UNIDADE 9

Introdução ao Sistema de
Comando em Operações (SCO)

DEFESA CIVIL
 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Nesta unidade conheceremos a origem e evolução do

Sistema de Comando em Operações em Defesa Civil.
Sistema de Comando em Operações
(SCO)
 Origem do SCO

A ferramenta gerencial Sistema de Comando em Operações (SCO) foi implementada no Brasil

inspirada no Sistema de Comando em Incidentes norte-americano (Incident Command System -
ICS), criado na década de 70 após uma série de incêndios florestais que destruíram o sudoeste da
Califórnia (Filme Homens de Coragem).

Concluíram que era necessário articular

os esforços de agências quando elas
atuam com o objetivo comum de
estabilizar uma situação crítica.
 Evolução do SCO
Mesmo sendo utilizado desde a década de 70, o ICS ganhou um impulso e divulgação muito importante
a partir da década de 80 com a publicação da NFPA 1561(Standard on Emergency Services Incident
Management System), norma sobre Sistema de Gerenciamento de Incidentes em Serviços de
Emergência e Segurança de Comando.

✔ Essa normativa permitiu que o ICS atravessasse as fronteiras dos Estados Unidos da América, e
proporcionou aos diversos serviços de resposta a emergência a oportunidade de implementar essa
metodologia de gestão operacional.
 Evolução do SCO
Nesta mesma década o SCI passa por alterações para atender padrões nacionais de atendimento às
emergências e desastres, toda a documentação é revisada de acordo com a terminologia e
organização do NIIMS (National Interagency Incident Management System), que é o Sistema Nacional
de Gerenciamento Interinstitucional de Incidentes, utilizado para integrar os níveis federal, estadual e
municipal na resposta aos desastres.
 Evolução do SCO
Os atentados terroristas ocorridos nos Estados Unidos em 11 de Setembro de 2001 representam uma
data emblemática para a consolidação do ICS. Como Nova Iorque não adotava o ICS na ocasião, seu
desempenho foi comparado ao de Washington DC, onde a resposta ao atentado contra o Pentágono foi
melhor gerenciada, com base no ICS.
✔ Curiosidade: As premissas do SCI foram utilizadas com sucesso no Pentágono pelo Departamento de
Defesa e não foram utilizadas nas Torres Gêmeas (World Trade Center) onde a resposta foi mal
avaliada, onde 343 bombeiros morreram diretamente.

3.000 vítimas fatais

 Evolução do SCO
Em 2003, em virtude do sucesso relatado pelos órgãos de emergência americanos que utilizavam o
Sistema de Comando de Incidentes no gerenciamento de emergências e as lições aprendidas em 11 de
setembro, o presidente norte-americano, George W. Bush expediu a Diretiva Presidencial de nº. 5
(HSPD 5) - Homeland Security Presidential Directive nº 5.

Por meio desta Diretiva foi criado o Sistema Nacional de Gerenciamento de Emergências (NIMS –
National Incident Management System), sendo que o Sistema de Comando de Incidentes (ICS –
Incident Command System) foi estabelecido como sendo a ferramenta de gerenciamento de
emergências oficialmente a ser utilizada em território norte-americano, independentemente da causa,
magnitude ou complexidade do evento.
 SCO no Brasil
No Brasil, várias experiências foram desenvolvidas a partir do modelo norte-americano. Algumas delas
se encontram sedimentadas e bem desenvolvidas nos Estados da Federação, donde pode-se citar:
•O Sistema de Coordenação de Operações de Emergência (SICOE) no Estado de São Paulo;
•O Sistema de Comando em Incidentes (SCI), baseado no Padrão OFDAUSAID no Estado do Rio de Janeiro
e Distrito Federal;
•O Sistema de Comando em Incidentes (SCI), baseado no padrão USCG, disseminado pela Secretaria
Nacional de Segurança Pública;
•O Sistema de Comando em Incidentes, baseado no padrão NIIMS, disseminado pelo Ministério do Meio
Ambiente;
•O Sistema de Comando em Operações (SCO), baseado no padrão FEMA, disseminado pelas Defesas Civis
dos Estados de Santa Catarina, Minas Gerais. Sendo este o modelo disseminado pela Secretária Nacional de
Defesa Civil – Sedec

Quando se verifica o conteúdo e a forma desses modelos é perceptível que todos utilizam o ICS como
base conceitual, variando somente com a realidade local de cada Estado.
Conceito do SCO

O Sistema de Comando em Operações é

uma ferramenta gerencial, de concepção
sistêmica e contingencial, que padroniza
as ações de resposta em situações
críticas de qualquer natureza ou
magnitude.
 Princípios do SCO
Concepção Sistêmica
O planejamento e as ações de resposta ao desastre tendem a ORGANIZAR

ser realizados a partir de um entendimento integral da realidade

por meio de fluxos sucessivos de ações (planejamento, FERRAMENTA
DIRIGIR
PLANEJAR GERENCIAL
organização, direção e controle).

A concepção sistêmica permite uma visão mais completa dos CONTROLAR

procedimentos organizacionais, fornecendo aos gestores a
possibilidade de preparar melhor suas ações, no sentido de
deixá-las mais assertivas e que na prática atendam as
necessidades.
 Princípios do SCO
Contingencial:
A estrutura organizacional de resposta aos desastres deve ser capaz de adaptar-se ao ambiente
(se expandido ou diminuído) de acordo com cada situação. Tal modelo é garantido mediante o
emprego de estruturas administrativas modulares e flexíveis de comando e comunicação que
fazem com que a estrutura se adapte de acordo com os objetivos estratégicos de cada situação.

Ferramenta gerencial:
Sistema padronizado para comandar, controlar e coordenar as ações de resposta numa situação
crítica. Insere métodos e procedimentos padronizados para a resposta, trazendo agilidade e
segurança para as equipes envolvidas na operação.
 Princípios do SCO
Concepção para todos os riscos e operações:

O modelo tem caráter universal, totalmente adaptável ou seja, deve ser

utilizável como ferramenta gerencial para planejar, organizar, dirigir e controlar
situações críticas de qualquer natureza, independentemente de tamanho ou
complexidade.
 Características do SCO
Quanto a padronização de condutas:

1. Emprego de terminologia comum.

2. Uso de formulários padronizados.

Quanto ao comando das operações:

3. Estabelecimento e transferência formal de Comando.

4. Cadeia e Unidade de Comando.
5. Comando Único ou Unificado.
 Características do SCO

Quanto à estrutura de planejamento e organização das operações:

6) Organização modular e flexível.

7) Administração por objetivos.
8) Uso de planos de ação.
9) Adequada amplitude de controle.
 Características do SCO

Quanto às instalações, áreas de acesso e recursos operacionais e logísticos:

10) Instalações e áreas padronizadas.

11) Gerenciamento integrado de recursos.
Quanto ao gerenciamento de informações e comunicações:

12) Gerenciamento integrado de comunicações.

13) Gerenciamento integrado de informações e inteligência.
 Características do SCO

Quanto ao profissionalismo dos envolvidos:

14) Controle de pessoal.

15) Controle da mobilização / desmobilização.
 Principais situações críticas ou desastres
onde o SCO pode ser utilizado
1. Desastres naturais como inundação, deslizamento de
terra, granizo, furacão, terremoto, incêndio.

2. Rompimento de barragem.

3. Rebelião em presídio.

4. Emergência com vazamento de produtos perigosos.

5. Repressão a ações criminosas e investigação de cena

de crimes. 18
 Principais situações críticas ou desastres
onde o SCO pode ser utilizado
6. Incidente terrorista, incluindo o uso de armas de destruição em massa.

7. Evento especial como visitas presidenciais e finais de campeonato.

8. Evento envolvendo multidões como manifestações e passeatas.

9. Missão de busca e salvamento, captura de fugitivos em mata, etc.

 Objetivos e finalidades

A correta utilização do Sistema de Comando em Operações vai permitir com

que sejam atingidos três objetivos principais durante o atendimento de um
incidente:
 A segurança dos respondedores do incidente, bem como de todas as
pessoas envolvidas ou atingidas pelo evento;

 O cumprimento dos objetivos táticos definidos para o desenvolvimento

das ações relacionadas ao incidente;

 O uso eficiente dos recursos disponibilizados.

 Objetivos e finalidades

O Sistema de Comando em Operações é uma ferramenta de gerenciamento.

Sendo assim, ele possui uma série de princípios que, colocados em prática,
torna-o uma ferramenta adequada para coordenar a atuação integrada de
múltiplos órgãos em situações diversas. Por isso, é importante destacar que
o SCO é muito mais do que apenas um organograma demonstrando as
funções de cada um.
 Participação da Cedec em situações
reais e instalação de SCO

Chuvas região de Antônio Dias – Janeiro de 2019

 Participação da Cedec em situações
reais e instalação de SCO

Chuvas em todo Estado de Minas Gerais - Janeiro 2020

Participação da Cedec em situações
reais e instalação de SCO

Distribuição de vacinas – janeiro 2021

Participação da Cedec em situações
reais e instalação de SCO

Distribuição de vacinas – dezembro 2022

 Obrigado!
Defesa Civil somos todos nós!