Você está na página 1de 4

Dec 4, 2018

·
4 min read

Tipologia da morte de Cristo

“Os seus cadáveres ficarão expostos na rua principal da grande


cidade, que simbolicamente é denominada Sodoma e Egito,
onde, da mesma forma, foi crucificado o seu SENHOR”.
—  Apocalipse 11:8 (versão King James)
Aqui tem-se uma tipologia impressa porque é de conhecimento de todos
que Jesus não foi crucificado em Sodoma ou no Egito; A tipologia de
Sodoma presente no verso representa toda a perversidade que é
contrária aos mandamentos de Deus, podendo ser representada pela
laicidade e ateísmo que se instalou na França, como nos tempos de
Sodoma onde as pessoas seguiam suas próprias leis fundamentadas em
suas vontades e desejos carnais. Já a tipologia do Egito representa toda
a religiosidade, doutrina, rituais e dogmas que levam as pessoas a se
distanciarem do Deus vivo, assim como aconteceu com Israel quando
ficaram sujeitos ao julgo do Faraó por 400 anos e passaram a ter uma
imagem distorcida do Deus Vivo; assim também os cristãos ficaram
sujeitos ao clero religioso francês da Idade Média antes da Revolução
Francesa.

Ao contrário do que se ensina, a Revolução Francesa não tinha


conotações exclusivamente ateísta. Se o objetivo era o laicismo do
Estado e a secularização social, por que então os revolucionários
franceses criaram uma seita de endeusamento físico à racionalidade,
tornando essa seita na “religião oficial do Estado”? Porque, claramente,
seu objetivo jamais foi a secularização da França, e sim a destruição
completa do Altíssimo e de sua Palavra e substituir por uma nova ordem
de culto. Basicamente, retirar a influência do clero cristão e das
verdades que surgiram com o Protestantismo e instituir o “clero e a
religião dos revolucionários”.

Então, chega-se a tipologia da crucificação de Jesus que é referente


aqueles que serviam Jesus e se entregaram por amor ao seu Senhor. Um
povo que um dia tomou a decisão de tomar a cruz e seguir Jesus e
acabaram sendo crucificados pela Inquisição que se iniciou exatamente
na França. Também representa o comportamento leviano de toda uma
sociedade que se dizia cristã, contudo, em suas condutas e princípios
estavam condenando Cristo novamente a morte, “(…) pois para si
mesmos estão crucificando de novo o Filho de Deus, sujeitando-o à
desonra pública” (Hebreus 6:6).

De fato todas essas coisas aconteceram no mesmo cenário e na mesma


época, da Inquisição até a Revolução Francesa, do Egito até Sodoma,
onde os seguidores de Cristo foram perseguidos, massacrados e
condenados à morte sem que tivessem cometido crimes passíveis de
morte, onde aqueles que se diziam servos de Cristo estavam
condenando Jesus novamente a morte por meio de seus
comportamentos e exemplos escarnecedores, da mesma forma quando
Jesus foi crucificado em Jerusalém. E ali, neste mesmo cenário e época
sombria, o Velho e o Novo Testamento, as testemunhas fiéis, foram
queimados em praça pública e declarados por uma multidão
enlouquecida que a Palavra de Deus havia sido extinta, dando lugar a
Besta que surgia do abismo, um novo conjunto de normas legais que
seriam responsáveis por conduzir todas as nações, uma constituição
baseada na liberdade democrática, dando início a um sistema
abominável, uma besta terrível se comparada aos impérios anteriores.

“Entretanto, depois de três dias e meio, Deus soprou em seus


corpos o espírito da vida e eles tornaram a ficar em pé, e um
enorme pavor tomou conta de todos quantos viram”.  Apocalipse
11:11
“A frança é a única nacão do mundo relativamente à qual se conserva

registro autêntico de que, como nação, se levantou em aberta rebelião


contra o Autor do Universo. Profusão de basfemos, profusão de
incrédulos, tem havido e ainda continua a haver, na Inglaterra, na
Alemanha, Espanha e em outras terras; mas a França fica à parte, na
história universal, como o único Estado que, por decreto da Assembléia
Legislativa, declarou não haver Deus, e em cuja capital a população
inteira, e vasta maioria em toda parte, mulheres assim como homens,
dançaram e cantaram com alegria ao ouvirem a declaração.”[1] Os três
anos e meio foram o reinado de terror da Revolução Francesa que deu
início em novembro de 1793 por meio de um decreto legislativo que
declarou: “Não há Deus”; o culto ao Deus Vivo foi abolido e todas as
Bíblias e livros religiosos foram queimados e proibidos pelo governo
francês, e a palavra de Deus, assim como Deus, foi considerada morta!
Todas as igrejas foram fechadas e a adoração ao Deus Altíssimo foi
proibida, o dia do descanso foi abandonado e em seu lugar se consagrou
um dia em cada dez para orgias e blasfêmia; uma prostituta foi elevada
ao patamar de deusa da razão e todos deveriam adorá-la negando
abertamente a existência de Deus e proibindo todo tipo de culto
religioso. Entretanto, após a sociedade mergulhar na lama da violência,
degradação e corrupção, o testemunho da Palavra de Deus ressuscita
em junho de 1797 após a assembléia francesa reconhecer que a temor a
Deus era extremamente necessária para a prosperidade e felicidade da
nação além das Escrituras, com o velho e o novo testamento. A Palavra
então volta ao cenário da história da humanidade com muito mais força
e ousadia, não mais em sacos de panos e sim por intermédio das
sociedades bíblicas que propagaram as Escrituras Sagradas por toda a
terra desde então.

A Sociedade Bíblica Britânica foi organizada em 1804 e a Sociedade


Bíblica Americana em 1816. Essas sociedades, junto com as suas quase
inumeráveis subsidiárias, começaram a espalhar a Bíblia por todas as
partes. Antes de 1804, a Bíblia havia sido impressa e distribuída em
apenas 15 línguas. Até dezembro de 2012, já foram registradas
publicações do texto bíblico em mais de 2.500 diferentes línguas.

[1] Blackwood’s Magazine, Novembro de 1870.

Você também pode gostar