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Antes de começas a explicar sobre as redes urbanas de sensores sem fio (RSSF)
é imprescindível que sejam apresentadas algumas definições dos principais protocolos
utilizados pelas RSSF, pois são consideradas como uma sub rede da rede Ad-Hoc.
As redes Ad-hoc começaram a ser desenvolvidas no início da década de 70 nos
Estados Unidos, com o intuito de disponibilizar para as força armadas a comunicação de
um ambiente militar, onde há grande necessidade de mobilidade dos dispositivos que
comunicam-se através da rede e de facilidade na conexão de novos dispositivos. Com
isso foi desenvolvida a Ad-Hoc, que nada mais é do que uma rede sem fio. KOTVISKI
(2009).
A rede Ad-Hoc permite que qualquer dispositivo que possua um transmissor e
receptor, possa formar uma rede, sem que haja a necessidade de uma infraestrutura pré-
definida de comunicação. Ou seja, não há necessidade de um ponto (nó) central, onde
são direcionadas todas as informações oriundas de outro dispositivos (nós). A conexão
entre os nós é independente, pois caso ocorra uma falha em algum dispositivo, o
comunicação dos outro dispositivos não fica afetada. Um exemplo bem difundido é o
Bluetooth piconet.
Dentro da rede Ad-Hoc, há outro protocolos que auxiliam no funcionamento da
mesma, porém os mais utilizados são AODV, DSR e OLSR
Uma Rede de Sensores Sem Fio é um tipo específico deAd-Hoc. Nas RSSF,
cada nó é formado por dispositivos sensores que apresentam
algum poder computacional – memória e processador (Esse
poder computacional será responsável pelo funcionamento de
aplicações e a retransmissão de mensagens em toda a rede).
Além disso, eles se comunicam por uma interface sem fio e
possuem certa autonomia de energia (Geralmente, os nós são
alimentados por pilhas ou baterias). Conceitualmente, uma
RSSF é composta de três entidades básicas: sensor, observador e
fenômeno.LECKER.
Uma diferença notável entre a RSSF e uma rede convencional é a respeito do
método utilizado para comunicação entre os nós, pois na rede convencional é
indispensável o uso de uma estação de base, o que não é necessário na RSSF.
Como a RSSF não utiliza estruturas fixas,
os dispositivos computacionais são geralmente sensores ou nó-
sensores. A limitação física dos nós sensores é um ponto de
grande importância no contexto das RSSF. Memória, bateria,
dispositivos de transmissão e processamento são os principais
componentes dos nós e são adaptados a tais limitações. SILVA
(2006).
Os sensores são projetados para realizarem as mais diversas medições, sendo
que a posição de instalação, não é predeterminada ou pré-calculada, são aleatórias, visto
que a implantação de redes de sensores em locais de difícil acesso ou perigosos, por
exemplo, fundo do oceano, áreas vulcânicas, territórios inimigos e áreas de desastres
nucleares, podem ocorrer pelo uso de helicóptero, apenas soltando-os sobre a região a
ser analisada. A figura 1 mostra um exemplo do tamanho médio de um sensor, nota-se
que é quase do tamanho de uma moeda.
Figura 1 – Tamanho médio de um sensor.
2.2.1 Aplicação
Nessa camada a principal tarefa é gerenciar os sensores a fim de designar tarefas
e disseminação dos dados, utilizando três protocolos de aplicação:
2.2.1.1 Protocolo de gerenciamento de sensores – SMP
Protocolo responsável pelo gerenciamento que fornece as operações de software
necessárias para realizar as tarefas administrativas, tais como:
Trocar dados referentes aos algoritmos de descobrimento de localização.
Sincronizar no tempo os nós-sensores.
Mover nós-sensores.
Ligar ou desligar nós-sensores.
2.2.1.2 Protocolo de designação de tarefas e anúncio de dados - TADAP
A função deste protocolo é distribuir os interesses dos usuários entre os sensores.
Este protocolo também informa ao usuário a disponibilidade de novos dados em algum
sensor da rede. TELECO (2016).
2.2.1.3 Protocolo de consulta de sensores e de disseminação de dados – SQDDP
A interface para o usuário realizar consultas nos sensores da rede é fornecida por
este protocolo. As consultas, em geral, não limitam-se a um sensor específico, mas a um
conjunto de sensores em uma região que se deseja monitorar. TELECO (2016).
2.5.3 Militar
O uso de sensores na área militar é muito difundida, pois não existem redes fixas
destinadas ao uso militar, sendo necessário o uso de redes sem fio para a comunicação
entre as bases e para outras aplicações tais como:
Localização de soldados através de sensores instalados no uniforme;
Reconhecimento de áreas inimigas por meio de sensores espalhados;
Detecção de ataques nucleares, biológicos ou químicos utilizando sensores
que detectam essas substâncias.
2.5.4 Controle de trafego urbano
O controle de trafego urbano pode ser realizado instalando sensores em estradas,
esses sensores podem servir para controle de velocidade, fluxo de veículos ou
localização de veículos em estacionamentos.
Enfim as redes de sensores sem fio possuem uma grande capacidade de
aplicação, sendo possível a instalação em muitas outras aplicações e funções.
CONCLUSÃO
As redes de sensores sem fio estão proporcionando um grande avanço
tecnológico, pois como são de fácil instalação as mesmas estão alcançando lugares onde
fazer uma estrutura fixa teria um custo elevado, além de poderem ser instaladas em
locais inóspitos. Como consequência, novas demandas vão surgindo, necessitando de
mais pesquisas a fim de dar suporte a todas as demandas.
Uma vez que novas demandas vão surgindo novos dispositivos surgem também
fazendo com que o custo para implantação de um sistema de rede de sensores sem fio
torne-se barata.
Por fim as redes de sensores sem fio são redes que estão possibilitando que
muitas pesquisas, principalmente em locais de difícil acesso, consigam obter resultados
esperados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRAGA, N. C. O que é uma rede de sensores sem fio?. Disponível em <
http://www.newtoncbraga.com.br/index.php/eletronica/52-artigos-diversos/11056-o-
que-e-uma-rede-de-sensores-sem-fio-tel175>. Acesso em 09 jun. 2016.