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Fone:(67)3393- 3884-9919-8785
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-7

RESSONÂNCIASDASPOLÍTICASDECUI DADO ÀPOPULAÇÃO EM SITU


AÇÃO DERUA--
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10

ORGANIZAÇÃO DASOCI EDADECI


VILESERVIÇOSDESAÚDENO
CONTEXTO DASPOLÍTICASPÚBLICASDEINFECÇÕESSEXUALMENTE
TRANSMISSÍ
VEIS:RELATO DEEXPERIÊNCI
A--
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19

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SCO EVULNERABI
LIDADENACENA:CHEMSEX-
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-29

FALANDO DEDROGASNO SUS:MEDOS,DÚVI DASEMORALI DADESNA


FORMACOMUNI CACI
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ÁGUI
AMORENA

REFERÊNCIAS
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o.Per
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:EDUFBA;
CETAD/UFBA,2004.8.ANDRADE,Tar ci
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l
estavam usandoasr uascomoabr i
go,um aument odemai sde140% naúl ti
madécada
(Natal
ino,2020).
Trata-
se de um f enômeno compl exo e mul ti
facet
ado, permeado da pl urali
dade de
determinaçõesepar t
icul
aridadesqueper passam pordifer
entespolí
ti
caspúblicas,vist
oque
essapopul açãonecessit
adei nt
ervençõesampliadasdedi versoscampos,comodasaúde,
assist
ênci
asoci al
,habitação,educação,dentreoutr
osservi
çosdar edei nt
erset
ori
al.
Algumascar act
erísti
casem comum t ranspassam ahist
óri
adevidadaspessoasem si t
uação
derua,quei ndependent edesuasdiferentesnomenclat
urasoucategorizações,vi
venci
am as
maisvariadasexpr essõesdaquest ãosoci al,f
rut
odaexpl or
açãoexacer badadomodode
produçãocapi t
ali
sta.A Polít
i
caNaci onalparaaPopul açãoem Si tuaçãodeRua( PNPSR)
def
ineapopulaçãoem sit
uaçãoder uacomoo“ grupopopulaci
onalhet
erogêneoquepossui
em comum apobrezaext
rema,osvíncul
osfami
l
iaresfragi
l
izadosourompidoseainexi
stênci
a
demor adi
aconvenci
onalregul
ar”(
Brasi
l
,2009)
.
Percebe-seque,nãosócresceuonúmer odaspessoasem situaçãoder ua,mast ambém se
observaumamudançanoper f
il
dessapopul
ação,quealém daspessoasqueest ãonar uaem
decorrênci
adosprobl
emaspel ousodeálcooleoutr
asdrogas,mi gração,conf
li
tosfamili
ares
e/
out ranst
ornosmentai
s,opaí spassouat erf
amíli
asint
eirasvivendonasr uas( i
nclui
ndo
cr
ianças),escancar
andoassi
m,asmazelassocioeconômi
casexist
entes.
Amesmapesqui sadoIPEAapont
aoper f
ilsoci
odemográf
icodestapopulação,car
acter
izado
majori
tar
iamenteporhomensnegros,com baixograudeescolaridade,desempregadosou
com ativi
dadeslabor
aisinfor
mais.Geralmente uti
l
izam aspraças,oscant ei
ros,viadut
os,
prédi
os abandonados,orlas de pr
aias,pontes,logradour
os e áreas degradadas como
moradiasoupontosdereferênci
a(Natali
no,2020).
Dentr
eosf at
oresquelevam aspessoasaocont extodasruas,constat
a-seaf ragi
l
idadee
rompimentodosví ncul
osf amili
ares,necessi
dadesdecor
rentesdousodeál cooleout r
as
drogas,desemprego,vi
olênci
asedi fi
cul
dadenoacessoaosser vi
çospúbli
cos.Essadi nâmi
ca
t
ambém est ádir
etamenter el
acionadaaosucateamentodaspol í
ti
cassoci
ais,ocasi
onandoo
aprof
undamentodasdesi gualdadesevi ol
andodiver
sosdi
rei
tosdaspessoasem si tuaçãode
vul
ner
abi
l
idade.

EVOLUÇÃO DASPOLÍ
TICASPÚBLICAS
DIRECI
ONADASAO CUIDADO DA PSR
Aspol
ít
icaspúbl
i
casvol
tadasaocui
dadodaspopul
açõesem si
tuaçãoder
uasãor
ecent
es,e
têm omar colegalcom odecr et
onº7. 053de2009,quei nst
it
uiuaPNPSR.Embor arecente,a
i
nsti
tuição dest a Polí
ti
ca foie é fundamentalpara se pensarnos modos do Est ado se
rel
acionarepensarof enômenodasPSR.
Pensandonast raj
etóri
asdeexcl usãosocialdest
eest ratopopulaci
onal,f
az-senotarqueas
vul
ner abil
idadesàsquai sessaspessoasest ãoexpostassãodei númerasordens–pr i
vações
dedireitos,viol
ências,esti
gmas,desempr ego,necessidadesdesaúdement al.Dessemodo,
um dosobj
eti
vosdaPNPSRéar t
i
cularasaçõesnoâmbitodoSist
emaÚni codeSaúde( SUS)
eSistemaÚnicodeAssist
ênci
aSocial(SUAS)paraint
egrarequal
if
icarasofer
taseservi
ços
di
reci
onadosaocuidadodasPSR( Brasi
l,2009)
.
Nocampodasaúde,omar coparasepensarnocuidadodaspessoasem sofr
imentopsí
quico,
com t r
anst
ornosmentaisgravesepersi
stent
esepessoascom problemasdecorrent
esdouso
deál cooleoutr
asdrogasfoiapromulgaçãodaLeinº10.
216/2001,quer edi
reci
onaomodel o
assistênci
aem saúdement aleaPor tari
anº3.088/
2011,quei nsti
tuiaRededeAt enção
Psicossocial
const
it
uídaporum conj
untodeservi
çosquevisam pr
omoverocui dadoem saúde
ment al.
Seguindonessaperspect
iva,em out
ubro2011,aPol
ít
icaNaci
onal
deAtençãoBási
cainst
it
uiu
asEquipesdeConsul t
óri
onaRua( eCnR)comoum dosequipament
osdaRAPS,at r
avésda
Port
arianº2.488,sendoumai mpor t
ant
eestrat
égi
adecuidadoeampliaçãodoacessodas
PSR aos demai s servi
ços,of ert
ando cuidados em saúde,acol hi
ment o e art
iculações
i
ntersetori
aisdemanei r
amai soportunaei nt
egral(
Brasi
l,201 1).
Apr opostadaseCnRéocui dadoampl i
ado,mesmoqueest ejaem constanteart
i
culaçãocom
osCent r
odeAt ençãoPsi cossoci
al(CAPS) ,em suasdi versasmodalidadesdest i
nadosao
cuidadodepessoasem usopr ej
udici
aldeálcooleoutr
asdr ogasoucom t ranst
ornosment ai
s
graveseper si
stent
es.Comoj ásinali
zado,aPSR émul tif
acet ada,mui
tasoutrasexpr essões
daquest ãosocialafetam essaspessoascomo

[
..
.]t
uber
cul
ose, DSTs, hepat
i
tes vi
rai
s, doenças der
mat
ológi
cas, al
ém de
t
ranst
ornos ment
ais e var
iados t
ipos de sof
ri
ment
o psí
qui
co.A di
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icul
dade no
cumpr
iment
odosdi
rei
t
oseasdi
ver
sasf
ormasdevul
ner
abi
l
idadesqueat
i
ngem essa
popul
ação,como exposi
ção às var
iações cl
i
mát
icas,condi
ções i
nsal
ubr
es de
mor
adi
aedeal
i
ment
ação,eaçõesder
epr
essãoporpar
tedepol
í
ti
casdesegur
ança
públ
i
ca,af
etam negat
i
vament
eacondi
çãodesaúdedosi
ndi

duosem si
tuaçãode
r
ua (
HALLAI
S, BARROS, 2015, p. 06)
.

Além dequestõescl
íni
cas,demandascomof al
tadedocumentação,di
fi
cul
dadedeacessoa
benefí
ci
ossociaisporf
alt
ademei odecomunicaçãoeinfor
mação,comocadastr
osparater
acessoaunidadeshabit
acionai
s,al
iment
ação,t
ransf
erênci
aderenda,cest
asbási
cas,dent
re
out
rosbenef
íci
ossef
azem present
es.Nessaperspect
iva,énot
ável
queavisãosi
mpli
stacom
ool
harsomentepel
avert
entedoconsumodedr ogasdeveserdesconst
ruí
da(Mor
eir
a,2020).
Aintegração ent
re as pol
ít
icas públi
cas é um f
ator pr
edomi nante no pr
ocesso da
mat
erial
i
zaçãodosdirei
tossociai
s,eissosi
gni
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cadi
zerqueaar t
iculaçãoentr
eossetor
esé
responsávelpel
apr ovi
sãodasnecessidadessociai
sporum sist
emadepr ot
eçãosocialpor
partedoEst ado(Wanderleyet.al
.,2020).Noâmbi t
odoSUAS,ser vi
çoscomoosCent ros
Especial
izados de Refer
ênci
a de Assist
ência Soci
al(CREAS),o Centro Ref
erência de
Assist
ênciaSocial
(CRAS) ,Centr
odeRef erênci
aEspeci
ali
zadoparaPopul
açãoem Situação
deRua( Centr
oPop),CasasdePassagem edemai sservi
çosdeapoi oaessepúbl i
cosão
essenciai
sparaaefeti
vaçãodedi reit
osfundament
aisbásicosdest epúbli
co.
Entr
etantoaspolí
ti
cassociaisvol
tadasàPSRsempr eforam mar cadasporum vi
éshigieni
sta
ecriminal
izant
e.O hi
stóri
codeomi ssãodoEstadoem r el
açãoàpopul açãoem si
tuaçãode
ruarefl
eteatéosdiasatuais,com apostasem pol
í
ticasfocal
izadas,mor al
ist
asehi
gienist
as,
com foconacri
minal
izaçãodapobr
ezaei
nvi
si
bil
i
zaçãodaspessoasqueocupam osespaços
públ
icosdacidade.
HOUSING FI
RST:RESSONÂNCI
ASDE
UMA REDUÇÃO DEDANOSPARA
PESSOASEM SITUAÇÃO DERUA
Símbolodopr ocessoder edemocrati
zaçãodoBrasil
,aConst
i
tui
çãoFeder alde1988t
razem
seucapí tul
oII
,ar t
igo6dosDi rei
tosSociai
s,emboraquet
ardi
ament e,amor adi
acomodireit
o
socialbásico,assim comooacessoàsaúde,educação,assi stência,saneamentobásico,
ali
ment ação,t
r abalhoeoutros(Brasi
l
,1988).
Assim sendo,acompr eensãodoacessoàmor adi
acomodirei
tofundament alecomoumadas
estratégi
aspar ar eduçãodasi ni
quidadesvem ganhandocorponasdi scussõesdaagenda
pública.Embor aessemovi ment osejarecent
enoBr asil
,em out
rospaí sesasinici
ati
vasde
mor adia apoiada vêm ganhando notori
edade,como a cri
ação do Housing Fir
st(moradi
a
primeiro)pel o psi
cólogo e pesqui
sadorSam Tsember is,nos Est
ados Uni dos em 1992
(Tsember is,GulcureNakae,2004) .
Confor mepont uam GaioeDi ni
z,

Amor
adi
aébaseest
rut
urant
edasf
amí
li
as,oquenãodeveserdi
fer
ent
epar
aa
popul
açãoem si
tuaçãoder
ua,masel
anecessi
t
adesupor
tededi
fer
ent
esár
eas
como a saúde, assi
st
ênci
a soci
al,t
rabal
ho, di
rei
t
os humanos de f
orma
i
nter
set
ori
aleapoi
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rabal
hosoci
alconf
ormeasnecessi
dadesespecí
fi
cas
par
a super
ação das f
ragi
l
idades (
Gai
o & Di
niz, 2021, p. 13)
.

Di
fer
ent
e dosmodel
ost
radi
ci
onai
sde mor
adi
a par
a pessoasem si
tuação de r
ua e com
necessidadesem saúdement al,quesecaract
eri
zam porhabi
taçãopr
ovisór
ia(em abri
gosou
albergues)econdici
onam oacessoàmor adiacom aadesãoàum t rat
amentoem saúde,o
Housi ng Fi
rst(
HF)busca oper arcomo um model oinver
so:a moradi
a como i nt
ervenção
primáriaesem condicionali
dadespara,então,possi
bil
i
taroacessoaosser viçosdeapoi o
(Tsember i
seEisenberg,2000).
O HF t em se expandido pordiver
sospaísesno mundo,ganhando destaque atravésde
i
númer aspesquisasem desenvolvi
mentooucom r esultadosdei mpl
ement açãoposi t
ivos.O
programaAtHome/ ChezSoi,desenvol
vidoem diversascidadesdoCanadáapar ti
rdomodel o
estaduni
densePat hwaystoHousi ng(Tsemberis,2010),foiumadaspr incipaisreferências
para a consol
idação do HF enquant o prát
ica baseada em evi dências,apr esentando
contri
bui
ções i
mpor t
antes par
a as diret
ri
zes de i mpl
ement ação do model o,análise da
est
abil
idadedemor adi
aparaaPSR,osr esul
t
adospar
aaqual i
dadedevidaereduçãode
danosparaaspessoasem sit
uaçãoder
uaecom necessi
dadesem saúdement
al(Adai
ret
.
al
.,2017;Nel
sonet.al.
,2017)
.
Nessesenti
do,aReduçãodeDanos( RD)enquantoum conjunt
odeestr
atégi
aseaçõesde
cui
dado j
unto àspessoasque f
azem uso de ál
coole out
rasdrogast
ornou-se uma das
di
ret
ri
zesdomodel
oHF,possi
bil
i
tandoumaabordagem debai
xaexi
gênci
a,sem condi
ci
onar
amoradiaaot
rat
ament
oouabst i
nênci
a,edi
reci
onadaparaasnecessi
dadessi
ngular
esdo
i
ndivíduo.Nas inici
ati
vas i
nternaci
onai
s de HF,a abor
dagem da RD possibi
li
tou maior
estabil
i
dadedamor adia,di
mi nui
çãodosprejuí
zosdecor
rent
esdousodeál cooleout r
as
drogas( sem,necessari
amente,diminui
roucessarouso)
,maiorconf
iançaerespeit
oent re
usuár
iosetr
abalhadoresedi
minuiçãodasi
nter
naçõesnosservi
çosdeur
gênci
aeemer
gênci
a
(Paul
yet.al
.,2016;Aubryet
.al
.,2019;Chhabr
aet.al
.,2020)
.
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l
,a compreensão da RD,ini
ci
alment
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ornou-
se par
te da r
esposta sani
tár
ia no
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extodoHIV/
Aidsehepatit
esvi
rai
s,ai
ndanadécadade1989.Éapar t
irdocresci
mentodo
usodecr acknot err
it
óri
onacionalqueaRD eaPol ít
icadeSaúdeMent al
,ál
cooleoutr
as
drogascomeçam af azersuaspri
meirascost
uras,i
ncor
porandoasaçõesdeRDaoSUSpor
meiodaPor tar
ianº1.028(Brasi
l
,2005).
Ampliandoaat uaçãodaRDpar aalém docampodasaúde,énai nter
cessãocom agar
anti
a
dosdirei
tossociai
seaapost anocuidadoem redei
nter
setor
ial
queaRDencont r
aoHousing
First
.Nesseínteri
m,gar
antiroacessoàmor adi
aeampl i
aroacessoàspol ít
icasi nt
ersetor
iais
(saúde,assi
stênci
asoci
al,j
usti
ça,educação,t
rabal
hoer enda)éf undamental paraseef et
ivar
aemanci paçãoeautonomiadosindiví
duos(Teixei
ra,Lacer
da&Ri beir
o,2018) .
NoBr asi
l
,algumasexper i
ênci
asbaseadasnomodel oHF f oram desenvolvidaset iveram
dadospubl i
cados,comooDeBr açosAber t
osem SãoPaul o/SP( Rui
,Fiore&Tóf oli
,2016;
Alves,Perei
ra&Per es,2020),oPr ogr
amaATI TUDEem Reci be/
PE(West,2016),opr oj
eto
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Nasciment o&Rosa,2020)eopr ojet
oCui dandoda
Vida(Carval
ho&Fur tado,2021).
A aposta é buscarint
egraras ações e estratégi
as de pr
omoção,prevenção e atenção
exist
entesnoâmbi t
odaspol ít
icassoci
aisparaapopul açãoem sit
uaçãoder uacom outras
possibi
l
idadesde ofert
a de mor adi
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ti
cashigi
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cui
dadoem r
ede.
REFERÊNCI
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Adair
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ais.Al
ém di
sso,
aproxi
marasOrgani
zaçõesdaSociedadeCivi
làsuni
dadesdesaúdedaAt ençãoPri
máriaem
SaúdenosTer ri
tóri
os,vinculandoasmesmasàsaçõesdospr oj
etospropost
os.
Nesteestudo,aapr oximaçãodasOr ganizaçõesdaSociedadeCivilcom aAtençãoPri
mári
a
em Saúdesur gecomopot encial
izadorpar aàvincul
açãoer et
ençãodapopul ação-
chavee
pri
ori
tár
iaparaassistênciaaocui dadointegral,mai
spróxi
modot err
it
órioder
esidênci
adest
as
pessoas,oquer ef
orçaoat ri
butodai ntegral
idadeelongi
tudi
nali
dadedocui dado(BRASIL,
2018).

Apopul
açãoat
endi
dapel
aAssoci
açãoÁgui
aMor
enaeReduçãodeDanosdesenvol
veuo
proj
etocom apopul
ação-chavedePessoasUsuáriasdeDr ogas,nagr
andemaioria,jovens
queestãof
ixadosavár
iosl
ocaisdedr
ogadiçãoem diver
sospontosdaci
dade,em si
tuaçãode
negli
gênciadasnecessi
dadeshumanasbásicas,r
esi
dindoem l
ocai
sinsalubres(
próxi
mosa
acondici
onament
odel i
xo)equeseuti
li
zam dovíci
oedapr át
i
cadapr ost
it
uição.
Em r
elaçãoaest
apopul
ação-
chave,af
lut
uaçãoocor
repr
inci
pal
ment
eapósbat
idaspol
i
ciai
s
quedi
sper
sam ogr
upoparaoutrospontosdaci
dade,af
im deser
efugi
arem par
acont
inuar
em
ousodedrogasebebi
dasalcoóli
cas.

Nest
ecaso,umadasaut oras,em vi
si
tainlocoaum dest
esl ocai
s,nopr édiodaantiga
r
odovi
ári
a do muni

pio acompanhou,junt
ament
e com a equipe do pr
ojeto,as ações
desenvol
vi
das.Obser vou-
seoêxi
todaabordagem eadispensaçãodoskitsdeprevençãode
f
ormaacolhedora,podendoousuári
oabordaraequipedopr oj
eto,quandojáhaviaovíncul
o
est
abeleci
do;ouapr ópri
aequi
peexpl
icavaaonovoint
egrantedolocalapropost
adopr oj
eto,
com ori
ent
açõesquant
oàReduçãodeDanos,di
spensaçãodepr
eser
vat
ivoseof
ert
adet
est
e
defl
uidooralpar
aHIV.

Algunsmembr osdaequipedopr oj
eto,r
elataram que,em al gum momentodasuavi dajá
f
oram protagonist
asdessecenári
o,oquer eforçavaosent imentoempát
icoreal
dosmesmos.
I
stofezcom queel essecolocassem nolugardoout r
o,facil
i
tandooentendi
mentodealguns
l
inguajar
esadot adosporestapopulação-
chave,er econhecendoomel hormomentoparaa
horadaabor dagem. Estef oium fat
ordetermi nant
epar aaequi peatuarem pr
ont
idãoou
aguardaramel horocasi
ãoparaaabor dagem em cenaaber t
a.
Aeducaçãoent reparesi
nfl
uenciaocont extodemudançasoci alaparti
rdomoment oqueos
i
ndivíduospodem em conj
untodesenvolverpr át
icasqueprovoquem ostr
adici
onai
spreceit
os
sociocul
tur
aisquepõem asuasaúdeem r isco(CAMPBELL. ;JOVCHELOVI TCH,2000).
De acor do com a t
eori
a da Aprendi
zagem Soci al(Bandur
a,1977,1986) ,os i
ndiví
duos
aprendem anali
sandoacondutadepessoasdeval orsi
gni
fi
cat
ivo.Nocontextodaeducação
pelospar
es,estateori
ar ecomendaqueoseducador esdepar espossam seri
mpor t
antes
exemplos compor
tamentais e que a incl
usão de ações de aprendi
zagem i
nterat
iva é
i
mpor t
ant
epar aoprocessodeapr endi
zagem.Estat
eor i
adestacaqueassemelhançasentre
osindi
víduos(
oeducadoreopar )poderãoampl
iaropoderdecredi
bil
i
dadeedeconf i
ançana
mensagem.Assim,aast úci
adequeoeducadorcompar t
il
haasmesmaspar t
icul
ari
dadese
vi
vênci
aspoderácumprirum papelcr
ít
iconatr
ansfor
maçãocompor t
amental
.
SegundoLopez(2014)
,at rí
ade:ampli
aralegi
ti
midadedaspolí
ti
cas;i
ncor
porarnovosator
es
societ
ári
osef or
talecerarededeat
uaçãointer
agi
ndor
espost
asnãogovernament
aiscom as
redeslocaisdesaúde,j ust
if
icaai
mport
ânciaparaosgest
oresaproxi
marasorgani
zações
não-governamentaisnaexecuçãodapolít
icaàPVHIV com opropósi
todeimplement
are
apr
oxi
marasdemandasdaspopul
ações-
chavesdi
ret
adaação,ondehouverl
i
mit
açõesdo
poderpúbl
i
co.

Dest
afor
ma,est
emesmoaut
or,obser
vaque éper
cept
ível
anecessi
dadedai
ncor
por
açãode
at
ri
but
osausent
esdaburocr
aci
apública,queservem aest
apara:Quali
f
icaraspolí
ti
cas
ut
il
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zando-
sedaexper
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sedevincul
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ençãodapopulaçãochavepelospar
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ONGs;Ampli
aroalcancer
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populaci
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icasfor
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ecendoarededeat uação
de ONGs apr
ovei
t
ando sua capi
lar
idade t
err
it
ori
al;Supri
ra ausência de quadr
os para
i
mplementarasaçõeseat uarem em consonânciacom asdemandaseexpect at
ivasdos
benef
ici
ári
osdiret
osda ação compreendidoscomo uma est r
atégia de comunicação par
a
mudançanosent i
dodaadoçãodecompor t
ament osuníssonosàpr omoçãodasaúde.
JáapopulaçãoabordadapelaAssoci
açãodasTr avest
iseTransexuaisdeMat oGrossodoSul
(ATMS)estavaf
ixadaem diver
sospontosdaci dade,sendoexpostosàssi t
uaçõesder i
scos,
tai
s como:viol
ência,pontos de drogadição,cafeti
nagem e pr osti
tui
ção paraf i
ns de
sobr
evi
vênci
a,em si
tuaçãodevul
ner
abi
l
idadeàpr
ópr
iacondi
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cadesaúde.

Aequi
pedopr
ojet
oat
uouem t
odasasaçõesem campo,vi
si
tasem est
abel
eci
ment
os(
bar
es
eboates)eem domicí
li
osdet r
avest
isetransexuais.Nestesespaçostambém f
oram capt
ados
probl
emasqueest ãorelaci
onadosaopúbl ico-
alvo,com objet
ivodeacessarsempr enovos
usuári
os.Demonstrou-se que exi
ste uma f l
utuação dessa popul
ação-
chave,devido às
const
antesvi
olênci
assof
ri
das.Poucosdenunci
avam est
assituações,devidoaopreconcei
to
vi
venci
adoem r el
açãoasuacondiçãogêneroousexual
,oquet ambém j ust
if
i
cavaof at
ode
querarament
eacessavam aosser
viçosdesaúdeededirei
toshumanos,oquedesencadeou
ori
ent
açõesdecomor ecorr
erarededepr ot
eçãoedesaúdeem situaçãodeexposi
çãoao
ri
scoasISTreal
izadopelaequi
pedopr ojeto.Oprocessodeabor
dagem per
miti
uaentr
egade
ki
tsdeprevenção,captaçãodenecessidadesdeencami nhament
ospar aarededesaúdee
ori
ent
açõesem educação,promoçãoepr evençãoàsIST.
CONSI
DERAÇÕESFI
NAI
S
Nest
aexperi
ênci
a,observou-
sequehouvef oment
odosplanosoper ati
vosdest aspolí
ti
cas
públ
i
casem saúde no municí
pio em quest
ão,em rel
ação à prevenção dasI ST,quando
apoi
adaspel
asOrgani
zaçõesdaSociedadeCi vi
l
.Apar
ti
rdaest
ratégiadepublicaçãodoedital
de chamament o públ
ico,houve apr oximação desses at
ores,ampl i
ação do acesso das
populações-chave,àsaçõesdepr evençãocombi nadaecui dadointegralàsISTHI V/
Aidse
Hepatit
esVi rai
s,sendoqueot err
itór
ioseconsol i
doucomoum espaçodepr evençãoaliado
aosser vi
çosdesaúdepúbl i
cos.Além disso,osedit
aisdechamament opúbl i
co,com al
gumas
adaptações,podem serr epl
icadospar a outrasáreasda saúde,nasquai stambém haj a
necessidadedei ncent
ivarepromoverapar ti
ci
paçãodeatoresexternos,deformapropositi
va
efocadanoenf rent
amentodosagr avosàsaúdenoster
ri
tór
ios.
Destaca-se,queosator
espar t
ici
pantesseunem em um pr
ocessodecol
aboraçãoedeixam
osconfli
tosparasomarem seusesf or
ços,f
azendocom queessacooper
açãoapresent
eum
cunhoinovadorpelosf
ormuladoresdaspolí
ti
casdest
anatureza.

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ância,PrevençãoeCont r
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Populações-Chaveem HIV,Hepat i
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GABRI
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SPEREI
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oscomoameaçaaosbons“ costumes”deumasociedade
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segur
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sécul
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ainda em cur
so)pel
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osdi
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toshumanos,em buscader
econheci
ment
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Miskol
cietal
,2018,p.3816)
.

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ela( 2019),af r
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buiçãodeum val ornegati
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aor igem aopr econcei
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a,2019,p.5).Trata-
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minantesdevulnerabil
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açõesdeseusdi rei
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Assim,oobjeti
vodest
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osimpact osnaproduçãodassubj eti
vidadeseosdesaf i
osdianteaproduçãodoest i
gma
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acionadoàgaysebissexuaisadeptosdessaprát
ica.Par
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cessordessa
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lexão,em um pr
imei
romomento,buscamosapresent
arumabrevedescri
çãosobr eoqueé
chemsex.Nasequência,context
ual
izarosimpact
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canaesf eraindivi
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,mas
também na produção e oper
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prati
cantes.

Esseexer
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ornodessaagendademodoapensar
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adosdeconsciênci
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são,portanto,pr ocessosqueenvolvem di
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icas,econômicas
(Souzaetal .,2020) .

O sexoquí
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econheci
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ocomoapr át
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o,2019).As pr i
nci
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zadas durantea
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o), GBL (gama-but
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olactona),a
metanfet
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eout r
os(HOORNENBORG,etal .
,2018).
Osef ei
tosaparti
rdousodessassubstânci
asestãopri
ncipal
mentevi
nculadosaoaument oda
excit
ação sexuale eufor
ia.Há também aqueles que rel
atam o aumento da f
requênci
a
cardí
acaedapr essãoar
teri
alcomor esul
tant
edaadi çãoadvindadousopr ol
ongadoda
subst
ância.Esse quadr o de event
ualr isco é provocado medi anteai ngest
ão dessas
subst
ânciaspsicoati
vas.O usoantesoudur ant
eoexer cíci
osexualprevêopr ol
ongamento
das sessões sexuais bem como a int
ensidade,poi s como infor
mado anteri
orment
e,há
aumentodaexci taçãosexual,écomum aut i
li
zaçãodessassubst ânci
as,em especi
al,do
GHB,popul ar
ment econhecidonoBr asilcomoGi ,duranteapr áti
cadof i
sti
ng edadupl a
penetr
açãodemodoaest i
mularadil
ataçãoanal( Frei
tas.,Lei
te&Si l
va,2016).

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amodal i
dadedesubjeti
vaçãoochemsexquel evaaspessoasar eal
i
zam sexosoboefei
to
de subst
ânci
aspsicoat
ivas,tem sido associada,substanci
alment
e,entr
e homensgayse
bi
ssexuai
s.Deacordocom ar evi
sãodel it
eraturapropostaporJohnMadureira(
2020)80%
daspesqui
sassobr
eochemsexnoBr
asi
lenaEur
opa-Rei
noUni
do-
,tem comopopul
ação
al
voasexper
iênci
asdegaysebissexuai
scorrelat
oàsquest
õesdasi
nfecçõessexual
ment
e
t
ransmi
ssí
vei
s( I
ST).Al
ém di
sso,essaspesquisasapr
esent
am umainfi
nidadedeusosde
substânci
as que est
ão di
ret
ament
e vi
ncul
ados a essa pr
áti
ca.Nesse senti
do t
emos a
prol
if
eraçãodapráti
cachemsexcol
adaaexper
iênci
adegaysebi ssexuai
snest
edebateeda
prol
if
eraçãodeIST.

Si
l
vaetal
(2019)dest
acaqueapr
áti
cadechemsexai
ndaquet
enhaapopul
açãodehomens
gays e bissexuai
sfoco de capi
lari
zação,há r
egi
str
o de talmodal
idade ent
re homens
heter
ossexuais“quepr
omovem festasregadasamúl
t
ipl
asdrogasquepossam pot
encial
i
zare
prol
ongarodesempenhosexualear eal
izaçãodesexocom múltiplosparceir
oseparcei r
as”
(2019,p.1922) ,chamandoatençãoparaosi mpactosgener
ali
zant esentr
eseususuár iose
dosmecani smosdeenf rent
amentocomoumapr obl
emadesaúdepúbl i
ca “hajavistaa
possibil
idade para al
ém da dependência quí
mica,é a aqui
sição de I STs e os efei
tos
negativosdasdr ogaspodem aindadarorigem aprobl
emasment ais”(
Sil
vaetal .
,2019,p.
1922)consi
der
andoquet ai
scomport
amentospodem est
arassoci
adosaosenquadr
amentos
dessaspopul
açõesem context
osdeint
ensadesi
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e a vi
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rut
uralque ci
rcunscr
eve esses corpos podendo l
evara quadr
os de
adoeci
mentoesofr
imentof
ísi
co,emocionalepsi
col
ógico.

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áti
casex
ual
queenvol
veai
nser
çãodamãoouant
ebr
açonav
agi
naounoânus
.
Dessemodo,ousof requent
edesubstânciasparaoexercíci
osexualdest
acaapr
eocupação
deespecial
i
stasepesquisadoresnaárea.Em entr
evist
aàr evi
st
aCar taCapi
t
alopsiquiat
ra
BrunoBranquinho(
2021)relat
aqueousocont ínuofunci
onacomoum modusoper andipara
asr el
açõesaf eti
vasesexuai s,poisésoboef eit
oe/ ouusodessassubst ânci
asqueessas
dinâmicassexuai soper am.Noent ant
o,paraopsi quiatr
aaut i
li
zaçãosistemáticadessas
substâncias não só aument am o r i
sco a di
ver sas doenças,como podem desenvol ver
compor tament oseat it
udesdedependênciafísi
caepsi cológica.Branquinhoargumentaqueo
prazerpr oporcionadopel asubstânciaémoment âneoepodemascar aroutrossenti
mentos
negativos e/ou di f
iculdades af
eti
vas de mant err el
ações dur adouras.Já o quadr o de
dependênci aasubst ânciaéobservadoquandosuaut il
izaçãoocor r
epar aalém dassessões
dechemsex,maséper
cebi
daem out
roscont
ext
osei
nter
açõessoci
ais.

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o mani
fest
ação soci
alr
evel
a di
mensões i
mpor
tant
es nas di
nâmi
cas
soci
ais,pois apr
esent
am el
ementos de or
dem epi
demiológi
ca,compor
tamental
,sociale
subj
etiva.Deacordocom oMini
stér
iodaSaúde(2019)aindaqueapósai ncor
poraçãodas
novastecnol
ogiasdeprevençãoaoHI V/AIDS,comoasPr ofi
l
axi
aspré-Exposi
ção(Pr
EP)e
Prof
il
axi
a pós-exposi
ção (
PEP)t em contr
ibuí
do par
a di
minui
ção doscasose quadr
osde
i
nfecçãoem determi
nadosgrupospopulaci
onai
s,comodehomensgaysebi ssexuai
sbr
ancos
ecom taxadeescolari
zaçãoalt
a.Durant
eapráti
cadechemsexospr at
icantesestãomai s
vul
nerávei
sa di
minuição dasbarr
eir
asde pr
oteção em decor
rênci
a dasl ongassessões
sexuai
s,dosmúl
ti
plosparceir
osedosexodesprotegi
do–sem ousodopr eservat
ivo-,são,
al
gunsdosdesaf
iosdecor
rent
esdessaspr
áti
cas.

A discussão no campo das exper i


ências sobr e essa prát
ica sexualexpõe em seu
f
uncionamentoadi nâmi
caer eproduçãodospr ocessosdeestigmati
zaçãoem rel
açãoaos
prat
icant
escomodupl avet or
ização:relacionadoàspr át
icassexuaiseacondut adeseus
prat
icant
es.Novamente,contr
ibuindopar aar ei
fi
caçãodoest i
gmacomomar capotenci
alde
desquali
fi
caçãodosindi
víduosegr upossoci aisdefi
nidosapartirdemarcador
essociai
sde
desi
gual
dade.

Assim,paracompr eenderasi nterconexõesentreosefeit


osdapr áti
cadechemsexcomo
agravo à saúde,os pr ocessos de est i
gmati
zação a el
e associado e a pr
odução de
desigual
dades,faznecessár i
o considerarcomo se ar
ti
cul
am a mar cador
essociai
scomo
cl
asse,gênero,ori
entaçãosexual ,raça–ent r
eoutros–esuaco- dependênci
aasquestões
r
elaci
onadascomopr
odut
oradeadoeci
ment
oeagr
avoàsaúde.
Di
antedessaconjuntur
aem querevel
am osriscosdessapr
áti
cat ant
oem suadi
mensão
i
ndi
vi
dual–singul
ar,comocol
eti
vaaocol
archemsex,I
STsepopulaçãodegaysebi
ssexuai
s,
no i
ntuit
o de pensaressesdi scursosdent r
o de uma agenda est
igmat
izant
e e neol
i
beral.
Assi
m,f az-se necessári
oreconhecert ai
sdemandasdesde uma per specti
va dosdir
eit
os
humanoscomof ormadecontri
buirpar aoalcancedodi
r ei
toàsaúdecomodi r
eit
oàprevenção
queatravessam osmar cosconsti
tucionai
sedemocr át
icos.

Assi
m,ocorpoét omadocomonãof ixo,comoqueraper spect
i
vanatur
ali
sta,maspodeser
modi
fi
cado,aper
feiçoado,e suas necessidades pr
oduzi
das e or
gani
zadas de di
fer
ent
es
manei
ras.Éapar t
irdessal
ógi
ca,quecompr
eendoocorpocomoessaesf er
ai ndi
vi
dual
,mas
t
ambém colet
iva.Nocasodapráti
cadechemsex,adi
scussãodeveincor
poraraperspect
iva
dosdi
rei
toshumanosnoenf r
ent
amentodoesti
gmaedadi scr
imi
nação,i
ncorpora-
setambém
adimensãodapol í
ti
cader eduçãodedanoscomoal iadaagar ant
i
adosdir
eit
oshumanos,
pr
inci
pal
mente, para populações que são at
ravessadas por mar
cador
es soci
ais da
desi
gual
dadequei
nter
secci
onadosconst
it
uem-
secomomar
casdevul
ner
abi
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idade.

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iade
Vi
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rehomensquef
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D-19:pesqui
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ca.Cader
nosdeSaúdePública,36.
FALANDO DEDROGASNO
SUS:MEDOS,DÚVIDASE
MORALIDADESNA FORMA
COMUNICACIONALDE
TRATAR CONJUNTAMENTE
PROMOÇÃO DA SAÚDEE
USO DEDROGAS
LI
ANDRO LI
NDNER

CAPÍ
TULO
I
NTRODUÇÃO

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ca,mast ambém caminhando
par
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bil
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zação,quevi
seamudançadepar
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undament
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Moral
idadeéumapal avradúbia.Seporum ladorevel
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ações,
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entando normatizá-
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izada como medida de
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ima concepção.O cr esciment
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a em si
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ua,distant
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cos,cadaum com umahi st
óriadevidaeumapar t
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odasdiscussões.

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acol
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ocal
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ogasaoarl
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vre,vi
rouum
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darcom ousodedrogase,além di
sto,umarefer
ênci
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ormacom queosgover
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sdesprovi
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o parece dominara atualr
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anomaiorquel
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aum mododevivermel
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codecaridade–ondeum sermai orestendeamãoaum
serdecadent
eeopuxapar aocaminhodaluz–aexpr essãonãoconsideraoconhecimento
eossaberesdospri
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ios.Reduzidosacorposmagrosesem
bri
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ho,envolt
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aposecober t
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ios,aspessoasquevivem e
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ransi
tam naregiãonãofazem partedaformul açãodepolít
icasvolt
adaspar aelasmesmas.
Sãoapenasal vosondeosdar dosdaexper imentaçãosãoj ogadose,mui tasvezes,estes
acabam poratingi
rseuspont osvitai
s,evidenciando aint
enção camuflada de el
iminação
dest
esgruposdor ai
odool hardequem frequentaaár eacentraldamaiorcidadedoBr asi
l.

Mas,mesmodi
ant
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dest
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eir
as.Prof
issi
onai
sdesaúdee
out
rasáreas,at
ivi
stas,rel
igi
osos,membr osdeorganizaçõesnãogover
namentais,i
ntel
ectuai
s
eoutrosgrupossemobi l
i
zaram e,além debuscarameni zarasdor
escausadas,constr
uíram
um espaçodevalorizaçãodaaut oesti
maedepar ti
ci
paçãodessaspessoas.

Al
i
,al
ém det
rocaseconst
ruções,umaf
ormadi
f
erent
edepol
í
ti
caéexer
cit
ada,ondeopont
o
devistaparaabuscadesol uçãopartedavalori
zaçãohumana.Asi t
uaçãodaCr acol
ândia
evi
denciaumaf ormasel eti
vadel i
darcom osusuári
osdedr ogas.Amot i
vaçãoest
ácalcadano
possívelmal-
estarqueapr esençadelescausa,enãonousodedr ogasem si
.Esteacontece
em todosospont osdaci dade:nasper i
f
eri
asdist
antesenosbai rrosnobres.Adif
erençaestá
naqual i
dadedadr oga,causador adeum danomenor ,epr
incipal
ment enoentor
noem queel a
é usada.A mor
ali
dade seleti
va e di
reci
onada,no entanto,apont
a o dedo par
a osmai
s
di
stanci
adosdopadrãoexigido,t
ornando-
osalvodatruculênci
aedoabandono.
COMUNI
CAÇÃO,
SAÚDEEPODER

Uma quest ão que perpassa toda adi scussãodeutil


izaçãodesímbolosadequados,
de polí
ti
cas comuni
cacionai
s como apoi o aoenf rent
ament odeal gumadoençaede
deci
sõesfr
entes as emergênci
as da saúde públ i
ca é ar eal
idadedasdecisõesde
poder
,eondeeleseassentaquandoest
as deli
berações pr
ecisam sertomadas.

O podermédi
co,r
epresent
adonafi
gurado pr
ofi
ssi
onal com capaci t
ação e tit
ulação
pr
ópria par
a ist
o,sempre pai
rou aci
ma dosdemais prof
issi
onai
s em saúde,mui t
as
vezesvi
vendo em confl
i
to com el
es. Quando acomunicação passou a int
egrar
um campoespecí f
icodent
rodaár
eadesaúdepúbl
ica,t
razendosuaspecul
i
ari
dadese
somandocomoum el
ement
oamai s nas deci
sões pol
í
ticas,f
icou evidenteochoqueentr
e
saber
esquepoder
iaseconst
it
uirnumanovaár eadeatuaçãoi nt
erdi
scipl
inar
,mast ambém
numa ar
ena f
eri
na de di
sput
a depoder
es.

Consi
derandoasidei
asdecri
açãodesímbolos nest
alut
a,comopr
oduçõescul
tur
ais,pl
enas
desi
gnif
icados,est
aspossuem um “
sistemader ef
erênci
ast
eór
icas em que se
def
ini
ram consci
ent
e oui
nconsci
ent
ement
e”.Como af
i
rma Bour
dieu(
1989)
,esses “
(.
..
)
„si
stemas si
mból
icos‟
, comoi nst
rumentos de conheciment
o e comuni
cação,sópodem
exercerum poderestrut
urant
e porque são est
rut
urados”e acrescent
a “ É enquant
o
i
nstrument
os estrut
urados e estrut
urant
es decomuni cação e conheci
mento que os
si
stemassimból
icos”cumprem a sua função pol
ít
ica dei
nstr
umentos de imposição ou
de legi
t
imação dadominação, que contr
ibuem para assegurar adominação de uma
classesobreout
ra(
viol
ênci
asi
mból
i
ca)dandoorefor
çodasuaprópr
iaf
orçaàsr
elações de
força que as f undament
am econtr
ibui
ndoassi
m,(..
.)par
aa“ domest
icaçãodos
domi nados‟
.

Nunca f
oipací
fi
ca,e pensamosque nosdiasde hoj
e se t
orna menospacífi
ca ai
nda,a
cooper
açãoentr
eestasduasár easdoconheci
mento(Medici
naeComuni cação)
,fi
cando
evi
dente–namaior
iadoscasos-apreponder
ânci
adosabermédi coincl
usi
venasdeci sões
pri
nci
paisdaspolíti
casdecomunicação.Aepi demi ol
ogia,queapont aoselement osdeuma
deter
minadapatologi
aem tempoecampoespecí fi
co,ser vecomoum subsí di
of undament al
paraaelaboraçãodemet asder eduçãodecasosoudemedi dasprevent
ivas,masnãoé
apenasoúnicoelementoaserconsiderado nest asci r
cunst âncias.Nocasodat ubercul
ose,
o podercentrado nas mãos dos médicos estava ali
ado ao pouco desenvol vimento de
medicamentosparacombatesadoença.Ant esdel esotr atament oseresumi
aadescanso,ar
pur
o(pr
efer
enci
alment
eem sanat
óri
os)eal
i
ment
açãoadequada.
O paci
entesesubmet i
aaestasati
tudes,guiadospel
amãodomédi coquedi t
avaasf or
mas
de condut
as que deveri
am serseguidas para uma super
ação.Não é raro ver
if
icarem
campanhasdosanos20e30al i
gaçãodeat it
udeschamadas“desr
egradas”,comobebidas,
ci
garr
osef estas,comofomentador
asder iscoparaacont aminaçãodat
uber
culose.Ati
t
udes
est
ascarregadasdeval or
ação mor alque er am segui dascomo lei
spelospacient
es,e
pel
as famíl
ias,a fim de se obt
ero r esult
ado sat
isf
atóri
o.Com o advent o dos
medicament
os,a mudança noscostumese a proli
feração da doença nossubúr
biosdas
grandesci
dadesenosgr andesconglomeradosurbanos,avi gi
l
ânciamor alqueseexerci
a
antesfi
camaisf
rouxaecom resul
tadoínf
imo.O desafi
oentãosur genaformadaadesãoao
medicamento e na f i
nali
zação dos longostr
atamentos,al
ém deout
rospont
oscomoa
const
ruçãodei nf
raest
rut
urasadequadase,novamente,amoviment
oscont
raadiscr
imi
nação
eopr econcei
to.

Par
aMarx( 1980)adivi
sãoclassist
adasociedadef
azi
acom queasrepr
esentaçõessociai
s
f
ossem constr
uídas pel
as classes domi
nantes,no ent
ant
o,est
as são reint
erpr
etadas
const
antement
eem cadasegment
osoci
alespecí
fi
co.Quandosepensou numa respost
a
brasi
l
eir
a aquest
ãodousoabusi vodeál
cooleoutrasdr
ogasseobjet
i
vouimpul
si
onaros
ser
viçospúbl
icose ospr
ofissi
onai
sde saúde,mastambém invest
irno envolvi
mento de
set
orescomunit
ári
oseem estr
atégi
asdecomuni
caçãodi
reci
onadasqueproduzissem ef
eit
os
nãoapenassat
isf
atór
iosmaisi
novador
es.Eum doscaminhospara ist
o era trazer par
a
mais pr
óxi
mo daspopulaçõesat
ingi
das,em ger
al populaçõesempobreci
dassem gr
ande
acessoosmei
osdecomuni
caçãomai
sel
abor
ados,anecessi
dadededesper
taroi
nter
esse
paraestareal
i
dadeeseuscomplicador
esdeent orno.Parat alnovasabordagens eram
necessár
ias ali
ando ações de saúde,apoi o aos paci
entes e desenvol
vi
ment
o de
sent
imento de soli
dar
iedade aos atingi
dos,evit
andodiscri
minações.

NodizerdeGonzál esdeGomes( 2001),se r evela a const r


uçãodeconheci ment oa
part
i
rdeum pr ocessodeconheci mentodeout rosconhecedores.O sabermédi coi ndicaa
medida de pr evenção,o conheciment o comuni caci
onalmapei a a melhormanei r
a de
t
ransmi ti
-l
oapopul açãoeest a,porsua vez,r ecebeopr odut
odest etrabal
hoeor essignif
ica
dentr
odoseucot i
dianouti
l
izando-oatravésde f ormasi nser
i-
lo como apoio paramudança
decompor tamento.
Além disto,asmudançasnasconcepçõesdesaúdeedoençar evelaram maiscl
arament eque
aspat ologias,quepassam aser em vistasalém deum f at
obiológico,sãotambém como
r
eal
i
dadesconst
ruí
dast
ant
ohi
stor
icament
ecomonaexpr
essãocol
eti
vadoi
ndi

duo.

ParaCanguilhem (2009)adoençaé“ umar eaçãogeneral


izadacom i
ntençãodecur a”
,no
caso em t
ela,a ut i
li
zação desi
mbologias com raí
zesbéli
cas(GuerraasDr ogas)indi
ca
que o cami nho para se chegar àint
enção f i
nal passa por uma ar r
egi
mentação
semelhant
e à ut il
i
zada em bat alhas e out rasmanobras mi li
tar
es, onde o
f
undament
alparaaj
udaro paci
ent
eera”deli
mit
aredeter
minarseumal
”(SYDENHAM apud
CANGUILHEM,2009)
.JáSusanSontag( 1989)expl
oralar
gamenteaidei
ade“metáfor
as
mil
i
tares”nautil
i
zaçãodeestrat
égiasdecombateapr ol
i
fer
açãodeal gumaspat ol
ogias.Para
a aut ora t ai
s met áf
oras“contr
ibuem para a est i
gmatização de certasdoenças e,
por extensão,daquel
es que est ãodoentes.
”Acr uz,porexemplo,jáservi
udeí conepara
vár
iascausas,amai or
ial
igadaàsal vação,nosent
idoder edençãosuperiorparaalguém ou
um grupoem difi
culdade. Também ser vecomo el ement
o dei dent
if
i
caçãodediversos
gruposcom t
rabalhodecari
dade,bem comoprot
eçãoem empreitadasrumoaodesconhecido
comoaCr uzdeMal taqueeraost
ent
ada nas caravel
as que desafi
avam osoceanosrumo
aonovomundo.

Comoaf ir
maBour dieu,esses(.
..)‘si
stemassimbólicos’
,comoi nst
rumentosdeconheci
mento
e comunicação,só podem exer cerum poderest rut
urante por
que são estr
utur
ados”
.E
acrescent
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rument os estr
utur
ados e estrutur
antes de comuni
cação e
conhecimentoqueos‘ si
stemassimból icos’
cumprem asuaf unçãopolít
icadei
nstr
umentosde
i
mposi
çãooudelegi
ti
maçãodadomi nação,quecont
ri
buem par
aasseguraradominaçãode
umacl
assesobr
eout
ra(vi
olênci
asi
mbólica)
,dandooref
orçodasuaprópr
iafor
çaàsrelações
defor
çaqueasfundament
am econt
ri
bui
ndoassi
m,(
..
.)par
aa‘
domest
icaçãodosdomi
nados.
(BORDIEU,1989)
.

Ver
if
icamosai
nda,queot
ext
oécompost
opordi
ver
sasvozes–suj
eit
osdaenunci
ação,ou
sej
a,ai
magem queodi
scur
soconst
róisobr
eaqui
l
odoquesef
ala.Mi
khai
lBakht
i
n(1979)
,
queinf
luenciouosestudosdal i
nguagem apart
irdasidei
asdepoli
foniaedialogismo,defende
queodi scur
sosetecepolif
onicamente,num j
ogodevár i
asvozescruzadas,compl ementares,
concor
rentes,cont
radit
óri
as.Paraoaut or
,odialogi
smoéacondi çãodosent i
dododi scurso.
O princípi
odi alógi
codecor redai nteraçãoqueseest abeleceentreossuj eit
osnot ext
o.Ao
t
ratardodi alogismo,Bakhtin,nosest udosdeJacquel i
neAut hier
,“háumanegoci açãoent r
ea
heterogeneidade most rada na l
inguagem e a het erogeneidade consti
tut
iva da li
nguagem,
ondeosuj eitolocal
izaoout roedel imi t
aoseul ugarmovi dopelailusãodocent r
o,desera
f
onte do di scurso.”Par a el
e,a i nteração ent
reinterlocut
ores é o pri
ncípi
of undadorda
l
inguagem.Nest ecaso,osentidodot extoeasigni
fi
caçãodaspal avrasdependem dar el
ação
entresujeit
os.
Oaut ordefendeassi m queaintersubj et
ivi
dadeéanterioràsubjet
ivi
dade,poisar elaçãoentre
osinterlocutoresnãoapenasf undaal i
nguagem,mast ambém const r
óiospr ópri
ossuj ei
tos
produtoresdotexto.Nocampocomuni caci
onal,oconceit
odeintersubjet
ivi
dadevem ref
orçar
avisãodopar adi
gmaconst ruci
onistadequeanot íci
aéum produtor esult
adodainter
ação
entre os diver
sos sujei
tos i
nseri
dos no processo.Estes suj
eitos podem serconcretos,
presentesno ato de inter
ação verbal
,ou presentesde outr
af orma at r
avésde quest
ões
subjet
ivasenãoexpl ícit
as.Assi
m,comoodi scursonãoéproduzidoindividual
ment
e,porque
seconst róientr
epelomenosdoi si nt
erl
ocutores,também éfrutodar el
açãoent
reout ros
di
scur
sos.
Destaf or
mafi
caevident
equeaconst ruçãodeest r
atégi
asdecomuni caçãopúbl
icasobre
prevençãoet
rat
amentodousoabusivodeálcooleoutrasdrogas,estái
nti
mamenteligadaao
conjunt
odemedidassoci
aisquevi
sem modif
icarasabordagensjuntoagruposvul
nerávei
se,
especialmente,chamá- losa par ti
ci
pação destasconst
ruções.A valori
zação de sentidos,
expressaem mat er
iai
sedi retr
izescomuni
cacionai
s,deverefl
eti
restareal
idadedeusuár iose
usuári
asdedr ogas,sobretudoospr obl
emát i
cos,afi
m defazersentidoaelesnael aboração
dest
ar eal
idadenoseucot idi
ano.O conceit
ode“ GuerraasDr ogas”jáderrot
adoem sua
si
gnifi
caçãoepr áti
ca,devedarl ugaraumaf ormademai oracol
himentoemenosj ulgamento
moral,const r
uindo pontesde sol i
dari
edade que dever
iam se estendere formularnovas
mentalidadesenovasr eal
idades.

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zete da Rocha Vi eira de Bar ros -Doutorado
pel
o Pr ograma de Pós- Graduação em Saúde e
Desenvolvi
ment
o na Regi ão Cent ro Oeste (2014).
Graduaçãoem Odont
ologiapel
aUni ver
sidadeFederalde
Mato Grosso do Sul( 1984).Atualmente Prof
essora
Adjunta da Faculdade de Medi ci
na da Uni versi
dade
Federalde Mat o Grosso do Sul- Famed/ UFMS.Tem
experi
êncianaáreadeSaúdePúbl i
ca,SaúdedaFamí li
a
eComuni dade,ProcessosEducaci onai
sem Saúdecom
ênfaseem MetodologiasAtivasdeEnsino-aprendi
zagem,
atuando pri
nci
palment e nos segui
ntes t
emas:At enção
Pri
mária, Saúde Mat er
no-i
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, Saúde da Cri
ança,
saúdedaMul her,Pr
ocessosEducaci onai
sem Saúdee
Metodologi
asAtivasdeEnsino-aprendi
zagem.
Fabiane Mar ques Neves Di t
tmar Duar t e -
Graduação em Enf
ermagem pela Univer
sidade parao
Desenvolvi
ment
o do Est
ado e da Região do Pantanal
,
pós-graduaçãoem Assistênciaem Oncologia,Saúdeda
Famí l
i
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ualmenteestácursando
mestrado Saúde da Famí li
a na UFMS com ênfase em
Polí
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cadeSaúde.Enf ermei raconcursadapelaPref
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MunicipaldeCampoGr ande-MS,at uanasaúdepúbl i
ca
desde2005,at
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Gabr ielLui s Pereira Nolasco -Psi cólogo.Mestr


e
em Psi cologi
a pela UFMS.Dout orando em Psicol
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caDom Bosco-UCDB,l i
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BolsistadaCoor denaçãodeAper f
eiçoamentodePessoal
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or-CAPES.I ntegrantedoLabor at
óri
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Psicologi a da Saúde, Pol í
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cas da Cogni ção e da
Subjet i
vidade.Pesqui sa na i
nterface entr
e Psicol
ogi
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Soci
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es temas: pol
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cas,gênero,sexual
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cação e Saúde,
psicanal
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eem Comuni caçãoe
I
nformação em Saúde (ICICT/Fi
ocruz) e Dout
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Ciênciapel
atesededoutoradodefendidanaFaculdade
deSaúdePúbl i
cadaUSP,sobr epopulaçãoem si
tuação
derua.Em Port
oAlegr
e(RS),coordenouoProj
etoArpão:
Comunicação,Pr
evençãoeParti
ci
paçãojunt
oaosistema
peni
tenci
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o gaúcho durante doi s anos. Prest
ou
consul
tor
iai
nter
naci
onalem Moçambi
queeSãoThomée
Prí
nci
pe no cont
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icano.Coordenou a ár
ea de
comuni
caçãoemobi li
zaçãosocialdoProgr
amaNaci onal

Mai sa Carval ho Mor eir


a - Assi stente Soci
al,
especial
i
staem Gest
ãodeRedesdeAt ençãoàsaúde
(FundaçãoOswal
doCruz),especi
ali
staem SaúdeMent al
(ULBRA/FESP).Mest
randa em Ser vi
ço Social(
UFT)e
Pr
ofi
ssi
onaldo Consul
tór
io na Rua do Muni
cípi
o de
Pal
mas-TO.

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