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A Península Ibérica

Lugar de passagem e de fixação de povos

Trabalho Realizado Por:


Catarina Pereira nº4
Cátia Luz nº5
Maria Inês nº14
6º H
Sumário:
1. Introdução

2. Comunidades recoletoras da Península


Ibérica
2.1 Modo de vida
3. Comunidades agro-pastoris da Península
Ibérica

4. Os Romanos na Península Ibérica


4.1 A resistência a invasão Romana
4.2 O Legado Romano

5. Os Muçulmanos na Península Ibérica


5.1 A Herança Muçulmana

6. Conclusão

7. Bibliografia
1.Introdução

A Península ibérica foi sempre muito procurada por


vários povos porque tinha uma boa situação geográfica,
era banhada por numerosos rios, tinha clima ameno, o
solo era muito produtivo e subsolo muito rico em
minerais.

Na pré-história havia 2 tipos de comunidades, a


comunidade recoletora e a comunidade agro-pastoril,
mais tarde vieram os Iberos, seguido dos Celtas, os
Celtiberos, os Romanos, os Bárbaros e os Muçulmanos.

Neste trabalho falaremos um pouco mais sobre esta


matéria.
2.Comunidades recoletoras da
Península Ibérica

A comunidade recoletora aproveitava os recursos


naturais, ou seja, aquilo que a natureza lhes dava.
Caçavam animais, dos quais aproveitavam as peles para
fazerem as suas roupas para se protegerem do frio.

 O Modo de vida

O modo de vida dos recolectores era muito simples:


Obtinham produtos vegetais a partir da natureza:
frutos, folhas e
raízes. Os produtos
dos animais vinham
da caça e da pesca.
Os recolectores
eram nómadas, ou
seja, quando
acabavam os
produtos naquele
lugar eles mudavam-se
Figura 1
para outro. Os materiais
eram muito básicos: eram feitos de pedra (figura nº1),
osso e madeira, entre eles estão: machados, lâmina,
ponta de seta, arpão, raspador, agulha…
Normalmente viviam em cavernas, grutas ou em abrigos
construídos de peles de animais e ramos.
Manifestavam se pintando e gravando figuras de animais
nas paredes dentro da gruta ou em outros lugares
(figura nº2).

Figura 2
3.Comunidades agro-pastoris da
Península Ibérica
Passaram-se milhares de anos e o Homem foi mudando o
seu modo de vida. Ao descobrir que podia cultivar certas
plantas e criar animais. As grandes caminhadas deixaram
de ser precisas e construíram as suas próprias casas
aparecendo assim as primeiras aldeias.

Para as novas atividades os homens inventaram novos


instrumentos de trabalho como a mó, o arado, a foice,
cestos e vasos e os teares onde fabricavam os tecidos
(figura nº3).

Figura 3

Os povos agro-pastoris davam muita importância aos


seus mortos, e construíam grandes monumentos em
pedra considerados sagrados como cromeleques e
menires.
Figura 4

3.1 Iberos
Os Iberos fixaram-se a sul e a este da Península Ibérica.
A obtenção de produtos vegetais da agricultura e de
animais da pastorícia conseguiam produzir os seus
alimentos. Introduziram na alimentação cereais, carne,
leite, queijo etc. Este povo vivia em aldeias (figura nº 4)
junto ao rio para terem disponibilidade de água e onde
pescavam.

Figura 4
3.2 Os Celtas
Os Celtas chegaram mais tarde e fixaram-se a norte e a
oeste na Península Ibérica. Os celtas são considerados
os introdutores da metalurgia
do ferro na Europa bem como
das calças na indumentária
masculina, mas ficaram
conhecidos pelo fabrico da
ourivesaria valiosa (figura
nº5) Figura 5

3. 3 Fenícios
Os Fenícios vieram por mar até à Península Ibérica. Eles
vinham buscar cobre, ouro, estanho e prata, necessários
ao fabrico de alguns objetos que negociavam. Para
trocarem
traziam armas,
estátuas de
metal, frascos
de vidro,
(figura nº6)
tecidos de cor
e peças de
Figura 6
cerâmica.
Utilizaram o uso de escrita alfabética e introduziram o
uso de ferro e da roda de oleiro. Eles ensinaram as
técnicas de pesca e conservação de peixe.

3.4 Cartagineses

Os cartagineses eram um povo originário do norte de


africa e vieram de mar até à Península Ibérica. Nesta
época os cartagineses substituíram-nos nas trocas
comerciantes e acabaram por se fixar em algumas
povoações e passaram a ter um poder não só comercial
mas também militar. Uma das coisas mais importantes
que nos deixaram foi a salga (figura nº7), conservação
através do sal.

Figura 7
4. Os Romanos na Península Ibérica

Os Romanos habitaram na Península Ibérica durante


muito tempo.

Inventaram muitas técnicas para desenvolver o local de


habitação.

Á cerca de 2200 anos a Península Ibérica foi


conquistada pelos Romanos (povo originário Roma), a
partir de Roma, que havia sido fundada 300 anos antes.

Figura 8

4.1 A resistência à invasão Romana


A conquista de novos territórios foi uma tarefa difícil
com sucessivas batalhas e revoltas bem com muitas
mortes e destruição à passagem do exército romano
(figura 9).
As lutas pelo domínio tinham como objetivo o aumento
do império mas também o usufruto das riquezas naturais
presentes em cada região.
Mas nem assim Roma conseguiu submissão total.

Figura 9

Os Lusitanos, o povo que habitava


na Península ibérica, queria manter os
seus hábitos e costumes e não
queriam pagar impostos nem sujeitar-
se às leis Romanas, para tal lutaram
durante 200 anos. Nesta luta, foram
em tempos chefiados por Viriato
(figura nº 10) que é descrito como
sendo pastor, caçador, chefe dos
lusitanos que vitoriosamente
defendeu as suas montanhas.
Todavia, e apesar da resistência, a Figura 10

Península Ibérica acabou por ser


conquistada e durante 6 séculos de romanização as
populações nativas foram fixando a sua vida os usos e
costumes romanos.

4.2 O Legado romano

Há medida que a Península Ibérica foi sendo


conquistada ocorreu também a expansão do latim e a
fundação de várias cidades.

As condições da vida económica, produção, consumo, usos


e costumes foram-se assemelhando-se aquelas que
existiam em Roma.

Todavia, e apesar da resistência, a Península Ibérica


acabou por ser conquistada e durante 6 séculos de
romanização as populações nativas foram fixando a sua
vida os usos e costumes romanos.

 A língua
O latim (figura nº11) era o dialeto falado pelos
soldados, colonos e mercadores do Imperio Romano
Do seu idioma derivam várias línguas modernas entre
as quais o português.
Figura 11

 Engenharia
Na arquitetura foram introduzidas novas técnicas e
novos materiais (mosaicos, tijolos e telhas) com os
quais foram edificados templos (figura nº 12 e 13),
casas, anfiteatros, pontes, arcos e aquedutos que
ainda hoje podem ser vistos.

Figura 12 e 13
A expressão ”todas as estradas vão dar a Roma”, deve-se
ao facto dos romanos serem também grandes
construtores de estradas (figura nº14) que ainda hoje
mantem a sua calçada
original. De facto uma
grande e funcional
rede rodoviária cobria
toda a bacia do
Mediterrâneo pela
qual se Figura 14

movimentavam funcionários reais, exército, o comércio e


correio.

 Modo de vida
Durante a romanização a economia de subsistência foi
substituída por grandes explorações agrícolas, onde se
produzia vinho, cereais, azeite e gado.
Ao mesmo tempo a indústria da cerâmica (figura nº15)
e do minério ganhava lugar na economia. Também as
atividades ligadas ao mar
foram desenvolvidas como a
pesca, a extração de sal e
construção naval.
As pessoas adquiriram
hábitos semelhantes aos
que se praticavam em Figura 15

Roma, como assistir a espetáculos, ir ao circo e ao


fórum, cuidavam do corpo nas termas e prestavam
homenagem aos deuses.

 Cristianismo
O cristianismo foi uma das riquezas que os Romanos
deixaram na Península Ibérica.
O Cristianismo é uma religião fundada por Jesus
Cristo (figura nº 16) á cerca de 2000 anos e espalhou-
se por todo o Império Romano. Os ensinamentos de
Jesus pregavam o amor ao próximo e a igualdade entre
todos os Homens, pensamentos um pouco
revolucionários para a época. Atualmente cristianismo
é uma das maiores religiões do mundo e tem um papel
muito importante.
Figura 16

5. Os Muçulmanos na Península
Ibérica

Os limites do império romano no século IV, já


dividido em duas metades Ocidente e Oriente, faziam
fronteira com regiões não romanizadas, onde
habitavam populações nómadas, designadas pelos
Romanos como Bárbaros porque não partilhavam o
mesmo nível de civilização e costumes do povo romano.
O poder de Roma encontrava-se enfraquecido. O
aumento da corrupção e a escassez de meios para
controlar as fronteiras, foram fatores determinantes
para que estas acabacem por ceder, permitido a
invasão pelos bárbaros, como os Hunos, os Visigodos,
Suevos entre outros.
No século VIII foi a vez de os Muçulmanos
invadirem e conquistarem a Península Ibérica, que era
então dominada pelos visigodos.
Os Muçulmanos eram os crentes de uma nova região
da Península Ibérica – o Islamismo- pregada pelo
profeta Maomé e que pedia que se espalha-se a sua
mensagem por todos os povos.
O avanço dos
“mouros” foi rápido
(figura nº17), com
exceção do norte
da Península
Ibérica – Astúrias-
onde foi difícil
vencer os cristãos.
Os Cristãos e os Figura 17
Mouros
organizaram-se em ações militares – Reconquista
Cristã-que foi feita com muitos avanços e recuos, com
períodos de guerra e de paz, onde se respeitava os
usos, costumes e religião uns do outros.

5.1 Herança Muçulmana


Os Muçulmanos estiveram 800 anos na Península
Ibérica influenciando a população local sobretudo na
zona a sul do Tejo, por essa zona ter sido conquistada
mais tarde.

 Urbanismo

Nas grandes cidades do sul do país como por exemplo


Mértola e Silves ainda hoje se encontra muitas
características da passagem dos Mouros. As ruas
eram tortas e estreitas, com escadinhas. As casas
eram muito juntas e quase sem aberturas para o
exterior (figura nº18), tinham terraços com cisternas
para aproveitar a água da chuva, pátios interiores e
eram caídas de branco (figura nº19), para refletir o
sol e se tronarem mais frescas.

Figura 18
Figura 19

 Artesanato

Os mouros introduziram também novas técnicas de


fabrico de louça

Figura 20
denominada por cerâmica mourisca. Esta loiça era
bastante trabalhada e luxuosa, exportada para toda a
Europa (figura nº 20).
O termo “mourisco” também caracteriza as
tapeçarias, como o tapete de Arraiolos onde se pode
ver as formas geométricas com inspiração nos tapetes
persas. Também nos deram a conhecer o azulejo, uma
peça pequena de cerâmica que pode ser usada em
grande número como revestimento de superfícies ou
como decoração, retratando muitas vesses episódios
da história e\ou da religião (figura nº 21).

 Engenhos e Construções
Sedo um povo vindo do deserto, onde havia falta de
água, os Árabes dominavam as técnicas de captar, levar e
distribuir a água, passaram a despor mais facilmente de
água para o consumo doméstico.

Desta forma a agricultura beneficiou bastante. A


introdução de novas técnicas de regadio conjugado com a
disponibilidade de água permitiu o cultivo de árvores de
fruto (laranjeira, limoeiro, alfarrobeira, etc.),de arroz e
de vários legumes como a alface, cenoura, ervilhas, favas
etc. A nora (figura nº22), a picota (figura nº 23) e o
açude (figura nº 24) são exemplos de construções
deixadas pelos muçulmanos.
Figura 22

Figura 23
Figura 24

 Palavras de origem árabe

Dentre os vocábulos que os árabes deixaram à língua


portuguesa, cerca de 600, uma grande maioria é
facilmente identificável, pois começa pelo prefixo – al-.
São exemplo, Alambique, Albatroz, Alcácer, Alcáçova,
Alcachofra ,Alcateia, Alcatifa entre muitos outros.

 O nome de muitas terras portuguesas é de origem


árabe, como por exemplo: Silves, Loulé, Tavira, Évora,
Almada, Aljustrel, etc.

 Novos conhecimentos científicos


Entre os muçulmanos havia uma vida cultural rica.
No domínio da ciência são valiosos os conhecimentos
científicos relativos a áreas diferenciadas transmitidos
como a matemática, astronomia (figura nº 25), geografia
(figura nº26), medicina (figura nº 27) e náutica com a
introdução do astrolábio (figura nº 28).
Figura 25 e 26

Figura 27e 28

6.CONCLUSÃO
Foram vários os povos que habitaram na Península
Ibérica vindos de muitas zonas do mundo, com as suas
inovações, técnicas, culturas, plantas, materiais entre
muitas outras coisas deixaram uma herança rica na
Historia de Portugal que sabiamente o povo usou para o
seu desenvolvimento. Ainda hoje podemos visitar
vestígios dessas atividades em muitas cidades e vilas do
nosso país, que nos ajudam a conhecer um pouco melhor a
nossa história e como viviam os nossos antepassados.

7.Bibliografia

Wikipedia.org
Manual de História e Geografia do 5º ano, parte 1

Volume 5 da enciclopédia Combi Visual

Historiando: a herança muçulmana

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