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PORTFÓLIO 1

(Ciclo 2)

Trabalho apresentado ao Claretiano -


Centro Universitário para a disciplina de
Língua Brasileira de Sinais
Profª Aparecida Helena Ferreira
Hachimine

RECIFE
1) Sabemos que a audição é o meio pelo qual o indivíduo entra em contato com o mundo sonoro
e com as estruturas da língua oral, possibilitando, dentre outras coisas, o desenvolvimento da
linguagem (PEDROSO, 2013, p. 55). Sendo assim, a audição desempenha as funções de:

a) Localização e identificação: capacidade de reconhecermos de onde vem um som e qual é a


fonte sonora que o está produzindo.
b) Alerta: capacidade de nos atentarmos para todos os estímulos sonoros que nos rodeiam,
como, por exemplo, a buzina de um carro vindo em nossa direção.
c) Socialização: capacidade de nos relacionarmos, pois é principalmente pela audição que
entramos em contato com as outras pessoas.
d) Intelectual: grande parte das informações nos é transmitida por meio do código oral.
e) Comunicação: a fala é o meio de comunicação mais utilizado pelo homem, e é por meio da
audição que a linguagem e a fala se desenvolvem.
Levando em consideração cada uma das funções da audição citadas anteriormente, apresente
um exemplo de ações cotidianas na vida de um surdo e compare com a vida de um ouvinte.

Situações do nosso cotidiano são vivenciados por surdos e ouvintes, porém o que é
simples para os ouvintes pode ser desafiador para uma pessoa surda. Ações como assistir uma
aula, uma ida a um banco, assistir tv ou até um simples telefonema, se torna possível graças a
tecnologia e a capacitação da língua de sinais pela comunidade ouvinte. Para assistir televisão,
existe um recurso chamado de close caption que mostra a legenda do que está passando tela
facilitando a compreensão do que está sendo assistido, a ida a um banco pode ser substituído
pelo uso de um aplicativo de celular, na sala de aula o aluno surdo pode assistir aula com a
ajuda de um interprete de LIBRAS, ou a comunicação por telefone pode ser substituída pela
linguagem escrita, através de aplicativos de troca de mensagens.
Infelizmente, a falta de conhecimento das línguas de sinais por parte da comunidade ouvinte, é
o que mais dificulta a integração dos surdos, por isso, a importância do conhecimento de
LIBRAS por todos é essencial, para termos uma sociedade mais integrada.
2) Leia atentamente a citação a seguir:

“A maior parte dos surdos profundos, por exemplo, não exibem uma fala socialmente
inteligível. Além disso, em geral, manifestam atraso significativo no desenvolvimento global e
dificuldades ligadas a aprendizagem da leitura e da escrita, apresentando-se muitas vezes,
apenas parcialmente alfabetizados após anos de escolarização” (MANTELATTO, PEDROSO
& DIAS, 2000, n.p.).
Reflita sobre a relação que existe entre a situação educacional das crianças surdas reveladas por
Mantelato, Pedroso e Dias (2000), a história da educação dos surdos e as abordagens
educacionais. A seguir responda se é correto afirmar que a história da educação dos surdos foi
marcada pelo autoritarismo dos ouvintes. Justifique sua resposta relacionando-a com as
abordagens educacionais estudadas nesta unidade.

Foi marcada pelo autoritarismo sim. Por serem maioria, os ouvintes é que tratavam da
educação dos surdos. Com a abordagem clinica-terapêutica da surdez, os médicos proibiram o
uso de sinais, e foi imposto a oralidade para o surdo aprender a se comunicar. Só que ao invés
de evoluir, houve um retrocesso. Depois veio a fase da comunicação total, que surgiu nos EUA
e chegou no Brasil 1980. Era uma filosofia que reunia vários recursos linguísticos, que eram:
fala, sinais, gestos, desenhos, escrita, expressão facial e corporal. Também não obteve o
resultado esperado. Somente com o bilinguismo, que reconhece a língua de sinais como 1ª
língua dos surdos, e a língua majoritária como 2ª língua, onde a língua de sinais era usada como
língua de instrução, e a língua majoritária como lingua de leitura e escrita, é que a comunidade
surda foi criando sua identidade.Com a implementação das leis 10.436/02 que reconhece a
LIBRAS como língua oficial dos surdos, e da lei 12.319/10 que reconhece a profissão do
interprete de línguas, os surdos puderam evoluir e se integrar na sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PEDROSO, Cristina; ROCHA, Juliana. LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS. Unidade 1.


ed. Batatais-SP: Ação Educacional Claretiana, 2013.

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