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DEVOCIONAL – ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL – IPC 08/9/19

Salmo 119.65-72: “Tens feito bem ao teu servo, Senhor, segundo a tua palavra. Ensina-me bom juízo e
conhecimento, pois creio nos teus mandamentos. Antes de ser afligido, andava errado, mas agora guardo
a tua palavra. Tu és bom e fazes o bem; ensina-me os teus decretos. Os soberbos têm forjado mentiras
contra mim; não obstante, eu guardo de todo o coração os teus preceitos. Tornou-se-lhes o coração
insensível, como se fosse de sebo; mas eu me comprazo na tua lei. Foi-me bom ter eu passado pela
aflição, para que aprendesse os teus decretos. Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que
milhares de ouro ou de prata”.

Diz o salmista: “Foi-me bom ter eu passado pela aflição, para que aprendesse os teus
decretos” (Sl 119.71). Todos nós enfrentamos momentos de lutas, situações adversas. É evidente,
que gostaríamos de testemunhar as vitórias, as conquistas da vida, entretanto, as vitórias chegam
apenas após as batalhas. Alguém já disse somos vestidos com as roupas das aflições assim que
nascemos, e só a despiremos ao descermos a cova. O Senhor Jesus alertava os discípulos que no
mundo passareis por aflições (...mas tende bom ânimo!).
Lutas e adversidades fazem parte da grande jornada da vida, e e se não soubermos lidar com
elas, não somos dignos dos nossos próprios relacionamentos, ou das posições que ocupamos na
sociedade, na família e no ministério. Em algum momento ouvi dizer que problemas e pessoas
andam de mãos dadas, isto é, nossas interrelações indispensavelmente envolvem resoluções de
conflitos.
C.S.Lewis afirmou: “Deus sussurra a nós na saúde e prosperidade, mas, sendo maus
ouvintes, deixamos de ouvir a voz de Deus. Então Ele gira o botão do amplificador por meio do
sofrimento. Aí então ouvimos o ribombar de Sua voz”. Parece que somos atraídos pelas situações de
conflito e consequências desastrosas, nossa natureza afetada pelo drama do Éden, causou-nos um
trauma onde tentamos fugir dos problemas, mas em vão, pois eles foram gerados pelo próprio
Criador, a fim de nos ensinar viver em dependência e nunca nos esquecermos de quem somos.
Se então, Deus é quem promove as aflições e por meio dela dirige sua Providência, como
devemos encará-la, qual nossas reações em meio as litas?

1 – O salmista inicia o texto que lemos, reconhecendo que Deus faz o bem para nós. – talvez em
meio as aflições da vida tornemo-nos cegos diante da bondade de Deus. Entretanto, as Escrituras
usam uma palavra bastante significativa quando apresenta Deus no princípio (Gn 2), YHWH -
“Aquele que existe”, o nome impronunciável de Deus é apresentado nas Escrituras exatamente em
meio a uma situação adversa: “Não é bom que o homem esteja só...” (Gn 2.18). Deus, o nosso
bondoso Deus é quem controla nossa história e por meio da Sua Palavra nos ensina o próximo
passo.

2 – As aflições da vida não são caprichos de um Deus impessoal. – “... Antes de ser afligido,
andava errado” (Sl 119.67). É certo que nem toda aflição é consequência do nosso pecado pessoal,
mas é verdade também que toda história da humanidade foi afetada pela queda. Há um conceito
antibíblico sendo pregado por um logo tempo – somos essencialmente bons, mas vítimas do pecado
– isso fere toda a doutrina bíblica e anula o sacrifíco de Cristo na cruz do Calvário, pois a morte de
Jesus foi o preço a ser pago pela nossa dívida para com Deus.

3 – A resposta para os problemas da vida está na Palavra de Deus, mas dependemos apenas dele
para aprender o caminho correto. – por todo o texto que lemos, a declaração evidente do salmista é
que a bondade de Deus está na Sua palavra, e no verso 68 ele diz: “Ensina-me os teus decretos...”.
Só Deus para nos ensinar a verdade da Palavra, então esta deveria ser nossa postura ao nos
sentarmos em nossas devocionais, render-nos a dependência do Espírito Santo para
compreendermos os decretos do Senhor.

4 – Fugir das aflições não é melhor caminho a seguir. – eis que encerramos o texto, e o salmista
reconhece o bem de toda a aflição. Será que podemos dizer as mesmas palavras: “Foi-me bom ter eu
passado pela aflição, para que aprendesse os teus decretos (Sl 119.71). A luta produz crescimento,
as aflições resultam maturidade e o crescimento espiritual promove fé e confiança nas promessas do
Senhor.

CONCLUSÕES

Qual o propósito de Deus nas lutas? Sugiro algumas respostas que acredito nos ajudar na
tomada de decisões:

1 – É a Palavra de Deus é nossa fonte de fé e prática. – todas as decisões da nossa vida devem ser
guiadas pelas Sagradas Escrituras. Toda revelação de Deus está nela.

2 – Reconhecer nossas escolhas erradas é um bom princípio para alcançarmos sabedoria. Nas
lutas da vida, confessar nossos pecados é um bom princípio para alcançarmos sabedoria. O exemplo
do rei Davi é extremamente útil para nós (Sl 32).
3 – Satisfação e alegria não são sentimentos oriundos das circunstâncias. Cada provação,
perseguição ou luta trazem lições importantes que um bom cristão consegue aprender se está
firmado em Deus.

Que Deus nos abençoe!

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