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3 ANO

MANUAL DO
PROFESSOR

Língua
Portuguesa
Ana Trinconi
Terezinha Bertin
Vera Marchezi

Ensino Fundamental
Anos Iniciais
3 MANUAL DO
PROFESSOR
ANO

Língua Portuguesa
Ensino Fundamental • Anos Iniciais

Ana Trinconi
Licenciada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
Licenciada em Pedagogia pela Unifai-SP
Mestra em Letras pela USP
Pós-graduada em Estudos Comparados de
Literaturas de Língua Portuguesa pela USP
Especialista em “Práticas da leitura na sociedade da informação”
pelo Instituto de Estudos Avançados da USP
Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental
nas redes particular, municipal e estadual de São Paulo

Terezinha Bertin
Licenciada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
Mestra em Ciências da Comunicação pela USP
Pós-graduada em Comunicação e Semiótica pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Ex-professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental na
rede municipal e de Ensino Médio na rede estadual de São Paulo
Ex-professora universitária
Assessora e palestrante em escolas das redes pública e particular, especialmente
na área de Práticas e Metodologias para o Ensino de Língua Portuguesa

Vera Marchezi
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (Unesp-SP, campus Araraquara)
Mestra em Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
Pós-graduada em Estudos Comparados de Literaturas
de Língua Portuguesa pela USP
Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental
nas redes municipal e particular de São Paulo

1 edição, São Paulo, 2021


Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel
Gestão de área: Alice Ribeiro Silvestre
Coordenação de área: Rosangela Rago
Edição: Alice Vasques de Camargo e Esther Herrera Levy
Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha
Revisão: Mariana Braga de Milani (ger.), Alexandra Costa da Fonseca,
Ana Maria Herrera, Ana Paula C. Malfa, Carlos Eduardo Sigrist,
Flavia S. Vênezio, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Hires Heglan,
Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana,
Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Sandra Fernandez,
Sueli Bossi e Vanessa P. Santos
Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.),
Young Lee Kim (edição de arte), Texto e Forma (diagramação)
Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.),
Douglas Cometti e Fernanda Gomes (pesquisa iconográfica),
Emerson de Lima (tratamento de imagens)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.),
Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.)
Ilustrações: Adilson Farias, Alberto De Stefano, Andréia Vieira,
Camila de Godoy, Giz de Cera, Laís Bicudo, LB Ilustrações,
Silvana Rando, Vanessa Alexandre e Weberson Santiago
Cartografia: Mouses Sagiorato
Design: Tatiane Porusselli (proj. gráfico), Luis Vassallo (capa e Manual do Professor)
Foto de capa: Denis Kuvaev/Shutterstock

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2021
Código da obra CL 720019
CAE 775424 (AL) / 775518 (PR)
1a edição
1a impressão
De acordo com a BNCC.
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens
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de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que,
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são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Impressão e acabamento

2
Apresentação
Caro professor,

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento dos trabalhos em sala


de aula, o Manual do Professor desta coleção apresenta:

• os fundamentos teórico-metodológicos que nortearam a elaboração dos


cinco volumes;

• os fundamentos específicos para o processo de alfabetização proposto na


coleção;

• reflexões sobre avaliação, com ênfase nos anos iniciais do Ensino Fundamental
(1o a 5o anos);

• a estrutura geral da proposta de trabalho da coleção;

• quadro com plano de desenvolvimento anual;

• referências bibliográficas comentadas, que serviram de apoio para a elaboração


desta coleção.

• reprodução das páginas do Livro do Estudante em tamanho reduzido,


acompanhada de orientações específicas no Manual do Professor diagramadas
em formato em U. Cada unidade do Livro do Estudante apresenta uma
Introdução, em que são apresentados os objetivos pedagógicos a serem
abordados, conteúdos, conceitos e atividades e como elas se relacionam com
o objetivo e os pré-requisitos pedagógicos para sua realização. Cada unidade
apresenta também uma Conclusão, voltada para a avaliação formativa e para
o monitoramento da aprendizagem dos estudantes.

Bom trabalho!

As autoras

3
Sumário
Orientações gerais Avaliação em fluência em leitura oral ............................20

Avaliação em leitura e compreensão de textos .......20


Princípios gerais.......................................... 6
Avaliação em produção de textos ....................................21
Fundamentos teórico-metodológicos.... 6 Avaliação em análise linguística/semiótica
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) (alfabetização e ortografização) .........................................21
e Política Nacional de Alfabetização Avaliação e exames em larga escala .......................... 22
(PNA) ............................................................. 6 Atendimento/remediação de defasagens ............. 22
Sequência didática.................................................. 7
Estrutura geral da coleção ...................... 22
Gêneros textuais e ensino: centralidade do ensino
Organização dos volumes ................................... 22
de Língua Portuguesa ...........................................................7
Meu ponto de partida ........................................................ 22
Ênfase nos gêneros literários ...................................................8
Introdução ................................................................................. 23
Alfabetização ........................................................... 8
Unidades ..................................................................................... 23
Alfabetização e literacia ........................................................8
Seções das unidades ........................................................... 23
O sistema alfabético de escrita ........................................9
Aberturas de unidade do 1o ano – Para iniciar..........23
Traçado de letras .................................................................... 10
Aberturas de unidade de 2o a 5o anos ............................23
Práticas de linguagem e componentes
essenciais para a alfabetização .......................... 11 Para iniciar (2o a 5o anos) ..........................................................23

Leitura e escuta de textos .................................................11 Leitura e compreensão do texto/Interpretação do


texto .....................................................................................................23
Fluência em leitura ................................................................13
Hora de organizar o que estudamos ..............................24
Oralidade .....................................................................................13
Prática de oralidade ...................................................................24
Produção de escrita e de textos ................................... 14
Ampliação de leitura (interdisciplinaridade e
Análise linguística/semiótica (alfabetização e
intertextualidade) ........................................................................24
ortografização) ........................................................................ 16
Produção textual..........................................................................25
Interdisciplinaridade e intertextualidade ........ 16
Conhecimentos linguísticos/semióticos
Formação de atitudes e valores: temas
(alfabetização e ortografização) .........................................25
contemporâneos ................................................... 17
Autoavaliação.................................................................................26
Ludicidade .............................................................. 17
Uso de dicionário impresso e digital e
Avaliação................................................................. 17
enciclopédia ............................................................................ 26
Avaliação diagnóstica ......................................................... 18 Projeto de leitura: projeto de trabalho ..................... 26
Avaliação processual/formativa .................................... 18 Meu ponto de chegada..................................................... 26
Avaliação de resultados ......................................................19 Plano de desenvolvimento para o ano
Autoavaliação............................................................................19 letivo ........................................................... 26
Portfólios ........................................................................................... 19 Referências bibliográficas
Avaliação em Língua Portuguesa .................................19 comentadas ............................................... 37

4
Orientações específicas Introdução da unidade 7 ................................... 215
Unidade 7: Conto popular ..............................................216
Meu ponto de partida .......................................................48
Conclusão da unidade 7 ....................................240
Introdução: Ler e escrever é divertido! .................... 52
Introdução da unidade 8 ................................... 241
Introdução das unidades .................................... 58
Unidade 8: Relato pessoal ..............................................242
Introdução da unidade 1 ..................................... 59
Conclusão da unidade 8 ....................................268
Unidade 1: Histórias em quadrinhos .......................... 60
Conclusão da unidade 1....................................... 86 Introdução da unidade 9 ...................................269

Introdução da unidade 2 ..................................... 87 Unidade 9: Cartaz publicitário .....................................270

Unidade 2: Letra de canção ........................................... 88 Conclusão da unidade 9 ....................................290

Conclusão da unidade 2 .................................... 110 Introdução da unidade 10 ................................. 291

Introdução da unidade 3 ....................................111 Unidade 10: Notícia ............................................................292

Unidade 3: História em versos .................................... 112 Conclusão da unidade 10 .................................. 310

Conclusão da unidade 3..................................... 138 Introdução da unidade 11 ................................. 311

Introdução da unidade 4 ................................... 139 Unidade 11: Texto informativo e infográfico ....... 312

Unidade 4: Fábula ...............................................................140 Conclusão da unidade 11 ..................................334

Conclusão da unidade 4 .................................... 160 Introdução da unidade 12 ................................. 335


Introdução da unidade 5 ................................... 161 Unidade 12: Texto instrucional ....................................336
Unidade 5: Carta pessoal e carta de leitor ..........162 Conclusão da unidade 12 ..................................356
Conclusão da unidade 5 .................................... 190 Conclusão do volume ......................................... 357
Introdução da unidade 6 ................................... 191 Projeto de leitura..................................................................358
Unidade 6: Conto maravilhoso ....................................192 Meu ponto de chegada...................................................363
Conclusão da unidade 6 .................................... 214 Referências bibliográficas comentadas..................367

5
Orientações gerais
Princípios gerais
Nos anos iniciais do Ensino Fundamental (1o a 5o anos), o estudo/ competente da língua em diversas situações de comunicação
ensino da Língua Portuguesa, dentre outros componentes e outras – orais ou escritas – é especificamente uma das condições para
áreas do conhecimento, assume papel importante ao empenhar-se essa apropriação de saberes.
para ampliar, consolidar e aprimorar os processos de alfabetização, Deve-se levar em conta as demandas crescentes das sociedades,
de leitura e de escrita, fortalecendo o desenvolvimento da literacia. contextualizadas em ambientes que empregam, cada vez mais,
O estudo/ensino da Língua Portuguesa constitui um dos ins- tecnologias e linguagens diversificadas e multissemióticas (verbais
trumentos essenciais para a mobilização das habilidades e com- e não verbais), que apontam para a necessidade de uma formação
petências necessárias para o desenvolvimento pessoal, social e consistente da criança em relação ao domínio de novas formas de
cognitivo do indivíduo na sociedade contemporânea, pois con- acesso ao conhecimento.
tribui para mais autonomia da pessoa em relação à apropriação A seguir, apresentam-se os fundamentos teórico-metodológicos
de saberes organizados na e pela língua e, consequentemente, sobre os quais se baseiam as propostas de práticas pedagógicas. O
oferece a ela mais condições de apropriação do conhecimento objetivo é auxiliar o professor na tarefa de formar leitores e escrito-
organizado. A formação do leitor proficiente e do usuário res fluentes e competentes em língua portuguesa.

Fundamentos teórico-metodológicos
Esta coleção foi elaborada para atender ao desafio de formação • Estabelecimento de relações com outras áreas e componen-
de leitores e produtores de texto proficientes. Dentre outros aspec- tes do saber (interdisciplinaridade) e diversas facetas do
tos da obra, destacam-se atividades para o desenvolvimento de universo cultural.
processos que sistematizem essa formação, enfatizados tanto pela Para alcançar esses propósitos, a coleção enfatiza a realização de
Base Comum Curricular (BNCC) como pela Política Nacional de Al- atividades em torno de gêneros textuais diversificados – textos
fabetização (PNA). de circulação social real –, pontos de partida para o desenvolvimen-
• Ênfase na alfabetização inicial, com foco no desenvolvimen- to de práticas de leitura/escuta, produção de textos, alfabetização,
to e na apropriação sistemática do sistema de escrita, com análise linguística e semiótica e oralidade.
base em princípios teóricos e, inclusive, em evidências cientí- [...] Os conhecimentos sobre os gêneros, sobre os
ficas publicadas em documentos recentes. textos, sobre a língua, sobre a norma-padrão, sobre as
• Propostas para que os estudantes desenvolvam habilidades diferentes linguagens (semioses) devem ser mobiliza-
de leitura fluente, escrita, escuta e fala em diversas situações dos em favor do desenvolvimento das capacidades de
de comunicação. leitura, produção e tratamento das linguagens, que,
por sua vez, devem estar a serviço da ampliação das
• Proposta didático-pedagógica que permita interfaces com
possibilidades de participação em práticas de diferen-
diferentes linguagens (verbal, visual, corporal, midiática, artís-
tica, etc.), por meio de práticas que envolvam textos multis- tes esferas/campos de atividades humanas.
semióticos e multimidiáticos – colaborando para os Ao componente Língua Portuguesa cabe, en-
tão, proporcionar aos estudantes experiências que
multiletramentos –, tendo em vista as transformações dessas
contribuam para a ampliação dos letramentos, de
práticas ocorridas em função das novas tecnologias de comu-
forma a possibilitar a participação significativa e
nicação e informação.
crítica nas diversas práticas sociais permeadas/
• Valorização da literatura, possibilitando aos estudantes que constituídas pela oralidade, pela escrita e por ou-
leiam, conheçam e apreciem diferentes textos literários, de tras linguagens.
modo a desenvolver a sensibilidade estética e o senso crítico Base Nacional Comum Curricular (BNCC), 2018. p. 67-68,
e a ampliar seu universo cultural. grifo do autor.

Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e


Política Nacional de Alfabetização (PNA)
Esta coleção de Língua Portuguesa alinha-se à proposta de desen- Comum Curricular (BNCC) e aos princípios e às orientações da Polí-
volvimento de competências, habilidades, práticas de linguagem e tica Nacional de Alfabetização (PNA), que detalha aspectos funda-
objetos de conhecimento expressos nos textos da Base Nacional mentais para o desenvolvimento dos processos de alfabetização inicial.

6
Há uma importante complementaridade entre os dois documentos, textos a seus contextos de produção e o desen-
como poderá ser visto ao longo desta coleção. Deve ser salientado o volvimento de habilidades ao uso significativo da
desafio nacional em torno da alfabetização plena dos estudantes dos linguagem em atividades de leitura, escuta e pro-
anos iniciais do Ensino Fundamental, também um dos focos desta obra, dução de textos em várias mídias e semioses.
motivo pelo qual será dado um destaque inicial a ela. BNCC, p. 67.
Além disso, como a organização da coleção é feita também com
base nos campos de atuação e nas práticas de linguagem da BNCC em Ao ganhar centralidade no desenvolvimento das práticas de
consonância com os seis componentes essenciais para a alfabetização estudo/ensino em Língua Portuguesa, o texto/gênero textual pre-
estabelecidos pela PNA (consciência fonêmica, instrução fônica sis- cisa ser compreendido na relação com os campos de atuação e
temática, fluência em leitura oral, desenvolvimento de vocabulário, situações comunicativas2 – vida pública; vida cotidiana; práticas
compreensão de textos e produção de escrita), haverá a seguir um de estudo e pesquisa; artístico-literário – que os contextualizam.
desenvolvimento específico para abranger todos esses aspectos. Esses campos de atuação são apresentados na BNCC como uma
Nesta coleção, essas práticas são encaminhadas em consonância categoria organizadora do currículo que se articula com as práticas. As
com as práticas de linguagem, especialmente as voltadas para a práticas de linguagem, em Língua Portuguesa, se organizam pelos
alfabetização inicial, pois constituem instrumento importante para campos de atuação (BNCC, p.84).
o desenvolvimento dos processos de apropriação do sistema de O estudo dos gêneros textuais (ou gêneros do discurso)3 pas-
escrita. Essas práticas estão também em sintonia com os eventos sa necessariamente por um processo de didatização por meio do
de letramento destacados na BNCC (p. 89). qual o estudante precisa organizar, paulatinamente, um conhecimen-
to sobre a estrutura e os elementos que constituem os gêneros.4
Sequência didática Esse conhecimento será essencial para o melhor desenvolvimento
Um dos princípios norteadores do projeto didático que estrutu- de uma leitura fluente e compreensiva e de uma produção escrita
rou esta obra partiu da concepção de organização por meio de
mais competente.
sequências didáticas,1 que propõem um percurso para cada uni-
dade, que, por sua vez, deve estar subordinado ao desenvolvimen- Observe esses elementos didatizados no esquema:
to sequencial do volume.
Gêneros do discurso
Em cada unidade, a sequência didática é estruturada em torno de
um gênero textual principal (texto), que atua como eixo organizador da Esfera da circulação social:
sequência de conteúdos de leitura e interpretação, da produção de campos de atuação
textos, das reflexões e estudos sobre a língua, bem como de estímulo de
Vida pública e Jornalístico-
temas para conversas, debates e outras práticas de oralidade. As sequên- profissional
Vida cotidiana
-midiático
cias didáticas contribuem para garantir uma gradação por meio da
progressão em espiral dos conteúdos no decorrer da coleção. Essa Esfera da comunicação
progressão implica que conceitos e conteúdos sejam retomados sempre Público-alvo
que necessário para consolidar conhecimentos e/ou atender a possíveis Contexto Intenção/
Esfera do enunciado finalidade
necessidades de remediação de defasagens dos estudantes. (texto)

Gêneros textuais e ensino: Conteúdo temático/assunto


Escolhas de linguagem
centralidade do ensino de Língua Construção composicional
Recursos estilísticos
Portuguesa
Circunstância comunicativa
A BNCC ressalta:
Artístico-literário
[...] a centralidade do texto como unidade de
trabalho e as perspectivas enunciativo-discursivas
na abordagem, de forma a sempre relacionar os

1. Sequências didáticas são “um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa. Devem ser organizadas de
acordo com os objetivos que o professor quer alcançar para a aprendizagem de seus alunos; elas envolvem atividades de aprendizagem e de avaliação.”
AMARAL, Heloísa. Sequência didática e ensino de gêneros textuais. Escrevendo o Futuro. Disponível em: https://tedit.net/IeiehI. Acesso em: 28 jul. 2021.
2. “Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso/
gênero textual.” Competências Específicas de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental, item 5. BNCC, p. 87 (grifo nosso).
3. “A utilização da língua efetua-se em forma de enunciados (orais e escritos), concretos e únicos, que emanam dos integrantes duma ou doutra esfera da atividade
humana. O enunciado reflete as condições específicas e as finalidades de cada uma dessas esferas, não só por seu conteúdo (temático) e por seu estilo verbal, ou
seja, pela seleção operada nos recursos da língua – recursos lexicais, fraseológicos e gramaticais –, mas também, e sobretudo, por sua construção composicional.
Esses três elementos (conteúdo temático, estilo e construção composicional) fundem-se indissoluvelmente no todo do enunciado, e todos eles são marcados
pela especificidade de uma esfera de comunicação. Qualquer enunciado considerado isoladamente é, claro, individual, mas cada esfera de utilização da língua
elabora seus tipos relativamente estáveis de enunciados, sendo isso que denominamos gêneros do discurso.” BAKHTIN, 1997, p. 279 (grifo nosso).
4. “Quando um gênero textual entra na escola, produz-se um desdobramento: ele passa a ser, ao mesmo tempo, um instrumento de comunicação e um
objeto de aprendizagem. [...] Desse ponto de vista, os gêneros escolares podem ser considerados variantes dos gêneros de referência, que visam ser
acessíveis ao aluno. De fato, a iniciação aos gêneros textuais complexos, como os gêneros orais públicos, não pode ser feita sem que se levem em conta as
possibilidades dos aprendizes. [...] ele [o gênero] não é mais o mesmo, pois corresponde a um outro contexto comunicativo; somente ficcionalmente ele
continua o mesmo, por assim dizer, sendo a escola, de um certo ponto de vista, um lugar onde se finge, o que é, aliás, uma eficiente maneira de aprender.
Para controlarmos o melhor possível essa transformação necessária do gênero quando este se torna objeto a ser ensinado, dele construímos um modelo
didático que evidencia suas dimensões ensináveis.” SCHNEUWLY; DOLZ et al., 2004, p. 179-180 (grifo nosso).

7
Cada um dos itens no esquema é objeto de reflexão e estudo por meio de propostas de atividades e das práticas de linguagem: leitura/
escuta, produção de textos, oralidade e análise linguística e semiótica (ortografização e alfabetização inicial).
A seleção de textos/gêneros textuais na coleção foi pautada principalmente pela forma de agrupar os gêneros em função de capacidades envolvidas
nas práticas de uso da linguagem, sugeridas por Schneuwly, Dolz e colaboradores, com inserções e adaptações feitas pelos tradutores do livro para
língua portuguesa. A seguir, o quadro com uma proposta de distribuição dos gêneros textuais por domínios sociais de comunicação:

Domínios sociais de comunicação/


Aspectos tipológicos/Capacidades de Exemplos de gêneros orais e escritos
linguagem dominantes
Cultura literária ficcional Conto maravilhoso, conto de fadas, fábula, lenda, narrativa de aventura,
Narrar narrativa de ficção científica, narrativa de enigma, narrativa mítica, esquete,
Mimeses de ação por meio da criação da intriga no domínio do verossímil biografia romanceada, romance, novela, crônica literária, adivinha, piada...
Documentação e memorização das ações humanas Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo,
Relatar testemunho, caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, reportagem,
Representação pelo discurso das experiências vividas, situadas no tempo crônica social, crônica esportiva, relato histórico, ensaio, biografia...
Discussão de problemas sociais controversos Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta do leitor,
Argumentar deliberação formal, debate regrado, assembleia, discurso, resenha
Sustentação, refutação, negociação de tomadas de posição crítica, artigos de opinião, editorial...
Transmissão e construção de saberes Texto expositivo (em livro didático), exposição oral, seminário, conferência,
Expor comunicação oral, palestra, entrevista com especialista, verbete, tomada de
Apresentação textual de diferentes formas de saberes notas, resumo de textos expositivos, relatório científico (oral ou escrito)...
Instruir e prescrever
Instruções, receita, regulamento, regras de jogo, comandos diversos,
Descrever ações
textos prescritivos...
Regulação mútua de comportamentos

SCHNEUWLY; DOLZ et al., 2004.

Em função da circulação social e dos campos de atuação é mais natureza: poemas, contos, letras de canção, histórias em quadri-
facilmente visualizável o que é proposto pela BNCC (EF15LP01), que nhos, etc.
contribui para o desenvolvimento das competências específicas de Além de enriquecer sobremaneira a compreensão e a apro-
Linguagens para o Ensino Fundamental – Itens 1 e 2 (BNCC, p. 65) e priação de recursos linguísticos e estilísticos, o estudo e a inter-
as competências específicas de Língua Portuguesa para o Ensino pretação dos textos literários contribuem para o processo de
Fundamental – Itens 1 e 2 (BNCC, p. 87). ensino-aprendizagem no que se refere ao estímulo à sensibili-
O estudo de gêneros textuais permite também o exercício sobre dade, à afetividade e ao autoconhecimento do estudante. Torna
o que deve ser procurado em um texto, o que implica tanto a mobi- o estudo mais significativo, desenvolve a fruição e o senso es-
lização de conhecimentos anteriores como a atitude de antecipações téticos e enriquece relações de pensamento e imaginação.
significativas para a leitura. Por exemplo, se o leitor sabe o que é um O gênero literário também deve ser valorizado como manifes-
poema, terá mais facilidade para perceber escolhas próprias desse tação artístico-cultural (BNCC, competência geral n. 9).
gênero (sonoridades, rimas, ritmos, jogos de palavras); se conhece a A leitura literária justifica-se também pelo fato de os textos des-
organização geral de uma notícia, terá mais possibilidades de buscar sa natureza favorecerem a inferência, a percepção de subentendidos,
e identificar elementos fundamentais para compreensão desse gê- a compreensão e a interpretação da linguagem figurada, metafóri-
nero, por exemplo: que fato ocorreu, quem participou do fato, quan- ca, dos jogos de palavras e das escolhas de linguagens estéticas
do, onde, por que motivo ocorreu o fato veiculado. mais comuns nos textos literários.5
O estudo da língua baseado nos gêneros discursivos contribui
para situar e contextualizar os aspectos linguísticos a serem anali- Alfabetização
sados, pois os vincula às escolhas de linguagem realizadas pelo
autor na consecução de suas intenções. O estudo linguístico-gra- Alfabetização e literacia
matical ganha sentido, pois não é uma reflexão apenas para domí-
Nesta coleção, o desenvolvimento de práticas de alfabetização
nio de normas, como também para o domínio das possibilidades
merece especial atenção, considerando-se que tanto a BNCC como
de escolha de linguagem adequadas aos propósitos do usuário da
a PNA enfatizam que esse é um dos focos principais das ações pe-
língua em cada situação comunicativa em que ele se encontra.
dagógicas do ensino da Língua Portuguesa nos anos iniciais do
Ênfase nos gêneros literários Ensino Fundamental.
A formação do leitor de textos literários é enfatizada nesta co- Nos dois primeiros anos do Ensino Funda-
leção por meio de um número significativo de textos dessa mental, a ação pedagógica deve ter como foco a
5. “[...] a leitura literária também é fundamental. É à literatura, como linguagem e como instituição, que se confiam os diferentes imaginários, as diferentes
sensibilidades, valores e comportamentos através dos quais uma sociedade expressa e discute, simbolicamente, seus impasses, seus desejos, suas utopias.
Por isso a literatura é importante no currículo escolar: o cidadão, para exercer plenamente sua cidadania, precisa apossar-se da linguagem literária, alfabetizar-
se nela, tornar-se seu usuário competente, mesmo que nunca vá escrever um livro: mas porque precisa ler muitos.” LAJOLO, Marisa. Do mundo da leitura para
a leitura do mundo. 4. ed. São Paulo: Ática, 1999. p. 105-106. (grifo nosso).

8
alfabetização, a fim de garantir amplas oportu- Na PNA, as práticas de literacia são consideradas em consonância
nidades para que os estudantes se apropriem do com as práticas de linguagem voltadas para a alfabetização inicial,
sistema de escrita alfabética de modo articulado pois constituem instrumento importante para o desenvolvimento
ao desenvolvimento de outras habilidades de lei- dos processos de apropriação do sistema de escrita. Essas práticas
tura e de escrita e ao seu envolvimento em prá- estão em sintonia com os eventos de letramento destacados na
ticas diversificadas de letramentos. BNCC (p. 89).
BNCC, p. 59.
Dada a importância do processo de alfabetização inicial – com
ênfase nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental –, esse tó-
Além disso, sabe-se que a apropriação plena do sistema de es- pico ganha destaque em relação às demais práticas de linguagem,
crita poderá determinar maior ou menor grau de sucesso do estu- pois constitui-se em suporte para as demais práticas ao ampliar
dante em sua vida escolar – pois é uma das condições de e consolidar o processo de apropriação do sistema de escrita – es-
desenvolvimento em todas as áreas de estudo – e, consequente- sencial para o desenvolvimento do estudante.
mente, tem forte influência em futuros desenvolvimentos pessoais
dos estudantes na sociedade contemporânea. [...] no eixo Análise Linguística/Semiótica,
sistematiza-se a alfabetização, particularmente nos
Nos processos de alfabetização inicial, destacam-se o conheci-
dois primeiros anos, e desenvolvem-se, ao longo
mento do alfabeto e a mecânica da escrita/leitura:
dos três anos seguintes, a observação das regula-
[...] processos que visam a que alguém (se) tor-
ridades e análise do funcionamento da língua e de
ne alfabetizado, ou seja, consiga “codificar e deco-
outras linguagens e seus efeitos nos discursos [...].
dificar” os sons da língua (fonemas) em material
BNCC, p. 89.
gráfico (grafemas ou letras), o que envolve o desen-
volvimento de uma consciência fonológica (dos fo- Segundo a PNA, há evidências científicas que apontam o desen-
nemas do português do Brasil e de sua organização volvimento da consciência fonológica (habilidade de refletir sobre
em segmentos sonoros maiores como sílabas e pa- os sons da fala) como um dos componentes essenciais para que o
lavras) e o conhecimento do alfabeto do português estudante se aproprie do sistema de escrita (PNA, p. 32-33).6
do Brasil em seus vários formatos (letras imprensa
e cursiva, maiúsculas e minúsculas), além do es- O sistema alfabético de escrita
tabelecimento de relações grafofônicas entre esses Conhecer as características do nosso sistema de escrita – alfa-
dois sistemas de materialização da língua. bético – direciona o ensino para determinadas formas de aprendi-
BNCC, p. 89-90. zagem: necessariamente ter o alfabeto como referência para a
escrita, compreender a relação som-letra na formação das palavras
Esse princípio é reiterado pela PNA, que chama a atenção para
e a função de algumas notações, etc. Se o nosso sistema fosse ideo-
a necessidade de desenvolvimento da consciência fonêmica e da
gráfico, como é o chinês, seriam esperados outros tipos de capaci-
instrução fônica sistemática (PNA, p. 33). Nesta coleção, o foco
dade e habilidade.
sobre esses conteúdos está presente em atividades voltadas espe-
Além da característica alfabética de nossa língua, os estudantes
cificamente para esse fim, que são mais intensas nos volumes iniciais
têm ainda de adquirir noções claras sobre as formas notacionais7
(1o a 3o anos), mas retomadas sistematicamente para consolidação
e as relações de interdependência morfológica e sintática (morfos-
também nos volumes de 4o e 5o anos.
sintaxe) nos enunciados.
A PNA destaca, no processo de alfabetização, o papel fundamen-
Há profunda relação de interdependência entre a fala e a escrita
tal das práticas de literacia:
no sistema da Língua Portuguesa. Na alfabetização as relações entre
Literacia é o conjunto de conhecimentos, habi- sons e letras (fonemas e grafemas) representam um momento de
lidades e atitudes relacionados à leitura e à escrita, percepção fundamental para que o estudante compreenda parte
bem como sua prática produtiva. das relações entre o que se fala e o que se escreve. É parte do de-
PNA. p. 21. senvolvimento da consciência fonológica.8
6. “As habilidades metalinguísticas que parecem mais associadas à leitura e à escrita são a consciência fonológica e a consciência morfológica. Consciência fonológica é
a habilidade de refletir sobre os sons da fala. Por exemplo, mesmo antes de ser alfabetizado, o aluno pode brincar com rimas, sílabas ou fonemas (esse último mais após
a aprendizagem da leitura), saber as palavras que começam ou terminam da mesma forma, descobrir como ficam as palavras sem uma parte, etc. Assim, ao ser exposto
ao ensino formal da leitura, esse jogo de recombinação faria mais sentido, e a criança pode perceber que ler não é memorização (apesar da memória fazer parte do
processo). A consciência morfológica diz respeito à habilidade de refletir e manipular morfemas, que são as menores unidades de sentido de uma língua. Isso possibilita
ao estudante usar esse conhecimento na estruturação e reconhecimento das palavras”. RENABE, p. 175-176.
7. “Gostaríamos que os alunos chegassem a dominar a escrita para resolver questões práticas, ter acesso à informação e às formas superiores de pensamento
e desfrutar da literatura. Além dos usos sociais da escrita, os alunos deveriam chegar a dominar os usos sociais das distintas formas notacionais que se
utilizam em nossa sociedade: gráficos, esquemas e ícones convencionais. As duas tendências concorrentes na comunicação visual, a iconização crescente e a
tendência à esquematização obrigam a ampliar os conteúdos de alfabetização.” TEBEROSKY, A.; TOLCHINSKY, L. (Org.) Além da alfabetização: a aprendizagem
fonológica, ortográfica, textual e matemática. Trad. de Stela Oliveira. São Paulo: Ática, 1996. p. 7-8 (grifo nosso).
8. “O desenvolvimento da consciência fonológica parece estar relacionado ao próprio desenvolvimento simbólico da criança, no sentido de ela vir a atentar
para o aspecto sonoro das palavras (significante) em detrimento de seu aspecto semântico (significado). [...] A noção de recorte ou de segmentação (analisar
a fala) é fundamental na aquisição do sistema alfabético de escrita. É preciso fazer com que a criança se dê conta de que aquilo que ela percebe como um
todo na língua oral, um ‘bololô’, vai ser dividido em unidades menores (em palavras, sílabas, fonemas). [...] As sílabas são unidades naturalmente isoláveis no
contínuo da fala. Esse parece ser o fator responsável pela elaboração de uma hipótese silábica anterior à hipótese alfabética no processo de aquisição da
língua escrita. [...]”. MACIEL; BAPTISTA; MONTEIRO (Org.). A criança de 6 anos, a linguagem escrita e o Ensino Fundamental de nove anos. 1. ed. Brasília, DF: MEC,
Secretaria de Educação Básica, 2009. p. 60-62 (grifo nosso).

9
Identificar a aproximação ou distinção entre a língua falada e a domínio de técnicas, as quais necessitarão da mediação do professor
língua escrita é essencial para que a criança desenvolva outras per- para que o estudante consiga identificar vários formatos de letra que
cepções, como a aquisição da consciência fonológica: equivalências circulam na sociedade, traçar letras de acordo com convenções do
fonemas-grafemas ou, mais simplesmente, sons-letras e reconhe- sistema de escrita da Língua Portuguesa, dominar o sentido da escrita
cimento de palavras escritas. em nossa língua, dar legibilidade ao que escreve, aumentar gradativa-
[...] dois fatores parecem ser importantes para as mente a rapidez na escrita, etc. É importante ressaltar que essas habili-
crianças que aprendem a ler em ortografias alfabéticas: dades são resultado da apropriação de um conjunto de “técnicas” que
exposição suficiente à instrução explícita em consciên- se concretizam por meio de habilidades para grafar: movimentos,
preensão do lápis ou caneta, pressão sobre o lugar em que se escreve,
cia fonológica e codificação alfabética com o objetivo
postura corporal... Assim sendo, tais habilidades devem ser ensinadas
de engendrar uma firme compreensão do princípio
e exercitadas por meio da mediação do professor, e não de forma in-
alfabético; e o uso de processos indutivos/construtivos
tuitiva ou espontânea. O professor, nesse processo, atuará como mo-
necessários para o desenvolvimento do conhecimento
delo (por exemplo, ao atuar como escriba dos estudantes que ainda
implícito acerca dos padrões de relação letra-som. não sabem grafar as letras), assumindo uma função essencial de con-
TUNMER, William E. In: duzir a observação e os exercícios no sentido de o estudante se apro-
MALUF; CARDOSO-MARTINS, 2013, p. 135. priar da “gestualidade” para traçar letra.
Assim, a compreensão e a apropriação do sistema alfabético A apropriação dessas técnicas pode demandar que os estudan-
devem ser objeto de ações planejadas e intencionais na escola, tes dos anos iniciais do Ensino Fundamental tenham de ser orien-
mediadas pelo professor, inclusive para que sejam percebidas as tados em aspectos, muitas vezes, desconsiderados no dia a dia da
dificuldades apresentadas pelos estudantes no decorrer do proces- sala de aula, tais como:
so e que possam ser objeto de atividades para atendimento às • forma de pegar o lápis ou a caneta;
defasagens de aprendizagem. • utilização dos materiais de escrita (lápis – de escrever ou de
Nesta coleção, a proposta de alfabetização inicial é organizada pintar –, caneta), borracha, régua;
com a finalidade de instrumentalizar o professor para que as ações • modo de folhear páginas do caderno e utilizar os espaços da
sejam planejadas e sistemáticas, e não meramente intuitivas. folha de papel;
Principalmente nos dois primeiros volumes da coleção, o de- • modo de escrever com pauta ou sem pauta;
senvolvimento da consciência fonológica e o desenvolvimento da • modo de sentar-se para ter mais conforto durante a escrita;
escrita têm aspectos de sistematização que contribuem para a
intencionalidade e a consciência sobre o processo por parte do
• modo de posicionar o caderno para facilitar os movimentos;
estudante. É nesse sentido que algumas práticas são reiteradas,
• por vezes, modo de organizar o material no espaço que tem
para escrever.
especialmente na seção Palavras em jogo, cuja finalidade prin-
cipal é que o estudante se aproprie do sistema alfabético. Nessa Além disso, para a realização dos movimentos adequados ao
sistematização são apresentados ao estudante momentos de aná- traçado correto das letras, especialmente as letras cursivas em língua
lise sobre a relação grafema-fonema (letra-som), a configuração portuguesa, o movimento da esquerda para a direita e de cima
das sílabas, a organização de palavras, a comutação de letras e para baixo é condição do sistema e não simplesmente uma esco-
sons para percepção de unidades de sentido, além de atividades lha. É, portanto, um conteúdo a ser aprendido.9 Constitui conteúdo
orais diversificadas para distinção de sons, configurações silábicas, de ensino que, como outros, deve ser objeto de planejamento e
relações entre a língua falada e a língua escrita. desenvolvimento em progressão. São habilidades que, se bem de-
Essa seção – Palavras em jogo – acompanhará o estudante ao senvolvidas, mediadas e orientadas, vão se tornar um suporte im-
longo dos cinco volumes para estimular a apropriação tanto do portante para apropriação do sistema de escrita.
sistema alfabético da escrita como das convenções ortográficas que Nesta coleção, foi feita uma diferença de abordagem entre o
devem suceder o estudo da base alfabética. 1o ano e o 2o ano.
No 1o ano, são apresentados os vários formatos de letras (maiús-
Traçado de letras culas, minúsculas, de imprensa ou cursiva) e oportunidades para o
exercício do traçado das letras. Assim, os estudantes deverão iden-
Considera-se como parte da apropriação do sistema alfabético
tificar e distinguir os formatos, mas a maior sistematização incidirá,
o domínio sobre as formas de representação da escrita. Assim, faz-
nesse primeiro momento, sobre a letra de imprensa maiúscula,
-se necessário que o estudante identifique e concretize os traçados considerando-se que parte dos estudantes pode não ter tido o
das letras – de imprensa e cursiva, maiúscula e minúscula – como exercício prévio necessário para realizar os vários formatos e que
parte do processo de alfabetização. esse formato de letra oferece menos dificuldade para aqueles que
O traçado das letras é fruto de convenções da escrita. Conhecer as di- estejam iniciando a representação escrita. Há grande foco na escri-
versas convenções da escrita que circulam na sociedade é parte dos obje- ta de nomes – do próprio estudante e de outros nomes próprios
tivos que visam levar o estudante a se apropriar do sistema de escrita da – para reiterar o alfabeto e de palavras com sílabas simples estuda-
língua portuguesa. das na unidade e colocadas de modo lúdico.
É importante ressaltar que o domínio do traçado das letras é um Propõe-se que a pauta em que o estudante escreverá siga o
instrumento, entre outros, que auxiliará na aquisição de uma escrita tamanho que hoje está no livro, pois se considera que ele precisa
mais autônoma, isto é, da capacidade de escrever sem a intervenção soltar os movimentos com mais amplitude, não devendo limitá-los
de um mediador. Traçar letras – em qualquer formato – é fruto do a linhas estreitas. Isso acontecerá também na proposta do 2o ano.

9. CAGLIARI, 1989, p. 98, 116.

10
No 2o ano, o exercício de sistematização deverá progredir grada- O foco dessa prática é a compreensão e a interpretação de tex-
tivamente para o traçado da letra cursiva – maiúscula e minúscula –, tos, consideradas como conteúdos de ensino. Tais conteúdos de-
iniciando com palavras, passando por pequenas frases e, finalmen- vem se organizar em torno de procedimentos e estratégias
te, escrevendo pequenos trechos de texto, com palavras simples. específicas de leitura10 que fortaleçam e ampliem processos de
É importante ressaltar que cabe ao professor, se achar conve- sistematização na formação do leitor e que não podem prescindir
niente, antecipar a sistematização dos diversos formatos de letras. de mediação intensa por parte dos professores.
Para isso, devem ser observadas as condições dos estudantes que,
inclusive, podem estar em estágios distintos de desenvolvimento, A ciência cognitiva da leitura afirma que, ao con-
apresentando diferenças de conhecimentos prévios e de experiên- trário do que supõem certas teorias, a aprendizagem
cias de escrita. Assim, a definição do momento para iniciar a siste- da leitura e da escrita não é natural nem espontânea.
matização do traçado das letras é uma decisão do professor e/ou Não se aprende a ler como se aprende a falar. A leitu-
do Projeto Pedagógico da escola, resguardando-se o desenvolvi- ra e a escrita precisam ser ensinadas de modo explí-
mento individual dos estudantes. cito e sistemático, evidência que afeta diretamente
Outro desafio é tornar significativo esse aprendizado, tanto de a pessoa que ensina (DEHAENE, 2011). [...]
técnicas específicas como de convenções. Esta coleção dá especial
PNA, p. 20.
atenção ao desenvolvimento das habilidades necessárias para o do-
mínio dos traçados em atividades sistemáticas também desenvolvidas Com o objetivo de consolidar a prática de leitura e escuta de
na seção Palavras em jogo, nos dois primeiros volumes, com exer- textos, os seguintes aspectos são considerados nesta coleção:
cícios em que o traçado é encaminhado a partir de trovinhas rimadas
e brincadeiras, para que a atividade seja mais lúdica e significativa. • Formação do leitor fluente e competente: a leitura é o
Sugere-se que a iniciação dos estudantes, especialmente daqueles foco e o ponto de partida para as práticas de ensino da Língua
que não apresentam conhecimentos prévios para traçar, seja realiza- Portuguesa na coleção. A partir da leitura de textos de dife-
da de forma lúdica – por exemplo, com traçados feitos no ar, em rentes gêneros – centro das práticas de linguagem – contex-
caixinhas de areia, na lousa e até no chão –, sempre com a orientação tualizados em situações comunicativas reais, desenvolvem-se
de fazer movimentos amplos, da esquerda para a direita e de cima a compreensão e a interpretação, a fluência em leitura oral, a
para baixo. Outra sugestão é pedir aos estudantes que façam movi-
mentos de forma ritmada com palmas ou música, traçando brinca- escuta, a produção de textos, a apropriação do sistema alfa-
deiras em folhas sem pauta, inicialmente, e depois com pautas, bético e dos processos de alfabetização inicial e propiciam-se
sempre lembrando que as pautas não devem ser estreitas, pois, de reflexões sobre fatos da língua.
início, muitos estudantes apresentam insegurança de movimentos
se muito limitados por linhas estreitas. • Literacia: a alfabetização é um dos principais objetivos nos
Paralelamente, tendo em vista a formação plena do estudante anos iniciais do Ensino Fundamental. Segundo a PNA (p. 21-22),
para que se torne um usuário competente da língua, a coleção o avanço dos processos de alfabetização está intimamente
propõe a organização das unidades de estudo em torno de gê- relacionado ao nível de literacia – ou seja, o grau de experiên-
neros textuais reais desde o 1o ano; assim, o processo de alfabe- cias com a escrita e a leitura – que o estudante apresenta nos
tização inicial pode tornar-se mais significativo e contextualizado anos iniciais e que pode proporcionar-lhe maior ou menor
em situações reais de uso da língua, tendo textos como centro das
unidades de ensino. Esse processo da alfabetização inicial não dificuldade em sua formação como leitor. A PNA aponta, pa-
impede que, desde o 1o ano, e ao longo da coleção, o estudante ra os anos iniciais do Ensino Fundamental, a progressão da
tenha a possibilidade de refletir sobre relações morfossintáticas e literacia emergente para a literacia básica e, depois, para a
estilísticas, mesmo que inicialmente apenas de forma oral. intermediária. Tal progressão deve seguir em sintonia com o
Leitura complementar desenvolvimento de todas as práticas de linguagem.
Esse princípio pode ser depreendido também da BNCC, que
Magda Soares. Alfabetização: a questão dos métodos. São considera as diversas práticas letradas em que os estudantes já se
Paulo: Contexto, 2016. inseriram (por exemplo: cantar, recitar, ouvir e recontar histórias,
A autora, em perspectiva histórica, apresenta e discute os seguir regras de jogo e receitas, relatar experimentos, etc.), bem
vários métodos para o ensino da escrita em diferentes contextos.
como os eventos de letramento que devem ser progressivamente
intensificados e complexificados na direção de gêneros secundários

Práticas de linguagem e
com textos mais complexos (BNCC, p. 89).
• Leitura e práticas de linguagem que envolvem textos em
componentes essenciais para várias modalidades – verbal e não verbal (visual, gestual,
a alfabetização sonoro), multissemiótico e multimidiático. De acordo com a
BNCC: “As práticas de linguagem contemporâneas não só
envolvem novos gêneros e textos cada vez mais multisse-
Leitura e escuta de textos mióticos e multimidiáticos, como também novas formas
A leitura e a escuta de textos é uma das práticas de linguagem de produzir, de configurar, de disponibilizar, de replicar e de
destacadas pela BNCC. interagir” (BNCC, p. 68, grifo nosso).

10. “Se considerarmos que as estratégias de leitura são procedimentos de ordem elevada que envolvem o cognitivo e o metacognitivo no ensino, elas não
podem ser tratadas como técnicas precisas, receitas infalíveis ou habilidades específicas. O que caracteriza a mentalidade estratégica é sua capacidade de
representar e analisar os problemas e a flexibilidade para encontrar soluções.” SOLÉ, 1998, p. 70 (grifo nosso).

11
• Apreciação e leitura de obras em outras linguagens – como predomínio de questões de localização de informações no texto e
fotografias e pinturas – em seção específica (Outras linguagens, questões de inferência mais simples – por exemplo, de significados
nos volumes do 4o ano e do 5o ano). Nessa seção, há propostas de de palavras contextualizados no texto, favorecendo o desenvolvi-
atividades em que o estudante tem a oportunidade de apreciar e mento de vocabulário. Para sistematizar esse desenvolvimento há
refletir sobre obras em outras linguagens, o que favorece o esta- a seção Vocabulário em foco, com propostas que não apenas
belecimento de relações entre Língua Portuguesa e Arte. estimulam um vocabulário receptivo, como também concorrem
para a apropriação de um vocabulário ativo e expressivo.
• Valorização da cultura digital como parte do contexto de for-
mação do leitor e produtor de textos competente. Deve-se des- Um vocabulário pobre constitui um obstáculo
tacar que a importância de o estudante vivenciar práticas que para a compreensão de textos.
envolvam as linguagens e as novas tecnologias favoreceu o de- PNA, p.34.
senvolvimento de propostas que ampliam a reflexão sobre gêne-
Quando necessário, sugere-se que as inferências mais complexas
ros midiáticos com as correspondentes tecnologias digitais de
sejam feitas por meio de conversas, com registros coletivos das
informação e comunicação (TDIC). (Competências Gerais da Edu-
respostas, para que aos poucos os estudantes se apropriem dessa
cação Básica – Item 4; Competências Específicas de Linguagens
forma de compreender e interpretar os textos.
para o Ensino Fundamental – Itens 3 e 6.)
Nos volume de 4o e 5o anos, a seção é denominada Interpreta-
• Formação do leitor literário, predispondo-o para a fruição e ção do texto e abrange dois momentos:
apreciação de textos literários tanto da cultura local como da lite-
ratura universal. Para isso, a coleção, além da diversidade de gê-
• Compreensão do texto, em que se empregam estratégias que
têm a finalidade de uma compreensão mais imediata do que o
neros literários, traz antologias para desenvolvimento de projetos
texto apresenta: estudo de vocabulário que contextualize o sig-
de leitura (Competência Geral da Educação Básica – Item 3; Com-
nificado no uso mais imediato do texto – também por meio das
petência Específica de Língua Portuguesa para o Ensino Funda-
atividades propostas na seção Vocabulário em foco –; identifi-
mental – Item 9, reiterada pela habilidade EF15LP15. BNCC, p. 9,
cação de momentos/unidades significativas do texto; localização
87). A coleção destaca essa prática dos princípios da PNA, que
associa a leitura literária ao desenvolvimento da literacia: de informações e/ou dados presentes no texto; identificação de
usos de linguagem com intencionalidade explícita.
Constituem diretrizes para a implementação da
Política Nacional de Alfabetização: [...] São estratégias essenciais, pois, à medida que aumenta a com-
V. estímulo aos hábitos de leitura e escrita e à plexidade dos textos, as atividades de dedução de significados, de
apreciação literária por meio de ações que os inte- localização de informações e de levantamento de dados tornam-se
grem à prática cotidiana das famílias, escolas, bi- mais necessárias. São questões aparentemente mais simples do
bliotecas e de outras instituições educacionais, com estudo do texto, mas imprescindíveis para uma compreensão do
texto mais segura.
vistas à formação de uma educação literária;
PNA, Art. 5, p. 52. Leitura complementar
O Relatório Nacional de Alfabetização (Renabe) amplia o rol de
necessidades para o ensino da leitura: Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias. Ler e compreender:
os sentidos do texto. São Paulo: Contexto, 2006.
Embora o objetivo da alfabetização seja o ensi-
A obra apresenta as principais estratégias para o leitor construir
no das habilidades de decodificação e codificação,
um sentido que seja compatível com o do autor de um texto.
essas habilidades não são suficientes para que uma
pessoa seja um bom leitor e escritor. É necessário
ensinar outras habilidades e conhecimentos, como
• Linguagem e construção do texto, em que se concretiza a
interpretação propriamente dita, envolvendo:
o vocabulário e o conhecimento sobre o mundo.
RENABE, p. 34. – inferências/deduções a partir de elementos implícitos, rela-
ções estabelecidas entre esses elementos e o contexto em
• Compreensão de texto, cujo processo é amplo e, sem dúvida,
que se inserem. A realização de inferências é um dos desafios
o “propósito da leitura”. “Trata-se de um processo intencional e
da prática de leitura, principalmente no caso de se esperar
ativo mediante o emprego de estratégias de compreensão”
que sejam justificadas e/ou fundamentadas no próprio tex-
(PNA, p.34). No intuito de operacionalizar esse processo com-
to. Sugere-se que essa habilidade seja implementada no
plexo, foram didatizadas, nesta coleção, etapas que podem
decorrer de todo o Ensino Fundamental – Anos Iniciais, prin-
constituir estratégias mais eficazes tendo em vista a necessida-
cipalmente por meio de conversas e trocas entre os pa-
de de sistematização nas relações de ensino-aprendizagem.
res no momento da leitura e das atividades de interpretação;
A compreensão de textos é o propósito da – reconhecimento dos efeitos de sentido produzidos tanto
leitura. Trata-se de um processo intencional e ati- pelas escolhas composicionais como pelas escolhas es-
vo, desenvolvido mediante o emprego de estratégias pecíficas da organização e seleção de linguagem, por
de compreensão. [...]
exemplo, sonoridade no texto poético, repetições enfáticas
PNA, p. 34. na argumentação, escolha e vocabulário expressivo, etc.;
Nos volumes de 1o, 2o e 3o anos, há apenas uma seção destinada – reordenação de fatos ou ideias do texto e análise das rela-
à compreensão, denominada Compreensão do texto. Nela há ções possíveis entre os elementos que o compõem;

12
– relação dos elementos com outros textos (intertextualida- A leitura em voz alta favorece o exercício de articulação e da
de) e do texto com os dados do universo do leitor; prosódia de palavras. Deve-se destacar que, para essas atividades,
– identificação do gênero a que o texto pertence a partir das em muitos momentos, “modelos” de boas leituras expressivas
condições de produção e de recepção (elementos de orga- podem significar pontos de referência para o estudante. Entre
essas leituras (de histórias, poemas, textos informativos, enuncia-
nização, finalidade, intencionalidade, escolhas de linguagem,
dos de atividades, notícias, comunicados, entre outros textos),
situação comunicativa em que se insere, suporte, etc.);
aquelas feitas pelo professor são fundamentais para a formação
– verificação dos processos discursivos utilizados (argumen- do estudante no que se refere ao desenvolvimento de habilidades
tativos, informativos, estéticos, etc.); de leitura. Insere-se nessa proposta a necessidade de desenvolvi-
– extrapolação e crítica: posicionamento do leitor diante do mento da habilidade de escuta de textos, como parte da forma-
texto com base nas interpretações realizadas e em decor- ção do leitor. A escuta também será desenvolvida em outras
rência da apreciação crítica do texto. atividades da prática de oralidade.
• leitura compartilhada de textos e acompanhamento
Fluência em leitura da leitura feita pelo professor: um mediador faz a leitu-
Uma das condições para o desenvolvimento do leitor pleno é a ra principal enquanto se observa se os estudantes estão
fluência em leitura, “habilidade de ler um texto com velocidade, acompanhando a leitura. Essa observação pode ser enri-
precisão e prosódia” (PNA, p. 33). quecida pelo estímulo à participação do estudante com
O desenvolvimento da fluência propicia a autonomia para ler, de- dúvidas, antecipações, formulação de hipóteses de leitura,
codificando, compreendendo e interpretando textos. Isso demanda comentários, apreciações. A PNA destaca a importância
que se incluam práticas sistemáticas de leitura de textos de diferentes dessa prática para o desenvolvimento da literacia familiar:
extensões, tanto silenciosamente como em voz alta. Há de se conside-
rar também que, para a formação do leitor fluente, é necessário que o Uma das práticas que têm impacto no futuro
estudante se aproprie com segurança do sistema de escrita da língua escolar da criança é a leitura partilhada de histó-
portuguesa. Caso isso não aconteça adequadamente, o estudante rias, ou leitura em voz alta feita pelo adulto para
pode ser comprometido em sua formação como leitor pleno. a criança; essa prática amplia o vocabulário, de-
Além do domínio do sistema de escrita, para que o estudante senvolve a compreensão da linguagem oral, intro-
avance como leitor fluente, é necessário que se intensifiquem os duz padrões morfossintáticos, desperta a
momentos de leitura, a serem propostos para as atividades tanto
imaginação, incute o gosto pela leitura e estreita o
em sala de aula como fora da escola, a fim de envolvê-lo em hábitos
vínculo familiar.
de leitura. É o que é esperado pela PNA ao refletir sobre literacia
familiar – “experiências relacionadas à linguagem, à leitura e à escri- CARPENTIERI et al., 2011. In: PNA, p. 23.
ta que [as crianças] vivenciam com seus pais, familiares ou cuidado- Certamente, pode-se afirmar que essa prática deve ser incorpo-
res, mesmo antes do ingresso no ensino formal” (WASIK, 2004; rada pelas práticas escolares de leitura e escuta de textos, pois tem
SÉNÉCHAL, 2008. In: PNA, p. 23). se mostrado muito produtiva para a formação do leitor pleno.
Em diversos momentos, esta coleção propõe atividades de lei-
tura oral para serem feitas fora da escola. É uma forma de também • leitura coletiva, em duplas ou leitura dramatizada: trata-
-se de outra forma de estimular a leitura oral. Essa modalida-
estimular o gosto pela leitura.
O desenvolvimento da fluência em leitura na coleção ocorre por de deve ser orientada pelo professor, para que as vozes
meio de estratégias diferentes: possam acontecer em uníssono. Favorece o desenvolvimento
• leitura silenciosa: um momento do estudante com o texto da articulação de palavras, prosódia, entonação expressiva
dos textos lidos. Essa leitura pode variar, por exemplo, na or-
e de estímulo a solicitar ajuda do professor, ou de colegas,
sempre que necessário. É essencial que o estudante seja in- ganização de um jogral desenvolvido sobre poemas, quadri-
centivado a estar sozinho com o texto, a ser desafiado pelo nhas, trava-línguas, em que o professor orienta e organiza a
texto, a formular suas hipóteses de leitura e antecipações e distribuição de vozes. O canto coletivo pode ser uma forma
posterior interpretação do texto. Isso contribuirá para sua de o estudante participar da leitura coletiva de uma letra de
maior autonomia no processo de leitura; canção, por exemplo. A leitura dramatizada é outra alter-
• leitura oral em voz alta: estímulo para a leitura oral expres- nativa para envolver os estudantes em uma leitura significa-
siva (com entonação expressiva, padrão rítmico) com atribui- tiva, pois, além da fluência, eles terão de ficar atentos à
ção de sentidos. Geralmente, recomenda-se que essas
distribuição das falas e à entonação expressiva a ser dada a
atividades sejam feitas depois das atividades de compreensão
cada fala.
e de interpretação, pois assim o estudante poderá mais facil-
mente atribuir significados à leitura que fará. É preciso ressal-
tar que não se deve obrigar o estudante a ler em voz alta, Oralidade
para um público em geral, sendo importante sempre consi- O desenvolvimento da oralidade envolve a compreensão e a
derar as características emocionais de cada um: timidez, não produção de textos orais de diversas práticas sociais; incluídos os
gostar de se apresentar em público, ter alguma dificuldade gêneros da tradição oral e os midiáticos, assim como os contextos
de articular palavras. A leitura pode ser feita apenas para o em que foram produzidos (BNCC, p. 79).
professor, por exemplo, para ajudar a resolver dúvidas e even- Para o desenvolvimento da oralidade, deve-se considerar como
tuais dificuldades. condição intrínseca a prática de escuta: parte fundamental para

13
desenvolver a competência comunicativa dos estudantes e exigên- coleção estratégias para sistematização de propostas de produção
cia essencial para melhor interagir – inclusive para resolução de de textos de diferentes gêneros textuais com distintos objetivos de
conflitos – em um mundo pautado pelas mais diversas modalidades escrita, escolhas de registros, adequação de linguagem e estilo,
de comunicação. Ouvir e analisar o que é ouvido é um exercício revisão, reescrita e edição.
para aprimorar habilidades mais reflexivas. Proficiência e autonomia na produção de textos – orais ou escri-
Saber expressar-se oralmente com os mais diversos propósitos tos – são alguns dos grandes objetivos do ensino da Língua Portu-
significa não apenas conhecer os diferentes gêneros orais mais guesa, em todos os níveis. Agregue-se a essa reflexão o que foi
comuns da comunicação na sociedade como também reconhecer comentado anteriormente em relação aos gêneros orais públicos:
as distinções entre aspectos da língua falada e da língua escrita.11 debates, discussões em grupo, exposições orais.
Na coleção, as atividades de oralidade estão distribuídas ao lon- Atualmente, é preciso considerar ainda – com bastante atenção
go das unidades, em diversos momentos. Entretanto, optou-se por – as transformações de linguagem resultantes da cultura digital e o
uma sistematização maior na seção Prática de oralidade, com consequente uso das tecnologias digitais de informação e de co-
atividades que envolvem os estudantes em situações reais de inter- municação (TDIC). É importante ressaltar que se trata de transfor-
câmbio oral e sequências didáticas em que têm a oportunidade de mações que afetam não apenas plataformas ou suportes, mas
participar de atividades diversas de fala e de escuta, que serão de- alteram substancialmente as formas de organizar a linguagem nes-
talhadas mais adiante. ses novos contextos: associação da linguagem verbal com imagens
A seção Prática de oralidade contribui para o desenvolvimento em movimento, sonorização, rapidez com que as mensagens devem
de atividades orais recorrentes na sala de aula, favorecendo a sistema- ser transmitidas nos meios de comunicação, aplicativos de celular,
tização de procedimentos mediada pelo professor. A seção envolve: tablets, computadores. Tais fatores têm exigido dos usuários pron-
• o exercício da oralidade espontânea e da escrita oraliza- tidão até então não prevista. A escola não pode ficar alheia a essas
transformações. A BNCC, em relação à produção de textos, aponta
da,12 apresentando também atividades para gêneros orais
mais específicos; para essa necessidade:
[...] comentar e indicar diferentes produções cul-
• o trabalho com práticas orais de linguagem voltadas para os turais por meio de resenhas ou playlists comentadas;
gêneros da comunicação pública formal,13 desde o início descrever, avaliar e recomendar (ou não) um game em
do Ensino Fundamental (conversas, discussões sobre temas uma resenha, gameplay ou vlog; escrever verbetes de
específicos, apresentações de leituras feitas, etc.), com amplia- curiosidades científicas; sistematizar dados de um
ção gradativa para situações com prevalência de aspectos estudo em um relatório ou relato multimidiático de
mais formais de uso da língua nos volumes de 4o e 5o anos. campo; divulgar conhecimentos específicos por meio
de verbete de enciclopédia digital colaborativa; [...]
Além das atividades na seção Prática de oralidade, o exercício
carta do leitor, artigo de opinião; denunciar situações
das habilidades inerentes às atividades orais de linguagem está
implícito nos trabalhos efetivos de escuta e de compreensão de de desrespeito aos direitos por meio de fotorreporta-
textos presentes em outras seções, voltadas para o desenvolvimen- gem, fotodenúncia, poema, lambe-lambe, microrro-
to da prática de leitura/escuta (compartilhada e autônoma), teiro, dentre outros.
como está referido no texto da BNCC, e em diferentes situações reais BNCC, p. 76.
de interlocução: nos momentos de interação professor-estudante; Alteram-se as plataformas e suportes (suporte em que o texto
no uso estimulado da fala; no compartilhamento de descobertas e será veiculado: livro, jornal, mural, blog, TV, etc.), alteram-se as fina-
de conhecimentos; nas estratégias orais ou de leitura compartilha- lidades, as intencionalidades; consequentemente, alteram-se as
da de textos, incluindo leitura e compreensão de enunciados; em formas de organizar a linguagem e as formas de ler, escutar e com-
situações em que o estudante precise perceber as diferenças entre preender essas novas linguagens. A formação tanto do leitor como
as modalidades oral e escrita da língua (articulação de palavras, uso do produtor de textos tem de considerar essas transformações.
de gestos, entonação expressiva, etc.). A produção de textos deverá incorporar estratégias e orientações
para que os estudantes possam abranger os novos propósitos de
Produção de escrita e de textos comunicação.
Tendo em vista a formação do estudante para que se torne um É importante ressaltar que essas novas formas trouxeram novos
produtor de textos proficiente e autônomo e levando em conside- compromissos com a informação, a fim de evitar a leitura, a produ-
ração a complexidade dessa prática pedagógica, apresentam-se na ção e a disseminação de fake news ou de textos que não tenham
11. “Parece consenso que a língua falada deve ocupar um lugar de destaque no ensino de língua. A motivação para que essa modalidade seja trabalhada com
tal relevo se dá, de um lado, porque o aluno já sabe falar quando chega à escola e domina, em sua essência, a gramática da língua. Por outro, a fala influencia
sobremaneira a escrita nos primeiros anos escolares, principalmente no que se refere à representação gráfica dos sons.” FÁVERO, Leonor Lopes et al.
Oralidade e escrita: perspectivas para o ensino da língua materna. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002, p. 10-11 (grifo nosso).
12. “O oral espontâneo, geralmente pensado como fala improvisada em situações de interlocução conversacional, que, numa das extremidades, constitui um
‘modelo’ relativamente idealizado, a respeito do qual, às vezes, à primeira vista, sublinha-se o aspecto aparentemente fragmentário e descontínuo que, com
frequência, esconde regularidades a serviço da comunicação. Situado na outra extremidade em relação a esse estilo oral espontâneo, temos as produções
orais restringidas por uma origem escrita que identificamos ou descrevemos como a ‘escrita oralizada’. Esta é considerada uma vocalização, por um leitor, de
um texto escrito. Trata-se, portanto, de toda palavra lida ou recitada.” SCHNEUWLY; DOLZ et al., 2004, p. 157.
13. “[...] é preciso que nos concentremos no ensino dos gêneros da comunicação pública formal. Por um lado, aqueles que servem à aprendizagem escolar em
português e em outras disciplinas (exposição, relatório de experiência, entrevista, discussão em grupo, etc.), e, por outro lado, aqueles da vida pública no
sentido lato do termo (debate, negociação, testemunho diante de uma instância oficial, teatro, etc.).” SCHNEUWLY; DOLZ et al., 2004, p. 175.

14
credibilidade por terem fontes de informação não confiáveis ou Para isso, cada proposta de produção é acompanhada de deta-
intenções de prejudicar algo ou alguém. Nesse contexto, a escola lhamento das etapas. Sugere-se que esse detalhamento seja sempre
deverá reservar muitos momentos de reflexão sobre a responsabi- lido de forma compartilhada com os estudantes, permitindo que
lidade de quem produz conteúdo para as novas mídias. Nesta co- se expressem para dizer como compreenderam a proposta e, prin-
leção, orienta-se enfaticamente o professor a alertar os estudantes cipalmente, se têm dúvidas quanto à consecução. Durante a leitura
em relação às fontes de informação, sobretudo nas unidades des- das orientações e a produção, o professor deve estar atento às ne-
tinadas a gêneros jornalísticos (campo da vida pública e campo das cessidades e/ou dificuldades dos estudantes e atuar como mediador
práticas de estudo e pesquisa). constante durante todo o processo – lembrando que, até o final do
O foco na leitura, a análise e a reflexão sobre a língua, as práticas Ensino Fundamental, os estudantes estarão se apropriando ainda
variadas desenvolvidas em aulas de Língua Portuguesa devem co-
de estratégias que lhes permitam uma produção de escrita mais
laborar para o objetivo de tornar o estudante sujeito de sua fala e
autônoma.
de sua produção de escrita em situações informais ou formais de
Durante a produção de texto, a avaliação processual/formativa
comunicação.
deve ser constante para observar se há estudantes que não produ-
Nesse sentido, a proposta da coleção é estimular a produção
zem seus textos por apresentar dificuldades em relação ao domínio
de textos, de modo gradativo e adequado à fase de apren-
do sistema de escrita. Nesse caso, deverão ser planejadas atividades
dizado e à situação de produção, com base nos gêneros tex-
de retomada e consolidação do sistema (decodificação de palavras,
tuais estudados nas unidades. Essa concepção norteará a
registro escrito, convenções de escrita como sinais de pontuação,
organização de sequências que privilegiem as condições de
espaçamento, uso de maiúsculas) a serem programadas sempre
produção de textos, que podem ser assim didatizadas:
que necessário.
• sobre o que escrever (tema/assunto); Para o desenvolvimento da autonomia para a produção de es-
• por que escrever, com que intenção/finalidade; crita, deve-se considerar como condição essencial o desenvolvi-
• para quem escrever (destinatário, público-alvo); mento da autoconfiança para escrever textos de autoria. Para isso,
é essencial a atuação do professor no sentido de motivar o estu-
• em que circunstância comunicativa;
dante mesmo diante de dificuldades de expressão e de acolher suas
• com que escolhas de linguagem. inseguranças e dúvidas.
A sistematização desses tópicos com os estudantes fortalecerá Essa reflexão deve ser ampliada considerando-se os estudos
o desenvolvimento de importante habilidade, que abre o rol de trazidos pela PNA, que agregam aspectos a serem sistematizados,
habilidades de Língua Portuguesa e é base para todos os estudos tendo em vista o objetivo de alfabetizar plenamente o estudante.
textuais apresentados na coleção: Nesse documento, são apresentados níveis de produção para orien-
Identificar a função social de textos que circulam tar o processo de produção de escrita:
em campos da vida social dos quais [o estudante] par- [...] a produção de escrita diz respeito tanto à
ticipa cotidianamente (a casa, a rua, a comunidade, a habilidade de escrever palavras, quanto à de pro-
escola) e nas mídias impressas, de massa e digital, duzir texto. O progresso nos níveis de produção
reconhecendo para que foram produzidos, onde circu- escrita acontece à medida que se consolida a alfa-
lam, quem os produziu e a quem se destinam. betização e se avança na literacia. Para as crianças
BNCC, p. 93. mais novas, escrever ajuda a reforçar a consciência
Essas condições orientarão o planejamento do texto a ser elabo- fonêmica e a instrução fônica. Para as crianças
rado pelo estudante. Reitera-se, então, que os gêneros lidos e inter- mais velhas, a escrita ajuda a entender diversas
pretados nas unidades serão o ponto de partida para os estudos e, tipologias e gêneros textuais.
consequentemente, para as propostas de produção de texto. Conforme Silva (2013), Zesiger (1995) e Ajuria-
Importante destacar que, para que o estudante produza textos
guerra et al. (1979), a produção escrita abrange di-
com autonomia crescente, se faz necessário dar condições para uma
ferentes níveis:
crescente ampliação do repertório textual, de formas de expressão
e de organização de textos por meio de leituras diversificadas e Nível da letra: caligrafia; envolve planificação,
sistematicamente desenvolvidas. programação e a execução de movimentos da
Ao estabelecer o gênero textual como eixo para a produção, po- escrita.
de-se considerá-lo um modelo textual, uma referência para que
os estudantes produzam os próprios textos e para a ampliação de Nível da palavra: ortografia, envolve opera-
seu repertório textual. O gênero textual poderá servir de fonte de ções mentais que permitem saber, por exemplo, que
escolhas tanto de estruturas composicionais como de escolhas lin- /mãw/ se escreve “mão” (e não “maum”).
guísticas específicas para ajudar o estudante a delinear o estilo de sua Nível da frase: consciência sintática; envolve
escrita. A ideia de modelo é calcada na concepção de gênero como a ordem das palavras, as combinações entre as
uma “forma relativamente estável” (BAKHTIN, 1997) de texto. palavras e a pontuação.
Nesta coleção, a produção de texto envolve o gênero do texto
que foi objeto de leitura e de interpretação na unidade com o de- Nível do texto: escrever e redigir; refere-se à
talhamento das diversas etapas envolvidas na produção, desde a organização do discurso e envolve processos que
motivação até a revisão, reescrita e edição ou apresentação. não são específicos da língua escrita, como

15
memória episódica (memória de fatos vivenciados linguagens). Assim, o estudo linguístico/gramatical é ampliado pa-
por uma pessoa), o processo sintático e semântico. ra que possa envolver outros aspectos e formas de composição
PNA, p. 34.
presentes nos diferentes textos.
Como a coleção enfatiza a diversidade de gêneros textuais, os
Na coleção, para o professor, em orientações específicas para “conhecimentos grafofônicos, ortográficos, lexicais, morfológicos,
diversas atividades, por exemplo, de estudos sobre a língua, ressal- sintáticos, textuais, discursivos, sociolinguísticos e semióticos” são
ta-se o nível de produção enfocado – da letra, da palavra, da sempre situados no contexto dos gêneros textuais/textos abordados
frase, do texto – tanto para facilitar a explicitação da habilidade (BNCC, p. 81). Nesse sentido, os estudos gramaticais supõem muito
que está sendo desenvolvida como para orientar possíveis registros mais do que o simples domínio de regras, apresentando uma reflexão
de observação de avanços ou dificuldades dos estudantes. sobre os usos da língua – falada e escrita. Isso ocorre em diferentes
momentos, explicitados a seguir:
Análise linguística/semiótica • Nas seções Compreensão do texto (1o a 3o anos) e Interpretação
(alfabetização e ortografização) do texto (4o e 5o anos), quando a compreensão de efeitos de sen-
Os estudos sobre a língua ocupam lugar importante na formação dos tido produzidos exige a identificação do fato linguístico.
estudantes ao se considerar que, para muitos, a escola é o único espaço • Na seção Língua: usos e reflexão, a partir do 2o ano, em que
em que terão a oportunidade de refletir sobre os usos que fazem da são propostas atividades com base nos textos lidos que desta-
língua de forma sistemática. Essa sistematização envolve a experiência cam circunstâncias reais de uso da língua. Além disso, há ativi-
com diversas circunstâncias em que a língua – oral ou escrita – é empre- dades para identificação, incorporação e sistematização de
gada e envolve também a necessidade de se analisar aspectos – descri- alguns conceitos linguístico-gramaticais, elaboradas não só
tivos e metalinguísticos – que auxiliam a pensar sobre a língua, levando para o entendimento do modo de organização dos enunciados,
os estudantes a se apropriar de um repertório mínimo para isso.
como também para a reflexão sobre como funcionam as regras
O desenvolvimento das propostas de atividades voltadas para
e convenções de uso que darão suporte às práticas de leitura,
essa necessidade e seus respectivos tópicos é apresentado de for-
ma situada (KLEIMAN, 2012) em textos/gêneros e com uma meta- escrita e oralidade. Conta-se ainda com os mapas conceituais
linguagem mínima que ampare o estudantes a “falar sobre” a – diagramas em que o estudante pode visualizar e/ou organizar,
língua.14 Nesse aspecto, os textos/gêneros textuais são o ponto de de forma simples, os conceitos estudados – presentes na seção
partida para os estudos sobre a língua e os estudos voltados para Hora de organizar o que estudamos.
os conteúdos de alfabetização inicial. • Na seção Palavras em jogo, em que são sistematizados co-
A seguir, são destacadas algumas ênfases presentes nesta coleção. nhecimentos para apropriação tanto do sistema alfabético da
• Consolidação de processos de alfabetização inicial, bem escrita como das regularidades e irregularidades que consti-
como da sistematização de práticas para apropriação do tuem as convenções ortográficas. A incorporação da norma
sistema alfabético, para que o estudante compreenda os ortográfica é consequência de um processo de ensino que se
princípios básicos que regem o sistema de escrita da língua inicia com a apropriação da escrita alfabética para, posterior-
portuguesa de forma gradual, progressiva e sistemática ao mente, chegar à compreensão da ortografia como objeto de
longo dos cinco volumes e se aproprie deles. Para fortalecer reflexão e de estudo sistemático. É necessário que se com-
a apropriação do sistema alfabético, enfatizam-se atividades preenda que a ortografia é fruto de norma/convenção.
que intensificam o desenvolvimento da consciência fonê-
Leitura complementar
mica e da instrução fônica sistemática (PNA, p. 33).
• Reflexão sobre conteúdos linguísticos e gramaticais – se- Rodolfo Ilari. Introdução à semântica: brincando com a gramá-
tica. São Paulo: Contexto, 2001.
mânticos, sintáticos e morfológicos – que auxiliem na
apropriação de recursos e de estratégias para a leitura fluen- A obra propõe reflexões sobre o uso da língua e sobre os re-
cursos linguísticos em seu funcionamento.
te, para a compreensão de textos (BNCC, p. 80-83), para a
escrita, escuta e fala.
• Explicitação de conceitos gramaticais construídos com ba- Interdisciplinaridade e
se nos gêneros textuais e em situações reais e consolidados intertextualidade
por meio de exercícios de uso e em mapas conceituais.
A interdisciplinaridade está presente no cotidiano das práticas
A análise de aspectos específicos da alfabetização inicial foi de-
escolares, principalmente ao se estabelecer relações entre textos e
senvolvida em separado em razão de sua importância para o do-
mínio do sistema de escrita pelo estudante. A fase de alfabetização entre diferentes áreas do saber. O exercício de mediar o estabeleci-
inicial deve ser ampliada e consolidada por outros estudos sobre a mento de relações entre as diferentes leituras e os múltiplos leitores
língua (sobre o que falaremos mais adiante). exige do professor uma postura interdisciplinar diante dos conteúdos.
A proposição de uma prática de análise linguística/semiótica Nesta coleção, há vários momentos que favorecem as relações
torna necessária a ampliação de estratégias para que o estudante interdisciplinares, como:
possa refletir sobre usos expressos em diferentes modalidades de • nas propostas de atividades da subseção Conversa em jogo
textos: orais, escritos e multissemióticos (que envolvem múltiplas (que é parte da seção Prática de oralidade);
14. KLEIMAN, Angela; SEPÚLVEDA, Cida. Oficina de gramática: metalinguagem para principiantes. Campinas: Pontes, 2012. Nesse livro, as autoras apresentam
considerações sobre como e por que uma metalinguagem pode auxiliar estudantes na apropriação de formas de utilizar a língua.

16
• em atividades de interpretação que exigem relações com seu desenvolvimento físico, psicológico, intelectual, social e cognitivo
diferentes áreas do saber; no contexto do Ensino Fundamental. Quando são delineadas as sin-
gularidades que caracterizam esse período da infância, um aspecto
• em atividades lúdicas ao longo das unidades que demandam
se apresenta como fundamental nas reflexões que devem envolver
o envolvimento de práticas de outras áreas.
as práticas pedagógicas destinadas a essa faixa etária: o brincar como
De forma explícita, na seção Tecendo saberes, a partir do 2o parte da natureza da criança. Assim, a ludicidade está presente:
ano, há estímulos para que o estudante inter-relacione conhecimen-
tos de diferentes áreas.
• na forma de desafios/brincadeiras em atividades de apropria-
ção do sistema alfabético da escrita (em todos os volumes);
A intertextualidade15 – isto é, interação e inter-relação entre
textos, ou o diálogo possível entre eles –, é outro princípio sistema- • na forma de diversão e entretenimento;
tizado na coleção. A intertextualidade – que pode ser também uma • em momentos de antecipação da leitura e/ou mobilização
forma de interdisciplinaridade – é uma maneira de apropriação de de conhecimentos prévios, para que o estudante ative suas
textos. Enfatiza-se o diálogo intertextual na interpretação de texto habilidades e seus saberes ao construir objetos, resolver que-
sempre que for pertinente para as relações de compreensão e de bra-cabeças, jogar, fazer dobraduras, participar de brincadei-
inferências significativas. ras coletivas, dramatizar ou teatralizar histórias, imitar, etc.;
Na coleção, a intertextualidade é garantida pelas atividades para
estabelecer relações entre textos de mesmo gênero, entre textos • em sugestões de brincadeiras, recitações, leituras expressivas e
de gêneros diferentes e entre textos de diferentes linguagens – oral, jograis que tenham a musicalização e o ritmo como contexto;
escrito, verbal, não verbal. Isso contribui para garantir o exercício de • nas propostas das oficinas do Projeto de leitura, que envol-
relações interdisciplinares, fundamental no desenvolvimento de vem sempre a ludicidade como estímulo, a fim de tornar mais
novos paradigmas de conhecimento. significativa a atividade de ler.
A seção Outras linguagens, a partir do 3o ano, favorece a inter-
Na elaboração desta coleção, considerou-se também que esses
textualidade por meio de leituras sobre textos diversos e, muitas
momentos representam oportunidades para o desenvolvimento
vezes, em diferentes linguagens ao mesmo tempo – textos multimo-
de habilidades de atenção, observação e interação.
dais. Nessa seção, relaciona-se o gênero textual estudado com ativi-
dades orais para a percepção de diferentes formas de expressão,
principalmente das linguagens não verbais. Em alguns gêneros tex- Avaliação
tuais, como os da esfera publicitária, para se compreender as intenções As formas de conceber a avaliação na escola passaram por trans-
e os múltiplos sentidos produzidos nas circunstâncias e nos contextos formações e, atualmente, há clareza de que ela não constitui um
em que se apresentam, é necessário o exercício de habilidades rela- mero processo de aferição de domínio de conteúdo. As avaliações
devem ser abrangentes e direcionar as ações pedagógicas para que
cionais que envolvem as escolhas de recursos variados de linguagem, os estudantes possam ser acompanhados e atendidos em suas
como a utilização de diagramação específica do texto no suporte necessidades de formação e receber apoio em dificuldades que
escolhido, a tipografia de letras ou o uso do espaço e das cores. tenham em seu desenvolvimento escolar.

Formação de atitudes e valores:


[...] o papel da avaliação é acompanhar a relação
ensino e aprendizagem para possibilitar as infor-
temas contemporâneos mações necessárias para manter o diálogo entre as
É fundamental que os estudantes sejam imersos em reflexões intervenções dos docentes e dos educandos.
que contribuam para o desenvolvimento dos princípios éticos, de HOFFMAN; JANSSEN; ESTEBAN, 2008, p. 11.
autovalorização e de valorização e respeito pelo entorno em que É fundamental que a avaliação seja constituída de instrumentos
vivem e convivem. Assim, um tema contemporâneo sobre a rea- diversificados, a fim de que a visão sobre os estudantes possa ser
lidade que cerca o estudante (BNCC, p. 19-20) pode ser objeto de ampla e os “percursos de aprendizagem” possam ser revistos pela
reflexão, troca de opiniões, argumentação, posicionamento em escola e pelo professor:
relação ao proposto relato de fatos exemplares de atitudes e de Segundo Cronbach (1982), quanto mais infor-
procedimentos vivenciados na comunidade ou mesmo ilustrados mação se tenha sobre o objeto avaliado, mais con-
por alguma narrativa conhecida. Busca-se uma contribuição para o
dições de compreendê-lo e tomar os vários tipos de
desenvolvimento de competências que devem perpassar os com-
decisão necessários à trajetória do fazer avaliativo
ponentes curriculares (BNCC, p. 20).
e do trabalho educativo docente em sua totalidade.
Nesta coleção, a subseção Conversa em jogo, cujo foco é, em
Idem, p. 16.
geral, uma reflexão sobre aspectos éticos, da convivência e do com-
portamento das pessoas, favorece a formação integral do estudan- Considerando-se a abrangência que as avaliações devem ter, é
te por meio desses temas. necessário que os objetivos das formas de avaliar e dos momentos
em que a avaliação se processa sejam planejados e diversificados
Ludicidade para atender a propósitos diferentes.
Nesta coleção, repensamos as peculiaridades das crianças de 6 a A avaliação auxilia na descrição de pontos fortes
10 anos, suas especificidades e necessidades, de modo a assegurar e fracos do desempenho de cada criança, no
15. “A presença de vestígios de outros assuntos dá sustentação à tese de que a intertextualidade constitutiva do texto é eminentemente interdisciplinar. O conjunto
de relações com outros textos do mesmo gênero e com outros temas transforma o texto num objeto tão aberto quantas sejam as relações que o leitor perceber.”
KLEIMAN, Ângela: MORAES, Silvia. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas: Mercado de Letras, 1999. p. 81.

17
encaminhamento, planejamento e análise da efetivi- da aprendizagem que deverão ser mais enfatizados no planejamen-
dade das instruções/intervenções, assim como no pla- to e nos Projetos Pedagógicos. É importante destacar que a avalia-
nejamento da continuidade do processo de avaliação. ção diagnóstica ajuda a identificar, com mais precisão, estudantes
RENABE, p. 242. que necessitam de um acompanhamento individualizado.
Na coleção, a avaliação diagnóstica, formalmente, é proposta
A seguir, são apresentadas propostas de avaliação com objetivos
distintos para subsidiar o professor e a escola na definição de per- para ser aplicada no início do ano letivo, antes de serem iniciados
cursos a serem estruturados no dia a dia escolar. os trabalhos das unidades, como um ponto de partida que contribui
para o planejamento de ações a serem desenvolvidas no decorrer
Avaliação diagnóstica do ano. No sentido de torná-la mais efetiva, a avaliação diagnóstica
foi elaborada a partir de objetivos de aprendizagem relacionados a
A avaliação diagnóstica é um dos instrumentos de que o profes-
sor e/ou a escola podem lançar mão com o objetivo de dimensionar, conteúdos e habilidades esperados, conhecimentos prévios e con-
em momentos determinados, “o que o estudante sabe” e “o que ele dições que o estudante pode apresentar no momento em que é
precisa saber”, para avançar em seu processo de aprendizagem. avaliado. Adiante há um quadro em que se pode registrar as obser-
Nesse sentido: vações e os resultados da avaliação aplicada e que pode auxiliar o
[...] a avaliação é concebida como processo/ins- professor no mapeamento de ações como:
trumento de coleta de informações, sistematização • identificar conteúdos estudados e habilidades desenvolvidas
e interpretação das informações, julgamento de pelos estudantes no ano anterior, contribuindo para que o
valor do objeto avaliado através de informações professor e a escola possam estruturar seus projetos político-
tratadas e decifradas, e, por fim, tomada de decisão -pedagógicos e planejamento, visando desenvolver processos
(como intervir para promover o desenvolvimento de ensino-aprendizagem adequados à realidade dos estudan-
das aprendizagens significativas).
tes da turma e da escola;
HOFFMANN; JANSSEN; ESTEBAN, 2008, p. 14.
• prever intervenções de apoio para estudantes com defasa-
Assim, a avaliação diagnóstica precisa ser estruturada com cla- gens de aprendizagem;
reza em relação a objetivos/conhecimentos principais a serem afe-
ridos, pois, sempre associada a outras observações, será um dos • identificar possíveis causas das dificuldades e/ou defasagens
instrumentos fundamentais na elaboração de um perfil do estudan- detectadas, enriquecendo a análise sobre as necessidades dos
te, da turma e, consequentemente, da escola, pontuando aspectos estudantes.

Nome do estudante: Turma:


Data da realização da avaliação:
Critérios de avaliação Observações
Componente(s) Habilidade(s) Acertou Acertou Não Pontos relevantes
Questão
PNA BNCC totalmente a parcialmente a acertou a para compor o
questão. questão. questão. diagnóstico
1
Nesta coleção, acompanham a avaliação diagnóstica no início de cada volume os critérios de avaliação e algumas sugestões de enca-
minhamentos para subsidiar o planejamento e as retomadas no processo de aprendizagem.
Avaliação processual/formativa
A característica fundamental da avaliação formativa ou avaliação processual (de processo) é o fato de essa forma de avaliar permitir
acompanhar o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem de forma contínua, sistemática, observando o dia a dia do estu-
dante e possibilitando um levantamento mais consistente de aspectos a serem revistos e/ou replanejados.
A avaliação formativa ou processual deve incidir sobre o fazer contínuo do estudante: momentos ou atividades realizadas em sala
de aula ou em casa que permitem ao professor observar avanços e defasagens apresentadas pelo estudante. Tais momentos ou ativi-
dades permitem também considerar aspectos pontuais no contínuo do processo de ensino-aprendizagem que possam estar interfe-
rindo na maior ou menor apropriação de conhecimentos e/ou habilidades pelos estudantes: condições emocionais, socioambientais,
contextuais, enfim, condições e circunstâncias que afetam mais ou menos o estudante na escola.
Nesta coleção, no Livro do Estudante, algumas atividades são identificadas com ícone específico para sinalizar momentos
sugeridos para essa avaliação, a fim de propiciar uma observação mais acurada sobre um conhecimento específico e/ou sobre deter-
minada habilidade que possa representar uma condição a ser considerada para o avanço no processo de aprendizagem. Nesses momen-
tos há também sugestões de critérios para avaliar.
Por exemplo, na coleção sugerem-se vários momentos, com sinalização, de avaliação do desenvolvimento da fluência em leitura oral
pelo estudante, dada a importância desse componente essencial para a alfabetização. Paralelamente, há sugestões de encaminhamentos
para remediação de defasagens na aprendizagem.

18
Além da sinalização com ícones ao longo do Livro do Estudante, Nesta coleção, a partir do 2o ano, há uma seção específica, ao final
há orientações específicas e sugestões de avaliação formativa na de cada unidade, para auxiliar nesse processo, O que estudamos.
Conclusão de cada unidade. Nela, o estudante tem a oportunidade de delimitar e avaliar seus
Mais adiante, neste Manual, serão detalhados alguns aspectos avanços em determinados conhecimentos e processos trabalhados
próprios de avaliação em Língua Portuguesa. na unidade: leitura, produção de texto, usos e reflexão sobre a língua
e participação em atividades coletivas de escuta e oralidade.
Avaliação de resultados Sugere-se que seja sempre reservado um momento em sala de
No esforço de diversificar as formas de avalia- aula para que os estudantes conversem sobre a autoavaliação e
ção que contribuam para melhor entender o que é tenham a oportunidade de se expressar com espontaneidade, sen-
avaliado e planejar percursos de ensino-aprendi- tindo-se respeitados em sua análise.
zagem, agrega-se a forma de avaliação de resulta- Em Língua Portuguesa, é comum os estudantes não conseguirem
dos – também chamada de avaliação somativa. delimitar os saberes estudados, muitas vezes por não terem o há-
Ela geralmente é aplicada em momentos específicos bito de nomear o que foi feito. Nesta seção, de forma simplificada,
(final de uma sequência didática, final de um bi- o estudante poderá rever e perceber que tudo o que foi visto teve
um propósito e refere-se a um conteúdo específico. Essa é uma
mestre ou final do ano) e contribui para dar:
forma de organizar os conhecimentos construídos durante as aulas.
[...] o resultado integral e final, em tempo pe-
dagógico determinado, da interação entre docen- Portfólios
tes/conteúdos/objetivos/metodologias/educandos. Como parte do processo de autoavaliação, uma atividade tem
HOFFMANN; JANSSEN; ESTEBAN, 2008, p. 19. (grifo nosso). se mostrado eficiente: a produção de portfólios. Trata-se de um
A avaliação de resultados tem um caráter mais objetivo, poden- registro sequenciado de trabalhos produzidos pelo estudante. Esse
do, inclusive, ser estruturada com a organização de mensuração registro contribui tanto para auxiliar o professor na elaboração de
quantitativa de dados sobre cada estudante e/ou turma. um diagnóstico e no planejamento de intervenções no processo
de ensino-aprendizagem como para o próprio estudante refletir
[...] a avaliação somativa, também chamada de sobre seu percurso.
“Assessments of Learning”, ou, em tradução livre, Do 1o ano ao 3o ano, uma das sugestões de produção de port-
avaliação da aprendizagem, mensura o domínio do fólios ocorre na seção Memória em jogo. Sugere-se também que
aprendizado pelo aluno, ocorrendo frequentemente portfólios sejam feitos para a Produção de texto e para outras
ao final da unidade de conteúdo estudada (SPEAR- atividades em que haja registro de escrita espontânea do estudan-
-WERLING, 2015). te. Essa coleta pode revelar a progressão em relação à aquisição do
RENABE, p. 243. sistema de escrita e à autonomia nos processos de produção de
pequenos textos. No decorrer do ano, essas atividades, associadas
Essa é uma das formas de avaliação empregadas, por exemplo,
a outras desenvolvidas pelo professor, mesmo em outras áreas do
nas avaliações em larga escala (PISA, SAEB, ANA, avaliações seto-
conhecimento, constituem documentos/registros essenciais para
riais feitas por órgãos governamentais) com dados/resultados que
o processo de avaliação.
podem até ser objeto de mensurações conclusivas baseadas em
A sugestão de portfólios pode ser aproveitada em todos os anos,
percentuais ou quantitativos de desempenho em relação a objetivos
mas, em especial, do 1o ano ao 3o ano constitui valioso instrumento
específicos de aprendizagem.
de avaliação e acompanhamento do desenvolvimento de processos
Na coleção, a sugestão de avaliação de resultados encontra-se
de alfabetização específica do estudante.
ao final de cada volume. Cuida-se para que os objetivos dessa ava-
liação de um ano estejam em consonância com os objetivos da
avaliação diagnóstica do ano seguinte, permitindo a complemen-
Avaliação em Língua Portuguesa
taridade entre os dados avaliados. No ensino da Língua Portuguesa, a centralidade da ação sobre
Para registro dos avanços, dificuldades e outras observações indi- o texto como unidade de ensino se consolida no papel desem-
ca-se utilizar o mesmo quadro proposto anteriormente na avaliação penhado pelos gêneros textuais na formação do leitor proficien-
diagnóstica. A comparação de registro entre os dois momentos será te e do produtor de textos consciente das escolhas de linguagem
um apoio muito importante para a análise do desenvolvimento dos para efetivação de seus objetivos comunicativos.
estudantes, inclusive, para subsidiar elementos a serem enfatizados A leitura e interpretação de textos e a produção de escrita
no planejamento para o ano seguinte. são propostas com base em princípios que organizam os gêneros
textuais. Os estudos linguísticos/semióticos (alfabetização e
Autoavaliação ortografização) têm seu papel ressignificado, pois, com base em
É fundamental que o estudante se envolva processo de avaliação, textos/gêneros, facilitam-se a compreensão e a apropriação de
refletindo sobre seus avanços e dificuldades e participando de de- recursos linguísticos de que o usuário poderá dispor para seus
cisões/ações em seu processo de aprender. Isso contribui para de- propósitos de comunicação: compreender melhor os efeitos de
senvolver autonomia crescente e reflexiva em relação ao próprio sentido produzidos na e pela língua e descrever minimamente os
desenvolvimento. processos que têm à disposição para suas necessidades podem
A autoavaliação deve ser frequente instrumento de apoio para ajudar em escolhas de linguagem mais conscientes e consistentes.
a avaliação formativa/processual, permitindo que o estudante fale O universo textual propiciado pelos gêneros textuais mostra a
sobre seus avanços ou dificuldades. necessidade de se incorporar aos estudos sobre a língua portuguesa

19
o universo de outras linguagens presentes em textos multissemióticos. processo de alfabetização plena, consideram-se os seguintes aspec-
Por essa razão, nesta coleção, há oferta sistemática de seções voltadas tos para a avaliação em fluência em leitura oral:
para a leitura de textos em linguagens não verbais, que amplia as • Decodificação de palavras durante a leitura e domínio dos
experiências de leitura e subsidia o desenvolvimento de práticas que sistemas de escrita.
podem incluir os gêneros midiáticos, ou textos híbridos.
Essa centralidade no texto será responsável por gerar possibili- • Aumento crescente da fluência em leitura oral, com articula-
dades também para as formas de avaliação.
ção clara de palavras, ritmo, prosódia. Para esse tópico, a PNA
Considerando que a avaliação deve acompanhar o processo apresenta uma tabela baseada em estudo de especialistas
pedagógico para o estudo e o ensino da língua portuguesa, é ne- para que se leve em consideração um número médio de pa-
cessário levar em conta as práticas de linguagem presentes nesse lavras lidas com fluência ao final de cada ano do Ensino Fun-
processo para que se organizem as avaliações: leitura, compreensão damental.16 Essa avaliação deve somar-se a outras verificações
e produção de textos orais e escritos, escuta de textos orais, reflexão que analisem a apropriação de mecanismos de leitura pelo
sobre recursos e escolhas linguísticas envolvidos nesses processos, estudante.
efeitos de sentido produzidos nortearão a produção de instrumen-
tos de avaliação. Número médio de
Na PNA (p. 33-34), são apresentados tópicos abrangentes que per- Ano do Ensino
mitem visualizar e organizar as avaliações de forma sistemática: palavras lidas por
Fundamental
• desenvolvimento da consciência fonológica (consciência fo- minuto
nêmica e instrução fônica sistemática); 1o 60
• fluência em leitura oral, com proposta de critérios para pro- 2o
80
sódia e velocidade de leitura;
3o 90
• desenvolvimento de vocabulário;
4o
100
• compreensão de textos;
• produção escrita, com especificação de diferentes níveis de 5o
130
desempenho.
Dos vários tópicos, podemos destacar alguns que vão corroborar • Uso de expressividade e entonação adequadas durante a lei-
para uma estruturação de instrumentos de avaliação mais significativos. tura oral de textos.
• Domínio crescente de vocabulário receptivo e ativo na fala ao
Avaliação em fluência em leitura oral compreender e produzir textos.
Na coleção, com a finalidade de enfatizar a observação do de- Sugere-se o quadro a seguir como instrumento adicional a se
senvolvimento do estudante, principalmente em relação ao juntar a outros quadros e observações sobre o estudante.

Aferição de fluência em leitura oral


Nome do estudante:
Turma:
Data da realização da avaliação:
Número
Tempo Número real de Lista de palavras
Número de esperado de
de leitura Tempo de palavras lidas lidas com
palavras do palavras lidas Observações
esperado leitura real com imprecisão imprecisão ou
texto com imprecisão
para o ano ou dificuldade dificuldade
ou dificuldade

Avaliação em leitura e compreensão • Questões com o objetivo de verificar se o estudante localiza


informações, se faz inferências simples de sentido de palavras
de textos ou expressões situadas nos textos, se reconhece o gênero
A estruturação de um instrumento que avalie a compreensão de predominante e suas condições de produção (tema/assunto,
texto deve considerar os mesmos procedimentos e estratégias em- intenção, público-alvo, escolhas de linguagem, etc.), se reco-
pregados para a sistematização desse processo em sala de aula, no nhece os elementos fundamentais que constituem o gênero
sentido de verificar se o estudante se apropriou das habilidades es- textual estudado (por exemplo: tempo, espaço, personagem,
peradas nos diversos momentos de leitura e compreensão de textos. narrador ou as etapas do enredo em um gênero narrativo), se
Para isso, os instrumentos de avaliação em leitura e compreen- consegue identificar o assunto principal de um texto informa-
são de texto poderão distribuir as questões e/ou atividades sobre tivo, se distingue fatos de opiniões, etc. Além disso, a depen-
um texto considerando os aspectos mencionados a seguir. der do momento de aprendizagem em que o estudante se
16. Cf. EHRI et al. 2001; OLIVEIRA, 2008; RASINSKI; PADAK, 2005. In: PNA, p. 34.

20
encontra, pode-se acrescentar gradativamente questões mais • uso adequado de convenções de escrita: traçado de letra,
complexas para verificar se avançou. ortografia, uso de maiúsculas, espaçamento, parágrafos, for-
• Atividades e/ou questões que avaliem se o estudante já infe- matações adequadas a determinados gêneros;
re efeitos de sentido mais evidentes produzidos por escolhas
de linguagem presentes nos textos lidos (rimas, sonoridades,
• uso de princípios morfossintáticos básicos de concordância nomi-
nal e verbal entre elementos da frase na produção escrita ou oral;
repetição de palavras, pontuação, escolhas de linguagem mais
evidentes, etc.) e o levem a utilizar esses recursos como forma • avanços na autonomia para realizar atividades solicitadas,
de verificação e de justificativa de inferências realizadas. tanto de forma oral como por meio de enunciados escritos.
Reiteramos que o estudante deve se apropriar desses índices paula-
• Questões ou atividades com o objetivo de verificar se o estu-
tinamente, para que consiga desenvolver também critérios para autoa-
dante faz inferências mais complexas de significado ou de
intencionalidades implícitas em um texto e se já consegue valiação dos textos produzidos. Deve-se destacar ainda que há aspectos
elaborar breves justificativas pertinentes para suas inferências, mais complexos da produção escrita, como uso de elementos que con-
com base em elementos do próprio texto. ferem unidade, coerência e coesão aos textos, que devem ser incorpo-
rados aos poucos como critérios sistemáticos de avaliação textual.
• Propostas para encaminhamento de resumos ou esquemati-
É importante lembrar que, para que o estudante produza textos
zações simples de textos lidos como forma de avaliar se o
estudante entende o sentido global do texto e se consegue com autonomia crescente e criatividade, se faz necessário que sejam
fazer uma apresentação oral do conteúdo lido. Para auxiliar dadas condições para que ele obtenha repertório de textos, formas
na elaboração deste item, sugerem-se que sejam apresenta- de expressão e formas de organização de textos por meio de leitu-
das propostas similares às que estão presentes na coleção. ras diversificadas e sistematicamente desenvolvidas. Sem isso, o
estudante terá dificuldade para avançar em produções escritas mais
consistentes.
Avaliação em produção de textos Outro aspecto a ser considerado para avaliação em produção escri-
Uma vez que nesta coleção se optou pelo desenvolvimento de ta são as atividades de reescrita ou retextualização de textos.
conteúdos e atividades com base no estudo de gêneros textuais, a As atividades de transposição de um texto de certa organização
produção de texto foi orientada pela reflexão, com os estudantes, ou de determinada linguagem para outra organização ou linguagem
sobre as condições de produção do texto: podem ser denominadas retextualização.17 Isso pode ocorrer, por
• o quê (tema/assunto); exemplo, nas atividades de reconto – oral ou escrito – e na criação
• por quê/para quê (finalidade/intenção); de continuidades para textos lidos.
As atividades de retextualização podem constituir momentos
• para quem (público-alvo/destinatário);
não apenas de sistematização e reflexão sobre os gêneros, como
• circunstância comunicativa em que o texto se insere (pa- também de avaliação das condições de uso, adequação e manejo
lestra, jornal falado, etc.); da língua falada e escrita.
• como (escolhas de linguagem e de recursos estilísticos Segundo Marcuschi (2008), essas atividades podem ser repre-
adequados aos propósitos de quem produz, considerando sentadas por reordenação ou reelaboração de linguagem dos tex-
a adequação do léxico às intenções e ao gênero textual a ser tos lidos com propósitos específicos, como parodiar, parafrasear,
desenvolvido e o uso de variedade linguística adequada ao transpor da linguagem formal para a informal, da língua falada pa-
contexto, às intenções e ao público-alvo); ra a escrita, ou vice-versa, alterar propósitos de comunicação em-
• suporte utilizado (caderno, livro, jornal, mural, computador/ pregando a mudança do gênero textual.
internet, etc.). Ainda de acordo com o autor, a expressão retextualização foi
Essas condições poderão orientar a avaliação do texto produzido empregada pela primeira vez por Neusa Travaglia (1993) ao tratar da
pelo estudante e constituir parte dos critérios de avaliação do texto, tradução de uma língua para outra.
ao lado de critérios que considerem o domínio do sistema da
escrita (convenções de escrita), as normas de uso da língua ade- Avaliação em análise linguística/
quadas a determinados gêneros e as situações sociais. Destacam-se semiótica (alfabetização e
alguns aspectos para a elaboração de critérios de avaliação dos
textos produzidos pelos estudantes a serem observados com base
ortografização)
nos objetivos trabalhados em cada momento ou em cada ano: A avaliação a que se refere este item deve estar, necessariamen-
te, contemplada nos momentos de avaliação de leitura e compreen-
• produção de escrita com autonomia crescente para elabora- são de textos e de produção de escrita, pois os conteúdos
ção de textos com mais unidade, coerência, uso de mecanis- desenvolvidos em análise linguística/semiótica (alfabetização e
mos linguísticos apropriados a propósitos e circunstâncias de ortografização) são sistematicamente situados com base nos textos
comunicação; estudados.

17. “Atividades de retextualização são rotinas usuais altamente automatizadas, mas não mecânicas, que se apresentam como ações aparentemente não problemáticas, já
que lidamos com elas o tempo todo nas sucessivas reformulações dos mesmos textos numa intrincada variação de registros, gêneros textuais, níveis linguísticos e estilos.
Toda vez que repetimos ou relatamos o que alguém disse, até mesmo quando produzimos as supostas citações ipsis verbis, estamos transformando, reformulando,
recriando e modificando uma fala em outra. [...] É fácil imaginar vários eventos linguísticos quase corriqueiros em que atividades de retextualização, reformulação, reescrita
e transformação de textos estão envolvidas. Por exemplo: (1) a secretária que anota informações orais do/a chefe e com elas redige uma carta; [...] (3) uma pessoa contando
a outra o que acabou de ler no jornal ou na revista; [...] (6) o/a aluno/a que faz anotações escritas da exposição do/a professor/a; (7) o/a juiz/juíza ou o/a delegado/a que dita
para o escrevente a forma final de um depoimento, e assim por diante. Na realidade, nossa produção linguística diária, se analisada com cuidado, pode ser tida como um
encadeamento de reformulações, tal o imbricamento dos jogos linguísticos praticados nessa interdiscursividade e intertextualidade.” MARCUSCHI, 2008, p. 46-49.

21
É possível inserir questões específicas sobre metalinguagem (por estudantes e para propostas que estimulem o avanço mais rápido
exemplo, substantivos, verbos, adjetivos, pronomes, etc.), porém, dos estudantes em seu processo de aprendizagem, verificando a
deve-se ter clareza de que o objetivo não é a memorização da ter- necessidade de acompanhamento especial da escola.
minologia, mas a reflexão sobre as condições de uso.
Assim, reitera-se o que deve ser avaliado nas questões de leitura Atendimento/remediação de
e compreensão e nas propostas de produção de escrita:
defasagens
• uso adequado de convenções de escrita: traçado de letra,
Ao longo da coleção, paralelamente aos momentos de avaliação,
ortografia, uso de maiúsculas, espaçamento, parágrafos, for-
há várias sugestões de atividades – preparatórias e complementa-
matações adequadas a determinados gêneros; res – com a finalidade de fornecer suporte para o atendimento de
• uso de princípios morfossintáticos básicos de concordância nomi- defasagens em momentos específicos da aprendizagem. Por exem-
nal e verbal entre elementos da frase na produção escrita ou oral; plo, no volume do 1o ano, após momentos de avaliação formativa/
processual, há propostas complementares de ampliação e remedia-
• uso de elementos de ligação que permitam estabelecer a
ção de defasagens detectadas, especialmente no processo de alfa-
unidade e a coesão de sentidos mínima nos textos produzidos. betização inicial, para sistematizar a distinção entre letras e sons e a
apropriação mais efetiva do alfabeto; atividades orais para percepção
Avaliação e exames em larga escala de sílabas como impulsos sonoros; atividades preparatórias para apre-
As avaliações organizadas devem considerar sistematicamente sentação de novas letras ou fonemas. São propostos jogos com o uso
os objetivos e metas traçados no projeto pedagógico, levando sem- de alfabetário, formação de palavras em duplas para que os estudan-
tes possam interagir, ditados sob formatos variados (palmas, bingo,
pre em conta a própria realidade e as condições dos estudantes.
imagens para que digam com que letra vogal começa o que está
Entretanto, os objetivos e metas traçados pela escola podem agre-
sendo representado visualmente, etc.), listagens de palavras contex-
gar às reflexões os resultados oriundos de avaliações nacionais e
tualizadas por temas/campos semânticos (animais, alimentos, objetos,
internacionais aplicadas em escala mais ampla. sentimentos). Essas propostas de atendimento e/ou remediação de
Entre tais avaliações se destaca o Programa Internacional de Ava- defasagens estão presentes em todos os anos na coleção.
liação de Estudantes (Pisa), aplicado a vários países, incluindo o Brasil,

Estrutura geral da
em que são avaliados estudantes de 15 anos, desde 2000. Nos resul-
tados alcançados pelo Brasil, um dos aspectos que mais chamaram

coleção
a atenção foi o da proficiência em leitura, apontando para o desen-
volvimento do estudante na fase da alfabetização inicial:
Ainda que o Brasil esteja próximo da erradica- Os volumes de 1o e 2o anos desta coleção organizam e sistemati-
ção do analfabetismo absoluto na população mais
zam os processos iniciais de apropriação do sistema de escrita, enfa-
jovem, a aprendizagem segue muito limitada – a
tizando a inserção do estudante em práticas sociais letradas de forma
maioria dos alunos não consegue compreender o
lúdica e participativa. O volume do 3o ano amplia o grau de comple-
que lê, conforme revelam as provas padronizadas
nacionais e internacionais. xidade desses processos iniciados nos dois primeiros volumes, pre-
parando os estudantes para o que será desenvolvido nos volumes
A edição mais recente do Programme for Interna- de 4o e 5o anos nos quais se intensifica o exercício das habilidades de
tional Student Assessment (Pisa), de 2018, ao fazer uma leitura e de escrita, bem como a reflexão sobre fatos linguísticos mais
retrospectiva dos escores dos países participantes, complexos, com a abordagem de estudos gramaticais específicos.
mostra que os alunos brasileiros com idade entre 15
e 16 anos não apresentaram, no quesito leitura, ne-
nhuma mudança significativa de desempenho des-
Organização dos volumes
de a primeira edição, em 2000. Mantiveram-se em Meu ponto de partida
um patamar de proficiência muito baixo [...].
Na abertura de todos os volumes, a seção Meu ponto de par-
RENABE, 2020. p. 7. tida traz uma sugestão de avaliação diagnóstica composta de
Avaliações em âmbito nacional constatam: questões que abrangem aspectos importantes para uma análise
inicial das condições dos estudantes em relação a avanços ou difi-
Segundo os resultados da Avaliação Nacional da
culdades no aprendizado da língua portuguesa. Esse levantamento
Alfabetização (ANA), de 2016, 54,73% de mais de 2 inicial contribuirá para subsidiar a elaboração do planejamento ou
milhões de alunos concluintes do 3o ano do ensino Projeto Pedagógico, com destaque para ações que atendam às
fundamental apresentaram desempenho insuficien- necessidades de alguns estudantes em relação a defasagens de
te no exame de proficiência em leitura. [...] aprendizagem.
PNA, p. 10. As questões para essa avaliação foram estruturadas com base
nos aspectos a seguir:
Esses resultados corroboram que a escola deve organizar processos
de avaliação sistemáticos e diversificados, cuidando para que haja or- • leitura e compreensão de textos;
ganização de registros de resultados e de observação dos estudantes. • domínio de vocabulário;
É preciso amparar com evidências mais objetivas a elaboração de pro- • produção de escrita;
jetos pedagógicos, o planejamento de atividades e os planos de aula, • consciência fonêmica e instrução fônica;
para remediação e/ou atendimento de defasagens apresentadas pelos • fluência em leitura oral;

22
• seleção de habilidades (BNCC) do ano anterior, consideradas o desenvolvimento de habilidades importantes na fase inicial da
importantes para prosseguimento da aprendizagem – no alfabetização: recortes, colagens, pinturas, brincadeiras, jogos, de-
caso do 1o ano foram selecionadas habilidades da Educação safios, leitura de outras linguagens, leitura de textos da cultura po-
Infantil que sinalizam condições de aprendizagem nesse ano. pular, etc.
Cada avaliação é acompanhada de um conjunto de orientações,
inclusive para aplicação, com o objetivo de facilitar o processo. Aberturas de unidade de 2o a 5o anos
Neste Manual, no tópico referente às avaliações, há sugestão de As aberturas, em páginas duplas, são ilustradas e apresentam
quadro para registro de observações resultantes da avaliação. uma situação que busca estimular uma antecipação do gênero
textual a ser estudado na unidade. Para que o estudante participe
Introdução mais ativamente de seu processo de aprendizagem, há um quadro
com o elenco dos temas e das atividades principais da unidade por
Os volumes da coleção são iniciados por uma Introdução, se-
guida das unidades efetivas de estudo. A Introdução se estrutura meio do qual poderá formular antecipações em relação ao que vai
sobre um tema que tem por finalidade: estudar. Sugere-se que o estudante retome esse quadro no mo-
• motivar o estudante para a utilização do livro didático em mento da autoavaliação, na seção O que estudamos, ao final de
cada unidade. Nessa abertura, são propostas também questões de
sala de aula, relacionando-o sempre com a valorização da
leitura e da escrita; antecipação e mobilização de conhecimentos prévios voltadas pa-
ra observação da imagem e aspectos do gênero textual a ser estu-
• estimular a fruição da leitura e o encantamento do leitor com
dado na unidade.
o universo da literatura e de outras artes, oferecendo ao es-
tudante atividades de caráter lúdico para iniciar o ano letivo
de forma prazerosa. Para iniciar (2º a 5º anos)
Nos volumes de 2o e 3o anos, a Introdução é ampliada com uma Seção com propostas lúdicas que antecedem a leitura do texto.
retomada da base alfabética por meio da inserção de atividades de É destinada a mobilizar conhecimentos prévios e formular questões
revisão da relação entre fonemas e grafemas estudados em ano que possibilitem a elaboração de antecipações e hipóteses de lei-
anterior. Essa revisão para consolidação se estenderá pelas unidades tura pelo estudante.
iniciais de cada um desses volumes.
Nos volumes de 4o e 5o anos, a revisão é distribuída por unidades, Leitura e compreensão do texto/
principalmente na seção Palavras em jogo, que tem a finalidade Interpretação do texto
de retomar esses aspectos e ampliá-los para apropriação da base Do 1o ano ao 3o ano, os estudos sobre o texto são abrangidos
ortográfica, como será detalhado mais adiante. apenas por uma seção denominada Compreensão do texto. Isso
ocorre porque, para esses anos, optou-se por atividades centradas
Unidades na compreensão mais imediata dos textos lidos por meio de pro-
Cada uma das unidades dos volumes representa uma sequência postas que sistematizem a localização de informações e/ou dados.
didática estruturada em torno de um gênero textual, que serve As inferências esperadas são simples, relacionadas a dados mais
de base para as atividades de leitura e de reflexão sobre a língua e evidentes do texto.
para as propostas de produção de texto. No 4o ano e no 5o ano, a seção para estudo do texto é denomi-
Os volumes da coleção não foram organizados com um mesmo nada Interpretação do texto e se divide em duas subseções:
número de unidades, pois se levou em conta: • Compreensão do texto: para atividades imediatas de loca-
• a especificidade do trabalho de alfabetização e consolidação lização de informações/dados do texto e inferências simples
desses processos de letramento nos três primeiros anos do de significados, além de reconhecimento de aspectos básicos
Ensino Fundamental; do gênero;
• a necessidade de ampliação gradativa da sistematização das
• Linguagem e construção do texto: atividades para inferências
atividades para aprofundamento de leitura e compreensão
de texto, assim como das atividades de produção textual e mais complexas e estudo dos elementos que estruturam o
de reflexão sobre a língua nos dois últimos anos, o que resul- gênero em foco na unidade, o que inclui análise das condições
ta em um número menor de unidades nos volumes de 4o e de produção do gênero; há ainda questões de extrapolação
5o anos. São considerados também o aumento gradual da que estimulam posicionamentos em relação ao texto lido.
capacidade do estudante e o aumento gradativo de tamanho Com o objetivo de fortalecer as propostas de leitura, compreen-
e complexidade dos textos. são e interpretação de textos, há tópicos específicos para desen-
volvimento do vocabulário em três momentos:
Seções das unidades • subseção Vocabulário em foco: em que são propostas questões
sobre termos do texto para que o estudante depreenda o signi-
Aberturas de unidade do 1º ano – Para ficado imediato com base no contexto da leitura;
iniciar • seção Coleção de palavras: ao final de cada unidade, em
o
No volume de 1 ano, a seção Para iniciar abre a unidade. Ela que se ampliam as acepções de algumas palavras para que o
apresenta momentos para antecipação de leitura, mobilização de estudante se aproprie da concepção de que, além de pode-
conhecimentos prévios e socialização por meio de atividades lúdi- rem ter um valor polissêmico, as palavras expressam sentidos
cas. No 1o ano, essas atividades têm a finalidade de contribuir para diferentes quando empregadas em contextos diferentes;

23
• ao final dos volumes de 4o e 5o anos há um apêndice que apropriar de novos; estimular a reflexão sobre valores e atitudes
propõe um trabalho específico para uso do dicionário. Isso por meio temas ligados à convivência entre diferentes, identida-
fortalecerá a autonomia do estudante para o desenvolvimen- de e autoconhecimento, respeito ao meio ambiente, saúde, en-
to de um vocabulário mais ativo. tre outros; oferecer um momento de discussão a respeito de
assuntos que fazem parte do dia a dia.
Em relação à fluência em leitura oral, um dos componentes
essenciais da PNA, além das atividades de leitura propostas no decor- • Gêneros orais: propostas de trabalho que envolvem o estudo
e a produção de gêneros orais, especialmente para favorecer a
rer das unidades, são oferecidos momentos específicos para o desen-
iniciação dos usos públicos da linguagem por meio de gêneros
volvimento e a avaliação das condições de fluência do estudante.
orais e/ou oralização da escrita. Apresenta atividades para
Isso é apresentado na subseção Leitura oral em foco, em muitos conhecimento e apropriação de condições de produção de
momentos com uma sugestão de avaliação processual/formativa gêneros orais (relatos, notícias faladas, exposição oral, dramati-
para o professor – nesse caso, há um ícone específico no Livro do zação, jogral, jornal falado, vlog, atuação em vídeo para apre-
Estudante sinalizando que esse pode ser um momento de avaliação. sentação de receita ou resenha...) e atividades para a expressão
Sugere-se que níveis inferenciais mais complexos sejam considera- oral espontânea e expressiva (canto, recitação, conversação).
dos sempre inicialmente por meio de atividades orais e pequenos Envolve também momentos de oralização expressiva do texto
debates, privilegiando o caráter dialogal, até que os estudantes tenham escrito, por exemplo, leitura expressiva de poemas, leitura dra-
mais autonomia para níveis mais complexos de produção de inferências matizada ou dramatização com distribuição de papéis, de tex-
ou deduções. As respostas escritas para esse nível de compreensão, de tos produzidos pelos próprios estudantes, etc.
início, podem ser produzidas de forma coletiva para que os estudantes A seção Prática de oralidade tem também o objetivo de de-
se apropriem gradativamente dessa habilidade. senvolver habilidades necessárias para a convivência em grupo,
estimulando a produção de “combinados” para a organização dos
Hora de organizar o que estudamos momentos de fala e escuta (esperar a vez para falar, ouvir com aten-
Esta seção apresenta, a partir do 2o ano, esquema, diagrama, ou ção, respeitar ideias alheias, falar de forma clara, entre outros). Nes-
mapa conceitual18 como forma de organizar visualmente o que foi sa seção podem ser ressaltados também aspectos paralinguísticos,
estudado. Essa ferramenta, desenvolvida ao longo da vida escolar, como tom de voz, movimentos do olhar e postura do corpo ao
constitui estratégia metacognitiva,19 contribuindo para que o falar em público, gestualidade, etc. As atividades propostas favore-
estudante elabore uma metodologia de estudo que se insere no cem o desenvolvimento da autoconfiança do estudante ao ter sua
palavra ouvida e respeitada, e o professor tem papel essencial como
objetivo de “aprender a aprender”. Na coleção, os mapas conceituais
mediador no desenvolvimento dessas práticas.
estruturam conceitos estudados em dois momentos:
• ao final do estudo do gênero trabalhado na unidade, organi-
Ampliação de leitura
zando os elementos principais que o estruturam;
(interdisciplinaridade e
• no fechamento de conceitos linguístico-gramaticais da seção
intertextualidade)
Língua: usos e reflexão.
Este item é contemplado na coleção em três seções:
Quando os estudantes entrarem em contato com esse tipo de
representação, sugere-se que seja sempre feita a leitura conjunta, • Aí vem... (1o e 2o anos): textos, em geral, do mesmo gênero do
texto estudado na unidade, apresentados para fruição e amplia-
com mediação do professor, para que, aos poucos, se apropriem da
ção do universo textual dos estudantes. A seção presta-se a:
forma de ler textos dessa natureza.
À medida que avança o estudo, alguns desses diagramas têm – ampliar possibilidades de prática de letramento com base
lacunas para que os estudantes completem com dados/informações em textos de circulação social real, favorecendo o enrique-
ou exemplos do que foi estudado.
cimento do universo cultural;
– ampliar repertório de textos do gênero estudado, formas
Prática de oralidade de composição e de comunicação expressiva próprias do
gênero;
Este item engloba propostas de atividades orais e, na maioria das
unidades, ocorre em dois momentos: – favorecer a fruição de textos.
• Conversa em jogo: momento em que os estudantes podem • Outras linguagens (3o, 4o e 5o anos): leitura de textos princi-
interagir sobre um tema motivados pelo assunto do texto, com palmente em linguagem não verbal ou mistos (textos multi-
a finalidade de conversar e/ou debater com base em conheci- modais ou multissemióticos), em diferentes formatos:
mentos prévios para ampliar os próprios conhecimentos ou se pinturas, fotos, cartuns, tirinhas, infográficos, mapas e outros.
18. “Um mapa conceitual é um recurso esquemático para apresentar um conjunto de significados conceituais incluídos em uma estrutura de proposições. [...]
Os mapas conceituais proporcionam um resumo esquemático do que foi aprendido e ordenado de maneira hierárquica.” PEÑA, Antônio Ontoria. Mapas
conceituais. São Paulo: Loyola, 2005. p. 41-42 (grifo nosso).
19. “Os mapas mentais estão incluídos nas estratégias cognitivas, pois servem para aprender, compreender, codificar e recordar a informação orientada para
uma classe de aprendizagem proposta. Dentre estas, os mapas mentais estão mais sintonizados com as estratégias de elaboração e organização: com as de
elaboração, porque uma das funções dos mapas mentais é integrar e unir a nova informação às estruturas de conhecimento interiorizadas e armazenadas
na memória; e com as estratégias de organização, porque procuram combinar todas as ideias pessoais e as novas selecionadas para a obtenção de uma
estrutura ou organização. Nessa linha de pensamento, os mapas mentais podem ser integrados a uma aprendizagem significativa, no mesmo nível que os
mapas conceituais, uma vez que representam um processo de participação dos alunos na seleção de informação relevante, na organização coerente e na
integração ou reorganização das estruturas existentes.” PEÑA, Antônio Ontoria et al. Aprender com mapas mentais. 3. ed. São Paulo: Madras, 2008. p. 48. (grifo
nosso).

24
Esta seção visa desenvolver a habilidade de estabelecer rela- textos com emprego e adequação de elementos coesivos e
ções entre o texto do gênero textual estudado e textos em relações básicas de concordância que contribuam para o de-
outras linguagens e ampliar a experiência do estudante, inse- senvolvimento de coerência e unidade textuais; construir con-
rindo-o no mundo de formas de comunicação variada. ceitos com base em análise e reflexão sobre os usos reais;
conhecer as variedades de linguagem adequadas a determi-
• Tecendo saberes (a partir do 2o ano): seção destinada à am-
nadas situações (formais, informais, familiares, etc.).
pliação de conhecimentos que favorecem as relações inter-
disciplinares e à ampliação do repertório cultural do • Hora de organizar o que estudamos: descrita anteriormen-
te, oferece um esquema/mapa conceitual do conteúdo lin-
estudante por meio de texto de gênero diferente (em geral, guístico estudado.
informativos) do texto estudado na unidade, a fim de que
sejam consideradas as possíveis relações (intertextualidade).
• Palavras em jogo: no 1o ano, esta seção se destina às atividades
de alfabetização inicial com foco na apropriação do sistema de
• Sugestões para ampliação da leitura (a partir do 2o ano): escrita, enfatizando o desenvolvimento da consciência fonoló-
outros textos, áudios e vídeos relacionados ao gênero textual gica, consciência fonêmica e instrução fônica sistemática
estudado na unidade são sugeridos nesta seção, que cumpre (PNA, p. 33). Paralelamente à sistematização e à consolidação do
ainda objetivo de mobilizar a habilidade de “Selecionar livros sistema alfabético de escrita, já se inicia o estudante na apropria-
da biblioteca e/ou do cantinho de leitura da sala de aula e/ou ção de formas notacionais, apresentando atividades para prepa-
disponíveis em meios digitais para leitura individual, justifi- rá-lo para a assimilação do sistema de convenções da escrita e
cando a escolha e compartilhando com os colegas sua opi- regularidades ortográficas. Com a finalidade de sistematizar as-
pectos do sistema alfabético, algumas atividades vão além do
nião, após a leitura” (BNCC).
contexto textual e procuram ao máximo apresentar listagens
Produção textual que sejam construídas com palavras de campos semânticos se-
melhantes. Os principais conteúdos desenvolvidos nesta seção
Este item é contemplado na seção Produção de texto, que traz são: as relações fonemas/grafemas (sons e letras); o valor posicio-
proposta de produção de escrita/texto vinculado ao gênero textual nal das letras e dos sons; a decodificação e distinção de sinais
em foco na unidade. É uma das ênfases tanto da BNCC como da gráficos; o reconhecimento de outros sistemas notacionais que
PNA, e tem como objetivos: não usam letras: números, sinais de pontuação, símbolos diversos;
• favorecer que o estudante se aproprie de “modelos” e/ou o reconhecimento de outras formas de codificar mensagens:
referências tanto de expressão escrita/verbal como de formas relação entre símbolos, letras e imagens; o reconhecimento da
de expressão não verbais, representados pelos diversos gê- formação das sílabas e das palavras; a percepção de espaçamen-
neros textuais; to, segmentação de palavras e frases.
• estimular o estudante a desenvolver a expressão escrita como
• Pesquisa: no sentido de fortalecer a apropriação da escrita
palavra pessoalizada, tornando-se hábil em registrar ideias,
de palavras com as peculiaridades estudadas, propõe-se, ge-
opiniões, sentimentos e lembranças; ralmente como atividade a ser realizada em casa, esta seção
• favorecer que o processo de produção de textos seja um para que o estudante pesquise palavras em diversos suportes
momento de interação entre estudantes e professor; (jornais, revistas, folhetos) e, assim, se aproprie da escrita e
• estimular que a produção se vincule às condições de pro- representação de palavras em outros contextos. Do 2o ano ao
dução do gênero enfocado, considerando tema ou assunto 4o ano, a seção se destina a consolidar conhecimentos inicia-
(o quê), destinatário (para quem), finalidade (para quê ou dos no 1o ano sobre o sistema de escrita, mas com progressão
com que intenção), suporte ou portador em que o texto para normas e convenções, com ênfase na ortografia. Desta-
será transmitido ou veiculado e escolhas de linguagem, de cam-se nessa atividade conteúdos mais diretamente ligados
variedades linguísticas ou de recursos expressivos para dar ao domínio de normas utilizadas no cotidiano da escrita e a
conta dos propósitos de comunicação; dedução de regras ortográficas por meio da compreensão
• alternar produções orais e escritas; individuais, em grupo e coletivas; das regularidades da escrita (MORAIS, 2000).
• favorecer o desenvolvimento paulatino de mecanismos de
• Mesma letra, outro som: subdivisão da seção Palavras em
autoavaliação do texto;
jogo que ocorre em algumas unidades dos volumes do 1o ano
• desenvolver atitudes de escuta, respeito e avaliação do texto
e do 2o ano para desenvolver trabalho de ampliação dos estudos
do outro, bem como respeito por visões de mundo distintas;
sobre o sistema alfabético de escrita. Tem como finalidade siste-
• desenvolver a autoconfiança do estudante em suas represen-
matizar condições do sistema alfabético de escrita em que as
tações simbólicas, verbais e não verbais.
relações fonema-grafema (som-letra) não são diretas ou em que
Conhecimentos linguísticos/semióticos não há uma “correspondência biunívoca” entre os sons da
fala e as letras do alfabeto. A nasalização de vogais e os sons da
(alfabetização e ortografização) letra R ou da letra S são alguns tópicos desta seção.
Este item é contemplado nas seguintes seções:
• Língua: usos e reflexão (a partir do 2o ano): sequências didá- • Memória em jogo (1o a 3o anos): seção composta de textos
curtos (parlendas, trovas, trava-línguas, trechos de poemas,
ticas fundamentadas nos textos estudados com a finalidade
de: refletir sobre fatos linguísticos dos textos apresentados pa- trechos de letras de música, entre outros), pertencentes ou
ra melhor compreensão das escolhas de linguagem; refletir não à cultura popular, em que se propõe ao estudante um
sobre usos da língua no dia a dia; fazer uso mais eficiente dos texto para leitura e memorização com a finalidade de: esti-
recursos de que a língua portuguesa dispõe; instrumentalizar mular o exercício da memória na escrita; instrumentalizar o
o estudante, inclusive aparelhando-o com metalinguagem professor para analisar o estágio de apropriação de escrita em
mínima (nomes dos conceitos estudados), para a escrita de que o estudante se encontra e, assim, realizar intervenções

25
qualificadas no processo; estimular o uso de hipóteses e • ampliar a reflexão sobre o tema apresentado na Introdução
convenções da escrita (relação fala/escrita, representação fo- do volume;
nema/grafema, espaçamento, uso de representações gráficas, • favorecer a reflexão sobre o ato de ler e sobre atitudes e va-
etc.); contribuir para a sistematização de princípios textuais lores envolvidos nas atividades e/ou temáticas dos textos;
(sequência, unidade, encadeamento, etc.); favorecer práticas • elaborar o produto final – texto individual ou coletivo que
de reescrita de textos; favorecer práticas relacionadas ao de- marca a culminância do projeto;
senvolvimento da psicomotricidade (dançar, bater palmas,
acompanhar o ritmo com o corpo e outros movimentos cor-
• tornar públicos as etapas do projeto e o produto final.

porais associados aos textos). Nos volumes de 1o e 2o anos, os Meu ponto de chegada
registros desta seção são feitos no complemento Tramas e
No final de todos os volumes, a seção Meu ponto de chegada traz
traçados, presente no final do Livro do Estudante. uma sugestão de avaliação de resultados, que tem a finalidade de
ampliar os dados para análise dos avanços e das dificuldades que os
Autoavaliação estudantes possam apresentar. O resultado dessa avaliação poderá ser
Este item é contemplado nos seguintes momentos: cotejado com o de outras realizadas ao longo do ano, visando acom-
• O que estudamos: quadro com tópicos estudados na unida- panhar o desempenho do estudante. A análise dessas avaliações tam-
de para que o estudante possa refletir sobre seus avanços, bém é um subsídio para instrumentalizar o planejamento e o projeto
inclusive sobre a participação em atividades em sala de aula. pedagógico do ano seguinte, inclusive com propostas de acompanha-
Tem também a finalidade de organizar o conhecimento, pois mento de estudantes com defasagens de aprendizagem.
nomeia o que foi estudado. No volume do 1o ano, a seção não Assim como na seção Meu ponto de partida (avaliação diagnós-
tica), as questões da seção Meu ponto de chegada (avaliação de re-
é apresentada em forma de quadro a cada unidade, mas sim
sultados) foram estruturadas a partir de leitura e compreensão de
em forma de seção ao final do Livro do Estudante. texto; domínio de vocabulário; produção de escrita; consciência fonê-
mica e instrução fônica; fluência em leitura oral; seleção de habilidades
Uso de dicionário impresso e digital e (BNCC) do ano em curso, consideradas importantes para prossegui-
enciclopédia mento da aprendizagem.
A partir do 4o ano, esta seção propõe atividades no final do Livro É importante reiterar que os estudantes devem ser avaliados por
do Estudante voltadas para o exercício da ordem alfabética e uso do meio de instrumentos diversificados, com o cuidado de não se
dicionário e de enciclopédia com a finalidade de: exercitar a ordem desconsiderar a observação de aspectos que levem em conta a
alfabética como uma das formas de organização das palavras; orien- pessoalidade de cada um.

Plano de
tar progressivamente o estudante quanto ao uso desse instrumento
de pesquisa de informações centradas em palavras-guia, organizadas
em ordem alfabética; desenvolver habilidades necessárias para o uso
mais ágil desse material de consulta; complementar o processo de
aprendizagem da leitura e do domínio do sistema de escrita (base desenvolvimento
para o ano letivo
ortográfica); ampliar as possibilidades de uso do vocabulário da língua
materna; reconhecer a consulta a esses materiais como uma possibi-
lidade útil de construção do conhecimento necessário em todas as
áreas e que atende às múltiplas necessidades do dia a dia; produzir A evolução sequencial dos tópicos de estudo no ano letivo su-
verbetes como forma de apropriação de habilidades a serem desen- gerida nos quadros a seguir busca facilitar o planejamento do pro-
volvidas em práticas de estudo e pesquisa. fessor. Tendo em vista o ano letivo com quarenta semanas e a
previsão de nove aulas semanais destinadas ao componente curri-
Projeto de leitura: projeto de cular Língua Portuguesa, o plano apresenta os itens do Livro do
trabalho20 Estudante e informações relativas à BNCC e à PNA.
No cronograma são previstas ainda algumas aulas para que
Proposto para ser desenvolvido coletivamente com base em o professor realize, a seu critério, atividades extraclasse, por
textos da antologia presente no final do Livro do Estudante, a cons- exemplo, avaliações planejadas ou projetos pedagógicos da
trução desse projeto é uma atividade que vai colaborar para a for- escola ou de sua autoria, e avaliações processuais/formativas.
mação do leitor, ampliando propostas de leitura por meio de Porém, como as aulas são apresentadas como sequências didá-
oficinas de trabalho. Em algumas unidades, há sugestões para o ticas, propostas específicas de encaminhamento em cada uni-
professor de momentos adequados para a inserção dos projetos, dade constam na reprodução das páginas comentadas do Livro
que têm como finalidade: do Estudante.
• desenvolver atividades de leitura compartilhadas, interativas Por fim, cabe ressaltar que esta proposta pode (e deve) ser adap-
e lúdicas; tada à realidade de cada escola e/ou região.
20. “Os projetos de trabalho constituem um planejamento de ensino e aprendizagem vinculado a uma concepção da escolaridade em que se dá importância
não só à aquisição de estratégias cognitivas de ordem superior, mas também ao papel do estudante como responsável por sua própria aprendizagem.
Significa enfrentar o planejamento e a solução de problemas reais e oferece a possibilidade de investigar um tema partindo de um enfoque relacional que
vincula ideias-chave e metodologias de diferentes disciplinas.” HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação: os projetos e trabalho. Porto
Alegre: Artmed, 1998. p. 88-89 (grifo nosso).

26
Evolução sequencial sugerida dos conteúdos no ano letivo – 3o ano
1o semestre/1o bimestre
Sugestão de BNCC/PNA
cronograma Conteúdo do Livro do Estudante Práticas de linguagem/Componentes
semanal essenciais para a alfabetização/Habilidades

Recepção e acolhimento dos estudantes


Atividades para recepção dos estudantes propostas pelo professor

Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),


fluência em leitura oral, compreensão de textos,
desenvolvimento de vocabulário, consciência
Avaliação diagnóstica – Meu ponto de partida (p. 10-13)
fonológica, produção de escrita
Semana 1 EF02LP10, EF15LP03, EF15LP01, EF02LP12, EF02LP11,
Aulas de 1 a 9 EF02LP14, EF02LP03, EF02LP04, EF35LP01

Introdução – Ler escrever é uma viagem! (p. 14-19) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), fluência em
Valorização da escrita e da leitura. Nessa Introdução é feita uma leitura oral, compreensão de textos, desenvolvimento de
vocabulário
rápida retomada de conteúdos para desenvolvimento de base
EF15LP02, EF15LP12, EF15LP13, EF15LP18, retomadas:
alfabética e desenvolvimento da consciência fonológica, Oficina 1 EEF01LP04, EF01LP05, EF01LP07, EF01LP08, EF01LP10,
do Projeto de leitura EF01LP14

Unidade 1 – História em quadrinhos


Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização. Ativação/
mobilização de conhecimentos prévios (p. 22)
Leitura: história em quadrinhos (p. 23-24) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
“O olho da dona”, de Mauricio de Sousa fluência em leitura oral, compreensão de textos,
Interpretação do texto desenvolvimento de vocabulário
Compreensão do texto (p. 25-29) EF15LP01, EF15LP03, EF35LP04, EF15LP02, EF15LP18,
Vocabulário em foco EF15LP09, EF15LP10, EF15LP14, EF15LP02, EF15LP04,
Semana 2 Hora de organizar o que estudamos EF35LP26, EF35LP29, EF35LP05, EF35LP02
Mapa conceitual: história em quadrinhos
Aulas de 1 a 9
Sugestões
Prática de oralidade (p. 31)
Oralidade
Conversa em jogo
F15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP13, EF35LP01
Conversa sobre: “Comida de humanos”
Tecendo saberes (p. 32)
Oralidade, fluência em leitura oral
Texto informativo
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP13, EF35LP05
“Como resistir ao jeito pidão dos cães”
Produção de texto (p. 32- 33)
Produção de diálogos para história em quadrinhos
Produção de escrita (nível da frase e nível de texto),
Planejamento e escrita
desenvolvimento de vocabulário, fluência em leitura
Revisão e reescrita
oral
Troca de histórias
EF15LP05, EF15LP06, EF15LP14, EF35LP01
Revisão final
Semana 3 Roda de histórias
Aulas de 1 a 9 Outras linguagens (p. 34) Desenvolvimento de vocabulário
Pintura EF15LP04
Língua: usos e reflexão (p. 35-39)
Desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita
Onomatopeias: palavras que imitam sons
(nível da frase), fluência em leitura oral
Língua falada e língua escrita (variedades linguísticas)
EF15LP14, EF35LP22
Avaliação processual/formativa

Palavras em jogo (p. 40-43)


Consciência fonológica, consciência fonêmica,
Sílabas
Semana 4 instrução fônica sistemática
Encontros de vogais e pares canônicos (p/b, t/d, f/v)
Aulas de 1 a 4 EF35LP05, EF05LP03, EF03LP05, retomadas: EF01LP11,
Avaliação processual/formativa
EF02LP06
Memória em jogo (p. 44)

27
Desenvolvimento de vocabulário
Coleção de palavras (p. 44-45)
EF35LP12, EF05LP02
Semana 4 Atividade para cada estudante refletir e registrar o
Aulas de 1 a 4 O que estudamos (p. 45) resultado da sua aprendizagem em relação a cada
Autoavaliação um dos conteúdos, componentes e habilidades
trabalhados no decorrer da unidade.
Unidade 2 – Letra de canção
Para iniciar: atividade lúdica para contextualização. Ativação/
mobilização de conhecimentos prévios (p. 48)
Leitura 1: letra de canção (p. 49)
“O ar (o vento)”, de Toquinho e Vinicius de Moraes, Luiz Leitura/escuta compartilhada e autônoma,
Enriquez Bacalov fluência em leitura oral, compreensão de textos,
Compreensão do texto (p. 50)
Semana 4 desenvolvimento de vocabulário
Leitura oral em foco
Aulas de 5 a 9 EF35LP01, EF35LP02, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05,
Leitura 2: letra de canção (p. 51)
“O que é, o que é?”, de Paulo Tatit e Edith Derdyk EF35LP21, EF35LP23, EF35LP27, EF35LP28, EF15LP15,
Compreensão do texto (p. 52-53) EF15LP01
Vocabulário em foco
Hora de organizar o que estudamos
Sugestões
Prática de oralidade (p. 55)
Conversa em jogo: Roda de adivinhas Oralidade
Tecendo saberes (p. 56-57) EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP15, EF03LP27,
Cordel e repente
Outras linguagens (p. 58) EF15LP14
Sombras com as mãos
Semana 5
Produção de texto (p. 58-59)
Aulas de 1 a 9 Produção de escrita
Criação de estrofe para letra de canção
EF15LP05, EF15LP06
Planejamento, escrita, revisão, reescrita
Língua: usos e reflexão (p. 60-63) Desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita
Os sentidos das palavras: sinônimos e antônimos (nível da frase), prática de análise linguística/semiótica
Hora de organizar o que estudamos EF35LP05
Palavras em jogo (p. 63-65)
As sílabas ca, co, cu, ce e ci
As sílabas ga, go, gu, ge e gi
Consciência fonêmica, instrução fônica sistemática
G ou J?
EF15LP04, EF03LP01, EF35LP13, EF35LP12
Avaliação processual/formativa: Apropriação de
Semana 6 convenções ortográficas
Aulas de 1 a 4 Memória em jogo (p. 66)
Coleção de palavras (p. 66) Desenvolvimento de vocabulário
Atividade para cada estudante refletir e registrar o resultado
O que estudamos (p. 67)
da sua aprendizagem em relação a cada um dos conteúdos/
Autoavaliação
habilidades trabalhados no decorrer da unidade..
Unidade 3 – História em versos
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização. Ativação/
mobilização de conhecimentos prévios (p. 70)
Leitura: história em versos (p. 71) Leitura/escuta compartilhada e autônoma,
“Orquestra”, de Nye Ribeiro fluência em leitura oral, compreensão de textos,
Semana 6
Compreensão do texto (p. 72-74) desenvolvimento de vocabulário
Aulas de 5 a 9 Hora de organizar o que estudamos EF15LP02, EF03LP11, EF12LP03, EF35LP21, EF35LP26,
Vocabulário em foco EF15LP03, EF35LP29, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP05,
Leitura oral em foco EF35LP15, EF35LP26, EF35LP19, EF35LP20, EF35LP02
Avaliação processual/formativa
Sugestões
Outras linguagens (p. 76)
“O passarinhão”, de Eva Furnari, história com imagens Oralidade
Prática de oralidade (p. 77)
Semana 7 EF15LP04, EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP12,
Conversa em jogo: O barulho incomoda?
Aulas de 1 a 9 EF35LP28, EF15LP15, EF35LP11, EF03LP25, EF35LP20,
Jogral
Tecendo saberes (p. 78-79) EF35LP26
Canções em diferentes regiões do Brasil

28
Língua: usos e reflexão (p. 80-85) Desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita
Semana 7 Sentido real e sentido figurado das palavras (nível da frase), prática de análise linguística/semiótica
Aulas de 1 a 9 Frase, expressividade e pontuação EF35LP27, EF35LP31, EF03LP07, EF35LP01, retomadas:
Hora de organizar o que estudamos EF02LP01, EF02LP09
Produção de texto (p. 86-87)
Outro final para a história em versos Produção de escrita, fluência em leitura oral
Planejamento, escrita, revisão, reescrita EF35LP07, EF35LP27, EF15LP06, EF35LP28
Jogral
Palavras em jogo (p. 87 -91)
Letra Z
Letra H no início de palavra Consciência fonêmica, instrução fônica sistemática
Semana 8 Palavras com CH, LH, NH EF03LP03, EF35LP13, EF35LP12
Aulas de 1 a 9 Mesmo som, letras diferentes: CH e X
Mesma letra, vários sons: X
Memória em jogo (p. 92) EF35LP01
Coleção de palavras (p. 92-93) Desenvolvimento de vocabulário
Atividade para cada estudante refletir e registrar o
O que estudamos (p. 93)
resultado da sua aprendizagem em relação a cada um dos
Autoavaliação
conteúdos/habilidades trabalhados no decorrer da unidade.
Semana 9
Atividades a critério do professor
Aulas de 1 a 9
Semana 10
Atividades a critério do professor
Aulas de 1 a 9

Evolução sequencial sugerida dos conteúdos no ano letivo – 3o ano


1o semestre/2o bimestre
Sugestão de BNCC/PNA
cronograma Conteúdo do Livro do Estudante Práticas de linguagem/Componentes
semanal essenciais para a alfabetização/Habilidades
Unidade 4 – Fábula
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização.
Ativação/mobilização de conhecimentos prévios (p. 96)
Leitura: fábula (p. 97)
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), fluência em
“O mosquito e o leão”, de Esopo, tradução de Silvia
leitura oral, compreensão de textos, desenvolvimento
Schneider e Michelle Néris da Silva.
de vocabulário
Compreensão do texto (p. 98-100)
EF15LP02, EF35LP01, EF15LP15, EF35LP26, EF35LP21,
Vocabulário em foco
EF35LP04, EF35LP19, EF35LP05, EF35LP03, EF35LP19
Sugestões
Hora de organizar o que estudamos: Síntese e
comentários sobre fábula
Semana 11 Leitura oral em foco (p. 102)
Aulas de 1 a 9 Fluência em leitura oral
Avaliação processual/formativa: Fluência em leitura oral
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
Comparando os textos: história em versos e história em
compreensão de textos
prosa (p. 102)
EF35LP19
Tecendo saberes (p. 103)
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma)
Mosquitos transmissores de doenças
Leitura de texto multissemiótico, compreensão de
Outras linguagens (p. 103)
textos, intertextualidade
Tirinha
EF35LP04

Prática de oralidade (p. 104)


Semana 12 Conversa em jogo Fluência em leitura oral, produção de escrita
Aulas de 1 a 9 Vencer sempre? EF15LP09, EF15LP11, EF15LP12
Dramatização

29
Produção de texto (p. 104-106)
Fábula Produção de escrita
Planejamento EF15LP05, EF35LP07, EF35LP25, EF15LP06, EF35LP09,
Escrita
Revisão, reescrita e edição EF15LP07, EF15LP08
Produção de livro de fábulas
Língua: usos e reflexão (p. 107-108) Análise linguística/semiótica
Frase: ordem das palavras EF02LP01 (retomada), EF03LP07

Semana 12 Palavras em jogo (p. 108-111)


Instrução fônica sistemática
As sílabas qua, que, qui
Aulas de 1 a 9 EF03LP01
As sílabas gua, gue, gui
Memória em jogo (p. 112) Leitura (autônoma)
“Quero-quero”, de Sérgio Caparelli EF35LP23
Coleção de palavras (p. 112-113) Desenvolvimento de vocabulário
Atividade para cada estudante refletir e registrar o
O que estudamos (p. 113) resultado da sua aprendizagem em relação a cada um
Autoavaliação dos conteúdos, componentes e habilidades trabalhados
no decorrer da unidade.
Unidade 5 – Carta pessoal e carta de leitor
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização e Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), fluência em
ativação/mobilização de conhecimentos prévios (p. 116) leitura oral, compreensão de textos, desenvolvimento
Leitura 1: carta pessoal (p. 117) de vocabulário
“Carta de Ronroroso”, de Hiawyn Oram, tradução de Áurea EF12LP17 (retomada), EF03LP11, EF15LP09, EF15LP11,
Akemi Arata EF15LP01, EF15LP11, EF03LP17, EF15LP03, EF35LP03,
Compreensão do texto (p. 118-122) EF35LP04, EF35LP05, EF15LP04, EF35LP26

Leitura 2: carta de leitor (p. 123) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),


Semana 13 “Melhor amigo”, em Ciência Hoje das Crianças compreensão de textos, desenvolvimento de
Aulas de 1 a 9 Compreensão do texto vocabulário, fluência em leitura oral
Hora de organizar o que estudamos: Síntese e EF03LP18, EF15LP03, EF35LP03, EF03LP20, EF03LP23,
comentários sobre carta pessoal e carta de leitor EF35LP04, EF35LP19
Vocabulário em foco Desenvolvimento de vocabulário
Leitura oral em foco
Fluência em leitura oral
Avaliação processual/formativa: Fluência em leitura oral
Literacia
Sugestões
EF35LP02
Tecendo saberes (p. 126)
“O misterioso homem que veio da Espanha”, de Eduardo Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
Bueno. Revista Superinteressante compreensão de textos, interdisciplinaridade (História)
Leitura/audição de relato de observação e pesquisa em EF35LP24
fontes de informação
Semana 14 Prática de oralidade (p. 127)
Aulas de 1 a 9 Oralidade
Conversa em jogo
EF15LP13, EF15LP11
Vontade de mudar...
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
Outras linguagens (p. 127)
compreensão de textos, intertextualidade
Selo
EF35LP17
Língua: usos e reflexão (p. 128-134)
Variedades linguísticas: diferentes usos de linguagem
Agora você Análise linguística e semiótica, leitura/escuta
Substantivos
(compartilhada e autônoma), compreensão de textos
Substantivo próprio e substantivo comum
EF03LP08, EF02LP01 (retomada), EF35LP07
Uso de letras maiúsculas
Semana 15 Hora de organizar o que estudamos: Síntese e
Aulas de 1 a 9 comentários sobre uso de letras maiúscula

Produção de texto (p. 135-137)


Carta pessoal Produção de escrita
Planejamento EF03LP13, EF03LP17, EF15LP05, EF15LP06, EF03LP20,
Escrita Revisão e reescrita EF15LP07
Troca de cartas

30
Carta de leitor
Planejamento
Escrita Produção de escrita
Semana 15 Revisão e reescrita
EF03LP13, EF03LP17, EF15LP05, EF15LP06, EF03LP20,
Aulas de 1 a 9 Troca de cartas
EF15LP07
Avaliação processual/formativa: Problemas encontrados
em leitura avaliativa feita pelos estudantes dos textos dos
outros estudantes
Palavras em jogo (p. 137-140)
Letra R Consciência fonêmica, instrução fônica sistemática
R ou RR EF03LP01, EF03LP02
Letra R em final de sílaba
Semana 16 Memória em jogo (p. 140)
Leitura autônoma
Aulas de 1 a 9 “Mar”, de Lalau e Laurabeatriz
Coleção de palavras (p. 140-141) Desenvolvimento de vocabulário
Atividade para cada estudante refletir e registrar o
O que estudamos (p. 141) resultado da sua aprendizagem em relação a cada um
Autoavaliação dos conteúdos, componentes e habilidades trabalhados
no decorrer da unidade.
Unidade 6 – Conto maravilhoso
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização. Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), fluência em
Ativação/mobilização de conhecimentos prévios (p. 144) leitura oral, compreensão de textos, desenvolvimento
Leitura: conto maravilhoso (p. 145-146)
de vocabulário
“A princesa e a ervilha”, de Hans Christian Andersen, tradução
EF03LP11, EF15LP02, EF15LP01, EF15LP15, EF35LP01,
de Maria Luiza X. de A. Borges
Compreensão do texto (p. 147-149) EF15LP16, EF15LP03, EF35LP04, EF35LP26, EF35LP22,
Vocabulário em foco EF03LP30, EF35LP06,

Leitura oral em foco


Fluência em leitura oral
Avaliação processual/formativa: Fluência em leitura oral
Semana 17 Literacia
Sugestão (p. 150)
Aulas de 1 a 9 EF35LP02
Hora de organizar o que estudamos: Síntese e Síntese
comentários sobre conto maravilhoso (p. 151) EF15LP01, EF35LP19
Outras linguagens (p. 151) Intertextualidade
Peça teatral EF15LP04
Tecendo saberes (p. 152) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
Hans Christian Andersen compreensão de textos EF35LP24, EF05LP23
Prática de oralidade (p. 152-153)
Conversa em jogo Fluência em leitura oral
Ser sensível EF15LP11, EF15LP13, EF35LP15, EF35LP02, EF35LP01
Roda de histórias
Produção de texto (p. 153-155)
Fábula Produção de escrita, fluência em leitura oral
Planejamento e preparação EF15LP16, EF15LP15, EF35LP26. EF35LP25, EF15LP05,
Escrita EF15LP06, EF35LP01
Revisão e reescrita
Língua: usos e reflexão (p. 156-159)
Adjetivos Análise linguística/semiótica
Agora você EF03LP09, EF35LP07, EF03LP08
Semana 18 A concordância entre as palavras na frase: gênero e número
Aulas de 1 a 9 Palavras em jogo (p. 160-161) Instrução fônica sistemática
Letra R intrometida
Letra L intrometida EF03LP02

Memória em jogo (p. 162) Instrução fônica sistemática, leitura autônoma


“Travatrovas”, de Ciça; Apreciação de textos versificados EF35LP23

Coleção de palavras (p. 162-163) Desenvolvimento de vocabulário

31
Atividade para cada estudante refletir e registrar o
Semana 18 O que estudamos (p. 163) resultado da sua aprendizagem em relação a cada um
Aulas de 1 a 9 Autoavaliação dos conteúdos, componentes e habilidades trabalhados
no decorrer da unidade.
Semana 19
Atividades a critério do professor
Aulas de 1 a 9
Semana 20
Atividades a critério do professor
Aulas de 1 a 9

Evolução sequencial sugerida dos conteúdos no ano letivo – 3o ano


2o semestre/3o bimestre
Sugestão de BNCC/PNA
cronograma Conteúdo do Livro do Estudante Práticas de linguagem/Componentes
semanal essenciais para a alfabetização/Habilidades
Unidade 7 – Conto popular
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização.
Ativação/mobilização de conhecimentos prévios (p. 166)
Leitura: conto popular (p. 167) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), fluência em
“O cágado e a festa no céu”, de Sílvio Romero leitura oral, compreensão de textos, desenvolvimento
Compreensão do texto (p. 168-169) de vocabulário
Vocabulário em foco EF15LP15, EF15LP02, EF15LP03, EF35LP26, EF15LP03,
Leitura oral em foco EF03LP24, EF03LP25
Semana 21 Hora de organizar o que estudamos: Síntese e
Aulas de 1 a 9 comentários sobre conto popular
Prática de oralidade (p. 171) Fluência em leitura oral
Dramatização do texto EF35LP24
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), produção
Tecendo saberes (p. 171-172)
de escrita, pesquisa
Pesquisa: Cágados e garças
EF35LP17, EF03LP24, EF03LP25, EF035LP26, EF35LP20
Produção de texto (p. 172-175)
Reconto de história
Planejamento Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), produção
Escrita de escrita, literacia
Revisão e reescrita EF15LP06, EF15LP09, EF15LP16, EF15LP15, EF35LP21,
Produção de livro de fábulas EF15LP03, EF35LP25, EF35LP22, EF35LP30, EF35LP09
Avaliação processual/formativa
Produção de escrita: Narrativa de ficção
Semana 22 Literacia
Sugestão (p. 175)
Aulas de 1 a 9 EF35LP02
Outras linguagens (p. 175-176) Leitura de imagem, intertextualidade,
Escultura interdisciplinaridade (Arte)
Língua: usos e reflexão (p. 176-183)
Língua falada e língua escrita
Verbo: um jeito de marcar o tempo Análise linguística/semiótica
Hora de organizar o que estudamos: Síntese e EF35LP11, EF03LP07, EF15LP14, EF03LP08
comentários sobre verbo
Agora você
Palavras em jogo (p. 184-185)
Sons nasais: sílabas com -ão
Consciência fonêmica, instrução fônica sistemática
Plural de palavras terminadas em -ão
EF03LP01, EF35LP07
As terminações em -ão nos verbos
Agora você
Semana 23 Memória em jogo (p. 186) Leitura (autônoma), fluência em leitura oral
Aulas de 1 a 9 “A semana inteira”, de Sérgio Caparelli EF35LP07
Coleção de palavras (p. 186-187) Desenvolvimento de vocabulário
Atividade para cada estudante refletir e registrar o
O que estudamos (p. 187) resultado da sua aprendizagem em relação a cada um
Autoavaliação dos conteúdos, componentes e habilidades trabalhados
no decorrer da unidade.

32
Unidade 8 – Relato pessoal
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização e Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), fluência em
ativação/mobilização de conhecimentos prévios (p. 190) leitura oral, compreensão de textos, desenvolvimento de
Leitura: relato pessoal (p. 191)
vocabulário
“Monstros dentro da gente”, de João Vitor Marolla
EF03LP16, EF15LP02, EF15LP01, EF03LP13, EF35LP01,
Compreensão do texto (p. 192-195)
Hora de organizar o que estudamos: Síntese e EF15LP03, EF35LP04, EF35LP06, EF35LP14, EF35LP03,
comentários sobre relato pessoal EF03LP17, EF03LP26, EF35LP19

Vocabulário em foco Desenvolvimento de vocabulário

Leitura oral em foco


Fluência em leitura oral
Avaliação processual/formativa: Fluência em leitura oral
Semana 24
Aulas de 1 a 9 Literacia
Sugestões
EF35LP02
Prática de oralidade (p. 197)
Conversa em jogo Oralidade
Monstros dentro da gente EF15LP11, EF15LP12, EF15LP13
Roda de relatos pessoais
Tecendo saberes (p. 198) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
As pinturas como registro compreensão de textos, interdisciplinaridade (História e
“Nas paredes da pré-história”, de Lucas Conrado, em Ciência
Hoje das Crianças Ciências)

Outras linguagens (p. 199) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),


compreensão de textos, intertextualidade
Cartaz de série televisiva EF15LP01
Língua: usos e reflexão (p. 200-208)
As pessoas do verbo e a concordância verbal
Agora você
Pronomes pessoais Análise linguística e semiótica, leitura/escuta
Agora você (compartilhada e autônoma), compreensão de textos
Pronomes possessivos EF03LP08, EF35LP06, EF35LP14, EF35LP08, EF15LP14,
Hora de organizar o que estudamos: síntese e EF35LP01, EF35LP04, EF03LP25
comentários sobre pronomes
A linguagem do dia a dia
Semana 25 Uso de “a gente”
Aulas de 1 a 9 Produção de texto (p. 209-210)
Relato pessoal: um registro da memória
Planejamento
Escrita
Revisão e reescrita Produção de escrita
Troca de cartas EF03LP13, EF35LP08, EF03LP12, EF15LP05, EF03LP06
Carta de leitor
Planejamento
Escrita
Revisão e reescrita
Palavras em jogo (p. 210-211)
Consciência fonêmica, Instrução fônica sistemática
Outras letras para os sons nasais
EF03LP01
Letra M antes de P e de B
Memória em jogo (p. 212)
Leitura autônoma
“Orangotango”, de Elias José
Coleção de palavras (p. 212-213) Desenvolvimento de vocabulário
O que estudamos (p. 213) Atividade para cada estudante refletir e registrar o resultado
da sua aprendizagem em relação a cada um dos conteúdos,
Autoavaliação componentes e habilidades trabalhados no decorrer da unidade.

Unidade 9 – Cartaz publicitário


Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização.
Ativação/mobilização de conhecimentos prévios (p. 216) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma), fluência em
Leitura: cartaz publicitário (p. 217-218) leitura oral, compreensão de textos, desenvolvimento
Semana 26 “O impacto do racismo na infância”, Unicef de vocabulário
Aulas de 1 a 9 Compreensão do texto (p. 218-222) EF03LP11, EF15LP04, EF03LP19, EF15LP01, EF15LP02,
Hora de organizar o que estudamos: síntese e EF15LP03, EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF35LP15,
comentários sobre cartaz publicitário EF35LP19, EF35LP20
Vocabulário em foco

33
Semana 26
Sugestão (p. 223) Literacia
Aulas de 1 a 9
Prática de oralidade (p. 223-224)
Oralidade
Conversa em jogo
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF35LP15
Roda da diversidade
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
Tecendo saberes (p. 224)
compreensão de textos
Cartaz sobre o Dia Mundial do Meio Ambiente
EF15LP04
Semana 27
Aulas de 1 a 9 Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
Outras linguagens (p. 225)
compreensão de textos
Campanhas publicitárias em vídeo
EF03LP19
Língua: usos e reflexão (p. 226-227)
Uso de verbos no imperativo Análise linguística/semiótica
Hora de organizar o que estudamos: síntese e EF03LP08, EF03LP11, EF03LP16, EF15LP14, EF35LP19
comentários sobre verbo no imperativo
Produção de texto (p. 227-228)
Criação de texto para cartaz publicitário
Preparação Produção de escrita
Escrita EF02LP21, EF15LP05, EF03LP19, EF15LP06, EF15LP07
Revisão e reescrita
Apresentação
Palavras em jogo (p. 228-231)
Sílabas Consciência fonêmica, instrução fônica sistemática
Hora de organizar o que estudamos: Síntese e comentários EF02LP08 (retomada), EF03LP02, EF03LP05, EF15LP04,
Semana 28 sobre classificação das palavras pelo número de sílabas EF03LP05
Aulas de 1 a 9 Separação de sílabas
Memória em jogo (p. 232)
Leitura autônoma, fluência em leitura oral
“Tumbalacatumba, tumba tá”, em domínio público
EF35LP28
Apreciação de textos versificados
Coleção de palavras (p. 232-233) Desenvolvimento de vocabulário
Atividade para cada estudante refletir e registrar o
O que estudamos (p.233) resultado da sua aprendizagem em relação a cada um
Autoavaliação dos conteúdos, componentes e habilidades trabalhados
no decorrer da unidade.
Semana 29 Atividades a critério do professor
Aulas de 1 a 9
Semana 30 Atividades a critério do professor
Aulas de 1 a 9

Evolução sequencial sugerida dos conteúdos no ano letivo – 3o ano


2o semestre/4o bimestre
Sugestão de BNCC/PNA
cronograma Conteúdo do Livro do Estudante Práticas de linguagem/Componentes
semanal essenciais para a alfabetização /Habilidades
Unidade 10 – Notícia
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização. Ativação/
mobilização de conhecimentos prévios (p. 236)
Leitura: notícia (p. 237-238) Leitura/escuta (compartilhada e autônoma),
“Descoberto o maior réptil do mundo”, de Sabrina Brito fluência em leitura oral, compreensão de textos,
Compreensão do texto (p. 238-240)
Semana 31 desenvolvimento de vocabulário
Vocabulário em foco
Aulas de 1 a 9 EF15LP02, EF35LP01, EF35LP03, EF35LP05, EF35LP16,
Leitura oral em foco
Avaliação processual/formativa: Fluência em leitura oral EF15LP01, EF15LP03, EF15LP18, EF04LP14, EF03LP24
Sugestões (retomada), EF35LP19
Hora de organizar o que estudamos: Mapa conceitual:
Notícia

34
Tecendo saberes (p. 242-243) Fluência em leitura oral, oralidade, leitura e escuta de
Outras linguagens (p. 243) texto, leitura compartilhada
Prática de oralidade (p. 243-244) EF15LP04, EF35LP10, EF03LP22, EF15LP09, EF15LP10,
Telejornal EF15LP13
Semana 32
Aulas de 1 a 9 Produção de texto (p. 244-245) Produção de escrita (nível da frase e nível de texto),
Produção de notícia (em grupo) desenvolvimento de vocabulário, fluência em leitura
Planejamento e escrita oral
Revisão EF35LP16, EF15LP05, EF15LP06, EF15LP12, EF35LP16,
Apresentação EF35LP17
Língua: usos e reflexão (p. 245-247)
Modos de se expressar: linguagem formal e linguagem Desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita
informal (nível da frase e do texto), fluência em leitura oral
Pronomes demonstrativos EF35LP14, EF15LP14
Hora de organizar o que estudamos

Palavras em jogo (p. 247-249)


Consciência fonológica, consciência fonêmica,
Um só som, várias letras: S, SS, Ç, C, SC
Semana 33 instrução fônica sistemática
Avaliação processual/formativa
EF03LP01, EF35LP13, EF35LP23, EF15LP17
Aulas 1 a 9 Memória em jogo (p. 250)

Desenvolvimento de vocabulário, fluência em leitura


Coleção de palavras (p. 250- 251)
oral

Atividade para cada estudante refletir e registrar o


O que estudamos (p. 251) resultado da sua aprendizagem em relação a cada
Autoavaliação um dos conteúdos, componentes e habilidades
trabalhados no decorrer da unidade.

Unidade 11 – Texto informativo e infográfico


Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização. Ativação/
mobilização de conhecimentos prévios (p. 254)
Leitura 1: texto informativo (p. 255)
“Comida e bebida”, de Simon Rogers e Nicholas Bleshman
Compreensão do texto (p. 255) Leitura/escuta compartilhada e autônoma,
Leitura oral em foco fluência em leitura oral, compreensão de textos,
Avaliação processual/formativa: Fluência em leitura oral desenvolvimento de vocabulário
Semana 34 Leitura 2: infográfico (p. 256-257) EF15LP02, EF15LP03, EF15LP04, EF15LP18, EF03LP11,
Aulas de 1 a 9 “Carnívoros” e “Herbívoros”, de Simon Rogers e Nicholas EF35LP01, EF35LP02, EF35LP03, EF35LP04, EF35LP17,
Bleshman EF35LP19, EF35LP20
Compreensão do texto (p. 258-260)
Hora de organizar o que estudamos
Sugestão
Vocabulário em foco

Prática de oralidade (p. 261) Oralidade


Conversa em jogo: Alimentação do animal doméstico EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP13
Língua: usos e reflexão (p. 261-264) Desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita
Formação de palavras (nível da frase), prática de análise linguística/semiótica
Hora de organizar o que estudamos EF03LP10
Semana 35
Aulas de 1 a 9 Tecendo saberes (p. 265)
Hábitos alimentares curiosos
Leitura compartilhada
Outras linguagens (p. 265-266)
EF03LP25, EF03LP24, EF03LP26
Relatório de apresentação de resultados de observação
Planejamento, escrita, revisão, reescrita
Produção de texto (p. 266-268)
Pesquisa e produção de texto informativo Produção de escrita
Semana 36
Preparação e pesquisa EF35LP17, EF03LP25, EF35LP18, EF35LP19, EF15LP05,
Aulas de 1 a 9 Planejamento, escrita, revisão EF15LP06
Exposição oral: preparação, apresentação

35
Palavras em jogo (p. 268-271)
Tonicidade das palavras
Consciência fonológica, consciência fonêmica,
Hora de organizar o que estudamos
instrução fônica sistemática
Acentuação de palavras
EF03LP06, EF03LP04
Semana 37 Acentuação de oxítonas
Aulas de 1 a 4 Um pouco mais sobre acentuação: monossílabos tônicos

Memória em jogo (p. 272) Consciência fonológica, consciência fonêmica,


Coleção de palavras (p. 272-273) instrução fônica sistemática, desenvolvimento de
O que estudamos (p. 273) vocabulário
Autoavaliação EF35LP23
Unidade 12 – Texto instrucional
Para iniciar: Atividade lúdica para contextualização. Ativação/
mobilização de conhecimentos prévios (p. 276)
Leitura 1: texto instrucional (receita) (p. 277)
“Sacolé de maracujá” Leitura/escuta compartilhada e autônoma,
Compreensão do texto (p. 278-279) fluência em leitura oral, compreensão de textos,
Semana 37 Vocabulário em foco desenvolvimento de vocabulário
Aulas de 5 a 9 Leitura 2: texto instrucional (brincadeira) (p. 280-281) EF15LP02, EF15LP01, EF03LP11, EF03LP14, EF03LP15,
Brincadeira: personagem esquisito EF03LP16, EF35LP01, EF35LP04, EF03LP18, EF03LP15,
Compreensão do texto (p. 281-282) EF15LP04, EF15LP18, EF35LP05, EF15LP03, EF03LP11,
Vocabulário em foco EF35LP02
Leitura oral em foco
Hora de organizar o que estudamos
Sugestões
Prática de oralidade (p. 285)
Conversa em jogo
Cuidados na cozinha
Receita em vídeo
Oralidade, leitura oral compartilhada
Outras linguagens (p. 286)
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11, EF15LP12, EF15LP13,
Semana 38 Desenho de animais
EF35LP10, EF35LP11, EF15LP04
Aulas de 1 a 9 Tecendo saberes (p. 287)
Cascas, talo e sementes são ingredientes saudáveis e gostosos;
veja como usá-los.
Sopa de fubá com talos de folhas
Língua: usos e reflexão (p. 288 -289) Desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita
Uso de verbos no imperativo (nível da frase), prática de análise linguística/semiótica
Hora de organizar o que estudamos EF03LP16, EF15LP14
Produção de texto (p. 289-290)
Produção de escrita
Texto instrucional: receita
EF03LP14, EF03LP16, EF15LP14, EF15LP05, EF15LP06,
Planejamento, escrita, revisão, gravação
EF15LP07
Avaliação, processual/formativa
Palavras em jogo (p. 290-291)
Escrever de um jeito e falar de outro Consciência fonêmica, instrução fônica sistemática,
Avaliação processual/formativa: Apropriação de produção de escrita: nível da palavra e da frase
Semana 39 convenções ortográficas EF03LP01
Aulas de 1 a 9 Memória em jogo (p. 292)
Desenvolvimento de vocabulário, produção de escrita:
Coleção de palavras (p. 292-293)
nível da palavra
Atividade para cada estudante refletir e registrar o
O que estudamos (p.293) resultado da sua aprendizagem em relação a cada um
Autoavaliação dos conteúdos/habilidades trabalhados no decorrer
da unidade.

Semana 40 Avaliação de resultado – Meu ponto de chegada (p. 299 a 302)


Aulas de 1 a 9 Atividades a critério do professor

36
Referências bibliográficas comentadas
ADAMS, Marilyn Jager et al. Consciência fonológica em Documento que marcou transformações e mudanças
crianças pequenas. Porto Alegre: Artmed, 2006. de práticas pedagógicas no processo de inserção da
Além de apresentar fundamentos teóricos, os autores criança de 6 anos no Ensino Fundamental.
dão exemplos e propõem atividades com jogos, rimas, BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
canções infantis, poemas e parlendas. Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Educação Infantil. Brasília, DF: MEC: SEF, 1998. v. 1, 2 e 3.
Maria Ermantina G. Pereira. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, Esse documento propõe alterações substanciais no aco-
1997. lhimento e no desenvolvimento de processos pedagó-
Obra fundamental para compreender o desenvolvimen- gicos em relação à criança de 0 a 5 anos.
to dos estudos sobre gêneros textuais no Brasil e os des- CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Linguística. São Pau-
dobramentos nas práticas didáticas. lo: Scipione, 1989.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 39. O autor analisa e revisa processos de alfabetização e
ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. faz propostas que podem fundamentar as práticas pa-
ra alfabetizar nos Anos Iniciais, referendando-as em
Obra de referência para estudar conceitos e fatos da lín-
bases da ciência linguística.
gua, abordando tanto aspectos descritivos quanto refle-
xivos sobre usos contemporâneos do português DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da leitura: como a ciên-
brasileiro. cia explica nossa capacidade de ler. Tradução de Leonor
Scliar-Cabral. Porto Alegre: Penso, 2012.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Em uma abordagem científica do funcionamento das co-
Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: https:// nexões neurais, o cientista orienta o leitor para a com-
tedit.net/XPaUGC. Acesso em: 1o jul. 2021. preensão de como se desenvolve a leitura e de como
Documento com habilidades, competências e aprendi- orientar as crianças nesse processo.
zagens essenciais para a Educação Básica, além dos pres-
DIONÍSIO, Ângela P.; MACHADO, Anna R.; BEZERRA, Maria
supostos para elaboração de currículos e planejamento
A. Gêneros textuais e ensino. 4. ed. Rio de Janeiro: Lu-
de ações educativas.
cerna, 2005.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetiza- Obra que apresenta reflexões e propostas de práticas
ção. Política Nacional de Alfabetização. Brasília, DF: para o desenvolvimento de estudos sobre os gêneros
MEC: SEALF, 2019. textuais na escola.
Documento que apresenta princípios norteadores ba- EQUIPA DOS ESTUDOS INTERNACIONAIS. Metodologia
seados em evidências científicas para o desenvolvimen- PIRLS 2016
2016. Lisboa: Instituto de Avaliação Educativa, 2017.
to, a consolidação e a avaliação de propostas de Disponível em: https://tedit.net/FO0LxV. Acesso em: 1o jul.
alfabetização. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Documento sobre avaliação da literacia com quadro de
Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em Evi- referências que contemplam finalidades e processos de
dências (Renabe). Brasília, DF: MEC: SEALF, 2020. Disponível compreensão da leitura.
em: https://tedit.net/ZU5tra. Acesso em: 1o jul. 2021. HOFFMANN, Jussara; JANSSEN, Felipe da Silva; ESTEBAN,
O relatório traz experiências desenvolvidas em dife- Maria Teresa (org.). Práticas avaliativas e aprendizagens
rentes países, com foco em debates recentes sobre significativas em diferentes áreas do currículo. 6. ed.
evidências científicas referentes à alfabetização. Porto Alegre: Mediação, 2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Apresenta estudos, reflexões e implicações sobre formas
Fundamental. Ensino fundamental de nove anos: orien- e momentos de se desenvolver a avaliação na escola,
tações para a inclusão da criança de seis anos de idade. bem como de se considerarem os resultados para o de-
Brasília, DF: MEC, 2006. senvolvimento de planejamentos.

37
KOCH, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz C. A coerência tex- formas de intervenção e estratégias para evitá-las ou
tual. São Paulo: Contexto, 1990. superá-las.
Livro que traz didaticamente exemplos selecionados de ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (org.). Multiletramentos
coerência textual. na escola. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador. 16. ed. rev. O livro trata da necessidade de articulação de diferen-
e atual. São Paulo: Ática, 2004. tes modalidades de linguagem e os desafios inerentes
De forma sucinta, a autora apresenta as bases dos prin- ao desenvolvimento de linguagens híbridas.
cípios fonológicos e fonéticos para fundamentar o pro-
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. et al. Gêneros orais e escritos na
cesso de alfabetização.
escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Glaís Cordeiro. Campinas:
MALUF, Maria Regina; CARDOSO-MARTINS, Cláudia (org.). Mercado de Letras, 2004.
Alfabetização no século XXI: como se aprende a ler e a
Os autores trazem a base para o estudo de gêneros
escrever. Porto Alegre: Penso, 2013.
orais e escritos e suas variantes escolares, fazendo uma
Em artigos de diversos autores, é discutida uma das prin-
análise que abarca as dimensões da proposta de tra-
cipais necessidades da educação brasileira: o ensino da
balho com esse foco.
leitura e da escrita.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução de Cláudia
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. Nesse livro são apresentados os processos que envolvem
Nessa obra, a linguagem é vista como um conjunto de a compreensão leitora, orientando o professor com téc-
atividades e uma forma de ação. nicas para auxiliar os estudantes na construção dos senti-
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. dos do texto.
4. ed. São Paulo: Ática, 2000. THOMAS, Gary; PRING, Richard et al. Educação baseada
Por meio de situações de aprendizagem, o autor apre- em evidências: a utilização dos achados científicos para a
senta princípios norteadores para o ensino da ortografia. qualificação da prática pedagógica. Tradução de Roberto
MORAIS, José. Criar leitores: para professores e educadores. Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2007.
Barueri: Minha Editora/Manole, 2013. O livro explora os argumentos sobre a educação basea-
Ao abordar as dificuldades da alfabetização, o autor ex- da em evidências científicas, apresentando casos com-
plora as origens e as dificuldades encontradas e sugere provados do que funciona em sala de aula.

38
Língua Portuguesa
3 ANO

Ensino Fundamental • Anos Iniciais

Ana Trinconi
Licenciada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
Licenciada em Pedagogia pela Unifai-SP
Mestra em Letras pela USP
Pós-graduada em Estudos Comparados de
Literaturas de Língua Portuguesa pela USP
Especialista em “Práticas da leitura na sociedade da informação”
pelo Instituto de Estudos Avançados da USP
Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental
nas redes particular, municipal e estadual de São Paulo

Terezinha Bertin
Licenciada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
Mestra em Ciências da Comunicação pela USP
Pós-graduada em Comunicação e Semiótica pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Ex-professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental na
rede municipal e de Ensino Médio na rede estadual de São Paulo
Ex-professora universitária
Assessora e palestrante em escolas das redes pública e particular, especialmente
na área de Práticas e Metodologias para o Ensino de Língua Portuguesa

Vera Marchezi
Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista
“Júlio de Mesquita Filho” (Unesp-SP, campus Araraquara)
Mestra em Letras pela Universidade de São Paulo (USP)
Pós-graduada em Estudos Comparados de Literaturas
de Língua Portuguesa pela USP
Professora de Língua Portuguesa do Ensino Fundamental
nas redes municipal e particular de São Paulo

1 edição, São Paulo, 2021

39
Direção editorial: Lauri Cericato
Gestão de projeto editorial: Heloisa Pimentel
Gestão de área: Alice Ribeiro Silvestre
Coordenação de área: Rosangela Rago
Edição: Alice Vasques de Camargo e Esther Herrera Levy
Planejamento e controle de produção: Vilma Rossi e Camila Cunha
Revisão: Mariana Braga de Milani (ger.), Alexandra Costa da Fonseca,
Ana Maria Herrera, Ana Paula C. Malfa, Carlos Eduardo Sigrist,
Flavia S. Vênezio, Gabriela M. Andrade, Heloísa Schiavo, Hires Heglan,
Luciana B. Azevedo, Luís M. Boa Nova, Luiz Gustavo Bazana,
Patricia Cordeiro, Patrícia Travanca, Sandra Fernandez,
Sueli Bossi e Vanessa P. Santos
Arte: Claudio Faustino (ger.), Erika Tiemi Yamauchi (coord.),
Young Lee Kim (edição de arte), Texto e Forma (diagramação)
Iconografia e tratamento de imagens: Roberto Silva (coord.),
Douglas Cometti e Fernanda Gomes (pesquisa iconográfica),
Emerson de Lima (tratamento de imagens)
Licenciamento de conteúdos de terceiros: Fernanda Carvalho (coord.),
Erika Ramires e Márcio Henrique (analistas adm.)
Ilustrações: Adilson Farias, Alberto De Stefano, Andréia Vieira,
Camila de Godoy, Giz de Cera, Laís Bicudo, LB Ilustrações,
Silvana Rando, Vanessa Alexandre e Weberson Santiago
Cartografia: Mouses Sagiorato
Design: Tatiane Porusselli (proj. gráfico), Luis Vassallo (capa e Manual do Professor)
Foto de capa: Denis Kuvaev/Shutterstock

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Angélica Ilacqua - CRB-8/7057


2021
Código da obra CL 720019
CAE 775424 (AL) / 775518 (PR)
1a edição
1a impressão
De acordo com a BNCC.
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e imagens
presentes nesta obra didática. Colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais irregularidades ou omissões
de créditos e consequente correção nas próximas edições. As imagens e os textos constantes nesta obra que,
eventualmente, reproduzam algum tipo de material de publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão,
são aplicados para fins didáticos e não representam recomendação ou incentivo ao consumo.

Impressão e acabamento

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

40
Apresentação

Caro estudante,
Nós, autoras desta coleção, esperamos que os momentos de
aprendizagem da leitura e da escrita propostos neste livro contri-
buam para marcar de maneira prazerosa sua trajetória na escola.
Temos um encontro em cada um dos desafios e em cada uma
das conquistas que, com certeza, farão parte de seu percurso
este ano.
Vamos começar?
As autoras

La
ís
Bic
ud
o/A
rq
uivo
da
ed
itor
a

41
Conheça seu livro
Um livro é como uma casa: apresenta diferentes partes que formam o todo.
Este livro também é assim. A seguir, você vai conhecer algumas dessas partes.
Vamos começar?

Meu ponto Introdução


INTRODUÇÃO

Meu ponto
de partida Ler e escrever
de partida Antes de iniciarmos as atividades deste ano,, vamos fazer uma avaliação para saber o
que você já aprendeu e o que será preciso rever em seus estudos.. Siga as orientações
é divertido!
É um convite
para as
da professora..

É o momento O texto a seguir é um trecho do diário de Julieta,, personagem principal do livro


Diário da Julieta..
Você chegou ao 3o ano!! E já aprendeu muitas coisas sobre ler e escrever..
A leitura e a escrita podem ser atividades muito divertidas!!
Leia a seguir um texto do livro O que é que te diverte? ?

descobertas
Acompanhe a leitura da professora..

de fazer uma

artkarpova/Shutterstock
São mil e uma noites.

que você fará


São tantas histórias…

avaliação para 8 fevereiro


Para vivê-las, abra bem os olhos
e os ouvidos.

ao longo do
Querido diário,

saber o que você


Mas, atenção! Não há trem,
Este foi um dos piores dias da minha vida!
navio ou avião.
A mamãe me levou ao médico porque eu
É preciso usar as linhas e as cores

livro.
estava espirrando muito. Sabe o que ele man-

já sabe e o que dou eu fazer?


Jogar fora todos os meus bichinhos de
pelúcia!!
dos desenhos e as palavras dos livros
para tecer um rico e macio
tapete mágico.

é preciso rever
Não sei se estou preparada. Já é ruim es-
[...]
tar doente. Será que, ainda por cima, tenho
E será sempre
que perder meus fofuchos?

durante o ano.
Tem que ter uma saída! uma longa, inesquecível e

Querido diário, me dê uma luz! M_Agency/Shutters


maravilhosa viagem!
tock
Van
Fofuchos Boa sorte!
ess
a Alexa
ndre/A
rqu ivo da editora

Amo d+!

Ziraldo. Diário da Julieta: as histórias Eliardo França. O que é que te diverte?


mais secretas da Menina Maluquinha. São Paulo: Caramelo, 2015. p. 29.
São Paulo: Globo, 2010. E-book.

No 3o ano,, você vai aprender muitas coisas novas!!


Menina escrevendo. Antes,, vamos relembrar o que você já estudou??

10 14

Para iniciar
Labirinto
Unidade

12 Texto instrucional
Abertura de ● Observe quem está na entrada do labirinto..

Laís Bicudo/Arquivo da editora


unidade
O livro é dividido
em unidades. Na
abertura de cada
uma delas você
encontra pistas do
que vai estudar na

Ilustrações: Vanessa Alexandre/


Arquivo da editora
Nesta unidade você vai...
● ler e interpretar texto instrucional;;
unidade.
● identificar partes do texto instrucional;; a)) Qual saída você acha que cada um,, provavelmente,, vai buscar?? Por quê??
● conhecer novas palavras e seus significados;;
● O que está acontecendo nesta cena?? b)) Pinte os caminhos de acordo com suas escolhas e,, depois,, converse com os
● produzir receita em dupla;;
● Você gosta de ajudar os adultos da sua casa a cozinhar?? colegas..
● estudar verbos no imperativo;;
● As pessoas que moram com você costumam usar
● observar a pronúncia de O e E em final de palavras;; 216
receitas para preparar refeições??
● participar de atividades orais..

Para iniciar
274 275

Nesta seção, você


encontra desafios
Leitura Vamos brincar de adivinhar sobre o que fala a letra de canção a seguir.. Compreensão do texto e brincadeiras
para iniciar seus
Não tem corpo,, não tem forma,, não tem cor e pode ser fraco ou forte.. O que
1. Jogo rápido.. Assinale com X a coluna a que se refere cada uma das afirmações::
pode ser??

Os textos desta
Animal que... É carnívoro É herbívoro

Leitura 1: letra de canção


estudos.
... só caça à noite x
... pode sentir gosto doce e tem mandíbulas que se movem x

seção são o ● Leia com um colega a letra da canção..

Estou vivo mas não tenho corpo.


... tem os olhos na lateral da cabeça

... tem dentes longos e pontudos x


x

ponto de partida
Por isso é que não tenho forma.
2. O título do infográfico é:: CARNÍVOROS VS HERBÍVOROS..
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

Peso eu também não tenho.


Não tenho cor.
VS é abreviatura de versus,, palavra do latim que significa contra,, em oposição..

para o que você Quando sou fraco


Me chamo brisa.
E se assobio,
Por que foi escolhida essa abreviatura para fazer parte desse título??

vai descobrir na
Isso é comum.

Compreensão
Quando sou forte,
Me chamo vento.

unidade.
Quando sou cheiro, 3. Na imagem do infográfico,, os animais escolhidos para representar cada um dos
Me chamo pum!
grupos apresentados foram::

do texto
O ar (o vento). Toquinho, Vinicius de Moraes,
Luis Enríquez Bacalov. Intérpretes: Boca Livre
e Vinicius de Moraes. In: A arca de NoŽ 2. a)) Carnívoros:: b)) Herbívoros::
Rio de Janeiro: Mercury Records, 1998.
1 CD. Faixa 7.
4. Conversem:: Qual das características dos carnívoros mais chamou a atenção de

As atividades orais
vocês?? Por quê??

5. Observe novamente as figuras do infográfico,,


prestando atenção nas cores e nos contornos

e escritas ajudam
Reprodução/Editora Movpalavras

dos animais representados..

a)) Faça uma lista com os animais que você


identificou no círculo dos carnívoros desse
diagrama.. você a entender
melhor os textos
49 258
lidos.

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

42
Prática de oralidade Produção de texto
Dramatização do texto Relato pessoal: um registro da memória
● Vamos dramatizar a história “O cágado e a festa no céu”. ● Antes de produzir seu relato de memória, leia o relato do escritor Daniel Munduruku
a) Formem grupos de três estudantes. Um estudante será o narrador, outro repre- em que ele relembra sua infância na aldeia onde vivia.
sentará o cágado e outro, a garça.

Prática de oralidade
Brincar para aprender

Produção

Adilson Farias/Arquivo da editora


b) Observem que será preciso criar uma fala para a garça, pois no texto é o narrador
Assim a gente aprendia. Não precisava ninguém chamar nossa
quem conta o que ela disse.
atenção ou implorar que a gente ficasse quieto para poder falar.
c) Se quiserem, acrescentem mais falas para os personagens. Não. Todos nós tínhamos que fazer respeitoso silêncio quando

Nesta seção, você vai d) Ensaiem e procurem dizer as falas com o rosto voltado para o público.
e) Os grupos poderão fazer um pequeno cenário para a apresentação.
algum adulto, especialmente se fosse já um avô ou avó, falava. Eles
falavam e a gente ouvia.
E o mais interessante é que eles sempre diziam a mesma coisa:
é preciso estarmos atentos aos sinais da natureza. Ela nos revela
de texto
conversar, trocar ideias, dar Combinem com a professora o dia da apresentação e como ela será.
quem somos e qual o melhor caminho a seguir.

sem receio.
— Mas como “ouvir” esses sinais, meu avô? — perguntávamos
Neste momento,
Tecendo saberes
opinião, declamar e também Cágados e garças As imagens não estão
representadas em proporção.
— Vocês têm que brincar, meus netos. Vocês têm que brincar
— respondia o velho sorrindo.
E não adiantava perguntar o que poderiam significar aquelas você vai produzir
Você leu uma história sobre um cágado suas palavras. Desde criança aprendíamos que as palavras signi-

ouvir com atenção.

Michal Sloviak/Shutterstock

fotoguy22/iStockphoto/Getty Images
e uma garça. ficavam muitas coisas ao mesmo tempo e que é preciso ir atrás do
Observe as fotos que mostram um cá-
gado e uma garça.
significado delas para poder compreendê-las. E assim fazíamos.
Daniel Munduruku. Catando piolhos, contando histórias.
São Paulo: Brinque-Book, 2006. p. 15-16.
textos orais e
Onde será que o cágado vive? O que

Tecendo saberes ele come? Quais são suas características


principais? E quanto à garça?
● Agora é sua vez de produzir um relato pessoal escrito. escritos.
Cágado-de-carapaça-estriada. Garça-azul-grande.
Vamos fazer uma pesquisa para saber Planejamento
um pouco mais sobre esses animais.

Aqui você vai ampliar 1. HORA DA PESQUISA . Organizem-se em grupos. O grupo deve escolher o animal
que vai pesquisar: o cágado ou a garça.
1. Escolha um fato que ficou marcado na sua memória: algo muito engraçado, uma
coisa que o impressionou, algo de que você não se esquece.
2. Relembre:

conhecimentos e fazer a a) Pesquisem informações como:


• características principais (tamanho, cor, peso);
Fato marcante

ligação do que está estudando • onde vivem;


• de que e como se alimentam;
Quando
aconteceu?
Onde
aconteceu?
Quem
estava presente?
O que e como
aconteceu?

com outros assuntos. 171 209

Onomatopeias: palavras que imitam sons


Língua: usos e reflexão
Letra R intrometida
Palavras em jogo
As imagens não estão
representadas em proporção.
Palavras
Atividade oral e escrita 1. Leia e observe a sílaba destacada:

em jogo

Linefab Portfolio/Shutterstock
Releia o quadrinho a seguir. estrela

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


Leia as palavras que estão imitando o som de

Língua: usos Floquinho comendo:

CHOMP! CHOMP! CHOMP! 2. Outras palavras têm a letra R intrometida como em estrela. Complete as palavras
a seguir de acordo com as imagens.
Aqui você
e reflexão Nas histórias em quadrinhos, é comum serem

vilax/Shutterstock
usadas palavras cuja pronúncia imita os sons. Essas
aprende a escrita

zhengchengbao/Shutterstock
studiovin/Shutterstock
palavras são chamadas de onomatopeias. Pro
sto
ck-s
tud

das palavras
io/S
1. Cascão resolveu ajudar a mãe, mas parece que não deu certo. Leia um trecho hut
ters

Este é o momento
toc
k

dessa história, recheada de onomatopeias.


© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.

li pe qua ço

para o estudo 3. Escreva as palavras do conto que você leu: nelas aparece o R intrometido.
com atividades

Ilustrações: Vanessa Alexandre/


Arquivo da editora
da língua, para interessantes e,
aprender como ela Mauricio de Sousa.
muitas vezes,
Almanaque Historinhas de

é usada em cada
três páginas – Turma da
Mônica. Barueri: Panini
Comics, n. 2, jul. 2008. p. 78.
4. Encontre e escreva mais duas palavras com R intrometido que aparecem na história.
divertidas!
Ligue as onomatopeias às palavras que indicam o que produziu os sons.

situação. TUMP

SPLASH
grito

quebra
5. Complete os nomes para saber quais são os animais. Lembre-se de que em todas
as palavras aparece o R intrometido.
IAU tropeção
a) Troco um ti por uma ze .
CREEEEC tombo

CABLAM água b) Troco uma ca por uma co .

35 160

Memória em jogo O que


Maple Ferryman/Shutterstock

Memória em jogo Trombeta


● Leia o poema a seguir, procure memorizá-lo e escreva-o no caderno. As imagens não estão
representadas em proporção.

É mais fácil ler e Quero-quero


Quero-quero canta
Inquieto. Corre e salta
Ao redor do ninho.
Franc
esco
Milan
ese/i
Stoc
kpho
to/Ge
tty
Imag
es

estudamos
escrever o que temos 1. Instrumento musical de sopro 2. Planta que tem flores com um formato
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

Tem alguém
Querendo pegar
longo e fino. Por exemplo: “Dito
isso, o mosquito tocou uma
que lembra o instrumento musical
trombeta. Por exemplo: “Naquele jardim Este é o momento
na memória. Aqui Seu filhotinho. trombeta de guerra”.

● Você j á conhecia algum desses significados? Copie essas palavras no caderno


há uma linda trombeta”.

de refletir sobre o
para compor a sua coleção de palavras. Você pode ampliar sua lista buscando

você vai ler e registrar Sérgio Caparelli. Tigres no quintal. São Paulo: Global, 2008. p. 99.
outras palavras no dicionário.

que você estudou.


conforme lembrar! O que estudamos
Coleção de palavras Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.

Coleção de ● As palavras a seguir apareceram ao longo desta unidade. Leia cada uma delas e
seu significado e conheça outros sentidos que elas podem ter.
Unidade 4 Avancei
Preciso
estudar
Feixe

palavras
As imagens não estão mais
representadas em proporção.

1. Porção amarrada de lenha, de varas, • Leitura e interpretação de fábula


de capim; braçada. Por exemplo:
“O homem pediu aos criados que lhe • Identificação de elementos da fábula: personagem,
tempo, espaço, narrador, ações
trouxessem um feixe de varas”.

Este é o momento Anton Starikov/Shutterstock

• Comparação entre história em verso e história em prosa

• Produção de fábula a partir da escolha da moral


Amy Johansson/Shutterstock

de conhecer novas 2. Conjunto de raios


luminosos. Por exemplo:
• Estudo da ordem das palavras na frase e da pontuação

• Leitura e escrita de palavras com as sílabas qua, que, qui


“Um feixe de luz entrava e gua, gue, gui

palavras e novos pela janela”.


• Participação em atividades orais

significados. 112 113

Projeto de Projeto de leitura Meu ponto


de chegada
Meu ponto
leitura Antes de concluirmos as atividades deste ano, vamos fazer uma avaliação para ver o
que você já sabe e quanto avançou em seus estudos neste ano e nos anos anteriores.
de chegada
Siga as orientações da professora.

Um projeto Convite
O texto a seguir é o trecho de um livro chamado Lolo Barnabé. Acompanhe a leitura
da professora. Este é o momento de
Caro leitor, no princípio: no começo,

que vai tornar Você está no 3o ano e já sabe que ler pode ser muito divertido, não é?
Agora que você é capaz de ler sozinho, já pode escolher qual das histórias a
No tempo em que as pessoas moravam em cavernas,
existiu um homem chamado Lolo Barnabé.
No princípio, Lolo parecia ser um sujeito meio bronco.
no início.
sujeito: pessoa.
bronco: pouco inteligente.
fazer uma avaliação para
Com o tempo, porém, todos foram percebendo que ele tinha entusiasmado: animado,
seguir vai ler primeiro: uma que começa com “Era uma vez...” e tem palavras rimadas;
a leitura uma de um gato curioso, mas também muito carinhoso; ou uma fábula contada em
prosa e em verso.
muitas qualidades: era inteligente, criativo, entusiasmado,
cheio de ideias novas e nada preguiçoso.
Aos 20 anos Lolo casou-se com Brisa. Ela era um amor:
empolgado.
empolgado
gentil:: educada,, simpática..
verificar o que você já
Aceite o convite feito por estes versos: gentil, carinhosa, bem-humorada e também superinteligen-

ainda mais te. É claro que eles tinham se casado por amor.
sabe e quanto avançou
Ilustrações: Weberson Santiago/Arquivo da editora

Quem lê vai em frente [...]


Quem escreve vai também... No primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Fin-

prazerosa. Fernando Paixão. Poesia a gente inventa.


São Paulo: Ática: 2010.
fo Barnabé. O menino era uma gracinha: alegre e brincalhão.
[...]
Eva Furnari. Lolo Barnabé. São Paulo: Moderna, 2010. p. 5-6.
durante o ano.
... e continue a viagem pelo mundo do Era uma vez...,
participando deste projeto de leitura. Boa leitura!
As autoras.

Ícones
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

294 299
Para avaliação Para casa

43
Sumário
Meu ponto de partida ........................................................... 10 Unidade 2 Letra de canção...................................... 46

Introdução: Para iniciar...................................................................................... 48


Ler e escrever é um presente divertido .... 14 Leitura 1: letra de canção.................................................. 49
Unidade 1 Histórias em quadrinhos ........... 20 Compreensão do texto ....................................................... 50
Leitura oral em foco ..................................................................... 51
Para iniciar...................................................................................... 22 Leitura 2: letra de canção ................................................. 51
Leitura: história em quadrinhos ................................. 23 Compreensão do texto ....................................................... 52
Parte 1 ................................................................................................... 23 Vocabulário em foco .................................................................. 54
Parte 2 .................................................................................................. 24
Prática de oralidade .............................................................. 55
Parte 3 .................................................................................................. 24
Conversa em jogo ........................................................................ 55
Compreensão do texto ....................................................... 25
Tecendo saberes ...................................................................... 56
Parte 1 ................................................................................................... 25
Outras linguagens................................................................... 58
Parte 2 .................................................................................................. 27
Produção de texto................................................................... 58
Parte 3 .................................................................................................. 28
Criação de estrofe para letra de canção ...................... 58
Vocabulário em foco .................................................................. 30
Prática de oralidade ............................................................... 31 Língua: usos e reflexão ...................................................... 60
Os sentidos das palavras: sinônimos e antônimos ..60
Conversa em jogo ......................................................................... 31
Tecendo saberes ...................................................................... 32 Palavras em jogo...................................................................... 63
As sílabas ca, co, cu, ce e ci.................................................. 63
Produção de texto................................................................... 32
As sílabas ga, go, gu, ge e gi ............................................... 64
Criação de diálogos para histórias
em quadrinhos................................................................................ 32 G ou J ................................................................................................... 65
Outras linguagens................................................................... 34 Memória em jogo ..................................................................... 66
Pintura .................................................................................................. 34 Coleção de palavras ............................................................. 66
Língua: usos e reflexão ...................................................... 35 O que estudamos .................................................................... 67
Onomatopeias: palavras que imitam sons .................. 35
Língua falada e língua escrita .............................................. 37
Unidade 3 História em versos .............................. 68
Palavras em jogo...................................................................... 40 Para iniciar...................................................................................... 70
Sílabas .................................................................................................. 40 Leitura: história em versos ............................................... 71
Encontros de vogais .................................................................... 41 Compreensão do texto ....................................................... 72
B ou P .................................................................................................... 41 Vocabulário em foco .................................................................. 75
F ou V ................................................................................................... 42 Leitura oral em foco .................................................................... 75
T ou D ................................................................................................... 43
Outras linguagens................................................................... 76
Memória em jogo ..................................................................... 44 Prática de oralidade .............................................................. 77
Coleção de palavras ............................................................. 44 Conversa em jogo ........................................................................ 77
O que estudamos .................................................................... 45 Jogral .................................................................................................... 77
Tecendo saberes ...................................................................... 78
Língua: usos e reflexão ...................................................... 80
Olga1818/Shutterstock

Sentido real e sentido figurado das palavras ............ 80


Frase, expressividade e pontuação ................................. 82
Produção de texto................................................................... 86
Outro final para a história em versos .............................. 86

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

44
Palavras em jogo...................................................................... 87 Conversa em jogo ...................................................................... 127
Letra Z .................................................................................................. 87 Outras linguagens................................................................. 127
Letra H no início de palavra................................................... 88 Língua: usos e reflexão .................................................... 128
Palavras com CH, LH, NH ....................................................... 90 Variedades linguísticas: diferentes usos
Mesmo som, letras diferentes: CH e X ........................... 91 de linguagem................................................................................. 128
Mesma letra, vários sons do X.............................................. 91 Substantivos.................................................................................... 131
Memória em jogo ..................................................................... 92 Produção de texto................................................................. 135
Carta pessoal................................................................................. 135
Coleção de palavras ............................................................. 92
Carta de leitor ............................................................................... 136
O que estudamos .................................................................... 93
Palavras em jogo.................................................................... 137
Unidade 4 Fábula ................................................................ 94 Letra R ................................................................................................ 137
R ou RR ............................................................................................. 138
Para iniciar...................................................................................... 96
Letra R em final de sílaba ...................................................... 139
Leitura: fábula ............................................................................. 97
Memória em jogo ...................................................................140
Compreensão do texto ....................................................... 98
Coleção de palavras ...........................................................140
Vocabulário em foco ................................................................100
O que estudamos ................................................................... 141
Leitura oral em foco .................................................................. 102
Comparando os textos: história em versos Unidade 6 Conto maravilhoso ........................... 142
e história em prosa ....................................................................102
Tecendo saberes .................................................................... 103 Para iniciar.................................................................................... 144
Outras linguagens................................................................. 103 Leitura: conto maravilhoso ........................................... 145
Prática de oralidade ............................................................104 Compreensão do texto ..................................................... 147
Conversa em jogo ......................................................................104 Vocabulário em foco ................................................................ 149
Dramatização ................................................................................104 Leitura oral em foco ..................................................................150

Produção de texto.................................................................104 Outras linguagens.................................................................. 151


Fábula .................................................................................................104 Tecendo saberes .................................................................... 152
Língua: usos e reflexão .................................................... 107 Prática de oralidade ............................................................ 152
Frase: ordem das palavras ................................................... 107 Conversa em jogo ...................................................................... 152
Palavras em jogo....................................................................108 Roda de histórias ........................................................................ 153
As sílabas qua, que, qui.........................................................108 Produção de texto................................................................. 153
As sílabas gua, gue, gui..........................................................110 Reconto de história: “O jovem herói″............................ 153
Memória em jogo .................................................................... 112 Língua: usos e reflexão ....................................................156
Coleção de palavras ............................................................ 112 Adjetivos ...........................................................................................156
A concordância entre as palavras na frase:
O que estudamos ................................................................... 113
gênero e número ........................................................................ 158
Unidade 5 Carta pessoal e Palavras em jogo....................................................................160
carta de leitor .......................................... 114 Letra R intrometida ....................................................................160
Para iniciar..................................................................................... 116 Letra L intrometida ...................................................................... 161

Leitura 1: carta pessoal ...................................................... 117 Memória em jogo ................................................................... 162


Compreensão do texto ...................................................... 118 Coleção de palavras ........................................................... 162
Leitura 2: carta de leitor .................................................. 123 O que estudamos .................................................................. 163
Compreensão do texto ..................................................... 123
Unidade 7 Conto popular ........................................ 164
Vocabulário em foco ................................................................ 125
Leitura em foco ............................................................................ 125 Para iniciar....................................................................................166
Tecendo saberes .................................................................... 126 Leitura: conto popular ....................................................... 167
Prática de oralidade ............................................................ 127 Compreensão do texto .....................................................168

45
Vocabulário em foco ................................................................ 170 Unidade 9 Cartaz publicitário............................. 214
Leitura oral em foco .................................................................. 170
Para iniciar.................................................................................... 216
Prática de oralidade ............................................................. 171
Leitura: cartaz publicitário ............................................. 217
Dramatização do texto ............................................................. 171
Tecendo saberes ..................................................................... 171 Compreensão do texto ..................................................... 218
Vocabulário em foco ............................................................... 223
Produção de texto................................................................. 172
Reconto de história ................................................................... 172 Prática de oralidade ........................................................... 223
Outras linguagens................................................................. 175 Conversa em jogo ..................................................................... 223

Língua: usos e reflexão .................................................... 176 Tecendo saberes ................................................................... 224


Língua falada e língua escrita ............................................ 176 Outras linguagens................................................................ 225
Verbo: um jeito de marcar o tempo ............................... 178 Língua: usos e reflexão ................................................... 226
Palavras em jogo.................................................................... 184 Uso de verbos no imperativo ............................................ 226
Sons nasais: sílabas com -ão .............................................. 184 Produção de texto................................................................ 227
Plural de palavras terminadas em -ão .......................... 184 Criação de texto para cartaz publicitário ................... 227
As terminações -am e -ão nos verbos .........................185 Palavras em jogo................................................................... 228
Memória em jogo ...................................................................186 Sílabas ............................................................................................... 228
Coleção de palavras ...........................................................186 Separação de sílabas.............................................................. 230
O que estudamos .................................................................. 187 Memória em jogo .................................................................. 232
Coleção de palavras .......................................................... 232
Unidade 8 Relato pessoal .......................................188 O que estudamos ................................................................. 233
Para iniciar....................................................................................190
Leitura: relato pessoal ........................................................ 191 Unidade 10 Notícia.......................................................... 234
Compreensão do texto ..................................................... 192 Para iniciar................................................................................... 236
Vocabulário em foco ................................................................196
Leitura: notícia ......................................................................... 237
Leitura oral em foco ..................................................................196
Compreensão do texto .................................................... 238
Prática de oralidade ............................................................ 197
Vocabulário em foco ............................................................... 240
Conversa em jogo ...................................................................... 197
Leitura oral em foco .................................................................. 241
Roda de relatos pessoais ...................................................... 197
Tecendo saberes ................................................................... 242
Tecendo saberes ....................................................................198
Outras linguagens................................................................ 243
Outras linguagens.................................................................199
Língua: usos e reflexão ...................................................200 Prática de oralidade ........................................................... 243
As pessoas do verbo e a concordância verbal .....200 Telejornal ......................................................................................... 243
Pronomes pessoais .................................................................. 203 Produção de texto................................................................ 244
Pronomes possessivos ..........................................................205 Notícia ............................................................................................... 244
A linguagem do dia a dia ..................................................... 207 Língua: usos e reflexão ................................................... 245
Produção de texto................................................................209 Modos de se expressar: linguagem formal e
Relato pessoal: um registro da memória ...................209 informal ............................................................................................. 245
Palavras em jogo....................................................................210 Pronomes demonstrativos .................................................. 246
Outras letras para os sons nasais ...................................210 Palavras em jogo....................................................................247
Letra M antes de P e de B..................................................... 211 Um só som, várias letras: S, SS, Ç, C, SC, X .............247
Memória em jogo ................................................................... 212 Memória em jogo ..................................................................250
Coleção de palavras ........................................................... 212 Coleção de palavras ..........................................................250
O que estudamos .................................................................. 213 O que estudamos .................................................................. 251

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

46
Unidade 11 Texto informativo e Unidade 12 Texto instrucional ............................274
infográfico................................................ 252
Para iniciar................................................................................... 276
Para iniciar................................................................................... 254 Leitura 1: texto instrucional (receita) ....................277
Leitura 1: texto informativo........................................... 255 Compreensão do texto .................................................... 278
Compreensão do texto .................................................... 255 Vocabulário em foco ...............................................................280
Leitura oral em foco .................................................................256 Leitura 2: texto instrucional (brincadeira) ......280
Leitura 2: infográfico..........................................................256 Compreensão do texto ..................................................... 281
Compreensão do texto .................................................... 258 Vocabulário em foco ............................................................... 283
Vocabulário em foco ................................................................ 261 Leitura oral em foco ................................................................. 283
Prática de oralidade ............................................................ 261 Prática de oralidade ...........................................................285
Conversa em jogo ...................................................................... 261 Conversa em jogo ..................................................................... 285
Língua: usos e reflexão .................................................... 261 Receita em vídeo ....................................................................... 285
Formação de palavras ............................................................. 261 Outras linguagens................................................................286
Tecendo saberes ................................................................... 265 Tecendo saberes ................................................................... 287
Outras linguagens................................................................ 265 Língua: usos e reflexão ................................................... 288
Relatório de apresentação de resultados de Uso de verbos no modo imperativo ............................. 288
observação .................................................................................... 265
Produção de texto................................................................289
Produção de texto................................................................266
Texto instrucional: receita .................................................... 289
Pesquisa e produção de texto informativo ..............266
Palavras em jogo...................................................................290
Exposição oral ............................................................................. 267
Escrever de um jeito e falar de outro...........................290
Palavras em jogo................................................................... 268
Memória em jogo .................................................................. 292
Tonicidade das palavras ....................................................... 268
Coleção de palavras .......................................................... 292
Acentuação das oxítonas ..................................................... 270
Um pouco mais sobre acentuação:
O que estudamos ................................................................. 293
monossílabos tônicos .............................................................. 271 Projeto de leitura .................................................................. 294
Memória em jogo .................................................................. 272
Meu ponto de chegada ...................................................299
Coleção de palavras .......................................................... 272
O que estudamos ................................................................. 273 Referências bibliográficas comentadas........... 303

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47
Meu ponto de partida
A avaliação diagnóstica é apenas um
dos instrumentos de que o professor e/
ou a escola podem lançar mão para
dimensionar os avanços ou as dificul- Meu ponto
dades dos estudantes em relação aos
processos de aprendizagem: de partida
[...] a avaliação é concebi-
Antes de iniciarmos as atividades deste ano, vamos fazer uma avaliação para saber o
da como processo/instrumen-
to de coleta de informações, que você já aprendeu e o que será preciso rever em seus estudos. Siga as orientações
sistematização e interpretação da professora.
das informações, julgamen- O texto a seguir é um trecho do diário de Julieta, personagem principal do livro
to de valor do objeto avaliado Diário da Julieta.
através de informações trata-
das e decifradas, e, por fim, Acompanhe a leitura da professora.
tomada de decisão (como in-

artkarpova/Shutterstock
tervir para promover o desen-
volvimento das aprendizagens
significativas).
DA SILVA, Janssen Felipe; 8 fevereiro
HOFFMANN, Jussara; ESTEBAN, Ma-
ria Teresa (org.). Práticas avaliativas Querido diário,
e aprendizagens significativas em Este foi um dos piores dias da minha vida!
diferentes áreas do currículo.
6. ed. Porto Alegre: Mediação, 2008. A mamãe me levou ao médico porque eu
estava espirrando muito. Sabe o que ele man-
Esta é uma avaliação para ser aplica- dou eu fazer?
da no início do ano letivo. É um ponto Jogar fora todos os meus bichinhos de
de partida para que se possam traçar
pelúcia!!
estratégias para o ano que se inicia.
Trata-se de um instrumento que Não sei se estou preparada. Já é ruim es-
contribui para o professor analisar tar doente. Será que, ainda por cima, tenho
algumas habilidades e conhecimen- que perder meus fofuchos?
tos prévios essenciais dos estudantes, Tem que ter uma saída!
identificando mais facilmente aqueles
Querido diário, me dê uma luz!
que necessitarão de um acompanha- M_Agency/Sh
utterstock

mento mais específico no decorrer do Fofuchos


ano letivo. Amo d+!
Complementa-se essa avaliação com
avaliações processuais/formativas, Ziraldo. Diário da Julieta: as histórias
mais secretas da Menina Maluquinha.
indicadas ao longo deste livro, para
São Paulo: Globo, 2010. E-book.
acompanhar e verificar os avanços dos
estudantes durante o ano, e com a
avaliação de resultado (Meu ponto
de chegada, no final do volume), que
deve ser aplicada ao final do ano letivo.
Esta avaliação diagnóstica está refe- Menina escrevendo.
renciada especialmente:
• no desenvolvimento de habilidades 10
e conteúdos abordados nos anos
anteriores (inclusive nesta Coleção); Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

• nas práticas de linguagem, nos ob- tica, desenvolvimento de vocabulário, fluência Orientações para a aplicação da
jetos de conhecimento, nas compe-
tências e habilidades de Língua
em leitura oral, compreensão de textos e pro- avaliação
dução de escrita. Prevê-se que a parte escrita desta avaliação
Portuguesa da BNCC para os Anos
Iniciais do Ensino Fundamental; Os conteúdos desta avaliação foram seleciona- ocupe uma aula de 50 minutos (aproximadamen-
dos dentre os que estão presentes até o final do
• na PNA, instituída pelo Decreto
2o ano, tanto no volume anterior desta Coleção
te cinco minutos por atividade e 15 minutos pa-
ra a produção textual – atividade 6) e a atividade
n. 9 765, de 11 de abril de 2019, com
foco nos seis componentes destaca- quanto no rol de práticas de linguagem, objetos de fluência em leitura oral (atividade 10), que
dos como base para o amplo pro- de conhecimento, competências, habilidades e deve ser realizada individualmente com os estu-
cesso de alfabetização: consciência componentes essenciais para a alfabetização in- dantes, mais uma aula de 50 minutos. Entretanto,
fonêmica, instrução fônica sistemá- dicados pela BNCC e pela PNA. dependendo da quantidade de estudantes da

48
Atividade 1
O objetivo desta atividade é avaliar
o desenvolvimento de vocabulário,
1. Com a professora, leia as frases com as palavras em destaque. Depois, pinte o quadrinho componente essencial para a alfabeti-
zação, e a habilidade de identificar si-
com o termo que pode substituir cada palavra destacada sem mudar o significado da frase. nônimos de palavras do texto lido.
(Referências: PNA e BNCC – EF02LP10)
a) Não sei se estou preparada.

pronta arrumada
Um vocabulário pobre
constitui um obstáculo para a
compreensão de textos. [...]
b) Jogar fora todos os meus bichinhos de pelúcia!! [...] Um amplo vocabu-
lário, aliado à capacidade de
me desfazer de lavar reconhecer automaticamente
palavras, é a base para uma
boa compreensão de textos.
c) Já é ruim estar doente.
PNA, p. 34.

agradável desagradável
Atividade 2
O objetivo da atividade é avaliar a
d) Tem que ter uma saída!
compreensão de textos, componente
essencial para a alfabetização, por meio
largada solução da localização de informações explícitas
em textos. (Referências: PNA e BNCC –
EF15LP03)
2. Por que Julieta foi ao médico?
Atividade 3
O objetivo da atividade é avaliar a
A) Porque foi um dos piores dias da sua vida.
compreensão de textos, componente
essencial para a alfabetização, e a habi-
B) X Porque estava espirrando muito. lidade de, considerando a situação co-
municativa e o tema/assunto do texto,
C) Porque precisava jogar fora seus bichinhos de pelúcia. relacionar sua forma de organização à
sua finalidade. (Referências: PNA e BNCC
– EF15LP01 e EF02LP12)
D) Porque não estava alegre.

3. Para que Julieta escreveu esse texto no diário?

A) Para dar uma notícia.


chempina/Shutterstock

B) Para ensinar as pessoas.

C) X Para falar de seus sentimentos.

D) Para dar um aviso.

11

turma, esse tempo pode ser menor ou maior. sentir pressionados ou, o que pode ser pior, inca-
As atividades devem ser lidas uma a uma, com pazes de fazer as atividades. Deve ficar claro que
mais cuidado que nos anos posteriores – desta- eles devem fazer a avaliação como souberem,
cando-se que, nesta etapa de escolaridade, alguns como conseguirem, para que efetivamente a fa-
estudantes ainda não têm autonomia para a lei- çam de forma segura, sem medo do “erro”.
tura de textos mais longos. Os enunciados devem Ao dar um tempo para que os estudantes façam
ser lidos quantas vezes forem necessárias, dirimin- cada atividade, garante-se que o processo de ava-
do dúvidas de compreensão imediata sobre algum liação seja finalizado de forma conjunta, com me-
termo que cause estranhamento ou, se preciso, lhor acompanhamento e observação do processo.
dando mais orientações para a realização de cada É preciso lembrar que, no início do 3o ano, a maio-
uma das atividades. Os estudantes não podem se ria das crianças tem entre 6 e 8 anos de idade.

49
Atividade 4
Esta é uma atividade de compreen-
são do texto – os estudantes têm de
perceber o sentido da fala da persona- 4. Por que Julieta considerou 8 de fevereiro um dos piores dias de sua vida?
gem –, que permite avaliar a habilidade
deles de ler e compreender com certa Porque, além de estar doente, descobriu que teria de jogar fora seus
autonomia gêneros do campo da vida A) X
bichinhos de pelúcia.
cotidiana. (Referências: PNA e BNCC –
EF02LP12) B) Porque teve que ir ao médico.
A atividade exige um pouco mais de
inferência, já que os estudantes devem
relacionar o sentimento do persona- C) Porque estava espirrando muito.
gem ao acontecimento que o motiva.
Atividade 5 D) Porque amava demais os seus fofuchos.
Esta é uma atividade de análise lin-
guística, mais especificamente do cam- 5. Marque com um X a palavra do texto que está no diminutivo.
po da morfologia, cujos conhecimentos
são essenciais para a alfabetização, que A) diário C) pelúcia
avalia a habilidade dos estudantes de
identificar o diminutivo de palavras
com o sufixo -inho. (Referências: PNA e B) querido D) X bichinhos
BNCC – EF02LP11)
Atividade 6 6. Escreva uma frase contando algum fato marcante ou que expresse o que você
O objetivo da atividade é avaliar a gostaria de escrever em seu diário no dia de hoje. Você pode falar de seus
produção de escrita, componente sentimentos ou de algum acontecimento que lhe marcou porque causou alegria,
essencial para a alfabetização, e a habi-
tristeza ou surpresa. Se precisar, peça ajuda à professora.
lidade de planejar e produzir pequenos
relatos de experiências pessoais, man- Resposta pessoal.
tendo as características do gênero, con-
siderando a situação comunicativa e o
tema/assunto do texto. (Referências:
PNA e BNCC – EF02LP14) 7. DITADO .
Pelo fato de, nesta fase, grande parte
dos estudantes não terem ainda auto- a) Ouça com atenção a frase que a professora ditar e escreva como souber na linha
nomia de escrita, sugere-se incentivá-los
a seguir.
a fazer um registro da forma como sou-
berem. Seria bom se, ao escreverem, O sapo pulou no lago.
caso ainda não seja uma escrita com-
preensível, o professor pudesse anotar b) Pinte as palavras que a professora ditar.
o que os estudantes quiseram expressar
com seu texto. Isso ajudará muito no
diagnóstico do desempenho deles. Al- gato pato bota bico
guns poderão formar, oralmente, uma
frase, mas não conseguir fazer o registro
tapete peteca moleque roleta
integral. É algo importante a ser refe-
renciado na ficha, pois pode revelar que
os estudantes estão se desenvolvendo girafa guitarra guerra gelado
bem na compreensão da atividade,
mesmo sem ainda ter alcançado as con-
dições para a escrita convencional. 12
Atividade 7 Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
Esta questão tem a finalidade de ava-
liar se o estudante já faz, de forma au-
tônoma, a relação som (fonema)/letra
(grafema). Não esgota possibilidades de
combinação, mas pode dar uma ideia
das defasagens que os estudantes pos-
sam ter. Anotar na ficha individual o tipo
de estrutura que o estudante não con-
seguiu identificar ou escrever.

50
Atividade 10
O objetivo da atividade é avaliar a
fluência em leitura oral, componente
8. Complete as palavras com as letras que faltam. essencial para a alfabetização, e a habi-
lidade de ler em voz alta, com autono-
mia e fluência, textos curtos com nível

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


de textualidade adequado. (Referências:
PNA e BNCC – EF35LP01)
Importante: pelo fato de os estudan-
tes no início do 3o ano ainda não terem
autonomia para a leitura de textos, o
professor poderá pedir a leitura de pala-
vras pontuais ou de frases, especialmen-
P OMBA B OMBA F ACA te as mais comuns, para essa aferição.
Orientar os estudantes a pedir ajuda
caso estejam com dificuldade para ler
sozinhos. É importante que tenham con-
fiança para solicitar apoio, e as dificulda-
des apresentadas por eles devem ser
registradas nas fichas individuais da se-
guinte forma: leem as palavras apenas
como decodificação ou já atribuem
sentidos; articulam corretamente as
palavras; hesitam na leitura das palavras;
apresentam algum grau de tensão para
V ACA DOEN T E DUEN D E fazer a leitura em voz alta (timidez, in-
segurança, etc.); precisam de apoio,
como apontar o texto com o dedo, ou
9. Ouça a leitura das palavras a seguir. Depois, escreva no quadrinho quantas sílabas,
já seguem na leitura apenas com o mo-
ou quantos pedaços, foram falados em cada palavra.
vimento dos olhos; em quais tipos de
palavras apresentaram maior dificulda-
a) médico 3
de; fazem a associação de entonação
expressiva nos textos.
b) preparada 4 Para os estudantes do final do 2o ano,
a expectativa é de uma velocidade
c) fofuchos 3 de leitura de 80 palavras por minuto e
precisão de 95%, garantida a compreen-
d) luz 1 são do texto.
Para aferir a fluência em leitura oral
com base nesse parâmetro, será neces-
10. HORA DE LER SOZINHO . Releia silenciosamente o trecho do Diário da Julieta. sário gravar a leitura de cada estudante,
Pinte no texto as palavras que você consegue ler sem ajuda. Resposta pessoal. utilizando um gravador de voz.
Avise a professora se já conseguir ler o texto inteiro. O texto tem 73 palavras, ao todo,
portanto, a expectativa seria a de que
13 os estudantes completassem a leitura
em pouco menos de 1 minuto. Suge-
re-se registrar a velocidade da leitura
Atividade 8 Atividade 9 de cada estudante – quantidade de
Esta atividade relaciona-se ao desenvolvimento O objetivo é aferir a habilidade de identificar e palavras lidas, se ainda não consegui-
da consciência fonêmica e da instrução fônica manipular intencionalmente unidades da lingua- rem ler frases completas – ou listar as
sistemática, componentes essenciais para a alfa- gem oral, como as sílabas. Aqui, o foco é a percep- palavras que foram pronunciadas com
betização, na medida em que remete à percepção maior dificuldade e fazer observações
ção auditiva das sílabas, e não é aferido o reco-
de que, muitas vezes, a diferença de apenas um acerca da prosódia, ressaltando o que
nhecimento delas do ponto de vista das unidades
fonema é capaz de diferenciar palavras. Também
escritas, aspecto que segue critérios de convenção pode ser melhorado para dirigir ações
visa avaliar a habilidade de ler e escrever palavras
com correspondências regulares diretas entre le- ainda não apropriados pelos estudantes. Haverá de atendimento para cada estudante,
tras e fonemas (f, v, t, d, p, b). (Referências: PNA e maior sistematização desse conteúdo ao longo especialmente os que apresentam mais
BNCC – EF02LP03) do 3o ano. (Referências: PNA e BNCC – EF02LP04) dificuldades.

51
Introdução
As sugestões desta Introdução
têm o objetivo de retomar as relações INTRODUÇÃO
entre fonema e grafema que foram
apresentadas aos estudantes no de-
correr do 2o ano e estão baseadas nas
seis variáveis relativas ao desempenho
Ler e escrever
em leitura e escrita nos anos iniciais:
conhecimento alfabético (nome das é divertido!
letras, formas e sons representados por
elas), consciência fonológica (palavras,
sílabas e fonemas), nomeação auto-
mática rápida (nomeação de sequên-
cia aleatória de letras), nomeação Você chegou ao 3o ano! E já aprendeu muitas coisas sobre ler e escrever.
automática rápida de objetos, escrita A leitura e a escrita podem ser atividades muito divertidas!
do nome (escrita de letras isoladas ou
Leia a seguir um texto do livro O que é que te diverte?
do próprio nome), memória fonológi-
ca (memorização de informação dada
oralmente). (Referência: PNA, p. 30) São mil e uma noites.
Optou-se pela leitura oral e produ-
ção escrita no nível da palavra (orto- São tantas histórias…
grafia), deixando de lado, neste Para vivê-las, abra bem os olhos
momento, os níveis de frase e de texto
(Referência: PNA, p. 34). Essa aborda- e os ouvidos.
gem se justifica porque as relações Mas, atenção! Não há trem,
entre fonema e grafema estudadas
serão retomadas de modo mais abran- navio ou avião.
gente e sistemático em cada uma das É preciso usar as linhas e as cores
unidades deste volume:
• unidade 1 – retomada do estudo dos desenhos e as palavras dos livros
de palavras com correspondências para tecer um rico e macio
regulares entre letras e fonemas –
F, V, T, D, P, B (referência: BNCC – tapete mágico.
EF02LP03); [...]
• unidade 2 – retomada das palavras
E será sempre
com correspondências regulares
contextuais (C e Q) (referência: uma longa, inesquecível e
BNCC – EF02LP03);
• unidades 3, 4, 5 e 6 – retomada da maravilhosa viagem!
Van
escrita de palavras com sílabas CV, Boa sorte!
ess
a Alexa
ndre/A
rq u ivo da editora

V, CVC, CCV (referência: BNCC –


EF02LP04);
• unidades 7 e 8 – retomada da es- Eliardo França. O que é que te diverte?
crita de palavras com marcas de São Paulo: Caramelo, 2015. p. 29.
nasalidade (referência: BNCC –
EF02LP05).
Esta Introdução tem também co-
mo objetivo acolher os estudantes no
início do novo ano de sua escolarida- No 3o ano, você vai aprender muitas coisas novas!
de, destacando a importância da lei-
tura e da escrita; predispondo-os Antes, vamos relembrar o que você já estudou?
para as novas aprendizagens e para
a realização do Projeto de leitura, 14
que se encontra no final do volume.
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Habilidades da BNCC
Atividade preparatória
Principais habilidades
abordadas na unidade Roda de apresentação: momento propício para que Como é possível ter acesso a variadas informações?
os estudantes se apresentem e estabeleçam os com- Como fazemos para não esquecer essas informações?
EF01LP04 EF01LP05 EF01LP07
binados que garantirão a interação em sala de aula. Como ler e escrever nos ajuda a nos comunicar? Para
EF01LP08 EF01LP10 EF01LP11 Sugere-se registrar os combinados em papel pardo e que serve ler? E para que serve escrever? Quando ler e
EF01LP14 EF02LP03 EF02LP04 afixar na parede da sala de aula, para que possam ser escrever é divertido?
retomados e/ou ampliados quando necessário. Deixar que se expressem de modo espontâneo,
EF02LP05 EF02LP06 EF15LP09 Sugere-se conversar com os estudantes sobre a exercitando habilidades de falar com clareza, escutar
EF15LP10 EF15LP11 EF15LP15 importância da leitura e da escrita, questionando-os: com atenção, respeitar turnos de fala, reconhecer

52
Atividade 1
Sugere-se que a atividade 1 seja fei-
ta inicialmente em conjunto, eviden-
1. Vamos recitar o alfabeto? ciando a articulação própria de cada
letra. Solicitar que alguns estudantes
façam individualmente, em voz alta, a
leitura de algumas letras. Os objetivos
A B C D E F da atividade são: identificar o nome das
letras, o som mais característico de cada
uma, a ordem das letras no alfabeto e
G H I J K L a posição de uma letra em relação a
outras letras no alfabeto, levando-os a
refletir sobre situações em que a ordem
M N O P Q R alfabética é usada no cotidiano como
forma de organização: no dicionário;
S T U V W X em listas de nomes, como a de chama-
da da turma; entre outras.

Y Z Atividade complementar
1. Solicitar ao estudante que identi-
fique determinada letra e o som
que ela representa e fale uma pa-
2. Fale em voz alta as letras destacadas e depois complete os quadros de acordo com lavra que comece com essa letra.
os desenhos. 2. Apresentar o alfabeto com espa-
ços vazios para que o estudante
complete a sequência.
Letras
Atividades 2 a 10
2 Essas atividades retomam con-
1 4 6 teúdos e habilidades do 1o e 2o anos
5
3 no que se refere ao objeto de co-
nhecimento “construção do sistema
alfabético e da ortografia”, retoman-
Ilustrações: Silvana Rando/Arquivo da editora
do habilidades da BNCC, como
EF01LP04, EF01LP05, EF01LP07, EF01LP08,
EF01LP10, EF01LP11, EF01LP14, EF02LP03,
EF02LP04, EF02LP05 e EF02LP06.
B/P F/V D/T Contribuem também para a reto-
mada e a consolidação de dois com-
ponentes fundamentais para a alfa-
betização plena: a consciência fonê-
mica e a instrução fônica sistemá-
tica. “A instrução fônica sistemática e
explícita melhora significativamente
1 bola 3 faca 5 bode o reconhecimento de palavras, a or-
tografia e a fluência em leitura oral.”
2 pirulito 4 vaca 6 gato (MULDER et al, 2017: CARDOSO-MAR-
TINS; BATISTA, 2005, apud PNA, p. 33)
15 Atividade 2 – regularidades
diretas
Essa atividade retoma o que foi cons-
truído nos anos anteriores sobre as
regularidades diretas – notação dos
características da conversação espontânea. (Referências: pelo texto literário. (Referências: BNCC – EF15LP15). sons representados pelas letras P/B,
BNCC – EF15LP09, EF15LP10 e EF15LP11) Esta primeira parte relaciona-se com o desenvol- F/V, D/T. (Referência: BNCC – EF02LP03)
Ler o texto com modelagem de leitura fluente, pau- vimento do Projeto de leitura proposto no final do Sugere-se que seja feita coletiva-
sadamente, enfatizando a pontuação. Conversar sobre volume e tem por objetivo contemplar um dos prin- mente para que os estudantes se
palavras e expressões que fazem referência às mil e uma cípios que norteiam a PNA: a literacia, “conjunto de apropriem do formato dessa retoma-
noites, ao tapete mágico e sobre a viagem que a leitura conhecimentos, habilidades e atitudes relacionados da em que são desafiados a relacionar
nos proporciona, destacando a importância da imagi- à leitura e à escrita, bem como a sua prática produtiva”. as imagens às palavras. Pedir a eles
nação e o reconhecimento da dimensão lúdica trazida (PNA, p. 21) que registrem as palavras; fazer a con-
ferência coletivamente.

53
Atividade 3 – regularidade
contextual (letra L)
Essa atividade tem por objetivo
retomar a letra L, que mostra uma 3. Escreva as palavras com a letra L nas linhas a seguir. As imagens não estão
representadas em proporção.
regularidade posicional contextual.
Reconhecer a posição da letra na pa-

FabrikaSimf/Shutterstock
lavra é uma informação importante.

CoolPhotoGirl/Shutterstock
A letra L em início da sílaba e seu res-
pectivo som já foram sistematizadas
no 1o ano. No 2o ano, foram introdu-
zidos os sons que a letra L representa
em outras posições: no final da sílaba
mala balde
ou intercalada (intrometida). Retoma-
-se aqui a habilidade de ler e escrever

feufa.maciel/Shutterstock

Sidney de Almeida/
Shutterstock
palavras com sílabas CV, CVC e CCV
no caso da letra L intrometida. (Refe-
rência: BNCC – EF02LP04)
Sugere-se que, nessa atividade, os
estudantes falem em voz alta o nome
das figuras atentando-se para o som jornal placa
emitido na pronúncia e, individual-
mente, registrem as palavras, com 4. Relembre os sons da letra R e escreva nas linhas o nome das figuras.
correção coletiva após a escrita.
Letra R
Atividade complementar
Providenciar revistas, folhetos ou Som forte Som fraco
jornais. Orientar os estudantes a
rrecortar palavras seguindo o mo-
R RR R

Ilustrações: Silvana Rando/Arquivo da editora


delo – com a letra L em início de
Início de palavra Entre duas vogais Entre duas vogais
sílaba, em final de sílaba, em final
de palavra e intrometido. Ele deve-
rão dobrar uma folha avulsa em
quatro partes. Em cada uma das
partes, deverão colar as palavras
encontradas de acordo com a po-
sição da letra L. Ao final, cada estu- rato carrapato caracol
dante apresenta as palavras que
usaram para preencher a folha.
5. Escreva as palavras com o R intrometido de acordo com os desenhos.
Atividade 4 – regularidade
contextual (letra R)
Essa atividade retoma os sons re-
presentados pela letra R, partindo da
sílaba canônica (identificação de vo-
gais em todas as sílabas CV). Vale lem-
estrela cobra
brar que a letra R representa mais de
um som e que a regra contextual
permite prever como será grafada a 16
palavra: R entre vogais – som fraco;
RR entre vogais – som forte (forma de Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
organização CCV). (Referência: BNCC
– EF02LP04) Atividade 5 Atividade complementar
Retoma-se, nessa atividade, o caso de corres-
Atividade complementar pondência regular contextual sobre a posição Sugere-se aumentar a lista com a colabo-
da consoante dentro da palavra. É importante ração dos estudantes. Exemplos: tigre, pregui-
Pedir aos estudantes que am- ça, prato, tropa, creme, alegria.
pliem a lista de palavras com os sons que os estudantes relembrem que o acréscimo
indicados, mesmo que oralmente. da letra R altera o som da sílaba (organização
Sugestões: rio, rua rabanete, rede; gráfica CCV). (Referência: BNCC – EF02LP04)
pirulito, cara, careca, tiara; garrafa,
carretel, carro, corrida.

54
Atividade 7
A finalidade dessa atividade é re-
lembrar aspectos da consciência fo-
6. Vamos recordar os sons da letra S? Escreva o nome das figuras nas linhas a seguir. nológica em que uma mesma letra
representa sons diferentes e que o
As imagens não estão mesmo som pode ser grafado com
Letra S representadas em proporção.
diferentes letras.
• Letra C. Retomada de palavras em
Som S Som Z que aparecem correspondências
regulares contextuais (os diferentes
sons que a letra C representa: antes
das vogais A, O, U – como em ca-
S S SS S valo; antes das vogais E, I – como
Início de palavra Final de sílaba Entre duas vogais Entre duas vogais em cinema).
• Letra Q seguida de UE, UI – como
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em quiabo.
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kibri_ho/Shutterstock
Letra G. Retomada de palavras com
os diferentes sons representados
pela letra G: antes das vogais A, O,
U – como em gato; antes das vo-
sapato escova pássaro mesa
gais E, I – como em gibi. Letra G
seguida de UE, UI – como em
guerra.
Sugere-se que, nesta etapa, cada
7. Chegou a hora de relembrar as letras C e G e os diferentes sons que elas
estudante complete o quadro indivi-
representam. Escreva nas linhas a seguir o nome das figuras. dualmente, sem leitura oral coletiva,
uma vez que é possível a escrita ser
Letra C realizada com o apoio da imagem. Se
achar conveniente, a atividade pode
ser feita em duplas para que os estu-
dantes interajam com seus pares no
registro dessas palavras.
Mesmo som Outro som
Atividade complementar
Fornecer aos estudantes uma
Ilustrações: Silvana Rando/
Arquivo da editora

lista de palavras com as letras C e G


para que as separem de acordo com
a ordem dos quadros da atividade
7. Sugestões de palavras com C: ma-
racatu, cocada, alicate, mocotó, ca-
cau (primeiro quadro); cela, cereja,
ca co cu Outras letras: ce ci morcego, cidade, macio (terceiro
que qui quadro); leque, aquário, esqueleto,
boneca cigarra queixo, máquina (segundo quadro).
queijo Sugestões de palavras com G: agu-
lha, gomo, garoto, figo, gotinha (pri-
meiro quadro); guerra, jegue,
17 açougue, guitarra, amiguinho (se-
gundo quadro); gema, gesso, reló-
gio, colégio, gelatina (terceiro
quadro).
Atividade 6 – Mesma letra, vários Atividade complementar
sons: letra S
O objetivo da atividade é retomar os sons Falar outras palavras para que os estudantes
representados pela letra S: com correspondên- identifiquem em qual dos quadros da ativida-
cia regular no início da palavra e em final de de 6 elas se encaixariam.
sílaba; a necessidade de SS entre duas vogais Sugestões: lápis, pasta (segundo quadro);
para indicar o som S de modo a diferenciar da massa, passeio (terceiro quadro); tesoura, música
letra S com outro som – Z – quando vem posi- (quarto quadro); sopa, suco (primeiro quadro).
cionada entre vogais. (Referência: BNCC –
EF02LP04)

55
Atividade 8
A letra H inicial é um exemplo de
irregularidade. No início da palavra,
unida a uma vogal, representa um só
fonema. A letra H também compõe Letra G
os dígrafos CH, LH, NH, usados no
começo ou no interior da palavra.
Sugere-se ler as palavras com desta-
que para as sílabas com LH e NH, Mesmo som Outro som
evidenciando a articulação oral delas.
(Referências: BNCC – EF02LP04 e
EF02LP06)

Ilustrações: Silvana Rando/


Arquivo da editora
Atividade complementar
Elaborar conjuntamente uma lis-
ta de nomes iniciados pela letra H.
Sugestões: Henrique, Helena, Heitor,
Hugo, Hélio, Humberto, Horácio,
Hércules, Honório, Hilda, Heloísa, ga go gu gue gui ge gi
Helenice, Hortênsia, Hebe.
fogo foguete geladeira

girafa

8. E o H? Aqui está! Complete com o nome das figuras.

As imagens não estão


Letra H representadas em proporção.

Início da palavra LH NH
Passakorn Umpornmaha/Shutterstock

Andrey_Popov/Shutterstock

Aguadeluna/Shutterstock
hipopótamo olho ninho

18

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Sugestões para o professor


Os livros sugeridos a seguir podem gerar trabalhos interessantes • No balancê do ABC, de Elias José. Editora Paulus.
com as letras do alfabeto. Nessa obra são apresentadas brincadeiras com as palavras e com
• Tigres no quintal, de Sérgio Capparelli. Editora Global. sons parecidos, assemelhando-se a trava-línguas. Para cada letra
Nesse livro, há um pequeno poema para cada letra do alfabeto. há um poema que pode ser trabalhado individualmente.
Eles podem ser lidos, ensaiados e declamados pelos estudantes. • Bichodário, de Telma Guimarães. Editora Larousse Jr.
• Alfabeto de Histórias, de Gilles Eduar. Editora Ática. No livro, para cada letra é apresentado o nome de um bicho.
O livro apresenta histórias que reúnem muitas palavras com sons Como há nomes de bichos que não são muito conhecidos, os es-
diferentes representados por uma mesma letra, além de jogos e tudantes poderão ser desafiados a procurar informações sobre eles,
brincadeiras simples que podem ser feitos em sala de aula. como irara, jupará, entre outros.

56
• Letra F. A letra F representa apenas
um fonema. Essa relação em que
uma letra representa somente um
9. Vamos relembrar os sons representados pelas letras M e N. som é denominada regularidade
biunívoca ou direta. A palavra refe-
a) Escreva palavras com a letra M no começo e no final das sílabas, de acordo com rente ao presente – flauta – reto-
as imagens. As imagens não estão ma a formação de sílaba CCV com
representadas em proporção.
a intercalação da letra L.

unive/Shutterstock

Letra J. Diferentemente do que

Sergiy Kuzmin/Shutterstock
acontece com a letra G, a consoan-
te J mantém o mesmo som com
todas as vogais. O emprego dessa
letra pode apresentar dificuldade
pelo fato de as letras G e J repre-
macaco tampa sentarem o mesmo som quando
seguidas de E e I. O uso represen-
b) Escreva palavras com a letra N no começo e no final das sílabas, de acordo com tado pela letra J nesses casos não
os desenhos. segue uma regra ou princípio ge-
rativo.

Laralova/Shutterstock
OrangeVector/Shutterstock

• Letra Z. Mantém o som de Z em


começo de sílaba, mas adquire
som de S em final de palavras, co-
mo em Beatriz, feliz, nariz.
• CH e X podem representar o mes-
navio ponte mo som na escrita, o que constitui
uma irregularidade da ortografia.
10. Festa de aniversário: escolha o presente para cada um dos aniversariantes.
Atividade complementar
Dica: o nome do presente deve começar com a mesma letra do nome do aniver-
sariante. Pedir aos estudantes que pen-
sem em presentes para João que
rimem com o nome dele, de modo
yuriizorkin7/Shutterstock a evidenciar o uso do til como mar-
Happypix/Shutterstock

ca de nasalização.
ILIA BLIZNYUK/Shutterstock
Bermek/Shutterstock

bangchuck/Shutterstock
Sugestões de presentes: pião,
tters
tock
violão, roupão, caminhão, cão. Po-
ck

si n g
/Shu h_
dem ser presentes engraçados: cai-
to

DER le
ers

WIL n
ANT
hutt
s/

BER
Sh

LA
PER
xa de sabão, blusa sem botão,
/S
u tt

lon
ers to ck

Me

salada de melão, etc.


oto
Ph

Fabiana João Zacarias Charlote Xênia

flauta jogo zebra chapéu xale

Venha viajar neste 3o ano: lendo, escrevendo, aprendendo e se divertindo!

19

Atividade 9 palavras como tapa/tampa, maca/manca,


A atividade retoma as letras M e N em início pote/ponte em voz alta e posicionem o dedo
de sílabas (CV) e o uso dessas letras no final de indicador e o dedo polegar sobre o nariz en-
sílaba, com marcas de nasalidade. Será impor- quanto as pronunciam. Em seguida, peça a eles
tante auxiliar os estudantes a relembrar que só que expliquem o que entenderam.
deve ser empregada a letra M antes das letras
P e B. É provável que os estudantes ainda não Atividade 10
tenham domínio dessa regra ortográfica, o que A atividade indica a escrita de palavras com
não constitui dificuldade. O mais importante, letra inicial igual à do nome próprio proposto,
nesse momento, é que notem a marca de na- contemplando relações como CH/X e o uso das
salidade. Para isso, proponha a eles que leiam letras F, J e Z.

57
Introdução das unidades

Esta Introdução das unidades tem por finalidade apresentar É também a partir de textos que são realizados trabalhos
ao professor, de forma sintética, os objetivos a serem desenvol- com foco em fluência de leitura, em desenvolvimento da ex-
vidos em cada unidade, bem como indicar sugestões para que pressão oral e da expressão escrita, bem como todas as ativi-
ocorra uma melhor operacionalização das propostas. dades relacionadas às práticas de análise linguística/semiótica
Para isso, é apresentada uma breve análise dos conhecimen- (alfabetização/ortografização) e ao desenvolvimento da cons-
tos prévios a serem observados pelo professor a fim de que ciência fonológica. Isso contribui para que os estudantes per-
possa mobilizar o que os estudantes já conhecem e/ou as ha- cebam que todos os estudos e todas as atividades realizados
bilidades que já dominam, de tal forma que tenham a oportu- estão relacionados a situações sociais de comunicação.
nidade tanto de consolidar o que já estudaram, como de se É também fundamental que, concomitantemente ao desen-
apropriarem mais profundamente dos conceitos e das habili- volvimento das práticas de linguagem apresentadas na unida-
dades apresentados durante a unidade. de, o professor considere, sistematicamente, os processos de
Os estudantes construirão melhor seu aprendizado e torna- avaliação – diagnóstica e formativa/processual –, uma vez que
rão seus estudos mais significativos se lhes for possibilitada a esses processos contribuirão de maneira efetiva para a elabo-
oportunidade de sempre lançar mão do que já conhecem – ração de propostas de acompanhamento e de planejamento
com base em estudos anteriores e/ou da experiência que já de atividades que se relacionam às demandas reais dos estu-
trazem para a escola. A ativação desses conhecimentos prévios dantes, visando à remediação e/ou ao atendimento das dificul-
fornece a chance de os estudantes ressignificarem, ampliarem dades encontradas.
e facilitarem seu aprendizado. É por meio dessa ativação de Os instrumentos usados para as avaliações devem ser diver-
conhecimentos prévios que os estudantes ancoram os novos sificados para que atinjam os mais diversos estilos de aprendi-
conteúdos trabalhados durante as aulas. zagem dos estudantes. Dessa forma, podem ser usadas
Nesses momentos, é importante que o professor estimule a atividades individuais, podem ser realizados trabalhos em gru-
formulação de hipóteses a respeito do que será lido ou estuda- pos, podem ser propostas atividades de expressão oral e escri-
do. Quanto mais hipóteses forem criadas, mais relações os estu- ta, podem ser criados jogos e brincadeiras.
dantes conseguirão fazer e mais significativo será o aprendizado. Para auxiliar o desenvolvimento desse processo, nas páginas
Caso haja estudantes que não apresentem os conhecimen- do Manual do Professor, destinadas à introdução dos capítulos,
tos prévios necessários para o desenvolvimento da proposta há a apresentação dos objetivos da unidade. Esses objetivos são
da unidade, será fundamental que haja retomadas, com revi- seguidos de conhecimentos prévios destacados como impor-
sões de conteúdos que podem ser feitas tanto de forma co- tantes para que os estudantes possam mobilizar o que já sabem
letiva quanto com orientações individuais e, se necessário, e avançar para a consecução dos objetivos apresentados.
atividades de retomada específicas para as dificuldades apre- Há também sugestões de atividades para auxiliar tanto na
sentadas. Isso se faz essencial principalmente para aqueles identificação dos conhecimentos prévios dos estudantes co-
que neste ano ainda apresentarem dificuldades de leitura e mo para subsidiar atividades de remediação a partir de co-
de apropriação do sistema de escrita, em descompasso com nhecimentos prévios ainda não alcançados por alguns
o que se considera esperado e adequado para o ano letivo estudantes.
em que se encontram. É importante frisar que cabe ao professor definir os melho-
É importante frisar que, em todas as unidades, a leitura e a res encaminhamentos para a realidade dos estudantes, acei-
compreensão e/ou a interpretação de textos e dos gêneros aos tando ou não as sugestões da introdução das unidades. Por
quais eles pertencem são sempre os focos iniciais para os outros isso, é importante manter registros de observações sobre o
estudos desenvolvidos na unidade. desempenho e o progresso dos estudantes durante as aulas, o
Assim, a partir da leitura do texto, são propostas atividades que possibilitará não apenas conhecer de forma ampla cada
de compreensão, de análises de sentido e de ampliação de um dos estudantes e a turma como um todo, como também
vocabulário ativo e receptivo que consideram aspectos do tex- facilitar o dia a dia na sala de aula, tornando-o mais organizado
to e/ou do gênero estudado. e proveitoso.

58
Introdução da unidade 1

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar histórias em quadrinhos (HQ).
• Identificar recursos das histórias em quadrinhos, como: imagens, balões de fala e registro de sons.
• Produzir balões de fala para histórias em quadrinhos.
• Estudar onomatopeias, palavras que imitam sons.
• Estudar algumas diferenças entre língua falada e língua escrita.
• Relembrar sílabas.
• Relembrar encontro de vogais.
• Relembrar as letras P e B, F e V, T e D e os sons que elas representam.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades pro- conversa para retomada de conhecimentos prévios.
postos nesta unidade, espera-se que os estudantes diferenciem O avanço para uma leitura com autonomia e fluidez é esperado,
uma história em quadrinhos de uma narrativa ilustrada. É impor- principalmente na decodificação de palavras mais comuns, uma
tante que consigam localizar informações no texto e que estabe- das condições necessárias para a compreensão dos textos. Os
leçam relações entre texto escrito e imagético. Para mobilizar estudantes que apresentarem dificuldades devem ser acompa-
conhecimentos prévios, sugere-se contato com diferentes histórias nhados de forma sistemática. É fundamental avaliar se há proble-
em quadrinhos e compartilhamento oral de conhecimentos sobre mas associados à falta de apropriação da base alfabética e das
o gênero. O estímulo à ampliação do vocabulário é essencial para convenções do sistema de escrita, à falta de convívio com textos
que possam incrementar a compreensão de texto e desenvolver diversificados (baixo grau de literacia) e à dificuldade de leitura
suas produções orais ou escritas. relacionada a vocabulário limitado, a fim de se buscar estratégias
Em estudos sobre a língua, os estudantes devem perceber que para solucioná-los.
há palavras que imitam sons. Sugere-se fazer ruídos na sala e pe- Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, sugere-se
dir que os reproduzam oralmente e por escrito antes de introdu- um trabalho oral inicial para a identificação de sílabas que formam
zir o conceito e a identificação de onomatopeias. Para a palavras e a leitura de listagens de palavras com as escritas a serem
diferenciação entre língua falada e língua escrita, sugere-se uma sistematizadas.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Os focos desta unidade são a leitura e o estudo de histórias Os estudos sobre a língua focam a identificação de palavras
em quadrinhos, tendo em vista o aprimoramento da compreen- cuja pronúncia imita sons. Espera-se que os estudantes percebam
são de textos desse gênero. As atividades enfatizam a identifi- o papel das onomatopeias em histórias em quadrinhos. Destaca-
cação de recursos próprios dos quadrinhos, a linguagem -se a diferenciação entre língua falada e língua escrita e o uso de
empregada e as relações entre texto escrito e imagem, desta- termos reveladores de intimidade em situações informais. A reto-
cando a compreensão imediata de informações e as conexões mada do estudo da sílaba, de encontros consonantais e do em-
estabelecidas entre expressões faciais e corporais dos persona- prego de letras com semelhança sonora e/ou gráfica visa à
gens. As atividades têm por objetivo desenvolver a autonomia ampliação do desenvolvimento da consciência fonológica e do
dos estudantes para a leitura e a compreensão de textos. A ex- domínio de convenções ortográficas, condição importante para
pressão escrita e oral é explorada em atividades relacionadas à que os estudantes dominem as bases da ortografia.
produção de diálogos para histórias em quadrinhos e à manifes- Paralelamente, há ênfase em atividades orais que exploram a
tação de ideias e comportamentos. clareza, a fluência, a desenvoltura e a escuta atenta.

59
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
1 Histórias em
quadrinhos
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competência geral: 3
Competência específica
de Linguagens: 2
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 3, 4 e 9

Habilidades da BNCC
Principais habilidades Nesta unidade você vai...
abordadas na unidade
● ler e interpretar histórias em quadrinhos (HQ);
EF03LP05 EF15LP09 EF35LP02
● identificar recursos das histórias em quadrinhos: imagens,
EF15LP01 EF15LP10 EF35LP03 balões de fala, registro de sons, entre outros;
EF15LP02 EF15LP11 EF35LP04 ● produzir balões de fala para história em quadrinhos;
EF15LP03 EF15LP13 EF35LP05 ● estudar onomatopeias, palavras que imitam sons;
EF15LP04 EF15LP14 EF35LP22
● estudar algumas diferenças entre a língua falada e a
EF15LP05 EF15LP18 EF35LP26 língua escrita;
EF15LP06 EF35LP01 EF35LP29 ● relembrar sílabas;
● relembrar encontro de vogais;
● relembrar as letras P e B, F e V, T e D e os sons que
elas representam;
● participar de atividades orais.

20

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: história em quadrinhos (HQ) (campo artístico-literário) • Conversação espontânea sobre o tema:
• Leitura e interpretação de HQ “alimentação de pets”, mas com respeito a
• Elementos que organizam a HQ: linguagem verbal, linguagem não verbal combinados previamente estabelecidos
• Dramatização de falas com entonação adequada
Conteúdos (imagens, balões, recursos gráficos) e produção de inferência
• Identificação de elementos da narrativa: personagem, tempo, espaço e enredo • Leitura de palavras pesquisadas
• Identificação de efeitos de sentido de recursos expressivos: pontuação, recursos • Interações
coletivas
orais em atividades em grupos ou
gráficos, balões de fala e pensamento

60
Orientações didáticas
Mediar a troca de ideias entre os
estudantes sobre as relações estabe-

itora
lecidas pela sequência de imagens

a ed d
dos quadrinhos da ilustração com

ivo
rqu
o/A
perguntas como:

ud
Bic

Laís
“O que pode estar acontecendo?”
Incentivar os estudantes a perce-
ber que uma das personagens da HQ
usa uma capa de herói. Estimular a
observação das atitudes das crianças
que seguem o desenrolar da história
em quadrinhos: torcida, vibração e
empolgação.

● De que você gosta mais: histórias com ou sem


imagens? Explique. Resposta pessoal.
● Observe a cena e responda: Que tipo de história
está sendo apresentada? História com imagens.
● Você já leu alguma história sem palavras escritas?
Conte sobre ela. Resposta pessoal.

21

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Planejamento e produção de • Palavras que imitam sons (onomatopeias)
diálogos para HQ: balões de fala e de • Configurações de sílabas
pensamento
• Atividades de revisão, reescrita e
• Classificação de palavras quanto ao número
Conteúdos de sílabas
edição
• Apresentação • Revisão de encontro de vogais
produzidos
oral de textos
• Revisão das letras P e B, F e V, T e D e dos
sons que elas representam

61
Para iniciar
A atividade desta seção promove
um momento lúdico para estimular os
estudantes a trocar informações sobre Para iniciar
os personagens e seus animais de es-
timação, observar as ilustrações e se- Como estão seus conhecimentos sobre estes personagens de histórias em quadri-
guir as dicas fornecidas, que são
nhos? Quais vocês conhecem? De qual mais gostam?
apoiadas em rimas ou em letras iniciais
ou finais. Por ser a primeira atividade Observem as ilustrações, leiam as dicas e registrem o nome dos personagens e de
do ano, considera-se que há estudan- seus animais de estimação nos espaços indicados.
tes que ainda se apoiam nas imagens
por não estarem plenamente alfabe-
tizados. Sugere-se dar um tempo a

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


eles para que tentem ler as palavras, o
que vai permitir ao professor perceber
como fazem a leitura: por predição,
por analogia, por decodificação ou por Floquinho
reconhecimento automático. Franjinha Cebolinha
Fazer, em seguida, uma leitura
compartilhada com os estudantes,
orientando-os a não falar a respos-
ta até o final da leitura de cada
quadro; depois, dar o tempo neces- Magali Mingau Bidu
sário para que registrem os nomes
dos personagens.
Se considerar que os estudantes já Tem cabelo espetado. Tem muito apetite e adora comer.
apresentam uma decodificação mais
Seu nome rima com linha. Seu nome começa com a letra M.
precisa, a atividade pode ser feita em
duplas ou individualmente. Ele é o Cebolinha . Ela é a Magali .
As imagens com os nomes devem
servir de apoio para as hipóteses da- Seu animal de estimação não é gato. Seu animal de estimação não é cão.
queles estudantes que ainda têm al- O nome dele começa com a letra F. O nome dele rima com bacalhau.
gumas dificuldades relacionadas à
apropriação do sistema alfabético ou Ele é o Floquinho . Ele é o Mingau .
para aqueles que não conhecem os
personagens.
O objetivo é que eles localizem
informações explícitas (os nomes dos Vive fazendo experiências e inventando coisas.
personagens), façam inferências e Seu nome começa com a letra F.
descubram quem são os tutores dos
animais de estimação por meio das Ele é o Franjinha .
pistas dadas. (Referências: BNCC –
Seu animal de estimação é um cão.
EF15LP03 e EF35LP04)
A atividade estimula os estudantes O nome do animal termina com a letra U.
a estabelecer expectativas sobre o
texto que vão ler e relacionar o texto Ele é o Bidu .
verbal com as ilustrações, além de
incentivá-los a participar, de modo a 22
exercitar as habilidades de expressa-
rem-se com clareza, ouvir a fala do Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
outro e respeitar os turnos de fala.
(Referências: BNCC – EF15LP02,
EF15LP18, EF15LP09 e EF15LP10)
Os personagens apresentados são
de Mauricio de Sousa. Conversar com
os estudantes para saber se conhe-
cem outros personagens da Turma da
Mônica, como Cascão e Chico Bento,
ou personagens de outros cartunis-
tas, como o Menino Maluquinho, de
Ziraldo.

62
Leitura: história em
quadrinhos
Gênero: história em quadrinhos
Histórias em quadrinhos apresentam personagens em geral vivendo aventuras, (HQ) (campo artístico-literário). As HQs
são textos multissemióticos, pois con-
em situações imaginárias ou do cotidiano. Na história que você vai ler estão reunidos
sistem em formas de narrar histórias
personagens e seus animais de estimação em uma situação muito comum. Qual que combinam a linguagem verbal
será essa situação? (narrativa e falas colocadas em balões
e legendas) e a linguagem visual (ima-
gem). Elas têm os mesmos elementos
das narrativas em linguagem apenas
Leitura: história em quadrinhos verbal: personagem, tempo, espaço,
● Observem as imagens e leiam com a professora o que está escrito nos balões. narrador e enredo. Alguns desses ele-
mentos podem ser explicitados ape-
nas pela imagem. Por exemplo: o
Parte 1 tempo pode ser determinado por um
céu azul-claro (dia) ou por um céu mais
escuro (noite), e os sentimentos dos
personagens podem ser transmitidos

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


sem palavras, apenas pelas expressões
fisionômicas.
A leitura de HQ estimula os estu-
dantes a exercitar a habilidade de
construir o sentido de histórias que
pressupõem a interpretação de recur-
sos gráficos e das palavras. (Referên-
cia: BNCC – EF15LP14)
Estimular os estudantes a lembrar
outras modalidades de histórias com
imagens – livros ilustrados, filmes, tiras
– e a desenvolver os conhecimentos
prévios sobre o gênero textual, confir-
mando antecipações e inferências
realizadas antes e durante a leitura do
texto. (Referência: BNCC – EF15LP02)
Por ser a primeira unidade do ano,
sugere-se uma leitura conjunta da
HQ, de modo a ajudar os estudantes
a construir os significados.

Parte 1
Na primeira parte da HQ, chamar a
atenção da turma para o embate en-
tre Cebolinha e seu cão. Explorar as
expressões do personagem e as mu-
[...] danças que vão acontecendo ao lon-
go dos quadros, relacionando as
23 linguagens verbal e visual. Isso ocorre
também nas páginas seguintes.
Lembrar aos estudantes que a lei-
tura compartilhada nesse momento
libera-os de fixar-se na decodificação
e ajuda-os a construir os significados
do texto. Segundo Morais (2013 apud
PNA, p. 34): “A compreensão não re-
sulta da decodificação. São processos
independentes. Por isso é possível
compreender sem ler, como também
é possível ler sem compreender”.

63
Parte 2
Ler com os estudantes os balões
de fala da segunda parte da HQ, com
a entonação e a expressividade das Parte 2
situações indicadas pelo sinal de ex-
clamação presente em todas as falas.

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


Essa leitura acrescida de modelagem
de leitura fluente motiva-os a desen-
volver essa habilidade de leitura. (Re-
ferência: PNA)
Motivar os estudantes a observar
os traços das sobrancelhas dos per-
sonagens, os dedos em riste ou a mão
espalmada. Do mesmo modo, pedir
que analisem o olhar dos cães. Cha-
mar a atenção deles para o recurso
gráfico usado para indicar movimen-
to (recurso presente nas orelhas e no
rabo dos cachorros, nas patas do ga-
to, na cabeça e nos dedos das crian-
ças). Todos esses detalhes dos
recursos gráficos empregados os le- [...]
vam a inferir com mais facilidade os
efeitos produzidos. (Referência: BNCC
– EF15LP04) Parte 3
Chamar a atenção dos estudantes
para a mudança de foco dos cinco
primeiros quadrinhos, com os tutores
de cães interagindo com eles, para os
do gato. Questioná-los sobre as hipó-
teses: “Como podemos identificar
que alguém está se aproximando do
gato?”, “ Quem será que se aproxima?”,
“Por que o animal está com a mesma
expressão dos tutores dos cães?”,
“A quem ele se dirige?”, “Quem quer

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


a comida do gato?”. O estabelecimen-
to de expectativas é importante para
a posterior confirmação das hipóte-
ses, estimulando o desenvolvimento
da habilidade EF15LP02.

Parte 3
Após a leitura do último quadrinho
e de seu balão de fala, os estudantes
poderão verificar o que o gato de fa- Mauricio de Sousa. Almanaque temático Magali. Barueri: Panini Comics, 2016. n. 40, p. 52-53.
to pensa. Estimulá-los a perceber que
o efeito de humor está na figura da
24
tutora do gato, que quer o leite dele,
e no próprio gato, que tem de defen-
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
der seu alimento, invertendo as situa-
ções anteriores. Voltar a chamar a
atenção dos estudantes para o uso
dos recursos gráfico-visuais, como
expressões e sinais de movimento,
exercitando a habilidade de construir
o sentido de histórias em quadrinhos.

64
Sobre o autor
Sugere-se a leitura dos dados so-
bre o autor para motivar os estudan-
Sobre o autor tes a observar quem produziu o texto
© Mauricio de Sousa/Mauricio de
Sousa Editora Ltda.

e a quem ele se destina. (Referência:


Mauricio de Sousa (1935-) nasceu na cidade de Santa BNCC – EF15LP01)
Isabel, no estado de São Paulo. Ele é um dos mais famosos
cartunistas brasileiros. Criou a Turma da Mônica e vários Compreensão do
outros personagens de história em quadrinhos. texto
As atividades de compreensão do
texto atendem às habilidades de lo-
calizar informações explícitas em tex-
Compreensão do texto tos e ler e compreender, com certa
autonomia, narrativas ficcionais que
Parte 1 apresentem cenários e personagens,
observando os elementos da estru-
Atividade oral e escrita tura narrativa – enredo, tempo, espa-
ço, personagens, narrador – e a
1. A parte 1 da história dá pistas de quando os fatos da história acontecem. construção do discurso indireto e do
discurso direto. (Referências: BNCC –
a) Responda: Qual é o momento do dia? EF15LP03 e EF35LP26)
O objetivo desta seção é promover
Hora da do almoço.
a compreensão de textos, compo-
nente essencial para a alfabetização.
b) Encontre e contorne em um dos balões da parte 1 a palavra que indica esse
(Referência: PNA)
momento. Almoçar (segundo quadrinho). A interpretação foi dividida consi-
derando a leitura de cada parte da
2. Pinte quem são os personagens, isto é, quem participa da história, na parte 1. história separadamente, de modo
que os estudantes possam se apro-
Cebolinha Bidu Cascão priar melhor dos sentidos do texto.
As atividades referentes à parte 1
têm o objetivo de estimular os estu-
Magali X Floquinho dantes a se apropriarem da sequência
dos fatos da história, bem como da
dinâmica de leitura de HQs. Alguns
deles podem não estar familiarizados
3. Assinale com X a alternativa que indica o que o cãozinho de Cebolinha quer. com a leitura desse gênero e confun-
dir a sequência durante o processo.
A) Comer a própria comida. (Referência: BNCC – EF35LP26)
Na leitura e compreensão das HQs,
B) X Comer a comida de Cebolinha. é fundamental que a leitura da lin-
guagem não verbal também seja
C) Brincar na hora da refeição. enfatizada. Destacar o uso frequente
de onomatopeias como uma marca
das HQs; elas ajudam a expressar a
D) Pedir para passear. intensidade sonora e a expressividade
dos personagens (leia mais em
25 COSTA, Sérgio Roberto. Dicionário de
gêneros textuais. Belo Horizonte: Au-
têntica, 2008).

65
Parte 1
Atividades 4 e 5
Estas atividades exercitam a habi-
lidade de construir significado, rela- 4. Como Cebolinha se sente? Ligue as palavras que indicam os sentimentos de
cionando imagens e interpretando Cebolinha aos quadrinhos correspondentes.
recursos gráficos. A onomatopeia,

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


apontada na atividade 5, é um recur-
so gráfico que deve ser interpretado
para a construção dos sentidos do
texto. (Referência: BNCC – EF15LP14)
a) irritado

b) surpreso

c) feliz

5. Leia em voz alta o que está escrito no balão.

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.

• O que a expressão CHOMP! CHOMP! CHOMP! indica?


A expressão representa o som que o cão produz ao comer.

26

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

66
Parte 2
Atividades 1 a 4
Essas atividades estão ligadas à
Parte 2 interpretação de recursos expressivos
e à identificação de elementos da
Atividade oral e escrita
narrativa; além disso, têm o objetivo
1. Releia os seguintes quadrinhos da parte 2 da HQ e observe a expressão das de que os estudantes leiam e com-
crianças. preendam narrativas que apresentam
cenários e personagens, observando

© Mauricio de Sousa/
Mauricio de Sousa Editora Ltda.
o espaço, o tempo e o enredo. (Refe-
rências: BNCC – EF15LP04, EF35LP26 e
EF35LP29)
Atividade 2
O nome Bidu está no prato de co-
mida do cachorro, no primeiro qua-
drinho desta sequência, mas também
aparece na fala do Franjinha, na parte
2 da HQ.

a) Marque um X em como elas se sentem.

A) felizes C) X irritadas

B) surpresas D) tristes

b) Por que elas se sentem assim?

Porque os cães querem comer a comida delas.

2. Nesses cinco quadrinhos, há oito personagens: quatro crianças e quatro cães.


Encontre e copie o nome dos cãezinhos.

Bidu, Rex, Bolinha, Carlota.

3. Complete.

a) Lugar: os personagens estão em casa .

b) Quando: o momento do dia é a hora do almoço .

4. Encontre e contorne em balões da parte 2 a palavra que confirma o momento do


dia em que os fatos acontecem.

27

67
Parte 3
Atividades 1 a 3
Estas atividades exigem síntese, Espera-se que os estudantes percebam que o balão representa a fala de
portanto devem ser feitas oralmente Parte 3 Magali e que a onomatopeia NHAM representa a personagem como se
com um registro final coletivo. O ob- estivesse saboreando, apreciando a refeição que cobiça.
jetivo é que os estudantes identifi- Atividade oral e escrita
quem a ideia central, demonstrando
compreensão global e inferindo implí- 1. Na parte 3 há ainda outro animal de estimação: um gato.
citos. (Referências: BNCC – EF35LP04,

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


EF35LP03 e EF15LP18) a) Copie o nome do gato: Mingau .
Atividade 2
Ao analisar o último quadrinho, é b) Copie as palavras que indicam que ele está be-
importante que os estudantes desen-
bendo leite: SLEP... SLEP... SLEP... .
volvam a habilidade de inferir infor-
mações implícitas.
Motivá-los a observar a posição c) De quem é fala NHAM... do primeiro balão des-
arqueada da personagem Magali, a se quadrinho? O que ela significa?
língua de fora, a baba, os olhos arre-
galados – recursos gráficos que aju- 2. Observe novamente o último quadrinho da história. Magali não tem balão de fala,
dam os estudantes a inferir o que
mas é possível perceber o que ela sente ou o que está pensando.
está implícito e a relacionar imagem
(recursos gráficos) e compreensão em

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


uma relação de causalidade: ação da
personagem e o que a motivou. (Re-
ferências: BNCC – EF35LP04 e
EF15LP14)
Atividade 3
Estimular os estudantes a observar
que as crianças falam, já o gato tem
seu discurso expresso em forma de
pensamento, o que só é possível per-
ceber pelo tipo de balão utilizado;
esse recurso foi usado para apresen-
Assinale com X as respostas mais adequadas. Magali parece:
tar o que pensa o gato, visto que ga-
tos não falam. É certo, portanto, que
há licença poética para que animais infeliz. irritada. X faminta.
e objetos falem de acordo com a es-
colha narrativa do autor. Se os estu- envergonhada. assustada. X desejosa.
dantes questionarem, levante essa
discussão nesse momento e retome
a construção utilizada especificamen- 3. Conversem sobre o último quadrinho. Porque Magali está demonstrando
te nessa HQ. É importante conhecer desejar, estar de olho, querer o leite do
esse recurso (tipos de balão para a a) Por que o gato Mingau cobre seu leite? Mingau além de seu almoço, que está
sobre a mesa.
construção dos sentidos da história).
b) Por que ele diz que é o único animal de estimação que tem de fazer isso?
Destacar as diferenças para a turma: Porque a personagem Magali é caracterizada como comilona e, diferentemente dos
balão de fala traz ponta na direção do cães da história, não é o gato que quer a comida da tutora, mas a tutora que quer a
falante, indicando palavras ditas; ba- 28 comida do gato, o que provoca humor na HQ.
lão de pensamento traz contorno
ondulado em formato de nuvem, Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
indicando palavras pensadas, mas
não ditas.
Separar outras HQs e distribuir aos
estudantes para que observem os
balões e comentem o uso para a fala
ou o pensamento dos personagens.
(Referência: BNCC – EF15LP14)

68
Atividade 4
Este é um bom momento para
conversar com os estudantes sobre
4. Comparem os balões dos quadrinhos a seguir. atitudes de respeito e modos de se
dirigir aos colegas, evidenciando na
© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.

HQ que os personagens usam essas


expressões para afastar os animais.
O gato, ao pensar “Passa”, tem a mes-
ma atitude dos outros personagens,
que são humanos.

a) O que vocês notaram de diferente entre os balões desses dois quadrinhos?


b) Marquem um X no que indica a expressão do gatinho Mingau no quadrinho.

A) X Irritação, como a das crianças tentando afastar seus cães.

B) Surpresa, diferentemente da irritação das crianças.


Espera-se que os estudantes
C) indiquem, no primeiro
Alegria, por ter sua própria comida.
quadrinho, o contorno mais
reto dos balões e a ponta
D) Tristeza, porque sua comida está acabando. voltada para a personagem
indicando que se trata de balões de fala e, no segundo, os balões
em forma de nuvem com bolinhas direcionadas para o personagem,
5. Releia estas falas. indicando que se trata de balões de pensamento. É possível que
comentem os três balões interligados e notem também a cor azul no
fundo desses
CHISPA! PASSA, REX! balões.
XÔ, CARLOTA! SAI, BOLINHA!

Espera-se que os estudantes percebam que elas indicam


Explique o que elas significam. que os personagens estão enxotando seus animais em
“Chispa!” (chispar: correr em disparada), “Xô, Carlota!”,
6. Releiam, juntos, o título: “Sai, Bolinha”, e seu dono em “Passa, Rex!”.
© Mauricio de Sousa/
Mauricio de Sousa Editora Ltda.

É importante que os estudantes


a) O que vocês observaram nesse título? identifiquem o recurso visual
acrescentado nas letras O da palavra
b) Quem é a “dona” a que se refere o título? olho, representando olhos.
É Magali, que está de olho no leite do gato.
c) Qual é o assunto dessa história?
Na hora do almoço, em que os animais de estimação querem comida de
humanos, Magali, a tutora do gato, é que quer o leite dele. 29

69
Vocabulário em foco
A seção Compreensão do texto
abarca a seção Vocabulário em foco,
que visa promover o desenvolvimen- Vocabulário em foco
to de vocabulário, componente es-
sencial para a alfabetização. O objetivo Releia a fala deste balão e circule a palavra pidão.
desta seção é, além de ampliar o vo-

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


cabulário dos estudantes, colaborar
para a compreensão do texto, mos-
trando possibilidades de sentido para
as palavras que possam ser um obstá-
culo para a leitura por ainda não faze-
rem parte do repertório deles para a
construção dos sentidos do texto. É
uma prática intencional que visa à
aprendizagem de palavras novas
apoiadas no contexto. (Referência:
PNA).
Pidão é aquele que pede muito.
Perguntar aos estudantes o que
pode ser pidão, se já ouviram a pala- 1. Reescreva a fala do menino, substituindo a palavra pidão por seu significado.
vra e em quais circunstâncias. Só en-
tão mostrar a acepção e solicitar a Destesto cachorro que pede muito, que vive pedindo.
substituição do termo no contexto
2. Faça um X na alternativa que apresenta uma palavra com sentido aproximado para
usado no balão de fala.
a palavra pidão na fala do menino.
Atividade 2
É importante que os estudantes A) fujão C) X pidonho
percebam que o significado que
mais se aproxima de pidão é pido-
B) brigão D) brincalhão
nho e que os outros significados se
distanciam do sentido da palavra no
contexto da história em quadrinhos,
pela expressão do cãozinho ao ser
Hora de organizar o que estudamos
afastado.
A palavra fujão é exemplo de um ● Leiam, juntos, o esquema a seguir.
aumentativo (-ão) ligado a uma raiz
História em quadrinhos (HQ)
verbal (fugir), gerando a palavra que
deixa de ser verbo (fujão) e passa a
ser uma qualificação. Isso também História contada por meio de texto e de imagens
ocorre com as palavras brigão, cho-
rão e brincalhão. Se julgar conve-
niente, trabalhe nesse momento com Intenção/finalidade Organização do texto Leitor/público
os estudantes a lista de palavras da • Entreter • Uso das linguagens verbal e visual
• Pessoas que gostam
seção Coleção de palavras, ao final • Divertir • Balões de fala e de pensamento
de histórias narradas
desta unidade, para ampliar a lista e • Palavras que imitam sons
por meio de textos e
levá-los a perceber esse processo: • Geralmente a linguagem é mais próxima da
imagens
quem pede muito é pidão, quem língua falada
chora muito é chorão, quem briga
muito é brigão e quem manda muito 30
é mandão. Esse exercício os ajuda a
observar regularidades na formação Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
de algumas palavras. O contrário tam-
bém pode ser feito. Sugestão: dizer a
palavra, e os estudantes dizem o sig-
nificado, como em babão, respon-
dão, etc. É importante que exercitem
a habilidade de inferir sentidos a par-
tir dos contextos. (Referência: BNCC
– EF35LP05)

70
Sugestões
Nesta seção, são sugeridos livros,
sites, CDs e filmes aos estudantes.
É importante ressaltar que, em geral,
SUGESTÕES os itens indicados têm em comum os
gêneros textuais trabalhados ao lon-
• Chegou o momento de selecionar, na biblioteca ou no cantinho de leitura da sala de aula, go da unidade – e não apenas, ou
livros ou gibis com HQs de seus personagens favoritos. Recomende aos colegas a leitura necessariamente, o tema.
daqueles de que você mais gosta. Veja algumas sugestões. Em momento oportuno, acompa-
nhar os estudantes em uma visita à

bo
o/Editora Glo
biblioteca ou ao cantinho de leitura
para que possam selecionar livros ou

Reproduçã
Diário da Julieta 2: as histórias mais secretas da Menina gibis para leitura individual. Pedir que
Maluquinha, livro em quadrinhos, de Ziraldo, publicado justifiquem a escolha do material e,
pela Editora Globo. após a leitura, compartilhem a opi-
nião deles com os colegas. (Referên-
cia: BNCC – EF35LP02)

Comics
Prática de oralidade

a Panini
Deixar que os estudantes falem,

ão/Editor
sem impor nenhuma ordem ou

Reproduç
Mônica, n. 3, de Mauricio de Sousa, publicado pela
Panini Comics. orientação.
Provavelmente, como é natural, se
todos falarem, a atividade se tornará
caótica. Nesse momento, reorganizar
para explicar a necessidade de respei-
tarem combinados para que todos
Prática de oralidade possam falar e se ouvir com respeito.
Assim, o que deve prevalecer é a con-
Conversa em jogo versação espontânea, mas para de-
senvolver habilidades de interações
Comida de humanos orais no grupo. (Referências: BNCC –
EF15LP11 e EF15LP13)
Você tem um animal de estimação ou conhece alguém que tenha?
Se você tem um cão ou um gato ou conhece algum, sabe dizer se ele se comporta
como os animais da história na hora das refeições? Ele ronda a mesa querendo comer a
comida dos donos?
Se ele faz isso, qual é sua reação? Resiste ou dá comida de humanos ao bichinho?
Conte o que você faz e ouça o que os colegas têm a dizer. Na seção Tecendo saberes,
vamos voltar a essa conversa. Aguarde orientação da professora.
Neste momento, vale registrar alguns dos combinados para as atividades orais, por
exemplo, escutar com atenção, respeitar a vez do colega, entre outros.
A professora vai registrar os combinados na lousa e você deve copiá-los no caderno
para consultar ao longo do ano quando precisar lembrar quais são eles.

31

71
Tecendo saberes
Esta leitura poderá ser feita pelo
professor como apoio de leitura aos
estudantes que ainda não têm au-
tonomia para ler textos de maior
Tecendo saberes
extensão. Leia com a professora o trecho de um texto sobre cães pidões.
Explorar com os estudantes as pa-
lavras listadas no glossário e seus sig-
Como resistir ao jeito pidão dos cães
nificados. Perguntar se há outras
palavras no texto que eles não conhe- Que os cães são animais fofinhos, todos sabem. Se você tem um pet, certamente,
cem. Em caso positivo, pedir que indi- em algum momento, ele já ficou ao lado da mesa do jantar com aquela carinha de
quem quais são, questionando se é pidão, como quem quer dizer: “por favor, só um pouquinho”.
Adicione essa fofura à carinha de pidão e pronto: é impos- pet: animal de estimação.
possível inferir o sentido delas com adicione: junte.
sível resistir ao charme desses bichinhos que tanto amamos.
base no contexto. Se necessário, apre- ceder: dar, entregar.
[...]
sentar o significado das palavras des-
É importante resistir à tentação de ceder e oferecer um
conhecidas, recorrendo a um pedaço da comida ao pet. Isso fará com que ele fique con-

Fotyma/Shutterstock
dicionário. Depois, solicitar que leiam fuso ou aprenda que é só insistir um pouco que consegui-
em voz alta e formem frases com as rá o que quer.
palavras listadas. Esse processo deve Além disso, muitos alimentos que nós comemos não são
ser repetido todas as vezes que for recomendados para os cães. Não é porque o alimento é
apresentado o glossário de um texto. natural, que fará bem. Por exemplo, sabemos que a uva, a
O objetivo dessa atividade é promover cebola e o feijão fazem mal para o organismo do animal.
o desenvolvimento de vocabulário, [...]
componente essencial para a alfabe- Como resistir ao jeito pidão dos cães. Cão Cidadão, 14 dez. 2016.
tização, e mobilizar a habilidade de Disponível em: https://tedit.net/YrWCBO. Acesso em: 27 maio 2021.
inferir o sentido de palavras ou expres-
sões com base no contexto. (Referên- ● Você sabia que uva, cebola e feijão fazem mal aos cães? Conhece algum outro
cias: PNA e BNCC – EF35LP05)
alimento que também não deve ser dado aos pets? Conte aos colegas.
Produção de texto
Criação de diálogos para Produção de texto
histórias em quadrinhos
Esta produção atende à habilidade Criação de diálogos para histórias em quadrinhos
de construir o sentido de uma história
em quadrinhos. Além disso, são de- Planejamento e escrita
senvolvidas as habilidades de plane-
jamento e escrita e de reler e revisar 1. Na história a seguir, faltam as falas nos balões.
o texto produzido com a ajuda do
a) Observe os quadrinhos.
professor e a colaboração dos cole-
gas, para corrigi-lo e aprimorá-lo. Por b) Preste atenção nas ações de cada personagem.
fim, desenvolve-se a produção de
escrita, componente essencial para c) Pense: O que acontece em cada quadrinho?
a alfabetização. (Referências: PNA d) Como pode ser a conversa entre os personagens?
e BNCC – EF15LP05, EF15LP06 e
EF15LP14) e) Escreva o que os personagens podem ter falado ou pensado.
Os textos originais dos balões da
HQ estão reproduzidos a seguir. Fina- 32
lizada a produção, revele-os aos es-
tudantes, para que conheçam a Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
história original.
1o balão de fala: “Aaaai!” Atividade preparatória Atividade complementar
2o balão de fala: “Um rato!” Deixar que os estudantes comentem e tro- Será oportuno pesquisar com os estudantes
3o balão de fala: “Socorro!” quem experiências relacionadas aos animais de e fazer uma lista de alimentos que, embora pa-
4o balão de fala: “Mingau, faça al- estimação. Esse é um bom momento para de- reçam inofensivos, podem fazer mal aos pets,
guma coisa!” senvolver habilidades relacionadas à conversa- como chocolate, alho, abacate, massas, café,
5o balão de fala: “Tem um rato na ção espontânea, à escuta atenta e ao respeito comidas com sal, entre outros.
cozinha!” aos turnos de fala. (Referências: BNCC – EF15LP10,
EF15LP11 e EF15LP13)

72
Roda de histórias
Aproveitar este momento para es-
timular os estudantes a ler as falas
imprimindo expressividade e entona-

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


ção que produzam sentidos. Essa é
uma forma de promover a fluência
em leitura oral, componente essen-
cial para a alfabetização, e de exercitar
a habilidade de ler silenciosamente e,
em seguida, em voz alta, com auto-
nomia e fluência, textos curtos com
nível de textualidade adequado. (Re-
ferências: PNA e BNCC – EF35LP01)
Ressaltar aos estudantes o papel
da pontuação para marcar as inten-
ções expressivas na escrita.

Mauricio de Sousa. Almanaque Magali e Mingau. Barueri (SP):


Panini Comics, 2016, n. 40, p. 24. (Adaptado.)

Revisão e reescrita
1. Releia cada fala que você escreveu.
2. Confira se as palavras foram escritas corretamente.
3. Verifique se a pontuação das frases está de acordo com o sentido que você quis registrar.
4. Veja se está fácil de entender o que você escreveu nos balões, se as palavras estão
“espremidas” ou se está faltando alguma frase.

Troca de histórias
1. Troque de livro com um colega e leia o que ele escreveu nos balões.
2. Converse com o colega sobre o que você observou nas falas que ele produziu:
• como está a escrita das palavras;
• se a pontuação dá expressividade às falas;
• se o texto está de acordo com as imagens.
3. O colega fará as mesmas observações sobre seu texto.

Revisão final
Com base nas observações do colega, faça as mudanças para melhorar seu texto final.

Roda de histórias
Com a turma organizada em círculo, cada estudante deve ler em voz alta sua versão
da história. Divirtam-se!

33

73
Outras linguagens
Embora sejam respostas que de-
pendem das escolhas dos estudantes,
é importante chamar a atenção deles Outras linguagens
para a cor não usual, a constituição
física e as manchas próprias do pelo Pintura
dos gatos. Motivá-los a observar os
recursos empregados em textos mul- Você leu uma história em quadrinhos com personagens e seus animais de estimação.
tissemióticos. (Referência: BNCC – Conheça agora algumas pinturas do artista plástico estadunidense Andy Warhol (1928-
EF15LP04) -1987) que retratam seu animal de estimação preferido. Veja.
Andy Warhol (1928-1987) foi um

Licensed by AUTVIS, Brasil, 2021


© 2021 - The Andy Warhol Foundation for the Visual Arts, Inc.
pintor, cineasta e importante artista
da Pop Art, lembrado por suas pintu-
ras nas latas de sopa Campbell e prin-
cipalmente pela sequência de
retratos de Marilyn Monroe. Nasceu
nos Estados Unidos, em 1928. Ainda
jovem, gostava de desenhar, pintar,
cortar e colar imagens e de ir ao cine-
ma. Tornou-se um dos ilustradores
mais bem-sucedidos do mundo, ten-
do recebido diversos prêmios.

25 gatos chamados Sam e uma gata azul, de Andy Warhol (1928-1987), 1954 (litografia colorida à
mão, tinta e aquarela sobre papel, 23,5 cm 3 15,5 cm 3 1,3 cm). Coleção particular.

1. O que mais chamou a sua atenção nas pinturas? Por quê? Respostas pessoais.

2. O que você achou das cores usadas para pintar os gatos? Respostas pessoais.

3. Se você fosse pintar um gato, que cor ou cores usaria? Por quê? Respostas pessoais.

34

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

74
Língua: usos e
reflexão

Língua: usos e reflexão Onomatopeias: palavras


que imitam sons
Onomatopeias: palavras que imitam sons O conteúdo atende à habilidade
de construir o sentido de histórias em
Atividade oral e escrita quadrinhos interpretando recursos
linguísticos (onomatopeias) e recur-
Releia o quadrinho a seguir. sos gráfico-visuais. (Referência: BNCC

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


Leia as palavras que estão imitando o som de – EF15LP14)
Floquinho comendo:

CHOMP! CHOMP! CHOMP!

Nas histórias em quadrinhos, é comum serem


usadas palavras cuja pronúncia imita os sons. Essas
palavras são chamadas de onomatopeias.

1. Cascão resolveu ajudar a mãe, mas parece que não deu certo. Leia um trecho
dessa história, recheada de onomatopeias.
© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.

Mauricio de Sousa.
Almanaque Historinhas de
três páginas – Turma da
Mônica. Barueri: Panini
Comics, n. 2, jul. 2008. p. 78.

Ligue as onomatopeias às palavras que indicam o que produziu os sons.

TUMP grito

SPLASH quebra

IAU tropeção

CREEEEC tombo

CABLAM água

35

75
2. Leia a história a seguir.

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


Mauricio de Sousa. Mônica. n. 314. Banco de Imagens MSP.

36

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

76
Língua falada e
Cebolinha, Cascão e Xaveco tentaram arrancar um dente de leite de Mônica amarrando-o
língua escrita
a uma corda e puxando-a de diferentes formas, mas nada foi suficiente. Por fim, Mônica Este conteúdo identifica fatores
3. O que aconteceu nessa história? Converse com os colegas. decide ir ao dentista. determinantes de registro linguístico
informal. É importante que os estu-
4. Converse com os colegas sobre o som que cada uma das onomatopeias a seguir dantes percebam que a língua falada
representa. TOIIIMM: o som da corda esticando e fazendo os meninos irem tem características distintas das da
para trás. CRÁS: o som da porta se soltando/quebrando e se língua escrita. Essa distinção poderá
contribuir para que eles, ao escrever,
TOIIIMM CRÁS VRRUUM CROCH
façam escolhas pertinentes ao texto.
chocando com o menino. VRRUUM: o som do carro acelerando. Por exemplo, em situações mais in-
CROCH: o som do para-choque se soltando/quebrando. formais, o texto escrito pode se apro-
5. Faça uma lista de outras palavras que representam sons. ximar mais de características da
língua falada; e, em textos escritos
Sugestões: TOC-TOC: batidas na porta, TRIIIMMM: som de campainha, AU-AU: latido
mais formais, alguns aspectos da lín-
de cachorro, CABRUM: barulho de trovão, etc. gua falada devem ser evitados.
Este conteúdo contribui também
para que os estudantes reconheçam
características da conversação espon-
tânea presencial e percebam o uso
Língua falada e língua escrita de variedades linguísticas no discurso
direto. (Referências: BNCC – EF15LP11
Na história em quadrinhos “O olho da dona”, vimos algumas formas de falar que são e EF35LP22)
próprias do dia a dia. Releia o quadrinho. Além disso, propicia o desenvolvi-
mento de atitudes positivas em rela-
ção às diferenças de usos da língua
© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.

falada e escrita, favorecendo a com-


preensão do fenômeno da variação
linguística, demonstrando atitude
respeitosa diante dela e rejeitando
preconceitos linguísticos.
Ao ler o quadrinho, é importante
que os estudantes relacionem que ó
é acompanhado do gesto que apon-
ta para o lugar. Chamar a atenção
deles para a posição do dedo do Fran-
jinha apontando.

“A sua está ali, ó!”

Ó é a forma abreviada de “olhe”, em geral usada na fala mais espontânea, entre ami-
gos, colegas e familiares.
Na fala, é muito comum reduzir palavras:

Sai pra lá!

37

77
Agora você

1. Nos quadrinhos a seguir, Denise quer ajudar sua amiga Mônica a mudar algumas
atitudes. Leia e veja o que acontece.

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


[...]
Mauricio de Sousa. Mônica. Barueri: Panini Comics, n. 26, fev. 2009. p. 8-14.

38

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Pedir aos estudantes que escrevam no caderno uma lista de expressões empregadas nas
conversas do dia a dia em que apareçam palavras alteradas e reduzidas.
Sugestões: tô, tá, tão, tamos, né, pra, pro, podexá, belê, mina, vambora, etc.
É importante que os estudantes vejam o registro da forma reduzida ou alterada na fala e o da
forma da escrita convencional. Muitas dessas expressões são empregadas na linguagem informal,
mais popular, por isso têm de ser consideradas, pois são também formas de uso.

78
a) Você já conhecia a expressão “pavio curto”? O que ela quer dizer?

Possibilidades: Pessoa que não tem paciência, que é muito brava, que perde o

controle facilmente.

b) Denise diz que dará uma “aula de autocontrole”. O que pode significar autocontrole?

Domínio/controle de si mesmo.

c) Releia as falas de Denise.

Mô, você não precisa ficar brava por qualquer coisa!

Não! Você não tem é pavio, fófis!

O que significam os termos destacados?

Mô: Mônica; fófis: fofura, fofa, fofinha.

d) Que sentimentos Denise expressa com essas formas de chamar a amiga?

Carinho, amizade, intimidade.

e) Observe.

Pó parar!

Que troço mais bobo!

As expressões destacadas são comuns na língua falada. Reescreva as frases


substituindo essas expressões por outras que você conhece. Faça adaptações
nas frases, se necessário.

Sugestões: Pode parar!/Que coisa mais boba!

39

79
Palavras em jogo
Sílabas
O objetivo desta seção é promover Palavras em jogo
a consciência fonêmica e a instru-
ção fônica sistemática, componen-
tes essenciais para a alfabetização.
Sílabas
São retomadas as seguintes relações Atividade oral
grafema/fonema já aprendidas: síla-
bas simples, encontro de vogais e 1. Leiam a letra da canção e,, se possível,, cantem juntos..
correspondências regulares diretas Canção da falsa tartaruga
(P e B, F e V, T e D). (Referência: PNA)
Que bela Sopa, de osso ou aveia, Que bela Sopa! Quem não se baba,
Atividades 3 e 4 A ferver na panela cheia! Quem não a papa! Quem não a gaba!
Estas atividades permitem que os Quem não diz: — Ave! Quem não diz: — Eia! Quem não daria tudo só pa-
estudantes exercitem a identificação Quem não diz: — Opa! Que bela Sopa! Ra beliscar essa bela Sopa?
do número de sílabas das palavras. Sopa das sopas, que bela Sopa! Beliscar essa bela sopa?
(Referência: BNCC – EF03LP05) Que be_la So__opa! [...]
So__pa, só__o So__pa
Que bela Sopa!
Canção da falsa tartaruga. Intérprete: Adriana Partimpim. Compositor: Lewis Carroll.
Tradução de Augusto de Campos. In: Adriana Partimpim. São Paulo: BMG Ariola, 2004.
1 CD, faixa 5. Disponível em: https://tedit.net/V6qqFJ. Acesso em: 27 maio 2021.

Conversem::
a)) Do que parece ser essa sopa?? De osso ou aveia.
b)) Você já tomou uma sopa assim?? Resposta pessoal.

2. Vamos relembrar o que é uma sílaba.. Falem as palavras em voz alta..

bela – sopa – não – daria

Quando falamos,, é possível perceber a quantidade de impulsos de voz de cada palavra:: cada
impulso é uma sílaba..

3. Quantos impulsos ou sílabas formam cada palavra que vocês leram?? Preencham
os quadrinhos com cada sílaba e,, em seguida,, coloquem o número de sílabas de
cada uma das palavras..

a)) bela:: be la 2 c)) sopa:: so pa 2

b)) não:: não 1 d)) daria:: da ri a 3

40

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

80
Encontros de vogais
Neste momento, é importante que
os estudantes constatem a ocorrência
4. Pinte os quadradinhos que você preencheu na atividade 3 com as seguintes cores: de encontros vocálicos e relembrem
o nome dessa ocorrência. Não há a
• amarelo – sílaba com 1 letra a preocupação em distinguir os tipos
de encontro (ditongos ou hiatos), pois
• azul – sílaba com 2 letras be-la-so-pa-da-ri essa é uma tarefa mais complexa.
Lembrar que, nas palavras aveia,
• verde – sílaba com 3 letras não cheia e eia, pode haver alternância
de pronúncia, com a sensação de du-
plicação do /i/. Isso também ocorrerá
Encontros de vogais em outras palavras, como praia, saia
e baleia.
Observe as letras destacadas nas palavras a seguir.
B ou P
aveia – cheia – não – eia – daria Atividade 2
A representação do som da letra foi
As letras vogais juntas formam encontros vocálicos. indicada com a letra maiúscula, para
não empregar com os estudantes a
representação fonética /b/ ou /p/.
1. Leia as palavras a seguir. Pinte de amarelo os encontros de vogais. O objetivo da atividade é que os
estudantes façam a distinção entre o
osso baleia água rei farinha portão
traço surdo do /p/ e o sonoro do /b/.
Há a tendência de eles confundirem
janela exercício saída rainha comilões esses sons; assim, as palavras sugeridas
não seguem uma contextualização.
Sugestão de palavras para o dita-
B ou P do: bolo, bule, patada, rabada, pe-
lado, pipoca, batata, pomada,
1. Completem as seguintes palavras da letra “Canção da falsa tartaruga” com as abóbora, peteca, pepino, bitola.
consoantes que faltam para formar as sílabas. Em seguida, leiam, juntos, cada palavra.

p anela so p a b aba

2. Ouça as palavras que a professora vai falar. Bata palmas uma vez quando a palavra
se iniciar com a letra B e duas vezes quando a palavra se iniciar com a letra P.

a) Faça no caderno um quadro dividido ao meio: de um lado coloque a letra B e


do outro a letra P.

b) Quando a professora solicitar, escreva cada palavra ouvida na coluna correspon-


dente, de acordo com a letra inicial: B ou P.

41

Atividade complementar
Pedir aos estudantes que recortem, de jornais
ou revistas, cinco palavras que tenham encon-
tros de vogais e colem-nas no caderno. Em mo-
mento oportuno, chamá-los para ler em voz
alta as palavras encontradas.

81
F ou V
Retomar o traçado de imprensa e
cursivo, maiúsculo e minúsculo das
letras F e V. 3. Complete as palavras com as letras B ou P, de acordo com o desenho. Em seguida,
As atividades podem revelar os copie as palavras formadas nas linhas correspondentes.
estudantes que ainda apresentam
dificuldades em relação à identifica-

Pinky Rabbit/Shutterstock

Light-Dew/Shutterstock
ção tanto das letras quanto dos fone-
mas. Lembrar que esse par de letras
também apresenta como traço dis-
tintivo a marca surdo /f/ e sonoro /v/.
Por isso, insiste-se em propor ativida-
des de ditado com palmas só para a p i p oca b oi a b ó b ora
discriminação dos sons e, posterior-
mente, ditados com registro escrito. pipoca boi abóbora
Atividade 1

puddingbear/Shutterstock
jsalasberry/Shutterstock

Elena_Larvatus/
Shutterstock
Sugestão de palavras para ditado
com palmas: fofoca, vexame, vidro,
fibra, fome, fale, vale, fumaça, vo-
lume, falar, voar, viver, ficar, Fer- p alito p eteca b acia
nando, Valéria, Vitória, família.
palito peteca bacia

F ou V F (bater palmas uma vez): foto, faca, farinha, felino.


V (bater palmas duas vezes): voto, vaca, varinha, velinha.
1. Ouça as palavras que a professora vai dizer. Bata palmas uma vez para palavras
iniciadas com a letra F e duas vezes para palavras iniciadas com a letra V.

foto voto vaca faca


varinha farinha felino velinha

2. Leia as palavras no quadro e depois complete adequadamente a quadrinha.

vida vila feliz folia fole

Quando danço lá na vila

Toco o fole na folia

Olga1818/Shutterstock
Tudo fica mais feliz

Ea vida uma alegria!


Domínio público.

42

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
Sugere-se que os estudantes sejam orien- Ao copiar as palavras, será possível verificar • verificar se eles se apropriaram adequada-
tados a copiar as palavras da atividade 2 com os estudantes que já conhecem e identificam mente do uso de instrumentos ou objetos
letra cursiva. Lembrar que as habilidades de a letra cursiva, os que ainda têm dificuldades para escrita: posicionar livros e cadernos
diferenciar e escrever palavras, frases e textos e aqueles que copiam apenas em letra de para leitura e escrita; manter a postura pa-
curtos nas formas imprensa e cursiva são in- imprensa. ra leitura e escrita; utilizar lápis ou caneta
dicadas no 1o e no 2o ano (EF01LP11 e Para os estudantes que não conseguem segurando-os de forma adequada; usar a
EF02LP06), devendo ser consolidadas no 3o empregar tanto a letra de imprensa quanto a borracha, o apontador e até mesmo, quan-
ano. Esse é um dos motivos da retomada e da cursiva, é fundamental que sejam retomadas do possível, alguns elementos do compu-
avaliação desse conteúdo. atividades para: tador (mouse, teclado, tela...);

82
T ou D
Retomar o traçado de imprensa e
cursivo, maiúsculo e minúsculo das
3. No quadro, os nomes de animais estão misturados. Descubra os nomes de animais letras T e D.
que tenham a letra F e pinte-os.
Atividade complementar
A R A N H A C O B R A F O C A
Se achar conveniente, apresentar
FLAMINGOVACAFURÃO aos estudantes palavras que possam
B O D E F U I N H A V E A D O se concretizar em imagens em sua
escrita e estimulá-los a fazer o mesmo.
• Copie, nas linhas a seguir, os nomes de animais que você descobriu no quadro. Por exemplo: a palavra buraco, em
que, ao se estender a letra u, se forma
Foca, flamingo, furão, fuinha. um buraco; ou a palavra sobe, em
que, se as letras forem dispostas em
diferentes níveis, darão a impressão
T ou D de subida.
1. Leia a adivinha e depois pinte a palavra que você descobriu.
a) O que é, o que é: é bom para comer, mas não se come. Atividade 2
animal talher planta
Palavras a serem ditadas: dela, pa-
teta, fivela, peteca, tomada.
b) O que é, o que é: de dia está na boca, de noite está na água? Atividade 3
Dar 15 minutos às duplas para que
estrela língua dentadura
formem o maior número possível de
palavras.
c) Copie as palavras descobertas na linha a seguir. Ao terminar o tempo, cada dupla
deve entregar seu caderno ao profes-
Talher, dentadura.
sor. Os cadernos serão distribuídos
para duplas diferentes, que devem ler
2. Em cada linha, contorne apenas as palavras que a professora disser.
e corrigir as palavras dos cadernos
tela bela dela recebidos.
pateta careta vareta
gamela fivela ramela
meleca bisteca peteca
tomada pomada virada

3. Leiam as sílabas do quadro.

bo a pi fa do u da pa ta
e fo vo be pe de fi o

• Formem o maior número de palavras com essas sílabas e registrem-nas no cader-


no. Aguardem instruções da professora.
Desafio: Qual será o maior número de palavras que cada dupla conseguirá formar?

43

• treinar o traçado (essas atividades estão in- mento de braço e mão) e sentido da -las em movimentos contínuos. Dentre
dicadas de forma lúdica nos volumes do 1o escrita, para favorecer tanto o traçado outras, essas habilidades contribuem para
e do 2o ano) com músicas ritmadas/caden- correto quanto a velocidade crescente na o desenvolvimento do traçado na escrita;
ciadas, acompanhadas de palmas pelo pro-
fessor, para que os estudantes possam ir
escrita. Quando necessário, treinar movi-
mentos específicos para a escrita cursiva
• usar o alfabetário móvel e o de silabários
(com letra de imprensa e letra cursiva) pa-
adquirindo ritmo de movimentos de escrita; – habilidades de psicomotricidade – (no ra jogos com palavras; sugere-se a leitura
• corrigir eventuais dificuldades, como ha- ar, na lousa, no caderno, em espaços gran-
des, na areia, cantando e dançando com
e a cópia das palavras formadas. Dessa
bilidades de uso de lápis ou canetas (por forma, os estudantes podem ter tanto a
exemplo, verificar a força que os estudan- ritmo, atividades de equilíbrio e espaciali- representação escrita quanto as corres-
tes imprimem ao escrever e o posiciona- dade), a forma de grafar as letras e de ligá- pondências sonoras.

83
Memória em jogo
Essa é uma brincadeira popular de
domínio público trazida ao Brasil pe-
los franceses e que teve várias versões. Memória em jogo
Talvez a letra conhecida em sua região
seja diferente. Nesta versão, há pala- ● Você já brincou de adoletá? Tente memorizar a parlenda dessa brincadeira. De-
vras em que falta a última sílaba. Mo- pois, escreva os versos no caderno.
tivar os estudantes a adivinhar qual é:
pe-pi-no, to-ma-te, cho-co-la-te. Adoletá
O importante é que se trata de
A-do-le-tá
uma brincadeira de eliminação. Se
Le pe-pi
possível, dispor a turma em círculo,

Elsbet/Shutterstock
Le to-má
de pé. Cada estudante bate na palma
Le ca-fé com cho-co-lá
da mão do colega à direita, que bate
A-do-le-tá
na palma do próximo. Cada sílaba
Pu-xa o ra-bo do ta-tu
vale uma palma. O último a receber
Quem saiu foi tu.
a palma é eliminado.
Domínio público.

Coleção de palavras
Esta seção estará presente em to-
das as unidades para abordar um dos
componentes essenciais para a alfa-
Coleção de palavras As imagens não estão
representadas em proporção.
betização, o desenvolvimento de
vocabulário. (Referência: PNA) ● Nesta unidade, você conheceu a palavra pid‹o. Leia, na lista a seguir, o significado des-
Há três momentos nas unidades sa e de outras palavras parecidas.
que se destinam a esse fim: um deles
é o glossário apresentado nos textos
Pidão Fujão
com o significado de palavras que Aquele que pede muito. Aquele que costuma fugir.
possam oferecer obstáculo à leitura

Volga/Shutterstock
Javier Brosch/Shutterstock

e à compreensão; outro aparece na


subseção Vocabulário em foco,
dentro de Compreensão do texto,
na qual são trabalhadas palavras por
meio da apresentação de sua defini-
ção, além do conceito e do contexto
de uso delas, de modo a estimular a
aquisição de novo vocabulário; o ter- Babão Mandão
ceiro momento se dá na seção Cole- Aquele que baba muito. Aquele que gosta de mandar; autoritário.
ção de palavras, que tem por
objetivo apresentar aos estudantes
Digital Images Studio/Shutterstock

CREATISTA/Shutterstock
uma lista de palavras que podem en-
riquecer o universo vocabular deles.
Sugere-se fazer a apresentação das
palavras e de suas definições solici-
tando aos estudantes que as leiam
silenciosamente. Depois, fazer a leitu-
ra oral das palavras coletivamente,
perguntar a eles quais palavras co- 44
nhecem, exercitar a pronúncia de
cada uma, motivá-los a empregar Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
essas palavras oralmente em frases e
reservar um caderno para que mon-
tem a própria coleção de palavras.
Esse caderno será destinado a re-
gistrar a lista de palavras desta seção.
Os estudantes podem ilustrar as pa-
lavras e complementar a lista com
outras. Estimular a pesquisa de pala-
vras em dicionário que conduza à
ampliação gradativa do vocabulário.

84
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
As imagens não estão
representadas em proporção. de apresentar os conceitos aborda-
Chorão Brincalhão dos nesta unidade para que os estu-
Aquele que chora muito. Aquele que gosta de brincar. dantes se apropriem da organização
dos conteúdos, atribuindo nomes a
eles. Ler o quadro-síntese para os
Tom Wang/Shutterstock

alexei_tm/Shutterstock
estudantes, orientando-os sobre as
colunas que o compõem.
A coluna Avancei indica o que os
estudantes já sabem depois de estu-
dar o conteúdo da unidade. A coluna
Preciso estudar mais indica o que
● Você já conhecia algum desses significados? Copie essas palavras no caderno é preciso retomar e estudar um pou-
para compor a sua coleção de palavras. Você pode ampliar a sua lista buscando co mais. Motivá-los a fazer comentá-
outras palavras no dicionário. rios sobre o próprio desempenho e
ajudá-los a reconhecer a necessida-
de de revisão. Incentivá-los também
a fazer a autoavaliação com crescen-
O que estudamos te autonomia.

Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 1 Avancei
estudar mais
• Leitura e interpretação de história em
quadrinhos (HQ)
• Identificação de recursos das histórias em
quadrinhos: imagens, balões de fala, registro de
sons e outros recursos
• Produção de balões de fala para história em
quadrinhos
• Estudo das onomatopeias, palavras que imitam sons
• Estudo de algumas diferenças entre a língua
falada e a língua escrita
• Revisão de sílabas
• Revisão de encontro de vogais
• Revisão das letras P e B, F e V, T e D e os sons
que elas representam
• Participação em atividades orais

45

85
Conclusão da unidade 1

Nesta unidade, há momentos para o monitoramento do desen- A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de apren-
volvimento de cada estudante e/ou de toda a turma propostos dizagens que, em conjunto com o registro de resultados de ava-
por meio de atividades que podem ser empregadas para a avalia- liação processual/formativa, possibilita o acompanhamento
ção processual/formativa, como as propostas em Palavras em sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar adequado,
jogo – Encontro de vogais, atividade 3. Isso permite identificar use-o para o registro de observações e resultados de sua avaliação.
estudantes com defasagens e/ou dificuldades e elaborar planos Ele permite identificar os objetivos não atingidos e replanejar ati-
para rever conteúdos e habilidades. vidades. Todos as anotações relativas ao desempenho dos estu-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra no dantes são instrumentos importantes para o acompanhamento
final da unidade, para conversar com os estudantes a respeito do do desenvolvimento da turma.
próprio desempenho, estimulando a reflexão individual sobre o
processo de aprendizagem e a participação ativa nesse processo.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens


Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado


Atividades
Objetivo Avaliação Observação
sugeridas
Compreensão de
Ler e interpretar histórias em quadrinhos (HQ).
texto

Identificar recursos das histórias em quadrinhos: imagens, balões de fala, Compreensão de


registro de sons, entre outros. texto

Produzir balões de falas para histórias em quadrinhos. Produção de texto

Onomatopeias:
Estudar onomatopeias, palavras que imitam sons. palavras que imitam
sons
Língua falada e
Estudar algumas diferenças entre a língua falada e a língua escrita.
língua escrita
Palavras em jogo –
Relembrar sílabas.
sílabas
Palavras em jogo –
Relembrar encontro de vogais.
Encontros de vogais
Palavras em jogo – B
Relembrar as letras P e B, F e V, T e D e os sons que elas representam.
ou P, F ou V, T ou D.
Prática de oralidade
– Conversa em jogo
Participar de atividades orais. Observação cotidiana
da expressão oral do
estudante

Diante do diagnóstico que constate a existência de defasa- tes; produção de novos diálogos para quadrinhos em pequenos
gens, sugerem-se atividades para remediação e/ou atendimen- grupos; identificação de expressões comuns na língua falada e
to de dificuldades. Em leitura: leitura compartilhada com de seus significados. Para dificuldades nos estudos sobre a língua:
estímulo às intervenções dos estudantes, leitura de quadrinhos exercícios para criação de onomatopeias; inserção de onomato-
para a localização de informações e identificação de elementos peias em quadrinhos. Para apropriação de convenções ortográ-
estruturais próprios desse gênero; leitura oral expressiva, com ficas: atividades orais de identificação de sílabas; elaboração e
intervenções do professor; estímulo à leitura de quadrinhos em leitura de listagem de palavras com encontros de vogais; jogos
casa; empréstimos de revistas em quadrinhos entre os estudan- ortográficos com palavras com os pares de letras estudados.

86
Introdução da unidade 2

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler, compreender e interpretar letra de canção.
• Identificar elementos de letra de canção.
• Produzir estrofe para letra de canção.
• Estudar sinônimos e antônimos.
• Revisar a escrita de palavas com C (ca, co, cu e ce, ci); palavras com G (ga, go, gu e ge, gi) e palavras com J (ja, je, ji, jo, ju).
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades pro- antes de se iniciar o estudo de sinônimos e de antônimos.
postos nesta unidade, espera-se inicialmente que os estudantes Para uma compreensão eficiente de textos, espera-se que haja
compreendam a distinção entre texto em verso e texto em prosa um avanço na leitura, com autonomia e fluidez na decodificação
e que percebam a finalidade de uma letra de canção. É importan- de palavras mais comuns. Os estudantes que apresentarem difi-
te que consigam localizar informações no texto e reconhecer culdades devem ser acompanhados de forma sistemática. É fun-
elementos típicos da organização do gênero. Para mobilizar co- damental avaliar se há problemas associados à falta de apropriação
nhecimentos prévios, sugere-se contato com diferentes letras de da base alfabética e das convenções do sistema de escrita, à falta
canção e compartilhamento oral de pressupostos sobre o gênero. de convívio com textos diversificados (baixo grau de literacia) e à
O estímulo à ampliação do vocabulário dominado é essencial dificuldade de leitura relacionada a vocabulário limitado, a fim de
para que possam incrementar suas possiblidades de compreensão se buscar estratégias para solucioná-los, por meio de atividades
de textos e desenvolvam suas produções escritas e orais. de leitura e de escrita constantes e significativas.
Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes e Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, sugerem-
de compreender os conceitos de semelhança e de oposição. Su- -se atividades iniciais de leitura de listagens de palavras com as
gere-se um trabalho com imagens para reforçar esses conceitos escritas a serem sistematizadas.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Os focos desta unidade são a leitura e o estudo de letras de Os estudos sobre a língua têm como foco a identificação de
canção, tendo em vista o aprimoramento da compreensão de tex- sinônimos e de antônimos, com vistas à ampliação do vocabu-
tos desse gênero. As atividades enfatizam a compreensão e a iden- lário e a uma melhor compreensão textual. O desenvolvimento
tificação de recursos estruturais próprios de textos em verso, com da consciência fonológica e do domínio de convenções orto-
destaque para a realização de inferências com base em informações gráficas, condição importante para os estudantes ampliarem
presentes nos textos. As atividades têm por objetivo desenvolver a gradativamente o domínio das bases da ortografia, é retomado
autonomia dos estudantes para a leitura e a compreensão de textos. nas atividades de revisão de escrita de palavras grafadas com
A expressão escrita é explorada em atividades de produção de C, G e J.
estrofe para letra de canção. O trabalho oral proposto vincula-se à Há ênfase em atividades orais que exploram a clareza, a fluên-
leitura expressiva e clara, de forma individual ou compartilhada. cia, a expressividade, a desenvoltura e a escuta atenta.

87
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade:



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
2 Letra de canção
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Nesta unidade você vai ...


Competências da BNCC ● ler, compreender e interpretar letra de
canção;
Principais competências
abordadas na unidade ● identificar elementos da letra de canção;
Competências gerais: 1, 2, 3, 6, 9 e 10 ● produzir estrofe para letra de canção;
Competências específicas ● estudar sinônimos e antônimos;
de Linguagens: 1, 2, 3 e 5
● revisar a escrita de palavras com C (ca, co,
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 4, 7 e 9 cu e ce, ci); palavras com G (ga, go, gu e
ge, gi) e palavras com J (ja, je, ji, jo, ju);
● participar de atividades orais.

Habilidades da BNCC
Principais habilidades
abordadas na unidade
EF03LP01 EF15LP09 EF35LP12
EF03LP02 EF15LP10 EF35LP13
EF04LP27 EF15LP15 EF35LP21
EF15LP01 EF15LP18 EF35LP23
EF15LP02 EF35LP01 EF35LP27
EF15LP04 EF35LP02 EF35LP28
EF15LP05 EF35LP03
EF15LP06 EF35LP05

46

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Oralidade


linguagem
• Gênero: letra de canção (campo artístico-literário) • Canto com
• Leitura e interpretação de letra de canção ritmo, entonação
• Elementos de letra de canção: verso, estrofe, rimas e ritmo adequada e

Conteúdos • Antecipação de respostas às adivinhas •


expressão corporal

• Produção de inferências com base em elementos do texto Interações orais


em atividades em
• Fluência: leitura oral expressiva grupo ou coletivas
• Experiência estética com canção: ritmo, melodia e sonoridade
• Escuta de apresentações dos colegas
88
Orientações didáticas
Estimular os estudantes a descre-
ver o ambiente e o que compõe o
cenário. Perguntar sobre os instru-
● Observe a cena. O que os personagens estão mentos musicais que conseguem
fazendo? Alguns estão cantando, outros estão identificar (tambor, agogô, carrilhão,
tocando instrumentos. violões, pandeiro, maraca). Chamar a
● Você gosta de ouvir música? E de cantar? atenção deles para as notas musicais
Respostas pessoais.
● Quais são os ritmos de que você mais gosta? no quadro e a disposição das crianças
Resposta pessoal. com instrumentos musicais ou textos
de acompanhamento nas mãos. Con-
versar sobre a informalidade e o pra-
zer demonstrado pelos participantes.
A leitura das questões e a relação
delas com a imagem exercita a habi-
lidade de relacionar texto com ilustra-
ções, além de antecipar para o
estudante o assunto e a função social
do texto que será lido na unidade.
(Referências: BNCC – EF15LP18 e
EF15LP02)

Giz de Cera/Arquivo da editora

47

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Produção de estrofe para letra de • Sentidos das palavras: sinônimos e antônimos
Conteúdos
canção • Formação de palavras com as letras C (ca, co,
• Apresentação oral de textos cu e ce, ci), G (ga, go, gu e ge, gi)
produzidos • ) e J (ja, je, ji, jo, ju)

89
Para iniciar
Esta seção é destinada a mobilizar
os conhecimentos prévios dos estu-
dantes e a elaboração de antecipações Para iniciar
e hipóteses de leitura. A unidade traz
para os estudantes duas letras de can-
ção que, além de divertir, dão pistas Adivinhas
para que o leitor adivinhe do que elas
tratam. Um dos títulos é empregado ● Você gosta de adivinhas? Então, vamos adivinhar!
em brincadeiras de adivinhação:
“O que é, o que é?”. Dessa forma, os O que é, o que é?
estudantes são desafiados a fazer de- Quando bato a cabeça
duções e inferências. (Referências: Ele aparece e cresce
BNCC – EF15LP01, EF15LP02, EF35LP03, Deixando a vida dolorida Galo.
EF35LP04 e EF35LP05) Quando o dia amanhece
A atividade favorece o desenvol-
Ele aparece e canta
vimento da habilidade de, silencio-
Deixando a vida colorida Galo.
samente e, em seguida, em voz alta,
ler e compreender textos curtos
com nível de textualidade adequa-
da, além de exercitar a habilidade de
identificar a ideia central do texto,
demonstrando compreensão glo-
bal. (Referências: BNCC – EF35LP01 e
EF35LP03)
Ao estimular a adivinhação da
mesma resposta para as duas partes
Quando eu me visto
de cada uma das adivinhas, a ativi-
Ela faz parte da camisa
dade não só exercita a habilidade
E cobre meu braço Manga.
de inferir a palavra-chave de cada
Quando quero algo gostoso
adivinha, por meio de uma ativida-
Ela é fruta deliciosa
de prazerosa que desenvolve o vo-
Doce até no bagaço Manga.
cabulário, estimula a observação
de que existem palavras escritas do
mesmo modo, mas com significa-
dos diferentes, dependendo do
contexto: são as palavras parônimas
perfeitas, caso de “galo” e “manga”.

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Quando o preço é baixo
A terceira adivinha, com ativida- Digo essa palavra
des que colaboram tanto para o
Todo alegre e animado Barato.
desenvolvimento do vocabulário
Quando encontro no caminho
quanto para a consciência fonêmica,
Esse bicho nojento
estimula a observação da variação
Fico todo arrepiado Barata.
de classe de palavra (barato, quali-
dade do ser, adjetivo; e barata, no-
me do ser, substantivo), além da Textos elaborados pelas autoras.

mudança de sentido com a troca de


uma única letra no final da palavra. 48
(Referencia: PNA)
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

90
Leitura 1: letra de
canção
Esta unidade propõe a leitura e a
interpretação de letras de canção in-
Vamos brincar de adivinhar sobre o que fala a letra de canção a seguir.
fantis. Além de estimular a leitura, as
Não tem corpo, não tem forma, não tem cor e pode ser fraco ou forte. O que especificidades de ritmo, cadência e
pode ser? articulação expressiva das letras de
canção favorecem a compreensão de
significados por meio da dedução de
Leitura 1: letra de canção sentidos com base em “pistas” do
texto. Dessa forma, a ludicidade não
● Leia com um colega a letra da canção. se desenvolve apenas pelo fato de os
estudantes poderem cantar e se ex-
Estou vivo mas não tenho corpo. pressar corporalmente, por meio da
Por isso é que não tenho forma. dança, por exemplo, mas também

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Peso eu também não tenho. pela relação que a letra estabelece
Não tenho cor. com a brincadeira de tentar adivinhar
quem é que se autodescreve.
Quando sou fraco Promover essa atividade é uma
Me chamo brisa. forma de valorizar as situações lúdicas
E se assobio,
de aprendizagem para dar continui-
dade às experiências da Educação
Isso é comum.
Infantil. (Referência: BNCC, p. 57)
Quando sou forte,
Gênero: letra de canção (campo
Me chamo vento.
artístico-literário). Resultado da mis-
Quando sou cheiro, tura das linguagens verbal e musical.
Me chamo pum! Pode seguir o mesmo estilo de com-
O ar (o vento). Toquinho, Vinicius de Moraes, posição do poema (com versos, es-
Luis Enríquez Bacalov. Intérpretes: Boca Livre trofes e rimas). Sempre que possível,
e Vinicius de Moraes. In: A arca de Noé 2.
Rio de Janeiro: Mercury Records, 1998.
é importante que a leitura da letra
1 CD. Faixa 7. seja acompanhada da audição da
melodia.

[...] é possível afirmar que


a leitura deve ser objeto de um
ensino explícito em suas dife-
rentes dimensões e que, para
alcançar as habilidades de bom
leitor, é necessário que a ati-
vidade seja repetida de modo
regular e frequente, a fim de
se tornar automática. A auto-
matização só acontecerá para
os alunos que tiverem uma
prática suficiente de leitura e
de escrita. Para que essa prá-
tica seja importante, na sala
49 de aula e em casa, é necessá-
rio que as atividades propos-
tas suscitem e desenvolvam
nos alunos a vontade de ler, a
O pequeno texto que antecede a leitura desafia o estudante a continuar adivinhando, seguin- vontade de escrever. Não há,
do as pistas dadas. Isso colabora para a identificação da função social do texto. (Referência: BNCC portanto, nenhum sentido em
– EF15LP01) opor aprendizagem sistemáti-
ca e prazer de ler. Não se trata
de dois métodos opostos entre
os quais se deve escolher um,
mas de duas condições que o
pedagogo deve levar em conta
para um ensino bem-sucedido.
PNA, p. 28.

91
Compreensão do
texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- Sobre os autores
nente essencial para a alfabetização.

Reprodução/Mercury Records
Vinicius de Moraes (1913-1980) foi um poeta, jornalista,
(Referência: PNA)
cantor e compositor brasileiro. Compôs diversas letras de
Atividade 1 canção em parceria com grandes nomes da música.
Se achar pertinente, conversar com
os estudantes sobre a não obrigato- Toquinho (1946-) é um cantor, compositor e
riedade da presença de rimas em violonista brasileiro. Iniciou sua carreira musical nos anos
textos poéticos. Sugere-se também 1960 e, a partir da década de 1970, começou uma
observar que, especialmente nas le- parceria com Vinicius de Moraes.
tras de canção, o ritmo da melodia Luis Enríquez Bacalov (1933-2017) foi um pianista e compositor argentino,
contribui com a sonoridade do texto. conhecido internacionalmente por seu trabalho com trilhas sonoras para cinema.
Caso seja possível, ouvir a gravação
da canção com os estudantes.
Atividade 2
Estimular os estudantes a levantar Compreensão do texto
hipóteses e explicar por que pensa-
ram dessa forma. Depois de terem 1. A letra de canção é escrita geralmente em versos, que podem ter rimas e ser
lido a letra, terem cantado a melodia agrupados em estrofes.
e terem descoberto que se fala do ar
na canção, perguntar se concordam
com a informação de que o ar não Verso é cada linha de um poema.
tem peso. Estrofe é cada conjunto de versos.

Atividade complementar Quantas estrofes e quantos versos tem a letra de canção que você acabou de ler?
Se julgar pertinente, propor a rea- Duas estrofes e 12 versos.
lização de uma experiência que ates-
te que o ar tem peso. 2. Observe que não foi colocado o título dessa letra de canção. Para dar o título, você
Algumas sugestões podem ser en- tem de adivinhar sobre o que ela fala. Siga as pistas e escreva o que você acha que é.
contradas no artigo: PAIVA JUNIOR, R.
F. DE; OLIVEIRA, H. R. S. DE; SILVA, A. R. a) Você imagina algo que pode ser forte ou fraco, assobiar e ter cheiro, mas não ter
DA; SEVERO, T. E. A. Estratégias Inter- corpo nem forma? Escreva a seguir.
disciplinares no PIBID: Experimentan-
do com as Propriedades do Ar. Possibilidades: ar, vento.
Revista Extensão & Sociedade, v. 8,
n. 1, p. 31-40, 8 nov. 2017. Disponível b) Você conhece algo sem cor e sem peso? Escreva a seguir.
em: https://tedit.net/J9YDmK. Acesso
Possibilidades: pensamento, imaginação, ar, vento, brisa, pum.
em: 2 jun. 2021.
3. Descobriu qual é o título? Escreva a resposta.
Atividade 3
Analisar com os estudantes a per- Possibilidades: o ar, o vento.
tinência da pista e sua relação com a
ideia de ar. 50

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
A seção Leitura oral em foco é uma boa nuto com precisão de 95%, garantida a com- to, eles leiam as 45 palavras de modo preciso,
oportunidade para aferir a fluência em lei- preensão do texto. mostrando a estratégia para essa leitura e o
tura oral dos estudantes. Para a aferição, le- Para aferir a fluência em leitura oral, será reconhecimento automático de algumas de-
var em conta “pesquisas que indicam o necessário gravar a leitura de cada estudante, las, pois provavelmente vão se apoiar na letra
número médio de palavras lidas com fluência utilizando um gravador de voz. A letra de can- que foi lida e cantada. Esse parâmetro diz res-
ao final de cada ano do ensino fundamental” ção da Leitura 1 tem, ao todo, 45 palavras; peito à fase esperada para o início do 3o ano
(PNA, p. 33). Para os estudantes do 3º ano, a portanto, a expectativa é que os estudantes – fase alfabética completa. (Referência: PNA)
expectativa, no final do ano letivo, é de uma completem a leitura em aproximadamente 30 Sugere-se registrar a velocidade de leitura
velocidade de leitura de 90 palavras por mi- segundos. O importante é que, neste momen- de cada estudante, listar as palavras que fo-

92
Leitura oral em foco
O objetivo desta seção é promover
a fluência em leitura oral, compo-
Leitura oral em foco nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA)
● Releia a letra de canção. Treine para ler em voz alta na sua vez. Depois, em casa,
leia para seus amigos e familiares para que eles adivinhem o título. Leitura 2: letra de
canção
Agora, tente resolver a adivinha que está na letra de canção a seguir. Fazer com os estudantes a leitura
O que pode ser algo que não desgruda do seu pé? e, se possível, cantar a canção. A letra
e a música podem ser localizadas na
internet. Para a apropriação das ha-
Leitura 2: letra de canção bilidades de uma leitura fluente e
compreensiva, é importante garantir
● Leia com a professora. um momento de leitura silenciosa
para que os estudantes lidem com o
O que é, o que é? texto de maneira autônoma. Nessa
O que é, o que é? Se você ainda não descobriu faixa etária eles podem ainda não
Não desgruda do seu pé Eu garanto que você viu apresentar autonomia para esse tipo
Cresce, engorda, estica E agora o que eu vou dizer de leitura. Assim, sugerem-se algu-
Vou te dar uma dica Com certeza vai esclarecer
mas atividades:
• ler inicialmente de forma compar-
Não tem cheiro nem sabor Só na luz é que ela dança tilhada, para que os estudantes
Não tem peso nem valor Dança rumba dança samba acompanhem e façam interven-

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Não tem brilho mas se vê Dança o que você dançar ções sempre que necessário;
Não consegue se esconder Só você é o seu par • formar duplas para que eles leiam
em voz baixa e ajudem um ao ou-
Caminhando pelo chão O que é, o que é? tro quando surgir alguma dificul-
Anda sem lhe dar a mão Agora 1, 2, 3... dade;
E na sua brincadeira
É supercompanheira
• um estudante de cada dupla po-
derá ler o texto em voz alta para a
turma, se assim desejar. Isso contri-
O que é, o que é? buirá para o desenvolvimento da
Se parece com você habilidade de ler, de forma autô-
Tem até um gesto igual noma, textos literários de diferen-
Mas é bidimensional tes gêneros e extensões.
(Referência: BNCC – EF35LP01)
A leitura expressiva dessa letra de
canção, juntamente com seu canto,
esclarecer: explicar, contribuirá para o desenvolvimento
resolver, tornar claro.
da fluência, identificação e aprecia-
rumba: tipo de dança.
ção de textos em versos, além de
auxiliar os estudantes na observação
Paulo Tatit e Edith Derdyk. O livro de brincadeiras musicais da dos recursos sonoros e expressivos.
Palavra Cantada. São Paulo: Melhoramentos, 2010. v. 3. p. 44. (Referências: PNA e BNCC – EF35LP21,
EF35LP27 e EF35LP28)
51

ram pronunciadas com maior dificuldade e fazer estudantes fiquem nervosos ou inibidos ou, ain-
observações acerca da prosódia, ressaltando o da, apresentem algumas dificuldades com rela-
que pode ser melhorado. É importante guardar ção a uma ou outra palavra. Neste momento, a
esse registro para acompanhar o progresso da leitura oral deve ser incentivada e deve permitir
fluência dos estudantes ao longo do ano, em- ao professor monitorar o progresso da turma e
pregando, quando necessário, exercícios de oferecer a ajuda necessária àqueles que ainda
treino e remediação. Por ser a primeira leitura não tenham atingido essa fase de decodificação
em voz alta do ano letivo, é possível que alguns autônoma.

93
Compreensão do
texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- Sobre os autores

Reprodução/Acervo Palavra Cantada


nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA) Paulo Tatit é músico e atua no projeto Palavra Cantada
com a musicista Sandra Peres.
Atividade 1
A atividade retoma a identificação Edith Derdyk é artista plástica

mentos
de recursos próprios de textos versi- e realizou inúmeros trabalhos

hora
ficados: versos e estrofes. (Referência:

/Editora Mel
gráficos, como capas de livro,

Maycon Lima/Acervo Palavra Cantada


BNCC – EF35LP23) capas de disco e ilustrações.

Reprodução
Atividade 2 Escreveu e ilustrou três livros
É importante que os estudantes infantis. Compôs canções em
verbalizem tudo o que eles acham parceria com Paulo Tatit para o
que poderia estar relacionado a cada projeto Palavra Cantada.
pista dessa letra de canção, inferindo
as informações implícitas. Comparar
as próprias hipóteses de leitura com
as dos colegar é uma forma de reco- Compreensão do texto
nhecer que o texto literário faz parte
do mundo do imaginário. (Referên- Atividade oral e escrita
cias: BNCC – EF15LP15 e EF35LP04)
1. Quantas estrofes tem a letra de canção que você acabou de ler?

Sete estrofes.

2. Cada verso traz pistas para resolver a adivinha dessa letra de canção. Conversem
sobre as ideias que cada uma das pistas nos dá. Possibilidades:

a) Não desgruda do seu pé


Chiclete, meia, amigo, cachorro.
b) Cresce, engorda, estica
Criança, bolo, pipoca, barriga.
c) Não tem cheiro nem sabor
Água, chuchu, remédio.
d) Não tem peso nem valor
Algodão, pena de galinha, ar.
e) Não consegue se esconder

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Tristeza, dor, alegria.
f) Anda sem lhe dar a mão
Gato, cachorro, bicho de estimação.
g) É supercompanheira
Amiga, mãe, avó, tia.
h) Se parece com você
Irmão, primo, colega.

52

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

94
Atividade 3
Esta atividade intensifica o desa-
fio para que os estudantes che-
3. Releia os versos a seguir. guem a uma possibilidade de
resposta da adivinha antes de iniciar
E agora o que eu vou dizer a atividade 4, quando hipotetica-
Com certeza vai esclarecer mente eles já devem ter decifrado
a brincadeira.
Só na luz é que ela dança Atividade 4

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


É importante que seja comunicado
aos estudantes que a complementa-
Depois das pistas anteriores, o que você acha que é?? ção da estrofe será feita com a respos-
ta da adivinha.
Resposta pessoal.
Atividade 6
4. Releia a última estrofe. Esta questão pressupõe participa-
ção coletiva.
Estimular os estudantes a apresen-
O que é, o que é?
tar possibilidades, analisando com eles
Agora 1, 2, 3…
a pertinência em relação ao contexto
do texto. Esta atividade favorece a ha-
O sinal de pontuação destacado chama-se reticências. Nesse caso, ele sugere que bilidade de estabelecer relações entre
o leitor deve decifrar a charada e descobrir “o que é”, completando, assim, a estrofe. os dados implícitos no texto. (Referên-
cia: BNCC – EF35LP04)
Complete a estrofe que você leu com o que descobriu. A resposta da adivinha
Atividade 7
é sombra . Identificar a intencionalidade pre-
dominante no texto atende à necessi-
5. De todas as pistas dadas na letra de canção, qual mais ajudou você a descobrir a dade de reconhecer sua(s) finalidade(s).
resposta? Esse aspecto vai compor o que é ne-
cessário para que os estudantes, aos
Resposta pessoal. poucos, identifiquem a função social
que prevalece nos textos. (Referência:
6. Que outra dica você daria para ajudar uma pessoa que não conseguisse descobrir BNCC – EF15LP01)
“o que é”?

Resposta pessoal. Possibilidades: É escura; é ela que procuramos para nos abrigar

do sol.

7. Faça um X nos quadrinhos das palavras que expressam as intenções dessa letra
de canção.

X entreter emocionar dar instruções

informar X desafiar

53

95
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promo-
ver o desenvolvimento de voca-
bulário, componente essencial para Vocabulário em foco
a alfabetização. (Referência: PNA)
● Leia a palavra a seguir. Você sabe o que ela significa?
A compreensão de textos, bidimensional
por sua vez, consiste num ato
diverso do da leitura. É o ob- Bi significa “dois”.
jetivo final, que depende pri- Dimensional significa “medida, tamanho”.
meiro da aprendizagem da de- Ou seja, bidimensional é o que tem duas dimensões, duas medidas.
codificação e, posteriormente,
Para entender melhor, vamos comparar o desenho de um cubo com o de um quadrado.
da identificação automática de
palavras e da fluência em leitu- Cubo Quadrado
ra oral. Outros fatores também
influem na compreensão, como
o vocabulário, o conhecimento

Altura
Altura
de mundo e a capacidade de fa-
zer inferências. Pro
fund
ida
PNA, p. 19. de
Largura Largura

Podemos dizer que o cubo tem três medidas: largura, altura e profundidade, e que o
Atividade preparatória quadrado tem duas medidas: largura e altura.
Se for conveniente, antes de realizar
a atividade para chegar ao significado • Complete a frase: O quadrado tem duas medidas: altura e largura, por isso ele é
de bidimensional, exemplificar com- bidimensional .
parando uma fotografia qualquer com
o que os estudantes veem pela janela.
A foto, mesmo mostrando uma paisa- Hora de organizar o que estudamos
gem, está limitada ao papel, que tem
apenas dois lados, o comprimento e a ● Leiam, juntos, o esquema a seguir e escolham no quadro as palavras ou expres-
largura, e é, portanto, bidimensional. sões que podem preencher as lacunas
Ao olhar para fora de uma janela os
ouvir canções divertir estrofes
estudantes veem não apenas dois la-
dos, mas também em profundidade;
isso é tridimensionalidade (altura, lar- Letra de canção
gura e profundidade). Esses conceitos
deverão ser ampliados nas aulas de Texto para ser cantado, acompanhando a melodia da canção
Geografia e Matemática.
Se julgar pertinente, apresentar
também aos estudantes um obje- Intenção/finalidade Organização do texto Leitor/público
to cúbico, como uma caixa ou um • Entreter • Versos • Pessoas que gostam de
dado, para mostrar a tridimensiona- cantar acompanhando
• Divertir • Estrofes
lidade, comparando-o à ilustração letras de canção
• Rimas
de um quadrado. • Pessoas que gostam

de ouvir canções

54
Hora de organizar o
que estudamos Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Esta proposta contribui para a for- Sempre que os estudantes entrarem em con-
mação de alguns processos de estudo: tato com esse tipo de representação, sugere-se
reordenar a informação e organizar o que seja feita uma leitura conjunta para que,
conhecimento. Fazer a leitura do es- paulatinamente, eles se apropriem da forma de
quema com os estudantes e analisar o ler textos nesse formato e diagramação, identi-
ficando a situação comunicativa e o tema/as-
significado das setas.
sunto desse texto. (Referências: BNCC - EF03LP24
e EF03LP26)

96
Sugestões
Nesta seção são sugeridos aos es-
tudantes livros, sites, CDs e filmes, que,
SUGESTÕES em geral, têm em comum os gêneros
textuais trabalhados ao longo da uni-
• Que tal selecionar outras letras de música para serem ouvidas e cantadas? Veja algumas su- dade – e não apenas, ou necessaria-
gestões de álbuns musicais para conferir. mente, o tema.
Em momento oportuno, acompa-

da
nhar os estudantes em uma visita à

anta
ra C
Palavra Cantada. Canções de brincar. São Paulo: MCD, 1996. sala de informática da escola para que

alav
ão/P
eles possam selecionar canções para

duç
ro
Rep
fruição. Pedir aos estudantes que jus-
Adriana Partimpim. Partimpim dois. Rio de Janeiro: tifiquem a escolha das canções e

rtain usic
nt
me
Ente ony M
Sony & BMG, 2009. compartilhem a opinião deles com os

ão/S
colegas. (Referência: BNCC –

duç
ro
Rep
EF35LP02)

Prática de oralidade
Prática de oralidade Conversa em jogo
É importante que os estudantes
Conversa em jogo preparem a leitura para desafiar os
colegas a descobrir a adivinha que
Roda de adivinhas: O que é, o que é? escolheram. Há diversas adivinhas de
domínio público disponíveis no site
1. Pense em uma adivinha que você conhece ou https://tedit.net/NW62KU. Acesso em:

Adilson Farias/Arquivo da editora


pesquise uma nova. Depois, anote-a em uma 2 jun. 2021.
folha de papel. Esta atividade atende à habilidade
de escuta de textos em situações for-
2. Agora, siga as instruções. mais: escutar os outros, esperar sua
vez para falar. (Referência: BNCC –
• Lembre-se de que a adivinha deve ter alguma EF15LP11)
dica para que seus ouvintes possam chegar à Um dos objetivos desta atividade é
resposta. estimular a expressão espontânea dos
estudantes, a fim de que manifestem
• Um estudante de cada vez vai ler a adivinha em voz suas dúvidas e opiniões, mesmo que
alta, de tal forma que aguce a curiosidade dos colegas
não pareçam pertinentes em um pri-
meiro momento. É preciso motivar a
e os desafie a decifrar algo. Quando chegar a sua participação deles e esta é uma opor-
vez, leia de modo claro, com pausas e tunidade de reiterar combinados para
expressividade, e veja se os colegas conseguem o engajamento deles em conversas ou
descobrir a resposta da adivinha. debates: ouvir com atenção os colegas
que falam, respeitar posições diferen-
3. Com os colegas e com a orientação da tes das suas, levantar a mão e esperar
professora, prepare um mural de adivinhas
ter a palavra. Além disso, é também
uma oportunidade de ressaltar com
para que todos possam conhecê-las. os estudantes aspectos da expressão
oral: tom de voz, articulação clara de
55 palavras, gestualidade que enriqueça
a expressão – e não o contrário. (Refe-
rências: BNCC – EF15LP09, EF15LP10 e
EF15LP11)
Atividade complementar
Fazer uma visita à biblioteca escolar ou ao cantinho de leitura para que os estudantes busquem
livros de adivinhas. Há uma quantidade considerável de títulos voltados à exploração desse gênero
textual. Se a escola dispuser de computador, a pesquisa por textos desse gênero poderá ser feita em
sites de busca. Depois de encontrar um pequeno acervo de adivinhas, combinar com os estudantes
uma apresentação, ocasião em que cada estudante desafia a turma a decifrar duas ou três adivinhas
selecionadas na fonte pesquisada. Ao final de cada rodada, o estudante questionador pode apresen-
tar para a turma os livros ou endereços dos sites em que encontrou as adivinhas apresentadas por ele.
Esta atividade exercita o desenvolvimento da habilidade de selecionar livros ou textos disponíveis em
meios digitais para leitura individual, justificando a escolha e compartilhando sua opinião com os
colegas. (Referência: BNCC – EF35LP02)

97
Tecendo saberes
Esta seção tem como objetivos:
• estabelecer relações interdiscipli-
nares, ao abordar o(s) texto(s) estu- Tecendo saberes
dado(s) em outro contexto, com
referências de outras áreas do co- ● Leiam o texto a seguir com a professora.
nhecimento;
• estabelecer relações intertextuais Cordel e repente
entre textos de mesma natureza/ O cordel é um texto em versos muito popular no Brasil, principalmente no Nordeste.
gênero e de naturezas/gêneros Esses textos são impressos em folhetos e pendurados em barbantes chamados cordéis,
diferentes. Essas relações possibili-
tam o enriquecimento do repertó- o que deu origem ao nome literatura de cordel ou cordel.
rio textual do estudante, ampliando

J.L. Bulcão/Pulsar Imagens


suas vivências de leitura e de escri-
ta, isto é, seu grau de letramento.
Sugere-se que esta seção seja tra-
balhada como atividade oral para
facilitar a expressão espontânea dos
estudantes. Poderá ser solicitada uma
pesquisa de ampliação referente à
literatura de cordel, o que contribui
para a valorização da literatura em sua
diversidade cultural. (Referência: Folhetos de cordel à venda no Centro Luiz Gonzaga de
Tradições Nordestinas, no Rio de Janeiro. Foto de 2012.
BNCC – EF15LP15)
Ao introduzir o cordel, a proposta O repente é uma cantoria em que dois violeiros tocam, criam versos e cantam de
atende à habilidade EF04LP27, propi- improviso, ou seja, sem ensaiar nem decorar a letra antes.
ciando que os estudantes entrem em
contato com esse gênero e decla- 1. Vamos recitar um cordel? O autor do texto a seguir é Chico Salles, poeta e músico
mem os versos apresentados. nascido na Paraíba, no município conhecido como São Francisco do Chabocão.
O cordel é uma expressão literária
escrita em versos, impressa em fo-
Meu Chabocão
lhetos e ilustrada com xilogravuras.
Há muitos livros que trazem cordéis Se você ouvisse a zuada da abelha Não falava de tristeza
publicados. Zunindo na sua orelha, nem miséria no sertão
O repente é oral, apresentado por Depois de fazer o mel Pois lá no meu Chabocão
cantadores e violeiros. Há diversos áu- Era assim que eu vivia
dios e vídeos disponíveis na internet. Se você sentisse o cheiro da chuva no chão Não falava de tristeza
Atividade 1 Molhando a plantação Nem miséria no sertão
Ler para a turma com modelagem E a melancia no pé Pois lá no meu Chabocão
de leitura, entonação e expressivida- Só me lembro de alegria.
de para que os estudantes percebam [...]
o modo de leitura. Ler evidenciando
Chico Salles. A saga do cordel em poesia: o nordestino carioca.
as rimas abelha/orelha, chão/planta- zuada: barulho, zumbido.
Folheto de cordel. 3. ed. [S. l.]: Ideia Digital, [s. d.].
ção, sertão/Chabocão, vivia/alegria. É zunindo: fazendo ruído.
importante também imprimir o ritmo,
pois os versos finais são todos de se-
te sílabas poéticas, característica dos 56
versos de cordel. Motivar os estudan-
tes a ler também com expressividade, Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
ressaltando que o cordel exalta a ci-
dade em que o poeta nasceu e apre-
senta as boas lembranças que o eu Sugestão para o professor
lírico tem do lugar. (Referência: BNCC Livros Vídeos
– EF03LP27)
• Cordelinho, de Chico Salles, da editora Rovelle. • Poetas do repente, da TV Escola. Disponível em:
• O jumento e o boi em cordel, de João Bosco B. https://tedit.net/MTk1dU. Acesso em: 2 jun. 2021.
Bonfim, da editora Caramelo. • Repente do Sebastião. Disponível em: https://
• O menino do dinheiro em cordel, de Reinaldo tedit.net/yFwqFC. Acesso em: 2 jun. 2021.
Domingos e José Santos, da editora DSOP. • De repente o repente. Disponível em: https://
tedit.net/Dl3Sf4), acesso em: 2 jun. 2021.

98
Atividade 2
Ler com os estudantes os versos do
repente. Comente com a turma que
2. Depois de recitar o cordel, vamos cantar um repente do grupo musical Batuta de repente significa “rápido”, “ines-
perado”, e que o repente tem essa
Nordestina.
característica, uma vez que é impro-
Leiam e, se puderem, ouçam e cantem. visado rapidamente. Se possível, pro-
mover a audição da música, que é
Vai cair repente interpretada pelo grupo Batuta Nor-
destina. Disponível em: https://tedit.
Vai cair repente Céu azul da cor de anil net/4mWlm7. Acesso em: 2 jun. 2021.
Vamos animar Cultura que se agiganta Conversar sobre o nome dos auto-
Quem quiser entrar na roda Nordestino quando canta res: Cumpade Barbosa, que apresen-
A brincadeira está no ar Leva alegria ao Brasil. ta a escrita de “compadre” sem seguir
a norma-padrão, e Zé Maria de Forta-
leza, em cujo nome há a indicação da
Este aqui é compasso […]
cidade de onde veio. Batuta Nordes-
Da Batuta Nordestina tina é o nome do grupo de cantado-
Tem o som da concertina res repentistas. O ritmo e a melodia
Tem viola e violão compasso: ritmo. do repente são fáceis de acompanhar
concertina: tipo de e alegres. Cantar o repente destacan-
sanfona.
Tem a nossa percussão do as rimas apresentadas em pares
percussão: instrumentos
Deixando o show ritmado que produzem som quando de versos: animar/ar, nordestina/con-
recebem batidas. certina, violão/percussão, ritmado/
Eita Nordeste arretado
arretado: que tem beleza, arretado, agiganta/canta, mil/anil/
Pra ele eu dou nota mil elegância.
Brasil. Observar rimas e ritmos de me-
lodias é uma habilidade a ser exerci-
Zé Maria de Fortaleza e Cumpade Barbosa. Vai cair repente. DVD Nordeste En-cantador.
Fortaleza, 2012. Disponível em: https://tedit.net/4mWlm7. Acesso em: 2 jun. 2021.
tada. (Referência: BNCC – EF03LP27)

Os violeiros, de
Marcelo Alves Soares,
2003 (xilogravura,
27 cm 3 37 cm).
Acervo particular.
Marcelo Soares/Acervo particular

57

99
Outras linguagens
Esta seção prioriza a leitura de
textos em linguagem não verbal,
visando ampliar a experiência, o re- Outras linguagens
pertório e o universo textual dos
estudantes. Embora tenha um cará- As sombras podem expressar mais do que imaginamos. Observe como a sombra das
ter lúdico, uma das finalidades desta
mãos pode produzir efeitos surpreendentes.
atividade é exercitar o olhar do leitor
para a percepção dessa linguagem

VectorShow/Shutterstock
não verbal, associando as formas aos
efeitos de sentido que elas produ-
zem. (Referência: BNCC – EF15LP04)

Atividade complementar
Sugere-se, dentro das possibilida-
des, realizar em sala de aula a ativi-
dade de sombras com lanterna.

Produção de texto
O objetivo desta seção é promover
a produção de escrita, componente
essencial para a alfabetização. (Refe-
rência: PNA)

Criação de estrofe para


letra de canção
Planejamento ● Agora é a sua vez. Em casa, com uma lanterna, projete sombras das suas mãos
Embora a produção priorize o gê- em uma parede. Procure criar imagens diferentes e peça às pessoas de sua casa
nero letra de canção, a proposta de que adivinhem o que as sombras representam.
elaboração feita na etapa do planeja-
mento faz com que os estudantes
desenvolvam um trabalho mental Produção de texto
que os ajuda a fazer analogias, a esta-
belecer relações associando ideias, e Criação de estrofe para letra de canção
a escolher recursos sobre os quais as
perguntas da adivinha se apoiem. ● Junte-se a um colega e pensem no nome de um animal para ser adivinhado
Ajudá-los no planejamento consi- pelos colegas na estrofe da canção.
derando a finalidade, a circulação, a
organização e a estrutura do texto a Planejamento
ser produzido. (Referência: BNCC –
EF15LP05) 1. Pensem em pistas para dar aos colegas, procurando não dar dicas muito diretas.
2. Depois de escolher o animal, pensem em uma melodia conhecida e escrevam uma
estrofe sobre o animal escolhido que se encaixe nessa melodia.

58

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

100
Escrita
Possibilidade de resposta:
O que é, o que é?
3. Procurem usar palavras que formem rimas. Vejam um exemplo: Aqui vai uma dica
É um elegante animal
Que adora uma saladinha
Tem manchas no corpo E mastiga as folhas fresquinhas
Tem quatro patas e é elegante Sem perceber a falta do sal!
(girafa)
Come folhas das árvores
E não é um elefante.
O que é, o que é?
O homem costuma temer
É... a girafa!
Dos animais costuma ser o rei
Texto elaborado pelas autoras.
Mas esse gatão quando ataca
É porque precisa comer.
(leão)
Escrita Revisão e reescrita
Estas etapas da produção permi-
● Agora, escrevam no caderno a estrofe com os versos que vocês criaram. Se qui- tem que os estudantes desenvolvam
serem, a estrofe pode começar começar assim: as habilidades de reler, revisar e rees-
crever o texto produzido, a fim de
O que é, o que é? corrigi-lo e aprimorá-lo, fazendo cor-
Vou te dar uma dica: tes, acréscimos, reformulações e cor-
Resposta pessoal. reções de ortografia e pontuação.
Revisão e reescrita (Referência: BNCC – EF15LP06)
Também é importante direcionar
1. Depois de pronta, releiam a estrofe para verificar se: as atividades de revisão e reescrita de
modo que os estudantes desenvol-
• ficou clara para quem lê ou escuta; vam o hábito de voltar ao texto não
apenas para corrigi-lo, mas para am-
• as palavras escolhidas combinam com a melodia; pliar e alterar o que considerarem
• há rimas; necessário. Nas séries iniciais, deve
prevalecer o caráter de interação dos
• não há dúvida quanto à escrita das palavras. pares, ou o caráter coletivo, para que
os estudantes desenvolvam gradati-
2. Reescrevam a estrofe e façam ajustes se necessário. Depois, aguardem a vez de
vamente um olhar mais criterioso
cantar a estrofe com a adivinha para os colegas. sobre o texto escrito.
Se possível, ao final da produção,
3. Prestem atenção nas estrofes cantadas pelos colegas para adivinhar também. promover a apresentação da letra de
canção para outra turma, estimulan-
4. No final, vocês podem reunir todas as estrofes produzidas para fazer uma letra de
do os estudantes a, ao final de cada
canção de autoria coletiva, com muitas adivinhas, e apresentá-la para as outras estrofe, adivinhar de que bicho se
turmas. trata.

5. Planejem, com a professora, uma forma de fazer a apresentação para outros


colegas da escola.

59

101
Língua: usos e
reflexão
Os sentidos das palavras:
sinônimos e antônimos Língua: usos e reflexão
As atividades iniciais desta seção
não têm ainda a intenção de remeter Os sentidos das palavras: sinônimos e antônimos
os estudantes ao dicionário. Elas vi-
sam permitir que os estudantes tra- Significados semelhantes: sinônimos
balhem com hipóteses de sentido
com base nos significados que po- 1. Para descobrir a resposta do “O que é, o que é?” da seção Leitura 2, vocês tiveram
dem depreender do contexto da le- de seguir pistas de acordo com os sentidos das palavras. Vamos rever alguns desses
tra de canção “O que é, o que é?”. Há sentidos.
também o objetivo de os estudantes
perceberem a formação de palavras Substituam as expressões destacadas por outras com significado quase igual ou
pelo reconhecimento de radical ou semelhante. Para isso, consultem o quadro a seguir.
parte das palavras que originam ou-
tras, uma forma de deduzir significa-
dos antes de recorrer ao dicionário, é leve muito amiga encontrou
pois nem sempre os significados achou faz companhia é algo desvalorizado
trazidos pelos dicionários são ade-
quados ao contexto do texto. (Refe- resolver sem peso tornar claro
rência: BNCC – EF35LP05)
Atividade 1 é leve, sem peso
Esta atividade favorece o desenvol- Não tem cheiro nem sabor
a)
vimento da habilidade de inferir o Não tem peso nem valor é algo desvalorizado
sentido de palavras e expressões des-
conhecidas na letra de canção, com
base no contexto do verso ou do E na sua brincadeira
texto. (Referência: BNCC – EF35LP05) b)
É supercompanheira muito amiga, faz companhia
É importante ressaltar que não há
sinônimo perfeito, por isso são enfa-
tizadas a palavra semelhante e a
expressão quase igual. Deve-se con- Se você ainda não descobriu
siderar ainda que os sentidos podem c)
Eu garanto que você viu achou, encontrou
se alterar de acordo com o contexto
e a intenção de quem se expressa.
Assim, nota-se mais uma vez que
nem sempre os significados trazidos E agora o que eu vou dizer
pelo dicionário são suficientes para d)
Com certeza vai esclarecer resolver, tornar claro
encontrar sinônimos no texto.
Atividade 2 2. Releiam os versos da atividade 1 com as palavras ou expressões do quadro que
Conversar com os estudantes sobre vocês escolheram. Depois, respondam: Vocês acham que a substituição ficaria
a necessidade de o compositor da le-
adequada na letra de canção? Por quê? Para explicar, pensem também na melodia
tra fazer escolhas de linguagem não
apenas pelo significado trazido pelas e nas rimas. Respostas pessoais.
palavras, mas também pela possibili-
dade de essas palavras rimarem e se- 60
guirem a melodia.
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

102
Atividade 3
Para sistematização do trabalho
com sinônimos, sugere-se a atividade
3. Releia estas estrofes da letra de canção “O que é, o que é?” e observe as expressões complementar a seguir.
destacadas.

O que é, o que é?
Não desgruda do seu pé
Cresce, engorda, estica
Vou te dar uma dica

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Não tem cheiro nem sabor
Não tem peso nem valor
Não tem brilho mas se vê
Não consegue se esconder

Copie a expressão destacada que tem o sentido parecido, isto é, semelhante, a


cada uma das expressões a seguir. Leia o exemplo.

É opaco: Não tem brilho.

a) Fica colado: Não desgruda.

b) É inodoro: Não tem cheiro.

c) Aumenta: Cresce, engorda, estica.

d) É visível: Se vê.

Quando substituímos uma palavra ou expressão por outra com significado quase
igual, muito parecido ou semelhante, estamos usando um sinônimo.

Sinônimos são palavras de sentidos semelhantes.

61

Atividade complementar
Um trabalho produtivo com sinônimos
pode ser realizado com um quadro que des-
A L S D I E I F
taque uma palavra equivalente a outra já O B A U U V C T
mencionada. Por exemplo, no quadro ao
lado, os estudantes devem encontrar um C O N T E N T E
sinônimo de alegre. R T P C R S D I
F L G B M A V G

103
Os contrários: antônimos
Este conteúdo contribui para de-
senvolver a habilidade de inferir sig-
nificados de palavras desconhecidas Os contrários: antônimos
sem recorrer ao dicionário com base
no sentido da frase ou do texto. (Re- Há palavras que expressam sentidos contrários. Observe.
ferência: BNCC – EF35LP05)
Não desgruda do seu pé Cresce, engorda, estica
Agora você
Atividade 1 gruda diminui emagrece encolhe
Acatar se inicialmente os estudan-
tes apresentarem expressões com o Quando substituímos uma palavra por outra de sentido oposto, contrário, estamos
sentido contrário. Incentivá-los a in- utilizando um ant™nimo.
dicar o sentido contrário de cada ex-
pressão utilizando apenas uma
palavra, como no par “não tem bri- Antônimos são palavras de sentidos opostos, contrários.
lho”/“brilhante”.
Atividade 2 Agora você
Acatar as hipóteses de sentido que
os estudantes apresentarem, desde 1. Reescreva os versos, dando o sentido contrário do que está dito nos trechos
que sejam coerentes, e, em seguida, destacados.
conversar com eles sobre possibilida-
des que melhor se enquadram na a) Não tem peso nem valor
É pesado e valioso / Tem peso e valor
proposta, passando primeiro pelo Não tem brilho mas se vê
crivo do sentido e, depois, pela rima. Tem brilho, mas não se vê / É brilhante, mas
invisível

b) E agora o que eu vou dizer


E agora o que eu vou dizer
Com certeza vai esclarecer
Com certeza vai confundir/atrapalhar

2. Complete os versos com palavras de sentido contrário ao das palavras destacadas.


Dica: Para descobrir os opostos, preste atenção nas palavras destacadas e nas
rimas.

Natureza
[...]

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


O Sol sempre esquenta de dia
A brisa de noite me esfria

Com frio ou calor


Natureza é flor
Que sempre me dá alegria
[...]
César Obeid. Criança poeta: quadras, cordéis
e limeriques. São Paulo: Editora do Brasil, 2013. p. 22.

62

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

104
Hora de organizar o
que estudamos
Sugere-se que a leitura do esque-
3. Escreva palavras antônimas, isto é, com sentido contrário, de: ma sempre seja feita coletivamente
para que os estudantes desenvolvam
a) antigo: atual, moderno, novo c) alto: baixo a capacidade de ler textos em que
interagem a linguagem verbal e a não
b) jovem: idoso, velho d) frio:  quente, calor verbal. (Referência: BNCC – EF15LP04)
Palavras em jogo
O objetivo desta seção é promover
Hora de organizar o que estudamos a consciência fonêmica e a instru-
ção fônica sistemática, componen-
● Leiam e completem o esquema a seguir. tes essenciais para a alfabetização.
(Referência: PNA)
Sentido das palavras
As sílabas ca, co, cu, ce e
ci
Palavras com sentidos semelhantes Palavras com sentidos opostos Este conteúdo de ortografia per-
tence ao rol de convenção de escrita
em que é possível estabelecer uma
regularidade em relação ao som pro-
sinônimos antônimos duzido, conforme a ocorrência de:
• vogais E, I com a letra C: ce/ci –
som: /s/;
Palavras em jogo
• vogais A, O, U com a letra C: ca/co/
As sílabas ca, co, cu, ce e ci cu – som: /k/;
Este conteúdo contribui para o
1. No quadro a seguir, descubra o nome de alimentos que tenham a letra C e circule desenvolvimento da leitura e da es-
as palavras. crita de correspondências regulares
contextuais entre grafemas e fone-
TOMATE COUVE ARROZ BATATA PEIXE CARNE mas. (Referência: BNCC – EF03LP01,
CEBOLA FEIJÃO CURAU LARANJA CIDRA EF03LP02 e EF03LP05

Agora, preencha a tabela com as palavras que você circulou de acordo com o
som da letra C.

Letra C com som de ca, co, cu Letra C com som de ce, ci

couve cebola

carne cidra

curau

63

105
Atividade 3
Sugere-se que o professor escreva
as frases na lousa e oriente os estu-
dantes a copiarem-nas no caderno 2. Leia as palavras a seguir em voz alta com a professora e compare o som da letra C
depois de fazer uma leitura compar-
antes de cada vogal.
tilhada de cada uma delas.
Neste momento, ainda não esta-
COCADA CASA CUÍCA CEBOLA CEVADA CINEMA
mos empregando a notação fonética
/k/ (som de C quando seguido das
vogais a, o, u) e /s/ (som de C quando Conversem sobre o que se pode concluir quanto à mudança do som da letra C
seguido das vogais e, i). É importante em cada conjunto de palavras. A letra C tem um som quando ela é seguida de A,
apenas que os estudantes relacionem O, U e outro som quando é seguida de E ou I.
a mudança do som em função da 3. Com um colega, escrevam no caderno três palavras com as sílabas ca, co, cu e
vogal que vem depois da letra C. três palavras com as sílabas ce e ci.
Atividade 4 Aguardem a vez de vocês ditarem as palavras para a professora anotá-las na
Com base nas palavras ditadas Resposta pessoal. Sugestões: centopeia, cigarra; carneiro, coelho, cascudo
pelos estudantes, registrar uma lista lousa. (animais); cereja, ciriguela, cupuaçu (frutas).
na lousa e orientá-los a copiá-la no
caderno, para que exercitem a habi- As sílabas ga, go, gu, ge e gi
lidade de voltar à listagem e obser-
var detalhes das palavras registradas. 1. Em cada adivinha, descubra o nome do bicho.
A atividade de copiar a listagem de
palavras da lousa é uma forma de a) Pescoço comprido, logo você vai ver,
exercitar a habilidade de memorizar
a grafia de palavras de uso frequente. E manchas pelo corpo para se esconder.
(Referência: BNCC – EF35LP13)

As sílabas ga, go, gu, ge e b) Ando de mansinho e costumo ronronar,


gi
Mas, se salto e caio, em pé sempre vou ficar.
Este conteúdo de ortografia per-
tence ao rol de convenção de escrita
em que é possível estabelecer uma
regularidade em relação ao som pro- c) Pulo, pulo sem parar,
duzido, conforme a ocorrência de: Mas em bolsa na barriga
• letra G com as letras vogais A, O, U Meu filhote vou carregar.
– som de /g/: gato, gola, gude
• letra G com as letras vogais E, I –
som de / /: jeito, jipe
Este conteúdo contribui para o d) Salto na água, mas nado rapidinho,
desenvolvimento da leitura e da es- Gosto de amigos e muito carinho.
crita de correspondências regulares
contextuais entre grafemas e fone- Adivinhas elaboradas pelas autoras.

mas. (Referência: BNCC – EF03LP01 e


EF03LP02) Escreva na linha a seguir o nome dos bichos encontrados.

Girafa, gato, canguru, golfinho.

64

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

106
feitas propostas de atividades com
listagens, ditados, jogos e destaque
em textos para que os estudantes se
2. Ditado . A professora vai falar uma palavra de cada linha. Circule apenas a palavra apropriem paulatinamente da escrita
das palavras mais comuns no dia a dia.
que a professora falar.
Orientá-los a, quando tiverem dúvida
quanto à escrita de alguma palavra,
GOL – GEMA – GIZ – GALO AGULHA – GIRASSOL – GELEIA – GOMA
pesquisar o registro escrito no dicio-
nário. Se julgar oportuno, estimular a
GAROTO – GOLA – PAGODE – RELÓGIO FOGO – GARRAFA – GOLEADA – AGUDO busca no dicionário de palavras escri-
tas com J de uso mais frequente, co-
mo: jeito, jiboia, berinjela, canjica,
3. Junte-se a um colega e pensem em três palavras com as sílabas ga, go e gu e em desenvolvendo a habilidade de con-
três palavras com as sílabas ge e gi. sultar o dicionário para esclarecer
dúvidas sobre a grafia de palavras.
a) Escrevam essas palavras na coluna correspondente do quadro.
(Referência: BNCC – EF35LP12)
Palavras com ga, go, gu Palavras com ge, gi Atividade 1, item b
O uso da letra J constitui uma re-
gularidade e compõe uma sílaba não
Respostas pessoais. complexa. Se achar necessário, am-
pliar a leitura dessa ocorrência com
listas de palavras.

Atividade complementar
b) Aguardem a vez de vocês ditarem essas palavras para a professora escrever na Ampliar a leitura da ocorrência da
letra J com listas de palavras, por
coluna correspondente na lousa. exemplo: jabuticaba, juiz, jardineira,
c) Copie no caderno as listas de palavras da lousa. jaqueta, manjar, feijoada, jogada, en-
joado, enjaulado, bajular, conjugar,
arranjar, festejar. Desafiar cada estu-
G ou J? dante a pesquisar e escrever duas
palavras em que a letra J apareça.
1. Leiam, juntos, as palavras e observem as sílabas destacadas. Depois listá-las na lousa.

JENIPAPO – GELO A razão disso é que a re-


codificação fonológica obriga-
JILÓ – GIGANTE toriamente chama a atenção
do leitor para a relação entre
Espera-se que os estudantes percebam as letras ou grupos de letras
a) Conversem: O que vocês perceberam? que as sílabas destacadas em cada par e os fonemas que elas repre-
de palavras têm o mesmo som, mas são
b) Agora, leiam a sequência de palavras a seguir. escritas com letras diferentes. sentam na pronúncia das pa-
lavras, possibilitando dessa
forma o armazenamento da
JANELA – JEGUE – JIPE – JOANINHA – JUAZEIRO
grafia de inúmeras palavras
na memória. Desde que os lei-
A que conclusão podemos chegar em relação à letra J? tores conheçam e utilizem as
A letra J tem som semelhante ao som da letra G em ge e gi. correspondências grafema-fo-
65 nema para ler palavras des-
conhecidas, as grafias dessas
palavras são armazenadas na
memória sem necessidade de
G ou J? muita prática. Por exemplo,
Share (2004) mostrou que uma
Atividade 1, item a única exposição a palavras
O objetivo desta atividade é que os estudan- desconhecidas era suficiente
tes observem que as letras G e J, quando segui- para incrementar a memória
das das mesmas vogais, têm o mesmo som. O da sua grafia entre crianças do
uso de G ou J antes de E ou I dependerá mais 3o ano do Ensino Básico.
de memorização do que de dedução de regu-
RENABE, p. 106.
laridade. Por esse motivo, sugere-se que sejam

107
Memória em jogo
Esta atividade contribui para que
os estudantes desenvolvam a habili-
dade de ler trava-línguas com cres- Memória em jogo
cente autonomia e fluência (padrão
rítmico). (Referência: BNCC – EF35LP01) ● Tente memorizar o trava-língua
A “travadinha” em questão, de Eva a seguir. Depois, brinque com os
Furnari, ajuda a exercitar a escrita de colegas para ver quem consegue
palavras em que se deve escolher
falar depressa, sem errar, este

Vanessa Alexandre/
Arquivo da editora
entre G e J, uma das irregularidades
do sistema escrito: som semelhante, trava-língua de muitos bichos.
grafia diferente. A atividade contribui
também para a memorização da gra-
fia de palavras de uso frequente nas
quais as relações fonema-grafema O jovem José exagerou na mágica.
sejam irregulares e das com H inicial,
Sumiu com a jaqueta do jabuti, a japona do javali,
que não representa fonema. (Referên-
a geleia da jiboia, o jornal do jumento e a joia do jacaré.
cia: BNCC – EF35LP13)
José fugiu a jato no jipe.

Coleção de palavras Eva Furnari. Travadinhas. São Paulo: Moderna, 1994. p. 14.

O objetivo desta seção é promover


o desenvolvimento de vocabulá- No caderno, tente escrever esse trava-língua sem olhar o texto.
rio, componente essencial para a al-
fabetização. (Referência: PNA)
Coleção de palavras
● Nesta unidade, você conheceu a palavra bidimensional. Veja, na lista a seguir,
outras palavras que trazem a sílaba bi- com o significado de dois.

Bimestre Bicampeão
Dois meses. Por exemplo: Campeão por duas vezes.
“Samanta passou o último Zan

bimestre (os últimos dois meses)


on
eF
ra
iss
at
estudando em casa”.

/F
ol
h
ap
re
ss
Porcupen/Shutterstock

Retrato do jogador de vôlei de praia Alison,


medalhista de ouro olímpico em 2016 e de
prata em 2012. São Paulo, 2019.

66

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

108
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-
Binóculo Bicama Bicolor dos nesta unidade para que os estu-
Instrumento para ver Duas camas, uma de altura Que apresenta dantes se apropriem da organização
a distância com os comum e outra mais baixa, duas cores. dos conteúdos, atribuindo nomes a
dois olhos. que fica encaixada para ser fea
eles. Ler o quadro-síntese para os es-
th
puxada quando for usada. er
c
tudantes, orientando-os sobre as co-

ol
le
Por exemplo: “Quando meus

ct
lunas que o compõem.

or/
Krakenimages.com/Shutterstock

Sh
utte
primos dormem em casa, eles A coluna Avancei indica o que os

r sto c
usam a bicama”.

k
estudantes já sabem depois de terem
aprendido o conteúdo da unidade.

134lnstudio/Shutterstock
A coluna Preciso estudar mais indi-
ca o que é preciso retomar e estudar
um pouco mais. Motivá-los a fazer
Peixe-anjo-bicolor. comentários sobre o próprio desem-
As imagens não estão penho e ajudá-los a reconhecer a
representadas em proporção.
necessidade de revisão.
● Você já conhecia algum desses significados? Copie essas palavras no caderno
para compor a sua coleção de palavras. Você pode ampliar sua lista buscando
outras palavras no dicionário.

O que estudamos

Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 2 Avancei
estudar mais
• Leitura e interpretação de letra de canção
• Identificação de elementos da letra de canção
• Produção de estrofe para letra de canção
• Estudo de sinônimos e antônimos
• Revisão da escrita de palavras com C (ca, co, cu
e ce, ci); palavras com G (ga, go, gu e ge, gi) e
palavras com J (ja, je, ji, jo, ju)
• Participação em atividades orais

67

109
Conclusão da unidade 2

Esta unidade apresenta atividades que possibilitam acom- A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de
panhar o desenvolvimento dos estudantes e/ou da turma por aprendizagens que, em conjunto com o registro de resultados
meio de atividades que podem ser usadas para a avaliação de avaliação processual/formativa, possibilita o acompanha-
processual/formativa, como a proposta em Compreensão mento sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar
de texto – Leitura oral em foco. Isso permite identificar adequado, use-o para o registro de observações e resultados
estudantes com defasagens e/ou dificuldades e elaborar pla- de sua avaliação. Ele permite identificar os objetivos não atin-
nos para rever conteúdos e habilidades. gidos e replanejar atividades. Todas as anotações relativas ao
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra no desempenho dos estudantes são instrumentos importantes
final da unidade, para conversar com os estudantes a respeito do para o acompanhamento do desenvolvimento da turma.
próprio desempenho, estimulando a reflexão individual sobre o
processo de aprendizagem e a participação ativa nesse processo.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens


Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado


Atividades
Objetivo Avaliação Observação
sugeridas
Compreensão de
Ler e compreender letra de canção.
texto
Compreensão de
Identificar elementos de letra de canção.
texto

Produzir estrofe para letra de canção. Produção de texto

Língua: usos e
reflexão –
Estudar sinônimos e antônimos. Os sentidos das
palavras: sinônimos
e antônimos
Revisar a escrita de palavras com C (ca, co, cu e ce, ci); palavras com G (ga, go,
As palavras em jogo
gu e ge e gi) e palavras com J (ja, je, ji, jo, ju).

Leitura oral em foco

Prática de oralidade
Participar de atividades orais.
Observação cotidiana
da expressão oral do
estudante

Diante do diagnóstico que constate a existência de defasagens, professor; estímulo à leitura de letras de canção em casa; reela-
sugerem-se atividades para remediação e/ou atendimento de boração de estrofes de canções infantis com mudança de rimas.
dificuldades. Em leitura: leitura compartilhada com estímulo às Para dificuldades nos estudos sobre a língua: brincadeiras com
intervenções dos estudantes, leitura de letras de canção para a sinônimos e antônimos a partir da caracterização de personagens
localização de informações e identificação de elementos estru- de conhecidos. Para apropriação de convenções ortográficas:
turais do gênero; leitura oral expressiva, com intervenções do jogos ortográficos com palavras escritas com C, G e J.

110
Introdução da unidade 3

• Ler e interpretar história em versos.


• Identificar a estrutura narrativa da história em versos.
• Apreciar e observar versos, estrofes, rimas e seus efeitos de sentido.
• Exercitar a fluência em leitura oral.
• Participar de pesquisa e exposição sobre manifestações culturais.
• Produzir versos para continuar uma história em versos.
• Estudar frase, pontuação e expressividade.
• Diferenciar sentido real e sentido figurado no uso de palavras.
• Ler e escrever palavras com Z, H inicial, LH, NH, CH e X.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades pro- O avanço para uma leitura com mais autonomia e fluidez
postos nesta unidade, espera-se que os estudantes diferenciem é esperado, principalmente na decodificação de palavras
textos em verso e em prosa e identifiquem elementos básicos da mais comuns, uma das condições necessárias para a com-
estrutura de narrativas e de poemas. Para mobilizar conhecimentos preensão dos textos. Os estudantes que apresentarem difi-
prévios, sugere-se conversar com os estudantes sobre o que conhe- culdades devem ser acompanhados de maneira sistemática.
cem de textos em verso e em prosa. Outro cuidado relaciona-se à É fundamental avaliar se há problemas associados à falta de
constante ampliação do vocabulário já dominado, fator essencial apropriação da base alfabética e das convenções do sistema
para tornar a compreensão dos textos uma tarefa mais simples e de escrita, à falta de convívio com textos diversificados (bai-
incrementar as produções textuais. xo grau de literacia) e à dificuldade de leitura relacionada a
Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes vocabulário limitado, a fim de se buscar estratégias para
de diferenciar o que o significado dos termos real e figurado, solucioná-los, por meio de atividades de leitura e de escrita
antes de dar início ao trabalho com denotativo e conotativo. constantes e significativas.
Além disso, sugere-se rever coletivamente os conhecimentos Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, sugere-se
que eles têm sobre pontuação, para que associem os sinais a seu a leitura de listagens de palavras com as escritas a serem sistema-
valor expressivo e a seu papel na organização textual. tizadas e um levantamento inicial de possíveis dificuldades.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Os focos desta unidade são a leitura e o estudo de histórias em O desenvolvimento das práticas de análise linguística/semióti-
verso, buscando aprimorar a compreensão de textos desse gêne- ca (alfabetização e ortografização), constituída dos estudos sobre
ro. As atividades propostas destacam a identificação de elementos a língua, sempre está vinculado a textos e, considerando a pro-
próprios de narrativas e de textos em verso. Todas elas têm por gressão em espiral, retoma conceitos já estudados. Nesta unidade,
objetivo o desenvolvimento de maior autonomia dos estudantes estudos sobre a língua dão continuidade à identificação do sen-
para a leitura e a compreensão de textos. Procura-se desenvolver tido de palavras e expressões em função do contexto e à retoma-
a expressão escrita dos estudantes, por meio de atividades orga- da do conceito de frase, associado à expressividade e à pontuação.
nizadas para que, em grupos, criem continuidade para um texto, Para que os estudantes aperfeiçoem constantemente sua ex-
o que demandará a observação da coerência com a obra lida. Além pressão, há atividades que exploram a clareza na apresentação
disso, há oportunidades para que a expressão oral seja desenvol- de ideias, a desenvoltura e a expressividade, desenvolvidas de
vida por meio de leituras individuais e compartilhadas. maneira individual ou coletiva.

111
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
3 História
em versos
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competências gerais: 2, 4, 6 e 9
Competências específicas
de Linguagens: 1, 2, 3 e 5
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 1, 2, 3, 4, 5,
7e8

Habilidades da BNCC Nesta unidade você vai...


● ler e interpretar história em versos;
Principais habilidades
abordadas na unidade ● identificar a estrutura narrativa da história
em versos;
EF03LP02 EF15LP10 EF35LP13
● apreciar e observar versos, estrofes, rimas
EF03LP03 EF15LP11 EF35LP15
e seus efeitos de sentido;
EF03LP07 EF15LP12 EF35LP19 ● exercitar a fluência em leitura oral;
EF03LP11 EF15LP15 EF35LP20 ● participar de pesquisa e exposição sobre
EF03LP25 EF35LP01 EF35LP21 manifestações culturais;

EF03LP26 EF35LP02 EF35LP26 ● produzir versos para continuar uma história


em versos;
EF15LP01 EF35LP03 EF35LP27
● estudar frase, pontuação e expressividade;
EF15LP02 EF35LP04 EF35LP28
● diferenciar sentido real e sentido figurado
EF15LP03 EF35LP05 EF35LP29 no uso de palavras;
EF15LP04 EF35LP07 EF35LP31 ● ler e escrever palavras com Z, H inicial, LH,
EF15LP05 EF35LP11 NH, CH e X;
● participar em atividades orais.
EF15LP06 EF35LP12

68

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de Leitura/escuta
Oralidade
linguagem (compartilhada e autônoma)
• Gênero: história em versos (campo artístico-literário) • Interações orais em
• Leitura e interpretação de história em versos atividades em grupo
• Organização do texto: versos, estrofes e rimas • Jogral com entonação,

Conteúdos • Elementos da narrativa: personagens, tempo e espaço ritmo e expressividade


• Leitura oral de textos
• Enredo: sequência de fatos/ações da narrativa
• Produção de inferências de sentido com base em elementos do texto produzidos
• Fluência em leitura oral expressiva e jogralizada de história em versos
• Fluência em leitura oral da história em verso
112
Orientações didáticas
Chamar a atenção dos estudantes
para o fato de os livros e, consequen-
temente, a leitura, serem o meio pelo
● Observe a cena e responda: O que você acha qual todos os personagens flutuam
que está acontecendo com os personagens? no espaço. Estimulá-los a falar sobre
● Você gosta de ouvir histórias? E de “viajar” o que parece que cada uma das crian-
com elas? ças está sentindo (curiosidade, eufo-
ria, espanto, descoberta, prazer),
● De qual história, das que já ouviu, você mais
mediando a troca de exemplo de
gostou?
histórias ou de leituras que propor-
● Se você já ouviu alguma história em versos cionaram sensações parecidas, uma
rimados, conte para os colegas qual foi. estratégia para estabelecer expecta-
Respostas pessoais. tiva em relação ao gênero do texto
da unidade. (Referência: BNCC –
EF15LP02)
Ao responder à primeira questão,
que exige a observação de detalhes
da imagem, o estudante exercita a
habilidade de relacionar texto verbal
com ilustração. (Referência: BNCC –
EF15LP18)

itora
ed
da
ivo
qu
/Ar
es
a çõ
str
Ilu
LB

69

Práticas de Produção de textos Análise linguística/


linguagem (escrita compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Produção
em versos
coletiva de desfechos para a história • Frase, sinais de pontuação,
expressividade/entonação

Conteúdos • Planejamento de escrita, reescrita e produção de • Palavras com z, h inicial, lh, nh, ch
versos para história ex
• Produção de textos para compor cartaz sobre
manifestações culturais
• Sentido real e sentido figurado
das palavras

113
Para iniciar
Esta seção tem a finalidade de favo-
recer as antecipações de leitura dos
estudantes e estabelecer expectativas Para iniciar
em relação ao texto que vão ler (Refe-
rência: BNCC – EF15LP02)
O texto instrucional desta página é
Sapo que coaxa
mais visual que verbal. Como o verbal
● Vamos criar um sapo que você pode fazer coaxar ? Aguarde orientações da professora.
está contemplado só na lista do Ma-
terial, a estruturação do texto verbal
do Modo de fazer poderá ser feita Material necessário
oralmente, estimulando os estudan-
tes a listar o passo a passo por meio • 1 prato de papelão dobrado ao meio
da imagem do resultado final.
• pedaços de cartolina para as pernas e os olhos
1. Dobre o pratinho ao meio.
2. Desenhe na cartolina e recorte as • 1 tira de papel vermelho para a língua
duas patas dianteiras, as duas patas
traseiras, os dois olhos e a língua.
3. Pinte e enfeite cada parte confor-
me a figura.
4. Cole as partes nos locais apropria-
dos. (Referência: BNCC – EF03LP11) da ed
itora
rquivo
Se considerar oportuno, registrar Edson
Antun
es/A

na lousa as ações sequenciadas do


Modo de fazer para que os estudan-
tes copiem no caderno logo após a
cópia do Material.
A atividade de copiar retoma o exer-
cício da habilidade de copiar textos
breves. (Referência: BNCC – EF12LP03)

Para aprender a ler, a crian-


ça precisa mobilizar habilidades
que já manipula na língua fala-
da. [...] As pesquisas destacam
a estreita colaboração entre os
processos de compreensão oral
e os processos de compreensão
escrita
PNA, p. 34.

Depois de pronto, basta movimentar a boca, abrindo e fechando o pratinho.


O som do sapo é por sua conta!
Texto elaborado pelas autoras.

70

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

114
Um dos objetivos da escolha desse
gênero é motivar os estudantes a com-
parar texto em versos com texto em
prosa. A distinção entre eles é funda-
Agora você vai ler uma história, escrita em versos, sobre uma orquestra. mental para futuras caracterizações de
Você já ouviu uma orquestra? E uma orquestra de sapos? Como seria isso? gênero.
Sugere-se que a primeira leitura,
a leitura-modelo compartilhada,
seja feita pelo professor, pois o tex-
Leitura: história em versos fofoca: mexerico, intriga. to ganhará mais sentido e encanta-
emburrada: brava, de mento se lido de forma expressiva.
● Acompanhe a leitura da professora, apreciando a so- cara feia. Os estudantes talvez ainda não te-
noridade do texto. aplauso: barulho de nham a autonomia necessária para
palmas de aprovação.
Orquestra realizar esse tipo de leitura expres-
siva sem um modelo. Para desen-
Os sapos cantam até tarde, E o show segue a noite inteira.
volver a fluência da leitura sugere-se
alguém já vem reclamar: Não há o que faça parar, que, após a leitura oral do professor,
— Amanhã acordo cedo, nem aplauso ou choradeira, sejam distribuídos versos entre os
vamos, parem de cantar! não adianta tentar. estudantes para que pratiquem a
articulação das palavras e a en-
— Ora, ora, dona Aranha, De manhã, a orquestra para
tonação expressiva. Em seguida,
já montamos toda a orquestra. e os sapos começam a sair. pode ser composto um jogral, com-
É noite de lua cheia, Mas dona Aranha, coitada! binando as vozes, uma estratégia
não vê que estamos em festa? Não consegue mais dormir. para exercitar aqueles que ainda
têm dificuldade na leitura por meio
Dona Aranha, aborrecida, Nye Ribeiro. Roda de letrinhas.
Campinas: Roda e Cia., 2004. p. 20-21. de reconhecimento automático*
vai chamar a centopeia.
para depois fazer a leitura oral com
Ela vem e vê que a briga a entonação expressiva necessária.
não é coisa muito séria. Reconhecimento automático
Dona Aranha, muito brava,
no desenvolvimento da leitura e da
escrita:
vai chamar o seu vizinho.
Vem o grilo, vê a orquestra [...] depois que uma pala-
e vai saindo de mansinho. vra é lida várias vezes, arma-
zena-se na memória e passa a
Dona Aranha, irritada,
ser reconhecida imediatamen-
vai chamar dona Minhoca.
te, sem a necessidade de es-
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

Ela escuta e não diz nada, tratégias intermediárias como


não quer saber de fofoca! a predição, a analogia e a de-
codificação. É a maneira mais
Dona Aranha, emburrada,
eficiente e menos custosa para
vai chamar o carrapato. a memória, permitindo que o
Ele vem, dá meia-volta, leitor leia com rapidez e pro-
mas não quer pagar o pato. sódia, faça inferências e com-
preenda frases e textos.
PNA, p. 27.

Estimular os estudantes a ler as


71 palavras do glossário em voz alta pa-
ra auxiliar na fixação tanto da pronún-
cia quanto da escrita. É necessário
explicar que as palavras podem ter
Leitura o desenvolvimento da literacia e da fluência em
outros significados em outros contex-
Gênero: história em versos. O estudo deste leitura oral. (Referência: PNA e BNCC – EF15LP15
tos de uso, caso questionem o signi-
texto literário insere-se nas práticas de lingua- e EF35LP21) ficado registrado no glossário.
gem voltadas ao desenvolvimento da leitura, O título história em versos foi dado para As expressões “coisa muito séria”,
fruição e produção de textos do campo artís- didatizar o gênero poema narrativo. Assim, o “saindo de mansinho”, “dá meia-volta”
tico-literário e atende ao desenvolvimento do texto combina elementos de poemas (so- e “pagar o pato” têm o seu significado
objeto de conhecimento desse eixo: voltado noridade, rimas, ritmo, estrofes, versos) com explorado na seção Vocabulário em
para a formação do leitor literário, desenvolven- elementos que estruturam as narrativas ficcio- foco. Se surgirem dúvidas quanto a
do a habilidade de ler e compreender textos nais (enredo, personagem, tempo, espaço, elas, adiantar as atividades dessa seção.
literários de diferentes gêneros e contribui para narrador).

115
Sobre a autora
Ao ler as informações sobre a au-
tora com os estudantes, destacar o
fato de ela conhecer a natureza por Sobre a autora

Reprodução/Arquivo pessoal
ter vivido perto dela.
Nye Ribeiro nasceu em 1950, em Boa
Compreensão

Reprodução/Editora Roda & Cia


Esperança, Minas Gerais. Passou sua infância
do texto em contato com a natureza, andando pelos
morros, seguindo trilhas e descobrindo
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- caminhos. Tem mais de 60 livros publicados.
nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA).
Estas atividades instigam a reflexão Compreensão do texto
sobre as características do gênero e os
elementos que estruturam a narrativa: Atividade oral e escrita
personagens, lugar, tempo, ações.
Seguindo a afirmação da PNA (p. 34) 1. Esse texto é uma história em versos.
de que “a compreensão do texto é
o propósito da leitura”, as atividades a) Nessa história, há conjuntos de versos que formam estrofes. Quantas estrofes há
propostas nesta seção exercitam a ha-
nesse texto? Oito estrofes.
bilidade de ler e compreender narrativa.
(Referência: BNCC – EF35LP26) b) Esse texto apresenta rimas. Copie dois pares de palavras que rimam.
Atividades 1 e 2 Sugestões: Reclamar/cantar, orquestra/festa, centopeia/séria, vizinho/mansinho,
Estas atividades supõem a localiza-
ção de informações explícitas no texto. irritada/nada, minhoca/fofoca, etc.
(Referência: BNCC – EF15LP03)
Atividades 3 a 6 2. Localize as seguintes informações na história e escreva-as abaixo.
Estas atividades favorecem o desen- a) Personagens:
volvimento da habilidade de identifi-
car, em narrativas, cenário, personagem Sapos, dona Aranha, centopeia, grilo, dona Minhoca, carrapato.
central, conflito gerador, resolução e
ponto de vista com base no qual as b) Tempo:
histórias são narradas. De modo práti-
co, as questões propostas exigem • Quando foi a festa dos sapos: Em noite de lua cheia.
respostas às perguntas iniciadas por
Quem? Quando? Por quê? (Referên-
• Quanto tempo durou a festa: A noite inteira.
cia: BNCC – EF35LP29) • Quando acabou a festa: De manhã.
Atividade 3
O foco desta atividade é o reco- 3. Dona Aranha chama vários outros bichos. Assinale o motivo.
nhecimento do tema principal do Queria participar da festa dos Queria que todos os bichos
enredo. Para estudantes do 3o ano, é A) C)
sapos. viessem à festa.
uma atividade que precisa ser realiza-
da oralmente, pois a síntese que deve Queria ajuda para acabar
ser feita para identificar a ideia central B) Queria companhia para dormir. D) X
com a festa.
do texto é um pouco complexa. Esta
atividade contribuirá, posteriormente, 72
para a delimitação do tema/assunto.
(Referência: BNCC – EF35LP03) Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
Como destaca a PNA, p. 34:
Atividade complementar
Trata-se de um processo
intencional e ativo, desenvol- Sugere-se usar as palavras rimadas do texto 3. Cortar as folhas nas dobras para obter vinte
vido mediante o emprego de para a confecção de um baralho de rimas. Veja o cartas de um baralho de rimas.
estratégias de compreensão. passo a passo a seguir: 4. Reproduzir um baralho para cada grupo de
O baralho de rimas: estudantes.
1. Dobrar uma folha de sulfite ao meio na largura
O jogo:
e depois ao meio no sentido da altura.
2. Escrever em cada divisão uma palavra rimada 1. Fornecer um baralho de rimas a cada grupo.
(utilizar folhas de sulfite suficientes para a escri- 2. Orientar os grupos:
ta das vinte palavras que compõem as rimas).

116
Atividade 4
Os itens a e b demandam inferên-
cias com base em dados do texto.
É uma habilidade que os estudantes

Va Arq
4. Releia os versos:

ne uiv
ss o
a da
precisam desenvolver aos poucos,

Ale e
xa dito
nd ra
re
/
Os sapos cantam até tarde, com intervenção do professor, para
alguém já vem reclamar: conseguir estabelecer relações de sen-
— Amanhã acordo cedo, tido. Sugere-se que haja uma conversa
vamos, parem de cantar! antes da resposta final. O trabalho aqui
iniciado refere-se à caracterização de
personagens.
a) Quem disse o que está destacado? Dona Aranha. Atividade 6
Esta é uma atividade que desen-
b) No desenrolar da história, algumas palavras descrevem como a aranha se sente. volve a habilidade de inferir o sentido
Assinale quais destas palavras estão presentes na história. em que a palavra foi empregada.
(Referência: BNCC – EF35LP05)
X emburrada alegre sonolenta Desenvolve também a habilidade
de inferir informações implícitas de
animada X irritada furiosa fácil identificação em textos, pois “coi-
tada” é a impressão de quem está
narrando a história e não é explicitado
5. Ligue cada bicho à atitude que tomou para não atender a dona Aranha. o porquê dessa impressão. (Referên-
cia: BNCC – EF35LP04)
sapos saiu de mansinho

centopeia deu meia-volta

achou que a briga não era


grilo
coisa muito séria

carrapato não quis saber de fofoca

minhoca continuaram a festa

6. Releia o final da história:

Mas dona Aranha, coitada!


Não consegue mais dormir.

Por que, ao final da história, dona Aranha é chamada de coitada?

Porque é de manhã, é hora de acordar e ela não poderá mais dormir.

73

a) O estudante que recebeu o baralho deve c) Quem tiver a carta com a palavra que Realizar várias partidas para que mesmo os
distribuir as cartas entre os participantes. rima com a que está sobre a mesa colo- estudantes com dificuldade de leitura possam
Se no grupo houver quatro participantes, ca-a ao lado da primeira. Em seguida, o exercitá-la sem que percebam a atividade co-
cada jogador receberá cinco cartas. jogador que completou a rima abre ou- mo tarefa repetitiva.
b) O estudante que, em sentido horário, tra carta e repete-se o procedimento.
estiver posicionado depois daquele que d) O jogo continua até que todas as pala- Um bom leitor é aquele que iden-
distribuiu as cartas deve abrir uma das vras rimadas estejam arrumadas no cen- tifica palavras com precisão, fluência
cartas que estão na sua mão no centro tro do grupo. e velocidade, dentro e fora de textos
da mesa para que todos consigam ler a Vence o grupo que primeiro chegar ao fim EHRI, 2014 apud PNA, p. 28.
palavra escrita nela. da formação das rimas.

117
Atividade 7
Esta é uma questão de extrapola-
ção, pois supõe um posicionamento
pessoal dos estudantes diante do 7. Em sua opinião, os bichos fizeram certo em não acabar com a festa dos sapos?
fato. Assim, devem ser aceitas tanto
Por quê? Respostas pessoais.
opiniões que defendam a atitude dos
bichos que não quiseram ajudar a 8. Leia as frases a seguir e numere-as de acordo com a ordem dos fatos na história.
aranha como opiniões que conde-
nem a atitude dos bichos por falta de
Nenhum dos bichos quis acabar com a festa dos sapos. 3
solidariedade ou compaixão com a
situação da aranha. O importante é
Muitos bichos foram chamados para ajudar dona Aranha. 2
que os estudantes sejam estimulados
a justificar a posição escolhida. É um
preparo para o desenvolvimento da Dona Aranha não conseguiu dormir porque a festa só terminou de manhã. 4
habilidade de opinar e defender pon-
to de vista sobre tema polêmico, re- Dona Aranha queria dormir, mas os sapos montaram uma orquestra. 1
lacionado ao texto lido. (Referência:
BNCC – EF35LP15)
9. Assinale a alternativa que completa a informação. A história é narrada:
Atividade 8
Esta atividade propicia melhor A) pela personagem principal, dona Aranha.
compreensão da história, pois desen-
volve a percepção sobre a cronologia
dos fatos e contribui para a síntese do B) X por um narrador.
enredo. A compreensão dos momen-
tos do enredo é fundamental para a C) por um dos convidados para a festa.
interpretação da narrativa ficcional.
Isso contribuirá para a produção de D) pelo leitor.
narrativas ficcionais mais adiante. (Re-
ferência: BNCC – EF35LP26)
Atividade 9
Não é problema os estudantes ain- Hora de organizar o que estudamos
da não identificarem a narrativa em
3a pessoa ao avaliar o narrador. O im- ● Leiam, juntos, o esquema a seguir. Depois, completem o quadro com informa-
portante é que percebam que a Ara-
ções sobre o leitor ou público dessa história.
nha é a personagem principal, mas
não é ela que conta a história. (Refe-
História em versos
rência: BNCC – EF35LP29)

Hora de organizar o
que estudamos Intenção/finalidade Organização do texto
• Versos, estrofes, rimas
Leitor/público
• Estimular a imaginação
Este mapa conceitual simplifica a • Entreter, divertir • Fatos que acontecem em um Possibilidades: Pessoas
definição de história em versos. Se con- • Refletir sobre fatos do dia a dia tempo e um espaço que gostem de histórias
siderar que os estudantes já têm con- imaginadas; Pessoas que
gostem de textos em
dições de ampliar o conceito, o versos, com rimas e ritmo.
esquema pode ampliado.
É uma forma de exercitar habilida-
des próprias do campo das práticas 74
de estudo e pesquisa, como recupe-
ração das ideias principais em situa- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
ção de escuta e a exposição de
trabalhos ou pesquisas escolares em Avaliação processual/formativa
sala de aula com apoio desse recurso
semiótico. (Referências: BNCC – Esta atividade é uma boa oportunidade para va, no final do ano letivo, é de uma velocidade
aferir a fluência em leitura oral dos estudantes, de leitura de 90 palavras por minuto e precisão
EF35LP19 e EF35LP20)
com velocidade, precisão e prosódia. Para essa de 95%, garantida a compreensão do texto.
aferição, “professores e coordenadores pedagó- Para aferir a fluência em leitura oral com base
gicos devem levar em consideração, no processo nesse parâmetro, será necessário gravar a leitura de
de alfabetização, as pesquisas que indicam o cada estudante, utilizando um gravador de voz. A
número médio de palavras lidas com fluência ao história em versos tem, ao todo, 150 palavras, por-
final de cada ano do ensino fundamental” (PNA, tanto, a expectativa é de que os estudantes com-
p. 33). Para os estudantes do 3o ano, a expectati- pletem a leitura do texto em aproximadamente

118
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
Vocabulário em foco rio, componente essencial para a al-
fabetização. (Referência: PNA)
● Para contar a história, foram utilizadas expressões comuns nas conversas do dia a dia.
Leitura oral em foco
Assinale a alternativa que corresponde ao significado da expressão destacada nos versos.
O objetivo desta seção é promover
a) Ela vem e vê que a briga a fluência em leitura oral, compo-
não é coisa muito séria nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA)
X algo grave. algo divertido. algo triste. Para uma atuação mais direcionada
a defasagens específicas de alguns
b) Vem o grilo, vê a orquestra estudantes, sugere-se repetir a ativida-
e vai saindo de mansinho
de com o baralho de rimas já descrita.

A produção científica no
saindo sem reclamar
Brasil e no mundo tem apon-
tado com frequência para a

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


X saindo sem ser notado estratégia de Leitura Repetida
(LR) como a mais eficaz para
saindo sem se despedir estimular a fluência de lei-
tura, desde que a criança já
c) Ele vem, dá meia-volta,
seja capaz de reconhecer pala-
vras (ALVES; CELESTE, 2013;
dá metade da volta MARTENS et al., 2019).
RENABE, p. 178.

X muda de direção

continua na mesma direção

d) mas não quer pagar o pato.

pagar pelo pato comprado

pagar pelo valor do pato

X pagar pelo que não deve

Leitura oral em foco


● Leia a história silenciosamente. Em casa, leia-a em voz alta para seus familiares
ou responsáveis. Assim, você se prepara para ler em voz alta na sala de aula
quando a professora chamar.

75

1 minuto e 40 segundos, sendo possível que do ano, empregando, quando necessário, para a velocidade e a precisão na leitura das
tenham maior dificuldade de pronunciar por exercícios de treino e remediação. palavras.
volta de 8 palavras do texto. Sugere-se regis- Na aferição da fluência em leitura oral des- As etapas indicadas para a realização do
trar a velocidade da leitura de cada estudante, sa história em verso, observar que o maior jogral na seção Práticas de linguagem ser-
listar as palavras pronunciadas com maior di- desafio dos estudantes deve estar relaciona- virão também para ajustar o que for neces-
ficuldade e fazer observações acerca da pro- do à prosódia: ritmo, entonação e expressivi- sário em relação às defasagens percebidas
sódia, ressaltando o que pode ser melhorado. dade. O texto, por ser estruturado em estrofes na leitura de cada estudante e da turma em
Guardar esse registro para acompanhar o de quatro versos, com rimas BD em todas geral.
progresso da fluência dos estudantes ao longo elas, facilita a memorização, o que colabora

119
Sugestões
Sugere-se localizar previamente,
na biblioteca da escola ou no canti-
nho de leitura, os livros indicados e
alguns outros com histórias do mes- SUGESTÕES
mo gênero para facilitar a busca e
estimular a leitura. Pedir aos estudan- • Se você gostou da história em versos, procure outras histórias desse tipo em bibliotecas da cida-
tes que justifiquem a escolha dos li- de onde você mora ou mesmo no cantinho de leitura da sala de aula. Veja algumas sugestões:
vros e, após a leitura, compartilhem
sua opinião com os colegas. (Referên-
Papo de pato, de Bartolomeu Campos Queirós, publicado pela editora Formato.
cia: BNCC – EF35LP02)

Outras linguagens
Esta história de Eva Furnari contribui PŽ de pil‹o, de Mário Quintana, publicado pela editora Ática.
para que os estudantes desenvolvam
a habilidade de construir o sentido de
histórias apresentadas em uma se-
quência de imagens.
A atividade de leitura de uma se- Outras linguagens
quência de imagens sem texto verbal
favorecerá também o desenvolvimento As histórias podem ser contadas de muitas maneiras: tanto com linguagem verbal
do olhar do leitor para múltiplas lin- como com recursos da linguagem não verbal, por exemplo, imagens.
guagens e recursos gráfico-visuais em ● Leiam a história a seguir, contada só por meio de imagens. Depois, conversem
textos multissemióticos. (Referência:
sobre o que entenderam. Ver comentários nas orientações para o professor.
BNCC – EF15LP04)
A leitura de texto não verbal requer

© Eva Furnari/Acervo da autora


um exercício de observação e atenção
para que se construa o sentido.
Sugere-se uma leitura quadro a
quadro com os estudantes, para que
dirijam o olhar para detalhes significa-
tivos.
• Quadrinho 1: situação inicial de
tranquilidade – bruxinha faz cari-
nho no gato. Chamar a atenção
para as expressões de ambos.
• Quadrinho 2: chegada de um ter-
ceiro personagem.
• Quadrinho 3: momento em que a
bruxinha lança uma magia contra
o personagem; ela e o gato aguar-
dam o resultado.
• Quadrinho 4: expressões de satis-
fação pelo resultado da transfor-
mação. Eva Furnari. A bruxinha atrapalhada. Ilustrações da autora. 24. ed. São Paulo: Global, 2003.
• Quadrinho 5: mudança na expres-
são de ambos porque há uma si- 76
tuação nova: abertura da tesoura.
• Quadrinho 6: aspectos de movi- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

mentação dos personagens, fugin-


2. intenção/finalidade predominante: entreter,
do da perseguição da tesoura com
divertir, estimular a imaginação e até brincar
características da ave inicial: olho e
com o leitor;
pés.
Sugere-se conversar com os estu- 3. leitor que aprecia esse tipo de histórias: pes-
dantes sobre os seguintes itens: soas que gostem de histórias imaginadas e
contadas por uma sequência de imagens.
1. elementos da narrativa presentes:
personagens, espaço, tempo (inde-
finido), sequência de fatos (enredo);

120
Prática de oralidade
Conversa em jogo
Além dos objetivos de estimular a
Prática de oralidade reflexão sobre um tema abordado no
texto lido e de desenvolver habilida-
Conversa em jogo des próprias da comunicação oral,
esta seção visa desenvolver atitudes
O barulho incomoda? favoráveis à convivência em grupo,

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


● Releiam esta estrofe:
como: aguardar sua vez de falar, ouvir
com atenção a fala do outro, posicio-
nar-se educadamente diante de uma
Os sapos cantam até tarde, ideia contrária à sua e emitir sua opi-
alguém já vem reclamar: nião sem ofender quem tem posicio-
— Amanhã acordo cedo, namento contrário. (Referências: BNCC
vamos, parem de cantar! – EF15LP10 e EF15LP11)
O tema da seção favorece ainda a
reflexão sobre regras de convivência
Os sapos queriam fazer festa.
com vizinhos, em casas ou condomí-
Dona Aranha reclamou porque precisava dormir para acordar cedo no dia nios, e sobre a produção de barulho
seguinte. que possa incomodar pessoas doen-
Agora, conversem: O que deve ser feito quando o barulho incomoda alguém? tes, bebês, pessoas que trabalham em
casa, etc.
É importante ter um horário certo para festas e barulho, para não incomodar
quem quer ou precisa dormir? Espera-se que os estudantes respondam que sim, Jogral
é importante ter um horário para festas e barulho, Jogral: leitura expressiva de textos,
para que as pessoas possam descansar e dormir.
principalmente literários, em que se
Jogral alternam vozes declamando, cantan-
do, falando. Pode ter partes individuais
● Uma história em versos fica mais expressiva quando lida em voz alta, pois, assim e partes coletivas.
como os poemas, ela apresenta ritmo, rimas e sonoridade. Sugere-se a elaboração de um jo-
gral como forma de favorecer o de-
Vamos fazer um jogral! Para isso, sigam as orientações da professora.
senvolvimento da fluência em leitura,
exercitada em voz alta, com textos de
1. Vocês deverão preparar a leitura do texto “Orquestra”.
diferentes extensões (com padrão
rítmico adequado e precisão), que
2. A turma deverá ser dividida em seis grupos. ajudará tanto na compreensão como
no desenvolvimento de maior auto-
3. A professora dirigirá o ensaio, combinando as vozes e dando mais instruções. nomia de leitura. (Referência: BNCC
– EF35LP28)
4. Ao ensaiar, fiquem atentos à pronúncia clara das palavras, à postura – com A finalidade desta atividade é exer-
olhar direcionado ao público – e aos gestos que forem importantes para a citar a leitura expressiva, a fluência
em leitura oral, a articulação de pa-
interpretação expressiva do texto.
lavras e a postura de apresentação
em público.
5. Quando estiverem de bem ensaiados, vocês poderão combinar uma data com Na apresentação oral, ressaltar para
a professora e fazer uma apresentação para outras turmas. os estudantes a importância dos cui-
dados com a postura – inclusive o di-
77 recionamento do olhar para a plateia
–, articulação clara das palavras e dos
gestos, uso de tom de voz moderado
(nem muito alto nem baixo demais) e
modulação expressiva. São elementos
paralinguísticos/cinésicos fundamen-
tais para a expressão em situações
orais. (Referência: BNCC – EF15LP12)

121
Tecendo saberes
Trata-se de trechos de canções re-
gionais, cada uma delas referindo-se
a uma manifestação cultural: (1) mú-
sica do povo Karitiana, (2) siriri, (3)
Tecendo saberes
cambinda, (4) congo, (5) boi de ma-
mão. É importante que o conteúdo Em cada região do Brasil há formas próprias de cantar canções.
seja trabalhado de modo interdisci- As canções populares geralmente são passadas de geração em geração, preservando
plinar com Geografia. Os estudantes a tradição e a cultura de um povo.
devem localizar no mapa as regiões
citadas e relacioná-las com as can- ● Agora, vamos conhecer trechos de algumas letras de canção das regiões indi-
ções e as manifestações culturais a cadas no mapa.
que correspondem. Eles também
podem localizar a região em que vi-
vem e pesquisar suas manifestações Brasil regional
culturais.

Banco de imagens/Arquivo da editora


55º O

• (1) Karitiana: fala de uma criança do


RORAIMA
povo Karitiana, que vai caçar tatu
com o pai. AMAPÁ
Equador

• (2) Siriri: tipo de ciranda regional.


• (3) Cambinda: canto e dança muito


antigos de que só participam ho-
AMAZONAS PARÁ RIO GRANDE
CEARÁ
mens. MARANHÃO
DO NORTE

• (4) Congo: canto e tambores que PIAUÍ


PARAÍBA

saem em cortejos dançantes. ACRE


PERNAMBUCO

• (5) Boi de mamão: história de um TOCANTINS


ALAGOAS
SERGIPE
boi, também chamada Boi-bumbá RONDÔNIA
BAHIA
e Bumba meu boi em outras 1 MATO
GROSSO
3
DISTRITO
regiões. FEDERAL OCEANO
Essas informações poderão ampliar 2 ATLÂNTICO
o trabalho proposto. As letras das can- GOIÁS
MINAS
tigas foram retiradas do encarte do CD MATO GERAIS
ESPÍRITO SANTO
Canções do Brasil, que, se houver OCEANO GROSSO
DO SUL
oportunidade, poderá ser ouvido pe- PACÍFICO SÃO PAULO
4
RIO DE JANEIRO
los estudantes. A audição enriquecerá Trópico
de Capricó
o aspecto cultural abordado. PARANÁ
rnio

Todas as canções estão disponíveis


para audição gratuita na internet.
SANTA 5
CATARINA
LEGENDA
A atividade de ouvir a gravação das Região Norte RIO GRANDE
canções cantadas por crianças de di- Região Nordeste
DO SUL

ferentes regiões do país favorece a Região Centro-Oeste


ESCALA
identificação das variedades linguís- Região Sudeste 0 290 580
Região Sul Quilômetros
ticas e características regionais e o
respeito pela diversidade cultural. IBGE. Atlas geográfico escolar. 7. ed. Rio de Janeiro, 2016. (Adaptado.)
(Referência: BNCC – EF35LP11)
A leitura das letras das canções
contribui para o reconhecimento de 78
que os textos literários fazem parte
do mundo do imaginário e apresen- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
tam uma dimensão lúdica, de encan-
tamento, valorizando-os, em sua Atividade complementar
diversidade cultural, como patrimô- Orientar os estudantes a fazer uma pesquisa em cas, músicas regionais, festas e manifestações
nio artístico da humanidade. (Refe- grupo sobre manifestações culturais da região ou populares, brincadeiras regionais, etc.
rência: BNCC – EF15LP15) do estado onde vivem e a produzir cartazes para
apresentar os resultados.
• Orientar os estudantes a registrar as informa-
ções obtidas na pesquisa e a selecionar ima-
• Propor à turma que cada grupo pesquise, na gens para compor os cartazes.
biblioteca, em conversas com familiares e pes-
soas da comunidade ou na internet, um tipo de
• Apresentar modelos de relatórios simples de
pesquisa aos estudantes para que observem
manifestação cultural da região: comidas típi- formas de apresentar resultados de pesquisa;

122
1. Rondônia 2. Mato Grosso

Tso ere poma Nandaia


(música da tribo Karitiana)
Nandaia
Uy poma (Vou brincar) Nandaia, nandaia
Uy poma (Vou brincar) Vamos todos nandaiá
I ay ta ka’ay un mi’ay (Vou pegar, pegar) Seu padre vigário
I ay ta ka’ay un mi’ay (Vou pegar, pegar) Venha me ensinar a dançar...

3. Paraíba 4. Minas Gerais

Congo da Maria Amada


Assim cantam os passarinhos
Olha o congo da Maria Amada
Assim canta o passarinho
Ô tileleia
Quando vai fazer seu ninho
Olha o congo da Maria Amada
Tudo tem na terra amor
Ô tileleia
Ai, ai, dona Sinhazinha.
Ô tileleia

5. Santa Catarina

Cantiga da cabrinha
E o vaqueiro chama a cabra
Ê cabra ê cabra
Chama a cabra pro salão
Ê cabra ê cabra
Essa cabra não berra
Ê cabra ê cabra...

Sandra Peres e Paulo Tatit. In: Canções do Brasil.


São Paulo: Palavra Cantada, 2001. 1 CD. Faixas: 7, 10, 12, 20 e 26.

● Façam uma roda de conversa sobre as canções conhecidas da sua região.

79

por exemplo, organizar as informações em com os cartazes de todas as manifestações formatação e diagramação específicas de
tópicos ou resumo, usar ilustrações, foto- culturais pesquisadas. Essa atividade con- relatórios de pesquisa, inclusive em suas
grafias, etc. tribui para o desenvolvimento das habili- versões orais. (Referências: BNCC – EF03LP25,
• Propor aos grupos que apresentem oral- dades de planejar e produzir textos para
apresentar resultados de pesquisas em
EF15LP05, EF35LP20 e EF03LP26)
Observação: na unidade 11 (texto informa-
mente os resultados de suas pesquisas,
tendo como apoio o cartaz produzido. fontes de informações; expor trabalhos e tivo e infográfico), a atividade aqui sugerida
pesquisas escolares com apoio de recur- como complemento é sistematizada de forma
• Montar com os estudantes, na sala de aula
sos multissemióticos (ilustrações, foto- a garantir o exercício das habilidades citadas.
ou em outro espaço da escola, um painel
grafias); além de identificar e reproduzir a

123
Língua: usos e
reflexão
Sentido real e sentido
figurado das palavras Língua: usos e reflexão
A finalidade deste conteúdo é ini-
ciar uma reflexão sobre as diferentes Sentido real e sentido figurado das palavras
possibilidades de sentido que as pa-
lavras podem assumir de acordo 1. Releia esta estrofe do texto:
com o contexto, com a intenção e

Ilustrações: Vanessa Alexandre/


Arquivo da editora
com a necessidade de recursos ex-
pressivos. O texto literário é um cam-
po rico no uso de palavras em Dona Aranha, emburrada,
sentido figurado e na construção de
vai chamar o carrapato.
metáforas. Defrontar-se com o cará-
ter polissêmico da língua contribui Ele vem, dá meia-volta,
para o enriquecimento do léxico e mas não quer pagar o pato.
para as possibilidades expressivas
nas produções de texto. (Referências:
BNCC – EF35LP27 e EF35LP31)
As atividades propostas dão con- Ligue a expressão destacada à ilustração que mais se aproxima do sentido que
tinuidade à reflexão já iniciada na pode ter no texto.
seção Vocabulário em foco.
Em nossa língua, algumas palavras podem ser empregadas em mais de um sentido.
A expressão “pagar o pato” pode significar comprar e pagar um pato real. Nesse
caso, a palavra pato é empregada no sentido real, próprio da palavra (uma ave). Mas
pode também ter o sentido de “sofrer uma consequência ou levar a culpa por alguma
coisa que não fez”. Nesse caso, as palavras são utilizadas para criar um novo sentido:
um sentido figurado.

2. Leia a tirinha e responda: Você acha que dona Pata sabe guardar segredo?

© Lancast/Acervo do cartunista
Lancast. Anabel. Recreio. São Paulo, ano 10, n. 473, 2 abr. 2009. p. 42.

Não, porque ela logo fala para as outras patas.

80

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

124
Atividade 3
Para que os estudantes observem
que uma mesma palavra pode ter
3. As patas escolheram dois objetos para representar a habilidade de guardar segredos: diferentes sentidos, dependendo de
como é utilizada, escrever na lousa as
um túmulo e um cadeado sem chave.
seguintes frases:
a) Com lápis azul, ligue cada objeto ao seu sentido real. Sentido real: sentido próprio das
b) Com lápis vermelho, ligue os objetos ao sentido figurado. palavras. Exemplos:
• “O quadro vai enfeitar esta parede.”
Andréia Vieira/Arquivo da editora

• “Machuquei meu pé esquerdo.”

Andréia Vieira/Arquivo da editora


• “Os pássaros voaram até o ninho.”
Sentido figurado: sentido empre-
gado por semelhança a alguma outra
ideia. Exemplos:
túmulo cadeado • “Aquele goleiro é uma parede.”

ve ho
• “Nada de falar com ele ao pé do
rm el ouvido.”
ul

az
el m
az

r

ul
ho ve “Os estudantes voaram para o
pátio.”
pessoa que guarda objeto que tranca Agora você
local onde se
segredo, que jamais coisas e só abre com A linguagem do poema é intensa-
enterram os mortos
o revela chave mente figurada. A interpretação da
linguagem metafórica, figurada, é um
exercício complexo de inferência de
Agora você sentidos e de relações de significados.
Por esse motivo, sugere-se que os
● Leia o poema de Roseana Murray e responda às questões a seguir. itens desta atividade sejam respondi-
dos primeiro oralmente e só depois
No mundo da lua registrados no livro, para que os estu-
s
ra Paulu

Vou inventar uma rua, dantes tenham a possibilidade de


ção/Edito

Onde se pinte e borde, levantar hipóteses. A atividade desen-


volve a habilidade de ler e compreen-
Reprodu

se faça e aconteça
se cante e se dance, der, com certa autonomia, textos em
se plantem corações... versos explorando imagens poéticas
Uma rua onde todos vivam (sentidos figurados). (Referência:
no mundo da lua. BNCC – EF35LP27)
Roseana Murray. No mundo da lua.
São Paulo: Paulus, 2011. p. 6.

a) Observe a capa do livro de onde foi retirado o poema: uma menina com um gato
sentada sobre a Lua, lendo. Essa imagem representa uma cena real ou imaginada?

Imaginada.

81

125
Frase, expressividade e
pontuação
Inicialmente a ideia de frase será
associada à completude de sentido b) Qual sentido têm para você os versos a seguir?
produzida pela entonação expressiva.
Este conteúdo tem por objetivo o Vou inventar uma rua,
exercício da habilidade de identificar Onde se pinte e borde,
a função na leitura do ponto final, do
ponto de interrogação e do ponto de Provavelmente, a criação de uma rua onde se possa fazer o que quiser.
exclamação, além de observar o uso
dos dois-pontos e do travessão no
discurso direto (fala dos persona-
gens). (Referência: BNCC – EF03LP07) c) Os versos do item b estão no sentido real ou no sentido figurado?
Atividade 1 No sentido figurado.
É importante que os estudantes
observem a diferença entre a modu- d) Releia mais estes versos:
lação de voz em cada frase, de acor-
do com a intenção do falante: A: dar Uma rua onde todos vivam
uma ordem, B: questionar, C: declarar no mundo da lua.
afirmando.
Esta atividade contribui para o de- O que pode significar “viver no mundo da lua”? Converse com os colegas e regis-
senvolvimento da fluência em leitura,
tre no caderno a conclusão a que vocês chegaram. Sugestão: Viver em um mundo
com compreensão, principalmente distante da realidade.
em relação à precisão e ao padrão
rítmico adequado. (Referência: BNCC Frase, expressividade e pontuação
– EF35LP01)
Atividade oral e escrita
1. A professora chamará alguns estudantes para ler as frases a seguir. Quem for ler
deverá treinar para falar a frase de acordo com a indicação.

Situação A: Dona Aranha falando muito brava:

— Vamos, parem de cantar!

Situação B: Os sapos perguntando para dona Aranha:

— Não vê que estamos em festa?

Situação C: Os sapos respondendo para dona Aranha:

— Já montamos toda a orquestra.

O que vocês observaram ao falar cada uma dessas frases? O que ocorre com a voz?
Sugestão: A voz muda ao falar cada uma dessas frases.
82

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
— Sim, o vento manda em mim.
Leia o poema e responda às questões.
— Mas isso não é justo!
O pássaro e a nuvem — Por mim, está tudo certo.
— Olá, nuvem, bom dia! — Mas olhe aquele morro, lá perto!
— Olá, pássaro, tchau! — Sim, pássaro, não se assuste.
— Ei, espere, aonde vai?! — Nele você vai bater!
— Aonde me levar o vento. — Então começarei a chover.
— Mas é sempre assim? — E tudo florirá num segundo...

126
Atividade 2
O objetivo da atividade é que os
estudantes percebam a prosódia, va-
2. Agora, treine a leitura das frases a seguir. Observe o que ocorre com a voz. A riação da modulação da voz, isto é, a
entonação diferente para cada uma
professora chamará alguns estudantes para ler cada frase.
das frases, o que pode auxiliar nos
ajustes de defasagens de aprendiza-
a) Dona Minhoca não quer saber de fofoca.
gem detectados quanto à prosódia
na avaliação da fluência em leitura
b) Dona Minhoca não quer saber de fofoca?
oral. (Referência: PNA)
c) Dona Minhoca não quer saber de fofoca! Atividade 3
Os estudantes devem observar
d) Não adianta tentar. que, mesmo com diferenças de tama-
nho, pontuação e sentido, todas são
e) Não adianta tentar? frases. Chamar a atenção para o fato
de as frases desta atividade estarem
f) Não adianta tentar! marcadas pela letra maiúscula no iní-
cio e um sinal de pontuação no final.
3. Leia. Essa atividade é uma retomada das
habilidades exercitadas no 2o ano:
a) Bom dia! d) A chuva durou a tarde toda.
utilizar letra maiúscula em início de
b) Que barulho foi esse? e) Alguém viu a minha borracha? frase e usar adequadamente ponto
final, ponto de interrogação e ponto
c) Cuidado! f) As crianças estão na biblioteca. de exclamação. (Referências: BNCC –
EF02LP01 e EF02LP09).
Você leu frases. O que há em comum entre elas? Se achar conveniente, fazer um
registro coletivo na lousa:
As frases são iniciadas por letra maiúscula e têm um sinal de pontuação no final.
Frase é uma palavra ou um conjun-
to de palavras organizadas que comu-
nica uma ideia, com uma intenção.
Na escrita, o início é marcado pela
4. Falamos várias vezes a palavra frase. Marque com um X as afirmações que ajudam
letra maiúscula e o final, por um sinal
a explicar o que significa essa palavra. de pontuação.
X Pode ser uma só palavra.

X Tem uma intenção.

Não pode ser uma só palavra.

X Tem sempre pontuação na escrita.

5. Releia o final da história em versos “Orquestra”.

Não consegue mais dormir.

83

— Sim, carrego na barriga a melhor Os estudantes deverão pintar os versos ím- Qual é esse sinal?
coisa do mundo. pares de verde (pássaro) e de azul os pares A vírgula.
Gilles Eduar. O pássaro e a nuvem. (nuvem) d) A nuvem diz: “— Sim, carrego na bar-
Que papo é este?, Folhinha, Folha de S.Paulo, b) Que sinal de pontuação indica um diá-
02 julho. 2021, p. 7.
riga a melhor coisa do mundo”. O que
logo no texto?
ela carrega dentro da barriga? A palavra
a) O poema foi escrito no formato de um O travessão no início de cada verso/fala.
c) Além dos diversos sinais de pontuação barriga está no sentido real ou no sen-
diálogo entre o pássaro e a nuvem. Pinte
de azul as falas da nuvem e de verde as que aparecem no final das frases, há ou- tido figurado?
falas do pássaro. tro que é empregado no meio delas. A água da chuva. Sentido figurado.

127
Atividade 7
A pontuação, além de indicar en-
tonação, apresenta sinais que distin-
guem mais claramente as falas. É o a) Assinale o que essa frase expressa.
caso dos dois-pontos e do travessão,
que necessitam de sistematização espanto dúvida X afirmação, certeza
para a compreensão de seu uso. Des-
tacar que as reticências entre colche-
b) Qual é o nome do sinal de pontuação usado para demonstrar isso?
tes indicam que uma parte do texto
não foi transcrita. Ponto final.

Hora de organizar o 6. Copie do texto “Orquestra” o verso em que há uma pergunta. Qual é o nome do
que estudamos sinal de pontuação empregado para indicar que é uma pergunta?
Se achar conveniente, exercitar a
“não vê que estamos em festa?”. Ponto de interrogação.
leitura de cada sinal gráfico, solicitando
também aos estudantes o registro es-
crito da palavra que nomeia cada um.
Se julgar oportuno, como estraté- 7. Releia os versos a seguir e circule os sinais de pontuação presentes neles.
gia para desenvolver a habilidade de
identificar na leitura a função do pon- alguém já vem reclamar:
to final, do ponto de interrogação e — Amanhã acordo cedo,
do ponto de exclamação, assim como
a de usar essa pontuação na escrita,
Coloque no o sinal de pontuação empregado:
e também aprimorar a habilidade de
identificar e empregar, em diálogos a) para indicar o início da fala do personagem. — Travessão.
(discurso direto), os dois-pontos e o
travessão (referência: BNCC –
b) para anunciar que o personagem vai falar. : Dois-pontos.
EF03LP07), elaborar com os estudan-
tes um quadro como a seguir:
c) no final do último verso. , Vírgula.
Sinal de pontuação: ?
Nome do sinal: ponto de
interrogação.
Finalidade: indicar uma per-
Hora de organizar o que estudamos
gunta ou uma dúvida.
● Leiam, juntos, o esquema a seguir.
Sinal de pontuação: .
Nome do sinal: ponto final. Sinais de pontuação
Finalidade: encerrar uma afir-
mação ou uma negação.

Sinal de pontuação: ! Ajudam a organizar as ideias da Indicam como a frase pode ser
Nome do sinal: ponto de ex- frase e do texto. falada ou lida e atribuem
clamação. sentidos a ela.
Finalidade: expressar surpre-
sa, alegria, etc. . — ! , : ?

84

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

128
Agora você
Atividade 1, item a
Há algumas possibilidades de res-
Agora você posta. As respostas marcadas refe-
rem-se aos sinais empregados ori-
1. Leia a tirinha a seguir. ginalmente na tirinha. Pedir aos es-
tudantes que leiam como pontua-

© Ziraldo Alves Pinto/Acervo do cartunista


... ,
? ram, para associarem a pontuação à
?
expressividade dada à frase.
Atividade 2
Ao ler a piada, os estudantes po-
derão identificar a função social de
texto que circula em campos da vida
social dos quais participa cotidiana-
mente (a casa, a rua, a comunidade,
Ziraldo. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 79.
a escola) e nas mídias impressa, de
massa e digital, reconhecendo para
a) A tirinha está sem alguns sinais de pontuação. Coloque-os para que as falas ganhem que foi produzido e a quem se des-
mais sentido. tina. (Referência: BNCC – EF15LP01)
b) Releia a tirinha em voz alta com todos os sinais de pontuação.

c) Converse com os colegas sobre o terceiro quadrinho. Por que Lúcio parece ter
ficado confuso? Sugestão: Porque parece contraditório que, para ser adulto, ele
tivesse que levar a brincadeira a sério.
2. As frases da piada a seguir estão sem pontuação. Reescreva a piada no caderno
colocando a pontuação, pois senão ela poderá perder a graça! Depois de pronta
a tarefa, leia a piada em voz alta, com expressividade.

O rapaz liga para a companhia aérea:


— A senhora pode me informar quanto
tempo leva a viagem de Salvador ao Rio?
— Só um minutinho.
— Obrigado! — e desliga.

Camila de Godoy/Arquivo da editora

Almanaque de Cultura Popular Brasil. Ano 9, n. 102, out. 2007. p. 34.

Uma das características da piada é provocar humor. O que torna essa piada engraçada?
Espera-se que os estudantes percebam que a pessoa que atende ao telefone diz “Só um
minutinho.”, para que o rapaz aguarde em linha e ela possa checar o tempo que dura o
percurso, mas o rapaz entende que, de Salvador ao Rio, leva-se apenas um minutinho. 85

Atividade complementar
Ler com os estudantes a frase a seguir. Os sapos comem muitos insetos de várias espécies,
Os sapos coaxam, tocam, dançam, se divertem... como: moscas (adultas e larvas), baratas, pernilongos, for-
A vírgula, nessa frase, foi empregada para separar a enumeração de migas, pulgões, besouros, lagartas e vagalumes. Além de in-
ações dos sapos. setos, comem outros animais invertebrados, como aranhas,
A vírgula pode ser empregada para separar elementos de uma enu- lesmas e minhocas.
meração.
INSTITUTO Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade. Anfíbios.
No trecho a seguir há informações sobre sapos. Pedir aos estudantes Disponível em: https://tedit.net/FwSWHZ. Acesso em: 4 jun. 2021.
que o pontuem, sem se esquecer de separar os elementos da enume-
ração com vírgulas.

129
Produção de texto
Outro final para a
história em versos
O objetivo desta seção é promover Produção de texto
a produção de escrita, componente
essencial para a alfabetização. (Refe- Outro final para a história em versos
rência: PNA).
Esta atividade contribui para o de- ● Releiam a última estrofe da história em versos “Orquestra”.
senvolvimento da escrita autônoma,
favorecendo que os estudantes apro- De manhã, a orquestra para
priem-se de recursos expressivos co- e os sapos começam a sair.
mo rimas, sons, jogos de palavras, Mas dona Aranha, coitada!
sentido figurado e até recursos visuais. Não consegue mais dormir.
(Referência: BNCC – EF35LP27)
Esta seção também trabalha as O que será que pode acontecer depois de tudo isso? Imaginem uma continuação
habilidades de planejar, com a ajuda
para essa história e outro final. O que dona Aranha poderá fazer? E os outros
do professor, reler, revisar e reescrever
o texto que será produzido. (Referên- bichos? Como os sapos podem agir?
cias: BNCC – EF15LP05, EF15LP06 e
EF35LP07) Planejamento
Conversem sobre as possibilidades para dar continuidade a essa história. A
professora vai anotar as ideias na lousa.

Escrita
1. Cada grupo escolherá a proposta que achar mais interessante e criativa para dar
continuidade à história.
2. Produzam versos e estrofes para a continuação.
3. Registrem no caderno o texto que vocês criaram. Lembrem-se de que podem usar
rimas e pontuações para dar mais expressividade ao texto.

Revisão e reescrita
1. Releiam o que escreveram para verificar:
• se as palavras estão escritas de forma correta;
• se a pontuação está ajudando na clareza e na expressividade;
• se o que escreveram dá continuidade ao que está na história;
• se podem melhorar as rimas e os versos.
2. Reescrevam o que acharem necessário.
3. Aguardem a orientação da professora para apresentar os versos e as estrofes
que fizeram.

86

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

130
3. Enfrentar essa orquestra afiada
Não há quem encontre solução
Dona Aranha troca a noite pelo dia
Jogral E se livra de uma vez daquele
Cada grupo deverá ensaiar a apresentação do texto “Orquestra” com a continuação que [barulhão
produziram. Para o jogral, aguardem as orientações da professora.
Palavras em jogo
O objetivo desta seção é promover
Palavras em jogo a consciência fonêmica e a instru-
ção fônica sistemática, componen-
Letra Z tes essenciais para a alfabetização.
(Referência: PNA)
Atividade oral e escrita
As crianças se tornam leito-
1. Leia este trava-língua silenciosamente e, depois, faça a leitura com toda a turma. res alfabéticos completos quando
MIAU MUU são capazes de formar conexões

YummyBuum/Shutterstock
COCORICÓ
completas entre os grafemas
Zurros, zumbidos, chiados, AU-AU nas grafias e os fonemas nas
Urros, miados, zoeira... pronúncias das palavras. Isso
Tanto barulho no ar... OINC é possível porque aprenderam
GRRR
Mas o zeloso zelador RAA as principais correspondências
grafema-fonema do seu sistema
Cuida do zoológico sem zangar.
PIU-PIU alfabético e se tornaram capazes
Texto elaborado pelas autoras.
BÉÉ de segmentar as pronúncias das
RAAAR QUÁ-QUÁ palavras em seus fonemas cons-
tituintes. Quando as crianças
aplicam esse conhecimento para
a) Que letra foi a mais repetida? Z ler palavras, as grafias das pa-
lavras tornam-se intimamente
b) Pinte as palavras que começam com essa letra. conectadas às suas pronúncias
c) Que sensação a repetição do som produzido pelas palavras iniciadas com essa e significados na memória. De
acordo com a teoria de fases (ver
letra provoca? Sugestão de resposta: Provoca a sensação de muito ruído, também SHARE, 1995), a habi-
barulhos misturados.
lidade de recodificação fonoló-
2. A letra Z é a última letra do alfabeto. Ela não aparece apenas no início de palavras. gica completa está no centro da
nossa habilidade de aprender a
a) Encontre no quadro palavras com a letra Z.
ortografia das palavras e, como
resultado, de reconhecer as mi-
A Z E I T O N A P I lhares de palavras que conhece-
Z E B R A E Z E R O mos em um piscar de olhos.
A fase alfabética comple-
D E Z O I T O N T O ta abre o caminho para a fase
D O A S Q U I N Z E consolidada. Na medida em que
os vocabulários de leitura das
T R E Z E W D O Z E crianças aumentam, inúmeras
B E L E Z A L F Z C palavras com padrões ortográ-
ficos semelhantes são armaze-
K D E Z E S S E I S nadas na memória. As corres-
pondências entre esses padrões
87 ortográficos e suas pronúncias
são percebidas e, eventualmen-
te, consolidadas como unidades
ortográficas na memória.
Jogral Sugestões de continuação do texto: RENABE, p. 98.

Iniciar fazendo a atividade oralmente para 1. Dona Aranha descobre então


que fique claro o objetivo de retextualizar o O que todos já sabiam Letra Z
texto, de modo a deixá-lo mais próximo de Noite com sapo é pesadelo
uma dramatização. Dessa forma, o jogral tor- Não há jeito de dormir não. Atividade 1
nará a leitura expressiva mais dinâmica. Fazer a leitura de forma bem com-
Os estudos sobre a língua foram alocados antes 2. Para se livrar de uma noite de sapos
passada, articulando com bastante
da produção para dar ferramentas suficientes Dona Aranha, depois de muito ênfase as palavras para que os estu-
para os estudantes fazerem a reescrita com pensar, deixa de lado a valentia dantes percebam a reiteração do som
mais autonomia. (Referência: BNCC – EF35LP28) e escolhe dormir de dia. /z/, aqui representado pela letra z.

131
Letra H no início de
palavra
Atividades 1 a 4
Os estudantes devem compreen- b) Copie a seguir os nomes de números que você encontrou no quadro.
der que o H é uma letra (grafema) que Dezoito, zero, quinze, treze, dezesseis, doze.
não representa fonema. O emprego
da letra H no início da palavra é um
exemplo de irregularidade letra-som:
não há regra em relação ao seu em- c) Copie as outras palavras que você encontrou, que também têm a letra Z.
prego no início de palavras. Diante de
dúvida, a saída é consultar um dicio- Azeitona, zebra, beleza.
nário, exercitando a habilidade de
3. Vocês conhecem pessoas cujo nome começa com a letra Z? Troquem informações
esclarecer dúvida sobre a escrita de
palavras, especialmente no caso de e escrevam dois desses nomes nas linhas a seguir. Lembrem-se de que eles devem
palavras com relações irregulares fo- ser iniciados com letra maiúscula.
nema-grafema. (Referência: BNCC –
EF35LP12) Sugestões: Zilda, Zuleica, Zélia, Zulmira, Zeca, Ziraldo.
Embora o uso da letra H no início
de palavras não seja comum, deve-se Letra H no início de palavra
exercitar a habilidade de memorizar
a grafia de palavras de uso frequente Atividade oral e escrita
nas quais as relações fonema-grafe-
ma são irregulares, como acontece 1. Desafio.
com H inicial, que não representa a) Organizem as palavras a seguir em ordem alfabética.
som. (Referência: BNCC – EF35LP13)
Lemonade Serenade/Shutterstock

newelle/Shutterstock

LuckyDesigner/Shutterstock
hora húmus
Jemastock/Shutterstock

Nadzin/Shutterstock

haste

helicóptero hiena

Haste, helicóptero, hiena, hora, húmus.

b) A professora chamará algumas duplas para contar como fizeram para organizar as
palavras em ordem alfabética.
c) Verifiquem se foi a mesma forma que vocês utilizaram.

2. Juntos, tentem completar, oralmente, as frases a seguir. Depois, a professora vai


escrever as respostas mais adequadas na lousa e vocês vão copiá-las nas linhas.

88

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Cabe ao professor auxiliar os estudantes na memorização de palavras de uso corrente. Para isso,
sugere-se produzir com eles listas de palavras que comecem com h e fixá-las em murais na sala de
aula para consulta.
Sugestão de palavras a serem listadas: hábito, habitação, herança, herdeiro, herói, hífen, hi-
giene, história, homem, homenagem, horário, honra, hora, horizonte, horóscopo, hortelã,
hotel, hóspede, hospital, humano, humilde, humor.
Sugere-se ainda propor jogos de leitura e localização de palavras utilizando as listas produzidas.

132
Atividade 3
É importante que os estudantes
leiam as palavras em voz alta para
a) Para colocar em ordem alfabética foi preciso perceber a sequência dos sons vocá-
licos: a, e, i, o, u no início das palavras.
Sugestão: Considerar a letra que vem depois da letra H.
Atividade 4
b) O som ouvido na primeira sílaba é Chamar a atenção para a grafia de
nomes próprios que em alguns casos
Sugestão: O som representado pela vogal que vem depois da letra H. também são registrados sem o uso
da letra H no início: Ugo, Elena Amil-
3. Separe as sílabas das palavras a seguir. ton, Orácio.
Ao escrever os nomes que come-
a) harmonia: har-mo-ni-a çam com H, os estudantes irão ler e
escrever corretamente palavras, iden-
b) hélice: hé-li-ce tificando que existem vogais em to-
das as sílabas. (Referência: BNCC –
c) hipopótamo: hi-po-pó-ta-mo
EF03LP02)
d) holofote: ho-lo-fo-te

e) humano: hu-ma-no

• Observem o som das sílabas iniciais. O que podemos concluir em relação ao uso
da letra H no início de palavras? Conversem sobre isso. A professora vai escrever
a resposta na lousa. Copiem essa resposta nas linhas a seguir.

Sugestão: A letra H inicial sozinha não representa som. O som representado pela

sílaba é o da vogal que vem depois dela.

4. Descubra e pinte nomes de pessoas que começam com a letra H.

H U G O X V T J F
S O N O F R E Z P
U E L O Í S A L Q
X G H E L E N A A
R H A M I L T O N
E D U A R D O K I
C D H O R Á C I O

• Copie na linha a seguir os nomes que você encontrou, organizando-os em ordem


alfabética.

Hamilton, Helena, Horácio, Hugo.

89

133
Palavras com CH, LH e NH
Este conteúdo contempla o desen-
volvimento das habilidades de ler e
escrever corretamente palavras com Palavras com CH, LH, NH
os dígrafos LH, NH, CH. (Referência:
BNCC – EF03LP03) Atividade oral e escrita
Se for conveniente, promover ou-
tras atividades que diferenciem o uso
1. Leia as palavras a seguir. O que acontece quando se acrescenta a elas a letra H?
de CH, LH e NH ou que juntem na
mesma palavra diversos dígrafos, co- Leia as palavras em voz alta prestando atenção ao som de cada uma delas. Depois,
mo: palha/palhinha, filhote/filho- encaixe a letra H numa posição em que seja possível formar novas palavras.
tinho, coelho/coelhinho, orelha/
orelhinha, chá/chazinho, choro/ a) bico: bicho
chorinho, cheiro/cheirinho, chalé/
chalezinho, chaleira/chaleirinha, b) fila: filha
bochecha/bochechinha.
c) campana: campanha

2. Leia em voz alta as palavras formadas na atividade 1. Complete a frase a seguir de


acordo com o que é possível concluir.

Ao juntar a letra H com as consoantes C , L e N , formam-

se novas palavras, que produzem outros sons .

3. Leia as três parlendas a seguir.

Tengo, tengo, tengo A mulher do sapo Chuva choveu


Ó maninha Diz que está lá dentro Goteira pingou
É de carrapicho Fazendo rendinha, Pergunta ao papudo
Vou botar [nome] Ó maninha Se o papo molhou.
Na lata do lixo. Para o casamento.

Domínio público.

Leia em voz alta as palavras destacadas e copie-as nas colunas correspondentes.

CH LH NH

carrapicho mulher maninha

chuva molhou rendinha

choveu

90

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

134
Mesmo som, letras
diferentes: CH e X
Atividade 2
Mesmo som, letras diferentes: CH e X Este conteúdo amplia o conheci-
mento dos estudantes em relação ao
1. Ligue as palavras com X e CH que tenham sílabas com o mesmo som.
som representado pelo dígrafo CH,
enxugar chocolate comparando-o com o uso do X na
escrita. Além disso, possibilita que
reflitam sobre os sons representados
caixa chiado pela letra X.

Mesma letra, vários sons


lixo rocha
do X
O estudo deste conteúdo visa dar
faxina chefe aos estudantes a oportunidade de
realizar atividades com palavras de
uso frequente que apresentem rela-
xereta chuchu
ções ortográficas irregulares. (Refe-
rência: BNCC – EF35LP13)
O emprego do X é uma convenção
Mesma letra, vários sons do X de escrita em que há poucas regula-
ridades a serem seguidas, o que torna
Atividade oral e escrita mais complexa sua apropriação pelos
estudantes. Assim, as atividades des-
1. A letra X pode representar vários sons. Leia em voz alta as palavras a seguir. ta seção enfatizam a diversidade de
sons que a letra X pode representar.
As imagens não estão
representadas em proporção. A apropriação das palavras em que a
letra X ocorre deve acontecer ao lon-
go do Ensino Fundamental, por meio
de leituras, jogos, ditados, etc.
r.classen/Shutterstock

Fernando Favoretto/Criar Imagem


urfin/Shutterstock

Não há dúvida de que po-


deríamos nos desembaraçar
de numerosas grafias redun-
dantes que parasitam a língua
escrita e cuja aprendizagem
PEIXE TÁXI EXTINTOR
tumultua os primeiros anos da
criança: as múltiplas notações
2. Leiam estas palavras: para o fonema /k/, como "c",
"q", "qu" ou "k", ou a equiva-
xarope exame xadrez máximo lência entre "ã", "â", "am" e
maxixe caixa boxeador exemplo "an". Adultos, nós perdemos
a noção do absurdo de nossa
ortografia. Mesmo uma letra
a) Contornem as palavras em que o X tem o mesmo som do CH na palavra chapéu. simples como o "x", pode re-
presentar dois e até três fone-
b) Sublinhem as palavras em que o X tem som diferente de CH na palavra chapéu. mas (uso mais frequente).
91 DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da
leitura: como a ciência explica a nossa
capacidade de ler. Porto Alegre: Penso
2012. p. 47 e 48.

Atividade complementar
Atividade 1
Se considerar oportuno, propor a seguinte Na palavra extintor, assim como
atividade para os estudantes. em outras, tais como expresso, ex-
Falta uma letra nas palavras a seguir. Comple- terior e texto, o X pode representar
te-as com X ou S.
um som que é pronunciado de dife-
e x plodir e x plicação
rentes formas, conforme a região.
e s trela e s vaziar
pe s car te x to
Atentar para a pronúncia na região
e s piga e x periência em que a comunidade escolar está
localizada.

135
Memória em jogo
Esta atividade contribui para que
os estudantes desenvolvam a habili-
dade de ler o trava-língua com cres- Memória em jogo
cente autonomia e fluência (padrão
rítmico), outra estratégia para reforçar ● Você sabia que camarinha é o nome que se dá ao lugar de dormir? Leia a par-
a consciência fonêmica e a instru- lenda da galinha que vai para a camarinha. Memorize-a e escreva-a no caderno.
ção fônica sistemática. (Referências:
PNA e BNCC – EF35LP01) Dindinha lua,
Me dê pão com farinha
Coleção de palavras Pra dar para minha galinha
O objetivo da atividade é promo- Que está presa na cozinha

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


ver o desenvolvimento de vocabu-
lário, componente essencial para a Xô, xô, galinha,

alfabetização. (Referência: PNA) Vai pra tua camarinha!


Domínio público.

Coleção de palavras As imagens não estão


representadas em proporção.

A lista a seguir traz algumas palavras que apareceram ao longo desta unidade. Leia
cada uma delas e seu significado e conheça outros sentidos que elas podem ter.

Grilo

Krakenimages.com/Shutterstock
YummyBuum/Shutterstock

1. Inseto que tem o corpo um pouco 2. Problema, preocupação.


achatado, pernas longas e antenas. Muito Por exemplo: “Estava com muitos
conhecido pelo som que emite. grilos na cabeça”.

Carrapato
Zu
la
s

ha
i/ S
hu
Henrik Larsson/Shutterstock

tte
r
st oc
k

1. Pequeno aracnídeo que pode ser 2. Nome usado para se referir


responsável pela transmissão de várias à árvore mamoneira ou ao seu
doenças a humanos e animais. fruto, a mamona.

92

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

136
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-
● Você já conhecia algum desses significados? Copie essas palavras no caderno dos nesta unidade para que os estu-
para compor a sua coleção de palavras. Você pode ampliar sua lista buscando dantes se apropriem da organização
outras palavras no dicionário. dos conteúdos, atribuindo nomes a
eles. Ler o quadro-síntese para os es-
tudantes, orientando-os sobre as co-
lunas que o compõem.
A coluna Avancei indica o que os
O que estudamos estudantes já sabem depois de terem
estudado o conteúdo da unidade.
A coluna Preciso estudar mais indi-
ca o que é preciso retomar e estudar
Autoavaliação um pouco mais. Motivá-los a fazer
comentários sobre o próprio desem-
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade. penho e ajudá-los a reconhecer a
Respostas pessoais. necessidade de revisão.
Preciso
Unidade 3 Avancei estudar
mais

• Leitura e interpretação de história em versos

• Identificação da estrutura narrativa da história


em versos

• Apreciação e observação de versos, estrofes,


rimas e seus efeitos de sentido

• Exercício da fluência em leitura oral

• Participação em pesquisa e exposição sobre


manifestações culturais

• Produção de versos para a continuação de uma


história em versos

• Estudo de frase, pontuação e expressividade

• Diferenciação entre o sentido real e o sentido


figurado no uso das palavras

• Leitura e escrita de palavras com Z, H inicial, LH,


NH, CH e X

• Participação nas atividades orais

93

137
Conclusão da unidade 3

Nesta unidade, há momentos para o monitoramento do de- sobre o processo de aprendizagem e a participação ativa nes-
senvolvimento dos estudantes individualmente e/ou de toda a se processo.
turma propostos por meio de atividades que podem ser empre- A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de apren-
gadas para a avaliação processual/formativa como, por exemplo, dizagens que, em conjunto com o registro dos resultados das
a apresentada em Leitura oral em foco. Tal avaliação permite avaliações processuais/formativas, possibilita o acompanhamento
identificar os estudantes com defasagens e/ou dificuldades, o sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar adequado,
que favorece a elaboração de um plano para rever conteúdos e use-o para o registro de observações e resultados de sua avaliação.
habilidades que necessitem de consolidação ou retomada. Ele permite identificar os objetivos não atingidos e replanejar ati-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra vidades. Todas as anotações relativas ao desempenho dos estu-
no final da unidade, para conversar com os estudantes a res- dantes são instrumentos importantes para o acompanhamento
peito do próprio desempenho, estimulando a reflexão individual do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar história em versos. Compreensão de texto

Identificar a estrutura da narrativa da história em versos. Compreensão de texto

Linguagem e construção
Apreciar e observar versos, estrofes, rimas e seus efeitos de sentido.
do texto

Leitura oral em foco


Exercitar fluência em leitura oral.
Prática de oralidade –
Jogral

Participar de pesquisa e exposição sobre manifestações culturais. Tecendo saberes

Produzir versos para continuar uma história. Produção de texto

Língua: usos e reflexão –


Estudar frase, pontuação e expressividade. Frase, expressividade e
pontuação

Língua: usos e reflexão


Diferenciar sentido real e sentido figurado no uso de palavras. – Sentido real e sentido
figurado das palavras

Ler e escrever palavras com Z, H inicial, LH, NH, CH e X. Palavras em jogo

Prática de oralidade –
Conversa em jogo
Participar de atividades orais.
Observação cotidiana da
expressão oral do estudante

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de à leitura de poemas em casa; produção e apresentação de
defasagens, atividades para remediação e/ou atendimento estrofes em pequenos grupos; leituras orais expressivas. Para
de dificuldades podem ser propostas. Para dificuldades de dificuldades nos estudos sobre a língua: atividades para pon-
leitura: leitura partilhada, com estímulo à participação dos tuação de textos; produção de frases com palavras em sentido
estudantes para a localização de informações em textos lidos/ próprio e figurado. Para apropriação de convenções ortográfi-
ouvidos; leitura de poemas narrativos selecionados pelos es- cas: elaboração e leitura de listagem de palavras e realização
tudantes ou previamente escolhidos pelo professor; estímulo de jogos ortográficos.

138
Introdução da unidade 4

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar fábulas.
• Identificar os elementos da fábula: personagem, tempo, espaço, narrador e ações.
• Comparar história em versos e história em prosa.
• Produzir uma fábula a partir da escolha da moral.
• Estudar a ordem das palavras na frase e a pontuação.
• Ler e escrever palavras com sílabas qua, que, qui e gua, gue, gui.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Espera-se que os estudantes sejam capazes de localizar infor- sistemática. Deve-se avaliar se as dificuldades estão associadas
mações explícitas em textos, de diferenciar texto em verso e em à falta de apropriação da base alfabética e das convenções do
prosa e de identificar elementos constituintes de narrativas. Isso sistema de escrita, ao pouco convívio com textos diversificados
possibilitará explorar os conceitos de fábula e de moral da história. ou à dificuldade de leitura relacionada a vocabulário limitado, a
As atividades de mobilização de conhecimentos prévios para o fim de se buscar estratégias para solucioná-las, por meio de ati-
trabalho com esses conteúdos devem ocorrer, inicialmente, por vidades de leitura e de escrita constantes e significativas.
meio de conversas sobre o que os estudantes já sabem de textos O estudo da frase nesta unidade vincula-se à importância da
narrativos, especialmente fábulas, expondo-os a exemplos trazidos ordem das palavras e da pontuação para a transmissão clara de
para a sala de aula. informações. Para estudantes que apresentem dificuldade, su-
A autonomia dos estudantes para a decodificação de palavras gere-se uma revisão dos temas: frase, sinais de pontuação e em-
e a leitura com mais fluidez são fundamentais para garantir um prego de maiúsculas. Para o desenvolvimento do trabalho com
bom aproveitamento dos estudos, já que são condições impor- ortografia, indica-se a leitura de listagens de palavras com as
tantes para a compreensão de textos. Caso dificuldades sejam sílabas qua, que, qui e gua, gue, gui para um levantamento
detectadas, os estudantes devem ser acompanhados de maneira inicial de possíveis dificuldades.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


A leitura e o estudo de fábulas são o foco da unidade. As como elementos importantes para a clareza. Apresenta-se a
atividades propostas visam à compreensão textual, à identifica- ampliação do desenvolvimento da consciência fonológica e
ção de elementos próprios de narrativas, à compreensão da ideia do domínio de convenções ortográficas a partir de palavras
de “moral da história”, bem como à comparação entre textos em com as sílabas qua, que, qui e gua, gue, gui, condição im-
verso e textos em prosa. Com isso, estimula-se também a auto- portante para que os estudantes, paulatinamente, dominem
nomia dos estudantes para a leitura, a compreensão e a produ- as bases da ortografia. Se, no início dessas atividades – que
ção de textos orais e escritos. devem ser realizadas coletivamente –, os estudantes apresen-
O desenvolvimento das práticas de análise linguística/se- tarem dificuldades, é fundamental que os conteúdos sejam
miótica, constituída dos estudos sobre a língua, sempre está retomados.
vinculado aos textos e, inicialmente, retoma conceitos já es- Paralelamente, há ênfase em atividades orais individuais e
tudados. Nesta unidade, as atividades focam na organização coletivas que exploram a fluidez da leitura, a expressividade, a
da frase, considerando a ordem das palavras e a pontuação desenvoltura e a escuta atenta.

139
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
4 Fábula
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Nesta unidade você vai...


Competências da BNCC ● ler e interpretar fábula;

Principais competências ● identificar os elementos da fábula:


abordadas na unidade personagem, tempo, espaço, narrador, ações;
Competências gerais: 3 e 9 ● comparar história em versos e história em prosa;
Competências específicas ● produzir uma fábula a partir da escolha
de Linguagens: 1, 3 e 5 da moral;
Competências específicas ● estudar a ordem das palavras na frase e a
de Língua Portuguesa: 2, 3, 5, 7, 8 e 9
pontuação;
● ler e escrever palavras com sílabas qua, que, qui
e gua, gue, gui;
Habilidades da BNCC ● participar de atividades orais.
Principais habilidades
abordadas na unidade
EF03LP02 EF15LP09 EF35LP07
EF03LP07 EF15LP11 EF35LP09
EF03LP11 EF15LP12 EF35LP19
EF15LP02 EF15LP18 EF35LP21
EF15LP04 EF35LP01 EF35LP22
EF15LP05 EF35LP02 EF35LP25
EF15LP06 EF35LP03 EF35LP26
EF15LP07 EF35LP04
EF15LP08 EF35LP05

94

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura/escuta (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: fábula (campo artístico-literário) • Conversa com expressão de opiniões/pontos de
• Elementos da fábula: personagem, tempo, espaço, enredo/encadeamento
de fatos da narrativa. Presença de moral na história
vista sobre tema do texto. Apresentação de defesa/
argumentação

Conteúdos • Produção de inferências com base em elementos do texto • Dramatização de fábula com destaque para narrador
• Análise das condições de produção do texto: intenção/finalidade, circulação,
linguagem, público-alvo
e personagens
• Interações orais em atividades em grupos ou
• Organização do texto em prosa em parágrafos coletivas
• Fluência: leitura silenciosa, oral, expressiva
140
Orientações didáticas
É importante que os estudantes
relacionem as ações realizadas pelos
animais na cena (tocar violão, dançar,
● Que animal desta cena chamou mais a sua colher uva) e as emoções/sensações
atenção? Por quê? que parecem estar sentindo com
ações e emoções comuns ao ser
● Você acha que as ações desses animais da
humano. Ao estimular a identifica-
cena acontecem na realidade? Por quê?
Respostas pessoais. ção dos efeitos de sentido produ-
zidos pelos recursos expressivos
gráfico-visuais da imagem, esta ativi-
dade de leitura tem o objetivo de criar
pressuposições sobre o texto que
será lido na unidade. Além disso, para
responder às questões propostas, os
estudantes exercitam a habilidade de
relacionar texto com ilustrações. (Re-
ferências: BNCC – EF15LP02, EF15LP04
e EF15LP18)

Giz de Cera/Arquivo da editora

95

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Narrativa em prosa: frases e parágrafos • Frase: efeitos de sentido produzidos
• Produção em duplas: narrativa com base em pela ordem das palavras
moral escolhida • Ler e escrever palavras com sílabas
Conteúdos • Planejamento, revisão, reescrita/edição de texto CVV (qua, que, qui e gua, gue, gui)
considerando: situação comunicativa, tema/
assunto, intenção/finalidade e destinação
• Efeitos de sentido produzidos pelos
sinais de pontuação
(público-alvo)
• Produção coletiva: livro de fábulas
141
Para iniciar
Máscaras
Ler o texto instrucional com os Para iniciar
estudantes.
A leitura desse texto injuntivo de-
senvolve a habilidade de ler e de Máscaras
compreender com autonomia textos
Quando contamos uma história, há diferentes maneiras de representar um persona-
injuntivos instrucionais (um dos que
compõem o campo da vida cotidia- gem. Podemos mudar a voz, fazer gestos, usar máscaras.
na), observando sua estrutura (verbo ● Faça uma máscara para brincar como se você fosse um leão.
no imperativo, indicação de passos a
ser seguidos), mesclando palavras, Material necessário
imagens e recursos gráfico-visuais,
considerando a situação comunicati-
• 1 prato de papelão grande • tesoura com pontas arredondadas
va e o tema/assunto do texto. (Refe- • lápis • palito de picolé
rência: BNCC Ð EF03LP11) • canetas hidrográficas coloridas • fita adesiva
Na impossibilidade de dispor de
um prato de papelão, sugere-se a Modo de fazer
utilização de pedaços de cartolina ou
Passo 1 – desenhe a cara de um leão Passo 3 – com a ajuda da professora,
de embalagens de papelão para o
corte e o desenho, conforme modelo na parte interna do prato. corte tiras ao redor do prato para
do texto instrucional. formar a juba e, depois, corte o buraco
dos olhos.

Passo 4 – prenda o palito na máscara


Passo 2 – pinte a cara do leão. com fita adesiva.

Fotos: Edson Antunes/Arquivo da editora


Texto elaborado pelas autoras.

Você sabia que o leão é chamado de Rei da Floresta?


Guarde a máscara e, depois de ler a história, veja como poderá usá-la.

96

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

142
relação propondo questões como:
“O texto está organizado em versos
ou em parágrafos?”, “Leiam o texto e
marquem com lápis os trechos em
Histórias com animais existem há muito tempo... Você conhece alguma his- que surgirem dúvidas”, “Quem desco-
tória em que os animais agem como seres humanos? briu do que trata o texto?” etc.
E o que pode acontecer quando um mosquito resolve desafiar um leão? É necessário lembrar que, no
3o ano, grande parte dos estudantes
Leia para saber.
ainda não tem autonomia de leitura,
mas o estímulo para a leitura indivi-
dual é sempre importante. Conversar
Leitura: fábula com eles sobre a importância de, aos
poucos, ganharmos autonomia para
● Leia o texto silenciosamente. Assinale as palavras ou os lermos o que quisermos, sem precisar
minúsculo: extremamente
trechos que geraram dúvidas. pequeno. da ajuda de outras pessoas. (Referên-
mínimo: a menor porção cia: BNCC – EF35LP01)
O mosquito e o leão de algo em tamanho;
menor.
Gênero: fábula (campo artístico-li-
Era uma vez um minúsculo mosquito. Um dia, voou até o terário). Trata-se de um gênero narra-
colossal: gigantesca.
leão, que quase não o enxergava, e lhe disse: trombeta: instrumento tivo em que os personagens são,
— Não tenho o mínimo medo de você. Gostaria de saber musical de sopro. geralmente, animais, plantas ou obje-
para que toda essa força colossal? Na realidade, sou mais picar: furar ou ferir a pele. tos que falam e se comportam como
forte que você. Se não acredita, vamos lutar para ver. esmagar: destruir, seres humanos. Existem também fá-
exterminar.
Dito isso, o mosquito tocou uma trombeta de guerra e se bulas em que os personagens são
zumbindo: fazendo o
lançou na direção do leão para picar o seu focinho. ruído produzido pelo
seres humanos. As fábulas costumam
O leão sentiu as picadas e ficou muito furioso. Com muita inseto. analisar as atitudes humanas e, no fi-
vontade de esmagar o inseto, o que ele conseguiu, apenas, foi triunfar: alcançar a vitória. nal, trazem em destaque um conse-
arranhar-se até o nariz sangrar. lho, um ensinamento, conhecido
O mosquito foi embora zumbindo, todo alegre e vaidoso. Porém a vitória foi curta. como moral da história.
Distraído, voou direto para uma teia de aranha que o apanhou e comeu. A escolha desse texto atende à ne-
Depois de triunfar sobre o Rei da Floresta, foi parar na barriga de uma simples aranha. cessidade de trabalhar com gêneros
Nem sempre são invencíveis os vitoriosos. literários da tradição oral, em versos
e prosa, identificando temas perma-
Esopo. 200 fábulas de Esopo. Compilação de Vic Parker.
Tradução de Silvia Schneider e Michelle Néris da Silva.
nentes da literatura, encarando-a co-
Barueri: Girassol, 2014. p. 112-113. mo parte do mundo do imaginário,
valorizando sua dimensão lúdica e
Sobre o autor situando-a como patrimônio artístico
da humanidade. (Referência: BNCC –
Reprodução/Museu do Prado, Madri, Espanha.

Esopo viveu no século VI a.C., na Grécia. EF15LP15)


a Girassol

Ele teria sido escravo de um filósofo que Além disso, ela amplia a possibili-
ditor

ficou impressionado com sua inteligência e, dade de leitura de textos de diferen-


Reprodução/E

por isso, deu-lhe a liberdade. Acredita-se que tes gêneros ficcionais para que os
estudantes, gradativamente, identifi-
tenha viajado para o Egito e a Ásia contando
quem os elementos constitutivos
histórias que foram transmitidas de geração
principais dessas narrativas: cenário,
em geração até os dias de hoje. São mais de personagem, enredo, tempo, espaço,
580 fábulas atribuídas a sua autoria. foco narrativo e tipos de discurso.
(Referência: BNCC – EF35LP26)
É importante ressaltar que a fábula
97 é um texto curto e que prepara os
estudantes para a leitura e com-
preensão de textos mais extensos
As questões iniciais têm a finalidade de estimular os estudantes a mobilizar seus conhecimentos de narrativas de ficção. (Referência:
prévios para estabelecer expectativas e hipóteses antecipadoras de sentido, do gênero e de outros BNCC – EF35LP21)
aspectos do texto. (Referência: BNCC – EF15LP02)

Leitura: fábula
Incentivar os estudantes a fazer inferências, comparando o tamanho de um mosquito com o
do leão, considerado o rei da floresta. Depois, orientá-los a ler silenciosamente o texto.
Estimular a leitura silenciosa como uma das formas de desenvolver uma leitura mais com-
preensiva e fluente. Reservar sempre um momento para que os estudantes tenham um contato
individual com o texto, mesmo que ainda não tenham total autonomia de leitura. Instigar essa

143
Compreensão do texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo-
nente essencial para a alfabetização. Compreensão do texto
(Referência: PNA)
As questões iniciais são de com- Atividade oral e escrita
preensão do texto e têm como obje-
tivo desenvolver habilidades de leitura:
1. O que aconteceu com o mosquito depois de desafiar o leão?
constatações, localização de dados,
inferências simples, por exemplo, de- Foi apanhado por uma aranha.
dução de significados de termos do
texto e dedução do tempo em que
ocorre a narrativa com base em mar-
cas explícitas, como “Era uma vez...”, e 2. Nessa fábula, além dos personagens, há um narrador que conta a história. Copie
identificação de elementos básicos de nas linhas a seguir:
estruturação da narrativa.
As unidades anteriores centraram-
a) uma frase que representa a fala do narrador.
-se no estudo de gêneros estruturados
em HQ e textos versificados. Nesta
Possibilidade: “Era uma vez um minúsculo mosquito”.
unidade, é introduzido um gênero do
agrupamento do narrar: fábula.
b) uma frase que seja a fala de um personagem.
Atividade preparatória
Possibilidade: “Não tenho o mínimo medo de você”.
Para facilitar a compreensão do
enunciado sugere-se a retomada do
3. Quem são os personagens dessa fábula?
exercício da habilidade de ler e com-
preender em colaboração com os O mosquito, o leão e a aranha.
colegas e com a ajuda do professor
os enunciados das tarefas escolares, 4. Na atividade 2 você localizou a fala de um personagem. Pinte no texto e copie a
um gênero do campo das práticas
de estudo e pesquisa. (Referência: palavra que anuncia que o personagem vai falar. disse
BNCC – EF12LP17)
5. Releia.
Atividades 2, 3, 4 e 5
Estas atividades exercitam a identi- Era uma vez um minúsculo mosquito. Um dia, voou até o leão [...]
ficação de elementos básicos de es-
truturação da narrativa: lugar, tempo,
Assinale a alternativa correta. As expressões destacadas indicam:
personagens, narrador e momentos
da narrativa. (Referências: BNCC –
EF35LP04, EF35LP05 e EF35LP26) X um tempo indefinido no passado. o tempo presente.
Chamar a atenção dos estudantes
para as palavras interrogativas que 6. O que mais chamou a sua atenção nessa fábula?
têm como respostas estes elemen-
tos: Quem? Onde?, Quando?, Co- Resposta pessoal.
mo?, Por quê?.
Atividade 4
Tem o objetivo de introduzir os es-
98
tudantes na identificação de verbos de
enunciação ou “verbos de dizer” para
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
a produção de discurso direto. (Refe-
rência: BNCC – EF35LP22)
Atividade 6
Mediar a troca entre os estudantes
sobre o que mais chamou a atenção
de cada um na fábula, por meio de
expressão oral com clareza. (Referên-
cia: BNCC – EF15LP09)

144
Atividade 7
Os estudantes devem conversar
sobre o significado das palavras antes
7. Reescrevam as frases substituindo as palavras destacadas por sinônimos, isto é, de recorrer ao dicionário, pois se trata
de um exercício para inferir o signifi-
palavras diferentes com sentido semelhante. Possibilidades:
cado com base no contexto. Deve-se
a) Era uma vez um minúsculo mosquito. destacar que o desenvolvimento do
vocabulário é um componente es-
Era uma vez um mosquito muito pequeno. sencial para a alfabetização. (Referên-
cia: PNA)
b) [...] para que toda essa força colossal? Esta atividade estimula a habilidade
de inferir o sentido de palavras ou
[...] para que toda essa força gigantesca? expressões desconhecidas em textos.
c) O leão sentiu as picadas e ficou muito furioso. (Referência: BNCC – EF35LP05)
Atividades 8 e 9
O leão sentiu as picadas e ficou muito bravo. Questões complexas, porque exi-
gem que o leitor infira informações
d) Depois de triunfar sobre o Rei da Floresta, foi parar na barriga de uma simples implícitas no texto. (Referência: BNCC
aranha. – EF35LP04)
Depois de vencer o Rei da Floresta, foi parar na barriga de uma simples aranha. Atividade 10
Esta é uma atividade complexa,
por isso é recomendável realizar uma
conversa antes do registro.
8. Marque um X na alternativa que explica o comportamento do mosquito. Para responder à questão, os estu-
dantes precisarão não só inferir infor-
A) Queria se vingar de algo que o leão lhe fizera. mações implícitas no texto como
também identificar a ideia central.
É importante situar a fábula no con-
B) X Era vaidoso e queria sentir-se superior ao leão.
texto histórico em que foi criada, isto
é, em uma época em que sua função
C) Queria envergonhar o leão diante de outros animais. não era a de entretenimento, mas de
formação moral do leitor. Vem daí o
caráter moralizante da fábula.
9. Por que o leão não conseguiu “esmagar” o inseto?
Questionar os estudantes sobre a
Possibilidade: O leão não conseguiu acertar o inseto porque era difícil enxergá-lo ou validade ou não de a fábula apresen-
tar esse caráter moralizante expresso
acertar a sua localização por ele ser minúsculo. pela moral, estimulando a expressão
de posicionamento a favor ou contra.
10. As fábulas, geralmente, são histórias curtas e ensinam algo. Por isso, algumas trazem Estas atividades contribuem para
uma moral da história, isto é, um ensinamento que costuma aparecer no final do que os estudantes identifiquem a
ideia central do texto para melhor
que é contado.
compreendê-lo. (Referência: BNCC –
A moral da fábula “O mosquito e o leão” é: EF35LP03)

Nem sempre são invencíveis os vitoriosos.

99

145
Atividade 11
Ordenar acontecimentos de uma
narrativa favorece a reflexão sobre a
sequência de eventos que dão senti- Converse com os colegas e escrevam, juntos, uma frase que possa substituir a
do ao texto.
moral do texto com o mesmo sentido.
Atividade complementar Sugestões: Ganhar sempre não é garantia de nunca perder./
Pode-se ampliar esse trabalho,
oferecendo aos estudantes textos Ninguém é totalmente invencível.
verbais e/ou não verbais para se-
rem ordenados, como trechos de 11. Numere as frases de acordo com a ordem dos acontecimentos na história.
histórias recortados em tiras de
6 O mosquito voou direto para a teia de uma aranha.
papel, para que eles os coloquem
na sequência. Sugerem-se, por
4 O leão sentiu as picadas e ficou furioso.
exemplo, histórias em quadrinhos
recortadas quadro a quadro e em-
baralhadas, para desafiar os estudan- 2 O mosquito tocou uma trombeta de guerra.
tes a organizar a montagem da his-
tória de acordo com a sequência ló- 1 O mosquito voou até o leão para desafiá-lo.
gica de acontecimentos. A organiza-
ção da sequência de fatos favorece 5 O leão se arranhou e seu focinho sangrou.

ra
ito
a construção do enredo na narrativa.

ed
da
vo
ui
rq
3 O mosquito foi até o leão e começou a picá-lo. xa
nd
re
/A

Ale
ssa

Vocabulário em foco
e
Van

O objetivo desta subseção é pro- Vocabulário em foco


mover o desenvolvimento de vo-
cabulário, componente essencial 1. Em duplas, leiam em voz alta a lista de palavras destacadas na fábula com seus significados.
para a alfabetização. (Referência: PNA) Depois, escrevam o significado de cada palavra destacada nas frases a seguir.
Atividade 2 a) Dito isso, o mosquito tocou uma trombeta de guerra e se lançou na direção do leão
O objetivo desta atividade é que
para picar o seu focinho.
os estudantes observem que uma
mesma palavra pode ter significados Furar ou ferir a pele.
diferentes quando se altera o contex-
to em que ela é utilizada. b) Não tenho o mínimo medo de você. Menor.

2. As mesmas palavras destacadas nas frases dos itens a e b da atividade 1 foram


empregadas nas frases a seguir. Escreva o significado delas nessas frases.
a) Para fazer a sopa de legumes, a cozinheira precisa picar a batata e a cenoura an-
tes de cozinhá-las.

Cortar em partes pequenas.

b) Ao picar os legumes, a cozinheira feriu o dedo m’nimo da mão esquerda.

Dedo mindinho.

100

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

146
Sugestões
Em momento oportuno, acompa-
nhar os estudantes em uma visita à
biblioteca ou ao cantinho de leitura
SUGESTÕES para que eles possam selecionar li-
vros de fábulas para leitura individual.
• Você gostou de ler essa fábula? Há mais histórias assim: curtas e com personagens animais Pedir que justifiquem a escolha dos
se comportando como gente. Faça uma busca no cantinho de leitura ou na biblioteca da livros e, após a leitura, compartilhem
escola e você vai encontrar muitas histórias como essa. Veja algumas sugestões: a opinião deles com os colegas. (Re-
ferência: BNCC – EF35LP02)

as
Letrinh
Hora de organizar o

s
nhia da
Fábulas tortas, de Dilea Frate, publicado pela editora Companhia
que estudamos

Compa
das Letrinhas.

ditora
A leitura contínua do esquema pa-

ução/E
Reprod
ra a inserção das palavras no espaço
adequado exercita uma das habilida-

t
itora Martin Clare
des do campo das práticas de estudo
A África recontada para crianças, de Avani Souza Silva, e pesquisa: a de recuperar as ideias

Reprodução/Ed
publicado pela editora Martin Claret. principais em situações formais de es-
cuta da apresentação. A retomada da
análise feita nas atividades para orga-
nizar os dados principais favorece a
consolidação dos conhecimentos ad-
quiridos. (Referência: BNCC – EF35LP19)
Hora de organizar o que estudamos

● Juntos, selecionem do quadro a seguir as palavras ou expressão que podem


preencher as lacunas no esquema.

lições para a vida personagem entreter

Fábula

História geralmente curta, muitas vezes com personagens animais


que agem como seres humanos e com uma moral

Intenção/finalidade Organização do texto Leitor/público


• Apresentar uma lição • Ações ou fatos encadeados • Quem quer ler para se
divertir ou pensar
• Entreter • Personagem • Quem gosta de tirar
• Narrador
• Indicações de tempo e de espaço lições para a vida
• Moral da história de histórias lidas

101

147
Leitura oral em foco
O objetivo desta seção é promover
a fluência em leitura oral, compo-
nente essencial para a alfabetização. Leitura oral em foco
(Referência: PNA)
● Chegou o momento de treinar a leitura oral.
Comparando os textos: Em casa, leia a história para um familiar ou responsável.
história em versos e Depois, na sala de aula, aguarde a professora chamar para ler o texto em voz
história em prosa
alta para os colegas.
Atividade 1
O texto “Orquestra” encontra-se na Comparando os textos: história em versos e história em prosa
unidade 3.
Esta atividade sistematiza o estudo Na unidade anterior, você leu a história em versos “Orquestra”.
dos elementos presentes em narra- Vamos compará-la com a fábula “O mosquito e o leão”.
tivas em versos e em prosa, compa-
rando-os. 1. Marque um X no texto em que a característica indicada ocorre.

Atividade 3 “O mosquito
Orientar os estudantes para que Característica “Orquestra”
e o leão”
considerem o travessão marcador de
início de parágrafo. O texto é contínuo: as frases vão até o
X
O objetivo da atividade é estimular final da linha.
a habilidade de dividir o texto em
O texto é dividido em estrofes e versos. X
parágrafos, de acordo com as carac-
terísticas do gênero textual. (Referên- Algumas palavras rimam. X
cia: BNCC – EF35LP09)
A história tem tempo indefinido: pode começar
com Certa vez... ou Era uma vez....
X

Há narrador e personagens. X X

2. Qual dos dois textos não pode ser chamado de poema? Por quê?

“O mosquito e o leão”, porque o texto não está dividido em estrofes e versos e não

tem palavras que rimam.

O texto organizado em linhas contínuas, isto é, com frases que vão até o fim de uma linha
e continuam na seguinte, é chamado texto em prosa.
No texto em prosa há também parágrafos.

3. Sem contar a moral da história, quantos parágrafos há no texto “O mosquito e o

leão”? Seis.

102

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
A seção Leitura oral em foco é um bom estudantes do 3o ano, a expectativa, no final do completem a leitura do texto em pouco mais de
momento para aferir a fluência em leitura oral ano letivo, é de uma velocidade de leitura de 90 1 minuto e meio, sendo possível que eles tenham
dos estudantes, considerando velocidade, pre- palavras por minuto, com precisão de 95%, ga- maior dificuldade de pronunciar por volta de
cisão e prosódia. Para essa aferição, “professores rantida a compreensão do texto. sete palavras do texto. Sugere-se registrar a velo-
e coordenadores pedagógicos devem levar em Para aferir a fluência em leitura oral com cidade da leitura de cada estudante, listar as pa-
consideração, no processo de alfabetização, as base nesse parâmetro, será necessário gravar a lavras que foram pronunciadas com maior
pesquisas que indicam o número médio de leitura de cada estudante, utilizando um grava- dificuldade e fazer observações sobre a prosódia,
palavras lidas com fluência ao final de cada ano dor de voz. A fábula tem, ao todo, 152 palavras, ressaltando o que pode ser melhorado. Guardar
do ensino fundamental” (PNA, p. 33). Para os portanto, a expectativa é que os estudantes esse registro para acompanhar o progresso da

148
Tecendo saberes
Aproveitar a leitura compartilhada
do texto para relacioná-lo com o con-
teúdo da área de Ciências, principal-
Tecendo saberes mente no que diz respeito ao
desmatamento, uma ação do ser hu-
1. Você leu uma fábula em que um mosquito pica o nariz de um leão. Nós também
mano sobre a natureza que provoca
podemos ser picados por mosquitos, e as picadas podem nos trazer doenças. Acom- desequilíbrio ambiental, como o au-
panhe a leitura com a professora. mento da proliferação de algumas
espécies de insetos.
Zika, chikungunya e dengue. Três doenças, um mosquito transmissor: Aedes
aegypti. Trata-se de um inseto superpoderoso? Nada disso! Ele apenas tem as Tema contemporâneo
características necessárias para conservar no seu organismo os vírus que causam
essas doenças e acaba por transmiti-los quando pica as pessoas. O assunto do texto permite uma
abordagem do tema contemporâneo
[...]
educação ambiental. A conversa pro-
Pouca gente sabe que a maioria dos mosquitos tem origem em áreas silvestres.
posta pela questão ao final da leitura
Eles foram ganhando espaço nas cidades porque perderam as matas, seu ambiente colabora para uma reflexão sobre a re-
original. Se conservássemos o verde, conservaríamos também o hábitat dos mosqui- lação entre esse e outro tema contem-
tos e, consequentemente, a nossa saúde. Como não fazemos isso, os mosquitos se porâneo importante: saúde.
adaptam e se multiplicam em novos espaços, cada vez mais perto de nós, que agora
queremos saber como eliminá-los.
Tamara Nunes de Lima Camar. Por que alguns mosquitos são transmissores de doenças? Ciência
Outras linguagens
Hoje das Crianças, 30 nov. 2016. Disponível em: https://tedit.net/UKDLJz. Acesso em: 18 maio 2021. É importante que os estudantes se
atenham à ilustração do terceiro qua-
2. Agora, conversem: Como podemos nos proteger da picada desses mosquitos? drinho, em que a aranha se vai e so-
bram apenas as asas da mosca,
Possibilidades: Usando inseticidas e repelentes, indicando que o inseto foi devorado.
guardando recipientes vazios de cabeça para baixo, Explorar os quadrinhos da tirinha para
Outras linguagens usando vasos de planta com areia nos pratos e
mantendo caixas-d’água bem fechadas. que os estudantes percebam o efeito
● Na fábula que você leu, o mosquito acabou na barriga da aranha. Agora, leia esta de humor presente na moral: “Contar
até dez nem sempre ajuda”. Nesse caso,
fábula contada em forma de tirinha.
eles devem perceber que não importa
contar o número de pernas porque o
© Fernando Gonsales/Acervo do cartunista

fato de aranhas comerem moscas inde-


pende dessa informação; também de-
vem notar a ressignificação da ex-
pressão “contar até dez”, empregada na
tirinha em sentido denotativo, que quer
dizer “acalmar-se” no uso figurado re-
corrente.
A leitura de HQs ajuda a desenvol-
Fernando Gonsales. Níquel Náusea. Folha de S.Paulo. 27 jul. 2016. Ilustrada, C5.
ver a habilidade de identificar efeitos
de sentido de recursos gráfico-visuais
a) O que aconteceu com a mosca? Converse com os colegas. Foi comida pela aranha. e multissemióticos. (Referência: BNCC
– EF15LP04)
b) Por que a moral da história é “Contar até dez nem sempre ajuda”?
Porque a mosca contou quantas patas a aranha tinha, que eram 10,
mas isso não a impediu de ser comida.
103

fluência dos estudantes ao longo do ano, em- defasagem apresentada. Antes dela, sugere-se Produção de texto. Com um número menor
pregando, quando necessário, exercícios de treinar mais algumas vezes a leitura oral coletiva de palavras, 135, mas com uma dificuldade a
treino e remediação. da fábula ou mesmo a leitura oral em dupla, mais por separar as falas dos personagens do
Como essa avaliação processual/formativa é cuidando para que o estudante avaliado com que é narrado por meio das aspas, o treino de
a primeira do ano a envolver a leitura de um dificuldade na fluência trabalhe em dupla com leitura oral dessa fábula pode apresentar um
texto em prosa, sugere-se oferecer aos estu- um colega que tenha obtido um resultado bom. resultado melhor na avaliação da fluência em
dantes que apresentarem muita dificuldade na Outra possibilidade de avaliação da fluência leitura oral, sem que o estudante sinta que es-
leitura contínua dos parágrafos uma nova opor- em leitura oral é solicitar a leitura da outra fá- sa nova oportunidade oferecida seja uma com-
tunidade de avaliação como forma de corrigir a bula da unidade, “O feixe de varas”, da seção pensação ao resultado anterior.

149
Prática de oralidade
Conversa em jogo
Esta é uma oportunidade para re- Prática de oralidade
fletir com os estudantes sobre convi-
vência e sobre a expectativa exis- Conversa em jogo
tente na sociedade moderna de que
é bem-sucedido quem sempre vence, Vencer sempre?
mesmo que isso possa significar o
● Na fábula “O mosquito e o leão”, o mosquito não parece ter motivos justifica-
sofrimento de outros. É importante
lembrar que esta seção tem como dos para provocar e picar o leão. Suas razões parecem ser apenas a vontade de
uma de suas finalidades o exercício se sentir superior ao Rei da Floresta.
da expressão de opinião, do posicio- Vencer sempre, sem se importar se magoa ou fere outras pessoas: O que isso
namento e da argumentação. (Refe- pode causar na convivência com o outro? As respostas podem variar.
rência: BNCC – EF15LP09) Você conhece alguma história em que alguém quer sempre vencer os outros,
Vale ressaltar que este tipo de ativi-
custe o que custar? Resposta pessoal.
dade também é importante para rei-
terar combinados: esperar a vez de Conte a história para os colegas e ouça com atenção o que eles têm a dizer.
falar, levantar a mão para pedir a pala-
vra, respeitar opiniões diferentes, etc. Dramatização
Esta atividade atende à habilidade Organizem-se para fazer uma dramatização da fábula “O mosquito e o leão”.
de escutar com atenção a apresenta-
1. Escolham quem vai representar cada personagem e quem será o narrador.
ção de trabalhos de colegas. (Refe-
rência: BNCC – EF15LP11) 2. Criem uma fala para o leão.

Edson Antunes/Arquivo da editora


Lembrar os estudantes sobre a ne- 3. Releiam a fábula e memorizem as ações e as falas de cada um:
cessidade de usar formas de trata-
mento adequadas, mesmo em • Narrador: memorize ou leia sua parte de forma clara, atentando
conversas espontâneas. para a expressividade ao falar cada frase.
• Personagens: falem de forma clara, sempre com o rosto voltado
Dramatização para quem assiste, para que sua fala seja bem compreendida.
Organizar trios de modo que um
4. Revejam na seção Para iniciar como fazer uma máscara de leão. Se
estudante represente o narrador e os
quiserem, criem uma máscara para o mosquito, usando pratos de papelão.
outros, os personagens da fábula.
Utilizar a máscara de leão proposta 5. Ensaiem a dramatização e aguardem a vez de o grupo se apresentar.
na seção Para iniciar desta unidade. 6. Durante a apresentação, procurem falar com naturalidade, com tom de voz alto e
Os estudantes poderão, empregando claro o suficiente para serem ouvidos pelo público.
os mesmos materiais, criar também
7. Façam gestos próprios dos personagens e, sempre que possível, evitem ficar de
uma máscara para o mosquito.
O uso de máscaras é um recurso costas para o público. Boa apresentação!
de figurino que pode facilitar a ativi-
dade de dramatização, tanto por tra- Produção de texto
zer elementos visuais que estimulam
a imaginação e a criatividade quanto
por servir de apoio para estudantes
Fábula
mais introvertidos ou inseguros em ● Vamos ler agora uma fábula que ficou muito conhecida através dos tempo. Nessa
se expor durante apresentação para fábula, os personagens são seres humanos.
um público.
Na dramatização, orientar os estu- 104
dantes a usar expressão corporal, tom
de voz, movimentos e gestos, atri- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
buindo a eles significados específicos.
Por exemplo, imaginar e tentar repro- Produção de texto proposto na Produção de texto, por meio da
duzir a postura do mosquito desafian- apresentação de uma fábula que não precisa
do o leão, a fúria do rei da floresta em Fábula necessariamente ter apenas animais como
não conseguir pegar o mosquito, a personagens.
O objetivo desta seção é promover a produ-
fuga alegre e vaidosa do pequeno Há outras fábulas assim estruturadas que
ção de escrita, componente essencial para a
inseto, entre outras cenas. (Referência: podem ser apresentadas a eles, caso seja pos-
alfabetização. (Referência: PNA)
BNCC – EF15LP12)
A inserção de outra fábula para leitura nesta sível e interessante neste momento. Alguns
unidade tem a finalidade de ampliar a literacia, exemplos: “O homem, o menino e o burro”,
ao incentivar os estudantes a enriquecer seu “O criador de abelhas”, “Os dois amigos e o
repertório de textos, tendo em vista o desafio urso”, “O irmão e a irmã”, entre outras. Todas

150
filhos: se eles permanecem unidos,
mesmo depois da morte do pai, eles
serão fortes para enfrentar os desafios
da vida.
O feixe de varas Podem ser colocadas outras frases
Era uma vez um velho que tinha muitos filhos. como moral de fábulas para que os
Sabendo que sua morte estava próxima, juntou todos eles para deixar-lhes estudantes escolham.
conselhos. Planejamento
O homem pediu aos criados que trouxessem um feixe de varas amarradas e disse Conversar com eles sobre o signi-
ao filho mais velho: “Veja se consegue quebrá-lo”. O  menino tentou e tentou, mas ficado da moral escolhida antes de
seus esforços foram inúteis. iniciarem a escrita.
O homem, então, pediu para que o segundo tentasse... e o outro... e o outro... To-
Mesmo que oralmente, estimulá-
-los a ampliar as reflexões sobre as
dos tentaram, mas nenhum deles conseguiu.
condições de produção do texto: in-
“Agora, desatem o nó”, disse o pai; e assim foi feito. Pediu que cada um pegasse tenção, público-alvo predominante,
uma vara e continuou: “tentem quebrá-la”. Dessa vez, todos conseguiram parti-la ao escolhas de linguagem (expressões,
meio sem nenhum esforço. caracterização de personagem), des-
“Agora vocês entendem o que eu quero dizer!”, disse o pai, satisfeito por ter dei- tinação (no caso, a elaboração de
xado aos filhos uma bela lição. uma antologia de fábulas). Além disso,
A união faz a força.
por ser uma narrativa ficcional, ajudá-
Esopo. 200 fábulas de Esopo. Compilação de Vic Parker.
-los a estruturar a história com os
Tradução de Silvia Schneider e Michelle Néris da Silva. Barueri: Girassol, 2014. p. 432-433. elementos fundamentais: espaço (on-
de), tempo (quando), personagens
(quem) e ação (o quê). (Referência:
● Agora vocês vão criar uma fábula. A seguir, há frases usadas como moral de BNCC – EF35LP25)
fábulas conhecidas. Leiam, juntos, e conversem sobre o que podem significar. Lembrá-los do emprego da pon-
tuação: uso do travessão para separar
• A união faz a força. as intervenções do narrador e as falas
• Quem tudo quer tudo perde. dos personagens, bem como dos
• Às vezes, a sorte aparece de onde menos se espera. verbos de “dizer” (verbos de enuncia-
ção) para anunciar a fala dos perso-
• Um por todos, todos por um. nagens. (Referência: BNCC – EF35LP07)
• Quem vê cara não vê coração. É necessário que os estudantes se
habituem a planejar o texto a ser pro-
Planejamento duzido: situação comunicativa, inten-
ção/finalidade, tema/assunto, escolhas
Conversem sobre alguns elementos importantes para planejar a história.
de linguagem adequadas aos propó-
1. Escolham uma moral para a história que vão criar. sitos do texto, circulação do texto,
2. Imaginem uma história curta que termine com a moral indicada. destinatários/interlocutores (quem
escreve/para quem escreve). (Referên-
3. Pensem: cia: BNCC – EF15LP05)
• em personagens, que podem ser animais ou seres humanos;
• em como a história pode começar;
• no que acontecerá;
• em como terminará a história para que a moral fique adequada.
105

têm autoria atribuída a Esopo e costumam ser realizado depois de desatar o nó que pren-
facilmente encontradas. dia as varas.
Como não será realizada a interpretação es-
crita dessa fábula, sugere-se chamar a atenção • Por quê?: por sentir a morte próxima, o pai
quer dar um conselho aos filhos.
sobre os elementos da narrativa por meio de
respostas às questões orais feitas pelo professor, • Quando?: tempo indeterminado, "era uma vez..."
iniciadas pelas palavras interrogativas: • Onde?: provavelmente na residência do velho.
• Quem?: um velho, os filhos e os criados. Estimular uma conversa sobre a moral da fá-
• O quê?: propor aos filhos um desafio – bula de modo a auxiliar os estudantes a com-
quebrar um feixe de varas, que só pode ser preendê-la considerando a lição do velho a seus

151
Revisão, reescrita e edição
Esta etapa da proposta de produ-
ção de texto contribui para o desen-
volvimento da habilidade de reler e 4. Considerem ainda os pontos a seguir:
revisar o texto produzido com a ajuda
do professor e a colaboração dos co- • para quem vocês vão escrever o texto: isso vai ajudá-los a definir o estilo da escrita:
legas, para corrigi-lo e aprimorá-lo, mais formal ou mais informal;
fazendo cortes, acréscimos, reformu-
lações, correções de ortografia e pon-
• para que vocês vão escrever: entreter, ensinar algo, emocionar o leitor;
tuação. (Referência: BNCC – EF15LP06) • como vão organizar o texto: parágrafos, diálogos, pontuação.
Além disso, durante a revisão e a
reescrita devem ser ressaltados aspec- Escrita
tos linguísticos: uso de convenções de
1. Faça um rascunho da fábula e troque-o com um colega.
escrita, organização de parágrafos,
pontuação de diálogos, pontuação e 2. Cada um deve ler o texto do colega com atenção para indicar o que deve ser
organização das frases. (Referências: alterado: algo que esteja confuso ou que não atenda à proposta, por exemplo.
BNCC – EF35LP07 e EF35LP09)
Produção de livro Revisão, reescrita e edição
de fábulas 1. Verifique se seu texto está pronto para ser passado a limpo.
Se houver condições, a atividade
pode ser desenvolvida de forma a es- • Os personagens estão bem caracterizados?
timular nos estudantes a habilidade de • Os fatos e os acontecimentos estão adequados à moral proposta?
utilizar softwares, inclusive programas
de edição de texto, para possível pu- • Os diálogos estão organizados com verbos que anunciam a fala dos personagens?
blicação das fábulas produzidas. (Re- • Você prestou atenção à pontuação: uso de travessões, pontos finais, etc.?
ferências: BNCC – EF15LP07 e EF15LP08)
• O que você quis dizer está claro?
2. Releia o texto e reescreva-o em uma folha de papel.
3. Se for possível, o texto para publicação poderá ser digitado.

Produção de livro de fábulas


Que tal fazer um livro com as fábulas produzidas pela classe?
1. Vocês usarão o texto reescrito para compor o livro.
2. Ilustrem as fábulas com desenhos ou colagens.

LB Ilustrações/Arquivo da editora
3. Reúnam as fábulas em um formato de livro e criem uma capa
para ele.
4. Depois de terminado, façam uma roda de leitura para cada um
ler a sua história.
5. Façam um rodízio: cada dia um estudante leva o livro para
casa. Assim, todos poderão ler, com outras pessoas,
as fábulas produzidas pelos colegas.

106

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

152
Língua: usos e
reflexão
Frase: ordem das
Língua: usos e reflexão palavras
Frase: ordem das palavras Os objetivos da sequência de ativi-
dades do começo desta seção são es-
1. Releia o trecho da fábula “O mosquito e o leão”. timular os estudantes a identificar o
início e o final de frases em trechos de
O leão sentiu as picadas e ficou muito furioso. Com muita vontade de esmagar texto e a reconhecer e identificar sinais
o inseto, o que ele conseguiu, apenas, foi arranhar-se até o nariz sangrar. de pontuação e uso de letra maiúscula,
retomando e aprofundando o exercício
a) Para contar o número de frases, observe quantos pontos finais há. Agora respon- da habilidade EF02LP01, já desenvolvida
no ano anterior. Outro aspecto impor-
da: Quantas frases há nesse trecho? Duas frases. tante é permitir que os estudantes ana-
lisem os efeitos de sentido produzidos
b) Circule as palavras iniciadas por letra maiúscula. pelas escolhas de ordem das palavras
na frase e o que a ordem alterada enfa-
Nesse trecho, as palavras iniciadas por letra maiúscula começaram frases.
tiza, destaca ou altera.
2. Observe os pontos finais e as letras maiúsculas no trecho a seguir. Importante também é que os es-
tudantes sempre analisem as possibi-
O mosquito foi embora zumbindo, todo alegre e vaidoso. Porém a vitória foi lidades de efeitos de sentido produ-
curta. Distraído, voou direto para uma teia de aranha, que o apanhou e comeu. zidos pelos sinais de pontuação em-
pregados, associando-os à entonação
com a qual leem cada uma das frases.
Quantas frases há nesse trecho? Três frases. (Referência: BNCC – EF03LP07)
3. Releia mais um trecho da fábula.

Depois de triunfar sobre o Rei da Floresta, foi parar na barriga de uma simples aranha.

Nesse trecho, todas as letras maiúsculas iniciam frases? Explique.


Não. Em “Rei da Floresta”, as letras maiúsculas indicam como o leão era chamado.

4. Agora, releia a fala do mosquito.

— Não tenho o mínimo medo de você. Gostaria de saber para que toda essa força
colossal? Na realidade, sou mais forte que você. Se não acredita, vamos lutar para ver.

a) Quantas frases há nesse trecho? Quatro frases.


b) Pinte de azul os sinais de pontuação que indicam o fim de uma frase.

Para melhor organizar as frases, para que sejam claras e transmitam o que desejamos, pre-
cisamos atentar à ordem das palavras.

107

153
Atividade 5
Sugere-se no fim da página uma
atividade complementar lúdica como
forma de exercitar a habilidade de 5. As palavras a seguir devem formar uma frase. Coloque-as em ordem e descubra
ordenar frases a partir de estruturas
as frases. Não se esqueça de pontuar!
simples – sujeito e predicado –, ainda
que sem a apresentação explícita de a) leão mosquito o tentou O esmagar
tal classificação neste momento.
O leão tentou esmagar o mosquito.
Palavras em jogo b) teia foi aranha O parar na mosquito da
O objetivo desta seção é promover
O mosquito foi parar na teia da aranha.
a consciência fonêmica e a instru-
ção fônica sistemática, componen- c) lição O filhos deixar os velho queria uma para
tes essenciais para a alfabetização.
(Referência: PNA) O velho queria deixar uma lição para os filhos.
d) força faz união A a
As sílabas qua, que, qui
O estudo prioriza o exercício da A união faz a força.
habilidade de ler e escrever correta-
mente palavras com sílabas CVV. (Re- 6. Releia as frases da atividade 5 e responda:
ferência: BNCC – EF03LP02) a) O que acontece com as frases quando as palavras estão desorganizadas?

Possibilidades: Fica difícil entendê-las; elas não apresentam sentido.


b) O que você observou para colocar as frases em ordem?
Possibilidades: O sentido das palavras, a ordem das ideias, a letra maiúscula
no início.

Para comunicar bem as ideias, as frases precisam estar bem organizadas. A ordem das
palavras e a pontuação são essenciais para as frases ficarem claras.

Palavras em jogo
As sílabas qua, que, qui

Polina Truver/Shutterstock
Atividade oral e escrita
1. Leia o trecho de um poema sobre o iaque.

Rock do iaque
Um dia no Tibete encontrei um iaque
Doido por nhoque Iaque é um boi selvagem que vive
Doido por nhoque nas montanhas cobertas de neve do
E lá fui eu fazer nhoque pro iaque. continente asiático. Seu pelo grosso
serve de proteção contra o frio.
[...]
Sérgio Capparelli. Poesia de bicicleta. Porto Alegre: L&PM, 2009. p. 26.

108

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
• Cada dupla escreve, em uma tira de papel pardo ou de cartolina, • A dupla recortará a frase e a colocará em um envelope.
uma frase completa com base em um assunto apresentado pelo
professor. Por exemplo, dizer a eles: “O assunto é futebol”. Em se-
• Os envelopes serão embaralhados e distribuídos entre as duplas,
de modo que cada uma abra o envelope recebido e tente descobrir
guida, pedir que escrevam a frase sobre esse assunto. a frase original, ordenando as palavras.
• A frase deverá ser escrita com letras grandes e intervalos entre as • Depois de ordenadas as palavras, a dupla deve copiar no caderno
palavras, de modo que possam ser recortadas. Ver exemplo a seguir. a frase formada e sinalizar que terminou.
O GOLEIRO CHUTE NO • As frases serão lidas em voz alta aos colegas para que cada dupla
certifique-se de que acertou a ordem das palavras, dando sentido
DEFENDEU O MINUTO FINAL. à frase.

154
Mesmas letras, outro som
Atividade 1
O objetivo desta atividade é que
2. Fale três vezes, bem rápido: os estudantes percebam que a sílaba
qua tem o U pronunciado, ao contrá-
[…] nhoque pro iaque. rio das outras sílabas do quadro. Para
que essa distinção seja percebida, é
Converse com os colegas.
necessário que as palavras sejam lidas
a) O que o som produzido lembra? Sugestão: O som de alguém mastigando. em voz alta. Se julgar pertinente, co-
mentar com os estudantes que há
b) Copie a sílaba que se repete nessas palavras e escreva mais duas palavras com poucas palavras com a sílaba quo,
essa sílaba. como quociente, quota e aquoso.

Sílaba que. Sugestões: quebrado, queijo, queixo, aquele.

3. Complete a cruzadinha silábica.


São aves (no diminutivo)

O que não é grande pe que no

O que é amado que ri do

É uma fruta ca qui

É um animal qua ti

Nome do formato das histórias dos gibis qua dri nhos

Mesmas letras, outro som


1. Algumas das palavras do quadro a seguir apresentam um som semelhante ao que existe
em iaque. Leia as palavras e separe-as na tabela de acordo com o som.

NHOQUE QUADRO MOLEQUE QUERIDA AQUÁRIO


QUIBE MALUQUINHO MÁQUINA RAQUETE QUATRO

QUA (som de quati) QUE (som de iaque) QUI (som de quilo)

quatro moleque maluquinho

aquário querida máquina

quadro raquete quibe

nhoque

109

155
Atividade 2
Ora o U é pronunciado, ora não é
pronunciado. Nos casos em que não
é pronunciado, ele não é um fonema, 2. Observe as imagens a seguir e leia os pares de palavras em voz alta.
mas uma letra que, junto ao Q, forma
o som /k/; nesse caso, a junção é con-

Ilustrações: Andréia Vieira/Arquivo da editora


siderada um dígrafo (quero, quilo).

50
Quando o U é pronunciado, ele tem
o valor de uma semivogal, formando
um ditongo com a vogal que o segue
(quadro, cinquenta).
quente cinquenta esquilo tranquilo
As sílabas gua, gue, gui
Atividade 1 Converse com os colegas sobre as questões a seguir.
Os nomes dos personagens com
Y podem propiciar a retomada dessa a) O que vocês observaram?
Sugestão: O som das sílabas formadas com qu varia.
letra, cuja ocorrência na língua portu- b) Leiam outras palavras em que a mudança de som também acontece.
guesa é pequena, mas em nomes
indígenas e em palavras estrangeiras
é bastante frequente. Lembrar os es- ESQUENTA FREQUENTA QUESTÃO SEQUESTRO
tudantes que essa letra tem o mesmo
valor sonoro do I (/i/) e representa, c) O que foi observado nos itens anteriores?
portanto, uma vogal, como em Yara, Sugestão: As sílabas que e qui podem ser pronunciadas de forma diferente: ora
Yasmim. se pronuncia e se ouve a letra U, ora ela não é pronunciada e ouvida.
As sílabas gua, gue, gui
1. Leiam, juntos, a tirinha a seguir.

© 1988 Peanuts, Charles Schulz / Peanuts Worldwide LLC./Dist. by


Andrews McMeel Syndication
Charles M. Schulz. Snoopy 9: pausa para soneca. Tradução de Cássia Zanon. Porto Alegre: L&PM, 2013. p. 81.

Nessa tira, Marcie está preocupada, pois acha que Snoopy está perdido. Ela fala
sobre isso com sua amiga Patty.

a) Patty não parece preocupada. Por quê?

Patty acha que Snoopy está olhando um mapa.

110

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

156
Atividade 4
Nos casos em que o U não é pro-
nunciado, ele não é um fonema. Ele
b) O que Snoopy estava realmente lendo? é uma letra que, junto ao G, forma o
som /g/. Nesse caso, é considerado
Uma propaganda de ração para cachorro. um dígrafo (guitarra, foguete). Quan-
do o U é pronunciado, ele tem o valor
de uma semivogal, formando um
ditongo com a vogal que o segue
2. Leia as palavras a seguir. (sagui, lingueta).

GUIA CONSEGUIA

a) Separe as sílabas destas palavras:

• guia: gui-a • conseguia: con-se-gui-a

b) Copie a sílaba que se repete. Depois, escreva mais duas palavras com essa sílaba.

Gui. Sugestões: amiguinho, foguinho, guizo, guitarra.

3. Leiam, juntos, as palavras. Sugestão de resposta: A letra G pode produzir sons


diferentes dependendo da vogal que a acompanha.

GARRAFA GELO GIRAFA GOLEIRO SAGU


AGUADO FOGUEIRA BILÍNGUE SAGUI FORMIGUINHA AGUOU

O que vocês observaram em relação à letra G nessas palavras?

4. A sílaba gui é formada por uma consoante (G) e duas vogais (UI), mas nem sempre
é pronunciada da mesma forma. Leia as palavras a seguir em voz alta.

FOGUETE LINGUETA
GUITARRA LINGUIÇA

Sugestão de resposta: em foguete


Respondam juntos: O que vocês observaram? e guitarra não se ouve o som da
letra U. Em lingueta e linguiça,
5. Leiam juntos, em voz alta, as palavras a seguir. pode-se ouvir o som da letra U.

ÁGUA AGUACEIRO GUARDANAPO GUARDA AGUARDAR

Pensem na resposta que vocês deram à questão da atividade anterior e respondam:


O que vocês observam nessas palavras em relação à letra U?
Na sílaba gua, o U sempre é pronunciado.
111

157
Memória em jogo
Incentivar a leitura oral coletiva dos
versos. A repetição das palavras na
atividade de memorização auxiliará
também na relação fonema-grafema
Memória em jogo
de palavras com as letras Q (quero, ● Leia o poema a seguir, procure memorizá-lo e escreva-o no caderno.
querendo e inquieto) e G (pegar,
alguém) e as variações sonoras e es- Quero-quero
critas que podem apresentar. Quero-quero canta
Inquieto. Corre e salta
Coleção de palavras Ao redor do ninho.
O objetivo desta seção é promover

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


o desenvolvimento de vocabulá- Tem alguém
rio, componente essencial para a al- Querendo pegar
fabetização, e mobilizar a habilidade Seu filhotinho.
de inferir o sentido de palavras ou
expressões com base no contexto.
(Referências: PNA e BNCC – EF35LP05)

Sérgio Caparelli. Tigres no quintal. São Paulo: Global, 2008. p. 99.

Coleção de palavras
● As palavras a seguir apareceram ao longo desta unidade. Leia cada uma delas e
seu significado e conheça outros sentidos que elas podem ter.

Feixe As imagens não estão


representadas em proporção.

1. Porção amarrada de lenha, de varas,


de capim; braçada. Por exemplo:
“O homem pediu aos criados que lhe
trouxessem um feixe de varas”. Anton Starikov/Shutterstock
Amy Johansson/Shutterstock

2. Conjunto de raios
luminosos. Por exemplo:
“Um feixe de luz entrava
pela janela”.

112

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

158
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-

Maple Ferryman/Shutterstock
Trombeta dos nesta unidade para que os estu-
As imagens não estão
dantes se apropriem da organização
representadas em proporção. dos conteúdos, atribuindo nomes a
eles. Ler o quadro-síntese para os es-
/Ge
tty
Ima
ges tudantes, orientando-os sobre as co-
oto

ane
se/i
Stoc
kph
lunas que o compõem.
Mil
co
Fra
nces
A coluna Avancei indica o que os
estudantes já sabem depois de terem
estudado o conteúdo da unidade.
1. Instrumento musical de sopro 2. Planta que tem flores com um formato
A coluna Preciso estudar mais indi-
longo e fino. Por exemplo: “Dito que lembra o instrumento musical
isso, o mosquito tocou uma trombeta. Por exemplo: “Naquele jardim ca o que é preciso retomar e estudar
trombeta de guerra”. há uma linda trombeta”. um pouco mais. Motivá-los a fazer
comentários sobre o próprio desem-
● Você já conhecia algum desses significados? Copie essas palavras no caderno penho e ajudá-los a reconhecer a
necessidade de revisão.
para compor a sua coleção de palavras. Você pode ampliar sua lista buscando
Ajudar os estudantes a ganhar
outras palavras no dicionário. paulatinamente autonomia na au-
toavaliação, iniciando com estraté-
gias coletivas de reflexão oral sobre
O que estudamos os conteúdos estudados e passando
a motivá-los a completar o quadro
individualmente.
Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Resposta pessoal.
Preciso
Unidade 4 Avancei estudar
mais

• Leitura e interpretação de fábula

• Identificação de elementos da fábula: personagem,


tempo, espaço, narrador, ações

• Comparação entre história em verso e história em prosa

• Produção de fábula a partir da escolha da moral

• Estudo da ordem das palavras na frase e da pontuação

• Leitura e escrita de palavras com as sílabas qua, que, qui


e gua, gue, gui

• Participação em atividades orais

113

159
Conclusão da unidade 4

Esta unidade apresenta atividades que possibilitam acom- do próprio desempenho, estimulando a reflexão individual
panhar o desenvolvimento dos estudantes e/ou da turma por sobre o processo de aprendizagem e a participação ativa nes-
meio de atividades que podem ser usadas para a avaliação se processo.
processual/formativa, como a de Leitura oral em foco. A par- A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de apren-
tir dessas atividades, é possível acompanhar o desempenho de dizagens que, em conjunto com o registro dos resultados das
cada estudante e da turma, considerando o trabalho desenvol- avaliações processuais/formativas, possibilita o acompanhamen-
vido no dia a dia. Tal acompanhamento possibilita a elaboração to sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar ade-
de estratégias para que conteúdos e habilidades sejam revistos, quado, use-o para o registro de observações e resultados de sua
a fim de atender às necessidades dos estudantes com defasa- avaliação. Ele permite identificar os objetivos não atingidos e
gens e/ou dificuldades. replanejar atividades. Todas as anotações relativas ao desempe-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra no nho dos estudantes são instrumentos importantes para o acom-
final da unidade, para conversar com os estudantes a respeito panhamento do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar fábula Compreensão de texto


Compreensão de
Identificar os elementos da fábula: personagem, tempo, espaço, narrador e ações.
texto
Comparando os
textos: história em
Comparar histórias em versos e histórias em prosa.
versos e história em
prosa
Produção de texto
Produzir fábula a partir da escolha da moral.
– Fábula
Língua: usos e
Estudar a ordem das palavras na frase e a pontuação. reflexão – Frase:
ordem das palavras
Ler e escrever palavras com sílabas qua, que, qui e gua, gue, gui. Palavras em jogo

Participar de atividades orais. Prática de oralidade

Caso sejam detectadas defasagens enfrentadas pela turma, a individual, com intervenções do professor; estímulo à leitura de
realização de atividades para remediação e/ou atendimento de fábulas em casa; dramatização de pequenos textos; identificação
dificuldades, como as propostas a seguir, são indicadas. Para difi- da moral de fábulas; elaboração de fábulas coletivas, orais e escri-
culdades em leitura e produção textual: leitura compartilhada com tas. Para dificuldades nos estudos sobre a língua: reestruturação e
estímulo às intervenções dos estudantes; leitura e escuta de fábu- repontuação de frases visando à clareza. Para apropriação de con-
las em verso e em prosa e identificação de elementos estruturais venções ortográficas: elaboração e leitura de listagem de palavras
próprios desse gênero textual; leitura oral expressiva de modo com as sílabas estudadas e realização de jogos ortográficos.

160
Introdução da unidade 5

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar carta pessoal e carta de leitor.
• Produzir carta pessoal e carta de leitor.
• Comparar diferentes usos de linguagem.
• Identificar o substantivo.
• Utilizar letra maiúscula no início de substantivos próprios.
• Identificar o som de R e RR e a posição de R em final de sílaba nas palavras.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades Devem saber localizar, em grupo de palavras, aquelas que
propostos nesta unidade, espera-se que os estudantes identi- nomeiam seres, para introduzir o conceito de substantivo. Suge-
fiquem a função social de cartas pessoais e de reclamação, a re-se rever coletivamente distinções entre nomear, caracterizar
diferença entre destinatário e remetente e os possíveis cami- ou indicar ação. É importante que a diferenciação gráfica entre
nhos até o destino. É importante que consigam localizar infor- maiúsculas e minúsculas seja revista, para que o emprego das
mações no texto. Para mobilizar conhecimentos prévios, iniciais maiúsculas seja abordado em substantivos próprios.
sugere-se conversar com os estudantes sobre cartas e levar O avanço para uma leitura com autonomia e fluidez é espera-
exemplos para a sala. O estímulo à ampliação do vocabulário do, principalmente na decodificação de palavras mais comuns. Os
já dominado é essencial para que possam aumentar suas pos- estudantes que apresentarem dificuldades devem ser acompa-
siblidades de compreensão dos textos e incrementar suas pro- nhados de forma sistemática. É fundamental avaliar se há proble-
duções textuais. mas associados à falta de apropriação da base alfabética e das
Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes convenções do sistema de escrita, à falta de convívio com textos
de perceber a ocorrência de diferentes variedades linguísticas diversificados (baixo grau de literacia) e à dificuldade de leitura
associadas a diferentes usos de linguagem: com maior formali- relacionada a vocabulário limitado.
dade ou maior espontaneidade. Isso ampliará as possibilidades Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, sugerem-se
de compreensão textual e de produção oral e escrita. listagens de palavras cujas escrita e leitura sejam sistematizadas.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Os focos desta unidade são a leitura e o estudo de cartas tinuidade à diferenciação entre maiúsculas e minúsculas, ao
pessoais e de leitor, tendo em vista o aprimoramento da com- uso das primeiras em início de frase e em nomes próprios e à
preensão das especificidades desse gênero. As atividades enfa- identificação dos substantivos. Espera-se que os estudantes
tizam a identificação de elementos próprios da organização avancem nos estudos relacionados à língua e tenham uma
textual, da intencionalidade de cada tipo de carta e da linguagem expressão escrita adequada aos padrões ortográficos.
empregada. As atividades têm por objetivo desenvolver a auto- Apresenta-se a ampliação da consciência fonológica e do
nomia dos estudantes para a leitura, a compreensão de textos e domínio de convenções ortográficas na leitura e na escrita de
a expressão escrita. As atividades de leitura visam à compreensão palavras com letras específicas (R, RR), condição importante pa-
textual, expressividade e fluidez. ra que os estudantes dominem as bases da ortografia.
O desenvolvimento das práticas de análise linguística/se- Há ainda atividades orais individuais e coletivas que exploram
miótica (alfabetização e ortografização), constituída dos estu- a clareza na apresentação de ideias, a desenvoltura, a expressi-
dos sobre a língua, está vinculado a textos e retoma conceitos vidade e a escuta atenta.
já estudados. Nessa unidade, estudos sobre a língua dão con-

161
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
5 Carta pessoal e
carta de leitor
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competências gerais: 1, 4 e 7
Competência específica
de Linguagens: 3
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 2, 3, 4 e 5

Habilidades da BNCC
Principais habilidades
abordadas na unidade
EF03LP01 EF02LP02 EF03LP11
EF03LP08 EF03LP12 EF03LP13 Nesta unidade você vai...
EF03LP17 EF03LP18 EF03LP20 ● ler e interpretar carta pessoal e carta
de leitor;
EF03LP23 EF03LP24 EF15LP01
● produzir carta pessoal e carta de leitor;
EF15LP02 EF15LP03 EF15LP04
● comparar diferentes usos de
EF15LP05 EF15LP06 EF15LP07 linguagem;
EF15LP09 EF15LP10 EF15LP11 ● identificar o substantivo;
EF15LP18 EF15LP13 EF35LP02 ● utilizar a letra maiúscula no início de
EF35LP03 EF35LP04 EF35LP05 substantivos próprios;
● identificar o som de R e RR e a posição
EF35LP07 EF35LP12 EF35LP17
do R em final de sílaba nas palavras;
EF35LP19 EF35LP21 EF35LP26
● participar de atividades orais.

114

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: carta pessoal (campo da vida cotidiana) • Conversa e debate
• Leitura e interpretação de carta pessoal sobre tema
• Linguagem empregada na carta motivado pelo

Conteúdos • Localização de elementos que organizam a carta: destinatário,


remetente, saudação, corpo da carta (assunto), despedida
texto: “Vontade de
mudar...”

• Assunto/tema da carta • Interações orais


em atividades em
• Produção de inferências a partir do texto grupo ou coletivas
• Fluência: leitura oral e entonação expressiva
162
Orientações didáticas
É importante que os estudantes
observem que o garoto que está no
balão de pensamento da menina que
● Observe a primeira cena. O que a menina está fazendo? escreve a carta é o mesmo que rece-
Ela está escrevendo uma carta para um amigo que está be a correspondência das mãos do
● O que está acontecendo na segunda cena? distante. carteiro. Essa observação dá destaque
O amigo recebe a carta.
● Cartas podem aproximar quem está distante. Você à relação remetente/destinatário.
conhece alguém que se comunica por meio de cartas? Para pontuar o processo de comu-
Resposta pessoal. nicação escrita a distância, chamar a
● Como você faz para se comunicar com quem está
atenção dos estudantes, na imagem,
distante? Resposta pessoal.
para as ações de:
• escrever a um destinatário;
• remeter (destacar o envelope ao la-
do da carta que está sendo escrita);
• entregar (ação de um profissional);
• receber (o mesmo destinatário da
cena que representa a escrita
da carta).
Estabelecer relações entre a ima-
gem e o texto verbal das questões
favorece o desenvolvimento da habi-
lidade de relacionar texto com ima-
gem e o estabelecimento de
pressuposições antecipadoras sobre
o texto que será lido. (Referências:
BNCC – EF15LP02, EF15LP18)

Giz de Cera/Arquivo da editora

115

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Planejamento e produção de carta
pessoal a partir de assunto proposto
• Variedades
linguagem
linguísticas: diferentes usos da

Conteúdos • Atividades
edição
de revisão, reescrita e • Substantivo: substantivo próprio e
substantivo comum
• Apresentação oral de textos • Uso de letra maiúscula
produzidos • Uso das letras R e S no meio das palavras

163
Para iniciar
Correio sem fio
O objetivo desta atividade é levar
os estudantes a refletir sobre algumas Para iniciar
diferenças entre a comunicação es-
crita e a comunicação essencialmen- Correio sem fio
te oral: nesta, corre-se o risco de
perder dados da informação principal Como será que as mensagens foram sendo transmitidas ao longo do tempo? Fumaça,
e/ou de haver alteração substancial tambores e... boca a boca, isto é, oralmente, de uma pessoa para outra! Também por
do teor da comunicação. escrito, encaminhadas por pombos-correios, pela internet...
Sugere-se que as instruções sejam Vamos experimentar um desses jeitos de transmitir mensagens?
lidas de forma compartilhada com os
estudantes. Nesse momento, eles de- 1. Um grupo de quatro estudantes ficará encarregado de produzir a mensagem que
vem participar com comentários e/ será transmitida e registrá-la em um papel.
ou dúvidas. Reitera-se que essa leitu-
ra é importante instrumento para o 2. Os demais estudantes sentam-se em um grande círculo.
desenvolvimento da leitura oral, bem
3. Um dos membros do grupo deverá chamar um dos estudantes que está no círculo
como destina-se também à apropria-
e ler para ele o que está escrito no papel de forma bem clara.
ção da compreensão de enunciados
e textos instrucionais. (Referências: 4. O estudante que ouviu a mensagem escolhe então um colega do círculo e, da
BNCC – consolidação da habilidade maneira como conseguir, transmite o que ouviu do primeiro estudante.
EF12LP17 e favorecimento da habili-
dade EF03LP11) 5. O estudante que acabou de receber a mensagem também chama um colega do
Etapa 1: explicar aos estudantes círculo, e assim sucessivamente.
que ninguém poderá falar para os
6. Ao final, o último estudante do círculo deverá reproduzir – em voz alta, para que
demais qual é a mensagem, lembran- todos ouçam – a mensagem da forma como a ouviu e entendeu.
do que o papel em que a mensagem
foi registrada deverá ficar apenas em 7. Então, um dos estudantes do grupo que registrou a mensagem deverá ler para
poder do grupo. todos o que está escrito no papel.
Etapas 3, 4 e 5: é importante que a
leitura da mensagem para o primeiro Avaliação
estudante e as seguintes trocas da
mensagem sejam feitas fora da sala ● No círculo, conversem sobre o que
de aula ou em um canto em que mais aconteceu com a mensagem:
ninguém possa ouvir o que está sen-
do falado. a) O que vocês observaram?
Avaliação b) Ela chegou corretamente ao
Nesse momento é importante que último estudante?
o professor faça intervenções com
questões que ajudem os estudantes c) Houve alterações?
a direcionar a conversa.
Essa é uma brincadeira comum e,
geralmente, o resultado aponta para
alterações – algumas até distorcem o Prostock-s
tudio/Shut
terstock

teor da mensagem. Trata-se de uma


oportunidade de conversar com os
estudantes sobre a disseminação de 116
notícias falsas – as fake news. Isso for-
talecerá sobremaneira o desenvolvi- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
mento de atitudes de observação e
crítica, e também as habilidades de
escuta e participação em interações
sociais. (Referências: BNCC – EF15LP09
e EF15LP11)

164
As questões iniciais têm por objeti-
vo motivar os estudantes a levantar
hipóteses sobre o texto, mobilizando
seus conhecimentos a respeito do
Dá para imaginar um gato escrevendo cartas? conteúdo, muitas vezes com base no
Com quem será que ele quer se comunicar? E por quê? gênero, no título ou na diagramação.
Leia e descubra como foi a comunicação entre os personagens de uma his- Isso contribui para que os estudantes
tória imaginada.
estabeleçam expectativas em relação
ao texto, formulando antecipações
dos sentidos, da forma e da função
social do texto. (Referências: BNCC –
Leitura 1: carta pessoal EF15LP01 e EF15LP02)
A imagem visual do texto e seus
● Acompanhe a leitura da professora para descobrir como foi a comunicação en- elementos também importam no mo-
tre os personagens desta história. mento dessa formulação de hipóteses.
Estimular os estudantes a observar o
Carta de Ronroroso papel da carta, a imagem do gato, a
posição da escrita, as letras destacadas,
© Hiawyn Oram/ © Sarah Warburton/Editora Salamandra

urtigas: plantas
cujas folhas peludas a assinatura, entre outros elementos.
causam coceira na pele.
salamandra: anfíbio com
aspecto de lagarto, de
Leitura 1: carta
cauda longa. pessoal
poções: líquidos para
Gênero: carta pessoal. Geralmente
serem bebidos.
é uma mensagem manuscrita ou im-
pressa, dirigida a uma pessoa para
comunicar algo ou estabelecer conta-
to. Trocar cartas é manter correspon-
dência entre pessoas. Geralmente são
enviadas pelo correio, em um envelo-
pe, endereçadas e seladas. Aqui, a car-
ta, ao mesmo tempo que é recurso
estilístico da linguagem literária e fic-
cional, também se apresenta como
modelo de correspondência interpes-
soal, com os elementos básicos: local,
data, saudação, desenvolvimento do
assunto ou corpo da mensagem, des-
pedida e assinatura. Nessa carta, de
caráter pessoal, o estilo é mais colo-
quial, mais informal (ver outras infor-
mações em: COSTA, Sérgio Roberto.
Dicionário de gêneros textuais. Belo
Horizonte: Autêntica, 2008).
Nos anos anteriores, já foram es-
tudadas formas iniciais de corres-
Hiawyn Oram. As cartas de Ronroroso: minha bruxa que não quer ser bruxa. pondência, como bilhete e carta
Tradução de Áurea Akemi Arata. São Paulo: Salamandra, 2008. p. 9. simples. Neste ano, será ampliada a
abordagem desse gênero. Foi esco-
117 lhida uma carta ficcional por ser mais
estimulante para os estudantes des-
ta faixa etária. Os elementos formais
serão trabalhados, mas, por ser uma
carta ficcional, remetente e destina-
tário serão tratados também como
personagens. (Referência: BNCC –
EF03LP17)
A leitura oral compartilhada da
história tem a finalidade de levar o
estudante a vivenciar a modelagem
da leitura fluente e, ao mesmo tempo,
eliminar as dúvidas sobre a pronúncia
de algumas palavras. (Referência:
BNCC – EF35LP21)

165
Compreensão do
texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- Sobre a autora

Reprodução/Arquivo pessoal
nente essencial da alfabetização. (Re-
ferência: PNA) A escritora sul-africana Hiawyn Oram

Reprodução/Editora Salamandra
Atividades 1 e 2 nasceu em 1946. Estudou artes dramáticas
Estas atividades são de localização e trabalhou em Londres como atriz. Também
de informações explícitas no texto no fez trabalhos em agências de publicidade.
texto. (Referência: BNCC – EF15LP03) É autora de mais de cem livros infantis.

Atividades 3, 4 e 5
Estas atividades favorecem o de- Compreensão do texto
senvolvimento das habilidades de
compreender o texto globalmente Atividade oral e escrita
inferindo informações explícitas no
texto e o sentido das palavras com 1. Quem é Ronroroso? É o gato de uma bruxa e sobrinho de McAbro.
base na compreensão do texto. (Re-
ferências: BNCC – EF35LP03, EF35LP04 2. Com quem ele se comunicou? Com o tio McAbro.
e EF35LP05)
Atividade 5, item b 3. Qual é o problemaço enfrentado por Ronroroso?
Esta é uma questão de inferência
A bruxa a quem ele deve servir não quer mais ser bruxa.
mais complexa, implícita. Os estu-
dantes deverão relacionar os dados
4. A mensagem principal é o assunto da carta. Qual é o assunto dessa carta?
do texto (gato escrevendo carta,
personagens mágicos, etc.) com Sugestão: Pedir ajuda sobre o que deve fazer para Hilda Bruxilda voltar a ser bruxa.
elementos que lhe são familiares
(nome de rua, nome de dia da se- 5. Releia:
mana, etc.) para deduzir que são
dados imaginários. Treze Chaminés
As questões de localização de infor- Campo das Urtigas
mações explícitas no texto, seguidas Dia 15, névoa-feira
das que estimulam a localização de
informações implícitas e a inferência
do sentido de palavras ou expressões a) Ligue cada uma das expressões ao que ela se refere.
desconhecidas para chegar à identifi-
cação da ideia central do texto, fazem Treze Chaminés dia do mês e da semana em
parte do processo de compreensão de que a carta é escrita
textos de todas as unidades.
Dia 15, névoa-feira
lugar de onde Ronroroso
[…]
A compreensão de tex- está escrevendo
Campo das Urtigas
tos é o propósito da leitura.
Trata-se de um processo
intencional e ativo, desenvol- b) Converse com os colegas: Essas informações do início da carta são verdadeiras?
vido mediante o emprego de Não, são inventadas, imaginadas.
estratégias de compreensão. 118
Além do domínio dessas es-
tratégias, também é impor- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
tante que o aluno, à medida
que avança na vida escolar,
aprenda o vocabulário espe- ler sem compreender. A capacidade de decodificação, no entanto, é determinante para
cífico necessário para com- a aquisição de fluência em leitura e para a ampliação do vocabulário, fatores que estão
preender textos cada vez mais diretamente relacionados com o desenvolvimento da compreensão (MORAIS, 2013).
complexos. […]
A compreensão não resul- BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. PNA: Política Nacional de Alfabetização. Brasí-
ta da decodificação. São pro- lia, DF: MEC: Sealf, 2019. p. 34.
cessos independentes. Por isso
é possível compreender sem
ler, como também é possível

166
Atividade 6
Atividade de inferência de sentido
de palavra desconhecida com base
6. Veja que interessante a criação dos nomes dos personagens desse texto. no contexto do texto.
Estimular os estudantes a pensar
a) Leia em voz alta. em histórias já conhecidas em que a
palavra macabro é empregada como
Caro tio McAbro, algo que aterroriza, que é horrível (Re-
ferência: BNCC – EF35LP05).
A atividade favorece o desenvolvi-
Se Ronroroso o chama de tio, o McAbro deve ser:
mento da habilidade de inferir infor-
mações implícitas no texto. (Referência:
A)  um morcego. C) X  um gato. BNCC – EF35LP04)

B)  uma salamandra. D)  um sapo.


Atividades 7 e 8
Atividades de localização de infor-
mações explícitas e inferência de infor-
b) Que palavra o nome do tio McAbro pode lembrar?
mações implícitas no texto.
Espera-se que os estudantes se lembrem da palavra macabro. (Referências: BNCC – EF15LP03 e
EF35LP04)

c) O que a palavra que você descobriu pode significar?

Sugestões: Horrível, aterrorizante.

d) Observe o nome Ronroroso. Que palavra você conhece que lembra esse nome?

Possibilidades: Ronronar, horroroso, amoroso, etc.

e) E o nome Hilda Bruxilda lembra qual palavra?

Sugestão: Bruxa.

7. Escreva uma das ações que Hilda Bruxilda não queria mais praticar como bruxa.

Possibilidades: Gargalhar como bruxa, montar em vassouras, usar bichos em suas

poções, assustar crianças.

8. O que Hilda Bruxilda faz que não é visto como atitude de bruxa?

Faz compras, assiste à TV e faz amizade com não bruxos.

119

167
Atividade 9, item a
Atividade de inferência de efeitos
de sentido a partir de recursos visuais.
(Referência: BNCC – EF15LP04) 9. Releia um trecho da carta.
Trata-se de recursos gráficos para

© Hiawyn Oram/ © Sarah Warburton/Editora Salamandra


destacar partes da mensagem. Se
achar conveniente, conversar sobre
os outros recursos que podem ser
empregados principalmente com o
uso do computador: negrito, itálico,
sublinhado, cores diferentes, letras
diferentes.
Atividade 10
Atividade para localização de infor-
mações explícitas. (Referência: BNCC
– EF15LP03)

a) Observe as palavras escritas em letras maiores. Qual será a intenção de Ronroroso

ao fazer isso? Espera-se que os estudantes percebam que Ronroroso quer chamar

a atenção do tio para o que considera importante em sua mensagem.

b) Esse jeito de escrever, com letras maiores, pedindo ajuda, mostra que:

A) X Ronroroso tinha intimidade com o tio.

B) Ronroroso não costumava falar com o tio.

C) X o tio era uma pessoa bem próxima de Ronroroso.

D) Ronroroso não podia ser espontâneo, íntimo.

E) X Ronroroso era espontâneo ao falar com o tio.

10. Em uma carta há dois elementos que não devem faltar. Escreva o nome a que
correspondem esses elementos na carta que você leu.

• Destinatário, a quem a carta é enviada: Tio McAbro.


• Remetente, quem enviou a carta: Ronroroso Seramago de Bragança B.

120

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

168
Atividade 11
A atividade exercita uma habilida-
de importante para a compreensão
11. Leia estas legendas e circule – com as cores indicadas – as partes correspondentes do gênero carta pessoal: a localização
dos elementos convencionais de uma
na carta de Ronroroso.
carta. (Referência: BNCC – EF03LP12)
Local e data Mensagem principal: corpo da carta A atividade exige atenção por cau-
sa do número de relações entre cores
Saudação e destinatário Despedida e remetente
e elementos e, portanto, sugere-se
proceder ao registro coletivo dessas
relações.
Saudação e Local e data Por se tratar de uma carta que faz
destinatário parte de uma narrativa ficcional, a
atividade proposta também exercita
a habilidade de identificar marcado-
res de tempo e espaço no texto. (Re-
ferência: BNCC – EF35LP26)
Mensagem
principal: Atividade 12
corpo da carta Sugere-se que seja explicada a ori-
gem dessas letras e desse uso: P.S. é
uma abreviação da palavra postscrip-
tum, que no latim significava “escrito

© Hiawyn Oram/ © Sarah Warburton/Editora Salamandra


depois”, indicando algo que se julga
necessário acrescentar a uma carta
Despedida e
remetente após o seu encerramento ou sua assi-
natura.
Atividade 13
Atividade de extrapolação, pois os
estudantes deverão relacionar dados
do texto com dados da experiência
pessoal.
12. Releia:

É comum encontrar as letras P.S., assim escritas, ao final de cartas, depois da


despedida e da assinatura.
Qual é a provável razão de Ronroroso ter colocado essas letras com essa frase?

Provavelmente percebeu que havia se esquecido de citar o nome da bruxa a que se

referia.

13. Carta é uma forma de correspondência usada para as pessoas se comunicarem


por escrito quando estão distantes. Nos dias de hoje, que outros meios de se
comunicar Ronroroso poderia ter utilizado? Registre no caderno.
Sugestões: e-mail, SMS, mensagem instantânea por aplicativos de celular ou
redes sociais. 121

169
Atividade 14
Esta é uma atividade em que os
dados podem ser imaginados, mas é
importante que sejam verossímeis pa- 14. Se Ronroroso tivesse de enviar a carta pelo correio, ele precisaria preencher um
ra que os estudantes os relacionem
envelope para colocá-la dentro. Vamos ajudá-lo.
com os que são utilizados na realidade.

Andréia Vieira/Arquivo da editora


destinatário

Nome McAcabro

Rua Resposta pessoal.


Resposta
Endereço Resposta pessoal. , no  pessoal.
Número Cidade Resposta pessoal.
do Código
de Ende- CEP Resposta pessoal.
reça mento
Postal

Andréia Vieira/Arquivo da editora


remetente

Nome Ronroroso Seramago de Bragança B.


Resposta
Rua  Treze Chaminés , no pessoal.
Endereço
Cidade Campo das Urtigas
Número
do Código CEP Resposta pessoal.
de Ende-
reçamento
Postal

122

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

170
Leitura 2: carta de
leitor
Carta de leitor (campo da vida
Além das cartas pessoais, há cartas escritas por leitores de jornal ou de revista pública) é uma carta dirigida a veícu-
los da mídia impressa ou digital com
para dar opinião sobre um artigo ou uma notícia publicada, ou mesmo para suge-
a finalidade de manifestar impres-
rir a publicação de um assunto de interesse do leitor. Em uma seção geralmente sões, opiniões, sugestões em relação
denominada “Carta do leitor”, essas cartas são publicadas e lidas por outros leito- a fatos veiculados ou não.
res do jornal ou da revista. Você já leu ou escreveu uma carta de leitor?
Atividade preparatória
Sugere-se providenciar exemplos
Leitura 2: carta de leitor de cartas de leitores, trazendo para
a sala de aula jornais e revistas im-
● Leia uma carta de um leitor publicada em uma revista especializada em divul- pressos abertos nessa seção (há
gação científica, dirigida ao público jovem. Preste atenção na opinião do leitor exemplos até mesmo em revistas de
sobre o assunto comentado. história em quadrinhos) ou, se hou-
ver ferramentas digitais disponíveis,
Melhor amigo visitar a seção previamente selecio-
Olá, pessoal da CHC, tudo bem? Espero que sim. Quero dizer nada em publicações digitais e apre-

AnetaZabranska/Shutterstock
que li e gostei muito do texto Esperto pra cachorro, achei inte- sentar à turma.
ressante este tema. Aliás, eu acabei de ganhar um cachorro e
Depois da leitura silenciosa, sugere-
quero saber mais sobre este assunto. Peço que publiquem mais
-se que seja feita a leitura comparti-
matérias sobre cachorros. Tenho certeza de que todas as pessoas lhada da carta para chamar a atenção
que têm cachorro em casa vão gostar de aprender sobre seu melhor para os elementos que a estruturam,
amigo. Tomara que gostem da minha carta. Um grande abraço. já estudados na apresentação da carta
Miguel G. F. Guaçu/SP. pessoal. A observação desses elemen-
Fala Aqui!. Ciência Hoje das Crianças (CHC), ed. 316, nov. 2020. Disponível tos pode ser explorada ao se busca-
em: https://tedit.net/m33es6. Acesso em: 5 maio 2021. rem respostas às questões iniciadas
pelas palavras interrogativas: Quem
escreve? A quem é dirigida? Qual é o
Compreensão do texto assunto? Por quê? Quando? De
Atividade oral e escrita onde?
Esta atividade trabalha a habilidade
1. Vocês já conhecem as partes de uma carta pessoal. Agora, preencham este quadro de ler e compreender com autono-
com as informações da carta de leitor. mia cartas dirigidas a veículos da mí-
dia impressa ou digital, um gênero do
campo jornalístico, de acordo com as
Local de onde vem a carta
Guaçu/SP convenções do gênero carta e consi-
derando a situação comunicativa e o
Saudação tema/assunto do texto. (Referência:
Olá
BNCC – EF03LP18)
Destinatário
Pessoal da revista CHC
Compreensão
Remetente
Miguel G. F.
do texto
A finalidade desta seção é promo-
ver a compreensão de textos, com-
123
ponente essencial para a
alfabetização. (Referência: PNA)
Atividade 1
O objetivo desta atividade é
exercitar a localização das informa-
ções explícitas, habilidade necessária
para a compreensão de textos, o
propósito da leitura. (Referências: PNA
e BNCC – EF15LP03)

171
Atividade 2
Ao definir o assunto do texto, o
O trecho “Quero dizer que li e gostei muito do texto Esperto pra cachorro, achei
estudante identifica sua ideia central, interessante este tema” deve ser destacado no texto.
demonstrando compreensão global. 2. No corpo da carta está a mensagem principal, o assunto da carta. Qual é o assunto
(Referência: BNCC – EF35LP03)
dessa carta?
Atividade 3
A atividade favorece o desenvolvi- O leitor pede à revista que publique mais matérias sobre cachorros.
mento da habilidade de, ao produzir
3. Pinte de azul o trecho da carta em que o leitor expressa sua opinião.
cartas do leitor, emitir opinião e críti-
cas de acordo com as convenções do • Copie desse trecho a palavra que o leitor utiliza para caracterizar o tema.
gênero. Ao copiar a palavra que o
leitor utiliza para caracterizar o tema, Interessante
a atividade desenvolve a habilidade
de analisar o uso de adjetivos em car- 4. Pinte de amarelo o trecho em que o leitor utiliza um argumento para defender a
tas dirigidas a veículo da mídia im- publicação de mais matérias sobre cachorros. O trecho “Tenho certeza de que todas
as pessoas que têm cachorro em casa
pressa ou digital. (Referências: BNCC 5. Qual é a provável intenção do leitor ao terminar a carta com a frase “Tomara que
– EF03LP20 e EF03LP23) vão gostar de aprender sobre seu melhor
gostem da minha carta”?
Ainda não utilizamos o termo amigo” deve ser destacado no texto.
adjetivo, porque o conceito será Sugestão: O leitor tem a intenção de lembrar a revista do pedido que fez sobre mais
construído na próxima unidade deste
volume. Se achar conveniente, ante- matérias sobre cachorro.
cipar a seguinte explicação: adjetivo
é a palavra que indica a característica
de um nome (substantivo), concor-
dando com ele em gênero (masculi-
no ou feminino) e número (singular
ou plural). Hora de organizar o que estudamos
Atividade 5
O objetivo é que os estudantes ● Leiam, juntos, o esquema, conversem sobre ele e completem o quadro com o
infiram a informação implícita no tér- tipo de leitor de cartas pessoais e cartas de leitor.
mino da carta. (Referência: BNCC –
EF35LP04) Carta pessoal e carta de leitor

Hora de organizar o
Texto, geralmente escrito, para comunicação entre pessoas que podem estar distantes.
que estudamos Pode ser enviada pelo correio.
A leitura do esquema é uma forma
de os estudantes recuperarem as
ideias principais do gênero estudado, Intenção/finalidade Organização do texto Leitor/público
• Manter contato com
uma habilidade significativa para a Sugestão:
alguém distante.
compreensão de textos orais do cam- • Manter contato Partes Linguagem Destinatário da
po das práticas de estudo e pesquisa. entre leitor e • Local, data • Geralmente carta.
Ao ler a representação gráfica, o estu- responsáveis por • Saudação mais • Equipes de jornais e
dante retoma, de forma organizada, jornais e revistas, • Assunto/corpo da mensagem espontânea revistas e público
tudo o que estudou sobre o gênero impressos ou digitais. • Despedida • Mais pessoal leitor desses veículos
textual, o que possibilita consolidar a • Remetente de comunicação.
reflexão feita nas atividades. (Referên-
cia: BNCC – EF35LP19) 124

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

172
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
Vocabulário em foco rio, componente essencial para a al-
fabetização. As atividades propostas
Releia a saudação de cada uma das duas cartas lidas, comparando os significados de possibilitam que o estudante conhe-
cada uma das palavras em destaque. ça os vários significados de palavras
utilizadas no texto sem ter que fazer
Na carta de Ronroroso: uso de um dicionário. (Referência:
PNA)
Caro tio McAbro [...]
Leitura oral em foco
1. Caro: qualidade atribuída a quem é estimado, amado, querido, valorizado. O objetivo desta seção é promover
Ele é um indivíduo muito caro a quem com ele convive. a fluência em leitura oral, compo-
nente essencial para a alfabetização.
2. Caro: qualidade atribuída a alguma coisa cujo preço é muito elevado, cujo valor está (Referência: PNA)
acima do que se pode pagar.
Desisti de comprar aquele presente caro.

Na carta de leitor:

Olá, pessoal da CHC [...]

1. Pessoal: conjunto de pessoas.


Toda tarde o pessoal se reúne para avaliar as tarefas do dia.

2. Pessoal: que é próprio de cada pessoa.


Essa é uma escolha pessoal que eu faço agora.

● Qual dos significados das palavras utilizadas nas saudações das duas cartas é de
uso mais comum para você? Resposta pessoal.

Escreva uma frase usando as palavras caro e pessoal no sentido em que foram
empregadas nos textos.

Resposta pessoal.

Leitura oral em foco


● Treine a leitura da carta de leitor em voz alta. Prepare-se para lê-la quando che-
gar sua vez de se apresentar para a professora.

125

Avaliação processual/formativa
A seção Leitura oral em foco é uma opor- estudantes do 3o ano, a expectativa, no final do dantes completem a leitura do texto em pouco
tunidade para aferir a fluência em leitura oral ano letivo, é de uma velocidade de leitura de menos de 1 minuto. Sugere-se registrar a velo-
dos estudantes, com velocidade, precisão e 90 palavras por minuto e precisão de 95%, ga- cidade da leitura de cada estudante, listar as
prosódia. Para essa aferição, “professores e coor- rantida a compreensão de textos. palavras que foram pronunciadas com dificul-
denadores pedagógicos devem levar em con- Para aferir a fluência em leitura oral com ba- dade e fazer observações acerca do que pode
sideração, no processo de alfabetização, as se nesse parâmetro, será necessário gravar a ser melhorado. Guardar esse registro para
pesquisas que indicam o número médio de leitura de cada estudante, utilizando um grava- acompanhar o progresso da fluência dos estu-
palavras lidas com fluência ao final de cada ano dor de voz. A carta do leitor tem, ao todo, 81 dantes ao longo do ano, empregando, quando
do ensino fundamental” (PNA, p. 33). Para os palavras; portanto, a expectativa é que os estu- necessário, exercícios de remediação.

173
Sugestões
Em momento oportuno, acompa-
nhar os estudantes em uma visita à
biblioteca ou ao cantinho de leitura SUGESTÕES
para que possam selecionar livros de
cartas para leitura individual. Pedir- • Busque no cantinho de leitura ou em uma biblioteca livros que contem histórias por meio de
troca de cartas. Veja algumas sugestões.
-lhes que justifiquem a escolha dos
livros e, após a leitura, compartilhem
a opinião deles com os colegas. (Re- Ooó do vovô: correspondência de João Guimarães Rosa, vovô Joãozinho, com Vera
ferência: BNCC – EF35LP02) e Beatriz Helena Tess, de João Guimarães Rosa, publicado pelas editoras Imesp e Edusp.
Se achar conveniente e tiver as fer-
ramentas disponíveis, estimular os Pedro Carteiro, de Beatrix Potter. Tradução de Eduardo Brandão, publicado pela
estudantes a enviar as sugestões de editora Companhia das Letrinhas.
leitura para um jornal ou revista como
sugestão de leitura para os leitores • Depois de ler algum dos títulos, com a ajuda da professora, você poderá escrever uma su-
desse veículo de comunicação. gestão de leitura para apresentá-la aos colegas ou enviá-la a um jornal ou revista para que
É importante ressaltar que, em ge- seja lida pelos leitores desse veículo de comunicação.
ral, os itens desta seção têm em co-
mum os gêneros textuais trabalhados
ao longo da unidade – e não apenas,
ou necessariamente, o tema. Tecendo saberes
Veja outras sugestões de livros que ● Você sabia que, no Brasil, as cartas chegaram com os primeiros portugueses? Leia o
podem ser compartilhadas com os texto a seguir.
estudantes:
• A carta, de Carolina Michelini e Mi- O misterioso homem que veio da Espanha
chele Iacocca, publicado pela edi- […]
tora Formato. Por muito pouco o nome de Mestre João não se perdeu
anonimato: condição de
• Neste livro-imagem, uma carta, em completamente na História. O que o salvou do anonimato quem é desconhecido.
foi a decisão de escrever uma carta a d. Manoel. Ao cair da câmara: quarto.
forma de aviãozinho de papel, é
tarde de 1º de maio de 1500, incomodamente instalado na bruxuleante: que treme.
capaz de transformar a vida daque-
câmara do pequeno navio no qual viajaria para as Índias, missivas: cartas ou
les que a encontram.
sob a luz bruxuleante de uma candeia, ele pegou a pena e bilhetes.
• O carteiro chegou, de Allan e Janet redigiu o relato breve e objetivo que se tornaria a única pro- naveta: navio pequeno.
Ahlberg, publicado pela editora va de sua participação na aventura.
Companhia das Letrinhas. Junto com dezenas de outras cartas – incluindo o famoso texto de Caminha e as
Assim como todo mundo, os per- preciosas missivas escritas por Cabral e por todos os demais capitães da esquadra –,
sonagens de contos de fadas gostam os escritos de Mestre João foram enviados para o reino a bordo da naveta dos man-
de trocar cartas. Por isso, quando o timentos. Sob o comando de Gaspar de Lemos, a embarcação zarpou para Portugal
carteiro chega é sempre uma festa! na manhã do dia 2 de maio de 1500 levando as extraordinárias novas sobre a des-

• O natal do carteiro, de Allan e Janet coberta da Terra de Vera Cruz. […]


Ahlberg, publicado pela editora Eduardo Bueno. O cientista que descobriu o Brasil. Superinteressante, 31 out. 2016.
Disponível em: https://tedit.net/hOgudN. Acesso em: 11 jun. 2021.
Companhia das Letrinhas.
Acompanhe a saga do carteiro pa-
ra entregar a correspondência natali- As cartas trocadas entre os portugueses à época da sua chegada ao Brasil são documentos
na a alguns personagens de contos históricos, pois registram fatos importantes da história do país. E você, como registra as
de fadas e os milhares de pedidos de suas memórias? Compartilhe com os colegas e ouça o que eles têm a dizer.
Resposta pessoal.
crianças ao Papai Noel.
126

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Tecendo saberes
Este é um texto oportuno para estabelecer interdisciplinaridade com História ao desenvolver
a habilidade de ler/ouvir e compreender relatos de observações e pesquisa em fontes de infor-
mação. Sugere-se conversar sobre a escrita como um bem cultural que favoreceu a comunica-
ção entre povos e o desenvolvimento da humanidade. Se for possível, os estudantes podem
pesquisar na internet reproduções digitais de cartas antigas. (Referências: BNCC – EF15LP10 e
EF03LP24).

174
Prática de oralidade
Conversa em jogo
O objetivo é fazer os estudantes
Prática de oralidade refletirem sobre pequenas mudanças
de comportamento que possam aju-
Conversa em jogo dá-los a se sentir melhor ou que sejam
Vontade de mudar... úteis para a convivência do dia a dia.
Os estudantes devem perceber que
● A personagem Hilda Bruxilda era uma bruxa que queria mudar: ser diferente poderão falar sobre si mesmos e ser
do que era, conviver com não bruxos. Às vezes, podemos mudar algo em nós para ouvidos e respeitados. Enfatizar a ne-
nos sentirmos melhor ou para convivermos melhor no nosso dia a dia. Por exemplo: cessidade de respeitarmos as caracte-
rísticas individuais, sem chacotas ou
somos tímidos, mas queremos ter novos amigos; somos meio brigões e queremos
ridicularizações, considerando a per-
ter mais paciência; temos opiniões, mas não as dizemos aos outros. Conversem sobre sonalidade de cada um. Essa ação fa-
pequenas atitudes que podem nos transformar um pouco. vorece a construção da identidade
psicossocial. Destacar que mesmo em
Outras linguagens se tratando de uma conversa espon-
tânea, é importante usar formas de
● Ao colocar uma carta no correio, devemos usar um pequeno papel autoadesivo, tratamento adequadas, de acordo
colado ao envelope, que comprova o pagamento feito ao correio. É o selo. com a situação, respeitando os turnos
Veja alguns exemplos muito criativos. de fala. (Referências: BNCC – EF15LP13
e EF15LP11)
/
odutos
de Filate e Telégrafos

Departamento Correios e Telégrafos/


Produtos
Tema contemporâneo
lia e Pr
ios

de Filatelia e
Departa ira de Corre

Ao estimular a reflexão sobre o auto-


mento

Brasileira de
ile

conhecimento, o tema da conversa faz


sa Bras

uma abordagem de forma transversal


Empre

Fonte: Empresa
com os temas contemporâneos Saúde
Fonte:

e Vida Familiar e Social.

Outras linguagens
Comentar com os estudantes que
há pessoas que colecionam selos raros
(filatelistas). Chamar a atenção para os
motivos dos selos: natureza, animais,
Fonte:

plantas, esportes e homenagens a


Empr Departamen

pessoas.
esa Br
asileira to de Filat

Atividade complementar
de Co
rreios e Produtos
elia
e Telé

Se possível, orientar os estudantes


grafos

erstock
er/Shutt
catwalk
a fazer uma pesquisa na internet, em
/

sites de clubes, dos correios e de co-


lecionadores, para conhecerem um
Qual desses selos você achou mais interessante? Por quê? pouco mais sobre o assunto. Auxiliá-
Respostas pessoais. -los durante essa tarefa. (Referência:
127 BNCC – EF35LP17)

175
Língua: usos e
reflexão
Variedades linguísticas:
diferentes usos de Língua: usos e reflexão
linguagem
A ênfase deste tópico são as esco- Variedades linguísticas: diferentes usos de linguagem
lhas de linguagem – mais ou menos 1. Releia o trecho e observe a forma como Ronroroso se expressou com seu tio.
informal – envolvidas na produção de

© Hiawyn Oram/ © Sarah Warburton/


Editora Salamandra
uma carta pessoal, bilhete ou recado:
escolha de palavras, expressões da
oralidade, uso ou não de gírias, etc. É
fundamental que este conteúdo seja
trabalhado na perspectiva de adequa-
ção. Isso significa que não se falará em
linguagem certa ou errada, mas em
linguagem adequada à situação e à 2. Pinte os que melhor indicam o que podemos observar sobre a linguagem de
circunstância de comunicação em que Ronroroso no trecho lido.
se está inserido.
A) é cerimoniosa
Cabem também reflexões
B) é espontânea
sobre os fenômenos de mu-
dança linguística e de varia-
ção linguística inerentes a
C) está longe do que se fala no dia a dia
qualquer sistema linguístico, e
que podem ser observados em D) está próxima do que se fala no dia a dia
quaisquer níveis de análise.
Em especial, as variedades lin- E) revela proximidade com o tio
guísticas devem ser objeto de
reflexão e o valor social atri- F) revela distanciamento do tio
buído às variedades de prestí-
gio e às variedades estigmati- Sempre que nos comunicamos com alguém, falando ou escrevendo, temos de
zadas, que está relacionado a empregar a linguagem adequada em relação ao que queremos dizer, com quem
preconceitos sociais, deve ser estamos falando, em que situação estamos, etc.
tematizado.
Esses conhecimentos lin- 3. Leia os bilhetes a seguir.
guísticos operam em todos os
campos/esferas de atuação. Bilhete 1 Bilhete 2
ra

BNCC, 2018, p. 81.


rquivo da edito

da editora
Dona Sandra,
Kikote,

Reprodução/Arquivo
Reprodução/A

Aqui estão os documentos


O conteúdo sobre variedades lin- O suco tá na que a senhora pediu.
guísticas contribui também para o geladeira, é só Se estiver faltando algo,
desenvolvimento da competência de pegar. por favor, telefone nos
compreender a variação linguística avisando.
Beijo.
sempre tendo atitudes respeitosas e Atenciosamente,
Mamãe Margarida Sereno
rejeitando preconceitos. (Referência:
BNCC – Competências Específicas de
Língua Portuguesa para o Ensino Fun- 128
damental, item 4)
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

176
Atividade 3, itens a e b
Conversar com os estudantes so-
bre expressões empregadas entre
Bilhete 3 Bilhete 4 eles. Se julgar oportuno, elaborar
uma lista de expressões que eles

Reprodução/Arquivo da editora

Reprodução/Arquivo da editora
Senhor Graciliano Coutinho, usam para brincar e fazer apreciação
sobre coisas de que gostam ou de
Lu, Encontrei esta carteira na frente
que não gostam. Pode-se também
Cadê meu cinto roxo? de sua casa _ acho que lhe pertence.
aproveitar a oportunidade para fazer
Tava em cima da Não o conheço, mas o reconheci breve levantamento de formas em-
mesinha e sumiu. Quero usar pela fotografia, pois moro na rua pregadas na oralidade, como aí, né
Vitorino César e já vi o senhor por e outras.
meu cinto hoje. Hoje, tá
aqui. Comentar com os estudantes que
ligada?
Amigavelmente, as gírias variam muito de acordo com
Pri a época, o lugar e o grupo social. As-
Murilo Setiborano
sim, gírias usadas pelas crianças de
uma cidade podem não ser com-
a) Em quais dos bilhetes a linguagem é mais formal, mais cerimoniosa? Quais palavras preendidas por crianças de outras ci-
dades ou regiões, por exemplo. Há
indicam formalidade?
gírias específicas de alguns grupos
Nos bilhetes 2 e 4. Possibilidades: bilhete 2: “Dona”, “senhora”, sociais, isto é, expressões típicas do
falar de alguns profissionais, de pes-
“Atenciosamente”; bilhete 4: “Senhor”, “Amigavelmente”. soas de idades semelhantes, de gru-
pos de mesmo gênero, entre outros.
b) Em quais dos bilhetes a linguagem indica mais familiaridade entre remetentes e É importante ampliar as orienta-
destinatários? Por quê? ções sobre este conteúdo, pois deve
ser considerada a importância das
Nos bilhetes 1 e 3. No bilhete 1, o destinatário é chamado por um apelido e, no variedades linguísticas como elemen-
tos de identidade cultural de um gru-
final, recebe um beijo do remetente; no bilhete 3, o destinatário e o remetente po social.
Ao dar destaque aos usos mais in-
são tão íntimos que nem é necessário escrever os nomes na forma completa. formais da língua, como o de gírias,
as atividades estimulam a reflexão
sobre a necessidade de, cada vez
4. A expressão tá ligada é uma gíria muito usada entre alguns jovens.
mais, ampliar o domínio de novas
palavras ou de novos usos para pala-
Gírias são palavras ou expressões usadas por alguns grupos em situações mais informais. vras já conhecidas.
Algumas são mais populares, sobretudo entre os jovens, e você provavelmente conhece e
talvez até use várias delas. Por exemplo: “da hora”, “tipo assim”, “causar”, “tô ligado”, “legal”, […]
“mó”, etc. O desenvolvimento de vo-
cabulário tem por objeto tanto
o vocabulário receptivo e ex-
Há momentos em que algumas gírias são adequadas, pois a situação é mais espontâ- pressivo, quanto o vocabulário
nea, mais descontraída, como no bilhete 3. de leitura. Os leitores inician-
Mas há situações em que algumas gírias não são adequadas, pois é necessária uma tes empregam seu vocabulário
oral para entender as palavras
linguagem mais formal, mais cerimoniosa, como é o caso no bilhete 4.
presentes nos textos escritos.
Um vocabulário pobre
129
constitui um obstáculo para
a compreensão de textos. Por
isso é recomendável que, an-
tes mesmo de ingressar no
ensino fundamental, a criança
seja exposta a um vocabulário
mais amplo do que aquele do
seu dia a dia.
[…]
BRASIL. Ministério da Educação. Se-
cretaria de Alfabetização. PNA: Política
Nacional de Alfabetização. Brasília,
DF: MEC: Sealf, 2019. p. 34.

177
Agora você
Atividade 1, item a
Estimular os estudantes a perce-
ber que Haroldo é o melhor amigo Agora você
de Calvin e que, portanto, a lingua-
Atividade oral e escrita
gem entre eles pode ser bem infor-
mal e descontraída. 1. Leia esta tirinha de Calvin.

Calvin & Hobbes, Bill Watterson


© 1989 Watterson / Dist. by Atlantic Syndication/Universal Press Syndicate
Atividade 1, item b
O sentido da interjeição puxa, que
deverá ser circulada pelos estudantes
na tirinha, varia dependendo do con-
texto. Pode expressar tanto tristeza
como alegria. Neste caso, expressa a
alegria de Calvin em ganhar um brin-
de (uma touca) após juntar a quanti-
dade necessária de tampas de caixa 1 2 3 4
de cereal. Bill Watterson. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 15 mar. 2009.

a) O que torna essa tirinha engraçada?


O fato de Calvin achar que em seis semanas ele estará muito velho e Haroldo
b) Assinale o tipo de linguagem que predomina na conversa entre Calvin e seu tigre
Haroldo. tentar confortá-lo dizendo que tem certeza de que a touca que ele vai
ganhar vai fazer sucesso no asilo.
A)  linguagem mais formal C) X  linguagem espontânea

linguagem mais planejada,


B) X  linguagem mais descontraída D)  
menos espontânea
c) No quadrinho 2, Calvin usa uma gíria: “maneiro”. O que ela significa?
Possibilidades: Estiloso, descolado, bonito, legal, da hora, bacana, excelente.
No mesmo quadrinho, Calvin usa uma palavra muito comum em nosso dia a
dia e que pode revelar admiração. Qual é a palavra? Circule-a.

2. Faça a relação entre as palavras das duas colunas do quadro a seguir, completando
com o que falta.

Palavras Uso no dia a dia

está tá

estou tô

estava tava

não é? né

você cê/ocê

130

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

178
Substantivos
O objetivo do estudo proposto nes-
ta seção é que, ao longo dos anos do
Substantivos Ensino Fundamental, os estudantes se
apropriem de uma linguagem (termi-
Acompanhe a leitura das atividades com a professora, questionando-a sempre que nologia) que os ajude a situar e a des-
tiver dúvidas. crever alguns usos da língua para que
possam fazer escolhas adequadas aos
1. No texto da carta pessoal que você leu há vários nomes de animais. Veja as figuras seus propósitos de comunicação. No-
a seguir e escreva nos quadros o nome dos bichos que aparecem no texto. mear é uma das principais funções da
As imagens não estão
representadas em proporção.
língua, pois confere ao falante a habi-
lidade de tornar uma realidade repre-

Ilustrações:Camila de Godoy/
Arquivo da editora
sentada linguisticamente.
As atividades desta seção favore-
cem o desenvolvimento da habili-
dade de identificar e diferenciar
substantivos para que, posteriormen-
te, os estudantes consigam reconhe-
sapo gato salamandra morcego cer as funções que eles podem exercer
em uma frase. (Referência: BNCC –
EF03LP08)
2. Observe as fotografias e escreva a palavra que dá nome a cada objeto. As atividades sobre esse conteúdo
têm a finalidade de levar os estudan-
tes a distinguir classes de palavras e a
goh seok thuan/Shutterstock

reconhecer o substantivo como for-


SAHURI/Shutterstock

ma de nomear. Não se pretende que


rst
oc
k os estudantes memorizem conceitos
tte

Zo
rkin/S
hu
isolados. Além de trabalhar a função
aly
Vit
de nomear, um dos objetivos desse
conjunto de atividades é que os es-
tudantes percebam a diversidade de
tesoura estojo lápis realidades/seres que podem ser de-
nominados pelo substantivo: objetos,
pessoas, lugares, sentimentos, ações.
3. Veja mais fotografias. Qual palavra dá nome aos fenômenos da natureza mostra- Não se considera adequado apresen-
dos nelas? tar neste ano toda a classificação dos
substantivos, com exceção da distin-
ção entre próprio e comum, para
Comstock Images/Getty Images

Comstock Images/Getty Images


Comstock Images/Getty Images

que seja observado o uso da letra


maiúscula no inicio do substantivo
próprio, habilidade cujo exercício foi
iniciado no 2o ano. (Referência: BNCC
– EF02LP01)
Por se tratar da construção de um
conceito – substantivo –, sugere-se
vento/ventania chuva relâmpago/raio
que as atividades sejam feitas oral-
mente em sala de aula. O registro por
escrito poderá ser feito com mais se-
131
gurança depois da atividade oral.
Atividades 1, 2 e 3
Retoma-se o conceito de substan-
tivo como a palavra que nomeia para,
nas atividades seguintes, facilitar a
identificação e diferenciação dos
substantivos em textos. (Referência
BNCC – EF03LP08)

179
Atividade 4
As respostas a esta atividade são
sugestões. Os estudantes podem
apresentar outras possibilidades, con- 4. Agora, veja as imagens e escreva a palavra que dá nome aos sentimentos que
tanto que as justifiquem.
parecem ser expressos em cada uma delas.
Em relação ao quadro que apre-
senta a definição do conceito de

Nacivet/Getty Images

Pixland/Imageplus
substantivo, deve-se estimular os
estudantes a apresentar oralmente a
definição deles do que é um subs-
tantivo antes de fazer a leitura con-
junta do conceito aqui formulado.
A consideração das conclusões ex-
pressas pelos estudantes ajudará Possibilidades: tristeza/desânimo Possibilidades: alegria/felicidade
também na percepção do nível de
compreensão do que foi trabalhado As palavras que dão nome a pessoas, animais, plantas, objetos, fenômenos da natureza,
em relação a esse conteúdo. A con- ações, sentimentos, estados e qualidades são chamadas de substantivos.
ceituação é apenas um momento de
organização da linguagem em torno
do que foi estudado, não tem a fina- Substantivo próprio e substantivo comum
lidade de ser memorizada. 1. Leia e observe alguns nomes que aparecem no texto da carta pessoal que você leu.
Substantivo próprio e
substantivo comum
Ilustrações: Camila de Godoy/
Arquivo da editora

gato Ronroroso Seramago de Bragança B.


Destaca-se a pertinência deste
conteúdo com o objetivo de os estu-
tio McAbro
dantes apropriarem-se de conven-
ções da escrita, como é o caso da
distinção do uso de maiúsculas e Nos quadros anteriores, há nomes, ou substantivos, escritos com letra inicial
minúsculas, habilidade já exercitada minúscula e nomes com letra inicial maiúscula.
desde o 2o ano. (Referência: BNCC – Vamos ver por que isso acontece. Observe:
EF02LP01)
• O substantivo gato se refere a qualquer gato.
• O substantivo Ronroroso se refere a um gato específico e não a qualquer gato.
2. Pensando nisso, complete com o substantivo adequado:
McAbro é um substantivo que se refere a um tio em especial e não
a qualquer tio.

3. Leia e observe os nomes a seguir.


Camila de Godoy/Arquivo da editora

bruxa Hilda Bruxilda

132

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Se considerar oportuno, propor a Ando sempre molhado. Acordo sempre primeiro.
realização desta atividade para os es- Fora da água ninguém me deixe. Sou o chefe do galinheiro.
tudantes. Faço bolhas ao respirar. Ninguém dorme quando eu falo.
Crianças, eu sou o peixe . Tenho crista, eu sou o galo .
Vamos completar as adivinhas? Textos elaborados pelas autoras.
Gosto de queijo e petiscos.
Pense em um substantivo que serve Meu inimigo é o gato.
de resposta para cada uma delas e Ando sempre em correria.
escreva-o no espaço indicado. Adivinhe, eu sou o rato .

180
Uso de letras maiúsculas
Para os estudantes que apresenta-
rem dificuldade de reconhecimento
Complete com os substantivos adequados. do uso de letras maiúsculas, será inte-
ressante distribuir páginas de revistas
Hilda Bruxilda é um substantivo que se refere a uma ou de jornais para que eles pintem
todas as palavras iniciadas com letra
bruxa específica, e não a uma bruxa qualquer. maiúscula. Em seguida, orientar para
que separem as palavras pintadas en-
4. Observe as figuras e os quadros que as acompanham. tre palavras com nomes próprios e
palavras que iniciam frases. Este

© Ziraldo Alves Pinto/Acervo do cartunista


© Ziraldo Alves Pinto/Acervo do cartunista

© Mauricio de Sousa/Mauricio de
Sousa Editora Ltda
conteúdo compõe o conhecimento
sobre convenções de escrita e exerci-

© Mauricio de Sousa/Mauricio
de Sousa Editora Ltda.
ta a habilidade de utilizar conheci-
mentos linguísticos e gramaticais para,
posteriormente, produzir textos. (Re-
ferência: BNCC – EF35LP07)

menina Mônica menino Cebolinha

As palavras menina e menino servem para nomear qualquer menina e menino. São
substantivos comuns: nomeiam seres, objetos, lugares em geral, não específicos.
As palavras Mônica e Cebolinha servem para nomear uma menina e um menino especí-
ficos, não uma menina e um menino quaisquer. São substantivos próprios: dão nomes
específicos aos seres.

Uso de letras maiúsculas


Você viu que os substantivos próprios devem ser escritos com letra inicial maiúscula.

1. Leia o trecho e circule os substantivos próprios.

Pedro e o lobo
Pedro tinha três amigos: um passarinho chamado Sacha, uma pata atrapalha-
da de nome Sônia e um gato muito levado, o Ivan.
Eunice Braido. Pedro e o lobo. São Paulo: FTD, 2006. p. 5.

2. Agora, leia o trecho e responda à questão.

Certo dia, na floresta, perto da aldeia, apareceu o lobo mais feroz já visto na-
quela região. Era enorme, peludo e escuro. Tinha presas afiadas, boca imensa [...].
Eunice Braido. Pedro e o lobo. São Paulo: FTD, 2006. p. 5.

133

181
Atividade 3
Levar os estudantes a perceber que
esses elementos são parte fundamental
do conteúdo do gênero convite, pois As palavras destacadas desse trecho não são nomes. Por que, então, estão
informam dados essenciais sobre o
escritas com letras iniciais maiúsculas?
evento ao convidado.
Porque essas palavras estão em início de frase, e as frases devem ser iniciadas

com letra maiúscula.

3. Leia o convite a seguir. Observe as palavras que foram escritas com letras iniciais
maiúsculas.

Silvana Rando/Arquivo da editora


Olá, Mariana,
Não perca a festa do meu aniversário!
• dia: 8 de novembro
• horário: às 15 horas
• endereço: rua Capitão Chaves, 512
Sofia

4. Separe as palavras do convite em duas colunas.

Substantivos próprios Palavra no início de frase

Mariana, Capitão Chaves, Sofia. Não, Olá.

a) Por que as palavras Mariana e Sofia estão escritas com iniciais maiúsculas?

Porque são nomes de pessoas.

b) Por que as palavras Capitão Chaves estão escritas com letras iniciais maiúsculas?

Porque fazem parte do nome de um lugar, no caso do convite, de uma rua.

134

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

182
Produção de texto
O objetivo desta seção é o desen-
volvimento da produção de escrita,
componente essencial para a alfabe-
Hora de organizar o que estudamos tização. (Referência: PNA)
A seção Produção de texto desta
● Leiam, juntos, o esquema a seguir. unidade está, excepcionalmente, en-
tre a seção Língua: usos e reflexão
Uso da letra maiúscula e a seção Palavras em jogo porque
as atividades necessitarão dos con-
Substantivos próprios Início de frase teúdos linguísticos trabalhados ante-
riormente.

Produção de texto Carta pessoal

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


A escolha desse gênero contempla
Carta pessoal a habilidade de produzir cartas pes-
● Vamos voltar à carta de Ronroroso e pensar em soais, de acordo com as convenções,
uma resposta para o gato. a formatação e a diagramação pró-
prias do gênero, considerando a situa-
Ronroroso não quer que Hilda Bruxilda deixe de ser ção de comunicação. (Referências:
bruxa. Será que ele está certo? BNCC – EF03LP13 e EF03LP17)
O que vocês poderiam falar para Ronroroso para convencê-lo a ajudar Hilda Planejamento
Bruxilda a ser o que ela gostaria de ser? Nessa etapa, os estudantes desen-
volvem a habilidade de observar a
Planejamento situação comunicativa, o interlocutor,
a finalidade, a circulação, o suporte e
1. Assunto: Qual é a mensagem principal de sua carta?
as escolhas de linguagem. (Referência:
2. Escolham o tipo de linguagem a ser empregada com Ronroroso: BNCC – EF15LP05)
• mais informal, espontânea, como se vocês tivessem familiaridade com ele; Revisão e reescrita
• mais formal, mais cerimoniosa. É importante que os estudantes
exercitem a habilidade de reler e revi-
Escrita sar o texto produzido para corrigi-lo e
aprimorá-lo. (Referência: BNCC –
Façam um rascunho a lápis no caderno. EF15LP06)

Revisão e reescrita […]


1. Façam uma leitura atenta para ver se a mensagem para Ronroroso ficou clara. Por fim, a produção de
escrita diz respeito tanto à
2. Verifiquem se a carta tem todas as partes: local e data, saudação, destinatário, habilidade de escrever pala-
corpo da mensagem, despedida e remetente. Se precisar, acrescentem um P.S. vras, quanto à de produzir
para reforçar o que foi escrito em algum trecho ou acrescentar algo importante. textos. O progresso nos níveis
de produção escrita acontece
3. Lembrem-se de assinar a carta.
à medida que se consolida a
4. Não se esqueçam do que estudaram: usar letra maiúscula no começo das frases alfabetização e se avança na
e dos substantivos próprios. literacia. Para crianças mais
novas, escrever ajuda a refor-
135 çar a consciência fonêmica e a
instrução fônica. Para crianças
mais velhas, a escrita ajuda a
entender as diversas tipologias
e gêneros textuais.
Atividade complementar […]
É importante que os estudantes exercitem a habilidade de escrever empregando letras maiúsculas BRASIL. Ministério da Educação. Se-
na inicial de nomes próprios. Sugere-se solicitar que: cretaria de Alfabetização. PNA: Política
• escrevam seus nomes completos e endereços, observando o uso das maiúsculas; Nacional de Alfabetização. Brasília,
DF: MEC: Sealf, 2019. p. 34.
• elaborem cartões de identificação com dados e ilustração;
• modifiquem o convite da página anterior, incluindo os próprios dados.

183
Carta de leitor
A escolha desse gênero contempla
a habilidade de produzir carta dirigida
a veículos de mídia impressa com 5. Leiam o esquema a seguir para não esquecer o que deve haver na carta que
opiniões e críticas, de acordo com as produzirem.
convenções do gênero carta e consi-
derando a situação comunicativa e o Produção de texto
tema/assunto do texto. (Referência:
BNCC – EF03LP20)
Planejamento O quê Para quê
Sugerir como Ronroroso pode
Para quem Linguagem
Mais formal ou
Nesta etapa, os estudantes desen- Produzir uma carta Ronroroso
ajudar a bruxa mais informal
volvem a habilidade de observar a
situação comunicativa, o interlocutor, 6. Releiam e reescrevam o que for necessário.
a finalidade, a circulação, o suporte e
as escolhas de linguagem. (Referên- 7. Mãos à obra! Passem a limpo o texto no caderno.
cia: BNCC – EF15LP05) Troca de cartas
Revisão e reescrita 1. Troquem de carta com outra dupla.
É importante que os estudantes
2. Leiam a carta produzida pelos colegas e conversem: O que vocês acharam das
exercitem a habilidade de reler e
revisar o texto produzido para corrigi- sugestões que eles deram a Ronroroso? Resposta pessoal.
lo e aprimorá-lo. (Referência: BNCC 3. Ouçam o que a outra dupla tem a dizer sobre a carta que vocês escreveram.
– EF15LP06)
Troca de cartas Carta de leitor
A atividade cria uma situação real
de comunicação para que os estu- ● Agora vocês vão fazer como o leitor da revista de divulgação científica: escrever
dantes a vivenciem de modo a con- uma carta sugerindo a produção de uma matéria sobre um assunto que vocês
solidar o conhecimento sobre toda a escolherem.
circunstância comunicativa.
Planejamento
1. Leiam o esquema para não esquecer o que deve haver na carta.

Produção da carta

O quê Para quê Para quem Linguagem


Produzir uma Sugerir um assunto Pessoal (editores) Mais espontânea
carta de leitor escolhido pela dupla para da revista ou mais formal
uma matéria a ser publicada
na revista

2. Escolham o tipo de linguagem a ser empregada:


• mais espontânea, informal, como se vocês conhecessem todo o pessoal da revista;
• mais cerimoniosa, formal, por considerar que o destinatário é o jornalista respon-
sável pela revista.

136

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
Esta atividade de produção de texto em duplas, seguida de troca de leituras entre as duplas, favore-
ce a realização de uma avaliação formativa mediada pela intervenção do professor sempre que surgir
um impasse entre os comentários críticos a respeito da produção de uma dupla pela outra.
Nesse impasse, o professor pode sugerir que cada dupla registre os problemas encontrados na lei-
tura avaliativa seguidos de uma solução. A listagem dos problemas seguidos das soluções pode ser
construída pelo professor de acordo com os seguintes níveis:
• da letra e da palavra: traçado e ortografia das palavras;
• da frase: ordem das palavras na frase, combinação entre as palavras (concordância) e pontuação;

184
Revisão e reescrita
Lembrar aos alunos que “passar a
limpo” o texto escrito é o momento
Escrita de controle de qualidade do que foi
escrito no rascunho. Trata-se de uma
Façam um rascunho da carta, a lápis, no caderno. Lembrem-se de: atividade importante em que se ob-
• expressar com clareza o assunto da matéria e a razão de o terem escolhido; servam vários elementos para garan-
tir que a estrutura do gênero e as
• utilizar argumentos para convencer o pessoal da revista a publicar essa matéria. escolhas de linguagem sejam respei-
tadas. Além das questões relaciona-
Revisão e reescrita das ao gênero, motivar os estudantes
1. Façam uma leitura atenta para verificar se: a observar:
• a definição do assunto para a matéria está expressa; • paragrafação;
• a razão dessa opinião está clara e objetiva; • uso de letras maiúsculas em início
• os argumentos parecem convincentes. de frase;
2. Verifiquem se a carta tem todas as partes: local e data, saudação, destinatário, • uso de pontuação expressiva;
corpo da mensagem, despedida e remetente. Se precisar, acrescentem um P.S. • uso de elementos de ligação;
para reforçar o que foi escrito em algum trecho ou acrescentar algo importante. • escrita ortográfica.
Aqui os estudantes estão exerci-
3. Lembrem-se de assinar a carta. tando a habilidade de editar a versão
4. Não se esqueçam do que estudaram: usar letra inicial maiúscula no começo das final do texto. (Referência: PNA e
frases e dos substantivos próprios. BNCC – EF15LP07)
5. Releiam e reescrevam o que for necessário.
Palavras em jogo
6. Mãos à obra! Passem a limpo o texto no caderno.
Letra R
O objetivo desta seção é promover
Troca de cartas
consciência fonêmica e instrução
1. Troquem de carta com outra dupla. fônica sistemática, componentes
essenciais da alfabetização. (Referên-
2. Leiam a carta produzida pelos colegas e conversem: O que vocês acharam do cia: PNA)
assunto, da razão e dos argumentos utilizados na carta dirigida à revista? Nesta unidade, exercita-se a habi-
3. Ouçam o que a outra dupla tem a dizer sobre a carta que vocês escreveram. lidade de ler e escrever palavras com
correspondências regulares contex-
4. A professora vai dar orientações sobre o envio das cartas à revista. tuais entre grafemas e fonemas, des-
tacando sons de R e RR. (Referência:
Palavras em jogo BNCC – EF03LP01)
Este conteúdo deve ser explorado
Letra R principalmente de forma oral, pois os
estudantes devem identificar a pro-
1. Leia esta quadrinha popular. núncia dos sons que a letra R pode
representar em meio a contextos
Do outro lado do rio Quem me dera ser sereno
sonoros.
Está uma rosa que vai abrir Para na rosa cair.
Domínio público.
[…]
O ensino do conhecimento
137 fônico se mostra eficaz quando
é explícito e sistemático (com
plano de ensino que contem-
ple um conjunto selecionado
de relações fonema-grafema,
organizadas em sequência ló-
• do texto: estrutura da carta (partes), relação entre assunto, opinião e argumento. gica) […].
De posse desse relatório produzido com a participação dos estudantes, o professor poderá sugerir
BRASIL. Ministério da Educação. Se-
atividades para a solução das defasagens mais significativas encontradas na produção, como: cretaria de Alfabetização. PNA: Política
• leitura em voz alta de lista de palavras corrigidas nas produções escritas; Nacional de Alfabetização. Brasília,

• reescrita de frases de forma a conseguir coerência: concordância, elementos de ligação, pontuação;


DF: MEC: Sealf, 2019. p. 33.

• reescrita dos elementos que estruturam o gênero carta de leitor (partes) e definição de assunto,
opinião e argumentos.

185
Atividades 2 e 3
É importante fazer a leitura em voz
alta de todas as palavras destacadas
para que os leitores se apropriem da 2. Releia as palavras, observando a letra destacada. Copie, na frente de cada palavra,
relação letra (grafema)/ som (fonema)
outra palavra da quadrinha em que o R tenha o mesmo som.
que se pretende destacar.
R ou RR • rio rosa • sereno dera • abrir cair
Fazer a leitura compartilhada dos
versos exagerando na sonoridade das 3. Leia as palavras do quadro. Depois, complete as frases adequadamente.
palavras que contêm a letra R.
Atividade 3 carinho rua risada muro rabanete carioca
Se achar necessário, construa na
lousa, junto com os estudantes uma a) Palavras com a letra R no início têm som R forte, como em:
lista de palavras cuja única diferença
rua, risada e rabanete.
seja o uso da letra R ou das letras RR.
Exemplos: caro/carro, carinho/car- b) Palavras com a letra R entre vogais tem som R brando, como em:
rinho, moro/morro, muro/murro, era/
erra, encerar/encerrar. carinho, muro e carioca.

R ou RR
1. Leia o trecho do poema a seguir.

Com gato, todo cuidado


Só ganha arranhão e esquece as garras
quem agarra prontas pra guerra.
e gruda e agrada [...]
o gato na marra
Elias José. Um jeito bom de brincar. São Paulo: FTD, 2002. p. 8.

2. Leiam, juntos, o poema em voz alta. Qual é o som que se destaca?

O som do RR é o que mais se destaca.

3. Leia esta lista de palavras observando as letras R e RR.


Maranhão arranhão
agora agarra
Mara marra

a) O que há de diferente na escrita das palavras de cada coluna? Conversem e façam,


juntos, um registro.

As palavras da primeira coluna são escritas com R e as palavras da segunda

coluna são escritas com RR.

138

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

186
Letra R em final de sílaba
Este conteúdo atende à necessidade
de os estudantes perceberem corres-
b) Copie outras palavras do trecho do poema que têm o som do R mais forte. pondências regulares contextuais
para o uso do R, além de contribuir
Garra e guerra. para a apropriação da escrita correta
de palavras com a configuração de
4. Observem a escrita e a pronúncia da palavra RONROROSO . sílaba VC. (Referências: BNCC –
EF03LP01 e EF03LP02)
A letra R foi pronunciada da mesma forma nos três momentos?

Foi pronunciada igual nos dois primeiros momentos e como R fraco no último.

Geralmente, a letra R no meio da palavra é pronunciada como R brando.

5. Comparem as palavras. Pintem de azul a letra R pronunciada como R forte e


circulem de amarelo a letra R pronunciada como R brando.

genro geral barata ronronar tenro

enriquecer irado carona enroscar

Agora, observem as palavras em que a letra R ficou com o som forte e completem:

A letra R ficou com som forte no meio da palavra depois de en e on .

Letra R em final de sílaba

James French/Image Source/Folhapress


1. Leia e observe a sílaba destacada.

árvore

As imagens não estão


representadas em proporção.

Outras palavras têm R em final de sílaba. Preencha os espaços de acordo com


as imagens e leia em voz alta as palavras que encontrou.
Tongsai/Shutterstock

Zirco
Shu nicusso
Winston Link/Shutterstock

tters /
tock

bar co tam bor lan ter na

139

187
Memória em jogo
É importante fazer a leitura do
poema em voz alta para que os leito-
res o memorizem e ainda observem 2. A sílaba com R final já está escrita. Complete cada nome com as sílabas que faltam.
os diferentes sons da letra R depen- As imagens não estão
dendo da posição em que aparece representadas em proporção.

nas palavras: mar, siri, marisco, ostra,

Roberto de Oliveira/Folhapress
koya979/Shutterstock
entra.

Roman Yastrebinsky/Shutterstock
Coleção de palavras
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
rio, componente essencial para a al-
fabetização. (Referências: PNA e BNCC
por ta aba jur de ser to
– EF35LP12)

O R em final de sílaba pode estar no início, no meio ou no fim das palavras.

Memória em jogo
● Leia o poema “Mar”. Procure memorizar o poema e escrevê-lo no caderno.

Mar
No mar Bichos bonitos, É lindo e gozado.
Tem siri e ostra, Bichos esquisitos. A gente entra doce
Marisco e lagosta, O mar E sai salgado.

Lalau e Laurabeatriz. Bem-te-vi. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2010. p. 11.

Coleção de palavras
● Leia a seguir duas palavras que apareceram ao longo desta unidade. Algumas delas
estão acompanhadas de outros sentidos que podem ter. As imagens não estão
representadas em proporção.
Poção
Lucas Bastos/Shutterstock

Poção da
Maromba, em
Raland/Shutterstock

Visconde de
Mauá, Rio de
Janeiro.

1. Substantivo feminino: nome de 2. Substantivo masculino: nome do lugar


qualquer líquido que se possa tomar. mais profundo de um lago; poço grande.

140

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

188
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-
Selo As imagens não estão
dos nesta unidade para que os estu-

Brian A Jackson/Shutterstock
representadas em proporção.
dantes se apropriem da organização

Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos/
Departamento de Filatelia
e Produtos
dos conteúdos, atribuindo nomes a
eles. Ler o quadro-síntese para os es-
tudantes, orientando-os sobre as co-
lunas que o compõem.
1. Pequeno papel autoadesivo, colado
a um envelope, que comprova o A coluna Avancei indica o que os
pagamento feito ao correio para 2. Sinal ou marca estampada estudantes já sabem depois de terem
o envio de uma carta. por carimbo. estudado o conteúdo da unidade. A
coluna Preciso estudar mais indica o
● Você observou que o significado de uma palavra se altera dependendo do que é preciso retomar e estudar um
contexto em que ela aparece ou mesmo do gênero (masculino ou feminino) pouco mais. Motivá-los a fazer comen-
tários sobre o próprio desempenho e
em que é empregada. Conhece outras palavras assim? Compartilhe seus co-
ajudá-los a reconhecer a necessidade
nhecimentos com os colegas e copie as palavras no caderno para compor sua de revisão.
coleção de palavras. Motivar os estudantes a fazer a au-
toavaliação com crescente autonomia.

O que estudamos

Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 5 Avancei estudar
mais
• Leitura e interpretação de carta pessoal e de
carta de leitor
• Produção de carta pessoal e de carta de leitor
• Comparação de diferentes usos de linguagem
• Identificação do substantivo
• Utilização de letra maiúscula no início de
substantivos próprios
• Identificação do som de R, RR e da posição do R
em final de sílabas nas palavras
• Participação em atividades orais

141

189
Conclusão da unidade 5

Nesta unidade, há momentos para o monitoramento do de- dual sobre o processo de aprendizagem e a participação ativa
senvolvimento dos estudantes individualmente e/ou de toda a nesse processo.
turma propostos por meio de atividades que podem ser empre- A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de apren-
gadas para a avaliação processual/formativa como, por exemplo, dizagens que, em conjunto com o registro de resultados de ava-
as propostas em Carta de leitor – Troca de cartas. Tal avaliação liação processual/formativa, possibilita o acompanhamento
permite identificar os estudantes com defasagens e/ou dificulda- sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar adequado,
des, o que favorece a elaboração de um plano para rever conteú- use-o para o registro de observações e resultados de sua avalia-
dos e habilidades que necessitem de consolidação ou retomada. ção. Ele permite identificar os objetivos não atingidos e replane-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra jar atividades. Todas as anotações relativas ao desempenho dos
no final da unidade, para conversar com os estudantes a res- estudantes são instrumentos importantes para o acompanha-
peito do próprio desempenho, estimulando a reflexão indivi- mento do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Compreensão de
Ler e interpretar carta pessoal e carta de leitor.
texto
Atividades de
Produzir carta pessoal e carta de leitor.
Produção de texto
Língua: usos e
reflexão – Variedades
Comparar diferentes usos de linguagem. linguísticas:
diferentes usos de
linguagem
Língua: usos
Utilizar letra maiúscula no início de substantivos próprios. e reflexão –
Substantivos
Identificar o som de R, RR e a posição do R em final de sílaba nas palavras. Palavras em jogo

Leitura oral em foco


Prática de oralidade –
Participar de atividades orais. Conversa em jogo
Observação cotidiana
da expressão oral do
estudante

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de de- familiar; leituras orais expressivas. Para dificuldades nos estudos
fasagens enfrentadas pela turma, atividades para remediação sobre a língua: atividades para diferenciação de letras maiús-
e/ou atendimento de dificuldades podem ser propostas. Em culas e minúsculas; identificação de substantivos próprios e
leitura e produção: leitura partilhada, com estímulo à partici- comuns por meio da nomeação de seres encontrados na es-
pação dos estudantes para a diferenciação entre carta pessoal cola; complementação de textos com uso de letras maiúsculas
e carta de leitor; localização de informações em textos lidos/ e de minúsculas; ampliação de vocabulário com base em jogos
ouvidos; leitura de cartas selecionados pelos estudantes ou e brincadeiras. Para apropriação de convenções ortográficas:
previamente escolhidos pelo professor; estímulo à leitura de elaboração e leitura de listagem de palavras com R e RR e
cartas em casa; produção de cartas para o professor, amigo ou realização de jogos ortográficos.

190
Introdução da unidade 6

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar conto maravilhoso.
• Identificar elementos do conto: personagens, tempo, espaço, enredo e narrador.
• Identificar as partes da história.
• Exercitar fluência oral.
• Recontar uma história.
• Estudar o adjetivo e sua função em relação ao substantivo.
• Estudar a concordância de gênero e número entre substantivo e adjetivo.
• Ler e escrever palavras com as letras R e L intrometidas.
• Participar de interações orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades feminino antes do estudo da concordância de gênero e de núme-
propostos nesta unidade, espera-se que os estudantes reflitam ro entre essas duas classes gramaticais. Caso haja dificuldades,
a respeito de diferentes significados que a palavra maravilhoso recomenda-se que esses tópicos sejam retomados coletivamente.
pode ter e que saibam que a palavra conto está associada à ideia Espera-se um avanço em direção a uma leitura com autono-
de narrativa. É importante que consigam localizar informações mia e fluidez, especialmente de palavras mais comuns. Essa é
no texto com certa precisão, a fim de que identifiquem informa- uma das condições básicas para a compreensão dos textos. Ca-
ções explícitas, elementos e momentos da narrativa. Para mobi- so haja estudantes que apresentem dificuldades, é importante
lizar conhecimentos prévios, sugere-se que tomem contato com que sejam acompanhados de forma sistemática. É fundamental
contos maravilhosos em diferentes fontes. O estímulo à amplia- avaliar se há problemas associados à falta de apropriação da
ção do vocabulário dominado é essencial para que tenham base alfabética e das convenções do sistema de escrita, à falta
maiores possibilidades de compreensão dos textos e para que de convívio com textos diversificados (baixo grau de literacia) e
consigam incrementar suas produções textuais orais ou escritas. à dificuldade de leitura relacionada a vocabulário limitado, a fim
Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes de se buscar estratégias para solucioná-los.
de reconhecer substantivos, o que irá prepará-los para o trabalho Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, indica-se
com adjetivos e sua relação com substantivos. É importante que a leitura de listagens de palavras com as escritas a serem siste-
sejam capazes de diferenciar singular de plural e masculino de matizadas e um levantamento inicial de possíveis dificuldades.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Os focos desta unidade são a leitura e o estudo de contos ma- A ampliação do desenvolvimento da consciência fonoló-
ravilhosos, tendo em vista o aprimoramento da compreensão de gica e do domínio de convenções ortográficas se dá pela
textos desse gênero. As atividades enfatizam a localização de in- leitura e pela escrita de palavras em que as letras R e L encon-
formações, de elementos da narrativa e de partes da história e têm tram-se no interior das sílabas. Tal desenvolvimento é condi-
por objetivos desenvolver a autonomia dos estudantes para a ção importante para que os estudantes dominem as bases da
leitura e a compreensão de textos e a expressão oral e escrita. ortografia.
Os estudos sobre a língua dão continuidade a reflexões sobre Paralelamente, há ênfase em atividades orais individuais e
as classes gramaticais e às noções de concordância de gênero e coletivas que exploram a clareza na apresentação de ideias, a
número e relacionam-se diretamente ao incremento da expres- expressividade, a desenvoltura e a escuta atenta.
são oral e escrita.

191
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica
instrução fônica sistemática
desenvolvimento de vocabulário
6 Conto maravilhoso
• fluência em leitura oral
• compreensão de textos
• produção de escrita

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competências gerais: 3 e 9
Competências específicas de
Linguagens: 1, 3 e 5
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 2, 7 e 8

Habilidades da BNCC Nesta unidade você vai...


Principais habilidades ● ler e interpretar conto maravilhoso;
abordadas na unidade
● identificar os elementos do conto: personagens, tempo,
EF03LP02 EF03LP08 EF03LP09 espaço e narrador;
EF03LP11 EF15LP01 EF15LP02 ● identificar as partes da história;
EF15LP03 EF15LP04 EF15LP05
● exercitar a fluência em leitura oral;
EF15LP06 EF15LP10 EF15LP11
● recontar uma história;
EF15LP13 EF15LP15 EF15LP16
● estudar o adjetivo e sua função em relação ao
EF15LP18 EF15LP19 EF35LP01 substantivo;
EF35LP02 EF35LP04 EF35LP06 ● estudar a concordância de gênero e número entre
EF35LP07 EF35LP15 EF35LP19 substantivo e adjetivo;

EF35LP22 EF35LP23 EF15LP24 ● ler e escrever palavras com as letras R e L intrometidas;

EF35LP25 EF35LP26 EF03LP24 ● participar de atividades orais.

142

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: conto maravilhoso (campo artístico-literário) • Conversa e debate sobre
• Estudo de elementos da narrativa: personagem,
tempo, espaço e narrador
tema motivado pelo conto
“A princesa e a ervilha”

Conteúdos • Momentos do enredo/sequência de fatos: início, • Interações orais em ativida-


des em grupos ou coletivas
complicação, clímax/suspense, final/desfecho
• Leitura silenciosa e oral • Reconto oral de conto/
• Fluência
expressiva
em leitura oral expressiva/entonação apresentação oral de textos
produzidos

192
Orientações didáticas
Motivar os estudantes a observar
que os personagens estão em um
tronco gigante de pé de feijão, numa
referência à história “João e o pé de
feijão”. Verificar se eles identificam os
personagens representados na cena:
Chapeuzinho Vermelho, João, Rapun-
zel e o Gato de Botas. Estimulá-los a
encontrar pistas de outras histórias na
cena, como: carruagem de abóbora
(“Cinderela”); casinha de tijolos (“Os três
porquinhos”); castelo (presente em
vários contos).
Comentar que há uma situação
mágica no encontro desses persona-
gens de histórias diferentes, como o
fato de o Gato de Botas subir pelas
tranças de Rapunzel, em vez do tra-
dicional príncipe. Proporcionar um
momento para que os estudantes
verbalizem seus conhecimentos pré-
vios sobre os contos maravilhosos.
Ao responderem às questões pela
observação de detalhes da imagem,
● Muitas histórias acontecem em
os leitores exercitam a habilidade de
relacionar texto com ilustrações. (Re-
castelos. Você se lembra de alguma?
ferência: BNCC – EF15LP18)
Qual? Respostas pessoais.
Além disso, exercitam a habilidade
● A cena destas páginas juntou vários de fazer pressuposições antecipado-
personagens de diferentes histórias ras dos sentidos, da forma e da função
no mesmo espaço. Você conhece social do texto a ser lido na unidade.
algum desses personagens? (Referência: BNCC – EF15LP02)
Possibilidades: Rapunzel, Chapeuzinho
Vermelho, João e o Pé de Feijão e
O Gato de Botas.
LB Ilustrações/Acervo do fotógrafo

143

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Reconto de história: planejamento e
registro escrito
• Identificação de adjetivos e da função que
exercem em relação ao substantivo

Conteúdos
• Revisão e reescrita da produção escrita • Relações de concordância entre adjetivos e
substantivos: gênero e número
• Uso das letras R e L intrometidas.

193
Para iniciar
Ler o texto instrucional com os es-
tudantes. Esse texto se insere na mo-
dalidade texto injuntivo instrucional. Para iniciar
Chamar a atenção dos estudantes
para a estrutura própria desses textos Castelo
(material, modo de fazer, indicação de
passos a seguir, verbos no imperati- ● Vamos voltar no tempo e construir um castelo?
vo). (Referência: BNCC – EF03LP11)
Leiam as instruções com a professora.
Sugere-se que os estudantes deco-
rem o castelo e organizem, com a
ajuda do professor, uma exposição. Os
castelos poderão ser apoiados ou co-
lados em papelão e, se houver inte-
resse, pode ser feita uma decoração

Edson Antunes/Acervo do fotógrafo


com árvores e flores feitas de papel
ou o que a imaginação permitir. A ati-
vidade lúdica privilegia momentos
agradáveis de predisposição ao traba-
lho a ser desenvolvido antecipando
hipóteses sobre o texto da leitura e
auxiliando na identificação da função Castelo feito de
social do conto maravilhoso. (Referên- papelão reciclado.
cias: BNCC 2 EF15LP02 e EF15LP01)

Material necessário
• caixa de papelão ou de sapatos
• tesoura com pontas arredondadas
• rolos de papel higiênico
• canetinhas coloridas, lápis de cor ou papel colorido
• barbante
• palito para churrasco
Modo de fazer
1. Recorte a caixa em formato de castelo.
2. Desenhe as janelas com canetinhas ou cole papel colorido.
3. Para fazer as torres, use rolos de papel higiênico e fixe um palito para
churrasco.
4. Para fazer a ponte levadiça, desenhe a porta de entrada, corte um qua-
drado de papel colorido e prenda esse quadrado com pedaços de barbante.
5. Decore seu castelo como quiser.
Castelinho de papelão passo a passo. Artesanato passo a passo.
Disponível em: https://tedit.net/7jE1Eg. Acesso em: 19 maio 2021. (Adaptado.)

Então vamos lá? Mãos à obra!

144

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

194
realizada oralmente a fim de permitir
a participação mais ativa dos estu-
dantes. (Referência: BNCC – EF15LP02).

Você vai ler um conto maravilhoso. Por que será que é maravilhoso? Neste conto Leitura: conto
há um príncipe, uma princesa e um grão de ervilha. O que poderá acontecer de impor- maravilhoso
tante com um grão de ervilha? Gênero: conto maravilhoso (campo
artístico-literário). Este conto se insere no
conjunto de contos chamados maravi-
Leitura: conto maravilhoso lhosos, mesmo não apresentando o
dado do encantamento, do sobrenatural
● Leia silenciosamente o conto. Se tiver dificuldade, peça ajuda a um colega ou à ou do elemento mágico, pois mantém
professora. a característica de uma temporalidade
não delimitada. Além disso, o enredo se
A princesa e a ervilha
desenvolve em torno de um fato inusi-
Era uma vez um príncipe. Ele desejava ter a sua princesa, mas uma que fosse prin-
tado, regido por outra lógica, diferente
cesa de verdade. Por isso viajou pelo mundo todo à procura de uma assim, mas sempre daquela que conduz nosso raciocínio: a
havia alguma coisa de errado. Não faltavam princesas em toda parte, mas ele nunca princesa não consegue dormir, mesmo
conseguia ter certeza de que eram verdadeiras princesas. Havia sempre alguma coisa estando sobre vinte colchões, incomo-
que não estava muito certa. Ele voltou para casa triste e abatido, pois decidira em seu dada por um grão de ervilha. A leitura
coração casar-se com uma princesa real. de contos dessa natureza contribui para
Uma noite, uma tempestade terrível desabou sobre o reino. Raios chispavam, trovões desenvolver a distinção entre textos lite-
roncavam e chovia a cântaros — realmente pavoroso! Inesperadamente, ouviu-se uma rários e textos não literários (mais refe-
batida no portão da cidade, e o rei em pessoa foi abri-lo. Havia uma princesa parada lá renciais), ajudando os estudantes a
fora. Mas valha-me Deus! Que figura ela era debaixo daquele aguaceiro, sob um tempo considerar a literatura como expressão
daqueles! A água escorria pelo seu cabelo e suas roupas, jorrava pelas pontas dos sa- de um mundo imaginário, lúdico e de
patos e entrava de novo pelos calcanhares. E,àmesmo assim, ela insistiu que era uma encantamento, valorizando-os em sua
verdadeira princesa. diversidade cultural, como patrimônio
artístico da humanidade. (Referência:
abatido: desanimado. BNCC 2 EF15LP15). Ressaltar a importân-
chispavam: caíam com cia de autores como Hans Christian An-
faíscas. dersen, Irmãos Grimm, etc.
a cântaros: em grande
quantidade.
A leitura oral expressiva deve ser
feita depois do momento de leitura
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

aguaceiro: chuva forte.


jorrava: saía com força.
silenciosa ou do contato individual do
estudante com o texto. (Referência:
BNCC – EF35LP01)
É importante lembrar que a leitura do
professor contribui para a construção de
modelos de leitura e de expressividade
pelos estudantes, o que na PNA recebe
o nome de modelagem de leitura
fluente. Os modelos de leitores mais
experientes são fundamentais para a li-
teracia à medida que os textos se tornam
complexos, pois os estudantes vão cons-
truindo aos poucos um conjunto de
145 referências de leitura, até mesmo em
relação às formas de expressão de ele-
mentos convencionais. (Referência:
BNCC – EF15LP16)
É provável que algum estudante já tenha lido Se achar que ainda não há por parte dos estu-
ou ouvido o conto “A princesa e a ervilha”. Se dantes fluência ou autonomia de leitura para
isso ocorrer, deixar que ele responda às pergun- um texto de maior extensão, fazer a leitura
tas, mas orientar para que não conte a história compartilhada. As questões aqui sugeridas
nem o desfecho, de modo a motivar os colegas estimulam a mobilização de conhecimentos
a ler. prévios dos estudantes e são propostas para
Este é um texto de maior extensão, e suge- que eles produzam hipóteses e antecipações
re-se a leitura silenciosa e individual. Lembrar sobre o texto que vão ler, o que facilitará o de-
que esse é um momento a sós com o texto e senvolvimento da interpretação mais consisten-
que cada um tem um ritmo próprio de leitura. te do texto. Sugere-se que essa atividade seja

195
Outra possibilidade é a de o pro-
fessor fazer a leitura de maneira
compartilhada com os estudantes,
fazendo pausas para perguntas que “Bem, isso é o que vamos ver, daqui a pouco!”, pensou a rainha. Não disse uma pa-
favoreçam a formulação de hipóte- lavra, mas foi direto ao quarto, desfez a cama toda e pôs uma ervilha sobre o estrado.
ses e de antecipações, mesmo por Sobre a ervilha empilhou vinte colchões e depois estendeu mais vinte edredons dos mais
aqueles que conseguiram ler em si- fofos por cima dos colchões. Foi ali que a princesa dormiu aquela noite.
lêncio o texto completo. Por exem- De manhã, todos perguntaram como ela havia dormido. “Ah, pessimamente!”, res-
plo: “O que vocês acham que o pondeu a princesa. “Mal consegui pregar o olho a noite inteira! Sabe Deus o que havia
príncipe poderá fazer?”; “Vocês naquela cama! Era uma coisa tão dura que fiquei toda cheia de manchas pretas e azuis.
acham que o príncipe agiu de forma É realmente medonho.”
correta?”; “Será que é possível sentir Então, é claro, todos puderam ver que ela era realmente uma princesa, porque tinha
um grão de ervilha da forma como sentido a ervilha através de vinte colchões e vinte edredons. Só uma verdadeira prince-
a princesa sentiu?”. sa podia ter a pele assim tão sensível.
Destacar, ao comentar a história, Diante disso o príncipe se casou com ela, pois agora sabia que tinha uma princesa
os elementos que estruturam o con- de verdade. E a ervilha foi enviada para um museu, onde está em exibição até hoje, a
to – narrador, personagens, tempo e menos que alguém a tenha roubado.
espaço – por meio de palavras inter- Pronto. É um bom arremedo de história, não é?
rogativas: Quem? Quando? Onde?
Contos de Fadas de Perrault, Grimm, Andersen e outros.
Por quê?. Tradução de Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2010. p. 247-248.
Chamar a atenção dos estudantes
para o modo de o narrador contar a
estrado: parte da cama
história. A frase final mostra que o nar- que fica embaixo do
rador conversa com o leitor, quando colchão.
pergunta se foi uma boa versão: edredons: coberturas

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


acolchoadas de cama.
pregar o olho: cair no
Pronto. É um bom arremedo sono, dormir.
de história, não é? medonho: horrível.
arremedo: reprodução,
Ao longo do conto há outra evidên- versão.
cia de que o narrador se posiciona:
“Então, é claro...”.
O gênero desta unidade favorece
também a leitura expressiva drama-
tizada e a encenação do texto.
Se considerar oportuno, fazer a lei-
tura de outra versão do texto impres- Sobre o autor
so, encontrada em livros do cantinho
Reprodução/Museu da Cidade de
Odense, Odense, Dinamarca.

de leitura ou na biblioteca escolar, Hans Christian Andersen (1805-1875),


além da versão digital disponível em: escritor e poeta dinamarquês, ficou
https://tedit.net/EMOued, acesso em: conhecido mundialmente por suas

Reprodução/Editora Zahar
31 maio 2021.
histórias infantis. Ele escreveu muitas
peças teatrais, canções, romances,
contos, histórias e, principalmente,
contos de fadas, que foram traduzidos para muitas línguas.

146

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

196
Compreensão do
texto
O objetivo desta seção é promover
Compreensão do texto a compreensão de textos, compo-
nente essencial para a alfabetização.
Atividade oral e escrita (Referência: PNA)
As atividades aqui propostas têm
O conto maravilhoso é uma história imaginada. o propósito de estimular os estudan-
1. O conto “A princesa e a ervilha” apresenta personagens, tempo e espaço, que tes tanto a localizar as informações
explícitas no texto, como a inferir as
geralmente estão presentes nas histórias imaginadas. Responda:
implícitas, para chegar à identificação
a) Quem são os personagens que participam da história? dos elementos que estruturam a nar-
rativa: personagens, ações, tempo,
O príncipe, a princesa, a rainha e o rei. espaço e narrador. (Referência: BNCC
2 EF15LP03, EF35LP04 e EF35LP26)
b) Essa história se passa em um tempo indeterminado, isto é, que não se sabe Atividade 1, item a
quando foi. Copie a expressão que comprova isso. Esta atividade permite aos estu-
dantes exercitar a habilidade de loca-
Era uma vez. lizar informações explícitas no texto,
c) Copie do texto outras palavras ou expressões que indiquem tempo. fundamental para a compreensão
mais ampla da leitura. (Referência:
Uma noite, de manhã, então. BNCC – EF15LP03)
Atividade 1, item b
d) Espaço é o lugar onde a história se passa. Onde essa história se passou?
“Era uma vez” remete a um tempo
passado indeterminado. Conversar
No palácio do príncipe.
com os estudantes sobre o fato de que
Além de personagens, tempo e espaço, nesse conto há alguém que conta a história: esse tipo de indicação de tempo é um
dos elementos que caracterizam os
o narrador.
contos maravilhosos e destacar as for-
mas verbais do passado indeterminado
2. Releia os trechos a seguir. Pinte de amarelo a fala ou o pensamento do personagem
(pretérito imperfeito) para comprovar
e circule de azul a fala de quem conta a história – o narrador. a afirmação anterior: Era, desejava, ha-
via, faltavam, conseguia, eram, havia,
estava...
Uma noite, uma tempestade terrível desabou sobre o reino.
Atividade 2
Havia uma princesa parada lá fora.
Chamar a atenção dos estudantes
para o modo como as falas ou pen-
samentos dos personagens são regis-
E, mesmo assim, ela insistiu que era uma verdadeira princesa. trados nesse conto: com o uso de
aspas para marcar o início e o fim de
“Bem, isso é o que vamos ver, daqui a pouco!” cada fala/pensamento. Se achar per-
tinente, pedir a eles que sublinhem
“Ah, pessimamente!”
cada uma das falas/pensamentos
assim registrados. Assim realizada, a
atividade forçará a observação de um
outro elemento da estrutura narrati-
147 va: a construção do discurso indireto
e do discurso direto. (Referência:
BNCC 2 EF35LP26)

197
Atividade 3
Esta é uma atividade de ordenação
de fatos. É importante que seja reali-
zada primeiro oralmente. O exercício 3. Leia as frases e numere-as na ordem em que os fatos ocorreram.
de sequenciação de fatos é uma habi-
lidade fundamental na análise de nar- A rainha fez um teste colocando um grão de ervilha na cama em que a
3
rativas por se tratar da construção do moça dormiria.
enredo. Essa observação é também
importante por auxiliar a estruturação 5 O príncipe e a princesa se casaram e a ervilha foi enviada para um museu.
de fatos narrados em textos de outras
Era uma vez um príncipe que estava à procura de uma noiva porque queria
áreas, como a de História, por exemplo. 1
Além disso, a atividade contribui se casar.
para que posteriormente os estudan- Então, durante uma tempestade, bateu no portão da cidade uma moça
tes possam criar seus próprios textos 2
toda molhada dizendo ser uma princesa.
de narrativa ficcional.
A moça provou ser uma princesa verdadeira, porque foi capaz de sentir o
Atividades 6 e 7 4
grão de ervilha e não conseguiu dormir.
Estas atividades reforçam o exercí-
cio da habilidade de observar o efeito 4. Por que o príncipe não encontrava uma noiva?
dos verbos de enunciação em diálo-
gos de textos narrativos. (Referências: Porque ele nunca tinha certeza de que as princesas eram verdadeiras princesas.
BNCC – EF35LP22 e EF35LP30)
Chamar a atenção para o sinal de
aspas para marcar o uso do discurso
direto nessa história. Se julgar opor-
tuno, escrever na lousa como esse
registro aparece na maioria das nar- 5. Conversem: Por que a rainha colocou um grão de ervilha na cama da moça?
Para ver se a moça sentiria o grão de ervilha debaixo dos colchões
rativas: e dos edredons, o que indicaria que ela era realmente uma princesa.
6. Releia:
– Bem, isso é que vamos ver daqui
a pouco 2 pensou a rainha.
– Ah, pessimamente 2 respondeu a) B
“Bem, isso é o que vamos ver, daqui a pouco!”, pensou a rainha.
a princesa.
Nesta coleção, o estudo dos ver- b) “Ah,
A pessimamente!”,, rrespondeu a princesa.
bos de enunciação será mais bem
abordado e sistematizado no volume
Essas falas das personagens não trazem travessão no início.
do 4o ano.
Circule os sinais que foram usados para destacar as falas.
Esse sinal é outro modo de indicar a fala de personagens. Qual é o nome desse

sinal? Aspas.

7. Observe os trechos da atividade 6 e copie de cada um deles a palavra que indica o


que fez:

a) a rainha: pensou

b) a princesa: respondeu

148

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

198
Atividade 8
Esta atividade é uma forma simpli-
ficada de trabalhar com os estudan-
8. O conto que você leu está organizado em momentos, em partes. tes as partes do enredo de uma
narrativa de ficção. A compreensão
Cada uma dessas partes do conto tem um nome. Observe as palavras ou
dessa organização os ajudará a pla-
expressões destacadas nas partes da história a seguir. nejar melhor seus textos narrativos.
Ligue a parte ao nome correspondente. A palavra e as expressões destacadas
são marcadores que ajudam a sepa-
Numa noite de tempestade, uma início ou rar as partes. São elementos coesivos
que encadeiam e ajudam a estabe-
moça bateu no portão da cidade. começo
lecer as relações lógicas entre as par-
tes. É importante chamar a atenção
para esses elementos do texto que
substituem as palavras e expressões
Na manhã seguinte, a moça reclamou,
próprias da oralidade, tais como: aí,
provou ser uma verdadeira princesa e complicação daí, então, e estimular seu uso na
se casou com o príncipe. produção escrita dos estudantes.
(Referência: BNCC – EF35LP06)

Vocabulário em foco
Era uma vez um príncipe que queria momento de
O objetivo desta seção é promover
se casar. suspense o desenvolvimento de vocabulá-
rio, componente essencial para a al-
fabetização. (Referência: PNA)
Ao realizar as atividades, os estu-
Então, a rainha colocou um grão de dantes são desafiados a relacionar o
final ou
ervilha na cama da moça para testar se significado das palavras ao contexto
desfecho em que elas estão inseridas, o que
ela era uma princesa.
possibilita a ampliação do exercício
com o vocabulário.
Vocabulário em foco
Claramente, a aprendizagem
1. Estes são alguns dos significados da palavra abatido: desanimado, humilhado, fraco, da leitura não se restringe à
derrubado. aprendizagem da decodificação
ou leitura de palavras. O objeti-
Escreva o significado que a palavra abatido tem em cada uma das frases a seguir, vo da leitura é a compreensão, e
fazendo as adaptações necessárias. aprender a decodificar é apenas
um componente, embora abso-
a) Ele voltou para casa triste e abatido, pois decidira em seu coração casar-se com lutamente essencial, da com-
uma princesa real. preensão leitora. Ela também
pressupõe o desenvolvimento
desanimado de habilidades cognitivas e lin-
guísticas, como o vocabulário,
b) As árvores foram abatidas pelas fortes chuvas. o conhecimento gramatical e a
capacidade de fazer inferências.
derrubadas
Renabe. p. 117.

149

199
Leitura oral em foco
O objetivo desta seção é promover
a fluência em leitura oral, compo-
nente essencial para a alfabetização. 2. Releia:
(Referências: PNA e BNCC – EF15LP19)
Sugestão “Mal consegui pregar o olho a noite inteira! [...]”.
Esta seção tem a finalidade de su- A expressão pregar o olho significa “cair no sono, dormir”. É uma das muitas
gerir livros, sites, CDs e filmes aos es-
tudantes. É importante ressaltar que, expressões envolvendo a palavra olho. Leia:
em geral, esses itens têm em comum • O defeito daquela peça saltava aos olhos de todos.
os gêneros textuais trabalhados ao
longo da unidade, e não apenas, ou O defeito daquela peça era evidente, todos podiam ver.
necessariamente, o tema.
Além disso, a seção é uma estraté-
• Ela não estava estudando. Só estava passando os olhos pelo texto.
gia para estimular e orientar a seleção Ela não estava estudando. Só estava lendo superficialmente o texto.
de livros da biblioteca e/ou do canti-
nho de leitura da sala de aula, ou Crie uma frase com a palavra olho, escolhendo um de seus significados.
mesmo dos meios digitais disponí-
veis. (Referência: BNCC – EF35LP02) Resposta pessoal.
No site Conta Pra Mim também é
possível encontrar contos maravilho-
sos: https://tedit.net/mq3i3a; acesso
em: 9 maio 2021.
3. Agora leia sua frase para os colegas e ouça as que eles escreveram.

Leitura oral em foco


● Em casa, treine a leitura em voz alta do conto “A princesa e a ervilha”. Assim,
quando chegar sua vez de ler para a professora, você estará preparado. No trei-
no, imagine que você vai ler a história a uma criança mais nova do que você. Use
bastante expressividade.

SUGESTÃO

• Gostou da história em que coisas maravilhosas acontecem? No cantinho de leitura ou na


biblioteca da escola ou da comunidade, você poderá encontrar mais histórias assim em livros
coloridos. Veja, a seguir, uma sugestão.

rna
ra Mode
ção/Edito
Pandolfo Bereba, de Eva Furnari, publicado pela
editora Moderna. Reprodu

150

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
A seção Leitura oral em foco é uma opor- base nesse parâmetro, será necessário gravar estudante, listar as palavras que foram pronun-
tunidade para aferir a fluência em leitura oral a leitura de cada estudante, utilizando um gra- ciadas com maior dificuldade e fazer observa-
do estudante, com velocidade, precisão e pro- vador de voz. O conto tem, ao todo, 355 pala- ções acerca da prosódia, ressaltando o que
sódia. Para os estudantes do 3o ano, a expec- vras, portanto a expectativa é que os pode ser melhorado.
tativa, no final do ano letivo, é de uma estudantes completem a leitura do texto em Apesar de o nível de textualidade desse
velocidade de leitura de 90 palavras por minu- aproximadamente 4 minutos, sendo possível conto maravilhoso ser adequado aos estudan-
to e precisão de 95%, garantida a compreensão que eles tenham maior dificuldade de pronun- tes de 3o ano, é preciso levar em conta que é
do texto. (Referência: PNA) ciar por volta de 18 palavras do texto. Sugere- o primeiro momento de leitura de uma narra-
Para aferir a fluência em leitura oral com -se registrar a velocidade da leitura de cada tiva mais longa, e o que se espera é que eles

200
Hora de organizar o
que estudamos
Os elementos citados são comuns
Hora de organizar o que estudamos a muitos gêneros do âmbito narrativo,
e não apenas do conto maravilhoso.
O esquema facilita a identificação da
● Completem o quadro do esquema em que faltam informações:
estrutura e da função do gênero con-
to maravilhoso. (Referência: BNCC 2
Conto maravilhoso EF15LP01)
A leitura do esquema exercita tam-
bém uma das principais habilidades
Narrativa de fatos e acontecimentos imaginados
ligadas ao campo das práticas de es-
tudo e pesquisa: recuperar as ideias
Organização principais em situações formais de
escuta de exposições e apresenta-
Elementos Momentos Intenção/ Leitor/público ções. (Referência: BNCC 2 EF35LP19)
• Personagens • Começo finalidade
• Tempo, • Complicação • Entreter • Sugestão: Quem gosta de Outras linguagens
geralmente • Suspense • Estimular a histórias maravilhosas, com Sugere-se que os estudantes se-
indefinido • Final ou desfecho imaginação
jam estimulados a observar os deta-
• Espaço acontecimentos surpreendentes.
• Narrador lhes da foto, considerando que cada
representação teatral ou cinemato-
gráfica é uma visão de alguém que
leu a história e, portanto, podem ter
Outras linguagens formatos diferentes.
Chamar a atenção dos estudantes
● Os contos maravilhosos costumam marcar muito a lembrança das pessoas. Essas
para os efeitos de sentido 2 movi-
narrativas foram escritas e reescritas por vários autores e atravessam os tempos. mento, leveza, ritmo 2 que as cores
Muitas dessas histórias já foram representadas em filmes, desenhos animados e gestos dos dançarinos produzem
e peças teatrais pelo mundo inteiro. em contraste com os efeitos de peso,
gravidade e perigo que o tamanho
• Veja a cena de uma peça teatral baseada no conto “Cinderela”, uma dessas histórias do relógio em fundo negro represen-
que atravessaram o mundo. ta. A identificação de efeitos de sen-
tido produzidos pelo uso de recursos
• Observe o cenário, isto é, o es- expressivos visuais exercita a habili-
Carol Rosegg/Acervo da fotógrafa

paço. Observe também como os dade de ler textos multissemióticos.


personagens estão vestidos e o (Referência: BNCC – EF15LP04)
que estão fazendo.

• Leia ou relembre a história e ve-


ja a que momento essa cena po-
de se referir.

Espetáculo Cinderella, de Rodgers and


Hammerstein. Boston, Estados Unidos, 2018.
Essa cena pode referir-se ao momento
da dança com o príncipe durante o baile.
151

tenham a habilidade de ler em voz alta, com Se considerar que esse conto maravilhoso • decodificação de palavras: listar as palavras
autonomia e fluência, textos curtos. (Referên- oferece muita dificuldade para a turma, pode- para posterior trabalho de leitura oral se-
cia: BNCC – EF35LP01) -se utilizar para a aferição da fluência leitora guida do registro escrito;
Entretanto, considerando que a unidade
está sendo trabalhada mais ou menos na me-
outro conto maravilhoso transcrito na unida- • fluência e entonação de frases: leitura oral
de: “O jovem herói”, na seção Produção de conjunta, com alternância entre os estu-
tade do ano escolar, a avaliação da fluência
em leitura neste momento oferece um bom texto. dantes, das frases do texto ou, pelo menos,
prognóstico de como estará a fluência em Atividades sugeridas para ajustes nas defa- das frases que ofereceram maior dificulda-
leitura oral do estudante ao final do ano. sagens na fluência em leitura oral quanto a: de na fluência expressiva.

201
Tecendo saberes
A leitura das informações sobre o
autor da narrativa lida exercita a ha-
bilidade de ler/ouvir e compreender
com autonomia relatos de pesquisa Tecendo saberes
em fontes de informação conside- Leiam, juntos, o texto a seguir e conheçam um pouco mais Hans Christian Andersen,
rando a situação comunicativa e o autor de “A princesa e a ervilha”.
tema/assunto do texto, uma impor-
tante habilidade do campo das prá-
ticas de estudo e pesquisa.
(Referência: BNCC 2 EF03LP24) Hans Christian Andersen nasceu em 2 de abril de 1805, na cidade de
Aproveitar o conteúdo do texto e Odense, ilha de Fiônia, na Dinamarca.
a questão feita na seção para promo- Hans aprendeu desde cedo a gostar de arte e literatura com seu pai, que
ver uma atividade interdisciplinar construía teatro de fantoches para suas brincadeiras e lia para ele obras de
com História. Explicar aos estudantes La Fontaine, Shakespeare, “As mil e uma noites”, entre outros. [...]
que a maioria das datas que come- Hans Christian Andersen, com 30 anos de idade, escreveu seu primeiro
moramos no presente se refere a conto de fadas: Eventyr Fortalle for Born (contos infantis). Até 1872 produziu
algo ocorrido no passado e que a cerca de 150 contos e histórias, convertendo-se no nome mais popular da
contextualização é uma tarefa im- literatura para crianças na Europa. Seus contos tiveram como raiz a tradição
prescindível para o conhecimento oral, popular, e a vida real. [...]
histórico. Perguntar a eles se sabem Por sua contribuição à literatura infantil e juvenil, o dia de seu nascimen-
a história de alguma data comemo- to é atualmente o Dia Internacional do Livro Infantojuvenil e, além disso, o
rativa, como 1o de maio, 7 de setem- mais importante prêmio internacional do gênero tem seu nome. [...]
bro, etc. Em seguida, pedir-lhes que Algumas obras: “O patinho feio”, “A roupa nova do imperador”, “O solda-
pesquisem sobre o dia em que se dinho de chumbo”, “O rouxinol e o imperador da China”, “A pequena sereia-
comemora o aniversário da cidade zinha” (símbolo da cidade de Copenhague), entre outras.
onde moram. Esta seção atende à Biografia do patrono Hans Christian Andersen.
necessidade de os estudantes serem Disponível em: https://tedit.net/UIEnBZ. Acesso em: 31 maio 2021.

expostos a conhecimentos que fa-


zem parte da construção cultural da
Humanidade e contribui para que 1. Respondam: Por que 2 de abril é o Dia Internacional do Livro Infantojuvenil?
valorizem e utilizem os conhecimen- Porque é o dia do nascimento de Hans Christian Andersen.
tos historicamente construídos so- 2. O que mais chamou a sua atenção na história de Hans Christian Andersen? Por quê?
bre o mundo físico, social, cultural e Resposta pessoal.
digital para entender e explicar a
realidade. (Referência: BNCC – Com-
petências Gerais da Educação Básica, Prática de oralidade
item 1, p. 9.)
Conversa em jogo
Prática de oralidade
Ser sens’vel
Conversa em jogo
O tema “ser sensível” estimula uma ● Podemos dizer que uma pessoa é sensível quando se emociona com facilidade
reflexão sobre as habilidades socioe- e demonstra gestos de humanidade, como afeto e compaixão.
mocionais próprias do ser humano. De acordo com o príncipe, só uma verdadeira princesa seria sensível. Você
Aproveitar o momento para con-
concorda com essa afirmação? Justifique sua opinião. Resposta pessoal.
versar mais profundamente com os
estudantes sobre sentimentos. Res-
152
saltar a importância da capacidade
de se ter sentimentos de acolhi-
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
mento e compaixão pelos outros,
evidenciando a necessidade de com- Atividade complementar Uma das práticas que têm maior im-
petências socioemocionais em tem- pacto no futuro escolar da criança é a lei-
Sugere-se providenciar os livros citados de
pos de intolerância. tura partilhada de histórias, ou leitura em
Hans Christian Andersen para expô-los na
Estimular a expressão espontânea voz alta feita pelo adulto para a criança;
sala de aula, incentivando a leitura individual
dos estudantes para que exerçam a essa prática amplia o vocabulário, desen-
ou partilhada das histórias. Essa é uma estra-
volve a compreensão da linguagem oral,
manifestação de opinião, estimulando- tégia que favorece o desenvolvimento da
introduz padrões morfossintáticos, des-
-os também para que procurem argu- habilidade de o estudante selecionar livros e perta a imaginação, incute o gosto pela
mentar/justificar as posições assumidas. compartilhar sua opinião com os colegas, leitura e estreita o vínculo familiar.
(Referências: BNCC – EF15LP10, EF15LP11, após a leitura. (Referência: BNCC – EF35LP02)
(PNA, p. 23)
EF15LP13 e EF35LP15)

202
Roda de histórias
A seção Roda de histórias esti-
mula os estudantes a buscar outras
Roda de histórias leituras em outros espaços, amplian-
do a experiência leitora. (Referência:
Você leu um conto que só poderia acontecer na imaginação, chamado conto BNCC 2 EF35LP02)
maravilhoso. Esta atividade poderá se tornar
mais lúdica e interativa se também
● Converse com os colegas sobre histórias como “A princesa e a ervilha”. Sigam forem trabalhados contos da tradi-
as sugestões. ção brasileira, como “A Moura Torta”,
e outros contos clássicos, como
• Vão à biblioteca e pesquisem livros de contos maravilhosos. “Chapeuzinho Vermelho”, “Cindere-
• Escolham os livros de que mais gostaram e levem-nos para a sala de aula. la”, “O Gato de Botas”, “A galinha dos
ovos de ouro”, “A princesa e o sapo”,
• Montem uma roda e leiam as histórias em voz alta para os colegas. “A Bela e a Fera”, “Branca de Neve e
os sete anões”, “O Pequeno Polegar”,
etc. Orientar os estudantes na esco-
Produção de texto lha dos contos, ajudando-os a sele-
cionar versões que consigam ler.
Reconto de história: “O jovem herói” Aproveitar esses textos mais lon-
gos para o desenvolvimento da fluên-
● Ouça e acompanhe a leitura do conto a seguir. cia em leitura tanto silenciosa quanto
em voz alta. (Referência: BNCC –
O jovem herói EF35LP01)
Há muitos e muitos anos, vivia na Holanda um menino chamado João.
Certo dia, sua mãe pediu a ele para levar alguns queijos à casa da avó. Produção de texto
Quando voltava, passou pelos diques e se lembrou do que o pai havia explicado
sobre eles: Reconto de história:
“Os diques são muros de pedra que servem para impedir que o mar entre na ci- “O jovem herói”
dade e a inunde”. O objetivo desta seção é promover
Na mesma hora, João escutou um forte ruído de água. Aproximou-se do dique e a produção escrita, componente
viu que havia uma fenda no muro e que a água estava passando por ela com muita essencial para a alfabetização. (Refe-
força e que poderia derrubar o dique. Tentou tapar o buraco com uma das mãos, mas rência: PNA)
não era suficiente. Então colocou as duas. Pediu ajuda, mas, com o forte ruído do
Atividade preparatória
mar, ninguém ouviu.
Andréia Vieira/Arquivo da editora

Passaram-se horas e João, sem tirar Promover a leitura comparti-


as mãos do buraco, e gelado e frio, per- lhada do texto. Enfatizar uma leitu-
maneceu ali corajosamente. ra com entonação expressiva. O
Na manhã seguinte, alguns vizinhos estímulo para a preparação da lei-
o socorreram e consertaram a rachadura. tura, partindo da leitura silenciosa
João foi levado para a cidade nos om- para a leitura em voz alta, contribui
bros dos moradores e recebeu uma me- para o desenvolvimento da habili-
dalha de herói por sua valentia. dade de ler textos de diferentes
extensões, com crescente autono-
Maria Luisa de Abreu Lima Paz (org.). Já sei ler: 20 contos mágicos. mia e fluência.
Tradução de Monica Krausz. Barueri: Girassol, 2010.
O trabalho com o conto maravilho-
so contempla a oportunidade de
153
exercitar habilidades relevantes como
a leitura e compreensão de textos de
maior porte, a observação de que os
textos literários fazem parte do mun-
do do imaginário e do encantamento
e a identificação dos elementos da
narrativa ficcional. (Referências: BNCC
– EF15LP16, EF15LP15 e EF35LP26)

203
O conto maravilhoso “O jovem he-
rói” é empregado nesta seção porque
traz todos os elementos da narrativa:
tempo (“Há muitos e muitos anos”), ● Muitas vezes, quando lemos ou ouvimos uma história de que gostamos, quere-
espaço (Holanda), personagem
mos contá-la para que outros também tenham o mesmo prazer que nós tivemos.
(João), além de todos os momentos:
situação inicial, desequilíbrio, clímax Para isso, precisamos saber que, ao recontarmos uma história, não podemos
e desfecho. nos esquecer das partes mais importantes. Vamos ver que partes são essas?
Outro ponto importante deste
conto é a marcação pontual do tem-
po: “Certo dia”, “na mesma hora”, “pas- Planejamento e preparação
saram-se horas”, “na manhã seguinte”. Procurem lembrar os fatos observando as expressões ou palavras em destaque das
Isso dá ao leitor uma clara impressão
partes principais da história.
do tempo passando enquanto o me-
nino tentava segurar a água. A mar-
cação pontual do tempo é um dos

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


elementos que, após compreendido 1
pelos estudantes, os auxilia na cons-
trução de suas próprias narrativas.
A produção de texto contribuirá
para desenvolver a habilidade de criar
narrativas ficcionais, utilizando deta-
lhes descritivos, sequências de eventos
e marcadores de tempo, de espaço e
de fala de personagens. (Referência:
BNCC – EF35LP25)
Início:
Planejamento e preparação
Esta atividade visa preparar os es- Há muitos e muitos anos...
tudantes para o estudo mais sistemá-
tico das partes do enredo: situação
inicial, desequilíbrio ou complica-
ção, clímax ou suspense e desfecho 2
ou final. O domínio paulatino dessas
partes os ajudará a reconhecê-las em
suas leituras e também a planejar seus
textos com mais consistência. É impor-
tante que esta etapa possa ser realiza-
da inicialmente de forma coletiva e
oral. Assim, os estudantes têm a pos-
sibilidade de apresentar suas dúvidas
e fazer intervenções que enriqueçam
o processo de produção dos textos.
Complicação:
Ela também contribui para que os
estudantes planejem o que vão escre- Na mesma hora, João escutou...
ver ao refletir sobre as condições de
produção dos textos tanto nos aspec-
tos da produção quanto nos aspectos
da recepção. (Referência: BNCC – 154
EF15LP05)
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
Neste reconto, sugere-se que, a
princípio, essas partes sejam retoma-
das oralmente. Os estudantes deve-
rão expressar em linguagem própria
cada uma das partes.

204
Escrita
Os estudantes também devem
registrar o conto a fim de terem para
si o que ajudaram a construir.
3 Para enriquecer a escrita, didatica-
mente, deve-se empregar a separa-
ção em parágrafos de cada uma das
partes, pois assim estaremos sistema-
tizando o conceito de parágrafo co-
mo unidade textual.
Revisão e reescrita
Sistematizar aspectos de revisão e
Suspense: reescrita – quando necessário – con-

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Tentou... 4 tribui para que os estudantes aprimo-
rem o processo de produção,
aumentando gradativamente a auto-
nomia para reformular, fazer acrésci-
mos e também para que se apropriem
melhor das convenções da língua
escrita (ortografia, pontuação, con-
cordância básica, etc.). (Referência:
Final: BNCC – EF15LP06). Segundo a PNA
(p. 34), a produção de escrita abran-
Na manhã seguinte...
ge diferentes níveis: nível da letra (ca-
ligrafia, movimentos da escrita); nível
Vocês serão os narradores, por isso podem contar, com as próprias palavras, o que da palavra (ortografia); nível da frase
(consciência sintática, combinação de
aconteceu de importante em cada uma das partes.
palavras, pontuação); nível do texto.
Escrita Leitura em voz alta
A leitura em voz alta é uma etapa
1. Um estudante ou a professora deverá registrar na lousa como a história ficará. importante do processo de produção,
pois evidencia melhor os sentidos
2. Lembrem-se de que vocês vão construir um texto em prosa: com linhas contínuas produzidos, além de desenvolver a
e com parágrafos. fluência em leitura oral. (Referên-
cias: PNA e BNCC – EF35LP01)
Revisão e reescrita

1. Releiam e ajudem a professora a reescrever o que for necessário.

2. Copiem o texto final no caderno para registrar o que vocês produziram.

Leitura em voz alta


Treinem a leitura em voz alta para ler a história com bastante expressividade para
quem gosta de ouvir histórias de heróis.

155

205
Língua: usos e
reflexão
Adjetivos
O estudo do adjetivo tem a finali- Língua: usos e reflexão
dade de levar os estudantes a perce-
ber o processo de caracterização, e Adjetivos
não apenas a memorizar o conceito.
O importante é levar os estudantes a 1. Você leu no conto “A princesa e a ervilha” que o príncipe queria uma princesa para
compreender os adjetivos como ele-
se casar, mas achou difícil conseguir, porque ele não encontrava a qualidade que
mentos que fazem parte do processo
de caracterização para, depois, obser- procurava. Veja:
vá-los como um conteúdo gramatical
O que ele queria princesa
propriamente dito.
Como elemento de caracterização, Qualidade verdadeira
o adjetivo será mais bem observado
nas situações de uso, ou seja, se contex-
Na sua opinião, quais qualidades uma princesa poderia ter? Escolha três e escreva
tualizado. Assim, os substantivos e os
adjetivos não devem ser lidos apenas a seguir. Respostas pessoais.
isoladamente, pois só no contexto é
que o conceito dessas classes de pala-
vras pode ser confirmado. Vale observar
também que é nas relações que se
estabelecem na frase/no texto que po-
dem ser percebidas alterações de clas- princesa
ses gramaticais: uma mesma palavra
pode ser classificada em classes diferen-
tes conforme o uso. Exemplo:
• Havia um velho perdido no
parque.
substantivo A palavra que dá nome à personagem é princesa.

• Havia um homem velho perdido no A palavra princesa é um substantivo.


parque.
2. Observe como o substantivo princesa e o substantivo príncipe foram caracterizados
adjetivo
no início do conto.
Ampliar a reflexão sobre os proces-
sos de nomeação ou de caracterização princesa molhada príncipe abatido
que o uso de uma mesma palavra po-
de adquirir em situações comunicati-
vas contextualizadas: substantivo ou substantivo
substantivo estado em que a estado em que o
adjetivo. Estimular a busca de outros princesa se encontrava príncipe se encontrava
casos com base nos seguintes exem-
plos: “O jovem estava distraído/O jo-
vem médico estava distraído”. Os substantivos dão nome também a lugares, objetos e sentimentos.
Esse conteúdo contribui para o de-
senvolvimento da habilidade de iden- 156
tificar a função dos adjetivos na
atribuição de propriedades aos subs- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
tantivos. (Referência: BNCC – EF03LP09)

206
O conteúdo aqui desenvolvido
trata também da função que o ad-
jetivo e a locução adjetiva exercem
Existem palavras que expressam a qualidade ou o estado dos substantivos, em relação ao substantivo: atribuir
propriedades. Contudo, não utiliza-
caracterizando-os. Complete o esquema escrevendo uma qualidade ou um estado
remos a nomenclatura adjunto
para caracterizar o substantivo. Possibilidades: adnominal, que corresponde à
função, por considerarmos comple-
xa para os estudantes nesta fase de

Ilustrações: Vanessa Alexandre/


Arquivo da editora
aprendizagem. Se verificar que eles
já se apropriaram da função do ad-
jetivo junto ao substantivo, o nome
poderá ser apresentado.

terrível/violenta/ triste/abatido/
tempestade devastadora príncipe bom/preocupado edredons fofos/macios

substantivo qualidade substantivo qualidade substantivo qualidade


ou estado ou estado ou estado

pobre moça verdadeira/real princesa maravilhoso/belo quarto

qualidade substantivo qualidade substantivo qualidade substantivo


ou estado ou estado ou estado

Palavras que acompanham os substantivos, caracterizando-os, são chamadas de


adjetivos.

Os adjetivos são palavras que indicam características dos substantivos.

Agora você
● Circule as palavras que expressam características dos substantivos destacados.

“Era uma coisa tão dura que fiquei toda cheia de manchas pretas e azuis.”

157

207
A concordância entre as
palavras na frase: gênero
e número
A finalidade do conteúdo sobre A concordância entre as palavras na frase: gênero e
concordância não é explicitar classes
gramaticais, mas levar os estudantes
número
a perceber relações gerais de gênero
e número entre o substantivo e as 1. Releia.
palavras que o acompanham, isto é,
Havia uma princesa parada lá fora.
seus determinantes, a fim de atender
às necessidades de produção de tex-
to. As especificidades serão estudadas E se fosse um príncipe?
em outros anos. Este conteúdo con- Reescreva o trecho fazendo a substituição e observando o que muda.
tribui para a apropriação de conheci-
mentos linguísticos e gramaticais a Havia um príncipe parado lá fora.
serem empregados pelos estudantes
em suas produções de textos orais ou
escritos. (Referência: BNCC – EF35LP07) Pinte, na frase que você reescreveu, as palavras que mudaram. Converse com
Atividade 1 os colegas sobre o que aconteceu.
Espera-se que os estudantes ob-
servem que foi necessário estabele- 2. Reescreva a frase abaixo mudando os substantivos destacados para o feminino
cer a concordância com o masculino. e fazendo as alterações necessárias.
Atividade 4 Os empregados prestativos ajudaram o rei esperto.
Embora o foco nesta unidade seja
a concordância nominal, ao contex- As empregadas prestativas ajudaram a rainha esperta.
tualizar as frases, os estudantes de-
vem observar que, ao fazer a
concordância com o plural, o verbo
também se altera, exercitando, assim, Na reescrita, foi necessário fazer a concordância entre os substantivos masculinos ou
a habilidade de identificar e diferen- femininos e os adjetivos que os acompanhavam.
ciar, em textos, substantivos e verbos A concordância também pode ser feita com o singular e o plural.
e suas funções na oração: agente e
ação. (Referência: BNCC 2 EF03LP08) 3. Imagine que haja mais de uma princesa hospedada no palácio. Como fica a frase
a seguir, passando para o plural o substantivo destacado?
O príncipe recebeu a linda moça humilde.

O príncipe recebeu as lindas moças humildes .

4. Reescreva as frases fazendo a concordância adequada entre as palavras.

a) A rainha foi esperta.

• O rei foi esperto .

• Os reis foram espertos .

158

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

208
Atividade 5
Fazer a leitura oral do trecho com
inferências breves sobre os sentidos
b) Os ajudantes foram rápidos. dos adjetivos, especialmente os me-
nos conhecidos: tinhoso, marrudo,
• As empregadas foram rápidas . chulé. Se houver necessidade, os es-
tudantes devem conferir os significa-
• O criado foi rápido . dos no dicionário.

c) O povo estava agitado. Atividade 6


Se achar oportuno, levar os estudan-
• As pessoas estavam agitadas . tes a registrar as conclusões sobre esta
questão. Sugestão: Há adjetivos que
5. Você conhece o Ozzy? Ele é um personagem de história em quadrinhos. É um não se alteram e servem para se referir
tanto a substantivos masculinos quan-
garoto que está sempre de mau humor. Veja como seu criador o apresenta. to a substantivos femininos.
Não será feito aqui o mapa concei-
Cabeça-dura, tinhoso, marrudo, rabugento, metido, tual sobre adjetivo e concordância

© Angeli/Fotoarena
melequento, pestinha, bagunceiro, pirracento, chulé... nominal, pois esses conceitos devem
chamam esse garoto de tudo quanto é coisa. Mas, quan- ser ampliados nos anos posteriores.
do perguntam seu nome, ele responde: meu nome é Ozzy. Um fechamento neste momento po-
Angeli. Ozzy! deria tornar a conceituação muito
São Paulo: Companhia das Letras, 2006. p. 3. parcial.
Ozzy.
Agora é sua vez.
a) Pense em uma personagem feminina parecida com Ozzy.

b) Desenhe essa personagem e invente um nome para ela.

c) Reescreva a apresentação de Ozzy para a personagem feminina que você criou,


fazendo as adaptações necessárias.

Cabeça-dura, tinhosa, marruda, rabugenta, metida,

melequenta, pestinha, bagunceira, pirracenta, chulé...

chamam essa garota de tudo quanto é coisa.

Mas, quando perguntam seu nome, ela responde:

[nome] meu nome é [nome].

6. Quais adjetivos não precisaram variar, pois serviram tanto para o Ozzy quanto para

a sua personagem? Cabeça-dura, pestinha e chulé.

159

209
Palavras em jogo
O objetivo desta seção é promover
a consciência fonêmica e a instru-
ção fônica sistemática, componen- Palavras em jogo
tes essenciais para a alfabetização.
“Para desenvolver a consciência fonê- Letra R intrometida As imagens não estão
representadas em proporção.
mica, é necessário um ensino inten-
cional e sistematizado [...]. A instrução 1. Leia e observe a sílaba destacada:

Linefab Portfolio/Shutterstock
fônica sistemática leva a criança a
aprender as relações entre as letras estrela
(grafemas) e os menores sons da fala
(fonemas).” (Referência: PNA, p. 33)

Letra R intrometida 2. Outras palavras têm a letra R intrometida como em estrela. Complete as palavras
É retomada nesta unidade a siste- a seguir de acordo com as imagens.
matização dos encontros consonan-

vilax/Shutterstock
tais; optamos pela nomenclatura R ou

zhengchengbao/Shutterstock
studiovin/Shutterstock
L intrometido. Retoma-se o estudo da
correspondência contextual, em que Pr
osto
ck
-s
a posição da consoante R dentro da tu
dio
/S
hu
tte
rst
palavra produz outros sons. É impor- oc
k

tante que o estudante exercite a ha-


bilidade de reconhecer e organizar li vros pe dra qua dro bra •o
sílabas em que se apresentam CCV
– consoante-consoante-vogal. (Refe-
rência: BNCC 2 EF03LP02) 3. Escreva as palavras do conto que você leu: nelas aparece o R intrometido.

Ilustrações: Vanessa Alexandre/


Arquivo da editora
princesa príncipe

4. Encontre e escreva mais duas palavras com R intrometido que aparecem na história.

Sugestões: triste, sempre, trovão, edredons, estrado, pregar, pretas.

5. Complete os nomes para saber quais são os animais. Lembre-se de que em todas
as palavras aparece o R intrometido.

a) Troco um ti gre por uma ze bra .

b) Troco uma ca bra por uma co bra .

160

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

210
Letra L intrometida
Aqui retomamos o estudo da cor-
respondência contextual, com o en-
Letra L intrometida contro consonantal com L
intrometido, em que a posição da
1. Releia esta frase da história e observe a sílaba destacada: consoante L na sílaba produz outros
sons. É importante que o estudante
Então, é claro, todos puderam ver que ela era realmente uma princesa [...] exercite a habilidade de reconhecer
e organizar sílabas em que se apre-
Outras palavras têm a letra L intrometida como na palavra claro. Complete as
sentam CCV – consoante-consoan-
te-vogal. (Referência: BNCC – EF03LP02)
palavras de acordo com as imagens.
JocularityArt/Shutterstock

infinetsoft/Shutterstock
bsd/Shutterstock

Forgem/Shutterstock
blu sa glo bo pla ca blo co

2. Complete a cruzadinha com as palavras indicadas pelos números.

1 3
Golden Sikorka/Shutterstock

P A

kapona/Shutterstock
2 F L A U T A

A L

toc
k N E
ers
utt
/Sh
_G
dio
Stu

T T

A A

3. Leia as palavras do quadro a seguir e circule a sílaba em que aparece o L intrometido.

dupla flor clima globo bloco atleta

Agora, escreva cada uma das palavras lidas na coluna correspondente:

bl cl fl gl pl tl

bloco clima flor globo dupla atleta

161

211
Memória em jogo
Esta atividade desenvolve a habili-
dade de apreciar textos versificados
observando rimas, aliterações e seu Memória em jogo
efeito de sentido (BNCC 2 EF35LP23),
além de dar continuidade ao desen- ● Leia este trava-língua com atenção, pronunciando bem as palavras. Veja se você
volvimento da consciência fonêmica consegue falar sem errar e depois escreva-o, de memória, no caderno.
e da instrução fônica sistemática da
sílaba CVV, iniciados na seção Palavra Camila de Godoy/Arquivo da editora

em jogo. (Referência: PNA) Lá vem um trem


dois trens
Coleção de palavras três trens
O objetivo desta seção é promover um trem trilhando nos trilhos
dois três troando nas trevas trilhando: percorrendo,
o desenvolvimento de vocabulá- seguindo, andando.
rio, componente essencial para a al- [...]
troando: retumbando,
fabetização. (Referência: PNA) Ciça. Travatrovas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993. ressoando, trovejando.
trevas: escuridão.

Coleção de palavras
● A lista a seguir traz algumas palavras que apareceram ao longo desta unidade.
Leia cada uma delas e seu significado.

Colchão Colcha

melnikof/Shutterstock
tock
tters
/Shu
eJack
Whit

Espécie de almofada macia que é


colocada sobre um estrado e serve Coberta de tecido geralmente
para repousar. colocada sobre os lençóis na cama.
VGstockstudio/Shutterstock

As imagens não estão


representadas em proporção.

Coxa
Parte do corpo
humano e de alguns
animais que vai do
quadril até o joelho.

162

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

212
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
As imagens não estão
de apresentar os conceitos aborda-
Deque representadas em proporção.
Dique dos nesta unidade para que os estu-
dantes se apropriem da organização
dos conteúdos, atribuindo nomes a a

Thomas Dutour/Shutterstock
StudioGShock/Shutterstock

eles. Ler o quadro-síntese para os es-


tudantes, orientando-os sobre as co-
lunas que o compõem.
A coluna Avancei indica o que os
estudantes já sabem depois de terem
estudado o conteúdo da unidade.
Piso feito de tábuas paralelas. Construção que serve para impedir a
A coluna Preciso estudar mais indi-
passagem do mar, de um rio ou de um lago. ca o que é preciso retomar e estudar
um pouco mais. Motivá-los a fazer
● Você já conhecia essas palavras? Copie-as no caderno para compor sua coleção comentários sobre o próprio desem-
de palavras. Você pode ampliar a lista buscando outras no dicionário. penho e ajudá-los a reconhecer a
necessidade de revisão.
Incentivar os estudantes a fazer a au-
toavaliação com crescente autonomia.
O que estudamos
Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 6 Avancei
estudar mais

• Leitura e interpretação de conto maravilhoso


• Identificação dos elementos do conto:
personagens, tempo, espaço e narrador
• Identificação das partes da história
• Exercício da fluência em leitura oral
• Reconto de história
• Estudo do adjetivo e de sua função em relação
ao substantivo
• Estudo da concordância de gênero e número
entre substantivo e adjetivo
• Leitura e escrita de palavras com as letras R e L
intrometidas
• Participação em atividades orais

163

213
Conclusão da unidade 6

Nesta unidade, há momentos para o monitoramento do de- dual sobre o processo de aprendizagem e a participação ativa
senvolvimento dos estudantes individualmente e/ou de toda a nesse processo.
turma propostos por meio de atividades que podem ser empre- A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de apren-
gadas para a avaliação processual/formativa como, por exemplo, dizagens que, em conjunto com o registro de resultados de ava-
as propostas em Leitura oral em foco. Tal avaliação permite liação processual/formativa, possibilita o acompanhamento
identificar os estudantes com defasagens e/ou dificuldades, o sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar adequado,
que favorece a elaboração de um plano para rever conteúdos e use-o para o registro de observações e resultados de sua avalia-
habilidades que necessitem de consolidação ou retomada. ção. Ele permite identificar os objetivos não atingidos e replane-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra jar atividades. Todas as anotações relativas ao desempenho dos
no final da unidade, para conversar com os estudantes a res- estudantes são instrumentos importantes para o acompanha-
peito do próprio desempenho, estimulando a reflexão indivi- mento do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar conto maravilhoso. Compreensão de texto


Compreensão de
Identificar elementos do conto: personagens, tempo, espaço e narrador.
texto
Leitura oral em foco
Exercitar a fluência em leitura oral.
Prática de oralidade –
Roda de histórias

Recontar uma história. Produção de texto


Língua: usos e
Estudar o adjetivo e sua função em relação ao substantivo.
reflexão – Adjetivos
Língua: usos e
reflexão – Uso de
Estudar a concordância de gênero e número entre substantivo e adjetivo.
palavras de ligação
(coesão)
Ler e escrever palavras com as letras R e L intrometidas. Palavras em jogo
Observação cotidiana
Participar de atividades orais. da expressão oral do
estudante

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de de- e apresentação de recontos de histórias em pequenos grupos;
fasagens, atividades para remediação e/ou atendimento de leituras orais expressivas. Para dificuldades nos estudos sobre
dificuldades podem ser propostas. Em leitura e produção: lei- a língua: atividades de identificação substantivos e adjetivos
tura partilhada, com estímulo à participação dos estudantes em orações e textos; jogos envolvendo concordância de gêne-
para a localização de informações em textos; leitura de contos ro e número entre substantivo e adjetivo. Para apropriação de
maravilhosos selecionados pelos estudantes na biblioteca da convenções ortográficas: elaboração e leitura de listagem de
escola ou da sala ou previamente escolhidos pelo professor; palavras com os conteúdos estudados e realização de jogos
estímulo à leitura de contos maravilhosos em casa; produção ortográficos.

214
Introdução da unidade 7

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar conto popular.
• Identificar elementos da narrativa: narrador, personagens, espaço, tempo e enredo.
• Identificar momentos do conto: início, complicação, suspense e final.
• Recontar história.
• Estudar diferenças entre língua falada e língua escrita.
• Identificar o tempo nas formas verbais: presente, passado e futuro.
• Estudar as terminações -am e -ão nas formas verbais.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades pro- problemas associados à falta de apropriação da base alfabética e
postos nesta unidade, espera-se que os estudantes diferenciem das convenções do sistema de escrita, à falta de convívio com
textos em verso de textos em prosa e que reconheçam textos textos diversificados (baixo grau de literacia) e à dificuldade de
predominantemente narrativos. É importante que consigam loca- leitura relacionada a vocabulário limitado.
lizar as principais informações do texto, a fim de que identifiquem A proposta de produção de reconto de história será facilita-
elementos que fazem parte da estrutura de contos populares. da se os estudantes já dominarem as regras de uso de letras
Para mobilizar conhecimentos prévios, sugere-se conversar maiúsculas e minúsculas e dos principais sinais de pontuação.
sobre histórias que os estudantes conhecem e que ouvem ou Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, sugere-se
ouviram de pessoas mais velhas. O estímulo à ampliação do a elaboração de listas de palavras cujas escritas e leitura serão
vocabulário é essencial para que aumentem suas possiblidades sistematizadas.
de compreensão dos textos lidos e incrementem suas produ- Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes
ções textuais. de reconhecer diferenças entre a língua falada e a escrita; devem
O avanço para uma leitura com autonomia e fluidez é espera- saber localizar, em um grupo de palavras, aquelas que indicam
do, principalmente na decodificação de palavras mais comuns. ação e marcam o tempo em que os fatos acontecem, para que o
Os estudantes que apresentarem dificuldades devem ser acom- conceito de verbo possa ser introduzido. Esse conhecimento fa-
panhados de forma sistemática. É fundamental avaliar se há cilitará a apreensão das diferenças entre as terminações -am e -ão.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Esta unidade tem como um dos focos o estudo do gênero progressão em espiral, retoma conceitos já estudados. Nesta
conto popular, tendo como objetivos o aprofundamento do unidade, estudos sobre a língua abordam as diferenças entre
conhecimento sobre as características dos textos narrativos e a língua falada e língua escrita e introduzem o conceito de verbo.
ampliação do repertório de leitura de textos do campo artístico- Espera-se que os estudantes avancem nos estudos relacionados
-literário. As atividades enfatizam a identificação dos elementos à língua e tenham uma expressão escrita adequada aos padrões
da narrativa (narrador, personagens, espaço, tempo e enredo) e ortográficos e gramaticais. A ampliação do desenvolvimento da
dos momentos do conto (início, complicação, suspense e final) consciência fonológica e do domínio de convenções ortográficas
e visam a desenvolver a autonomia dos estudantes para a leitu- na leitura e na escrita é feita através do estudo de palavras ter-
ra e a compreensão de textos e a expressão escrita. minadas em -am e -ão.
O desenvolvimento das práticas de análise linguística/se- Há, ainda, atividades orais individuais e coletivas que exploram
miótica (alfabetização e ortografização), constituída dos estu- clareza na apresentação de ideias, a desenvoltura, a expressivi-
dos sobre a língua, está vinculado a textos e, considerando a dade e a escuta atenta.

215
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica
instrução fônica sistemática
desenvolvimento de vocabulário
7 Conto popular
• fluência em leitura oral
• compreensão de textos

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade Giz de Cera/Arquivo da editora

Competência geral: 3
Competências específicas de
Linguagens: 1, 2 e 5
Competências específicas de
Língua Portuguesa: 4 e 9

Habilidades da BNCC
Principais habilidades
abordadas na unidade
EF03LP01 EF15LP06 EF35LP11
EF03LP08 EF15LP09 EF35LP17
Nesta unidade você vai...
EF03LP24 EF15LP14 EF35LP20
● ler e interpretar conto popular;
EF03LP25 EF15LP15 EF35LP21
● identificar elementos da narrativa: narrador,
EF03LP26 EF15LP16 EF35LP22 personagens, espaço, tempo e enredo;
EF15LP01 EF35LP02 EF35LP24 ● identificar momentos do conto: início, complicação,
EF15LP02 EF35LP04 EF35LP25 suspense e final;
● recontar história;
EF15LP03 EF35LP07 EF35LP26
● estudar diferenças entre língua falada e língua escrita;
EF15LP05 EF35LP09 EF35LP30
● identificar o tempo nas formas verbais: presente,
passado e futuro;
● estudar as terminações -am e -ão nas formas verbais;
● participar de atividades orais.

164

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de Leitura/escuta
Oralidade
linguagem (compartilhada e autônoma)

• Gênero: conto popular (campo artístico-literário) • Memorização e entonação expressiva


• Leitura e interpretação de conto popular das falas de narrador e personagens na
• Identificação de elementos e momentos da narrativa no conto lido dramatização do conto popular
Conteúdos
• Marcas da língua falada na escrita do conto popular • Exposição oral de dados pesquisados
• Fluência: leitura dramatizada das falas • Interações orais em atividades em
grupo
• Discurso direto e discurso indireto

216
Orientações didáticas
Chamar a atenção dos estudantes
para o fato de o ato de contar/ouvir
Quase todas estão prestando atenção em algo
● O que as pessoas da cena estão fazendo? Elas histórias envolver pessoas de todas as
parecem se divertir? que uma senhora parece idades e de poder acontecer em am-
estar dizendo. bientes improvisados ou informais,
● Você gosta de se reunir com outras pessoas? como o da ilustração.
Em quais ocasiões? Por quê? Respostas pessoais. A observação desses elementos no
● O que você acha que a senhora está contando? texto visual antecipa a identificação
da função social do conto popular,
objeto de leitura da unidade. (Refe-
rência: BNCC – EF15LP01)
Ao procurar na imagem as respos-
tas para as questões verbais, exercita-
-se a habilidade de relacionar texto
com ilustrações (Referência: BNCC –
EF15LP18) e, ao mesmo tempo, estimu-
lam-se pressuposições antecipadoras
do sentido, forma e função social do
texto que será objeto de leitura na
unidade (Referência: BNCC – EF15LP02).

165

Práticas de Produção de textos Análise linguística/


linguagem (escrita compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização

• Planejamento e produção de reconto com base na • Verbo como forma de marcar o tempo nas frases
reescrita de cada um dos quatro momentos da narrativa • O verbo e os tempos: presente, passado e futuro

Conteúdos • Transformação do discurso direto em indireto no registro • As terminações -am e -ão nos verbos como
do reconto marcas de tempo: presente, passado e futuro
• Atividades de revisão, reescrita e edição
• Apresentação oral dos textos produzidos

217
Para iniciar
Empinar pipa é uma brincadeira
comum em todo o país. Esse brinque-
do recebe nomes diferentes de acor- Para iniciar
do com a região: pandorga, cangula,
barril, laçadeira, gaivota, quadrado,
jamanta, curica, camelo ou gamelo,
Pipa personalizada
coruja, frecha, catita, quadra, peixi- Pipa, papagaio, arraia, raia, pandorga: vários nomes para um mesmo brinquedo,
nho, índio, maranhoto, curica, barrilete, muito popular no Brasil.
estrela, barrilote, entre outros. Explo-
Através do tempo, de geração em geração, os mais velhos vêm ensinando aos mais
rar os diferentes nomes da pipa du-
rante a atividade desenvolve o jovens construir e empinar pipas no céu, tanto na cidade quanto no campo. Seja qual for
vocabulário dos estudantes, compo- o nome dado a esse brinquedo na sua região, o que todo mundo precisa saber é que
nente essencial para a alfabetização. nunca se deve brincar com ele perto de fios de eletricidade, combinado?
(Referência: PNA) Pipas de diferentes cores, formatos e tamanhos podem ser feitas com material sim-
Como atividade lúdica de anteci-
pação de leitura, a construção desse ples e fácil de ser encontrado: papel de seda, varetas de bambu, cola, tesoura com pontas
brinquedo pode estimular a reflexão arredondadas, linha.
sobre a valorização de tradições e ● Que tal fazer uma pipa? Observe o modo de fazer na sequência de imagens.
costumes transmitidos de geração
Mãos à obra!
em geração, como também é o caso
das histórias populares. Material necessário
O fato de o texto instrucional para
a confecção do brinquedo ser visual
é um facilitador que pode motivar a
participação de todos.
Incentivar a fala dos estudantes
para dar nome a cada material e a
cada ação pressuposta nas etapas de
confecção. Alertá-los para não empi-
nar pipa perto de fios de transmissão Modo de fazer
de energia elétrica, no meio da rua ou

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


em lajes que não ofereçam proteção. 1 2 3

4 5

166

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

218
Leitura: conto popular
Ao buscar as respostas para os
questionamentos do texto que ante-
cede ao da leitura, os estudantes an-
Além das brincadeiras, muitas histórias também são transmitidas de geração em tecipam expectativas que vão auxiliar
geração. Essas histórias são chamadas de contos populares. na identificação da função social do
Você já ouviu alguma história desse tipo? texto que será lido. (Referência: BNCC
– EF15LP01)
Agora você vai ler um conto popular sobre um cágado que queria ir a uma festa
Gênero: conto popular (campo
no céu. Será que ele consegue ir a essa festa? artístico-literário). Como narrativa de
ficção, apresenta os elementos per-
sonagem, tempo, espaço, narrador,
ação/enredo. O enredo, como acon-
Leitura: conto popular tece na maioria das narrativas, se
Antes de ler o texto, observe a foto de um cágado e organiza nos momentos situação
preste atenção no casco desse animal. Isso o ajudará a en- inicial, desequilíbrio ou complicação,
clímax e desfecho. A principal carac-
tender melhor a história. Beautiful landscape/Shutterstock
terística do conto ou história popular
● Leia silenciosamente o conto e descubra se o cágado conseguiu ir à festa. Se é o fato de a história contada ou nar-
precisar, peça ajuda à professora para ler o texto. rada ser transmitida oralmente, de
geração em geração, e, em geral,
O cágado e a festa no céu registrada em prosa.
Uma vez houve três dias de festa no céu; todos os bichos lá A seleção do conto popular é impor-
foram; mas nos dois primeiros dias o cágado não pôde ir, por tante para desenvolver habilidades re-
andar muito devagar. Quando os outros vinham de volta, lacionadas ao campo artístico-literário,
ele ainda estava no meio do caminho.
principalmente as de identificação de
temas permanentes da literatura nesse
No último dia, mostrava grande vontade de ir e a
gênero da tradição oral e de valorização
garça se ofereceu para levá-lo nas costas. O cágado
da literatura como patrimônio artístico
logo aceitou e montou nas costas da garça.
da humanidade, valorizando também
Mas a garça era malvada; ia sempre perguntando se a literacia familiar. (Referências: PNA e
ele ainda via a terra, e quando o cágado disse que não BNCC – EF15LP15)
avistava mais a terra, ela o largou no ar e o pobre veio Para isso, é importante estimular os
rolando e dizendo: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora estudantes a identificar ao longo do
― Léu, léu, léu... Se eu desta escapar, nunca mais festa estudo do texto: o formato (em prosa,
no céu... cágado: animal semelhante ou seja, organizado em parágrafos), o
E falava também: à tartaruga que vive em rios tipo (narrativo, conta uma história),
e lagoas rasas.
― Arredem-se, pedras, paus, senão vou quebrar vocês! o tema ou assunto (relacionado à tra-
garça: ave que possui pernas
As pedras e paus se afastaram, e ele caiu, porém ficou e dedos compridos, pescoço
dição cultural de contos sobre esper-
com o casco todo arrebentado. Deus teve pena e juntou os longo e bico fino. teza) e o contexto de época (conto
malvada: má, perversa, cruel. passado de geração em geração, re-
pedacinhos de seu casco, grudou-os e deu-lhe de novo a vida
arredem-se: afastem-se, gistrado por Sílvio Romero).
em paga pela grande vontade que ele teve de ir ao céu. Por recuem. Também é uma forma de levá-los
isso é que o cágado tem o casco em forma de remendos. em paga: em pagamento, a estabelecer expectativas em relação
Sílvio Romero. Folclore brasileiro: contos populares do Brasil. como recompensa.
ao conto que vão ler. (Referência:
Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia/Edusp, 1985. p. 127. remendos: pedaços juntados,
Reconquista do Brasil. Nova série, v. 87. (Adaptado.) emendados. BNCC – EF15LP02)
Sugestões para uma
167
abordagem interdisciplinar
Para que os estudantes compreen-
dam a história é fundamental que
visualizem a imagem de cágado e de
Atividade preparatória Atividade complementar garça. Para o cágado é importante
Antes de iniciar a leitura, pedir aos estudan- Sugere-se a organização de uma leitura dra- que vejam como é seu casco, que
tes que observem a foto do cágado para que matizada com distribuição de papéis da história, parece feito de pedaços emendados.
possam perceber o aspecto de remendo pre- de forma que as falas do narrador e da persona- Na seção Tecendo saberes haverá
sente no casco do animal, de modo a atribuir gem sejam separadas, facilitando a compreensão mais informações sobre o animal.
mais sentido ao texto ao longo da leitura. do enredo.

219
Compreensão do
texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- Sobre o autor

Reprodução/Coleção particular
nente essencial para a alfabetização.

Reprodução/Editora da Universidade de São Paulo


(Referência: PNA) Sílvio Romero (Sílvio Vasconcelos da
Silveira Romero) nasceu em Lagarto, Sergipe,
Atividades 1 e 2
Estas atividades são de localização em 21 de abril de 1851 e faleceu no Rio de
de dados explícitos, habilidade fun- Janeiro, em 18 de julho de 1914. Pesquisador
damental para a compreensão básica sério e minucioso, registrou aspectos do
do texto, o que favorece o desenvol- folclore brasileiro.
vimento da compreensão leitora,
essencial para o processo de alfabe-
tização. Ao mesmo tempo, têm a fi-
nalidade de levar o estudante a
identificar alguns elementos da nar-
Compreensão do texto
rativa: personagens, espaço e tempo. 1. Localize as informações no texto e responda às perguntas:
(Referências: PNA e BNCC – EF15LP03
e EF35LP26) a) Quem são os personagens dessa história? Cágado, garça e Deus.
É importante ressaltar para os es-
tudantes que eles devem responder b) Onde aconteceu a história? No céu e na terra.
a partir de dados que o texto fornece.
Quanto ao tempo, enfatizar que o 2. Nos contos populares como o que você leu, passados oralmente de geração em
tempo indeterminado é uma das ca- geração, o tempo é, em geral, indeterminado: não dá para sabermos exatamente
racterísticas do conto popular.
quando aconteceu. Copie do texto a expressão que mostra que o tempo é
Atividades 3 e 4 indeterminado nessa história.
Atividades para localização de in-
formação, mas que também desenvol- Uma vez.
vem o estabelecimento de relações de
causa e efeito entre os fatos, o que se 3. Por que o cágado não conseguia chegar à festa?
constitui em uma inferência. (Referên-
cias: BNCC – EF15LP03 e EF35LP04) Porque caminhava muito devagar.

4. Escolha a alternativa que melhor completa a frase.


A garça carregou o cágado nas costas, mas ia perguntando se ele ainda via a
terra. Ela fazia isso porque:

A) queria chegar logo à festa.

B) gostava de voar bem alto.

C) X queria estar bem no alto para depois soltar o cágado.

D) queria que o cágado gostasse do passeio.

168

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

220
Atividades 6 e 7
Essas atividades trabalham a habi-
lidade de fazer inferências simples,
5. O cágado dizia: isto é, de deduzir sentidos a partir de
dados do texto. (Referência: BNCC –
― Léu, léu, léu... Se eu desta escapar, nunca mais festa no céu... EF35LP04)
Atividade 6
Assinale o que o cágado parece sentir nesse momento. Poderá haver os dois posiciona-
mentos: preocupação com os paus
A) X medo C) alegria e as pedras, mas também preocu-
pação em não se machucar muito.
B) tranquilidade D) X arrependimento Podem ser acatados ambos, estimu-
lando-se os estudantes a justificar
6. O cágado pede a pedras e paus que se afastem. Você acha que ele estava preocupado suas respostas.
apenas com eles? Conversem e cada um elabora uma resposta. Atividade 7
Resposta pessoal. Esta atividade tem o objetivo de
7. Releia este trecho do texto: levar os estudantes a, progressiva-
mente, perceberem os diálogos em
Mas a garça era malvada; ia sempre perguntando se ele ainda via a terra, e quan-
textos narrativos, observando a fina-
do o cágado disse que não avistava mais a terra, ela o largou no ar e o pobre veio
lidade e os efeitos de sentido de ver-
rolando e dizendo:
bos de enunciação (verbos de “dizer”),
― Léu, léu, léu... Se eu desta escapar, nunca mais festa no céu...
isto é, verbos que anunciam a fala dos
E falava também:
personagens. Conversar com os estu-
― Arredem-se, pedras, paus, senão vou quebrar vocês!
dantes sobre o que os verbos podem
indicar.
a) Qual é o verbo que anuncia a primeira fala do trecho? dizendo
Atividade 8
Esta atividade inicia os estudantes
b) Qual é o verbo que anuncia a segunda fala? falava
na transformação do discurso direto
em discurso indireto. (Referência:
c) Depois das frases com verbos que anunciam as falas, abre-se parágrafo e um sinal
BNCC – EF35LP26)
de pontuação é colocado antes das falas. Escolha uma cor e contorne esse sinal. Isso representa um desafio para
crianças dessa faixa etária e, por esse
d) Essas falas do cágado revelam que ele sentia o quê? motivo, sugere-se que a atividade
pavor X preocupação raiva seja realizada primeiro de forma oral,
para depois os estudantes fazerem as
transformações por escrito. Por exem-
8. Observe como ficaria a fala do cágado, se fosse dita pelo narrador:
plo: “Como ficariam as falas a seguir,
se fossem contadas por um narrador?
O cágado disse para as pedras e para os paus que se arredassem.
Maria disse:
– Eu quero fazer uma viagem no
Agora você: Como ficaria a fala a seguir se fosse dita pelo narrador? mar.
Resposta: Maria disse que queria
Se desta eu escapar, nunca mais festa no céu... fazer uma viagem no mar.
O cágado falou:
Sugestão: O cágado disse que, se escapasse, nunca mais iria a uma festa no céu. – Estou muito feliz por estar salvo.
Resposta: O cágado falou que es-
169 tava muito feliz por estar salvo”.

221
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
rio, componente essencial para a al- Vocabulário em foco
fabetização. (Referência: PNA)
● Copie as frases no caderno e substitua a expressão destacada pela palavra com
Leitura oral em foco sentido equivalente que foi empregada no texto. Consulte o glossário.
Destacar que a primeira fala do
cágado tem rima e se assemelha a um a) Em recompensa pelos seus esforços de pesquisa, recebeu uma bolsa de estudos
verso de poema. Provavelmente tal em outro país. Em paga.
recurso foi empregado porque essa
forma favorece a memorização quan- b) Com tantos pedaços emendados, sua roupa não esquentava mais.
remendos
do a história é contada oralmente, c) É uma atitude cruel abandonar o amigo no meio do caminho. malvada
além de dar mais graça à narrativa.
Este é um bom momento para ob- d) A mãe não se afastava da criança com medo de perdê-la. se arredava
servar se os estudantes estão acom-
panhando a leitura do texto, mesmo Leitura oral em foco
que ainda não tenham autonomia
total para a leitura integral do conto, 1. Juntos, releiam a história e pintem no texto, de amarelo, as falas do cágado. O que
promovendo, assim, a fluência em não foi pintado é a parte do narrador. As falas do cágado estão sublinhadas no texto.
leitura oral, componente essencial
Narrador é quem conta a história.
para a alfabetização. (Referência: PNA)
A partir dessa leitura, sugere-se A professora lerá a parte do narrador e a turma, em conjunto, lerá as falas do cágado.
que os estudantes sejam estimulados
2. Gostaram da história? Que tal treinar para ler para alguém com quem você mora?
a ler individualmente o conto, solici-
tando-se que eles escolham e demar- Será que quem ouvir vai gostar?
quem o trecho que gostariam de ler,
treinem e depois leiam em voz alta.
Hora de organizar o que estudamos
Hora de organizar o
● Completem o esquema com as palavras do quadro.
que estudamos
O objetivo da leitura e do preen- imaginação narrador oralmente suspense
chimento do esquema é exercitar
habilidades do campo das práticas
Conto popular
de estudo e de pesquisa:
• Ler, ouvir e compreender com au-
tonomia observações realizadas, Narrativa de acontecimentos imaginados transmitida oralmente
considerando a situação comuni- de geração em geração
cativa e o tema/assunto do texto.
(Referência: BNCC – EF03LP24)
Intenção/finalidade Leitor Elementos
• Planejar e produzir textos para apre-
• Entreter • Quem gosta de ler ou • Personagens
sentar resultados de observações • Estimular a de ouvir histórias • Tempo
considerando a situação comunica- • Espaço
tiva e o tema/assunto do texto. (Re- imaginação
ferência: BNCC – EF03LP25) • Narrador
Outro objetivo é reforçar, por
meio do esquema mental, o enten- 170
dimento dos gêneros do narrar, des-
tacando o que é específico em
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
relação ao gênero estudado na uni-
dade: conto popular.

222
Prática de oralidade
Dramatização do texto
É importante que os estudantes
Prática de oralidade identifiquem marcadores de falas e
de cena ao compor o texto dramático
Dramatização do texto nesta atividade de apresentação oral.
(Referência: BNCC – EF35LP24)
● Vamos dramatizar a história “O cágado e a festa no céu”.
a) Formem grupos de três estudantes. Um estudante será o narrador, outro repre- Tecendo saberes
sentará o cágado e outro, a garça. O tema favorece a interdisciplina-
ridade com Ciências ao abordar seres
b) Observem que será preciso criar uma fala para a garça, pois no texto é o narrador vivos e ambiente.
quem conta o que ela disse. Este é um bom momento para
conversar com os estudantes sobre a
c) Se quiserem, acrescentem mais falas para os personagens. importância dos animais no equilíbrio
d) Ensaiem e procurem dizer as falas com o rosto voltado para o público. ambiental. Esta seção tem como ob-
jetivo permitir que os estudantes
e) Os grupos poderão fazer um pequeno cenário para a apresentação. exercitem a habilidade de buscar e
Combinem com a professora o dia da apresentação e como ela será. selecionar informações com auxílio
do professor e que planejem e pro-
duzam texto com resultado de pes-
quisa, bem como leiam ou ouçam
Tecendo saberes relatos de observações e de pesqui-
sas. (Referências: BNCC – EF35LP17,
Cágados e garças As imagens não estão
representadas em proporção. EF03LP24, EF03LP25 e EF03LP26)
Você leu uma história sobre um cágado Atividade 1
Michal Sloviak/Shutterstock

fotoguy22/iStockphoto/Getty Images
e uma garça. A pesquisa também poderá ser
Observe as fotos que mostram um cá-
feita pela internet, em sites de fontes
confiáveis. Se for possível, levar os
gado e uma garça. estudantes ao laboratório de informá-
Onde será que o cágado vive? O que tica da escola.
ele come? Quais são suas características É muito importante que os estu-
principais? E quanto à garça? dantes fiquem cientes de que devem
Cágado-de-carapaça-estriada. Garça-azul-grande. registrar e informar qual foi a fonte –
Vamos fazer uma pesquisa para saber
livros, autores, endereços eletrônicos,
um pouco mais sobre esses animais. etc. – de onde as informações foram
encontradas. Comentar que indicar
1. HORA DA PESQUISA . Organizem-se em grupos. O grupo deve escolher o animal
as fontes de pesquisa faz parte das
que vai pesquisar: o cágado ou a garça. práticas científicas, tanto por motivos
éticos quanto por responsabilidade
a) Pesquisem informações como: na divulgação de informações. Dian-
• características principais (tamanho, cor, peso); te dos inúmeros links indicados, orien-
tá-los a acessar os que são confiáveis:
• onde vivem; páginas de universidades, bibliotecas,
publicações científicas, publicações
• de que e como se alimentam; específicas destinadas ao público in-
171 fantil (revistas, jornais), artigos de es-
pecialistas ou reportagens científicas.
Os estudantes devem ser orienta-
dos sobre como digitar o assunto da
pesquisa nas plataformas disponíveis.
Atividade preparatória
Eles também devem ser orientados
Sugere-se que seja feita a leitura compar- sobre como copiar os endereços ele-
tilhada das orientações da seção para favore- trônicos com todos os caracteres ao
cer a participação mais ativa dos estudantes. citar a fonte de pesquisa.

223
Atividade 2
Orientar os estudantes na elabora-
ção da ficha em forma de itens, nu-
merados ou demarcados com • como se protegem;
marcadores próprios, destacando o
assunto de cada item como um pe- • hábitos na natureza, como contribuem para o equilíbrio do meio ambiente e
queno título. Por exemplo: outras curiosidades que acharem interessantes.
• características principais; b) Vocês podem pesquisar em livros de ciências e enciclopédias. Com a ajuda da pro-
• alimentação; fessora, combinem uma visita à biblioteca da escola para realizar a pesquisa. Vocês
• lugar onde vivem. também podem fazer a pesquisa pela internet com a orientação da professora.
Explicar que é importante ilustrar
a ficha e que eles devem selecionar c) Pesquisem também imagens.
apenas o essencial para cada item.
d) Registrem no caderno as informações que acharem importantes. Lembrem-se de
Dessa forma, são estimulados tam-
bém a desenvolver a capacidade de anotar o nome dos livros ou sites dos quais vocês retiraram as informações.
síntese.
2. Com os dados da pesquisa, cada grupo deverá elaborar uma ficha com as informações
Atividade 3 que considerarem mais importantes ou interessantes.
Orientar os grupos na apresenta-
ção das informações das fichas, de a) Lembrem-se de usar as imagens para ilustrar as fichas e de anotar a fonte de to-
modo a permitir que eles exercitem do o material pesquisado (texto escrito e imagens).
a habilidade de expor pesquisas es-
colares, em sala de aula, com apoio b) As fichas poderão ser digitadas. Aguardem a orientação da professora.
de recursos multissemióticos, orien- 3. Aguardem a vez de vocês e apresentem os resultados para os demais grupos e
tando-se por roteiro escrito, planejan-
conheçam o que eles descobriram. A professora dará as orientações.
do o tempo de fala e adequando a
linguagem à situação comunicativa.
(Referência: BNCC – EF35LP20)
Destacar a importância de planejar Produção de texto
a fala e o tempo de cada um, e de que
eles devem procurar não se alongar Reconto de história
muito. ● Faça uma leitura silenciosa do texto e, em seguida, acompanhe a leitura feita
Lembrar os estudantes de não in-
pela professora.
terromper um colega quando este
estiver se apresentando e, se tiverem
A flauta do tatu
alguma dúvida, levantar a mão e es-
perar a vez de falar. A onça vivia falando que seu prato predileto era sopa
predileto: favorito,
Estimulá-los a conversar sobre as de tatu. E ainda provocava: preferido.
informações que cada grupo trouxe, — Você vai virar sopa! Você já é sopa! Você é sopa, tatu! amolado: aborrecido,
a compará-las e observar semelhan- O tatu amolado inventou uma canção. Mas só cantava chateado, incomodado.
banguela: quem tem falta
ças e diferenças entre as pesquisas. escondido na floresta:
de um ou mais dentes.
Terminadas as apresentações, po- — Vou fazer uma flauta com a canela / de uma onça
derá ser feito um painel – na própria que ainda é banguela. / Quer sopinha porque não tem dente. É porque não tem
sala ou em outro espaço da escola – dente. [...]
com as fichas e imagens. Os amigos escutaram, contaram para ela... e ela foi ouvir. [...]
Este pode ser um momento opor- — O que é que você anda cantando aí?
tuno para os estudantes realizarem a
autoavaliação: “Como foi a participa-
172
ção de cada um na atividade?”, “O que
saiu a contento ou o que poderia ser
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
melhorado?”.
rencial sobre o qual eles apoiarão sua expressão. Além disso, recontar oralmente textos literários
Produção de texto Inicialmente, apropriam-se de um modelo. lidos é uma das habilidades a serem desenvol-
Reconto de história Se fizerem atividades dessa natureza mais vezes, vidas nesta proposta: desenvolver tanto a “ha-
A leitura compartilhada favorece aos poucos devem ganhar autonomia para criar bilidade de escrever palavras quanto produzir
uma melhor compreensão e apro- as próprias histórias, mantendo a coerência. textos. O progresso nos níveis de produção
priação do texto. Sugere-se que a atividade seja feita primeiro escrita acontece à medida que se consolida a
Reproduzir histórias é uma ativida- oralmente, explorando as múltiplas possibilida- alfabetização e se avança na literacia”. (PNA,
de importante para os estudantes se des de organização das frases nos quadros, com p. 34). (Referência: BNCC – EF15LP09)
aproximarem de formas de organizar o apoio das ilustrações, para que depois seja O conto de maior extensão poderá ser li-
os textos. O texto-fonte será o refe- feito o registro escrito com mais segurança. do de modo compartilhado, com entonação

224
A leitura desse conto motiva a va-
lorização da literatura como diversi-
dade cultural e exercita a leitura e a
compreensão do gênero conto po-
— Eu? Eu ando cantando e dançando assim: vou fazer uma flauta com a coxinha / pular. (Referências: BNCC – EF15LP15
da peralta da galinha da vizinha. Galinha não tem dente. Galinha não tem dente. [...] e EF35LP21)
Só que, enquanto cantava e rebolava, o tatu tinha dançado em direção a sua
toca. E a essa altura já entrava para dentro do buraco. Planejamento
A onça saltou, enfiou a pata e por sorte ainda conseguiu agarrar alguma coisa. Em toda produção textual, o mo-
Mas o bicho começou a rir: mento de planejar o texto é de gran-
— Hi, hi! A onça agarrou uma cobra e está crente que agarrou meu rabo. de importância, pois é quando são
A onça, com medo, largou o tatu e tratou de puxar a mão para fora. O danado riu pensadas condições como a inten-
com gosto desta vez:
ção, para quem se escreve, a lingua-
— Ô sua boba! Era o meu rabo mesmo, hi, hi, hi! arredo: afasto-me, saio, gem a ser usada, a circulação do
— Pois agora eu não arredo daqui até você sair.
recuo. texto e a situação comunicativa. (Re-
Foi o que a onça resolveu. E não arredou. Ficou assentada na frente do buraco, entra
ferência: BNCC – EF15LP05)
ano, sai ano, sem comer nem beber. Até morrer.
Sugere-se que a etapa de planeja-
mento seja preparada coletivamente,
Enquanto isso o tatu esburacou o mundo, saiu e
de forma oral, antes do registro escrito.
entrou por todos os lugares da terra.
a Rocco

Quando os ossos da onça já estavam limpinhos, Etapa 1


ão/Editor

brilhando no sol, voltou e fez a flauta com uma Esta etapa reforça o estudo sistemá-
Reproduç

canela. tico das partes do enredo: situação


E até hoje, quando ele toca, os bichos da flo- inicial, desequilíbrio ou complicação,
resta cantam assim... Ô gente, como era mesmo!? clímax ou suspense e final ou desfecho.
Angela-Lago. A flauta do tatu. Rio de Janeiro: O domínio paulatino dessas partes aju-
Rocco, 2005. dará os estudantes a reconhecê-las em
suas leituras e a planejar os textos com
mais consistência. Além disso, convém
A onça vivia provocando o tatu, dizendo destacar que a criação de narrativas
Converse sobre a história com os colegas: que seu prato predileto era sopa de tatu. ficcionais, com certa autonomia, pres-
O tatu, então, conseguiu enganá-la e a supõe o reconhecimento desses mo-
a) Quem são os personagens principais? deixou esperando na porta de sua toca. mentos. (Referência: BNCC – EF35LP25)
A onça e o tatu. Mas ele fugiu por outro buraco. A onça
b) O que aconteceu? ficou sem comer e beber durante muito
tempo, esperando o tatu, e morreu.
c) Quando aconteceu?
O tempo é indeterminado, mas se passaram alguns anos: “entra ano, sai ano”.
d) Onde os fatos aconteceram?
Provavelmente em uma floresta onde os animais viviam.

Planejamento
1. Leia as partes da história:

• A onça espera o tatu sair da toca.


• O tatu diz que vai fazer uma flauta com a canela da onça.
• A onça provoca o tatu dizendo que vai fazer o tatu virar sopa.
• O tatu faz a flauta com um osso da canela da onça.
173

expressiva, exercitando a habilidade de ler e animal mais forte – a onça. Ele a provoca, muda a
compreender textos narrativos de maior porte, canção, engana-a sobre a cobra e usa de esperte-
como contos e crônicas. (Referência: BNCC – za, de travessura, já que não é mais forte que ela.
EF15LP16) Nesses contos, contrapõem-se qualidades
É importante que os estudantes percebam que como frágil e forte, travesso e esperto. O perso-
se trata de um conto popular, de tradição oral. nagem mais fraco realiza ações com intenção
O texto em questão é também um conto de clara. Se os estudantes perceberem a engana-
engano. Assim como o sapo de “O sapo com me- ção, compreenderão o texto. Sugere-se ques-
do d’água”, da seção Leitura, o tatu realiza deter- tioná-los sobre a ação e a intenção do tatu
minadas ações com a intenção de enganar o para que infiram a artimanha dele.

225
Etapa 2
Garantir a leitura dos quadros
preenchidos para consolidar a se-
quência, o que ajudará no momento Escreva cada parte da história no quadro correspondente.
do registro escrito.
Etapa 3 Início da história

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


O enriquecimento com detalhes é
essencial para que o estudante se A onça provoca o tatu
aproprie de elementos textuais: a on- dizendo que vai fazer o
ça falava que o tatu era seu prato
predileto...; o tatu cantava e rebolava, tatu virar sopa.
provocava a onça, mas ia em direção
à toca...; como o tatu assustou a onça
Complicação da história
dizendo que tinha agarrado uma co-
bra...; porque há buracos de tatu pelo O tatu diz que vai fazer
Suspense na história
mundo afora, etc.
Esse enriquecimento por meio de A onça espera o tatu sair uma flauta com a canela
detalhes contribuirá para a produção
de outros textos. da toca. da onça.

Etapa 4
Esta etapa sugere a transformação
do discurso direto em discurso indi-
reto. É uma habilidade complexa pa- Final ou desfecho da história
ra os estudantes, por isso é necessária
a intervenção e a mediação do pro- O tatu faz a flauta com um osso da
fessor, auxiliando-os sempre que
houver dúvidas e ajudando a corrigir canela da onça.
eventuais erros. Vale lembrar que es-
sa transformação se refere à habilidade
de reconhecer primeiro os recursos
2. Releia os quadros da história, na sequência das partes.
usados no discurso direto (verbos de
dizer) e a identificação do modo de 3. Prepare-se para recontar a história, enriquecendo-a com mais detalhes.
narrar, no discurso indireto, colocan-
4. Para recontá-la, você deve ser o narrador e indicar o que os personagens falam.
do-se como observador que conta o
que foi falado. (Referências: BNCC – Por exemplo:
EF35LP22 e EF35LP30) — Você vai virar sopa!
Escrita
Você pode transformar esse trecho e, como narrador, dizer:
A sugestão de divisão em parágra-
fos para cada parte da história contri-
A onça dizia que o tatu viraria sopa.
bui para o reconhecimento das
unidades narrativas. Entretanto, essa
divisão não é obrigatória, pois os pa-
Escrita
rágrafos podem atender também à ● Faça um rascunho do seu reconto. Procure garantir que todas as partes estejam
organização sintática do texto. Vale presentes.
ressaltar que essa proposta tem por Escrever o conto em diferentes parágrafos ajudará a dividir as partes do texto.
finalidade ajudar os estudantes a or-
ganizar o texto em unidades de sen- 174
tido. (Referência: BNCC – EF35LP09)
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
O momento da escrita e da revisão • organização do enredo; Avaliar dificuldades específicas de alguns es-
é favorável para análise de cada es-
tudante quanto à(ao):
• registro dos dois tipos básicos de discurso: di- tudantes: estes deverão ser acompanhados in-
dividualmente e, se possível, com atividades
reto e indireto;
• autonomia para elaborar um texto, • uso de convenções de escrita já estudadas:
paralelas para enfrentamento de defasagens.
Importante: se as defasagens detectadas fo-
no caso uma narrativa de ficção; maiúsculas, sinais de pontuação básicos em
rem muitas e da maioria dos estudantes, sugere-
• compreensão dos elementos bási- finais de frases, travessões em discurso direto,
-se que o registro seja feito de forma coletiva e
cos que devem compor a narrativa verbos de enunciação (dizer, falar, gritar...);
que, posteriormente, eles o copiem no caderno.
de ficção; • escrita correta de palavras mais comuns.

226
Outras linguagens
Aproveitar o momento para fazer
um trabalho interdisciplinar com a dis-
Revisão e reescrita ciplina de Arte, mostrando diferentes
proposições para um mesmo tema.
1. Releia o que você escreveu e verifique se: É importante conversar com os
• as partes principais da história estão presentes: início, complicação, suspense e estudantes sobre o que o lixo tem
desfecho; causado na natureza e, em especial,
o que tem acontecido com os animais
• você enriqueceu o reconto com mais detalhes; aquáticos. Muitos deles são encontra-
• você utilizou parágrafos para organizar seu texto. dos mortos por ingerir ou por se en-
Se tiver dúvidas sobre a escrita de palavras, consulte um dicionário. roscar nesses resíduos. Inúmeras
tartarugas, por exemplo, são encon-
2. Passe a limpo o texto final. tradas mortas enroscadas em redes
3. Troque o texto com um colega. Comparem a forma como cada um registrou a ou sufocadas com sacos plásticos,
história. que elas confundem com alimentos.
O artista português Bordalo II aca-
4. Leia a história que você registrou para alguém com quem você mora ou convive. ba se inserindo no rol de artistas que
Certamente a pessoa vai se divertir! fazem de sua arte também uma ex-
pressão da indignação contra a negli-
SUGESTÃO gência do ser humano em relação ao
meio ambiente.
Estimular que os estudantes obser-
• Gostou de ler os contos populares “O cágado e a festa no céu” e “A flauta do tatu”? Quer ler vem os detalhes da obra para perceber
mais contos como esses? Veja uma sugestão a seguir. a combinação dos elementos e o re-

rinhas
sultado. Eles devem ser estimulados a

ia das Let
expressar uma apreciação de forma
Companh espontânea. Este é um bom momento
Histórias à brasileira, de Ana Maria Machado, publicado ão/

para destacar a importância de se va-


Reproduç

pela editora Companhia das Letrinhas.


lorizar e respeitar as diferenças de opi-
nião. Para fortalecer a apreciação, se for
possível, os estudantes poderão ser
levados ao laboratório de informática
Outras linguagens para pesquisar outras obras do artista
Bordalo II/Acervo do artista e assim terem mais referências para
Muitos animais estão ameaçados de extinção. manifestarem suas opiniões.
Em especial as tartarugas marinhas, parentes do Alguns endereços que podem ser
cágado, que são muitas vezes caçadas ilegalmente consultados:
e vítimas de lixo jogado no mar. • https://tedit.net/ymiHZO (acesso
Há artistas que retratam essa preocupação. em: 15 jun. 2021)
Observe uma obra do artista plástico português • https://tedit.net/sgBaPP (acesso
Bordalo II. em: 15 jun. 2021)
Foto da obra Half Trash Wood Turtle, de
Bordalo II, feita com peças descartadas de metal,
Atividade complementar
plástico, madeira, entre outros materiais. Festival Se considerar oportuno, compar-
Inspire in Moncton, Canadá, 2017.
tilhe com os estudantes um pouco
da biografia do artista.
175 Artur Bordalo II nasceu em Lisboa,
Portugal, em 1987. É neto do pintor
Real Bordalo, que pintava óleos e
aquarelas sobre Lisboa. Bordalo II fre-
Revisão e reescrita tornar o texto mais claro. (Referência: BNCC – quentou o curso de pintura da Facul-
EF15LP06) dade de Belas Artes da Universidade
Conversar com os estudantes sobre a im-
de Lisboa. É conhecido pelas coloridas
portância do rascunho e das releituras para Sugestões esculturas de animais feitas a partir de
verificação de alterações necessárias: fazer a Em momento oportuno, acompanhar os es- lixo. O material usado é diverso: lixo
lápis para permitir correções mais rápidas, lan- tudantes em uma visita à biblioteca ou ao canti- eletrônico, peças de automóveis, mó-
çar as ideias no papel, rever antes de dar a nho de leitura para que eles possam selecionar veis, entre outros resíduos. Em cada
forma final, etc. livros de contos populares para leitura individual. obra, usa muitos quilos de peças que
Essas etapas da produção de texto são fun- Pedir que justifiquem a escolha dos livros e, após são cortadas e pintadas para dar forma
damentais para o aprimoramento da produ- a leitura, compartilhem a opinião deles com os aos animais. Até hoje já reutilizou vá-
ção, pois nelas são feitas as alterações para colegas. (Referência: BNCC – EF35LP02) rias toneladas de resíduos.

227
Língua: usos e
reflexão
Língua falada e língua ● Converse com os colegas:
escrita Resposta pessoal.
O trabalho com o conteúdo de a) O que mais chamou sua atenção nessa obra?
língua falada e escrita nesta seção b) Observe os objetos empregados, inclusive a corda que parece estar à volta do
favorece a identificação de fatores pescoço da tartaruga. O que será que essa obra pode expressar ao representar a
determinantes do registro linguístico
tartaruga dessa forma? Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes identifiquem
informal. A escolha por esse conteúdo a expressão de uma preocupação em relação às ameaças à
reflete a importância da compreen- c) O que você acha da ideia desse artista de transformar lixo em arte?
são do uso da variação linguística, Resposta pessoal. vida das tartarugas, que muitas vezes morrem por conta do
lixo jogado no mar.
que ajuda a eliminar preconceitos e
atitudes desrespeitosas. Esse conteú- Língua: usos e reflexão
do atende ao desenvolvimento de Língua falada e língua escrita
instrução fônica sistemática, pois
o estudante irá refletir sobre eventos Atividade oral e escrita
da fala (fonológicos e fonéticos) e as
Imagine que, para não se quebrar, o cágado tivesse desejado cair na água. Nesse caso,
possibilidades de representação na
escrita. O uso do apóstrofo é uma ele poderia fazer um pedido como este:
dessas formas de representação.
— Arredem-se pedras, paus, quero cair n’água, quero cair n’água!
A junção de sons é outra possibilida-
de. (Referências: PNA e BNCC – Com-
A expressão n’água é uma junção das palavras na + água.
petência específica 4 de Linguagens
para o Ensino Fundamental).
Para ligar as duas palavras, há um sinal: ’. Esse sinal é chamado apóstrofo e indica que, ao
Atividade 1 juntar as palavras, juntam-se também os dois sons.
Estimular os estudantes a pronun-
ciar as expressões sugeridas sem o Observe:
apóstrofo, articulando as sílabas sem
a junção sonora e, em seguida, com na água n’água
o apóstrofo, fazendo a junção sonora.
1. Leia a tirinha a seguir.
Eles devem observar que o apóstrofo

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


sinaliza uma forma de falar em que há
supressão de alguma(s) letra(s) na
junção de fonemas. Não será empre-
gado o termo fonema diretamente
com os estudantes, apenas o termo
som.

Mauricio de Sousa. Turma da Mônica. O Estado de S. Paulo, jan. 2014, Caderno 2, p. C4.

a) Por que Chico Bento oferece doces a Rosinha?

Porque entendeu que Rosinha havia dito que ela gostava de doces.

176

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

228
Atividade 2
Aproveitar esta atividade para con-
versar com os estudantes sobre a
b) Releia o último quadrinho. Que junção de palavras indica a confusão de Chico importância de rejeitar preconceitos
linguísticos e respeitar a variação lin-
Bento? D’ocê. guística como uma característica de
uso da língua por diferentes grupos
c) Que palavras essa expressão substitui? De + você. regionais ou diferentes camadas so-
ciais. (Referência: BNCC – EF35LP11)
2. Leia o trecho da história em quadrinhos a seguir: É importante notar que a represen-
tação da fala na tirinha é também
© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.

uma opção estilística do autor para


retratar seus personagens ficcionais,
sem que tenham uma obrigatória e
exata ligação com a realidade. Trata-
-se de uma “licença criativa” do autor
para compor seus personagens, e é
exatamente essa liberdade que per-
mite a ele brincar com representa-
ções de fala que se aproximam do
registro oral real, mas que não têm a
obrigação de retratá-lo fielmente.

Mauricio de Sousa. Tina. Mauricio de Sousa Editora/Panini Comics, n. 27, p. 32.


Atividade 3
É importante que os estudantes
a) Qual será a aula que o garotinho diz estar pronto para fazer? Como podemos relacionem a escrita da forma reduzi-
descobrir isso? da ou alterada na fala com a escrita
convencional. Para isso, sugere-se
Aula de guitarra. Podemos descobrir isso porque ele chega trazendo a sua registrar na lousa as palavras listadas
por eles. Ao lado da lista de formas
guitarra, que ele chama de Tonica. reduzidas, com a ajuda dos estudan-
b) Circule na história em quadrinhos as palavras escritas na forma reduzida. tes, sugere-se registrar a palavra ou
tô, cumé expressão que deu origem a cada
c) Transcreva a expressão usada pelo personagem que representa a junção de duas forma. As palavras reduzidas indica-
palavras. Que palavras foram juntadas? das na sugestão de resposta são em-
pregadas na linguagem informal e
Cumé. Como é. têm de ser consideradas, pois são
formas de uso.
3. Na fala, é comum reduzir palavras. Faça uma lista de palavras reduzidas ou expressões
em que aparecem palavras juntadas que você emprega nas conversas do dia a dia.

Sugestões: Tô, tá, tão, tamos, né, pra, pro, podexá, belê, mina, etc.

4. Existe um conto popular chamado “O sapo com medo dÕ‡gua”. A expressão


destacada representa a junção de duas palavras. Quais são elas?

De água.

177

229
Verbo: um jeito de marcar
o tempo
Este conteúdo é apresentado, nes-
te momento, como uma iniciação ao Verbo: um jeito de marcar o tempo
reconhecimento do verbo como mar-
cador de tempo, evidenciado nos 1. Releia este trecho do conto “O cágado e a festa no céu”
gêneros narrativos.
O conceito de verbo será inicialmen- No último dia, mostrava grande vontade de ir e a garça se ofereceu para
te tratado como ação. Neste momento, levá-lo nas costas.
ainda não haverá sistematização de
verbo como estado do ser e fenômeno
da natureza. As palavras destacadas indicam as ações dos personagens. São verbos.
As noções de presente, passado/
pretérito e futuro serão trabalhadas 2. Pelos verbos destacados podemos afirmar que:
apenas na conotação imediata do
texto, no sentido mais literal, pois es-
A) algo ainda vai acontecer. C) algo está acontecendo.
te é o início da construção da ideia de
verbo como marca de tempo. Os as-
pectos verbais (contínuo, habitual, B) X algo já aconteceu.
histórico, acabado, etc.) só serão abor-
dados em anos posteriores. Neste 3. Ligue cada frase ao tempo que o verbo indica.
volume de 3o ano, não será emprega-
da a terminologia pretérito. Se julgar As tartarugas poderão ser extintas. presente
oportuno, poderá ser apresentada
aos estudantes. Os animais representam equilíbrio para a natureza. passado
Atividade 6
O futuro poderá ser representado O ser humano poluiu muito os mares. futuro
tanto pela forma verbal simples (voa-
rei, soltarei) como pela forma com-
4. No trecho a seguir, pinte as palavras que indicam o tempo passado.
posta (vou voar, vou soltar), pois
essa é provavelmente a forma mais
As pedras e paus se afastaram, e ele caiu, porém ficou com o casco todo arrebentado.
familiar para os estudantes. Acatar as
duas formas de indicar o futuro. O
importante é que os estudantes per- 5. Imagine que você esteja presenciando a cena do trecho da atividade anterior.
cebam a nuance de tempo envolvida. Reescreva o trecho no momento presente, isto é, no momento em que os fatos
estão acontecendo. Para ajudar, o início já é dado.
As pedras e paus se afastam, e ele cai, porém fica com o casco todo arrebentado.

6. Como ficaria se a garça tivesse dito a alguém o que iria fazer com o cágado? Reescreva
a frase passando os verbos que estão entre parênteses para o tempo futuro.
Eu (voar) bem alto e quando estiver lá em cima (soltar) o cágado para ele cair na terra.

Eu voarei/vou voar bem alto e quando estiver lá em cima soltarei/vou soltar o cágado

para ele cair na terra.

178

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

230
Hora de organizar o
que estudamos
O conceito de verbo será ampliado
7. Reescreva as frases a seguir como se você estivesse presenciando a cena no momento
nas próximas unidades e nos anos
em que as ações acontecem, no presente. Confira as palavras destacadas. seguintes.
O objetivo aqui é o reconhecimen-
a) O cágado aceitou a oferta da garça. O cágado aceita a oferta da garça. to do tempo verbal. Assim, sugere-se
também acatar as formas compostas,
b) A garça era malvada. A garça é malvada.
como: está enganando, vão enga-
8. Reescreva as frases no tempo indicado. nar, tinha enganado, etc.
Estas são possibilidades de respos-
Passado: A garça ofereceu ajuda ao cágado. tas. Não será feita distinção entre pre-
téritos neste momento.
Presente: A garça oferece ajuda ao cágado.

Futuro: A garça oferecerá ajuda ao cágado.

Passado: O cágado ficou muito contente de ser salvo.

Presente: O cágado fica muito contente de ser salvo.

Futuro: O cágado ficará muito contente de ser salvo.

As palavras que variaram, isto é, que se alteraram indicando os tempos presente, passado
e futuro, são verbos.

Hora de organizar o que estudamos


● Completem o esquema com exemplos empregando o verbo enganar.

Verbo

Palavra variável, que indica ação e marca o tempo em que os fatos acontecem

Tempo

Presente Passado Futuro


Sugestões: Sugestões: Sugestões:
engano enganei enganarei

engana enganou enganaremos

enganamos enganaram enganarão

179

231
Agora você
Atividade 1
Na leitura desta HQ, orientar os
estudantes a observar elementos da Agora você
linguagem visual, além da linguagem
verbal. Por exemplo: a expressão de 1. Leia os quadrinhos a seguir com os personagens Cascão e Dudu.
desdém de Cascão; a mudança da
expressão de Dudu, que no primeiro
quadrinho aparenta alegria e no quar-
to quadrinho, irritação; o tamanho
aumentado das palavras da fala de
Dudu no quarto quadrinho. Essa lei-

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


tura mediada ajuda os estudantes a
desenvolver estratégias de leitura de
textos não verbais, apoiando-se nas
imagens e em outras pistas gráficas
para construir o sentido da história
em quadrinhos lida. O objetivo da
atividade é promover o desenvolvi-
mento da compreensão de texto,
componente essencial para a alfabe-
tização, e mobilizar a habilidade de
inferir o sentido de palavras ou ex-
pressões com base no contexto. (Re-
ferências: PNA e BNCC – EF15LP14)

180

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

232
Na continuidade da leitura da his-
tória, os estudantes deverão observar
a mudança na atitude e na expressão
de Cascão, que, na primeira parte,

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


seguro de si, zomba de Dudu e, na
segunda parte, passa de gozador a
apavorado. Só no último quadrinho
é que todo o espaço onde acontece
a história é mostrado ao leitor, reve-
lando a razão do falso desdém e do
medo de Cascão: poças de água, que
o personagem abomina.
Atividades 2, 3 e 4
Estas atividades ampliam a prática
de observação de marcações do tem-
po verbal, iniciada no estudo do con-
to popular “O sapo com medo
d’água”. É importante que essa habi-
lidade seja exercitada em outros tex-
tos para que, ao produzir textos de
diferentes gêneros, os estudantes
empreguem adequadamente a
marcação temporal, sobretudo nos
gêneros relacionados ao narrar. (Re-
ferência: BNCC – EF03LP08)

Mauricio de Sousa. Almanaque do Cascão. n. 38. Barueri: Panini Comics, mar. 2013. p. 74-75.
Cascão diz não querer ir ao parquinho porque não quer perder tempo com brinquedos,
como gangorras e balanços, já que está na idade de curtir brinquedos mais radicais,
2. Por que Cascão diz não querer ir ao parquinho com Dudu? Esse parece ser o
mas esse não parece ser o verdadeiro motivo, porque, nos dois
verdadeiro motivo? últimos quadrinhos, Cascão revela que está com medo de se
molhar nas poças de água formadas pela chuva do dia anterior.
3. Copie uma fala de Cascão que mostra a zombaria que ele fez com Dudu.

Possibilidades: Cuti-cuti!; Empurra aqui, empurra ali e balança a fralda!; Ui! Ui!

Que mimo!

4. Observe a expressão de Dudu no terceiro quadrinho e releia o que ele fala.

— Ah, é? Não fala mal, não, que eu gosto do parquinho, tá?

181

233
a) Releia o verbo destacado. Ele está empregado no presente porque:

X mostra o que o menino sente no momento em que fala.

mostra um fato que já tinha acontecido antes.

mostra algo que ainda vai acontecer.

mostra algo que acontece sempre.

b) A quem a forma verbal gosto se refere? Ao Dudu (eu).

5. No quarto quadrinho, Cascão responde:

— Ainda mais que eu sei que o que você quer é alguém para
te empurrar no balancinho!

Assinale o motivo por que Cascão usou os verbos destacados no presente.

A) Mostrar um fato já acontecido antes.

B) Mostrar um fato que acontece sempre.

C) X Mostrar certeza no momento em que está falando.

D) Mostrar o que poderá acontecer.

6. Releia o último quadrinho.

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


Que verbo Cascão usa para indicar um fato acontecido no dia anterior?

Choveu.

182

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

234
Atividade 7
Esta atividade poderá ser ampliada
utilizando outros textos retirados de
7. Já vimos que, na língua falada, muitas vezes reduzimos palavras. Isso também diferentes partes de jornais, revistas
ou portais de notícias da internet. De-
acontece com os verbos. Leia o quadrinho a seguir.
safiar os estudantes a identificar os
tempos verbais em títulos (por exem-

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


plo: “Artista mostra em show seu
quarto disco”, “Caminhão colidiu
com veículo na rodovia”), notícias (por
exemplo: “Segundo a pesquisa, o pre-
ço dos imóveis subirá nos próximos
meses”), classificados (por exemplo:
“Vendo um terreno localizado em
Parintins”), horóscopos (por exemplo:
“Hoje não é um bom dia para negó-
cios. Aguarde que em breve as opor-
a) Que verbo está sendo usado na forma reduzida? Tô. tunidades surgirão”), etc.
Selecionados os materiais e desta-
b) A que forma verbal essa forma corresponde? cados os verbos, os estudantes pode-
Corresponde à forma verbal estou.
rão agrupá-los conforme o emprego
no presente, no passado ou no futuro,
8. Leia estas manchetes, isto é, estes títulos de notícias, e observe os verbos discutindo algumas conclusões. Por
exemplo: nos classificados, em geral,
destacados.
o tempo empregado é o presente,
enquanto nos horóscopos costumam
Pessoa viva mais velha do mundo carregará tocha dos Jogos de Tóquio ser empregados o presente e o futuro,
Uol, 5 mar. 2021. Disponível em: https://tedit.net/9CZoVJ. Acesso em: 22 abr. 2021. etc.
Atividade 7, item b
Fóssil revela minitartaruga que viveu com dinossauros em SP. Comente com os estudantes que,
Terra, 13 fev. 2020. Disponível em: https://tedit.net/ioRXqH. Acesso em: 22 abr. 2021.
provavelmente, o tempo presente foi
o mais empregado para que o leitor
sinta mais proximidade com o fato
Brasil ganha centro para conservação de espécies ameaçadas de extinção. noticiado.
Joca, 1o abr. 2021. Disponível em: https://tedit.net/g8V6DX. Acesso em: 22 abr. 2021.

a) Em que tempo cada uma das formas verbais destacadas foi empregada: no pre-
sente, no passado ou no futuro?

carregará: futuro; viveu: passado; revela, ganha: presente

b) Que tempo foi o mais empregado nesses títulos de notícias?

O tempo presente.

183

235
Palavras em jogo
O objetivo desta seção é promover
a consciência fonêmica e a instru-
ção fônica sistemática, componen- Palavras em jogo
tes essenciais para a alfabetização.
(Referência: PNA) Sons nasais: sílabas com -ão
Sons nasais: sílabas ● Releia esta fala de Dudu:
com -ão
Cascão!! Tô indo brincar lá no parquinho!! [...]
As atividades da seção nesta uni-
dade têm por objetivo sistematizar o
que já está sendo trabalhado desde a) Encontre e pinte as palavras que terminam como Casc‹o.
a alfabetização: a habilidade de ler e
de escrever corretamente palavras I M Ã P T B A L Ã O E V Ã O
com marcas de nasalidade. (Referên-
cia: BNCC – EF03LP01) P Ã O L B O T Ã O E P I Ã O

Plural de palavras Z A S A B Ã O T C Ã O G F D
terminadas em -ão
Comentar com os estudantes as b) Escreva as palavras que você encontrou.
noções de singular e plural. Chamar
a atenção deles para os três tipos de Balão, vão, pão, botão, pião, sabão, cão.
terminação que o plural de -ão pode
ter: -ãos, -ães e -ões.

Plural de palavras terminadas em -ão


● Observe a quantidade de cada imagem e leia.

Singular Plural

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


leão leões

irmão irmãos

cão cães

Compare o plural das palavras e converse com os colegas: O que se pode concluir
sobre isso? Sugestão: Apesar de as três palavras no singular terminarem em -ão, no
plural a terminação muda, não é igual.
184

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

236
As terminações -am e -ão
nos verbos
O conteúdo explorado nesta seção
As terminações -am e -ão nos verbos tem por objetivo auxiliar os estudan-
tes em suas escolhas com conheci-
● Leia as frases a seguir em voz alta e observe as formas verbais destacadas. mentos linguísticos e gramaticais
As pedras se afastam. essenciais para a produção de textos
com maior segurança e autonomia.
As pedras se afastaram. Esse conteúdo é também uma forma
As pedras se afastarão. de desenvolver instrução fônica de
forma sistemática, pois o estudante
a) Repita essas formas em voz alta: deverá refletir sobre a representação
sonora semelhante por meio de gra-
afastam afastaram afastarão femas diferentes. (Referências: PNA e
BNCC – EF35LP07)
Por representarem som semelhan-
b) Ao pronunciar essas palavras em voz alta, o que você pode perceber em relação
te, as terminações -am e -ão podem
ao som da terminação desses verbos? ser confundidas na escrita. Seu uso
como terminações verbais pode ser
Na fala, as terminações -am e -ão representam sons parecidos, mas -am tem
estabelecido como regularidade
um som mais fraco do que -ão. morfológico-gramatical: por exem-
plo, cantarão, beberão, partirão são
formas da 3a pessoa do plural no fu-
turo e devem ser escritas com -ão; já
cantaram, beberam, partiram são
Agora você formas da 3a pessoa do plural no pas-
sado e devem ser escritas com -am
1. Complete o título de notícia com o verbo no passado. Faça a concordância adequada no final. É importante que os estudan-
com o sujeito da frase. tes cheguem à regularidade primei-
ramente pela frequência com que
ocorrem. A construção de listagens é
Estradas e construções derreteram com aquecimento global (derreter)
uma forma de perceberem essa fre-
BBC News, 2 abr. 2021. Disponível em: https://tedit.net/PsJsaw. quência e, assim, deduzirem uma re-
Acesso em: 22 abr. 2021. (Adaptado.)
gra, mesmo que de caráter mais
espontâneo.
2. Complete com os verbos ficar e transformar de acordo com o tempo indicado,
Agora você
fazendo a concordância com o sujeito da frase:
Atividades 1 e 2
a) Os ossos da onça ficaram limpinhos e se transformaram em É importante que os estudantes
uma flauta. (passado) apliquem as regras básicas de concor-
dância verbal, que estão aprendendo,
b) Os ossos da onça ficam limpinhos e se transformam em para completar corretamente as fra-
uma flauta. (presente) ses, de acordo com o que é pedido
nos enunciados, prosseguindo no
c) Os ossos da onça ficarão limpinhos e se transformarão em desenvolvimento da habilidade de
utilizar esse conhecimento gramati-
uma flauta. (futuro)
cal. (Referência: BNCC – EF35LP07)
185

237
Memória em jogo
A atividade pode favorecer a
fluência em leitura oral coletiva,
estimulando a fala com cadência, rit- Memória em jogo
mo e articulação clara de palavras.
É importante que, nesta altura do ● Leia o poema “A semana inteira”, de Sergio Caparelli, e tente memorizá-lo. Depois,
ano escolar, os estudantes já regis- escreva o que você memorizou no caderno.
trem os textos memorizados com
maior exatidão, observando a dispo- A semana inteira
sição da escrita, a pontuação e o em-
A segunda foi à feira,
prego de letras maiúsculas em nomes
Precisava de feijão;
próprios e no início dos versos. (Refe-
A terça foi à feira,
rência: BNCC – EF35LP07) Topconce
pt/S
Pra comprar um pimentão; hu
tte
r sto
ck

Coleção de palavras A quarta foi à feira,


Pra buscar quiabo e pão;
O objetivo desta seção é promover A quinta foi à feira,
o desenvolvimento de vocabulá- Pois gostava de agrião;
rio, componente essencial para a al- A sexta foi à feira,
fabetização. (Referência: PNA) Tem banana? Tem mamão?

Sábado não tem feira


E domingo também não.
Sérgio Caparelli. 111 poemas para crianças. Porto Alegre: L&PM, 2012. p. 17.

Coleção de palavras
As palavras da lista a seguir apareceram nos contos que você leu nesta unidade. Leia
os significados que elas têm nos textos e também alguns outros sentidos que elas po-
dem ter em outras situações.
As imagens não estão
Casco representadas em proporção.
Dewitt/iStockphoto/Getty Images

Simon Annable/Shutterstock
1. Espécie de armadura óssea que 2. Parte de uma embarcação que
protege o corpo das tartarugas, dos a faz flutuar. Por exemplo: “O
jabutis e dos cágados. Por exemplo: casco do barco furou e eles quase
“Recolheram uma tartaruga no mar naufragaram”.
com o casco machucado”.

186

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

238
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-
Canela As imagens não estão
representadas em proporção. dos nesta unidade para que os estu-
dantes se apropriem da organização
dos conteúdos, atribuindo nomes a
Brian Eichhorn/Shutterstock

2. Casca da árvore caneleira,

Indian Food Images/Shutterstock


1. Parte da frente da
perna, que fica entre que pode ser usada na eles. Ler o quadro-síntese para os es-
o pé e o joelho. Por alimentação para dar sabor e tudantes, orientando-os sobre as co-
exemplo: “Tropeçou cheiro a comidas e bebidas. lunas que o compõem.
e bateu a canela na Por exemplo: “Gosto de A coluna Avancei indica o que os
perna da mesa”. comer bolinho de chuva com estudantes já sabem depois de terem
açúcar e canela”. estudado o conteúdo da unidade. A
coluna Preciso estudar mais indica
● Você já conhecia algum desses significados? Copie essas palavras no caderno o que é preciso retomar e estudar um
para compor a sua coleção de palavras. Você pode ampliar a sua lista buscando pouco mais. Motivá-los a fazer co-
outras palavras no dicionário. mentários sobre o próprio desempe-
nho e ajudá-los a reconhecer a
necessidade de revisão.
Considerando que a unidade 7 já
O que estudamos avança para a segunda metade do
ano, é importante mostrar uma aber-
tura de diálogo mais sistemático com
cada estudante para observar as ne-
Autoavaliação cessidades individuais e melhorar o
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade. desempenho de todos. É também
Respostas pessoais. fundamental que essa reflexão sobre
avanços e dificuldades feita pelos es-
Preciso
Unidade 7 Avancei tudantes seja sempre um ponto de
estudar mais
referência para o planejamento de
• Leitura e interpretação de conto popular aulas do professor, com a finalidade
de reduzir ou eliminar as dificuldades
• Identificação de elementos da narrativa:
narrador, personagens, espaço, tempo e enredo da turma.

• Identificação de momentos do conto: início,


complicação, suspense e final
• Reconto de história
• Estudo de diferenças entre a língua falada e a
língua escrita
• Identificação do tempo nas formas verbais:
presente, passado e futuro
• Estudo das terminações -am e -ão nas formas
verbais
• Participação em atividades orais

187

239
Conclusão da unidade 7

Nesta unidade, há momentos para o monitoramento do próprio desempenho, estimulando a reflexão individual sobre o
desenvolvimento dos estudantes individualmente e/ou de to- processo de aprendizagem e a participação ativa nesse processo.
da a turma propostos por meio de atividades que podem ser A seguir, há uma sugestão para o acompanhamento de
empregadas para a avaliação processual/formativa, por exem- aprendizagens que, em conjunto com o registro de resulta-
plo, a apresentada em Linguagem e construção do texto, na dos de avaliação processual/formativa, possibilita o acom-
Produção textual, e em Agora você, de Língua: usos e re- panhamento sistemático do desempenho dos estudantes.
flexão. Tal avaliação permite identificar os estudantes com Se julgar adequado, use-o para o registro de observações e
defasagens e/ou dificuldades, o que favorece a elaboração de resultados de sua avaliação. Ele permite identificar os obje-
um plano para rever conteúdos e habilidades que necessitem tivos não atingidos e replanejar atividades. Todas as anota-
de consolidação ou retomada. ções relativas ao desempenho dos estudantes são instru-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra no mentos importantes para o acompanhamento do desenvol-
final da unidade, para conversar com os estudantes a respeito do vimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar conto popular. Compreensão de texto


Identificar elementos da narrativa: narrador, personagens, espaço, tempo e
Compreensão de texto
enredo.
Identificar momentos do conto: início, complicação, suspense e final. Compreensão de texto
Recontar história. Produção de texto

Estudar diferenças entre a língua falada e a língua escrita. Língua: usos e reflexão

Identificar tempo nas formas verbais: presente, passado e futuro. Língua: usos e reflexão

Estudar as terminações -am e -ão nas formas verbais. Palavras em jogo

Leitura oral em foco


Prática de oralidade
Participar de atividades orais.
Observação cotidiana da
expressão oral do estudante
Ampliar repertório de leitura. Atividades de leituras extras
Observação cotidiana da
expressão oral e escrita do
Ampliar vocabulário expressivo e receptivo. estudante
Vocabulário em foco e
Coleção de palavras

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de defa- de contos populares em casa; produção e apresentação de re-
sagens, atividades para remediação e/ou atendimento de difi- contos de histórias em pequenos grupos; leituras orais expressi-
culdades podem ser propostas. Em leitura: leitura partilhada, com vas. Para dificuldades nos estudos sobre a língua: atividades de
estímulo à participação dos estudantes para a localização de identificação das diferenças entre língua falada e língua escrita
informações em textos lidos/ouvidos; leitura de contos popula- e de verbos em orações e textos. Para apropriação de convenções
res selecionados pelos estudantes na biblioteca da escola ou da ortográficas: elaboração e leitura de listagem de palavras e rea-
sala ou previamente escolhidos pelo professor; estímulo à leitura lização de jogos ortográficos.

240
Introdução da unidade 8

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar um relato pessoal.
• Produzir um relato pessoal.
• Identificar as pessoas do verbo e usar concordância verbal.
• Reconhecer o uso de pronomes pessoais e possessivos.
• Observar o uso da expressão “a gente”.
• Estudar sons nasais: til, letra N e letra M antes de P e B.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades sobre essa classe gramatical e sobre as pessoas verbais. Essa
propostos nesta unidade, espera-se que os estudantes diferen- revisão facilitará o estudo do pronome feito na unidade.
ciem textos ficcionais de não ficcionais. É importante também A decodificação de palavras comuns com autonomia e
que consigam identificar o tipo de narrador presente no texto e fluidez é esperada, uma vez que se trata de uma das condições
diferenciem os tempos verbais já estudados. Para mobilizar co- necessárias para a compreensão dos textos. Estudantes com
nhecimentos prévios sobre relatos pessoais, sugere-se conversar dificuldades precisam de acompanhamento sistemático. É
sobre o que já sabem a respeito desse gênero textual e que te- fundamental avaliar se há problemas associados à falta de
nham contato, em sala, com exemplos diversificados seleciona- apropriação da base alfabética e das convenções do sistema
dos pelo professor. O estímulo à ampliação do vocabulário de escrita, à falta de convívio com textos diversificados (baixo
dominado é essencial para que possam aumentar suas possibli- grau de literacia) e à dificuldade de leitura relacionada a vo-
dades de compreensão dos textos lidos e incrementar suas pro- cabulário limitado, para que estratégias para solucioná-los
duções orais ou escritas. sejam empregadas.
Para o trabalho com concordância verbal, os estudantes de- Listagens de palavras com sons nasais são indicadas para le-
vem ser capazes de identificar e empregar verbos em orações. vantamento inicial de possíveis dificuldades associadas à leitura
Sugere-se rever coletivamente os conhecimentos que já têm e à representação gráfica de tais sons.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Esta unidade tem como um dos focos o estudo de relatos pes- sobre a língua, está vinculado a textos e, considerando a pro-
soais, tendo como objetivo o aprimoramento da compreensão de gressão em espiral, retoma conceitos já estudados. Nesta unida-
textos desse gênero do campo de atuação da vida cotidiana. As de, estudos sobre a língua dão continuidade à identificação do
atividades enfatizam, especialmente, a identificação da finalidade verbo e das pessoas verbais, introduzem a noção de concordân-
desse gênero, a observação de características da linguagem em- cia verbal e a ampliação do conceito de pronome. O trabalho
pregada e a localização de informações. Com isso, espera-se o com os sons nasais ocorre para que os estudantes ampliem o
desenvolvimento de maior autonomia dos estudantes para a lei- desenvolvimento da consciência fonológica e o domínio de con-
tura e a compreensão de textos. Há também o objetivo de se venções ortográficas na leitura e na escrita de palavras.
ampliar a capacidade de expressão escrita e oral, a partir de ativi- Atividades orais desenvolvidas durante a unidade têm como
dades organizadas para que relatos pessoais sejam apresentados. foco estimular exposições de ideias de forma clara, organizada,
O desenvolvimento das práticas de análise linguística/semió- desenvolta e expressiva, além de destacar a importância da es-
tica (alfabetização e ortografização), constituída dos estudos cuta atenta.

241
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica
instrução fônica sistemática
desenvolvimento de vocabulário
8 Relato pessoal
• fluência em leitura oral
• compreensão de textos
• produção de escrita

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competências geral: 3, 4, 8 e 9
Competência específica
de Linguagens: 1, 2, 3 e 5
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 3, 4, 7, 8 e 9

da editora
a/Arquivo
Giz de Cer

Habilidades da BNCC
Principais habilidades
abordadas na unidade
EF03LP08 EF15LP03 EF35LP01
EF03LP12 EF15LP05 EF35LP02 Nesta unidade você vai...
EF03LP13 EF15LP06 EF35LP03 ● ler e interpretar um relato pessoal;
EF03LP16 EF15LP09 EF35LP04 ● produzir um relato pessoal;
EF03LP17 EF15LP10 EF35LP06 ● identificar as pessoas do verbo e usar a
EF03LP25 EF15LP11 EF35LP08 concordância verbal;

EF03LP26 EF15LP12 EF35LP14 ● reconhecer e usar pronomes pessoais e possessivos;


EF15LP01 EF15LP13 EF35LP19 ● observar o uso da expressão “a gente”;
EF15LP14 EF15LP18 ● estudar sons nasais: til, letra N e letra M antes de
P e B;
● participar de atividades orais.

188

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura Oralidade
linguagem
• Gênero: relato pessoal (campo da vida cotidiana) • Conversa espontânea sobre
• Leitura e interpretação de relato pessoal sentimentos positivos e negativos
• Localização de elementos específicos do texto: • Interações orais em atividades
em grupo ou coletivas
Quem? O quê? Quando? Onde?
Conteúdos
• Identificação de marcas da 1 pessoa no relato pessoal
a
• Relato de experiência
• Relação de causa e efeito entre fatos vivida adequada à situação
• Identificação da ideia central/assunto do texto comunicativa
• Roda de relatos pessoais
242
Orientações didáticas
Chamar a atenção dos estudantes
para o que está escrito na lousa e sua
relação com a postura das crianças,
que escutam o colega que gesticula
enquanto fala.
A observação desses aspectos na
● O que você acha que está acontecendo na cena ilustração concretiza visualmente as
representada? Possibilidade: Um estudante está habilidades a serem exercitadas em
contando algo para os demais.
● Você acha importante compartilhar com os uma situação de fala e escuta que o
colegas experiências vividas por você? Por quê? relato pessoal pressupõe. (Referências:
Respostas pessoais. BNCC – EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11
e EF15LP12)
Ao relacionar o texto das questões
propostas com a leitura da imagem,
os estudantes exercitam a habilidade
de relacionar texto com ilustrações e
outros recursos gráficos. (Referência:
BNCC – EF15LP18)

189

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Planejamento e produção de relato • Pronomes pessoais e possessivos
pessoal de um fato registrado na • As pessoas do verbo e a concordância verbal
memória
• Atividades • Uso da expressão “a gente”
Conteúdos
edição
de revisão, reescrita e
• Sons nasais: til, uso de N e uso de M antes
de P e B
• Apresentação
produzidos
oral de textos

243
Para iniciar
Uma máscara diferente!
A leitura e a compreensão do tex-
to instrucional desta seção exercitam Para iniciar
uma habilidade do cotidiano viven-
ciado por todos, tanto no espaço fa- Uma máscara diferente!
miliar como no escolar, ao envolver a
identificação e a reprodução da for- ● Você já pensou que as pessoas podem não agir da mesma forma o tempo todo?
matação própria do texto injuntivo Em um dado momento, podemos estar calmos como um gatinho dócil e, em
instrucional. (Referência: BNCC –
EF03LP16) outro momento, mais bravos que um tigre.
O aspecto lúdico da confecção de Vamos fazer uma máscara para representar dois lados diferentes de uma mesma
duas máscaras de animais que repre- pessoa. Leia o passo a passo e entre na brincadeira!
sentam características opostas esti-
mula a reflexão sobre como retratrar
tais características e como torná-las
visuais na escolha de formas, cores,
detalhes, etc. As máscaras confeccio-
nadas nesta atividade serão usadas
na seção Prática de oralidade.
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

Atividade preparatória
Antes de iniciar a confecção das
máscaras, propor aos estudantes um
jogo rápido em que eles relacionem
os animais que conhecem a diferentes Material necessário
sentimentos.
Dizer em voz alta um sentimento e • 2 pratinhos de papelão
pedir às crianças que respondam, in-
dividualmente, com qual animal elas • material para pintar a máscara
relacionariam esse sentimento.
Trabalhar com sentimentos opostos
• elástico para unir as partes da máscara
(por exemplo: tristeza/alegria; medo/
Modo de fazer
coragem; calma/agitação, entre ou-
tros) para que os estudantes exercitem 1. Pense em dois animais diferentes. Por exemplo: um leão bravo e um coelho
a imaginação e possam escolher com
mais facilidade os animais que serão muito manso, ou um cachorro muito bravo e um gato muito manso.
representados nas máscaras.
2. Faça duas máscaras com desenhos de animais bem diferentes e una-as com o
elástico.
Modo de fazer, item 2
Chamar a atenção dos estudantes 3. Quando colocar na cabeça, o animal que cobrir o seu rosto deve representar
para a necessidade de abrir orifícios
o oposto do animal que ficará na parte de trás da cabeça.
na altura dos olhos e do nariz, para
Texto elaborado pelas autoras.
que se possa enxergar e respirar du-
rante o uso das máscaras. Guarde as máscaras para uma atividade que será feita nesta unidade.
Sinalizar que as máscaras serão
utilizadas em uma atividade posterior 190
estimula antecipações que, confirma-
das ou não, predispõem os estudan- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
tes a seguir em frente com o estudo
da unidade.

244
Ao comentar o gênero relato pes-
soal, salientar que se trata de narrativa
sobre um fato real que documenta
experiências vividas por quem narra;
Podemos contar histórias imaginadas, mas podemos também contar fatos ressaltar o uso da primeira pessoa.
reais que aconteceram conosco. Nesses momentos, podemos falar sobre o que Destacar o fato de o texto ter sido
vimos, sentimos, pensamos...
escrito por um menino de 10 anos,
para ser publicado em uma seção cha-
Isso é fazer relatos pessoais. mada Ideias de um jornal de grande
Leia a seguir o relato de um menino de 10 anos sobre um programa de TV. circulação, em um caderno destinado
ao público dessa faixa etária.

Leitura: relato pessoal Leitura : relato


● Acompanhe a leitura da professora. Aguarde o final da história para fazer per-
pessoal
guntas ou comentários. Sugere-se a leitura compartilhada
do texto, com entonação e expressi-
Monstros dentro da gente vidade que enfatizem o caráter inti-
1 Assistindo ao programa “Que Monstro te Mordeu?”, da TV Cultura, cheguei à con- mista do relato.
clusão de que todos nós temos muitos monstros dentro da gente. São os nossos senti- Gênero: relato pessoal (campo da
mentos ruins, como raiva, egoísmo, ciúmes, inveja etc. vida cotidiana). O relato pessoal é um
2 Os monstros ficam guardados e, em alguns momentos, eles aparecem e nos fazem gênero que narra fatos, experiências
sentir mal.
pessoais vividas. Difere dos textos li-
3 Para um monstro crescer, temos que alimentar o sentimen- terários por ser uma narrativa de fatos
aliviado: calmo, livre de
to ruim. E, para fazer o monstro diminuir, temos que perceber preocupações.
reais. Geralmente é construído em
que ele existe e pensar em coisas boas, pedir ajuda para adultos, perturbando: causando
1a pessoa (eu/nós). É importante que
amigos, familiares e professores. desordem, confusão,
os estudantes reconheçam esse gê-
nero nas situações de oralidade, nas
4 Outro dia, um monstro cresceu dentro de mim quando minha intranquilidade.
conversas do dia a dia e nas diversas
mãe mandou eu parar de jogar videogame. Naquele momento, a
situações em que se quer contar uma
raiva cresceu, cresceu, cresceu tanto, que eu respondi para ela.
experiência vivida, porque estimula a
5 Meu irmão veio conversar comigo, e, aos poucos, a coisa ruim foi diminuindo. Pedi
elaboração de uma sequência coe-
desculpas para minha mãe e o sentimento desapareceu. Fiquei aliviado.
rente (começo, meio e fim). O texto
6 Portanto, sempre que perceber que um monstro está perturbando sua vida, procure
desta unidade, por ter sido publicado
se acalmar, respirar fundo e fazer o possível para se livrar dele.
em um jornal, insere-se no campo
João Vitor Marolla. Monstros dentro da gente. Folha de S.Paulo, 21 mar. 2015. Folhinha, p. 8. jornalístico; entretanto, por ser relato
de um fato do dia a dia, pode tam-
bém ser inserido no campo da vida
Sobre o autor cotidiana. É importante notar que, por
se tratar de um texto pessoal, o autor
© João Vitor Marolla/Folhapress

João Vitor Marolla foi pode manifestar opiniões ou posi-


colunista da Folhinha por um ções diante da experiência que viveu.
mês, no ano de 2015, quando Neste estudo, são privilegiados textos
tinha 10 anos. Na época, sua que circulam em campos da vida so-
matéria preferida na escola cial dos estudantes, considerando
era Ciências. que, além de ler e compreender com
autonomia o texto, eles se sintam se-
guros para produzir textos com ex-
191 pressão de sentimentos e opiniões.
Além disso, a seção promove o de-
senvolvimento da compreensão
de textos, componente essencial
para a alfabetização. (Referências:
PNA e BNCC – EF15LP01, EF35LP01 e
EF03LP13)

245
Compreensão
do texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- Compreensão do texto
nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA) Atividade oral e escrita
Atividade 1
1. João Vitor, o autor do texto, fala em “monstros dentro da gente”. Que “monstros”
Questão para localização de infor-
mações. A atividade contempla a são esses? Converse com os colegas.
habilidade de localizar informações Sugestão: Sentimentos ruins, como raiva, egoísmo, ciúme, inveja, etc.
explícitas em textos. (Referência: 2. Escolha um dos “monstros” citados e desenhe como você o imagina.
BNCC – EF15LP03)
Atividade 2 Desenho do estudante.
Retomar a leitura deste trecho do
primeiro parágrafo: “cheguei à con-
clusão de que todos nós temos mui-
tos monstros dentro da gente. São os
nossos sentimentos ruins, como raiva,
egoísmo, ciúmes, inveja etc.”. Assim,
os estudantes poderão escolher um
dos sentimentos para representar vi-
sualmente como monstro.
A atividade contribui para o desen-
volvimento da competência geral 4
da BNCC.

192

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

246
Atividade 3, item a
Esta atividade auxilia na inferência
de sentidos: os estudantes devem
3. Releia este trecho do relato “Monstros dentro da gente”. deduzir a resposta com base nos
elementos do texto. (Referência:
Os monstros ficam guardados e, em alguns momentos, BNCC – EF35LP04)
eles aparecem e nos fazem sentir mal. Atividade 4
Questão para localização de infor-
mações no texto. (Referência: BNCC
a) O que quer dizer “Os monstros ficam guardados”?
– EF15LP03)
Sugestões: Os sentimentos ruins ficam dentro das pessoas./Ficam escondidos Atividade 5
Esta atividade estimula o estabele-
dentro de nós.
cimento da relação de causa e efeito
entre os fatos.
b) Marque um X nas alternativas que melhor explicam a ideia dessa frase.
Atividade 6
A) Só algumas pessoas têm sentimentos ruins. Questão de localização de infor-
mações no texto.
B) X As pessoas podem ter sentimentos ruins e se sentirem mal por isso. Atividade 7
Questão para perceber efeitos de
C) X Os sentimentos ruins que não expressamos podem reaparecer. sentido de recursos empregados no
texto.
4. Qual foi o “monstro” ou sentimento que, um dia, cresceu dentro do autor do texto?

Raiva.

5. Complete a frase.
O sentimento de raiva no menino foi provocado porque a mãe mandou desligar

o videogame.

6. Como o menino se livrou do sentimento ruim?

Ele pediu desculpas para a mãe, depois de uma conversa com o irmão.

7. Releia:

[...] a raiva cresceu, cresceu, cresceu tanto [...]

Por que o menino escreveu a palavra cresceu três vezes?

Sugestão: Ele usou a repetição para mostrar que o sentimento ficou cada

vez mais forte.

193

247
Atividade 8, item b
Nesta atividade, os estudantes re-
conhecem partes do texto. Ao identi-
ficar que a palavra portanto marca o 8. Numere os parágrafos do texto.
início de uma conclusão, eles têm a
possibilidade de verificar a importân- a) Escreva o número dos parágrafos que relatam o fato acontecido com o menino.
cia desse conectivo para estabelecer 4e5
a coesão e a coerência no texto lido.
Se considerar interessante, perguntar b) Copie do último parágrafo a palavra que mostra que é uma conclusão.
se o parágrafo teria o mesmo sentido
sem o uso dessa palavra. (Referência: Portanto.
BNCC – EF35LP06)
9. O autor dá ideias para não deixar os sentimentos ruins tomarem conta de nós.
Atividade 9, item a
A questão é de livre escolha, para a) Marque um X na ideia que, para você, é a melhor. Resposta pessoal.
extrapolação, levando os estudantes
a se posicionar em relação ao texto. A) Pensar em coisas boas. C) Pedir ajuda a um adulto.
Atividade 9, item b
A questão também é de extrapo- B) Pedir ajuda aos amigos. D) Respirar fundo e esperar passar.
lação, para que os estudantes se po-
sicionem, mas expressando com suas b) Que outra sugestão você daria para esses sentimentos não crescerem dentro de
palavras o que fariam para evitar sen- nós? Converse com os colegas. Resposta pessoal.
timentos ruins (“monstros” que cres-
cem dentro das pessoas, segundo a 10. O texto que você leu é um relato pessoal, ou seja, o autor conta um fato acontecido
metáfora estabelecida no texto). com ele mesmo.
Atividade 10, item a
Esta atividade é de localização de a) Para saber como o texto está organizado, ligue as perguntas abaixo com as res-
dados no texto e de sistematização do postas correspondentes.
estudo dos elementos da narrativa.
Atividade 10, item b Quem conta o fato? Na casa do menino.
O foco é o sentido das palavras, e
não uma classificação gramatical. Esses
conteúdos serão sistematizados em Quando aconteceu? Um momento de raiva
anos posteriores. vivido pelo menino.
Espera-se que os estudantes só iden-
tifiquem os pronomes possessivos co- O que aconteceu?
O próprio autor.
mo recurso anafórico em relação à
primeira pessoa (eu/nós) e a forma
verbal como referência a essa mesma Onde provavelmente
pessoa (1a do singular ou plural). aconteceu? No passado.
(Referência: BNCC - EF35LP14)
b) Copie uma palavra do texto que mostra que é o menino quem conta o fato.

Pronomes: nós, nossos, nos, mim, minha, eu, comigo, meu.

Verbos: cheguei, temos, respondi, pedi, fiquei.

194

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

248
Atividade 10, item c
Os estudantes poderão citar tam-
bém os verbos no passado. O conjun-
c) Copie uma expressão do texto que mostra que o fato já tinha acontecido há algum to dessas expressões coloca o relato
como um registro de memória, a
tempo e ficou na memória do autor.
narração de um fato passado que, por
Outro dia. alguma razão, ficou marcado nas lem-
branças do autor.
d) Marque um X na afirmação que completa adequadamente a frase a seguir.
Atividade 10, item d
Esse texto conta um fato: É importante destacar a diferença
entre o relato (fatos vividos) e a narra-
A) imaginado pelo menino.
tiva ficcional (fatos imaginados).
B) X vivido realmente pelo menino. Atividade 11
Esta atividade exercita a habilida-
C) visto pelo menino na TV. de de inferir a ideia central, o assun-
to, com base na compreensão global
D) contado ao menino pelo irmão.
do texto. (Referência: BNCC –
EF35LP03)
11. Juntos, completem a frase a seguir para resumir o assunto do texto. Na leitura e preenchimento do
quadro-síntese da seção Hora de or-
O texto fala sobre Sugestão: Sentimentos ruins que podem crescer como monstros ganizar o que estudamos, é impor-
tante que os estudantes percebam
dentro da gente e como podemos agir para que eles diminuam ou desapareçam. . que, mesmo em diários ou outros
gêneros que apresentam relatos de
Quando uma pessoa fala de si mesma, contando fatos e experiências que realmente viveu, acontecimentos em que vivências e
dizemos que está fazendo um relato pessoal. emoções são relatadas, há uma for-
matação própria do gênero. (Referên-
cia: BNCC – EF03LP17)
Hora de organizar o que estudamos
Hora de organizar o
● Leiam, juntos, as palavras do quadro a seguir e completem o esquema. que estudamos
A atividade de ler e completar o
eu   memória   fatos reais   passado
esquema exercita a habilidade de
identificar e reproduzir as observações
Relato pessoal
feitas durante as atividades de estudo
do gênero relato pessoal, além de
Texto que narra fatos vividos pela própria pessoa que conta exercitar a habilidade de recuperar as
ideias principais em situações formais
de escuta de apresentações. (Referên-
Intenção/finalidade Linguagem Leitor cias: BNCC – EF03LP26 e EF35LP19)
• Registrar fatos guardados • Uso do eu para mostrar que • Pessoas que gostam de ler
quem vive o fato é quem conta
na memória • Geralmente, os fatos são contados no fatos reais

tempo passado

195

249
Vocabulário em foco
Esta seção promove o desenvol-
vimento de vocabulário, compo-
nente essencial para a alfabetização. Vocabulário em foco
(Referência: PNA)
Apontamos como correta a alter- ● No relato, a palavra monstro dá nome a sentimentos ruins. O significado dessa
nativa b, pois se espera que os estu- palavra no relato está no sentido figurado. Leia:
dantes associem os sentimentos de
raiva, egoísmo, ciúmes e inveja a seres São os nossos sentimentos ruins, como raiva, egoísmo, ciúmes, inveja etc.
assustadores. Caso indiquem outras
respostas, acolha-as e, desde que se-
jam plausíveis, aceite-as. Com qual dos outros sentidos da palavra monstro, a seguir, esses sentimentos
mais se parecem?
Leitura oral em foco
O objetivo desta seção é promover A) Seres cruéis.
a fluência em leitura oral, componen-
te essencial para a alfabetização. (Re- B) X Seres assustadores.
ferência: PNA)
C) Seres enormes.
Atividade complementar
Esta seção tem a finalidade de su- D) Seres malvados.
gerir livros, sites, CDs e filmes aos es-
tudantes. É importante ressaltar que, Leitura oral em foco
em geral, os itens desta seção têm em
comum os gêneros textuais trabalha- ● Releia o texto silenciosamente antes de treinar a leitura em voz alta, preparan-
dos ao longo da unidade – e não ape- do-se para fazê-la para a professora.
nas, ou necessariamente, o tema.
Em momento oportuno, acompa-
nhar os estudantes em uma visita à SUGESTÕES
biblioteca ou ao cantinho de leitura
para que possam selecionar livros de • Chegou o momento de selecionar, na biblioteca ou no canto de leitura da sala de aula, livros
relatos pessoais para leitura individual. com relatos de fatos vividos por alguém. Mostre aos colegas aqueles de que você mais gos-
Pedir que justifiquem a escolha dos ta e recomende a leitura a eles. Veja algumas sugestões:

e-Book
livros e, após a leitura, compartilhem

a Brinqu
a opinião deles com os colegas. (Re-

ão/Editor
ferência: BNCC – EF35LP02) Catando piolhos contando histórias, de Daniel Munduruku,

Reproduç
publicado pelo selo Escarlate da editora Brinque-Book.

Reprodução/Editora Tonia Casarin


Tenho monstros na barriga, de Tonia Casarin, publicado
pela própria autora em edição independente.

196

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
Esta atividade é uma oportunidade de Para aferir a fluência em leitura oral com base registrar a velocidade da leitura de cada um,
aferir a fluência em leitura oral dos estudan- nesse parâmetro, será necessário gravar a leitura listar as palavras que foram pronunciadas com
tes, considerando velocidade, precisão e de cada um com um gravador de voz. O relato maior dificuldade e fazer observações acerca da
prosódia. Segundo a PNA, para os estudantes pessoal tem, ao todo, 166 palavras, portanto a prosódia, ressaltando o que pode ser melhorado.
do 3o ano, a expectativa, ao final do ano leti- expectativa é de que os estudantes completem Guardar esse registro para acompanhar o pro-
vo, é de uma velocidade de leitura de 90 a leitura do texto em aproximadamente 2 minu- gresso da fluência dos estudantes ao longo do
palavras por minuto e precisão de 95%, ga- tos, sendo possível maior dificuldade para pro- ano, empregando, quando necessário, atividades
rantida a compreensão do texto. nunciar cerca de 8 palavras do texto. Sugere-se de treino e remediação.

250
Pedir aos estudantes que colo-
quem as máscaras. Lembrar que a
máscara do animal que cobrir o rosto
deve representar o oposto do animal
Prática de oralidade que ficará na parte de trás da cabeça.
Conversa em jogo Atividade 2
Estimular os estudantes a pensar em

Ilustrações: Vanessa Alexandre/


Arquivo da editora
Monstros dentro da gente sentimentos que, em situações especí-
ficas, podem causar desconforto, como
1. Podemos ter nossos “monstros”, mas medo, timidez, falta de autoconfiança,
também temos muitas características e sensação de inferioridade, insegurança
sentimentos positivos. (achar-se feio, menos inteligente que
outras pessoas, inadequado, impopu-
Você vai precisar da máscara de dois lados que você fez no começo desta unidade. lar), etc. É importante também estimu-
O lado 1 representa um animal bravo e o lado 2 representa um animal manso. lar a valorização individual e ajudar os
estudantes a observar e ressaltar as
Use o lado 1 para falar de um “monstro” que você já sentiu dentro de você. próprias qualidades como forma de
O lado 2 você usará para falar do seu outro lado, que é o contrário do “monstro”. combater esses “monstros”.

2. Além dos “monstros” que aparecem no relato do menino, converse com os colegas Roda de relatos pessoais
sobre outros sentimentos que podem nos atrapalhar no dia a dia e, às vezes, quase Nesta atividade, é apresentada aos
estudantes a finalidade, ou seja, o ob-
viram “monstros”. jetivo geral do tipo de interação oral
que eles vão realizar. A identificação
Roda de relatos pessoais da finalidade motiva os estudantes a
empenhar-se mais na atividade. (Re-
Fazer relatos sobre si mesmo é uma forma de permitir que as outras pessoas conhe- ferência: BNCC – EF15LP13)
çam um pouco mais você. Por se tratar de um convite para que
os estudantes narrem fatos pessoais, é
● Pense em um fato marcante que aconteceu com você e que tenha despertado preciso oferecer a eles a opção de não
algum sentimento muito forte: alegria ou tristeza, raiva ou felicidade, decepção ou compartilhar suas memórias, caso não
encantamento, inveja ou admiração, coragem ou medo... queiram. Devem ser respeitadas essas
disposições para que um clima de cor-
a) Se quiser, prepare-se para contar o fato para os colegas da sala. Relembre: dialidade e segurança possa ser esta-
belecido em sala de aula.
• Quem viveu esse fato? • Quem estava presente? As duas etapas da seção Prática
de oralidade – Conversa em jogo
• Quando ele aconteceu? • Como aconteceu? e Roda de relatos pessoais – permi-
• Onde? • Quais sentimentos o fato despertou? tem a reflexão e a troca de ideias so-
bre os sentimentos negativos que
b) Espere a vez de ser chamado. convivem dentro de cada um, cau-
sando medo, insegurança e fragilida-
c) Lembre-se: os fatos são pessoais, estão ligados aos sentimentos de cada um. de diante de fatos vivenciados ao
Foram importantes para quem os viveu e por isso devem ser respeitados. longo do tempo, principalmente na
infância. Estimular a fala sobre esses
d) Se quiser perguntar alguma coisa, levante a mão e fale com respeito. sentimentos é uma maneira de afas-
tá-los. A troca sobre esse assunto en-
197 tre os estudantes pode ser uma
oportunidade de perceber que al-
guns dos maiores monstros são o
fingimento e o autoengano, que le-
Prática de oralidade Este é um bom momento para chamar a atenção vam a disfarçar e a reprimir os proble-
para os recursos que podem ser empregados ao mas em vez de entendê-los para
Conversa em jogo contar um fato marcante, como gestos, tom de voz poder superá-los.
O objetivo desta seção é estimular os estu- e expressão corporal. (Referência: BNCC – EF15LP12)
dantes, em conversação espontânea, a expor
seus sentimentos em um contexto comunica- Atividade 1
tivo descontraído, respeitando os turnos de Na seção Para iniciar, os estudantes fizeram
fala. (Referência: BNCC – EF15LP11) duas máscaras com desenhos de animais bem
O tema do texto pode estimular os estudan- diferentes: um bravo e um manso, por exemplo.
tes a refletir sobre si mesmos, visando ao auto- Com as máscaras prontas, é importante ajudá-los
conhecimento. a fixar o elástico.

251
Tecendo saberes
Esta atividade tem por objetivo mo-
tivar os estudantes a compreender as
linguagens como construção humana
histórica, social e cultural. (Referência:
Tecendo saberes
BNCC – Competência específica de
Linguagens 1. As pinturas como registro
Aproveitar o caráter interdiscipli-
● Em dupla, façam a leitura do texto, apreciem a pintura e, depois, troquem infor-
nar desse conteúdo para relacioná-lo
com História e Ciências. Comentar mações e impressões sobre o texto e a imagem.
que esses registros permitem saber
a rotina, os afazeres diários, os ani- Nas paredes da pré-história rupestres: gravadas em
rochas ou cavernas por
mais com os quais se convivia e as Assim como você gosta de rabiscar um caderno, os habi- povos primitivos.
situações do cotidiano do ser huma- tantes do Brasil pré-histórico também tinham lá suas obras preservados: conservados.
no em um período muito distante de arte – só que, há milhares de anos, o local escolhido pa-
do atual. Instruir os estudantes a ra deixá-las eram as paredes de cavernas e rochas espalha-
observar que, na imagem, é repre- das por aí. Conhecidos como pinturas e gravuras rupestres,
sentada uma ave grande, com lon- muitos desses desenhos estão preservados até hoje e vão
gas penas e asas que, abertas, têm sendo, aos poucos, descobertos pelos cientistas. [...]
enorme envergadura. Lucas Conrado. Nas paredes da pré-história. Ciência Hoje das Crianças,
A atividade desenvolve a compe- 18 dez. 2012. Disponível em: https://tedit.net/GhWIuF. Acesso em: 1o jun. 2021.
tência 5 específica de Linguagens.

Thomaz Vita Neto/Tyba


Desenho rupestre no Sítio Arqueológico Gruta das Araras, Serranópolis,
Goiás (GO), 2014.

● Conversem sobre a pintura rupestre: O que ela representa? Como ela pode ter
sido feita? Que sensações ela provoca?
Respostas pessoais.

198

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

252
Outras linguagens
O cartaz refere-se a uma série bra-
sileira de televisão que tem como
Outras linguagens proposta dar vida a monstros dese-
nhados por crianças.
● No relato, João Vitor diz ter assistido ao programa Que monstro te mordeu?. A cena de filme remete ao longa-
Veja o cartaz do programa que levou o menino a pensar sobre seus monstros. -metragem baseado no livro homô-
nimo do escritor estadunidense
Maurice Sendak (1928-2012). Se pos-

Divulgação/Cedoc TV Cultura
sível, apresentar também aos estu-
dantes o livro, que mostra o poder da
imaginação de um menino diante do
conflito entre a desejada liberdade e
a necessária autoridade exercida pe-
los pais.
A leitura dos textos seguida dos
comentários exercita a habilidade de
identificar a função social de textos
que circulam em campos da vida so-
cial dos quais o estudante participa
cotidianamente e nas mídias de mas-
sa, impressa ou digital, reconhecendo
Cartaz da série televisiva Que monstro te mordeu?, criada por Cao Hamburger, que para que foram produzidos, onde
estreou em novembro de 2014. circulam, quem os produziu e a quem
se destinam. (Referência: BNCC –
Outra forma de conhecer monstros é assistindo ao filme Onde vivem os monstros. EF15LP01)
No filme, o personagem Max não consegue lidar com o monstro da raiva e foge
de casa. Na beira de um lago, encontra um barco e sai para navegar, chegando
a uma ilha estranha, cheia de monstros assustadores. Veja uma cena.
Matt Nettheim/© 2008 Warner Bros. Entertainment Inc. - U.S.,
Bahamas & Bermuda/© 2008 Village Roadshow Films (BVI) Limited

Cena do filme
Onde vivem os
monstros
(Warner, Estados
Unidos, 2010).

● Observando os monstros retratados nas imagens, responda: Eles provocam medo


em você? Por quê? Compartilhe suas respostas com os colegas e ouça o que eles
têm a dizer. Respostas pessoais.

199

253
Língua: usos e
reflexão
As pessoas do verbo e a
concordância verbal Língua: usos e reflexão
Este conteúdo refere-se à habilida-
de de, em textos, identificar e diferen-
As pessoas do verbo e a concordância verbal
ciar os verbos e as suas funções nas Na unidade anterior, você estudou que os verbos são palavras que variam e podem
frases. (Referência: BNCC – EF03LP08) indicar o tempo em que os fatos acontecem.
Nesta unidade, a Produção de
texto virá depois dos estudos de 1. Releiam, juntos, o trecho a seguir.
Língua: usos e reflexão, pois o con-
teúdo de pessoa verbal pode contri- Outro dia, um monstro cresceu dentro de mim quando minha mãe mandou eu
buir para a escrita do texto a ser parar de jogar videogame. Naquele momento, a raiva cresceu, cresceu, cresceu
produzido. tanto, que eu respondi para ela.
Estas atividades não têm a inten-
ção de sistematizar conjugações ou
a) Copie desse trecho palavras ou expressões:
paradigmas verbais. Objetiva-se que
os estudantes empreguem as formas • que não sejam verbos e indiquem o tempo em que está sendo contado o fato.
verbais na relação com as pessoas
do discurso; façam relações mínimas Outro dia, Naquele momento.
de concordância verbo/pessoa e uso
do singular e do plural; e empre- • que sejam verbos e indiquem o tempo em que está sendo contado o fato.
guem com mais segurança tempos
Cresceu, mandou, respondi.
e pessoas verbais nos textos a serem
produzidos.
As atividades propostas neste vo-
lume não esgotam o estudo sobre os b) Observe os verbos que você copiou: Qual é o tempo em que o fato está sendo
verbos, pois esse é um conteúdo que contado?
deve ser desenvolvido ao longo do
Ensino Fundamental. Passado.
O emprego de terminologia espe-
cífica tem a intenção de nomear o c) Reescreva as frases variando a forma verbal para indicar o tempo mostrado entre
que está em estudo, sem que isso parênteses.
deva ser cobrado como memoriza-
ção neste momento. Há momentos • A raiva cresceu, cresceu tanto... (passado)
mais descritivos do conteúdo grama- A raiva cresce, cresce tanto... (presente)
tical apenas para que os estudantes
tenham uma perspectiva mínima da A raiva crescerá, crescerá/vai crescer, vai crescer tanto... (futuro)
possibilidade de descrever recursos
linguísticos. • Fiquei aliviado. (passado)
O conteúdo é retomado em volu-
mes posteriores e também nas inter- Fico aliviado. (presente)
pretações de textos e gêneros,
Ficarei/Vou ficar aliviado.  (futuro)
quando for pertinente para a análise
do texto.
200
Atividade 1
Sugere-se que a atividade seja feita Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
coletivamente, pois os estudantes ain-
da estão construindo os conceitos que te, até que comecem a associar os verbos com
serão trabalhados. Uma maneira de as ideias de ação, tempo e pessoa.
ajudá-los a perceber com facilidade se Atividade 1, item a
o termo é verbo ou não é tentar variar Os estudantes devem perceber que essas
as formas da palavra de acordo com a expressões não são “conjugáveis”, isto é, não
pessoa e/ou com o tempo, isto é, con- sofrem variações de pessoa e tempo. Dessa
jugá-la. Por exemplo: eu cresci, você forma, deverão verificar que tais palavras não
cresceu, nós crescemos. Os estudan- são verbos, de acordo com o critério estabe-
tes podem ser convidados a refletir lecido (ser conjugável).
sobre essas variações progressivamen-

254
Atividades 2 e 3
Com estas atividades, os estudan-
tes podem exercitar a habilidade de
Além de variar em tempo, os verbos variam para identificar o sujeito a que o verbo se

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


refere, mesmo não se empregando a
indicar a pessoa a que se referem.
nomenclatura. Se achar conveniente,
2. Leia a frase a seguir. pode-se comentar com eles que es-
sas pessoas são os sujeitos dos ver-
[...] eu respondi para ela.
bos. (Referência: BNCC – EF03LP08)

Nessa frase, o verbo se refere à palavra eu.

a) Ligue as frases à pessoa a quem o verbo está se referindo.

Respondemos para ela. você

Respondem para ela. nós

Responde para ela. eles

b) Faça o mesmo com as frases a seguir.

Cheguei à conclusão... você

Chegamos à conclusão... nós

Chegaram à conclusão... eu

Chegou à conclusão... eles

Às vezes, a palavra a que o verbo se refere não aparece.

3. Leia as frases a seguir e escolha a palavra adequada para preencher os espaços.


Atenção: As formas verbais destacadas são as pistas para descobrir as respostas.

eu   vocês   ele   nós

a) Para um monstro crescer, nós temos que alimentar o sentimento ruim.

b) Eu pedi desculpas para minha mãe e o sentimento desapareceu.

c) Eu conversei com meu irmão e ele falou para eu me acalmar.

d) Quando o monstro cresceu, vocês respiraram fundo para se livrarem


dele.

201

255
Atividade 4
Aceitar diferentes possibilidades
de resposta, como “irmão” e “meu
irmão” ou “coisa”, “a coisa” e “a coisa 4. Releia algumas frases do texto “Monstros dentro da gente” e observe as formas
ruim”, desde que o núcleo do sujeito
verbais destacadas. Circule as palavras às quais o verbo se refere.
(a palavra mais importante) esteja
presente. Essas substituições que a) Os monstros ficam guardados e, em alguns momentos, eles aparecem [...].
contribuem para a continuidade do
texto devem ser evidenciadas, con- b) Naquele momento a raiva cresceu, cresceu, cresceu tanto, que eu respondi para
forme sugerido na habilidade ela.
EF35LP06 da BNCC (p. 113): “Recuperar
c) Meu irmão veio conversar comigo, e, aos poucos, a coisa ruim foi diminuindo.
relações entre partes de um texto,
identificando substituições lexicais
(de substantivos por sinônimos) ou 5. A seguir, escreva a forma verbal que corresponde à pessoa destacada e complete
pronominais (uso de pronomes ana- as frases conforme o exemplo.
fóricos – pessoais, possessivos, de-
monstrativos) que contribuem para a Eu fiquei aliviado.
continuidade do texto.”. O desenvol-
vimento dessa habilidade reforça a Nós ficamos aliviados.
possibilidade de identificação de pro-
Vocês ficaram aliviados.
nomes pessoais em textos e de uso
na produção textual. Eles ficaram aliviados.
Atividade 4, itens a e c
Você ficou aliviado.

Elena Elisseeva/Shutterstock
Nas frases dos itens a e c, como
indicado pelo destaque no verbo, ficou
Ele aliviado.
considerar apenas a primeira forma
verbal, e não a forma composta.
Atividade 5 Os verbos variam para indicar pessoas diferentes: eu, nós, você, vocês, ele e eles.
Chamar a atenção dos estudantes Nas frases, os verbos concordam, isto é, estão de acordo com as pessoas a que se referem.
para a forma aliviado, que faz con- Chamamos isso de concordância verbal.
cordância em gênero e número com
o pronome e o verbo. Para que os
estudantes percebam com mais cla-
Agora você
reza a concordância com o gênero, ● Observe a pessoa indicada no início das frases e complete com o verbo no passado.
escrever frases na lousa substituindo
Ele/Eles por Ela/Elas. Eu senti muita alegria.
Agora você a) Você sentiu muita alegria.
As atividades 1 e 2 também se re-
ferem às relações de concordância b) Nós sentimos muita alegria.
entre o sujeito e o verbo.
c) Eles sentiram muita alegria.

d) Vocês sentiram muita alegria.

e) Ele sentiu muita alegria.

202

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

256
Os pronomes devem ser estuda-
dos também como recursos de refe-
rência e de coesão: referência ao que
já foi dito e/ou na substituição de
Pronomes pessoais termos repetidos. Este estudo privile-
1. Releia o trecho: gia o desenvolvimento de habilidades
relacionadas à identificação dos pro-
[...] minha mãe mandou eu parar de jogar videogame. [...] eu respondi para ela. nomes como recursos de coesão, ao
uso desses recursos na produção
Complete as frases a seguir.
escrita e à identificação de substitui-
ções que contribuem para a continui-
a) A palavra eu refere-se ao menino . dade dos textos. (Referências: BNCC
– EF35LP14, EF35LP08 e EF35LP06)
b) A palavra ela refere-se à mãe . Embora a palavra você seja consi-
derada, pela norma culta da língua
portuguesa e pelas gramáticas tradi-
As palavras eu e ela são chamadas de pronomes pessoais. cionais, um pronome de tratamento,
nesta obra optou-se por identificá-la
Se alguém quisesse censurar a atitude do menino, poderia dizer a ele: como um pronome pessoal por seu
amplo uso na linguagem cotidiana.
Você não deveria responder para ela.
Atividade 2
Conversar com os estudantes so-
A palavra você também é um pronome pessoal. bre o uso de tu e vós em algumas
Em algumas regiões do Brasil, no lugar do pronome você é empregado o pronome tu. regiões do Brasil. Se achar necessário,
fazer as alterações nas frases da can-
2. Conversem sobre o uso do pronome tu e respondam às questões. Respostas tiga, substituindo tu por você, vocês
pessoais. e vós para mostrar os diferentes usos.
• Ele é empregado na região onde vocês moram? Se considerar necessário, destacar o
• Vocês conhecem alguém que o utiliza, como pessoas com quem convivem, artistas, uso mais comum do termo vós em
locutores ou apresentadores de programas de rádio, de televisão ou de vídeos da textos religiosos e literários.
internet?
Atividade complementar
Leiam, juntos, um trecho de letra de uma cantiga em que o pronome tu aparece. Se julgar conveniente, estimular os
estudantes a relembrar a canção can-
Se essa rua fosse minha tando e/ou recitando todos os versos:
[...]
Se eu roubei Se essa rua
Se eu roubei teu coração Se essa rua fosse minha
Tu roubaste Eu mandava
Tu roubaste o meu também Eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas
Se eu roubei
Com pedrinhas de brilhante
Se eu roubei teu coração
Para o meu
É porque Para o meu amor passar
É porque te quero bem
Nessa rua
Domínio público.
Nessa rua tem um bosque
Que se chama
203 Que se chama solidão
Dentro dele
Dentro dele mora um anjo
Que roubou
Pronomes pessoais Que roubou meu coração
O conteúdo sobre pronomes tem a finalidade de complementar o estudo do verbo e, por esse Se eu roubei
motivo, foi apresentado na mesma unidade. Uma das finalidades de estudar a relação verbo/prono- Se eu roubei teu coração
me é que os estudantes comecem a perceber, de forma mais sistemática, as relações de concordân- Tu roubaste
cia. O objetivo ainda não é a sistematização e a apropriação plena do conceito, pois isso será Tu roubaste o meu também
ampliado nos próximos anos do Ensino Fundamental. Se eu roubei
A concordância verbal é algo a ser incorporado com o uso, com a prática, muito mais do que com a Se eu roubei teu coração
É porque
apresentação de regras. O estudo de verbos e pronomes, neste volume, tem o objetivo de enriquecer
É porque te quero bem
as possibilidades de recursos dos estudantes para a escrita, aprimorando seus textos. O uso dos prono-
mes, por exemplo, é um dos recursos de coesão empregados para evitar repetições nos textos. Domínio público.

257
Atividade 3
Os pronomes você e vocês estão
sendo aqui tratados como pronomes
pessoais da 2a pessoa do discurso, isto 3. Ligue os pronomes à indicação correta.
é, indicam a pessoa com quem se fala.

Agora você eu Pessoa com quem se fala.


Atividade 1
Na leitura da tira, privilegiar sua
você/tu Pessoa que fala.
compreensão e interpretação de mo-
do a produzir significados. (Referência:
BNCC – EF15LP14)
ele Pessoa de quem se fala.
Verificar se os estudantes identifi-
caram no segundo quadrinho o mo-
tivo pelo qual o efeito de se proteger
das cobras continua funcionando. Além de substituir nomes, os pronomes indicam:
Ajudar os estudantes a observar que • a pessoa que fala;
graficamente o motivo – o chulé – •a pessoa com quem se fala;
está representado pelas linhas que • a pessoa de quem se fala.
saem dos pés do personagem. Essa
leitura que produz significado só é
possível se houver o exercício da ha- Agora você
bilidade de compreensão do texto 1. Leia a tira a seguir.
lido com relação às informações im-

© Fernando Gonsales/Acervo do cartunista


plícitas no texto verbal da fala do
segundo quadrinho. (Referências:
BNCC – EF35LP01 e EF35LP04)

Fernando Gonsales. Níquel Náusea. São Paulo: Devir, 2002. p. 8.

a) O que torna essa tira engraçada?

O fato de o personagem ficar protegido das cobras mesmo sem as botas, por
causa do chulé, perceptível pelas linhas sinuosas.
b) Na tira, o uso do eu está indicando:

A) X a pessoa que fala.

B) a pessoa de quem o personagem está falando.

C) a pessoa com quem o personagem está falando.

204

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

258
Atividade 2
A concordância verbal é algo a ser
incorporado com o uso, com a prática,
2. Reescreva o texto do primeiro balão, fazendo as alterações de acordo com o muito mais do que com a apresenta-
ção de regras.
pronome indicado.
Os itens desta atividade têm cará-
Eu uso botas o dia inteiro. ter estrutural de alteração de frases.
As frases devem ser compostas oral-
mente antes de serem completadas
a) Você usa botas o dia inteiro .
por escrito.
b) Ele usa botas o dia inteiro . Sugere-se que sejam feitos outros
exercícios orais semelhantes para que
c) Nós usamos botas o dia inteiro . a mecânica de transformação seja
mais bem incorporada. Esse conceito
d) Vocês usam botas o dia inteiro . será ampliado nos anos seguintes. Se
achar conveniente, inserir oralmente
e) Eles usam botas o dia inteiro .
uma frase com tu.
3. Leia o trecho a seguir em voz alta. Atividades 3, item a
Esta atividade apresenta exemplo
Ricardo é um menino que sabe o que quer. Ricardo quer ajudar seus pais e, quando do uso do pronome pessoal como
Ricardo crescer, Ricardo quer casar e ter muitos filhos. pronome anafórico, isto é, substi-
tuindo termos já referidos no texto,
a) O que você nota no uso da palavra Ricardo. recurso de coesão empregado para
evitar repetições. (Referências:
Ela se repete quatro vezes no trecho.
BNCC – EF35LP06 e EF35LP14)
b) Reescreva o trecho de forma a evitar tantas repetições.
Atividade 3, item b
Sugestão: Ricardo é um menino que sabe o que quer. Ele quer ajudar Os estudantes devem perceber
que, além dos pronomes, a forma
seus pais e, quando crescer, quer casar e ter muitos filhos. verbal também cumpre o papel de
evitar a repetição, pois sozinha pode
c) Como foi possível evitar as repetições no trecho?
indicar o termo a que se refere, se
Empregando pronomes e deixando o verbo indicar a quem está se referindo. esse termo já tiver sido utilizado no
texto. Esse é um dos mecanismos de
coesão textual.

Pronomes possessivos
Além de substituir nomes, os pronomes podem ajudar a evitar repetições desnecessárias.
Aproveitar a oportunidade para ve-
rificar se os estudantes compreende-
Pronomes possessivos ram onde reside o humor da tirinha
em questão: o engano de não estar na
Atividade oral e escrita
própria casa. É importante que eles
1. Releia um trecho do relato “Monstros dentro da gente”. relacionem imagens e palavras. (Refe-
rência: BNCC – EF15LP14)
[...] São os nossos sentimentos ruins, como raiva, egoísmo, ciúmes, inveja etc.

Qual é a palavra que indica posse, algo que pertence a alguém? Nossos.

205

Atividade complementar
• Reescreva a frase a seguir fazendo as alterações necessárias de acordo com a pessoa indicada em cada item.
Não entendo esse negócio de dinheiro!
a) Você ________ não entende esse negócio de dinheiro!
b) Ele ________ não entende esse negócio de dinheiro!
c) Vocês ________ não entendem esse negócio de dinheiro!
d) Eles ________ não entendem esse negócio de dinheiro!
e) Nós ________ não entendemos esse negócio de dinheiro!

259
Atividade 3
O uso de pronomes possessivos Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes percebam que o personagem foi rude com o
relaciona-se diretamente com a cão. No segundo quadrinho, um personagem surge e ralha com o personagem do quadrinho
“pessoa que fala” (1a pessoa), com a 2. Leia a tirinha a seguir. anterior de modo semelhante ao que esse primeiro personagem fez
“pessoa com quem se fala” (2a pes- com o cão, dizendo que na casa nada pertence a ele.

© Fernando Gonsales/Acervo do cartunista


soa) ou ainda com a “pessoa de
quem se fala” (3a pessoa) na frase.
Saber identificar essas pessoas nos
textos é uma maneira de compreen-
der melhor o uso dos pronomes
possessivos também como recurso
coesivo anafórico. (Referência: BNCC
– EF35LP14)
Fernando Gonsales. Folha de S.Paulo. São Paulo, 4 nov. 2009. p. E11.

a) O que você acha da atitude do personagem no primeiro quadrinho? E o que


acontece no segundo quadrinho? Converse com os colegas.

b) Copie da tirinha as palavras que indicam posse. Meu, sua, seu, sua.

Os pronomes que indicam que algo pertence a alguém e dão ideia de posse são os
pronomes possessivos.

Pronomes pessoais Pronomes possessivos

Eu Meu, minha, meus, minhas

Nós Nosso, nossa, nossos, nossas

Tu Teu, tua, teus, tuas

Ele/Eles/Ela/Elas/Você/Vocês Seu, sua, seus, suas

3. Complete com pronomes possessivos, fazendo a concordância.

a) Eu pedi desculpas para minha mãe.

b) Ele pediu desculpas para sua mãe.

c) Nós pedimos desculpas para nossas mães.

d) Elas pediram desculpas para suas mães.

206

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

260
Hora de organizar o
que estudamos
Sugere-se que, antes da leitura dos
Hora de organizar o que estudamos quadros finais com pronomes pessoais
e possessivos, os estudantes cons-
truam seus próprios esquemas com
● Leiam o esquema a seguir.
hipóteses sobre o que estudaram.
Apresentar a eles o pronome vós e
Pronomes explicar que, de acordo com a norma
culta da língua portuguesa, esse é o
pronome pessoal para a segunda pes-
Pronomes pessoais Pronomes possessivos
soa do plural. Ressaltar que, embora
ainda presente no vocabulário corren-
te em algumas regiões do país, esse
Palavras que substituem ou
fazem referência a nomes
Palavras que indicam posse pronome encontra-se em desuso no
e ajudam a eliminar linguajar dos brasileiros. Para isso, é
repetições nos textos possível, por exemplo, apresentar a
meu/minha; meus/minhas; eles apenas os quadros “Pronomes
teu/tua; teus/tuas; pessoais” e “Pronomes possessivos” na
eu/nós; tu/vós; nosso/nossa; nossos/nossas; lousa. Em seguida, por meio de uma
você/vocês; ele/ela; eles/elas seu/sua; seus/suas lista, mostrar alguns termos-chave,
pedindo a eles que os ordenem. Ao
final, podem comparar a lista construí-
A linguagem do dia a dia da com o esquema apresentado. Den-
tro das práticas de estudo, essa
Uso de “a gente” proposta exercita a habilidade de pla-
nejar e produzir textos para apresentar
Atividade oral e escrita resultados de observação. (Referência:
BNCC – EF03LP25)
1. Leia o trecho de uma letra de canção.
A linguagem do dia a dia
Sono de gibi Atividade 1
Num clique, A expressão “a gente” incorporou-
A luz apaga
-se à linguagem, principalmente à
mais informal, tendo seu emprego
Parece que reforçado pela mídia. É uma variante
A gente escuta mais na indicação da pessoa verbal, princi-
Um tique-taque palmente em situações do cotidiano,
mais espontâneas e informais. Deve
Um pingo no banheiro
ser apresentada aos estudantes sem o
A gente escuta até o nariz estigma de linguagem errada. Os es-
[...]
Andréia Vieira/Arquivo da editora
tudantes precisam conhecer variações
Hélio Ziskind.
de uso da língua e possibilidades de
In: Meu pé, meu querido pé. adequação a diferentes contextos de
São Paulo: MCD, 1997. 1 CD. Faixa 17. comunicação. É função da escola apre-
sentar a variedade-padrão da língua,
bem como refletir sobre outras varie-
207
dades linguísticas como possibilidades
legítimas de expressão. (Referência:
BNCC – Competência específica de
Língua Portuguesa 4)

261
Atividade 1, item b
Na conversa, os estudantes podem
relacionar a ideia “de ouvir coisas” no
escuro tanto com o medo quanto a) O que pode significar “A luz apaga”?
com o fato de prestarmos mais aten-
ção aos sons que nos rodeiam, já que Pode significar que fica escuro, ou que o dia acabou e tudo fica em silêncio.
estamos privados da visão.

b) Você concorda que, quando ficamos no escuro, podemos escutar mais coisas?
Explique e ouça a explicação dos colegas. Resposta pessoal.

c) Que palavra ou expressão poderia ser colocada no lugar da expressão a gente?

Nós.

d) Reescreva os versos em que aparece a expressão a gente utilizando o pronome nós.

Nós escutamos mais/Nós escutamos até o nariz.

2. Releia este trecho do relato “Monstros dentro da gente”.

[...] cheguei à conclusão de que todos nós temos muitos monstros [...]

Agora, veja outra forma de expressar a mesma ideia.

Cheguei à conclusão de que a gente tem muitos monstros.

A expressão a gente é muito usada no dia a dia, no cotidiano.


Observe que, quando empregamos essa expressão, o verbo é alterado.

3. Como podem ficar as frases a seguir substituindo a parte destacada pela expres-
são a gente? Reescreva-as fazendo as adequações necessárias.

a) Nós podemos fazer os sentimentos fortes diminuírem.

A gente pode fazer os sentimentos fortes diminuírem.

b) Nós não queremos deixar a raiva vencer.

A gente não quer deixar a raiva vencer.

208

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

262
Também é importante enfatizar a
habilidade de utilizar os diferentes
recursos de referenciação (por subs-
tituição lexical ou por pronomes pes-
Produção de texto soais, possessivos e demonstrativos)
e o vocabulário apropriado ao gêne-
Relato pessoal: um registro da memória ro. (Referência: BNCC – EF35LP08)
● Antes de produzir seu relato de memória, leia o relato do escritor Daniel Munduruku Daniel Munduruku (1964) nasceu
em Belém. Trata-se de um escritor e
em que ele relembra sua infância na aldeia onde vivia.
professor brasileiro que pertence à
etnia indígena Munduruku. Escreveu
Brincar para aprender mais de cinquenta livros, em que

Adilson Farias/Arquivo da editora


Assim a gente aprendia. Não precisava ninguém chamar nossa narra histórias sobre as tradições de
atenção ou implorar que a gente ficasse quieto para poder falar. seu povo.
Não. Todos nós tínhamos que fazer respeitoso silêncio quando
Destacar o uso de: eu, nós e a gen-
te, identificando que se trata de um
algum adulto, especialmente se fosse já um avô ou avó, falava. Eles
relato feito por quem viveu os fatos.
falavam e a gente ouvia.
(Referência: BNCC – EF03LP12)
E o mais interessante é que eles sempre diziam a mesma coisa:
Sugere-se, se possível, uma visita
é preciso estarmos atentos aos sinais da natureza. Ela nos revela ao blog mantido pelo autor, disponí-
quem somos e qual o melhor caminho a seguir. vel em: https://tedit.net/AHInAX.
— Mas como “ouvir” esses sinais, meu avô? — perguntávamos Acesso em: 1o jun. 2021.
sem receio. Ler o texto com os estudantes e
— Vocês têm que brincar, meus netos. Vocês têm que brincar chamar a atenção para o relato em
— respondia o velho sorrindo. primeira pessoa e o assunto abordado
E não adiantava perguntar o que poderiam significar aquelas (fatos rememorados).
suas palavras. Desde criança aprendíamos que as palavras signi- Depois da leitura, questionar os es-
ficavam muitas coisas ao mesmo tempo e que é preciso ir atrás do tudantes sobre os elementos que es-
significado delas para poder compreendê-las. E assim fazíamos.
truturam o relato, fazendo questões
com as palavras interrogativas: Quem
Daniel Munduruku. Catando piolhos, contando histórias.
São Paulo: Brinque-Book, 2006. p. 15-16.
relata? O que relata? Quando os fatos
relatados aconteceram? Onde se pas-
saram os fatos?
● Agora é sua vez de produzir um relato pessoal escrito. Essas questões estruturam o esque-
ma que orientará a produção do texto
Planejamento pelo estudante.
1. Escolha um fato que ficou marcado na sua memória: algo muito engraçado, uma Planejamento
coisa que o impressionou, algo de que você não se esquece. Planejar o texto a ser escrito, con-
siderando finalidade, linguagem e
2. Relembre: situação comunicativa. (Referência:
BNCC – EF15LP05)
Fato marcante

Tema contemporâneo
Quando Onde Quem O que e como O texto desta página é propício para
aconteceu? aconteceu? estava presente? aconteceu? estabelecer relações de semelhança e
diferença com o contexto de vida dos
209 estudantes. Ao revelar de forma positi-
va os valores, as atitudes e os procedi-
mentos das crianças indígenas, o texto
favorece também a abordagem do te-
ma contemporâneo Educação das
Produção de texto relações étnico-raciais e ensino de
O objetivo desta seção/atividade é promover a produção de escrita, componente essencial história e cultura afro-brasileira, afri-
para a alfabetização. (Referência: PNA) cana e indígena.
Relato pessoal: um registro da memória
Esta produção sintetiza e favorece o desenvolvimento da habilidade de relatar experiências e casos
ouvidos ou lidos, com sequência coerente, usando marcadores de tempo e espaço, de causa e efeito,
com nível de informatividade, vocabulário e estruturas frasais adequados. Além disso, é importante que,
na produção, os estudantes considerem as convenções do gênero, além de desenvolver a produção
escrita, componente essencial para a alfabetização. (Referências: PNA e BNCC – EF03LP13)

263
Revisão e reescrita
Reforçar aos estudantes a possibi-
lidade e a importância do aprimora-
mento do texto no momento da Escrita
revisão e da reescrita. (Referência:
BNCC – EF15LP06) 1. Escreva seu texto.
2. Você pode ser bastante espontâneo, mais informal.
Palavras em jogo
3. Pode empregar a primeira pessoa: eu ou n—s.
O objetivo desta seção é promover
a consciência fonêmica e a instru-
Revisão e reescrita
ção fônica sistemática, componen-
tes essenciais para a alfabetização. 1. Releia seu texto e reescreva-o, se for preciso, para:
(Referência: PNA)
• deixar claro o que você quer expressar;
Outras letras para os
sons nasais • rever se há introdução, desenvolvimento e final;
A nasalização pode ser marcada de • adequar a pontuação;
formas diferentes: 1) M em final de
sílaba (empada); 2) N em final de sí- • rever a escrita das palavras;
laba (mundo); 3) til (alemão, mãe, • passar a limpo para a versão final.
põe); 4) NH (minha); 5) consoante
nasal (cama). Nesta atividade, serão 2. Seu texto é um relato pessoal; portanto, pense: Você gostaria que alguém o lesse?
abordadas apenas as formas apresen- 3. Combine com a turma uma forma de ler e ouvir os textos dos colegas que quiserem
tadas no quadro para os estudantes.
apresentar seus relatos.
Conversar com a turma sobre a
produção dos sons nasais. Para isso, 4. Lembre-se: os relatos pessoais registram lembranças de cada um, experiências
pedir aos estudantes que falem pala- que ficaram na memória e devem ser respeitadas.
vras como mão, tempo, tampa, não,
trovão, corações, anões, etc., tapan-
do o nariz. Eles devem comparar a Palavras em jogo
pronúncia dessas palavras com a de
outras, como tipo, casa, mau, papel, Outras letras para os sons nasais
etc., também tapando o nariz. É im-
● As palavras a seguir têm sons nasais representados de formas diferentes. Leia-as
portante que percebam que, no pri-
meiro grupo, a articulação clara das e copie-as na coluna correspondente.
palavras fica prejudicada, pois se tra-
ta de sons que necessitam das fossas empada maçã computador banco canguru pão tubarão cachimbo
nasais para serem plenamente pro-
nunciados. Por esse motivo, são cha- Som nasal representado por Som nasal representado por
mados de sons nasais. Som nasal indicado por til
vogal seguida da letra N vogal seguida da letra M

maçã banco empada

pão canguru computador

tubarão cachimbo

210

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

264
Letra M antes de P e de B
Atividade 1
Sugere-se que esta atividade seja
Letra M antes de P e de B feita em grupo, pois os estudantes
devem observar a regularidade do
Atividade oral e escrita uso do M antes de P e de B e conver-
sar sobre ela, para que possam chegar
1. Leiam as palavras do quadro a seguir e circulem as letras que vêm depois da letra M. à regra de uso na atividade 3.
Se julgar oportuno, motivar os es-
campo   tempo   bomba   Humberto   tampa   bumbo tudantes a observar que, ao pronun-
ciar M, P e B, articulamos sons por
2. Juntos, pensem em uma regra para o uso da letra M nessas palavras. meio da aproximação de ambos os
lábios (bilabiais). Essa é uma das razões
a) Conversem sobre essa regra. A professora registrará na lousa. do emprego do M em tais contextos.
Atividade 2
b) Copiem abaixo o que foi registrado. Lembrar aos estudantes que eles
Sugestão: Usa-se M antes de sílabas iniciadas com P e B.
devem observar cada palavra e a po-
sição da letra M nelas para definir qual
3. Corrija as palavras acrescentando M ou N. regra pode ser inferida (M antes de P
e de B).
a) setebro: setembro e) lipo: limpo A dedução da regularidade do uso
de M antes de P e B também perten-
b) xapu: xampu f) veto: vento ce ao âmbito do conhecimento para
escrever palavras com correspondên-
c) bado: bando g) ubigo: umbigo cias regulares contextuais entre gra-
femas e fonemas, ampliando o que é
d) dete: dente h) lâpada: lâmpada esperado para o desenvolvimento da
habilidade EF03LP01 da BNCC.
4. Complete a cruzadinha. Atividade 4
Vanessa Alexandre/
Arquivo da editora

É importante que os estudantes


B U M B O observem a regularidade do som na-
sal M antes de P e de B.
Silvana Rando/Arquivo da editora

S O M

dito
ra
S O M B R A
da e
uivo
/Arq
dre
xan
Ale
e ssa
Van
T R O M B O N E
Vanessa Alexandre/
Arquivo da editora

E M P A D A

5. Em que palavra da cruzadinha um som nasal indicado por M não vem antes de P

nem de B? Som.

211

265
Memória em jogo
Os objetivos desta atividade são
incentivar a memorização do texto
em versos ritmados; marcar, na escri- Memória em jogo
ta, o uso de M antes de P/B (sempre,
emburrada) e o emprego de N antes ● Procure memorizar o trecho do poema a seguir e escreva-o no caderno.
das demais consoantes (tango, oran-
gotango, tocando); e apresentar o
Orangotango
efeito de nasalização de ambos na
oralidade. Ora esta agora,
Você tocando tango!...
[...] a recodificação fonoló- Pra alegrar a cara
gica obrigatoriamente chama a Sempre emburrada
atenção do leitor para a rela- Do orangotango
ção entre as letras ou grupos [...]
de letras e os fonemas que elas Elias José. Um jeito bom de brincar.
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

representam na pronúncia das São Paulo: FTD, 2002. p. 16.


palavras, possibilitando dessa
forma o armazenamento da
grafia de inúmeras palavras
na memória. Desde que os lei-
tores conheçam e utilizem as Coleção de palavras
correspondências grafema-fo-
nema para ler palavras des-
● A lista a seguir traz algumas palavras que apareceram ao longo desta unidade. Leia
conhecidas, as grafias dessas
palavras são armazenadas na cada uma delas, seus significados e conheça outros sentidos que elas podem ter.
memória sem necessidade de As imagens não estão
muita prática. RENABE. p. 106 Máscara representadas em proporção.

javi_indy/Shutterstock

ArtFamily/Shutterstock
Kobby Dagan/Shutterstock

Coleção de palavras
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
rio, componente essencial para a al-
fabetização. (Referência: PNA)
Esta seção visa apresentar aos estu-
dantes uma lista de palavras, encon-
tradas no decorrer da unidade, e seus
significados, de modo a colaborar
para a ampliação do vocabulário. De 1. Peça de qualquer 2. Proteção colocada 3. Em sentido figurado:
acordo com a PNA, o desenvolvimen- material usada por sobre a boca e o nariz aparência de uma pessoa que
to de vocabulário é um dos compo- atores para interpretar de modo a filtrar o ar que demonstra ser alguma coisa
nentes essenciais para a alfabetização. algum personagem. se respira. Por exemplo: que não é. Por exemplo:
Segundo o documento, mesmo em “Temos de usar “Você não é tão sincero
uma fase alfabética mais consolidada, máscaras para evitar quanto achávamos: sua
um vocabulário mais amplo permite contaminação por vírus”. máscara caiu!”.
aos estudantes ler com mais fluência.
“Um vocabulário pobre constitui um 212
obstáculo para a compreensão de tex-
tos.” (PNA, p. 34). Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Memória em jogo - Esta e várias quadrinhas e Que o tempo tem tanto tempo
parlendas podem ser apresentadas aos estudan- Quanto tempo o tempo tem
tes com o objetivo de sistematizar a regularidade Domínio público.
ortográfica estudada. Sugestão: Esta atividade contribui para que os estudantes
desenvolvam a habilidade de ler versos com cres-
O tempo perguntou ao tempo cente autonomia e fluência, exercitando o padrão
Quanto tempo o tempo tem. rítmico dessa modalidade de texto. (Referência:
O tempo respondeu ao tempo BNCC – EF35LP01)

266
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-
Rupestre As imagens não estão
representadas em proporção. dos nesta unidade para que os estu-
dantes se apropriem da organização
dos conteúdos, atribuindo nomes a
Daniella cronemberger/Shutterstock

Arcansel/Shutterstock
eles. Ler o quadro-síntese para a tur-
ma, orientando sobre as colunas que
o compõem.
Parque Nacional A coluna Avancei indica o que os
da Serra da estudantes já sabem depois de terem
Capivara, Piauí, estudado o conteúdo da unidade.
2019.
A coluna Preciso estudar mais indi-
1. Aquilo que foi gravado sobre 2. Casa construída em pedra. ca o que é preciso retomar e estudar
rochas ou paredes de cavernas um pouco mais. Motivá-los a fazer
por povos muito antigos. comentários sobre o próprio desem-
penho e ajudá-los a reconhecer a
● Você já conhecia alguns desses significados? Copie essas palavras no caderno necessidade de revisão.
para compor a sua coleção de palavras. Você pode ampliar a lista buscando ou- O conteúdo da unidade, embora
tras palavras no dicionário. extenso, não apresenta grandes difi-
culdades para o estudo. Os estudan-
tes geralmente têm facilidade de
apropriação dos recursos e da lingua-
O que estudamos gem do gênero relato pessoal.

Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 8 Avancei
estudar mais

• Leitura e interpretação de relato pessoal


• Produção de relato pessoal
• Identificação das pessoas do verbo e uso da
concordância verbal
• Reconhecimento e utilização dos pronomes
pessoais e possessivos
• Observação do uso da expressão “a gente”
• Estudo dos sons nasais: til, letra N e letra M
antes de P e B
• Participação em atividades orais

213

267
Conclusão da unidade 8

Todas as unidades apresentam atividades que possibilitam dual sobre o processo de aprendizagem e a participação ativa
acompanhar o desenvolvimento dos estudantes e/ou da turma nesse processo.
e que podem ser usadas para a avaliação processual/forma- A seguir há uma sugestão de quadro para o acompanha-
tiva, como a proposta em Leitura oral em foco nesta unida- mento de aprendizagens que, em conjunto com o registro de
de. Tal prática permite a identificação de estudantes com resultados de avaliação processual/formativa, possibilita o
defasagens e/ou dificuldades, possibilitando o planejamento acompanhamento sistemático do desempenho dos estudantes.
de revisão de conteúdos e habilidades a serem consolidados Se julgar adequado, use-o para o registro de observações e
ou retomados. resultados de sua avaliação. Ele permite identificar os objetivos
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra não atingidos e replanejar atividades. Todas as anotações rela-
no final da unidade, para conversar com os estudantes a res- tivas ao desempenho dos estudantes são instrumentos impor-
peito do próprio desempenho, estimulando a reflexão indivi- tantes para o acompanhamento do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar relatos pessoais. Compreensão de texto

Produzir um relato pessoal. Produção de texto


Língua: usos e
reflexão – As
Identificar as pessoas do verbo e usar a concordância verbal.
pessoas do verbo e a
concordância verbal
Língua: usos e
reflexão – Pronomes
pessoais
Reconhecer e usar pronomes pessoais e possessivos.
Língua: usos e
reflexão – Pronomes
possessivos
A linguagem do dia
Observar o uso da expressão “a gente”.
a dia
Palavras em jogo –
Estudar sons nasais: til, letra N e letra M antes de P e B. Outras letras para
sons nasais
Leitura oral em foco
Participar de atividades orais.
Prática de oralidade

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de relatos pessoais em casa; produção e apresentação de relatos
defasagens enfrentadas pela turma, atividades para remedia- pessoais. Para dificuldades nos estudos sobre a língua: ativi-
ção e/ou atendimento de dificuldades podem ser propostas. dades para elaboração de frases com observação da concor-
Em leitura e produção textual: leitura partilhada, com estímu- dância verbal. Para apropriação de convenções ortográficas:
lo à participação dos estudantes para a localização de infor- elaboração e leitura de listagem de palavras com sons nasais
mações em textos lidos/ouvidos; leitura de relatos pessoais e realização de jogos e brincadeiras envolvendo a escrita des-
previamente escolhidos pelo professor; estímulo à leitura de sas palavras.

268
Introdução da unidade 9

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar cartaz publicitário.
• Identificar partes de um cartaz publicitário e linguagens utilizadas.
• Produzir texto para cartaz publicitário.
• Identificar e usar o modo imperativo em cartaz publicitário e compreender seu efeito de sentido.
• Estudar e classificar palavras quanto ao número de sílabas.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades pro- Os estudantes que apresentarem dificuldades devem ser acom-
postos nesta unidade, espera-se que os estudantes reconheçam, panhados de forma sistemática. É fundamental avaliar se há pro-
minimamente, a finalidade de peças publicitárias. É importante que blemas associados à falta de apropriação da base alfabética e
consigam localizar as principais informações em textos, a fim de que das convenções do sistema de escrita, à falta de convívio com
identifiquem elementos que fazem parte da estrutura de cartazes textos diversificados (baixo grau de literacia) e à dificuldade de
publicitários. leitura relacionada a vocabulário limitado, a fim de se buscar
Para mobilizar conhecimentos prévios, sugere-se conversar estratégias para solucioná-los.
sobre peças publicitárias que os estudantes conhecem e que Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes
tenham contato com exemplos selecionados pelo professor. O de reconhecer verbos em orações, para facilitar o trabalho com
estímulo à ampliação do vocabulário dominado é essencial pa- o imperativo, modo verbal importante na construção de car-
ra que aumentem suas possiblidades de compreensão dos tex- tazes publicitários.
tos e incrementem suas produções textuais orais ou escritas. Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, sugere-se
O avanço para uma leitura com mais autonomia e fluidez é a retomada do conceito de sílaba. Esse é o pré-requisito para a
esperado, principalmente na decodificação de palavras comuns, classificação das palavras quanto ao número de sílabas e para a
uma das condições necessárias para a compreensão dos textos. divisão silábica correta em finais de linha.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Esta unidade tem como um dos focos o estudo do gênero sobre a língua, está vinculado a textos e, considerando a pro-
cartaz publicitário, visando à ampliação do repertório de leitu- gressão em espiral, retoma conceitos já estudados. Nesta unida-
ra de textos do campo da vida pública. As atividades enfatizam de, aborda-se o uso de verbos no imperativo. Com isso,
a identificação da finalidade desse gênero, de elementos da espera-se que os estudantes avancem nos estudos relacionados
organização textual e da linguagem empregada. Além disso, à língua e percebam a relevância de seu uso em textos publicitá-
visam desenvolver maior autonomia dos estudantes para a rios. A ampliação do desenvolvimento da consciência fonológica
leitura, para a compreensão de textos e para a criação de texto e do domínio de convenções ortográficas na escrita é feita através
para cartaz publicitário. do estudo da divisão silábica.
O desenvolvimento das práticas de análise linguística/semió- Há ainda atividades orais que exploram a clareza na apresen-
tica (alfabetização e ortografização), constituída dos estudos tação de ideias, a desenvoltura e a escuta atenta.

269
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
9 Cartaz publicitário
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competências gerais: 2, 3, 4, 7 e 9
Competências específicas
de Linguagens: 2 e 4
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 2, 3, 6 e 7

Habilidades da BNCC
Principais habilidades
abordadas na unidade Nesta unidade você vai...
EF03LP02 EF03LP03 EF03LP05 ● ler e interpretar cartaz
publicitário;
EF03LP08 EF03LP11 EF03LP19
● identificar partes de um cartaz
EF03LP21 EF15LP01 EF15LP02
publicitário e linguagens utilizadas;
EF15LP03 EF15LP05 EF15LP06
● produzir texto para cartaz
EF15LP07 EF15LP09 EF15LP10 publicitário;
EF15LP11 EF15LP14 EF15LP18 ● identificar e usar o modo
EF35LP02 EF35LP03 EF35LP04 imperativo em cartaz publicitário
e compreender seu efeito de
EF35LP05 EF35LP15 EF35LP19 sentido;
EF35LP20 ● estudar e classificar palavras
quanto ao número de sílabas;
● participar de atividades orais.

214

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: cartaz publicitário • Pesquisa com familiares sobre a
• Leitura e interpretação do cartaz formação da família
• Estudo das partes do cartaz publicitário: • Conversa
pesquisa
sobre os resultados da
imagem, slogan, informações, marca da
Conteúdos campanha • Interações orais em atividades em
• Identificação do jogo de efeitos de sentido nos grupos ou coletivas
slogans e no texto publicitário • Participação
diversidade
na conversa: roda da

270
Orientações didáticas
É importante que os estudantes
relacionem o conteúdo do cartaz
publicitário exposto em um ônibus
que circula pela cidade (página par)
com os cartazes que estão afixados
no ambiente interno de um espaço
de cuidado com a saúde (página ím-
par). Ao chamar a atenção para essa
relação, a imagem dá destaque ao
Laís Bicudo/Arquivo da editora

objetivo principal do cartaz publici-


tário: divulgar uma mensagem que
deve ser compreendida por diferen-
tes públicos com o objetivo de con-
vencê-los sobre o assunto da
mensagem. (Referência: BNCC –
EF03LP19)
Ao mesmo tempo, as questões
feitas sobre elementos da imagem
exercitam a habilidade de o leitor
relacionar texto com ilustrações e
outros recursos gráficos. (Referência:
BNCC – EF15LP18)
Chamar a atenção para os recur-
sos de linguagem utilizados em to-
dos os cartazes: objetividade e
clareza do texto verbal em diálogo
com imagens que ampliam o seu
efeito de sentido antecipando for-
mas e função social do gênero a ser
lido na unidade. (Referência: BNCC
– EF15LP02)

Há cartazes de incentivo à vacinação e aos


● Na cena há pessoas olhando cuidados
para cartazes e propagandas.com a
saúde;
Sobre o que são as mensagens
desses cartazes e propagandas?
e um anúncio comercial de xampu.
● Por onde você passa há
cartazes ou propagandas como
esses? Em que lugares?
Respostas pessoais.

215

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Planejamento e produção, em
duplas, de texto e slogan para cartaz
• Oinstruções,
uso do modo imperativo do verbo em
pedidos ou ordens
publicitário a partir da imagem • Estudo da sílaba
Conteúdos resultante de uma fotomontagem
• Atividades de revisão, reescrita
• Classificação
de sílabas
de palavras quanto ao número

e edição
• Exposição dos textos produzidos

271
Para iniciar
Labirinto
A atividade desta seção favorece a
reflexão sobre temas associados ao Para iniciar
meio ambiente e à saúde, pois o estu-
dante deverá relacionar cada um dos Labirinto
personagens a um assunto específico.
● Observe quem está na entrada do labirinto.
Pode também suscitar uma conversa
sobre a razão de cada um escolher
determinado caminho.
Além dessas questões, a atividade
desenvolve habilidades relacionadas
à compreensão de textos instrucionais
que mesclam palavras, imagens e re-
cursos gráfico-visuais, integrando as
linguagens verbal e não verbal (textos
multissemióticos). (Referências: BNCC
– EF03LP11 e EF15LP04)
Chamar a atenção dos estudantes
para o texto de cada um dos cartazes
do final de cada trilha de forma a esti-
mular a identificação entre a escolhas
da cor em relação ao que é importan-
te a cada um: mata e leão, mar e tarta-
ruga, esporte e infância.
Enfatizar o caráter de ordem ou pe-
dido de cada uma das mensagens,
preparando o leitor para a reflexão que
será feita sobre o efeito do uso do mo-
do imperativo dos verbos na seção
Língua: usos e reflexão. (Referência:
BNCC – EF03LP11)
É importante questionar os estu-
dantes sobre o significado da palavra
preserve, mobilizando a habilidade

Ilustrações: Vanessa Alexandre/


Arquivo da editora
de inferir o sentido de palavras ou ex-
pressões desconhecidas em textos e
promovendo o desenvolvimento de
vocabulário, componente essencial
para a alfabetização. (Referências: PNA
e BNCC – EF35LP05)
a) Qual saída você acha que cada um, provavelmente, vai buscar? Por quê?
Respostas pessoais.
b) Pinte os caminhos de acordo com suas escolhas e, depois, converse com os
colegas. Sugestão de resposta: o mico-leão buscará o caminho que leva ao cartaz
“Preserve as matas”; a tartaruga, o caminho do cartaz “Não jogue sujeira
no mar”; o menino, o caminho do cartaz “Pratique esportes”.
216

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

272
O objetivo da questão antes da
leitura do texto é que os estudantes
estabeleçam expectativas (pressupo-
sições antecipadoras dos sentidos, da
Há cartazes que são feitos para conscientizar as pessoas de alguns assuntos. Às forma e da função do texto). (Referên-
vezes, as mensagens tentam convencer as pessoas a mudar de atitude. Será que isso cia: BNCC – EF15LP02)
acontece nos cartazes a seguir?
Leitura: cartaz
publicitário
Leitura: cartaz publicitário Ao chamar a atenção dos estudan-
tes para os elementos a serem obser-
● Observe com atenção os dois cartazes desta seção. Qual é a primeira ideia vados nos cartazes, o enunciado
que lhe ocorre ao ver as fotografias? Depois, com cuidado, observe novamente
favorece o desenvolvimento da habi-
lidade de identificar o efeito de sen-
as cores e o tamanho das letras em cada frase e leia tudo o que está escrito.
tido produzido pelo uso de recursos
Aguarde o momento de falar sobre o que você observou na leitura. expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos. (Referências: BNCC
– EF15LP04 e EF03LP19)

Reprodução/Unicef
Favorece também a identificação
da função social do cartaz publicitá-
rio, principalmente por estimular o
reconhecimento sobre o para que
foi produzido. (Referência: BNCC –
EF15LP01)
Gênero: cartaz publicitário ou de
propaganda (campo da vida públi-
Cartaz 1 ca). Esse gênero costuma ser usado
O Brasil tem 31 milhões de com a intenção de anunciar algo, co-
crianças negras e indígenas. municar ideias ou trazer avisos de
A maioria sofre com a dis- interesse geral sempre com o objeti-
criminação racial, sem ter vo de convencer o leitor sobre o as-
acesso à educação, à saúde sunto da mensagem. É um gênero
e ao desenvolvimento. Aju- textual multimodal, multissemiótico,
de a mudar essa realidade. pois emprega diferentes linguagens
Contribua para uma infância em sua composição. Geralmente traz
sem racismo. um texto e imagens – fotos, dese-
Participe desta campanha.
nhos, ilustrações –, os quais são em-
Acesse: www.unicef.org.br
pregados para convencimento de
quem lê o cartaz. Pode ter dimensões
variadas e é feito para ser afixado em
lugares públicos, sendo menor que
os outdoors.
O impacto do racismo na infância. Unicef.
Disponível em: https://tedit.net/2ifTcv.
Acesso em: 20 maio 2021.

217

Atividade complementar
Estimular os estudantes a trazer para a sala de aula cartazes de propaganda ou publicitários para
que esses elementos gráfico-visuais sejam localizados e as hipóteses de cada um sobre a relação
entre intenção e efeitos de sentido sejam expressas e debatidas.
Incentivar a expressão de argumentação oral em defesa da própria opinião ou a escuta da opinião
do outro sobre a intenção dos cartazes. Este é um bom momento para o desenvolvimento da habili-
dade referente à escuta atenta. (Referência: BNCC – EF15LP10)

273
Compreensão
do texto
Os objetivos desta seção são promo-

Reprodução/Unicef
ver a compreensão de textos, com-
ponente essencial para a alfabetização,
e mobilizar a habilidade de identificar a
ideia central do texto, demonstrando
compreensão global. (Referências: PNA
e BNCC – EF35LP03)
Sugere-se que as questões sejam
feitas oralmente, antes da parte escrita,
pois a compreensão do gênero deman- Cartaz 2
da mediação de leitura. O Brasil tem 31 milhões de
Atividade 1 crianças negras e indígenas.
Esta é a primeira das atividades de A maioria sofre com a dis-
interpretação de texto, uma vez que criminação racial, sem ter
o gênero trabalhado nesta unidade acesso à educação, à saúde
se diferencia do modelo dos gêneros e ao desenvolvimento. Aju-
de textos contínuos vistos até então de a mudar essa realidade.
neste volume. Contribua para uma infância
Mediar a troca de impressões e sem racismo.
opiniões sem, contudo, inviabilizar as Participe desta campanha.
questões propostas na interpretação Acesse: www.unicef.org.br
do texto, uma rotina de aprendiza-
gem já consolidada nesta coleção:

Rotinas de aprendizagem
efetivas têm algumas caracte- O impacto do racismo na infância. Unicef. Disponível em:
https://tedit.net/2ifTcv. Acesso em: 20 maio 2021.
rísticas essenciais e são usa-
das para atingir um propósito
específico, que resulta em um Compreensão do texto
produto de pensamento gerado
pelo estudante. São exemplos Atividade oral e escrita
de rotinas de aprendizagem
perguntas, comparações, resu- 1. Comente com os colegas o que você observou na leitura dos cartazes.
mos, elaborações, conexões, in-
ferências e argumentos. Rhonda 2. Os dois cartazes que vocês observaram fazem parte da campanha Por uma infância
Bondie apud PNA, p. 32. sem racismo.
Respondam:
Atividade 2 Os dois cartazes retratam crianças e apresentam
a) O que eles têm em comum? o mesmo texto na parte inferior.
Esta é uma atividade oral proposta
para favorecer novamente o contato b) Quais são as diferenças entre eles? Apresentam crianças de diferentes etnias.
dos estudantes com o texto, para que
eles percorram os detalhes dos carta- c) O que mais chamou a atenção em cada um deles? Resposta pessoal.
zes, comentando de forma espontânea
os elementos presentes, as primeiras 218
impressões e formulem as primeiras
hipóteses de sentido. Esta atividade é Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
fundamental para que, posteriormente,
possam compreender e interpretar
com mais propriedade as partes do
texto verbal e não verbal desse gênero.
(Referência: BNCC – EF15LP02)

274
Atividade 3
Esta é uma questão de localização
de dados: partes do cartaz.
3. Geralmente, os cartazes publicitários são compostos de: A marca da campanha é o logoti-
po, ou simplesmente logo. Se achar
• foto ou ilustração; conveniente, apresentar esse nome
• slogan (frase principal do cartaz); aos estudantes.
Esta atividade serve de provocação
• informações para o leitor; para que os estudantes pensem nos
• marca da campanha. cartazes que veem no seu dia a dia (na
Agora, escrevam o nome de cada parte do cartaz nos quadros correspondentes. escola, nas ruas, em unidades de saú-
de, etc.) e tentem perceber semelhan-
ças/diferenças entre eles. Se achar
Reprodução/Unicef

pertinente, levar outros exemplos de


informações para
cartazes para a sala de aula.
o leitor
Ela contempla ainda o desenvolvi-
mento da habilidade de localizar infor-
mações explícitas e inferir informações
implícitas de fácil identificação em
textos. (Referências: BNCC – EF15LP03
e EF35LP04)
foto

slogan: frase principal

informações para
o leitor

marca da campanha

A seguir, vamos analisar cada uma dessas partes.

219

275
Atividade 4
No segundo cartaz, a menina da
foto pode ser uma criança ou uma
adolescente, mas não é possível ter 4. Fotos.
certeza. Aceitar ambas as respostas,
nesse caso. • Quem aparece nas fotos dos cartazes que você leu? Descreva abaixo algumas
características das duas pessoas representadas.
Atividade 5
Questão de inferência de sentidos. Possibilidade: As duas fotos mostram crianças. Na primeira foto, há um
Neste caso, trata-se de uma inferência
mais complexa, por isso deve ser tra- menino indígena sorrindo; ele tem um cocar e usa pintura vermelha no rosto.
balhada oralmente com os estudan-
tes. (Referência: BNCC – EF35LP04) Na segunda foto, há uma menina negra sorrindo; ela usa o cabelo longo
Mais adiante, na seção Vocabulá- penteado com finas tranças.
rio em foco, o significado do termo
discriminação será retomado. 5. Informações.
a) Leiam, juntos, estas informações que constam do cartaz do Unicef:

Reprodução/Unicef
A campanha Por uma infância sem racismo foi feita para:

X convencer as pessoas da importância de combater o racismo.

convencer as pessoas da importância de todos terem acesso à saúde e à


educação.

apenas emocionar as pessoas como em versos de poema.

b) Nos cartazes, há informações que se referem a adultos. Releia:

Carlos Pataxicoré, aos 36 anos, médico e o futuro todo pela frente.

Quézia Silva, aos 29 anos, advogada e o futuro todo pela frente.

Essas informações sobre pessoas adultas foram dadas para:


mostrar que há jovens que têm uma profissão desde pequenos, porque
precisam trabalhar cedo.

X sugerir que essas crianças podem ser bem-sucedidas no futuro.

deixar claro que os sonhos desses jovens são impossíveis.

220

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

276
Atividade 6, item d
Esta frase, no contexto do cartaz,
refere-se principalmente à diversida-
6. Slogan. Este é o slogan dos cartazes: de étnica. Considerar com os estu-
dantes que não há pessoa igual a

Reprodução/Unicef
outra, não só pela origem ou etnia,
mas também pelas características e
preferências de cada indivíduo. O que
iguala as pessoas é o fato de todas
pertencerem à espécie humana.
a) Marque um X nas frases que indicam características que podem ser observadas Ressaltar a importância de os es-
no slogan que você leu. tudantes exercitarem a empatia, o
diálogo, a resolução de conflitos e a
Frase longa com muita informação. cooperação, fazendo-se respeitar e
promovendo o respeito ao outro e
X Frase curta, fácil de lembrar. aos direitos humanos. (Referência:
BNNC – Competência geral da Edu-
X Letras com muito destaque, para chamar a atenção de quem lê. cação Básica, item 9)

Letras sem destaque, pois não são importantes no cartaz. Tema contemporâneo
Na atividade 6, item d a diversidade
b) No slogan há duas palavras com sentidos contrários, opostos. Quais são? étnica e o respeito aos direitos huma-
nos são assunto de conversa entre os
Diferenças e igualdade. estudantes. Conversar sobre esses as-
suntos em sala de aula favorece, em
c) O slogan está dividido visualmente em duas partes. Qual das duas partes parece
especial, o desenvolvimento de temas
ser mais importante? contemporâneos que afetam a vida
humana: educação das relações ét-
A segunda parte, pois está com letras maiores e com cor diferente. nico-raciais e ensino de história e
Essa frase pretende passar a mensagem de que, apesar das
cultura afro-brasileira, africana e
d) Releia o slogan. diferenças étnicas, precisamos perceber que somos iguais,
somos todos seres humanos. indígena (com foco na cultura indíge-
na, neste caso) e educação em direi-
EM UM MUNDO DE DIFERENÇAS
tos humanos.
ENXERGUE A IGUALDADE

Atividade 7, item a
Que mensagem essa frase transmite para você? Converse com os colegas.
Esta é uma atividade de inferência
de sentidos com base na comparação
7. Marca da campanha. O termo racismo é geralmente empregado para se referir
de dados.
a atitudes discriminatórias ou ofensivas que muitas pessoas praticam por preconceitos Comentar com os estudantes a
relacionados a cor de pele e outros traços étnicos, que podem ser físicos ou semelhança que existe entre o sím-
culturais. O racismo, portanto, contraria a ideia de igualdade e é crime. bolo da campanha contra o racismo
e as placas de trânsito.
Observe o símbolo no final da palavra, que é uma
Reprodução/Unicef

Esta atividade enfatiza a habilidade


marca nos cartazes da campanha. de identificar um recurso de persuasão
a) Vocês já encontraram um símbolo seme- – neste caso, um símbolo conhecido –,
utilizado nos textos publicitários e de
lhante em placas de trânsito? Resposta pessoal.
propaganda, como elemento de con-
221 vencimento. (Referência: BNCC –
EF03LP19)

277
Atividade 7, item b
Acatar diferentes possibilidades,
desde que coerentes com os sentidos
apresentados. Comparem o símbolo no final da palavra racismo no cartaz com estas placas.
Estouro
Atividade 8

Reprodução/Arquivo da editora
A identificação da ideia principal
contribui para delimitar o assunto.
(Referência: BNCC – EF35LP03)
Atividade 9
Esta questão enfatiza a identifica-
ção da função sociocomunicativa do
gênero em estudo. (Referência: BNCC
– EF15LP01) b) Discutam: Que ideia o uso desse símbolo acrescenta à palavra racismo?

Atividade preparatória Sugestões: É proibido o racismo./Não ao racismo.

É importante que, antes de assina- 8. Qual é a principal ideia que os cartazes apresentam?
lar, os estudantes conversem sobre
essas alternativas para acatar a que for Possibilidades: Não ter preconceito; combater o racismo; respeitar as diferenças.
mais adequada.
9. Com qual finalidade, ou seja, com qual intenção o símbolo foi utilizado?

Atividade 10 A) Entreter, divertir quem lê os cartazes.


Permitir que os estudantes se ex-
pressem com espontaneidade, pois o
B) Dar informações sobre as diferenças entre as pessoas.
objetivo é que digam se a campanha
conseguiu convencê-los ou não. O
importante é que procurem justificar C) X Comunicar visualmente a ideia principal da campanha.
suas opiniões, sempre com respeito e
coerência. (Referências: BNCC – 10. Vocês concordam com a ideia dos cartazes? As mensagens os convenceram? Vocês
EF15LP09, EF15LP10 e EF15LP11) participariam dessa campanha? Respostas pessoais.
É uma forma de os estudantes, oral-
mente, opinarem e defenderem pon- Hora de organizar o que estudamos
tos de vista sobre tema polêmico
relacionado a situações vivenciadas na
escola. (Referência: BNCC – EF3515) • Leiam o esquema a seguir e completem as lacunas com as palavras: convencer,
marca e informações.
Hora de organizar o
que estudamos Cartaz publicitário

Sugere-se a leitura compartilhada do


esquema, pois este é um momento de Intenção/finalidade Organização e linguagem Leitor/público
fechamento conceitual e é necessário • Pessoas em geral
• Ilustrações ou fotos
que os estudantes compreendam com • Convencer o leitor
clareza as relações entre as partes, in- • Informações
clusive com o levantamento de comen- • Slogan
tários, de dúvidas e a releitura dos • Marca da campanha
textos, se necessário.
Acatar sugestões de acréscimo de 222
itens ao esquema, desde que sejam
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
coerentes com o que foi abordado na
unidade. Esse acréscimo poderá ser
feito por meio de reprodução do es- importantes do campo das práticas de estudo
quema na lousa, em atividade coletiva; e pesquisa que a leitura e a ampliação do es-
ou no caderno, por cada estudante. quema possibilitam desenvolver. (Referências:
A atividade de recuperar as ideias BNCC – EF35LP19 e EF35LP20).
principais em situações formais de
escuta de apresentações e de expor
trabalhos ou pesquisas escolares
em sala de aula, orientando-se por
roteiro escrito, são duas habilidades

278
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulário,
Vocabulário em foco componente essencial para a alfabe-
tização. (Referência: PNA)
Nos cartazes publicitários que você leu, há uma palavra que não pode ser confundida com Na fala mais descontraída, ou mes-
outra muito parecida. mo em uma leitura desatenta, é co-
Releia o trecho: mum a confusão entre a sonoridade
das palavras discriminação e descri-
O Brasil tem 31 milhões de crianças negras e indígenas. A maioria sofre de minação.
discriminação racial, sem ter acesso à educação, à saúde e ao desenvolvimento. Para facilitar a memorização, sa-
lientar que descriminar significa “não
considerar crime”, incentivando a bus-
Discriminação: ato ou efeito de discriminar, estabelecer diferença, ou seja, colocar
ca de outras palavras formadas com
de lado uma pessoa, ou um grupo de pessoas, por causa de escolha política, religiosa, de o prefixo des- como negação: des-
trabalho ou mesmo pela cor da pele, do sexo, da idade. A discriminação é um ato contrá- respeitar, desfazer, desmontar,
rio ao princípio da igualdade. descolorir.
Compare com: Sugest‹o
Descriminação: ato ou efeito de descriminar, inocentar, tirar a culpa, absolver de um Nesse endereço eletrônico é pos-
crime. Por exemplo: sível ter acesso a diversos cartazes
produzidos pelo Ministério da Saúde
O júri se reuniu e votou pela descriminação do réu, que foi libertado em seguida por
do Brasil para tratar de diferentes
ter sido inocentado do crime de que o acusavam. campanhas de conscientização da
população sobre prevenção de doen-
SUGESTÃO ças, combate a epidemias, dicas de
vida saudável, entre outros temas. Em
momento oportuno, analisar alguns
• Gostou de ler e interpretar esses cartazes publicitários? Se tiver acesso à internet, você cartazes com os estudantes. Pedir
encontrará outros neste site:
que compartilhem a opinião deles
com os colegas. (Referência: BNCC –
Portal do MinistŽrio da Saœde. Disponível em: https://tedit.net/upMSXc. Acesso EF35LP02)
em: 20 maio 2021.
Prática de oralidade
Conversa em jogo
Estimular os estudantes a falar so-
bre suas origens, procurando valorizar
Prática de oralidade cada uma delas nas contribuições
para a formação do povo brasileiro e
Conversa em jogo da sociedade como um todo.
Os estudantes devem refletir sobre
Roda da diversidade aquilo que é comum a todos, pois é o
que nos iguala: sermos todos seres
● Perguntem a seus pais ou responsáveis quais são as origens de seus familiares:
humanos.
de onde eles são, de onde vieram seus avós e, se possível, seus bisavós.
Anotem no caderno essas informações. Tema contemporâneo
Reitera-se aqui o desenvolvimento do
223
tema contemporâneo Educação das
relações étnico-raciais e ensino de his-
tória e cultura afro-brasileira, africana
e indígena, devendo ser ressaltados os
Atividade complementar itens “relações étnico-raciais” e “cultura
Propor aos estudantes que registrem as informa- Esta atividade favorece o desenvolvimento das afro-brasileira, africana e indígena”.
ções sobre a origem familiar apresentada pelos habilidades de ouvir e compreender, com auto- Favorecer um ambiente de reflexão
colegas e registrar quantos estudantes indicam que nomia, relatos de pesquisa em fontes de informa- e diálogo para que todos os estudantes
sua família é de determinada origem étnica. Ao final, ção e de recuperar as ideias principais em possam falar sobre o que trouxeram em
os dados podem ser organizados em um gráfico situações formais de escuta, com apresentações relação às suas famílias. Esse pode ser
que represente a diversidade étnica dos estudantes orais. (Referências: BNCC – EF03LP24 e EF35LP19) um momento enriquecedor para a
da sala de aula, que poderá ser exposto em um mu- compreensão da diversidade étnica e
ral na sala ou na escola. cultural presente na formação do povo
brasileiro.

279
A troca oral de informações sobre
a família de cada um, sonhos e ex-
pectativas, exercita as habilidades de
expressar-se em situações de inter- Na sala de aula, formem uma roda e leiam o que anotaram. Depois, conversem sobre
câmbio com clareza, escutar com
as questões a seguir.
atenção falas de colegas, respeitar
turnos de fala. (Referências: BNCC – a) Quais são as diferenças entre você e seus colegas no que se refere a origem, tipo
EF15LP09, EF15LP10, EF15LP11) físico, hábitos alimentares, forma de vestir, preferências musicais, etc.?

Tecendo saberes b) Com todas as diferenças, o que é parecido entre vocês? Respostas pessoais.
O cartaz “Você está no Meio desse
Ambiente” reitera um conteúdo mui- Tecendo saberes
to trabalhado nas áreas de Ciências
e de Geografia, que é o de alertar ● Cartazes publicitários ou de propaganda são utilizados nas mais diversas áreas
sobre a necessidade de preservar o para apresentar ideias, informações.
meio ambiente.
Promover a leitura conjunta do Veja a seguir mais um exemplo de cartaz de campanha publicitária.
cartaz para garantir a compreensão e

Reprodução/Gandhi Comunicação
a construção do sentido da relação
entre texto verbal e texto visual (Re-
ferência: BNCC – EF15LP04).
Estimular os estudantes a observa-
rem o aperto de mãos entre ser hu-
mano e árvore, os tons de verde
empregados no cartaz, o jogo entre
os sentidos das palavras meio e fim,
a data e a comemoração explicitada.
Enfatizar a importância de se desen-
volver uma consciência socioambien-
tal e de adotar posicionamento ético
com relação aos cuidados com o
planeta, assim como defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns
que respeitem e promovam os direi-
tos humanos. (Referência: BNCC –
Competência geral da Educação
Básica, item 7, p. 9)
Nas respostas pessoais, acatar opi-
niões diversificadas dos estudantes,
sempre estimulando-os a justificar as
posições apresentadas.
Cartaz com homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

Tema contemporâneo a) Qual é a importância desse cartaz?


Para trabalhar com os estudantes o b) Em sua opinião, ele convence o leitor?
tema contemporâneo educação am- Respostas pessoais.
biental, estimular a reflexão sobre a
necessidade de reconhecer o papel do 224
ser humano como parte do ciclo natu-
ral do planeta, e não como um elemen-
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
to externo a esse sistema. Conversar
também sobre a importância de com-
preender melhor o meio ambiente,
buscando alternativas que ajudem a
garantir sua preservação.

280
Outras linguagens
Conversar com os estudantes so-
bre suas hipóteses a respeito da se-
Outras linguagens quência de imagens a seguir.
Na primeira cena, a atleta Liège
Para fazer a divulgação de produtos ou campanhas, os criadores trabalham com dife- Gautério é apresentada ao público
rentes recursos, estimulando a criatividade, a imaginação e a emoção. como transplantada de pulmão. O
Além de cartazes e painéis, por exemplo, é comum que se utilizem vídeos para divul- rosto dela aparece com uma expres-
são de esforço. Há uma legenda que
gação, pois a imagem em movimento e os recursos de áudio facilitam a apresentação de
indica a fala da atleta. Na segunda
ideias e permitem contar histórias. cena, a atleta demonstra cansaço,
● Com os colegas, observe a seguir as três cenas de um vídeo de uma campanha dando a impressão de ter chegado
institucional sobre a doação de órgãos. Leiam os textos e observem também a ao seu limite. Ao fundo, vemos des-
focado o desenho de pulmões. Na
sequência de imagens. Conversem sobre os recursos empregados para chamar
terceira cena, o fundo aparece com
a atenção do público e descrevam o que vocês observaram.
foco e percebemos que se trata de
Ver comentário nas orientações para o professor.
várias pessoas juntas, representando
a torcida e, ao mesmo tempo, a tota-
lidade de pessoas que podem doar
órgãos e, possivelmente, salvar vidas.
Fotos: Governo Federal/Ministério da Saúde

A legenda mostra a conclusão da fala


da atleta: “encontrei um ânimo a
mais”. O foco desta proposta de leitu-
ra é a observação e a comparação de
Quando eu pensei recursos empregados, mesclando
que havia chegado imagem e outros recursos visuais.
ao meu limite, (Referência: BNCC – EF03LP19)

encontrei um
‰nimo a mais.
1

2 3

Imagens de vídeo de campanha do Ministério da Saúde. Disponível em:


https://tedit.net/Uewe1N. Acesso em: 20 maio 2021.

225

281
Língua: usos e
reflexão
Uso de verbos no
imperativo Língua: usos e reflexão
Nesta unidade, a seção Produção Uso de verbos no imperativo
de texto virá depois da seção Lín-
gua: usos e reflexão para que seja Atividade oral e escrita
estudado o modo imperativo dos
verbos antes de os estudantes produ- Você já aprendeu que o verbo pode indicar:
zirem seus textos.
Os textos de propaganda e publici-
• tempo: presente, passado e futuro;
dade podem fazer apelos, convites e/ • pessoa: quem fala, a pessoa com quem se fala e a pessoa de quem se fala.
ou sugestões para convencer ou dar
Vamos ver outro uso dos verbos.
conselhos, sugerir um cuidado e até
instruir (é o caso de campanhas de
1. Releia estas frases.
saúde, por exemplo). Assim, é muito
frequente o uso de verbos no modo Enxergue a igualdade. Participe desta campanha.
imperativo nesses gêneros. Mas, além
desses textos, compreender o uso do Os verbos destacados foram empregados no texto para:
imperativo dos verbos é importante
também para que os estudantes sai- A) mostrar quem faz a ação. C) dar instruções.
bam empregar essa forma verbal em
textos instrucionais: prescritivos (re- indicar o tempo em que a ação
gras, leis e instruções mais rígidas, dan- B) X fazer pedidos. D)
ocorre.
do menos liberdade para quem os lê)
e injuntivos (receitas culinárias e ma- 2. Releia estas informações:
nuais de instrução, induzindo o inter-

Reprodução/Unicef
locutor a proceder de determinada
forma, sem rigidez, com maior grau de
liberdade). (Referência: BNCC –
EF03LP08)
Atividade 3 Agora, circule dois verbos que expressam pedido.
O objetivo dessa atividade é que Os verbos que você circulou estão no modo imperativo.
os estudantes leiam e compreendam
um texto injuntivo (receita), observan- 3. Leia uma parte de uma receita: o modo de fazer uma omelete.
do a estrutura e o emprego dos ver-
bos imperativos. A atividade não Quebre três ovos numa tigela. Bata bem com um garfo. Coloque uma pitada
apresenta diagramação específica, de sal, salsinha, cebolinha e pedacinhos de tomate. Misture bem.
com a lista de ingredientes, e foca Despeje numa frigideira quente com um pouco de manteiga. Doure os dois
apenas no modo de preparar o ali-
lados. Coloque em um prato e sirva.
mento, pois a intenção é o aprendi-
zado do uso do verbo no imperativo.
(Referências: BNCC – EF03LP11 e Os verbos destacados no texto foram empregados para:
EF03LP16)
X dar instruções. fazer pedidos.

226

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

282
do campo das práticas de estudo e
pesquisa: recuperar as ideias princi-
pais em situações formais de escuta.
4. Leia a tirinha a seguir. (Referência: BNCC – EF35LP19)

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda.


Produção de texto
Criação de textos para
cartaz publicitário
O objetivo do trabalho proposto
nesta seção é motivar os estudantes a
usar os recursos próprios do gênero
Mauricio de Sousa. Banco de imagens MSP. com a intenção de convencer os leito-
res a aderirem à ideia. (Referência:
a) Na tira, Magali fala com Pinóquio para:
BNCC – EF03LP21)
dar uma instrução. X fazer um pedido. Sugere-se estimular os estudantes
a refletir sobre o porquê de um cartaz
b) O que Magali espera que aconteça? Converse com os colegas. Ela espera que com várias crianças trazer a ideia de
o nariz de Pinóquio atinja um dos frutos da árvore para poder pegá-lo e comê-lo. diversidade, respeito às diferenças, etc.
Orientá-los sobre o que pode constar
Hora de organizar o que estudamos nas frases informativas para deixar cla-
ro para o leitor do que o cartaz trata.
Conversar com eles sobre quanto
● Leiam e completem o esquema com as informações que faltam.
a valorização das diferenças pode ser
um estímulo importante para que as
Verbo no imperativo
crianças possam se sentir aceitas, fe-
lizes e incluídas, independentemente
de suas origens, características físicas,
Indica: Sugestões: ordem, pedido, desejo, orientação, conselho, etc. modos de ser, etc.
Preparação
Produção de texto Lembrar-se sempre da importância
da etapa do planejamento, momento
Criação de texto para cartaz publicitário destinado às trocas de ideias entre os
estudantes sobre a circunstância co-
● A montagem de fotografias ao lado representa um
Monkey Business Images/Filipe Frazao/Daniel M Ernst/morrowlight/ESB Professional/
Blend Images/Shutterstock/Fotomontagem: Fernanda Crevin

municativa da produção a ser realiza-


pouco da diversidade étnica e cultural brasileira. Vo- da: o que, para quem, para quê,
cês usarão essas imagens como modelo para fazer um onde circulará o texto, suporte, lin-
cartaz com o objetivo de convencer as pessoas da im- guagem, organização. (Referência:
portância de respeitar as crianças brasileiras. BNCC – EF15LP05)
É importante que, ao planejar com
Preparação os estudantes o texto a ser produzido,
1. Já temos a seleção de imagens do cartaz. Ele precisa seja dada importância à finalidade do
texto, aos interlocutores, à linguagem,
comunicar a ideia de que as crianças brasileiras, com
à forma e à circulação. Nesse caso,
suas diferentes características étnicas, devem ser propõe-se que a circulação seja feita
tratadas com igualdade. por meio de um mural, de preferên-
cia externo à sala de aula, para que
227 muitas pessoas possam ler. Sugere-se
também que, se houver possibilida-
de, a circulação se dê em meios digi-
tais como site ou blog da escola, de
Atividade 4 das tirinhas. (Referência: BNCC – EF15LP14)
A personagem Magali usa as formas verbais modo a destacar a importância do
vai e conta, próprias do imperativo de 2a pes- Hora de organizar o que tema “respeito às crianças brasileiras”.
soa do singular, embora normalmente empre- estudamos
gue você em suas falas, o que exigiria os
Estimular os estudantes a fazer uma leitura
verbos na 3a pessoa do singular. Esse uso é
silenciosa do esquema. Fazer um levantamento
muito comum na linguagem informal.
das hipóteses de preenchimento. Elaborar uma
Atividades 4, item b lista e analisar o que é pertinente para preen-
Além do uso dos verbos no imperativo, cher o quadro.
a atividade prioriza a construção do sentido Essa atividade exercita a habilidade própria

283
Escrita
Ao tentar elaborar diferentes possi-
bilidades de frases, os estudantes dis-
cutirão o propósito do uso dos recursos 2. Para que a mensagem seja clara, o cartaz deve ter um texto informativo e um
para dar conta da intenção de conven- slogan. Vocês criarão um texto curto e um slogan, frase que acompanha a imagem
cimento. (Referência: BNCC – EF03LP19)
do cartaz e que geralmente está em destaque.
Chamar a atenção para o uso do impe-
rativo nas formas verbais utilizadas co-
Escrita
mo recurso para convencer.
Revisão e reescrita 1. Escrevam e reescrevam várias possibilidades de texto informativo e slogan, usando
A revisão é um importante mo- toda a criatividade para dar conta da intenção do cartaz.
mento de verificar os modos de apri-
2. Selecionem o texto informativo e o slogan mais adequados na opinião de vocês.
moramento do texto, principalmente
em se tratando de cartaz a ser expos-
Revisão e reescrita
to para leitura por diferentes tipos de
leitores. (Referência: BNCC – EF15LP06) Releiam o texto informativo e o slogan escolhidos e vejam se estão claros ou precisam
Ao final da atividade, cada estu- de ajustes. Reescrevam o que for necessário.
dante poderá confeccionar seu car-
taz. Orientar sobre a distribuição dos Apresentação
elementos na folha de papel para
que haja equilíbrio entre os elemen- Para elaborar o cartaz, pode-se fazer a reprodução da montagem de fotografias apre-
tos ao editar a versão final do cartaz. sentada ou criar uma nova montagem, colando outras imagens. Depois que o cartaz já
(Referência: BNCC – EF15LP07) estiver pronto, com as imagens e o texto, vocês poderão afixá-lo no mural da sala de aula
Se achar conveniente, os estudan- ou no mural da escola para ser visto por outras pessoas.
tes podem votar no cartaz de que
mais gostaram.
Palavras em jogo
Palavras em jogo
S’labas
O objetivo desta seção é promover

Reprodução/Câmara Municipal de Porto Alegre


a consciência fonêmica e a instru- Atividade oral e escrita
ção fônica sistemática, componen-
tes essenciais para a alfabetização. 1. Leia este cartaz de campanha.
(Referência: PNA)

Sílabas
É importante retomar sistematica-
mente o estudo da sílaba, pois, à me-
dida que aumenta o grau de
complexidade das palavras com que
deparam, os estudantes podem rea-
valiar o conhecimento já adquirido.
Além disso, a percepção das sílabas
que formam a palavra facilitará o es- Campanha do Agasalho 2019.
tudo posterior sobre tonicidade e Câmara Municipal de Porto Alegre.
outros aspectos ortográficos. Essa Disponível em: https://tedit.net/RVpBnk.
Acesso em: 20 maio 2021.
gradação contribui para a consolida-
ção da habilidade EF02LP08.
228
O conteúdo desta seção envolve a
percepção sonora das palavras e dos
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
impulsos silábicos. Portanto, ele deve
ser desenvolvido de forma oral, antes que inclui a vogal I na pronúncia: psi-có-lo-go.
do registro escrito. (Referência: BNCC – EF03LP02)
Entretanto, a divisão silábica tam-
bém tem normas de escrita que
nem sempre coincidem com a per-
cepção sonora da sílaba. É o caso, por
exemplo, de palavras como advoga-
do e psicólogo, que seguem regras
específicas de separação na escrita,
desconsiderando o aspecto sonoro

284
Atividade 1
O objetivo desta atividade é fazer
com que os estudantes observem as
Copie do cartaz palavras: diversas configurações de sílabas.
Atividades 2 e 3
a) com uma sílaba: um .
Este conteúdo atende à habilidade
de identificar o número de sílabas de
b) com duas sílabas: doe, vista . palavras e sua classificação. (Referên-
cia: BNCC – EF03LP05)
c) com três sílabas: sorriso . Estas atividades têm por objetivo
instigar os estudantes a relacionar
d) com quatro sílabas: agasalho . conceito e nomenclatura. Conversar
com eles sobre o que pode significar
De acordo com o número de sílabas, as palavras recebem uma classificação.
a parte destacada a fim de que for-
mulem hipóteses. Eles devem relacio-
2. Os termos a seguir são usados para indicar o número de sílabas de uma palavra.
nar mono a “um”, di a “dois”, tri a
a) Conversem sobre o sentido que pode ter a parte colorida. “três”, poli a “vários”. O prefixo poli-
vem do grego e quer dizer “muitos”.
b) Liguem cada palavra à quantidade de sílabas que ela indica. Chamar a atenção dos estudantes
para o significado de algumas pala-
monossílaba dissílaba trissílaba polissílaba vras, como poliedro (vários lados).

três sílabas quatro sílabas ou mais uma sílaba duas sílabas

3. Ligue as palavras à classificação correspondente, de acordo com o número de


sílabas de cada uma.

feliz monossílaba

eu
dissílaba

valorizo

trissílaba
igualdade

saúde polissílaba

Na língua falada, sílaba é cada impulso de voz ao pronunciar uma palavra.

229

285
Hora de organizar o
que estudamos
Mais uma vez, sugere-se que a lei-
tura e o preenchimento do mapa Hora de organizar o que estudamos
conceitual sejam realizados coletiva-
mente para que os estudantes desen-
● Leiam e completem o esquema a seguir com um exemplo de palavra para cada
volvam a habilidade de leitura desse
gênero. É fundamental que, ao ler o classificação.
texto, eles percebam que podem – e
devem – fazer adaptações para se Classificação das palavras pelo número de sílabas
apropriarem melhor dos conheci-
mentos. Essas adaptações devem ser
feitas primeiro oralmente. Por exem-
plo, ler o esquema com mais autono-
mia de linguagem: “Este esquema
Monossílaba Dissílaba Trissílaba Polissílaba
trata da classificação das palavras
pelo número de sílabas. Elas podem
ser monossílabas (uma só sílaba), dis-
sílabas (duas sílabas)”, etc.
Mapas conceituais ou esquemas
são textos que integram a linguagem Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal.
verbal e a não verbal. Assim, a leitura
desse tipo de texto, associada à ne-
cessidade de adaptação da lingua- Separação de sílabas
gem para tornar a leitura mais
significativa, seguirá contribuindo Atividade oral e escrita
para o desenvolvimento da habilida-
de EF15LP04 da BNCC. Por que aprendemos a separar as palavras em sílabas?
Uma das razões é que, quando estamos escrevendo no caderno, às vezes as palavras
Separação de sílabas
não cabem na mesma linha. Então precisamos separar as sílabas da última palavra da
Ao retomar a segmentação das
palavras, as atividades exercitam a linha e continuar a escrever na linha seguinte.
leitura e a escrita correta de palavras Por isso, precisamos pensar em como é possível separar as sílabas das palavras.
com sílabas CV (consoante-vogal), V
(vogal), CVC (consoante-vogal-con- 1. Observe a separação das sílabas de uma palavra no final da linha.
soante), CCV (consoante-consoante-

Banco de imagens/Arquivo da editora


-vogal), VC (vogal-consoante), VV
(vogal-vogal) e CVV (consoante-vo- pensador
gal-vogal), incentivando os estudan-
tes a notar que existem vogais em pen-
todas as sílabas. (Referência: BNCC –
EF03LP02)
sador
pensa-
dor

230

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

286
Atividade 2
Esta atividade reforça o exercício
de separação de sílabas e a habilidade
2. Faça o mesmo com as palavras a seguir. de ler e de escrever palavras com cor-
respondências regulares contextuais
entre grafemas e fonemas com os
trabalhador alimento dígrafos LH e CH. (Referência: BNCC
– EF03LP03)
tra- trabalha- a- alimen- É importante que os estudantes
trabalhem com possibilidades de se-
balhador dor limento to
paração silábica quando as palavras
traba- ali- tiverem três ou mais sílabas.
Atividade 3
lhador mento
É importante que os estudantes
percebam que a divisão feita oral-
3. Leia as palavras dos quadros a seguir. mente – os impulsos de voz – nem
sempre corresponde à divisão que
ocorre na escrita, pois nesta há regras
missa irritada
e convenções específicas. É o caso
dos dígrafos que aparecem na ativi-
a) Escreva as duas palavras separando as sílabas. dade – RR, SS. Isso acontecerá tam-
bém com os dígrafos SC, XC, mas eles
mis-sa; ir-ri-ta-da não serão abordados neste ano.

b) Converse com os colegas: A separação de sílabas feita na escrita corresponde à Atividade 4


Esta atividade, cujo objetivo é ve-
separação feita na fala? Sugestão: Não. Na escrita, quando ocorrem os
encontros SS e RR, cada letra fica em uma sílaba; na rificar o que o estudante já com-
fala, essa separação não ocorre. preendeu e consolidar o aprendizado,
4. Leia as palavras a seguir em voz alta.
deverá ser feita em casa. Esta ativida-
de atende à habilidade de identificar
amigo irmão sentimento colega o número de sílabas das palavras e
classificá-las de acordo com esse nú-
Separe as sílabas de cada palavra nos quadrinhos de acordo com o número de mero. (Referência: BNCC – EF03LP05)
Ler conjuntamente o enunciado
sílabas indicado. Depois, classifique as palavras conforme o número de sílabas para orientar a tarefa que os estudan-
de cada uma. tes deverão fazer em casa.
O resultado da atividade deve ser
a mi go 3 trissílaba
revisto em sala de aula, tomando-se
o cuidado de observar os estudantes
que tenham mais dificuldade e o tipo
ir mão 2 dissílaba de dificuldade apresentada: com-
preensão do conteúdo, falta de auto-
sen ti men to 4 polissílaba nomia para fazer atividades sozinho
por não compreender o que é solici-
tado. Os estudantes com maior grau
co le ga 3 trissílaba de dificuldade devem ser acompa-
nhados mais de perto pelo professor,
que deverá auxiliá-los a superar even-
231 tuais defasagens.

Atividade complementar
Se considerar oportuno, pro- b) de palavras grafadas com RR: c) de palavras grafadas com SS:
ponha a realização da seguinte guitarra: gui tar ra osso: os so
atividade para os estudantes. marreta: mar re ta bússola: bús so la
• Separe as sílabas: carruagem: car ru a gem
churrasqueira: chur ras quei ra
vassoura: vas sou ra
passaporte: pas sa por te
a) de palavra que apresenta os
ferradura: fer ra du ra travesseiro: tra ves sei ro
encontros RR e SS:
escorregador: es cor re ga dor
carrossel: car ros sel

287
Memória em jogo
Esta é uma cantiga popular de do-
mínio público. Se achar conveniente,
pesquisar em sites a letra completa Memória em jogo
para cantar com os estudantes. Além
de lúdica, essa cantiga propicia um ● Fale rápido a cantiga e tente memorizá-la. Cuidado para não embaralhar as sí-
exercício de articulação de palavras. labas! Depois, escreva a cantiga no caderno. Procure não olhar para o livro
(Referência: BNCC – EF35LP28) novamente!

Coleção de palavras Tumbalacatumba tumba tá


O objetivo desta seção é promover

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Quando o relógio bate a uma
o desenvolvimento de vocabulá- Todas as caveiras saem da tumba
rio, componente essencial para a al- Tumbalacatumba tumba tá
fabetização. (Referência: PNA) Tumbalacatumba tumba tá

Quando o relógio bate as duas


Todas as caveiras pintam as unhas
Tumbalacatumba tumba tá
[...]
Domínio público.

Coleção de palavras
● A lista a seguir apresenta algumas palavras que apareceram ao longo desta uni-
dade. Leia essas palavras e seus significados e conheça alguns dos sentidos que
elas podem ter em outros contextos.

Órgão As imagens não estão


representadas em proporção.

Craig Hanson/Shutterstock
MicroOne/Shutterstock

1. Parte do corpo de um ser vivo destinada 2. Grande instrumento musical com


a cumprir uma função vital. teclado, pedais e grandes tubos, por onde
passa o ar que produz o som.

232

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

288
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-
As imagens não estão
Labirinto Vista panorâmica de um labirinto representadas em proporção. dos nesta unidade para que os estu-
celta em Wicklow, Irlanda. dantes se apropriem da organização
dos conteúdos, atribuindo nomes a

Zonda/Shutterstock
Peter Krocka/Shutterstock

eles. Ler o quadro-síntese para os


estudantes, orientando-os sobre as
colunas que o compõem. A coluna
Avancei indica o que os estudantes
já sabem depois de terem estudado
o conteúdo da unidade. A coluna
Preciso estudar mais indica o que
é preciso retomar e estudar um pou-
co mais. Motivá-los a fazer comentá-
1. Lugar cheio de passagens confusas 2. Sistema de canais que formam a parte rios sobre o próprio desempenho e
de onde é difícil sair. interna da orelha. ajudá-los a reconhecer a necessidade
de revisão.
● Você já conhecia algum desses significados? Conhece outros significados pos-
Na reflexão sobre avanços e dificul-
síveis para essas palavras? Compartilhe seus conhecimentos com os colegas e dades, provavelmente alguns estudan-
copie as palavras no caderno para compor sua coleção de palavras. tes apontarão como dificuldade a
apropriação dos sons do X. Vale lem-
brar que se trata de um caso de irre-
gularidade, sem princípio gerativo de
O que estudamos regra. Dessa forma, como já apontado
anteriormente, a condição é conservar
na memória a imagem das palavras,
expor para os estudantes a lista de
Autoavaliação palavras de uso mais comum e investir
na memorização.
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 9 Avancei
estudar mais
• Leitura e interpretação de cartaz publicitário
• Identificação das partes de um cartaz
publicitário e linguagens utilizadas
• Produção de texto para cartaz publicitário
• Identificação e uso do modo imperativo em cartaz
publicitário e compreensão do seu efeito de sentido
• Estudo e classificação das palavras quanto ao
número de sílabas
• Participação em atividades orais

233

289
Conclusão da unidade 9

Todas as unidades apresentam atividades que possibilitam dual sobre o processo de aprendizagem e a participação ativa
acompanhar o desenvolvimento dos estudantes e/ou da turma nesse processo.
por meio de atividades que podem ser usadas para a avaliação A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de apren-
processual/formativa, como a apresentada em Separação de dizagens que, em conjunto com o registro de resultados de ava-
sílabas nesta unidade. Tal avaliação permite identificar os estu- liação processual/formativa, possibilita o acompanhamento
dantes com defasagens e/ou dificuldades, o que favorece a ela- sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar adequado,
boração de um plano para rever conteúdos e habilidades que use-o para o registro de observações e resultados de sua avaliação.
necessitem de consolidação ou retomada. Ele permite identificar os objetivos não atingidos e replanejar ati-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra vidades. Todas as anotações relativas ao desempenho dos estu-
no final da unidade, para conversar com os estudantes a res- dantes são instrumentos importantes para o acompanhamento
peito do próprio desempenho, estimulando a reflexão indivi- do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar cartaz publicitário. Compreensão de texto

Compreensão de
Identificar partes de um cartaz publicitário e linguagens utilizadas.
texto

Produzir texto para cartaz publicitário. Produção de texto

Língua: usos e
Identificar e usar o modo imperativo em cartaz publicitário e compreender seu
reflexão – Uso de
efeito de sentido.
verbos no imperativo

Palavras em jogo –
Sílabas
Estudar e classificar palavras quanto ao número de sílabas.
Palavras em jogo –
Separação de sílabas

Prática de oralidade

Participar de atividades orais. Observação cotidiana


da expressão oral do
estudante

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de defasa- tímulo à leitura de cartazes publicitários em casa; produção de
gens, atividades para remediação e/ou atendimento de dificulda- cartazes publicitários em pequenos grupos. Para dificuldades nos
des podem ser propostas. Em leitura e produção textual: leitura estudos sobre a língua: atividades para elaboração de frases com
partilhada, com estímulo à participação dos estudantes para a verbos no imperativo. Para apropriação de convenções ortográfi-
localização de informações em textos lidos/ouvidos; leitura de cas: jogos ortográficos relacionados à divisão silábica e à classifi-
cartazes publicitários previamente escolhidos pelo professor; es- cação das palavras quanto ao número de sílabas.

290
Introdução da unidade 10

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar notícia.
• Apresentar notícia em telejornal.
• Produzir notícia com base em informações dadas.
• Diferenciar modos de se expressar: uso de linguagem mais formal
ou mais informal.
• Identificar o nome a que o pronome demonstrativo se refere.
• Identificar o som das letras S, SS, Ç, C, SC e X em palavras.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades pro- das convenções do sistema de escrita, à falta de convívio com
postos nesta unidade, espera-se que os estudantes consigam lo- textos diversificados (baixo grau de literacia) e à dificuldade de
calizar informações no texto com certa precisão, a fim de que leitura relacionada a vocabulário limitado, a fim de se buscar es-
identifiquem informações explícitas das notícias como as respos- tratégias para solucioná-los.
tas às perguntas “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”, “Onde?” e “Como?”. Para o desenvolvimento da expressão oral e da expressão es-
Para mobilizar conhecimentos prévios, sugere-se que tomem crita, espera-se que os estudantes usem letras maiúsculas e mi-
contato com notícias em diferentes fontes e que conversem sobre núsculas adequadamente e que atribuam o significado correto
elas. O estímulo à ampliação do vocabulário dominado é essencial aos sinais de pontuação.
para que tenham maiores possiblidades de compreensão dos Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes
textos lidos e para que consigam incrementar suas produções de reconhecer situações formais e informais do cotidiano. Além
textuais orais ou escritas. disso, é importante que consigam localizar, em textos orais e es-
Espera-se um avanço em direção a uma leitura com autonomia critos, o referente de pronomes demonstrativos. Caso haja dificul-
e fluidez, especialmente de palavras mais comuns. Essa é uma das dades, recomenda-se que esses tópicos sejam retomados
condições básicas para a compreensão dos textos. Caso haja es- coletivamente.
tudantes que apresentem dificuldades, é importante que sejam Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, indica-se
acompanhados de forma sistemática. É fundamental avaliar se há a leitura de listagens de palavras com as escritas a serem sistema-
problemas associados à falta de apropriação da base alfabética e tizadas e um levantamento inicial de possíveis dificuldades.

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Os focos desta unidade são a leitura e o estudo de notícias, pliação do desenvolvimento da consciência fonológica e do
tendo em vista o aprimoramento da compreensão de textos domínio de convenções ortográficas se dá pela leitura e pela
desse gênero do campo jornalístico. As atividades enfatizam a escrita de palavras em que as letras S, SS, Ç, C, SC e X repre-
localização de informações e características estruturais e dis- sentam o fonema /s/. Tal desenvolvimento é condição impor-
cursivas do gênero e têm por objetivos desenvolver a autono- tante para que os estudantes, paulatinamente, dominem as
mia dos estudantes para leitura e compreensão de textos e a bases da ortografia.
expressão oral e escrita de notícia em formato de telejornal. Paralelamente, há ênfase em atividades orais individuais e
Os estudos sobre a língua dão continuidade a reflexões coletivas que exploram a clareza na apresentação de ideias,
sobre graus de formalidade da linguagem, bem como à iden- a expressividade, a desenvoltura e a escuta atenta.
tificação do referente de pronomes demonstrativos. A am-

291
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade:



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
10 Notícia
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Nesta unidade você vai…


● ler e interpretar notícia;
Competências da BNCC ● apresentar notícia em telejornal;
Principais competências ● produzir notícia com base em informações dadas;
abordadas na unidade
● diferenciar modos de se expressar: uso de linguagem
Competências gerais: 5 e 10 mais formal ou mais informal;
Competências específicas
● identificar o nome a que o pronome demonstrativo
de Linguagens: 3 e 6
se refere;
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 3, 4, 5, 7 e 10 ● identificar o som das letras S, SS, Ç, C, SC e X em
palavras;
● participar de atividades orais.

Habilidades da BNCC
Principais habilidades
abordadas na unidade
EF15LP01 EF15LP10 EF15LP03
EF15LP04 EF15LP14 EF15LP06
EF15LP09 EF15LP17 EF15LP12
EF15LP13 EF15LP18 EF35LP01
EF35LP03 EF35LP05 EF35LP10
EF35LP12 EF35LP13 EF35LP14
EF35LP16 EF35LP17 EF35LP23
EF15LP02 EF03LP01
EF15LP05 EF03LP22

234

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: notícia (campo da vida pública) • Pesquisa e produção de telejornal
• Leitura e interpretação da notícia • Apresentação de telejornal a
• Identificação do assunto da notícia partir de notícia pesquisada
Conteúdos • Localização de elementos: quem viveu os fatos, • Apresentação oral de notícia
produzida por duplas
onde, quando e como os fatos aconteceram
• Leitura de foto que acompanha o texto da • Interações orais em atividades em
grupo ou coletivas
notícia

292
Orientações didáticas
Antes de os estudantes responde-
rem às perguntas propostas, explorar
a ilustração com eles, fazendo um
levantamento da representação das
diferentes possibilidades de obter
Giz de Cera/Arquivo da
editora
informação. Os personagens encon-
tram-se em um lugar público. Motivar
os estudantes a observar alguns indí-
cios que revelam se tratar de uma
rodoviária, como número de platafor-
As pessoas estão sentadas na plataforma de ma, ônibus estacionado, ônibus che-
● Onde essas pessoas estão? uma rodoviária.
gando. Comentar as alternativas
● O que as pessoas da cena estão fazendo? encontradas pelos personagens para
● Como você faz para se manter informado se divertirem ou se informarem:
sobre os acontecimentos da cidade onde tablet, revista ou livro, jornal, celular,
vive? Resposta pessoal. televisão. Essa atividade de observar
e relacionar estabelece pressuposi-
● Você costuma ler algum jornal? Qual? ções antecipadoras sobre o gênero
Possibilidades: A menina Resposta pessoal.
afrodescendente está ● Além dos jornais, que outros meios nos do texto que se vai ler e, ao mesmo
consultando o tablet, a moça ajudam a ficar bem informados? tempo, desenvolve a habilidade de
de cabelos louros está lendo Rádio, televisão, sites noticiosos, relacionar texto a ilustrações.
um livro, o idoso está lendo revistas, redes sociais. (Referências: BNCC – EF15LP02 e
jornal, o menino ao lado do
idoso está se entretendo EF15LP18)
com o celular e os dois
homens sentados de costas
para o leitor estão assistindo
ao noticiário na tevê.

235

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Planejamento e produção de
notícia com base em foto de animal
• Modos de se expressar: linguagem formal e
linguagem informal
estranho encontrado por cientistas • Um só som para as letras: S, SS, Ç, C, SC
Conteúdos • Atividades
edição
de revisão, reescrita e

• Apresentação oral de notícia


produzida (telejornal)

293
Para iniciar
Nesta atividade, objetiva-se que os
estudantes identifiquem pistas nos
recortes de jornal (escovação de den- Para iniciar
tes, emojis, festival de cinema e fute-
bol), levando em consideração a Not’cia
fotografia e o título da notícia principal.
As notícias utilizadas nesta ativida- Uma notícia, publicada em um jornal, teve uma parte de seu texto rasgada.
de estão disponíveis nos seguintes ● Observe a fotografia que ilustra a notícia e leia um trecho dela.
endereços:

Reprodução/Arquivo da editora
1. Notícia sobre aulas de escovação
dos dentes: https://tedit.net/jVd-
JKO. Acesso em: 11 jun. 2021.
2. Notícia sobre bonecas Abayomis:
https://tedit.net/CwzUBe. Acesso
em: 11 jun. 2021.
3. Notícia sobre dia mundial de
emojis: https://tedit.net/oGsQ8n.
Acesso em: 11 jun. 2021.
Ao ler para os estudantes a notícia
desta página, pode-se iniciar um tra- As carinhas expressam os
balho de identificação de notícias,
de escrever e por isso ficaram
explorando os títulos ou manchetes.
Isso será feito na unidade, mas a pro-
posta pode ser iniciada aqui para
Você consegue descobrir qual destes pedaços de jornal faz parte da mesma
motivá-los a exercitar a habilidade
EF35LP16 e a desenvolver a EF15LP01, notícia? Assinale a alternativa que considerar correta.
a respeito da função social do texto,
propostas pela BNCC. A)
dos dentes e se esforçar

Pixaline/Pixabay
dizem os dentistas

B)
acolhimento” traz
histórias

C) X
sentimentos que são difíceis
famosas no mundo inteiro.

236

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

294
Leitura
Gênero: notícia (campo da vida
pública). Texto falado ou escrito da
esfera jornalística que pode ser veicu-
Para ficar bem informado, é possível acompanhar as notícias pelo rádio, pe- lado em jornal, revista, rádio, televisão,
la televisão, pelo jornal ou pela internet. sites e outros meios eletrônicos. Em
Agora, você vai ler uma notícia que anuncia a descoberta de um bicho minús- uma notícia, são relatados aconteci-
culo. Que animal será esse? Como será que ele foi descoberto? mentos reais e atuais, em linguagem
clara e objetiva, respondendo às per-
guntas: o quê, qual é o assunto, (com)
quem, quando, como, onde e por quê.
Leitura: notícia O estudo deste gênero prepara para
o desenvolvimento de habilidades
● Observe a imagem e leia silenciosamente o texto. esperadas para gêneros orais.
Destacar elementos dos gêneros
do campo da vida pública, como a

Reprodução/Endagerex/veja.abril.com.br
abordagem mais profunda de fatos
reais e a objetividade da linguagem;
o uso de fotos, legendas, gráficos,
ilustrações, etc. Estimular a pesquisa
de notícias em diferentes suportes –
jornais, revistas, internet, rádio, televi-
são – para comparar as diferenças e
as semelhanças entre a organização
e a linguagem de cada um em relação
ao seu provável público-alvo.
O estudo desta unidade privilegia
identificar a formatação e diagrama-
ção específica de notícia, manchete
e corpo da notícia. (Referência: BNCC
– EF35LP16)
Sugere-se iniciar a leitura coletiva
pela manchete: título e linha fina. A
linha fina, em letras menores do que
o título, costuma vir abaixo dele,
complementando ou ampliando as
informações. O termo linha fina não
será apresentado aos estudantes,
mas, se achar conveniente, essa no-
menclatura poderá ser usada. O im-
portante é que os estudantes leiam,
compreendam e identifiquem a fun-
Essa notícia foi publicada em uma revista on-line em fevereiro de 2021.
ção social do texto. (Referências:
Sabrina Brito. Descoberto o menor réptil do mundo. Veja, 8 fev. 2021. BNCC – EF15LP01 e EF35LP01)
Disponível em: https://tedit.net/il7yZ1. Acesso em: 20 maio 2021. Estimular os estudantes a compa-
rar o que aparece na foto: o tamanho
da ponta do dedo de uma pessoa
237 com o tamanho do menor réptil do
mundo.

295
É importante que esta leitura seja
feita de forma compartilhada, com
a participação da turma a cada tre-
cho lido. A escolha e a disposição da ● Acompanhe a leitura da professora e, ao surgir uma dúvida, peça licença para falar.
imagem foram alteradas em relação
à publicação original, a fim de facili- Descoberto o menor réptil do mundo
tar a leitura dos estudantes, que po- A espécie pode já estar ameaçada de extinção, segundo os cientistas
derão se apoiar nela para melhor
compreensão. A notícia é sobre o Um grupo de cientistas afirma ter encontrado o
réptil: animal com pés curtos que
anúncio da descoberta de um nano- menor réptil do mundo: uma subespécie de camaleão
parece se arrastar ao se locomover.
camaleão em uma floresta degrada- do tamanho de uma semente de girassol. O animal foi espécie: conjunto de seres que
da de Madagascar. descoberto durante uma expedição em Madagascar. apresentam determinadas
Apelidado de nanocamaleão, o réptil mede apro- características comuns.
É importante que os estudantes
ximadamente 22 milímetros da cabeça à cauda, tor- extinção: desaparecimento total de
observem a formatação do corpo da uma espécie de ser vivo.
notícia e a disposição da imagem – nando-o o menor das cerca de 11,5 mil espécies
subespécie: divisão de uma espécie.
recurso gráfico para facilitar a com- conhecidas desse grupo. De acordo com os pesqui- camaleão: réptil que pode mudar de cor.
preensão do conteúdo da notícia. sadores, é possível que o camaleão esteja ameaça- expedição: excursão científica.
(Referências: BNCC – EF35LP16 e do de extinção devido ao desmatamento de seu nano: significa “anão” em grego, língua
EF15LP18) habitat. da qual se originou a palavra.
Propor questões iniciais sobre hi- A nova espécie recebeu o nome de Brookesia nana habitat: local com condições favoráveis
à vida ou ao desenvolvimento de uma
póteses e possibilidades referentes ao e sua descoberta foi relatada em um artigo publicado
espécie vegetal ou animal.
texto a ser lido colabora para o de- no periódico científico Scientific Reports. Diferente- periódico: revista.
senvolvimento da habilidade de es- mente de outros répteis, quando se trata do nanoca- Scientific Reports: em inglês,
tabelecer expectativas em relação ao maleão, o macho é menor do que a fêmea. “relatórios científicos”.
texto, prevendo antecipações que, Sabrina Brito. Descoberto o menor réptil do mundo. Veja, 8 fev. 2021.
durante a leitura, serão confirmadas Disponível em: https://tedit.net/il7yZ1. Acesso em: 20 maio 2021.

ou não. (Referência: BNCC – EF15LP02)


Chamar a atenção para as palavras
apresentadas no glossário, que prio- Compreensão do texto
riza um vocabulário de descoberta
científica. Essa abordagem da lingua- Atividade oral e escrita
gem científica nesta unidade favore- 1. Complete o quadro com os dados da notícia que você leu.
ce a leitura do texto informativo e do
infográfico da unidade seguinte. O quê?
(assunto) O anúncio da descoberta do menor réptil do mundo, um nanocamaleão.
Compreensão do
texto Quem?
Cientistas.
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo-
Quando?
nente essencial para a alfabetização. A data não foi revelada.
(Referência: PNA)
A descoberta foi relatada em um artigo publicado no periódico científico
Atividade 1 Onde?
Scientific Reports.
Esta atividade tem como finalidade
desenvolver a habilidade de identifi- O animal foi descoberto durante uma expedição em uma floresta de
Como?
car, em notícias e reportagens, fatos, Madagascar.
participantes, local e momento/tem-
po da ocorrência. (Referência: BNCC
– EF04LP14) 238
Embora se trate de uma habilidade
a ser desenvolvida no 4o ano, a BNCC Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

possibilita que se trate de “gêneros


exercitada mais pontualmente na próxima uni-
do discurso sugeridos em outros anos
que não os indicados”. (BNCC, p. 75) dade. (Referência: BNCC – EF03LP24).
Nesta unidade, o gênero é apre- Sugere-se que esta atividade seja feita inicial-
sentado de modo bem simplificado, mente de forma oral, para que os estudantes
considerando que a habilidade a ser possam, juntos, resgatar com mais facilidade as
desenvolvida é a de ler/ouvir e com- informações que constituem uma notícia.
preender relatos de observação, um É importante que os estudantes consigam
preparo para a leitura e a compreen- inferir o tema/assunto dos textos, bem como
são de textos informativos de caráter localizar informações explícitas neles. (Refe-
mais científicos, habilidade que será rências: BNCC – EF35LP03 e EF15LP03)

296
Atividade 2
O objetivo é ajudar os estudantes
a localizar visualmente o país citado
2. De acordo com a notícia que você leu, o menor réptil do mundo foi encontrado na notícia e o fato de, como ilha, Ma-
dagascar ser considerada a quarta do
em Madagascar.
mundo em extensão. A atividade
Madagascar é o nome de um país situado em uma ilha do oceano Índico, perto exercita a habilidade de relacionar a
do continente africano. A ilha de Madagascar é a maior ilha da África e a quarta notícia com textos visuais que apre-
maior ilha do mundo. sentam dados e informações. (Refe-
rência: BNCC – EF15LP18)
Observe no mapa a localização da ilha de Madagascar e assinale a afirmação correta. É importante orientar a leitura para
Mapa-múndi com destaque para Brasil e Madagascar que os estudantes observem as infor-
mações dadas, como os nomes dos
oceanos Atlântico e Índico, que ba-

Banco de imagens/Arquivo da editora


0º OCEANO GLACIAL ÁRTICO
CÍRCULO POLAR ÁRTICO
nham o Brasil e Madagascar, respec-
tivamente. Assim, esta atividade tem
OCEANO também por objetivo que os estu-
ATLÂNTICO
TRÓPICO DE CÂNCER
OCEANO
dantes identifiquem o efeito de sen-
OCEANO
PACÍFICO
PACÍFICO tido produzido pelo uso de recursos
EQUADOR
OCEANO

expressivos gráfico-visuais em textos
MERIDIANO DE GREENWICH

BRASIL ÍNDICO
MADAGASCAR
multissemióticos. (Referência: BNCC
TRÓPICO DE CAPRICÓRNIO
– EF15LP04)
ESCALA
0 2 880 5 760
Atividade 3
Quilômetros
CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO
OCEANO GLACIAL ANTÁRTICO Esta atividade contempla o desen-
volvimento da habilidade de inferir o
sentido de palavras ou expressões
Organizado pelas autoras. desconhecidas em textos, com base
Em relação ao território do Brasil, podemos dizer que a ilha de Madagascar: no contexto da frase ou do texto. (Re-
ferência: BNCC – EF35LP05)
Comentar com os estudantes que
A)  é bem mais extensa.
os nomes científicos são escritos em
latim. Isso porque, desse modo, eles
B) X  é bem menos extensa. podem ser utilizados e reconhecidos
em qualquer país, por ser o padrão
C)  tem extensão parecida. de nomenclaturas da comunidade
científica em todo o mundo.
3. Observe o significado das partes do nome científico atribuído a essa nova espécie
de camaleão.
Brookesia nana

Nome dado pelo zoologista Elemento que tem origem na


John Gray a um gênero palavra grega nanos (que significa
de camaleão da ilha de “anão”) e se refere à bilionésima
Madagascar em 1864. parte de uma unidade.

239

297
Atividade 4
Esta atividade está relacionada à
habilidade de localizar informações
explícitas no texto. (Referência: BNCC Segundo a notícia, o Brookesia nana é a menor das cerca de 11,5 mil espécies
– EF15LP03)
conhecidas desse gênero. Leia estes dois outros nomes científicos de outras
Atividade 5 espécies. Escreva diante de cada nome a característica que a palavra que o
Esta atividade exercita a habilidade
acompanha sugere. Espera-se que os estudantes relacionem o nome com a palavra
de identificar a formatação e a diagra- triste. O animal foi nomeado com base na palavra triste para
mação da notícia, bem como de iden- provocar uma reflexão sobre o habitat ameaçado das espécies
tificar a ideia central do texto, a) Brookesia tristis: microendêmicas de Madagascar.
demonstrando compreensão global. Espera-se que os estudantes relacionem o nome com a palavra
(Referências: BNCC – EF35LP03 e b) Brookesia micra: micro, que significa “pequeno”. Era a menor espécie de camaleão
entre as conhecidas antes da descoberta do Brookesia nana.
EF35LP16)
4. Complete a ficha do nanocamaleão com os dados da notícia.
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover Brookesia nana
o desenvolvimento de vocabulário Apelido: Nanocamaleão
e exercitar a consciência fonêmica e
a instrução fônica sistemática, com- 1. O macho é menor do que a fêmea.
Diferenciais:
ponentes essenciais para a alfabetiza-
ção, principalmente quando é possível 2. Ameaçado de extinção.

sistematizar uma relação fonema/


grafema irregular. (Referência: PNA) 1. 22 milímetros da cabeça à cauda.
Tamanho:
A estratégia de reunir essas pala-
vras do vocabulário levou em conta 2. Tamanho de uma semente de girassol.

a afirmação do Relatório Nacional de


Alfabetização Baseada em Evidências 5. Releia a manchete, isto é, o título da notícia. Observe que ela foi escrita em letras
(Renabe, p. 106): grandes para chamar a atenção do leitor.

De acordo com a teoria


de Ehri, para as crianças (ou
adultos) tornarem-se leitores
hábeis e fluentes, elas devem
ser capazes de armazenar re- a) Nessa manchete, que palavras chamam mais a atenção ou deixam o leitor curio-
presentações alfabéticas com- so para ler a notícia?
pletas das palavras na me-
mória. Ehri argumenta que As palavras “menor réptil do mundo”.
a habilidade de ler palavras
através da recodificação fono- b) Em sua opinião, por que essas palavras deixam o leitor curioso? Fale o que você
lógica é o mecanismo que tor- pensa e ouça os colegas. Sugestão: Porque não se fala de qualquer réptil, mas
na isso possível. A razão disso do menor do mundo.
é que a recodificação fonológi-
ca obrigatoriamente chama a Vocabulário em foco
atenção do leitor para a rela- Na notícia, foram utilizadas duas palavras de uso comum em textos de caráter mais
ção entre as letras ou grupos
científico: expedição e extinção.
de letras e os fonemas que elas
representam na pronúncia das
palavras, possibilitando dessa 240
forma o armazenamento da
grafia de inúmeras palavras na Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
memória. Desde que os leitores
conheçam e utilizem as corres-
pondências grafema-fonema
para ler palavras desconheci- (2004) mostrou que uma única exposição a palavras desconhecidas era suficiente para
das, as grafias dessas palavras incrementar a memória da sua grafia entre crianças do 3º ano do Ensino Básico.
são armazenadas na memória
sem necessidade de muita BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Alfabetização. Relatório Nacional de Alfabetização Baseada em
Evidências. Brasília, DF: MEC: Sealf, 2020. p. 106. Disponível em: https://tedit.net/4Ue1Aq. Acesso em: 14
prática. Por exemplo, Share
jun. 2021.

298
Leitura oral em foco
O objetivo desta seção é promover
a fluência em leitura oral, compo-
Leia outras palavras em que as letras X e Ç também têm som parecido com o do S nente essencial para a alfabetização.
em palavras como vespa e samba: (Referência: PNA)
A sugestão do treino da leitura em
explicação exploração exposição extração voz alta é uma forma de Leitura Re-
petida (LR) apontada como a mais
● Complete as frases utilizando uma das palavras apresentadas no quadro, de eficaz estratégia para a estimulação
de fluência de leitura, desde que a
modo que façam sentido.
criança já seja capaz de reconhecer
exposição palavras (Renabe, p. 178).
a) Gostei muito da dos trabalhos de pesquisa dos
Na leitura dessa notícia cabe desta-
estudantes do período noturno. car que os estudantes podem ter maior
dificuldade na leitura das palavras do
b) O dentista fez a extração do dente da criança sem que ela vocabulário mais científico. Para evitar
sentisse dor. que essa dificuldade comprometa o
resultado da avaliação, sugere-se que,
c) Ninguém soube dar uma explicação convincente sobre a causa antes de processar a aferição, seja feito
daquele acidente. um treino da leitura em voz alta, em
uníssono, das palavras do glossário. Ou-
d) O pai daquela menina trabalha em uma plataforma de exploração
tro cuidado em relação a um treino
de petróleo que fica distante da cidade onde ela vive. prévio é com a leitura da quantidade
de espécies (11,5 mil) registrada na no-
Leitura oral em foco tícia de uma forma pouco comum para
os estudantes dessa faixa etária.
● Gostou da notícia sobre o menor réptil do mundo? Treine a leitura em voz alta,
imaginando que você é o apresentador de um jornal falado. Capriche na arti-
Atividade complementar
culação das palavras e na entonação, destacando sonoramente as palavras mais
importantes. Depois, aguarde a professora avaliar a leitura. Em momento oportuno, acompa-
nhar os estudantes em uma visita à
biblioteca ou ao cantinho de leitura
SUGESTÕES para que eles possam selecionar livros
para leitura individual. Pedir-lhes que
• Busque no cantinho de leitura ou em uma biblioteca livros que contam histórias de desco- justifiquem a escolha dos livros e, após
bertas ou falam sobre o camaleão. Veja algumas sugestões. a leitura, compartilhem a opinião de-
ra

les com os colegas. (Referência: BNCC


a Salamand

– EF35LP02)
ão/Editor

Bom-dia, todas as cores!, de Ruth Rocha, publicado pela


Reproduç

editora Salamandra.
Cultural

As cores malucas do camaleão, de Nicola Grant e Michael


a
ão/Cirand

Terry, publicado pela editora Ciranda Cultural.


Reproduç

241

Avaliação processual/formativa
Esta atividade é um bom momento para do 3º ano, a expectativa, no final do ano letivo, que os estudantes completem a leitura em
aferir a fluência em leitura oral dos estudan- é de uma velocidade de leitura de 90 palavras aproximadamente 1,5 minuto, sendo possível
tes, com velocidade, precisão e prosódia. Para por minuto e precisão de 95%, garantida a que tenham maior dificuldade de pronunciar
essa aferição, “professores e coordenadores compreensão do texto. por volta de sete palavras do texto. Sugere-se
pedagógicos devem levar em consideração, Para aferir a fluência em leitura oral com registrar a velocidade da leitura de cada estu-
no processo de alfabetização, as pesquisas que base nesse parâmetro, será necessário gravar dante, listar as palavras que foram pronuncia-
indicam o número médio de palavras lidas a leitura de cada estudante, utilizando um das com maior dificuldade e fazer observações
com fluência ao final de cada ano do ensino gravador de voz. O texto da notícia tem, ao acerca da prosódia, ressaltando o que pode
fundamental” (PNA, p. 33). Para os estudantes todo, 134 palavras; portanto, a expectativa é ser melhorado. Guardar esse registro.

299
Hora de organizar o
que estudamos
A leitura contínua dos itens do es-
quema exercita a habilidade de recu- Hora de organizar o que estudamos
perar as ideias principais do texto.
(Referência: BNCC – EF35LP19) ● Leiam, juntos, o esquema a seguir e preencham as lacunas com as palavras:

Tecendo saberes título, atuais, interessado, fatos.

É importante que os estudantes Notícia


valorizem os meios de comunicação
como fonte segura de conhecimento
e de informação corroborada por es- Relato de fatos reais e recentes divulgados em jornais,
pecialista. rádio, televisão, sites noticiosos, revistas, redes sociais
Chamar a atenção dos estudantes
para o fato de o autor introduzir ter-
Intenção/finalidade Organização Leitor/Ouvinte/Espectador
mos de caráter mais científico e, ao
• Informar sobre • Manchete ou título • Quem estiver
mesmo tempo, facilitar a compreen- acontecimentos • Informações: o quê, quem, interessado
são do leitor pela inserção da explica- quando, onde, como, por quê
atuais em saber o que acontece
ção do significado junto a cada uma • Fotos e ilustrações no dia a dia
das palavras: “pigmentos (ou seja, as
cores)”; “cauda preênsil, ou seja, eles
[os camaleões] conseguem se segu-
rar nos galhos com a ponta da cauda
Tecendo saberes
e a usam como se fosse uma mão”.
Quer saber mais do camaleão? Leia com a professora o texto publicado no jornal
Comentar o fato de a expressão
“Dúvida animal” utilizar uma gíria: a Joca, na seção Ciência e Tecnologia, na edição de 11 de março de 2020.
palavra animal como um adjetivo
significando muito bom, diferente, Dúvida animal: Como os camaleões conseguem mudar de cor?
grandioso. Toda semana, o biólogo Guilherme Domenichelli responde dúvidas envia-
das pelos nossos leitores
Antigamente, os pesquisadores acreditavam
Atividade complementar
que os camaleões mudavam de cor somente por
Se achar conveniente e dispuser causa dos pigmentos (ou seja, as cores) que
das condições necessárias, estimular existem dentro das células da sua pele. Mas
os estudantes a enviar as dúvidas pa- novas descobertas científicas mostraram que,
ra jornais que têm como público-alvo além dos pigmentos, as células dos camaleões
as crianças e os jovens. possuem algo parecido com “espelhos” feitos de
cristais de diferentes cores e formatos. Life On White/Photodisc/
Getty Images

As células desses lagartos produzem as


cores de duas formas: as cores claras vêm
da luz refletida nesses cristais e as escuras
estão nos pigmentos da pele.
Os camaleões usam as cores para atrair as fêmeas e expulsar os machos rivais.
Cores de tons amarelos e vermelhos, por exemplo, são mensagens de alerta que sig-
nificam: “Saia daqui! Essa fêmea ou essa árvore tem dono!”.
[...]

242

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Como forma de complementar o trabalho Depois de recortadas, as manchetes poderão
com manchetes, sugere-se esta atividade. ser agrupadas de modo a montar um painel geral
Levar para a sala de aula diferentes exemplares de notícias boas e um painel de notícias não
de jornais atuais ou, ainda, algumas notícias im- tão boas.
pressas. Selecionar previamente as notícias, cui- Os estudantes poderão conversar sobre os
dando para que os temas sejam adequados à tipos de letra e o motivo de as notícias serem
faixa etária. destaque.
Sugere-se que, em duplas, os estudantes re-
cortem as manchetes e/ou os títulos das notícias.

300
Outras linguagens
Estimular a observação dos deta-
lhes das imagens, principalmente
Outra característica curiosa é que eles caçam insetos (como besouros, mariposas, mos- quanto à proporção de tamanho das
cas e joaninhas) dando botes quase invisíveis aos nossos olhos com sua língua veloz. [...] sementes e dos utensílios de cozi-
Pergunta enviada por Rodrigo M., de 8 anos. [...]
nha, para que os estudantes desen-
volvam a competência de utilizar
Guilherme Domenichelli. Dúvida Animal: Como os camaleões conseguem mudar de cor?
Joca, 11 mar. 2020. Disponível em: https://tedit.net/WpP5qM. Acesso em: 20 maio 2021. diferentes linguagens para se expres-
sar e partilhar informações em dife-
● Que informação sobre o camaleão você considera ser uma dúvida animal, uma dúvida rentes contextos produzindo
sentido. (Referência: BNCC – compe-
diferente, curiosa? Por quê? Converse com os colegas sobre essa informação.
Resposta pessoal. tência específica 3 de Linguagens
para o Ensino Fundamental)

Outras linguagens Prática de oralidade


Ao descrever o menor réptil do mundo, a notícia afirma: “uma subespécie de cama- Telejornal
leão do tamanho de uma semente de girassol”. As atividades desta seção favore-
Você já viu uma semente de girassol? Observe a foto de um girassol seco com diver- cem o desenvolvimento da habilidade
sas sementes e, ao lado, as sementes separadas. de identificar gêneros do discurso oral
As imagens não estão
representadas em proporção. utilizados em diferentes situações e
contextos comunicativos, bem como
dextorTh/depositphotos/Fotoarena

suas características. (Referência: BNCC

Elena Zajchikova/Shutterstock
– EF35LP10)
O objetivo da atividade é que os
estudantes, de forma simples, plane-
jem com os colegas um telejornal.
(Referência: BNCC – EF03LP22)
Girassol seco com sementes. Sementes de girassol já separadas.
Orientar os estudantes a evitar a
escolha de notícias sobre escândalos,
● A comparação de tamanho do nanocamaleão com a semente de girassol ajuda a tragédias, mortes e violência, pois os
veículos de comunicação costumam
pensar em como o Brookesia nana é pequeno? Você considera que a descoberta
dar destaque a esse tipo de tema a
desse animal é um fato que merece ser noticiado? Converse com os colegas. fim de atrair o público e aumentar
Espera-se que as fotos, mais do que a medida de 22 milímetros, consigam demonstrar como
a descoberta desse réptil minúsculo foi significativa e, portanto, merece ser noticiada. a audiência.
Se considerar oportuno, a produ-
Prática de oralidade ção de notícia realizada por uma du-
Telejornal pla de estudantes, desenvolvida na
seção Produção de texto, a seguir,
● Agora, você e os colegas vão compartilhar notícias com a turma, por meio da pode também ser apresentada no
produção e da apresentação de um telejornal. Para isso, siga as instruções. telejornal.
Esta atividade enfatiza o desenvol-
a) Assista a um telejornal, observando o modo de falar, a posição e a expressão de vimento de um gênero oral, empre-
quem apresenta as notícias do dia. gado em situação comunicativa
b) Faça uma pesquisa em jornais, revistas ou sites de notícias. Escolha uma notícia específica.
curta e interessante, que possa ser útil e atrair a atenção dos colegas.
Atividade preparatória
243
Se possível, assistir com os estu-
dantes a um trecho de telejornal,
selecionado e gravado com antece-
dência, chamando a atenção deles
para a entonação de voz, a fala pau-
sada e a posição diante das câmeras
do âncora do jornal, de modo que
tenham um modelo a que recorrer
nas suas apresentações.

301
Apresentação
As cópias das notícias poderão ser
expostas em um painel para que to-
dos tenham acesso a elas. A atividade c) Leve uma cópia da notícia para a sala de aula.
de apresentação oral, mesmo que
feita de forma mais simplificada, co- d) Releia com atenção a notícia escolhida, observando todos os detalhes: Qual é o
labora para o desenvolvimento de assunto? O que aconteceu? Quem estava envolvido nos acontecimentos? Onde
algumas habilidades, como expres- aconteceu? Quando aconteceu? Como foi? Se necessário, faça anotações.
sar-se com clareza, escutar falas dos
e) Prepare a apresentação, lendo o texto devagar e com a entonação adequada,
colegas com atenção e identificar o
objetivo da interação oral em diferen- como se você fosse o apresentador do telejornal.
tes contextos comunicativos. (Refe-
Apresentação
rências: BNCC – EF15LP09, EF15LP10 e
EF15LP13) ● Leia ou fale a notícia pausadamente e em voz alta. Lembre-se de olhar para os
colegas e verificar se eles estão entendendo o que você diz.
Produção de texto Ouça com atenção as notícias trazidas pelos colegas.
O objetivo desta seção é promo- Quando eles estiverem falando, não os interrompa. Caso queira fazer uma
ver a produção de escrita, compo- pergunta, levante a mão e aguarde sua vez de falar.
nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA)
A notícia integral pode ser lida em: Produção de texto
https://tedit.net/lMimB1. Acesso em:
11 jun. 2021. Notícia
● Observem esta fotografia. Ela mos-
Notícia

Marcelle Cristinne/Acervo da fotógrafa


tra a jornalista Jéssica Vieira e sua
Nesta produção, os estudantes são
estimulados a reproduzir a formatação cachorra Zoé.
específica do gênero notícia. (Referên-
cia: BNCC – EF35LP16)
Planejamento Jéssica Vieira, de 37 anos,
Por se tratar de um estudo inicial pessoa com deficiência visual e
sobre a notícia, sugere-se o trabalho tutora da Zoé, a primeira Border
Collie cão-guia do Brasil.
em duplas para a produção, supondo
colaboração com os colegas. Do mes-
mo modo, o planejamento com as Planejamento
informações necessárias já está con-
1. Leiam as informações sobre o caso de Zoé.
cretizado para facilitar o trabalho,
trazendo o assunto e os elementos O quê? A jornalista Jéssica Vieira, que mora em Aracaju (SE), treinou “sozinha” a Zoé para
próprios da notícia. Nesta atividade, (assunto) auxiliá-la no dia a dia.
trabalha-se o planejamento do texto Em 2018, quando tentou ter um cão-guia e não conseguiu o auxílio por ter 10%
com a ajuda de um colega, conside- Quando? de sua visão. Resolveu, então, treinar Zoé por conta própria, orientada por um
rando informações necessárias à pro- adestrador autônomo.
dução do texto. (Referência: BNCC Onde? Em Aracaju, capital de Sergipe.
– EF15LP05) Com a ajuda de seu oftalmologista e de um profissional em comportamento canino,
Como?
Jéssica escolheu e treinou a Border Collie Zoé para ser seu cão-guia.

244

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Propor aos estudantes que, em grupos, façam a pesquisa livros, sites de busca, enciclopédias e livros didáticos, para
de textos que tratem de: ajudá-los a obter mais informações sobre a notícia.
• animais já extintos, como os dinossauros, e outros que Expor as notícias destacando a manchete ou o título, os
dados (o quê/assunto, quem, quando, onde, como) e as
correm o risco de extinção, como o lobo-guará e a on-
ça-pintada; fotos ou ilustrações em um mural, para que todos possam
ler. Este é um bom momento para motivar os estudantes a
• algum acontecimento envolvendo animais que possa ser
buscar informações em meios impressos ou digitais, con-
objeto de notícia.
templando o desenvolvimento da habilidade. (Referência:
Pedir a eles que consultem diferentes suportes, como
BNCC – EF35LP17)

302
Escrita
Nesta etapa, os estudantes exerci-
tam a habilidade de reproduzir man-
Escrita chetes e corpo de noticia na leitura e
na compreensão da notícia lida. (Re-
Agora, vocês vão escrever uma notícia sobre Jéssica e sua cão-guia Zoé. ferência: BNCC – EF35LP16)
• Criem uma manchete que desperte a curiosidade do leitor. Escrevam a manchete Revisão
em uma folha avulsa, usando letras grandes. Este é o momento propício para
fazer cortes, acréscimos e correções
• Relatem o acontecimento, escrevendo um texto curto. Lembrem-se de usar todas ortográficas no texto, observando os
as informações do quadro. diferentes níveis da produção escrita:
nível da letra, nível da palavra, nível
Revisão da frase e nível do texto. (Referências:
Releiam a manchete e o texto, para ver se ficaram claros. Confiram se a escrita de PNA e BNCC – EF15LP06)
cada palavra está correta e se utilizaram a pontuação adequada nas frases. Apresentação
Aproveitar os momentos de apre-
Apresentação sentação oral para destacar a neces-
sidade de observar aspectos não
1. Apresentem aos colegas a versão da notícia que vocês escreveram e ouçam as linguísticos: postura, tom de voz, ges-
versões criadas por eles. tos. (Referência: BNCC – EF15LP12)
2. Comparem as notícias e conversem sobre qual manchete chamaria mais a atenção Se considerar pertinente, a notícia
produzida pela dupla pode ser utili-
dos leitores e qual o texto que trouxe informações mais completas. zada na apresentação do telejornal.

Língua: usos e reflexão Língua: usos e


Modos de se expressar: linguagem formal e reflexão
linguagem informal Modos de se expressar:
A linguagem que usamos no dia a dia é mais informal. Empregamos algumas expres- linguagem formal e
linguagem informal
sões que não usaríamos em momentos mais cerimoniosos, quando há mais formalidade.
Este conteúdo contempla as com-
Por exemplo, ao lerem a notícia e verem Jéssica Vieira e Zoé, alguns observadores petências de identificar e com-
poderiam fazer comentários como: “Que história bonita!”; “Que cadelinha fofa!”. preender fatores determinantes de
Essas frases são espontâneas, informais. registro linguístico (formal, informal),
No entanto, o comentário de um especialista seria algo mais parecido com isto: “Os como contexto, ambiente, tema, es-
tado emocional do falante e grau de
cães-guias são recursos de Tecnologia Assistiva destinados às pessoas com deficiência
intimidade entre os falantes. Tam-
visual”. bém aborda o emprego de varieda-
● Compare as possíveis falas dos observadores com a possível fala do especialista des linguísticas e estilos de linguagem
e marque as alternativas corretas. de modo adequado ao contexto co-
municativo. (Referências: BNCC –
Os comentários dos observadores A fala do especialista é mais Competências específicas de Língua
A)   C) X  
são errados. formal. Portuguesa, itens 4 e 5, p. 87)
As falas dos observadores são mais O comentário do especialista É importante que os estudantes
B) X   D)   reflitam sobre o fato de não haver
informais, usadas no dia a dia. é mais informal.
uma linguagem certa ou errada.
O que há é aquela mais adequada a
245
certa situação ou circunstância.
As falas dos observadores são ade-
quadas à situação em que foram em-
pregadas: fala espontânea, linguagem
Atividade complementar do dia a dia.
Leia o título e o subtítulo de uma reportagem. a) O título e o subtítulo estão escritos de modo
mais formal ou informal? Por quê?
Quando Nova Iorque dá praia Mais informal, pois o texto faz uso de expres-
sões da linguagem cotidiana.
Compras? Museus? Sim, mas, no ve-
rão, que acaba de começar por lá, o turista b) Na linguagem do dia a dia, o que significam as
expressões “dar praia” e“cair no mar”?
também pode cair no mar.
“Dar praia” refere-se ao tempo adequado para
Folha de S.Paulo, Turismo, 26 jun. 2014, p. F1. frequentar a praia.
(Adaptado.) “Cair no mar” significa mergulhar, nadar no mar.

303
Pronomes
demonstrativos
Este conteúdo prioriza o estudo de
pronomes como elementos de subs- Pronomes demonstrativos
tituição, favorecendo a habilidade de
identificar, em textos, pronomes de- Atividade oral e escrita
monstrativos que substituem pala- 1. Leia a tirinha e responda ao que se pede.
vras anteriores. Neste ano, os

© Ziraldo Alves Pinto/Acervo do cartunista


pronomes são apresentados como
iniciação ao estudo. A ampliação e a
sistematização desse conteúdo serão
feitas no 4o ano. (Referência: BNCC –
EF35LP14)
Atividade 1
Pedir aos estudantes que expli-
quem o que acontece na tirinha. Per- Ziraldo. As melhores tiradas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2000. p. 73.
guntar se acham que há graça nela e O fato de o personagem dizer, no último quadrinho, que só dividirá o prêmio com
incentivá-los a tentar explicar o hu- a) O que provoca humor nessa tirinha? as pessoas que estão na plateia se elas
mor que a tirinha apresenta, como o dividirem sua pipoca com ele.
fato de o menino que está recebendo b) A que palavra este se refere? Prêmio.
o prêmio, ao fazer seu discurso de
agradecimento, prometer dividir o c) Além de acompanhar a palavra, este indica que o objeto está:
prêmio se o amigo que está na plateia
dividir a pipoca que está comendo. O A) X  próximo do personagem. B)  longe do personagem.
efeito de humor se dá porque o dis-
curso de agradecimento é um mo- 2. Leia a tirinha e faça as atividades.
mento sério e o menino deixa essa

Calvin & Hobbes, Bill Watterson


© 1992 Watterson / Dist. by Atlantic Syndication/
Universal Press Syndicate
seriedade de lado para falar sobre a
pipoca do amigo.
Lembrar que a leitura e a interpreta-
ção dos quadrinhos é parte importante
no desenvolvimento de habilidades
referentes à construção de sentido, re-
lacionando imagens e texto verbal,
bem como o uso de recursos gráficos.
Bill Watterson. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 27 jan. 2001.
(Referência: BNCC – EF15LP14)
a) O que provoca humor nessa tirinha?
O fato de Calvin reclamar do noticiário, mas assisti-lo mesmo assim e reconhecer
que gosta desse tipo de programa televisivo.
b) No primeiro quadrinho, a palavra esse se refere a quê? Ao noticiário.

c) No segundo quadrinho, que palavra se refere à mesma coisa? Isso.

As palavras este/esta, esse/essa, isso/isto indicam algo em relação a um lugar e substi-


tuem palavras. São os pronomes demonstrativos.

246

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

304
Agora você
Se achar conveniente, conversar
com os estudantes sobre a contração
Agora você em desse (de + esse) e apresentar
outras formas, como deste, daquele,
● Leia e circule os pronomes demonstrativos neste parágrafo. daquilo.

Os répteis são compostos de várias espécies. Esses animais se encontram em Palavras em jogo
várias partes do mundo. O corpo desses animais se adapta à temperatura do O objetivo desta seção é exercitar
a consciência fonêmica e a instru-
ambiente. ção fônica sistemática, componen-
tes essenciais para a alfabetização.
(Referência: PNA)
Hora de organizar o que estudamos
Um só som, várias letras:
S, SS, Ç, C, SC
● Leiam, juntos, o esquema a seguir.
Nesta seção são abordadas algu-
mas correspondências regulares con-
Pronomes demonstrativos Apontam, indicam lugar e substituem palavras textuais (como a escrita de palavras
com SS). (Referência: BNCC – EF03LP01)
Também são apresentadas as ocor-
rências que podem ser consideradas
casos de irregularidade, como as dife-
este/estes, esta/estas, isto
esse/esses, essa/essas, isso
rentes opções de escrita representan-
aquele/aqueles, aquela/aquelas, aquilo
do o som /s/: seguro, cidade, piscina,
cresça, etc. (Referência: BNCC –
EF35LP13)
As letras Z e X representando
Palavras em jogo som /s/ serão estudadas no volume
do 4 o ano.
Um só som, várias letras: S, SS, Ç, C, SC, X Nesta unidade, os estudantes de-
verão intensificar a percepção – abor-
dada nos anos anteriores – sobre a
Atividade oral e escrita
característica do sistema alfabético da
língua portuguesa no que se refere à
1. Releia, em voz alta, este trecho da notícia “Descoberto o menor réptil do mundo”.
variedade de representação escrita
Observe bem as palavras destacadas e circule nelas as letras em que há o mesmo (grafema) para os sons (fonemas). De-
som do S em sapo e em escola. verão organizar o conhecimento das
regularidades, paulatinamente, com
Um grupo de cientistas afirma ter encontrado o menor réptil do mundo: uma o registro das observações feitas. Por
exemplo, após a elaboração de uma
subespécie de cameleão do tamanho de uma semente de girassol. O animal
listagem com SS: “Observei que o SS
foi descoberto durante uma expedição em Madagascar. é usado entre vogais, no meio da pa-
lavra, para indicar o mesmo som que
Como você pôde observar, na escrita usamos letras diferentes para representar o S em sapo, seco, sino”.
o mesmo som que o S tem em sapo e em escola. Há ocorrências que podem ser
consideradas regularidades, como é
247 o caso do uso de SS entre vogais
para manter o som /s/, mas há ocor-
rências que apenas poderão ser in-
corporadas pelos estudantes por
meio do uso, com a leitura sistemá-
tica de palavras, como é o caso de
palavras começadas com C ou S:
cedo/seco; cilada/sino; cebola/selo;
cigarra/sinal.

305
Atividade 2
Sempre que possível, é importan-
te proporcionar aos estudantes a
participação em situações de leitura 2. Leia o poema a seguir.
e fruição de textos literários, ajudan-
do-os a observar rimas, sonoridade, Semente de
aliterações. (Referência: BNCC – serpente
EF35LP23)
Sobre a folha
Da mesma forma, proporcionar a
de papel
apreciação de poemas que produ-
em branco,
zem efeitos visuais e de sentido pela
um ponto,
distribuição das palavras na página.
(Referência: BNCC – EF15LP17) feito semente,
ora
dit
cresce, escorre, ivo
d ae

Atividade 3
rqu
a/A
ier
e aparece. An
dré
ia V

A última letra S nas palavras silen- Buscando


cioso e sinuoso tem som /z/. Esse a forma definitiva,
tipo de ocorrência será visto em outro silencioso,
momento, para não sobrecarregar os sinuoso,
estudantes com excesso de informa- sem sossego,
ções. Se considerar que eles estão serpenteia o S.
preparados, esse conteúdo poderá
José de Nicola. Alfabetário. São Paulo: Moderna, 1995. p. 37.
ser acrescentado.
Em algumas regiões do Brasil, a
letra S em escorre e buscando não a) Afaste este livro o máximo que puder e observe o poema de longe. O que
é pronunciada com som /s/, e sim /x/. você vê? Possibilidades: A letra S, o movimento que a serpente faz, um
zigue-zague.
Sendo ou não o caso da região em
que vivem os estudantes, aproveitar b) Leia o poema em voz alta e ouça a leitura feita pelos colegas e pela professora.
o momento para comentar as dife- Qual é o som que mais se destaca? Sugestão: O mesmo som que o S tem
em serpente.
rentes variantes no país.
3. Releia em voz alta as seguintes palavras do poema “Semente de serpente”. Preste
Atividade 4 atenção ao som representado pelas letras destacadas.
O objetivo desta atividade é que
os estudantes se apropriem das pos- semente cresce escorre aparece buscando
sibilidades de representação escrita silencioso sinuoso sem sossego serpenteia
do som /s/. Eles devem atentar para
o som /s/, e não para a letra S, para Responda:
realizá-la.
Que som essas letras representam? O mesmo som que o S tem em serpente.
4. Escreva no quadro as palavras do poema em que há letras que representam o som
do S de serpente. Separe as palavras de acordo com a posição das letras que
representam esse som: no início ou no meio da palavra.
No início da
palavra sobre, semente, serpente, silencioso, sinuoso, sem, sossego, serpenteia
No meio da
palavra cresce, escorre, buscando, sossego

248

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
A leitura de materiais impressos po- Sugestão:
de ajudar em atividades de sistematiza- S sozinho, silêncio, etc.
ção de palavras em que ocorre
C cidade, cenoura, etc.
irregularidade na grafia. Afixar um car-
taz com as diferentes letras que repre- SS massa, passarinho, etc.
sentam o som /s/ e alguns exemplos de Ç força, moça, etc.
palavras para consulta. SC nasce, cresce, etc.

306
Atividade 7
Os estudantes deverão observar
que, após al, nem sempre aparecerá
5. Releia estas palavras. uma sílaba iniciada por s, pois há pa-
lavras com sonoridade semelhante,
silencioso sossego sinuoso mas escritas com ç. Portanto, a regra
aplicada àquelas palavras não serve
Em qual(is) dessas palavras a letra S tem o mesmo som da letra Z em zebra? para todas as palavras com essa so-
noridade.
Nas palavras silencioso e sinuoso. No caso de dúvida sobre a escrita
de uma palavra (relações irregulares
A letra Z também pode ter o som que a letra S tem em lápis, por exemplo.
fonema-grafema), é importante esti-
Observe: mular os estudantes a recorrer ao
dicionário. (Referência: BNCC –
luz avestruz capuz rapaz EF35LP12)

6. Agora leiam as palavras a seguir. A ênfase dada ao signi-


ficado explica igualmente por
bolsa bolso falso bálsamo que se dispõe de tantas gra-
fias distintas para o mesmo
pulso wilson celso fonema (no francês muito mais
frequente que no português),
a) Observem o som da letra S nessas palavras. Elas devem ser lidas como em: como testemunham as pala-
vras “cela” e “sela”; “cassa” e
X  assado, osso.  asa, aceso. “caça”. Se transcrevêssemos
estas palavras fonologicamen-
b) Conversem: Que regra podemos tirar do uso da letra S? A professora vai registrar, te, seria impossível distingui-
-las na escrita. As convenções
na lousa, o que vocês pensaram. Copiem a resposta nas linhas a seguir.
ortográficas evoluíram para
Sugestão: Quando tivermos al, el, il, ol, ul antes da letra S, ela será lida com o levar em conta esta limitação
que certamente complica o tra-
mesmo som que tem, por exemplo, em suco, e não com o som que tem em balho do ditado, mas facilita
imensamente o do leitor. O es-
casa. tudante que se lamenta diante
das inúmeras ortografias do
7. Circulem as partes das palavras que têm o som igual. fonema /s/ em “sílaba”, “as-
silábico”, “ciência”, “consciên-
calça balsa salsa alça cia”, “nasça”, “exceto”, “ex-
posto”, “máximo”, “fiz”, “quis”
A regra da atividade anterior serve para todas essas palavras? Não. deve compreender que estes
floreios são indispensáveis à
8. Completem as palavras com S ou Ç. Depois, leiam-nas em voz alta. leitura. Sem essas distinções,
o texto escrito não seria senão
fal s idade s ala inver s o um rébus que o leitor passa-
ria um tempo considerável a
decodificar. Graças às conven-
ter ç o ber ç ário for ç a ções ortográficas, a escrita em
línguas como o francês aponta
mais diretamente ao significa-
249
do. Toda reforma ortográfica
deverá manter este equilíbrio
sutil entre a notação dos fone-
mas e a dos significados que
reflete um fenômeno profundo
e inamovível: a existência de
duas vias de leitura em nosso
cérebro.
DEHAENE, Stanislas. Os neurônios da
leitura: como a ciência explica a nossa
capacidade de ler. Porto Alegre: Penso,
2012. p. 49.

307
Memória em jogo
Na leitura compartilhada dos ver-
sos, enfatizar o som /s/. Depois, exer-
citar com os estudantes a leitura da Memória em jogo
palavra “insossa”, difícil de ser pronun-
ciada sem que a nasalização da pri- ● Tente memorizar este trava-língua para escrevê-lo no caderno.
meira sílaba da palavra contamine a
da segunda.

Andréia Vieira/Arquivo da editora


Se Sansão prepara a sopa sem sal,
Essa percepção do som é impor- sem sal a sopa será.
tante para não dificultar a escrita de Se sai a sopa de Sansão sem sal,
memória dessa palavra. a sopa insossa estará

Coleção de palavras
L. Maeso; M. Maneru (org.). Adivinhas e trava-línguas.
Tradução de Walter Sagardoy. 2. ed. São Paulo:
insossa: sem sabor.
Caramelo, 2009. p. 113.
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
rio, componente essencial para a al-
fabetização. (Referência: PNA)
Coleção de palavras
A lista a seguir traz algumas palavras que apareceram ao longo desta unidade. Leia
cada uma delas e seus significados para conhecer alguns sentidos que elas podem ter.
As imagens não estão
Camaleão representadas em proporção.
Jan Bures/Shutterstock

Vladimir Gjorgiev/Shutterstock
2. Pessoa que muda de aparência ou de
comportamento com facilidade e rapidez. Por exemplo:
1. Lagarto com capacidade “Aquela moça parece um camaleão, ela sempre muda
de mudar a cor da pele. de aparência”.
Alexandro Gurgel/Arquivo pessoal

3. Dança de vários pares


comum no interior do
Rio Grande do Norte e
da Paraíba.

Dança do Camaleão. Noite do Folclore em Redinha,


Rio Grande do Norte, 2006.

250

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

308
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
As imagens não estão
de apresentar os conceitos aborda-
Bote representadas em proporção. dos nesta unidade para que os estu-

Kira0Kirina/Shutterstock
dantes se apropriem da organização

Cathy Keifer/Shutterstock
dos conteúdos, atribuindo nomes a
eles. Ler o quadro-síntese para os es-
tudantes, orientando-os sobre as co-
lunas que o compõem.
A coluna Avancei indica o que os
1. Golpe ou salto dado por um animal para 2. Pequena embarcação sem cobertura. estudantes já sabem depois de terem
atacar uma presa. Por exemplo: Por exemplo: “Este navio possui estudado o conteúdo da unidade.
“O camaleão dá um bote com sua língua 20 botes salva-vidas”.
A coluna Preciso estudar mais indi-
veloz para caçar insetos”.
ca o que é preciso retomar e estudar
um pouco mais. Motivá-los a fazer
● Você conhece outro significado para alguma das palavras apresentadas? Com- comentários sobre o próprio desem-
partilhe seus conhecimentos com os colegas e copie as palavras no caderno penho e ajudá-los a reconhecer a
para compor a sua coleção de palavras. necessidade de revisão.
Incentivá-los a fazer a autoavaliação
com crescente autonomia.

O que estudamos

Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 10 Avancei estudar
mais
• Leitura e interpretação de notícia
• Apresentação de notícia em telejornal
• Produção de notícia com base em informações
dadas
• Diferenciação de modos de se expressar: uso de
linguagem mais formal ou mais informal
• Identificação do nome a que o pronome
demonstrativo se refere
• Identificação do som das letras S, SS, Ç, C, SC e
X em palavras
• Participação em atividades orais

251

309
Conclusão da unidade 10

Todas as unidades apresentam atividades que possibilitam próprio desempenho, estimulando a reflexão individual sobre o
acompanhar o desenvolvimento dos estudantes e/ou da turma processo de aprendizagem e a participação ativa nesse processo.
por meio de atividades que podem ser usadas para a avaliação A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de apren-
processual/formativa, como as propostas em Linguagem e cons- dizagens que, em conjunto com o registro de resultados de ava-
trução do texto, na Produção textual, e em Agora você, de liação processual/formativa, possibilita o acompanhamento
Língua: usos e reflexão, nesta unidade. Tal avaliação permite sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar adequado,
identificar os estudantes com defasagens e/ou dificuldades, o que use-o para o registro de observações e resultados de sua avaliação.
favorece a elaboração de um plano para rever conteúdos e habi- Ele permite identificar os objetivos não atingidos e replanejar ati-
lidades que necessitem de consolidação ou retomada. vidades. Todas as anotações relativas ao desempenho dos estu-
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra no dantes são instrumentos importantes para o acompanhamento
final da unidade, para conversar com os estudantes a respeito do do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar notícia. Compreensão de texto

Apresentar notícia em telejornal. Prática de oralidade

Produzir notícia com base em informações dadas. Produção de texto


Diferenciar modos de se expressar: uso de linguagem mais formal ou mais Língua: usos e
informal. reflexão
Língua: usos e
Identificar o nome a que o pronome demonstrativo se refere.
reflexão
Identificar o som das letras S, SS, Ç, C, SC e X em palavras. Palavras em jogo

Leitura oral em foco

Prática de oralidade
Participar de atividades orais.
Observação cotidiana
da expressão oral do
estudante
Atividades de leituras
Ampliar repertório de leitura.
extras
Observação cotidiana
da expressão oral e
Ampliar vocabulário expressivo e receptivo. escrita do estudante
Vocabulário em foco e
Coleção de palavras

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de defa- dução e apresentação de notícias em pequenos grupos; leituras
sagens, atividades para remediação e/ou atendimento de difi- orais expressivas. Para dificuldades nos estudos sobre a língua:
culdades podem ser propostas. Em leitura e produção: leitura atividades e jogos de identificação do grau de formalidade da
partilhada, com estímulo à participação dos estudantes para a linguagem e dos referentes de pronomes demonstrativos. Para
localização de informações em textos lidos/ouvidos; leitura de apropriação de convenções ortográficas: elaboração e leitura de
notícias selecionadas pelos estudantes ou previamente escolhi- listagem de palavras com os conteúdos estudados e realização
das pelo professor; estímulo à leitura de notícias em casa; pro- de jogos ortográficos.

310
Introdução da unidade 11

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar texto informativo.
• Identificar recursos para apresentar texto informativo: infográfico, gráfico, ilustrações.
• Realizar pesquisa sobre plantas carnívoras.
• Produzir texto informativo.
• Reconhecer o processo de formação de palavras.
• Reconhecer a tonicidade das palavras.
• Identificar algumas regras de acentuação de palavras.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Para o desenvolvimento dos conteúdos e das habilidades pro- problemas associados à falta de apropriação da base alfabética e
postos nesta unidade, espera-se que os estudantes consigam lo- das convenções do sistema de escrita, à falta de convívio com
calizar informações no texto com certa precisão e que tenham textos diversificados (baixo grau de literacia) e à dificuldade de
alguma familiaridade com textos não verbais. Para mobilizar co- leitura relacionada a vocabulário limitado, a fim de se buscar es-
nhecimentos prévios, sugere-se, em uma roda de conversa, abor- tratégias para solucioná-los.
dar os diferentes tipos de texto que podem ser usados para obter Em estudos sobre a língua, os estudantes devem ser capazes
informações a respeito de um tema de pesquisa. O estímulo à de reconhecer que as palavras são formadas por unidades me-
ampliação do vocabulário dominado é essencial para que tenham nores de significação, além de separar as palavras em sílabas e
maiores possibilidades de compreensão dos textos lidos e consi- de reconhecer que as sílabas podem ser pronunciadas com maior
gam incrementar suas produções textuais orais ou escritas. ou menor intensidade. Caso haja dificuldades, recomenda-se
Espera-se um avanço em direção a uma leitura com autonomia que esses tópicos sejam retomados coletivamente.
e fluidez, especialmente de palavras mais comuns. Essa é uma das Para o desenvolvimento do trabalho com ortografia, indica-se
condições básicas para a compreensão dos textos. Caso haja es- a leitura de listagens de palavras com as escritas a serem sistema-
tudantes que apresentem dificuldades, é importante que sejam tizadas e um levantamento inicial de possíveis dificuldades.
acompanhados de forma sistemática. É fundamental avaliar se há

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


Os focos desta unidade são a leitura e o estudo de textos fonológica e do domínio de convenções ortográficas se dá pela
informativos, tendo em vista o aprimoramento da compreensão abordagem da tonicidade das palavras e das regras de acentua-
de textos desse gênero. As atividades enfatizam a localização ção de palavras oxítonas e monossílabas e é condição importan-
de informações, a intenção/finalidade e os recursos usados em te para que os estudantes, paulatinamente, dominem as bases
textos desse gênero e têm por objetivo o desenvolvimento de da ortografia.
maior autonomia dos estudantes para a leitura e a compreen- As atividades propostas em Produção de texto colaboram
são de textos. para o desenvolvimento de habilidades de pesquisa e da expres-
Os estudos sobre a língua abordam os processos de formação são escrita. Paralelamente, há ênfase em atividades orais indivi-
de palavras, contribuindo para o desenvolvimento e ampliação duais e coletivas que exploram a clareza na apresentação de
do vocabulário. A ampliação do desenvolvimento da consciência ideias, a expressividade, a desenvoltura e a escuta atenta.

311
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
11 Texto informativo
e infográfico
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competências gerais: 2 e 4
Competências específicas
de Linguagens: 2 e 4
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 3, 5, 6 e 7

Habilidades da BNCC Nesta unidade você vai…


Principais habilidades ● ler e interpretar texto informativo;
abordadas na unidade ● identificar recursos para apresentar texto
EF03LP04 EF15LP03 EF35LP02 informativo: infográfico, gráfico,
EF03LP06 EF15LP04 EF35LP03 ilustrações;

EF03LP10 EF15LP05 EF35LP04 ● realizar pesquisa sobre plantas carnívoras;

EF03LP11 EF15LP06 EF35LP07 ● produzir texto informativo;

EF03LP24 EF15LP09 EF35LP17 ● reconhecer o processo de formação de


palavras;
EF03LP25 EF15LP11 EF35LP18
● reconhecer a tonicidade das palavras;
EF03LP26 EF15LP13 EF35LP19
● identificar algumas regras de acentuação
EF15LP01 EF15LP18 EF35LP20 de palavras;
EF15LP02 EF35LP01 ● participar de atividades orais.

252

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: texto informativo e infográfico (campo • Apresentação oral de relato de
das práticas de estudo e pesquisa) observação
• Leitura e interpretação de infográfico,
considerando texto verbal e não verbal
• Apresentação de texto oral
produzido
Conteúdos • Localização de informações explícitas • Interações orais
• Relação entre os recursos empregados
(imagens, símbolos)
• Fluência em leitura oral de texto informativo
312
Orientações didáticas
Explorar o cenário perguntando
aos estudantes se conhecem um lo-
cal parecido que traz informações
● Há zoológicos em sua cidade? como as da placa.
Você já visitou um zoológico? Sugere-se, ainda, explorar os per-
● Além de observar os animais, sonagens: guia ou biólogo, professo-
como você prefere ter ra e estudantes uniformizados. A
informações sobre eles: lendo as professora observa os estudantes,
placas, seguindo as informações
que fazem anotações e prestam
Espécie: lobo-guará. de um guia ou pesquisando antes
atenção ao que diz um funcionário
da visita ao zoológico?
identificado por um crachá. Conver-
Território: América do Sul.
Respostas pessoais. sar com os estudantes sobre expe-
Alimentação: mamíferos, pássaros, riências parecidas que podem ter
répteis, insetos e frutas. tido em passeios com a escola.
Ao chamar a atenção para o fato
Curiosidades: Giz de Cera/Arquivo da editora de as crianças estarem tomando no-
• é o maior cão selvagem da ta, a leitura da imagem auxilia o de-
América do Sul e vive, em média, senvolvimento da habilidade de
20 anos; antecipar o gênero textual do texto
• a palavra “guará” significa a ser lido na unidade e, ao mesmo
“vermelho” na língua tupi. tempo, de identifcar o efeito de sen-
tido produzido pelo uso de recursos
expressivos gráfico-visuais em textos
multissemióticos. (Referência: BNCC
– EF15LP04 e EF15LP02)
O fato de zoológicos serem vistos
como locais de entretenimento tem
sido tema de debates. A matéria jor-
nalística a seguir traz argumentos
que, se for conveniente, podem ser
discutidos com os estudantes:
GERMANO, Felipe. Afinal, os zoo-
lógicos são bons ou ruins? Superinte-
ressante, 31 out. 2016. Disponível em:
https://tedit.net/35AynM. Acesso em:
15 jun. 2021.

253

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Planejamento
de observação
e produção de relato • Processos de formação de palavras,
acrescentando elementos a palavras primitivas
• Planejamento e produção de texto
informativo com base em pesquisa
• Tonicidade e classificação de palavras
quanto à posição da sílaba tônica
Conteúdos
• Atividades
e edição
de revisão, reescrita • Acentuação de monossílabos terminados
em -a, -e, -o e oxítonas terminadas em -a, -e,
• Apresentação oral dos textos -o, seguidas ou não de S
produzidos • Letras C e Ç: uso na escrita e diferenças de som
313
Para iniciar
Bilboquê animal
Este texto insere-se na modalidade Para iniciar
texto injuntivo instrucional. É possível
identificar a função social desse tipo
de texto, onde circulam e a quem se Bilboqu• animal
destinam. Sugere-se lê-lo com os es- Você sabe o que é bilboqu•? O bilboquê é um brinquedo que desafia o jogador a
tudantes, destacando a estrutura tí- encaixar uma bolinha ou uma rolha na abertura de outro objeto.
pica (material, modo de fazer,
É muito fácil fazer esse brinquedo! Leia as instruções:

Ilustrações: Vanessa
Alexandre/Arquivo da editora
indicação de passos a seguir, uso de
verbos de ordem (imperativo). (Refe- Material necessário
rência: BNCC – EF15LP01 e EF03LP11)
Conversar com eles sobre a origem • 1 copinho de iogurte
do bilboquê propicia um bom mo- • 1 rolha de cortiça
mento de descontração e de amplia- • 1 pedaço de barbante ou de linha grossa de mais
ção dos conhecimentos. ou menos 40 cm

O bilboquê é um jogo Modo de fazer


muito antigo, encontrado em 1. Peça para um adulto furar o fundo do copinho de iogurte. Passe o fio de barbante
diferentes países, como Ja- pelo furo e dê um nó na ponta para prender o fio dentro do copinho.
pão, México, Estados Uni-
dos e França, com pequenas 2. Amarre a rolha na outra ponta do barbante. Pronto! Seu bilboquê está montado!
variações em sua forma. Até
Que tal transformá-lo em um bicho comilão?
hoje ninguém descobriu quem
o inventou nem quando ele Material necessário
apareceu. Pinturas de artis-
tas europeus indicam que o • 1 folha de papel sulfite
brinquedo era jogado pelos • 1 pedaço de papelão
reis e pelos nobres e, muito
possivelmente, pelas pessoas
• lápis de cor, canetinha preta, cola, fita adesiva e tesoura com
pontas arredondadas
comuns, nas ruas. Sabe-se
que, no fim do século 16, Modo de fazer
ele era conhecido e vendi-
1. Desenhe, na folha de sulfite, a cabeça do animal escolhido
do na França. Segundo pes-
quisadores, bilboquê é uma com a boca aberta, pois ela será o encaixe da rolha do
palavra de origem francesa, seu brinquedo. Depois, pinte-a.
e aparece em textos desde
1534. 2. Recorte o desenho e cole-o no papelão.

Folhinha – Dicas e reportagens. His- 3. Recorte o papelão de acordo com o desenho e


tória do bilboquê. Disponível em: prenda-o nas bordas do copinho de iogurte usando cola ou fita adesiva.
https://tedit.net/8Qk3gr. Acesso em:
15 jun. 2021. 4. Pronto! Agora é só desenhar na rolha a imagem do alimento preferido do seu
animal e começar a brincadeira!
Depois de cada um confeccionar
o seu bilboquê, explorar as possibili- Está em dúvida sobre que alimento é? Leia o texto informativo a seguir.
dades de manuseio de cada brinquedo Texto elaborado pelas autoras.

em uma conversa sobre o animal e


o alimento representados. Essa troca 254
de informação encontrará correspon-
dência na leitura dos textos com in- Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

formações de caráter mais científico


desta unidade.

314
Leitura 1: texto
informativo
Gênero: texto informativo (campo
Você já ouviu a expressão “Aquela pessoa come como um passarinho”? Mas das práticas de estudo e pesquisa).
Texto em prosa que tem a finalidade
como um passarinho come? E o que será que ele come? E os outros animais,
de transmitir informações, de modo
você sabe o que eles comem? Vamos ler um pouco sobre esse assunto. claro e objetivo. Por se tratar de um
texto que apresenta termos científicos,
que muitas vezes não fazem parte do
Leitura 1: texto informativo universo dos estudantes, sugere-se a
leitura silenciosa e a compartilhada.
● Leiam silenciosamente o texto. Depois, acompanhem a leitura feita pela pro- Recomenda-se também dar um tem-
fessora. Se tiverem dúvidas, esta é uma boa hora para esclarecê-las. po para que eles leiam o primeiro pa-
Comida e bebida rágrafo. Interrompê-los e questioná-los
sobre o que foi lido: assunto e infor-
Todos os animais precisam de comida e bebida para viver. Porém, o que, quanto e
mação principal. Proceder da mesma
com que frequência eles consomem pode variar muito.
forma com o restante do texto. Ao
Aquilo que um animal come determina seu lugar na cadeia cadeia alimentar: seres falar em voz alta sobre o parágrafo, os
alimentar. Os predadores ficam no topo e suas presas abai- vivos que se relacionam
por meio da alimentação, estudantes tornam mais claro o assun-
xo deles. Seus alimentos também afetam o formato e a quan-
muitas vezes uns servindo to para os colegas que estiverem ou-
tidade de seus dentes, o comprimento da língua e o tamanho de alimento a outros. vindo e que tenham mais dificuldade
da boca. predadores: animais que de leitura com compreensão. (Referên-
A maioria dos animais não segue um padrão alimentar re- caçam e comem outros.
Exemplo: o leão é predador cias: BNCC – EF35LP01 e EF35LP03)
gular, de três refeições ao dia. Enquanto alguns, como o mar- da zebra. O gênero foi escolhido para privi-
tim-pescador, comem mais do que metade do peso de seu cor- presas: animais que servem legiar o desenvolvimento da habilida-
po em um dia, outros, como a baleia azul, podem ficar por de alimento a outros. de de buscar e selecionar informações
oito meses sem comer nada! de interesse que circulam em meios
Aqui você tem uma visão do que alguns dos bichos mais interessantes têm em seus impressos ou digitais. (Referência:
cardápios, e de como distinguir um herbívoro, comedor de plantas, de um carnívoro, BNCC – EF35LP17)
devorador de carnes. Isso pode ser útil algum dia... Nunca se sabe! Nesta primeira parte, que serve de
Simon Rogers e Nicholas Blechman. Gráficos informativos: reino animal. introdução ao texto 2 (infográfico), há
São Paulo: MOV Palavras, 2015. p. 37.
várias informações que podem ser
comentadas antes da interpretação
Compreensão do texto propriamente dita. Verificar que o tex-
to define, de modo simples, herbívo-
1. Por que os animais têm dentes, língua e boca diferentes uns dos outros? ro como comedor de plantas e
carnívoro como devorador de carne,
Porque os alimentos que eles comem influem nos formatos e tamanhos da boca,
sem exemplificar.
da língua e dos dentes.
Compreensão
2. Complete dando um exemplo de animal e o que ele come. do texto
O objetivo desta seção é promover
• Animal herbívoro: Possibilidades: vaca, elefante, zebra. Come plantas. a compreensão de textos, compo-
nente essencial para a alfabetização.
• Animal carnívoro: Possibilidades: leão, cobra, sapo. Come carne. (Referência: PNA)
Atividade 2
255 Nesta atividade o conhecimento
prévio dos estudantes é acionado
para que deem exemplos de cada
uma das modalidades. A atividade
poderá ser feita oralmente, para ser
enriquecida com diferentes exem-
plos. (Referência: BNCC – EF15LP02)

315
Leitura oral em foco
O objetivo desta seção é promover
a fluência em leitura oral, compo-
nente essencial para a alfabetização. Leitura oral em foco
(Referência: PNA)
Alertar os participantes sobre a ● Treine a leitura em voz alta do texto “Comida e bebida” e aguarde sua vez de ler
necessidade de treinar a leitura em para a professora.
voz alta das palavras novas, principal-
mente dos termos científicos.
Leitura 2: infográfico
Leitura 2: infográfico lateralmente: de lado.
enzima: tipo de
Gênero: infográfico (campo das Leiam o infográfico e prestem atenção nos desenhos, cores,
fermento que ajuda na
práticas de estudo e pesquisa). União esquemas e outros elementos dele. Comentem o que observaram. digest‹o dos alimentos.
das palavras info (informação) e grá-

Reprodução/Editora Movpalavras
fico (desenho, imagem, representa-
ção visual). Explica um assunto com
o auxílio de imagens, gráficos, tabelas.
Pedir aos estudantes que observem A dieta dos carnívoros tem como base a carne.

as cores selecionadas: laranja para car-


nívoros e azul para herbívoros. Chamar
O suor é liberado através da língua,
a atenção deles para o fato de que uma vez que muitos carnívoros caçam
à noite e não precisam suar pela
entre os dois círculos há uma interse- pele para se refrescar.
As piranhas são
ção, localizando a posição de cada conhecidas como
peixes carnívoros,
animal representado por silhuetas. Os olhos são geralmente voltados
para frente, permitindo uma percepção
quando, na
verdade, elas
Os animais que estão entre os dois de profundidade adequada à caça
são onívoras,
círculos são os onívoros; eles comem em geral comendo
As mandíbulas se movem para cima tanto plantas
animais e vegetais. e para baixo, mas não lateralmente. como carne.
É importante que os estudantes
identifiquem o efeito de sentido Os dentes são afiados, longos e pontudos.
Seu formato é ideal para destroçar a presa.
produzido pelo uso dos recursos
gráfico-visuais. (Referência: BNCC – A saliva não contém
EF15LP04) nenhuma enzima digestiva.

Atividade preparatória A língua ingere água rapidamente. Os gatos


não sentem gostos doces (mas os cachorros sim).

Sugere-se que os estudantes tenham


um primeiro contato mais livre com o
texto para que o explorem silenciosa-
mente antes da leitura compartilhada.
A leitura desse infográfico pressupõe
conhecer as informações dos quadros,
pois há um novo conceito: onívoros. Re-
comenda-se iniciar pela leitura do texto
“Comida de peixe”, que define onívoros,
para em seguida passar à leitura das in-
formações do infográfico.

256

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
Esta atividade configura um momento Para aferir a fluência em leitura oral com Sugere-se registrar a velocidade da leitura de
oportuno para a realização de uma avaliação base nesse parâmetro, será necessário gravar cada estudante, listar as palavras que foram
formativa relativa à aferição de fluência em a leitura de cada estudante utilizando um gra- pronunciadas com maior dificuldade e fazer
leitura oral, com velocidade, precisão e pro- vador de voz. Considerando a fluência em observações acerca da prosódia, ressaltando
sódia. A expectativa para os estudantes do leitura do texto de 155 palavras, a expectativa o que pode ser melhorado. Deve-se guardar
3o ano ao final do ano letivo é de uma é que os estudantes completem a leitura em esse registro para acompanhar o progresso da
velocidade de leitura de 90 palavras por mi- aproximadamente 1 minuto e 40 segundos. fluência dos estudantes ao longo do ano, em-
nuto, com precisão de 95%, garantida a com- É possível que eles tenham maior dificuldade pregando, quando necessário, exercícios de
preensão do texto. de pronunciar por volta de 8 palavras do texto. treino e remediação.

316
A pergunta que aparece na parte
de baixo do infográfico sugere ao
leitor que “pense mais um pouco”.
Não há uma resposta explícita e, por
Sobre os autores isso mesmo, será a leitura do texto
Reprodução/Acervo do autor

Mark Mahaney/Acervo particular


Simon Rogers nasceu no Reino verbal e a leitura da imagem que
complementarão o sentido da per-

Reprodução/Editora Mov Palavras


Unido e é jornalista e escritor.
gunta. É importante chamar a aten-
Nicholas Blechman nasceu nos ção dos estudantes para o fato de
Estados Unidos e é designer e ilustrador, que há animais herbívoros que, por
com vários livros publicados. suas características, são tão ou mais
perigosos para os humanos que os
carnívoros. Orientá-los a observar a
figura humana que corre e pede so-
corro, para que a inferência das in-

Reprodução/Editora Movpalavras
formações implícitas seja adequada.
Esta é uma habilidade a ser desen-
volvida sempre que possível. (Refe-
A dieta dos herbívoros tem como base as plantas.
rência: BNCC – EF35LP04)
É importante explorar os elementos
O suor é liberado através da pele, do infográfico para que os estudantes
pois os animais herbívoros tendem alcalina: que
a coletar alimentos durante o dia. relacionem texto com ilustrações e
contém
bicarbonato ou recursos gráficos. (Referência: BNCC –
Os olhos ficam, frequentemente, nas laterais bicarbonato de EF15LP18)
da cabeça, para que vejam o perigo atrás deles.
sódio.
carboidrato:
As mandíbulas se movem para cima substância
e para baixo, assim como lateralmente.
como açúcares
e amidos.
Os dentes são achatados, com molares hormonais:
quadrados ao fundo para ruminar a comida.
cheia de
hormônio,
A saliva é alcalina, com enzimas digestivas substância
de carboidrato para começar a digestão
ou decompor os alimentos.
química
produzida pelo
organismo e
A língua pode sentir gosto doce. que, passando
As bocas são usadas para sugar água.
para o sangue,
estimula os
órgãos.
Os búfalos-africanos
são herbívoros da África
do sul que têm o pavio
curto e investem contra
seus agressores, tais
como o leão.

Os javalis pesam até Os hipopótamos matam Os elefantes machos


180 quilos e alguns mais seres humanos têm explosões Simon Rogers e
têm chifres pontudos. do que os leões, hormonais que os
leopardos e crocodilos. tornam violentos. Nicholas Blechman.
Gráficos
informativos:
reino animal.
São Paulo: MOV
Palavras, 2015.
p. 40-41.

257

317
Compreensão
do texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- Compreensão do texto
nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA) 1. Jogo rápido. Assinale com X a coluna a que se refere cada uma das afirmações:
Atividade 1
É importante que os estudantes Animal que... É carnívoro É herbívoro
localizem informações explícitas no ... só caça à noite x
texto. (Referência: BNCC – EF15LP03)
... pode sentir gosto doce e tem mandíbulas que se movem x
Atividade 2
Chamar a atenção dos estudantes
... tem os olhos na lateral da cabeça x
para a presença das duas letras no ... tem dentes longos e pontudos x
canto direito da primeira página e no
canto esquerdo da segunda; juntas, 2. O título do infográfico é: CARNÍVOROS VS HERBÍVOROS.
elas formam a abreviação VS (em le-
tras maiúsculas), chamando nova- VS é abreviatura de versus, palavra do latim que significa contra, em oposição.
mente a atenção para a palavra
“versus”.
Por que foi escolhida essa abreviatura para fazer parte desse título?
Atividade 4
É importante que todos os estu- Porque a abreviatura traz a ideia de oposição entre carnívoros e herbívoros.
dantes tenham a oportunidade de
participar dessa troca de impressões. Espera-se que os estudantes identifiquem que as características apresentadas pelos
Se for possível, reuni-los em peque- animais, conforme sua dieta alimentar, são opostas.
nos grupos para essa conversa. Se 3. Na imagem do infográfico, os animais escolhidos para representar cada um dos
achar conveniente, registrar as princi- grupos apresentados foram:
pais características citadas em um
quadro na lousa, uma forma de que
a) Carnívoros: leão b) Herbívoros: vaca
todos possam tomar conhecimento
das informações trazidas por todos.
4. Conversem: Qual das características dos carnívoros mais chamou a atenção de
vocês? Por quê? Respostas pessoais.

5. Observe novamente as figuras do infográfico,


prestando atenção nas cores e nos contornos

Reprodução/Editora Movpalavras
dos animais representados.

a) Faça uma lista com os animais que você


identificou no círculo dos carnívoros desse
diagrama.

Morcego, urso, sapo, morsa, cobra. Considerar a inclusão de porco, homem e

mulher no círculo.

258

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
É provável que os estudantes confundam morsa com leão-marinho. Sugere-se, se for o caso, uma
pesquisa para identificação do animal. Seguem algumas informações que podem ajudar:

O jeito mais fácil de identificar um leão-marinho (Otaria byronia) é pela juba dos
machos, que rendeu o nome à espécie. Ele vive próximo aos polos e se mantém aque-
cido graças à gordura armazenada no corpo. [...]
Basta notar os enormes caninos (usados na caça e na locomoção) para distinguir
a morsa (Odobenus rosmarus). Além disso, esse membro da família Odobenidae possui

318
Atividade 6
Conversar com os estudantes sobre
outras palavras que começam do mes-
b) Faça uma lista com os animais que estão no círculo dos herbívoros. mo modo, como: onipresente (que
Elefante, vaca, zebra, búfalo-africano. Os estudantes poderão confundir o búfalo- está em todos os lugares), onipotente
-africano com o boi. Observar que a silhueta do desenho é praticamente a mesma (que pode tudo), onicolor (que tem tem
da silhueta do búfalo-africano da página 41 do infográfico. O chifre acabou sumindo todas as cores).
por causa do desenho vazado, mas a ponta dele ainda é perceptível no contorno da A atividade desenvolve a habilidade
cabeça. Considerar também a inclusão de porco, homem e mulher no círculo. de reconhecer prefixo produtivo na
6. Observe a origem desta palavra: formação de vocábulos para com-
ONÍVORO preendê-los e para formar novas pala-
devora, come vras, uma forma de desenvolver o
tudo vocabulário, componente essencial
para a alfabetização. (Referências: PNA
a) Por que homens e mulheres são classificados como onívoros?
e BNCC – EF03LP10)
Porque podem se alimentar tanto de carne quanto de plantas. Atividade 7
Sugere-se voltar ao texto principal
b) De acordo com o infográfico, que outros animais são classificados como onívoros? do infográfico e reler com os estudantes
a parte final. É importante que identifi-
Porco e piranha.
quem a ideia central de cada boxe.
7. Releia o texto final do infográfico e faça o que se pede.
(Referência: BNCC – EF35LP03)

a) Ligue o animal ao perigo que ele pode representar.


Reprodução/Editora Movpalavras

elefante Pode ter chifres pontudos.

búfalo-africano O macho pode ser violento.

É herbívoro, mas
javali
é briguento.

Ameaça mais os seres


hipopótamo
humanos do que o leão.

b) Agora você já sabe que os herbívoros também podem ser perigosos. Levando em
conta as informações que você leu no texto, de qual animal herbívoro você fugi-
ria rápido? Justifique.

Respostas pessoais.

259

uma cabeça bem redonda, focinhos


largos, corpos pesados e grossas vi-
brissas (aquele “bigode” usado para
obter informações táteis).
MONTEIRO, Gabi. Qual a diferença entre morsa,
foca, leão-marinho e lobo-marinho?
Superinteressante, 4 jul. 2018. Disponível em:
https://tedit.net/i5fB2o. Acesso em:
15 jun. 2021.

319
Atividade 8, item a e b
É importante que os estudantes
concluam que os infográficos apre-
sentam informações em linguagem 8. Complete com o que se pede sobre os textos que você leu.
verbal e visual conquistando leitores
pela facilidade de acesso às informa- a) A finalidade deles é: informar .
ções desejadas.
b) Que tipo de leitor pode se interessar por eles: Possibilidades: Aqueles que
Atividade 8, item c gostam de se informar sobre animais e leitores curiosos, que gostam de obter
Estimular a participação de todos informações de modo fácil e rápido.
nessa seleção da informação.
c) Informação mais interessante, na sua opinião: Resposta pessoal.
Hora de organizar o
que estudamos
O objetivo é reforçar, por meio do
esquema mental, o entendimento sobre Hora de organizar o que estudamos
os gêneros expositivos, destacando o
que é específico com relação ao gênero ● Leiam juntos e depois completem o quadro com as informações sobre o lei-
estudado na unidade: texto informativo. tor ou o público para o qual o texto informativo é direcionado.
A leitura contínua de dados esque-
matizados exercita duas habilidades Texto informativo
do campo das práticas de estudo e
pesquisa: a de recuperar as ideias
principais do texto informativo e a de Apresenta explicações e dados sobre determinado assunto
expor trabalhos ou pesquisas escola-
res em sala de aula.
(Referências: BNCC – EF35LP19 e Organização do texto Intenção/finalidade Leitor/público
EF35LP20) • Linguagem verbal • Informar
• Pessoas interessadas no assunto
Sugestão • Linguagem não verbal: • Explicar
– infográfico • Entreter
Em momento oportuno, acompa-
– gráfico • Pessoas que procuram novos
nhar os estudantes em uma visita à – ilustração
biblioteca, ao cantinho de leitura ou conhecimentos
ao laboratório de informática da es-
cola para que eles possam selecionar
os jornais e revistas para a leitura de SUGESTÃO
textos informativos. Pedir-lhes que
justifiquem a escolha dos materiais e, • Gostou de conhecer um pouco a alimentação dos animais? Você encontrará muitos outros
após a leitura, compartilhem a opi- assuntos em textos informativos e infográficos lendo a versão impressa ou digital de jornais
nião com os colegas. (Referência: e revistas voltados para o público infantil. Procure, no cantinho de leitura, em bibliotecas
BNCC – EF35LP02) ou na internet, esta e outras revistas:

nças
Hoje das Cria
Revista Ciência Hoje das Crianças. Disponível em:

Ciência
https://tedit.net/X8Yha9. Acesso em: 26 maio 2021.
o/Revista
Reproduçã

260

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

320
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
Vocabulário em foco rio, componente essencial para a al-

Alex Mit/Shutterstock
fabetização. (Referência: PNA)
No infográfico, você viu que a mandíbula dos carní-
voros se movimenta de modo diferente da mandíbula Prática de oralidade
dos herbívoros.
Conversa em jogo
Você sabe o que é mandíbula? É o único osso da
cabeça que se move e no qual se fixam os dentes Alimentação do animal
inferiores. doméstico
O objetivo da seção é estimular os
O movimento da mandíbula ajuda a morder e mastigar. Mandíbula humana.
estudantes, em conversação espontâ-
● Releia o infográfico e escreva como se movimenta a mandíbula dos herbívoros. nea e em um contexto comunicativo
descontraído, a respeitar os turnos de
Para cima, para baixo e lateralmente. fala. (Referência: BNCC – EF15LP11)
Incentivá-los a se expressar com
espontaneidade, clareza e boa articu-
Prática de oralidade lação para serem compreendidos.
Conversa em jogo (Referência: BNCC – EF15LP09)
Este é um bom momento para in-
Alimentação do animal doméstico centivá-los a identificar a finalidade da
interação oral em diferentes contextos.
Quem tem animal de estimação precisa ficar atento à alimentação dele e verificar se (Referência: BNCC – EF15LP13)
os alimentos estão sendo administrados de maneira correta.
Língua: usos e
● Você tem um animal de estimação? Qual? O que ele come? Conte para os co-
legas e ouça o que eles têm para contar. Lembre-se de dizer o nome do seu
reflexão
animalzinho! Respostas pessoais. Formação de palavras
O objetivo é apresentar o uso de pre-
fixos e sufixos produtivos na formação
Língua: usos e reflexão de palavras derivadas de substantivos,
Formação de palavras adjetivos e de verbos, utilizando-os para
compreender palavras e para formar
Na leitura do texto informativo, você conheceu palavras formadas por mais de um novas palavras. (Referência: BNCC –
elemento. Veja: EF03LP02 e EF03LP10)
As atividades propostas têm o ob-
CARNÍVORO       HERBÍVORO       ONÍVORO jetivo de desenvolver o vocabulário
come come come por meio de uma prática intencional
carne planta tudo de ensino, já que, estabelecidas as
relações entre palavras primitivas e
Ilustrações: Vanessa Alexandre/
Arquivo da editora

derivadas, e conhecendo-se o sentido


que os prefixos e sufixos mais comuns
acrescentam às palavras, é possível
A onça-pintada é um A anta é um animal A galinha é um ampliar o vocabulário de leitura do
animal carnívoro. herbívoro. animal onívoro. estudante no que se refere tanto à
compreensão de textos quanto ao
261 reconhecimento automático de pala-
vras. (Referência: PNA)

Tema contemporâneo Os resultados desses estu-


dos de aprendizagem de voca-
Aproveitar a seção Conversa em jogo para comentar que não devemos oferecer bulário permitem duas conclu-
aos animais domésticos alimentos que apresentem riscos à saúde, como chocolate, sões e implicações na prática
doces, massas, café e comidas gordurosas. O ideal é conversar com um especialista, escolar. A primeira conclusão
como o médico veterinário, pois até certas frutas podem fazer mal aos animais. Lembrar é que a exposição à grafia das
que o que serve para o organismo humano pode prejudicar os animais. Aproveitar palavras ajuda os estudantes a
para reforçar que crianças em fase de crescimento devem ter uma alimentação saudá- aprendê-las, comparativamente
vel. Alertar para o consumo exagerado de doces, massas e comidas gordurosas, que a somente ouvi-las e repeti-las.
também causam prejuízos à saúde humana, contemplando, assim, o tema contempo- Isso sugere que os professores
râneo educação alimentar e nutricional.

321
deveriam mostrar a grafia das
palavras como parte da instru-
ção de vocabulário, de forma a
fomentar a aprendizagem dos 1. Ligue as palavras formadas por mais de um elemento com seus significados e
estudantes. A segunda conclu- exemplos.
são é que a orientação dada aos
estudantes no sentido de pro- granívoro Come restos, detritos, como o urubu.
nunciar palavras novas em voz
alta, de maneira a transformar
letras em sons, ajuda-os a reter insetívoro Come frutas, como o macaco-aranha.
as pronúncias, grafias e signifi-
cados das palavras na memória frugívoro Come insetos, como o tamanduá.
quando leem textos.
MALUF, Maria Regina; CARDOSO- detritívoro Come grãos e sementes, como o papagaio.
-MARTINS, Claudia. Alfabetização para
o sŽculo XXI: como se aprende a
ler e a escrever. Porto Alegre:
Penso, 2013. p. 79. A palavra que dá origem a outras palavras é chamada de palavra primitiva.
As palavras formadas a partir da palavra primitiva são chamadas de palavras derivadas.

Não foi utilizada a nomenclatura


Conhecendo a palavra primitiva, fica mais fácil conhecer o significado das palavras
prefixo e sufixo. Se achar convenien-
te acrescentar os conceitos: prefixo derivadas. Observe os exemplos da atividade a seguir.
é o que vem antes da palavra primi-
tiva para formar uma palavra derivada 2. Circule a palavra primitiva escondida e explique o significado de cada uma das
e sufixo é o que vem depois da pa- palavras derivadas.
lavra primitiva para formar uma pala-
vra derivada. a) apimentada: Que tem pimenta .

b) enturmado: Que faz parte de uma turma, que está bem entrosado em uma turma .

c) acamado: Que está de cama, doente .

d) encerado: Que foi coberto de cera .

e) embandeirado: Enfeitado com bandeiras .

3. Escreva as palavras primitivas, isto é, aquelas que dão pistas

Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


para o significado das palavras derivadas.

a) desanimado: ânimo

b) acalorado: calor

c) interessar: interesse e) anoitecer: noite

d) entardecer: tarde f) florescer: flor

262

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Se considerar oportuno, propor a seguinte atividade para os estudantes.
Observe as expressões a seguir e forme novas palavras modificando o final de cada palavra primitiva.
a) aquele que caça: caçador
b) aquele que narra: narrador
c) aquele que educa: educador
d) aquele que ilustra: ilustrador
e) aquele que pesquisa: pesquisador
f) aquele que cuida: cuidador

322
Agora você
Atividade 1
É importante que os estudantes
Há alguns modos de formar palavras derivadas a partir da palavra primitiva. façam a atividade oralmente antes de
Com elemento no final da palavra: escrever, pois esse é um mecanismo
de ampliação de vocabulário. Ou-
A língua ingere água rapidamente. tras palavras que podem ser explora-
das nesse trabalho: desinteresse,
Com elemento no começo da palavra: desativo, desconstruir, desinchado,
desamassar, desaparecer, desparafu-
... para começar a digestão ou decompor os alimentos. sar, descabelado, descarregar, descas-
car, desconfiar, descuidar, etc. O
contrário também pode ser feito:
Com elementos no começo e no final da palavra:
desatenção/atenção, desfeito/feito,
desembaraçar/embaraçar, desencan-
Os dentes são achatados... to/encanto, etc.
No Vocabulário em foco da uni-
Agora você dade 9 desse volume, o uso do prefixo
des com sentido de contrário foi
1. Leia: apontado na diferenciação da palavra
descriminação (não criminação de

Pascale Gueret/Shutterstock
O tamanduá é insetívoro. Come, basicamente, formigas algo) diferenciando-a da palavra-cha-
e outros insetos. Um detalhe: ele é desdentado. ve do texto discriminação (rejeição).

desdentado Atividade 2
Chamar a atenção dos estudantes
não dentado
para a opção por colocar o significado
Tamanduá. do sufixo -or em (d)or, (t)or e (s)or
sem dentes como aquele que age. Se achar con-
veniente, empregar a palavra agente
Na palavra acima, o elemento des indica o sentido contrário da palavra primitiva.
no lugar de “aquele que”.
Forme palavras derivadas juntando o elemento des no início de cada uma. Se for adequado, complementar
oralmente a atividade com expres-
a) não acreditar: desacreditar sões como: aquele que navega (na-
vegador); aquele que nada (nadador);
b) não acostumado: desacostumado aquele que carrega (carregador).
c) não acompanhado: desacompanhado

2. Releia este trecho:

[...] distinguir um herbívoro, comedor de plantas, de um carnívoro, devorador


de carnes.

comedor         devorador
aquele que aquele que
come devora

263

Atividade complementar
Se considerar oportuno, propor a seguinte atividade para os estudantes.
Forme novas palavras acrescentando às palavras primitivas elemento que expressa a ideia de sentido
contrário.
a) montar: desmontar g) conhecer: desconhecer
b) enganchar: desenganchar h) abotoar: desabotoar
c) aprender: desaprender i) armar: desarmar
d) apertar: desapertar j) amarrar: desamarrar
e) marcar: desmarcar k) acreditar: desacreditar
f) alinhar: desalinhar l) apegar: desapegar

323
Atividade 3
Foi escolhido o sufixo -eiro para
esta atividade, pois os estudantes cos-
tumam escrever palavras com esse O elemento dor, colocado no final das palavras anteriores, indica aquele ou
sufixo eliminando a vogal /i/, como
aquilo que realiza a ação indicada pela palavra primitiva.
em “banhero”, “golero”, etc.
A leitura em voz alta dessas pala- Observe as expressões a seguir e forme palavras derivadas modificando o final
vras não só desenvolve a consciência de cada palavra primitiva.
fonêmica, como se torna uma ins-
trução fônica sistemática da repre- a) aquele que vende: vendedor
sentação do fonema por grafema na
escrita de cada palavra. (Referência: b) aquele que canta: cantador/cantor
PNA)
c) aquele que cobra: cobrador
Hora de organizar o
3. Reescreva as frases juntando o elemento eiro no final das palavras destacadas.
que estudamos
Ao ler o que foi estudado de forma a) Perdi a chave. Preciso de um chaveiro .
organizada em tópicos, o estudante
exercita a habilidade de recuperar as b) Onde se escondeu a galinha? No galinheiro .
ideias principais, o que colabora para a
consolidação dos conhecimentos ad- c) Quem cuida da casa? O caseiro .
quiridos. (Referência: BNCC – EF35LP19)
4. A professora vai distribuir para cada grupo uma das seguintes palavras:

dente cabelo café banana terra

Possibilidades: dentista, desdentado, dentifrício, dentado; descabelado,


Cada grupo deve: cabeleira, cabeleireiro; cafeteria, cafezal, cafeteira; bananada, embananado,
bananal, bananeira; terrário, enterrar, desterrar, desenterrar, terroso.
a) formar o maior número de palavras derivadas da palavra recebida;

b) criar uma frase com cada palavra derivada e registrá-la no caderno;

c) aguardar a vez do grupo para apresentar as palavras e as frases criadas.

Hora de organizar o que estudamos

Formação de palavras

Quando acrescentamos Quando acrescentamos Quando acrescentamos


elemento no início da palavra: elemento no final da palavra: elemento no início e no final
revender – re + vender vendedor – vende + dor da palavra:
revendedor – re + vende + dor

264

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Se considerar oportuno, propor a seguinte atividade para os estudantes.
Forme palavras acrescentando o sufixo -eiro às palavras primitivas. Depois, leia as duas palavras.
a) pedra: pedreiro g) galinha: galinheiro
b) jardim: jardineiro h) sapato: sapateiro
c) porta: porteiro i) cabide: cabideiro
d) jornal: jornaleiro j) terra: terreiro
e) revista: revisteiro k) vela: veleiro
f) Brasil: brasileiro

324
Outras linguagens
Relatório e apresentação
de resultado de
Tecendo saberes observação
A atividade exercita a habilidade de
Há animais com hábitos alimentares curiosos. Quer planejar e produzir textos para apre-
conhecer um dos animais mais gulosos do planeta? sentar resultados de observações e
Acompanhe a leitura da professora. pesquisa, identificando e reproduzindo
a formatação e diagramação específi-
EMA: [...] é, provavelmente, o animal mais guloso do
ca desse gênero (passos ou listas de

Ondrej Prosicky/Shutterstock
planeta e engole tudo o que vê pela frente. Seu trivial
itens, ilustrações, resumo de resultado);
sortido inclui folhas, frutinhas, sementes, insetos e pe-
exercita também a habilidade de ler/
quenos animais como lagartos, rãs e cobras, mas ela não
ouvir e compreender relatos de obser-
dispensa pedrinhas, tampas de garrafa, pedaços de plás- vação. (Referências: BNCC – EF03LP24,
tico e fechos de latas de refrigerantes. Ema. EF03LP25 e EF03LP26)
[...] Alguns estudiosos afirmam que a ema tem atração especial Esta atividade prioriza, a princípio,
trivial: comum, a leitura da linguagem não verbal.
por objetos brilhantes porque seu prato preferido são besouros de corriqueiro. Diz-se
casca reluzente, com aparência metálica. Mas ninguém sabe se ela das refeições de
Optou-se por apresentar uma se-
come esses objetos por engano ou por opção. todos os dias. quência de fotos que indicam uma
sucessão de ações no tempo, para
É verdade que as emas comem de tudo, inclusive metais? Mundo Estranho, 4 jul. 2018.
Disponível em: https://tedit.net/Xx1ooC. Acesso em: 15 jun. 2021. que os estudantes observem e façam
um pequeno relatório para apresen-
tar o resultado de suas observações.
(Referência: BNCC – EF03LP25)
Outras linguagens Embora não tenham legendas ex-
plícitas, é importante que os estudan-
Relatório de apresentação de resultados de observação tes observem atentamente cada uma
Você leu textos e infográficos com informações sobre alimentação de animais. Fotos das fotos apresentadas a fim de ob-
também podem trazer informações muito importantes. servar detalhes que dão dicas do mo-
do de ação das plantas carnívoras:
Observe com atenção a sequência de fotos a seguir sobre a alimentação de uma
Foto 1: Planta com aparência de
planta carnívora.
acio Philip Sansonovski/Istockphoto/Getty Images

uma boca, totalmente aberta; perce-


kritsada171/Istockphoto/Getty Images

be-se certa viscosidade (brilho de


Plougmann/Getty Images

algo pegajoso, grudento). O inseto


parece ter pousado e ficado preso.
Foto 2: A planta começa a se fe-
char, prendendo o inseto, como uma
boca ou uma jaula que se fecha.
Agora, você vai fazer um relatório para apresentar o que observou em cada uma das Foto 3: Planta totalmente fecha-
fotos. Siga as orientações a seguir. da, percebe-se que o inseto não tem
como sair, está preso, prestes a ser
Planejamento devorado.
Pense que no seu relatório será necessário: descrever as ações observadas em cada Planejamento
foto; escolher um título que apresente o assunto ou o tema da observação; escrever a A atividade exercita a habilidade
conclusão da observação. de planejar e produzir textos para
apresentar resultados de observa-
265 ções e pesquisa, identificando e
reproduzindo a formatação e dia-
gramação específica desse gênero
(passos ou listas de itens, ilustra-
ções, resumo de resultado); exercita
também a habilidade de ler/ouvir e
compreender relatos de observa-
Tecendo saberes ção. (Referências: BNCC – EF03LP25,
EF03LP26 e EF03LP24)
A leitura compartilhada de texto informativo
sobre hábitos alimentares de animais, além de
propiciar mais uma experiência leitora com tex-
to do gênero informativo, favorece o exercício
da fluência em leitura oral seguida da leitura de
modelagem do professor. (Referência: PNA)

325
Escrita
O esquema das partes do relatório
de observação a partir das fotos or-
ganiza o texto a ser escrito de forma Escrita
objetiva e clara.
Você pode seguir este quadro para
Título
Produção de texto escrever no caderno seu relatório de
Foto 1
O objetivo desta seção é promover resultado de observação:
a produção de escrita, componente Foto 2
essencial para a alfabetização. Para Revisão e reescrita
Foto 3
isso, os estudantes irão usar conheci-
Releia seu relatório e faça os ajustes
mentos linguísticos e gramaticais. Conclusão
(Referência: PNA e BNCC – EF35LP07) finais levando em conta: as ações obser-
vadas em cada uma das fotos; a conclusão das observações; a escrita das palavras
Pesquisa e produção de e a pontuação.
texto informativo
Troquem de relatório entre vocês e comparem as semelhanças e as diferenças.
Preparação e pesquisa
Estas etapas têm o objetivo de mo-
tivar os estudantes a buscar e selecio- Produção de texto
nar informações de interesse sobre
fenômenos sociais e naturais, em Pesquisa e produção de texto informativo
textos que circulam em meios im-
pressos ou digitais. (Referência: BNCC ● Agora, vocês vão pesquisar informações e produzir um texto informativo com-
– EF35LP17) parando o modo de ação de duas plantas carnívoras.

Preparação e pesquisa

1. Juntos, façam a leitura do esquema:

Tipos de armadilha de plantas carnívoras

1. Jaula 2. Jarro 3. Folhas colantes


Plantas carnívoras que Plantas carnívoras que se Plantas carnívoras que
aparentam ter boca com assemelham a um jarro parecem ter pelos nas
dentes são do gênero cheio de líquido são do folhas; são do gênero
dionaea. gênero nepenthes. drosera.
Rafael Ben-Ari/Chameleons Eye/
Istockphoto/Getty Images

kellymarken/Istockphoto/Getty Images

Robert Evenflow/Shutterstock

266

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

326
Planejamento
Este é um momento relevante em
que os estudantes vão planejar o mo-
2. Cada grupo escolhe dois tipos de planta para pesquisar e comparar. do de registrar as informações.
O apoio do professor é fundamental
3. Pesquisem, com a ajuda da professora, informações sobre as plantas escolhidas para que eles sintam-se seguros para
em livros, dicionários, enciclopédias e sites. Procurem também fotos ou ilustrações. apresentar, em seguida, o resultado
de suas pesquisas.
Planejamento Escrita
A sugestão de escrita é a de orga-
● Reúnam as informações.
nizar as informações de modo com-
Escolham as informações mais importantes sobre cada uma das plantas: parativo, fazendo, se possível, o
pareamento das informações sobre
a) como são; c) como atraem seu alimento; uma e outra planta. (Referência: BNCC
b) o que comem; d) outras curiosidades. – EF03LP25)
O registro das observações sobre
Escrita a sequência de fotos realizado ante-
riormente deve facilitar a tarefa de
1. Utilizem duas folhas de papel sulfite e registrem em cada uma as informações proceder ao registro em itens.
sobre cada planta, como no infográfico sobre carnívoros e herbívoros.
Exposição oral
2. Separem fotos e ilustrações para apresentar com o texto produzido.
Preparação
Revisão De modo simples, sugere-se a
produção de um pequeno roteiro
Verifiquem, com a ajuda da professora, se as informações registradas estão claras e para a apresentação, que poderá ser
reescrevam o que for preciso. enriquecido com outros recursos, se
considerar oportuno e houver essa
possibilidade. Ajudar os estudantes
Exposição oral a estabelecer um tempo de fala curto
e a usar uma linguagem clara e ade-
Preparação quada.
● Preparem o material e ensaiem: Apresentação
a) a leitura do texto inicial; Recomenda-se orientar os estu-
dantes à escuta atenciosa com respeito
b) a apresentação do resultado da pesquisa sobre as duas plantas: como transmitirão aos momentos de fazer perguntas,
as informações oralmente e se mostrarão as imagens em cartazes ou em slides recuperando as ideias principais das
caso tenham acesso às ferramentas necessárias. exposições. (Referência: BNCC –
EF35LP18 e EF35LP19)
As atividades de produção priori-
Apresentação
zam o exercício de habilidades como
1. Aguardem a vez de apresentar o texto informativo de vocês. planejar, reler e revisar o texto para seu
aprimoramento. (Referências: BNCC –
2. Cuidem da postura e do tom de voz para que as informações sejam facilmente EF15LP05, EF15LP06 e EF03LP25)
compreendidas pelos colegas.
3. Usem uma linguagem mais cuidada, mais formal.

267

327
Palavras em jogo
O objetivo desta seção é promover
a consciência fonêmica e a instru-
ção fônica sistemática, componen- 4. Ouçam e respondam às dúvidas que surgirem.
tes essenciais para a alfabetização.
(Referência: PNA) 5. Assistam à apresentação dos colegas, com respeito e atenção. Se julgar necessário,
Tonicidade das palavras anote as ideias principais apresentadas nas exposições.
As atividades desta seção devem
ser antecedidas de trabalho oral Palavras em jogo
para a percepção da sílaba tônica de
cada palavra. Tonicidade das palavras
O reconhecimento da sílaba tônica,
bem como a classificação quanto à 1. Leiam as palavras a seguir e circulem a sílaba que é falada com mais intensidade,
tonicidade, é um conteúdo que deve isto é, com um pouco mais de força.
anteceder o estudo sobre acentuação
das palavras. Acentuar palavras é um você   comida   búfalo
conteúdo de ortografia que supõe o
reconhecimento da posição da sílaba Agora, leiam as palavras outra vez observando o esquema.
tônica para, posteriormente, os estu-
dantes deduzirem regularidades no cê mi bú
vo co da falo
uso dos sinais de acentuação. A per-
cepção da sílaba tônica da palavra é
Toda palavra tem uma sílaba que é pronunciada com mais intensidade, com mais
uma habilidade complexa para os
estudantes, pois se baseia em elemen- força. Façam, novamente, a leitura das palavras do quadro, agora em voz alta.
tos essencialmente sonoros. Os estu-
dantes devem distinguir a sílaba tônica 2. Leiam as palavras a seguir e façam um círculo na sílaba mais forte de cada palavra.
da(s) sílaba(s) átona(s) – mais fracas –
da palavra. Este não é um conteúdo elefante animal carnívoro
que deva ser esgotado neste ano; os
estudantes deverão exercitar essa ha-
bilidade em anos posteriores também. A sílaba pronunciada com mais intensidade é chamada de sílaba tônica.
(Referência: BNCC – EF03LP06)
Atividade 1 3. As sílabas de cada linha do quadro a seguir formam palavras. Leia as palavras for-
Os estudantes devem pronunciar madas e circule a sílaba tônica de cada uma delas.
as palavras com naturalidade, sem
forçar a sílaba tônica. Se for preciso, Outras sílabas Antepenúltima sílaba Penúltima sílaba Última sílaba
as palavras podem ser repetidas para VO CÊ
que eles percebam mais facilmente a
tonicidade das palavras pronuncia- A NI MAL
das. A colocação em uma frase ajuda BE BI DA
a notar as sílabas que se destacam
dentro das palavras. PI RA NHA

Atividade 3 Ú NI CA
Estimular os estudantes a procurar
HER BÍ VO RO
palavras com número de sílabas varia-
do. Eles devem falar as palavras em voz
alta ao apresentá-las. Todos devem 268
tentar identificar a sílaba tônica. Tam-
bém devem observar a regularidade Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
de não haver sílaba tônica antes da
antepenúltima sílaba. Essa regularida-
de é que determina a classificação das
palavras pela posição da sílaba tônica.

328
Hora de organizar o
que estudamos
A leitura e o preenchimento do
A posição da sílaba tônica é sempre observada da última sílaba para o começo
esquema exercita uma das principais
da palavra. habilidades ligadas ao campo das
Por que será que isso acontece? práticas de estudo e pesquisa: recu-
Para responder, façam o desafio: Quem consegue encontrar uma palavra com perar as ideias principais em situações
formais de escuta de exposições e
a sílaba tônica antes da antepenúltima sílaba?
apresentações. (Referência: BNCC –
Pois é, não há na língua portuguesa palavras com a sílaba tônica antes da EF35LP19)
antepenúltima sílaba.
Assim, para classificar as palavras de acordo com a posição da sílaba tônica, vamos
considerar apenas até a antepenúltima sílaba. Veja:

você bicho onívoro

última penúltima antepenúltima

Dependendo da posição da sílaba tônica, a palavra recebe uma classificação


diferente.

Oxítona: se a sílaba tônica da palavra for a última.


Paroxítona: se a sílaba tônica da palavra for a penúltima.
Proparoxítona: se a sílaba tônica da palavra for a antepenúltima.

Hora de organizar o que estudamos


● Leiam, juntos, o esquema a seguir e completem com um exemplo de cada tipo
de palavra. Respostas pessoais.

Tonicidade das palavras

Sílaba tônica: sílaba pronunciada de maneira mais intensa

Classificação

Oxítona Paroxítona Proparoxítona

269

Atividade complementar
Escrever na lousa as palavras a seguir. Pedir aos estudantes que as copiem no caderno. Em seguida,
solicitar a eles que leiam cada palavra e pintem a sílaba tônica. Por último, orientá-los a escrever a classifi-
cação de cada palavra de acordo com a sílaba tônica.
alface: paroxítona; predadores: paroxítona; refeição: oxítona; ninguém: oxítona; almoço: paroxítona;
herbívoro: proparoxítona.

329
Acentuação das oxítonas
Atividade oral e escrita
Este conteúdo atende ao desen-
volvimento da habilidade de usar Acentuação das oxítonas
acento gráfico (agudo ou circunflexo)
em monossílabos tônicos terminados Atividade oral e escrita
em -a, -e e -o e em palavras oxítonas 1. Observe que a palavra voc• tem um acento gráfico.
terminadas em -a, -e e -o, seguidas
ou não de S. (Referência: BNCC –

negat1v31/Shutterstock
EF03LP04)
Atividade 2
Incentivar a leitura em voz alta de
cada uma das palavras para que os
estudantes observem a sílaba tônica
e o fato de em algumas sílabas tôni- Esse acento gráfico chama-se circunflexo.
cas haver o sinal gráfico e em outras
não. São atividades de construção – Por que esse acento é utilizado? Sugestão: Para marcar o som mais
forte da vogal E.
passo a passo – sobre o uso do acen-
to gráfico em oxítonas. 2. Leiam estas palavras e façam um círculo na sílaba tônica de cada uma delas.

Atividade 2, item b caqui sofá urubu café vovó


Aqui falaremos em regra, pois o uso
do acento gráfico é uma convenção vovô você aqui sagu
de escrita. Os estudantes devem ob-
servar a regularidade das terminações a) Completem: De acordo com a posição da sílaba tônica, todas essas palavras
(palavras terminadas em -a, -e e -o)
para formular a regra com base nela. são: oxítonas .

b) Observem que algumas palavras têm acento gráfico e outras não. Qual regra
poderíamos escrever observando as terminações dessas palavras que receberam
acento gráfico?

O acento gráfico foi empregado nas palavras oxítonas terminadas em a, e e o.

c) Vejam que foram empregados dois tipos de acento:

^ ´
acento circunflexo acento agudo

Falem em voz alta e respondam: Por que o acento gráfico mudou?

vovô vovó você café

Depois, registrem no caderno uma resposta elaborada em conjunto.


Porque o acento circunflexo foi usado nos sons fechados, e o acento agudo foi
270 usado nos sons abertos.

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

330
Um pouco mais sobre
acentuação:
monossílabos tônicos
Um pouco mais sobre acentuação: monossílabos tônicos Este é um conteúdo complexo,
pois os estudantes devem perceber
Atividade oral e escrita a tonicidade dos monossílabos prin-
cipalmente nas frases em que estão
1. Leiam a tirinha e, depois, respondam às questões a seguir.
inseridos. Os monossílabos tônicos

© Mauricio de Sousa/Mauricio de Sousa Editora Ltda


são falados como uma sílaba tônica
mais forte, isto é, com acento próprio
e que não se apoia na palavra que
vem antes ou depois dele. Assim, a
percepção de um monossílabo tôni-
co ou átono deve levar em conta as
outras sílabas da frase. Os monossí-
labos átonos são falados como síla-
Maurício de Sousa. As tiras clássicas da Turma da Mônica. v. 4. Barueri: Panini
Espera-se que os estudantes infiram que banho na lagoa é motivo bas átonas em relação às outras
Comics, 2009. p. 41.
de decepção para Cascão, personagem que não gosta de água. sílabas das palavras, isto é, não têm
a) Como se explica a decepção de Cascão depois de ouvir Cebolinha descrever o acento próprio e se apoiam na pala-
que aconteceu no piquenique “mais que legal”? vra que vem antes ou depois dele.
É uma distinção complexa para os es-
b) Conversem e, juntos, expliquem por que a palavra “blincamos” está escrita entre
tudantes, pois deve ser feita em relação
aspas. Espera-se que os estudantes expliquem que as aspas chamam a atenção ao conjunto das palavras da frase. Por
para a palavra que está grafada como Cebolinha fala: trocando o som da
letra R pelo som da letra L. isso, aqui apenas será apresentada a
2. Na conversa entre Cebolinha e Cascão, há duas palavras destacadas. Respondam: acentuação mais comum, consideran-
a) Quantas sílabas têm as palavras destacadas? 1 do-se palavras de uso no dia a dia ou
de uso comum nos textos para estu-
b) Em relação ao número de sílabas, como essas palavras são classificadas? dantes desse nível escolar.
Monossílabas. Atividade 3
Os monossílabos tônicos seguem a
c) Conversem e, juntos, escrevam uma resposta: Por que uma delas tem acento mesma regra das palavras oxítonas:
gráfico e a outra não? são acentuados quando terminarem
em -a, -e e -o.
Sugestão: No último quadrinho, o monossílabo é é pronunciado de maneira mais Sugere-se que sejam localizados e
destacados em textos outros monos-
forte, mais intensa. O acento mostra que o som é aberto. sílabos, com ou sem acento, para que
os estudantes percebam as diferen-
3. Leiam as frases a seguir em voz alta e coloquem o sinal de acentuação nos ças de tonicidade, sempre no interior
monossílabos destacados quando forem tônicos, isto é, pronunciados de maneira de uma frase.
mais forte. São monossílabos comuns com
acento: pá, pé, só, dó, é, vá, né, há,
a) Não da´ para comer a casca da banana. já, três, fé, nós, etc.
b) Deˆ uma olhada na montanha de cascas que você jogou fora! Sugere-se também que sejam
destacados monossílabos de uso
c) Meu computador queimou porque tinha um no´ no fio.
comum que não são acentuados:
Conversem sobre o que observaram quanto ao uso do sinal de acentuação. mas, sem, fim, lhe, ler, dez, tu, cem,
Sugestão: Os monossílabos tônicos recebem acento gráfico. mil, flor, etc.
271

331
Memória em jogo
Ao cantar os versos em voz alta é
possível perceber o resultado sonoro
do jogo entre sílabas átonas e sílabas Memória em jogo
tônicas.
● Você sabe cantar os versos desta cantiga popular? Tente memorizar os versos a
Coleção de palavras seguir e, depois, registrá-los no caderno.
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá- Caranguejo não é peixe
rio, componente essencial para a al- Caranguejo peixe é
fabetização. (Referência: PNA) Caranguejo só é peixe
Na vazante da maré.

Camila de Godoy/Arquivo da editora


Domínio público.

Coleção de palavras
A lista a seguir traz algumas palavras que apareceram ao longo desta unidade. Leia
cada uma delas e seu significado e conheça alguns dos sentidos que elas podem ter em
outros contextos.

Cadeia

Getwell_Uv/Shutterstock
NEOS1AM/Shutterstock

1. Conjunto de argolas entrelaçadas, 2. Local onde condenados


geralmente de metal, usado para cumprem pena; casa de
prender, amarrar, etc.; corrente. detenção; prisão.

Cadeia alimentar
brgfx/Shutterstock

Rato
3. Cadeia alimentar: sequência de
organismos vegetais ou animais em
Milho
Cobra que cada um se alimenta do que está
antes nessa sequência.

Coruja

272

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

332
O que estudamos
O quadro-síntese tem o objetivo
de apresentar os conceitos aborda-
Presa dos nesta unidade para que os estu-
dantes se apropriem da organização
dos conteúdos, atribuindo nomes a
PCH.Vector/Shutterstock

StockSmartStart/Shutterstock
eles. Ler o quadro-síntese para os es-
tudantes, orientando-os sobre as co-
lunas que o compõem.
A coluna Avancei indica o que os
2. Dente maior que os demais; pode estudantes já sabem depois de terem
1. Animal que serve de alimento a outro. ser encontrado em alguns animais, estudado o conteúdo da unidade. A
Por exemplo: “Animais como os antílopes como o javali, o elefante, a morsa e coluna Preciso estudar mais indica
são presas fáceis para os leões”. até algumas serpentes. o que é preciso retomar e estudar um
pouco mais. Motivá-los a fazer co-
● Você já conhecia algum desses significados? Copie essas palavras no caderno
mentários sobre o próprio desempe-
para compor sua coleção de palavras. Você pode ampliar a lista buscando outras nho e ajudá-los a reconhecer a
no dicionário. necessidade de revisão.
Considerando que a unidade 11 já
praticamente finaliza as unidades do
O que estudamos ano, é importante uma conversa mais
direta com os estudantes para obser-
var as necessidades individuais e me-
lhorar o desempenho deles. É também
Autoavaliação fundamental que essa reflexão sobre
avanços e dificuldades seja sempre um
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade. ponto de referência para o professor
Respostas pessoais.
planejar as aulas, com a finalidade de
Preciso reduzir ou eliminar as dificuldades.
Unidade 11 Avancei
estudar mais
• Leitura e interpretação de texto informativo
• Identificação de recursos para apresentar texto
informativo: infográfico, gráfico, ilustrações
• Realização de pesquisa sobre plantas carnívoras
• Produção de texto informativo
• Reconhecimento do processo de formação de
palavras
• Reconhecimento da tonicidade das palavras
• Identificação de algumas regras de acentuação
de palavras
• Participação em atividades orais

273

333
Conclusão da unidade 11

Todas as unidades possibilitam acompanhar o desenvolvi- próprio desempenho, estimulando a reflexão individual sobre o
mento dos estudantes e/ou da turma por meio de atividades processo de aprendizagem e a participação ativa nesse processo.
que podem ser usadas para a avaliação processual/formativa, A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de
como as propostas em Linguagem e construção do texto, aprendizagens que, em conjunto com o registro de resultados
Produção textual e Língua: usos e reflexão. Tal avaliação de avaliação processual/formativa, possibilita o acompanha-
permite identificar os estudantes com defasagens e/ou dificul- mento sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar
dades, o que favorece a elaboração de um plano para rever adequado, use-o para o registro de observações e resultados
conteúdos e habilidades que necessitem de consolidação ou de sua avaliação. Ele permite identificar os objetivos não atin-
retomada. gidos e replanejar atividades. Todos as anotações relativas ao
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra no desempenho dos estudantes são instrumentos importantes
final da unidade, para conversar com os estudantes a respeito do para o acompanhamento do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar texto informativo. Compreensão de texto


Identificar recursos para apresentar texto informativo: infográfico,
Compreensão de texto
gráfico, ilustrações.
Realizar pesquisa sobre plantas carnívoras. Produção de texto

Produzir texto informativo. Produção de texto

Reconhecer o processo de formação de palavras. Língua: usos e reflexão

Reconhecer a tonicidade das palavras. Palavras em jogo

Identificar algumas regras de acentuação de palavras. Palavras em jogo

Prática de oralidade

Observação cotidiana da expressão


Ampliar repertório de leitura.
oral do estudante

Atividades de leituras extras

Observação cotidiana da expressão


oral e escrita do estudante
Ampliar vocabulário expressivo e receptivo.
Vocabulário em foco e
Coleção de palavras

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de defa- e apresentação de textos informativos em pequenos grupos;
sagens, atividades para remediação e/ou atendimento de difi- leituras orais expressivas. Para dificuldades nos estudos sobre a
culdades podem ser propostas. Em leitura e produção: leitura língua: atividades e jogos de identificação de palavras primitivas
partilhada, com estímulo à participação dos estudantes para a e derivadas e da sílaba tônica de palavras. Para apropriação de
localização de informações em textos lidos/ouvidos; leitura de convenções ortográficas: elaboração e leitura de listagem
textos informativos selecionados pelo estudante ou pelo profes- de palavras com os conteúdos estudados e realização de jogos
sor; estímulo à leitura de textos informativos em casa; produção ortográficos.

334
Introdução da unidade 12

OBJETIVOS DA UNIDADE
• Ler e interpretar texto instrucional.
• Identificar partes do texto instrucional.
• Conhecer novas palavras e seus significados.
• Produzir receita em dupla.
• Estudar verbos no imperativo.
• Observar a pronúncia de O e E em final de palavras.
• Participar de atividades orais.

Conhecimentos prévios para conceitos trabalhados na unidade


Esta unidade tem como um dos focos a leitura e a análise das pontuação. Espera-se também que eles expressem suas ideias com
características de textos instrucionais (de receita e de brincadeira). clareza e com um vocabulário adequado à situação de comunicação.
Na mobilização dos conhecimentos prévios, pode ser feita uma A proposta de produção de texto é que eles escrevam, em
roda de conversa em que os estudantes sejam estimulados a falar duplas, uma receita culinária. Para isso, precisam reconhecer as
sobre suas experiências em situações em que precisam aprender etapas necessárias para a elaboração de receitas.
uma brincadeira nova ou a fazer comidas de que gostam. Duran- Para que possam acompanhar as atividades sobre a língua, é
te a leitura de textos, espera-se que os estudantes consigam loca- desejável que os estudantes sejam capazes de identificar os verbos
lizar as principais informações para desenvolver uma leitura mais em textos e orações e que saibam diferenciar, entre eles, os que
autônoma, inclusive deduzindo o significado de palavras desco- indicam conselho, ordem, pedido ou orientação. Nesta unidade,
nhecidas com base no contexto. também será feito o estudo do emprego das letras O e E em síla-
Para as atividades de leitura e de expressão oral, é necessário que ba átona no fim da palavra, sendo necessário que os estudantes
os estudantes leiam textos em voz alta com boa entonação, com reconheçam essas vogais com facilidade e que diferenciem sílabas
ritmo e expressividade com atribuição de sentidos aos sinais de com som forte (tônicas) de sílabas com som fraco (átonas).

Relação entre atividades/conteúdos com os objetivos pedagógicos


As atividades voltadas à compreensão do texto instrucional dos sobre a língua, está vinculado a textos e, considerando a
visam a que os estudantes localizem informações no texto e progressão em espiral, retoma conceitos já estudados. Nesta
que reconheçam as especificidades desse gênero textual. unidade, é ampliado o estudo do modo imperativo dos verbos,
Assim, as perguntas versam sobre a intenção/finalidade do relacionando-o ao gênero textual estudado. A ampliação
texto, seu público-alvo e suas características de construção. do desenvolvimento da consciência fonológica e do domínio
A participação dos estudantes em rodas de conversa e em de convenções ortográficas na escrita é feita através do estudo
atividades de leitura oral desenvolvem a expressividade e apri- da pronúncia de O e E em final de palavras.
moram a fluência de leitura. Por fim, a proposta de escrita de receita culinária a partir de
O desenvolvimento das práticas de análise linguística/se- duas etapas já escritas estimula o levantamento de hipóteses,
miótica (alfabetização e ortografização), constituída dos estu- além de colaborar para o aprimoramento da ortografia.

335
PNA
Componentes essenciais para
a alfabetização abordados Unidade
na unidade



consciência fonêmica;
instrução fônica sistemática;
desenvolvimento de vocabulário;
12 Texto instrucional
• fluência em leitura oral;
• compreensão de textos;
• produção de escrita.

Competências da BNCC
Principais competências
abordadas na unidade
Competência geral: 5
Competência específica
de Linguagens: 3
Competências específicas
de Língua Portuguesa: 3, 5 e 10

Habilidades da BNCC
Principais habilidades
abordadas na unidade
EF03LP01 EF15LP04 EF15LP14
EF03LP08 EF15LP05 EF15LP18
EF03LP11 EF15LP06 EF35LP01
EF03LP14 EF15LP07 EF35LP02 Nesta unidade você vai...
EF03LP15 EF15LP09 EF35LP04 ● ler e interpretar texto instrucional;

EF03LP16 EF15LP10 EF35LP05 ● identificar partes do texto instrucional;

EF15LP01 EF15LP11 EF35LP10 ● conhecer novas palavras e seus significados;

EF15LP02 EF15LP12 EF35LP11 ● produzir receita em dupla;

EF15LP03 EF15LP13 EF35LP19 ● estudar verbos no imperativo;


● observar a pronúncia de O e E em final de palavras;
● participar de atividades orais.

274

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Práticas de
Leitura (compartilhada e autônoma) Oralidade
linguagem
• Gênero: texto instrucional (campo da vida
cotidiana)
• Apresentação
áudio
de produção em

Conteúdos
• Leitura e interpretação de texto instrucional • Interações orais em atividades em
• Forma de organização dos textos instrucionais grupos ou coletivas
• Ampliação de vocabulário
• Fluência: leitura oral expressiva

336
Orientações didáticas
Mediar uma conversa sobre as
ações praticadas pelos personagens
na imagem, chamando a atenção pa-
ra o fato de a atividade de cozinhar
necessitar de uma ação coordenada
entre todos os presentes na cena.
Destacar que os meninos também
estão envolvidos na atividade. Essa
Laís Bicudo/Arquivo da editora
observação pode facilitar a quebra do
paradigma de que “cozinha é lugar de
mulher” e auxiliar na resposta àqueles
que gostam de cozinhar.
Essa conversa facilita a formulação
de pressuposições antecipadoras dos
sentidos, da forma e da função social
do texto que será lido na unidade.
(Referência: BNCC – EF15LP02)

● O que está acontecendo nesta cena?


As crianças estão fazendo biscoitos.
● Você gosta de ajudar os adultos da sua casa a cozinhar?
Resposta pessoal.
● As pessoas que moram com você costumam usar
receitas para preparar refeições? Resposta pessoal.

275

Práticas de Produção de textos (escrita Análise linguística/


linguagem compartilhada ou autônoma) semiótica e Ortografização
• Planejamento e produção de texto • Uso de verbos no modo imperativo
instrucional • Letras O e E em sílaba átona no final de
Conteúdos • Atividades
edição
de revisão, reescrita e palavra

• Apresentação
produzidos
oral de textos

337
Para iniciar
Esta atividade tem o objetivo de
mobilizar os conhecimentos prévios
dos estudantes, levando-os a fazer Para iniciar
predições e elaborar hipóteses acerca
do texto que vão ler e sobre a escolha Caiu massa na receita das bolachinhas e algumas palavras foram escondidas. E agora?
das palavras que podem preencher
Para saber como prepará-las, é preciso ter a receita completa.
o espaço dos ingredientes. (Referên-
cia: BNCC – EF15LP02) ● Escreva nos espaços o ingrediente adequado para completar o modo de fazer. Dica:
Se achar que há dificuldade para a Leia a lista de ingredientes para descobrir algumas palavras que estão faltando.
realização da atividade de modo au-
tônomo, ler conjuntamente e ajudar
os estudantes a observar que há pis-
Bolachinhas
tas das palavras. O apoio para a esco-
lha delas está em vocábulos que
Ingredientes
podem direcionar as inferências: que-
bre (para ovos), peneire (para fari-
nha), morno (para leite). As palavras •2 • 2 xícaras de
bolachinhas e forno são inferidas
pelo contexto geral. Os estudantes
podem confundir o espaço para a • 1 xícara de • 1 xícara de
escrita de açúcar com o de farinha.
Para ajudá-los, destacar os artigos: o
para açúcar e a para farinha. • 2 colheres de
Nesta unidade serão estudados os
textos que fazem parte do campo da
vida cotidiana e com os quais os es- Modo de fazer
tudantes convivem em várias situa-
ções do dia a dia, na oralidade, nos 1. Quebre os ovos e bata bem.
jogos, nas brincadeiras e em situa-
ções que orientam a execução de 2. Junte as colheres de manteiga
uma tarefa.
A seção Para iniciar, presente em eo açúcar , mexendo.
todas as unidades, prioriza em vários
momentos a leitura de textos injunti- 3. Peneire a farinha e misture.
vos que motivam os estudantes a
Junte o leite morno.
Ilustraçõ
es: Vane
fazer brinquedos e brincadeiras. (Re- ssa Alexandre
/Arquivo
da edito
ra

ferência: BNCC – EF15LP01)


Nesta unidade serão trabalhadas 4. Misture tudo muito bem.
habilidades específicas, como leitura
e compreensão de textos instrucio- 5. Abra a massa e corte as bolachinhas no formato que quiser.
nais; leitura com fluência e autonomia;
planejamento e produção de textos 6. Leve ao forno para assar em assadeira untada.
instrucionais; identificação e reprodu-
ção da formatação de textos instrucio- Texto elaborado pelas autoras.

nais; planejamento e produção de


receitas em áudio e vídeo. (Referências:
BNCC – EF03LP11, EF03LP14, EF03LP15, 276
EF03LP16 e EF35LP01)
Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

338
O texto que antecede a leitura tem
o objetivo de antecipar hipóteses so-
bre a leitura a ser feita e, ao mesmo
tempo, oferecer algumas pistas que
Como se faz para ligar o aparelho? Como montar o móvel novo? Como se faz podem facilitar sua compreensão.
para construir esse brinquedo? Como preparar essa sobremesa? A questão do final instiga a curiosida-
O texto a seguir ensina a fazer um sacolé para reunir a turma em uma tarde
de, uma estratégia para motivar os
estudantes.
quente. Mas o que é um sacolé? Você sabe?
Leitura 1: texto
instrucional (receita)
Leitura 1: texto instrucional (receita) Gênero: texto instrucional – cam-
po da vida cotidiana. Texto que apre-
● Leia silenciosamente o texto a seguir. senta orientações sobre como fazer
algo. Emprega frases curtas, verbos
Sacolé de maracujá no imperativo ou no infinitivo e se-
quência dos passos a serem seguidos.
Ingredientes A formatação própria desses textos
inclui lista de ingredientes ou de ma-
• 2 maracujás terial e instruções de execução ou
funil: cone com tubo
usado para passar líquidos modo de fazer. Fazem parte desse
• 2 colheres de água por aberturas estreitas.
campo receitas, regras de jogo, ma-
nuais de instrução, bulas de remédio,
• 1 lata de leite condensado
folhetos informativos, elaboração de
brinquedos, brincadeiras, etc. A inten-
Modo de fazer
ção é orientar, explicar, indicar uso,
1 2 executar e construir.
Sugere-se que os estudantes façam
a primeira leitura silenciosamente,
uma vez que há apoio de imagens e
recursos visuais como suporte. Em um
segundo momento, fazer uma leitura
compartilhada para contemplar a
Abra os maracujás, coloque a polpa Passe o suco por uma peneira, compreensão daqueles que ainda não
com a água no liquidificador e bata junte o leite condensado e bata apresentam autonomia de leitura ou
rapidamente. no liquidificador. domínio do sistema alfabético, que
lhes permita ler por decodificação ou
Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

3 4 por reconhecimento automático das


palavras. (Referência: PNA)

Com a ajuda de um funil, encha o


saquinho com o suco. Leve ao congelador por quatro horas.
Texto elaborado pelas autoras.

277

Atividade preparatória
Em complemento à sondagem feita na abertura da unidade, sugere-se perguntar aos estu-
dantes se as receitas com que já tiveram contato costumam ser acompanhadas de imagens.
Em caso positivo, questionar os tipos de imagem que já viram (ilustração ou fotografia), se eles
acham que elas ajudam a compreender e preparar a receita e por quê.

339
Compreensão do
texto
O objetivo desta seção é promover
a compreensão de textos, compo- Compreensão do texto
nente essencial para a alfabetização.
(Referência: PNA) Atividade oral e escrita
Atividade 2
O objetivo da atividade é localizar 1. A receita que você leu na Leitura 1 leva três ingredientes. Quais são eles?
as informações explícitas no texto.
(Referência: BNCC – EF15LP03) Maracujá, água e leite condensado.

Atividade 3
O objetivo da atividade é que os
estudantes façam inferências sobre 2. Para fazer essa receita, além dos ingredientes, você precisa de cinco coisas
informações implícitas no texto: a uti- importantes. Quais são?
lização de utensílios indicados apenas
no modo de fazer. (Referência: BNCC Liquidificador, peneira, funil, saquinhos e congelador.
– EF35LP04)
Atividades 4 e 5
O objetivo das atividades 4 e 5 é
3. A palavra sacolŽ, que faz parte do título da receita, é a junção de duas palavras.
que os estudantes observem a forma-
tação própria do gênero com o uso Assinale a alternativa que indica as palavras que se juntaram.
de verbos em modo específico, pró-
prio da indicação de passos a seguir. A) Sacola com olé.
(Referência: BNCC – EF03LP16)
Os verbos no modo imperativo já B) Sal com picolé.
foram apresentados aos estudantes
na unidade 9. Dessa forma, se achar
necessário, retomar a apresentação. C) X Saco com picolé.
Do mesmo modo, poderá ser usada
a denominação verbos em vez de D) Saco com chulé.
ações, pois, nesta fase do 3o ano, os
estudantes já tiveram várias oportu- 4. Escolha a palavra que completa a frase adequadamente.
nidades de identificar e diferenciar
substantivos, adjetivos e verbos e
suas funções nas orações. (Referência: cozinhar assar ferver congelar
BNCC – EF03LP08)
Essa receita precisa de uma etapa importante, que é: congelar .

5. Escreva duas ações indicadas para fazer a receita.

Possibilidades: Abra, coloque, bata, passe, junte, encha e leve.

6. Vejam como a receita de sacolé é apresentada na internet em um vídeo de programa


de culinária infantil.

278

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

340
Atividade 6
É importante que os estudantes
tenham a oportunidade de assistir ao
No vídeo, são apresentados os ingredientes e os utensílios necessários, e a voz vídeo “Receita: Oba, Sacolé!”, da série
Tem criança na cozinha, produzida
gravada vai explicando como fazer. Observe as imagens, retiradas do vídeo, e
pelo canal infantil Mundo Gloob (dis-
converse com os colegas sobre as questões a seguir. ponível em: https://tedit.net/oAu3Zo;
Título acesso em: 8 jun. 2021). No livro, foram
Mundo Gloob/Conteúdo Globo
inseridas algumas capturas de tela
para que eles tenham ideia de como
foram apresentados os ingredientes
e o modo de fazer, mas assistir ao ví-
Receita: Obá, Sacolé! Mundo deo será enriquecedor para que se-
Gloob, 17 set. 2015. Disponível jam motivados a produzir vídeos.
em: https://tedit.net/oAu3Zo.
Acesso em: 8 jun. 2021.
Sugere-se a leitura compartilhada,
dirigindo o olhar dos estudantes para
a) O que chamou a sua atenção na tela do título? os recursos gráficos empregados nos
Resposta pessoal. textos multissemióticos e a relação
Ingredientes
desses recursos com o texto. (Refe-

Mundo Gloob/Conteúdo Globo


rências: BNCC – EF15LP04, EF15LP18 e
EF03LP15)
Atividade 6, item a
Deixar que os estudantes opinem
livremente. Provavelmente, o que po-
de chamar a atenção deles é o título
em destaque, a foto dos sacolés dis-
postos em prato colorido e o recurso
gráfico empregado como fundo de
b) O que você achou da apresentação dos ingredientes na tela? Compare com a
tela, em quadrados coloridos, com
apresentação dos ingredientes da receita lida anteriormente. Respostas pessoais. cores fortes.
c) Escreva a etapa da receita a que as duas próximas telas se referem. Atividade 6, item b
No vídeo, ouve-se a voz de uma
Modo de fazer
menina que vai listando o material
Fotos: Mundo Gloob/Conteúdo Globo

necessário. Motivar os estudantes a


comparar esse formato com o do tex-
to da receita lida anteriormente. Em-
bora os ingredientes sejam os
mesmos, os recursos provavelmente
serão considerados mais atraentes,
em virtude das cores fortes, da dispo-
Sugestão: “Abra os maracujás, Sugestão: “Com a ajuda de um funil, sição e do formato da apresentação.
coloque a polpa com a água no
liquidificador e bata rapidamente.” encha o saquinho com o suco.” Atividade 6, item c
Para analisar as telas relacionadas
Se puderem, assistam ao vídeo conjuntamente. Ele está disponível em: https:// ao modo de fazer, sugere-se que os
tedit.net/oAu3Zo (acesso em: 8 jun. 2021). estudantes registrem conjuntamente
a que etapa cada imagem se refere,
279 relacionando os dois formatos de re-
ceitas em situações comunicativas
diferentes.

341
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
rio, componente essencial para a al- Vocabulário em foco
fabetização. (Referência: PNA)
É importante pronunciar as pala- ● Releia esta instrução da receita de sacolé.
vras em voz alta para os estudantes,
evidenciando a diferença de escrita [...] coloque a polpa com a água no liquidificador [...]
que acarreta mudança no significado
delas. O objetivo da atividade é am-
pliar o vocabulário de uso dos estu- Polpa é a parte macia e carnuda de algumas frutas, que fica junto das sementes.
dantes. Pedir que falem sobre outras

Vanessa Volk/Shutterstock
Anna Kucherova/Shutterstock
Photoongraphy/Shutterstock
frutas regionais que também tenham
polpa. Como atividade para casa, eles
podem pesquisar imagens de frutas
a fim de montar um mural de figuras
de frutas com polpa e registrar a es-
crita da palavra diversas vezes memo- polpa do maracujá polpa da goiaba polpa do cupuaçu
rizando sua grafia. Lembrar que a
ampliação do vocabulário é a base Não confunda polpa com poupa.
para compreender melhor os textos. Poupa é uma forma do verbo poupar, que quer dizer “guardar, economizar, fazer
(Referência: PNA) poupança”.
Ao apresentar as palavras polpa e
Escreva uma frase usando a palavra poupa.
poupa, comparativamente, também
é exercitada a habilidade de inferir o Resposta pessoal.
sentido de palavras com base no con-
texto das frases. (Referência: BNCC –
EF35LP05) O texto a seguir ensina a fazer uma brincadeira divertida com os amigos. Como
será que se faz essa brincadeira?
Leitura 2: texto
instrucional
(brincadeira) Leitura 2: texto instrucional (brincadeira)
Sugere-se, a princípio, uma leitura ● Leia silenciosamente o texto a seguir. Se precisar, peça ajuda à professora.
individual e silenciosa, para que os
estudantes tenham o primeiro conta- Brincadeira: personagem esquisito
to com o texto. Depois, conforme
Material necessário
sugestões registradas mais adiante, esquisito: estranho.
1 folha de papel de tamanho grande
eles formarão grupos e espera-se

itora
que, nessa etapa, leiam conjuntamen- 1 caneta de ponta grossa ou pincel atômico

da ed
te, de modo que a leitura conjunta Lápis de cor ou giz de cera colorido

Ar quivo
possa ajudar aqueles que não conse-

efano/
Instruções

De St
guiram concluí-la ou que tiveram • Junte-se a três colegas, formando um grupo. Cada um

Alberto
dificuldade para fazer isso de modo
escolhe um número de 1 a 4.
autônomo. Estimular que o texto se-
• Dobrem a folha de papel em quatro partes iguais, na
ja lido e que os estudantes conversem
sobre o que estão entendendo a res- horizontal, e numerem cada parte: 1, 2, 3 e 4.
peito do que será feito.
280

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

342
Ler as palavras do glossário e seu
significado, motivando os estudantes
a empregá-las oralmente em frases, a
Colega 1 fim de demonstrar compreensão dos
• Desenhe na parte 1 a cabeça e o pescoço de um persona- sentidos, lembrando que se pode
proceda: faça, realize.
gem (pessoa ou animal). “desenvolver o vocabulário indireta-
desdobrem: abram o que
• Dobre a parte em que está o desenho, de modo que os está dobrado.
mente, por meio de práticas de lin-
colegas não vejam o que foi feito. Passe para o colega 2. guagem oral ou de leitura em voz
alta, feita por um mediador ou pela
Colega 2
própria criança” (PNA, p. 34).
• Desenhe o tronco e os braços.
Esta atividade tem o objetivo não
• Dobre, sem mostrar seu desenho, e passe para o próxi-
apenas de favorecer um momento
mo colega.
lúdico, mas também de atender a
Colega 3 um aspecto próprio dos estudantes
• Desenhe a cintura e as pernas, dobre e proceda do dessa faixa etária: a fantasia. Os dife-
mesmo modo, passando para o próximo colega. rentes personagens formados não
precisam guardar relação com reali-
Colega 4
dades ou personagens conhecidos.
• Desenhe pés, patas ou sapatos. Avise quando
Estimular os estudantes a atribuir

itora
terminar.

da ed
nomes também fantasiosos aos per-

quivo
Juntos sonagens criados; essa é uma forma

Ar
efano/
• Desdobrem o papel quando a última parte de exercitar ainda mais a imaginação

De St
Alberto
estiver pronta. e a criatividade.
• Vejam o personagem que vocês criaram
e escolham um nome para ele. Compreensão do
• Pintem o desenho, deixando-o bem
texto
colorido.
• Aguardem para expor o trabalho no Atividades 2 a 4
Mural dos Personagens Esquisitos para que todos Estas atividades exercitam a habili-
conheçam as criações da turma. dade de localizar informações explícitas
Texto elaborado pelas autoras. no texto. (Referência: BNCC – EF15LP03)

Compreensão do texto
1. O que o texto ensina a fazer?

Ensina uma brincadeira: como fazer, em grupo, o desenho de um personagem

esquisito.

2. Quantas pessoas são necessárias para fazer essa atividade?

Quatro pessoas.

281

343
Atividade 5
A atividade mobiliza a habilidade
de inferir informações implícitas nos
textos. (Referência: BNCC – EF35LP04) 3. Assinale a alternativa mais adequada. A atividade:
Atividade 7
Esta atividade constitui um mo- A) pode ser feita por muitos participantes no grupo.
mento importante para que os estu-
dantes identifiquem a estrutura B) pode ser feita por apenas um participante.
própria dos textos instrucionais, con-
siderando-se a situação comunicativa C) X precisa de um número certo de participantes no grupo.
e o assunto. (Referência: BNCC –
EF03LP11) 4. Copie as alternativas que, em sua opinião, melhor completam as frases.
Respostas pessoais.
a) O material necessário é: .

fácil de encontrar complicado difícil de encontrar simples

b) As instruções são: .

fáceis complicadas difíceis simples

5. É possível “pular” alguma etapa e chegar ao resultado esperado? Por quê?

Espera-se que os estudantes respondam que não é possível pular etapas e percebam

que cada etapa depende da anterior para que o desenho fique completo.

6. Copie do texto três ações necessárias para construir o personagem esquisito.

As possibilidades estão sublinhadas no texto.

7. Comparem os textos lidos e completem o quadro a seguir marcando um X nas


características de cada texto.
Sacolé de maracujá Brincadeira: personagem esquisito
Lista de material X
Lista de ingredientes X
Instruções em etapas X X
Modo de fazer X
Frases curtas X X
Indicação de passo a passo X X
Uso de palavras que
indicam ações
X X

Intenção de instruir como se faz X X

282

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

344
Vocabulário em foco
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
Vocabulário em foco rio, componente essencial para a al-
fabetização. (Referência: PNA)
● Releia esta instrução:
Leitura oral em foco
Dobrem a folha de papel em quatro partes O objetivo desta seção é promover

satit sewtiw/Shutterstock
iguais, na horizontal [...]. a fluência em leitura oral, compo-
nente essencial para a alfabetização.
A palavra horizontal vem de horizonte. (Referência: PNA)
Horizonte: linha em que a Terra ou o mar parece Nesta etapa será possível aferir a
compreensão que os estudantes ti-
se juntar com o céu.
veram ao realizar as etapas conforme
Horizontal: nome da linha que está deitada, as instruções propostas. A leitura de
estendida como a linha do horizonte. Mar calmo com céu azul ao fundo. um texto exige capacidade de inte-
O contrário de horizontal é vertical. Veja: gração das informações.

Não se trata de justapor


informações ou ideias sucessi-
VERTICAL
vas, de deixar pelo meio pas-
sagens mal compreendidas,
HORIZONTAL mas de atingir uma interpre-
tação coerente do conjunto.
• Faça um traço na folha de papel desenhada a seguir indicando onde seria feita a
MORAIS, José de. Criar leitores. Barue-
dobra para dividir a folha ao meio na vertical. ri: Minha Editora, 2013. p. 117.

É importante que os estudantes


avaliem a execução da atividade: fa-
cilidades, dificuldades, clareza do
texto e das instruções.

Leitura oral em foco


● Agora será feita a leitura em grupo do texto “Brincadeira: personagem esquisito”.
Aguarde as instruções da professora para a formação dos grupos e a leitura conjunta.
Depois da leitura, é hora de seguir as instruções e fazer o “personagem esquisito”.
Quando o desenho estiver pronto, conversem:
a) Qual foi o passo mais importante?
b) Vocês pularam alguma etapa?
c) Seria possível fazer o desenho em grupo sem ler o texto?

283

345
Hora de organizar o
que estudamos
Ao ler e preencher as lacunas do
esquema, o estudante organiza todo Hora de organizar o que estudamos
o conhecimento construído sobre o
gênero textual visto; é uma possibili- ● Leiam conjuntamente o esquema e completem o quadro da intenção/finalidade
dade de consolidá-lo.
com mais uma palavra.
A atividade cognitiva de recuperar
as ideias principais em situação de
Texto instrucional
escuta faz parte do campo das práti-
cas de estudo e pesquisa. (Referência:
BNCC – EF35LP19)
Texto que apresenta orientações, explicações, regras

Sugestões
Em momento oportuno, acompa- Intenção/finalidade Organização do texto Leitor
nhar os estudantes em uma visita à • Explicar como se faz algo • Lista de ingredientes ou de • Pessoa que quer saber como
biblioteca ou ao cantinho de leitura material fazer algo
para que possam selecionar livros de • Possibilidades: Orientar,
• Instruções ou modo de fazer
cartas para leitura individual. Pedir • Indicação de passos a seguir
ensinar.
que justifiquem a escolha dos livros
e, após a leitura, compartilhem a opi-
nião deles com os colegas. (Referên- SUGESTÕES
cia: BNCC – EF35LP02)
Se achar adequado, indicar aos
estudantes estes vídeos de progra-
• Você gostou dos textos que leu? Procure, na biblioteca da escola ou no cantinho de leitura,
livros interessantes que ensinam a fazer brincadeiras e jogos ou a elaborar receitas. Aqui vão
mas culinários infantis:
algumas sugestões.
• série Na cozinha com Dorô, do

s
a Melhoramento
Quintal da Cultura. Disponível em:
https://tedit.net/rqSOmw. Acesso

ditor
Kakopi, Kakopi: brincando e jogando com as crianças
em: 8 jun. 2021.

Reprodução/E
de vinte países africanos, de Rogério Andrade Barbosa,
• Segredinho da Iaiá, episódio publicado pela editora Melhoramentos.
“Chocolate de abacate”, da TV Rá
Tim Bum. Disponível em: https://
tedit.net/jYPnoF. Acesso em: 8 jun.

Reprodução/Carochinha Editora
2021.
Esses vídeos também podem ser Vamos brincar? Brincadeiras indígenas brasileiras, de
usados para a atividade da seção Marco Hailer, publicado pela Carochinha Editora.
Prática de oralidade, na página se-
guinte.

Globinho
o/Editora
Julieta no mundo da culin‡ria, de Ziraldo, publicado

Reproduçã
pela editora Globinho.

284

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

346
apresentador pode ajudá-los a refletir
sobre esse contexto de comunicação,
além de levá-los a observar as “carac-
terísticas linguístico-expressivas e
Prática de oralidade composicionais”, para que atribuam
significados a “aspectos não linguísti-
Conversa em jogo cos (paralinguísticos) observados na
Cuidados na cozinha fala, como direção do olhar, riso, ges-
tos, movimentos da cabeça [...] expres-
Além dos ingredientes e dos utensílios necessários para fazer uma receita, não pode- são corporal, tom de voz” (BNCC, p. 95
mos nos esquecer dos cuidados. – EF15LP12).
As imagens não estão A atividade favorece também o
● Observem as fotos a seguir. representadas em proporção.
contato dos estudantes com formas
diferentes de expressão que contri-
Hamik/Shutterstock

Mama Belle and the kids/Shutterstock

Pixel-Shot/Shutterstock
buem para a identificação de varie-
dades linguísticas, em especial as
regionais. (Referências: BNCC –
EF35LP10 e EF35LP11)
Depois de assistir ao vídeo, estimu-
lar os estudantes a se expressarem
com espontaneidade ao apresentar
suas opiniões. Este é um bom momen-
to para ratificar combinados próprios
Conversem: desse tipo de atividade: esperar a vez
de falar, não interromper quem estiver
a) Que perigos estão representados nas fotos? falando, respeitar opiniões diferentes
Objeto cortante (faca); queimaduras e incêndios (fogão e forno). das suas, falar sem gritar ou se exaspe-
b) Que cuidados devemos tomar quando vamos usar a cozinha para fazer uma rar e evitar conversas paralelas en-
receita? Sugestões: Evitar objetos que cortam; afastar-se do forno quente; tomar quanto alguém estiver falando.
cuidado para não deixar nada cair; afastar-se das panelas que estão no fogo
Será proposta uma gravação na
Receita em vídeo e, principalmente, pedir ajuda a um adulto quando tiver de usar
o fogão, o forno ou outros eletrodomésticos, como torradeira e seção Produção de texto. Assim,
liquidificador. este momento é uma preparação,
● Com a ajuda da professora, pesquisem na internet vídeos de programas de culi-
pois os estudantes podem ser esti-
nária infantil e selecionem um vídeo para ver juntos. Depois, conversem: mulados a prestar atenção no ritmo,
Respostas pessoais.
a) Quem apresentou o vídeo? na entonação e no tom da fala utili-
zados nos vídeos para que, no mo-
b) Como era o espaço onde o vídeo foi gravado? mento da gravação proposta, possam
pôr em prática o que observaram.
c) Como era a linguagem empregada pelo apresentador: clara e fácil de entender
ou complicada?

d) Como eram os gestos e a postura do apresentador durante a fala? Tema contemporâneo


e) Que explicações foram dadas? Motivar os estudantes a falar sobre os
cuidados a serem tomados ao usar equi-
f) Quanto tempo o vídeo durou? pamentos da cozinha. Esse é um bom
momento para tratar dos temas contem-
Na opinião de vocês, os ingredientes e o modo de fazer a receita ficaram claros? porâneos Saúde e Vida familiar e so-
Respostas pessoais. cial. A questão dos acidentes domésticos
285 afeta a saúde e a vida familiar, por isso é
importante abordar esses temas, ajudan-
do a evitar acidentes que podem ter
consequências graves. Conversar com
Prática de oralidade turnos de fala. (Referências: BNCC – EF15LP09, os estudantes sobre cuidados básicos
EF15LP10, EF15LP11, EF15LP13). que podem prevenir acidentes na cozi-
Conversa em jogo
nha, como não mexer em cabos de pa-
Cuidados na cozinha Receita em vídeo nelas que estão no fogo, não usar
Essa atividade colabora para o desenvolvi- Esta atividade contribui para que os estudan- fósforos nem objetos de vidro e evitar
mento das habilidades de expressar-se em si- tes reflitam sobre produções orais; desenvolve embalagem de álcool na cozinha.
tuações de intercâmbio oral com clareza; habilidades de escuta, além de favorecer a ob-
escutar, com atenção, falas de professores e servação do gênero oral (texto instrucional) em
colegas; e reconhecer características da conver- uma situação comunicativa veiculada em mídia
sação espontânea presencial, respeitando os eletrônica. A observação da apresentação/do

347
Outras linguagens
Um dos objetivos da atividade
proposta é que os estudantes reali-
zem a leitura de texto em linguagem Outras linguagens
não verbal, apoiando-se nos recur-
sos gráfico-visuais. (Referência: BNCC Você leu três textos com instruções em que o passo a passo era descrito de maneira
– EF15LP04) detalhada.
Sugere-se que os desenhos sejam
● Agora, leia um texto que ensina a desenhar alguns animais. As instruções do
expostos no mural para que todos
possam observar os resultados. passo a passo são dadas apenas por meio de imagens.
Raposa

Ed Emberley/Editora Panda Books


Cavalo

Ed Emberley/Editora Panda Books


Urso

Ed Emberley/Editora Panda Books


Ed Emberley. Desenhando faces. São Paulo: Panda Books, 2007. p. 21.

Escolha um dos animais para desenhar em uma folha de papel e siga as etapas.
E aí? Você achou fácil seguir as instruções? Resposta pessoal.

286

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

348
Tecendo saberes
O trabalho com o gênero receita
pode ser uma oportunidade de os
estudantes pesquisarem o reaprovei-
Tecendo saberes tamento de cascas e sobras de ali-
mentos em receitas práticas e como
1. Leia este trecho de notícia.
transformar o que restar em adubos
naturais e orgânicos.
Casca, talo e sementes são ingredientes saudáveis
e gostosos; veja como usá-los
Tema contemporâneo
alicja n
e/S
hut
ter
sto
Partes desperdiçadas dos alimentos possuem mais nutrien- ck

tes importantes para o bom funcionamento do organismo que Essa é uma oportunidade para traba-
aquelas consideradas nobres, mais conhecidas e consumidas. lhar o tema contemporâneo Educação
Sopa de talo? Suco de casca de fruta? Farinha de se-
alimentar e nutricional. Sugere-se aces-
sar a Cartilha da Turma da Mônica sobre
mente? Pode parecer estranho, mas essas receitas existem
desperdício de alimentos, com dicas de
e são gostosas e saudáveis. Além disso, em épocas como armazenamento e consumo. A cartilha
a atual, em que os gastos com a alimentação estão altos, traz os personagens dos gibis tratando da
representam economia, pois evitam o desperdício, aprovei- importância do consumo consciente.
tando tudo de bom que o alimento tem a oferecer. Disponível em: https://tedit.net/EH4J7J.
O que geralmente vai para o lixo, como o talo, a semente e as cascas de frutas e Acesso em: 9 jun. 2021.
vegetais, pode – e deve – ser aproveitado. Afinal, eles são ricos em vitaminas e fibras,
podendo ter até 40 vezes mais nutrientes do que a própria fruta, verdura ou legume.
[...]
Chris Bueno. Casca, talo e sementes são ingredientes saudáveis e gostosos; veja como usá-los. UOL,
8 maio 2013. Disponível em: https://tedit.net/uhgELz. Acesso em: 9 jun. 2021.

2. Você já comeu alimentos com cascas, talos ou sementes? Que tal levar uma receita
para quem cozinha em sua casa?

Sopa de fubá com talos e folhas


Ingredientes
• 2 xícaras (chá) de talos bem lavados • 1 e 1/2 litro de água
• 2 batatas picadas • 1 xícara (chá) de fubá
• 1 cenoura picada • temperos e sal a gosto
Modo de preparo
Picar bem os talos ou batê-los no liquidificador com um pouco
de água. Numa panela, colocar os talos, os demais ingredientes e
levar ao fogo para cozinhar até que os legumes estejam macios. Pre-
parar com talos de acelga, couve, agrião, folhas de beterraba, cenoura,
Banco de imagens/
Arquivo da editora

nabo, rabanete, etc.


Receita: sirva no jantar sopas nutritivas de folhas, talos e cascas de legumes. Instituto
Akatu,, 10 fev. 2017. Disponível em: https://tedit.net/OKZeRr. Acesso em: 9 jun. 2021.

287

349
Língua: usos e
reflexão
Uso de verbos no modo
imperativo Língua: usos e reflexão
O conteúdo desta seção visa reto- Uso de verbos no modo imperativo
mar e consolidar a habilidade de
empregar em textos instrucionais Na unidade 9, você estudou o uso dos verbos no imperativo em textos de publicidade.
formas verbais no modo imperativo. Esses verbos serviam para fazer pedidos e convites.
(Referência: BNCC – EF03LP16) Observe os verbos destacados na imagem.
É um bom momento para verificar

Secretaria de Saúde/Prefeitura de Tatuí, SP.


se os estudantes se apropriaram do
emprego dos verbos no modo impe-
rativo, que já foi estudado na unidade 9.
O objetivo é reforçar o uso dessas for-
mas verbais que não indicam tempo
presente-passado-futuro, mas expres-
sam conselhos, instruções, ordens,
orientações para quem lê.

Campanha de vacinação contra a raiva 2019. Prefeitura de Tatuí.


Disponível em: https://tedit.net/HKyJVj. Acesso em: 9 jun. 2021.

1. Complete a frase a seguir.


Esses verbos no imperativo foram usados para indicar: Possibilidades: Ordem,

pedido; conselho, orientação.

2. Releia esta etapa da receita de sacolé e complete a frase.

Abra os maracujás, coloque a polpa com a água no liquidificador e


bata rapidamente.

Os verbos destacados indicam instruções e estão no modo imperativo .

3. Releia a instrução dada para fazer a brincadeira do personagem esquisito.

Dobre, sem mostrar seu desenho, e passe para o próximo colega.

288

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Atividade complementar
Leia os ditados populares abaixo. Faça; não faça; não deixe; não cante; não 5 Nunca dizer “nunca”.
(1) Faça o que eu digo, não faça o que eu faço. dê; não diga. 2 Manter as tarefas em dia.
(2) Não deixe para amanhã o que pode b) Por que esses ditados fazem uso de 4 Não tentar realizar algo sem ter condi-
fazer hoje. verbos no imperativo? ções para isso.
(3) Não cante vitória antes do tempo. Porque expressam a ideia de dar con- 1 Falar uma coisa e fazer outra.
(4) Não dê um passo maior do que a perna. selhos, orientações. 3 Não comemorar uma conquista antes
(5) Não diga dessa água não beberei. c) Coloque nas frases a seguir o número da hora.
a) Quais formas verbais acima indicam correspondente aos ditados populares
imperativo? que você leu, de acordo com o sentido.

350
Produção de texto
Texto instrucional: receita
a) Copie os verbos que estão no modo imperativo. Dobre, passe.
Na seção Prática de oralidade foi
sugerido que os estudantes assistis-
sem a um vídeo de programa de culi-
b) O que esses verbos expressam? Possibilidades: Ordem, instrução, orientação. nária infantil. As observações feitas
naquela seção serão retomadas neste
momento de produção textual.
Hora de organizar o que estudamos O objetivo desta produção é que
os estudantes, considerando a estru-
● Leiam e completem o esquema com as informações que faltam. tura própria dos textos instrucionais,
planejem e produzam um texto des-
Verbos no imperativo
se gênero, desenvolvendo, assim, a
produção de escrita, componente
Usados nas campanhas, na publicidade, nos textos instrucionais essencial para a alfabetização, e pla-
nejem e produzam receitas em áudio.
(Referências: PNA e BNCC – EF03LP14)
Indicam: A opção por produção de áudio
visa facilitar o trabalho, pois os estu-
conselho, ordem, pedido, orientação, etc. dantes desta etapa escolar podem
apresentar dificuldades para a execu-
ção de tarefas mais elaboradas.
Produção de texto
Planejamento
Texto instrucional: receita Conversar com os estudantes so-
bre a finalidade da produção: com-
Junte-se a um colega para fazer esta atividade.
pletar a receita, considerando que o
Vocês vão elaborar uma receita em que faltam etapas e ingredientes. Ficará por conta texto, destinado aos colegas, deve ter
de vocês imaginar os ingredientes, completar as etapas do preparo e produzir um áudio clareza nas etapas e na organização
para apresentar aos colegas. e que o resultado será publicado em
áudio. Poderá ser proposta uma pes-
Planejamento quisa anterior à produção, na qual os
estudantes perguntem aos familiares
Leiam as informações que já estão prontas na receita:
ou a outras pessoas de seu convívio
quais receitas poderiam ser feitas com
pão de forma. Se achar mais conve-
niente, oferecer aos estudantes duas
Ingredientes
opções para que se concentrem me-
• • • lhor (pizza salgada e pizza doce),
facilitando a escrita da relação de in-
Modo de fazer gredientes que escolherão e dimi-
1. Retire com cuidado a casca do pão de forma. nuindo as etapas do modo de fazer.
2. Em uma assadeira, arrume as fatias de pão, uma ao lado da outra. O objetivo principal é que mostrem
a apropriação da estrutura do gênero,
que será retomado nos volumes do
1. Conversem: Que receita poderia começar com as etapas 1 e 2?
4o e do 5o ano. (Referências: BNCC –
289 EF15LP05, EF15LP06 e EF15LP07)
Atividade 1
Os estudantes poderão pensar em
diferentes receitas que tenham o ingre-
Hora de organizar o que diente obrigatório: pão de forma.
estudamos A pista dada é que esse ingrediente se-
Essa é uma oportunidade para, coletivamen- rá colocado em assadeira, prevendo o
te, preencher os dados do esquema, eliminando uso do forno. Sugestões: pizza salgada,
dúvidas e consolidando o conhecimento sobre pizza doce, lanche, pudim. Poderá ser
o uso do imperativo dos verbos nos gêneros feito um levantamento conjunto das
textuais listados. possibilidades de ingredientes: queijo,
tomate, sal, queijo ralado, sardinha, atum
(prato salgado); banana, doce de leite,
chocolate, morango, etc. (prato doce).

351
Atividade 2
Neste momento, auxiliar os estu-
dantes com relação às quantidades
dos ingredientes. 2. Façam um rascunho no caderno.
Escrita e revisão • Anotem os ingredientes que usariam na receita.
Nesta etapa é importante que os
estudantes leiam a receita em voz • Escrevam as outras etapas do modo de fazer. Nelas, usem verbos no imperativo
alta para ver se ela ficou clara, com para indicar as ações que devem ser realizadas.
todos os ingredientes e etapas.
Escrita e revisão
Gravação
Reservar um espaço e um momen- • Revisem o texto para ver se na receita estão todos os ingredientes e se o modo de
to para que os estudantes façam a fazer está bem explicado.
gravação. Auxiliar as duplas na elabo- • Leiam a receita em voz alta para um adulto e verifiquem se ele conseguiu entender
ração da atividade. Proporcionar um
como preparar o prato.
momento para que todos ouçam as
receitas em áudio dos colegas. • Registrem o texto no caderno ou em uma folha avulsa.
• Não se esqueçam de escrever o título da receita.
Palavras em jogo
Escrever de um jeito e Gravação
falar de outro • Escolham um lugar para fazer a gravação.
Letras O e E em sílaba áto- • Lembrem-se de falar de modo claro, devagar, mas em um tempo curto.
na no fim da palavra
As atividades desta seção dão con-
• Ensaiem a fala antes de gravar.
tinuidade ao conteúdo de consciência • Cada dupla vai apresentar seu áudio gravado para os colegas. Aguardem sua vez.
fonológica abordado anteriormente e
têm o objetivo de desenvolver a habi-
lidade de ler e escrever palavras com
Palavras em jogo
correspondências regulares contex- Escrever de um jeito e falar de outro
tuais entre grafemas e fonemas (O, e
não U; E, e não I) em sílaba átona em Letras O e E em sílaba átona no fim da palavra
final de palavra. (Referência: BNCC –
EF03LP01) Atividade oral e escrita
As atividades priorizam o ensino 1. A professora vai escolher um estudante para ler em voz alta o trecho do poema a
sistemático para desenvolvimento da
consciência fonêmica e a instrução seguir.
fônica sistemática. (Referência: PNA)
O Sapo
Atividade 1, item a Aqui estou eu: o Sapo,
Os estudantes devem observar

Arquivo da editora
Camila de Godoy/
Bom de pulo e bom de papo.
que, falando sem forçar a pronúncia,
Falo mais que João do Pulo,
pode-se ouvir /u/, e não /o/. É impor-
pulo mais que o João do Papo.
tante que seja levado em conta o fato
[...]
de, em algumas regiões, a pronúncia
Ferreira Gullar. Dr. Urubu e outras fábulas.
ser efetivamente /o/. As variedades Rio de Janeiro: José Olympio, 2005. p. 40.
regionais devem ser consideradas.

290

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

Avaliação processual/formativa
Avaliar com os estudantes as dificuldades ou as facilidades na execução da atividade. É um bom
momento de avaliação processual/formativa para observar o que eles já incorporaram sobre a estru-
tura e o modo de organizar do gênero texto instrucional.

352
Atividade 2
Os estudantes devem observar
que, nas palavras em que a letra O
a) Leiam estas palavras em voz alta e observem como é pronunciada a letra O final. não for pronunciada com o /u/, ela
poderá ser pronunciada como /ô/ ou
/ó/. Essas palavras são oxítonas; por-
sapo pulo papo falo
tanto, receberão acento gráfico. Se
achar conveniente, fazer um registro
b) Ao pronunciar as palavras, qual som vocês ouvem? coletivo dessa descoberta. Esse con-
As respostas podem diferir conforme as variantes regionais. teúdo deverá ser retomado com sis-
2. Circule as palavras em que a letra O final pode ser pronunciada com o mesmo tematização mais intensiva nos
som percebido nas palavras que você leu na atividade anterior. Converse com os próximos anos.
colegas sobre o que observaram. Atividade 5
Os estudantes devem observar
coco
o ccocô
ô ovo cipó moço
moç vovô que as palavras em que o E é pronun-
ciado como /ê/ ou /é/ são oxítonas e
sempre marcadas com acento gráfico.
3. Leiam em voz alta este outro conjunto de palavras.

rio saiu funil pavio viu barril

O que vocês observaram em relação ao som da letra final dessas palavras?


As respostas podem diferir conforme as variantes regionais.
4. Agora, leia a frase a seguir.

Ué! Você tem vontade de ver um jacaré? Vem com a gente!

A letra E no fim das palavras a seguir foi pronunciada da mesma maneira em todas
elas? Explique.

jacaré você gente ué vontade

Sugestão: As pronúncias podem variar de acordo com a região em que vivem os

estudantes. Somente em “gente” e “vontade” há a possibilidade de a letra E

final ser pronunciada como I. Nessas palavras, a letra E final indica som mais
fraco, por isso pode ser pronunciada como I.
5. Circule os casos em que a letra E no fim das palavras pode ser pronunciada como I.

e
leite pavê den e
dente c é
café dendê doc
doce

Nessas palavras, a letra E final indica som mais fraco,


O que podemos concluir? por isso, em algumas regiões do país, pode ser
pronunciada como I.
Registrem conjuntamente no caderno a conclusão dessas observações.
Sugestão: Na fala, a pronúncia de certas letras pode ser diferente da escrita.
291

353
Coleção de palavras
O objetivo desta seção é promover
o desenvolvimento de vocabulá-
rio, componente essencial para a al- Memória em jogo
fabetização. (Referência: PNA)
● Leiam, juntos, em voz alta, o texto a seguir. Memorizem o que conseguirem.
Depois, escolham um trecho e o escrevam, de memória, no caderno.

Velha furunfunfelha
Era uma vez um caçador
furunfunfor, triunfunfor, misericuntor;
que foi à caça
furunfunfaça, triunfunfaça, misericuntaça;
e caçou um coelho [...]
Quando veio o caçador
furunfunfor, triunfunfor, misericuntor
procurar o almoço
furunfunfoço, triunfunfoço, misericuntoço
perguntou assim:
— Velha furunfunfelha, triunfunfelha, misericuntelha,
onde está minha caça
furunfunfaça, triunfunfaça, misericuntaça?
[...]
— O seu coelho
furunfunfelho, triunfunfelho, misericuntelho,
comeu-o o gato

ra
ito
ed
o da
uiv
/Arq
furunfunfato, triunfunfato, misericuntato... Vanessa Alexa
ndre

Ciça. O livro do trava-língua. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p. 21-22.

Coleção de palavras As imagens não estão


representadas em proporção.

Nesta unidade, você estudou a receita de sacolé de maracujá. A palavra sacolé vem
da palavra saco. Conheça a seguir o significado de sacolé e de outras palavras que
vêm da palavra saco.

Sacolé Sacola
Tatiane Silva/iStockphoto/Getty Images

Tipo de sorvete feito Saco de lona ou


photka/Shutterstock

de suco de frutas plástico usado para


congelado dentro de transportar objetos
um saquinho. ou compras.

292

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

354
O que estudamos
Autoavaliação
As imagens não estão
O quadro-síntese tem o objetivo de
Sacolão Saca representadas em proporção.
apresentar os conceitos abordados
nesta unidade para que os estudantes

Tukaram.Karve/Shutterstock
Aberu.Go/Shutterstock
se apropriem da organização dos con-
teúdos, atribuindo nomes a eles. Ler o
quadro-síntese para os estudantes,
orientando-os sobre as colunas que o
compõem.
A coluna Avancei indica o que os
estudantes já sabem depois de ter es-
tudado o conteúdo da unidade.
Mercado popular que vende, em geral, Grande saco de plástico, tecido ou estopa A coluna Preciso estudar mais indica
frutas, verduras e legumes. usado para guardar grandes quantidades o que é preciso retomar e estudar um
de café, arroz, feijão, grãos em geral. pouco mais. Motivá-los a fazer comen-
● Você já tinha percebido que todas essas palavras tinham uma parte em comum? Co- tários sobre o próprio desempenho e
ajudá-los a reconhecer a necessidade
nhecia o significado de cada uma delas? Copie todas elas no caderno para compor sua
de revisão.
coleção de palavras. Você pode ampliar a lista buscando outras no dicionário. Incentivar também os estudantes
a fazer a autoavaliação com crescente
autonomia.
O que estudamos

Autoavaliação
● Faça um X na coluna que mostra como você se saiu nesta unidade.
Respostas pessoais.
Preciso
Unidade 12 Avancei
estudar mais

• Leitura e interpretação de texto instrucional

• Identificação de partes do texto instrucional


• Reconhecimento de novas palavras e seus
significados
• Produção de receita em dupla
• Estudo de verbos no imperativo
• Observação da pronúncia de O e E em final de
palavras
• Participação em atividades orais

293

355
Conclusão da unidade 12

Todas as unidades apresentam atividades que possibilitam próprio desempenho, estimulando a reflexão individual sobre o
acompanhar o desenvolvimento dos estudantes e/ou da turma processo de aprendizagem e a participação ativa nesse processo.
e que podem ser usadas para a avaliação processual/formativa, A seguir há uma sugestão para o acompanhamento de
como a apresentada em Linguagem e construção do texto, aprendizagens que, em conjunto com o registro de resultados
na Produção textual, e em Agora você, de Língua: usos e de avaliação processual/formativa, possibilita o acompanha-
reflexão nesta unidade. Tal avaliação permite identificar os mento sistemático do desempenho dos estudantes. Se julgar
estudantes com defasagens e/ou dificuldades, o que favorece a adequado, use-o para o registro de observações e resultados
elaboração de um plano para rever conteúdos e habilidades que de sua avaliação. Ele permite identificar os objetivos não atin-
necessitem de consolidação ou retomada. gidos e replanejar atividades. Todas as anotações relativas ao
É possível usar o quadro Autoavaliação, que se encontra no desempenho dos estudantes são instrumentos importantes
final da unidade, para conversar com os estudantes a respeito do para o acompanhamento do desenvolvimento da turma.

Monitoramento/Acompanhamento das aprendizagens

Turma: Estudante: Professor:

Critérios de avaliação: D = dificuldades EA = em avanço A = avançado

Objetivos Atividades sugeridas Avaliação Observações

Ler e interpretar conto texto instrucional. Compreensão de texto

Identificar partes do texto instrucional. Compreensão de texto

Reconhecer novas palavras e seus significados. Vocabulário em foco

Produzir receita em dupla. Produção de texto

Estudar verbos no imperativo. Língua: usos e reflexão

Observar O e E em final de palavras. Palavras em jogo

Leitura oral em foco

Participar de atividades orais. Prática de oralidade


Observação cotidiana da expressão oral do
estudante
Ampliar repertório de leitura. Atividades de leituras extras
Observação cotidiana da expressão oral e
escrita do estudante
Ampliar vocabulário expressivo e receptivo.
Vocabulário em foco e Coleção de palavras

Caso o resultado das avaliações aponte a existência de defasa- previamente escolhidos pelo professor; produção e apresentação
gens, atividades para remediação e/ou atendimento de dificuldades de textos instrucionais em pequenos grupos; leituras orais expres-
podem ser propostas. Em leitura, podem ser realizadas atividades sivas. Para dificuldades nos estudos sobre a língua, atividades que
de leitura partilhada, com estímulo à participação dos estudantes envolvam o uso do imperativo em textos instrucionais. Para apro-
para a localização de informações em textos lidos/ouvidos; leitura priação de convenções ortográficas, podem ser propostas a elabo-
de textos instrucionais selecionados pelos estudantes (de jogos e ração e a leitura de listagem de palavras e realização de jogos
brincadeiras e/ou de receitas de comidas de que gostem) ou ortográficos, especialmente envolvendo palavras com O e E finais.

356
Conclusão do volume

Esta Conclusão para as unidades do volume tem por finali- encerrá-lo e para preparar o que será desenvolvido no ano se-
dade estimular uma reflexão a respeito do trabalho desenvolvi- guinte com os estudantes. Para isso, propõem-se algumas abor-
do ao longo do ano letivo, bem como fazer sugestões para dagens práticas.

Avaliação do trabalho realizado


A avaliação do trabalho realizado pode ser iniciada por uma nharam para conquistá-los e o que pode ser feito no ano seguin-
reflexão do professor a respeito dos progressos que consolidou te para que construam melhor seu aprendizado e tornem seus
com a turma ao longo do ano e das estratégias que o ajudaram estudos mais significativos.
a conquistá-los. Vale também refletir sobre os obstáculos encon- Ainda considerando o processo avaliativo, sugerem-se con-
trados, sobre como se procurou superá-los e sobre como a equi-
versas individuais com os estudantes para analisar conjuntamen-
pe escolar contribuiu para tal superação.
te seus avanços e para apontar oportunidades de crescimento.
Compartilhar com a turma os progressos feitos pelo grupo
Dessa forma, estimula-se a continuidade da participação ativa
como um todo é também um momento importante do proces-
so avaliativo do ano, pois, algumas vezes, os estudantes não têm de cada um em seu processo de aprendizagem. Esse processo
maturidade suficiente para perceber tais evoluções espontanea- de reflexão individual pode ser iniciado através de uma autoa-
mente. Portanto, vale retomar e discutir coletivamente quais eram valiação por rubricas, de forma a orientar os aspectos aos quais
os objetivos propostos no início do ano, como todos se empe- os estudantes devem se ater.

Contribuições para a continuidade de desenvolvimento


O acompanhamento sistemático dos estudantes desenvolvido Considera-se fundamental nesse processo a participação
ao longo do ano e todos os processos avaliativos realizados consti- da equipe pedagógica da escola que atua diretamente com
tuem-se em precioso material para auxiliar o profissional que dará os estudantes, já que esses profissionais podem complemen-
continuidade, no ano letivo seguinte, ao trabalho com os estudan- tar as análises do professor responsável pela turma e oferecer
tes. Esse material poderá ajudar esse profissional a traçar um perfil novos olhares a respeito deles, contribuindo para uma com-
da turma e a planejar algumas estratégias para tornar mais efetivo preensão global e abrangente de cada um dos estudantes e
o processo de construção do aprendizado por parte dos estudantes. do grupo como um todo.

Parceria com os responsáveis pelos estudantes


As parcerias estabelecidas entre a escola e os responsáveis • Conversas sobre desenhos animados e filmes vistos em con-
pelos estudantes são sempre muito importantes, inclusive pa- junto, com observações sobre o conteúdo das narrativas, os
ra se garantir que o trabalho desenvolvido em sala de aula tenha personagens e as situações apresentadas.
cada vez mais sucesso e que as habilidades e competências
mobilizadas sejam progressivamente incorporadas pelos estu-
• Escrita de bilhetes com recados para familiares ou amigos.

dantes, garantindo-se que a construção do aprendizado se dê


• Visita à biblioteca pública local para a escolha de obras a serem
lidas em conjunto ou individualmente pelos estudantes.
de modo efetivo.
Por isso, compartilhar com esses responsáveis as conquis- • Conversas sobre as obras lidas, com comentários sobre o con-
teúdo das narrativas, os personagens e as situações apresentadas.
tas e as necessidades dos estudantes é um passo importante,
mas não o único. Uma sugestão para estimular essa parceria • Leitura e execução em conjunto de receitas culinárias ou de
e torná-la cada vez mais efetiva e produtiva é orientar esses peças que envolvam trabalhos manuais.
responsáveis a aproveitarem as diferentes oportunidades co- • Leitura de cartazes encontrados em locais públicos e identi-
tidianas para estimular, de forma lúdica e informal, a curiosi- ficação das informações essenciais ali apresentadas.
dade e as práticas de leitura, de escrita e de compreensão dos • Identificação de elementos estruturais que compõem corres-
mais variados gêneros textuais, fortalecendo assim a literacia pondências, como remetente, destinatário, data, ou ainda de
familiar. informações presentes nessas correspondências.
Dessa forma, dependendo da etapa de conquista da escrita Com isso, espera-se que, durante o período de férias escolares,
e da leitura em que os estudantes se encontram, é possível o trabalho desenvolvido ao longo do ano letivo continue, de
sugerir atividades como as indicadas a seguir, considerando alguma forma, presente no dia a dia dos estudantes e seja visto
especialmente os gêneros trabalhados durante o ano letivo: como significativo.

357
Projeto de leitura
O Projeto de leitura tem seu ob-
jetivo principal voltado para um dos
princípios que norteiam a PNA: a
literacia, o conjunto de conhecimen- Projeto de leitura
tos, habilidades e atitudes relaciona-
dos à leitura e à escrita, bem como
sua prática produtiva (PNA, p. 21). O
estímulo aos hábitos de leitura e es-
crita é também uma das principais
diretrizes da PNA e tem importância
para o exercício pleno da cidadania.
O Projeto de leitura oferece uma
coletânea de textos literários que, Convite
compartilhada com membros da
convivência dos estudantes, constitui Caro leitor,
um estímulo ao desenvolvimento da Você está no 3o ano e já sabe que ler pode ser muito divertido, não é?
literacia familiar, ou seja, do conjun-
Agora que você é capaz de ler sozinho, já pode escolher qual das histórias a
to de práticas e experiências relacio-
nadas à linguagem, à leitura e à seguir vai ler primeiro: uma que começa com “Era uma vez...” e tem palavras rimadas;
escrita que as crianças vivenciam com uma de um gato curioso, mas também muito carinhoso; ou uma fábula contada em
seus pais, familiares ou cuidadores prosa e em verso.
(PNA, p. 23). Além dessa coletânea de Aceite o convite feito por estes versos:
textos, oferece oficinas para a media-

Ilustrações: Weberson Santiago/Arquivo da editora


ção da leitura e da produção escrita Quem lê vai em frente
como momentos prazerosos, valori- Quem escreve vai também...
zando a literatura como uma forma
Fernando Paixão. Poesia a gente inventa.
de compreensão do mundo e de si São Paulo: Ática: 2010.
mesmo. (Referência: BNCC – Compe-
tência específica 9 de Língua Portu- ... e continue a viagem pelo mundo do Era uma vez...,
guesa para o Ensino Fundamental)
participando deste projeto de leitura. Boa leitura!
O hábito da leitura é fun- As autoras.
damental para que a criança
venha a se tornar um leitor
hábil. Devem atentar para isso
sobretudo pais, cuidadores e
professores, que estão em con-
dição privilegiada de estimulá-
-lo. E, sendo a leitura um meio
propício para ampliar o voca-
bulário, enriquecer a expressão
oral e escrita, despertar a sen-
sibilidade estética e o gosto pe-
los livros, nela se deve pôr todo
o cuidado, seja na eleição do
texto, seja na escolha do am-
biente e da ocasião. A educação
literária daí decorrente contri- 294
bui para a formação do imagi-
nário da criança e de sua visão Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
de mundo. É preciso, pois, es-
timular os ambientes de leitu- Orientar a família ou cuidadores a realizar as propostas de leitura em casa com o objetivo de
ra nas escolas, nas bibliotecas, incentivar a literacia familiar. É interessante recomendar a leitura dos materiais do programa Conta
em instituições culturais e no pra Mim (disponível em: https://tedit.net/RExbJA; acesso em: 5 ago. 2021), nos quais encontram-se
seio da própria família, a fim de orientações para colocar em prática estratégias de interação e leitura em voz alta com as crianças.
que o ato de ler, e a respectiva Todas as oficinas estão detalhadas nas orientações específicas do Manual do Professor. Reco-
fruição do texto literário, passe menda-se iniciar as atividades da Oficina 1 do Projeto de leitura logo após a leitura da Introdu-
a integrar o cotidiano de toda ção desse volume: Ler e escrever é uma viagem!
criança, independentemente da
condição socioeconômica.
PNA, p. 41-42.

358
ço de um caminho que deve ser
consolidado por meio de ativida-
des que estimulem a leitura e a
Texto 1 escrita de textos cada vez mais
complexos, a fim de que a pes-
soa se torne capaz de usar essas
O rato do campo e o rato da cidade
habilidades com independên-
Um rato do campo convidou um rato da cidade para jantar. Serviu-lhe produtos do cia e proficiência para aprender,
campo: figo, uva e castanhas. Ao ver a pobreza de seu anfitrião, o rato da cidade con-
transmitir e até produzir novos
conhecimentos.
vidou-o para ir viver com ele. Tendo-o levado para o celeiro de um homem rico, ofere-
PNA, p. 19.
ceu-lhe todo tipo de carne, de peixe e até mesmo doces. Nisso, apareceu o fiscal. Os
ratos, desnorteados, fugiram na hora. O rato do campo disse então ao rato da cidade: O primeiro texto, de Esopo, narra
— É assim, com todo esse medo, que consegues teu alimento; eu tenho o prazer de resumidamente a visita inicial do rato
conseguir o meu livremente e tranquilo. da cidade ao rato do campo e a troca
de visitas com os percalços da fuga.
Esopo. Fábulas de Esopo. Tradução de Antônio Carlos Vianna. Porto Alegre: L&PM, 1990. p. 50.
A moral fica subentendida na fala final
do rato do campo: “eu tenho o prazer
de conseguir o meu [alimento] livre-
Texto 2 mente e tranquilo”.
O segundo texto, de Alice Vieira,
Rato do Campo e Rato da Cidade conta em versos a mesma história,
contrapondo a vida dos ratos. Lê-lo
Ao pé duma seara verde Tanto suspiraram que se ouviram em voz alta permitirá a apreciação
Dentro do seu buraquinho A troca então decidiram dos recursos empregados: versos cur-
tos, cadenciados e cheios de ritmo,
Vivia o Rato do Campo Rato do Campo para a cidade foi
rimas e sonoridade. (Referências:
Que nunca estava sozinho Rato da Cidade no campo o viram BNCC – EF35LP23 e EF35LP31)
No prosseguimento da leitura, cha-
mar a atenção para a moral da fábula
Mesmo ao lado do fogão Rato do Campo assustou-se em versos, presente na última estrofe:
Dentro do seu buraquinho Com os bigodes do gato
Os Ratos desta história
Vivia o Rato da Cidade Meteu-se no seu buraco
Deixam-nos uma lição
Comia queijo e fugia do gatinho Sem comidinha no prato Nunca devemos pensar
Que o dos outros é que é bom!

Rato do Campo suspirava Rato da Cidade ia morrendo à fome A leitura dos textos poderá ser se-
Com a vida do primo sonhava Não sabia procurar comida guida da produção de um cartaz com
as características do rato do campo e
Comida e aconchego certos Ali não havia queijo as do rato da cidade.
Disso é que ele gostava E era difícil a vida Os estudantes poderão oralmente
compor as diferenças.
Exemplo:
Rato da Cidade suspirava Magros e com saudades
Com a vida do primo sonhava Os dois ratos suspiraram Rato do Rato da
campo cidade
Liberdade e ar puro Tanto que se ouviram
Disso é que ele gostava E de vida então trocaram Buraquinho na Buraquinho ao
seara verde lado do fogão
295
Nunca estava Fugia do
sozinho gatinho

Sonhava com Sonhava com


Textos 1 e 2 Se alguém é alfabetizado, signifi- comida liberdade
Os dois textos desta página, do gênero fábu- ca que é capaz de decodificar e codificar Verificar se os estudantes notaram
la (campo artístico-literário), enfocam a compa- qualquer palavra em sua língua. Mas a a diferença entre as morais das fábu-
ração de uma mesma história contada ora em aquisição dessa técnica não é um fim em
las: enquanto o texto 1 exalta a vida
si. O objetivo é fazer que se torne capaz de
prosa, ora em versos, o que pressupõe o exer- no campo, o texto 2 conclui que cada
ler e escrever palavras e textos com auto-
cício das habilidades de ler e compreender, com rato é feliz no lugar em que vive e
nomia e compreensão. Sem isso, o proces-
autonomia e fluência, textos curtos com nível com seu estilo de vida, sem fazer juí-
so de alfabetização não frutifica, pois ler e
zo de valor entre campo e cidade.
de textualidade adequado. (Referência: BNCC escrever palavras com precisão e fluência,
dentro e fora de textos, é apenas o come-
O segundo texto também aconselha
– EF35LP01) a não ter inveja do que é dos outros.

359
Texto 3
A leitura do poema poderá ser feita
primeiro de forma autônoma, por não
apresentar grande dificuldade de inter- Logo que chegou a casa Voltaram a suspirar
pretação do texto que explora rimas e Rato do Campo foi comer Agora de alegria
sons. (Referência: BNCC – EF35LP27) Aqueles grãozinhos de trigo Que bom era viajar
Em um segundo momento, moti- Souberam-lhe a valer! Mas em casa a vida sorria
var os estudantes a ler de forma jo-
gralizada, dividindo-os em dois Logo que chegou a casa Os Ratos desta história
grandes grupos: o primeiro lê o verso Rato da Cidade foi comer Deixam-nos uma lição
1 de cada dístico e o segundo grupo
O queijo era saboroso Nunca devemos pensar
completa a leitura com o outro verso.
Por exemplo: grupo 1 – “Era uma E até o gato gostou de ver Que o dos outros é que é bom!
vez uma cachorrinha,”; grupo 2: “mui- Alice Vieira. Rato do Campo e Rato da Cidade. Portugal: Editorial Caminho, 1991.
to alegre e assanhadinha.”.
Estimular os estudantes a criar mais Texto 3
versos semelhantes, dentro da estru-
É sempre era uma vez...
tura proposta, explorando rimas e
ritmos. Era uma vez uma cachorrinha, Era uma vez um músico italiano,
Sugestões: muito alegre e assanhadinha. que, com o pé, tocava o seu piano.
• Animais: Era uma vez um gato/ Era
Era uma vez um tal Marcelo, Era uma vez um aloprado cientista,
uma vez um coelho/ Era uma vez
uma girafa... que se achava muito belo. que passava xixi na vista.

• Nome de pessoas: Era uma vez um


Era uma vez um tal João, Era uma vez um feioso estudante,
tal Gabriel/ Era uma vez uma tal
Juliana... que comia sorvete com feijão. que se dizia muito belo e elegante.

• Profissionais: Era uma vez um ven-


Era uma vez um cachorrão, Era uma vez uma desajeitada menina,
dedor/ Era uma vez um gari...
enjoado, latidor e folgadão. que misturava perfume com gasolina.
Recomenda-se também incentivar
os estudantes a declamar o poema,
Era uma vez um palhaço, Era uma vez o famoso Chico Peão,
com entonação adequada em um
que só levava tombaço. que contou vantagem e foi pro chão.
exercício de fluência em leitura oral,
com velocidade, precisão e prosódia.
Era uma vez um sacristão, Era uma vez uma tal Inez,
(Referências: PNA e BNCC – EF35LP28)
que tocava sino com o dedão. que tinha cão listrado e gato xadrez.

Oficina 1: Leitura mediada Era uma vez uma professora, E eu quero saber agora
pelo professor
que teimava em ser cantora. o resto destas histórias.
Era uma vez... histórias, rimas
e outras artes Era uma vez um safado prefeito, Conte de uma só vez,
Objetivos que dizia: Não tenho defeito! quando chegar a sua vez.

• Comparar narrativa em verso e Era uma vez um meu colega,


narrativa em prosa.
que levou uma boa esfrega.
• Apreciar texto em verso em estro-
Elias José. É sempre era uma vez... Nova Escola, 1o abr. 2007.
fe mínima (dois versos). Disponível em: https://tedit.net/ekCLMa. Acesso em: 27 maio 2021.
• Exercitar a fluência em leitura oral
de textos literários. 296
Material necessário
• Fábula Rato do campo e rato da Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

cidade em prosa e em verso.


3. Mediar a conversa sobre o que há em comum en- 6. Conversar com a turma sobre a possibilidade
• Fábula O macaco e o camelo.
tre as histórias lidas: a intenção de apresentar uma de as apresentações serem feitas para turmas
• Poema O gato curioso. lição e ensinar um valor ou um comportamento. do 1o ou do 2o ano.
Etapas 4. Formar quatro grupos. Cada grupo irá recontar 7. Se houver condições materiais, autorização de
1. Fazer a leitura compartilhada das uma das histórias da coletânea utilizando os pais e responsáveis e a anuência da direção da
fábulas em prosa e em verso. recursos que considerarem enriquecedores: escola, as apresentações poderão ser gravadas
2. Reunir os alunos em roda para con- máscaras, fantoches, fantasias, jogralizando, em vídeo para a divulgação em meios digitais
versar sobre as histórias e ler em declamando, teatralizando, etc. da comunidade escolar.
voz alta o(s) trecho(s) que julgaram 5. Marcar dia e hora para a apresentação dos
mais significativos. grupos.

360
Texto 4
O poema “O gato curioso” segue a
mesma estrutura em dísticos do poe-
Texto 4 ma anterior. Evidenciar as rimas, as
estrofes com apenas dois versos, a
O gato curioso cadência e o ritmo, para que os estu-
dantes identifiquem efeitos de sentido

Ilustrações: Weberson Santiago/Arquivo da editora


Era uma vez era uma vez
decorrentes do uso desses recursos.
um gato siamês. (Referência: BNCC – EF35LP31)
Como estratégia de desenvolvi-
Por ser muito engraçadinho, mento do vocabulário, compo-
é chamado de Gatinho. nente essencial para a alfabetização
(Referência: PNA), chamar a atenção
dos estudantes para o significado
Além de ser carinhoso,
das palavras a seguir.
ele é muito curioso.
• siamês: raça de gato, de olhos
azuis e pelo curto, originária do
Nada se pode fazer Sião, atual Tailândia.
que ele não deseje ver. • vigia: guarda, sentinela.

Se alguém mexe na estante,


• com tanta sede: expressão que
corresponde a fazer alguma coisa
está lá no mesmo instante. com muito entusiasmo, muita ra-
pidez.
Se vão consertar a pia, • nhoque: no texto, corresponde à
está ele lá de vigia.
onomatopeia nhoc, muito utiliza-
da em histórias em quadrinhos
para registrar o som de abocanhar
E o resultado é que quando um alimento com voracidade.
viu seu dono consertando Ao ser escrita com a mesma grafia
do nome de um prato italiano, res-
A tomada na parede, salta a intensidade com que o gato
vai verificar a tomada. Além disso,
meteu-se, com tanta sede,
nhoque compõe uma rima perfei-
ta com choque.
a cheirar tudo que – nhoque!
levou um baita choque!
• abelhudo: curioso, intrometido.

E pensa que ele aprendeu?


Mais fácil aprendia eu!

Mantém-se o mesmo abelhudo


que quer dar conta de tudo.
5. Fazer a leitura do poema em forma
Ferreira Gullar. Um gato chamado Gatinho.
Rio de Janeiro: Salamandra, 2000. p. 9.
de jogral.
6. Desafiar cada grupo a criar uma du-
297 pla de versos com palavras que man-
tenham a mesma rima.
7. Mediar a escrita de cada um dos gru-
pos antes de pedir que reescrevam os
Oficina 2: Ampliação de leitura versos em uma folha de papel sulfite
Etapas no sentido do comprimento.
Era uma vez... o prazer de ler e escrever 1. Fazer a leitura compartilhada do texto, com 8. Montar o poema colando, sucessiva-
Objetivos muito ritmo e expressividade. mente, as folhas em um painel.
2. Organizar a turma em oito pequenos grupos.
• Enfatizar a musicalidade do texto em verso.
3. Informar os estudantes que você vai ler os ver-
9. Fazer a leitura compartilhada da pro-
dução de escrita da turma.
• Expressar com a linguagem visual as ideias e
sos da primeira estrofe. 10. Convidar os estudantes a copiarem
sensações despertadas pela linguagem verbal.
4. Solicitar que cada grupo marque diante de ca- o poema coletivo intitulado: É sem-
Material da estrofe o número que corresponde ao de pre era uma vez... o prazer de ler
• Poema É sempre era uma vez... seu grupo (1 a 8). e escrever.

361
Texto 5
A fábula que encerra o Projeto de
leitura também não oferece grandes
dificuldades de leitura. Estão presentes Texto 5
nela todos os elementos do discurso
narrativo já estudados. Explorar com os
O macaco e o camelo
estudantes o discurso direto e o efeito
de sentido provocado pelas falas dos
Numa reunião de bichos, um macaco se levantou e dançou.
personagens. É um texto em prosa que
favorece a fluência em leitura oral com Fez grande sucesso:
velocidade, precisão e prosódia. (Refe- — Como é engraçado!
rências: PNA e BNCC – EF35LP22)
— Como dança bem!
E todos aplaudiram.
Oficina 3: Tradição de leitura
Um camelo, com inveja, quis ganhar os mesmos elogios.
Era uma vez... o prazer de contar/ Levantou-se e foi dançar.
ouvir histórias
Não tinha o menor jeito. Embrulhou as quatro patas de tal maneira que os bichos
Objetivos morreram de rir:
• Relacionar histórias do Era uma — Mas que exibido!
vez... à tradição popular: oralida-
de e ensinamento. — Por que ele nos ocupa com essas bobagens?

• Estimular a literacia familiar. E como o camelo insistia, perderam a paciência e acabaram por expulsá-lo da reunião.
• Valorizar a comunicação oral: ento-
É perda de tempo invejar as qualidades dos outros. Cada um tem as suas.
nação e expressividade na narrativa.
Material necessário Hans Gärtner. 12 fábulas de Esopo. Tradução de Fernanda Lopes de Almeida.

• Repertório de histórias ouvidas/ São Paulo: Ática, 2004.

contadas no círculo familiar.


• Lista de provérbios.
Weberson Santiago/Arquivo da editora

Etapas
1. Incentivar a busca por histórias
passadas de geração a geração no
âmbito familiar.
2. Trocar, em pequenos grupos, as
histórias ouvidas em família.
3. Selecionar, pelos aplausos, as me-
lhores histórias contadas.
4. Ouvir as histórias contadas em uma
grande roda e, cada uma, introdu-
zida pelos versos:
Quem canta seus males espanta
Quem chora não se contenta
Quem ouve história se encanta
Quem conta se apresenta.
5. Relacionar os provérbios listados
com as histórias:
1. Nem tudo o que reluz é ouro. 298
2. Cada macaco no seu galho.
3. Quem tudo quer tudo perde. Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
4. Em terra de cego, quem tem
um olho é rei. 10. Água mole em pedra dura, tanto bate até 6. Fazer a leitura compartilhada das fábu-
5. Longe dos olhos, perto do que fura. las da coletânea: O macaco e o ca-
coração. 11. O hábito não faz o monge. melo e O rato do campo e o rato da
6. A mentira tem pernas curtas. 12. Quem com ferro fere com ferro será ferido. cidade (em prosa e em verso).
7. De pequenino se torce o 13. Onde há fumaça, há fogo. 7. Mediar uma conversa sobre o motivo
pepino. 14. De raminho em raminho, o passarinho faz da permanência das histórias do Era
o ninho. uma vez...: prazer em ouvir/contar
8. De grão em grão, a galinha
15. Quem não arrisca não petisca. aliado ao ensinar/aprender.
enche o papo.
16. Quem semeia vento colhe tempestade.
9. Mais vale um pássaro nas
mãos do que dois voando. Domínio público

362
verificar os avanços dos estudantes
durante o ano.
Esta avaliação de resultados está
referenciada sobretudo:
Meu ponto • no desenvolvimento de habilidades
e conteúdos abordados nos anos
de chegada anteriores (inclusive nesta Coleção);
• nas práticas de linguagem, objetos
Antes de concluirmos as atividades deste ano, vamos fazer uma avaliação para ver o de conhecimento, competências e
que você já sabe e quanto avançou em seus estudos neste ano e nos anos anteriores. habilidades de Língua Portuguesa
para os Anos Iniciais do Ensino Fun-
Siga as orientações da professora. damental da Base Nacional Comum
O texto a seguir é o trecho de um livro chamado Lolo BarnabŽ. Acompanhe a leitura Curricular (BNCC);
da professora. • na Política Nacional de Alfabetização
(PNA), instituída pelo Decreto n. 9
No tempo em que as pessoas moravam em cavernas, no princípio: no começo, 765, de 11 de abril de 2019, com foco
no início.
existiu um homem chamado Lolo Barnabé. nos seis componentes destacados
sujeito: pessoa.
No princípio, Lolo parecia ser um sujeito meio bronco. como base para o amplo processo
bronco: pouco inteligente.
Com o tempo, porém, todos foram percebendo que ele tinha de alfabetização: consciência fonê-
entusiasmado: animado,
muitas qualidades: era inteligente, criativo, entusiasmado, empolgado.
empolgado
mica, instrução fônica sistemática,
cheio de ideias novas e nada preguiçoso. gentil:: educada,, simpática.. desenvolvimento de vocabulário,
Aos 20 anos Lolo casou-se com Brisa. Ela era um amor: fluência em leitura oral, compreen-
gentil, carinhosa, bem-humorada e também superinteligen-
são de textos e produção de escrita.
te. É claro que eles tinham se casado por amor.
Os conteúdos desta avaliação foram
[...]
selecionados entre os propostos para
No primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Fin-
o final do 3o ano, tanto neste volume
fo Barnabé. O menino era uma gracinha: alegre e brincalhão.
quanto no rol de práticas de lingua-
[...]
gem, objetos de conhecimento, com-
petências, habilidades e componentes
Eva Furnari. Lolo Barnabé. São Paulo: Moderna, 2010. p. 5-6.
essenciais para a alfabetização indica-
dos pela BNCC e pela PNA.

Orientações para a
aplicação da avaliação
Esta avaliação deve ocupar duas
aulas de 50 minutos: uma para a parte
escrita (aproximadamente cinco minu-
tos por questão e 15 minutos para a
produção textual – atividade 7) e outra
para a atividade de fluência em leitura
oral (atividade 11), que deve ser reali-
Vanessa Alexandre/Arquivo da editora

zada individualmente com os estudan-


tes. Dependendo da quantidade de
estudantes da turma, a atividade de
fluência em leitura oral pode ser feita
em menor ou maior tempo.
As questões devem ser lidas uma
299 a uma, dirimindo eventuais dúvidas
dos estudantes sobre algum termo
que cause estranhamento ou, se ne-
cessário, dando mais orientações pa-
Meu ponto de chegada dos pelos estudantes de acordo com o espera- ra a realização de cada uma delas.
Indica-se que a avaliação de resultados do, permitindo a identificação de defasagens Ao definir um tempo para que os
seja aplicada no fim do ano letivo. Ela é uma das no aprendizado e, assim, a elaboração e aplica- estudantes façam cada atividade, garan-
ferramentas de que o professor e/ou a escola ção de mecanismos de reforço ou recuperação. te-se que o processo de avaliação seja
podem lançar mão para dimensionar os avan- Esta avaliação é complementada pela finalizado de forma conjunta, com me-
ços ou as dificuldades dos estudantes em rela- avaliação diagnóstica (Meu ponto de par- lhor acompanhamento e observação do
ção ao processo de aprendizagem. tida), no início do volume 4, que deve ser processo. Lembrar que são estudantes,
Trata-se de um instrumento que contribui aplicada no começo do ano letivo, e pelas em sua maioria, na faixa de 8 a 9 anos,
para o professor analisar se algumas habilidades avaliações processuais/formativas, indi- que podem não ter total autonomia de
e conhecimentos essenciais foram desenvolvi- cadas ao longo do livro, para acompanhar e leitura e de compreensão de textos.

363
Atividade 1
O objetivo desta atividade é avaliar
o desenvolvimento de vocabulário,
componente essencial para a alfabeti- 1. Com a professora, releia as palavras em destaque no texto e seus significados no
zação, e a habilidade de compreender
glossário. Depois, pinte o que pode substituir os trechos destacados nas frases.
e reforçar o sentido de palavras ou ex-
pressões em textos. O fato de os vocá-
a) No princípio, Lolo parecia ser um sujeito meio bronco.
bulos estarem em frases facilita a
contextualização de significados. (Re-
No final No meio No começo
ferências: PNA e BNCC – EF35LP05)

Um vocabulário pobre b) Lolo parecia ser um sujeito meio bronco.


constitui um obstáculo para a
compreensão de textos. [...] um estranho uma pessoa um suspeito
[...] Um amplo vocabu-
lário, aliado à capacidade de
reconhecer automaticamente c) [...] era inteligente, criativo, entusiasmado [...]
palavras, é a base para uma
boa compreensão de textos. impaciente desanimado animado
PNA, p. 34.
d) Ela era um amor: gentil, carinhosa [...]
Atividade 2
O objetivo da atividade é avaliar a educada bonita inteligente
compreensão de textos, componen-
te essencial para a alfabetização, por
meio da identificação da função social 2. Podemos afirmar que o texto:
do texto, reconhecendo a finalidade
para a qual foi produzido. (Referências: A) traz informações sobre algo.
PNA e BNCC – EF15LP01)
B) X conta uma história imaginária.
Atividade 3
O objetivo da atividade é avaliar a
compreensão de textos, componen- C) ensina a fazer algo.
te essencial para a alfabetização, por
meio da leitura, nesse momento de D) é uma notícia.
forma mais autônoma, de textos literá-
rios de diferentes gêneros e extensões. 3. Assinale a única alternativa que apresenta algo que n‹o ocorreu na história.
(Referências: PNA e BNCC – EF35LP21)
A) A opinião que as pessoas tinham sobre Lolo mudou.

B) Lolo se casou com Brisa.

C) Lolo teve um filho chamado Finfo Barnabé.

D) X Lolo não trabalhava, porque era muito preguiçoso.

300

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

364
acontecimentos de narrativas ficcionais.
(Referências: PNA e BNCC – EF12LP05)
Atividade 7
4. Assinale a alternativa que pode completar a frase: O objetivo da atividade é avaliar a
A história inicia-se... produção de escrita, componente
essencial para a alfabetização, e a habi-
A) no presente, nos dias de hoje. lidade de produzir textos seguindo as
regras básicas da convenção escrita,
utilizando detalhes descritivos e adjeti-
B) X no tempo em que as pessoas moravam em cavernas. vos. (Referências: PNA e BNCC –
EF03LP09, EF35LP07 e EF35LP25)
C) quando Lolo tinha 20 anos. Dizer aos estudantes que eles têm
liberdade para imaginar qualquer fato.
D) quando nasceu o filho de Lolo. O trecho produzido não precisa ser lon-
go, e é importante orientá-los nesse
5. No texto, são apresentadas várias qualidades de Lolo, Brisa e Finfo. Qual alternativa sentido, pois, nessa fase, já há estudan-
tes que gostam de escrever longas his-
apresenta uma palavra que n‹o expressa uma qualidade? tórias. O fato de fazerem o registro no
caderno, ou em uma folha avulsa, pode
A) Criativo. C) X Cavernas. conferir maior liberdade para o estu-
dante expressar o que imaginou.
B) Superinteligente. D) Brincalhão. Dar um tempo para que escrevam e,
quando tiverem terminado, orientá-los
6. Numere as frases de acordo com a ordem dos acontecimentos. para a revisão do texto: reler o que es-
creveram, verificar se colocaram os si-
2 Todos foram percebendo que Lolo tinha muitas qualidades. nais de pontuação (ponto final, ponto
de exclamação e ponto de interroga-
ção), se há palavras ou frases que pre-
3 Aos 20 anos, Lolo casou-se com Brisa.
cisam ser reescritas.
Ressaltar aos estudantes o valor de
4 No primeiro ano de casamento, tiveram um filho, o Finfo Barnabé. uma letra legível, que permite que ou-
tra pessoa leia com mais facilidade o
1 No princípio, as pessoas não davam muito valor a Lolo. que eles quiserem expressar.
A avaliação deverá considerar:
7. Foi criado e acrescentado um trecho depois do último parágrafo do texto. Leia: • a organização das frases, a fim de
torná-las claras;
Um dia, Finfo estava brincando e se afastou da casa, indo na direção • o uso de convenções de escrita: letras
da mata. Aconteceu algo inesperado. maiúsculas no início das frases, uso de
pontuação final e uso do travessão
nos diálogos (discurso direto);
Imagine o que pode ter acontecido considerando que, no final, há mais uma frase: • a ortografia de palavras comuns;
• o traçado claro da letra;
Lolo Barnabé provou mais ainda quanto era esperto e inteligente. • a coerência em relação aos dois
trechos: o anterior e o posterior ao
texto do estudante.
Agora, escreva no caderno um ou dois parágrafos contando o que você imagina Os estudantes desta fase ainda não
que aconteceu com Finfo e o que Lolo fez. Resposta pessoal. têm total autonomia para a escrita; por
isso, a proposta tem como uma de suas
finalidades principais verificar em que
301 estágio está cada um deles.
Permitir que os estudantes levantem
a mão para expressar dúvidas de qual-
quer natureza: escrita de palavras, mais
Atividade 4 betização, e a habilidade de identificar, em textos, esclarecimentos sobre como continuar
O objetivo da atividade é avaliar a compreen- adjetivos e sua função de atribuição de proprie- a história ou sobre como escrever o
são de textos, componente essencial para a alfa- dades aos substantivos. (Referências: PNA e BNCC texto na folha, entre outras.
betização, por meio da observação dos elementos – EF03LP09 e EF35LP04) Se possível, anotar as dúvidas e/ou
da estrutura narrativa em textos ficcionais: enredo, demandas expressas pelos estudan-
Atividade 6 tes e registrá-las na ficha de observa-
tempo, espaço, personagem e narrador. (Referên-
O objetivo da atividade é avaliar se os estudantes ção individual, pois essas informações
cias: PNA e BNCC – EF35LP26)
se apropriaram da sequência dos fatos da história. serão de grande valia para a estrutu-
Atividade 5 Essa percepção contribuirá para que, posteriormen- ração de planejamentos para acom-
O objetivo da atividade é avaliar a compreen- te, eles organizem os fatos de sua própria produção panhar estudantes com maior grau
são de textos, componente essencial para a alfa- de texto, exercitando a habilidade de recontar de dificuldade.

365
Atividade 8
Esta atividade relaciona-se ao desen-
volvimento da consciência fonêmica
e da instrução fônica sistemática, 8. A letra X pode representar vários sons. Pinte a palavra em que a letra X representa
componentes essenciais para a alfabe-
o mesmo som de CH na palavra chave.
tização, na medida em que remete à
percepção de que um mesmo grafema
pode representar diferentes fonemas.
(Referências: PNA e BNCC – EF35LP13)

Ilustrações: Vanessa Alexandre/Arquivo da editora


Atividade 9
O objetivo desta atividade é aferir
um aspecto relacionado à consciên-
cia fonológica dos estudantes, ou
seja, à habilidade de identificar e ma-
nipular intencionalmente unidades
da linguagem oral, como as sílabas,
assim como ler e escrever correta- exclamação saxofone xícara
mente palavras com sílabas constituí-
das de CV, V, CVC, CCV, VC, VV, CVV.
9. As palavras a seguir foram retiradas do texto. Separe as sílabas de cada uma delas.
(Referências: PNA e BNCC – EF03LP02)
Atividade 10 a) cavernas: ca-ver-nas
As frases são:
“No verão o zoológico deu picolé b) humorada: hu-mo-ra-da
de frutas para os animais.”
“Os bichos gostaram muito!” c) alegre: a-le-gre
O objetivo desta atividade é aferir
o modo como os estudantes escre- d) pessoas: pes-so-as
vem frases curtas por meio de ditado,
com grafia correta de palavras conhe-
e) preguiçoso: pre-gui-ço-so
cidas ou com estruturas silábicas já
dominadas, usando letras maiúsculas
em início de frases e pontuação final. f) inteligente: in-te-li-gen-te
(Referências: PNA e BNCC – EF01LP02,
EF02LP01 e EF02LP07) g) casamento: ca-sa-men-to

Atividade 11
O objetivo da atividade é avaliar a 10. DITADO . Ouça, com bastante atenção, as frases que a professora vai ler. Depois,
fluência em leitura oral, compo- escreva o que você ouviu no caderno. Vanes
sa A
nente essencial para a alfabetização, lex
an d
re/
Ar
qu
ivo
e a habilidade de ler em voz alta, 11. HORA DE LER SOZINHO. Releia silenciosamente o

da
ed
ito
com autonomia e fluência, textos

ra
trecho do livro Lolo BarnabŽ e prepare-se para ler
curtos com nível de textualidade
adequado. (Referências: PNA e BNCC o texto em voz alta. Aguarde a professora chamar
– EF35LP01) para fazer a leitura oral.
Para essa aferição, “professores e
coordenadores pedagógicos devem
levar em consideração, no processo
de alfabetização, as pesquisas que 302
302
indicam o número médio de palavras
lidas com fluência ao final de cada Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.
ano do ensino fundamental” (PNA,
2019, p. 33). Para os estudantes do fi- lavras, portanto, a expectativa é que os estu- exercícios de treino e remediação.
nal do 3o ano, a expectativa de velo- dantes completem a leitura em pouco mais de Importante: o ritmo da leitura e o número
cidade de leitura é de 90 palavras por 1 minuto, em média, sendo possível que te- de palavras lidas podem variar de acordo com
minuto e precisão de 95%, garantida nham maior dificuldade de pronunciar por a entonação expressiva dada ao texto, pois,
a compreensão do texto. volta de 6 a 7 palavras do texto. Sugere-se dependendo da entonação produzida ou da
Para aferir a fluência em leitura registrar a velocidade da leitura de cada estu- intenção de enfatizar algumas ideias, cada lei-
oral com base nesse parâmetro, será dante, listar as palavras que foram pronuncia- tor pode acelerar ou diminuir o ritmo de lei-
necessário gravar a leitura de cada das com maior dificuldade e fazer observações tura. É importante também analisar se os
estudante, utilizando um gravador acerca da prosódia, ressaltando o que pode ser estudantes conseguem articular bem as pala-
de voz. O texto tem, ao todo, 93 pa- melhorado, empregando, quando necessário, vras que leem.

366
Referências bibliográficas comentadas

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Além de apresentar fundamentos teóricos, os au- de seis anos de idade. Brasília, DF: MEC, 2006.
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gos, rimas, canções infantis, poemas e parlendas. danças de práticas pedagógicas no processo de
inserção da criança de 6 anos no Ensino Funda-
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal.
mental.
Tradução de Maria Ermantina G. Pereira. 2. ed.
São Paulo: Martins Fontes, 1997. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
Obra fundamental para compreender o desenvol- Educação Fundamental. Referencial Curricular
vimento dos estudos sobre gêneros textuais no Nacional para a Educação Infantil. Brasília, DF:
Brasil e os desdobramentos nas práticas didáticas. MEC: SEF, 1998. v. 1, 2 e 3.
Esse documento propõe alterações substanciais
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portu-
no acolhimento e no desenvolvimento de pro-
guesa. 39. ed. rev. e ampl. Rio de Janeiro: Nova
cessos pedagógicos em relação à criança de 0 a
Fronteira, 2019. 5 anos.
Obra de referência para estudar conceitos e fatos
da língua, abordando tanto aspectos descritivos CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização & Linguística.
quanto reflexivos sobre usos contemporâneos do São Paulo: Scipione, 1989.
português brasileiro. O autor analisa e revisa processos de alfabetização
e faz propostas que podem fundamentar as práti-
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional
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Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Dis- do-as em bases da ciência linguística.
ponível em: https://tedit.net/XPaUGC. Acesso em:
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Documento com habilidades, competências e como a ciência explica nossa capacidade de ler.
aprendizagens essenciais para a Educação Básica, Tradução de Leonor Scliar-Cabral. Porto Alegre:
além dos pressupostos para elaboração de currí- Penso, 2012.
culos e planejamento de ações educativas. Em uma abordagem científica do funcionamento
das conexões neurais, o cientista orienta o leitor
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
para a compreensão de como se desenvolve a lei-
Alfabetização. Política Nacional de Alfabetiza- tura e de como orientar as crianças nesse processo.
ção. Brasília, DF: MEC: SEALF, 2019.
Documento que apresenta princípios norteadores DIONÍSIO, Ângela P.; MACHADO, Anna R.; BE-
baseados em evidências científicas para o desen- ZERRA, Maria A. Gêneros textuais e ensino.
volvimento, a consolidação e a avaliação de pro- 4. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
postas de alfabetização. Obra que apresenta reflexões e propostas de prá-
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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de
gêneros textuais na escola.
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zação Baseada em Evidências (Renabe). Brasília, EQUIPA DOS ESTUDOS INTERNACIONAIS.
DF: MEC: SEALF, 2020. Disponível em: https:// Metodologia PIRLS 2016. Lisboa: Instituto de
tedit.net/ZU5tra. Acesso em: 1o jul. 2021. Avaliação Educativa, 2017. Disponível em: https://
O relatório traz experiências desenvolvidas em tedit.net/FO0LxV. Acesso em: 1o jul. 2021.
diferentes países, com foco em debates recentes Documento sobre avaliação da literacia com qua-
sobre evidências científicas referentes à alfabe- dro de referências que contemplam finalidades e
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303

367
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áreas do currículo. 6. ed. Porto Alegre: Media-
MORAIS, José. Criar leitores: para professores
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Apresenta estudos, reflexões e implicações sobre 2013.
formas e momentos de se desenvolver a avaliação
na escola, bem como de se considerarem os resul- Ao abordar as dificuldades da alfabetização, o autor
tados para o desenvolvimento de planejamentos. explora as origens e as dificuldades encontradas e
sugere formas de intervenção e estratégias para
ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica: brincan- evitá-las ou superá-las.
do com a gramática. São Paulo: Contexto, 2001.
ROJO, Roxane; CORDEIRO, Glaís S. (org.). Gê-
Com base em recortes de jornais, piadas, exem-
neros orais e escritos na escola. Campinas: Mer-
plos de situações reais ou imaginadas, são feitas
reflexões sobre o uso da língua e sobre os recur- cado de Letras, 2004.
sos linguísticos em seu funcionamento. Os autores trazem a base para o estudo de gê-
neros orais e escritos e suas variantes escolares,
KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler fazendo uma análise que abarca as dimensões da
e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: proposta de trabalho com esse foco.
Contexto, 2006.
ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (org.). Multi-
Didaticamente são apresentadas as principais es-
tratégias que os leitores têm à sua disposição para letramentos na escola. São Paulo: Parábola Edi-
construir um sentido que seja compatível com o do torial, 2012.
autor de um texto. O livro trata da necessidade de articulação de
diferentes modalidades de linguagem e os desa-
KOCH, Ingedore Villaça; TRAVAGLIA, Luiz C. A coe- fios inerentes ao desenvolvimento de linguagens
rência textual. São Paulo: Contexto, 1990. híbridas.
Livro que traz didaticamente exemplos seleciona-
dos de coerência textual. SOARES, Magda. Alfabetização: a questão dos
métodos. São Paulo: Contexto, 2016.
LEMLE, Miriam. Guia teórico do alfabetizador.
A autora, em perspectiva histórica, apresenta e
16. ed. rev. e atual. São Paulo: Ática, 2004.
discute os vários métodos para o ensino da escrita
De forma sucinta, a autora apresenta as bases dos em diferentes contextos.
princípios fonológicos e fonéticos para fundamen-
tar o processo de alfabetização. SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Tradução
de Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre: Artmed,
MALUF, Maria Regina; CARDOSO-MARTINS,
1998.
Cláudia (org.). Alfabetização no século XXI: como
Nesse livro são apresentados os processos que
se aprende a ler e a escrever. Porto Alegre: Pen-
envolvem a compreensão leitora, orientando o
so, 2013.
professor com técnicas para auxiliar os estudantes
Em artigos de diversos autores, é discutida uma na construção dos sentidos do texto.
das principais necessidades da educação brasileira:
o ensino da leitura e da escrita. THOMAS, Gary; PRING, Richard et al. Educação
baseada em evidências: a utilização dos achados
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual,
científicos para a qualificação da prática pedagó-
análise de gêneros e compreensão. São Paulo:
gica. Tradução de Roberto Cataldo Costa. Porto
Parábola Editorial, 2008.
Alegre: Artmed, 2007.
Nessa obra, a linguagem é vista como um conjunto
de atividades e uma forma de ação. O livro explora os argumentos sobre a educação
baseada em evidências científicas, apresentando
MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e casos comprovados do que funciona em sala de
aprender. 4. ed. São Paulo: Ática, 2000. aula.

304

Reprodução do Livro do Estudante em tamanho reduzido.

368

Você também pode gostar