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ÁLGEBRA LINEAR
Parte I
Fazer todos os exercícios da seção 4.8, da referência “BOLDRINI, J.L. [et al.] Álgebra Linear. 3.
ed. São Paulo: Harbra ltda,1986”.
Parte II
Exercício 1
Seja V = M(2, 2) e seja W o subespaço gerado pelo conjunto
( " # " # " # " #)
1 −5 1 1 2 −4 1 −7
⃗1 =
S= w ⃗2 =
,w ⃗3 =
,w ⃗4 =
,w .
−4 2 −1 5 −5 7 −5 1
Exercício 2
Sejam U e W subespaços de um espaço vetorial V tais que U ∩ W = ⃗0 . Sejam {⃗u1 , . . . , ⃗ur } e
n o
Exercício 3
( por ⃗u1 = (1, 1, 1, 0) e ⃗u2 = (1, 3, 1, 0) e seja W o subespaço dado pelo
Seja U ⊆ R4 o subespaço gerado
x+y + 2w = 0
conjunto solução do sistema .
2x + y − z =0
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Ricardo S. Morais Atualizado às 16:57 de 15 de abril de 2023
Exercício 4 n o
Mostre que o conjunto V = (x, y) ∈ R2 x > 0 e y > 0 (conjunto de todos os pares ordenados de
números reais positivos) é um espaço vetorial real com a adição e multiplicação por escalar
Exercício 5
Diga, em cada caso, por que o conjunto com as operações indicadas não satisfaz à definição de espaço
vetorial.
(x, y) ⊕ x′ , y′ = x + x′ , y + y′ e α ⊙ (x, y) = (3 α x, 3 α y) .
(x, y) ⊕ x′ , y′ = x x′ , y y′ e α ⊙ (x, y) = (α x, 0) .
Exercício 6 n o
Considere W = A ∈ M(2, 2) − A = At . Mostre que W é um subespaço vetorial de M(2, 2) e
determine sua dimensão.
Exercício 7
Dos subconjuntos a seguir, quais são subespaços vetoriais?
n o
(a) W = p(x) ∈ P p(0) = p(2) .
n o
(b) W = p(x) ∈ P3 p′ (0) = 2 .
R1
(c) W = p(x) ∈ P 0 p(x) dx = 0 .
n o
(d) W = A ∈ M(n, n) det(A) = 0 .
Exercício 8
Considere dois vetores (a, b) e (c, d) no plano. Se ad − bc = 0, mostre que eles são LD. Se ad − bc , 0,
mostre que são LI.
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Ex. 1
(a) Precisamos verificar se há em S vetores que são combinações lineares dos demais. Para tanto, obteremos o conjunto solução da equação
⃗ 1 + x2 w
vetorial x1 w ⃗ 2 + x3 w ⃗ 4 = ⃗0, ou
⃗ 3 + x4 w
" # " # " # " # " #
1 −5 1 1 2 −4 1 −7 0 0
x1 + x2 + x3 + x4 = ,
−4 2 −1 5 −5 7 −5 1 0 0
x1 + x2 + 2x3 + x4 =0
−5x1 + x2 − 4x3 − 7x4 =0
. Resolveremos esse sistema pelo método de Gauss-Jordan. Escalonando a
que é equivalente ao sistema linear
−4x1 − x2 − 5x3 − 5x4 =0
2x1 + 5x2 + 7x3 + x4 =0
matriz aumentada, obtemos:
1 1 2 1 0 1 1 2 1 0
−5 1 −4 −7 0 5 L1 + L2 → L2 0 6 6 −2 0 (1/6) L2 → L2
4 L1 + L3 → L3 −(1/2) L2 + L3 → L3
−4 −1 −5 −5 0 0 3 3 −1 0
(−2) L1 + L4 → L4 −(1/2) L2 + L4 → L4
2 5 7 1 0 0 3 3 −1 0
Portanto, W = w ⃗ 1, w
⃗ 2, w
⃗ 3, w
⃗4 = w⃗ 1, w
⃗ 2 . Além disso, como w
⃗1 e w
⃗ 2 não são múltiplos escalares entre si, {⃗ ⃗ 2 } é linearmente independente.
w1 , w
Assim, esse conjunto é uma base para W, que é um subconjunto de S.
w1 , w
(b) Como a base {⃗ ⃗ 2 } possui dois vetores, dim W = 2.
Ex. 2 Seja ⃗v ∈ U + W. Então existem ⃗u ∈ U e w ⃗ ∈ W tais que ⃗v = ⃗u + w ⃗ . Como S1 = {⃗u1 , . . . , ⃗ur } e S2 = {⃗ ⃗ s } geram U e W, respectivamente,
w1 , . . . , w
existem escalares α1 , . . . , αr e β1 , . . . , β s tais que ⃗u = α1⃗u1 + . . . + αr ⃗ur e w
⃗ = β1 w
⃗ 1 + . . . + βs w
⃗ s . Assim, ⃗v = (α1⃗u1 + . . . + αr ⃗ur ) + (β1 w
⃗ 1 + . . . + βs w
⃗ s ),
isto é, ⃗v é combinação linear dos elementos de S1 ∪ S2 . Portanto, U + W é gerado pelos elementos de S1 ∪ S2 .
Uma vez que S1 e S2 são conjuntos linearmente independentes, temos que x1 = . . . = xr = y1 = . . . = y s = 0. Daí, S1 ∪ S2 é também linearmente
independente.
Ex. 3
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(a) Inicialmente, vamos obter uma descrição dos elementos de U em termos de um sistema de equações. Temos que (x, y, z, w) ∈ U se e somente
se existem α1 , α2 ∈ R tais que
α1 + α2 = x
α1 + 3 α2 = y
(x, y, z, w) = α1⃗u1 + α2 ⃗u2 ⇐⇒ .
α1 + α2 = z
0 α1 + 0 α2 = w
1 1 x 1 1 x
1
3 y
(−1) L1 + L2 → L2
0
2 y−x
.
1
1 z (−1) L1 + L3 → L3
0
0 z−x
0 0 w 0 0 w
−x +z =0
+z =0 w=0
−x
Portanto, (x, y, z, w) ∈ U se e somente se . Desse modo, (x, y, z, w) ∈ U ∩ W se e somente se .
w=0
x+y + 2w = 0
2x + y − z =0
Escalonando a matriz aumentada, encontramos
−1 0 1 0 0 (−1) L1 → L1 1 0 −1 0 0
0 0 0 1 0
0 0 0 1 0
L2 ↔ L4
L1 + L3 → L3
1 1 0 2 0 0 1 1 2 0
2 L1 + L4 → L4
2 1 −1 0 0 0 1 1 0 0
α
−α
Daí, o conjunto solução do sistema é X = , α ∈ R. Logo, U ∩ W = {(α, −α, α, 0) | α ∈ R} e {(1, −1, 1, 0)} é uma base para o subespaço
α
0
U ∩ W. Vale notar que U ∩ W , ⃗0 e, por isso, U + W não é uma soma direta.
n o
Para determinar uma base para U + W, precisamos obter geradores para o subespaço W. Para tanto, vamos encontrar o conjunto solução
x+y + 2w = 0
do sistema
2 x + y − z :
=0
L2 + L1 → L1
" # " # " #
1 1 0 2 0 1 1 0 2 0 1 0 −1 −2 0
.
2 1 −1 0 0 (−2) L2 + L2 → L2 0 −1 −1 −4 0 (−1) L2 → L2 0 1 1 4 0
⃗ 1 = (1, −1, 1, 0) e w
Temos então que W = {(α + 2 β, −α − 4 β, α, β) | α, β ∈ R} e assim W é gerado por w ⃗ 2 = (2, −4, 0, 1).
⃗u1
⃗u
Por conseguinte, U + W = ⃗u1 , ⃗u2 , w
⃗ 1, w
⃗ 2 . Como o espaço gerado por ⃗u1 , ⃗u2 , w ⃗ 2 é o espaço linha da matriz 2
⃗1 e w
, vamos reduzí-la a
⃗1
w
⃗2
w
uma forma escalonada (não necessariamente à versão mais reduzida):
Logo, {(1, 1, 1, 0), (0, 2, 0, 0), (0, 0, −2, 1)} é uma base para U + W, pois esse conjunto gera e é linearmente independente.
(b) Podemos completar as bases de cada um dos subespaços, U e W, de modo a obter uma base para o R4 . Se pudermos encontrar ⃗v1 e ⃗v2 tais que
⃗u1 , ⃗u2 , ⃗v1 , ⃗v2 e w⃗ 1, w
⃗ 2 , ⃗v1 , ⃗v2 sejam bases do R4 , então, para V = ⃗v1 , ⃗v2 , teríamos U ⊕ V = W ⊕ V = R4 .
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Ex. 6 dim W = 1.
Ex. 7
(a) W é subespaço de P.
(c) W é subespaço de P.
Ex. 8
➢ Suponhamos ad − bc = 0. Se as componentes a, b, c e d são todas nulas, é imediato que os vetores (a, b) e (c, d) são LD. Admitamos então,
c c c
sem perda de generalidade, que a , 0. De ad − bc = 0, segue que d = b. Ademais, é evidente que a = c. Assim, (c, d) = (a, b), isto é,
a a a
um vetor é múltiplo escalar do outro. Logo, (a, b) e (c, d) são LD.
➢ Suponhamos agora ad − bc , 0. Se (a, b) = α (c, d), para algum α ∈ R, teríamos a = α c, b = α d e, por isso, ad − bc = (α c) d − (α d) c = 0.
Ocorre que a última igualdade contradiz a suposição inicial. Portanto, um vetor não pode ser múltiplo escalar do outro, ou seja, (a, b) e (c, d)
são vetores LI.
α1
" #" # " #
a c 0
➢ Alternativamente, temos que a equação vetorial α1 (a, b) + α2 (c, d) = (0, 0) é equivalente ao sistema homogêneo = ,
b d α2 0
" #
a c
que possui somente a solução trivial se e somente se det = ad − bc , 0. Desse modo, podemos concluir que os vetores (a, b) e (c, d)
b d
são LI se e somente se ad − bc , 0. Ou, equivalentemente, os vetores (a, b) e (c, d) são LD se e somente se ad − bc = 0.
Referências
[1] BOLDRINI, J.L. [ et al.] Álgebra Linear. 3. ed. São Paulo: Harbra ltda,1986.
[2] HEFEZ, A.; FERNANDEZ, C. S. Introdução à Álgebra Linear. Rio de Janeiro: Sociedade
Brasileira de Matemática, 2016.
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