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Devocional Mateus 5.

4 e 10 – O princípio do contentamento

Aqui, no sermão da montanha, Cristo faz um paralelo entre o termo “bem-


aventurado” e os verbos chorar (v.4), perseguir (v.10), injuriar (v.11). Analisando o
texto, surgem as seguintes perguntas: “Como alguém pode chorar e ser feliz? Como
alguém pode ser perseguido e ser feliz? Como alguém pode ser injuriado e continuar a
ser feliz?”

Na relação das bem-aventuranças, Jesus estabelece o que conhecemos como


“contentamento”, isto é, que mesmo com as tempestades da vida (Jo 16.33), o consolo
do homem está em Cristo, o regozijo está na comunhão e união com o Senhor Jesus,
revelando que mesmo no choro, perseguição e injúria, Cristo é o nosso contentamento
e nos concede por graça uma “plena satisfação”.

Um dos problemas de nosso coração pecaminoso é o não “contentar-se” em Deus.


Contentamento refere-se a uma satisfação total nos desígnios de Deus, é repousar em
Deus (Hb 4.3). Contentamento em Deus reflete uma profunda intimidade com o
Criador e Sustentador do Universo, reflete o nosso entendimento que em tudo (seja
em momentos bons ou maus) há o controle e propósito divino (Ec 3.1-8) e tudo está
conduzido pelo Senhor do tempo e da história.

Portanto o contentar-se em Cristo é estar satisfeito nas leis e desígnios de Deus, é


permanecer com a fé inabalável mesmo que o inferno se levante e potestades nos
cerquem, é estar fiel a Cristo mesmo que a nossa vida esteja por um fio, é entender
que somos peregrinos neste mundo e que a maior bem-aventurança que poderíamos
ter nos foi concedida na Cruz do Calvário mediante os desígnios eternos e imutáveis de
Deus-Pai.

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