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Apelação Cível.: Cintia Santarem Cardinali:16066
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VIGÉSIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL
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ACÓRDÃO
RELATÓRIO
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Apelação Cível nº: 0027254-75.2019.8.19.0066 (7/4)
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
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de maior dilação probatória para o seu deslinde, já que a hipótese versada nos autos se
amolda aos ditames do artigo 355, I, do CPC. Trata-se de ação em que a parte Autora requer a
condenação do Réu ao pagamento de indenização a título de danos morais. Narra a Autora,
em sua peça inicial, ter fraturado o braço esquerdo devido a um buraco existente na via
pública. Aponta o Réu como responsável omisso pela manutenção da via. Com efeito, a parte
Autora não apresentou testemunhas que teriam presenciado o suposto ocorrido, tampouco
requereu a produção de prova pericial médica com o objetivo de estabelecer o nexo causal.
Assim, não logrou a parte Autora comprovar os fatos constitutivos de seu direito, ônus que lhe
cabia, na forma do disposto no artigo 373, inciso I, do Código de Processo Civil. Impossível,
portanto, a condenação do Réu calcada tão somente nos danos sofridos, destacando. Assim,
não se provou o nexo de causalidade, ou seja, não existe prova que demonstre que as lesões
sofridas pela parte Autora decorreram da queda no buraco. Destarte, não se pode dizer que
houve qualquer omissão por parte do Réu que possa de alguma forma, ter contribuído para a
ocorrência do evento danoso, pois não há prova de que este ocorreu como narrado na inicial.
Vale trazer à colação alguns precedentes representativos do nosso Tribunal de Justiça que
corroboram tal entendimento: "Responsabilidade civil. Ação de indenização por danos material
e moral que a Autora teria sofrido em razão de queda num bueiro ao transitar em via pública.
Sentença que julga improcedente o pedido. Apelação da Autora. Cerceamento de defesa não
verificado. Apelante que não produziu prova da dinâmica do evento e do nexo de causalidade,
ônus que a ela incumbia, na forma do artigo 333, inciso I do Código de Processo Civil.
Inexistência do dever de indenizar. Sentença que corretamente concluiu pela improcedência do
pedido inicial. Desprovimento da apelação. (APELACAO - 0037684- 73.2008.8.19.0001 - DES.
ANA MARIA OLIVEIRA - Julgamento: 22/3/2011 - OITAVA CAMARA CIVEL). AÇÃO
INDENIZATÓRIA. Alegação de responsabilidade civil objetiva do Município pelos danos
causados. Pretende a autora indenização de dano material e moral, em decorrência de lesão
por queda em bueiro destampado. Eventualmente reconhecida a culpa anônima do município
réu pela falta do serviço, forçoso reconhecer o dever de indenizar integralmente os danos
sofridos. Entretanto, não restou comprovado o nexo de causalidade entre o dano e a conduta
omissiva do Município. Prova técnica que reforça tal posicionamento. Incumbe à autora o ônus
de provar os fatos constitutivos do direito alegado, nos termos do art. 333, inciso i, do Código
de Processo Civil. Improcedência do pedido. Sentença que se mantém. DESPROVIMENTO
DO RECURSO." (Apelação Cível nº 0042683- 45.2003.8.19.0001. Décima Quinta Câmara
Cível. Des. Celso Ferreira Filho. Julgamento: 16.7.2013. Grifos nossos). Assim, surge o
consignatário lógico da improcedência dos pedidos autorais. Diante do exposto, JULGO
IMPROCEDENTES os pedidos autorais, em consequência, JULGO EXTINTO O PROCESSO
com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, I, do CPC. Condeno a parte Autora ao
pagamento das despesas processuais e nos honorários advocatícios que arbitro em 10% (dez
por cento) sobre o valor da causa, com fulcro no art. 85, § 2º, do CPC, suspensa a exigibilidade
nos termos do art. 98, § 3º do mesmo diploma. Transitada em julgado, dê-se baixa e arquive-
se. P.R.I.”
É o breve relatório.
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VOTO
- Dos Fatos:
- Do Mérito:
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- Do Dispositivo:
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