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MACAPÁ
2021
EDSON DA SILVA SADALA
VITOR AFONSO PACHECO DE LIMA
MACAPÁ
2021
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca Central da Universidade Federal do Amapá
Elaborada por Cristina Fernandes– CRB-2/1569
Faced with the need that has to improve and optimize the protection of
electricity distribution systems and the importance that this area has in the formation
of an electrical engineer, this study aimed to develop a selectivity study software and
coordination of devices protection used against overcurrents in the distribution
networks. Providing thus a tool to encourage effective learning and better
understanding of the phenomena involved. This software is called by its developers
as KProtec and is intended to assist in understanding the selectivity and coordination
studies through the graphical analysis of coordination charts generated in specific
case studies. It was designed as a web application, so that can be accessed from
any device with internet access through the electronic adress
https://kprotec.web.app/. For its development, open source tools were used, with the
intention of allowing modifications and improvements to be made according to
academic needs within the context of protecting energy distribution systems. From
this, and the availability of its documentation, it is possible to insert, for example,
new protection functions and device arrangements. The study is made from
predefined topologies that were created from modifications in sample systems
present in the literature dealing with the topic, in order to facilitate the understanding
of concepts related to selectivity and coordination. The results obtained are
presented from the use of the KProtec software for the cases of selectivity between
utility fuses and coordination between recloser and utility fuses, in addition to
showing several analyzes that can be made using this tool. The KProtec worked
properly, being able to generate protection coordination charts and enabling its user
means to analyze various aspects of selectivity and coordination.
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 17
2 PROTEÇÃO DE SISTEMAS ELÉTRICOS ....................................................... 21
2.1 FUNÇÕES DE UM SISTEMA DE PROTEÇÃO .............................. 21
3.2.4 Testes...................................................................................... 81
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...................................................................... 83
4.1 VISÃO GERAL DO SOFTWARE KPROTEC ................................. 83
1 INTRODUÇÃO
Ainda, tais recursos possuem a vantagem de não serem sistemas fechados, isto é,
os alunos conseguem interagir diretamente com o projeto.
Este trabalho de conclusão de curso propõe o desenvolvimento de um
software de estudo de seletividade e coordenação dos dispositivos utilizados para
a proteção contra sobrecorrentes dos sistemas de distribuição de energia elétrica.
Ele é uma aplicação web que busca auxiliar na compreensão dos estudos de
seletividade e coordenação destes equipamentos através de análises gráficas de
seus coordenogramas em estudos específicos de proteção. Este software foi
intitulado por seus desenvolvedores como KProtec.
Para o desenvolvimento do software foi feito uso de ferramentas livres e de
código aberto. A ideia é utilizar metodologias open source, a fim de permitir
modificações e adaptações, de acordo com as necessidades acadêmicas dentro do
contexto de proteção de sistemas elétricos. A partir da utilização desses recursos e
da documentação deste software, é possível a adição de novas funções de proteção
e configurações de arranjos de dispositivos para o estudo de coordenação e
seletividade.
Diante da importância que a área de proteção de sistemas de distribuição de
energia elétrica tem na formação de um engenheiro eletricista, é essencial que, para
um aprendizado efetivo, sejam disponibilizadas ferramentas que incentivem os
acadêmicos na compreensão dos fenômenos envolvidos nesta área.
Além disso, um projeto idealizado dentro do ambiente acadêmico, em
parceria entre discentes e docentes, dá origem a uma ferramenta de manutenção
facilitada, personalizada para uma dada finalidade, e constitui uma oportunidade
singular para os acadêmicos sedimentarem grande parte do conhecimento teórico
adquirido em sala de aula (CARMO et al. 2008 apud SOUZA, N., 2013).
A elaboração deste trabalho tem como objetivo desenvolver um software de
estudo de seletividade e coordenação de dispositivos de proteção de sistemas de
distribuição de energia elétrica contra sobrecorrentes. Para tanto, foram
estabelecidos os seguintes objetivos específicos:
a) Realizar estudos dos principais equipamentos de proteção utilizados contra
sobrecorrentes em redes de distribuição;
b) Implementar as curvas de atuação destes equipamentos em uma rotina
computacional;
20
N2 (1)
RTC =
N1
β × TMS
t atuação do relé (I) =
I α (2)
(I ) − 1
S
onde:
• t atuação do relé – Tempo de atuação do relé, em segundos (tempo de
trip);
• TMS – Múltiplo de tempo das curvas do relé. Os valores numéricos
atribuídos a TMS fazem as curvas se deslocarem ao longo do eixo dos
tempos. Estes valores geralmente variam de 0,01 a 1.
• I – Corrente que passa através do relé;
• IS – Corrente de ajuste do relé;
• 𝛼 𝑒 𝛽 – São constantes que definem o tipo de curva de tempo inverso.
A Tabela 2 apresenta os valores de 𝛼 𝑒 𝛽 que determinam se as curvas do
relé são normalmente inversa (NI), muito inversa (MI) ou extremamente inversa (EI).
0,14 × 𝑇𝑀𝑆
𝑡𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑟𝑒𝑙é (𝐼) = 0,02
𝐼 (3)
( ) − 1
𝐼𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑒
37
2.3.4 Disjuntor
Já uma proteção coordenada é aquela que deve ser projetada para atuar de
modo parcial, ou seja, abrindo e religando o circuito, quando ocorrer um defeito
momentâneo e abrindo permanentemente em caso de defeito permanente (isolando
o trecho defeituoso).
Deste modo, uma proteção coordenada possibilita o reestabelecimento
automático da rede para faltas temporárias, já uma proteção seletiva atua através
do dispositivo mais próximo para faltas permanentes. Neste aspecto, é importante
observar que toda a proteção coordenada apresenta seletividade, mas nem toda
proteção seletiva é coordenada (LEDESMA, 2012).
Examinando-se novamente a Figura 18, para o caso de uma falta no ramal
1, o religador irá atuar através de suas curvas rápidas na tentativa de verificar se a
falta é momentânea ou permanente e assim tentar saná-la. Caso a falta seja
permanente, quem deverá atuar será o elo fusível, evitando assim a interrupção de
energia a uma região maior do que a necessária. Se, por algum motivo, o elo deixar
de atuar, a curva lenta do religador fará a proteção de retaguarda e irá sanar a falta
desconectando uma maior região do sistema.
Os estudos de coordenação e seletividade dos equipamentos de proteção
são feitos através das superposições das curvas características de atuação destes
equipamentos. Os gráficos onde são feitos estes estudos são conhecidos como
coordenogramas, eles são dados em escala logarítmica tempo x corrente. Deve-se
definir os tempos de atuação e as correntes de pick-up mais adequados para cada
equipamento de proteção.
A Figura 19, a seguir, ilustra um exemplo de estudo de seletividade e
coordenação, onde o fusível deverá atuar antes que o relé.
O principal objetivo do estudo de seletividade e coordenação da proteção é
determinar os ajustes dos dispositivos que possibilitem uma maior segurança dos
operadores, a preservação dos equipamentos da instalação, mantendo-se a área
do sistema afetada pela anomalia a menor possível, maximizando o tempo de
continuidade do serviço (SOUZA, T., 2013).
Além disso, o estudo adequado de seletividade e coordenação em projetos
de proteção contribui com a qualidade da energia elétrica oferecida aos
consumidores, uma vez que, quando o dispositivo mais próximo da falha atua, evita
45
que consumidores que não estão conectados ao circuito atingido sofram interrupção
no fornecimento.
ICC MÁX
IP NOMINAL ≥ (4)
FS
onde:
- 𝐼𝑃 𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 – é a corrente nominal no primário do TC;
- 𝐼𝐶𝐶 𝑀Á𝑋 – é a corrente máxima de curto-circuito no ponto onde o TC será
instalado;
- 𝐹𝑆 – Fator de Sobrecorrente – é a corrente máxima de curto-circuito que o
TC suporta durante 1 segundo. Em TC’s destinados à proteção FS = 20.
onde:
- 𝐼𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝑀Á𝑋 – é a corrente de carga máxima no trecho;
- 𝐹𝐶 – é o fator de crescimento de carga. Ele é utilizado para levar em conta
situações de planejamento de crescimento de carga no sistema em determinado
período. Este fator pode ser obtido por:
47
𝐹𝐶 = (1 + 𝑎)𝑛 (6)
onde:
- 𝑎 é a taxa anual de crescimento;
Potência do 13,8 kV
Transformado Corrente Elo
r(kVA) (A) fusível
15 0,63 1H
30 1,26 2H
45 1,88 3H
75 3,14 5H
112,5 4,71 6K
150 6,28 8K
225 9,41 10K
300 12,55 15K
Fonte: Almeida (2000).
48
Onde:
- 𝐼𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂 – corrente nominal do elo;
- 𝐼𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝑀Á𝑋 – corrente nominal máxima no ponto de instalação.
1
𝐼𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂 ≤ × 𝐼𝐶𝐶 1∅ 𝑀Í𝑁 𝐹𝐼𝑀 𝐷𝑂 𝑇𝑅𝐸𝐶𝐻𝑂 (8)
4
onde:
- 𝐼𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂 – corrente nominal do elo;
- 𝐼𝐶𝐶 1∅ 𝑀Í𝑁 𝐹𝐼𝑀 𝐷𝑂 𝑇𝑅𝐸𝐶𝐻𝑂 – corrente de curto-circuito fase terra mínima no fim
do trecho protegido pelo elo.
3. O elo protegido deverá ser seletivo com o elo protetor, pelo menos, para o
valor da corrente de curto-circuito fase-terra mínimo no ponto de instalação
do elo protetor.
A seletividade entre elos é considerada satisfatória quando o tempo total de
interrupção do fusível protetor não exceder 75% do mínimo tempo de fusão do
fusível protegido (Figura 21) (CEMIG, 2017). Ou seja:
onde:
- 𝑡𝐼𝑁𝑇𝐸𝑅𝑅.𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂 𝑃𝑅𝑂𝑇𝐸𝑇. – é o tempo de interrupção do elo protetor;
- 𝑡𝑀Í𝑁𝐼𝑀𝑂 𝐷𝐸 𝐹𝑈𝑆Ã𝑂 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂 𝑃𝑅𝑂𝑇𝐸𝐺. – é o tempo de fusão do elo protegido.
𝐹𝐶 × 𝐼𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝑀Á𝑋
𝐼𝑀Í𝑁𝐼𝑀𝐴 𝐷𝐸 𝐴𝑇𝑈𝐴ÇÃ𝑂 51𝐹 ≥ (10)
𝑅𝑇𝐶
onde:
- 𝐼𝑀Í𝑁𝐼𝑀𝐴 𝐷𝐸 𝐴𝑇𝑈𝐴ÇÃ𝑂 51𝐹 é a corrente mínima de atuação da unidade 51 de
fase;
- 𝐹𝐶 é o fator de crescimento de carga;
- 𝐼𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝑀Á𝑋 é a corrente de carga máxima no trecho onde o relé será
instalado;
- 𝑅𝑇𝐶 é a Relação de Transformação do TC.
onde:
- 𝐼𝑀Í𝑁𝐼𝑀𝐴 𝐷𝐸 𝐴𝑇𝑈𝐴ÇÃ𝑂 51𝐹 é a corrente mínima de atuação da unidade 51 de
fase;
- 𝐼𝐶𝐶 2𝛷 𝑁𝑂 𝐹𝐼𝑀 𝐷𝑂 𝑇𝑅𝐸𝐶𝐻𝑂 – é a corrente de curto-circuito bifásica no fim do trecho
que deve ser protegido pelo relé;
- 𝑅𝑇𝐶 é a Relação de Transformação do TC.
onde:
- 𝐼𝑀Í𝑁𝐼𝑀𝐴 𝐷𝐸 𝐴𝑇𝑈𝐴ÇÃ𝑂 51𝑁 é a corrente mínima de atuação da unidade 51 de
neutro;
- 𝐼𝐶𝐴𝑅𝐺𝐴 𝑀Á𝑋𝐼𝑀𝐴 é a corrente de carga máxima no trecho onde o relé será
instalado;
- 𝐹𝐶 – é o fator de crescimento de carga.
- 𝑅𝑇𝐶 é a Relação de Transformação do TC.
𝐼𝐶𝐶 1𝛷
𝐼𝑀Í𝑁𝐼𝑀𝐴 𝐷𝐸 𝐴𝑇𝑈𝐴ÇÃ𝑂 51𝑁 < (13)
𝑅𝑇𝐶
onde:
- 𝐼𝑀Í𝑁𝐼𝑀𝐴 𝐷𝐸 𝐴𝑇𝑈𝐴ÇÃ𝑂51𝑁 é a corrente mínima de atuação da unidade 51 de
neutro;
- 𝐼𝐶𝐶1𝛷 é a corrente de curto-circuito monofásica no trecho que deve ser
protegido pelo relé ou religador;
- 𝑅𝑇𝐶 é a Relação de Transformação do TC
Para que haja coordenação entre o religador e o elo fusível, em caso de uma
falta no ponto 1, o religador deve atuar com sua curva rápida a fim de verificar se a
falta é transitória ou permanente.
Caso seja transitória ele próprio irá eliminá-la através da atuação de sua
curva rápida. Já, caso a falta seja permanente, o elo deverá atuar antes que a curva
lenta do religador bloqueie seus contatos e interrompa o fluxo de energia a uma
maior região do sistema.
Para que a coordenação entre esses equipamentos seja satisfatória, os
seguintes critérios devem ser obedecidos (ALMEIDA, 2000):
a) Para todos os valores de defeitos possíveis no trecho do circuito protegido
pelo elo fusível, o tempo de interrupção do elo fusível deve ser menor que o tempo
mínimo de abertura do religador na curva retardada (temporizada).
Fonte: Autores.
3.2.2.1 Requisitos
• O servidor sempre está à espera de requisições para servir o que foi pedido
pelo cliente. Uma vez que uma requisição válida chega ao servidor, ele enviará uma
resposta (response) com todos os arquivos necessários para que o cliente possa
continuar sua interação com a aplicação.
No mundo do desenvolvimento das aplicações web, o cliente e o servidor são
denominados, respectivamente, lados frontend e backend da aplicação. Essa
denominação é feita para separar as etapas de desenvolvimento da aplicação, que
geralmente são feitas por profissionais especializados naquele campo.
O frontend é responsável por apresentar os elementos visuais que compõem
a interface gráfica na qual o cliente fará a interação ao longo uso da aplicação.
Geralmente, este lado da aplicação utiliza linguagens que são interpretadas
diretamente pelo browser, como por exemplo o HTML (HiperText Markup
Language), o CSS (Cascading Style Sheets) e JavaScript, além de frameworks e
bibliotecas como, por exemplo, React e Angular.
Já o backend é responsável por implementar as regras da aplicação: banco
de dados, segurança, escalabilidade, etc. Esse lado da aplicação, fica “escondido”
do cliente e é onde toda a implementação da lógica do programa é feita. As
linguagens normalmente usadas são: PHP, Ruby, Java, C#, Javascript e Python.
A seguir são apresentadas as ferramentas que foram utilizadas para o
desenvolvimento do KProtec e seus aspectos diferenciais que justificam a escolha
para o atual trabalho:
64
Framework Angular
Um framework é um conjunto de ferramentas que agrupa diversas etapas de
desenvolvimento de uma aplicação web, de modo a facilitar esse processo. Nele,
são desenvolvidas, ao mesmo tempo, as lógicas frontend e backend com recursos
facilitados para “subir” a aplicação para o servidor web. Além disso, também, há
diversos códigos e funções que já foram desenvolvidas e utilizadas por outros
desenvolvedores e estão disponíveis para a realização de diversas tarefas.
Algumas características diferenciais do angular são:
• Ele é uma ferramenta de código aberto e com alta documentação para um
desenvolvimento de aplicações web facilitado;
• Tem a possibilidade de a aplicação ser executada em diversas plataformas
(Windows, Linux, Mac, Android) através de um navegador de internet;
• Por ser um framework de desenvolvimento de aplicações web, é composto
por um conjunto de ferramentas que abrange todas as etapas do desenvolvimento
da aplicação;
• Tem a possibilidade de se programar em uma linguagem mais flexível, o
Typescript, com tradução automática para o Javascript da aplicação final.
VsCode
O VsCode é um editor de código fonte desenvolvido pela Microsoft. Possui
versão para Linux, MacOs e Windows e é um software livre e de código aberto. Ele
possui diversas ferramentas para aprimorar o desenvolvimento de projetos como:
realce de sintaxe, snippets, refatoração de código e complementação inteligente do
código. Além das características citadas anteriormente, o editor foi escolhido por
estar de acordo com os requisitos A e B uma vez que o VsCode é multiplataforma
e de código aberto.
Biblioteca Plotly
A partir da necessidade que se tem de plotar e visualizar as curvas de
atuação dos dispositivos de proteção e de seus coordenogramas através do
KProtec, foi necessário a utilização de uma ferramenta que seja possível de ser
aplicada em desenvolvimento web e que favoreça a visualização e, principalmente,
a interação do usuário com os dados.
65
Para este fim, foi utilizada a biblioteca Plotly. Ela é uma biblioteca de código
aberto para a visualização de dados em Javascript e é quem permite a plotagem
dos coordenogramas. O motivo principal para a escolha dessa ferramenta foi a
interatividade disponibilizada por ela, possibilitando uma análise precisa do usuário
em relação ao coordenograma, podendo, assim, verificar os diversos critérios que
regem seletividade e coordenação.
A partir da utilização da biblioteca Plotly neste projeto, foi possível
disponibilizar aos usuários do programa diversas funções para análise gráfica dos
coordenogramas, tais como:
• Interatividade com o usuário: seleção individual de pontos de dados, zoom e
botão “pam” na área do gráfico;
• Possibilidade de salvar o gráfico em formato de imagem padrão “png”;
• Documentação de fácil acesso com diversas opções de gráficos;
Firebase Hosting
Firebase é uma plataforma desenvolvida pelo Google para a criação de
aplicações web e mobile. A plataforma oferece serviços facilitados e gratuitos (até
determinada faixa de uso) voltados para o lado backend de desenvolvimento. Os
principais produtos ofertados são: Hospedagem (Hosting), CloudStorage,
Autenticação, dentre outros.
No atual trabalho foi usado o serviço de Hosting do firebase, responsável pelo
backend da aplicação. Ou seja, é no firebase que está o servidor web responsável
por “responder” com os arquivos da aplicação para o cliente. O KProtec utiliza-se
do plano gratuito de hospedagem oferecido pelo firebase. A Figura 28, a seguir,
apresenta as características do servidor que este plano gratuito oferece.
Da Figura 28, storage é o armazenamento máximo de todos os projetos que
determinado desenvolvedor tem disponível neste plano gratuito do Firebase. Data
transfer (Transferência de Dados) é a quantidade diária de tráfego de dados que
determinado desenvolvedor pode transferir para o servidor ou quanto o servidor
entrega para os clientes. Já o termo Custom domain & SSL (Domínio personalizado
e SSL) refere-se à questão de o endereço do software poder ser personalizado e
SSL indica que é utilizado um protocolo seguro de comunicação.
66
estabelecidos, é onde deverá ser possível que o usuário realize os estudos, pré-
visualize os coordenogramas e tenha acesso às topologias personalizadas de cada
caso de arranjo.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
botão que representa um cenário de estudos foi criada uma lógica de acordo com
as especificidades de cada caso e de acordo com os cenários de seletividade e
coordenação.
Para um melhor entendimento do funcionamento e da utilização do KProtec,
exemplos de uso do programa explorando os arranjos de dispositivos foram
elaborados e são apresentados como resultados deste trabalho.
Fonte: Autores.
Por fim, a Figura 32 apresenta a interface que foi criada para o bloco
Coordenogramas, onde, após o usuário salvar o estudo que realizou, é feito um
resumo do mesmo, com um identificador para o usuário, um nome, uma descrição,
os dispositivos que o usuário utilizou, a data e hora em que o estudo foi criado e o
número de coordenogramas que esse estudo tem, além da possibilidade de apagá-
lo.
Fonte: Autores.
70
3.2.3 Codificação
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
73
Esta seção explora a estrutura de arquivos que o angular cria junto com o
projeto de uma aplicação web, isso ajuda a entender como foi trabalhado dentro
deste framework durante o desenvolvimento do KProtec.
Inicialmente, trabalhou-se na criação do projeto no framework angular. Isso
foi feito a partir da inicialização dos arquivos padrões que compõem o framework
através de comandos internos com o uso do terminal de comandos do editor de
código VsCode.
Quando uma aplicação web é criada no angular, são gerados
automaticamente diretórios (ou pastas) e arquivos por este framework com o intuito
de servir de base para a implementação da aplicação web. A Figura 35, adiante,
mostra os arquivos que foram gerados automaticamente pelo angular no VsCode
assim que o projeto do KProtec foi criado.
Fonte: Autores.
74
Essa estrutura de diretórios e arquivos pode ser dividida, de acordo com sua
função dentro do projeto, em arquivos que fazem a configuração do espaço de
trabalho e arquivos de projeto da aplicação.
Arquivos de configuração do espaço de trabalho: basicamente, são os
diretórios responsáveis pelas configurações, testes ou carregam bibliotecas para
serem utilizadas na aplicação, ou seja, dão suporte para que a aplicação possa
existir. Valem destaque para os seguintes diretórios:
• “e2e”: que é onde o angular guarda os arquivos necessários para testes,
principalmente à checagem do código;
• “node_modules”: que é responsável por armazenar as bibliotecas que
eventualmente são adicionadas ao projeto;
• “src” (src vem do inglês source, em português, fonte): é o diretório onde é
criada a aplicação em si, aqui estão os arquivos relacionados à aplicação nível raiz.
É o diretório que contém o código-fonte da aplicação, ou seja, é onde é feita a
codificação em si do software e onde ficam todo os códigos referentes a novos
componentes criados.
Arquivos de projeto da aplicação: contêm os arquivos do projeto usados
diretamente no desenvolvimento da aplicação (lógica do aplicativo, dados, parte
visual, recursos, etc.). Seus subdiretórios contêm arquivos mais específicos de
aplicações. Valem destaque para os seguintes diretórios e arquivos:
• “app/”: diretório que contém os arquivos de componentes nos quais a lógica
e os dados da aplicação são definidos;
• “app/app.component.html”: arquivo que define o modelo HTML associado ao
“AppComponent” raiz.
• “app/app.componente.css”: define a folha de estilo CSS básica para o
AppComponent raiz.
• “app/app.component.ts”: define a lógica para o componente raiz do
aplicativo, denominado “AppComponent”.
• “assets/”: diretório onde estão armazenados os recursos estáticos utilizados
na aplicação (geralmente gráficos e tabelas), é nesse diretório que estão
armazenadas, por exemplo, as imagens que identificam os autores e apresentam
os logos dos apoiadores do projeto, além das tabelas que definem as curvas dos
elos fusíveis.
75
Fonte: Autores.
Os CP’s são páginas que podem ou não possuir uma lógica de programação
diretamente relacionada ao objeto do trabalho e o usuário os percebe como áreas
navegáveis pela aplicação. Exemplos são: página de início, página de seleção
estudo, página dos coordenogramas.
Os CP’s são divididos em Nível 1 e Nível 2 e fazem uma referência direta ao
caminho, conforme destaca a Figura 37, a seguir, em que o usuário se encontra
num instante atual durante a interação com a aplicação. Ou seja, quando o usuário
está na página de Estudo (nível 1) o endereço será “kprotec.web.app/Estudo” e
quando o usuário estiver interagindo com um estudo específico (nível 2),
seletividade Elo x Elo – por exemplo, o endereço será
“kprotec.web.app/Estudo/EloElo”.
77
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
78
Fonte: Autores.
Esta seção descreve como foi feita a aquisição dos dados utilizados para
emular as curvas de atuação dos dispositivos de proteção. Devido às características
distintas de atuação e funcionamento, a aquisição e a codificação de dados para as
curvas de atuação dos dispositivos de proteção que dão origem às plotagens dos
coordenogramas basearam-se em duas abordagens distintas.
A partir do objetivo de auxiliar os usuários na compreensão de estudos de
seletividade e coordenação através da análise gráfica de coordenogramas, o
KProtec deve ser capaz de plotar esses coordenogramas. Eles são gráficos
bidimensionais em escala logarítmica de tempo x corrente com unidades em
segundos e Ampère, respectivamente.
79
1
Disponível em https://www.sandc.com/pt/suporte/curvas-caracteristicas-de-tempo-x-corrente/.
2
CSV ou Valores Separados Vírgula: É um arquivo de texto usado para armazenar dados na forma tabular.
Nesse arquivo, as linhas representam recorte e em cada recorte tem um ou mais campos separados por vírgula
que são os valores.
80
Figura 40 – Exemplo da estrutura do arquivo CSV. Estrutura de real do arquivo (cima) e estrutura
estilizada por editor gráfico de planilhas (baixo).
Fonte: Autores.
Figura 41 – Processo de tratamento dos dados usados para os elos fusíveis na aplicação.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
3.2.4 Testes
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fonte: Autores.
85
Fonte: Autores.
ajustes e dos critérios de ajuste das curvas, o estudo é semelhante. Com isso, para
a demonstração dos resultados não ser redundante, optou-se por descrever apenas
os dois casos de estudo acima citados.
Fonte: Autores.
sobrecorrente, esta faixa vai do menor valor de curto-circuito bifásico ao maior valor
de curto-circuito trifásico na zona de proteção do relé.
Fonte: Autores.
protegido por um elo fusível. Há, ainda, uma ramificação que tem seu início
protegido por outro elo fusível e em seu fim há um transformador de 75 kVA e uma
carga qualquer de 140 kVA, ambos protegidos por elos fusíveis. Também, há
diversas cargas, alimentadores e derivações no sistema (que, também, para este
caso de estudo não tem relevância). Como indica a legenda junto à topologia, os
valores nos quadros são as correntes de curto-circuito trifásico, bifásico e
monofásico, respectivamente.
Pré-visualização do coordenograma: O usuário pode alternar entre a
topologia e a pré-visualização das curvas dos equipamentos de proteção. Além
disso, ele pode modificar os dispositivos e seus parâmetros e verificar o efeito
imediato dessas mudanças no coordenograma.
Nome do estudo: Aqui o usuário pode nomear o estudo que está realizando.
Descrição: Nesta guia o usuário pode realizar uma breve descrição do
estudo.
Finalizar Estudo: Este botão serve para que o usuário, após concluir o
estudo, possa finalizá-lo e, então, seguir para a aba coordenogramas para visualizá-
lo com maiores detalhes.
O usuário deve dimensionar e informar ao programa qual elo fusível ele julga
mais adequado a cada ponto do sistema. Para isso, ele deve clicar sobre cada ponto
numerado. Ao clicar em cada ponto onde está alocado um elo, ele deve informar o
tipo do elo que ele escolheu para ser alocado naquele ponto e sua corrente nominal,
conforme ilustram a Figura 47 e a Figura 48, a seguir.
A fim de exemplificar como pode ser feito o estudo para este sistema, será
demonstrada a análise para os elos dos pontos 1 e 3. Esta análise pode ser feita
para quaisquer outros dispositivos do sistema.
Em estudos de seletividade e coordenação de dispositivos de proteção, a
análise deve ser feita de modo que os dispositivos sejam combinados dois a dois,
levando em conta os conceitos de dispositivo protetor e dispositivo protegido.
Neste caso, o elo no ponto 1 é o dispositivo protetor e o elo do ponto 3 é o
dispositivo protegido. A região de seletividade vai do menor valor de curto-circuito
monofásico ao maior valor de curto-circuito trifásico na região do elo fusível protetor
(elo alocado no ponto 1).
89
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
Para informar ao programa que no ponto 1 deve-se alocar um elo tipo H, com
5 A de corrente nominal (5H), o usuário deve clicar sobre este ponto e selecioná-lo
dentre as opções, conforme ilustra a Figura 51.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
93
Por estes critérios tem-se que, primeiramente, é preciso que o elo alocado
em determinado ponto do sistema tenha corrente nominal igual ou superior a 150%
da corrente de carga máxima no ponto de instalação da chave fusível, ou seja:
Portanto, o primeiro critério impõe que a corrente nominal do elo fusível deve
ser maior ou igual a 18 A. Recorrendo à tabela com as correntes nominais dos elos
fusíveis presente no manual de ajuda, verifica-se que os elos “candidatos” a serem
utilizados são 20K, 25K, 30K, 40K,50K, ..., 240K, conforme ilustra a Figura 54.
Fonte: Autores.
1
𝐼𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂 ≤ × 𝐼𝐶𝐶 1∅ 𝑀Í𝑁 𝐹𝐼𝑀 𝐷𝑂 𝑇𝑅𝐸𝐶𝐻𝑂 (21)
4
1
𝐼𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂−𝑃𝑂𝑁𝑇𝑂 3 ≤ × 180 (22)
4
Portanto, o segundo critério impõe que o elo fusível que deve ser utilizado no
ponto 3 deve ter corrente nominal menor que 45 A. Deste modo, os elos que podem
ser utilizados ficam restritos a 20K, 25K, 30K e 40K. Sabendo disto, agora o usuário
deve, com o auxílio do KProtec, analisar qual destes elos é seletivo como elo 5H,
que é o elo que deve ser usado no ponto 1.
Levando em conta que, geralmente, em situações práticas, escolhe-se o elo
com o menor valor nominal de corrente devido ao seu menor custo. Logo, o usuário
deve começar pelo elo 20K. Para informar ao programa a escolha por este elo, o
usuário deve seguir o mesmo processo usado na escolha do elo 5H, conforme
ilustra a Figura 55.
Fonte: Autores.
tempo de fusão, a fim de avaliar o critério de seletividade com o elo protetor, como
pode ser destacado na Figura 56.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
96
distribuição, admite-se uma sobrecarga de pelo menos duas vezes a sua carga
nominal.
A corrente nominal do transformador de 75 kVA que o elo 5H protege é de
3,14 A e a sobrecarga mínima a ser tolerada continuamente é de até cerca de 6,28
A. A Figura 58 mostra que o elo 5H admite uma sobrecarga máxima contínua de
até 7,4 A, obedecendo ao critério estabelecido.
b) O elo que protege um transformador não deve fundir para a corrente
transitória de energização do transformador, estimada em 8 a 12 vezes a sua
corrente nominal. Considera-se este transitório com duração em torno de 0,1
segundos.
O elo 5H não deve fundir para a corrente de magnetização do transformador,
que, neste caso, é estimada entre 25,12 A – 37,68 A. A Figura 59 mostra que este
elo funde para o tempo transitório de energização de 0,1 segundos apenas para
uma corrente de cerca de 88,16 A, obedecendo assim ao critério estabelecido.
Fonte: Autores.
98
Figura 59 – Valor limite de corrente transitória que o elo 5H suporta sem fundir.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
KProtec pode ser usado como ferramenta de auxílio à avaliação de diversos critérios
relacionados, neste caso específico, à seletividade de elos fusíveis.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
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Fonte: Autores.
Logo, o primeiro critério impõe que a corrente nominal do elo fusível que deve
proteger o ponto 1 deve ser maior ou igual a 21 A. Recorrendo à tabela com as
correntes nominais dos elos fusíveis, verifica-se que os possíveis elos a serem
utilizados são 25K, 30K, 40K, 50K, ... , 240K, conforme ilustra a Figura 64.
Depois, de acordo com o segundo critério, tem-se que a capacidade nominal
do elo fusível deverá ser, no máximo, um quarto (1/4) da corrente de curto-circuito
fase terra mínimo no fim do trecho protegido por ele. Ou seja:
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1
𝐼𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂 ≤ × 𝐼𝐶𝐶 1∅ 𝑀Í𝑁 𝐹𝐼𝑀 𝐷𝑂 𝑇𝑅𝐸𝐶𝐻𝑂 (27)
4
1
𝐼𝑁𝑂𝑀𝐼𝑁𝐴𝐿 𝐷𝑂 𝐸𝐿𝑂−𝑃𝑂𝑁𝑇𝑂 1 ≤ × 120 (28)
4
Portanto, o segundo critério impõe que o elo fusível que deve ser utilizado no
ponto 1 deve ter corrente nominal menor ou igual a 30 A. Deste modo, os elos que
podem ser usados ficam restritos ao 25K e ao 30K. Opta-se, inicialmente, pelo elo
25K.
Figura 64 – Elos fusíveis possíveis de serem utilizados de acordo com o primeiro critério.
Fonte: Autores.
Pelo primeiro critério, portanto, a corrente de partida deve ser maior ou igual
a 39 A.
Já o segundo critério diz que essa corrente deve ser menor ou igual ao menor
valor de corrente de curto-circuito envolvendo as fases no fim do trecho que deve
ser protegido pelo religador, ou seja, o menor curto-circuito bifásico. Portanto:
Além disso, o segundo critério estabelece que para todos os valores de curto-
circuito possíveis no trecho do circuito protegido pelo elo fusível, o tempo mínimo
de fusão do elo deve ser maior do que o tempo de abertura do religador na curva
rápida multiplicada pelo fator k.
Fonte: Autores.
Isso quer dizer que para os valores de curto-circuito onde isso ocorre, o
religador iria atuar como se fosse proteção principal e não de retaguarda, como
deveria ser. Caso a falta fosse transitória, sua curva rápida iria eliminá-la. Porém,
em caso de falta permanente, a curva lenta do religador iria causar o desligamento
de uma região bem maior do que onde ocorre a falta.
O usuário pode modificar os valores de TMS, o tipo de curva, o número de
operações rápidas e a corrente de partida e visualizar diretamente como estas
mudanças impactam no coordenograma e quando estes valores estarão de acordo
com os critérios de coordenação. Para melhor visualização do efeito que cada
modificação de parâmetro tem no coordenograma, será demonstrado como pode
ser feito o ajuste de um parâmetro por vez.
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A curva rápida do religador está coordenada com o elo fusível 25K, pois está
de acordo com a equação (36), ou seja, para toda a região de coordenação ela irá
atuar antes do elo.
Apenas para efeito de visualização, será feita uma comparação analisando a
curva rápida do religador com uma operação rápida (k=1,2) e duas operações
rápidas (k=1,5), conforme ilustra a Figura 66. Para enfatizar o deslocamento em
relação ao eixo do tempo que a curva tem com a modificação de k, são comparados
os tempos de atuação para a corrente de 289,3 A, que para k=1,5 atua em 0,052
segundos e para k=1,2 atua em 0,041 segundos.
Fonte: Autores.
Para visualizar os efeitos que TMS tem na curva rápida, modifica-se este
parâmetro de 0,01 para 0,05, mantendo os demais ajustes os mesmos, conforme
ilustra a Figura 67, a seguir.
Observa-se que, quando o usuário aumenta o valor de TMS, a curva desloca-
se para cima. Cabe ao usuário ajustar e verificar qual o valor de TMS satisfaz o
critério de coordenação dos dispositivos.
Neste exemplo, aumentando-se TMS de 0,01 para 0,05 faz com que se perca
coordenação. Pois no primeiro caso, para toda região de coordenação, a curva
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rápida do religador multiplicada pelo fator k atua antes que a curva de fusão do elo,
conforme equação (36). Já no segundo, para quase toda a região onde deve haver
coordenação, o elo atua antes do religador, não permitindo, assim, que ele tente
verificar se a falta é transitória ou permanente e tente saná-la. Portanto, TMS igual
0,01 pode ser escolhido para o religador, pois coordena com o elo 25K para toda a
região de interesse.
Fonte: Autores.
Fonte: Autores.
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Agora modificando a corrente de partida, que pode ser qualquer valor entre
39 A e 186 A, temos a Figura 69, a seguir. Alterando esta corrente de 40 A para 120
A observa-se que quanto maior este valor, mais a curva se desloca à direita. Além
disso, para valores de corrente de partida próximos ao valor do menor valor de curto-
circuito bifásico, a coordenação fica prejudicada com um TMS de 0,01, sendo que
devem ser testadas combinações de TMS e correntes de partida que satisfaçam os
critérios de coordenação.
Fonte: Autores.
Pode-se verificar como fica a coordenação com o elo 30K, pois ele também
está apto a proteger a região do elo.
Estes foram exemplos de como os ajustes dos parâmetros da curva do
religador influenciam no coordenograma e como o usuário pode interagir com o
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KProtec. As mesmas modificações podem ser feitas para a curva lenta do religador
e as curvas dos relés, nos outros casos de estudo.
O usuário, de acordo com seus conhecimentos em dimensionamento,
seletividade e coordenação dos dispositivos de proteção, deve ajustar os
parâmetros até que se chegue a uma seletividade ou coordenação adequada, de
acordo com os critérios particulares de cada caso e com o auxílio do KProtec.
Para o atual caso de estudo, um cenário de coordenação aceitável seria onde
tem-se os seguintes parâmetros: curva rápida tipo NI, TMS = 0,01, com duas
operações rápidas (k = 1,5) e Is = 150 A e sua curva lenta tipo NI, TMS = 0,04 e Is =
150 A está coordenada com o elo 30K, pois para toda a região de coordenação o
tempo de interrupção do elo é menor que o tempo de atuação da curva lenta do
religador (equação (35)) e o tempo de fusão do elo 30K é maior que o tempo de
atuação da curva rápida do religador (equação (36)), como ilustra a Figura 70.
Figura 70 – Parâmetros para uma coordenação satisfatória do religador com o elo 30K.
Fonte: Autores.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
IEC. Standard 60255-3: Part 3 - Single input energizing quantity measuring relays
with dependent or independent time, 1989.