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No dia seguinte Cap. Garcia acordou com tiros, e viu varias sombras
através do tecido da barraca, quando der repente Jose entrou em sua barraca
com um olhar apavorado. – Capitão, estão nos atacando! – disse José
enquanto pegava alguma trouxa de roupa para o capitão vestir- Mas
homem, que esta nos atacando?
- Soldados Brasileiros meu capitão, estão em maior número e dois dos
nossos estão feridos. – disse enquanto o capitão se levantava, estava
vestindo sua bombacha e suas botas de couro negro, colocou por cima sua
jaqueta militar e sua capa negra, pois estava muito frio que parecia que ia
nevar, também colocou seu cinturão que tinha junto seu revolver e seu
facão. Ao sair da barraca viu seus homens atrás de uma carroça virada para
utilizar como abrigo para os tiros, estavam em desvantagem, havia apenas 2
homens para batalhar e seus outros dois estavam ferido gravemente, viu
que Joaquim filho de José estava encostado atrás de uma arvore e atirando
sem se quer virar para ver seus inimigos. Os soldados brasileiros estavam
em um numero muito maior, uns 20 ou 30 soldados, todos sendo liderados
por um general de aparência velha e gorda que tinha um bigode grisalho e
seus cabelos brancos e compridos. – meu deus José, isto não é uma batalha
mas sim um massacre!- disse ao soldado enquanto pegava uma
metralhadora e atirava nos soldados brasileiros. Ao ouvir isso José fez uma
cara de raiva, foi até a carroça de armamentos e retiro de lá uma arma que
foi prometida aos revolucionários de Rio Grande, uma metralhadora
giratória junto com uma caixa enorme cheia de balas grandes suficiente pra
fazer um grande estrago. José instalou a metralhadora na frente da carroça
pediu para saírem da frente e gritou- Morram!- e começou a disparar.
Com um único ciclo, José matou mais de 11 soldados e ferido mais de 5,
ao virar a metralhadora começou atirar em alguns inimigos que viam aos
oiujkilados como emboscada porem não acertou ninguém mas fez que os
soldados se escondesse atrás de um enorme pedra.- Viva a revolução!-
gritou para todos com um sorriso na cara, Cap. Garcia ao ver o amigo
matar o inimigo com tanta alegria, ganhou incentivo e começou a ir pra
cima dos soldados com sua metralhadora, em apenas uma apertada no
gatilho, Garcia já tinha matado mais de três soldados e ferido dois. O
general brasileiro ao ver a situação, percebeu que estava perdendo muitos
homens, principalmente os que o soldado José estava atirando.- me de meu
rifle de mira soldado.- disse ao soldado ao seu lado.- esta na hora de
terminar essa estupidez.- disse enquanto pegava o rifle, ao mirar percebeu
uma linha perfeita entre ele e o soldado. Ao perceber a mira em José, Cap.
Gaspar gritou alto- José!- porem foi tarde demais o tiro atravessou o peito
de José e fez um enorme estrago, ao cair da carroça com as roupas já
encharcada pelo sangue, Joaquim seu filho olhou para ele e gritou- Pai!- e
correu até seu encontro ao velo correndo sem preocupação, Garcia deu
proteção enquanto ele atravessava o campo.- parem de atirar homens- disse
o general ao ver a vitoria a sua frente.
- Joaquim... me ajude a me botar de volta na metralhadora antes que eles
venham- disse enquanto tentava se levantar.- pai não se esforce pai, tu estas
muito ferido- disse ao pai tentando acalmá-lo. Ao ver a situação do pai,
Joaquim gritou par a o capitão, que estava vindo em sua direção- José, tu
estas bem?!- disse enquanto se ajoelhava perante o amigo ferido. – horas
capitão, isso não é... nada, estou bem- disse ao capitão, ao tentar se levantar
sentiu uma dor forte e caiu de novo. – acalmasse pai, o senhor esta muito
ferido!- disse seu filho
- O guri tem razão pare de lutar homem- disse o capitão
- Mas que diabo- disse soltando um rosnado de raiva e de dor.- Malditos
soldados brasileiros, Garcia eu não vou agüentar eles por muito tempo fuja
agora antes que se aproxime- disse José tentando alcançar o fuzil mais
próximo.- quieto homem, não irei te abandonar-disse o capitão enquanto
tirava sua capa pesada de seus ombros.
Ao se levantar para pedir ajuda, Garcia foi surpreendido pelo exercito
brasileiro ao seu redor. – jogue as armas no chão- disse um dos soldados a
sua frente- tu também garoto, levantasse e deixe a arma. O general saltou
do jipe que estava e foi em direção dos dois futuros prisioneiros do
governo. – Tu deves ser o Capitão Garcia de tanto ouvir falar- disse o
general enquanto tirava as luvas de couro- sou o General do primeiro
batalhão do Rio Grande do sul, General Carlos Monteiros- disse com um
sorriso maligno no rosto- Soubemos pelos boatos que um grupo pequeno de
homens estavam vindo a cavalo através dos pampas e que tinham brasões
dos rebeldes sulistas- disse o general. Para os governantes a revolução não
passava de uma besteira que eram seguido por rebeldes sem alguma se quer
noção de um país livre.
- Meus homens estão feridos, general por favor dei cuidados a eles e eu irei
me entregar pacificamente- Disse o capitão Garcia enquanto retirava seu
facão de seu cinturão.
- Cuidado- disse o general Monteiros com uma gargalhada- claro, homens
matem todos os feridos.
- Não!- gritou Cap. Garcia. Quando percebeu estavam todos assassinados
pelos soldados, ao olhar para seu amigo José viu ele sendo morto na frente
do filho- Pai!- gritou o pobre garoto- seus malditos!- disse o capitão
tentando acertar o general com o facão, porem o general se desviou e
rapidamente desarmou o capitão, depois pediu para os soldados algemarem,
Foram colocados atrás de um caminhão do exercito tampado com uma capa
de camuflagem, ao partirem viu que os corpos de todos os seus soldados
estavam sendo queimado sem respeito algum ao ver essa cena Joaquim
quase se deixou cair aos choros vendo seu pais sendo queimado, foi quando
então capitão Garcia fechou as cortina vendo que o garoto não agüentava
aquela cena.- malditos, irei matar todos, esses monte de bosta- disse o
garoto com a cara fechada- acalmasse guri, não adianta fazer nada agora
eles estão em vantagem, somos só prisioneiros agora.- disse o capitão ao
jovem.- tu não estas com raiva capitão, eles mataram meu pai, seu melhor
amigo, não entendo porque não estas com raiva.- disse o guri com um olhar
de menosprezo sobre o capitão. – cala-se guri, é claro que estou com raiva
e é claro que quero vingar-lo ele e meus homens, mas não adianta perder a
cabeça agora e fazer uma besteira.
Depois de um tempo sem se falar o capitão abaixou a cabeça e sorriu. – do
que tu tas rindo capitão?- disse o jovem. O capitão olhou para ele com um
sorriso e disse. – antes de entrar em campo de batalha mandei um dos meus
soldados mandar uma carta sobre o ataque para a republica sulista.
- e daí?
O capitão olhou com olhos de raiva para o guri e disse- imbecil, ao saberem
que nós fomos capturados iram mandar tropas para nos buscar guri.
- Daí finalmente nós nos vingaremos capitão
O capitão voltou a sorrir e disse- não só isso, com um exercito atrás de nós
ira começar uma guerra para nos salvar e assim haverá mais conflitos entre
a governo brasileiro e os revolucionários sulistas e começara a grande
guerra pela revolução e alem de tudo nós seremos o começo do estopim.
Capitão Garcia levantou a cabeça olhou nos olhos de Joaquim e disse
- Guri hoje nós começaremos uma nova historia e teremos participação,
hoje começara a grande guerra... A grande revolução do sul.