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1 - 2020 HSJC - SP

Em qual o valor da escala de coma de Glasgow que habitualmente se indica intubação orotraqueal?

A) Menor que 10.


B) Menor eu 8.
C) Menor que 18.
D) Menor que 3.

» Questão direta! Quando avaliamos o nível de consciência do paciente por meio da escala de coma de Glasgow, uma pontuação
igual ou inferior a 8 geralmente é indicativa de necessidade de intubação endotraqueal como mecanismo de proteção de vias
aéreas. Melhor resposta: B.

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2 - 2020 UNIFESP

Homem, 65 anos de idade, com história prévia de blebs, apresenta quadro de pneumotórax. Qual é o posicionamento ideal do
paciente para a realização da drenagem pleural?

A) Em decúbito dorsal horizontal com o membro superior, do lado correspondente à drenagem, em abdução.
B) Semi-sentado com o membro superior, do lado correspondente à drenagem, em abdução.
C) Em decúbito lateral, com o lado a ser drenado para cima e com o membro superior, do lado correspondente à drenagem, em
abdução.
D) Em qualquer posição, pois o posicionamento do paciente não influencia no resultado da drenagem pleural.
E) Em posição de Trendelenburg, com o membro superior, do lado correspondente à drenagem, em abdução.

» Questão que gerou alguma discussão.


Vamos entender? Estamos diante de um paciente com história recorrente de pneumotórax espontâneo, veja que o enunciado cita
a história prévia de blebs, ou seja refere a história de rotura albeolar espontânea. Provavelmente este não é o priemiro caso de
pneumotórax espontâneo deste paciente. Por isso o tratamento é a drenagem.
Agora, qual a posição correta para a drenagem? A banca liberou como gabarito a letra B e, de fato esta é uma das possibilidades,
mas o paciente também pode ser drenado em decúbito dorsa. Por isso a letra A também poderia ter sido aceita.

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3 - 2020 UNIFESP

Homem, 42 anos de idade, é admitido na sala de emergência com hipotensão arterial, taquicardia e rebaixamento do nível de
consciência, após queda de andaime. Havendo necessidade de via aérea definitiva (intubação), qual das drogas abaixo está
CONTRAINDICADA para este procedimento?

A) Fentanil
B) Etomidato
C) Cetamina
D) Succinilcolina
E) Noradrenalina

» Questão muito polêmica e que gerou muita discussão! O enunciado traz um paciente com instabilidade hemodinâmica e
rebaixamamento do nível de consciência após queda de andaime. A questão quer saber qual droga está contraindicada durante a
realização da intubação. Vamos analisar as alternativas:
A) Incorreta. O fentanil não é contraindicado nessa situação, esta droga pode ser usada em pacientes hemodinamicamente
instáveis, pois não causa depressão cardiovascular. 
B) Incorreta. O etomidato tem boa estabilidade cardiovascular, por isso também pode ser utilizado em pacientes instáveis.
C) Incorreta. A cetamina promove aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca. 
D) Correta. A succinilcolina não deve ser utilizada em traumas graves, pois pode provocar hipercalemia grave e, além disso, pode
levar à bradicardia intensa.
E) Incorreta. A noradrenalina é um vasopressor, não tem funcionalidade para a realização da intubação, mas pode ser utilizada
durante este procedimento se houver necessidade. 
A banca examinadora, mesmo com os pedidos de recurso, manteve a resposta como alternativa A.
Gabarito oficial letra A.
Gabarito MEDGRUPO letra D.

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4 - 2020 UNICAMP

Homem, 28a, vítima de agressão física é trazido ao Pronto Socorro pelo SAMU. Exame físico: PA= 127x82 mmHg, FC= 68bpm, FR=
16irpm, oximetria de pulso (ar ambiente) 98%; Neurológico: Escala de Coma de Glasgow= 15, pupilas isofotorreagentes, paralisia
dos movimentos da hemiface direita. A ESTRUTURA LESIONADA É:

A) Osso temporal do crânio.


B) Nervo auriculotemporal.
C) Nervo Acessório.
D) Osso Maxilar da face.

» Temos uma vítima de trauma, muito provavelmente cranioencefálico, que se apresenta saturando bem em ar ambiente, eupneica
e estável hemodinamicamente. Pupilas isocóricas e fotorreagentes, pontuando o máximo na escala de coma de Glasgow. Agora, o
que nos chama a atenção é uma paralisia facial, sem dúvida alguma. Para entendermos o que aconteceu, vamos recordar um
pouco sobre o trajeto desse par craniano...
 
O nervo facial (VII par) emerge do sulco bulbopontino por meio de uma raiz motora, o nervo facial propriamente dito, e uma raiz
sensitiva e visceral, conhecida como nervo intermédio. Juntamente com o VIII par, os dois componentes do nervo facial penetram
o meato acústico interno, local em que o nervo intermédio perde sua individualidade, com as duas raízes formando um tronco
único, que penetra o canal facial; este último corre no interior do osso temporal. Sendo assim, o acometimento deste osso durante
o trauma pode levar a paralisia do VII par. A lesão do nervo facial pode ter acontecido por secção completa, compressão por
hematoma ou compressão por fragmento do osso temporal.

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5 - 2020 UNICAMP

Mulher, 27a, trazida para Unidade de Pronto Atendimento (UPA), vítima de incêndio, resgatada de ambiente fechado com muita
fumaça, queixando-se de náusea e dor de cabeça. Exame físico: PA = 125 x 85 mmHg; FC = 94 bpm; FR = 18 irpm; oximetria de pulso
(ar ambiente) = 99%. Neurológico: escala de coma de Glasgow = 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes. A conduta é:

A) Oxigênio 100% em máscara sem reinalação.


B) Tratamento sintomático; hidratação.
C) Radiograma de tórax.
D) Hemograma, tempo de protrombina e tempo de tromboplastina ativada.

» Paciente com sintomas de intoxicação por monóxido de carbono (náusea e cefaleia) após inalação de fumaça. Visto que apresenta
saturação de O2 normal, o tratamento é suplementação de oxigênio a 100% no intuito de aumentar a ligação de O2 com as
hemácias que não sofreram a ligação irreversível com o CO. Atentar para a possibilidade de queimadura de vias aéreas devido à
natureza da exposição à fumaça (incêndio), onde a intubação precoce pode ser indicada.
Resposta: A.

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6 - 2020 UNICAMP

Homem, 26a, vítima de múltiplos ferimentos penetrantes foi submetido à laparotomia exploradora por choque hemorrágico,
recebeu 8 unidades de concentrados de hemácias e 6 litros de solução cristaloides aquecidas no intraoperatório. Interna na
Unidade de Terapia Intensiva e após 12 horas apresenta-se com os seguintes parâmetros: PA= 90x65 mmHg, FC= 114 bpm, sob
ventilação mecânica de FiO2= 0.80, PEEP =10 cmH2O, Oximetria de pulso= 95%, Pressão intra-abdominal (inicial)= 20mmHg,
Diurese= 0,6 ml/kg/h. A CONDUTA É:

A) Hidratação rigorosa e monitorização da pressão venosa central.


B) Tomografia computadorizada de abdome e controle da creatinina e ureia.
C) Diminuir conteúdo intraluminal e sedoanalgesia adequada.
D) Ultrassonografia point-of-care e aumentar PEEP se veia cava inferior colabada.

» Uma questão muito bem feita. O que nos chama a atenção logo de início é a descrição de múltiplos ferimentos penetrantes e a
reposição de grande quantidade de volume e hemácias. Sem dúvida alguma deve ter sido uma cirurgia demorada, com edema de
alças e extravasamento de líquidos, eventos esperados na resposta sistêmica ao trauma. O fechamento da parede abdominal foi
certamente sob tensão
 
No pós-operatório, nosso paciente mantém-se com PA sistólica de 90 mmHg (limítrofe), e os parâmetros de ventilação mecânica
incluem um PEEP de 10 cmH2 e uma FiO2 0,8 para uma saturação de 95%. Mas, o que realmente deve nos alertar são os níveis de
pressão intra-abdominal (PIA). Uma PIA de 20 mmHg corresponde ao limite superior do grau II de hipertensão intra-abdominal.
Sabemos que valores > 20 mmHg associados a disfunção de um ou mais órgãos corresponde a síndrome de compartimento
abdominal (SCA), tudo o não queremos... Elevarmos a PEEP vai levar à hipotensão arterial. Nesse momento, a reposição de volume
deve ser cautelosa. Contudo, a conduta mais importante é a descompressão do abdome somada a uma analgesia e sedação
adequadas; com essas duas medidas vamos promover uma redução da PIA (evitando a evolução para SCA) e uma melhora nos
parâmetros hemodinâmicos e respiratórios.
 
Como não há SCA, não é necessário ainda a descompressão cirúrgica do abdome. Temos sim que repor volume cuidadosamente,
drenar qualquer coleção, descomprimir o tubo digestivo (com sonda nasogástrica e endoanal) e intensificar a analgesia e a
sedação. Com a redução da PIA, a pressão de perfusão abdominal (PAM – PIA) melhora. A única opção plausível é a (C).
 
Vamos aproveitar para recordarmos os níveis de hipertensão intra-abdominal: Grau I PIA de 12 a 15 mmHg; Grau II PIA de 16 a 20
mmHg; Grau III PIA de 21 a 25 mmHg e Grau IV PIA > 25 mmHg. A SCA se encontra presente no grau III associado a disfunção
orgânica, ou na presença de Grau IV.

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7 - 2020 UNICAMP

Homem, 18a, vítima de queda de motocicleta, trazido pelo SAMU para hospital terciário. Exame físico: FR= 22 irpm, FC= 112 bpm,
PA= 94x62 mmHg, consciente, orientado, com escoriações na região toracoabdomial à direita; Membros: deformidade e edema na
coxa direita. Radiograma de tórax e bacia: sem alterações; Focused Assessment with Sonography in Trauma (FAST): líquido em
moderada quantidade no espaço de Morrison. Após receber 1 litro de Ringer lactato aquecido os sinais vitais: FR= 20 irpm, FC= 98
bpm, PA= 106x74 mmHg. A CONDUTA É:

A) Laparotomia exploradora, pois o FAST evidenciou hemorragia interna.


B) Repetir o FAST em uma hora, para observar progressão do sangramento, que pode cessar espontaneamente.
C) Realizar um lavado peritoneal diagnóstico, para descartar lesão de víscera oca.
D) Realizar tomografia de abdome com possibilidade de tratamento não operatório de lesão de vísceras maciças.

» Uma questão muito boa, que sempre comentamos em nossos textos e em nossas aulas de Trauma. Temos uma vítima de
politrauma com lesão abdominal, nesse caso uma contusão abdominal. Embora existam escoriações toracoabdominais, foi o
abdome a região acometida com gravidade, uma vez que observamos um FAST positivo. Na admissão, o paciente apresenta uma
pressão arterial sistólica de 94 mmHg, com elevação dos níveis tensionais após a infusão de 1 litro de cristaloide. Nesse momento,
qual deve ser a nossa conduta? Bom, a “equação” é simples em vítimas de trauma fechado abdominal: FAST positivo + estabilidade
hemodinâmica = tomografia computadorizada (TC) de abdome. A TC diagnostica com mais precisão qual a estrutura acometida
(geralmente baço ou fígado) e o grau de lesão encontrada. Hoje em dia, a tendência em pacientes hemodinamicamente estáveis é
uma conduta inicialmente não operatória, com o uso eventual de angioembolização, como nos casos de extravasamento de
contraste na TC ou na formação de pseudoaneurismas traumáticos. Sendo assim, a opção correta é a (D).

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8 - 2020 UNICAMP

Mulher, 70a, chega ao Pronto Socorro após queda da própria altura. Antecedente pessoais: hipertensão arterial sistêmica em uso
de losartana 50mg/dia e acidente vascular isquêmico transitório em uso de ácido acetilsalicílico 100mg/dia. Exame físico: PA=
152x87 mmHg, FC= 72bpm, FR= 16irpm, oximetria de pulso (ar ambiente)= 99%; Face: ferimento em torno 2,0 cm na região do
supercílio esquerdo; neurológico: Escala de Coma de Glasgow= 15 e pupilas isocóricas fotorreagentes. Realizou-se sutura. A
CONDUTA É:

A) Radiograma de crânio.
B) Alta médica.
C) Antibiótico por 48 horas.
D) Observação clínica.

» Temos uma paciente de 70 anos que sofreu queda da própria altura. É hipertensa e faz uso de AAS devido a acidente vascular
cerebral transitório. Mas o que deve nos chamar a atenção é sua escala de coma de Glasgow (ECG), na qual ela obteve pontuação
máxima, ou seja, 15. A pergunta que devemos nos fazer é a seguinte: existe indicação de tomografia computadorizada (TC) de
crânio nessa senhora? Vamos ver o que diz o ATLS sobre TC de crânio no traumatismo cranioencefálico (TCE) leve (ECG de 13 a 15):
A TC de crânio é requerida na suspeita de lesão traumática leve (perda da consciência testemunhada, amnésia ou desorientação
testemunhada) e qualquer um dos seguintes: ECG < 15 em 2 horas após o trauma, fratura de crânio aberta ou com afundamento,
qualquer sinal de fratura de base de crânio (sinal de Battle, sinal do guaxinim, hemotímpano, rinorreia ou otorreia), vômito (> 2
episódios), idade > 65 anos, uso de anticoagulante, perda da consciência > 5 minutos, amnésia relativa a um período anterior ao
impacto > 30 minutos, mecanismo perigoso de trauma (atropelamento, ejeção para fora do veículo, queda de uma altura > 90 cm
ou cinco degraus de uma escada).
 
Existem alguns outros critérios que avaliam a necessidade de TC de crânio; um deles, conhecido como critérios de New Orleans, é
aplicado exatamente para os indivíduos com ECG de 15. Nesses casos, a TC é recomendada se há cefaleia, idade > 60 anos,
vômitos, intoxicação por álcool ou drogas, amnésia anterógrada persistente, convulsões e trauma visível acima da clavícula...
 
Bom, concluímos então que nossa paciente necessita do exame, mas não há essa opção. A mais adequada dentre todas é a (D),
observação clínica, uma vez que independente da realização da TC a paciente deve permanecer em ambiente hospitalar por um
determinado período. Radiografia de crânio é absurda, assim como alta hospitalar e antibiótico. Uma questão mal elaborada...

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9 - 2020 USP - RP

Homem, 53 anos de idade, apresentou episódio de pancreatite aguda com aumento progressivo do abdome e no oitavo dia de
internação evoluiu com desconforto respiratório, hipotensão, oligúria e a pressão intra-abdominal atingiu 23 mmHg, com adoção
de suporte cardiovascular, respiratório e renal. Com base nas alterações fisiológicas, nos achados físicos e de imagem, qual o
procedimento mais efetivo para melhorar as alterações observadas?

A) Drenagem percutânea.
B) Sondagem gástrica e retal.
C) Laparotomia com peritoneostomia.
D) Drenagem endoscópica.

» Ótima essa questão! Avaliando o enunciado percebemos que o paciente apresenta um quadro de hipertensão intra-abdominal
grau III (PIA entre 21 e 25 mmHg) e, como encontramos a presença de alterações sistêmcas, pensamos em síndrome
compartimental abdominal. OK, no grau III, a princípio não partimos para a cirurgia de descompressão. O que devemos fazer é
adotar medidas conservadoras para a descompressão como passagem de sonda nasogástrica, deixar o paciente em decúbito
dorsal, adaptar a sedação, entre outras. No entanto, veja que o enunciado nos pergunta qual o procedimento mais efetivo. E aí?
Qual a resposta? Veja como a leitura atenta é importante. A pancreatite aguda é a causa para o aumento da PIA e, analisando a
imagem, observamos a presença de líquido, ou seja, uma ascite decorrente desta pancreatite. Qual deve ser a conduta mais
efetiva? A drenagem percutânea deste líquido. Logo, gabarito letra A.

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10 - 2020 UNICAMP

Homem, 22a, vítima de colisão frontal de carro a 90 km/hora, em banco dianteiro, sem usar cinto de segurança, colidindo a cabeça
contra o para brisas. Exame físico na cena: inconsciente, FR= 30 irpm, FC= 110 bpm PA= 130x80 mmHg; oximetria (máscara de
oxigênio 10 litros/minuto) = 90%, trauma de face, sangue em cavidade oral e anisocoria. Após duas tentativas frustradas de
intubação orotraqueal com o uso de medicações apropriadas, optou-se pela ventilação através de máscara laríngea. Admitido após
20 minutos, em ambiente hospitalar, mantinha boa saturação de oxigênio e estabilidade hemodinâmica após receber 500 ml de
Ringer lactato. A CONDUTA É:

A) Manter a ventilação pela máscara laríngea e tomografia computadorizada de crânio.


B) Providenciar uma via aérea definitiva e tomografia computadorizada de corpo inteiro.
C) Manter a ventilação pela máscara laríngea e tomografia computadorizada de corpo inteiro.
D) Realizar cricotireoideostomia por punção e tomografia computadorizada de crânio.

» Nosso paciente foi vítima de acidente automobilístico com colisão frontal de um veículo a 90 km/h, o que é significativo; além
disso, não utilizava cinto de segurança! Percebemos de imediato uma via aérea (VA) de difícil obtenção devido ao trauma de face, o
que obrigou a passagem de máscara laríngea. Encontrava-se hemodinamicamente estável. Agora, o mais preocupante; a presença
de um trauma cranioencefálico (TCE) grave, uma vez que o indivíduo se encontra inconsciente e com anisocoria.
 
Na admissão hospitalar mantinha-se com pressão arterial adequada. O que devemos fazer nesse momento? Bom, a primeira
conduta é o estabelecimento de uma VA definitiva. Como a intubação foi inviável, a medida acertada é a realização de uma
cricotireoidostomia cirúrgica (a cricotireoidostomia por punção não é VA definitiva e não tem sentido sua realização nesse
momento). Após obtenção de uma VA adequada e na presença de estabilidade hemodinâmica, o paciente deve se submeter à
tomografia computadorizada (TC). Reparem que o acidente foi de grande magnitude e considerarmos apenas a existência de TCE
seria uma “inocência”. Sendo assim, a TC deve ser de corpo inteiro (crânio, coluna, tórax, abdome e pelve), um exame de
fundamental importância para a continuidade do atendimento...

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11 - 2020 UNICAMP

Homem, 22a, procura atendimento médico por acidente na região cervical anterior com linha de cerol. Exame físico: PA= 124x78
mmHg, FC= 80bpm, FR= 16irpm, Oximetria de pulso (ar ambiente)= 97%; neurológico: Escala de Coma de Glasgow= 15 e pupilas
isofotorreagentes; região cervical: lesão cortante horizontal em torno de 2,5 cm abaixo da cartilagem tireoide, com entrada e saída
de ar conforme movimento respiratório e mínimo sangramento. A CONDUTA INICIAL É:

A) Via aérea definitiva.


B) Sutura do ferimento.
C) Curativo compressivo.
D) Radiograma de região cervical.

» Uma situação grave, afinal temos um indivíduo com lesão por cerol abaixo da cartilagem tireoide, ou seja, de localização traqueal.
A ferida se encontra aberta com entrada e saída de ar; esse fenômeno pode levar à entrada de corpo estranho, que provocará uma
nova obstrução, só que distal. Qual deve ser nossa conduta? Curativo compressivo? Claro que não, a prioridade é a proteção da via
aérea! Sendo assim, a opção correta é a (A), via aérea definitiva, de preferência através de intubação orotraqueal.

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12 - 2020 HIAE

Uma mulher de 30 anos, passageira do banco da frente, foi vítima de colisão frontal de carro. Estava usando cinto de segurança.
Chega ao pronto-socorro em condições de estabilidade ventilatória e circulatória, com Glasgow 15. O FAST (Focused Assessment
with Sonography for Trauma) é negativo. Tem pequena fratura do ramo isquiático direito e discreta disjunção da sínfise púbica,
vistas na radiografia de pelve. Ao urinar espontaneamente, foi observada hematúria macroscópica. A cistografia mostrou ruptura
extraperitoneal da bexiga, sem envolvimento do trígono vesical. Não se diagnosticou nenhuma outra lesão. Tratamento, em
condições ideais:

A) Antibioticoterapia e observação.
B) Cistostomia por punção.
C) Sondagem vesical com Foley por, pelo menos, 10 dias.
D) Laparotomia para reparo primário da lesão de bexiga.
E) Laparoscopia para reparo da lesão vesical.

» O tratamento das lesões extraperitoneais da bexiga é apenas a sondagem vesical de demora por 10 a 14 dias, no intuito de se
evitar infiltração de urina pelos tecidos perivesicais. Já as lesões intraperitoneais são tratadas por laparotomia, rafia da lesão e com
cateterismo vesical de demora.
 
Resposta: C

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13 - 2020 SUS - SP

Um homem de 42 anos estava dirigindo seu carro após ingestão excessiva de cerveja. Envolveu-se em colisão contra outro
automóvel. No momento da colisão, estava sem cinto de segurança. Chocou-se contra o volante. Foi trazido pelo resgate
consciente, com pupilas isofotorreagentes, com ventilação normal e estável hemodinamicamente. A pelve era estável, não tinha
uretrorragia, mas tinha defesa à palpação de hipogastro e dor à descompressão brusca. Não urinou nenhuma vez desde o trauma.
Foi feita sondagem vesical de demora, com saída de urina hematúrica. A tomografia com contraste endovenoso e injeção de
contraste pela sonda vesical mostrou extravasamento de contraste pela bexiga, sem lesão de outras vísceras. Diagnóstico mais
provável e melhor conduta:

A) Lesão intraperitoneal da bexiga – exploração cirúrgica com cistorrafia.


B) Lesão intraperitoneal da bexiga – sondagem vesical de demora por 14 dias.
C) Lesão intraperitoneal da bexiga – cistostomia de urgência.
D) Lesão extraperitoneal da bexiga – exploração cirúrgica com cistorrafia.
E) Lesão extraperitoneal da bexiga – sondagem vesical de demora por 14 dias.

» Paciente vítima de colisão automóvel X automóvel com trauma direto do abdome contra o volante. Estava sem cinto de segurança.
Na avaliação primária encontra-se com via aérea pérvia, consciente, estável hemodinamicamente com pelve estável e dor
abdominal a palpação de hipogástrio com descompressão brusca dolorosa (peritonite). Em nenhum momento após o trauma
apresentou diurese espontânea e ao realizar a sondagem vesical notou-se a presença de hematúria. Com estes achados foi
submetido a uma tomografia com contraste endovenoso e pela sonda vesical que evidenciou extravasamento do contraste da
bexiga. Pergunta-se qual o diagnóstico mais provável e conduta? Está evidente e todas as respostas contemplam a lesão de
bexiga, o diferencial é saber se a localização é intraperitoneal ou extraperitoneal, o que também determinará o tratamento.
Normalmente as lesões intraperitoneais da bexiga estão associadas a trauma direto da bexiga cheia (cinto de segurança,
compressão contra o volante, contusões da região hipogástrica) enquanto que as lesões extraperitoneais estão mais associadas
com as fraturas de pelve que causam lacerações.
Este paciente apresenta dor a palpação da região hipogástrica com peritonite! Este o fator que define que esta lesão de bexiga é
intraperitoneal, afinal se a bexiga extravasa para a região extraperitoneal não irá causar peritonite. Qual o tratamento das lesões
de bexiga intraperitoneal no trauma? É a exploração cirúrgica com cistorrafia e sondagem vesical por 10-14 dias. Se fosse uma
lesão de bexiga extraperitoneal o tratamento poderia ser realizado apenas com sondagem vesical por 10-14 dias.
Em síntese: 
lesão intraperitoneal da bexiga = exploração cirúrgica cistorrafia e sondagem vesical;
lesão extraperitoneal da bexiga = sondagem vesical por 10-14 dias
Gabarito letra A.

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14 - 2020 UNICAMP

Homem, 22a, é trazido ao pronto-socorro após queda do telhado. Exame físico: PA = 130 x 75 mmHg; FC = 84 bpm; FR= 16 irpm;
oximetria de pulso (ar ambiente) = 99%; neurológico: Escala de Coma de Glasgow = 15 e pupilas isofotorreagentes; membro
superior esquerdo: deformidade e dor intensa na transição entre terço médio e distal do braço, com incapacidade de estender o
punho e os dedos nas articulações metacarpofalângicas. O nervo lesionado é:

A) Ulnar.
B) Radial.
C) Mediano.
D) Musculocutâneo.

» Questão decoreba. Qual o nervo lesado? Observe a incapacidade de estender o punho e os dedos nas articulações
metacarpofalângicas, a famosa mão caída. O que nos leva a pensar em lesão de nervo radial.
A lesão do nervo ulnar gera a incapacidade de flexão (mão em garra), enquanto que o nervo mediano está relacionado a flexão do
polegar.
Gabarito: letra B.

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15 - 2020 UNICAMP

Mulher, 35a, vítima de queda de motocicleta em alta velocidade, trazida por familiares para hospital. Exame físico: consciente,
orientada, com escoriações na região toracoabdominal à esquerda, estável hemodinamicamente. Radiograma de tórax: normal.
Tomografia computadorizada de tórax e abdome: pneumotórax à esquerda, menor que 2 cm, e sem lesões abdominais. A
CONDUTA É:

A) Drenagem torácica à esquerda com dreno laminar.


B) Toracocentese de alivio.
C) Caso permaneça estável, repetir radiograma em 6 a 12 horas.
D) Alta hospitalar caso persista assintomática.

» Bom, nossa paciente foi vítima de um trauma toracoabdominal. Na admissão, se encontrava lúcida, orientada e estável
hemodinamicamente. Tomografia computadorizada evidenciou apenas um pequeno pneumotórax à esquerda, menor do que 2
cm. Qual deve ser nossa conduta?
 
O pneumotórax pode ser simples ou hipertensivo, sendo este último caracterizado por desvio do mediastino. Alguns autores
classificam o pneumotórax simples como pequeno (perda de parênquima inferior a 1/3 do volume pulmonar) ou grande. Não
temos dúvida alguma que estamos lidando com um pneumotórax simples pequeno, não concordam? Nesse caso, a conduta é
expectante, não necessitando de drenagem intercostal. A paciente permanecendo estável, deve ser reavaliada por método de
imagem dentro das primeiras 24 horas para identificarmos se houve ou não expansão do pneumotórax (6 a 12 horas parece um
tempo adequado). Sendo assim, a opção correta é a (C).  
 
Lembrando a todos que o pneumotórax simples pequeno deve ser drenado em algumas circunstâncias: alteração do estado
clínico, aumento de volume, necessidade de transporte aéreo ou indicação de ventilação com pressão positiva.

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16 - 2020 UNICAMP

Homem, 27a, motociclista, trazido à unidade de pronto atendimento referindo que colidiu em alta velocidade contra anteparo fixo.
PA = 148 x 92 mmHg; FC = 87 bpm; FR= 17 irpm; oximetria de pulso (ar ambiente) = 98%. Radiograma de tórax: O diagnóstico é:

A) Contusão pulmonar.
B) Ruptura traumática da aorta.
C) Tórax instável.
D) Contusão cardíaca.

» Sempre que estamos lidando com uma lesão por desaceleração dessa magnitude, temos que ficar atentos para um
possível comprometimento aórtico. O paciente se encontra estável do ponto de vista respiratório (eupneico e saturando bem em
ar ambiente) e sem alterações hemodinâmicas. A radiografia de tórax é apresentada... O que nos chama a atenção? Um claro
alargamento de mediastino (ver imagem). Esta é uma evidência radiológica de ruptura traumática da aorta, não concordam?
Sabemos que, nesses casos, os pacientes que sobrevivem formam uma espécie de hematoma de mediastino, contido por
estruturas vizinhas ou por uma adventícia ainda íntegra. Muitas vezes, as vítimas podem se apresentar assim: sem alterações
clínicas objetivas, mas com alterações radiológicas. A conduta envolve um maior detalhamento da lesão, através de uma
angiotomografia computadorizada (angio TC) helicoidal de tórax. Lembramos que a angio TC pode e deve ser realizada em
doentes hemodinamicamente estáveis. Antes da intervenção cirúrgica, um controle da frequência cardíaca (< 80 bpm) e da
pressão arterial (PAM de 60 a 70 mmHg) – com o uso inicial de esmolol (betabloqueador de rápida ação) –, tenta evitar o
rompimento do hematoma aórtico. O tratamento definitivo é através de cirurgia aberta ou cirurgia endovascular, esta última com
bom prognóstico em curto prazo. Dessa forma, a opção correta é a (B).
 
Dificilmente, um indivíduo com contusão pulmonar manteria uma saturação de 98% em ar ambiente. Além disso, não há evidência
radiológica dessa complicação. Assim como a contusão pulmonar, o tórax instável pode estar presente com esta cinemática de
trauma descrita. Mas reparem não há fraturas de arcos costais nem a descrição de respiração paradoxal. A contusão miocárdica,
que também pode acontecer em uma colisão contra anteparo fixo, se apresenta muitas vezes com taquicardia inexplicada, um
bloqueio de ramo direito, com ou sem outras arritmias, ou mesmo com falência ventricular direita; não temos nada disso descrito
no enunciado.

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17 - 2020 HIAE

A utilização da ultrassonografia na sala de atendimento inicial ao traumatizado tem sido cada vez mais frequente. Pode limitar ou
contraindicar sua utilização:

A) Dispor somente de transdutor de baixa frequência.


B) Fraturas múltiplas de arcos costais.
C) Instabilidade hemodinâmica.
D) Ferimento penetrante de tórax.
E) Presença de enfisema extenso de subcutâneo.

» O FAST, a ultrassonografia do trauma vem sendo cada vez mais utilizada. Os focos tradicionalmente investigados são: saco
pericárdico, espaços hepato e eplenorrenais, pelve (fundo de saco) e, se utilizarmos o protocolo estendido, o E-FAST, avaliamos
também o espação pleural. 
Agora, o que pode limitar o seu uso? Tudo o que atrapalhe a proximidade entre a ultrassonografia a as estruturas, em destaque
temos a obesidade, tecidos, curativos ocluindo grandes ferimentos e presença de enfisema subcutâneo extenso.
Analisando as alternativas, aquela que pode limitar é a que está representada na letra E, enfisema subcutâneo.
Logo, gabarito letra E.

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18 - 2020 SUS - SP

Uma criança de 5 anos foi atropelada por motocicleta. Na avaliação inicial no pronto-socorro, é diagnosticada lesão esplênica
isolada. Principal fator que deve ser levado em consideração para indicação cirúrgica:

A) Queda de 2 g/dL ou mais nos níveis de hemoglobina, em relação ao valor de entrada.


B) Quantidade de líquido livre no abdome, pela tomografia.
C) Presença e intensidade da dor abdominal.
D) Condição hemodinâmica.
E) Grau da lesão esplênica, embora se deva levar em consideração que, no trauma, a imagem tomográfica tende a hiperestimar a
gravidade das lesões de vísceras parenquimatosas.

» Independente da lesão esplênica, todo trauma abdominal com instabilidade hemodinâmica deve ser operado. Desta forma, a
grande condição determinante é a estabilidade hemodinâmica (D - Correta). A intensidade da dor abdominal não necessariamente
significa peritonite, pode ser apenas pela contusão. A queda dos níveis de hemoglobina, presença de líquido e grau da lesão, em
paciente hemodinamicamente estável, pode ser apenas acompanhado com exame clínico e laboratorial seriados. Portanto, melhor
resposta, letra D.
Gabarito letra D.

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19 - 2020 USP - RP

Após capotamento em rodovia de uma van com 10 passageiros, a regulação médica regional encaminhou 4 deles para um Centro
de Trauma de referência. Ao chegarem na sala de trauma, a apresentação dos traumatizados era: um homem jovem confuso
dizendo palavras inapropriadas, uma mulher de meia-idade com dispneia, uma criança com queixa de dor abdominal e um idoso
com a perna esquerda ensanguentada. Considerando a relação necessidade x demanda, qual a prioridade de atendimento dos
doentes?

A) Jovem confuso, criança com dor abdominal, mulher com dispneia e idoso com perna ensanguentada.
B) Jovem confuso, mulher com dispneia, idoso com perna ensanguentada e criança com dor abdominal.
C) Mulher com dispneia, idoso com perna ensanguentada, jovem confuso e criança com dor abdominal.
D) Mulher com dispneia, jovem confuso, idoso com perna ensanguentada e criança com dor abdominal.

» Ótima questão! Como vamos definir a ordem de atendimento?


Simples, como todos os pacientes vão ser atendidos, devemos iniciar os esforços com aqueles que estão mais graves. Repare que
em um contexto de tragédia, em que o número de vítimas excede a capacidade de atendimento, devemos priorizar aqueles que
estão menos graves.
O paciente jovem confunso está vom a via aérea pérvia pois está dizendo algumas palavras, no entanto, a paciente com dispneia
pode apresentar um risco imediato às vias aéreas e deve ser prontamente atendida. O idoso, com a perna ensaguentada pode
apresentar uma lesão vascular capaz de levar ao choque hemorrágico e hipovolêmico e também deve ser rapidamente atendido.
A criança com dor abdominal, também deve ser abalida, mas veja que não temos menção a nenhum sinal que possa levar ao óbito
de maneira imediata.
Logo, a melhor sequência está na letra C.

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20 - 2020 HSJC - SP

A despeito de incitarem necessidade de uma investigação mais detalhada, os seguintes sintomas podem ocorrer no trauma
crânioencefálico de crianças e não necessariamente indicarem lesão grave:

A) Abaulamento de fontanelas e diástase de suturas.


B) Vômitos, amnésia e convulsão.
C) Hipotensão e abaulamento de fontanelas.
D) Hipertermia e vômitos.

» Vamos analisar cada uma das alternativas:


A) Incorreta. A presença de abaulamento de fontanelas ou mesmo diástase das suturas indicam um trauma cranioencefálico de
alta energia e, portanto, é um indicador de lesão intra-parenquimatosa associada.
B) Correta. A presença de vômitos, amnésia e convulsão pode acontecer tanto na concussão cerebral (o famoso nocaute), quanto
nas lesões focais cerebrais. A presença de vômitos persistentes, amnésia ou convulsão são indicadores de realização de
tomografia.
C) Incorreta. A hipotensão sugere sangramento importante, portanto, é indicador de lesão grave.
D) Incorreta. A hipertermia pode acontecer por lesão do hipotálamo, centro regulador da temperatura, logo, também é um
indicador de lesão grave.
Desta forma, a melhor resposta está na alternativa B.
Gabarito letra B.

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21 - 2020 SUS - SP

Um homem de 35 anos, vítima de queda de moto, chega ao pronto-socorro cerca de 25 minutos após a queda. Está falando e sabe
o que aconteceu. Após ter recebido 1000 mL de solução fisiológica e duas bolsas de sangue tipo O negativo, seus dados vitais são:
FC: 140 bpm; FR: 32 irpm; PA: 80 × 60 mmHg. Queixa-se de dor abdominal. A radiografia de tórax é normal e a radio- grafia de bacia
mostra fratura dos quatro ramos da pelve e diástase de sínfise púbica > 2,5 cm, além de disjunção sacroilíaca > 1 cm. Conduta
subsequente mais adequada:

A) Tomografia de corpo inteiro.


B) Arteriografia para embolização das artérias hipogástricas.
C) FAST (focused assessment with sonography for trauma), tamponamento pélvico pré-peritoneal e fixação externa de bacia.
D) Laparotomia exploradora com ligadura das artérias ilíacas internas.
E) Laparotomia exploradora xifopúbica.

» A causa desta instabilidade pode ser a fratura de pelve e/ou lesão intra-abdominal. A tomografia não deve ser realizada em
paciente instável. A conduta para traçar a melhor estratégia para este paciente é a realização de um FAST. Se positivo, a
laparotomia deve ser indicada. Se negativo, a causa da instabilidade é a fratura de pelve e a conduta deve ser o enfaixamento da
mesma. Se não houver melhora do quadro, o tamponamento pélvico pré-peritoneal e a fixação externa da bacia devem ser
realizados.
Gabarito letra C.

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22 - 2020 UNICAMP

Mulher, 22a, foi trazida ao hospital devido a traumatismo de crânio grave. Encaminhada à UTI após procedimento cirúrgico. Exame
físico: PAM= 73 mmHg, FC= 112 bpm, Pressão intracraniana = 22 mmHg, ventilação mecânica FiO₂= 0,60, PEEP= 8 cmH₂O, oximetria
de pulso 100%. Sódio= 147mEq/L, Potássio= 4,1mEq/L, hemoglobina= 9,7g/dL, RNI= 1,3, R=1,1. A CONDUTA É:

A) Manter decúbito em proclive.


B) Manter sódio entre 130 e 135 mEq/L.
C) Prescrever corticosteroide.
D) Prescrever noradrenalina.

» Temos uma vítima de trauma cranioencefálico (TCE) grave (escala de coma de Glasgow ≤ 8), que retorna do centro cirúrgico com
sua pressão intracraniana (PIC) monitorada, com um nível de 22 mmHg. Apresenta uma pressão arterial média (PAM) de 73
mmHg, não sendo descrita a pressão arterial sistólica (o ideal é que tenha valor ≥ 100 mmHg). Potássio está normal, o sódio no
limite superior da normalidade (deve ficar entre 135-145 mEq/l), a hemoglobina adequada (o valor ideal é ≥ 7 g/dl) e o INR de 1,3
(nesses casos, o valor ideal é ≤ 1,4). Seus parâmetros de ventilação mecânica não nos chamam a atenção. Sabemos que um dos
principais objetivos na terapia do TCE grave é a manutenção de uma pressão de perfusão cerebral (PPC) adequada, o que evita
uma lesão cerebral secundária (no caso, isquêmica). Vamos relembrar a fórmula da PPC: PPC = PAM – PIC. Sendo assim, temos 73 –
22 = 51 mmHg. A principal recomendação no TCE grave é a manutenção da PPC em níveis ≥ 60 mmHg. Sabemos que a PIC deve ser
mantida entre 5-15 mmHg; dessa forma, para aumentarmos a PPC deveríamos reduzir a PIC ou elevar a PAM. Não há, dentre as
alternativas, uma medida para reduzir a PIC. Assim, a conduta com resultado mais imediato seria mesmo um aumento da PAM,
com o uso de vasopressores – opção (D) correta. O decúbito em proclive, também conhecida como Trendelemburg reverso
(hiperextensão da coluna) é tudo o que não queremos. A cabeceira deve ficar elevada a 30 graus, sem hiperextensão da coluna.
Não se utiliza corticosteroide no TCE... Vamos aproveitar para relembrarmos rapidamente as terapias que podem ser empregadas
na redução da PIC: uso de manitol, uso de salina hipertônica ou uso de barbitúricos (casos refratários). A hiperventilação para a
diminuição da PaCO2 (25-30 mmHg), só é recomendada na presença de deterioração neurológica aguda (sinais de herniação),
enquanto outras medidas estão sendo tomadas. O ideal é mantermos a PaCO2 no limite inferior da normalidade, com níveis de 35
mmHg.

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23 - 2020 SUS - SP

A fratura de bacia com instabilidade hemodinâmica deve ser tratada inicialmente com

A) fixação externa.
B) arteriografia, sempre que disponível.
C) tamponamento pélvico pré-peritoneal.
D) cinta ou enfaixamento pélvico.
E) calça pneumática.

» A conduta inicial diante de um trauma pélvico com instabilidade hemodinâmica é o "fechamento" do anel pélvico, ou seja, a
colocação de uma cinta ou faixa na pelve. Esta conduta promove a contenção da hemorragia. Portanto, a melhor medida inicial
está na alternativa D.
Gabarito letra D.

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24 - 2020 SUS - SP

Um jovem de 18 anos foi vítima de facada no epigástrio. Deu entrada no centro de trauma hipotenso e com veias distendidas no
pescoço. A ausculta pulmonar mostrou murmúrio vesicular presente bilateralmente, ainda que a ventilação fosse superficial.
Sequência mais apropriada de atendimento e tratamento:

A) Acesso venoso central – radiografia de tórax – FAST (focused assessment with sonography for trauma) – tipagem e prova cruzada
para transfusão sanguínea.
B) Intubação traqueal – acesso venoso – FAST (focused assessment with sonography for trauma) – toracotomia.
C) Intubação traqueal – FAST (focused assessment with sonography for trauma) – janela pericárdica.
D) Acesso venoso – transfusão sanguínea – pericardiocentese.
E) Intubação traqueal – radiografia de tórax – FAST (focused assessment with sonography for trauma) – esternotomia me- diana.

» Paciente vítima de trauma por arma branca no epigástrio, hipotenso e com turgência jugular. Qual a principal hipótese
diagnóstica? Diante deste caso, as principais hipóteses são pneumotórax ou tamponamento cardíaco. Como a ausculta pulmonar
está normal, o tamponamento é a nossa principal hipótese.
A pericardiocentese pode ser realizada, no entanto, a conduta definitiva para reparar a lesão deve ser através de uma toracotomia.
Sabendo que o pacinte irá ser submetido a uma toracotomia, devemos tomar as condutas para prepará-lo para a cirurgia de
urgência. Portanto, a intubação deverá ser realizada, assim como, o estabelecimento de acesso venoso para anestesia geral e,
obviamente, para reposição volêmica.
Além disso, como o trauma foi na região epígástrica, devemos descartar choque por lesão intra-abdominal. Desta forma, devemos
realizar também um FAST.
A melhor sequência de condutas, portanto, está descrita na alternativa B.
Gabarito letra B.

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25 - 2020 HIAE

Um motociclista de 24 anos, vítima de colisão com auto em alta velocidade, chega ao pronto-socorro imobilizado em prancha
rígida, com colar cervical, e lençol contendo a pelve. Está em ventilação espontânea, com máscara de oxigênio, tendo saturação de
95%. A via aérea está pérvia e a ausculta pulmonar é normal. Recebeu já 1 litro de soro fisiológico aquecido. Pulso: 140 bpm,
rítmico; PA: 60 × 40 mmHg; tempo de enchimento capilar: 5 segundos, frequência respiratória: 18 irpm; Glasgow: 14; pupilas
isofotorreagentes. A pelve é instável e tem deformidade na coxa direita. Os pulsos periféricos são muito fracos, filiformes, mas
estão presentes. O toque retal não tem alterações. O FAST (focused assessment with sonography for trauma) é negativo. Conduta,
neste momento:

A) Laparotomia exploradora.
B) Tamponamento intraperitoneal.
C) Transferência imediata para centro de trauma, para embolização arterial pélvica.
D) Tamponamento pélvico extraperitoneal.
E) Tomografia de corpo inteiro.

» Questão que gerou alguma discussão. O grande ponto é perceber que o paciente se encontra instável hemodinamicamente
apesar da reposição volêmica. Ou seja, paciente vítima de trauma, hipotenso, até se prove o contrário, apresenta choque
hemorrágico e hipovolêmico. Agora, qual o foco desta hemorragia? Perceba que o abdome eo  tórax não apresentam sinais de
sangramento, mas a pelve sim! Foi tentada a amarração com o lençol, que não foi suficiente. A melhor opção poderia até ser a
embolização, mas tranferir um paciente instável? Não. Mlehor resposta, letra D.

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26 - 2020 SUS - SP

Vítima de soterramento, uma mulher de 30 anos chega ao pronto-socorro orientada, eupneica e normal do ponto de vista
hemodinâmico. A tomografia de corpo inteiro não mostra alterações significativas decorrentes do trauma. Apresentou 200 mL de
diurese, com urina escura, durante as primeiras 5 horas de observação. Não tem edema de membros superiores nem inferiores e
todos os pulsos periféricos estão presentes. Exames laboratoriais na chegada: K+ : 6 mEq/L; pH: 7,22; − HCO₃ : 16 mmol/L; lactato
arterial: 40 mg/dL (normal até 14 mg/dL); hemoglobina: 11,2 g/dL; creatinina: 1,1 mg/dL; CPK: 20.300 U/L. Provável diagnóstico e
terapia inicial recomendada:

A) Síndrome de esmagamento – Hidratação venosa e controle dos distúrbios eletrolíticos e do equilíbrio ácido-básico.
B) Síndrome de esmagamento – Diálise ou hemofiltração.
C) Insuficiência renal aguda – Hidratação vigorosa, seguida de hemodiálise lenta.
D) Insuficiência renal aguda – Diuréticos e hidratação venosa vigorosa.
E) Trauma de bexiga – Cistografia retrógrada.

» Paciente vítima de soterramento com urina escura, hipercalemia e CPK elevada. A principal hipótese diagnóstica é síndrome do
esmagamento levando à rabdomiólise. As consequências da lesão muscular intensa são liberação de potássio, mioglobina e
aumento importante da CPK. A mioglobina presente na urina leva à mioglobinúria (urina escura). Inicialmente, a melhor conduta
deve ser a hidratação venosa e controle dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido-básicos.
Gabarito letra A.

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27 - 2020 SUS - SP

Vítima de queda de moto após colisão com auto, um rapaz de 23 anos é submetido a drenagem torácica à direita, por
pneumotórax. Tem tórax instável, com contusão pulmonar. Não são achadas outras lesões. Após a drenagem, está lúcido,
queixando-se de dor em hemitórax direito. Saturação de O₂ com máscara: 92%; FR: 32 irpm; FC: 110 bpm; PA: 110 × 78 mmHg.
Conduta, neste momento:

A) Intubação traqueal para ventilação com pressão positiva, após sedação e curarização.
B) Analgesia, ventilação com pressão positiva não invasiva e antibioticoterapia.
C) Analgesia, fisioterapia respiratória e ventilação com pressão positiva não invasiva; evitar sobrecarga hídrica.
D) Intubação traqueal, fixação cirúrgica das costelas e hidratação venosa vigorosa.
E) Aumento do fluxo de oxigênio inspiratório, analgesia, hidratação venosa vigorosa e fisioterapia respiratória.

» Paciente, devido ao trauma torácico, desenvolveu pneumotórax, tórax instável e contusão pulmonar. O pneumotórax foi tratado
pela drenagem torácica. Porém, o paciente mantém uma saturação mais baixa (92%), taquipneia e taquicardia, provavelmente o
quadro de hipoventilação é devido à contusão pulmonar.
O tórax instável e a contusão pulmonar são geralmente autolimitados, a conduta deve ser de suporte, para otimizar a ventilação e
levar maior conforto ao paciente. Como o paciente apresenta uma boa saturação (> 90%), a conduta de suporte ventilatório deve
ser não-invasiva, com ventilação por pressão positiva associada à fisioterapia respiratória. Além disso, devemos evitar sobrecarga
hídrica, para não desencadear à formação de edema agudo pulmonar, e analgesia, para maior conforto respiratório do paciente.
Gabarito letra C.

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28 - 2020 UNICAMP

Homem, 21a, é levado ao Pronto Socorro por sofrer queimaduras por fogo. Exame físico: Consciente, orientado, PA= 132x76
mmHg, FC= 87 bpm, FR= 16 irpm, Oximetria de pulso (em ar ambiente)= 100%, P= 70kg. Pele: lesões térmicas distribuídas nas faces
anteriores do tórax, abdome, membros inferiores; primeiro grau= 11% e segundo grau= 25%. CONSIDERANDO A FÓRMULA DE
PARKLAND O VOLUME CORRETO PARA REPOSIÇÃO É:

A) 10080 ml em 24 horas.
B) 2520 ml em 8 horas.
C) 1750 ml em 12 horas.
D) 3500 ml em 24 horas.

» Questão gerou muita discussão e deveria ter sido ANULADA.


Veja que a banca foi clara em solicitar: considerando a FÓRMULA DE PARKLAND. 
De acordo com Parkland temos: volume nas primeiras 24 horas = 4 x P (Kg) x SCQ (%). O enunicado já nos forneceu o calor da SCQ:
primeiro grau= 11% e segundo grau= 25%. Agora, veja a maldade, para o cálculo da reposição volêmica, não levamos em
consideração a queimadura de primeiro grau. Desta forma temos: 4 x 70 x 25 = 7.000ml, sendo que a metade deve ser feita nas
primeiras 8 horas e a outra metade nas 16 horas que se seguem. 
Analisando as alternativas, não encontramos uma resposta. Por isso a questão deveria ter sido anulada. Qual o problema desta
questão. A banca considerou o que temos de mais atual no ATLS, que afirma que a reposição deve ser feita de acordo com a
seguinte fórmula: 2 x P (Kg) x SCQ (%). Mas o ATLS não trás isso como fórmula de Parkland, e como no enunciado foi solicitado o
uso de Parkland, a questão não apresenta uma resposta correta.
Considerando a fórmula de 2 x P (Kg) x SCQ (%), teríamos: 2 x 70 x 25 = 3.500 ml, aí sim chegamos ao gabarito liberado letra D. Mas
como vimos, questão que gera discussão e que deveria ter sido anulada.

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29 - 2020 SCMSP

Pacientes com declínio agudo nos níveis de consciência e cognição comumente são vistos em enfermarias e prontos‐socorros.
Deve‐se considerar também o comprometimento agudo de atenção caracterizado pela dificuldade de sustentação durante a
anamnese. A partir dessas informações, assinale a alternativa que apresenta a prevalência dessa patologia em idosos nos pronto‐
socorro, em pacientes internados em enfermarias de cirurgia geral e em pacientes com queimaduras graves, respectivamente.

A) 5%, 30% e de 5% a 11%


B) 6%, 20% a de 30% e 82%
C) de 15% a 21%, de 10% a 15% e 21%
D) 15%, 5% e de 30 a 51%
E) de 40 a 50%, 10% a de 15% e 50%

» Mesmo nas grandes provas de São Paulo questões mal elaboradas existem e esta é uma delas! É abordado o tema delirium e
transtornos cognitivos no pós-operatório. Infelizmente a questão é mal escrita: não sabemos em se o autor deseja a prevalência
nacional ou mundial do delirium, no segundo quesito que aborda os pós-operatórios cirúrgicos a prevalência do delirium varia
conforme a idade e também quanto a quantidade de pacientes internados, dados que não são relatados na questão, tornando a
variação da prevalência altíssima. Só um exemplo, quando analisamos o grupo de pacientes com mais de 65 anos a prevalência
gira em torno de 26% em uma semana e 9-10% em 3 meses após a cirurgia. Resumindo, questão que não avalia nenhum
conhecimento estruturado apenas o “decoreba” de uma fonte específica. 
Gabarito oficial letra C;
Gabarito MEDGRUPO: questão anulada.

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30 - 2020 SUS - SP

Um paciente de 45 anos, vítima de queda de andaime, é atendido no serviço de urgência. A tomografia de corpo inteiro mostra
trauma esplênico, com extravasamento de contraste na fase arterial (blush). O paciente não tem outras lesões, a não ser fratura
fechada de ambos os antebraços, com boa perfusão e pulsos distais normais. Glasgow 15, pulso: 102 bpm, PA: 100 × 75 mmHg,
saturação de oxigênio em ar ambiente: 95%, tempo de enchimento capilar: 3 segundos. Recebeu já 1 litro de soro fisiológico
aquecido. Intervenção indicada, em havendo disponibilidade de todos os recursos:

A) Embolização por arteriografia (radiologia intervencionista).


B) Laparoscopia para avaliar melhor o sangramento esplênico e possível hemostasia.
C) Esplenectomia por laparotomia.
D) Observação em unidade de terapia intensiva, com controle seriado de hemoglobina.
E) Sutura esplênica por laparotomia (operação com conservação do baço).

» Paciente, vítima de trauma esplênico contuso, apresenta extravazamento de contraste na fase arterial. De acordo com a 10ª edição
do ATLS, a reposição de volume inicial deve ser de 1 litro de soro aquecido. O paciente já foi submetido à reposição volêmica e
mesmo assim se mantém taquicárdico. Provavelmente, ainda mais por se tratar de um sangramento arterial, o sangramento deve
continuar ativo. Como o hospital apresenta todos os recursos, a melhor conduta é encaminhar o paciente para realização de
embolização por arteriografia.
Gabarito letra A.

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31 - 2020 USP - RP

Homem, 66 anos, anticoagulado, vítima de colisão de carro x poste é transferido para um Centro de Trauma após 12 horas de
observação em Unidade de Pronto Atendimento, com dor em hemitórax direito. Exame físico: consciente, saturação de 94%, FR =
22 ipm, murmúrio vesicular diminuído à direita, FC = 74 bpm, PA = 100 x 70 mmHg. Devido ao mecanismo de trauma, realizou
tomografia de tórax que mostrou fratura única de 4°, 5° e 6° arcos costais à direita, com fraturas alinhadas e sem hemotórax ou
pneumotórax. Realizou espirometria com capacidade vital forçada < 1000 ml. Com a analgesia endovenosa, teve bom controle da
dor. Qual a conduta?

A) Alta hospitalar com analgesia e consulta de retorno com pneumologista.


B) Alta hospitalar com analgesia e orientação de retorno se dispneia.
C) Internar doente para cirurgia de fixação de arcos costais fraturados.
D) Internar doente em leito de terapia intensiva com monitorização e analgesia.

» Uma questão que envolve bom senso. Esse homem, de 66 anos, é admitido em um Centro de Trauma, vítima de acidente
automobilístico, com trauma torácico fechado. Antes de sua transferência ficou em observação por 12 horas em Unidade de
Pronto Atendimento.
 
Nesse momento, satura 94% em ar ambiente, com uma frequência respiratória dentro dos parâmetros aceitáveis para a idade;
apresenta fratura de três arcos costais à direita, mas reparem que não há fratura em 2 segmentos de pelo menos 2 ou mais arcos
costais consecutivos para caracterizamos um tórax instável. A capacidade vital forçada (CVF) corresponde ao valor máximo exalado
pelos pulmões a partir de uma inspiração máxima. Ou seja, o paciente inicialmente inspira e depois sopra “com toda a força”. É um
parâmetro medido pela espirometria e seus valores normais (dentro do previsto) variam com idade e a estatura do paciente.
Contudo, para indivíduos entre 66 e 69 anos, um valor mínimo é de aproximadamente 2,5 litros. É perfeitamente aceitável uma
CVF tão reduzida em nosso paciente, uma vez que fraturas de arcos costais são extremamente dolorosas e dificultam uma
ventilação adequada. Agora, precisaríamos ter esse conhecimento para acertarmos o gabarito? Acredito que não. Existe uma
dificuldade de expansibilidade torácica devido a fraturas costais e a conduta é a prescrição de analgesia. Como o trauma torácico
foi importante (mesmo não determinando tórax instável) e o paciente faz uso de anticoagulante é razoável mantê-lo internado em
uma unidade de doentes críticos, com monitorização constante.

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32 - 2020 SCMSP

Uma paciente de dezenove anos de idade foi levada ao pronto‐socorro após acidente automobilístico. Feita a avaliação inicial da
paciente, foi encaminhada para a realização de uma tomografia de corpo inteiro. Foi identificada uma lesão renal direita de 3 cm,
com lesão nos vasos renais e pouco hematoma retroperitoneal. Com base nesse caso hipotético, a classificação radiológica da
lesão renal é grau

A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) V.

» Questão sobre classificação do trauma renal. A classificação do trauma renal (IMAGEM) varia de grau I até o grau V. A lesão
vascular acontece a partir do grau IV. O grau IV é a presença de laceração do córtex até a medula e o sistema coletor associada à
lesão vascular. O grau V é bem mais grave, ocorre fragmentação renal com avulsão do hilo (desvacularização do rim). Como houve
lesão vascular, mas sem fragmentação ou desvascularização renal, a lesão é grau IV.
Gabarito letra D.

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33 - 2020 SUS - SP

Uma moça de 19 anos foi vítima de ferimento por arma branca no 7º espaço intercostal, na linha axilar média direita. Está ansiosa e
parece assustada. Pulso: 110 bpm, rítmico; PA: 100 × 70 mmHg. A radiografia de tórax não mostra alterações. Próximo passo, em
condições ideais:

A) FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma).


B) Tomografia de tórax e abdome.
C) Laparoscopia.
D) Toracoscopia diagnóstica.
E) LPD (Lavagem Peritoneal Diagnóstica).

» Estamos diante de um caso de trauma em transição toracoabdominal por arma por branca. A paciente não apresenta sinais, nem
evidências, de lesões torácicas ou abdominais. No entanto, em trauma de transição toracoabdominal, devemos sempre ligar o
alerta para a presença de lesão diafragmática!
As lesões diafragmáticas não podem ser diagnosticadas por exames de imagem, somente por visualização direta. Portanto, a
melhor conduta é a realização de videolaparoscopia para investigar, e tratar, a lesão diafragmática.
Gabarito letra C.

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34 - 2020 SCMSP

Um paciente de 32 anos de idade foi vítima de ferimento por faca em décimo espaço intercostal esquerdo, na linha axilar média,
durante um assalto. Na admissão, estava hemodinamicamente normal, conversando e sem outras queixas. Realizou radiografia de
tórax sem alterações e ultrassom FAST negativo. Com base nessa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta o(s)
próximo(s) passo(s) no tratamento do paciente.

A) suturar a lesão e fazer vacinação antitetânica


B) observação clínica por doze horas e solicitar nova radiografia de tórax
C) realizar uma cirurgia de videolaparoscopia para melhor avaliação do diafragma
D) exploração digital do ferimento para avaliar penetração no abdome
E) realizar ecocardiografia, devido ao risco de lesão cardíaca oculta

» Uma questão muito bem feita. Temos uma vítima de uma ferida por arma branca na altura do décimo espaço intercostal esquerdo,
no nível da linha axilar média. Na admissão, o paciente se encontrava hemodinamicamente estável, com exame clínico normal, e
apresentava uma radiografia de tórax, além de um FAST, sem alterações.
 
Avaliando com calma esses dados, percebemos que a região acometida corresponde a transição toracoabdominal. Nesse contexto,
pode ter acontecido uma lesão pleuropulmonar, uma lesão intra-abdominal ainda não manifesta e, principalmente, uma lesão em
diafragma ainda não revelada (por uma hérnia diafragmática). Bom, uma radiografia de tórax normal pelo menos já descarta uma
possível lesão à pleura e ao parênquima pulmonar esquerdo. Sendo assim, para descartarmos uma possível lesão a estruturas
intra-abdominais (mais difícil com um FAST normal) e, principalmente, um comprometimento do diafragma, o correto é a
realização de uma videolaparoscopia diagnóstica! Durante o procedimento, caso exista a lesão no diafragma, o cirurgião realiza a
rafia.
 
Lembrando que a transição toracoabdominal tem como limite superior uma linha que passa na altura dos mamilos,
anteriormente, e se continua posteriormente por sobre a ponta das escápulas; o limite inferior corresponde as margens costais
inferiores.

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35 - 2020 SCMSP

Um paciente de 45 anos de idade, vítima de ferimento por uma faca em zona II cervical à esquerda, foi levado ao serviço de
emergência. Com base nesse caso hipotético, assinale a alternativa que apresenta a circunstância em que não está indicada a
cervicotomia exploradora no tipo de lesão do paciente.

A) presença de sangramento ativo pelo orifício


B) presença de lesão de músculo cervical
C) sinais de saída de ar pelo orifício da lesão
D) presença de hematoma cervical em expansão
E) presença de saliva no orifício da lesão

» A grande indicação para exploração cervical é a presença de lesão vascular (sangramento ativo ou hematoma expansivo) e forte
suspeita de lesão do trato aerodigestivo (traqueia e esôfago, principalmente). 
Relembrando:
Zona I: Região da furcúla esternal até a cartilagem cricoide;
Zona II: Da cartilagem cricoide até o ângulo da mandíbula;
Zona III: Do ângulo da mandíbula até a base do crânio.
A zona II é a maior região, vai desde o cricoide ao ângulo da mandíbula, portanto, é a zona que contém os grandes vasos e maior
parte do trato aerodigestivo.
Analisando as alternativas, a única que não apresenta sangramento, hematoma ou forte suspeita de lesão aerodigestiva é a
alternativa B.
Gabarito letra B.

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36 - 2020 UNICAMP

Menino, 9 meses, sofreu queda do colo do pai (cerca de 1m de altura) há cerca de 1 hora, com trauma na região parietal da cabeça.
Teve 2 episódios de vômito. Exame físico: choroso, consolável, Glasgow 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes; crânio: deformidade
compatível com fratura e afundamento. A INDICAÇÃO DE REALIZAR TOMOGRAFIA DE CRÂNIO É DEVIDO A:

A) Altura da queda maior de 90 cm.


B) Presença de vômitos.
C) Idade da criança.
D) Presença da deformidade de crânio.

» Questão que gerou muita discussão e que poderia ter sido anulada.
Crianças menores de 2 anos com alto risco de lesão intracraniana OU com suspeita de fratura de crânio devem realizar uma
tomografia computadorizada (TC) de crânio. E quais são os dados que nos apontam um paciente de alto risco: Suspeita de abuso
infantil; Sinal neurológico focal; Fratura de crânio (como no caso em questão); Alteração do estado mental (letargia, irritabilidade);
Fontanela abaulada; Vômito persistente; Crise convulsiva; A Letra B está incorreta porque apenas vômitos PERSISTENTES a TC.
Gabarito letra D.Agora, qual o problema da questão, a letra A. CUIDADO, de acordo com o ATLS, para as crianças com 2 anos ou
mais, a altura deve ser de 1,5 metros ou 5 pés. Somente para os menores de 2 anos indicamos a TC com 3 pés ou 90 cm. No caso,
temos uma criança menor do que 2 anos e por isso a letra A também poderia ter sido aceita e a questão deveria ter sido anulada.

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37 - 2020 UNESP

Homem de 58 anos, vítima de acidente de colisão carro contra muro. Exame físico: consciente, orientado, vias aéreas pérvias e
eupneico, FC 80 bpm, PA 140 x 70 mmHg, abdome flácido em andar superior, tenso e doloroso em hipogástrio, com massa
palpável até cicatriz umbilical. A principal hipótese diagnóstica é

A) bexigoma associado a trauma de via urinária alta.


B) trauma vesical associado a possível fratura de bacia.
C) hematoma em retroperitôneo.
D) trauma de uretra isolado.

» Temos um paciente vítima de acidente automobilístico e que evoluiu com “massa palpável até cicatriz umbilical”, além de
estabilidade hemodinâmica.
Para começar, o enunciado não nos deu qualquer informação mais aprofundada em relação a dinâmica do trauma, mas num
acidente frontal, supomos logo que o trauma tenha ocorrido em abdome inferior. Ok…
No exame físico nós temos uma massa palpável até cicatriz umbilical. O que será isso?
Um bexigoma? Mas qual a causa do bexigoma? Lesão de uretra. Mas não faz sentido uma lesão de uretra nesta situação. Não
houve queda à cavaleiro ou trauma que nos faça pensar em fratura de pelve!
Hematoma em retroperitôneo? Apesar de muito raro, essa é uma boa hipótese aqui. Um hematoma de zona 3 (ainda contido) com
dor abdominal e massa palpável por possível lesão vascular. A história de trauma em abdome inferior nos faz pensar nessa
possibilidade. Vamos ver então se há alguma opção melhor...
Trauma vesical? Ah... agora sim! Um trauma de abdome inferior (principalmente diante de uma fratura de bacia) pode muito bem
levar a uma “explosão vesical”! E essa lesão é bem mais comum que o hematoma citado acima. Mas espera aí... trauma vesical não
dá bexigoma, certo? Exato! Certamente aqui a massa palpável é devido ao fato da lesão vesical ser extraperitonial. Conforme o
Smith e o Campbell falam, esse achado é bem comum neste tipo de trauma! 
Melhor resposta: letra B.

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38 - 2020 USP - SP

Homem, 59 anos de idade, foi vítima de atropelamento por automóvel com velocidade estimada em 40 km/h. Admitido no serviço
com: A: via aérea pérvia, saturação de 97% ar ambiente; B: ausculta e expansibilidade pulmonar simétricas; C: FC: 80bpm; PA: 110 x
70mmHg; D: Glasgow de 15. Sem alterações de pupilas; E: Dor abdominal na fossa ilíaca direita e supra-púbica. Presença de
hematúria. Dor na região coxo-femoral direita com deformidade do membro inferior direito. Realizada tomografia do abdome com
os seguintes achados: Qual é a melhor conduta no trauma abdominal?

A) Cistoscopia.
B) Laparoscopia.
C) Embolização.
D) Sondagem vesical.

» Temos uma vítima de atropelamento, que dá entrada no pronto-socorro com via aérea pérvia, saturando bem em ar ambiente,
hemodinamicamente estável e lúcida, pois sua pontuação na escala de coma de Glasgow é máxima. De objetivo, observamos a
presença de hematúria, além de dor supra-púbica e em fossa ilíaca direita. O enunciado nos fornece imagens tomográficas. Vamos
lá!
 
Bom, essa é uma questão que envolve conhecimento sobre traumatismo da via urinária e interpretação de imagem radiológica.
Para nossa sorte, parte das imagens não nos trazem dificuldade. A imagem (A) revela uma tomografia computadorizada (TC)
contrastada, em corte axial, no nível da pelve; a imagem (B), uma TC em corte axial, próxima do nível da transição
toracoabdominal, na qual identificamos claramente o parênquima hepático; e a imagem (C), que corresponde a uma TC de corpo
inteiro, no plano coronal.
 
Normalmente, quando nos defrontamos com a associação hematúria e trauma, a primeira lesão que nos vem a mente é o trauma
renal... Mas, não há comprometimento renal na imagem e, além disso, a dor supra-púbica nos afasta um pouco dessa hipótese.
Analisando as imagens, percebemos em (A) e em (C) que existe luxação da cabeça femoral, deslocada lateral e superiormente
(setas azuis). Na imagem (C) notamos também uma deformidade pélvica... E então, já chegaram ao diagnóstico? Pessoal, sabemos
que o trauma pélvico pode complicar com instabilidade hemodinâmica (o que não é o caso aqui), com trauma de uretra ou com
lesão da bexiga. Além disso, o trauma direto em andar inferior de abdome, com a bexiga repleta, pode determinar a ruptura
intraperitoneal do órgão. Qual a evidência radiológica desta última complicação? Na imagem (A), observamos áreas hipodensas
(em cinza escuro) correspondentes à líquido (urina), indicadas pelas setas amarelas, delineando áreas lineares hiperdensas, que
representam as alças intestinais. No nível desse corte tomográfico, as alterações encontradas correspondem a lesão
intraperitoneal da bexiga. A realização de cistografia retrógrada (ou uretrocistografia retrógrada), com extravasamento do
contraste no nível da bexiga, confirmaria o diagnóstico, mas não há essa opção; a cistoscopia não se encontra indicada nesse
contexto. Angioembolização é um procedimento para deter sangramento proveniente de fraturas pélvicas em pacientes que
permanecem instáveis hemodinamicamente, com suspeita de lesão arterial. Nesse paciente, não devemos passar uma sonda
vesical sem antes afastarmos lesão de uretra através de uma uretrocistografia retrógrada. Nos traumas contusos desse tipo a
lesão intraperitoneal da bexiga pode vir acompanhada de envolvimento de outros órgãos abdominais. Para a abordagem da lesão
vesical somada a um inventário da cavidade peritoneal, o mais acertado é a realização de uma laparoscopia ou mesmo de uma
laparotomia. Sendo assim, a opção (B) é a correta.

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39 - 2020 USP - SP

Homem, 27 anos de idade, foi admitido no serviço de emergência após colisão de automóvel contra anteparo fixo. A: via aérea
pérvia. Saturação de oxigênio de 92% em ar ambiente; B: dor à palpação do tórax à direita na região inferior e linha axilar média.
Hematoma e crepitação no local da dor; C: FC = 90 bpm e PA = 130 x 70 mmHg. D: Glasgow de 15. Pupilas sem alterações; E: diurese
clara. Dorso sem alterações. Abdome indolor à palpação. Realizada tomografia de abdome demonstrada a seguir: Qual é a melhor
conduta?

A) Laparotomia.
B) Arteriografia.
C) Drenagem torácica.
D) Toracotomia.

» Uma questão que também nos exige uma interpretação radiológica para o diagnóstico. Vamos lá! Nossa vítima é um homem
jovem que sofreu trauma contuso decorrente de colisão contra anteparo fixo. Sua via aérea está pérvia, porém a saturação de O2
se encontra em níveis pouco satisfatórios; observa-se hematoma e crepitação em segmento inferior de hemitórax direito, na altura
da linha axilar média; abdome e dorso sem alterações...
 
As imagens correspondem a tomografia computadorizada em corte axial, com janela de pulmão (A), e cortes coronal (B) e sagital
(C) de corpo, com janela de abdome... Bom, precisaríamos desse conhecimento específico para diagnosticarmos o que está
acontecendo? Acredito que não. O que nos chama a atenção em (A) é uma imagem precoce, arredondada, em hemitórax direito
(seta amarela); já em (B) notamos uma tremenda discrepância nas alturas das hemicúpulas frênicas, com a direita bem mais alta
do que o normal. Além disso, se olharmos com atenção, vamos notar o fígado herniando para o tórax (seta amarela), o que é
destacado também no corte sagital. Sendo assim, o nosso diagnóstico é de uma hérnia diafragmática traumática, que
agudamente pode até levar a complicações respiratórias. Embora exista a descrição de equimose e crepitação no exame de tórax,
são os traumas contusos abdominais, com rápido amento de pressão intra-abdominal, que levam à esta condição. A conduta
acertada é a realização de laparotomia, com redução da víscera herniada e correção da lesão do diafragma.

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40 - 2020 USP - SP

Homem, 37 anos de idade, foi vítima de ferimento por arma branca (faca de cozinha) na região periumbilical há 1 hora. Admitido
no serviço: A: Falando (hálito etílico), saturação de 96% em ar ambiente; B: Sem alterações; C: FC: 76bpm, PA: 140x70 mmHg.
Realizado FAST: negativo; D: Glasgow 15; E: Obeso (IMC 41kg/m²), com ferimento na parede anterior do abdome, de 2cm, próximo
à cicatriz umbilical, sem sangramento ativo, com dor apenas no local. Dorso sem alterações. Qual é a melhor conduta?

A) Tomografia de abdome.
B) Laparoscopia diagnóstica.
C) Repetir FAST em 6 horas.
D) Radiografia de abdome em 3 posições.

» Pessoal, essa questão foi bem polêmica e inclusive muitos candidatos entraram com recurso, mas a Banca Examinadora manteve
o gabarito. O quadro descrito é bem claro. Temos uma vítima de ferida abdominal em região periumbilical que, inicialmente, não
apresenta evidências de lesão de estrutura intra-abdominal, ou seja, não há instabilidade hemodinâmica, sinais peritoneais,
evisceração, sangramento retal, sangramento pela sonda nasogástrica ou sangramento geniturinário. Mesmo com o hálito etílico,
sua escala de coma de Glasgow tem pontuação máxima, de 15. FAST foi negativo, o que significa que não há lesão de víscera
sólida. Caso exista uma lesão intra-abdominal, esta foi certamente de víscera oca, que por sinal pode passar desapercebida pelo
ultrassom e pela tomografia computadorizada (TC). Bom, mas aprendemos que nesses casos a exploração digital da ferida seria o
procedimento realizado de imediato, para avaliarmos se houve ou não violação da cavidade peritoneal; mas reparem que não
existe esta alternativa.
 
Embora inicialmente nos pareça controversa, a laparoscopia é a opção mais acertada. Existe um detalhe que não podemos
esquecer: o nosso paciente apresenta obesidade mórbida; nesses casos, a exploração digital pode não ser confiável, e assim
permaneceríamos ainda em dúvida se houve ou não violação da cavidade peritoneal. Como vimos antes, a TC e o FAST não são
exames de grande sensibilidade para identificar líquido intra-abdominal decorrente de lesão intestinal... A vítima tem uma ferida
abdominal, portanto, achados de ar em cavidade, fora de alça, perdem seu valor.

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41 - 2020 UNESP

Homem de 33 anos, vítima de acidente automobilístico (carro x moto), deu entrada ao pronto-socorro trazido pelo SAMU, em
prancha rígida e colar cervical. Exame físico: confuso, abertura ocular ao chamado e localiza dor, FC 115 bpm, PA 120 x 55 mmHg,
oximetria 89%, MV + diminuído e hipertimpânico à direita, abdome globoso, flácido e doloroso à palpação de hipocôndrio
esquerdo. As condutas a serem adotadas nesse caso são:

A) intubação orotraqueal, drenagem de tórax, tomografia de abdome.


B) suplementação não invasiva de oxigênio, drenagem de tórax, tomografia de abdome.
C) suplementação não invasiva de oxigênio, toracocentese no 2º EIC, FAST.
D) intubação orotraqueal, toracocentese no 2º EIC, FAST.

» Sempre vamos seguir o nosso atendimento de acordo com o ABCDE.


O que será necessário para este paciente?
A coluna cervical já está protegida e a via aérea está pérvia. Agora, veja que estamos com uma saturação baixa e o paciente
apresenta pneumotórax que não é hipertensivo, mas está levando a repecussões. 
Está estável hemodinamicamente.
Por isso, vamos fazer suplementação de oxigênio, drenagem do tórax e, como esle está estável, indicamos a TC para avaliarmos a
presença ou não de outras lesões.
Gabarito letra B.

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42 - 2020 UNESP

Homem de 20 anos sofreu queimaduras de 2º grau por escaldadura em 30% da superfície corporal. Para garantir que o paciente
esteja bem hidratado, o principal parâmetro é

A) controle do débito urinário.


B) monitorização da frequência cardíaca.
C) monitorização da pressão venosa central.
D) avaliação do turgor e das mucosas.

» Ótima questão para lembrarmos de um conceito. As fórmulas de reposição volêmica no paciente queimado são úteis para estimar
o volume. No entanto, para saber se esta reposição está sendo bem feita e se a perfusão está adequada, indicamos a avaliação do
débito urinário.
Gabarito letra A.

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43 - 2020 UFF

O tratamento cirúrgico da hidrocefalia com síndrome de hipertensão intracraniana, definido como tratamento temporário, é a

A) derivação ventriculo-peritoneal.
B) derivação ventricular externa.
C) derivação ventriculo-cisternal.
D) derivação subduro-peritoneal.
E) neuroendoscopia.

» O tratamento cirúrgico definitivo da hidrocefalia é realizado pela remoção cirúrgica de processos obstrutivos (tumores neoplásicos
ou não) ou pela realização de uma derivação permanente: derivação ventrículo-peritoneal (DVP) ou derivação ventrículo-atrial
(DVA). O tratamento cirúrgico temporário, para condições emergencias (hipertensão intracraniana ou hemorragias
intraventriculares), é a realização de uma derivação ventricular externa (DVE), derivação do ventrículo para o ambiente externo.
Esta não pode ser permanente pois possui alto risco de infecção e também de deslocamento inadvertido do cateter.
Gabarito letra B.

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44 - 2020 INCA

Paciente de 30 anos vítima de acidente motocicleta colisão com um poste. Deu entrada no pronto-socorro confuso, hipotenso e
perfusão capilar diminuída. Considerando o caso descrito, assinale a alternativa CORRETA:

A) A maneira mais efetiva é verificar o local da perda de sangue para restabelecer a pressão do paciente.
B) Confiar exclusivamente na pressão sistólica como indicador resulta em reconhecimento precoce do estado de choque.
C) Os sinais mais precoces de perda de volume sanguíneo, na maioria dos adultos, são devido a taquicardia e a vasoconstrição
cutânea.
D) Considera-se taquicardia uma frequência superior a 130 no lactente, a 120 na criança em idade pré-escolar, a 110 até a
puberdade e acima de 90 no adulto.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. A expansão volêmica precede a verificação da causa da perda sanguínea. Primeiro estabilizaremos o paciente no
atendimento inicial (a estabilização hemodinâmica é a nossa letra C do ABCDE), depois investigaremos o foco de sangramento e a
necessidade de intervenção.
B) Incorreta. A hipotensão só pode ser percebida nos choques grau III ou IV, portanto, a pressão arterial não é útil como
reconhecimento precoce de choque.
C) Correta. Os sinais mais precoces são as manifestações compensatórias da perda sanguínea inicial, a taquicardia reflexa
contribui para o aumento do débito cardíaco e a vasoconstrição periférica contribui para redirecionar o fluxo sanguíneo para os
órgãos vitais.
D) Incorreta. No lactente, a taquicardia é considerada acima de 140 bpm, no pré-escolar, acima de 110 e no adulto, acima de 100
bpm.
Gabarito letra C.

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45 - 2020 UFF

Em caso de suspeita de lesão no trauma de aorta torácica, o melhor exame para se fazer o diagnóstico é a

A) ecografia transtorácica.
B) radiografia do tórax.
C) tomografia do tórax.
D) ecografia transesofágica.
E) angiotomografia de tórax.

» Repare que a questão pergunta o MELHOR EXAME para fazer o diagnóstico.


O exame mais realizado e inidcado é a angiotomografia. Um resultado negativo praticamente afasta a possibilidade de lesão. A
realização de outros exames fica a critério de serviços específicos.
Gabarito letra E.

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46 - 2020 UNIRIO

Você atende a um paciente vítima de agressão por arma branca, com feridas no pescoço e abdome. O exame físico mostra o
paciente ansioso e algo confuso, com frequência cardíaca = 124 bpm, pressão arterial sistólica menor que 90 mmHg, frequência
respiratória = 35 irpm e com débito urinário menor que 15 ml/h. A estimativa da perda sanguínea está em torno de 35%. De acordo
com o ATLS – Advanced Trauma Life Support, qual seria a classificação?

A) Choque hemorrágico classe I.


B) Choque hemorrágico classe II.
C) Choque hemorrágico classe III.
D) Choque hemorrágico classe IV.
E) Choque hemorrágico classe V.

» Os principais dados são:


Pressão arterial e frequência cardíaca.
PA - HIPOTENSO, o que define o choque como classes III ou IV. Além disso, uma FC de 124 bpm, define como sendo classe III.
Gabarito: letra C.
Veja a imagem com a tabela baseada no ATLS.

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47 - 2020 INCA

A avaliação secundária inclui a identificação e o tratamento inicial das seguintes lesões com risco potencial à vida:

A) Pneumotórax hipertensivo e hemotórax maciço.


B) Tamponamento cardíaco e contusão cardíaca.
C) Ruptura traumática da aorta e do diafragma.
D) Pneumotórax simples e tórax instável.

» Questões sobre avaliação secundária! Ou seja, já estabilizamos o paciente e agora iremos investigar outras lesões com risco
potencial à vida. Para resolvermos essa questão, devemos encontrar as lesões que são identificadas somente na avaliação
secundária.
A) Incorreta. O pneumotórax hipertensivo e o hemotórax maciço são identificados na avaliação primária. No item B do ABCDE, já
podemos identificar sinais clínicos destas alterações, além disso, no item C encontratemos sinais de instabilidade hemodinâmica. 
B) Incorreta. O tamponamento cardíaco também é identificado na avaliação primária. Lembrar da tríade de Beck: hipotensão,
turgência jugular e hipofonese de bulhas cardíacas.
C) Correta. A ruptura traumática de aorta quando não é fatal, ainda nos primeiros minutos de trauma, ela acaba ficando contida
nos tecidos adjacentes. Os sinais de ruptura traumática de aorta contida são avaliados por exames de imagem (radiografia ou
tomografia de tórax), ou seja, identicada na avaliação secundária. Não existe sinais clínicos que nos fazem pensar em lesão
diafragmática ainda no atendimento inical. A lesão de diafragma, comum no trauma de transição toracoabdominal, é identificada
posteriormente por videolaparoscopia. Portanto, ambas não são identificadas na avaliação inicial.
D) Incorreta. O tórax instável é identificado no exame físico do tórax ainda no atendimento inical (avaliação primária).
Portanto, a melhor resposta está na alternativa C.
Gabarito letra C.

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48 - 2020 INCA

Um paciente de 30 anos foi vítima de um trauma penetrante por arma branca no 4º espaço intercostal esquerdo. Apresenta
confusão mental, agitação psicomotora, taquicardia, murmúrio diminuído em hemotórax esquerdo e timpanismo a percussão.
Estava hipotenso e na reposição volêmica a pressão não se alterou. Considerando o caso descrito, assinale a alternativa CORRETA:

A) O tamponamento cardíaco é mais comum no ferimento penetrante do tórax e é este o diagnóstico.


B) O tamponamento cardíaco é melhor tratado com pericardiocentese.
C) A falta de enfisema de subcutâneo descarta o diagnóstico do pneumotórax hipertensivo.
D) O tratamento inicial desse paciente deve ser o posicionamento adequado de uma agulha no espaço pleural.

» Questão que se repete ano após ano em prova de residência e, portanto, devemos dominar este conceito.
Paciente, que após trauma penentrante de tórax, apresenta agitação, taquicardia, hipotensão, murmúrio em hemitórax esquerdo
abolido e hipertimpanismo à percurssão, a grande hipotése é pneumotórax hipertensivo!
Guardar estes achados é essencial, pois o diagnóstico do pneumotórax hipertensivo é clínico e a descompressão deve ser
imeditada, através de uma toracocentese de alívio. Este procedimento, consiste na inserção de uma agulha no 5° espaço
intercostal, entre a linha axilar média e a linha axilar anterior, até o espaço pleural. 
Lembrando que este procedimento é para descompressão imediata e melhora do quadro hemodinâmico, mas o tratamento
definitivo deve ser a drenagem torácica.
Gabarito letra D.

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49 - 2020 INCA

Em certos casos de trauma há necessidade de dissecção venosa para acesso venoso adequado. Analise a proposição e a razão
apresentadas a seguir: Proposição - A escolha preferencial para a dissecção venosa periférica em um paciente traumatizado é a
veia safena magna no tornozelo. PORQUE Razão - Nessa região, a veia passa aproximadamente 2cm acima, posterior e superior ao
maléolo medial. Sobre a proposição e sua razão, é CORRETO afirmar que:

A) A proposição e a razão são afirmativas verdadeiras e a razão é realmente causa da proposição.


B) A proposição é uma afirmativa falsa, mas a razão é uma afirmativa verdadeira.
C) A proposição é uma afirmativa verdadeira, mas a razão é uma afirmativa falsa.
D) A proposição e a razão são afirmativas falsas.

» Diante de um cenário de falência de acesso venoso por punção, podemos lançar mão da dissecção venosa. A veia safena magna é
superficial e de fácil acesso, logo, nas dissecções venosas esta é uma veia de escolha. Ela passa superior e anterior ao maléolo
medial. A questão trouxe que a veia safena passaria posterior ao maléolo medial, portanto, a razão está incorreta e a proposição
está correta.
Gabarito letra C.

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50 - 2020 UFF

Jovem, 24 anos, tem suspeita de morte encefálica após acidente automobilístico. A família apesar de extremamente abalada,
autoriza a doação de órgãos referindo ser esse um desejo do jovem. Dentre os exames abaixo, aquele que não se encontra
protocolado para confirmação da morte encefálica do paciente é

A) eletroencefalografia.
B) exame neurológico.
C) arteriografia cerebral.
D) doppler transcraniano.
E) cintilografia cerebral.

» O protocolo de morte encefálica deverá ser aberta após a realização de um exame neurológico clínico completo com
documentação de coma, ausência de reflexos do tronco cerebral e apneia. O exame neurológico deve ser realizado na ausência de
situações que possam confundir o diagnóstico, portanto o paciente não deve ter: temperatura central abaixo de 32 ºC, distúrbios
hidroeletrolíticos graves, ácido-básicos, hipotensão, intoxicação por drogas ou agentes bloqueadores neuromusculares. Após esta
fase é essencial a realização de uma exame confirmatório evidenciando a ausência de atividade, metabolismo ou fluxo sanguíneo
cerebral. As opções disponíveis são: arteriografia cerebral / angiotomografia cerebral, eletroencefalograma, ultrassonografia
doppler transcraniano e a cintilografia cerebral. A única alternativa que não é um exame CONFIRMATÓRIO de morte cerebral é o
exame neurológico - gabarito ALTERNATIVA B.

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51 - 2020 UFF

Motoboy, 23 anos, é atendido pelo SAMU após acidente automobilístico, com esforço respiratório. Ao exame físico, apresenta
hipertimpanismo em hemitórax direito com abolição do murmúrio vesicular nessa mesma região. A conduta imediata a ser
realizada no caso, ainda na via pública, é

A) drenagem torácica esquerda.


B) toracotomia esquerda.
C) intubação orotraqueal.
D) toracocentese direita.
E) descompressão com agulha a direita.

» Questão que deveria ter sido anulada por alguns motivos. Vamos lá:
Sabemos que o diagnóstico do penumotórax hipertensivo é clínico. E é claro que o enunciado trás algumas informações
compatíveis com este diagnóstico, mas são suficentes? Onde esta a hipotensão, o desvio da traqueia? OK, vamos aceitar o
diagnóstico somente com os parêmetros ventilatórios. Agora, qual a conduta imediata? Toracocentese de alívio. Que nada mais é
do que a descompressão com uma agulha. Isso mesmo, entre as respostas temos essas duas opções, o que acaba inviabilizando
de fato a questão.
A banca liberou e manteve como gabarito a letra E.

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52 - 2020 UFF

Referente à ruptura diafragmática por trauma, é correto afirmar que

A) frequentemente o diagnóstico é precoce, pela herniação hepática.


B) a maioria está relacionada a acidentes automobilísticos.
C) esse achado é irrelevante frente ao trauma ocorrido.
D) a ausência de sinais radiológicos exclui o diagnóstico.
E) a conduta sempre é conservadora, tanto à direita como à esquerda.

» Muito cuidado com esta questão. Veja que o enunciado menciona a ruptura diafragmática, o que nos faz pensar em uma lesão
traumática. Porque esta consideração é importante? Vamos lembrar que a lesão diafragmática pode ocorrer tanto no trauma
contuso como no trauma penetrante, mas é muito mais comum no contexto de lesões penetrantes, seja por arma branca ou arma
de fogo. Mas, como vimos, o enunciado se refere ao trauma contuso.
 
A- Incorreta: muitas vezes, devido a ausência de herniação o diagnóstico pode ser tardio e, além disso, a hérniação hepática não é
a mais comum. 
 
B- Correta: quando pensamos nas lesões contusas, os acidentes automobilisticos, de grande intensidade, são os mais comuns.
 
C e E- Incorretas: sempre que houver lesão diafragmática identificada ela deve ser abordada.
 
D- Incorreta: vamos lembrar que a prórpria TC, muitas vezes peca no diagnóstico deste tipo de lesão.
 
 
Gabarito letra B.

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53 - 2020 HNMD

No trauma hepático, mesmo as lesões de elevada gravidade devem ser consideradas para tratamento não cirúrgico. O principal
preditivo do sucesso do tratamento não operatório é:

A) estabilidade hemodinâmica.
B) acompanhamento através de exames de imagem.
C) queda do hematócrito menor que 10 pontos.
D) dor abdominal sem irritação peritoneal.
E) exames abdominais seriados.

» Este é o conceito mais atual quando pensamos no trauma hepático. Sempre qwue possível, devemos tentar o tratamento
conservador. No entanto, para o sucesso deste tratamento conservador devemos preencher alguns requisitos. O principal é a
estabilidade hemodinâmica. O paciente deve estar estável hemodinamicamente para tentarmos o tratamento conservador.
As outras opções também mostram fatores que devem ser avaliados, mas o principal é a estabilidade hemodinâmica.
Gabarito letra A.

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54 - 2020 UNIRIO

Você atende a um paciente jovem, saudável, com 75 quilos, com queimaduras do segundo grau, que comprometem toda área
anterior do tronco; toda área anterior dos membros superiores e membros inferiores. Baseado nestas informações e usando a
fórmula de Parkland, qual seria a área queimada e a quantidade de cristaloide a ser infundida nas próximas 24 horas?

A) 27% e 8.100 ml.


B) 36% e 10.800 ml.
C) 40% e 12.000 ml.
D) 45% e 13.500 ml.
E) 54% e 16.200 ml.

» A reposição volêmica é extremamente importante para vítimas com mais de 20% de superfície corporal queimada, se possível já
no ambiente pré-hospitalar. Isso porque, nesses pacientes, temos uma intensa produção de citocinas pela área queimada capaz de
promover uma resposta sistêmica inflamatória exagerada que acarreta em aumento da permeabilidade capilar e perda
generalizada de fluidos e proteínas do intravascular para o terceiro espaço (as queimaduras de primeiro grau não entram na conta
da superfície corporal queimada para cálculo de volume a ser infundido pois não trazem repercussões sistêmicas). A última edição
do ATLS recomenda uma reposição inicial de volume, nas primeiras 24h, de:
 
2 ml de Ringer lactato x peso do paciente (kg) x superfície corporal queimada.
 
A determinação do percentual da superfície corporal queimada é feita, por sua vez, pela "regra dos nove de Wallace". O corpo de
um adulto é dividido em regiões anatômicas que representam 9% ou múltiplos de 9% da superfície corporal total, como você pode
ver na imagem. O tronco anterior corresponde a 18%, a face anterior dos membros superiores a 4,5% cada e a face anterior dos
membros inferiores, a 9% cada. Somando tudo (18 + 4,5 + 4,5 + 18), chegamos em 45% de superfície corporal queimada. Nossa
conta para o cálculo do volume necessário em 24h é a seguinte:
 
2 x 75 x 45 = 6.750 ml.
 
Repare que não temos nenhuma opção com 6.750 ml! E agora? Atenção ao enunciado! O autor disse que era para usar a fórmula
de Parkland, bastando trocar o "2" por "4". Aí, chegamos ao valor de 13.500 ml (de acordo com algumas revisões, podemos usar 2
ml/kg para cada 1% de superfície corporal queimada, permitindo um menor volume sem causar malefícios aparentes ao paciente,
mas não entraremos nesse mérito).
 
Gabarito: D.

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55 - 2020 UERJ

Em caso de choque obstrutivo, em que o exame físico apresente dispneia, diminuição ou ausência de sons no hemitórax e
hipertimpanismo local, o diagnóstico mais adequado é de:

A) Pneumotórax hipertensivo.
B) Hematoma de cava.
C) Derrame pericárdio.
D) Hemotórax.

» Pessoal, vamos com calma que a situação descrita é relativamente comum em provas de residência médica e na vida real. Temos
um indivíduo com instabilidade hemodinâmica e sinais claros de pneumotórax, como hipertimpanismo e ausência de murmúrio
vesicular. Sendo assim, o nosso diagnóstico é de um pneumotórax hipertensivo, não concordam? A opção correta é a (A).
 
Antes de terminarmos, vamos conversar rapidamente sobre choque obstrutivo. Os principais representantes deste tipo de choque
incluem o tromboembolismo pulmonar (TEP) maciço, o pneumotórax hipertensivo e o tamponamento cardíaco. No caso do TEP,
existe obstrução da circulação arterial pulmonar por um êmbolo proximal, fenômeno que leva a um aumento importante na pós
carga do ventrículo direito (VD), que desenvolve falência. É fácil, o VD é incapaz de gerar débito para encher as cavidades
esquerdas. No pneumotórax hipertensivo, não há falência ventricular, e sim uma redução do retorno venoso para o coração
direito, decorrente de angulação dos vasos da base (pelo desvio do mediastino) e do aumento da pressão intratorácica. No
tamponamento, também há diminuição do retorno venoso...

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56 - 2020 UFRJ

Homem, 22 anos, previamente hígido sofre acidente automobilístico. Chega à emergência em choque hipovolêmico sendo
submetido à ressuscitação volêmica e recebendo várias unidades de concentrado de hemácia. Levado à sala de operação, quando
durante a cirurgia encontrou-se extensa lesão hepática. Realizada manobra de Pringle que não foi suficiente para diminuir o
sangramento. A conduta mais adequada para esse paciente, neste momento, é:

A) Controlar danos com compressas e transferir para UTI.


B) Solicitar um bisturi ultrassônico para a hemostasia e terminar a cirurgia.
C) Clampear da aorta e aguardar melhora da coagulação.
D) Transfundir fatores de coagulação e terminar a cirurgia.

» Temos uma vítima de contusão abdominal e em choque hipovolêmico. Até segunda ordem, a origem deste choque é a
hemorragia, não concordam? Pois bem, o paciente foi submetido à laparotomia, que identificou um sangramento hepático; muitas
vezes lesões graus III e IV (na escala da AAST) são responsáveis por perdas sanguíneas significativas, como a descrita no
enunciado.
 
A conduta inicial foi corretíssima, ou seja, a realização da manobra de Pringle. Neste procedimento, o cirurgião clampeia as
estruturas do ligamento hepatoduodenal (veia porta, artéria hepática e colédoco). Caso a perda sanguínea melhore,
provavelmente um ramo intra-hepático da veia porta ou um ramo intra-hepático da artéria hepática foram envolvidos. Por outro
lado, se a hemorragia continuar, o sangramento é proveniente da veia hepática ou da veia cava retro-hepática, condições mais
preocupantes.
 
Nesse contexto, com a hemorragia ainda não totalmente controlada, a abordagem do órgão demandaria um tempo maior,
sobretudo porque as lesões presentes são de difícil acesso. Um tempo cirúrgico prolongado agravaria ainda mais a tríade letal de
(1) acidose láctica, devido ao choque, (2) hipotermia, que se agrava com o “abdome aberto” em centro cirúrgico e (3) coagulopatia,
ocasionada por consumo de fatores de coagulação, que são ativados para deter a hemorragia, e pela agregação plaquetária
defeituosa, resultado da hipotermia.
 
Assim, a medida correta consiste em tamponar o sangramento hepático utilizando compressas, deixar o abdome em
peritoneostomia e enviar o paciente de forma imediata para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na UTI, as alterações da
coagulação serão corrigidas, assim como a hipovolemia e a queda na temperatura corpórea. Em um segundo momento, já com o
paciente “equilibrado” do ponto de vista clínico, se realiza o procedimento cirúrgico definitivo. Acabamos de descrever a Cirurgia
para o Controle do Dano... Dessa forma, a opção correta é a (A).
 
Como vimos, não será um bisturi ultrassônico que vai resolver um sangramento dessa localização; nosso paciente necessitará de
transfusão de fatores de coagulação, mas estes não serão capazes de interromper o sangramento de forma consistente; é
necessário o tamponamento! Clampear a aorta é um absurdo total; além de não conter o sangramento, este procedimento levaria
à insuficiência renal aguda e à interrupção de fluxo sanguíneo para artéria mesentérica inferior e membros inferiores.

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57 - 2020 UFRJ

No atendimento ao traumatizado, além de todas as medidas que devem ser realizadas, é importante se evitar a ""tríade letal"",
formada por:

A) Hipotensão, taquicardia, e diminuição do débito urinário.


B) Acidose, hipotermia e coagulopatia.
C) Hipoxemia, hipóxia cerebral e hipoventilação.
D) Coma, sangramento abdominal e alcalose respiratória.

» Alguns pacientes politraumatizados necessitam de cirurgias complexas e demoradas, a exemplo da laparotomia que,
eventualmente, é associada à. Tais procedimentos, quando prolongados, expõem o indivíduo ao meio ambiente do centro
cirúrgico. A consequência é a hipotermia, muitas vezes fatal; esta condição determina disfunção plaquetária com agravo do
sangramento. Este círculo vicioso leva ao choque, acidose metabólica e necessidade adicional de hemotransfusão (tríade da morte
ou tríade letall: hipotermia, acidose e distúrbios da coagulação). Resposta: B.

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58 - 2020 FJG

Um paciente masculino sofreu um traumatismo raquimedular e durante o exame físico é diagnosticada sensibilidade no sentido
céfalo-caudal até a cicatriz umbilical. O dermátomo responsável pela sensibilidade nesse marco anatômico é:

A) T9
B) T10
C) T11
D) T12

» Sabemos que algumas regiões anatômicas possuem relação com os dermátomos e possuem importância semiológica, como os
mamilos (T4), processo xifóide (T7), umbigo (T10), região inguinal (T12-L1) e região perineal (S2- S3-S4). Portanto, se o paciente está
com sensibilidade até a cicatriz umbilical, temos uma provável lesão a nível de T10. Gabarito letra B.

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59 - 2020 UFRJ

No tratamento da fratura exposta, em membro superior e sem contaminação grosseira, os estudos mais recentes têm
demonstrado que o índice de infecção não altera se a abordagem cirúrgica inicial for executada no limite de tempo, após o trauma,
de até:

A) 6 horas
B) 12 horas
C) 18 horas
D) 24 horas

» Muitos ficaram "bravos" com essa questão na época do concurso porque marcaram a letra A como resposta. Alguns queriam até
saber de onde a banca tirou essa informação de 24h! Pois é, acontece que sabemos essa resposa, porque essa questão foi copiada
e colada da última edição do Sabiston. Segundo essa fonte, até pouco tempo, as fraturas expostas eram consideradas
emergências cirúrgicas que deveriam ser abordadas em até 6 horas, pois acreditava-se que o atraso da abordagem aumentava o
risco de infecções. Acontece que estudos realizados nos últimos 10 anos mostraram não haver diferença na taxa de infecção
quando a cirurgia é realizada em até 24h. Isso não é regra: lesões graves, com contaminação grosseira e de membros inferiores
podem ter maior taxa de infecção com esse atraso, mas o autor não se comprometeu com esse detalhe no enunciado. Desse
modo, a tendência atual é encarar fraturas expostas como urgência cirúrgica, não como emergência.
 
Resposta: D.

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60 - 2020 UFRJ

A estabilização inicial por meio de lençol amarrado circundando o paciente com lesão instável do anel pélvico deve ser aplicada
bilateralmente sobre:

A) A espinha ilíaca posteroinferior.


B) O trocânter maior do fêmur.
C) A tuberosidade isquiática.
D) O processo transverso.

» As fraturas instáveis da pelve são caracterizadas por anel pélvico deformado ou por abertura da sínfise púbica > 2,5 cm; as lesões
ocorrem por forças em sentido anteroposterior, como em acidentes com veículos automotores. Nesses casos, a complicação que
pode se desenvolver e encerrar elevada mortalidade é a hemorragia, que resulta mais frequentemente de esgarçamento do plexo
venoso posterior. Contudo, hemorragias por acometimento de ramos da artéria ilíaca interna podem acontecer.
 
No atendimento inicial a vítima, devemos seguir o ABCDE, com controle de via aérea e infusão de líquidos. Na suspeita de fratura
pélvica instável – discrepância no tamanho dos membros inferiores e/ou achado de um dos membros em rotação lateral –,
associada a choque, a conduta envolve a estabilização da pelve, com redução de volume do anel pélvico, o que vai levar a uma
diminuição do sangramento. Esta medida inicial e salvadora, consiste na passagem de um lençol por sobre o trocânter maior do
fêmur, em ambos os lados, circundando o paciente e devidamente amarrado. O procedimento a seguir naturalmente é ortopédico,
com o uso de fixador externo.
 
“Amarrar” a pelve com um lençol é uma prática muito comum no atendimento pré-hospitalar de vítimas de politrauma em choque,
com suspeita de lesão pélvica instável. Uma questão bem feita.

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61 - 2020 HNMD

Paciente deu entrada no Pronto Socorro de olhos abertos e apresentando retirada dos membros aos estímulos dolorosos. Quando
questionado, respondeu de forma confusa às perguntas. Qual a pontuação obtida na escala de coma de Glasgow deste paciente?

A) 10
B) 8
C) 12
D) 7
E) 13

» Questão decoreba e clássica de prova. Observe a tabela (VER IMAGEM). Resposta: C.

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62 - 2020 UFRJ

A presença de equimose perineal em forma de borboleta sugere lesão uretral com rotura da fáscia de:

A) Camper.
B) Colles.
C) Buck.
D) Santorini.

» Questão difícil e bem específica para uma prova de acesso direto. Mas vamos aproveitar para ganhar este conceito.
O trauma uretral, classicamente, apresenta uretrorragia, bexigoma e hematoma local. Este último pode estar restrito ao pênis ou
localizado no períneo.
O que vai determinar o tipo de hematoma é a intergridade da fáscia de Buck. Se ela estiver íntegra, o hematoma é peniano. Se ela
estiver rompida, o hematoma é perineal.
A fáscia de Buck deixa o hematoma contido no pênis. Em caso de rotura, ela permite que o hematoma escape até o períneo.
Gabarito: Letra C.

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63 - 2020 SCMBH

A principal causa do choque no trauma é a hipovolemia. O choque hemorrágico pode ser dividido nas classes I, II, III e IV. A perda
de sangue estimada, em percentual do volume sanguíneo, para as classes I, II, III e IV é, respectivamente, de

A) 10, 20, 30 e 40.


B) até 15, de 15 a 30, de 30 a 40 e maior que 40.
C) até 5, de 5 a 10, de 10 a 20 e maior que 20.
D) até 10, de 10 a 20, de 20 a 25 e maior que 25.

» Segundo a 10ª edição do ATLS (Advanced Trauma Life Support), a classificação de choque hipovolêmico é dividida em:
- classe I: até 15% da volemia perdida;
- classe II: 15 a 30% da volemia perdida;
- classe III: 30 a 40% da volemia perdida e;
- classe IV: acima de 40% da volemia perdida.
 
Resposta: letra B.

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64 - 2020 HUBFS/HUJBB

Paciente, sexo masculino, 35 anos, foi trazido ao Pronto Atendimento com história de acidente automobilístico. No acidente, houve
esmagamento da região perineal pelas ferragens do automóvel, mas sem outros traumas evidentes (membros, craniano, tórax ou
abdome). Após o atendimento inicial, observou-se que o paciente não conseguia urinar e a rotina da radiologia do trauma não
evidenciou fratura da bacia. A hipótese diagnóstica e a conduta adequada são

A) trauma de uretra posterior, uretrografia retrógrada e cistostomia.


B) trauma de uretra bulbar, sondagem vesical de demora.
C) trauma de uretra posterior, sondagem vesical de demora.
D) trauma de uretra bulbar, uretrografia retrógrada e cistostomia.
E) trauma de uretra prostática, uretrocistoscopia e sondagem vesical de demora.

» Questão sobre trauma de uretra. Paciente de 35 anos, sexo masculino, vítima de acidente automobilístico com esmagamento da
região perineal, sem outros traumas evidentes. O paciente não consegue urinar após o trauma e não há fraturas de bacia na
investigação radiológica. Vamos relembrar alguns conceitos:
- Anatomia - divididos pelo diafragma urogenital:
    Anterior - uretra peniana e uretra bulbar;
    Posterior - uretra membranosa e uretra prostática;
- Mecanismo de trauma
    Uretra peniana - ferimento penetrante, mordeduras e outras lesões diretas;
    Uretra bulbar - trauma direto da região perineal, geralmente o trauma a cavaleiro;
    Uretra membranosa - fratura de pelve associada à posição mais cranial para traqueostomia;
Resumindo este paciente possui uma suspeita de trauma da uretra bulbar pelo mecanismo de trauma ter sido relacionado a
compressão da região perineal nas ferragens e ausência de fratura de pelve. Qual o exame necessário no caso de suspeita de
trauma de uretra: uretrocistografia miccional e se confirmada a lesão completa da uretra o tratamento preconizado é a
cistostomia.
Gabarito letra D.

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65 - 2020 SES - DF

Certo paciente de 38 anos de idade é levado para o hospital após sofrer dois acidentes por ferimento de arma de fogo, sendo um
no tórax e outro no abdome. Chegou ao hospital em Glasgow 7. Ao exame físico, estava descorado, com frequência cardíaca de 135
bpm, ausculta abolida em hemitórax direito, local onde estava o ferimento por arma de fogo. A pressão arterial dele era de 70
mmHg x 50 mmHg e apresentava fáscies de dor. Além disso, apresentou fratura maleolar esquerda com 3 mm de deslocamento da
fratura fibular, associada à mesma. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos relacionados ao ATLS, julgue o item
a seguir. Deve-se submeter a intubação orotraqueal, sendo um agente considerado seguro o etomidato.

A) CERTO
B) ERRADO

» Um paciente vítima de trauma penetrante será atendido como qualquer outro paciente politraumatizado, por isso, seja sempre
metódico com o ABCDE do trauma! Durante a avaliação da via aérea e da respiração, a presença de rebaixamento do nível de
consciência nos obriga a estabelecer a patência da via aérea. Assim, de acordo com o ATLS, os indivíduos com trauma
craniencefálico grave e rebaixamento do nível de consciência ou portadores de um escore na escala de coma de Glasgow igual ou
inferior a 8 (é o caso de nosso paciente) habitualmente precisam de uma via aérea definitiva, em outras palavras, tubo com balão
insuflado na traqueia. O etomidato seria uma boa opção de droga sedativa? Sim, pois nosso paciente encontra-se hipotenso e o
etomidato, diferente de outros sedativos, é bastante estável do ponto de vista hemodinâmico. 
 
Resposta: A.
66 - 2020 HUBFS/HUJBB

Paciente de 40 anos, vítima de assalto, recebeu uma facada na região posterior do hemitórax direito. É trazido para o pronto-
socorro municipal pelo SAMU, referindo “muita falta de ar e dor no peito”. Durante a avaliação primária, foi observada turgescência
jugular bilateral, murmúrio vesicular diminuído e hipertimpanismo em hemitórax direito, FR=31 rpm, FC=135 BP, PA=70x40mmhg.
O diagnóstico provável é

A) hemopneumotórax.
B) hemotórax maciço.
C) pneumotórax hipertensivo.
D) contusão pulmonar com pneumotórax.
E) tamponamento cardíaco.

» Vamos somando as informações:


lesão por arma branca em hemitórax direito + queixa de dispneia + turgência de jugular bilateral + murmúrio diminuido e
hipertimpanismo + hipotensão, nos faz pensar obrigatoriamente em penumotórax hipertensivo.
Gabarito letra C.

67 - 2020 SES - DF

Certo paciente de 38 anos de idade é levado para o hospital após sofrer dois acidentes por ferimento de arma de fogo, sendo um
no tórax e outro no abdome. Chegou ao hospital em Glasgow 7. Ao exame físico, estava descorado, com frequência cardíaca de 135
bpm, ausculta abolida em hemitórax direito, local onde estava o ferimento por arma de fogo. A pressão arterial dele era de 70
mmHg x 50 mmHg e apresentava fáscies de dor. Além disso, apresentou fratura maleolar esquerda com 3 mm de deslocamento da
fratura fibular, associada à mesma. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos relacionados ao ATLS, julgue o item
a seguir. Deve-se solicitar imediatamente transfusão sanguínea com sangue ""O negativo"".

A) CERTO
B) ERRADO

» No caso apresentado, temos um paciente vítima de ferimento por arma de fogo em tórax e abdome. No manejo proposto pelo
ATLS, devemos proceder a intubação orotraqueal, visto que o nível de consciência do paciente (que encontra-se em Glasgow 8) não
permite a segurança das vias aéreas. Quanto ao manejo hemodinâmico, estando o paciente hipotenso, a primeira medida a ser
instituída é a avaliação e reversão de fatores que possam estar ocasionando a instabilidade. No exame físico, havendo murmúrio
vesicular abolido a direita, é possível que estejamos diante de um quadro de pneumotórax hipertensivo. Assim, antes de
pensarmos em transfundir o paciente, devemos reverter essa causa de choque hemodinâmico.
 
Afirmativa ERRADA.

68 - 2020 HUBFS/HUJBB

Paciente de 44 anos, sexo feminino, vítima de acidente automobilístico ocorrido há cerca de 2 horas, trazido pelo SAMU para um
hospital terciário. Durante a avaliação primária, foi observado que o paciente estava consciente, orientado, referindo dor
abdominal, PA=110x60 MMHG, FC=110 BPM, um Fast foi realizado e observou-se líquido no recesso hepatorrenal e na pelve. A
etapa seguinte para o seu tratamento é

A) observação.
B) laparoscopia.
C) tomografia computadorizada com contraste.
D) laparotomia exploradora.
E) lavado peritoneal diagnóstico.

» Paciente vítima de politrauma, que está estável hemodinamicamente, mas com um FAST positivo? Qual a conduta? Avaliar o
abdome com TC para avaliar a presença e o grau das lesões.
Gabarito letra C.
69 - 2020 SES - DF

Certo paciente de 38 anos de idade é levado para o hospital após sofrer dois acidentes por ferimento de arma de fogo, sendo um
no tórax e outro no abdome. Chegou ao hospital em Glasgow 7. Ao exame físico, estava descorado, com frequência cardíaca de 135
bpm, ausculta abolida em hemitórax direito, local onde estava o ferimento por arma de fogo. A pressão arterial dele era de 70
mmHg x 50 mmHg e apresentava fáscies de dor. Além disso, apresentou fratura maleolar esquerda com 3 mm de deslocamento da
fratura fibular, associada à mesma. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos relacionados ao ATLS, julgue o item
a seguir. Após a intubação e a sedação, deve-se avaliar a parte neurológica.

A) CERTO
B) ERRADO

» Está aí um grande erro que muitos cometem na prática! A avaliação neurológica deve ser feita, sempre que possível, ANTES da
sedação e da intubação, afinal de contas, iremos administrar drogas sedativas que vão "bagunçar" a nossa interpretação do status
neurológico do paciente. Tendo em vista que o exame neurológico traz preciosas informações que guardam grande valor
prognóstico, uma avaliação neurológica rápida e objetiva deve preceder - mais uma vez, sempre que possível - a sedação e a
intubação.
 
Respota: B.

70 - 2020 SCMBH

Tendo em vista os princípios da padronização do atendimento inicial ao politraumatizado preconizado pelo Suporte Avançado de
Vida no Trauma (ATLS), assinale a alternativa incorreta.

A) Uma história inicial e detalhada não é essencial para iniciar a avaliação do paciente com lesões agudas.
B) A avaliação primária não deve ser repetida e deve ser seguida até o final, passando a seguir à avaliação secundária.
C) O paciente com maior ameaça à vida deve ser atendido primeiro.
D) A falta de um diagnóstico definitivo não deve atrasar a aplicação do tratamento urgente indicado.

» Questão direta e que nos pediu a alternativa INCORRETA segundo o preconizado pelo ATLS. 
Letra A: CORRETA. Uma história inicial detalhada é muito importante para entendermos bem a dinâmica do trauma. Um acidente
de carro frontal, por exemplo, leva a lesões totalmente distintas de um capotamento. Embora ambos sejam acidentes de
transporte. Entretanto, releia a alternativa… É claro que a história inicial é muito importante, mas sem ela nós já podemos iniciar a
avaliação e o atendimento do paciente vítima do trauma. 
Letra B: INCORRETA. A avaliação primária deve ser repetida com frequência para identificar qualquer alteração do estado clínico do
doente que indique a necessidade de intervenção adicional. INCORRETA
Letra C: INCORRETA. Este item levou a grande polêmica! Afinal, segundo o próprio ATLS, existem dois tipos diferentes de eventos
com várias vítimas. 
Incidentes com múltiplas vítimas ( IMVs), ou desastres nos quais os recursos para o cuidado do doente estão sobrecarregados,
mas não são extrapolados, podem pressionar recursos locais a ponto de a triagem concentrar-se na identificação daqueles
doentes com lesões com maior ameaça à vida.
Eventos com vítimas em massa ( EVMs): são desastres nos quais os recursos para o cuidado do doente são extrapolados e não
podem ser suplementados imediatamente. Por necessidade, a triagem concentra-se em identificar aqueles doentes com maior
probabilidade de sobrevida. 
Em resumo, nem sempre “o paciente com maior ameaça à vida deve ser atendido primeiro”. 
Letra D: CORRETA. Segundo o ATLS, a falta de diagnóstico definitivo nunca deve impedir a aplicação do tratamento indicado. 
 
Resposta: letras B e C, mas a banca considerou apenas como gabarito oficial a letra B.

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71 - 2020 SURCE

Um motociclista de 22 anos é envolvido em uma colisão com um carro, sendo atendido pela equipe do SAMU 192 que realizou o
atendimento inicial conforme o PHTLS (Prehospital Trauma Life Support) e aplicou técnicas de restrição de movimento da coluna.
Levado até a sala de emergência tem os seguintes dados na avaliação inicial: A: via aérea pérvia, fala confuso, oxigênio
suplementar (12l/min) e colar cervical; B: FR = 28 irpm, simétrica, murmúrio bilateral presente, SaTO2 = 94%, ausência de crepitação
óssea e de enfisema subcutâneo; C: Sangramento na perna direita controlado com curativo compressivo, pele quente, pulsos
radiais palpáveis FC= 70 bpm, enchimento capilar < 2 seg. PA= 84 x 52 mmHg, pelve estável; D: pupilas isocóricas e fotorreagentes,
Glasgow = 14; sem movimento motor e sensibilidade dos membros inferiores E: diversas escoriações asfálticas, deformidade no
tornozelo E (imobilizado), dorso com escoriações e áreas de dor à palpação. Realizado o eFAST (negativo), Rx de tórax e pelve sem
anormalidades. Com base na história clínica descrita, qual a provável origem do choque circulatório?

A) Choque medular.
B) Choque neurogênico.
C) Choque hipovolêmico.
D) Choque hemorrágico de fonte oculta.

» A questão quer saber qual é a origem do choque circulatório. Diante de um paciente chocado, vítima de trauma, a principal
suspeita é de choque hipovolêmico por hemorragia. Nestes casos, o paciente apresentaria hipotensão, taquicardia e extremidades
frias.
O nosso paciente está hipotenso, porém, taquicárdico e com extremidades quentes. Além disso, apresenta ausência de
sensibilidade e de atividade motora dos membros inferiores. Logo, a nossa principal hipótese é o choque neurogênico secundário
a um trauma raquimedular. Devido ao trauma medular, o paciente apresentou ausência de sensilibilidade e de atividade motora
dos membros inferiores. Além disso, ocorre perda da atividade simpática desencadeando o quadro de choque neurogênico,
bradicardia e perda do tônus vasomotor. Portanto, a melhor resposta é a alternativa B.
Gabarito letra B.

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72 - 2020 HUBFS/HUJBB

Paciente, vítima de atropelamento, deu entrada no pronto atendimento de um hospital. Encontra-se ansioso, referindo dor
abdominal, descorado, FC=124 BPM, PA= 90 x 60 MMHG, FR=31 RPM. O choque hipovolêmico é classificado como

A) Classe I.
B) Classe II.
C) Classe III.
D) Classe IV.
E) Classe V.

» Paciente vítima de politrauma, com dor abdominal e com sinais de choque, até que se prove o contrário, está em choque
hemorrágico. A partir disso, é possível dividir os pacientes em grupos e até mesmo estimar a quantidade de sangue perdida a
partir de alguns parâmetros clínicos, o que determina ainda qual é a melhor estrátegia para resposição volêmica. Como você pode
perceber pela tabela, um paciente hipotenso, com FC entre 120 e 140 bpm, FR de 31 irpm e ansioso seria melhor classificado como
choque classe III. Nesse sentido, a conduta adequada inclui suporte hemodinâmico com reposição de solução cristaloide e sangue.
 
Gabarito: B.
73 - 2020 SES - DF

Certo paciente de 38 anos de idade é levado para o hospital após sofrer dois acidentes por ferimento de arma de fogo, sendo um
no tórax e outro no abdome. Chegou ao hospital em Glasgow 7. Ao exame físico, estava descorado, com frequência cardíaca de 135
bpm, ausculta abolida em hemitórax direito, local onde estava o ferimento por arma de fogo. A pressão arterial dele era de 70
mmHg x 50 mmHg e apresentava fáscies de dor. Além disso, apresentou fratura maleolar esquerda com 3 mm de deslocamento da
fratura fibular, associada à mesma. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos relacionados ao ATLS, julgue o item
a seguir. Tomografia de tórax e de crânio devem ser realizadas imediatamente.

A) CERTO
B) ERRADO

» Não se esqueça que a avaliação de pacientes vítimas de trauma deve ser metódica e protolocar! Seja obsessivo com o ABCDE.
Alguém mais "apressado" talvez possa querer uma tomografia de crânio por causa do rebaixamento do nível de consciência e uma
tomografia de tórax pela alteração à ausculta respiratória, mas esse não deve ser o raciocínio. Pacientes com traumatismo
cranioencefálico (TCE) moderado ou grave e alguns pacientes com TCE leve certos fatores de risco devem realizar TC de crânio,
mas não foi esse o caso aqui, trata-se de trauma penetrante de abdome e tórax. O que esse paciente precisa de imediato, tendo
em vista o Glasgow de 7 e a hipotensão, é de uma via aérea definitiva e de suporte hemodinâmico. Em relação ao aparelho
respiratório, o diagnóstico (pneumotórax, hemotórax, tórax instável...) e a conduta frente a um trauma qualquer devem ser
definidos pela clínica, até porque precisaremos agir rapidamente! A tomografia de tórax fica reservada para casos específicos e
duvidosos e mesmo assim, se o paciente estiver hemodinamicamente estável, o que não é o caso.
 
Resposta: B.

74 - 2020 AMRIGS

Durante a fase de ressuscitação, o uso do algoritmo ABC do ATLS é mandatório. Qual das causas abaixo altera primariamente o
item B (Breathing) dessa rotina?

A) Obstrução de via aérea.


B) Pneumotórax hipertensivo.
C) Lesão da aorta.
D) Fratura da sexta vértebra cervical.

» No "A" do "ABCDE" do trauma, é o momento de avaliação e manutenção das vias aéreas com restrição de movimento da coluna
cervical, pois em pacientes com fraturas, a movimentação intempestiva do pescoço pode comprometer de forma fatal a medula
espinhal alta. Aqui, é fundamental ainda a inspeção da via aérea para a presença de corpos estranhos e vômitos, bem como
acúmulo de saliva e sangue. No "B", é hora de avaliarmos a ventilação e a respiração através da inspeção, palpação, percussão e
ausculta. Lesões que podem comprometer a ventilação de forma imediata incluem o pneumotórax hipertensivo, hemotórax
maciço, pneumotórax aberto e comprometimento traqueal ou brônquico. Já no "C", de "circulação com controle de hemorragia",
procedemos à avaliação hemodinâmica da vítima (é aqui que uma lesão de aorta pode impactar). Lesões altas na medula espinhal
podem provocar choque neurogênico, classicamente marcado por um paciente chocado com bradicardia.
 
Resposta: B.
75 - 2020 HUBFS/HUJBB

A lesão responsável pelo intervalo lúcido é o(a)

A) hematoma extradural.
B) hematoma subdural.
C) hemorragia subaracnoidea.
D) hematoma intraparenquimatoso.
E) contusão cerebral.

» Questão clássica!
O intervalo lúcido está presente na lesão por hematoma extradural. O paciente apresenta uma perda súbita de consciência por
concussão cerebral, após algumas horas (intervalo lúcido) evolui com rebaixamento progressivo do nível de consciência pela
compressão do hematoma extradural.
Gabarito letra A.

Video comentário: 240447

76 - 2020 UFPI

Segundo o ATLS, são fatores que comprometem a respiração (B) no trauma, EXCETO:

A) Pneumotórax hipertensivo.
B) Derrame pleural quiloso.
C) Pneumotórax aberto.
D) Tórax Instável.
E) Hemotórax maciço.

» Em outras palavras, o enunciado quer saber qual das alternativas não representa uma lesão que comprometa a
ventilação/respiração de um paciente vítima de truma.
O oneumotórax hipertensivo, aberto e o hemotórax maciço são considerados armadilhas do B. P Tórax instável, devido ao quadro
álgico e a possível contusão pulmonar associada, também pode estar relacionado a comprometimento da função ventilatória.
Logo, gabarito letra B.

Video comentário: 245485

77 - 2020 HUBFS/HUJBB

Paciente de 28 anos, vítima de queda de motocicleta sem capacete, deu entrada no pronto atendimento de um hospital municipal.
Durante a avaliação do estado neurológico, foram observadas pupilas isocóricas e fotorreagentes, abertura ocular ao estímulo
doloroso, flexão anormal e palavras inapropriadas. O Glasgow corresponde a

A) 9.
B) 10.
C) 8.
D) 7.
E) 6.

» Questão direta sobre o cálculo da ECG:


Abertura ocular aos estímulos doloros: 2 pontos +
Emite palavras inapropriadas: 3 pontos + 
Moviemnto em flexão anormal: 3 pontos.
ECG = 8, gabarito letra C.
78 - 2020 SES - DF

Certo paciente de 38 anos de idade é levado para o hospital após sofrer dois acidentes por ferimento de arma de fogo, sendo um
no tórax e outro no abdome. Chegou ao hospital em Glasgow 7. Ao exame físico, estava descorado, com frequência cardíaca de 135
bpm, ausculta abolida em hemitórax direito, local onde estava o ferimento por arma de fogo. A pressão arterial dele era de 70
mmHg x 50 mmHg e apresentava fáscies de dor. Além disso, apresentou fratura maleolar esquerda com 3 mm de deslocamento da
fratura fibular, associada à mesma. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos relacionados ao ATLS, julgue o item
a seguir. Drenagem torácica só é indicada se houver hemotórax.

A) CERTO
B) ERRADO

» Em paciente com ferimento penetrante em tórax, com hipotenso e ausculta abolida, deve ser indicado a drenagem de tórax, nos
casos de pneumotórax ou hemotórax. Quando ocorre hemotórax, a percussão do lado acometido é maciça. Resposta: ERRADO.

79 - 2020 HUBFS/HUJBB

Um homem de 42 anos é admitido no Pronto Atendimento de Trauma de um hospital de referência com história de acidente
automobilístico. Ele era o condutor de um dos veículos e relata não ter usado o cinto de segurança. Chegou com sinais de trauma
na parede anterior do tórax, dispneia, murmúrio vesicular praticamente abolido à direita e estase jugular. PA 90x50mmHg, FC:
125bpm. Considerando a história acima descrita, a melhor hipótese diagnóstica é

A) pneumotórax.
B) tamponamento cardíaco.
C) pneumotórax hipertensivo.
D) asfixia traumática.
E) contusão miocárdica.

» Paciente, vítima de trauma contuso em parede anterior do tórax, apresenta hipotensão, taquicardia e turgência jugular. Diante
destes achados, as principais hipóteses são tamponamento cardíaco e pneumotórax hipertensivo. O grande divisor de águas será
a ausculta pulmonar. O abafamento de bulhas pode acontecer nas duas condições. No entanto, murmúrio vesicular abolido e
hipertimpanismo do hemitórax acometido estarão presentes no pneumotórax hipertensivo. A conduta imediata deve ser
toracocentese de alívio e o tratamento definitivo, drenagem torácica.
Gabarito letra C.

Video comentário: 240448

80 - 2020 UFPI

A resposta endócrino-metabólica ao trauma cirúrgico envolve os seguintes processos, EXCETO:

A) Aumento da glicogenólise hepática e redução da gliconeogênese.


B) Estímulo de produção de aldosterona, secundário ao sequestro hídrico causado pelo edema traumático.
C) Elevação do hormônio antidiurético até o 4° ou 5° dia pós-operatório.
D) Elevação do cortisol, promovendo estímulo a síntese proteica.
E) Elevação do GH, ACTH e do TSH.

» A questão acabou sendo anulada pois apresenta mais de uma alternativa incorretas.
A REMIT tem como objetivo final a disponibilização de glicose e a gliconeogênese é uma dos processos que se intensifica.
A outra incorreta é a letra D. O cortisol se eleva, porém o mesmo não está relacionado a estímulo a síntese proteica, e sim ao
controle de líquidos.

Video comentário: 245486


81 - 2020 HUBFS/HUJBB

Paciente de 24 anos, sexo masculino, vítima de atropelamento, é trazido pelo SAMU para hospital terciário. Ao exame físico,
observam-se escoriações em base do tórax, parede abdominal e pelve. Está ansioso, com sudorese fria, FC=133 BPM, PA=90x60
MMHG, FR=30 RPM, murmúrio vesicular levemente diminuído no hemitórax esquerdo. A melhor sequência de tratamento é

A) entubação orotraqueal, drenagem de tórax, reposição volêmica.


B) oxigênio por máscara, drenagem tórax, reposição volêmica.
C) oxigênio por máscara, reposição volêmica, localizar e parar sangramento.
D) entubação orotraqueal, reposição volêmica e tomografia de abdome.
E) oxigênio por máscara, pericardiocentese, reposição volêmica.

» Paciente vítima de trauma, sempre devemos seguir o ABCDE. 


No A, s eo paciente foi trazido pelo SAMU, provavelmente já está com a coluna cervical devidamente iobilizada. Não temos
nenhuma indicação inicial de VA artificial. No B, devemos oferecer oxigênio. No C, devemos identificar a classe de perda volêmica e
conter o sangramento.
Logo, gabarito letra C.

82 - 2020 SES - DF

Certo paciente de 38 anos de idade é levado para o hospital após sofrer dois acidentes por ferimento de arma de fogo, sendo um
no tórax e outro no abdome. Chegou ao hospital em Glasgow 7. Ao exame físico, estava descorado, com frequência cardíaca de 135
bpm, ausculta abolida em hemitórax direito, local onde estava o ferimento por arma de fogo. A pressão arterial dele era de 70
mmHg x 50 mmHg e apresentava fáscies de dor. Além disso, apresentou fratura maleolar esquerda com 3 mm de deslocamento da
fratura fibular, associada à mesma. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos relacionados ao ATLS, julgue o item
a seguir. Traumas por arma de fogo podem conter projéteis, e sua retirada pode ocasionar piora hemodinâmica, dependendo do
local.

A) CERTO
B) ERRADO

» Traumas por arma de fogo com projétil alojado devem ser conduzidos de forma cautelosa. A grande maioria requer laparotomia
explorado para controle do sangramento. Porém, casos estabilidade hemodinâmica e ausência de irritação peritoneal nos traumas
abdominais, e estabilidade hemodinâmica, sem indicação de toracotomia, em traumas torácicos, podem ser conduzidos de forma
conservadora. A remoção do projétil em paciente estável não é mandatória, e pode levar ao destamponamento e sangramento
nestes pacientes. Os projéteis podem ser considerados estéreis devido sua velocidade e calor ao penetrar no tecido. Resposta:
CERTO.
83 - 2020 UFPI

A situação a seguir que NÃO existe indicação a princípio de intubação endotraqueal no paciente traumatizado é:

A) Hematoma cervical.
B) Queda do Glasgow de 8 para 6.
C) Pneumotórax hipertensivo.
D) Paciente com estridor respiratório.
E) Vítima de queimadura em face.

» De acordo com o ATLS, são indicações de necessidade de proteção de via aérea: fraturas maxilofaciais graves, risco de obstrução
(hematoma cervical, lesão de traqueia ou laringe e estridor), risco de aspiração (sangramento ou vômitos), inconsciência, apneia e
lesão por inalação (o que acontece na queimadura em face). Doentes com trauma craniencefálico grave e rebaixamento do nível
de consciência ou portadores de um escore na escala de coma de Glasgow ≤ 8 precisam também de uma via aérea definitiva.
Agora, não é todo paciente com pneumotórax hipertensivo que precisará de via aérea definitiva, apenas aqueles que precisarem
de suporte respiratório intensivo por insuficiência respiratória.
 
Resposta: C.

84 - 2020 AMP

Escolar de 8 anos, vítima de acidente automobilístico, dá entrada no Pronto Socorro com escala de coma de Glasgow de 14, em
tábua com colar cervical. Durante o período de observação desenvolve vômitos (5), cefaleia intensa, uma crise tônico-clônica
generalizada, amnésia e queda no Glasgow para 11. Qual das alterações é indicativa de maior risco para evolução desfavorável este
paciente?

A) Vômitos.
B) Amnésia.
C) Cefaleia intensa.
D) Crise convulsiva.
E) Queda na pontuação da escala de coma.

» Em todo paciente vítima de trauma, devemos aplicar o ABCDE e realizar a reavaliação de cada item constantemente. Dentro da
avaliação neurológica (D), o rebaixamento do nível de consciência e a alteração pupilar são os grandes indicativos para evolução
desfavorável do paciente (E - Correta).
A presença e intensidade dos sinais e sintomas devem ser valorizadas. Cefaleia intensa, vômitos e crise convulsiva são indicações
de realização de tomografia, mas o grande indicativo de pior prognóstico é a queda na pontuação da escala de coma de Glasgow.
Gabarito letra E.

Video comentário: 232664


85 - 2020 HCG

No exame físico do serviço de emergência, o trauma facial é uma possibilidade frequente. Do ponto de vista da traumatologia
facial,

A) a classificação das fraturas da mandíbula é o Le Fort 1, 2 e 3.


B) as alterações da sensibilidade do nervo infraorbitário podem ocorrer nas fraturas de mandíbula.
C) a oclusão dentária alterada indica sinais de fratura nasal.
D) a fratura nasal é a mais frequente.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. A classificação Le Fort serve para as fraturas de face média.
B) Incorreta. As alterações da sensibilidade do nervo infraorbital acontecem na dissociação craniofacial (Le Fort tipo III).
C) Incorreta. A alteração da oclusão dentária é sinal de fratura de côndilo mandibular.
D) Correta. As fraturas nasais são as mais frequentes dos traumas de face.
Gabarito letra D.

Video comentário: 234314

86 - 2020 HCG

Paciente de 57 anos, vítima de queimadura em fossa poplítea esquerda desde a adolescência, apresentou-se no serviço de cirurgia
plástica para avaliar a lesão. Ao exame físico, apresenta-se com lesão vegetante em fossa poplítea, sangrante, com 15 anos de
evolução e biópsia da lesão de carcinoma espinocelular. Nesse caso, o diagnóstico mais provável da lesão descrita é:

A) úlcera de Cushing.
B) úlcera de Marjolin.
C) úlcera de Martorell.
D) úlcera de Curling.

» A úlcera de Marjolin é definida como um carcinoma de células escamosas ou espinocelular que ocorre na cicatriz de uma
queimadura, complicação desenvolvida muitos anos após a fase aguda (média de 35 anos) do trauma. Geralmente, o tumor possui
comportamento agressivo, com 35% dos pacientes apresentando metástases nodais à época do diagnóstico (B correta). A úlcera
de Curling e a úlcera de Cushing são úlceras consideradas de estresse (isso é, lesões por estresse da mucosa do trato
gastroduodenal superior), a primeira relacionada com pacientes que possuem mais e 30% de superfície corporal queimada e a
segunda, em pacientes com história de traumatismo cranioenceflálico (A e D incorretas). Já a úlcera hipertensiva de Martorell está
associada a calcificação da camada média das pequenas arteríolas (o que causa isquemia), apresentando-se mais tipicamente
acima da região maleolar em pacientes hipertensos e/ou diabéticos (C incorreta).
 
Gabarito: B.

Video comentário: 234315


87 - 2020 AMRIGS

No trauma torácico, o tratamento de fratura de costela simples é feito através de:

A) Cirurgia aberta para fixação.


B) Fixação externa.
C) Analgesia efetiva e repouso.
D) Imobilização com ataduras ou colete.

» Uma fratura de costela sem pneumotórax, pneumomediastino, sem laceração esplênica ou hepática, nem contusão pulmonar ou
cardíaca geralmente não levanta grandes preocupações. O tratamento desses pacientes é feito com analgesia, essencial para
evitar atelectasias ou pneumonia primária por dificuldade de ventilação (geralmente um anti-inflamatório não esteroidal com ou
sem opioides), repouso adequado e, quando possível, exercícios respiratórios (o paciente pode fazer sozinho e em casa, desde que
devidamente orientado). Nada de ataduras ou coletes, que aliás, podem comprometer a função respiratória, indo justamente
contra o objetivo do tratamento. Fixação cirúrgica pode ser benéfica em casos muito selecionados (como em pacientes com
deformidade da parede torácica, por exemplo). A maioria das fraturas curam em 6 semanas, não sendo necessário
acompanhamento regular radiológico.
 
Resposta: C.

88 - 2020 UFPI

Nos traumatismos faciais, a região óssea que é MENOS frequentemente atingida é:

A) Osso nasal.
B) Mandíbula.
C) Maxila.
D) Zigoma.
E) Frontal.

» Em relação aos traumas de face, o osso mais acometido é o osso nasal, em segundo lugar, o osso zigomático. Ne sequência, as
regiões da maxila e madíbula. Dentre todas as alternativas, o osso menos acometido e também o mais resistente é o osso frontal.
Gabarito letra E.

Video comentário: 245490


89 - 2020 SES - DF

Um paciente de 32 anos de idade é levado à sala de trauma pelo Corpo de Bombeiros 25 minutos após ser vítima de acidente de
moto versus anteparo. Testemunhas disseram que o paciente foi arremessado a uma distância de cerca de 10 metros, e que ele
usava capacete. Na cena, estava eupneico e mantinha nível de consciência normal. Durante o transporte, começou a queixar-se de
""falta de ar"". A avaliação inicial do plantonista da sala de trauma foi a seguinte: A - vias aéreas pérvias, com colar cervical; B -
taquidispneico, FR = 54 irpm, murmúrios audíveis e simétricos em ambos hemitóraxes, SpO2 = 93%; C - FC = 130 bpm, PA = 89
mmHg x 68 mmHg, bulhas cardíacas abafadas, escoriações no abdome e nos membros, sem sangramento ativo. Toque retal sem
alterações; D - Abertura ocular ao chamado, fala confusa, localizava dor. Pupilas isocóricas e fotorreagentes; E - Membro inferior
esquerdo encurtado e em rotação lateral, com dor à manipulação. Coluna sem dor à palpação. Com base nesse caso clínico e nos
conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. A padronização do atendimento inicial ao trauma tem por objetivo
facilitar o treinamento de profissionais e priorizar a atenção às doenças com maior risco de morte.

A) CERTO
B) ERRADO

» Assertiva correta. A padronização visa sistematizar o passo a passo do atendimento. Com isso, as equipes podem ser treinadas e
preparadas. Além disso, uma abordagem coordenada, tendo como ponto de partida um fluxograma, permite uma maior difusão e
aplicabilidade.
Gabarito letra A.

Video comentário: 239264

90 - 2020 UFPI

Sobre anatomia da região cervical, marque a opção INCORRETA.

A) A região cervical corresponde a uma área de transição entre a base do crânio, no limite superior, e a clavícula, inferiormente.
B) A Zona I, transição cervicotoracica, tem como limite superior a margem inferior da cartilagem cricoide.
C) A Zona II representa a área de maior complexidade anatômica devido ao arcabouço ósseo que protege as estruturas nervosas e
vasculares que por ela atravessam.
D) A Zona III é limitada pela margem inferior do corpo e ângulo da mandíbula e a base do crânio.
E) A fáscia pré traqueal é uma fina lâmina de tecido conjuntivo que desce do osso hioide em direção ao tórax fixando-se no
pericárdio fibroso.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- correta: descrição sobre o que seria a região cervical.
B- correta: base do pescoço e desfiladeiro torácico. Fúrcula esternal à cartilagem cricoide.
C- incorreta: a zona II vai da cartilagem cricoide ao ângulo da mandíbula. Contém principais estruturas vasculares (carótidas e
veias jugulares) e o trato aerodigestivo. É a região mais facilmente explorada e não tem arcabouço ósseo recobrindo essas
estruturas.
D- correta: segmento do pescoço entre o ângulo da mandíbula e a base do crânio.
E- correta: descrição anatômica da fáscia pré traqueal.
Gabarito letra C.

Video comentário: 245492


91 - 2020 SES - DF

Um paciente de 32 anos de idade é levado à sala de trauma pelo Corpo de Bombeiros 25 minutos após ser vítima de acidente de
moto versus anteparo. Testemunhas disseram que o paciente foi arremessado a uma distância de cerca de 10 metros, e que ele
usava capacete. Na cena, estava eupneico e mantinha nível de consciência normal. Durante o transporte, começou a queixar-se de
""falta de ar"". A avaliação inicial do plantonista da sala de trauma foi a seguinte: A - vias aéreas pérvias, com colar cervical; B -
taquidispneico, FR = 54 irpm, murmúrios audíveis e simétricos em ambos hemitóraxes, SpO2 = 93%; C - FC = 130 bpm, PA = 89
mmHg x 68 mmHg, bulhas cardíacas abafadas, escoriações no abdome e nos membros, sem sangramento ativo. Toque retal sem
alterações; D - Abertura ocular ao chamado, fala confusa, localizava dor. Pupilas isocóricas e fotorreagentes; E - Membro inferior
esquerdo encurtado e em rotação lateral, com dor à manipulação. Coluna sem dor à palpação. Com base nesse caso clínico e nos
conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. A drenagem do tórax (pleural) é a primeira conduta a se tomar na
chegada do paciente à sala de trauma.

A) CERTO
B) ERRADO

» Assertiva incorreta. Lembre-se do conceito, sempre vamos atender o paciente vítima de trauma seguindo o ABCDE. Então, por
mais que o paciente tenha chegado com o corpo de bombeiros, devemos realizar novamente o atendimento inicial e seguir o
ABCDE.
Logo, assertiva incorreta, gabarito letra B.

Video comentário: 239265

92 - 2020 SES - DF

Um paciente de 32 anos de idade é levado à sala de trauma pelo Corpo de Bombeiros 25 minutos após ser vítima de acidente de
moto versus anteparo. Testemunhas disseram que o paciente foi arremessado a uma distância de cerca de 10 metros, e que ele
usava capacete. Na cena, estava eupneico e mantinha nível de consciência normal. Durante o transporte, começou a queixar-se de
""falta de ar"". A avaliação inicial do plantonista da sala de trauma foi a seguinte: A - vias aéreas pérvias, com colar cervical; B -
taquidispneico, FR = 54 irpm, murmúrios audíveis e simétricos em ambos hemitóraxes, SpO2 = 93%; C - FC = 130 bpm, PA = 89
mmHg x 68 mmHg, bulhas cardíacas abafadas, escoriações no abdome e nos membros, sem sangramento ativo. Toque retal sem
alterações; D - Abertura ocular ao chamado, fala confusa, localizava dor. Pupilas isocóricas e fotorreagentes; E - Membro inferior
esquerdo encurtado e em rotação lateral, com dor à manipulação. Coluna sem dor à palpação. Com base nesse caso clínico e nos
conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. A tríade de Beck, característica de tamponamento cardíaco, é formada
por hipofonese de bulhas cardíacas, turgência jugular e hipotensão arterial.

A) CERTO
B) ERRADO

» Questão direta. Devido a presença de sangue no saco pericárdico, o paciente se apresenta com hipotensão, turgência de jugular e
hipofonese de bulhas.
Assertiva correta, gabarito letra A.

Video comentário: 239266


93 - 2020 SES - PE

Um paciente foi trazido para a emergência após ter sido vítima do desabamento do edifício onde morava. Ficou retido nos
escombros por oito horas, antes de ser resgatado pelos bombeiros. Queixava-se de dor abdominal, mas a tomografia foi normal. À
admissão, foi diagnosticada uma fratura no fêmur direito e várias escoriações pelo corpo. Como a urina era muito escura, foi
solicitado um sumário de urina que demonstrou presença de sangue, mas com sedimentoscopia normal. O paciente descrito no
caso acima evoluiu com melhora clínica após as medidas iniciais, mas 48 horas depois passou a apresentar dispneia e confusão
mental. Ao ser reavaliado pelo plantonista da UTI, foram observadas hipoxemia e rash petequial em pescoço e face anterior do
tórax. Qual o diagnóstico mais provável para o quadro atual?

A) Embolia gordurosa
B) Sepse
C) Hemorragia intracraniana
D) Lesão pulmonar por inalação de fumaça
E) Pneumotórax hipertensivo

» Dois dados são importantíssimos para chegarmos ao diagnóstico:


1- fratura de fêmur; 2- clínica ventilatória dde início após 48 horas.
No que devemos pensar? Embolia gordurosa. A história é justamente esta, vítima de trauma com fratura de osso longo, que
desenvolve um quadro respiratório agudo aliado à hipoxemia, alterações neurológicas e petéquias, achados característicos de
embolia gordurosa. Nesta condição, partículas de gordura da medula óssea embolizam para a microcirculação, obstruindo os
vasos e causando vasculite, mecanismo fisiopatológico das principais manifestações: hipoxemia (inflamação da vasculatura
pulmonar), alterações neurológicas (agravadas pela hipoxemia) e rash petequial (obstrução de vasos da pele, com extravasamento
de hemácias). O tratamento é de suporte. A prevenção é feita com a rápida abordagem das fraturas (imobilização e correção
cirúrgica).
Gabarito letra A.

Video comentário: 242201

94 - 2020 SES - DF

Um paciente de 32 anos de idade é levado à sala de trauma pelo Corpo de Bombeiros 25 minutos após ser vítima de acidente de
moto versus anteparo. Testemunhas disseram que o paciente foi arremessado a uma distância de cerca de 10 metros, e que ele
usava capacete. Na cena, estava eupneico e mantinha nível de consciência normal. Durante o transporte, começou a queixar-se de
""falta de ar"". A avaliação inicial do plantonista da sala de trauma foi a seguinte: A - vias aéreas pérvias, com colar cervical; B -
taquidispneico, FR = 54 irpm, murmúrios audíveis e simétricos em ambos hemitóraxes, SpO2 = 93%; C - FC = 130 bpm, PA = 89
mmHg x 68 mmHg, bulhas cardíacas abafadas, escoriações no abdome e nos membros, sem sangramento ativo. Toque retal sem
alterações; D - Abertura ocular ao chamado, fala confusa, localizava dor. Pupilas isocóricas e fotorreagentes; E - Membro inferior
esquerdo encurtado e em rotação lateral, com dor à manipulação. Coluna sem dor à palpação. Com base nesse caso clínico e nos
conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. Nesse caso, como o paciente estava usando capacete, poderia se
dispensar a imobilização da coluna cervical com colar.

A) CERTO
B) ERRADO

» Assertiva incorreta. Seria ótimo que o paciente estivesse utilizando o capacete, mas o uso deste dispositivo não exclui a
possibilidade de lesão cervical. Além disso, para a imobilização, o capacete deve ser cuidadosamente retirado.  Gabarito letra B.

Video comentário: 239267


95 - 2020 SURCE

Paciente de 25 anos foi admitida em emergência cirúrgica vítima de trauma automobilístico e colisão frontal com outro veículo.
Após o atendimento inicial, houve estabilização hemodinâmica seguinte à expansão volêmica e drenagem de hemopneumotórax à
esquerda. Estava consciente, orientada e com queixas álgicas no corpo todo e em especial no membro inferior esquerdo, presença
de equimoses em pescoço, à esquerda, tórax e abdômen em correspondência a área de contato com o cinto de segurança,
enfisema subcutâneo em hemitórax esquerdo e fratura de corpo de fêmur à esquerda. A investigação por imagem evidenciou: – Rx
de tórax: dreno bem posicionado, boa expansão pulmonar, enfisema subcutâneo. – Rx de coluna cervical, Rx de pelve e
ultrassonografia de abdômen sem anormalidades. – Rx da coxa com fratura de diáfise de fêmur esquerdo. – Tomografia
computadorizada de crânio – sem anormalidades. Foi internada e evoluía bem, até que após 48 horas de internação, evoluiu com
hemiparesia à esquerda. Feita nova TC de crânio, que evidenciou lesão fronto-temporo-parietal esquerda compatível com AVC
isquêmico. Qual a provável causa?

A) Embolia gordurosa.
B) Traumatismo crânio-encefálico.
C) Lesão de artéria carótida interna.
D) Tromboembolismo venoso profundo.

» Questão que acabou sendo anulada por um erro da própria banca examinadora após a confecção dos recursos.
No enunciado da questão, a paciente apresenta uma hemiparesia à esquerda de forma súbita, com uma tomografia de crânio
evidenciando lesão em região fronto-temporo-parietal esquerda. Porém, nessa localização cerebral, a lesão é contra-lateral a
paresia/plegia e no enunciado apresenta ipsilateral. Por isso a questão acabou sendo anulada.

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96 - 2020 HCG

As lesões vesicais traumáticas extraperitoneais são duas vezes mais comuns que as lesões intraperitoneais e estão quase
invariavelmente associadas a uma fratura pélvica. Classicamente, as rupturas extraperitoneais da bexiga terão uma aparência de
explosão estelar nos estudos radiográficos. Na presença de uma lesão da bexiga extraperitoneal, considera-se uma intervenção
cirúrgica aberta se houver

A) espícula óssea na avaliação da tomografia computadorizada.


B) suspeita de que uma laceração de parede posterior da bexiga esteja presente.
C) necessidade de o paciente ser submetido à fixação externa de uma fratura pélvica.
D) necessidade de o paciente ser submetido a uma laparotomia exploratória para tratamento de outras lesões.

» Diante de um trauma de bexiga, a conduta vai depender de qual porção da bexiga foi lesada. Se for a bexiga intraperitoneal, a
conduta deve ser cirúrgica, se a lesão for extraperitoneal, a conduta é conservadora, com passagem de sonda de foley por 10 dias.
As lesões de bexiga extraperitoneais só devem ser abordadas se houver necessidade de realização de laparotomia por lesões em
outros órgãos.
Gabarito letra D.

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97 - 2020 SES - DF

Um paciente de 32 anos de idade é levado à sala de trauma pelo Corpo de Bombeiros 25 minutos após ser vítima de acidente de
moto versus anteparo. Testemunhas disseram que o paciente foi arremessado a uma distância de cerca de 10 metros, e que ele
usava capacete. Na cena, estava eupneico e mantinha nível de consciência normal. Durante o transporte, começou a queixar-se de
""falta de ar"". A avaliação inicial do plantonista da sala de trauma foi a seguinte: A - vias aéreas pérvias, com colar cervical; B -
taquidispneico, FR = 54 irpm, murmúrios audíveis e simétricos em ambos hemitóraxes, SpO2 = 93%; C - FC = 130 bpm, PA = 89
mmHg x 68 mmHg, bulhas cardíacas abafadas, escoriações no abdome e nos membros, sem sangramento ativo. Toque retal sem
alterações; D - Abertura ocular ao chamado, fala confusa, localizava dor. Pupilas isocóricas e fotorreagentes; E - Membro inferior
esquerdo encurtado e em rotação lateral, com dor à manipulação. Coluna sem dor à palpação. Com base nesse caso clínico e nos
conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. Esse paciente pontua 12 pontos na escala de coma de Glasgow,
considerado trauma cranioencefálico moderado.

A) CERTO
B) ERRADO

» Questão que se repete ano após anos. Cálculo da ECG.


Abertura ocular ao chamado: 3 pontos;
Melhor resposta verbal: fala confusa: 4 pontos;
Melhor resposta motora: localiza a dor: 5 pontos;
Logo, ECG = 12 pontos. ECG < 8 = TCE grave, entre 9 e 12, moderado e de 13-15, leve. 
Gabarito letra A.

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98 - 2020 SURCE

Um paciente com 56 anos, tabagista, com história de icterícia, perda de peso e emagrecimento, foi admitido para tratamento
cirúrgico. Na avaliação clínica pré-operatória, não foram evidenciadas comorbidades maiores e o paciente foi classificado como ASA
II, conforme a escala da American Society of Anestesiology. O estadiamento pré-operatório mostrou lesão compatível com
adenocarcinoma da cabeça do pâncreas localizado. Foi realizada duodenopancreatectomia cefálica e o paciente se encontra no
primeiro dia de pós-operatório em unidade de terapia intensiva, clinicamente bem, conforme o boletim médico. Com base na
chamada resposta sistêmica à cirurgia, qual das seguintes condições é esperada para esse paciente?

A) Aumento dos níveis de cortisol em resposta à liberação renal de renina.


B) Redução dos níveis de aldosterona em resposta à ativação da via simpato-renal.
C) Ativação do sistema nervoso simpático reduzindo a secreção de insulina no pâncreas.
D) Hipoglicemia secundária à aumento dos níveis do hormônio do crescimento (GH).

» Com relação à Resposta Metabólica ao Trauma, vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. O aumento dos níveis de cortisol ocorre em função do aumento de ACTH.
B) Incorreta. O paciente tende a preservar volume, portanto, temos aumento dos níveis de aldosterona.
C) Correta. Na REMIT, temos aumento dos hormônios contra-insulínicos e queda dos níveis de insulina.
D) Incorreta. O paciente apresenta hiperglicemia secundária à elevação dos hormônios contra-insulínicos e queda dos níveis de
insulina. 
Gabarito letra C.

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99 - 2020 HCG

Vários estudos demonstraram que a taxa de nefrectomia em pacientes com lesões renais traumáticas foi maior com a exploração
cirúrgica do que com o manejo não operatório. Entretanto, a intervenção cirúrgica se torna obrigatória se houver

A) instabilidade hemodinâmica resultante de sangramento renal e/ou hematoma retroperitoneal em expansão ou pulsátil e/ou
incapacidade de interromper a hemorragia persistente ou retardada por embolização vascular seletiva.
B) hematoma retroperitoneal no momento da exploração cirúrgica para lesões intra-abdominais em um paciente com
estadiamento radiográfico pré-operatório inadequado.
C) presença documentada por tomografia computadorizada de lesão renal de grau 3 ou superior, coexistindo com lesões intra-
abdominais que requerem exploração abdominal.
D) lesão renal grau 5 e que o paciente esteja estável hemodinamicamente, após reposição volêmica adequada.

» A questão começa com uma frase para nos fazer refletir entre a indicação cirúrgica e o manejo não-operatório de pacientes com
trauma renal. Daí a questão nos pergunta qual das situações nos obriga a intervir cirurgicamente em um paciente vítima de
trauma. 
Letra A: Com certeza. Imaginem que temos um paciente com instabilidade hemodinâmica por sangramento renal ou com
hematoma em zona 2 em expansão e com insucesso da embolização seletiva? Temos que resolver esse sangramento o quanto
antes, explorando a zona 2 e, no geral, realizando a nefrectomia radical. 
Lembre-se que na zona 2 ficam situados os rins, os vasos renais e os cólons ascendente e descendente. Os hematomas dessa área
são originários principalmente dos rins e vasos renais. Os hematomas dessa zona originados por traumatismo fechado são
abordados em sua maioria com tratamento conservador. Para os hematomas em expansão, com sangramento ativo ou fruto de
trauma perfurante a melhor conduta é a exploração cirúrgica. CORRETA
Letra B: Só a presença do hematoma não pe indicação de nefrectomia. INCORRETA
Letra C: Mesmo com uma lesão de alto grau no rim, se o trauma foi fechado, se não há instabilidade hemodinâmica e se não há
hematoma em expansão de zona 2, não temos por que realizar a nefrectomia. INCORRETA
Letra D: Novamente… Mesmo em uma lesão de alto grau, se o paciente está estável, não há indicação de realizar a nefrectomia.
INCORRETA
 
Resposta: letra A.

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100 - 2020 SES - DF

Um paciente de 32 anos de idade é levado à sala de trauma pelo Corpo de Bombeiros 25 minutos após ser vítima de acidente de
moto versus anteparo. Testemunhas disseram que o paciente foi arremessado a uma distância de cerca de 10 metros, e que ele
usava capacete. Na cena, estava eupneico e mantinha nível de consciência normal. Durante o transporte, começou a queixar-se de
""falta de ar"". A avaliação inicial do plantonista da sala de trauma foi a seguinte: A - vias aéreas pérvias, com colar cervical; B -
taquidispneico, FR = 54 irpm, murmúrios audíveis e simétricos em ambos hemitóraxes, SpO2 = 93%; C - FC = 130 bpm, PA = 89
mmHg x 68 mmHg, bulhas cardíacas abafadas, escoriações no abdome e nos membros, sem sangramento ativo. Toque retal sem
alterações; D - Abertura ocular ao chamado, fala confusa, localizava dor. Pupilas isocóricas e fotorreagentes; E - Membro inferior
esquerdo encurtado e em rotação lateral, com dor à manipulação. Coluna sem dor à palpação. Com base nesse caso clínico e nos
conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. Caso haja melhora das condições hemodinâmicas após tratamento do
tamponamento cardíaco, deve-se realizar tomografia de abdome e pelve para esse paciente.

A) CERTO
B) ERRADO

» Assertiva correta. Paciente vítima de politrauma deve ser avaliado de maneira completa e as lesões abdominais e pélvicas devem


ser avaliadas. A TC é o melhor exame para avaliarmos a presença e o padrão de lesões abdominais,
no entanto, ela exige estabilidade hemodinâmica. Por isso, se houver melhora, vamos fazer a TC. Logo, gabarito letra A.

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101 - 2020 UFPI

Paciente masculino, 32 anos, vítima de atropelamento, deu entrada no hospital de urgência sonolento, Glasgow 7, SatO2 = 92%, FC
= 120 bat/min, PA 80/50 mmHg, pele fria, cianose de extremidades e fratura exposta em tíbia direita. Assinalar a resposta CORRETA
quanto à conduta.

A) Fazer transfusão de concentrado de hemaceas e encaminhar paciente para o centro cirúrgico.


B) Fazer intubação orotraqueal e fazer reposição volêmica com solução cristaloide.
C) Colocar paciente em aporte de oxigênio com mascara de Venturi, repor volemia com cristaloide e solicitar concentrado de
hemaceas.
D) Encaminhar o paciente imediatamente para o centro cirúrgico para controle de danos.
E) Fazer intubação orotraqueal, solicitar sangue e encaminhar para o centro cirúrgico.

» No politrauma, o raciocínio precisa ser rápido e protocolar. Paciente chega sonolento com um Glasgow ≤ 8, isso é sinônimo de via
aérea avançada! Na ausência de contraindicações, optamos pela intubação orotraqueal. Seguindo nosso "ABCDE", percebemos
que o paciente está hipotenso, taquicardico e com sinais de hipoperfusão tissular. O autor não nos forneceu grandes detalhes
sobre o exame físico, mas até que se prove o contrário, choque hipovolêmico. A partir das poucas informações fornecidas,
podemos colocar nosso paciente na classe III de choque, o que demandaria reposição volêmica com solução cristaloide +
hemoderivados. Vejam que a melhor resposta é mesmo a letra B, mas para ficar mais completa, poderíamos separar também uma
bolsa de sangue compatível, pois o paciente provavelmente precisará de transfusão. Depois dessas medidas de suporte é que
pensaremos em centro cirúrgico.
 
Resposta: B.
102 - 2020 UFSC

Em relação ao choque no paciente politraumatizado, é correto afirmar.

A) O uso de fator VII ativado recombinante está contraindicado como parte do protocolo de transfusão maciça.
B) No choque hemorrágico classe I, segundo a classificação do ATLS em sua 10a edição, a única alteração perceptível é a
taquicardia.
C) O acesso intraósseo deve ser utilizado somente em crianças e, segundo o ATLS em sua 10a edição, é a terceira opção
preferencial neste grupo de pacientes.
D) Em protocolos de transfusão maciça, o uso precoce de plasma e plaquetas em uma proporção ao concentrado de hemácias de
1:1:1 mostrou diminuição na mortalidade.
E) O uso de ácido tranexâmico mostrou-se ineficaz em pacientes politraumatizados com choque hemorrágico quando utilizado nas
primeiras 3 horas do evento, segundo o estudo CRASH II (The Lancet, 2010).

» Questão polêmica que deu margem para recurso. Com uma certa maldade na assertiva. Vamos analisar as alternativas e marcar a
correta:
A) Errada. O uso do fator VII recombinante não está contraindicado nos protocolos de transfusão maciça. Alguns dados de estudos
demonstram que a sua utilização em situações específicas pode reduzir a quantidade unidades utilizadas de hemocomponentes
em protocolos de transfusão maciça;
B) Correta. O choque hemorrágico grau I pode apresentar mínima repercussão clínica como uma pequena taquicardia, isso está
escrito no texto do capítulo sobre choque do ATLS 10ª edição, entretanto, a clássica tabela sobre os graus I-IV do choque
hemorrágico grau I é descrita com frequência cardíaca normal. Gerando um conflito na própria referência adotada.
C) Errada. O acesso intraósseo é liberado para uso em adultos e mesmo em crianças é a segunda escolha para via  acesso
(primeiro acesso venoso periférico e a segunda acesso intraósseo);
D) Correta. O protocolo de transfusão maciça é balanceado com proporções equitativas de concentrado de hemácias, plasma
fresco congelado e plaquetas de 1:1:1;
E) Errada. O uso do ácido tranexâmico foi uma das grandes mudanças no atendimento ao politraumatizado. Após a validação no
estudo CRASH-II publicado foi demonstrado que sua utilização em pacientes com choque hemorrágico nas primeiras 3 horas após
o trauma reduziu mortalidade e taxa de sangramento.
A banca acabou não aceitando o recurso, mesmo com a referência clássica do ATLS 10ª edição.
Gabarito oficial letra D
Gabarito MEDGRUPO: letras B e D.

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103 - 2020 UFSC

Em relação à hipotensão permissiva no paciente vítima de trauma com choque hemorrágico, é correto afirmar:

A) Infusão excessiva de cristaloides pode estar associada à hipotermia, diluição de fatores de coagulação e deslocamento de
coágulos. O ATLS recomenda infusão inicial de 1 litro de cristaloide.
B) A hipotensão permissiva está em desuso devido aos maus resultados, principalmente em pacientes com ferimentos penetrantes
de tronco.
C) Quando utilizada a hipotensão permissiva, resultados melhores foram obtidos em pacientes com traumatismo cranioencefálico.
D) Pacientes idosos necessitam níveis pressóricos mais baixos para perfusão cerebral e coronariana, sendo nesses pacientes que se
desenvolveu o conceito.
E) O ringer lactato no conceito de hipotensão permissiva é mais efetivo como reposição que o soro fisiológico.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Correta. Conceito extremamente atual! A última edição do ATLS (10ª edição) traz que a quantidade adequada na reposição deve
ser de 1 litro de cristaloide. A infusão excessiva, além de estar associada à hipotermia e diluição dos fatores de coagulação, está
associada a um aumento na taxa de ressangramento nos pacientes vítimas de trauma penentrante.
B) Incorreta. Como vimos acima, é exatamente o contrário do que traz esta alternativa. A hipotensão permissiva é também um
conceito importante no contexto atual, especialmente nos pacientes vítimas de trauma penetrante.
C) Incorreta. Nos pacientes vítimas de TCE, quanto maior a pressão arterial média, maior a pressão de perfusão cerebral. Neste
caso, o uso da hipotensão permissiva, portanto, não é recomendado. Em politraumas associado ao TCE, o uso da hipotensão
permissiva deve ser avaliado cuidadosamente.
D) Incorreta. O contrário! Em pacientes idosos, devido a presença de doença aterosclerótica, os níveis pressóricos devem ser mais
altos para melhorar a perfusão cerebral e coronariana.
E) Incorreta. Tanto o ringer lactato quanto o soro fisiológico apresentam resultados semelhantes no contexto da hipotensão
permissiva. 
Gabarito letra A.

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104 - 2020 SES - PE

Trabalhador da construção civil, 25 anos, vítima de esmagamento por parede de concreto. Está sendo avaliado no atendimento
inicial para uma possível síndrome compartimental de membros. Assinale a alternativa que indica o(s) local(is) mais comumente
afetado(s) por essa condição.

A) Perna e antebraço
B) Pé e mão
C) Coxa
D) Braço
E) Pelve

» Questão decoreba! A perna (segmento infrapatelar) é o local mais frequentemente afetado por lesões por esmagamento e
síndrome compartimental, principalmente relacionada a trauma automobilístico por colisão de pedestre com veículo automotor. O
antebraço é o segundo local mais comum e está relacionado a acidentes de trabalho em regiões industriais e construção civil.
Gabarito letra A.

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105 - 2020 UFSC

Assinale a alternativa correta em relação aos pacientes traumatizados.

A) A reposição adequada de volume deve restabelecer o débito urinário adequado para, pelo menos, 0,5 ml/kg/h no adulto.
B) No atendimento dos pacientes traumatizados, especialmente naqueles que apresentam trauma cranioencefálico, a indicação de
manter a oxigenação e impedir a hipercarbia é relativa.
C) O uso de cânula orofaríngea deve ser feito somente no paciente consciente, para evitar o vômito e a aspiração do conteúdo
gástrico.
D) A hipotermia deve ser sempre evitada e deverá ser corrigida somente após a estabilização e instalação de acesso venoso.
E) O lavado peritoneal diagnóstico é considerado positivo, quando se detectam bactérias pelo Gram, quando há pelo menos
100.000 ou mais leucócitos ou 500 ou mais hemácias.

» Vamos analisar as alternativas:


A) CORRETA. O grande marco da reposição volêmica no adulto é este valor, manter a diurese acima de 0,5 mL/Kg/h.
B) INCORRETA. O manejo especial não deve ser em todo TCE, deve ser apenas nos pacientes com TCE grave. A indicação de
hiperventilação para impedir a hipercapnia (ou hipercarbia) é recomendada para todo paciente vítima de TCE grave.
C) INCORRETA. Deve ser utilizada para evitar a queda da base da língua em pacientes com o nível de consciência reduzido. O
intuito é desobstruir a via área.
D) INCORRETA. A hipotermia deve ser corrigida durante a estabilização do paciente (item E do ABCDE), já deve ser prevenida desde
o início do atendimento e não após a estabilização.
E) INCORRETA. O LPD é considerado positivo se: presença > 100.000 hemácias/mm³, > 500 leucócitos/mm³, amilase > 175 U/dl ou
pesquisa positiva para bile, bactérias ou fibras alimentares.
Gabarito: Letra A.

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106 - 2020 UFMA

Paciente do sexo masculino, 24 anos de idade, vítima de acidente automobilístico, deu entrada no pronto-socorro com queixa de
dor abdominal. Apresenta-se com permeabilidade das vias aéreas, ventilação/respiração sem alterações significantes, frequência
cardíaca de 105 bpm, PA 110 x 70 mmHg, mucosas levemente descoradas, Glasgow 15, pupilas isocóricas e sem déficit motor
lateralizado. O exame físico do abdome evidencia a marca do cinto de segurança e dor à palpação profunda no andar superior.
Submetido ao Extended Focused Assessment with Sonography for Trauma (eFAST), que evidenciou a presença de líquido livre em
espaços subfrênicos e espaço de Morrison. Encaminhado à tomografia computadorizada do abdome com a infusão de contraste
venoso, que evidenciou uma lesão hepática grau II sem blush arterial; lesão esplênica grau II com discreto blush arterial; contusão
do corpo pancreático sem aparentes sinais de laceração do pâncreas ou lesão ductal; sem sinais de lesão em vísceras ocas. Em
relação às recomendações atuais para o manejo dessa situação, marque ""V"" para verdadeiro e ""F"" para falso. ( ) O paciente em
questão, pode ser encaminhado à embolização arterial para o controle do sangramento esplênico e selecionado para o manejo não
operatório do trauma abdominal fechado. ( ) As lesões traumáticas do pâncreas acompanhadas de lesões do ducto pancreático
principal sem sinais de instabilidade hemodinâmica devem ser conduzidas prioritariamente por tratamento não operatório devido
a sua elevada taxa de sucesso. ( ) Os pacientes com traumatismos esplênicos submetidos à esplenectomia total devem realizar a
profilaxia (vacinação) para germes como pneumococos, meningococos, Haemophilus influenza. ( ) Em função do risco elevado de
complicações infecciosas, o paciente em questão deve realizar um esquema de antibiótico presuntivo por 96 horas de cefazolina
com metronidazol. Assinale a sequência CORRETA:

A) F - V - F - F
B) F - F - F - V
C) V - F - V - V
D) V - F - V - F

» Vejamos as assertivas:
I- VERDADEIRA: O “blush” (extravasamento) arterial da lesão esplênica tem como tratamento ideal a embolização por via
endovascular.
II- FALSA: As lesões do ducto pancreático são de tratamento cirúrgico sempre.
III- VERDADEIRA: Exatamente isso! A vacinação em paciente submetidos a esplenectomia tem o intuito de proteger contra germes
encapsulados. 
IV- FALSA: Não existe esquema de antibioticoprofilaxia por mais de 48hs.
 
Resposta: letra B.

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107 - 2020 UFSC

Uma ambulância do SAMU chega à emergência com uma paciente feminina, 33 anos, vítima de acidente de carro, com cinemática
do trauma de alta energia. Foi relatado que a paciente encontrava-se consciente, referindo dor abdominal, apresentava taquicardia
e hipotensão leves. Foi realizada reposição de volume com Ringer lactado e estabilizada a condição hemodinâmica da paciente.
Assinale a alternativa correta em relação à avaliação dessa paciente do caso 1.

A) No trauma abdominal contuso, o pâncreas é frequentemente acometido.


B) A tomografia abdominal sem contraste é útil para avaliar lesões dos órgãos sólidos, como baço, fígado e rim.
C) Em caso de se constatar a presença de lesão esplênica ou hepática, a laparotomia ou laparoscopia está indicada.
D) Em caso de instabilidade hemodinâmica e ultrassom FAST positivo, uma tomografia está indicada.
E) No trauma contuso abdominal, o baço e o fígado são os órgãos mais acometidos, podendo ter sido a causa da instabilidade
hemodinâmica dessa paciente.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. O órgão mais acometido no trauma abdominal contuso é o baço.
B) Incorreta. No trauma, a tomografia deve ser realizada com contraste para avaliar se há extravazamento do mesmo.
C) Incorreta. Se o paciente estiver estável hemodinamicamente a conduta conservadora deve ser adotada. O acompanhamento
clínico, laboratorial e o grau da lesão devem ser estabelecidos para traçar a melhor estratégia. No entanto, atualmente, lesões de
órgãos sólidos em pacientes estáveis têm sido cada vez menos abordadas cirurgicamente.
D) Incorreta. A tomografia é contraindicada em paciente com instabilidade hemodinâmica.
E) Correta. No trauma contuso, o órgão mais acometido é o baço e, em seguida, o fígado. Ambos podem causas instabilidade
hemodinâmica.
Gabarito letra E.

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108 - 2020 UFMA

A sistematização no atendimento pré-hospitalar e hospitalar são capazes de reduzir a morbiletalidade associada aos pacientes
vítimas de traumatismos, nesse contexto, a avaliação e atendimento iniciais padronizados são essenciais para otimização de
resultados. Conforme as recomendações do Suporte de Vida Avançado no Trauma (ATLS®) uma sequência lógica de avaliações,
condutas e procedimentos têm prioridades no atendimento hospitalar inicial dos politraumatizados. Assinale a alternativa
CORRETA que contempla essas recomendações:

A) A permeabilidade das vias aéreas é garantia de uma ventilação e respiração adequadas e dispensa a ausculta respiratória na
avaliação inicial do paciente politraumatizado.
B) A avaliação da permeabilidade das vias aéreas e o controle da coluna cervical têm prioridade em relação à análise do status
neurológico em pacientes com trauma cranioencefálico contuso nas vítimas de acidentes com motocicletas.
C) O choque cardiogênico destaca-se como a principal causa de mortalidade imediata nos pacientes vítimas de trauma torácico,
portanto, a avaliação do status cardiovascular tem prioridade em relação à permeabilidade das vias aéreas nesses pacientes.
D) A traqueostomia cervical é preferível à cricotiroideostomia para a maioria dos pacientes politraumatizados que demandam uma
via aérea cirúrgica, pois é um procedimento mais rápido e com menor risco de hemorragia que a cricotiroideostomia.

» Questão que fala sobre o atendimento pré-hospitalar e hospitalar no trauma segundo as recomendações do ATLS. 
Dito isso, vamos avaliar as opções…
Letra A: INCORRETA. A permeabilidade adequada só garante a passagem de ar adequada, mas a ventilação deve ser avaliada por
um exame direcionado do aparelho respiratório (item B do ABCDE).
Letra B: CORRETA. Seguindo a ordem do ABCDE, o A vem antes da letra D. O A é a avaliação da permeabilidade das vias aéreas e
estabilização da coluna cervical. Já o D é a avaliação do status neurológico por meio do Glasgow e avaliação da reatividade pupilar.
Portanto, o A tem sempre prioridade em relação ao D.
Letra C: INCORRETA. O A sempre é a prioridade. Em qualquer situação de trauma. o ABCDE sempre deve ser seguido, não existe
situação especial que altera a ordem das avaliações.
Letra D: INCORRETA. A cricotireoidostomia é mais rápida e com menor risco de sangramento do que a traqueostomia.
 
Resposta: letra B.

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109 - 2020 HC - UFPR

Sobre o trauma abdominal penetrante, assinale a alternativa INCORRETA.

A) Instabilidade hemodinâmica, peritonite e evisceração são indicativos de laparotomia exploradora.


B) Exploração local da ferida deve ser realizada, quando não houver indicação para laparotomia exploradora, com a finalidade de
verificar integridade da aponeurose.
C) Pacientes com lesão por projetil de arma de fogo devem ser submetidos à tomografia computadorizada para planejamento
cirúrgico.
D) Queda significativa na hemoglobina é indicação para laparotomia exploradora.
E) Quando a exploração local da ferida resultar negativa, o paciente poderá ser encaminhado para domicílio.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Correta: A primeira pergunta é, o abdome é cirúrgico? No trauma penetrante, o que indica a cirurgia é a presença de choque,
peritonite e, ou evisceração.
B- Correta: Vamos lembrar que se não houver nenhuma indicação de laparotomia imediata, devemos realizar a exploração digital
para avaliar se houve ou não violação da cavidade.
C- Incorreta: Vamos entender? Se o paciente estiver estável, ele até pode ser submetido a uma tomografia computadorizada, mas
não é sempre indicada, muito pelo contrário, para as lesões da parede anterior, em mais de 95% dos casos o paciente vai se
beneficiar de uma laparotmia, mesmo não tento instabilidade. Ou seja, a TC pode ser feita, até pode, mas não é indicada.
D- Correta: quando realizamos a observação, a transformação do abdome em cirúrgico ou uma quesa de Hb em mais de 3,
indicam a laparotomia. Algumas refeências até indicam a realização prévia de exames como o FAST ou TC, mas no geral, a
laparotomia é inidcada. 
E- Correta: se realizar a exploração e não houver violação da cavidade, pensamos em uma ferida comum.paciente.
Melhor resposta letra C.

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110 - 2020 UFPB

Paciente homem, 24 anos, vítima de atropelamento é atendido na Emergência. A avaliação neurológica demonstra abertura ocular
aos estímulos dolorosos, emissão de sons incompreensíveis e movimentos de retirada. De acordo com a classificação pela escala
de coma de Glasgow, o valor que corresponde a este paciente, neste caso, é:

A) 6
B) 7
C) 8
D) 9
E) 10

» Questão batida em prova de residência, sobre cálculo de Glasgow. Não pode vacilar, gente! Essa é uma das decorebas
fundamentais para qualquer concurso. Como pode ser visto na tabela (VER IMAGEM), o paciente apresentado pontua 8 na escala
de Glasgow. Resposta: C.

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111 - 2020 UFSC

Uma ambulância do SAMU chega à emergência com uma paciente feminina, 33 anos, vítima de acidente de carro, com cinemática
do trauma de alta energia. Foi relatado que a paciente encontrava-se consciente, referindo dor abdominal, apresentava taquicardia
e hipotensão leves. Foi realizada reposição de volume com Ringer lactado e estabilizada a condição hemodinâmica da paciente.
Assinale a alternativa correta em relação ao caso 1.

A) É rara a associação do trauma pancreático ao trauma de duodeno.


B) A laparoscopia nunca está indicada no trauma abdominal, devendo ser realizada a laparotomia.
C) O achado de hematoma em zona 1 retroperitonial em laparotomia não deve ser explorado devido ao risco de desbloquear um
sangramento.
D) Tomografia abdominal com ruptura parenquimatosa acometendo 25 a 75 % do lobo hepático ou 1 a 3 segmentos de Couinaud
caracteriza injúria de grau IV da classificação de AAST (American Association Surgery Trauma).
E) Tomografia abdominal com hematoma subcapsular maior que 50% da superfície com expansão de área e laceração maior que 3
cm de profundidade do parênquima ou envolvendo vasos trabeculares caracteriza grau II da classificação da AAST de lesão
esplênica.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. A associação é comum. A cabeça do pâncreas apresenta íntima relação com as porções do duodeno, em especial, com
a segunda porção.
B) Incorreta. No trauma de transição toracoabdominal, por exemplo, que não apresenta sinais de peritonite, evisceração ou
choque, a melhor opção é realizar uma laparoscopia para investigar lesão diafragmática.
C) Incorreta. A zona 1 contempla os grandes vasos (aorta e cava), todo trauma nesta região deve ser explorado.
D) Correta. Alternativa extremamente decoreba, mas que está correta. A gente caracteriza uma lesão hepática grau IV quando
apresenta hematoma intraparenquimatoso roto com sangramento ativo ou rotura parenquimatosa de 25-75% de um lobo ou de 1-
3 segmentos de Couinaud dentro de um lobo. 
E) Incorreta. A gente caracteriza uma lesão esplênica grau II nas seguintes situações: hematoma subcapsular de 10-50% e
laceração entre 1-3 cm de profundidade no parênquima. A alternativa descreve uma lesão esplênica grau III. 
Gabarito letra D.

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112 - 2020 HC - UFPR

Considere o seguinte caso clínico: Paciente, sexo masculino, 30 anos, vítima de colisão auto x auto, frontal, de alta energia, chega
ao pronto-socorro trazido por populares. O exame inicial indica: a) vias aéreas não pérvias, dificuldade de fala, sem colar cervical e
sem tábua rígida; b) expansibilidade torácica diminuída à esquerda, MV diminuído à esquerda, maciço à percussão em hemitórax
esquerdo e presença de enfisema subcutâneo abaixo da linha mamilar esquerda, saturação de 88%, O₂ em 5 L/min; c) bulhas
cardíacas rítmicas normofonéticas sem sopros, FC de 133 bpm, PA inaferível, pulsos periféricos ausentes e entrais cheios, abdome
flácido globoso com equimose horizontal abaixo da cicatriz umbilical, pelve estável; d) Glasgow 10 (4 + 1 + 5), pupilas isocóricas e
foto-reagentes; e) múltiplos ferimentos cortocontusos em face; fratura nasal com exposição de cartilagem e sangramento ativo,
equimose horizontal abaixo da cicatriz umbilical, em todo abdome e diagnonal no ombro esquerdo até crista ilíaca direita. Em
relação ao paciente, considere as seguintes afirmativas: 1. A primeira medida a ser tomada deve ser a intubação orotraqueal. 2.
Após a intubação orotraqueal, o paciente deve ser submetido à drenagem torácica fechada à esquerda. 3. Deve-se administrar de
1-2 litros de cristaloides em acesso venoso periférico calibroso e avaliar a resposta hemodinâmica; caso não apresente melhora,
deverá ser submetido a transfusão sanguínea de sangue não-tipado. 4. Devido à instabilidade hemodinâmica, o FAST (Focused
Abdominal Ultrassonography in Trauma) não é indicado. Assinale a alternativa correta.

A) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.


B) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
D) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.
E) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

» Questão complexa que exige atenção do aluno! Vamos analisar a situação: Homem jovem de 30 anos, vítima de colisão auto X
auto, frontal, em mecanismo de alta energia, trazido por populares ao pronto-socorro. Para atendimento vamos seguir o
recomendado pelo ATLS, adotando as condutas necessárias em cada etapa:
Avaliação primária do ATLS:
   A - vias aéreas não pérvias, dificuldade na fala, sem colar cervical e sem prancha rígida. Conduta → necessário proteger a coluna
cervical devido a suspeita de TCE pelo rebaixamento de nível de consciência e possibilidade de trauma de coluna cervical e em
seguida realizar a intubação orotraqueal para manter a via aérea pérvia.
   B - MV reduzido a esquerda, maciço à percussão e com enfisema de subcutâneo abaixo da linha mamilar esquerda. Saturação de
O2 de 88% com O2 5L/min. Conduta → Paciente com provável hemopneumotórax com necessidade de drenagem torácica fechada
em selo d’água à esquerda;
   C - PA inaferível, FC = 133 bpm, pulsos centrais presentes, abdome flácido, globoso, com equimose horizontal abaixo da cicatriz
umbilical (sinal do cinto de segurança) e pelve estável. Conduta → Paciente com instabilidade hemodinâmica, choque grau III (FC
entre 120-140 bpm e PA diminuída) com sinais de trauma abdominal em politraumatizado com outras causas possíveis de choque,
deverá ser realizado o FAST buscando líquido livre intra-peritoneal que possar justificar a necessidade de abordagem cirúrgica.
Também devido a instabilidade deverão ser infundidos 1-2 litros de solução cristaloide aquecida com avaliação da resposta, caso
ainda mantenha a instabilidade deverá ser realizada transfusão sanguínea;
   D - Glasgow 10 (O4 V1 M5), pupilas isocóricas e fotorreagentes. Sem sinais neurológicos focais.
   E - Múltiplos FCC’s em face, com fratura nasal exposta e sinal do cinto de segurança em tórax e abdome;
Vamos analisar as assertivas:
1. Falsa. A primeira medida a ser tomada é proteger a coluna cervical, em seguida realizar a intubação orotraqueal;
2. Verdadeira. Como vimos na avaliação primária, após resolver o “A”, próximo passo é realizar a drenagem torácica a esquerda
pelo diagnóstico clínico de hemopneumotórax a esquerda.
3. Verdadeira. Paciente chocado com instabilidade hemodinâmica no trauma, deverão ser infundidos 1-2 litros de solução
cristaloide aquecida e caso mantenha instabilidade realizar transfusão sanguínea.
4. Falsa. A instabilidade hemodinâmica com necessidade de realizar o diagnóstico diferencial do choque no paciente
politraumatizado é uma indicação precisa de realizar o FAST.
Gabarito letra C.

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113 - 2020 SES - PE

Num paciente politraumatizado, qual das fraturas abaixo significa um trauma grave (alta energia) com possível lesão de vários
sistemas e elevada mortalidade?

A) Afundamento/fratura de zigomático
B) Fratura de escápula
C) Fratura de ramo ísquio-pubiano
D) Fratura transtrocantérica de fêmur
E) Fratura de Colles.

» Algumas lesões estão relacionadas a um trauma mais intenso e a presença dessas lesões deve ligar o sinal de alerta para outras
lesões. No ATLS temos que fraturas de escápula, primeira ou segunda costelas e de esterno sugerem trauma de grande
magnitude, com possíveis lesões em cabeça, pescoço, medula, grandes vasos e pulmão. Gabarito letra B.

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114 - 2020 UFMA

O crioprecipitado contém todos os fatores de coagulação, EXCETO:

A) Fator XIII.
B) Fator de Von Willebrand.
C) Fator IX.
D) Fator VIII.

» Questão direta sobre o crioprecipitado! Vamos só aproveitá-la para relembrar as indicações de transfusão de cada um dos
elementos na imagem em anexo! 
Voltando a questão, relembrem que o crioprecipitado o hemocomponente obtido do descongelamento de 1 bolsa de Plasma
Fresco Congelado a 4° C, sendo removido o sobrenadante. Contém os fatores de coagulação XIII, VIII, Fator de von Willebrand e
fibrinogênio. O volume de cada bolsa é cerca de 10 a 20 ml e a validade é de 1 ano quando armazenado em temperaturas abaixo
de -20º ou de 2 anos quando quando armazenado em temperaturas abaixo de -30º.
 
Resposta: letra C.

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115 - 2020 AMRIGS

No paciente politraumatizado, a primeira medida é garantir:

A) O acesso à via aérea.


B) O acesso venoso periférico.
C) O acesso venoso central.
D) A perfusão periférica.

» Ótima questão para lembrarmos de que sempre vamos atender um paciente vítima de trauma seguindo o famoso ABCDE. E, logo
na letra A temos que lembrar de estabilizar a coluna cervical e avalair a via aérea. Gabarito letra A. Somente tenha o cuidado de
que se for em um ambiente extra-hospitalar, a primeira medida é garantir a segurança da cena.

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116 - 2020 HC - UFPR

Qual o significado clínico do achado de equimose horizontal em abdome e diagonal em tórax?

A) Contusão pulmonar.
B) Lesão mesentérica.
C) Perfuração de bexiga.
D) Perfuração esofágica.
E) Fratura pélvica.

» Ótima questão para lembrarmos do sinal do Cinto de Segurança.


Esta equimose descrita pelo enunciado descreve a tatuagem traumática deixada pelo uso do cinto de segurança nos pacientes
vítimas de trauma. 
Nestes casos, devemos sempre ficar atentos a lesões do intestino delgado e do próprio mesentério. É até uma dica! Na presença
deste achado associado a liquido livre identificado na tomografia, devemos sempre lembrar destas estruturas.
Gabarito letra B.

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117 - 2020 UFPB

Homem, 55 anos, vítima de queda de moto, dá entrada no Hospital de Trauma, com vias aéreas pérvias, ventilando bem. FC
110bpm e PA 100x 60mmHg (após 2000ml de soro ringe lactato) e Glasgow de 14. Refere dor em região hipogástrica. Radiografia
do tórax normal e da bacia com fratura dos elementos posteriores da pelve. Sobre este caso, marque a alternativa correta:

A) De imediato, deverá ser passado sonda vesical para avaliação do débito urinário.
B) Fratura dos elementos posteriores da pelve estão frequentemente associados aos sangramentos de origem venosos,
dificilmente controlados com embolização.
C) Devido à alta incidência de lesões intra-abdominais associadas, deve ser realizada uma ultrassonografia FAST ou um LPD
infraumbilical.
D) Se houver indicação clara para a exploração abdominal, o hematoma pélvico não deve ser explorado.
E) Se houver indicação de laparotomia exploradora e for identificado sangramento ativo da pelve, os ramos ilíacos deverão ser
explorados, a fim de identificar a fonte do sangramento.

» Paciente de 55 anos, sexo masculino que sofreu uma queda de moto e foi trazido ao pronto-socorro. Apresenta-se com vias aéreas
pérvias, ventilando bem, com FC de 110 bpm e PA de 100 x 60 mmHg após 2000 mL de solução cristaloide e Glasgow 14. Refere
dor em região hipogástrica e tem uma radiografia de pelve com fratura dos elementos posteriores da pelve. Vamos analisar as
alternativas.
A) Errada. Nunca é uma conduta imediata a passagem da sonda vesical. Em um cenário seguro como o ambiente hospitalar a
primeira coisa a ser feita é a avaliação primária com o ABCDE do trauma. Este é um paciente que pode ter trauma de uretra o que
contraindicaria a sondagem vesical, logo, antes de realizar a sondagem é preciso garantir que não há presença de sinais que
indiquem a realização de uma uretrografia retrógrada como presença de uretrorragia, hematoma perineal. fratura de pelve
instável ou próstata não tocável;
B) Errada. Alternativa bastante polêmica! A fratura dos elementos posteriores da pelve estão frequentemente associados a
sangramento de origem venosa, entretanto não podem ser controladas com angioembolização. Devido a forma como foi escrita a
questão é dúbia, sendo até forçado o recurso que não foi aceito. O certo seria dizer que os sangramentos de origem arterial
podem ser controlados com angioembolização.
C) Errada. O FAST e o LPD poderiam ser realizados, entretanto, quando há fratura de pelve a proposição de realização do LPD é via
incisão supraumbilical e não infraumbilical como relatado na alternativa;
D) Correta. Se houver indicação clara para indicação da exploração abdominal, o hematoma pélvico não deve ser explorado. O
hematoma da pelve é considerado um hematoma retroperitoneal de zona 3 e quando o mecanismo de trauma é contuso (como o
caso em questão) a indicação de exploração do hematoma retroperitoneal de zona 3 e também da zona 2 (se for o caso) é apenas
se o mesmo estiver em expansão ou pulsátil;
E) Errada. Se durante a laparotomia exploradora for identificada uma fonte de sangramento ativo na pelve a próxima conduta é
realizar o tamponamento pélvico pré-peritoneal (pelve packing) já que a maioria dos sangramentos é de origem venosa. Em caso
de não haver melhora o próximo passo é considerar que o sangramento poderá ser de origem arterial e deverá ser tratado com
angioembolização. Medidas heroicas como procurar a fonte de sangramento no meio de uma pelve cheia de sangue
classicamente é de difícil realização e com pior prognóstico.
Gabarito letra D.

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118 - 2020 HFA

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca no sexto espaço intercostal, na altura da linha axilar
anterior esquerda. Chegou ao pronto-socorro dispneico, sudoreico, com Glasgow de 14, pulso de 130 bpm, pressão arterial de
80/60 mmHg, frequência respiratória de 35 ipm e murmúrio vesicular diminuído no hemitórax esquerdo. Com base nesse caso
hipotético e nos conceitos médicos a ele associados, julgue o item a seguir. A administração de 3 L de cristaloides imediatamente é
a principal prioridade na avaliação e na conduta inicial do doente.

A) CERTO
B) ERRADO

» Incorreta. Neste caso, ainda na letra B do ABCDE devemos aventar a possibilidade de um pneumotórax hipertensivo e a conduta
imediata é a toracocentese de alívio. Além disso, não enxarcamos mais o paciente com 3L de volume.
Gabarito letra B.

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119 - 2020 HFA

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca no sexto espaço intercostal, na altura da linha axilar
anterior esquerda. Chegou ao pronto-socorro dispneico, sudoreico, com Glasgow de 14, pulso de 130 bpm, pressão arterial de
80/60 mmHg, frequência respiratória de 35 ipm e murmúrio vesicular diminuído no hemitórax esquerdo. Com base nesse caso
hipotético e nos conceitos médicos a ele associados, julgue o item a seguir. A drenagem de tórax imediata na sala de emergência
está bem justificada pelas condições descritas do paciente.

A) CERTO
B) ERRADO

» Podemos aceitar a assertiva como correta. O ideal seria a realização toracocentese de alívio, no entanto, podemos sim aceitar
como conduta a drenagem imediata.
Gabarito letra A.

Video comentário: 250119


120 - 2020 AMP

Paciente vítima de ferimento por arma de fogo no abdome dá entrada no PS com intubação orotraqueal e ventilação mecânica e os
seguintes dados vitais: pulso 126bpm, PA 90 x 60mmHg, FR 26mpm, temp.: 35,2oC. Em relação a este caso clínico, aponte a
assertiva correta.

A) A hipotermia é prejudicial neste paciente pois causa coagulopatia devendo ser corrigida com aquecimento ativo.
B) O exame complementar padrão para avaliação da lesão abdominal deste paciente é a tomografia computadorizada.
C) A hipotermia apresentada pelo paciente deve ser mantida com o objetivo de proporcionar uma neuroproteção adequada.
D) Uma gasometria arterial deste paciente mostraria uma acidose metabólica que pode ser corrigida com o uso de bicarbonato de
sódio.
E) Uma gasometria arterial deste paciente mostraria uma acidose metabólica que pode ser corrigida com a modificação dos
parâmetros da ventilação mecânica.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Correta. A tríade letal que devemos evitar em todo paciente vítima de trauma é a hipotermia, acidose e coagulopatia. A
hipotermia e acidose induzem ainda mais a coagulopatia.
B) Incorreta. O paciente está instável hemodinamicamente não deve ser submetido à tomografia de abdome neste momento.
C) Incorreta. Como dito na letra A, a hipotermia deve ser evitada.
D) Incorreta. A acidose metabólica do paciente com choque hipovolêmico é proveniente da má perfusão e deve ser corrigida com
medidas que promovam melhora da perfusão sanguínea.
E) Incorreta. A correção deve ser com reposição volêmica ou hemoderivados. Melhorando a perfusão, melhora a acidose
metabólica.
Gabarito letra A.

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121 - 2020 HFA

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca no sexto espaço intercostal, na altura da linha axilar
anterior esquerda. Chegou ao pronto-socorro dispneico, sudoreico, com Glasgow de 14, pulso de 130 bpm, pressão arterial de
80/60 mmHg, frequência respiratória de 35 ipm e murmúrio vesicular diminuído no hemitórax esquerdo. Com base nesse caso
hipotético e nos conceitos médicos a ele associados, julgue o item a seguir. A aplicação de uma máscara de oxigênio está indicada
no momento da chegada do paciente na sala de emergência.

A) CERTO
B) ERRADO

» Assertiva correta. Seguindo o ABCDE, após a letra A, estando a VA pérvia, vamos oferecer oxigênio e avaliar o B.
Gabarito letra A.

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122 - 2020 AMP

O choque é um estado de hipoperfusão orgânica que leva a metabolismo anaeróbico, morte celular e níveis elevados de lactato na
corrente sanguínea. Sobre esta patologia, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas. I) A infusão de cristalóides
para o tratamento do choque hipovolêmico está associado com uma resposta inflamatória exacerbada e com síndrome do
compartimento abdominal. PORÉM; II) Permite aumentar a oferta de oxigênio ao tecido hipoperfundido, diminuindo assim a
produção de lactato.

A) As duas assertivas são proposições verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
B) As duas assertivas são proposições verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.
C) A primeira assertiva é uma proposição verdadeira, e a segunda é falsa.
D) A primeira assertiva é uma proposição falsa, e a segunda é verdadeira.
E) As duas assertivas são proposições falsas.

» Vamos analisar as assertivas:


I - Verdadeira. A infusão de cristaloide pode aumentar a resposta inflamatória. No caso do Ringer lactato, o isômero D do lactato
pode acumular no plasma e induzir aumento da resposta inflamatória. A reposição volêmica exacerbada pode ocasionar edema de
alças e, consequentemente, síndrome compartimental.
II - Falsa. A infusão de volume melhora a perfusão e diminui a produção de lactato. Esta medida melhora a perfusão pois aumenta
a pressão de perfusão. A oferta de oxigênio é aumentada pela elevação no número de hemácias, ou seja, pela reposição com
concentrados de hemácias. Alternativa polêmica que pode ser interpretada como correta mas a banca manteve como falsa.
Gabarito letra C.

Video comentário: 232697

123 - 2020 HFA

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca no sexto espaço intercostal, na altura da linha axilar
anterior esquerda. Chegou ao pronto-socorro dispneico, sudoreico, com Glasgow de 14, pulso de 130 bpm, pressão arterial de
80/60 mmHg, frequência respiratória de 35 ipm e murmúrio vesicular diminuído no hemitórax esquerdo. Com base nesse caso
hipotético e nos conceitos médicos a ele associados, julgue o item a seguir. Devido às condições descritas, é possível descartar uma
lesão cardíaca no doente.

A) CERTO
B) ERRADO

» Com esta localização de lesão? Não podemos mesmo destacar uma lesão cardíaca, ela deve ser aventada e investigada. Faltam
dados da ausculta, avaliação do mediastino.
Assertiva incorreta, gabarito letra B.

Video comentário: 250121


124 - 2020 AMP

Paciente masculino, 20 anos, vítima de atropelamento, dá entrada no PS com quadro de dor torácica e taquidispneia. Encontra-se
taquicárdico e normotenso. Realiza um raio X de tórax no leito que evidencia área de contusão pulmonar bilateral, maior a
esquerda. Assinale a assertiva que contenha o tratamento inicial para este paciente.

A) Toracotomia anterolateral esquerda.


B) Drenagem torácica fechada bilateral.
C) Drenagem torácica fechada à esquerda.
D) Monitorização, oxigenoterapia e controle adequado da dor.
E) Intubação orotraqueal, reanimação volêmica agressiva com solução cristaloide e pronação.

» Qual deve ser a nossa conduta frente a um quadro de contusão pulmonar? 


Devemos sempre nos preocupar com a dor e a função ventilatória, por isso, os pilares para o tratamento são: momitorização,
analgesia, seja com opioides ou até mesmo bloqueio intercostal e oferecer oxigênio.
Logo, gabarito letra D.

Video comentário: 232698

125 - 2020 HFA

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca no sexto espaço intercostal, na altura da linha axilar
anterior esquerda. Chegou ao pronto-socorro dispneico, sudoreico, com Glasgow de 14, pulso de 130 bpm, pressão arterial de
80/60 mmHg, frequência respiratória de 35 ipm e murmúrio vesicular diminuído no hemitórax esquerdo. Com base nesse caso
hipotético e nos conceitos médicos a ele associados, julgue o item a seguir. Caso o paciente se estabilize, a realização de uma
videotoracoscopia após a drenagem torácica está bem indicada para a pesquisa de uma lesão diafragmática associada.

A) CERTO
B) ERRADO

» Assertiva correta. Nas lesões da transição toraco-abdominal sempre devemos avaliar a possibilidade de lesão no diafragma. A TC
não é um bom exame para este tipo de avaliação. Se o apciente estiver estável, devemos pensar na videolaparoscopia ou na
videotoracoscopia. Apesar da laparoscopia ser a mais utilizada, a videotoracoscopia também pode ser indicada. Gabarito letra A.

Video comentário: 250122

126 - 2020 HFA

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca no sexto espaço intercostal, na altura da linha axilar
anterior esquerda. Chegou ao pronto-socorro dispneico, sudoreico, com Glasgow de 14, pulso de 130 bpm, pressão arterial de
80/60 mmHg, frequência respiratória de 35 ipm e murmúrio vesicular diminuído no hemitórax esquerdo. Com base nesse caso
hipotético e nos conceitos médicos a ele associados, julgue o item a seguir. A punção pleural no segundo espaço intercostal é um
tempo obrigatório antes da drenagem em casos como esse.

A) CERTO
B) ERRADO

» Assertiva incorreta. Neste caso em específico não. Ainda não sabemos se estamso diante de um penumotorax hipertensivo ou de
um hemortórax. E se fosse hipertensivo e a toracostomia pudesse ser realziada de imediato, ela poderia ser feita.
Gabarito letra B.

Video comentário: 250123


127 - 2020 HFA

Um paciente de 27 anos de idade foi vítima de ferimento por arma branca no sexto espaço intercostal, na altura da linha axilar
anterior esquerda. Chegou ao pronto-socorro dispneico, sudoreico, com Glasgow de 14, pulso de 130 bpm, pressão arterial de
80/60 mmHg, frequência respiratória de 35 ipm e murmúrio vesicular diminuído no hemitórax esquerdo. Com base nesse caso
hipotético e nos conceitos médicos a ele associados, julgue o item a seguir. A toracotomia imediata está indicada se, na drenagem
pleural, houver a saída de mais de 1.500 mL de sangue no momento da drenagem.

A) CERTO
B) ERRADO

» Sim, neste caso estaríamos diante de um hemotórax maciço e a conduta é a toracotomia.


Gabarito letra A.

Video comentário: 250124

128 - 2020 AMP

Paciente de 22 anos, vítima de agressão, é trazido ao pronto socorro com múltiplas lacerações em face e crânio, um rebaixamento
do nível de consciência e instável hemodinamicamente. Em relação ao manejo inicial deste paciente, assinale a assertiva que
contenha a conduta inicial mais adequada para este paciente.

A) Intubação orotraqueal.
B) Via aérea cirúrgica – traqueostomia.
C) Iniciar protocolo de reanimação maciça.
D) Tomografia computadorizada de crânio.
E) Via aérea cirúrgica – cricotireoidostomia.

» Sempre importante lembrar que em todo paciente vítima de trauma, sempre vamos realizar o atendimento através do ABCDE.
Neste caso, paciente com rebaixamento do nível de consciênica, com múltiplas lacerações em face, o que pode inferir um risco de
broncoaspiração, devemos, ainda no A pensar em uma via aérea definitiva. Qual? Intubação orotraqueal. Ela deve ser tentada,
caso não tenha sucesso, aí sim pensamos em outros métodos.
Logo, gabarito letra A.

Video comentário: 232703


129 - 2020 UFES

R.A.N., 38 anos, tabagista 70 anos/maço, deu entrada no pronto socorro pela clínica médica com queixa de mal-estar e ""sensação
estranha"" ao respirar. Ao exame, paciente encontrava-se em bom estado geral, conversando, frequência cardíaca: 68 bpm,
frequência respiratória: 20 irpm, corado, hidratado, pressão arterial: 130/80 mmHg, percussão pulmonar levemente timpânica à
direita, ausculta pouco reduzida à direita, saturação em ar ambiente de 92%. Realizado radiografia de tórax que evidenciou
pneumotórax com cerca de 01cm de espessura em ápice e hilo pulmonar. Paciente nega história de trauma pulmonar e doença
pulmonar conhecida. Diante do quadro, qual o diagnóstico e conduta?

A) Pneumotórax secundário, drenagem de tórax em selo d´água e internação hospitalar.


B) Pneumotórax primário, suplementação com oxigênio, observação e repetir imagem em 06 horas.
C) Pneumotórax secundário, cateter de aspiração e repetir imagem em 04 horas.
D) Pneumotórax primário, drenagem de tórax em selo d´água e internação hospitalar.

» Caso clássico de pneumotórax espontâneo ou primário, ou seja, aquele que surge sem interferência de eventos externos, como
trauma, e sem doenças pulmonares subjacentes (A e C erradas). Dentre os fatores de risco, estão sexo masculino, especialmente
nos longilíneos entre 10 e 30 anos de idade, tabagismo e algumas doenças hereditárias. O mecanismo principal é a formação de
bolhas - ou blebs - subpleurais, que acabam rompendo para dentro da cavidade da pleura, originando o acúmulo de ar... Enfim,
feito o diagnóstico, o manejo, nos pacientes estáveis e com sintomas mínimos, é feito através de suplementação de oxigênio e
observação - o racional é que a suplementação de O2 aumenta a reabsorção do ar acumulado na cavidade pleural. Ainda não há
trabalhos que comprovem a fração inspiratória de oxigênio ideal, mas a maioria dos autores defende fluxo > 6 L objetivando
saturação periférica > 96%. Após 6 horas de suplementação de O2 e observação, deve ser realizada nova imagem radiográfica do
tórax. A drenagem de tórax fica indicada se a radiografia mostrar piora do pneumotórax (D errada). Resposta: B.

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130 - 2020 HCPA

Considere as assertivas abaixo sobre trauma em paciente pediátrico. I - Devido às diferenças anatômicas, a intubação orotraqueal é
mais difícil na criança do que no adulto, especialmente nas com menos de 3 anos de idade. II - A medida da pressão arterial
isoladamente não é adequada para avaliar choque hemorrágico, pois perdas volumosas (até 40% da volemia) podem não ser
detectadas. III - Para paciente com trauma abdominal, estável hemodinamicamente, com FAST (ultrassonografia focada para o
trauma) positivo, está indicada tomografia computadorizada com contraste intravenoso. Quais são corretas?

A) Apenas I
B) Apenas II
C) Apenas III
D) Apenas I e II
E) I, II e III

» Vamos analisar as assertivas:


I - Correta. A criança apresenta uma desproporção maior entre o crânio e o tronco, desta forma, no decúbito dorsal, ocorre
naturalmente uma flexão da coluna cervical, neste casa a laringoscopia se torna mais difícil. A grande medida é deixar a face
paralela à maca configurando a posição do "farejador" e facilitando a laringoscopia.
II - Correta. O paciente pediátrico tem uma reserva fisiológica maior, mesmo na presença de choque, consegue manter a pressão
sistólica dentro da normalidade.
III - Correta. A grande condição que permite a realização de tomografia em paciente vítima de trauma é a estabilidade
hemodinâmica. O FAST indica presença de provável sangue na cavidade, a tomografia tem como objetivo evidenciar a origem e o
grau de lesão do sangramento.
Corretas: I, II e III.
Gabarito letra E.

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131 - 2020 UFES

A respeito do manejo da via aérea na abordagem inicial do trauma, é correto afirmar que:

A) Em pacientes comatosos, deve-se estabelecer a via aérea definitiva, com dispositivos tais como o tubo orofaríngeo.
B) Ao utilizar a cricotireoidostomia por punção, o doente pode ser oxigenado adequadamente por até 24 horas.
C) Não se deve prescindir dos cuidados de proteção da coluna cervical, mesmo em pacientes com sinais objetivos de obstrução de
via aérea.
D) No paciente com trauma craniofacial grave deve-se dar preferência para a intubação nasotraqueal.

» Vejamos as alternativas:
 
A- INCORRETA: A via aérea definitiva deve ser de preferência a intubação orotraqueal
 
B- INCORRETA: a cricotireoidostomia por punção deve ser utilizada por apenas cerca de 30 minutos sob risco de hipercapnia. Uma
via aérea definitiva, cirúrgica ou não, deve ser instaurada
 
C- CORRETA: Segundo o ATLS, a proteção a coluna cervical é a primeira medida a ser tomada em concomitância com a avaliação
das vias aéreas. Caso seja necessária a obtenção de uma via aérea definitiva, esta deve ser feita com a coluna cervical protegida
contra a mobilização do pescoço.
 
D- INCORRETA: A intubação nasotraqueal em um paciente com suspeita de fratura de base de crânio pode levar a passagem do
tubo para o encéfalo.
Resposta: C

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132 - 2020 UFES

Paciente evidenciando derrame pleural importante, associado a possível quadro infeccioso. Foi indicado drenagem torácica. Qual a
opção mais adequada de dreno para realização do procedimento de drenagem torácica em circuito fechado?

A) Dreno de Penrose e curativo com gaze.


B) Dreno de Blake e curativo com gaze.
C) Dreno tubular rígido com sistema em selo d'água.
D) Dreno de Broadcast-Lime com sistema em selo d'água.

» A drenagem torácica quando indicada deve fazer com que o conteúdo do espaço pleural deixe o espaço pleural sem retornar a ao
espaço de origem. A drenagem de tórax é classicamente realizada com drenos rígidos (para que não dobrem e apresentem
obstrução no tecido subcutâneo ou na passagem entre os arcos costais), com sistema de válvula para evitar a entrada de ar no
espaço pleural e permitir a drenagem do conteúdo pleural (ar, sangue, exsudato, linfa, etc.) que pode ser um selo d’água ou até
mesmo uma válvula de Heimlich (entretanto esta última não permite manter o sistema fechado).
A) Errada. O dreno de penrose é flexível, geralmente utilizado para drenagem do conteúdo intra-abdominal, de coleções em
subcutâneos por capilaridade e sem válvula que permita o fluxo unidirecional;
B) Errada. Dreno de Blake é um dreno também flexível, que atua com mecanismo de capilaridade e diferença de pressões, feito de
silicone, utilizado para drenagem de fluídos no período pós-operatório, geralmente da cavidade peritoneal ou do tecido
subcutâneo.
C) Correta. Descrição clássica do sistema fechado de drenagem torácica: dreno tubular rígido, multiperfurado conectado a um
sistema coletor em selo d’água que mantém um fluxo unidirecional do conteúdo drenado;
D) Errada. Esta é uma alternativa que não apresenta nenhum dreno habitualmente utilizado, apenas para confundir o aluno com a
presença do sistema em selo d'água.
Gabarito letra C.

Video comentário: 227298


133 - 2020 HCPA

Paciente de 18 anos sofreu trauma de crânio por acidente com veículo automotor. Ao chegar à Emergência, foi intubado.
Apresentava pupilas reativas de 5 mm e reflexos corneano e de tosse. Não havia abertura ocular à dor, e a postura era em extensão
bilateral. A avaliação dos sinais vitais revelou pressão arterial de 139/83 mmHg, batimentos cardíacos de 101 bpm, frequência
respiratória de 8 mpm e saturação de oxigênio de 98%. Exames laboratoriais indicaram hemoglobina de 9,7 g/dl e glicemia de 107
mg/dl. A tomografia computadorizada (TC) de encéfalo encontra-se reproduzida abaixo. Qual a próxima medida a ser tomada?

A) Repetir a TC em 12 horas, com intuito de verificar a evolução do trauma.


B) Transferir o paciente para Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com controle neurológico rigoroso e repetir a TC se houver
modificação do quadro neurológico.
C) Internar o paciente no CTI com controle tomográfico a cada 6 horas.
D) Instalar monitor de pressão intracraniana.
E) Submeter o paciente a craniotomia descompressiva.

» Paciente de 18 anos vítima de acidente automobilístico apresentando TCE grave (Glasgow 4T), no momento intubado com pupilas
isocóricas e fotorreativas. Ao exame apresentava-se estável hemodinamicamente com PA 139x83 e FC 101 bpm, hemoglobina de
9,7 g/dL e glicemia de 107 mg/dL. Realizou uma tomografia computadorizada (TC) de crânio que é apresentada na questão. O que
vemos neste exame?
A TC de crânio sem contraste endovenoso no seu corte axial, apresentando um hematoma subgaleal temporo-occipital esquerdo,
apagamento dos sulcos cerebrais, e compressão do ventrículo lateral direito. Não é possível observar grandes hematomas
epidurais ou subdurais (imagem com qualidade prejudicada) nem hemorragia subaracnoide no corte tomográfico apresentado.
Estes achados na tomografia sugerem a presença de hipertensão intracraniana!
Para fechar o diagnóstico, monitorar e manejar o tratamento da hipertensão intracraniana o que é necessário fazer? Instalar um
monitor de pressão intracraniana no centro cirúrgico! As outras medidas relatadas que envolvem APENAS o controle tomográfico
seja em 6 horas, 12 horas ou se piora do quadro irão alterar a conduta neste momento que deve ser monitorar a PIC
adequadamente. Este paciente também não tem diagnóstico confirmada de hipertensão intracraniana ou sinais de herniação
cerebral ou do tronco, nem sinais neurológicos focais que indiquem uma craniotomia descompressiva de emergência.
Gabarito letra D.

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134 - 2020 UFES

Paciente internado em Unidade de Terapia Intensiva com quadro séptico, estado geral grave, em investigação de foco infeccioso
primário, apresenta ao exame físico sinais de distensão abdominal importante, associado à dor a palpação abdominal durante o
exame físico. Na discussão do caso foram levantadas algumas hipóteses diagnosticas. Dentre as possíveis etiologias listadas
abaixo, qual não tem indicação obrigatória de intervenção cirúrgica imediata?

A) Apendicite Aguda Perfurada.


B) Hipertensão Abdominal.
C) Úlcera Gástrica Perfurada.
D) Peritonite secundária a quadro de obstrução intestinal.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Correta. A apendicite aguda perfurada apresenta coleção purulenta ou mesmo conteúdo fecaloide na cavidade. Neste caso, a
cirurgia deve ser realizada para controlar o foco infeccioso.
B) Incorreta. A descompressão por laparotomia só está indicada nos casos de síndrome compartimental abdominal, ou seja,
quando a pressão intra-abdominal está acima de 20 mmHg e associada à disfunção orgânica. Somente a hipertensão intra-
abdominal (Pressão intra-abdominal > 12 mmHg) não indica intervenção cirúrgica imediata. 
C) Correta. A úlcera gástrica perfura permite a passagem de grande quantidade de secreção entérica para a cavidade, podendo
levar a um grave quadro de sepse de foco abdominal.
D) Correta. A peritonite secundária à obstrução indica forte suspeita de perfuração intestinal.
Gabariot letra B.

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135 - 2020 HCPA

Paciente de 25 anos foi atendido no Pronto-Atendimento por ferimento por arma branca no tórax lateral direito. À admissão, a
frequência cardíaca era de 130 bpm, a pressão arterial de 90/60 mmHg e a frequência respiratória de 32 mpm. Apresentava
murmúrio vesicular reduzido à direita, percussão maciça à direita, abdômen inocente, bulhas cardíacas normofonéticas e não havia
turgência jugular. Após instituir oxigênio e realizar reposição de volume intravenoso (soro fisiológico a 0,9%), deve-se
imediatamente

A) solicitar raio X de tórax e ultrassonografia torácica tipo FAST.


B) realizar punção com agulha no segundo espaço intercostal, na linha hemiclavicular.
C) realizar drenagem pleural.
D) indicar pleuroscopia.
E) indicar toracotomia anterior direita.

» Nosso paciente foi vítima de um trauma penetrante torácico à direita. É admitido taquicardico, taquipneico e com pressão arterial
sistólica limítrofe. Mas agora, o que nos chama a atenção? É o exame físico do tórax, sem dúvida alguma. A presença de murmúrio
vesicular diminuído somado à macicez à percussão do tórax (o normal é som claro atimpânico), nos faz considerar imediatamente
o hemotórax como o principal diagnóstico. A conduta é a realização de drenagem intercostal (drenagem pleural), com o dreno
posicionado no 5º espaço intercostal, imediatamente anterior à linha axilar média. Lembrando que uma saída imediata de sangue
≥ 1.500 ml (em alguns textos > 1.500 ml), ou uma drenagem de 200 a 400 ml/h por 2 a 4 horas, nos indica um hemotórax maciço,
que deve ser abordado através de toracotomia.

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136 - 2020 UFES

Paciente vítima de acidente automobilístico ficou preso nas ferragens por quase 03 horas, apresentando esmagamento importante
dos membros inferiores. Trazido ao hospital, durante o exame na sala vermelha, foi identificado rigidez muscular importante,
associado à oliguria, e os exames laboratoriais apresentaram acidose importante e elevação de CPK (creatinofosfoquinase total).
Objetivando minimizar o dano renal, qual conduta deve ser adotada?

A) Administração de soluções acidificantes da urina.


B) Administração de soluções alcalinizantes da urina.
C) Uso de bloqueadores de canal de cálcio.
D) Amputação imediata dos membros afetados.

» Questão bacana, gente... Paciente vítima de trauma desenvolve oligúria em vigência de destruição maciça de fibras musculares, ou
seja, quadro de rabdomiólise. Nesses casos, a conduta se apoia em 2 pilares: (1) minimizar o dano renal e (2) corrigir distúrbios
eletroliticos. O primeiro objetivo é alcançado através da reposição volêmica, inicialmente e, após correção da oligúria, alcalinização
da urina (A errada). A alcalinização da urina reduz a toxicidade renal pela mioglobina, grande determinante de toxicidade tubular
na rabdomiólise. O uso de bloqueadores de canal de cálcio reduziria a pressão arterial, algo sem o menor cabimento na
rabdomiólise (C errada). A amputação do membro poderia, num primeiro momento, piorar a liberação de mioglobina na circulação
(D erradA)... Resposta: B.

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137 - 2020 UFES

Paciente trazido ao pronto-socorro, vítima de agressão por arma branca em região lombar, apresentando hematoma volumoso em
Zona II do retroperitôneo, identificado pelo exame de tomografia computadorizada. A estrutura que tem a maior probabilidade de
ter sido lesada neste trauma é:

A) Pâncreas.
B) Rim.
C) Estômago.
D) Aorta.

» Vamos relembrar as zonas dos hematomas retroperitoneais:


Zona 1 - contém os grandes vasos aorta e cava;
Zona 2 - Rins e adrenais;
Zona 3 - Vasos pélvicos.
Portanto, os hematomas na zona II do retroperitôneo provavelmente foram originados por uma lesão no rim.
Gabarito letra B.

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138 - 2020 UFES

Paciente vítima de ataque de tubarão em membro inferior, deu entrada desacordado, com palidez cutâneo/mucosa importante,
pele fria, pulsos periféricos indetectáveis. Pela padronização do ATLS (suporte avançado de vida no trauma), foi classificado com
choque hemorrágico Classe IV, que indica uma perda sanguínea em relação a volemia de:

A) 30%.
B) Maior que 40%.
C) 31% a 40%.
D) 15% a 30%.

» Vamos relembrar a estimativa da perda sanguínea baseada na classificação de choque:


Classe I - Perda abaixo de 750 ml (< 15%);
Classe II - Perda entre 750 e 1500 ml (15-30%);
Classe III - Perda entre 1500 e 2000 ml (30-40%);
Classe IV - Perda acima de 2000 ml (> 40%).
Gabarito letra B.

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139 - 2020 HC - UFPR

B. G., 8 anos de idade, é atendido na emergência com quadro de paralisia flácida aguda de membros inferiores. Ao exame,
apresenta nível sensitivo comprometido, táctil, térmico e dor (nível T10), transtorno esfincteriano, ausência de reflexos profundos e
sinal de Babinski bilateral. Considerando os dados apresentados, assinale a alternativa que apresenta a localização da lesão.

A) Medula.
B) Músculo.
C) Junção mioneural.
D) Nervo periférico.
E) Feixe espinotalâmico no tronco cerebral.

» A lesão dos neurônios motores da coluna anterior da medula ocasiona paralisia com hipotonia e hiporreflexia. Estes achados
podem ser evidenciados pela ausência de reflexos profundos e sinal de Babinski positivo bilateralmente. Além disso, a perda de
sensibilidade e, sobretudo, o transtorno esfincteriano fala a favor de lesão medular.
Gabarito: letra A.

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140 - 2020 PSU - MG

Paciente do sexo masculino, 36 anos, taxista, foi vítima de acidente automobilístico. Na avaliação clínica realizada na cena do
trauma, ele estava consciente, mas sudorético e com confusão mental, palidez cutâneo-mucosa acentuada e com diminuição da
amplitude dos pulsos. Pressão Arterial de 90/60mmHg e FC de 120bpm. Dentre os achados desse exame clínico, NÃO pode ser
considerada isoladamente sinal de choque.

A) A alteração do estado de consciência


B) A taquisfigmia
C) A vasoconstrição periférica
D) O valor da pressão arterial aferida

» Antes de analisar a questão, é preciso ressaltar que nenhum sinal vital e/ou teste laboratorial pode diagnosticar COM EXATIDÃO
um choque. Seu diagnóstico consiste na avaliação clínica da presença de perfusão e oxigenação tecidual inadequadas. Entretanto,
logicamente, diversos sinais e alterações, ainda que não sejam capazes de diagnosticar o choque, são úteis em indicá-lo. Nesse
contexto, todos os sinais apresentados, de fato, são alterações que podem indicar choque e corroborar tal diagnóstico, incluindo, a
pressão arterial aferida. No entanto, note que a questão disse o seguinte: “Dentre os achados DESSE EXAME FÍSICO”, qual não
pode ser considerada isoladamente sinal de choque? 
Bem, a PA pode facilitar o nosso raciocínio clínico, mas isoladamente aqui não representa informação alguma… Afinal, existem
casos de PA normal de 90 x 60! Não sabemos qual é a pressão basal do paciente e, por isso, a letra D foi considerada a resposta.

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141 - 2020 HUBFS/HUJBB

Em relação ao choque em pediatria, é correto afirmar:

A) Um bebê ou uma criança são clinicamente classificados somente quando apresentam hipotensão, ou seja, PA sistólica abaixo do
percentil 10.
B) A administração de 20 ml/Kg de SF em 5 a 20 min é uma boa estratégia para a maioria dos choques, menos no cardiogênico.
C) No choque hipotensivo, a administração de drogas vasoativas é mandatória, antes mesmo da administração de cristaloides, pela
gravidade do quadro.
D) Pode-se administrar 2 a 3 bolus de volume de 20 ml/kg de cristaloide em 1 hora na pediatria, não sendo necessária a reavaliação
a cada bolus, principalmente no choque hipotensivo.
E) A administração de 50 ml/Kg de ringer lactato em 30 minutos é recomendada para todos os tipos de choque.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: essa é uma das falhas mais graves e recorrentes no manejo do choque em Pediatria. A hipotensão é o sinal mais
tardio de choque, indicando um quadro já descompensado.
B - Correta, C e E incorretas. O choque cardiogênico demanda uma menor velocidade de infusão de fluidos, uma vez que há
falência de bomba e isso pode levar a um quadro de edema agudo de pulmão (item E errado); nos outros tipos de choque, a
fluidoterapia agressiva é a pedra angular da abordagem inicial (letra C errada).
D - Incorreta. Como sempre há riscos inerentes à fluidoterapia e mesmo a falência iminente do paciente, a reavaliação contínua é
mandatória.
Gabarito letra B.
142 - 2020 PSU - MG

Paciente do sexo masculino, 55 anos, almoxarife, colidiu seu veículo contra um poste, ficando cerca de uma hora preso às
ferragens, consciente. Após sua retirada do carro, apresentava-se pálido, com frequência cardíaca de 130bpm, frequência
respiratória de 32irpm, queixando-se de dor em membro inferior esquerdo, que estava deformado. Apresentava também lesão
corto-contusa em sobrancelha esquerda e hematoma no local, sem sangramento ativo. Recebeu 2.000mL de soro fisiológico no
transporte. À admissão no Pronto Socorro, estava confuso, PA 80x50mmHg, ausculta pulmonar mostrou murmúrio vesicular pouco
diminuído bilateralmente. Não apresenta distensão abdominal e sem dor à palpação. A conduta inicial MAIS ADEQUADA é:

A) encaminhar imediatamente para realização de tomografias.


B) infundir mais 2 litros de soro em dois acessos.
C) providenciar imobilização do membro fraturado.
D) solicitar hemotransfusão imediatamente.

» Nosso paciente foi vítima de acidente com veículo automotor, colidindo com um poste e permanecendo preso nas ferragens por
uma hora. No atendimento pré-hospitalar, se apresenta consciente, porém pálido (perda hemorrágica?), taquicárdico e
taquipneico. Foi infundido durante o transporte 2.000 ml de solução cristaloide. Na admissão em unidade de emergência,
mostrou-se confuso e hipotenso. Exame torácico e abdominal não relevantes... Bom, a principal causa de instabilidade
hemodinâmica no trauma é a hemorragia (choque hipovolêmico hemorrágico), sendo o abdome a principal fonte. Contudo,
fraturas pélvicas instáveis e fratura proximal de membro inferior também podem ser responsáveis. Mas quando lemos as
alternativas, essa revisão que acabamos de fazer não parece ter importância para acertarmos o gabarito. Vejam bem: se existe
hipotensão, já podemos encaixar o paciente pelo menos em classe III de perda hemorrágica, que se confirma com os níveis de
frequência cardíaca e de frequência respiratória. Esses pacientes necessitam de cristaloides e de hemoderivados para sua
ressuscitação volêmica. Sendo assim, a conduta imediata é a descrita na opção (D).
 
Nos capítulos iniciais do ATLS, observamos que em indivíduos hipovolêmicos, a infusão inicial de cristaloide aquecido deve ser de 1
litro; caso não exista resposta, está indicada a hemotransfusão. Voltando ao atendimento. No setor de emergência, durante o
atendimento primário, uma radiografia de bacia vai confirmar ou não a existência de fratura pélvica; FAST deve ser imediatamente
realizado para a pesquisa de lesão intra-abdominal (mesmo com exame inicialmente inocente). Mas, estudos tomográficos estão
contraindicados na presença de instabilidade hemodinâmica. A imobilização do membro fraturado é necessária, mas não nesse
exato momento.

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143 - 2020 HUBFS/HUJBB

Quanto ao atendimento de trauma da criança, é correto afirmar:

A) A avaliação da hemorragia consiste em medir a pressão arterial.


B) A imobilização da coluna cervical não precisa ser realizada na sala de emergência, caso não tenha sido feita anteriormente.
C) A permeabilidade das vias aéreas em paciente desacordado é garantida em decúbito elevado.
D) Hipotermia deve ser prevenida desde o atendimento inicial.
E) A imobilização da coluna não é prioridade na pediatria.

» Vamos avaliar cada uma das alternativas:


A- Incorreta: a alteração da PA pode ser um achado mais tardio. 
B e E Incorretas: o risco pode até ser menor do que no paciente adulto, no entanto, a preocupação existe e a estabilidade da
coluna cervical também faz parte do A, do ABCDE na criança.
C- Incorreta: muitas vezes devemos pensar em via aérea artificial.
D- Correta: assim como no paciente adulto, a hipotermia deve ser sempre evitada.
Gabarito letra D.
144 - 2020 SES - DF

Um paciente de 28 anos de idade chega à emergência do pronto-socorro levado por ambulância após acidente automobilístico a
caminho do trabalho em metrópole brasileira, com atendimento pré-hospitalar pela equipe da SAMU, iniciado oito minutos após o
chamado. Na chegada à emergência, encontra-se em maca rígida, com colar cervical, com ficha de atendimento pré-hospitalar
indicando pressão arterial = 96 mmHg x 64 mmHg, frequência cardíaca = 102 bpm, frequência respiratória = 20 ipm, saturação de
oxigênio = 94%, regular estado geral, mucosas úmidas e hipocoradas, escala de coma de Glasgow 12, pupilas isocóricas e
fotorreagentes, ausculta pulmonar e cardíaca sem particularidades, abdome globoso, sem sinais de peritonismo, tempo de
enchimento capilar de dois segundos, impressão de nítida fratura de membro inferior esquerdo e membro superior direito. Com
base nesse caso clínico e nos conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir. O risco de insuficiência respiratória aguda
para esse paciente estará aumentado nos dias subsequentes ao acidente, sobretudo em razão dos efeitos orgânicos secundários
do politrauma.

A) CERTO
B) ERRADO

» Correta. A assertiva vem ao encontro do conceito preconizado pela distribuição trimodal de mortes no trauma. Lembra que após
as primeiras 24 horas, o óbito geralmente decorre de complicações e, tudo isso decorre devedo aos efeitos do evento traumático.
Logo, gabarito letra A.

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145 - 2020 UNITAU

Paciente, no segundo pós-operatório de neoplasia de reto por abdome agudo obstrutivo, apresenta 2000 ml de perda pela sonda
nasogástrica. Qual conduta deve ser adotada para a correção da perda?

A) Ringer simples, pois o paciente precisa receber potássio.


B) Soro fisiológico, pois é o líquido mais fisiológico.
C) Ringer lactato, pois tem a quantidade mais adequada de sódio e de bicarbonato.
D) Ringer simples, pois não tem lactato, e o paciente já está em alcalose metabólica.
E) Ringer simples, pois não tem lactato, e o paciente já está em acidose metabólica.

» Questão que deveria ter sido anulada. A banca liberou como gabarito a letra C. No entanto, a vantagem do Ringer lactato sobre os
demais fluidos é a menor concentração de cloreto e a metabolização do lactato em bicarbonato, no entanto não há, de fato,
bicarbonato na composição do Ringer. 
Questão deveria ter sido anulada.

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146 - 2020 FMJ

Paciente trazido pelo corpo de bombeiros ao pronto- -socorro, vítima de queda de altura. Na avaliação inicial, encontra-se com vias
aéreas pérveas, sem dor cervical, ausculta pulmonar sem alterações, FR=20 ipm, PA=130x80 mmHg, FC= 90 bpm, sem déficit
neurológico, Glasgow 15. Exame físico abdominal com dor à palpação profunda em flanco direito, descompressão brusca dolorosa
ausente, com hematoma em região lombar direita. Referindo dor lombar e urina avermelhada. Após medidas iniciais, foi
submetido à tomografia de abdome que mostra lesão renal direita com laceração cortical de 5 cm com extensão à junção cortico
medular e laceração vascular com hemorragia contida. A conduta correta a ser tomada é

A) laparotomia exploradora para controle da hemorragia.


B) internação em leito de enfermaria para observação com sintomáticos.
C) alta com acompanhamento ambulatorial com analgesia e orientação de sinais de alerta.
D) internação em UTI, com monitorização e abordagem cirúrgica em caso de instabilização.
E) internação em enfermaria, HB/HT seriado, laparotomia se queda 2 pontos HB.

» Qual deve ser a conduta para este paciente? Veja que durante todo o atendimento e evolução o paciente se mantém estável e sem
nenhuma indicação de cirurgia. A TC identificou uma lesão renal, mas que por si só não indica a laparotomia. Por isso, vamos
seguir uma conduta conservadora, e esta é a tendência atual no tratamento de pacientes vítimas de trauma que se encontram
estáveis hemofinamicamente.
A Cirurgia vai ser indicada caso o abdome se torne um abdome cirúrgico ou se o apciente apresente instabilidade ou outra
indicação.
Gabarito letra D.

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147 - 2020 SCMMA

Paciente com trauma contuso multissistêmico e anormalidade hemodinâmica chega ao PS trazido pelo resgate após 20 minutos do
evento. O médico responsável pelo atendimento suspeita de hemoperitônio. Qual propedêutica deve ser utilizada para descartar
ou confirmar a hipótese?

A) Tomografia com contraste EV para avaliar a presença de sangramento ativo no departamento de imagem.
B) Nenhuma, já está indicada laparotomia pela anormalidade hemodinâmica.
C) Lavado peritoneal diagnóstico na sala de emergência.
D) FAST (focused abdominal simple tomography) tomografia de protocolo simples, sem contraste, de cortes grossos somente para
avaliação de líquidos e pneumperitôneo.

» Ótima questão para lembrarmos do passo a passo da abordagem ao trauma de abdome.


Inicialemnte, sendo trauma contudo, o que indicaria a laparotomia seria a peritonite, o que não encontramos neste caso. Agora,
qual o exame para avaliarmos? TC? Não veja que o paciente está instável.
Logo, devemos pensar no FAST OU LPS. Dentre as opções, melhor resposta letra C.

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148 - 2020 HOS

Assinale a alternativa correta em relação à mortalidade relacionada ao trauma.

A) O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e as equipes pré-hospitalares que prestam atendimento nas rodovias têm
papel de extrema importância na diminuição do primeiro pico de morta-lidade no trauma.
B) A primeira hora de atendimento, também conhecida como Golden Hour, é de fundamental importância para a redução do
primeiro pico de mortalidade.
C) A única maneira eficaz para a redução do primeiro pico de mortalidade é a realização de campanhas de educação e prevenção
ao trauma.
D) O segundo pico de mortalidade relaciona-se a com-plicações infecciosas não identificadas na avaliação primária.
E) O terceiro pico de mortalidade tem relação direta com o sangramento desencadeado pela coagulopatia, acidose e hipotermia,
alterações conhecidas como tríade fatal.

» Vejamos as alternativas:
a)      Incorreta. O atendimento pré-hospitalar tem impacto direto no segundo pico de mortalidade, nas primeiras horas (Golden
Hour) do trauma.
b)     Incorreta. O primeiro pico é o chamado “Platinum Minute”, onde normalmente as mortes ocorrem em minutos por lesões
graves como avulsão de aorta, etc...
c)      Correta. Muito pouco se pode fazer nas lesões que ocorrem no primeiro pico de mortalidade em termos de atendimento
médico. Medidas preventivas possuem maior impacto.
d)     Incorreta. O terceiro pico de mortalidade ocorre dias após o trauma, como complicações infecciosas.
e)     Incorreta. A chamada tríade letal do choque é causa de mortalidade no segundo pico; nas primeiras horas do trauma por
choque hemorrágico.
Resposta: C

149 - 2020 HPEV

Homem, 28 anos de idade, há 40 minutos foi vítima de ferimento por arma branca, na região periumbilical. Conduzido pela equipe
de resgate ao pronto-socorro, sendo que, à admissão, apresentava-se com saturação de oxigênio = 95%, em ar ambiente, repouso
sobre a maca, pressão arterial = 120 x 80 mmHg, frequência cardíaca = 98 batimentos/minuto. A: Vias aéreas pérvias; B: Sem
alterações; C: Abdômen globoso, indolor à palpação, sem sinais de peritonite. Realizada ultrassonografia em emergência - FAST:
negativo; D: Pontuação na Escala de Como de Glashgow = 15; E: Presença de ferimento profundo de cerca de 1,5cm na região
supraumbilical. Sem outras lesões aparentes. Em relação ao caso, considerando os dados clínicos e a ultrassonografia, a conduta
correta deve ser:

A) Realizar sutura do ferimento e a seguir liberar o paciente, conforme os dados clínicos e ultrassonográficos.
B) Abordagem cirúrgica, com exploração abdominal, por via convencional ou laparoscópica.
C) Indicar radiografia de abdome em 3 posições, para avaliar a presença ou não de pneumoperitôneo.
D) A tomografia de abdômen e pelve é imprescindível para se definir a conduta para o caso.

» Questão que deveria ter sido anulada. A banca liberou como resposta a letra B. No entanto, vamos lembrar que se o abdome não é
cirúrgico e não temos nenhuma evidência de lesão óbvia, podemos realizar a exploração digital e, muitas vezes, tentar a conduta
conservadora. Logo, como não encontramos uma resposta correta, a questão deveria ter sido anulada.

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150 - 2020 SCMSJC

Uma criança de 2 anos brincando no chão de sua casa, quando subitamente começa a apresentar sinais de sufocamento.
Pensando que ela tivesse alguma coisa na garganta, sua mãe a debruçou sobre o antebraço e deu-lhe vários golpes nas costas. A
seguir ela apresentou leve melhora, porém começou a tossir. Levada imediatamente a um pronto-socorro, começou a apresentar
dispneia e expansão limitada de um hemitórax. A ausculta estava com murmúrios vesiculares diminuídos em um dos pulmões,
assim como hiperressonância à percussão do mesmo lado. Com relação ao caso exposto acima, assinale a alternativa errada:

A) O diagnóstico mais provável no caso é corpo estranho em via aérea, sendo que o lado afetado mais comumente é o direito.
B) O brônquio principal Esquerdo é mais calibroso, mais curto e vertical que o direito
C) Os lobos médio e inferior do pulmão direito são mais frequentemente envolvidos em uma obstrução por corpo estranho
pequeno.
D) A ausência de ar em um pulmão devido à obstrução e absorção pelos alvéolos é chamada de atelectasia.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Correta. A dispneia súbita associada à cianose nos faz pensar em obstrução aguda da via áerea. O paciente melhorou do
quadro, porém apresentou redução do murmúrio e expansão limitada em um dos hemitórax. O que provavelmente aconteceu foi
a descida do corpo estranho, obstruindo o brônquio principal de um hemitórax. O principal lado acometido é o direito, devido a
maior verticalização deste brônquio.
B) Incorreta. Estas são as característica do brônquio principal direito, lado mais acometido na aspiração de corpo estranho.
C) Correta. Os lobos médio e inferior são os mais acometidos, pois apresentam maior verticalização dos brônquios lobar médio e
inferior. Em especial, o mais acometido é o lobo inferior.
D) Correta. A ausência de ar e absorção pelos alvéolos promove um colapso de toda a região que apresenta o fluxo de ar
obstruído, este colabamento do parênquima pulmonar é a atelectasia.
Gabarito letra B.

151 - 2020 HOS

Assinale a alternativa correta relacionada ao uso do ácido tranexâmico em vítimas de politraumatismos.

A) O ácido tranexâmico é um análogo da lisina que em última análise impede a formação da plasmina, principal responsável pela
fibrinólise.
B) O ácido tranexâmico é um antifibrinolítico que estimula a produção de plasmina, diminuindo a ocorrência da fibrinólise.
C) Devido seu elevado custo, deve ser utilizado em vítimas de politraumatismos com critérios de laparotomia e internação em
Unidade de Terapia Intensiva.
D) O início da utilização do ácido tranexâmico deve ocorrer após a análise do coagulograma por aumentar a possibilidade de
fenômenos tromboembólicos.
E) Existe contraindicação para a utilização do ácido tranexâmico em pacientes com ferimentos penetrantes e em hipotensão
permissiva.

» Vamos analisar as assertivas em relação ao uso deo ácido tranexâmico em politraumatizados:A) Correta. O ácido tranexâmico é um
análogo da lisina que em última análise inibe a conversão de plasminogênio em plasmina por inibição competitiva. Isso acaba
reduzindo a fibrinólise.B) Incorreta. Como citado anteriormente, o ácido tranexâmico diminui a produção de plasmina. E é a
plasmina diminuida que diminui a fibrinólise.
C) Incorreta. O ácido tranexâmico é de baixo custo e está indicado em pacientes com hemorragia grave e indicação de trasnfusão
maciça.D) Incorreta. O início do uso é empírico e deve ser feito nas primeiras 3 horas após a lesão. Não há necessidade de analisar
previamente o coagulograma para lançar mão do ácido tranexâmico.E) Incorreta. O uso de ácido tranexâmico em pacientes com
ferimentos penetrantes e hipotensão permissiva melhora a sobrevida, reduzindo o risco de ressangramento.
Portanto, apenas a letra A encontra-se correta e é o nosso gabarito.
152 - 2020 HPEV

Criança, 7 anos de idade, levada para atendimento médico com história de, há cerca de 2 horas, ter sofrido mordida de cachorro no
braço D. Ao exame físico, observou-se ferimento único e superficial, sem sangramento ativo, no braço direito. Conforme relato da
mãe, tratava-se de cachorro conhecido. Foi realizada limpeza e lavagem da ferida. A conduta a seguir deve ser:

A) Realizar, imediatamente, soro antirrábico.


B) Encaminhar a criança para vacinação contra raiva.
C) Manter o cachorro em observação durante 10 dias.
D) Se o cão não for vacinado, a criança deverá ser encaminhada para a vacinação antirrábica.

» Temos uma criança de 7 anos que foi mordido por cachorro em braço direito e que apresenta um ferimento único e superficial
sem sangramento. 
Pergunta: Que tipo de ferimento é esse? Leve ou grave? 
Lembre-se que ferimentos superficiais, pouco extensos, geralmente únicos, em tronco e membros (exceto mãos e polpas digitais e
planta dos pés) que podem acontecer em decorrência de mordeduras ou arranhaduras causadas por unha ou dente; bem como
lambedura de pele com lesões superficiais, são considerados acidentes LEVES! 
O cão é conhecido, o que deixa implícito que não é suspeito de raiva. Logo, a conduta deve incluir:
• Lavar com água e sabão;
• Observar o animal durante 10 dias após a exposição.
• Se o animal permanecer sadio no período de observação, encerrar o caso.
• Se o animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, administrar 4 (quatro) doses de vacina nos dias 0, 3, 7 e 14, pela via IM.
 
Resposta: letra C.

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153 - 2020 PMSO

Paciente sexo masculino, 43 anos, vítima de acidente de trânsito (queda da motocicleta). Levado por familiares à Unidade Básica de
Saúde mais próxima. Embora confuso, respondia aos comandos e abria os olhos somente quando solicitado. Apresentava
exposição óssea da fíbula esquerda de 2,0 cm, sem avulsão de tecidos e com pulsos distais preservados. Após avaliação inicial
adequada, o clínico da UBS solicita transferência ao SAMU. Para cumprir corretamente o protocolo, necessita classificar o nível de
consciência e a fratura. Qual das alternativas melhor representa o quadro clínico:

A) Glasgow 13 e Gustilo-Anderson II.


B) Glasgow 11 e Gustilo-Anderson I.
C) Glasgow 5 e Gustilo-Anderson IIIA.
D) Glasgow 12 e Gustilo-Anderson IIIA.
E) Glasgow 13 e Gustilo-Anderson IIIB.

» A escala de coma de Glasgow foi inicialmente desenvolvida para pacientes vítimas de TCE. Ao longo do tempo, passou a ser
empregada de um modo mais abrangente para avaliação do nível de consciência em outros contextos clínicos, guardando
importante valor prognóstico. De toda forma, vamos nos relembrar de como ela é feita: Abertura ocular: espontânea (4 pontos);
estímulo verbal (3 pontos); estímulo doloroso (2 pontos); ausente (1 ponto); Melhor resposta verbal: orientada (5 pontos); confusa
(4 pontos); palavras inapropriadas (3 pontos); palavras incompreensíveis (2 pontos); ausente (1 ponto); Melhor resposta motora:
obedece comando (6 pontos); localiza estímulo doloroso (5 pontos); retira membro à dor (4 pontos); decorticação (3 pontos);
descerebração (2 pontos); ausente (1 ponto); Já a classificação de Gustilo-Anderson divide as fraturas expostas em três grupos a
partir das características da lesão de partes moles, da configuração da fratura e do grau de contaminação. Veja: Tipo I - Ferida até
1 cm com lesão de partes moles mínima; contaminação mínima; fratura transversa/oblíqua curta; Tipo II - Ferida de 1-10 cm com
lesão de partes moles moderada; esmagamento mínimo/moderado; contaminação moderada; fratura transversa ou oblíqua
curta/mínima cominuição Tipo III - Ferida com mais de 10 cm e extensa lesão de partes moles e/ou esmagamento; grande
contaminação; trauma de alta energia (IIIA - adequada cobertura óssea com partes moles, apesar de lacerações e retalhos
presentes; IIIB - lesão extensa, não permitindo cobertura óssea, necessitando de reconstituição cirúrgica; IIIC - lesão arterial que
necessita reparo cirúrgico); Aplicando ao caso de nosso paciente, podemos dizer que ele tem um Glasgow de 13 (abre os olhos ao
estímulo verbal, está confuso mas obedece comando) e uma fratura melhor classificada como tipo II. Gabarito: A.

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154 - 2020 SCMV

Paciente de 24 anos, masculino, vítima de colisão de veículos em alta velocidade. Apresenta-se em Glasgow 15 e queixa-se de dores
no tórax, abdômen e pelve. Em relação ao trauma abdominal, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Os órgãos mais frequentemente acometidos são o baço e o fígado nos doentes vítimas de trauma fechado.
B) Os ferimentos por arma de fogo podem causar lesões intra-abdominais em decorrência de sua trajetória, do efeito de cavitação
e da possível fragmentação do projétil.
C) As lesões extensas do mesentério do intestino delgado são decorrentes das forças relacionadas à desaceleração, nas quais
estruturas fixas e não fixas do corpo sofrem movimentos em sentidos opostos.
D) As lesões de órgãos e vísceras retroperitoneais são facilmente diagnosticadas, pois, além de ser uma região de fácil acesso ao
exame físico, os sinais e sintomas de peritonite estão sempre presentes desde a fase inicial.

» Sobre o trauma de abdome, vamos analisar as alternativas: A) Correta. O órgão mais acometido no trauma abdominal fechado é o
baço, em segundo lugar, o fígado. B) Correta. No trauma penetrante por arma de fogo, a lesão intra-abdominal acontece em mais
de 90% das vezes. C) Correta. No movimento de desaceleração, o mesentério tende a tracionar as alças, por isso, as lesões são
extensas. D) Incorreta. A região retroperitoneal é dificilmente avaliada pelo exame físico, o conteúdo extravazado nas lesões pode
não invadir a cavidade peritoneal e não evidenciar sinais de irritação peritoneal. Gabarito letra D.

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155 - 2020 PMF

Você é o plantonista de um hospital de nível secundário, para o qual é trazido pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros,
com colar cervical e prancha rígida, um paciente aparentando ter entre 20-30 anos que colidiu seu automóvel em uma árvore em
uma vicinal. Você chama pelo paciente e ele não responde, não esboça movimentos, nem abre os olhos. O mesmo observa-se após
compressão torácica. Qual a Escala de Coma de Glasgow deste paciente?

A) 0;
B) 3;
C) 4;
D) 8.

» Questão simples sobre avaliação da escala de coma de Glasgow. Vamos então, pontuar:

Abertura ocular → Nenhuma → 1 ponto


Resposta verbal → Nenhuma → 1 ponto
Resposta motora → Nenhuma → 1 ponto

Logo, o Glasgow deste paciente é 3 (1 + 1 + 1). 


 
Resposta: letra B.

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156 - 2020 HSL - RP

Paciente com dreno de tórax no 6º espaço intercostal esquerdo, conectado adequadamente em selo d'água, com oscilação e
presença de bolhas à ventilação, apresenta enfisema subcutâneo acometendo todo hemitórax ipsilateral. Apresenta-se eupnéico,
ventilando espontaneamente com cateter de oxigênio a 2 L/min. O enfisema pode ter sido causado por?

A) Dreno de tórax obstruído, presença de fístula pleural.


B) Espaço intercostal inadequado para drenagem, na presença de fístula pleural.
C) Dreno de tórax obstruído em espaço intercostal inadequado para drenagem.
D) Dreno de tórax mal posicionado, presença de fístula pleural.

» Diante de um dreno de tórax funcionante e oscilante (portanto não está obstruído) que apresenta enfisema subcutâneo, a
primeira hipótese diagnóstica, e também mais simples, é o mal posicionamento do dreno, com o orifício mais distal dentro do
subcutâneo, quando deveria estar no espaço pleural, o que pode ser visto pela radiografia de tórax com o orifício lateral ao gradil
costal.Outra importante hipótese diagnóstica é a presença de uma fístula pleural, vista na radiografia como manutenção do
pneumotórax com o dreno corretamente posicionado. Nesse caso, o tratamento pode ser tentado com um segundo dreno ou com
cirurgia. Gabarito letra D.

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157 - 2020 SCMRP

Paciente com dreno de tórax no 6º espaço intercostal esquerdo, conectado adequadamente em selo d'água, com oscilação e
presença de bolhas à ventilação, apresenta enfisema subcutâneo acometendo todo hemitórax ipsilateral. Apresenta-se eupnéico,
ventilado espontaneamente com cateter de oxigênio a 2 L/min. O enfisema pode ter sido causado por?

A) Dreno de tórax obstruído, presença de fístula pleural.


B) Espaço intercostal inadequado para drenagem, na presença de fístula pleural.
C) Dreno de tórax obstruído em espaço intercostal inadequado para drenagem.
D) Dreno de tórax mal posicionado, presença de fístula pleural.

» Paciente com dreno torácico e apresentando enfisema subcutâneo é na imensa maioria das vezes uma destas duas situações:
dreno de tórax mal posicionado, presença de fístula pleural.
 
A causa mais comum é o dreno mal posicionado e pouco inserido, com uma das fenestras fora da cavidade pleural, levando ar
para o subcutâneo. Já uma fístula bronco-pleural de alto débito pode levar a um escape de ar para a cavidade pleural maior que a
capacidade do dreno, fazendo com que o ar saia pelo orifício do dreno e se acumule no subcutâneo.
 
Um dreno obstruído poderia levar a enfisema subcutâneo, mas não apresentaria nem oscilação e nem saída de bolhas.
 
Resposta: D

158 - 2020 FMJ

Você está de plantão no pronto-socorro e recebe um paciente na sala de emergência do sexo masculino, 37 anos com peso
estimado de 100 kg, vítima de queimadura provocada por explosão de galão contendo gasolina. O paciente apresenta
queimaduras de terceiro grau acometendo toda extensão anterior do tórax e abdome e todo membro superior esquerdo. Qual a
área aproximada de acometimento e o volume de estimado de reposição de cristaloide para as primeiras 24 horas de
atendimento?

A) 27% e 5400 mL
B) 45% e 9000 mL
C) 54% e 10800 mL
D) 22,5% e 4500 mL
E) 27% e 2000 mL

» Questão que gerou alguma discussão e que poderia muito bem ter sido anulada. A partir de qual fórmula de reposição volêmica o
enunciado gostaria de saber? Parkland? De acordo com o ATLS 10a edição?
Qual o motivo da discussão: de acordo com a fórmula de Parkland, temos que o volume nas primeiras 24 horas é de 4 x P (Kg) x
SCQ; No entanto, na última edição do ATLS temos que o volume seria de 2 x P (Kg) x SCQ.
Calculando a SCQ através da regra dos 9:
Tronco anterior : 18% + MSD = 9%, logo, SCQ de 27%.
Com isso ficamos entre as letras A e E. 
Por Parkland temos: 10.800 ml/24 horas; De acordo com o ATLS temos: 5.400ml. Logo, melhor resposta letra A.

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159 - 2020 SCMMA

Mulher, 36 anos de idade, vítima de acidente motociclístico, é trazida ao Pronto-Socorro, apresentando quadro de dispneia e
presença de laceração em parede torácica anterior direita, sendo realizado o diagnóstico de pneumotórax aberto. Qual é a conduta
imediata apropriada?

A) Curativo estéril em laceração torácica com oclusão de 3 lados.


B) Instalação de drenagem torácica através da laceração.
C) Sedação seguida de intubação orotraqueal.
D) Punção com gelco calibroso em segundo espaço intercostal direito.

» Questão tranquila. A conduta imeditata no pneumotórax aberto é a confecção do curativo em 3 pontas.


Logo, gabarito letra A.

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160 - 2020 HOS

Paciente de 24 anos, com ferimento por arma branca em transição toracoabdominal posterior à esquerda, chega à sala de
emergência com PA = 120 x 80 mmHg, FC = 98 bpm, SAT = 96% e máscara de O₂, murmúrio vesicular diminuído à esquerda, foi
submetido a tomografia de tórax e abdome que mostrou hemotórax à esquerda associado a presença de líquido periesplênico. No
exame físico abdominal, apresenta discreta dor à palpação no hipocôndrio esquerdo com descompressão brusca dolorosa
negativa. Qual a conduta a ser adotada?

A) Tratamento conservador em Unidade de Terapia Intensiva com controle da saturação de O₂ e Hb/Ht seriado.
B) Drenagem do hemitórax esquerdo e internação em enfermaria.
C) Tratamento conservador em enfermaria se mantiver boa saturação e Hb/Ht seriado sem queda significativa.
D) Laparotomia exploradora imediata e drenagem hemotórax esquerdo se queda do Hb/Ht.
E) Drenagem do hemitórax esquerdo e videolaparoscopia.

» Questão clássica!
Diante de um trauma de transição toracoabdominal, devemos sempre investigar lesão diafragmática, que não é percebida pela 
tomografia. A melhor conduta, portanto, é a realização de videolaparoscopia para diagnosticar e tratar a lesão diafragmática ou
eventuais lesões em outros órgãos. Além disso, o paciente apresenta hemotórax à esquerda que deve ser drenado antes do
procedimento abdominal. 
Gabarito: Letra E.

161 - 2020 SCMV

São caraterísticas típicas do pneumotórax hipertensivo, EXCETO:

A) Hipertensão.
B) Compressão do pulmão contralateral.
C) Ausência unilateral de murmúrio vesicular.
D) Deslocamento do mediastino para o lado oposto.

» O pneumotórax hipertensivo é aquele pneumotórax que cresce progressivamente em direção ao hemitórax contralateral. À
medida que ele vai aumentando, as consequências irão surgindo: ausência unilateal de murmúrio vesicular, hipertimpanismo,
desvio de traqueia, compressão com deslocamento do mediastino e compressão do pulmão contralateral. Devido à compressão
do mediastino e dos grandes vasos, ocorre abafamento de bulhas e hipotensão. A hipertensão não faz parte dos achados clínicos
de pneumotórax hipertensivo. Gabarito letra A.

Video comentário: 250410


162 - 2020 SCMSJC

Em relação a lesão esplênica traumática, podemos afirmar que:

A) O baço é o segundo órgão mais acometido no trauma abdominal fechado, sendo o fígado o primeiro.
B) Nas lesões de grau IV deve-se realizar sempre tratamento conservador, conforme os novos conceitos de cirurgia do trauma.
C) Deve-se realizar preferencialmente arteriografia com embolização seletiva em traumas grau V na tentativa de evitar uma
cirurgia.
D) Sempre que possível deve-se evitar a esplenectomia total no tratamento do trauma esplênico.

» Vamos avalair as alternativas:


A- Incorreta: de acordo com o ATLS o baço é o órgão mais comumente afetado.
B e C- Incorretas: as lesões de grau IV estão, muitas vezes indicam tratamento cirúrgico. E as de grau V, baço pulverizado, são de
abordagem cirúrgica. 
D- correta: o ideal é tentarmos o tratamento conservador.
Gabarito letra D.

163 - 2020 SCMMA

Homem, 68 anos de idade, portador de insuficiência renal crônica dialítica, é admitido em Pronto Socorro com quadro de confusão
mental há 1 hora. Exame físico: FC 120 bpm, PA 70x30 mmHg, estase jugular, abafamento de bulhas cardíacas e má perfusão
periférica. Qual é a conduta apropriada?

A) Tomografia de tórax.
B) Drenagem pleural esquerda.
C) Ecocardiograma transtorácico.
D) Punção pericárdica.

» Veja os sinais apresentados:


Hipotensão + turgência de jugular + abafamento de bulhas! Tríade de Bech, o que nos faz pensar em tamponamento cardíaco,
provavelmente decorrente da IR diaítica.
Gabarito letra D.

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164 - 2020 CMC

Constitui etapa fundamental na realização de drenagem pleural eletiva:

A) Toracocentese confirmatória prévia.


B) Instalação de oxigenioterapia.
C) Exploração digital após abertura do espaço pleural.
D) Incisão guiada por ultrassonografia.

» A drenagem torácica deve ser realizada no 5° espaço intercostal, imediatamente anterior à linha axilar média e superior à costela
inferior. Após a diérese por planos, ocorre abertura do espaço pleural e, em seguida, a exploração digital. Esta última é importante
para confirmação do espaço e avaliação de aderências pleurais. Alguns autores não consideram a exploração digital uma etapa
essencial, por isso a importância de checar a bibliografia do concurso. De qualquer forma, a melhor resposta é a letra C. A
toracocentese confirmatória prévia, oxigenoterapia e incisão guiada por ultrassonografia não são essenciais para a drenagem
pleural.
Gabarito: Letra C.
165 - 2020 SCMV

Paciente de 43 anos, resgatado de uma boate em chamas, apresenta-se agitado, com rouquidão, estridor e com queimaduras
extensas na cabeça e na parte superior do corpo. O monitor mostra uma saturação de oxigênio de 96%. Em relação ao caso
descrito e a avaliação das vias aéreas, assinale a alternativa INCORRETA:

A) Avaliar e estabelecer o controle da via aérea é fundamental em pacientes queimados.


B) Queimaduras circunferenciais do pescoço podem produzir edema dos tecidos ao redor da via aérea.
C) Chamuscamento dos cílios e das vibrissas nasais são indicadores clínicos de lesão por inalação.
D) Embora existam sinais de lesão por inalação, não há indicação de intubação imediata, pois o paciente satura bem.

» Paciente vítima de queimadura na cabeça e parte superior do corpo, apresenta agitação, rouquidão e estridor. A questão quer a
alternativa incorreta. Vamos avaliar cada uma: A) Correta. Queimadura é trauma e trauma é sempre seguir o ABCDE. O item A do
ABCDE é exatamente o que trouxe a alternativa: avaliar a estabelecer o controle da via aérea. B) Correta. Paciente com
queimaduras na face e no pescoço são pacientes de risco não apenas pela lesão por inalação, mas também pela obstrução por
compressão dos tecidos edemaciados. C) Correta. Todo sinal de queimadura em face é um alerta importante para lesão por
inalação. D) Incorreta. O paciente, embora sature bem, apresenta sinais importantes de comprometimento de via aérea: estridor,
rouquidão e agitação. Este paciente deverá ser submetido à intubação orotraqueal para controle adequado da via aérea. Gabarito
letra D.

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166 - 2020 SCMSJC

Em relação à abordagem cirúrgica do coração, é INCORRETO afirmar que a toracotomia:

A) posterolateral está indicada nas lesões torácicas não cardíacas, tais como aorta e vasos pulmonares.
B) transversa transesternal é a escolha nas lesões cardíacas combinadas com lesões dos vasos subclávios.
C) na sala de emergência tem como meta reanimação de pacientes agônicos com feridas cardiotorácicas penetrantes.
D) anterolateral esquerda é a escolha em pacientes estáveis hemodinamicamente e que possa ser submetidos a algum estudo pré-
operatório.

» Vamos avalair as alternativas:


A - Correta: a toracotomia posterolateral é a melhor via de acesso ao hilo pulmonar e à Aorta, portanto está indicada no trauma
não-cardíaco.
B - Correta: a maioria das lesões cardíacas é melhor tratada veia esternotomia, já o clamshell (incisão transversa transesternal)
está indicado para lesões concomitantes de vasos da base e do coração.
C - Correta: a toracotomia de reanimação na sala de emergência está indicada para pacientes com parada cardíaca eminente ou
presenciada causada por trauma torácico penetrante.
D - Incorreta: a principal incisão para cirurgia cardíaca, em pacientes estáveis, é a esternotomia mediana. 
Gabarito letra D.
167 - 2020 PMF

Paciente do sexo feminino, 30 anos, vítima de colisão automobilística com compressão de pelve, permaneceu presa em ferragens.
Após resgate, trazida ao hospital. Ao exame físico observa-se que a paciente encontra-se agitada, sudoreica, desorientada e
confusa. Palidez cutâneo mucosa 3+/4, pulsos filiformes. Tempo de enchimento capilar 4 s, PA 70 x 50 mmHg, FC = 142 bpm, FR =
37ipm, SpO2 = 90% em ar ambiente. O exame cervical, tórax e abdome não revela alterações dignas de nota. Na pelve há
deformidade, com instabilidade e crepitação à mobilização da bacia nos 3 eixos. Foi indicada a cirurgia para aplicação de fixador
externo. Familiares informaram ser a paciente Testemunha de Jeová, negando terminantemente a hemotransfusão. Com relação à
conduta transfusional, tendo em vistas o Código de Ética Médica, o que é mais correto?

A) A transfusão deve ser realizada independente da vontade dos familiares, e as primeiras unidades devem ser administradas antes
dos exames de tipagem e contra prova;
B) A vontade da paciente e dos familiares e sua autonomia deve ser respeitada não importa qual seja a situação, devendo a
transfusão ser suspensa;
C) Paciente deve ser transfundida com hemoderivados, independente da vontade dos familiares, mas somente após liberação da
tipagem e contra prova;
D) Este caso pode ser adequadamente conduzido sem hemotransfusão, utilizando-se de fluídos cristalóides e colóides, técnicas de
hemopreservação e hipotensão permissiva até que se obtenha uma liminar judicial para autorização do uso de hemoderivados.

» Questão que sempre gera discussão. Sem entrar em qualquer discussão de crença ou religiosa. De acordo com a Resolução do
CFM sobre pacientes Testemunha de Jeová em permitir a transfusão sangüínea, temos que:
"o paciente que se encontra em iminente perigo de vida e a transfusão de sangue é a terapêutica indispensável para salvá-lo: em
tais condições, não deverá o médico deixar de praticá-la apesar da oposição do paciente ou de seus responsáveis em permiti-la.
Logo, gabarito letra A.

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168 - 2020 FMJ

Paciente, com história de acidente de moto em autopista, chega à sala de emergência com déficit sensitivo e motor em membros
inferiores e ausência do reflexo bulbocavernoso. O que está ocorrendo com o paciente é o seguinte:

A) apresenta traumatismo cranioencefálico grave.


B) apresenta lesão de nervo periférico.
C) apresenta lesão completa da coluna vertebral em T12.
D) está em choque medular.
E) tem indicação de descompressão da medula.

» Imediatamente após uma lesão à medular espinhal poderá ocorrer a perda competa de todas as funções medulares abaixo ao
nível da lesão, com elegia flácida, anestesia, perda do controle intestinal e vesical, e arreflexia. Em homens pode haver priapismo e
o reflexo bulbocavernoso estará ausente. Pode haver hipotensão e bradicardia se a lesão for alta. Essa alteração da fisiologia da
medula pode durar de varias horas a varias semanas e é chamada de choque medular. 
 
As manifestações clinicas podem normalizar, porém mais frequentemente é substituída por uma paresia/plegia espástica
hiperreflexa. Pacientes jovens tem recuperação completa mais frequentemente. Resposta certa: D.
169 - 2020 HPEV

Homem, 26 anos de idade, vítima de trauma moto contra anteparo fixo, em alta velocidade, foi trazido ao pronto-socorro em
prancha rígida e colar cervical. À admissão, a oximetria de pulso registrava 83% de saturação, em ar ambiente, frequência cardíaca:
105 batimentos/minuto e PA: 100x70 mmHg. Ao exame físico, murmúrios vesiculares, presentes bilateralmente, diminuído à
direita. Abdome: doloroso à palpação difusamente, sem sinais de peritonite. Observou-se também otorragia, hematoma em
processo mastoide e equimose periorbitária bilateral. Em relação ao caso, assinale a alternativa correta:

A) A laparotomia exploradora de urgência está indicada, uma vez que lesões hepáticas e esplênicas em vítimas de trauma de alta
energia são de difícil diagnóstico por exames complementares.
B) Trata-se de politrauma grave e o paciente deve ser encaminhado imediatamente para avaliação abdominal por ultrassonografia
de emergência - FAST.
C) O primeiro passo no atendimento deve ser a punção de alívio no 2º espaço intercostal direito, conforme avaliação inicial,
indicando maior risco de óbito se não realizada.
D) O exame físico indica possibilidade de fratura de base do crânio; sendo necessária a descompressão gástrica por meio de sonda
orogástrica.

» Vamos analisar as alternativas:


A) INCORRETA. A laparotomia deve ser indicada nos casos de peritonite, evisceração e choque (instabilidade hemodinâmica). As
lesões hepáticas podem ser identificadas pela tomografia de abdome.
B) INCORRETA. O primeiro passo é avaliar a permabilidade e garantir adequada via aérea para este paciente. A questão não trouxe
o Glasgow, mas pela saturação (83%), provavelmente o paciente irá necessitar de intubação orotraqueal.
C) INCORRETA. A toracocentese de alívio deve ser indicada diante da suspeita de pneumotórax hipertensivo (hemitórax com
murmúrio abolido, hipertimpânico, com desvio de traqueia e hipotensão). O paciente apresenta somente redução de murmúrio à
direita.
D) CORRETA. Presença do sinal do Guaxinim (equimose periorbitária bilateral), sinal de Battle (hematoma em processo mastoide) e
otorragia são sinais que indicam suspeita fratura de base de crânio. A sonda nasogástrica ou tubo nasotraqueal são
absolutamente contraindicados. A descompressão deverá ser por sonda orogástrica.
Gabarito letra D.

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170 - 2020 SCMV

Sobre paciente vítima de trauma com suspeita de tamponamento cardíaco, assinale a alternativa INCORRETA:

A) A pericardiocentese pode ser diagnóstica como terapêutica, mas não se constitui em tratamento definitivo para o
tamponamento cardíaco.
B) O tamponamento cardíaco resulta, mais comumente, de traumas contusos, devido a lesão de desaceleração, com rompimento
de vasos no espaço pericárdico.
C) O sinal de Kussmaul (aumento da pressão venosa na inspiração durante a respiração espontânea), reflete um comportamento
paradoxal da pressão venosa efetivamente associado ao tamponamento.
D) O tamponamento cardíaco é identificado pela presença da clássica tríade diagnóstica de Beck, que consiste em elevação da
pressão venosa, diminuição da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas.

» Todas as assertivas são corretas e conceituais, com exceção da opção B: O tamponamento cardíaco tem várias causas que podem
provocar o extravasamento de líquidos ou sangue, como os derrames ocasionados por inflamações pericárdicas agudas ou
hemorragias na cavidade pericárdica, resultantes de um infarto agudo do miocárdio ou uma ruptura ou dissecção de parede de
aorta proximal. Outra causa comum são as lesões penetrantes do tórax. Quanto às demais: A pericardiocentese pode ser
diagnóstica como terapêutica, mas pacientes com trauma penetrante e tamponamento precisam ser operados. O sinal de
Kussmaul é caracterizado pelo aumento ou não redução da pressão venosa (turgência jugular) com a inspiração, sendo causado
pelo tamponamento. Por fim, a opção D transcreve corretamente a tríade de Beck. Resposta: B.

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171 - 2020 ABC

Paciente com 50 anos é levado pelo SAMU à Emergência de seu hospital depois de um acidente auto x moto em que ele era o
motociclista. Fazia uso de capacete. Está hemodinamicamente estável no momento. Chama atenção, ao realizar a sondagem
vesical, hematúria macroscópica. Realizada tomografia computadorizada com contraste endovenoso: evidenciado extravasamento
de contraste na fase tardia, a partir da bexiga, para a goteira parieto-cólica direita. Qual seria a conduta?

A) Cistostomia suprapúbica.
B) Conservadora, mantendo apenas sonda vesical de demora.
C) Laparotomia com rafia da lesão vesical intraperitoneal.
D) Realizar uretrocistografia retrógrada.

» Paciente com lesão de bexiga intraperitoneal, visto extravasamento de contraste para a cavidade. Este tipo de lesão é causado
geralmente por trauma abdominal contuso, com explosão da bexiga cheia na altura da cúpula vesical. O tratamento é a cistorrafia
por via laparotômica. É indicado também manter o cateterismo vesical de demora. O tratamento por derivação urinária por
cistostomia ou apenas por cateter vesical é mais indicado nas lesões extraperitoneais de bexiga, que ocorrem normalmente por
fraturas do anel pélvico.
 
Resposta: C

172 - 2020 CMC

Traumatizado grave, socorrido em 18 minutos após evento é submetido à laparotomia de urgência. Quais seriam as indicações
para laparotomia abreviada e abdômen aberto?

A) Contaminação maciça por rotura de víscera digestiva oca.


B) Escore de MELD superior à 6.
C) Hipotensão, acidose, hipotermia e coagulopatia.
D) Aumento de PCR e queda de hemoglobina superior à 10%.

» A taxa de mortalidade em pacientes politraumatizados que eram submetidos a abordagem cirúrgica antes do emprego da
laparotomia abreviada, ou cirurgia de controle de danos, era bastante elevada! A cirurgia de controle de danos (“damage control”)
com peritoneostomia busca corrigir de forma rápida e paliativa fatores que levariam o paciente ao óbito como causas
hemorrágicas e infecciosas; definindo a conduta definitiva em um segundo momento, após estabilização dos parâmetros clínicos
em unidade fechada. É sabido que essa abordagem reduziu significativamente a mortalidade nesse grupo de pacientes. 
Ok, mas quais seriam as indicações para essa abordagem cirúrgica?
A chamada tríade letal do trauma (acidose, hipotermia e coagulopatia) junto ou não com a hipotensão. 
 
Resposta: letra C.

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173 - 2020 HOS

Paciente de 32 anos, vítima de queda de moto em alta velocidade, apresenta em sua chegada sinais de choque medular com
ausência do reflexo bulbocavernoso e déficit neurológico de membros inferiores classificado como Frankel A. Após 24 horas de
internação, mantém o déficit inalterado e evolui com retorno do reflexo bulbocavernoso. Qual o prognóstico do paciente?

A) Bom prognóstico neurológico, pois a recuperação será progressiva.


B) O paciente ainda encontra-se em choque medular não havendo condições de avaliação do prognóstico.
C) O paciente apresenta lesão neurológica definitiva.
D) O paciente não se encontra mais em choque medular indicando um bom prognóstico neurológico.
E) O prognóstico neurológico somente poderá ser avaliado após realização de tratamento cirúrgico de fixação da coluna.

» Temos um paciente de 32 anos com suspeita de trauma raquimedular. Note que o reflexo bulbo-cavernoso foi testado e estava
ausente, indicando estado de choque medular. Além disso, houve déficit neurológico de membros inferiores classificado como
Frankel A → completa perda das funções motora e sensitiva em S4 e S5. 
Ou seja, neste momento ainda não sabemos se houve lesão neurológica definitiva ou apenas um choque medular. A resposta a
essa dúvida ocorreu 24 hrs após, quando houve retorno do reflexo (pode ser obtido por meio da estimulação do pênis ou do
clitóris, provocando contração do esfincter anal) e manutenção do déficit neurológico. Indicando que o paciente apresentou lesão
neurológica definitiva!
Resposta: letra C.

174 - 2020 PMSO

Paciente masculino, 40 anos, pedreiro. Trabalhava sem proteção quando caiu da laje. Os colegas do trabalho ocluíram com fita
isolante um ferimento perfurante na região lateral do hemitórax esquerdo e o levaram à Unidade Básica de Saúde mais próxima. À
chegada, queixava-se de dor no local e falta de ar, com rápida piora. Apresentava frequência cardíaca de 125 bpm, frequência
respiratória de 34 ipm e pressão arterial de 60/40 mmHg. Não foi possível registrar a oximetria. O médico observou estase jugular
e desvio de traqueia. O murmúrio vesicular estava abolido no hemitórax esquerdo e à percussão havia hipertimpanismo. Qual deve
ser a conduta imediata?

A) Suturar o ferimento e solicitar transferência.


B) Puncionar o tórax no segundo espaço intercostal (na linha hemiclavicular) e solicitar transferência.
C) Máscara de oxigênio e solicitar transferência.
D) Cobertura da área ferida com gaze após limpeza e solicitar transferência.
E) Abrir o ferimento, fazer um curativo em três pontos e solicitar a transferência.

» Veja como o enunciado descreve o passo a passo da evolução de uma lesão penetrante no tórax, que foi completamente ocluída,
acarretando na evolução com um pneumotórax hipertensivo. Paciente passou a apresentar hipotensão, estase de jugular e desvio
da traqueia. Qual a conduta? Toracocentese de alívio? Não, muito mais fácil é desfazermos o curativo inicial e realizarmos um de 3
pontas, que é a condua imediata nestes casos. Gabarito letra E.

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175 - 2020 HSL - RP

Com relação à classificação de Le Fort para as fraturas maxilares, podemos afirmar que:

A) As complicações mais comuns após o tratamento cirúrgico são meningite e sinusite.


B) Na fratura Le Fort tipo II, o segmento mobilizado é o infranasal e geralmente há edema, epistaxe e equimose no sulco
gengivobucal superior.
C) O tratamento para os casos Le Fort Tipo I pode ser conservador ou cirúrgico, na dependência do grau de oclusão dental.
D) O tratamento da fratura de Le Fort tipo III é conservador nas primeiras 48 horas.

» Veja as imagens em anexo que definem as fraturas de Lefort.


A) Incorreta. As principais complicações são fístula liquórica e epistaxe.
B) Incorreta. Na fratura LeFort I que o segmento infranasal é mobilizado. Na fratura LeFort II o segmento mobilizado é o
subzigomático.
C) Correto. Menos de 10% dos pacientes com fratura Le Fort I necessitam correção cirúrgica.
D) Incorreto. O tratamento das fraturas Le Fort III são cirúrgicos na maioria das vezes.
Gabarito letra C.

176 - 2020 HOG - SP

Paciente politraumatizado com cinética de alto impacto e grande tatuagem em transição tóraco-abdominal a esquerda foi
submetido à radiografia de tórax abaixo. Deve-se considerar como hipótese diagnóstica adicional:

A) Hérnia diafragmática traumática.


B) Hemotórax a esquerda.
C) Pneumotórax de tensão à esquerda.
D) Pneumoperitônio.

» Paciente com radiografia mostrando a bolha gástrica dentro do hemitórax esquerdo após traumatismo tóraco-abdominal
importante. Esta imagem caracteriza uma hérnia diaframática traumática, com indicação cirúrgica imediata.
 
Resposta: A

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177 - 2020 SCMMA

Homem, 24 anos de idade, vítima de acidente automobilístico, é trazido ao Pronto-Socorro. Encontra-se consciente, contactuante,
referindo dispneia e dor abdominal difusa. Exame físico: PA 90/60 mmHg, FC 110 bpm, FR 24 irpm, presença de macicez à
percussão e murmúrio vesicular abolido em hemitórax esquerdo, abdomen doloroso difusamente, sem descompressão brusca.
Além da instalação de oxigenioterapia e reposição volêmica inicial com cristalóides, qual é a conduta mais adequada?

A) Pericardiocentese.
B) Lavado peritoneal.
C) Ultrassonografia de abdômen.
D) Drenagem pleural esquerda.

» Paciente vítima de acidente automobilistico queixando-se de dispneia e dor abdominal difusa.


Ao exame, PA 90x60mmHg e FC de 110bpm. Apesar de uma PA limítrofe a FC corrobora a possibilidade de perda volêmica.
Ao exame do tórax, identificamos macicez e murmúruio abolido, o que fala a favor de hemotórax. A conduta é a drenagem. O
abdome também vai ser avaliado, mas entre as opções, a mais compatível é a letra D.

178 - 2020 SMS - SP

Paciente de 19 anos, vítima de acidente moto-carro em via pública. Ao ser realizado o atendimento primário, o paciente tem
abertura ocular ao chamado, resposta verbal desorientada, localiza o membro à realização de pressão. Apenas a pupila esquerda
reage ao estímulo de luz. De acordo com a escala de coma de Glasgow com resposta pupilar (ECG-P), a pontuação desse paciente é
de

A) 10
B) 11
C) 12
D) 13
E) 14

» A escala de coma de Glasgow é fácil de ser aplicada no dia a dia e possui valor prognóstico na admissão de pacientes com
traumatismo cranioencefálico, hemorragia subaracnoide ou meningite bacteriana, por exemplo. O uso de drogas sedativas pode
interferir nos parâmetros avaliados e por isso, o ideal é fazer essa avaliação antes da administração de qualquer medicamento
com esse efeito (apesar de muitos usarem para o diagnóstico de coma, ela não é útil para esse fim). Vamos relembrar como é feita
essa pontuação? Abertura ocular: espontânea (4 pontos); ao estímulo verbal (3 pontos); ao estímulo doloroso (2 pontos); ausente
(1 ponto); Melhor resposta verbal: orientada (5 pontos); confusa (4 pontos); palavras inapropriadas (3 pontos); palavras
incompreensíveis (2 pontos); ausente (1 ponto); Melhor resposta motora: obedece comando (6 pontos); localiza estímulo doloroso
(5 pontos); retira membro à dor (4 pontos); flexão anormal/decorticação (3 pontos); extensão anormal/descerebração (2 pontos);
ausente (1 ponto); Nosso paciente tem abertura ocular ao chamado (3 pontos), resposta verbal desorientada (4 pontos) e localiza
membro ao realizarmos pressão (5 pontos), o que nos dá um total de 12 pontos. Acontece que o autor fez referência à escala de
coma de Glasgow com resposta pupilar ou ECG-P. Qual seria a diferença? Quando a reatividade pupilar estiver presente
bilateralmente, nada muda; se a resposta for apenas unilateral, devemos subtrair 1 ponto; quando a reatividade está ausente
bilateralmente, subtraímos 2 pontos. Como apenas a pupila esquerda reagiu ao estímulo de luz, a pontuação do nosso paciente
passa a ser 12 - 1 = 11. Gabarito: B.
179 - 2020 SMS - SP

Equipe do SAMU chega à cena de um atropelamento de um ciclista por um carro. A vítima se encontra inconsciente, com fratura
exposta em membro inferior esquerdo. Assinale a alternativa que indica corretamente qual a primeira conduta da equipe.

A) garantir vias aéreas


B) imobilizar a fratura
C) checar pulsos
D) checar segurança da cena
E) puncionar acesso venoso

» Essa é uma questão "casca de banana". Como você já sabe, a "casca de banana" geralmente é colocada na letra A. Diante de
qualquer vítima de trauma, o atendimento deve ser baseado no famoso ABCDE. No entanto, a primeira conduta a ser tomada é
verificar a segurança da cena. Em situação de incêndio, desmoronamento ou no meio de estradas, a primeira conduta é checar e
promover a segurança da cena. Em caso contrário, a equipe de atendimento pode gerar ainda mais vítimas.
Gabarito letra D.

180 - 2020 HOG - SP

O provável diagnóstico de um paciente com trauma encefálico com a tomografia abaixo é:

A) Hemorragia Subaracnoidea.
B) Hematoma Subdural.
C) Hematoma Intraparenquimatoso.
D) Hematoma Epidural.

» A tomografia nos ecidencia uma imagem em crescente, que acompanha a calota craniana, que é compartível com o hematoma
subdural. Logo, gabarito B.

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181 - 2020 HSL - RP

Homem de 20 anos, encontrado inconsciente e torporoso, trazido para atendimento médico. Encontrado carteira de identificação
de paciente dialítico e algumas embalagens de metformina adulteradas e vazias. Ao exame físico: paciente torporoso, abertura
ocular ao estímulo verbal, localiza o membro ao estímulo doloroso e apresenta vocalização de sons incompressíveis. Mobiliza os 4
membros. Exame pupilar sem alterações. Pressão arterial=120/74mmHg, Frequência cardíaca=110bpm, Frequência
respiratória=32ipm. Respiração ofegante e profunda, SpO2=87% em ar ambiente. Fístula em membro superior esquerdo com bom
frêmito. Tempo de enchimento capilar de 2 segundos. Qual a pontuação da escala de coma de Glasgow desse paciente?

A) 7 pontos.
B) 8 pontos.
C) 9 pontos.
D) 10 pontos.

» Questão que deveria ter sido anulada ou ter o seu gabarito alterado.
Para o caso apresentado temos:
abertura ocular ao estímulo verbal = 3 pontos, localiza o membro ao estímulo doloroso = 5 pontos e apresenta vocalização de sons
incompressíveis = 2 pontos. Logo, ECG = 10. Mlehor resposta letra D. No entanto a banca liberou e manteve como gabarito a letra
C.

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182 - 2020 SCMRP

Com relação à classificação de Le Fort para as fraturas maxilares, podemos afirmar que:

A) As complicações mais comuns após o tratamento cirúrgico são meningite e sinusite.


B) Na fratura Le Fort tipo II, o segmento mobilizado é o infranasal e geralmente há edema, epistaxe e equimose no sulco
gengivobucal superior.
C) O tratamento para os casos Le Fort Tipo I pode ser conservador ou cirúrgico, na dependência do grau de oclusão dental.
D) O tratamento da fratura de Le Fort tipo III é conservador nas primeiras 48 horas.

» Vamos analisar as assertivas em relação à classificação de Le Fort para fraturas maxilares:


A) Incorreta. As complicações mais comuns após o tratamento cirúrgico são: hemorragia, infecção e parestesia.
B) INCORRETA. Na fratura Le Fort tipo II, a linha de fratura passa separando os ossos maxilar e nasal do osso frontal. Ou seja, a
linha de fratura é supranasal e não infranasal.
C) Correta. O tratamento cirúrgico para os casos Le Fort Tipo I (traço de fratura horizontal do maxilar (maxilas) desde a base da
abertura piriforme até os processos pterigóides) pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo do grau de oclusão dental.
D) INCORRETA. O tratamento da fratura de Le Fort tipo III é o mais precoce possível e deve ser realizado assim que as condições
clínicas do paciente permitirem.
Portanto, a única correta é a letra C, nosso gabarito.
183 - 2020 FMJ

Paciente do 32 anos envolveu-se em uma briga de bar, sendo levado por familiares até o pronto-socorro com um ferimento em
transição toracoabdominal posterior à esquerda de 1cm de extensão possivelmente provocado por uma faca. O paciente encontra-
se embriagado e não sabe relatar o ocorrido. No exame clínico, apresenta-se com via aérea pérvea, murmúrio vesicular diminuído
à esquerda, FC=98 bpm, PA=120x80 mmHg e saturando 97% em ar ambiente. Após medidas iniciais, foi realizada tomografia
computadorizada de tórax e abdome que mostrou hemopneumotórax moderado à esquerda e pequena quantidade de líquido
livre na cavidade abdominal. Qual a sequência de tratamento?

A) Drenagem do hemitórax esquerdo e videolaparoscopia.


B) Drenagem do hemtórax esquerdo e Hb/HT seriado.
C) Drenagem do hemitórax esquerdo e laparotomia se queda do Hb/HT.
D) Tratamento conservador das lesões torácica e abdominal.
E) Drenagem do hemitórax e toracotomia se queda do Hb/Ht.

» Ferimento na transição toracoabdominal. Paciente estável, mas como murmúrio vesicular abolido em hemitórax a esquerda. OK,
devido ao pneumotórax, vamos fazer a drenagem, mas em relação a lesào na transição toracoabdominal? Memso ele estando
estável, sabemos que a TC não é o melhor exame para avalair lesões no diafragma, sendo o mais indicado a videolaparoscopia.
Logo, gabarito letra A.

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184 - 2020 HSL - RP

Paciente de 25 anos, com diabetes melitos tipo 1, comparece ao pronto socorro com histórico de mordedura pelo seu animal (cão
da raça pitbull) em mão esquerda. O cão foi sacrificado por populares que encaminharam o paciente ao pronto socorro. Ao exame,
apresenta 3 lesões puntiformes em dorso de mão, uma delas com pequena laceração e coágulo. Refere histórico vacinal de tétano
completo, com última dose há 6 anos. Além dos cuidados com a ferida (irrigação copiosa com salina e desbridamento), quais as
demais condutas para esse caso?

A) Profilaxia antibiótica com amoxicilina/clavulanato por 5 dias, toxóide tetânico 1 dose; encaminhar ao CRIE para profilaxia
antirrábica com soro e vacinação nos dias 0, 7, 14 e 28.
B) Profilaxia antibiótica com amoxicilina/clavulanato por 10 dias, toxóide tetânico 1 dose; encaminhar ao CRIE para profilaxia
antirrábica com vacinação nos dias 0,3,7,14 e 28.
C) Profilaxia antibiótica com amoxicilina/clavulanato por 5 dias, toxóide tetânico 1 dose; não há indicação de profilaxia antirrábica.
D) Não há indicação de profilaxia antibiótica, toxóide tetânico 1 dose; encaminhar ao CRIE para profilaxia antirrábica com soro e
vacinação nos dias 0,3,7,14 e 28.

» Mordadeura em mão esquerda: lesão grave. O cão não pode ser observado. Neste casom indicamos a realização de soro + vacina,
além da profilaxia com antibiótico. 
Qual o problema da questão? A banca liberou como gabarito a letra A. No entanto, atualmentem a profilaxia é feita somente com 4
doses nas datas: 0, 3, 7 e 14 dias.
Por isso a questão deveria ter sido anulada.

Video comentário: 255052


185 - 2020 HIS

Homem, 25 anos de idade, com aproximadamente 70kg de peso, é admitido no pronto-socorro 30 minutos após acidente
automobilístico. Na admissão ao exame físico: pressão arterial = 90 x 60 mmHg, frequência cardíaca = 130 batimentos/minuto,
arrítmico. Sinais clínicos de pneumotórax à esquerda, que foi drenado e colocado em selo d’água, observando-se grande
borbulhamento no frasco coletor. Após a drenagem, a ausculta do murmúrio vesicular no hemitórax E estava ausente e presente
HTD. A ultrassonografia focalizada no trauma (em inglês, FAST) da região abdominal resultou negativa e o restante do exame físico
era normal. A radiografia de tórax, pós-drenagem, encontra-se reproduzida a seguir: Frente aos achados clínicos e radiológicos, a
principal hipótese diagnóstica para o caso é:

A) Ruptura de brônquio
B) Tórax instável
C) Ruptura de esôfago torácico
D) Hérnia diafragmática E
E) Ruptura de aorta torácica

» Paciente com volumoso pneumotórax à direita, mesmo após drenagem torácica, e presença de grande borbulhamento (fuga
aérea) no coletor de um dreno em selo d’água; devemos pensar sempre em rotura brônquica, principalmente em um contexto de
trauma torácico fechado.
 
Resposta: A

Video comentário: 228020


186 - 2020 SCMRP

No atendimento ao politraumatizado, a intubação orotraqueal precoce deve ser realizada:

A) Somente na presença dos sinais clínicos de estridor e desconforto respiratório.


B) Na fratura maxilo-facial grave para prevenir aspiração por hemorragia.
C) Somente com oximetria anormal.
D) Nunca, pois a cricotireoídectomia é mais rápida e deve ser sempre feita antes da intubação orotraqueal.

» Em relação a IOT no paciente vítima de trauma:


A- Incorreta: SOMENTE NESTES CASOS? Não, existem várias outras indicações de IOT como TCE grave, incapacidade de
manutenção da oxigenação, entre outras.
B- Correta: Muito cuidado com esta alternativa. A proteção das vias aéreas é uma das indicações para a via aérea definitiva e,
consequentemente a IOT. P que gerou dúvida foi a presença de fratura maxilo-facial grave. Vamos lembrar que não contraindica
inicialmente, mas o procedimento pode ser difíficil e inviável.
C- Incorreta: muitos pacientes tem indicação de IOT, mesmo com a oximetria normal.
D- Incorreta: a IOT acaba sendo o método mais utilizado quando necessitamos de uma via aérea artificial definitiva.
Logo, gabarito letra B.

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187 - 2020 SCMMA

Paciente com tumor irressecável de palato, entra em insuficiência respiratória. Quais músculos devem ser seccionados para
realização de uma traqueostomia neste caso?

A) Músculo infrahioideos.
B) Estilohioideo.
C) Homohioideo.
D) Platisma.

» Vamos relembrar um pouco sobre a realização de uma traqueostomia:


Após incisão da pele com bisturi (de preferência com lâmina 15), que deverá incluir tecido subcutâneo e o músculo platisma, deve-
se realizar cuidadosa hemostasia com eletrocautério. Os músculos cervicais anteriores se apresentam facilmente envoltos pela
camada média da fáscia cervical profunda, evidenciando a rafe mediana. Neste ponto encontram-se superficialmente os músculos
esterno-hióideos e as veias jugulares anteriores, e recobertos por eles, os músculos esternotireóideos e tireo-hióideos. Todos esses
devem ser afastados lateralmente.
Logo, o único que é seccionado é o platisma. 
 
Resposta: letra D.

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188 - 2020 SMS - SP

De acordo com os protocolos de cirurgia segura da Organização Mundial de Saúde, deve ser avaliado

A) antes da indução anestésica: identidade do paciente, local da cirurgia e exames de imagem.


B) antes da indução anestésica: identidade do paciente, alergias e exames de imagem.
C) antes da incisão: identidade do paciente, local da cirurgia e exames de imagem.
D) antes da incisão: identidade do paciente, alergias e reserva de sangue.
E) antes de sair da sala cirúrgica: identidade do paciente, antibioticoterapia e contagem de material.

» O protocolo de cirurgia segura deve ser dividido em três momentos:


1) Sign In - Antes da indução (aplicado com o anestesista)
- Verificar identidade do paciente, procedimento e local;
- Verificar equipamento de anestesia, medicamentos e presença de via aérea difícil.
2) Time Out - Antes da incisão (aplicado com o cirurgião e toda equipe)
- Identidade, procedimento e local;
- Tempo cirúrgico, antibioticoprofilaxia, risco de perda sanguínea > 500 mL, passos críticos da cirurgia e preseça de exame de
imagem.
3) Sign Out - Antes do paciente sair da sala (toda a equipe)
- Verificar se houve alteração do procedimento e contagem de materiais;
- Se houve peças cirúrgicas;
- Se houve equipamentos ou materiais com problemas;
- Checar recomendações especias para o paciente.
 
Portanto, os passos descritos na letra C fazem parte do momento antes da incisão (Time Out).
Gabarito letra C.

189 - 2020 HOS

Você é chamado para avaliar um paciente na observação do pronto-socorro com história de queda de moto há 2 horas, que chegou
ao serviço com escala de coma de Glasgow 15, referindo apenas cefaleia. Após realizar o Rx de crânio e ser medicado com dipirona,
evoluiu com rebaixamento do nível de consciência e convulsão. Qual a hipótese diagnóstica?

A) Hipotensão causada pela administração de dipirona.


B) Contusão cerebral causada por ruptura de vasos intracerebrais.
C) Epilepsia exacerbada pelo trauma.
D) Hematoma subdural causado pela ruptura de veias tributárias do seio sagital.
E) Hematoma extradural causado pela ruptura da artéria meníngea média.

» Vemos o intervalo lúcido claramente neste paciente. Ele foi admitido em Glasgow 15 e, 2 horas depois, apresenta rebaixamento do
nível de consciência e crise convulsiva. O intervalo lúcido é típico do hematoma epidural, no qual o sangue se acumula entre a
dura-máter e o crânio. Ele ocorre por lesão da artéria meningea média, que por sua vez ocorre em virtude de fratura do osso
temporal. A típica apresentação clínica consiste numa perda da consciência no momento do trauma seguida de rápida
recuperação (intervalo lúcido), seguida de novo rebaixamento horas depois. Resposta certa: E.
190 - 2020 SCMRP

Homem de 20 anos, encontrado inconsciente e torporoso, trazido para atendimento médico. Encontrado carteira de identificação
de paciente dialítico e algumas embalagens de metformina adulteradas e vazias. Ao exame físico: paciente torporoso, abertura
ocular ao estímulo verbal, localiza o membro ao estímulo doloroso e apresenta vocalização de sons incompressíveis. Mobiliza os 4
membros. Exame pupilar sem alterações. Pressão arterial =120/74mmHg, Frequência cardíaca =110bpm, Frequência respiratória
=32ipm. Respiração ofegante e profunda, SpO2 = 87% em ar ambiente. Fístula em membro superior esquerdo com bom frêmito.
Tempo de enchimento capilar de 2 segundos. Qual a pontuação da escala de coma de Glasgow desse paciente?

A) 7 pontos.
B) 8 pontos.
C) 9 pontos.
D) 10 pontos.

» Vamos analisar a ECG.


No caso temos:
Abertura ocular ao estímulo verbal (a sons): 3 pontos 
Localiza o membro ao estímulo doloroso: 5 pontos
Sons incompreensíveis (sons): 2 pontos
Logo, ECG = 10 pontos, gabarito letra D.

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191 - 2020 UNAERP

Paciente do sexo masculino, de 33 anos de idade, vítima de acidente em rodovia, no qual ocorreu batida frontal do automóvel que
dirigia com o veículo que se deslocava em sentido contrário, é conduzido pela ambulância da concessionária da rodovia ao serviço
de emergência do hospital da cidade mais próxima. Encontra-se em maca apropriada, com imobilização cervical, obnubilado,
dispneico, taquipneico, hipotenso e com turgência venosa jugular. O médico que o acompanhou na ambulância informa que já
realizou as etapas iniciais propostas pelo ATLS e que há enfisema subcutâneo na parte inferior do pescoço à direita. Acrescenta que
parece haver fraturas costais, diminuição do murmúrio vesicular à direita, piora das condições respiratórias, apesar da
oxigenioterapia por cateter nasal e da infusão rápida de uma unidade de solução de ringer lactato. Afirma, também, que a pressão
arterial é de 60 mmHg e o pulso é de 120 bpm, mas que o paciente tem mucosas normocrômicas. Diante do quadro clínico
descrito, qual conduta inicial deveria ser adotada pelo médico do serviço de emergência?

A) Encaminhar o paciente da ambulância diretamente ao setor de radiologia, considerando que o médico que o atendeu na
ambulância já realizou a sequência do atendimento inicial (ATLS) e fez o tratamento inicial correto.
B) Fazer um exame detalhado do tórax do paciente e, após, encaminhá-lo ao setor de radiologia para verificar a existência de
fraturas costais ou outras fraturas que possam ser a causa da perda volêmica oculta e do quadro clínico descrito.
C) Repetir a sequência do atendimento inicial (ATLS), introduzir um dreno pleural no segundo espaço intercostal direito sob selo
d’água e manter a infusão endovenosa com cristaloides no paciente. A seguir, deve acompanhá-lo ao setor de radiologia para um
radiograma de tórax.
D) Fazer intubação orotraqueal no paciente e promover a ventilação sob pressão positiva com ambu. Simultaneamente, deve
solicitar a presença, com urgência, de um cirurgião de tórax para avaliar a necessidade de toracotomia imediata e tratamento de
lesões intratorácicas.
E) Repetir a sequência do atendimento inicial (ATLS), solicitar radiografia de tórax do paciente com aparelho portátil no setor de
emergência e, caso se revele normal, acompanhá-lo ao setor de radiologia para verificar a existência de fraturas que possam ser a
causa de perda volêmica oculta.

» Paciente vítima de colisão frontal carro-carro que no atendimento inicial já apresentava hipotensão, dispneia, turgência venosa
jugular, além de enfisema subcutâneo. Este quadro associado a suspeita de fraturas costais e diminuição do murmúrio vesicular à
direita nos leva a pensar em pneumotórax hipertensivo! 
Ok, mas o que fazer uma vez que “o médico que o acompanhou na ambulância informa que já realizou as etapas iniciais propostas
pelo ATLS”?
Primeiro ponto e nunca se esqueça… Deve-se repetir a sequência inicial do ATLS. E, se a suspeita de pneumotórax hipertensivo se
mantiver, proceder com a drenagem de tórax. 
Note que a banca até começou bem a letra C, mas a drenagem “de cara” ficou meio sem sentido. 
 
Forçando um pouco a barra… gabarito: letra C.
192 - 2020 ABC

Paciente de 18 anos chega ao PS trazido por socorristas com história de atropelamento por motocicleta. Está hipotenso, com PA
sistólica de 60 mmHg. Realizado FAST (Focused Abdominal Sonography for Trauma) na sala de emergência, que foi positivo.
Indicada laparotomia, onde foi encontrada grande quantidade de sangue na cavidade peritoneal, vinda especialmente da região
posterior do fígado. Realizada manobra de Pringle, que não controlou o sangramento. Realizado empacotamento hepático com
compressas, com aparente interrupção da hemorragia. A PA sistólica elevou para 110 mmHg após ressuscitação volêmica
agressiva. A gasometria arterial revelou pH de 7,06 e a temperatura do paciente estava em 34oC. Qual o próximo passo?

A) Obter controle da veia cava acima e abaixo do fígado, para realizar o reparo vascular.
B) Deixar as compressas na cavidade, executar o fechamento temporário do abdome e encaminhar o paciente à UTI.
C) Retirar as compressas e iniciar a liberação e mobilização hepática, para identificar a lesão do parênquima.
D) Dissecção da aorta na topografia do hiato diafragmático, para identificar e tratar lesão arterial.

» Paciente apresenta um trauma hepático grave com lesão de veias retro-hepáticas (sangramento hepático que não é interrompido
mesmo após a manobra de Pringle). Em grandes traumas abdominais, a melhor a conduta a se fazer é a cirurgia de controle de
danos. 
Cirurgia de Controle de Danos
A cirurgia de controle de danos consiste em realizar, no primeiro momento, uma cirurgia abreviada para conter as lesões
principais (manobras rápidas e temporárias para conter hemorragia ou contaminação). O objetivo é neutralizar lesões que levem
ao óbito iminente. Em seguida, o paciente deve ser encaminhado à UTI para estabilização. Por fim, 24-48h depois, o paciente deve
ser novamente operado, agora estável, para corrigir as lesões de maneira definitiva.
O objeitivo da cirurgia abreviada é evitar a tríade letal: acidose, hipotermia e coagulopatia.
O paciente em questão já apresenta hipotermia e acidose, se a cirurgia for prolongada, o paciente certamente irá desenvolver
coagulopatia, irá voltar a sangrar com controle ainda mais difícil e, com a tríade letal instalada, a estabilização deste doente será
inviável. Portanto, a melhor conduta é a cirurgia de controle de danos: cirurgia abreviada (controle com compressas), internação
em UTI e, posteriormente, cirurgia definitiva.
Gabarito: Letra B.

193 - 2020 UNAERP

Paciente de 33 anos de idade, do sexo masculino, foi vítima de queimaduras de segundo e terceiro graus em 60% da superfície
corporal. Na admissão, necessitou de reposição volêmica com volume de 10 litros de cristaloide nas primeiras 24 horas. No 3º dia
de evolução, apresentou distensão abdominal volumosa e progressiva, piora do desconforto respiratório com hipoxemia e
hipercapnia, hipotensão arterial, taquicardia e oliguria/anuria. Foi feita tomografia computadorizada de abdome, a qual evidenciou
grande edema intersticial com ascite, sem evidências de pneumoperitônio ou sepse abdominal. Com base no quadro descrito, qual
dos seguintes métodos de monitorização é determinante para diagnóstico e tomada de decisões?

A) Medição de débito cardíaco.


B) Avaliação da tonometria gástrica.
C) Aferição da pressão intravesical.
D) Medição do fluxo capilar sublingual.
E) Medida de pressão venosa central em veia cava inferior.

» Qual deve ser a justificativa para este edema presente nas alças intestinais? O paciente recebeu 10 litros de volume nas primeiras
24 horas! 10 Litros. Associado ao quadro de intensa inflamação do paciente grande queimado, entendemos o motivo deste edema,
que provavelmente aumentou a pressão intra abdominal e como o paciente apresenta alterações em outros sistemas, já podemos
pensar em SCA.A melhor maneira para avaliarmos a PIA é indiretamente através da pressão intravesical. Logo, gabarito letra C.

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194 - 2020 PUC - SP

O que é verdade sobre a coagulopatia relacionada ao trauma?

A) A coagulopatia aguda do trauma tem o mesmo mecanismo da CID – Coagulação Intravascular Disseminada.
B) A coagulopatia pode se desenvolver em pacientes traumatizados após acidose, hipotermia e diluição de fatores de coagulação,
embora a coagulação seja normal na admissão.
C) A coagulopatia aguda do trauma é causada por choque e lesão tecidual.
D) A coagulopatia aguda do trauma é, principalmente, uma coagulopatia dilucional.

» Questão sobre coagulopatia relacionada ao trauma que, inclusive, compõe um dos três pilares da tríade letal no trauma! Ou outros
são a hipotermia e a acidose. 
A coagulopatia relacionada ao trauma é multifatorial e, ao contrário da coagulação intravascular disseminada, que ocorre pelo
consumo dos fatores de coagulação, (letra A - INCORRETA) no trauma se deve tanto à diluição desses fatores e das plaquetas pela
reanimação volêmica quanto à hipotermia, com efeitos deletérios sobre a função plaquetária e a cascata de coagulação.
Entretanto, vale lembrar que traumatismos graves e hemorragias consomem os fatores de coagulação e podem levar à
coagulopatia precocemente, estando presentes em até 30% dos doentes gravemente traumatizados à admissão. (letra B -
INCORRETA)
O choque e a lesão tecidual são fatores contribuintes, por desencadearem acidose, que também compromete a função da
hemostasia. É, portanto, uma causa a mais e não a única causa. (letra C - INCORRETA)
Letra D: Não. A fisiopatologia não é a hemodiluição. INCORRETA
Questão sem resposta. Mas a banca considerou como resposta a letra C.

195 - 2020 PUC - SP

Choque causado por um pneumotórax hipertensivo é classificado como:

A) Choque hipovolêmico.
B) Choque distributivo.
C) Choque cardiogênico.
D) Choque obstrutivo.

» Questão tranquila em realção aos tipos de choque. Choque consiste no desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio pelos
tecidos, ou seja, é uma condição de hipóxia tecidual, que, se não revertida, leva naturalmente à falência orgânica.  O choque pode
ocorrer por queda do débito cardíaco a partir de situações como diminuição da pré-carga em decorrência de hipovolemia (choque
hipovolê- mico), redução da função de bomba cardíaca (cho-que cardiogênico) ou mesmo obstruções ao fluxo de sangue por
processos extracardíacos (choque obstrutivo). Outra situação importante que pode levar ao choque é a vasodilatação periférica
grave (choque distributivo), que reduz de maneira acen- tuada a resistência vascular sistêmica.
 
No pneumotórax hipertensivo, o componente hemodinâmico deflagra um processo obstrutivo. Ao balançar o mediastino os vasos
da base são dobrados, gerando a obstrução.
Logo, gabarito letra D.

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196 - 2020 PUC - SP

Um paciente tem pressão arterial de 70/50 mmHg e lactato sérico de 30 mg/100 mL (normal: 6-16). O débito cardíaco é de 1,9
L/min e a pressão venosa central é de 2 cm H2O. O diagnóstico mais provável é

A) Insuficiência cardíaca congestiva.


B) Tamponamento cardíaco.
C) Choque hipovolêmico.
D) Choque séptico.

» No caso apresentado, percebemos um paciente em choque hemodinâmico (hipotensão e hiperlactatemia), com débito cardíaco
reduzido, mas com pressão venosa central muito baixa (normal em torno de 5 mmHg), traduzindo a existência de hipovolemia,
uma vez que nos choques cardiogênicos e obstrutivos a PVC encontra-se elevada e nos choques distributivos o débito cardíaco
encontra-se normal.
 
Gabarito: Alternativa C.

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197 - 2020 HMASP

Paciente, vítima de acidente por arma branca em hemitórax esquerdo, foi submetido a drenagem torácica em selo d'água com
saída inicial de 1600 ml de sangue. Qual a conduta recomendada para o caso?

A) Tipagem sanguínea para transfusão.


B) Toracotomia de emergência.
C) Colocação de mais um dreno torácico.
D) Tomografia de tórax.
E) Toracoscopia.

» Questão clássica e tranquila.


Paciente apresentando um quadro de hemotórax maciço, veja a drenagem inicial maior do que 1500ml. Logo, gabarito letra B.

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198 - 2020 HVL

Em qual das áreas abaixo se deve evitar o uso de anestésicos locais com vasoconstritores para suturas de ferimentos cortantes?

A) Couro cabeludo.
B) Coxa.
C) Abdome.
D) Hálux.

» Questão tranquila sobre os anestésicos locais.


Savemos que eles podem ser utilizados de maneira associada a vasos constrictores. Com isso, a absorção é mais lenta, o que
possibilita um tempo de ação maior e um risco menor de intoxicação e, consequentemente uma dose máxima maior.
No entanto, por fazer vasoconstricção, não deve ser utilizado em regiões de vascularização terminal como nas extremidades
distais.
Logo, gabarito letra D.

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199 - 2020 HMMG

Jovem de 20 anos é trazida pelo resgate pré-hospitalar em prancha rígida e colar cervical após acidente motociclístico. É admitida
comatosa, com abertura ocular à pressão, pupilas anisocóricas (direita maior que esquerda), emitindo sons incompreensíveis e
com movimentos de retirada inespecífica (flexão normal). O estágio comatoso pode ser classificado pela escala de coma de
Glasgow tradicional segundo a 10ª edição do ATLS (Advanced Trauma Life Support) em:

A) 5
B) 6
C) 7
D) 8

» Questão simples sobre o cálculo da escala de coma de Glasgow. Veja as etapas do cálculo!
- Abertura ocular: 2 (ao estímulo doloroso);
- Melhor resposta verbal: 2 (sons incompreensíveis);
- Melhor resposta motora: 4 (retira membro à dor).
Resposta: D.

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200 - 2020 SCMV

Paciente de 24 anos, sexo feminino, acidente automobilístico há 12 horas (colisão frontal com objeto parado; paciente condutora
com cinto de segurança), apresentando trauma facial importante, com fratura de maxilar superior, nasal e frontal. Como
apresentava edema importante na língua e nos lábios, foi traqueostomizada após exclusão de lesões mais graves e encaminhada à
UTI. Lá, radiografia de tórax mostrava hipotransparência à direita, apagando o contorno do átrio direito, com imagem radiopaca
hilar direita. Considerando o caso descrito, assinale a alternativa que corresponde ao diagnóstico MAIS PROVÁVEL seguido da
justificativa da imagem radiográfica.

A) Ruptura brônquica parcial; atelectasia do lobo médio.


B) Contusão pulmonar; inundação dos alvéolos por sangue.
C) Rolha de secreção hemática; atelectasia do lobo inferior.
D) Corpo estranho endobrônquico; oclusão do óstio do lobo médio.

» Paciente com trauma importante de face e traqueostomizada apresentando raio x de tórax com imagem hipotransparente à
direita, apagando o contorno do átrio direito, com imagem radiopaca hilar direita. Qual é o provável diagnóstico ? A) Incorreta.
Uma ruptura brônquica causaria escape de ar e não atelectasia! Além disso, aumentaria o contorno do átrio direito e não apagaria.
B) Incorreta. Além de não termos dados que sugiram trauma contuso de tórax ou fratura de costela para pensarmos em contusão
pulmonar, isso não explicaria a hipotransparência hilar direita. C - Incorreta. A paciente poderia ter aspirado sangue da cavidade
oral e ter uma rolha de secreção hemática. Contudo, não justifica a imagem radiopaca no hilo. D) Correta. O corpo estranho
endobrônquico (provavelmente um dente) forma uma imagem radiopaca no hilo. A oclusão do óstio do lobo médio é, de fato, uma
imagem que pode apagar o contorno do átrio direito. Portanto, analisando a história clínica do trauma e a imagem radiológica, a
hipótese mais provável é a letra D, nosso gabarito.

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201 - 2020 PUC - SP

A cricotireoidostomia

A) não deve ser realizada em crianças com menos de 12 anos.


B) deve ser realizada apenas em pacientes que não são bons candidatos à traqueostomia.
C) requer o uso de um tubo endotraquial com menos de 4 mm de diâmetro.
D) pode ser substituída pela traqueostomia percutânea.

» Questão direta sobre cricotireoidostomia que deveria ter sido anulada. Perceba que o enunciado não define qual o tipo de
cricotireoidostomia, o que inviabiliza a questão.
A- Discutível: de fato, a cricotireoidostomia cirúrgica deve ser evitada em crianças com menos de 8-12 anos (dependendo da
referência), no entanto, a cricotireoidostomia por punção pode ser realziada. O que gera discussão em relação esta alternativa. A
banca considerou como correta pois provavelmente estava se referindo a crico cirúrgica.
B- Incorreta: a cricotireoidostomia cirúrgica deve ser considerada a via aérea círurgica da emergênica. Já a traqueostoma é
considerada uma via aérea de caráter mais eletivo.
C- Incorreta: até podemos utilizar o TOT, no entanto, o mais clássico é a utilização de uma cânula de traqueostomia.
D- Incorreta: a traqueostomia por punção geralmente é evitada em um cenário de trauma devido a necessidade de hiperextensão
cervical.
Logo, pensando na cricotireoidostomia cirúrgica, podemos pontuar a letra A como correta, no entanto, como o enunciado não
especificou o tipo de cricotireoidostomia, não conseguimos chegar a um gabarito.

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202 - 2020 HMASP

São contraindicações para realização de tomografia de abdome em paciente vítima de trauma, exceto:

A) Evisceração.
B) Instabilidade hemodinâmica.
C) Agitação.
D) Ferimento penetrante.
E) Trauma fechado.

» A principal indicação de tomografia no trauma abdominal é em pacientes com suspeita de lesão intra-abdominal em traumatismos
fechados e estáveis hemodinamicamente. Pacientes agitados também são uma contraindicação pela impossibilidade de realização
do exame. Pacientes eviscerados constituem uma indicação formal de laparotomia, e portanto a tomografia é totalmente
dispensável. Já os ferimentos penetrantes, embora a maioria também apresenta indicação imediata de laparotomia, não é
contraindicação de tomografia. Em alguns casos, como feridas por arma branca em hipocôndrio direito, o tratamento conservador
pode ser indicado e por tal motivo, a tomografia deve ser realizada.
 
Sendo assim, no entendimento da equipe MEDGRUPO, esta questão poderia ser anulada por conter duas respostas possíveis (D e
E).
203 - 2020 SCML

Paciente com queimaduras químicas de 2º grau de membros inferiores. Qual área aproximada do corpo afetada?

A) 20%
B) 10%
C) 40%
D) 60%

» Questão sobre a "regra das nove". A regra que nos ajuda a estimar a superfície corporal queimada. Vamos recapitular: Cabeça -
9%; Cada membro superior - 9%; Cada membro inferior - 18%; Todo o tórax e abdome - 36%. O paciente sofreu queimadura dos
dois membros inferiores (18% + 18%), a aérea afetada foi de 36%. O melhor valor aproximado é 40%. Gabarito letra C.

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204 - 2020 PUC - SP

Em qual paciente a toracotomia na sala de emergência é contraindicada?

A) Vítima de acidente automobilístico, tamponamento cardíaco observado no ultrassom, PAS diminuindo para 50 mmHg.
B) Vítima de acidente automobilístico, assistolia durante o transporte com 5 minutos de RCP – Reanimação Cardiopulmonar sem
sinais de vida.
C) Paciente com facada no tórax, PAS diminuindo para 50 mmHg.
D) Paciente com facada no tórax, assistolia durante o transporte com 20 minutos de RCP, sem sinais de vida.

» Ótima questão para lembrarmos das indicações de uma toracotomia de emergência:


Vítimas de trauma torácico (penetrante ou fechado) que se encontram inconscientes e sem pulso apresentam parada circulatória,
nesses casos conhecida como Parada Circulatória Traumática (PCT). Atividade elétrica sem pulso (observada na hipovolemia
extrema), Fibrilação Ventricular (FV) e assístole são os possíveis ritmos encontrados. As principais causas de PCT incluem
hipovolemia, pneumotórax hipertensivo, tamponamento cardíaco, herniação cardíaca e contusão miocárdica grave. 
Em pouquíssimos casos (1,9%), a PCT pode ser revertida com ressuscitação cardiopulmonar fechada, acompanhada de medidas
como drenagem torácica bilateral (na possibilidade da existência de pneumotórax hipertensivo), ventilação mecânica com O2 a
100% e administração prévia de epinefrina (na presença de FV) somada a protocolos desenvolvidos pelo ACLS (Advanced Cardiac
Life Support). Na ausência de resposta a essas medidas iniciais, uma toracotomia de ressuscitação (reanimação), na própria sala de
emergência, se encontra indicada! Em centros capacitados e treinados neste procedimento, a sobrevida pode alcançar 10% ou
mais. Na ausência de cirurgiões, uma pericardiocentese por agulha pode ser feita, se houver qualquer suspeita de tamponamento
cardíaco.
 
Logo, gabarito letra D.

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205 - 2020 HMASP

A queimadura caracterizada por lesão de espessura total através da derme e da epiderme até a gordura subcutânea é classificada
como:

A) Primeiro grau.
B) Segundo grau superficial.
C) Segundo grau profundo.
D) Terceiro grau.
E) Quarto grau.

» Vamos rever a classificação das queimaduras:


 

Primeiro grau: limitada à epiderme. A pele se apresenta eritematosa e dolorosa, ficando pálida à compressão;

Segundo grau superficial: Lesão de epiderme e derme superficial. Eritematosa, dolorosa e geralmente com bolhas. Também
empalidecem à compressão;

Segundo grau profundo: Lesão através da epiderme e profundamente na derme. Maior palidez e eventual mosqueamento.
Dolorosas ao toque mas não empalidecem à compressão. 

Terceiro grau: Lesão de espessura total que chega até o subcutâneo. A pele fica endurecida e com aspecto de couro. Pode se
apresentar translúcida ou mosqueada com aspecto de cera. Não empalidece à compressão. A superfície é indolor e geralmente
seca. 

Quarto grau: envolvem estruturas abaixo da pele, como ossos, tendões e músculos.  

 
 
Resposta certa: D.
206 - 2020 HVL

Paciente de 25 anos, vítima de colisão moto versus carro, é trazida ao pronto-socorro em prancha rígida com colar cervical. Na
avaliação primária não apresenta lesões aparentes de vias aéreas, nem indicação de via aérea definitiva no momento. Na ausculta
pulmonar apresentava murmúrio abolido em hemitórax direito, hipertimpânico, com desvio de traquéia para a esquerda e grande
enfisema subcutâneo na palpação superficial do tórax com estase jugular evidente. Não se percute macicez. O exame físico do
hemitórax esquerdo não revela alterações. Avaliação hemodinâmica apresenta PA: 70x40 mmHg, FC: 130bpm, Sat O2: 85%. Ainda
com dúvidas na origem do choque, o médico solicita expansão volêmica e radiografia de tórax. Baseado no caso apresentado,
assinale alternativa correta:

A) A radiografia de tórax é indispensável para o diagnóstico acima.


B) A radiografia de tórax é indispensável e padrão-ouro para diferenciar pneumotórax hipertensivo de hemotórax maciço.
C) O quadro clínico é clássico de hemotórax maciço.
D) O quadro clínico é suficiente para diagnóstico de pneumotórax de tensão (hipertensivo).

» O enunciado nos demonstra um quadro clássico de pneumotórax hipertensivo: murmúrio abolido à direita, timpanismo, desvio de
traqueia para a esquerda, hipotensão e turgência de jugular.
Vamos lembrar que o diagnóstico é clínico. A radiografia não deve ser solicitada para o diagnóstico. Logo, gabarito letra D.

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207 - 2020 PUC - SP

O que é verdade em relação à avaliação de trauma abdominal contuso?

A) Pacientes com rigidez da parede abdominal e TC abdominal negativa devem ser submetidos à LPD – Lavagem Peritoneal
Diagnóstica, para descartar lesão do intestino delgado.
B) Se o exame FAST for negativo em um paciente hemodinamicamente instável, a LPD é indicada para descartar sangramento
abdominal.
C) O exame FAST não detecta líquido intraperitoneal, se o volume total for <1000 mL.
D) Em pacientes hemodinamicamente estáveis, a lesão intestinal pode ser descartada com TC abdominal.

» Em relação ao trauma contuso do abdome:


A- Incorreta: a presença de rigidez abdominal fala a favor de irritação peritoneal. Nestes casos, mesmo com TC negativa,
pensamos em uma conduta cir;urgica, não em realizar LPD.
B- Correta: vamos lembrar que o LPD é mais sensível para detectar a presença de sangue.
C- Incorreta: O FAST detecta colecções a partir de 250 ml.
D- Incorreta: a tomografia é o exame mais sensíel na avaliação do trauma abdominal, no entanto para as lesões de vísceras ocas e
diafragma, ela pode não ser tão eficaz.
Logo, gabarito letra B.

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208 - 2020 PUC - SP

Na sala de emergência, para as vítimas de choque hipovolêmico, os Protocolos de Transfusão Maciça devem

A) incluir transfusão de plasma e plaquetas, além de concentrado de hemácias.


B) ser iniciados após tipagem sanguínea, mas a prova cruzada não é necessária.
C) ser iniciados em pacientes com taquicardia, depois da administração de 3.500 mL de cristaloides.
D) incluir exames para coagulopatias presentes em 5% dos pacientes que necessitam transfusão maciça.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Correta: atualmente sabemos que a transfusão de somente concentrados de hemácias e cristaloide não é a melhor opção para
o paciente vítima de trauma grave que necessita de uma transfusão maciça. Nestes casos, o ideal é um transfusão de 1:1:1,
quando pensamos em hemácias, plasma e plaquetas.
B- Incorreta: inciamos o protocolo com sangue do grupo O, inicialmente sem provas.
C- Incorreta: atualmente tentamos estabilizar o paciente com uma etapa inicial de 1000 ml e, após, mais 1000 ml.
D- Incorreta: devemos avaliar a formação do coágulo através de um troboelastograma, mas não identificamos coagulopatias em
5% dos casos.
Gabarito letra A.

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209 - 2020 HVL

Paciente feminina, 27 anos, vítima de espancamento há 30 minutos é trazida pelo resgate em prancha rígida, com colar cervical e
cateter de oxigênio com 2 l/min. Apresenta trauma facial importante, hematoma periorbital bilateral e grande quantidade de
secreções e sangue em orofaringe. Na ausculta pulmonar apresenta redução de murmúrio a direita, sem macicez, sem
hipertimpanismo, com roncos de transmissão e hematomas em toda parede torácica anterior. Sinais vitais da admissão: PA: 110x50
mmHg, FC: 110bpm, Sat 85%, T: 34,9º. Mantém-se com abertura ocular ao estímulo de pressão/dor, confusa, localizando a dor aos
estímulos dolorosos. Assinale a alternativa correta:

A) A paciente tem indicação de via aérea definitiva, pois apresenta quadro clássico de hematoma epidural com intervalo lúcido.
B) A paciente tem indicação de via aérea definitiva, pois se encontra comatosa (Glasgow score de 08).
C) A paciente necessita de via aérea definitiva, pois apresenta risco de aspiração de secreções da orofaringe.
D) A paciente deve, primeiro, ser expandida hemodinamicamente, com cristaloides, para posteriormente ser avaliada necessidade
de via aérea definitiva.

» Vamos avaliar cada uma das alternativas:


A- Incorreta: a paciente não apresentou o clássico intervalo lúcido que pode estar presente nos hematomas epidurais. No intervalo
lúcido temos a perda da consciência, recuperação e depois nova perda.
B- Incorreta: abertura ocular à pressão: 2 pontos + Resposta verbal confusa: 4 pontos + localiza a dor: 5 pontos. Logo, ECG = 11
pontos. 
C- Correta: uma das indicações de via aérea artificial é a proteção da via aérea natural contra a broncoaspiração.
D- Incorreta: sempre devemos seguir o ABCDE.
Logo, gabarito letra C.

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210 - 2020 HVL

De acordo com o protocolo do Advanced Trauma Life Support (ATLS), a reposição volêmica em ambiente intra-hospitalar em sala de
emergência deve ser:

A) Com acessos periféricos calibrosos, com infusão de soluções hiperosmolares como NaCl 3%.
B) Com acessos periféricos calibrosos, com infusão de soluções colóides.
C) Com acessos periféricos calibrosos, com hemotransfusão precoce em todos os casos.
D) Com acessos periféricos calibrosos, com expansão volêmica com cristaloides aquecidos, e hemocomponentes dependendo do
grau de choque.

» Questão clássica.
No C, do ABCDE, uma das etapas é a reposição volêmica. Iniciamos com cristaloide aquecidos e a depender do choque,
administramos hemoderivados. Atualmente a proporção de administração de hemoderivados, quando necessária é de 1:1:1, ou
seja, 1 de hemácia para 1 de plasma, para 1 de plaquetas.
O acesso venoso é idealmente o periférico e preferimos sempre 2 acessos.
Gabarito letra D.

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211 - 2020 HCB - SP

Com relação às lesões traumáticas de grandes vasos abdominais, assinale a alternativa incorreta:

A) Os grandes vasos do abdome estão localizados no retroperitônio e mesentério abdominal.


B) Após o trauma contuso, as lesões abdominais vasculares com hematoma associado são frequentemente identificadas através do
realce do contraste da tomografia computadorizada.
C) Um hematoma na região da zona 1 deve ser somente explorado durante laparotomia por trauma contuso, se parecer que está
em expansão e houver continuidade de perda sanguínea.
D) As lesões vasculares abdominais contusas que não apresentam sangramento ativo podem necessitar de cirurgia para reparo ou,
mais recentemente, pode ser considerada a terapia endovascular.

» Boa questão sobre lesões traumáticas de grandes vasos. 


Letra A: Exato. Os grandes vasos do abdome (aorta e cava inferior) estão localizados no retroperitônio e mesentério abdominal.
CORRETA
Letra B: Sim. Em exame de imagem padrão-ouro no trauma abdominal fechado (TC de abdome com contraste) é comum a
identificação de lesões abdominais vasculares com hematoma associado através da visualização do realce do contraste. CORRETA
Letra C: Um hematoma na região da zona 1 deve SEMPRE ser explorado. INCORRETA
Letra D: Conceitual e CORRETA. 
 
Resposta: letra C.

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212 - 2020 SCMV

Paciente FGO, 53 anos, masculino, 70kg, no 1° dia do pós-operatório de uma gastrectomia parcial apresenta as seguintes
anotações da enfermagem nas últimas 24 horas: Soros recebidos: 2000ml; Diurese: 1300ml; Sonda nasogástrica: 1700ml.
Considerando o caso descrito, assinale a alternativa CORRETA:

A) A reposição de potássio não é necessária nesse momento.


B) A necessidade básica de água para esse paciente é de cerca de 1800ml/dia.
C) A reposição hídrica ao ser calculada deve-se considerar um acréscimo de cerca de 1500ml somados a necessidade básica diária.
D) A oferta de glicose não deverá ultrapassar 100g/dia nesse momento, pois existe uma tendência a hiperglicemia, devido à
resposta endócrino-metabólica à cirurgia.

» Paciente de 53 anos, sexo masculino e 70 Kg, no 1º pós-operatório de uma gastrectomia parcial com o seguintes dados sobre o
balanço hídrico nos controles de enfermagem: soros recebidos = 2000 mL; Diurese = 1300 mL e sonda nasogástrica = 1700 mL.
Vamos analisar as alternativas e marcar a correta: A) Errada. Habitualmente no 1º pós-operatório nós não repomos potássio devido
ao trauma cirúrgico, lise celular e liberação de potássio para o sangue, entretanto, quando a condições que podem levar a
hipocalemia, como o alto débito da sonda nasogástrica (drenagem muito maior que 500 mL de secreção rica em potássio), é
prudente acompanhar e repor os níveis de potássio deste paciente. B) Errada. A necessidade de água em média corresponde a 30
mL/Kg. Para este paciente que tem 70 Kg, a reposição hídrica padrão seria estimada em torno de 2100 mL/dia; C) Correta. Para
responder esta alternativa é necessário calcular o balanço hídrico (BH) deste paciente nas últimas 24h. BH = volume líquido
recebido - perdas líquidas sensíveis - perdas líquidas insensíveis BH = 2000 mL - 1300 mL (diurese) - 1700 mL (SNG) - 500-600 mL
(perdas insensíveis estimadas para um adulto de 70 kG); BH = 2000 mL - 3500 mL = - 1500 mL Como há um balanço hídrico
negativo de cerca de 1500 mL, durante o cálculo da reposição hídrica para o dia atual este volume deverá ser compensado além da
estimativa basal da necessidade de líquidos. D) Errada. Este paciente precisa de uma quantidade mínima de energia para evitar a
cetose de jejum, no entanto não há necessidade de limitar a oferta de carboidratos a 100g/dia, principalmente neste paciente que
não é diabético e que apresenta condições de corrigir adequadamente a sua glicemia. Gabarito letra C.

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213 - 2020 HMMG

Paciente de 78 anos, vítima de queda de escada, chega ao pronto socorro com rebaixamento de nível de consciência e é submetido
à tomografia de crânio abaixo. Trata-se de provável:

A) Hematoma Epidural.
B) Lesão Axonal Difusa.
C) Hemorragia Subaracnoidea.
D) Hematoma Subdural.

» A tomografia computadorizada (TC) de crânio mostra uma hiperdensidade em crescente à esquerda. Esse formato de hematoma
intracraniano é característico do hematoma subdural, que ocorre por laceração de pequenas veias entre a dura-máter e a
aracnóide. A localização típica, como no caso em questão, é frontotemporoparietal. Há maior risco em idoso e alcoólatras pela
atrofia cerebral, bem como em usuários de anticoagulantes. Resposta certa: D.

Video comentário: 248249


214 - 2020 PMF

Homem, 22 anos, vítima de queda de moto em rodovia há 30 minutos com trauma de crânio evidente; trazido pelo SAMU, chega à
sala de trauma de um hospital terciário com intubação traqueal pelo rebaixamento do nível de consciência. A equipe de
atendimento pré-hospitalar informou que o doente apresentava sinais de choque hipovolêmico e infundiu, até a chegada ao
hospital, 1 litro de solução cristaloide. Exame físico: saturação de O = 95%, FC = 140 bpm, PA = 80 x 60 mmHg. ECG = 3. Exames de
imagem: RX de tórax e bacia sem alterações. Ultrassonografia FAST = grande quantidade de líquido abdominal. A melhor forma de
tratar o choque deste doente é:

A) infundir mais 1 litro de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar transfusão de papa de hemácias e encaminhar o
doente para laparotomia;
B) infundir mais 3 litros de cristaloide, aguardar exames laboratoriais para iniciar a transfusão de papa de hemácias, e encaminhar
o doente para laparotomia;
C) infundir mais 3 litros de cristaloide, realizar hipotensão permissiva, iniciar a transfusão de papa de hemácias e plasma fresco
congelado e encaminhar doente para laparotomia;
D) infundir mais 1 litro de cristaloide, iniciar transfusão de papa de hemácias e plasma fresco congelado, e encaminhar o doente
para laparotomia.

» Questão que gerou alguma discussão e que deveria ter sido anulada. 
É indiscutível a indicação de laparotomia. Paciente com trauma contuso de abdome, instável e com FAST +, devemos indicar a
laparotomia. 
Além disso, devifo ao fato do paciente estar instável, apesar da reposição inicial, devemos iniciar o protocolo de transfusão
maciça. 
A banca libeoru como gabarito a letra D. E de fato é a melhor opção, mas veja que não necessariamente devemos fazer + 1 litro de
cristaloide. 
Gabarito letra D.

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215 - 2020 FAMERP

Está incorreto em relação ao dreno de tórax.

A) Sempre deve ser clampeado para o transporte.


B) O borbulhar persistente pode ocorrer devido a falha no sistema de drenagem.
C) O excesso de esparadrapo na extensão do dreno dificulta o exame das condições internas do dreno.
D) O frasco deve estar hermeticamente fechado.

» NÃO devemos clampear o dreno de tórax para transportar o paciente, simplesmente porque ele para de funcionar e o paciente
pode vir a instabilizar. Devemos ter cuidado na passagem entre macas, pois o dreno pode ficar preso e/ou ser arrancado, atenção
para que a extremidade do sistema de drenagem não fique fora d’água. 
Sempre que for manipular o dreno, higienizar as mãos clampear o dreno, para que não haja entrada de ar, e lembrar de soltar o
clamp ao término da manipulação. 
Manter o selo d’água com 300-500 mL de SF 0,9% (2,0 cm de altura), e trocá-lo a cada 12-24 horas.
Posicioná-lo no piso (NÃO COLOCAR NO CHÃO), com suporte próprio, ou sustentado em local adequado. Nuca elevá-lo acima do
tórax sem que esteja clampeado (fechado).
Manter a pinça do dreno sempre abaixo do nível da cintura ou do leito do paciente.
Sempre registrar o aspecto do líquido (Ex: seroso, sero-hemático, hemático, purulento).
Inspeção e troca diária do curativo. 
Verificar a oscilação na coluna líquida: deve subir na inspiração, e descer na expiração. Caso não haja esse movimento espontâneo,
pode haver obstrução do tubo. Atentar para a presença de bolhas no frasco de drenagem, que podem ser indicativo de fístula
aérea. 
Resposta letra A.

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216 - 2020 IGESP

Jovem de 19 anos, vítima de acidente automobilístico de alto impacto é trazido em prancha rígida e colar cervical após 40 minutos
do trauma. Há relato de ejeção do veículo e grande deformidade do automóvel. Durante atendimento pré-hospitalar foi
administrado 1000ml de ringer lactato aquecido e 1g de ácido tranexâmico. É admitido em sala de emergência com vias aéreas
pérvias, de colar cervical. Ao exame físico pulmonar: escoriação em hemitórax esquerdo, ausculta abolida a esquerda,
hipertimpânico, com estase jugular. Bulhas normofonéticas. Pressão arterial: 80x40 mmHg, Frequência cardíaca: 125 bpm,
saturação de oxigênio periférico: 82%, frequência respiratória: 38 irpm. Glasgow 13, pupilas isocóricas, sem déficits focais
aparentes. Pelve fechada. Exame físico abdominal normal. Assinale a alternativa sequencial correta, preconizada pelo Advanced
Trauma Life Support (ATLS) 10ª edição, por ordem de execução.

A) Ofertar oxigênio, drenagem de tórax, lavado peritoneal diagnóstico.


B) Punção de alívio em segundo espaço intercostal, na linha médio-clavicular, seguida de drenagem de tórax.
C) Punção de alívio em segundo espaço intercostal, na linha médio clavicular, seguida de colocação de um dreno pig tail.
D) Punção de alívio em quinto espaço intercostal esquerdo, descompressão manual, seguido de drenagem torácica.

» Temos um paciente vítima de trauma automobilístico de alta energia cinética apresenta quadro evidente de pneumotórax
hipertensivo! Lembre-se sempre que esse diagnóstico é clínico e aqui temos que pensar nessa hipótese diante dos seguintes
achados:

acidente automobilístico de alto impacto;


escoriação em hemitórax esquerdo;
ausculta abolida a esquerda;
hipertimpanismo;
estase jugular e
instabilidade hemodinâmica.

O que fazer então?


Toracocentese de alívio no 5º espaço intercostal à esquerda, seguida de incisão e descompressão por dilatação digital do orifício e
drenagem em selo d’água no mesmo local (toracostomia).
 
Melhor opção e gabarito: letra D.
217 - 2020 HMMG

Paciente 20 anos, trazido pelo resgate após ferimento por arma branca em Zona de Ziedler há 1 hora. Chega ao pronto-socorro
com os seguintes sinais vitais: PA: 80 x 30 mmHg, FC 140 bpm, FR 35 irpm. Ao exame físico tem suas vias aéreas pérvias, apresenta
estase jugular bilateral, e você não consegue ter precisão na ausculta cardíaca, pois as bulhas estão abafadas. Exame físico
pulmonar normal. Baseado no caso acima, a principal hipótese diagnóstica:

A) Pneumotórax hipertensivo.
B) Ruptura de aorta.
C) Tamponamento cardíaco.
D) Trauma esplênico.

» Primeiramente vamos delimitar a zona de Ziedler: 

Limites laterais: linha paraesternal direita e linha axilar anterior esquerda. 


Limites superior e inferior: segundo espaço intercostal esquerdo e sexto espaço intercostal esquerdo. 

O trauma nessa região tem grande possibilidade de acometimento cardíaco. 


 
 
O paciente em questão sofreu uma ferida penetrante por arma branca próxima à área cardíaca e agora se apresenta chocado. No
choque hemorrágico, tipo mais comum no trauma, não veríamos turgência jugular patológica. Portanto, se tivermos hipotensão e
turgência jugular precisamos pensar num choque obstrutivo, como pneumotórax hipertensivo e tamponamento cardíaco. Como o
exame físico pulmonar é normal e há abafamento de bulhas, o tamponamento cardíaco é a nossa principal hipótese e uma
pericardiocentese deve ser feita rapidamente. Vamos lembrar da clássica tríade de Beck do tamponamento cardíaco: turgência
jugular + hipofonese de bulhas + hipotensão arterial. Resposta certa: C.

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218 - 2020 HMMG

Paciente masculino, vítima de ferimento por arma branca em região mesogástrica há 40 minutos. Sinais vitais do pré-hospitalar
demonstravam choque hemorrágico classe II. Foi administrado durante o transporte 1g de ácido tranexâmico e 500ml de ringer
lactato. É admitido em sala de emergência com vias aéreas pérvias, de colar cervical, sem alterações ao exame físico pulmonar,
porém com pressão arterial de 70x40 mmHg, frequência cardíaca de 142 bpm, frequência respiratória de 35 irpm, confuso,
sudoreico, com sinais de peritonite e Glasgow 13. A conduta imediata mais adequada é:

A) Ecografia rápida em sala de emergência - Focused Assessment with Sonography for Trauma - FAST
B) Tomografia de abdome superior e pelve
C) Lavado peritoneal diagnóstico
D) Laparotomia Exploradora

» Estamos diante de um trauma de abdome por arma branca. No trauma penetrante de abdome, existem três indicações imediatas
de laparotomia exploradora: - Evisceração; - Peritonite; - Choque. Estas alterações são indícios de lesão de alça ou lesão vascular,
como é o caso da nossa questão. Vamos aproveitar esta questão para guardar este conceito de vez: Paciente com trauma
penetrante de abdome com evisceração, peritonite ou choque, devemos observar ou mandar para cirurgia? "É Pra Cirurgia!" É -
Evisceração; Pra - Peritonite; Cirurgia - Choque. Gabarito letra D.

Video comentário: 248255


219 - 2020 IGESP

Um paciente, vítima de capotamento de automóvel com os seguintes sinais vitais: PA: 60 x 40mmHg, FC: 125 bpm, FR: 31 irpm,
Oligúrico, Agitado. Qual a classe do choque hipovolêmico, segundo o Advanced Trauma Life Support (ATLS)?

A) I
B) II
C) III
D) IV

» Temos um paciente vítima de politrauma e que se apresenta com nítida instabilidade hemodinâmica. Cabe agora saber qual a
classificação de choque ele se encontra de acordo com a 10ª Edição do ATLS… Ao vermos a tabela (em anexo) não resta dúvida que
ele se encontra na classe III de estimativa de perda volêmica. Resposta: letra C. Obs.: Vale lembrar que é comum o que vimos aqui,
em que algum sinal vital aponta para uma classe e outro aponta para uma classe distinta. Quando isso acontecer, assinale sempre
a classe mais grave!

220 - 2020 UFSCAR

Paciente masculino de 38 anos dá entrada no SMU vítima de ferimento por arma branca em região dorsal. Na avaliação inicial
apresenta-se consciente e contactuante, com FC de 140 e PA 84x56. Glasgow 14, ansioso, saturando 93% em ar ambiente. A
exposição apresenta ferimento de 3 cm sem sangramento ativo em região lombar direita, nível de L4, a 3 cm do processo
espinhoso. Qual melhor conduta?

A) FAST para avaliar penetração na cavidade


B) Laparoscopia para avaliar penetração na cavidade
C) Laparotomia exploradora
D) Tomografia Computadorizada com triplo contraste para avaliar lesões
E) Duas das anteriores estão corretas

» Paciente com trauma em região lombar por arma branca. Todo paciente com trauma penetrante de abdome que apresente
evisceração, peritonite ou choque deve ser encaminhado imediatamente para cirurgia. A mesma regra vale para região lombar.
Trauma na região lombar dificilmente apresentaria evisceração, mas dependendo do objeto e da magnitude do trauma, poderia
acontecer. De qualquer forma, a presença de peritonite ou choque indica lesão intra-abdominal ou lesão vascular importante.
Como o nosso paciente está instável hemodinamicamente, a melhor conduta é a realização de laparatomia exploradora. Gabarito
letra C.

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221 - 2020 ISCMSC

Com relação às lesões gástricas traumáticas, assinale a alternativa incorreta:

A) As lesões gástricas ocorrem mais comumente após trauma abdominal contuso.


B) O mecanismo proposto da ruptura gástrica contusa é o aumento agudo da pressão intraluminal por forças externas que
resultam em ruptura da parede gástrica.
C) As lesões gástricas comumente são identificadas ao exame físico, pela presença de peritonite.
D) As lesões penetrantes são frequentemente perfurações de toda a parede resultando em extravasamento do conteúdo gástrico.

» As lesões gástricas ocorrem mais comumente após trauma abdominal penetrante, (letra A - INCORRETA) com o estômago sendo o
órgão lesado em aproximadamente 17-18% dos casos e levando ao óbito em cerca de 20% dos casos! As lesões penetrantes são
frequentemente perfurações de todas a parede resultando em extravasamento do conteúdo gástrico. (Letra D - CORRETA)
Inversamente, as lesões gástricas contusas são raras, ocorrendo em 0,05% de todos os pacientes com trauma contuso e 4,3% dos
pacientes com lesão contusa de víscera oca. Estas lesões estão associadas a uma significativa mortalidade, alcançando 28,2% e o
mecanismo proposto da ruptura gástrica contusa é o aumento agudo da pressão intraluminal por forças externas que resultam
em ruptura da parede gástrica. (letra B - CORRETA) Letra C: Conceitual e CORRETA. Resposta: letra A.

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222 - 2020 SCMV

No trauma pediátrico deve-se observar algumas diferenças sobre a abordagem comparado ao trauma em adultos. Nesse contexto,
é CORRETO afirmar que:

A) A criança que chora, mas é consolável o escore verbal é considerado 2.


B) O fenobarbital não deve ser utilizado no traumatismo cranioencefálico, mas sim o diazepam.
C) A solução salina hipertônica se necessária deve ser a de 6% pelo protocolo da Brain Trauma Foundation.
D) O TCE em crianças tem melhor prognóstico comparado aos adultos e a hipotensão resultante da hipovolemia é o pior fator de
risco isolado.

» Vamos analisar as assertivas em relação ao trauma pediátrico: A) Incorreta. A criança que chora e é consolável é escore verbal 4 na
escala de Glasgow pediátrica em menores de 1 ano. B) Incorreta. As drogas de preferência para intubação orotraqueal (IOT) no
trauma pediátrico são etomidato e midazolam por apresentarem meia vida mais curta em relação ao diazepam. O etomidato ainda
proporciona estabilidade cardiovascular, ideal para pacientes com choque hipovolêmico. C) Incorreta. A solução salina hipertônica
a 3% em doses de 0,1 a 1 ml/kg/hora pode ser realizada em casos de hipertensão intracraniana. D) Correta. A maior parte dos
traumas pediátricos apresenta um melhor prognóstico de recuperação neurológica quando comparado ao trauma
cranioencefálico do adulto. O principal fator de risco para danos neurológicos permanentes é a hipotensão resultante da
hipovolemia visto que reduz a pressão de perfusão cerebral. Portanto, o nosso gabarito é a letra D.

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223 - 2020 UFSCAR

Mulher, 41 anos, dá entrada em SMU trazida por familiares vítima de agressão após briga com marido. Ao Exame Físico: Vias aéreas
pérvias sem colar Murmúrios vesiculares presentes bilateralmente sem ruídos adventícios. Orifício de entrada de ferimento por
arma branca em quarto espaço intercostal esquerdo, linha hemi-clavicular PA 80x40 mmHg, FC 140 bpm, pulso paradoxal.
Ferimento por arma branca em hipocôndrio esquerdo. Escala de Coma de Glasgow 8, pupilas isocóricas e fotorreagentes.
Nenhuma outra lesão além das descritas. Qual principal diagnóstico e conduta inicial:

A) Lesão de aorta; Angiografia: Tratamento endovascular


B) Lesão de baço; FAST; Laparotomia exploradora
C) Lesão de baço; Laparotomia exploradora
D) Tamponamento cardíaco; Toracotomia de reanimação
E) Tamponamento cardíaco; Toracotomia de emergência

» Estamos diante de um quadro de trauma de torácico associado à hipotensão e taquicardia. Este quadro de instabilidade
hemodinâmica pode estar acontecendo por choque hemorrágico (hemotórax maciço, lesão de órgão maciço ou lesão de grandes
vasos) ou devido a um choque obstrutivo (pneumotórax hipertensivo ou tamponamento cardíaco). No exame fisico, os murmúrios
vesiculares estão presentes bilateralmente e sem ruídos adventícios, ou seja, não é hemotórax nem pneumotórax. O grande
achado que direciona a nossa hipótese diagnóstica é a presença de pulso paradoxal, que sugere tamponamento cardíaco. Na
inspiração, o aumento do retorno venoso expande o ventrículo direito que comprime o ventrículo esquerdo, diminuindo a pressão
sistólica discretamente. No entanto, diante do tamponamento cardíaco, na inspiração, o ventrículo direito se expande e comprime
o ventrículo esquerdo, porém, do outro lado do ventrículo esquerdo, o tamponamento também comprime. Desta forma, a pressão
sistólica reduz mais do que 10 mmHg (pulso paradoxal). Logo, nossa principal hipótese é o tamponamento cardíaco. Diante deste
caso, a conduta deve ser a toracotomia de emergência para tratar a provável lesão cardíaca que está levando ao tamponamento.
Gabarito letra E.

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224 - 2020 FAMERP

Um jovem recebeu uma joelhada em região de flanco esquerdo durante uma partida de futebol. Foi solicitado uma tomografia
abdominal com contraste durante a avaliação inicial, que evidenciou uma lesão esplênica grau II. O paciente está
hemodinamicamente normal. Qual das afirmações abaixo contraindicaria o tratamento não operatório pela equipe do trauma?

A) Queda de dois pontos na hematimetria.


B) Contusão pulmonar associada.
C) Peritonite difusa.
D) Piora do lactato sérico.

» Ótima questão para lembrarmos sobre a conduta frente a um trauma contuso de abdome, com uma lesão esplênica. Para
indicarmos a conduta conservadora, devemos garantir: (1) estabilidade hemodinâmica; (2) exame abdominal negativo para
irritação peritoneal; (3) ausência de indicações precisas de laparotomia ou de lesões associadas que necessitem intervenção
cirúrgica; (4) ausência de condições clínicas que aumentem o risco de sangramento (coagulopatias, uso de anticoagulantes orais e
insuficiência hepatocelular crônica); e (5) lesões esplênicas graus I a III.
Logo, gabarito letra C.

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225 - 2020 FAMERP

Um jovem, vítima de ferimento por arma branca em flanco direito, encontra se na cena com sinais clínicos sugestivos de choque
hemorrágico. Entende se por Ressuscitação Hemostática no Trauma:

A) Manter Pressão Sistólica entre 70 e 80 mmHg, exceto para o paciente com trauma craniano evidente;
B) Manter a Pressão Sistólica acima de 90 mmHg;
C) Infusão de Ringer Lactato em acesso periférico até que a Pressão Sistólica atinja níveis de 110 mmHg;
D) Iniciar a expansão volêmica na cena e iniciar o transporte com Pressão Sistólica acima de 90 mmHg.

» No manejo ao paciente vítima de trauma e em choque hemorrágico, devemos estabelecer metas permissivas até que a resolução
do sangramento (causa do choque) seja corrigido. Assim, pelo conceito de hipotensão permissiva, visando uma perfusão mínima
para perfusão tecidual adequada, devemos ter como alvo uma pressão sistólica de até 90 mmHg, sendo os valores entre 70 e 80
mmHg, apresentados na afirmativa A, os mais adequados.
 
Gabarito: Alternativa A.

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226 - 2020 FAMERP

Em pacientes vítimas de lesões renais que provocaram áreas de isquemia no parênquima renal, podemos encontrar como
complicação tardia:

A) Cólicas intermitentes;
B) Sangramento e instabilidade hemodinâmica;
C) Insuficiência renal dialítica.
D) Hipertensão Arterial;

» De maneira clássica, sempre lembramos da hipertensão renovascular, associada ao excesso de sevreção de renina oriunda da
isquemia renal. A incidência da hipertensão pós-traumática é influenciada pelo grau da lesão, pela existência de hipertensão antes
do trauma, o que, por sua vez, é influenciada pela idade, sexo e raça da população. O tempo de aparecimento da hipertensão
renovascular varia e tem sido reportado desde 37 dias até décadas após o trauma, com uma média de 34 meses. A Nefrectomia é
o tratamento mais comum em casos de hipertensão renovascular após trauma. E, por isso, a banca libeoru como gabarito a letra
D.
 
A insuficiênica renal até pode acontecer em quadros mais graves de isquemia e lesões bilaterais, no entanto, como o enunciado
não menciona o tipo e nem a gravidade da lesão, ficamos realmente com a letra D.

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227 - 2020 SCMA - SP

Paciente vítima de queda de telhado (aproximadamente 15 metros), há 45 minutos, queixa-se de dor abdominal. Achados de
exame físico revelam consciência preservada, orientada, PA: 70x30 mmHg, FC: 130 bpm, FR: 28 irpm, pálida, descorada (3+/4+),
exame físico torácico sem alterações. Abdome doloroso a palpação, sem sinais de peritonite. A sequência de conduta mais
adequada é:

A) entubação orotraqueal, tomografia de abome e pelve e avaliação neurológica


B) oxigenação, expansão volêmica com cristaloides e hemoderivados e ultrassonografia em sala de emergência (FAST)
C) ventilação não invasiva, expansão com colóides e tomografia de abdome
D) intubação orotraqueal e laparotomia de reanimação em sala de emergência

» Paciente vítima de politrauma, instável hemodinamicamente, até se prove o contrário apresenta choque hemorrágico e
hipovolêmico. Agora, de onde vem o sangramento e qual deve ser a nossa conduta? 
A letra A não pode ser a resposta pois não vamos fazer tomografia para pacientes instáveis. Vamos seguir o ABCDE?
A- não temos indicação de via aérea artificial e, se a paciente QUEIXA-SE de dor, é porque esla está verbalizando. Além disso,
vamos fazer volume com cristaloide e hemoderivados. Como a paciente não apresenta irritação peritoneal, não indicamos
diretamente a laparotomia. A avaliação deve ser feita através do FAST ou LPD.
Gabarito letra B.

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228 - 2020 HAOC

Mulher, 44 anos, vítima de queda da motocicleta. Admitida na sala de emergência consciente, taquipneica (FR 30 ipm), Sat. O2 88%
com máscara de oxigênio. Nota-se afundamento de segmento anterior da parede torácica à inspiração. Murmúrio vesicular
diminuído à direita com percussão dolorosa e submacicez. Sem alteração hemodinâmica. Realizada gasometria arterial: pH 7,46;
paO2 55 mmHg; paCO2 26 mmHg. Qual é a melhor conduta neste momento?

A) Fixação de arcos costais.


B) Drenagem de tórax.
C) Analgesia peridural.
D) Suporte ventilatório.
E) Tomografia de tórax.

» Uma paciente vítima de trauma evolui com sinais de uma das lesões mais icônicas do atendimento ao trauma: o tórax instável. O
sinal característico é o movimento paradoxal da área torácica afetada, que afunda na inspiração ao invés de expandir. A principal
consequência desse problema é a dificuldade respiratória secundária à dor e à contusão pulmonar subjacente. Logo, o tratamento
consiste basicamente de analgesia adequada e suporte ventilatório. A ausência de sinais de pneumotórax ou hemotórax maciço
nao indica drenagem, e a fixação dos arcos não trará benefício respiratório para o paciente (A e B INCORRETAS). A analgesia
peridural não será adequada para atingir a área afetada sem repercutir negativamente na insuficiência respiratória, também não
sendo indicada nosse caso (C INCORRETA). Nosso paciente apresenta na gasometria arterial hipoxemia (pO2 < 60), e alcalose
respiratória secundária à taquipneia. O tratamento deve ser realizado com oxigenoterapia, evoluindo para intubação orotraqueal
caso necessário. (E CORRETA). A tomografia do tórax poderá ser realizada, porém apenas após a estabilização clíica do paciente. (D
INCORRETA) Resposta correta letra D

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229 - 2020 HSA - GUARUJÁ

A manobra de Heimlich está associada a qual item abaixo:

A) Asfixia
B) Volvo de sigmoide
C) Soluço intermitente
D) Luxação da Mandíbula
E) Hérnia encarcerada

» A manobra de Heimlich é utilizada nos casos de asfixia por corpo estranho. É uma manobra emergencial que consiste em alguém
se colocar por trás da vítima e fazer uma compressão com ambos os braços na altura do diafragma de forma posterior e superior
(“alça de balde” – figura).
 
Resposta: A

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230 - 2020 HAOC

Homem, 29 anos, foi vítima de ferimento por arma branca (faca de cozinha) no dorso à esquerda da região lombar. Avaliação na
sala de emergência: A: conversando (hálito etílico), Sat. O2 95% ar ambiente; B: ausculta pulmonar sem alterações; C: FC 90 bpm e
PA 140x70 mmHg; D: Glasgow 15; E: ferimento corto-contuso de 3,5cm na região lombar esquerda com sangramento em babação.
Ausência de dor abdominal. Toque retal sem alterações e diurese clara. Exame de FAST negativo. Qual é a melhor conduta neste
momento?

A) Tomografia de abdome total.


B) Laparoscopia exploradora.
C) Laparotomia exploradora.
D) Exploração do ferimento.
E) Observação clínica.

» Paciente com trauma por arma branca em região lombar, está hemodinamicamente estável, sem sinais de peritonite e com FAST
negativo. O trauma de região lombar e de flanco tem menor chance de lesão da cavidade peritoneal do que a lesão de parede
anterior. Vamos analisar as alternativas: A) Correta. Paciente com trauma de abdome por arma branca, FAST negativo e,
principalmente, estável hemodinamicamente, a melhor conduta é a realização de tomografia de abdome total. Este exame tem
maior sensibilidade para avaliar presença de alterações na cavidade ou lesões intra-abdominais. Lembrando que a tomografia no
trauma só deve ser realizada em paciente com estabilidade hemodinâmica. B) Incorreta. Em paciente estável, sem qualquer
evidência de lesão, o próximo passo é a tomografia. A laparoscopia estaria indicada se o trauma fosse de transição
toracoabdominal. C) Incorreta. O paciente não tem sinal choque ou peritonite, estas seriam as indicações imediatas de
laparotomia exploradora. D) Incorreta. O ferimento do dorso não deve ser explorado. A cavidade peritoneal é distante da região
dorsal, não seria possível saber se houve violação da cavidade pela exploração digital. E) Incorreta. Se temos a possibilidade de
avaliar com maior precisão, através de uma tomografia de abdome, a melhor conduta é a realização do exame complementar.
Gabarito letra A.

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231 - 2020 SCMV

Nos últimos anos, tem crescido o interesse por parte dos pediatras e neurologistas pela compreensão do impacto dos traumas
cranianos em crianças. O Traumatismo Craniano (TC), é uma das causas mais comuns de trauma em crianças, sendo responsável
por alto índice de internamento hospitalar, com significativa taxa de morbidade e mortalidade. Em relação ao TC, é INCORRETO
afirmar que:

A) A contusão cerebral é decorrente de ação direta da curvatura óssea sobre os tecidos neural e vascular adjacente.
B) O hematoma subdural é a presença de sangue no espaço subdural que se forma por sangramento arterial, espalhando-se sobre
o hemisfério cerebral.
C) A Lesão Axonal Difusa (LAD) ocorre, frequentemente, nos traumatismos graves, é secundária a mecanismos de aceleração e
desaceleração.
D) O hematoma epidural é uma coleção de sangue no espaço extradural, geralmente, de origem arterial, mas podendo ser venoso
nas crianças e frequentemente associado a fratura. A TC mostra imagem hiperdensa e biconvexa.

» Vamos analisar as alternativas: A) Correta. No momento da contusão, os tecidos neurais e os vasoss se chocam contra a calota
craniana. Dependendo da idade, intensidade e mecanismo do trauma podem surgir as mais diversas lesões da contusão cerebral.
B) Incorreta. O hematoma subdural é a presença de sangue no espaço subdural, no entanto a lesão é proveniente de sangramento
venoso. C) Correta. No mecanismo de acelaração e desaceleração pode acontecer cisalhamento dos axônios e desencadear a
Lesão Axonal Difusa (LAD). D) Correta. É uma lesão geralmente arterial, no espaço extradural, por traumatismo na região parietal
que tipicamente forma uma imagem biconvenxa na TC. Gabarito letra B.

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232 - 2020 ISCMSC

A primeira conduta, adotada frente ao paciente vítima de politraumatismo, de acordo com o protocolo do Advanced Trauma Life
Support (ATLS):

A) acessos venosos calibrosos.


B) assegurar via aérea pérvia.
C) avaliar status neurológico.
D) controle de hemorragias.

» Questão clássica sobre “ABCDE do trauma”… Clássica abordagem defendida pelo ATLS (Advanced Trauma Life Support) e por
grande parte das bibliografias de cirurgia de trauma. 
Relembrando, a primeira conduta frente uma vítima de politraumatismo é o “A”, que inclui assegurar via aérea pérvia e estabilizar
coluna cervical
A) Incorreta. Acessos fazem parte da letra C (circulation).
B) Correta, conforme dito acima. 
C) Incorreta. Status neurológico faz parte do D (disability)
D) Incorreta. Controle de hemorragia também faz parte do C.
 
Resposta: letra B.

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233 - 2020 SCO

Jovem de 25 anos, trazido em prancha rígida e colar cervical, estável, após acidente motociclístico, queixando-se de intensa dor em
flanco direito. Na inspeção nota-se hematoma em flanco direito associado à tatuagem correspondente ao cinto de seguranca. Na
tomografia de abdome evidenciou-se hematoma hepático subcapsular com < 50% da área superficial, de 7 cm de diâmetro,
ausência de “blush” arterial. Paciente permanece estável. A MELHOR conduta neste caso é:

A) laparotomia exploradora.
B) embolização endovascular.
C) lavado peritoneal diagnóstico.
D) tratamento conservador.

» Este paciente apresenta trauma hepático grau II e estabilidade hemodinâmica após trauma abdominal contuso. Sabemos que a
melhor conduta para trauma hepático com estabilidade hemodinâmica é tratamento conservador, desde que o paciente não
apresente taquicardia, hipotensão, acidose metabólica e sinais de choque ao exame físico. O tratamento conservador de trauma
hepático apresenta sucesso de mais de 85%. A vigilância deve ser intensiva na busca de ressangramento.
 
Resposta: letra D.

234 - 2020 SCO

Paciente feminina, 23 anos, vítima de ferimento por arma branca em região anterior do abdome. Encontra-se instável, hipotensa,
taquicárdica, sem resposta à expansão volêmica com cristaloides e hemoderivados. A conduta MAIS adequada neste caso é:

A) Laparotomia exploradora.
B) Tratamento não operatório em unidade intensiva.
C) Lavado Peritoneal Diagnóstico.
D) Tomografia de abdome superior e pelve.

» Questão clássica aqui! 


Perceba que temos uma paciente jovem vítima de trauma aberto no abdome e com INSTABILIDADE HEMODINÂMICA. Certamente
a causa da instabilidade é um sangramento na cavidade abdominal. Desse modo, ela deve ser imediatamente submetida a uma
laparotomia exploradora. 
 
Resposta: letra A.
235 - 2020 FAMEMA

Adolescente de 14 anos, vítima de espancamento, dá entrada em pronto-socorro consciente, apresentando equimoses em região
lombar esquerda. Refere na admissão dor intensa local, atitude antálgica e urina hematúrica. Saturação O2 = 97%. Pele descorada,
perfusão < 2 segundos, pulso = 148 bpm, pressão arterial = 100/60 mmHg. Recebeu 50 mL/kg em 2 horas de Ringer Lactato® + 1
unidade de concentrado de hemácias. Realizada avaliação primária e secundária. A tomografia abdominal com contraste revelou
lesão de 1,0 cm de profundidade no segmento III do parênquima hepático e extravasamento leve a moderado de contraste pelo
rim esquerdo. Após as condutas de ressuscitação, a hematúria tornou-se menos pronunciada nas últimas horas. Qual é a conduta
indicada para esse caso, diante da evolução clínica do paciente e dos resultados dos exames complementares?

A) Indicar laparotomia exploradora com segmentectomia hepática e nefrectomia total.


B) Indicar lombotomia esquerda com nefrectomia e não abordagem da lesão hepática por se tratar de lesão pequena que não
compromete o quadro hemodinâmico.
C) Controlar os parâmetros hemodinâmicos e da hematúria, monitorização ultrassonográfica do fígado e do rim e dos níveis de
hematócrito e hemoglobina.
D) Indicar laparotomia exploradora com segmentectomia III hepática e sutura das lesões renais, podendo-se realizar nefrectomia
parcial ou total.

» Paciente vítima de trauma abdominal contuso apresentando lesão renal e hepática documentadas por tomografia, além de
hematúria macroscópica. Do ponto de vista clínico, o paciente “parece” estável visto que se apresentava com boa saturação de
oxigênio, embora taquicárdico e levemente hipotenso. Foi reposto volume com cristalóides e sangue, mas a questão não é clara
como o paciente se comportou depois da ressuscitação volêmica. Em relação aos achados da tomografia, podemos classificar as
lesões encontradas de acordo com o Organ Scale Injury (OIS) de cada órgão (figuras). No caso da lesão hepática, temos uma lesão
grau II (minor), que não tem indicação de abordagem cirúrgica. Já na lesão renal, temos uma lesão grau IV, com extravasamento
de contraste na tomografia indicando lesão vascular e/ou do sistema coletor. Segundo o tratado de Cirurgia Sabiston em sua
última edição, lesões grau IV sem evidência de lesão intraperitoneal que justifique abordagem, podemos tentar o tratamento
conservador, embolização nos casos de lesão arterial com estabilidade hemodinâmica ou passagem de stent ureteral nas lesões
do sistema coletor. Sendo assim, tanto as alternativas B (gabarito oficial) quanto C seriam possíveis, a depender do quadro
hemodinâmico de momento do paciente, o qual a questão não fornece (só o de admissão). Por tal motivo a equipe MEDGRUPO
entende que esta questão deveria ser ANULADA. Gabarito oficial: B Gabarito MEDGRUPO: ANULADA

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236 - 2020 HASP

Homem, 31 anos, vítima de acidente automobilístico há 40 minutos. Ao chegar no Serviço de Emergência trazido pelo SAMU,
encontra-se comatoso, entubado, com 7 na escala de Glasgow e hemodinamicamente instável. O murmúrio vesicular é normal
bilateralmente. No local do acidente foi utilizada uma calça pneumática, devido fratura instável de pelve e quadro de hipotensão.
Iniciou-se reposição volêmica com sangue e após administração de 4 bolsas, sua pressão sistólica permanece ao redor de 80
mmHg. Apresenta hematoma periorbitário à direita, alargamento do mediastino e subluxação entre a terceira e quarta vértebras
cervicais. O próximo procedimento aconselhável seria:

A) Angiografia seletiva, com subtração digital dos vasos ilíacos e pelve para provável embolização.
B) Tomografia axial computadorizada de crânio e pelve, seguida de toracotomia exploradora de urgência para tratamento de
provável lesão aórtica.
C) Laparotomia exploradora de imediato.
D) Lavagem peritoneal diagnóstica.

» Estamos diante de um apciente vítima de politrauma, instável hemodinamicamente. Somente com isso, já sabemos que não
podemos fazer a tomografia. A fratura de pelve já foi controlada com a calça pneumática (vamos lembrar que seu uso já não é
mais consesno), o tórax não apresenta sinais de hemotórax. Devemos avaliar se o abdome é o foco do sangramento. Para isso,
neste paciente instável ficamos entre FAST e LPD. Logo, gabarito letra D.

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237 - 2020 UNAERP

Lactente 11 meses anos sofreu TCE por queda da própria altura, há duas horas, na escola. A professora relatou perda muito breve
da consciência, mas que ele acordou e chorou imediatamente após ter sido estimulado. Chegou ao pronto-atendimento já
acordado e bem orientado. Nega vômitos, cefaleia, irritabilidade ou sonolência. Exame neurológico: consciente; escala de coma de
Glasgow = 15; pupilas isocóricas; reflexo fotomotor preservado bilateralmente; motricidade ocular preservada; ausência de déficits
motores ou sensoriais e de sinais de irritação meníngea. A conduta indicada, segundo o protocolo no Ministério da Saúde é

A) solicitar radiografia de crânio e observar por 6 horas.


B) solicitar radiografia de crânio e manter em observação por 24 horas.
C) solicitar tomografia de crânio.
D) solicitar tomografia de crânio com contraste.
E) observar clinicamente por 6 horas.

» Apesar do Glasgow 15, o que teoricamente nos direciona para um traumatismo cranioencefálico de grau leve, a questão apresenta
uma criança com idade inferior a 2 anos e que tem relato de alterações do nível de consciência. Não cabe a nos julgar se foi muito
rápido ou não, ele estando presente, já tem indicação de tomografia computadorizada de crânio.
Resposta: letra C.

238 - 2020 ABC

Criança de 10 anos é atropelada por um carro a 50 km/h. Veio ao pronto-socorro trazida pelo SAMU em prancha rígida e colar
cervical com headblock. Socorrista informa que criança apresenta 4 lesões: Hematoma craniano frontal subgaleal de 20cm de
diâmetro, perda de 3 dentes com sangramento oral, hematoma em tórax com marca de pneu e fratura exposta de fêmur direito.
Na ambulância apresentava-se em REG, hipoativo, FC: 130 bpm, tempo de enchimento capilar: 4 segundos, normotenso, FR: 45
irpm, Saturação 88% em ar ambiente. Qual dessas lesões você avaliará primeiro?

A) Lesão torácica
B) Hematoma craniano frontal subgaleal
C) Lesão de cavidade oral
D) Fratura exposta de fêmur

» Repare que a pergunta foi: qual dessas lesões você vai avaliar primeiro. Ou seja, devemos entender que todo o ABCDE já foi
realizado. Nestes casos, vamos abordar inicialmente a fratura exposta, uma vez que ela pode e deve ser a causa para a
instabilidade hemodinâmica da criança. Depois, avaliamos as outras lesões. Note que o enunciado não mostra sinais de obstrução
das vias aéreas.
Gabarito letra D.

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239 - 2020 HASP

Paciente de 28 anos, deu entrada na UPA apresentando 3 ferimentos puntiformes em orelha esquerda, com sangramento ativo,
devido a mordedura de seu cachorro há 45 minutos. Em se tratando de um ferimento contaminado na orelha após mordedura
canina, a primeira escolha quanto ao uso de antibiótico sistêmico, considerando que o paciente não apresenta alergia
medicamentosa, é:

A) Amoxacilina + clavulanato.
B) Amoxacilina.
C) Ciproflocacino.
D) Cefuroxima.

» Vamos relembrar:
Alguns ferimentos de alto risco necessitam de profilaxia:
- ferimentos profundos, especialmente por mordedura por gatos;
- ferimentos moderados a graves associados a esmagamento;
- ferimentos em áreas com comprometimento venoso ou linfático;
- ferimentos em mãos ou próximos a ossos e articulações, particularmente se presença de próteses;
- ferimentos em face e genitália;
- ferimentos que necessitem de sutura;
- ferimentos em imunocomprometidos.
Uma mordedura em orelha com ferimento puntiforme e sangramento ativo vai necessitar de antibioticoterapia profilática. Mas
qual ?
A escolha é feita baseada nos principais germes da pele da pessoa que sofreu a mordedura e nos principais germes da boca do
animal que mordeu (como a Pasteurella Multocida).
Portanto,  o antibiótico de primeira escolha para mordeduras de cães e gatos é a amoxicilina-clavulanato. A profilaxia deve ser
realizada por três a cinco dias. 
Dessa forma, o nosso gabarito é a letra A.

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240 - 2020 HASP

Paciente, sexo masculino, 48 anos, chegou a UPA com história de queda em domicilio com impacto abdominal, referindo intensa
dor em região de hipogástrio acompanhado de hematúria. Após realização de exames de imagem, verificou-se trauma de bexiga
intraperitoneal. Qual a melhor conduta?

A) Cistostomia.
B) Sondagem vesical com irrigação da bexiga para aliviar a hematúria + Cistostomia.
C) Cirurgia imediata.
D) Sondagem vesical, cistostomia e acompanhamento do fechamento da lesão vesical com USG 2/2 dias.

» Quando estamos diante de uma lesão de bexiga, devemos sempre avaliar se ela é intra ou extra peritoneal. Se extra, o tratamento
pode ser conservador e inclui a sondagem vesical por 10-14 dias. Se intra, a abordagem é cirúrgica com a rafia da lesão. Gabarito
letra C.

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241 - 2020 ABC

Menina, 12 anos, foi atropelada enquanto andava de skate. Chega ao pronto-socorro sonolenta e referindo muita dor na região
cervical. Exame físico: regular estado geral; FC = 100bpm; FR = 20 irpm; PA = 100 x 70 mmHg; pulsos cheios; localiza dor, confusa,
pupilas isofotorreagentes, reflexos osteotendíneos presentes e simétricos, ausência de paralisia de pares cranianos. Os dados do
exame físico utilizados para determinação da escala de coma de Glasgow são:

A) Resposta pupilar, resposta motora, reflexos osteotendineos.


B) Resposta pupilar, reflexos osteotendíneos, avaliação de pares cranianos.
C) Resposta ocular, resposta verbal, resposta motora.
D) Resposta verbal, avaliação de pares cranianos, resposta motora.

» Questão simples e que não tem como complicar. A escala de coma de Glasgow consiste na avaliação da melhor resposta motora,
verbal e ocular do paciente. Não avaliamos reflexo pupilar nesta escala, ou pares cranianos, ou ainda, reflexos osteotendíneos. Eles
fazem parte da avaliação neurológica, mas não do Glasgow. Resposta Letra C.

242 - 2020 HASP

Homem, 65 anos, masculino, sofreu acidente domiciliar há 30 minutos (Queda de 3 metros do telhado). Ao exame físico: mau
estado geral, emitindo sons incompreensíveis, com afundamento da mandíbula, epistaxe, respiração ruidosa, expelindo sangue
pela boca e alternando períodos de agitação e torpor. Pressão arterial= 100x65 mmHg, frequência cardíaca= 140
batimentos/minuto, frequência respiratória=31 movimentos/minuto. SaO2 87% em ar ambiente. Sem outras lesões associadas. A
conduta correta a ser tomada é:

A) Oxigenação através de cânula de Guedel.


B) Intubação orotraqueal.
C) Cricotireoidostomia.
D) Traqueostomia.

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma com TCE grave e que necessita de uma via aérea artificial definitiva. Qual a
conduta? Inicialmente devemos tentar a IOT, no entanto, veja como este paciente apresenta vários fatores que dificultam a
realização deste procedimento. Por isso pensamos em via aérea cirúrgica, pensamos na cricotireoidostomia. Gabarito letra C.

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243 - 2020 AFAMCI

Homem de 25 anos, vítima de acidente automobilístico, é admitido no setor de emergência com queixa de dor abdominal. Ao
exame clínico, encontra-se acordado, orientado, ansioso, hipocorado, FC = 115 bpm, PA = 110 x 70 mmHg e 26 irpm. Diante desse
quadro clínico, o paciente encontra-se em choque hemorrágico classe:

A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

» Na avaliação da estimativa de perda volêmica devemos avaliar inicialmente a pressão arterial e a frequencia cardíaca. Paciente
normotenso, configura perdas graus I ou II. Para definir, vamos avaliar a FC. Entre 100-120 bpm, indica classe II. Gabarito letra B.

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244 - 2020 FMC

Homem de 25 anos, vítima de acidente automobilístico, é admitido no setor de emergência com queixa de dor abdominal. Ao
exame clínico, encontra-se acordado, orientado, ansioso, hipocorado, FC = 115 bpm, PA = 110 x 70 mmHg e 26 irpm. Diante desse
quadro clínico, o paciente encontra-se em choque hemorrágico classe:

A) I.
B) II.
C) III.
D) IV.
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

» Quando avaliamos um paciente vítima de trauma, devemos estimar a perda volêmica, classificando o tipo de choque. No caso, o
paciente não está hipotenso. Ou seja, o choque é classe I ou II. E, como a FC está alterada (entre 100-120 bpm), pensamos em
choque classe II.
Gabarito letra B.

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245 - 2020 UHG

Homem, 20 anos de idade, vítima de trauma automóvel versus caminhão em via de alta velocidade, deu entrada no pronto-socorro
trazido pelo resgate, com colar cervical e prancha rígida. Sinais vitais: frequência respiratória = 24 movimentos/minuto; saturação
de O₂ = 88%, ar ambiente; pressão arterial = 100 x 80 mmHg e frequência cardíaca = 110 batimentos/minuto. Exame físico
pulmonar com murmúrios vesiculares diminuídos à direita, percussão timpânica no mesmo local. Abdome com dor difusa à
palpação profunda, sem sinais de peritonite. Exame neurológico com pupilas isocóricas e fotorreagentes, pontuação na escala de
coma Glasgow = 8. Assinale a alternativa correta:

A) Exame de imagem com tomografia é fundamental e deve ser solicitado na avaliação primária do paciente.
B) Deve-se proceder imediatamente à drenagem de tórax com dreno tubular nº32 pela hipótese de hemotórax.
C) Considerando trauma de baixa energia, a investigação de possível fratura de pelve é desnecessária.
D) A prioridade inicial do atendimento deve ser garantir via aérea segura.

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma de grande energia cinética com colar cervical, Glasgow 8, dessaturação e
murmúrios vesiculares diminuidos e timpanismo à direita. Vamos analisar as alternativas:
A) Incorreto. Exames complementares como radiografias e tomografia, devem ser realizados na avaliação secundária.
B) Incorreto. Dessaturação, timpanismo aumentado e murmúrios diminuidos são compatíveis com pneumotórax. Deve ser
realizada drenagem, se possível com freno mais fino (apenas ar) número 20 ou mais fino.
C) Incorreto. Todo paciente vítima de politrauma deve ter realizar pesquisa de estabilidade pélvica.
D) Correto. As medidas iniciais do atendimento do politrauma são: estabilização de coluna cervical e garantir a perviedade das vias
aéreas. Nesse paciente, em especial, deve-se proceder com intubação orotraqueal visto que o Glasgow é 8.
Alternativa D está correta.

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246 - 2020 UNIMED - RJ

O exame complementar de maior facilidade e rapidez para ajudar na propedêutica do trauma abdominal fechado em um paciente
jovem, estável, vítima de atropelamento será:

A) Lavado peritoneal
B) Tomografia com contraste oral e venoso
C) FAST
D) Arteriografia mesentérica

» Repare que o enunciado solicita o exame de maior facilidade e rapidez, não o padrão ouro.
Dos exames apresentados, aquele que é o mais rápido é o FAST, que pode ser feito a beira do leito.
Gabarito letra C.

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247 - 2020 AFAMCI

Vítima de atropelamento chega ao hospital inconsciente. Ao exame, Glasgow Coma Score de 7; PA: 110/90 mmHg; FC: 90 bpm;
palidez cutânea discreta. Intubação orotraqueal e FAST (ultrassonografia abdominal focada no trauma) revelaram líquido livre no
espaço hepatorrenal. Qual deve ser a conduta com base nesse achado do FAST?

A) Repetir FAST em meia hora.


B) Realizar lavado peritoneal diagnóstico.
C) Realizar laparotomia exploradora.
D) Realizar tomografia computadorizada do abdome e pelve.
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

» Situação clássica em prova. Estamos diante de um paciente com trauma abdominal contuso, em que devido ao TCE grave, o exame
não é confiável. Além disso, temos a presença de um FAST +. O que fazer? Laparotomia? Não. Repare que o paciente está estável
hemodinamicamente e, nestes casos devemos indicar a TC para avaliar a presença e o grau das lesões.
Gabarito letra D.

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248 - 2020 FMC

Vítima de atropelamento chega ao hospital inconsciente. Ao exame, Glasgow Coma Score de 7; PA: 110/90 mmHg; FC: 90 bpm;
palidez cutânea discreta. Intubação orotraqueal e FAST (ultrassonografia abdominal focada no trauma) revelaram líquido livre no
espaço hepatorrenal. Qual deve ser a conduta com base nesse achado do FAST?

A) Repetir FAST em meia hora.


B) Realizar lavado peritoneal diagnóstico.
C) Realizar laparotomia exploradora.
D) Realizar tomografia computadorizada do abdome e pelve.
E) Nenhuma das alternativas anteriores.

» OK, FAST +, paciente vítima de politrauma. Já indicamos a laparotomia? Não. Veja que o paciente está estável e, por isso, a TC deve
ser indicada para avaliar a presença e o grau de prováveis lesões. Gabarito letra D.

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249 - 2020 SMA - VR

O primeiro passo crucial, durante o atendimento primário de um paciente politraumatizado que se apresenta com hipotensão é:

A) Avaliação Neurológica - aplicação da Escala de Coma de Glasgow.


B) Permeabilidade de Vias Aéreas.
C) Estabelecer Acesso Venoso.
D) Identificação e Controle da Hemorragia.
E) Despir completamente o paciente.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. A avaliação da escala de come de Glasgow faz parte da letra D (disability) do ABCDE do trauma.
B) Correta. A prioridade no atendimento ao paciente vítima de politrauma é estabilizar coluna cervical e assegurar a
permeabilidade das vias aéreas. A ordenação do atendimento de trauma pela sequência proposta no ATLS está associada com
melhores desfechos clínicos.
C) Incorreta. O acesso venoso faz parte da alternativa C (circulation), assim como avaliação do status hemodinâmico.
D) Incorreta. A identificação da hemorragia e seu controle através de compressão ou torniquetes faz parte da letra C (circulation).
E) Incorreta. Despir o paciente faz parte da letra E (exposure), assim como proteção contra hipotermia.
Alternativa B está correta.

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250 - 2020 SMA - VR

Paciente admitido vítima de atropelamento. Após estabilizado, realizada passagem de sonda vesical de demora. Esse procedimento
está contraindicado se houver:

A) Uretrorragia.
B) Hematúria.
C) Sangue no toque retal.
D) Fratura de fêmur.
E) Equimose extensa em flanco.

» Após estabilização inicial, a sondagem vesical deve ser realizada para medir débito urinário, um importante parâmetro
hemodinâmico. Vamos proceder com análise das alternativas:
A) Correta. Uretrorragia, deslocamento cranial da próstata no toque retal, hematoma perineal em "asa de borboleta" e bexigoma
são sinais de lesão de uretra. Deve-se primeiro, proceder com realização de uretrocistografia retrógrada antes da sondagem
vesical, para avaliar lesão de uretra.
B) Incorreta. Hematúria no trauma indica lesão de urotélio que incluem desde rins até bexiga e ureteres. Não contraindica
sondagem vesical.
C) Incorreta. Sangue no toque retal indica provável lesão de víscera oca do trato gastrointestinal e não lesão de uretra.
D) Incorreta. Fratura de fêmur não contraindica sondagem vesical.
E) Incorreta. Apenas equimose extensa de períneo que contraindica a sondagem vesical.
Alternativa A está correta.

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251 - 2020 SMA - VR

Você, médico plantonista, recebe uma ligação que estão transferindo um paciente vítima de atropelamento por moto. O socorrista
lhe informa que o paciente apresenta quadro de hipoxemia devido a um quadro de tórax flácido (fratura em dois pontos do quinto
ao sétimo arcos costais). A hipóxia é causada por:

A) Movimento ineficiente de ar entre os dois pulmões.


B) Perfuração pulmonar por fragmento de arco costal.
C) Dor pelas fraturas e contusão pulmonar.
D) Hemotórax.
E) Broncoespasmo.

» Questão tranquila. Vamos lembrar que os principais fatores que deterioram o quadro clínico neste tipo de condição são a dor e a
contusão pulmonar associada.
Gabarito letra C.

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252 - 2020 SMA - VR

Paciente sexo masculino admitido no Pronto Atendimento vítima de ferimento penetrante na região anterior do tórax. No exame
apresenta: abafamento das bulhas cardíacas, distensão das veias do pescoço e hipotensão. Essa apresentação clínica descrita é
conhecida como tríade de:

A) Reanult.
B) Charcot.
C) Whipple.
D) Arnold.
E) Beck.

» A apresentação clínica descrita é conhecida como tríade de Beck, presente em 30-40% dos casos de tamponamento cardíaco,
geralmente denotando quadros mais graves e avançados com repercussão hemodinâmica importante. A tríade de Charcot é
composta por febre, icterícia e dor abdominal, mais associada a colangite aguda. Quando a tríade de Chacot é acompanhada de
hipotensão arterial e confusão mental, dizemos que estamos diante da pêntade de Reynolds. A tríade de Whipple é caracterizada
por sinais e sintomas de hipoglicemia; níveis glicêmicos baixos e resolução do quadro quando a normoglicemia é estabelecida. 
 
Gabarito: E.

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253 - 2020 SMA - VR

Paciente submetido a Laparotomia Exploratória devido a trauma abdominal fechado. No intra-operatório, visualizada lesão
hepática com hematoma subcapsular pequeno e sangramento proveniente do hilo hepático. Realizado ligadura dos pequenos
vasos hepáticos sem melhora do sangramento. A conduta tomada a seguir pelo cirurgião foi a colocação de um clampe vascular no
hilo hepático. Essa manobra é conhecida como:

A) Manobra de Kocher.
B) Manobra de Martox.
C) Manobra de Pringle.
D) Manobra de Cattell.
E) Manobra de VirCow.

» Questão clássica em prova de cirurgia! Muitas vezes, no cenário de trauma abdominal, o cirurgião fica “perdido” diante da grande
quantidade de sangue... O A clampeamento das estruturas do ligamento hepatoduodenal (colédoco, artéria hepática e veia porta)
— manobra de Pringle — permite avaliar a origem da hemorragia. Se o sangramento para, ele é proveniente dos ramos da artéria
hepática ou da veia porta e o cirurgião tem meia-hora para identificar e ligar os vasos sangrantes (tempo que as estruturas do
ligamento hepatoduodenal podem permanecer clampeadas). Caso a manobra de Pringle não estanque o sangramento, ele é
proveniente de ramos do segmento retro-hepático da veia cava inferior ou da veia hepática. Resposta: C.

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254 - 2020 UNIMED - RJ

Paciente idoso trazido a emergência pela ambulância do Corpo de Bombeiros após atropelamento apresenta ao exame físico,
abertura ocular espontânea, localiza a dor e apresenta respostas confusas (perguntou por várias vezes o que havia acontecido).
Pela escala de Glasgow recebe a classificação de:

A) 13 pontos
B) 12 pontos
C) 14 pontos
D) 11 pontos

» Questão simples com cálculo da escala de coma de Glasgow. (VER IMAGEM). No quesito "abertura ocular", o paciente tem 4
pontos; no item "melhor resposta verbal", 4 pontos; e na avaliação da "melhor resposta motora", 5 pontos. Resposta: A.

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255 - 2020 SMA - VR

Paciente masculino, 15 anos, vítima de politrauma por queda de bicicleta, apresenta fratura de pelve, uretrorragia, retenção
urinária e hematoma perineal, qual a porção da uretra é afetada com maior frequência?

A) Uretra membranosa.
B) Uretra bulbar.
C) Uretra Prostática.
D) Uretra Peniana.
E) Uretra Anterior.

» A lesão uretral é comumente associada às fraturas pélvicas, principalmente no sexo masculino, em que a uretra é mais longa do
que no sexo feminino. A porção POSTERIOR é a mais afetada. Esta é composta pelos segmentos prostático e membranoso. Na
fratura pélvica, o mais comum é a lesão da uretra membranosa, que acaba sendo separada do ápice prostático fazendo a próstata
ser deslocada superiormente devido ao hematoma pélvico que se desenvolve no espaço periprostático. Resposta: A.

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256 - 2020 UNIGRANRIO

TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: Em qual desses casos, encontrados exclusivamente através de métodos de imagem (não levando
em consideração os achados ao exame físico e exames laboratoriais), o tratamento poderá ser conservador?

A) Suspeita de lesão em topografia de Ampola de Vater.


B) Pneumoperitônio de volume reduzido.
C) Hematoma e laceração esplênica grau I.
D) Lesão de tronco celíaco.

» Devemos pensar no tratamento conservador para as lesões de visceras sólidas de baixo grau. 
Neste caso, a melhor opção é a letra C. Lesão esplênica grau I.

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257 - 2020 UNIGRANRIO

TRAUMA ABDOMINAL ABERTO: Marque a única alternativa correta

A) Todo e qualquer trauma abdominal aberto poderá ser abordado inicialmente por videolaparoscopia.
B) Uma abordagem laparotômica poderá ser convertida para laparoscópica, durante o ato cirúrgico, por decisão do Cirurgião.
C) Podemos utilizar o recurso de autotransfusão (Exemplo: Hemosep®) em um caso de hemopneumoperitôneo volumoso por
lesões associadas de mesocólon e do seu segmento de cólon correspondente.
D) Nenhuma das anteriores.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: se o paciente estiver instável, não podemos realizar a videolaparoscopia.
B- Incorreta: o contrário é verdadeiro. Não dá para fecharmos a cavudade e depois acessar por vídeo.
C- Incorreta: a autotransfusão no trauma pode ser realizada no hemotórax maciço, um sangue com baixo teor de fatores de
coagulação, mas não no trauma abdominal, principalmente em lesões de mesocólon e cólon, com contaminação do sangue na
cavidade.
Gabarito letra D.

Video comentário: 254322


258 - 2020 SMA - VR

Sobre o exame ultrassonográfico utilizado nos pacientes politraumatizados, FAST (Focused Assessment for Sonography in Trauma),
qual afirmativa está INCORRETA?

A) É um exame diagnóstico rápido para avaliar pacientes com lesões toracoabdominais potenciais.
B) Não é possível ser realizado na sala de emergência.
C) O teste é destinado a avaliar acúmulo de líquido (presumido como sangue) nas áreas do saco pericárdio e abdome.
D) Os cirurgiões realizam o FAST como parte de uma avaliação do Suporte Avançado à Vida no Trauma.
E) O exame avalia sequencialmente a área pericárdica, quadrante superior direito do abdome, quadrante superior esquerdo do
abdome e pelve.

» Vamos analisar as alternativas sobre o FAST (Focused Assessment for Sonography in Trauma):
A) Correta. O FAST avalia presença de sangramento na cavidade abdominal e em pericárdico. Possui quatro janelas: espaço
hepatorrenal, espaço esplenorrenal, pelve e subxifoidea (avalia hemopericárdio)
B) Incorreta. O FAST deve ser realizado na sala de emergência pelo cirurgião que realiza o atendimento do trauma. A principal
indicação de FAST é avaliação de pacientes instáveis hemodinamicamente com trauma abdominal.
C) Correta. Conforme explicado na alternativa A.
D) Correta. O uso de FAST vem ganhando espaço no meio de cirurgiões e clínicos que trabalham no atendimento ao paciente
vítima de politrauma.
E) Correta. O FAST avalia presença de sangramento na cavidade abdominal e em pericárdico. Possui quatro janelas: espaço
hepatorrenal (espaço de Monrrison), espaço esplenorrenal, pelve e subxifoidea (avalia hemopericárdio).
Alternativa B é a resposta.

Video comentário: 255102

259 - 2020 UNIGRANRIO

Sobre as contusões pulmonares (""BLAST"") podemos afirmar que:

A) São causadas exclusivamente por traumas fechados.


B) Toracotomia na Sala de Trauma está sempre indicada.
C) 70 % dos casos são resultados de colisão de veículos (acidentes automobilísticos).
D) Intubação orotraqueal deverá ser obrigatoriamente a primeira conduta.

» Em relação às contusões pulmonares:


A- Incorreta: são mais comumente causadas por traumas fechados, mas trauma penetrantes, lesões explosivas, entre outras.
B- Incorreta: na imensa maioria das vezes, quando um procedimento é inidcado é a toracostomia. Não a toracotomia.
C- Correta: estatística correta. É a principal causa dessas lesões.
D- Incorreta: na maioria das vezes a conduta é conservadora. 
Gabarito letra C.

Video comentário: 254323


260 - 2020 FMP

Escolar de oito anos é transferido para uma unidade de terapia intensiva após traumatismo crânioencefálico com fratura temporo
parietal à direita isolada, apresentando Glasgow de 6 na admissão. A conduta imediata para esta situação é:

A) Oxigênio sob cateter e manter sem sedação para observar nível de consciência
B) Oxigênio sob cânula nasal de alto fluxo e manter sedação com midazolam
C) Intubação orotraqueal e manter sedação com midazolam
D) Intubação orotraqueal e manter sem sedação para observar nível de consciência

» Questão direta. Uma criança com TCE com Glasgow de 8 ou menor é considerado um TCE grave. O tratamento do TCE grave
consiste na intubação orotraqueal para proteção de via aérea, monitorização da PIC e uso de sedativos, analgésicos e/ou
bloqueadores neuromusculares para controle da PIC. É possível usar salina hipertônica ou manitol se houver hipertensão
intracraniana. Também está indicado o controle térmico e eletrolítico, e o uso de anticonvulsivantes nos primeiros 7 dias após o
trauma. Resposta Letra C.

261 - 2020 FMP

Pré-escolar de três anos foi trazido à Unidade de Pronto Atendimento devido a queda acidental na piscina com semi afogamento. A
conduta mais eficaz para prevenir este tipo de acidente é:

A) Utilizar boias infantis nas crianças pois permite menor vigilância


B) Orientar a criança para que tenha consciência do risco de queda na piscina
C) Utilizar método de barreira com tela de segurança em torno da piscina
D) Instruir os pais sobre ensino de natação infantil a partir dos seis meses de vida

» Repare que a questão está perguntando sobre quais as medidas para prevenir este tipo de situação.
A- OK, realmente o uso de boias auxiliam para evitar o afogamento, mas se for um episódio acidental, não daria tempo de
colocarmos a boia.
B- Ok, devemos orientar, mas sabe como são as crianças não é? Elas nem sempre seguem o que os adultos pedem.
C- Melhor opção. Se você tem um método de barreira, a criança não consegue ultrapassar. Só não podemos nos esquecer de
fechar a grade.
D- Ok, também é uma medida, mas que nem sempre é viável e pode não evitar o afogamento.
Gabarito letra D.

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262 - 2020 CEPOA

Lactente de 5 meses é sacudida violentamente por seu pai, porque ""estava chorando muito e não deixava ninguém dormir"". A
expressão clínica mais provável nesta categoria de maus tratos é:

A) fratura de clavícula
B) luxação atlantoaxial
C) hematomas temporais
D) hemorragias retinianas

» O ato de sacudir violentamente a criança pode ocasionar a Síndrome do bebê sacudido (“shaken baby syndrome”). As forças de
aceleração e desaceleração, aliadas às de rotação, fazem a massa encefálica do bebê se movimentar bruscamente, com
velocidades diferentes entre a parte superior, mais livre, e o tronco encefálico, que se chocam com a calota craniana, provocando
vários tipos de lesões vasculares e teciduais, por contusão, rompimento ou cisalhamento. Como consequências imediatas, podem
ser encontradas micro e macro-hemorragias, contusões, rompimento de fibras nervosas, edema de sistema nervoso central e
hemorragia retiniana, sem que haja, necessariamente, fratura da calota craniana.
Os sintomas podem ser alterações do nível de consciência, irritabilidade ou sonolência, convulsões, déficits motores, problemas
respiratórios, hipoventilação, coma e, em muitos casos, morte.
Resposta correta: Letra D.

Video comentário: 252027

263 - 2020 SEMAD

Marque a alternativa correta. No paciente politraumatizado com edema cerebral, a hipocarbia deve ser evitada para prevenir:

A) Alcalose respiratória.
B) Acidose metabólica.
C) Edema pulmonar neurogênico.
D) Vasoconstrição cerebral com diminuição da perfusão.
E) Hipotermia e coagulopatia.

» Quando pensamos em trauma cranioencefálico, temos que lembrar que a normocapnia é preferida na maioria dos casos. A
hiperventilação age reduzindo a PaC02 (hipocapnia ou hipocarbia) e produzindo vasoconstricção cerebral. Ou seja, a
hiperventilação agressiva e prolongada pode, na verdade, produzir isquemia cerebral, no cérebro já lesado, por causar
vasoconstricção cerebral grave, prejudicando, portanto, a perfusão cerebral. Isto é particularmente verdadeiro quando se permite
que a PaC02 caia abaixo de 30 mmHg (4,0 kPa). 
Por isso, no paciente politraumatizado com edema cerebral, a hipocarbia deve ser evitada para prevenir a vasoconstrição cerebral
com diminuição da perfusão.
 
Resposta: letra D.
264 - 2020 SEMAD

No atendimento ao paciente vítima de trauma cranioencefálico, a medida inicial mais importante é:

A) Calcular o score na escala de coma de Glasgow.


B) Manter a estabilidade hemodinâmica.
C) Radiografar a coluna cervical.
D) Garantir a permeabilidade da via aérea.
E) Tomografia computadorizada de crânio para diagnóstico.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Incorreta. O cálculo do score de coma de Glasgow é medida realizada na letra D (disability).
B) Incorreta. A estabilidade hemodinâmica é importante no paciente com TCE para evitar a hipoperfusão cerebral, porém faz parte
da letra C (circulation).
C) Incorreta. Radiografias fazem parte da avaliação secundária do trauma. Não fazem parte das medidas iniciais.
D) Incorreta. As medidas mais importantes, que estão na letra A (airway) são estabilização da coluna cervical e garantir a
permeabilidade das vias aéreas.
E) Incorreta. A tomografia é exame importante para avaliação de TCE moderado e grave, mas faz parte da avaliação secundária.
Alternativa D está correta.

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265 - 2020 SEMAD

Homem de 45 anos vítima de trauma abdominal contundente, deu entrada pela emergência de um hospital geral com pressão
arterial sistólica de 80 mmHg, 130 de frequência cardíaca e escala de coma de Glasgow 15. Após início da ressuscitação volêmica
com 1 litro de cristaloide foi iniciado reposição de hemoderivados e o paciente foi levado para sala de operação. No ato operatório
o paciente apresentava extenso ferimento em lobo direito do fígado de difícil hemostasia e instabilidade hemodinâmica. Marque a
alternativa correta sobre a conduta da equipe cirúrgica no caso acima para que o paciente não evolua com a tríade letal:

A) Clampeamento da aorta.
B) Solicitar bisturi harmônico para hemostasia.
C) Cirurgia de controle de danos com compressas e transferência para UTI.
D) Transfusão de fatores de coagulação.
E) Hepatectomia parcial.

» Estamos diante de um paciente vítima de trauma hepático verificado durante laparotomia, instabilidade hemodinâmica e com
hemostasia de difícil realização. Vamos analisar as alternativas:
A) Incorreta. O clampeamento da aorta não é medida realizada no trauma hepático, visto que a irrigação desse órgão é feita por
veia porta e artéria hepática. Em caso de clampear alguma estrutura para diminuir o sangramento, deve fazer na tríade portal (
artéria hepática comum, ducto biliar e veia porta).
B) Incorreta. O bisturi harmônico é pouco disponível para cirurgias de emergência no Brasil e não resolve sangramento de grande
monta.
C) Correta. A conduta para esses casos é o empacotamento hepático com compressas e transferência para UTI, estabilização e
correção de distúrbios metabólicos por 48 horas e reabordagem para realização de cirurgia definitiva.
D) Incorreta. Diante de sangramento de difícil controle, a transfusão de fatores de coagulação não resolve a situação emergencial.
E) Incorreta. A hepatectomia não deve ser nem ao menos considerada em situações de instabilidade hemodinâmica de trauma
hepático.
Alternativa C está correta.

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266 - 2020 IFF

Considera-se indicação de toracotomia imediata no paciente com traumatismo torácico, um volume de drenagem de sangue no
momento da colocação de dreno torácico maior que

A) 1500ml.
B) 1200ml.
C) 1800ml.
D) 2000ml.

» Questão que gerou discussão e que deveria ter sido anulada.


Uma das indicações de toracotomia no paciente vítima de trauma é a presença de um hemotórax maciço, que pode ser
determinado pela saída imediata de mais de 1500 ml de sangue ou um débito constante de 200-300ml/horas após 2-4 horas da
drenagem. 
A banca libeoru como gabarito a letra A. De fato, esta é a drenagem limítrofe. No entanto, um drenagem de 1800 ou 2000 ml
também indicam a toracotomia. Por isso a questão deveria ter sido anulada.
Além disso, a toracotomia é de urgência e não, imediata.

Video comentário: 242116

267 - 2020 IFF

No traumatismo cervical associado à hematoma expansivo na zona II, a exposição das estruturas do pescoço deve ser feita por

A) incisão ao longo da borda medial do músculo platisma no lado da lesão.


B) incisão ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastóideo no lado da lesão.
C) incisão cervical mediana.
D) incisão cervical ampla em arco, 2,0cm acima da fúrcula esternal.

» A zona II vai da cartilagem cricoide ao ângulo da mandíbula. Contém carótidas, artérias vertebrais, veias jugulares e estruturas do
trato aerodigestivo. Lesões mais acessíveis à exploração cirúrgica. Em caso de hematoma expansivo, devemos explorar os grandes
vasos desta região através de uma incisão oblíqua, ao longo da borda anterior do músculo esternocleidomastoideo, no lado da
lesão.
Gabarito letra B.

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268 - 2020 IFF

O ácido tranexâmico tem se mostrado associado à significante diminuição de mortalidade quando utilizado

A) no paciente com choque séptico.


B) no paciente com traumatismo cranioencefálico.
C) no paciente com trauma grave em estratégia de controle de dano.
D) no paciente com isquemia mesentérica.

» Em relação ao ácido tranexÂmico e seu uso em um cenário de trauma: em pacientes com lesões extensas e graves, o emprego
precoce, dentro das primeiras tres horas, de ácido tranexâmico parece aumentar a sobrevida. A dose inicial deve ser administrada
o mais rápido possível, ainda no atendimento pré-hospitalar (ideal em dez minutos). A segunda dose, de 1 g, deve ser
infundida em oito horas, em ambiente hospitalar. Logo, gabarito letra C.

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269 - 2020 FMP

Paciente com 30 anos de idade vítima de trauma contuso na parte superior esquerda do abdome evoluindo com dor de forte
intensidade e sudorese. Deu entrada na Emergência apresentando-se normotenso, taquicárdico e com dor abdominal difusa.
Instalado acesso venoso, com infusão de cristaloides e analgesia. Qual o melhor exame complementar para avaliação do quadro
abdominal?

A) Lavado peritoneal
B) Ultrassonografia abdominal
C) Tomografia computadorizada de abdome
D) Rotina radiológica de abdome agudo

» Questão que gerou discussão e que poderia ter sido anulada. Este paciente ele está ou não estável hemodinamicamente. Veja a
PA, ele está normotenso, mas ele também apresenta outros achados compatíveis com instabilidade. O que fazer? Aí que mora o
problema. Se considerarmos um pacientes estável, indicamos a TC. Se considerarmos instável, pensamos no FAST. A banca
considerou o paciente como instável e liberou o gabarito como letra B. Mas veja como acaba gerando discussão.

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270 - 2020 FMP

O diagnóstico da síndrome do compartimento abdominal é confirmado por:

A) Medida do volume urinário


B) Medida do sódio urinário
C) Monitorização cardiorrespiratória
D) Medida da pressão da bexiga

» Questão que poderia ter sido melhor elaborada. Vamos lembrar que a SCA é definida pela presença de uma HIA graus III ou IV
(PIA >21 mmHG) + alterações decorrentes deste aumento. De qualquer maneira, a PIA é avaliada indiretamente através da pressão
intra-vesical.
Gabarito letra D.

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271 - 2020 HAS

Paciente sexo masculino, 27 anos ,70 kg, sem comorbidades é admitido no setor de emergência vítima de ferimento por arma de
fogo em hipocôndrio direito. Apresenta abertura ocular ao chamado e retirada do membro ao estimulo doloroso não apresenta
resposta verbal a nenhum estimulo. Foi levado ao centro cirúrgico para laparotomia de emergência. Exame laboratorial colhido em
sala revela hematócrito de 18%. O sangramento cirúrgico foi controlado. A respeito desse caso

A) hipotermia, hipocalemia e acidose podem contribuir para o desenvolvimento de disturbio da coagulação


B) considerando-se que o tempo de jejum do paciente é desconhecido, o uso de cisatracurio como relaxante muscular para
indução do paciente em sequencia rapida é adequado.
C) espera-se que cada unidade de concentrado de hemacias transfundida leve o hematocrito em aproximadamente 2-3%
D) a punção venosa profunda é a tecnica de eleição para permitir a ressuscitação volemica no setor de emergência
E) apresenta escala de coma de gasglow de 9 a admissão.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: vamos lembrar que a tríade letal é composta por hipotermia, coagulopatia e acidose metabólica.
B- Incorreta: na sequência rapida, o relaxante de escolha é a succinilcolina.
C- correta: sabemos que uma unidade de concentrado de hemácias deve elevar o nível de hemoglobina em 1,0 g/dL  e o
hematócrito em torno de 2-3% em um receptor de 70kg e que não esteja com sangramento ativo.
D- Incorreta: o acesso venoso idealmente é o periférico.
E- Incorreta: abertura ocular ao chamado (3), retirada do membro ao estimulo doloroso (4), não apresenta resposta verbal a
nenhum estimulo (1) - total de 8.
Gabarito letra C.

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272 - 2020 FESO

Paciente de 16 anos deu entrada no pronto atendimento, após queda de bicicleta em competição de ciclismo, em área rural,
referindo dor de cabeça e na região cervical posterior. A equipe que o transportou até o setor relata a ocorrência de 2 episódios de
vômitos e perda da consciência por período curto, além de mencionar fratura exposta no membro inferior direito, onde há lesão de
aproximadamente 10 cm com perda de tecido. Na admissão, o menor apresentava-se desperto, lúcido e com Escala de Coma de
Glasgow (ECG) de 13 pontos (abertura ocular espontânea, orientado e retirado do membro a dor) com Resposta Pupilar (RP) = 0
(pupilas isocóricas e fotorreagentes), além de paresia dos MMSS e MMII. Os sinais vitais revelavam: PA = 90 x 40 mmHg; FC = 50
bpm; FR = 25 irpm; e Tax = 35ºC. Após 2 horas de observação, evoluiu com crises convulsivas, midríase bilateral e ECG = 3 pontos;
com RP = -2. Em relação ao traumatismo craniano apresentado pelo paciente e sua clínica, podemos afirmar que MAIS
PROVAVELMENTE se trata de:

A) Hematoma intraparenquimatoso.
B) Hematoma epidural.
C) Hematoma subdural.
D) Lesão cerebral difusa.
E) Lesão cerebral focal.

» Paciente com traumatismo cranioencefálico apresentando uma situação clínica bastante peculiar que é o chamado espaço lúcido.
Nesta situação, é comum o paciente ter período(s) curto(s) de perda de consciência após o traumatismo, recuperando o estado de
vigília por algumas horas. Com a evolução do quadro, o paciente tende a afundar o nível de consciência agora de forma crescente
e ininterrupta. Esta situação é característica do hematoma epidural e este afundamento do nível de consciência é decorrente da
expansão do hematoma entre a dura-máter e o crânio.
 
Resposta: B

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273 - 2020 FESO

Paciente de 16 anos deu entrada no Pronto Atendimento, após queda de bicicleta em competição de ciclismo, em área rural,
referindo dor de cabeça e na região cervical posterior. A equipe que o transportou até o setor relata a ocorrência de 2 episódios de
vômitos e perda da consciência por período curto, além de mencionar fratura exposta no membro inferior direito, onde há lesão de
aproximadamente 10 cm com perda de tecido. Na amissão, o menor apresentava-se desperto, lúcido e com escala de coma de
Glasgow (ECG) de 13 pontos (abertura ocular espontânea, orientado e retirado do membro a dor) com resposta pupilar (RP) = 0
(pupilas isocóricas e fotorreagentes), além de paresia dos MMSS e MMII. Os sinais vitais revelavam: PA = 90 x 40 mmHg; FC = 50
bpm; FR = 25 irpm; e T.ax. = 35ºC. Após 2 horas de observação, evoluiu com crises convulsivas, midríase bilateral e ECG = 3 pontos,
com RP = -2. Entre os dados fornecidos acima, para o fechamento do diagnóstico de morte encefálica são necessários outros dados
clínicos e laboratoriais, EXCETO:

A) Ausência de esforço ventilatório espontâneo no teste da apneia


B) Ausência de atividade no eletroencefalograma
C) Ausência de fluxo sanguíneo cerebral revelada através de exame de imagem
D) Ausência de reflexo bulbocavernoso
E) Ausência de reflexo óculo-cefálico

» São pré-requisitos para o diagnóstico de morte encefálica (ME): (1) presença de lesão encefálica de causa conhecida, irreversível e
capaz de causar ME; (2) ausência de fatores tratáveis que possam confundir o diagnóstico (ex: distúrbio eletrolítico, sedação); (3)
observação em ambiente hospitalar por pelo menos 6 horas (na encefalopatia hipóxico-isquêmica, o tempo mínimo passa a ser de
24 horas); (4) temperatura corporal (esofagiana, retal ou vesical) > 35 graus Celsius, SaO2 > 94%, PA sistólica maior ou igual a 100
mmHg ou PAM maior ou igual a 65 mmHg (adultos).
Caso o paciente preencha todos os critérios, deve-se proceder à realização de três procedimentos obrigatórios: dois exames
clínicos que confirmem o coma não perceptivo e a ausência de reflexos do tronco encefálico, teste da apneia e exame
complementar que comprove a ausência de atividade cerebral.
Nos dois exames físicos (realizados com intervalo mínimo de 1 hora em maiores de 2 anos), buscamos confirmar o coma não
perceptivo através da ausência de resposta motora a qualquer estimulação (inclusive dolorosa). Cabe ressaltar que reflexos
tendinosos profundos, movimentos aleatórios de membros, opistótono e algumas outras atitudes não invalidam o diagnóstico de
ME. Os reflexos de tronco pesquisados são o fotomotor, o córneo-palpebral, o oculocefálico, o vestíbulo-calórico e o de tosse. Já o
teste da apneia deverá comprovar a ausência de movimentos respiratórios na presença de hipercapnia. Por fim, realizamos algum
exame complementar capaz de evidenciar ausência de perfusão sanguínea, atividade elétrica ou atividade metabólica encefálica
(ex: angiografia, EEG, doppler transcraniano, cintilografia).
Analisando as alternativas, a única que não apresenta um critério obrigatório para o diagnóstico de ME é a opção (D).

Video comentário: 228835


274 - 2020 FESO

Paciente, 57 anos, masculino, chega ao PS trazido pelo SAMU em prancha, com imobi-lizador cervical, talas móveis em membros
superior e inferior direito e com 2 acessos venosos periféricos calibrosos com solução de ringer. Ao exame: escala de coma de
Glasgow = 6, saturação = 88% em máscara de venturi 50%, PA = 110 x 60 mmHg, FC = 138 bpm, escoriações em tórax, com
crepitações em arcos costais à direita, fraturas de úmero e de fêmur à direita. História de ejeção do veículo após colisão. A primeira
medida a ser tomada pelo médico, após avaliação inicial desse doente, é realizar:

A) Intubação orotraqueal.
B) Imobilização de fratura do fêmur.
C) Acesso venoso central em veia subclávia direita.
D) Retirada de colar cervical.
E) Acesso venoso periférico.

» Paciente com rebaixamento de nível de consciência com Escala de Coma de Glasgow menor que 9 (informada neste caso pelo
Serviço de Atendimento Pré-Hospitalar) tem indicação imediata de garantia de via aérea definitiva (intubação orotraqueal) para
proteção das vias aéreas contra broncoaspiração.
 
Resposta: A

Video comentário: 228838

275 - 2020 FESO

Uma paciente vítima de trauma abdominal fechado, estável hemodinamicamente, rea-liza ecografia na sala de trauma. É
identificado líquido livre em cavidade abdominal. Qual deve ser a próxima conduta?

A) Tratamento conservador, com exame físico seriado.


B) Radiografia de abdome agudo.
C) Tomografia de abdome.
D) Laparotomia exploradora.
E) Us abdominal.

» Paciente vítima de trauma abdominal fechado estável do ponto de vista hemodinâmico com presença de líquido (sangue) na
cavidade abdominal visto pela ultrassonografia na sala de trauma. Este paciente terá duas opções do ponto de vista terapêutico:
tratamento conservador ou laparotomia. Entretanto, para indicar um ou outro tratamento precisamos de duas informações
essenciais: localização do órgão lesado e classificação desta lesão (Organ Injury Scale) segundo a American Association of Surgery
of Trauma (AAST). Para tal é necessária a realização de uma tomografia computadorizada de abdome e pelve com contraste
venoso. A laparotomia imediata só seria indicada em caso de instabilidade hemodinâmica.
 
Resposta: C

Video comentário: 228839


276 - 2020 FESO

Paciente feminina, 44 anos, vítima de atropelamento por automóvel, dá entrada trazida pelo serviço de atendimento pré-hospitalar.
Apresenta fratura instável de ossos de bacia. Mesmo após reanimação volêmica, permanece com instabilidade hemodinâmica; FC:
130 bpm; PA: 80x40 mmHg. Encaminhada ao centro cirúrgico e submetida a tamponamento extraperitoenal com colocação de
compressas no espaço extraperitoenal. Após o tamponamento extraperitoenal apresentava: FC: 120 bpm e PA: 90x60 mmHg. Qual
a melhor conduta da equipe da ortopedia em relação à fratura de pelve?

A) O sangramento deve ser controlado com realização precoce de tração esquelética, para mover distalmente o osso ilíaco e, deste
modo, reduzir o volume da pelve menor, controlando o sangramento local.
B) O sangramento deve ser controlado com fixação interna com placas e parafusos já na cirurgia de emergência, descartando a
necessidade de fixação externa, facilitando, assim, a reabilitação do paciente.
C) O sangramento deve ser controlado, além da reposição volêmica equilibrada, com métodos de imobilização pélvica precoce. O
controle da hemorragia retroperitoneal com fixação externa precoce, assim como angioembolização, se possível, são atitudes que
auxiliam no controle do choque hemorrágico de foco pélvico.
D) O local específico do sangramento deve ser identificado precocemente, solicitando angiotomografia da pelve neste momento,
para identificar o foco maior de sangramento e orientar o acesso cirúrgico ortopédico.
E) O controle do sangramento com colocação de compressas no espaço extraperitoneal exclui a necessidade de fixação cirúrgica
pélvica pelo ortopedista.

» Fraturas/luxações pélvicas traumáticas costumam produzir hemorragias de grande vulto. Isto ocorre principalmente por lesão dos
plexos venosos sacrais com sangramento retroperitoneal. Uma medida heroica para contenção imediata é o “empacotamento” do
espaço retropúbico com compressas. Esta medida na maioria das vezes permite a estabilização hemodinâmica do paciente, porém
é temporária visto que o foco de sangramento não foi tratado. Além da ressuscitação volêmica com cristaloides e/ou
hemoderivados, a fratura deve ser estabilizada com fixação externa. Caso o sangramento não cesse com a estabilização (o que
ocorre na imensa maioria dos casos), a angioembolização é indicada. O que não deve-se fazer é procurar exaustivamente o foco de
sangramento por cirurgia ou exploração do hematoma retroperitoneal sob risco de hemorragia incontrolável.

Video comentário: 228840

277 - 2020 CSNSC

Jovem, 20 anos, chega a emergência trazido pelo corpo de bombeiros com sangramento nasal e oral profuso, fratura de mandíbula
bilateral e apresentando insuficiência respiratória aguda pós acidente automobilístico com colisão frontal. O acesso à via aérea
deve ser feito rapidamente com:

A) Intubação orotraqueal
B) Intubação Nasotraqueal
C) Cricotireoidostomia
D) Traqueostomia

» Paciente necessita de uma via aérea artificial definitiva. Sempre pensamos na IOT. No entanto repare que ele apresenta fratura
bilateral da mandíbula, o que vai dificultar demasiadamente este procediemento. Nestes casos pensamos na cricotireoidostomia
cirúrgica.
Gabarito letra C.

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278 - 2020 CSNSC

Homem, 50 anos, é trazido à emergência após acidente de carro com trauma torácico no volante. Sem instabilidade
hemodinâmica, acordado, lúcido, FR 24 irpm, nota-se segmento do tórax a direita com respiração paradoxal. RX de tórax com
múltiplas fraturas e arcos costais a direita. Mediastino normal. Gasometria arterial com máscara de O2: pH7,48 , pO2: 105 , Pco2: 35
mmHg. Qual a conduta?

A) Cricotireoidostomia
B) Intubação traqueal e ventilação mecânica
C) Fixação imediata de arcos costais
D) Aspiração, suplementação de O2, Controle de dor, evitar hiper-hidratação, vigilância respiratória.

» O paciente apresenta respiração paradoxal, o que nos faz pensar em tórax instável. Qual a conduta? COnservadora e de suporte.
Logo, gabarito letra D.

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279 - 2020 CEPOA

Sobre a Escala de coma de Glasgow pontua 3 pontos o paciente que, na resposta motora:

A) Obedece comando.
B) Extensão anormal.
C) Ausente.
D) Flexão anormal.

» Veja a imagem com a escala de coma de Glasgow.


Em relação a resposta motora temos que a flexão anormal ou decorticação, equivale a 3 pontos. 
Gabarito letra D.

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280 - 2020 CEPOA

Paciente, sexo feminino, 46 anos, apresenta-se a emergência queixando-se de dor aguda em hipocôndrio direito. Ao ser
questionada, relata episódios anteriores semelhantes, porém sempre com menos de 24 horas de duração. Ao exame físico
apresentou sinal de Murphy positivo e dor referida no ombro, sinal que também é chamado de:

A) Sinal de Boas.
B) Sinal de Blumberg.
C) Sinal de Grey-Turner.
D) Sinal de Kehr.

» Mulher com dor em hipocôndrio direito, Murphy positivo (caracterizado pela parada súbita da inspiração profunda quando
palpamos o ponto cístico) e relato de episódios prévios de dor aparentemente do tipo biliar com duração curta, tudo nos
sugerindo o diagnóstico de colecistite. Nesse sentido, podem surgir alguns sinais curiosos: pode haver irradiação da dor para o
ombro direito (sinal de Kehr) ou para a região escapular direita (sinal de Boas), explicada pela convergência dos nervos aferentes
da dor visceral da vesícula com os nervos aferentes da dor somática da região escapular e do ombro. O sinal de Grey-Turner é um
achado infrequente na pancreatite aguda, definido por equimose na em flancos que denota sangramento retroperitoneal e
necrose pancreatica. Já o sinal de Blumberg é descrito como dor à descompressão no ponto de McBurney, típico de apendicite.
 
Gabarito: D.

Video comentário: 252099


281 - 2020 UNIATENAS

Você está de plantão em uma Unidade de Pronto Atendimento, quando dá entrada um homem de 34 anos, aparentemente hígido,
vítima de acidente de queda de motocicleta, que apresenta dor tóracica, taquicardia de 130 bpm, dispneia, taquipneia, turgência de
jugulares e sudorese. Na inspeção, encontra área de escoriação e hematoma na região anterolateral do hemitórax direito ao nível
do sexto espaço intercostal, com crepitação significativa. A ausculta revela ausência do murmúrio vesicular no hemitórax direito e
ritmo cardíaco regular em dois tempos. Diante desse quadro qual o seu diagnóstico e conduta terapêutica?

A) Hemotórax maciço. Assistência respiratória por pressão positiva com reposição volêmica imediata.
B) Hemopneumotorax hipertensivo. Toracocentese descompressiva seguida de toracostomia com drenagem fechada.
C) Tamponamento cardíaco. Pericardiocentese descompressiva ou pericardiotomia.
D) Tórax instável. Intubação orotraqueal com ventilação por pressão positiva.
E) Embolia pulmonar. Assistência respiratória e anticoagulante.

» Paciente vítima de queda de moto que apresenta  dor tóracica, taquicardia de 130 bpm, dispneia, taquipneia, turgência de
jugulares e sudorese. A ausculta pulmonar identifica-se ausência do murmúrio vesicular no hemitórax direito e ritmo cardíaco
regular em dois tempos. Estamos provavelmente frente a um quadro de penumotórax hipertensivo. Qual a conduta?
Toracocentese de alivio.
Gabarito letra B.

Video comentário: 254979

282 - 2020 HSM - DF

Um paciente de 37 anos de idade é atendido após trauma automobilístico, levado de ambulância com referência de cinemática
importante, com óbito na cena. Chega estável ao atendimento, entretanto, após cerca de 45 minutos, passa a apresentar
taquicardia e hipotensão, evoluindo para PCR em AESP. Depois do início das manobras de reanimação e de reavaliação do quadro,
nota-se assimetria torácica. Com base nesse caso clínico e nos conhecimentos correlatos, quanto à possibilidade diagnóstica mais
provável e ao procedimento a ser realizado, assinale a alternativa correta.

A) Hemopneumotórax; drenagem torácica.


B) Hemotórax; drenagem de tórax e autotransfusão.
C) Contusão pulmonar; reposição volêmica.
D) Pneumotorax; toracocentese de alívio.
E) Hemopericardio; pericadiocentese.

» Com esta história apresentada, a deterioração progressiva chegando à instabilidade hemodinâmica e PCR vai ser característica do
pneumotórax hipertensivo, quando o aumento do volume de ar na cavidade pleura progressivamente oclui o pulmão ipsilateral e
desvia o mediastino para o lado contralateral. A principal hipótese diagnóstica deve ser penumotórax hipertensivo e o tratamento
deve ser iniciado imediatamente com toracocentese de alívio, que melhora a instabilidade imediatamente, seguida de drenagem
pleural fechada. 
Agora, este paciente em PCR pós trauma de tórax, merecia na verdade uma toracotomia de reanimação.
De qualquer modo, melhor resposta letra D.

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283 - 2020 SISE – SUS

Homem, 55 anos, trazido ao pronto atendimento, após ingesta excessiva de álcool e acidente motobilístico. No exame neurológico
encontrava-se sonolento, com abertura ocular aos estímulos verbais vigorosos, retirada inespecífica dos membros a dor, falando
palavras desconexas. Qual a pontuação desse paciente pela escala de coma de Glasgow?

A) 6.
B) 8.
C) 10.
D) 13.

» Veja a escala de coma de Glasgow em anexo.


No caso temos:
Abertura ocular aos estimulos verbais: 3 pontos;
Retira o membro a dor: 4 pontos;
Falando palavras desconexas: 3 pontos.
Logo, ECG = 10, gabarito letra C.

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284 - 2020 PUC - RS

Homem, 28 anos, vítima de dois ferimentos por arma branca, é trazido à emergência. Um ferimento estava localizado em
hemitórax esquerdo, 5º espaço intercostal na linha hemiclavicular. Outro ferimento estava localizado 2 centímetros acima da
cicatriz umbilical. Estava falando adequadamente e referia falta de ar e dor no local do ferimento abdominal. PA 80/50 mmHg FC
125 bpm FR 30 mrpm, Saturação O₂ 88% e Glasgow 15. Aparelho respiratório: diminuição do murmúrio vesicular e
hipertimpanismo à esquerda. No exame do abdome, apresenta dor apenas à palpação no local do ferimento e na região próxima à
lesão. Em relação ao atendimento inicial desse paciente, considere as afirmativas a seguir: I.Está indicada via aérea definitiva. II.
Radiografia de tórax é dispensável para orientar a conduta inicial em relação ao tórax. III. Está indicada laparotomia de urgência
sem necessidade de exame de imagem do abdome. Está/Estão correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

A) I.
B) II.
C) I e III.
D) II e III.

» Vejamos as afirmativas:
 
I-                 ERRADA: A causa da insuficiência respiratória deste paciente é ventilatória, não tendo qualquer evidência de agravo de
vias aéreas
 
II-               CERTA: A diminuição do murmúrio vesicular com hipertimpanismo já é suficiente para darmos o diagnóstico de
pneumotórax. A radiografia além de dispensável pode atrasar o tratamento desta condição
 
III-              ERRADA: Antes de indicar a laparotomia é preciso explorar a lesão abdominal sob anestesia local para verificar se a
mesma violou o peritônio
 
Resposta: B

Video comentário: 229372


285 - 2020 SES - GO

A tríade letal do choque é composta de:

A) acidose, hipotermia, coagulopatia.


B) alcalose, hipertermia, plaquetopenia.
C) acidose, hipertermia, coagulação intravascular.
D) alcalose, hipotermia, plaquetose.

» O nome é um tanto quanto "dramático", mas o fato é que a tal da tríade fatal, composta por acidose, hipotermia e coagulopatia, é
comum nos pacientes com sangramento, vítimas de trauma ou até mesmo em choques de diferentes etiologias. A ideia é a
seguinte: a hipoperfusão tecidual gera aumento da lactatemia e, como consequência, acidose. Além disso, o aporte celular de
nutrientes reduz com a hipoperfusão, diminuindo também a produção de ATP e causando, assim, hipotermia. Essa hipotermia, por
sua vez, impacta na função das diferentes enzimas presentes no corpo - que funcionam melhor a uma temperatura de 37°C - mas
em particular naquelas que atuam na cascata de coagulação, levando a coagulopatia. A coagulopatia gera mais sangramento, o
sangramento piora a hipoperfusão que resulta em mais acidose, em mais hipotermia e mais coagulopatia. O Sabiston avança na
dramaticidade e chama esse ciclo de "vicious circle of death" ou círculo vicioso da morte. Para interrompê-lo, precisamos agir nas
causas do sangramento e da hipotermia.
 
Gabarito: A.

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286 - 2020 UEVA

Paciente de 45 anos, sexo masculino, vítima de atropelamento por carro há uma hora, é conduzida por familiares, a unidade
hospitalar com suporte para atendimento ao paciente politraumatizado. No momento da admissão apresenta-se consciente,
taquipneico, com sinais visíveis de lesões contusas e hematomas em hemitórax esquerdo, sem sangramento ativo. De acordo com
o Advanced Trauma Life Suport, qual é a primeira conduta que será realizada no atendimento desse paciente?

A) Toracocentese de alívio em segundo espaço intercostal esquerdo.


B) Toracostomia com drenagem em selo d'água no quinto espaço intercostal direito.
C) Avaliação da via aérea com restrição do movimento da coluna cervical.
D) Pericardiocentese com abordagem subxifoide.

» Repare a pergunta: qual é a primeira conduta do atendimento. Ou seja, devemos seguir o ABCDE.
E no A, já devemos estabilizar a coluna cervical e avalair as vias aéreas.
Gabarito letra C.

Video comentário: 247390


287 - 2020 HSD - MA

Um homem de 40 anos é levado à Emergência após acidente de trânsito. Apresenta Glasgow 11, escoriações no flanco direito e
fratura exposta na perna direita com sangramento ativo. Ao exame: PA: 80 x 60 mmHg, FC: 135 bpm e FR: 30 irpm. Não se palpam
pulsos distalmente à fratura. No atendimento deste paciente, qual a primeira medida a ser adotada?

A) Reposição volêmica com 1.000 mL de solução cristaloide.


B) Expor completamente o paciente.
C) Alinhar fratura para controle de sangramento.
D) Realização intubação orotraqueal para garantir via aérea pérvia.
E) Compressão do sangramento.

» Questão que deveria ter sido anulada.


De acordo com as informações do enunciado, não existe indicação de via aérea artificial. A princípio o problema está no C, do
ABCDE e a conduta deveria ser a etapa inicial com 1000 ml de cristaloide.
A banca liberou como gabarito a letra D, no entanto, não é uma opção correta. A melhor resposta seria a letra A.

Video comentário: 250360

288 - 2020 UDI

Paciente vítima de acidente de trânsito, estava de carona traseira sem cinto de segurança, apresenta trauma abdominal contuso,
com dor abdominal a palpação profunda em hipocôndrio direito, sem irritação peritoneal, hemodinamicamente estável, realizou
TC de abdome que revelou hematoma de 30% de extensão superficial em segmento 7 do fígado. A melhor conduta para esse
paciente é:

A) Angioembolização
B) Laparotomia Exploradora
C) Laparoscopia diagnóstica
D) TC de abdome com contraste endovenoso
E) Punção guiada por US

» Inicialmente a resposta parece ser meio estranha, como se fosse incompleta. Neste caso devemos pensar em tratamento
conservador, TC identificando lesão hepática com hematoma capsular menor que 50% da superfícia, portanto classificado como
grau II em paciente estável. Agora, o ideal, para avaliarmos a presença Blush arterial e talvez angioembilização é realizarmos a TC
com contraste.
Logo, gabarito letra D.

Video comentário: 252360


289 - 2020 UEVA

Paciente de 45 anos, sexo masculino, vítima de atropelamento por carro há uma hora, é conduzida por familiares, a unidade
hospitalar com suporte para atendimento ao paciente politraumatizado. No momento da admissão apresenta-se consciente,
taquipneico, com sinais visíveis de lesões contusas e hematomas em hemitórax esquerdo, sem sangramento ativo. Após a
avaliação inicial, de acordo com o Advanced Trauma Life Suport, quais são as quatro regiões incluídas no protocolo FAST (Focused
Assessment with Sonography for Trauma), para avaliação desse paciente?

A) Aorta descendente, recesso hepatoesplênico, artéria esplênica e artérias ilíacas.


B) Saco pericárdico, recesso hepatorrenal, recesso esplenorrenal e pelve.
C) Saco pericárdico, recesso hepatoesplênico, artérias ilíacas e pelve.
D) Aorta descendente, recesso hepatorrenal, recesso esplenorrenal e artérias ilíacas.

» Questão tranquila.
O FAST avalia classicamente 4 regiões: o saco pericárdico, os espaços hepato e esplenorrenais e a região da pelve.
Gabarito letra B.

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290 - 2020 COC

Com relação à anestesia infiltrativa, assinale a afirmativa correta:

A) A dose máxima de procaína é de 14mg/kg


B) A dose máxima de lidocaína com epinefrina (1:200.000) é de 14mg/kg
C) A duração aproximada de lidocaína é de 4 a 5 horas
D) A duração aproximada de procaína é de 3 a 5 horas
E) A dose máxima de lidocaína é de 7mg/kg

» Questão que deveria ter sido anulada.


 
A dose máxima que pode ser utilizada de Lidocaína, sem vasoconstritor é de 4 a 5mg/kg (depende da bibliografia), ou até 300mg,
e com vasoconstritor, 7mg/kg ou até 500mg. A duração do tempo de ação é em torno de 2-3horas, já a procaína possui uma meia
vida curta, em torno de 30-60min.
A banca liberou como gabarito a letra E, mas como vimos, como não foi mencionado que a lidocaína é com vasocontrictor, a
questão não apresenta uma resposta 100% correta.

Video comentário: 244772


291 - 2020 UEVA

Paciente de 15 anos, sexo feminino, vítima de queda de bicicleta em via pública, é conduzida por ambulância à unidade hospitalar
com suporte para atendimento ao paciente politraumatizado. No momento da admissão apresenta-se consciente e orientada com
queixa de dor abdominal. Ao exame físico: visualizado hematoma em hipocôndrio esquerdo. Após atendimento inicial foi
submetida ao exame de tomografia computadorizada, o qual demonstrou laceração de vasos hilares do baço, produzindo
desvascularização de aproximadamente 50%. Dentre as alternativas, qual descreve o grau dessa lesão do baço, de acordo com a
Escala para Lesões de Órgãos da Associação Americana de Cirurgia do Trauma e um possível tratamento médico a ser utilizado?

A) Grau da lesão II com indicação de tratamento não operatório em enfermaria.


B) Grau da lesão III com indicação de tratamento operatório e realização de esplenectomia.
C) Grau da lesão IV com indicação de tratamento operatório e realização de esplenectomia.
D) Grau da lesão V com indicação de tratamento não operatório em Unidade de Terapia Intensiva.

» Qual o grau desta lesão: laceração de vasos hilares do baço, produzindo desvascularização de aproximadamente 50%.
Lesão grau IV, em que temos uma desvascularização maior do que 25%. Apesar de atualmente alguns casos serem conduzidos
com angioembilização (não encontramos entre as opções), a conduta mais clássica é a cirurgia. 
Gabarito letra C.

Video comentário: 247392

292 - 2020 HSD - MA

Paciente vítima de atropelamento, atendido na Emergência do Hospital São Domingos. Durante a avaliação neurológica, apresenta
abertura ocular aos estímulos dolorosos, emissão de sons incompreensíveis e movimento de retirada em flexão. De acordo com a
escala de Glasgow, o valor correspondente, deste paciente, é:

A) 6
B) 7
C) 8
D) 9
E) 10

» A escala de coma de Glasgow (ECG) é fácil de ser aplicada no dia a dia e possui valor prognóstico na admissão de pacientes com
traumatismo cranioencefálico, hemorragia subaracnoide ou meningite bacteriana, por exemplo. O uso de drogas sedativas pode
interferir nos parâmetros avaliados e por isso, o ideal é fazer essa avaliação antes da administração de qualquer medicamento
com esse efeito (apesar de muitos usarem para o diagnóstico de coma, ela não é útil para esse fim). Vamos relembrar como é feita
essa pontuação? Abertura ocular: espontânea (4 pontos); ao estímulo verbal (3 pontos); ao estímulo doloroso (2 pontos); ausente
(1 ponto); Melhor resposta verbal: orientada (5 pontos); confusa (4 pontos); palavras inapropriadas (3 pontos); palavras
incompreensíveis (2 pontos); ausente (1 ponto); Melhor resposta motora: obedece comando (6 pontos); localiza estímulo doloroso
(5 pontos); retira membro à dor (4 pontos); flexão anormal/decorticação (3 pontos); extensão anormal/descerebração (2 pontos);
ausente (1 ponto); Nosso paciente tem abertura ocular ao estímulo doloroso (2 pontos), emite sons incompreensíveis (2 pontos) e
retira membro à dor (4 pontos), nos dando um total de 8 pontos. Gabarito, C.

Video comentário: 250362


293 - 2020 HCB - RO

Caso haja suspeita de trauma, indica-se a imobilização manual da coluna cervical. Está correto que:

A) Socorristas leigos podem realizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo para vítimas com suspeita de lesão
medular e que se sintam confiantes em realizar ventilações.
B) Socorristas leigos podem realizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo para vítimas sem suspeita de lesão
medular e que se sintam confiantes em realizar ventilações.
C) Socorristas leigos não podem realizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo para vítimas sem suspeita de
lesão medular e que se sintam confiantes em realizar ventilações.
D) Socorristas leigos podem realizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo para vítimas com suspeita de lesão
medular e mesmo que não consigam realizar ventilações.

» Boa questão baseada na Atualização da Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da
Sociedade Brasileira de Cardiologia - 2019. 
Vamos, então, revisar um trecho que respondia a questão…
“Quando o socorrista não conseguir realizar a manobra de elevação do ângulo da mandíbula e suspeitar de trauma cervical, sem
evidência de lesão na cabeça, devem-se utilizar as manobras de inclinação da cabeça e elevação do queixo, pois apenas 0,12 a
3,7% das vítimas apresentam lesão espinhal, sendo o risco elevado quando há lesão craniofacial ou Glasgow < 8.
Socorristas leigos podem realizar a manobra de inclinação da cabeça e elevação do queixo para vítimas sem suspeita de lesão
medular e que se sintam confiantes em realizar ventilações. Caso haja suspeita de trauma, indica-se a imobilização manual da
coluna cervical”.
 
Resposta: letra B.

Video comentário: 250512

294 - 2020 UNB

Paciente de vinte e cinco anos de idade, vítima de acidente automobilístico com capotamento ocorrido havia 8 horas, foi levado ao
pronto-socorro, onde deu entrada consciente, orientado, imobilizado em prancha rígida, com colar cervical. O paciente
apresentava sinais vitais normais, quadro de dor em região cervical, abdominal e lacerações em membros superiores e inferiores.
Com relação a esse caso clínico e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item a seguir. Os exames radiológicos
indicados para pacientes vítimas de politrauma são raios X de coluna cervical, tórax e pelve.

A) CERTO
B) ERRADO

» Considerando um paciente vítima de politrauma, as radiografias, úteis principalmente para avaliação de fraturas ósseas e
acometimento pulmonar, devemos proceder a realização de radiografia de coluna cervical, para excluir
acometimento/instabilidade vertebral, tórax, para avaliação de fraturas de arcos costais, hemo ou pneumotórax, e pelve, para
descartar desalinhamento/fratura. No entanto, a avaliação clínica supera a necessidade de aplicação deste protocolo, caso seja
considerado inadequado.
 
Afirmativa CERTA.
295 - 2020 HSD - MA

Paciente de 35 anos, vítima de acidente com moto. Chega à Emergência do Hospital São Domingos com PA: 120 x 70mmhg,
frequência cardíaca de 88bpm e frequência respiratória de 16irpm. Os exames de imagem mostram trauma hepático grau III. A
conduta a ser realizada é:

A) Conservadora.
B) Laparotomia exploradora.
C) Videolaparoscopia.
D) Embolização de artéria hepática.
E) Drenagem percutânea.

» Questão tranquila. Paciente com lesão hepática grau III, estável hemodinamicamente e sem nenhuma outra indicação de cirurgia
deve ser conduzido de maneira conservadora.
Gabarito letra A.

Video comentário: 250363

296 - 2020 PUC - RS

Homem, 50 anos, chega na emergência com queixa de dor e distensão abdominal, vômitos e sem evacuar há três dias. O exame
físico revela abdome distendido, timpânico e doloroso à palpação, sem sinais de irritação peritoneal. Apresenta-se estável
hemodinamicamente. Em relação ao quadro clínico, afirma-se: I. A radiografia de abdome agudo é o melhor exame para fazer o
diagnóstico diferencial. II. Cirurgia realizada por via de acesso videolaparoscópico está contraindicada. III. Peritonite é uma das
complicações na evolução desse quadro. Está/Estão correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

A) I.
B) III.
C) I e II.
D) II e III.

» Paciente com quadro de obstrução intestinal. Vejamos as afirmativas:


 
I-                 INCORRETA: apesar da radiografia ser um exame barato, rápido e disponível; a questão pergunta qual o MELHOR
exame para DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL. Além de ser o exame padrão-ouro para o abdome agudo obstrutivo, a tomografia é útil
no diagnóstico diferencial e/ou etiológico, pois permite visualizar o ponto de obstrução bem como na maioria das vezes massas,
invaginações etc... Já a radiografia simples de abdome só dará na grande maioria dos casos o diagnóstico sindrômico de abdome
agudo obstrutivo (distensão intestinal).
 
II-               INCORRETA: O acesso laparoscópico, apesar de difícil em boa parte dos casos pela distensão abdominal de modo algum
está contraindicado.
 
III-              CORRETA: A peritonite pode ocorrer no abdome agudo obstrutivo devido à isquemia seguida de perfuração de alça
intestinal ou por translocação bacteriana.
 
Resposta: B

Video comentário: 229376


297 - 2020 UNB

Paciente de vinte e cinco anos de idade, vítima de acidente automobilístico com capotamento ocorrido havia 8 horas, foi levado ao
pronto-socorro, onde deu entrada consciente, orientado, imobilizado em prancha rígida, com colar cervical. O paciente
apresentava sinais vitais normais, quadro de dor em região cervical, abdominal e lacerações em membros superiores e inferiores.
Com relação a esse caso clínico e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item a seguir. Como os sinais vitais do referido
paciente estão normais, deve-se descartar a possibilidade de hemorragia.

A) CERTO
B) ERRADO

» O paciente vítima de politrauma deve ser avaliado criteriosamente, sendo buscados focos hemorrágicos ou complicações
decorrentes do trauma que inicialmente possam passar despercebidas, como contusão cerebral, lesão de vísceras ou
hemo/pneumotórax. Assim, a ausência de alteração dos sinais vitais, apesar de possuir valor preditivo negativo para a exclusão de
hemorragias severas, não exclui a possibilidade de traumas menores que podem resultar em instabilidade tardia.
 
Afirmativa ERRADA.

298 - 2020 UFCG

Paciente vítima de acidente de moto, deu entrada no hospital de Trauma de Campina Grande, identificado que ele tinha alteração
de sensibilidade ao nível dos mamilos. Qual o nível da lesão raquimedular? E o exame que você solicita para diagnóstico?

A) Lesão ao nível de coluna toráxica T6. Tomografia de coluna toráxica.


B) Lesão ao nível de coluna cervical C6. Raio X de coluna cervical.
C) Contusão cerebral. Tomografia de crânio.
D) Lesão ao nível de coluna toráxica T4. Tomografia de coluna toráxica.
E) Lesão ao nível de coluna toráxica C7. Tomografia de coluna cervical.

» Questão decoreba. No entanto, alguns níveis são mais característicos neste avaliação. Se a alteração na sensibilidade foi ao nível
dos mamilos, isso indica um trauma ao nível de T4. 
Em relação as torácicas, os principais marcos são:
T2: axilas, T4: mamilos; T6: apêndice xifoide; T10: cicatriz umbilical; T12: sínfise púbica.
Para a avaliação podemos realizar ou um TC ou uma RM, sendo a TC mais comumente realziada.
Gabarito letra D.

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299 - 2020 UESPI

Quanto ao trauma de vísceras ocas, marque a alternativa CORRETA.

A) Sangue identificado em sonda nasogástrica indica perfuração de víscera oca.


B) O trauma duodenal é de fácil abordagem e dificilmente evoluem com fístula.
C) Lesões de vísceras ocas são de fácil identificação na laparotomia exploradora, principalmente, aquelas causadas por armas de
fogo.
D) As lesões de vísceras ocas ocorrem mais quando o trauma ocorre nos flancos do abdômen.
E) Todas as alternativas estão incorretas.

» Vamso avalair as alternativas:


A- incorreta: o paciente pode apresentar outro tipo de lesão, como uma laceração, mas sem perfuração.
B- incorreta: muito pelo contrário, lembre-se que o duodeno é um órgão fixo, com porções retroperitoneais e que compartilha
vascularização com outras estruturas como a prórpia cabeça do pâncreas.
C- Discutível. Nem todas as lesões, notadamente naquelas por arma de fogo em que os fragmentos do projetil podem levar a
outras lesões.
D- Incorreta: ocorrem mais quando as lesões são da parede anterior.
Apesar da discussão da letra C, podemos considerar todas as alternativas como incorretas. Gabarito letra E.

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300 - 2020 PUC - RS

Mulher foi vítima de acidente automobilístico com trauma ao nível do joelho esquerdo e quadril esquerdo. Na radiografia foi
constatada luxação posterior do quadril esquerdo, sem fraturas. Além do encurtamento, o que se espera encontrar no exame físico
do membro inferior esquerdo?

A) Abdução e rotação externa


B) Abdução e rotação interna
C) Flexão, adução e rotação externa
D) Flexão, adução e rotação interna

» A luxação posterior do quadril é bem mais comum do que a anterior.


Manifestações clínicas:
Luxação Posterior: flexão, adução e rotação interna;
Luxação Anterior: extensão, abdução e rotação externa.
Gabarito: Letra D.

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301 - 2020 UNB

Paciente de vinte e cinco anos de idade, vítima de acidente automobilístico com capotamento ocorrido havia 8 horas, foi levado ao
pronto-socorro, onde deu entrada consciente, orientado, imobilizado em prancha rígida, com colar cervical. O paciente
apresentava sinais vitais normais, quadro de dor em região cervical, abdominal e lacerações em membros superiores e inferiores.
Com relação a esse caso clínico e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o item a seguir. O colar cervical deverá ser
retirado somente na hipótese de, após a realização de exame radiológico da coluna cervical, este não evidenciar fraturas.

A) CERTO
B) ERRADO

» Considerando um paciente vítima de politrauma, as radiografias, úteis principalmente para avaliação de fraturas ósseas e
acometimento pulmonar, devemos proceder a realização de radiografia de coluna cervical, para excluir
acometimento/instabilidade vertebral, tórax, para avaliação de fraturas de arcos costais, hemo ou pneumotórax, e pelve, para
descartar desalinhamento/fratura. Assim, para retirada do colar cervical é necessária a avaliação radiográfica e exclusão de trauma
cervical com repercussão.
 
Afirmativa CERTA.

302 - 2020 HSD - MA

A instabilidade do anel pélvico é uma das principais causas de hipovolemia e óbito no paciente politraumatizado, devendo o
médico generalista estar apto a realizar o diagnóstico precoce e o tratamento inicial. Sobre esta lesão é CORRETO AFIRMAR:

A) Todo paciente politraumatizado deve ser investigado com a manobra de manipulação da pelve no momento do exame físico.
B) Quando apropriado, uma radiografia anteroposterior da pelve confirma o diagnóstico de fratura instável.
C) Na hipotensão inexplicável com suspeita de ruptura do anel pélvico, uma angiotomografia da pelve deve ser realizada com
urgência.
D) Na suspeita da lesão, são necessários pelo menos dois exames de manobra de manipulação pélvica para o diagnóstico preciso.
E) O complexo ligamentar posterior está integro na hemiascensão pélvica.

» Vamos avalair as alternativas:


A e D- incorretas: atualmente a manipulação deve ser evitada, sendo realizada leve compressão e avaliação única.
B- correta: vamos lembrar que no atendimento inicial, a radiografia, desde que não atrapalhe o atendimento, pode ser realizada.
C- incorreta: a manobra inicial é tentarmos amarrar a pelve do paciente.
E- incorreta: o complexo ligamentar posterior é formado pelos ligamentos sacro-ilíacos anteriores e posteriores, sacro-espinhosos
e sacrotuberosos. Este complexo promove a estabilidade estrutural do anel pélvico. A hemiascensão pélvica acontece por ruptura
deste complexo ligamentar posterior. Este tipo de fratura está associada à hemorragia severa.
Gabarito letra B.

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303 - 2020 UDI

De acordo com a 10ª edição do ATLS, são consideradas indicações para retirada do colar cervical:

A) Paciente sem perda de sensibilidade e atividade motora


B) Paciente que movimenta os 4 membros e sem história de TCE
C) Paciente com Glasgow de 15 e TC de crânio normal
D) Paciente consciente, Glasgow = 15 e sem dor à palpação da coluna cervical
E) Paciente sem dor a palpação da coluna e boa movimentação de membros

» Paciente politraumatizado: só podemos retirar o colar cervical em ambiente hospitalar sem exame radiológico com Glasgow 15,
sem dor cervical, sem abuso de drogas ou álcool e exame neurológico dentro da normalidade. Em casos onde há suspeita de lesão
cervical, e isso inclui mecanismo de trauma de colisão, se faz necessária uma avaliação radiológica, inicialmente com radiografia.
Para os pacientes com TCE moderado e grave, temos sempre a indicação de TC. 
Gabarito letra D.

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304 - 2020 UESPI

Vítima de trauma abdominal por arma branca há 12 horas. Ferimento por punhal no hipocôndrio direito na linha axilar anterior. Ao
exame paciente encontra-se estável com PA 110/70mmhg, pulso cheio com frequência de 85bpm. Eupnéico. Consciente. Abdômen
com dor discreta à palpação. TC abdominal revela lesão envolvendo cápsula e chegando a 3cm de profundidade no parênquima
hepático. Foi adotada uma conduta inicial conservadora. Algumas horas após, evoluiu com intensificação da dor abdominal com
reação à descompressão. O quadro hemodinâmico, porém permanece estável. Qual a melhor conduta?

A) Nova TC abdominal com contraste.


B) Ressonância magnética do abdômen.
C) Laparoscopia.
D) Laparotomia exploradora.
E) Lavado peritoneal diagnóstico.

» Estamos diante de um quadro de trauma abdominal contuso em que inicialmente adotou-se e corretamente uma conduta
conservadora. No entanto, durante a observação, o abdome se tornou cirúrgico, note a presença de irritação epritoneal.
Diante disso a conduta é a laparotomia.
Gabarito letra D.

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305 - 2020 HSJ - PR

Paciente masculino de 30 anos, vítima de colisão auto-anteparo, é admitido com quadro de esforço respiratório e hipotensão. Ao
exame, apresenta traqueia levemente desviada para a esquerda, abolição do murmúrio vesicular à direita com hipertimpanismo e
turgência jugular. A conduta imediata que deve ser tomada é:

A) Toracostomia com drenagem em selo d'água do hemitórax esquerdo;


B) Radiografia de tórax de urgência;
C) Intubação orotraqueal;
D) Punção do hemitórax direito com jelco;
E) Traqueostomia de urgência.

» O enunciado descreve um quadro clássico de pneumotórax hipertensivo: traqueia levemente desviada para a esquerda, abolição
do murmúrio vesicular à direita com hipertimpanismo e turgência jugular. Qual a conduta? Toracocentese de alívio.
Gabarito letra D.

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306 - 2020 HSD - MA

Quando negligenciada, a síndrome compartimental pode levar a sequelas catastróficas ao paciente. Sobre esta lesão é CORRETO
afirmar:

A) Na suspeita, o uso do enfaixamento compressivo é indicado para conter o edema do membro.


B) Ausência de pulso distal é o achado mais frequente.
C) Deve-se observar o doente com suspeita de síndrome compartimental por 06 horas. Caso não haja melhora significativa dos
sintomas, a fasciotomia deve ser realizada.
D) Ressonância magnética do membro acometido deve ser realizada com urgência para o diagnóstico precoce da lesão.
E) O diagnóstico é clínico, sendo a mensuração da pressão intracompartimental apenas um auxilio para o médico realizar o
diagnóstico.

» Vamos avaliar as alternativas:


A) INCORRETA. A síndrome compartimental acontece quando os níveis elevados da pressão intracompartimental comprometem a
perfusão deste compartimento. Logo, realizar o enfaixamento compressivo piora ainda mais a síndrome compartimental.
B) INCORRETA. No caso da síndrome compartimental em membros inferiores, ocorre um comprometimento da perfusão tecidual
de forma extrínseca, dos tecidos para os vasos principais. O comprometimento inicial é dos capilares. A síndrome compartimental
pode ocorrer, muitas vezes, mesmo na presença do pulso distal.
C) INCORRETA. Diante do diagnóstico, a abordagem deve ser imediata.
D) INCORRETA e E corrreta: O diagnóstico é realizado através dos sinais e sintomas de comprometimento da perfusão do
compartimento suspeito (abdome ou membros)
Gabarito letra E.

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307 - 2020 SUPREMA

Paciente é trazido pelo SAMU após acidente de bicicleta há 60 minutos. Encontra-se hipotenso (PAM=60), taquicárdico (FC=120),
taquipneico (FR=33), nível de consciência rebaixado, palidez cutânea, mesmo após infusão de 4 litros de cristaloides. Há equimoses
e escoriações em face anterior de abdome. O médico do setor de emergência realiza um FAST (ultrassonografia no trauma) e
visibiliza moderada quantidade de líquido livre em cavidade abdominal. A conduta apropriada é:

A) Ácido tranexâmico e laparotomia exploradora.


B) Laparotomia exploradora apenas (já se passaram mais de 30minutos do acidente).
C) O FAST indica apenas a necessidade do lavado peritoneal que é mais específico.
D) Sem a TC de abdome o melhor tratamento ficará indisponível.

» Paciente vítima de politrauma que mesmo após a adminsitração de 4 litros de cristaloides se mantém instável. Ou seja, choque
refratário, classe IV. Devemos iniciar o protocolo de transfusão maciça, administrar o ácido tranexâmico. Como o FAST é positivo,
indicamos também a laparotomia.
Gabarito letra A.

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308 - 2020 IOG

A perda súbita da força nos membros inferiores e da sensibilidade simetricamente abaixo da cicatriz umbilical, em um paciente
politraumatizado, é fortemente sugestiva de lesão:

A) no diencéfalo
B) no tronco cerebral
C) no telencéfalo
D) na coluna cervical
E) na coluna torácica

» Vamos relembrar:
A cicatriz umbilical corresponde à lesão de T10. Além disso, quadros de paraplegia e paraparesia sugerem lesão medular torácica,
enquanto quadriplegia e quadriparesia sugerem lesão medular cervical. A presença de alguma função motora ou sensorial abaixo
do nível da lesão indica que a secção medular foi incompleta, enquanto, como é o caso deste paciente, a ausência de função indica
lesão completa. 
Ou seja, estamos diante de um paciente com lesão na coluna torácica provavelmente um secção total.
Portanto, o nosso gabarito é a letra E.

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309 - 2020 SES - SC

Adolescente feminina de 13 anos é atropelada por motocicleta enquanto atravessava a rua. Admitida no pronto socorro
taquidispneica, com dor intensa no tórax. Ao exame, apresentava murmúrio vesicular abolido e hipertimpanismo no hemitorax
direito. Restante do exame normal. Assinale a alternativa que contempla o provável diagnóstico, associando ao tipo de choque que
pode estar associado a este quadro.

A) Pneumotórax hipertensivo e choque neurogênico


B) Pneumotórax hipertensivo e choque obstrutivo.
C) Hemotórax maciço e choque hipovolêmico.
D) Hemotórax maciço e choque séptico

» A clínica apresentada inclui: murmúrio vesicular abolido e hipertimpanismo no hemitorax direito. Entre as opções temos somente
hemo ou pneumotórax. Se o murmúrio está abolido e o hmitórax hipertimpânico, ficamos com pneumotórax, que deve ser
hipertensivo para que o paciente evolua com o choque. E o choque nestes casos é obstrutivo.
Gabarito letra B.

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310 - 2020 SUPREMA

Paciente vítima de acidente automobilístico apresenta equimoses em períneo, sangue em meato uretral. O abdome está
distendido e o globo vesical está aumentado. O paciente queixa- se de vontade de urinar e o médico do setor de emergência
orienta a enfermeira ao cateterismo vesical. Apesar da experiência da enfermeira ela não consegue introduzir o cateter até a
bexiga. A respeito do caso podemos afirmar:

A) Conduta adequada, a tentativa de cateterismo vesical não interfere na provável lesão uretral ou vesical; agora realizar urografia
excretora.
B) Conduta adequada, o risco da introdução de contraste é igual ao da inserção de catere vesical tipo Nelaton ou Folley; agora
realizar urotomografia.
C) Conduta inadequada, deveria ter sido realizada urotomografia antes do cateterismo vesical.
D) Conduta inadequada, deveria ter sido realizada uretrocistografia retrograda antes do cateterismo vesical.

» Vamos lembrar que na suspeita de lesão de uretra não devemos realizar a sondagem vesical. Devemos avaliar inicialmente a
presença ou não de lesão atrav;es de uma uretroxistografia retr;ograda. Veja como o enunciado nos fornece váriaos desses
achados: equimoses em períneo, sangue em meato uretral.
Gabarito letra D.

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311 - 2020 UFCG

Entende- se por manobra de Kocher:

A) Deslocamento duodenal.
B) Deslocamento jejunal.
C) Deslocamento do cólon direito.
D) Deslocamento do cólon esquerdo.
E) Deslocamento renal.

» Vamos aproveitar a oportunidade para relembrar três manobras de mobilização em cirurgia abdominal. Manobra de Kocher é a
rotação medial do duodeno, para rebatelo do retroperitônio. Manobra de Catell-Braasch que consiste na rotação medial do cólon
direito para exposição do retroperitôneo. Manobra de mattox que consiste na liberação do Cólon esquerdo para acesso ao
retroperitonio.
Logo, gabarito letra A.

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312 - 2020 SUPREMA

Paciente em pós-operatório recente (PO 1) de aneurisma de aorta (laparotomia mediana xifopubiana) evolui com insuficiência
respiratória, distensão abdominal importante, hipotensão arterial, taquicardia, anúria. A pressão abdominal é de apenas 35 mmHg.
As condutas apropriadas são:

A) Intubação orotraqueal, ventilação mecânica, uso de cristaloides e vasopressor se necessário, cateter nasogástrico.
B) Intubação orotraqueal, ventilação mecânica, uso de cristaloides e vasopressor se necessário; cateter nasogástrico, sonda retal
para descompressão.
C) Intubação orotraqueal, ventilação mecânica, uso de cristaloides e vasopressor se necessário; cateter nasogástrico, sonda retal
para descompressão, hemodiálise.
D) Intubação orotraqueal, ventilação mecânica, uso de cristaloides e vasopressor se necessário; cateter nasogástrico, laparotomia
com descompressão abdominal.

» Veja que o enunciado pontua a PIA como sendo de apenas 35mmHg. Isso já demonstra uma HIA grau IV. Associada as alterações,
definimos o quadro de SCA. Qual a conduta? Além das medidas conservadoras de alívio da PIA, devemos indicar a descompressão.
Logo, gabarito letra D

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313 - 2020 SES - GO

O grau do comprometimento neurológico e a extensão do sangramento subaracnóideo no momento da admissão são os


preditores mais importantes das complicações neurológicas e do desfecho clínico. Portanto, é imperativo graduar a severidade da
hemorragia subaracnóidea tão logo seja possível, após a estabilização dos pacientes com esse quadro. Um paciente que se
encontra sonolento ou confuso com déficit neurológico focal leve apresenta um escore na escala de Hunt e Hess de:

A) 1.
B) 2.
C) 3.
D) 4.

» Vamos à graduação de Hunt-Hess:


 
Grau 1: Lúcido, assintomático ou cefaleia leve, discreta rigidez de nuca;
 
Grau 2: Lúcido, cefaleia intensa e rigidez de nuca, pode haver paralisia de par craniano;
 
Grau 3: Sonolência, confusão mental, leve deficit focal;
 
Grau 4: Torpor, deficit focal importante;
 
Grau 5: Coma, postura de descerebração
 
Resposta: C.

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314 - 2020 SMSCG

Judite, 63 anos, foi vítima de um atropelamento, sendo atingida na cabeça, no tronco e pernas. Ao exame, Judite encontrava-se
confusa, porém capaz de localizar as regiões dolorosas, e com abertura ocular apenas ao chamado (Glasgow = 12 pontos).
Apresenta-se taquipneica, com cefaleia e irritabilidade. A conduta inicial mais adequada, nesse caso, é:

A) imobilizar a paciente com colar cervical e observá-la, aguardando a evolução do quadro clínico para avaliar a conduta
B) imobilizar a paciente com colar cervical; garantir a manutenção das vias aéreas; e proceder à entubação orotraqueal
imediatamente, pois, trata-se de uma paciente com TCE grave
C) imobilizar a paciente com colar cervical; garantir a manutenção das vias aéreas; realizar punção venosa periférica; e infundir
solução fisiológica EV, além de realizar analgesia e observação da paciente
D) imobilizar a paciente com colar cervical; garantir a manutenção das vias aéreas; realizar analgesia, se necessário; e solicitar
transferência imediata da paciente a um serviço de urgência/emergência para avaliação complementar com exame de imagem e
da neurocirurgia

» Sempre devemos seguir o ABCDE.


E, a melhoe opção que contempla este passo a passo está na letra D. Veja que algumas medidas do ABCDE não foram
completamente realziadas, mas é a que mais se aproxima do ideal.
Gabarito letra D.

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315 - 2020 UDI

Conforme rotina do ATLS, o primeiro passo no tratamento de um paciente traumatizado é assegurar uma via aérea adequada que
permita proteção desta via e uma ventilação adequada. Em relação a esse assunto, analise as afirmativas abaixo. A ventilação
excessiva deve ser evitada depois da intubação, particularmente no paciente hipovolêmico (I) PORQUE Ela aumenta a pressão
intratorácica média e prejudica o enchimento cardíaco (II). Acerca dessas asserções, assinale a opção correta.

A) As asserções I e II são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.


B) As asserções I e II são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.
C) A asserção I é verdadeira, e a II é falsa.
D) A asserção I é falsa, e a II é verdadeira.
E) Todas as asserções são falsas.

» As duas assertivas são corretas e a II justifica a I. A ventilação em excesso mantém as câmaras cardíacas comprimidas, desta
forma, prejudica o enchimento cardíaco e, consequente, compromete o débito cardíaco. Este efeito é ainda mais pronunciado no
paciente hipovolêmico. Gabarito letra A.

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316 - 2020 HSJ - PR

Uma criança de cinco anos de idade foi levada ao departamento de emergência, 45 minutos após acidente de automóvel. As
informações são de que ela estava sentada no banco traseiro do automóvel e utilizando cinto de segurança tipo abdominal. Na
chegada ao hospital, encontrava-se chorosa, porém alerta, imobilizada sobre prancha longa e hemodinamicamente estável. Ao
exame físico, notou-se equimose horizontal ao longo da região do hipogástrio e dor à palpação abdominal. O provável diagnóstico
dessa criança é:

A) Perfuração de cólon;
B) Hematoma duodenal;
C) Ruptura de estômago;
D) Lesão de intestino delgado;
E) Fratura de bacia.

» Paciente vítima de acidente de carro utilizando cinto de segurança, com equimose horizontal, ou seja, sinal do cinto de segurança.
Isso nos fala a favor de lesão do delgado ou do próprio mesentério.
Gabarito letra D.

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317 - 2020 UFGD

Paciente de 55 anos, sexo masculino, vítima de ferimento de arma branca na região abdominal há poucos minutos, é levado ao
pronto socorro. Encontra-se alcoolizado, agitado, hipotenso e taquicárdico, apresentando na região do mesogástrio ferimento de 1
cm, sem sangramento ativo exteriorizado. No exame físico, apresenta abdômen pouco distendido, flácido, doloroso andar superior
de difícil avaliação devido à agitação do paciente. Nesse caso, a conduta correta seria ressuscitação volêmica e

A) tomografia computadorizada abdominal.


B) ultrassonografia abdominal.
C) lavado peritoneal diagnóstico.
D) videolaparoscopia.
E) laparotomia exploradora.

» Questão em que devemos seguir o passo a passo do atendimento ao trauma abdominal penetrante.
Lesão por arma branca, o abdome é círurgico? Tem choque, peritonite e evisceração? E neste caso, mesmo o paciente estando
alcoolizado, a hipotensão já indica a instabilidade e por isso, indicamos a laparotomia exploradora.
Gabarito letra E.

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318 - 2020 UDI

Um jovem de 30 anos de idade foi ejetado do veículo durante uma colisão automobilística. A caminho do serviço de emergência, a
equipe do SAMU relata que a sua frequência cardíaca é de 125 batimentos/minuto, a pressão sanguínea é 85x45 mmHg, e a
frequência respiratória é de 28 incursões/minuto. A vítima encontra-se confusa e seu re-enchimento capilar periférico está
retardado. A via aérea está permeável, mas ela está em insuficiência respiratória, com distensão das veias do pescoço, ausência de
murmúrio vesicular no hemitórax direito e desvio da traqueia para a esquerda. Diante do quadro apresentado, qual é a melhor
conduta a ser tomada de acordo com novos protocolos?

A) Hidratação vigorosa
B) Toracocentese de alívio no 2º EIC direito anterior
C) Intubação orotraqueal com pressão positiva
D) Toracocentese de alívio no 5º EIC lateral seguida de drenagem pleural à direita.
E) Toracocentese de alívio no 2º EIC anterior seguida de drenagem pleural à direita.

» Vamos avalair o paciente seguindo o ABCDE.


As vias aéreas estão pérvias, no entanto o paciente apresenta: distensão das veias do pescoço, ausência de murmúrio vesicular no
hemitórax direito e desvio da traqueia para a esquerda e hipotensão. Ou seja, estamos diante de um pneumotórax hipertensivo.
Qual a conduta? Toracocentese de alívio que, atualmente, de acordo com a 10 edição do ATLS é realizada conforme o mencionado
na letra D, gabarito da questão.

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319 - 2020 SUPREMA

De acordo com o acrônimo R.O.S.E. a seguir, a fase em que a administração de cristalóides parece ter impacto na evolução clínica
dos doentes é:

A) Ressuscitação (R)
B) Otimização (O)
C) Estabilização (S)
D) Evacuação (E)

» As prórpias alternativas já nos ajudam a lembrar o que vem a ser o ROSE. E em qual fase a administração de cristaloides parece ter
mais impacto? Logo inicialmente, na fase de ressuscitação ou reanimação.
Logo, gabarito letra A.

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320 - 2020 HMO - SA

Um paciente internado por traumatismo cranioencefálico chegou ao hospital conversando, apenas relatando cefaleia. Em pouco
tempo, apresentou com abertura ocular somente aos estímulos verbais, resposta verbal com palavras inapropriadas e resposta
motora com reflexo de retirada, sem obedecer aos comandos. Diante dessas informações, é correto afirmar que o paciente possui
qual das seguintes pontuações na escala de Glasgow?

A) 8
B) 9
C) 10
D) 11

» A Escala de Coma de Glasgow (ECG), publicada pela primeira vez em 1974, até hoje é usada como medida clínica objetiva da
gravidade da lesão cerebral em pacientes, incluindo os politraumatizados.
Vamos calcular para o paciente acima:
Abertura ocular: ao estímulo verbal = 3 pontos.
Resposta verbal: palavras inapropriadass = 3 pontos.
Resposta motora: reflexo de retirada = 4 pontos.
Ao somarmos temos que a ECG desse paciente é: 3+3+4 = 10 pontos.
Portanto, o nosso gabarito é a letra C.
321 - 2020 UFGD

No que concerne ao trauma retroperitoneal, assinale a alternativa correta.

A) A zona III se estende desde o hiato esofágico até o promontório.


B) A maioria das lesões duodenais requerem apenas sutura primária.
C) A maioria das lesões pancreáticas são lacerações grau III e requerem pancreatectomia.
D) A técnica de exclusão pilórica de Vaughan/Jordan compreende a antrectomia com gastrojejunostomia terminolateral.
E) A maioria dos pacientes com hematoma retroperitoneal não apresenta lesão coexistente de estrutura intraperitoneal.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: vamos lembrar que a zona III se desenvolve na região da pelve.
B- Correta: Aproximadamente 80-85% das lesões duodenais requerem apenas reparo primário. As lesões grau I e II do duodeno
necessitam somente de reparo e no máximo de um reoforço do omento na lesão.
C- Incorreta: As lesões mais comuns são as de graus I e II que ainda não apresentam lesão do ducto e ainda podemos tentar o
tratamento conservador.
D- Incorreta: É a exclusão pilórica.
E- Incorreta: geralmente estamos diante de um trauma mais intenso e outras lesões são relativamente comuns. 
Gabarito letra B.

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322 - 2020 HC - AL

Qual das alternativas abaixo apresenta a manobra utilizada para a palpação da vesícula biliar?

A) Manobra de Traube.
B) Manobra de Blumberg.
C) Manobra de Murphy.
D) Manobra de McBurney.

» Em pacientes com colecistite, é frequente encontrarmos o sinal de Murphy. Para investigá-lo, pedimos ao paciente que realize uma
inspiração profunda enquanto palpamos o ponto cístico, bem na fossa da vesícula biliar. A inspiração profunda faz com que a
vesícula se desloque em direção à mão do examinador que, na presença de colecistite, provoca dor e faz com que o paciente
interrompa a inspiração. Essa manobra possui uma sensibilidade de 97% mas uma especificidade de apenas 48% (não só isso, mas
a sensibilidade pode ser menor ainda em idosos). Esse exame que busca o sinal de Murphy não recebe o nome de "manobra" e,
mesmo assim, não serve exatamente para palpar a vesícula biliar, até porque ela é impalpável em pacientes saudável, mas essa
seria a nossa melhor resposta.
Resposta: letra C. 
 
Analisando as outras opções...
O sinal de Traube é descrito como um ruído sistólico na artéria femoral quando a comprimimos com o estetoscópio. Não confunda
com o espaço de Traube, definido pela área situada no hipocôndrio esquerdo entre a sexta costela, a linha axilar anterior e o
rebordo costal. Como essa região é geralmente ocupada pela flexura esplênica do cólon e pelo fundo gástrico, sua percussão
resulta na produção de sons timpânicos, mas na presença de esplenomegalia, a percussão pode ser maciça ou submaciça. O sinal
de Blumberg é descrito como dor à descompressão súbida do abdome no ponto de McBurney, típico de apendicite.

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323 - 2020 UNIRG

No paciente politraumatizado com hemorragia, qual medicação pode reduzir a mortalidade se iniciada precocemente na
assistência ao paciente?

A) Desmopressina.
B) Ácido tranexâmico.
C) Ácido aminocapróico.
D) Fator VIII.

» A correção dos distúrbios da hemostasia deve ter como objetivo a ação exatamente na etapa da via que encontra-se alterada, o
que reduz o custo com hemoderivados e medicamentos e o risco de efeitos adversos. Assim, entendendo o mecanismo de
alteração da hemostasia em indivíduos politraumatizados, sabemos que, além da lesão vascular direta, ocasionando sangramento,
há hemodiluição, consumo de fatores da coagulação, acidose, hipotermia, deficiência na utilização do fibrinogênio e
hiperfibrinólise pelo processo inflamatório. Assim, a não ser que seja identificado algum déficit específico, o ácido tranexâmico é a
droga capaz de reduzir a hiperfibrinólise, auxiliando consequentemente no controle do sangramento.
 
Gabarito: Alternativa B.

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324 - 2020 HSJ - PR

A literatura mostra que de 18% a 30% dos pacientes vítimas de trauma torácico que apresentam hemotórax evoluem com
hemotórax retido após a drenagem pleural. Qual a melhor conduta frente a esse diagnóstico?

A) Conectar o dreno a um sistema de aspiração contínua;


B) Toracotomia higiênica;
C) Infusão de estreptoquinase através do dreno pleural;
D) Colocação de um segundo dreno pleural;
E) Videotoracoscopia.

» Como houve retenção do coágulos dentro do tórax, adicionar outro dreno, ou deixar em aspiração contínua não irá solucionar o
hemotórax retido. A conduta adequada é realização de extração cirúrgica dos coágulos. Podendo ser por toracotomia ou
toracoscopia. A abordagem menos mórbida e invasiva, sem dúvidas, é a realização de videotoracoscopia. Gabarito letra E.

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325 - 2020 CESUPA

Dentre os tratamentos dos derrames pleurais, temos os procedimentos invasivos, dos quais podemos citar as punções torácicas;
tecnicamente alguns pontos são fundamentais para sua correta utilização:

A) A borda inferior da costela superior é o ponto de referência para evitar complicações durante o procedimento.
B) O ângulo de entrada do dispositivo cateter-agulha paralelo ao plano cutâneo facilita a drenagem de derrames pleurais mais
volumosos.
C) Evitar esvaziamento rápido de grandes volumes pleurais minimiza o risco de edema pulmonar de reexpansão.
D) As punções dos espaços intercostais superiores devem ser preferidas em derrames exudativos, principalmente pela sua
viscosidade aumentada.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: é a borda superiror da costela inferior. Isso se deve ao fato de que na borda inferior encontramos o feixe vasculo
nervoso.
B- Incorreta: a entrada deve ser perpendicular ou oblíqua.
C- Correta: a retirada de volumes maiores aumenta o risco de desenvolvimento de edema pulmonar e de alterações respiratórias
ou hemodinâmicas que, em seu grau extremo, incluem a síndrome do desconforto respiratório ou o choque hemodinâmico.
D- incorreta: justamente o contrário. A punção deve ser feita de maneira mais baixa nestes casos.
Gabarito letra C.

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326 - 2020 UFGD

Os ferimentos vasculares estão associados aos traumas por acidentes automobilísticos, ferimentos por arma branca e de fogo,
procedimentos médicos invasivos, etc. Sobre isso, assinale a alternativa incorreta.

A) Fratura do fêmur, do terço distal do úmero e luxação do cotovelo estão associados com risco elevado de lesão vascular.
B) O trauma fechado representa a causa dominante dos ferimentos vasculares, responsável por 90% das lesões arteriais.
C) Os acidentes automobilísticos são a principal causa das lesões aórticas nos traumatismos fechados.
D) A maioria dos ferimentos carotídeos é devido ao trauma penetrante, sendo a carótida comum a mais acometida.
E) A fístula arteriovenosa, na maioria dos casos, não apresenta manifestação clínica inicial, surgindo dias ou semanas após a lesão.

» Vamos avalair as alternativas:


A- correta: fratura de terço distal de úmero pode estar associada á lesão de artéria braquial, A luxação de joelho à lesão de poplítea
e de fêmur á artéria femoral profunda e seus ramos.
B- Incorreta. O próprio enunciado discorda da altenativa. A maioria dos traumas vasculares são penetrantes.
C- Correta. A lesão aórtica nessa situação ocorre por desaceleração rápida, que causa ruptura da parede aórtica na topografia de
sua fixação ao tórax( ligamento arterioso).
D - Correto. Esses ferimentos geralmente ocorrem na zona II do pescoço.
E - Correto. Uma fístula arteriovenosa normalmente ocorre após trauma penetrante que causa lesão de artéria e veias próximas. O
fluxo de pressão da artéria flui para a via de menor resistência vascular(veia) produzindo uma fístula, que ocorre dias após o
trauma.
Gabarito letra B.

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327 - 2020 HC - AL

Na avaliação neurológica da criança é importante a avaliação das pupilas. Quando estas se encontram de tamanhos diferentes
denominamos:

A) Pupilas midriáticas.
B) Pupilas isocóricas.
C) Pupilas anisocóricas.
D) Pupilas mióticas.

» Questão que nos pergunta o nome que se dá o encontro de pupilas em tamanhos diferentes. Vamos, então, a nossa revisão…
- Pupilas anisocóricas é uma situação caracterizada pelo tamanho (diâmetro) desigual das pupilas. (letra C - CORRETA)
- Pupilas Isocóricas são aquelas que apresentam diâmetro igual.
- pupilas mióticas são aquelas que apresentam diâmetro diminuído: contraídas.
- Pupilas midriáticas são aquelas que apresentam dilatação do diâmetro.
 
Resposta: letra C.

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328 - 2020 HUSE

Homem, 37 anos, caiu de andaime e é levado ao HUSE. Ao chegar, o médico constata haver crepitação em hemitórax esquerdo.
Exame físico: hipocorado e cianótico; ausculta pulmonar abolida à esquerda; sem turgência jugular; PA = 90 x 60 mmHg. A principal
hipótese diagnóstica é:

A) hemotórax maciço.
B) pneumotórax hipertensivo.
C) tamponamento cardíaco.
D) contusão pulmonar.
E) Hemoperitôneo

» Paciente vítima de queda de um andaime que se apresenta hipocorado e cianótico com PA de 90x60mmHg, com ausculta abolida a
esquerda, mas sem turgência de jugular, o que afasta o pneumotórax hipertensivo, nos faz pensar em qual condição? Como o
enunciado não nos fala sobre nenhuma outra alteração, vamos inferir que o restante do exame está normal. Por isso, a causa
desta relativa hipotensão é um hemotórax maciço. 
Gabarito letra A.

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329 - 2020 HAC - PR

Paciente vítima de queda de nível no próprio domicílio vem aos seus cuidados com traumatismo crânio-encefálico com perda de
consciência. Na admissão apresentava-se sonolento e confuso, reverberando, isocórico e sem déficit motor. Qual seria o escore
deste paciente na escala de coma de Glasgow ?

A) 15
B) 3
C) 4
D) 13
E) 8

» Sempre importante termos em mente a classificação da escala de coma de glasgow.


Veja a imagem em anexo.
Gabarito letra D.

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330 - 2020 UFT

O atendimento médico ao paciente politraumatizado é sistematizado pelo curso de suporte avançado de vida, no trauma Advanced
Trauma Life Support (ATLS), desenvolvido pelo Colégio Americano de Cirurgiões, American College of Surgeons (ACS). O manejo
inicial adequado desses pacientes é fundamental para sobrevida, a curto e longo prazo, e evita complicações e sequelas
iatrogênicas. A decisão de passagem de cateter urinário, no paciente politraumatizado, é realizada como medida auxiliar à
avaliação primária. Sobre o exposto, assinale a alternativa CORRETA.

A) A cateterização transuretal da bexiga deve ser realizada para confirmação de trauma uretral e vesical.
B) Quando há suspeita de lesão uretral, a integridade da uretra deve ser confirmada por uretrografia retrograda, antes que a sonda
vesical seja inserida.
C) A cateterização vesical serve apenas para monitorizar o débito urinário.
D) Deve-se suspeitar de lesão uretral quando há fratura de ossos sacroilíacos, sem outros sinais na avaliação primária.
E) Não se deve realizar o toque retal, em caso de suspeita de lesão uretral, para não causar lesão iatrogênica.

» Vamos avalair as alternativas:


A- Incorreta e B correta: vamos lembrar que na suspeita de lesão de uretra, antes da realização da sondagem devemos indicar
uma uretrocistografia retrógrafa para confirmar ou afastar as lesões de uretra.
C- Incorreta: além de avaliar o débito urinário, também podemos realizar o estudo contrastado da bexiga.
D- Incorreta: você pode encontrar a presença de outros sinais como hematoma perineal, bexigoma, uretrorragia.
E- Incorreta: o toque retal pode ser realizado. Apesar de atualmente não ser um consenso, a presença de uma próstata elevada,
flutuante, fala a favor deste tipo de lesão.
Gabarito letra B.

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331 - 2020 HUSE

Em relação ao tratamento da lesão esplênica no trauma abdominal fechado, assinale a alternativa INCORRETA:

A) o tratamento não operatório de lesões esplênicas complexas apresenta melhores resultados que o tratamento não operatório
das lesões hepáticas.
B) uma das complicações pós-operatórias da esplenectomia é a fístula arteriovenosa, que pode ser prevenida com a realização de
ligaduras da artéria e veia esplênicas separadamente.
C) a sepse pós-esplenectomia, quando ocorre, frequentemente é grave
D) deve-se realizar vacinação após a esplenectomia para S. pneumoniae, N. meningitidis e H. influenzae tipo B.
E) pancreatite aguda pode ocorrer como complicação pós- operatória.

» A altenrativa incorreta é a letra A.


Atualmente a tendência é o tratamento conservador, tanto para as lesões hepáticas como para as lesões esplênicas. No entanto,
os resultados para as lesões hepáticas acabam sendo melhores. A cirurgia para o fígado, muitas vezes acaba sendo uma
hepatectomia, o que é muito mais catastrófico para o paciente do que uma esplenectomia. 
B- correta: Complicação rara. Os vasos remanescentes do hilo, após a ligadura, quando ligados em conjunto podem fistulizar entre
si, por isso, o ideal é ligar artéria e veia separadamente.
C e D corretas: Uma das complicações mais temidas pós-esplenectomia é a sepse. O baço é um órgão de defesa, a sua função
fagocitária é fundamental contra germes encapsulados. Na ausência deste, a sepse pós-esplenectomia pode acontecer
especialmente pelo S. pneumoniae.
E- Correta: uma das causas da pancreatite aguda é a pós operatória.
Logo, gabarito letra A.

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332 - 2020 UFT

O traumatismo torácico, nos dias atuais, assume grande importância devido, em parte, à sua incidência e, por outro lado, pelo
aumento da gravidade e da mortalidade das lesões. Isso se deve pelo aumento do número, poder energético e variedade dos
mecanismos lesivos, por exemplo, a maior velocidade dos automóveis, a violência urbana, e dentro desta, o maior poder lesivo dos
armamentos, além de outros fatores. Quanto ao trauma torácico, marque a alternativa INCORRETA.

A) Fratura de costelas é a mais comum das lesões ósseas da parede torácica, podendo ocorrer isoladamente ou associada a
pneumotórax ou hemotórax. As fraturas dos últimos arcos costais podem se associar à lesão de fígado ou baço; a lesão dos
primeiros arcos se associa a traumas graves com possíveis lesões vasculares.
B) Define-se como fraturas múltiplas a fratura de dois ou mais arcos costais em mais de um local diferente, determinando perda da
rigidez de parte ou de todo o envoltório ósseo torácico, fazendo com que essa parte do tórax possa se movimentar de uma
maneira diferente do restante (movimento paradoxal do tórax).
C) A toracotomia está indicada quando houver saída imediata na drenagem pleural de mais de 1.500 ml de sangue (ou de mais de
20ml/kg de peso) ou, se na evolução, o sangramento horário for maior de 200- 300 ml, por hora, no período de duas horas
consecutivas.
D) O quilotórax é o acúmulo de líquido linfático na cavidade pleural. Sua etiologia, geralmente, é devido a um ferimento
transfixante do tórax que acomete o ducto torácico. O diagnóstico é semelhante ao HTX, porém, quando se drena um líquido
vertente, de aspecto leitoso e rico em células linfóides, é caracterizado o quilotórax.
E) No tamponamento cardíaco pós ocorrência de um trauma, a suspeita clínica é caracterizada pela tríade de Beck, que consiste na
diminuição da pressão venosa central (PVC), aumento da pressão arterial e abafamento das bulhas cardíacas.

» A única incorreta é a letra E.


Vamos lembrar que a tríade de Beck é composta por achados clínicos: hipotensão, turgência de jugular e abafamento de bulhas.
As outras alternativas são corretas.

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333 - 2020 HUSE

Motociclista, 24 anos de idade, sem capacete, sofre traumatismo cranioencefálico ao ser atingido por um carro. Chega ao HUSE em
protocolo de imobilização. Inconsciente, não responde a estímulos verbais ou dolorosos e não mexe os membros. A PA é de 70 X 60
mmHg, a FC de 40 batimentos por minuto e com SatO2: 95% com suplementação de O2 por máscara. O primeiro passo no
tratamento deste paciente é:

A) obter via aérea definitiva.


B) fazer tomografia computadorizada de crânio.
C) fazer raio X de perfil de coluna cervical.
D) iniciar a administração de cristaloide aquecido através de duas veias calibrosas.
E) iniciar drogas vasoativas pois parece ser um choque neurogênico por TRM

» Diante de um paciente vítima de trauma, sempre devemos seguir o ABCDE. Na avaliação deste paciente encontramis um paciente
inconsciente, não respondedno a estimulos verbais ou doloros e não mexe os membros, ou seja, não apresenta resposta de
abertura ocular, nem verbal e nem motora. Um Glasgow baixíssimo, um TCE grave, o que nos indica uma via aérea artificial e
definitiva.
Gabarito letra A.

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334 - 2020 UEL

Paciente feminina, 60 anos de idade, internada em unidade de terapia intensiva por sepse de foco uriná- rio, evoluiu com choque
séptico e necessidade de noradrenalina endovenosa. Foi introduzido um cateter venoso central na veia jugular direita, realizados
raios X de tórax de controle e, na sequência, a paciente apresentou piora súbita do choque, sem resposta a doses crescentes do
vasopressor, além de dessatu- ração e assincronia ventilatória. Aos raios X, evidenciados hipertransparência do pulmão direito e
desvio de mediastino e traqueia para a esquerda. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a principal hipótese
diagnóstica e a conduta imediata nesse caso.

A) Trata-se de provável hemotórax maciço e a conduta imediata é a drenagem torácica fechada no quinto espaço intercostal do
hemitórax direito, entre as linhas axilar anterior e axilar média.
B) Trata-se de provável pneumotórax hipertensivo e a conduta imediata é a drenagem torácica fechada no quinto espaço
intercostal do hemitórax direito, entre as linhas axilar anterior e axilar média.
C) Trata-se de provável pneumotórax hipertensivo e a conduta imediata é a realização de toracocentese descompressiva com
punção do segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular do hemitórax direito.
D) Trata-se de provável pneumotórax não hipertensivo e a conduta imediata é repetir os raios X de tórax e solicitar avaliação da
cirurgia torácica.
E) Trata-se de provável tromboembolismo pulmonar maciço e a conduta imediata é a trombólise endovenosa.

» Questão que gerou muita discussão e que acabou sendo anulada. De fato devemos pensar em pneumotórax hipertensivo, como
diz a letra C. No entanto, o local da punção que foi o motivo da anulação. De acordo com o ATLS, 10a edição, a toracocentese deve
ser feita, idealmente entre os 5o-6oEIC entre as linhas axilares média e anterior. No entanto, o Sabiston ainda afirma que deve ser
feita no 2o EIC na linha hemiclavicular. Por esta divergência, a questão foi anulada.

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335 - 2020 HAC - PR

O trauma não respeita grupos populacionais específicos. A resposta à perda sanguínea não se dá de modo semelhante ou mesmo
de modo “normal” em doentes idosos, em crianças, em atletas e em indivíduos que apresentam doenças crônicas. Sobre isso,
enumere as definições e assinale a alternativa correta: I. Idoso; II. Criança; III. Atleta; [ ] Tem reserva fisiológica exuberante e
frequentemente demonstram poucos sinais de hipovelemia significativas. Quando a deterioração hemodinâmica ocorre, ela é
muito rápida e catastrófica; [ ] Tem capacidade limitada de aumentar sua frequência cardíaca em resposta à perda sanguínea. A
pressão arterial tem pouca correlação com o débito cardíaco; [ ] Apresenta bradicardia relativa e não demonstra o nível habitual de
taquicardia com a perda volêmica;

A) I, II, III
B) II, I, III
C) III, II, I
D) I, III, II
E) III, I, II

» [ ] Tem reserva fisiológica exuberante e frequentemente demonstram poucos sinais de hipovelemia significativas. Quando a
deterioração hemodinâmica ocorre, ela é muito rápida e catastrófica: crianças. A reserva fisiológica aumentada de uma criança
permite manutenção da pressão arterial sistólica normal mesmo na presença de choque, e quando há alteração, esta é rápida
[ ] Tem capacidade limitada de aumentar sua frequência cardíaca em resposta à perda sanguínea. A pressão arterial tem pouca
correlação com o débito cardíaco: idoso.
[ ] Apresenta bradicardia relativa e não demonstra o nível habitual de taquicardia com a perda volêmica: atletas possuem uma
bradicardia em repouso, devido a freqüente exposição a sobrecargas.
 
Gabarito letra B.

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336 - 2020 HC - AL

Paciente vítima de trauma cranioencefálico, trazido pelo resgate anisocórico, sem abertura ocular a nenhum estímulo, com sons
incompreensíveis, apresentando episódios de decorticação – padrão flexor anormal. A pontuação na escala de coma de Glasgow é:

A) 5
B) 6
C) 7
D) 8

» Questão sobre o cálculo da pontuação na escala de coma de Glasgow!


Vamos, então, pensar devagar…
Abertura ocular ausente → 1 ponto.
Sons incompreensíveis (segundo a nova escala de coma de Glasgow apenas “SONS”) → 2 pontos.
Flexão anormal - decorticação (segundo a nova escala apenas “flexão anormal”) → 3 pontos.
Somando-se… 3 + 2 + 1 = 6
Resposta: letra B. 
Detalhe é que, de acordo com as atualizações da Escala de Coma de Glasgow a avaliação pupilar passou a ser testada com a
seguinte pontuação:
2 pontos – Nenhuma reatividade em ambas as pupilas
1 ponto – Sem reação em apenas uma das pupilas
0 pontos – Caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente
Essa pontuação deve ser retirada do valor final do Glasgow. Como na situação mostrada as pupilas estão anisocóricas, tudo leva a
crer que uma das pupilas não teve reação. Logo, o valor final do Glasgow seria 6 - 1 = 5!
 
Entretanto, vale ressaltar que a avaliação pupilar não foi mencionada na nova edição do ATLS.

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337 - 2020 SMS - SINOP

Homem, 34 anos de idade, sofreu queimadura de pele no dorso por óleo quente, atingindo 9% da superfície corporal. As lesões
comprometem a epiderme e parte da derme, com flictenas e dor intensa. Assinale a alternativa CORRETA quanto ao diagnóstico e
manejo.

A) Queimadura de 2º grau; resfriar, limpar com sabão líquido, romper as flictenas e fazer curativos com sulfadiazina.
B) Queimadura de 2º grau; limpar com água corrente, preservar as flictenas e referenciar para unidade de queimados.
C) Queimadura de 3º grau; resfriar, limpar com sabão líquido, romper as flictenas e fazer curativos com sulfadiazina.
D) Queimadura de 3º grau; limpar com água corrente, preservar as flictenas e referenciar para unidade de queimados.

» A presença de flictenas indicam a presença de uma queimadura de 2o grau, provavelmente superficial. O que nos deixa entre as
letras A e B. 
A melhor resposta é a letra A. A indicação para a transferência se dá nas queimaduras de 2o grau que acometem pelo menos 10%
de SCQ. Além disso, as bolhas idealmente devem ser desbridadas.
Gabarito letra A.

338 - 2020 HAC - PR

Toda avaliação médica completa deve incluir a história do mecanismo de trauma. Em muitas ocasiões, no entanto, não se consegue
obter a história do próprio doente. Nesse caso, devem ser consultados a família e o pessoal de atendimento pré-hospitalar, com o
intuito de se obter informações que possam esclarecer melhor o estado fisiológico do doente. Diante disso, utiliza-se um código
que é uma fórmula mnemônica útil para alcançar essa finalidade e esse código é:

A) MIST
B) LPD
C) FAST
D) AMPLA
E) Nenhuma das alternativas acima está correta.

» De acordo com o ATLS 10a edição temos que toda avaliação médica completa inclui a avaliação da história ou cinemática do
trauma, pondendo ser obtida com o próprio paciente e com pessoas envolvidas ou que presenciaram o evento. Para guiar essa
história inicial, o ATLS recomenda o mneumônico AMPLE (ou AMPLA): Alergias, Medicamentos, Comorbidades e gestação, última
refeição e eventos e ambiente relacionado. Gabarito letra D.

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339 - 2020 HSJ - PR

Escolar de 7 anos, sexo masculino, sofreu acidente enquanto andava de bicicleta. Ao ser atendido na via pública, relatava dor no
ombro esquerdo e estava alerta. Na admissão no setor de emergência, já apresentava quadro clínico de choque. A etiologia mais
provável é a ruptura de:

A) pâncreas
B) fígado
C) baço
D) aorta descendente
E) diafragma esquerdo

» Criança vítima de trauma contuso de abdome, que apresenta sinal de Kerh, qual a provável lesão? Tabto pelo sinal como também
devido as estatísticas devemos pensar em lesão esplênica.
Gabarito letra C.

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340 - 2020 EMCM

Antes de qualquer tratamento cirúrgico, o diagnóstico do pneumotórax hipertensivo deve ser confirmado:

A) Através de uma radiografia de tórax.


B) Pela gasometria arterial, evidenciando hipoxemia.
C) Apenas pelos achados clínicos.
D) Pelo aumento da pressão intratorácica e elevação da pressão venosa central.

» Apesar da 10a edição do ATLS afirmar que se o FAST estiver de prontidão ele pode ser utilizado, o diangóstico do pneumotórax
hipertensivo é feito através da clínica.
Gabarito letra C.

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341 - 2020 HCB - RO

Paciente de 19 anos, vítima de trauma abdominal fechado é levado ao centro cirúrgico para exploração da cavidade abdominal.
Durante a laparotomia, foi evidenciado sangramento ativo e intenso em região do fígado e de veia porta. Paciente fica hipotenso e
pouco responsivo a administração de cristaloides. É realizado a tromboelastrometria (ROTEM) com a seguinte curva: A reposição
mais adequada neste momento é de:

A) Ácido tranexâmico.
B) Plasma Fresco Congelado.
C) Plaquetas.
D) Fibrinogênio.

» A tromboelastografia (ROTEM) é a análise gráfica da resistência de oscilação de um pino de aço dentro de um cilindro com amostra
de sangue total. Com o tempo o movimento do cilindro promove a formação de um coágulo seguida de sua lise, gerando variação
no movimento do pino. O gráfico apresentado tem o tempo de coagulação (CT), representado pela linha verde, prolongado. O CT
avalia os fatores de coagulação e acima de 10 minutos é certamente patológico, independente do tipo de teste realizado no
ROTEM. Enquanto o EXTEM, teste que avalia a via extrínseca, tem CT aé 79 segundos, o INTEM, que avalia a via intrínseca, tem CT
de até 4 minutos. Nesse paciente, portanto, há falta de fatores de coagulação, prolongando o CT.O MCF (maximum clot firmness) é
a maior amplitude do gráfico, na cor azul, e acima de 50 mm é considerada normal. Avalia a interação entre plaquetas, fibrina e
fator XIII no coágulo, tornando-o firme, e nesse paciente está normal. Assim, está indicada a transfusão de plasma fresco. Gabarito
letra B.

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342 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo feminino, 19 anos de idade, é trazida pelo SAMU ao hospital Geral Regional, vítima de atropelamento por
automóvel em alta velocidade, há 30 min. Dá entrada com colar cervical, prancha rígida e cateter nasal de oxigênio. Paciente relata
dor em abdome, em região subescapular esquerda e em perna esquerda. No atendimento inicial: A: via aérea pérvia, mantido colar
cervical, SatO₂: 95% com cateter nasal 15l/min; B: Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruído adventício, FR: 22ipm; : Bulhas
rítmicas e normofonéticas, por difusa à palpação abdominal, pelve estável, toque retal sem alterações, FC:122bpm, PA:
82x62mmHg; D: Escala de coma de Glasgow 14 e pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: escoriações difusas, laceração em couro
cabeludo com sangramento ativo e desalinhamento em terço distal da perna esquerda. Após ressuscitação inicial com 2 litros de
solução cristaloide, a paciente manteve as mesmas queixas, FC: 120bpm, PA: 84x60mmHg, FR: 22ipm, SatO₂: 94%. De acordo com
os dados, indique a principal causa que determina o quadro clínico.

A) Sangramento ativo do couro cabeludo.


B) Fratura da perna esquerda.
C) Trauma renal esquerdo.
D) Trauma esplênico.

» Paciente vítima de trauma, instável hemodinamicamente, até se prove o contrário apresenta choque hemorrágico e hipovolêmico.
De onde vem o sangramento? Temos a opção da fratura de femur, mas observe que o foco também pode ser abdominal (dor
abdominal e sinal de Kehr positivo), o que nos faz pensar obrigatoriamente em lesão esplênica.
Gabarito letra D.

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343 - 2020 HAC - PR

Diante de uma situação de trauma em que a via aérea estiver obstruída por edema de glote, fratura de laringe ou hemorragia
orofaríngea grave ou quando o tubo endotraqueal não puder ser posicionado entre as cordas vocais, a melhor conduta a ser
adotada é:

A) Intubação nasofaríngea
B) Intubação com máscara laríngea
C) Catéter nasal com O2
D) Cricotireoidosmia por punção
E) Nenhuma das alternativas acima está correta.

» Qual a melhor resposta para esta questão? Letra E.


Poxa! Veja que o enunciado descreve com rigores de detalhes a indicação de uma traqueosotmia no trauma. O paciente necessita
de uma via aérea que proteja a via aérea natural, ou seja, deve ser definitiva (o que exlcui a crico por punção e a máscara laríngea).
Além disso, a IOT não foi possível. Qual o proximo passo? Pela presença de fratura de laringe podemos pensar na traqueostomia
(TQT). Alguns autores até advogam a indicação de uma crico cirúrgica, mas o clássico é a TQT. Logo, gabarito letra E.

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344 - 2020 IHOA

Assinale a alternativa correta, com relação ao atendimento inicial do paciente traumatizado:

A) o pneumotórax hipertensivo deve ser reconhecido na observação primária, e a confirmação radiográfica é necessária para o
tratamento prioritário
B) são indicadores de choque no paciente traumatizado, dentre outros, bradicardia, agitação e pulsos distais fracos
C) sangramento intra-abdominal em paciente hemodinamicamente estável justifica a laparotomia de emergência
D) a ultrassonografia abdominal focada no trauma (FAST) e o Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD) para grande volume de sangue
podem ser obtidos para avaliar o sangramento intra-abdominal

» Vamos avaliar as alternativas:


A - Incorreta: a confirmação radiográfica não é necessária nem deve atrasar o diagnóstico, que é clínico, e o tratamento do
pneumotórax hipertensivo.
B - Incorreta: no choque temos taquicardia, não bradicardia.
C - Incorreta: no paciente estável podemos realizar tratamento conservador na maioria das causas de sangramento intra-
abdominal.
D - Correta: dentre os métodos de avaliação de sangramentos cavitários, temos a a ultrassonografia abdominal focada no trauma
(FAST) e o Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD), para pacientes instáveis, e a tomografia computadorizada, para os estáveis.
Gabarito letra D.

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345 - 2020 HC - AL

A conduta imediata a ser tomada ao se diagnosticar um pneumotórax hipertensivo é:

A) radiografia de tórax.
B) pericardiocentese de alívio (punção de Marfan).
C) punção de alívio seguida de drenagem de tórax.
D) intubação orotraqueal.

» O pneumotórax hipertensivo é uma urgência médica de diagnóstico clínico, com os seguintes achados clássicos:

hipertimpanismo na percussão torácica; 


ausência de murmúrio vesicular na ausculta;
dispneia grave;
Turgência jugular;
desvio da traquéia;
instabilidade hemodinâmica… 

Ok, mas o que fazer diante desse diagnóstico?


Tratamento imediato com toracocentese de alívio (no 5º espaço intercostal entre as linhas axilar anterior e média) seguida de
drenagem de tórax em selo d’água - toracostomia -  no mesmo local da toracocentese. 
 
Resposta: letra C.

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346 - 2020 HCB - RO

Paciente de 25 anos, transferido pela equipe de atendimento pré-hospitalar com ferimento por arma branca em Zona de Ziedler.
Dá entrada em sala de emergência com pressão arterial inaudível, bradicárdico e no momento da intubação orotraqueal apresenta
parada cardíaca com atividade elétrica sem pulso. Além das medidas iniciais para a assistência da parada cardíaca, é indicado:

A) Toracotomia de Reanimação.
B) Drenagem de tórax fechada.
C) Punção de alívio.
D) Toracotomia de Emergência.

» Primeiro ponto que nos chama a atenção: lesão na zona de Ziedler, o que já mostra o risco de lesão cardíaca e de aorta. Paciente
com PA inaudível, evoluindo com PCR pós traumática, estamos diante de uma indicação de toracotomia de reanimação.
Gabarito letra A.

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347 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo feminino, 19 anos de idade, é trazida pelo SAMU ao hospital Geral Regional, vítima de atropelamento por
automóvel em alta velocidade, há 30 min. Dá entrada com colar cervical, prancha rígida e cateter nasal de oxigênio. Paciente relata
dor em abdome, em região subescapular esquerda e em perna esquerda. No atendimento inicial: A: via aérea pérvia, mantido colar
cervical, SatO₂: 95% com cateter nasal 15l/min; B: Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruído adventício, FR: 22ipm; : Bulhas
rítmicas e normofonéticas, por difusa à palpação abdominal, pelve estável, toque retal sem alterações, FC:122bpm, PA:
82x62mmHg; D: Escala de coma de Glasgow 14 e pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: escoriações difusas, laceração em couro
cabeludo com sangramento ativo e desalinhamento em terço distal da perna esquerda. Após ressuscitação inicial com 2 litros de
solução cristaloide, a paciente manteve as mesmas queixas, FC: 120bpm, PA: 84x60mmHg, FR: 22ipm, SatO₂: 94%. Indique o exame
complementar mais adequado para a confirmação do diagnóstico.

A) Radiografia de tórax.
B) Radiografia da perna esquerda.
C) Ultrassonografia focada para o trauma (FAST).
D) Tomografia computadorizada de abdome.

» Paciente vítima de politrauma, com provável lesão esplênica (sinal de Kerh), que está instável hemodinamicamente, qual o melhor
exame para seguir a avalaição? FAST, lembre-se que para o paciente instável, a TC não deve ser realizada. 
Gabarito letra C.

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348 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo feminino, 19 anos de idade, é trazida pelo SAMU ao hospital Geral Regional, vítima de atropelamento por
automóvel em alta velocidade, há 30 min. Dá entrada com colar cervical, prancha rígida e cateter nasal de oxigênio. Paciente relata
dor em abdome, em região subescapular esquerda e em perna esquerda. No atendimento inicial: A: via aérea pérvia, mantido colar
cervical, SatO₂: 95% com cateter nasal 15l/min; B: Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruído adventício, FR: 22ipm; : Bulhas
rítmicas e normofonéticas, por difusa à palpação abdominal, pelve estável, toque retal sem alterações, FC:122bpm, PA:
82x62mmHg; D: Escala de coma de Glasgow 14 e pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: escoriações difusas, laceração em couro
cabeludo com sangramento ativo e desalinhamento em terço distal da perna esquerda. Após ressuscitação inicial com 2 litros de
solução cristaloide, a paciente manteve as mesmas queixas, FC: 120bpm, PA: 84x60mmHg, FR: 22ipm, SatO₂: 94%. Após a
confirmação diagnóstica, indique a conduta cirúrgica mais adequada, no momento.

A) Sutura do couro cabeludo.


B) Laparotomia exploradora.
C) Fixação cirúrgica da fratura da perna esquerda.
D) Videolaparoscopia.

» Nossa paciente foi vítima de atropelamento; é admitida em Hospital Geral após atendimento pré-hospitalar, uma vez que dá
entrada com colar cervical, com cateter nasal de oxigênio e em prancha rígida. Chama a atenção em sua avaliação queixas de dor
abdominal, com o abdome doloroso difusamente à palpação, e instabilidade hemodinâmica. Lendo com atenção, percebemos que
há dor subescapular à esquerda, o que pode acontecer em traumas esplênicos (sinal de Kehr). Bom, continuando nosso
atendimento... Mesmo após receber 2 litros de infusão de solução cristaloide, hipotensão e taquicardia persistiram. Normalmente
nessa situação, o paciente deve receber hemoderivados e um FAST deve ser realizado para identificar a presença de líquido
(sangue) em cavidade peritoneal. Mas reparem que o enunciado nos pediu a conduta cirúrgica após a confirmação diagnóstica.
Vamos lá, instabilidade hemodinâmica, que persiste mesmo após a administração de líquidos, somada a lesão abdominal, é igual a
laparotomia exploradora.

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349 - 2020 IPSEMG

O conhecimento da anatomia cirúrgica facilita a identificação, dissecção e prevenção de complicações cirúrgica. A respeito dessa
afirmativa, julgue a alternativa incorreta:

A) A veia porta é responsável pelo influxo sanguíneo do fígado de 60 a 70%. Na sua apresentação mais comum é formada pelas
veias mesentéricas superiores e inferiores. Situa-se posteriormente a via biliar e lateralmente a artéria hepática comum; estando
estas 3 estruturas envolvidas numa reflexão peritonial chamada de ligamento hepatogastrico. O clampeamento destas estruturas
acompanhado do cessamento do pulso arterial a montante é chamado de manobra de Pringle, sendo bastante útil no manejo de
traumas hepáticos complexos e em ressecções alargadas do fígado.
B) O estômago possui irrigação arterial oriunda do tronco celíaco de forma direta (art. gástrica esquerda) ou indireta (art. gástrica
direita, gastroepiploica direita e esquerda e gástricas curtas). Pode ainda apresentar um ramo anômalo oriundo da art. esplênica. O
conhecimento da drenagem venosa possui importância, principalmente em enfermidades que geram aumento na pressão no
sistema portal.
C) O reto possui irrigação oriundo do tronco mesentérico inferior, ramos diretos dos vasos ilíacos comuns e internos. A drenagem
linfática possui mais de uma via, tendo importância nas neoplasias. E a inervação pélvica representada pelo plexo hipogastro deve
ser preservada nas ressecções a fim de evitar complicações como a incontinência, disfunção erétil, ejaculação retrógrada.
D) A diferenciação da localização exata entre o jejuno e o íleo não é clara por tratar-se justamente de uma mudança gradual, porém
é considerado por convenção, o ponto médio entre o ângulo de Treitz e a válvula ileo-cecal. A observação de arcadas vasculares
vasos retos, mucosa exuberante, parede espessa, lúmen maior e coloração mais avermelhada caracteriza o jejuno. Enquanto uma
arcada com múltiplas anastomoses, coloração menos intensa, mucosa delgada e lúmen menos calibroso caracteriza o íleo.

» A alternativa incorreta é a letra A.


A veia porta é formada pela junção da VMS e V. esplênica. A VMI participa indiretamente através da veia esplênica. Além disso, a
tríade portal corre no ligamento hepatoduodenal.
As outras opções demonstram relações anatômicas corretas, sem margem para discussão. 
Gabarito letra A.

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350 - 2020 EMCM

Paciente politraumatizado com queixa de dor abdominal difusa, porém sem sinais de irritação peritoneal. Apresentava PA 140x65
mmHg, FC de 78 bpm, FR de 20 irpm, colaborativo e orientado. Na avaliação do trauma abdominal em paciente
hemodinamicamente estável, qual exame complementar apresenta maior rapidez no diagnóstico e tomada de conduta:

A) Tomografia computadorizada
B) USG FAST abdominal
C) Lavado peritoneal
D) Rx de abdome

» Perceba que o enunciado não está perguntando qual o exame seria o padrão ouro, mas sim, aquele que é o mais rápido. E o mais
rápido é o FAST, a ultrassonografia do trauma, que pode ser realziada a beira do leito.
Gabarito letra B.

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351 - 2020 HMAR

Na avaliação neurológica da escala de coma de Glasgow, avaliamos todos os parâmetros abaixo, exceto

A) reflexo córneo palpebral.


B) decorticação.
C) orientação no tempo e espaço.
D) abertura ocular.

» A escala de coma de Glasgow é utilizada para avaliação do estado neurológico de pacientes com possíveis lesões agudas
(classicamente, vítima de trauma cranioencefálico). 
Assim, são feitas avaliações em 3 parâmetros…

Abertura ocular;
Resposta verbal (incluído aqui a avaliação se o paciente está orientado) e
Resposta motora (incluído aqui se há flexão anormal com possível decorticação). 

Logo, não há avaliação do reflexo córneo palpebral. O que há, segundo atualização de 2018, e que não é contemplada no ATLS é a
avaliação da reatividade pupilar. 
 
Resposta: letra A.

352 - 2020 CERMAM

Incêndio domiciliar: casa de dois andares, completamente tomada de fogo e fumaça preta, saindo por janelas e pelo teto. O
paciente RSF, 25 anos, voltou para resgatar o cão e foi retirado pelos bombeiros, totalmente inconsciente. Num primeiro exame,
apresentava-se inconsciente, respirando espontaneamente, mas com dificuldades. O cabelo apresentava-se chamuscado além de
queimaduras de 2º grau, na face e pescoço, como um todo, na região anterior do tórax e abdômen, nos 2 braços / ante-braços e
nas duas mãos. Queimadura circunferencial em MMSS, pulso palpável, porém apresentando membro bastante edemaciado. FC de
128 bpm, FR de 26irpm, PA de 148/94 mmHg, SaO2 de 92% Peso 75 kg O paciente foi transferido para o Pronto Socorro 28 de
Agosto, pelos bombeiros. Chegando lá foi atendido no box de politrauma por uma equipe multidisciplinar, composta por um
cirurgião, dois residentes, um enfermeiro e dois técnicos em enfermagem. O tempo decorrido do acidente e referido à equipe de
trauma foi de 3 horas. Agora são 13h de quinta-feira. A ressuscitação volêmica desse paciente deve ser realizada através de:

A) Punção venosa periférica com cateteres curtos.


B) Via enteral (sonda naso-enteral).
C) Punção venosa central com cateteres longos.
D) Via Oral (200 ml a cada hora).

» A ressucitação volêmica do grande queimado, semelhante ao paciente politraumatizado, deve ser realizada por via intravenosa,
sendo as veias periféricas a via preferencial. Os acessos venosos profundos e dissecções são reservados aos casos de insucesso na
obtenção de acessos periféricos. Gabarito letra A.

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353 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo feminino, 22 anos de idade, dá entrada na UPA do seu bairro, vítima de agressão física há uma hora. A paciente
refere que, após discussão com a prima, recebeu um soco na boca e cursou um ferimento no lábio inferior com sangramento ativo.
Nega comorbidades ou outros traumas. Refere dor no lábio inferior e sem outras queixas. Ao exame inicial: A: via aérea pérvia,
nega dor cervical, SatO₂: 99%; B: Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruídos adventícios, FR: 16ipm; C: Bulhas rítmicas e
normofonéticas, FC: 80bpm, PA: 126x82mmHg; D: Escala de coma de Glasgow 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: ferimento
corto-contuso medindo 4cm em lábio inferior do lado esquerdo, acometendo pele e mucosa oral, bordas irregulares, lesão da
musculatura sem perda de substância e apresentando sangramento ativo e pequena quantidade. Considerando o quadro, após o
atendimento inicial, indique a conduta mais adequada.

A) Solicitar radiografia de tórax, pelve e cervical.


B) Fazer hidratação com solução cristaloide.
C) Fazer síntese do ferimento da boca com anestesia local.
D) Observar por seis horas e fazer curativo no lábio.

» Veja que a avaliação inicial foi realizada e que a paciente está estável, com ECG de 15 pontos.
Nestes casos, não é necessário a hidratação (a perda não foi considerável) e muito menos avalaição radiográfica.
O que nos resta fazer é a sutura da lesão após os cuidados de limpeza e anestesia local. 
Gabarito letra C.

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354 - 2020 HOG

Pode-se dizer que a morte no trauma é um fenômeno trimodal, isto é, ocorre em três distintos momentos ou picos de morte.
Considerando-se o primeiro pico de morte, qual dos seguintes traumas não pode ser considerado?

A) Trauma raquimedular (TRM) alto.


B) Lesão de tronco cerebral.
C) Afundamento maciço de tórax.
D) TCE grave com laceração de cérebro.
E) Hemopneumotórax.

» Vamos lembrar que no primeiro pido de mortalidade devemos pensar naquelas lesões que levam ao óbito de maneira imediata,
assim como o que encontramos nas ;etras A, B, C e D. No entnato, o hemopneumotórax, se conduzido de maneira correta,
podemos salvar o nosso paciente. É uma lesão com potencial de cura e entraria como causa do segundo momento.
Gabarito letra E.

Video comentário: 241710


355 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo feminino, 22 anos de idade, dá entrada na UPA do seu bairro, vítima de agressão física há uma hora. A paciente
refere que, após discussão com a prima, recebeu um soco na boca e cursou um ferimento no lábio inferior com sangramento ativo.
Nega comorbidades ou outros traumas. Refere dor no lábio inferior e sem outras queixas. Ao exame inicial: A: via aérea pérvia,
nega dor cervical, SatO₂: 99%; B: Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruídos adventícios, FR: 16ipm; C: Bulhas rítmicas e
normofonéticas, FC: 80bpm, PA: 126x82mmHg; D: Escala de coma de Glasgow 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: ferimento
corto-contuso medindo 4cm em lábio inferior do lado esquerdo, acometendo pele e mucosa oral, bordas irregulares, lesão da
musculatura sem perda de substância e apresentando sangramento ativo e pequena quantidade. Visando evitar complicações em
relação ao tratamento do lábio inferior, indique uma conduta não adequada para o momento.

A) Lavagem do ferimento com SF0,9%.


B) Desbridamento das bordas.
C) Síntese com inversão das bordas.
D) Retirada de corpo estranho do ferimento.

» Vamos realizar a sutura da lesão.


A- correta: sempre devemos realizar a limpeza da lesão.
B- correta: um passo importante é a revitalização e o desbridamento de tecidos inviáveis.
C- incorreta: a síntese deve ser feita com o intuito de coaptação, não de inversão das bordas. Muitas vezes adotamos a eversão,
mas não a inversão.
D- correta: sempre devemos explorar as feridas em busca de retirar qualquer corpo estranho.
Gabarito letra C.
356 - 2020 SCMC - MT

Paciente de 27 anos é trazido em prancha rígida e colar cervical após ser atingido por ferimento de arma branca em hemitórax
direito. Foi resgatado em via pública com os seguintes sinais vitais: PA: 60/40 mmHg, FC: 142 bpm, Saturação de oxigênio: 80% (ar
ambiente), FR: 31 irpm, T: 35,1°C. Durante o transporte recebeu 1000 ml de ringer lactato aquecido e 1g de ácido tranexâmico.
Chega à sala de emergência descorado, sudoreico, agitado e confuso, com via aérea sem sinais de obstrução, com ausculta abolida
em base direita, com percussão duvidosa, e ferimento penetrante em hemitórax direito, em sexto espaço intercostal, na linha axilar
anterior. Novos sinais vitais de admissão: PA: 90/60 mmHg, FC: 120 bpm, Saturação de oxigênio: 92% (a 12 l/min de O2), FR: 25
irpm, T: 36,1°C. Glasgow 13. Foi submetido à radiografia de tórax realizada no leito, em sala de emergência (abaixo). O tratamento
imediato sequencial, de acordo com a décima edição do Advanced Trauma Life Support (2018) é:

A) Punção de alívio seguida de drenagem de tórax.


B) Descompressão manual (finger descompression) seguida de drenagem de tórax.
C) Toracocentese diagnóstica e expansão volêmica seguida de drenagem de tórax.
D) Drenagem de tórax seguida de expansão volêmica.

» Boa questão aqui! 


Note que o “nosso” paciente sofreu um trauma aberto em hemitórax direito e que está em nítida instabilidade hemodinâmica com
classe III de choque hipovolêmico (Fc entre 120-140; PA reduzida; agitado, confuso…).
No exame a ausculta está abolida à direita (será ar? será sangue?) e a radiografia de tórax mostra bastante líquido em hemitórax
direito. 
Não resta dúvida. Estamos diante de um hemotórax e a drenagem de tórax (toracostomia) deverá ser prontamente realizada. 
 
Resposta: letra D.

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357 - 2020 UEL

Paciente masculino, 28 anos, vítima de acidente automobilístico chega à sala de emergência apresentando taquicardia, dispneia,
hipotensão arterial, cianose, estase de jugular. Ao exame físico, as vias aéreas estão pérvias, o tórax apresenta ausência de
murmúrio vesicular à esquerda e timpanismo à percussão. Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a primeira conduta
de forma imediata a ser realizada nesse caso.

A) Cricotireoidostomia.
B) Drenagem de tórax à esquerda.
C) Intubação orotraqueal.
D) Punção de Marfan.
E) Toracocentese à esquerda.

» Questão clássica. Paciente vítima de trauma, apresentando taquicardia, dispneia, hipotensão arterial, cianose, estase de
jugular seguimos o atendimento através do ABCDE. No A, nenhuma alteraçõ, no B, ausência de murmúrio vesicular à esquerda e
timpanismo à percussão, ou seja, uma armadilha clássica do B, o pneumotórax hipertensivo. Logo, gabarito letra E.

Video comentário: 230416

358 - 2020 HOG

Paciente de 25 anos, vítima de acidente colisão moto x ônibus, deu entrada no pronto-socorro trazido pelo SAMU, sem sinais
aparentes de fratura óssea . Apresenta queda da pressão arterial, FC 122, FR 30, ansioso, pressão de pulso reduzida. Qual a
classificação do choque hemorrágico, a perda estimada de sangue e a conduta mais adequada a ser tomada ao ser confirmada a
presença do choque, respectivamente?

A) Choque grau II/750-1500ml/solicitação de exame de imagem.


B) Choque grau IV/1500-2000ml/reposição volêmica.
C) Choque grau III/1500-2000ml/reposição volêmica.
D) Choque grau IV/>2000ml/solicitação de exame de imagem.
E) Choque grau III/750-1500ml/reposição volêmica.

» Conseguimos dividir os pacientes com diagnóstico de choque hemorrágico em grupos a partir de alguns parâmetros clínicos,
sendo até mesmo possível estimar a quantidade de sangue perdida. Agora, não tem muito jeito, é avaliar o nosso paciente e
aplicar os dados fornecidos no enunciado à tabela. Um paciente que apresenta pressão arterial reduzida, frequência cardíaca de
122 bpm, frequência respiratória de 30 irpm, está ansioso e tem pressão de pulso reduzida, é melhor classificado como choque
hemorrágico grau III, com perda volêmica estimada de 1.500 - 2.000 ml. Nesses casos, a prioridade é o suporte clínico e
hemodinâmico, através de reposição volêmica com cristaloide e hemocomponentes. Os exames de imagem ficam para um
segundo momento e devem ser solicitados de forma individualizada conforme a suspeita clínica (em vítmias de trauma, a principal
hipótese para um choque hemorrágico é o trauma abdominal).
 
Gabarito: C.

Video comentário: 241711


359 - 2020 CERMAM

Chega um paciente masculino de 42 anos em seu consultório com quadro de há 3 meses ter sido vítima de traumatismo
cranioencefálico. A irmã conta que ele estava dirigindo com capacete e que em um cruzamento, um carro atravessou o sinal
vermelho e o colidiu lateralmente. A irmã refere que ele foi levado pelo SAMU em coma, dando entrada no Hospital João Lúcio. A
irmã entregou o relatório de alta que dizia: “Paciente deu entrada no dia 28/03/2019 em Glasgow 6, com pupilas mióticas, instável
hemodinamicamente. Foi feito laparotomia exploradora devido lesão de baço, sendo feito esplenectomia. Avaliação neurocirúrgica:
TC sem afecções neurocirúrgicas. Sem conduta neurocirúrgica”. Ficou 30 dias na UTI, onde foi feita traqueostomia e gastrostomia.
Recebe alta hoje, dia 05/05/17, com abertura ocular espontânea, anisocoria esquerda maior que direita, não fixa olhar e apresenta
menos movimentos à direita. Ferida operatória abdominal sem sinais flogísticos”. Hoje, dia 28/06/2019, você avalia o paciente e ele
está em cadeira de rodas, contactuando verbalmente, mas com fala arrastada. Ele refere lentificação do pensamento, perda de
memória para fatos recentes, diplopia quando olha para esquerda, dificuldade para deambular e sonolência excessiva. No exame
físico você constata leve anisocoria esquerda maior que direita, fala escandida e dupla hemiparesia espástica com predomínio à
direita. O paciente está fazendo uso de fenitoína 200 mg/dia. Qual o diagnóstico mais provável?

A) Mielopatia cervical traumática.


B) Hematoma epidural.
C) Hemorragia meníngea traumática.
D) Lesão axonal difusa.

» Traumatismo crânioencefálico que resulta em coma e sequelas neurológicas permanentes, sem alterações à tomografia, sugere
ocorrência de lesão axonal difusa. A ausência de alterações à tomografia exclui a possibilidade de hematoma epidural ou
hemorragia subaracnóidea. Como na LAD a lesão ocorre ao nível dos prolongamentos axionais, a TC é inocente, sendo a RM um
exame mais fidedigno. Por isso, mesmo não sendo a única possibilidade, entre as alternativas, a melhor resposta é a letra D. 
A mielopatia cervical traumática pode resultar em alterações motoras e sensitivas a partir do nível de lesão medular, não
justificando, todavia,  anisocoria, fala arrastada, lentificação do pensamento, amnésia, diplopia ou sonolência apresentados pelo
paciente.

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360 - 2020 PSU - AL

Paciente do sexo feminino, 22 anos de idade, dá entrada na UPA do seu bairro, vítima de agressão física há uma hora. A paciente
refere que, após discussão com a prima, recebeu um soco na boca e cursou um ferimento no lábio inferior com sangramento ativo.
Nega comorbidades ou outros traumas. Refere dor no lábio inferior e sem outras queixas. Ao exame inicial: A: via aérea pérvia,
nega dor cervical, SatO₂: 99%; B: Murmúrio vesicular bem distribuído sem ruídos adventícios, FR: 16ipm; C: Bulhas rítmicas e
normofonéticas, FC: 80bpm, PA: 126x82mmHg; D: Escala de coma de Glasgow 15, pupilas isocóricas e fotorreagentes; E: ferimento
corto-contuso medindo 4cm em lábio inferior do lado esquerdo, acometendo pele e mucosa oral, bordas irregulares, lesão da
musculatura sem perda de substância e apresentando sangramento ativo e pequena quantidade. Dos tempos cirúrgicos, indique o
mais relevante para se evitar sequela grave funcional relacionada ao tratamento do ferimento do lábio inferior.

A) Síntese com reconstrução da musculatura oral.


B) Síntese da mucosa oral.
C) Síntese da pele.
D) Hemostasia.

» Vamos realizar a sutura por planos e todos os níveis são importantes, mas como houve lesão da musculatura orbicular da boca, o
passo mais importante para evitar sequela funcional deve ser a reconstrução desta musculatura. Este músculo é responsável pelo
fechamento e protrusão dos lábios. A hemostasia também deve ser feita, mas veja que a paciente não apresenta nenhum
sangramento muito volumoso.
Gabarito letra A.
361 - 2020 SGCH

Com relação às lesões traumáticas de grandes vasos abdominais, assinale a alternativa incorreta:

A) Os grandes vasos do abdome estão localizados no retroperitônio e mesentério abdominal.


B) Após o trauma contuso, as lesões abdominais vasculares com hematoma associado são frequentemente identificadas através do
realce do contraste da tomografia computadorizada.
C) Um hematoma na região da zona 1 deve ser somente explorado durante laparotomia por trauma contuso, se parecer que está
em expansão e houver continuidade de perda sanguínea.
D) As lesões vasculares abdominais contusas que não apresentam sangramento ativo podem necessitar de cirurgia para reparo ou,
mais recentemente, pode ser considerada a terapia endovascular.

» Boa e difícil questão sobre lesões traumáticas de grandes vasos. 


Letra A: Exato. Os grandes vasos do abdome (aorta e cava inferior) estão localizados no retroperitônio e mesentério abdominal.
CORRETA
Letra B: Sim. Em exame de imagem padrão-ouro no trauma abdominal fechado (TC de abdome com contraste) é comum a
identificação de lesões abdominais vasculares com hematoma associado através da visualização do realce do contraste. CORRETA
Letra C: Um hematoma na região da zona 1 deve SEMPRE ser explorado. INCORRETA
Letra D: Conceitual e CORRETA. 
 
Resposta: letra C.

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362 - 2020 EMCM

Um paciente está em atendimento na emergência de uma UPA após ter sido vítima de queda de andaime (6 metros). Após a
estabilização hemodinâmica, o médico plantonista avalia o estado neurológico, verificando que o paciente abre os olhos apenas ao
estimulo doloroso, emite sons incompreensíveis e apresenta rotação interna de MMSS e extensão de MMII ao estímulo doloroso.
Em relação à escala de coma de Glasgow (ECG), assistência ventilatória e a conduta definitiva, assinale a alternativa correta:

A) ECG: 8, cânula orofaríngea e observação.


B) ECG: 6, intubação orotraqueal e transferência para um centro de trauma.
C) ECG: 3, oxigênio suplementar por máscara facial e transferência para um centro de trauma.
D) ECG: 7, intubação orotraqueal e transferência para um centro de trauma.

» Vamos avaliar o caso:abertura ocular aos estímulos dolorosos = 2 pontos; palavras / sons incompreensíveis = 2 pontos e resposta
motora com extensão anormal (descerebração) = 2 pontos. Total = 6 pontos. Ou seja, Estamos diante de um paciente com TCE
grave em uma UPA. A conduta imediata deve ser a obtenção de via aérea definitiva para proteção de vias aéreas seguida de
transferência para o centro de trauma de referência.
Gabarito letra B.

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363 - 2020 HC - AL

São alterações esperadas no paciente com síndrome compartimental abdominal com pressão intra-abdominal de 35 mmHg:

A) oligúria, débito cardíaco reduzido, redução do retorno venoso.


B) oligúria, débito cardíaco aumentado, aumento do retorno venoso.
C) poliúria, débito cardíaco reduzido, aumento do retorno venoso.
D) poliúria, débito cardíaco aumentado, redução do retorno venoso.

» Vamos relembrar as consequências da Síndrome Compartimental Abdominal em vários sistemas:


PAREDE ABDOMINAL
- Redução do fluxo sanguíneo aumenta a chance de deiscência e infecção de sítio cirúrgico.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Diminuição do retorno venoso pode levar a HIC;


Redução do DC pode levar à má perfusão cerebral.

RENAL
- Diminuição da Pressão de perfusão, levando a redução da
TFG com consequente oligúria/anúria.
PULMONAR
- Compressão do diafragma reduz o volume torácico e a complacência pulmonar, aumenta compressão em vias aéreas e causa
alterações na relação V/Q.
CARDIOVASCULAR

Redução do débito cardíaco;


Diminuição do retorno venoso;
Aumento da pressão intratorácica;
Aumento da resistência vascular periférica.

 
Resposta: letra A.

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364 - 2020 CERMAM

Paciente vítima de ferimento por arma de fogo em hipocôndrio direito. Foi submetido a laparotomia com identificação de lesão
hepática grave. O cirurgião realizou uma manobra para diminuir o sangramento, clampeando o hilo hepático. Quais estruturas
foram clampeadas?

A) Ducto cístico, colédoco e artéria hepática.


B) Colédoco, vesícula e veia porta.
C) Colédoco, veia porta e artéria hepática.
D) Veia porta, ducto cístico e artéria hepática.

» Questão clássica em prova de cirurgia! Muitas vezes, no cenário de trauma abdominal, o cirurgião fica “perdido” diante da grande
quantidade de sangue... O A clampeamento das estruturas do ligamento hepatoduodenal (colédoco, artéria hepática e veia porta)
— manobra de Pringle — permite avaliar a origem da hemorragia. Se o sangramento para, ele é proveniente dos ramos da artéria
hepática ou da veia porta e o cirurgião tem meia-hora para identificar e ligar os vasos sangrantes (tempo que as estruturas do
ligamento hepatoduodenal podem permanecer clampeadas). Caso a manobra de Pringle não estanque o sangramento, ele é
proveniente de ramos do segmento retro-hepático da veia cava inferior ou da veia hepática. Resposta: C.

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365 - 2020 CEOQ

Jovem de 19 anos, vítima de acidente automobilístico de alto impacto é trazido em prancha rígida e colar cervical após 40 min
trauma. Há relato de ejeção do veículo e grande deformidade do automóvel. Durante atendimento pré-hospitalar foi administrado
1000ml de ringer lactato aquecido e 1g de ácido tranexâmico. É admitido em sala de emergência com vias aéreas pérvias, de colar
cervical. Ao exame físico pulmonar: escoriação em hemitórax esquerdo, ausculta abolida a esquerda, hipertimpânico, com estase
jugular. Bulhas normofonéticas. Pressão arterial: 80x40 mmHg, Frequência cardíaca: 125 bpm, saturação de oxigênio periférico:
82%, frequência respiratória: 38 irpm. Glasgow 13, pupilas isocóricas, sem déficits focais aparentes. Pelve fechada. Exame físico
abdominal normal. Assinale a alternativa sequencial correta, preconizada pelo Advanced Trauma Life Support (ATLS) 10ª edição, por
ordem de execução.

A) Ofertar oxigênio, drenagem de tórax, lavado peritoneal diagnóstico.


B) Punção de alívio em segundo espaço intercostal, na linha médio-clavicular, seguida de drenagem de tórax.
C) Punção de alívio em segundo espaço intercostal, na linha médio clavicular, seguida de colocação de um dreno pig tail.
D) Punção de alívio em quinto espaço intercostal esquerdo, descompressão manual, seguido de drenagem torácica.

» Temos um paciente vítima de trauma automobilístico de alta energia cinética apresenta quadro evidente de pneumotórax
hipertensivo! Lembre-se sempre que esse diagnóstico é clínico e aqui temos que pensar nessa hipótese diante dos seguintes
achados:

acidente automobilístico de alto impacto;


escoriação em hemitórax esquerdo;
ausculta abolida a esquerda;
hipertimpanismo;
estase jugular e
instabilidade hemodinâmica.

O que fazer então?


Toracocentese de alívio no 5º espaço intercostal à esquerda, seguida de incisão e descompressão por dilatação digital do orifício e
drenagem em selo d’água no mesmo local (toracostomia).
 
Melhor opção e gabarito: letra D.

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366 - 2020 UEM

Qual dos procedimentos abaixo é a prioridade em um paciente que apresenta epistaxe severa?

A) Realização de exame de imagem.


B) Diagnóstico etiológico.
C) Tamponamento nasal anterior.
D) Acesso venoso e reposição volêmica.
E) Administração de anti-hemorrágicos.

» Em um quadro de epistaxe severa o paciente deve estar perdendo muito sangue. Além do controle do sangramento, que pode ser
relativamente demorado, devemos realizar a reposição volêmica como medida prioritária.
Logo, gabarito letra D.

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367 - 2020 FUBOG

São critérios para definir baixa probabilidade de lesão raquimedular todos os abaixo, EXCETO:

A) Ausência de dor na linha média.


B) Presença de déficit focal.
C) Estado de alerta.
D) Ausência de sinais de intoxicação.

» Questão bem interessante e difícil que nos pergunta qual das opções não representa um critério que define baixa probabilidade
de lesão raquimedular! 
Bem, sobre esse assunto, dois grandes trabalhos determinaram a eficácia da avaliação clínica no politrauma contuso, “Nexus” e
“Canadian C-spine Rule”, com boa sensibilidade (99,6 e 100% respectivamente) e Valor Preditivo Negativo (99,9%). Portanto
pacientes que preenchem os seguintes critérios devem descontinuar imobilização sem propedêutica radiológica (Recomendação
Classe I) pois tem baixa probabilidade de lesão raquimedular:

Alerta; (letra C - CORRETA)


Sem dor cervical na linha média; (letra A - CORRETA)
Sem déficit neurológico; 
Sem lesões dolorosas distrativas; 
Sem intoxicação; (letra D - CORRETA)
Amplitude de movimento cervical preservada. 

Todos os demais pacientes devem ser submetidos a investigação radiológica antes de descontinuar a imobilização (Recomendação
Classe I). 
 
Resposta: letra B.

368 - 2020 HOG

Paciente de 20 anos sofreu agressão física em região de hemitórax direito, foi socorrido ao pronto-atendimento com queixa de dor
em região torácica e dispneia, consciente e orientado. Realizado Rx de tórax que evidenciou velamento do seio costofrênico direito,
submetido a drenagem torácica fechada com drenagem inicial de 1200ml de sangue. Como se classifica esse hemotórax e qual a
conduta a ser tomada em seguida, respectivamente?

A) Hemotórax maciço/ encaminhar à unidade de terapia intensiva.


B) Hemotórax simples/ indicar toracotomia.
C) Hemotórax maciço/ observar débito de dreno; se sangramento persistente >200ml/h durante 2-4h, indicar toracotomia.
D) Hemotórax simples/ observar débito de dreno; se sangramento persistente >200ml/h durante 2-4h, indicar toracotomia.
E) Hemotórax maciço/ indicar toracotomia.

» Paciente apresenta um quadro compatível com hemotórax, sem instabilidade e que apresentou um débito inicial de 1.200 ml, ou
seja, não estamos diante de um hemotórax maciço e a conduta agora é o seguimento. Caso ele apresente um débito constante de
200-300 ml/h nas proximas 2-4 horas, aí indicamos a toracotomia. Caso contrário não.
Gabarito letra D.

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369 - 2020 MULTIVIX

Sobre o trauma crânio encefálico, marque a alternativa correta:

A) O hematoma subdural crônico pode se apresentar clinicamente de formas variadas, por exemplo, cefaléia, alterações do nível de
consciência, alterações de linguagem, hemiparesia e crises epilépticas. Tende a ser mais volumoso em pacientes mais idosos
devido à atrofia cerebral e aumento do espaço subdural. Nem sempre um relato de trauma é identificado na anamnese. A conduta
é cirúrgica em casos de hematomas muito volumosos ou em casos de sintomas importantes secundários a essa lesão. Entre as
opções neurocirúrgicas, estão drenagem por trepanação ou por craniotomia.
B) A formação de hematomas subdurais agudos, que tendem a ser hiperdensos em relação ao parênquima encefálico em
tomografias, pode ser decorrente de ruptura de veias ""em ponte"" e da superfície encefálica ou de laceração do parênquima
encefálico. A drenagem cirúrgica deve ser rapidamente realizada devido à gravidade e ao risco de progressão da lesão, mesmo em
casos de hematomas pequenos e em pacientes com sintomas de pouca gravidade. Ampla craniotomia é geralmente a melhor
conduta.
C) A causa mais comum para formação de hematoma extra-dural traumático na fossa média é o sangramento da artéria meníngea
média. A apresentação tomográfica clássica é de uma massa hiperdensa em relação ao parênquima encefálico no formato
""biconvexo"" (lenticular) adjacente ao crânio. Em casos de hematoma extra-dural pequeno (""laminar"") identificado em
tomografias precoces (logo após o TCE), e em paciente com sintomas de pouca gravidade, lúcidos, a observação domiciliar pode
ser realizada nas primeiras horas.
D) Trauma é a causa mais comum de hemorragia subaracnóidea. Nesses casos, o sangramento é geralmente visto em tomografias
como hiperdensidade localizada principalmente nas cisternas basais e discretamente na convexidade encefálica, entre sulcos e
giros. Devido a esses dados, mesmo em casos em que a história de trauma é pouco evidente ou ausente, deve-se evitar exames
para identificar, por exemplo, aneurismas cerebrais, importantes causas de hemorragias subaracnóideas espontâneas. Na maioria
das vezes, o tratamento é conservador, sem a necessidade de intervenção neurocirúrgica.

» Vamos analisar as alternativas sobre o TCE e marcar a correta:


A) Correta. A primeira alternativa já é a correta? Sim, mas na prova sempre desconfie e cheque as seguintes para não perder uma
questão por excesso de confiança. Os hematomas subdurais crônicos são uma patologia que pode se apresentar de inúmeras
maneiras, normalmente com uma causa traumática associada que no entanto, muitas vezes não é encontrada pela dissociação
temporal (o evento agudo acontece dias ou até semanas antes). Tende realmente a ser mais volumoso em idosos devido a atrofia
do parênquima encefálico e é tratado com evacuação cirúrgica por trepanação ou craniotomia nos casos muito volumosos ou com
repercussões clínicas importantes;
B) Errada. O erro desta alternativa está em considerar o tratamento neurocirúrgico da forma mais rápida possível mesmo em
lesões pequenas e em pacientes com pouca gravidade, nesta situação estes pacientes eventualmente são acompanhados com
tomografias de controle, medidas de neuroproteção e se evolução do hematoma operados.;
C) Errada. Alguém em sã consciência liberaria um paciente com hematoma extradural para observação domiciliar mesmo que
estivesse lúcido!? Com certeza não! Lembrem-se que este tipo de hematoma é conhecido pelo seu clássico intervalo lúcido:
paciente encontra-se relativamente bem e com nível de consciência preservado até que pode apresentar um rebaixamento de
consciência rapidamente progressivo poucas horas depois do trauma e necessitar de abordagem neurocirúrgica para evacuação
do hematoma.
D) Errada. Realmente a principal causa das hemorragias subaracnoides é a etiologia traumática, entretanto quando não há
nenhum evento traumático associado é importantíssimo continuar a investigação e procurar uma das principais causas de
hemorragias subaracnoides não-traumáticas que são os aneurismas cerebrais rotos. Nestas situações o tratamento cirúrgico
muita vezes é crucial.
Gabarito letra A.
370 - 2020 HCB - RO

Vítima de trauma encefálico, idoso de 78 anos é trazida ao pronto-socorro com convulsões tônico clônicas generalizadas. Apresenta
a tomografia abaixo, realizada sem contraste. O provável diagnóstico é:

A) Hematoma epidural.
B) Hematoma subdural.
C) Hemorragia subaracnoide.
D) Meningoencefalite viral.

» Temos um idoso de 78 anos vítima de TCE que foi trazido ao PS com convulsões tônico clônicas generalizadas. A imagem mostra
uma imagem clássica de hemorragia subaracnoide, visto que há sangue nas cisternas e ventrículos. Vamos analisar as outras
opções.
Letra A: A imagem do hematoma epidural (ou extradural) é em lente de relógio, biconvexa. INCORRETA
Letra B: A imagem do hematoma subdural é em crescente. INCORRETA
Letra C: Conforme a explicação anterior. CORRETA
Letra D: Numa encefalite viral não esperamos encontrar hemorragia encefálica e nem a história de TCE como descrito. INCORRETA
 
Resposta: letra C.

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371 - 2020 SISE – SUS

Paciente admitido em pronto socorro, vítima perfuração por arma de fogo em hemitórax direito, apresentando taquipneia, pele fria
e sudoreica e palidez cutânea. Ao exame físico, observou-se turgência jugular, desvio traqueal, ausência do murmúrio vesicular e
hipertimpanismo do lado acometido. Qual deve ser a conduta imediata para o adequado tratamento do paciente?

A) Drenagem torácia fechada em selo d'água


B) Horacocentese de alivio.
C) Intubação orotraqueal e ventilação mecânica.
D) Cateter de oxigênio a 3 L/min

» Paciente com sinais de instabilidade e que apresenta turgência jugular, desvio traqueal, ausência do murmúrio vesicular e
hipertimpanismo do lado acometido. Pensamos obrigatoriamente em pneumotórax hipertennsivo.
Qual deve ser a conduta? Toracocentese de alívio.
Gabarito letra B.

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372 - 2020 SCMC - MT

Paciente de 18 anos é trazido ao pronto socorro após queda do telhado de aproximadamente 7 metros. Equipe de resgate relata
que na cena estava inconsciente, porém no transporte apresentou melhora do quadro neurológico. Chega à sala de emergência
em prancha rígida, com colar cervical, sem alterações toracoabdominais relevantes. No momento mantém abertura ocular à
pressão, agitado, confuso, com movimentos de retirada inespecífica à dor/pressão. Ao exame físico apresenta creptações ósseas
em região temporal esquerda. Foi submetido à tomografia de crânio sem contraste (abaixo). Pergunta-se: A etiologia anatômica
lesada provavelmente é:

A) Veias ponte.
B) Artéria meníngea média.
C) Seio sagital.
D) Artéria cerebral média.

» Estamos diante de paciente com TCE evoluindo com perda do nível de consciência e recuperação parcial do status neurológico. Na
tomografia de crânio vemos uma imagem clássica de hematoma epidural (ou extradural) em "lente de relógio" biconvexa. 
Ok, mas nesses casos, qual o provável vaso lesado?
Bem, a origem do sangramento muito provavelmente é a artéria meníngea média. 
Mas por que essa artéria é mais frequentemente lesada?
Pois esse vaso passa por uma das regiões mais sensíveis do crânio… A região temporal! Esta área do crânio é revestida pelo
músculo temporal, um músculo da mastigação de forma triangular. Portanto trata-se de uma região naturalmente mais fina e
suscetível a traumatismos e ao rompimento ou à hemorragia da artéria e da veia meníngea média.
A artéria meníngea média é a principal artéria que irriga a dura-máter craniana, uma das três meninges, ou seja, membranas de
tecido conjuntivo que revestem o nosso encéfalo. Portanto, a hemorragia da artéria meníngea média causa o hematoma epidural,
com descolamento da dura-máter craniana do estojo ósseo interno e acúmulo de sangue entre a parte interna do crânio e a dura-
máter. 
Gabarito: letra B. 
 
Veias ponte causam sangramento subdural e artéria cerebral média pode conter aneurismas que originam hemorragia
subaracnóide.

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373 - 2020 IPSEMG

Um dos primeiros desafios enfrentados pelo residente de cirurgia é o domínio de procedimentos invasivos a beira do leito. O
conhecimento da anatomia de superfície é o primeiro passo, porém a dificuldade e a responsabilidade somente aumentam com o
aprofundamento dos estudos. Pode-se dizer que o residente está preparado quando passa a contraindicá-los, pois a ponderação
do risco/benefício, a morbidade inerente ao procedimento o risco de complicações e a necessidade de intervenções para corrigir
possíveis iatrogenias são preceitos que começam a nortear as condutas. Julgue as alternativas e marque a resposta incorreta:

A) O acesso venoso central está indicado na necessidade de infusão de drogas vasoativas como a noradrenalina e a adrenalina em
altas concentrações, em caso de medicações hiperosmolares e nutrição parenteral total. A falência de acesso venoso periférico é
indicação relativa, porém é sempre importante avaliar a modificação na prescrição para outras vias de administração como a
intramuscular e subcutânea. A própria hidratação é factível, podendo-se infundir com segurança soluções cristaloides em volumes
consideráveis por via subcutânea (hipodermóclise).
B) A paracentese possui aplicação diagnóstica e terapêutica. Em pacientes com restrição ventilatória por distensão abdominal às
custas de líquido ascítico, pode-se indicar a sua evacuação normalmente puncionando-se um ponto lateral a uma linha imaginária
traçada da cicatriz umbilical à espinha ilíaca antero-superior esquerda. A retirada de volumes superiores a 5 litros implica em
necessidade de infusão intravenosa de albumina. No procedimento diagnóstico, a dosagem de albumina sérica e do líquido
ascítico é aplicada a um cálculo que permite conclusões quanto a provável etiologia do quadro.
C) A toracocentese no estudo do líquido pleural possui indicações análogas aos derrames ascíticos. Assim como no liquido
abdominal, o cálculo envolvendo o gradiente da proteína sérica e do líquido pleural apresentam importância na avaliação do
provável diagnóstico etiológico. O Escore de Wells utiliza esse cálculo para definir se o líquido é transudato ou exsudato.
D) A aplicação da ultrassonografia à beira do leito além de amplificar a chance de êxito nos procedimentos reduzem as
complicações, principalmente em mãos experientes. A familiarização com os diversos aparelhos, suas funções e o reconhecimento
das imagens geradas por eles é condição cada vez mais frequente na prática médica.

» A toracocentese, assim como a paracentese, possui aplicação diagnóstica e terapêutica. Para determinar a provável etiologia,
usamos os critérios de Light, que nos ajudam a diferenciar um transudato de um exsudato. Precisamos de pelo menos um dos
seguintes critérios para definir que um derrame é exsudativo: (1) relação proteína do líquido/proteína do plasma > 0,5; (2) Relação
LDH do líquido/LDH do plasma > 0,6; (3) LDH do líquido > 2/3 do limite superior da normalidade no plasma (> 200 U/l). Saiba, no
entanto, que 25% dos derrames taxados como "exsudativos" pelos critérios de Light, na verdade, são transudatos! Quando o
contexto clínico sugere muito um derrame transudativo, mas os critérios de Light o "taxam" como exsudato, podemos recorrer ao
cálculo do gradiente soro-pleural de proteína (nada mais é do que a subtração do valor de proteína total no líquido pleural do valor
de proteína total do sangue). Um resultado > 3,1 g/dl confirma um transudato, anulando o resultado dos critérios de Light. O
escore de Wells, por outro lado, é utilizado para pacientes com suspeita diagnóstica de tromboembolismo pulmonar, não tem
nada a ver com derrame pleural (C INCORRETA).
 
O acesso venoso central é o procedimento predileto do acadêmico, mas é importante que ele seja bem indicado. Na falência de
um acesso venoso periférico, sempre vale a pena conferir "com carinho" se não conseguimos encontrar mesmo uma veia
periférica para poupar nosso paciente de um acesso central. A hipodermóclise vem sendo cada vez mais utilizada, principalmente
no âmbito da geriatria (A CORRETA). Na paracentese de grande volume, recomendamos a infusão de 6-8 gramas de albumina para
cada litro de líquido ascítico retirado (se retiramos seis litros, a dose de albumina a ser reposta é de 6 x 6 = 36g). Um gradiente de
Albumina soro-ascite (GASA) > 1,1 define um transudato - secundário a hipertensão porta - enquanto um GASA < 1,1 define doença
peritoneal exsudativa (B CORRETA). A ultrassonografia à beira leito (Point of Care Ultrasound) é considerada por alguns o futuro da
medicina e até mesmo uma extensão do exame físico! É muito importante que qualquer plantonista que trabalhe em setor de
emergência ou de terapia intensiva tenha algum conhecimento dessa técnica (D CORRETA).
 
Gabarito: C.

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374 - 2020 HRD

No atendimento inicial do politraumatizado você examina um paciente e suspeita de fratura de laringe. Sobre o atendimento,
analise as afirmativas a seguir: I- Esse tipo de lesão é comum e pode apresentar insuficiência respiratória aguda. II- A rouquidão, a
fratura palpável e o enfisema de subcutâneo são a tríade que indicam a suspeita dessa lesão. III- A dor torácica é sinal da fratura da
laringe se associado ao enfisema de subcutâneo. IV- A traquestomia está indicada sem indicação de intubação orotraqueal.
Está(ão) CORRETA(S) a(s) afirmativa(s):

A) I, II, III apenas.


B) II apenas.
C) II e IV apenas.
D) II, III e IV apenas.

» Em relação a suspeita de fratura de laringe:


I: Incorreta: não é um tipo comum de lesão. E apesar da possibilidade, não é sempre que cursa com insuficiência respiratória
aguda.
II: Correta: além de uma história compatível, geralmente de trauma cervical, estes são os achados compatíveis.
III: Incorreta: instabilidade e dor na região cervical.
IV: Incorreta: atualmente devemos tentar a IOT. Caso não tenha sucesso, aí pensamos na TQT. Deixando claro que algumas
referências ainda indicam a realização de uma cricotireoidostomia cirúrgica.
Logo, gabarito letra B.

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375 - 2020 HOG

De acordo com o Suporte Básico de Vida (SBV), em um atendimento a uma vítima, qual é a sequência mais adequada a ser
seguida?

A) Checar responsividade do paciente/ checar se a cena é segura/ checar movimentos respiratórios/ chamar ajuda (ligar para o
SAMU).
B) Checar se a cena é segura/ checar responsividade do paciente/ checar movimentos respiratórios/ chamar ajuda (ligar para o
SAMU).
C) Checar movimentos respiratórios/ chamar ajuda (ligar para o SAMU)/ checar se a cena é segura/ checar responsividade do
paciente.
D) Checar se a cena é segura/ checar movimentos respiratórios/ checar responsividade do paciente/chamar ajuda (ligar para o
SAMU).
E) Checar responsividade do paciente/ checar movimentos respiratórios/ checar se a cena é segura/ chamar ajuda (ligar para o
SAMU).

» Inicialmente, antes de avaliarmos a vítima em sí, devemos garantir a nossa segurança. A Cena está segura? 
Depois vamos avaliar o paciente seguindo o ABCDE. Detalhe para uma atualização do PHTLS, é de que o ideal seria o X-ABCDE, em
que X é o ato de fazer a compressão inicial de uma lesão que por ventura possa ser exsanguinante.
Logo, gabarito letra B.

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376 - 2020 EMCM

Homem, 37 anos, caiu de andaime e é levado à emergência. Ao chegar, o médico constata haver crepitação em hemitórax
esquerdo. Exame físico: hipocorado e cianótico; ausculta pulmonar abolida à esquerda; sem turgência juguar; PA = 90 x 60 mmHG.
A principal hipótese diagnóstica é:

A) Hemotórax maciço.
B) Tamponamento cardíaco.
C) Pneumotórax hipertensivo.
D) Contusão pulmonar.

» Paciente hipotenso, com trauma de tórax, pensamos sempre em pneumotórax hipertensivo. No entanto, repare que o paciente
não apresenta turgência de jugular, o que afasta esta possibilidade. Por isso, pensamos na outra possível causa que justifique a
hipotensão e o murmúrio abolido que é o hemotórax maciço.
Gabarito letra A.

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377 - 2020 HECI

Paciente de 18 anos vítima de atropelamento e atendido pelo SAMU. Apesentava-se na admissão agitado, cefalohematoma
parietal, corado e hemodinamicamente estável. Abria os olhos estimulado a dor, a dor localizava-se à direita com extensão da dor a
esquerda. Resposta verbal com palavra inapropriada. Considerando o caso descrito, analise as condutas e os diagnóstico a seguir:
I- O paciente apresenta Glasgow de 7. II- Deve ser entubado imediatamente. III- No trauma cerebral o objetivo principal é evitar
lesões secundárias. IV- A pressão cerebral normal em repouso é de cerca de 10mmHg. Estão CORRETAS as afirmativas:

A) I, II e III apenas.
B) I e II apenas.
C) III e IV apenas.
D) II e III apenas.

» Questão que gerou muita discussão e que deveria ter sido anulada.
Vamos avaliar cada uma das assertivas:
I: Em relação a escala de coma de Glasgow: Abertura ocular aos estímulos doloroso; Resposta verbal compalavras inapropriadas;
Agora veja o problema em relação a resposta motora. A assertiva descreve um padrão de dor, mas não menciona especificamente
qual foi o movimento realizado, se localiza a dor ou se somente retira o membro a dor. A banca liberou esta assertiva como sendo
correta incorreta. Ou seja, vamos considerar a resposta motora como localiza a dor. Desta forma teríamos uma ECG = 10.
II: Incorreta: não temos indicação de via aérea definitiva.
III: Correta: Não tem muito em relação ao enunciado, mas a assertiva é verdadeira. A lesão primária já aconteceu.
IV: Correta: A PIC normal varia de 0-15mmHg, devendo ser mantida abaixo de 20mmHg.

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378 - 2020 HRD

Sobre a traqueostomia ou a cricotireotomia cirúrgica estarem indicadas em situações extremas de casos de trauma grave, assinale
a alternativa CORRETA:

A) A cricotireotomia em crianças de qualquer idade pode ser feita com segurança.


B) A traquestomia percutânea está indicada nos casos de trauma por ser mais rápida.
C) A punção traqueal e oxigenação com agulha pode ser utilizada para oxigenar adequadamente o paciente por 30 a 45 minutos.
D) A punção traqueal está indicada principalmente nos casos de paciente com TCE grave.

» Vamos avaliar cada uma das alternativas:


A- Incorreta: vamos lembrar que para crianças menores do que 8 anos (algumas referências citam 12 anos), a cricotireoidostomia
cirúrgica não deve ser realizada devido o risco de estenose.
B e D- Incorretas: em um cenário de trauma, a TQT por punção deve ser evitada. A sua técnica inclui a hiper-extensão cervical.
C- Correta: a cricotireoidostomia por punção é um método de via aérea temporária, não protege a VA e só deve ser utilizada por no
máximo 30-45 minutos devido o risco de carbonarcose.
Gabarito letra C.

Video comentário: 234435

379 - 2020 HMDI

Das alternativas, qual NÃO corresponde ao choque hipovolêmico:

A) Configura uma das principais causas de morte evitáveis no trauma, neste contexto sendo responsável por 30 a 40% dos óbitos e
a principal causa de choque.
B) As novas estratégias de reposição volêmica do paciente traumatizado incluem reduzir a perda sanguínea, restabelecer a
perfusão tecidual e a abordagem precoce da coagulopatia, que se resumem a grandes reposições de cristalóides e hemácias.
C) A coagulopatia iatrogênica no trauma configura quadro desencadeado por reposição volêmica excessiva com hemodiluição e
depleção de fatores de coagulação, que associada à coagulopatia aguda desencadeada pelo próprio trauma, acidose metabólica e
hipotermia poderia levar a quadro de hemorragia de difícil controle.
D) A Reanimação de Controle de Danos (CDR) baseada em reanimação balanceada (principalmente usando o esquema 1:1:1),
hipotensão permissiva (com pressão arterial sistólica entre 70-90 mmHg e PAM= 50mmHg por até 1h em casos selecionados) com
proposta inicial de 1000ml de cristalóides ao invés de 2000ml e reposição precoce de hemoderivados, principalmente em perdas de
volemia maiores de 30%, fazem parte da nova abordagem no choque hipovolêmico.

» Vamos avalair as alternativas:


A- correta. É uma das principais causas evitáveis, tanto é que na letra C do atendimento inicial do ABCDE, devemos realizar a
reposição volêmica + o controle da hemorragia.
B- incorreta: atualmente buscamos o que chamamos de hipotensão permissiva, não sendo mais indicado grandes volumes de
cristaloide.
C- correta: são todos fatores que levam a um quadro de hipocoagulabilidade.
D- correta: devemos seguir o conceito de hipotensão permissiva e muitas vezes adotamos o protocolo de transfusão maciça.
Logo, gabarito letra B.

Video comentário: 229842


380 - 2020 HRD

Sobre o tamponamento cardíaco, assinale a alternativa CORRETA:

A) Os traumas penetrantes e fechados são responsáveis cada um por 50% dos casos.
B) A taquicardia, o abafamento de bulhas, o ingurgitamento da jugular, a hipotensão com resposta rápida a infusão de volumes
deve-se suspeitar de lesão.
C) O diagnóstico é clínico e não há necessidade do uso de Focused Abdominal Sound Trauma (FAST).
D) O tratamento de preferência é o cirúrgico e a punção pericárdica realizada no caso de demora ou atraso do procedimento é que
será definitivo.

» Em relação ao tamponamento cardíaco:


A- Incorreta: este tipo de condição ocorre na maioria dos casos devido a um trauma penetrante.
B- Incorreta: a hipotensão não apresenta rápida resposta a reposição volêmica.
C- Incorreta: na suspeita clínica através da tríade de Beck, o FAST deve ser realizado para confirmar o diagnóstico.
D- Correta: atualmente sabemos que se a toracotomia puder ser feita de prontidão, ela deve ser realizada. A pericardiocentese é
tida como sendo uma medida provisória.
Gabarito letra D.

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381 - 2020 HSD - MA

Paciente vítima de acidente automobilístico (ejetado do veículo) chega no pronto-socorro com escala de Glasgow de 6. Há relato de
ingestão alcoólica abusiva. A conduta inicial correta na chegada ao hospital é:

A) Entrar pela sala de emergência, colocar em máscara de O2 não-reinalante e iniciar administração fenitoína intravenosa. Após
estabilização, realizar tomografia o mais precoce possível.
B) Entrar direto para a tomografia para esclarecimento da lesão cerebral que causa o rebaixamento de consciência.
C) Se o paciente estiver saturando acima de 92%, fornecer O2 suplementar com cateter nasal e solicitar exame toxicológico para
afastar intoxicação exógena.
D) Se o paciente estiver saturando acima de 92%, fornecer O2 suplementar com cateter nasal e administrar tiamina intravenosa
pelo risco de Síndrome de Wernicke-Korsakoff.
E) Entrar pela sala de emergência e proceder imediatamente a intubação do paciente e estabilização para realizar tomografia o
mais precoce possível.

» Paciente com história de ejeção do veículo, com ECG de 6, ou seja um TCE grave. Diante disso, devemos indicar a via aérea
artificial, a IOT para proteger a via aérea do paciente.
A TC deve ser realizada somente após o atendimento inicial e com o paciente estável.
Gabarito letra E.

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382 - 2020 UEL

Paciente masculino, 32 anos de idade, vítima de colisão moto x auto, há 20 minutos, é trazido pelo SIATE (Ambulância Básica e sem
Médico Socorrista) ao PSC do HU-UEL, com colar cervical e em prancha rígida. Na entrada, apresenta-se com múltiplas fraturas em
face e com grande quantidade de sangue em cavidade oral e nasal; murmúrio vesicular abolido e submacicez em hemitórax direito
(HTX D), FR 30 irpm e satura- ção de O₂ 78%; PA 70/40 mmHg e pulso 150 bpm; Glasgow variando de 8-10; com múltiplas
escoriações, presença de fratura do 2° e 3° arcos costais em HTX D, sem sinais de trauma abdominal e sem fratura pélvica. Sobre a
conduta adequada da abordagem inicial ao politraumatizado, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a melhor
sequência a ser aplicada.

A) Cricotireoidostomia – punção torácica no segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular direita com abocath no 14 – acesso
venoso periférico calibroso – reposição volêmica com cristaloide.
B) Cricotireoidostomia – drenagem torácica direita em selo d’água – acesso venoso periférico calibroso – reposição volêmica com
cristaloide.
C) Traqueostomia de urgência – drenagem torácica direita em selo d’água – acesso venoso periférico calibroso – reposição volêmica
com cristaloide.
D) Intubação orotraqueal – drenagem torácica direita em selo d’água – acesso venoso periférico calibroso – reposição volêmica com
cristaloide.
E) Intubação orotraqueal – punção torácica no segundo espaço intercostal na linha hemiclavicular direita com abocath no 14 –
acesso venoso periférico calibroso – reposição volêmica com cristaloide.

» Questão que gera alguma disucssão. 


Vamos iniciar o atendimento seguindo o ABCDE:
Na letra A, já identificamos a necessidade de uma via aérea artificial definitiva para proteger a via aérea natural. Qual vai ser a
nossa escolha? Lembre-se que a traqueostomia é um procedimento de exceção e não vai ser realizada. Logo, a letra C não vai ser a
resposta. 
A grande dúvida foi, tentar a IOT ou não? A IOT poderia sim ser tentada, mas provavelmente não teríamos sucesso. Veja que o
enunciado foi claro em dizer MULTIPLAS FRATURAS, SANGRAMENTO... o que inviabiliza a visulaização das estruturas. Por isso,
vamos ficar com a cricotireoidostomia. Mais uma crítica a esta questão, o ideal seria cricotireoidostomia cirúrgica. Mas de qualquer
maneira vamos aceitar. 
O que vai definri a nossa conduta é em relação a lesão torácica. No caso, não temos um penumotórax hipertensivo, por isso a
conduta deve ser a drenagem de fato e não a toracocentese. Logo, gabarito letra B.

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383 - 2020 HECI

Paciente vítima de acidente de motocicleta, colisão contra poste, apresenta sinais de choque hipovolêmico. Sobre este caso, é
CORRETO afirmar que:

A) Deve-se iniciar vasopressores imediatamente na ressuscitação associado a solução hidroeletrolítica.


B) Qualquer paciente que está frio ao toque e com taquicardia, deve ser considerado em choque, até prova em contrário.
C) Perda sanguínea maciça produz uma significativa queda do hematócrito ou da concentração de hemoglobina.
D) Deve-se adotar a infusão de cristaloides a 45°C, pois é o tratamento preferido para hipotermia na ressuscitação.

» Todo paciente vítima de trauma, hipotenso, até se prove o contrário apresenta choque hemorrágico e hipovolêmico.
Vamos avaliar as alternativas:
A- Incorreta: inicialmente indicamos a reposição com cristaloides. Os vasopressores não são inicialmente indicados.
B- Correta: como vimos inicilamente, o choque provalvemte é hipovolêmico.
C- Incorreta: incialmente, como perdemos sangue total, o hematócrito não se altera tanto, somente após a redistribuição
volêmica.
D- Incorreta: 45o??? Não, cerca de 37oC.
Gabarito letra B.

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384 - 2020 PMFI

Qual das atitudes abaixo corresponde a erro na abordagem pré-hospitalar das urgências por parte do profissional de saúde.

A) Avaliar o risco para a equipe no local de atendimento.


B) Examinar a vítima, mesmo que ela esteja aparentemente saudável.
C) Nos casos visivelmente graves, chamar o SAMU antes de qualquer avaliação.
D) Valorizar a queixa da pessoa, mesmo que exista suspeita de trauma na cabeça.

» Devemos responder esta questão pensando como profissionais de saúde.


A- Correta: faz parte das atitudes do profissional de saúde avaliar a segurança da cena.
B- Correta: Todas as vítimas devem ser examinadas tão logo seja possível.
C- Incorreta: Podemos até chamar por ajuda, mas se a vítima tem algum sinal de comprometimento iminente, devemos avaliar e
tentar estabilizar.
D- Correta: sempre devemos valorizar o que foi expressado pelo paciente.
Gabarito letra C.

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385 - 2020 HECI

Paciente de 23 anos vítima de acidente automobilístico é atendido pelo SAMU. Apresenta confusão mental, taquipneia, hipotensão,
desvio da traqueia, murmúrio vesicular abolido a esquerda, ingurgitamento da jugular. Considerando o caso descrito, a medida
CORRETA a ser tomada deve ser:

A) Realizar o Focused Assessment Ultrassonography for Trauma (FAST) e se positivo encaminhar para o bloco cirúrgico.
B) Fazer o Raio X de tórax para confirmação do quadro clínico e tratamento adequado.
C) Realizar a descompressão com agulha no hemitórax esquerdo quinto espaço e se não funcionar indicar a toracotomia digital.
D) Realizar punção no apêndice xifoide guiado por ultrassom seguido de janela pericárdica.

» O enunciado nos mostra um quadro clássico de pneumotórax hipertensivo. 


Qual a conduta imediata? Toracocentese de alívio. E se não houver sucesso? O ATLS 10a edição indica a finger descompression,
uma toracostomoia com o dedo.
Gabarito letra C.

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386 - 2020 HMDI

Na 10ª edição do ATLS (Advanced Trauma Life Suport) ocorreram algumas modificações. As modificações atualizadas desta edição
foram:

A) O uso do ácido tranexâmico no manejo do choque hipovolêmico é controverso ainda e não foi incluído no protocolo.
B) Em caso de pneumotórax hipertensivo, a punção adequada para descompressão seria no 2º espaço intercostal.
C) A nova Escala de Coma de Glasgow tem como única alteração a mudança de estímulo tátil, que deixou de ser doloroso para
pressão, com aumento progressivo de intensidade.
D) Na abordagem inicial do trauma pélvico foi aventada a possibilidade de tamponamento pré-peritoneal com compressas, caso
instabilidade, em que seja descartada hemorragia intraperitoneal.

» De acordo com as alterações na 10a edição do ATLS temos:


A- Incorreta: muito pelo contrário. O ácido tranexâmico foi incluido como medida para aqueles pacientes com sangramentos
consideráveis, notadamente nos casos de choque classe IV.
B- Incorreta: de acordo com a 10a edição, no adulto, a punção deve ser preferencialmente realizada ao nível do 5o EIC entre
anteriormente a linha axilar média.
C- Incorreta: além de não inflingir dor, não utilizamos mais o termo retira o membro a dor e sim flexão normal.
D- Correta: esta é uma das novidades.
Gabarito letra D.

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387 - 2020 UNCISAL

Paciente de 25 anos sofreu acidente automobilístico, colisão carro x carro frontal. Ficou preso nas ferragens e os bombeiros já
haviam efetuado a extricação do paciente. Ao chegar ao local a equipe do SAMU encontrou o paciente com sangramento em toda a
face, abertura ocular espontânea, respondendo de forma desconexa às solicitações verbais, sem movimentar os membros
inferiores e localizava a dor. Ventilação bilateral, pulso cheio e enchimento capilar < que 2”. Responda as questões de acordo com o
caso acima: Qual a conduta mais adequada do pré – hospitalar?

A) Limpar o ferimento da face


B) Máscara de 02
C) Avaliar vias aéreas, imoblização padrão
D) Avaliar vias aéreas, suplementação de O2, acesso venoso, imobilização padrão.
E) Providenciar via aérea definitiva

» Qual a conduta mais adequada ainda no pré-hospitalar? Atualmente de acordo com a edição mais atual do PHTLS, devemos
atender o paciente segindo o X-ABCDE, em que o X se refere a compressão de qualquer lesào exsanguinante. Neste caso não
encontramos este tipo de lesão e devemos iniciar o seguimento de acordo com o ABCDE.
Agora veja o problema, a banca liberou como gabarito a letra D. E de fato ela contempla algumas caracteristicas do ABCDE, no
entanto, o que a banca quis dizer com imobilização padrão? Dos MMII? Estranho não acha? Porque a estabilização da coluna
cervical deveria ter sido feita ainda no A. Então, como não sabemos o que a banca estava se referindo, a questão deveria ter sido
anulada.

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388 - 2020 SCMCG

Com relação às lesões esofagianas traumáticas, assinale a alternativa incorreta:

A) A maioria delas é causada pelas feridas por projétil de arma de fogo.


B) Caso seja necessário reparo cirúrgico do esôfago, a parte superior e média esofágicas são mais bem avaliadas por meio de
toracotomia posterolateral esquerda através do sexto ou sétimo espaços intercostais.
C) O esôfago é mais bem avaliado através da combinação de esofagografia com contraste e esofagoscopia.
D) As lesões esofagianas na junção gastroesofagiana podem resultar em abdome sensível e doloroso.

» Questão sobre às lesões esofagianas traumáticas. 


Letra A: Apesar de menos de 2% dos traumas penetrantes de tórax lesarem o esôfago, essa é a principal causa de lesão esofágica
traumática, sendo a ferida por projétil de arma de fogo a mais importante. CORRETA
Letra B: A melhor abordagem do esôfago superior e médio é por meio da  toracotomia posterolateral direita, entre o quarto e o
quinto espaço intercostal, enquanto para o esôfago distal é a toracotomia posterolateral esquerda no sexto ou sétimo espaço.
INCORRETA
Letra C: A avaliação do esôfago é mais bem-feita pela realização de
esofagografia com contraste e esofagoscopia. Separadamente, estes dois exames podem não diagnosticar 20% das lesões
esofagianas, porém juntos quase todas as lesões serão identificadas. CORRETA
Letra D: Lesões esofageana baixas, na junção esofagogástrica, resultam em dor abdominal e podem simular um trauma de
abdome. CORRETA
 
Resposta: letra B.

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389 - 2020 IO

Na ordem hierárquica do atendimento ao politraumatizado, a obtenção da via aérea e a estabilização da coluna cervical constituem
o ""A"" do mnemônico ABCDE. Quanto aos conceitos básicos das vias aéreas avançadas, assinale a alternativa incorreta.

A) A intubação orotraqueal constitui a principal via aérea definitiva não cirúrgica; uma de suas principais indicações é o coma
(escore de Glasgow < ou = 8) e, dentre suas complicações, a broncoaspiração, as lacerações da mucosa da via aérea e a intubação
seletiva são descritas.
B) A cricotireoidostomia consiste num acesso temporário de via aérea, sendo realizada por punção ou de forma cirúrgica na sala de
trauma. Em pacientes menores de 12 anos essa é a técnica preferível, pelos riscos de lesão definitiva envolvendo a traqueostomia.
C) O pneumotórax, a fístula traqueobrônquica e o falso trajeto são complicações que ocorrem na realização de traqueostomias.
D) Pacientes com trismo intenso, sem fraturas de face ou base de crânio podem ser submetidos à intubação nasotraqueal, porém,
para tanto, devem estar conscientes.
E) A máscara laríngea é uma alternativa para manter pérvia a via aérea em pacientes cuja ventilação por máscara não obteve
sucesso.

» A única alternativa incorreta é a letra B. Ela está incorreta por 2 motivos. O primeiro é que a cricotireoidostomia cirúrgica é um tipo
de via aérea definitva. O segundo erro é que este tipo de via aérea não deve ser utilizada em crianças como menos de 12 anos
(algumas referências citam 8 anos), devido o risco de estenose traqueal.
Gabarito letra B.

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390 - 2020 SCMM

Um paciente, vítima de capotamento de automóvel com os seguintes sinais vitais: PA: 60 x 40mmHg, FC: 125 bpm, FR: 31 irpm,
Oligúrico, Agitado. Qual a classe do choque hipovolêmico, segundo o Advanced Trauma Life Support (ATLS)?

A) I
B) II
C) III
D) IV

» Temos um paciente vítima de politrauma e que se apresenta com nítida instabilidade hemodinâmica. Cabe agora saber qual a
classificação de choque ele se encontra de acordo com a 10ª Edição do ATLS… Ao vermos a tabela (em anexo) não resta dúvida que
ele se encontra na classe III de estimativa de perda volêmica. Resposta: letra C. Obs.: Vale lembrar que é comum o que vimos aqui,
em que algum sinal vital aponta para uma classe e outro aponta para uma classe distinta. Quando isso acontecer, assinale sempre
a classe mais grave!

391 - 2020 UEM

Entre as principais possibilidades do tratamento da Hipertensão intracraniana (HIC) pode-se afirmar:

A) A hiperventilação pode ser usada por períodos longos para diminuir a HIC e constitui a principal ferramenta para tratamento da
HIC.
B) Os benzodiazepínicos são pouco usados com agentes para sedação dos pacientes com HIC.
C) O coma barbitúrico, por apresentar diversos riscos, esta proscrito no manuseio da HIC.
D) A monitorização invasiva da Pressão intracraniana é dispensável para o tratamento do Traumatismo cranioencefálico grave.
E) A solução salina hipertônica apresenta vantagens terapêuticas sobre o Manitol.

» Questão que aborda tópicos sobre o tratamento da hipertensão intracraniana, vamos analisar as alternativas e marcar a correta:
A) Errada. A hiperventilação pode ser utilizada como recurso temporário para manejar agudamente a hipertensão intracraniana,
não por longo prazo. Isto acontece pois a vasoconstrição atribuída a hiperventilação pode levar a isquemia cerebral secundária
piorando o desfecho neurológico final. A recomendação atual do ATLS 10ª edição é manter a normocarbia;
B) Errada. Benzodiazepínicos são usados de forma contínua para sedação de pacientes com hipertensão intracraniana,
principalmente os de curta ação como o midazolam. Caso necessário seu efeito poderá ser revertido com flumazenil;
C) Errada. A terapia com barbitúricos é utilizada para tratamento de da hipertensão intracraniana refratária ao tratamento
medicamentoso otimizado e tratamento cirúrgico. Para ser realizada é fundamental haver estabilidade hemodinâmica. Logo, a
terapia é utilizada em situações específicas porém não proscrita;
D) Errada. Para o tratamento otimizado dos pacientes com hipertensão intracraniana é fundamental a monitorização invasiva da
pressão intracraniana (PIC), isto permite calcular exatamente a pressão de perfusão cerebral (PPC) e guiar a terapêutica por metas;
E) Correta. A solução salina hipertônica quando comparada ao manitol apresenta eficácia semelhante para redução da PIC, no
entanto, ela é preferida ao manitol principalmente em pacientes com hipotensão arterial, já que o efeito diurético presente no
manitol poderá piorar está hipotensão. 
Gabarito letra E.
392 - 2020 HECI

Sobre as lesões do diafragma no trauma, assinale a alternativa CORRETA:

A) O diafragma mais lesado no trauma fechado é o diafragma direito.


B) Geralmente a lesão é de cerca de 5 a 10cm.
C) O Raio X de tórax pode ser normal em mais de 70% dos pacientes.
D) A presença de ar no retroperitônio indica lesão de diafragma.

» Vamos avaliar as alternativas sobre o trauma diafragmático:


A- Incorreta: as lacerações diafragmáticas decorrentes do trauma contuso podem acontecer de qualquer lado, no entanto, as
lesões do lado esquerdo são mais comuns.
B- Correta: dado retirado do ATLS. Além disso, geralmente acontece na parede postero-lateral do lado esquerdo.
C- Incorreta: de acordo com o ATLS temos: "initial chest x-ray can be normal in a small percentage of patients".
D- Incorreta: a presença de pneumoperitônio, não retroperitônio.
 
Logo, gabarito letra B.

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393 - 2020 UNCISAL

Paciente de 25 anos sofreu acidente automobilístico, colisão carro x carro frontal. Ficou preso nas ferragens e os bombeiros já
haviam efetuado a extricação do paciente. Ao chegar ao local a equipe do SAMU encontrou o paciente com sangramento em toda a
face, abertura ocular espontânea, respondendo de forma desconexa às solicitações verbais, sem movimentar os membros
inferiores e localizava a dor. Ventilação bilateral, pulso cheio e enchimento capilar < que 2”. Responda as questões de acordo com o
caso acima: Como classificamos o traumatismo craniano de acordo com a escala de coma de Glasgow apresentada pelo paciente

A) TCE leve
B) TCE moderado
C) TCE grave
D) TCE gravíssimo
E) TCE levíssimo

» A escala de coma de Glasgow (ECG) é fácil de ser aplicada no dia a dia e possui valor prognóstico na admissão de pacientes com
traumatismo cranioencefálico, hemorragia subaracnoide ou meningite bacteriana, por exemplo. O uso de drogas sedativas pode
interferir nos parâmetros avaliados e por isso, o ideal é fazer essa avaliação antes da administração de qualquer medicamento
com esse efeito. Apesar de muitos usarem para o diagnóstico de coma, ela não é útil para esse fim. Vamos relembrar como é feita
essa pontuação?
 
Abertura ocular: espontânea (4 pontos); ao estímulo verbal (3 pontos); ao estímulo doloroso (2 pontos); ausente (1 ponto);
 
Melhor resposta verbal: orientada (5 pontos); confusa (4 pontos); palavras inapropriadas (3 pontos); palavras incompreensíveis (2
pontos); ausente (1 ponto);
 
Melhor resposta motora: obedece comando (6 pontos); localiza estímulo doloroso (5 pontos); retira membro à dor (4 pontos);
flexão anormal/decorticação (3 pontos); extensão anormal/descerebração (2 pontos); ausente (1 ponto);
 
Nosso paciente tem abertura ocular espontânea (4 pontos), responde de forma desconexa (3 pontos) e localiza estímulo doloroso
(5 pontos), o que nos dá um total de 12 pontos. O TCE leve é aquele com pontuação ≥ 13; o TCE moderado tem pontuação entre 9 e
12; o TCE grave é aquele com pontuação entre 3 e 8.
 
Gabarito: B.

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394 - 2020 SCMCG

Com relação ao tratamento das lesões duodenais traumáticas, assinale a alternativa incorreta:

A) O tratamento das lesões duodenais depende da gravidade e da localização da lesão.


B) Os hematomas da parede duodenal, tipicamente, não necessitam de tratamento, a menos que sejam grandes e resultem em
obstrução da saída gástrica.
C) O tratamento inicial dos hematomas obstrutivos consiste em exploração cirúrgica para avaliar a presença de perfuração,
estenose ou lesão pancreática associada.
D) Os hematomas duodenais identificados no momento da laparotomia por outra indicação necessitam de cuidadosa avaliação
para perfuração.

» Questão sobre o tratamento das lesões duodenais traumáticas. 


Vamos, então, lembrar que o tratamento das lesões duodenais depende da gravidade e da localização da lesão. (letra A - CORRETA)
Os hematomas da parede duodenal, tipicamente, não necessitam de tratamento, a menos que sejam grandes e resultem em
obstrução da saída gástrica. (letra B - CORRETA) O tratamento dos hematomas obstrutivos consiste em descompressão gástrica e
início de nutrição parenteral total, com reavaliação do esvaziamento gástrico com exame contrastado após cinco a sete dias. (letra
C - INCORRETA) Se após duas semanas de repouso do trato gastrointestinal a obstrução persistir, a exploração é autorizada para
avaliar a perfuração, estenose ou lesão pancreática associada. Os hematomas duodenais identificados no momento da
laparotomia por outra indicação necessitam de cuidadosa avaliação para perfuração. (letra D- CORRETA) Frequentemente, eles
descomprimem durante a mobilização duodenal, embora intencionalmente a abertura da serosa para drenar um hematoma
incidentalmente identificado deve, geralmente, ser evitada na ausência de lesão de toda espessura da parede.
 
Resposta: letra C.

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395 - 2020 HMAR

Das alternativas apresentadas abaixo, assinale aquela que não representa uma indicação para intubação orotraqueal em crianças
vítimas de politraumatismo.

A) Necessidade de suporte ventilatório prolongado, por exemplo, por lesões torácicas.


B) Parada respiratória.
C) Obstrução de vias aéreas.
D) Escala de coma de Glasgow menor ou igual a 12.

» Questão bem objetiva e tranquila que nos pergunta qual das opções NÃO É uma indicação para intubação orotraqueal em crianças
vítimas de politraumatismo.
Em geral, as indicações de intubação orotraqueal em crianças vítimas de politraumatismo incluem: parada respiratória, falência
respiratória (hipoventilação, hipoxemia arterial apesar da suplementação de oxigênio e acidose respiratória), obstrução de vias
aéreas, escala de coma de Glasgow menor ou igual a 8 e necessidade de suporte ventilatório prolongado (lesões torácicas ou
necessidade de exames diagnósticos).
 
Logo, a única incorreta e o nosso gabarito é a letra D.
396 - 2020 CERMAM

Nos traumas abdominais fechados de alta energia, qual órgão sólido mais comprometido?

A) Baço
B) Fígado
C) Rim
D) Adrenal

» De acorod com o ATLS, a víscera mais comumente acometida é o baço.


Gabarito letra A.

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397 - 2020 FUBOG

Assinale a alternativa CORRETA em relação ao Trauma Raquimedular (TRM) na infância:

A) Se a tomografia estiver normal, mas o paciente continuar sintomático, deve-se solicitar uma nova tomografia.
B) A tomografia tornou-se o principal exame para a avaliação diagnóstica de pacientes com suspeita de lesão medular.
C) Pacientes obnubilados deverão realizar tomografia de todo o eixo axial.
D) Casos de síndrome de lesão medular sem alterações radiológicas são confirmados somente pela tomografia.

» Vamos analisar as alternativas referente ao TRM na infância: A) ERRADA! A TC tem alta sensibilidade no diagnóstico da TRM (98%),
ou seja, não há necessidade de repetir o exame de imagem caso o anterior tenha sido normal. Somente em casos de alteração
prévia para poder avaliar progressão da lesão, sangramento, entre outras possibilidades. B) ERRADA! Quando avaliamos uma
criança ou adolescente com TRM, devemos ponderar a realização de exames de imagem. A avaliação inicial deve incluir
radiografias realizadas em três incidências (anteroposterior, perfil e transoral) da coluna cervical. Já a TC, está indicada quando a
radiografia simples for anormal ou não puder ser realizada adequadamente. C) CORRETA! Apesar da TC ser ndicada quando a
radiografia simples for anormal ou não puder ser realizada adequadamente, ela deve ser realizada também nos pacientes com
alteração da consciência, juntamente com a TC de crânio, ou seja, a avaliação completa todo o neuroeixo. D) ERRADA! A RM é
superior aos demais métodos na visualização de lesões medulares, ligamentares e protrusões discais.
Resposta: letra C.
398 - 2020 UNCISAL

Paciente de 25 anos sofreu acidente automobilístico, colisão carro x carro frontal. Ficou preso nas ferragens e os bombeiros já
haviam efetuado a extricação do paciente. Ao chegar ao local a equipe do SAMU encontrou o paciente com sangramento em toda a
face, abertura ocular espontânea, respondendo de forma desconexa às solicitações verbais, sem movimentar os membros
inferiores e localizava a dor. Ventilação bilateral, pulso cheio e enchimento capilar < que 2”. Responda as questões de acordo com o
caso acima: Paciente apresentava paraplegia no local, qual segmento da coluna vertebral mais provavelmente foi lesionado?

A) Segmento cervical (C1- C4)


B) Segmento cervical (C5 – C7)
C) Segmento torácico (T6 – T10)
D) Segmento lombar (L3 – L5)
E) Nenhum segmento afetado

» Paciente acordado, com ventilação bilateral e com movimentação de membros superiores provavelmente não apresenta lesão
cervical. Lesão dos segmentos cervicais levam à quadriplegia.
Lesão abaixo de T1 sugere paraplegia. 
As lesões ao nível de vértebras lombares evoluiria com disfunção de esfíncteres. 
Portanto, devido à paraplegia apresentada o segmento mais provável lesionado foi o segmento torácico.
Gabarito letra C.

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399 - 2020 IO

Paciente do sexo masculino, 23 anos, vítima de acidente automobilístico há 1 hora, colisão frontal moto e carro. Fazia uso de
capacete. Vem trazido pelo corpo de bombeiros em prancha rígida, com colar cervical, ECG 15 (não apresentou perda da
consciência). Apresenta-se com dispneia, saturando 92% (cateter nasal de O₂ 4 l/min) e com murmúrio vesicular abolido em
hemitórax esquerdo. À percussão torácica há perda do som claro pulmonar, apresentando timpanismo. Abdômen sem
anormalidades ao exame físico e escoriações esparsas em MMII. Assinale a alternativa correta.

A) O diagnóstico mais provável é de hérnia diafragmática traumática à esquerda, pois a percussão timpânica no trauma torácico é
patognomônico dessa condição. Indica-se laparotomia exploradora com frenorrafia ipsilateral.
B) Trata-se de um quadro de hemotórax maciço devendo ser tratado com punção anterior, no 2º espaço intercostal esquerdo (linha
hemiclavicular) com Jelco nº 14.
C) O diagnóstico mais provável é de contusão pulmonar. Deve-se instalar máscara de Venturi 50% e realizar reavaliações seriadas (a
cada 2 h).
D) O diagnóstico mais provável é de pneumotórax à esquerda. Deve-se proceder toracostomia em selo d'água mesmo sem a
realização de radiografia.
E) Somente após exame radiográfico de tórax podem ser procedidas intervenções nesse caso, tendo em vista a alta probabilidade
de hipercapnia por ansiedade.

» O achado de hipertimpanismo após trauma torácico é igual a pneumotórax. A realização de radiografia, além de desnecessária
com estes achados, pode retardar o tratamento definitivo que é a drenagem em selo d’água. Hemotórax maciço e contusão
pulmonar geralmente cursam com macicez à percussão, enquanto que  a hérnia diafragmática é de difícil diagnóstico com esta
manobra, sendo o achado mais característico a ausculta de ruídos hidroaéreos no hemitórax afetado.
 
Resposta: D

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400 - 2020 UERN

Um trabalhador da construção civil sofreu uma queda de andaime. Chegou em estado de choque na emergência. Foi submetido à
ressuscitação, recebeu várias unidades de concentrado de hemácia e foi levado à sala de operação. Encontrou- se extensa lesão
hepática e a manobra de Pringle não foi suficiente para diminuir o sangramento. A conduta mais acertada para esse paciente nesse
momento é:

A) clampeamento da aorta
B) transfusão de fatores de coagulação
C) solicitação de um bisturi ultrassônico para a emostasia
D) controle de danos com compressas e transferir para UTI.

» Paciente com um quadro de trauma abdominal complexo com ledão hepática em que a manobra de Pringle não diminui o
sangramento. Isso nos faz pensar em lesão de veia cava retro-hepática ou de veias hepáticas. A conduta neste momento é a
tentativa de tamponamento do sangramento com o empacotmaento, seguido da cirurgia para o controle de danos.
Gabarito letra D.

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401 - 2020 UNCISAL

São sinais de fratura de base de crânio

A) Sinal de Guaxinim, Battle e Murphy


B) Otorrinoliquorréia, sinal de Guaxinim e Murphy
C) Otorrinoliquorréia, sinal de Guaxinim e Battle
D) Sinal de Murphy, Blumberg e Dunphy
E) Sinal de Guaxinim, Murphy e Dunphy

» A questão nos apresenta diversos sinais adotados pela prática médica. Destes, quais são sinais de fratura de base de crânio?
Sinal de Murphy, nos faz pensar em colecistite aguda. Assim como os sinais de Blumberg e Dunphy nos fazem pensar em
apendicite aguda.
O que nos resta é a alternativa correta que é a letra C.

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402 - 2020 SCMCG

Assinale a alternativa incorreta com relação às lesões de cólon traumáticas:

A) As lesões de cólon ocorrem mais comumente após trauma abdominal penetrante e, raramente, após mecanismos contusos.
B) A mortalidade associada a lesões de cólon e reto é superior a todas as outras vísceras abdominais.
C) As lesões penetrantes podem ser obscurecidas pela localização retroperitoneal de alguns segmentos do cólon.
D) A parede colônica pode ser esmagada pelas forças físicas ou ruptura, quando o impacto resulta em uma rápida elevação da
pressão intraluminal.

» Questão sobre as lesões de cólon traumáticas. 


Letra A: Similarmente a outras vísceras ocas, as lesões de cólon e reto ocorrem mais comumente após trauma abdominal
penetrante e, raramente, após mecanismos contusos. CORRETA
Letra B: A mortalidade associada a lesões de cólon e reto é inferior a todas às vísceras abdominais. INCORRETA
Letra C: As lesões penetrantes podem variar de acordo com o grau de destruição da parede colônica, dependendo do nível de
energia associado ao mecanismo. As lesões penetrantes podem também ser obscurecidas pela localização retroperitoneal de
alguns segmentos do cólon. CORRETA
Letra D: As lesões do cólon podem resultar de mecanismos biomecânicos
similares àqueles que ocorrem no intestino delgado. A parede colônica pode ser esmagada pelas forças físicas ou ruptura, quando
o impacto resulta em uma rápida elevação da pressão intraluminal. CORRETA
 
Resposta: letra B.

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403 - 2020 EMCM

O diagnóstico de choque hipovolêmico deve incluir:

A) A confirmação de hipóxia.
B) O achado de acidose.
C) A documentação da presença de hipotensão arterial.
D) A evidência de perfusão tecidual inadequada.

» O choque hipovolêmico é a perfusão tecidual inadequada pela redução do volume circulante e consequentemente do débito
cardíaco.
Vamos analisar as alternativas:
A- Incorreta. A hipóxia ocorre em casos de choque descompensado.
B- Incorreta. Acidose é encontrada em fases tardias como descompensada e a fase irreversível do choque.
C- Incorreta. Hipotensão também é encontrada nas fases descompensada e irreversível do choque.
D- Correta. Na fase inicial do choque ocorre apenas respostas à hipoferfusão tecidual como vasoconstrição, taquicardia e aumento
compensatório do débito cardíaco.
Gabarito letra D.

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404 - 2020 UFAL

Homem de 50 anos, após queda de andaime de aproxidamente 9 metros de altura, chega em sala de emergência com trauma
torácico importante, em franca insuficiência respiratória. A conduta imediata é:

A) Traqueostomia de urgência.
B) Cricotireoidostomia.
C) Drenagem de tórax fechada.
D) Intubação orotraqueal.

» Não há como discutir muito aqui, pessoal… 


Quando atendemos um paciente vítima de trauma, devemos sempre seguir o ABCDE do trauma, conforme indicado pelo ATLS
(Advanced Trauma Life Support). A conduta imediata é o A do ABCDE, que consiste em garantir a perviedade da via aérea e
estabilizar a coluna cervical. Nosso paciente está em franca insuficiência respiratória, portanto necessita de uma via aérea
definitiva, sendo a primeira opção a intubação orotraqueal. 
 
Resposta: letra D.

405 - 2020 UERN

As indicações de toracotomia de emergência são raras. Dentre os pacientes relacionados abaixo, osque se beneficiam de uma
toracotomia na emergência são:

A) Aqueles com tórax instável


B) Os com trauma fechado de tórax
C) Os com trauma penetrante do tórax
D) Aqueles com pneumotórax hipertensivo

» Questão que deveria ter sido anulada.


Atualmente (de acordo com a 10a Ed. do ATLS), a toracotomia de reanimação deve ser feita tanto no trauma penetrante como
também no contuso para aqueles pacientes que cursam com PCR pós traumática e que ainda mantém algum sinal de vida.
Logo, como tanto as letras B e C podem ser opções, a questão deveria ter sido anulada.
A banca liberou como gabarito a letra C.

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406 - 2020 HSJ - PR

A conduta que melhora a sobrevivência da criança no tratamento imediato do choque séptico é:

A) corticóides em bolo IV
B) fluidoterapia agressiva
C) dopamina e dobutamina em infusão contínuas IV
D) antibioticoterapia em doses dobradas IV
E) nenhuma das anteriores

» Vamos relembrar alguns conceitos: A síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS) em pediatria é definida como presença de
pelo menos dois dos seguintes critérios, sendo que um deles deve ser alteração da temperatura ou do número de leucócitos. (1)
Alteração de temperatura corpórea - hipertermia ou hipotermia. (2) Taquicardia - frequência cardíaca (FC) inapropriada para idade
na ausência de estímulos externos ou bradicardia para criança <1 ano. (3) Taquipneia - frequência respiratória (FR) inapropriada
para idade OU necessidade de ventilação mecânica para um processo agudo não relacionado à doença neuromuscular de base ou
necessidade de anestesia geral. (4) Alteração de leucócitos – leucocitose ou leucopenia não secundárias à quimioterapia, ou
presença de formas jovens de neutrófilos no sangue periférico. A Sepse caracteriza-se pela presença de dois ou mais sinais de
SIRS, sendo um deles hipertermia/hipotermia e/ou alteração de leucocitos, concomitante a presença de um quadro infeccioso ou
suspeito. Lembramos que os critérios de SIRS são muito frequentes em crianças, principalmente alteração de temperatura,
taquicardia e taquipneia, mesmo em infecções de pouca gravidade e/ou outras doenças não infecciosas. Assim, atenção especial
deve ser dada a todos os pacientes com qualquer sinal de deterioração dos parâmetros clínicos que sugira infecção grave. Sepse
grave em pacientes pediátricos caracteriza-se pela presença de sepse e disfunção cardiovascular OU respiratória OU duas ou mais
disfunções orgânicas entre neurológica, hepática, renal ou hematológica. Entretanto, para fins práticos qualquer disfunção
orgânica associada a infecção suspeita ou confirmada caracterizará sepse grave. Constituem sinais de gravidade: alteração do
nível de consciência (irritabilidade, choro inconsolável, pouca interação com os familiares, sonolência) e/ou alteração da perfusão
tecidual. O tratamento inicial e mais eficaz será fluidoterapia. No caso de resposta negativa o uso de noradrenalina está indicado.
Resposta: letra B.

407 - 2020 HRD

Você está atendendo um paciente com quadro de abdômen agudo inflamatório e choque que ao exame se apresenta taquicárdico,
hipotenso, pefusão capilar diminuída, com sinais de confusão mental. Primeiro passo para o sucesso no tratamento de estados de
choque é o reconhecimento da _______________ e o fármaco de primeira linha para tratamento da hipotensão no choque séptico é a
_______________.

A) extremidades frias; dobutamina.


B) hipotensão arterial; vasopressina.
C) taquicardia; dopamina.
D) hipoperfusão tecidual; noradrenalina.

» Questão interessante. Vamos lembrar que a definição de choque inclui a presença de hipoperfusão tecidual. Os outros achados
podem fazer parte desta síndrome, mas não são indispensáveis. No choque séptico, devido a vasodilatração, a droga de priemira
linha é a noradrenalina.
Gabarito letra D.

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408 - 2020 AMS - APUCARANA

Homem, 24 anos, procura o Pronto Socorro, com ferimento em perna esquerda, há quatro horas, após queda durante uma partida
de futebol. Ao exame observou-se um ferimento de 5 cms em extensora de perna esquerda, sem sangramento ativo, com bordas
regulares e sujo de terra e grama. Trouxe a carteira de vacinação que comprova vacinação antitetânica há 4 anos. Após limpeza da
ferida, qual a conduta indicada?

A) Sutura primária, sem necessidade de imunoglobulina ou toxóide tetânico.


B) Desbridamento das bordas, sutura primária e toxoide tetânico.
C) Sutura primária, toxoide tetânico e imunoglobulina antitetânica.
D) Desbridamento das bordas, curativo e cicatrização por segunda intenção, imunoglobulina antitetânica.

» Ótima questão para lembrarmos do passo a passo da abordagem das feridas.


Veja a descrição da lesão: quatro horas de evolução, com 5 cm de extensão, na perna e com bordas regulares (sem perda de
tecido). Foi feita a limpeza. Qual deve ser a nossa conduta? 
Repare que não existe nenhuma contraindicação a sutura e nem aspecto de necrose de bordas. Por isso devemos suturar de
maneira primária a lesão. É claro que ficou faltando a realização da anestesia local antes da sutura, mas não vamos brigar com a
questão.
Em relação a profilaxia antitetânica: ferida de alto risco em um paciente vacinado, com menos de 4 anos da última dose. O que
fazer? Nada. O reforço somente seria indicado se a ultima dose tivesse sido realizada há mais de 5 anos.
Gabarito letra A.

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409 - 2020 HECI

No paciente com síndrome do compartimento abdominal, é CORRETO afirmar que:

A) Ocorre elevação do diafragma, compressão da veia cava inferior e aumento do fluxo sanguíneo na mucosa intestinal.
B) Ocorre o aumento da pressão endotraqueal, o aumento da flexibilidade da parede abdominal e a diminuição do fluxo sanguíneo
portal.
C) Ocorre a diminuição da PaO2, o aumento do espaço morto pulmonar e o aumento do débito cardíaco.
D) Ocorre a diminuição do fluxo sanguíneo portal, o aumento da pressão intracraniana e a diminuição do débito urinário.

» Em relação a SCA:
A- Incorreta. As duas primeiras alterações até são encontradas, no entanto, em relação ao fluxo intestinal, ele está reduzido devido
a compressão da vascularização intestinal.
B- Incorreta: Como a PIA está elevada, a parede fica tensa e a flexibilidade diminui, não aumenta.
C- Incorreta: Com a redução do retorno venoso o débito cardíaco se reduz.
D- Correta: essas são alterações esperadas da SCA.
Logo, gabarito letra D.

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410 - 2020 HRD

Paciente grávida de 23 semanas apresenta um trauma automobilístico. Sobre essa paciente, é CORRETO afirmar que:

A) A expansão volêmica com soluções cristalóides aquecidas devem ser evitadas e a reposição de sangue deve ser adiada.
B) A principal causa de morte fetal é o descolamento prematuro da placenta.
C) Os batimentos cardíacos fetais são um indicador do quadro volêmico materno e da viabilidade fetal.
D) A retirada do feto está indicada nas lacerações do útero com perda de líquido amniótico.

» Questão sobre trauma em gestantes, vamos analisar as alternativas e marcar a correta:


A) Errada. Devido as adpatações fisiológicas do organismo materno para a gestação, estas pacientes normalmente podem perder
maior volemia sem repercussões clínicas significativas, entretanto, o mesmo não é válido para o feto que poderá apresentar
sofrimento precocemente. Por este motivo a reposição volêmica e transfusão sanguínea, se necessários, devem ser realizados
precocemente e não adiados;
B) Errada. A principal causa de morte fetal não é o descolamento de placenta e sim o choque hemorrágico da mãe ou sua morte
(morte materna);
C) Correta. A ausculta dos batimentos cardíacos-fetais (BCF’s) é um bom indicador da volemia materna e estado fetal, sendo o
normal variar entre 120-160 BCF’s por minuto;
D) Errada. A retirada do feto não está indicada nas lacerações de útero com perda de líquido amniótico. Uma situação clássica é a
cesárea pós-morte que deve ser realizada na tentativa heroica de salvar o feto após mãe ir a óbito.
Gabarito letra C.

411 - 2020 SCMCG

Assinale a alternativa incorreta com relação aos hematomas retroperitoneais:

A) Ocorrem mais frequentemente após lesões contusas ou penetrantes, na vigência de um quadro de aneurisma de aorta
abdominal ou aneurismas de artérias viscerais, ou após terapia anticoagulante ou fibrinolítica aguda ou crônica.
B) Pode resultar de terapia anticoagulante para fibrilação atrial e/ou trombose venosa profunda ou cateterização arterial durante o
cateterismo cardíaco e procedimentos endovasculares.
C) Os pacientes se apresentam com dor abdominal ou dor no flanco que pode ser irradiada para virilha, grandes lábios ou bolsa
escrotal.
D) A hematúria microscópica é um achado incomum no exame de urina.

» Boa questão sobre hematomas retroperitoneais. 


Letra A: Os hematomas retroperitoneais ocorrem mais frequentemente após lesões contusas ou penetrantes, na vigência de um
quadro de aneurisma de aorta abdominal ou aneurismas de artérias viscerais, ou após terapia anticoagulante ou fibrinolítica
aguda ou crônica. CORRETA
Letra B: Hemorragia do retroperitônio também pode resultar de terapia anticoagulante para fibrilação atrial e/ou trombose venosa
profunda ou cateterização arterial durante o cateterismo cardíaco e procedimentos endovasculares. CORRETA
Letra C: Os pacientes se apresentam com dor abdominal ou dor no flanco que pode ser irradiada para virilha, grandes lábios ou
bolsa escrotal. As manifestações clínicas de hemorragia aguda podem estar presentes dependendo do volume de sangue perdido
e da velocidade com que o paciente sangrou. CORRETA
Letra D: O hemograma completo pode fornecer evidências de deficiência subaguda ou crônica perda de sangue e/ou de plaquetas.
Os tempos de protrombina e de tromboplastina parcial podem evidenciar uma coagulopatia. A hematúria microscópica é um
achado comum no exame de urina. INCORRETA
 
Resposta: letra D.

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412 - 2020 HMAR

Paciente vítima de trauma cranioencefálico, trazido pelo resgate anisocórico, sem abertura ocular a nenhum estímulo, com sons
incompreensíveis, apresentando episódios de decorticação – padrão flexor anormal. A pontuação na escala de coma de Glasgow é:

A) 5
B) 6
C) 7
D) 8

» Questão clássica sobre o cálculo da pontuação na escala de coma de Glasgow!


Vamos, então, pensar devagar…
Abertura ocular ausente → 1 ponto.
Sons incompreensíveis (segundo a nova escala de coma de Glasgow apenas “SONS”) → 2 pontos.
Flexão anormal - decorticação (segundo a nova escala apenas “flexão anormal”) → 3 pontos.
Somando-se… 3 + 2 + 1 = 6
Resposta: letra B. 
Detalhe é que, de acordo com as atualizações da Escala de Coma de Glasgow a avaliação pupilar passou a ser testada com a
seguinte pontuação:
2 pontos – Nenhuma reatividade em ambas as pupilas
1 ponto – Sem reação em apenas uma das pupilas
0 pontos – Caso as duas pupilas estejam funcionando normalmente
Essa pontuação deve ser retirada do valor final do Glasgow. Como na situação mostrada as pupilas estão anisocóricas, tudo leva a
crer que uma das pupilas não teve reação. Logo, o valor final do Glasgow seria 6 - 1 = 5!
 
Entretanto, vale ressaltar que a avaliação pupilar não foi mencionada na nova edição do ATLS.

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413 - 2020 SCMM

Jovem de 19 anos, vítima de acidente automobilístico de alto impacto é trazido em prancha rígida e colar cervical após 40 minutos
do trauma. Há relato de ejeção do veículo e grande deformidade do automóvel. Durante atendimento pré-hospitalar foi
administrado 1000ml de ringer lactato aquecido e 1g de ácido tranexâmico. É admitido em sala de emergência com vias aéreas
pérvias, de colar cervical. Ao exame físico pulmonar: escoriação em hemitórax esquerdo, ausculta abolida a esquerda,
hipertimpânico, com estase jugular. Bulhas normofonéticas. Pressão arterial: 80x40 mmHg, Frequência cardíaca: 125 bpm,
saturação de oxigênio periférico: 82%, frequência respiratória: 38 irpm. Glasgow 13, pupilas isocóricas, sem déficits focais
aparentes. Pelve fechada. Exame físico abdominal normal. Assinale a alternativa sequencial correta, preconizada pelo Advanced
Trauma Life Support (ATLS) 10ª edição, por ordem de execução.

A) Ofertar oxigênio, drenagem de tórax, lavado peritoneal diagnóstico.


B) Punção de alívio em segundo espaço intercostal, na linha médio-clavicular, seguida de drenagem de tórax.
C) Punção de alívio em segundo espaço intercostal, na linha médio clavicular, seguida de colocação de um dreno pig tail.
D) Punção de alívio em quinto espaço intercostal esquerdo, descompressão manual, seguido de drenagem torácica.

» Temos um paciente vítima de trauma automobilístico de alta energia cinética apresenta quadro evidente de pneumotórax
hipertensivo! Lembre-se sempre que esse diagnóstico é clínico e aqui temos que pensar nessa hipótese diante dos seguintes
achados:

acidente automobilístico de alto impacto;


escoriação em hemitórax esquerdo;
ausculta abolida a esquerda;
hipertimpanismo;
estase jugular e
instabilidade hemodinâmica.

O que fazer então?


Toracocentese de alívio no 5º espaço intercostal à esquerda, seguida de incisão e descompressão por dilatação digital do orifício e
drenagem em selo d’água no mesmo local (toracostomia).
 
Melhor opção e gabarito: letra D.

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414 - 2020 IO

Sobre as lesões traumáticas na infância, assinale a afirmativa incorreta.

A) Nos Estados Unidos, dos 2 milhões de atendimentos médicos envolvendo queimaduras, aproximadamente 50% dos pacientes
têm menos de 5 anos de idade.
B) Entre as vítimas de submersão, a grande maioria exibe prognóstico tipicamente bimodal: bom, com pouca ou nenhuma sequela
neurológica; ou ruim, com morte ou graves sequelas.
C) Nas vítimas de queimadura, deve-se suspeitar de lesão por inalação em todos os casos em que o paciente tenha estado
confinado.
D) Nas queimaduras elétricas consideradas graves, normalmente há lesão muscular profunda.
E) Existe grande risco de síndrome compartimental nas queimaduras elétricas de partes moles. A remoção do tecido comprometido
não constitui mais prática habitual, uma vez que pode acarretar perda funcional, traumática para a maioria dos pacientes
pediátricos.

» A alternativa incorreta é a letra E.


As escarotomias e fasciotomias, apesar de serem agressivas, ainda são utilizadas.
Lembrar que nas escarotomias a descompressão se dá até o nível da pele e nas fasciotomias, acabamos descomprimindo o grupo
muscular.
Gabarito letra E.

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415 - 2020 HOA

Homem de 50 anos, após queda de andaime de aproxidamente 9 metros de altura, chega em sala de emergência com trauma
torácico importante, em franca insuficiência respiratória. A conduta imediata é:

A) Traqueostomia de urgência.
B) Cricotireoidostomia.
C) Intubação orotraqueal.
D) Drenagem de tórax fechada.

» Não há como discutir muito aqui, pessoal… 


Quando atendemos um paciente vítima de trauma, devemos sempre seguir o ABCDE do trauma, conforme indicado pelo ATLS
(Advanced Trauma Life Support). A conduta imediata é o A do ABCDE, que consiste em garantir a perviedade da via aérea e
estabilizar a coluna cervical. Nosso paciente está em franca insuficiência respiratória, portanto necessita de uma via aérea
definitiva, sendo a primeira opção a intubação orotraqueal. 
 
Gabarito: letra D.

416 - 2020 HOB - DF

O órgão sólido responsável pela MAIORIA dos choques hemorrágicos no trauma abdominal fechado é:

A) Duodeno.
B) Aorta.
C) Fígado.
D) Baço.

» Em outras palavras, qual a víscera sólida mais comumente lesada no trauma contuso.
Baço. Gabarito letra D.

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417 - 2020 SES - MA

Motorista, 30 anos, sexo feminino, vítima de acidente automobilístico, sofreu traumatismo abdominal com transecção pancreática
distal e lesão ductal. O tratamento indicado é

A) conduta expectante.
B) pancreatojejunostomia.
C) pancreatectomia distal.
D) reparo da lesão ductal e drenagem.
E) Wirsung-jejunostomia e drenagem.

» Paciente vítima de trauma pancreático com transecção pancreática distal e lesão ductal, deve ser submetido a cirurgia e a resseção
a ser realizada é a pancreatectomia corpo caudal.
Gabarito letra C.

Video comentário: 244680

418 - 2020 HMAR

A conduta imediata a ser tomada ao se diagnosticar um pneumotórax hipertensivo é:

A) radiografia de tórax.
B) pericardiocentese de alívio (punção de Marfan).
C) punção de alívio seguida de drenagem de tórax.
D) intubação orotraqueal.

» O pneumotórax hipertensivo é uma urgência médica de diagnóstico clínico, com os seguintes achados típicos:

hipertimpanismo na percussão torácica; 


ausência de murmúrio vesicular na ausculta;
dispneia grave;
Turgência jugular;
desvio da traquéia;
instabilidade hemodinâmica… 

Ok, mas o que fazer diante desse diagnóstico?


Tratamento imediato com toracocentese de alívio (no 5º espaço intercostal entre as linhas axilar anterior e média) seguida de
drenagem de tórax em selo d’água - toracostomia -  no mesmo local da toracocentese. 
 
Resposta: letra C.

Video comentário: 249220


419 - 2020 UFAL

Paciente de 25 anos de idade, vítima de acidente moto hemorrágico, apresentando os seguintes sinais vitais: pressão arterial: 60 x
40 mmHg, frequência cardíaca: 135 bpm, frequênci respiratória: 32 irpm, confuso. Segundo o protocolo do choque e a conduta
indicada?

A) Classe II - Reposição com cristaloides e hemoderivados.


B) Classe III - Reposição com cristaloides e hemoderivados.
C) Classe IV - Reposição com cristalóides, apenas.
D) Classe IV - Reposição com cristaloides e hemoderivados.

» A banca já nos poupou o trabalho de pensar em choque hemorrágico deixando essa informação bem clara no enunciado. Lembre
que podemos dividir esses pacientes em grupos e até mesmo estimar a quantidade de sangue perdida a partir de alguns
parâmetros clínicos, fundamental para determinar qual será a melhor estrátegia para resposição volêmica. Como você pode
perceber na tabela, um paciente hipotenso, com FC entre 120 e 140 bpm, FR entre 30 e 40 irpm e confuso é melhor classificado
como choque classe III. A conduta adequada inclui suporte hemodinâmico com reposição de solução cristaloide e sangue.
 
Gabarito: B.

420 - 2020 HOB - DF

No tratamento do choque hemorrágico, durante o atendimento dos pacientes politraumatizados, o MELHOR parâmetro para
avaliar resposta à sua terapêutica inicial é:

A) aumento da saturação de oxigênio.


B) redução da frequência cardíaca.
C) débito urinário satisfatório.
D) hipertensão arterial.

» Questão de grande importância prática na cirurgia de trauma e na avaliação de um grande queimado! 


O principal parâmetro a ser acompanhado durante a reposição volêmica de um paciente em choque, seja no politrauma ou no
grande queimado ou nas demais causas de instabilidade hemodinâmica, é o débito urinário, que deve ser de maior que 0,5
mL/kg/h no adulto.
 
Resposta: letra C.

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421 - 2020 HPP

Jonas, 35 anos, 80 kg, trabalhador da construção civil, estava consertando o transformador de uma obra quando sofreu um choque
elétrico seguido de explosão. Chegando ao pronto socorro, apresentava-se consciente, responsivo, taquipnéico, palidez cutânea, e
com dor abdominal e muita dor nos locais das queimaduras. Apresentava queimaduras de 2° e 3° graus em todo tronco anterior,
face e todo o membro superior esquerdo. PA: 100x 60mmHg; FC: 120; FR: 28. O(s) melhor(es) parâmetro(s) para avaliar a hidratação
e reposição volêmica deste paciente é(são):

A) Manter PA sistólica acima de 100mmHg e FC inferior a 100bpm.


B) Manter diurese acima de 0,5ml por Kg por hora.
C) Manter PA sistólica acima de 120mmHg e FC inferior a 90bpm.
D) Manter diurese acima de 2,0ml por Kg por hora.
E) Manter PA sistólica acima de 110mmHg.

» Questão que gerou muita discussão e que deveria ter sido anulada por um "detalhe". Devemos manter a diurese nos pacientes
vítimas de queimadura elétrica em 2ml/kg/h e não acima, como diz a letra D que foi o gabarito. Mas até aí, tudo bem, podemos
aceitar. Agora, o problema maior é o que encontramos na 10a edição do ATLS. Ele afirma que a reposição na queimadura elétrica
deve ser feita da seguinte maneira: 4 x Peso X SCQ e que devemos buscar um débito urinário de 1-1,5 ml/kg/h. Logo, não
encontramos uma resposta ideal e a questão deveria ter sido anulada.
A banca liberou e manteve como gabarito a letra D.

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422 - 2020 FUBOG

Assinale a alternativa que NÃO apresenta um achado compatível com choque neurogênico:

A) Hipotensão.
B) Bradipneia.
C) Vasodilatação periférica.
D) Taquicardia.

» O choque neurogênico é um tipo de choque distributivo, cuja fisiopatologia envolve perda da resposta autonômica adrenérgica,
havendo redução da resistência vascular sistêmica, hipotensão, bradicardia e débito urinário normal. Essa é uma grande diferença
clínica de outros tipos de choque, a presença de bradicardia absoluta ou relativa (dissociada do nível de hipotensão). Pela
vasodilatação periférica as extremidades estarão quentes. O tratamento engloba reposição volêmica e vasopressor
(noradrenalina).
Resposta: letra D.

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423 - 2020 HPP

Jonas, 35 anos, 80 kg, trabalhador da construção civil, estava consertando o transformador de uma obra quando sofreu um choque
elétrico seguido de explosão. Chegando ao pronto socorro, apresentava-se consciente, responsivo, taquipnéico, palidez cutânea, e
com dor abdominal e muita dor nos locais das queimaduras. Apresentava queimaduras de 2° e 3° graus em todo tronco anterior,
face e todo o membro superior esquerdo. PA: 100x 60mmHg; FC: 120; FR: 28. Qual o cálculo da superfície corporal queimada deste
paciente?

A) 27%.
B) 36%
C) 40,50%
D) 45%
E) 49,50%

» Questão que acabou sendo anulada.


Vamos estimar a SCQ através da regra dos 9:
Todo o tronco anterior: 18% (tronco anterior e posterior = 36%).
Face: 4,5% (cabeça e pescoço = 9%).
Todo o membro superior esquerdo: 9%.
Logo, SCQ = 31,5%. Ou seja, não encontramos uma resposta e a questão foi anulada.

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424 - 2020 UEPA - BELÉM

Paciente de 19 anos de idade, sexo masculino, foi admitido no pronto atendimento de um centro de trauma com ferimento por
arma de fogo em transição tóraco abdominal. Encontra-se falando claramente; com respiração rápida; Frequência Cardíaca de
118bmp; Pressão arterial de 90 x 50 mmhg, abafamento de bulhas cardíacas e turgescência jugular; Glasgow 15. O ferimento
apresenta entrada no 6° espaço intercostal esquerdo, linha axilar anterior com saída na região infra escapular direita. Após
medidas iniciais, o próximo passo, no caso acima, é:

A) Pericardiotomia sub xifoideana


B) FAST do pericárdio
C) Pericardiocentese de urgência
D) Angiotomografia
E) Acionamento urgente do cirurgião torácico.

» Inicialmente devemos avalair a região do ferimento: 6° espaço intercostal esquerdo, linha axilar anterior com saída na região infra
escapular direita, que é compatível com a área cardíaca. Além disso, encontramos no exame físico, taquicardia, hipotensão
abafamento de bulhas e turgência de jugular, ou seja, a tríade de Beck. Por isso, o provável diagnóstico é de tamponamento
cardíaco. Agora, qual a resposta? Lembra que o ideal é realizarmos, se possível, a toracotomia. Caso não seja possível, aí sim
pensamos na pericardiocentese.
Logo, entre as opções, gabarito letra E.

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425 - 2020 SUPREMA

Paciente com perda de consciência apresenta a seguinte tomografia de crânio: O diagnóstico é de:

A) Hematoma subdural
B) Hematoma intra-parenquimatoso
C) Hematoma extradural (epidural)
D) Lesão axonal difusa

» Questão tranquila. O hematoma têmporo-parietal de forma biconvexa corresponde, muito provavelmente, a um hematoma
epidural. Nestes casos, a origem do sangramento geralmente é a artéria meníngea média. Resposta: C.

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426 - 2020 HPP

Homem de 28 anos, vítima de atropelamento por um carro. Deu entrada no Pronto Socorro alerta, ansioso, com respiração ruidosa
e esforço respiratório. Sua coluna cervical está imobilizada e ele está recebendo um fluxo de 12l/min de oxigênio a 100% em
máscara não- reinalante. O pulso central é fraco e não há pulso periférico. A traquéia está desviada para a direita e o murmúrio
vesicular está abolido a esquerda, onde a percussão mostra timpanismo. FR: 50ipm; FC: 140bpm; PA: 78x50mmHg, SatO2: 90%.
Qual o procedimento e local preferido para a realização do tratamento emergencial imediato neste caso?

A) Toracocentese no 2o espaço intercostal- linha hemiclavicular


B) Drenagem de tórax no 5o espaço intercostal- linha axilar anterior
C) Toracocentese no 5o espaço intercostal- linha axilar anterior
D) Drenagem de tórax no 2o espaço intercostal- linha axilar media
E) Toracocentese no 5o espaço intercostal- linha hemiclavicular

» Questão que gerou muita discussão e que deveria ter sido anulada.
O diagnóstico de pneumotórax hipertensivo vem facilmente. No entanto, o problema foi em relação a conduta.
A banca liberou como gabarito a letra C. De fato, esta quase de acordo com a 10a edição do ATLS que cita 5o EIC, anteriormente a
linha axilar média. Já o Sabiston cita o que encontramos na letra A. Por isso a questão deveria ter sido anulada.

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427 - 2020 SUPREMA

Paciente com queimadura de face, apresenta-se em bom estado geral, normotenso, normopneico, mas com escarros carbonáceos
e rouquidão. A melhor conduta em relação a ventilação:

A) Ficar atento a piora clínica e proceder a intubação quando necessário.


B) Paciente clinicamente estável, intubação orotraqueal somente traumatizará ainda mais as vias aéreas.
C) Cricotiroidostomia.
D) Intubação orotraqueal; não aguardar piora clinica.

» A presença de queimadura em face e alterações clínicas como rouquidão e escarros cabonáceos são características da lesão
térmica da via aérea por dissipação do calor da fumaça inalada, sendo indicações absolutas de intubação orotraqueal no paciente
queimado. Esse tipo de acesso às vias aéreas deverá sempre ser o primeiro a ser tentando, mesmo nos casos de edema
importante. Resposta: D.

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428 - 2020 SUPREMA

A via preferencial de administração de medicações e cristaloides nos politraumatizados é:

A) Acesso central por veia subclávia


B) Acesso central por veia jugular
C) Acesso periférico de grosso calibre em membros superiores
D) Dissecção de veia safena magna

» De acordo com a lei dos cilindros, quanto mais curto for o comprimento e maior o diâmetro, uma maior quantidade de volume
vamos conseguir passar por um cilindro. Por isso preferimos o acesso venoso periférico.
Logo, gabarito letra C.

Video comentário: 254607

429 - 2020 HPP

Paciente do sexo feminino, 28 anos, vitima de traumatismo craniano grave após um acidente automobilístico, deu entrada no setor
de emergência com Glasgow de 6. Tem uma pressão arterial de 140/90 mmHg e uma frequência cardíaca de 80bpm . Ela foi
intubada e esta em ventilação mecânica. A suas pupilas são isocóricas e foto reagentes. Não há nenhuma outra lesão aparente. A
conduta mais importante a ser seguida na sequência do atendimento desta paciente é:

A) Evitar hipotensão
B) Tratar a hipertensão sistêmica
C) Administrar diurético osmótico
D) Iniciar hiperventilação
E) Iniciar corticóide endovenoso

» A sequência de atendimento de toda vítima de trauma deve seguir o ABCDE. Assim sendo, um paciente com TCE grave, após
intubação orotraqueal e colocação em ventilação mecânica, deve ser avaliada em relação a circulação. Como não apresenta sinais
de choque, não vamos pensar em hipotensão permissiva. Aqui, muito pelo contrário, devido ao TCE e para tentar garanteir a PPC,
devemos manter uma PAM normal, evitando a hipotensão.
Gabarito letra A.

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430 - 2020 HMAR

São alterações esperadas no paciente com síndrome compartimental abdominal com pressão intra-abdominal de 35 mmHg:

A) oligúria, débito cardíaco reduzido, redução do retorno venoso.


B) oligúria, débito cardíaco aumentado, aumento do retorno venoso.
C) poliúria, débito cardíaco reduzido, aumento do retorno venoso.
D) poliúria, débito cardíaco aumentado, redução do retorno venoso.

» Vamos relembrar as consequências da Síndrome Compartimental Abdominal em vários sistemas:


PAREDE ABDOMINAL
- Redução do fluxo sanguíneo aumenta a chance de deiscência e infecção de sítio cirúrgico.
SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Diminuição do retorno venoso pode levar a HIC;


Redução do DC pode levar à má perfusão cerebral.

RENAL
- Diminuição da Pressão de perfusão, levando a redução da
TFG com consequente oligúria/anúria.
PULMONAR
- Compressão do diafragma reduz o volume torácico e a complacência pulmonar, aumenta compressão em vias aéreas e causa
alterações na relação V/Q.
CARDIOVASCULAR

Redução do débito cardíaco;


Diminuição do retorno venoso;
Aumento da pressão intratorácica;
Aumento da resistência vascular periférica.

 
Gabarito: letra A.

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431 - 2020 FUBOG

Paciente 23 anos, trazido pelo resgate após ferimento por arma branca em Zona de Ziedler há 2 horas. Chega ao pronto-socorro
com os seguintes sinais vitais: PA: 90 x 60 mmHg, FC 130 bpm, FR 24 irpm. Ao exame físico tem suas vias aéreas pérvias, apresenta
estase jugular bilateral, e você não consegue ter precisão na ausculta cardíaca pois as bulhas estão abafadas. Exame físico
pulmonar normal. Baseado no caso acima, a PRINCIPAL hipótese diagnóstica:

A) pneumotórax hipertensivo.
B) tamponamento cardíaco.
C) ruptura de aorta.
D) trauma esplênico.

» Veja as características apresentadas pelo enunciado:


Hipotensão + estase de jugular + avaliação normal do tórax + abafamento de bulhas, devemos pensar obrigatoriamente em
tamponamento cardíaco.
Veja que além do trauma na zona de Ziedler, em que o risco de lesão cardíaca é maior, o paciente também apresenta a tríade de
Beck.
Gabarito letra B.

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432 - 2020 HOB - DF

A droga anti-fibrinolítica que tem comprovação de redução na mortalidade dos doentes politraumatizados em choques
hemorrágicos é:

A) Fitomenadiona.
B) Succinilcolina.
C) Ácido tranexâmico.
D) Rivaroxabana.

» Questão sobre um tema bastante atual!


Bibliografias recentes tem mostrado com cada vez mais embasamente que, em paciente com lesões graves e extensas, o uso do
ácido tranexâmico parece aumentar a sobrevida. Inclusive a 10 ed do ATLS defende com clareza a sua utilização! O uso desta droga
deve ser o mais rápido possível, até dentro das primeiras 3 horas, sendo que nunca deve atrasar o transporte do paciente. A
segunda dose deve ser realizada em 8h já em ambiente hospitalar. A sua utilização deve ser feita especialmente para os
sangramentos de origem indeterminada ou TCE.
Outro uso que vem sendo cada vez mais comum é na obstetrícia. Pelo mesmo motivo… Sangramento de origem indeterminada. 
 
Resposta: letra C.

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433 - 2020 UEPA - BELÉM

Com relação ao trauma abdominal penetrante, é correto afirmar que:

A) há indicação de laparotomia exploradora em todos os casos.


B) laparotomia exploradora só quando existir sinais de peritonite.
C) o melhor exame para decidir conduta é o ultrassonográfico.
D) o intestino delgado é o órgão mais comumente lesado.
E) é o trauma mais comum.

» Questão que gerou muita discussão e que acabou sendo anulada.


A e B- Incorretas: no trauma penetrante, a laparotomia é sempre inidcada na presença de choque, peritonite ou evisceração e nas
lesões por PAF na parede anterior.
C- Incorreta: na dúvida, podemos tealizar a exploração digital.
D- Incorreta: depende do tipo de lesão. NAs lesões por arma de fogo, o delgado é mais comumente lesado, nas lesoes por arma
branca, o f;igado.
E- Incorreta: o trauma contuso acaba sendo mais comum.
A banca liberou inicialmente como gabarito a letra D, mas como não foi específica, a questão acabou sendo anulada.

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434 - 2020 FUBOG

Paciente após quadro de trauma abdominal fechado há 5 dias, apresentando hematêmese, dor em flanco direito e icterícia. O
PROVÁVEL diagnóstico é:

A) lesão de Dieulafoy.
B) rotura de antro gástrico.
C) hemobilia.
D) lesão esôfago distal.

» Paceinte apresentando HDA + dor em flanco direito + icterícia, com essa história de trauma, apresenta provável quadro
de hemobilia.Aesta tríade damos o nome de Tríade de Sandblom, que foi quem primeiro descreveu esta condição. No entanto,
alguns autores se referem a esta tríade como sendo a tríade de Quinke. De qualquer maneira, gabarito letra C.

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435 - 2020 HOB - DF

A intubação nasotraqueal é uma alternativa na garantia de uma via aérea definitiva. É CONTRAINDICADO em pacientes que
apresentam:

A) fratura cervical.
B) apneia.
C) hemotórax.
D) trauma encefálico.

» Na garantia de uma via área definitiva, ou seja, no contexto de trauma, a intubação nasotraqueal consiste em uma das opções de
intubação endotraqueal. Como sabemos, hoje em dia esse método é pouco utilizado e requer um paciente alerta e colaborativo. 
Vale lembrar também que é contraindicada no paciente em apneia ou com trauma de face (pelo risco de falso trajeto).
 
Resposta: letra B.

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436 - 2020 UEPA - BELÉM

O órgão do trato urinário mais comumente lesado no trauma é:

A) rim
B) bexiga
C) uretra
D) ureter direito
E) ureter esquerdo

» Questão direta e que não tem muito o que discutir. O rim é o é orgão mais comumente lesado quando pensamos no trato urinário.
Gabarito letra A.

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437 - 2020 UERN

Em uma criança que sofreu traumatismo torácico fechado, é INCORRETO AFIRMAR:

A) Sinais de pneumotórax hipertensivo são: dor torácica, taquicardia, desvio de traqueia, hipotensão arterial e estase jugular.
B) A contusão pulmonar tem complicações como pneumonia e pseudocisto pós-traumático.
C) É comum o encontro de fratura dos arcos costais nesse paciente.
D) Na lesão esofágica, a radiografia torácica pode revelar: ar no mediastino, enfisema subcutâneo, hemo ou pneumotórax.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- correta: apesar da dor torácica não ser essencial, ela pode estar presente. Os outros achados são carcaterísticos.
B- correta: a contusão pulmonar pode levar a formação de infiltrado alveolar.
C- incorreta: nas criançasm devido a estrutura ainda cartilaginosas, as fraturas podem não ser encontradas.
D- correta: são achados radiográficos que inidcam a lesão esofágica.
Gabarito letra C.

438 - 2020 UEPA - BELÉM

Paciente vítima de acidente automotobilístico, com trauma abdominal fechado, consciente, hemodinamicamente estável, sem
sinais de irritação peritoneal. Tomografia computadorizada de abdome mostra lesão hepática grau III, sem extravasamento de
contraste na fase arterial. A melhor conduta a ser traçada, nesse caso é:

A) laparotomia exploradora.
B) punção aspirativa guiada por ultrassom de hematoma subcapsular.
C) laparoscopia exploradora para avaliar a lesão.
D) tratamento conservador com antibioticoterapia.
E) internação e observação clínica.

» Ótima questão para lembrarmos que a tendência atual nos traumas contusos de abdome e nos pacientes estáveis a tendência é o
tratamento conservador.
Lesão grau III, paciente esável.
Logo, gabarito letra E.

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439 - 2020 HOA

Paciente de 25 anos de idade, vítima de acidente moto versus anteparo fixo, dá entrada no pronto-socorro com sinais de choque
hemorrágico, apresentando os seguintes sinais vitais: pressão arterial: 60 x 40 mmHg, frequência cardíaca: 135 bpm, frequência
respiratória: 32 irpm, confuso. Segundo o protocolo do Advanced Trauma Life Support 9ª edição, qual a classificação de grau de
choque e a conduta indicada?

A) Classe II - Reposição com cristaloides e hemoderivados.


B) Classe III - Reposição com cristaloides e hemoderivados.
C) Classe IV - Reposição com cristalóides, apenas.
D) Classe IV - Reposição com cristaloides e hemoderivados.

» A banca já nos poupou o trabalho de pensar em choque hemorrágico deixando essa informação bem clara no enunciado. Lembre
que podemos dividir esses pacientes em grupos e até mesmo estimar a quantidade de sangue perdida a partir de alguns
parâmetros clínicos, fundamental para determinar qual será a melhor estrátegia para resposição volêmica. Como você pode
perceber na tabela, um paciente hipotenso, com FC entre 120 e 140 bpm, FR entre 30 e 40 irpm e confuso é melhor classificado
como choque classe III. A conduta adequada inclui suporte hemodinâmico com reposição de solução cristaloide e sangue.
Resposta: B.
440 - 2020 UERN

A respeito de trauma abdominal, assinale a alternativa CORRETA.

A) No traumatismo abdominal contuso, em decorrência de acidente automobilístico, não há diferença entre os desfechos quando
comparados o uso de cinto de segurança de dois pontos e o de três pontos.
B) Paciente com lesões penetrantes, antes de chegar ao departamento de emergência, deve receber somente o volume
predeterminado de fluidos, mesmo que esteja hipotenso.
C) Nas lesões abdominais penetrantes, qualquer lesão inferior a uma linha imaginária entre os mamilos deve ser tratada como
tendo potencial para uma trajetória intra-abdominal.
D) No ferimento por arma de fogo, quando estáveis, são utilizados antibióticos e reforço de vacina antitetânica, sendo a avaliação
cirúrgica desnecessária nesses casos.

» Vamos avalair as alternativas:


A- Incorreta: o cinto de 3 pontas acaba sendo mais seguro e com menor risco de lesão de delgado do que o de 2 pontas.
B- Incorreta: atualmente, cada vez amis precocentem instaura-se o protocolo de transfusão maciça.
C- Correta: são as lesões na transição toraco-abdominal.
D- Incorreta: a avaliação cirúrgica é indicada e na maioria das vezes a laparotomia vai ser a conduta.
Gabarito letra C.

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441 - 2020 UEPA - BELÉM

Durante laparotomia exploradora, em uma paciente de 20 anos, vítima de ferimento de arma de fogo, é constatada lesão grau III
na 2ª porção duodenal. A melhor conduta para este caso é:

A) sutura simples e drenagem da cavidade.


B) sutura simples, duodenostomia e drenagem da cavidade.
C) sutura simples e diverticulização duodenal.
D) duodenopancreatectomia.
E) duodenectomia.

» Questão que acabou sendo anulada. A conduta no trauma duodenal é um tema controverso especialmente nas lesões de graus
mais elevados.Uma lesão grau III envolve laceração de 50 a 75% da circunferência da 2ª porção (caso da questão) ou 50 a 100% da
circunferência da 1ª, 3ª, 4ª porções.
Na lesão grau III, a conduta mais recomendada seria uma duodenorrafia com exclusão pilórica, gastroenteroanastomose e
drenagem da cavidade. Este procedimento é conhecido com Cirurgia de Vaughan. Não temos essa opção dentre as alternativas.
No entanto, paciente vítima de ferimento por arma de fogo, com provável lesão concomitante em outro órgão, deve ser
submetido a um procedimento mais simples, visando o controle de danos e posterior correção definitiva. Este procedimento
poderia ser a utilização de um tubo de duodenostomia como controle temporário da contaminação, com sutura simples da lesão e
drenagem da cavidade abdominal.
Desta forma, a melhor resposta seria a letra B e, por isso, a questão foi anulada.

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442 - 2020 UERN

Com relação a hemotórax, assinale a alternativa CORRETA.

A) Considera-se hemotórax maciço quando ocorre acúmulo rápido de mais de 1.000 a 1.500 mL de sangue ou um terço ou mais do
volume de sangue do paciente na cavidade torácica.
B) Em hemotórax maciço associado a lesões de grandes vasos, em torno de 50% sobrevivem por 24 horas.
C) Em casos de hemotórax maciço, a drenagem torácica só deve ser feita logo após os resultados dos testes diagnósticos.
D) Macicez à percussão, bradipneia e murmúrio vesicular aumentado são achados típicos do hemotórax.

» Vamos analisar as alternativas:


A) Discutível. A definição mais aceita é o acúmulo de 1500 ml de sangue ou mais de um terço de da volemia na cavidade torácica. A
alternativa tras o valor de 1000 ml, mas vamos considerar como correta.
B) Incorreta. A grande maioria de pacientes com lesões de grandes vasos vão a óbito na cena do trauma.
C) Incorreta. O diagnóstico deve ser clínico em paciente com hipotensão, macicez à percussão pulmonar e murmúrio diminuido.
Não se deve esperar nenhum exame diagnóstico.
D) Incorreto. Os achados típicos são: taquipneia, macicez á percussão e murmúrio vesicular diminuido.
Gabarito letra A.

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443 - 2020 HPP

Qual a primeira medida a ser adotada pelo médico num paciente que teve queimadura ocular com ácido clorídrico?

A) Irrigação ocular com SF 0,9%.


B) Irrigação ocular com solução alcalina.
C) Instilação frequente de colírio anestésico.
D) Instilação frequente de colírio de corticóide.
E) Oclusão do olho acometido com tampão.

» Ótima questão para lembrarmos sobre as queimaduras químicas. Sejam elas por ácido o base a conduta é a lavagem abundante.
Não devemos nunca tentar a neutralização. Logo, gabarito letra A.

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444 - 2020 HOB - DF

Paciente vítima de ferimento penetrante em tórax por arma branca, após 48h do atendimento inicial e da drenagem de tórax,
permanece com grande escape de débito aéreo pelo dreno. Mantém-se estável hemodinamicamente. A PRINCIPAL hipótese
diagnóstica é:

A) fístula brônquica.
B) pneumotórax hipertensivo.
C) lesão de grandes vasos.
D) tamponamento cardíaco.

» Vamos com calma nessa questão… 


Note que nós temos um paciente vítima de trauma torácico aberto (ferimento por arma branca) que foi submetido a drenagem de
tórax (toracostomia) e que, após, 48 horas ainda tem “grande escape aéreo”!
Será que não deu tempo de todo o ar sair? 
Bem, com certeza daria tempo. Mas algo está “alimentando” esse ar no espaço pleural. 
Mas o que? 
Certamente uma fístula brônquica! Essa com certeza é a nossa principal suspeita para o caso. 
Resposta: letra A. 
 
Note que nenhuma das outras opções explica a manutenção de grande drenagem de ar pelo dreno após 2 dias!

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445 - 2020 HOB - DF

Homem de 53 anos, chega em sala de trauma trazido pelos bombeiros após espancamento em via pública. É transportado com
colar cervical e prancha rígida. Apresenta respiração ruidosa, frequência respiratória de 26 irpm, pressão arterial de 80 x 30 mmHg,
frequência cardíaca de 130 bpm. A conduta IMEDIATA é:

A) administração de 1g de ácido tranexâmico.


B) transfundir 1 unidade de sangue O negativo.
C) drenagem de tórax.
D) desobstrução de vias aéreas e oferta de oxigênio.

» Guarde uma coisa na vida e na prova: Independente da situação NUNCA se esqueça do ABCDE do trauma! Aqui… Muito
provavelmente outros dados da ectoscopia chamar mais atenção, mas o certo é ignorá-los e partir primeiro para o A! Veja que o
nosso paciente já está de colar cervical. Logo, o mais correto aqui é desobstruir a via aérea e garantir oferta de oxigênio. 
Resposta: letra D. 
Letras A e B: São condutas que devem ser pensadas na letra “C” do ABCDE do trauma. INCORRETA
 
Letra C: Essa conduta só deve ser pensada na letra “B” do ABCDE do trauma. INCORRETA

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446 - 2020 HEJSN

Sobre o choque hemorrágico no Trauma é incorreto afirmar:

A) A hipotensão permissiva é contra-indicada no TCE


B) 25% dos politraumatizados são coagulopatas imediatamente após o trauma
C) A pressão arterial sistólica é confiável ferramenta para o diagnóstico de choque hemorrágico
D) O fibrinogênio é um dos primeiros elementos a atingir níveis plasmáticos baixos
E) O choque e a destruição tecidual estão intimamente associados à coagulopatia no trauma

» Vamos avaliar as alternativas:
A- Correta: pacientes com TCE mais grave e suspeita de HIC, não devem ser submetidos a hipotensão para evitar a redução da PPC.
B- Correta: de fato 25% dos pacientes vítimas de politrauma tem coagulopatia após o trauma. Isso ocorre por alguns fatores como
a própria hemodiluição após a reposição.
C - Incorreta: a presença de hipotensão indica choque hemorrágico grau III ou IV, mas não pode indicar a presença de choques
graus I e II.
D - Correta: o fibrinogênio é um dos primeiros elementos a serem consumidos na coagulopatia do trauma. 
E - Correta: a coagulopatia no trauma é multifatorial, ligada ao choque, à destruição tecidual, ao consumo de fatores de
coagulação e à diluição.
Gabarito letra C.

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447 - 2020 IO

Sobre os traumatismos raquimedulares em pediatria, julgue os itens a seguir. I. Os traumas raquimedulares sem lesão radiográfica
são mais comuns em crianças que em adultos e se apresentam em duas formas distintas, de acordo com a faixa etária acometida.
II. Os traumas raquimedulares sem lesão radiográfica costumam decorrer de traumas mais graves, quanto maior a idade de
ocorrência. III. As lesões medulares mais graves podem transcorrer com choque espinal, que pode persistir por até 4 semanas
após o trauma. IV. Mesmo em lesões medulares graves, menos de 10% dos pacientes costumam apresentar trauma craniano
associado. Pode-se afirmar que:

A) todos os itens estão certos.


B) apenas os itens I, II e IV estão certos
C) apenas os itens I e IV estão certos.
D) apenas os itens I, II e III estão certos.
E) apenas os itens I e III estão certos.

» Vamos avaliar as assertivas:


I: correta: devido a presença de estruturas mais cartilaginosas e maior flexibilidade, a presença de lesão medular sem
anormalidades radiológicas é mais comum em crianças do que em adultos. Cerca de dois terços dos casos de crianças com lesão
medular têm radiografias normais e, quando há imagem radiográfica, houve um trauma de maior intensidade. 
II: incorreta: diferente do que vimos na assertiva I. Isso seria verdade se fosse para a criança, aí sim representa uma lesão mais
intensa.
III: correta: o choque espinhal está associado a lesões graves da medula e podem persistir mesmo com tetraplegia por até 4
semanas após o evento.
IV: incorreta: nos TRM em pediatria, o TCE está presente em aproximadamente 50% dos casos.
Gabarito letra E.

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448 - 2020 HEJSN

Paciente masculino, 25 anos é trazido pelo SAMU 192 à sala de choque vítima de ferimento por arma de fogo com orifício de
entrada em quadrante superior direito do abdome, e orifício de saída no dorso à direita, com irritação peritoneal, mas
hemodinamicamente estável. Após as medidas de reanimação inicial é rapidamente levado a laparotomia exploradora com achado
de lesão transfixante de colo transverso grau III, com moderada contaminação fecal nesta topografia, lesão duodenal na segunda
porção grau IV e trauma pancreático grau III com laceração ductal (junção de ductos colédoco e pancreático principal). No caso
acima é dispensável a realização de:

A) Tomografia Computadorizada do Abdome e Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD)


B) RX de Tórax em AP
C) FAST (Focused Abdominal Sonography for Trauma)
D) Tipagem Sanguinea e Rh
E) As questões “a” e “c” estão corretas

» O que seria dispensável para este paciente?


TC e FAST não temos indicação. Radiografia de tórax, também não é essencial.
Mesmo o paciente estando estável, é provável que seja necessário alguma transfusão, então tipagem e Rh devem ser solicitados.
Logo, gabarito letra E.

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449 - 2020 HOA

Sobre queimaduras, assinale a correta:

A) As queimaduras de primeiro grau estão limitadas à derme, sem perda da integridade da barreira cutânea, sem bolhas. Há
apenas hiperemia como acontece nas queimaduras solares.
B) As queimaduras de segundo grau acometem a derme. As superficiais são eritematosas, dolorosas e com bolhas, e empalidecem
a compressão.
C) As queimaduras de segundo grau acometem somente a epiderme, sem perda da integridade da barreira cutânea, sem bolhas.
Há apenas hiperemia como acontece nas queimaduras solares.
D) As queimaduras de terceiro grau avançam além da derme e são caracterizadas por pele friável, altamente vascularizada e muito
dolorosa.

» Sobre queimaduras, vamos analisar cada uma das opções…


Letra A: As queimaduras de primeiro grau estão limitadas à EPIDERME. INCORRETA
Letra B: Queimaduras de segundo grau acometem toda a epiderme e se estendem até as porções superficiais da derme.
Apresentam a superfície rosada e úmida, a presença de bolhas são a sua grande marca e, além disso, são muito dolorosas.
CORRETA
Letra C: As queimaduras de segundo grau acometem até a DERME. Quem acomete somente a epiderme são as queimaduras de
PRIMEIRO GRAU. INCORRETA
Letra D: As queimaduras de terceiro grau acometem toda a epiderme e derme, chegando a acometer parte da hipoderme. A área
queimada se apresenta rígida enegrecida ou esbranquiçada (aspecto de cera) e se apresentam com pouca dor. INCORRETA
 
Resposta: letra B.

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450 - 2020 HMO - SA

Diante de uma criança que sofre parada cardiopulmonar (PCR), qual das alternativas está correta em relação ao suporte avançado
de vida e ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em pediatria?

A) Se houver indicação de desfibrilação, deverá ser feita na dose inicial de 6J/kg, sempre após a primeira dose de adrenalina.
B) Na RCP pediátrica, a sequência preconizada é a ABC, iniciando com 2 ventilações seguidas de 15 compressões, se o paciente não
estiver com via aérea definitiva.
C) Durante a intubação orotraqueal, usar lâmina reta até a idade de 8 anos.
D) Na RCP com via aérea definitiva, a frequência de ventilações é de 10 ventilações por minuto.

» Questão bem direta e objetiva. Segundo as atuais diretrizes do PALS (Pediatric Advanced Life Support), Avaliando as opções: A
(errada): se na parada cardiorespiratória o ritmo da criança for chocável, a dose inicial será de 2J/kg. B (errada): a sequência de RCP
deve ser a moderna "CAB" (circulação, via aérea, respiração). Para um ressuscitador sozinho, recomenda-se a relação de 15:2 de
massagens para ventilações, enquanto a relação 30:2 se estabelece com 2 socorristas. C (errada): as lâminas retas disponiveis são
00, 0 e 1, portanto utilizamos no máximo até 1º ano de vida. D (correta): após via áerea avançada o número de ventilações são 10/
minuto.

451 - 2020 IO

Segundo as diretrizes da American Heart Association de 2010, o tratamento pós-ressuscitação (pós-PCR) consiste em duas fases
gerais: abordagem imediata, em que se priorizam os sistemas respiratório e cardiovascular do paciente; e os cuidados de suporte,
quando se abrangem os demais órgãos e sistemas da criança. A respeito desse tratamento, assinale a alternativa correta.

A) Manter oxigenação e ventilação adequadas e evitar hiperóxia contribuem para redução do risco de lesões pós-parada
cardiorrespiratória (PCR).
B) No choque persistente após ressuscitação, considera-se a utilização de medicações vasoativas como noradrenalina ou
dobutamina, quando se identifica um choque normotensivo ou hipotensivo, respectivamente.
C) No exame neurológico, é importante avaliar sinais de herniação cerebral iminente, como miose pupilar bilateral, hipotensão
arterial sistêmica, taquicardia e irregularidades respiratórias.
D) Administrar grande quantidade de fluidos para corrigir a oligúria é uma das medidas mais importantes para restabelecer a
perfusão renal, independentemente da causa da oligúria.
E) Se o paciente apresentar trombocitopenia e houver hemorragia ativa, realizar transfusão de plaquetas (ABO e Rh compatíveis)
após prova cruzada.

» Vamos analisar as assertivas em relação ao tratamento pós ressuscitação da American Heart Association 2010:
A) Correta. Após a ressuscitação devemos manter oxigenação e ventilação adequadas e evitar hiperóxia. Isso contribui para a
redução do risco de lesões.
B) Incorreta. As aminas estão descritas na ordem contrária: o correto seria dobutamina no choque normotensivo e noradrenalina
no choque hipotensivo.
C) Incorreta. Um dos sinais de herniação cerebral iminente é a hipertensão arterial sistêmica e não hipotensão.D) Incorreta. A
oligúria, se for de causa renal ou pós-renal, não deve ser tratada com hiper-hidratação.E) Incorreta. Se o paciente apresentar
trombocitopenia e houver hemorragia ativa,  deve ser feito com transfusão de plasma ou sangue total.Portanto, a única correta é a
letra A, nosso gabarito.
452 - 2020 HEJSN

Paciente masculino, 25 anos é trazido pelo SAMU 192 à sala de choque vítima de ferimento por arma de fogo com orifício de
entrada em quadrante superior direito do abdome, e orifício de saída no dorso à direita, com irritação peritoneal, mas
hemodinamicamente estável. Após as medidas de reanimação inicial é rapidamente levado a laparotomia exploradora com achado
de lesão transfixante de colo transverso grau III, com moderada contaminação fecal nesta topografia, lesão duodenal na segunda
porção grau IV e trauma pancreático grau III com laceração ductal (junção de ductos colédoco e pancreático principal). Uma vez
identificadas as lesões, o melhor tratamento imediato no trauma para a lesão duodeno-pancreática descrita é:

A) Duodenorrafia, Reparo Ductal, Exclusão Pilórica


B) Cirurgia de Whipple
C) Damage Control
D) Duodenorrafia, Reparo Ductal e Drenagem Regional
E) Duodenorrafia, Reparo Ductal e Gastrostomia

» Estamos diante de um trauma duodenopancreático complexo, com comprometimento da ampola de Vater. Nessa situação, o
tratamento definitivo seria a duodenopancreatectomia (cirurgia de Whipple), procedimento associado a elevada mortalidade,
especialmente, no contexto de trauma. Assim sendo, recomenda-se a cirurgia de controle de danos.
Gabarito letra C.

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453 - 2020 HMAR

A principal hipótese diagnóstica em um paciente vítima de acidente motociclístico com trauma em região de transição tóraco-
abdominal a esquerda, associada à radiografia abaixo é:

A) Avulsão esplênica.
B) Hérnia diafragmática traumática.
C) Hemotórax maciço.
D) Pneumotórax hipertensivo.

» A imagem nessa questão é bastante elucidativa!


Vemos uma radiografia de tórax com presença de sonda nasogástrica no hemitórax esquerdo, compatível com hérnia
diafragmática por trauma. Ocorre por ruptura do diafragma, mais comum no lado esquerdo (do lado direito o fígado "bloqueia" a
ruptura diafragmática) sendo mais frequente em traumas contusos com aumento súbto da pressão abdominal por grande
transferência de energia cinética.
 
Resposta: letra B.

454 - 2020 HOA

O órgão sólido, mais comumente afetado nos traumas abdominais fechados é:

A) Pâncreas.
B) Duodeno.
C) Fígado.
D) Baço.

» De acordo com o ATLS, o baço é a víscera mais comumente acometida no trauma contuso de abdome. A segunda seria o fígado.
Gabarito letra D.

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455 - 2020 HEVV

Com relação ao traumatismo do trato urinário, analise as seguintes afirmativas: I. trauma renal grau III: paciente estável
hemodinamicamente sem hematoma retroperitoneal em expansão.Conduta:Tratamento conservador + drenagem do trato urinário
(duplo j ou nefrostomia). II. lesão vesical extraperitoneal: paciente estável hemodinamicamente sem envolvimento do colo vesical.
Conduta: Tratamento conservador + sondagem vesical de demora ou cistostomia. III. lesão ureteral (laceração completa): paciente
instável hemodinamicamente. Conduta: Ligadura do ureter ou nefrostomia seguida de correção cirúrgica definitiva tardia. IV. lesão
da uretra anterior: paciente estável hemodinamicamente. Conduta: Correção cirúrgica aberta imediata deve ser realizada. Estão
CORRETAS as afirmativas:

A) I e II apenas.
B) I e IV apenas.
C) II e III apenas.
D) I, II e III.
E) I, II, III e IV.

» Vamos avaliar as assertivas:


I: Incorreta. De fato a conduta é conservadora, mas não existe a indicação de drenagem do trato urinário. Lesão grau III
apresenta mais de 1 cm de profundidade no córtex renal, sem extravasamento de urina ou lesão de sistema coletor.
II: Correta. Sempre devemos avaliar se a lesão é intra ou extra peritoneal. Na lesão extra, a conduta pode ser conservadora, com a
drenagem por 10-14 dias.
III: Correta. a laceração ureteral completa não deve ser resolvida no primeiro momento em um paciente instável. A melhor
conduta é ligar o ureter e reimplantá-lo em um segundo momento.
IV: Incorreta. a conduta ideal no trauma de uretra é permitir a drenagem da urina, com uma cistostomia, e corrigir o defeito
uretral em um segundo momento, mesmo em pacientes estáveis.
Gabarito letra C.

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456 - 2020 HEJSN

Paciente masculino, 25 anos é trazido pelo SAMU 192 à sala de choque vítima de ferimento por arma de fogo com orifício de
entrada em quadrante superior direito do abdome, e orifício de saída no dorso à direita, com irritação peritoneal, mas
hemodinamicamente estável. Após as medidas de reanimação inicial é rapidamente levado a laparotomia exploradora com achado
de lesão transfixante de colo transverso grau III, com moderada contaminação fecal nesta topografia, lesão duodenal na segunda
porção grau IV e trauma pancreático grau III com laceração ductal (junção de ductos colédoco e pancreático principal). Na lesão
cólica a melhor opção cirúrgica é:

A) colorrafia em dois planos


B) colorrafia em plano único
C) colostomia proximal de transverso e síntese de coto distal
D) colostomia em alça do colo transverso exteriorizando a lesão
E) colectomia segmentar direita com síntese do coto distal e ileostomia terminal proximal

» Estamos diante de um trauma complexo de abdome. Veja o número de lesões que encontramos. Qual a melhor conduta? Cirurgia
para o controle de danos. Nestes casos, não devemos nos preocupar com anastomoses intestinais, mas sim, conter a
contaminação mais grosseira e realizar as devidas drenagens. Entre as opções a melhor resposta é a letra D, em que somente
exteriorizamos uma ostomia garantindo o transito do conteúdo sem realizar suturas ou rafias.
Gabarito letra D.

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457 - 2020 SMS - GO

Paciente masculino idade média aproximada de 28 anos, retirado do carro em BR 153, trazido pelo SAMU após capotamento em
viaduto. Foi intubado no local por Glasgow de 6. Deu entrada no hospital com pupilas mióticas, isocóricas, PA: 140 x 90 mm Hg,
abdome flácido, ausculta respiratória com murmúrio vesicular presente bilateralmente. Tomografia de crânio evidenciava lesões
hemorrágicas puntiforme em corpo caloso. A causa mais provável do rebaixamento do nível de consciência:

A) Hematoma extradural.
B) Lesão axonal difusa - LAD.
C) Abdome agudo com lesão esplênica.
D) Inchaço cerebral - Brain swelling.

» A presença de lesões hemorrágicas puntiformes em corpo caloso e, sobretudo, a ausência de outras lesões expansivas falam a
favor de Lesão axonal difusa (LAD). A LAD é uma lesão grave que ocasiona coma por mais de 6h e é causada por ruptura de
prolongamentos de axônios. Dependendo da gravidade da lesão, a mortalidade pode chegar até 51%. O tratamento é apenas com
suporte clínico e não há indicação de intervenção cirúrgica.
Gabarito letra B.

458 - 2020 HUOL

O cuidado local com a área queimada é, ao lado do atendimento inicial, o fator determinante da evolução do paciente queimado.
Sobre tais cuidados,

A) queimaduras de primeiro grau se caracterizam por hiperemia e dor intensa e devem ser tratadas com curativos oclusivos e
trocas diárias.
B) queimaduras que demorem mais do que 2 a 3 semanas para epitelização devem ser tratadas com excisão e enxertia.
C) queimaduras de espessura parcial, atingindo as extremidades, podem necessitar de escarotomias para prevenir a síndrome
compartimental.
D) queimaduras de espessura total, desde que localizadas em áreas de pele mais frouxa, podem cicatrizar por contração da ferida
sem o risco de sequelas significativas .

» Em relação as queimaduras, vamos avalair as alternativas:


A- incorreta: as queimaduras de primeiro grau não exigem tratamento específico. Quando necessário, indicamos o uso de cremes
hidratantes e AINE's para analgesia.
B- Correta: apesar do ideal ser a excisão prococe do tecido necrótico, quando pensamos nas queimaduras de 2o grau profundas e
nas de espessura total, devemos sim realizar a enxertia. Para as lesões que não cicatrizam com 15 dias também. Nestes casos
realizamos a excisão e a enxertia.
C- Incorreta: geralmente as quemiaduras de espessura total acabam indicando a realização de uma escarotomia, não as de 2o
grau.
D- Incorreta: as queimaduras de espessura total são melhores tratadas com enxertia.
Gabarito letra B.

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459 - 2020 HEJSN

No Trauma Cervical, qual das afirmativas abaixo é incorreta:

A) As Zonas I e III têm particularidades relacionadas com estruturas vizinhas (Tórax e Crâneo)
B) A Zona II é de fácil exposição cirúrgica
C) Os ferimentos da Zona I associam-se a alta mortalidade
D) A Zona III é a de acesso cirúrgico mais difícil
E) A Zona I inclui a área acima do ângulo da mandíbula até a base do crâneo.

» Vamos relembrar as zonas do trauma cervical:


Zona I: Vai da fúrcula esternal até o nível da cartilagem cricoide;
Zona II: Da cartilagem cricoide até o ângulo da mandíbula;
Zona III: Do ângulo até a base do crânio.
Agora que já dominamos cada região, vamos analisar as alternativas:
A) Correta. A zona I está intimamente relacionada ao tórax, já a zona III, ao crânio.
B) Correta. A zona II é a mais extensa e não apresenta sobreposições ósseas, portanto, é a de melhor exposição.
C) Correta. A zona I fica intimamente ligada aos vasos nobres na saída do arco aórtico, por isso, está associada a alta mortalidade.
D) Correta. Como vimos, vai do ângulo da mandíbula até a base do crânio, região irregular, com sobreposição muscular, óssea e
aérea tecnicamente de difícil acesso.
E) Incorreta. A zona III compreende esta região. A zona I é a mais distal das três e vai da fúrcula à cartilagem cricoide.
Gabarito letra E.

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460 - 2020 SMS - GO

Rapaz de 16 anos caiu do 3 andar de uma casa enquanto tentava arrumar uma lâmpada queimada. Foi atendido por equipe básica
do SAMU com sinais de desorientação e agitação, pele fria e sudoreica, queixando de dor intensa em transição tóraco abdominal a
direita. Levado ao hospital em protocolo de trauma. Avaliado pelo residente da cirurgia geral do plantão que evidencia ECG 12,
fratura exposta em membro superior direito, FR: 32 irpm, FC: 112 bpm, oscilação paradoxal em parede torácica a direita, quando foi
perguntado por seu staff qual a melhor conduta neste momento:

A) Drenagem torácica.
B) Imobilização do membro superior direito para reduzir o sangramento.
C) Analgesia, bloqueio dos intercostais e oxigênio.
D) Intubação e ventilação mecânica.

» Paceinte com quadro compatível com tórax instável e provável contusão pulmonar associada. Qual a conduta? Lembre-se que o
que compromete o quadro clínico nestes casos são a dor e a contusão. Inicialmente a conduta é conservadora com analgesia,
suporte com O2 e evitar a hiper hidratação.
gabarito letra C.

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461 - 2020 HUOL

A cicatrização de feridas é um processo biológico dinâmico e depende de diversos fatores (intrínsecos e extrínsecos) para alcançar
o resultado ideal: uma cicatriz flexível, plana, de coloração próxima à pele circundante e sem limitação de movimentos . Em relação
aos fatores que influenciam a qualidade de uma cicatriz,

A) a mobilização e massagem precoces (24 horas) da ferida cirúrgica ajudam a produzir um melhor resultado de cicatriz.
B) o fechamento da ferida cirúrgica em planos distintos minimiza o espaço morto e o risco de coleções, além de diminuir a tensão
na pele e favorecer um melhor resultado.
C) o uso de cremes à base de corticosteroides promove uma diminuição da atividade dos fibroblastos e se mostrou efetivo na
prevenção de cicatrizes hipertróficas e/ou queloides.
D) a excisão cirúrgica seguida de radioterapia é o tratamento de escolha para cicatrizes hipertróficas e queloides, pelo seu baixo
índice de complicações e recidivas.

» Em relação a cicatrização, vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: nas primeiras 24 horas ocorre o início da epitelização e o cisalhamento acaba atrapalhando este processo.
B- Correta: vamos deixar claro que nem sempre este fechamento em planos é necessário. Mas a aproximação de planos mais
profundos deve ser feita para minimizar o volume de espaço morto, com isso reduzimos o risco de complicações como seroma,
hematoma.
C- Incorreta: cremes a base de corticoides não devem ser utilizados. Em alguns casos indica-se o uso de acetaminofeno injetável e
não a base de creme. 
D- Incorreta: Os queloides tendem a apresentar recidivas no local. A recorrência em alguns estudos chega a ser de 100%. E a
ressecção não é a terapia de primeira escolha.
Gabarito letra B.

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462 - 2020 SMS - GO

Homem de 40 anos previamente hígido relata que foi agredido com arma branca por inquilino quando o mesmo foi cobrar o
aluguel atrasado. Foi levado por transeuntes à UPA mais próxima. No local encontrava-se com FR: 32 irpm, FC: 115 bpm queixando
de dor intensa em hemitórax à direita próximo ao local do orifício de entrada da faca, SaO2: 89% MV, diminuído à direita, pele fria
sudoreica. Qual a primeira conduta:

A) Rx de tórax.
B) Avaliação completa com tomografia de corpo inteiro.
C) Drenagem pleural fechada em selo d'agua.
D) Intubação orotraqueal pois está dessaturando.

» Repare que o paciente apresenta um quadro compatível com pneumotórax, mas veja que não é hipertensivo ou de provável
hemotórax. Qual deve ser a conuta? Drenagem em selo d'água. 
Gabarito letra C.

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463 - 2020 HEVV

Sobre o trauma abdominal é CORRETO afirmar:

A) ferimentos por projéteis de alta velocidade transferem menos energia cinética ás vísceras abdominais.
B) no ferimento abdominal por arma de fogo o órgão mais acometido é o fígado.
C) no trauma abdominal fechado o órgão mais acometido é o baço.
D) na avaliação inicial do sangramento intra-abdominal o exame de escolha é o lavado peritoneal diagnóstico.
E) o exame de escolha para avaliação de lesão duodenal retro peritoneal é o rx simples de abdome.

» Em relação ao trauma abdominal:


A- Incorreta: muito pelo contrário, eles acabam transferindo mais energia cinética.
B- Incorreta: no trauma penetrante por arma branca, o fígado é o mais acometido. Nas lesões por PAF, é o intestino delgado.
C- Correta: de acordo com o ATLS, a víscera mais comumente acometida é o baço.
D- Incorreta: isso dependete do tipo de trauma e do status hemodinâmico do pacientes.
E- Incorreta: O melhore exame seria a TC.
Gabarito letra C.

Video comentário: 243048

464 - 2020 PUC - PR

Augusto, 20 anos de idade, é levado ao pronto-socorro com ferimento toraco-abdominal por arma branca, em hemi- tórax
esquerdo, acima do rebordo da última costela na linha hemiclavicular. Está alerta, bem orientado e hemodinamicamente estável. A
radiografia de tórax revela pneumotórax de 40 %. Após avaliação inicial desse paciente, os passos subsequentes consistem em

A) exploração do local do ferimento e drenagem de tórax.


B) observação clínica rigorosa intra-hospitalar.
C) exploração do local do ferimento e controle radiológico do tórax em 6 horas.
D) drenagem de tórax e videolaparoscopia.
E) drenagem de tórax, observação clínica rigorosa e controle radiológico de tórax em 6 horas.

» Qual a conduta em um paciente vítima de um trauma penetrante por arma branca, na transição tóraco-abdominal, que está
estável hemodinamicamente? O nosso grande medo é o risco de uma lesão diafragmática e o acometimento dos dois
compartimentos. É claro que vamos drenar o tórax deste paciente, no entanto, para avaliarmos se houve ou não lesão
diafragmática e, como o paciente está estável, devemos indicar uma videolparoscopia diagnóstica.
Gabarito letra D.

Video comentário: 231254


465 - 2020 HEVV

Paciente da entrada no pronto socorro vítima de atropelamento. Na avaliação inicial apresenta pressão arterial 80/40 mmhg,
frequência cardíaca 115 bpm, frequência respiratória 30 irm, turgência jugular, ausência de murmúrio vesicular a direita, saturação
85%. Está lucido e responde ao comando verbal. Após ofertar oxigênio a medida seguinte é?

A) realizar RX tórax.
B) iniciar reposição volêmica para corrigir a hipotensão.
C) realizar intubação orotraqueal em função da saturação de oxigênio.
D) realizar tomografia de tórax.
E) realizar descompressão no segundo espaço intercostal direito.

» O enunciado nos descreve um quadro clínico compatível com pneumotórax hipertensivo.


Qual a conduta? TOracocentese de alívio. O que gerou um pouco de discussão foi a localização da punção que não está de acordo
com as referências mais atuais.
Gabarito letra E.

Video comentário: 243049

466 - 2020 HEVV

São indicações de via aérea definitiva no trauma, EXCETO:

A) oximetria de pulso abaixo de 90%.


B) risco de bronco aspiração.
C) queimadura de via aérea.
D) escala de coma de Glasgow abaixo de 9.
E) apneia.

» De acordo com o ATLS 10a edição temos:


Proteção de vias aéreas: Fraturas maxilofaciais com risco de aspiração sanguínea, hematoma cervical, lesão de traquéia ou larínge,
estridor, queimadura de face, lesão por inalação, Glasgow 8 ou menor e agitação.
Necessidade de melhor oxigenação: Taquipneia, hipóxia, hipercapnia, cianose, falência de musculatura respiratória, uso de
musculatura acessória, apnéia ou rebaixamento de consciência.
Ou seja, somente a saturação abaixo de 90% não é uma indicação. 
Gabarito letra A.

Video comentário: 243050


467 - 2020 HEDA

Paciente do sexo masculino, 37 anos, vítima de colisão moto x anteparo veio trazido pelo SAMU em colar e prancha rígida com
histórico de perda da consciência no local, hálito etílico, agressivo e contido. O enfermeiro do transporte relata que os sinais vitais
estavam estáveis no local, mas ele se tornou agressivo, agitado e mais taquipneico no trajeto. Relata ainda que houve grande
deformidade da motocicleta conduzida pelo paciente. Ao exame inicial você encontra vias aéreas pérvias, murmúrio vesicular
abolido no hemitórax direito e turgência jugular. Ausculta cardíaca normal. Qual a melhor conduta neste momento?

A) Prosseguir para o C conforme ATLS para definir a próxima conduta, já que a drenagem torácica estará indicada somente se
houver queda de pressão arterial.
B) Calcular o Glasgow e, pela agitação e hálito etílico provavelmente o paciente deverá ter uma via aérea definitiva garantida.
C) Encaminhar para a sala de RX para avaliar a necessidade de drenagem torácica.
D) Realizar a punção de Marfan, pois trata-se de um quadro de contusão torácica de alta energia com tamponamento cardíaco.
E) Realizar toracocentese de alívio no 2 espaço intercostal, linha hemiclavicular ou 5 espaço na linha axilar anterior para regredir o
pneumotórax hipertensivo e em seguida drenar o tórax.

» Mesmo não sabendo a PA do paciente, ele apresenta alguns achados que falam a favor de um quadro de instabilidade. Além disso
encontramos vias aéreas pérvias, murmúrio vesicular abolido no hemitórax direito e turgência jugular. Ausculta cardíaca normal, o
que nos faz pensar em pneumotórax hipertensivo.
Logo, gabarito letra E. Só vamos deixar a ressalva de que o local da punção não está de acordo com aqui;lo que é preconizado pela
10a edição do ATLS.
Gabarito letra E.

Video comentário: 254434

468 - 2020 FUBOG

A tríade de Beck, encontrada no tamponamento cardíaco é constituída por:

A) estase jugular, hipotensão e abafamento de bulhas cardíacas.


B) estase jugular, taquicardia e arritmias.
C) estase jugular, hipotensão e choque hemorrágico IV.
D) estase jugular, hipertimpanismo e desvio de mediastino.

» A apresentação clínica é conhecida como tríade de Beck, presente em uma minoria dos casos de tamponamento cardíaco, é
composta por estase jugular (distensão das veias do pescoço), abafamento de bulhas cardíacas e hipotensão arterial. É um quadro
que denota gravidade, já com repercussão hemodinâmica importante. Esses pacientes podem apresentar ainda taquicardia,
geralmente sinusal. A quantidade de líquido necessária para produzir esse estado crítico pode ser de apenas 200 ml quando o
líquido se desenvolve rapidamente ou até > 2.000 mL nos derrames de aparecimento lento (pois o pericárdio teve a oportunidade
de distender e se adaptar ao aumento do volume). Pode haver redução da amplitude dos complexos QRS e alternância elétrica das
ondas P, QRS ou T.
 
Gabarito: A.

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469 - 2020 HEVV

Sobre o choque no trauma é correto afirmar, EXCETO:

A) a hemorragia é a causa mais comum de choque no trauma.


B) fratura de pelve isolada pode cursar com choque grave.
C) a primeira alteração no choque hemorrágico é a queda da pressão arterial.
D) o choque neurogênico se caracteriza por hipotensão e frequência cardíaca normal ou diminuída.
E) lesões intracranianas isoladas não causam choque.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Correta: vamos lembrar que todo paciente vítima de trauma, hipotenso, até se prove o contrário apresenta choque hemorrágico
hipovolêmico.
B- Correta: uma das casuas do choque hipovolêmico são as fraturas de pelve.
C- Incorreta: A primeira alteração no choque hemorrágico é a taquicardia. Hipotensão só ocorre nas perdas classes III e IV.
D- Correta: e essa é a grande característica deste tipo de choque, que ocorre devido a perda da inervação simpática.
E- Correta: o volume de sangramento não é suficiente para gerar a instabilidade.
Gabarito letra C.

Video comentário: 243051

470 - 2020 HEDA

Pacientes com traumas de grande energia apresentam chance de lesão do trato genitourinário. Apesar de menos frequentes que
as lesões de órgãos parenquimatosos, sempre devemos suspeitar desta possibilidade para que não passem desapercebidos ou
condutas sejam tomadas que possam piorar o prognostico. Assinale a alternativa correta sobre a manifestação clínica e a conduta
a ser tomada frente a suspeita destas lesões.

A) Se houver fratura de bacia ao exame físico do quadril, passar sonda vesical somente se não houver hematoma perineal
associado.
B) Suspeitar de lesão uretral sempre que houver sangue no canal uretral, hematoma perineal ou fratura de ossos da pelve.
C) Se o paciente estiver consciente, questionar se estava com a bexiga cheia no momento do acidente. Se resposta positiva, realizar
uretrocistografia retrógrada.
D) Após avaliação abdominal com FAST positivo, realizar Uretrocistografia retrógrada para garantir que o liquido abdominal não é
urina.
E) Passar a sonda uretral de alívio antes de cateterismo de demora com foley, para evitar falso trajeto em caso de lesão uretral.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: não é somente a presença de hematoma que contraindica a sondagem.
B- Correta: estes são os achados compatíveis com lesão de uretra.
C- Incorreta: essa avaliação não guarda relação com risco de lesão.
D- Incorreta: o FAST positivo indica a presença de liquido, mas não devemos indicar a uretrocistografia retr;ograda somente por
isso.
E- Incorreta: a sonda de foley já pode ser [assada inicialmente se não houver suspeita de lesão de uretra.
Gabarito letra B.

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471 - 2020 PMFI

Sobre hemorragias, assinale a alternativa correta:

A) Em amputações de extremidades, o torniquete é sempre a primeira opção.


B) Mesmo em sangramentos vultuosos, a compressão é maneira mais adequada de se tratar o paciente.
C) O acesso venoso central em geral tem sua velocidade de infusão maior que o acesso venoso periférico.
D) O acesso venoso central tem seu sítio de punção sempre no tronco do paciente.

» Vamos avalair as alternativas:


A- Incorreta: a primeira opção é a compressão. Os torniquetes até podem ser utilizados, mas é uma medida extrema e deve ser
evitada.
B- Correta: a compressão é a medida inicial e ideal para as hemorragias externas.
C- Incorreta: muito pelo contrário. No acesso venoso periférico o volume acaba sendo infundido de maneira mais rápida.
D- Incorreta: quando necessário, se algum procedimento estiver sendo feito no tronco, o acesso periférico deve fugir deste sítio de
punção.
Logo, gabarito letra C.

Video comentário: 239167

472 - 2020 FUBOG

O choque é uma emergência médica caracterizada pela incapacidade do coração e vasos sanguíneos em irrigar todos os tecidos do
corpo com oxigênio e fontes de energia suficientes. A PRINCIPAL causa de choque nos pacientes politraumatizados é:

A) séptico.
B) hemorrágico.
C) obstrutivo.
D) misto.

» Uma máxima na avaliação de um paciente vítima de trauma é que todo paciente vítima de trauma, hipotenso, até se prove o
contrário apresenta choque hemorrágico e hipovolêmico.
Logo, gabarito letra B.

Video comentário: 229557


473 - 2020 HEVV

Homem 21 anos chega na emergência trazido pelo resgate após queda de moto. Não usava capacete. Seu Glasgow inicial é 8. Está
hemodinamicamente estável. Neste caso é INCORRETO afirmar que:

A) a imobilização cervical precoce é necessária.


B) após avaliação inicial uma tomografia de crânio deve ser realizada.
C) uma via aérea definitiva deve ser estabelecida.
D) a hiperventilação agressiva deve ser estabelecida o mais precoce possível e mantida para diminuir a pco2 e diminuir o edema
cerebral.
E) uma avaliação pelo neurocirurgião deve ser o mais precoce possível.

» Vamos avaliar as alternativas:


A- Correta: vamos lembrar que na letra A do "ABCDE" devemos nos preocupar com a coluna cervical e as vias aéreas.
B, C e E- Corretas: paciente apresenta um TCE grave. Ou seja, devemos sempre pensar em uma via aérea artificial e a TC, assim
como no TCE moderado, sempre vai estar indicada, assim como a avaliação da equipe neurocirúrgica. 
D- Não devemos hiperventilar esse paciente de imediato para evitar uma diminuição do débito cardíaco. Em casos selecionados de
hipertensão intracraniana, uma das medidas possíveis é a hiperventilação para manter a PCO2 entre 30 e 35 mmhg que resulta em
diminuição da pressão intracraniana por aumento de vasoconstrição.
Gabarito letra D.

Video comentário: 243052

474 - 2020 PMFI

Durante seu fim de semana, você presencia um atleta sofrer um acidente de bicicleta no parque, apresentando um sangramento
arterial em grande volume braço direito. Nessa situação, como você procede:

A) Liga imediatamente para um médico, aguardando no telefone até as informações serem registradas.
B) Atende o acidentado, orientado compressão efetiva no sítio do sangramento, que pode ser realizada pela própria vítima.
C) Desloca-se imediatamente para o serviço de saúde mais próximo, retornando com auxílio médico.
D) Realiza imediatamente um torniquete com qualquer tipo de tecido no braço direito.

» Quando o enunciado cita você, ele está aceitando que "você" é apto a realizar o atendimento como um médico. Então você sendo
ou não formado, você vai se considerar como apto.
O que fazer? Inicialmente, vamos prestar o atendimento seguindo o ABCDE do trauma. Repare que o enunciado menciona um
sangramento arterial volumoso. Lembre-se que no C, do ABCDE, devemos fazer a reposição e o controle da hemorragia, que deve
ser feito com a compressão direta do vaso sangrante.
Logo, gabarito letra B.

Video comentário: 239168


475 - 2020 PUC - PR

Em relação às atualizações do ATLS 10a edição, analise as assertivas a seguir e assinale a alternativa CORRETA. I. A toracocentese de
alívio na população pediátrica frente a um pneumotórax hipertensivo é realizada no 5 EIC anterior à linha axilar média. II. A
intubação assistida por drogas está indicada a partir desta última edição em pacientes com Escala de coma de Glasgow menor ou
igual a 9. III. O protocolo de reanimação maciça é caracterizado por um paciente politraumatizado que recebeu mais de 10
unidades de hemocomponentes nas primeiras 24 horas ou 6 unidades na primeira hora. IV. O uso de ácido tranexâmico deverá ser
prescrito em pacientes chocados graves, em até 3 horas após o trauma e a dose habitual de ataque na admissão é de 1 grama EV
diluído.

A) Somente II, III e IV estão corretas.


B) Somente I, II e III estão corretas.
C) Somente III e IV estão corretas.
D) Somente II está correta.
E) Somente IV está correta.

» Questão bem específica que pergunta diretamente sobre a 10a edição do ATLS:
Vamos avalair as assertivas:
I: Incorreta: para a população adulta, notadamente naqueles com panículo adiposo avantajado, a 10 edição indica que este seria o
local mais ideal. Agora, para a população pediátrica, o ponto de refência se manteve o 2o EIC, na linha hemiclavicular.
II: Incorreta: continua sendo menor igual a 8.
III: Incorreta: mais do que 10 unidades em 24 horas ou mais do que 4 unidades na primeira hora.
IV: Correta: após as 3 primeiras horas, ele não deve ser indicado. Além disso, a segunda dose, de 1g, deve ser infundida em oito
horas, em ambiente hospitalar.
Gabarito letra E.

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476 - 2020 HAC - PR

Criança vítima de acidente automobilístico com traumatismo crânio-encefálico apresente hipotensão arterial e bradicardia
persistentes após a infusão de cristaloide endovenosa. O que deve ser considerado?

A) Choque neurogênico
B) Choque hipovolêmico hemorrágico
C) Hipertensão intracraniana
D) Tamponamento cardíaco
E) Pneumotórax hipertensivo

» A presença de hipertensão, bradicardia e irregularidade respiratória, conhecida como tríade de Cushing, sugere hipertensão
intracraniana. No entanto, o paciente está com HIPOTENSÃO. Nesse caso, temos que pensar em choque neurogênico, que
está relacionado a presença de hipotensão, bradicardia e instabilidade térmica. 
Resposta: letra A.

Video comentário: 242054


477 - 2020 UNIRV

Paciente M.F., 24 anos, sexo feminino, vitima de acidente motociclístico há 1 hora. dá entrada na emergência com intensa dor em
hemiabdome esquerdo. Ao exame , encontra-se em BEG, eupneica, consciente e orientada, escoriações em braço, ombro,
hemitórax e flanco esquerdos; murmúrio vesicular presente bilateralmente e sem ruídos adventícios. FC: 90 bpm, PA: 11 X 8 cmHg.
Apresenta dor e defesa à palpitação difusa do abdome. Exames complementares: Hb:12,8 GB 9.000(2% bastonetes), creatina: 1,0.
Radiografia tórax e bacia: normais FAST: liquido livre em moderada quantidade. Assinale a melhor conduta:

A) Tomografia computadorizada de abdome.


B) Observação clínica com Hb/Ht seriado.
C) Lavado peritonial diagnóstico.
D) Laparotomia exploradora.

» Questão que gerou muita discussão e que poderia ter sido anulada.
A dúvida é, este trauma contuso de abdome em que a paciente apresenta dor e defesa à palpitação difusa do abdome é cirúrgico?
Se considerarmos este achado como compatível de irritação peritoneal, devemos indicar a laparotomia, caso contrário não.
Primeiro ponto que gera confusão, mas vamos pensar como não sendo irritação peritoneal pois não temos relato de
descompressão dolorosa. Sem irritação iríamos realizar a TC, que foi o gabarito liberado. Mas veja como fica confuso o raciocínio.
A banca libeoru como gabarito a letra A, mas como vimos, a questão gera margem a discussão.

Video comentário: 252795

478 - 2020 HEDA

Homem de 39 anos foi trazido pelo SAMU ao pronto socorro do HEDA, vítima de ferimento por uma faca em zona II cervical à
esquerda. Com base nesse caso, assinale a alternativa que apresenta a circunstância em que não está indicada a cervicotomia
explorada no tipo de lesão do paciente.

A) presença de lesão de músculo cervical.


B) sinais de saída de ar pelo orifício da lesão.
C) presença de sangramento ativo pelo orifício.
D) presença de hematoma cervical em expansão.
E) presença de saliva no orifício da lesão

» Nas lesões cervicais, a presença de lesão óbvia indica a abordagem cirúrgica: lesões vasculares, do trato aerodigestivo, indicam a
abordagem cirúrgica. 
A simples presença de lesão muscular não indica obrigatoriamente a exploração.
Gabarito letra A.
479 - 2020 HMDI

Qual dos testes abaixo NÃO é utilizado para avaliar a coordenação e equilíbrio?

A) Prova de Romberg.
B) Prova índex-nariz.
C) Reflexo corneano.
D) Avaliação da marcha.

» O exame de coordenação motora e equilíbrio é uma etapa fundamental do exame neurológico. Vamos analisar as alternativas: A)
Prova de Romberg fornece informações importantes sobre a sensibilidade profunda. Cuidado com interpretações erroneas. O
paciente é solicitado que fique em posição ortostática com os pés unidos e braços ao longo do corpo. O examinador posiciona-se
de modo a garantir a segurança do paciente, caso ele caia em uma eventual resposta positiva. Por fim solicite ao paciente para
fechar os olhos, Ao retirar a visão, os pacientes com lesão vestibular ou proprioceptivo tenderão a desequilibrar e cair. Faz parte da
avaliação de equilíbrio estático B) Prova index-nariz - é solicitado ao paciente que estenda o membro superior completamente e
depois toque na ponta do nariz com o indicador. Avalia coordenação motora e durante o exame você pode observar se há
presença de dismetria, tremor de ação ou decomposição do movimento. C) O reflexo corneano não faz parte da avaliação de
coordenação e equilíbrio . É realizado no exame dos nervos cranianos. aferencia dada pelo nervo trigêmio e a eferência dada pelo
nervo facial. Ele é realizado com um toque delicado na córnea com um algodão e a resposta esperada é a piscada direta e
consensual D) Avaliação da marcha - Solicitar o paciente para andar, trata-se de uma avaliação do equilíbrio dinâmico. Há vários
padrões de marcha patológica, como ceifante (AVC), talonante(lesão no cordão posterior), pequenos passos (parkinsoniana)...
Resposta letra C

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480 - 2020 HEDA

Sobre a síndrome compartimental abdominal é CORRETO afirmar que

A) em pacientes que não apresentem DPOG, o aumento da pressão intra-abdominal não causa dificuldade para a ventilação, nem
taquipneia.
B) a hiper-hidratação não está relacionado com a síndrome compartimental abdominal.
C) a diminuição do retorno venoso por compressão da veia cava e porta é causada por pressões intra-abdominais em torno de 13
mm Hg
D) a cirurgia para descompressão abdominal deverá ser cogitada em pacientes com pressão intra-abdominal em torno de 12 mm
HG, de maneira precoce.
E) cirurgia de controle de danos com ""empacotamento"" do abdômen com compressas é um dos fatores predisponentes em
pacientes de trauma ao desenvolvimento da síndrome compartimental.

» Vamos avalair as alternativas:


A- incorreta: a DPOC pode agravar, mas mesmo para os pacientes sem DPOC o quadro ventilat;orio irá se complicar.
B- incorreta: com a hiper hidratação, além do acúmulo de líquidos, o apciente pode apresentar edema de alça instesinal.
C- incorreta: as pressões maiores do que 21mmHg são mais relacionadas.
D- incorreta: a cirurgia vai estar sempre indicada para PIA > 25mmHg.
E- Correta: o empacotamento com compressas acaba auamentado o volume intra abdominal e, consequenetemente a PIA.
Gabarito letra E.

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481 - 2020 HUOL

O correto tratamento do trauma abdominal penetrante é essencial para aumentar a chance de sobrevivência do paciente. Segundo
o Consenso do Colégio Brasileiro de Cirurgia,

A) o lavado peritoneal deve ser o método preferencial para o diagnóstico de penetração na cavidade peritoneal.
B) está recomendado o uso de antibióticos para pacientes em tratamento conservador.
C) está recomendado o uso de hipotensão permissiva.
D) o exame físico seriado isoladamente não é confiável para a indicação de laparotomia exploradora.

» Em relação ao trauma abdominal penetrante, vamos avaliar as alternativas:


A- Incorreta: o método preferencial acaba sendo a exploração digital. 
B- Incorreta: se não houver sinais de infecção, a profilaxia com antibiótico não está indicada.
C- Correta: este é um conceito mais atual sobre o paciente vítima de trauma. Não devemos elevar de maneira demasiada a PA do
paciente.
D- Incorreta: o exame físico, quando confiável, pode demonstrar a presença de abdome cirúrgico.
Gabarito letra C.

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482 - 2020 PMFI

O trauma é responsável por um elevado número de mortes no Brasil. Com a sistematização em seu atendimento, o objetivo
principal é reduzir a ""Tríade mortal"" consequentemente reduzindo a mortalidade. O que compreende a referida tríade:

A) Acidose metabólica, hipotermia e coagulopatia.


B) Acidose respiratória, hipertermia, coagulopatia
C) Hipocalemia, hipertermia, alcalose metabólica
D) Acidose metabólica, hipotermia e hiponatremia

» A tríade letal ou tríade da morte é composta por: HIPOTERMIA + COAGULOPATIA + ACIDOSE METABÓLICA.
Logo, gabarito letra A.

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483 - 2020 UNIRV

Paciente de 35 anos, vítima de acidente motociclístico, com trauma direto em bacia por compressão, junto ao tanque da
motocicleta. Não apresentou lesões associadas (crânio, tórax, abdome), exceto por escoriações em membro superior direito. Após
avaliação inicial (ABCDE), apresentou dificuldade para urinar, porém tinha RX de bacia normal. Qual a melhor hipótese diagnóstica
e conduta?

A) Trauma de bexiga extraperitonial, sondagem vesical de demora.


B) Trauma de uretra bulbar, uretrografia retrógrada e cistostomia.
C) Trauma de uretra posterior, uretrografia retrógrada e cistostomia.
D) Trauma de uretra prostática, uretrografia retrógrada e sondagem vesical de demora.

» Paciente com trauma de períneo em tanque de motocicleta (mesmo mecanismo de queda a cavaleiro) e dificuldade para urinar. A-
Incorreta. trauma de bexiga extraperitonial não cursa com dificuldade de urinar. a clínica seria hematúria.
B- Correta. Lesões a cavaleiro e trauma direto sobre períneo causam lesão de uretra membranosa. A conduta deve ser
uretocistografia retrógrada para carcterizar e identificar a lesão. deve-se evitar sondagem de demora para não causar
agravamento de lesão uretral.
C- Incorreta. O trauma de uretra posterior ocorre geralmente após fratura de bacia por compressão lateral, ocasionando
rompimento de uretra membranosa. no toque retal a próstata está localizada mais cranial.
D- Incorreta, a uretra prostática também faz parte da uretra posterior.
Gabarito letra B.

Video comentário: 252800

484 - 2020 UNIRV

Paciente de 40 anos, trabalhador de companhia elétrica, dá entrada em atendimento de emergência vítima de queimadura elétrica
de alta voltagem. A entrada da corrente elétrica foi na mão direita e saída na panturrilha esquerda, onde há uma área de cerca de 4
cm cúbicos de queimadura de terceiro grau. Apresenta dor na perna, porém com pulso pedioso normal, boa perfusão, preservação
motora e de sensibilidade. Paciente recebe alta, porém retorna 8 horas depois com dor importante na perna, pé pálido, frio e pulso
pedioso ausente. O diagnóstico e conduta nesse momento são:

A) Embolia arterial e arteriografia.


B) Trombose venosa profunda e heparinização.
C) Compressão pela escara e escarotomia.
D) Síndrome compartimental e fasciotomia.

» Vamos somando as informações: queimadura elétrica com orificio de entrada longe do local de saída, o que nos mostra que a
corrente percorreu um considerável trajeto antes de ser discipada + dor na perna + piora após 8 horas com sinais de sofrimento
isquemico e pulso já ausente. No que devemos pensar? Obrigatoriamente em síndrome compartimental. A conduta é a pronta
fasciotomia. Gabarito letra D.

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485 - 2020 CCANSPS

Paciente vítima de ferimento por Projétil de Arma de fogo, com orifício de entrada em dorso, à esquerda da coluna, em nível de L3.
Foi submetido a laparotomia , com achado de pequeno hematoma retroperitonial e múltiplas lesões intestinais. Foram então
realizadas enterorrafias. No 3º dia pós operatório, evoluiu com aumento de volume abdominal, porém sem dor. A tomografia
evidenciou grande quantidade de líquido livre em cavidade peritonial. O diagnóstico provável é:

A) Urinoma
B) Sangramento pós operatório
C) Fístula entérica
D) Ascite quilosa

» De onde provavelmente está vindo este ;iquido? Veja a cinemática deste trauma. E repare que não foi estudada a bexiga e nem
 identificou-se nenhuma lesão no intra operatório. Mas o que provavelmente está acontecendo é alguma lesão de bexiga,
permitindo o extravazamento do conteudo, gerando um Urinoma. Gabarito A.

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486 - 2020 CCANSPS

Paciente vítima de acidente automobilístico , em colisão frontal, chega ao Pronto Socorro um dia após o acidente com forte dor
abdominal. Ao exame clínico, apresenta-se sudorese profusa, normocorado. À inspeção do abdome apresenta sinal de equimose
no trajeto do cinto de segurança. Apresenta-se com dor abdominal difusa à palpação superficial. A conduta imediata é:

A) Laparotomia
B) Tomografia de abdome
C) Lavado peritonial
D) F.A.S.T

» A presença do sinal do cinto de segurança indica provável lesão de delgado e mesentério. Al';em disso, paciente com sinais de
irritação peritonial. Dor a palpação superficial. Neste caso devido a lesão provável, indicamos a laparotomia. 
Gabarito letra A.

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487 - 2020 HPP

Quais são as afirmações verdadeiras relativas ao atendimento do paciente politraumatizado? I- Politrauma é a maior causa de óbito
na faixa etária de 2 a 5 anos. II- Comprometimento de vias aéreas e choque hipovolêmico estão entre as principais causas de óbito
logo após o acidente; III- No choque hemorrágico classe; II deve-se usar sangue ou, até chegar o sangue, Soro Fisiológico no
volume estimado de 4 vezes a perda sanguínea; IV- No choque medular ou espinhal o paciente apresenta hipotensão, bradicardia e
hipertermia; V- No traumatismo de tórax as em crianças pequenas, as fraturas de costela são raras e de mau prognóstico

A) I, II, V
B) II, III, V
C) II, V
D) I, II, III, V
E) I, III, IV

» Vamos avaliar as assertivas:


I: Incorreta: a principal causa não é politrauma. Politrauma acaba sendo mais comum em pacientes com idade mais avançada.
II: Correta: tanto ;e que seguimos o atendimento de acordo com o ABCDE.
III: Incorreta: no choque classe II, a reposição é feita inicilamente com cristaloide. Em alguns casos indica-se a reposição com
hemoderivados.
IV: Incorreta:
V: Correta: devido a presença de estruturas cartilaginosas, as fraturas são menos comuns.
Logo, gabarito letra C.

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488 - 2020 UEPA - BELÉM

Sobre o trauma pediátrico, analise as afirmativas abaixo: I. O trauma de crânio é a causa mais comum de óbito após trauma em
pacientes pediátricos, devido ao tamanho e peso desta em relação ao corpo. II. Em TCE pediátrico, as crianças costumam
apresentar um prognóstico melhor do que adultos com o mesmo grau de lesão e a recuperação pode ser completa mesmo em
pacientes com lesões graves. III. O trauma de abdômen é a segunda maior causa de óbito em pacientes com trauma pediátrico,
sendo sua principal manifestação o choque hemorrágico por rotura do fígado ou do baço. IV. Em crianças, a parede torácica é mais
elástica, diminuindo a chance de lesões como tórax instável e tamponamento cardíaco. V. Traumas de coluna vertebral são
infrequentes, fato este que dispensa a imobilização de coluna em crianças. A alternativa que contém todas as afirmativas corretas
é:

A) I, II, III e V
B) I, III, IV e V
C) II, III e IV
D) I, II, III, IV e V
E) I, II, III e IV

» Devido à imaturidade da sua estrutura anatômica e de sua resposta fisiológica, o politraumatizado pediátrico requer atenções
especiais na sua avaliação inicial. O crânio oferece uma proteção inadequada para o cérebro da criança e os traumatismos
cranioencefálicos podem produzir lesão cerebral grave, principalmente no primeiro ano de vida. O cérebro dobra de tamanho nos
primeiros 06 meses de vida e atinge 80% do tamanho do cérebro adulto aos 02 anos de idade. Apresenta um maior conteúdo
aquoso e sua mielinização ainda não está completa. Com isso, concluímos que, sim, o tamanho e o peso do crânio proporcionam
maior risco e podem ser considerados como causa maior de óbito quando há traumas na faixa etária pediátrica (item I correto). A
maior relação entre o tamanho da cabeça e o restante do corpo torna mais provável uma lesão cervical, particularmente em
traumatismos cranioencefálicos e traumas multissistêmicos. No entanto, a lesão medular é menos freqüente em crianças do que
em adultos. Ainda assim, é indispensável o uso do colar cervical no atendimento à criança politraumatizada (item V errado).Ainda
assim, apesar de as crianças também serem particularmente susceptíveis aos efeitos da lesão cerebral secundária que pode ser
produzida por hipóxia, hipotensão com perfusão cerebral diminuída, convulsões e hipotermia, a plasticidade neuronal faz com que
o prognóstico e a recuperação completa das funções cerebrais sejam melhores que em adultos (item II correto).Na caixa torácica,
a estrutura óssea é mais cartilaginosa em crianças, tendo maior complacência. O aumento de pressão intratorácica, durante a
insuficiência respiratória, é menos eficiente em aumentar o volume corrente, porque o tórax se retrai, reduzindo o volume
corrente e, indiretamente, aumentando o trabalho da ventilação. A retração dos tecidos moles, similarmente, reduz o volume
torácico durante esforços respiratórios vigorosos e diminuindo riscos de tórax instável e tamponamento cardíaco (item IV
correto).O menor tamanho do abdome predispõe a ocorrência de lesões múltiplas em traumas contusos. As costelas flexíveis e a
fina parede abdominal proporcionam pouca proteção aos órgãos parenquimatosos (que são proporcionalmente maiores na
criança) do abdome superior, aumentando a incidência de lesões de fígado, baço e, inclusive, do pâncreas (pancreatite ou
pseudocisto traumático). Isso confere ao trauma desse região a segunda maior causa de óbito em crianças traumatizadas (item III
correto).
Logo, gabarito letra E.

Video comentário: 227684


489 - 2020 UEPA - BELÉM

Menino de 5 anos de idade, vitima de acidente automobilístico, chega ao Pronto Socorro, com relato de que estava sentado no
banco de trás, sem cinto de segurança, sendo projetado para o banco da frente. Ao exame: sonolento, pálido, hidratado limítrofe,
taquidispneico. Pólo cefálico: sem alterações; OF: ndn; Ap: MV abolido a direita e presente, sem ruídos adventícios a esquerda;
Hipertimpanismo a percussão do lado direito Tórax assimétrico; AC: BCNF, RCR 2t s/s. FC; 160 bpm; Pulsos periféricos finos e
enchimento capilar de 4 segundos; PA: 70 x 40 mmhg; ABd: depressível, rha +, indolor; Descompressão brusca negativo; SN: ECG
10; Pupilas isocoricas e fotoreagentes. Sem sinais de fraturas O provável diagnóstico do paciente acima, é:

A) choque séptico
B) choque hemorrágico
C) choque obstrutivo
D) choque anafilático
E) choque neurogênico

» Seja adulto ou na criança, o quadro de pneumotórax hipertensivo é o mesmo. E nestes casos, pensamos em choque obstrutivo. 
No pneumotórax hipertensivo, com o balanço do mediastino, acabamos dobrando os vasos da base. Com isso, obstruimos a
passagem volêmica.
Gabarito letra C.

Video comentário: 227685

490 - 2020 HEA

Qual é o principal mecanismo de trauma nas lesões contusas de intestino delgado?

A) Queda de altura.
B) Agressão.
C) Acidente com veículos automotores.
D) Trauma em esportes de contato.

» A melhro resposta é a letra C. Os acidentes automotores, notadamente com o uso (principalmente quando inadequado) do cinto
de segurança.
Gabarito letra C.

Video comentário: 251940


491 - 2020 UEPA - BELÉM

Menino de 5 anos de idade, vitima de acidente automobilístico, chega ao Pronto Socorro, com relato de que estava sentado no
banco de trás, sem cinto de segurança, sendo projetado para o banco da frente. Ao exame: sonolento, pálido, hidratado limítrofe,
taquidispneico. Pólo cefálico: sem alterações; OF: ndn; Ap: MV abolido a direita e presente, sem ruídos adventícios a esquerda;
Hipertimpanismo a percussão do lado direito Tórax assimétrico; AC: BCNF, RCR 2t s/s. FC; 160 bpm; Pulsos periféricos finos e
enchimento capilar de 4 segundos; PA: 70 x 40 mmhg; ABd: depressível, rha +, indolor; Descompressão brusca negativo; SN: ECG
10; Pupilas isocoricas e fotoreagentes. Sem sinais de fraturas A opção de tratamento mais adequada para o caso acima é:

A) Antibioticoterapia e bolus de cristalóide


B) Cristalóides e hemocomponentes
C) Toracocentese de alivio
D) Epinefrina + Hidrocortisona
E) Metilprednisolona em altas doses

» Seja no adulto ou na criança, o diagnóstico do pneumotórax hipertensivo continua sendo clínico. A conduta imediata é a realização
de uma toracocentese de alívio.
Logo, gabarito letra C.

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492 - 2020 UFS

Em relação ao trauma torácico fechado, assinale a alternativa CORRETA:

A) A ruptura diafragmática é mais comumente diagnosticada do lado esquerdo.


B) O sinal de alargamento do mediastino é patognomônico de ruptura de aorta.
C) Caracteristicamente, a contusão pulmonar sem fratura de costelas ocorre em pacientes idosos.
D) A presença estimada de até 1.000ml de sangue no espaço pleural é uma contraindicação para a drenagem torácica fechada.

» Vamos avalair as alternativas:


A- Correta: a lesão do lado E acaba sendo mais diagnosticada. Do lado direito, a própria presença do fígado, acaba dificultando o
diagnóstico das lesões do lado direito.
B- Incorreta: alargamento maior do que 8 cm nas radiografias fala a favor de lesão de aorta, mas não define o diagnóstico.
C- Incorreta: nas crianças a contusão sem a presença de fraturas acaba sendo mais comum. Nos idoso, devido a calcificação não.
D- Incorreta: muito pleo contrário, é uma das indicações.
Gabarito letra A.

Video comentário: 251493


493 - 2020 CCANSPS

O exame mais sensível e específico para avaliar o paciente com trauma multissistêmico, estável hemodinamicamente, com trauma
de bacia, abdome e, possivelmente, retroperitônio é:

A) Lavagem peritoneal diagnóstica.


B) Tomografia de abdome e pelve, com triplo contraste.
C) Ultrassonografia orientada para o trauma (FAST).
D) Exame físico seriado e monitorização em unidade de terapia intensiva.

» Paciente ESTÁVEL HEMODINAMICAMENTE. Qual o exame que devemos utilizar? Tomografia computadorizada. Ela avalia as lesões
de maneira específica, o retroperitônio. 
Gabarito letra B.

Video comentário: 253985

494 - 2020 HEA

Paciente ♂ , 22 anos, vítima de trauma contuso de tórax. No ABCD foi identificado, enfisema subcutâneo em região cervical e
pneumotórax à direita. Foi realizado toracostomia no 5º espaço intercostal direito, linha axilar média, com escape aéreo
importante. O paciente melhorou a dispnéia, mas no raios-X de tórax ainda demonstrava um pneumotórax importante (50%), foi
introduzido um segundo dreno e permanecia com escape aéreo e pneumotórax residual. Qual sua hipótese diagnóstica?

A) Contusão pulmonar grave associada a lesão pleural.


B) Fraturas costais múltiplas associada a lesão pleural.
C) Lesão de traquéia ou brônquio fonte.
D) Lesão pleural extensa associado à lesão diafragmática.

» No que devemos pensar neste caso? Pneumotórax, drenou e não melhorou, inicialmente devemos avaliar a posição do dreno, se
está corretamente inserido. Depois, a devemos pensar na possibilidade de lesão de grande via aérea. O escape aéreo está sendo
maior do que o pontencial do dreno em retirar este conteúdo.
Gabarito letra C.

Video comentário: 251945


495 - 2020 UFS

Os curativos são muito importantes no tratamento do paciente queimado. Quanto ao tratamento tópico das lesões, assinale a
alternativa CORRETA:

A) A sulfadiazina de prata é o agente antimicrobiano tópico mais utilizado, bactericida, trocado a cada 48 horas.
B) A colagenase está indicada para a fase de restauração epidérmica.
C) O curativo faz parte do último item do atendimento inicial, na sequência do ATLS, podendo ser realizado de forma exposta,
ocluída ou mista, segundo áreas acometidas e colaboração do paciente.
D) Óleo a base de ácidos graxos essenciais (AGE) está indicado como agente emoliente na fase de necrose.

» Vamos avalair as alternativas:


A- incorreta: Curativo com Sulfadiazina de Prata possui ação bactericida imediata, e ação bacteriostática residual, pela liberação de
pequenas quantidades de prata iônica; o curativo deve ser trocado no máximo a cada 12 horas ou quando a cobertura secundária
estiver saturada.
B- incorreta: A colagenase promove o desbridamento enzimático suave é indicado em feridas com tecido desvitalizado e deve ser
trocado a cada 24 horas.
C- correta: Só vamos nos preocupar com o curativo após o atendimento inicial. Lembre-se que o paciente vítima de queimadura
nada mais é do que um paciente vítima de trauma.
D- incorreta: Curativo com Ácidos Graxos Essenciais (AGE): deve-se remover o exsudato e o tecido desvitalizado para realizar o
curativo; promove a quimiotaxia e a angiogênese, mantém o meio úmido e acelera o processo de granulação tecidual. A aplicação
em pele íntegra tem grande absorção, forma uma película protetora na pele, previne escoriações devido à alta capacidade de
hidratação e proporciona nutrição celular local.
Gabarito letra C.

Video comentário: 251498

496 - 2020 UFS

Um paciente vítima de atropelamento por carro é levado ao centro de trauma e durante o exame apresenta: abertura ocular
apenas em resposta à dor; respostas verbais inadequadas ao que lhe é perguntado e, por fim, resposta motora localizando o
estímulo álgico. A pontuação obtida, usando-se a escala de Glasgow, foi:

A) 14.
B) 12.
C) 10.
D) 8.

» A escala de coma de Glasgow (ECG) é fácil de ser aplicada no dia a dia e possui valor prognóstico na admissão de pacientes com
traumatismo cranioencefálico, hemorragia subaracnoide ou meningite bacteriana, por exemplo. O uso de drogas sedativas pode
interferir nos parâmetros avaliados e por isso, o ideal é fazer essa avaliação antes da administração de qualquer medicamento
com esse efeito (apesar de muitos usarem para o diagnóstico de coma, ela não é útil para esse fim). Vamos relembrar como é feita
essa pontuação? Abertura ocular: espontânea (4 pontos); ao estímulo verbal (3 pontos); ao estímulo doloroso (2 pontos); ausente
(1 ponto); Melhor resposta verbal: orientada (5 pontos); confusa (4 pontos); palavras inapropriadas (3 pontos); palavras
incompreensíveis (2 pontos); ausente (1 ponto); Melhor resposta motora: obedece comando (6 pontos); localiza estímulo doloroso
(5 pontos); retira membro à dor (4 pontos); flexão anormal/decorticação (3 pontos); extensão anormal/descerebração (2 pontos);
ausente (1 ponto); Nosso paciente abre os olhos ao estímulo doloroso (2 pontos), emite palavras inapropriadas (3 pontos) e localiza
o estímulo doloroso (5 pontos), nos dando um total de 10 pontos. Gabarito, C.

Video comentário: 251499


497 - 2020 UFS

Na parada cardiorrespiratória por afogamento ou quase afogamento:

A) O oxigênio dos pulmões consegue ser uma reserva adequada nos primeiros minutos de parada.
B) A respiração de resgate deve ser a manobra inicial de reanimação.
C) O conteúdo arterial de oxigênio deve ser priorizado, comparado ao fluxo sanguíneo no atendimento inicial.
D) A proporção compressão: ventilação deve ser 15:2 com um ou dois reanimadores.

» A principal causa de parada no afogamento é por hipóxia. Logo, a principal medida é a instituição imediata da ventilação, algumas
referências pontuam que, se possível, ainda dentro da água. A ventilação ainda na água eleva a chance de sobrevivência sem
sequelas em até 4 vezes.Gabarito letra B.

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498 - 2020 UFS

No trauma de tórax, as condições de imediato risco de morte que devem ser identificadas e tratadas na fase de avaliação inicial são
causadas, dentre outras por:

A) Pneumotórax hipertensivo.
B) Lesão esofágica.
C) Ruptura diafragmática.
D) Contusão pulmonar não associada a tórax instável.

» OU seja, a banca quer saber em qual das opções encontramos uma das armadilhas do B.
Dentre as apresentadas, aquela que apresenta uma conduta imediata é o pneumotórax hipertensivo.
Gabarito letra A.

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499 - 2020 UESPI

É característica da síndrome de Munchausen por procuração:

A) Deixar sequelas físicas e psíquicas, com a criança assumindo o papel de doente, frágil e dependente de seu agressor.
B) Agressor com psicopatologia diagnosticada, compulsivo, que utiliza a criança para seus rituais sadomasoquistas.
C) Forma de autoagressão, com a simulação de doença para obtenção de vantagens pessoais.
D) Classificada como transtorno somatoforme, em que a criança simula a doença para chamar a atenção dos pais e do meio
médico.
E) Nenhuma das anteriores está correta.

» Na síndrome de Munchausen por procuração (ou by proxy) o cuidador simula sintomas ou doenças na criança com objetivo de
buscar atenção dos serviços de saúde (alternativa D incorreta). Para configurar a síndrome, o cuidador não pode ter ganho
secundário (alternativa C incorreta). São exemplo de ganhos secundários que NÃO caracterizam a síndrome de Munchausen: obter
atestado para faltar o trabalho, obter benefícios sociais do governo devido a condição clínica da criança, entre outros...
Novamente: o objetivo do cuidador é obter atenção do serviço de saúde, simulando condições clínicas. Portanto, a síndrome não
está relacionada com compulsão ou vontade de realizar agressão para rituais sadomasoquistas (alternativa B incorreta).
Resposta correta: letra A
500 - 2020 UDI

Adolescente de 12 anos dá entrada na emergência pediátrica com história de febre há 1 dia e letargia. Na avaliação inicial, tem
estado mental alterado, presença exantema purpúreo no tronco e rigidez de nuca. Tem frequência cardíaca de 55 bpm, frequência
respiratória de 8 irpm, temperatura de 40°C e pressão arterial de 60x40 mmHg. Selecione a opção que corresponde ao próximo
passo mais apropriado no tratamento desse paciente.

A) Tomografia de Crânio urgente


B) Intubação
C) Realizar punção lombar
D) Iniciar precocemente Ceftriaxona
E) Iniciar precocemente Ceftriaxona, aciclovir e dexametasona.

» Vamos acaliar o caso clínico como um todo. O diagnóstico mais provável para o caso é de choque séptico decorrente de
meningococcemia; entretanto, independentemente da causa, o que urge é estabilizar o paciente que se encontra em vias de uma
PCR.
Punção venosa, hidratação vigorosa e obtenção de via aérea avançada fazem parte da abordagem inicial para o caso; nesse
sentido, a única das opções que faz referência a uma das medidas que salvarão a vida do paciente está na letra B, gabarito da
questão.

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501 - 2020 IO

Qual(is) exame(s) de imagem é(são) indicado(s) para pacientes politraumatizados, hemodinamicamente instáveis ou em
decorrência de traumatismo abdominal, trauma pélvico ou lesão vascular de algum membro?

A) Angiografia e angiotomografia.
B) Cintilografia óssea.
C) Ultrassonografia.
D) Ressonância magnética.
E) Radiografia simples antero posterior.

» Questão que deveria ter sido anulada. 


Para o paciente instável hemodinamicamente, não devemos realizar tomografia ou angiotomografia.
Nestes casos, só vamos poder realziar exames a beira do leito, como o FAST e LPD. A radiografia com aparelho portátil, mesmo não
apresentando grande serventia até pode ser realziada. Mas, de qualquer maneira não encontramos uma boa opção entre as
alternativas e a questão deveria ter sido anulada.

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502 - 2020 UFS

Criança, 07 anos, é levada ao hospital com relato de atropelamento por automóvel. Ao exame encontra-se chorando,
taquidispneico e taquicárdico. À percussão observa-se hipertimpanismo em hemitórax direito e murmúrio vesicular abolido do
mesmo lado. Restante do exame sem alterações. Assinale qual o provável diagnóstico e que tipo de choque pode estar
intimamente relacionado com esse quadro clínico.

A) Pneumotórax hipertensivo e choque cardiogênico.


B) Hemotórax maciço e choque hipovolêmico.
C) Pneumotórax hipertensivo e choque obstrutivo.
D) Hemotórax maciço e choque neurogênico.

» Qual o provável diagnóstico?


Veja que ao exame temos: hipertimpanismo em hemitórax direito(o que afasta a presença de um hemotórax) e murmúrio
vesicular abolido do mesmo lado, o que nos aproxima de pneumotórax hipertensivo.
E se a criança apresenta pneumotórax hipertensivo e evolui com choque, pensamos em choque obstrutivo.
Gabarito letra C.

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