cliente
OmniChannel - criar OmniChannel - criar OmniChannel - criar OmniChannel - criar
no consumidor uma no consumidor uma no consumidor uma no consumidor uma
experiência única experiência única experiência única experiência única

G/T 112: Principais tendências Fonte: Eleve com base no Page Personnel, 2019

As principais tendências encontradas estão relacionadas


principalmente ao omni channel, como a integração entre os diferentes
canais utilizados pela empresa, a personalização no atendimento ao
cliente e a inovação.

5.6.4.4 Impacto no negócio


Se tratando de um projeto com um viés digital, tanto na utilização
de plataformas para a seleção dos clientes, quanto na utilização da
metodologia, gameficação e presença em mídias sociais, assim como
crowdfunding, é preciso desenvolver uma boa estratégia de digitalização
e manutenção da adesão dos participantes para criar uma força de
marca.

338
5.6.5 Conclusão
Pela incerteza nos custos da tecnologia, caracterizada por momentos
instáveis globais e domésticos, ela é considerada uma ameaça. Todas as
outras variáveis, entretanto, são oportunidades para o negócio, sendo a
digitalização a maior delas.

5.7 Cruzamento com fatores


chave de sucesso
Alinhando as variáveis encontradas no macroambiente, cruzando
com os fatores chave de sucesso (Capital Humano, Inovação e Tecnologia,
Rede de Parceiros, Produção de Conteúdo e Empatia e Acessibilidade
na Linguagem), encontramos algumas ameaças e oportunidades para
o negócio. Classificadas como tal e no nível de efeito (alto, médio e
baixo), foi possível identificar as variáveis mais relevantes do projeto,
que merecem uma atenção extra, visando planos para minimização dos
impactos, caso seja uma ameaça, e aproveitamento dos benefícios, caso
seja uma oportunidade.

339
Legenda Empatia e
Capital Inovação Rede de Produção
Acessibilidade
Oportunidade Ameaça Neutro Humano e tecnologia parceiros de conteúdo
na linguagem

Econômico

Nível de
investimento Alta Alta Alta Alta

Desemprego Alta Alta Baixa Média

Taxa de Juros Baixa Alta Baixa Média


Disponibilidade
de crédito Baixa Baixa Baixa Média

G/T 113: Cruzamento Macro Econômico

Sociocultural

Estilo de vida/
comportamento Alta Alta Média Alta Alta
Mulher no
mercado Alta Baixa Média Alta Alta

Interações sociais Alta Média Alta Alta Alta

Individualidade Alta Média Baixa Alta Alta


Pandemia Média Alta Média Média Média
G/T 114: Cruzamento Macro Sociocultural

Político-Legal

Política de
Subsídios Média Média Média Média
Estabilidade Política
Governamental Alta Alta Alta Alta
Restrições a tipos
de comunicação Baixa Baixa Baixa Média Baixa
Certificação de
produtos e processos Baixa Média Baixa Média
G/T 114: Cruzamento Macro Político-Legal

340
Legenda Empatia e
Capital Inovação Rede de Produção
Acessibilidade
Oportunidade Ameaça Neutro Humano e tecnologia parceiros de conteúdo
na linguagem

Tecnológico

Mudanças dos custos


de tecnologia Baixa Alta Baixa Média
Pesquisa e
desenvolvimento Baixa Alta Baixa Média
Velocidade e direção das
transferências de tecnologia Média Alta Média Média Baixa

Digitalização Alta Alta Alta Alta


G/T 115: Cruzamento Macro Tecnológico

Demográfico

Níveis de
educação Baixa Média Média Média Alta
Tamanho
das famílias Média Alta Baixa Baixa Alta
Concentração em
grandes cidades Alta Alta Alta Alta Alta
Crescimento
populacional Média Alta Média Média Alta
Mobilidade
Social Alta Alta Alta Alta Alta
G/T 116: Cruzamento Macro Demográfico

G/T 116: Cruzamento Macro Natural

341
As maiores oportunidades encontradas foram:

1. Desemprego – Ambiente Econômico;


2. Estilo de Vida/Comportamento – Ambiente Sociocultural;
3. Interações Sociais – Ambiente Sociocultural;
4. Digitalização – Ambiente Tecnológico;
5. Concentração em Grandes Cidades – Ambiente Demográfico;
6. Mobilidade Social – Ambiente Demográfico;
7. Alta oportunidade de inovação na Pandemia – Ambiente Natural.

Os ambientes onde encontramos mais oportunidades foram o


Sociocultural e o Demográfico.
As maiores ameaças encontradas foram:
1. Nível de Investimento – Ambiente Econômico;
2. Estabilidade Política Governamental – Ambiente Político-Legal;
3. Média ameaça na Pandemia – Ambiente Natural.
As ameaças, apesar de em menor quantidade, tem um peso grande
pelos ambientes em que estão localizadas, Econômico e Político-Legal.
Análises mais aprofundadas sobre o impacto dessas oportunidades
e ameaças para o projeto serão realizadas no capítulo de SWOT.

342
343
EPISÓDIO 06

344
345
VERIFICANDO
OS DETALHES
Análise microambiental
Enquanto o Macroambiente responde às forças externas à empresa,
das quais a mesma não tem controle, o Microambiente é um ambiente
parcialmente controlado, pois é dividido em interno e externo ao
mercado. Na variável interna são analisados fatores como a produção,
setor financeiro, os funcionários, vendas, marketing e comercial, por
exemplo. Essa variável, por ser interna à empresa, é possível de ser
controlada pela gerência.
A variável externa ao mercado compreende fatores como clientes,
fornecedores e concorrentes, e, por estarem fora do ambiente da empresa,
são incontroláveis. Não é possível conseguir prever e controlar as ações
tomadas pelos concorrentes, visto que não estão no âmbito de influência
da empresa. As forças e fraquezas da empresa são encontradas na variável
interna do Microambiente, passíveis de controle e mudanças.

6.1.1 Ticket Médio


O Ticket Médio se refere a um indicador de performance das
vendas em um determinado período de tempo. Ele pode ser calculado de
diversas formas, dependendo do tipo do negócio, do produto ou serviço
comercializado, canais de venda, entre outros. É um termo usado para
definir o valor médio das vendas realizadas dentro de um período
designado, normalmente um mês. Reflete os valores gastos pelos clientes
346
em um negócio, em média, mensurando a eficiência da empresa.
Nessa etapa do projeto, descobrimos o ticket médio do público que
almejamos atender, ou seja, quanto esse mercado teria para pagar por
um serviço em si. E, para descobrir isso, realizamos o cálculo de ‘’Valor
das vendas / Número de vendas” de um produto x para então chegarmos
à conclusão que queremos. Sendo assim, para uma empresa que ainda
não existe e cujo plano financeiro ainda não foi feito até esse ponto do
projeto, realizamos uma pesquisa no mercado pautando o tema “eventos
ou cursos de consultoria de empreendedorismo”

Portanto, abaixo listamos os eventos analisados, sendo eles:

Empretec Summit (evento online) - Ingresso - R$ 30,00

Empreendedorismo Exponencial - R$ 197,00

Rico treinamento para empreendedores - R$ 226,36

Startup Summit (4º lote) - R$ 399,00

RD Summit (apenas um dia de evento) - R$ 949,00

Com isso, percebemos que esses eventos possuem uma diferença


grande de valores entre um e outro, seja pela força do Branding e
Networking que os eventos possuem, tanto quanto pelos gastos necessários
que cada evento desses possui para fazer acontecer. E para chegarmos
numa média, realizaremos um cálculo de média simples entre esses
valores.
Outro detalhe que vale citar, é que uma variável número de vendas
dessas empresas analisadas é um dado que não temos como saber,

347
portanto, usaremos as variáveis do valor da venda e o número total do
mercado de empreendedores com a porcentagem desse mercado que
queremos atingir para poder chegar nesse resultado.

A somatória dos valores dos eventos é R$ 1.801,36, e dividindo por 5,


que se trata do número de elementos analisados, obtemos o resultado de
R$ 360,272 (Valor da venda). Agora, para finalizar, como não temos dados
da quantidade de vendas, usaremos parâmetros para chegar no número
de pessoas que queremos atingir inicialmente no nosso público, e para
isso, usamos o dado de pessoas optantes pelo simples nacional; E, mais
especificamente, o número de optantes pelo simples em Minas Gerais,
que é por onde esse projeto foi planejado para começar, se traduzindo no
número de 1.683.622 optantes..

Agora, vamos separar 0,1% desse total, que é a quantidade de pessoas


nessa fatia de mercado que queremos atingir por questões financeiras e
de recursos.

1.683.622 x 1% = 16.837 pessoas

E então, realizamos a fórmula de ticket médio.

Ticket Médio = 16.837 / R$ 360,272 = R$ 46,74

Ticket Médio, por empreendedor, por mês

R$ 46,74
348
6.1.2 Análise de mercado
Analisar o mercado em que vai se inserir não é uma tarefa simples.
Entretanto, é necessário para entender a fundo os consumidores da
indústria, quem e quantos são, segmentação geográfica, demográfica,
psicográfica e comportamental (por se tratar de um negócio B2C, onde
a empresa é diretamente responsável por entregar o serviço para o
consumidor final, os futuros empreendedores), análise de canais, os
clientes, concorrentes, fornecedores, grupos estratégicos e forças de
Porter.
Dentro desse capítulo, iniciaremos as análises pela demanda,
mensurando o tamanho dos mercados, de acordo com pesquisas
secundárias em fontes confiáveis, como o IBGE e a revista Exame.

6.1.2.1 Análise de demanda

A tarefa do marketing consiste em mensurar o tamanho do


mercado potencial e desenvolver produtos e serviços que satisfaçam
a demanda. [...] manter o nível de demanda, apesar das preferências
mutáveis dos consumidores e da crescente concorrência. A empresa
deve manter ou melhorar sua qualidade e medir a satisfação do
consumidor regularmente.

KOTLER, 2000, P.28

Tarefa do marketing, além de desenvolver produtos e/ou serviços e


fazer com que os clientes tenham consciência da existência dos mesmos,
devem entender os consumidores, encontrar o foco desse mercado e como
alcançá-los, através de pesquisas e estudos constantes para acompanhar
as necessidades dos consumidores, que mudam periodicamente, buscando

349
sempre a sua satisfação.
Os mercados são divididos em: Mercado Total, Mercado Potencial,
Mercado Disponível, Mercado Disponível Qualificado e Mercado Alvo,
como mostra a imagem abaixo, e serão destrinchados e calculados nos
próximos tópicos.

Definição de
Mercado

Mercado Penetrado
Mercado Alvo
Mercado Disponível Qualificado
Mercado Disponível
Mercado Potencial
Mercado Total

Fonte: Eleve, com base em Ancine


G/T 117: Definição de mercado

Calcularemos a demanda com base nos dados sobre empreendedores,


à nível nacional, segmentando de acordo com as propostas de cada
mercado e as qualificações encontradas e consideradas mais relevantes
para a concretização desse modelo de negócios. Vale deixar claro que
a demanda foi realizada para encontrar o público no qual focaremos
nossos esforços de venda e marketing, não impedindo que consumidores
fora desses padrões segmentados consumam o serviço.

350
Mercado total
Entendemos como mercado total todo usuário ou comprador
real e potencial de um determinado serviço ou produto. Este pode,
principalmente, gerar e absorver o volume apresentado no segmento.
Em âmbito nacional, observamos o número total de residentes no Brasil,
segundo dados do IBGE analisados na data de 21/05/2020 (quinta-feira),
o total de 211.545.190 (duzentos e onze milhões quinhentos e quarenta e
cinco mil cento e noventa) pessoas.
Partindo disso, para realizar a demanda total em reais (R$),
multiplicaremos o número total de habitantes no Brasil pelo ticket
médio encontrado.

MT (R$) = 211.545.190 x Ticket Médio (R$46,74)

MT (R$) = 9.887.622.180,60

Mercado potencial
Encontramos no mercado potencial pessoas que possuem interesse
em adquirir nosso serviço. Para que isso seja possível, identificamos
que os empreendedores que teriam maior interesse no serviço seriam
aqueles em fase inicial em seu negócio, pois estes ainda não contam
com uma estrutura estável de mercado, e por isso queremos introduzir o
projeto nesse nicho. Atualmente, no Brasil, aproximadamente 27.482.078
pessoas são empreendedores iniciais, dado esse fornecido pela pesquisa
GEM Brasil de 2017.

351
Empreendedores nascentes: Segundo informações das pesquisas GEM, são aquelas pessoas que estão
elaborando um projeto no qual são proprietários, porém, não efetuaram pagamento de salários, pró-
labores ou qualquer outra forma de pagamento aos proprietários por mais de três meses.

Para encontrar o mercado potencial em valor monetário,


multiplicaremos o número de empreendedores pelo ticket médio.

MP (R$) = 27.482.078 x Ticket Médio (R$46,74)

MP (R$) = 1.284.512.325,72

Mercado disponível
Neste mercado, encontramos as pessoas que possuem renda e
acesso ao serviço fornecido. Para encontrar o mercado disponível, foram
analisadas as rendas salariais dos brasileiros, onde percebemos que as
pessoas que possuem uma média renda salarial seriam mais propensas
a investirem em nossos serviços. Este número representa, segundo a
pesquisa GEM-SP de 2017 da empresa SEBRAE, aproximadamente 66,5% do
mercado potencial, que resultou em 18.275.581 (dezoito milhões, duzentos
e setenta e cinco mil, quinhentos e oitenta e um) pessoas.
Deste modo, utilizamos da multiplicação entre o número de pessoas
disponíveis encontradas x o ticket médio, sendo:

MD (R$) = 18.275.582 x Ticket Médio (R$46,74)

MD (R$) = 854.200.702,68

352
Empreendedores novos: Segundo informações das pesquisas GEM, são aqueles que pagaram salários,
pró-labores aos proprietários por um prazo maior que 3 meses e menor que 42 meses.

Mercado disponível qualificado


O mercado disponível qualificado é composto por pessoas que além
de obterem acesso e renda, possuem uma qualificação. Para o nosso
projeto o método determinante para a qualificação, foram pessoas que
aceitariam aparecer na TV, baseado na quantidade de inscrições da 4ª
temporada do Shark Tank Brasil (InfoMoney, 2020). Além disso utilizamos
também os dados de empresas que ainda não buscaram auxílio em
seus empreendimentos (Pequenas Empresas, Grandes Negócios, 2017),
totalizando 64% dos empreendedores (mercado potencial apresentado
acima, sendo este 27.482.078 - vinte e sete milhões quatrocentos e oitenta
e dois mil e setenta e oito - pessoas).
Para entendermos qual seria o equivalente aos 64% do mercado
disponível, tomamos como base o mercado potencial, que se trata do
número total de empreendedores iniciais no Brasil. E para isso, fizemos
uma regra de 3 com esses valores para chegar ao resultado (64% equivale
a 27.482.078. 18.275.581,87 equivalem a X), encontrando um valor de
42,56%. O que nos leva a um mercado disponível qualificado de 7.778.088
(18.275.581,87 x 42,56%).
Para encontrar o valor monetário, foi realizada a multiplicação
entre o número de pessoas que compõem o mercado disponível qualificado
pelo ticket médio.

MDQ (R$) = 7.778.088 x Ticket Médio (R$46,74)

MDQ (R$) = 363.547.833,12

353
Mercado alvo
Encontramos nesse mercado, uma parcela de todos os mercados
analisados acima. Entendemos assim que o nosso público são
empreendedores iniciais brasileiros, que possuem uma média renda
salarial e estariam dispostos a aparecer na televisão. Com isso, usamos
como nosso alvo o número de empreendedores iniciais que trazem
inovação para seus negócios. E, segundo Pesquisas GEM, chegamos na
informação de que esses se tratam de 18% do mercado, totalizando
1.400.055,7752 pessoas. Portanto, usaremos da multiplicação entre o
resultado da porcentagem encontrada pelo ticket médio, para encontrar
assim, o valor monetário.

MA (R$) = 1.400.056 x Ticket Médio (R$46,74)

MA (R$) = 65.438.617,44

Em um primeiro momento, esse público alvo pode parecer


pequeno, especialmente se tratando de um negócio à nível Brasil.
entretanto, como poderá perceber no tópico a seguir, nossa
capacidade nos permitiria atender, no máximo, 45 pessoas por
temporada. isso significa que seriam necessárias 30 mil (confirma
se é esse número mesmo) temporadas para atender o público alvo,
passando a não ser um número tão pequeno quanto parecia. Como
sabemos que nem todos os que são nosso público alvo consumirão
o serviço, é um valor que consideramos válido.

354
Mercado atendido
O mercado atendido se trata do número de pessoas que uma
empresa atendeu em sua totalidade, com o tempo de serviço que esta
atua.
Sendo assim, é de nossa consciência que ainda não possuímos um
mercado atendido, visto que o projeto ainda não foi colocado em ação.
Todavia, de acordo com pesquisas feitas no Censo Coworking Brasil,
entendemos que a maioria das empresas que participam de espaços de
Coworking possuem 3 funcionários em seu universo. Por isso, decidimos
basear o funcionamento desse projeto com um máximo de 3 pessoas para
cada equipe e um total de 15 equipes para cada temporada, respeitando o
número de episódios e eliminações. Isso resultaria em um máximo de 45
participantes (e mínimo de 15) para cada temporada do projeto, durando
3 meses cada uma, em um total de 3 ou 4 temporadas por ano (havendo
um intervalo entre elas, três por ano. Não havendo, quatro).

355
6.1.3 Segmentação
A segmentação de mercado é realizada com base na identificação
de necessidades, características, hábitos de consumo e preferências que
sejam comuns a alguns grupos de pessoas, dentro de um público alvo.
A realização dessa segmentação permite ao mercado um conhecimento
aprofundado do público, podendo criar estratégias de marketing e
comunicação que conectem melhor com esse alvo.
Sabe-se que não é possível vender para todas as pessoas do mercado,
sendo igualmente complexo ser a empresa líder de mercado em todo o
mercado consumidor, quando não se trata de uma empresa monopolista.
Essa segmentação ajuda a determinar com quem se está negociando,
para direcionar os esforços, através de ações de marketing e vendas
adaptadas à estratégia da empresa, utilizando as vantagens estratégicas
para tornar-se referência na área de atuação.
A segmentação de mercado é realizada com o intuito de melhor
conhecer o público alvo, no caso, os futuros empreendedores. Por se tratar
de um modelo de negócios onde atenderemos diretamente nosso público
final, temos um negócio B2C, ou seja, Business to Consumer. O público
final tem uma preferência por aspectos mais rápidos e diários, como a
proposta de valor do produto/serviço, as promoções, como é (estética,
tamanho, cor, formato) e a capacidade de resolver os problemas o mais
rápido possível.
A importância de entender se estamos em um negócio B2C ou
B2B (Business to Business) é entender as particularidades desse público
e o que ele espera do seu produto/serviço. Uma pessoa que contrata
um curso de administração de empresas (contrata o serviço prestado
pela academia) tem uma necessidade diferente de uma empresa que
contrata um escritório de administração para fazer uma auditoria, por

356
exemplo. O ponto chave que vem de entender essa análise é a construção
da comunicação para atingir o target.

É uma estratégia que poupa tempo e dinheiro. A principal


característica do marketing de segmentação é a eliminação de
uma estratégia genérica de marketing, o que significa que é possível
não só dividir o público-alvo da loja em segmentos, mas também
criar diferentes anúncios para cada um desses segmentos. Uma
vez que os esforços de publicidade são criados de acordo com os
dados e informações de cada cliente, a possibilidade de lançar
uma campanha errada diminui consideravelmente – eliminando,
também, a possibilidade de um prejuízo.

OBERLO, 2019

O modelo B2C possui algumas vantagens, como o feedback mais


rápido, já que a troca de experiência entre cliente e empresa acontece
de forma mais ágil, permitindo uma melhoria mais imediata de
processos que não estejam operacionalizando corretamente. Os canais
de comunicação são mais abertos, podendo ser desde um ponto físico
até uma mensagem no whatsapp ou um direct no instagram. Se manter
conectado com os clientes, independente do meio, é fundamental para
a manutenção do mesmo.
Outra vantagem é a oportunidade de proporcionar uma experiência
para o cliente, além de uma simples transação comercial. Clientes não
querem somente saber se o produto ou serviço é bom. Eles estão cada
vez mais preocupados com a sustentabilidade, produtos ecológicos,
inclusão social, igualdade salarial entre gêneros e outros aspectos que
humanizem as empresas, cobrando-as pelos seus valores. Temos ainda
a personalização dos serviços, algo que tem se tornado essencial para as
empresas.
Temos exemplos de bancos personalizando atendimentos, chamando
clientes pelo primeiro nome, um contato mais pessoal, seja no aplicativo
ou por telefone, tentando se adaptar a essa nova necessidade do mercado.
Ao realmente se esforçar para ouvir e entender seu cliente, é possível

357
identificar suas dores e encontrar os momentos certos para oferecer um
produto ou serviço, sem que ele se sinta pressionado a comprar algo que
não precisa. Atitudes como essas podem auxiliar na retenção de clientes,
por aumentar a satisfação deles, e, consequentemente, sua lealdade com
a marca.
Para que isso possa ser feito, a segmentação de mercado B2C é
realizada com base em quatro áreas, onde, cada uma é analisada com
base em diversos fatores, de acordo com o público alvo:

1. 2. 3. 4.
Segmentação Segmentação Segmentação Segmentação
Geográfica Demográfica Psicográfica Comportamental

A imagem abaixo representa os quatro segmentos da análise e


algumas variáveis que podem ser utilizadas para segmentar o público,
criando uma comunicação mais efetiva e direcionada.

Tipos de marketing de segmentação

Geográfica Demográfica Psicográfica Comportamental


País Idade Estilo de vida Benefícios
Cidade Sexo AIO: Atividade, Compra
Densidade Renda Interesse, Opinião Uso
Idioma Educação Valores éticos Objetivo
Clima Status Personalidade Ocasião
Ares Família Valores morais Status de cliente
População Profissão Atitude Etapa do ciclo de vida
Envolvimento
G/T 118: Tipos de marketing de segmentação
Fonte: Eleve com base no Oberlo, 2019

358
6.1.3.1 Segmentação geográfica
A segmentação geográfica leva em consideração bairros, cidades,
estados, regiões, países, entre outros. A principal questão é até onde está
o raio de influência no negócio e quais são seus limites? Para segmentar
nosso mercado geograficamente, fizemos pesquisas sobre as cidades mais
empreendedoras do país. As dez primeiras cidades da lista abaixo serão
as cidades iniciais para a produção e distribuição do serviço.

RANKING GERAL
Melhores cidades para empreender
1º São Paulo 8,49
2º Florianópolis 8,18
3º Vitória 7,31
4º Curitiba 7,12
5º Joinville 7,01
6º Rio de Janeiro 6,73
7º Campinas 6,72
8º Maringá 6,62
9º Belo Horizonte 6,62
10º São José dos Campos 6,51
11º Blumenau 6,38
13º Londrina 6,25
14º Ribeirão Preto 6,24
15º Porto Alegre 6,09
16º Caxias do Sul 5,98
17º Brasiília 5,93
18º Cuiabá 5,89
19º Uberlândia 5,68
20º Recife 5,63
21º Goiânia 5,59
5,53
22º Aracaju
23º Natal 5,49
24º Fortaleza 5,2
5,14
25º Salvador
5,08
26º Terezina
5,04
27º João Pessoa
4,84
28º Belém
4,81
29º São Luiz
4,77
30º Campo Grande
4,42
31º Maceió
4,34
32º Manaus
G/T 119: Ranking geral, melhores cidades para
empreender
Fonte: Eleve com base no Endeavor Brasil, 2017

359
Pela vantagem do conhecimento da cidade, o início do programa se
dará na cidade de Uberlândia, Minas Gerais. As próximas cidades foram
escolhidas com base na lista e nas distâncias geográficas da capital do
estado de Minas, Belo Horizonte, a segunda cidade a ser implementado.

Ordem de Implementação
Distância
Cidade
até BH
1 Uberlândia - MG 543 km
2 Belo Horizonte - MG 0
3 Rio de Janeiro - RJ 441 km
4 Vitória - ES 520 km
5 São Paulo - SP 537 km
6 Campinas - SP 580 km
7 São José dos Campos - SP 608 km
8 Curitiba - PR 994 km
9 Maringá - PR 1.069 km
10 Joinville - SC 1.109 km
11 Florianópolis - SC 1.247 km
G/T 120: Ordem de implementação

Figura 31: Belo Horizonte

Belo Horizonte é uma cidade na Região Sudeste, capital do estado


de Minas Gerais, sendo o sexto município mais populoso do Brasil. Com
uma área estimada de 331 km² e uma população de 2.501.576 (IBGE,
2018), foi fundada em 12 de dezembro de 1897 e tem uma significativa
influência nacional e internacional, nos quesitos cultura, economia e
política. A região metropolitana de BH é constituída de 34 municípios,
sendo a terceira maior aglomeração urbana do país, perdendo para São
Paulo e Rio de Janeiro.

360
Figura 32: Rio de Janeiro

Rio de Janeiro, capital do estado do Rio de Janeiro, é o maior destino


turístico do Brasil, sendo a cidade brasileira mais conhecida no exterior.
Segunda maior metrópole do país, com uma população, de acordo com
o IBGE em 2019, de 6.718.903 pessoas. A “Cidade Maravilhosa” tem parte
declarada patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, em uma
área total de 1.200.255 km² de extensão. Fundada em 1º de março de 1565,
a cidade tem 455 anos e já foi a capital do país.

Figura 33: Vitória

Vitória, a capital do Espírito Santo, é uma ilha, sendo a quarta


mais populosa do estado, com 358.267 habitantes (IBGE, 2018) em uma
área de 96.536 km², contando as 34 ilhas da Baía de Vitória e uma porção
do continente, que também formam a cidade. Foi fundada em 8 de
setembro de 1551 e possui o maior índice de bem-estar urbano entre
todas as demais capitais brasileiras.

361
Figura 34: São Paulo

São Paulo, capital do estado de São Paulo, além de ser a cidade mais
populosa do Brasil, também ganha o recorde de cidade mais populosa do
Hemisfério Sul. Recebeu em 2016 o título de 11ª cidade mais globalizada
do mundo pela GaWC (Global and Wolrd Cities Study Group & Network),
sendo uma cidade global Alfa. Fundada em 25 de janeiro de 1554, tem 466
anos e uma área total de 1.521,11 km², com uma população de 12.252.023
habitantes, de acordo com o IBGE em 2018, sendo a 10ª maior aglomeração
urbana do mundo.

Figura 35: Campinas

Campinas, interior de São Paulo, tem uma área de 797,6 km² e teve
sua população estimada em 2018, pelo IBGE, em 1.194.094 pessoas, sendo
o terceiro município mais populoso de São Paulo. Foi fundada em 14 de
julho de 1774 (245 anos) e é a 10ª cidade mais rica do país, produzindo 15%
da pesquisa e desenvolvimento científico do país.

362
Figura 36: São José dos Campos

São José dos Campos, também no interior de São Paulo, foi fundada
em 27 de julho de 1767, tendo 252 anos. Tem uma área total de 1.099.409 km²
e uma população de 721.944 habitantes, em 2019, de acordo com o IBGE.
É sede de empresas importantes, como Johnson & Johnson, Panasonic,
General Motors, Embraer e Philips, além de ser um importante polo
tecnológico de produção de material bélico, metalúrgico e aeroespacial.

Figura 36: Curitiba

Curitiba, capital do Estado do Paraná, é localizada a 934 metros de


altitude. Tem 1.933.105 habitantes, sendo o município mais populoso do
Paraná, de acordo com o IBGE de 2018. A data de fundação exata ainda
é desconhecida, porém é atribuída a meados de 1661, emancipada em 20
de março de 1693. Com uma área total de 435.063 km², foi considerada
a cidade mais ambientalmente sustentável da América Latina em 2015
pela Siemens, no índice Verde de Cidades.
363
Figura 37: Maringá

Maringá, uma cidade de urbanização recente, é a terceira maior


cidade do estado e a sétima maior da região sul do país. É destacada
pela qualidade de vida que oferece à população, sendo uma das cidades
mais limpas e arborizadas do Brasil. Fundada em 10 de maio de 1947 e
emancipada em 14 de fevereiro de 1951, tem uma área total de 487.930
km² e uma população de 423.666, de acordo com o IBGE de 2019.

Figura 38: Joinville

Joinville, localizada no norte de Santa Catarina, é a maior cidade


do estado e terceira mais populosa do Rio Grande do Sul. De acordo com
o IBGE em 2019, tem uma população de 590.466 pessoas em uma área de
1.126.106 km². É a 21ª cidade com maior IDH (Índice de Desenvolvimento
Humano) do país e sedia o Festival de Dança de Joinville, o maior festival
de dança do mundo, tendo também a única escola do Teatro de Bolshoi
fora da Rússia.
364
Figura 38: Florianópolis

Florianópolis, capital de Santa Catarina, é composto por pequenas


ilhas e uma parte continental. Tem uma população de 500.973 habitantes,
segundo o IBGE de 2019, sendo o segundo município mais populoso do
estado e o 48º do país. Tem mais de 100 praias registradas em uma
área de 675.409 km². Fundada em 23 de março de 1673, tem 347 anos, e
foi considerada uma das cidades mais criativas do Brasil em 2014 pela
Unesco.

6.1.3.2 Segmentação demográfica


Na segmentação geográfica usam-se atributos físicos, como gênero,
nacionalidade, idade, entre outros; como maneira de caracterizar o
público. Como citado anteriormente, o público alvo são empreendedores
brasileiros, com uma renda média e que ainda não procuraram ajuda para
empreender, mas estariam dispostos a aparecer na televisão, nos dando
um total de pouco mais de um milhão e meio de pessoas. Atualmente,
esse público concentra 91% da fatia de mercado empreendedor nas faixas
etárias entre 18 e 64 anos, como mostram as imagens abaixo. Porém, a
idade não foi um fator decisivo para a segmentação dos mercados.

365
UM EM CADA SEIS NO ANO PASSADO
BRASILEIROS 21,1 MILHÕES
de brasileiros com idade entre 18 e 64 anos

exerceram alguma

em idade produtiva
É EMPREENDEDOR ATIVIDADE EMPREENDEDORA
em negócios de até 3 anos de vida.

G/T 121: Atividade empreendedora Fonte: Eleve com base no GEM, 2017

G/T 122: Idade

Outra variável analisada foi o índice de escolaridade dos envolvidos


no setor de Economia Criativa. Os dados mais interessantes são
• Cerca de 6,86% são analfabetos;
• 14,5% tem o ensino médio incompleto;

366
• Apenas 6,5% em o ensino superior completo, menor que a taxa de
analfabetos;
• 4,81% tem doutorado;
• A média de escolaridade do setor é 10,10%, onde, apenas médio
incompleto supera esse valor, nos dados mostrados aqui.
A média salarial ainda representa a maior participação masculina no
setor, com um valor de R$3.395,75 dos homens (57,4% de empregados) e
R$2.802,01 das mulheres (42,6% de empregados).
O tamanho das famílias também se faz relevante, principalmente
como resultado da “coronacrise”. A taxa de fecundidade das mulheres
brasileiras já estava decaindo, como exposto na análise macroambiental.
Houve uma especulação de um possível baby boom pela necessidade de
isolamento social. Os casais estariam mais propensos à ociosidade e o
aumento nas relações sexuais era previsto, dando-se inclusive o nome
de “coronials”, em referência aos millennials. O que não foi levado em
consideração é a utilização de métodos contraceptivos. Retirada do IBGE,
a imagem abaixo retrata os métodos contraceptivos e porcentagem das
mulheres que os utilizam. Além disso, é preciso levar em consideração o
alto custo para criar uma criança, um dos principais desmotivadores da
gravidez.

367
6.1.3.3 Segmentação Psicográfica

A segmentação psicográfica é realizada através de grupos de


interesses, opiniões, atividades e estilos de vida diferentes. Existem
vários modelos para a realização dessa segmentação, porém o Sistema
VALS2 (Values and Life Styles) – desenvolvido por Arnold Mitchell, em
1978, com 80 empresas em 18 países - é o modelo mais pragmático, pelo
fato de levar em consideração fatores motivadores do comportamento
do consumidor. Feito através de um questionário com 35 perguntas,
classifica os grupos em oito grupos:

VALS-2
INOVADORES +

IDEALISTAS EMPREENDEDORES EXPERIMENTADORES

Recursos
e inovação

CONSERVADORES ESFORÇADOS HABILIDOSOS

SOBREVIVENTES
-

G/T 123: VALS-2 Fonte: Eleve com base no Pinterest, 2016

1. Satisfeitos: englobam pessoas bem-sucedidas na vida, que gostam


de uma vida confortável e coisas funcionais com boa durabilidade;
2. Atualizados: indivíduos bem-sucedidos, com gosto refinado,
preocupados com a família e responsáveis;
3. Realizadores: pessoas que se deram bem na vida, se preocupam mais
com seu emprego e sua carreira. Valorizam produtos que dão prestígio;
4. Experimentadores: jovens, inconformados com a sociedade e
368
impulsivos. Seus gastos se resumem em entretenimento, alimentação e
vestuário;
5. Religiosos: conservadores e tradicionais, não gostam de experimentar
coisas novas e se mantém leais às marcas e aos produtos que já conhece;
6. Lutadores: indecisos e inseguros, hesitam na hora de decidir o que
comprar. Acabam optando por produtos que imitam ou assemelham
outros mais caros ou de classes sociais mais elevadas;
7. Fazedores: se preocupam com a família e vivem em função dela. Os
produtos/serviços que compra são aqueles que possam ser utilizados por
todos;
8. Esforçados: são fiéis às suas marcas favoritas, geralmente pessoas
mais velhas, com uma renda limitada. Tendem a analisar e pesquisar
muito antes da compra, mas optam pelo que já é conhecido e confiável.

Após analisar todos os grupos de consumidores e a estrutura da pesquisa


por trás dessa definição, o foco está em quatro grupos:

1. Atualizados: pela oportunidade encontrada em empreendedorismo


por necessidade, indivíduos preocupados com a família podem representar
uma grande parte dos possíveis interessados no serviço;
2. Experimentadores: o público jovem é exatamente o foco, com
espírito empreendedor e revolucionário, pode ser o carro chefe do
negócio;
3. Realizadores: por estarem preocupados com a sua família, mas
também sua carreira e emprego, se encaixam no público segmentado;
4. Fazedores: novamente, a família se mostra na oportunidade dos
empreendedores por necessidade. Ao tentar garantir um futuro melhor
para sua família, empreender pode ser uma saída.
Analisamos ainda a Pirâmide de Maslow, e sua correlação com o público
estudado. Abrahan H. Maslow, psicólogo norte-americano nos anos 50,

369
propôs uma segmentação e hierarquização das necessidades humanas,
desde as mais básicas e fundamentais (a base da pirâmide), até as mais
complexas e subjetivas. Da base para o topo, respectivamente, temos as
necessidades fisiológicas, de segurança, sociais (amor e relacionamentos),
estima e auto realização, como mostra a imagem a seguir.

Auto-Realização
Estima
Amor e pertencimento
Segurança
Fisiológico

G/T 124: Segmentação Psicográfica Fonte: Eleve com base no SBCoaching, 2018

A pirâmide atua como uma montanha: a dificuldade de avançar


para a próxima etapa é a mesma. As necessidades fisiológicas se
encontram na base, pois são as mais essenciais para a sobrevivência
do ser humano. No caso dos futuros empreendedores, o dinheiro para
o aluguel, comida, bebida e roupas, por exemplo. Em seguida temos a
segurança, onde encontramos uma busca por estabilidade, como um
emprego, uma propriedade e ter saúde.
As necessidades sociais têm ligação com o vínculo afetivo, não só
em um relacionamento amoroso, mas entre amigos e familiares, criando
uma rede de suporte muito necessária ao começar uma nova etapa
desafiadora, como abrir o seu próprio negócio. A estima engloba aspectos
como a autoestima do empreendedor, a crença de que é possível e o

370
respeito de terceiros. No pico da pirâmide temos a auto realização, onde
o empreendedor pode alcançar e perceber o seu crescimento, resultado
da jornada, e alcançar a tão sonhada

Figura 39: Montanha

6.1.3.4 Segmentação
comportamental
Como os clientes e visitantes utilizam o seu site (quais são as
páginas visitadas, os links clicados, o horário de compra e outros
dados relevantes); O que eles sabem sobre os produtos da loja
(ainda estão coletando informações ou estão prontos para realizar
a compra?); Como os produtos são utilizados (os clientes costumam
voltar para comprar o mesmo produto?); Como eles tomam suas
decisões de compra (são impulsivos ou compram apenas depois de
muita pesquisa?). Comportamentos como os acima podem dizer
muito mais do que você imagina sobre os seus clientes; por isso
mesmo, podem desempenhar um papel importantíssimo na hora
de construir e lançar uma nova campanha de publicidade. Não é
raro encontrar um segmento de clientes que passe meses lendo
sobre o produto antes de finalmente comprá-lo, e também é bem
comum encontrar clientes que compram por impulso. O mesmo
acontece quando analisamos o método de compra: alguns podem
decidir visitar a loja física, enquanto outros preferem comprar
apenas pela internet. O fato é que fica mais fácil proporcionar uma
experiência realmente valiosa quando você sabe o que o cliente
está procurando.

OBERLO, 2019

371
Para definir o comportamento do público, dividimos a análise em
duas:
1. Público de TV por assinatura;
2. Empreendedores.
O motivo dessa divisão é entender o comportamento do público
alvo (empreendedores), mas também ter uma melhor visão sobre os
consumidores de tv por assinatura, afinal, serão nossos parceiros.
De acordo com a Anatel, em julho de 2019, haviam 16.538.988 clientes
de televisão por assinatura, somando as operadoras. Enfrentando uma
difícil crise, perde, em média, 100.000 contratos mensalmente. A queda
é percebida por todas as operadoras, sendo a Claro a mais afetada
(66.983 cancelamentos em um mês). A queda é atribuída às dificuldades
econômicas encontradas na última década, já que nos números vem
caindo desde então.
Os índices de contratos caíram em todos os estados brasileiros,
mostrando que não se trata de um problema localizado, mas de uma
real crise nacional enfrentada pelas operadoras. Por esse motivo, muitas
delas vem investindo em seu portfólio, criando produções próprias e
desenvolvendo seus próprios streamings para tentar atrair novos clientes.
O gráfico abaixo mostra a evolução dos contratos entre 2002 e 2017.

Evolução do Número de Assinantes de TV por Assinatura (milhões)


G/T 125: Evolução do número de assinantes de TV por assinatura (milhões)

25

20 18 19,1 18,71 8,9


16,7
15
(em milhões)

12,7

10 9,8
7,5
6,3
3,53 ,5 3,84 ,1 4,7 5,3
5

-5
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 20122 0132 0142 015 20162 017

Fonte: Eleve com base no PTS, 2017

372
Apesar da queda significante, e constante, ainda é um público
muito relevante, visto que são mais de 16 milhões de contratantes. Com
uma média familiar de 3 pessoas por residência, temos uma média de
quase 50 milhões de expectadores.
Já no tocante aos empreendedores, existem no Brasil, atualmente,
cerca de 52 milhões de empreendedores, e o número está em constante
crescimento. Uma pesquisa realizada pela GEM em 2015 mostra a evolução
desses números, desde 2002.

G/T 126: Empreendedores no Brasil - 2002-2015

Existe também uma crescente


procura por desenvolvimento na área do
empreendedorismo, o que é percebido pelo
grande número de empresas e eventos, como
o próprio Sebrae, a Feira do Empreendedor, o
curso Quero Empreender (e inúmeros outros
cursos, voltados para os mais diversos tipos de
públicos, como o empreendedorismo feminino,
por exemplo), incubadoras e aceleradoras de
startups, lives em canais de mídias digitais
Figura 40: Social Media Banco Palmas
373
e apoio de outras grandes empresas, com bancos, como o Palmas, em
Fortaleza – CE.
O comportamento empreendedor tem sido cada vez mais
incentivado, inclusive e primordialmente em ambientes acadêmicos,
onde alunos são cobrados por uma mentalidade de criar empregos, não
só encontrar um.
Os chamados empreendedores por necessidade também têm
representado uma parcela expressiva no total de empreendedores.
Enquanto muitos somente exploravam oportunidades no mercado,
algumas pessoas precisam empreender para sobreviver. Grande parte
do motivo é o desemprego. Com o crescente aumento no número de
desempregados em períodos de crise, as pessoas precisam se reinventar
para garantir o básico, como alimentação.
O crescimento se dá, majoritariamente, em setores e subsetores
que não demandam tanta mão de obra qualificada, como confeitaria e
panificação, confecção, revenda de cosméticos, serviços gerais (encanador,
pedreiro, eletricista, entre outros), manicure/pedicure e cabelereira. Isso
reflete as habilidades dos empreendedores, pois tendem a ir para uma
área de atuação que seja mais próxima de sua vivência e experiências.
Quando, em nível de escolaridade, encontramos que quase 7% dos
empregados são analfabetos, passa-se a entender que ensino médio ou
superior não é requisito para empreender.
Com a chegada da crise, os momentos mais oportunos para o surgimento
de novos negócios e empreendedores surgem, pela necessidade. A imagem
abaixo, da GEM em 2016 retrata exatamente isso.

374
COMO A CRISE AUMENTA O EMPRESAS NO
EMPREENDEDORISMO BRASIL - 2016
Percentual de empresas abertas por
quem ficou desempregado só cresce:

42,4%
26,2
MILHÕES

29%
ABERTAS HÁ MENOS
DE 3,5 ANOS

2014 2016 11,1 MILHÕES


criadas por necessidade

MEIS 15,1 MILHÕES


criadas por oportunidade

DAS 1,54 MILHÕES DE EMRPESAS ABERTAS


ENTRE JANEIRO E AGOSTO DE 2017:
SETORES PREDOMINANTES

78,5% Confecção de bolos e doces

eram Salão de beleza


MEIS Venda de cosméticos
Marido de aluguel
Confecção e venda de roupas de baixo custo
10,5% SUPERIOR AO MESMO
PERÍODO DE 2016

G/T 127: Crise aumenta o empreendedorismo Fonte: Eleve com base no GEM, 2016

O comportamento empreendedor ficou dormente em boa parte da


população que se contentava com o salário de funcionário que recebia.
As pessoas pensam diferente hoje, por mais inocente que seja, crianças
trocam ou vendem figurinhas de álbuns de copa do mundo, por exemplo.
Quem ensinou para essa criança que, ao entregar algo de valor para o
outro e receber algo de mesmo valor em troca, estaria ela empreendendo?
Ninguém, mas ela sabe que, se tem uma figurinha repetida que um colega
não tem, e o colega tem uma que ele precisa, trocar essas figurinhas é
instinto.
Um exemplo simples e banal para entendermos que o comportamento
empreendedor está enraizado no ser humano, quer ele abra um negócio
ou simplesmente troque algumas figurinhas no intervalo do colégio.

375
6.1.4 Canais de distribuição

Para essa etapa do planejamento, tendo em conta o modelo proposto


do projeto, precisamos do contato em primeira mão com o cliente para
que seja possível controlar a qualidade do serviço, que é uma das mais
importantes entregas para o negócio.
E, para isso, foi escolhido o canal de distribuição de nível 0 (Fabricante
- Consumidor). Escolhemos este canal por ser o mais compatível com o
modelo de mentoria a ser oferecido, gerando um contato direto entre a
empresa, os participantes e mentores, finalizando com os investidores.
A divulgação, contratação, venda e prospecção de clientes ficará em
responsabilidade da administração interna do reality show.

Nível 0 Produtor Consumidor

376
6.1.4.1 Conclusão

Escolhemos que, o mais viável seria estar presente em interação,


não só com o público a todo momento, mas também com os parceiros
presentes no local, para podermos auxiliá-los no processo de entrega da
experiência. O principal objetivo é manter, além de um relacionamento
próximo com todos os envolvidos, um alto nível de satisfação, seja dos
clientes, fornecedores, investidores e da empresa.w

6.2 Clientes
Sabemos que abrir uma empresa é uma tarefa muito difícil para
muitas pessoas e, por conta da quantidade de empresas que fecham
dentro de um período após abrir, fica perceptível que essa dificuldade
se agrava quando o empreendedor inicial não tem plena consciência do
que ele deve fazer com seu negócio.
Portanto, existem uma série de preocupações que esses novos
empreendedores possuem nesse momento inicial, e, segundo uma
pesquisa feita no site e-commerce.org.br, separamos algumas dessas
abaixo:

1 - “Quanto irei gastar para abrir um negócio?”


Para essa premissa, é necessário ter em mente que ao abrir um
negócio e ele se sustentar, é necessário que exista faturamento suficiente
para suprir aquilo que foi investido, logo, saber quais aquisições são
necessárias para abrir um negócio é de bem importante. Por exemplo:
Um bar abre suas portas em um bairro movimentado e, em sua abertura,
eles compram um pula-pula para as crianças e uma churrasqueira para
377
os adultos, mas, os clientes não parecem interessados em utilizá-los e
por isso, ficam sem nenhuma serventia.
Portanto, é necessário saber a respeito da localização do ponto de
abertura, equipamentos, despesas da operação, quantidade de estoque
e, para finalizar, o capital de giro e a taxa da franquia. Todas essas
informações evitam uma empresa de fracassar com a falta de capacidade
de se sustentar e dão noção de quanto de faturamento é preciso fechar
o mês para pagar as contas.

2- Tempo de payback do investimento


Esse fator também é uma dúvida bem recorrente e muitas pessoas
não tem ideia de quanto tempo vão demorar para conseguir recuperar o
que foi gasto no investimento. A tendência para negócios que exigiram
baixo investimento é de 18 a 24 meses e, para outros que demandam um
nível maior de investimento, a média é 36 meses para o payback.

3- ”Qual tipo de projeto eu tenho mais know-how para executar?”


Um detalhe que é de grande ajuda para abertura de novos negócios
é pesquisar que tipo de comércio está dando mais dinheiro atualmente
e também o que mais está sendo demandado, isto é fato. Mas, também
é necessário fazer uma análise bem feita das competências possuídas do
empreendedor ou de seu time para saber se serão capazes de fazer tudo
que será preciso com o que possuem nesse momento. Times que iniciam
sem know-how ou recursos suficientes podem acabar querendo fazer
mais coisas do que conseguem, o que ocasionaria em uma sobrecarga e,
consequentemente, um “passo maior que a perna”.
4- Recorrer ajuda de empreendedores mais experientes não é fraqueza.
É comum encontrar pessoas tentando abrir novos negócios que
não cedem a perguntar e buscar informações com empreendedores
bem sucedidos, às vezes por orgulho ou por falta de conhecimento das

378
próprias habilidades, mas é algo que pode ajudar muito. Aproximar-se
de bons nomes de mercado, o chamado ‘’network’’ acelera a curva de
aprendizado e é um ótimo investimento para de tempo.

Em uma pesquisa do feita pela revista Exame relata os principais fatores


que são preocupações de empreendedores em novos negócios. Essa
pesquisa foi feita para por conta da mortalidade das empresas que tem
aumentado consecutivamente ano a ano.

Dados presentes na página do Pequenas Empresas Grandes


Negócios, apontam que muitas pessoas abrem empresas no Brasil, e
dessas pessoas, uma coisa é comum entre 66% do número é que estes
afirmam optar por empreender para ter mais liberdade em sua rotina.
Mas, em contrapartida, 64% deles optaram por não procurar nenhuma
ajuda no primeiro momento.
Além desses detalhes, esses respondentes afirmaram que 49%
afirmaram ter um problema com falta de renda para investir no projeto
embora 39% dos respondentes tenham colocado o próprio dinheiro nesse
empreendimento.

379
6.2.1 Quem são?
Economia criativa Brasileira
Vetor Vetor

Desenvolvimento
Empreendedorismo
e monitoramento

Fomento e
Territórios criativos empreendimentos
criativos

Formação para
Estudos e pesquisas
competências criativas

Marcos legais Redes e coletivos

G/T 128: Economia criativa brasileira Fonte: Eleve com base no Cultura.Gov, 2012

Dentro da Economia Criativa temos dois vetores, o do


desenvolvimento e monitoramento, e o do empreendedorismo, que é
o vetor onde iremos trabalhar. As principais atividades dentro desse
marco são o fomento aos empreendimentos que utilizam a criatividade
como força motriz e a formação de pessoas para atuação nas áreas que
requerem competências criativas.
Como já foi ilustrado anteriormente, nossos prospectivos
clientes são os futuros empreendedores. Escolhemos esse público por
acreditarmos fortemente que são merecedores de uma atenção especial,
afinal, movimentam parte da economia brasileira, geram empregos e
inovação e produzem produtos e serviços que consumimos diariamente.
Encontramos a oportunidade de ajudá-los, criando uma maior
conscientização sobre a importância de uma visão empreendedora (que
não se trata de abrir empresas, é um comportamento valioso em todos
380
os momentos da vida), e entregando ferramentas para facilitar seu
desenvolvimento.
Uma pesquisa realizada pela GEM (Global Entrepreneurship
Monitor) em parceria com o Sebrae e o IBQP (Instituto Brasileiro de
Qualidade e Produtividade), foi divulgada em um relatório em janeiro de
2019 e traz dados sobre o empreendedorismo em 49 países, incluindo o
Brasil. No que tange ao país, são duas mil entrevistas com pessoas entre
18 e 64 anos, empreendedores e especialistas em empreendedorismo,
onde foram levantados dados sobre quem são esses empreendedores, em
particular os empreendedores iniciantes (ou nascentes), público alvo do
projeto.
Essas pessoas são motivadas pelos seus sonhos, e, dentre os
principais sonhos dos brasileiros, encontramos dois itens em particular
que refletem o quanto o empreendedorismo está dentro dos indivíduos:
“ter seu próprio negócio” e “fazer carreira em uma empresa”.

O sonho dos brasileiros (2017 e 2018)


0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Comprar a casa própria 49%
42%
Viajar pelo Brasil 45%
36¨%
Comprar um automóvel 34%
27%
4º sonho Ter seu próprio negócio 33%
18%
Ter plano de saúde 28%
21%
Viajar para o exterior 25%
18%
22% 2018
Ter um diploma de ensino superior 19%
19% 2017
8º sonho Fazer carreira numa empresa
17%
Casar ou construir uma nova família 15%
9%
Comprar um computador/tablet/smartphone 49%
3%
11%
Outro 10%
Carreira no serviço público 9%
14%
Nenhum 3%
5%
Fonte: Eleve com base no GEM Brasil, 2018

G/T 129: O sonho dos brasileiros

381
Grande parte deles são motivados pela oportunidade de empreender,
o que significa que não só da necessidade nasce um empreendedor. As
oportunidades aparecem de diversas formas e em diferentes momentos da
vida, o que não limita uma faixa etária para “nascer” um empreendedor.
É algo que está dentro da maioria (se não todas) das pessoas, somente
esperando a oportunidade e o momento certo para sair. A imagem abaixo
representa isso e é possível notar que, a oportunidade como motivação,
tem crescido nos últimos anos, após um declínio em 2014.

Motivação “Oportunidade” (em %)


90 86,7
83,5
85
79,7
80 76,1 76,9
74,6 75,2
75 71,3 70,6
69,3
70
64,2
64,7
63,9
65 68,1
67,1 66,9 67,1
55,9 65,7
60 57,8

57,8 59,8
55 54,3
59,3 53,1
50,4 54,2
50
43,4
50,4
45
46,4
40
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 20172 018

Nascente Novos

Nascentes
Nos últimos 12 meses realizou alguma ação visando um negócio
próprio ou tem negócio próprio com até 3 meses de operação
G/T 130: Motivação “Oportunidade”
Novos
com 3 a 42 meses (3,5 anos) de operação Fonte: Eleve com base no GEM Brasil, 2018

Essas pessoas são, predominantemente, do sexo masculino. Mas, a


desigualdade já foi bem maior, como no início dos períodos analisados.
Nos últimos anos, esse número se tornou mais próximo.

Gênero dos Empreendedores


Permanece estável a proporção de mulheres
empreendedoras em estágio inicial: em torno dos 50%.
Em 2018, ligeira predominânica masculina.
60%

56,6% 56,2%

55%
50,0% 52,4% 52,7% 53,0%
53,2% 51,4% 51,2% 51,0% 51,5%
50,7% 50,4% 52,2% 51,3%
51,5%
50% 48,9% 48,7%
47,8% 48,5%
49,3% 49,6%
46,8% 48,6% 49,0% 48,5%
50,0% 47,6% 47,3%
47,0%
45%

43,4% 43,8%

40%
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

MasculinoM asculino
G/T 131: Gênero dos Empreendedores Fonte: Eleve com base no GEM Brasil, 2018

382
Eles se mantêm concentrados nas faixas de 18 a 64 anos, mas as
maiores porcentagens se encontram entre 25 e 34 anos, seguidos de 35 a
44 anos.

Faixa Etária dos Empreendedores


Em 2018 aumentou a participação dos mais jovens 18 a 24 anos) entre
os empreendedores iniciais Da mesma forma aumentou a participação
dos empreendedores nas faixas de 35 a 54 anos. Os maios
seniores mantiveram a proporção média, em torno de 8%.
45,0
40,0 38,4

35,0 34,3
33,1 32,8
30,3
30,0 28,3
25,8 25,5
25,0 22,2 23,6 24,3 22,9
21,8
19,2 19,7
20,0 17,1 18,4 18,9
17,1 16,2 16,6 16,2
15,2
15,0 13,9
10,4
10,0 8,4
7,0 7,5 7,1 7,7
5,0
0,0
18-24 anos 25-34 anos 35-44 anos4 5-54 anos 55-64 anos

2013 20142 015 2016 2017 2018

G/T 132: Faixa Etária

E a grande maioria possui apenas ensinoFonte:


médio,
Eleve comseguidos de 2018
base no GEM Brasil, ensino
fundamental, pessoas sem nenhuma educação formal e, por último,
ensino superior ou mais, mostrando que nível acadêmico não é um fator
limitante para empreender.

Escolaridade dos Empreendedores


Reduziu em 2018, a proporção de empreendedores iniciais com ensino fundamental incompleto (menos de 20%).
Aumento da participação dos empreendedores com ensino superior completo, em torno de 10%

60

50 49,9
48,8
46,4
42,8
41,0 42,2
40

30
27,1 26,0 27,4 25,0 26,0 28,2
23,8 22,6 21,8
20 18,5 18,5 19,9

10 9,3 9,7
8,1 6,7
6,36 ,0

0
Sem educação formal Ensino fundamental Ensino médio Ensino superior ou maior

2013 2014 2015 2016 2017 2018

Sem educação formal: até ensino fundamental incompleto


Ensino fundamental: até ensino médio incompleto G/T 133: Escolaridade
Ensino Médio: até superior incompleto
Ensino superior ou maior: Superior completo ou mais Fonte: Eleve com base no GEM Brasil, 2018

383
No quesito renda, a grande maioria dos empreendedores iniciais
está concentrada na faixa de menos de 3 salários mínimos, representando
70% deles. Vigente em primeiro de fevereiro de 2020 (01/02/2020), o
salário mínimo passou a valer R$1.045,00. Três salários mínimos são o
equivalente a R$3.135,00.

Renda dos Empreendedores


Pequeno Aumento na renda média dos Empreendedores Iniciais.
Em 2018, aproximadamente 30% ganham mais de 3 salários mínimos.
80,0 76,0
71,0 70,5
70,0
61,6 60,8
60,0 58,9

50,0

40,0
31,9
30,0 28,6 28,7
25,4 24,7
20,6
20,0

10,0
5,9 4,5 7,1 3,9 4,7 3,4
1,9 1,7 3,1 1,6 1,7 1,8
0,0
Menos de 3 salários mínimos 3 a 6 salários mínimos 6 a 9 salários mínimos mais de 9 salários mínimos

2013 2014 2015 2016 2017 2018

G/T 134: Renda


Fonte: Eleve com base no GEM Brasil, 2018

6.2.2 Qual sua mentalidade?


Distribuição percentual da população segundo
a mentalidade empreendedora Brasil - 2012:2018
70
33,7
33,7
33,7 58,3 57,6 56,5
60 56,0
33,7 33,7
33,7 51,7 55,9
53,6 54,3
50 46,5
50,2 50,0 33,7 50,5
41,3 46,4
40 37,7 33,7
43,5 42,4 34,4
40,2
33,7 34,5 34,5 33,0
30 31,4
31,4 31,7

20
17,9
10

0
2012 20132 0142 015 2016 2017 2018

Sonha em ter um negócio próprio Conhece alguém que começou um novo negócio nos últimos 2 anos

Percebe boas oportunidades para começar um novo negócio Tem conhecimento, habilidade e experiência para iniciar um novo negócio

Medo de fracassar não impediria que começassem um novo negócio

G/T 135: Distribuição percentual Fonte: Eleve com base no GEM Brasil, 2018

384
A pesquisa ainda trouxe dados comparativos sobre a mentalidade
das pessoas sobre o empreendedorismo, sendo divididos em importantes
quesitos a serem analisados, como o sonho do próprio negócio, as boas
oportunidades encontradas, o fato do medo não ser um fator que o impeça
de tentar, e as expertises necessárias. Na maior parte das vezes, é possível
observar um certo padrão de comportamento das linhas no gráfico, se
mantendo estáveis ao longo do tempo. O maior desvio encontrado é na
queda das pessoas que tem um sonho de ter o próprio negócio, entre
2016 e 2017.
Esse decréscimo pode ser atribuído, principalmente, à crise de
2016/2017, com o segundo ano de retração seguida do PIB, o aumento do
desemprego, encolhimento da economia e redução no consumo. Não foi
um bom momento para as empresas já existentes no mercado, e, com
a exceção do aproveitamento de uma enorme oportunidade, seguiu o
mesmo padrão para empresas novas que tentaram se estabelecer nesse
momento.

6.2.3 Onde estão?


O que fazem?
Estão por toda parte, camuflados em roupas do dia a dia, em
uniformes ou pijamas. Inclusive, podem estar lendo isso nesse momento.
Não são super-heróis ou possuem uma marca distinta na testa para
serem identificados. São pessoas normais, como você e eu.
São Paulo, entretanto, abriga cerca de 5 milhões de empreendedores,
sendo considerado pelo DataSebrae como o seu “lar”. Rio de Janeiro,
Minas, Bahia e Rio Grande do Sul também entram no ranking e
também possuem a mesma representatividade no que se trata dos
potenciais empreendedores, por serem grandes regiões metropolitanas,

385
compreenderem as maiores concentrações populacionais e níveis de
informalidade.
Cerca de 85% dos empreendedores trabalham sozinhos, e,
consequentemente, 15% são empregadores. O IBGE, em 2014, publicou que
a idade média em que um empreendedor começa a trabalhar é 13,9 anos,
sendo que 81% deles iniciou antes dos 17 anos e somente 2% demoraram
até 25 anos ou mais. O DataSebrae ainda levanta o fato de que, em 2014,
eles trabalhavam uma média de 39,6 horas semanais (cerca de oito horas
diárias, em dias úteis). Apesar disso, 55% deles levava uma carga horária
superior a 40 horas semanais.

6.2.3 Quais são suas


características?
Psicólogo estadunidense dos anos 60, David McClelland, em
parceria com a Organização das Nações Unidas, desenvolveu um estudo
a nível mundial sobre as características dos empreendedores mais
bem-sucedidos. Foram mapeadas dez delas: “concentração, organização,
persistência, autoconfiança, coragem, persuasão, iniciativa, curiosidade,
superação e comprometimento. “ (Leite, 2009). Essas características
foram traduzidas e organizadas em um compêndio, apresentado abaixo:
1. Tem iniciativa e buscam oportunidades, utilizando da inovação
e criatividade, para ver onde outros não conseguem, aumentando suas
chances de criar um negócio mais lucrativo;
2. É persistente nas suas metas e objetivos, e consegue encontrar
soluções rápidas para os problemas encontrados. Aprende com o fracasso
e com o sucesso;
3. Está disposto a correr riscos, porém avalia as opções primeiro, quais
riscos pode assumir, quando e o nível de ousadia, utilizando esses dados

386
para prever possíveis resultados, que o embasam na hora de tomar uma
decisão;
4. É eficiente, busca sempre o melhor custo benefício, entregando a
melhor qualidade possível, se mantendo dentro dos prazos e melhorando
constantemente;
5. É comprometido, responsável diante de sucessos ou fracassos, e
não faz promessas que não pode cumprir, garantindo a validade das suas
promessas;
6. Nunca para de buscar informações, pois sabe que ainda tem muito
para aprender. Se não consegue sozinho, busca ajuda externa, consultores
e especialistas;
7. Suas metas são claras, com objetivos definidos e possíveis de serem
alcançados, realistas, dentro de um tempo estabelecido;
8. Sempre planejam antes de executar, o que aumentam a possibilidade
de se obter um resultado favorável. Organiza e registra todos os dados
importantes, facilitando o acesso quando necessário;
9. Tem uma grande capacidade de persuasão e uma extensa rede de
networking, articulando suas ideias e conseguindo convencer as outras
pessoas de seu ponto de vista;
10. Autoconfiança e independência são fatores muito importantes para
motivas um empreendedor na busca da autorrealização, acreditando na
sua capacidade, potencial e nas ideias que cria, conseguindo transmitir
esse sentimento para as pessoas a sua volta.
Para melhor ilustrar, traremos dois exemplos de empreendedores,
nossas personas.

387
Persona
Luciano Rodrigues
Tem 33 anos, é de Belo Horizonte - MG e é microempreendedor.

Sua história
Conte para nós um pouco mais como é sua vida.
Sou graduado e pós-graduado em administração de empresas e
trabalho desde os 14 anos. Hoje sou casado e tenho 2 filhos pequenos,
viajo bastante e gosto de me aventurar em culturas diferentes.
Costumo visitar bastante empreendimentos por onde passo e anoto
em meu bloco ideias de negócios geniais para um dia eu talvez
executar.

Motivações
Quais são suas preocupações? Por que eles
precisam deste serviço?
Minha principal motivação é minha paixão por coisas diferentes e
criativas, por mai ssimples que possam ser.
Atualmente, no meu trabalho, meu salário não é o suficiente para
uma vida confortável em uma família de quatro pessoas. Minha
esposa e eu queremos engravidar novamente, mas não podemos arcar
com isso. Uma renda extra ou uma oportunidade de ganhar mais
seria ótimo.
Quero ser alguém que meus filhos tenham orgulho, e acredito que ser
um bom profissional, qualquer que seja a área, é fundamental para
isso. O mundo está mudando e as profissões também. Preciso estar
atento para não ficar mais para trás nessa revolução.

Frustrações
O que o impede de eutilizar o serviço?
Algo que pudesse proporcionar esse contato com o mundo empresari-
al, auxiliando no planejamento e no melhoramento da ideia, onde eu
pudesse tirar minhas dúvidas e ouvir conselhos de pessoas que sabem
pelo que eu estou passando. Outra coisa muito importante seria o
networking, encontrando referências, possíveis parceiros e investi-
dores, pessoas que eu normalmente não tenho acesso.

A experiência ideal
Como seria a experiência perfeita utilizando o serviço?
Depois de trabalhar tantos anos no mesmo ofício, não vejo mais
espaço para crescer profissionalmente. Isso acaba me frustrando, pois
o serviço se torna chato e repetitivo, o que diminui meu rendimento.
A empresa está realizando cortes de funcionários, para reduzir custos,
e tenho medo de ser o próximo.
Tenho uma ideia para abrir o meu próprio negócio, mas não sei nem
por onde começar. Não tenho dinheiro para investir, conhecimento
prático de empreendedorismo ou alguém que sirva de referência no
meu círculo social.

388
Pensa e sente
- Quer outro filho mas só pensa no custo
- Frustração com o trabalho
- Quando era criança nunca sonhou em trabalhar atrás de uma mesa.
Queria ser bombeiro e sente que desapontou seu sonho de infância.
- Medo de não conseguir sustentar sua família
- Medo constante de ser demitido
- Desmotivado pelos amigos
-Quer muito mostrar pra todo mundo
que não acreditou nele que estava certo
- Quer outro filho mas só pensa no custo
- Frustração com o trabalho
- Quando era criança nunca sonhou em trabalhar atrás de uma mesa.
Queria ser bombeiro e sente que desapontou seu sonho de infância.

O que O que
ele escuta ele vê
- O risco é muito grande -Pessoas sendo demitidas
- Você já tem um -Um cara que faz vídeo no youtube
emprego, porque ficando rico e ele morrendo para pagar as
inventar isso? contas
- É trabalho, você não -O mercado está mudando e algumas
tem que gostar. O profissões vão deixar de existir
importante é o dinheiro -Cada vez mais startups surgem e
é o dinheiro no final do ganham muito dinheiro.
mês. -Um amigo foi demitido e precisou
- Com que dinheiro vai mudar com a família para a casa dos
abrir um negócio? sogros para economizar o aluguel
- Que ideia de doido é
essa?
- Quem vai comprar
isso?

O que fala e faz


- Ah nem, dá trabalho
demais isso. Deixa
quieto.

- Busca contato de empresas que necessitam de máscaras


- Busca apoio de suas amigas para entrSempre tenta contar sua
ideia para as pessoas que sempre o colocam pra baixo
- Não desiste de seus sonhos
- Passa noites em claro pesquisando sobre como abrir um
novo negócio.
Tenta contato com investidores importantes, mas não
consegue nem uma reunião.
- Começou a se distanciar das pessoas que não acreditam
nelearem no projeto

Dor Ganhos
-Medo de conseguir abrir o -Orientação sobre como abrir o seu negócio
negócio, mas não conseguir -Uma rede de apoio que entendesse
manter e falir. pelo que ele está passando
-Uma possível conexão com investidores
-Desenvolvimento pessoal e profissional
-Melhores oportunidades de emprego
-Melhoria na renda da família
-Satisfação pessoal

G/T 136: Luciano

Luciano é nosso empreendedor que não sabe como iniciar seu


próprio negócio, representando todas as dificuldades em um cenário
onde é constantemente descreditado, passando a duvidar de sua própria
capacidade. Ele tem medos e anseios, mas também é movido por seus
sonhos e paixões.

389
Persona
Vitória Krempel
Tem 35 anos, é de Goiânia - GO e é dona de uma
panificadora/confeitaria (microempresária).

Sua história
Conte para nós um pouco mais como é sua vida.
Formada em relações públicas pela UFG em 2003, casada e mãe de 2
meninas, gosta de sair com a família para parques e restaurantes,
suas amigas são as mesmas da época de faculdade. Gosta de assistir
programas de entretenimento e empreendedorismo. Trabalha há 17
anos em uma empresa de roupas no shopping como vendedora
devido não ter conseguido um trabalho na sua área, mas em 2020 ela
foi mandada embora devida à crise econômica após a descoberta do
coronavírus. Para ajudar na renda familiar ela começo a vender
máscaras a um preço de 5 reais cada.

Motivações
Quais são suas preocupações? Por que eles
precisam deste serviço?
Devido ter perdido seu emprego, foi necessário ela aprender e
aprimorar a fabricação de máscaras, após resultados positivos
ela deseja abrir uma empresa nesse segmento. Mas, está tendo
dificuldade para expandir e gerir o negócio.

Frustrações
O que o impede de eutilizar o serviço?
Sua maior frustração é o medo de não conseguir investimento para o
projeto. Além disso, se preocupa também em não conseguir ajudar
sua família financeiramente.

A experiência ideal
Como seria a experiência perfeita utilizando o serviço?
Ela pretende conseguir a própria autonomia para gerir sua empresa e
um bom investimento para conseguir sua expansão no mercado, e
assim, comprar mais máquinas e contratar costureiras para melhorar
a sua produção de máscaras.

390
Pensa e sente
- Medo que seu marido e filhas passem dificuldades financeiras
- Medo de se marido também perder o emprego
- Não tem experiência em gerir pessoas
e por isso tem medo de tentar
- Quer dar uma qualidade de vida melhor para a sua família.
- Vê a possibilidade de abrir uma empresa, colocar em prática a
faculdade de relações internacionais

O que O que
ele escuta ele vê
- Demissão constante
- Melhor procurar - Aumento no desemprego
outra empresa ao - Empresas fechando
invés de abrir uma. - Possibilidade de abrir novas
- Você não tem oportunidades de emprego
dinheiro para esse
projeto.
- Ninguém vai
investir em você
- Essa ideia não é
boa o bastante.

O que fala e faz


- Busca contato de empresas que necessitam de máscaras
- Busca apoio de suas amigas para entrarem no projeto

Dor Ganhos
- Não conseguir abrir uma empresa - Melhor renda
- A empresa faliu no primeiro ano - Reconhecimendo na cidade
- Não conseguiu investimento - Conhecimento e confiança para abrir
uma empresa

G/T 136: Vitória

Vitória, por outro lado, vê no empreendedorismo uma forma de


ajudar sua família financeiramente, uma empreendedora por necessidade.
Enfrenta as dificuldades da falta de auxílio, contatos e investimento
para que seu negócio possa, finalmente, ser bem-sucedido.

391
6.2.3 Qual é o temperamento?
Como se vestem?Como andam?
Análise comportamental
Após as análises realizadas de cada persona apresentada, foi possível
reconhecer através dos conteúdos estudados em Estilismo II, ministrado
pela professora e coordenadora Sônia Medeiros, suas características
físicas, gostos, atitudes, comportamentos, tanto positivos quanto os
negativos, e também o seu temperamento, que pode ser selecionado
entre quatro opções, sendo elas:

Figura 41: Temperamentos

392
Persona 1 – Luciano Rodrigues
Temperamento: Sanguíneo.
Características Físicas: É uma pessoa ágil, atleta, muito expressivo, ao
andar pisa utilizando a parte frontal do pé com o costume de analisar
tudo o que está a sua volta e possui uma percepção auditiva.
Gostos: Prefere roupas modernas e mais esportivas com acessórios
vistosos, gosta de esportes radicais pelo fato de poder descobrir novos
limites a cada dia. Ao se alimentar, prefere comidas com tempero leve.
Sua diversão favorita é uma boa festa.

Atitudes e Comportamentos:
Positivos: No trabalho é uma pessoa proativa, empreendedora, otimista
e motivadora. Se mantêm sempre alegre, amigável, espontâneo,
transparente quando se trata de suas emoções e muito comunicativa.
Negativos: Apesar de ser uma pessoa ágil, Luciano as vezes se apresenta
muito esquecido e desorganizado. Por se manter sempre otimista e
alegre, pode passar uma imagem meio inconveniente e superficial, de
acordo com cada situação presente.

393
Persona 1 – Vitória Krempel
Temperamento: Melancólico.
Características Físicas: Vitória é uma pessoa habilidosa, ao andar pisa
com passos pequenos, sempre cuidadosamente e com uma postura ereta.
Possui uma percepção visual.
Gostos: Prefere roupas com formatos mais artísticos e formais, com
acessórios graciosos, gosta de esportes solitários, por ser mais tímida
gosta de fazer as coisas da sua maneira. Leitura é um de seus principais
hobbies.

Atitudes e Comportamentos:
Positivos: No trabalho é uma pessoa esforçada e que normalmente
ocupa a posição de administradora. Se mantêm sempre racional, justa,
perfeccionista, cuidadosa, sensível, respeitosa e muito disciplinada.
Negativos: Apesar de Vitória ser uma pessoa responsável e atenta, ela
tem uma personalidade muito tímida, o que dificulta a integração e
trabalho em grupo, que é muito necessário dentro de uma empresa. Por
ter muita confiança em seu potencial, ela ganha um ponto arrogante
em sua personalidade, fazendo com que se torne uma pessoa impopular
e muito exigente.

394
G/T 137: Jornada

395
6.3 Fornecedores
A análise de fornecedores é importante para entender como será a
rede de stakeholders, a quantidade de pessoas envolvidas nesse processo,
onde estão localizados e o risco que o negócio tem ao escolher um
fornecedor, já que fica dependente da matéria prima oferecida por ele.
Grande parte dos fornecedores desse negócio estão no setor de serviços,
como os mentores e produtores.
Essa análise visa entender quais são os possíveis fornecedores desse
projeto, quantos são, suas habilidades e, já prepara o terreno para uma
futura análise de poder de barganha dos fornecedores, nos indicando
o nível de dependência que podemos ter para com eles e o poder que
poderão exercer sobre as matérias primas oferecidas.
Explorando uma futura possibilidade de exportar o formato do
programa desenvolvido para outros países, levantamos como hipótese
um teste inicial na Argentina, por motivos de proximidade geográfica
e cultural, além de benefícios fiscais e tarifários pela participação no
Mercado Comum do Sul (Mercosul); sendo posteriormente levado para os
Estados Unidos, fonte de grande parte dos programas de televisão mais
reconhecidos no mundo, como Big Brother e The Voice, facilitando uma
exportação em massa caso seja aceito no país.

6.3.1 Mentorias
O termo mentoria é uma expressão que vem sendo muito utilizada
no setor empresarial, o seu objetivo principal é proporcionar às pessoas
menos experientes, um auxílio para que assim elas possam alcançar seus
objetivos profissionais. Mantendo como alvo o progresso e crescimento
396
pessoal e profissional do mentorado.
Para que a monitoria seja eficiente, é necessário um mentor que
tenha conhecimento profundo sobre o mercado e o modelo de negócio
do setor a ser trabalhado pelo mentorado. Esse método vem mostrando
resultados positivos, tanto que, cada dia mais as empresas estão adotando
o processo mundialmente.
No Sebrae, a mentoria possui uma estrutura de funcionamento
que está diretamente ligada a alguns agentes, sendo eles: mentorado,
mentor e uma equipe de colaboradores do próprio Sebrae. Para o nosso
Reality Show, o funcionamento será diferente, pois os mentores serão
contratados para auxiliar os participantes durante o programa.
Os mentores serão selecionados de acordo com a área escolhida para
a temporada do momento, de acordo com cada uma de suas experiências
profissionais e pessoais, contaremos também com mentores fixos das
áreas de marketing, finanças e comunicação. Abaixo seguem os nomes
e especificações dos mentores do Sebrae com grande potencial para o
programa.

6.3.1.1 Diego Calegari,


empreendedor da Politize
Trabalhou como professor,
consultor e empresário nas áreas
de marketing, gestão, educação
e tecnologia. Sócio das empresas
Voe Gestão de Ideias e Veterana
Marketing Universitária, como
resultado do mestrado, publicou o
livro “Planejamento e estratégia das
Figura 42: Diego Calegari
397
escolas: o que leva às escolas a ter alto desempenho”. Atual gerente de
Cidade Humana e Inteligente na prefeitura de Joinville.

6.3.1.2 Márcio Jappe


Formado em Administração
(UFSM), Mestre em inovação e
Sustentabilidade (EA/UFRGS). Antigo
diretor da Aceleradora de Negócios
Sociais da Artemisia; consultor na
McKinsey &amp; Company, analista
de sustentabilidade no ABN AMRO
na Holanda e Microsoft na Espanha.
Figura 42: Márcio Jappe
Márcio é sócio fundador e CEO da
Semente Negócio, além de Presidente da AIESEC aqui mesmo no Brasil,
onde coordenou o Conselho Supervisor.

6.3.1.3 Juliano Trevizan


Graduado em Administração
(EA/UFRGS), já atuou como
gerente de projetos na PS Júnior
e também como consultor na
Falconi Consultores de Resultado.
Atualmente é coordenador de
programas de negócios de impacto no
RS e em SC, além de ser responsável
pela avaliação de impacto e pela
Figura 43: Juliano Trevizan
398
formação de consultores na metodologia de desenvolvimento negócios
inovadores da Semente Negócios, onde também é sócio.

6.3.1.4 Florentine
Versteeg-Vedana
Florentine é uma facilitadora e
empreendedora social. Nacional da
Holanda, porém vive desde 2009 no
Brasil. Liderou o Co-fundou a Hub
Escola no Impact Hub São Paulo,
atuou por mais de 10 anos no CISV,
onde passou os últimos três anos na
Diretoria Global da ONG. Manifesto 55.

6.3.1.5 Gabriela Werner


Graduada em Direito (UFSC)
e pós graduada em Economia
(Unicamp). Diretora e fundadora
executiva do Impact Hub Floripa.
Anteriormente empreendeu em
outro negócio, a Sustentabilidade na
Empresa e duas ONG’s, a AIESEC em
Florianópolis e a Empreendedores de
Sonhos, também já foi gerente global
Figura 44: Gabriela Werner
de sustentabilidade da Whirlpool/
Embraco, foi participante da equipe
399
de sustentabilidade do Banco Real, trabalhou na consultoria Real
World Marketing. Gabriela possui experiências nos países: Brasil, China,
Austrália e Polônia.

6.3.2 Equipe de produção


terceirizada
A equipe de produção, por mais que seja uma das áreas menos
glamourizadas, ela é uma das mais importantes do audiovisual. A equipe
é composta por uma série de profissionais, cada um responsável por
determinada função. A complexidade dessa equipe dependerá muito do
tamanho do projeto e do orçamento disponível. Dentre os profissionais
temos:

Diretor de Produção
Responsável pelas questões de logística e burocráticas do set.
Normalmente o diretor possui um assistente, onde juntos devem produzir
uma análise técnica para servir de base para a elaboração de ocupações
para todos os demais departamentos. Seu objetivo também é manter o
ambiente de trabalho adequado para toda a equipe.

Produtor Executivo
Profissional responsável por acompanhar a gravação desde a
captação até a sua finalização e distribuição. Lida diretamente com
todas as questões jurídicas e financeiras.

Assistente de Produção
Como dito anteriormente, os diretores de produção podem solicitar
um assistente para auxiliar nos serviços.

400
Produtor de Platô
Mais conhecido como produtor do set, ele é responsável por garantir
o funcionamento do set e o gerencia juntamente com o assistente de
direção.

Controller
Essa função é ocupada normalmente quando a gravação conta
com financiamento público, pois eles possuem a obrigação de realizar
uma prestação de contas. Sendo assim, contrata-se um profissional
responsável pelo controle no uso da verba utilizada, para garantir que
tudo esteja sendo feito da forma correta.

Assessoria Contábil
Caso a empresa conte com uma folha de pagamento dos profissionais
envolvidos é necessário que a mesma terceirize uma empresa de
contabilidade para esse trabalho. Certas empresas oferecem também o
serviço de assessoria na prestação de contas do projeto.

Assessoria Jurídica
Certas produções precisam de um advogado para poder cuidar
das questões jurídicas. pois existem casos em que os diretores utilizam
imagens ou músicas que não são de domínio público. Sendo assim, o
responsável deve correr atrás do licenciamento das mesmas.

Produtor de Pós-produção
O produtor escalado para essa função, é responsável pelo
monitoramento da etapa de finalização do programa e também coordena
os profissionais: design gráfico, mixador, montador, entre outros. Haverá
situações em que o produtor de pós-produção encaminha o programa
para alguns festivais ou outros locais em momentos relevantes.

401
6.3.2.1 Empresas no Brasil
Endemol Shine Brasil: quem são?

Figura 45: Logo Endemol

A Endemol Shine é a maior produtora independente do mundo,


opera atualmente em mais de 23 mercados. Criada inicialmente na
Holanda, faz parte da potência global de produção, Endemol Shine Group.

Figura 46: Premiação Endemol

O que fornecem?
Produção de formato próprio, serviços da área para empresas e
emissoras. Possuem foco principal em TV, conteúdo digital, jogos,
merchandising, entre diversos outros formatos de plataformas.

Figura 47: Logo MasterChef Figura 48: Logo BBB

402
Quais são seus diferenciais?
São os únicos em seu eixo global e local, disponibilizando diversas
perspectivas, além de possuírem profissionais competentes do mundo
inteiro. Realiza consultorias e cria produções específicas para as marcas.
Em 2018, a Endemol levou ao ar mais de 700 produções, em 270
diferentes canais e plataformas. A partir disso, se tornou a empresa que
mais viajou formatos ao redor do mundo.
Possuem como maior propósito empresarial, “ser os maiores
produtores globais criando conteúdo para todas as plataformas.” Buscam
sair ao máximo do tradicional, para poder assim encantar e inspirar
todo o seu público e clientes de uma forma totalmente inesperada.
A criatividade e paixão está presente como ponto principal em
todos os seus projetos. A empresa proporciona um ambiente inspirador
para sua equipe, incentivando e acreditando no trabalho em conjunto.

Quais suas desvantagens?


As contratações de seus serviços não são tão acessíveis, devido o
seu reconhecimento mundial.

Globosat: quem são?

Figura 49: Logo Globosat

Criada em 1991 no Brasil pelo Grupo Globo, é considerada com a


maior produtora de programas destinados à TV por assinatura. Sua
missão atualmente é compartilhar os melhores conteúdos a partir de

403
marcas reconhecidas. Dentre isso, a empresa mantém em seus valores o
compromisso com qualidade e a inovação.

O que fornecem?
Produções para Radiodifusão, Televisão a Cabo, Mídia Alternativa e
Vídeo Sob Demanda (VOD).

Figura 50: Programação Globosat

Quais são seus diferenciais?


Possuem diversas marcas premiadas e que se mantém presente
nas notícias entre os meios de comunicação mais respeitados do Brasil.
A companhia conta com mais de 30 canais pagos atualmente, incluindo
canais esportivos, noticiários, cinematográfico, educacionais, entre
outros.

404
Programadora com maior alcance médio diário, sendo 7,5 milhões
de telespectadores diferentes.

Figura 51: Canais líderes

Quais são suas desvantagens?


Por ser voltada para a TV por assinatura, ela deixa de atender
diversos outros públicos.

Figura 52: Logo Cinemátika

Cinemákita: quem são?


Produtora de vídeo situada na região da Grande São Paulo. É
uma produtora que possui experiências em planejamentos e ações de
marketing.

O que fornecem?
Produção de vídeo empresarial, com o objetivo principal em auxiliar
para que as empresas se comuniquem de forma correta, podendo assim
aumentar as vendas e diminuir os custos.

405
Quais são os seus diferenciais?
Suporte e atendimento consultivo em marketing digital.

Quais as suas desvantagens?


Pouco reconhecida por não ser uma empresa tão grande e não estar
presente no país inteiro.

6.3.3 Mentores temporários


O principal e mais importante serviço do reality show será a
mentoria, onde, durante o programa os participantes contarão com o
acompanhamento de profissionais experientes. Cada temporada focará
em uma área específica, e por esse fato é importante a contratação
de mentores temporários, afinal não faz sentido colocar alguém para
acompanhar e auxiliar um projeto que não seja da sua área, ou que seja
algo que ele não entenda muito. Os profissionais serão contratados para
atuar apenas no período de gravação, contando que seja na temporada
voltada para a sua área.
Outro ponto importante, é que será feita uma seletiva para a
escolha desses profissionais, serão priorizados os moradores da cidade
e região em que ocorrerá a temporada atual, seja no Brasil ou não.
Esses mentores poderão ser “disponibilizados” por empresas parceiras,
empresas de contratação que são confiáveis, trazendo um ponto positivo,
sendo que não precisaremos nos preocupar com o treinamento desses
funcionários. Entretanto, serão oferecidas instruções que sejam voltadas
para o próprio reality. Profissionais autônomos preparados, também
poderão fazer parte do projeto.
Para a contratação ser precisa, é necessário que exista um contrato
especificando tudo e todos envolvidos, entre a empresa e o contratado, e
caso seja terceirizado, entre a empresa e o contratante. Deve ser listado

406
tudo sobre a contratação, motivos, remuneração do funcionário e o cargo
a ser exercido.
Normalmente essa contratação deve durar no máximo 3 meses, no
Brasil, o que não será um problema, pois esse será o prazo máximo para
o programa. Contudo, durante esse tempo o funcionário terá os mesmos
direitos que outros fixos.
O foco principal será trabalhar no formato Mentor Pessoal
ou Personal Mentoring, pois esse método foca em uma relação de
acompanhamento, de compartilhamento e de auxílio, o mentor deve
demonstrar transparência no saber-fazer, de experiências, de valores
e de esforços dos laços sociais. A força do Mentor-Mentee é favorecer
a solidariedade para que assim ocorra um desenvolvimento pessoal,
profissional e social.
Segue abaixo, os nomes de alguns exemplos de empresas de
contratação que poderão ser eficientes durante o processo.

Levee: quem são?


Empresa de tecnologia brasileira, fundada em 2012, sediada em
São Paulo. Seu serviço principal é o auxílio na melhoria dos índices de
eficiência, produtividade e engajamento com os colaboradores presentes
em empresas que possuem alto volume de contratação de mão de obra
operacional.

O que fornecem?
Liga pessoas, dados e processos para poder atender a demanda de
diversos setores. Buscando ligar diferentes talentos às suas oportunidades,
ou seja, procura e qualifica pessoas experientes no mercado, em
determinado setor e às conecta com empresas que necessitam de mão
de obra.

407
Quais são os seus diferenciais?
Utilização da inteligência artificial, People Analytics, no
recrutamento de seleção, melhorando os índices de produtividade.

Quais as suas desvantagens?


A inteligência artificial ainda é algo novo no mercado, e não são
todos que confiam 100% nela, o que acarreta recusas no serviço por esse
fator, além de ser mais caro do que pagar uma pessoa para cuidar dessa
área.

Enovacon: quem são?


Surgiu em 2005, porém com conceitos e nome diferentes. Se tornou
a Enovacon em 2015. Possuem 6 endereços em Belo Horizonte, além das
unidades em Alípio de Melo, Ibirité e Ribeirão das Neves.
Possuem como missão, auxiliar ao máximo seus clientes na
ampliação de seus negócios por meio da tomada de decisões que sejam
eficientes e também eficazes. Sua visão empresarial é baseada em
ser uma referência em inovação, buscando demonstrar excelência na
prestação de serviços. Já em seus valores, são construídos através da
ética, confiança, sustentabilidade, respeito, valorização de pessoas e
colaborativismo.

O que fornecem?
A empresa efetua treinamentos, assessorias e também consultorias
nas área: contábil; networking; parcerias; fiscal; pessoa física; gestão
empresarial; legalização e trabalhista. Através da contabilidade, eles
fornecem informações e suporte técnico aos departamentos já existentes
dentro da empresa.

408
Quais são os seus diferenciais?
A Enovacon serviria mais como uma indicadora de possíveis
mentores, ela funcionaria como uma parceira, pois ela não é uma empresa
focada em apenas ajudar determinadas organizações a encontrarem seus
futuros funcionários. Auxilia também os departamentos já existentes
na empresa, fornecendo informações e suporte técnico, com visitas e
acompanhamento.

Quais são as suas desvantagens?


Grande poder de barganha, já que ela entrará como nossa parceira,
algo que pode ser alterado com o tempo sem alterar a qualidade dos
nosso serviços oferecidos. Essa desvantagem contará mais para o próprio
fornecedor.

Adilis: o que são?


Presente no mercado a mais de 20 anos. No Brasil atua em 8 cidades,
incluindo BH. No exterior ela está presente em 6 países, incluindo
Argentina e Flórida. Sua missão essencial é realizar todas as entregas
solicitadas e agregar o máximo de valor às marcas. Sua visão principal
é se tornar o melhor parceiro das empresas nos pontos de vendas. Por
último seus valores são ligados à superar as expectativas e ser um time
vencedor, comprometido e inovador.

O que fornecem?
Buscam trazer para a empresa assessoria e a solidez que elas
necessitam através do trade Marketing, facilities e profissionais
temporários.
Quais são os seus diferenciais?
Atua internacionalmente.

409
Quais são as suas desvantagens?
Baixo poder de barganha, já que é uma das únicas empresas que
atuam em todos os locais para onde queremos levar nossos serviços.

6.3.5 Equipe de marketing,


mídia e vendas
O marketing digital ou marketing mídia é um conjunto de atividades
que a empresa realiza online para conseguir atrair novas oportunidades,
se relacionar de uma forma mais próxima com seus clientes e claro
desenvolver uma identidade da marca.
Ele ainda é considerado como algo novo, e por isso se mantém em
constante evolução, a nomenclatura para cada profissional dessa área
costuma variar bastante, inclusive em outros idiomas. As habilidades
não irão variar caso a equipe seja interna ou se é uma agência digital,
pois funcionará da mesma forma.
Segundo Kotler, “Marketing é o processo social por meio do qual
pessoas e grupos de pessoas satisfazem desejos e necessidade com a
criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com
outros”. Contudo, as maneiras de realizar isso estão em constante
mudança. Fazendo com que seja impossível nos dias atuais, falar sobre
marketing sem contar que a maioria da população mundial hoje está
conectada a internet e realiza milhões de desejos e necessidades através
da mesma, inclusive compras.
O marketing digital pode ser realizado por empresas, pessoas,
universidades, igrejas, ONGs e diversos outros meios. Ele possui um dos
melhores meios disponíveis para calcular o retorno de cada investimento,
ao se trabalhar com ele.
Conheçam agora os cargos e profissionais do marketing digital.

410
Analista de marketing digital
Responsável pela captação da estratégia com o cliente, de planejar
campanhas, de sites, revisão de texto, pesquisa de novas tendências,
principalmente na tecnologia, criar estratégias de SEO, fica atento aos
seus concorrentes e as referências no mundo digital, etc. Formação
necessária: Marketing, Design, Jornalismo, Publicidade e TI.

Assistente de marketing digital


Auxilia o analista de marketing em suas tarefas, podendo assim
acelerar as atividades necessárias. Suas principais funções são: geração
de relatórios, manter os sites ou blogs atualizados, escrever e enviar
e-mails, fazer publicações, realizar atendimento nas redes sociais,
pesquisas, etc.
Formação necessária: Marketing, Design, Jornalismo, Publicidade.

Redator
Produção de conteúdo para mídias sociais, roteiro de vídeos,
narrações, textos institucionais e textos para anúncios em geral.
Formação necessária: Marketing, Jornalismo ou Publicidade.

Designer:
Lida diretamente com edições de vídeo e imagens, realiza fotografia
e vídeos, é responsável pela criação de layouts de sites, também
pela criação de e-mail de marketing, ou seja, toda a área criativa do
projeto. Para ser um bom Design é necessário que o profissional tenha
conhecimento de alguns conceitos básico como, HTML e edição simples
de sites em plataformas CMS, como WordPress.
Formação necessária: Design, Fotografia, Marketing ou publicidade.

411
Web designer
Sua função principal é aplicar fundamentos do design para
criação de layouts para sites. Ele deve construir diversas peças digitais
utilizadas na web como imagens para mídia social, banners, e também
pequenas animações. Em alguns casos, pode ser responsável por algumas
decisões sobre a arquitetura de informação, construção de wireframes,
codificações, entre outros.
Formação necessária: Design ou TI.

Profissionais especialistas
Fora todas as funções já citadas acima, temos os profissionais
especialistas, que são requisitados quando há equipes maiores ou com
características especiais, eles vêm para poder atender de uma forma
mais completa as responsabilidades dos profissionais à cima.

Alaska: quem são?


Empresa privada, fundada em 2016, sua sede fica em Ribeirão Preto-
SP. Estão presentes no setor de marketing e publicidade.

O que fornecem?
Gestão de mídia online, incluindo marketing digital, mídia,
consultoria e entre outros. Geram resultados através de três etapas, sendo
elas: em primeiro análise e pesquisa, onde a empresa começa analisando
o produto ou serviço da empresa cliente e assim criar a melhor estratégia
para a mesma; em segundo vem as campanhas de mídia online, onde
são entregues anúncios do seu negócio para os potenciais clientes e,
por último a otimização de conversão, que vem a criação da página de
destino que receberá o tráfego pago das campanhas de mídia, análises de
mapas e testes A/B. Com isso, o objetivo final é aumentar os resultados
das empresas de forma contínua.

412
Quais são os seus diferenciais?
Utilizam da inteligência digital para melhorar os resultados.

Quais são as suas desvantagens?


Empresa pouco reconhecida no mercado, por ser “nova” com apenas
4 anos de experiência.

Ypsilon Digital: quem são?


Agência de marketing com foco em marketing e desenvolvimento
web. Possui mais de 8 anos de experiência. Já realizou em torno de 320
campanhas, em quatro continentes diferentes. Possui mais de 26.539
leads gerados, e 1.144.009 visitas geradas.

O que fornecem?
Estratégias holísticas on-line, para empresas de médio porte às
empresas multinacionais. Seus serviços principais são baseados em três
pilares, sendo, Marketing - Consultoria - Desenvolvimento. Ajudando
seus clientes a crescerem on-line, conectando-as com seu público-alvo.

Quais são os seus diferenciais?


Possui sua sede em Bueno Aires, porém atende clientes de 4 idiomas
diferentes referentes a 3 continentes.

Quais são as suas desvantagens?


Por possuir muita demanda, a empresa não consegue ter um
contato muito próximo com seus clientes, realizando serviços de uma
forma mais impessoal.

413
NA MESMA
LÍNGUA
Antes de continuarmos, precisamos
entender como serão feitas as análises,
para isso, acompanhe o guia abaixo:

Seguindo o padrão criado para o trabalho, utilizaremos a altura de


montanhas reconhecidas mundialmente como nota para analisar
as diretrizes estratégicas. Levando em consideração uma escala mais
tradicional (numérica), é possível interpretar a nossa da mesma forma,
utilizando as suas alturas:

Solo Monte Olimpo Monte Rainier Aconcágua Monte Everest


100m 2.917m 4.392m 6.962m 8.850m

0-2 2-4 4-6 6-8 8-10

414
6.4 Grupos estratégicos

Um grupo estratégico é um conjunto de organizações que fazem


parte da mesma indústria, e que adotam estratégias iguais ou
semelhantes. Este grupo é identificado geralmente pelo cruzamento
de duas variáveis, o que permite que se faça uma matriz de análise
da concorrência.

GESTÃO WORDPRESS, 2008

O estudo dos grupos estratégicos permite identificar os players de


uma mesma indústria e cruzar com as dimensões que sejam consideradas
mais relevantes e imprescindíveis para a indústria. Ao cruzar esses fatores
com os concorrentes, atribuindo notas de acordo com a sua performance,
é possível identificar grupos que atuem, além de no mesmo segmento,
na mesma estratégia de negócios e posicionamento.
Abraçando a identidade visual do projeto, com o alpinismo, as
montanhas e altitude, criamos uma escala baseada em altitudes de
montanhas reconhecidas, utilizando o solo como menor nota e o monte
Everest – o maior pico do mundo -, como nota máxima.
As dimensões escolhidas, seguindo o modelo de Porter, foram:

Atendimento ao cliente Estrutura de custos

Força de marca Networking

Seleção de canais

415
6.4.1 Atendimento ao cliente
A dimensão de atendimento ao cliente foi pensada para analisar
o nível de contato dos concorrentes com os clientes e a quantidade
de pessoas que podem ser atendidas simultaneamente. Quanto maior
o contato, principalmente direto – seja por ligação, mídias sociais,
interação pessoal -, maior a nota. Da mesma forma, quanto mais pessoas
podem ser atendidas sem prejudicar o desenvolvimento do serviço – de
forma que a adição de pessoas não seja apenas para aumentar os lucros,
mas sim pela capacidade de atender todos -, maior a nota.

6.4.2 Estrutura de custos


Essa dimensão analisa os custos para o funcionamento do negócio.
Isso engloba, desde a estrutura do negócio – a escalabilidade, a produção,
cenografia, canal de distribuição e local -, os custos para a viabilização
do programa, o custo de manter os profissionais, de captar clientes até a
premiação final para vencedores, caso exista no concorrente em questão.
Quanto maior os custos para a veiculação dos serviços prestados pela
empresa, maior a nota.

6.4.3 Força de marca


Está muito relacionada à qualidade percebida pelos consumidores.
A força da marca representa a forma como o nome é visto fora da
empresa. Quanto maior a força da marca, maior a credibilidade do
negócio. Empresas com um maior reconhecimento, por exemplo, o

416
Sebrae, possuem uma força de marca maior que empresas menores
e locais, pelo reconhecimento que tem. Seguindo a mesma lógica das
dimensões anteriores, quanto maior a força de marca, maior a nota.

6.4.5 Seleção de canais


Alguns dos concorrentes analisados são de nível municipal,
enquanto outros são internacionais. Isso interfere na quantidade de
pessoas que podem ser captadas, pois o serviço deve demonstrar uma
força de marca muito forte ou ter um apelo muito grande para fazer
uma pessoa sair de Manaus, por exemplo, para atender um evento em
Florianópolis, sem nenhum patrocínio do evento. Serviços e empresas
que estejam confinados apenas em uma cidade, apresentam uma baixa
nota na seleção de canais. Quanto maior a escala – se é a nível estadual,
nacional ou internacional, respectivamente -, maior a nota.

6.4.6 Formação dos grupos


A formação dos grupos se deu com base nos diferentes graus de
escaladas, levando em consideração o Grau do Lance Mais Difícil na
tabela de graduação. Existem diversas formas de indicar a dificuldade
da escalada, porém utilizaremos a escala brasileira para fazê-lo (com
graduação crescente, cada grau é mais complexo que o anterior) .
Comparando a dificuldade e complexidade da escalada com o grau de
competitividade dos concorrentes, temos que:

417
1. O primeiro grau de dificuldade, e mais simples, é o Isup, portanto
será o nome do grupo que apresentar menor competitividade na diretriz;
2. O segundo grau é o II, nome do grupo que seguir o primeiro na
classificação;
3. O terceiro se trata do IIsup, que também dá nome a um grupo
analisado;
4. O quarto, grau III, representa um grupo melhor qualificado e
competitivo do que os anteriores;
5. O quinto grau, IIIsup, é o penúltimo grau que dá nome a um grupo;
6. O sexto e último grau relevante para a nomeação dos grupos
estratégicos é o IV.

Os concorrentes analisados foram:


1. My GC Tv (My Grant Cardone TV) é um streaming de empreendedorismo,
tendo dezenas de produções sobre empreendedorismo, marketing e vendas.
Trazendo convidados de diversas partes do mundo, contém entrevistas
e bate papos sobre assuntos como finanças e empreendedorismo. É um
canal para empreendedores, donos de negócios, startups, organizações
de vendas e pessoas com uma mentalidade de sucesso. Foi criada com o
objetivo de oferecer uma opção para as pessoas que estavam cansadas
de ver notícias ruins na televisão, crises ou fake news, podendo assistir
como quiser e onde quiser.

2. Planeta Startup é um programa produzido pela Band e Estilingue


Filmes. O objetivo do reality é dar visibilidade e energia para o movimento
empreendedor brasileiro. O programa cria oportunidades reais para
startups e investidores, com a missão de acelerar startups e mostrar
como funciona o ecossistema empreendedor para o público. Apresenta
uma série de mentorias: 30 empresas vão em busca de R$2 milhões em
prêmios, incluindo investimento no negócio em dinheiro, mentorias,

418
cursos e muito mais.

3. O Aprendiz é um programa produzido pela rede Record. Os


selecionados do programa ficam confinados por três meses, disputando
um prêmio de R$1 milhão de reais. Os participantes têm que elaborar
um projeto que atenda às exigências do apresentador. São analisados
problemas que tenham maior relevância, capacidade de mobilizar um
maior público, implantar um projeto mais ousado, além de criar tarefas
com maior grau de dificuldade.

4. Mandando bem é um programa da Rede Globo, sendo um quadro


dentro do Caldeirão do Huck. A ideia é selecionar pessoas com perfil
empreendedor, que já desenvolva algum negócio próprio, em qualquer
segmento. A pessoa selecionada receberá orientações diversas quanto
ao seu negócio, até reforma no local físico. O objetivo é passar sugestões
quanto a atividade/negócio desenvolvido.

5. O Sócio é uma série exibida pela History Chanel que mostra


empresas que estão com seus negócios falindo e como o empresário
pode ajudar. O empresário faz um investimento pessoal e financeiro,
desse modo, estando totalmente envolvido com o que acontece com a
empresa, transformando tudo que é necessário para que o negócio possa
prosperar.

6. Shark Tank é um reality show exibido pelo canal Sony, que mostra
empresas reais que estão à procura de um investimento para impulsionar
o crescimento da empresa. O objetivo é fazer com que empresários com
novos negócios convençam magnatas do mercado a investir na sua
proposta, em troca de sociedade. De acordo com a Sony, foram investidos
mais de R$6 milhões na primeira temporada (2016-2017).

419
7. Iniciativa Jovem é um programa da Shell, que está presente no
Brasil e em mais 17 países. Tem como objetivo a pré-aceleração e ser um
laboratório de negócios socioambientais responsáveis. Atuam por meio
de consultorias, suporte técnico e gerencial, estímulo e capacitação
empreendedora. Seu público alvo são jovens, entre 20 a 34 anos, que
residam no Rio de Janeiro, tendo ensino médio completo. O programa já
tem 256 empresas ativas, 60.500.000 milhões de faturamento anual, 25
mil pessoas sensibilizadas e 560 planos de negócios entregues.

8. Curso Quero Empreender é destinado a quem deseja abrir um negócio.


As aulas explicam desafios dos tipos de modelos de empreendimento. O
objetivo é que os inscritos saiam com um plano de ação para tirar suas
ideias do papel e, ao final do curso, o participante vai a uma feira de
negócios. O investimento no curso é de R$899,00 - pelo participante - e é
realizado em São Paulo.

9. InovAtiva Brasil é um programa de aceleração nacional gratuito.


Ele conecta empresas a mentores, executivos, empreendedores de
sucesso e investidores para ajudar no crescimento, de forma acelerada,
das startups. Já são 10.000 projetos submetidos, 2.000 startups treinadas,
1.000 startups aceleradas e 30.000 empreendedores impactados.

10. Feira do Empreendedor Sebrae acontece em vários estados brasileiros


e, em cada um deles, é realizado de uma forma, levando em consideração
a cultura, o mercado e a economia local. Ela estimula a criação de novos
projetos sustentáveis, gera oportunidades de negócios e difunde a ideia
de empreendedorismo. São feitos cursos, palestras e oficinas voltadas
aos empreendedores. Para visitas é totalmente gratuita, para marcas e
expositores o preço varia de R$ 5.300 para micro e pequenas empresas e
de R$ 12.500 para médias e grandes empresas.

420
11. Startup Summit é uma imersão de 2 dias no ecossistema de
tecnologia nacional. São em média 80 palestrantes e mais de 3.500
participantes. Tem como objetivo debater os desafios do setor e realizar
encontro entre participantes e empreendedores. Tem um investimento,
por parte do participante, em torno de R$309,00.

12. Lemonade é um programa de pré-aceleração de startups, realizado


pela Fundep e Fundepar, co-realizado pelo Techmall, SEBRAE, FAPEMIG
e Governo de Minas, por meio do Simi. Os participantes selecionados são
capacitados durante 10 semanas, onde cada equipe trabalha com uma
demanda especifica.

13. Agita, Sebrae é um programa composto por 4 projetos que fomentam


ideias de negócios, desenvolvimento de mindset empreendedor,
ampliação de rede de contatos e colaboração para um mundo melhor.

14. Oxigênio Aceleradora é um programa de aceleração equity free, sem


necessariamente realizar um investimento, em troca de participação
societária. Ele oferece oportunidade de negócios, aumento de networking
com executivos, mentores e investidores.

15. Youtube tem como missão dar voz e revelar o mundo. Seus valores
são a liberdade de expressão, direito à informação, direito à oportunidade
e liberdade para pertencer. O site permite que usuários coloquem seus
próprios vídeos na rede, sendo visualizados por qualquer pessoa no
mundo inteiro, tratando dos mais diversos assuntos, como investimentos,
empreendedorismo, educação financeira e gerenciamento de empresas.
Os concorrentes identificados são alguns canais dentro da plataforma,
que falem sobre esses assuntos acima, por exemplo, não todo o conteúdo

421
veiculado, visto que o objetivo do negócio não é entretenimento, e sim
auxiliar futuros empreendedores.

16. Instagram é uma rede social de compartilhamento de fotos e


vídeos com seus seguidores, as ações que se destacam são as curtidas,
comentários e marcações. Seu objetivo é agregar pessoas e fazer com
que compartilhem momentos, se aproximando. Especificamente as
lives, que podem ser feitas por qualquer pessoa, a qualquer momento
e em qualquer lugar, sobre qualquer assunto, são o objeto da análise
e possíveis concorrentes. Assim como no youtube, podem tratar de
assuntos como empreendedorismo, gestão de processos e tempo, mindset,
recursos financeiros ou qualquer outro assunto, podendo vir de pessoas
renomadas no tema, trazendo peso para o assunto.

De acordo com o manual apresentado no início do tópico, veja a


posição dos concorrentes nessa escalada:

Atendimento
Monte Everest

Aconcágua
Monte Rainier
Monte Olimpo

Solo

O aprendiz Lemonade Oxigênio A. Planeta Startup MyGC TV

O sócio Agita Feira SEBRAE Mandando bem InovAtiva Brasil

I. Jovem Q. Empreender Shark Tank Startup Summit

Canais YT

Lives do IG G/T 138: Montes Atendimento

422
No quesito Atendimento, os concorrentes que se encaixaram na
categoria Solo, a mais baixa de todas, contam com um baixo contato
com o cliente, limitado ao apresentador (um empresário, no caso) e
um número muito restrito de outras pessoas que estejam presentes
para acrescentar algo ao cliente. Há também uma maior restrição na
quantidade de pessoas que podem ser atendidas simultaneamente.
Enquanto isso, no Monte Olimpo temos as soluções que apresentam
um contato um pouco maior com mentores e permitem um atendimento
a um número um pouco maior de clientes, pelo formato do serviço
oferecido. Seguindo o mesmo princípio, os concorrentes encontrados no
Monte Rainier oferecem apenas um passo adiante, conseguindo abranger
mais pessoas simultaneamente.
Aconcágua, penúltima classificação, temos os concorrentes que
possuem uma capacidade limitada de atendimento simultâneo. Por se
tratarem de programas que são exibidos na televisão ou em canais digitais,
existe um limite de participantes para que o formato do programa possa
ser cumprido. O que difere essas empresas das que possuem limitação
geográfica é a capacidade de atingir pessoas em lugares diferentes, visto
que essas pessoas (futuros empreendedores ou interessados) não estão
concentradas em uma só cidade ou estado.
Por último temos o Monte Everest, a mais alta classificação dentro
da escala desenvolvida. O motivo da colocação dos concorrentes nessa
categoria é a capacidade de abranger mais pessoas do que as alternativas
anteriores (a cada evento, temporada ou curso, de acordo com o que é
oferecido por cada um), comprovada pelo número de participantes que
já passaram pelos programas.

423
Seleção de canais

Monte Everest

Aconcágua
Monte Rainier
Monte Olimpo

Solo

Q. O aprendiz Planeta My GC TV Canais YT


Empreender Startups
O sócio Feira Sebrae Lives IG
Lemonade Mandando Bem
Feira Sebrae
Agita Shark Tank

Oxigênio A. Iniciativa Jovem

Startup Summit G/T 139: Montes Seleção de canais

Barreiras geográficas são limitações que podem caracterizar um


empecilho para que o cliente adquira o serviço oferecido. Por esse motivo,
empresas ou soluções que são oferecidos somente em locais muito
concentrados, como o Solo (em sua maioria programas municipais) e
Monte Olimpo, tem uma oferta limitada geograficamente, afetando
a capacidade de atendimento ao reduzir o público com interesse e
capacidade de adquirir as soluções desenvolvidas.
Monte Rainier é uma continuação da anterior, porém com menos
restrições geográficas. Isso significa que a presença dos concorrentes
se dá em mais locais, aumentando o escopo de possíveis clientes, e
consequentemente, melhorando os canais de atendimento (de acordo
com as variáveis estabelecidas para análise dessa dimensão).
O que separa os concorrentes do Aconcágua para o Monte Everest é
simplesmente a capacidade de ser flexível em qualquer lugar do mundo.
My GC TV e a Feira do Empreendedor são programas internacionais e

424
nacionais, respectivamente. Porém o primeiro é muito pouco conhecido
em território nacional e o segundo segue o mesmo raciocínio para o
território internacional. Youtube e Instagram, entretanto, são redes
conhecidas no mundo inteiro e podem ser acessadas em qualquer lugar
(é possível assistir um canal australiano do Brasil, ou uma live chinesa
dos Estados Unidos), sendo a categoria que proporciona o maior público
possível de ser atingido.

Estrutura de custos
Monte Everest

Aconcágua
Monte Rainier
Monte Olimpo

Solo

G/T 140: Montes Estrutura de Custos


Mandando Bem MyGC TV

O sócio Planeta
Startups
Iniciativa Jovem
Aprendiz
Q. Empreender
Shark Tank
InovAtiva Brasil
Startup Summit
Feira Sebrae
Oxigênio A.
Lemonade

Agita

Canais YT

Lives IG

A Estrutura de Custos é uma dimensão que foi analisada pensando


em todos os custos para a empresa oferecer a solução analisada. Desde
valores de inscrições, premiações, valor estimado de local para a realização

425
do serviço, funcionários e marketing, por exemplo. É fácil saber que não
são soluções que podem ser oferecidas sem uma alta estrutura de custos
por trás, portanto somente temos duas categorias nessa dimensão, as
duas maiores.
Em Aconcágua temos programas que são exibidos em canais mais
baratos, fora de horários nobres, com um menor prêmio ou não existente e
menos gastos com publicidade, refletidos inclusive no desconhecimento
da sua existência, em muitos casos. Apesar disso, não deixa de existir
todo um alto custo por trás.
O Monte Everest nos traz os concorrentes que apresentam os maiores
investimentos e custos, proporcionando maior divulgação da marca,
prêmios ou investimentos para os participantes e altos custos para que
o mesmo possa entrar no programa (taxa de inscrição, deslocamento, ou
qualquer outro custo).

Força de marca

Monte Everest

Aconcágua
Monte Rainier
Monte Olimpo

Solo

O aprendiz Mandando Bem Agita MyGC TV

O Sócio InovAtiva Planeta Startup

Iniciativa Jovem Shark Tank

Lemonade Q. Empreender

Canais YT Feira Sebrae

Lives IG Startup Summit

G/T 141: Montes Força de Marca Oxigênio A.

426
A importância de ter sua marca reconhecida é refletida na
divulgação da imagem, na credibilidade que é passada para clientes e
futuros clientes e na preferência do consumidor ao ter que escolher um
serviço. O programa “O Aprendiz” apresentou uma decaída na audiência,
no marketing, na credibilidade e consequentemente, na força da marca.
Por não mais conseguir manter o status adquirido no início das levas do
programa, se encontra na categoria mais baixa da análise, o Solo.
No Monte Rainier encontramos serviços que contam com uma
maior credibilidade, principalmente pelos canais onde são veiculados.
Seja uma emissora conhecida (Globo, dentro do Caldeirão do Huck)
ou pela rede social (Instagram ou Youtube), ou por ser um programa
internacional (O Sócio), a imagem é melhor trabalhada, divulgada e
ganha maior credibilidade.
Se tratando do Aconcágua, temos soluções entregues por prestadores
de serviço reconhecidos nacionalmente, como o Sebrae. Isso confere um
peso para o serviço, levando credibilidade e a força da marca com ele.
Por último, nosso Monte Olimpo apresenta programas e canais
reconhecidos nacional e internacionalmente, com profissionais
renomados e um nome criado e fortalecido através das experiências dos
participantes, se tornando os concorrentes com maior força de marca.

427
Networking
Monte Everest

Aconcágua
Monte Rainier
Monte Olimpo

Solo

O aprendiz My GC TV Mandando Bem Planeta


Startups
O sócio Q. Empreender Shark Tank
InovAtiva Brasil
Canais YT Iniciativa Jovem
Startup Summit
Feira Sebrae
Lemonade
Lives IG
Agita
G/T 142: Montes Networking
Oxigênio

Avaliando a capacidade da empresa/serviço de conectar pessoas


(participantes, mentores, empresários, empreendedores, investidores,
entre outros), encontramos dois polos: os que o fazem muito bem, e os
que não o fazem. Em formatos similares, tanto O Sócio quanto o Aprendiz,
apresentam um contato restrito entre o apresentador e os participantes,
não envolvendo mais pessoas (ou quando é feito, com um número ínfimo
de pessoas) no programa, alcançando a menor classificação, o Solo.
Monte Olimpo, um pouco melhores, mas ainda baixos na escala, estão os
programas que podem contar com um maior número de envolvidos, porém
o contato é feto através de um vídeo ou chats, não proporcionando que
seja feito de uma forma mais pessoal e direta, quando é proporcionado
(visto que, em um programa de televisão, por exemplo, você pode assistir
uma palestra de uma pessoa renomada, mas pode não ser capaz de entrar
em contato com ela).
Na categoria Aconcágua temos as soluções entregues com um
428
maior contato entre os envolvidos, que também representam um maior
número de pessoas. Proporcionando reuniões pessoalmente e ao vivo,
além da capacidade de contatar mais pessoas, somente perdem para
os que estão no Monte Everest por quantidade e qualidade, já que os
últimos proporcionam um melhor networking para os envolvidos no
serviço, sendo as empresas que melhor realizam esse serviço, de acordo
com as variáveis definidas para análise.

Para facilitar o entendimento dos gráficos, escolheremos cores


para representar cada concorrente analisado:

My GC Tv InovAtiva Brasil
Planeta Startups A Feira do Empreendedor
O Aprendiz Startup Summit
Mandando Bem Lemonade
O Sócio Agita, Sebrae
Shark Tank Oxigência Aceleradora
Iniciativa Jovem Canais YouTube
Curso Quero Empreender Live de Instagram

No título dos gráficos, a primeira dimensão se encontra no eixo Y


e a segunda, no eixo X.

G/T 143: Eixo Y x Eixo X

429
Cruzamento força de marca x atendimento

G/T 144: Cruzamento FxA

- Grupo Isup: composto por O Aprendiz, é o grupo mais fraco, pois é


um programa que já teve uma marca forte, mas, pela falta de presença
nos últimos anos, tem perdido tanto o valor quanto o ibope. O número
de pessoas atingidas também é baixo, pela quantidade de pessoas
por temporada – e a quantidade de temporadas executadas -, quando
comparados com outros programas.
- Grupo II: O Sócio, Iniciativa Jovem e Lemonade são os concorrentes
nesse grupo. O Sócio é um programa estrangeiro, pouco difundido no país.
Difusão também é a questão para a Iniciativa Jovem e Lemonade, que,
apesar de nacionais, não são suficientemente conhecidas. Por estarem
restritas à área de atuação da localização dos programas, o público
atingido é menor.
- Grupo IIsup: compreendendo o quadro Mandando Bem, os Canais
De Youtube e Lives De Instagram, já apresentam uma escalabilidade
maior – principalmente os dois últimos, que podem ser acessados de
qualquer lugar do mundo -. A força da marca também é maior, são

430
conhecidos dentro do país, porém possuem uma interação mais baixa
entre o provedor do serviço e o seu consumidor.
- Grupo III: Quero Empreender e Agita, cursos e programas
que carregam marcas reconhecidas, como Sumpla, Rede Mulher
Empreendedora e Sebrae, e tem uma relação mais próxima entre
provedores e consumidores. Porém existe a restrição quanto à localização
desses programas, atingindo um público menor.
- Grupo IIIsup: composto por Feira Do Empreendedor, Oxigênio
e Planeta Startup, também tem uma força de marca pelos nomes
envolvidos: Sebrae, Porto Seguro e Band. Tem um maior contato com
público, e uma baixa restrição de localidade, apesar de ainda existente.
- Grupo IV: Shark Tank, My Gc Tv, Startup Summit e InovAtiva Brasil
foram os maiores concorrentes nesse cruzamento, resultado de uma
força de marca alta, um bom contato entre o público e os fornecedores
do serviço e a menor restrição de barreira geográfica possível dentro do
que é oferecido pelas empresas.

Cruzamento atendimento x estrutura de custos

G/T 145: Cruzamento AxE

431
- Grupo Isup: compreende o Curso Quero Empreender, Lemonade,
Agita, O Sócio, Iniciativa Jovem e O Aprendiz. Comparado à capacidade de
atendimento (seja pela localização geográfica restrita ou pela estrutura),
o custo de funcionamento é alto, incluindo aspectos como canal de
distribuição, produção, premiação e fornecedores.
- Grupo II: InovAtiva Brasil, Mandando Bem, Youtube, Instagram
e Feira do Empreendedor já apresentam um melhor custo-benefício
quando calculado o custo da estrutura e o público abrangido.
- Grupo IIsup: composto por My GC TV, Startup Summit, Shark Tank,
Planeta Startup e Oxigênio são os que apresentam os melhores resultados
nessa categoria. Pela sua capacidade de atendimento, pela proximidade
com o consumidor e pelo custo da estrutura, se tornam um grupo forte.

Cruzamento estrutura de custos x seleção de canais

G/T 146: Cruzamento ExS

- Grupo Isup: composto pelo Curso Quero Empreender, apresenta um


custo muito alto para sua estrutura quando comparado com o canal
escolhido para a sua realização. Um evento realizado pessoalmente na
432
cidade de São Paulo, possuindo um custo, só do participante, de R$899,00
para dois dias.
- Grupo II: Oxigênio, Lemonade e Agita estão nesse grupo pela limitação
dos canais de distribuição. O Agita, por exemplo, é um programa gratuito
para o consumidor, porém o provedor do serviço não deixa de ter custos
e não tem um comprador para repassá-los. Pela limitação geográfica, se
encaixam nessa classificação.
- Grupo IIsup: O Aprendiz, o Sócio e a Feira do Empreendedor
apresentam uma distribuição melhor, principalmente devido à veiculação
televisionada dos dois primeiros. Mas os participantes estão restritos
à localidade do programa ou devem se deslocar até lá, aumentando a
estrutura de custos. Além do fato de serem programas com recompensas
(contratos, investimentos, know how), somando aos custos de execução.
- Grupo III: conta com Planeta Startup, InovAtiva Brasil, Shark Tank,
Mandando Bem e Iniciativa Jovem. Pela melhor difusão e ampliação dos
canais de distribuição (não são somente locais ou presenciais, tendo
presença televisiva), apesar da estrutura de custos ainda ser alta, tem
um maior custo-benefício.
- Grupo IIIsup: My GC TV, Curso Quero Empreender, Instagram e
Youtube são os concorrentes que apresentam uma maior distribuição
e amplitude dos canais, com um custo relativamente baixo, por se
tratarem, majoritariamente, de plataformas digitais.

433
Cruzamento atendimento x networking

G/T 147: Cruzamento AxN

- Grupo Isup: O Sócio, O Aprendiz e o Curso Quero Empreender ficaram


nesse grupo pela baixa capacidade de atendimento (limitação do número
de participantes, seja pelo espaço físico ou pela estrutura de trabalho) e
não propiciam um networking vasto e relevante para os participantes,
restringindo o contato para apresentadores e palestrantes.
- Grupo II: no grupo II temos a Iniciativa Jovem, atendendo um
maior número de pessoas, porém com o networking também restrito. O
atendimento pessoal e direto não é tão amplo quanto poderia ser.
- Grupo IIsup: compreende a Feira do Empreendedor, Oxigênio,
Lemonade e Agita, que contam com um maior networking, trazendo
palestrantes de diversas áreas, professores, empreendedores e investidores,
porém atendem um público restrito, o que limita sua capacidade de
responder à demanda.
- Grupo III: My GC TV, com um alto networking entre os convidados
para participar dos programas, mas uma abrangência e contato direto
com o público ainda pequeno, e o Youtube, com um alto número de
impactados, porém um contato reduzido entre o provedor e o consumidor,
434
além de um baixo networking.
- Grupo IIIsup: composto por InovAtiva Brasil, Shark Tank, Instagram,
Startup Summit e Planeta Startp, é o grupo que apresenta os concorrentes
com maior networking e uma melhor dinâmica de atendimento, seja na
quantidade de impactados ou na qualidade do contato.

Cruzamento atendimento x seleção de canais

G/T 148: Cruzamento AxS

- Grupo Isup: O Aprendiz, O Sócio e a Iniciativa Jovem apresentam


uma limitação quanto ao público atendido e canal, sendo o online ou
televisionado. Pela dificuldade da barreira geográfica e do número de
atendidos, é o grupo mais fraco nesse cruzamento.
- Grupo II: compreende Oxigênio, Feira do Empreendedor, Curso Quero
Empreender, Lemonade e Agita, atendem um maior número de pessoas,
com melhor comunicação e contato entre participantes e provedores,
mas há a limitação geográfica, o que diminui os canais selecionados.
- Grupo IIsup: Planeta Startup, Mandando Bem, Shark Tank, Startup
Summit e My GC TV se encontram nessa posição pela habilidade de
conectar-se ao público, porém ainda com algumas restrições de
435
quantidade de atendidos e uma seleção de canais menos seletiva.
- Grupo III: composto por Youtube, Instagram e InovAtiva Brasil são os
concorrentes mais capacitados para atender um grande público, apesar
de oferecer um contato primário entre provedores e consumidores. O
canal escolhido faz jus ao tamanho dos consumidores.

Cruzamento networking x seleção de canais

G/T 149: Cruzamento NxS

- Grupo Isup: O Aprendiz, O Sócio e a Iniciativa Jovem apresentam


uma limitação quanto ao público atendido e canal, sendo o online ou
televisionado. Pela dificuldade da barreira geográfica e do número de
atendidos, é o grupo mais fraco nesse cruzamento.
- Grupo II: compreende Oxigênio, Feira do Empreendedor, Curso Quero
Empreender, Lemonade e Agita, atendem um maior número de pessoas,
com melhor comunicação e contato entre participantes e provedores,
mas há a limitação geográfica, o que diminui os canais selecionados.
- Grupo IIsup: Planeta Startup, Mandando Bem, Shark Tank, Startup
Summit e My GC TV se encontram nessa posição pela habilidade de
conectar-se ao público, porém ainda com algumas restrições de

436
quantidade de atendidos e uma seleção de canais menos seletiva.
- Grupo III: composto por Youtube, Instagram e InovAtiva Brasil
são os concorrentes mais capacitados para atender um grande público,
apesar

Cruzamento força de marca x networking

G/T 150: Cruzamento FxN

- Grupo Isup: O Aprendiz, como já exposto, apresenta uma baixa força


de marca e um baixo networking, onde o contato é restrito entre os
profissionais e o apresentador, o que justifica a posição nesse cruzamento.
- Grupo II: O Sócio e Youtube, marcas reconhecidas, porém com uma
baixa habilidade de proporcionar contatos entre os consumidores e os
provedores do serviço.
- Grupo IIsup: composto por Instagram, Iniciativa Jovem, Mandando
Bem e Lemonade, tem uma força de marca maior, principalmente
pelo peso dos responsáveis pelo programa, e podem proporcionar um
networking baixo, mas relevante.
- Grupo III: My GC TV e o Curso Quero Empreender possuem uma
força de marca um pouco menor, mas compensam com um networking
437
mais amplo oferecido para os participantes.
- Grupo IIIsup: compreende a Feira do Empreendedor, Shark Tank,
Planeta Startup, Startup Summit, Oxigênio, InovAtiva Brasil e Agita, que
oferecem ao consumidor uma força de marca forte e um networking
amplo e relevante para a área de atuação dos participantes.

Cruzamento força de marca x seleção de canais

G/T 151: Cruzamento FxS

- Grupo Isup: O Aprendiz não é uma marca forte como costumava


ser e seu canal é muito limitado, principalmente no quesito geográfico.
- Grupo II: a dupla Agita e Lemonade apresentam uma força de marca
maior, pelos seus organizadores, porém são restritos geograficamente ao
acontecer apenas em alguns lugares.
- Grupo IIsup: composto pela Iniciativa Jovem, Mandando Bem e O
Sócio, possuem uma seleção de canal mais forte que a marca, pela baixa
difusão dos programas.
- Grupo III: Youtube, Instagram e InovAtiva Brasil, apresentando
uma força de marca maior, reconhecidas internacionalmente, como é

438
o caso dos dois primeiros, com uma melhor seleção de canais que os
grupos anteriores.
- Grupo IIIsup: compreende Oxigênio, Feira do Empreendedor e
Curso Quero Empreender, tem uma baixa seleção de canais, também
pela limitação geográfica, mas apresentam uma marca forte.
- Grupo IV: Planeta Startup, Shark Tank, Startup Summit e My GC
TV compõe o grupo mais forte no cruzamento em questão, apresentando
uma boa seleção de canais e uma marca forte

Cruzamento força de marca x estrutura de custos

G/T 152: Cruzamento FxE

- Grupo Isup: O Aprendiz continua como o grupo mais fraco, pois, além
da baixa força de marca, possui um alto custo para o funcionamento,
sendo, só na premiação, R$1 milhão.
- Grupo II: compreende Mandando Bem, O Sócio, Iniciativa Jovem,
Lemonade, Youtube e Instagram, ainda são marcas que podem deixar
um pouco a desejar, tanto pela difusão quanto pela credibilidade, e ainda
contam com um custo alto para seu funcionamento.

439
- Grupo IIsup: Curso Quero Empreender, Feira do Empreendedor,
InovAtiva Brasil e Agita possuem uma maior força de marca, muito
devido aos seus organizadores/patrocinadores, mas ainda tem uma alta
estrutura de custos.
- Grupo III: My GC TV, Planeta Startup, Startup Summit, Shark Tank
e Oxigênio são os concorrentes que apresentam a marca mais forte, e,
não diferente de nenhum deles, uma alta estrutura de custos, o que é
comum para todos os envolvidos nesse tipo de prestação de serviços.

Cruzamento estrutura de custos x seleção de canais


G/T 153: Cruzamento ExS

- Grupo Isup: Oxigênio, Agita, O Aprendiz, Curso Quero Empreender,


Lemonade, O Sócio e a Feira do Empreendedor apresentam a maior
estrutura de custos e a menor seleção de canais, obtendo um alto
custo de produção e uma dificuldade geográfica na captação de novos
consumidores.
- Grupo II: compreende Planeta Startup, Shark Tank, Startup
Summit, Mandando Bem e Iniciativa Jovem, tem uma estrutura de custos
semelhante, porém uma maior capacidade de atingir consumidores, sem
uma limitação geográfica muito presente.

440
- Grupo IIsup: My GC TV, InovAtiva Brasil, Youtube e Instagram são os
concorrentes mais poderosos nessa categoria, apresentando uma seleção
de canais maior, com uma estrutura de custos semelhante aos outros
concorrentes.

441
A tabela a seguir mostra quantas vezes cada concorrente apareceu
em cada grupo. Utilizaremos o critério de frequência para atribuir os
concorrentes aos grupos, de forma que seu grupo será aquele em que
mais vezes estiver sido classificado nos cruzamentos. Em caso de empate,
o concorrente será colocado no grupo de menor competitividade (ou
menor grau).
G/T 154: Notas Grupo Estratégico: Classificação de Concorrentes

442
Observamos que, apesar de existir um grupo IV, nenhum dos
concorrentes apresentou uma frequência suficiente para se enquadrar
nesse grupo, logo, o grupo com os concorrentes mais fortes é o IIIsup.
Grupo Isup: formado por O Sócio, Curso Quero Empreender e o Aprendiz
é o grupo mais fraco, pois contam com uma alta estrutura de custos,
uma baixa capacidade de propiciar networking para os participantes,
uma limitação geográfica e na quantidade de participantes consegue
atingir simultaneamente, sendo o mais limitado de todos.

Grupo II: Canais de Youtube, Agita, Lemonade e Iniciativa Jovem


integram esse grupo, apresentando uma maior força de marca, uma
acessibilidade na seleção de canais e ainda uma elevada estrutura de
custos. Porém ainda há falhas na questão de capacidade de atendimento
de participantes e em proporcionar o networking para os envolvidos.
Grupo IIsup: fazem parte as Lives de Instagram, o quadro Mandando
Bem e a Feira do Empreendedor Sebrae mostram uma força de marca
também superior ao primeiro grupo, conseguem atender uma maior
demanda pela redução das barreiras geográficas (melhor seleção de
canais) e contam com uma estrutura de custos um pouco menor.
Grupo III: Oxigênio e My GC TV são os componentes do penúltimo
grupo, alinhando uma marca relativamente forte (uma nacional e outra
internacional), uma alta estrutura de custos, capacidade de atingir
um maior público interessado e a quase total eliminação das barreiras
geográficas. O networking se faz presente, porém com algumas restrições,
como a falta de um contato direto e pessoal no My GC TV.
Grupo IIIsup: composto por Planeta Startup, Shark Tank, InovAtiva
Brasil e Startup Summit é o grupo com os concorrentes que se encaixam
na categoria mais alta das analisadas, sendo o grupo mais forte. Os
concorrentes apresentam uma elevada estrutura de custos, assim como
todos, porém tem uma maior capacidade de proporcionar networking

443
entre pessoas qualificadas da área e os participantes, com uma marca
mais forte e canais de mais fácil acesso à população, tanto pela maior
absorção do público interessado quanto pela menor das restrições
geográficas apresentadas.
As barreiras de mobilidade são grandes e dificultam a migração de uma
empresa para um grupo superior, principalmente no que diz respeito ao
investimento necessário para fazê-lo. Mesmo que a estrutura de custos
seja, de certa forma, parecida, para que uma empresa consiga subir de
categoria é preciso que invista na divulgação da sua imagem, contratação
de profissionais muito bem qualificados, criação de uma lista de
contatos e conexões que possibilitem a transmissão de conhecimentos e
experiências para os participantes, a captação do público e realização dos
serviços em canais e locais que permitam ampliar a rede de envolvidos.
Como oportunidade estratégica, escolhemos entrar no grupo com
os concorrentes mais fortes, o grupo IIIsup. Isso se dá com base nas
características apresentadas pelos concorrentes, onde acreditamos ser
possível aproveitar as oportunidades oferecidas pelo ambiente, mesmo
com a competitividade acirrada, acrescentando valor para o grupo
através da diferenciação proposta pelo projeto.
Por se tratar de conteúdos televisivos (Planeta Startup e Shark Tank) e
cursos/eventos (InovAtiva Brasil e Startup Summit), os serviços oferecidos
pelos concorrentes podem ser agrupados nessas duas categorias e são
semelhantes entre si. A falta de diferenciação pode fazer com que percam
vantagens comparativas e podem ser copiadas por novas empresas que
entram no mercado, causando uma perda na lucratividade.
Para que o projeto tenha sucesso, é imperativo conquistar uma força
de marca, e isso será possível através de campanhas de marketing que
tenham uma conexão profunda com a proposta de valor da empresa, não
sendo somente um chamariz para o público. Com a captação de clientes
e prospectivos clientes, é necessário cultivar uma relação pós-venda,

444
para acompanhar o desenvolvimento dos projetos e manter a lealdade
dos consumidores, o que pode se transformar em um marketing boca
a boca, a melhor propaganda possível quando se trata de confiar na
informação transmitida.
A conquista de market share também se dará através da força de marca,
sendo um resultado desses esforços. Deve-se atentar também para
a escolha dos canais, para diminuir o máximo possível a restrição e
limitação geográfica para captação de participantes, execução do serviço
e veiculação do programa.

445
6.5 Concorrentes
A concorrência pode se definir como a rivalidade que ocorre entre
dois ou mais produtores, que desejam comercializar seus artigos de
mesma classe, entre vários consumidores que tem o desejo de obter
produto de mesma espécie. Segundo Kotler e Keller, eles identificam
como sendo concorrência todas as ofertas e os substitutos rivais, reais e
potenciais que um comprador possa ter.
O objetivo principal para analisar concorrentes diretos e indiretos, é
buscar a expansão empresarial e obter uma maior vantagem competitiva,
entendendo o mercado e buscando estar na frente de outras marca.

6.5.1 Concorrentes diretos


Este tipo de concorrência diz respeito a empresas que compartilham
os mesmo produtos, segmento de mercado e público alvo, marcas que
disputam com o negócio de maneira competitiva. Através das análises
realizadas no capítulo de Grupos Estratégicos, foram identificados como
concorrentes diretos, estando no mesmo grupo estratégico: Planeta
Startup, InovAtiva Brasil, Shark Tank e Startup Summit.

CONCORRENTES FOCADOS
EM ENTRETENIMENTO
446
6.5.1.1 Planeta Startup

Figura 53: Logo Planeta Startup

O que é?

É um reality show de aceleraração de startups, mostrando


como o ecossistema funciona para o público, contando com sessenta
startups brasileiras de diferentes segmentos, o reality busca despertar
aceleradores e investidores de startups no mercado. O programa tem
como apresentadora Ana Luisa Médici, economista e jornalista. Tem
como mentor Fernando Seabra, Diretor da Fiesp e Líder do GRI (Grupo
de Relacionamento com Investidores) do DEMPI ACELERA, sendo
considerado atualmente um dos maiores nomes do empreendedorismo
nacional.
Como jurados, Tallis Gomes - fundador do Easy-taxi, listado pela
Forbes e pelo MIT como um dos jovens empreendedores mais inovadores
do mundo -, Dani Arruda - investidora anjo, sócia da Taylor – Venture
House e cofundadora da Babel Ventures, fundo de investimento no
Vale do Silício -, e Amure Pinho - empreendedor serial, presidente da
Abstartups (Associação Brasileira de Startups), palestrante e investidor
anjo.
O programa é passado pela rede bandeirantes, toda quinta, as 22h45.
Tem uma audiência média de 0,5 pontos, sendo decepcionante para rede,
onde, em sua estreia, ficou em quinto lugar - perdendo para RedeTV!,
que marcou 1,6 na faixa. Globo (19,4), SBT (10,9) e Record (9,4) garantiram

447
as primeiras colocações. (Terra, 2019). O programa não comunica com
seu público pelo instagram, utilizando somente o Facebook e o próprio
site para isso.

Como funciona?

Para participar do programa é necessário que o candidato se


inscreva no reality. Nos primeiros episódios é apresentado o conceito
do planeta startup e as equipes passam pelo pitch do elevador, onde
eles têm um minuto para apresentar a sua ideia de negócio e convencer
os jurados a abrir a porta, e, quem não recebe uma porta aberta não
está necessariamente fora do programa. Antes de serem eliminados, eles
passam por um debate com os jurados. No total, apenas 30 empresas
participam do programa.
Do terceiro ao 12º episódio, as startups disputam, de três em três,
uma vaga na etapa final. Nesta etapa é feito um processo de aceleração
de cinco dias, onde, no primeiro dia, os participantes fazem uma
apresentação inicial do seu negócio aos jurados e, em seguida, é passada
uma missão no qual os participantes precisam aprimorar.
No segundo dia os participantes passam por uma consultoria com
Fernando Seabra, permitindo que as startups trabalhem em cima de
seus negócios, tendo dinâmicas especiais. No terceiro dia as equipes vão
às ruas testar e colher novos dados para seu negócio. No quarto dia,
Fernando Seabra dá o seu feedback para darem o sprint final, e, no
quinto dia é feito um pitch para os jurados, e eles decidem quem vai
para a final.
As 10 startups que chegam à final participam de uma rodada de
negócios que decidirá os cinco melhores, e, as classificadas, participam
da prova final, onde terão que criar uma solução para um problema real
de alguma comunidade. Os jurados escolhem então a grande vencedora.

448
Como participar?

A inscrição e as etapas são realizadas conforme o entendimento


e habilidade de cada participante. As operações são gerenciadas pela
empresa e, posteriormente, ao cliente. O programa só auxilia através
de consultorias, preparando a equipe para conseguir o investimento da
banca.

Pontos positivos

O programa apresenta uma boa dinâmica de provas, prendendo a


atenção do público, com metodologias diferentes, como os pitchs dentro
do levador. Além disso, é bem objetivo na metodologia utilizada e nos
feedbacks para os participantes. É de fácil acesso e proporciona uma boa
visibilidade para os participantes.

Pontos negativos

Identificamos o tom utilizado pelos jurados aos passar os feedbacks


como um deles. Por ser mais elevado e carregar um gestual imponente,
passa para o público um ar de arrogância na sua fala, distanciando o
reality do público. Além disso, as consultorias são apresentadas de formas
rápidas para o público, dificultando compreensão total e empática.

Análise de marketing digital

Começamos a análise observando a página na web do concorrente.


O primeiro detalhe a ser observado é o SEO do site em questão de CSS e
boas práticas.

449
Figura 54: Banner site Planeta Startup

A análise de SEO é importante para verificar se os parâmetros do


site estão de acordo com as boas práticas do Google para ser veiculado,
e se o site é acessível para o usuário.
O primeiro passo é verificar a relação entre texto e imagem
presentes na página, sendo importante que os textos não sejam em
formato de imagem, para não dificultar a busca e possíveis assimilações
que poderiam ser encontrados nas pesquisas do Google. A página seguiu
bem os conceitos e apresenta todas as informações em formato de texto,
o que possibilita que todo conteúdo descrito no site seja encontrado.

Figura 55: Banner site Planeta Startup 2

Agora, quanto a responsividade do site, vemos que a versão


mobile não obteve tanta atenção, pois mesmo com o layout bem feito,
observamos uma possível demora no carregamento, o que deve ser

450
verificada através do PageSpeed Insights, plataforma desenvolvida pelo
Google para verificar códigos de site.

Figura 56: Site Planeta Startup Mobile

É importante ser observado, também, a velocidade e o peso da


página, onde verificamos que a mesma possui um código pesado e seu
carregamento é lento, o que pode dificultar o acesso para o usuário.

Figura 57: Análise SEO Planeta Startup

451
Analisando mais a fundo as “sujeiras” do código, é verificado que a
página possui elementos demais e as imagens não estão em um formato
adequado para a web, além de códigos do CSS, que não estão sendo
utilizados, estarem presentes na página, acarretando, em parte, o atraso
do carregamento.

Figura 58: Análise SEO PS Oportunidade

E, por parte do diagnóstico, as recomendações vêm por parte de


ajustar e alinhar o CSS, que se mantém poluído de informações que não
tem necessidade de estarem presentes na fonte.

Figura 59: Análise SEO PS Diagnóstico

452
As referências internas e externas do site encontram-se de maneira
simples e acessível, sem poluição de anúncios e links que não possuiem
assimilação com a plataforma.

O menu é simples e agradável, facilitando o usuário a verificar


cada página sem um grande esforço. Foi feita uma ótima estratégia para
simplificar o menu, por possuir apenas Home, Vídeos e O Planeta, onde
todas as informações foram inclusas no último, não poluindo o layout.

Figura 60: Rodapé Planeta Startup

453
Também é possível verificar todos os outros meios que a página
possui de contato com o público, portanto, é interessante verificar todos.

Figura 60: Redes sociais Planeta Startup

Entre todas as páginas que o programa veicula, a que mais possui


seguidores é do Instagram, com 28,1 mil seguidores, enquanto a do
Facebook possui 2.815 seguidores, o YouTube com 5,04 mil, o Linkedin

454
com 1.892 e o Twitter com apenas 560 seguidores.
A resposta para essa divergência é clara: o conteúdo postado em
todas as redes sociais, com exceção do YouTube, é o mesmo. As redes
sociais funcionam de maneira diferente, com objetivos diferentes e
possui públicos diferentes, usar o mesmo conteúdo para todos é um
grande erro e isso é notório no Twitter, a rede social de poucos caracteres.
Buscamos então, analisar a página que a estratégia foi destinada, no
caso, o Instagram.

Figura 61: Engajamento Planeta Startup

Sobre o conteúdo, as páginas encontram-se abandonadas, sem


atualização desde janeiro de 2020 e as interações são baixas, com 6
comentários em meio a 2.688 reproduções em um dos conteúdos, por
exemplo, o que traz uma taxa de engajamento baixa (0,74%) com uma
pequena quantidade de seguidores (quanto menos seguidores, em geral,
é mais fácil ter uma métrica de engajamento maior). Mas mesmo assim,
o Planeta Startup usa suas redes sociais com foco em comunicação BTC
e possui, sem especificar, dois temas: um com editoriais voltados para
divulgar novidades e notícias do programa, e outro voltado para vídeos
longos, que são postados no IGTV.

455
Um detalhe a ser observado, com base no conteúdo, é que os dois
não trazem uma interação próxima com o público, pois um deles é
apenas anúncio e o outro exige um grande esforço do usuário para ser
exibido.

Figura 62: Anúncio Planeta Startup

Analisando a postagem do editorial de divulgação, é perceptível


um ótimo trabalho visual, com cores vibrantes e um leve uso de vetores
para ilustrar um capricho na arte. Por parte da posição dos elementos,
foi utilizado de maneira correta a regra de ouro, onde a informação
toma conta do centro da tela, o logotipo vem no quadrante do primeiro
olhar e o logotipo da Bandeirantes vem no quadrante de segundo olhar.
O texto pode parecer com bastante espaço, porém, o que muitos não
sabem, é que é possível driblar a ferramenta de validação de anúncios
através de quadrantes e de textos artísticos, pelo tamanho do 2 exagerado
ele foi considerado artístico e os quadrantes calculados foram somente
da frase complementar. Logo, temos OK para a veiculação do anúncio, e
também uma informação enorme para chamar a atenção para quem for
impactado.

456
Figura 63: Anúncio validado Planeta Startup

Sobre a legenda, é observado que o total de caracteres foi 154 e está


dentro do ideal e recomendado pelo manual de boas práticas. O segundo
detalhe é que não há nenhum emoji na legenda, e estudos apontam
que a utilização correta de emojis pode aumentar o engajamento de um
conteúdo em 33%, o que foi ignorado pela página.
O terceiro ponto é em relação ao uso das hashtags, que foi exagerado,
e várias sem nenhum motivo de estar ali. As hashtags aumentam o
alcance, mas o seu uso incorreto inviabiliza o engajamento, pela
poluição visual, e pelo fato de quem abre o post não conseguir visualizar
instantaneamente os comentários, ocultando o que possibilitaria uma
interação.
A conclusão é que a arte possui uma estratégia e semiótica aplicada
de maneira correta, mas a redação não foi devidamente analisada e
estudada. A publicação chama a atenção, mas não atrai engajamento
dos usuários.

457
Figura 64: Postagem Planeta Startup

Sobre a postagem do editorial de vídeos, é observado que o vídeo é


longo e requer um grande esforço do usuário para ser assistido, possuindo
mais de 8 minutos. É bem trabalhado, mas não está em formato
vertical, o que atrapalha a visualização do conteúdo quando está em
um smartphone. Por conta do tempo de vídeo, é inviável anunciá-lo.
Sua legenda está bem diagramada e dentro da quantidade de caracteres
recomendada para as boas práticas de conteúdo, mas não possui emojis
e também possui um exagero na quantidade de hashtags.
A conclusão é que o vídeo serve apenas como orgânico e, ainda
assim, se torna difícil para o usuário tomar interesse de assistir ao
conteúdo.
O SAC 2.0, sistema de atendimento ao consumidor nas redes sociais
é inexistente, a página não responde nem reage a nenhum comentário
de seus seguidores.

458
Figura 65: Postagem Planeta Startup 2

A página não possui nenhum anúncio sendo veiculado no momento,


no Instagram ou no Facebook.

Figura 65: Rede de anúncios Planeta Startup

O motivo pode estar relacionado ao programa não estar sendo


executado no momento, mas a falta de anúncios genéricos do método

459
Hygiene ao menos, pode fazer falta para o fortalecimento e presença da
marca e do programa.
Analisando o YouTube, a única plataforma em que eles diferenciam
o conteúdo, percebe-se que eles publicam todo seu conteúdo televisivo,
possuindo 90 vídeos, e utilizam vários cortes para exibir momentos
interessantes do programa. Além disso, organizam o conteúdo em
playlists, para facilitar a visualização do público por aquilo que mais lhe
agrada.

Figura 66: Vídeos Planeta Startup

Um detalhe que passa despercebido, mas que possui grande


importância, é que eles também não possuem interação com seu público
nos comentários e na comunidade do YouTube, e usam o mesmo texto
de descrição das outras redes sociais, esquecendo de acrescentar o link
do website, o que prova que a estratégia no YouTube também é falha.
Isso logo se prova pela quantidade de visualizações em um programa de
televisão, que possui mais de 90 vídeos, com mais de 1 ano de página, e
apenas 256.636 visualizações no total.

460
Figura 66: Descrição YouTube Planeta Startup

Figura 67: Dados mensais YouTube Planeta Startup

Devido ao abandono da página, é perceptível que seu alcance vem


diminuindo, pois conseguiram apenas 90 inscritos nos últimos 30 dias
(52,6% a menos que nos 30 dias anteriores) e 9.821 visualizações. A página
continua monetizada e tem a estimativa de 2 a 39 dólares por mês, o que
representa um retorno baixo, se comparado ao que possivelmente foi

461
gasto no período em que a página foi ativa. O gráfico abaixo demonstra
como a página vem perdendo alcance ao longo do tempo.

Figura 68: Ganho de Views e Subs PS YT

Conferindo o programa no Reclame Aqui, é notório que não possui


nenhuma reclamação, o que demonstra uma boa imagem, mas ao mesmo
tempo, ele não possui uma conta no site, o que demonstra que não está
preparado, caso receba críticas.

Figura 69: Reclame Aqui Planeta Startup

Referente a campanhas Google, não é possível localizar nenhuma


de anúncios veiculada através de Search, Rede de display ou e-mail

462
marketing ads por parte do Planeta Startup, o que mostra que todas as
campanhas estão pausadas ou não existem.
Demonstra que não faz campanhas de anúncios quando o programa
não está no ar, e o seu plano e estratégia de marketing digital é muito
simples, demonstrando falha estratégica em todas as redes sociais que
estão inclusos. Sua eficiência é totalmente orgânica, com um público
vindo por interesse próprio, e não pelo impacto de anúncios digitais
que o programa pode criar. E mesmo com o conteúdo orgânico trazendo
usuários, o engajamento é baixo, por não existir SAC 2.0 e nem estratégia
por parte da página.

Análise de identidade visual

Para introduzir essa etapa da análise, vale citar que uma coisa
interessante para o universo de Startups e criatividade, são cores mais
vivas e diversas. Um ambiente mais despojado, para lembrar elementos
felizes e tirar a frieza presente em escritórios; é algo interessante para
optar em questão de design decorativo.
Segundo o site Marelli, usar cores como roxo, vermelho, azul, laranja
e verde é uma ótima escolha, pois elas podem impactar na produtividade,
positivamente. Essa pesquisa também mostra as cores que vêm sendo
utilizadas em ambientes de trabalho coletivo:
Roxo: Cor da transformação;
Azul: Remete tranquilidade;
Vermelho: Cor estimulante, que traz a ideia de motivação;
Laranja: Dá dinamicidade, com a sensação enérgica que a cor traz;
Verde: Essa cor é associada à tranquilidade e calma;

463
Ao ver o site do Planeta Startup, vemos que eles foram felizes nesse
quesito, pois as cores presentes brilham bastante aos olhos. Além disso,
eles abusaram bastante na paleta com tonalidades como o vermelho
(cor principal da marca), o azul em degradê escuro/claro, roxo, laranja e
variações das mesmas.

Figura 70: Inscrição Planeta Startup

De toda forma, a cor que traz maior contraste, ou “quebra do


comum”, nesse repertório, é o azul. Mas, ele não está tão presente assim
no restante do site, fazendo com que o vermelho fique bastante pesado
para os olhos, além de tornar a situação um pouco cansativa.

Figura 71: Logo negativo Planeta Startup

A marca é bonita e remete bastante a questão do universo e planetas.


Mas, falando sobre o segmento ao qual a marca aborda, startups, consegue
remeter, por uma questão de como as marcas nessa área tendem a se

464
apresentar: as cores, a espessura dos traços e a palavra Startup com boa
relevância do destaque na peça.

Figura 72: Ícone Planeta Startup

Porém, seria um pouco complicado de identificar sobre o que se


trata, se a marca viesse apenas em símbolo. É passível de confusão,
inclusive, com a própria Nasa.

Figura 73: Logo NASA

Da mesma forma que no logo da Nasa, vemos círculos, um ‘’fenômeno”


giratório que remete à volta no planeta e a ideia de movimento. As
situações não são iguais, mas dá para perceber uma clara referência.

Nesse mesmo sentido, a diagramação de alguns textos do site peca..


Espaçamentos muito longos entre linhas e textos quebrados, de forma a
dificultar a leitura.
Figura 74: Tipografia Planeta Startup

465
Essa leitura seria facilitada se, ao invés dessa utilização, fosse usada
dessa forma:

CURSOS PARA TIRAR


A IDEIA DO PAPEL

ou, se a ideia fosse usar 3 linhas, essa:

CURSOS PARA
TIRAR A IDEIA
DO PAPEL

Os ícones, no decorrer do site, não possuem um padrão exato. Em


uma mesma seção do site, podemos ver dois ícones azuis, do lado de um
vermelho e um branco. Além de alguns ícones possuírem preenchimento
enquanto outros, são apenas traçados, se tornando desarmonioso.

Figura 75: Tipografia Planeta Startup 2

Nessa seção, 3 desses textos levam para outra página quando clicados,
embora não pareçam botões, enquanto isso, a parte de “novidades do
ecossistema” está inutilizada.

466
Falando ainda dos ícones, são genéricos e estão jogados no meio da
página, de forma descompromissada, isso é, são usados junto com frases
que remetem a uma ação dentro do site, mas a má harmonia do ícone
com o texto naquele momento, faz com que pareça que essa seção do site
não é “clicável”. Um CTA resolveria bem.
Logo no começo do site, nos é apresentada uma animação com
base na identidade da marca, e é uma bela animação, que seria melhor
utilizada, se não fosse pela qualidade da animação que é nitidamente
baixa. Podiam ser usados alguns recursos para tornar isso menos
aparente. Mas, até mesmo por foto, é possível notar que ela está muito
“pixelada”.

Figura 76: Banner Planeta Startup 2

Mudando de página, é o momento em que começa a ficar mais


visível o propósito do site. Está presente nessa seção a existência de
fotos e vídeos de empreendedores e pessoas efetivamente trabalhando
no cenário.

467

Figura 77: Hierárquia Planeta Startup

Os jurados responsáveis pelo programa são apresentados


brevemente, o que é o ideal, Além disso, eles são colocados dentro de
formas triangulares, o que é estranho, pois não é uma forma geométrica
que é muito explorada no decorrer do site.

468
Analisamos as redes sociais do Planeta Startup, e detalhes como sua
padronização, fidelidade à identidade que a empresa possui, integridade
nos editoriais e clareza no conteúdo gráfico passado.
Falando sobre suas páginas, a do Instagram é que possui maior
notoriedade em questão de seguidores, com quase 28 mil, não está tendo
mais cadência nas postagens desde Janeiro. No facebook, a empresa
possui pouco mais de 2.600 seguidores, mas, o conteúdo nas duas páginas
é o mesmo, texto e imagem.
Suas postagens possuem uma fidelidade à paleta, que é bem utilizada
nas postagens, mas, é difícil ver uma integridade nos editoriais que
usam. Como por exemplo, o editorial que apresenta jurados, mentores,
apresentadores variou muito de postagem pra postagem. Algumas
postagens com o fundo da foto, enquanto outras tiveram seus fundos
recortados, e isso faz com que pareça que toda hora a página está falando
de uma coisa diferente e não gera familiaridade nesses editoriais.

Figura 78: Feed Planeta Startup

469
Ainda nessas postagens, analisando a diagramação, existem alguns
respiros mal feitos nas imagens, com alinhamentos assimétricos em
relação à borda, mas, estão alinhados com o texto abaixo. Existem alguns
momentos em que o contraste de texto branco e o fundo da imagem dão
problema e a leitura é prejudicada.

Figura 79: Grid Planeta Startup

Diferente do website, o espaçamento aqui foi melhor utilizado


entre linhas, e a questão das palavras viúvas agora está resolvida e a
leitura ficou mais confortável dessa forma, embora, em muitas imagens,
estejam carregadas com muito texto.

Figura 80: Destaques Planeta Startup

Para finalizar, os destaques dos stories da página estão muito


bonitos, com cores bem vivas que não brigaram com as “imagens
destaque” presentes neles. Mas, uma coisa estranha é a presença do preto
e branco nas imagens, novamente apresentado pela primeira vez em
toda a identidade da empresa, que não ficou feio, mas destoou bastante
do restante.
470
Na página do YouTube, que é onde é possível aproximar de forma
mais fiel o usuário ao que a empresa realmente é, isso é, como eles
atuam e quais pessoas estão por trás de toda a proposta, foi colocado de
maneira bonita também, assim como no restante da comunicação. Mas,
dessa vez com uma presença maior de padronização nos editorais. O
problema é: os títulos dos vídeos estão brigando muito com o contraste
das ‘’thumbnails’’ e isso está fazendo com que esses textos fiquem ilegíveis
e sem destaque, podendo ser resolvido com um box por trás do texto.

Figura 81: YouTube Planeta Startup feed negativo

Concluindo, a empresa possui fontes promissoras de comunicação,


e foi bem respondida com uma boa quantidade de seguidores. São ótimas
fontes de referência no quesito de forma de abordagem e como lidar
com o público, bem semelhante à proposta do grupo Eleve.

471
6.5.1.2 Shark Tank

Figura 104: Logo Shark Tank

O que é?
É uma série norte-americana, que tem forma de um game,
no qual mostra empreendedores que vão ao programa apresentar as
suas ideias de negócios para potenciais investidores, com o intuito de
obter financiamento. É um programa e uma coprodução entre Floresta
Produções e a Sony Channel. Na América Latina, a primeira versão foi
no México e, posteriormente, no Brasil. É transmitido em um canal de
televisão fechada, atingindo somente uma fatia da população.
O júri da quarta edição era composto por Camila Farani - um
dos principais nomes do investimento-anjo no país -, João Appolinário
-fundador da Polishop -, Caito Maia - fundador da Chilli Beans -, José
Carlos Semenzato - da MZTO Holding de Franquias - e Cris Arcangeli -
empresária do ramo de cosméticos. Tem como objetivo oferecer aos
empreendedores a oportunidade de lançar suas ideias de negócios para
grandes investidores, conhecidos como “tubarões”, na esperança de
conseguir fundos de investimento.
O programa apresentou, em sua última temporada, realizada em
2019, um aumento na audiência de 37%. A movimentação no site já
teve um aumento de massivo: de 90% foi para 112%, em seu canal do
Youtube teve 700 mil visualizações na terceira temporada - na quarta,

472
esse número foi para 5 milhões -, a campanha do facebook impactou
25 milhões de usuários, e o instagram chegou a 17,5 milhões, gerando,
juntos, 7 milhões de engajamento.
A partir do gráfico disponibilizado pelo InfoMoney, feito a partir de
dados recolhidos da última temporada do programa (2009), foi apresentado
que a região sudeste é a que tem mais participação no programa: dos 75
pitchs, 53 eram dessa região, e o estado que mais teve pitchs analisados
foi São Paulo. Com relação ao gênero dos empreendedores, temos que
a maioria são homens, e os segmentos de negócios mais apresentados
foram alimentação, entretenimento e design de produto e invenção. Por
outro lado, os segmentos menos apresentados são os de automatização,
cosméticos e clubes de assinaturas.

Como funciona?

É necessária a realização da inscrição pelo site e o envio de um


vídeo de 3 minutos, resumindo claramente o seu negócio. Após passar
na seleção, o empreendedor apresenta sua proposta para os investidores,
contendo um valor de investimento e porcentagem de participação na
empresa, onde, após analisar, os investidores decidem se vão investir
ou não, e o valor e a porcentagem de participação podem aumentar ou
diminuir, de acordo com as análises feitas pelos Tubarões. Os principais
pontos analisados pelo programa são: faturamento, escalabilidade,
dedicação total ao projeto e inovação. O reality busca afirmar e garantir
a veracidade do programa através de postagens do resultado das
consultorias nas redes sociais dos tubarões.

Como participar?
O participante realiza a inscrição pelo site, a empresa analisa
e chama para o pitch, onde o participante pode tentar, de imediato,

473
um investimento. Não é feito um acompanhamento com a empresa e
nem segue um roteiro especifico: o participante deve levar o que é mais
relevante e que possa causar desejo de investimento.

Pontos positivos:

O programa é contagiante, principalmente pela alegria e o interesse


em tudo o que é apresentado aos jurados, o próprio nome do programa
causa curiosidade no publico e, ao assistir, e ter a possibilidade de ver
grandes empresários avaliando outras empresas, prende a atenção de
quem está assistindo.

Pontos negativos:

Trabalha com um nicho de público muito específico, por estar


presente em televisão fechada, o programa também não fala muito de
como são os critérios de avaliação para que haja investimento. O Shark
Tank não demonstra o processo da consultoria.

Como pode nos afetar?

Já consolidado no mercado, geralmente seu público é bem presente.


Traz, de uma forma diferente, um pouco de como é a busca de novos
negócios por investimento, tendo em sua banca de investidores grandes
nomes do mercado nacional. Pode nos afetar por trabalhar em canais
fechados, semelhante à nossa proposta, e pelos investidores de peso em
sua banca, um fator que desperta bastante curiosidade do público.

474
Análise de marketing digital

O Shark Tank não possui um website próprio, mas possui uma


página dentro do website da Sony, portanto, as análises irão se voltar
para como o conteúdo foi abordado dentro do site da Sony, já que a
hospedagem e plataforma não são próprios do programa.

Figura 105: Banner Shark Tank

A página é simples, com o único objetivo de dar acesso ao público


que já conhece a plataforma. A primeira tela já traz o convite para
inscrever-se no programa e, em seguida, eles disponibilizam conteúdos,
episódios, uma pequena sinopse sobre o programa e outros pontos de
contato de forma enganosa, pois a maneira que o layout é organizado,
dá a impressão de ser do Shark Tank, porém, todos os pontos de contato
são da Sony. A landing page é desorganizada, com pouca informação e
explicação sobre os conteúdos, se demonstrando como um produto.
O problema que a página possui é que a quantidade de imagens e
vídeos é maior que a quantidade de texto, o que demonstra um trabalho
errado de boas práticas e SEO, pois irá dificultar a localização de diversas

475
palavras-chave que poderiam dar acesso à página pelo Search.

Figura 106: Rodapé Shark Tank

O programa possui usuário em três redes sociais, que são o Instagram,


o Facebook e o YouTube.

Figura 107: Números Insta Face Shark Tank

A página do Instagram possui 273 mil seguidores, enquanto a


do Facebook possui 132 mil. Porém, com base em todo o histórico, é
perceptível que o programa tem um impacto bem maior no Facebook,
tanto no número de interações, que é quase 3 vezes maior, quanto no
engajamento, que é de 0,48% a 0,0019%. O engajamento poderia ser
considerado baixo, porém, levando em consideração o raciocínio de que,
quanto mais seguidores, menor o engajamento, a página possui uma
média razoável.
Ultimamente, as páginas vêm obtendo um alto índice de crescimento
e possui postagens com engajamento altíssimo. Temos como exemplo
uma postagem com o engajamento de 8,09% e é interessante verificá-la
para buscar possíveis técnicas e estratégicas que foram envolvidas.

476
Figura 108: Engajamento Shark Tank

Na postagem, começamos verificando um fator que poderia


ser considerado um dos maiores erros para qualquer página que está
presente nas plataformas do Facebook (Instagram e Facebook). O erro é
justamente você buscar veicular algo do Google no Facebook, isso afeta
os impactos e os resultados pelas próprias regras de boas práticas do
Facebook. Portanto, a postagem é totalmente orgânica, o que ainda não
é o ideal, porém a página não desperdiça investimentos veiculando algo
que será prejudicado pela plataforma.
Figura 109: Shark Tank Anúncio

477
Fora esse detalhe, é verificado um texto bem escrito, criativo e
atrativo, utilizando emoji - relevante, por conta do impacto provado de
33% quando uma postagem possui emojis - e com apenas uma Hashtag
que não polui o texto. O único detalhe é que o texto não possui call to
action, podendo deixar de influenciar usuários a tomar uma atitude
conforme a postagem.
Sobre a imagem, é incorporada de uma Thumbnail do YouTube,
então considere também como uma análise de thumbnail para o
canal do YouTube. Possui um efeito simples, englobando os principais
representantes do conteúdo, um texto grande, simples e direto, e a
identificação da marca do programa. As cores estão dentro da identidade,
justamente por serem fotografias do programa. Em geral, a thumbnail
está ideal.
Agora, a maior relevância da postagem é justamente o conteúdo,
pois envolve Caito Maia, um investidor que dificilmente é convencido
dentro do programa. Porém, o conteúdo envolve uma marca de pimentas,
o que remetendo à identidade de sua marca de sucesso, Chilli Beans. A
relevância do conteúdo pode contornar erros técnicos nas peças, e essa
peça possui poucos erros. A conclusão é que o engajamento se dá por
conta do cuidado que a peça teve com várias técnicas e recursos bem
utilizados.
Eles possuem apenas um editorial criativo, que representa a
divulgação e pequenos takes de episódios e conteúdos relacionados ao
programa, encaminhando, na maioria das vezes, para o YouTube. Porém,
recentemente, começaram a fazer uso do IGTV e buscar possibilidades
dentro dessa ferramenta, o que pode ser um fator responsável pelo
crescimento recente de seguidores na página.

478
Figura 110: Follower Shark Tank

Sobre o SAC 2.0, mesmo com a grande quantidade de usuários


interagindo e o conteúdo relevante, ele não é feito em nenhuma das
postagens, o que mostra a falta da interação com o público, é uma
ferramenta extremamente importante.

Figura 110: Shark Tank Post Insta

479
O SAC 2.0 básico poderia ser feito, pois existem questões levantadas
pelos usuários referentes a datas e episódios, que podem gerar impacto
positivo futuramente para o programa.
Para finalizar a análise das principais redes sociais, é interessante
verificar o quanto a página investe em veiculação e anúncios. O que é
constatado é que a página está parada e não veicula nenhum anúncio.
Para fins de comparação, verificamos a página internacional, e a surpresa
é que eles também não veiculam nada.
Figura 111: Rede de Anúncios Shark Tank Brasil Figura 112: Rede de Anúncios Shark Tank

Em relação Google Ads, Search e Rede de Displays, também, não é


possível encontrar qualquer anúncio sendo veiculado no momento. O
que impossibilita o programa de encontrar novos usuários, mantendo
apenas seus seguidores e quem realmente já conhece e se interessa pelo
programa.
Seu canal no YouTube possui 139 mil inscritos e o selo de verificado,
criado no dia 21 de janeiro 2020, já possuindo quase 27 milhões de
visualizações com apenas 59 vídeos.

480
Figura 113: Rede de Anúncios Shark Tank Brasil

Observando sua principal plataforma de veiculação, o YouTube, é


possível verificar, pela primeira vez nas análises, como um canal grande
se porta. Sua página Sobre é bem escrita e utilizam todos os recursos que
é oferecido, demonstram canais parceiros e uma descrição completa e
diferente das utilizadas nas outras redes sociais.
Além disso, eles possuem uma comunidade, bem alimentada e com
o conteúdo diferente das outras redes sociais, o que mostra o exemplo de
uma página bem gerenciada.
Figura 114: Comunicade YouTube Shark Tank

481
Suas playlists são organizadas e possibilitam que o público escolha
o que assistir, provando mais uma vez, uma organização e cuidado com
a página do programa.

Figura 115: Feed YouTube Shark Tank

E por fim, estão alimentando a página constantemente, em um


intervalo de 2 em 2 dias, o que demonstra profissionalismo em utilizar
de uma tática simples e eficaz, que a maioria dos youtubers de sucesso
utilizam.

Figura 116: Feed YouTube Shark Tank 2

482
Concluindo a parte de conteúdo no YouTube, é visível que o Shark
Tank possui estratégias para essa rede social e utilizam de forma regrada
e produtiva, o que se torna um fator para a sua grande quantidade de
visualizações em pouco tempo de canal.
Voltando o olhar para os números, é possível ver que a página
do Shark Tank consegue explorar mais do potencial do Social Blade,
justamente por conta de sua preocupação e estratégias dentro da página.

Figura 116: Social Blade Shark Tank

Hoje, eles ocupam a posição de 10.993 lugar no ranking do YouTube


Brasil e estão em 26.962 no ranking do Social Blade, lembrando que o
canal foi lançado em janeiro deste ano, os números são incríveis.

Figura 117: Social Blade Shark Tank

Mesmo com uma queda representativa em seu número de seguidores


e visualizações, os números continuam impressionantes, com 39.1 mil
inscritos nos últimos 30 dias e 6.654 milhões de visualizações no mesmo
período. A estimativa é de que o canal recebe entre 1,7 mil a 26,6 mil
dólares por mês, e até 319,4 mil dólares por ano.
O canal consegue, pelo menos, 200 mil visualizações e mil seguidores
por dia e é importante destacar que, recentemente, devido ao vídeo da

483
pimenta de Caito Maia, esses números dobraram, o que pode indicar
uma nova linha para o canal crescer ainda mais.

Figura 118: Ganhos Shark Tank Brasil Social Blade

Para demonstrar, mais ainda, o quanto esses números são incríveis,


é possível visualizar os canais de sua grade e nenhum deles leva o mesmo
tema, são canais, em geral, voltados para entretenimento (jogos, músicas,
howto, pessoas) e dois canais de educação, o que torna o Shark Tank o
único canal dessa grade nesse segmento.

Figura 119: Ranking Social Blade Entretenimento

Finalizando a análise do YouTube, é confirmado o quanto o conteúdo


se tornou relevante para o hype do canal, mesmo com o programa já
sendo conhecido pela rede de televisão, o canal cresceu muito rápido e
suas estratégias de implementação já trazem um retorno incrível para o
show.
O Shark Tank se mostra como produto da Sony e não possui um
site próprio. O Facebook não possui investimento e o Instagram começou

484
recentemente a ser observado por quem executa o marketing digital do
programa. Porém, não possuem anúncios, tanto de Facebook quanto de
Google, sendo um conteúdo totalmente orgânico.
Se mostra um gigante do mercado digital quando analisado o
YouTube, bem trabalhado, estruturado e investido, o que prova ser o
foco do marketing digital do programa. Já conseguem uma significativa
audiência através da rede social e sua taxa de crescimento está em um
nível alto.
É um concorrente muito maduro em questões de YouTube e
conteúdo, porém ainda possui pontos negativos em outras redes sociais
e campanhas Google.

Análise de identidade visual

Nessa próxima análise, falaremos sobre uma proposta do mercado


atual de empreendedorismo, que traz consigo uma identidade muito
forte. Mostraremos a seguir o que foi feita nessa identidade para que
ela seja tão assertiva nesse sentido e também, os possíveis defeitos que
possam estar por traz disso.
Falando sobre a marca, ela traz consigo uma paleta de cores não
muito abundante, usando bastante do branco, preto, e do azul e suas
variações. Foi bem usada a presença de uma estilização no logo, que
é como se um tubarão tivesse mordido a letra, o que vem trazendo
novamente a questão do perigo e imponência.
A tipografia utilizada não possui serifas, mas tem uma grossura
espessa e é condessada. Essas características, juntamente ao kerning
curto entre as letras, trouxe bastante poder para a marca.

485
Todavia, esses elementos escolhidos para a marca tornam ela um
pouco complicada para aplicação em diferentes locais. E isso é possível
ver na imagem abaixo, na qual o texto não tem uma leitura muito boa
a mais de 4 metros:

Figura 120: Sorocaba Shark Tank

Sendo assim, começamos pelo cenário do programa, contando


com a iluminação roxa de fundo, que, como anteriormente citado, traz
a ideia de transformação nesse ambiente. Além disso, os convidados
estão devidamente trajados de forma elegante e poderosa. Taças, velas,
luminárias, móveis de luxo, artesanatos e toda uma etiqueta, que expressa
essa formalidade poderosa e imponente.
E com os convidados, isso não é diferente. O linguajar, ou seja, o
tom de voz usado por eles é também bem sofisticado. Tudo que está no
programa é feito para gerar imponência.

486
Figura 121: Investidores Shark Tank Brasil

Além disso, quando o convidado entra no programa, ele literalmente


caminha sobre tubarões em um “tapete” animado com vídeo.

Figura 122: Corredor Shark Tank Brasil

O programa trabalha bastante com emoções e com o drama em


sua identidade e isso é uma coisa positiva para o entretenimento, pois
torna não só os convidados, como também a audiência, aflita e curiosa
com o desenrolar da história.

487
Nas redes sociais, vemos o SharkTank usando muito da questão
emocional em tudo o que faz. É possível ver isso nas expressões usadas
pelos jurados nas imagens, a iluminação e os filtros de cor colocados por
cima das imagens.
O elemento texto não é tão utilizado, mas, quando usam cores e
linguagem bastante dramática também para ornar com o restante da
composição.

Figura 123: Feed Shark Tank Brasil

O que prevalece nessa comunicação em redes socias, por parte desse


programa, são os vídeos, mas que estão em uma resolução na qual a tela
não é completamente preenchida.

488
Figura 124: Post Shark Tank Brasil

Tanto no Facebook quanto no YouTube, vemos que a comunicação


fica diferente. Eles conseguiram utilizar mais imagens do que no contraste
com o Instagram, que são também suas Thumbnails do YouTube. Além
disso, outras cores, como o verde, estão presentes agora e recortes feitos
na imagem de uma maneira estranha. Como por exemplo, a pizza, que
está no fundo do jurado na imagem abaixo, está com a saturação muito
alta e faz com que os elementos por toda a foto choquemw entre si. O
box usado para o texto também não foi muito bem utilizado nesse caso,
destacando apenas metade do texto, enquanto o outro perde leitura no
fundo. Sem contar com o respiro do texto no box, que está assimétrico.

Figura 125: Feed YouTube Shark Tank

489
CONCORRENTES FOCADOS
EM CAPACITAÇÃO

6.5.1.3 InovAtiva Brasil

Figura 81: YouTube Planeta Startup feed negativo

O que é?

É um programa gratuito para a aceleração de negócio inovadores, de


qualquer setor do Brasil, É uma iniciativa do Ministério da Economia em
parceria com o Sebrae, executado pela Fundação Centros de Referência
em Tecnologias Inovadoras (CERTI). Traz para o público: mentorias,
visibilidades das startups e conexão com investidores, grandes empresas
e parceiros. São escolhidos um total de 160 startups para participar de
um estágio de operação e tração, que desenvolvem soluções inovadoras
em produtos e serviços.
A equipe é formada por membros do ministério da economia -
Rafael Wandrey, Luiz Gondin, Renata Thompson e Lucas Ramalho -,
membros do Sebrae - Natalia Bertussi e Artur Coelho - e membros do
CERTI - Jessica Santos, Rubens Rosa Neto, Gabriela Bassoli, Natasha
Meyer, Natalia Tomazi, Vinicius Aguiar, Greyce Franmann e Amanda
Saori. O programa já impactou mais de 30.000 empreendedores, tem
10.000 projetos submetidos, 2.000 startups treinadas, 1.064 startups
490
aceleradas, 1.000 mentores, 200 avaliadores, 90 agentes, 19 líderes de
comunidade, 80 eventos realizados e uma média de 150 investidores e
mentores presentes no Demoday InovAtiva. As mentorias para startups
são realizadas em todo território nacional.

Como funciona?

Após inscrição para participar do projeto, e feita uma seletiva,


as startups aprovadas conseguem entrar em contato com novos
empreendedores, mentores, investidores, grandes empresas e fazem troca
de experiências e contatos. O evento conta com mais de 400 pessoas,
onde as startups selecionadas apresentam seus negócios para uma
banca de investidores. As mentorias são realizadas individualmente com
mentores de negócios, jurídico, marketing, modelagem financeira, entre
outros. Além dos “talk to me”, coletivas exclusivas para os acelerados e
mentores, em eventos presenciais.

Como participar?

O processo de inscrição no programa é feito de forma gratuita, no


site, pela própria pessoa. Através das mentorias, o programa prepara os
participantes para a banca de investidores e as operações são gerenciadas
através da empresa, juntamente com o cliente.

Pontos positivos:

A empresa, além dos concursos para aceleração, tem diversos cursos


sobre a área de empreendedorismo, estando presentes em diferentes
mídias sociais e apresentam sempre um conteúdo relevante para
empreendedores.

491
Pontos negativos:

Mesmo proporcionando concursos e cursos super ricos em


informação, ainda há pouco conhecimento do público sobre a empresa.

Como pode nos afetar:

É uma empresa presente nas mídias sociais, de fácil acesso e


gratuito, apresenta vídeos e posts com variados cursos e, por ter parceiras
com grandes nomes no mercado, o público pode entender que o que
é fornecido nas mídias digitais é suficiente, não optando pelos nossos
serviços.

Análise de marketing digital

Começamos a análise observando a página na web do concorrente.


O primeiro detalhe a ser observado é o SEO do site em questão de CSS e
boas práticas.

Figura 82: InovAtiva Brasil

492
Verificando a relação entre texto e imagem presentes no site, é
observado que a página tem textos e imagens simples, o que facilita
o entendimento, mas pode diminuir o impacto. Você chega no site,
diretamente em uma frase indicando o cadastro, sem nenhuma
explicação ou informação, precisando acessar outra página para obter
essas informações.
Figura 83: Hierárquia Planeta Startup 2

A home é extensa e possui bastante conteúdo, assim como o site,


porém a diagramação não favorece, tornando o layout poluído. Na versão
mobile, toda informação da home foi mantida e a rolagem se torna
extremamente extensa.

Figura 84: Hierárquia Planeta Startup 3

493
Verificando o peso da página e sua velocidade de carregamento, é
observado que demora cerca de 4,3 segundos para começar a carregar,
considerado lento.

Figura 85: SEO InovAtiva Brasil

Analisando a fundo, o detalhe é que a página tem um peso pela


quantidade de conteúdo e uma latência alta por parte da plataforma
que o hospeda, pode ser considerado que o host contratado não foi o
adequado, pela imensa quantidade de conteúdo que é upado no site.

Figura 86: SEO Dados de laboratório InovAtiva

O site possui muitos recursos que impedem a renderização e,


além disso, também possui alguns códigos no CSS que não estão sendo
utilizados e vários arquivos que poderiam estar em formatos mais leves
não foram aproveitados.

494
Figura 87: Oportunidade InovAtiva

No diagnóstico, a resposta se volta para o conteúdo na home, que


não deve possuir tanto, como está sendo exibido. Outro fator que pode
ajudar bastante no carregamento inicial é com base na configuração do
JavaScript que está presente no site.

Figura 88: Diagnóstico InovAtiva

O site é problemático em questão de carregamento e deve ser


estudado a fundo uma nova versão, pois os problemas que possui irão
trazer um trabalho tão grande para serem resolvidos quanto o de fazer
um novo site.

495
O menu do site é poluído e tem muita informação, além de que,
em cada alternativa, você têm inúmeras possibilidades de sub páginas.
A diagramação está confusa e se não for lido atentamente, o Login não
é percebido.

Figura 89: Site InovAtiva

Um detalhe interessante é que, quando você clica para se inscrever


no programa, você é redirecionado para uma página do InovAtiva que
não tem nada a ver, em questão de abordagem e layout, com o primeiro
site, e ainda é necessário clicar em outro botão para ser redirecionado.
Quando redirecionado, o terceiro site é completamente diferente dos
outros dois anteriores, o que mostra que a página não possui organização
e tem um conjunto de telas de desistência.

Figura 90: InovAtiva Brasil

496
Analisando as redes sociais do InovAtiva Brasil, é percebido que ele
está presente no Instagram, Facebook, Twitter, YouTube e Linkedin. Sua
página com maior quantidade de seguidores é o Facebook com 43.536,
enquanto o Linkedin possui 11.090, o Instagram possui 10,7 mil, o Twitter
possui 1.026 e o YouTube possui 5.28 mil inscritos. Possuem uma alta
quantidade de seguidores, principalmente por parte do Facebook, e
presença reduzida somente no Twitter.

Figura 91: Redes Sociais InovAtiva

Analisando todas as páginas, é observado que o mesmo conteúdo


é veiculado em todas, com exceção do YouTube. Como explicado
anteriormente, o público e o modo de uso das redes sociais são
completamente diferentes, e a mesma estratégia não funciona. Um
detalhe interessante é que, no histórico da página, o Facebook é o que
mais possui seguidores, porém só não possui menos engajamento que

497
o Twitter. E isso vem se tornando cada vez mais perceptível com o
tempo: nos últimos 28 dias, o Instagram movimentou mais de 6 vezes
a quantidade de reações, comentários e compartilhamentos que o
Facebook, um engajamento quase 58 vezes maior.

Figura 92: Feed InovAtiva

A página posta conteúdos frequentemente, mas não está sendo capaz


de organizar uma identidade e nem editoriais fixos, apenas postam. Isso
pode afetar o reconhecimento da marca e até mesmo afetar negativamente
nos anúncios. Analisando sua postagem de maior engajamento, ela
aconteceu em 2017, possui um acabamento profissional, uma temática
impactante e uma estratégia muito poderosa que se denomina AIDA
(atenção, interesse, desejo e ação). A soma desses fatores trouxe mais de
42 mil curtidas, 318 comentários e 383 compartilhamentos. Um detalhe
que não pode ser esquecido é que a publicação foi aprovada como OK
pelo Facebook Text Overlay e pode alcançar 100% do seu investimento,
caso seja veiculada.

498
Figura 93: Post InovAtiva

Em relação ao SAC 2.0, ele foi realizado por humanos, o que traz
uma conectividade com o usuário e uma prospecção inteligente, além
de demonstrar confiança e preocupação da página com cada usuário.
Essa analise é feita quando se compara os comentários um a um, sendo
perceptível a conexão da resposta com a pergunta e a diferença entre as
respostas.

Figura 94: SAC 2.0 InovAtiva

499
Fora essa postagem histórica, hoje a InovAtiva possui anúncios
novos rodando. Eles foram veiculados a partir do dia 7 de maio de 2020,
são idênticos, com a única diferença onde um está rodando no Facebook
enquanto outro está rodando no Instagram. O anúncio traz uma
identidade bem trabalhada, porém com erros que podem atrapalhar no
impacto dela: o primeiro detalhe vem por conta das cores pastéis e com
pouca força para chamar a atenção na web. O segundo se dá por conta do
contraste entre texto e background, onde o texto branco e o background
azul claro dificulta a leitura. Não estão usando mais a metodologia AIDA
e o texto está muito além do recomendado pelo manual de boas práticas,
com 819 caracteres.
Mesmo com esses erros, o anúncio já possui 341 curtidas e 11
comentários, em 7 dias. O que prova a força que a marca já construiu no
digital.

Figura 95: Facebook Ads InovAtiva

500
Analisando o YouTube, já que é a única plataforma em que eles
diferenciam o conteúdo. A página é utilizada para fazer transmissões com
temas fixos. Trazem cursos, webinars, podcasts, bate-papos e mentorias.
São conteúdos diários e o movimento da página possui um retorno baixo
de visualizações, com a média entre 50 e 300 visualizações.

Figura 95: YouTube InovAtiva

Para uma página que publica vídeos diariamente, é quase uma


obrigação possuir uma comunidade para postar avisos, pedir feedbacks e
utilizar dos recursos que essa ferramenta do YouTube possibilita, porém,
eles não fazem uso. Também é interessante verificar a aba Sobre e a
percepção é que ela não é bem alimentada, possuindo poucas informações
e canais para ter um contato maior com a empresa.

Figura 96: YouTube sobre InovAtiva

501
Um ponto positivo é que a página vem crescendo, possuem
500% a mais de seguidores, referente aos 30 dias anteriores, e 76,1%
de visualizações a mais, referente aos 30 dias anteriores. Isso pode ser
resultado da grande quantidade de vídeos postados, por mais que tenham
baixas visualizações, possuem um alcance maior pela quantidade.

Figura 97: Social Blade InovAtiva

A página possui uma linha constante, com exceção de agosto de


2018, em relação ao aumento de visualizações, mas ela a linha se torna
totalmente inconstante no número de inscritos que ganha a cada mês.
Atualmente ela vem crescendo, mas não é o melhor momento que a
marca já teve, que foi de janeiro a março de 2018.

Figura 98: Social Blade InovAtiva 2

502
O programa não possui reclamações, mas também não possui uma
conta no Reclame Aqui, portanto, não está preparado, por enquanto,
para solucionar possíveis reclamações na plataforma.

Figura 99: Social Blade InovAtiva 3

Referente a campanhas Google, não é possível localizar nenhuma


campanha de anúncios veiculada através de Search, Rede de display ou
e-mail marketing ads por parte da InovAtiva Brasil, o que mostra que as
campanhas para essas plataformas estão pausadas ou são inexistentes.
O trabalho de marketing digital foi bem feito no passado, porém,
a empresa está deixando de lado os investimentos necessários nessa
parte, onde os esforços vem diminuindo por parte das redes sociais
convencionais e aumentando significativamente por parte do YouTube,
que vem se tornando o foco principal da empresa, junto ao Instagram,
mesmo com o Facebook sendo a plataforma que a empresa mais possui
seguidores.

Análise de identidade visual

Começando pela apresentação da identidade da InovAtiva, somos


apresentados por uma assinatura cujo conceito não lembra muito a
questão empreendedora. O símbolo utilizado representa um lápis e as

503
cores usadas nele fazem menção à bandeira Brasileira.
Alguns elementos gráficos são colocados também nessa imagem,
como um degrade no azul e um fade (transparência) nas bordas do lápis,
o que dificultaria a impressão dessa imagem em algumas determinadas
situações. Nessas cores, a marca lembra um pouco editoras brasileiras e
outras marcas voltadas para o setor público.
O site da empresa se encontra bem organizado e bonito, além de
tematizado com fotos de empreendedores e a sensação de vitória, alguns
elementos na composição, pessoas e vetores, apontam pra cima.

Figura 100: Banner InovAtiva

Os ícones utilizados no site são muito bem colocados. Possuem


uma espessura semelhante às tipografias usadas na identidade, e orna
tanto em tamanho quanto em cor.

Figura 101: Os números do InovAtiva

504
Os títulos utilizados para os banners do site poderiam ser melhor
utilizados. Possuem pouco espaço, em comparação ao tamanho do
banner, e se perde com falta de destaque no meio da imagem.

Figura 102: Tipos de Parcerias

Outra questão muito relevante e que vai ser melhor vista no


decorrer dos próximos passos dessa análise, é o fato de que a InovAtiva
não possui uma paleta que conversa em suas redes sociais. A paleta
mais equilibrada é a de seu website, que conversam entre si sem muito
esforço. Já quando partimos pra outras plataformas, isso muda bastante.
Sobre as redes sociais, essa etapa da análise está sendo agrupada,
pois a empresa não pratica diferencial entre essas plataformas. Em todas
elas a utilização de imagens é semelhante, se não igual, e nessas duas ela
foge bastante com o que foi praticado tanto na plataforma do YouTube
dessa empresa, quando em seu Website
É aqui que aqueles defeitos se tornam mais visíveis: a inclusão em
grande quantidade do roxo nessa paleta, que não combina com o restante
das cores apresentadas, e inclusive, dá outro aspecto completamente
diferente.

505
Figura 102: Feed InovAtiva Face

Além desse problema, fontes brancas em um fundo claro, que


resultam em baixa legibilidade, e peças que trabalham, em sua maioria,
com textos, tornam a peça muito cansativa. Com isso, também é
apresentada a divergência de diagramações de texto e imagem, que
praticamente fazem parecer que a empresa é outra.

506
Figura 103: Feed InovAtiva YouTube

Para finalizar, no YouTube a empresa continua usando o roxo,


que se destaca quase de maneira ofuscante diante das demais peças, e
também, utiliza novamente imagens muito textuais com Thumbnails
que, nesse caso, não estão com grande utilidade, pois a quantidade de
elementos na imagem torna difícil para o usuário entender sobre o que
o vídeo falará, a não ser que ele leia o título do vídeo.

507
6.5.1.4 Startup Summit

Figura 126: Logo Startup Summit

O que é?
É um evento organizado pelo Sebrae/SC, e tem como objetivo
fortalecer a inovação ao reunir o ecossistema empreendedor de todo o
Brasil. Seus palestrantes são Alessio Alionço, fundador e CEO do Piperfy,
Ana Paula Assis, presidente da IBM América Latina, Bedy Yang, managing
Partner da 500 startups, Eric Santos, CEO da Resultados Digitais, e Marcelo
Lombardo, cofundador e CEO da Omie. O evento conecta empreendedores
a investidores, mentores, e traz cases de sucesso e insights para servirem
de inspiração e alavancar os negócios. Acontece em Florianópolis, Santa
Catarina (SC), no centro de eventos Luiz Henrique da Silva.

Como funciona?
Ele hoje é considerado o maior evento de tecnologia pelo Sebrae,
tendo uma proposta muito clara, que é levar a experiência verdadeira
de imersão a um participante. Em seu último evento, realizado em 2019,
foram mais de 4 mil pessoas, sendo 40% delas de outro estado. Contou
com 170 palestrantes, em sete palcos, mais de 100 apresentações e painéis.
40% dos participantes eram mulheres. (Agência Sebrae, 2019)

508
Para Alexandre Souza, um dos idealizadores do projeto, a captação
do público e, devido aos seus palestrantes serem bastante conhecidos e
terem se tornado referência, o público vê no evento a chance de ter o
conhecimento de todos eles. Além disso, o evento utilizou do site para
chamar o público e do e-mail marketing com várias chamadas de virada
de lote, para conseguir o máximo de interesse do público. Contou ainda
com a ajuda dos patrocinadores e palestrantes para divulgação, através
de newsletter e convites para o evento em suas redes sociais.

Como participar?
É necessário comprar o ingresso no site da Sympla, com uma
média de preço de R$309,00, dando direito aos dois dias de evento, mais
Happy Hour. Todo o processo é feito pela própria pessoa, que entra no
site, realiza o cadastro e faz a compra do ingresso; após o pagamento é
confirmada a compra. Os custos com deslocamento e hospedagem não
estão incuídos no valor do evento.

Pontos positivos:
Ele proporciona uma experiência completa para o usuário de como
é um ecossistema de inovação, e também busca por palestrantes que
estão bem presentes no mercado, para fornecer uma maior troca de
experiência para o usuário.

509
Pontos negativos:
O evento é vendido através de lotes e realizado em Florianópolis,
Santa Catarina, é necessário que o participante desembolse um valor
relativamente alto caso ele não seja da mesma cidade ou estado em que
acontece o evento.

Análise de marketing digital


O Startup Summit não possui um site próprio, mas sim, uma landing
page dentro do site do Sebrae. Esse ano (2020), o evento foi cancelado
devido ao Covid-19, e o aviso vem como foco principal em sua página.

Figura 127: Banner Startup Summit

Após o comunicado, a página já traz outros caminhos para o usuário


saber mais sobre o evento, de forma simples e legível.
Figura 128: Banner Startup Summit

510
Mesmo simples, a página traz um aspecto profissional em questão
de desenvolvimento, com um possível SEO acima da média, e é o que os
gráficos confirmam.

Figura 129: SEO Startup Summit

Com um score de 98 para desktop e 70 para mobile, a página é


enquadrada como Melhores Práticas, o que prova um ótimo trabalho,
mas ainda com falhas.

Figura 130: SEO Dados Startup Summit

Um deles é de acordo com o carregamento do conteúdo da página,


o que parece ser estranho ao primeiro momento, por ela só possuir um

511
banner e textos. Logo, fazendo o download do banner e analisando sua
resolução e peso, é perceptível que ele não está no melhor formato para
web, que seria WebP.

Figura 131: SEO Bridge Startup Summit


E confirmando as oportunidades e o diagnóstico, é visível o quanto
esse banner atrapalha no desempenho da página, com uma pequena
parcela, também, dos códigos em JavaScript.

Figura 132: SEO Oportunidades Startup Summit

512
Mesmo com os problemas listados, é importante relembrar que a
nota da página foi alta e foi aprovada em 20 auditorias para desktop e 15
auditorias pelo PageSpeed Insights.
A Startup Summit não possui páginas em redes sociais, seus
anúncios sempre vêm por conta da página do Sebrae ES. Porém, devido
ao cancelamento, esse ano não houve a veiculação dele no Facebook Ads.
Figura 133: Rede de anúncios Sebrae ES

O Sebrae faz, em média, 4 postagens por dia e, com isso, tudo referente
ao Startup Summit 2020 se torna muito difícil de ser encontrado em sua
página.
Por se tratar de um evento, seu local com melhor estrutura de
acesso se dá no Sympla, plataforma de intermediação para compra de
ingressos.
Na página do Sympla, eles trazem uma explicação direta e breve
do programa e trazem um vídeo e insights que aconteceram na última
edição, como forma de demonstrar uma prévia do que será o evento.

513
Figura 134: Copy Startup Summit

O conteúdo é bem escrito e bem diagramado, o que torna uma


leitura, que seria extensa, fácil e prazerosa. Um detalhe importante de
ser notado é que, mesmo com a página disponível, a venda de ingressos
dela foi ocultada, para que não ocorra problemas devido ao cancelamento
desse ano. Logo ao final da página, o evento faz questão de trazer o
Sebrae como organizador, tendo em vista a força da marca que carrega,
se tornando uma informação impactante e de confiança para vender o
ingresso do evento.

Figura 135: Organizador Sebrae Startup Summit

514
O Startup Summit possui um aplicativo próprio, disponível para
IOS e Android. Analisando a primeira impressão que um usuário teria,
o ícone está muito detalhado, o que dificulta a leitura em pequenos
formatos e o nome não possui um complemento, o que pode facilitar o
entendimento do usuário, como por exemplo: iFood – Entrega de comidas
grátis.

Figura 136: Startup Summit App

O aplicativo possui 5 estrelas (nota de 4,9), mas não se torna tão


significativo pela quantidade de usuários que avaliou, apenas 11.
As imagens referentes ao aplicativo não são profissionais, são apenas
prints de um celular sem ter o cuidado de, ao menos, organizar a barra
de ferramentas, a quantidade de imagens é baixa e não demonstra o
quanto o aplicativo pode proporcionar, não gerando nenhum apelo para
o usuário.
Figura 137: Apresentação aplicativo Startup Summit

515
Sobre a descrição, ela fala bem do evento, mas não demonstra nada
que o aplicativo pode oferecer, o que se torna algo irrelevante para quem
está avaliando se vale a pena ou não participar.
Referente a parte de desenvolvimento, ela está completa. Também
é perceptível que o aplicativo já foi instalado mais de mil vezes e que sua
compatibilidade é possível com aparelhos antigos, que possuem Android
4.1 ou superior. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo dos objetivos da
empresa, pois um sistema antigo limita as possibilidades do aplicativo,
mas um sistema novo, limita a quantidade de usuários que poderão ter
acesso a esse aplicativo.
Figura 138: Outros informações App Startup Summit

O Startup Summit é tratado como um evento e não possui perfis


próprios nas redes sociais, apenas uma landing page e uma página no
Sympla. Não possui anúncios em nenhuma das páginas do Sebrae e não
possuem campanhas de Ads rodando. Tem um aplicativo simples e com
uma publicação incorreta na página da Google Play.
Concluindo, o Startup Summit não possui um Marketing Digital
eficiente e não dá a possibilidade de análise de fatores que seriam
relevantes para um evento desse porte.

516
Análise de identidade visual
Falando sobre essa marca, podemos ver que os elementos conversam
entre si, em questão de espessura, e isso faz com que realmente pareçam
ser parte de um mesmo elemento. A marca traz a tendência que também
foi usada em outras, como a do Planeta Startup, espessura e a presença
da cor branca. A tipografia possui bordas arredondadas, como o próprio
símbolo, que traz uma leveza a mais para essa composição. A seta para
cima, presente no símbolo, consegue também remeter às Startups, com
uma ideia de evolução e inovação.
A comunicação desse evento não possui um site próprio para
ser realizada. Ela normalmente vem em nome do SEBRAE. Essa versão
de apresentação da identidade, apresentada atualmente no site, por
medidas relacionadas à pandemia do coronavírus de 2020, acabou não
sendo desdobrada para poder ter mais nuances analisadas. Isso é, por
conta desses acontecimentos, o evento não acontecerá mais em 2020
como era planejado, e por isso mesmo, não fizeram tantos investimentos
nessa temporada.
Mas, em relação às comunicações, ela traz o roxo e o azul, que
são cores muito ligadas ao cenário, como principal apoiador para essa
abordagem.

Figura 139: Evento Startup Summit

517
Além disso, foram usadas animações e vetores nesse evento que
lembraram bastante a tecnologia como um viés inovador, que foi muito
bem apresentado.
A comunicação em redes sociais do evento também não possui uma
página própria e, por isso, é em grande parte feita de maneira orgânica
pelos participantes do mesmo, que marcam empresas responsáveis pela
realização do evento na descrição da imagem. Essa questão viraliza
também bastante nas hashtags do Instragram. Além disso, o Sebrae
também fica responsável por trazer atualizações sobre o que acontece,
com material gráfico e conteúdo.

Figura 140: Startup Summit

E, para concluir, no canal do YouTube o evento também possui


certa notoriedade orgânica, na qual os próprios usuários postam coisas
relacionadas ao evento na plataforma. E, também, o Sebrae de diferentes
estados fazem esforços conjuntos para divulgar e trazer conteúdo, de
maneira fiel ao que foi apresentado no decorrer da proposta.

518
Figura 141: Search Startup Summit

Sendo assim, o Startup Summit também acaba sendo outra grande


referência gráfica para o ambiente de empreendedorismo, e a forma como
o evento mostra que as pessoas realmente gostam de estar presentes e se
engajar nos acontecimentos é um fator influenciador para o cenário.

6.5.2 Concorrentes indiretos


Pode se caracterizar por oferecer produtos não tão similares, mas
que tenham como objetivo atingir o mesmo público alvo e resolver a
mesma dor, ou atender a mesma oportunidade. Foram identificados
como sendo concorrentes indiretos: marketing boca a boca, programa
“Pequenas Empresas, Grandes Negócios”, e “The Coffee Match”.

519
6.5.2.1 Marketing boca a boca
O que é?

O marketing boca a boca é a comunicação que incentiva as


recomendações de um produto entre as pessoas. É, uma iniciativa
inicialmente criada nos Estados Unidos, como alternativa para mídias
de massa, sendo eficiente economicamente. Para Mark Zuckerberg, CEO
do Facebook, o marketing boca a boca mostra como pessoas influenciam
pessoas, e nada influencia mais do que pessoas. Em uma pesquisa
realizada pela Nielsen, 92% dos consumidores ao redor do mundo confiam
totalmente na indicação de um amigo ou familiar, essa confiança vai
além das propagandas e outras formas de publicidade.

Ponto forte

O boca boca permite atingir o público alvo com precisão, funciona


como viral e multiplica com rapidez. Ao receber a mensagem através
de uma pessoa conhecida e confiável, ela acredita naquela informação
e age de acordo com a opinião recebida. De acordo com a Nielsen, 77%
dos consumidores sentem impulsionados a comprar um novo produto
quando os descobrem através da recomendação boca a boca.

Pontos negativos

O boca a boca negativo causa danos terríveis para empresa, como


a marca, a base de clientes fidelizados, suas satisfação e outros ativos

520
intangíveis, como a reputação da companhia, podem ser prejudicados
de modo expressivo por críticas virais, conclusão essa retirada de uma
pesquisa que foi realizada pelo o professor Danny Claro e pelo alumnus
do Mestrado Profissional em Administração Fabio Fragoso. A Kentico
Software traz uma informação na qual 28% dos consumidores consideram
o boca boca o fator mais importante no fortalecimento da relação deles
com as marcas.

Como pode nos afetar

Um boca a boca de uma pessoa confiável sobre um produto/


serviço, passa bastante credibilidade para quem está ouvindo. Ele pode
nos afetar a partir de um boca a boca positivo à respeito de outras
empresas, fazendo com que o receptor não queira experimentar o nosso
serviço; ou com um boca a boca negativo, em que o receptor, mesmo sem
experimentar o nosso serviço, perca o interesse em tentar.

Marketing boca a boca presente no digital

O marketing boca a boca chegou no meio digital com uma força


incrível e se tornou a principal estratégia de grandes empresas que
conhecemos hoje, como Uber, Dropbox e Airbnb. Uma das ferramentas,
que muitas vezes não percebemos, é quando você consegue um cupom
de desconto para um site através de um amigo.
Seguindo a ordem cronológica, o primeiro a reinventar o marketing
boca a boca no meio digital foi o Dropbox. Em 2007, eles criaram um
esquema de benefícios para incentivadores, com a estratégia de aquisição
de clientes.
Esse esquema funcionava de modo que, a cada amigo que alguém
convidava para fazer parte da plataforma de hospedagem de arquivos,

521
a pessoa que convidou ganhava mais espaço de armazenamento. E o
próprio Dropbox incluía nos rodapés dos e-mails enviados pelos usuários.

Figura 142: Dropbox estratégia

O resultado foi de 3,9 milhões de novos usuários, crescendo até 60%


ao mês.
No ano de 2016, o Uber ganhou grande fama no Brasil por meio
de um código promocional, onde enviávamos um código por WhatsApp
para um amigo. O serviço fez um grande sucesso em pouco tempo e,
cada vez mais, ganhou espaço. Isso incentivou um concorrente a fazer
algo similar, o 99 Pop, mas não se compara à força que o Uber conseguiu
naquele momento.
O Airbnb por sua vez, utilizou do meio de indicações para hospedagem
em viagens internacionais. Eles conseguiram, em menos de 10 anos,
dominar a parte do marketing boca a boca em aluguéis compartilhados.
Eles basicamente ofereciam recompensas pensadas e diferentes para
cada um dos seus clientes, em compensação pelas indicações, ou seja, o
usuário não sabia exatamente o que poderia receber, mas sabia que era
algo pensado para ele.
Hoje, diversas empresas, principalmente e-commerces, utilizam de
cupons de desconto, vindo tanto de usuários quanto de influenciadores

522
digitais para convencer usuários a realizar a compra.
Figura 143: Cupom de desconto

Além das empresas, o marketing boca a boca, hoje, está presente no


digital por meio, principalmente, das redes sociais. As principais redes
sociais a serem observadas nesse marketing boca a boca são o WhatsApp
e o Twitter. O WhatsApp é a principal rede social de mensagens no
planeta, e não possui anúncios promovidos por empresa, a menos que
essa crie uma conta e anuncie para cada usuário, o que ainda não
demonstrou eficiência. Porém, o que facilita bastante é a integração da
plataforma com links, o que possibilita qualquer usuário a compartilhar
uma imagem, noticia, oferta ou qualquer outra informação de maneira
sigilosa e confiável para outro usuário.
Por conta disso, muitos dos anúncios devem ser pensados para
poderem ser veiculados e bem visualizado no WhatsApp. Uma das técnicas
é conhecida como Mobile First, onde algo é desenvolvido primeiramente
para os celulares e depois adaptados para os desktops, o que acredita que
o boca a boca no mobile pode ser mais impactante que no desktop.
Atualmente, as empresas estão se preparando para esse marketing
boca a boca, onde possuem contas comerciais destinadas a receberem
mensagens e propostas e ter sua compra efetuada pelo próprio WhatsApp,
um exemplo é a loja Casas Bahia.
Falando do Twitter, a rede social dos poucos caracteres, é uma se
523
difere muito das outras e que as empresas, na maioria das vezes, não
sabem utilizar da maneira adequada, mas as que sabem, se destacam
fortemente, como o caso do Magazine Luiza. A loja de eletrodomésticos
se mostra eficiente na forma que se prepara para observar os usuários
que a cita em suas menções e identifica seu marketing boca a boca
digital de maneira eficiente. Isso demonstra o preparo de uma empresa
para buscar validar e mensurar, mesmo que não consiga números tão
reais, o quanto o marketing boca a boca pode estar afetando seu negócio.
O marketing boca a boca digital é uma ferramenta que vem sendo
explorada por empresas de grande porte e possuindo um resultado
positivo. Cada vez mais, empresas encontram formas de participar disso,
como o Magazine Luiza, e podem chegar a revolucionar a forma como o
marketing boca a boca sempre foi analisado.

6.5.2.2 Pequenas empresas,


grandes negócios

O que é?

É um programa gratuito realizado pela rede Globo, presente em todo


território nacional, transmitido aos domingos as 7h30. Criado em 1888,
foi feito para se dedicar exclusivamente aos empreendedores, contendo
conteúdos ricos e linguagem simples, permitindo uma compreensão total
de tudo que está sendo passado. O programa fala diretamente com micro
e pequenos empresários, mas também atinge um enorme contingente
de brasileiros que sonham em abrir uma empresa. Tem um formato de
revista e apresenta conteúdos direcionados a empreendedores.

524
Como funciona?

Para ter acesso ao conteúdo, o público precisa ter o canal da rede


Globo em sua televisão ou de suas filiais, o formato dele é mais parecido
com uma revista que um telejornal diário, e as notícias que aparecem
tem uma pauta bem elaborada, procurando prestar um serviço para
o telespectador. A atração atinge 4,5 milhões de espectadores, são 19
profissionais na equipe e 24 minutos de duração (Rede Globo, 2018)
Ele tem uma média nacional de 8 pontos, de acordo com Ibope, isso é
equivalente a 8% dos domicílios do país que tem televisão, ou a 57% dos
aparelhos ligados naquele horário.

Pontos positivos:

As perguntas realizadas no programa são de acordo com as matérias


passadas, então, para solucionar alguma dúvida, é necessária que a
mesma esteja relacionada com a matéria que está sendo transmitida.

Análise de marketing digital

O programa Pequenas Empresas & Grandes Negócios possui uma


participação digital bem básica e não está presente em muitas redes
sociais, somente no Facebook, além de uma página na Globoplay.
Possuem 550.592 seguidores no Facebook e sua descrição é simples
e direta.

525
Figura 144: Facebook PEGN

Sua página no Facebook possui postagens diárias, com


direcionamento para a página da notícia no G1. Eles não publicam nada
exclusivo para a rede social e o intuito dela é voltado somente para o
direcionamento para o site.

Figura 145: Rede de anúncios PEGN


Sua estratégia no marketing digital é puramente editorial e não
tem o objetivo de buscar leads ou um grande envolvimento em seus
canais. Buscam apenas manter a presença nesse ambiente.

526
Figura 146: Anúncio PEGN

Suas postagens possuem uma redação clara e direta, o que facilita


para o usuário entender a notícia e o que ele pode esperar naquele
material. Utilizam de uma Hashtag específica para organizar seus
materiais na busca e não utilizam emojis porque não há necessidade,
já que o objetivo não é grande impacto, e é uma página de notícias. As
thumbs trazidas para a imagem são de acordo com um bom material
editorial, sem edições e efeitos para demonstrar verdade e confiança
para o espectador.

Figura 147: Banner PEGN

527
Sua página na Globoplay possui uma imagem simples de sua
apresentadora e uma descrição bem escrita e direta, o que demonstra
um ótimo trabalho de redação a todo momento por parte do programa.
Figura 148: Sinopse copy PEGN

Porém, toda essa simplicidade acaba afetando negativamente um


ponto onde o espectador procura mais informações sobre o material, na
aba Detalhes, onde poderia aprofundar mais sobre o negócio e deixar a
pessoa que procurou com o máximo de informações possíveis, além de
ser apenas a descrição replicada.
O programa é tratado no digital como um produto e é hospedado
dentro de uma página na Globoplay, seu único objetivo em meio a redes
sociais é direcionar para esse conteúdo por meio de uma página no
Facebook, sem fazer nenhum tipo de campanha ou anúncio.
Poderia ser considerado uma estratégia falha, porém é uma
estratégia diferente, onde eles não buscam presença no digital e se
portam como uma empresa de notícias, tratando a página sem buscar
monetização e não utilizando da ferramenta de anúncios pois o programa
é vendido de outras maneiras.

528
Análise de identidade visual
Figura 149 Logo PEGN

A marca utilizada pela empresa, em questão gráfica, é bem simples.


Uma tipografia mais grossa para dar um peso maior à composição,
juntamente do branco e do elemento que mais se identifica como
identidade do PEGN, o laranja! Esse laranja que traz uma sensação
enérgica está presente em praticamente, se não em todos, os pontos
de contato dessa marca. A marca também deixa destacados os dois
elementos que mais dizem respeito ao propósito desse tema: empresas e
negócios.
O ponto que mais vale destacar da marca é o Linkedin, pois, em
outras plataformas, ela não se encontra tão forte, exceto por hashtags.

Figura 150: Linkedin PEGN

529
Da mesma forma que a marca, a página do Linkedin se apresenta de
forma bem simples e compartilha conteúdos relevantes para os negócios.
Além disso, divulgam canais muito importantes, como o seu conteúdo
presente na televisão, nos canais de informação e a própria revista que
a marca possui, com informações relevantes para empreendedores.

Figura 151: PEGN Capa

6.5.2.3 The Coffee Match


Figura 152: The Coffee Match

530
O que é?

É um aplicativo gratuito que facilita o networking entre


empreendedores. Ao baixar, aparece uma lista de pessoas que estão perto
de você, no formato de aplicativos de relacionamento, como o tinder, só
que você tem acesso a informações profissionais nos perfis, com link de
seus sites ou portfólios e uma lista básica de suas habilidades.
Para fazer o contato, o usuário dá um match no perfil que interesse
e então combinam um café. Nele ainda contém uma aba de projetos, no
qual o usuário mostra interesse em determinado projeto que tenha o
perfil que interesse a sua empresa. Ele está presente em Manaus, Belém,
Salvador, Vitória da Conquista, Brasília, Goiânia, Minas Gerais, São Paulo,
Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito
Santo e Rio de Janeiro.
O propósito principal deles é a democratização e difusão do consumo
de cafés no brasil de forma escalável, rápida e eficaz. Seu público alvo
são consumidores de cultura em geral.
Os principais objetivos elegidos pela empresa são:
- Proporcionar inovação e criar experiências digitais para nossos
parceiros;
- Intensificar o relacionamento entre os players do mercado de cafés
especiais;
- Promover, através de eventos, talks e coffee meetings;
- Promover a inovação digital nos canais de varejo, food service e
office.

531
Figura 153: Telas TCM

Como funciona?

Necessário baixar o aplicativo e cadastrar. Ao fazer o cadastro, é


possível selecionar suas áreas de interesses, que são: Barista; Cápsula;
Clientes; Cafeterias; Certificações; Clubes de assinatura; Coffee lover;
Cursos; Eventos; latte art; Métodos de preparo; Noticias; Produtores;
Parceiros; Receitas; Torrefação.

Pontos positivos:

O aplicativo une café e networking, porpocionando conversas em


um ambiente mais agradável, ele também tem um bom filtro para ligar
melhores empreendedores.

Pontos negativos:

Ele é um aplicativo pouco conhecido, a sensação que transmite ao


entrar no aplicativo é que os idelizadores estão mais preocupados em
fazer as cafeterias conhecidas do que conectar novos empreendedores.

532
Marketing digital

O aplicativo possui um site voltado a explicar o produto e páginas


em redes sociais voltadas para compartilhar experiências dos usuários.
O site usa de imagens em alta qualidade e textos com tipografia
personalizada como ferramenta estratégica para impactar o usuário que
visita o URL.

Figura 154: Banner TCM

A home é bem extensa, mas bem diagramada, de modo a facilitar


a leitura dos usuários e trazem o download do aplicativo tanto no início,
para quem já tem esse interesse, e no final, para quem buscou conhecer
e se interessou pela plataforma.

Figura 155: Diagramação TCM

533
Os textos do site são todos escritos diretamente na plataforma, o
que facilita a busca e potencializa o SEO do site, o que será verificado
agora.

Figura 156: SEO TCM

Analisando, primeiramente, o site, verificamos que o SEO marca


uma pontuação ideal de 94 para desktop e uma margem de Melhores
Práticas com 61 para mobile. Chega a ser cômico a maneira que um
aplicativo possui um site com melhor desempenho para desktop que
para celular.

Figura 157: SEO Dados TCM

Os erros do mobilevem do código, pois o site demora para começar


a exibir o conteúdo, isso se dá quando um site apenas é adaptado, e não
criado, para mobile. Muitas empresas decidem não investir em sites com
códigos diferentes para os dois e isso é algo que pode ser válido, porém,
534
para um aplicativo de celular, o ideal é que o código seja feito para
celular.

Figura 158: SEO Oportunidades TCM

Como verificado anteriormente, o site foi feito para desktop, e suas


imagens de alta qualidade não foram adaptadas para o mobile, que não
precisam de uma resolução tão alta e acaba atrasando o carregamento da
página, além dos códigos inclusos nela não estarem escritos da maneira
ideal para mobile.

Figura 159: SEO Diagnóstico TCM

535
E por último, o texto. Por ser uma página extensa, o que não afetou
no desktop, para mobile, a sensação é de que o conteúdo é multiplicado,
criando, assim, uma tela de desistência.
Analisando suas redes sociais, fica claro que seu foco é no Instagram,
com uma quantidade de seguidores superior, maior interação nas
postagens e com quase o dobro de postagens, além de possuir 5.600
comentários contra 32 do Facebook.

Figura 160: Insta x Face TCM

A explicação é bem clara, seu conteúdo foi feito da maneira ideal


que o Instagram propõe. Eles compartilham experiências e memes feitos
por usuários de modo a trazer uma comunicação suave, sem o objetivo
de venda na plataforma.

Figura 161: Post TCM

536
O conteúdo não deixa de ser relevante, mas não demonstram
profissionalismo com a página, mesmo possuindo mais de 29 mil
seguidores, e você sabe que eles possuem apenas um produto por meio
da descrição da página.

Figura 162: TCM Insta

Páginas destinadas ao público que adora café seguem essa pegada


descontraída e motivadora, porém, utilizam de uma identidade própria
para compartilhar o conteúdo, atraindo o consumidor e mantendo um
profissionalismo com a marca, o que falta para o The Coffee Match.
E, como previsto, eles não possuem anúncios rodando na Biblioteca de
anúncios do Facebook.
Figura 163: Rede de anúncios TCM

537
Sobre a divulgação de seu aplicativo nas lojas, ele está presente na
App Store e na Play Store.

Figura 164: TCM download

Possuem uma nota um pouco abaixo de 4, com 51 avaliações,


considerada uma nota baixa. O nome do aplicativo é muito grande e ele
não possui complemento apelativo no nome, o método que empresas
com nomes grandes costumam usar é de abreviar o nome, algo que a
empresa poderia avaliar. Sobre as imagens, estão tratadas de maneira
profissional, demonstrando páginas e as explicando uma por uma.
A descrição é bem diagramada e facilita a leitura do usuário para
entender bem o objetivo do app e as possibilidades que ele traz. Sobre as
perguntas e respostas no aplicativo, a empresa faz isso de forma ineficaz,
respondendo perguntas diretamente na plataforma da Play Store, o que
pode transformar em um canal de reclamações e é, provavelmente, um
dos motivos pela nota baixa do aplicativo.

538
Figura 165: Comentários TCM Play Store

Os textos de respostas, além de estarem errados, são grandes e


passam ainda mais a sensação de um canal de problemas e respostas.
São respostas diretas e na defensiva, o que pode passar diferentes
experiências para os usuários que tem acesso as reclamações.
Concluindo, seu marketing digital é feito de maneira incorreta. Um
aplicativo que não utiliza do mobile first em seu site e possui problemas
relacionados a desempenho somente no site para mobile. O código
poderia ser destinado para mobile e o site desktop ser uma adaptação,
ou o ideal, que seria um código para cada.
Suas redes sociais não possuem profissionalismo e podem ser
comparadas a uma página de entretenimento ou memes. Não possuem
anúncios rodando e a maneira que tratam as respostas em sua página

539
da Play Store é totalmente errada por parte de um aplicativo.
The Coffee Match é uma empresa que deveria possuir um marketing
digital forte por estar, justamente, posicionada dentro do digital, mas
isso não acontece.

Análise de identidade visual


Figura 166: Coffee Match

A marca a seguir se trata de um app para cafeterias com o propósito


de descobrir bons preços de cafeteria e conectar pessoas e, juntamente
dessa experiência, poder compartilhar momentos com elas. E o conceito
da marca trouxe muito isso, os cafés, num estilo “americanizado”
remetem muito. Além disso, é perceptível a presença de duas mãos, ao
invés de uma, o que também diz respeito ao propósito desse café, que
é de estar com alguma companhia para apenas conversar ou tratar de
negócios.
A tipografia utilizada é bem leve, o que traz uma suavidade e
tranquilidade para esse propósito, além de usar a cor verde que também
orna com esse conceito. A cor verde também representa a natureza e é
utilizada por grandes marcas de café, como a própria Starbucks.
O grande forte das páginas de comunicação da Coffee Match é o
engajamento e envolvimento com os consumidores. Compartilham
bastante pautas do twitter, acompanham e divulgam coisas relacionadas
ao universo do café.

540
Figura 167: Feed TCM

Enquanto isso, no Website da marca, uma ambientação também


americanizada é vista, que traz o café de uma forma rústica e faz questão
de humanizar essa situação com pessoas presente nas fotos, mas, dando
destaque à cor marrom e ao verde para ambientar tudo isso.
A página é bem clean e consegue disponibilizar todas as informações
em um só lugar, apenas arrastando-a pra baixo. A tipografia usada no
decorrer do site também tem um toque mais leve, usando bastante da
espessura Light que essa fonte do site tem pra oferecer.

Figura 168: Banner TCM

541
As fotos possuem um estilo jovem e descolado em sua comunicação
e, na mesma imagem, é possível ver que, em poucos lugares do site, estão
presentes problemas com viúvas no texto.

Figura 169: Banner TCM

Outro foco da página é o redirecionamento para a loja na qual eles


anunciam e vendem cafés de diversas marcas. Sempre com uma tipografia
leve, a cor verde sendo bem utilizada e ótimas fotos de produtos, que é
outro ponto forte dessa comunicação.

Figura 170: Produtos TCM

542
6.6 Cinco forças de Porter

Ilustração
feita por
Joel Kimmel

Figura 170: Michael Porter

Michael Eugene Porter, formado em engenharia mecânica e


aeroespacial pela Universidade de Princeton, com MBA e doutorado
pela Harvard Business School, onde se tornou professor com 26 anos.
Foi consultor estratégico de grandes empresas estadunidenses e
internacionais, inclusive na política econômica. Criou as cinco forças e
as três estratégias genéricas de competição durante seu trabalho.
As forças se tornaram uma base sólida para a análise de competição
da indústria, sendo indicada para organizações de todos os tamanhos,
oferecendo ao empreendedor uma visão mais ampla da sua concorrência,
determinando o seu posicionamento de forma a se aproveitar dessa
análise. Ao contrário de outros indicadores, as cinco forças não mudam
com o tempo, sendo confiável independente da situação de análise.

543
As forças são caracterizadas em uma central, e quatro forças
adjacentes, como proposto na imagem a seguir:

G/T 155: Forças de Porter

6.6.1 Rivalidade entre


concorrentes
A primeira força, como o centro da análise de Porter, traz o grau
de competição encontrado na indústria, seja por preço, diferencial nos
produtos e serviços, marketing, entre outras possibilidades. Com a exceção
de mercados monopolistas, temos concorrentes em todos os outros,
independente de quantos são. Com produtos muito similares e vários
ofertantes, a maior competição se trata do preço, pois os consumidores
tem uma maior facilidade para trocar de fornecedores. Com menos
fornecedores, a concorrência se dá pelo diferencial, pela proposta de
valor, ou pelo preço.

6.6.1.1 Número de concorrentes


Como é possível perceber com a análise de grupos estratégicos e
concorrentes, não temos um concorrente que ofereça um serviço com

544
todas as características que estamos buscando oferecer. Apesar disso,
existem concorrentes que devem receber toda a atenção. Levando em
consideração apenas os concorrentes, descartando todos os produtos
e serviços substitutos (que atendem, em partes, as necessidades dos
clientes e serão destrinchados posteriormente, ainda nesse capítulo), e
por não ser uma área de atuação de fácil acesso e apresentar um alto
risco financeiro, os concorrentes não são numerosos.

6.6.1.2 Velocidade de
crescimento da indústria
Resgatando dados sobre o setor de Economia Criativa, mais
especificamente sobre o subsetor do audiovisual, temos dados do
crescimento global de diversos nichos de entretenimento e mídia, entre
2016 e 2021, mostrando que, mesmo encontrando retração em diversos
nichos no âmbito global, no doméstico encontramos um potencial de
crescimento amplo e rápido.
G/T 156: Entretenimento e Mídia: escala e crescimento nos mercados globais.

545
6.6.1.3 Custos fixos
Os custos fixos para manter uma indústria de entretenimento podem
ser altos, por abranger diferentes áreas necessárias para a viabilidade do
programa. Seja a localização, a equipe de produção, captação de clientes,
marketing, recursos naturais, cenário, canal de distribuição e tecnologia.

6.6.1.4 Diferenciação
Grande parte dos concorrentes identificados são serviços de
consultoria ou eventos ¹ , sejam eles recorrentes ou pontuais. Através disso
é possível destacar um baixo índice de diferenciação entre eles, seja no
objetivo ou no formato. Oferecendo serviços de mentoria e orientação,
alguns oferecem networking e são pagos. Apesar de ser uma diferenciação
baixa (podendo ser considerada a nível solo), o impacto dessa falta de
diferenciação é inverso. Isso significa que, se não precisar se diferenciar
for algo real na indústria, facilita a entrada de um maior número de
concorrentes, por poderem somente seguir o padrão preestabelecido.

6.6.1.5 Custos de mudança


Os serviços oferecidos pelos concorrentes são temporários, alguns
duram apenas dias e a única conexão legal entre contratante e fornecedor
se torna o documento da inscrição, com o boleto para ser pago. Por esse
motivo, salvo casos como o descumprimento de contratos em programas
como Shark Tank, não existem custos para se encerrar um serviço com
um prestador e iniciar com outro, caso seja a intenção.

Como descrito na análise de concorrentes.


546
6.6.1.6 Divergência entre
concorrentes
A linha de ação e posicionamento dos concorrentes é muito
similar, apresentando algumas pequenas mutações somente no âmbito
de como fazem, localização geográfica e precificação. Pode-se dizer que
os concorrentes analisados são congruentes.

6.6.1.7 Interesses estratégicos


Os interesses são tão grandes quanto o investimento colocado para
o funcionamento do negócio. Por serem concorrentes atuantes com
investimento público (Sebrae) e privado (Shark Tank, por exemplo),
temos diferentes níveis de interesses. Enquanto o público visa um
desenvolvimento econômico, o privado visa lucratividade. Por esse
motivo, o interesse estratégico encontrado é classificado como médio-
alto.
As notas serão dadas seguindo o mesmo modelo de avaliação
utilizado em Grupos Estratégicos, segundo a legenda abaixo. Para calcular
a média serão utilizados os números representativos da casa dos milhares
de cada montanha (0, 2, 4, 6 e 8), somadas e divididas pela quantidade de
pontos analisados. Os números encontrados serão aproximados para o
indicador mais próximo (entre 0 e 4, uma casa abaixo. Entre 5 e 9, uma
casa acima).

G/T 157: Altura dos montes

Solo Monte Olimpo Monte Rainier Aconcágua Monte Everest


100m 2.917m 4.392m 6.962m 8.850m

547
G/T 158: Interesses estratégicos

Com uma média encontrada de Monte Rainier (equivalente a 5, em


dez), temos uma média ameaça na rivalidade entre concorrentes, pela
sua similaridade (em produtos, serviços, preços e posicionamentos) e
falta de diferenciação, majoritariamente, que, como explicado, aumenta
a ameaça. Para tanto, nossas principais ações serão a redução dos custos
fixos e a diferenciação no serviço oferecido.
Utilizando das tendências de coworking, levando em consideração
a contratação temporária de mentores e equipe de produção, a
sazonalidade do assunto tratado em cada temporada e as diferentes
localizações de realização das mesmas, ficam os mentores contratados
permanentemente e a equipe de marketing como gastos fixos.
Aproveitando das oportunidades geradas por propagandas digitais,
ainda há a possibilidade de utilização de permuta (divulgação da marca/
empresa, em troca de benefícios financeiros) como pagamento por alguns
serviços ou mesmo para redução de alguns custos.
Os diferenciais ficam à cargo da taxa de inscrição simbólica
paga pelo participante, podendo ser um atrativo quando comparado
com cursos de R$899,00; a visibilidade oferecida pelo reality em uma
televisão por assinatura, a metodologia diferenciada para as mentorias
e o desenvolvimento pessoal, além do profissional, contando com
atendimento jurídico e psicológico para os participantes, incentivando
trabalho coletivo e auxílio mútuo.

548
6.6.2 Poder de barganha
dos forncecedores
Para que todo negócio tenha sucesso, é necessária uma cadeia
inteira de pessoas envolvidas, os chamados stakeholders. Um deles é
o fornecedor, seja do produto acabado, de matérias-primas, de mão de
obra, ou o que for. Cultivar uma boa relação com o seu fornecedor pode
representar entregáveis de maior qualidade, uma preferência caso haja
uma crise de abastecimento ou melhores preços. Vale lembrar que, apesar
de terem sido analisados fornecedores internacionais (devido ao plano
de internacionalização), o projeto realizado no Brasil se sustentará com
fornecedores nacionais, não necessitando de importação de insumos.

6.6.2.1 Concentração da
indústria
Não estamos tratando de um mercado conglomerado, mas sim com
a presença de diversas empresas que fornecem os serviços necessários,
seja de mentoria, de produção ou de alocação. Isso é expandido também
para o cenário internacional, diminuindo as chances de uma crise no
abastecimento, por se tratar, majoritariamente, de mão de obra humana
e tecnologia. Porém, por se tratarem de empresas, em sua maioria, de
grande porte, o poder de barganha do cliente pode ser reduzido.

549
6.6.2.2 Luta com produtos
substitutos
Por estarem sujeitos à substituição, os fornecedores têm ficado cada
vez mais atentos às variações do mercado. Para a filmagem, dependendo
do orçamento da obra e da qualidade do equipamento, temos celulares
com câmeras suficientemente boas para substituir as profissionais.
Quanto aos ambientes de coworking, sempre é possível encontrar um
outro espaço. O mesmo vale para os profissionais prestando mentorias e
assistência de marketing em áreas amplas, com bastante disponibilidade
de profissionais. Por esse motivo, seu poder de barganha diminui.

6.6.2.3 Importância da
indústria como cliente
Nesse quesito, a maior relevância se encontra na equipe de produção,
que tem o audiovisual como seu maior cliente. Os mentores e espaços de
coworking não são tão importantes dentro dessa indústria, o que pode
elevar seu poder de barganha, mas não a um nível tão alto que possa ser
considerado uma ameaça. É balanceado pela baixa ameaça representada
pela equipe de produção.

6.6.2.4 Importância do insumo


fornecido para o negócio
A maior variável que concede poder de barganha aos fornecedores
diz respeito ao valor gerado pelo fornecedor para o negócio. Da

550
mesma forma que o poder do fornecedor diminui pela necessidade do
audiovisual pelas equipes de produção, as obras audiovisuais também
necessitam da produção. Os mentores, equipe de marketing para a
divulgação do programa e a localização física para execução do mesmo
são de fundamental importância para o projeto. Por esse motivo, o
poder de barganha se torna alto.

6.6.2.5 Diferenciação dos


produtos e custos de mudança
Os fornecedores prestam serviços, de certa forma, padronizados,
sem muito diferencial, o que implica em um custo também mais
homogêneo, pela falta de valor agregado que justifique a discrepância
de valor. Já nos custos de mudança, por se tratarem de contratos de
prestação de serviços, pode estar estipulada uma multa caso quebrem o
contrato antes do período acordado, o que vale para as duas partes. Essa
multa é resultado da concordância de ambas as partes, sendo um custo
previsível a partir das negociações.
Entretanto, no que diz respeito às mentorias e profissionais
qualificados para estarem presentes em cada temporada, os conhecimentos
específicos se tornam a diferenciação desse fornecedor. Enquanto os
modelos de câmeras para a gravação podem ser muito semelhantes, os
conhecimentos técnicos e habilidades específicas de cada profissional
podem ser mais difíceis de serem encontradas e de maior valor agregado,
podendo encarecer o preço cobrado.
G/T 159: Altura dos montes

Solo Monte Olimpo Monte Rainier Aconcágua Monte Everest


100m 2.917m 4.392m 6.962m 8.850m

551
G/T 160: Diferenciação dos produtos e custos de mundança

A ameaça representada pela capacidade dos fornecedores


em barganhar é caracterizada pelo Monte Rainier, um 5 em 10
(proporcionalmente falando). Com uma nota como essa, é possível
perceber que o fornecedor tem tanto poder de barganha quanto o
cliente, pela fácil substituição de alguns insumos e dependência dos
fornecedores. Os dois lados tentarão utilizar desse poder de barganha para
tentar forçar os preços, de forma que diminua os custos para o negócio
ou aumente os lucros para os fornecedores. É fato que esse indicador
não permanecerá exatamente o mesmo quando calculado em locais com
menos disponibilidade de fornecedores, por exemplo, no Norte do país.
Pela escolha em trabalhar com fornecedores locais e temporários,
foi realizada uma média dos cenários que poderiam ser encontrados no
país. Em contrapartida, os locais destinados à realização das temporadas
serão definidos com base no interesse demonstrado em participar (após
percorrer as cidades delineadas anteriormente), e, caso a infraestrutura
não seja o suficiente para abarcar as necessidades, pode-se considerar a
captação de recursos de outros lugares mais próximos.

552
6.6.3 Poder de barganha dos
clientes
Da mesma forma que um negócio precisa de fornecedores para ser
capaz de entregar o que foi proposto, também precisa de clientes que
consumam o que é produzido, rendendo lucros para as empresas, fazendo
a economia gerar. Esses clientes também podem ter algum impacto no
preço final do produto/serviço ofertado, chamado poder de barganha.
Esse poder é tão maior quanto forem as ameaças das variáveis presentes
nessas forças.

6.6.3.1 Público concentrado,


compras em grandes volumes
O consumo de produtos ou serviços, tanto na área do
empreendedorismo quanto do audiovisual, não são blocos concentrados
e as compras não são feitas em massa, pelas próprias características de
um serviço, como a inseparabilidade e a perecibilidade. Qualquer pessoa
pode consumir esses serviços, em suas mais variadas formas (paga,
gratuita, online, presencial, curso, evento), o que não lhes confere poder
o suficiente para reduzir os custos de venda.

6.6.3.2 Representatividade nos


gastos
Os serviços prestados não representam uma parte significativa dos gastos
da família, como aluguel e alimentação, por exemplo. De acordo com o
IBGE, entre 2017 e 2018, a despesa média das famílias por mês era de
R$4.649,03. Dentro dessas despesas, foram gastos 1,08% com Tv, internet

553
e telefone; 3,77% com educação e 2,06% com cultura, totalizando 6,91%,
ou R$321,25. Isso mostra que a representatividade é baixa, portanto não
dá muito espaço para barganhas.

6.6.3.3 Padronização dos


produtos
Como a maioria dos serviços oferecidos são similares, sem grandes
diferenciais, consideram-se padronizados dentro do seu nicho de atuação.
Ao se deparar com serviços e produtos padronizados no mercado, o
cliente tem mais opções de onde comprar, podendo aumentar o seu
poder de barganhar preços. É o caso de farmácias, por exemplo, onde
o consumidor pode jogar um estabelecimento contra o outro, visando
conseguir o menor preço.
Entretanto, nesse mercado os preços são definidos pelas empresas e
impostos ao consumidor, não deixando espaço para barganha de valores.
Se não está satisfeito com o valor, não compre o serviço.

6.6.3.4 Custos de mudança


Alguns concorrentes encontrados apresentam um serviço gratuito,
como o Sebrae, mas representam a minoria nesse setor. Grande parte
dos concorrentes tem um custo para participar do programa, sendo que,
esse custo de inscrição do participante, poderia ser considerado o próprio
custo de mudança.
Se, por exemplo, o consumidor adquire o curso Quero Empreender,
tem o custo de R$899,00 para isso. Ao decidir mudar para outro curso,
por exemplo, o Startup Summit, deve ainda pagar R$309,00, sendo o valor
do curso. Os custos totais chegam a R$1.208,00, porém adquiriu o direito
de participar dos dois eventos. Ao entender a origem desses custos,

554
consideramos nulos os custos de mudança, sendo apenas considerados
os valores investidos na aquisição dos serviços.

6.6.3.5 Custo-benefício
Quanto maior o benefício entregue para o consumidor, ao menor
custo possível, menor a oportunidade encontrada para barganhar preço.
Ao perceber a qualidade do produto, o preço pode deixar de ser um fator
determinante para a escolha, pelo valor agregado ao produto ou serviço.
O valor, nesse caso, é conhecimento, know how, networking, possível
investimento, crescimento pessoal, entre outros. O custo se refere à
tempo e dinheiro. Para o público certo, pode ser uma ótima equação
custo-benefício, desencorajando a barganha.

6.6.3.6 Importância
Para o público alvo, os serviços oferecidos são relevantes, por
oferecerem soluções para o problema encontrado por ele no momento
em que procura as empresas. Não se torna algo indispensável, como
alimentação e moradia, porém pode representar a fonte de renda da
família, de onde vem os recursos para as despesas como alimentação
e moradia. Para os empreendedores por necessidade, pode ser mais
importante do que para os por oportunidade, porém, independente do
tipo de empreendedor, o poder de barganha é reduzido pela importância
para os clientes.

6.6.3.7 Nível de informação


Existe uma grande restrição quanto à divulgação de informações
relativas aos custos reais de produção desses serviços para os consumidores

555
finais, impossibilitando uma análise profunda a nível de permitir uma
barganha pelos consumidores, forçando as empresas a abaixarem seus
custos pela margem de lucro comprovadamente elevada. Por não terem
acesso a informações fundamentais para esse cálculo, não existe uma
ameaça de barganha.

G/T 161: Altura dos montes

Solo Monte Olimpo Monte Rainier Aconcágua Monte Everest


100m 2.917m 4.392m 6.962m 8.850m

G/T 162: Nível de informação

O Poder de Barganha dos Clientes também é representado pelo


Monte Olimpo, os mesmos 2,5 em 10. Isso é reflexo da baixa capacidade
dos consumidores nesse mercado de manipular os preços impostos
pela indústria. É uma vantagem para o negócio, pois mostra que os
consumidores estão dispostos a pagar o valor do serviço, focando menos no
custo e na barganha por uma redução de valores. Essa menor sensibilidade
aos custos não descarta uma possível jogada de marketing envolvendo
descontos, buscando ampliar o público interessado e qualificado.

556
6.6.4 Ameaça de novos
entrantes
Quanto mais lucrativo um negócio aparenta ser, mais pessoas
buscam entrar nele. Se as barreiras forem baixas e o risco for reduzido,
isso acaba chamando mais atenção ainda. Para os clientes, é uma
forma de aumentar seu poder de barganha, com mais concorrentes e
sem produtos diferenciados. Já para as empresas que estão no mercado,
significa um aumento da concorrência, podendo se transformar em uma
grande ameaça, a depender do porte das empresas em questão.
O mais interessante é encontrar um negócio com altas barreiras
de entrada, desencorajando a competição, e poucas barreiras de saída,
facilitando a dissolução de negócios que não mais são viáveis no mercado.
É, entretanto, a combinação mais difícil de se encontrar, se devendo, em
partes, pela burocracia enfrentada ao entrar e sair de uma empresa.

6.6.4.1 Economia de escala


Para que os serviços possam ser ofertados nacionalmente, o
investimento inicial é muito alto, caracterizando uma economia de
escala. Essa é a primeira grande barreira encontrada, analisada mais
cuidadosamente no capítulo do setor, o investimento. Por se tratar de
um montante significativo, não são todas as empresas que conseguirão
escalar seus negócios, sendo uma vantagem para aquelas que conseguem,
mas uma dificuldade para novos players.

557
6.6.4.2 Diferenciação dos
produtos
Com a baixa diferenciação dos produtos, novas empresas não teriam
que desenvolver algo inédito para conseguirem entrar no mercado.
Oferecer o mesmo que os outros concorrentes pode ser o suficiente para
abrir o negócio. Contudo, é necessário observar que, a depender do porte
da nova empresa e de seus concorrentes, somente oferecer as mesmas
soluções, a um preço similar, pode não ser o bastante para mantê-la no
mercado, caso não haja consumidores suficientes para todas as empresas.

6.6.4.3 Necessidade de capital


Como dito em Economia de Escala, existe uma grande demanda
de capital no início das empresas, durante a captação de clientes, a
construção da reputação da marca e suas despesas, até o payback e o
início da lucratividade. Nas fases de desenvolvimento do produto, até que
se alcance a maturidade, a necessidade de capital é existente e contínua,
sendo um desafio para empresas com menor aporte financeiro ou que
não tenham um investidor.

6.6.4.4 Custo de mudança


Pela ausência do custo de mudança, empresas novas no mercado
podem tentar tomar os clientes de empresas concorrentes, seja pela
utilização de um preço de penetração ou algum atrativo inicial. Isso pode
representar uma ameaça a essas empresas que não tiverem conquistado
a lealdade dos seus clientes, aumentando o custo de captação de novos
clientes.

558
6.6.4.5 Acesso aos canais
de distribuição
Canais maiores, como streamings internacionais (Netflix, Amazon
Prime, HBO+, etc), são de acesso mais restrito, pela necessidade de ter
alguém internamente para “apadrinhar” o projeto, e, só então, conseguir
ser ouvido. Canais como youtube já apresentam uma facilidade maior
para veiculação, aumentando o grau de dificuldade com a televisão
aberta e a por assinatura. Isso pode ser um fator desencorajador para
novos entrantes, mas não se torna uma ameaça por si só.

6.6.4.6 Custo indenpendente


de escala
Os negócios encontrados nessa área de atuação não requerem uma
certificação ou patente para seu funcionamento, facilitando o acesso de
novos players. Entretanto, as empresas que criarem novas tecnologias,
metodologias ou qualquer inovação, podem registrar a patente, sendo,
não só o diferencial da empresa, mas também uma possível fonte de
lucros, com royalties.

6.6.4.7 Política governamental


As políticas de subvenção foram analisadas profundamente no
macroambiente, servindo como base para essa subforça. Sabe-se que
existem as políticas, da restrição ao acesso a esses financiamentos e da
ameaça causada pela instabilidade da política governamental. Apesar
disso, não existe uma limitação à entrada, necessidade de licença ou
qualquer restrição quanto à matéria-prima utilizada, capital humano e

559
tecnologia em sua maioria. Essa falta de controle político, ou liberalismo,
representa uma oportunidade para que novas empresas entrem, pela
aparente facilidade da indústria.

G/T 163: Altura dos montes

Solo Monte Olimpo Monte Rainier Aconcágua Monte Everest


100m 2.917m 4.392m 6.962m 8.850m

G/T 164: Política governamental

Com uma média Monte Rainier (cinco em dez), é a maior ameaça


encontrada até o momento. Isso se deve ao fato de que as barreiras
de entrada nesse setor são mais restritas ao investimento, além do
conhecimento específico e da tecnologia, facilitando a entrada de novos
concorrentes. A estratégia de defesa está na criação de um formato
de programa novo e em uma metodologia de ensino diferenciada, que
seriam registrados, gerando uma vantagem no custo independente de
escala. Dessa forma, poderíamos transformar essa ameaça em uma
oportunidade de ter um diferencial, a um custo acessível, entregando o
melhor custo-benefício possível.

560
6.6.5 Ameaça de produtos
substitutos
Se um consumidor reclama de dificuldade para dormir em uma
loja de colchões, o vendedor provavelmente irá sugerir que o problema
é o colchão e que ele deve trocá-lo. Se esse comentário é feito em uma
farmácia, a dor da dificuldade em dormir poderá ser resolvida também
com um medicamento a base de melatonina. Esse exemplo ilustra o fato
de que, apesar de estarem em indústrias diferentes, o fato de conseguirem
solucionar a dor do cliente os torna concorrentes pelo mesmo público.
O quanto esses produtos afetam o seu negócio representa a Ameaça
dos Produtos Substitutos, que podem estar em concorrentes diretos ou
indiretos, desde que atendam à dor do cliente, independente da maneira.
Por se tratar de um serviço, analisamos os possíveis serviços
substitutos:

Aceleradoras, que possam acelerar Incubadoras, ajudando os projetos


o negócio para o mercado; a saírem do papel;

Consultorias, oferecendo serviços Franquias, escolhas mais consolidadas


de auxílio para os empreendedores; para novos negócios, diminuindo o
risco do desconhecido;

Sebrae, prestando serviço de Programas Empreendedores, como


auxílio para interessados; “Pequenas Empresas, Grandes Negócios”;

Eventos e Feiras, como a Feira do Venture Builders, entrando com o


Empreendedor; investimento;

DIY, a decisão de seguir sozinho no


processo;

561
6.6.5.1 Sujeição a mudança na
competitividade de preço
Novas tendências podem surgir a qualquer momento, influenciando
positiva ou negativamente as empresas. Em particular aquelas ligadas
com tecnologias, que podem mudar a estrutura de custos no negócio,
podem forçar as empresas a se inovarem em custos e preços, se tornando
cada vez mais competitivas no mercado. Essa sujeição se porta como uma
ameaça às empresas presentes nesse mercado inovador e tecnológico,
pois, se um concorrente não conseguir diminuir os custos como todos os
outros, estará sujeito a perder o market share adquirido.

6.6.5.2 Inovações tecnológicas


provocadas
Por apoiarem novos negócios, podem, constantemente, criar
e disponibilizar novas tecnologias. Com isso, podem acabar criando
diferenciais e reputação para a marca. Sendo grande a possibilidade
de provocar inovações tecnológicas, a ameaça de produtos substitutos
se torna maior pela inconstância e rapidez com que as mudanças e
descobertas são feitas.

6.6.5.3 Lucratividade do
mercado de substitutos
Juntando todos os substitutos delineados no início dessa força,
percebe-se uma lucratividade alta nesse mercado. A partir desse
momento, temos uma ameaça ao encontrar essa alta lucratividade,
um atrativo para que novos negócios entrem nesse espaço e se tornem

562
concorrentes. Pela lucratividade dos substitutos, pode-se questionar ao
longo do caminho se a empresa está no caminho certo, principalmente se
sua lucratividade não está no mesmo patamar do mercado de substitutos.

6.6.5.4 Custo de troca pelo


consumidor
Já se sabe que os custos de troca pelo consumidor são baixos ou
inexistentes. Isso é um estímulo para que os concorrentes, fornecedores
dos produtos substitutos, possam tentar ganhar cada vez mais market
share, com estratégias mais agressivas de captação de clientes ou
oferecendo benefícios que se tornem o diferencial da sua empresa, fazendo
com que os consumidores te escolham por essa habilidade específica.

6.6.5.5 Crenças, estilos de vida


e valores

Processo de transformar sonhos em realidade e riqueza; Habilidade


de construir algo a partir de muito pouco ou quase nada; Iniciativa
para criar um novo negócio com paixão pelo que faz; Uso de
recursos disponíveis com criatividade; Transformação do ambiente
social e econômico; Realização de projetos com desafio constante
às oportunidades e riscos. Logo, o empreendedor é uma pessoa que
não espera algo acontecer, mas toma as rédeas do processo e faz ele
mesmo o trabalho.

CONTA AZUL, 2020

A definição de empreendedorismo retirada do site Conta Azul


foi feita com base nas teorias de vários sociólogos sobre o que é ser
empreendedor. Lendo com atenção, empreender não é definido como o
ato de abrir um negócio. Processo, habilidade, iniciativa, criatividade,
transformação, realização. Empreender é um comportamento, um estilo

563
de vida.
Assim como a individualidade, a coletividade, criatividade, ânsia de
aprendizado, empatia e proatividade, características encontradas dentro
dessas atividades. A principal capacidade do ser humano é a de sentir,
diferenciando de tudo que máquinas podem realizar. A utilização desses
valores e personalidades fazem o negócio ser exatamente como é, porque
é realizado por pessoas. Como resultado de uma grande oportunidade
encontrada no macroambiente, o fato de utilizar o melhor dessas
pessoas para inovar e melhorar processos é uma vantagem de alguns
concorrentes, não sendo realizado em parte dos produtos substitutos.

G/T 165: Altura dos montes

Solo Monte Olimpo Monte Rainier Aconcágua Monte Everest


100m 2.917m 4.392m 6.962m 8.850m

G/T 166: Crenças, estilo de vida e valores

A Ameaça dos Produtos Substitutos nos mostra que a diferenciação


é essencial para diminuir os impactos levantados por essas ameaças,
assim como percebemos na análise da força dos concorrentes em não
se diferenciarem. Entender exatamente quais são as necessidades do
consumidor e de qual forma você pode melhor atendê-las é fundamental
para conseguir alcançar esse diferencial. O diferencial proposto é a união
de dois diferentes tipos de concorrentes encontrados: consultorias e
564
programas. O principal foco da solução é oferecer os insumos necessários
para que o empresário possa realizar seu negócio, com o acréscimo de
consultorias (financeira, marketing, moda, jurídica, psicológica), além
de trazer a visibilidade dentro de um reality show.

6.6.6 Conclusão
G/T 167: Altura dos montes

Solo Monte Olimpo Monte Rainier Aconcágua Monte Everest


100m 2.917m 4.392m 6.962m 8.850m

G/T 168: Conclusão Porter

Após o estudo de todas as forças e subforças de Porter, temos uma


média de Monte Rainier (5 em 10), sendo um resultado equilibrado do
cenário. Isso nos mostra que temos ameaças a serem enfrentadas e que
alguns pontos podem ser mais difíceis de lidar do que outros, porém
também temos o nosso poder. Se conseguirmos nos aproveitar de todas
as oportunidades encontradas e explorar as fraquezas dos concorrentes,
tornando-as um diferencial, aumentamos a possibilidade de sucesso no
mercado.
Após identificadas, as principais medidas a serem tomadas
são a diferenciação do serviço entregue para os consumidores (com

565
o oferecimento de todos os itens mencionados na conclusão dos
produtos substitutos), o melhor custo-benefício possível (implicando na
monetização através de anúncios e merchans, por exemplo, não onerando
o cliente), a redução dos custos fixos (para que possa ser refletido no
preço final do serviço oferecido) e o estreitamento de relações com
fornecedores e clientes (buscando a fidelidade dos dois, certificando-nos
de contar com os insumos necessários e com o marketing boca a boca
positivo realizado por ambos, a melhor propaganda quando se trata da
confiança e boa experiência do usuário).

566
567
EPISÓDIO 07

568
569
COLETANDO
IDEIAS
Benchmarking

Figura 170: Estudando

Benchmarking é uma metodologia que tem como objetivo


analisar outras empresas com o intuito de buscar inspirações para o
nosso negócio, acreditando que existem fatores importantes que levem
sucesso à empresa. Para realizar essa análise utilizamos alguns critérios,
uma parte deles foi baseada em nossos fatores chave de sucesso, por
acreditarmos que são fatores essenciais para o sucesso do negócio e que
servirão de exemplo para aprimorarmos nossas práticas.

570
7.1 Capital intelectual
G/T 169: Critérios Benchmarking

John Howkins, criador do termo economia criativa cita o


conhecimento, a criatividade e capital intelectual como produtos do
ser humano. Ou seja, o capital humano pode ser compreendido como a
halibidade humana de idealizar, criar, produzir e executar projetos. Em
qualquer processo e atividade é essencial a presença de pelo menos um
ser humano para cumprir as tarefas, pensar, testar, definir o que será
feito e nas tomadas de decisão.

Da mesma forma que essa faixa não está encaixada em nossa


identidade visual, esse capítulo, por estar relacionado a inspiração e
criatividade, estará com elementos visuais diferentes. Prepare-se!
571
Figura 170: Logo Y&R

A EMPRESA
O grupo Newcomm fundado em 1998 por Roberto Justus reúne
agências como: Y&R, Grey Brasil, Wunderman, VML, Red Fuse e a empresa
Ação Premedia e Tecnologia. A Y&R conquistou 35 leões no Festival
Internacional de Criatividade de Cannes em apenas cinco anos, além
de outros prêmios como: Clio Awards, New York Festivals, Andy Awards,
Wave Festival, Festival do CCSP, Jay Chiat Awards, London International
Awards, entre outros.

NEGÓCIO CENTRAL
Agência de publicidade e propaganda.

O QUE NOS INSPIRA?


A agência utiliza da criatividade, da tecnologia e da cultura para
criarem marcas conectadas, assim como dados e ideias para criarem
uma experiência melhor para os clientes. Tudo isso se conecta ao capital
humano, pois existe uma necessidade forte da existência de um ser
humano, o profissional em publicidade e propaganda para criar todos
os conteúdos oferecidos pela agência.

572
Figura 171: Pesquisa Medium

Essa notícia, divulgada no Medium em 2019, apresentou dados


de jovens que lutaram para mudar a indústria da comunicação. O que
nos chamou mais atenção no decorrer dessa notícia é a forma como
trataram esses 30 jovens, de forma humanizada, contando suas histórias,
apresentando suas fotos, além de priorizá-los como seres humanos acima
do cargo ou profissão.

573
Figura 172: Pesquisa Medium 2

Na página da empresa, a Y&R apresenta todos os seus colaboradores,


utilizando de fotos para humanizar a apresentação. Além disso, a agência
de comunicação busca priorizar seus colaboradores dessa maneira, com
o intuito de mostrar que seus serviços só existem pela presença desses
colaboradores, sem eles, não existiriam agências de comunicação.
Para o nosso negócio, nosso maior objetivo é humanizar o processo
do empreendedorismo, olhar para os novos empreendedores como seres
humanos, e não somente uma ideia inovadora e de grande potencial.
Além disso, um dos nossos intuitos também é manter um bom
relacionamento com nossos colaboradores, pois dependeremos bastante
de suas habilidades para fazer com que o programa exista e se torne
conhecido.

574
575
Figura 173: Logo Samba Tech

A EMPRESA
Fundada no dia 23 de março de 2004, no início era uma companhia
que distribuía joguinhos e não vídeos, porém em 2009 mudaram o negócio
por conta de algumas oportunidades aparentes no mercado, e hoje é líder
em distribuição de vídeos online na América Latina. O samba vídeos é
uma plataforma digital que permite gerenciar e distribuir vídeos online
com segurança e escalabilidade. O samba play é uma solução para a
venda de conteúdo em vídeos na internet que promete revolucionar a
forma como as pessoas ganham dinheiro online.

NEGÓCIO CENTRAL
Solução em vídeos.

O QUE NOS INSPIRA?


A Samba Tech é uma das empresas mais inovadoras do mundo,
segundo a Fast Company. Além disso, é uma empresa que atende
diferentes tipos de necessidades relacionadas aos conteúdos audiovisuais
e estão focados em assegurar um acesso melhor há tecnologia para vídeos
online. Para a Samba Tech a equipe é o que há de mais importante, além
da cultura empresarial ser levada bastante a sério também. Além disso,
são reconhecidos como uma das melhores empresas de tecnologia para
se trabalhar no Brasil.
576
Figura 174: Descrição Samba Tech

Na própria página da empresa, a Samba Tech apresenta seus


colaboradores como uma família, e que não são apenas funcionários.
Foram reconhecidos pelo Great Place to Work como uma das melhores
empresas de tecnologia para se trabalhar no Brasil. Isso ocorre devido
a maneira como tratam seus colaboradores, mas principalmente pelo
ambiente de trabalho que oferecem.

Figura 174: Sede Samba Tech

577
7.2 Inovação e tecnologia

O mundo está em constante mudança, as pessoas e as empresas


estão cada vez mais preocupadas com suas imagens e quais valores
irão adotar, com isso eles buscam novas soluções que acompanhem as
mudanças do mundo e das gerações, tudo isso acontece por conta da
inovação. Para que criem essas diversas soluções é necessário que exista
uma ligação com a tecnologia, porque a partir dela é possível atingir
públicos mais jovens, e consequentemente oferecer maior experiência
aos clientes.

578
Figura 175: Logo Netflix

A EMPRESA
Fundada em 1997 nos Estados Unidos, na época surgiu como um
serviço de entrega de DVD pelo correio, e hoje é uma provedora global de
flimes e séries de televisão via streaming, atualmente possui mais de 160
milhões de assinantes, e mais de 190 países possuem acesso à plataforma.
Em maio de 2018, a Netlfix passou a The Walt Disney Company e se
tornou a empresa de entretenimento com maior valor de mercado do
mundo.

NEGÓCIO CENTRAL
Streaming e entretenimento.

579
Figura 176: Netflix vs Sono

Figura 177: Netflix variedade

O QUE NOS INSPIRA?


A Netflix é uma plataforma de streaming conhecida globalmente,
além de criarem diversas funcionalidades como: binge watching,
um episódio acaba e os créditos são pulados e o próximo começa
automaticamente; thumbnails personalizadas, versões diferenciadas
dos cards de um programa e testam para ver quais são mais eficazes;
algaritmos de recomendação reúnem dados de pessoas de todo lugar do
mundo, algo complexo, porém não podem ser tão nichadas. Em 2017, o
CEO da Netflix confirmou que seu maior concorrente não são a Amazon
ou o HBO Go, mas sim o sono.

580
A Netflix diariamente realiza testes com seus assinantes, a partir de
imagens que foram pensadas no começo de 2014 com a implementação
dos departamentos de criação e tecnologia na empresa, eles utilizam
de estatísticas para alterarem as cores, as emoções, os personagens e as
palavras que aparecem nessas fotos. O objetivo da Netflix é otimizar o
tempo de escolha do que será assistido, com mais assertividade.

Figura 177: Caneca Netflix

Outra ferramenta utilizada pela Netflix é a “binge watching”, mais


conhecido como “maratona”, é a prática de assistir a algum conteúdo
por um longo período. Quando uma pessoa está assistindo uma série,
assim que termina um episódio, outro começa logo em seguida, isso
acontece sem gerar esforço algum para quem está assistindo.
Para o nosso negócio, acreditamos que a tecnologia nos auxiliará
tanto na produção do reality quanto no desenvolvimento dos projetos
participantes. Quanto a inovação, utilizaremos a Netflix como inspiração
no sentido de buscar ferramentas que prezem pela experiência do
telespectador, mas também na experiência dos próprios participantes
do programa.

581
Figura 178: Logo Amazon

A EMPRESA
Fundada no dia 5 de julho de 1994 por Jeff Bezos, que tinha feito
um curso sobre como montar uma livraria e estava obsecado pela ideia
de vender livros pela internet, a empresa na época funcionava em sua
garagem, até que conseguiu um financiamento de Nick Hanauer, depois
recebeu dois investimentos que ajudou o novo site a se tornar mais
fácil de ser utilizado. No primeiro mês, havia encomendas para todos os
59 estados dos EUA e outros 48 países, na época os livros eram o único
produto disponível.

NEGÓCIO CENTRAL
E-commerce

Figura 179: Jovem PC

582
O QUE NOS INSPIRA?
A Amazon cresceu gradativamente, foi algo que nos chamou
bastante atenção, além da persistência quanto ao fortalecimento da
marca e do crescimento do negócio. Escolheram por vender livros por
possuírem um preço baixo e uma diversidade no catálogo de obras, os
pedidos eram feitos todos online, na época era uma novidade. Além de
manter um estoque ilimitado e um catálogo imenso, tudo isso por conta
das parcerias, com o intuito de oferecer a melhor experiência para os
seus clientes.

Figura 180: Alexa

Quando as pessoas escutam falar sobre a Amazon, é quase


impossível não se lembrarem da Alexa, um serviço comandado por voz
que impulsiona o Amazon’s Echo, os clientes falam sobre diversas coisas,
como atrasos de vôos, reservas em restaurantes, temperatura que deseja
na sala, entre outras.

583
Quanto mais interação ocorre entre os clientes e a Alexa, mais ela
os incentiva a comprarem na Amazon, seja com jogos, filmes, músicas
ou até em itens domésticos comuns. Para a maioria dos consumidores,
a Alexa se tornou indispensável no cotidiano, e por meio dela, a Amazon
está criando uma experiência de assinatura sob demanda e personalizada.
Para a Amazon, um dos seus maiores objetivos é “Ser a empresa
mais focada em seus clientes do mundo”. Com isso, a experiência do
consumidor se tornou algo de extrema importância para a marca e para
o sucesso da empresa. Hoje, a Amazon é conhecida mundialmente por
priorizar seus clientes, e entregar diversas variedades de produtos, tanto
no e-commerce quanto no streaming.
Para o nosso negócio, a experiência do consumidor é essencial,
principalmente com relação ao movimento de implementar o
empreendedorismo e contribuir com o crescimento de novos negócios,
e acima de tudo, pessoas mais capacitadas no mercado empreendedor.
Além de fomentar o desejo por empreender e facilitar esse processo,
através do nosso reality.

7.3 Rede de parceiros


Hoje em dia, a economia colaborativa cresce cada vez mais, e um
dos fatores que mais causou impacto nisso é que não é possível gerar um
negócio sozinho. Nas empresas, hoje, não funciona mais a questão de ter
uma hierarquia, uma estrutura linear, pois todos tem a capacidade de
realizar atividades e cumprir os objetivos da empresa. Nos últimos anos,
a visão das empresas tem mudado, é melhor colaborar do que competir,
ou seja, é melhor unir forças e conquistar o mercado.

584
Figura 180: Rede de parceiros

585
Figura 181: Logo Sebrae

A EMPRESA
O Sebrae existe como instituição desde 1972, porém a história começou
há quase uma década antes disso, em 1964, o BNDE (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico) criou o Programa de Financiamento
à Pequena e Média Empresa e o Fundo de Desenvolvimento Técnico-
Científico. Em 1990, a entidade se desvinculou da administração pública
e se transformou em uma instituição privada, sem fins lucrativos, o que
mantém são os repasses das maiores empresas.

NEGÓCIO CENTRAL
Apoio à micro e pequenas empresas.

586
O QUE NOS INSPIRA?
Com o tempo, o Sebrae ampliou sua estrutura de atendimento para
todos os estados do país, para que isso fosse possível, foi necessária a
capacitação de inúmeros colaboradores. O Sebrae é uma entidade que
tem como objetivo motivar a competitividade, mas ao mesmo tempo o
aumento do empreendedorimo, oferecem cursos, seminários, consultorias
e assistência técnica para pequenos negócios, afim de orientá-los para
que tenham sucesso em seus empreendimentos.

Figura 182: Evento Sebrae

Para o Sebrae, a melhor


forma de atender seus clientes, é
escolhendo os melhores parceiros
para que assim o campo de ação
amplie para atendê-los com
eficiência e excelência. Hoje, já
são mais de 228 prefeituras, 130
associações comerciais e outras Figura 183: Summit Sebrae

114 organizações que apoiam e


fomentam o empreendedorismo
juntamente com o Sebrae.

587
Todos os eventos realizados pelo Sebrae, são apoiados pelos
parceiros e patrocinadores que acreditam nos objetivos da empresa, e que
acreditam na importância de fomentar o empreendedorismo no Brasil.
Além disso, é uma forma de melhorar o atendimento aos consumidores,
mas também avançar com a organização para outros Estados e cidades.
Para o nosso negócio, a rede de parceiros é de extrema importância,
tanto para fomentar o empreendedorismo, quanto para nos apoiar
na execução de todo o projeto, desde a captação dos participantes, a
capacitação e desenvolvimento das ideias, até a entrada de novos negócios
no mercado. Além disso, a participação em eventos aumenta ainda mais
as chances de nos tornarmos conhecidos e obtermos sucesso.

Figura 184: Empreendedor

588
7.4 Produção e distribuição
de conteúdo
A produção de conteúdo começou a existir porque surgiu um novo
perfil de consumidor, mais informado, exigente e conectado, além disso,
serve também para criar um relacionamento entre as empresas e os seus
clientes. Quando a empresa oferece um conteúdo relevante, significa que
realizaram diversas pesquisas para que encontrassem empatia com o
cliente e demonstrassem assim a experiência desejada pelo consumidor.

Figura 185: Atendente

589
Figura 186: Logo EndemolShine Brasil

A EMPRESA
Fundada em 1994, o nome foi inspirado nos sobrenomes de seus
fundadores, uma produtora holandesa de televisão, e a especialização
são os reality’s shows. Possuem subsidiárias e joint venture em mais de
23 países, incluindo Brasil, Portugal, entre outros. São especializados em
licenciamento de marcas, projetos de Branded Content e digital, entre
outros.

NEGÓCIO CENTRAL
Produtora de televisão.

O QUE NOS INSPIRA?


A Endemol Shine Brasil além de criar produções originais, ela traz
formatos internacionais e os adapta para o mercado local, demonstrando
a necessidade de conhecer uma cultura e de se adaptar a ela para
garantir a melhor experiência do consumidor. Uma empresa que preza
pela inovação e pela criatividade, além disso, criam um ambiente de
trabalho propício à criação, onde as pessoas conseguem realizar seus
trabalhos livremente.

590
Figura 186: Produtos EndemolShine

Com relação à produção de conteúdos, a Endemol é referência


em criação de formatos próprios, mas também realiza serviços para
empresas e emissoras. Além disso, a maioria dos seus programas, sejam
eles próprios ou não, conseguem atingir audiências desejadas e a empatia
dos telespectadores, assim possuem participação tanto na TV quanto
nas redes sociais.
Para o nosso negócio, utilizaremos a produção de conteúdos como
um dos nossos principais objetivos, pois estamos trabalhando com
pessoas que buscam se desenvolver e possuem interesse no mercado
empreendedor, além de serem extremamente criativos. Outro objetivo
de nossa organização é criar um ambiente propício para inspirar os
colaboradores e os participantes do reality a criarem coisas incríveis e
saírem da caixinha.

591
7.5 Empatia e acessibilidade
na linguagem
A empatia pode ser compreendida como a capacidade da pessoa
de se colocar no lugar do outro, no caso de obras audiovisuais é
necessário entender as situações vividas pelos clientes para que o
conteúdo se encaixe na sua realidade. Como complemento disso tudo, a
acessibilidade na linguagem auxilia no entendimento do público, o que
gera mais humanização nos negócios e preocupação com a experiência
do consumidor.

592 Figura 187: Professor


Figura 188: Logo Magalu

A EMPRESA
Fundada em 1957, em Franca – SP, o casal Sr. Pelegrino José Donato
e Dona Luiza Trajano Donato adquiriu uma pequena loja de presentes.
Hoje, a Magazine Luiza possui mais de 740 lojas, 9 centros de distribuição
que estão espalhados por 16 estados brasileiros. Um dos maiores varejistas
do país, oferecendo diversos produtos voltados para a casa da família
brasileira, por vários canais, seja por lojas físicas, virtuais, televendas,
e-commerce e até nas redes sociais.

NEGÓCIO CENTRAL
E-commerce e varejo.

593
O QUE NOS INSPIRA?
Nas mais de 13 aquisições que o Magazine Luiza fez até hoje, a
empresa nunca deixou de lado a forma diferenciada de ser e de tratar
clientes e colaboradores. A empresa Magazine Luiza se tornou referência
em gestão empresarial, pelo espírito inovador, respeito pelas pessoas
e buscando o desenvolvimento do país. Preocupados com a melhor
experiência de compra dos seus clientes, criaram a vendedora virtual
Lu, que oferece um atendimento diferenciado, diversas ferramentas que
auxiliam os clientes a realizarem suas escolhas de forma mais eficiente.

Figura 189: Lu do Magalu

Em uma entrevista realizada pela TMJ em 2019, com o gerente sênior


de conteúdo e redes sociais do Magazine Luiza, Pedro Alvim, ele revelou
“não adianta ter só uma boneca virtual, é preciso ter coração e cérebro”.
Essa personagem “Luiza” nasceu em 2003, com o intuito de humanizar
a experiência de compra que aparentava muito frieza e desconfiança.
Em 2009, a personagem recebeu o novo nome “Lu” que assumiu as redes
sociais da marca e conquistou o carisma e a confiança dos consumidores,

594
além de ser contratada por outras marcas pra fazer propagandas, hoje,
ela possui mais de 14 milhões de seguidos nas redes sociais.
Cada imagem, cada publicação feita pela “Lu” traz consigo uma
história por trás, o que gera ainda mais humanização. De acordo com
Alvim, o gerente sênior, existe uma equipe que se chama “equipe de
Lus”, várias pessoas que dão a vida para essa personagem, com o objetivo
de descomplicar, simplificar e explicar a tecnologia para que facilite
a usabilidade para os consumidores, ou seja, ela ensina as pessoas a
usarem a tecnologia.

Figura 191: SAC 2.0 Lu

Criaram um twitter para a “Lu” para estreitar ainda mais o


relacionamento com os clientes, ela utiliza gírias, linguagens informais
utilizadas pela maioria das pessoas. Além de usar “hashtags” que envolvem
ainda mais na interação com esses clientes, em que as pessoas se sentem
mais representadas.
Para o nosso negócio, utilizaremos a empatia e a humanização
como essenciais para o nosso negócio, além de priorizarmos o uso de uma
linguagem mais simplificada para que os telespectadores compreendam
o conteúdo que queremos passar.

595
Figura 192: Logo Pesadelo na Cozinha

Figura 193: Érick Jacquin

596
A EMPRESA
É um programa de televisão voltado para a culinária, exibido
recentemente pela Rede Bandeirantes, foi baseado no formato original
“Ramsay’s Kitchen Nightmares” exibido no Reino Unido. Comandado
por Érick Jacquin, o programa tem como principal objetivo levantar
restaurantes que estão chegando à falência ou apresentam condições
difíceis.

NEGÓCIO CENTRAL
Reality show.

O QUE NOS INSPIRA?


Além do formato do programa ser bastante interessante, onde um
profissional utiliza todos os seus recursos, seja técnico ou até gerencial,
para salvar restaurantes que precisam de ajuda profissional para
continuarem com seus negócios no mercado.

Figura 194: Jacquin ensinando

597
Para o nosso negócio, utilizaremos uma linguagem simples no
nosso programa para que os telespectadores compreendam e mesmo que
não participem, que eles possam colocar em prática em seus negócios
o que aprenderam enquanto assistem o reality. Com isso, mostraremos
também nossa preocupação com nossos telespectadores e tornar ainda
mais tranquilo o processo de empreender.

7.6 Formato
Para que um programa de Tv tenha sucesso e organização é
essencial que ele tenha um formato, ou seja, união de várias métricas,
maneiras para se realizar um programa. Com a presença de um formato,
é possível identificar a forma e o tipo de produção, por exemplo, o
gênero desse programa. A partir do gênero é possível compreender o que
aquela produção quer transmitir para seu público, da mesma forma que
a mesma quer atrair seus telespectadores e assim atingir sua meta de
audiência.

598
Figura 195: Logo The Voice

A EMPRESA
Em maio de 2011, a Rede Globo comprou os direitos de uso do formato
do programa The Voice que surgiu na Holanda. É um programa que
apresenta talentos musicais, contam com jurados e técnicos, que definem
a permanência ou desistência dos candidatos. Levam em consideração a
capacidade vocal, o desempenho de palco e a performance de um artista
durante suas apresentações.

NEGÓCIO CENTRAL
Reality musical.

599
O QUE NOS INSPIRA?
O formato do programa conta com mentorias dos profissionais,
sendo que cada equipe ensaia seus próprios shows e músicas para que
realizem uma apresentação final. Também nos inspiramos nas peneiras
realizadas, pois a cada etapa existem eliminações, diminuindo aos poucos
os participantes até chegar ao vencedor/a.

Figura 196: The Voice

Os jurados se tornam treinadores, que se dedicam para desenvolver


os cantores que fazem parte de sua equipe, oferecendo conselhos, dicas e
compartilham dos segredos de seu sucesso, como cantores profissionais
renomados e conhecidos sejam nacional ou internacionalmente.

600
Figura 197: Jurados

A primeira etapa do programa são as audições às cegas, os


participantes se apresentam os jurados somente escutam e se virarem
as cadeiras significa que estão interessados em trabalhar com aquele
artista, trazendo ele para sua equipe. Outra etapa são as batalhas, que
acontecem dentro de cada equipe, que cantam para avançar no programa.
Na final, os melhores concorrem ao prêmio, se apresentam e o público
vota em um candidato que decide o vencedor.
Para o nosso negócio, utilizaremos as etapas como uma possibilidade
de afunilar a quantidade de equipes e projetos, a fim de chegarmos a
uma equipe vencedora. Usaremos também as mentorias como forma
de auxiliar as equipes, além de motivá-las e criarmos uma rede de
networking, pensando não só no crescimento do negócio, mas também
no crescimento pessoal.

601
Figura 198: Logo MasterChef

A EMPRESA
Uma franquia televisiva de competição culinária criada por Franc
Roddam, e sua primeira versão aconteceu em julho de 1990 no Reino
Unido, em 2005 foi relançado e atualizado pela BBC. Hoje é produzido em
mais de 40 países e estão disponíveis em pelo menos 200 territórios. O
formato do programa relançado é vendido pela companhia de produção,
Shine Goup, internacionalmente.

602 Figura 199: Equipe MasterChef


NEGÓCIO CENTRAL
Competição culinária.

O QUE NOS INSPIRA?


Durante o programa, os participantes realizam provas para se
classificarem ou não, além das várias etapas que compõem o formato,
como etapas individuais, em grupo até chegar à final. O formato do
programa é adaptado para o local onde estão produzindo e onde querem
ser transmitidos, pois identifica essa necessidade, de conquistar o
público, a audiência.

Figura 199: Paola Carosella apresenando

Durante o programa, possuem diversos desafios, provas e etapas,


nas quais recebem uma quantidade limitada de tempo para preparar
um prato, logo após, os jurados experimentam e avaliam todos os pratos,
com isso decidem quais participantes continuarão no programa. Existem

603
diversos tipos de provas, algumas que prezam mais pela técnica, outras
pela criatividade, e outras pela agilidade de realizar um desafio.
Outra questão bastante forte do programa é a participação de
profissionais extremamente renomados e que possuem bastante
experiência no ramo da culinária, o que gera ainda mais valor, tanto para
os participantes, quanto para os telespectadores. No formato brasileiro,
contam com profissionais como: Henrique Fogaça, Érick Jacquin e Paola
Carosella, nomes bastante conhecidos na área.
Para o nosso negócio, utilizaremos os desafios como uma forma de
criar uma competitividade saudável, além de reconhecer habilidades,
esforços e trabalho em equipe, além de proporcionar conhecimento para
os participantes. Com relação aos jurados, identificamos a necessidade
de colocarmos investidores como possíveis avaliadores dos projetos, com
o intuito de conectar os projetos novos aos investidores que estão à
procura de novas ideias.

604
Figura 200: Chef

605
Figura 201: Logo BBB

A EMPRESA
Tudo começou em 1999, John de Mall teve uma ideia de criar um
jogo no formato de programa de tv, em que os participantes ficariam
confinados, sob pressão psicológica, teriam provas de resistência e que
permitiram sua continuação no jogo, além de ter que conviverem com
pessoas desconhecidas e totalmente diferentes de sua personalidade. O
avanço do programa aconteceu de forma rápida, em 2002, a Rede Globo
adquiriu o direito de uso do formato do programa, a audiência foi um
sucesso.

NEGÓCIO CENTRAL
Reality show.

606
O QUE NOS INSPIRA?
Além da junção de pessoas de diversas “camadas sociais”,
contribuindo para a socialização, o programa contribui para o sucesso
de seus participantes. Outra questão bastante presente no programa
são os parceiros, a força do merchandising é surreal, ou seja, além de
proporcionar entretenimento para os participantes e telespectadores,
o reality também promove diversas marcas, que alcançam diversos
públicos.

Figura 202: Prova BBB

O programa possui diversos parceiros, que promovem propagandas


através da realização de provas e desafios para os participantes, além
de movimentar e aumentar a audiência, um dos principais objetivos
é promover sua marca e ficar conhecida no mercado, por se tratar de
um programa bastante conhecido e renomado, e que, além disso, possui
muita influência no público que acompanha.

607
Figura 203: Parceria BBB

Além das provas, existem também aqueles parceiros que oferecem


prêmios, mimos e em alguns casos vales para efeturarem compras
futuras. Como por exemplo, americanas, tik tok, pic pay, entre muitas
outras marcas. O intuito delas é mostrar a marca, o que entregam para
seus clientes e tornar sua empresa conhecida nacionalmente.
Para o nosso negócio, usaremos os nossos parceiros, como uma
maneira de nos auxiliar no andamento do programa, com desafios e
prêmios, e como devolutiva, entregaremos a eles a divulgação para suas
marcas em âmbito televisivo. Além disso, é uma forma de conseguirmos
mais patrocinadores que nos ajudem a manter o programa e torná-lo
conhecido, inicialmente no Brasil, futuramente no mundo.

608
Figura 204: Logo The Circle

A EMPRESA
A série The Circle é um reality show de popularidade produzida
pela Netflix, em 2020, que lançou três versões do programa: US, Brasil
e França. Os participantes vivem dentro de um mesmo prédio, porém
separados em apartamentos, a única interação acontece através de uma
plataforma chamada circle que é conduzida por voz. Os participantes
podem ser eles mesmos ou escolherem um perfil que acreditem que
tenham mais chances de ganhar.

NEGÓCIO
CENTRAL
Reality show de popularidade

609
O QUE NOS INSPIRA?
O formato do programa realmente nos chamou atenção,
principalmente pelo fato de que os participantes não têm contato a
não ser pela plataforma. Além disso, existem vários momentos de
descontração, de conexão entre os partipantes e jogos que promovem
alguns prêmios e festas para os ganhadores.

Figura 205: Ambiente The Circle

Cada participante possui seu próprio apartamento, que é decorado


de acordo com a personalidade que seja utilizada durante o programa.
A única forma de se comunicarem é através de uma plataforma que
funciona por meio da voz, ou seja, não possuem contato fisíco com os
outros participantes. Eles se “conhecem” inicialmente por um perfil que
é criado por cada pessoa, podendo ser real ou fake.

610
Figura 206: JP, The Circle

As festas e as comemorações ocorrem dentro de cada apartamento,


o programa oferece utensílios, como looks, bebidas, comidas e até uma
decoração festiva, trocam comentários sobre a festa com os outros
participantes, através da plataforma.
Para o nosso negócio, trabalharemos em coworkings, cada equipe
ficará em uma sala separada das outras equipes, essa solução surgiu
principalmente por conta da pandemia vivida em 2020, em que todas as
pessoas precisavam manter um isolamento social, cumprindo orientações
do Ministério da Saúde.
Além disso, queremos promover momentos de descontração também
durante o nosso programa, com o intuito de mostrar a importância de
manter equilíbrio entre trabalho e lazer, ao mesmo tempo promovermos
a interação entre os participantes, com momentos e oportunidades de
se conhecerem e ampliarem sua rede de contatos.

611
7.6 Investimento
Possuir investimentos, sem dúvidas, é extremamente essencial para
qualquer empresa, não importando o motivo do mesmo, seja para ajudar
no seu crescimento ou para solucionar alguma dificuldade que exige
emergência. É bastante importante buscar por investidores confiáveis
e que estejam alinhados ao que a empresa pretende entregar para seus
clientes. Além de possuir parceria e confiança ao realizar alguma aliança
desse nível.
Figura 207: Investimento

612
Figura 208: Logo Shark Tank

A EMPRESA
Uma série norte-americana que teve sua estreia no dia 9 de agosto
de 2009, no canal ABC, é uma versão americana adaptada do britânico
“tigres do dinheiro” (traduzido do japonês). No Brasil, é transmitido pelo
TLC desde 2015, com o nome: “Shark Tank: Negociando com Tubarões”,
depois começou a ser transmitido pelo canal Sony.

NEGÓCIO CENTRAL
Reality show de investimentos.

613
O QUE NOS INSPIRA?
Durante o programa, diversos empreendedores apresentam suas
ideias de negócio, suas metas e a necessidade de receber um investimento.
Uma banca de investidores, conhecidos e renomados no mercado,
avaliam as apresentações, os negócios e a possibilidade de algum deles
investirem e assim garantir uma porcentagem da empresa ou propõem
royalties sobre as vendas futuras.

Figura 209: João, Cris e Caito, Shark Tank

614
Os jurados participantes da versão brasileira são: João Appolinário,
Cris Arcangeli, Robinson Shiba, Camila Farani e Caito Maia. Todos eles
são empresários bastante conhecidos e que possuem muita experiência
de mercado e hoje, investem em negócios apresentados no programa.

Figura 210: Apresentação Shark Tank

Os participantes apresentam seu negócio, seus produtos, podem


utilizar de cenários, brindes para os jurados, mas não pode se esquecer
de convencer que o investimento que possivelmente receberão será
realmente viável tanto para a empresa, quanto para os investidores.
A partir da apresentação da organização, de seus diferenciais e de seus
custos e receitas, cada jurado avalia a possibilidade de investirem ou
não no negócio.
Para o nosso negócio, teremos os investidores como parceiros,
ajudamos a encontrarem novas oportunidades de ideias para investirem,
e como uma forma de devolutiva oferecem investimentos nos negócios
nos quais se interessaram, tanto pela propriedade da ideia, quanto pela
viabilidade.
Entendemos também que o investimento é algo bastante
importante para o nosso programa, pois nosso intuito é auxiliar os
novos empreendedores a colocarem suas ideias no mercado. Além disso,
compreendemos a importância de colocarmos investidores conhecidos,
para que o programa se torne atrativo tanto para os participantes quanto
para os telespectadores.

615
EPISÓDIO 08

616
617
O QUE JÁ
TEMOS NA
MOCHILA
Diagnóstico

Figura 211: Escoteiros

Neste capítulo serão apresentadas as oportunidades e ameaças


encontradas ao longo do projeto que tenham um maior impacto para o
negócio. Retiradas de capítulos como Macroambiente, Forças de Porter
e Tendências, encontramos seis oportunidades e quatro ameaças, que
serão dissecadas a seguir. Para tanto, utilizaremos a ferramenta SWOT,
o que nos permite identificar onde e como as ameaças e oportunidades
tem uma maior relevância no negócio, traçando estratégias para o
aproveitamento ou defesa desses fatores.
618
8.1 Produção e distribuição
de conteúdo
A análise de SWOT é uma ferramenta usada para identificar forças,
fraquezas, ameaças e oportunidades de uma empresa, e através dessa
análise, a empresa passa a ter um direcionamento maior e mais preciso
para a tomada de decisões. Philip Kotler, em seu livro “Administração
de Marketing, explica que, a avaliação global das forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças, denominada análise SWOT (dos termos em
inglês Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats), é uma ferramenta
que possibilita a realização de um diagnóstico estratégico das empresas,
interna e externamente.

Fatores Positivos Fatores Negativos

S W
Fatores Internos

Strenghts | Forças Weaknesses | Fraquezas

G/T 169: SWOT

O T
Fatores Externos

Opportunities | Oportunidades Threats | Ameaças

Em português é conhecida como análise FOFA (Forças, Oportunidades,


Fraquezas, Ameaças), sendo uma tradução literal dos termos em inglês,
organizados de uma forma diferente para criar um termo que coincida
com uma palavra e possa ser pronunciado com mais facilidade.
Por se tratar de uma empresa inexistente no momento, não é
possível realizar uma análise interna de forças e fraquezas, somente a
análise do ambiente externo – ameaças e oportunidades -, para conseguir

619
identificar possíveis ações estratégicas mesmo antes de entrarmos
no mercado, oportunizando uma visão holística sobre a indústria,
diminuindo o risco do desconhecido e otimizando os resultados.
Cabe ainda destacar que o ambiente externo não é passível de
controle pela empresa, devendo ser objeto de estudo contínuo para que
seja possível monitorar as mudanças e tendências, antecipando impactos
e se preparando para os desafios da melhor forma possível. Uma empresa
que não está atenta ao seu ambiente externo corre um sério risco de
se tornar ultrapassada ou não conseguir acompanhar as mudanças no
setor, sejam elas positivas ou negativas.

8.1.1 Aproveitando nossas


oportunidades
Encontramos algumas oportunidades durante a realização do
projeto, nos capítulos Macroambiente, Forças de Porter, Tendências e
Concorrentes. Entre elas temos Desemprego, Poder de Barganha dos
Fornecedores, Coworking, Quarta Revolução Industrial, Marketing
Digital e Metodologia L.E.T. Dentro dessas oportunidades, destacamos a
presença de alguns outros fatores levantados pelo projeto, que se alinham
diretamente, ajudando a criar uma oportunidade mais sólida.

Desemprego - Macroambiente
A primeira oportunidade encontrada vem do Macroambiente
e está alinhado com fatores como pandemia, empreendedorismo por
necessidade e as mulheres no mercado de trabalho. Através de pesquisas
realizadas no índice de desemprego ao longo dos anos, principalmente
no início de 2019, e em tempos atuais com as implicações geradas pela
620
pandemia do covid-19, as empresas não tem conseguido manter o nível
de funcionários, gerando demissões em massa.
As implicações socioeconômicas dessas demissões têm uma
dimensão muito grande dentro das famílias, principalmente. Com
a ausência da renda fixa proveniente do emprego, e a contínua
imprescindibilidade de arcar com despesas como alimentação, moradia,
vestuário e educação, encontra-se uma dificuldade de fazer com que os
recursos sejam suficientes para essas tarefas. Dessa forma, surge uma
necessidade crescente de conseguir fontes de renda alternativas, sendo
o empreendedorismo uma dessas formas.
A imagem abaixo mostra áreas predominantes no empreendedorismo
que foram incentivadas pela crise em 2016. Dentre elas temos a
confecção de bolos e doces, os salões de beleza e vendas de cosméticos e
prestação de serviços. Essas atividades representam áreas fundamentais
do empreendedorismo por necessidade, um dos principais motores do
crescimento encontrado atualmente.

G/T 170: Como a crise aumenta o empreendedorismo

621
Com o aumento da necessidade de empreender, e também da
oportunidade encontrada em oferecer soluções diferentes das existentes
no mercado, temos um aumento no impacto representado por essa
oportunidade, onde a capacidade de atrair mais clientes se torna real,
através da exploração de um mix de marketing adequado para o público.
Para tanto, buscaremos captar um público que apresente interesse,
capacidade e qualificação para participar do programa, com foco nos
desempregados que tenham interesse em empreender e queiram auxílio.

Poder de barganha dos fornecedores – 5 forças


de Porter
Através da análise dos fornecedores, identificamos a presença de
vários prestadores de serviços nas áreas em que necessitaremos, como
as mentorias, os espaços de Coworking e as equipes de produção. Esse
fato foi levado para o estudo das Forças de Porter, onde encontramos
um baixo poder de barganha. Isso significa que a indústria não está tão
suscetível a mudanças no fornecimento de um serviço ou de aumento
de preços por parte de um fornecedor, já que ele não é o único capaz de
fornecer aquela determinada matéria-prima ou mão de obra.
Como o diferencial do serviço entregue é baixo – a maioria dos
fornecedores entrega serviços similares -, a substituição de um prestador
de serviço por outro - seja pela qualidade, preço, disponibilidade,
acessibilidade geográfica ou qualquer outro fator relevante para a empresa
– não é algo difícil de ser feito e se apresenta como uma oportunidade
para o negócio, no sentido de não estarmos dependentes de somente um
fornecedor para cada área destacada de necessidade desses prestadores,
ou em uma possível escassez de matéria-prima – por estarmos tratando
principalmente do capital intelectual e de tecnologia – e mão de obra,
por serem exclusivamente pessoas.

622
A oportunidade impacta diretamente na consciência de que a
indústria depende dos fornecedores, o que implica em um cultivo
de um bom relacionamento, mas não ao ponto de ficar à mercê de
variações de preços constantes, baixa qualidade do serviço entregue ou
falta de comprometimento. Caso as situações acima se tornem parte
da realidade das empresas, as mesmas podem encerrar os contratos
com os prestadores de serviço e iniciarem negócio com outros, tendo
a possibilidade de conseguir preços mais baixos devido ao número de
fornecedores substitutos no mercado.

Coworking - Tendências de negócios


Crescente tendência de negócios no mundo, uma forma de trabalho
cooperativo e colaborativo, o Coworking busca unir pessoas, empresas e
comunidades. Através de um mesmo ambiente de trabalho, diferentes
pessoas e empresas podem realizar suas atividades, contribuir para o
crescimento e desenvolvimento de outras, além de ser uma forma bem
mais sustentável de produção, através do compartilhamento de recursos
naturais. O consumo através do compartilhamento de recursos e de
trocas tem se tornado cada vez mais presente em nosso dia a dia, seja
trocando horas (como a Bliive, citada em Setor), roupas, brinquedos e
maquinários agrícolas, por exemplo.
Uma pesquisa realizada em todas as capitais pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC) em 2019, retrata que 74% das pessoas ouvidas são adeptos do
consumo colaborativo. O número de pessoas dispostas a inserir mais
práticas colaborativas em sua rotina nos próximos dois anos subiu de
68% para 81% em um ano (2018-2019), e 90% das pessoas que utilizam ou
já utilizaram qualquer tipo de mecanismo de compartilhamento dizem
estar satisfeitas com o resultado obtido, considerando grandes os gastos

623
poupados com essa tendência. Com relação ao espaço compartilhado
para trabalhar, o número de adeptos foi de 61%.
O Coworking se porta como uma oportunidade para o negócio,
visto que o número de adeptos cresce anualmente, e as pessoas seguem
enxergando valor nesse modelo colaborativo. Isso propicia a troca
de ideias, experiências e vivências entre os participantes, um ponto
fundamental na entrega que buscamos proporcionar para os clientes.
As individualidades carregadas por todos os participantes podem
contribuir imensamente para o desenvolvimento do todo, acrescentado
habilidades únicas no ambiente de trabalho, se traduzindo em lições de
vida. Ainda proporciona o aprofundamento das interações sociais entre
os envolvidos, criando experiências mais valorosas e empáticas.
Acreditamos que, fazendo uso dessa modalidade e tornando-a ainda
mais conhecida no Brasil, buscando trabalhar seus benefícios de curto e
longo prazo, o número de usuários poderá ser ainda maior, incentivando
outras empresas ou instituições a fazer o mesmo como parte de sua
responsabilidade socioambiental e humana, tornando esse um bom
plano de ação.

Quarta revolução industrial – Megatendências


Impulsionada por ativos como cloud computing, big data, internet
das coisas, inteligência artificial, redes sociais, mobilidade, robótica e
blockchain, a quarta revolução industrial vem com a intenção de inserir
cada vez mais a tecnologia nos ambientes, seja no lazer, no trabalho ou
na família. Trazendo mudanças disruptivas e novos formatos de realizar
tarefas cotidianas, o produto dessa revolução é a inteligência. Não só
setores envolvidos com a utilização de tecnologia estão sentindo os
efeitos, especialmente com a pandemia, onde grande parte das empresas
(se não todas) tem sido forçadas a uma digitalização como forma de
sobrevivência.
624
Fundador do Fórum Econômico Mundial e autor de The Fourth
Industrial Revolution (A Quarta Revolução Industrial), Dr. Klaus Schwab,
o que caracteriza uma revolução industrial é o surgimento de “novas
tecnologias e novas maneiras de perceber o mundo que impulsionam
uma mudança profunda na economia e na estrutura da sociedade.” A
imagem abaixo retrata o ciclo das revoluções industriais vividas pela
humanidade ao longo do tempo.

G/T 171: Quarta revolução industrial

Em uma conversa com Alonso Neto, diretor de Pessoas e Propósitos


do Social Bank, a tecnologia vem sim para substituir alguns empregos
atuais. Porém, a grande diferença entre o ser humano e a máquina é a
capacidade de sentir. Trabalhos que envolvam processamento de dados,
atividades repetitivas, sem criatividade e sentimentos, não foram feitos
para serem desenvolvidos por seres humanos. “Dai às máquinas o que
é das máquinas”, de forma que os homens fiquem livres para realizar
atividades que lhes permitam expressar esses sentimentos inerentes a
ele, o que as máquinas não conseguem fazer.
Muitos desses empregos ainda nem existem, conforme retrata a
imagem abaixo, porém existirão no futuro, de acordo com a necessidade
de se adaptar. Historicamente isso já foi comprovado, como exemplo
625
temos as operadoras telefônicas dos anos 60, que precisavam manusear as
ligações pela necessidade dos telefonemas de serem ligados e desligados
manualmente. A profissão não desapareceu, apenas sofreu alterações
com a tecnologia. Hoje temos os Contact Centers, onde as prestadoras
de serviços contratam atendentes para manter uma relação com o
cliente, seja oferecendo produtos/serviços pelo telefone, ou atendendo a
solicitações e reclamações.

Figura 212: Empregos futuros

Não é possível mais ignorar a presença da tecnologia em nossas


vidas e o fato de que ela pode sim servir a um propósito maior, auxiliando
as pessoas com suas tarefas diárias, facilitando alguns processos.
Comprovação disso é o fato de que só o Brasil obteve um aumento de
R$73 bilhões na economia após a incorporação deste conceito em 2019.
Uma das principais tendências encontradas no projeto que ancoram o
negócio, a quarta revolução industrial se torna uma oportunidade a partir
do momento em que pode ser utilizada em diferentes processos dentro
da produção do conteúdo, como na automatização dos ambientes de

626
Coworking, na melhoria dos equipamentos de produção e nas atividades
a serem desenvolvidas pelas pessoas envolvidas no processo, sejam
funcionários ou clientes.

Marketing digital - Concorrentes


A digitalização vem crescendo gradativamente no Brasil desde 2010
de forma lenta, porém, a Confederação Nacional da Indústria divulgou
que o crescimento de tecnologias digitais dentro das fábricas passou de
63% em 2016 para 73% em 2018. E agora, está acontecendo um fenômeno
chamado digitalização forçada, em larga escala, por conta do Covid-19,
as empresas estão precisando, não somente se digitalizar, mas também,
fazer uma transformação digital em seus serviços. Empresas tradicionais
que davam foco ao estabelecimento físico e que migraram para o digital
nesse período estão sentindo os resultados, como e-commerces de
brinquedos que obtiveram, até 04 de maio de 2020, um aumento de 434%
no aumento das vendas.
E o que digitalização tem a ver com o marketing digital? A resposta
é, tudo! Com a digitalização acontecendo, as empresas precisam, além de
se transformar digitalmente, inserir um bom marketing digital de forma
estudada e pensada para que suas estratégias fluam da maneira como
as plataformas são demandadas pelos usuários, um exemplo é saber que
um anúncio no Google Ads é completamente diferente de um anúncio
no Youtube Ads e uma postagem no Instagram é totalmente diferente
de uma postagem no Twitter.
Além disso, o marketing digital pode ser responsável por trazer
vários fatores que estavam ocultos de uma empresa para a realidade
nesse momento do Covid-19, onde a responsabilidade socioambiental,
também, possui um grande avanço e as empresas estão sendo cobradas
por isso. Com o marketing digital, as empresas podem demonstrar e criar

627
formas de trazer suas responsabilidades com a sociedade e o ambiente
de maneira facilitada e visível para o público.
A oportunidade foi considerada quando foi verificado que todos os
concorrentes diretos e indiretos possuem diversas falhas e dão muito
espaço para alguém que faz um marketing digital bem feito conseguir
destaque. Recapitulando, de forma rápida, todas os concorrentes utilizam
a mesma estratégia e o mesmo conteúdo em todas as plataformas.
Além disso, apenas a InovAtiva Brasil faz anúncios no Facebook Ads e
seus anúncios perderam uma qualidade enorme e não possuem mais
estratégia em seu conteúdo, o que passa a impressão que foi apenas um
impulsionamento feito por alguém que não é especialista no assunto.
Sobre Youtube, o Shark Tank demonstra um crescimento
extraordinário, em 4 meses eles já possuem cerca de 200 mil visualizações
por dia e 2 mil inscritos a mais por dia. Verificando sua classificação
no Social Blade, principal plataforma de análise de canais do Youtube
no mundo, eles já possuem uma classificação B e é o único canal que
está fora do setor de entretenimento que está nessa classificação, o
que demonstra um interesse do usuário e que não há mais empresas
explorando esse local.
Mesmo com um Youtube bem cuidado, o Shark Tank peca, como
todos os outros, em suas estratégias de Google, a empresa não faz uso do
Search nem do Google Ads e não possui um site ideal. Apenas um site
foi considerado ideal em meio as análises, sendo que esse site era de
um aplicativo que possuía boa performance em desktop, o que não faz
sentido.
A observação feita é que as empresas não estão bem vinculadas
com as estratégias digitais que devem ser utilizadas, por exemplo, a
InovAtiva Brasil fez uso de uma estratégia chamada AIDA (atenção,
interesse, desejo e ação) uma vez e conseguiu um resultado incrível, mas
após, nunca mais utilizou e teve uma queda enorme em seus anúncios.

628
A estratégia AIDA é uma estratégia simples e que possibilita resultados
enormes, existem outras estratégias tão simples quanto, como a Hero-
Hub-Hygiene, por exemplo, que não foi utilizada da maneira correta por
nenhuma das empresas.
Concluindo, o Marketing Digital é uma ferramenta que pode ser
utilizada e abusada por conta do aumento do uso dos métodos digitais
em todos os setores, mas as empresas não estão sabendo explorar isso.
O marketing digital é uma ferramenta que pode mensurar e validar a
maioria dos dados e, se utilizado de maneira correta, pode fazer com que
a empresa cresça de maneira consciente e previsível.

Metodologia L.E.T - Macroambiente


Em 1980 surgiu o termo lean manufacture, ou manufatura enxuta,
que tinha como objetivo criar uma produção mais eficiente, otimizando
os processos produtivos dentro de fábricas de manufaturas, gerando
lucros para a organização. Em 2011 tivemos a expansão desse conceito
para o meio empresarial com a publicação de um livro chamado Lean
Startup, ou a startup enxuta, por um empreendedor do Vale do Silício,
propondo a aplicação desse conceito para o ambiente disruptivo das
startups, diminuindo o tempo de desenvolvimento e validação dos
modelos de negócios.
Essa otimização de processos não encontrou fronteiras e seguiu
para novos setores, como a educação alinhada ao design thinking. Ao se
combinarem, surgiu a Lean Education Technology, também conhecida
como LET ou tecnologia da educação enxuta. Essa metodologia abrange
a eficiência do lean e o foco na resolução de problemas e planejamento
estratégico trazidos pelo design thinking, criando um espaço onde os
alunos sejam cada vez mais protagonistas do seu próprio aprendizado,
desenvolvendo habilidades para além do ambiente acadêmico.

629
Um dos principais tópicos dessa metodologia é o “aprender a
aprender”, já que constantemente somos cobrados a lidar com situações
nunca antes vivenciadas, nos preparando para lidar com os desafios do
mercado de trabalho e do mundo real, as mudanças e a necessidade
de uma visão holística de forma a solucionar os problemas da melhor
maneira possível. Isso é feito através de uma intensa aplicação prática
do conteúdo e do desenvolvimento de habilidades empreendedoras, com
orientação voltada para a obtenção de resultados.
Com essa mudança no sistema de ensino, os alunos passam a
desenvolver não só conhecimentos teóricos, mas também soft skills,
como comunicação, colaboração e criatividade, atividades altamente
procuradas por empresas. A LET se orienta por cinco objetivos para
conseguir alcançar os resultados propostos na prática: “Introdução aos
conceitos do empreendedorismo; Desenvolvimento da mentalidade
empreendedora; Aplicação das técnicas do design thinking; Projeção e
construção de protótipos; Apresentação de ideias e propostas. ” (Medium.
com, 2018)
Levando em consideração as complexidades do mundo em que
vivemos, essa metodologia estimula os discentes a olharem para os
mais diversos problemas de formas criativas, pensando em soluções
fora do comum, construindo soluções criativas baseadas na sua própria
observação e descoberta. Trazida no macroambiente, essa metodologia
faz uma ligação com tudo que foi abordado até o momento, como o setor
de atuação, as atividades desenvolvidas, a ideia do negócio e os valores
desejados dentro do negócio.
Para tanto, a utilização da Lean Education Technology dentro
do formato das mentorias pode acrescentar uma vivência prática do
empreendedorismo, que, alinhada ao Fator Chave de Sucesso “Empatia
e Acessibilidade na Linguagem”, pode auxiliar inclusive na comunicação
com a audiência, proporcionando uma maior identificação das

630
experiências dos participantes e a possibilidade de aplicação na vida
real de pessoas mesmo fora do reality, mas que se identifiquem com as
situações vividas pelos participantes.

8.1.2 Defendendo de
nossas ameaças
Encontramos quatro ameaças dentro de capítulos como Forças
de Porter, Grupos Estratégicos, Macroambiente e Análise de Mercado.
Assim como as oportunidades, alinhamos as ameaças com outros fatores
encontrados dentro do trabalho por acreditar que se complementam e
tem o poder de potencializar o impacto. A Estrutura de Custos, o Nível
de Investimento alinhado com a Instabilidade Política, e Migração para
Streamings e TV Aberta e a Ameaça dos Produtos Substitutos.

Estrutura de custos - Grupos estratégicos


Através do estudo realizado em Grupos Estratégicos, encontramos
na Estrutura de Custos uma força a ser monitorada. Essa variável inclui
todos os elementos presentes na formação dos custos de uma empresa,
que podem variar dependendo do setor de atuação, do porte da empresa
e da escalabilidade do negócio. Esses custos envolvem os fixos e os
variáveis, as economias de escala e escopo.
Dentro do setor da economia criativa, os custos tendem a ser altos,
pela escala dos negócios. Seja pela aquisição de softwares ou aparelhos
tecnológicos, espaço físico, mão de obra qualificada ou produção de
conteúdo, a estrutura de custos se torna cada vez mais robusta. Desde
custos com o pessoal, fornecedores, contas em geral (água, energia,
tributação), materiais necessários para a realização das atividades, espaço
631
físico para o programa, a gravação, produção e divulgação, distribuição
e acompanhamento pós veiculação.
Essa ameaça tem um fator complicante: os custos não podem ser
evitados e a qualidade do programa pode sofrer com uma redução drástica
dos custos. A ação que pode ser tomada é o constante monitoramento e
avaliação dos custos, para que sejam identificados gastos desnecessários
para serem cortados e possa providenciar uma melhor distribuição dos
valores de acordo com a necessidade de cada item.

Níveis de investimentos e instabilidade


política - Macroambiente
Se tratando dos níveis de investimentos, encontramos um ciclo
virtuoso na economia, composto por elementos como produção e
consumo. A cadeia funciona da seguinte maneira: empresas e indivíduos
investem – com dinheiro, conteúdo e mão de obra – em negócios, para
que esses possam produzir bens de consumo, por exemplo. Finalizada a
produção, os itens são colocados à venda e consumidos pela população.
Por ser um ciclo, quando um elemento deixa de se comportar da forma
como estava, o ciclo inteiro é comprometido.

Investimento

Consumo Produção

632
Com esses cenários instáveis na política e na economia, acarreta
um maior receio por parte dos investidores em assumir riscos em
negócios novos, pela possibilidade de não receber nem o valor investido
de retorno, já que não se sabe se o negócio conseguirá sobreviver às
mudanças do ambiente externo. Com a redução dos investimentos,
reduz-se a produção e o consumo, consequentemente.
Com a redução dos níveis de investimento e a instabilidade política
e governamental, se torna mais difícil o acesso a investimentos, visto que
as políticas de subsídios são reguladas de acordo com o governo vigente,
tendo sofrido diversos cortes ao longo do tempo. A ameaça encontrada
está dentro desse cruzamento, onde temos a redução dos valores passíveis
de subsídio – considerados uma forma de financiamento do negócio – e
dos investimentos, pelo alto risco representado pelo projeto.
Apesar disso, os temas de empreendedorismo, cooperação e quarta
revolução industrial (também presentes no Macroambiente), estão
recorrentes nos ambientes de mercado, despertando interesse de outras
empresas e investidores, pelo caráter social do negócio, amenizando as
ameaças e gerando oportunidades de que os investimentos possam vir
de lugares diferentes dos esperados, como pessoas físicas que estejam
dispostos a aceitar os riscos e contribuir com a economia, cultura e
sociedade.

G/T 172: Tipos de investimentos Startups

633
Migração para streaming e tvs
abertas – Análise de canais
Realizamos uma análise de viabilidade dos canais para entender
qual seria a melhor escolha para a veiculação do programa e concluímos
que a televisão por assinatura se ria uma melhor escolha pela presença
do público alvo ser mais concentrada nesse canal. Apesar disso, isso não
significa que é onde está concentrada a maior parte dos consumidores,
como é representado no gráfico abaixo:

97% 96% 97%


73%
85%
72% 68%
68%

2014 2015 2016 2017

G/T 173: Streaming x TV Paga


Streaming TV Paga Fonte: Eleve com base no Central HQS, 2018

É possível identificar o crescimento nos serviços de streaming e


televisão aberta, pela variedade de conteúdos de entretenimento. Em
contrapartida, canais de televisão fechada concentram um público com
uma mentalidade mais voltada para um entretenimento que agregue
algum conhecimento, não só para uma distração rápida. Esse foi o
motivo da escolha por esse canal, a presença de programas educacionais
e empreendedores em diversos canais, como Sony e Discovery H&H.
A ameaça encontrada é que o crescimento de formas alternativas
de distribuição de conteúdo ofusque e tire os clientes da televisão
por assinatura que sejam nosso público alvo. Como forma de nos

634
defendermos dessa ameaça, o próximo passo na distribuição do conteúdo
é a disponibilização em outros canais, como youtube, televisão aberta e
serviços de streaming, conforme a viabilidade de cada canal, aumentando
a presença do programa dentro das mídias e dos lares brasileiros com
possíveis futuros empreendedores.

Ameaça de produtos substitutos – 5 forças de Porter


Dentro da análise de Forças de Porter, encontramos a maior ameaça
como a dos “produtos” substitutos, por já estarem estabelecidos no
mercado, possuem marcas fortes e atendem a mesma dor que estamos
nos propondo a atender. Resgatando do capítulo, a seguir trazemos
nossos serviços substitutos:
- Aceleradoras, que possam acelerar o negócio para o mercado;
- Incubadoras, ajudando os projetos a saírem do papel;
- Consultorias, oferecendo serviços de auxílio para os empreendedores;
- Franquias, escolhas mais consolidadas para novos negócios,
diminuindo o risco do desconhecido;
- Sebrae, prestando serviço de auxílio para interessados;
- Programas Empreendedores, como “Pequenas Empresas, Grandes
Negócios”;
- Eventos e Feiras, como a Feira do Empreendedor;
- Venture Builders, entrando com o investimento;
- DIY, a decisão de seguir sozinho no processo;
Por serem numerosos e conhecidos, os substitutos acabam suscitando
a questão do motivo de, se existem tantos, por que estamos entrando
nessa competição? A justificativa está na percepção de que os serviços
oferecidos não satisfazem por completo as necessidades encontradas
pelos clientes, podendo oferecer algo a mais dentro do pacote. Cada
empresa atua dentro do seu nicho, oferecendo serviços pontuais.

635
Enquanto a ameaça se encontra na dificuldade de se diferenciar
e destacar dentro dos negócios que já estão no mercado, tem-se a
oportunidade de atuar com uma visão mais holística, oferecendo um
mix de serviços mais diversificados e completos, utilizando os melhores
aspectos dentro de cada um dos substitutos, como forma de melhorar o
serviço a ser oferecido para os clientes.

8.2 Conclusão
Encontramos quatro ameaças e seis oportunidades no trabalho,
em diversos pontos do estudo. Apesar de as ameaças estarem em menor
número, estão em áreas como financeira e político-legal, representando
um esforço maior para que consigamos neutralizá-las. As oportunidades
giram em torno de habilidades comportamentais, gerenciais e do
ambiente externo à empresa.
Em uma análise geral, os pontos de ação destacados para o
aproveitamento das oportunidades e defesa das ameaças gira em torno
da diferenciação, da comunicação direcionada ao alvo, uma relação
próxima com os fornecedores, desenvolvimento de habilidades conjuntas
- como cooperação e respeito -, utilização de tecnologias à favor do
programa e dos participantes, a utilização de uma metodologia alinhada
com empreendedorismo e design thinking (L.E.T.), monitoramento da
estrutura de custos e da migração para diferentes canais, e a busca por
oferecer soluções mais completas para o consumidor.
Parecem muitos fatores, difíceis de serem alcançados. Entretanto,
quando olhamos mais atentamente, tudo se traduz em elementos já
desejados para o negócio, como uma metodologia diferenciada para a
realização das mentorias, os ambientes de Coworking, uma comunicação
específica para o público alvo e a entrega de uma experiência completa

636
para o cliente, desde a concepção da ideia até um possível investimento
para que se coloque em prática.

637
EPISÓDIO 09

638
639
JÁ VEMOS
A TRILHA!
Ideia do Projeto

Figura 213: Kit de trilha

A partir das nossas pesquisas, encontramos que o nosso setor


se apresenta em constante crescimento, o que nos mostra inúmeras
possibilidades de ascensão dentro desse mercado. Com isso, aproveitaremos
essas oportunidades para criarmos e colocarmos em prática a nossa
solução. Nós, da equipe Eleve, apresentamos a vocês, The Scale, o reality
show para suas melhores ideias.
640
The Scale, uma mentoria personalizada e de qualidade, com um
valor acessível, que funcionará através de um reality show, por se
tratar de uma plataforma que gera maior visibilidade tanto para as
ideias inovadoras quanto para os participantes, que por serem novos
empreendedores, necessitam de uma rede de contatos e oportunidades
para suas entradas no mercado.
Contaremos com fornecedores como mentores do Sebrae, equipe de
produção e espaços de coworkings para que essa proposta seja entregue
para nossos clientes.
Além dos fornecedores, contaremos também com nossos parceiros
como SEBRAE, patrocinadores, emissoras de televisão, entre muitos outros,
para que nossos serviços sejam oferecidos de uma forma diferenciada das
que já existem no mercado, mas que sejam eficientes a ponto de atender
a todas as necessidades do nosso público, os futuros empreendedores.
Com o intuito de entregar ainda mais valor para nossos clientes,
ofereceremos acessorias psicológica, jurídica, financeira e de moda,
pois nosso objetivo é desenvolver tanto o lado profissional quanto o
lado pessoal dos nossos participantes. Além de oferecer um ambiente
de espaço colaborativo, os coworkings, possibilidades de conexão com
pessoas do mercado, o networking, mentorias personalizadas e um
possível investimento para sua ideia e negócio ao final do reality.
Nosso programa contará também com uma linguagem simplificada,
com o intuito de atingir e impactar um público que não seja somente
os próprios participantes, o que pode gerar ainda mais conscientização
sobre o empreendedorismo. Podemos utilizar dessa linguagem para passar
mensagens importantes, como o comportamento de um empreendedor
e as possíveis dificuldades futuras.
Identificamos também que o nosso projeto, inicialmente se
viabilizará pelo canal de distribuição que é a televisão por assinatura,
onde se concentra um grande número do público no qual queremos

641
atingir, os futuros empreendedores. Futuramente, acreditamos na
possibilidade de migrarmos para a televisão aberta, youtube e para os
streamings, pela facilidade de viabilizar o negócio por outros canais, já
que são meios que estão presentes no cotidiano das pessoas.
Nossas mentorias acontecerão a partir de uma metodologia
diferenciada, nosso objetivo é utilizar da gamificação para que as mentorias
se tornem um momento mais leve, mais didático, mais divertido e com
mais aprendizado. Criaremos futuramente nossa metodologia, a partir
de estudos sobre planejamento estratégico do nosso negócio.
O programa será disponibilizado por temporadas, nas quais
trabalharemos diferentes áreas. Para atender as diversas áreas,
contrataremos temporariamente mentores profissionais da respectiva
área da temporada, para que os participantes tenham profissionais
especializados como apoio. Contaremos também com uma equipe fixa de
mentores profissionais das áreas de marketing, finanças e comunicação,
pensando no desenvolvimento das futuras empresas.
O processo é bem tranquilo, os participantes interessados realizarão
sua inscrição pelo site, onde apresentarão suas ideias através de um
vídeo de 5 minutos (pitch). Após uma análise dos vídeos recebidos, os
escolhidos começarão a receber mentorias com profissionais a fim
de aperfeiçoar suas ideias. Durante o programa, existirão etapas com
peneiras de acordo com o desenvolvimento de cada equipe, os critérios
serão definidos futuramente.
As ideias que forem mais bem desenvolvidas, por temporada,
chegarão à final, onde poderão se apresentar para os investidores, em busca
de possíveis investimentos. Aqueles participantes que não conseguiram
chegar até a final, além de adquirirem bastante conhecimento, conhecerão
pessoas do mercado e aumentarão suas chances no mercado de trabalho,
por apresentarem suas ideias, habilidades e comportamentos.
Monetizaremos com a taxa de inscrição dos participantes, uma

642
porcentagem na venda do projeto com possíveis investimentos, uma
sociedade na empresa criada na qual receberemos dividendos, tudo
constará em contrato para que não existam problemas futuros. Além
da publicidade, onde trabalharemos com o merchandising e anúncios,
e com os programas de incentivo à cultura e ao audiovidual, que são
promovidos pelo governo, assim levantamos maneiras de captarmos
investimentos públicos e privados.
The Scale tem como objetivo fomentar o empreendorismo no Brasil
e futuramente no Mundo, com o intuito de auxiliar empreendedores que
tenham sucesso, que inovem cada vez mais, aproveitem das oportunidades
do mercado, sejam sempre atentos aos problemas existentes na sociedade
e que criem soluções inovadoras. Somos a solução para as suas ideias.

O que será feito?


Com base em todas as pesquisas que fizemos, decidimos o
delineamento do projeto. Essa ideia será mostrada nesse capítulo e
explorada durante as próximas etapas do trabalho. Deve-se ressaltar que
não se trata da solução final do projeto, uma vez que ainda não foram
devidamente validadas com profissionais de mercado.
A ideia consiste em uma consultoria formatada em reality show,
com o foco em desenvolver pessoas e ideias. O serviço prestado será
uma consultoria para empreendedores iniciais e pessoas que querem/
precisam empreender, mas não sabem por onde começar, seja por falta
de informação, recursos ou conexões. O reality show foi escolhido para
promover maior visibilidade para essas pessoas e seus projetos, de forma
a oferecer mais oportunidades na realidade de mercado.
Cada temporada terá a duração de três meses e serão explorados
diversos temas, um em cada temporada. Exemplos de temas são:

643
educação, tecnologia, comunicação, saúde e segurança. Ideias que forem
desenvolvidas dentro do escopo desses assuntos serão analisadas e
desenvolvidas dentro do programa, seguindo uma metodologia elaborada
pela consultoria.
Os interessados se inscreverão para participar do programa através
de um site e serão selecionados entre 15 e 45 participantes, já que ele
pode optar por entrar sozinho (15) ou em um grupo de até três pessoas
(45). Iremos ter uma inscrição com um valor simbólico, já que o principal
objetivo é capacitação das pessoas, logo buscamos não as onerar no
processo. A inscrição contará com os participantes enviando vídeos de 3
a 5 minutos, explicando seu propósito para empreender, sua visão, o que
é o empreendedorismo para ele e a ideia que tem dentro da temática.
Esse programa será exibido na televisão fechada, já que conta com
uma grande concentração do público alvo em canais como Sony, por
exemplo. As temporadas contarão com 13 episódios, durando entre 40
e 50 minutos cada, sendo exibido um episódio por semana, totalizando
3 meses. O primeiro episódio, que é o episódio piloto, não será,
necessariamente, veiculado na TV fechada, mas sim nas redes sociais,
para gerar um engajamento e uma interação mais próxima. O episódio
irá apresentar o setor e os participantes da temporada.
Contará com uma eliminação por episódio e um sistema de
bonificação dos melhores desempenhos do dia, onde os participantes/
equipes que estarão no topo do ranking receberão créditos internos do
programa para poder contratar serviços e trabalhos pontuais para seu
projeto. O público também poderá colaborar com os projetos que mais
gostarem, através de vakinhas online.

644
METODOLOGIA
A metodologia elaborada pela consultoria é a seguinte:

Episódio 0: Nesse episódio serão apresentados o setor escolhido e os


participantes. Será veiculado na Televisão, Youtube, IGTV e outros canais
em mídias sociais;

Episódio 1: Servirá para que os participantes possam conhecer o


mercado (demanda), clientes (fazendo personas) e os principais players
(concorrentes);

Episódio 2: Estudo da dor/oportunidade e pesquisa primária para


validação da dor;
Episódio 3: Desenvolvimento da ideia, utilizando canvas do modelo de
negócios;

Episódio 4: Será feito o MVP e deverão buscar a validação da sua ideia;

Episódio 5: Neste episódio realizaremos um evento para networking entre


os participantes e profissionais de mercado, já os incitando a pensar em
fornecedores;

Episódio 6: Serão realizadas consultorias durante todo o episódio, em


áreas como finanças, marketing, comunicação, jurídica, de moda e
psicológica;

645
Episódio 7: Os participantes devem apresentar seu primeiro checkpoint,
onde mostrarão tudo que já foi desenvolvido, apresentando as ferramentas
utilizadas para tal;

Episódio 8: Debateremos sobre os recursos necessários para o


desenvolvimento de um negócio, com foco em Recursos Humanos e
Marketing;

Episódio 9: Trabalharemos com a viabilidade financeira dos projetos,


através de consultorias e atividades práticas;

Episódio 10: Nomeado de prove seu poder, esse episódio terá como foco o
treinamento para apresentações e pitches. Temas como aprender a lidar
com o tempo, nervosismo e falar em público serão trabalhados;

Episódio 11: Desenvolvimento do plano de ação dos projetos, onde


aprofundaremos em como realmente entrar no mercado;

Episódio 12: Episódio final da temporada, traremos uma retrospectiva


de tudo que foi realizado na temporada e, os três últimos participantes
trarão sua proposta de valor, missão, seu canvas de proposta de valor
e seu golden circle para avaliação. Além disso, terão a oportunidade de
apresentar seus projetos para investidores que podem comprar a ideia.

646
Vantagem competitiva

A vantagem competitiva de uma empresa diate dos seus


concorrentes acontece quando o seu produto ou serviço é oferecido
aos consumidores com valores mais baixos, além de qualidades
e características superiores as dos outros fabricantes do mesmo
segmento. O ritmo da mudança é tão rápido que a capacidade de
mudar se tornou uma vantagem competitiva

BRUNDTLAND, 1987

Para compreendermos nossa vantagem competitiva diante dos


nossos concorrentes que são: Planeta Startup, Shark Tank, InovAtiva
Brasil e Startup Summit, delimitamos algumas variáveis, como: força
da marca, conteúdo diferenciado, valor acessível, investimentos,
escalabilidade, visibilidade e networking.

Força da marca
Representa a qualidade percebida pelos consumidores, como seu nome é
visto fora da empresa, quando se atinge uma determinada força da marca
no mercado, cresce a credibilidade no negócio. Existe uma diferença
entre empresas que possuem uma força de marca maior no mercado
para as que são menores e que geralmente são locais.

Conteúdo diferenciado
A entrega de um conteúdo que seja diferenciado dos que já são
existentes no mercado, é um fator de grande diferenciação, pois os
consumidores atuais estão cada vez mais conectados, mais informados
e mais exigentes. As empresas que conseguem atingir seus públicos com
conteúdos chamativos e relevantes, são reconhecidas e lembradas, além
de conhecer seus consumidores, o que gera ainda mais empatia entre

647
cliente e empresa.

Valor acessível
O valor de um produto ou serviço pode ser compreendido como
a qualidade dos benefícios que são oferecidos para seus clientes, assim
como criar a consciência no consumidor de que a qualidade de um serviço
nem sempre se dá pelo preço que lhe foi aplicado. A partir de diversas
pesquisas, identificamos que existem cursos e workshops renomados,
porém não possuem um preço acessível para que todos os interessados
pudessem ter a oportunidade de participar.

Investimentos:
A importância de possuir um investimento é inerente a empresas
de qualquer natureza, portanto, para o nosso negócio entendemos que
buscar investidores que sejam confiáveis, que tenham pensamentos
alinhados ao que a empresa deseja oferecer, mas que também tenham
empatia quanto aos futuros empreendedores. Além disso, contar com
investidores com essas características, agrega um grande valor ao
negócio, o que gera ainda mais confiabilidade e interesse nos futuros
participantes.

Escalabilidade
Uma empresa, mesmo no seu início, precisa pensar na possibilidade
de que seu negócio pode crescer no mercado. É importante compreenderem
que se um negócio é escalável, ele consegue suportar qualquer aumento
na demanda, pois se prepararam para isso. Entendemos a importância
de se ter uma empresa que tenha escalabilidade, pois, os consumidores
estão em um processo de alteração de comportamento de compra e de
consumo. Diante das nossas pesquisas, 70% dos jovens querem se tornar
donos do seu próprio negócio no futuro. Enfim, nosso negócio possui

648
grandes oportunidades e possibilidades de crescimento no mercado.

Visibilidade
A capacidade de promover visibilidade para pessoas que estão
buscando por oportunidades de colocar suas ideias no mercado, além de
serem reconhecidas por suas habilidades, capacitações e aptidões, é de
bastante relevância para os novos empreendedores. Além de possibilitar
um reconhecimento de suas atitudes e comportamentos durante o
processo de construção de um novo negócio.

Networking
Compreendemos a necessidade da conexão com pessoas de
diferentes contextos, realidades e a importância de entregarmos isso aos
novos empreendedores, pois um fator bastante relevante para futuros
negócios é obter uma grande rede de contatos. Além disso, mesmo em
contextos diferentes, todos possuem objetivos parecidos, o que agrega
ainda mais valor para essa conectividade acontecer.

649
Quadro de vantagem competitiva

A partir das nossas inúmeras análises, e desse quadro de vantagem


competitiva, conseguimos compreender nossas vantagens diante dos
nossos concorrentes, além de deixar ainda mais objetivo quais são
nossos diferenciais no mercado. Na variável escalabilidade, percebemos
que nossos concorrentes também alcançam esse quesito, além da força
da marca, do contúdo diferenciado e do networking.
Para o nosso negócio, buscamos entregar e manter essas variáveis
para nossos clientes, para que nossa diferenciação de mercado aconteça.
Então, para que isso aconteça é bastante importante que estejamos
sempre atentos aos nossos fatores chave de sucesso e também aos
benefícios que desejamos entregar para nossos consumidores.
No mercado, nosso negócio se destacará por entregar todos esses
fatores de forma eficiente para nossos clientes, além de demonstrarmos
nossa constante preocupação em inovar e personalizar nossos serviços
para que acompanhe todos os processos de mudanças que podem ocorrer
futuramente.

650
9.2 Modelo de negócios
Alexander Osterwalder, em 2008, desenvolveu o conceito de modelo
de negócios, uma ferramenta utilizada pelas empresas para apresentar
o que querem entregar para seus clientes de uma forma mais clara.
Quando utilizam o modelo de negócios, as empresas conseguem validar
sua ideia e elaborar de forma mais simplificada seu plano de ações.
Após a identificação da nossa dor de mercado, e da análise do setor
de economia criativa, chegamos a nossa solução que de maneira eficaz
resolve o problema da dificuldade de fazer novos negócios. Apresentamos
a vocês nosso modelo de negócio.

No nosso modelo de negócio, mostramos nossos principais parceiros,


aqueles que são essenciais para o nosso negócio. Nossas atividades chave
são: recrutamento de mentores que tenham empatia com o mercado
empreendedor; possuir uma curadoria editorial que ofereça conteúdos
específicos e manter um processo contínuo de pesquisas para entender e
encontrar os temas mais agudos para obter sucesso no empreendimento.
651
Nosso principal recurso chave é o capital intelectual, porém
possuímos também os coworkings, os mentores fixos e temporários,
a equipe de produção, os investidores e o investimento inicial. Nossa
proposta de valor, relacionamento com o cliente, canais de distribuição e
segmento de clientes foram encontrados a partir das análises realizadas.
Na estrutura de custos, a maioria é temporária, como a equipe
de produção, os mentores e os coworkings. Porém teremos também o
investimento inicial e os mentores fixos que são colaboradores. Nas
fontes de receita temos a taxa de inscrição, a porcentagem na venda dos
projetos, sociedade na empresa criada e a publicidade, que corresponde
ao merchandising e aos anúncios.

652
653
EPISÓDIO 10

654
655
VALIDANDO
O CAMINHO.
Pesquisa de validação

“Validar uma ideia é o ato de simplesmente ir a rua, encontrar as


pessoas que você considera que se tornarão clientes da sua ideia de
negócio, para comprovar, através de perguntas e utilizando algumas
ferramentas, se aquilo que está sendo idealizado como produto/
serviço realmente atende a uma necessidade dessas pessoas.”

STEVE BLANK, 2020.

Neste capítulo serão apresentadas todas as pesquisas realizadas


com a presença dos integrantes da equipe Eleve, com a participação
de profissionais de cada área importante para as etapas de produção e
realização do projeto. Além das pesquisas, será relatado as mudanças e
instruções aceitas pela equipe.
656
Execução
Para a realização desta etapa, foi necessária a criação de uma
estratégia viável para que as conversas fossem bem aproveitadas de
ambos os lados (alunos e profissionais do mercado). Nesta estratégia
buscamos, assim como no trabalho em geral, trazer o foco maior na
empatia para com todos os convidados.
Primeiramente, as reuniões foram marcadas via E-mail e/ou
WhatsApp. Logo após as confirmações, redirecionamos essa conversa
para a plataforma Google Meet, onde, como próxima etapa da estratégia,
montamos um roteiro específico para cada profissional, contendo
perguntas e explicações de uma forma clara e objetiva. Outro passo
importante para esse contato foi manter as câmeras e microfones
ligados, para que assim fosse possível demonstrar interesse em tudo que
nos era dito. Além de sermos o mais abertos e sinceros possíveis, para
que recebêssemos o mesmo em troca.
Através da ferramenta Notion estabelecemos um padrão de
apresentação, que era enviado para que os avaliadores pudessem
visualizar o que era dito e acompanhar com mais facilidade, além de
poderem editar os itens, detalhando quando não concordavam com algo
que fora dito.

657
Validações para

PRODUÇÃO
DO REALITY

Nessa etapa da validação, conversamos com profissionais


relacionados à produção audiovisual, para entendermos melhor como
o reality pode ser desenvolvido e ajustar valores e possibilidades reais
para o projeto.

Figura 214: Câmera

658
10.1 Franklyn Nascimento

Figura 213: Franklyn

Diretor na Space Filmes e atual professor


universitário, Franklyn tem 27 anos de idade
e dentre eles, possui 10 anos de carreira.
Especialista em Digital Photography pela Harvard
Business School e Transmedia Storytelling pela
Universidade de Sydney, é formado em Propaganda
e Marketing pela faculdade ESAMC.

659
Execução

Figura 215: Meet Franklyn

Moderadores: João e Gabi

Nesta reunião, o foco total foi na produção e realização do reality


show. Onde Franklyn, também professor da instituição ESAMC, após
ouvir e entender as ideias e planos da equipe, direcionou para dicas
sobre local, tempo, custos, equipamentos, estratégias e outros detalhes
relacionados ao projeto.
Abaixo foram listados os tópicos citados por ele e discutidos durante
a validação:

- Indicação de fazer as gravações: os candidatos vão e ficam 1 mês imersos


no local de realização do programa, faz as gravações e acaba o produto;

- Gerar um tempo de gravação maior, por ser tratar de empreendedorismo;

660
- Gravação reduzida para otimizar custos, sendo a gravação mais rápida
uma opção;

- Quatro câmeras são suficientes para quatro equipes;

- Fazer uma estratégia de captação;

- Tem uma sequência lógica de negócio;

- Moeda de troca cria uma identificação própria do programa;

Dica oferecida para tentar


envolver ainda mais o público:

Fase final instantânea: o programa seria gravado semanalmente e


os participantes contribuiriam financeiramente e trocaria na moeda do
programa.
Com relação em fazer a primeira temporada ainda durante o PGE –
como forma de MVP-, o professor disse que é muito complicado conseguir
realizar as duas coisas ao mesmo tempo, mas é uma estratégia válida.
A eficácia disso é de se pensar. Além disso, pode gerar um “buzz” legal
para o trabalho, e outro não tão legal em decorrência das pessoas que
estão assistindo um programa que ainda está sendo escrito. Segundo ele,
gravar um piloto para validação é um ótimo ponto a se pensar.
Pensar na logística de como executar, pensar e repensar, buscar
uma estrutura de como fazer o programa da melhor maneira possível.

661
Conclusão
Após todas as análises e discussões em grupo, concluímos que é
essencial para o trabalho mantermos a ideia de realização de apenas 01
episódio com uma boa produção para validação, além de se esforçar para
conseguir a parceria do capítulo de produção, oferecida pelo professor, e
também uma ajuda para produzir o reality.

662
10.2 Cézar Honório

Figura 216: Cézar Honório

Possui mais de 20 anos de experiência em


jornalismo, formado em comunicação social desde
1996. Atuou como Gestor da área de conteúdo do
jornal CORREIO por mais de 15 anos, atualmente
é professor convidado pela faculdade ESAMC, em
Uberlândia, como gestor de crise. Além de possuir
especialização em Gestão.

663
Execução

Figura 217: Cézar Honório Meet

Moderadores: João e Pam

Questionamentos feitos:
- O que vai fazer o público assistir até o final?

- O que foi pensado no ponto de vista do telespectador?

- Quais são os atributos que farão as pessoas assistirem e interagirem?


De que forma será entregue?

- Para quem começou a assistir, mas perdeu alguns episódios, conseguiria


entender o que está acontecendo?

- O que realmente aprenderia com o reality?

664
A narrativa precisará de apoios para que o telespectador possa entender
e trazer sentido do porquê realmente eles estão assistindo.

Sugestões
- Cenário onde todos estivessem no mesmo espaço, principalmente por
questão operacional.

- O formato precisa ser melhor estruturado, da forma como foi apresentado


se torna inviável.

- Definir os elementos que são comuns nos reality, para ver se o nosso
produto tem esses principais elementos.

- Qual é o fator de sucesso para um reality de maneira geral?

- Deixar mais claro de que forma o produto vai desdobrar para a internet.

- Qual o potencial de audiência e custo precisam ser mais bem detalhados.

- Prêmio em dinheiro, além de gerar recurso para participante e um


modelo que gere cashback para quem está assistindo.

- O modelo de moeda de troca feito por doação do telespectador é legal,


mas não está claro.

- Não tem sentido regionalizar, já que o programa será feito em televisão


fechada em âmbito nacional.

665
Conclusão
Após mais uma reunião com um produtor experiente, percebemos
que muitas coisas que foram discutidas já estavam como permanentes
no projeto e assim foram mantidas. Porém, dentre as suas dicas, nós
descartamos a opção de manter um local fixo para as gravações, por não
ser tão viável para nós no momento.

666
10.3 Juninho

Figura 218: Juninho Cogumelo

Trabalha há pelo menos dez anos com


produção audiovisual. Trabalhou com grandes
projetos e em parcerias com grandes agências em
Uberlândia, responsável pelo projeto Tastemade
do Arroz Vasconcelos em parceria com a
Contramestre em 2019. Juninho é diretor geral e
se responsabiliza pela contratação e viabilização
de todos os projetos que entram em sua empresa,
a Cogumelo Filmes

667
Execução

Figura 219: Juninho Meet

Moderadores: João e Pam

- Criar algo eliminatório seria interessante;

- Câmeras soltas, nada de tripé, pegar o comportamento realmente das


equipes;

- Utilizar câmeras com sensibilidade de luz boa;

- Operador de áudio, utilizar um microfone direcional;

- Manter um padrão de filmagem até o final;

668
- Conflito entre equipes e abranger ideias novas são coisas interessantes
para ter;

- Escolher bem as pessoas para que elas não saiam no meio no programa.

Conclusão
Com essa reunião, foi possível perceber que nossas estratégias
estavam no caminho certo, pois tanto a ideia quanto a metodologia
foram muito bem aceitas pelo mentor convidado. Ele ainda deu dicas de
produção valiosas que podem contribuir com a execução do projeto de
forma rápida, já que traz ideias que reduzem os custos e mantém uma
produção de alta qualidade visual.

Validações para

METODOLOGIA

Para essa etapa da validação, buscamos pessoas que trabalham


com execução de projetos e áreas relacionadas ao empreendedorismo
para avaliar a execução da consultoria.
669
10.4 Marina Alonso

Figura 220: Marina Alonso

Marina possui formação em Design pela


Universidade de São Paulo desde 2017, atualmente
é responsável pela liderança de projetos de Design
de Serviços na WHF Design Company. De 2015 a
2017 trabalhou como diretora de arte de projetos
para a Nike, fundou e coordenou diversos projetos
voluntários.

670
10.5 Marília Coelho

Figura 221: Mah Coelho

Formada em Comunicação Social desde


2015, atual condutora de projetos de Design de
Serviço para a WHF Design Company. Possui
experiência como analista de Comunicação para
a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão
Preto – ACIRP e como Assessora de Imprensa com
a Ares Comunicação.

671
Execução

Figura 222: Ma e Mah Meet

Moderadores: João e Gabi

- O que vai fazer o público assistir até o final?

- O que foi pensado no ponto de vista do telespectador?

- Quais são os atributos que farão as pessoas assistirem e interagirem.


De que forma será entregue?

- Para quem começou a assistir, mas perdeu alguns episódios, conseguiria


entender o que está acontecendo?

- O que realmente aprenderia com o reality?A narrativa precisará de


apoios para que o telespectador possa entender e trazer sentido do
porquê realmente eles estão assistindo.

672
- Cenário onde todos estivessem no mesmo espaço, principalmente por
questão operacional.

- O formato precisa ser melhor estruturado, da forma como foi apresentado


se torna inviável.

- Definir os elementos que são comuns nos reality, para ver se o nosso
produto tem esses principais elementos.

- Qual é o fator de sucesso para um reality de maneira geral?

- Deixar mais claro de que forma o produto vai desdobrar para a internet.

- Qual o potencial de audiência e custo precisam ser mais bem detalhados.

- Prêmio em dinheiro, além de gerar recurso para participante e um


modelo que gere cashback para quem está assistindo.

- O modelo de moeda de troca feito por doação do telespectador é legal,


mas não está claro.

- Não tem sentido regionalizar, já que o programa será feito em televisão


fechada em âmbito nacional.

Sugestão
Após essa conversa, que nos trouxe novas visões, foi decidido que os
destaques maiores e que serão acrescentados ou mantidos no trabalho
são: Colocar o Propósito e Golden Circle nos episódios iniciais, além de
acrescentar mais provas e dinâmicas no programa.
673
10.6 Monica Barros

Figura 223: Mona Barros

Atualmente está cursando Publicidade


e Design na faculdade ESAMC, trabalha como
Designer na Algar Tech há 4 meses. Possui
como principais experiências profissionais os
seguintes cargos: Marketing Analyst para a It
Square Company e Design Gráfico em empresas
divergentes.

674
Execução

Figura 224: Mona Barros Meet

Moderadores: João e Ana

Nesta reunião foram realizadas as seguintes perguntas:

- Qual o valor que a empresa oferece para o candidato se inscrever?

- Como fazer para que, além de confiança, a pessoa reduza o esforço e


procure o programa e não a internet?

- Qual a garantia de sucesso?

675
Sugestões
- Atacar em uma comunicação bem estruturada, principalmente com
prova social;

- Fazer um case real para agregar valor. Acelerar essas pessoas;

- Estudar a metodologia sprint, que é a base da metodologia do projeto;

- Colocar os integrantes do grupo não só como criadores, mas como


consultores;

- Criar um espírito empreendedor;

- Trabalhar a ideia com uma maior coerência;

- Evidenciar o diferencial, pegar a essência real do motivo de ser criado;

- Confiabilidade em algo novo;

Conclusão:

Concluímos que, de todos os tópicos levantados anteriormente,


os mais relevantes são os seguintes: colher insights do Design Sprint,
comunicação ativa nas redes sociais (que já era um objetivo do grupo) e,
reforçar o diferencial e o porquê o empreendedor deve reduzir o esforço
com o reality. Nada foi descartado, porém não serão destaques.
676
10.7 Camilla Campos

Figura 225: Milla Campos

Camila possui formação acadêmica em


Publicidade e Propaganda pela PUC Minas desde
2015, em 2017 concluiu sua Pós Graduação em
Gestão em Comunicação e Marketing pela USP
(Universidade de São Paulo). Há 5 meses atua como
Gerente de Projetos para a WHF. Suas principais
experiências profissionais anteriormente
envolviam consultoria de marketing, em 2017
abriu a sua própria empresa - Camila Campos
Consultoria -, pausada em outubro de 2019.

677
Execução

Figura 224: Milla Campos Meet

Moderadores: João

Nesta validação, o que mais nos chamou atenção foram as sugestões


a seguir:

- Mudança do pitch inicial para não parecer algo semelhante ao O


Aprendiz e Shark Tank;

- Sobre o nicho de temporadas: pode ser algo perigoso, por reduzir a


audiência e fazer ela ser mais específica ainda do que somente para
empreendedores (setor de saúde somente médicos assistiriam, e assim
por diante);

- Seria mais interessante algo que fosse mais abrangente;

678
- Preferência por assistir em algum streaming ou fazer um canal no
Youtube;

- Não ser tão específico o público e ter mais de um lugar de hospedagem;

- Confiabilidade, principalmente no canal onde o reality vai se hospedar;

- Para aprovação seria interessante mostrar a influência para conseguir


convencer um produtor;

- Canal Youtube para iniciar;

Conclusão:

Muitos dos tópicos sugeridos e também comentados foram


aprovações das soluções já propostas pelo grupo. O que fez com que
permanecêssemos com a mesma visão. O que foi descartado, pois não
condiz com o que realmente queremos acrescentar, é a parte em que
ela cita que nicho não é algo atrativo, porém o manteremos, pois os
nichos diversificados para cada temporada é um dos diferenciais que
queremos apresentar, além de que serão realizadas pesquisas para que
os nichos possam ser validados. O canal do Youtube será estudado como
alternativa à televisão.

679
Validações com

EMPREENDE-
DORES

Os empreendedores são importantes para termos a real visão


das dificuldades e de como o programa poderia se portar em relação a
jornada de um novo empreendedor. A seguir mostramos as validações
com os empreendedores.

680
10.7 Rhulian Marcus

Figura 225: Rhulian Marcus

CEO e Fundador da Hawk Marketing em


Uberlândia-MG há 1 ano e 2 meses. Sua primeira
formação acadêmica se concluiu em 2010, na
UNITRI, no curso de Publicidade e Propaganda.
De 2014 em diante ele passou pela: UX Academy,
Jump Education, Mergo User Experience, Escola
Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e
Miami Ad School.

681
Execução

Figura 226: Rhulian Marcus Meet

Moderadores: João

Foram realizadas as seguintes perguntas:

- Quem vai guiar todo o processo?

- Qual o objetivo final do programa? Qual o clímax?

Sugestões
- Atacar em uma comunicação bem estruturada, principalmente com
prova social;

682
- Fazer um case real para agregar valor. Acelerar essas pessoas;

- Estudar a metodologia sprint, que é a base da metodologia do projeto;

- Colocar os integrantes do grupo não só como criadores, mas como


consultores;

- Criar um espírito empreendedor;

- Trabalhar a ideia com uma maior coerência;

- Evidenciar o diferencial, pegar a essência real do motivo de ser criado;

- Confiabilidade em algo novo;

Conclusão
- Para o episódio 9 trazer um consultor sênior;

- Ter algo para tangibilizar a participação no programa;

- Pessoas saindo da Tv fechada e indo para Youtube, além do Youtube


ser uma fonte de monetização;

- Metodologia está bem completa;

- O nome The Scale tem que ser acompanhado de alguma coisa;

- Ser bem didáticos no decorrer do programa;

683
- Explicação dos termos: trazer de uma forma mais cômica;

- Como telespectador tem que ter um objetivo final, para não ficar sem
graça, assistir torcendo;

- Produção feita com apoio ou com produtores independentes;

Conclusão
Chegamos à conclusão de que os melhores pontos elegidos pelo
grupo, a serem acrescentados ou mantidos são os seguintes: Todos os
episódios necessitam de um clímax para prender o seu público, e é
interessante ter ou criar alguns personagens para representar a empresa,
ajudando assim a trabalhar a imagem do programa de um forma atrativa,
divertida e criativa.

684
10.8 Artur Jeber

Figura 227: Artur Jeber

Sócio executivo na Butec Inovação Ilimitada


e atual responsável pelas operações externas do
ByDelta. Possui experiências profissionais com
o Sebrae Minas, Amcham-Brasil, Design Doing,
Seed, Dom Jeber Computação, Stoque Soluções
Tecnológicas e Synergia. E após mais uma aventura
e muitas conversas, no segundo semestre de 2020
se tornou nosso sócio (Eleve) para a realização da
1ª temporada do The Scale.

685
Execução

Figura 228: Artur Jeber Meet

Moderadores: João

- Estabelecer parceria com coworking e definir horário de entrada, fazer


alguns checkpoints e colocar câmeras de transmissão aberta. Por que
a televisão já vem perdendo espaço para redes onlines (pensar como o
conteúdo online atrai a televisão);

- (Sobre marketing) no início trazer alguém menor, que dê a chance de


eles divulgarem seu trabalho, posteriormente os grandes chegam. Trazer
pessoas que tenham realmente vontade de exibir a sua marca;

- Sobre a consultoria de psicologia, estudar sobre profissionais com


comunicação não violenta e comportamento empreendedor. Talvez
trocar psicólogos por pessoas dessa área, pois se só o psicólogo fala e os
outros forem de outra linha, as pessoas vão passar por cima do psicólogo.

686
Conclusão

- Segundo Artur, ela não transmite que uma empresa vai mesmo dar certo
no mercado, e no décimo episódio a impressão é de que a metodologia
morre;

- Prezar mais pelas vendas, para ser levado mais a sério;

- Para os episódios: ter provas onde os participantes consigam fazer


vendas pelo próprio programa;

- Usar as redes sociais dos participantes para trazer mais público, colocar
um número x de post/stories/igtvs que marquem o programa (ter isso
como parte do programa, como obrigação);

Foi recomendado também que, para o nome, deve-se usar um


gancho para aumentar mais o público e assim despertar ainda mais o
interesse dos mesmos.

687
EPISÓDIO 11

688
689
NEGÓCIO:
CONSULTORIA
The Scale - A consultoria

Figura 229: Livro

11.1 O que é?
Acreditamos, acima de tudo, no desenvolvimento humano,
e, para que isso seja possível, capacitaremos pessoas para que sejam
profissionais independentes e confiantes. Entregaremos isso em um
serviço de consultoria para empreendedores iniciais, com o objetivo de
auxiliar essas pessoas a se desenvolverem pessoal e profissionalmente,
690
com o apoio de mentorias especializadas para cada área trabalhada na
temporada.
O formato escolhido foi o de um reality show, para propiciar uma
maior visibilidade para os participantes e engajamento da audiência,
gerando uma troca de experiências entre os envolvidos. Com um setor
por temporada, o programa abarcará temas como saúde, educação e
tecnologia, sempre voltados para inovação e experiência do cliente.
Para facilitar o entendimento, separamos a consultoria e o reality
show em dois capítulos, onde melhor explicamos cada um. A consultoria,
por sua vez, será trabalhada nesse capítulo, visto que é a parte mais
relevante da solução oferecida pelo projeto. Primeiramente deixaremos
claro o nosso público alvo, depois a metodologia utilizada e, por último,
formataremos a consultoria.

11.2 Empreendedorismo
Escolhemos trabalhar com o público empreendedor, mais
especificamente os empreendedores iniciais. Esses são aqueles que estão
no processo de empreender ou demonstram uma forte intenção para isso.
A escolha de público alvo se deu com base no propósito de desenvolver
e capacitar pessoas, e acreditamos que esse nicho de clientes tem mais
a aproveitar dessa capacitação do que empreendedores já estabelecidos.
Vale ressaltar que, apesar de não serem nosso público alvo, isso não
exclui os donos de startups de participarem das mentorias.
Trazemos um gráfico que ilustra a participação dos empreendedores
iniciais na média do país, entre 2002 e 2018, elaborado pela GEM. É
perceptível que os estabelecidos possuem uma pequena margem de
liderança de dois pontos percentuais sobre os iniciantes, que sofreram
uma queda em 2018, muito devido à crise econômica que acometeu o país

691
nessa época. Entretanto, esse número tem se recuperado e traduzido na
criação de mais negócios, sendo que quase 60% o fazem por oportunidade,
de acordo com dados divulgados pela Isto É em 2017.

A mesma pesquisa do gráfico acima ainda levanta algumas questões


da peculiaridade dos empreendedores brasileiros, onde encontramos
dados relevantes sobre a área de atuação, o investimento utilizado e
as inovações. Divulgada pela faculdade Mackenzie, retrata que 58% dos
empreendedores desembolsaram uma quantia inferior a R$ 10.000,00
em seus negócios, 27% dos empreendedores iniciais estão nos setores
de alimentação, vestuário e confecções e, por último, o número mais
alarmante:
Nos negócios, 82,3% deles não oferecem inovação para seus clientes.
O número só é superado pelos já estabelecidos que também não inovam,
que chega na casa dos 86%. Isso significa que menos de 18% dos negócios
traz alguma novidade. E são exatamente esses 18% o foco da consultoria,
por se tratarem de negócios com maior potencial criativo, de inovação e
diferenciação.

692
11.3 Metodologia
Deixando claro para quem estamos fazendo esse projeto,
entenderemos como ele será realizado, através de uma metodologia de
gestão de projetos cuidadosamente pensada, envolvendo profissionais e
ferramentas que melhor se adequem às necessidades dos participantes
e do mercado.

11.3.1 O que é metodologia?


Em um primeiro momento, entenderemos o que é uma metodologia
de gestão de projetos e sua importância na consultoria. O uso desses
métodos cria um “mapa” para guiar os participantes para os melhores
caminhos, aumentando a eficiência na realização das atividades.
Basicamente estamos lidando com um roteiro ou uma receita, que é
flexível o suficiente para se adaptar às condições encontradas – como
atrasos no cronograma para melhor trabalhar alguma área ou pular
uma palestra pois o conteúdo já fora assimilado.
Pensada com o propósito e os valores da consultoria em mente,
a técnica, assim como todos os aspectos do projeto, preza pelo
desenvolvimento e capacitação dos participantes, criando melhores
resultados e experiências para todos os envolvidos. Além disso,
utilizaremos da metodologia LET (Lean Education Technology), que já
foi abordada no macroambiente e nas tendências de negócios.

693
11.3.2 Pontos que serão
trabalhados

O procedimento LET trabalha com seis premissas, mesclando o


empreendedorismo com as técnicas do Design Thinking (DT). Esses
princípios se resumem em apresentar e desenvolver o empreendedorismo,
aprender e aplicar as técnicas de DT, prototipar e apresentar o que foi
construído. Tudo isso enquanto trabalhando com a criação e resolução
de problemas, simulando uma realidade mercadológica dentro de um
ambiente de ensino. Pensada para ser utilizada dentro de uma sala de
aula, será trabalhada pela consultoria seguindo os mesmos princípios e
buscando os mesmos resultados.
Para que isso seja possível, existem pontos fundamentais que serão
trabalhados pela consultoria com os participantes, sendo eles:

Conhecer o setor: os participantes devem colher todos os dados


secundários relevantes para entender o funcionamento do setor, seu
comportamento econômico nos últimos anos, quantas empresas já
existem, barreiras de entrada, entre outros;

Mercado: para que o empreendedor possa estar melhor preparado


para criar sua solução, deverá fazer uma pesquisa secundária, e
primária se necessária, para entender qual seria a demanda pela
solução que oferece;

694
Clientes: após entender a demanda, deve esmiuçar e entender
quem é seu real potencial cliente. Quais as suas características,
necessidades, estilo de vida, potencial de compra, crenças e valores,
seu papel na decisão de compra e preferências;

Concorrentes: analisar quais são as empresas que já entregam


soluções similares ou iguais às que o empreendedor está se propondo
a entregar, quais são suas características, market share, preço de
venda, estrutura de custos, comunicação com o cliente, pós-venda,
pontos positivos e negativos e se atende realmente ao que o público
quer/precisa;

Dor/Oportunidade: para que surja um novo negócio, ou é encontrado


um nicho de mercado mal ou não atendido, uma nova solução
inovadora ou uma competição acirrada pelo menor preço. Nessa
etapa deve ser deixado claro qual dessas estratégias a equipe está
se aproveitando e comprovar que é viável e que verdadeiramente
existe;

MVP e Validação: todos os passos trabalhados durante a realização


da consultoria devem ser justificados e comprovados, para a
confirmação de que são verídicos e de que a equipe está lidando com
fatos sólidos para construir suas bases mercadológicas. A criação do
MVP diz respeito ao mínimo produto viável, um modelo que deve
ser prototipado para auxiliar nas prospecções de vendas, atividade
de extrema importância para a evolução dos participantes;

Canvas e Golden Circle: assim como a consultoria possui e acredita


fortemente no norteamento proporcionado pelo propósito e valores
da empresa, isso também será repassado para os participantes. Com
seminários de realização dessas ferramentas, mentores capacitados
irão explicar o seu funcionamento e as equipes devem desenvolver
seu modelo de negócio e Golden Circle, que irá formatar o negócio;

Plano Financeiro: o plano financeiro será trabalhado


mercadologicamente, incluindo temas como sistema tributário,
captação de recursos, precificação dos produtos/serviços, custos e
despesas, lucratividade;

695
Plano de Marketing: também será pensada na forma de comunicar
os negócios com o mercado e público alvo, com a seleção
dos melhores canais, horários, desenvolvimento de peças de
comunicação, campanhas, identidade visual e tudo mais que for
considerado relevante pelos mentores e consultoria, de acordo com
as necessidades dos participantes;

Plano de Recursos Humanos: parte importante do desenvolvimento


de todos os negócios, esse plano servirá para que as empresas nascentes
saibam como melhor administrar seu pessoal. Abordaremos salários,
tributos, quantidade de funcionários, treinamento, contratação e
demissão, regime de trabalho e gerenciamento de equipes;

Oratória: para negócios que precisarão de investimentos, é de


suma importância que os empreendedores consigam se comunicar
em público, com clareza e confiança, passando as informações
necessárias para se fazerem ouvidos por pessoas que podem se
tornar seus investidores. A consultoria preza pelo desenvolvimento
completo dos participantes e um dos módulos trabalhados envolverá
a habilidade de convencimento, a criação de apresentações, pitchs
e controle de tempo;

Plano de Ação: por último, a junção de tudo que foi abordado


até aqui resultará no plano de negócios que o empreendedor irá
criar, contendo todos os detalhes necessários para apresentar para
possíveis investidores, por exemplo. Nesse ponto deve-se definir
a estratégia de entrada no mercado e apresentados os 4 P’s para
produtos (Preço, Praça, Produto e Promoção) ou os 7 P’s de serviço
(Preço, Praça, Produto, Promoção, Prova Física, Pessoas e Processos),
que englobará os principais recursos necessários e atividades
desempenhadas pelos empreendedores para que o negócio seja
colocado em prática.

696
11.3.3 Mentores
Além disso, parte muito importante da metodologia são as pessoas
que a tornarão realidade. Os mentores são fundamentais para a existência
da consultoria, e serão divididos entre fixos e temporários. Os mentores
fixos serão aqueles que estarão com a consultoria independente do
setor de atuação, sendo eles profissionais de marketing e finanças. Os
mentores temporários serão contratados de acordo com a necessidade
da temporada, sendo especialistas no setor em questão.
Nossos principais mentores serão alcançados através de uma parceria
com o SEBRAE, portanto carregam o reconhecimento da organização e
proporcionam maior confiabilidade para a consultoria. Outros mentores
serão contratados através de indicações e entrevistas, como ficará mais
claro quando analisarmos o plano de recursos humanos.
Os mentores serão os guias e responsáveis por colocarem em prática
a metodologia e todas as atividades necessárias para o desenvolvimento
dos participantes, sendo auxiliados pela consultoria. Existirão momentos
de compartilhamento de conhecimentos em grupo (com todas as
equipes), individual (uma equipe por vez), atividades práticas, pesquisas
de campo, eventos e desafios.

11.3.4 Networking
Uma das dimensões estratégicas escolhidas, o networking não pode
deixar de ter um lugar reservado dentro da metodologia. A troca de
experiências é justamente a materialização de tudo que foi desenvolvido
até o momento. Proporcionar aos participantes a oportunidade de
conhecer pessoas de mercado, sejam grandes ou pequenas, receber

697
conselhos, fazer amizades, e, quem sabe, parceiros de negócios, clientes
ou investidores.
Haverá uma atividade da consultoria exclusivamente dedicada
para a realização de um evento de networking entre participantes,
empresários, empreendedores, educadores, cientistas e outros que
forem relevantes para a temática do setor e possam acrescentar na vida
dos participantes. Todos os convidados serão parceiros da consultoria,
portanto não resultarão em custos.

11.3.5 Consultorias

Mas, afinal, o que é a consultoria? O que ela faz? Quem faz parte
dela?
A resposta é bem simples: a Eleve e seus integrantes se uniram
para proporcionar uma solução para o público escolhido, através das
habilidades individuais de cada um. Somos um grupo de seis pessoas que,
em parceria com diversos outras (mentores, investidores, empresários,
psicólogos, advogados, contadores, e inúmeros outros), desenvolveram
uma metodologia e um formato para desenvolver, capacitar e
proporcionar visibilidade para empreendedores iniciais que desejam
colocar suas ideias no mercado.
A assessoria se torna um intermediário entre diversas pontes,
ligando os participantes aos mentores, aos investidores, aos empresários
e vice-versa. Somos prestadores de serviço, porém com uma execução
diferenciada. A assistência será realizada no formato de um reality
show, onde mostrará toda a jornada dos participantes, possibilitando a
parte da visibilidade. O programa nada mais é do que a materialização
da consultoria, mas de nada interfere no seu funcionamento.

698
Serão realizadas em ambientes de Coworking, utilizando da
cooperação como princípio norteador para o desenvolvimento das
atividades. O início do projeto se dará na cidade de Uberlândia, Minas
Gerais, e se expandirá Brasil à fora de acordo com a segmentação geográfica
já apresentada (cidades mais empreendedoras do país, por distância em
quilômetros de Belo Horizonte, segunda cidade de implementação).
A consultoria terá a duração de três meses e contará com um
número de participantes entre 15 e 45, pela capacidade do espaço de
Coworking. Para entender melhor sobre o funcionamento do reality show
(The Scale), o cronograma da consultoria e a monetização do projeto,
todas as informações estão disponíveis no capítulo do programa.

699
EPISÓDIO 12

700
701
NEGÓCIO:
REALITY SHOW
The Scale - O Reality Show

12.1 Consultorias

Como já foi dito anteriormente, a consultoria empreendedora


terá vida através de um programa, com um caráter de reality show.
Os detalhes de como a consultoria será realizada também já foram
expostos, portanto aqui concentraremos nossos esforços em caracterizar
o programa, o The Scale. Nesse capítulo será explicado o nome escolhido
para o reality e seu canal de distribuição, assim como o cronograma dos

702
episódios, a seleção dos candidatos e a monetização.
O The Scale busca trazer visibilidade para os participantes, tanto
empreendedores quanto empresários, trazendo lições importantes
para ajudá-los a realizar seus negócios. Utilizando de uma linguagem
simples, permite que a audiência se conecte com a história e jornada
dos participantes, gerando uma empatia e fazendo com que as lições
ensinadas possam ser absorvidas por pessoas que estejam assistindo o
programa, não só as que estão participando.
O principal objetivo do programa, e da consultoria, é desenvolver
e capacitar pessoas, e isso será feito através da educação e do
empreendedorismo. Contando com mentores capacitados e profissionais
do mercado, os clientes se submeterão a uma experiência de vivência
de negócios, dividirão suas histórias com o público e, no final, podem
ganhar um investimento que irá mudar suas vidas.

12.2 Identidade

Todo negócio precisa de uma identidade para se comunicar e


representar sua foto.

703
12.2.1 Naming

the scale_
Segundo a “Ordem das coisas”, as palavras são instrumentos e
devem significar a essência daquilo que representam. Um nome defende
e traz a primeira visualização sobre qualquer coisa.
Para uma marca não é diferente: o nome pode não significar o
negócio literal, mas ele deve ter conexão com o que defende. Falando em
significado literal, um nome também faz parte de uma estratégia, não é
necessário que seu nome tenha um significado perfeito ou uma tradução
exata, ele necessita apenas fazer sentido e ser atraente para o público.
Um exemplo é a própria Apple, onde a maçã representa apenas um ideal,
que é a maçã mordida por Newton, ao invés de trazer computadores ou
algo referente a tecnologia.
Falando sobre o nosso negócio, o nome veio antes da explicação, The
Scale. Porém, não é um nome sem qualquer embasamento ou estratégia.
Começando pelo link com o propósito e a identidade da Eleve, que
deixamos presente durante todos os acontecimentos que o grupo realizou.
Nosso propósito acredita no desenvolvimento e nossa identidade está
diretamente ligada a montanhas, ao conto poético de um alpinista
lutando para chegar ao topo da montanha, comparando com um
empreendedor lutando para subir cada vez mais. O próprio nome da
Eleve traz isso, e no The Scale, não é diferente.
The Scale é um nome no idioma inglês, que, no sentido literal,
significa A Escala. O motivo de ele estar em inglês é o objetivo de
internacionalização do programa e esse idioma ser considerado o idioma
global.

704
A escala pode trazer diversos rumos, mas sempre estará ligada a
uma medida. O objetivo desse nome traz como principal direção a escala
do alpinismo, onde são medidos todos os parâmetros para conduzir
um grupo a uma escalada bem-sucedida. O primeiro a trabalhar
dessa maneira, nesse contexto, foi o alpinista alemão Wilhelm “Willo”
Welzenbach, e, após, se tornou o método ideal para se preparar para essa
aventura.
A palavra escalada vem do sentido de realizar a escala, ela é mais
conhecida no sentido do alpinismo, mas seu significado pode agregar
valor a outros ambientes que trabalham com esses tipos de cálculos.
Mas por que não o termo inglês de escalada, The Climbing? O motivo
é simples, a entonação. Principalmente para as pessoas que não tem
um perfeito entendimento da língua inglesa e de suas regras orais,
a leitura e a pronúncia de Climbing se torna um fator que dificulta
e não é um termo comumente associado a outras palavras da língua
portuguesa. Diferente de The Scale, onde, por mais que o público não
saiba o verdadeiro significado, a associação se torna certeira e corre na
mesma direção que o negócio tem como objetivo.
Porém, quando falamos de um negócio inicial, se torna ainda mais
ideal a estruturação de uma TAG, algo que os validadores buscaram
definir durante as reuniões.
Validamos uma TAG com um empreendedor experiente, Artur
Jeber, ele nos propôs trazê-la sempre que necessário para defender o
programa, principalmente em suas etapas iniciais. Escolhemos defender
o nome com: “A Escalada Empreendedora”, era o que faltava para deixar
a ligação facilitada com a escalada e o principal termo que não estava
presente ainda: o empreendedorismo.
Com a junção dessas duas, o programa traz um nome versátil e
com uma descrição tanto objetiva quanto poética, porém, de fácil
interpretação.

705
12.2.2 = Alerta: IDENTIDADE NOVA DESLANCHANDO!

706
CONHEÇA A IDENTIDADE
VISUAL DO THE SCALE

MAS ANTES, VEJA CASES QUE


POSSIBILITARAM ALCANÇAR
ESSE RESULTADO! É só clicar na imagem.

Redesign Volkswagen Branding Team Liquid 2017

Branding Nubank Per\cent Branding

Agora, mergulhe em nossa identidade!

707
LOGO LOGOTIPO
PRETO

708
OTIPO
LOGOTIPO
BRANCO

709
LOGOTIPO
DEFESA

Dessa vez, temos um logotipo, pois é representado apenas por


letras.
O motivo de mantermos apenas o texto na representação é para que
a leitura não dispute atenção com qualquer outro elemento, tornando assim,
a marca extremamente impactante.

710
LOGOTIPO
TIPOGRAFIA

Monument
ABCDEFGHIJKLMNOPQR
STUVWXYZ0123456789
abcdefghij klmnopqrstuvwxyz
0123456789

Escolhemos a fonte Monument Extended Black, uma fonte espaçosa


e com forma espessa, trazendo impacto e facilidade de leitura em pequenos
modelos.

711
ADAPTATIVA
CORES E FORMAS

A marca é simples para poder se tornar mutante. É adaptativa e pode


ser moldada em diferentes formas e funções.

Utilizamos preto e branco como as cores de representação principal


para trazer a ideia do flat e também possibilitar a facilidade de adaptação
que a marca possui.

712
ADAPTATIVA
CORES E FORMAS

A marca pode ser adaptada para modelos 3D e pode ser trabalhada


com a execução de motes especiais. Seguem abaixo dois exemplos de
adaptações, uma destinada ao Reality Show e outra destinada aos materiais
ricos.

Aplicação em 3D.

Aplicação personalizada.

713
TIPOGRAFIA
FONTE DE CHAMADA

BALBOA
ABCDEFGHIJKLMNOPQR
STUVWXYZ0123456789
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
0123456789

Utilizamos a Balboa para chamadas e textos. Ela é uma fonte


condensada, não possui largura fixa, mas é bem próxima. A fonte traz a
sensação de autoridade e elegância, ótima para abordar assuntos.

714
TIPOGRAFIA
FONTE DE TEXTOS CURTOS

Ubuntu
ABCDEFGHIJKLMNOPQR
STUVWXYZ0123456789
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
0123456789

Utilizamos a Ubuntu como fonte padrão para nos comunicar e nos


expressarmos em textos curtos e de mídias online. Alternamos a variação
dela entre Light e Bold para destacar etapas.

715
TIPOGRAFIA
TEXTO CORRIDO

Lora
ABCDEFGHIJKLMNOPQR
STUVWXYZ0123456789
abcdefghijklmnopqrstuvwxyz
0123456789

A Lora foi a nossa fonte escolhida para textos corridos, ela é uma fonte
moderna com serifas. Como explicado na identidade da Eleve, fontes serifadas
são ideais para leituras longas por conta da continuidade e manteremos isso
na identidade do The Scale.

716
PALETA
NOSSAS CORES

#00ffff #5d00aa #aadb1f #ff8b00 #012c49

Nossa paleta foi inspirada em cores relacionadas a startups e


empreendedorismo, buscamos inspiração em realities, como o Shark Tank, e
marcas relacionadas ao digital, como a Team Liquid e o Nubank.
Utilizamos ciano e roxo como cores principais e utilizadas para
representar a marca em grandes campanhas, as demais cores podem ser
usadas como complementares ou para projetos específicos.

717
CONCEITO
ELEMENTOS

As montanhas são utilizadas com o objetivo de retratar a evolução,


assim como uma escalada, onde um alpinista alcança um grande objetivo,
muitas vezes considerados um sonho.

718
CONCEITO
ELEMENTOS

Elementos que trazem a ideia de altitude serão utilizados para ornar


com as montanhas

719
CONCEITO
ELEMENTOS

O elemento do prédio tem a função de retratar empresas e o


empreendedorismo.

720
ÍCONES
LEVES
Para a inconização, o escolhido foi o uso de ícones sem preenchimento.

Quando temos os ícones em formato de traçado, fica mais fácil para


encontrar diferentes e específicos tipos de ícones em algumas situações,
como por exemplo:
Um ícone com traçado preenchido, faria com que os mesmos traços
fossem mais difíceis de ser encontrados em ícones menos comuns. E como
o que queremos é uma identidade que faz parte de uma unidade, que se
comunica entre si, não seria interessante usar ícones com traços não tão
comuns assim.
Portanto, quando for iconizar, use sempre ícones simples feitos de
traçado!

721
ILUSTRAÇÕES
SIMPLES

Ilustrações vetoriais simples, evitando expressões faciais e sem muitos


detalhes, esboçam uma ideia de profissionalismo e modernidade. Busque
sempre adaptar as cores dos vetores à paleta e tons de cinza. Recomendamos
utilizar duas cores.

722
IMAGENS
TRATADAS

Para a comunicação, pode-se usar fotos com saturação elevada e uma


linguagem dramática.
Alternar entre fotos de montanhas e pessoas no decorrer dos editoriais
com o objetivo de trazer de forma moderna a ideia de evolução
Recomendação não obrigatória.

723
TAGLINE
UTILIZAÇÃO

A tagline é utilizada com a fonte Montserrat, por ser uma fonte padrão
da Eleve e utilizada apenas como forma de reforçar o projeto, portanto, não
deve competir espaço com o logo.

724
PROIBIÇÕES
NÃO FAÇA ISSO!

Não espichar ou comprimir: Não inverter a


marca verticalmente:

Não colorir aleatóriamente: Não contornar:

Não alterar padrões do


logotipo (elementos, fonte)

Fora isso, pode fazer tudo! Mas com consciência.

725
726
727
12.2.3 Canal

O ponto principal tratado nas pesquisas de validação foi o canal


de distribuição do programa. Conversamos com produtores de conteúdo,
editores, pessoas que trabalham em alguma emissora de televisão,
agências de marketing, empresários e empreendedores e chegamos a
um consenso. Com o principal entrave ser a dificuldade de lançar um
produto em um canal de televisão (seja pelo alto custo financeiro ou pelo
alto risco apresentado por um negócio iniciante, sem nome estabelecido
e conexões que possam abrir uma porta), decidimos seguir por outro
caminho em um primeiro momento.
Inicialmente o programa será veiculado em um canal próprio no
youtube - que será criado pela consultoria e levará o nome do programa
(The Scale). Isso se deve ao fato de ser uma escolha mais realista, menos
dispendiosa e que ainda pode conseguir atingir um público considerável.
A televisão fechada não foi abandonada, somente a transformamos
em um objetivo estratégico a ser alcançado no futuro, amparada pelo
crescimento da audiência e da visibilidade do programa no youtube.
Uma reportagem da revista Forbes de julho de 2015, intitulada
Vloger transforma canal de sucesso no Youtube em programa de TV, é
bem auto informativa. O criador do canal Quatro Coisas, Pablo Peixoto,
começou a fazer vídeos humorísticos de dublagem em 2011, e um de seus
vídeos se tornou viral, com mais de quatro milhões de visualizações.
Com 308.000 inscritos (em 1 de setembro de 2020), foi convidado para
levar seu programa para um canal de televisão, a Play TV. Com três
temporadas já gravadas, o conteúdo passou a ter uma audiência ainda
maior, contando com os telespectadores da Play TV e dos assinantes do
canal no youtube.

728
Peixoto ainda fala sobre um assunto importante, que une
monetização e conteúdo: os anúncios. Ele diz que “o público já aceita
melhor que para ter melhor conteúdo, alguém tem de pagar a conta”,
mostrando que as pessoas entenderam o fato de que o criador do conteúdo
precisa desses anúncios como forma de monetizar seus vídeos, algo que
também será trabalhado no canal do The Scale.

12.2.4 Pré-programa
Os setores que servirão de temas serão escolhidos pela audiência,
onde disponibilizaremos 4 opções de setores em alta no momento para
serem votados pelo público, através do site do The Scale (também
criado pela consultoria), e o vencedor será o tema da temporada. Isso é
importante pois os projetos e os mentores serão selecionados de acordo
com a especialização no tema a ser abordado na temporada.
A entrada de participantes no programa se dará através de uma
inscrição, que será realizada pelo site do show, onde deverá submeter
um vídeo, de três a cinco minutos, contando quem é o participante, um
panorama de qual é a sua ideia, seu propósito (o que o move) e o porquê
sua ideia deve aparecer no The Scale. Será dado um prazo de 15 dias para
que as inscrições possam ser realizadas e, após, essa função do site será
desativada. A inscrição também será acompanhada de um questionário
básico para entender quem é o participante, contando com perguntas
como:

Nome completo; Escolaridade Profissão

E-mail e Telefone Nascimento CPF


Perguntas como sexo do participante e renda salarial não nos interessam,
Cidade pois não fazem parte de nenhum critério para seleção.

729
A capacidade da temporada é de 15 equipes, com um máximo de 3
integrantes cada. Isso nos dá uma variável entre 15 e 45 participantes por
temporada, podendo ter uma quantidade de participantes qualquer, entre
esses dois números. Os 15 seriam caso todos entrassem individualmente,
e os 45, se todos entrassem em equipes de três pessoas.
Após isso, serão selecionados os 15 melhores projetos e equipes para
entrarem no programa, seguindo o conceito de viabilidade mínima (que
será estabelecido pela consultoria e os mentores fixos do programa),
obediência aos critérios de inscrição e diferenciação da proposta (sempre
visando inovação e melhor experiência do cliente).
Os participantes devem ser, obrigatoriamente, maiores de 18 anos,
visto que devem assinar um contrato para a participação (tanto para
direitos de imagem, quanto para a participação monetária do programa
em negócios que receberem investimento). O não cumprimento desse
requisito resultará na desclassificação do candidato. Caso seja uma
equipe, os outros integrantes, cumprindo os requisitos, podem ficar e, se
quiserem, substituir o integrante desqualificado.
O anúncio para os participantes será feito por telefone e/ou e-mail,
assim que todos forem selecionados, para que possam ser comunicados
simultaneamente. Para a audiência, essa divulgação será feita através
das mídias sociais, já iniciando um engajamento com os telespectadores,
através da empatia com pessoas que se identifiquem com a jornada. Cada
participante/equipe terá que criar uma rede social (determinada à época)
com o nome do show junto ao seu nome de usuário (exemplo: @Eleve –
TheScale), fazendo um link entre o participante e o programa. Caso seja
uma equipe, será dado um nome para ela. Se for um só participante, será
usado o seu primeiro ou o último nome.

730
12.2.5 O programa
O programa será a plataforma onde as consultorias serão realizadas, então nada mais
é do que a gravação, edição e distribuição do material que será produzido pela consultoria,
juntamente com os participantes. Portanto, a descrição do que será trabalhado com os
clientes, e exibido no programa, está detalhado no capítulo da consultoria.

As temporadas terão a duração de 3 meses cada, com 13 episódios (1


piloto, onde serão apresentados os participantes e o tema da temporada,
e 12 de conteúdo, com as realizações das mentorias, provas e desafios),
durando entre 40 e 50 minutos cada, veiculados uma vez por semana (em
um dia e horário a ser fixado futuramente). O tempo de gravação e de
duração do programa não necessariamente serão os mesmos, podendo
levar um mês para gravação ou mais de três meses, de acordo com a
progressão dos participantes e mentorias, para que atinjamos a satisfação
dos clientes e conteúdo suficiente para ser montada a temporada.
As mentorias serão realizadas em ambientes de Coworking em cada
cidade de realização do programa, pois acreditamos que a cooperação é
a melhor forma de compartilharmos conhecimentos e habilidades. Isso
facilita o acesso aos participantes, por estarem em um mesmo lugar,
e a disseminação das mentorias e realização de eventos e provas. Os
ambientes serão encontrados seguindo a viabilidade de uma parceria
entre o local e a produção do programa, visando a minimização dos
custos.
Para dar voz ao comércio local, serão convidados empresários e
empreendedores menores no início, tanto por ser uma visão mais realista,
quanto por termos como objetivo o desenvolvimento de pessoas. Isso não
exclui grandes e médios empresários de participarem do programa, visto
que trazem nome e confiabilidade para o negócio. Em contrapartida,
gostaríamos de poder amplificar a voz de micro e pequenos empresários,
que representam 99% das empresas no país, como apresentado abaixo.
731
Para que seja possível definir as equipes que seguirão na competição e
até mesmo testar os aprendizados, serão realizadas provas e desafios, como
no programa MasterChef, utilizado no benchmarking anteriormente,
justamente por esse ponto. As provas serão criadas pela consultoria, em
parceria com os mentores e patrocinadores que quiserem dispor sua
marca e não serão realizadas em todos os episódios, porém em alguns
específicos – como viabilidade financeira – mais de uma equipe pode ser
mandada para casa.
Essa decisão será feita através de uma votação entre os mentores
e patrocinadores envolvidos na criação da prova e na capacitação
dos participantes, mostrando a justificativa da eliminação da equipe.
No último episódio essa parte será feita pelas duas partes, além dos
investidores - que serão caracterizados como jurados do programa-,
decidindo se algum projeto é digno de receber um investimento.
Cada equipe entrará no programa com mil Slacks, uma moeda
virtual criada pelo programa, que representa o poder da equipe. Essa
moeda será utilizada em diversas etapas, como nos pitchs e na aquisição
de serviços, e poderá ser ganhada nas provas realizadas. As três equipes
com as melhores colocações nas provas ganharão Slacks como forma
de reconhecimento. A primeira equipe receberá 500 Slacks, a segunda
receberá 300 e a terceira, 150 Slacks. Essa moeda não existirá fisicamente,

732
mas será contabilizada em um saldo individual de cada grupo.
Na realização dos pitchs, as equipes poderão assistir à apresentação
de outros participantes, mediante o pagamento de 50 Slacks. No final
da rodada, a equipe que tiver recebido mais Slacks ganhará o desafio e
receberá todas as moedas que forem pagas pelas outras equipes, como
premiação. Se só uma equipe pagar para assistir, por exemplo, a equipe
apresentando leva 50 Slacks. Se dez equipes pagarem, a equipe que
apresentou recebe 500 Slacks.
Além disso, elas também poderão ser usadas para adquirir uma
habilidade específica para o seu projeto, limitado em um job por
pagamento. Para ilustrar, trazemos algumas habilidades que podem
ser requisitadas e seus respectivos custos. Para os serviços adquiridos
com a consultoria ou mentores, os preços serão fixos (independente
da tarefa, é contratada a habilidade) e listados abaixo. Os que forem
desempenhados por outros participantes, serão negociados entre as
equipes, sem interferência da consultoria.

Designer Gráfico: 800 Slacks; Consultoria Financeira: 500 Slacks;


Consultoria de Estilo: 300 Slacks; Consultoria de Vendas: 1000 Slacks;

Essas habilidades serão performadas por participantes de outras


equipes (que receberiam o custo do serviço integralmente) ou por
membros da consultoria/mentores, onde, nesse caso, as moedas seriam
debitadas do saldo da equipe, porém não seriam creditadas em nenhuma
conta, visto que o provedor do serviço é o próprio programa.
Essas habilidades serão performadas por participantes de outras equipes
(que receberiam o custo do serviço integralmente) ou por membros da
consultoria/mentores, onde, nesse caso, as moedas seriam debitadas do
saldo da equipe, porém não seriam creditadas em nenhuma conta, visto
que o provedor do serviço é o próprio programa.

733
12.2.6 Cronograma
A metodologia delineada pela consultoria será seguida no
cronograma dos episódios, alinhando temas que serão trabalhados com
os participantes em cada semana. Dividimos todos os episódios com
suas respectivas atividades abaixo.

Episódio 0: O público ainda não tem nenhuma conexão com os participantes.


Esse episódio piloto será utilizado para criar essa conexão, mostrando para os
telespectadores quem são os participantes e contando suas histórias de vida, visando
criar uma empatia na audiência. Esse episódio será veiculado no youtube e em mídias
sociais, como o IGTV. Além disso, apresentaremos o setor escolhido para a temporada,
com uma contextualização e dados atuais, dando ao público uma base informativa
para construção das suas opiniões sobre os negócios que virão a seguir;

Episódio 1: Os participantes deverão iniciar sua jornada com pesquisas para


entenderem onde estão entrando, quais são suas ameaças e oportunidades, quem são
seus possíveis clientes e concorrentes, deixando claro para os mentores e a audiência
um nicho de atuação;

Episódio 2: Uma vez que todos entenderam o mercado, agora é a hora de levantarem
as reais dores e oportunidades de que irão se aproveitar e ir às ruas validar suas
hipóteses com uma pesquisa primária com potenciais clientes. Esse episódio servirá
como consolidação de ideias validadas pelo público e momento de pivotar para ideias
que não estejam de acordo com as necessidades dos clientes;

Episódio 3: O grande diferencial de uma empresa bem-sucedida é saber o porquê


ela faz o que faz, então entendemos a importância de trazer um seminário com a
realização de atividades e mentorias sobre a definição do propósito de cada equipe.
Com a utilização de ferramentas como Golden Circle, a consultoria e os mentores
trabalharão com os participantes para fazê-los entender o seu propósito, que deve
ficar muito claro para os participantes, os avaliadores e telespectadores. As duas
equipes que falharem ou tiverem a performance mais fraca nessas atividades serão
eliminadas;

734
Episódio 4: Com as validações realizadas, os participantes devem criar sua ideia real de
projeto, utilizando ferramentas como o canvas de modelo de negócios, e desenvolver
um modelo para ser testado nas ruas, assim como a validação da dor. Isso servirá
para dar uma base sólida e realística para os participantes de que estão em um
caminho certo. Esse episódio também será o início do desafio das vendas, onde os
participantes deverão encontrar o maior número de clientes com uma intenção de
compra comprovada ao longo dos próximos episódios, valendo uma vantagem sobre
seus concorrentes. A equipe que não conseguir desempenhar de forma satisfatória
para a mentoria será eliminada;

Episódio 5: Cumprindo uma das propostas da consultoria, esse episódio será


exclusivamente dedicado para que os participantes possam fazer networking com
convidados de diversos ramos, como financeiro, marketing, empresários, professores,
cientistas e tudo mais que for relevante para o setor trabalhado, de forma a enriquecer
a vivência dos participantes e buscar expandir seus horizontes, além de proporcionar
oportunidades para divulgarem sua ideia e, possivelmente, conseguirem parceiros,
fornecedores, conselhos, entre outros;

Episódio 6: Nesse episódio reuniremos todas as consultorias que estarão disponíveis


para os participantes – financeira, de moda, psicológica, jurídica, marketing e, se
preciso, mais alguma específica para as necessidades dos clientes -, no formato de
curtas exposições de todos os mentores e espaço para tirarem dúvidas individualmente
com cada equipe, ajustando as ferramentas para serem úteis aos participantes. A
equipe que mostrar menor interesse e envolvimento nas consultorias será eliminada;

Episódio 7: Será realizado um acompanhamento de todo o trabalho desenvolvido até o


momento, com a apresentação de todas as ferramentas utilizadas (canvas de modelo
de negócios, Golden Circle, entre outras) e contabilizado o resultado das intenções
de compra atingidas pelos participantes. As duas equipes que não conseguirem
demonstrar um resultado atraente o suficiente para os mentores e a consultoria,
serão eliminadas;

Episódio 8: Nesse episódio serão trabalhados os recursos das empresas, que englobará a
parte de recursos humanos e marketing. Os participantes devem entender como criar
um plano de marketing atraente e eficiente – mercadologicamente e financeiramente
– e a gerir seus funcionários – como contratar/demitir, qual o quadro de funcionários
necessário para o porte e atividade da empresa, média salarial, encargos, entre outros;

735
Episódio 9: Clímax da temporada, o episódio de viabilidade financeira contará com
a eliminação de três equipes que apresentarem resultados abaixo do esperado pelos
mentores e consultoria. Deverão trabalhar seus custos iniciais, despesas, receitas,
planejamento de fluxos de caixa, taxa de retorno para os investidores e todos os
outros índices que forem necessários para uma melhor compreensão do âmbito
financeiro do projeto;

Episódio 10: Caminhando para o final da temporada, as equipes deverão provar o seu
poder, através de atividades e desafios sobre convencimento, oratória e apresentações
de pitchs, de forma que estejam mais preparados para encontrarem investidores e
parceiros, conseguindo apresentar seu negócio da melhor forma possível. As duas
equipes que não conseguirem convencer os mentores de que devem ficar no programa
serão eliminadas;

Episódio 11: Último episódio antes da final, trabalharemos o plano de ação dos
participantes e suas estratégias de entrada no mercado. Esse capítulo visa amarrar
tudo que foi trabalhado no decorrer da consultoria, criando a melhor estratégia para
cada negócio. Tudo deve ser apresentado e justificado, mostrando para os mentores,
consultoria e audiência a relevância do que é dito. As duas equipes que tiverem os
resultados mais fracos serão eliminadas;

Episódio 12: Por fim, a final. Esse episódio acontecerá ao vivo e contará com a
presença de uma banca de investidores e um maior contato com a audiência, através
de hashtags nas redes sociais e votações abertas para definir os favoritos do público.
O resultado dessas votações será trazido para o conhecimento dos participantes
e jurados e pode ou não influenciar a decisão dos investidores, que estará fora do
controle da consultoria. Contaremos com uma retrospectiva da jornada das três
equipes restantes no programa e a prova final é a apresentação de um pitch de cinco
minutos para os investidores, com todos os dados que considerarem relevantes sobre
o negócio. No final dos pitchs, as equipes receberão um feedback sobre a apresentação
e podem ser convidadas para tirar alguma dúvida que possa ter surgido para os
investidores. Após isso, mentores, consultoria e investidores deliberarão – fora das
câmeras – sobre o resultado, que será revelado para os participantes. Os projetos que
receberem investimento passarão pelo pós-programa e os que não conseguirem serão
premiados com um troféu de participação do The Scale e um certificado de conclusão
da consultoria.

736
Figura 230: Troféu The Scale

737
12.2.7 Pós-programa
Caso algum projeto receba investimento, ele passará por uma fase
de acompanhamento pela consultoria durante um ano, porém não é mais
de responsabilidade da consultoria o seu desenvolvimento/capacitação.
Isso servirá para a criação de um episódio bônus para mostrar o desenrolar
da empresa ao final desse período, além de passar por todo o processo de
abertura de CNPJ e contratos (Os custos legais para esses processos não
serão cobertos pelo programa, devendo o participante contratar seus
próprios representantes e arcar com os mesmos. Entretanto profissionais
serão sugeridos para contratação), com o investidor e com o programa.
Esse processo não será exibido no programa, por se tratar de detalhes
pessoais e financeiros que não devem ser expostos.
Uma segunda opção de investimento para as empresas é o alto
engajamento com o público, que poderá mobilizar uma “vaquinha
virtual”, onde a audiência poderá contribuir com os projetos. Deve-se
deixar claro que o programa não terá responsabilidade de criação e/
ou captação de nenhum desses recursos, sendo de total encargo dos
participantes, famílias/amigos ou mesmo do próprio telespectador a
realização do crowdfunding e arcar com suas implicações jurídicas e
tributárias.

12.2.8 Monetização
A monetização se dará de cinco formas, sendo que as duas primeiras
são as mais relevantes. A definição das cotas será feita sobre o valor
percebido do negócio pelas empresas e pelo público. Mais detalhes sobre
a monetização serão trabalhados no capítulo do plano financeiro.

738
12.2.8.1 Merchandising

“Porque a concorrência é sempre tão intensa que não basta


apenas repetir a estratégia daqueles que disputam o público com
você. É preciso passar uma mensagem sutil, fixar-se na mente do
consumidor de maneira quase despercebida e se posicionar como
uma opção certeira para aquilo que ele precisa. ”

BLOG NEIL PATEL, 2019.

Essa frase traduz a estratégia de merchandising e mostra o porquê


tem uma relevância tão grande como forma de monetização. Com uma
concorrência intensa, as empresas precisam procurar novas formas de
se fazerem presentes na mente do consumidor. Dessa forma, diversas
marcas estão dispostas a investir pequenas fortunas para terem seu
nome exposto em programas, como a Americanas fez na edição de 2020
do Big Brother Brasil, que contou com seis cotas de patrocínio, cada uma
de R$ 42.620 milhões. Dessa forma, empresas e marcas que desejarem
divulgar seu nome no programa pagarão uma cota de patrocínio.

12.2.8.2 Porcentagem
sobre vendas
Como parte responsável pelo desenvolvimento e capacitação das
equipes e dos negócios, o The Scale receberá uma porcentagem sobre
os projetos que alcançarem investimentos através do programa, seja
pelos investidores convidados ou pelo crowdfunding. Essa porcentagem
não será uma parte significativa do investimento, pois entendemos que

739
o início do negócio é o período mais dispendioso, além da alta carga
tributária. Será definida através do valor percebido pelos participantes,
onde acreditam que, mesmo tendo que abrir mão de uma parte do
investimento, ainda é válido participar do programa. Essa porcentagem
será estabelecida em 15% do valor recebido pelas empresas.
De acordo com o Blog do Nei, em fevereiro de 2020, as avaliações
de valores de startups em estágios pré-receita e semente, variam entre
R$500.000 e R$2 milhões. Dessa forma, estabeleceremos uma previsão
de um investimento de R$500.000 por temporada, onde reteremos 15%
(R$75.000) desse investimento.

12.2.8.3 YouTube

Por termos optado pelo início do programa no youtube, existe


ainda a possibilidade de monetizar através do próprio canal, de forma
direta (por meio do PPY – Programa de Parcerias do Youtube) ou indireta
(utilizando de anúncios), seguindo alguns requisitos, como:

Morar em um país onde essa modalidade de PPY esteja disponível;


Ter, ao menos, mil pessoas inscritas no canal;

Ter, no último ano, mais de quatro mil horas de exibição pública;

Possuir uma conta no Google AdSense que esteja vinculada com o canal.

Essas regras foram estabelecidas em janeiro de 2018 e mudam


de tempos em tempos. O Brasil é um país onde a modalidade está
disponível, não sendo um fator de impedimento. As outras exigências

740
serão alcançadas com a movimentação do canal, não sendo uma forma
de monetização inicial, visto que alguns requisitos levam tempo para
serem atingidos. No entanto, uma vez que sejam deferidos, torna-se uma
forma de monetizar totalmente válida.

12.2.8.4 Inscrição
A mais simbólica de todas as formas, a taxa de inscrição cobrada
dos participantes foi pensada para ser muito abaixo do valor de mercado
praticado pelos concorrentes, para oferecermos as melhores condições
possíveis para os participantes. Como já dito, podemos ter qualquer
quantidade de participantes, entre 15 e 45. A taxa de inscrição foi
estabelecida em R$ 75,00 por inscrito, independente se entrar no programa
ou não. Isso se justifica pelo fato de ser um valor muito baixo frente aos
incentivos oferecidos (visibilidade, consultorias, mentores qualificados
e reconhecidos, possibilidade de investimento e networking).
A mesma estratégia é adotada por vestibulares, por exemplo, uma
vez que necessitam (além dos recursos físicos, como imprimir as provas,
locais e fiscais) avaliar e corrigir todos os exercícios. Como teremos que
avaliar todas as inscrições, a taxa foi considerada justa e acessível ao
público. Se forem inscritos três participantes em uma só equipe, os três
devem pagar a taxa de inscrição. Projetamos que, na primeira temporada,
teremos 500 inscritos, 600 na segunda e 720 na terceira.

12.2.8.5 Logística

Uma parte significativa do programa, caracterizamos logística não


só como deslocamentos, mas também utilizamos dessa premissa para
741
os recursos materiais que serão utilizados pelos participantes dentro da
realização das atividades. Dessa forma os recursos serão compartilhados
pelos participantes e, aqueles que não foram utilizados, serão guardados
para próximas temporadas.
Logo no início, os participantes que forem selecionados para
o programa receberão um kit contendo camiseta e uma garrafa de
água. Esse kit foi pensado para que os participantes possam se sentir
mais confortáveis ao estarem todos vestidos de forma semelhantes,
diminuindo possíveis disparidades sociais e financeiras entre eles. Ao
definirmos um uniforme (camiseta com a logo do programa), queremos
fazer com que todos se sintam incluídos e iguais, não sendo julgados
pelas suas vestimentas.
Isso ainda tem um impacto positivo para a marca, uma vez que
aumenta a sua repetição e ajuda na fixação na mente dos telespectadores.
A garrafa de água tem o simples objetivo de manter os participantes
hidratados, já que sempre terão água por perto, também eliminando
a necessidades de copos plásticos, sendo uma medida sustentável
e ecofriendly, - além de evitar o compartilhamento de utensílios
e de possíveis doenças que possam ser transmitidas por eles, como
consequência.
Disponibilizaremos também materiais de papelaria que possam ser
necessários para que os participantes consigam realizar as atividades
propostas. Esses materiais estarão disponíveis em todas as temporadas,
de forma que os participantes possam pegá-los à medida que necessitem
deles. Criamos uma tabela com a descrição dos itens que estarão
disponíveis e suas respectivas quantidades. Devemos lembrar que esses
números são por temporada e que, caso falte serão reabastecidos, e caso
sobre serão guardados para a próxima temporada.

742
Todos os valores foram cotados pela Amazon e não possuem custo de
frete. Itens como Chamex A4, para recado, caneta, grampeador, grampo
e clipes também foram cotados para o escritório da consultoria e estão
inclusos na análise financeira do projeto.
No que diz respeito ao transporte, uma vez que a consultoria irá se
deslocar até o novo local da temporada – mantendo as características
culturais e de mercado dos participantes – decidimos que a primeira
temporada será realizada na cidade de Uberlândia, MG, e as duas próximas
serão realizadas em Belo Horizonte, MG. Isso é justificado pelo fato de
que a maioria dos nossos parceiros estão localizados em Belo Horizonte
e pela maior demanda da cidade.
O deslocamento será da consultoria (seis pessoas) e dos mentores
fixos (seis pessoas) e se dará por avião, uma vez que apresenta o melhor
custo-benefício (valor acessível e menor tempo de viagem). Orçamos os
voos pela companhia Azul, sendo ida e volta para as duas temporadas
(vamos, gravamos, voltamos; para cada temporada, uma vez que temos
um hiato de um mês entre cada uma), totalizando 4 viagens (duas idas
e duas voltas para cada passageiro).
Nos valores orçados, cada passageiro tem direito a 10 quilos de
bagagem de mão e a uma bagagem despachada. Dessa forma conseguiremos
levar os equipamentos (duas filmadoras, dois microfones e os jogos de
luz) sem necessitar de custos adicionais. Os custos de excesso de bagagem
743
serão arcados pelos donos da mala. Definimos também um contingente
extra para despesas, como translado do aeroporto para o hotel e possíveis
deslocamentos adicionais. Os custos logísticos se apresentam assim:

744
745
EPISÓDIO 13

746
747

GRAVANDO?
Produção audiovisual

13.1 O que é?
Da forma mais bruta, o sentido de produção audiovisual se refere
a tudo que dá forma ao som e imagem. A produção audiovisual pode ser
usada como forma de comunicação mercadológica e/ou artística.
Para que isso aconteça, são necessárias diversas técnicas,
ferramentas e processos que se encaixam em três etapas únicas: pré-
produção, produção e pós-produção.

748
13.2 Etapas da produção
audiovisual
“O processo de produção consiste na operação de equipamentos
físicos e digitais combinados para converter o roteiro escrito em
um programa completo e pronto para ser distribuído”

MUSBER, 2008.

Da forma mais bruta, o sentido de produção audiovisual se refere


a tudo que dá forma ao som e imagem. A produção audiovisual pode ser
usada como forma de comunicação mercadológica e/ou artística.
Para que isso aconteça, são necessárias diversas técnicas,
ferramentas e processos que se encaixam em três etapas únicas: pré-
produção, produção e pós-produção.

Como dito anteriormente, a produção de vídeo se divide,


principalmente, em pré-produção, produção e pós-produção. Existem
outras classificações e divisões, mas as etapas sempre se resumem a
estes três períodos.

749
Na etapa de pré-produção acontece a escrita e o planejamento
do que for necessário. Assim, o roteiro deve passar pela aprovação e os
profissionais se reúnem para discutir os detalhes do filme. Em seguida,
o diretor irá fazer mais uma etapa de avaliação para essa parte ser
finalizada.
No livro “O cinema e a produção”, escrito por Chris Rodrigues, ele
ainda divide essa etapa em duas, que é a preparação e a pré-produção.
Ele cita que, na fase de preparação, é onde se faz o levantamento de tudo
que será necessário e possa ser preparado da maneira correta, na visão
e nas necessidades do diretor. Os possíveis tópicos dentro dessa etapa
envolvem:

Administração

Montagem do escritório com local, funcionários, telefones, móveis,


etc.

Locações

Locais e ambientes que serão gravados e ocupados pela produção.


É importante evitar problemas com distância, autorização, falta de
suporte de produção nas redondezas e evitar locais barulhentos. Caso
seja construído algo, deve ser feito um desenho e orçamento de custos.

750
Decupagem e direção

Divisão de um roteiro em cenas, sequências e planos numerados


para facilitar a gravação. Realizada pelo diretor, definindo planos, lentes,
movimentos de câmera e de atores.

Roteiro técnico

Roteiro decupado pelo diretor com indicações de planos, movimentos


de câmera, e que servirá para equipe de produção fazer a análise técnica e
orçamento final. Será um guia de trabalho. Feito pelo diretor, numerada
por planos e com as indicações básicas de decupagem de direção. Fonte:
Bill Marques, 2016.

Análise técnica de direção

Preparada pela produção, normalmente com ajuda do diretor,


reunindo todas as informações necessárias para a produção do filme.
Ela pode ser dividida em geral, de cenas e de departamentos. Fonte: Bill
Marques, 2016.

751
Cronogramas

Onde se define os termos de datas e todas as etapas da realização


do filme, e analítico, que determina todos os dias e o que se vai filmar
em cada um.

Decupagens diversas

Decupagens de locações, onde trata-se de endereços, contatos,


telefones, informações sobre como chegar ao local, custo, aluguel, entre
outros. Decupagem dos departamentos, onde especifica suas necessidades
de produção. Decupagem técnica de produção do filme, onde o diretor
de produção dá as especificações globais do filme, como total de cenas
noturnas e diurnas, número total de atores e figuração. Decupagem da
equipe técnica, os membros da equipe técnica e o tempo necessário de
contrato de cada um.

Orçamento definitivo

É baseado nas informações anteriores. Durante essa etapa faz a


pesquisa de atores e tomada de preços dos fornecedores de equipamentos,
transporte, alimentação, veículos de cena, aluguel de estúdio de imagem
e som, e o que mais for necessário.

752
Ainda na fase de pré-produção, segundo Chris Rodrigues, existem
algumas tarefas, como comprar materiais diversos (fita crepe, pilhas,
panos, sprays e o que for necessário), fazer visitas finais a locações
com os diretores de cada área, alugar estúdio para construção do set,
checagem e testes dos equipamentos, planejar os deslocamentos das
equipes, cartas de autorização e documentação de todos os processos
necessários, compra dos figurinos e objetos de cena, fazer a ordem dos
dias de gravações, testes de elencos e atores, e ensaios dos atores com o
diretor.
Assim que todas essas etapas forem checadas, e as que houver
necessidade forem concluídas, a pré-produção estará finalizada.
Em seguida, estamos na parte bruta da produção, podemos também
falar que é a parte mais física do processo, onde envolve câmeras,
microfones, iluminação, ambiente e tudo que for necessário para uma
gravação. Esta etapa se chama produção e, como explicado, é por conta
dela que temos um material para trabalhar. Aqui, o ideal é que o máximo
possível do planejamento, e mais um pouco, seja executado e testado.
A etapa de produção começa por meio de uma reunião realizada
entre os principais membros da equipe de produção, no caso o diretor
de cena, de fotografia, de produção e de arte. Nessa reunião, o diretor
de cena apresenta o roteiro e, a partir desse momento, cada um assume
suas responsabilidades e é dado início ao processo de execução.
Existem algumas tarefas importantes nessa etapa para evitar
erros, como checar todos os itens da decupagem com antecedência,
verificar as necessidades da ordem do dia no dia anterior à filmagem,
enviar um relatório de produção para a administração e, por último,
não acrescentar nada sem autorização. Essa etapa, apesar de ser simples
de explicar e descrever, pode ser a etapa mais complicada do processo.
Por fim, a última etapa, conhecida como Pós-produção, todo
aquele planejamento e material bruto vão parar em uma mesa e um

753
computador para serem tratados e, agora sim, finalizados, pelo diretor
juntamente com um finalizador de vídeo. O ideal é que tudo que foi feito
no planejamento esteja de acordo na etapa de pós, e por isso as três etapas
devem estar sólidas e realistas, já que a conhecida frase “Photoshop não
faz milagre” se aplica da mesma forma com outros softwares de edição
e finalização.
Porém, a pós-produção não se resume somente a finalizar o filme,
também é necessário fazer a devolução dos materiais e equipamentos,
conferência de contratos com o elenco, fechamento de trabalho,
manutenção e devolução das locações, e o que for necessário de ser
finalizado através do que foi programado na pré-produção.
Chris Rodrigues, afirma que esses processos podem ser separados,
onde o recolhimento e devolução pode se chamar de “desprodução”, e a
montagem do vídeo como finalização.
Mesmo com todos esses processos feitos, a checagem constante
é inteiramente importante pelo fato de imprevistos serem normais
durante as três etapas em uma produção audiovisual, um exemplo
simples é chover no dia de captação de cenas externas.

754
13.3 Reality show
A forma de veiculação do The Scale será através de um reality
show, para isso é necessária uma produção audiovisual juntamente
com a utilização de técnicas e métodos específicos para esse tipo de
programação.
Para essa etapa, registramos conversas com quatro pessoas
influentes na área:

Franklyn Nascimento Juninho


Spacefilmes Cogumelo Filmes

Marília Coelho Marina Alonso


WHF WHF

Conversando com Juninho, CEO da Cogumelo Filmes, ele nos traz


pontos bem específicos e diretos para que um reality possa funcionar,
pois, ao contrário de filmes comuns, o reality é algo que precisa ser
natural e os participantes não são atores profissionais, não tendo foco
em atuar bem.
O primeiro critério citado é a questão da posição da câmera e a
necessidade de um espaço aberto. Ele cita que, na maioria dos realities,
é de extrema importância um local de comunicação e encontro dos
participantes, um exemplo que você não imaginava é o The Circle, onde
o espaço aberto é justamente a sala de bate-papo geral, pois um espaço
aberto não quer dizer necessariamente um ambiente físico, mas sim um
ponto de conexão.

755
Franklyn fala bastante sobre a execução e a filmagem reduzida,
diz que para um reality voltado a negócios, pode ser um desperdício
de equipamentos, equipe e tempo, ficar gravando todos por 24 horas.
O ideal seria captar alguns momentos importantes e juntá-los no
storytelling, algo que as meninas da WHF, Marina e Marília, também
citaram, complementando que é de extrema importância a separação do
roteiro com a execução real do negócio.
Os reality shows, apesar de serem reais, não seguem a linha
correta dos acontecimentos, é preciso criar uma história com o material
disponível e tornar o produto final agradável e cativante ao público.
Lembrando do significado real de reality show, que quer dizer um
programa real, as formas de executar dão bastante liberdade, mesmo
com o modo mais conhecido sendo de filmagem a todo momento e
captação de acontecimentos. Um exemplo comum que foge dessa regra
é o The Voice, onde as filmagens são feitas em momentos curtos, mas o
que é levado ao programa, de fato, é a apresentação final do cantor.

13.4 Explicando o negócio para


uma produtora

Temos um capítulo específico explicando detalhadamente


o negócio, caso queira relembrar de forma mais detalhada,
é só clicar no ícone, mas volte aqui para continuar lendo
sobre a produção audiovisual depois.

O The Scale é uma consultoria empreendedora em forma de


reality show, o negócio contará com 15 equipes e com um total de até 45
participantes.
Para isso, foi determinado que o melhor lugar para executar é em
um coworking, o qual será feita a parceria durante aquela temporada. A
756
necessidade é de um ambiente aberto e pesquisando rapidamente sobre,
descobrimos um coworking interessado em projetos empreendedores para
divulgação do espaço em Uberlândia, o MTI, ambiente novo, construído
em 2019, e que possui espaço de sobra para a execução do projeto, além
de uma estrutura moderna e bem equipada.
Todo o reality será executado de forma a seguir à risca as três
etapas da produção, com exceção do último episódio, que será ao vivo,
exigindo um maior preparo. A ideia é de soltar um episódio por semana
no YouTube, totalizando cerca de três meses por temporada.
O programa também contará com pequenos takes falando sobre
negócios que rodaram no programa e melhores momentos, para
divulgação e entretenimento do público, principalmente enquanto uma
nova temporada não é veiculada.

13.5 O que precisamos, o que


temos, quais as dificuldades e
como podemos solucionar?
Em um primeiro momento, o que mais precisamos é filmar o reality.
Para isso, será necessário estudar perfeitamente todas as hipóteses e
fazer o comparativo até mesmo com câmeras de celular. De forma inicial,
o grupo possui designers que podem buscar uma identidade agradável
para uma filmagem de qualidade razoável, pois nesse momento, a maior
dificuldade se dá por conta dos custos.
Ainda falando sobre a parte de filmagem, é interessante lembrar
dos cartões e de todo arquivo que será salvo, é necessário bastante espaço
em nuvem e organização com os arquivos, já que, além de todo conteúdo
gerado e veiculado para os episódios, também serão produzidos takes
757
dos ex-participantes. O Google Drive disponibiliza 15 GB para usuários
gratuitos, é uma boa opção, mas a melhor de fato é um HD externo com
pelo menos 1TB por temporada, o que custa em torno de R$300.
Falando da parte de iluminação, devemos observarmos atentamente
a iluminação natural, buscando sempre gravar em horários similares, mas
também possuir equipamentos de luz. No momento, para um custo mais
baixo, pode se tornar interessante utilizar flashs de celulares, lanternas
ou até mesmo luz ambiente, também podem ser utilizados juntos com
cartolinas, para rebater a luz e facilitar a captação da câmera, trazendo
uma maior captação para o sensor.
Para a etapa de pós-produção, contamos com dois designers
experientes em edição de vídeo no grupo, um deles é assinante do
programa Adobe e tem disponíveis todas as ferramentas necessárias
para a finalização dos arquivos. Essa etapa pode ser considerada a mais
fácil de ser descrita, mas uma das mais difíceis de ser executada, já que
a pré-produção e produção contarão com diversos improvisos causados
pelos altos custos no início do projeto.
Entrando na parte de execução, temos o problema de gravar as
equipes e perder momentos que seriam inusitados. Durante uma conversa
com o professor Franklyn e uma pesquisa interna em nossos dados,
vimos que podemos apenas passar nos ambientes e fazer entrevistas
curtas com os participantes, trazendo uma narração e pequenos takes
enquanto eles estiverem trabalhando, já que nosso projeto não tem foco
de entretenimento e fofoca, mas sim de educação e capacitação. A ideia
trazida pelo professor demonstra o quanto o projeto, que antes parecia
impossível, começa a ganhar forma e se torna possível de ser executado
por um custo mais acessível.
Falando sobre a questão de pré-produção, tivemos a ajuda do
Franklyn e do Juninho com detalhamento de materiais e possibilidades
para cada parte da execução, podendo ter alternativas e até mesmo

758
outras possibilidades para os equipamentos.
Antes de bater o martelo em qualquer situação, um dos integrantes
do grupo, João, participou de uma reunião para discutir com o Franklyn
sobre esses processos e alternativas que poderiam trazer melhorias nesse
processo. Listaram itens e uma equipe, juntamente com o seu custo, e
assim, viabilizaram a produção.
Quando se fala em uma produção de alto nível e o custo que ela
envolve, temos ainda mais a certeza de que, no momento, é necessário
focar na execução e nos empreendedores, apesar da produção audiovisual
com uma qualidade alta ser um ponto importante do projeto, a busca
inicial é por capacitar novos empreendedores e tornar ideias e negócios
viáveis. Portanto, usaremos de uma produção mais simples e a própria
equipe Eleve irá buscar auxiliar em etapas da produção do projeto.

13.6 Como será nossa produção?

Buscaremos utilizar ferramentas com custo-benefício em lojas


originais, porém, itens usados também podem ser opções para trabalho.
Iremos contar com duas câmeras com microfones acoplados em salas
pequenas do coworking, porém, em salas maiores, utilizaremos apenas
o microfone de uma câmera posicionada próxima ao local de discussão,
e desabilitaremos o microfone na câmera que irá captar o ambiente em
cena aberta.
Contaremos com dois tripés para posicioná-las juntamente com
dois kits de comunicação mais um suporte para posicionar as câmeras
nas paredes ou no teto.

759
CÂMERAS

Câmera EOS Rebel T100 com


Lente EF-S 18-55mm f/3.5-5.6
III Reembalada – Nova
Visualize no site de compra

Câmera e filmadora semi profissional que grava vídeos em full


HD. Comprada diretamente do site da Canon, contamos com suporte e
garantia, além de vantagens para trocas posteriormente.

Figura 231: Câmera Canon


760
Câmera e filmadora semi profissional que grava vídeos em full
HD. Comprada diretamente do site da Canon, contamos com suporte e
garantia, além de vantagens para trocas posteriormente.

Nota do fabricante:

Figura 232: Descrição câmera Canon

761
TRIPÉS

Tripé amador para câmeras de


até 3kg - Weifeng WT-3730
Visualize no site de compra

Utilizaremos dois tripés para servir de suporte para as câmeras, são


tripés oficiais da Canon compatíveis com qualquer câmera da marca.

Nota do fabricante:
Esse modelo de tripé WT-3730 é
compatível com todas as câmeras digitais
(compactas ou DSLR) e analógicas, pois
o seu encaixe é universal, limitando-se
ao peso suportado de até 3kg contando
com a câmera + lente (ideal para
câmeras de pequeno porte).

Figura 233: Tripé

762
ILUMINAÇÃO

Kit Iluminação Estúdio Softbox


E27 40x60 com tripé
Visualize no site de compra

Kit de iluminação destinado para melhorar a qualidade de vídeo e


fornecer luz para ambientes com baixa iluminação.

Nota do
fabricante:
Soft box light desmontável
tipo sombrinha, possui tela
difusora, bocal com rosca tipo E27
(lâmpada comum) com chave liga /
desliga, suporte com regulagem de
ângulo com montagem sobre tripé,
um conjunto completo de fácil
montagem e transporte. (lâmpada
não acompanha o produto -
vendida separadamente).
Figura 234: Luz
763
SUPORTE

Suporte Adaptador -
Shangyu YA421
Visualize no site de compra

Suporte para posicionar câmeras em paredes e gravar planos gerais


de cena aberta.

Nota do fabricante:
Figura 235: Suporte

Este suporte oferece controle


total sobre o posicionamento do flash
e da sombrinha. Feito em metal,
combinado com plástico resistente
este modelo de suporte garante muito
mais estabilidade e segurança ao seu
equipamento. Fixação universal compatível com qualquer modelo de
flash speedlite. Simples de montar e desmontar possui cabeça articulada
para a montagem dos equipamentos no ângulo ideal para tirar suas
fotos.

764
MICROFONES

Microfone Direcional Greika


GK-SM10
Visualize no site de compra

Microfones direcionais para captar o áudio, economiza espaço e


cabos, já que é plugado diretamente nas câmeras.
Figura 236: Microfone

Nota do fabricante:
Microfone shotgun eficaz que
pode ser facilmente montado em uma
câmera de vídeo, pois possui uma sapata integrada que se encaixa à sapata
da câmera. Seu design é compacto e leve, com uma construção robusta,
que é ideal para o uso com câmeras DSLR, filmadoras e gravadores de
áudio.

13.8 Concluindo
Entendemos as dificuldades e os recursos escassos para uma
temporada inicial e buscaremos valorizar nosso propósito. Buscamos
trazer uma produção simples para garantir qualidade de vídeo e imagem,
mesmo contando com equipamentos de melhor custo-benefício.

765
EPISÓDIO 14

766
767
SOMOS
NÓS! Figura 237: Livro Comece pelo porquê

Nosso
propósito

“Sua publicidade não apresentava descrições exaustivas dos detalhes


do produto; não era sobre eles, era sobre nós. E nós compreendemos
por que o queríamos.”

SIMON SINEK

768
Antes de iniciar o capítulo, ressaltamos a importância e a base que
serviu para o desenvolvimento dessa etapa. Por diversas vezes citaremos
um livro e um autor: Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram
pessoas equipes a agir, Simon Sinek.
É interessante ressaltar que essa base não serve apenas para a etapa
de propósito do trabalho, pois após a leitura do livro, percebe-se que o
propósito irá amarrar e ajustar tudo que for necessário, assim, o projeto
fará mais sentido do que nunca em todas as etapas.

14.1 O que é e por que devemos


ter um propósito?

O propósito é um motivo que representa a empresa, o produto e todos


os envolvidos com aquilo. É um norte que deve ser claro e compartilhado
por todos, como um compromisso. Uma espécie de guia, onde você olha
para qualquer decisão que deve ser tomada naquele lugar.
Segundo Simon Sinek, companhias e organizações com uma noção
clara do porquê nunca se preocupam em se diferenciar, não pensam
em si mesmas como sendo iguais a qualquer outra e não precisam
convencer ninguém de seu valor, não precisam de complexos sistemas
de recompensas e punições, elas são diferentes e todos sabem disso, pois
começam pelo porquê em tudo que dizem e fazem. Outro detalhe é que
empresas que possuem um propósito claro, que conversa com o produto,
não precisam ter o melhor produto, já que isso se torna algo relativo e
alcançável por outros, diferente do propósito, que é único e imutável.
Não se planeja um propósito, isso é algo natural e que deve partir
desde a motivação para o projeto. O propósito é algo que o grupo
acredita e compartilha de acordo com o que vivenciamos, analisamos e
769
desenvolvemos. Foi o nosso ponto de partida, mesmo que não percebido
dessa forma anteriormente.
Desde o início, nosso propósito estava em nossas rodas de conversa,
em nossas etapas de execução, em nossas escritas e nossas apresentações,
nós só precisamos vasculhar esses momentos e encontrar o que era
exatamente, e como citado anteriormente, foi natural.

14.2 O que é um líder e


quem nos lidera?

Gabi
Líder da Eleve

“Independente de tudo, faremos algo que sentiremos orgulho no final.”

770
Antes de falar sobre as nossas motivações, sentimos que é importante
falar sobre quem nos lidera. Sem luxo ou estrelinhas, essa etapa é importante,
pois uma pessoa consegue transmitir e representar as ideias do grupo.
Um líder de verdade consegue transmitir tudo o que o grupo sente e
precisa, de maneira coerente. Consegue reconhecer necessidades e sentimentos,
sabe reconhecer quando é importante fazer uma cobrança ou até mesmo dar
um abraço. O líder não tenta ser a pessoa mais inteligente e mais capacitada
do grupo, mesmo que seja, essa pessoa busca alinhar todos para que o mais
inteligente seja o grupo unido e buscando evoluir juntos.
Nosso grupo se formou online, onde alguns se conheciam e outros jamais
haviam se visto. Logo no primeiro dia que nos encontramos, ficou claro para
nós quem deveria nos liderar e quem possuía esse perfil, era ela: Gabi.
Não precisamos citar exemplos ou dias de cada acontecimento que nossa
líder mostrou ser a ideal para essa posição, qualquer pessoa que tem um breve
contato com o grupo consegue sentir essa energia e visualizar com clareza
como funcionamos.
Outro detalhe é a autonomia: por estarmos todos conectados com
o propósito, todos temos poder de fala e execução dentro do grupo, onde,
em vários momentos, nós mesmos tomamos decisões e executamos, sem a
supervisão e a necessidade de uma análise e validação da líder, um dos motivos
pelo qual o projeto f luiu e conseguimos grandes passos rápidos.

Conheça mais sobre a Gabi

771
14.2 Qual o nosso propósito?

Nós acreditamos que


o empreendedorismo é
capaz de desenvolver
pessoas determinadas
a mudar o mundo.

772
Desde o início do projeto, quando decidimos atender o público
empreendedor, lidamos com diversos materiais, cursos, palestras, mentorias e
estudos sobre essa área. Nosso primeiro choque foi quando descobrimos o que
é o empreendedorismo de verdade e o quanto ele é poderoso quando executado
com motivação, propósito e carinho.
Porém, ainda não havíamos dado um nome e nem pensado que teríamos
isso, estávamos executando um projeto sobre empreendedorismo sem
lembrarmos que estamos empreendendo. Mas como assim? Simples, nosso
propósito, mesmo que sem um nome, estava claro e brilhava aos olhos de todos,
principalmente quando nossa líder buscava trazer toda sua paixão e vontade
aos nossos atos como um grupo e, principalmente, como pessoas.
Era notável como, por diversas vezes, seus discursos mudavam, mas
jamais tinham uma direção diferente. Nosso caminho sempre foi baseado em
uma única linha, sempre pensamos em o quão era importante o empreendedor
ter acesso a tudo que precisar, para assim poder ser desenvolver e tornar o
espaço onde vive mais agradável e ideal.

773
GOLDEN
A FUNDO!
Antes mesmo de ter uma forma, o Golden Circle é um padrão de comportamento
onde grandes líderes e organizações seguiam naturalmente, a forma como eles
inspiram e traz um público realmente motivado e inspirado para colaborar com
algo que acreditam.
Simon Sinek traz em seu livro que o Golden Circle é baseado na forma
dourada perfeita, e traz de dentro para fora, os seguintes pontos: porquê, como e
o quê. A maioria das empresas começam respondendo O QUE fazem, quando na
verdade, deve se responder primeiro POR QUE fazem algo, essa forma de pensar
se encaixa com o propósito da empresa, já que o PORQUÊ é igual ao propósito.

774
POR QUE?
WHY?
Nós acreditamos que o empreendedorismo é capaz de desenvolver pessoas
determinadas a mudar o mundo.

É claro que o porquê é o propósito, mas enquanto no tópico sobre propósito


explicamos a origem, aqui você irá saber mais sobre o significado.
Essa frase resume nossa maior crença, vemos o empreendedorismo como
uma pauta importante para desenvolvimento e a capacitação de pessoas. O
motivo é justamente a capacidade do empreendedorismo de educar, a maneira
de tomar riscos, decisões, estudar probabilidades e colocar um motivo maior em
cima disso tudo, faz com que as pessoas percebam novos horizontes e tenham
uma maior capacidade de resolver problemas e se tornarem seus próprios ideias.
E assim, nosso porquê traz como objetivo direcionar essa capacidade de
resolver problemas para o ambiente que vivemos atualmente e sempre visar
melhorá-lo. Não apenas sentimos, mas é claro que várias pessoas tem uma força
bem maior do que apenas uma para trazer resultados para o mundo, e isso se
enquadra em nosso propósito.
Lembrando que o empreendedorismo não se resume exclusivamente a
ser dono de um negócio, é uma ferramenta excepcional porque tem relação
com o indivíduo buscar melhorias para o mundo. E, apenas por esclarecimento,
a educação é a principal fonte para poder atribuir todo poder que o
empreendedorismo traz, independente da maneira que ela é aplicada.

775
HOW?
COMO?
Faremos isso através do trabalho colaborativo com especialistas, instigando
a busca por conhecimento e a execução de negócios efetivos.

Dentro do projeto, iremos buscar trazer toda colaboração e auxilio


possível, com especialistas e profissionais que representam o nosso propósito.
Serão atribuídos em todas as áreas necessárias para o que irá acontecer,
independente do setor. O foco maior nesse ponto é buscarmos pessoas ideais
para o compartilhamento do conhecimento e do empreendedorismo como
ferramenta de capacitação.
Nossos serviços não buscam executar para os outros, mas sim fomentar e
demonstrar o quanto um indivíduo pode conseguir através das metodologias e
parâmetros apresentados para cada etapa. E por fim, é de imensa importância
termos a presença de oportunidades para os envolvidos no projeto.
Então como faríamos? Resumindo, trazendo especialistas para instigar o
conhecimento e após, o participante ter a total capacidade de desenvolver algo
relevante, além de ter a oportunidade de já prosseguir dentro do próprio serviço
prestado pela Eleve.

776
O QUE?
WHAT?

O resultado disso é uma consultoria dinâmica e gamificada, em formato de


reality show.

Como apresentado anteriormente, iremos atender empreendedores


iniciais para guia-los e dar acesso à informação, com provas, atividades, jogos
e conexões durante todo o tempo, assim, podendo se desenvolver aspectos que
uma pessoa e um profissional precisam nesse mercado.
As consultorias contarão com um serviço amplo de apoio e estrutura para
que os participantes possam executar esse processo de maneira mais rápida e
que, ainda assim, mantenham assertivos e consigam uma experiencia única.
O meio de veiculação será o Reality Show, essa característica busca trazer
visibilidade e conexão para os participantes, os investidores, os mentores e o
programa. A visibilidade é um ponto interessante para escalar e atribuir valor
ao negócio de maneira rápida, mas eficaz, auxiliando para que o propósito maior
do grupo permaneça intacto.
E um detalhe que não podemos esquecer é justamente a possibilidade de
ele sair do programa com um investimento em um novo negócio, já projetado
e analisado por grandes especialistas, o que se torna um grande passo para o
empreendedor, e cria um encontro oportuno, já que seria uma oportunidade
para ambos os lados e traz um vínculo de confiança e profissionalismo para os
realizadores do programa.

777
14.3 Temos um manifesto
Através dessa linha de pensamento, trazemos um manifesto, criado pelo
grupo, e que representa de forma mútua, nosso carinho pelo público e pelo
projeto. A seguir, o manifesto:

Ser empreendedor é saber que existem oportunidades, mas ao mesmo tempo existem obs-
táculos, é preciso ter coragem para correr riscos, é aceitar os desafios, é transformar o seu
erro em aprendizado. Ser empreendedor é agir antes do solicitado, é ser eficiente e planejar
suas ações, é buscar informações, é estar atento ao externo, mas cuidar sempre do interno
e além de tudo é viver intensamente. O The Scale compreende todos esses aspectos vivi-
dos por um empreendedor, nosso objetivo é ajudar os futuros empreendedores a encontrar
caminhos para colocarem as suas ideias direto no mercado. Além de executar os sonhos, as
realizações, auxiliar nas conquistas e derrotas, e muito, além disso, construir uma história.
Não vendemos apenas um reality show de mentorias para empreendedores, mas a solução
para as suas ideias.

14.4 Concluimos que

Esse capítulo é um momento de ref lexão tanto para o grupo quanto para
tudo que poderíamos executar, ele serve como um mapa para cada decisão
ou caminho que desejarmos trilhar. Obviamente, temos o nosso propósito em
mente.
Após a execução dessa etapa, revisamos todo o trabalho para checar
possíveis falhas nessa parte, e o incrível é que praticamente todas as partes
estavam bem alinhadas, já que o propósito foi algo natural.
Vemos através desse capítulo o quanto o empreendedor representa para
nós e o quanto ele pode representar para o mundo, então, finalizamos mais uma
vez com nosso propósito, pois não vemos problema em repetir o que nos guia:

778
Nós acreditamos que o
empreendedorismo é capaz
de desenvolver pessoas
determinadas a mudar o
mundo.

Faremos isso através do


trabalho colaborativo com
especialistas, instigando a
busca por conhecimento e a
execução de negócios efetivos.

O resultado disso é uma


consultoria dinâmica e
gamificada, em formato de
reality show.

779
EPISÓDIO 15

780
781
DO CONCEITO
DE ESTRATÉGIA
Estratégia competitiva
Para a construção de um projeto, além de tudo aquilo que é referente
a informações suficientes para poder lidar com o cenário, é necessário saber
qual estratégia vai funcionar melhor perante aquele mercado ou público ana-
lisado. E para isso, existem fórmulas genéricas que são usadas por vários pla-
yers para inserir uma marca no mercado. Para escolhermos qual estratégia
seria mais promissora para o The Scale, primeiro precisamos analisar sobre
o que se trata cada uma delas.

Posição observada pelo Posição de


cliente baixo custo

Liderança
Toda a
indústria Diferenciação em custos

Apenas um
segmento
Foco

782
Liderança em custos

Dos tipos de posicionamento estratégicos, esse é o qual uma empresa se


destaca por conta de seu preço praticado no mercado. Preços os quais fica di-
fícil ou impossível para os concorrentes competirem.

Diferenciação

O destaque no mercado focado pela estratégia de diferenciação se baseia


em uma proposta singular naquele universo em questão. Nesse ponto o preço
não é levado em consideração, o que importa é o quão diferente se é do restan-
te do mercado.

Enfoque

Essa estratégia trabalha muito bem um ponto específico, como um seg-


mento de pessoas ou uma localização geográfica. Essa estratégia pode possuir
baixo custo ou diferenciação, ou os dois.

783
15.1 Qual estratégia?

Agora que temos em mente as opções de estratégias genéricas, buscamos


escolher aquela que mais se enquadra na premissa do projeto, seria de oferecer
uma proposta diferente para o público empreendedor com um preço simbólico
em relação aos demais. Nossa intenção é trabalhar com as pessoas de uma
forma mais humana e por consequência, trazer uma maior capacitação e know-
how para esse segmento.
Portanto, a escolha mais conveniente para esse objetivo seria a estratégia
de enfoque, na qual seriam feitos esforços para mostrar que a entrega do The
Scale contará com valores únicos e um preço muito atrativo.

784
785
EPISÓDIO 16

786
787
PROPOSTA
DE VALOR
Como iremos gerar?

788
Alexander Osterwalder, Yves Pigneur e Alan Smith inventaram o
canvas da proposta de valor, com o intuito de acrescentar uma ferramenta
ao canvas de modelo de negócio, que teste e redirecione a proposta de
valor de uma empresa com relação às necessidades dos seus clientes.
Além disso, é uma forma que ajuda a criar e posicionar os produtos ou
serviços pensando sempre no que o cliente valoriza e necessita.
Por meio desse canvas, conseguimos mostrar os benefícios que os
nossos serviços proporcionam para nossos clientes, com o intuito de
apresentar para nossos clientes, vantagens que levam a escolha do nosso
serviço ao invés dos concorrentes. Identificamos os benefícios para os
futuros empreendedores, e nossa solução resolve suas dores de uma
forma inovadora e prática de executar suas ideias.
Para que fique um pouco mais claro, apresentaremos o canvas da
proposta de valor, onde enxergaremos de um lado as dores do consumidor,
as tarefas que precisam ser exercidas e os ganhos que esperam, e de outro,
o produto ou serviço oferecido, como irá aliviar as dores do cliente e o
que oferecerá de benefícios.

789
CRIADORES DE GANHO

Recrutamento de mentores que possuem empatia com o mercado em-


preendedor.

Conteúdo acessível, empático e humano.

Ambiente compartilhado: coworkings.

Temas relevantes
Visibilidade por meio do Reality Show.
PRODUTOS E SERVIÇOS

para obter sucesso


no empreendedorismo.
Investimento.

Mentorias com
profissionais.

Momentos
Acessorias: psicológica, de networking.

jurídica, financeira e
de moda. Apoio na execução das ideias.

Ajuda na superação do medo de empreender.

Possível investimento para suas ideias.

Auxílio na organização e na realização de


tarefas essenciais para o futuro negócio.

ALIVIAM AS DORES

790
Executar suas ideias. Visibilidade
Pivotar nas
Mentorias de qualidade. Networking. ideias.

Possível investimento. Autorrealização. Ter diversas

TAREFAS DOS CLIENTES


habilidades.
Preço acessível.
Executar ideias. Organizar as
ideias e suas
Busca por apoio propostas.
e investimento.
Falta de apoio, tempo Resistência Aumentar
e habilidades. a mudanças. sua rede de
contatos.
Assumir riscos e ter Preços inacessíveis.
frustrações. Busca por
Ser criativo, mas não autorrealização
Resistência a mudanças. colocam em prática suas
ideias.
Falta de investimento.

DORES

791
O canvas apresentado acima é composto por seis quadrantes, sendo
eles: produtos e serviços, criadores de ganho, aliviam as dores, ganhos,
tarefas do cliente e dores. O primeiro quadrante trata-se dos produtos
e serviços que o negócio oferece, no nosso caso, teremos mentorias com
profissionais; temas relevantes para obter sucesso no empreendimento
e acessorias psicológica, financeira, jurídica, marketing e de moda.
Todos esses serviços foram pensados como maneiras de oferecer valor
aos clientes.
O segundo quadrante refere-se aos criadores de ganhos, ou seja,
fatores que oferecem os ganhos que os serviços propõem, no caso do
nosso negócio, são: recrutamento de mentores que possuem empatia
com o mercado empreendedor; conteúdo acessível, empático e humano;
ambiente compartilhado: coworkings; visibilidade por meio do reality
show e investimento. Além de criar valor aos serviços, são essenciais
para a existência do negócio.
O terceiro quadrante e último do primeiro quadro são fatores que
aliviam as dores dos clientes, como: momentos de networking; apoio na
execução de ideias; ajuda na superação do medo de empreender; possível
investimento e auxílio na organização e realização de tarefas essenciais
para o futuro do negócio. Possuem como característica a solução das
dores encontradas.
O quarto quadrante aborda os ganhos, que são pontos que oferecerão
os serviços do negócio, como executar ideias, mentorias de qualidade,
possível investimento, preço acessível, visibilidade, networking e
autorrealização. Nosso objetivo é entregar todos esses ganhos para nossos
clientes, para que escolham nosso negócio ao invés dos concorrentes.
No quinto quadrante, encontramos as tarefas dos clientes, ou seja,
atividades feitas pelos próprios clientes para que alcancem seu propósito.
No caso do The Scale, essas tarefas são: executar ideias, busca por apoio
e investimento, pivotar nas ideias, ter diversas habilidades, organizar

792
as ideias e suas propostas, aumentar sua rede de contatos e busca por
autorrealização.
No último quadrante, identificamos as dores dos nossos clientes,
no nosso caso são: falta de apoio, tempo e habilidade; assumir riscos e
ter frustrações; resistência a mudanças; falta de investimento; preços
inacessíveis e ser criativo, mas não colocam suas ideias em prática.
Em muitas análises, identificamos a dificuldade que os
empreendedores iniciantes possuem em começar um novo negócio, e
que a falta de apoio é um fator extremamente crítico, pois gera ainda
mais receio em empreender. The Scale busca promover mentorias com
profissionais que auxiliem esses futuros empreendedores nos seus novos
negócios.
Percebemos, ao longo de nossas análises, que o valor deveria ser
acessível para que os nossos clientes pudessem participar do nosso
programa, pois empreendedores, principalmente iniciantes, não possuem
uma renda alta e muito menos fixa, o que gera desconforto quando o
valor não se demonstra acessível.
Outra questão que levaremos em consideração é a visibilidade que
o reality show oferece para os participantes, pois a rede de contatos
é um fator de extrema importância no mundo empreendedor. Para
nossos telespectadores, ofereceremos um conteúdo com uma linguagem
simplificada e empática, para que utilizem dos ensinamentos
apresentados em seus próprios negócios, mesmo que não cheguem a
participar do programa.
Com esse Canvas, conseguimos mostrar aos futuros empreendedores
os motivos pelos quais eles devem escolher nosso negócio ao invés dos
concorrentes, pois temos o intuito de solucionar a dificuldade de fazer
novos negócios. A proposta de valor é pensada para o cliente, pois a
partir dela é possível demonstrar as características do negócio e o que
os clientes podem esperar dele.

793
A partir da proposta de valor, fica claro o que desejamos entregar
para os nossos consumidores, assim como criar motivos para que ele
escolha nosso negócio. Com base em diversas pesquisas, estudos e
análises, conseguimos delinear nossa proposta de valor:

“ Proporcionar acesso a mentorias personalizadas e de


qualidade para os futuros empreendedores, de forma
empática, além de oferecer um valor acessível e maior

visibilidade através de um reality show.

Com isso, vamos mostrar aos futuros empreendedores que nosso


negócio visa solucionar a dificuldade de fazer novos negócios, uma dor
existente na vida de pessoas com espírito empreendedor. A partir de
diversas análises e pesquisas identificamos tal dificuldade em começar
um novo negócio, por falta de apoio, principalmente.
Somos os únicos no mercado que oferecem tal solução através de um
reality show, além de considerar os participantes como seres humanos e
não apenas como ideias inovadoras. Vamos solucionar a dor encontrada
de forma inovadora e eficiente. O mercado empreendedor está cheio
de obstáculos, desafios e conquistas, aproveitaremos as oportunidades
existentes para criarmos e colocarmos em prática a nossa solução.
Apresentamos a vocês, The Scale, o reality show para suas melhores
ideias.
The Scale procura fomentar o empreendedorismo no Brasil e
futuramente no Mundo. Visando oferecer auxílio aos empreendedores

794
para que tenham sucesso, inovem cada vez mais, aproveitem das
oportunidades do mercado, estejam sempre atentos aos problemas
existentes na sociedade e que criem soluções inovadoras. Somos a solução
para as suas ideias.

16.1 Atividades de valor

Recrutamento de mentores que tenham empatia


com o mercado empreendedor.

Relacionando-o com a nossa proposta de valor, ao recrutarmos mentores


que possuem essa empatia, entregamos um dos nossos benefícios, que é oferecer
mentorias personalizadas e de qualidade. Além de garantir um networking bem
proveitoso para nossos participantes, com mentores de primeira categoria.

795
2

Possuir uma curadoria editorial que ofereça um


conteúdo específ ico e manter um processo contínuo
de pesquisas para entender e encontrar os temas mais
agudos para obter sucesso no empreendimento.

Para que nossas mentorias sejam personalizadas, é de extrema


importância que estejamos sempre atualizados sobre os assuntos mais
discutidos e necessários para a criação e o desenvolvimento de ideias
e de pessoas. Os temas trabalhados durante as temporadas precisam
acompanhar as tendências do mercado e as necessidades dos nossos
clientes.

Valor acessível devido ao al to número de


patrocinadores e parcerias envolvidos.

796
Pensando em nossos clientes e nas diversas dificuldades que eles
perpassam durante o processo de empreender, uma solução bastante
coerente é facilitar a entrada deste participante no reality, para que
aprenda e coloque sua ideia no mercado, e muito além disso, se desenvolva
como profissional e como pessoa, a partir de todas as nossas acessorias,
seja de moda, financeira, jurídica e até mesmo psicológica. Criamos isso
pensando no desenvolvimento dos participantes enquanto participam
do programa.

Procurar sempre manter a linguagem empática para


nossos telespectadores.

Oferecer uma linguagem mais empática e simplificada foi pensado


para nossos telespectadores, pois mesmo com um valor acessível,
nem todos os nossos clientes conseguirão participar efetivamente do
programa, assim, poderão utilizar todos os conhecimentos adquiridos ao
assistir o reality, em seus próprios negócios.

797
EPISÓDIO 17

798
799
É PEGAR
OU LARGAR!
Trade off

Quando um projeto vai criando forma, os caminhos e as


oportunidades começam aparecer constantemente. O problema é que
vários caminhos não são possíveis com outros, chegando assim, a um
conflito. Porém, não é simplesmente escolher uma das duas vertentes,
a equipe precisa fazer um estudo estratégico e minucioso sobre as
opções e demonstrar o porquê de uma decisão fazer mais sentido que
a outra para o cenário. Nesse capítulo, você entenderá as opções que
precisamos descartar e entender as que escolhemos levar para o projeto.
Para apresentar cada decisão, traremos as opções descartadas x opções
escolhidas, como forma de organizar a ordem de leitura.

STARTUPS IDEIAS

800
Essa é uma escolha fundamental para o início do negócio, é uma
disputa com ganhos e perdas de ambos os lados quando limitamos a
atender startups que já existem ou pessoas que ainda não possuem um
negócio, mas apenas a ideia para empreender.
Escolhemos trabalhar com as ideias, visando o desenvolvimento
e o planejamento desde o início. Startups que já existem, precisariam
de pivotar algumas áreas e retrabalhar em áreas que já estavam sendo
executadas, além de ser um negócio que já está executando, precisaríamos
trabalhar muito bem na questão de contrato para que o empreendedor
execute o que for necessário, e não apenas o que lhe convém.
Um exemplo desse fato, é justamente o reality show O Sócio, onde o
investidor Marcus Lemonis, mesmo com um grande sucesso e um nome
extremamente confiável, tem problemas com empreendedores que são
apaixonados em detalhes do negócio e abrem mão do que realmente
precisa ser feito.
Quando pensamos em ideias, ainda existe essa questão de
“apaixonados pela ideia”, algo que precisará ser trabalhado para criar os
“apaixonados no problema”. Porém, vemos que com as ideias, poderemos
ser mais flexíveis e atender, de fato, a dor do mercado. A solução será
criada do zero e cada tópico para moldá-la, será detalhado e objetivo
de acordo com a realidade. Se um empreendedor está participando do
programa, ele tem alguma dificuldade, e com um negócio já funcionando,
provavelmente os erros já estão presentes no empreendimento.
E por último, o fato de um negócio que ainda não está funcionando
significa que o empreendedor ainda não está cumprindo contas e
responsabilidades nesse empreendimento, o que possibilita ele de ter
um maior foco no nosso processo e ajuda a comprovarmos melhor o
resultado e a influência da metodologia.

801
Experiência dos empreendedores

EXPERIENTES INICIAIS

Essa decisão é um pouco semelhante à decisão anterior. Entendemos


que é importante nivelar os participantes para que toda a estrutura seja
viável e atenda de maneira assertiva.
Quando falamos de empreendedores experientes, sabemos que já
tem um devido conhecimento e uma facilidade maior para entender
os parâmetros desse universo empreendedor. Esse fator também pode
ser olhado de maneira negativa, pois o contato com o universo e os
famoso vícios podem dificultar o entendimento dos empreendedores
por fatores externos desconhecidos. Mas esse fator não seria o suficiente
para abandonarmos tão fácil a ideia de contar com empreendedores
experientes, o que realmente pesa é quando olhamos para o nosso
propósito e vemos que a capacitação é algo que tratamos com muita
seriedade.
Vemos que, com empreendedores iniciantes, podemos fazer um
trabalho mais rápido e possibilitar que todo conteúdo e metodologia
sejam bem aplicados ao longo desses 3 meses de programa. É importante
lembrar que a metodologia é sprint¹ e retrabalhos podem afetar o
andamento do negócio.

¹ Uma sprint é uma reunião de pessoas envolvidas num projeto para promover um desenvol-
vimento de forma mais rápida.

802
Local de execução

FIXO TEMPORÁRIO

Essa foi, talvez, a dúvida mais difícil de ser resolvida. Levamos


todos os cálculos e orçamentos para o papel para analisar qual era mais
custoso, por exemplo. Nessa etapa, nossa decisão primária era de fazer
parceria com coworkings na cidade que seria executada a temporada,
estava claro que era mais barato e fazia mais sentido.
Foi quando, em uma reunião de validação, Cezar Honório, consultor
em gestão de influencia, disse sobre termos um local fixo e levar os
participantes com transporte, sairia mais custoso no início, mas ficaria
mais barato para as próximas temporadas. E isso nos pegou de surpresa
quando ele detalhou melhor sobre essa possibilidade e, como dito
anteriormente, levamos para o papel para calcular ambos, e realmente,
o custo de ambos era bem similar.
Então por que não ter um local fixo, decorado, em uma cidade fácil
para o grupo, como Uberlândia ou São Paulo? Realmente essa alternativa
demonstrava ser muito atraente.
No final das contas, decidimos continuar com locais temporários
e parcerias em coworkings, e a resposta é simples: pensamos em nosso
público. Já que estamos falando de uma metodologia assertiva, lembramos
o quanto é importante pesquisas primárias e um conhecimento da praça.
Seria muito imaturo de nossa parte fazer com que os participantes
executassem o projeto longe da cidade que deseja executar ou obrigá-
los a executar na cidade que o programa participa. Além disso, foge de
toda questão de humanização e do nosso propósito não pensarmos no
empreendedor que irá executar e no futuro cliente desse empreendedor.
803
Quem irá nos monetizar

INSCRIÇÃO NEGÓCIOS

Uma forma fácil de monetizar o negócio, poderia ser através da taxa


de inscrição. Negócios relacionados a área empreendedora costumam
cobrar taxas de inscrição/mensalidade na casa dos 4 dígitos. É uma forma
atraente e de solução rápida, mas não é o que representa nem o nosso
propósito e nem tem ligação com a dor de mercado que estudamos.
Nosso público-alvo são futuros empreendedores, com foco nos
empreendedores por necessidade, sem esquecer da análise que fizemos
sobre a taxa de desemprego e essa vertente do empreendedorismo.
Entendemos que seria muito complicado para o empreendedor pagar
um valor tão alto, mesmo que confie no processo. Decidimos manter um
valor simbólico de inscrição, apenas para custeá-los com alimentação,
recursos de papelaria e afins.
Então, se o participante não paga o programa quando entra, quem
paga? Os anunciantes e os negócios que realizaremos com eles. Validamos
boas oportunidades e parceiros interessados em já fazer parte do negócio,
em busca de visibilidade e merchandising. A visibilidade traz benefícios
tanto para a marca que quer anunciar quanto para investidores, o que
facilita a negociação e a contratação dos interessados com o projeto.
Lembrando que, além dessa, temos outras ferramentas para monetizar
o programa.

804
Temática

AMPLA ESPECÍFICA

Outra parte que a equipe já havia decidido e estava certo, porém,


em uma pesquisa de validação, Camilla Campos, planejadora de projetos
na WHF, sugeriu que temas específicos poderiam dificultar a fidelidade
do público e perder uma grande escala de espectadores.
A partir desse comentário, fomos analisar as vertentes para checar
se deveríamos utilizar temas amplos, como tecnologia ou inovação,
ou poderíamos utilizar temas específicos, como saúde, gastronomia
ou cultura pet, por exemplo. Através de reuniões, análises e uma
recapitulação nas pesquisas feitas anteriormente, checamos que era
uma opinião pessoal da Camilla e que os temas específicos poderiam
fidelizar o público.
Mas como? O programa não está ligado a temática, mas sim a
metodologia e a colaboração, é certo que com temas específicos, a
quantidade de participantes pode ser reduzida. Mas por outro lado, a
escolha dos especialistas se torna mais certeira e apropriada, além de se
tornar equivalente o apoio que as equipes terão.
Não podemos esquecer, que antes de cada temporada, e até como
forma de socializar com os espectadores, serão feitas enquetes e votações
tanto para a escolha dos temas quanto para despertar interesse nos
temas para os espectadores, ou seja, o tema é escolhido pelo público.

805
Formato

TRADICIONAL REALITY SHOW

Essa foi uma das primeiras perguntas na criação do projeto, por que
não fazer uma consultoria tradicional? Poderia ser, mas o quão inovador
e fora da caixa isso seria? Nos dedicamos e consumimos materiais
relacionados a economia criativa desde os primeiros dias da criação da
equipe. É interessante ressaltar o quanto fazia sentido esse negócio com
a oportunidade apontada no capítulo de Introdução ao Projeto.
O setor da economia criativa é novo e ainda possui muito espaço
para ser explorado, é um cenário incrível e que traz respostas rápidas e
certeiras quando o assunto é empreendedorismo.
Outro fator que o Reality Show traz de positivo é a questão da
visibilidade, onde possibilita diversos ganhos, como a facilidade para
encontrar investidores, a monetização através de merchandising, a
acessibilidade do público pela temática e a prova registrada da consultoria.
Com um programa sendo exibido para o público, o detalhe de
capacitação e desenvolvimento presente em nosso propósito toma
ainda mais força, já que pode influenciar e possibilitar evolução para os
espectadores também.

806
Plataforma de estreia

TV YOUTUBE

Quando se fala em reality show, o primeiro pensamento é: em qual


canal? Porém, ao analisar o cenário atual, vemos que isso não é mais
realidade, diversos realities estreando em plataformas digitais e só após
indo para a televisão está cada vez mais comum.
Alguns exemplos de realities que estrearam em plataformas de
streaming são The Circle e o De férias com o ex. Realities que tiveram
enorme repercussão e provaram que é possível construir um grande
público fora das telinhas. O detalhe era, mas esses realities são com
foco em entretenimento, será que realmente pode dar certo um reality
show focado em empreendedorismo? A resposta é sim, temos uma prova
real do Shark Tank estreando o canal no YouTube e em poucos meses
alcançando um público enorme e criando a expectativa de monetização
de milhares de dólares no YouTube com pouco mais de um trimestre de
existência nesse espaço.
Além disso, na análise de marketing digital, ficou claro que as
empresas do ramo de incubadoras e aceleradoras não aproveitam de
maneira ideal todo o espaço que o digital oferece.
E por último, a TV limitaria a execução do projeto, atrasando
o início dele por conta de contratos e requisitos que a TV exige, caso
consiga uma negociação rápida, claro. O YouTube traz uma prova real
e pode ser executado a qualquer momento, basta ter o material e a
estratégia pronta.

807
EPISÓDIO 18

808
809
JURO QUE
PROMETO!
Negócio Central!

A criação e gestão de um negócio envolve muitas fases e o


desenvolvimento de várias funções. Seja em negócios iniciantes ou já
estabelecidos, todos eles devem performar tarefas ligadas ao financeiro,
gestão de recursos humanos, atendimento ao cliente, marketing, entre
outras. Entretanto, existe uma prática que deve ser chave dentro de um
negócio, aquela que traduz a essência de todas as práticas realizadas e o
que realmente é entregue para o consumidor.
Essa atividade é de fundamental importância para que seja moldado
o modelo de negócios, de forma a dar o devido destaque para ela, seja na
divisão de despesas, mão de obra, tempo, marketing ou qualquer que seja
o recurso (ou os recursos) que ela demande para ser realizada da melhor
forma possível. Deve-se buscar essa atividade dentro do “coração” do
negócio, de onde vem o nome de core business, a operação central do
negócio.
Existem ainda as habilidades essenciais para que essa função possa
ser executada, aquelas fundamentais para a entrega dessa operação
central. Essas atribuições também são encontradas no “coração” do

810
negócio e recebem o nome de core competences, ou competências
centrais da operação. Nesse capítulo serão tratados o core business e as
core competences da consultoria, nosso principal serviço oferecido e a
solução entregue pelo projeto.

Core business

Um serviço de consul toria empresarial que


capacita empreendedores iniciantes e seus
projetos para a entrada no mercado.

O negócio central oferecido é um serviço de consultoria para a capacita-


ção de empreendedores em estágios iniciais do processo, buscando promover
o desenvolvimento pessoal e profissional dessas pessoas, através de mentorias
qualificadas, eventos de networking, espaço colaborativo, atividades práticas e
desafios reais de mercado, de forma humanizada e empática.
Estando alinhado com o propósito da consultoria e nossa proposta de va-
lor, o core business se tornou óbvio, de certa maneira, para os leitores do pro-
jeto, visto que é o resultado de tudo o que foi pensado e trabalhado para melhor
atender às necessidades dos clientes. Independente do formato escolhido para
entregar essa solução (um reality show, um livro, podcast, aulas online ou qual-
quer outro que melhor se adeque aos clientes), o negócio central se mantém,
assim como nosso propósito.
E, para que seja possível entregar essa proposta, precisamos de duas
competências chaves, que serão agrupadas em uma mais genérica e defendidas
individualmente.

811
Core competences

Sinergia Empresarial, englobando atendimento ao


cliente e política de valorização dos colaboradores.

Tratamos como sinergia o todo que é maior que a soma das partes. Quan-
do alinhamos com o termo empresarial, trazemos essa definição para dentro
do mundo dos negócios e o tratamento de equipes. A sinergia empresarial se
dá quando todos os indivíduos envolvidos conhecem seu valor, suas responsa-
bilidades, seus talentos, conhecimentos e objetivos e escolhem a cooperação
e parceria. Logo, tudo o que é desenvolvido passa ter um valor maior, pois é
resultado da cooperação de todas as partes.
As partes, nesse caso, são duas: os clientes e os colaboradores (consulto-
ria, mentores, patrocinadores, parceiros, investidores e etc). Por esse motivo,
englobamos duas competências chave dentro de sinergia: o atendimento ao
consumidor e a valorização dos colaboradores.
Pode parecer clichê quando falamos em atendimento ao cliente, mas todo
o nosso propósito, valor e diferencial foi construído sobre a base da valoriza-
ção dos clientes, da humanização, empatia, capacitação pessoal e profissional.
Portanto não poderia ser diferente. O atendimento ao cliente é e deve sempre
ser uma competência central do negócio.
Da mesma forma a valorização dos colaboradores, que também são uma
grande parte envolvida no projeto. Quando falamos da capacitação e desen-
volvimento dos participantes não queremos dizer apenas dos empreendedores
iniciais, mas sim de todos que estarão convivendo na atmosfera colaborativa
– todos aqueles citados acima. E acreditamos que, para realização de um bom
812
trabalho, o profissional deve estar satisfeito com as condições do ambiente,
entendendo o valor e o impacto que ele tem no desenvolvimento de outras
pessoas. Valorizar o capital humano é um grande componente do propósito do
projeto.
Quando conseguimos dar a devida atenção para todos os envolvidos no
negócio, e fazer com que sintam que o seu trabalho é um elemento na criação
de um todo que transcende o valor individual, criamos uma sinergia empresa-
rial que atende tudo que nos propomos a fazer. Dessa forma, trazemos compe-
tências humanas e intangíveis como ponto fundamental para a entrega dessa
solução, uma vez que poucos no mercado se dispõe a oferecer um tratamento
humano e empático como estamos propondo.

813
EPISÓDIO 19

814
815
EU
DECLARO...
Declarações instituicionais

Neste capítulo falaremos da nossa essência, o que somos e para onde


queremos ir. Na missão, iremos declarar o nosso propósito, o que nos
move diariamente. Através da visão, mostraremos o lugar que queremos
ocupar no futuro e, com os nossos valores, declaramos quais princípios
nos guiaram em toda jornada da empresa.

816
Missão
Proporcionar a capacitação pessoal e profissional para
empreendedores iniciais no Brasil, a um preço acessível, de forma
humana e empática.

Visão
Sermos reconhecidos pela metodologia humanizada, em 20% do
Market Share empreendedor na região Sudeste até 2023.
O Market Share é a fatia do público que consome nossos serviços e
produtos, através de participação no reality, visualizações no Youtube,
base de dados e engajamento no Instagram. Levando em consideração
todo o público do programa.
A metodologia humanizada, engloba compreender e ouvir as
necessidades das pessoas, tornando o próximo também protagonista de
todas as etapas.

817
Valores
Empatia: antes de voltar os nossos olhos para os processos internos,
queremos enxergar e entender quais são as necessidades de nossos
parceiros e clientes, para que assim possamos agir.

Responsabilidade: entendemos a nossa responsabilidade com nossos


clientes, parceiros e funcionários. Por isso, trabalhamos com total
sensatez, assumindo nossos atos.

Cooperação: acreditamos que todos têm algo a compartilhar, por isso


acreditamos no crescimento através da troca de experiência.

Humanização: queremos proporcionar a melhor experiência, e para que


isso ocorra e seja feito da melhor maneira possível, tornaremos todos os
processos mais benévolos e afáveis.

Paixão: somos apaixonados pelo o que fazemos, sendo esse o fator principal
que nos motiva e garante todo nosso engajamento e preocupação em
poder entregar o nosso melhor, sempre.

Humildade: entendemos que todos têm algo para ensinar e aprender,


por isso estamos abertos para aprender com nossos clientes, parceiros
e funcionários. Assim como queremos ajudá-los, estamos dispostos a
sermos ajudados por eles.

818
819
EPISÓDIO 20

820
821
DE OLHOS
ABERTOS
Planejamento Estratégico

Segundo Philip Kotler, esse processo é uma metodologia capaz de


estabelecer a direção a ser tomada pela empresa, com o objetivo
de integrá-la ao seu ambiente de atuação. É importante salientar
que Kotler define como direção, o segmento no qual a empresa
está inserida, bem como as variadas questões no âmbito das
políticas funcionais, filosofia da companhia e objetivos. Portanto, o
Planejamento Estratégico de Marketing é um importante aliado na
administração da empresa e deve estar alinhado a todas as fases e
esferas da mesma.

KOTLER, 1992, P.63

20.1 Desafios Estratégicos

Entende-se como desafio estratégico algum obstáculo ou


oportunidade que o negócio necessita listar como metas futuras, para que
ao decorrer de cada objetivo que será alcançado, a empresa se aproxime
cada vez mais da sua visão.

822
20.1.1 Alta estrutura de custos

Foi estudado e apresentado anteriormente no decorrer no trabalho,


que dentro do setor escolhido todos os meios necessários para realizar
um projeto com a escala em que o grupo almeja e com qualidade, se
torna inevitável fugir dos custos altos que nos são oferecidos.
Esses custos referem-se a todas as etapas no decorrer da realização
do programa, sejam elas grandes, pequenas, mutáveis e ininterruptas.
Por mais que não exista maneira de se desviar desses valores altos, é
possível se atentar ao que realmente é necessário momentaneamente
ou a longo prazo, para que assim a empresa consiga realizar análises e
pesquisas para encontrar melhores fornecedores, com preços de maior
acessibilidade evitando assim futuros gastos desnecessários para o
negócio.

20.1.2 Concorrentes de peso


Obtivemos assim como na variável anterior no próprio projeto
presente em 5 forças de Porter. Vimos um grande obstáculo, que também
pode ser considerado como produtos substitutos. No setor de mídia
atual existem nomes de poder já atuantes no mercado por anos ou que
alcançaram um crescimento gradativo a curto prazo, e que de certa
forma conseguem resolver a mesma dor que o The Scale, por serem
focados no nicho em que igualmente ingressaremos.
Entrar nesse mercado de certa forma se torna perigosa, quando
se trata de realizar uma produção dependente de uma rede de TV, por
exemplo. Pois, raramente algum produto de sucesso é substituído por
algo novo que ainda não possuam muita credibilidade mercadológica.
823
20.1.3 Alcançar a confiança e
reconhecimento do público
O que não é segredo para ninguém, é que umas das principais
ambições de todos os pequenos, grandes ou futuros empreendedores é
poder atingir todo o seu público-alvo da melhor maneira possível, para
que dessa forma consiga além oferecer seu produto e/ou serviço, ela
também possa entrar na vida de seus clientes de uma forma totalmente
humanizada focando no pessoal e profissional, levando a eles uma
confiança e experiência única. E assim, futuramente o seu sucesso virá
através do reconhecimento devido à qualidade oferecida pela empresa.
Porém, deve-se atentar a todos os passos necessários para ultrapassar
esse obstáculo, pois não é nada fácil. A empresa não pode ter medo de
investir nos meios para essas conquistas, para conseguir algo não basta
apenas querer, sempre deve oferecer algo em troca. Assim o negócio se
inicia da forma correta, o que é um grande passo para um reconhecimento
bem-sucedido dentro do mercado.
Essa etapa se torna um desafio pelo fato de que existem diversas
maneiras diferentes de se conquistar o reconhecimento pessoal e/ou
profissional. Para encontrar o modo certo é necessário realizar estudos
e pesquisas. Primeiramente, deve-se iniciar esse reconhecimento dentro
da própria empresa, pois, um funcionário motivado se torna mais
produtivo, podendo resolver problemas, desenvolver novas ferramentas
para o negócio, incentivar os seus colegas de trabalho e se tornando assim
um funcionário satisfeito e feliz com o seu trabalho. Dessa maneira esse
ambiente se torna mais preparado para atrair o seu público de uma
maneira atrativa, eficiente e confiável.
Como exemplo a ser seguido, possuímos a Pirâmide de Maslow
ou Hierarquia das Necessidades de Maslow, que foi criada em 1950 por
824
Abraham H. Maslow, um psicólogo norte-americano. O seu objetivo
principal é determinar o conjunto de condições precisas para que um
indivíduo alcance uma satisfação, profissional ou profissional.
Dentro da pirâmide temos 5 níveis, sendo eles: fisiologia, segurança,
amor e relacionamentos, estima e realização pessoal.
Através dessas etapas possuiremos então, reconhecimento próprio
que traz forças e incentivo para mostrar com a mesma intensidade
e paixão os nossos serviços e qualidades ao nosso público. E assim,
conquistar e fidelizar os futuros clientes.

20.2 Objetivos Estratégicos

Os objetivos estratégicos de certa forma também podem ser


considerados como desafios a serem enfrentados pela empresa, porém
o seu propósito real está relacionado a definição dos resultados que ela
pretende atingir dentro de um certo período de tempo. Ou seja, são metas
a serem batidas.

20.2.1 Monetizar em 12 meses

Possuímos como primeiro objetivo estratégico a ser traçado, a


monetização dos nossos serviços em 12 meses. Para concluir esse passo,
serão necessários investimentos maiores para veiculação nas ferramentas
de marketing, redes sociais e todos os veículos necessários. Isto se dá
principalmente, devido às regras estabelecidas pela rede social Youtube,
onde é necessário no mínimo 4 000 (quatro mil) horas assistidas nos

825
últimos 12 meses no canal em questão, para poder haver uma relação
financeira entre o meio de veiculação e o veiculador.
A equipe deve se esforçar para oferecer um serviço de qualidade
e excelência para o seu público, porém, a empresa não trabalhará
sozinha, pois a monetização virá através de parcerias que precisam ser
conquistadas, investidores interessados no projeto e também por meio
da propagação da temporada pelo YouTube, e isso é possível através
de uma remuneração (citada anteriormente) que ocorre através das
visualizações e cliques nos anúncios que serão divulgados nos vídeos.
Além disso, antes de conseguir esses resultados é preciso que o canal
atinja no mínimo 1000 inscritos, e a cada 1000 visualizações o responsável
pelo canal receberá cerca de U$ 0,60 e U$ 5,00 pagos em dólar.
Existem diversas outras formas mais elaboradas que oferecem
remuneração por meio desta rede social como: receita de publicidade,
Clube de Canais, Estande de Produtos do Canal, Super Chat e Super
Stickers, e também Receita do YouTube Premium. Porém, cada uma
delas são conquistadas com o crescimento do canal, pois elas possuem
requisitos diferentes do inicial, e essas conquistas dependem diretamente
do esforço da equipe.

20.2.2 Possuir 5 parceiros em


um ano

Continuamos com o segundo objetivo, no qual almejamos alcançar


cinco importantes parcerias ao longo de um ano. Eles são essenciais
para o crescimento da empresa, pois querendo ou não, nos dias atuais
o que se vende primeiro é a imagem e logo após o nome, sendo assim
nomes de peso trazem uma maior credibilidade para o negócio.

826
Para isso será preciso mostrar nossos serviços com máxima
qualidade no mercado, porque assim seremos vistos por esses parceiros.
Passar confiança é um ponto essencial nessa etapa, além de deixar
claro qual é a visão da empresa a longo prazo. Para essa estratégia, já
possuímos nomes que foram analisados e considerados importantes
para o projeto, os quais focaremos em conquistar no decorrer deste ano
para a realização e propagação do reality.
As empresas/nomes escolhidas (os) foram as (os) seguintes:

Butec Inovação Ilimitada – Especialista de mercado e de tecnologia


auxiliam na definição das funcionalidades do aplicativo com o objetivo
de aumentar a adesão a solução.

Sebrae – O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas é


uma entidade privada brasileira de serviço social, sem fins lucrativos.

Youtube – Plataforma específica para criação e compartilhamento de


vídeos.

ESAMC – Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação.


Mariana – Influenciadora Digital, nicho em moda (Consultoria de
Imagem)

Os esforços serão focados 100% em conseguir e manter esses nomes,


citados anteriormente, ao nosso lado. Futuramente possa haver sim
alterações ou soma nesta etapa, porém nada estabelecido no momento.

827
20.2.3 Estar na televisão em
dois anos

Iniciaremos como dito anteriormente, a primeira temporada


através do YouTube, porém o plano a longo prazo é investir na rede
de TV. Esse projeto não nos serve como primeiro plano pelo fato de
que os custos das produções televisivas são extremamente altas, o que
dificulta por sermos um projeto iniciante e em fases de teste, por isso
não vale arriscar o que ainda não foi conquistado além de a entrada
para iniciantes nessa área ser quase inexistente, pois, os canais buscam
programas que possuem já algum tipo de reconhecimento no mercado,
porque assim conseguirão segmentar o lugar dessa empresa no setor
e também qual o público alcançado. E assim ela conhecerá o produto
ou serviço que está sendo investindo, diminuindo o risco de perder o
horário de algo que já lhe dava resultado por um que diminua o seu
valor.
Sendo assim, todos os trabalhos realizados em primeira estância
serão com o foco em um crescimento nacional, ou seja, crescer nas redes
sociais para poder alcançar as redes de TV.

20.3 Diretrizes estratégicas

Diretrizes estratégicas norteiam a empresa, elas são definidas


através da sua missão, visão do futuro próximo e pelos seus valores,
permitindo detectar os sinais de mudança, identificar as oportunidades,
planejar de forma eficiente e criar condições para as ações proativas.

828
20.3.1 Atendimento humanizado
com os clientes

O atendimento humanizado está diretamente ligado ao


relacionamento que a empresa tem com seus clientes e fornecedores.
No cotidiano, isso reflete principalmente na opinião que será formada e
na imagem projetada no mercado, sendo este, um dos principais pontos
para garantir a satisfação dos clientes.

20.3.2 Estabelecer parcerias


que compartilham dos mesmos
valores
Parceiros que compartilhem do mesmo pensamento e valores,
garante a empresa uma maior segurança e facilidade de comunicação,
tendo todos os seus processos resolvidos de uma forma mais eficiente e
eficaz.

20.3.3 Geração de visibilidade


Divulgações, publicidade e ações de marketing tem um peso
fundamental dentro das empresas, para isso é necessário se planejar e
desenvolver conteúdos que agregam valores às pessoas. Sendo usado de
eventos, mídias online e offline, para promover uma maior visibilidade
e que venha de encontro com o que os clientes e parceiros necessitam.

829
20.3.4 Prospecção ativa
É fundamental desenvolver uma forma de captação, para isso é
necessário estabelecer um trabalho que seja fixo e contínuo, para que
assim se obtenha uma regularidade e entrada de novos clientes. Podendo
garantir aos participantes e fornecedores clientes que realmente tem
interesse no que a empresa oferece.

20.3.5 Gestão e desenvolvimento


do capital humano

Ambiente de trabalho que sejam colaborativos e abertos ao diálogo,


focados em inovação, troca de conhecimentos e melhorias constantes.
Abrindo oportunidades para que todos possam contribuir de forma
efetiva para o crescimento da empresa.

830
831
EPISÓDIO 21

832
833
VAI VALER MAIS
QUE R$ 1,99
Plano de marketing

Você pode ter o melhor produto, mas se ele não consegue ser
vendido, é irrelevante.
Não precisa de muito mais do que isso para explicar o porquê de
um plano de marketing ser extremamente importante para qualquer
projeto. Esse capítulo irá abordar o conjunto de estratégias e ferramentas
usadas para selecionar e atrair o público ao nosso produto.
O marketing vem passando por diversas adaptações ao longo do
tempo e precisamos estar de olho em novos recursos disponíveis, logo,
para o desenvolvimento desse capítulo, contamos com a instrução e
validação de Caio Monteiro - Google Expert Professional, Fabrício Gimenes
– Presidente do LIDE Ribeirão Preto e Sílvio Junior – Coordenador de
Mídias e Performance na WHF Design Company.
Lembrando que o marketing se adapta às necessidades humanas e
sociais, tornando-se cada vez mais apto para negócios específicos, com
mais opções e maior taxa de acerto.

834
PPPPPPPPPPPPPPP (15P’s)

Livro 8P’s do Marketing


Digital. Por Conrado
Adolpho, publicado em
14 de julho de 2011.

Figura 237: Livro 8P’s digital

Nesse capítulo, apesar de sermos um serviço, não trabalharemos


somente com os 7P’s e muito menos com os 4’Ps, iremos apresentar para
vocês os 15P’s.
Consideramos extremamente importante os 7P’s, mas com a
entrada fortíssima do marketing digital, principalmente no ano de 2020,
precisamos realizar um estudo aprimorado para que nossos serviços não
falhem, já que utilizaremos diversos recursos nesse meio. Assim entram
mais 8P’s do marketing digital.
7P’s do Mix de Marketing: Produto, praça, promoção, preço, processos,
pessoas e provas físicas.
8P’s do Marketing Digital: Pesquisa, planejamento, produção,
publicação, promoção, propagação, personalização e precisão.

835
Mix de Marketing

O mix de marketing contava inicialmente com 4P’s, trazidos


por Kotler, para identificar os principais pontos que poderiam trazer
resultados a seu produto. Com o passar do tempo, identificou-se que
eram necessários mais 3P’s para avaliar novos parâmetros impactantes
no mercado.
Os 7P’s são responsáveis por avaliar questões fundamentais para
estruturar e monitorar todos os pontos de contato do cliente com o
serviço e tornar a experiência do cliente a mais agradável possível.

21.1 Produto

É importante analisar e interpretar o poder e a estrutura do seu


produto ou serviço, que é a entrega do seu negócio e o que o representa.
Para isso, devemos analisar um conjunto de variáveis que apontam
etapas passíveis de falhas e que devem ser observadas previamente.

O que o The Scale irá


satisfazer?
Para que algum produto venda, ele deve satisfazer às necessidades e
aos desejos de quem ele busca atender. O The Scale, quando falando sobre
a vertente de Consultoria, atende os novos e futuros empreendedores por
oportunidade, que necessitam de sabedoria e orientação para satisfazer
a necessidade de se tornarem protagonistas da sua própria jornada.

836
E além disso, O The Scale também satisfaz os empreendedores por
necessidade, que precisam poder se capacitar e não estarem mais
classificados como desempregados.
Conforme relatado no capítulo de Introdução ao Projeto, vemos
o quanto isso vem se fortalecendo ao longo do tempo e, mais agora,
com uma nova crise econômica, fortalecendo ainda mais o quanto os
empreendedores por necessidade precisam dessa solução.
E por fim, falando sobre o Reality Show, o The Scale também
atende e aborda necessidades e desejos do cliente. Buscamos atender à
expectativa de visibilidade do empreendedor mais a busca por aprendizado
e entendimento do público sobre o molde de um negócio, juntamente
com o desejo de ser reconhecido, pelo empreendedor, e de poder absorver
esse conteúdo que é extremamente restrito, para o espectador.

837
Classificação

Um produto é um bem disponível em um mercado e pode ser


classificado como tangível ou intangível e também como durável ou não
durável. Essa classificação se torna um pouco mais complexa quando
falamos do The Scale, pois o produto abrange formas e serviços de
diferentes maneiras para diferentes públicos.

Entendemos então que o The Scale é um serviço relativamente


puro, pois traz a vertente de um serviço de consultorias e um produto de
reality show como forma de veiculação. Seguimos então a classificação
avaliando parâmetro por parâmetro, já que não há a possibilidade de
apenas se encaixar.
838
Tangibilidade

Quando pensamos no serviço de consultoria, o The Scale não é algo


físico, tangível ou material. O trabalho envolvido nesse serviço se dá por
conta do conhecimento e da informação, onde o valor real estará na
palavra e nos ensinamentos dos mentores e investidores, sendo materiais
e outros adereços apenas complementos.
Mas quando falamos do reality show, mesmo não sendo algo tocável,
é algo visível, que será assistido em plataformas e poderá ser registrado
através de outros meios, portanto, essa vertente é tangível.

Inseparabilidade

Nessa vertente, podemos considerar os dois meios como


complementares, serão utilizados de maneiras diferentes e em ambientes
diferentes, porém, perdem bastante força.

Durabilidade

Por parte do reality, fica claro que o bem é durável, pois são episódios
hospedados em plataformas e redes, que, quando hospedados, o controle
se torna impossível. Um exemplo disso é a possibilidade de um usuário
premium do YouTube baixar o episódio e guardar em um HD Externo,
mesmo se o episódio é deletado pela nossa equipe, esse usuário ainda
terá o episódio.

839
Já quando falamos da consultoria, é importante ir um pouco mais
fundo. É durável ou não durável? A resposta mais exata dependeria
do participante, mas com a metodologia e o propósito que estaremos
implementando, a questão de o participante buscar mais conhecimento
e carregar o que lhe foi ensinado de forma eficiente traz o que precisamos:
um serviço durável. O objeto é algo que será entregue para o usuário
em forma de conhecimento e ele pode carregar o que lhe foi aprendido
para toda a sua jornada, justamente por essa etapa ser intangível, não
sabemos o quanto ele irá carregar, mas sabemos que tudo foi entregue.

Variabilidade

Tanto o reality quanto a consultoria serão adaptados ao ambiente


e ao público que estaremos tratando na temporada executada. Além
de, posteriormente, quando internacionalizado, poderá ter adaptações
ainda maiores, deixando claro que o produto é variável por precisar ser
adepto ao público trabalhado em questão.

Confiabilidade
Nessa etapa, que é considerada mais relevante para serviços, a
consultoria deve provar por que um empreendedor pode arriscar seu
negócio e mais três meses de trabalho com a gente. Para isso, é importante
assegurarmos parceiros experientes e com um nome já estabelecido no
mercado. Também iremos deixar nossa metodologia explicada antes do
processo de inscrição, para que o empreendedor entenda o que ele irá
precisar e como poderá executar.

840
Para os espectadores, é um papel tão difícil quanto, mas com
menos poder da nossa parte para trazer isso. Então, nosso objetivo é
não mascarar e cumprir todos os pontos estabelecidos desde o início do
programa, se mostrando um reality show de verdade e, com a comunicação
humanizada, aproximar esse público do programa, provando mais uma
vez o propósito da equipe.

Presteza
Após a seleção dos inscritos, entraremos em contato o mais rápido
possível com os participantes para eles se prepararem e já demonstrarem
suas dificuldades e ideias, para assim, podermos preparar a consultoria
para se adequar melhor ainda a todos. Além dos mentores, um livro de
regras e todos materiais serão disponibilizados para saberem sempre o
que irá acontecer e o que poderão fazer.
Sobre o Reality, a análise e consulta dos portais de comunicação
com os espectadores serão sempre checados, avaliados e respondidos,
para adequar a experiência audiovisual ao que esperam, tornando sua
experiência facilitada e podendo acompanhar melhor o conteúdo.

Garantia

Todos os mentores fixos serão anunciados antes da fase de inscrição


e os detalhes de como o programa irá acontecer estarão explicados
da forma mais clara possível. Como dito anteriormente, não damos a
garantia de investimos, mas a garantia de capacitação, com a colaboração
de quem está participando, claro.
841
Todos os mentores fixos serão anunciados antes da fase de inscrição
e os detalhes de como o programa irá acontecer estarão explicados
da forma mais clara possível. Como dito anteriormente, não damos a
garantia de investimos, mas a garantia de capacitação, com a colaboração
de quem está participando, claro.
Após a primeira temporada, utilizaremos cases de temporadas
passadas para demonstrar o processo do programa e a possibilidade de
investimento, com negócios que receberam esse aporte.
No Reality Show, iremos trabalhar com Pré-Estreia pelo YouTube,
sendo assim, o programa irá ser publicado antes do seu lançamento e,
em um dia e horário exato, ele será liberado, contendo um chat ao vivo
dentro da própria plataforma para quem acompanhar o lançamento.
Isso garante para o telespectador que o programa estará funcionando e
até confirma quando ele poderá acompanhar.

Empatia

Empatia é algo que não é necessário separar, ela deve ser mútua
em ambas as partes, portanto, entenda como a mesma para as duas
vertentes.
Nosso objetivo é fazer com que o participante e o público que
assiste se capacitem. Apesar de termos realizado inúmeras pesquisas e
contarmos com a ajuda de profissionais relevantes, a nossa maior voz
será do participante e de quem está assistindo. Tratamos como humanos,
passiveis de falhas, erros e problemas externos e, sempre que possível,
devemos reavaliar como podemos ajudar e possibilitar que a experiência
seja a melhor possível.

842
Níveis do Produto

É importante entender as diversas formas como o produto pode


ser apresentado e compreendido, tanto para o cliente quanto para quem
executa. Os níveis do produto vêm para classificar de forma objetiva
esses pontos de vistas e separá-los para estratégias futuras.

Benefício central: é a essência que o consumidor busca no produto.


Produto básico: É o esperado pelo consumidor após a aquisição.
Produto esperado: Onde as promessas devem ser concretizadas.
Produto ampliado: quando o produto consegue superar as
expectativas do cliente.
Produto potencial: Adaptações, transformações e melhorias que são
possíveis que o produto sofra futuramente.

843
Consultoria

Benefício Central: O cliente busca iniciar seu negócio e colocar seus


planos em prática, juntamente com uma capacitação e um apoio
de pessoas que já passaram por experiências empreendedoras.

Produto básico: Já que o empreendedor busca aprimorar e


tornar um negócio real, e o The Scale promete uma experiência
ideal como forma de disciplinar o empreendedor através de
sua metodologia, o que estamos oferecendo é o acesso a uma
consultoria especializada, com a proposta de execução de um
negócio.

Produto esperado: o participante espera que seja executado um


processo metodológico com foco em lhe ajudar a estruturar um
negócio.

Produto ampliado: além da metodologia, o The Scale busca


aprimorar a experiência dos empreendedores com cases,
dinâmicas, provas e um sistema monetário dentro do próprio
programa. Todos esses fatores facilitam a compreensão e
conseguem trazer uma maior interação para a temporada.

Produto potencial: O The Scale planeja que a possibilidade de


investimento se torne uma garantia, com o nome estabelecido e
uma prova de que a metodologia funciona, esse caminho se torna
cada vez mais próximo, trazendo mais confiança tanto para os
participantes quanto para os investidores. Além disso, o programa
irá se adaptar cada vez mais a novas tendências e ferramentas
que o mercado disponibilizar, para que os processos não se tornem
ultrapassados.

844
Reality Show

Benefício Central: O espectador busca conteúdo rico e visualização


de um cenário real acerca do empreendedorismo.

Produto básico: Quem assiste o programa, busca entender o que


está acontecendo e espera que essa história seja contada muito
bem, o The Scale tem uma ordem específica de episódios para
atender a um storytelling mais dinâmico e real sobre o mercado,
com o que um empreendedor precisa valorizar e se preocupar em
sua jornada.

Produto esperado: O mínimo que o espectador busca é ter acesso,


nas datas prometidas, aos episódios, com alta qualidade de
imagem, som e, principalmente, conteúdo.

Produto ampliado: O programa contará com dinâmicas e


interações com quem assiste e segue as redes sociais. Os
espectadores poderão compartilhar dúvidas, opiniões, experiências
e até mesmo recursos para os participantes. Além disso, terão uma
voz importante sobre o storytelling e o que precisamos melhorar,
com um SAC 2.0 afiado e um canal de atendimento antecipado,
para evitar que os problemas fujam de nosso controle.

Produto potencial: O reality irá precisar se adaptar e se adequar a


novas plataformas e, também, para a televisão. Além disso, o foco
em tornar a experiência de quem assiste a melhor possível é um
fator crucial para a equipe, cabendo a nós, melhorarmos os estudos
e aprimorar cada vez mais a interação e o poder do público dentro
do programa.

845
Concluindo

Buscamos apresentar todos os recursos e ferramentas disponíveis,


tanto para o empreendedor quanto para o espectador e, para isso, focamos
em tornar a experiência de ambos como algo único e inestimável. Através
disso, concordamos que os estudos e adaptações podem ser feitos com
assertividade e trazer, cada vez mais, novas respostas e novos insights
para cada temporada que se inicia.

Ciclo de vida do produto

Mesmo sendo um serviço, é importante analisarmos essa etapa,


pois um serviço também pode sofrer mutações durante sua jornada.
Para o ciclo de vida, também é necessário separar as duas vertentes do
projeto para poder entender melhor como irá comportar cada um, pois
as decisões em cada etapa que o serviço irá trilhar devem ser estudadas
à fundo.

Desenvolvimento

Por conta do alto custo de produção, buscamos equipamentos e


soluções reais para uma fase inicial, focando na qualidade do conteúdo
e buscando evitar erros técnicos da parte audiovisual. Sem nenhum
espetáculo de produção, buscamos colocar o pé no chão e iniciar,
provando que o negócio é real e que pode ser executado.
846
Também estaremos realizando uma estratégia de veiculação
orgânica no Instagram e no Linkedin, através de participação em grupos
e redes que fomentam o empreendedorismo, gerando curiosidade e
atraindo nossos primeiros clientes e espectadores.

Introdução

Nessa etapa os recursos ainda são escassos, o plano é executar


a primeira temporada com foco na consultoria e na execução de um
negócio, aplicando conhecimento e utilizando ferramentas de custo
reduzido ou zero. Desde o início, o foco sempre foi a metodologia e a
capacitação, então não precisamos esperar por uma estrutura perfeita
de produção para iniciar o projeto.
Traremos a interação com os espectadores através do Instagram
e do Linkedin, com total atenção para retermos os primeiros clientes
e manter uma alta taxa de engajamento. Com um espaço organizado e
com um bom engajamento nas redes sociais, poderemos assim, investir
em marketing digital e publicidade, através do Facebook Ads e do Google
Ads.

Crescimento

Serão as temporadas posteriores à primeira temporada. Utilizaremos


os recursos adquiridos na primeira, tanto de material quanto de cachê,
para investir em melhorias, adaptações e correções para a segunda
temporada e assim sucessivamente.
Sendo a primeira uma temporada simples e a segunda uma
847
temporada de adaptação, acreditamos que a terceira temporada será a
chave e o primeiro hype do programa. Pois já teremos comportado uma
temporada com mudanças e adaptações para quem assistiu a primeira, e
entregaremos um conteúdo atrativo com qualidade superior para quem
assistiu somente a segunda, com a divulgação pesada em marketing
e a geração constante de conteúdo rico para redes sociais, inbound e,
principalmente, YouTube.
Ainda estaremos tratando das mudanças necessárias para produção
audiovisual e poderemos estabelecer melhor as temáticas, com uma
infraestrutura possível de atender especificações e recursos cada vez
melhores para atender o participante e o usuário que estará assistindo.
Não estaremos focados em recursos do YouTube Premium, mas em
recursos vindo de patrocinadores e investidores. De toda forma, os
ganhos vindos dessa ferramenta da plataforma deverão ter um destino,
podendo se transformar em doações, premiações e outros meios. Como
isso é um recurso novo e as livestreams são consideradas imaturas
no YouTube, esse recurso será discutido e apontado da melhor forma
durante a temporada.
O foco nesse período, além de melhorar toda a experiência, é chamar a
atenção da TV e demonstrar o nosso interesse, pois, além de ser um Objetivo
Estratégico, é algo que aumenta a visibilidade e profissionaliza ainda
mais o nosso trabalho. Para esse momento, precisamos já estar atentos
desde o início sobre não perder a humanização e a interatividade com
o público, portanto, manteremos o programa no YouTube e precisamos
contratar uma equipe terceirizada de atendimento e alimentação de
conteúdo para as redes sociais, o que estará melhor detalhado no plano
de comunicação.

848
Maturidade

Consideramos a maturidade quando a consultoria e o programa


estiverem realmente adequados a todos os conceitos e estudos que
fizemos durante seu planejamento, além de estar adaptado às mudanças
que ainda não aconteceram, lógico.
Nesse período, já estaremos em uma plataforma de canal televisivo
e com uma maior certeza de investimento por parte dos negócios que
surgirem dentro do processo. Os patrocínios serão selecionados de
acordo com o que faz sentido para a temática e mais adequados ao nosso
propósito, claro que não podemos e nem é possível uma empresa ter o
mesmo exato propósito que o nosso, mas devemos estar atentos a como
ambos se relacionam e o quanto isso pode afetar de maneira positiva
ou negativa o nosso negócio. E esse é um momento onde precisaremos,
ainda mais, focar no nosso propósito, pois o programa pode ser copiado,
mas o propósito não, e através dele não iremos procurar diferenciais,
eles surgem e continuarão surgindo de maneira natural, como citado no
livro Comece pelo Porquê, de Simon Sinek.
Nesse período, nossas estratégias estarão voltadas para a visibilidade
e a diferenciação com os concorrentes, focando os esforços em nosso
poder de capacitação e conteúdo rico. A ideia é, através disso, motivar o
empreendedorismo e nos tornarmos referência sobre esse ideal, sendo
apoiado por grandes nomes do cenário.
O investimento por reconhecimento e atração de novos públicos,
será reduzido e concentraremos uma maior parcela no conteúdo e na
retenção de espectadores.
Nesse período, a voz do público se torna ainda mais essencial,
justamente pelo controle que será reduzido e o engajamento também irá
perder alguns pontos, não por conta de menor interesse, mas por conta
849
do próprio cálculo e a fomentação do boca-a-boca, onde os motivos para
seguir as páginas não serão mais completamente mensuráveis.

Declínio

Nesse período, onde o produto se torna ultrapassado, obsoleto e, para


um programa de televisão, previsível, será onde devemos passar por uma
grande renovação. Nosso propósito não está relacionado diretamente ao
reality show e nem a consultoria em si, mas em questão da capacitação
para a construção de um mundo melhor. De toda maneira, acreditamos
no potencial da consultoria em formato de reality e lutaremos para que
consiga prestar ao máximo seus objetivos.
No momento de declínio, como dito anteriormente, passaremos
por uma grande renovação. O objetivo é reavaliar cem por cento da
metodologia, trazendo-a de uma maneira mais simples para dar espaço a
novas oportunidades que surgirem no mercado, e também uma renovação
completa da identidade visual e da produção do programa. Tudo isso
não é simples, portanto, precisaremos de uma pesquisa primária e um
senso para indicar as melhores decisões para ambas as vertentes.
Após essa renovação, é hora de, mais uma vez, focar no marketing
com objetivo institucional, trazendo sempre o que o programa se tornou,
as mudanças, melhorias e novas possibilidades.

850
Expectativas perante o produto/
serviço

1. Confiabilidade: oferecer o serviço e ser realizado como esperado.


Para essa etapa, devemos ter muito cuidado para não demonstrar
a garantia do investimento, mas ao mesmo tempo, provarmos que
ele é capaz de receber esse aporte. O objetivo deve estar claro como
a capacitação e jamais como o sucesso rápido. Para isso, utilizaremos
sempre as abordagens claras e sem nenhum tipo de romantismo para
iludir o participante.

2. Capacidade de resposta: cumprir os prazos estabelecidos.


A temporada irá seguir uma ordem cronológica exata, respeitando
o tempo dos participantes, mas também com avisos prévios de quando
será realizado cada etapa. Todos as datas e prazos serão entregues antes
de iniciar todo o processo.

3. Segurança: preparo dos responsáveis.


Os mentores e consultores serão escolhidos à dedo, dentro das
nossas possibilidades. Contamos com a ajuda de alguns profissionais
relevantes para a primeira temporada e utilizaremos, também, de
recursos reconhecidos no mercado, como estudos e cases de sucesso.
Será de extrema importância termos nossos mentores fixos bem
apresentados e abordados durante o programa, para seu valor ser
reconhecido e trazer uma maior segurança para os participantes.

4. Empatia: tratamento específico e empático com cada cliente.


Todo o projeto está ligado a humanização, e empatia é um dos

851
nossos valores. Nessa etapa não poderá haver falhas, portanto, teremos o
atendimento e as adequações necessárias para atender os participantes,
reconhecendo-os como pessoas passíveis de erros e como pessoas em
etapa de aprendizado.
Apenas um exemplo seria a compreensão e ajuste conforme as
entregas, quando um empreendedor não consegue entregar sua etapa e
sua apresentação é a primeira, negociamos com outras equipes, que já
tenham finalizado sua entrega, a possibilidade de alteração das datas e
assim por diante.

5. Itens tangíveis: infraestrutura e instalações do negócio.


A infraestrutura será simples e objetiva. Buscamos trazer conforto
e material disponível relacionados aos estudos para os participantes.
O coworking parceiro será adequado para comportar todas as
equipes e os materiais necessários. Além disso, terá espaço para a equipe
de produção e para os mentores, para que assim, nada atrapalhe a
execução dos grupos.

O que está agregado aos


serviços?
Gamificação
Não é novidade que as metodologias básicas de ensino vêm
se tornando cada vez mais ultrapassadas graças a novos recursos e
técnicas disponíveis nesse mercado. Já que nosso objetivo tem a ver com
capacitação e iremos formatar isso em um Reality Show, a gamificação
entra para tornar essa experiência mais dinâmica e com objetivos extras
para facilitar no entendimento e promover a disposição de todos os
envolvidos.

852
Um exemplo simples é a moeda virtual Slack, vinculada dentro
do programa para gerar benefícios e um mercado interno entre os
participantes. (Destacar essa frase com link para os Slacks)

Interação
Como dito anteriormente, a interação com o público será estudada
e analisada durante todo o negócio, criando uma proximidade com o
público e facilitando dar passos corretos durante toda a jornada.
Daremos a eles a possibilidade de interagirem com a equipe e os
participantes, podendo dar sugestões, feedbacks e até recursos. Inclusive,
serão organizadas metas (o primeiro estudo opta por utilizar o vakinha.
com) para beneficiar e auxiliar os participantes.
A voz do usuário também será importante para a geração de conteúdo
pós-temporada, trazendo pontos que eles queriam assistir novamente em
formato de compilados, como “10 vezes que os participantes mudaram
de ideia”, para que o conteúdo seja alinhado com o público e atraia
ainda mais engajamento.

Validação de atributos
E por fim, devemos deixar claro uma lista de fatores que foram
abordados tanto nesse capítulo quanto no restante do projeto. Essas
questões falam da grande diferença entre um produto bem-sucedido
e outro que não atinge seus objetivos. Logo, os conceitos considerados
devem ser:

Como você pretende apresentar sua história ao mercado?


Tanto para a consultoria quanto para o reality, apresentaremos de
maneira clara, objetiva e humanizada, mostrando o propósito, nossas

853
intenções e a metodologia do negócio.

Quais serviços sua empresa quer oferecer a seu nicho de mercado?


O serviço de consultorias será oferecido ao nicho de novos e futuros
empreendedores tanto por oportunidade quanto por necessidade.
O reality show será oferecido, também, ao nicho de futuros empreendedores,
mas também a estudantes e demais empreendedores.

Quais os recursos e benefícios desse serviço?


O serviço de consultorias contará com mentores e consultores apropriados,
com experiência de mercado e que serão facilitadores de todo processo
de aprendizado durante a metodologia.
O reality contará com histórias reais, sem apelo, e com foco em transmitir
conhecimento para quem assiste.

O que faz seu serviço diferente dos demais do mercado?


Além do foco em desenvolver e capacitar empreendedores iniciais,
buscamos trazer, na consultoria, visibilidade e reconhecimento para
acelerar o processo de aportes e investimentos para os participantes.
Já para o reality, traremos a vertente de interação e respostas rápidas
para se adequar ao público de maneira dinâmica e tratá-los como
participantes secundários, onde a voz é relevante e ouvida pelo programa.

Quais outros produtos/serviços podem ser derivados do original?


Para a consultoria, iremos trabalhar com materiais ricos através de
Landing Pages e geração de Leads.
Já para o reality, trabalharemos com alimentação de conteúdo no YouTube
e no Instagram, com melhores momentos e tópicos que aconteceram no
programa.

854
Como o consumidor irá utilizar esse serviço?
O participante irá executar a metodologia juntamente com os
facilitadores, enquanto o espectador irá assistir via YouTube.

O que o consumidor deseja obter com esse serviço?


O empreendedor deseja obter capacitação e dar corpo ao seu negócio,
que em geral, será o primeiro.
O espectador busca absorver conhecimento e aprimorar seus estudos na
área do empreendedorismo, juntamente com a temática abordada na
temporada.

Quais os recursos que o serviço precisa ter para atender à demanda dos
clientes?
A consultoria necessita ter disponibilidade e prontidão para os
participantes, tanto por parte nossa, quanto por parte dos facilitadores.
O reality precisa estar em uma alta qualidade de conteúdo e uma
qualidade considerável de imagem e áudio.

O serviço inclui recursos extras, que não são necessários para atender
essa demanda?
A consultoria inclui uma gamificação e dinâmica que estão presentes
para somar ao projeto e tornar o processo mais agradável e versátil. Isso
facilita para o participante e melhora a experiência e expectativa do
espectador.

Qual o nome do serviço?


O nome do serviço é “The Scale”. Também é acompanhado pela descrição/
tagline: “A Escalada Empreendedora”.

855
Se for aplicável, como será a embalagem desse serviço? Quais os tamanhos
e cores e outras características físicas do serviço?
Por se tratar de um serviço, ele será tratado com uma estrutura visual
baseado em cores relacionadas a inovação: ciano, roxo, laranja e verde
lima.
Além disso, o formato dos episódios será de 40/50 minutos e contará
com conteúdo rico para aprendizado, processos de realização dos
participantes, provas e classificações.

Conclusão

É importante separar a consultoria do reality, nesse tópico, para


abordar como cada vertente se comportará de maneira que sejam
atendidos de maneira real. Foi interessante ver como em diversas
abordagens os serviços se tratavam de maneira diferente, mas, ao mesmo
tempo, se complementavam.
Por fim, é demonstrado como o serviço se torna simples e completo
ao mesmo tempo, facilitando a visualização do projeto e confirmando,
mais uma vez, a possibilidade de execução.

856
21.2 Preço

O preço deve ser bem avaliado e revisado é o seu poder de custear


o projeto, trazer lucros e até facilitar a construção de relacionamentos
com os atuais e futuros clientes.
Além disso, está diretamente ligado à percepção do público-alvo
em relação ao produto e sem a devida atenção, pode acabar se tornando
uma barreira de entrada para novos clientes. Preços extremamente
baixos, além de dar a impressão de que o produto não possui qualidade,
podem levar seu negócio a uma crise financeira. Assim como preços
muito acima da média podem ocasionar um baixo volume de vendas,
que também pode trazer problemas financeiros, mas um ponto positivo
é que preços muito acima se posicionam com facilidade como produtos
superiores, mesmo não sendo verdade.
Mesmo com esses argumentos sobre o que pode ter atrás de um
preço, devemos lembrar do que vem na frente também. Muitas vezes
os produtos não são vendidos através do seu preço de compra, mas ele
se torna uma chave para levar o cliente para o verdadeiro canal de
vendas. Um exemplo fácil são mentores que oferecem imersões rápidas
e gratuitas com a intenção de conseguir alunos fixos.
Agora que você entende o poder e as relações de um preço, podemos
mergulhar no preço do The Scale.

857
Quanto eu devo pagar para
participar?
Se não foi a discussão mais difícil desse projeto, pode firmar que
foi uma delas. Sempre que verificamos os custos do projeto, produção
e serviços prestados por toda a equipe, o preço a ser estimado para
participar da consultoria é extremamente alto, o que seria possível
para uma startup ou um empreendedor experiente, mas não devemos
nos esquecer que estamos trabalhando com empreendedores iniciais
e pessoas desempregadas entram nessa média. Através de diversas
pesquisas e reuniões para consultar empreendedores, ficou claro que a
solução era trazer os custos e o lucro para outras etapas do programa.
E, já que não ofereceríamos o produto de forma gratuita, ainda
buscamos um valor, mesmo que simbólico, para suprir algumas
necessidades iniciais do programa. O objetivo desse valor é apenas custear
alimentação e materiais de papelaria para quem estará participando.
Estabelecemos então o valor de R$75,00 para todos que se inscrevam no
programa
O preço pode ser extremamente baixo quando comparado a outros
programas de consultoria e empreendedorismo, assim, traremos o risco de
a percepção de marca ser comparada a um serviço de péssima qualidade e
infraestrutura. Então, precisamos de uma defesa extremamente poderosa
e que tranquilize o público com relação ao potencial do negócio.
Esse tipo de estratégia vem se tornando cada vez mais comum
em grandes empresas. Dois exemplos básicos sobre esse modelo são
o Uber e o iFood, que não tem preços baixíssimos, mas uma imagem
extremamente forte e relevante. Com uma linha de raciocínio parecida,
o The Scale busca aplicar seus serviços com uma alta qualidade e sem
precisar do participante custear o programa.

858
Preço baixo, mas e o custo dos
participantes?
O custo do participante irá começar por encaixar a temporada em
sua rotina, um dos motivos que os empreendedores por necessidade são
extremamente fortes nesse programa. Após conseguir se encaixar, deverá
realizar as atividades e metodologia do programa de maneira séria e
proativa e, após o fim da temporada, continuar realizando o negócio que
desenvolveu durante o período.
Refletindo assim, o programa tem preços baixos com altos custos,
porém, uma grande promessa de resultado, o que faz com que esses
dois fatores possam ser justificados por conta de um argumento muito
poderoso, ainda mais nas temporadas após a primeira, onde já portaremos
provas reais da capacidade do nosso negócio.

Preço e custo para assistir

Por enquanto, vivendo em uma pandemia e com uma noção de


distanciamento social, a única maneira de assistir o programa, pelo
menos na primeira temporada, será através do YouTube. A primeira
temporada não será premium e qualquer um que esteja interessado
poderá acompanhar todos os episódios pelo canal.
O custo para assistir será baixo, apenas possuir o aplicativo em
qualquer dispositivo e uma conexão à internet. Um dos fatores que nos
levou ao YouTube é a opção de poder alterar a qualidade de imagem da
Livestream. Você pode conferir melhor sobre essa decisão no capítulo de
Análise de Canais.

859
Condição de pagamento
As opções de pagamento disponíveis para a inscrição serão através
de cartão de crédito, boleto bancário ou PagSeguro.
Escolhemos a opção de cartão de crédito por ser a principal opção de
pagamento na internet e também um dos mais rápidos. Através desse
tipo de compra, o comprador preenche rapidamente seus dados e, em
questão de segundos, o pagamento já pode estar disponível na conta que
foi responsável pela venda.
Com o avanço da tecnologia e os métodos de pagamentos pela
internet, a quantidade de hackers interessados em dados pessoais
cresceu simultaneamente. Plataformas como PayPal, PagSeguro, Google
Pay e Amazon Pay trazem a promessa de assegurar seus dados em sua
plataforma e você se preocupar apenas em apertar o botão de pagar.
Além disso, trazem várias funcionalidades para proteger seus dados e
atender problemas relacionados a compras online.
Inicialmente, verificando cada um desses métodos, escolhemos
trabalhar apenas com o PagSeguro, como forma de minimizar as tarifas
e também por ser uma empresa brasileira e ter uma maior divulgação
em território nacional. É possível encontrar máquinas do PagSeguro em
diversos estabelecimentos e as pessoas já estão familiarizadas com a
marca endossada pela UOL.
E por último, a opção de pagar pelo boleto bancário, talvez a forma
mais segura existente até hoje. Por estarmos trabalhando com novos
empreendedores, empreendedores iniciais e pessoas possivelmente
desempregadas, devemos entender que alguns podem não ter
disponibilidade em cartões, tornando o boleto a única maneira possível.
Também entendemos que nem todos querem fazer transações pelo
cartão de crédito ou débito, e isso torna o boleto uma forma que não
falta em nenhum site de compras da internet.

860
Validação de atributos
Ao estabelecer o preço de um produto ou serviço, você precisa levar
em consideração o valor oferecido, algumas perguntas precisam ser
respondidas:

Qual o custo de produção do produto ou serviço?


O custo é alto, trabalhando com produção audiovisual e consultoria,
duas vertentes que exigem capital, mas que podem ser substituídos por
conhecimento dessas áreas, o que temos disponível na equipe. Porém o
custo continua alto, quando dito o custo físico, mental e de esforço por
parte da equipe.
Qual o valor percebido do produto?
O valor percebido, inicialmente, pode trazer más impressões, justamente
pelo alto custo e baixo preço. Mas a empresa se justifica através de outros
fatores, com o nosso propósito e a validação de resultados, que vão se
comprovando a cada temporada.
Uma pequena diminuição de preço pode significar um aumento no
número de vendas?
Negativo, o número de vendas do The Scale é limitado para os
participantes. Já para os espectadores, o preço é praticamente zero, mas
com algumas medidas tomadas para facilitar o acesso do público, pode
sim haver um aumento significativo no número de espectadores.
O preço atual é competitivo em relação aos produtos e serviços dos
concorrentes?
O preço atual está abaixo da média diante de toda a concorrência, os
preços mais próximos se dão por conta de empresas que promovem um
único dia de evento, mas ainda continuam com o preço, no mínimo, 3
vezes maior que o nosso.

861
Conclusão

É interessante como esse tópico poderia se tornar uma dificuldade


para o projeto, mas, tanto para uma consultoria quanto para um reality
show, o valor de inscrição não é tudo. Esses tipos de programas estão
voltados para o futuro.
O The Scale tem a premissa de se provar através de resultados
e tornar as fontes de lucro e sustento do programa através de outras
formas. Você pode entender melhor como iremos monetizar o programa
através da nossa análise financeira.

21.3 Praça

O P de praça também pode ser interpretado como distribuição,


essa abordagem traz os canais onde os consumidores irão encontrar
seu produto, colher informações, o suporte e onde podem encontrar
com sua equipe. Diversos estudos foram realizados durante o projeto
para determinar os locais referentes a consultoria, ao reality show, a
produção e a equipe do programa.
Mesmo com a maioria dos materiais do negócio sendo virtuais, não
podemos deixar de considerar os atributos físicos, pois, nessa análise
precisamos entender onde se localizam estoques, armazenagem e entrega
para o cliente.
A localização perfeita pode ser um fator decisivo para o produto,
não somente pelo local, mas também pela acessibilidade e estrutura
do ambiente. E sim, você deve interpretar essa frase para o ambiente
online da mesma forma que interpretou para ambientes físicos.

862
Principalmente para o online, é necessário estar seguro do ambiente
em que se encontra, pois caso ocorra erros ou inexistência do domínio
divulgado, há o risco do usuário nunca mais voltar, justamente pela
facilidade de encontrar alternativas em segundos. Também é importante
definir se o produto ou serviço será encontrado somente nos seus próprios
canais ou em canais de terceiros.
E já que tratamos de duas vertentes nas outras, aqui você verá quatro,
já que serão produzidos e disponibilizados em ambientes diferentes. Como
relatado anteriormente em outras etapas, a Consultoria será realizada
em coworkings e os episódios serão disponibilizados através do YouTube.

Regiões de atuação

Mesmo se tratando de um programa com espaço físico compartilhado


e divulgado via YouTube internacionalmente, os participantes irão
contar com uma restrição muito importante:

Só serão selecionados aqueles que pretendem executar a


ideia na região em que o programa estará estabelecido durante
aquela temporada.

Essa restrição existe para que os empreendedores possam validar


suas pesquisas de maneira efetiva e, além disso, contribuir com o
espaço em que está inserido de maneira fiel. Acreditamos que executar
um negócio em um espaço que não tenha um vínculo, pode se tornar
desmotivador e atrapalhar em várias etapas do processo.
863
Levando em conta todo esse raciocínio, a primeira temporada
irá restringir a pessoas que possuem algum vínculo com a cidade de
Uberlândia ou regiões próximas.

Consultoria em coworkings

Quando pensamos em locais onde funcionam novos negócios,


poderíamos pensar em garagens, fundos de restaurantes, quartos e até
mesmo praças públicas. Porém, um tipo de espaço que vem ganhando
cada vez mais reconhecimento e estrutura é o coworking, que são locais
destinados a empresas com o objetivo de compartilhar recursos, espaço
e até mesmo contribuir com o networking.
O The Scale irá comportar até 45 participantes, sendo ideal um
espaço compartilhado para poder reduzir os custos e até mesmo se
adaptar os novos empreendedores ao ambiente que possivelmente se
estabelecerão.
Em uma entrevista de validação com Rhulian Marcus, CEO da Hawk
e pessoa com grande influência dentro do coworking uberlandense MTI,
ele nos relatou a busca dos coworkings por projetos que envolvam os
espaços, com o objetivo de comprovar a estrutura e se divulgar. Sabendo
disso, buscamos e entendemos o quanto pode ser benéfico um programa
voltado ao empreendedorismo ser transmitido e acontecer dentro de
um coworking, para ambas as partes.
O ponto que beneficia o programa é a estrutura adaptada para o
local, com espaços e materiais adequados para a execução de projetos,
como salas, slideshows, quadros, post-its, internet compartilhada, faxina
e vários outros benefícios que variam de local para local. E até quando
falamos em questão de estrutura, os espaços são destinados, geralmente,

864
para uma média de três pessoas por sala, justamente por conta de uma
pesquisa primária que revela a quantidade de pessoas que as empresas
estabelecidas possuem normalmente.

Já para os coworkers, é interessante como o programa pode


alavancar e potencializar todo o crescimento que eles já vêm resultando.
Um censo, realizado pelo site coworkingbrasil, revela que de 2018 para
2019, houve um aumento de 25% dos espaços conhecidos de coworkings
em todo o país. Quanto a quantidade de empresas que utilizam desse
serviço, ainda é minoria, e o motivo é justamente o desconhecimento e a
confiança dos empresários. Muitos deles julgam os coworkings como algo
destinado para iniciantes e que a estrutura não poderia comportar uma
grande empresa, mesmo que com uma pequena quantidade de pessoas.

Site de inscrições

Para se tornar um participante, o candidato precisará realizar todo


o processo de inscrição e seleção disponível no website do The Scale, esse
site contará com informações institucionais da Eleve, dos parceiros, do
programa e acessos direcionados às redes sociais.

865
O Site contará com a página inicial com uma apresentação do
tema abordado naquela temporada, seguido do propósito e dos valores
que o The Scale e a Eleve compartilham, só após, será possível visualizar
o campo de inscrições na terceira seção. O site não contará com uma
grande quantidade de informações, será um site limpo e com o objetivo
somente de mostrar o que somos e qual a temporada.

A escolha da plataforma de hospedagem foi a Locaweb, com o


plano de hospedagem III, possuindo um valor anual de R$ 298,00 e que
atende os requisitos, já que o site possuirá um grande fluxo e uma grande
quantidade de envio de dados por parte do usuário.

866
Onde o The Scale será
realizado?
O plano é que cada temporada seja executada em uma cidade
diferente, para isso, verificamos cidades que faziam sentido para o
programa, o público e para a nossa estrutura. O plano é a primeira
temporada ser executada em Uberlândia e as próximas de acordo com a
distância da capital mineira, lembrando que as cidades estudadas estão
presentes em um índice relacionado a cultura do empreendedorismo.
Após isso, verificamos no senso de coworkings sobre a disponibilidade
desses espaços, e foram totalmente aceitáveis em relação a possuir esses
locais em cada uma dessas cidades.

Mesmo com essa informação, ainda precisaríamos confirmar a


disponibilidade desses espaços, e a forma mais lógica é de entender como
eles estão distribuídos de fato, ou seja, se existem redes ou se a maioria
são formados por espaços singulares.

867
Quando se procura por redes de coworkings, há uma grande falha
nesse sistema, pois a maioria foca em grandes capitais e são distribuídas
em um espaço muito curto, como a GoWork, que se julga a maior rede
de coworkings do Brasil, mas todos seus espaços estão estabelecidos na
cidade de São Paulo.
Mas há um outro método que volta a viabilizar esse cenário, que
é uma rede de coworkings formada através de parcerias e locais sob
demanda, agora sim, intitulados como a maior rede de coworkings e
distribuição dos espaços do Brasil, contam com locais em todas as regiões
do país e além disso há a possibilidade de construir ambientes em espaços
que façam sentido. Em seu site, também é possível validar parceiros e
propostas que estão disponíveis, verificando novamente o quanto o The
Scale pode se tornar vantajoso para esses locais e facilitando o processo
de parceria.

Locais diferentes podem afetar a


identidade
Tanto ambiente quanto iluminação dos coworkings serão diferentes,
isso é um fato, pois, como dito anteriormente, não são da mesma rede
de construção, mas sim de uma rede de parceiros.
Entretanto, assim como acreditamos que as pessoas que participarão
do programa são únicas, gostaríamos de aproveitar das diferenças entre
os locais e as cidades, mostrando o melhor que elas têm a oferecer. Isso
não descarta possíveis ambientações, como decoração e iluminação do
espaço, mas somente como melhorias, e não mudanças radicais. Sobre
essa etapa, você pode conferir melhor no nosso plano de Comunicação.

868
Estoque e armazenagem
Quando falamos de estoque para um programa, temos tanto a
vertente de materiais para produção quanto materiais produzidos, e
contaremos com materiais virtuais.
Para armazenar os materiais virtuais, contaremos com HDs
Externos para manter os episódios, mas também com uma plataforma
online de armazenamento, o Google Drive, que possuí planos acessíveis
com grande quantidade de armazenamento.
A decisão é de assinar um plano de 2TB por temporada e após o
término, armazená-los em um HD externo de 2TB. Caso ultrapasse ou
fique em quantidade menor, adaptaremos o HD externo a quantidade
necessária ou iremos transferir os materiais antecipadamente para
liberar espaço no drive.
O objetivo para os materiais físicos, quando relacionados a
produção, é de estarem em transporte constantemente, então, ficarão
estocados em nosso escritório, pois são poucos, contando com câmeras,
luzes, computadores e banners. Não podemos exagerar nessa quantidade
justamente para não dificultar o deslocamento da equipe. Para os
materiais físicos relacionados ao escritório da equipe, serão todos
posicionados no escritório da Eleve, tornando-se disponíveis para a
equipe trabalhar.

Estoque e armazenagem
Pelo motivo do programa ser flexível e cada temporada ser realizada
em uma cidade diferente, o objetivo aqui é um espaço simples, utilizado
somente para trabalho da equipe de planejamento (Eleve) e para

869
realização de negócios. Justamente por ser um local que nem sempre
estará ocupado, a meta é reduzir os custos, e a busca é por um escritório
simples. O local escolhido inicialmente pelo grupo é na Rua Bacuris 447,
no bairro Jaraguá, o que se pode considerar facilmente acessível.
Já quando estivermos à campo, realizando o programa juntamente
com a equipe de produção, iremos nos estabelecer em salas do coworking
que estaremos realizando a temporada, aproveitando o mesmo espaço e
tornando a equipe realizadora ainda mais acessível para os participantes.

Onde assistir à escalada


empreendedora?

Já sabemos que os participantes irão fazer encontros físicos através


de coworkings, mas e para assistir?
O The Scale será um programa com alta acessibilidade, sendo
disponibilizado através da maior rede social de vídeos do mundo, o
YouTube, de maneira gratuita, de forma com que os episódios corriqueiros
sejam transmitidos como Estreia e o episódio final seja um episódio Ao
Vivo. A plataforma de vídeos trabalha com live-streams desde 2008, mas
só conseguiu destaque nesse meio em 2020, devido à grande quantidade
de lives realizadas por cantores e artistas.

870
871
Com essa grande alta, as atualizações e benefícios para novos canais
vem aumentando e as adaptações estão cada vez mais rápidas. As metas
para parceria estão menores e recursos para ajustar a qualidade da
transmissão estão totalmente liberados, algo que a Twitch não possui,
por exemplo.

Quando se fala em transmissão, existem diversas ferramentas para


executar, a mais famosa e clássica se chama OBS Studio, que possui
diversas funcionalidades e recursos para qualquer um poder fazer
uma livre-stream da maneira que achar melhor, independente da
máquina e da taxa de upload de quem está realizando. Porém, como dito
anteriormente, o YouTube vem trazendo cada vez mais atualizações, e
com base nas últimas (setembro de 2020), fica claro que o objetivo é fazer
com que o YouTube Studio se torne cada vez mais completo e dispense
o uso de outras ferramentas.
Além dos benefícios para quem transmite, a plataforma também
visa o espectador. O YouTube conta com benefícios como o Super
Chat, Super Stickers, Inscrições exclusivas conhecidas como Membros,
Comunidades e Vínculos com outras plataformas.

872
Figura 238: Superchat YouTube

Teremos uma plateia física?

O plano inicial era a transmissão do programa juntamente com


uma plateia, porém devido às medidas tomadas para a prevenção contra
o Covid-19, foi decidido ser realizado apenas através de transmissões
online.
As medidas atuais (setembro de 2020), já permitem com que shows
e cinemas possam realizar eventos com público, contando que estejam
adaptados. Porém, existe o possível e o correto, algo que está presente
nos valores do The Scale. Entendemos que a situação não é ideal para
a atribuição de pessoas que não temos conhecimento em um ambiente
fechado e manteremos o reality apenas via transmissão para a primeira
temporada.

873
Suporte, SAC 2.0 e conteúdo

Apenas uma introdução relacionada ao espaço, o The Scale contará


com páginas nas redes sociais Instagram, Facebook, Linkedin e Twitter,
sendo administradas 5 dias por semana para atendimento SAC 2.0 e
interação com o público.
Nesses canais estarão disponíveis materiais ricos, conteúdos
relacionados ao programa, interações e um contato mais próximo com
o público.
É importante, além disso, definir um padrão de tag para as páginas
e organizá-las corretamente respeitando a identidade do negócio. Essa
etapa você pode conferir em nosso Plano de Comunicação.
E para finalizar, teremos um canal de suporte através de um
WhatsApp comercial e uma página de SAC para dúvidas e feedbacks
para o público, esses canais facilitarão manter controle diante possíveis
insatisfações.

Canais fora de nosso controle

Por ser tratar de um reality show, estamos cientes que canais de


notícias e conteúdo podem fazer recortes e transformar em notícias,
memes e diversos outros tipos de publicações. O YouTube possibilita o
famoso Strike (bloquear um conteúdo de algum canal insinuando falta de
direitos autorais), mas é algo que pretendemos não utilizar, justamente
para que esses canais se transformem em redes de divulgação do nosso
conteúdo e se tornando um canal de distribuição vindo de terceiros,

874
mesmo que sem o nosso devido controle.
Um único ponto que será observado, será se as diretrizes e os valores
do The Scale estarão intactos em meio a esses conteúdos. Caso qualquer
um deles ofendam ou façam relação com qualquer fator negativo e que
acreditamos não ser ideal, utilizaremos da ferramenta de bloqueio para
preservar o que acreditamos.

Validação de atributos

Por fim, devemos responder as questões necessárias para validar


que a estratégia de distribuição atendeu todos os requisitos necessários
para que o negócio se localize de forma efetiva.

Onde o público-alvo costuma procurar produtos e serviços similares ao


que você oferece?
Os serviços similares, por parte de novos empreendedores são buscados
tanto em sites específicos de cursos online, como o Hotmart ou a Udemy,
quanto em vídeos no YouTube, uma pequena parcela busca empresas
consultoras, mas normalmente não encontram.
Já os realities, há pouco tempo atrás, você conseguiria encontrar somente
em canais de TV, tanto abertos quanto fechados. Porém, a Netflix e a
Amazon Prime Video vêm investindo fortemente em reality shows em
sua plataforma.

O que você pode fazer de diferente, em termos de distribuição de produto?


Reality Show veiculado dentro do YouTube é feito de outra forma e
recebe outro nome, pois o conteúdo é diferente do acostumado pela
TV. Entende-se que o conteúdo tem espaço, é aceito e ainda não foi

875
identificado pelo público.
Você precisará de um time de vendas para alcançar seus clientes em
cada um desses canais?
Para chegar até o público, tanto os participantes quanto os espectadores,
precisaremos de um serviço de marketing digital com o objetivo de atração
de novos clientes e, após, com o objetivo de retenção e remarketing.

Apenas canais próprios, canais de terceiros ou um pouco dos dois?


O The Scale utilizará de canais primários, mas que não são próprios do
programa, sendo os coworkings através de parcerias para as temporadas,
as transmissões através do YouTube e a distribuição de conteúdo através
das redes sociais.
Nenhum desses canais é pertencente ao The Scale originalmente, mas
são espaços que oferecem uma liberdade para o programa ser moldado
da forma como idealizamos, isso faz com que o planejamento não seja
afetado em praticamente nada. O único canal próprio do The Scale será
o website para inscrições e informações institucionais.
E, para concluir, nossos únicos canais de terceiros serão os canais que
divulgarão nossos materiais para criação de conteúdo, não utilizaremos
mecanismos para remover esse material para contribuir em nossa
divulgação.

Conclusão

O The Scale é um serviço que irá utilizar de diversos ambientes,


tanto físicos quanto virtuais, portanto, é extremamente importante
estarmos atentos em questão de adequação e identidade para todos os
espaços.

876
Entendemos que a parceria com os coworkings, algo extremamente
possível, irá afetar de maneira direta a realização do projeto, portanto,
devemos direcionar esforços para essa etapa.

21.4 Pessoas

Quando tratamos de marketing de relacionamento, não precisamos


atingir apenas a parte racional das pessoas, mas também o emocional.
Precisamos identificar as motivações e os valores dos nossos clientes
para entender melhor como serão nossos passos diante todo o processo.
Não consideramos que atender hábitos ou desejos seja uma regra,
mas sim um processo de reconhecimento e adaptação, pois não podemos
desviar nossos próprios valores e nosso propósito, o que pode afetar mais
ainda o posicionamento. Especialmente para empresas que possuem um
propósito e tratam com a devida importância, não tem como deixar as
pessoas de fora do processo.
A relação através de pessoas é tão importante que não podemos
esquecer das pessoas que estão por trás do negócio, pois elas influenciam
diretamente em como a empresa irá se tratar e funcionar, como algo
sincero e que atenda às necessidades identificadas.
Ter uma equipe alinhada ao propósito do negócio, seja qual for
a etapa, é essencial, por isso é necessário investir em capacitação da
própria equipe e alinhamento com um código de cultura.

877
As pessoas do The Scale

Lembrando do nosso propósito de capacitar pessoas motivadas a


mudar o mundo através do empreendedorismo, levamos isso a sério e
com relação a todas as pessoas envolvidas, participantes, espectadores,
produtores e a equipe. Ainda que muitos sejam terceirizados, consideramos
como pessoas relacionadas ao nosso negócio e tratamos da mesma
maneira que qualquer outro sócio ou contratado.
Não valorizamos apenas o conhecimento, mais do que isso,
valorizamos a paixão, o que os envolvidos buscam e porque eles querem
estar ali. Quando falamos sobre experiência, conhecimento e poder,
entendemos que são atributos que destacam alguém, mas de nenhuma
maneira isso pode ser mais relevante que a essência.
Acreditamos que é possível desenvolver e capacitar as pessoas para
obter aspectos profissionais e mercadológicos, mas que trabalhar com a
mentalidade, paixão ou vontade, são argumentos relacionados com outra
área, a tecnologia. E já que tocamos nesse assunto, é importante dizer
que não estamos aqui para despertar o empreendedor que há dentro de
alguém, não estamos querendo forçar o processo, ele é algo natural e que
nosso único papel aqui é estar atento e oferecer apoio perante a ele.

Participantes

Os participantes do programa são considerados novos ou futuros


empreendedores, pessoas que tem uma relação de vontade pelo meio,
seja através da oportunidade ou da necessidade. Entendemos que
878
os empreendedores por necessidade estão em um momento de alta,
justamente por conta da crise financeira relativa ao covid-19, sendo
assim, é um público que estaremos acompanhando e buscando se adaptar
ao máximo para poder atendê-los, já que a maioria está em situação de
desemprego.
Acreditamos que o empreendedorismo pode promover mudanças e
refletir na história de cada um dos participantes do programa, e por esse
motivo, iremos promover a atenção e a adequação para cada um deles,
pois pessoas diferentes possuem métodos diferentes de aprendizado.

Mentores

Temos os mentores e consultores como os principais capacitadores


desse processo, serão os responsáveis por entregar e agregar conhecimento
aos participantes e a todos os envolvidos com o negócio.
Entendemos a relevância e o poder de mercado que estas pessoas
irão possuir, pois são experientes e com uma bagagem de mercado
importante. Mas o detalhe mais relevante não é esse, nós realmente
buscamos pessoas que contribuam com a harmonia do programa e
tragam um contexto objetivo, sem exageros ou qualquer tipo de abuso
verbal. Sabemos que as pessoas se comportam de maneira diferente,
mas prezamos pelo respeito e empatia dentro do programa, entendemos
que todos podem ter problemas específicos e nossa maneira de lidar é
com a adequação. Um mentor gritando ou sendo grosseiro, por exemplo,
poderia atrapalhar toda a dinâmica desse processo e não seria algo
tolerado pela consultoria.
É normal em realities ou programas de testes, a banca avaliadora
possuir personagens, onde pelo menos um é o arrogante que não aceita

879
quase nada e o outro é o bonzinho que aceita tudo (good cop, bad cop).
Justamente por tratarmos de algo real, não iremos trabalhar com
esses personagens, mas com pessoas de vivências diferentes que podem
contribuir com uma maior quantidade de aspectos para agregar ou
contribuir naquele projeto.

Espectadores

Essa é a parte que só teremos um estudo real quando o programa


realmente estiver acontecendo, porém, o que podemos levantar é a
maneira como desejamos entregar o conteúdo para esse público.
A classificação empreendedora ainda é muito ampla, podemos ver
um empreendedor que gosta de basquete e odeia gatos, como também
um empreendedor que assiste séries e odeia comida mexicana, ou seja,
não há definição de gostos específicos para eles. O que sabemos é que
eles estão ligados nesse meio de desenvolvimento e podemos entregar
um conteúdo que enriqueça seu saber.
Como dito anteriormente, não buscamos trazer conhecimento
somente para as pessoas que estão participando, mas para todos os
envolvidos, inclusive os espectadores.
A forma como podemos contribuir com eles é através da interação
direta, estaremos em contato com os espectadores se disponibilizando
canais de atenção em todas as plataformas que estivermos presentes e
eles poderão até mesmo contribuir com projetos dentro do programa.

880
Figura 239: Pirâmide

A pirâmide de aprendizagem apresenta as formas mais eficientes


de aprender sobre algum assunto, e através dessa interação, poderemos
explorar todos os blocos desse gráfico.

Equipes

Falando sobre as equipes, tanto a de produção quanto a de


desenvolvimento do negócio, o que nos inclui. Nós nos comprometeremos
com a capacitação individual e em grupo de cada um dos envolvidos.
As equipes de produção e desenvolvimento do projeto devem estar
com a ideia bem clara de como é o negócio e como pensamos, pois, essa
será a equipe que refletirá o todo.
É difícil firmar horizontalidade, justamente por ser uma empresa
recente e que está submetida a estudos constantes, mas a ideia de uma
empresa Top Down vai totalmente contra o nosso propósito e o perfil de
nossa líder.

881
Código de cultura

O que torna essa etapa mais legal é o poder que ela tem de transformar
uma empresa em uma pessoa, mais especificamente, o código de cultura
irá demonstrar como a empresa seria se ela fosse um ser humano e o
que agrada e vai contra os seus pensamentos.
Não podemos forçar as pessoas a se adaptarem aos nossos
pensamentos, mas podemos nos adaptar e entender o que podemos
fazer para as pessoas que estão a nossa volta. Para que isso aconteça,
designamos a criação de um código de cultura com direitos e deveres de
cada um dentro da empresa, o que não é algo novo para nenhuma delas,
mesmo não tratando dessa maneira, até as empresas mais tradicionais
possuem suas regras e direitos.
O diferencial nessa etapa, e o que acreditamos ser o correto, é que
quem irá criar esse código de cultura serão as pessoas envolvidas no
processo, analisando e adequando cada etapa em uma linha de raciocínio
que julgam como correto. Poderíamos nos preocupar com alguém
extrapolar, mas não precisamos, pois já deixamos claro que nossos
colaboradores serão selecionados de maneira que sejam alinhados com
nosso propósito, trazendo uma grande confiança para nós.

21.5 Processos

Nessa etapa, analisamos os passos que o The Scale deve tomar para
ser bem executado e atingir os objetivos que foram planejados em todas
as etapas. O processo dita como será a experiência que o cliente irá
882
receber durante o período que irá estar em contato com os serviços
prestados.
Sendo assim, é importante avaliar do início ao pós-venda, o processo
deve descrever o fluxo de atividades e estar sempre avaliando como o
cliente estará presente nesse momento.
Como nos outros tópicos, aqui também precisaremos dividir em
algumas vertentes, que são:

Planejamento > parceiros > produção audiovisual > consultoria >


finalização > pós-temporada

Planejamento

Essa etapa é justamente o que você está lendo, é onde as pessoas


responsáveis pelo projeto irão estudar, analisar e organizar todas as
informações e objetivos destinados ao negócio.

Escolha de público > Pesquisas de dores e oportunidades > Análises


e estudos > MVP > validação > alinhamento > planejamento

Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de


planejamento é executado pela Eleve para tornar o The Scale o mais
assertivo possível. Entenda melhor cada etapa:
883
Escolha de público:
Essa etapa consiste em determinar quem estamos interessados em fazer
parte, qual universo iremos atender e sem nenhuma premissa de ideia.

Pesquisas de dores e oportunidades:


Logo, determinamos o público empreendedor para nossos estudos,
partimos assim para a execução de pesquisas primárias e secundárias,
quantitativas e qualitativas, para entender o universo no qual os
empreendedores estavam inclusos e quais eram os seus problemas e
suas motivações.

Análises e estudos:
Assim que entendemos as dores, nosso objetivo era aprofundar nesse
universo e entender todos os parâmetros sociais e mercadológicos
inseridos no contexto empreendedor. Foram realizadas análises de
transmissão, setorial, macroambiente, micro ambiente, benchmarking,
produção audiovisual e um diagnóstico para entender todas essas
análises.

MVP:
Essa etapa é onde o serviço começava a ganhar forma e cores, detalhamos
e descrevemos, com base nas análises, tudo aquilo que fazia sentido para
o programa de consultorias.

Validação:
Para a etapa de validação, reunimos com nomes que faziam sentido para
o setor e buscamos a avaliação deles. Essa etapa foi de suma importância
para entender os erros e ter uma visão real de quem está inserido na
área e pode se tornar um potencial cliente.

884
Alinhamento:
Agora, trazemos uma forma moldada para a execução, com os detalhes
da validação já corrigidos, declarações e propósito já compreendidos e
reuniões gerais com a equipe para as próximas decisões.

Planejamento:
Por fim, o planejamento, onde buscamos entender como inserir o projeto
no mercado e executar todas as etapas necessárias de uma empresa.
Contamos com planejamentos relacionados a consultoria e ao reality,
como essa que você está lendo.

Captação de parceiros

Esse processo é necessário para a viabilização do projeto, com o


intuito de encontrar mentores, consultores, investidores, coworkings e
qualquer tipo de parceria que afete positivamente o nosso negócio.

Criação de apresentação > Determinar possíveis parceiros >


Apresentar > Contratos > Execução > Relacionamento

Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de


captação de parceiros é executado pela Eleve para trazer o máximo de
recursos para o The Scale. Entenda melhor cada etapa:

Criação de apresentação:
O primeiro passo é criar uma apresentação, pode ser por vídeo, por slides

885
ou outras maneiras, o importante é montar uma linha que defenda
nosso propósito, nossos objetivos, o que os parceiros podem contribuir
com nosso programa e o que podemos contribuir com eles.

Determinar possíveis parceiros:


Aqui é onde levantamos todos os parceiros que precisamos e que fazem
sentido para o projeto. Logo após, separamos cada um em sua área de
atuação e onde podem colaborar com o projeto.

Apresentar:
É importante saber que a apresentação já começa através do primeiro
contato com o parceiro, pode ser via e-mail, chamada de áudio, mensagem
de texto ou até via redes sociais. Mas após isso, devemos nos encontrar e
apresentar tudo aquilo que criamos para ele.

Contratos:
Caso seja recusado, o processo acaba na etapa anterior, sempre buscando
manter um relacionamento positivo. Mas caso seja aprovado, essa etapa
retrata a negociação e o fechamento de contratos, onde discutimos tudo
que será feito por ambas as partes e a duração dessa parceria.

Execução:
Chegando os dias de realização do projeto, cada parceiro irá contribuir
da maneira que foi contratado e o The Scale responderá igualmente.

Relacionamento:
É importante nos mantermos organizados e em contato com os parceiros
após a realização do projeto, isso demonstra valor e atenção. Outro caso
que pode ocorrer graças a isso é a renovação e até mesmo estabelecer
parcerias mais fortes e benéficas para ambas as partes.

886
Produção audiovisual

Esse processo é responsável por trazer a parte de visibilidade do


projeto, transformando a história que queremos contar em um material.

Pré-produção > Organizar recursos > Produção > Pós-produção >


Transmissão > Criação de material rico

Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de


produção audiovisual é executado pela Eleve para transformar tudo em
material para o The Scale. Entenda melhor cada etapa:

Pré-produção:
Começando pela pré-produção, é onde tudo o que precisamos para as
filmagens e a transmissão será levantado e discutido, criando briefings e
roteiros para produção de conteúdo e levantando materiais necessários.

Organizar recursos:
Nessa etapa, tudo que foi planejado na pré-produção e todos os parceiros
e pessoas habilitadas para o projeto devem ser alinhados e contatados
para organizar as datas e os momentos em que serão realizadas as
gravações.

Produção:
Após tudo organizado, é hora de executar. Reunimos todos os envolvidos,
juntamente com todos os materiais, e executamos as gravações para o

887
programa. Finalizando, salvamos os arquivos e enviamos para as etapas
seguintes.

Pós-produção:
Aqui é onde todo o material bruto é trabalhado e adequado para os
canais em que iremos distribuir. Essa etapa conta com edição, separação
de episódios, efeitos visuais e fechamento do arquivo de vídeo.

Transmissão:
Com tudo pronto, é hora de marcar as datas de transmissão e transmitir.
Essa etapa envolve profissionais que trabalhem com OBS e transmissões
ao vivo, além de moderadores no chat para atender e entreter o público.

Criação de material rico:


Após a transmissão e o episódio ser veiculado, serão separados cortes,
momentos de destaque, making offs e cenas exclusivas para divulgar como
material rico e servir de conteúdo após a temporada estar finalizada.

Consultoria

A etapa que consideramos como principal do nosso projeto, aqui é


onde acontece a capacitação e a metodologia do programa é executada.

Processo de inscrições > Seleção > Organização de datas > Execução


da metodologia > Avaliações > Banca final > Relacionamento

888
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de
consultoria é executado pela Eleve para tornar o The Scale um processo
real de capacitação. Entenda melhor cada etapa:

Processo de inscrições:
Após a publicidade, esse será o primeiro contato do The Scale com os
participantes. Esse processo consiste em preparar o site de modo que ele
transfira todo o conteúdo enviado para um formulário e disponibilize os
vídeos para a próxima etapa.

Seleção:
Onde visualizamos os participantes e entendemos quais serão os ideais
para a temporada atual. Serão avaliados e após serão escolhidos os 15
melhores (participantes ou grupos) para formar o programa.

Organização de datas:
Com os participantes, os parceiros, a produção e toda a equipe
selecionada, é hora de nos reunirmos e identificarmos horários e datas
que possibilitam a execução de todo o processo.

Execução de metodologia:
Datas definidas, todos de acordo, é o momento de o The Scale acontecer,
realizando a metodologia e as consultorias, com os ensinamentos, os
guias, a ajuda dos mentores e o suporte dos consultores. É possível,
também, um acompanhamento de prospectos investidores durante essa
etapa.

Avaliações:
Essa etapa começa antes mesmo da metodologia ser finalizada, há
avaliações em várias etapas do programa e são fundamentais para que

889
os empreendedores não cheguem até o final com detalhes errados no
projeto.

Bancas finais:
De fato, essa é a avaliação final, onde contará com uma banca de
consultores, mentores e investidores para analisar a apresentação e o
projeto, finalizando o processo de metodologia.

Relacionamento:
Com o projeto sendo investido ou não, o programa continuará em contato
com os participantes e disponibilizando o canal de contato entre ambas
as partes.

Finalização

Esse é um processo rápido, mas nem um pouco simples, é onde


selecionamos tudo aquilo que será descartado, o que será reaproveitado
e buscamos nos preparar para a execução da próxima temporada.

Finalizar o Reality > Contratos > Relacionamento > Seleção de


conteúdo > Levantamento para a próxima temporada

Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de


finalização é executado pela Eleve para preparar o ambiente para a
próxima temporada do The Scale. Entenda melhor cada etapa:

890
Finalizar o Reality:
É o momento em que todos os materiais relacionados a parceiros,
produção, consultoria e participantes são revisados e ajustados. Após,
ocorre a devolução e armazenamento dos materiais que utilizamos.

Contratos:
Renovamos os contratos que estivermos em acordo para seguir,
rescindimos os que forem necessários e ajustamos os contratos com os
participantes através da ideia executada no projeto.

Relacionamento:
Hora de manter contato com todos os envolvidos no projeto e demonstrar
disponibilidade para demais assuntos.

Seleção de conteúdo:
Todo o conteúdo gerado durante a temporada é revisado e separado em
tópicos para a criação de um conteúdo rico.

Levantamento para a próxima temporada:


Hora de começar a se adaptar para a próxima temporada. Preparar os
materiais e os demais planejamentos para iniciar os processos novamente.

891
Pós-temporada

Onde todo o material rico dos outros processos se encontra e se


torna conteúdo para marketing, publicidade e aprendizado.

Separar os materiais > Planejamento e produção de conteúdo >


Mídia

Nessa ordem apresentada, demonstramos como o material após a


temporada é organizado pela Eleve para gerar material rico para o The
Scale. Entenda melhor cada etapa:

Separar os materiais:
Onde todos os arquivos são organizados e separados em tópicos diferentes
para facilitar a criação de conteúdo, já que será algo feito de maneira
rápida e por um tempo limitado.

Planejamento e produção de conteúdo:


Nessa etapa serão feitos planejamentos rápidos e produziremos conteúdos
em massa para divulgar o conteúdo e servir o material para a área do
marketing institucional do The Scale.

Mídia:
Os materiais que forem servir para divulgar o programa serão utilizados,
realizando uma divulgação de mídia e todo um processo que você
entenderá melhor no tópico de Marketing Digital, nesse mesmo capítulo.
892
Conclusão

Os processos mais importantes devem ser listados para que nada


possa afetar no projeto. Trouxemos pontos relevantes para as principais
vertentes, separando o reality e a consultoria mais uma vez, pois
acontecem em momentos diferentes e o storytelling tem um perfil
diferente da metodologia ideal.
Conseguimos entender, através desse planejamento, como o processo
precisa ser rápido e atencioso para que a equipe consiga produzir as três
temporadas anuais.

21.6 Prova física

Também chamado de “Evidências Físicas”, esse P vem para


demonstrar a importância de organizar bem o que será visível. Se na
praça falamos sobre o quanto importa a identidade visual em todas as
etapas, aqui firmaremos de fato como serão demonstrados.
As evidências físicas são avaliadas pelos clientes para que verifiquem
a qualidade de tudo aquilo que está ligado ao produto ou serviço. Eles
entendem o cuidado que a empresa possui com todo o material e
benefícios que trabalham.
O ambiente virtual também é incluso, como o design do site ou a
maneira como os textos são escritos, por exemplo.
Vale lembrar que possuímos uma identidade bem estipulada. Você
pode conferir as instruções da Eleve ou o Branding Book do The Scale.

893
Cores e cenário

Iniciaremos falando sobre as cores do The Scale, no branding book


do negócio, ele diz sobre cores mutáveis, mas o que podemos dizer é que
elas seguem um padrão e uma base. A segmentação das 4 principais
cores do The Scale irá facilitar a percepção sobre quem está realizando
o programa.
Já o cenário, não há como todos os ambientes serem iguais, mas
podemos manter um padrão específico sobre como será a decoração, a
iluminação e todos os aspectos visuais presentes no ambiente. Não é
necessária uma grande produção para isso, mas com peças simples que
sigam a linha de raciocínio presente na Identidade Visual do reality já
conseguimos trazer a percepção desejada.
Isso é importante pelo seguinte exemplo, imagine um vídeo
aleatório com um corte onde um mentor fala sobre determinado assunto.
Imagine que o corte contém apenas essa cena, as cores e o cenário de
fundo facilitariam para o usuário que quer entender mais a conseguir
encontrar o programa.
O manual não obriga a utilizar sempre as mesmas cores, mas
manteremos um padrão sempre na mesma linha para fortalecer a
identidade da marca, principalmente em períodos iniciais.

Humanização

Como abordado na análise macroambiental, o quanto uma empresa


se responsabiliza e se torna mais empática com o universo humanizado

894
demonstra o quanto o público irá ter facilidade em abraçar esse negócio.
Mas o nosso objetivo não é só agradar o público, mas seguir com os nossos
objetivos e representar a nossa visão sobre como qualquer ideal deve se
portar, não se tratando exclusivamente de uma empresa. O The Scale
trará uma linguagem humanizada e empática de fácil interpretação para
todo o público que estará assistindo ao programa e todos os participantes
que estarão executando suas ideias.
Mas como podemos garantir que todos entendam? Através de
nossa interação com o público e aguardando seus feedbacks, esperamos
responder e saciar todas as dúvidas presentes. Tornando-se assim a única
barreira possível para que o público não entenda a nossa linguagem.
Não tem como evitar todos os novos termos e linguagens do mercado,
mas buscaremos, além de trazer os termos literais, traduzir todos aqueles
que forem ditos durante o programa.

Atendimento
Nosso foco inicial é atender todas as pessoas que interagirem
com o programa. Isso se torna algo relativamente fácil nas primeiras
temporadas, mas com o crescimento da audiência, não conseguimos
fazer a promessa de responder cem por cento.
Investiremos cada vez mais no atendimento e em uma gestão de SAC
2.0 ideais e que atenda a visão do programa. Entendemos que, quando se
trata de atendimento, não podemos deixar que visões específicas ou que
não entendam o propósito da empresa se tornem fatores problemáticos
no futuro. Portanto, devemos oferecer materiais que demonstrem linhas
de respostas e pensamentos que representam a empresa, além de nosso
propósito, Golden Circle e declarações institucionais estarem presentes
para todos.
895
É impossível garantir que teremos controle sobre os atendentes,
e isso não é nem um objetivo nosso, mas como seres passíveis de erros,
devemos nos posicionar de maneira rápida diante de erros cometidos e
garantir troca benéficas para os afetados, demonstrando mais uma vez
uma empresa humanizada e atenciosa com o público.

Presença digital

O digital será o principal meio de contato com todos os envolvidos


no negócio. Tanto os espectadores, que irão assistir e interagir, quanto os
participantes e consultores, que irão utilizar ferramentas e informações.
Pensando assim, devemos nos portar e preparar todo o ambiente do The
Scale, relacionado ao digital, para que seja o mais organizado e linear
possível. Contamos com um olhar aprimorado em relação à experiência
do usuário dentro de cada uma das plataformas e aplicada também
através de cada peça ou ferramenta que estaremos em contato.
Além de seguir criteriosamente a identidade e os conceitos
defendidos nesse projeto, quando se trata de digital, devemos nos moldar
para alterações e adaptações em tempo real, pois se trata de um processo
dinâmico e ágil. Ainda nesse capítulo, você entenderá como o The Scale
irá se portar perante o marketing digital e aos concorrentes que estão
presentes nesse meio.

896
21.7 Promoção

Promoção é um dos 4P’s do mix de marketing de Kotler, mas você


deve estar se perguntando o porquê de ele estar listado como o sétimo,
e a resposta para isso é algo que você já sabe. Trazemos nesse capítulo,
juntamente com os 7P’s, os 8P’s do marketing digital, e para facilitar a
linha de raciocínio, esse é o melhor lugar onde esse tópico poderia estar.
Geralmente, o P de promoção é confundido com o planejamento
completo, mas a verdade é que esse P é especificamente os esforços que
serão feitos para veicular a empresa até o público. A promoção tem como
objetivo atrair os clientes certos a fim de realizar vendas, aumentar o
reconhecimento e veicular todas as informações que achar necessária
sobre o seu negócio.

Omnichannel

Omnichannel é uma estratégia de conteúdo que veiculam em


diversos canais que as organizações usam para melhorar sua experiência
do usuário e se adequar de maneira correta em diferentes pontos de
contato.
Buscamos, através dessa estratégia, estarmos presentes em espaços
diferentes em busca de um público específico. Os dados comprovam que
o público empreendedor está presente na maioria das redes sociais, mas
os canais mais utilizados são Instagram, LinkedIn, Facebook e Twitter.
Além das redes sociais, buscamos utilizar e-mail marketings
e a presença de uma página na web para uma primeira impressão e

897
demonstrar um profissionalismo por parte do programa.
E por fim, o último canal que utilizaremos via online é o WhatsApp
comercial, como método de atendimento e até contato com os envolvidos.

Canais de terceiros

De maneira orgânica, contaremos com canais e mídias de terceiros


para a divulgação. Esse método não envolve um esforço grandioso por
parte da nossa equipe, o que devemos fazer de fato é uma revisão do
que é publicado em nosso nome e a disponibilidade de suporte para os
canais que necessitarem de informações sobre nosso negócio.
Um segmento de canal que vem crescendo cada vez mais no YouTube,
é o segmento de Destaques, também conhecido como Highlights. Esses
canais trazem uma abordagem de clipes limpos, onde apenas transmitem
os cortes e pequenos destaques de cada programa relacionado a temática
de quem está transmitindo.
Os canais de Destaques publicam, em sua maioria, clipes de grandes
programas, para atrair o público, clipes de momentos marcantes e que
chamam a atenção e clipes de pagantes, canais que pagam para aparecer
no mesmo vídeo que grandes marcas.
Inicialmente, não focamos em nos tornarmos pagantes, mas
enviando grandes momentos via e-mail, a chance de aparecer nesses
canais são relativas, lembrando que nem sempre precisam ser enviados,
já que os próprios produtores de conteúdo desses canais vão em busca
dos materiais.

898
Marketing de relacionamento
Durante todo o capítulo tratamos de relacionamento e interação
com todos envolvidos no P de pessoas. Agora, deixaremos mais claro
como isso será feito e qual a estratégia de promoção atrás disso.
Todos sabemos o quanto o marketing boca a boca é poderoso e
pode trazer resultados rápidos para uma empresa, tanto de maneira
positiva quanto negativa. Através da interação e do atendimento com os
envolvidos, buscamos trazer uma imagem positiva e acertar em relação
a satisfação do público em geral.
Através de um bom relacionamento, a garantia de uma boa boca
a boca é cada vez mais certeira, além de ser uma mídia, teoricamente,
gratuita, pelo menos para veicular, é até hoje o método que mais convence
e atrai novos usuários.

Marketing digital
Figura 240: 8P’s

O Marketing Digital será o nosso principal meio de promoção,


porém, ele não estará citado nesse tópico, pois trouxemos os 8P’s do
Marketing Digital para você entender o processo de maneira clara e com
uma visão mais ampla da estratégia. Especialmente para essa etapa,
contamos com o suporte e a mentoria de Sílvio Junior, Coordenador de
Mídia na WHF Design Company.

899
21.7.1 Pesquisa
Uma das maiores mudanças trazidas pela internet à nossa sociedade
foi a facilidade com que agora fazemos pesquisas, e claro, elas não se
limitam apenas ao ambiente acadêmico. No mundo dos negócios, a
internet pode ser uma parceira na hora de conhecermos melhor nosso
público-alvo. Com as ferramentas certas, é possível saber mais sobre seus
consumidores, como quais são seus hábitos, que lugares eles frequentam,
o que gostam e o que não gostam de fazer.
O primeiro P parece óbvio, mas não é. Quando falamos de pesquisas,
sabemos que a internet possui a facilidade para a realização de pesquisas
e que a maioria dos conteúdos digitais são destinados de pesquisas
secundárias realizadas na própria web. Esse P associa, em geral, as
fontes de confiança e como a empresa se portará perante as pesquisas.
Lembrando que essa etapa é marcada pelas ferramentas que a empresa
escolhe trabalhar e o poder que elas trazem para o negócio.
O The Scale se trata de uma consultoria em formato de Reality
Show, sendo assim, necessitamos tanto de pesquisas primárias quanto
secundárias.
Para a realização de pesquisas primárias, decidimos trabalhar com
o Typeform, uma ferramenta de consulta e gerenciamento de dados. O
Typeform é reconhecido internacionalmente e utilizado por empresas
de grande porte para aprimorar a experiência das pesquisas e aumentar
a proximidade com todos os envolvidos.

900
Para pesquisas secundárias, utilizaremos como base algumas
ferramentas disponibilizadas pelo Google e pelo Facebook, são elas:

Google Trends
Figura 240: Google Trends

O Google Trends é uma ferramenta lançada pelo Google em 2006


e presente com atualizações até os dias atuais (setembro de 2020). A
ferramenta tem como objetivo demonstrar o interesse e as principais
pesquisas realizadas em cada período, podendo filtrar tendências e
termos que estão em alta.
Utilizando de uma análise bem detalhada e objetiva, é possível
retirar informações e traçar direções com a ferramenta, que é gratuita.
A busca e os dados são totalmente versáteis, tornando o usuário o guia
do que busca e possibilitando fazer a pesquisa como desejar, facilitando
a forma com que qualquer um possa traçar os resultados a seu favor.
Buscamos utilizar essa ferramenta para delimitar as regiões de
anúncio para YouTube Ads, relacionado ao Reality Show, podendo assim,
trazer espectadores interessados para o negócio de maneira mais precisa.

901
Planejamento Google Ads
Figura 241: Google Ads

O Google Ads, uma das ferramentas que utilizaremos para veicular


a mídia online, traz um guia de planejamento completo para você
poder iniciar uma campanha com maior segurança. Começando pelo
planejador de desempenho, onde podemos formular uma campanha e
prevermos uma linha próxima do ideal de como esses anúncios irão
veicular.

Figura 242: Google Ads

Segundo, conseguimos verificar os custos e o alcance de cada palavra-


chave no Planejador de Palavras-chave. Essa ferramenta é essencial para
podermos atingir de maneira mais assertiva o que as pessoas procuram

902
na internet, conseguindo alcançar de forma mais fácil aqueles que têm
interesse em assuntos similares ao do nosso negócio.

Figura 243: Busca Google

A terceira ferramenta é o Planejador de Alcance, ele possibilita que


o anunciante possa entender de qual forma e qual o porcentual do seu
público que você poderá atingir de acordo com o investimento realizado.
Essa ferramenta se torna essencial para o The Scale justamente por
ser adaptada para a principal rede social que estaremos presentes, o
YouTube.

Figura 244: Banner YT Ads

903
A última ferramenta presente no Google Ads destinada para
planejamento é o Diagnóstico e visualização de relatórios. Essa ferramenta
faz uma análise dos processos presentes nas campanhas de Search que
fazem parte da sua conta. É interessante o uso dessa ferramenta por
conta do nosso investimento reduzido em Search, o que nos possibilitará
ser mais assertivo com uma menor taxa.

Facebook Insights
Figura 245: Face Insights

O Facebook Insights é uma ferramenta destinada a notícias, dados


e atualizações relacionadas as publicações realizadas no Instagram e no
Facebook. Além disso, a ferramenta também possibilita você a buscar e
traçar os próprios dados, e diferente do Google Trends, essa plataforma
atualiza em tempo real.

904
Figura 245: Face Insights 2

Figura 246: Face Insights 3

O Facebook Insights pode facilitar a produção de conteúdo rico


para a veiculação nas redes sociais do Facebook, tornando uma previsão
do que os usuários estão adeptos e o que eles estão dispostos a receber.

Conclusão
Através das ferramentas de pesquisas utilizadas, estaremos com
dados oficiais e assertivos em mãos, vindos diretamente das fontes
oficiais de publicação e nos ajudando a criar conteúdo e anúncios com
um direcionamento correto.
905
21.7.2 Planejamento
Com as pesquisas em mãos, precisamos então analisar o que estamos
buscando e o que precisamos. É nessa etapa que entra o planejamento
no marketing digital, de forma que a internet é muito dinâmica, esse
planejamento precisa ser mutável e contar com ferramentas de análise
em tempo real.
Ao longo do relacionamento que você irá desenvolver com seu
público, vai precisar adaptar a sua comunicação de acordo com o
que gera mais engajamento entre os leitores e usuários. Além disso,
encontraremos públicos em potencial que ainda não estão associados ao
produto e podem torná-lo como referência futuramente.
Esses são só alguns dos motivos pelos quais o marketing digital
exige muito planejamento, definindo o que, para quem e quando será
enviado, em quais plataformas e quais as datas e horários, tudo isso
antes de iniciar uma campanha.

Público a quem será enviado

Figura 247: público

906
A segmentação estará de acordo com o público inicial do nosso
projeto, com o foco em empreendedores iniciais e que buscam conteúdos
e artigos relacionados há pelo menos um mês, justamente por conta
de não arriscar a alcançarmos pessoas que apenas pesquisaram algo
relacionado e sem interesse nessa área, o que poderia afetar nosso custo
por impressão.
Buscamos também uma divulgação em área restrita para a
execução do programa, delimitada somente na região específica daquela
temporada, como exemplo, a primeira temporada terá um raio de alcance
geográfico apenas na região do Triângulo Mineiro, já que será realizada
em Uberlândia.

Conteúdo a ser desenvolvido

O conteúdo que iremos desenvolver será pautado em duas vertentes,


conteúdo de alimentação e engajamento de público, e conteúdo de
anúncios para inscrições e conhecimento do programa.
Os conteúdos relacionados à alimentação e engajamento, tem como
objetivo trazer informações relacionadas à área do empreendedorismo,
da economia criativa, de reality shows e assuntos que possam ser
interessantes na temática. Serão publicados nas redes sociais do
programa, cada um no formato adequado a plataforma para facilitar a
experiência do usuário. Lembrando que, como discutido na análise de
marketing digital dos concorrentes, os conteúdos poderão ser diferentes
para cada rede social em específico, já que não comportam públicos e
interesses parecidos.
Já os conteúdos relacionados a anúncios, desenvolveremos as peças
com formatos adequados para cada plataforma e, além disso, utilizaremos
de testes A-B para estudar o comportamento do público enquanto a
907
campanha é veiculada. Serão anúncios voltados para a fase de inscrição
e anúncios voltados para atrair espectadores para assistir o reality show.

Material que será


disponibilizado

O material disponibilizado será o link direto com a primeira seção


do site oficial do The Scale, que irá trazer informações sobre o programa
e encaminhará para assistir no YouTube.
Já os anúncios voltados para inscrição serão redirecionados para a
terceira seção do site do The Scale, trazendo-os para a seção de inscrição.
Outro tipo de material que será disponibilizado, serão os materiais ricos
com conteúdos produzidos dentro do reality, sendo lançados no YouTube,
IGTV e através de Landing Pages e e-mail marketings.

Período de veiculação

Os conteúdos para as redes sociais serão recorrentes, com a média


de 2 postagens por semana, sempre postados quarta-feira e sexta-feira
às 19h. O motivo é justamente por conta do período nacional de alta em
relação aos usuários das redes sociais no Brasil.
As campanhas de alcance de espectadores irão rodar em um período
de 30 dias, com 15 dias de antecedência do programa iniciar e 15 dias
após ele já estar sendo realizado. Justificamos isso através de um período
curto de investimentos e para que o público não caia no esquecimento,
por ser algo que ainda poderia demorar para acontecer.
908
Já para os anúncios de inscrições, serão veiculados em um período
de 30 dias antes da campanha de alcance ser realizada, preparando tempo
para os empreendedores confirmarem e realizarem as etapas iniciais,
lembrando que executam as tarefas antes do primeiro episódio estar no
ar.
E para finalizar, os conteúdos ricos serão veiculados após o término
da temporada em um período de 15 dias, com o objetivo de continuar
engajando e trazendo valor para o público.

Conclusão

Por estar em uma fase de reconhecimento e atração de público,


precisaremos contar com campanhas de teste e aprendizado para
as plataformas. Atenderemos diversas plataformas e devemos estar
preparados para adequar todo o conteúdo em cada uma delas.
O planejamento é vasto e irá focar em curtos períodos de veiculação,
isso irá exigir um acompanhamento preciso para as próximas etapas.

21.7.3 Produção
A produção será realizada por uma equipe terceirizada de social
media juntamente com profissionais terceirizados de mídia. O objetivo é
que o conhecimento desses profissionais agregue seu trabalho e preparem
as mídias da maneira ideal para ser veiculada em cada plataforma.
A equipe de social media terá uma produção de 20 peças por mês,
com o primeiro mês da temporada focado em anúncios, o segundo e

909
terceiro focado em conteúdos e o quarto mês focado em conteúdo rico.
O site do The Scale será visualmente produzido por nossos designers
e será programado por um Desenvolvedor Pleno terceirizado.
Para a produção de e-mails marketing e landing pages, serão
produzidos pela nossa própria equipe através do RD Station.

21.7.4 Publicação
Nesta fase começam as publicações do conteúdo relacionado que
você já estava produzindo. Lembre-se das pesquisas para saber o que
mais agrada seus consumidores, produza seu conteúdo a partir disso e
publique no seu site ou blog e nas redes que mais se encaixam ao seu
empreendimento.
Os conteúdos serão todos produzidos, avaliados e analisados
previamente para que, na data de publicação, estejam corretos para
serem veiculados.
As postagens não serão feitas manualmente pelas redes sociais,
mas por plataformas de gerenciamento e análises de postagens, iremos
utilizar o mLabs, uma ferramenta própria para agendamento de
publicações. Dessa forma, garantimos tudo funcionando anteriormente
e não ficamos reféns de imprevistos.
A plataforma permite separar os conteúdos, aprovar com demais
usuários e fazer alterações em tempo real, o que possibilita a dinâmica
de um processo que realmente precisa ser simples.
Para a publicação dos anúncios, eles também serão feitos a partir
de suas plataformas específicas, seja o Google Ads, Linkedin Ads ou o
Facebook Ads, são hospedados e só após a campanha ser ativa, eles irão
ser veiculados.
Para disparos de e-mail marketing, o plano é utilizar do RD Station,
910
uma plataforma simples, mas que atende todos os requisitos necessários,
principalmente em questão de CRM, para serviços digitais.

21.7.5 Promoção
Utilizaremos formas diferentes para promover o nosso negócio:

A primeira forma que iremos promover é em relação à consultoria.


Buscaremos, através desses anúncios, demonstrar o poder e a promessa
de uma incrível experiência e possibilidade de investimento para atrair
pessoas que possam se tornar futuros participantes do programa de
consultorias.
Essa tratativa é importante para encontrar pessoas que se alinhem
com nosso propósito e nossa linha de pensamento. Devemos comunicar
o que acreditamos desde o começo para não termos surpresas futuras.
O segundo método que iremos utilizar se diz respeito ao reality
show, justamente para a atração de espectadores. Buscaremos atrair
pessoas para assistir o programa com a promessa de um programa real,
com grande interação e com o poder de capacitação. Serão anúncios
claros e objetivos, sem iludir ou tratar cenas que não representam os
objetivos do programa.
E a terceira vertente se diz respeito ao institucional e divulgação de
material rico, onde o objetivo é divulgar a marca e trazer força para ela.
Consequentemente, isso atrai novos clientes e ajuda no posicionamento
do negócio.

911
21.7.6 Propagação
Os investimentos serão realizados em cinco plataformas diferentes,
e também com objetivos diferentes. Utilizaremos Google Ads, Facebook
Ads, LinkedIn Ads, YouTube Ads e RD Station, essas plataformas também
são conhecidas como Social Ads.

Google Ads

Começando pela principal ferramenta para anúncios, o Google Ads.


A plataforma de anúncios do Google vem aprimorando cada vez mais e
agregando resultados cada vez mais precisos e previsíveis. Utilizaremos
as duas ferramentas mais utilizadas dessa plataforma para a veiculação
de anúncios. São elas:

Google Search

Figura 248: Google Search

912
Já pesquisou qualquer tema no Google e apareceu um resultado
como anúncio antes das primeiras opções? Isso acontece devido ao
Google Search, que traz anúncios por palavras-chave para os usuários
que buscam temas similares. Por mais que pareça simples, para executar
campanhas de Google Search, precisa de um ótimo serviço de redação,
SEO e mídia, pois é uma veiculação altamente competitiva, além de você
também estar competindo com os resultados relevantes que o usuário
estava buscando de fato.
Utilizaremos o Google Search como forma de divulgar nosso site
para alcançar o público destinado a participar da metodologia, ou seja,
os participantes.

Google Displays

Figura 249: Google Display UOL

Os Displays aparecem sempre que você está navegando em um


site aleatório da internet. Acontece que para obterem boas colocações
no Google, os sites precisam vincular a rede de displays do Google em
troca. Isso faz com que sempre que você entrar nesses sites, os anúncios
veiculados no Google Ads irão aparecer para você.
913
Recentemente, foi lançada uma atualização com anúncios
responsivos, facilitando a redação e adaptação dos anúncios para
plataformas diferentes, o que facilitou o trabalho de Design, mas
aumentou a produção dos redatores. De toda forma, a promessa é por
atingir mais usuários e realmente foi comprovado.
Se tratando de um programa que o foco é na informação, o ideal
é seguirmos com os anúncios responsivos, podendo transmitir uma
mensagem mais ampla e sem precisar trazer destaque na imagem.
O foco nos displays serão redirecionamento para o site do The
Scale, trazendo um novo público focado em atrair espectadores.

Facebook Ads

Se o Google Ads tem um alto patamar, o Facebook Ads não fica atrás,
pois é a principal rede de veiculação de anúncios para redes sociais.
Nosso objetivo com essa plataforma é branding institucional,
queremos atrair pessoas para conhecer o negócio através de nossas
páginas no Instagram e no Facebook.
Utilizaremos da veiculação para Feed e Stories para as redes sociais
do Facebook. É uma ótima rede social para reter clientes, então além
dos anúncios, devemos manter um feed organizado e com conteúdo
relevante.

914
Linkedin Ads

O LinkedIn é a rede social que mais faz sentido para o nosso


público, lida com um público mercadológico e interessado em assuntos
de trabalho e empreendedorismo. O detalhe é que é uma rede social
muito séria e um pouco restritiva quando se diz questão à conteúdo, por
esse motivo iremos utilizá-lo apenas de maneira institucional e com
uma verba reduzida em relação às outras redes sociais.

YouTube Ads

A plataforma onde o programa estará sendo veiculado e transmitido.


Essa frase já resume muito dos nossos objetivos com o YouTube. Por
se tratar de onde estaremos, iremos utilizar dois tipos de propagandas
dentro da plataforma para atrair o público, serão os Bumpers e os
anúncios rápidos.

Bumpers:
São anúncios de cinco segundos que não possuem a opção de pular
o anúncio. O objetivo desse método consiste em trazer um rápido
argumento para que o usuário se desloque e descubra o meio que foi
divulgado. Iremos utilizar um corte bem rápido apenas convidando as
pessoas a conhecerem o programa.

Anúncios rápidos:
Não tão rápidos como os Bumpers, esses anúncios possuem de 15 a 30
segundos, são puláveis, mas com um bom argumento nos 5 primeiros
915
segundos, tem grandes chances de não ser pulado. O objetivo é utilizar
técnicas de comunicação para trazer a atenção nos cinco primeiros
segundos e apresentar de forma resumida e atrativa nos próximos vinte
e cinco segundos.

RD Station

Já apresentado em outras oportunidades do projeto, o RD Station


será primordial para o fluxo de e-mails marketing e a veiculação de
landing pages. O plano contratado permite o disparo para até 1000
usuários mensais, o que supre a nossa necessidade inicial, já que o único
objetivo, nesse momento, é a veiculação de material rico.

Conclusão

Iremos utilizar das principais ferramentas, mas com objetivos


diferentes para cada uma. Utilizaremos assim para aproveitar o potencial
de cada público e segmentação presente, pois diferente de como a maioria
das contas são administradas, cada rede social possui seus confortos e
a maneira como o público está interessado em visualizar o conteúdo ali
presente.

916
21.7.7 Personalização
Esse P se diz respeito a como você irá se adaptar ao público em
meio as campanhas rodando e os anúncios já estarem sendo veiculados.
Após os primeiros dias de veiculação dos anúncios, podemos checar
como estarão se portando diante o período de aprendizagem, que dura
em torno de uma semana.
Durante o período de aprendizagem é importante deixar os anúncios
rodarem sem alterações, mas é ideal um olhar crítico e questionador
sobre eles, para que possam ser melhores e ajustados o mais rápido
possível, após esse período.
Os conteúdos não podem ser alterados, mas podem ser melhorados
ao passar do tempo, e o público aprende e evolui juntamente com eles,
o que torna o processo altamente funcional.
Em questão dos anúncios, eles podem ser alterados a qualquer
momento, o que facilita a execução de nossos ajustes a qualquer momento.
Com o tempo, adaptaremos as listas de segmentações, tanto para
os anúncios quanto para os e-mails, para assim, podermos adaptar os
anúncios de maneira que atinjam melhor cada vertente do público,
tornando as peças mais impactantes e diminuindo o custo de cada uma.

21.7.8 Precisão
Esse é o maior motivo para escolhermos o marketing digital, a
questão da análise em tempo real. Diferente de mídias off-line, com
um marketing digital bem estruturado, você pode acompanhar todos os
resultados e identificar diversas etapas do processo para atrair e converter
usuários. O marketing digital mensura todo o processo de compra dos
917
clientes e você consegue analisar diversos cenários diferentes de um
único anúncio.
Todas as ferramentas escolhidas possuem ferramentas internas
com relatórios e análises sobre as atrações, conversões e custos.
Diante do Google Ads, nosso foco será em ter uma baixa taxa de
atrações, mas com uma alta taxa de conversões com o custo por clique
sendo, consequentemente, baixo. Por isso, estaremos monitorando as
métricas de Taxa de conversão e CPC.
Já para as ferramentas de redes sociais, nosso foco é engajamento e
público qualificado, nesse ponto, a interação e o SAC 2.0 entram em cena,
finalizando o mês com relatórios analisando o público que interagiu e as
taxas de engajamento e participação do público.
Para o RD Station, nosso foco inicial não é trabalhar com grandes
números, mas como temos acesso a esses dados, também faremos a
monitoria para que em situações futuras essenciais, estejamos preparados
com a ferramenta e também já termos nosso público no fluxo de e-mails
bem estruturado.
E para o YouTube, o próprio site oferece uma ferramenta chamada
YouTube Analytics, que traz censos e monitorias completas a respeito
do seu canal e o conteúdo que você gera perante ele, o que facilitará a
análise dos resultados de cada temporada.

918
Validação de Atributos
Finalizando a etapa de promoção, validaremos as seguintes questões:

Onde a maioria do seu público-alvo se encontra? Nas mídias off ou


online? Ou em ambas?
Nosso público, em sua maioria, se encontra em mídias online, tanto
pela situação da pandemia, quanto pelo local onde ferramentas, cursos
e materiais de aprendizado e empreendedorismo são veiculadas. Você
pode encontrar empreendedores em qualquer lugar, mas a internet é a
forma mais rápida e precisa de entrar em contato com essas pessoas.

Como é possível fazer a integração de mídias offline e online?


Essa integração será simples, pois a mídia off-line servirá apenas para
direcionar de maneira rápida para as mídias online.

Quais os melhores horários e dias para promover seus produtos ou


serviços?
Utilizaremos da quarta-feira e sexta-feira, no período das 19h, para
promover conteúdos de redes sociais. Mas no digital, tudo precisa ser
realizado para depois ser calculado, os anúncios rodarão em tempo
integral e os conteúdos podem ter os horários reajustados com o
andamento da campanha e o período de maior interação do público.

919
Conclusão
A maioria de nossos esforços serão feitos para o online, com poucas
interações no off-line, justamente por conta da maior taxa de análise e
mensuração de resultados.
Então, já que trabalhamos com marketing digital, foi de suma
importância trazer os 8P’s, fazendo com que as estratégias e o processo
de marketing se tornem ideal.

Conclusão do planejamento de
marketing
Através desse planejamento, fica claro como podemos atingir as
duas vertentes que o programa possui, a principal de Consultoria e a
secundária de Reality Show.
Conseguimos, através de um planejamento ideal para os 7P’s de
serviço mais os 8P’s de digital, como trazer valor para ambos os públicos
de maneira organizada e em tempo similar. Iremos investir 98% em
digital e esse foi o significado de trazermos os 8P’s extras, com a análise
deles, temos resultados mais assertivos e um processo com maior estudo
para futuros ajustes.

920
921
EPISÓDIO 22

922
923
OPERANDO
O THE SCALE
Planejamento de operações

Entende-se por gestão de processos o acompanhamento de cada


processo produtivo que são realizados no cotidiano de uma empresa.
Para que uma gestão seja eficaz, é necessário utilizar características
como planejamento, monitoramento, avaliação e revisão dos processos.
O acompanhamento, por exemplo, é extremamente importante para
que possa acontecer melhorias nas metas que são estipuladas pela
organização.
Para que tudo ocorra da melhor forma e a empresa atinja seu
objetivo é indispensável que a empresa implemente uma metodologia
para gerenciar as atividades e os processos que precisam ser feitas para
gerar resultados satisfatórios.
Nosso objetivo é fazer com que nossos processos tenham mais leveza e
fluidez, a equipe precisa ter uma visão do todo da empresa, não focando
apenas na área de atuação. O The Scale tem como objetivo proporcionar
facilidade, auxílio para que os futuros empreendedores coloquem suas
ideias no mercado com mais tranquilidade.
Delimitamos os processos que são de extrema importância para
que nosso negócio funcione, como: processo de criação de publicidade,
processo de captação de participantes, processo de busca de parcerias,
processo de recursos humanos, processo tecnológico, processo de
contratos, processo de produção, processo de entrega/exibição, processo
de comunicação, processo de recebimento.

924
Esses processos são acompanhados por indicadores (KPI’s) que são
estipulados baseado nos objetivos, e que apresentam os resultados de
cada processo. Para que fique ainda mais claro o funcionamento do The
Scale, vamos apresentar nossos processos essenciais e o caminho que
será percorrido por nossos clientes.

Jornada do cliente
A jornada do cliente pode ser compreendida como a experiência que
o cliente tem com sua marca, desde o primeiro contato até a pós-venda,
ou seja, o caminho completo percorrido pelo consumidor. Esse ciclo é
importante para que cada contato cause uma experiência excepcional
para os clientes, ter a jornada do consumidor é essencial para orientar
estratégias de marketing, e as empresas com maior sucesso são aquelas
que criam e disponibilizam conteúdos personalizados e de qualidade,
que enviam a mensagem certa e no momento certo.
Para a jornada do nosso consumidor delimitamos alguns pontos
de contato que são essenciais para que a experiência do nosso cliente
seja de qualidade. Nossos pontos de contato são: publicidade, site de
inscrição, seleção, provas, final e pós reality.

925
No primeiro contato, temos a publicidade, na qual temos toda a
comunicação, desde antes do início do reality, até o acompanhamento
das empresas pós reality, ou seja, é um dos pontos de maior importância
para nosso cliente. Esse ponto é o que define o futuro relacionamento
que será criado entre empresa e consumidor, para que seja satisfatório, é
necessário que a comunicação esteja sempre muito bem alinhada e que
seja voltada para os propósitos e clientes da empresa.
No site de inscrição, os interessados em participar do reality
precisam se conectar no nosso site, onde encontrarão os formulários de
preenchido sobre a equipe, e um ambiente exclusivo para adicionarem o
vídeo curto onde falam, de maneira resumida, sobre a ideia do negócio.
Logo após, os participantes serão avisados sobre sua inserção no reality,
a seleção será definida a partir dos vídeos e das fichas de cadastro.
Com o reality iniciando, os participantes terão diversas provas, que
servirão de peneiras, ou seja, a cada etapa, alguma equipe poderá ser
eliminada. Essas provas fazem muito mais do que eliminar, em cada
etapa, as equipes aprendem sobre um determinado tema, que poderão
adicionar ao seu negócio, e ainda terão ajuda dos mentores que auxiliarão
nas dúvidas e algumas tomadas de decisão.
Se aproximando do final do reality, os participantes se preparam
para a apresentação final, onde terão a oportunidade de receber um
investimento que auxilia no desenvolvimento e continuidade do negócio,
além de competirem por uma vaga no ranking final e pelo prêmio. Depois
de participarem do reality, continuaremos acompanhando os negócios,
como está o funcionamento, como estão se saindo no mercado, entre
outros pontos.

926
A partir dessa jornada, conseguimos visualizar todo o processo que
nossos consumidores passarão desde conhecerem nosso programa, se
tornarem participantes, até colocarem suas ideias no mercado. Além
da jornada, é necessário entendermos também os processos que são
necessários para que nosso negócio funcione.
Acompanhe agora nossos processos.

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Processo de
recursos humanos
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de recursos humanos
será executado na The Scale, agora explicaremos melhor cada etapa:
Recrutamento: obter um grupo adequado de candidatos, utilizaremos das buscas
externas, pois estamos iniciando nosso negócio, dessa forma, teremos que
divulgar nossas vagas disponíveis em sites de emprego, anúncios, entre outros.
Colocaremos nossas vagas disponíveis nos sites de emprego e no LinkedIn.
Seleção: aqui, os candidatos que foram recrutados, apresentam suas qualidades,
seu perfil, suas competências e sua experiência. Ocorre nesse processo um tipo
de funil que filtra os candidatos para que fiquem apenas aqueles que se adequam
as vagas. Utilizaremos de entrevistas, filtragem inicial (escolher baseado na
descrição do cargo), triagem de currículos, entre outros.
Treinamento: nesse processo os novos colaboradores se capacitam para exercer
suas funções, esse treinamento e aprendizagem geralmente ocorre durante
a execução do trabalho, mas também existem aquelas preparações fora do
cargo, seja por meio de palestras, filmes, entre outros. Vamos trabalhar com
diagnósticos e resultados.
Desenvolvimento: um pouco diferente do treinamento, porque aqui o foco é o
crescimento do colaborador, pois quanto maior o cargo, maior a responsabilidade
e maior será a necessidade do desenvolvimento. Trabalharemos com os planos
de carreira.
Socialização Organizacional: um processo de adaptação para os novos
colaboradores, um momento de conhecer a cultura organizacional da empresa
para que possam desempenhar sua função da melhor forma possível. Utilizaremos
da integração para que nossos colaboradores se sintam parte da equipe e vistam
a camisa da empresa.
Avaliação de Desempenho: por meio desse processo conseguiremos avaliar e
mensurar a qualidade da atuação dos nossos colaboradores dentro da nossa
organização, durante um certo período. Utilizaremos ferramentas como a 9box
e a SMART para realizarmos esse acompanhamento.
Remuneração: esse é um dos processos mais importantes para nossos
colaboradores, pois são recompensados pelos seus serviços. Nossas formas de
remuneração serão baseadas na avaliação de cargos, ou seja, a partir da análise
se cargos é possível sistematizar o valor de cada cargo.
Benefícios: com esse processo é possível motivar mais os colaboradores, não
necessariamente com remunerações financeiras, mas que os benefícios mostrem
a importância do trabalho deles para a organização. Para que isso aconteça, é
necessário que exista um levantamento da disponibilidade de recursos e uma
avaliação das necessidades dos colaboradores.

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Processo de Busca
por Parcerias
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de busca por
parcerias será executado na The Scale, agora explicaremos melhor cada etapa:
Definir os objetivos, necessidades e propósito da empresa: a partir de algumas
análises feitas durante a execução do trabalho, encontramos nossos objetivos,
nossas necessidades e conhecemos nosso propósito. Com isso, quando buscamos
parcerias, procuramos empresas nas quais confiamos e que tenham relação
com o nosso negócio. É importante lembrar que a imagem da nossa empresa
estará vinculada à empresa parceira.
Aumentar a rede de contatos: nessa etapa, vamos procurar por influenciadores
e empresas interessadas para compor nosso time de parceiros. Teremos uma
pessoa responsável por prospectar esses parceiros, seja por meio do direct nas
redes sociais, e-mail ou pessoalmente. Vamos apostar muito em networking,
tanto no nosso programa quanto nas parcerias que iremos fechar.
Apresentar o negócio e os benefícios: em toda parceria, é necessário que exista
transparência, que sejam definidos os objetivos, as ações e as responsabilidades
de cada parte. Apresentaremos nosso negócio e o que esperamos ao realizar essa
parceria, assim como os benefícios que cada parte receberá.
Investidores: recrutaremos, em forma de parceria, os investidores que farão
parte da banca final avaliadora, apresentaremos a eles as ideias selecionadas e
os benefícios de ambas as partes.
Fechar a parceria: nesse momento, a parceria estará estabelecida, e nada mais
justo que as duas empresas tenham responsabilidades e benefícios, pois se trata
de uma via de mão dupla, onde precisa ser coerente entre as ambas as partes.
Para acompanhar o desenvolvimento da operação de parcerias,
utilizaremos dos indicadores estratégicos, ou seja, faremos o comparativo entre
o cenário atual e como deveria ser após o fechamento da parceria. Algumas das
métricas que serão analisadas são: melhoria na produção do reality e aumento
no número de visualizações.

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Processo
Tecnológico
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo tecnológico será
executado na The Scale, agora explicaremos melhor cada etapa:
Briefing: uma das principais etapas para que um site seja bem feito, é necessário
que fique bastante claro qual será o objetivo do site e que o produto final seja
coerente, eficiente e acima de tudo que transpareça a imagem da empresa. No
nosso caso, essa etapa será bem tranquila, pois a pessoa responsável por criar
nosso site, será um dos nossos sócios.
Design/layout e Funcionalidade: nessa etapa, é feito uma “maquete” virtual do
site, ou seja, um rascunho de como seria o site na prática. Com isso pronto,
o designer entra em ação criando um site personalizado, utilizando de cores,
imagens e textos que conversam com a nossa identidade.
Programação: nessa etapa que os códigos CSS e HTML entram em ação, eles que
criam a dinâmica do site. Com esses códigos incorporados ao sistema, cria-se
a primeira versão do website. Com o site pronto, poderemos testar e assim fica
possível identificar se realmente está pronto para publicar ou se necessita de
ajustes.
Conteúdos: para que nossos conteúdos realmente sejam relevantes para nosso
público, vamos realizar uma análise de concorrência e uma pesquisa de mercado
para aplicar no nosso site. Depois que o conteúdo for criado, otimizaremos
através de técnicas e ferramentas de SEO (Search Engine Optimization) que
fazem com que o site seja encontrado facilmente através das palavras chaves.
Divulgação: com tudo pronto, chegou a hora de publicar nosso site, para que
isso aconteça precisamos contratar um domínio, que é o endereço do site, assim
como a hospedagem em servidores que torna o site visível para os usuários.
Manutenção: mesmo que o site esteja pronto e em funcionamento, manter
o site em constante manutenção, garantindo que todos os recursos estejam
funcionando, assim como a atualização dos dados e das informações, para que
acompanhe as tendências do mercado.
Para acompanhar o site, utilizaremos das métricas de atração, que são: visitas
no site (acessos realizados), visitas recorrentes (uso de cookies permite saber os
usuários que visitaram várias vezes o site) e conteúdo compartilhado (aceitação
de novos materiais e maior relevância).

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Processo de
Comunicação
Para o processo de comunicação, primeiro começamos alinhando o
que vai ser trabalhado, qual será o prazo para a entrega desse material, qual a
quantidade de material que será entregue e seu período respectivo, juntamente
da cadência (ritmo) que toda essa comunicação será trabalhada.
É importante que o pessoal responsável por essas tarefas esteja ciente
desse prazo para trabalhar com base nisso e não deixar que nada se atrase e,
posteriormente, é recomendado, mas não obrigatório que a equipe use uma
plataforma para automatizar as postagens e não precisar fazer o trabalho
manual.
Com isso em mente, partimos para o que será abordado, e nisso entram
editoriais em pauta para conteúdos mensais ou semanais. E, além disso, a pessoa
que ficará responsável por acompanhar os comentários e reações do público
deverá entender sobre esses assuntos para conseguir responder assertivamente,
levando em conta sempre uma abordagem empática.
Esse material está disponível em formatos diversos, abrangendo mídia
ON e OFF. E para a mídia online, a comunicação estará disponível por meio de
postagens no LinkedIn, no Facebook, Instagram e no YouTube. Contando também
com o envio de material rico (conteúdo relevante e abrangente sobre a área) para
esse público por meio de e-mail marketing e anúncios feitos separadamente
para enviar esse mesmo material rico com objetivo de conquistar novos leads.
A marca também terá um site próprio com artigos e conteúdo informativo
para que os usuários possam consumir. E para fechar com o material online,
será necessária uma equipe responsável por estar atento aos comentários em
dos usuários e por respondê-los. Mas, esse formato de resposta ao usuário só
será feito no LinkedIn, Facebook, Instagram e YouTube; o restante funcionará
passivamente. Para o material off-line, serão usados outdoor para disponibilizar
a comunicação e gerar conhecimento sobre a premissa abordada no mesmo e
mala direta enviada para contatos específicos com objetivo de ter um contato
mais próximo com o usuário.

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Processo de
Publicidade
Para o processo de planejamento da publicidade, começamos analisando o
que queremos atingir de público, e para isso, temos que levar em conta alguns
fatores como:
1 - Esse público é difícil atingir? (resultaria num custo maior para conseguir um
lead);
2 - Em seguida, devemos saber se esse mercado (localização) possui muita
concorrência nesse segmento para ter ideia do que seria gasto em mídia.
3 - Aqui, optamos por escolher uma rede de alcance, evitamos usar algo
segmentado de mais, pois isso dificultaria a chegada da força de marketing
no público, e resultaria num CPL elevado. Por isso, escolhemos alcance amplo,
para gerar reconhecimento sobre a marca e conseguir informações dos leads de
forma mais barata.
Agora, falando sobre que tipo de estratégia será utilizada para a publicidade, a
priori queremos que as pessoas conheçam a proposta e, por isso, serão utilizados
3 formatos de publicidade com o foco em mostrar ao público o que é a premissa
e, potencialmente gerar interesse.
Para isso, primeiramente serão feitos anúncios a respeito do que é o programa e
os benefícios que ele traz, com o objetivo de venda. Aliado a isso, terão também
anúncios responsáveis por trabalhar a imagem da marca de forma que ela se
torne respeitável e confiante para quem vai ver. E, para finalizar a estratégia,
terão também anúncios de remakerting para continuar comunicando ao público
o que é a proposta, dessa vez focado naqueles que já clicaram em anúncios
anteriormente ou visitaram domínios do The Scale.
Para isso, serão utilizadas algumas ferramentas que trabalharão juntas com
base no orçamento levantado, como uma Landing Page para que o usuário
preencha seus dados de contato; o Google AD que irá colocar estrategicamente
anúncios da marca em vários lugares da internet com base na segmentação; o
facebook ads, que também engloba o Instagram, vai direcionar o usuário para
a landing page da proposta; e também as ações no Youtube ADS com conteúdo
informativo mostrando o que é o The Scale.
E todas essas informações, cliques dos leads, e-mails, datas e horas irão em
formato de material para o banco de dados do CRM, onde isso será trabalhado
com o propósito de aquisição de usuários de fato.

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Processo de Captação
de Participantes
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de captação
de participantes será executado na The Scale, agora explicaremos melhor cada
etapa:
Focar na publicidade: utilizaremos da publicidade para alcançar nossos futuros
participantes, pois a partir da publicidade conhecerão nosso reality.
Critérios de seleção: definimos os critérios de seleção para nossos inscritos, pois
receberemos várias equipes com diversas ideias, e colocamos esses critérios
para que o processo de seleção seja eficaz. Nossos critérios são: fase do projeto,
multidisciplinaridade, disponibilidade, modelo de negócio e grau de impacto.
Baseado em notas: para cada critério adicionamos notas que facilitam no
momento da seleção das equipes, acompanhe agora nossos critérios e suas notas:
1- Fase do projeto: Ideia – 5 pontos; Pesquisa realizada – 3 pontos; Protótipo em
desenvolvimento – 1 ponto.
Valorizamos as ideias que ainda não saíram do papel, justamente para
auxiliar essas equipes no desenvolvimento dessas ideias.
2- Multidisciplinaridade: Três áreas distintas – 5 pontos; Duas áreas distintas – 3
pontos; Apenas uma área – 1 ponto.
Acreditamos que uma equipe formada por pessoas de áreas diferentes,
consegue explorar diversos campos e alcançar temas inesperados.
3- Disponibilidade: Total – 5 pontos; Parcial – 3 pontos; Pouca/baixa – 1 ponto.
A disponibilidade é necessária para a participação no reality, pois é
importante que todos da equipe estejam presente nas etapas da metodologia,
para que todos aprendam juntos e coloquem em prática em seus negócios.
4-Modelo de negócio: Consistente – 5 pontos; Aceitável – 3 pontos; Inconsistente
– 1 ponto.
O modelo de negócio é bastante importante para o entendimento do
negócio e das necessidades que ele possui. Se a ideia foi bem apresentada no
vídeo e mostra consistência, valorizaremos isso.
5- Grau de impacto: Muita inovação – 5 pontos; Pouca inovação – 3 pontos; Sem
inovação – 1 ponto.
Consideraremos todas as ideias e todas as equipes que se inscreverem,
porém, o nível de inovação será levado em consideração no momento das
seleções. O máximo de pontos é 25 pontos e o mínimo é 5 pontos, porém o
mínimo de pontos para que a equipe seja selecionada é de 15 pontos. No caso de
empate, os sócios decidirão por meio de voto quais serão as equipes selecionadas.
Baseado no vídeo/apresentação: o vídeo adicionado pelas equipes no momento
da inscrição, será crucial e importantíssimo no momento das seleções, pois
com esse vídeo teremos a primeira impressão de como estão com relação a
apresentações curtas (pitch), o que é bastante importante para a participação
no reality.

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Processo de Contratos

Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de contratos será


executado na The Scale, agora explicaremos melhor cada etapa:
Solicitação: nesse momento do processo de criação de um contrato, uma das
partes solicita o contrato, faz a coleta de informações para criar o documento
do contrato.
Criação: nessa etapa o documento é criado, importante observar as cláusulas,
termos e condições acordados.
Aprovação e revisão: nesse momento o documento que foi criado é enviado aos
responsáveis pelas aprovações, ou seja, o contrato será encaminhado para as
partes interessadas.
Negociação: essa etapa só se inicia quando o contrato está disponível para as
partes envolvidas revisarem, uma das etapas mais longas de todo esse processo.
Assinatura: momento de assinar, ou seja, as partes envolvidas recebem o
contrato finalizado para realizar a assinatura.
Armazenamento: é necessário que os contratos sejam arquivados, para que no
momento de consultas, sejam encontrados facilmente.
Cumprimento: nessa etapa acontece um acompanhamento das obrigações
e compromissos contratuais, assim que alguma nas obrigações não sejam
cumpridas, poderá resultar em violação contratual.
Gerenciamento: no processo de gestão de contratos, é necessário gerenciar
prazos e renovações para evitar a perda de prazos e acabar gerando pagamentos
excessivos de serviços ou renovações que não seriam necessárias se houver
gerenciamento.
Análise de desempenho e produtividade: nessa etapa realizamos o
acompanhamento do contrato, com o objetivo de reduzir riscos. Com essa etapa,
é possível garantir que os contratos geram produtividade para nossa organização
e que estão em funcionamento. Demonstramos alguns modelos de contratos
que utilizaremos, na análise jurídica e no plano de recursos humanos.

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Processo de Entrega/
Exibição
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de entrega/exibição
será executado na The Scale, agora explicaremos melhor cada etapa:
Estudo das opções de plataformas: durante o desenvolvimento do trabalho,
analisamos as opções que tínhamos para colocarmos nosso programa, durante
essa análise definimos por iniciar pelo YouTube, por ser uma plataforma que
atende às nossas necessidades, de forma mais barata e acessível para nossos
telespectadores.
Divulgação: o YouTube, por ser uma plataforma muito conhecida, facilita
bastante na divulgação de um novo programa. Utilizaremos das redes sociais,
assim como o próprio YouTube para realizarmos nossas divulgações.
Conteúdos: vamos garantir que nossos conteúdos estejam sempre alinhados e
atualizados, tanto com as tendências de mercado, quanto com as necessidades
do programa.
Acesso facilitado/Visibilidade - Engajamento: o YouTube possui mais de 1
bilhão de usuários e o número de horas por mês que os espectadores assistem
aumentam ano após ano. O que demonstra a facilidade de acesso que essa
plataforma possui.
Remuneração: no Youtube, além de analisarem as visualizações, também
analisam os conteúdos apresentados e o engajamento dos usuários. Para
entrarmos no programa de monetização da plataforma, precisamos alcançar
1 mil inscritos e no mínimo 4 mil horas de conteúdo. Explicamos de maneira
mais profunda na análise financeira.
Nosso acompanhamento para esse processo, será na análise de número de
visualizações, aumento da visibilidade num certo período, ou seja, analisaremos
o cenário atual e o futuro e suas diferenças.

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Processo de Produção
Audiovisual
Processo de Produção Audiovisual
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de produção
audiovisual é executado pela Eleve para transformar tudo em material para o
The Scale. Entenda melhor cada etapa:
Pré-produção: Começando pela pré-produção, é onde tudo o que precisamos
para as filmagens e a transmissão será levantado e discutido, criando briefings
e roteiros para produção de conteúdo e levantando materiais necessários.
Organizar recursos: Nessa etapa, tudo que foi planejado na pré-produção e
todos os parceiros e pessoas habilitadas para o projeto devem ser alinhados e
contatados para organizar as datas e os momentos em que serão realizadas as
gravações.
Produção: Após tudo organizado, é hora de executar, reunimos todos os envolvidos
juntamente com todos os materiais e executamos as gravações para o programa.
Finalizando, salvamos os arquivos e enviamos para as etapas seguintes.
Pós-produção: Aqui é onde todo o material bruto é trabalhado e adequado para
os canais em que iremos distribuir. Essa etapa conta com edição, separação de
episódios, efeitos visuais e fechamento do arquivo de vídeo.
Transmissão: Com tudo pronto, é hora de marcar as datas de transmissão
e transmitir. Essa etapa envolve profissionais que trabalhem com OBS e
transmissões ao vivo, além de moderadores no chat para atender e entreter o
público.
Criação de material rico: Após a transmissão e o episódio ser veiculado, serão
separados cortes, momentos de destaque, making offs e cenas exclusivas para
divulgar como material rico e servir de conteúdo após a temporada estar
finalizada. 

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Processo de Recebimento/
Remuneração
Nessa ordem apresentada, demonstramos como o processo de recebimento
será executado na The Scale, agora explicaremos melhor cada etapa:
Estudo das formas de pagamento: estudamos algumas das formas mais utilizadas
de maneira online, que estão crescendo cada vez mais, principalmente com a
ascensão dos bancos digitais. Definimos que nossos consumidores terão três
opções de pagamento no ato de suas inscrições, que são: boleto bancário, cartão
de crédito e Pagseguro.
1- Boleto bancário: uma das formas mais tradicionais de pagamento,
escolhemos essa opção por apresentar a vantagem do pagamento à vista
garantido. Por esse e outros motivos, é um dos métodos mais seguros.
2- Cartão de crédito: uma das formas preferidas dos clientes, pois a
comprovação é rápida e uma das maneiras mais cômodas para os clientes.
Além de existir diversas bandeiras que abrangem um número grande de
consumidores. Possui um custo variável baixo comparando com outros métodos
de pagamento, a possibilidade de parcelamento sem juros e a possibilidade de
adiantar recebimentos.
3- Pagseguro: uma das formas mais completas de pagamento, aceita
transferências, cartões e o pagamento via celular. As tarifas são menores, possui
transações seguras e está cada vez maior no mercado nacional.
Inscrições: todas as pessoas que possuem interesse em participar do nosso
reality, deverão se inscrever no nosso site, adicionar um vídeo explicando sobre
seu negócio e sua equipe, e preencher uma série de questionários que antecedem
sua participação no programa. Além disso, deverão pagar um valor de R$75,00 no
momento da inscrição.
Merchandising: nosso objetivo é promover marcas e produtos tanto para
aumentar as vendas daquela empresa, quanto para impulsionar nossas
visualizações. O merchandising funciona muito bem em reality show que
mostram o comportamento humano, pois cria empatia com os telespectadores.
Patrocínios: com nossos patrocinadores, além de aumentar a visibilidade da
nossa marca, chamando a atenção de pessoas interessadas, também ajudamos a
empresa que está nos patrocinando a alcançar novos consumidores. Inicialmente,
teremos cinco cotas de R$ 8.500,00.
Google AdSense: é um programa que paga por clique nos anúncios, ou seja, não é
necessário vender para ganhar dinheiro, o pagamento é feito mensalmente em
uma conta bancária cadastrada. Importante gerar conteúdo original e relevante,
criar uma boa estratégia de divulgação para gerar movimentação para nosso
programa. No nosso caso, vamos calcular isso através das nossas visualizações.
Investimentos: nosso objetivo com essa forma de remuneração é garantir
uma porcentagem nos futuros investimentos que podem acontecer com as
equipes finalistas, pois garantiremos a oportunidade de se apresentarem para
investidores e se prepararem para o mercado.
Planejamento do Financeiro: dessa forma, juntando todas essas formas de
remuneração, é necessário planejar o financeiro da empresa, para que seja
possível entender nossa receita completa. Demonstramos nossa análise no
capítulo destinado à análise financeira.

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Nosso acompanhamento com esse processo acontecerá com a
evolução das receitas e a diminuição dos custos.

Investimentos iniciais para as


operações

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Gastos mensais:

Incluímos aqui nossos gastos fixos e variáreis, a análise completa


está disponível na análise financeira

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Conclusão
Nosso objetivo com esses processos, é deixar bem claro que todos
são bastante importantes para a execução do negócio, assim como é
necessário que todos estejam alinhados uns com os outros. As análises
realizadas durante a elaboração do projeto resultaram nesses processos,
apesar de serem muitos processos, todos são necessários.
Um dos motivos pelos quais detalhamos tanto, foi para manter a
transparência de todos os movimentos que o The Scale percorre desde o
princípio, assim como trazer algo escalável e assertivo para o mercado.

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EPISÓDIO 23

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INVISTA
EM PESSOAS
Plano de recursos humanos

Uma organização só existe porque é composta por pessoas que


fazem com que ela se inicie, cresça e até mesmo termine. As pessoas
são fundamentais, pois são as fontes principais na entrega do serviço,
em outras palavras, o futuro do negócio está nas mãos das pessoas que
compõe a equipe e irão trabalhar.
Segundo o Sebrae,

“São todos os envolvidos direta ou indiretamente na prestação


do serviço. A força de trabalho é a matéria-prima. Portanto, a
preocupação com as pessoas é fundamental. O treinamento, a
capacitação, a motivação e a orientação ao cliente devem ser
constantes, pois geram impacto direto na qualidade do serviço
prestado.”

SEBRAE, 2019

O processo de construção de um planejamento de Recursos Humanos


não é nada fácil, porém, com os objetivos e propósitos definidos tudo fica
ainda mais facilitado. Além de compreender a estrutura do planejamento,
é necessário entendermos o quão essencial é para nosso negócio.
Todo processo tem um início, e com a gestão de pessoas não é
diferente, nós do The Scale estudaremos e avaliaremos as melhores
condições para que o ambiente de trabalho seja agradável para nossos

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futuros colaboradores. Essa área vai muito além de contratações e
demissões, como muitas pessoas pensam. Nosso objetivo é demonstrar
a importância que o departamento de recursos humanos tem no nosso
negócio, uma das principais áreas da nossa organização.
A gestão de um bom plano de Recursos Humanos desde o início da
empresa acarretará em bons resultados no futuro com menos projeções
de erros. Nosso compromisso é cuidar das pessoas e através de análises,
acompanhamentos, treinamentos e avaliações, vamos realizar isso. Basta
que todos os processos sejam realizados da melhor forma possível.
De acordo com o portal Xerpa, “o planejamento de recursos humanos
é o processo de gestão das necessidades da empresa em relação a seus
recursos humanos. Tem como missão fazer com que a organização e seus
colaboradores alcancem seus objetivos e mantenham uma boa relação
trabalhista”.
Antes de apresentarmos todo o processo, é necessário definirmos
em qual tipo de estrutura organizacional iremos trabalhar.

Estrutura organizacional
A forma como cada empresa se organiza demonstra pontos
importantes sobre como acontecem as comunicações entre todas as áreas
e como cada cargo atua. Além de manter tudo organizado, a estrutura
organizacional existe para garantir que os colaboradores realizem suas
funções da melhor forma possível.
Ao longo de vários anos, as grandes empresas têm trabalhado com
o modelo formal de estrutura, conhecido como organograma vertical,
onde os cargos são apresentados de forma hierárquica. No caso do The
Scale, escolhemos um modelo que não é muito utilizado, porém, se
encaixa perfeitamente com a nossa proposta de trabalho.

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O organograma circular ou radial apresenta cada cargo lado a
lado, o cargo mais alto fica no centro e os demais departamentos vão
se espalhando pelos lados e se interligam diretamente. Esse modelo
é utilizado por empresas que têm como objetivo passar a ideia de
colaboração entre os integrantes da equipe, e tirar a imagem de chefes
e subordinados.
Utilizar esse modelo no The Scale faz com que, desde o princípio
atuaremos no nosso propósito, todos os colaboradores trabalharão de
forma conjunta para um só objetivo. Em nosso negócio buscaremos por
pessoas que apresentam características de trabalho em equipe, pois
dessa forma podemos garantir que a estrutura faça sentido e possamos
alcançar bons resultados futuros.

Organograma
A forma como cada empresa se organiza demonstra pontos
importantes sobre como acontecem as comunicações entre todas as áreas
e como cada cargo atua. Além de manter tudo organizado, a estrutura
organizacional existe para garantir que os colaboradores realizem suas
funções da melhor forma possível.
Ao longo de vários anos, as grandes empresas têm trabalhado com
o modelo formal de estrutura, conhecido como organograma vertical,
onde os cargos são apresentados de forma hierárquica. No caso do The
Scale, escolhemos um modelo que não é muito utilizado, porém, se
encaixa perfeitamente com a nossa proposta de trabalho.

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O primeiro processo para o planejamento de Recursos Humanos,
é a área de recrutamento e seleção, esse momento define muita coisa
na empresa, pois aqui definimos e avaliamos os perfis disponíveis para
trabalhar conosco. Esse processo de recrutamento é um trabalho bem
detalhista, pois existem testes e entrevistas até que os candidatos
consigam ser admitidos.
Para que nosso propósito seja alcançado, é necessário que todos
os colaboradores estejam alinhados, e como sabemos, essa é a primeira
etapa do processo de Recursos Humanos, mas totalmente essencial, pois
encontramos novos talentos para atender as necessidades da empresa.
Além de trabalharmos com empreendedores iniciantes, também
precisamos pensar que somos criadores de conteúdo, ou seja, toda a
equipe precisa estar em perfeita harmonia.
Lembrando que os custos com recrutamento, seleção e treinamentos
serão abatidos porque a responsável por esses processos será uma de
nossas diretoras gerais. Entendemos a importância de um bom processo
de recrutamento e seleção, como iremos aplicar no The Scale? Primeiro,
vamos entender o perfil desejado para nosso negócio.

Definindo o perfil dos nossos


colaboradores...
Dentro do setor de Recursos Humanos, falar sobre perfil ideal é
quase um mito, pois sabemos que o melhor colaborador é aquele que
reconhece as atividades de uma empresa, adiciona a sua capacidade
técnica e habilidades humanas e entrega bons resultados. Após algumas
análises, encontramos alguns perfis que se encaixam no nosso negócio,
como criativo, bom relacionamento, comunicador e empreendedor.

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Esses são os perfis que apresentam características mais próximas
de um colaborador ideal, conheça agora o perfil desejado pelo The Scale:

Criativo

Esse perfil consiste em colaboradores que possuem bastante


personalidade e espontaneidade, lidam bem com criação de novas ideias
e com possíveis mudanças nos processos dentro da organização.

Relacionamento

Esse profissional é excelente para estabelecer relações interpessoais,


tanto dentro quanto fora da empresa, tornando-o essencial para lidar
com clientes, parceiros e patrocinadores.

Comunicador

Esse é o tipo de pessoa que sabe se comunicar e influenciar, alguém


carismático, que gosta de falar em público. Além de unir outras pessoas,
mediar conflitos e estimular relações interpessoais com os colegas de
trabalho.

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Empreendedor

Tipo de profissional que busca soluções para os problemas e


promove melhorias, além de pensar “fora da caixa”. Possuem capacidade
de trabalhar em equipe, gerenciar o tempo e se dedicar aos projetos.

Não basta ter somente essas qualidades apresentadas, nosso


“colaborador ideal” precisa ter bastante vontade de aprender, de criar e
muito além disso, de inovar. Para trazer esses perfis para nosso negócio,
vamos realizar o processo de recrutamento, pois assim encontraremos
colaboradores que se encaixem com o nosso modo de pensar, ou seja,
tudo alinhado com a nossa cultura organizacional.
Ficaremos atentos a algumas particularidades do processo que
podem afetar o negócio no futuro, como:

Custos altos com turnover: índice que verifica a rotatividade de funcionários na empresa;

Desmotivação dos colaboradores;

Falta de comunicação entre os departamentos.

Para que todos os departamentos tenham eficiência, os diretores


gerais, juntamente com os diretores de departamentos, irão atuar desde
o recrutamento até a permanência dos colaboradores na empresa.

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Jornada de Trabalho

Pode ser compreendido como o tempo pré-estabelecido que as


organizações adotam para os colaboradores, dentro das normas da
CLT. No The Scale, a jornada de trabalho poderá ser flexível, porém de
início, será de 08 horas diárias e 44 semanais, de segunda a sábado, com
intervalos previstos como: café da manhã, almoço e café da tarde.

Treinamento
A equipe de RH realiza e implanta treinamentos para que as pessoas
sejam desenvolvidas e criem ou melhorem suas competências, no intuito
de desenvolver melhor o perfil profissional. É essencial para qualquer
área da empresa, pois com um planejamento estratégico chegaremos a
resultados satisfatórios. Utilizaremos alguns métodos para realizar esse
treinamento e desenvolvimento da nossa equipe, iniciando por:

Integração:
Um dos momentos mais importantes, pois acontece a imersão dos novos
colaboradores na empresa e na cultura organizacional. Aqui conhecerão
suas funções, a missão, visão e valores da empresa, e objetivos para que
a equipe tenha resultados positivos.

Jogos Corporativos:
Estimula o conhecimento dos colaboradores de uma forma mais
descontraída, dinâmica e fora do padrão de treinamentos casualmente
utilizados. Além de proporcionar mais momentos em equipe, o que
melhora as relações interpessoais.

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Coaching:
A utilização do coach vai muito além das pequenas consultas, mostra
a valorização do colaborador, esse processo motiva e desperta novas
habilidades e capacidades, ou seja, melhorar de forma gradativa e
contínua o indivíduo.
Motivação:
Esse será um dos principais momentos para nossos colaboradores, onde
poderão expressar suas ideias e sentimentos, o objetivo desse treinamento
é fazer com que o funcionário se conheça e o reconheça no ambiente de
trabalho e sua real importância.

Descrição de cargos
Nossa equipe parece bem complexa, porém adicionamos todos os
cargos que serão necessários para que nosso negócio funcione da melhor
forma possível. Começamos com a diretoria geral, e logo em seguida
dividimos em quatro grandes departamentos, marketing, financeiro,
recursos humanos e produção. Em cada departamento adicionamos
cargos que são essenciais para que nosso negócio funcione.
O departamento de Recursos Humanos é responsável pelos processos
de admissão, retenção de talentos, treinamentos, entre outras rotinas do
RH. No departamento financeiro encontramos algumas responsabilidades,
como manter o contato com todos os setores da empresa, seja no controle
de investimentos ou até mesmo nos pagamentos.
No departamento de marketing temos profissionais que fidelizam
clientes, realizam pesquisas e que trabalham na identidade e na força
da marca. No departamento de produção audiovisual, no caso do nosso
negócio, as responsabilidades são voltadas para a produção do reality,

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ou seja, tomadas de decisão desde o planejamento até a execução do
programa.
Subdividimos o departamento de Recursos Humanos em três áreas:
recrutamento e seleção, departamento pessoal e treinamento, porém
apenas com dois colaboradores para essas áreas. No departamento
Financeiro subdividimos em apenas um cargo: gestor financeiro.
No departamento de Marketing a subdivisão é: gestor de marketing.
Subdividimos o departamento de produção em: mentores, assessores,
serviços gerais, T.I., apresentador, diretor e editor.
É necessário que todos os colaboradores estejam alinhados para
que não existam desvios de função, mas principalmente é importante
que todos entendam o funcionamento da estrutura organizacional para
que não existam posições hierárquicas dentro da empresa. Aqui temos
nossa descrição de cargos:

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965
Prestadores de serviços
Contrataremos uma empresa especializada em marketing e
publicidade, uma agência, dessa forma solicitaremos um redator, um
profissional de mídia, entre muitos outros profissionais que realizem
nossa demanda com qualidade e eficiência.
Além da agência, contrataremos também profissionais autônomos,
solicitaremos o CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) para que
dessa forma os custos ficam mais baixos para ambas as partes. Hoje,
com a existência dos MEIS (Microempreendedor Individual), facilitou
muito para a prestação de serviços. As vagas terceirizadas são:

Mentores*
Responsáveis por oferecer suporte aos empreendedores iniciantes em
seus projetos. Teremos mentores nas áreas de comunicação, finanças e
marketing.

Assessores*
Responsável por auxiliar os empreendedores quando for solicitado
apoio, além do negócio, deve ser trabalhada a questão do bem-estar do

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ser humano que está por trás da ideia. Teremos assessorias de moda,
jurídica e psicológica.

Diretor de produção*
Dirige realizações audiovisuais e multimídia; supervisiona a: criação, pré-
produção, organização da produção, realização, montagem, apresentação;
administra o tempo da realização; dirige ensaios e atores; define cenários
e locações; supervisiona a pós-produção e finalização; coordena equipes
de produção, roteiro, direção de arte, direção de fotografia, de som, de
imagens, de música, de efeitos especiais, de coreografia, de figurino, de
apresentação; planeja produção: aprova o cronograma de produção;
planeja a utilização de equipamentos e recursos técnicos; realiza testes
técnicos; cumprir a grade de programação; desenvolve ideias: pesquisa
temas; conceitua projetos; seleciona os temas a serem trabalhados, entre
outros.

Editor*
Responsável pela composição final dos conteúdos que serão exibidos;
sintetiza as imagens, procurando os melhores ângulos e aproveitamentos,
sempre buscando a sinergia com o texto, estabelece um alto padrão
visual de qualidade e de maneira que ajude o telespectador a entender
bem a mensagem através das imagens.

Planner*
Responsável por construir a marca de forma estratégica, identificando
quais são as suas forças e os seus pontos fracos; analisa e define o
posicionamento da empresa no mercado. Essa vaga será preenchida
através da contratação de uma agência.

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Redator*
Responsável pelas palavras, termos, traços estilísticos, discurso, e tudo
mais que se refere à linguagem empregada nas peças, de acordo com a
temática eleita para a campanha; conceituar, criar e estabelecer a linha
comunicativa que vai traduzir o conceito definido pela equipe de criação.
Essa vaga será preenchida através da contratação de uma agência.

Profissional de Mídia*
Responsável pelo planejamento e estratégia da programação e veiculação
de uma campanha publicitária e ação de marketing; sugere os meios e
veículos de comunicação, negocia os custos, planeja as ações e acompanha
as veiculações. Essa vaga será preenchida através da contratação de uma
agência.

Analista Jurídico*
Responsável pelos contratos da empresa, dos colaboradores e dos
participantes, utilizaremos seus serviços esporadicamente, ou seja, de
acordo com a demanda da empresa. Responsável por prestar assessoria
jurídica, a fim de garantir segurança legal no planejamento e efetivação;
elaborar e analisar contratos sociais de acordo com as necessidades
da empresa; acompanhar processos cíveis, tributários e trabalhistas e
participa de audiências. Esse cargo será preenchido por um dos nossos
assessores.

Serviços Gerais*
Responsável pela limpeza do ambiente onde realizaremos o
reality, seus serviços serão solicitados esporadicamente de acordo com o
funcionamento e realização do reality. Essa vaga será necessária apenas
na manutenção do escritório.

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Como os prestadores de serviços são contratados por meio de um
contrato, temos um modelo de contrato para nossos futuros prestadores
de serviços, segue abaixo o modelo:

Pelo presente instrumento particular de CONTRATO DE


PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, celebrado, de um lado, pela
Empresa THE SCALE – REALITY DE CONSULTORIA, sob CNPJ
nº **.***.***/****-** localizada na (cidade) Uberlândia/
MG, neste ato representada por sua Sócia (ou Diretora), Sra.
Gabriele Moreira Pires (naturalidade), Brasileira, (estado
civil) Solteira, (profissão) Internacionalista, portadora
do CPF nº ***.***.***-** e do RG nº **-**.***.***,
doravante denominado CONTRATANTE e, de outro lado
o(a) Sr.(a) ______________________________, _____________________
(naturalidade), _______________________ (estado civil),
________________, (profissão) ______________ portador(a) do CPF
nº __________________ e do RG nº ________________, Residente
na Rua ____________________________________________, (Cidade)
___________________, (Estado), ______________, sob nº ________,
doravante denominado (a) CONTRATADO(A), estabelecem as
partes, de comum acordo, as seguintes disposições:
CLÁUSULA PRIMEIRA
O objeto do presente Contrato é a prestação de serviços do
(a)
Contratado (a) à Contratante, visando prestar assessoramento
dentro da sua área de atuação profissional, na qualidade de
Responsável técnico.

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CLÁUSULA SEGUNDA
O presente Contrato vigorará pelo período de _____________________
ano(s), iniciando em _______/_______/_______.
CLÁUSULA TERCEIRA
Fica estipulado o valor de R$ ______________ ( ), a título de
pagamento mensal ao(à) Contratado(a), devendo esta ser paga
pela Contratante até o 5º dia do mês seguinte ao da prestação
do serviço.
CLÁUSULA QUARTA
O Contratante propiciará todas as condições para o bom
desempenho do(a) Contratado(a).
CLÁUSULA QUINTA
O presente Contrato poderá ser rescindido por qualquer das
partes, desde que haja a comunicação formal no prazo mínimo
de 30 (trinta) dias, anteriores ao distrato.

CLÁUSULA SEXTA
Caso sobrevenham pendências a título de honorários devidos ao
contratante por ocasião do vencimento do contrato, estipulam
as partes de comum acordo que o contratado terá direito a
uma multa equivalente a _________% do valor do contrato
CLÁUSULA SÉTIMA
As partes elegem o Foro da Comarca de __________________________
para dirimir eventuais litígios acerca do contrato, podendo ser
resolvidos, também, por meio de procedimento arbitral. E por
estarem justos e contratados, subscrevem o presente em três
vias de igual teor e forma, na presença de duas testemunhas.
______________________, _______ de _____________________ 20_______.
_______________________________________________________________

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(Contratado)_____________________________________________________
2 - Representante Legal (Contratante)
Testemunhas:
1)____________________________________________________________
2)____________________________________________________________

Depois de entendermos a composição dos departamentos e a


descrição dos cargos existentes no The Scale, vamos falar sobre
valores!

Folha de pagamento
Um dos subsistemas mais importantes que compõe o planejamento
de Recursos Humanos é a remuneração. Salário é uma das várias maneiras
de mostrar o quanto a empresa valoriza seus colaboradores, entretanto,
existem diversas formas de remuneração, e cabe a cada organização
escolher qual lhe representa melhor.
Diante de vários modelos de remuneração, escolhemos misturar
algumas das formas existentes para criar uma versão apropriada de
remuneração para nossos colaboradores. Vamos mesclar algumas das
formas mais tradicionais com formas inovadoras e criativas para criar
a melhor remuneração aos nossos colaboradores.
O modelo mais tradicional, plano de cargos e salários, tem como
objetivo recompensar o profissional pelo conjunto de atividades que foram
desenvolvidas, o que garante que o colaborador realizará suas principais
funções. Além desse método, também vamos adotar as premiações,
que funcionam como motivação aos colaboradores, ou seja, através de

971
metas sejam elas individuais ou coletivas, existirão premiações aos que
cumprirem com maior êxito.
Para fechar o conjunto de maneiras de remuneração que vamos
utilizar, adicionamos algumas alternativas que são criativas, nesse
modelo, é necessário que tenha reconhecimento, feedback, orientação
e motivação. Aqui, podemos recompensar nossos colaboradores de
diversas formas, como: agradecimentos em público, jantares, viagens,
festas, promoções, entre muitos outros.
De acordo com o portal Vagas, é necessário adicionar individualmente
em cada cargo a porcentagem de 80% para levar em consideração os
encargos trabalhistas pagos aos colaboradores. Independente do cargo,
esse valor deve ser considerado para que não existam problemas futuros
no plano financeiro da empresa.
Vale lembrar que nossa diretoria geral é composta por seis
sócios que estão diretamente ligados a todos os processos da empresa.
Considerando a participação dos sócios na formação do capital social da
empresa, consiste no valor adicionado pelo pró-labore que se refere aos
encargos trabalhistas, será de 30% sobre a base salarial.
Todos os valores adicionados aos cargos foram definidos com base na
média nacional, é sempre necessário considerar que em algumas regiões
ocorrem um desequilíbrio no cálculo, mas de toda forma são uma boa
premissa para chegarmos à média. Alguns dos cargos que compõe nossa
empresa, possuem valores bem altos, porém são cruciais para garantir a
qualidade do nosso negócio.
Aqui apresentaremos nossos salários, que foram baseados em um
período de experiência de cada cargo. Em determinados cargos, solicitamos
um nível de conhecimento um pouco mais alto do que em outros, porém
consideramos que todos os cargos têm a mesma importância para que o
reality aconteça.

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Em alguns valores, a experiência foi levada em consideração.
Lembrando que estudamos os salários dos prestadores de serviços também
para que dessa forma os cálculos da folha de pagamento não fiquem
incompletas, uma vez que nosso quadro de funcionários é relativamente
pequeno comparando aos prestadores de serviços. Portanto, consideramos
os terceirizados nessa análise.

Vamos aos salários...

Diretor geral
Para essa vaga, é preciso que haja experiência, pois, gerir uma
empresa exige conhecimento em diversas áreas, de modo que a
tomada de decisões seja rápida e não comprometa as operações
da empresa.

Salário: 3.500,00 - 6.256,00 - 12.361,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

973
Auxiliar de RH
Para esse cargo, é preciso que exista conhecimento nas áreas
de recrutamento e seleção, assim como compreender o propósito
da empresa, trazendo bons resultados.

Média salarial: 1.549,00 Fonte: Portal Vagas

Gestor financeiro
O auxiliar financeiro em nossa empresa tem uma
demanda de serviços um pouco menor, pois terceirizamos nossa
contabilidade, algo que não diminui sua importância, mas que
altera um pouco a ideia de remuneração do cargo.

Salário: 2.310,00 - 3.079,00 - 5.951,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

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TI - Tecnologia da
Informação
Responsável pela criação e manutenção do site, local onde
acontecerão as inscrições dos participantes interessados. Esse
profissional será fundamental para o negócio, ou seja, contaremos
com ele como um parceiro.

Salário: 2.441,00 - 3.743,00 - 5.548,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

Terceirizados

Diretor
Um dos principais cargos no departamento de produção,
com diversas atividades e responsabilidades de muita relevância
para o negócio, ou seja, a remuneração deve ser coerente.

Salário: 3.940,00 - 6.380,00 - 10.782,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

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Editor
Para que o conteúdo chegue aos nossos telespectadores, o
editor é bastante importante, pois esse profissional que estabelece
um alto padrão visual de qualidade e uma comunicação mais
empática.

Salário: 1.505,00 2.125,00 3.021,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

Apresentador
Como esta vaga representa bastante importância na
empresa, isso refletirá no salário, o apresentador é a alma do
reality, sem a presença dele não existe reality.

Salário: 2.472,14 - 6.527,98 - 10.199,98 GRÁFICO Fonte: Trabalha


Brasil

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Mentores
Esses profissionais, na maioria das vezes preferem receber
por hora trabalhada ou por tempo de consultoria, ou seja, por ser
um valor variável, vamos fixar o salário em seu limite máximo,
de acordo com o portal vagas.

Salário: 439,00 - 690,00 - 2.846,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

Assessores
São profissionais que oferecem apoio aos empreendedores
de acordo com a demanda, isso reflete no salário, porém para
que não seja tão variável, definimos seguir a média salarial do
cargo.

Salário: 1.643,00 - 2.780,00 - 4.607,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

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Analista jurídico
Responsável pelos contratos da empresa, dos colaboradores e
dos participantes, utilizaremos seus serviços esporadicamente,
ou seja, de acordo com a demanda da empresa. Responsável por
prestar assessoria jurídica, a fim de garantir segurança legal no
planejamento e efetivação; elaborar e analisar contratos sociais
de acordo com as necessidades da empresa; acompanhar processos
cíveis, tributários e trabalhistas e participa de audiências.

Média salarial: 3.033,00 Fonte: Portal Vagas

Serviços gerais
Responsável pela limpeza do ambiente onde realizaremos o
reality, seus serviços serão solicitados esporadicamente de acordo
com o funcionamento e realização do reality.

Salário: 1.010,00 - 1.110,00 - 1.255,00 GRÁFICO Fonte: Portal Vagas

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Com base nesses valores atuais de mercado, conseguimos projetar
um valor total dos gastos com a folha de pagamento da nossa equipe de
colaboradores.

Primeiro ano

O valor total dos gastos mensais dos serviços fixos é de R$ 32.400,00,


enquanto os terceirizados representam R$ 28.400,00. Os serviços que
estamos terceirizando têm a finalidade de melhorar a manutenção das
operações da empresa e dos custos presentes na organização. Assim,
temos no primeiro ano de negócio, o valor de R$ 60.800,00.
Lembrando que todos os valores encontrados foram uma premissa
do que está sendo oferecido pelo mercado, que sofrerão reajustes anuais.
De acordo com o Portal do G1, na última variação salarial o percentual
ficou em cerca de 4,2% por ano. Então, aqui apresentaremos a nossa
projeção para os próximos cinco anos.

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Segundo ano

Terceiro ano

980
Quarto ano

Quinto ano

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Plano de carreira

O plano de carreira pode ser compreendido como uma ascensão


profissional, o sucesso do colaborador, assim como sua trajetória futura
na empresa. Esse plano é criado por líderes da organização, e um dos
princípios para que o colaborador alcance esse sucesso é a realização de
suas atividades com excelência.
Uma das formas mais eficientes é traçar o plano de carreira
juntamente com o colaborador, seja no momento da entrevista ou
durante sua caminhada na empresa. Para que o plano de carreira seja
satisfatório para ambos, é necessário compreender as expectativas do
futuro colaborador, para que não ocorram problemas no futuro.

Avaliação de Desempenho

Pode ser entendida como uma ferramenta que analisa o


desempenho do colaborador assim como seus resultados individuais
em um determinado intervalo de tempo, e tem como principal objetivo
obter mais conhecimento sobre o funcionário através das atividades
da empresa. Existem várias formas de realizar essa avaliação, seja por
meio de gráficos de classificação, pesquisa de campo, auto avaliação,
relatório de performance, avaliação por resultados, avaliação 360 graus,
entre muitas outras.
Inicialmente trabalharemos com apenas dois tipos de avaliações
de desempenho, justamente para conhecer quais métodos funcionarão
com eficiência e entregarão os resultados desejados. Lembrando que nada
impede o profissional de recursos humanos, caso perceba necessário, de
trocar por outros modelos de avaliação.

982
A primeira escolha seria a auto avaliação, uma das mais utilizadas
no mercado, funciona em duas etapas, primeiro o colaborador responde
um questionário que tem como objetivo de refletir sobre sua própria
atuação, e por meio deste, conseguirá identificar seus pontos fortes e
fracos. Na segunda etapa acontece uma discussão entre colaborador e
seu líder, com o objetivo de encontrarem melhorias na sua performance.

Figura 249: Performance

Nossa outra escolha foi pela Avaliação 360º, um questionário


bem específico auxilia nessa avaliação, nele é possível descrever os
comportamentos e as competências que são trabalhadas na empresa,
para alcançar suas metas. Utilizando dessa metodologia, o próprio
colaborador consegue acessar seus resultados, para que consiga visualizar
qual competência ele se encaixa diante da empresa. Além disso, os
resultados auxiliam na identificação de melhorias em seu desempenho,
assim, é possível traçar um plano de ação para que alcance seus resultados
desejados.
Figura 250: 360

983
Rotatividade

Também conhecido como turnover, um índice que analisa a


rotatividade de colaboradores dentro de uma empresa, em outras
palavras, pessoas entrando e saindo, e quanto maior for esse índice, pior
será o resultado. As grandes organizações acreditam que manter um
bom relacionamento com seus colaboradores faz com que a rotatividade
diminua.
Além de gerar inúmeros custos financeiros não planejados, o índice
de rotatividade também gera perda de capital intelectual, e em nosso
negócio esse é um ponto bastante importante que precisamos considerar.
Para que esses números não sejam agravantes, precisamos investir na
motivação da equipe, seja por meio de treinamentos ou momentos
que agreguem relações interpessoais. Então, é de extrema importância
que existam reuniões de planejamento para que definam métodos que
combatam o turnover.

Sistema de Informações de Recursos Humanos (SIRH)

No planejamento de Recursos Humanos, existem várias atividades


que devem ser realizadas para que não prejudique o fluxo da empresa,
pois são extremamente importantes para o negócio. O SIRH é capaz de
acompanhar o processo de gestão de pessoas dentro da organização,
durante a vida útil da empresa. Para que tenhamos total conhecimento
dos resultados gerados pelos colaboradores, utilizaremos os métodos
escolhidos na avaliação de desempenho.

984
Nosso clima organizacional

O clima organizacional pode ser compreendido como a união de


vários fatores que são relevantes dentro de um ambiente de trabalho,
na visão dos colaboradores, seja de forma direta ou indireta, mas que
influenciam na convivência, no comportamento e na motivação dos
colaboradores que fazem parte da equipe.
De acordo com o portal RH,

“O clima organizacional é uma variável que influi diretamente


na produtividade, pois o grau de salubridade de uma organização
depende de sua atmosfera psicológica. Esta atmosfera é fruto do
conjunto de percepções das pessoas que compartilham seu dia a
dia com a organização. A pesquisa revelará a realidade percebida
pelos colaboradores e não somente o que efetivamente acontece”.

PORTAL RH, 2015

Realizaremos pesquisas de clima para gerar resultados e planos


de ações, além das práticas motivacionais, com o objetivo de oferecer
um ambiente de trabalho satisfatório para nossos colaboradores. Nosso
propósito com essa pesquisa é evitarmos futuros desentendimentos,
problemas e visões errôneas sobre a empresa.
Com o intuito de conhecermos realmente o grau de satisfação da
nossa equipe, vamos realizar essa pesquisa para entender como estão
se sentindo no local de trabalho. Por estarmos começando no mercado
recentemente, não vamos realizar a pesquisa de imediato, pois não
teremos resultados reais. Vamos esperar seis meses de atuação para que
essa pesquisa seja feita.
985
Com um total de 10 meses de atuação, avaliaremos a satisfação dos
nossos colaboradores com relação aos benefícios que oferecemos neste
período, assim teremos resultados reais. Posteriormente, realizaremos
essa avaliação a cada seis meses. Nosso propósito será sempre pensado
para os colaboradores e o seu desenvolvimento.

Motivação

Nosso objetivo é recompensar os nossos colaboradores pela forma


com que agregam valor ao nosso clima organizacional, para que se
sintam motivados e desejem estar naquele ambiente. Vamos motivar
nossa equipe para que nunca deixem de estudar, pois é um dos interesses
tanto dos nossos consumidores quanto dos nossos colaboradores, ou seja,
precisamos nos posicionar positivamente com relação a essa demanda.
Mesmo assim, é necessário que exista um ambiente para momentos de
descontração.

Conclusão

Nós, do The Scale, temos o propósito de tratar nossos colaboradores


como uma família e com a nossa equipe de Recursos Humanos,
especializada em recrutamento e seleção, treinamentos, gestão de
resultados, entre outros, faremos com que isso se torne realidade. Nossa
estrutura organizacional retrata muito claramente nossos objetivos,
nosso planejamento estratégico, na qual visa contratar colaboradores
que tenham vontade não só de trabalhar, mas de inovar e ser criativo.
Nossa equipe, desde o início do negócio, é composta por muitas

986
pessoas, porém todas são essenciais para que o reality aconteça e todo
o nosso negócio entre no mercado. Nossos esforços serão redobrados
nos treinamentos, para que nossos colaboradores se sintam sempre
conectados com a organização e toda a equipe. Além dos serviços
fixos, contaremos também com serviços terceirizados, como Mentores,
Assessores, Apresentador, Diretor, Editor e Serviços Gerais.
Definimos alguns indicadores que medirão o desempenho dos
nossos colaboradores, para acompanhar os resultados que a empresa
possui, assim como as ações que precisam ser realizadas para que
cheguem aos resultados desejados. Uma vez que trabalharemos com os
empreendedores iniciantes, nossa equipe será motivada a se desenvolver
enquanto profissionais e, ainda mais importante, como pessoas.

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EPISÓDIO 24

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BOA
IMPRESSÃO
Consultoria de moda

Consultoria de imagem
Já foi comprovado que a roupa acaba chegando primeiro do que a
pessoa, mostrando o quão i mportante é a imagem pessoal e o quanto ela
pode ser decisiva em muitas das relações que se tem na vida. Diferente da
consultoria de moda, a consultoria de estilo busca conhecer a essência
de cada pessoa e ajudá-la a se comunicar melhor pelo o seu modo de
vestir.
Em tese a consultoria de imagem é um conjunto de ferramentas
que aprimoram o estilo sem mudar a personalidade. Já consultoria de
imagem liga o seu estilo pessoal com a sua personalidade, buscando
aflorar seus pontos fortes através do seu modo de vestir, evidenciado

990
quem você é, pela roupa, construindo um guarda-roupa ‘’aliado’’. Além
disso, ela também auxilia para descobrir estilo, personalidade, gostos,
interesses, motivação e necessidade.
As corporações vêm investindo cada vez mais em novos conceitos e
valores que expressem de forma clara seus objetivos. E assim como toda
empresa gira em torno de seus objetivos a forma de vestir também deve
transparecer o mesmo pensamento da empresa, seja ela mais formal ou
informal. Segundo a professora de Design de Moda do Uni Drummond,
Rúbia Guimarães, a imagem pessoal, dentro do ambiente corporativo
reflete a marca da organização em que a pessoa trabalha.
Assim como a empresa investe em marketing, publicidade, relações
públicas e decorações para que se obtenha uma melhor imagem dos
serviços da empresa, é importante ter em mente que a imagem é o cartão
de visita de uma organização, sendo muita das vezes o primeiro contato
que os clientes têm com a organização. Já que a primeira impressão
é a que fica, é de suma importância promover uma imagem positiva,
credível e de confiança. Para ter uma maior funcionalidade durante
todo o processo, trabalharemos em 6 etapas, sendo elas:

1° Moodboard
Moodboard é uma ferramenta, na qual conseguiremos extrair
respostas dos clientes com relação ao cotidiano, para que assim possamos
entender suas principais atividades da semana e quem ele realmente
é, conseguindo então montar um guarda-roupa de acordo com seus
afazeres e gostos.
Esse painel deverá transmitir quem eles são, através dos lugares
que eles frequentam, o que os inspiram, idade, gostos artísticos e tudo
que possa definir a sua essência.

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2°Análise de temperamento
No capítulo Microambiente, a respeito de clientes, trouxemos o
assunto de temperamento de forma bem detalhada, porém nesse capítulo
mostraremos considerações somente para a parte que se diz respeito à
consultoria, complementando o que está escrito no capítulo de clientes.
Ao conversar com a professora Sônia, coordenadora do curso de moda
na faculdade ESAMC de Uberlândia, foi possível entender que a forma
com que as pessoas se vestem, está ligada com o sentimento, e através
da análise de temperamento é possível identificar pontos positivos e
negativos a serem trabalhados.
Nos estudos sobre temperamentos, classificamos eles através dos 4
elementos, estudo esse feito pelo filósofo Empédocles 495/435 a.C, que os
classifica como terra, fogo, ar e água. Ele entendeu que esses elementos
teriam relação com os 4 fluidos corporais: sangue, fleuma, bílis amarela
e bílis negra.

Na consultoria, dividimos em 2 pontos importantes para conseguir


identificar o temperamento.

1: introspecção (elemento frio) que compreende ao melancólico e


fleumático, pessoas mais reservadas, pensativas e voltadas para si.

2: extroversão (elemento quente) compreende as pessoas que são coléricas


e sanguíneas, são pessoas comunicativas, expansivas e impulsivas.

Um pequeno resumo sobre os quatros temperamentos:

Sanguíneo: sangue (resina vermelha, escura, extraída do caule do

992
dragoeiro), são pessoas otimistas, empáticas, persuasivas e comunicativas.

Fleumáticos: fleuma (humor corporal supostamente causador de


indolência e apatia), são pessoas pacientes, sensatas, previsíveis e
trabalhadora.

Colérico: bílis amarela (gosto amargo que vem do fígado dos seres
humanos), são pessoas dominadoras, racionais, ousadas e determinadas.

Melancólico: bílis negra (de origem grega e uma tristeza vaga, profunda,
permanente e profunda) são pessoas cautelosas, perfeccionistas,
profundas e analistas.

O teste de temperamento é de suma importância no meio empresarial,


para que exista melhoria no comportamento e nos resultados do trabalho,
auxiliando até em decisões pessoais. Nesse teste serão apontados os
gostos, necessidades, principais características, dentre outros fatores.

3° Análise de biotipo
Biotipo são características herdadas geneticamente e adquiridas no
ambiente que configura o indivíduo. Dentro do processo de consultoria
de imagem, entendemos que medidas são diferentes de proporções, por
isso buscamos evidenciar as características que os clientes mais gostam.
Para podermos definir as proporções, levamos em conta as medidas dos
ombros, quadris, cintura, estatura, altura do torso em relação as pernas,
o comprimento de braços, e a altura da cintura. Agora vamos falar um
pouco sobre cada biotipo feminino e masculino.

993
Feminino

Figura 251: Silhueta feminina

Silhueta Triângulo: os quadris são maiores em relação aos ombros e


cintura, o ideal para uma maior harmonização é trazer a atenção para
a parte superior do corpo.

Silhueta Retangular: pessoas que tem essa silhueta tem como


características físicas os ombros, cinturas e quadris de medidas
semelhantes, tendo a cintura pouco definida, possuindo um corpo com
o formato sem tanta curva. Sendo necessário para valorização, o uso de
linhas retas na vertical, podendo ser através de estampa ou recortes.

Silhueta Triângulo Invertido: tem ombros maiores em relação aos


quadris, tendo um maior peso visual na região alta do corpo, nos ombros
e seios. Para uma harmonia corporal o ideal é suavizar a expressividade
dos ombros, dando um foco maior na parte inferior.

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Silhueta Ampulheta: são pessoas que possuem ombros e quadris alinhados,
além de terem a cintura mais marcada. Podendo ser evidenciado ou
suavizado os membros.

Silhueta Oval: ombros e quadris alinhados, tendo a região abdominal


saliente. É necessário que haja uma valorização harmonizando os ombros
e quadris.

Masculino

Figura 252: Silhueta masculina

Silhueta Trapézio: os ombros são mais largos que o quadril, o peitoral é


grande e as costas são largas.

Silhueta Triângulo Invertido: os ombros e os peitos são largos, tem os


braços músculos e quadris e cintura estreitos.

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Silhueta Retângulo: ombros, cintura e quadris tem a mesma ou
semelhante proporção.

Silhueta Triângulo: os peitos e ombros são mais estreitos que o quadril.

Silhueta Oval: linhas curvas, pescoço curto ou largo, costas arredondadas


e barriga saliente.

4° Análise de estilo
O estilo e o modo como a pessoa se expressa, podendo ser através
da arte, escrita, música ou modo de se vestir, ao adequar a roupa com o
estilo pessoal, nos passa uma maior segurança e conforto. Ao todo são 7
estilos universais, sendo eles:

Clássico/Tradicional: é um estilo sem muito modismo, optando por peças


mais neutras, recortes retos e decotes mais fechados.

Criativo: composições mais coloridas que usam o exagero sempre a seu


favor. São looks alegres, diferentes e chamativos, fazem mix de estampas,
texturas e usam acessórios extravagantes.

Esportivo/Natural: busca aliar conforto, funcionalidade e praticidade


em suas composições.

Elegante: tendem a usar peças clássicas, bem feitas, com tecidos planos,
bem estruturados, e acessórios finos.

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Sexy: usam peças que valorizam seu corpo sem, necessariamente mostra-
lo de forma exagerada.

Dramático/Moderno: são looks elaborados, sobreposições com peso


visual, pecas modernas. Muitas vezes identificado como ser algo teatral.
Dentro do programa será trabalhado o principal padrão do Dress
Code (código de vestimenta), que são o formal, semiformal e informal,
respeitando sempre os estilos predominantes de cada participante, para
que assim cada um tenha uma maior segurança e transpareça a sua
verdadeira essência.

Formal: os looks mais formais transmitem uma seriedade, credibilidade


e segurança. Utiliza-se de cores sóbrias e neutras, modelagens modernas,
porém sem interferência de moda. Além disso, usa-se de acessórios mais
clássicos e discretos, sapatos fechados.

Semiformal: é importante estar atento aos estilos mais casuais e formais,


equilibrando os dois de forma que haja uma harmonia, inserindo o estilo
pessoal de forma leve, porém ainda transmitindo profissionalismo. Usar
de calças mais retas e tonalidades escuras, tecidos de alfaiataria e saltos
com toque mais formal e elegante.

Informal: é importante não usar nada em excesso, para que não comunique
uma imagem que seja diferente da que se quer passar. Optando por
imprimir a personalidade através dos acessórios ou peças coloridas.

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5° Definição da estratégia
Nesse momento iremos apresentar ao cliente tudo que foi definido
baseado no seu dia a dia, entenderemos seus gostos, preferências, corpo
e estilo, após toda a parte de diagnóstico, serão traçados alguns passos
para melhorar a sua imagem, mostrando como trabalhar com peças que
já estão no guarda roupa e como elas a valorizam, dando dicas de peças
que poderão complementar as que o cliente já possui.

6º Contratação de profissionais
especializados
Uma das principais etapas para que um bom plano de moda
funcione, é a contratação dos funcionários preparados para que cada
passo seja construído com sucesso.
Inicialmente, para um projeto inicial de uma empresa pequena, não
é necessária uma grande quantidade de funcionários para esse plano,
ainda mais quando se trata de planos voltados para o auxílio na imagem
dos participantes e seus futuros projetos.
Abaixo listamos os três primeiros e principais cargos que
serão necessários para o reality, juntamente com o salário inicial,
quantidade de profissionais em cada etapa e a formação comum exigida,
respectivamente.
Lembrando que nos responsabilizaremos pelos figurinos utilizados
durante todo o programa, desde as camisetas exclusivas que serão
distribuídas para os participantes, até as equipes finalistas onde possuirão
looks exclusivos do reality e que serão apresentados mais a seguir.

998
Croqui e ficha técnica

Como dito na página anterior, ao chegar na apresentação final, as


equipes participantes receberão looks completos feitos especialmente
para o The Scale e ajustados aos seus corpos após as análises de qual
equipe encaixará em determinado estilo. Os modelos já foram pré-
estabelecidos, porém, pode haver mudanças, desde que sejam pequenas,
como por exemplo: aumento ou diminuição na manga, barra, decote,
cor, entre outros. Desde que não influenciem no modelo inicial.
Para iniciar a criação de uma coleção, é necessário realizar pesquisas
envolvendo tendências futuras sobre o mundo da moda, ou seja, quais os
modelos que estarão em alta, cores, estampas, acessórios combinações
etc.
Além de realizar as pesquisas, devemos colocá-las em prática através
de painéis (ex: modboard) de inspirações com imagens e texturas para
auxiliar na hora da criação dos croquis dos looks completos, também
podem ser feitas apresentações, rascunhos e partes escritas sobre elas.
Os modelos a serem criados devem ter suas justificativas, para que assim
sejam respeitados tanto no meio profissional quanto na moda.

999
Moodboard de tendências 2021

Figura 253: Feminino

Mini coleção - croquis femininos


As peças a seguir serão produzidas em parceria com o Ateliê Ana
Flausino, localizado na cidade de Itumbiara-GO divisa com Minas (cerca
de 2:00hr de distância de Uberlândia-MG), no qual a proprietária do
mesmo é uma integrante do grupo Eleve, que se dispôs a fornecer os
looks completos com um retorno de divulgação durante o reality.

1000
Os looks serão de total responsabilidade do Ateliê, os modelos
selecionados serão enviados para a empresa, juntamente com as medidas
e mudanças necessárias ou solicitadas por cada participante. Eles serão
entregues assim que finalizados ou quando estiverem a “Ponto de
Prova”, ou seja, cada participante receberá suas peças inacabadas para
experimentar e ver se tudo está no caminho certo.

1. Vestido com manga bufante

Figura 254: Peça 1

2. Conjunto saia plissada e blusa com manga de babado


Figura 255: Peça 2

1001
3. Conjunto blusa manga três quartos e calça jeans trespontada

Figura 256: Peça 3

Peça extra que pode ou não entrar na coleção com os futuros figurinos:

Estilo - gala / moda festa


Figura 257: Peça 4

1002
Uniforme
Para maior praticidade tanto para os participantes quanto para
os responsáveis pelo The Scale, selecionamos como opção mais viável e
acessível, a confecção de camisetas personalizadas, sendo elas unissex,
com a logo do programa para cada participante usar no decorrer dos
episódios.
O modelo selecionado inicialmente para a produção destas
camisetas, foi o mais básico e confortável possível, para que assim ela
não se torne algo que possa ofuscar os próprios participantes ou os seus
projetos.
O modelo é composto por: Molde camiseta padrão (PP, P, M, G,
GG, XG, etc.) , Tecido de algodão na cor branca, Gola Redonda, Costura
comum, Bordado no peito com a logo do The Scale em letras pretas e
etiqueta da empresa Eleve no interior da peça ou no exterior em cima
da barra na parte frontal.

Figura 258: Camisa branca

1003
Figura 259: Vestido

1004
Figura 260: Calças

1005
Figura 261: Blusa

1006
Look masculino
Para os participantes do sexo masculino, após pesquisas e análises
de preços, percebemos que a melhor opção com relação a custo-benefício
e qualidade é, ao invés de confeccionar peças diversas como apresentado
anteriormente nos looks femininos, vamos buscar lojas ou fábricas
confiáveis que vendem peças sociais e formais a preço de atacado, pois
alfaiataria não é uma área fácil da moda para se trabalhar, são raros os
profissionais que se arriscam nela nos dias atuais, além de possuir um
preço acima da média em cada peça.
Sendo assim, as peças seriam selecionadas em tamanhos/
numerações mais comuns, ou encomendadas durante o programa até o
final com os tamanhos específicos. Quando se trata de apresentações de
empresa com investidores, o mais recomendado são os ternos sociais ou
jeans com camisas elegantes.

Por se tratar de modelos mais comuns, também são peças fáceis de


agradar diversas personalidades, o que favorece ainda mais a escolha de
manter looks montados apenas com essas peças. Por mais que a lista seja
limitada, a gama de opções e combinações é gigantesca, não deixaremos
de nos importar com o conforto, estilo e gosto do participante acima de
tudo.

1007
Abaixo, apresentamos alguns exemplos de combinações
diversificadas feitas através das peças citadas acima (e os mesmo não
serão necessariamente os modelos pré-escolhidos para serem usados no
final do reality).

Figura 262: Mosaico moda masculina

1008
1009
EPISÓDIO 25

1010
1011
CONSTITUIÇÃO
THE SCALE

Aspectos jurídicos
Esse capítulo tem como objetivo alinhar algumas questões levantadas
no âmbito jurídico do projeto, de forma a iluminar as etapas necessárias
para que se possa, de fato, constituir a empresa e proteger a propriedade
intelectual gerada no processo. É fruto de pesquisas e conversas com
advogados, profissionais de mercado com marca registrada, professores
do curso de direito e servidores da justiça. Deve-se levar em consideração
que o capítulo é feito para melhor entendimento do projeto, por alunos
fora do eixo de direito.
Abordaremos questões pertinentes a diversos pontos do projeto,
como direitos autorais, a constituição do CNPJ da empresa, a resolução

1012
de potenciais conflitos, exemplos de contratos a serem firmados e,
inclusive, órgãos que regulam a proteção da propriedade intelectual
(nacional e internacional). Alguns desses tópicos já foram abordados em
outros capítulos, de forma mais superficial, e estabeleceremos então as
devidas conexões entre eles.

25.1 Promoção

Para que a empresa possa-se constituir, antes precisamos definir


alguns critérios, como o porte e a responsabilidade dos sócios para com
o capital social da empresa. Por esse motivo, este tópico abordará as
classificações e decisões necessárias para a criação de uma personalidade
jurídica.

25.1.1 Porte
Em primeiro lugar temos o estabelecimento do porte da empresa,
indicada através do número de funcionários que ela emprega. De
acordo com o SEBRAE, e demonstrado na tabela abaixo, a empresa em
questão se encaixa na categoria de pequeno porte, por contarmos com
25 funcionários.

1013
Esse capítulo tem como objetivo alinhar algumas questões levantadas
no âmbito jurídico do projeto, de forma a iluminar as etapas necessárias
para que se possa, de fato, constituir a empresa e proteger a propriedade
intelectual gerada no processo. É fruto de pesquisas e conversas com
advogados, profissionais de mercado com marca registrada, professores
do curso de direito e servidores da justiça. Deve-se levar em consideração
que o capítulo é feito para melhor entendimento do projeto, por alunos
fora do eixo de direito.
Abordaremos questões pertinentes a diversos pontos do projeto,
como direitos autorais, a constituição do CNPJ da empresa, a resolução

25.1.2 Classificação

Esse capítulo tem como objetivo alinhar algumas questões levantadas


no âmbito jurídico do projeto, de forma a iluminar as etapas necessárias
para que se possa, de fato, constituir a empresa e proteger a propriedade
intelectual gerada no processo. É fruto de pesquisas e conversas com
advogados, profissionais de mercado com marca registrada, professores
do curso de direito e servidores da justiça. Deve-se levar em consideração
que o capítulo é feito para melhor entendimento do projeto, por alunos
fora do eixo de direito.
Abordaremos questões pertinentes a diversos pontos do projeto,
como direitos autorais, a constituição do CNPJ da empresa, a resolução

1014
Figura 263: Eireli Lta Empresário

Com a intenção de ser uma empresa formada por mais de um


sócio e a necessidade de desvincular o patrimônio dos sócios ao capital
social da empresa, optamos por abrir uma LTDA, ou uma Sociedade de
Responsabilidade Limitada. É um formato mais simples do que uma
empresa de capital aberto, oferecendo mais vantagens para uma empresa
de pequeno porte, além de não ter uma previsão de capital mínimo para
a abertura da empresa e ser a sociedade empresarial mais comum no
Brasil.
A participação dos sócios é delimitada pela sua quota no capital
social da empresa (quanto maior o investimento, maior a participação) e
os bens da empresa não podem ser confundidos com o capital dos sócios,
existe uma separação. Caso a empresa declare falência, os sócios só se
responsabilizam com a extensão de suas quotas no capital social, caso
não seja comprovada nenhuma irregularidade por parte dos mesmos
(má-fé, fraude ou sonegação) e os recursos da empresa sejam suficientes
para arcar com causas trabalhistas.

1015
25.1.3 Código CNAE

Todas as atividades desenvolvidas na economia possuem um


código na Classificação Nacional de Atividade Econômica, o CNAE. Esse
código serve para reconhecer e delinear a área de atuação da empresa,
designando o conjunto de atividades que podem ser desempenhadas
dentro do exercício. Todas as empresas, sejam públicas ou privadas, até
entidades sem fins lucrativos e profissionais autônomos devem ter seu
registro no CNAE.
Uma vez que a empresa a ser registrada será o The Scale, seu
objeto de atuação está relacionado à produção de programas televisivos
e vídeos sob demanda, a classificação encontrada no CNAE é a 5911-1/99,
especificada na imagem abaixo, retirada diretamente do site do CNAE/
IBGE.

1016
25.1.4 Abertura CNPJ

A abertura de um CNPJ varia em custos, principalmente pelos


honorários contábeis e pelas diferenças nos custos frente aos órgãos
públicos, como a Junta Comercial e a Prefeitura. Estima-se que podem
chegar a R$ 1.500,00, compreendendo valores entre R$ 71 a R$ 351 na
Junta Comercial e R$ 120 a R$ 753 nos alvarás da Prefeitura.
A CONUBE, uma plataforma de contabilidade online e figura na lista
das principais startups da Forbes, contando com contadores, analistas
fiscais e consultores trabalhistas para auxiliar os seus clientes nas
mais diversas atividades contábeis e gerenciais de uma empresa. Uma
das funções que desempenha é a abertura de CNPJ para empresas, de
forma gratuita, onde o empresário somente arca com as taxas públicas.
Realizamos uma simulação de custos para registro de um CNPJ em
Sociedade Limitada e esse foi o resultado:

Figura 264: Cálculo

E, quanto à questão de endereço para o registro do CNPJ, decidimos


pela criação de um escritório físico, onde os sócios se reunirão para
planejamentos e eventuais reuniões online com parceiros, além de servir

1017
de depósito para os materiais necessários para a produção do programa,
como equipamentos e papeis/canetas. O endereço foi definido por uma
parceria encontrada, onde o valor do aluguel foi consideravelmente
reduzido em troca da divulgação dos serviços prestados pela locadora.
Localizada na Rua Bacuris, número 447, no bairro Jaraguá, a casa
conta com sala, banheiro, cozinha, área externa e dois quartos que
servirão de sala de reuniões e almoxarifado. Esse endereço será utilizado
no registro do CNPJ da empresa. Optamos por um lugar mais distante do
centro comercial da cidade para conseguirmos reduzir os custos e pelo
fato de que não serão atendidos clientes na localidade, não necessitando
de um melhor posicionamento. A proprietária está realizando uma
reforma que alterará a fachada e modernizará o prédio. Conseguimos
uma parceria com uma arquiteta que fará os projetos em troca da
divulgação da sua marca. A consultoria arcará com R$ 20.000,00 nos
custos da reforma.
Abaixo mostramos uma foto, retirada do Google, da localização.

Figura 265: Espaço a ser reformado

1018
25.2 Sistema tributário

Assim que definimos criar uma empresa de pequeno porte,


começamos a pesquisar sistemas tributários que melhor se encaixariam
no negócio. Através da Lei Complementar 123, de dezembro de 2006, o
Simples Nacional é o regime que melhor se enquadra na arrecadação
e cobrança dos tributos de micro e pequenas empresas, cobrindo
oito diferentes tipos de impostos em uma única via de recolhimento.
Compreende tributos federais, estaduais e municipais, tais quais:

Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;


CPP – Contribuição Patronal Previdenciária;
CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias;
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados;
IRPJ – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica;
ISS – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza;
PIS/PASEP – Contribuição;

Necessita-se cumprir alguns requisitos, como o enquadramento


em micro ou pequenas empresas, estar dentro da legislação prevista e
formalizar a escolha pelo Simples Nacional. As alíquotas são menores
(reduzidas em até 40%), para que ofereçam maiores chances de
sobrevivência aos pequenos empreendedores, além de reduzir a burocracia
com um documento único de arrecadação (DAS). Para o código 5911-1/99
e a atividade tecnológica/publicitária, a alíquota do Simples Nacional
varia entre 15,5% e 30,5%, de acordo com a receita bruta anual.

1019
25.3 Registro de marca

Outro ponto a ser tratado nesse capítulo é o registro da marca, The


Scale, objeto de licenciamento no futuro. O estudo nos mostrou que a
categoria em questão é a de “Fornecimento de programas de televisão,
não baixáveis, através de serviços de vídeo sob demanda”, cujo código é
410209. Por essa razão, nos encaixamos na cláusula Pré-Aprovada para o
registro de marca, uma vez que existe um código específico para o tipo
de serviço a ser prestado.
Fizemos uma busca ao definir o nome do programa para sabermos
da sua disponibilidade, e trazemos abaixo o resultado. Utilizamos o site
INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) para a pesquisa,
e nenhum resultado foi encontrado para o nome da marca. Isso nos
mostra sua disponibilidade para registro. A imagem é de 27 de outubro
de 2020, última consulta feita pelo grupo.

1020
Como parte do programa de apoio às micro e pequenas empresas,
existe uma redução nos custos desse registro. A realização do pedido de
registro de marcas, com o desconto para pequenas empresas (de acordo
com a Lei Complementar número 123), tem um custo de R$ 142,00.
Outros serviços que possam ser necessários, como a apresentação de
documentos, oposição e reinvindicação tem custos adicionais, conforme
a tabela de retribuições dos serviços prestados pelo INPI, disponível no
site do Ministério da Economia e na imagem abaixo.
Registraremos então a marca The Scale, para que possamos utilizar
o nome no programa, em todas as suas comunicações e como parte
do licenciamento a ser realizado para internacionalizar o programa
(formato + marca) para qualquer país que apresente interesse, iniciando
por Israel.
Mais informações sobre o assunto, veja o capítulo da
internacionalização.

1021
25.4 Registro de marca

Da mesma forma que é importante para o projeto o registro da


marca, também o é o registro do formato do programa, o que será o
maior valor do negócio e nos permitirá, por um tempo, o direito de
exploração exclusiva. Definimos por patente por não utilizarmos nenhum
aspecto especificamente físico para a criação do formato do programa,
o que caracterizaria um modelo de utilidade. Dessa forma, a patente de
invenção nos permite proteger os ativos intangíveis do projeto.
Além do fato de que é válida por 20 anos, cinco anos a mais que
o modelo de utilidade, e trazer mais benefícios como a possibilidade
de reinvindicação e a facilitação do pedido de patente equivalente no

1022
exterior, uma patente de invenção nos asseguraria mais proteção dos
recursos utilizados. O registro da patente também possui os mesmos
descontos que são aplicados para empresas de micro e pequeno porte,
custando R$ 70,00. Recursos e exames futuros também tem seus custos
definidos de acordo com a mesma tabela citada no registro de marcas.

Também procuramos, junto ao INPI, sobre a disponibilidade de


registro de patente de Reality de Consultoria - termo cunhado pelo
grupo com auxílio da nossa mentora, Isabela Bandini -, e a pesquisa não
encontrou resultados. Isso nos dá uma maior tranquilidade, pelo fato
de ainda não existir um registro que englobe as atividades que serão
desenvolvidas pelo The Scale.

1023
25.6 Contrato para inscrição

Como já dito anteriormente, para que os participantes possam,


de fato, fazer parte do programa, deverão assinar um contrato para
autorizar o The Scale a utilizar som, imagem e a produção intelectual
produzida para divulgação. A base desse contrato é apresentada a seguir
e será alterada/emendada à medida que a necessidade se apresentar.

1024
THE SCALE - A ESCALADA EMPREENDEDORA

ANEXO ­ DESCRIÇÃO DO FORMULÁRIO DE INSCRIÇÃO ONLINE

ANEXO I ­ TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE USO DE SOM, IMAGEM


E PRODUÇÃO INTELECTUAL PARA DIVULGAÇÃO

Os membros da equipe (NOME DO PROJETO/IDEIA), no Programa


The Scale, representados pelo responsável pela inscrição do
projeto, e com residência na cidade de _____________ /MG, na
Rua/Av. __________________, nº_____ Complemento ________, n º
___ Bairro ____________ CEP _____-__, neste ato representada por
(NOME DO RESPONSÁVEL), portador da cédula de identidade
n.º ____________, __/__, inscrito no CPF sob o n.º ___.___.___-__, vem,
através desta, AUTORIZAR O PROGRAMA THE SCALE, reality de
consultoria, com sede em Uberlândia/MG, na Rua Bacuris, n.º
447 ­ Bairro Jaraguá – CEP 38.413­0 33, inscrito no CNPJ/MF sob o
n.º **.***.***/****-**, Inscrição Estadual nº. ***.***.***-
****, a título gratuito, a utilizar imagem e som de voz dos
participantes, os dados cadastrais do projeto e/ou ideia inscrita,
bem como a utilizar o material descritivo e ilustrativo (textos,
fotografias, desenhos, material audiovisual, dentre outros), no
todo ou em parte, para todos os fins de divulgação, publicação
em livros, revistas, jornais, internet, ou em qualquer outro
tipo de mídia que o THE SCALE julgar conveniente, sem
qualquer limite quanto ao número de exemplares e de edições,
para circulação no território brasileiro e demais países de
língua portuguesa ou onde o THE SCALE mantiver interesses,
assegurando ao THE SCALE todos os direitos de plena utilização

1025
através de qualquer meio e por prazo indeterminado. Por ser
verdade, firma­s e o presente em 02 (duas) vias de igual teor e
forma.

______________, ___ de ___de 2021.

_______________________________________________
(Assinatura do representante legal da equipe e identidade)

__________________________________________

__________________________________________

__________________________________________
(Assinaturas dos integrantes da equipe e identidade)

1026
25.6.1 Contrato para inscrição

Por ser tratar de um reality show, estamos cientes que canais de


notícias e conteúdo podem fazer recortes e transformar em notícias,
memes e diversos outros tipos de publicações. O YouTube possibilita o
famoso Strike (bloquear um conteúdo de algum canal insinuando falta de
direitos autorais), mas é algo que pretendemos não utilizar, justamente
para que esses canais se transformem em redes de divulgação do nosso
conteúdo e se tornando um canal de distribuição vindo de terceiros,
mesmo que sem o nosso devido controle.
Um único ponto que será observado, será se as diretrizes e os valores
do The Scale estarão intactos em meio a esses conteúdos. Caso qualquer
um deles ofendam ou façam relação com qualquer fator negativo e que
acreditamos não ser ideal, utilizaremos da ferramenta de bloqueio para
preservar o que acreditamos.

25.7 Contrato de licenciamento

Para que possamos entender melhor o delineamento de um contrato


de licenciamento, que será realizado no plano de internacionalização,
trazemos abaixo um exemplo de um contrato básico de licenciamento,
com algumas mudanças quanto ao tipo de serviço e localização da empresa
licenciadora. Esse modelo foi retirado do aplicativo Santo Contrato, em
30 de outubro de 2020.

1027
Contrato de Licença para Exploração de Patente

Contrato data de .............. de ...................... de ............... entre


.............. sociedade comercial e industrial brasileira, ............ com
sede .............. aqui representada pelos seus diretores ......................
e ...................... ,doravante denominada licenciadora e a firma
............, comercial industrial israelense, CNPJ ................sediada
................ no .......... doravante denominada licenciada, e aqui
representada por seu sócio-gerente, ........
CONSIDERANDO
a) Que a licenciadora declara ser titular exclusiva e absoluta da
invenção patenteada (ou depositada) sob o nº ............., intitulada
..........., concedida (ou depositada) em ............. e válida até ..........
b) Que a licenciada declara possuir pessoal qualificado e
capacitado para fabricar ditos ............., desejando ampliar e
diversificar o seu campo de atividade.
ASSIM, PORTANTO,
Considerando as premissas e as promessas mútuas e o acordo
daqui em diante estabelecido .............. acordam o seguinte:
1 - Pelo presente, a licenciadora concede à licenciada a licença
exclusiva para produção e distribuição do programa em Israel,
podendo a licenciada conceder sublicenças totais ou parciais
a terceiros, previamente aprovadas pela licenciadora, em
igualdade de condições.
2 - A licenciadora concede à licenciada todas as fórmulas,
especificações técnicas, desenhos e todos os dados necessários
a execução efetiva do objeto da patente licenciada.
3 - A licenciadora se obriga a fornecer imediatamente à licenciada
informações detalhadas sobre qualquer aperfeiçoamento ou

1028
melhoramento por ela introduzido no produto ou no processo
objeto da licença.
4 - A licenciadora concorda que pertencerão à licenciada os
direitos sobre os aperfeiçoamentos ou melhoramentos por este
introduzidos no programa, comprometendo-se a licenciada a
dar ciência dos meios à licenciadora, nas mesmas bases da
licença ora concedida.
5 - A licenciada se obriga a fazer uso efetivo da patente
licenciada, produzindo e distribuindo em volume e qualidade
tais e satisfazer a demanda do mercado e em obediência às
normas de uso efetivo estabelecidas pelo INPI, fornecendo as
respectivas provas sempre que solicitadas.
6 - A licenciada se obriga em informar imediatamente
a licenciadora sobre qualquer violação ou infração dos
procedimentos por parte de terceiros, e a licenciadora deverá por
sua conta e risco, tomar as medidas judiciais ou extrajudiciais
cabíveis, contando com a colaboração da licenciada, que aqui
se obriga a dar. Caso a licenciadora não queira perseguir os
contrafatores, por razão própria, então a licenciada poderá
fazê-lo as suas expensas.
7 - A licenciadora terá direito, através de pessoas credenciadas,
durante a vigência deste contrato, a visitar as fábricas e
dependências da licenciada, para o controle da qualidade dos
processos e a verificação do exato adimplemento das demais
obrigações contratuais da licenciada.
8 - Como contraprestação pela concessão da presente licença, a
licenciada se obriga a pagar à licenciadora uma importância, a
título de royalties, correspondente a ................% ( ................... por
cento) do preço líquido das vendas dos ........ considerando-se

1029
como tal ........................
9 - A licenciadora obriga-se a efetuar ditos pagamentos de
forma ....... devendo fornecer, juntamente com o respectivo
pagamento, um demonstrativo de cálculo com o relatório das
vendas feitas no trimestre efetuando as cabíveis retenções de
fonte do Imposto de Renda conforme a legislação vigente na
data dos pagamentos.
10 - O presente contrato terá duração de 1 ano a contar da
data de sua assinatura (protocolo do INPI, registro no BACEN,
primeira encomenda, início de operação).
11 - Se qualquer das partes for inadimplente, a outra poderá
notificá-la concedendo um período de 60 (sessenta) dias do
recebimento da notificação por escrito para sanar a falha,
após o que a parte notificante poderá considerar rescindida
a licença “pleno jure” da imediata exigibilidade dos eventuais
créditos e da composição das perdas e danos.
12 - Tanto a licenciadora como a licenciada poderão dar por
rescindido este contrato nos seguintes casos:
a) quando uma decisão judicial ou resolução qualquer implicar
na dissolução de uma das empresas;
b) quando houver execução judicial sobre os bens imóveis da
outra;
c) quando uma delas for judicialmente declarada em estado
de falência.
A decisão tomada em qualquer dos casos supramencionados,
dependerá de notificação nos termos da cláusula 15.
13 - Após a recepção ou remessa do aviso do término deste
contrato pela licenciadora, a licenciada deverá:
a) Cessar a exploração dos processos, com exceção do que for

1030
necessário para atender aos pedidos aceitos anteriormente ao
recebimento do aviso, bem como cumprir as disposições dos
itens “b” e “c” desta cláusula no prazo de dois meses contados
após o recebimento do referido aviso;
b) Apresentar à licenciadora o saldo da posição e inventário
completo de serviços relativos aos ............. e;
c) Prestar os serviços, sujeitando, todavia, a primeira oferta deles
à licenciadora, para a compra por preço vigente no mercado na
ocasião da terminação do contrato.
14 - Este contrato expressa totalmente o entendimento livre
e espontâneo das partes, ficando cancelado todo e qualquer
entendimento havido anteriormente, e nenhuma alteração
adicional nos termos deste contrato será válida, exceto quando
feita por escrito e assinada por ambas as partes, através de
seus representantes legais, e aprovada pelas autoridades
governamentais competentes.
15 - Para interpretação e execução deste contrato, as partes
submetem-se expressamente à jurisdição dos tribunais do
foro desta Capital do Estado de ............... Brasil, abrindo mão da
jurisdição em que possam ser demandadas em razão de seus
presentes e futuros domicílios.
Em testemunho de que as partes redigiram este contrato para ser
devidamente executado por elas e que fixaram suas assinaturas
em .........., firmam também duas testemunhas abaixo subscritas.
E, por estarem firmados
[Local], [dia] de [mês] de [ano].
Assinaturas:
.............................................. ....................................
.............

1031
25.8 Resolução de conflitos

O modelo de contrato trazido acima consta que, possíveis e


eventuais conflitos, serão tratados em tribunais, com uma jurisdição
determinada. Entretanto, optamos pela utilização de vias extrajudiciais
antes, como a mediação. Caso haja descumprimento no contrato – seja
inadimplência, transgressão das normas éticas e morais, maus tratos
com participantes/colaboradores ou qualquer outro motivo -, iniciará
com uma negociação, onde as partes envolvidas tentarão resolver o dito
conflito sozinhas.
Caso não seja possível, utilizaremos de uma terceira parte, imparcial,
que possa ajudar na resolução do conflito. A mediação será a segunda
opção, portanto, para lidar com discordâncias. As especificidades serão
definidas na montagem do contrato, uma vez que precisamos que as
duas partes concordem com a escolha.

25.9 Custos

Levantamos os custos descritos nesse capítulo referentes ao registro


de marca, patente e a abertura do CNPJ, lembrando que são valores para
um único investimento, não sendo repassados para gastos mensais ou
posteriores. Representando um total de R$ 789,87 para a realização dessa
etapa, somados ao valor da reforma, temos um total de R$ 20.789,87.

1032
1033
EPISÓDIO 26

1034
1035
Comunicação
é a arte
de ser
entendido.
Peter Ustinov

1036
COMUNICA-TE!

O que é comunicação?
Comunicação é toda a forma com que a empresa ou negócio irá
se portar diante os outros, seja o público, parceiros, concorrentes e até
mesmo os colaboradores.
É considerada a principal ferramenta para moldar o posicionamento
da sua empresa e, com uma comunicação eficaz, você consegue ser
assertivo e delinear todas suas campanhas para o público ideal
conversando na mesma língua.
1037
Quem irá nos entender?
O primeiro passo é conhecer nosso público, quem acompanhará os
materiais de nossa comunicação e se relacionará com a nossa marca. Para
isso, iremos trabalhar com uma representação chamada Buyer Persona,
que são perfis baseados nas pessoas que irão acessar o seu conteúdo
pelas nas dores, oportunidades e vantagens que o seu material oferece.
Uma buyer persona é a maneira como você descreveria seu cliente
ideal, em termos de faixa etária, cargo, interesses, necessidades. É você
imaginar essa pessoa chegando até a sua equipe para utilizar seu produto
ou serviço.
No caso do The Scale, pensamos tanto na frente relacionada aos
participantes quanto aos espectadores.

PARTICIPANTE
Marina Souza Martins
26 anos
Desempregada
Trabalhou desde os 15 anos, todo esse tempo em uma empresa de área
específica.

Motivações:
Quer seguir na área e reconhece vários erros que aconteciam na empresa

1038
antiga.
Conhece bem o cliente e tem empatia com suas necessidades.
Precisa sustentar seu lar e sonha em alcançar objetivos que necessitam
de renda.
Consegue se sustentar por um tempo, devido aos benefícios que recebeu
após a sua demissão.

Frustrações:
Quando demitida, não sabia mais o que fazer.
Ainda possuía planos ao lado da empresa da qual fazia parte.
Tem medo de não conseguir se reestruturar novamente.
Sabe o que precisa, mas não sabe realizar.

Comportamento de compra:
Marina está buscando uma direção e quer ajuda. Ela conhece cursos
online, tem experiência na área, mas nunca desenvolveu uma ideia
ou um negócio. Está interessada em ajuda e quer executar seu negócio
da maneira mais rápida e assertiva possível, se propondo a aceitar
metodologias inovadoras.

Experiência ideal:
Para Marina, executar sua ideia entendendo todos os passos e já conseguir
uma verba para continuar com seu negócio é a melhor forma de começar
sua empresa.

1039
PARTICIPANTE
Jorge Augusto Soares
38 anos
Freelancer de redação

Formado em Jornalismo, trabalhou 10 anos em agências e hoje trabalha


como freelancer, oferecendo textos para blogs e redes sociais para
agências e empresas.

Motivações:
Jorge enxerga uma oportunidade para transformar seu método de
trabalho individual em um grande negócio.
Entende que sua experiência, somada de métodos inovadores, pode
acarretar em uma grande virada para a área onde atua.

Frustrações:
O ramo jornalístico, quanto mais específico com a redação, é desvalorizado
e seu valor não é reconhecido como deveria.
Jorge não entende como começar o processo e tem medo de prejudicar a
sua principal fonte de sustento atual.
Comportamento de compra:
Jorge acredita muito na ideia, o que ele precisa é de um apoio e de
confiança para executar a oportunidade que enxerga. Esses dois requisitos,
sendo cumpridos, facilitam o processo para que Jorge encare o desafio.

1040
Experiência ideal:
Jorge quer posicionar seu produto de maneira rápida, ele tem a ideia em
mente, mas sabe que irá ser trabalhoso. A experiência ideal é conseguir
executar o negócio sem abalar seus freelances, para que possa continuar
se sustentando até que a empresa realmente esteja se tornando rentável.

1041
ESPECTADOR
Carlos Magno Guimarães
23 anos
Estudante

Carlos está cursando administração e tem interesse em entender melhor


sobre como é a construção de uma empresa do zero.

Motivações:
Carlos está adorando o curso e acha que fez a escolha certa.
Pretende abrir seu próprio negócio antes de se formar.
Quer aproveitar o tempo como estudante para aprender o máximo
possível sobre empreendedorismo.

Frustrações:
Não consegue acesso a experiências reais de mercado.
A instituição onde estuda não está preparada o suficiente para atender
suas dúvidas.
Cursos extras estão fora do orçamento de Carlos.
Carlos não consegue parceiros.

Comportamento de compra:
Carlos está à procura de conteúdo constantemente, ele precisa entender
melhor sobre o assunto e busca casos reais, está disposto a experimentar
qualquer experiência que possa lhe agregar valor intelectual.

1042
Experiência ideal:
Carlos gostaria de assistir um negócio sendo executado do zero e
começando a se tornar lucrativo, entendendo o processo e mecânicas
possíveis para trabalhar futuramente.

1043
ESPECTADOR
Viviane Araújo Costa
42 anos
Empresária

Viviane passa por algumas dificuldades com sua empresa e quer entender
melhor processos que possam agregar valor a ela.

Motivações:
Viviane acredita que ainda há tempo de recuperar os ganhos da sua
empresa.
Começou um curso de marketing e está à procura de conteúdo na internet
em seu tempo livre.
Possui muitas dúvidas e acredita que a internet pode ser um local de
fácil acesso para solucioná-las.

Frustrações:
Viviane tem dificuldade para entender termos específicos nos conteúdos
que assiste.
Está achando o curso superficial.
Tem medo de perder sua empresa.

Comportamento de compra:
Viviane está desesperada para encontrar soluções para sua empresa e
procura atividades reais e explicativas.

1044
Experiência Ideal:

Viviane quer entender onde errou e o que precisa melhorar em sua


empresa, e além disso, encontrar mais detalhes que podem ajudar no
crescimento do seu negócio.

1045
Conclusão das personas
Entender as personas que representam o público impactado pela
comunicação faz parte do início de toda uma estrutura que irá moldar
como a empresa irá se comunicar e como ela poderá ser assertiva
nesses meios. Entendemos que as pessoas que desejamos impactar estão
interessadas em conteúdo real e informação acerca do empreendedorismo.

Quem somos
Geralmente, o que uma pessoa fala ou faz, está relacionado
diretamente com sua personalidade. Existem as primeiras impressões,
relacionadas ao primeiro contato, e as impressões que vão sendo
aperfeiçoadas com o tempo, e como muitos dizem, a primeira impressão
é a que fica. Esses fatores não são diferentes quando se trata de uma
marca, já que quem interpreta são pessoas.
Para isso, precisamos ter uma personalidade, sabermos quem é o The
Scale e moldar como iremos abordar e tratar de diversos assuntos com
o público.
O primeiro passo é encaixar o The Scale em um arquétipo. Mas o que
é um arquétipo? Os arquétipos são como um padrão de comportamento,
criado pelo psicólogo suíço Carl Jung. Para ele, os arquétipos são imagens
primordiais, presentes em nosso imaginário e que conseguem explicar
diversos detalhes relacionados à toda nossa identidade.
Para a área publicitária, esse padrão se encaixou como uma luva.
Diversas marcas utilizam desses arquétipos para se tornarem uma
espécie de amigo de seus clientes e debaterem assuntos, notícias e
atualizações que tenham um contexto similar agradável para o cliente.

1046
Dois exemplos fáceis de se relatar é a Nike, como uma empresa heroica,
e a Jeep ou a Heineken, como uma empresa exploradora. Veja melhor
alguns exemplos de arquétipos e, em seguida, marcas que representam
esses arquétipos. Figura 266: 12 Arquétipos Jung

1047
Figura 267: Exemplos arquétipos

Agora que entendemos sobre o que são arquétipos, você já pode


saber quem somos.

SOMOS PRESTATIVOS!

Se o The Scale fosse uma pessoa, seria prestativo. Alguém que


tem como maior intuito ajudar, auxiliar e tem como desejo proteger de
caminhos ruins. O maior medo é o egoísmo e a ingratidão. Os maiores
dons desse arquétipo são a compaixão e a generosidade, que tem como
estratégia fazer o que puder pelos outros.
No marketing, esse arquétipo é percebido em qualquer atividade

1048
relacionada à prestação de serviços, tanto para indivíduos quanto para
organizações.
Parece confuso, mas todas essas características se encaixam na
maneira como devemos comunicar e como a marca irá se tratar. O fato
é que não são características tão restritivas.
Para as pessoas que se relacionam com essa personalidade, o produto
ou serviço deve auxiliá-lo no sentido de demonstrar maior empenho e
fornecer grande facilidade de ação.
Esse arquétipo se encaixa em um grupo denominado Estabilidade
e Controle, que se mostra com uma atitude de controle, demonstrando
um poder nas mãos. Comparamos isso ao processo em que realizamos
a metodologia e buscamos instruir o público ao conhecimento. Esses
grupos possuem mensagens padrões, definidas por Jung, e a mensagem
do Prestativo é “Ama teu próximo como a ti mesmo”.
Um fato interessante sobre os arquétipos é que não há regras
envolvendo suas decisões, por isso, optamos por trazer, de uma forma
menos destacada, algumas características dos arquétipos explorador e
criador.
Trouxemos esses dois arquétipos representando a fome de inovação
e descobertas do negócio, onde buscamos desenvolver não somente as
pessoas, mas também o espaço no qual o programa estará sendo realizado.

1049
Universo temático
Após sabermos a personalidade da empresa, vamos entender do
que pretendemos falar. Para isso, detalhamos um quadro chamado
universo temático. Nele estudamos os assuntos que serão tratados como
prioridade e os assuntos que vão ser tratados com menor frequência.
O universo temático, de dentro para fora, representa funções
relacionadas ao Core Business. Seguindo adiante, entendemos os serviços
e produtos praticados. Na terceira escala falamos sobre os benefícios
emocionais que o produto ou serviço pode trazer. E por fim, listamos os
universos nos quais a marca faz parte.
Finalizando essa etapa, temos exatamente uma linha pra seguir
com nosso público.

1050
Com os universos temáticos selecionados e bem distribuídos,
sabemos onde focar nossos esforços e a direção do conteúdo que devemos
seguir para comunicar a marca.

Posicionamento online
Você com certeza já sabe o que é o posicionamento de uma empresa,
mas existe outra forma como esse termo é colocado, é a forma como a
empresa irá corresponder em relação a eventos. Uma forma clássica de
explicar sobre isso é em relação a política, onde a maioria das empresas
preferem não se manifestar sobre o assunto.
Não há uma fórmula correta sobre dizer se as empresas devem se
posicionar sempre ou nunca, caso uma empresa queira não se posicionar
1051
em nenhum aspecto, por mais estranho que seja, pode funcionar. Da
mesma forma que uma empresa que se posiciona sempre tem maiores
chances de deslizes.
Lembrando dos valores e do propósito do The Scale, entendemos
que nosso comportamento não pode ser nulo, mas também não pode
ser exagerado. Graças aos tópicos anteriores, onde determinamos que o
arquétipo prestativo é o que melhor representa o negócio, e entendemos
as prioridades e assuntos por meio do universo temático, conseguimos
ter uma linha de base para onde e quando seguir.
O primeiro detalhe é estarmos presentes em assuntos relacionados
ao centro do nosso universo temático e nos mantermos abertos a mais
comentários. Não precisamos sempre tentar trazer algum conteúdo ou
ajuda, na verdade, isso pode soar como algo robótico e menos humanizado,
o que foge dos nossos valores.
Quando os temas forem acontecimentos globais, de grande escala
ou grande repercussão, a forma como nos posicionar deve ser estudada
particularmente, para não afetar nossos valores e tratarmos do assunto
com a devida atenção necessitada.

Objetivos da comunicação

Entendendo quem somos e quem queremos alcançar, agora


precisamos entender o que queremos. Nossos objetivos devem ser claros
e tangíveis

Conhecimento do The Scale por parte do público


O primeiro ponto que desejamos alcançar é que o público conheça
o programa e saiba da existência do The Scale. Precisamos ter esse
1052
primeiro contato com o público e o conteúdo deverá rodar por dois anos,
explicando para o público quem somos e o que buscamos.

Entendimento do público sobre a força do empreendedorismo como


método de capacitação
Iremos demonstrar para o público o que o empreendedorismo
pode fazer e o quanto ele pode ser benéfico para a sociedade. Buscamos
apresentar o empreendedorismo como forma de espírito e inovação, não
no sentido de abrir uma empresa, mas no sentido de buscar transformar
o mundo ao qual pertence. Esse conteúdo irá ser veiculado por pelo menos
2 anos, mas, durante e após esse período, serão estudadas vertentes e
adaptações para melhorar e adequar a temática ao entendimento atual
do público.

Interesse do público sobre o conteúdo do The Scale


Não precisamos somente apresentar sobre o que é o programa, mas
também devemos gerar interesse. O ponto é que a primeira campanha
precisará ser romantizada e com promessas, mas os próximos serão
consolidados com provas e resultados, o que irá facilitar bastante o
processo de comunicar todos os benefícios e promessas do programa
como possíveis.

Monetizar com o YouTube em seis meses


Essa etapa já foi levantada no planejamento estratégico, portanto,
o que vamos abordar é que o YouTube traz uma política rígida para
monetizar e vincular parceria, trabalharemos durante esse período de
seis meses para conseguir retorno o mais rápido possível.

1053
Atrair a atenção da TV
Temos um objetivo de estar na TV em até dois anos e, para isso,
devemos atrair a atenção dos canais. Acreditamos que a TV se torna
um grande responsável por profissionalizar e afirmar o potencial do
programa.

Taxa de engajamento alta


Nos preocupamos bastante com a interação e a atenção voltada ao
público, manter a taxa de engajamento alta é um dos objetivos por trás
desses meios. Utilizaremos a taxa de engajamento como uma medida da
relevância do conteúdo publicado pelo The Scale.

Estratégias e táticas de
comunicação
É importante termos em mente quais serão os principais atributos
que iremos levantar e trabalhar para atingir nossos objetivos de
comunicação. Através das estratégias e táticas de comunicação, podemos
verificar os fatores fundamentais para alcançarmos o que almejamos
em relação à comunicação.
Não podemos confundir essa etapa com o universo temático, pois
aqui traremos os pontos que não podemos deixar de lado, no outro vemos
tudo o que podemos relacionar.

Abordar os diferenciais
Uma questão que, geralmente, serve para todas as empresas é abordar
os seus diferenciais frente aos concorrentes e demonstrar os benefícios
que o destinatário conseguirá encontrar apenas nesse local. Iremos bater

1054
na tecla da capacitação e visibilidade em períodos recorrentes e atribuir
outros diferenciais para complementar sempre que possível.

Atenção
Um dos quesitos que sempre falamos e buscamos demonstrar será
a atenção e a interação que o negócio irá atribuir com o público e um
fortíssimo SAC 2.0. Tratando o público de uma maneira mais próxima,
podemos criar um canal de feedbacks e ainda gerar interesse do público,
por parte do contato que ele terá com o The Scale.

Material rico
Tudo o que for produzido ou o que for de impacto, transformaremos
em conteúdo para alimentar o público. Frisamos por sempre transmitir
uma imagem relevante e prestativa para quem acompanha, e a
importância do conteúdo atrela diretamente à percepção do que estamos
oferecendo.

Oportunidades observadas

Além de tudo que foi discutido, também é importante observarmos


oportunidades que o momento apresenta e que faz sentido trazermos
para a pauta da comunicação.

Marca Real
Diante do momento que vivemos, é importante se mostrar
uma marca moderna e com leitura ampla do momento de mundo. É
importante nos mostrarmos um parceiro, alguém com quem se pode
contar nesse tempo incerto.

1055
Embasamento motivacional
Uma febre no mundo do empreendedorismo é a famosa onda
dos coachs e empreendedores motivacionais. Muitos exemplos trazem
abordagens extremamente forçadas e que generalizam as pessoas, como
expressões de “quem quer, consegue” ou “você não deve ser motivado,
mas sim produtivo”.
A questão é que são duas frases erradas e problemáticas no campo
da psicologia. Nós, da Eleve e do The Scale, iremos abordar assuntos
reais que o campo da psicologia aprove e que realmente faça sentido
para pessoas em geral, sem trazer motivações robotizadas.
Trabalhando dessa maneira, ganhamos mais um ponto como uma
marca consciente e que está, realmente, preocupada com o público.

Público
Já sabemos sobre as buyer personas, mas como iremos dividir
exatamente os públicos de atração, será discutido agora.
Dividimos nosso público em três frentes para veicular as campanhas
com maior precisão.

Participantes: campanhas focadas em converter inscrições.
Parceiros: campanhas voltadas para realizar negócios.
Espectadores: campanhas voltadas para aumentar a visibilidade do
programa.

Esses três públicos serão alvos de campanhas diferentes, pois


precisamos variar as mensagens e deixá-las com interpretações
facilitadas. Cada um receberá mensagens pertinentes aos objetivos
estabelecidos de forma individual.

1056
Método de distribuição

Utilizaremos do framework Hero, Hub, Hygiene, criado pelo Google.


Esses termos também podem ser entendidos como pow, push e pull
(pancada, empurrar e puxar).

Hero (Pow) = Anúncio criado para chocar e inspirar os espectadores.


São voltados geralmente para características únicas daquele momento,
muito utilizados em campanhas de promoções.

Hub (Push) = Anúncios voltados para conversar com o usuário. Geralmente


são utilizados para apresentar atributos, diferenciais e estruturas da
marca.

Hygiene (Pull) = Utilizados para nutrir e atrair o público com ajudas e


características próprias do seu negócio.

Para uma empresa que está entrando no mercado, esse método


faz com que a distribuição de anúncios seja consistente e atinja o
público-alvo e nada mais. Diferente de campanhas publicitárias mais
tradicionais, o Hero, Hub, Hygiene não acredita na necessidade de fazer
uma apresentação própria da marca, já que suas mensagens e atributos
apresentam características relevantes e com pontos de interesse em
cada uma das peças de distribuição.
É importante, principalmente para negócios com alta tendência de
crescimento, se tratarem como empresas firmes e não utilizar argumentos
forçando conhecimento da marca, isso pode trazer uma imagem de
inexperiência e despreparo, de acordo com percepções relacionadas à
primeiridade no campo da semiótica.
1057
Campanhas

Agora que conhecemos o público, o The Scale e o sabemos de


estratégias e oportunidades para atuar na parte de comunicação do
projeto, podemos demonstrar como serão as campanhas e como cada
parte irá atuar nesse processo.

Anúncios Always On
O próprio nome já explica, serão anúncios que estarão sempre
ativos. Os únicos processos serão reajustes de verba, texto e arte, mas o
objetivo permanecerá o mesmo.
Iremos veicular esses anúncios com o intuito de atrair participantes
para as temporadas seguintes.
1058
Anúncios Always On
Utilizaremos esse tipo de anúncio com o objetivo de atrair
espectadores para o programa. São anúncios voltados para um público
com maior abrangência, alcançando empreendedores em geral e com
palavras-chaves mais genéricas.
Serão veiculados durante as temporadas

Local de veiculação
Decidimos trabalhar com as campanhas totalmente online,
trabalharemos com ferramentas aprimoradas e com profissionais
adequados e especializados nessa área.

Mas por que trabalhar somente


no online?

1. Todos os resultados podem ser validados e analisados detalhadamente


através de cada anúncio.

1059
2. Em plataformas como o Google Ads, a verba só é gasta quando
ocorre a ação de clique do usuário.
3. Contribui com a viabilidade financeira, onde podemos entender
melhor o quanto precisamos investir e readaptar caso necessário.
4. Atração e segmentação de público otimizada.

Ferramentas:

1. Google Ads: iremos utilizar Search, Rede de Displays Inteligentes e


YouTube Ads para atrair novos participantes, e YouTube Ads para atrair
novos espectadores;
2. Facebook Ads: utilizaremos anúncios no Facebook, Instagram e na
rede de stories para veicular os anúncios Hero, Hub e Hygiene;
3. Linkedin Ads: utilizaremos anúncios no Linkedin para veicular os
anúncios Hero, Hub e Hygiene;
4. RD Station: será nossa plataforma de disparo de materiais ricos
por meio de Landing Pages e fluxo de e-mails.

1060
Mensagem-chave
Para a primeira temporada, utilizaremos a seguinte mensagem:

Traz a ideia de crescimento e apoia a identidade do The Scale


com a relação de escala. Além disso, aborda o arquétipo prestativo
demonstrando o intuito de companhia e recepção.

Mensagens de apoio
As mensagens de apoio servem para atribuir detalhes e chamadas
para o mote. Cada classificação será abordada de acordo com o método
e o público. É interessante observar que será feito um teste A/B para
parceiros hero.

1061
Participantes:
Hero: Consultorias e uma chance de investimento real.
Hub: Capacite-se já, montando seu próprio negócio.
Hygiene: Torne aquela sua ideia incrível em realidade.

Parceiros:
Hero: Faça parte de um reality show que pode mudar a vida de muitas
pessoas. faça parte de uma consultoria que pode mudar a vida de muitas
pessoas.
Hub: Consiga visibilidade para o seu negócio.
Hygiene: Faça parte de um movimento transformador.

Espectadores:
Hero: Exclusividade para entender o verdadeiro empreendedorismo.
Hub: Um reality show real de empreendedores.
Hygiene: Assista ao The Scale e entenda o poder do empreendedorismo.

1062
Visual
O Key visual, também conhecido como arte conceito, serve para
demonstrar a partir de qual visual a campanha tomará forma. É utilizado
para evitar múltiplos desdobramentos necessários em fases iniciais e
para guiar outras pessoas que trabalharão com aquele criativo.
Porém, já desdobramos a campanha inteira de Hero, Hub, Hygiene
para os três públicos, de acordo com a Identidade Visual de 2020 do The
Scale. Confira:

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Copy
Os copys são os textos que irão acompanhar e complementar
os visuais. Mais do que se imagina, os copys possuem uma grande
importância de argumentação e também é trabalhado com diversas
técnicas e estratégias.
Decidimos trabalhar com a técnica denominada A-I-D-A. Apesar
de ser tradicional, não perdeu sua força e vem sendo reciclada de uma
forma híbrida no digital.
Figura 268: A-I-D-A

Como demonstrado na imagem, significa Atenção, Interesse, Desejo


e Ação. A forma de se projetar o texto é da mesma forma que está no
nome. Você aborda a atenção do usuário através de uma chamada, traz
um assunto interessante que irá criar uma curiosidade, após demonstra
possibilidade e resoluções que criam determinado desejo no usuário, e,
como uma hipnose, dita uma ação.
Além dessa técnica, atribuiremos o uso de uma leve quantidade
de emojis, já que estudos comprovam que eles, além de trazer uma face
1067
para seu texto, aumentam o engajamento em até 33%.
Os copys deverão ser divididos em parágrafos e um salto de linha
para criar blocos e uma leitura prazerosa e facilitada, dizendo adeus
para o textão.
Os call to actions (chamada para ação) deverão ser curtos, para não
dificultar o processo de ação do usuário.

Site
Utilizaremos de um site com dois focos principais, apresentar o
The Scale e gerar cadastros.
Contaremos com um site simples, para podermos ter espaço de
armazenamento o suficiente para os vídeos.

A estrutura do site contará com quatro seções:

1. Apresentar o The Scale: contará com nosso propósito, declarações


institucionais, core business, o que é e qual a equipe do The Scale.
2. Temporada: irá contar com os detalhes da temporada que estará
acontecendo em específico. Será abordado setor, cidade, participantes e
episódios.
3. Cadastro: destinado a cadastros para as próximas temporadas.
4. Contato: destinado a contato com a equipe para realização de
parcerias e interação do público.

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1069
Também contaremos com a ferramenta Hotjar para captar o mapa
de calor e entender como o usuário se comporta dentro do site. Assim,
podemos melhorar a experiência do usuário e a taxa de conversão.

Conteúdo em Redes sociais


Contaremos com um cronograma fixo em redes sociais postados
através do mLabs. Nosso foco é a alta interação e relacionamento com o
público. É nessa etapa que entra a equipe criativa abordando temas do
universo temático.
Utilizaremos inicialmente de quatro redes sociais: Facebook,
Instagram, Linkedin e Twitter.
Contamos com quatro editoriais, mas por conta das redes
sociais serem um ambiente livre, podemos trabalhar com conteúdos
momentâneos.

Materiais ricos
Utilizaremos de todos os momentos importantes e com riqueza técnica
nas temporadas para gerarmos materiais ricos.
O método para divulgar será através de anúncios nos finais de
temporadas. Criaremos Landing Pages e Fluxo de e-mails para executar
esse processo.
1070
Utilizaremos de todos os momentos importantes e com riqueza
técnica nas temporadas para gerarmos materiais ricos.
O método para divulgar será através de anúncios nos finais de
temporadas. Criaremos Landing Pages e Fluxo de e-mails para executar
esse processo.
O objetivo dessa etapa é agregar valor para o público e continuar
com o nosso propósito de capacitação, aproveitando detalhes ricos do
programa.

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EPISÓDIO 27

FINAN

1072
CEIRO

1073
FONTES
DE RECEITA
Plano financeiro

28.1 O que é internacionalizar e


por que fazer

Essencial para qualquer plano de negócios, uma análise financeira


vem para complementar e quantificar o trabalho realizado pela
consultoria. Todo o estudo foi feito com base em valores já apresentados
no decorrer do projeto, considerando parcerias fundamentais para que
ele possa acontecer. Desde o principal parceiro (Butec Inovação Ilimitada
– na pessoa de Artur Jeber -, como sócio, investidor, T.I., captador
de parcerias e investimentos), até os espaços de coworking, hotéis, a
locatária da propriedade onde será o escritório e a arquiteta que fará o
projeto da reforma e sua equipe de obras.
Todas as parcerias foram captadas em troca de divulgação de

1074
marca e/ou serviços de consultoria empresarial. Um reflexo direto da
cooperação que tanto pregamos, pois temos plena consciência de que é
impossível entrar nesse mercado sozinhos. A união dessas pessoas que
compartilham dos mesmos valores e estão dispostos a nos ajudar em
troca de algo além de dinheiro (por mais que ele possa vir de forma
indireta, através da divulgação do programa) é uma representação clara
de uma mentalidade empreendedora com uma estratégia de longo prazo.
Através de todas as parcerias fomos capazes de reduzir o investimento
necessário para o início do negócio, tornando-o mais atrativo para a
captação de mais parceiros e investidores. Com um total de R$ 204.417,68,
poderemos arcar com os investimentos necessários e ter uma reserva de
caixa para os gastos fixos da primeira temporada. Abaixo apresentamos
a relação de itens e custos que compõem nosso investimento inicial.

Fonte: Autoria Própria, 2020


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Fonte: Autoria Própria, 2020

Sabemos o valor a ser investido, agora devemos captar esses


recursos. Optamos por utilizar 30% de capital próprio e 70% de terceiros.
Realizamos uma simulação do financiamento via Price, em 60 meses,
para o valor de R$ 143.092,38 (os 70% de capital de terceiros). Com uma
PMT de R$ 2.850,58 e uma taxa de juros de 7,5% ao ano, o financiamento
ficou da seguinte forma:

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020
1077
Com os recursos captados, passamos para os gastos. Primeiramente
com salários, descrevemos todos os cargos e pessoais necessários para a
realização do reality de consultoria, além de seus respectivos salários. A
grande maioria deles são terceirizados, não sendo, portanto, funcionários
do The Scale, mas pessoas contratadas por um determinado período de
tempo para a prestação de seus serviços, sendo pagos através de notas
fiscais. Temos também os sócios, que receberão em um regime pró-
labore. Fizemos as projeções dos salários durante cinco anos, com os
devidos reajustes na casa dos 4,2% ao ano.

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020

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Da mesma forma com os gastos, sejam eles custos ou despesas, fixos
ou variáveis. Levantamos os gastos fixos mensais, e, com a multiplicação
por doze meses, o valor anual para os cinco anos. Já os gastos variáveis
foram agrupados por temporadas, uma vez que serão necessários durante
esse período. O detalhamento dos gastos está descrito a seguir.

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020


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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Uma vez que entendemos os gastos envolvidos com a realização do
projeto, partiremos para como esses gastos poderão ser pagos, ou seja,
as receitas. Por se tratar de um negócio complexo e envolver diversas
partes, as formas de monetização também são variadas. Optamos por
não onerar os participantes, já que o objetivo do negócio é ajuda-los.
Dessa forma, utilizamos fontes alternativas, mas que são condizentes
com o tipo de negócio proposto.
As empresas/pessoas que quiserem ter sua marca/produto/serviço
exposto no programa, pagarão uma taxa de patrocínio, estando disponíveis
5 cotas de R$ 8.500,00 cada, por temporada. Existe também a possibilidade
de colocar um estande, por exemplo, no local das atividades para a
divulgação, caracterizado como merchandising, no valor de R$ 25.000
por temporada. As inscrições serão realizadas mediante o pagamento de
uma taxa de R$ 75,00 por todos que desejarem participar do programa,
como explicado no capítulo do The Scale. A monetização via AdSense
também será explorada, e foi cotada em dólar a R$ 5,50, de acordo com
o simulador do Google.

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020


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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020


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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020

Já dizia o Professor Fontes: “para a tomada de decisão, Margem


de Contribuição!”. Formada pelo valor das vendas subtraídas dos gastos
variáveis, a margem de contribuição representa a capacidade do negócio
de pagar suas contas com as suas receitas e, ainda, gerar lucro. Empresas
que possuem mais de um produto/serviço calculam quanto é a margem
de contribuição de todos, para saber qual traz mais renda com um esforço
menor, para que possam investir mais nele.
No caso do The Scale, oferecemos somente um serviço (reality
de consultoria) ou produto (formato do programa), no caso da
internacionalização. A margem de contribuição foi calculada por
temporada, uma vez que a consideramos o tempo mínimo de prestação
dos serviços. Ao final da terceira temporada, os valores foram somados
para totalizar uma margem de contribuição anual. É possível perceber
que, em todas as temporadas, a margem de contribuição não representa
menos de 50% do faturamento.

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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

1090
Outro indicador que utilizamos é o breakeven contábil, ou seja, o
ponto de equilíbrio contábil (P.E.C.). Ele nos mostra quantas temporadas
devemos produzir para conseguir pagar os custos das mesmas, além das
despesas (fixas e variáveis), não obtendo lucro. Dessa forma, conseguimos
“empatar” custos e receitas, ou seja, breakeven. No primeiro ano esse
valor é de 4,79 temporadas, diminuindo anualmente, uma vez que as
receitas também aumentam.
Alinhado com o P.E.C., temos também o Ponto de Equilíbrio
Econômico (P.E.E.), que considera também o lucro desejado pelos sócios
do negócio, ou o custo de oportunidade. Consideramos um lucro de
R$ 4.000,00 por sócio (seis + o parceiro Artur Jeber, totalizando sete
pessoas) no primeiro ano. Esse valor foi estabelecido somente como uma
compensação pela ausência de férias e 13º salário, já que se enquadram
em um regime pró-labore, e justifica-se no fato de que a consultoria
entende a necessidade de investir e reaplicar fundos no negócio para
que ele possa cumprir seu propósito: capacitar pessoas.
Ajustado em R$ 500,00 por ano, o lucro desejado faz com que o
ponto de equilíbrio econômico vá para 5,02 temporadas. Interpretando
os números decimais como dias dentro das temporadas, podemos dizer
que o PEC se dá pouco antes da quinta temporada, enquanto o PEE se dá,
praticamente, no início da quinta temporada.

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

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Com todos esses dados levantados, chegou a hora de apresentarmos
nosso DRE Gerencial. A Demonstração do Resultado do Exercício é de
extrema importância para que a empresa possa entender e avaliar como
andam as finanças, se é hora de cortar gastos e quais cortar, se investe
mais em determinados segmentos, ou qualquer outra ação que possa
ser necessária. É utilizado também como base para comprovar para o
governo que os impostos foram pagos corretamente, de acordo com o
faturamento da empresa.
A DRE é a junção condensada de todos os resultados, cálculos,
cenários e gastos do projeto, sendo um dado confiável para a tomada de
decisões da empresa. As receitas e os gastos são apresentados, de forma
que resultem em lucro (receitas maiores que gastos) ou prejuízo (gastos
maiores que receitas). O DRE Gerencial do The Scale está representado
anualmente, na tabela a seguir. Justificado pelo investimento inicial
necessário, o primeiro ano termina com um saldo negativo.

Fonte: Autoria Própria, 2020

Para que possamos analisar a viabilidade financeira do projeto,


precisamos antes definir o indicador da Taxa Mínima de Atratividade
(TMA), que é o valor mínimo de retorno esperado pelo investidor para
que ele possa aceitar os riscos de um projeto, uma vez que existem
1093
investimentos mais seguros. A TMA foi calculada utilizando do valor
anual do rendimento de um título federal que seria resgatado no mesmo
período de análise do projeto (Tempo Máximo de Retorno), ou seja, cinco
anos.
Utilizamos também um beta de 2,7 pontos, demonstrando um grau
de risco mais elevado no setor, e um risco de mercado de 10% ao ano, com
base na realização de eventos e programas (Revista Direito do Estado,
2019), como demonstrado a seguir.

Dessa forma, apresentamos os Paybacks do projeto. O Simples,


uma versão simples e condensada, nos mostra em quanto tempo (anos,
meses e dias) o investimento inicial consegue se pagar. Os fluxos de
caixa positivos são acrescidos ao saldo até que o mesmo possa se tornar
positivo, indicando que o valor inicial fora quitado. Nesse caso, o Payback
Simples do The Scale se dá em 3 anos, 1 mês e 26 dias, como demonstrado
abaixo.

Fonte: Autoria Própria, 2020


1094
Fonte: Autoria Própria, 2020

O Payback Simples, entretanto, não pode ser utilizado como base


para decisões, uma vez que não leva em consideração o valor do dinheiro
no tempo. O Payback Descontado sana essa “deficiência” e traz a TMA
como taxa de desconto dos fluxos de caixa, de forma a trazer o saldo
para valor presente, o que permite um melhor gerenciamento de caixa.
O Payback Descontado do The Scale se dá em 3 anos, 8 meses e 13 dias
e representa o tempo necessário para que o investimento inicial (R$
204.417,68) possa ser pago, e é detalhado a seguir. Por ser menor que o
Tempo Máximo de Retorno (5 anos), o primeiro dos maiores indicadores
do projeto se mostra viável.

Fonte: Autoria Própria, 2020

Fonte: Autoria Própria, 2020

1095
O Valor Presente Líquido (VPL) representa a diferença, em valores
atuais, dos gastos e receitas do projeto. É muito utilizado para tomada
de decisões de investimentos, onde o projeto se mostra viável se o VPL
for positivo e maior que zero. Com o Payback Descontado calculado,
podemos observar que o VPL é positivo e maior que zero, representado
pelo valor do último saldo, ou seja, R$ 399.892,83. Com esse valor, pode-se
concluir que o segundo dos indicadores de maior importância é viável.
Outro indicador de grande importância é a Taxa Interna de Retorno,
ou TIR. Ela é o valor da taxa de desconto que faria o VPL se igualar a
zero. O projeto se torna atrativo quando a TIR é maior que a TMA, a
remuneração mínima que os investidores desejam para injetar dinheiro
em um projeto. A TIR do The Scale é de 48,37% ao ano, enquanto a TMA é
de 20% ao ano, sendo mais de duas vezes maior. Dessa forma, o terceiro
indicador também nos mostra que o projeto é viável.
Por último, temos o Índice de Lucratividade (IL). Utilizado também
como forma de analisar a viabilidade de uma empresa, é calculado pela
divisão da receita total pelo lucro líquido. Ele representa o quanto o
investidor ganha, a cada R$ 1,00 investido. É viável quando é maior
que um, uma vez que, o investidor quer receber um valor maior que
o investido. O Índice de Lucratividade do The Scale é 2,96, o que pode
ser traduzido como: a cada R$ 1,00 que é investido no programa, são
retornados R$ 2,96. O quarto e último indicador analisado também se
mostra viável.

1096
Após todas as análises serem realizadas, podemos
trazer com maior clareza informações sobre a viabilidade
do projeto. Com um investimento inicial de R$ 204.417,68, o
programa fecha o primeiro ano com um faturamento de R$
706.244,00 e gastos (custos e despesas, fixos e variáveis) em R$
860.790,41. Ainda no primeiro ano, a margem de contribuição
é de R$ 438.439,19, o ponto de equilíbrio contábil é de 4,79 e o
econômico 5,02, representando o número de temporadas.
O fluxo de caixa se mostra positivo no segundo ano,
com um lucro líquido de R$ 71.119,28. O Payback simples se dá
em 3 anos, 1 mês e 26 dias, e o descontado se dá em 3 anos, 8
meses e 13 dias. O projeto apresenta um VPL de R$ 399.892,83
e seu índice de lucratividade é de 2,96. Utilizamos uma taxa
média de atratividade de 20% ao ano e encontramos uma
taxa interna de retorno de 48,37% ao ano, em um tempo
máximo de retorno de 5 anos.
Dessa forma é possível perceber que todos os indicadores
se mostram viáveis e, portanto, mostram que o projeto
em si é viável. A Eleve acredita na viabilidade do projeto,
seja financeira ou de mercado, e, por isso, firmamos nosso
compromisso com o projeto e as informações apresentadas.

Uberlândia, 13 de novembro de 2020.

1097
EPISÓDIO 28

1098
1099
NICE TO
MEET YOU
Internacionalização

Nesse capítulo serão tratados aspectos sobre a internacionalização


do projeto, sua viabilidade, a análise de possíveis países para receber o
negócio e qual a melhor forma para fazê-lo, levando em consideração
aspectos como o propósito e os valores da equipe, que não podem, em
momento algum, serem deixados de lado, mesmo em função de uma maior
lucratividade. Entenderemos o que leva uma empresa a internacionalizar
e as dificuldades envolvidas nesse processo.
Para esse projeto estaremos deixando claro que a internacionalização
não é um plano a curto prazo, mas sim um estudo de possibilidades e
caminhos que podem ser adotados no futuro, quando alcançarmos uma

1100
estabilidade nacional (estimada em cinco anos após a implementação
do negócio). Isso é refletido na ausência de tópicos relacionados em
capítulos como planejamento estratégico e declarações institucionais.

28.1 O que é internacionalizar e


por que fazer
Internacionalizar significa extrapolar fronteiras, explorar mercados
e difundir sua marca. É levar seu negócio para diferentes países que
possam se identificar com o que você oferece, seja por encontrar dores
parecidas, por similaridades culturais, acordos bilaterais ou multilaterais,
ou simplesmente por enxergarem uma oportunidade em um mercado
externo. Muitas empresas acreditam que a internacionalização só é uma
saída para escoar o excedente da produção que não foi consumida pelo
mercado doméstico, mas essa concepção é equivocada.
A empresa encontra muitas vantagens ao se internacionalizar,
assim como muitos desafios. Ao decidir expandir seu mercado ela pode
conquistar vantagem competitiva sobre os concorrentes, uma vez que
seus produtos/serviços podem ter uma demanda muito maior, além de
diminuir os custos de produção em escala, pela diluição em um maior
número de itens produzidos ou serviços prestados. Além disso, uma
empresa que não opera somente em um lugar deixa de depender somente
de um mercado consumidor e, em momentos de crise, pode ter uma
maior estabilidade do que empresas operando domesticamente, pela
existência de mercados alternativos para o escoamento dos produtos/
serviços.
Existe ainda o fortalecimento da marca, que deixa de ser nacional e
passa a ser internacional, abrindo espaço para um maior reconhecimento

1101
no exterior e possível interesse de outros países em receber a empresa.
Com esse fortalecimento, a marca passa a ter mais valor dentro do país
de origem, gerando mais visibilidade e atraindo clientes/stakeholders
pela confiança que uma marca internacional transmite.
Em contraponto, existem riscos para essas operações, assim
como qualquer outra, e podem representar um alto custo inicial para
a empresa, dependendo da forma escolhida para internacionalizar. Ao
escolher realizar a empreitada sozinha, a empresa pode ter um menor
custo (ao não pagar um profissional para fazê-lo), mas pode também
resultar em um maior risco, visto que não tem um terceiro para assumi-
lo. Quanto maior a necessidade de capital e o envolvimento direto da
empresa, maior o risco que ela corre, caso a internacionalização falhe.
Entretanto, se for bem-sucedida, os lucros colhidos são todos seus, o que
não é o caso quando se opta por um intermediário.

28.2 Universalidade da dor e


produto global
Como já sabemos, construímos esse projeto sobre a dor da
dificuldade em fazer novos negócios e a falta de recursos (tempo, dinheiro,
conexões, conhecimento) dos empreendedores iniciais. Ideias para serem
executadas existem aos montes, mas as pessoas têm dificuldade em
conseguir colocá-las em prática. Mas podemos ter falhado em observar
que essa dor é universal: o Brasil não é o único país que possui esse
espaço no mercado, mas a maioria dos países em desenvolvimento e
desenvolvidos também se encontram no mesmo limbo.
Dentro do capítulo do setor trabalhamos sobre a economia criativa
no mundo e trazemos comparações com o cenário brasileiro. A economia

1102
criativa é um setor da economia na grande maioria dos países e, naqueles
em que não é um setor formalizado, os trabalhos e projetos na área
criativa e que geram movimentação econômica continuam existindo.
Da mesma forma, o empreendedorismo existe em todos os lugares do
mundo, seja ele formal ou não.
Relatos básicos do empreendedorismo datam desde a época de
escambo, onde um produto que estava sobrando em uma família era
trocado por um que estava em falta. Não precisa, necessariamente,
envolver uma troca financeira ou um serviço. Exemplos mais recentes
incluem ideias inovadoras e novas formas de realizar uma atividade. Se,
antes, levar comida de um restaurante para casa não era possível, hoje
existem os marmitex e até empresas especializadas só para fazê-los, as
marmitarias.
Se, para comer algo em casa você precisava ligar para o restaurante
e fazer o pedido para buscar, ou até ir até lá e pedir a refeição embalada,
hoje existem aplicativos, como o Ifood, onde, através de um smartphone
uma pessoa consegue pedir uma variedade de comidas e, inclusive, fazer
compras de supermercado sem sair de casa. Crises, sejam elas econômicas,
humanitárias ou de recursos, sempre existirão, e a necessidade por
soluções criativas segue o mesmo caminho.
Existem estudiosos, como Seth Godin, que ainda falam que não
estamos simplesmente passando por uma crise econômica interminável
ou sucessões de crises, mas que o modelo econômico está em um
momento de transição. Negócios que adotam modelos tradicionais de
negócios estão ficando obsoletos e a criatividade e o empreendedorismo
são as novas moedas do futuro, como é relatado no blog Hotmart.
O principal passo para determinar a viabilidade da internacionalização
nesse projeto foi justamente a universalidade da dor, que se provou
constante em todas as pesquisas que realizamos, em todas as conversas
com especialistas e em observações realizadas através da interpretação

1103
de dados de diversos países. E, assim como a dor, temos um produto (o
formato do reality de consultoria, que é o que será internacionalizado)
global, com a utilização de adaptações locais, porém mantendo a sua
estrutura básica. Produtos globais utilizam recursos globais (mão-de-
obra, capital, veículos de divulgação, entre outros) para sua realização e
integram esses recursos para apresentar uma solução coordenada e com
foco no mercado global, como mostra a imagem abaixo.

Adotaremos, portanto, uma orientação sociocêntrica, pois


entendemos que a dor é global, mas a melhor forma de a atender é
através da adaptação local.

1104
28.3 Matriz de sensibilidade
produto – ambiente
A matriz de sensibilidade analisa o quanto o produto deve ou não
ser adaptado para atender a diferentes ambientes. Dividido em alta e
baixa, quanto maior a sensibilidade ao ambiente, maior a necessidade
de adaptação do produto/serviço. Por exemplo, um chip de computador
não necessita de mudanças, pois será um chip e funcionará como tal em
qualquer lugar do mundo. No entanto, uma comemoração (aniversários,
casamento) não acontece da mesma forma em todos os países, pelo fator
cultural, principalmente, então necessita de adaptação para conseguir
penetrar em mercado estrangeiro.
Apesar de termos uma dor universal e um produto global, alguns
aspectos dele, como a metodologia e a escolha dos canais de divulgação
deverão ser adaptados para melhor atender a demanda local. Isso é
possível, visto que não são requisitos imutáveis dentro do projeto. A
marca, o modelo, os valores e princípios, o atendimento humanizado
aos clientes, as mentorias e as formas de monetização permanecerão as
mesmas, com pequenas mudanças caso necessário. Encontramos uma
sensibilidade entre baixa e média, e uma adaptação média-alta. Dessa
forma, nossa matriz de sensibilidade se comporta da seguinte forma:

1105
Figura 269: The Scale

28.4 Estudo de Destinos

Escolhemos estudar três países que despertaram nossa atenção, por


motivos diferentes. A Argentina se destaca pela proximidade geográfica e
cultural, além de acordos comerciais como o Mercosul. Os Estados Unidos
entraram na lista pela parceria com o Brasil e por ser o principal centro
de criação e distribuição de reality shows no mundo, através da Endemol
Shine, que, apesar de ser holandesa, utiliza a maior potência mundial
como sede de criação dos programas. E, por último, Israel, pelo grande
polo tecnológico e incentivos a startups, um mercado pouco conhecido
e explorado.

1106
28.4 Estudo de Destinos

Escolhemos estudar três países que despertaram nossa atenção, por


motivos diferentes. A Argentina se destaca pela proximidade geográfica e
cultural, além de acordos comerciais como o Mercosul. Os Estados Unidos
entraram na lista pela parceria com o Brasil e por ser o principal centro
de criação e distribuição de reality shows no mundo, através da Endemol
Shine, que, apesar de ser holandesa, utiliza a maior potência mundial
como sede de criação dos programas. E, por último, Israel, pelo grande
polo tecnológico e incentivos a startups, um mercado pouco conhecido
e explorado.

28.4.1 Argentina

Como primeira opção analisaremos a Argentina, um parceiro


comercial de longa data do Brasil, membro do Mercosul (Mercado Comum
do Sul), com uma semelhança linguística e cultural maior, necessitando
então de menores adaptações do produto. Abaixo temos a localização do
país na América do Sul e sua bandeira.
Figura 270: Bandeira Argentina

1107
Figura 271: América do Sul

28.4.1.1 Generalidades

Figura 272: Argentina

1108
Tendo Buenos Aires como capital, a Argentina é o segundo maior
país e economia da América do Sul, perdendo apenas para o Brasil. Em
um território de quase 3 milhões de quilômetros quadrados, abriga
aproximadamente 45 milhões de pessoas, segundo o censo de 2019. A
religião predominante é o catolicismo, o clima é temperado e o idioma
é espanhol. Adotam um governo de república presidencialista e utilizam
o peso argentino como moeda.
Destacados no mapa acima estão as 23 províncias argentinas e suas
respectivas capitais. Membro do G20, a Argentina baseia sua economia
na indústria e o turismo representa uma das maiores partes da renda
arrecadada pelas atividades no país. A maior parte das suas exportações
consiste em commodities, assim como o Brasil, devido ao desenvolvimento
agrícola do país e a fertilidade do solo.
Assim como analisamos o macroambiente brasileiro, faremos
também, de uma forma mais simplificada e direta, uma leitura
internacional sociocultural, política e tecnológica dos três países
escolhidos, começando pela Argentina.

28.4.1.2 Análise Sociocultural

Aqui trataremos temas como hábitos culturais, linguagens e


comportamentos de consumo. A Argentina, assim como o Brasil,
foi fundada com a presença de diversas etnias, como um “caldeirão”,
juntando ingleses, italianos, índios, chineses, espanhóis e tantos outros,
para criar etnias próprias e miscigenadas. Desde os anos 80, a forma de
se posicionar do governo e uma parte elitista da população abraçou uma
origem europeia branca como sendo uma característica da população
argentina.

1109
A partir dessa visão, decidiram criar um plano para “civilizar” o
país, utilizando do desenvolvimento da educação pública e do progresso
econômico ao promover a imigração. Porém não qualquer imigração,
a europeia. Acreditavam que, ao trazer europeus para dentro do país,
eles conseguiriam elevar os hábitos culturais e tornar a sociedade
mais homogênea – de forma a negar a existência de classes inferiores
e aumentar a participação da alta classe na política e economia,
gentrificando o país inteiro.
Entretanto, a negação constante e de longa data do fato que,
atualmente, mais de 50% da população tem algum traço ancestral
indígena, resultado da miscigenação de diversas etnias diferentes e
resultando na heterogeneidade cultural, linguística e econômica. A
história política do país foi construída sobre uma base de exclusão social
e a busca pela padronização da cultura, o que teve um resultado direto
sobre o racismo e o classicismo que se instaurou no país, inicialmente
nas classes altas e brancas e, posteriormente, difundido para classes
mais inferiores, enraizando na linguagem popular.
A cultura argentina segue as características da sua população,
sendo heterogênea em crenças, rituais, práticas, linguagens e religiões,
ao contrário do que muitos tentam pregar. Existem diferenças regionais
e até municipais, dadas principalmente pela imigração ocorrida ao longo
do tempo, onde tivemos uma maior visibilidade para coreanos e chineses,
nos anos 80, juntamente com italianos e espanhóis, o que levou, por
exemplo, a variações linguísticas (mesmo dentro de um idioma, existem
diferentes sotaques, gírias e formas de se pronunciar).
Da mesma forma, a religião também sofreu influências da
miscigenação, e, apesar de ter uma maioria declarada católica e ser a
visão que o próprio país gostaria de passar (católicos, falantes de espanhol,
classe média-alta e brancos de descendência europeia), ela não é a única
religião/crença praticada no país. Seguida de um grande número de

1110
crentes e praticantes indígenas, judeus, protestantes, islâmicos, espíritas,
budistas e de religiões afro-brasileiras.
A cultura, entretanto, é de alto contexto, onde a população valoriza
mais o caráter das outras pessoas e sua confiança no negócio verbal
do que em um papel assinado. Portanto, para fazer negócio com um
argentino, você deve estudar seus costumes e prezar por ganhar sua
confiança, não só negociar um contrato e um valor. Se não conseguir
se mostrar alguém digno de fazer negócios, através dos seus valores e
caráter, a chance de o argentino fechar o contrato é mínima.
Sobre o consumo televisivo, apresentou uma queda de 60% na
década entre 2006 e 2016 no público adolescente que passava mais de
uma hora frente à televisão. Esse público, no entanto, se concentra
na internet, sendo que 70% dos adolescentes argentinos possuem, pelo
menos, quatro telas dentro do seu quarto (sendo celular, ipod, ipad,
tablets, computadores, kindles ou televisão), de acordo com a Asociación
de Diarios del Interior (Adira), em 2017. Já no contexto da pandemia – e
levando em consideração nosso público alvo: futuros empreendedores,
independente da idade – os dados mudaram. O consumo de televisão
cresceu 34% no país, segundo o CEO da Kantar Ibope Media, Ariel Hajmi.

1111
Houve também um crescimento de serviços de streaming,
vídeos online e VOD, com o mercado dobrando de tamanho. Dados
disponibilizados pela Total Medios, em julho de 2020, mostram que
97% dos argentinos consomem conteúdo pela televisão, seja tv aberta,
fechada ou disponibilizados através da internet em uma smart tv. Os
serviços online apresentam 83% de adesão pela população e os serviços de
streaming são bastante populares, onde 44% dos consumidores assinam
dois serviços e 7% assinam quatro deles. Hajmi ainda diz que apenas 15%
das pessoas não assinam esses serviços, pois os decisores de compra são
adultos mais velhos.
O atual presidente, Alberto Fernández, publicou um decreto no
Diário Oficial da União em agosto de 2020 congelando o preço das contas
telefônicas (fixas e móveis), de serviços de televisão paga e internet.
Com essa medida o governo busca oferecer melhores condições para que
as famílias possam lidar com o isolamento social durante a pandemia.
Condições semelhantes também foram aplicadas a outros serviços, como
transporte, água, gás e energia, por serem todos considerados como
serviços essenciais. A média de consumo televisivo é de 2h55m por dia,
enquanto no Brasil e na Argentina é mais do que o dobro: 6h27m.

Figura 272: quedate en casa

1112
28.4.1.3 Hofstede

O Hofstede é um ranking que compara itens como distância de


poder, individualismo e masculinidade dentro de uma economia,
mostrando suas características essenciais para nos ajudar a melhor
entender aspectos intrínsecos aos países. Esses números são resultado
de uma convergência de fatores culturais, sociais, políticos, geográficos,
econômicos e demográficos. Cada um dos seis índices é avaliado entre 0
a 100, onde os melhores variam entre os maiores e os menores, tendo a
sua interpretação própria e abordada a seguir.
Trazemos a comparação entre o hofstede da Argentina e do Brasil,
para que possamos melhor compreender as características quando
colocamos em perspectiva um país conhecido. Conforme a legenda, os
índices argentinos estão em azul, e os brasileiros em roxo.

1113
Distância de poder

Essa é a medida das desigualdades entre indivíduos que assumem


diferentes posições de poder, como chefe e empregado. O indicador mostra
o quanto as pessoas de classes “menos poderosas” aceita o fato de que o
poder seja distribuído desigualmente. Nesse índice, quanto maior (mais
próximo de 100) maior é a distância de poder, ou seja, mais estratificado
é o país.
Na Argentina temos uma pontuação de 49 (versus 69 no Brasil),
considerado um número baixo, sendo a menor distância de poder
encontrada nos países da América Latina, explicada pela grande
quantidade de imigrantes que povoaram o país por volta do ano de 1900,
sendo responsáveis por cerca de 30% da população à época.
Apesar da desigualdade de poder ser mediana, os argentinos
valorizam muito o status, resquícios da crença na supremacia branca
europeia, e as aparências contam muito. É preciso impressionar na
primeira impressão, principalmente, com cores sóbrias, roupas de marca,
ambientes requintados e itens que demonstrem uma maior riqueza pode
facilitar a entrada de estrangeiros no mercado doméstico.

Individualismo

O Individualismo representa o nível de dependência entre os


membros de uma sociedade, onde os individualistas cuidam somente de
si e da sua família, e os coletivistas estão em grupos, que se cuidam pela
lealdade. O “eu” ou o “nós” reflete a autoimagem da pessoa e seus valores,
mostrando o tamanho da teia interdependente de um indivíduo. Quanto
1114
mais próximo de 100, mais individualista é o país.
Na Argentina é considerado médio (pouco maior que o brasileiro),
pois ainda existem aqueles coletivistas que valorizam muito suas famílias
e buscam sempre cumprir suas obrigações para com elas. O que ajuda a
elevar o número de individualismo é a própria imigração ampla compondo
a população, buscando uma vida melhor e o pertencimento a uma
sociedade mais abastada. Esses traços individualistas são encontrados,
principalmente, em grandes centros urbanos, onde a relação entre o
empregador e o empregado tem uma clara divisão profissional e pessoal,
não misturando os dois, de forma estritamente profissional.

Masculinidade

Masculinidade é a motivação de ser o melhor, de competir, alcançar


o sucesso e a realização pessoal, medida por conquistas e títulos que
mostram seu valor para o mundo; enquanto a feminilidade se trata de
gostar do que você faz, com cuidado, buscando sempre a qualidade de vida
e ser melhor que o outro (e mostrar isso) não traz nenhuma vantagem
para a sociedade. Esse indicador analisa a motivação das pessoas para
fazer o que fazem. Quanto maior o número, mais masculino o país.
Com 56 pontos, a Argentina ultrapassa o meio termo (enquanto
o Brasil marca 49), se tornando ligeiramente mais masculina. Isso
significa que possui uma orientação maior para ser assertivo no que
faz, um ego maior nas áreas políticas e de gestão, com uma necessidade
de se destacar e ser reconhecido. A competitividade entre eles se torna
muito grande, principalmente quando se trata de uma negociação. Isso
se traduz em ambientes mais competitivos e estressantes, mesmo com
mulheres em cargos de gestão, que se veem na necessidade de agir com

1115
o mesmo comportamento para serem reconhecidas e se destacarem nos
seus cargos. A crítica é de que se, em uma negociação, estiverem dois
argentinos (um de cada lado do negócio), um irá destruir o outro.

Aversão à incerteza

No que diz respeito à prevenção de incertezas, como a sociedade lida


com um futuro desconhecido – se deixa acontecer ou tenta controlar -,
se sentindo confortáveis ou ameaçados, é o resultado da pontuação. A
ansiedade gerada pelo fato de que o futuro não pode ser controlado é
lidada de formas diferentes. Os países que tem uma maior necessidade
de controle (os mais próximos de 100) se sentem ameaçados quando
colocados frente a uma situação desconhecida e tentam evita-la de todas
as formas possíveis.
Com 86 pontos (dez pontos a mais que o Brasil), é a maior pontuação
do ranking no país. Observa-se uma grande necessidade de regras que
estruturem o comportamento da sociedade, tentando abranger o máximo
de situações possíveis para não ficar à mercê dos acontecimentos. Apesar
disso, como é mostrado pelos altos níveis de corrupção, a obediência
às leis por parte da população e do próprio governo ainda é fraca. O
mercado negro é amplo e existe uma diferença entre o valor legal e o
valor real das coisas. As leis são confusas e complexas, cheias de brechas
e até mesmo outras disposições legais que as contradizem ou negam,
justificando os abusos e transgressões.

1116
Orientação de longo prazo

A orientação de longo prazo é referida “como toda sociedade deve


manter alguns vínculos com seu próprio passado enquanto lida com
os desafios do presente e do futuro” (Hofstede Insights, 2020), onde
encontramos sociedades normativas (que preferem manter a tradição,
estando alertas e desconfiantes das mudanças que podem acontecer) e
pragmáticas (que encontram nas mudanças uma forma de conseguir
um futuro melhor, incentivando a economia e a educação). Quanto mais
alta a pontuação, mais pragmática.
Como já era de se imaginar, seguindo a lógica do indicador anterior,
a Argentina, com uma pontuação de 20 (enquanto a brasileira é mais que
o dobro), é muito normativa. Isso traz uma preocupação em definir uma
verdade absoluta que não seja disputada, sempre respeitando tradições,
pouca probabilidade de economizar para o futuro e foca na obtenção de
resultados rápidos. Ou seja, os argentinos vivem com uma orientação de
curto prazo, desconfiando de mudanças e preferindo viver a vida que já
conhecem.

Indulgência

A medida do controle de desejos e impulsos pela população é


definida por indulgência (fraco controle) e restrição (alto controle). Isso
tem raízes fortes na criação da população e tem uma forte influência
na maneira como as crianças são introduzidas na sociedade e moldadas
para pensar e agir. Quanto mais próximo de 100, mais indulgente é o
país, ou seja, mais inclinado a atender aos seus impulsos e vontades.

1117
Por ser um país com uma orientação de curto prazo, não é de se
assustar. Com uma pontuação de 62 (três pontos maior que a do Brasil),
temos um país indulgente, com uma maior propensão a realizar seus
desejos e viver tudo o que a vida oferece, de forma positiva e otimista,
gostam de se divertir e aproveitarem os momentos. Gastam o dinheiro
como bem entendem, se importando mais com atividades que ofereçam
prazer, lazer e felicidade.

28.4.1.4 Análise tecnológica

No quesito tecnologia, a Argentina é creditada com descobertas


muito importantes na área médica, levando inclusive a Prêmios
Nobel. Como exemplo podemos citar tratamentos de câncer e doenças
cardíacas, o primeiro coração artificial eficazmente implantado em
um ser humano (obra de Domingo Liotta, projetado e desenvolvido),
as técnicas da cirurgia de ponte de safena, com a primeira cirurgia no
mundo realizada por René Favaloro, o primeiro método de transfusão de
sangue seguro (por Dr. Luis Agote) e ferramentas cirúrgicas por Enrique
Finochietto (que inclusive carregam seu nome). Contam ainda com
projetos de sistemas de defesa para uso militar, tecnologia da informação,
biotecnologia, máquinas agrícolas, helicópteros e nanotecnologia, além
de um crescente desenvolvimento em pesquisa espacial.
A incorporação da tecnologia 5G já está em negociação com a
empresa Huawei (empresa de telecomunicações chinesa) para 2022 ou
o ano seguinte, tentando assumir uma postura progressista, visto que,
no passado, foi um dos últimos países a adotar a tecnologia 4G. Essa
inovação pode permitir que o país se desenvolva em uma velocidade
ainda maior, pelos benefícios que traz para aqueles que a utilizam. Isso

1118
nos mostra que a pesquisa e a tecnologia foram mecanismos importantes
para o desenvolvimento do país e que foi, e continua sendo, incentivada
e realizada com parcerias entre empresas com conhecimento na área e
que possam oferecer serviços/produtos de qualidade.
A utilização de diversas plataformas para a divulgação de serviços
de reality show foi um tópico recorrente e extremamente válido, de
acordo com o que vemos e estamos propondo no Brasil. Em um relatório
social de liderança nas avaliações televisivas, a Kantar publicou uma
lista com os dez maiores ibopes da semana, iniciando dia 05 de outubro.
Esse ranking é avaliado de acordo com a audiência, as impressões
(quantas vezes esse assunto foi visualizado nas redes sociais durante
o programa), o número de autores (quantos usuários falaram sobre
isso nas mídias sociais) e o número total de postagens nas redes. Nessa
análise foi usado exclusivamente o twitter, uma única mídia, o que nos
mostra que, se englobássemos outras (como instagram e facebook, por
exemplo), os números poderiam ser maiores. Eventos esportivos foram
desconsiderados na análise.

1119
Isso nos mostra dois fatos: em primeiro lugar, a população consome
programas de audiência e reality shows, o que é perceptível por serem
os oito melhores colocados no ranking. Em segundo lugar, percebemos
que todos os programas exibidos são formatos importados, produzidos
em outros países e emissoras, apensas licenciados para exibição no país,
em um determinado canal. O país, portanto, possui tecnologia suficiente
para produzir, veicular e divulgar um programa, além de poder econômico
para adquirir os formatos e uma demanda que justifique o investimento.
Alguns programas ainda conseguem se conectar com os
telespectadores a partir da empatia com os participantes. Com uma
cultura diversificada e miscigenada, a gama de participantes se torna um
recurso valioso para a captação de públicos diferentes, que se identificam
com os participantes. Para tanto, a utilização de tecnologia se torna
indispensável: a movimentação de redes sociais e qualquer outro recurso
disponível para que a barreira entre quem participa e quem assiste seja
a menor possível.
A Gazeta do Povo traz, em outubro de 2020, uma entrevista com o
subsecretário da economia criativa da cidade de Buenos Aires, Enrique
Avogadro, onde ele diz que o distrito tecnológico da cidade não tinha
empresas de tecnologia em mais de sete anos. Nos últimos dois anos
o número de empresas passou de 250. Através da economia criativa, o
governo tem criado e incentivado projetos de transformação e melhoria
das cidades e um deles é o desenvolvimento de campos urbanos. Os
parques têm recebido a implantação de tecnologia, com wi-fi e a
criação de espaços de Coworking, que permitam a realização de diversas
atividades em um só ambiente.

1120
28.4.1.5 Análise política e
econômica

Alberto Fernández, atual presidente da Argentina, adota uma


postura centro-esquerda para o seu governo, sucedeu o governo Kirchner
(Néstor e Cristina, 2003-2015) e Macri (2015-2019). Fernández inclusive foi
chefe de gabinete durante cinco anos no governo Kirchner. A análise
política tem como base acontecimentos recentes envolvendo a pandemia,
o principal setor econômico (agronegócio) e as reações públicas sobre as
decisões tomadas.
Vicentín, uma companhia argentina privada atuante na exportação
agrícola decretou falência em junho de 2020. Após isso, por decreto, o
governo declarou uma intervenção na empresa, com a duração de 60
dias, com a intenção de evitar a falência. Contudo, essa jogada foi vista
como inconstitucional por muitos eleitores e, inclusive, pela oposição.
Ainda está em planejamento um projeto de lei, encaminhado para o
Congresso, para legalizar uma estatização definitiva da empresa, o
que causou pânico em empreendedores e líderes agrícolas, suscitando
protestos em todo o país, por medo de uma ação intervencionista em
outras empresas e setores.
O principal alerta levantado por economistas é de que a Argentina
atualmente conta com uma dívida externa de US$324 bilhões (90% do seu
PIB – Revista Exame, 09/2020) e alega que não tem dinheiro para pagar.
Entretanto consegue um projeto de lei para estatizar 51% do capital da
Vicentín. Alertas para investidores e detentores de títulos de dívida
argentina foram emitidos sobre esse aspecto.

1121
Figura 273: protesto argentina

Além disso, outras medidas foram tomadas pelo governo visando


manter o dinheiro em território nacional, com a adoção de um pacote
de medidas controladoras e restritivas sobre a moeda estrangeira,
especificamente sobre o dólar. Em primeiro lugar, foi estabelecida uma
cota mensal de 200 dólares, ainda pelo governo Macri no final de 2019,
para evitar as evasões de divisas e a demanda por dólares como forma de
se proteger da inflação argentina, prevista para alcançar 40% em 2020.
No último trimestre (julho, agosto e setembro de 2020), a informação
disponibilizada pela Uol Economia é de que o Banco Central da Argentina
perdeu, por mês, US$150 milhões.
Essa fuga chegou a US$86 bilhões entre 2015 e 2019, triplicando com
relação aos valores encontrados nos anos anteriores. O Peso Argentino
estava cotado, em 16/09/20, a 79,55 pesos para cada um dólar. Porém,
o governo ainda adotou uma retenção na fonte de 35% do Imposto de
Renda para as compras em dólar, sobre um imposto de 30% que já era
aplicado juntamente com a cota de US$200 mensais. Após esses impostos,
o equivalente a um dólar passava de 131,25 pesos, o que desestimulava
a compra internacional. E ainda assim, foi um dos três países que mais
tiveram retração no PIB em 2020, como mostra o infográfico abaixo.
1122
Existe ainda uma busca pela aproximação dos líderes do Estado
Argentino e Brasileiro, ambos membros do Mercosul e as duas maiores
economias e extensões territoriais da América do Sul. A Argentina é
o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, mas o Brasil é o maior
parceiro comercial da Argentina. Abaixo temos uma foto mostrando Jair
Bolsonaro, atual presidente do Brasil, e Alberto Fernández, presidente da
Argentina. Essa aliança foi oficializada em 1997, por Fernando Henrique
Cardoso (BR) e Carlos Menem (AG), se tornando parceiros políticos desde
então.

Figura 274: Bolsonaro e Alberto

1123
E, no que diz respeito à Economia Criativa:

“Chamamos de distritos criativos e a ideia é aproveitar a economia


criativa para mudar os bairros menos desenvolvidos da cidade.
Temos quatro distritos: tecnológico, audiovisual, de design e das
artes. A política, em geral, é de como a economia criativa produz o
desenvolvimento econômico e como é que podemos, através disso,
pensar a cidade para os próximos 50 anos. É interessante porque a
ferramenta principal é a isenção de impostos locais, temos muitas
empresas vindo, mas também temos os cidadãos se envolvendo
nesse projeto”

ENRIQUE AVOGADRO, 2020.

Avogadro ainda explicou que o planejamento foi criado com base na


economia criativa e empreendedora, que, aliada com o desenvolvimento
econômico, urbano e social, trará a revitalização para os distritos de
Buenos Aires. Política abraçando a economia criativa como base para o
desenvolvimento da capital do país, em um plano de longo prazo, nos
mostra que o governo está disposto e investindo em atividades criativas
e empreendedoras, representando uma oportunidade para o projeto.

28.4.1.6 Empreendeores

Fator importante para o desenvolvimento do projeto,


analisaremos também o empreendedorismo nos possíveis destinos de
internacionalização. Um estudo sobre a recuperação da crise na Argentina,
de acordo com Esteban Campero (subsecretário de empreendedores do
Ministério da Produção), relata que as pequenas e médias empresas
(PME’s) terão um papel fundamental nesse processo, já que respondem a
1124
80% das empresas domésticas. O desafio que o governo enfrenta é como
apoiar essas empresas, tornando-as mais competitivas e produtivas.
Para isso estão criando um plano, juntamente com empreendedores
locais, para ajudar as empresas que já existem e buscar mecanismos de
incentivo para a criação de novas. Buenos Aires recebeu uma iniciativa
do governo com a abertura de cursos de capacitação na Academia Buenos
Aires Empreende (que buscam desenvolver lideranças aptas para o
mercado, as metodologias ágeis e modelos de negócio), além de programas
de apoio aos empreendedores (se tornaram parceiros em investimentos
junto às aceleradoras e estão revendo as políticas públicas).
O que a maior parte dos empreendedores se queixa é da burocracia
excessiva. Campero diz que, para abrir uma nova empresa, as pessoas
passam por 14 trâmites que podem levar até dois meses para serem
regularizados. Nicolas Berenfeld, um belga, abriu uma fábrica de
impressoras na Argentina em 2015 e contou, em entrevista para o blog
Jornalismo Sem Fronteiras, que passou por mais de 25 trâmites para
abrir uma sociedade anônima, em quase 5 meses de processo. Existe
ainda um projeto no congresso com um pacote de medidas, em um
Marco Regulatório, que visa estreitar as relações das PME’s com o Estado,
melhorar sua arrecadação e diminuir a burocracia para a criação de
uma empresa.
Em contrapartida, os empreendedores alegam que é um mercado
atrativo, justamente pela abundância de oportunidades. Em países
desenvolvidos temos um mercado mais competitivo e saturado, mas em
economias em desenvolvimento ainda conseguimos encontrar nichos
de mercado pouco ou inexplorados. O gráfico abaixo, retirado da Revista
Exame de 2019 mostra que a Argentina ainda apresenta uma facilidade
em constituir novos negócios de mais de dez pontos percentuais sobre o
Brasil.

1125
28.4.1.7 Doing Business

Nesse ranking temos a classificação da facilidade de fazer negócios


com um determinado país. São posicionados 190 países e a pontuação
(score) é dada em um número entre 1 e 100. Quanto mais próxima de
zero a posição no ranking, mais fácil é fazer negócio com o país. Já o
score mede a diferença entre a nota média do país analisado e a nota
média do país que possui o melhor índice. Quanto mais próximo de 100,
melhor. A diferença entre a melhor nota (100) e o índice do país é a
“distância para a perfeição”.

1126
De 190 países, a Argentina se encontra em 126º lugar no ranking,
com um score de quase 60%. Índices como o pagamento de tarifas e as
permissões necessárias para se iniciar uma construção tem uma grande
contribuição para elevar a dificuldade de se fazer negócio com o país.
Em contrapartida, a preservação da minoria investidora é um aspecto
positivo no país, ocupando a 61º posição. O score revela que a maior
dificuldade está no início do negócio, com 80,4 em 100, reflexo do longo
tempo, custo e alto número de procedimentos. Um número que chama
atenção é no prazo para se fazer cumprir um contrato judicialmente: 995
dias, o equivalente a quase três anos.

28.4.2 Estados Unidos


A segunda opção de análise vem do fato de que, além de ser
um parceiro comercial e político do Brasil, é uma potência mundial,
tem uma economia desenvolvida, apresenta uma moeda altamente
reconhecida e com um bom câmbio para exportação, além de investirem

1127
no desenvolvimento de programas de reality show, podendo ser um bom
canal de distribuição global.

28.4.2.1 Generalidades
Os Estados Unidos da América são um aglomerado de estados,
territórios e ilhas que, em conjunto, constituem uma república
constitucional federal. São, ao todo, cinquenta estados e um distrito
federal (Washington, District Capital). Fazem parte dos estados o Alasca
e o Havaí, além de territórios no Caribe e no Oceano Pacífico. Sua maior
porção é localizada na América do Norte, porém parte de seu território
se estende até a América Central, fazendo fronteira com o México ao sul
e com o Canadá ao norte.

Figura 275: Atlas

1128
Alguns estados são delimitados geograficamente de uma forma
extremamente interessantes, formando linhas retas e formas geométricas
como um quadrado ou um retângulo, como Colorado e Wyoming. Outros,
como Flórida e Nova Jersey são delimitados apenas pelo seu contorno
territorial, seguindo a linha do oceano. Cada um desses estados possui
representação no Congresso e no Colégio Eleitoral, sendo responsáveis por
levar os votos dos seus estados para a etapa final da eleição, que é feita
de forma indireta. O povo escolhe seus representantes a nível estadual,
e após isso votam nos representantes federais e cada congressista leva a
maioria dos votos para se eleger um presidente, por exemplo.

Figura 276: Mapa USA

Os estados ainda possuem subdivisões, conhecidas como condados,


distritos ou paróquias, que representam as regiões de responsabilidade
de cada congressista e demais representantes do governo (o equivalente
à nossa força policial, prefeitos e vereadores). Outro fato é de que os
estados possuem certa independência, visto que a Constituição dos
Estados Unidos prevê apenas alguns poucos artigos e, o resto, fica à cargo
dos representantes estaduais, como legalização do aborto, pena de morte
e drogas.

1129
Para se ter uma ideia, a Constituição Brasileira de 1988 conta com
250 artigos e 100 emendas em 32 anos, enquanto a estadunidense possui
7 artigos e 27 emendas (em 230 anos, sendo ratificada em 1789 e tendo sua
última emenda quase 30 anos atrás), sendo a mais curta Constituição
em vigor no mundo.
A bandeira utiliza as cores primárias do país, azul, branco e
vermelho, onde as estrelas representam os estados, sendo uma estrela
para cada um. Com mais de 9 milhões de quilômetros quadrados, é
o quarto maior país em extensão territorial e conta com um clima
diversificado e estações bem definidas. Sua população está prevista pelo
IBGE para aumentar 8,5% até o final do ano de 2020 (em relação ao
censo de 2010), alcançando um total de 333,5 milhões de pessoas. É um
dos maiores exemplos de multiculturalismo no mundo, devido ao alto
fluxo imigratório que recebeu ao longo da sua colonização. A língua mais
falada é o inglês, a moeda utilizada é o dólar e a religião prevalecente é
o protestantismo.

Figura 277: Bandeira USA

1130
28.4.2.2 Análise sociocultural

Figura 278: Cultura heterogênea

Com uma cultura heterogênea e de baixo contexto, os Estados


Unidos são um país com uma valorização cultural e turística muito
grande e, apesar de se destacarem em diversas áreas diferentes (culinária,
entretenimento e cinema, por exemplo) são sustentados por três pilares:
arte, esporte e música. Dentro dos esportes podemos citar futebol
americano, basquete, baseball e hóquei no gelo como os principais, porém
não únicos. Os estadunidenses são conhecidos pela sua competitividade
e são o país que mais ganhou medalhas de ouro nas Olimpíadas.
A música reflete a cultura heterogênea e apresenta gêneros desde
pop e rock até jazz, R&B (rhythm and blues) e country, sendo considerado
o segundo maior mercado de música no globo. A arte é incentivada
em qualquer forma, seja fotografia, moda, teatro ou qualquer outra.
Temos, em Nova Iorque, a Broadway, casa de inúmeras peças artísticas
e artistas, museus e designs reconhecidos mundialmente. Na imagem
abaixo podemos ver o distrito teatral, onde estão concentrados a maior
parte dos teatros da Broadway.

1131
Figura 279: Jersey Boys Figura 280: The Greatest Showman

Esses exemplos foram escolhidos pois se encaixam dentro do setor da


economia criativa, objeto de análise do projeto.

Muitos têm uma visão de que é uma cultura sem estratificações


sociais, porém estudiosos provam que não é bem assim. Existem
classes com diferenças perceptíveis de valores, linguagem e níveis de
socialização, contando com uma classe alta (upper class), média (middle
class) e de baixa renda (low income class) e seus intermediários. A classe
alta é aquela realmente muito rica, com uma renda média anual de
US$200.000 (dados disponibilizados por Professor Sávio Gonçalves em
2017), responsável pelo consumo de artigos de luxos.
Já a classe média é aquela representada pelos trabalhadores 9-5
(nine to five, uma expressão para indicar o horário de trabalho, iniciando
às nove da manhã e finalizando às cinco da tarde, com um intervalo para
almoço), recebendo entre US$32.000 até US$63.000 anuais, de acordo com
os mesmos dados acima. São creditados por várias tendências atuais,
como o ambientalismo e o feminismo contemporâneo. A classe baixa
tem uma renda média de até US$15.000/ano, onde podemos perceber
uma enorme discrepância entre os salários da classe mais alta.
Muitos se iludem ao pensar que ainda existe o sonho de vida americano,

1132
com uma alta chance de rápida mobilidade social e melhora “instantânea”
da qualidade de vida. Por esse motivo, diversas pessoas imigram, a
grande maioria de forma ilegal, para o país, na tentativa de ganhar a
vida, o que gera a superlotação de cidades mais movimentadas, como
Flórida e Los Angeles, surgindo problemas como desemprego, pessoas em
situação de rua e insuficiência de recursos públicos, o que pode motivar
o empreendedorismo por necessidade.
O Video Advertising Bureau, ou VAB, é um órgão competente nos
Estados Unidos para a análise da audiência na televisão do país. Os
dados mostram que, a cada minuto, 31,4 milhões de pessoas maiores
de 18 anos estão assistindo tv (em qualquer canal). Para canais digitais,
como facebook, youtube e instagram, o número é de 15,8 milhões. Já
na faixa etária onde se concentram o poder de consumo, entre 35 e 64
anos, a televisão consegue atingir 16,7 milhões de pessoas a cada minuto,
enquanto os 10 principais canais digitais somam 7,4 milhões juntos.
O site TecMundo traz informações que apenas 19% do tempo de
televisão dos estadunidenses foi gasto com streamings em 2019. Na
mesma época, o tempo gasto pelos brasileiros era de 37%. Já a Nielsen
diz que esse tempo em frente à televisão sofreu uma queda de 7% no
final do ano de 2019, enquanto os conteúdos digitais – que podem ser
assistidos pela televisão – cresceram 17%. Ainda assim, a tv representa
quase quatro horas de consumo diário, contra 55 minutos de conteúdos
conectados. 90% dos adultos entre 18 e 34 anos usam uma plataforma de
streaming de vídeos e mais de 30% deles assinam três ou mais canais,
mostrando que os canais convencionais podem se tornar ultrapassados
logo.

1133
28.4.2.3 Hofstede

Novamente comparando com o Brasil, temos os Estados Unidos


em roxo. É possível perceber uma baixa distância de poder, o que
denota uma baixa separação hierárquica de cargos. Essa divisão entre
empregadores-empregados existe, é claro, porém é muito mais comum
um trabalho em conjunto, cooperativo e comunicativo do que um
ambiente estratificado e sem comunicação entre as diferentes partes/
cargos da empresa. A linguagem utilizada é mais direta e informal, com
setores trocando informações e funcionários atualizando seus gestores
constantemente. Os funcionários devem ser autossuficientes e proativos,
e comportamentos participativos são encorajados.
Entretanto temos o maior índice de individualismo no mundo, em uma
sociedade criada para não depender do apoio e suporte do governo e
das autoridades. Seu envolvimento é com a família imediata e são um
tanto quanto indiferentes à sociedade, contanto que os seus estejam
felizes e bem cuidados. Possuem uma dificuldade em criar vínculos
profundos, especialmente os homens, mas tem facilidade em conversar

1134
com estranhos, seja para pedir uma informação ou fazer um negócio. No
quesito trabalho, o sistema adotado é o de meritocracia e isso é levado
em consideração em momentos como a contratação do funcionário, por
exemplo.
Com uma masculinidade acima da média, e ainda combinada
com o país mais individualista do mundo, surgem comportamentos
extremamente competitivos e voltados para alcançar metas. Desde
crianças as pessoas são incentivadas ao tudo ou nada, ao vencedor e ao
sucesso que isso carrega. Não basta conseguir o título, é necessário que as
pessoas saibam, então é comum ouvir um estadunidense se gabando de
seus sucessos, por acreditar ter merecido, o valor é ainda maior (sistema
de meritocracia). A frase “viver para trabalhar” é muito empregada, pois
o dinheiro obtido é uma forma de sucesso e que fala por si só, através de
marcas luxuosas, carros e mansões em bairros de alta classe.
Quanto a evitar incertezas, é possível definir o país em duas fases: antes
e depois de 11/09/2001. Sempre aberto a novidades e inovação (afinal, é
o lar de grande parte das inovações disruptivas que temos), com uma
tolerância para opiniões e a crença na liberdade de expressão, tem uma
boa receptividade no que se trata ao desconhecido, seja em tecnologia,
alimentação, produtos ou formas de fazer negócios. Porém, após o ataque
às torres gêmeas abalar o mundo, se tornaram um pouco mais cautelosos
e desconfiados, resultando no aumento da monitoração em agências de
segurança.
Com a menor pontuação no ranking, o país se orienta por
uma mentalidade de curto prazo, comprovado com os relatórios de
lucratividade e despesas das empresas, que são realizados e divulgados
trimestralmente, não anualmente. As metas são estabelecidas para
serem cumpridas em pouco tempo, o que faz com que os funcionários se
esforcem mais para atingir os resultados desejados. Gostam de preservar
as tradições (como 4th of July, Thanksgiving e Halloween, feriados muito

1135
importantes e difundidos no país) e são práticos, sendo a cultura difusora
do DIY (do it yourself), onde as pessoas colocam em prática projetos
diversificados.
Apesar disso, temos um país indulgente, com um controle fraco
sobre seus impulsos. Ao mesmo tempo que a sociedade é pragmática
e valoriza as tradições, também cedem aos seus impulsos. Pautas
controversas como drogas, aborto e armas são as principais bases para
a construção de uma campanha política, pois são três dos tópicos que
resultam de impulsos e o pragmatismo necessita que sejam reguladas e
controladas.

28.4.2.4 Análise Tecnológica


A indústria tecnológica dos Estados Unidos cresceu em uma
velocidade muito maior que na grande maioria dos países. O ano da
bolha da internet, 2001, apresentou um recorde de investimentos em
sites (chamados pontocom, pela finalização do endereço digital), porém,
em 2016 esse recorde foi superado e os investimentos chegaram a US$12
bilhões em startups, só no primeiro trimestre. A confiança no setor foi
reestabelecida e os players já estão prontos para voltar com tudo para o
mercado.
Enquanto a maioria dos setores da economia mundial sofreu com
o impacto da pandemia, as empresas de tecnologia conseguiram seguir
“ilesas” se não melhores, visto que a demanda por conexões e soluções
digitais – que já era esperada ao longo da década em pequenos fluxos –
foi acelerada instantaneamente, pela necessidade de se reinventarem no
distanciamento social. As big techs não acompanham a crise econômica
global que se instaurou no final de 2019 e as empresas como Google, Apple
e Microsoft viram suas ações valorizando. Jeff Bezos, dono da Amazon se

1136
tornou bilionário ao ver suas ações valorizarem 85% e sua rede de lojas
(físicas e digitais) expandirem globalmente e violentamente.
Essa alta fez com o setor de tecnologia nos Estados Unidos valorizasse
de forma a ultrapassar o valor do mercado de ações da Europa inteira.
O Bank of America divulgou, em 02/10/2020, um relatório mostrando
que o mercado de ações europeu vale US$8,9 trilhões, enquanto o setor
tecnológico estadunidense sozinho fechou em US$9,1 trilhões. 16% dos
empregos no estado do Alabama são provenientes de startups e exportar
produtos tecnológicos, em Vermont, constituem 5% da economia.
“Há demanda por trabalhadores qualificados, há demanda por
financiamento coletivo e até mesmo por startups de alta tecnologia
em vários estados do país, não apenas nos estados que possuem os
polos tecnológicos” - Jason Oxman, presidente e CEO do ITI (Conselho
da Indústria e Tecnologia dos Estados Unidos). Na Virgínia forem
investidos US$6 bilhões em tecnologia e pesquisa, empregando 34% dos
que trabalham na região.
Espera-se ainda que, até 2026, a análise de dados (big data analysis)
irá gerar 10 milhões de postos de empregos, entre arquitetos de soluções,
cientistas engenheiros de dados – entre outros. A média salarial chega
a R$40 mil/mês, de acordo com a LCR Capital Partners. Dessa forma,
além de já possuírem mão-de-obra suficiente para movimentar sua
indústria, ainda conseguem atrair capital humano das mais diversas
partes do mundo, pelo seu incentivo à pesquisa e tecnologia, capacitação
dos profissionais e valorização salarial.
É perceptível quando comparamos com outros países itens como
registro de patentes. Temos 396 pedidos brasileiros aceitos em 2017. Nos
Estados Unidos foram 167.367. Esse número é 422,6 vezes maior que o
brasileiro. Isso significa que, a cada patente brasileira registrada, foram
registradas, ao menos, 422 patentes estadunidenses. Da mesma forma
com os artigos científicos publicados, onde os Estados Unidos aparecem

1137
com uma vantagem de mais de dois milhões e meio de artigos a mais
que o Brasil. Isso nos mostra a fragilidade do nosso investimento em
P&D, ciência, tecnologia e, acima de tudo, educação.

Todos os aspectos abordados também se encaixam na economia


criativa, se tornando relevantes para a análise. Durante a análise
setorial abordamos os quatro T’s da economia criativa: território
(espaço geográfico), talento (mão-de-obra), tecnologia (matéria-prima) e
tolerância (aceitação pela população). Trabalharemos aqui com o território
estadunidense, um talento de 20% da PEA (população economicamente
ativa) envolvida no setor, um alto investimento em patentes – como já
demonstrado – e P&D, caracterizando uma alta tecnologia e uma faixa
de tolerância correspondente a um país miscigenado. Isso resulta no
país ser o quarto maior do mundo no ranking global da criatividade
(enquanto o Brasil ocupa o 43º lugar), conforme mostrado abaixo. Criado
por Richard Florida, a lista tem como base a média dos outros três T’s
em cada território.

1138
28.4.2.5 Análise política e
econômica

Uma República Federal Presidencialista, o poder é dividido entre


executivo (Presidente da República, a nível f ederal e governadores, a
nível estadual), legislativo (Congresso federal e estadual) e judiciário
(tribunais). Um fato conhecido é a existência de dois partidos políticos
muito bem definidos, com posições um tanto quanto contrárias, além
daqueles “sem partido”, os considerados independentes. A curiosidade é
que não existe nenhuma referência à divisão partidária na Constituição.
Em um lado temos o Partido Republicano (representado por Donald
Trump na última e na próxima eleição), que possui uma postura mais
conservadora, visando a preservação da moral e dos costumes, sendo
caracterizado como um partido de centro-direita ou conservador. De
1139
outro temos o Partido Democrata (representado por Hillary Clinton na
última eleição e por Joe Biden na próxima), com uma visão mais social
e humana, por vezes vista como socialista, tendo uma posição centro-
esquerda ou liberal. Os Independentes não declaram partido ou filiação
política e não possuem representatividade relevante em nenhuma Casa.
Suas posições são pautadas na vontade do povo e nas decisões que devem
ser tomadas, com uma posição central que pode pender para direita ou
esquerda, dependendo da necessidade.
A relação entre Brasil e Estados Unidos sofre variações de acordo
com os tipos de governos adotados nos dois lados, uma vez que os
governantes têm como responsabilidade (ou deveriam ter), o bem-estar
do seu Estado. Entretanto, quando o assunto é Trump (45º Presidente) e
Bolsonaro (38º Presidente), a figura muda.

Figura 281: Bolsonaro e Trump

outro temos o Partido Democrata (representado por Hillary Clinton na


última eleição e por Joe Biden na próxima), com uma visão mais social
e humana, por vezes vista como socialista, tendo uma posição centro-
esquerda ou liberal. Os Independentes não declaram partido ou filiação
política e não possuem representatividade relevante em nenhuma Casa.
Suas posições são pautadas na vontade do povo e nas decisões que devem
1140
ser tomadas, com uma posição central que pode pender para direita ou
esquerda, dependendo da necessidade.
A relação entre Brasil e Estados Unidos sofre variações de acordo
com os tipos de governos adotados nos dois lados, uma vez que os
governantes têm como responsabilidade (ou deveriam ter), o bem-estar
do seu Estado. Entretanto, quando o assunto é Trump (45º Presidente) e
Bolsonaro (38º Presidente), a figura muda.

O governo Trump veio em oposição ao último candidato que ocupou


o cargo de Presidente da República de um dos países mais poderosos do
mundo: Barack Obama. O 44º Presidente foi um democrata e teve como
vice o atual candidato pelo partido, Joe Biden. Durante seu período de
governo, Obama teve que lidar com a pior crise econômica do país desde
1929, com 10 milhões de pessoas desempregadas e um déficit de US$19
trilhões. Existiram ainda questões políticas, como um enfraquecimento
da política internacional, abrindo espaço para o ISIS, um maior controle
russo sobre países que eram parte da URSS e a perda de poder sobre o
leste da Ásia, sendo dominado pela China e Coreia do Norte.

1141
Todos esses acontecimentos foram vistos como fraqueza do governo
democrata, logo um candidato republicano teria uma vantagem na
próxima eleição, se prometesse fazer as coisas ao contrário e reverter
a situação. Com um discurso de “make America great again”, inspirado
no período de unipolaridade mundial, onde os Estados Unidos eram a
maior potência do mundo e exerciam o maior poder já visto, com uma
economia baseada em itens bélicos extremamente rentável e altas classes
sociais. A promessa era de retomada dessa prosperidade. Porém os tempos
mudaram e não é mais possível construir um império como parte da
população acreditava ser. A economia chinesa está incomodando cada vez
mais e desponta como uma potência em uma velocidade inimaginável.
O discurso se tornou cada vez mais conservador e a América continua
longe de ser o que já foi um dia.
A utilização de tradicionalismo e conservadorismo na economia
se mostra um retrocesso, visto que a economia criativa não faz parte se
setores “tradicionais” como agricultura e transporte, porém representam
uma grande quantidade de mão-de-obra empregada – cerca de 6 milhões
de pessoas -, contribuindo em 11% com o PIB de 2019, número quase quatro
vezes maior que a contribuição brasileira. O trabalhador na indústria
criativa também ganha uma média de 33% a mais que empregados em
outros setores e os conteúdos protegidos por direitos autorais somaram
US$142 bilhões em 2018.
Cunhou-se também o termo “cidades criativas”, descrevendo o
mesmo processo ocorrendo na Argentina, com a utilização da criatividade
para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos, melhorando a economia,
inovando e criando resultados mais eficientes e inclusivos.

1142
28.4.2.6 Empreendedorismo

O empreendedorismo é uma forte base da economia estadunidense,


onde 99,9% das empresas são de micro e pequeno porte, que geram 51%
do PIB e empregam 48% da mão-de-obra. De acordo com o Relatório
Nacional sobre Empreendedorismo em Estágio Inicial, publicado em
2018 pela Fundação Kauffman, a cada 100.000 adultos, 320 se tornam
empreendedores todos os meses, e o número vem aumentando em quatro
pontos percentuais por ano, desde 2013.
Se todas essas pessoas decidem por empreender, existe um motivo.
Esse se deve ao Small Business Act, um conjunto de leis com a finalidade
de regulamentar como as pequenas empresas são tratadas. Esse ato criou
a Small Business Administration, ou SBA, a principal fonte de apoio aos
empreendedores iniciais no país. A SBA é uma agência federal que prepara,
treina, qualifica e ampara pequenos empreendedores, intermediando
financiamentos com as instituições financeiras visando menores juros
e maiores montantes, para que essas pessoas possam prestar serviços ao
governo estadunidense.
Com o aval do governo, os empréstimos conseguem taxa de 3% a.a.
e podem chegar a atingir US$5 milhões. Há toda uma estrutura para
amparar todas as necessidades dos empreendedores, desde o estágio inicial
de criar a empresa até a parte fiscal e tributária. Para oferecer ainda
mais facilidade, existe a terminologia LCC (Limited Liability Company),
que pode ser comparada com a nossa “LTDA”, mas apresenta vantagens
como qualificação e treinamento dos empreendedores, financiamentos
e até flexibilidade tributária.

1143
Figura 282: Empreendedorismo de garagem

O “empreendedorismo de garagem” é algo muito conhecido e


praticado nos Estados Unidos e mostrou resultados fantásticos, como
Amazon, Apple, Alphabet e Disney. Vale ressaltar que esses resultados são
frutos de ideias inovadoras e trabalho árduo, e não acontecem sempre,
são aquelas “uma em um milhão”. O importante é que o empreendedor
tenha sua ideia, consiga consolidar e demonstre força de vontade
suficiente para enfrentar os desafios, que não serão poucos, para que
seu negócio possa sair do papel.

28.4.2.7 Doing business

Já nos Estados Unidos temos o 6º país mais fácil de se negociar,


dentro dos padrões analisados. Com um dos melhores sistemas de
resolução de insolvências e concessão de crédito no mundo, também
mostra sua dificuldade no início de um novo negócio, apesar de estar

1144
apenas a 8 pontos percentuais de distância do melhor índice, e o longo
tempo gasto para conseguir energia funcionando (90 dias) e altos custos.
No score temos 86 pontos, apenas 16 abaixo do que seria considerado
como ideal, um resultado muito atrativo.

28.4.3 Israel

Por último temos Israel, um território pequeno quando comparado


com os dois outros países analisados, mas que se mostra tão promissor
quanto. Localizado na Ásia, mais especificamente no Oriente Médio, faz
fronteira com Líbano, Síria, Jordânia, Egito e o Mar Vermelho. Trata-
se de uma democracia parlamentar com um grande desenvolvimento
tecnológico sustentável, maximizando os recursos disponíveis. A seguir
temos um mapa do continente asiático e, apesar de ser uma faixa
territorial bem pequena comparado aos outros países do continente, é
possível vê-lo bem próximo à África.

1145
Figura 283: Mapa Ásia

28.4.3.1 Generalidades

Com uma população de 9 milhões de pessoas em 2019, de acordo


com o Escritório Central de Estatísticas de Israel, 6,7 milhões são judeus
e 1,9 milhões são árabes (de religião muçulmana em sua grande maioria).
De 1948 até 2018 a população no país multiplicou cerca de dez vezes
e constitui um país de imigrantes, formando “um mosaico de pessoas
com diversas etnias, estilos de vida, religiões, cultura e tradições”, como
colocado pela Embaixada de Israel. Em um território de 27.800 km²,
possui o 22º maior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo,
de 0,902.

1146
Figura 284: Israel

Apesar de ser um país costeiro, sofre com a escassez de água e


utiliza todos os esforços possíveis para maximizar os recursos hídricos
disponíveis, além de buscar novas fontes de água potável. Tendo uma
parte de seu território quase desertificado, criaram uma rede integrada
de distribuição de água que atravessa o país, de norte a sul, o Aqueduto
Nacional, reunindo todas as fontes de água potável. Projetos como
dessalinização da água do mar e aproveitamento da água da chuva estão
em andamento no país.
O governo fornece, através da Lei Nacional de Seguros de Saúde,
de 1995, serviços médicos padronizados para todos os residentes,
independente se são nacionais ou imigrantes. Contando com quatro
organizações de assistência médica, com um médico para cada 500
pacientes (Embaixada de Israel, 2018), o que pode parecer pouco, mas
é a razão encontrada em países desenvolvidos. Para se ter uma ideia,
no Brasil – segundo IPS News, 2017 - o índice é de menos de um médico
para 1.000 pacientes em 22 estados, uma média abaixo da recomendada
1147
pela OMS, de pelo menos 1,4 médicos para 1.000 pacientes. A mortalidade
infantil é de 4/1.000 e a expectativa de vida é de 83,4 anos para mulheres
e 79,7 anos para homens.
Existe também o sistema de serviços sociais, oferecendo assistência
aos trabalhadores, mães solteiras, idosos, crianças e adolescentes e usuários
de drogas, por exemplo. Esses serviços são nacionais e comunitários e
valem para todos os residentes permanentes, não só cidadãos. Incluem
seguro desemprego, salário família, licença maternidade, pensão para os
idosos, entre outros. A bandeira de Israel conta com uma Estrela de Davi
no centro, cercada por duas faixas azuis, que remete ao xale tradicional
e ritualístico de orações, o Talit, como demonstrado abaixo. A moeda
utilizada é o Novo Shekel Israelense (ILS) e ILS$1 equivale a R$1,65 (dado
de 15 de outubro de 2020).

Figura 283: Bandeira Israel

28.4.3.2 Análise sociocultural

Desde julho de 2018, a língua oficial é o Hebraico, falado pela maior


parte da população. O Árabe recebeu um “status especial”, como uma
segunda língua oficial, pela grande quantidade de imigrantes de países
árabes. O inglês é comum pelo fluxo turístico e ampla variedade de

1148
programas de televisão europeus e norte-americanos, portanto é ensinado
nas escolas e faz parte do vocabulário idiomático dos israelenses.
A cultura em Israel reflete a miscelânea da população, que é
bombardeada por informações provenientes de outros países, como
Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, criando uma cultura
internacional dentro de uma nacional. Portanto é possível dizer que
a mistura dos costumes e tradições israelenses com as influências
internacionais traduz bem a cultura do país. Com uma ampla gama de
expressões artísticas, museus, galerias, literatura, teatro, programas de
tv e rádio, entre outros, são muito valorizados e atendem aos gostos e
diferentes interesses da população.
A maior parte da população é declarada judaica, totalizando 82,7%
em 2017, seguido pelos islâmicos e agnósticos. Fundado para ser um
abrigo para judeus, não é um dado inesperado, porém é um dos países
com a maior concentração de uma religião predominante.

O país possui 28 emissoras de televisão e mais de 75% das pessoas


assinam algum tipo de serviço pago de entretenimento (Israeli
Broadcasting Company, 2017), sendo hebraico e inglês os idiomas
principais dos programas transmitidos. Retirado do Pew Research Center,
em 2020, o gráfico abaixo mostra a porcentagem de pessoas utilizando
internet, ou pelo menos possuindo um smartphone, em cada país, de
acordo com a idade. A bolinha verde indica pessoas acima dos 50 anos,
1149
a roxa na faixa etária entre 30 e 49 anos, e a azul entre 18 e 29 anos. O
número na coluna ao lado representa quantos pontos percentuais os
jovens têm sobre os mais velhos. Em Israel a diferença é de 12 pontos,
uma das menores nos países analisados, mostrando que a idade não é
um fator limitante para o acesso à internet.

1150
Já o mapa acima nos mostra a porcentagem da população utilizando
internet, independente de fatores como idade, sexo ou renda. Além de
percebermos que o maior uso se dá pela população da Coreia do Sul,
quando comparamos a porcentagem de Israel com a do Brasil, temos que
o primeiro ganha por doze pontos percentuais. A população israelense
utiliza mais a internet que a brasileira.

1151
28.4.3.3 Hofstede

Com características singulares, Israel é um dos poucos países onde


os imigrantes influenciam a cultura igualmente ou até mais que os
próprios residentes. Além disso, não apresenta um resultado definitivo
no quesito indulgência, necessitando de mais pesquisas para tanto.

Com uma nota 13 na distância de poder, temos um país que acredita


nos direitos iguais, na igualdade e independência. Os ambientes de trabalho
são informais e gestores e empregados se comunicam diretamente, se
tratando pelo primeiro nome. Não existe uma centralização de poder e
todos os funcionários são peças importantes para a realização de um bom
serviço, respeitando diferenças e experiências que se complementam,
trocando opiniões e consultorias.
A sociedade pende, muito levemente, para um individualismo,
apenas quatro pontos acima do meio termo. Isso é resultado da
miscigenação de culturas e tradições, tendo pessoas que focam em suas

1152
famílias imediatas (pais e irmãos) e outras com famílias extensas. Com
um forte senso de lealdade, as preferências pessoais e responsabilidades
contribuem para que as pessoas se apeguem mais umas às outras. Se
expressam sempre que podem e utilizam de comunicação direta.
Mais uma pontuação perto do meio termo, com uma leve inclinação
para uma sociedade masculina. Com uma valorização de desempenho
e assertividade, uma visão mais masculina é perceptível. Aos gestores
é cobrado que sejam assertivos e decididos, o que é refletido nos
funcionários. Status é algo para ser demonstrado e exibido, através de
dispositivos eletrônicos, casas, carros e itens de luxo.
A presentam uma grande aversão ao incerto, necessitando de regras
bem estabelecidas e do estabelecimento da verdade absoluta. As pessoas
têm uma visão de que sempre precisam estar fazendo algo para mostrar
o seu valor, trabalhar duro e orgulhar a família. Valorizam pontualidade
e precisão, e, acima de tudo, a segurança. Precisam se sentir seguros,
reflexo de anos de guerra e perseguição. O uso de gestos manuais e uma
certa agressividade ao falar são características que correspondem a esse
quesito.
A orientação é mais a curto que a longo prazo, optando por viver
no presente, o que também pode ser atribuído aos momentos difíceis
e incertos vividos pela população. A preocupação com as normas,
costumes e tradições refletem na sua maneira de viver e se orientar,
religiosamente, mostrando seu respeito até na forma de pensar. Não tem
hábito de economizar para o futuro, justamente por buscar resultados
imediatistas.

1153
28.4.3.4 Análise tecnológica

Por ser um país com recursos naturais escassos, mas capital


humano abundante, a inovação e o investimento em tecnologia foram
a saída encontrada para minimizar os efeitos dessa escassez. A água,
por exemplo, recurso mais valioso e insuficiente, tem motivado muitos
projetos, como o reaproveitamento da água do esgoto após um processo
de reciclagem, a dessalinização da água do mar (sendo um país costeiro,
água salgada existe em abundância) e até a captação da umidade do ar
para se transformar em água potável.
Outro recurso farto no país é a luz solar. A partir disso, desenvolveram
um sistema de energia solar em grande escala, tornando Israel o país que
mais usa energia solar por pessoa, no mundo. Na agricultura, em menos
de 20% do território do país, os agricultores conseguem produzir 95% do
que é necessário para alimentar a população. Apesar disso, a publicação
de artigos científicos fica bem abaixo do Brasil, pois a preocupação
maior está na criação e inovação, não no desenvolvimento de teses e
dissertações.

1154
Um dos indicadores de sucesso para o governo é a presença das
maiores empresas do Vale do Silício em Israel: todas elas têm um centro
de pesquisa no país. Existem ainda diversas inovações israelenses, como
o aplicativo Waze, o pendrive, firewall, drones, dessalinização da água do
mar, o tomate cereja, os processadores da Intel e o sistema de energia
solar. A criação do Silicon Wadi busca se equiparar com o tradicional Vale
do Silício, nos Estados Unidos, e concentra a maior parte das empresas
de tecnologia do país. Essas empresas, por sua vez, criam a tecnologia e
se fundem com outras para produzir e comercializar ou simplesmente
vendem a tecnologia para que outra empresa possa produzir.

Figura 284: From Israel

1155
28.4.3.5 Análise política e
econômica

Um Estado judeu e democrático, como é descrito nas suas leis


básicas, Israel tem sua capital em Jerusalém, a cidade mais populosa do
país, mas o núcleo industrial e econômico se encontra em Tel Aviv. Existe
uma disputa internacional sobre o reconhecimento de Jerusalém por
todas as questões conflituosas com a Palestina envolvidas. Entretanto,
o governo Bolsonaro assinalou a sua intenção de transferir a embaixada
brasileira de Tel Aviv (onde estão concentradas a grande maioria das
embaixadas) para Jerusalém, causando tenções na política e diplomacia
internacional. Somente dois países fizeram isso: Guatemala e Estados
Unidos, mais especificamente, o governo Trump.
Na imagem temos o Presidente Jair Bolsonaro e o Primeiro Ministro
Benjamin Netanyahu, na visita do primeiro à Israel, em 2019.

Figura 285: Bolsonaro e Reuven

1156
É membro da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) e da Organização das Nações Unidas, sendo considerado um
país desenvolvido. Tem o maior IDH do Oriente Médio e o 22º do mundo.
Uma democracia parlamentar, divide seus poderes em Executivo,
Legislativo e Judiciário. Por não ser uma república presidencialista, a
figura do presidente, chefe de estado, é meramente simbólica e formal.
O poder é assumido pelo primeiro ministro, chefe de governo, assim
como acontece no Reino Unido. O Legislativo é conhecido como Knesset
e se trata de uma única câmara com 120 membros, eleitos de quatro em
quatro anos.
Em 2019, o PIB foi de US$217 bilhões, mais de 28 mil dólares por
pessoa. Somou, em exportações de bens e serviços mais de 58 bilhões de
dólares e US$59,2 bilhões em importações. A concentração da indústria é
de produtos manufaturados, porém com alto valor agregado e se baseiam
em inovações tecnológicas. Ao contrário dos costumeiros commodities,
Israel produz hardwares e softwares, energia solar, telecomunicação,
equipamentos eletrônicos médicos e tecnologia agrícola, por exemplo.
Em setembro de 2020 tivemos mais um desdobramento no conflito Israel-
Palestina, sendo uma manifestação não-pacífica palestina da assinatura
de um tratado de paz entre países dos Emirados Árabes Unidos, realizada
na Casa Branca, nos Estados Unidos. Quinze foguetes foram lançados em
direção a Israel, sendo nove interceptados. Não há registro de feridos.
Entretanto, o exército israelense retaliou e o grupo Hamas, em controle
da Palestina desde 2009, disse que a resposta será proporcional à agressão
de Israel.
O primeiro ministro hebreu disse que acreditava que esse tratado
pudesse finalmente trazer paz e o fim desse conflito. Os árabes, no
entanto, retrucaram com “não haverá paz, segurança ou estabilidade para
ninguém na região sem o fim da ocupação e (sem) o respeito dos plenos
direitos do povo palestino”, fala de Mahmud Abas, líder da Autoridade

1157
Palestina, ocupando a Cisjordânia. Após esses episódios, através da
mediação do Catar, as duas partes concordaram com um “cessar fogo” e
a manutenção de uma trégua pacífica, porém frágil.

28.4.3.6 Empreendedorismo
O aproveitamento de recursos é um dos pontos fortes do país, e
o mesmo acontece com o capital humano. Ami Appelbaum, cientista
chefe do país, em entrevista ao Valor Econômico em 2018, explicou sobre
o ecossistema de apoio ao empreendedorismo e às startups, além do
fundo perdido. Vinculado ao Ministério da Economia e a AII (Autoridade
de Inovação de Israel), uma entidade pública sem afiliação partidária, o
governo oferece aporte financeiro e verbas públicas, livres de corrupção.
O Fundo Perdido é um tipo de crédito concedido por um emprestador
(seja PF ou PJ), sem a expectativa de retorno do montante cedido. Em
Israel, esse fundo é gerido pela AII e os fundos são doados pelo governo
e totalizaram, em 2018, meio bilhão de dólares para ser empregado em
pesquisas, tecnologia e startups. Empresas privadas, em 2017, aportaram
mais de cinco bilhões de dólares em startups e o país é o que mais gasta
com P&D no mundo, representando 4,3% do PIB – mais de US$13 bilhões.
Esse apoio recebe o crédito pela aceleração do desenvolvimento da
economia em Israel, e Avi Yaron (CEO de um funcho de investimento
em startups chamado Joy Venture) diz que “Israel está ao menos uma
década à frente dos outros países em termos de apoio às startups”. A
entidade ainda tem papel de investidor anjo, financiando startups,
pesquisas, grandes, médias e pequenas empresas, que utilizem inovação
e tecnologia, se mostrarem ser uma boa oportunidade, independente
dos riscos, que geralmente são grandes.

1158
“Investimos em setores tradicionais de baixa produtividade para
tentar movê-los para cima. Adicionamos equipamento e capacidades
digitais, como a internet das coisas, robótica, mineração de dados,
inteligência artificial, para melhorar a produtividade. Fazemos
só a parte boa do venture capital, que é fornecer financiamento.
Já um fundo venture quer uma participação na empresa. Nós
não queremos isso. Você tem uma startup, vem até nós, pede
financiamento, nós avaliamos a sua startup, o que é um passo
crítico. Pode ser apenas uma ideia, pode já estar encubada, pode
ser uma startup na fase A ou B, e nós damos uma ajuda (grant),
na maior parte dos casos, ou um empréstimo condicionado, que é
pago se a empresa tiver sucesso

AMI APPELBAUM, 2018.

28.4.3.7 Doing Business


Caracterizado como 35º país mais fácil de se fazer negócios, em uma
lista de 190 países, é o 13º no quesito de pagamento de taxas, um bom
sinal de política tributária eficiente. Enquanto as maiores dificuldades
da Argentina e dos Estados Unidos estava em fazer novos negócios, Israel
se mostra em uma posição abaixo de sua média no ranking, um atrativo
para novas empresas. A maior dificuldade está no fato de fazer cumprir
os contratos judicialmente, levando 975 dias (20 dias a menos que os
EUA). O tempo médio gasto para abrir um novo negócio é de 11 dias. Com
um score de quase 77 pontos, Israel fica a 23 pontos do melhor índice.

1159
28.5 Decisão do destino
Para que possamos tomar uma decisão assertiva e informada,
escolhemos 7 dimensões (de acordo com as características e necessidades
do projeto) para analisar os países escolhidos e, com base na nota dada, o
país destino para a internacionalização será apresentado. As dimensões
foram pensadas com base nos recursos básicos necessários (inovação,
capital humano e tecnologia), além do nível de apoio às startups
(projetos que receberem investimentos podem se tornar startups) e aos
empreendedores, o público alvo do projeto.
Como encontramos oportunidades e ameaças, as notas serão
distribuídas de 0 a 5, de acordo com a legenda abaixo, e também
divididas em negativas e positivas. As notas positivas representam

1160
uma oportunidade para a empresa (consultoria), enquanto as notas
negativas, uma ameaça ou um fator dificultador para o estabelecimento
da consultoria. Um ponto negativo anula um ponto positivo ((-1) + 1 = 0).
As dimensões foram as seguintes:

1. Tolerância do Governo à Economia Criativa: mede a participação


do governo no setor de economia criativa, e do setor dentro da economia
do país, assim como das atividades criativas dentro de setores mais
tradicionais. Uma nota baixa significa que o governo não investe no
setor, uma média é traduzida pelo investimento em apenas partes
da economia criativa (como arte e arquitetura) e alta mostra o total
comprometimento do governo com a indústria criativa;

2. Consumo de Mídias Sociais: relevante pela forma de divulgação e


comunicação do programa, essa dimensão busca analisar o engajamento
do público com as mídias sociais, além de televisão e serviços de streaming.
Uma nota baixa mostra pouco engajamento (muito público gerando
pouco movimento ou pouco público, os dois seriam uma ameaça). Uma
nota média não é o ideal, porém não representa algo negativo. Uma nota
alta nos mostra que o público é engajado nas tecnologias de comunicação
e podem aumentar o raio de divulgação do programa;

3. Incentivo ao Empreendedorismo: ao contrário do que se pode


pensar, países que possuem um alto investimento em empreendedorismo
representam uma possível ameaça ao projeto. Como a solução é baseada
na dor da dificuldade em fazer novos negócios, se essa dificuldade não
existe, o programa não se sustenta. Uma nota baixa representa um baixo
investimento (financeiro, tecnológico, educacional e tributário) por parte
do governo e instituições privadas. Uma nota média mostra que esses
programas existem, mas são pouco difundidos, não conseguem atender

1161
à demanda ou são falhos para atendê-la. Uma nota alta significa que o
país conseguiu desenvolver um sistema eficiente que consiga apoiar os
empreendedores e não precisa do The Scale;

4. Incentivo às Startups: já incentivar startups é uma oportunidade,


visto que podem ajudar no aporte financeiro para as melhores ideias no
final do programa. Ao incentivar empresas, ainda existe a necessidade
de transformar uma ideia em uma empresa, e a dor continua. Dessa
forma, a consultoria consegue realizar o que se propõe a fazer. Uma nota
baixa mostra que o governo e a iniciativa privada temem os riscos e não
investem em inovação. Uma nota média mostra que o país está começando
a investir no incerto, porém ainda com algum tipo de restrição (medo
do risco, fuga de capital, barreiras, falta de conhecimento). Uma nota
alta mostra que o risco deixa de ser um fator decisivo para o investidor
e a inovação passa a mover uma boa parte da economia;

5. Incentivo à Tecnologia: para que seja possível inovar e construir


projetos, a tecnologia é essencial. Negócios digitais tomam grande parte
do mercado hoje, principalmente em um cenário de pandemia mundial
como vivido em 2019/2020 e na recuperação da crise que se instaurou
na economia. A tecnologia foi a principal forma encontrada por
muitas empresas para sobreviver e vem despontando como importante
ferramenta para soluções mais eficientes. Uma nota baixa mostra pouco
interesse do governo e de empresas em investirem em tecnologia e P&D,
enquanto uma média mostra que esse processo foi iniciado, porém
se mantém em um ritmo lento. Uma nota alta mostra uma nação
tecnológica, sem medo de mudanças e inovações;

6. Índice de Inovação: o mercado já está saturado de negócios iguais


oferecendo as mesmas soluções. Muitas dores não são solucionadas

1162
da forma que os clientes gostariam, necessitando uma inovação (seja
em embalagem, tamanho, processos, comunicação, distribuição ou
qualquer outro fator), além de nichos existentes no mercado por falta
de aproveitamento. Um mercado com uma nota baixa de inovação não
atende aos requisitos necessários para o programa, pois apostam nos
setores tradicionais e temem as mudanças. Uma nota média mostra o
primeiro passo para a modernização e as soluções mais eficientes. Um
país com uma nota alta mostra que é movido por inovações e não teria
dificuldade em apoiar negócios diferentes;

7. Reconhecimento do Capital Humano: por ser o recurso chave para


a realização da consultoria e do programa, o governo deve reconhecer a
força do seu capital intelectual. A falta de outros recursos pode ensinar
isso ao país, em investir no conhecimento. Mas existem aqueles que
conseguiram entender isso, mesmo com a abundância de recursos
naturais. Uma nota baixa mostra que o ser humano não é reconhecido
nem valorizado na economia. Uma média mostra que o conhecimento
já se mostrou relevante e o Estado se encontra no caminho de tornar
esse recurso mais válido. Uma nota alta mostra que a força de trabalho
foi reconhecida e recebe o reconhecimento e compensação salarial que
merece.

1163
Dessa forma temos que:

Com 17 pontos, a Argentina lidera no consumo das mídias sociais,


mostrando ser uma nação conectada e comunicativa. Entretanto, por
ser um país em desenvolvimento e ter passado por crises políticas e
econômicas duradouras nas últimas décadas, se mostra um pouco
atrasado no que diz respeito à tecnologia e inovação, portanto fica como
a opção menos viável para internacionalizar um produto como esse.
Com 23 pontos, os Estados Unidos se mostram um concorrente de
peso, destacando em quase todas as áreas. O principal ponto que dificulta
a internacionalização é o alto incentivo ao empreendedorismo, com
investimentos, redução tributária, escolas e cursos para que as pessoas
consigam empreender. Com isso, estaríamos concorrendo diretamente
com o governo, um cenário desfavorável para uma empresa pequena que
estaria entrando em território estrangeiro, literalmente governado pela
concorrência.
E, por último, nosso vencedor, com 25 pontos, Israel. Com sua
maturidade tecnológica e visão inovadora, um pequeno país em um
território conflituoso ganhou a disputa contra dois gigantes (em
território, quando comparado a ele). Com o governo incentivando startups,
tecnologia e inovação, além do recurso chave, o capital humano, vemos

1164
um solo fértil para o desenvolvimento do The Scale, e, por esse motivo,
foi o destino escolhido para a internacionalização do produto (o formato
do reality de consultoria).

28.5.1 Risco país

O risco país é uma análise que leva em consideração aspectos como


política e economia, a longo e curto prazo, para analisar os riscos corridos
ao negociar com o país. O índice varia entre 0 e 100 e, quanto maior o
número, maior o risco. O Brasil apresenta um risco país de 58, os Estados
Unidos de 77,6 (sendo o maior risco da política a longo prazo) e 50,08 na
Argentina. Em Israel, o risco médio é de 71,2, o que é maior que o Brasil,
mas menor que os Estados Unidos.
O alto risco é atribuído, principalmente, às tensões com a Palestina,
além dos confrontos Irã e Síria, dois países geograficamente limítrofes
ou próximos, que podem ter consequências que ultrapassem suas
fronteiras. Esses fatos aumentam a incerteza sobre a estabilidade no
país, aumentando os riscos. Entretanto, com as políticas de apoio às
startups, grande parte do risco é assumido pelo governo, o que minimiza
o impacto para a consultoria. Abaixo mostramos os índices que levam à
compo

1165
28.5.2 Business Model Canvas

Para melhor entendermos o funcionamento desse processo, criamos


um canvas de modelo de negócios que ilustre aspectos importantes a
serem estabelecidos pela consultoria.

O que estamos propondo entregar para os clientes está diretamente


alinhado ao nosso propósito, valores e proposta de valor, sendo inovação,
melhoria da qualidade de vida pela geração de empregos e renda, o
que movimenta a economia, mas, principalmente, a criação de novos
negócios e a descoberta e capacitação de novos talentos. Faremos isso
utilizando como base o programa já estabelecido no Brasil, mostrando
o funcionamento, os benefícios e estabelecendo a confiança entre as
partes. Com uma boa comunicação, deixaremos claro todas as etapas
envolvidas no processo do reality de consultoria, visto que é uma cultura
que aprecia uma conversa clara e direta.

1166
Para que possamos entregar esses valores precisamos, acima de
tudo, de pessoas. Pessoas que se inscrevam no programa, que tenham
ideias, que sejam mentores e consultores, investidores e expectadores. A
tecnologia é necessária para conseguir uma distribuição omnichannel e
para a realização das atividades e projetos propostos no programa. Por
se tratar de uma cultura normatizada, a definição de uma metodologia
e de uma gestão de processos clara e prática pode se tornar uma grande
aliada na internacionalização para Israel.
Nosso público alvo continua o mesmo, empreendedores e futuros
empreendedores. Entretanto, nosso canal aqui passa de nível 0 (onde
entregávamos o produto direto para o consumidor final) para canal
de nível 1, tendo um intermediário, nossos novos clientes. Escolhemos
licenciar o programa, então as emissoras de televisão e as produtoras de
conteúdo se tornam potenciais futuros clientes, que comprariam o direito
de exclusividade no país. Essa relação deve ser pautada na cooperação
e na isonomia, já que a estrutura de poder em Israel é mínima, tentar
hierarquizar a relação não funcionaria. Com planejamentos de curto
prazo, pelo imediatismo da sociedade, contratos superiores a cinco
anos não são recomendados. Além disso, oferecer a autonomia para
que os clientes possam adaptar alguns aspectos do programa, como a
comunicação, é importante.
A comunicação se dará pessoalmente, em uma visita às instalações
domésticas do programa para entender seu funcionamento (clientes
vem até o Brasil) e visitas da consultoria para o seu acompanhamento
(consultoria vai até Israel) e também através das mídias sociais. Quanto
aos canais digitais temos mídias sociais e plataformas como site, e-mail e
canal no youtube. Os parceiros se tornam os próprios clientes (emissoras
e produtoras), além de investidores (sejam públicos ou privados).
Na forma de licenciamento, arcaremos com os custos de contato
com o cliente. Esses custos envolvem o marketing necessário para

1167
atingir Israel, o desenvolvimento das mídias sociais e plataformas
digitais, além de futuros custos legais para o contrato. Lucraremos com o
contrato de exclusividade de exibição (licença), além de recebermos uma
porcentagem dos lucros (a ser definida, entre 3 e 10%) do programa em
Israel. A internacionalização também gera um reconhecimento mundial
e fortalece a marca domesticamente, podendo resultar no aumento do
número de clientes ou no aumento do valor dos serviços oferecidos pela
consultoria.

28.6 Análise de mercado

Assim como analisamos nacionalmente, é importante analisar o


mercado internacional para entender onde estamos pisando. Não mais
estaremos fazendo negócio com os clientes finais, como já falamos. Nosso
negócio passou ara canal nível 1, já que agora temos as emissoras de
televisão e/ou produtoras de conteúdo como intermediárias. No infográfico
abaixo temos os diferentes níveis de canais e os intermediários. No caso
da venda do produto (formato do reality de consultoria), a consultoria
seria como a fábrica do modelo, as produtoras/emissoras seriam as lojas
varejistas e os participantes do programa seriam os clientes finais que
compram o produto.
Os clientes finais não mudaram, o público alvo não mudou. A única
diferença para que a consultoria possa operar em solo internacional é
a existência de um intermediário que possa pegar o produto entregue e
transformá-lo de volta no serviço inicial, nos moldes do que é oferecido
no Brasil.

1168
Nossos clientes passam a ser empresas, abrindo uma ramificação
B2B para o nosso negócio. As características do serviço seguem sendo as
mesmas, apenas alguns aspectos transacionais se modificam. Optando
por licenciar, temos um contrato que pode ser definido entre um e cinco
anos, não mais sendo apenas uma temporada (três meses). A forma de
se monetizar também muda, uma vez que não teremos que arcar com a
estrutura de custos.
Se, antes arcávamos com deslocamento, equipe de produção,
espaço físico, mentores, marketing, investimentos e todos os outros
custos envolvidos na realização e distribuição do programa, esses custos
agora pertencem aos compradores do produto, quem vai executar o
programa em Israel. Da mesma forma, a lucratividade com a forma de
distribuição, inscrição dos participantes, ações, patrocinadores e todas
as outras formas, pertence aos executadores.
A monetização da consultoria se dará através dos royalties pagos
pela empresa que comprar o direito de exibir o programa, um valor mais
substancial do que o lucro de uma temporada realizada no Brasil. Além
disso, uma cláusula a ser negociada em contrato estabelecerá que uma
porcentagem do que for lucrado pelo programa em Israel deverá ser
paga à consultoria brasileira, adicionando mais uma forma de renda.
1169
Abaixo temos uma persona que enquadra nossos prospectos clientes,
um dono de uma produtora em Tel Aviv. Para que possamos melhor
entender quem seria esse cliente e suas necessidades, acompanhamos
desde o movimento básico diário até suas pesquisas na internet e
preferência de contato. Com 15 funcionários, é uma das maiores
produtoras do país e produz desde conteúdo para mídias sociais até
filmes nacionais. Amir Bashad, dono da empresa, é formado em Cinema
em Londres e voltou para sua cidade para realizar seu sonho de ser um
produtor israelense.

1170
28.6.2 Análise de demanda

Por estarmos tratando de um direito de exclusividade, independente


do tamanho da demanda, só poderemos atender um cliente. Seja ela uma
produtora ou emissora, só ela obterá a licença para exibir o programa
e todos os processos envolvidos (consultoria, mentorias, captação de
participantes, divulgação, distribuição). Dessa forma, a análise da
demanda não segue o padrão de mercado total, potencial, disponível e
alvo, tendo apenas o primeiro e o último (o número total de possíveis
clientes e o número de clientes que podem ser atendidos: um).
Em Israel, de acordo com um artigo da Elo Company de junho de
2020, existem 28 emissoras de televisão, cinco delas sendo as maiores
broadcasters do país (quatro privadas e uma pública) e 120 produtoras
independentes que, juntas e anualmente, criam 200 horas de conteúdo
televisivo, 20 filmes e 90 horas de documentários. Logo, as 28 emissoras
mais as 120 produtoras se tornam nosso mercado total.

1171
Mercado total

148 Empresas

E, dentre as 148 empresas que possam se interessar pelo negócio,


poderemos atender apenas uma, o que nos deixa com:

Mercado alvo

1 Empresa

Já levando em consideração o ticket médio, levamos como exemplo


a Endemol Shine, criadora de formatos como Big Brother, Master Chef e
até de séries, como Black Mirror, que usa de licenciamento para distribuir
suas produções. De acordo com a revista Exame, em setembro de 2019,
o valor cobrado para que emissoras, como Globo por exemplo, possam
exibir seus programas é de R$19 bilhões por ano, por programa.
Entretanto, se trata de uma empresa mundialmente conhecida, já
estabelecida no mercado, e formatos que já provaram ser executáveis
e lucrativos para os detentores. Por esse motivo, a utilização de uma
estratégia similar em uma empresa pequena, com um só formato de
programa inicialmente (enquanto a Endemol tem 700) e nenhuma
experiência global, é extremamente ilógico. Adotaremos uma estratégia
de preço mais acessível, o que se justifica pelos motivos listados acima.

1172
Nosso ticket médio é anual, será equivalente a três temporadas e
representa um valor que atenda às expectativas de lucro da consultoria,
mas não seja muito alto de forma que uma produtora independente não
consiga pagar. Assim como já falamos anteriormente, o Blog do Nei trouxe,
em fevereiro de 2020, que as startups em estágios pré-receita e semente,
variam entre R$500.000 e R$2 milhões. Dessa forma, considerando que
se trata de uma startup de incubação e aceleração de outras startups,
estabelecemos o valor de licenciamento em R$2 milhões ao ano (três
temporadas).

Ticket Médio

R$ 2.000.000,00

28.7 Estratégia de penetração

Já deixamos claro que a estratégia escolhida é o licenciamento. Mas,


afinal, o que é um licenciamento? Essa forma de internacionalização
envolve propriedades intangíveis, como patentes, fórmulas, direito do
autor, desenhos, processos, entre outros. Apesar de termos transformado
o serviço doméstico em um produto (formato do reality de consultoria),
o mesmo continua sendo intangível, não sendo como uma peça
de computador ou uma pessoa, mas um processo. Por esse motivo,
consideramos mais viável a escolha dessa estratégia.
Quando um licenciador (no caso, a consultoria) concede o direito
a uma entidade (pessoa física ou jurídica, nesse caso uma emissora ou
1173
produtora) por um determinado período de tempo, está praticando um
licenciamento. Como exemplo temos ovos de páscoa de personagens da
Marvel e Mattel, licenciados por seus respectivos donos. Ou produtos
escolares da Disney ou Universal, também licenciados. As marcas desses
produtos pagam para os detentores dos direitos desses personagens um
valor para que possam usar a sua imagem nos produtos, em muitos
casos aumentando as vendas pelo simples fato de usar os personagens.
Escolhendo essa forma de internacionalizar, a consultoria se abstém
dos custos e riscos de uma produção internacional, sendo eles assumidos
pelos detentores da licença, os novos clientes. Dessa forma não teremos
que alocar recursos financeiros e pessoais, de forma substancial, para um
novo país, deixando de reaplica-los no negócio original, no Brasil. Estamos
também permitindo que as empresas apliquem o seu conhecimento de
mercado e suas estratégias de distribuição e comunicação, visto que elas
possuem uma vivência muito maior na cultura e economia israelense
que a consultoria, o que pode ser um fator decisivo no sucesso do negócio
em Israel.
De forma contrária, o licenciamento também reduz o controle
da matriz (consultoria brasileira) sobre aspectos como comunicação e
distribuição, principalmente nos exemplos citados acima com a utilização
dos personagens. Porém, como a comunicação faz parte do formato do
programa que será licenciado, estabelecemos itens básicos que deverão
ser cumpridos para que a parceria se concretize. Caso os clientes não
concordarem com esses requisitos e for possível alguma negociação e
concessão que não comprometam os valores e propósito da consultoria,
assim será feito. Caso não seja possível, será iniciado o contato com
outra empresa que se interessar no negócio, e assim sucessivamente.

1174
Esses itens básicos são:
Utilização de mentores capacitados e que adotem uma política de
comunicação não-violenta;
Não onerar participantes com o custo do programa na inscrição;
Não aceitar mais participantes do que o recomendado para ter
uma boa dinâmica e produtividade;
Concordar e fazer cumprir os valores da consultoria matriz;
Propiciar um ambiente salubre e cooperativo, evitando conflitos e
qualquer tipo de discriminação;
Adotar uma comunicação similar à matriz, observando valores
e propósito, buscando a transmissão de uma mesma mensagem
independente do país;
Manter o formato de provas, eliminações, atividades e transmissão
de conhecimento, durante o tempo estipulado pela matriz (três meses
cada temporada, três temporadas por ano);
Oferecer oportunidades iguais para que os participantes possam se
desenvolver durante a sua participação no programa;
Estabelecer uma política de valorização dos cooperadores (todos os
envolvidos na sua realização, sejam mentores ou equipe de produção);
Manter ou elevar a qualidade em Israel do serviço oferecido no
Brasil;

28.8 Estratégias de mix de


marketing

Levando em consideração todos os requisitos estabelecidos como


básicos e necessários no país de destino e o seu cumprimento no Brasil,
explicaremos a seguir como serão nossas estratégias no que diz respeito ao

1175
composto de marketing. Como o licenciamento reduz o controle da matriz
sobre a filial, nem todas as estratégias serão definidas exatamente pela
consultoria brasileira. Entretanto, os aspectos básicos estarão presentes
em cada uma delas, dando um delineamento de como a empresa deverá
se comportar em Israel. Adaptações serão possíveis e necessárias, porém
não serão aceitas nos itens básicos.

28.8.1 Estratégias de
posicionamento

Assim como no Brasil, nos posicionaremos com uma estratégia de


demonstrar nossa proposta de valor. Como nossos preços e custos tem
muita base no valor percebido pelos clientes e no custo-benefício que eles
veem, nada mais justo que internacionalizar da mesma forma. Enquanto
o cliente perceber valor e benefício no que estamos entregando, nosso
serviço/produto continua relevante e sendo consumido.
Adotaremos a estratégia de posicionamento por proposta de valor
tanto com nossos clientes B2B, quanto eles com o público alvo final. A
demonstração do que é possível alcançar com a ajuda da consultoria e
do programa, utilizando ou não de casos concretos no Brasil de negócios
que foram desenvolvidos e investidos, será um recurso necessário até que
esse novo negócio seja reconhecido em Israel. Entretanto, independente
do tempo, o posicionamento sempre será o mesmo: queremos gerar valor
para as pessoas, não que elas gerem somente lucro para nós. Nossa proposta
de valor é e deverá sempre ser o que orienta nosso posicionamento de
mercado.

1176
28.8.2 Estratégias de seleção de
mercado-alvo

Como já explicado anteriormente, nosso mercado alvo será de


uma empresa, entre 148 possíveis prospectos clientes, caracterizados
como intermediários para o público final (empreendedores e futuros
empreendedores). Entraremos em contato com o máximo possível
dessas empresas – por telefone, e-mail e/ou mídias sociais -, fazendo um
levantamento de quais delas possuem o interesse e a disponibilidade
financeira de desenvolver o programa. Esses dados deverão ser coletados
em pesquisa primária, pois não estão disponíveis em nenhuma fonte
secundária. Além disso, é algo muito particular e se trata do início do
contato com possíveis futuros clientes, o que acreditamos que devemos
fazer nós mesmos.
Encontradas as empresas que cumprem esses requisitos, a
concordância com os valores, itens básicos e propósito da consultoria
matriz será o decisor do mercado-alvo. Caso mais de uma empresa
se enquadre nessas características, a decisão se dará com base nos
benefícios que a empresa estará disposta a acrescentar na transação
comercial, sejam eles para a consultoria matriz ou para o público alvo.
Esses benefícios podem incluir um aumento no valor do licenciamento,
no controle brasileiro sobre estratégias, maiores investimentos para os
projetos finais, parceria para expansão em outros países, entre outros.

1177
28.8.3 Estratégias de produto

O produto é global, mas sofrerá modificações locais para melhor


atender às necessidades e aspectos culturais, econômicos e políticos.
Como trabalharemos com profissionais locais no Brasil (mentores e
participantes do Rio de Janeiro, quando no Rio de Janeiro; mentores e
participantes da Paraíba, quando na Paraíba), assim será feito em Israel:
os mentores e os participantes serão residentes de Israel, o que já é uma
modificação local em um produto global. Isso se dá pela percepção da
consultoria de que as características locais (cultural, econômica, política
e geográfica) devem ser levadas em consideração, não generalizadas de
região para região, e isso só é possível através da utilização de capital
humano local.

28.8.4 Estratégias de preço

Kotler estabelece 9 estratégias de preço, alinhadas com a


qualidade do produto/serviço oferecido. Divididos em Alto (A), Médio
(M) e Baixo (B), tanto preço quanto qualidades se cruzam e definem a
estratégia correspondente. Nesse processo adotaremos duas estratégias
distintas, uma na transação matriz – intermediários e outra na relação
intermediários – clientes finais.

1178
Para a primeira estratégia adotaremos uma alta qualidade
de produto, juntamente com um preço médio, resultando em uma
estratégia de alto valor na relação entre a consultoria brasileira e a
empresa israelense. Justificada pelo ticket médio, acreditamos ser uma
estratégia vantajosa para ambas as partes. Na segunda, manteremos o
mesmo nível de qualidade, um dos itens básicos, porém oferecendo um
preço mais baixo, como é a proposta no Brasil. Dessa forma, adotaremos
uma estratégia de valor supremo no que diz respeito ao serviço que
deverá ser entregue pela consultoria em Israel ao público alvo.

28.8.5 Estratégias de
distribuição

O formato de licenciamento nos dá a opção de distribuir


exclusivamente, o que é a forma escolhida pela maioria das distribuidoras
de programas. Dentro de Israel, somente uma emissora ou produtora terá

1179
o direito de exibir o programa, o que diminui a quantidade de fontes de
receita para a consultoria matriz, porém aumenta o valor cobrado pela
exclusividade. O direito de ser a única rede no país a exibir esse conteúdo
justifica o custo cobrado e aumenta o valor percebido pelas empresas no
país.

28.8.6 Estratégias de
comunicação

A comunicação faz parte da lista de itens básicos que devem ser


cumpridos para que a transação seja possível. Com o objetivo de manter
uma comunicação global, as consultorias brasileira e israelense devem
estar em contato para definir estratégias de comunicação que sejam
válidas para os dois países, ou quais serão as alterações necessárias
para que isso possa ocorrer. No plano de comunicação trazemos mais
informações sobre a comunicação que será feita no Brasil, caso deseje se
aprofundar no assunto.
Abaixo temos o exemplo de uma peça de comunicação para ser
usada nas redes sociais no Brasil. Sempre nos valendo do propósito,
a comunicação representa nossa forma de mostrar para as pessoas o
que estamos querendo, realmente, oferecer. Capacitar e desenvolver
pessoas faz parte do nosso propósito, e o astronauta representa a subida,
superação das dificuldades e a possibilidade do sucesso.

1180
Essa peça foi adaptada no idioma, para que possa ser utilizada em
Israel. Os valores representados são os mesmos, constituindo a base para
a comunicação. Caso a figura do astronauta, por exemplo, não tenha
o mesmo significado e impacto na população israelense, ou as cores
transmitam um sentimento negativo, poderão ser mudadas. O que é
importante e traduz a base comunicativa da consultoria é a mensagem
a ser passada, nossa preocupação e intenção em capacitar e desenvolver
pessoas. O nome The Scale, no entanto, não será traduzido.
O idioma falado pela maior parte da população é o Hebraico,
portanto foi uma das línguas escolhidas para traduzir a comunicação,
como pode ser observado abaixo. A mensagem é a mesma, desenvolver e
capacitar pessoas.

1181
A segunda língua escolhida foi o inglês, uma vez que as pesquisas
mostram que, grande parte dos programas na televisão são em inglês,
que também é um idioma falado e compreendido por uma grande
porcentagem da população, motivo pelo qual escolhemos um nome em
inglês para o programa, acrescentando mais uma característica global
ao produto.

28.9 Objetivos e cronograma

Definiremos nossos objetivos de marketing de acordo com a


ferramenta Smart, porém vale lembrar que, com o licenciamento, uma
vez que o programa for implementado em Israel, os objetivos deixam de
ser da consultoria matriz e passam a ser da filial. Portanto temos apenas
3 objetivos no que diz respeito à internacionalização:

1 – Iniciar o processo de internacionalização para Israel após cinco anos


de desenvolvimento do programa e da consultoria no Brasil;

2 – Realizar o processo de licenciamento (desde o primeiro contato com


possíveis clientes até assinatura de contrato) em até três meses;
1182
3 – Caso o cliente tenha interesse em renovar o contrato para um segundo
ano (medida de resultado favorável para a consultoria), iniciar contato
com outro país do Oriente Médio para expansão do The Scale.

O cronograma, portanto, iniciará em 2026 (considerando 2021 como ano


1 do programa) e será como segue:

1183
EPISÓDIO 29

1184
1185
QUEM VEM COM
A GENTE
Parceiros
Para Kotler (1998, p.30), “marketing de relacionamento é a prática
da construção de relações satisfatórias de longo prazo com partes-
chave”. Na mesma temática Bogman (2002, p.23) afirma que “é essencial
ao desenvolvimento da liderança no mercado, a rápida aceitação de
novos produtos e serviços e a consecução da fidelidade do consumidor”.
Entende-se que a parceria é um meio que facilita nos processos e na
soma de competências, pois dois lados se unem para um mesmo fim.
A união em parcerias nem sempre significa trocas financeiras, mas
uma relação “ganha-ganha” dos dois lados, envolvendo experiências,
formas de produção, know how, contatos e conexões. A diferença entre
os parceiros e os fornecedores reside no fato de que, os fornecedores,
são peças chaves do projeto que serão pagos pelo trabalho realizado,
enquanto os parceiros estão envolvidos no negócio sem remuneração, só
em uma relação de ganhos.
- Para a realização desse projeto, é de extrema importância cultivar
uma extensa rede de parceiros que possam auxiliar em diversas etapas
do negócio, e identificamos os seguintes parceiros:
- Emissoras de televisão: são parceiros fundamentais para o negócio,
visto que foi o canal escolhido para a distribuição do reality. Não são
fornecedores pelo fato de não serem pagos para veicular o programa,
mas pagarem para exibi-lo;
- Sebrae: estaremos contando com o apoio da instituição, tanto

1186
com as suas conexões, possíveis pessoas que os procurem e possam ser
encaminhados em nossa direção e algumas pessoas que possam participar
de networkings e avaliações de projetos. Os profissionais do Sebrae como
mentores, serão nossos fornecedores, pois serão pagos para exercer sua
atividade;
- Senac: a parceria com o Senac se dá nas mesmas bases do Sebrae,
com o aproveitamento das conexões, profissionais para networking e
avaliações, pela base do serviço de educação profissional;
- Investidores: uma das nossas propostas é a possibilidade de os
participantes receberem investimentos ao final do programa. Para
que isso seja possível, precisamos envolver os investidores no negócio,
entrando como parceiros, visto que a circulação de capital se dará sem
envolvimento do programa;
- Patrocinadores: os patrocinadores são entusiastas do projeto, que
gostariam de vê-lo em circulação. Seu envolvimento financeiro se dá
na estrutura de custos do programa, por acreditarem em um retorno
tão grande quando o investimento realizado. Muitas vezes essas pessoas
realizam os investimentos em troca de propaganda da sua marca, o que
acaba sendo revertido em um aumento na procura pela empresa, se
tornando possíveis clientes;
- Influenciadores Digitais: encontramos a oportunidade de utilizar
de pessoas influentes nas mídias digitais, que se identifiquem com
a causa de apoio aos empreendedores, para divulgar e impulsionar o
programa, proporcionando maior visibilidade para o negócio, auxiliando
na captação de clientes em potencial. Esses influenciadores precisam,
especificamente serem empáticos com a proposta, para que aceitem
participar do projeto sem um incentivo financeiro, atuando na área
social do negócio;
- Público: a audiência também é parceira do negócio, pelo fato de
serem os principais consumidores do programa. Como é totalmente

1187
voltado para as oportunidades e necessidades dos clientes, e a audiência
se torna um indicador de sucesso (visto que a televisão não circularia um
programa que não tivesse audiência), a ser acompanhado cuidadosamente.
Se o público se identifica com o programa exibido (formato, experiências,
linguagem, participantes, entre outros aspectos), tem uma chance bem
maior de conseguir continuar na grade de programação do canal;
- Butec Inovação: é uma empresa de desenvolvimento de software
sob demanda, sejam aplicativos mobile, ou desktop/web, com foco em
inovação, para pequenas e médias empresas que compartilhem do
mesmo foco. É localizada em Belo Horizonte e foi fundada por Arthur
Jeber, em 2012;
- Ongs: as organizações não-governamentais podem representar um
papel de apoio ao projeto, onde cada uma pode atuar de acordo com a
sua área de atuação, oferecendo conhecimentos específicos e apoio aos
participantes;
- CDL: a câmara dos dirigentes lojistas oferece alguns eventos e
cursos profissionalizantes e voltados ao empreendedorismo, utilizando-
se de nichos diferentes, como empreendedorismo feminino, para sua
realização. A parceria seria estabelecida na participação dos clientes
nesses eventos, a utilização de alguns profissionais em momentos de
mentorias e conexões no reality e também em networking;
- Anunciantes: são uma forma de captação de recursos que o negócio
encontrou, recebendo dividendos em troca de propaganda da marca,
podendo ser envolvidos em atividades e peneiras.
- PicPay: atuando na área de Fintech, é um aplicativo que
possibilita transações financeiras em diversas atividades, através de
um smartphone. Atingiu, em 2020, 20 milhões de usuários somente no
Brasil, de acordo com Reuters, graças ao isolamento social. Também
alavancado por esse acontecimento, o serviço passou a integrar cada
vez mais as mídias sociais, se fazendo presente em lives de cantores no

1188
youtube como plataforma para a arrecadação das doações destinadas
às pessoas e entidades responsáveis pelo seu repasse. A parceria se
daria na mesma forma, podendo ser utilizada como plataforma para a
arrecadação das doações e investimentos realizados pelo público, como
forma de impulsionamento de algum negócio dentro do programa.
- Alguns desses parceiros citados acima já confirmaram parceria
com o projeto, sendo: Sebrae e Senac, seis patrocinadores, um investidor
anjo, a empresa Butec Inovação e estamos em negociação com dois
influenciadores digitais (Rafa Kalimann e João Akel, do reality The
Circle). Além disso, tivemos colaboradores durante a criação do projeto,
e alguns se tornaram parceiros, como Arthur Jeber (parceiro), José Mauro
Floriano (investidor anjo) e Cláudia Guerra (ONG SOS Mulher e Família).
Abaixo citamos os envolvidos nesse processo e suas áreas de influência.

1189
Envolvidos na consolidação da
ideia e da proposta de valor:

Isabela Novaes
Uma das principais responsáveis pela
elaboração da proposta do reality show, como
formato de realização das mentorias. Recebeu
o grupo para consultorias três vezes, sempre
com incentivos, otimismo e pontos de vista
construtivos.

Cleiton Campano
Mentor da equipe e teve um papel
fundamental no início dessa jornada, estando
sempre disponível para o grupo. Auxiliou na
formatação da ideia, prezando por soluções
mais simples, que pudessem resolver o mesmo
problema.

1190
José Mauro Floriano
Floriano se fez disponível ao primeiro
contato, ouvindo todas as ideias e ajudando a
lapidá-las, tornando o projeto mais próximo de
uma solução para o mercado, além de ter uma
grande participação na elaboração da frase de
proposta de valor.

Envolvidos na consolidação da
dor de mercado:

Cleiton Campano
Utilizando de psicologia reversa, levou o
grupo a conclusões e raciocínios que não estavam
sendo enxergados, nos ensinando a identificar
primeiro o problema, depois pensar na solução,
sempre focados no cliente.

1191
Arthur Jeber
Empreendedor e entusiasta da área de
inovação, passou um pouco da sua experiência
mercadológica para contribuir na defesa das
dores e oportunidades encontradas, passando a
visão de um profissional de mercado.

Fabrício Gimenes
Gimenes contribuiu com uma visão de um
possível investidor, levantando os pontos falhos
do projeto para que pudessem ser pensados
cuidadosamente e resolvidos, evitando erros
futuros no modelo de negócios.

1192
Envolvidos na consolidação do
público alvo

Cleiton Campano
Cleiton participou ativamente em
brainstormings e outras metodologias para a
identificação do público a ser trabalhado, através
de um filtro onde renunciamos aqueles que
consideramos menos relevantes, conseguindo
focar no público dos futuros

Cláudia Guerra
Cláudia Guerra, ativista dos direitos da
mulher e da família, auxiliou nas pesquisas
para identificação e afunilamento de um
possível público focado somente em mulheres
empreendedoras, dados aproveitados em outras
partes do trabalho, sendo mantidos na criação
de temporadas somente femininas no programa.

1193
Envolvidos na consolidação
dos canais

Franklyn Nascimento
Franklyn foi responsável por apontar as
dificuldades de acessar certos canais, como
televisão e streamings, levantando os custos,
pontos positivos e negativos e a segmentação do
público encontrado na televisão por assinatura,
diferente da amplitude na tv aberta.

Gessione Serrati
Gessione Serrati, pela sua área de atuação
dentro da TV Integração, conseguiu passar uma
visão do funcionamento interno de uma grade de
televisão e as dificuldades de conseguir acessá-
la, porém demonstrando grande interesse em
ajudar o grupo a conseguir trilhar esse caminho,
caso fosse o escolhido.

1194
Patrícia Magnino
Patrícia Magnino, com sua experiência em
ambientes televisivos, conseguiu ajudar o grupo
a entender como funcionam os bastidores
da televisão, a sua busca por um público alvo
mais jovem e fez uma ponte entre o grupo e
um contato dentro da TV Integração, mediando
uma possível parceria.

Envolvidos na consolidação
do formato

Paola Novaes
Paola Novaes, com experiência em inovação
e gestão de projetos, conseguiu fornecer uma
visão diferente sobre o negócio para o grupo,
como game show’s e exemplos de outros negócios
que poderiam servir de benchmarking para a
construção da nossa metodologia.

1195
Cícero Neto
Cícero foi a pessoa a introduzir o grupo
ao setor de Economia Criativa, um fator
chave para a criação de todo o projeto. Ainda
auxiliou questionando o motivo da escolha
do formato de reality show, fazendo com que
o grupo conseguisse criar argumentos que se
sustentassem para defendê-lo.

Gessione Serrati
Gessione também questionou sobre o
formato ser um reality show, o que mostrou para
o grupo a necessidade de deixar claro os motivos
por trás dessa escolha e os diferenciais trazidos
por ela, se destacando entre os concorrentes.

Fabrício Gimenes
Fabrício sugeriu algumas outras ideias
como forma de confrontar o grupo na escolha
pelo formato, expandindo os horizontes e
mostrando caminhos que não estavam sendo
enxergados anteriormente.

1196
Envolvidos na consolidação da
monetização e escabilidade

Weder Costa
Weder Costa trouxe importantes aspectos
quanto à recorrência de um fluxo de caixa
entrante no negócio, a necessidade de um
formato escalável e chamou atenção especial
para a importância de envolver as mulheres
nesse mercado.

Patrícia Magnino
Patrícia foi a primeira a trazer o
merchandising como uma forma de monetizar
o negócio, destacando a sua importância dentro
dos meios televisivos e digitais.

Pedro Leão
Tem 21 anos e estuda Administração de
Empresas na FEARP - Faculdade de Economia
Administração e Contabilidade de Ribeirão
Preto - USP. Ex-aluno ESAMC, contribuiu na
realização do capítulo financeiro do projeto.

1197
Cícero Neto
Cícero foi a pessoa que levantou a
possibilidade de que o grupo vendesse o formato
do reality show para a televisão, ao invés de
realizar toda a produção, sendo um formato
considerado pelo grupo para a viabilização do
projeto.

Envolvidos na consolidação
dos parceiros

Ariel Machado Sanchez


Ariel se tornou o link do grupo para
comunicação direta com o Sebrae, se
disponibilizando para ser essa ponte e auxiliando
na contratação dos mentores de dentro da
entidade.

1198
Arthur Jeber
Arthur foi o maior entusiasta do projeto,
tendo se identificado com o tema e as dores,
pelo seu background de empreendedor. Foi
o primeiro a propor patrocínio e conseguiu
outras cinco pessoas do seu círculo social para
se tornarem patrocinadores também.

Karla Silva
Karla é uma das patrocinadoras trazidas
por Arthur, envolvida no ambiente educacional
do Senac e na empresa InovAtiva Brasil, sendo
uma das concorrentes analisadas pelo grupo no
decorrer do projeto.

Paola Novaes
Paola foi a responsável pela ideia de
envolvimento do público com os participantes,
se transformando em parceiros e investidores
ativos nos negócios, por meio de crowdfunding
e/ou vaquinhas virtuais.

1199
Igor Castro
Igor Castro, envolvido na área de tecnologia
alinhada a finanças, traz o conhecimento
prático e técnico sobre o uso de tecnologia em
startups e é um dos patrocinadores trazidos por
Arthur Jeber, mencionado anteriormente.

José Mauro Floriano


Floriano compartilhou suas experiências
dentro do mercado e onde a nossa proposta se
encaixaria nas suas necessidades, se tornando
o primeiro e principal investidor e parceiro do
projeto.

Thalita Almeida
Thalita foi o primeiro link do grupo no
Sebrae, abrindo as portas da entidade para ajudar
no que fosse possível, seja na participação de
eventos de forma gratuita para os participantes
do reality, quanto em disponibilização de
ferramentas para as mentorias.

1200
Envolvidos na consolidação do
MVP, viabilidade e execução

Fabrício Gimenes
Gimenes demonstrou uma preocupação
com a forma pela qual viabilizaríamos o projeto
desde o início, mostrando possíveis estratégias
que poderíamos seguir para fazê-lo. Apesar de
termos escolhido não seguir sua opção, levamos
em consideração tudo que foi dito.

Franklyn Nascimento
Franklyn foi essencial para a viabilização
do mvp apresentado, oportunizando para o grupo
colocar em prática as mentorias oferecidas
para um squad do interdisciplinar, sendo um
momento de validação da proposta e teste de
formato.

Marília Coelho
Service Designer na WHF, contribuiu com
a formulação do propósito e o Golden Circle,
sendo essencial para o entendimento do grupo
sobre a etapa.

1201
Envolvidos na consolidação do
plano de internacionalização

Nandara Borges
Nandara Borges teve um envolvimento
na criação de uma visão mais humanista
para o projeto, tendo a conscientização de
que estamos trabalhando com pessoas. Além
disso, foi o primeiro contato do grupo com
uma internacionalista, recebendo dicas de
possíveis formas para se viabilizar o projeto de
internacionalização do programa.

Paola Novaes
Com a sua formação acadêmica em Relações
Internacionais, foi peça chave na análise de
viabilidade do plano de internacionalização do
projeto apresentado, chegando à conclusão de
que é sim viável.

1202
Um agradecimento especial
Algumas pessoas fizeram parte da jornada inteira, e registramos
aqui nosso apreço por cada uma delas. Saibam que tem um pedacinho
de vocês em todo o projeto.

Arnaldo Galhardo
Arnaldo Galhardo, professor, mentor,
orientador, conselheiro, amigo e avaliador.
Aprendemos muito com você ao longo do curso,
mas nada se compara ao desenvolvimento
nesse semestre. Agradecemos a oportunidade de
aprendermos com você e passar por primeiras
experiências, com um PGE em meio a uma
pandemia global. Nós sobrevivemos.

Isabela Bandini
Isabela Bandini, aquela pessoa que nem
sabíamos que precisávamos em nossas vidas,
mas que se tornou indispensável. Só temos
que agradecer por cada minuto do seu dia que
dedicou ao nosso grupo, pelo apoio emocional,
pelas dicas, materiais de apoio e extensas leituras
do projeto. Não poderíamos ter pedido por uma
mentora melhor. Ganhamos uma amizade pra
vida toda.

1203
Adriano Novaes
Professor Adriano Novaes, outra grande
descoberta nesse PGE. Nunca pensamos que
fosse possível ter uma relação tão próxima
com o “diretor da faculdade”, mas encontramos
uma pessoa muito inteligente e disponível
para conversas e dúvidas. Se ele não consegue
responder sua pergunta, vai encontrar alguém
que consiga, pode ter certeza.

Helen Novaes
Helen Novaes trouxe esperança para o
grupo, sem nem perceber. Captou nossa energia
e se tornou uma “mãezona”, e, como toda mãe,
fez perguntas, puxou orelhas, mas, no final,
entendemos que era importante para o nosso
crescimento. Vimos um lado carinhoso que não
esperávamos, mas foi muito bem-vindo e nos
ajudou a reencontrar o brilho que tínhamos
perdido no caminho.

1204
Fábio Teixeira
No primeiro contato que tivemos com
o professor Fábio Teixeira, ficou claro que
precisávamos dele ao nosso lado. Responsável
por nos mostrar o principal insight do projeto,
acompanhou o trabalho e sempre esteve
disponível para dúvidas, com a maior paciência
do mundo. Não só levantava dúvidas, mas nos
auxiliando a responder, mostrando o caminho
a ser percorrido. Só temos que agradecer.

1205
Conclusão
Não é coincidência que um dos fatores chaves de sucesso é a Rede
de Parceiros. Entendido como uma das atividades mais relevantes
desenvolvidas por empresas dentro do setor e subsetor, encontrar e
manter parcerias estáveis e consolidadas é de fundamental importância.
Apesar de ainda estar no papel, o projeto já conta com diversas parcerias
e espera conseguir ainda mais ao longo dessa jornada para o mercado.
Em uma relação onde todos devem sair ganhando, é preciso estar
sempre atento para o nível de satisfação dos parceiros para com o que
está acontecendo dentro do negócio, pois o mesmo pode, se acreditar estar
sendo lesado de alguma forma, abandonar a parceria. Mais do que somente
garantir os interesses do negócio, a Rede de Parceiros foi algo pensado
como mutualística, onde todos os envolvidos estejam nessa relação por
livre e espontânea vontade, acreditando que podem contribuir uns com
os outros de alguma forma (investimento, conhecimento, conexões, etc),
pois veem benefício em estar participando dela.
A partir do momento que esse benefício deixa de ser atrativo ou
de existir, a base de fundação da parceria sofre o mesmo efeito. Por
esse motivo, é importante cultivar um bom relacionamento não só
com os fornecedores, mas com todos aqueles que podem, de alguma
forma, colaborar com o projeto e com o valor agregado a ser entregue
para os clientes, afinal, nada disso teria sentido se não fosse por eles
e a vontade do grupo em ajudá-los, da melhor forma que considerou
possível, apresentando aspectos inovadores e originais, além de viáveis e
impactantes.

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EPISÓDIO 30

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“A GRATIDÃO
TRAZ TANTAS
COISAS BOAS
QUE NEM
SOBRA ESPAÇO
PARA NADA DE

RUIM -Simone Oliveira

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“Boa noite, meus amores!”¹.
Cláudia Guerra que nos dê licença, mas foram “muitas emoções”.
Começar o ano como estranhos e terminar como uma família. Não existe
aprendizado maior que possa ser tirado de todo o caminho percorrido: lidar
com pessoas não é uma tarefa fácil e requer muita habilidade diplomática,
concessões e, acima de tudo, respeito. Mas, no f inal das contas, o que
importa é que deu tudo certo, af inal “o balanço bate, sempre bate”². Não
nos importa a nota, o importante é que o projeto “f icô bãum”³.
Descobrimos que o cenário empreendedor no Brasil é muito
precário e a mortalidade de startups é incrivelmente alta. A burocracia
e tributação contribuem negativamente para esse cenário, uma vez que
dif icultam a entrada e a permanência do empreendedor no mercado. A
dif iculdade de fazer novos negócios foi a mola propulsora para que esse
projeto se tornasse o que ele é hoje, e não conseguiríamos ter feito sem
a ajuda de pessoas “esplêndidas”⁴ que cruzaram nosso caminho.
Muito mais que uma ideia de projeto, queremos agregar valor
na vida das pessoas que participarem dessa empreitada com a gente.
Por esse motivo, decidimos mergulhar em águas desconhecidas,
e não poderíamos ter feito de outra forma. É com muita emoção que
nos despedimos da “melhor fase das nossas vidas”⁵, buscando novos
caminhos e oportunidades. O maior desaf io acadêmico que enf rentamos
até hoje, mas que nos fez “crescer de uma maneira que nunca poderemos
quantif icar”⁶.
Faltam palavras (acho que já usamos todas nesse pequeno projeto)
para descrever tudo que passamos esse ano, que foi “um babado”⁷, mas
vai f icar guardado para sempre na memória. Nem conseguimos acreditar,
mas terminamos o PGE. E sobrevivemos.

“Pode isso, Arnaldo?⁸”

¹Profa. Paola Danyelle Novaes Queiroz.


²Prof. Francisco José Fontes Werpel.
³Prof. Luciano Tomaz Araújo.
⁴Prof. Franklyn Batista do Nascimento.
⁵Profa. Helen Novaes.
⁶Prof. Cleiton Rinaldo Campano.
⁷Profa. Ana Paula de Almeida Pereira.
⁸Prof. Arnaldo Galhardo Júnior.

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EPISÓDIO 31

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Referências PGE 1

Introdução ao projeto

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own-inventions>. Acesso em: 9 Nov. 2020.

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E-commerce.org - Tudo sobre comércio eletrônico. E-commerce.org - Tudo sobre

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Band abre inscrições para “O Aprendiz”: sim, vem aí mais uma temporada - Telepadi.
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Calendar - AGITA. AGITA. Disponível em: <http://agita.escoladosebrae.com.br/
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CALDEIRÃO DO HUCK’: INSCRIÇÕES PARA OS QUADROS; CONTE SUA HISTÓRIA.
“Caldeirão do Huck”: inscrições para os quadros; conte sua história! Gshow. Disponível
em: <https://gshow.globo.com/programas/caldeirao-do-huck/noticia/caldeirao-do-
huck-inscricoes-para-os-quadros-conte-sua-historia.ghtml>. Acesso em: 8 Nov. 2020.
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COCA-COLA, YPÊ E COLGATE SÃO AS MARCAS MAIS CONSUMIDAS NO BRASIL, APONTA


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Comissão de Educação aprova incentivo à produção independente de audiovisual.


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