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História Bad Boy . JJK - Capítulo 2

Escrita por: tigerlilynoona

Capítulo 2 - Zwei ; Isso signi ca que eu não posso te beijar mais?


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Atualizações

[Scumbag - Goody Grace feat. Blink 182.mp3]


Ally_hamster21
Perspectiva de Moon Aeri. Favoritei a história
 ontem às 22:19

ovd4invxeyi
❝But what's the difference between Favoritei a história
 ontem às 20:13
broken love and prison?❞
i9pm
----------------------- Favoritei a história
 ontem às 19:34

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Olhos negros e amendoados.
Eu corro por uma estrada sem fim, mas parece que não saio do lugar, para onde quer que eu olhe, lá estão eles. Meus
passos são estridentes e largos, desesperados. Eu quero fugir, mas quanto mais eu corro para longe, mais perto eu fico

deles.
Minha respiração se torna fraca e consigo ouvir o fragor da falta de ar enquanto meus pés ainda correm, se tornando
apenas dois borrões diante da minha visão embaçada.
tigerlilynoona
Entro em loop; correndo, correndo, correndo, c o r r e n d o, até perceber que todo tempo eu estive disparando Usuário

rumo à eles, não na direção oposta.


1 3.926
Os olhos negros amendoados e proibidos estão atrás das minhas pálpebras cerradas e a risada cínica é o último ruído Histórias Seguidores

que ecoa quando finalmente saio do meu devaneio.

O sol da manhã invade meu quarto pelas frestas da cortina fina e faz arder minha pele exposta. Me remexo na

cama, percebendo que estou no meu quarto, de pijama e encolhida em um canto da minha cama de casal. O som
melódico e agudo dos pássaros que voam por entre as árvores do lado de fora do dormitório da universidade me
despertam de vez.
Merda. Minha cabeça dói na altura das têmporas como um tipo de lembrete, tento engolir a saliva, mas minha boca

está seca. O gosto amargo que ficou residual tem o sabor de todas as bebidas de ontem misturadas com escolhas
erradas que eu sei que não vou conseguir compreender porque a amnésia se faz presente quando tento montar o
quebra-cabeças da noite anterior.

Água. Eu preciso de água. Preciso me concentrar em não colocar nada que está tentando ficar no meu estômago
para fora. E talvez ficar dois dias deitada na minha cama até começar a parecer mais um ser humano e menos uma
participante da zombi walk.

Abro um olho. Depois o outro. Ainda estou encolhida no canto da minha cama e quando olho para o que visto percebo
que meu pijama está ao avesso.

Valeu, Aeri bêbada, nem um pijama você conseguiu colocar direito.

Antes que eu possa fazer qualquer movimento brusco para tentar viver o dia de hoje percebo que não estou
sozinha na cama.

Um frio na barriga, que está ficando irritantemente corriqueiro, me assola.


Respiro fundo uma vez, praguejando para mim mesma e então, com cautela, olho para o lado receosa de que alguém,
ou melhor, que o...

Oh!
Sora está ocupando toda minha cama, esparramada como se fosse uma estrela do mar, os olhos abertos fitando o
nada. Claramente uma morta viva.

– Eu acho que eu morri. – A voz dela soa mais grossa e rouca que o normal.

– Por uns segundos eu também achei que você tinha morrido. Merda, que dor de cabeça. – Massageio as
têmporas mas é em vão.

– Meu Deus, o céu não deve se parecer com um quarto de universidade. Acho que a gente foi pro inferno.

– Você tinha dúvidas? – Eu a olho e seu olhar meio de peixe morto me faz rir. Mas até o chacoalhar do meu corpo
me causa náuseas. – Acho que eu ainda tô bêbada.

– Eu também. Aeri... A gente bebeu demais.

– Sora, a gente fala isso todo fim de semana.

– Não me deixa beber nunca mais, é sério.

– Eu tava esperando você dizer isso. É a outra frase que falamos todo fim de semana.

Não me recordo como paramos na minha cama ontem depois de nos entupirmos de fast food e fofocarmos até o
sono nos ganhar. Mas certamente eu preciso de um banho gelado para lavar o aroma de festa universitária e bebidas
baratas do meu corpo e cabelos.
Detalhe, Sora nem mora comigo, ela mora no apartamento ao lado do meu; somos vizinhas, mas ela passa tanto tempo
aqui, ainda mais depois de ter dado um tempo com o namorado, que às vezes parece que moramos juntas. Mas eu
gosto, então não me importo com a minha inquilina bêbada.

Pego meu relógio de pulso na mesa de cabeceira e vejo o horário: 11h40. Merda, merda, merda! Eu prometi que
iria cobrir o horário de Yeonjun hoje.
Me levanto em um pulo, quase tropeçando nas roupas e sapatos jogados no chão quando chego ao meu banheiro,
ouvindo Sora resmungando alguma coisa incoerente ainda deitada na cama. Depois de trancar a porta, apoio as duas

mãos na louça branca da pia para que minha pressão volte ao normal, desejando apenas tirar o gosto acre da boca e
lavar a ressaca do corpo.

Então me olho no espelho.

Mas o quê? O que é isso no meu pescoço? Ah, não.

Quase bato a cabeça no suporte da toalha de banho quando dou um impulso pra trás ao ver a constelação em
vários tons de lilás e violeta formada no meu pescoço.
É quando a noite anterior vem em minha mente e, para intensificar essa lembrança maldita, minha cabeça dói, como
um alerta e punição pelas minhas atitudes impulsivas.

O dia seguinte sempre chega.

E eu ainda teria que encarar a famosa “segunda-feira da vergonha”, como chamamos na universidade, o primeiro
dia da semana depois de alguma festa grande. Pior ainda quando a festa é de uma única faculdade e todo mundo tem
que se encarar depois, mas com vários alunos de cursos distintos, consegue ser um pouco menos constrangedor.

– Sora, levanta! Preciso da sua ajuda! – Volto para o quarto tirando o edredom que ela já tinha voltado a se
enrolar.

– Quê foi?! – Ela pergunta ainda grogue.

– Olha isso, olha o meu pescoço. – Aponto para a minha pele fazendo uma careta e quando ela finalmente
entende o que quero dizer e repara nas marcas, seus olhos quase saltam.

– Cacete, Aeri! Isso é um chupão?! Um não, né. – E então a realização a acomete. – Isso... Isso foi o Jungkook?!

O nome faz meu estômago revirar e engulo seco. Jungkook.


Meneio a cabeça com os olhos cerrados com força para impedir que ele invada meus pensamentos.

– Argh! Pesquisa na internet como que faz pra tirar chupão do pescoço. É sério, eu falei pro Yeonjun que ia cobrir
o horário dele hoje, eu não posso chegar lá assim.

– Ele trabalha no sábado? – Ela pergunta lenta e bocejando, logo sentando-se de pernas cruzadas sobre a cama
e pega seu celular.

– Trabalha. Pelo menos vou poder pedir para ele cumprir algum horário meu depois. – Eu e Yeonjun, meu

calouro, trabalhamos meio período na cafeteria da universidade, mas ao contrário dele, não pego os horários do fim de
semana.

– Aqui! Parece que esfregar algo fino em cima pode dissipar o sangue e deixar menos arroxeado. Você tem um
pente bem fininho? Ou uma moeda?

– Hummm... Abre a primeira gaveta da mesinha do seu lado, deve ter algumas moedas perdidas.

Ela abre a gaveta da cômoda e depois de achar algumas moedas, dá uns tapinhas em sua coxa, pedindo para

que eu deite a cabeça ali.

– Acho que isso vai doer. – Sora avisa antes de começar a esfregar o pequeno aro no meu pescoço machucado.

– Sora! Tem que ser forte assim?

Ela começa a rir com minha agonia, mas concorda com a cabeça.

Eu não poderia estar em uma situação mais patética provocada por mim mesma: deitada no colo da minha melhor
amiga em um sábado de manhã, ainda bêbadas, enquanto ela esfrega uma moeda nos hematomas do meu pescoço,

causados por um garoto que eu, em teoria, detesto.

– Quem mandou deixar o Jungkook fazer isso no seu pescoço?!

– Eu não mandei ele fazer, né, ele só... Fez.

– E que ideia foi essa de ficar com ele? Eu entendi que era pra dar o troco no Taehyung mas, Aeri... Tá, eu sei

que o Tae foi bem idiota, só que pegar o Jungkook?

– Eu sei, foi a pior ideia que eu já tive. Mas o Taehyung me deixou brava por ter ficado com aquela garota na
mesma festa que eu estava. Tipo, precisava? Me senti desafiada, sei lá. A gente nem tinha falado sobre parar de ficar

ou algo do tipo...

– É, ele foi muito moleque nisso aí, não tô concordando com o que ele fez não; na verdade, acho que eu teria
feito o mesmo que você, ainda mais tri bêbada do jeito que a gente estava. Mas vocês estão ficando mesmo? Você tá

gostando dele?

Então meu celular vibra do lado da cama e antes de responder Sora, verifico de quem era a mensagem que
chegou.

– Olha só. Falando nele...

Mensagem de texto

De: Tae

“A gente pode conversar?”

– O que ele disse? – Sora me pergunta, dando uma olhadela para a tela do meu celular e continua ministrando os

movimentos com a moeda em cima dos chupões arroxeados que Jungkook fez em mim.

– Ele perguntou se a gente pode conversar, aish.

– Acho que já passou da hora.

– Vou pedir pra ele me encontrar na cafeteria, aproveito que eu já vou estar lá.

Mensagem de texto
De: M. Aeri

“Vou trabalhar na cafeteria hoje.


Podemos nos encontrar lá daqui uma meia hora?”

Mensagem de texto
De: Tae

“Tá certo.

Estarei lá.
Quer que eu leve algo pra você?

Um lanche? Remédio pra ressaca?”

Mensagem de texto

De: M. Aeri
“Não precisa, mas obrigada :)”

– Aeri-ah... Sinto lhe dizer, mas acho que você vai ter que fazer como qualquer outra pessoa que recebe um

desses e colocar uma blusa de gola alta. – Ela diz esfregando o indicador na pele sensível.

– Puts, mas eu tenho que usar a blusa do uniforme.

– Leva na mochila caso alguém implique, mas coloca uma blusa de gola alta porque eu acho que vai demorar até

isso sair e você não tem aqueles corretivos neutralizadores de cor pra isso não ficar esquisito... Ele fez com vontade
mesmo, viu, nem parece que não queria.

Me levanto e analiso a marca no espelho de novo. Que saco.

Sora solta um suspiro alto e pelo reflexo, vejo o sorriso de quem “estava sacando tudo” aparecer na curva de seus
lábios.

– São 12h20?! É, deu minha hora, Moon, vou pra casa porque ainda nem tomei meu banho e você já precisa sair.

Mas me manda mensagem depois da conversa de vocês, tá? É sério, eu quero saber o que ele vai dizer.

– Tá bem, vou correr aqui. Ah, Srta. Kwon, e o Hyunjin? – Retribuo o sorrisinho de sabichona e arqueio as
sobrancelhas.

– Hyunjin... Nossa! – Ela passa as mãos pelo rosto. – A gente fala disso depois, agora se apressa aí que eu vou

pra casa tomar um banho pra desmaiar a tarde toda na cama. – Sua voz fica distante à medida que ela sai pela porta
da frente.

______________________________________________________________________________________

Chego na cafeteria e faço um agradecimento silencioso ao perceber que o ar condicionado do local está no
mínimo; o caminho até aqui já foi custoso o suficiente por ter que usar uma blusa preta de gola alta em meio ao

mormaço urbano dessa tarde.

Amarro meu cabelo em um rabo de cavalo, termino de dar o laço no meu avental marrom e deixo a dispensa.
Como é um sábado, o horário da cafeteria era reduzido, apenas 4h de trabalho no período da tarde. A parte boa é que

quase ninguém frequenta a faculdade aos sábados, apenas alunos do turno noturno que assistem aula no período da
manhã (que já foi cumprido aqui por outro funcionário que irei ficar no lugar agora) e alunos que vem estudar na

biblioteca do campus.

Trabalho no Cheonsa Coffee três vezes por semana para conseguir ajudar meus pais com as despesas que eles
tem comigo aqui até eu ter um trabalho fixo e que pague bem o suficiente para que eu possa me sustentar sozinha.

Eles ajudam no que podem e eu fiz de tudo para voltar pra cá, no lugar em que sinto pertencente. Seul.
Consegui a bolsa de transferência para Universidade Nacional de Seul, o trabalho de meio período e uma vaga em um

dos dormitórios estudantis.

Meu apartamento e o de Sora fazem parte das habitações antigas. Logo que consegui a transferência, tentei uma vaga
no prédio novo, um complexo moderno de apartamentos onde cada um era compartilhado por três estudantes, ou seja,

mais barato. Mas não consegui, foram todos rapidamente ocupados e me restou apenas a opção dos dormitórios
antigos, que são individuais e térreos.

Apesar de serem um pouco mais caros, e essa ter sido uma das razões d’eu ter precisado achar um emprego, eu não
tinha outra opção e por fim acabou sendo o melhor, já que eu gosto de ter um “quarto/casa” só pra mim e de deixá-lo

com a minha cara.

Me distraio pensando que vou aproveitar a tarde sozinha para estudar o livro da matéria de Cultura e Sociedade
que eu ainda não tive tempo de destrinchar para prova de segunda, e termino de cortar o bolo minuciosamente

confeitado, sabor oreo e leite ninho, quando ouço o ruído do motor estrondoso da moto que anunciava a chegada de

quem eu estou no aguardo.

Pelas vidraças extensas que vão do piso até o teto, consigo vê-lo estacionar e tirar seu capacete. Os cabelos cor

de chocolate estão molhados e, de alguma forma, ainda impecáveis por debaixo do acessório. Ele usa uma calça

escura e t-shirt branca, exibindo o braço tatuado, totalmente despretensioso e, ainda assim, consegue transmitir uma
beleza única.

Suspiro pesado e me abaixo para colocar o bolo no expositor.

A porta da frente se abre e quando me volto ao balcão, ele já está em minha frente com a mão direita estendida
em minha direção e um sorriso que comprime os lábios em uma linha reta.

Pisco dele para o que ele me mostrava. Ele trouxe dois sachês de Monstok, um “remédio para ressaca”.

– Você sabe que eu devia ter bebido isso ontem para surtir algum efeito, né?

Ele dá de ombros.

– Não custava tentar. Imaginei que você estaria como eu essa manhã.

Solto um riso e pego os sachês, agradecendo. Ele me segue com os olhos quando se apoia no balcão e desliza

seus dedos pela franja que caía molhada por cima das frestas de seus olhos.

– Vai querer alguma coisa?

– Acho que preciso de algo gelado. Um Ice Americano, por favor.

Ainda o encarando, pego o copo usado para o café Americano e me viro, completando-o com gelo. No meio
tempo, Taehyung pula o balcão e para ao meu lado.

– Os clientes devem ficar do outro lado do balcão, Tae.

Ele ignora.

– Eu mereci.

Respiro fundo, colocando a água no copo e o café depois.

– O que eu posso dizer? Eu tava muito bêbado e, espera, eu sei que isso não é justificativa, mas ajudou no
pensamento que eu tive de que eu devia essa ao “Taehyung de 15 anos”. Precisava provar pra mim mesmo alguma
coisa idiota ou sei lá o quê que a minha cabeça pensou na hora. Sabe, ela não é uma garota tão chata assim, na

verdade...

– Você quer que eu te perdoe ou não, Taehyung?! – Não consigo evitar o riso pasmado que deixo escapar. – Eu
não fiquei com raiva dela, fiquei com raiva de você mesmo.

É aí que um sorriso de lado arranha os lábios dele.

– Já no meu caso... Eu não sei com qual dos dois eu tô mais chateado. Você tinha que ficar logo com o
Jungkook? – Tem humor na sua voz, mas sei que há um fundo de verdade. Ele suspira. – Tô me sentindo um idiota

agora por nunca ter conversado sobre isso com você antes... Devia ter deixado as coisas mais claras, não sei... Foi erro
meu, mandei mal.

Taehyung mal aparenta estar se recuperando de uma bebedeira e do fato de ter dormido provavelmente apenas

poucas horas de ontem pra hoje. Ele ainda transmite frescor, um ar primaveril e inocência dissimulada pelas
expressões travessas.

– Mandou mal mesmo. – Entrego o copo com o Ice Americano para ele.

O garoto apenas fita o copo em sua mão e respira descompensado uma, duas, três vezes antes de tornar a falar,
vomitando as palavras de uma vez.

– Aeri, a gente não foi aberto sobre o que a gente queria antes e eu acabei agindo da forma mais idiota que eu
poderia agir. Nós dois não agimos exatamente como as pessoas mais maduras do mundo ontem, então agora que a
merda está feita, eu vou ser sincero... Eu... Eu realmente não tinha parado ainda pra pensar sobre não ficar com outras
pessoas...

– Tae...

– Mas ao mesmo tempo, nós dois---

– Tudo bem. Eu entendi. – O interrompo. – A gente só devia ter conversado antes mesmo, já foi. Também acho
que tava meio óbvio pra nós dois, então... É. Tudo bem. Eu queria ser a pessoa na razão agora e ter outro
discurso, mas meio que a perdi quando eu fiz o mesmo que você para te dar o troco.

– Ninguém é obrigado a sacar algo porque o outro acha que está “óbvio”, Aeri. – Ele faz as aspas com os dedos.
– E eu---

– Tudo bem, sério! Eu não tô falando que “tá tudo bem” com ironia. – Pego a mão livre dele. – Eu pensei bastante

hoje sobre tudo o que rolou no caminho pra cá, sobre nós e nossa amizade, essa confusão toda e... Eu acabei ficando
com o dito cujo também, né. Foi idiota da minha parte e eu já tô bem arrependida. – Digo e solto a mão dele, voltando a
arrumar os copos à minha frente.

– Arrependida? – Taehyung ri soprado e eu só reviro os olhos.

– É o Jungkook! – Falo como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Olha, eu queria ser a última pessoa a ter que defender o Jungkook nesse momento, mas... Pega leve com ele.
A vida dele não é só cravejada de rubis e esmeraldas como você pensa.

Por que Taehyung corre para defender Jungkook até mesmo quando ele não precisa ou quando o próprio está

chateado com ele?! Aish.


O garoto toma um gole da bebida e me encara, logo deixando o copo sobre o balcão. Parece que ele está relutando
sobre o que vai falar agora.

– Mas... Então a gente não vai ficar mais? – Ele finalmente pergunta e me olha, sua íris se ofusca com alguma
emoção que não sei distinguir.

– Tae... Não sei. Melhor pararmos por aqui antes que vire uma bola de neve que a gente não consiga controlar.

Ontem eu fiquei magoada; eu sou orgulhosa, caramba. Mas ao mesmo tempo, a gente não tava ficando sério, né? –
Rio do que acabei de falar. – Tô me sentindo uma colegial falando isso.

– Aeri-ah...

– Vamos ser sinceros, nem eu nem você estávamos nos apaixonando. E é só por isso que está tudo bem.

E porque eu sou uma idiota que ficou com seu melhor amigo, mas essa parte eu não vou nem relembrar.
O cenho dele se franze e ele olha para um lado, depois para o outro, evitando o meu olhar.

– Eu ainda vou te ter por perto? Agora que você voltou eu não queria que a gente se distanciasse de novo.

É quase cômico ver esse garoto alto, tatuado e belo, ficando acanhado ao se abrir o mínimo que seja. Uma parte

de mim ainda está chateada e quer se afastar por um tempo, a outra acha que ainda devo tê-lo como amigo, já que ele
sempre foi tão bom nesse papel.
Guardo as caixas de leite no compartimento de baixo do armário ao meu lado e solto um longo suspiro que nem eu
sabia que estava segurando.

– Ainda vamos ser amigos, Vante. – Sorrio sincera e ele mordisca o lábio inferior quando ouve o apelido, também
retribuindo o sorriso. – Só não faça mais isso com outras garotas, deixe elas sempre cientes do que está rolando. Sério.

Ele meneia a cabeça, perdido em seus pensamentos.

– Eu sou um babaca, que merda. – E desliza os dedos pelos cabelos, impaciente consigo mesmo. – Prometo,
vou fazer o que me pediu.

Um riso o escapa e ele pega minha mão novamente, fazendo um carinho com o polegar.

– Tem certeza que não podemos continuar com uma amizade colorida? Acho que tirando ontem... Tava dando
certo.

Ah, garotos...
Faço uma careta de reprovação.

– Tava? Não, não servimos pra isso e agora volta pro outro lado do balcão, Tae, se meu gerente chegar aqui eu
vou levar uma bronca por culpa sua. – Tento empurrá-lo para fora da área reservada apenas para funcionários.

– Qual é, acho que a gente mandava bem juntos...

– Idiota! – Não aguento e rio da fala dele. – Falhamos em ser o típico clichê de amigos de infância que se
reencontram e descobrem que sempre foram apaixonados um pelo outro. – Pensar no tema banal e em nós dois como
atores principais dessa história, me faz rir mais ainda.

Mas ele não ri, apenas me olha sério.

– Você queria que fosse?

– Taehyung! – Tento sair rumo ao salão mas o garoto me encurrala contra o balcão, as mãos apoiadas no
mobiliário, uma em cada lado do meu corpo, me prendendo.

A expressão jocosa volta ao seu rosto.

– Poxa, isso significa que eu não posso te beijar mais? – Ele se aproxima, a risada melodiosa ecoando quente
perto do meu rosto quando seu nariz afaga minha bochecha. – O que eu vou fazer quando ficar com vontade?

O cheiro dos seus cabelos recém lavados dão uma sensação aconchegante e familiar... Eu sei que o beijo de

Taehyung é uma delícia e que seus lábios se moldam sempre sem dificuldade aos meus. Coisas que amigos não
deveriam saber um do outro.
E tão logo, percebo que ele também sabe que eu acho isso, sua expressão presunçosa não o deixaria mentir. Mas para

surpresa dele, o empurro.

– Aí você vai procurar outra pessoa, como já fez. – Digo cínica e levanto uma sobrancelha. – E agora vaza, vai!
Vai, vai, vai.

Taehyung parece ter uma torrente de emoções que o tomam em segundos; surpresa, fascínio, provocação... Ele
me lança um sorriso travesso e semicerra os olhos.

– Escuta, amanhã vai rolar a reexibição de Ghost in the Shell no drive-in perto de Hongdae. Daí o Nam e o Hobi

vão com as picapes pra gente se amontoar e assistir enquanto bebe por lá. O que acha?

– Taehyung, a gente tá de ressaca. Olha pra minha cara. Olha pra você. – Ele claramente estava bem melhor que
eu, mas eu não ia deixar de alfinetá-lo e ressaltar que estávamos ambos tentando curar a ressaca de horas atrás.

– Tá, mas o filme será amanhã à noite, até lá a gente já vai estar recuperado. Vaaai, vai ser algo de boas, vai ter
bebida mas é só para aproveitarmos a noite de verão. E... Falando nisso, porque você tá usando essa blusa de gola
alta? Sabe quantos graus tão fazendo lá fora?

Rio de nervoso. Rio muito. Eu até quero parar de rir, mas não consigo.

– É que aqui tem ar condicionado, né, aí já viu, não quero pegar um resfriado ficando debaixo dele o dia inteiro.

Ele levanta uma sobrancelha e não insiste no assunto.

– Enfim. Leva a Sora!

Sair com eles tão logo assim? Não queria pensar que eu estava facilitando para Taehyung mas por outro lado não
adiantava não querer que as coisas seguissem o fluxo normal sendo que eu já havia dito que podíamos continuar
sendo amigos e que estava tudo bem.
Ele percebe que estou ponderando seu convite e pigarreia.

– A gente já não... Fez as pazes?

Reviro os olhos porque ele faz um bico involuntariamente.

– Tá, vou pensar sobre isso. Mas eu tenho prova na segunda e no momento não consigo nem pensar em álcool
sem querer golfar, então já aviso que provavelmente ficarei em casa estudando.

– Você tem prova segunda e vai estudar amanhã? Pelo amor. A essa altura você já sabe o que tem que saber e

não é como se no fim das contas você não mandasse bem, como sempre, cabeção. Estejam lá amanhã às 20h! Vou te
mandar a localização por mensagem.

– Taehyung.

– Relaxa, nós deixamos vocês nos dormitórios na volta.

“Nós”.

Já imagino quem estará lá.

Coloco o resto do Ice Americano dele em uma embalagem para viagem e depois de nos despedirmos ele se
afasta em direção à porta.

Então me lembro.

– Tae, o quê é esse bro code de vocês? – Falo antes que ele alcance a fechadura para sair da cafeteria.

Taehyung me olha surpreso e confuso por um segundo. Mas sorri e sai do estabelecimento depois de me lançar

uma piscadela.

– 20h!

______________________________________________________________________________________

Domingo.

20h15.

O cheiro de pipoca amanteigada misturada com o frescor da noite de verão invade meu olfato quando eu e Sora
chegamos ao drive-in.
Ao contrário do que pensávamos, a noite trazia uma brisa gelada e nada abafada como o resto do dia, e

involuntariamente levo as mãos até meus braços expostos pelo vestido de estampa vichy amarela e alcinhas. Até
minhas botas eu abandonei hoje e optei pelo par de all star preto de cano alto.

Tsc.

– Ali! Eles estão ali! – Sora me puxa indo em direção à nossa esquerda e nos entrepondo entre os carros
estacionados.

Então também os avisto cada vez mais próximos. Hoseok e Taehyung estão encostados na carroceria de uma

das caminhonetes; Namjoon, que eu ainda não conhecia muito bem, está encostado na outra junto com Jimin, Seokjin
e duas garotas. Jungkook, Choi Jennifer e Yoongi conversavam entre os dois carros e as motos estacionadas enquanto
bebiam direto de garrafas preenchidas por líquidos coloridos. Todos os garotos usavam jaquetas de couro e pareciam

sair de algum remake de Grease.

Os próprios T-Birds.

Isso faz de mim Sandy, Rizzo ou mais uma figurante?

– Aish, finalmente! Já estava quase ligando pra vocês. – Taehyung diz e o sorriso quadrado e tão característico
estampa seu rosto.

Então olhos negros e amendoados cruzam com os meus.

E como uma avalanche desenfreada e irreversível, eu me lembro. Lembro de tudo que eu estou evitando recordar
há quase dois dias. Seus olhos me fazem refém da sua imponência e eu me lembro de tudo. Do gosto de hortelã em

seus lábios inesperadamente macios que dançaram vagarosos contra os meus, do jeito que ele me beijou como se
saboreasse minha boca, das nossas respirações que se confundiam no enlace que nenhum queria findar e suas mãos
que exploraram mais de mim do que eu jamais poderia imaginar um dia.

Se anos atrás alguém me dissesse que isso aconteceria eu riria e o chamaria de louco.

Jungkook disfarça a surpresa ao me ver e eu não consigo ler sua expressão. Ele só está tão preso quanto eu.

– Jungkook... Jungkook! – Jennie puxa seu queixo em direção a ela, chamando a atenção dele.

– Venham, o filme vai começar já já. – Taehyung fala se dirigindo a mim e Sora. – Vamos separar a galera nas
duas caminhonetes?

Decidimos dividir de forma que Yoongi, Namjoon, Jimin, Jin e as duas meninas que eles estavam junto, ficassem
na picape de Namjoon. Já Taehyung, Jungkook, Jennie, Hoseok, Sora e eu ficamos na Ram 2500 de Hoseok.
Os ventos gelados que a noite trouxe nos pegou de surpresa, mas aparentemente não desprevenidos. Nós seis nos
aconchegamos e tentamos dividir duas mantas estampadas e quentinhas, que Hobi havia esquecido no carro, e

algumas almofadas para nos encostarmos.

O cheirinho de amaciante e o tecido macio se tornam confortáveis o suficiente para quase me fazerem dormir na
posição que estava, isso até Motoko Kusanagi aparecer no telão e Taehyung me puxar para mais perto dele.

Ele me aninha em seu peitoral e me oferece sua jaqueta, sussurrando em meu ouvido e me causando cócegas, mas
logo recuso e volto a prestar atenção na agente cibernética que está atirando na direção de um cara agora.

– Ah, por favor, vão pra um hotel! – A voz de Hobi me tira a concentração e olho para quem ele está se referindo.

Do lado oposto da carroceria, Jungkook e Jennie estão se beijando. As pequenas mãos dela em cada lado do rosto
dele, afável e graciosa.

O garoto ri no meio do beijo e mostra o dedo do meio para Hoseok.

Patético.

Choi Jennie é a típica garota que Jungkook é sempre visto junto. De uma beleza suntuosa, traços delicados, pais

influentes, estudante de Relações Internacionais... E claramente caída de quatro por ele.

– Acho que era melhor a gente ter ficado no outro carro. – Sora sussurra pra mim, mas não respondo, apenas
arqueio as duas sobrancelhas e franzo a boca.

Garotos sempre serão garotos.


E garotos como eles sempre serão destruidores de corações e é por isso que se deve sair de cena antes. Olho de
esgueira para Taehyung, o brilho do telão iluminando seu rosto deslumbrado em uma paleta de cores saturadas e

vibrantes.

Destruidores de corações até que alguém destroce o deles.

O filme está perto do final e já me rendo à uma garrafa de bebida junto com Sora. Só uma. Deixo o líquido descer
gelado pela minha garganta e me entorpecer leve e gradualmente.
Todos estão absortos no filme, tirando um momento ou outro que alguém sai para usar um dos banheiros, e claro,

Hoseok que a essa altura já está quase roncando.


A personagem Motoko está visitando agora sua antiga casa, em uma cena tensa, quando duas batidas na lataria do
carro nos tira do transe.

Um garoto muito alto, de cabelos escuros como o ébano e vestindo jeans rasgados se aproxima de onde
estamos. O palito em sua boca confere o ar indiferente e provocador do garoto.
Ele é atraente, mas sua expressão não é a das mais agradáveis, e percebo que todos os meninos se eriçam ao vê-lo.
Escuto a voz de Jimin ao longe, proferindo algum xingamento.

– Qual é, Jeon... É com essa lata velha que você vai correr? – O garoto analisa a moto de Jungkook estacionada
entre as caminhonetes e solta um riso amargo. – Mal posso esperar pra ver a cara de otário de vocês na terça quando
ficarem pra trás.

O clima fica pesado e tanto Jungkook quanto Taehyung e Hoseok, que acordou com a movimentação, tem os
cenhos franzidos.
Quando nos damos conta, Jungkook apoia uma mão na beirada da picape e toma um impulso, saltando da carroceria.

– Sai daqui antes que todos nós sejamos expulsos depois d’eu quebrar a sua cara, Mingyu.

Então esse é o nome dele. Mingyu. Ele se aproxima de Jungkook o máximo que pode, claramente o atiçando.

– Vem.

– Jungkook! – Hoseok fala alto para chamar a atenção do teimoso. Posso ver seu nariz se franzir e os lábios
superiores soerguessem, mas ele se mantém no lugar.

– Hah... – O riso de escárnio ressoa da boca de Mingyu e ele encara os garotos nas picapes. Até seu olhar cravar
em mim.

Encaro por alguns segundos antes de desviar o olhar.

Mas Jungkook percebe, olhando de Mingyu para mim e de volta para ele.

– Perdeu alguma coisa?! Hein?! – Fala entredentes e dá um empurrão no peito de Mingyu. – Vaza daqui.

– Terça-feira, Jeon. – Ele ignora a ameaça de Jungkook e me encara novamente, lançando um sorriso de lado,
sacana.

Ah, me poupe.

Os passos de Jimin são precisos e rápidos quando ele aparece ao lado de Jungkook a tempo de puxá-lo pela
jaqueta quando ele ameaça ir atrás de Mingyu, ainda bufando.

– Ei, ei, ei! Deixa ele, Guk. Desconta na corrida.

Corrida?

Jimin e Jungkook continuam conversando, mas agora em um tom mais baixo e não consigo mais ouvir do que se

trata.

– Que merda foi essa?! – Sora se vira pra mim com olhos alertas e averigua ao redor, como se procurasse mais
alguém suspeito de vir nos incomodar.

– Ele sabe que sua moto é a melhor, Jungkook. Ele só veio checar e aproveitou pra te desestabilizar. – É a
primeira vez na noite que vejo Taehyung se referir à Jungkook e mesmo assim ele não o olha quando fala.

– Eu sei. Esse babaca. – Ele responde, dando um soco na carroceria.

– Ya! Não desconta no meu carro. – Hoseok diz se levantando e descendo da caminhonete.

Aos poucos eles relaxam, Jimin voltando para seu lugar no carro ao lado depois de dar uns tapinhas nas costas
de Jungkook e confidenciar mais alguma coisa.
Apesar de todos já estarem com os ânimos mais calmos, quando Jungkook se senta novamente, permanece com o
cenho franzido e sua língua continua a assolar a bochecha. Ele assiste ao telão, mas imagino que não deva estar
prestando atenção em absolutamente nada depois da provocação do tal Mingyu.

Então, Jennie se vira pra ele e sussurra algo em seu ouvido.


Aos poucos, a expressão de Jungkook relaxa, ele deixa um sorriso se desenhar em seus lábios e responde algo a mais
no ouvido dela, que concorda com um aceno com o que quer que ele tenha dito e lhe dá um selinho.

A cena é tão idiota que tento evitar minha careta.

Então todos se dispersam. Tae e Hoseok saíram para pegar mais bebida e Jennie foi ao banheiro, logo seguida
por Sora.
O filme está nos últimos momentos e me atrai novamente a atenção, a adrenalina aguçada e palpável tanto na tela
quanto fora dela. Esse fim de semana já está longo demais e meu corpo anseia por um descanso e minha cama quente

no quarto silencioso.
O vento ainda sopra frio por entre o céu anil e estrelado, mas não mais frio que a íris negra que perfura meu rosto com
o olhar fixo. E eu sei exatamente a quem pertence. Jungkook e eu ficamos sozinhos.

– Quem era aquele garoto que apareceu aqui? – Pergunto sem olhar para ele e me encolho mais por debaixo da
manta, me aconchegando.

– Você não o conhece? – Ele suspira pesado. – É só um merdinha qualquer.

Franzo o cenho com sua resposta e pondero antes de perguntar mais alguma coisa.

– Mas do que ele estava falando? Digo, porque ele falou sobre sua moto?

– Você é muito curiosa. Não posso te falar... Pergunta pro Taehyung, vai ver ele te fala.

Esse garoto é impossível.

– Meu Deus, Jungkook, cresce.

– Mas eu falei serio, ué!

Finalmente olho para ele. Os brincos cintilam por entre os fios de seu cabelo, que chegava já abaixo dos olhos,

descendo pelo pescoço na parte da nuca e balançando serenamente com a brisa.

– Vocês não estão se falando? – Questiono sobre ele e Taehyung.

– Só o necessário.

Uma pontada de culpa me perpassa.

– Vocês vão continuar ficando? – Ele puxa todo o cobertor para ele, o movimento faz a alça do meu vestido cair e

minha pele arrepiar pelo contato inesperado com o ar gélido.

– Você é muito curioso, não posso te falar. – Retruco da mesma forma que ele, o que o faz soltar um riso
anasalado.

– É esquisito ver Taehyung com você depois de tantos anos. Você ainda é a garotinha chata da escola pra mim.

Deixo a frase ecoar em minha mente: “é esquisito ver Taehyung com você”. É esquisito ver alguém como
Taehyung com alguém como eu?
Me inclino para perto dele e pego o cobertor com força, próximo de onde está a braguilha de sua calça. Os olhos dele
caem do meu olhar para o decote do meu vestido, descarado, então correm para o meu pescoço onde as marcas que
ele deixou são disfarçadas pelo corretivo, até pairarem novamente em meus olhos.

– Tudo bem, não faltam outras pessoas que veem claramente a mulher que eu me tornei. – Meus olhos dançam
furiosos entre os dele.

Antes que eu puxasse a coberta, ele segura meu punho e aproxima o rosto do meu.
Nossos narizes roçam pela proximidade e eu não me afasto.

– Te irrita eu não te ver como mulher?

– Te irrita seus amigos não me verem mais como uma garotinha? – Pronuncio muito perto dos lábios dele,
propositalmente, e puxo o tecido todo da manta para mim, me encostando novamente no carro e reposicionando a
almofada em minhas costas.

Os créditos sobem no telão do drive-in e Jennie, Jimin e Sora voltam para o carro rindo e conversando. Eu e
Jungkook ainda estamos nos fitando irritados até ouvirmos eles se aproximando, e tão logo ele não demora mais
nenhum minuto antes de cessar nosso embate e descer da caminhonete.

– Não acredito que eu perdi o final do filme! – Jennie choraminga, abraçando-o de lado.

– Impressão minha ou vocês estavam brigando? – Jimin olha pra mim e depois para Jungkook. – Que caras são

essas? Achei que vocês tivessem dado uma trégua depois de sexta.

– O que rolou sexta? – Jennifer indaga.

– Nada. – Jungkook responde de imediato a garota ao lado dele.

Eu e Sora nos entreolhamos e tento evitar esboçar qualquer reação, mas não me contenho e rio sarcasticamente.
É isso aí, não aconteceu nada. E vai continuar assim, sem acontecer absolutamente nada.
O ruído das motos deles sendo ligadas e das marchas engatadas, preenche o drive-in ao céu aberto enquanto os
outros carros começam a sair do local e outras pessoas se afastam rumo à saída.
Dou mais uma olhadela de esgueira quando ele sobe na moto dele, e me pergunto quem irá quebrar quem primeiro.
Porque com certeza isso será inevitável.

– Então a guerra fria continua mesmo depois de vocês terem ficado? – Jimin me pergunta e tira suas chaves do
bolso.

– Jimin-ah... Shhh! A gente não ficou, só... Nos beijamos. Nada mudou, esquece o que você viu.

– Uou...

– E nem me lembre disso, fala sério, se arrependimento matasse...

– Se arrependeu de ficar com o Jungkook? – Ele pergunta contendo um riso pela situação.

– O que você acha?

O estrondo da moto pertencente ao nosso assunto nos sobressalta. Os olhos de Jungkook desaparecem por trás
da viseira do capacete e eu soube que ele nos ouvia.

– Vai valer muita grana. Mesmo lugar, mesmo horário. Não se atrasem! – A voz de Seokjin fica mais alta a medida
que ele se aproxima de nós, dando um aviso para Taehyung e Hoseok.

– Nunca me atrasei, Jin, relaxa... Ei, eu não bebi então vou levar vocês pro dormitório. – Hoseok se reaproxima

de mim e Sora com um sorriso largo.

– Querem beber o resto dessas garrafas que vocês comparam agora lá em casa? É aqui do lado mesmo. – Sora
sugere à todos.

– Hummm, que tal a gente dar uma esticadinha só nós dois, hum? – Jennie se dirige à Jungkook. Ele a fita por
alguns segundos até assentir uma vez.

– É, pra gente fica pra próxima, vou nessa. Vejo vocês na terça. – A voz do garoto de olhos amendoados é
impassível e, sem muita cerimônia, ele apenas arranca com a moto, ambos desaparecendo em um piscar de olhos.

Garotos como eles sempre serão destruidores de corações e é por isso que se deve sair de cena antes.
Os típicos destruidores de corações até que alguém destroce o deles.
Ou são assim porque o deles já foi destruído?

– Bora?

J. Hoseok criou o grupo “Bora Tomar Sprite”


Seokjin alterou o nome do grupo para “Bangtan Boys & Ladies”
J. Hoseok adicionou você ao grupo.

--------------------

“I know that she hates me;


I know that she can't take me;


I know she knows that it breaks me down”

✶✶✶✶✶✶✶✶✶✶

Capítulo Anterior 2. Zwei ; Isso significa que eu não posso te beijar mais? Próximo Capítulo

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42 Comentários

Taii181992
Postado 01/02/2023 18:43 

Acho que não falamos o suficiente sobre oq o tae sentia pela moon, pelo jeito q ela fala parece q ele
realmente estaria disposto a ter algo a mais com ela

Respondido por kelenkkj 27/02/2023 01:05 

Eu tava pensando sobre isso

victoria_D
Postado 21/12/2022 02:32 

Alguém me diz oq é (tsc)?

Respondido por wo_seanic 27/12/2022 23:37 

é tipo um estralo com a língua

croqecci
Postado 25/07/2022 21:50 

me racho toda vez que leio esse capítulo quando a aeri diz que ela e o tae falharam em ser o típico
clichê de amigos que se reencontram e descobrem que sempre foi apaixonados,ela mal sabe

Respondido por kelenkkj 27/02/2023 01:04 

Então kkkkkkkk

mo0n4lis
Postado 31/01/2022 02:17 

Bangtan boy & ladies é lindo

mas bora tomar sprinte puts hein,essa daí eu vou roubar

xurumelaa_
Postado 28/01/2022 08:01 

Não mas a Aeri e o Jeon discutindo é mt bom LSKSKAK

iS2moni
Postado 13/12/2021 12:17 

e o mingyu com a moon

IamDarkMoon
Postado 21/09/2021 17:35 

Sou eu aqui de novo

Ary_dandelion
Postado 06/09/2021 17:55 

A vibe desse cap >>>>>


Queria eu estar em um drive-in sob as estrelas assistindo um filme de ação.

Descarado demais esse menino JK olhando o decote da Lua 😏

Eu amo a Sora versão Patrick do Bob Esponja KKKKKKKKKKKKK

Nota: 

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