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O mundo do marketing vive um terremoto.

E nesse movimento císmico, o cenário com


o qual os publicitários estavam acostumados a trilhar usando a tradicional mídia de
massa está sendo soterrado. Em vez de mensagens em mão única, agora é a vez da
interatividade. O consumidor, que era previsível enquanto passivo, agora circula por
mais meios e está aberto a um diálogo que antes era tecnologicamente impossível.
Como as marcas podem tirar o melhor proveito disso? Esse foi o pano de fundo do
painel "As Marcas podem ser amigas?", promovido pela MRM Worldwide, que debateu
as formas como as empresas estão fazendo para se aproximar das comunidades com
quem se relacionam nas novas mídias. Alastair Duncan, presidente CEO da MRM,
destacou que os sites de relacionamento como My Space, Face Book, Bebo e Orkut
estão gerando oportunidades de relacionamento tanto com consumidores que admiram
suas marcas  _ os chamados advocaser, trocadilho em inglês entre advertiser e o verbo
advocate _ em quanto entender aqueles que abrem comunidades do contra. Para debater
o novo fenômeno, Duncan contou com a participação de Jay Stevens, VP de operações
do My Space na Europa; Blake Chandlee, diretor comercial do Face Book; Alexander
Schlaubitz, diretor de marcas da Intel para a Europa, Oriente Médio e África; Antti
Öhrling, co-fundador da operador de celular britânica Blyk; e Michael McLaren,
presidente da McCann nos EUA.

Stevens e Chandlee afirmaram que a mania dos sites de relacinamento não deve ser
visto como algo típico de adolescentes, já que 77% de seus usuários são maiores de 18
anos. Mas a tentativa das marcas em aproveitar esses canais para fazer amizades precisa
ser feita de forma sutil, como se faz ao cortejar uma mulher, comparou Schlaubitz.
"Você pode ter sorte de se dar bem no primeiro encontro, mas de uma maneira geral é
preciso ser paciente, ir devagar e criar um vínculo", recomenda. McLaren foi além e
disso que as marcas precisam ser seletivas no processo e concentrar esforços nos
consumidores com reais afinidades. Antti Öhrling, cuja operadora tem 150 mil clientes
no Reino Unido, fez uma pesquisa com o público jovem birtânico pedindo para que
identificassem as marcas que mais admiravam. O resultado apontou Nike em primeiro,
seguida pela Adidas, Armani, Gucci, Dolce Gabbana, Sony, Apple, La Coste e Coca-
Cola.

Comentários
Flailda Garboggini - 17/06/2008 - 16:01

Não há como negar, estamos numa nova era, a mídia de massa realmente deu lugar à
mídia one to one. Os antigos publicitários e profissionais de marketing tradicionais
precisam, absolutamente, adaptar-se. E isso é apenas o início de uma revolução.

sergio lage - 17/06/2008 - 15:40

O espaço da marca na TV eram os 30s negociados, na web a marca pode marcar


territorio e criar um espaço, mais que um espaço, um lugar, Esta na hora das marcas
interagir de forma mais cotidiana na vida dos seus consumidores usuários, sendo mais
presente, relevante e criando teritorios próprios de identificação com seus publicos
estratégicos. Está na hora de perceber que estes espaços não podem vir prontos e
definidos. É como festa americana, cada um traz seu pratinho, cada qual escolhe sua
música e a festa rola espontaneamente. Estratégias de marca passam pelo entendimento,
aproximação constante e relacionamento bilateral com seus publicos. Nem todo mundo
precisa ser evangelista da marca, nem preciso ser cliente, mas preciso sentir que
determinada marca me entende, que seu projeto é muito parecido com o meu e que seu
estilo comnina com o meu.

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