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E. M.

Gurgel do Amaral Professora Else Português Pontuação

Leia o poema, prestando muita atenção aos efeitos expressivos dos sinais de pontuação.

A borboleta - Olavo Bilac

Trazendo uma borboleta, Por baixo do meu retrato, Pensa Alfredo... E, de repente,
Volta Alfredo para casa. Numa parede da sala.” Solta a borboleta... E ela
Como é linda! É toda preta, Abre as asas livremente,
Com listas douradas na asa. Mas a mamãe, com carinho, E foge pela janela.
Lhe diz: “Que mal te fazia,
Tonta, nas mãos de criança, Meu filho, esse animalzinho, “Assim, meu filho! perdeste
Batendo as asas, num susto, Que livre e alegre vivia? A borboleta dourada,
Quer fugir, porfia, cansa, Porém na estima crescente
E treme, e respira a custo. Solta essa pobre coitada! De tua mãe adorada...
Larga-lhe as asas, Alfredo!
Contente, o menino grita: Vê como treme assustada... Que cada um cumpra a sorte
“É a primeira que apanho, Vê como treme de medo... Das mãos de Deus recebida:
Mamãe! Vê como é bonita! Pois só pode dar a Morte
Que cores e que tamanho! Para sem pena espetá-la Aquele que dá a Vida.”
Numa parede, menino,
Como voava no mato! É necessário matá-la:
Vou sem demora pregá-la Queres ser um assassino?”

Do livro: Poesias Infantis, Ed. Francisco Alves, 1929, RJ

Agora observe as situações seguintes e brinque com os sentidos que cada pontuação produz:

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