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Gestão de
Energia
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI ELETROBRAS
José da Costa Carvalho Neto
Robson Braga de Andrade Presidente
Presidente Renata Leite Falcão
Superintendente de Eficiência Energética
Fernando Pinto Dias Perrone
DIRETORIA EXECUTIVA – DIREX Chefe do Departamento de Projetos de Eficiência Energética
Marco Aurélio Ribeiro Gonçalves Moreira
José Augusto Coelho Fernandes Chefe da Divisão de Eficiência Energética no Setor Privado
Diretor Executivo
Revisão Técnica
Carlos Eduardo Abijaodi ELETROBRAS PROCEL
Diretor de Operações PROCEL INDÚSTRIA
Alexandre Hastenreiter Assumpção
Mônica Messenberg Guimarães Braulio Romano Motta
Diretora de Relações Institucionais Carlos Aparecido Ferreira
Carlos Henrique Moya
Luis Felipe Gomes Barbosa
INSTITUTO EUVALDO LODI - IEL Samuel Moreira Duarte Santos
Conselho Superior
Revisão Gráfica
Robson Braga de Andrade Kelli Mondaini
Presidente
Elektro – Eletricidade e Serviços S/A
IEL – Núcleo Central
Max Xavier Lins
Paulo Afonso Ferreira Diretor Executivo Comercial e de Suprimento de Energia
Diretor-Geral
João Gilberto Mazzon
Carlos Roberto Rocha Cavalcante Gerente Executivo de Mercado e Suprimento de Energia
Superintendente
Evandro Gustavo Romanini
ELETROBRAS Coordenador de Projetos de Eficiência Energética da
Av. Presidente Vargas, 409, 13º andar, Centro, 20071- ELEKTRO
003, Rio de Janeiro RJ, Caixa Postal 1639
Tel 21 2514–5151 FEDERAÇÃO DA INDÚSTRIA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
www.eletrobras.com – FIESC
eletrobr@eletrobras.com
Alcantaro Corrêa
PROCEL Presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica Catarina
Av. Rio Branco, 53, 14º, 15º, 19º e 20º andares, Centro,
20090-004 Rio de Janeiro - RJ Sérgio Roberto Arruda
www.eletrobras.com/procel Diretor Regional do SENAI/SC
procel@eletrobras.com
Antônio José Carradore
PROCEL INDÚSTRIA Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC
Eficiência Energética Industrial
Av. Rio Branco, 53, 15º andar, Centro, 20090-004, Rio de Marco Antônio Dociatti
Janeiro-RJ Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC
Fax 21 2514-5767
www.eletrobras.com/procel João Roberto Lorenzett
procel@eletrobras.com Diretor do SENAI/SC – Florianópolis
R E D E
SENAI
DE EDUCAÇÃO
A DISTÂNCIA
Curso Básico de
Gestão de
Energia
Florianópolis, 2013
É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o
prévio consentimento do editor.
Autores
Adamastor Rangel Kammler
Eliana de Matos Rosenhaim
Guilherme de Oliveira Camargo
Ismar Henriques Silveira
Katherine Helena Oliveira de Matos
Luis Fabiano Celestrino
Marcio Silva Viana Araújo
Wenilton Rubens de Souza
Fotografias
CNI | STOCK.XCHNG | Morguefile | Microsoft | Senai/SC
Ficha catalográfica elaborada por Luciana Effting Takiuchi CRB14/937 - Biblioteca do SENAI/SC Florianópolis
C977
Curso básico de gestão de energia / Adamastor Rangel Kammler ... [et al.].
– Florianópolis : SENAI/SC/DR, 2013.
265 p. : il. color ; 28 cm.
Inclui bibliografias.
CDU 620.9
Apresentação .......................................................................................................... 07
Etapa Introdutória
Etapa P
Etapa D
Etapa C e A
Você tem muito a ganhar com este curso, portanto, faça bom proveito e
mãos a obra!
SENAI/SC em Florianópolis
Ementa
Objetivo geral
Objetivos específicos
Unidades de estudo
Etapa Introdutória
Etapa P
Etapa D
Etapas C e A
Etapa Conclusiva
Unidade 1 – Economia
Unidade 2 – Série Uniformes e Pagamentos
Unidade 3 – Análise de Investimentos
Unidade 4 – Ferramentas de Análise de Investimentos
Unidade 5 – Comportamental
Etapa
Introdutória
Unidade
Tarifas e Faturas
de Energia Elétrica
1
Objetivos
Seções de estudo
Nesta unidade, você acompanhará as seguintes seções de estudos:
Para Iniciar
Seção 1
Consumo e demanda de
energia elétrica
Consumo Demanda
Refere-se ao registro É a média das potências
da quantidade de energia elétrica elétricas ativas, solicitadas ao
que foi consumida durante sistema elétrico pela parcela
determinado período. É expresso da carga instalada em
em kWh (quilowatts hora). operação na unidade
consumidora durante um
intervalo de tempo
especificado. É expressa em kW
(quilowatts).
Atenção
Dicas
Lembre-se de que:
Seção 2
Fator de Potência
Atenção
Onde:
O fator de potência é um índice que indica o quanto dessa energia foi utiliza-
da em trabalho e quanto foi utilizada na magnetização do motor do exemplo.
Trata-se, assim, do quociente da energia ativa (kW) pela energia aparente
(kVA).
Q
S
)
(kVA
re nte Potência
a
ap reativa
cia
tên (kvar)
Po
0,50 1.600
0,80 1.000
800
1,00 800
Seção 3
Modalidades tarifárias
Cada classe tem uma estrutura tarifária distinta, de acordo com as peculiari-
dades de consumo de energia e de demanda de potência. A tabela 2: Classi-
ficação tarifária, retrata a classificação de tais consumidores. Confira!
A3 Tensão de fornecimento de 69 kV
Grupo B
B3 Demais classes
B4 Iluminação pública
a. Divisão no Dia
Posto tarifário ponta: período composto por três horas diárias con-
secutivas definidas pela distribuidora, considerando a curva de carga
de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de
concessão ou permissão, com exceção feita aos sábados, domingos e
feriados nacionais.
Posto tarifário intermediário: período de horas conjugado ao posto
tarifário ponta, sendo uma hora imediatamente anterior e outra
imediatamente posterior, aplicado para o Grupo B, e admitida sua
flexibilização, conforme Módulo 7 dos Procedimentos de Regulação
Tarifária.
Posto tarifário fora de ponta: período composto pelo conjunto das
horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas nos
postos ponta e, para o Grupo B, intermediário.
b. Divisão no Ano
Período seco – período de sete ciclos de faturamento (meses) conse-
cutivos, referente aos meses de maio a novembro.
Período úmido –período de cinco ciclos de faturamento (meses)
consecutivos, referente aos meses de dezembro de um ano a abril do
ano seguinte.
Curiosidades
Pergunta
Confira, a seguir, as fórmulas que devem ser seguidas para o cálculo da mo-
dalidade tarifária horária convencional, modalidade tarifária horária verde e
modalidade tarifária horária azul.
Nota
Tarifa convencional
FT = Dfat x Td + C x Tc (1)
FT – valor da fatura, R$
FT – valor da fatura, R$
FT – valor da fatura, R$
Aplicada como
Valor da Fatura =
opção para
Demanda Faturada
consumidores
X Aplicável quando
com demanda
Tarifa de demanda a demanda
menor que 300
+ medida superar a
kW. A demanda
Consumo de energia medido no mês contratada em 5%.
contratada
x
mínima é de 30
Tarifa de consumo
kW.
Ver observação 1.
Curso Básico de Gestão de Energia 30
ULTRAPASSAGEM
TIPO DE TARIFA VALORES A SEREM FATURADOS
DE DEMANDA
No período seco:
Valor da Fatura =
Demanda Faturada
X
Tarifa da demanda +
Consumo medido no mês - horário de
ponta
X Tarifa de consumo no horário de
ponta SECO +
Consumo medido no mês - horário fora
de ponta
X
Tarifa de consumo no horário fora de
VERDE
ponta SECO
Aplicada como Aplicável quando
No período úmido:
opçãopara a demanda
Valor da Fatura =
consumidores medida superar a
Demanda Faturada
da MT(Média contratada em 5%.
X
Tensão).
Tarifa da demanda
Ver observação 2.
+
Consumo medido no mês - horário de
ponta
X
Tarifa de consumo no horário de ponta
ÚMIDO
+
Consumo medido no mês - horário fora
de ponta
X
Tarifa de consumo no horário fora de
ponta ÚMIDO
Curso Básico de Gestão de Energia 31
ULTRAPASSAGEM
TIPO DE TARIFA VALORES A SEREM FATURADOS
DE DEMANDA
No período seco:
Valor da fatura (PERÍODO SECO) =
Demanda faturada no horário de ponta
X
Tarifa de demanda de ponta
+
Demanda faturada no horário fora de
ponta
X
Tarifa de demanda fora de ponta
+
Consumo medido no mês – horário de
ponta
X
Tarifa de consumo no horário de ponta
SECO
+
Consumo medido no mês – horário
AZUL fora de ponta
X
Aplicada Tarifa de consumo no horário fora de
Aplicável quando
de forma ponta SECO
a demanda
compulsória
medida superar a
para clientes No período úmido:
contratada em 5%.
com demanda Valor da fatura(PERÍODO ÚMIDO) =
maior ou igual a Demanda faturada no horário de ponta
300kW. X
Tarifa de demanda de ponta
+
Demanda faturada no horário fora de
ponta
X
Tarifa de demanda fora de ponta
+
Consumo medido no mês – horário de
ponta
X
Tarifa de consumo no horário de ponta
ÚMIDO
+
Consumo medido no mês – horário
fora de ponta
X
Tarifa de consumo no horário fora de
ponta ÚMIDO
Dicas
Seção 4
Conhecendo a fatura de
energia elétrica
Relembrando
Saiba Mais
Colocando em Prática
Seções de estudo
Nesta unidade, você acompanhará as seguintes seções de estudos:
Para Iniciar
Bons estudos!
Curso Básico de Gestão de Energia 41
Seção 1
Conceitos: energias
primária, secundária e final,
usos finais, centros de
transformação, perdas na
transformação e nos usos
finais
Nota
Energia
Secundária
Energia Consumo
Primária Final
Perda Perda
Figura 11: Tipos de perdas
Seção 2
Estabelecer os limites do
processo a ser avaliado e as
rotas percorridas
Como você estudou na seção anterior, a energia primária é aquela que entra
no sistema. No entanto, você deve estar se perguntando: o que é um siste-
ma? Este conceito deve ser bem definido, pois, em virtude da definição dos
limites do sistema, a percepção do que é energia primária pode mudar. Para
uma fábrica, a energia elétrica que chega ao transformador geral pode ser
percebida como uma energia primária em relação ao “sistema” fábrica. A
energia elétrica que chega ao motor elétrico de uma máquina também pode
ser percebida como energia primária para o “sistema” máquina.
Para a definição dos limites do processo, com base na ISO 50001 (2011),
tem-se:
Seção 3
Nessa análise, é preciso muita atenção para não esquecer que, mesmo
analisando um único fluxo, ele poderá ser influenciado por outro(s) fluxo(s),
sendo necessário avaliar se ocorre ou não interação entre os fluxos de ener-
gia, e, caso ocorra, qual a magnitude dessa interação.
Nota
Agora que você já viu como avaliar as entradas, saídas e perdas energéti-
cas por transformação, confira, na seção a seguir, como estabelecer índices
energéticos.
Curso Básico de Gestão de Energia 48
Seção 4
Estabelecer índices
energéticos (MJ/planta/
linha de produção/centro de
custo)
Consumo de energia
Quantidade de energia utilizada.
Linha de base
Referência quantitativa fornecendo uma base para comparação do desem-
penho energético.
Curso Básico de Gestão de Energia 49
Nota
Eficiência energética
Razão ou outra relação quantitativa entre uma saída de desempenho, servi-
ço, mercadorias ou energia e uma entrada de energia.
Nota
Desempenho energético
Resultados mensuráveis relacionados ao uso da energia e ao consumo de
energia.
Curso Básico de Gestão de Energia 50
Nota
Pergunta
Com base no que foi apresentado, pode-se dizer que índice energético é uma
medida do desempenho energético que pode ser estratificado por planta,
processo (centro de custo) ou por equipamento (linha de produção).
Curso Básico de Gestão de Energia 51
kj
Q̇ 1útil=32.257.600
h
Óleo
Combustível
BPF
Poder calorífico (PCI) 8.100 kcal/l
Consumo (mc) 1348 l/h
Energia disponível no kJ
combustível Q̇ 1combustível=10.918.800
h
( Q̇ 1combustível)=PCI ×mc (5)
kJ
Q̇ 1combustível=45.749.772
h
Eficiência na caldeira 1
( ηcald ) η1cald =70,51%
Curso Básico de Gestão de Energia 52
Linhas 2 e 3
Caldeira
Capacidade
20,00 Ton vapor/h 20.000 kgvapor/h
Q̇ COMBUSTÍVEL
IDE1COMBUSTÍVEL = (7)
UP
IDE1COMBUSTIVEL
kcal
IDE1COMBUSTÍVEL =7.758,28
UP
Q̇ ÚTIL
IDE2CALDEIRA = (8)
UP
IDE2CALDEIRA kcal
IDE2CALDEIRA =5.413,16
UP
Qualquer melhoria que seja implementada, deverá afetar estes índices po-
sitivamente (deverá diminuí-los) para convencer o gestor de energia de que
será uma boa estratégia para economia de energia.
Curso Básico de Gestão de Energia 54
Seção 5
Diagrama de Sankey
30% Refrigerador
Relembrando
Seções de estudo
Nesta unidade, você acompanhará as seguintes seções de estudos:
Para Iniciar
Seção 1
Medição setorizada
Pergunta
Acompanhe!
Dicas
Nesta seção, você conferiu o que é e como é feita uma medição setorizada.
Que tal, agora, integrar esse assunto com a automação de sistemas? Na pró-
xima seção, você verá que a medição setorizada, em conjunto com a auto-
mação, poderá auxiliar na redução de custos operacionais e no controle das
atividades do cotidiano relacionado à energia na organização.
Seção 2
Reflita
Você já deve ter mantido contato com diversos conceitos de sistemas ao lon-
go de sua carreira profissional, não é mesmo? Neste material, será adotado
o conceito definido por Oliveira (1992), no qual um “Sistema” é um conjunto
de partes interagentes e interdependentes que, juntas, formam um todo com
determinado objetivo, e efetuam uma função específica.
Pergunta
Saiba Mais
Saiba Mais
Saiba Mais
“Gestao-de-reparo-de-motores-eletricos.pdf”: artigo da
WEG Motores sobre metodologia de manutenção em
motores. Veja nesta matéria a relação custo/benefício
entre rebobinamento de motores queimados e substi-
tuição por motores de alto rendimento;
Curso Básico de Gestão de Energia 74
Saiba Mais
Bombas
visite a Escola de Bombas da Omel (fabricante).
Tudo sobre bombas;
para uma aplicação mais complexa de bombeamen-
to de água, baixe o programa Epanet (simulador de
sistemas de distribuição de água);
na Biblioteca Virtual você verá um Manual de Eficiên-
cia Energética para Bombas, elaborado pelo Procel
Sanear (Livro Bombeamento.pdf).
Ventiladores e exaustores
a ABB (fabricante) dispõe de uma planilha para
comparar a eficiência energética de ventiladores
controlados por inversores de frequência com aque-
les com acionamento tradicional. O site original está
em inglês;
no site do U.S. Department of Energy, você pode
baixar o FSAT - Fan System Assessment Tool, usado
para calcular a quantidade de energia utilizada por
um sistema de ventiladores, determinar a eficiência
do sistema e quantificar o potencial de economia
para uma determinada substituição do sistema. O
programa requer apenas informações básicas sobre
os ventiladores e seus motores, estimando o traba-
lho realizado pelo sistema. Utilizando características
de desempenho típicas para os ventiladores e moto-
res, ele determina os potenciais de economia.
Iluminação
assista ao vídeo da Philips mostrando seu prédio em
Barueri (SP);
o Procel Info dispõe de um excelente manual de
eficiência energética para iluminação.
Curso Básico de Gestão de Energia 76
Transporte
o site da Otis (fabricante) fornece informações inte-
ressantes sobre escadas rolantes e elevadores (veja
também o artigo sobre “elevadores verdes”);
confira o artigo da Universidade Federal do Ceará,
que compara a eficiência de esteiras acionadas por
inversores e outras com acionamento tradicional.
Compressores
visite o site do fabricante Danfoss e vá na área de
downloads. Ali você encontra vários aplicativos que
podem ser utilizados com equipamentos de refri-
geração. Neste site há ainda o Foresee™, que é um
calculador e programa de seleção. Ele calcula a
capacidade de um compressor e pesquisa por com-
pressores que correspondem à capacidade de refri-
geração requerida.
Refrigeração e ar-condicionado:
baixe o Manual Sistemas de ar-condicionado e re-
frigeração, do Procel Info. Ele apresenta conceitos
técnicos fundamentais para a avaliação de sistemas
de ar-condicionado e refrigeração, além das medi-
das de conservação de energia adequadas. Lembre-
-se de que para baixá-lo, é necessário cadastrar-se
no Procel Info;
o www.refrigeracao.net é um site informativo sobre o
tema. Tem dicas, simuladores, artigos interessantes,
downloads úteis e cursos gratuitos.
Confira!
Curso Básico de Gestão de Energia 77
Seção 3
Linhas de base
A linha de base é definida pela Norma ISO 50001 (2011) como uma referên-
cia quantitativa que fornece uma base para comparação do desempenho de
energia, e pode refletir um ponto ou um período no tempo. Além disso, uma
linha de base pode ser normalizada por fatores de ajuste (variáveis relevan-
tes afetando o uso e/ou o consumo de energia) como níveis de produção,
temperatura e sazonalidade.
Os “ajustes” podem ser positivos ou negativos. Eles têm por função trazer
o consumo de energia em dois períodos de tempo distintos para as mes-
mas condições. Portanto, representam de forma real a economia gerada
no processo após a implantação das melhorias, ou mesmo do aumento do
consumo caso tenhamos alterações inadequadas sob a ótica da eficiência
energética.
Fonte: Adaptado de Estrutura e Opções do PIMVP, pag. 28 – EVO 10.000 – 1:2007 (BR).
Pergunta
A norma ISO 50001 (2011) descreve que tais ajustes deverão acontecer,
caso:
Você deve estar curioso para conhecer um pouco mais sobre os indicadores
de desempenho, não é mesmo? Não se preocupe! A Seção 4 tratará desse
assunto.
Outro fator que merece a atenção dos gestores é que a linha de base deve
ser mantida e registrada pela organização. Recomenda-se, inclusive, que a
empresa divulgue essa informação para as pessoas envolvidas nos proces-
sos que possuem alto consumo de energia (energointensivos) e nos setores
que já estejam trabalhando com metas energéticas.
Não podemos deixar de afirmar que o sucesso desse trabalho passa, sem
sombra de dúvidas, pelo comprometimento da alta administração. As ações
vinculadas à gestão da energia não serão duradouras sem esse apoio institu-
cional.
Seção 4
Indicadores de desempenho
índice de lucratividade;
índice de satisfação de clientes;
consumo específico;
demanda medida x demanda contratada.
Como você também já deve ter percebido, a gestão da energia contribui para
o alcance dos resultados da organização de forma direta ou indireta, em
maior ou menor grau. E o que isto quer dizer? Quer dizer que os resultados
decorrentes da gestão da energia serão geralmente demonstrados por meio
de sua contribuição no alcance dos resultados globais da organização.
Curso Básico de Gestão de Energia 81
Nota
Pergunta
Pensamos que não! Para diversos segmentos de mercado, uma boa imagem
associada ao uso racional da energia pode ser um fator competitivo decisivo.
Nota
Com base nos itens que você já estudou, pode-se dizer que os melhores indi-
cadores para a avaliação do desempenho da gestão da energia são indicado-
res de “eficiência”, já que por meio deles é possível medir de forma direta a
variação e o impacto causados nos custos com energia.
Atenção
Muito bem, então a decisão está tomada: este é, sem dúvida, um bom de-
sempenho! Mas calma! Observe o gráfico da variação dos custos em relação
ao tempo, na Figura 31.
Tempo
Nele é possível ver que, embora a produção tenha aumentado mais do que o
consumo, o custo de produção por produto acabado aumentou ainda mais.
Então isto é ruim? Neste caso, sim!
Quando se fala que um indicador não pode deixar dúvidas quanto ao desem-
penho que se deseja avaliar, é exatamente o que os gráficos mostraram, ou
seja, dificilmente se conseguirá tomar uma decisão considerando um único
indicador! Geralmente, é necessário um conjunto de indicadores, chamados
“direcionadores”, que permitem o direcionamento das informações até que
se chegue ao indicador “resultante” que, como o próprio nome diz, represen-
ta o resultado final.
Nota
Seção 5
Histórico do consumo
Reflita
Aspectos técnicos
Aspectos gerenciais
Seção 6
Relatórios de gestão
PROBLEMAS ENFRENTADOS
Acredita-se que com a chegada da Norma ABNT NBR ISO 50001 e com os
desafios econômicos e de ordem ambiental que enfrentamos nos dias de
hoje, as organizações darão importância ainda maior para a gestão da ener-
gia.
Relembrando
Saiba Mais
Seções de estudo
Nesta unidade, você acompanhará as seguintes seções de estudos:
Para Iniciar
Seção 1
Além dos custos econômicos para uma organização, a energia pode impor
custos ambientais e sociais, exaurindo recursos e contribuindo para proble-
mas como a alteração climática. O desenvolvimento e a implementação de
tecnologias tanto para as novas fontes energéticas quanto para fontes de
energia renováveis podem levar tempo.
A norma destina-se a:
A ISO 50001 fornece uma estrutura de requisitos que permite que as organi-
zações:
Prefácio
Nota
Seção 2
Na seção anterior, você viu que o objetivo da Norma pode ser entendido, em
sua essência, como o estabelecimento de sistemas e processos que permi-
tem a melhoria do desempenho energético, sendo então necessária a defini-
ção destes processos (ou práticas).
Curso Básico de Gestão de Energia 103
4.6 Verificação
3. IDEs;
Quanto à coleta de dados, ela pode ser realizada pelos próprios operadores
ou por um pessoal formalmente designado para isto. A decisão de quem fará
este trabalho passa por fatores como a frequência da coleta e sua comple-
xidade. Geralmente, para coleta de dados com frequência elevada, pode-se
optar por sistemas automatizados, o que reduz custos e aumenta a confiabi-
lidade da informação. Para coleta de dados com certo grau de complexidade
como, por exemplo, o uso de equipamentos de medição, é indispensável
considerar a necessidade de capacitação, independentemente de quem fará
a coleta.
Com base nos textos da norma apresentados, perceba que uma coleta de
dados adequada depende essencialmente da definição dos IDEs (Indicado-
res de Desempenho), e que uma vez estabelecidos, os indicadores devem
ser analisados, sendo necessária a definição da responsabilidade não só
pela análise, mas principalmente pela tomada de decisão. Considere que de
nada adiantará a coleta e o tratamento de dados se estes não servirem para
a tomada de decisão. Possibilitar este passo é o objetivo maior de qualquer
sistema de medição de desempenho.
Seção 3
A análise de causas nem sempre é tarefa simples, pois muitos desvios não
ocorrem por um único motivo. Para complicar mais ainda, por vezes os des-
vios acontecem por uma série de razões, que podem ocorrer de forma con-
junta ou individualmente em momentos bem distintos, mas que, no somató-
rio final, resultam em um desempenho insatisfatório.
Relembrando
Colocando em Prática
Seções de estudo
Nesta unidade você acompanhará as seguintes seções de estudo:
Para Iniciar
Seção 1
Agora que já foi definido o que é energia, serão apresentados alguns tipos.
Não será mostrada uma classificação formal ou acadêmica, com todos os
tipos possíveis de energia. O objetivo é mostrar a você que existem várias
formas de energia, e que elas podem ser convertidas entre si.
Energia cinética
Ec = ½m.v2 (9)
Energia Potencial
Na linha inversa, uma bomba deverá fornecer energia cinética à água para
que esta possa chegar até a caixa. À medida que o fluido sobe pela tubula-
ção, a sua energia cinética diminui, chegando a zero na caixa d’água, quan-
do a velocidade do fluido será nula e a energia potencial será máxima.
Curso Básico de Gestão de Energia 119
A energia potencial pode ser definida pela equação (10), sendo “m” a massa,
“g” a aceleração da gravidade e “h” a altura da elevação:
Ep = mgh (10)
Outra forma de energia potencial pode ser associada a uma mola distendida,
ou comprimida, na qual a energia acumulada é proporcional à variação do
comprimento inicial (para menos ou para mais). Em geral, molas (Figura 38)
são utilizadas como mecanismos de amortecimento justamente pela sua
capacidade de deformação pela absorção da energia.
Energia térmica
A energia térmica é uma das formas de energia com maior aplicação não só
na indústria, como também em nosso dia a dia. Ela é geralmente associada
à temperatura, sendo esta a forma pela qual medimos a sua intensidade.
Quanto maior a temperatura, maior a energia disponível.
A energia nuclear, muito comentada nas décadas de 1960 e 1970 por conta
da “Guerra Fria” entre EUA e a antiga União Soviética, parece hoje um pouco
esquecida. Isso se deve ao fato de que, embora seja capaz de gerar altíssi-
mos níveis de energia, ela ainda não possui aplicação em larga escala devi-
do aos elevados custos operacionais e os riscos associados, sendo pratica-
mente restrita a usinas nucleares (Angra I, II e III, por exemplo) e aplicações
acadêmicas (como os aceleradores de partículas).
Energia elétrica
Como você viu, é possível obter energia elétrica a partir de energia nuclear,
por meio de uma série de processos que transformam (convertem) um tipo
de energia em outro. Além desta, outra forma bem mais comum de geração
de energia elétrica é a geração a partir de usinas hidrelétricas, como a da
Figura 40.
Seção 2
Conversão de energia
Tanque
(abastecimento água) Rede Elétrica
Turbina
Caldeira Gerador
Bomba 1 Condensador
Bomba 2
Fio Metálico A
União de dois
metais diferentes
Fio Metálico B
Fonte de calor
Voltímetro
Em locais remotos onde não há energia elétrica ou esta não está disponível
na potência necessária, ainda é possível encontrar a aplicação de vapor para
o acionamento mecânico de máquinas, caso típico de serrarias.
Os processos podem ser: resistivo, no qual o calor é gerado por circulação di-
reta da corrente elétrica; indutivo, no qual a corrente elétrica circula por uma
bobina elétrica e gera um campo magnético que induz o aquecimento.
Se essa inversão da corrente for constante, ela irá girar. Então, para que o
movimento aconteça, é preciso que haja uma interação entre os campos
magnéticos de um estator (parte fixa do sistema) e um rotor (parte móvel).
Veja um exemplo de princípio de funcionamento do motor elétrico na Figura
47.
Seção 3
Perdas em processos de
conversão de energia
Perdas no isolamento
Como em qualquer sistema energético, os sistemas de aquecimento tam-
bém são vulneráveis a perdas durante sua operação. Elas ocorrem pela au-
sência ou deficiência no isolamento, pela operação ou manutenção incorreta
e pela vida útil dos equipamentos.
Curso Básico de Gestão de Energia 132
O vapor que sai da turbina possui uma quantidade de energia, e pode ser
empregado em processos que utilizem vapor de baixa pressão, como um
sistema de recuperação de calor.
Relembrando
Colocando em Prática
Seções de estudo
Nesta unidade você acompanhará as seguintes seções de estudo.
Para Iniciar
Seção 1
Conceito de eficiência
energética
Eficiência Energética
Seção 2
Estabelecimento da linha
base para referência
Nota
Assim, para que a economia gerada por ações de eficiência energética possa
ser determinada, é preciso comparar a demanda (consumo de energia) an-
tes e depois da implementação das ações de racionalização de energia.
Período de Referência
Com relação ao período de referência, o PIMVP diz que este “deve englobar
pelo menos um ciclo de funcionamento normal do equipamento ou instala-
ção, para caracterizar completamente a eficácia da economia em todos os
modos de funcionamento normais” e complementa que “este período pode
ser tão curto como uma medição instantânea durante a colocação em servi-
ço de uma medida de racionalização de energia (ver Anexo II, disponível na
biblioteca), ou tão longo quanto o tempo necessário para recuperar o custo
do investimento.”
Curso Básico de Gestão de Energia 142
Realização de ajustes
Independentemente dos critérios utilizados para a definição da linha de
base, alguns ajustes podem ser necessários. Os ajustes podem ser periódi-
cos para aqueles fatores que se sabe que terão alguma alteração, como por
exemplo, o clima ou o volume de produção, sendo que, para estes fatores
pode-se usar desde um simples fator de correção (com um valor constante)
ou algo mais complexo, como várias equações não-lineares. Já para aqueles
que não se espera que mudem (como o tamanho da instalação, o funcio-
namento do equipamento ou o número de turnos de produção), os ajustes
podem ser realizados por meio de fatores estáticos monitorados, para cons-
tatar se há alguma alteração durante o período de referência.
Seção 3
Além das informações obtidas inicialmente, por meio dos dados da placa,
outras informações sobre as condições operacionais, tanto do equipamento
como do próprio sistema, podem ser necessárias. Assim, seguem alguns
passos básicos para que as medições sejam estabelecidas:
Figura 51: Destaque para entrada e saídas de energia de uma usina nuclear
Energia na saída
Rendimento do sistema = (11)
Energia na entrada
Q = m x cp x Δt. (12)
b. Energia de transformação/perdas
A energia pode ser energia útil, gasta para gerar trabalho, ou pode ser sim-
plesmente de perdas. As medições devem permitir estabelecer o que é ener-
gia útil e o que é perda de energia.
Nota
Relembrando
Seções de estudo
Nesta unidade, você acompanhará as seguintes seções de estudo:
Para Iniciar
Seção 1
Medições
Cargas que não variam em potência durante seu ciclo de operação podem
ser avaliadas instantaneamente, com instrumentos de medição adequa-
dos, bastando saber o número de horas de operação de tais equipamentos
para estimar a energia consumida em determinado período. Pode-se usar,
por exemplo, um wattímetro trifásico para estimar a potência consumida
por um motor elétrico utilizado em uma bomba centrífuga num sistema de
vazão constante. Basta obter as medidas de potência para o motor e calcular
a energia consumida no ciclo de operação desse equipamento.
Curso Básico de Gestão de Energia 151
Atenção
Seção 2
Seção 3
Coleta de dados
Calcular o calor liberado pela combustão por unidade de tempo (mc PCI) :
Uma vez levantado o consumo real, você terá uma boa referência do rendi-
mento do equipamento.
Qutil 42.166.000 kJ/h (17)
ηcald = = = 51%
mc PCI 82.678.393 kJ/h
Nota
Seção 4
Os cálculos que você acompanhou na seção anterior são úteis para uma
análise inicial da viabilidade de Medidas Racionalização de Energia (MREs).
Geralmente estes cálculos não são precisos, por isso devem ser considera-
dos como uma primeira aproximação.
Curso Básico de Gestão de Energia 158
Pergunta
Mudança do combustível
Além da relação custo do combustível e poder calorífico, é necessário con-
siderar os custos para as modificações do equipamento, de forma que ele
possa operar com o novo combustível e viabilizar o tempo de retorno deste
investimento considerado satisfatório. Em geral, mudanças drásticas de
combustível não são viáveis em função dos elevados custos para adaptação
do equipamento, mas, nos últimos anos, muitas empresas têm substituído o
óleo BPF por gás natural que, além de gerar economia, tem menor impacto
ambiental.
Melhoria da eficiência
A melhoria da eficiência (rendimento) do equipamento é uma boa prática
que pode, muitas vezes, ser obtida por simples ações de manutenção, como
a substituição de isolamentos danificados, limpeza e eliminação de vaza-
mentos. Outro aspecto a ser considerado e que muitas vezes é deixado de
lado diz respeito ao ciclo de operação. Equipamentos como fornos, secado-
res e caldeiras devem ter ciclos longos de operação, sendo interrompidos
somente para manutenção. Isto porque em cada início de ciclo de operação
será necessário o aquecimento do equipamento até a temperatura de ope-
ração, consumindo energia sem produção ou com a produção abaixo da
capacidade nominal desse equipamento. Veja algumas dicas de economia,
consagradas pelo uso na indústria (YWAMOTO et al, 2005 e MENDES, 2003).
Geração de Vapor
Fornos
Substituição do equipamento
Mudar um equipamento nem sempre é simples e geralmente envolve investi-
mentos consideráveis, por isso esta é uma opção que deve ser bem avaliada.
Treinamento de operadores
Na maioria das vezes, o treinamento dos operadores/funcionários pode tra-
zer resultados muito vantajosos, considerando o baixo investimento necessá-
rio e as possibilidades de ganho decorrentes. Neste caso, é necessário que
se tenha bem claro o objetivo a ser alcançado com o treinamento, para que
a sua eficácia possa ser avaliada posteriormente.
Curso Básico de Gestão de Energia 161
Dicas
Seção 5
CUSUM
Existe uma ferramenta muito útil na análise do desempenho energético
de um sistema que passa por um controle de eficiência: a técnica CUSUM,
abreviação de CUmulative SUM, ou Soma Cumulativa, em português. Leia
CUSUM como “Soma Cumulativa”.
1000
900
800
33 37 41 45 49 53
Produção (tonelada/mês)
1000
900
800
33 37 41 45 49 53
Produção (tonelada/mês)
Para R² com valor próximo de 1 terá uma boa representação, e para os valo-
res próximos de 0, perde-se a relação da variável dependente (neste caso, o
consumo) com a variável independente (neste caso, a produção), portanto, o
padrão estabelecido não se aproxima da realidade, causando erros significa-
tivos no cálculo do consumo de energia esperado.
Curso Básico de Gestão de Energia 165
1000
900
y = 11,08x + 469,6
R² = 0,969
800
33 37 41 45 49 53
Produção (tonelada/mês)
Figura 56: Gráfico de Consumo de Energia X Produção
Mês 5) (Consumo de
4) Consumo
Energia energia medido) -
(Jan/2010 [kWh/ Produção de energia (Consumo de energia 6) CUSUM
a [t/mês] estimado
mês] estimado)
Dez/2011) [kWh/mês]
[kWh/mês]
1 864 36 869 -5 -5
2 861 35 857 4 -1
3 948 42 935 13 12
4 991 46 979 12 24
5 980 48 1002 -22 2
6 1041 51 1035 6 8
7 1002 49 1013 -11 -2
8 1004 50 1024 -20 -22
9 986 47 990 -4 -26
10 1065 53 1057 8 -18
11 1061 52 1046 15 -3
12 1071 54 1068 3 0
13 662 37 880 -218 -218
14 628 35 857 -229 -447
15 671 40 913 -242 -689
16 740 45 968 -228 -917
17 770 48 1002 -232 -1149
18 785 52 1046 -261 -1410
19 767 49 1013 -246 -1655
20 771 50 1024 -253 -1908
21 750 47 990 -240 -2148
22 816 54 1068 -252 -2400
23 797 51 1035 -238 -2638
24 824 55 1079 -255 -2893
Curso Básico de Gestão de Energia 167
-1500
-2000
-2500
-3000
-3500
Meses
Neste exemplo, você teve uma variação bastante grande, pois o sistema de
refrigeração desta empresa estava obsoleto e representava um consumo
excessivo, porém, deve-se verificar, por meio do método CUSUM, pequenas
variações no desempenho de eficiência energética. O uso regular destes
procedimentos permite ao Gestor de Energia detectar com antecedência as
tendências de desempenho do sistema que está acompanhando.
Resumindo a CUSUM
Como você viu, o CUSUM analisa a variação dos Índices de Desempenho
Energético (IDEs) e permite detectar as tendências de desempenho do siste-
ma acompanhado. Na Figura 58, a seguir, relembre o passo a passo dessa
metodologia de análise de desempenho energético.
Curso Básico de Gestão de Energia 169
Relembrando
Saiba Mais
Seções de estudo
Seção 1: Determinação de juros simples e compostos.
Para Iniciar
Seção 1
Determinação de juros
simples e compostos
Figura 59: Gráfico demonstrativo – a taxa de juros cresce de acordo com o risco do negócio
Pode-se considerar essa taxa formada em duas partes: uma parcela de juro
puro, correspondente ao empréstimo com segurança plena, e um acréscimo,
que não é um aluguel do capital, mas um prêmio pelo risco assumido.
Juros simples
Quando são cobrados juros simples, apenas o principal rende juros, isto é, os
juros são diretamente proporcionais ao capital emprestado.
O cálculo dos juros simples é feito por meio da seguinte equação (19)
j = P i n (19)
Sendo:
j – juros;
P – principal ou capital inicial;
i – taxa de juros expressa como fração decimal (ex.: taxa de juros de 10%
i = 0,10);
n – número de períodos de juros.
Curso Básico de Gestão de Energia 178
P = R$ 5.000,00
i = 0,10 ao ano
n = 3 anos
S = 5.000 x (1 + 0,10 x 3) = R$ 6.500,00
Observe que:
a. a taxa de juros pode ser representada por duas formas equivalentes, 10%
ao ano (forma percentual) e 0,1 ao ano (forma unitária). Sempre que fala-
mos em juro relativo a um capital, estamos nos referindo à remuneração
desse capital durante um intervalo de tempo que denominamos “período
financeiro” ou “período de capitalização”;
b. quando empregamos, no cálculo do juro simples, 1 ano = 360 dias e
1 mês = 30 dias, estamos trabalhando com o que denominamos “juro
simples comercial” (ou juro simples ordinário). Entretanto, podemos obter
o juro fazendo uso do número exato de dias do ano, ou seja, 365 dias, ou
366 dias, se o ano for bissexto. Nesse caso, o resultado é denominado
“juro simples exato”.
Juros compostos
Juros compostos ou acumulados são os juros que, no fim de cada período,
somam-se ao capital para produzir novos juros no período seguinte. Assim,
após cada período, os juros são incorporados ao capital principal e passam,
por sua vez, a render novos juros.
Curso Básico de Gestão de Energia 179
S = P (1+i)n (21)
Preparado para seguir em frente? Continue com atenção, pois você precisará
fazer muitos cálculos.
Curso Básico de Gestão de Energia 180
Seção 2
Consideremos a quantia “P” investida hoje (período zero) à taxa de juros “i”.
O saldo ou montante “S” após “n” períodos de tempo é obtido pela equação
(21), que é uma expressão básica da matemática financeira:
S = P (1 + i) n (21)
Inversamente, dada uma quantia “S” a pagar ou a receber daqui a “n” perí-
odos de tempo, para determinar seu valor presente “P” na taxa de juros “i”,
basta aplicar a fórmula dada na equação (22):
S
P= -------------------- = S (1 + i ) –n (22)
( 1 + i) n
Curso Básico de Gestão de Energia 181
Acompanhe os exemplos:
Exemplo 1
Exemplo 2
Quando são conhecidos os valores de “P” e “S”, podem-se explicitar “n” e “i”
na fórmula básica (21), obtendo-se as expressões (23) e (24);
S
log _______
P
n= __________________ (23)
log ( 1 + i )
i = ( S / P ) 1/n – 1 (24)
Para o próximo assunto, você já está preparado para calcular juros simples
e compostos? Afinal, para o próximo assunto, você precisará relembrar os
conceitos estudados nesta aula. Preparado? Vamos juntos!
Curso Básico de Gestão de Energia 182
Seção 3
No caso dos juros anuais (ia), uma quantia “P” atingirá no final do ano o valor
“S” dado por:
S1 = P (1 + ia)1. (25)
Se o juro fosse mensal (im), a mesma quantia “P” atingiria, no mesmo perío-
do (12 meses), o valor dado pela expressão (26):
S2 = P (1 + im)12 (26)
ou
Exemplo:
Relembrando
Saiba Mais
Seções de estudo
Seção 1: Série uniforme de pagamento: postecipada.
Para Iniciar
Bons estudos!
Seção 1
Série uniforme de
pagamento: postecipada
R R R R R
1 2 3 n-1 n
P
Figura 61: Diagrama de Fluxo de Caixa Representando uma
Série Uniforme de Pagamentos Postecipada
R=Px i (31)
1 – (–1 + i)–n
Atenção
Outras situações terão tratamento específico, como você verá mais adiante.
Acompanhe, agora, o exemplo:
R R R R R
0 1 2 3 n-1 n
(S)
O cálculo de “S”, dados “R”, “n” e “i”, é feito combinando-se as fórmulas (30)
e (22), que resulta na equação (32).
Inversamente, o cálculo de “R” em função de “S”, “n” e “i” é feito pela expres-
são (33):
Curso Básico de Gestão de Energia 189
R=Sx i (33)
(1 + i)n – 1
Exemplo:
Seção 2
Série uniforme de
pagamento: antecipada
S = R× [ ( 1+i) n+1 -1
i
] (34)
Curso Básico de Gestão de Energia 190
P = R x (1 + i)n - 1 (35)
i (1+i)(n-1)
Relembrando
Saiba Mais
Seções de estudo
Seção 1: Estudos de viabilidade.
Para Iniciar
vida econômica;
mercado;
investimento fixo;
capital de giro;
custos fixos e variáveis;
receita;
depreciação.
Bons estudos!
Curso Básico de Gestão de Energia 193
SEÇÃO 1
Estudos de viabilidade
a. novas instalações;
b. ampliação de instalações já existentes;
c. alterações em processos operacionais;
d. programas de redução de custos;
e. alternativas de compra de novos equipamentos.
1. Viabilidade técnica
Neste estudo, são analisadas as diversas alternativas que permitirão respon-
der à pergunta “É possível fazer o projeto?”.
2. Viabilidade econômica
Considerando-se que o projeto seja tecnicamente possível, este estudo pro-
cura responder à pergunta “É vantajoso fazê-lo?”.
Pergunta
300 300 300 300 300 300 300 300 300 300
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
300 400
500
SEÇÃO 2
Objetivo da análise
econômica de projetos
Por outro lado, muitas vezes, a vida econômica adotada é superior à vida útil
de equipamentos e instalações.
Você pôde perceber que o projeto tem vida econômica, produzindo, assim,
resultados econômicos. Por conta disso, o fluxo de caixa precisa ser acompa-
nhado, assunto que você estudará na próxima seção.
SEÇÃO 3
7. Lucro líquido (5
91,00 143,00 195,00 195,00
+ 6)
8. Depreciação (4) 400,00 400,00 400,00 400,00
9. Caixa gerado (7
491,00 543,00 595,00 595,00
+ 8)
10. Investimento
-1.000,00 -2.000,00 -1.500,00 500,00
fixo
11. Capital de giro -300,00 300,00
12. Caixa líquido (9
-1.000,00 (2.000,00) -1.800,00 491,00 543,00 595,00 1395,00
+ 10 + 11)
199
Relembrando
Saiba Mais
Seções de estudo
Nesta unidade, você acompanhará as seguintes seções de estudo:
Para Iniciar
Bons estudos!
Seção 1
1 TMA é uma taxa de juros que representa o mínimo que um investidor se propõe
a ganhar quando faz um investimento ou o máximo que um tomador de dinheiro se
propõe a pagar quando faz um financiamento.
2 Fluxo de Caixa: refere-se ao montante de caixa recebido e gasto por uma em-
presa durante um período de tempo definido, eventualmente ligado a um projeto
específico.
Curso Básico de Gestão de Energia 205
St
VPL(i%)= -I+ ∑nt= 1 (1 + i)t (36)
Atenção
Observações importantes:
Por outro lado, um VPL negativo mostra que a realização do projeto trará
resultados inferiores ao emprego do capital à taxa de atratividade, devendo-
-se, por isso, rejeitar o projeto.
Nota
Resumindo:
Ano 1 = $ 40 milhões
Ano 2 = $ 80 milhões
Curso Básico de Gestão de Energia 207
Utilizando a fórmula (36) para o cálculo do VPL a 10%, você terá a expressão
(37):
40 80 30 80 80
VPL(10%)= -100+ + - + + (37)
(1+0,1)1 (1+0,1)2 (1+0,1)3 (1+0,1)4 (1+0,1)5
Além da decisão entre fazer e não fazer, o método do VPL constitui um ex-
celente instrumento na escolha da melhor alternativa, calculando o VPL do
projeto na taxa de atratividade.
Curso Básico de Gestão de Energia 208
Proposta A = investir $ 10 mil hoje para receber $ 2 mil anuais nos próxi-
mos dez anos;
Proposta B = investir $ 14 mil hoje para receber $ 3 mil anuais nos próxi-
mos dez anos.
Pergunta
Por ter maior valor atual, a proposta B será escolhida. Nesta decisão, con-
vém não esquecer que já estão incluídas:
Fica assim demonstrado que a escolha do Projeto B pelo método VPL foi
acertada.
Relação VPL/investimento
Se dois projetos diferentes apresentam valores atuais semelhantes, pode-se
decidir entre eles calculando o quociente do VPL sobre o investimento inicial
e procurando escolher, então, os projetos com maiores valores. Por exemplo,
sejam os projetos C e D com as características apresentadas na tabela 17:
Seção 2
TIR > TMA = o projeto pode ser aceito, pois será uma opção melhor que
as alternativas existentes no mercado financeiro;
TIR < TMA = o projeto deve ser rejeitado, já que há opções mais vantajo-
sas de aplicação do capital.
A TIR calculada para esse fluxo de caixa é de 22,772% a.a. (ver método de
cálculo adiante).
Cálculo da TIR
A TIR de um investimento, por definição, é a taxa de desconto que torna nulo
o VPL do seu fluxo de caixa. Em outras palavras, a TIR é a taxa de juros que
faz com que o valor atual das receitas geradas pelo projeto se iguale ao valor
atual dos desembolsos que ele requer.
A TIR será, portanto, o valor da taxa de juros “i” que satisfaz a equação será
dada pela equação (40):
S
VPL(i%)= -I+ ∑nt= 1 (1 +t i)t = 0 VPL (40)
- I + a . x + b . x2 + ... + z . xn = 0
z . xn + ... + b . x2 + a . x + I = 0 (41)
A resolução dessa equação nos dará o valor da TIR. Quando o grau “n” desta
equação for muito elevado, será necessário utilizar o método iterativo para
encontrar a solução. Para tanto, pode-se utilizar a função “Atingir meta” do
Excel (planilha eletrônica).
x1 = 0,833
x2 = -1,66
Exemplo 1
Dado o fluxo de caixa na Figura 70, mostre a variação de seu VPL em função
da taxa de juros e calcule a TIR.
Curso Básico de Gestão de Energia 216
Faça a taxa de juros variar de 0% a 15%, calculando, para cada taxa, o cor-
respondente VPL:
Fazendo o cálculo, por interpolação linear, entre 10% e 15%, a TIR resulta
em 11,97%
Nota
A solução matemática dessa equação apresenta “n” raízes, ou seja, você po-
deria, teoricamente, ter “n” valores para a TIR. Todavia, pode-se mostrar que
o número de raízes positivas num polinômio de grau “n” é, no máximo, igual
ao número de trocas de sinal dos coeficientes do polinômio.
Esses fluxos convencionais têm apenas uma TIR, pois trocam de sinal uma
única vez. Existem, porém, fluxos de caixa nos quais ocorrem mais de uma
troca de sinal entre os coeficientes do polinômio: são os chamados “fluxos
não convencionais”, que podem, por esse motivo, apresentar mais de uma
TIR ou, até mesmo, não ter TIR (nenhuma raiz positiva).
Curso Básico de Gestão de Energia 218
Veja, por exemplo, o fluxo de caixa não convencional (em $ 1.000) represen-
tado na Figura 72.
Ou seja, o fluxo de caixa não tem TIR, porque nenhuma taxa de desconto
anula seu VPL.
Exemplo 2
Assim sendo, verificou-se que esse fluxo de caixa apresenta duas taxas de
retorno (TIR): 10% e 30%.
Exemplo 3
Resolução:
I = 100,00
a = 120,00
0 = –100,00 + 120,00/(1 + i)
100,00 = 120,00/(1 + i)
(1 + i) = 120,00/100,00
(1 + i) = 1,2
Seção 3
Determinação do Tempo de
Retorno (payback)
Exemplo 1
Suponha que você precisa escolher entre três projetos, A, B e C. Todos reque-
rem o mesmo investimento inicial ($ 10.000) e têm características listadas
na Tabela 23, a seguir:
O Projeto B aparece como o melhor dos três, uma vez que forneceria um lu-
cro total de $ 20.000 no período de oito anos. Mas, se tivéssemos de decidir
utilizando a expressão (43), escolheríamos o projeto C, embora o investimen-
to não produzisse um único centavo de lucro.
Pergunta
Observando o quadro, você pôde verificar que o tempo de retorno está entre
os anos 2 e 3. Por interpolação linear, você chega a:
tempo de retorno = 2 + [186,3/(186,3 + 76,7)] = 2,71 anos
Curso Básico de Gestão de Energia 224
R
Log
R – P. i
n=
log (1 + i) (46)
Sendo:
P = investimento inicial;
Nesta fórmula, você pôde observar que, se a receita líquida anual “R” for
igual ou inferior ao juro obtido pela aplicação do capital investido na TMA (=
P . i), o valor de “n” tende ao infinito, ou seja, o capital nunca retorna, como
visto no exemplo descrito anteriormente.
Confira outro.
Exemplo 2
Figura 76: Fluxo de caixa convencional para cálculo de tempo de retorno (payback)
Veja a resolução:
payback simples, calculado com base no fluxo de caixa com valores no-
minais;
payback descontado, calculado com base no fluxo de caixa com valores
trazidos ao valor presente.
Relembrando
Saiba Mais
Seções de estudo
Nesta unidade você acompanhará as seguintes seções de estudos:
Seção 1: Liderança.
Para Iniciar
Seção 1
Liderança
Conceitos importantes –
quem é o líder?
Esta unidade iniciará o seu estudo com alguns conceitos importantes sobre
liderança. Pense um instante: você consegue identificar alguém que tenha
influenciado a sua vida?
Reflita
Motivador: um líder precisa estar motivado e passar isto para sua equipe.
Sua energia deve ser o combustível de sua atuação.
Comprometido: precisa gostar e acreditar no que faz. Passar credibilida-
de e veracidade em suas informações.
Perceptivo: precisa perceber a organização como um organismo vivo. A
interação entre as pessoas deve fazer parte de sua rotina.
Estudante: um líder deve buscar o aprendizado contínuo, pois ele será a
base segura das informações e transformações dentro da organização.
Professor: assim como aprende, um líder também ensina. Passa seu
conhecimento, é um aconselhador. Mostra o caminho.
Inquieto: questionador em relação às mudanças e como estas interferem
no trabalho e desempenho da organização.
Empreendedor: deve ser corajoso nas decisões e buscar a inovação, fazer
diferente em busca da melhoria e de resultados.
Ético: saber que suas ações, atitudes e seus valores são vistos por todos,
será o espelho, o exemplo na organização.
Parece difícil, não é mesmo? Realmente não é algo simples. Liderar exige
esforço e conhecimento não só técnico, mas de si e das pessoas com quem
trabalha.
Pergunta
Como você viu, a liderança pode circular entre os diversos estilos, quando
isto acontece chama-se liderança situacional e caracteriza-se por levar em
conta que o líder, ao atuar, deverá considerar, além da personalidade do lide-
rado, todos os aspectos da situação existentes no momento de sua atuação.
Pergunta
Para obter sucesso na liderança de equipes, um líder precisa ter, além das
competências técnicas, competências na área comportamental, para lidar
com a sinergia e o bom relacionamento da equipe. Entre as suas habilidades
e capacidades, cabe ao líder desempenhar atividades de mediação e motiva-
ção dos colaboradores que estão sob sua responsabilidade. Este é um traba-
lho de conscientização, mudança cultural dentro e fora das organizações.
Dentro dos itens mencionados, cada líder terá mais facilidade ou dificuldade
no desempenho. Cabe a ele desenvolver e aperfeiçoar seus pontos fracos e
continuar a crescer em seus pontos fortes. Coordenar equipes não é tarefa
fácil e deve ser realizada com muito cuidado, sabendo como lidar com as
diferentes personalidades e características pessoais dos membros.
Curso Básico de Gestão de Energia 237
Você deve lembrar-se de alguma situação onde algo precisava ser iniciado e
alguém disse: “Só vou fazer se o fulano fizer também” e, como consequên-
cia, nada foi feito. Isto acontece, às vezes, em função de um histórico dentro
da empresa, ou mesmo pela desmotivação ou descomprometimento de
algumas pessoas da equipe.
Reflita
Reflita
Este é um exemplo sobre como certas pessoas agem ou pensam, muitas ve-
zes. Não significa que o fazem por querer, pois, nem sempre têm consciência
do fato. E, assim, acontece com a equipe de trabalho.
De novo?
Isso não vai dar certo!
Mais uma “inovação”!
Até quando será que vai esta nova moda?!
Vou esperar e ver no que dá!
Sempre começam algo e nunca terminam!
Curso Básico de Gestão de Energia 239
Você pode estar se perguntando agora: “Tudo bem, mas sou responsável por
tudo sozinho? Este é meu papel como líder?”.
A resposta é SIM! Este é seu papel como líder, não só neste projeto como em
todos que exercer esta função. A liderança tem o papel de motivar, fazer com
que as pessoas acreditem e se comprometam com o que está sendo propos-
to.
Esperar que todos façam a sua parte, mesmo que demore um pouco ou que
comece com um e se vá conquistando os demais, é um trabalho de cons-
cientização de mudança e de crescimento não só individual como coletivo.
Pergunta
Bem, você está fazendo a sua parte, e daqui a pouco todos começarão a
fazê-la também. Sempre se começa do individual e segue-se para a equipe.
Assim, o trabalho fica leve.
Este é seu papel como líder, plantar a sementinha e regá-la para que as pes-
soas aprendam o quanto o papel delas é importante e os resultados que isto
traz, não só para a empresa, mas para todos os envolvidos.
Reflita
Após estas considerações, reflita sobre como você utiliza a energia em todos
os ambientes que participa e atua. Avalie também como as pessoas, que
estão à sua volta, fazem isso e de que forma pode contribuir para a melho-
ria do processo como um todo. Lembre-se de que seu papel na liderança é
fundamental.
Na próxima seção, você verá como é importante um líder ter uma boa comu-
nicação. Até lá!
Curso Básico de Gestão de Energia 241
Saiba Mais
Que tal uma dica para se distrair e ainda saber mais sobre
o tema estudado? Assista ao filme: “1492: A conquista
do paraíso.” Título original: “1492: Conquest of Paradise”,
ESP/FRA/ING 1992. Direção: Ridley Scott.
Seção 2
Comunicação
A importância da comunicação
Ao falar de comunicação, logo se pensa que ela acontece de forma simples.
Quantas vezes se diz para alguém: mas já te falei isso! Ou: já expliquei duas
vezes!
Reflita
formal – tem a forte característica de que pode ser transmitida para mui-
tos funcionários em um mesmo aviso, diminuindo a margem de interpre-
tações diversas sobre o assunto;
informal – se caracteriza por pertencer a uma rede de comunicação não
oficial. Esta pode ser percebida em corredores, por telefone, em portas
de banheiros, na hora do café, etc.
Porém, a comunicação traz consigo algumas barreiras que, além do que foi
dito anteriormente, podem prejudicar o seu entendimento. Veja na Figura 82.
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Reflita
Nessa seção, você viu o quanto a comunicação é importante para que o tra-
balho flua corretamente, porém, a comunicação não é tudo, é preciso traba-
lhar em equipe. É isso que você verá na próxima seção. Preparado?
Seção 3
Trabalho em equipe
Você já deve ter visto gansos ou outras espécies de pássaros voando em ban-
do, na forma de “V”. Você sabe por que eles voam dessa forma?
Primeiro fato
À medida que cada ave bate suas asas, ela desloca o ar adjacente às suas
asas reduzindo a resistência imposta pelo ar ao movimento da ave seguinte.
Dessa forma, voando em formação “V”, o grupo inteiro consegue voar com,
pelo menos, 71% a mais de aproveitamento do que cada ave, se voasse
isoladamente.
Segundo fato
Sempre que um dos gansos sai da formação, ele repentinamente sente a
resistência do ar e o atrito ao tentar voar só. Em seguida, retorna à formação
para tirar vantagem do poder de sustentação da ave imediatamente à sua
frente.
Curso Básico de Gestão de Energia 247
Terceiro fato
Quando o ganso líder se cansa, ele se muda para trás da formação, enquan-
to a ave seguinte assume a liderança, num perfeito revezamento.
Quarto fato
Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o ritmo
e a velocidade.
Quinto fato
Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos
saem da formação e o seguem para ajudá-lo e protegê-lo. Eles o acompa-
nham até a solução do problema e, então, os três reiniciam a jornada ou se
juntam à outra formação até que encontrem seu grupo original.
Reflita
Acompanhe, na Figura 83, o que é necessário para que o trabalho seja reali-
zado em equipe. Aliás, você sabe qual é a diferença entre trabalho em grupo
e trabalho em equipe?
Cada pessoa pode escolher o significado que dá a tudo o que faz, e isso re-
presenta uma grande diferença. Veja o exemplo a seguir:
Curso Básico de Gestão de Energia 249
Pergunta
Até agora, você viu que só tem vantagens em trabalhar em equipe, mas al-
guns acontecimentos podem fazer com que este trabalho seja abalado. Veja
o que pode interferir no desenvolvimento de um trabalho em equipe.
Saiba Mais
Relembrando
Colocando em Prática
Sobre os
autores
Referências
CASA DOS MOTORES. Motor elétrico. il. color. Disponível em: <http://www.
casadosmotores-se.com.br/motoreacionamento.htm>. Acesso em: 26 ago.
2011.
Curso Básico de Gestão de Energia 260
PESA. Gerador acionado por motor de combustão interna. il. color. Dis-
ponível em: <http://www.pesa.com.br/produtos/geradores/clientes/clien-
te_11.htm>. Acesso em: 26 ago.2011.