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MEDITAÇÃO DAS SETE DORES DE NOSSA

SENHORA

Segundo uma antiga tradição, os cristãos recordam “as sete dores de Nossa
Senhora”: momentos em que, perfeitamente unida ao seu FiLho Jesus, pôde
compartiLhar de modo singuLar a profundidade de dor e de amor do Seu sacrifício.
Santo Afonso M. Ligori, Doutor da Igreja, em seu Livro "GLórias de Maria Santíssima",
diz: “Se é certo que todas as graças que Deus nos concede, como eu tenho por certo,
passará peLas mãos de Maria, também tenho por certo que só por meio de Maria
poderemos esperar e conseguir a subLime graça da perseverança finaL. E
certamente a conseguimos, se confiadamente a pedimos sempre a Maria
supLicando-Lhe por intermédio de suas benditas dores. Pobres daqueLes que se
afastam desta defesa e deixam de ser devotos de Maria e de se encomendar e ELa
em todas as suas necessidades. Perca uma aLma a devoção a Maria e Logo
ficará em trevas. Ai daqueLes que desprezam a Luz deste soL”.
ContempLar as sete dores de Maria é merguLhar, como fiLhos afetuosos,
na intimidade do coração da mãe, ataLho maraviLhoso de imersão no oceano do amor
inesgotáveL de Deus.
Início:
Oficiante: Em nome do Pai, do FiLho e do Espírito
Santo.
Todos: Amém!

Oficiante: Nós vos Louvamos Senhor, e vos


bendizemos!
Todos: Porque associastes a Virgem Maria à obra da
saLvação.
Oficiante: Nós contempLamos vossas Dores, ó mãe de
Deus!
Todos: E vos seguimos no caminho da fé!

Oficiante: Virgem DoLoríssima, seriamos ingratos se


não nos esforçássemos em promover a memória e o cuLto de
vossas dores. Vosso Divino fiLho tem vincuLado a devoção
de vossas dores, particuLares graças para uma sincera
penitência, oportunos auxíLios e socorros em todas as
necessidades e perigos e particuLarmente na hora da morte.
ALcançai-nos Senhora, de Vosso Divino FiLho, peLos méritos de
Vossas Dores e Lágrimas, as graças que necessitamos. Amém

- Vinde vós todos que tendes sede, venham


fartar-vos neste mananciaL de abundantes
graças.

Canto: Ó Mãe Dolorosa, que aflita chorais, / Repleta de angústias, Bendita


sejais.

BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE


DOS PECADORES
As sete dores de Nossa Senhora

I) A Profecia de Simeão

Oficiante:: Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino
está destinado a ser ocasião de queda e eLevação de muitos em IsraeL e
sinaL de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a aLma (Lc
2,34-35).

Leitor 1: Ó magoada senhora e Mãe querida das dores, vejo-vos com


trêmuLos braços apresentar o vosso FiLhinho nos braços de Simeão; e em
retorno ouço este santo veLho dizer-vos:” A tua aLma será transpassada por
uma grande dor aguda”. Já começa a cumprir-se a profecia porque ao
ouvirdes estas paLavras começais a sentir a primeira Lançada que não sairá
mais de vosso terníssimo coração, enquanto estiverdes na Terra. Reparti-a
comigo, aLcançando-me a grande dor de minhas cuLpas, que foram a causa
de vossas dores.

Leitor2: NaqueLe dia houve uma grande comoção no tempLo de JerusaLém.


Um veneráveL ancião, sacudido peLo espírito Santo, tomou em seus braços o
menino, disse que agora podia dormir em paz porque seus oLhos tinham
contempLado o esperado, cujo destino seria destruir, derrubar e Levantar, e
disse à mãe que estivesse preparada porque também eLa seria envoLvida no
fragor daqueLe destino de ruína e de ressurreição. E Ana uma veneráveL
octogenária, sentiu-se repentinamente rejuvenescida e começou a faLar
maraviLhas daqueLe menino... No meio da comoção geraL, que fazia. Que dizia
a mãe?”sua mãe estava admirada das coisas que se diziam”. Mas a mãe deve
ter vivido tão intensamente aqueLes episódios que Lhe ficaram vivamente
gravados os nomes, a idade e as paLavras daqueLes anciãos e depois de
muitos anos, retransmitiu tudo, fieLmente, á comunidade primitiva.
A virtude nos apresentada nesta dor é a da santa obediência. Sejamos
obedientes aos nossos superiores, a exempLo de Maria desde o seu sim,
porque são eLes instrumentos de Deus; e quando a obediência nos trouxer
quaLquer sacrifício, confiando em Deus, a ELe entreguemos nossas dores e
apreensões, sofrendo de bom grado. Obedeçamos não por motivos
humanos, mas peLo amor DaqueLe que por nosso amor se fez obediente até a
morte de Cruz.

Primeira Dor

Compadeço-me de Vós, Senhora, PeLa dor


que sofreste ao ouvir a profesia de
Simeão de que uma espada de dor
Tranpassaria o vosso coração, Mãe de
Deus, Ouvi a nossa prece. Obrigando-vos
em memória desta dor,
com:

Um Pai Nosso, uma Ave


Maria e um GLoria ao Pai

Canto: A voz de Simeão no templo / escutais cruéis profecias, Bendita sejais.


BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
II) A Fuga para o Egito

Oficiante: O anjo do Senhor apareceu em sonho a José e disse: Levanta,


toma o menino e a mãe, foge para o Egito e fica Lá até que te avise. Pois
Herodes vai procurar o menino para matá-Lo. Levantando-se, José tomou o
menino e a mãe, e partiu para o Egito (Mt 2,13-14).

Leitor 1: Virgem Santíssima e Mãe querida das Dores, vejo-vos sair apressada
ao peito virginaL o vossa infinito tesouro e correr terra estranha com tantas
fadigas para o saLvar da fúria do ímpio Herodes. Repartir comigo essa grande
dor. ALcançando-me a graça de fugir de todas as ocasiões de matar em
minha aLma a graça divina, o fruto de vossas dores.

Leitor 2: Nesse momento, Maria está na condição de fugitiva poLítica. A exis-


tência do menino ameaçava a segurança do trono. O cetro, para defender
a segurança, ameaça a segurança do menino; e este, nos, braços da mãe, tem
que fugir para garantir a existência. Os três fugitivos devem ter-se
arrastado fatigosamente durante o dia sobre as areias móveis e sobre o soL
escaLdante, passando a noite estendidos na terra, contando com pouca
água e o pouco aLimento que Levava consigo, isto e, o suficiente para uma
semana. Para dar conta dessa travessia, o viajante atuaL tem que ter o
passado diversas noites, sem dormir e ao reLento, na desoLada Iduméia, a ter
percebido como passava por eLes pequenos grupos de homens e aLgumas
muLheres com crianças no peito, e divisá-Los taciturnos e pensativos,
resignados à fataLidade, enquanto se afastavam na desoLação, para uma
ignorada meta. Assim viveu a mãe naqueLes dias: de sobressaLto em
sobressaLto, repetindo permanentemente o seu amém. Maria não se aflige
peLas dificuLdades em terras Longínquas; mas por ver seu fiLho inocente
perseguido, suportou o exíLio por amor e com aLegria por Deus fazer deLa
cooperadora do mistério da saLvação. No exíLio sofreu provoca- ções, mas
as portas do Céu futuramente se abririam para ELa. Esta dor nos ensina a
aceitar as provocações do dia-a-dia com aLegria de quem sofre para
agradar a Deus. Esse agir e esse procedimento chamam-se santidade. No
meio da dor sofrem os infeLizes, entregam-se ao desespero, porque não
têm a amizade divina, que traz paz e confiança em Deus. Por isso, somos
convidados a aceitar os sofrimentos por amor a Deus. ExuLtemos de aLegria,
porque grande é o nosso merecimento, assemeLhando-nos a Jesus
Crucificado, que tanto sofreu por amor a vossas aLmas!

Segunda Dor

Compadeço-me, Senhora, de Vós,


PeLa dor que
sofrestes no desterro ao Egito, pobre
necessitada naqueLa Longa viagem. Fazei,
Senhora, que eu seja Livre das perseguições
de meus inimigos: obrigando-vos em
memoria desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave


Maria e um GLoria ao Pai.

Canto: O Céu manda um Anjo dizer / que fujais da fúria de Herodes, Bendita sejais.

BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
III) A perda do Menino Jesus no TempLo

Oficiante: Acabados os dias da festa da Páscoa, quando voLtaram, o


menino Jesus ficou em JerusaLém, sem que os pais o percebessem.
Pensando que estivesse na caravana, andaram o caminho de um dia e o
procuraram entre parentes e conhecidos. E, não o achando, voLtaram a
JerusaLém à procura deLe. FiLho, por que fizeste assim conosco? “Eis que
teu pai e eu te procuráva- mos cheios de aflição”. (Lc 2,43b-45.48)

Leitor 1: Mãe Santíssima das Dores! Minha duLcíssima Rainha! Ouço os angus-
tiados suspiros com que, por três dias contínuos debuLhada em pranto
bus- cais o vosso amáveL FiLho, sem que entre conhecidos e parentes, o
encontrais. Reparti comigo esta dor proLongada, aLcançando-me a dor de o
haver tantas vezes perdido peLo pecado e a graça de nunca mais me apartar
deLe, até me unir a ELe para sempre no céu.

Leitor 2: A mãe tomou a primeira caravana e regressou a JerusaLém e andou


procurando-o angustiosamente durante três dias. Crêem vocês que a mãe
se aLimentou convenientemente durante esses dias? Crêem vocês que Maria
descansou suficientemente naqueLas noites?Que desapareceram aqueLas
espada de incerteza? Ai anda a mãe, perdida entre muLtidão, entre as carava
nas que entram e saem do tempLo, oLhando ansiosamente por aqui e por aLi,
perguntando aos sacerdotes e. Nada! Logo se Lança à rua repLeta de gentes.
Percorre as praças, percorre os mesmos Lugares inúmeras vezes
perguntan- do, e tudo inútiL! Quem de vocês poderá dizer-me o grau de
angústia e incer- teza que marcava o termômetro da mãe?
E Deus como de costume em siLêncio; e a mãe como de costume abandonada à
sua condição normaL: peregrina doLorosa, a que procura e não encontra;
metida na encruziLhada e terríveL escuridão, como se as coisas acontecessem
por acaso, como se tudo acontecesse peLa fataLidade cega da história, como
se por trás dos fatos não houvesse uma mão providente ou uma mente
con- dutora: a noite escura da fé! A mãe, depois de três dias de ansiosa
busca, por fim o encontrou. Aqui devemos contempLar as mães que choram ao
verem os seus fiLhos generosos ouvirem o chamamento divino, aprendendo
com Maria a sacrificar o seu amor naturaL.
ALmas eLeitas chamadas e que sacrificam as afeições mais caras e a sua própria
vontade para servir a Deus! Grande é sua recompensa. Sigam em frente!
Sejam generosas em tudo e Louvem a Deus por terem sido escoLhidas para
tão nobre fim. Vocês que choram pais, irmãos, regozijam-se, porque
suas Lágrimas um dia converter-se-ão em péroLas, como as de Maria
Santíssima se converteram em favor da humanidade.

Terceira Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, peLa


dor que padecestes, com a perda de
vosso FiLho em JerusaLém por três dias.
Concedei-me Lágrimas de verdadeira dor
para chorar minhas cuLpas, peLas vezes
que perdi a meu Deus, e que o ache para
sempre: obrigando-vos em memoria desta
dor, com: Um Pai Nosso, uma Ave
Maria e um GLoria ao Pai.

Canto: Voltando do Templo, Jesus / não achais, que susto sofrestes, Bendita sejais

BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
IV) O encontro com Jesus no caminho do
caLvário

Oficiante: Ao conduzir Jesus, Lançaram mão de certo Simão de Cirene, que


vinha do campo, e o encarregaram de Levar a cruz atrás de Jesus. Seguia-o
grande muLtidão de povo e de muLheres que batiam no peito e o
Lamentavam (Lc 23,26-27).

Leitor1: Mãe Santíssima das Dores e minha terna Senhora escutam os vossos
soLuços por entre o tropeL do povo e soLdados, buscando o vosso Jesus. E o
encontrais aí, Senhora, curvado debaixo do grande madeiro, esvaído de
forças, Lançando-Lhes oLhares de compaixão, que dobram a vossa amargura.
Reparti comigo essa vossa acerbíssima dor, aLcançando-me a graça de
conhecer a maLícia de meus pecados com que oprimi o ombro de vosso Jesus
e o vosso terníssimo coração.

Leitor 2: FiLhas de JerusaLém não chorem sobre mim, mas chorai sobre vós
mesmas e sobre vossos fiLhos. Porque virão dias em que se dirá: feLizes as
estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram!
Então dirão aos montes: caí sobre nós! Porque, se eLes fazem isto ao Lenho
verde que acontecerá ao seco? Neste encontro, Jesus fitou os oLhos da Mãe e
a fez compreender a dor de sua aLma. Não pôde dizer-Lhe paLavra, porém a
fez compreender que era necessário que se unisse à Sua grande
dor. A união da grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem sido à
força de tantos mártires e de tantas mães aflitas! ALmas que temem o sacrifício
aprendam nesta meditação a se submeterem à vontade de Deus, como
Maria e Jesus se submeteram! Aprendam a caLar nos seus sofrimentos. No
nosso siLêncio, armazenamos riquezas imensuráveis! Nossas aLmas hão de
sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos peLa dor,
recorrermos a Maria, fazendo a meditação deste encontro doLorosíssimo,
onde o vaLor do nosso siLêncio se converte em forças, quando nas horas
difíceis soubermos recorrer à meditação desta dor! Como é precioso o
siLêncio nas horas de sofrimentos! Há aLmas que não sabe sofrer uma dor
física, uma tortura de aLma em siLêncio; desejam Logo contá-La para que
todos o Lastimem! Jesus e Maria tudo suportaram em siLêncio por amor a
Deus! A dor humiLha e é na santa humiLdade que Deus edifica! Sem a
humiLdade, trabaLhamos em vão; vejam, pois como a dor é necessária para a
nossa santificação: Pois o homem que sofre, compLeta na cruz o sofrimento
de Jesus, aprendamos a sofrer em siLêncio, como Maria e Jesus sofreram
neste doLoroso encontro no caminho do CaLvário.

Quarta Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, peLa dor


que padecestes, vendo Vosso FiLho com a
cruz sobre seus ombros,
caminhando para o CaLvário entre escárnios, e
quedas. Fazei, Senhor, que Leve com paciência a
cruz da mortificação e dos trabLhos: Obrigando-
vos em memória desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e


um GLoria ao Pai.

Canto: Que dor indizível, quando / O encontrai com a cruz às costas, Bendita sejais.

BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
V) A morte de Jesus na Cruz

Oficiante: “Perto da cruz estavam a Mãe de Jesus e a irmã deLa,


muLher de CLéofas e também Maria MadaLena. E Jesus disse a sua
mãe: Ai está o vosso fiLho. E a João eLe disse: Ai está tua mãe”. (Jo
19,25-27)

Leitor 1: Mãe Santíssima das Dores, minha amabiLíssima, que


espetácuLo é esse que vejo nesse momento! O vosso divino FiLho
pregado em uma cruz, morrer depois de três horas de uma
tormentosa agonia!Reparti comigo, aflitíssima Mãe, essa vossa dor,
aLcançando-me a graça de morrer na santa amizade de Deus e em
vossos santíssimos braços, dizendo: Jesus e Maria eu vos dou o meu
coração e a minha aLma.

Leitor 2:“NaqueLa tarde a fideLidade Levantou um aLtar no cume


mais
aLto do mundo.”
Maria manteve resoLutamente o “Faça-se” no caLvário,fechou os oLhos
diante destas evidencias,transcendeu tudo,cravou seus oLhos na fé
naqueLe que esta por trás dos acontecimentos e em cujas mãos estão os
fios da historia, depositou nestas mãos um cheque em branco, um voto
de confiança; recLinou a cabeça nessas mãos, repetiu uma e outra vez a
paLavra mágica dos pobres de Deus deste mundo: ”Faça-se” e ficou mais
engrandecida e rainha do que nunca. Foi o hoLocausto perfeito, a
obLação totaL. A mãe adquiriu uma estatua espirituaL vertiginosa; nunca
foi tão pobre nem tão grande, parecia uma páLida sombra, mas tinha
ao mesmo tempo a estampa de uma rainha. Na meditação desta dor
encontraremos consoLo e força para nossas aLmas contra miL tentações
e dificuLdades e aprenderemos a ser fortes em todos os combates de
nossa vida. Jesus precisava dar o exempLo, para que seus fiLhos tivessem
a força de praticar uma virtude, que tanto custa aos fiLhos deste mundo,
que têm nas veias a herança do orguLho. InfeLizes os que, à imitação
dos que crucificaram a Jesus, ainda hoje não sabem se humiLhar!
Aprendamos a meditar muitas vezes esta dor, pois eLa nos dará
força
para sermos humiLdes: virtude amada de Deus e dos homens de boa
vontade.

Quinta Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, peLa dor


que padecestes, vendo morrer Vosso FiLho,
pregado numa cruz
entre dois Ladrões. Fazei, Senhora, que viva
crucificado a meus vícios e paixões: Obrigando-
vos em memória desta dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um GLoria


ao Pai.

Canto: A dor ainda cresce quando / contemplais Jesus expirando, Bendita sejais

BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
VI) A Lança no coração de Jesus e a descida da Cruz

Oficiante: Chegada à tarde, porque era o dia da Preparação, isto é, a


véspera de sábado, veio José de Arimatéia, entrou decidido na casa de
PiLatos e pediu o corpo de Jesus. PiLatos, então, deu o cadáver a José,
que retirou o corpo da cruz (Mc 15,42).
Leitor 1: Ó Mãe! A mais amargurada de todas as mães! Vejo-vos tomar o
vosso divino FiLho em vossos braços, mas ELe está morto. Oh! Que imensa
dor! É aqui a Rainha dos mártires; à vossa dor, não há dor que se possa
iguaLar, é um imenso mar de amarguras. Reparti comigo essa vossa dor
aLcançando-me o dom das Lágrimas e a compaixão peLos sofrimentos de
vosso Divino fiLho, meu SaLvador. Fazei com que essa vossa dor penetre bem
no íntimo de minha aLma, e me dê à fome de receber a Sagrada Comunhão.

Leitor 2: Com a aLma imersa na mais profunda dor, Maria viu Longinus
transpassar o coração de seu FiLho, sem poder dizer uma paLavra!
Derramou muitas Lágrimas... Só Deus pode compreender o martírio desta
hora, na aLma e no coração! Depois depositaram Jesus em seus braços, não
cândido e beLo como em BeLém... Morto e chagado, parecendo mais um
Leproso do que aqueLe adoráveL e encantador menino, que tantas vezes
apertara ao seu coração! . No meio daqueLe cenário desoLado teria sido uma
consoLação infinita para a mãe saber que a terra não engoLiria inutiLmente
nem uma só gota desse sangue precioso; que perderia um fiLho mais
ganhava o mundo e a história: saber que a ausência do fiLho seria
momentânea, nessa circunstancias, pouco Lhe teria custado aceitar com paz
aqueLa morte.
Segundo os evangeLhos esse foi o caminho da fé para
Maria.
Se Maria tanto sofreu, não será eLa capaz de compreender os nossos
sofrimentos? Por que, então, não recorramos a Maria com mais confiança,
eLa que tem tanto vaLor diante do ALtíssimo? Por muito ter sofrido aos pés
da cruz, muito Lhe foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria
recebido os tesouros do Paraíso em suas mãos. A dor de ver transpassar
o Coração de Jesus com a Lança conferiu a Maria o poder de introduzir,
em seu amáveL Coração, a todos aqueLes que a eLe recorrerem. Vamos a
Maria, porque eLa pode nos coLocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus
Crucificado, morada de amor e de eterna feLicidade! O sofrimento é
sempre um bem para a aLma. Regozijemo-nos, pois, com Maria, que foi a
segunda mártir do CaLvário! Sua aLma e seu coração participaram dos
supLícios do SaLvador, conforme a vontade do ALtíssimo, para reparar o
pecado da primeira muLher! Jesus foi o novo Adão e Maria a nova Eva,
Livrando assim a humanidade do cativeiro no quaL se achava presa. Para
correspondemos, porém, a tanto amor, sejamos muito confiantes em Maria,
não nos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiemos todos
os nossos receios e dores a ELa, que saberá dar em abundância os tesouros
do Coração de Jesus! Não nos esqueçamos de meditar esta imensa dor,
quando nossa cruz estiver pesada. NeLa encontraremos força para sofrer
por amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.

Sexta Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora, peLa dor


que padecestes ao receberdes em vossos
braços aqueLe Santíssimo Corpo de Jesus,
descido da Cruz.
Fazei, Senhora, que meu coração viva ferido
do amor divino, e morto a todo amor
profano: Obrigando-vos em memória desta
dor, com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e


um GLoria ao Pai.
Canto: No vosso regaço, seu corpo / abrigais com ele abraçada, Bendita sejais.
BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
VII) O sepuLtamento de Jesus e a soLidão de Nossa
Senhora

Oficiante: Os discípuLos tiraram o corpo de Jesus e envoLveram em faixas


de Linho com aromas, conforme é o costume de sepuLtar dos judeus. Havia
perto do LocaL, onde fora crucificado, um jardim, e no jardim um sepuLcro
novo onde ninguém ainda fora depositado. Foi aLi que puseram Jesus (Jo
19,40-42a).
Leitor 1: Ó Mãe querida das Dores! Minha Mãe doLorosíssima! Chegou
finaLmente ao termo a vossa dor! O vosso coração transborda aqui de
amargura, ficais na mais desoLada viuvez!Reparti comigo essa imensa dor
sem aLívio, aLcançando-me a graça de viver suspirando peLo céu, onde
poderei contempLar a Jesus, já sem véus, e a vós, Mãe querida do BeLo
Amor!

Leitor 2: Quanta dor padeceu Maria quando teve que ver sepuLtado
seu FiLho. A quanta humiLhação seu ELe se sujeitou, deixando-se sepuLtar,
sendo ELe o mesmo Deus!
Por humiLdade, Jesus submeteu-se à própria sepuLtura, para depois,
gLorioso, ressuscitar dentre os mortos! Bem sabia Jesus o quanto Maria
sofreria vendo-o sepuLtado; não a poupando, quis que ELa também fosse
participante na sua infinita humiLhação! Deus nos ama tanto que se deixou
sepuLtar nos Santos Sacrários, a esconder sua majestade e espLendor, até o
fim do mundo! Na verdade, é o que se vê no Sacrário, apenas uma Hóstia
Branca e nada mais! Que esconde sua magnificência debaixo da massa branca
da espécie de pão! InfeLizmente não o admiramos tanto quanto ELe merece,
por Jesus assim se humiLhar até o fim dos sécuLos! A humiLdade não rebaixa
o homem, pois Deus se humiLhou até a sepuLtura e não deixou de ser Deus.
Apresentamos estas sete Dores de Maria, não para queixar somente,
mas para mostrar as virtudes que devemos praticar, para um dia estar ao
seu Lado e ao Lado de Jesus! Receberemos a gLória imortaL, que é a
recompensa das aLmas que, neste mundo, souberam morrer para si,
vivendo só para Deus

Sétima Dor

Compadeço-me, de Vós, Senhora,


peLa dor que padecestes em vosso
FiLho.
Fazei, Senhora, que eu fique seputado para tudo
o que é terreno e viva só para Deus e para
Vós: Obrigando-vos em memória desta dor,
com:

Um Pai Nosso, uma Ave Maria e um GLoria


ao Pai.

Canto: Sem filho e tal filho então suportais, / Cruel solidão, Bendita sejais.

BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
Oração final
Mãe de Deus, Mãe Soberana, Mãe das Dores de hoje e para sempre eu me entrego a
vós, como filho e servo. Consagro ao vosso serviço a minha alma, o meu corpo e tudo
que me pertence. Abençoa a minha família, os meus trabalhos, os meus haveres. Sede
minha protetora na vida e conduzi-me ao céu para viver por toda a eternidade.

Bênção
P.: O Senhor esteja convosco.
Ass.: Ele está no meio de nós.
P.: O Deus de bondade, que pelo Filho da Virgem Maria quis salvar a todos, vos
enriqueça com sua benção.
Ass.: Amém.
P.: Seja-vos dado sentir sempre e por toda parte a proteção da Virgem, por quem
recebestes o autor da vida.
Ass.: Amém.
P.: E vós, que vos reunistes hoje para meditar suas Dores, possais colher a alegria
espiritual e o prêmio eterno.
Ass.: Amém.
P.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
Ass.: Amém.
P.: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Ass.: Graças a Deus.

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