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Investimento em Coligada, em Controlada
e em Empreendimento Controlado
em Conjunto (joint venture)
Introdução
O Pronunciamento Técnico CPC 18, em sua segunda revisão, determina o trata-
mento contábil a ser dado aos investimentos em coligadas nas demonstrações
contábeis individuais e consolidadas do investidor e em controladas e em em-
preendimentos controlados em conjunto (as joint ventures) nas demonstrações
contábeis da controladora.
Este pronunciamento não se aplica aos investimentos em coligadas e controla-
das mantidos por organizações de capital de risco, fundos mútuos, trustes e entida-
des similares. Bem como aos investimentos classificados como instrumentos finan-
ceiros mantidos para negociação, de acordo com os requisitos do Pronunciamento
Técnico CPC 38 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, que
são mensurados ao valor justo com as alterações de valor justo reconhecidas no
resultado do período em que ocorrem.
Abaixo uma breve definição de entidades coligadas, controladas e de empreen-
dimentos controlados em conjunto. Na sequência abordaremos as especificidades
de cada um e o seu tratamento contábil:
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Pronunciamentos Contábeis Aplicados aos Negócios
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Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto (joint venture)
NÃO
NÃO
Coligada
Quando a empresa investidora tem influência significativa sobre a empresa inves-
tida, mas não foi constituída sob forma de sociedade fica caracterizada a coligação.
A Lei no 6.404 de 15 de dezembro de 1976 que dispõe sobre as sociedades por
ações no seu Art. 243 diz o seguinte:
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Pronunciamentos Contábeis Aplicados aos Negócios
Tratamento contábil
No caso dos investimentos em coligadas onde exista apenas a influência significa-
tiva e não o controle efetivo: deve-se adotar o critério da equivalência patrimonial.
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Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto (joint venture)
Controlada
Uma entidade é controlada por outra quando esta, diretamente ou indiretamen-
te, tem de modo permanente, preponderância nas deliberações sociais e o poder
de eleger a maioria dos administradores. Ou seja, o controlador possui direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas delibe-
rações da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores da
companhia e usa seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funciona-
mento da companhia.
O controle sobre outra entidade ocorre, presumidamente, quando a empresa
investidora possui o controle acionário representado por mais de 50% do capital
votante da outra sociedade.
lei não determina que somente a empresa que possui 50% ou mais das ações
com direito a voto é a controladora da outra empresa. Em circunstâncias em que
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Pronunciamentos Contábeis Aplicados aos Negócios
uma entidade detenha o poder de eleger a maioria dos diretores da empresa e to-
mar as principais decisões de outra, pode ficar caracterizado o controle. Como nes-
tas situações pode ser difícil determinar se os direitos do investidor são suficientes
para lhe dar poder sobre a investida, o CPC 36 evidencia em que circunstâncias
ficam configuradas o poder do investidor sobre a investida.
Tratamento contábil
Como no caso das coligadas as controladas também devem adotar o método de
equivalência patrimonial, e além deste critério as controladas também devem ado-
tar a consolidação das demonstrações contábeis. Entendem-se por demonstrações
contábeis consolidadas as demonstrações contábeis de uma entidade econômica
apresentadas admitindo-se que sejam uma única entidade, ou seja, ativos, passi-
vos, patrimônio líquido, receitas, despesas e fluxos de caixa da controladora e de
suas controladas são apresentados em combinados em uma única demonstração.
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Investimento em Coligada, em Controlada e em Empreendimento Controlado em Conjunto (joint venture)
Tratamento contábil
O tratamento contábil adotado para os empreendimentos controlados em conjun-
to é o semelhante ao adotado para as controladas. Deve-se utilizar o método de
equivalência patrimonial e apresentar as demonstrações contábeis consolidadas,
sendo neste caso a consolidação proporcional ao investimento.
Considerações finais
O CPC 18 (R2) diz que “o investimento em coligada, em controlada ou em em-
preendimento controlado em conjunto deve ser contabilizado nas demonstrações
contábeis separadas do investidor ...”.
Além das demonstrações em separado as controladoras e os investidores em
empreendimentos controlados em conjunto devem apresentar as demonstrações
consolidadas.
É importante atentar que em ambos os casos existem regras que devem ser
observadas na elaboração dos balanços.
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Pronunciamentos Contábeis Aplicados aos Negócios
Cenários
Referências
Comitê De Pronunciamentos Contábeis
CPC 18 (R2) - Combinação de Negócios. Brasília: 2012.
CPC 19 (R2) - Negócios em Conjunto. Brasília: 2012.
CPC 36 (R3) - Demonstrações Consolidadas. Brasília: 2012.
BRASIL. LEI nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações.
Brasília: Presidência da República, Casa Civil [1976]. Disponível em: http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.html. Acesso em: 2021-06-10.
GELBCKE, E. R. et al. Manual De Contabilidade Societária. São Paulo: Editora Atlas, 2018.
GARCIA, Mauro. Resumo: Investimento em Coligadas e Controladas. Blog do UC. Disponí-
vel em: http://universitariocontador.blogspot.com/2012/07/resumo-investimento-em-
-coligadas-e.html. Acesso em: 2021-07-22.
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