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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Tipos de Gramática

Sargineta Domingos Serote


61210227

Tete, Março, 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED
FACULDADE DE CIÊNCIAS DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE PORTUGUÊS

Tipos de Gramática

Trabalho de Carácter avaliativo,


desenvolvido no Campo a ser submetido
na Coordenação do Curso de Licenciatura
em Ensino de Português da UnISCED.

Tutor

Sargineta Domingos Serote


61210227

Tete, Março, 2023


Índice
1.Introdução ................................................................................................................ 4

2.Objectivos................................................................................................................. 4

2.1.Objectivo Geral .................................................................................................. 4

2.2.Objectivos Específicos ....................................................................................... 4

3.Metodologias ............................................................................................................ 4

4.Gramática ................................................................................................................. 5

5.Tipos de Gramática .................................................................................................. 5

5.1.Gramatica Normativa ......................................................................................... 5

5.2.Gramatica Tradicional ........................................................................................ 6

5.3.Gramática descritiva .......................................................................................... 8

5.4.Gramática Histórica ............................................................................................ 8

5.6.Gramática Comparativa ..................................................................................... 8

5.7.A gramática ge(ne)rativa transformacional ........................................................ 9

5.8.Gramática estrutural......................................................................................... 10

6.Conclusão .............................................................................................................. 11

7.Referências Bibliográficas ...................................................................................... 12


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1.Introdução

A Gramática tem como principal função regular a linguagem e estabelecer padrões de


escrita e fala para os falantes de uma língua. Graças à Gramática, a língua pode ser
analisada e preservada, apresentando unidades e estruturas que permitem o bom uso
da língua portuguesa. A gramática da língua portuguesa estuda os elementos e os
processos de formação que conferem as características do nosso idioma. Por isso,
para falar português e escrever corretamente, mesmo no dia a dia, é importante
conhecê-la muito bem.

2.Objectivos

2.1.Objectivo Geral

 Conhecer a Gramática.

2.2.Objectivos Específicos

 Conceituar a gramática na perspectiva de vários autores;


 Descrever os tipos de gramática;
 Caracterizar os diferentes tipos de gramática.

3.Metodologias

A metodologia utilizada na pesquisa foi uma abordagem teórica metodológica, onde a


mesma foi pautada em uma pesquisa qualitativa, com carácter bibliográfico, assim,
diversos autores puderam prestar suas contribuições para esse trabalho.
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4.Gramática

Gramática (do grego: γραμματική, transl. grammatiké, feminino substantivado de


grammatikós) designa um conjunto de regras que regem o uso de uma língua,
especialmente o modo como as unidades desta se combinam entre si para formar
unidades maiores. Também designa um ramo da linguística que estuda os elementos
que compõem a gramática das línguas. Além disso, ainda nomeia as obras produzidas
a partir destes estudos, classificadas em diversos tipos, a depender do elemento da
língua que tomam como escopo: gramáticas históricas, comparativas, descritivas, e
prescritivas, estas últimas também chamadas gramáticas normativas.

Conforme definição do Dicionário Aurélio, gramática é o estudo ou tratado dos fatos


da linguagem, falada e escrita, e das leis naturais que a regulam. Além de apresentar
regras, a gramática também exerce a função de analisar as estruturas que o falante
de uma língua tem programado em sua memória e que lhe permitem usar sua língua.
Além disso, a gramática também tem por função descrever o sistema de um idioma.

5.Tipos de Gramática

Existem diferentes tipos de gramática. Isso não quer dizer que as regras mudem de
um para outro. Mas cada uma tem uma abordagem e uma função diferente.

Os quatro tipos principais são: a gramática normativa, a descritiva, a histórica e a


comparativa. Existem alguns autores que também consideram a semântica, mas de
modo geral é essa a classificação mais utilizada.

5.1.Gramatica Normativa

Chama-se gramática normativa ou prescritiva a gramática que busca ditar ou


prescrever as regras gramaticais de uma língua, posicionando as suas prescrições
como a única forma correta de realização da língua e categorizando as outras formas
possíveis como erradas. Frequentemente, as gramáticas normativas se baseiam nos
dialetos utilizados por falantes mais prestigiados de uma comunidade linguística
Kazimierz Polański (1999) .

A gramática é dividida em: fonologia, morfologia e sintaxe.

Fonologia: estudo dos fonemas, letras e pontos de articulação. É o ramo da linguística


que estuda o sistema sonoro de um idioma, do ponto de vista de sua função no
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sistema de comunicação linguística. Esta é uma área muito relacionada com a


fonética, mas as duas têm focos de estudo diferentes.

 Ortoépia – estuda a correta pronúncia dos vocábulos;


 Prosódia – estuda a determinação da sílaba tônica, do ritmo e da melodia da
fala;
 Ortografia – estuda a representação da escrita da língua.

Morfologia: estudo da composição dos vocábulos, das classes de palavras e das


classes gramaticais. É a parte da gramática que estuda as palavras observadas
isoladamente. Estuda a estrutura e a formação das palavras, suas flexões e sua
classificação. Então, é a partir desses elementos que formam a palavra que se dá o
nome de elementos mórficos ou morfemas.

Sintaxe: estuda da relação entre palavras de uma oração e relação entre as orações
de um período. A sintaxe preocupa-se com a função de cada termo da oração.

 concordância – trata da relação entre sujeito e verbo (concordância verbal) e


da relação entre nomes (concordância nominal). Neste último caso, trata das
relações entre substantivo em relação ao artigo, adjetivo, numeral, etc.);
 regência – trata da relação entre verbos e preposições (regência verbal) e
nome e preposições (regência nominal);
 colocação – trata da colocação de certas palavras na frase.
 pronominal: próclise, mesóclise, ênclise.

5.2.Gramatica Tradicional

A gramática tradicional, também chamada de gramática normativa ou gramática


escolar, é aquela que estudamos na escola desde pequeno. Nossos constituintes
formadores dos vocábulos (radicais, afixos, etc.),a fazer análise recomendando
correção no uso que fazemos de nossa língua. Entretanto, raramente nos é dito o que
é esse estudo, qual sua origem, como ele se desenvolve e com que finalidades.
Argumentar que, principalmente por apresentar uma visão preconceituosa de seu uso
,a gramática tradicional não oferece ao estudioso da linguagem uma teoria adequada
para descrever o seu funcionamento.

A chamada gramática tradicional, utilizada como modelo teórico para a abordagem e


o ensino da nossa língua nas escolas, tem origem em uma tradição de escola de base
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filosófica que se iniciou na Grécia antiga. Os filósofos gregos se interessaram por


estudar a linguagem, entre outros motivos, porque queriam entender alguns aspectos
associadas á relação entre a linguagem, o pensamento e a realidade.

Desse modo, os gregos discutiram como, por exemplo, a relação entre as palavras e
as coisas que elas designam: alguns viam nas palavras a imagem exata do mundo,
outros, vendo - as como criações arbitrárias dos seres humanos, consideravam – nos
incapazes de refletir, de modo perfeito, a realidade. A palavra “lápis “, por exemplo,
deveria ser vista como apresentando uma relação natural com o objeto que ela
designa ou como uma mera invenção humana, utilizada para designar arbitrariamente
filósofos da Grécia antiga, entre eles, Plantão.

O que melhor caracteriza, entretanto, essa tradição é a visão, inaugurada por


Aristóteles, de que existe uma forte relação entre linguagem e lógica. Desenvolveu –
se a partir daí a tendência de considerar a gramática um estudo relacionando á
disciplina filosófica da lógica, que trata das leis de elaboração do raciocínio. Segundo
essa visão, a linguagem é um reflexo da inerente aos seres humanos, se manifesta
em todas as línguas.

Outro aspecto ligado á visão aristotélica que devemos levar em conta é o fato de que
o mundo em que vivemos possui existência independente de nossa capacidade de
expressão. Ou seja, conhecemos o mundo exterior pelas impressões que ele nos
causa, sendo portanto a linguagem uma mera representação de mundo já pronto, um
instrumento para nomear ideias preexistentes. Esses princípios caracterizam o que
alguns autores chamam de funcionalismo e outros de realismo.

Segundo oller (1972,P.43 – 35) postula um componente Pragmático integrado á


descrição linguística. Propõe um Modelo no qual considera o uso da língua como um
proCesso que se realiza em três dimensões indissoluvelmente

Para que possamos compreender como essa tradição chegou aos dias de hoje,
devem nos lembrar de que os princípios básicos da gramática grega foram adotados
pelos romanos e adaptados á língua latina. Gramáticos importantes como Prisciano
e, sobretudo, Varrão deram contribuições para a evolução do conhecimento
gramatical. Entretanto, os romanos dedicaram maior atenção ao aspecto normativo,
já que o crescimento de seu império tornava imprescindível uma unificação da
língua.
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5.3.Gramática descritiva

A gramática descritiva tem por objetivo as observações lingüísticas atestadas entre


os falantes de uma determinada língua. Sem prescrever normas ou definir padrões
em termo de julgamento de correto – incorreto,busca – se documentar uma língua tal
como ela se manifesta no momento da descrição.Podemos dizer que no caso do futuro
simples uma gramática vê documentara sua ausência no português falado de vários
dialetos e registrar suas características nas variantes em que ela ocorre.Tais
gramáticas são formuladas com o apoio teórico da lingüística.( Ver Perine (1995) ).

Segundo Skinner ( 1973,P.115) o ambiente social é o que chamamos de uma


cultura.Dá forma e preserva o comportamento dos que nela vivem.

5.4.Gramática Histórica

Estuda a origem e evolução de um idioma, desde o seu aparecimento até os dias


atuais. São os estudos diacrônicos de uma língua.

A gramática histórica tem por objeto o estudo das transformações de uma língua no
tempo e no espaço. É, portanto, diacrônica. A diacronia é uma pesquisa histórica que
investiga como a língua evolui e se modifica externamente no tempo. Ressaltamos
que todo estudo tem um viés diacrônico, haja vista que é necessário se fazer o recorte
no tempo a fim de proceder a uma análise. Como exemplo de um estudo dessa
natureza, podemos exemplificar com as transformações do latim para o português no
processo de evolução. São os chamados metaplasmos. As palavras não tiveram
sempre a forma que hoje apresentam. Como se sabe, a Língua Portuguesa gerou-se
numa progressiva emancipação face a outras línguas, que lhe são anteriores, das
quais se destaca o Latim. Ao longo de séculos foi sofrendo alterações, umas mais
tênues outras mais profundas, até se constituir como sistema linguístico autônomo.
Às modificações a que foi sujeita nós chamamos metaplasmos. Essas alterações são
apenas fonéticas, conservando, as palavras, a mesma significação.

5.6.Gramática Comparativa

Estabelece comparação da língua com outras línguas de uma mesma família. No caso
de nossa língua portuguesa, as análises comparativas são feitas com as línguas
românicas.
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5.7.A gramática ge(ne)rativa transformacional

A gramática transformacional é uma teoria gramatical lançada por Noam Chomsky em


1957. Trata do aspecto criativo da faculdade da linguagem e aborda os processos de
transformação pelos quais passa o sintagma. A gramática transformacional é um tipo
particular de gramática generativa, noção introduzida na linguística na década de 1950
por Noam Chomsky, que renovou completamente a investigação nesta área do
conhecimento. É possível conceber tipos diferentes de gramática ge(ne)rativa, e o
próprio Chomsky definiu e discutiu vários tipos diferentes em seus primeiros trabalhos.
Mas, desde o início, ele próprio defendeu um tipo particular, ao qual deu o nome de
gramática transformacional ou GT; a gramática transformacional foi chamada às
vezes gramática gerativa transformacional, ou GGT.

Em suas formulações sobre essa gramática, Chomsky distinguiu três componentes: o


sintático, com função geradora; o fonológico, a imagem acústica da estrutura
elaborada pelo componente sintático; e o semântico, que interpreta essa imagem. Em
oposição à gramática estruturalista dos distribucionalistas, que se baseava na análise
dos constituintes imediatos, Chomsky analisou as estruturas das orações em dois
níveis, o profundo e o superficial, para indicar as transformações produzidas ao se
passar de um nível para outro e as regras que regem as transformações. Esses
conceitos explicam a razão do termo gramática gerativo-transformacional e
fundamentaram grande parte dos estudos lingüísticos realizados depois de Chomsky.

Segundo a teoria gerativo-transformacional, todas as línguas possuem uma estrutura


superficial ou aparente, que representa a forma em que aparece a oração, e outra
estrutura profunda ou latente, que encerra o conteúdo semântico da oração e forma o
corpus gramatical básico que o falante de uma língua possui. Por meio de uma
quantidade limitada de regras de transformação, o falante pode criar um número
infinito de orações superficiais. O componente fonológico, ou seja, a imagem acústica
das estruturas elaboradas pelo componente sintático, é dado por uma série de
segmentos denominados morfofonemas por alguns lingüistas com traços distintivos
que indicam como devem ser representadas, na estrutura superficial, as orações
geradas pela sintaxe.
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5.8.Gramática estrutural

Essa gramática surgiu na primeira metade do século XX, sob a influência das ideias
de um dos maiores nomes da linguística: Ferdinand de Saussure.

Como o nome sugere, esse tipo de gramática tenta estabelecer e descrever uma
estrutura gramatical das línguas, com um conjunto de leis internas e conjuntos de
elementos que se unem, formando unidades maiores.

Saussure estabeleceu conceitos como o de langue (o sistema linguístico de


conhecimento coletivo, interiorizada pelos falantes) e a parole (o uso individual que
cada falante faz desse sistema).

Um dos problemas do estruturalismo é o foco que se dá à langue, ou seja, ao sistema


linguístico, deixando de lado a parole, isto é, negligenciando os aspectos interativos
da língua.
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6.Conclusão

Com a realização deste trabalho, concluímos que o modo com compreendemos os


fenômenos associados á gramática das línguas mudou ao longo dos anos, desde a
gramática antiga até a gramática contextualizada. A relação entre as gramáticas
tradicional e descritiva são frutos da análise de estudos que ainda estão sujeitos a tal
aperfeiçoamento e variação linguística. Levando sempre em consideração a norma
culta, aquela estabelecida pelos padrões gramaticais, embora nem sempre todos os
falantes façam uso desta gramática. Cada falante ás vezes para se comunicar faz uso
de seus próprios dialetos. Na verdade o que diferencia uma gramática das demais é
a concepção metodológica aplicada às tendências em linguística e é claro adequa –
se a realidade de cada falante que possui sua própria gramática, baseada meramente
em seus domínios e vícios de linguagem.
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7.Referências Bibliográficas

Janotti, Aldo (1992). Origens da universidade: a singularidade do caso português.


[S.l.]: EdUSP. p. 199. ISBN 9788531400858

Eckersley, C. E.; Macaulay, Margaret (1955). Brighter Grammar. Londres: Longsman,


Green & Co. Ltd

Mioto, Carlos (2007). Novo Manual de Sintaxe. Florianópolis: Editora Insular. pp. 19–
20

«Gramática, Portugal - Dicionário Histórico, Corográfico, Heráldico, Biográfico,


Bibliográfico, Numismático e Artístico». João Romano Torres - Editor, em 1904-1915
(Edição em papel), Manuel Amaral (Edição electrónica), em 2000-2010. 2010. p. 831

Santos, Veraluce L. dos (2009). Ensino de Língua Portuguesa. [S.l.]: IESDE Brasil
S.A. p. 99. 224 páginas. ISBN 8538708163

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