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Portaria MJSP nº 18/2020

(aprova a Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública – DNAISP).

É uma proposta de padronização e orientação para o desenvolvimento dos ciclos de planejamento,


execução, monitoramento, avaliação e consolidação das ações e operações integradas de segurança pública
e defesa social no Brasil.

Aplica-se nas três esferas de governo (União, Estados, DF e Municípios).

Capítulo 1 Capítulo 2 Capítulo 3 Capítulo 4


Premissas, princípios, Objetivos, níveis de Descrição da metodologia Conceitos, estruturas,
diretrizes, modelo de liderança, responsabilidades, do Processo de Atuação competências, requisitos
processo decisório, status estruturação, composição, Integrada (PAI), e procedimento
operacionais e fluxo de governança e gestão e etapas detalhando as principais administrativo padrão
informação e comunicação para implantação do Sistema etapas e atividades dos Centros Integrados
entre os centros integrados e os Integrado de Coordenação, realizadas durante os de Comando e
órgãos envolvidos na Comunicação, Comando e ciclos de planejamento, Controle.
operação ou atividade Controle (SIC4). execução, monitoramento,
integrada. avaliação e consolidação.

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1 FUNDAMENTOS DA ATUAÇÃO INTEGRADA

Fundamentos da atuação integrada:

 Estabelecer a base doutrinária para o Processo de Atuação Integrada (PAI) na realização de ações e
operações de segurança pública e defesa social, operacionalizando o Sistema Integrado de
Coordenação, Comunicação, Comando e Controle (SIC4) nas três esferas de governo.

 DNAISP apresenta a metodologia de aplicabilidade nos ciclos de planejamento, execução,


monitoramento, avaliação e consolidação para as operações integradas de segurança pública e
defesa social, realizadas entre os órgãos de segurança pública.

Premissas / Pressupostos da Atuação Integrada

 Respeito à autonomia dos entes federativos e atribuições legais dos órgãos de segurança pública e defesa social;

 Respeito à cultura organizacional de cada agência/instituição, otimizando a habilidade e conhecimento técnico;

 Integração dos órgãos de segurança pública e interoperabilidade dos sistemas;

 Utilização de um ambiente, preferencialmente, comum para gestão e monitoramento das ações e operações integradas;

 Avaliação sistemática das ações integradas de segurança pública e defesa social.

Ciclos

Planejamento, Execução, Monitoramento, Avaliação e Consolidação das ações e operações integradas.

PEMAC

Ciclos Princípio
PEMAC C4

Princípios

São fundamentos da atuação integrada do Sistema Integrado de Coordenação, Comunicação, Comando e


Controle (SIC4).

COORDENAÇÃO, COMUNICAÇÃO,
INTEGRAÇÃO
COMANDO E CONTROLE (C4)
Atuação integrada sob a ótica da liderança situacional, Perspectiva de atuação integrada multiagência com
observando-se as atribuições constitucionais, a partir de respeito as atribuições legais dos órgãos e das instituições
ambiente comum com o uso de sistemas de monitoramento envolvidas numa atividade, mediante coordenação e fluxo
compartilhados e o fluxo de comunicação estabelecido; de comunicação integrada dos ciclos de planejamento,
execução, monitoramento, avaliação e consolidação;

CONTINUIDADE: habilidade de operar ininterruptamente no planejamento, na coordenação e na execução de


operações integradas, ou ainda em operações específicas, observando-se os ciclos previstos, suas peculiaridades e status
de mobilização. O planejamento deverá contemplar a utilização de redundância de meios, a fim de se mitigar problemas
que possam comprometer a aplicação desse princípio;

CONSENSO: mecanismo de eleição de preferências coletivas, baseado no tipo de atividade integrada realizada para
definição de objetivos, metodologias e tomadas de decisões durante a atuação, no qual as agências devem se comprometer
com as decisões tomadas pelo colegiado;

FLEXIBILIDADE: capacidade de adaptação do planejamento, das estruturas, da organização e das funcionalidades, de


modo a acompanhar a evolução nos processos das operações integradas;

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INTEROPERABILIDADE: capacidade de promover a comunicação entre os sistemas (informatizados ou não),
compartilhando dados e informações entre os órgãos envolvidos para gerar conhecimento e assessorar a gestão e a tomada
de decisão; e

LIDERANÇA SITUACIONAL: atribuição de competência decorrente do caráter específico de uma atividade, visando
a coordenação integrada das ações, respeitadas as atribuições dos órgãos e instituições envolvidos.

SEGURANÇA: Capacidade de estabelecer medidas protetivas para garantir a segurança dos operadores, orgânica,
cibernética, lógica e a segurança da informação e comunicações dos ambientes de atuação integrada.

EFICIÊNCIA OPORTUNIDADE OBJETIVIDADE PRIORIZAÇÃO


Governabilidade de Atuar de maneira eficaz e Atuação e emprego dos Definição clara das
otimizar os recursos pontual com informações recursos das agências com atividades a serem
disponíveis para a realização preventivas, possibilitando o foco no propósito da desenvolvidas alinhadas ao
das operações integradas, ou melhor emprego das forças; operação que deve possuir atingimento dos objetivos
seja, máximo poder de força objetivos claramente em virtude das limitações de
que deve ser aplicado em Por ter o nome definidos e mensuráveis; recursos para atender a todas
momento e local oportuno eficaz, não confunda as demandas; e
para se alcançar um com eficiência.
resultado positivo;

Dica: decore palavras chaves. Destaquei algumas.

Não confunda as premissas com os princípios:

Premissas Princípios Diretrizes


 Respeito à autonomia (...)  C4.  Articulação (...)
 Respeito à cultura (...)  Constinuidade  Fomento (...)
 Integração dos órgãos (...)  Consenso  Promoção (...)
 Utilização de um ambiente (...)  Eficiência
 Avaliação sistemática (...)  Flexibilidade
 Integração
 Interoperabilidade
 Liderança situacional
 Oportunidade
 Objetividade
 Priorização
 Segurança

Tipos de segurança

Segurança
Segurança orgânica Segurança lógica Segurança da informação e comunicações
cibernética
medidas adotadas a fim de Medidas Conjunto de métodos Ações que objetivam viabilizar e assegurar a
restringir o acesso das nos meios virtuais, e procedimentos disponibilidade,
instalações dos garantindo seus automatizados, a integridade, a confidencialidade e a
CICCs/similares com a ativos de destinados a proteger autenticidade de dados e informações.
adoção de medidas eficazes informação e os recursos As medidas de segurança se desenvolvem
de controle de acesso, bem suas infraestruturas computacionais através da contrainteligência, definida
como da adoção de um críticas. contra sua utilização como atividade que objetiva prevenir,
conjunto indevida ou detectar, obstruir e neutralizar a inteligência
de medidas destinadas a desautorizada, adversa, espionagem e ações de qualquer
prevenir e obstruir as ações intencional ou não. natureza que constituam ameaças à
de qualquer natureza que salvaguarda de dados, informações,
ameacem a salvaguarda de conhecimento de interesse e da segurança ou
dados, conhecimentos e seus patrimônio dos CICCs e das agências no
suportes do sistemas processo de atuação integrada.

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Diretrizes

I) Articulação política para fortalecer a doutrina de atuação integrada, visando a implantação e


operacionalização do SIC4;

II) Fomento à integração dos órgãos de segurança pública para a utilização da metodologia do
Processo de Atuação Integrada de segurança pública e defesa social;

III) Fomento à elaboração de projetos de inovação tecnológica para modernização e expansão das
estruturas de Coordenação, Comunicação, Comando e Controle; e

IV) Promoção de nivelamento, capacitação e treinamento técnico para o desenvolvimento de


competências e consolidação da doutrina de atuação integrada do SIC4

Atividade de Inteligência de Segurança Pública

 Objetivo: produção e salvaguarda de conhecimento para subsidiar a tomada de decisão, por esse
espectro, seu produto é de suma importância para o êxito das operações integradas a cargo das
multiagências encarregadas da prevenção e repressão delitiva.

Atuação Integrada nas Atividades Investigativas

 Conceito: Cooperação técnica entre as Polícias Judiciárias, por meio das Forças Tarefas, que em
sua peculiaridade constituem-se em verdadeira atuação integrada na atividade investigativa.

 Intrumento de formalização: Acordo de Cooperação Técnica (União / Estados).

 Órgãos: Segurança Pública Federal e Estadual, incluindo polícia milita, e Sistema Prisional.

Modelo de Liderança

 Modelo adotado: liderança situacional.

 Liderança situacional: as atribuições legais dos órgãos são respeitadas, sendo que o órgão que está
na liderança situacional é apoiado pelos demais órgãos para o cumprimento dos objetivos comuns
de uma operação ou atividade integrada.

 Processo decisório

 Conceito: proposição da solução de um problema mediante a avaliação diagnóstica de causas e


cenários, de modo a definir alternativas para tomada de decisão. No processo decisório deve-se
avaliar as alternativas existentes para a escolha da melhor solução dos problemas, de modo a
minimizar as improvisações definindo linhas de ação que dão mais segurança sobre o resultado que
deve ser alcançado.

 A tomada de decisões em situação de normalidade (forma consensual) diferere da tomada de


decisões em situaçõa de crise (forma não consensual ou extrapolamento de competência).

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Status Operacionais

Status Operacional Ordinário Status Operacional Status Operacional Pleno


(SOO) Mínimo (SOM) (SOP).
É a condição de atuação dos órgãos É a condição de atuação dos órgãos É a condição de atuação plena dos
integrantes dos CICCs / similares no nos CICCs / similares, órgãos nos CICCs / similares, podendo
dia-a dia, por meio da produção de iniciada com a com a ativação do ser antecipado em função de análise
conhecimento e monitoramento das ciclo operacional de uma operação procedida durante
ações das agências de segurança específica, em lapso temporal a ser o SOM e/ou durante o SOO.
pública e de defesa social nas três definido que precede o SOP. Durante o SOP os órgãos envolvidos
esferas. Durante o SOM os órgãos envolvidos na operação integrada atuam com
na operação integrada atuam com recursos humanos, logísticos e
De acordo com a análise e evolução recursos humanos, logísticos e tecnológicos, conforme planos
dos cenários críticos, este status tecnológicos minimizados, garantindo operacionais integrados,
poderá o seu funcionamento através da implementando a plenitude de
ser modificado, passando coordenação, comunicação, comando e funcionamento da coordenação,
diretamente para o SOP. controle operacional, monitorando as comunicação, comando e controle
atividades planejadas e realizando se operacional.
necessário, a antecipação do SOP.
Observações comuns aos três status: Realizam o monitoramento das atividades planejadas, fazendo os ajustes necessários,
cadastrando dados de recursos empregados, ocorrências, produtividades etc., para subsidiar a elaboração dos relatórios
previstos para o ciclo de execução e monitoramento.

Fluxo de Informação e Comunicação

 Fluxo de Informação: É o volume de informações que trafega em uma estrutura de Coordenação,


Comunicação, Comando e Controle, utilizando-se de um canal específico, que será
operacionalizado pelo fluxo estabelecido no plano de comunicação para facilitar a veiculação da
informação interna e externa no âmbito dos CICCs/similares.

Fluxo de Informação Vertical Fluxo de Informação Horizontal


É realizado pela transmissão de informações entre os níveis
hierárquicos superiores e subordinados.

As informações recebidas/encaminhadas aos níveis


hierárquicos superiores devem observar o
escopo estratégico e gerencial. É realizado pelo nivelamento das informações
recebidas/encaminhadas do
Já as informações recebidas/encaminhadas aos níveis fluxo vertical para manter a consciência situacional
hierárquicos subordinados devem observar o dos órgãos que atuam nos
escopo operacional. CICCs/similares.

Superior Subordinado
Escopo Escopo
estratégico e gerencial. operacional

 Fluxo de Comunicação: fluxo de comunicação será definido pelo Plano de Comunicação


(PLACOM), cuja finalidade é estabelecer a rotina, ferramentas, sistemas e meios de comunicação
entre os órgãos envolvidos nas operações e atividades integradas. São ferramentas e meios comuns
de comunicação geralmente utilizados para estabelecer contato e fluxo de comunicação entre os
CICCs/similares e órgãos envolvidos nas operações integradas: telefonia fixa e móvel; correio
eletrônico; videoconferência; radiocomunicação; sistemas monitoramento e gerenciamento; e
outros conforme disponibilidade.

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 Comunicação Social: Pontos comuns de comunicação social devem ser definidos e desenvolvidos
antes do início das atividades integradas, devendo o planejamento incluir a identificação de pontos
de contato e dos porta-vozes autorizados de cada instituição para repassar informações da sua
instituição na atividade, de forma adequada e coordenada, para suprir demanda por notícias por
parte dos meios de comunicação. Sempre que possível devem ser definidas regras claras e simples
de declarações e entrevistas realizadas de forma integrada através de coletiva de imprensa ou
fazendo uso de release e/ou de notas conjuntas à imprensa.

 Padronização de Linguagem, Terminologias e Símbolos

Áreas de Interesse Operacional e Impactadas

Áreas de Interesse Operacional – AIO´s Áreas Impactadas – AI´s


As AIO’s são os espaços geográficos que As AI´s são os espaços geográficos que
possuem relação direta com não possuem relação direta
o ambiente que se desenvolverão as ações ou operações de com os ambientes onde se desenvolverão as ações ou
segurança pública e defesa social. operações integradas de segurança pública e defesa social,
mas que podem ser impactados,
Essas áreas podem ser escolhidas em virtude da realização e, por isso,
de eventos de grande envergadura ou de acordo com a merecem atenção especial.
problemática a ser combatida.

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2 O SISTEMA INTEGRADO DE COORDENAÇÃO, COMUNICAÇÃO, COMANDO E
CONTROLE (SIC4)

2.1 - Transição do SICC dos grandes eventos para o SIC4 na segurança pública

A doutrina de atuação integrada teve como protagonista inicial a Secretaria Extraordinária de Grandes
Eventos (SESGE), cuja missão foi coordenar atividades integradas de segurança das autoridades, atletas,
turistas e residentes nas chamadas “Áreas de Interesse Operacional” e “Áreas Impactadas” dos grandes
eventos.

Em 2017 a Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP – assumiu oficialmente as competências


da SESGE.

2.2 - Conceitos e definições básicas

2.2.1 SIC4

 É a sistematização dos processos e rotinas de um Centro Integrado/similiar, por meio da


metodologia do Processo de Atuação Integrada que facilite a coordenação, comunicação, comando
e controle das atividades e operações integradas de segurança pública e defesa social.

 O princípio básico em utilização do SIC4 é o monitoramento e a execução das atividades integradas


sob a ótica da liderança situacional, observando-se as atribuições constitucionais, a partir de
ambiente comum, mesmo que existam instalações específicas de algumas agências funcionando
paralelamente, de modo que possa haver a interoperabilidade entre elas com o uso de sistemas de
monitoramento compartilhados e o fluxo de comunicação estabelecido.

Coordenação Comunicação Comando Controle


Éa É o meio pelo qual se significa o poder de decisão Diz respeito aos
forma de se conduzir a estabelece as ferramentas e que cada representante do mecanismos de domínio e
gestão o fluxo de comunicação colegiado possui em sua poder de
das atividades para operacionalizar o instituição, ou seja, deve ser fiscalização e
multiagências, de uma recebimento e o envio de individualizado e administração
operação integrada de informações internas e independente, seguindo sua dos recursos empregados
segurança pública e defesa externas das própria cultura pelas agências numa atuação
social, observando-se o operações integradas rganizacional com relação à integrada e das atividades
princípio multiagências no âmbito dos hierarquia e à estrutura de que estão sendo
da liderança situacional e as CICCs/similares. poder, de modo que não haja desenvolvidas num
atribuições legais dos órgãos interferência de outra ambiente comum.
envolvidos. No seu aspecto mais amplo, agência na sua autoridade.
É obtida por meio da não se restringe tão
conjugação harmônica de somente
esforços de elementos aos meios e/ou aos
distintos, equipamentos por onde
visando alcançar um mesmo transitam as informações,
fim e evitando a duplicidade mas também num processo
de ações, a dispersão de de aproximação,
recursos e a divergência de reciprocidade,
soluções. estabelecimento de
confiança, sinergia e de
efetiva interação entre as
agências, respeitando-se os
níveis de acesso ao
conhecimento, aos fluxos e à
segurança orgânica.

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Objetivo geral do SIC4
Promover e coordenar a integração dos órgãos de segurança pública, nas três esferas de governo, para a implementação
de políticas e realização de operações integradas de segurança pública, utilizando-se a DNAISP.

Objetivo específico do SIC4


I) Difundir a doutrina de atuação integrada do SIC4 nas instituições de segurança pública e defesa social das três
esferas de governo;

II) Promover a integração dos órgãos de segurança pública e a interoperabilidade dos sistemas de comunicação e
informação;

III) Regulamentar a operacionalização do SIC4;

IV) Propor a padronização de estruturas físicas para a expansão dos CICCs;

V) Difundir a doutrina nos cursos de capacitação específica aos órgãos de segurança pública, promovidos pelo
Ministério da Justiça e Segurança Pública e/ou pelos próprios órgãos estaduais; e

VI) Promover a modernização, informatização, coleta e integração de bancos de dados relacionados à operação.

NÍVEIS DE RESPONSABILIDADE DO SIC4

Nível Político Nível Estratégico Nível Tático Nível Operacional


Estabelecimento dos Transformar os princípios No nível tático ocorre a No nível operacional ocorre
objetivos políticos e diretrizes políticas em convocação e a a elaboração dos planos de
da operação, a celebração de ações coordenação das reuniões execução
acordos de a serem desenvolvidas pelos integradas (ordens de serviço, de
cooperação entre as órgãos para o cumprimento para elaboração do missão, de execução ou
instituições/agências, bem da missão. Neste nível Plano Operacional documentos similares
como a formulação de ocorre a Integrado, adotados pelos respectivos
diretrizes para elaboração do plano observando-se a missão dos órgãos) com base nas
a execução das ações estratégico de atuação órgãos, o período da diretrizes, objetivos, missões
estratégicas. integrada das operações, operação, protocolos de e atribuições estabelecidas n
observando-se os objetivos, atuação integrada, matriz de
missão geral, diagnóstico atividades, sistemas de O Plano Operacional
dos fatores de riscos, matriz monitoramento e fluxos de Integrado
de responsabilidades comunicação. não é realizado no
institucionais dos órgãos e Nível Operacional.
metas.

Nível Estratégico Nível Tático Nível Operacional


Plano Estratégico de Atuação Integrada Plano Operacional Integrado Planos de Execução
das Operações

2.5 Estruturação e composição do SIC4

O SIC4 será criado e regulamentado por norma específica.

O SIC4 possui a seguinte estrutura:

I) Centro Integrado de Comando e Controle Nacional – CICCN;


II) Centros Integrados de Comando e Controle Estaduais (CICCE)/Distrital (CICCD) ou similares;
III) Centros Integrados de Comando e Controle Municipais (CICCM);
IV) Centros Integrados de Operações de Fronteira (CIOF);
V) Centros Integrados de Inteligência de Segurança Pública (CIISP); e
VI) Outros Centros das Agências participantes.

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2.5.2 2.5.3 2.5.4
Composição do SIC4 em nível Composição do SIC4 em nível Composição do SIC4 em nível
nacional estadual municipal
O órgão central do SIC4 em nível O órgão central do SIC4 em nível O órgão central do SIC4 em nível
nacional é a SEOPI, por meio da estadual/distrital será definido pela municipal será definido pelo Prefeito
Diretoria de Operações, utilizando o Unidade Federativa, conforme a Municipal,
ambiente do CICCN, e sua rotina de estrutura organizacional local, conforme a estrutura organizacional
funcionamento será definida em utilizando a estrutura de um CICCE/D local, utilizando a estrutura de um
regimento interno. ou similar e será coordenado pela CICCM ou
Secretaria de Segurança Pública ou similar e será coordenado pela
órgão similar definido pelo estado. prefeitura municipal.
SIC4 em nível nacional será: Poderá adotar a seguinte estruturação: Poderá adotar a seguinte estruturação:

I) Secretaria de Operações Integradas I) Secretaria Estadual de Segurança


(SEOPI); Pública/Similar; I) Secretaria Municipal de Segurança
Pública ou equivalente;
II) Secretaria Nacional de Segurança II) Polícia Militar (PM);
Pública (SENASP); II) Guarda Municipal;
III) Polícia Civil (PC);
III) Polícia Federal (PF); III) Defesa Civil;
IV) Corpo de Bombeiros Militar
IV) Polícia Rodoviária Federal (PRF); (CBM); IV) Órgão Municipal de Trânsito;

V) Departamento Penitenciário V) Proteção e Defesa Civil; V) Órgão Estadual de Trânsito;


Nacional (DEPEN);
VI) Órgãos dos Sistema Penitenciário; VI) Polícia Federal;
VI) Secretarias Estaduais de Segurança
Pública (SSP), por representantes VII) Órgãos de Trânsito; VII) Polícia Rodoviária Federal;
designados; e
VIII) Institutos oficiais de VIII) Órgãos Municipal e Estadual de
VII) Convidados: além dos órgãos de criminalística, medicina legal e Meio Ambiente e Vigilância Sanitária;
natureza substancial vinculada a identificação;
segurança pública, a depender do IX) Órgãos do Sistema Penitenciário;
escopo da operação, poderão compor o IX) Polícia Federal;
SIC4 órgãos convidados que farão X) Serviço de Atendimento Médico de
parte dos respectivos comitês e X) Polícia Rodoviária Federal; e Urgência – SAMU;
CICCs/similares.
XI) Convidados: além dos órgãos de XI) Polícia Militar;
natureza substancial vinculada a
segurança pública, a depender do XII) Polícia Civil;
escopo da operação, poderão compor o
SIC4 órgãos convidados que farão XIII) Corpo de Bombeiros; e
parte dos respectivos comitês e
CICCs/similares. XIV) Convidados: além dos órgãos de
natureza substancial vinculada a
segurança pública, a depender do
escopo da operação, poderão compor o
SIC4 os órgãos convidados que farão
parte dos respectivos comitês e
CICCs/similares.

2.6 Governança e Gestão

Caberá aos estados e municípios analisar e decidir sobre a necessidade de criação de Comitês Integrados
de Governança do SIC4 ou a utilização de comitês e gabinetes estratégicos locais de segurança pública já
existentes, para promover a governança e a gestão do sistema.

A definição do modelo de gestão dos comitês integrados será orientada pelas seguintes atribuições:
I) Definir o direcionamento estratégico;
II) Definir objetivos e metas;
III) Estabelecer indicadores e sistemas de monitoramento;
IV) Promover a atuação integrada;
V) Gerenciar conflitos; e
VI) Avaliar e propor alterações à doutrina do sistema em observância às leis enormas já existentes.
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2.7 Etapas para implantação da Atuação Integrada

 Sensibilização política e institucional


 Elaboração da Doutrina Nacional de Atuação Integrada de Segurança Pública.
 Acordos de cooperação para implantação do SIC4
 Nivelamento, capacitação e treinamento técnico
 Modernização e expansão de CICCs
 Monitoramento e avaliação

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3 PROCESSO DE ATUAÇÃO INTEGRADA – PAI

 Compreende toda ação e operação realizada com a participação de órgão e/ou instituição
envolvendo o compartilhamento do mesmo ciclo de gestão em razão da convergência de interesse,
preservada a integralidade de suas competências e o respeito à autonomia das suas funções e
atribuições.

3.1 Definição

O PAI é a metodologia de gestão aplicada à segurança pública e defesa social que promove atuação
integrada, a sinergia de esforços multiagências e a interoperabilidade de sistemas, visando o alcance de
objetivos comuns na realização de ações e operações integradas.

O PAI será desenvolvido, observando-se os seguintes ciclos:


1) Planejamento; 2) Execução; 3) Avaliação; e 4) Consolidação.
PEMAC
O Monitoramento se aplica a todos os ciclos do processo.

 As etapas de cada ciclo estão listadas na próxima página.


 Fugiria do objeto desse resumo listar todas as ações de cada etapa, tendo em vista que são muitas.
 Dica: sugiro que você leia as páginas 32 a 39 do DNAISP ou as páginas 70 a 92.
 Decore as etapas de cada ciclo.
 Leia as ações de cada etapa. Destaque as que você acha que não tem correspondência com o nome
da etapa. Ou seja, que pra você não seja tão óbvio.

Exemplo:

Ciclo de consolidação
3.5.2 Etapa de Elaboração do relatório geral da operação
Ação óbvia Ação que não parece óbvia
III) Elaboração do relatório geral de operação; I) Análise das ações positivas;

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3.2 Ciclo de Planejamento - Etapas

 Ações Preliminares e Preparatórias

 Levantamento preliminar dos riscos

 Elaboração dos planos e documentos integrados

 Organização da operação

 Nível de Criticidade

Criticidade é aquilo que se fundamenta ou é estabelecido a partir de um juízo de valor. Os eventos críticos ensejam ações
de pronta resposta, que invariavelmente, são diferentes a depender do sistema afetado. Os eventos críticos devem ser
classificados a partir do impacto resultante na comunidade afetada, isto é – a proporção de danos (humanos e ambientais) e
prejuízos (econômicos e sociais), e a capacidade de resposta do Ente Federado responsável por fazê-la.

3.3 Ciclo de Execução - Etapas

 Início do ciclo operacional:


 Ativação do Status Operacional Mínimo – SOM.

 Coordenação e monitoramento da operação:


 Ativação do Status Operacional Pleno (SOP);
 Realizam-se briefings diários e debriefings diários.

 Término do ciclo operacional

 Operação Extraordinária

3.4 Ciclo de Avaliação - Etapas

 Início do ciclo de avaliação

 Envio dos formulários de avaliação

 Recebimento e análise dos dados

 Elaboração de relatório

3.5 Ciclo de Consolidação

 Debriefing geral da operação

 Elaboração do relatório geral da operação

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4 CENTROS INTEGRADOS DE COMANDO E CONTROLE

Os Centros Integrados de Comando e Controle ou estruturas similares são ambientes comuns para a
realização da gestão e monitoramento das operações ou atividades operacionais integradas.

A realização do ciclo de planejamento, avaliação e consolidação das operações integradas, podem ocorrer
em ambientes distintos, contudo, as atividades do ciclo de execução e monitoramento deverão ser realizadas
em ambiente comum com a participação de todos os órgãos envolvidos responsáveis pela gestão da
operação.

Podem ocorrer em ambientes distintos Deverão ser realizadas em ambiente comum


Planejamento, avaliação e consolidação Execução e monitoramento

Centro Integrado de Comando e Centro Integrado de Comando e Centro Integrado de Comando e


Controle Nacional Controle Estadual ou Distrital Controle Municipal
(CICCN) (CICCE e CICCD) (CICCM)
Definição Definição Definição

Centro nacional de nível estratégico Centro estadual/distrital de nível Centro municipal de nível estratégico
responsável pelo monitoramento estratégico, utilizado pelos órgãos responsável pelo monitoramento das
das ações e operações integradas de envolvidos, para o monitoramento das ações e operações integradas de trânsito e
segurança pública e defesa social, ações e operações integradas de mobilidade urbana, ordem pública,
planejadas e segurança pública e defesa social, ordenamento urbano, defesa civil e
coordenadas pela SEOPI/DIOP. planejadas e coordenadas pela SSP. outros, planejadas e
coordenadas pela prefeitura
municipal.
Composição Composição Composição

O CICCN é composto pelos representantes dos O CICCE/CICCD é coordenado pela SSP ou O CICCM é coordenado por órgão definido pelo
órgãos titulares e convidados órgão definido pelo governo estadual/distrital e município e composto pelos representantes dos
descritos no item 2.4.2 desta DNAISP. composto pelos representantes dos órgãos órgãos titulares e convidados descritos no item
Os indicados pelas Secretarias Estaduais de titulares e convidados descritos no item 2.4.3 2.4.4 desta DNAISP. Os indicados dos órgãos
Segurança Pública e pelas desta DNAISP. Os indicados dos órgãos titulares titulares e convidados exercem a função de
instituições federais exercem a função de e convidados exercem a função de representantes representantes institucionais no CICCM. O
representantes estaduais e/ou institucionais institucionais no CICCE/D. O detalhamento da detalhamento da composição, estrutura
no CICCN. composição, estrutura organizacional, organizacional, funcionamento, competências e
funcionamento, competências e atribuições atribuições devem ser reguladas por norma
devem ser reguladas por norma específica. específica.
Estrutura Estrutura Estrutura

A estrutura física do CICCN A estrutura física mínima dos A estrutura física mínima dos CICCM
compreende: CICCE/CICCD compreenderá: compreenderá:

I) Sala do Núcleo de Operações Centrais – I) Ambiente comum para monitoramento das I) Ambiente comum para monitoramento das
NOC: ambiente comum de monitoramento das operações e atividades integradas; operações e atividades integradas;
operações e atividades integradas; II) Sala destinada a reuniões para tomada de II) Sala destinada a reuniões para tomada de decisões
II) Sala de situação/crise: destina-se a reuniões decisões das autoridades em resposta à das autoridades em resposta à demanda/incidente
para tomada de decisões das autoridades em demanda/incidente que motivou o seu que motivou o seu acionamento;
resposta à demanda/incidente que motivou o seu acionamento; III) Espaço físico que concentre os ativos
acionamento; III) Espaço físico que concentre os ativos tecnológicos dos centros;
III) Sala cofre: ambiente físico dos ativos tecnológicos dos centros; IV) Espaço físico destinado a reuniões técnicas; e
tecnológicos do CICCN; e IV) Espaço físico destinado a reuniões técnicas;
IV) Salas de reunião: ambiente físico destinado a V) Espaço para descompressão; e V) Outros ambientes, conforme particularidades
reuniões técnicas. VI) Outros ambientes, conforme particularidades
Competências Competências Competências

I) Garantir o suporte tecnológico à I) Promover e coordenar a integração operacional I) Promover e coordenar a integração operacional
interoperabilidade com os CICCs/similares; entre os órgãos de segurança pública; entre os órgãos;

II) Realizar a segurança orgânica e controle de II) Planejar, coordenar, monitorar e avaliar II) Planejar, coordenar, monitorar e avaliar
acesso à instalação; operações e atividades integradas; operações e atividades integradas;

III) Monitorar a execução das operações e III) Fomentar a interoperabilidade com o CICCN III) Fomentar a interoperabilidade com o
atividades integradas; e e outros CICCs/similares; e CICCN/CICCE e outros Centros/estruturas
similares; e

IV) Promover a consciência situacional e IV) Promover a consciência situacional e IV) Promover a consciência situacional e assessorar
assessorar a tomada de decisão. assessorar a tomada de decisão. a tomada de decisão.

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4.4 Requisitos dos Centros Integrados

Requisitos mínimos: performance; segurança; ergonomia; infraestrutura; confiabilidade; perenidade


modularidade.

REQUISITOS MÍNIMOS
Performance Segurança
I) Produtividade e desempenho do ambiente e do operador; I) Física e lógica da informação e infraestrutura;

II) Capacidade de processamento, agilidade e de II) Armazenamento e backup da informação (dados, vídeo e
sistematização e armazenamento da informação; voz);

III) Banda de internet suficiente para convergência de voz por III) Proteção do conhecimento;
IP, dados e imagens;
IV) Restrição de acesso às instalações; e
IV) Sistemas integradores de dados e informações, incluindo
ativos de vídeo para visualização e processamento V) Redundância dos sistemas e bancos de dados.
simultâneo de várias fontes de dados;

V) Sistemas de Gerenciamento para banco de dados.


Ergonomia Infraestrutura
I) Mobiliário técnico apropriado para o ambiente de trabalho; I) Arquitetura de Tecnologia da Informação (TI) e
infraestrutura para o atendimento das premissas operacionais,
II) Nível de conforto adequado para gerar o bem-estar do logísticas e tecnológicas; e
servidor durante a rotina de trabalho
II) Disponibilidade contínua de energia elétrica com
redundância, através de grupos geradores e outras soluções
alternativas.
Confiabilidade Perenidade
I) Equipamentos e sistemas de tecnologia com nível confiável I) Dimensionamento e configuração de equipamentos de TI e
de certificação técnica; e de infraestrutura para atender aos requisitos por período
mínimo de 4 (quatro) anos de efetiva operação; e
II) Nível de segurança da informação em conformidade com
as melhores práticas disponíveis. II) Compatibilidade com futuras versões de aplicativos,
sistemas e requisitos de infraestrutura de rede
Modularidade
I) Facilidade e agilidade na adição de novos equipamentos e
upgrade de configuração; e

II) Facilidade e agilidade na mudança de layout ou de posição


de trabalho.

Procedimento Administrativo Padrão (PAP)

 O Procedimento Administrativo Padrão (PAP) é o documento que normatiza o funcionamento


dos CICCs/similares e a participação dos órgãos durante as rotinas diárias para situações ordinárias
e em operações integradas.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os fundamentos da DNAISP se aplicam ao CICCN em nível nacional e aos CICCs/similares em nível


estadual, distrital e municipal na realização das operações integradas de segurança pública e defesa social
que utilizem o SIC4, observando-se os conceitos, competências e requisitos mínimos das respectivas
estruturas.

Cada ente fará a regulamentação da DNAISP no âmbito de sua competência, conforme instrumento
que melhor lhe servir, de modo que possa instituir sua utilização em todas as esferas de emprego nas
atividades operacionais de segurança pública que operar com multiagências, mantendo-se no seu escopo os
conceitos básicos definidos na doutrina.

APÊNDICES

Acredito que não vai ser objeto de prova, tendo em vista que trata-se apenas de modelos de documentos.

Manual do Processo de Atuação Integrada

É uma espécie de passo a passo de tudo que está disposto na DNAISP.

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