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SENHORA
Segundo uma antiga tradição, os cristãos recordam “as sete dores de Nossa
Senhora”: momentos em que, perfeitamente unida ao seu FiLho Jesus, pôde
compartiLhar de modo singuLar a profundidade de dor e de amor do Seu sacrifício.
Santo Afonso M. Ligori, Doutor da Igreja, em seu Livro "GLórias de Maria Santíssima",
diz: “Se é certo que todas as graças que Deus nos concede, como eu tenho por certo,
passará peLas mãos de Maria, também tenho por certo que só por meio de Maria
poderemos esperar e conseguir a subLime graça da perseverança finaL. E
certamente a conseguimos, se confiadamente a pedimos sempre a Maria
supLicando-Lhe por intermédio de suas benditas dores. Pobres daqueLes que se
afastam desta defesa e deixam de ser devotos de Maria e de se encomendar e ELa
em todas as suas necessidades. Perca uma aLma a devoção a Maria e Logo
ficará em trevas. Ai daqueLes que desprezam a Luz deste soL”.
ContempLar as sete dores de Maria é merguLhar, como fiLhos afetuosos,
na intimidade do coração da mãe, ataLho maraviLhoso de imersão no oceano do amor
inesgotáveL de Deus.
Início:
Oficiante: Em nome do Pai, do FiLho e do Espírito
Santo.
Todos: Amém!
I) A Profecia de Simeão
Oficiante:: Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino
está destinado a ser ocasião de queda e eLevação de muitos em IsraeL e
sinaL de contradição. Quanto a ti, uma espada te transpassará a aLma (Lc
2,34-35).
Primeira Dor
Leitor 1: Virgem Santíssima e Mãe querida das Dores, vejo-vos sair apressada
ao peito virginaL o vossa infinito tesouro e correr terra estranha com tantas
fadigas para o saLvar da fúria do ímpio Herodes. Repartir comigo essa grande
dor. ALcançando-me a graça de fugir de todas as ocasiões de matar em
minha aLma a graça divina, o fruto de vossas dores.
Segunda Dor
Canto: O Céu manda um Anjo dizer / que fujais da fúria de Herodes, Bendita sejais.
BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
III) A perda do Menino Jesus no TempLo
Leitor 1: Mãe Santíssima das Dores! Minha duLcíssima Rainha! Ouço os angus-
tiados suspiros com que, por três dias contínuos debuLhada em pranto
bus- cais o vosso amáveL FiLho, sem que entre conhecidos e parentes, o
encontrais. Reparti comigo esta dor proLongada, aLcançando-me a dor de o
haver tantas vezes perdido peLo pecado e a graça de nunca mais me apartar
deLe, até me unir a ELe para sempre no céu.
Terceira Dor
Canto: Voltando do Templo, Jesus / não achais, que susto sofrestes, Bendita sejais
BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
IV) O encontro com Jesus no caminho do
caLvário
Leitor1: Mãe Santíssima das Dores e minha terna Senhora escutam os vossos
soLuços por entre o tropeL do povo e soLdados, buscando o vosso Jesus. E o
encontrais aí, Senhora, curvado debaixo do grande madeiro, esvaído de
forças, Lançando-Lhes oLhares de compaixão, que dobram a vossa amargura.
Reparti comigo essa vossa acerbíssima dor, aLcançando-me a graça de
conhecer a maLícia de meus pecados com que oprimi o ombro de vosso Jesus
e o vosso terníssimo coração.
Leitor 2: FiLhas de JerusaLém não chorem sobre mim, mas chorai sobre vós
mesmas e sobre vossos fiLhos. Porque virão dias em que se dirá: feLizes as
estéreis, os ventres que não geraram e os peitos que não amamentaram!
Então dirão aos montes: caí sobre nós! Porque, se eLes fazem isto ao Lenho
verde que acontecerá ao seco? Neste encontro, Jesus fitou os oLhos da Mãe e
a fez compreender a dor de sua aLma. Não pôde dizer-Lhe paLavra, porém a
fez compreender que era necessário que se unisse à Sua grande
dor. A união da grande dor de Maria e Jesus nesse encontro tem sido à
força de tantos mártires e de tantas mães aflitas! ALmas que temem o sacrifício
aprendam nesta meditação a se submeterem à vontade de Deus, como
Maria e Jesus se submeteram! Aprendam a caLar nos seus sofrimentos. No
nosso siLêncio, armazenamos riquezas imensuráveis! Nossas aLmas hão de
sentir a eficácia desta riqueza na hora em que, abatidos peLa dor,
recorrermos a Maria, fazendo a meditação deste encontro doLorosíssimo,
onde o vaLor do nosso siLêncio se converte em forças, quando nas horas
difíceis soubermos recorrer à meditação desta dor! Como é precioso o
siLêncio nas horas de sofrimentos! Há aLmas que não sabe sofrer uma dor
física, uma tortura de aLma em siLêncio; desejam Logo contá-La para que
todos o Lastimem! Jesus e Maria tudo suportaram em siLêncio por amor a
Deus! A dor humiLha e é na santa humiLdade que Deus edifica! Sem a
humiLdade, trabaLhamos em vão; vejam, pois como a dor é necessária para a
nossa santificação: Pois o homem que sofre, compLeta na cruz o sofrimento
de Jesus, aprendamos a sofrer em siLêncio, como Maria e Jesus sofreram
neste doLoroso encontro no caminho do CaLvário.
Quarta Dor
Canto: Que dor indizível, quando / O encontrai com a cruz às costas, Bendita sejais.
BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
V) A morte de Jesus na Cruz
Quinta Dor
Canto: A dor ainda cresce quando / contemplais Jesus expirando, Bendita sejais
BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
VI) A Lança no coração de Jesus e a descida da Cruz
Leitor 2: Com a aLma imersa na mais profunda dor, Maria viu Longinus
transpassar o coração de seu FiLho, sem poder dizer uma paLavra!
Derramou muitas Lágrimas... Só Deus pode compreender o martírio desta
hora, na aLma e no coração! Depois depositaram Jesus em seus braços, não
cândido e beLo como em BeLém... Morto e chagado, parecendo mais um
Leproso do que aqueLe adoráveL e encantador menino, que tantas vezes
apertara ao seu coração! . No meio daqueLe cenário desoLado teria sido uma
consoLação infinita para a mãe saber que a terra não engoLiria inutiLmente
nem uma só gota desse sangue precioso; que perderia um fiLho mais
ganhava o mundo e a história: saber que a ausência do fiLho seria
momentânea, nessa circunstancias, pouco Lhe teria custado aceitar com paz
aqueLa morte.
Segundo os evangeLhos esse foi o caminho da fé para
Maria.
Se Maria tanto sofreu, não será eLa capaz de compreender os nossos
sofrimentos? Por que, então, não recorramos a Maria com mais confiança,
eLa que tem tanto vaLor diante do ALtíssimo? Por muito ter sofrido aos pés
da cruz, muito Lhe foi dado! Se não tivesse sofrido tanto, não teria
recebido os tesouros do Paraíso em suas mãos. A dor de ver transpassar
o Coração de Jesus com a Lança conferiu a Maria o poder de introduzir,
em seu amáveL Coração, a todos aqueLes que a eLe recorrerem. Vamos a
Maria, porque eLa pode nos coLocar dentro do Coração Santíssimo de Jesus
Crucificado, morada de amor e de eterna feLicidade! O sofrimento é
sempre um bem para a aLma. Regozijemo-nos, pois, com Maria, que foi a
segunda mártir do CaLvário! Sua aLma e seu coração participaram dos
supLícios do SaLvador, conforme a vontade do ALtíssimo, para reparar o
pecado da primeira muLher! Jesus foi o novo Adão e Maria a nova Eva,
Livrando assim a humanidade do cativeiro no quaL se achava presa. Para
correspondemos, porém, a tanto amor, sejamos muito confiantes em Maria,
não nos afligindo nas contrariedades da vida; ao contrário, confiemos todos
os nossos receios e dores a ELa, que saberá dar em abundância os tesouros
do Coração de Jesus! Não nos esqueçamos de meditar esta imensa dor,
quando nossa cruz estiver pesada. NeLa encontraremos força para sofrer
por amor a Jesus que sofreu na Cruz a mais infame das mortes.
Sexta Dor
Leitor 2: Quanta dor padeceu Maria quando teve que ver sepuLtado
seu FiLho. A quanta humiLhação seu ELe se sujeitou, deixando-se sepuLtar,
sendo ELe o mesmo Deus!
Por humiLdade, Jesus submeteu-se à própria sepuLtura, para depois,
gLorioso, ressuscitar dentre os mortos! Bem sabia Jesus o quanto Maria
sofreria vendo-o sepuLtado; não a poupando, quis que ELa também fosse
participante na sua infinita humiLhação! Deus nos ama tanto que se deixou
sepuLtar nos Santos Sacrários, a esconder sua majestade e espLendor, até o
fim do mundo! Na verdade, é o que se vê no Sacrário, apenas uma Hóstia
Branca e nada mais! Que esconde sua magnificência debaixo da massa branca
da espécie de pão! InfeLizmente não o admiramos tanto quanto ELe merece,
por Jesus assim se humiLhar até o fim dos sécuLos! A humiLdade não rebaixa
o homem, pois Deus se humiLhou até a sepuLtura e não deixou de ser Deus.
Apresentamos estas sete Dores de Maria, não para queixar somente,
mas para mostrar as virtudes que devemos praticar, para um dia estar ao
seu Lado e ao Lado de Jesus! Receberemos a gLória imortaL, que é a
recompensa das aLmas que, neste mundo, souberam morrer para si,
vivendo só para Deus
Sétima Dor
Canto: Sem filho e tal filho então suportais, / Cruel solidão, Bendita sejais.
BENDITA SEJAIS, SENHORA DAS DORES, / OUVI NOSSOS ROGOS, MÃE DOS
PECADORES
Oração final
Mãe de Deus, Mãe Soberana, Mãe das Dores de hoje e para sempre eu me entrego a
vós, como filho e servo. Consagro ao vosso serviço a minha alma, o meu corpo e tudo
que me pertence. Abençoa a minha família, os meus trabalhos, os meus haveres. Sede
minha protetora na vida e conduzi-me ao céu para viver por toda a eternidade.
Bênção
P.: O Senhor esteja convosco.
Ass.: Ele está no meio de nós.
P.: O Deus de bondade, que pelo Filho da Virgem Maria quis salvar a todos, vos
enriqueça com sua benção.
Ass.: Amém.
P.: Seja-vos dado sentir sempre e por toda parte a proteção da Virgem, por quem
recebestes o autor da vida.
Ass.: Amém.
P.: E vós, que vos reunistes hoje para meditar suas Dores, possais colher a alegria
espiritual e o prêmio eterno.
Ass.: Amém.
P.: Abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho + e Espírito Santo.
Ass.: Amém.
P.: Ide em paz e o Senhor vos acompanhe.
Ass.: Graças a Deus.