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PROCISSÃO DO ENCONTRO

SETE DORES DE NOSSA SENHORA

Faz-se o sinal da cruz:


Padre: Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R: Amém.

ORAÇÃO INTRODUTÓRIA

Padre:
eus e Senhor nosso, vos oferecemos esta meditação para a Vossa glória, para
que sirva para honrar a Vossa Santa Mãe, a Virgem Maria, e para que possamos
compartilhar e meditar os seus sofrimentos. Humildemente vos pedimos:
concedei-nos o arrependimento verdadeiro de nossos pecados e dai-nos a
sabedoria e a humildade necessárias para que recebamos todas as indulgências
concedidas por essa oração.

Reza-se o Creio, uma Ave-Maria e um Pai Nosso.

Primeira Dor: PROFECIA DE SIMEÃO

Comentarista: Em Memória da Primeira Dor de Nossa Senhora, da aflição


que teve Maria, quando apresentando o seu Filho no templo de Jerusalém, ouviu dos
lábios de Simeão que uma espada de dor haveria de transpassar a sua alma.

Leitor: “O pai e a mãe de Jesus estavam maravilhados com o que se dizia do menino.
Simeão os abençoou, e disse a Maria, mãe do menino: ‘Eis que este menino vai ser
causa de queda e elevação de muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição.
Quanto a você, uma espada há de atravessar-lhe a alma. Assim serão revelados os
pensamentos de muitos corações’.” (Lc 2,33-35)

Meditação: A Santíssima Virgem sabia que havia dado à luz o Salvador da


humanidade, então Ela compreendeu e aceitou imediatamente a profecia de Simeão.
Por mais que Seu Coração tivesse sido tocado profundamente pela graça de ser
portadora do Menino Jesus, Seu Coração permanecia pesado e atormentado, afinal Ela
sabia o que havia sido escrito a respeito das provações e consequente morte do
Salvador. Sempre que via Seu Filho, Ela era constantemente relembrada dos
sofrimentos aos quais Ele seria submetido, até que esse sofrimento se tornou inerente
ao Dela.

Padre: OREMOS. Ó Maria, Mãe de Jesus, vós que entregastes ao Pai o vosso Filho e
ao ouvir as palavras proféticas de Simeão, tivestes a alma ferida pela espada e assim
vos unistes intimamente à Paixão do Senhor, concedei-nos acolher o grande mistério
da nossa existência neste mundo, onde se entrecruzam morte e vida, tristeza e alegria,
fracasso e vitória. Amém.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

– Nossa Senhora das Dores. R: Rogai por nós.

Segunda Dor: FUGA PARA O EGITO

Comentarista: Em Memória da Segunda Dor de Nossa Senhora, dos temores


que teve Maria, fugindo para o Egito, perseguida por Herodes.

Leitor: “Depois que os magos partiram, o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José,
e lhe disse: ‘Levante-se, pegue o menino e a mãe dele, e fuja para o Egito! Fique lá até
que eu avise. Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo’. José levantou-se
de noite, pegou o menino e a mãe dele, e partiu para o Egito. Aí ficou até a morte de
Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito por meio do profeta: ‘Do Egito
chamei o meu filho’.” (Mt 2,13-15)

Meditação: Por ser a Mãe de Jesus, a Virgem Santíssima O amava mais do que
qualquer outra pessoa. Seu Coração se perturbava profundamente só de pensar no
incômodo de Seu Filho e, portanto, Ela sofreu muito por ele ter passado frio e temor.
Enquanto Ela e São José estavam cansados, com sono e com fome durante a viagem de
fuga, o pensamento de Maria sempre foi na segurança e no conforto de seu Filho, Jesus
Cristo.

Padre: OREMOS. Ó Maria, Mãe do Evangelho, fugistes para o Egito, sob a proteção
desvelada de José, e assim protegestes o menino Jesus. Ajudai-nos a cuidar do precioso
dom da vida que recebemos de Deus. Intercedei pelas nossas famílias, protegei os
recém-nascidos e encorajai os pais para que cuidem com carinho de seus filhos. Amém.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

– Nossa Senhora das Dores. R: Rogai por nós.

Terceira Dor: MARIA PROCURA JESUS EM JERUSALÉM


Comentarista: Em Memória da Terceira Dor de Nossa Senhora, da tristeza e
perturbação que teve Maria, perdendo seu amado Filho no templo de Jerusalém.

Leitor: “Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa.
Quando o menino completou doze anos, subiram para a festa, como de costume.
Passados os dias da Páscoa, voltaram, mas o menino Jesus ficou em Jerusalém, sem
que seus pais o notassem. Pensando que o menino estivesse na caravana, caminharam
um dia inteiro. Depois começaram a procurá-lo entre os parentes e conhecidos. Não o
tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à procura dele. Três dias depois, encontraram
o menino no Templo. Estava sentado no meio dos doutores, escutando e fazendo
perguntas. Todos os que ouviam o menino estavam maravilhados com a inteligência
de suas respostas. Ao vê-lo, seus pais ficaram emocionados. Sua mãe lhe disse: ‘Meu
filho, por que você fez isso conosco? Olhe que seu pai e eu estávamos angustiados, à
sua procura’. Jesus respondeu: ‘Por que me procuravam? Não sabiam que eu devo estar
na casa do meu Pai?’.” (Lc 2,41-49)

Meditação: Enquanto procurava ansiosamente por seu Filho amado, uma dor
profunda atravessava o Coração da Virgem Maria. Mas não era culpa Dela; Jesus não
precisava mais de Sua proteção, como até então havia precisado. Jesus havia agradado
Ela em tudo: nunca a havia irritado de forma alguma e nem tinha feito desagrado
algum para com os seus pais. No entanto, Ela sabia que Ele sempre fazia aquilo que era
necessário e, portanto, nunca suspeitou de sua obediência.

Padre: OREMOS. Ó Maria, Mãe Peregrina, fostes a Jerusalém para celebrar a Páscoa
e levastes consigo o menino Jesus. Em meio àquela multidão perdestes o vosso Filho,
mas vós o procurastes incansavelmente e depois de três dias o encontrastes no templo.
Conduzi-nos ao encontro do Senhor presente na Igreja, nos sacramentos e nos irmãos
sofredores. Amém.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

– Nossa Senhora das Dores. R: Rogai por nós.

Quarta Dor: JESUS ENCONTRA SUA MÃE

Comentarista: Em Memória da Quarta Dor de Nossa Senhora, da amargura


que teve Maria encontrando seu divino Filho com a pesada cruz nas costas.

Leitor: “Enquanto levavam Jesus para ser crucificado, pegaram certo Simão, da
cidade de Cirene, que voltava do campo, e o forçaram a carregar a cruz atrás de Jesus.
Uma grande multidão do povo o seguia. E mulheres batiam no peito, e choravam por
Jesus.” (Lc 23,26-27)

Meditação: Maria viu Jesus carregar a pesada Cruz sozinho. Vendo que Seu Filho já
estava quase abatido pelos inúmeros e duros golpes dos soldados, Ela se enchia de
angústia com a Sua dor. Os soldados continuavam a puxá-Lo e a agredi-Lo, ainda que
Ele quase não tivesse mais forças. Ele caiu, exausto, incapaz de se reerguer. Naquele
momento, os olhos de Maria, que tanto já haviam se enchido de amor e compaixão,
encontraram os Dele, cheios de dor e cobertos de sangue. Seus Corações, pareciam
dividir o fardo: toda dor que Ele sentia, Ela sentia também.

Padre: OREMOS. Ó Maria, Mãe Dolorosa, vós que encontrastes o vosso Filho
esmagado sob o peso da cruz a caminho do calvário e dirigistes a Ele o vosso olhar
maternal e cheio de amor, olhai compassiva os vossos filhos e ajudai-os a suportar os
sofrimentos e fadigas da vida. Amém.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

– Nossa Senhora das Dores. R: Rogai por nós.

Quinta Dor: MARIA AO PÉ DA CRUZ DE JESUS

Comentarista: Em Memória da Quinta Dor de Nossa Senhora, da agonia que


teve Maria por ver morrer seu Filho crucificado entre dois ladrões.

Leitor: “A mãe de Jesus, a irmã da mãe dele, Maria de Cléofas, e Maria Madalena
estavam junto à cruz. Jesus viu a mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava. Então
disse à mãe: ‘Mulher, eis aí o seu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Eis aí a tua mãe’. E
dessa hora em diante, o discípulo a recebeu em sua casa.” (Jo 19,25-27)

Meditação: Maria sentiu profundamente a dor e a humilhação de Seu Filho,


principalmente quando O forçaram a despir o que havia sobrado de Sua roupa. A Santa
Mãe teve dores no Coração ao ver aqueles tiranos crucificarem Seu Filho praticamente
nu, envergonhando-O terrivelmente. A Virgem Maria sentiu uma dor insuportável
quando Jesus foi pregado na Cruz. Ao martelarem as mãos e pés de Jesus, Maria sentiu
os golpes em Seu Coração; os pregos perfuraram também a sua alma enquanto
rasgavam o corpo de Seu Filho. Jesus suportou três horas pregado na Cruz, mas não
era somente a dor física que Ele sentia, havia uma dor agonizante no Coração, por ver
que Sua Mãe assistia ao Seu sofrimento de perto.

Padre: OREMOS. Ó Maria, Mãe Consoladora, vós que permanecestes aos pés da
cruz, quando Cristo suportava em sua carne o dramático encontro entre o pecado do
mundo e a misericórdia divina, ensinai-nos a percorrer a estrada do amor até o fim.
Concedei a carícia da vossa consolação materna aos homens e mulheres deste mundo
que, na hora suprema da nova criação, vos foram entregues como filhos e filhas. Amém.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

– Nossa Senhora das Dores. R: Rogai por nós

Sexta Dor: MARIA RECEBE O CORPO DO FILHO

Comentarista: Em Memória da Sexta Dor de Nossa Senhora, da angústia que


teve Maria quando tiraram da cruz o corpo de seu Filho e o colocaram em seus braços.
Leitor: “Ao entardecer, como era o dia da Preparação, isto é, a véspera do sábado,
chegou José de Arimateia. Ele era membro importante do Sinédrio, e também esperava
o Reino de Deus. José encheu-se de coragem, foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
Pilatos ficou admirado que Jesus já tivesse morrido. Chamou o oficial do exército, e
perguntou se Jesus já estava morto. Depois de informado pelo oficial, Pilatos mandou
entregar o cadáver a José.” (Mc 15,42-45)

Meditação: Olhando para Seu Filho inteiramente ferido, a Virgem Maria sabia que
Sua morte havia sido muito pior do que a tortura reservada ao mais perverso dos
criminosos. Enquanto limpava Seu corpo, Ela se recordava Dele em cada etapa de sua
curta vida, lembrava o primeiro olhar que deu ao Seu rosto de recém-nascido enquanto
estavam ainda deitados na manjedoura, e se lembrou também de cada dia que Jesus
passou junto com Ela. Sua angústia era implacável quando preparava Seu Filho e
Senhor para o sepultamento, mas Ela permanecia valente e forte, tornando-se assim a
verdadeira Rainha dos Mártires.

Padre: OREMOS. Ó Maria, Mãe Piedosa, vós que sustentastes e acalentastes nos
braços o corpo do vosso Filho acolhei-nos quando formos surpreendidos pela dor e
pelos sofrimentos. Não permitais que sejamos dominados pelo medo, mas renovai-nos
a cada dia na esperança e na fé. Amém.

Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

– Nossa Senhora das Dores. R: Rogai por nós.

Sétima Dor: MARIA DEPOSITA JESUS NO SEPULCRO

Comentarista: Em Memória da Sétima Dor de Nossa Senhora, da solidão que


Maria teve depositando o corpo de seu Filho no sepulcro.

Leitor: “Eles pegaram o corpo de Jesus e o enrolaram com panos de linho junto com
os perfumes, do jeito que os judeus costumam sepultar. No lugar onde Jesus fora
crucificado, havia um jardim, onde estava um túmulo, em que ninguém ainda tinha
sido sepultado. Então, por causa do dia da preparação para a Páscoa e porque o túmulo
estava perto, lá colocaram Jesus.” (Jo 19,40-42)

Meditação: Nossa Mãe Dolorosa colocou cuidadosamente o corpo de Jesus no


sepulcro e o deixou lá, como se fazia com todos os outros mortos. Ela foi para casa com
uma dor terrível e uma tristeza aguda; pela primeira vez, Ela estava sem Ele e essa
solidão era um novo tipo de dor, mais amarga. Seu Coração vinha morrendo desde que
o Coração de Seu Filho havia parado de bater, mas Ela ainda assim estava certa de que
o nosso Salvador logo ressuscitaria.

Padre: OREMOS. Ó Maria, Mãe da Esperança, vós que acreditastes esperando


contra toda a força da morte e assim cooperastes na obra do Salvador, livrai-nos do
desânimo, do medo e do desespero. Ajudai-nos a caminhar na estrada da confiança e
concedei-nos a graça de esperar unicamente em Deus. Amém.
Reza-se um Pai-Nosso e sete Ave-Marias.

– Nossa Senhora das Dores. R: Rogai por nós.

ORAÇÃO FINAL

Padre:
ai-nos, Senhora, a graça de compreender o oceano de angústias que fizeram de
vós a “Mãe das Dores”, para que possamos participar de vosso sofrimento e
vos consolemos pelo nosso amor e nossa fidelidade. Choramos convosco, ó
Rainha dos Mártires, na esperança de ter a felicidade de um dia nos alegrarmos
convosco no céu. Amém.

Reza-se a Salve Rainha.

BENÇÃO FINAL E DESPEDIDA

Pode-se realizar a benção da Paixão do Senhor, como abaixo:

O sacerdote abrindo os braços, saúda o povo:


Padre: O Senhor esteja convosco.
Ass: Ele está no meio de nós.

Em seguida, o sacerdote, com as mãos estendidas sobre o povo, diz a oração:


Padre: O Pai de misericórdia, que vos deu um exemplo de amor na paixão do seu
Filho, vos conceda, pela vossa dedicação a Deus e ao próximo, a graça de sua bênção.
R: Amém.

Padre: O Cristo, cuja morte vos libertou da morte eterna, conceda-vos receber o dom
da vida.
R: Amém.

Padre: Tendo seguido a lição de humildade deixada pelo Cristo, participeis


igualmente de sua ressurreição.
R: Amém.

O sacerdote abençoa o povo, dizendo:


Padre: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
R: Amém.

Padre: Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe.


R: Graças a Deus.

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