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Dia da Mulher

Paulo Franquilin*

A origem do Dia da Mulher é uma marcha de mulheres, ocorrida em


1908, na cidade de Nova Iorque, para mudanças nas relações de trabalho,
melhores salários e direito ao voto, assim em 1909 foi comemorado o primeiro
Dia Nacional da Mulher nos Estados Unidos.
Clara Zetkin, ativista e defensora dos direitos das mulheres, apresentou
a ideia de comemorar o Dia Internacional da Mulher durante a Conferência
Internacional das Mulheres Socialistas, sendo aprovado por unanimidade pelas
mulheres de diversos países presentes no evento.
Inicialmente sem uma data fixa, foi formalizada após uma greve de
mulheres russas, ocorrida no dia 08 de março de 1917, durante a Revolução
Russa, que culminou com a queda do czar e com o governo provisório dando
direito de voto às mulheres.
Comemorado em muitos países, a data foi oficializada pela Organização
das Nações Unidas (ONU) em 1975, com o objetivo de se tornar uma data para
comemorar os avanços das mulheres na sociedade, na política e na economia
e também a conscientização para desigualdade de gênero.
No Brasil a desigualdade de gênero ainda continua existindo, apesar de
todos os avanços nos direitos das mulheres, porque os salários são menores,
aliado ao preconceito, com defensores de pagamentos menores visto as
mulheres engravidarem.
Os preconceituosos esquecem da jornada extraordinária, pois as
mulheres, além do trabalho formal, precisam desdobrar-se para fazer o
trabalho doméstico e ainda cuidarem dos filhos, o que pode significar uma tripla
jornada.
Como exemplo da desigualdade pode-se falar dos salários, em média,
20% menores do que os pagos aos homens em nosso país, sem falar nas
mulheres que desistem de trabalhar para cuidar dos filhos.
É importante continuar a relembrar da desigualdade todos os dias, não
somente no dia 08 de março, uma data que surgiu pela luta de mulheres
pioneiras em defender seus direitos.
Jornalista e escritor*

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