BRASIL REVISTAS

SUMÁRIO
EDITORIAL
REVISTA SANTÍSSIMA VIRGEM
PUBLICAÇÃO MENSAL da Paróquia Santíssi-
ma Virgem
DIREÇÃO: Pe. Dr. Romeu Leite Izidório.
COORDENAÇÃO: Udemia L. S. Carvalho.
JORNALISTA RESPONSÁVEL: José Neves S.
Filho (MTB 54.336).
CONSELHO EDITORIAL: Núcleo Revista Pas-
com Santíssima.
Aline Ribeiro
Elisabete Carvalho
Padre Guillermo Daniel Micheletti

8-9
José Neves S. Filho
Luciano Domingos
Robson Vanderlei Alves de Andrade
Rosana Irie DESTAQUE DO MÊS
Sandra Regina Picolo “EU SOU A RESSUREIÇÃO
Udemia L. S. Carvalho E A VIDA...”
EDIÇÃO e REVISÃO: Sandra Regina Picolo.
PROJETO GRÁFICO: DMS Editora Comunica-
ção Integrada.
DIAGRAMAÇÃO: Rodrigo Caserta
2 EDITORIAL
CAPA: Rodrigo Caserta
COLABORADORES:
3 DIVULGAÇÃO
Alex Souza
Camila Oliveira
Pe. Gilberto Orácio de Aguiar
4 CARTA DO EDITOR E
DO LEITOR
FOTOS:
José Neves S. Filho / Luciano Domingos /
Veneranda Pereira
5 VIDA SANTA
Santa Bernadette Soubirous

5 6-7
OBSERVAÇÃO: Os artigos são de responsabili-
dade de seus autores.
BRASIL REVISTAS FORMAÇÃO TEOLÓGICA
PASTORAL Os primeiros 10 anos do papa do
Pastoral Familiar fim do mundo
FUNCIONAMENTO DA IGREJA
10 OITAVA DA PÁSCOA
Encontro de Noivos
Secretaria:

11DO MAR VERMELHO

Av. Índico, 583, Jardim do Mar - SBC/SP
A Secretaria Paroquial (Bete Knoll e Fabiano Aparecido)
tem os seguintes contatos: AO SÉCULO XXI

12 SAÚDE
Fixo 11 4330-4289
WhatsApp 11 94078-9583
Por que envelhecemos? A
11 96610-2330
história nunca contada
TODOS OS DOMINGOS, CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA
NA CAPELA SÃO BERNARDO, NO CEMITÉRIO DA
13 HIPERDULIA
Nossa Senhora do Pilar

14 PADRECARLOSCAVINA
VILA EUCLIDES ÀS 09 HORAS.

Para entrar em contato dê preferência ao

WhatsApp
e-mails: ssvirgem@gmail.com / 11
“TODO DIA, ERA
14 SABERES
Sementinha do Saber
santissima@diocesesa.org.br

Atendimento:
DIA DE ÍNDIO” 16 GALERIA
FOTOS
DE

Terça a Sexta-feira 08h às 20h Consagração a Nossa Senhora

Sábado 08h às 12h e das 13h às 17h
Confissões: Virgem Imaculada! Minha Mãe Maria! Eu renovo hoje e sempre, a consagra-
ção de todo o meu ser para que disponhais de mim para o bem de todos. So-
Pe. Romeu
mente peço, que eu possa, minha Rainha e Mãe da Igreja, cooperar fielmente
Quarta-feira e sexta-feira: 15h às 17h30 com a vossa missão de construir o Reino do vosso Filho Jesus, no mundo.
Pe. Guillermo Para isso, vos ofereço minhas orações, sacrifícios e ações.
Terça- feira: 10h às 11h30 Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós e por to-
Quinta-feira: 10h às 11h30 dos quantos não recorrem a vós, especialmente pelos inimigos da Santa Igreja
Redes Sociais: Facebook, Instagram e e por todos quantos são a vós recomendados !
Youtube: paroquiasantissimavirgem
Twitter: ssmavirgem
2 Paróquia Nossa Senhora de Fátima
BRASIL REVISTAS

Paróquia Nossa Senhora de Fátima

3
 CARTA DO EDITOR CARTA DO LEITOR

CHEGAMOS AO MÊS DE ABRIL. Mês que concentra
muitas datas históricas do nosso país. Para nós, católicos,
é o momento de relembrarmos, na Sexta-feira da Paixão
(Santa), o dia em que Jesus Cristo morreu crucificado.
A Sexta-feira faz parte de um conjunto formado pelos
três dias que antecedem o Domingo de Páscoa e que, na
liturgia da nossa igreja, recebe o nome de Tríduo Pascal
(três dias - quinta-feira, sexta-feira e sábado) que se unem
ao domingo: o ponto mais importante da vida religiosa
dos católicos: a ressurreição de Cristo. Para refletirmos
sobre este período tão sagrado, padre Gilberto Orácio
presenteia-nos com o artigo “O sentido da vida, morte
e ressurreição para o cristão católico”. Sobre este tema,
José Guida Neto discorre sobre a “Oitava da Páscoa”. Este
mesmo autor traz-nos um texto esclarecedor sobre “Nossa
Senhora do Pilar”. Eu trago nesta edição um artigo sobre
o “Venerável servo de Deus: Carlos Cavina”, que durante
toda a vida usou o lema “A Cruz, onde toca, dá fruto”,
de São Francisco de Sales. Outros textos interessantes
compõem nossa revista. Esperamos que a leitura possa
lhes trazer alegria!
Parabéns aos Editores e Articuladores da Revista
Santíssima Virgem.
A capa, o colorido, a diagramação e as matérias
encantam-nos.
Em especial, a matéria sobre “Romano Guardini”,
observo que traz muita cultura na seara religiosa.
Parabenizo também o Pe Gilberto de Aguiar pelo artigo
versando sobre a fraternidade e, também, pela sua
formação acadêmica; o artigo, “Por que envelhecemos”,
de Alex Souza, que expressa sabedoria, bondade e vigor,
privilegiando-nos,
Enfim, todas as matérias são interessantes e bem
elaboradas, portanto, parabéns a todos.
Vlamir Belfante

Editorial – Sandra R. Pícolo

BRASIL REVISTAS

4 Paróquia Nossa Senhora de Fátima

PASTORAL
PASTORAL FAMILIAR
ENCONTRO DE
NOIVOS
C
aríssimos, paz e bem!
A Pastoral Familiar
da Paróquia Santíssima
Virgem é responsável
pela realização do ENCONTRO
DE NOIVOS.
Mas você sabe do que se trata
este encontro?
Cristo nos chama a todo o
momento a vivermos e a viven-
ciarmos a sua Boa Nova. E a
Igreja, em sua sabedoria, pede a
todos os católicos: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o
Evangelho a toda criatura.” (Mc 16, 15).
E em resposta a este pedido de Cristo e da Igreja, a
Pastoral Familiar atua em diversas frentes, sendo o En-
contro de Noivos uma delas. O propósito deste encontro
é anunciar Cristo aos noivos e despertar neles a vontade
de participarem da Preparação para Vida Matrimonial. A
Pastoral Familiar, com toda a experiência adquirida no de-
correr de seu matrimônio, pode passar aos noivos dicas de
BRASIL REVISTAS
como conduzir com mais facilidade os conflitos e proble-
mas que, porventura, surgem na vida do casal.
Transpondo este propósito, a Pastoral Familiar procura
acolher, acompanhar e integrar estes noivos, futuros ca-
sais, na vivência de comunidade cristã em nossa paróquia
ou na paróquia a qual pertencem.
O Encontro de Noivos – Preparação Matrimonial, na
verdade, é um conjunto de seis encontros que ocorrem no
decorrer do ano, aos domingos (já pré-determinados) e
são ministrados por agentes da Pastoral familiar, por pa-
lestrantes convidados, com conhecimento nos temas es-
colhidos, e por profissionais da área da saúde tais como
psicólogos, psicanalistas, ginecologistas ou urologistas.
Neste ano de 2023, os encontros acontecerão nas
datas a seguir, das 8h30 às 12h: 02/04/2023, 07/05/2023,
11/06/2023, 16/07/2023, 06/08/2023 e 24/09/2023.
E no dia 01/10/2023, durante a Celebração Eucarís-
tica das 10h30, a Pastoral Familiar realizará a entrega
do certificado aos noivos participantes.
Obs.: Aos noivos que optam por não participarem dos
encontros e sim pela preparação imediata, esta acontece
um uma única manhã de domingo, com os conteúdos re-
sumidos e encerramento na Celebração Eucarística nos
primeiros sábados de cada mês.
Abraço a todos e que Deus abençoe o relacionamento
destes casais!
Por Luciano Domingos
Professor
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
VIDA SANTA
SANTA BERNADETTE
SOUBIROUS
Santa padroeira dos pastores, dos pobres e dos
doentes
SANTA BERNADETTE
SOUBIROUS foi uma simples
religiosa francesa, mais conhecida
por testemunhar as visões pessoais
que teve de Nossa Senhora de
Lourdes. Nascida em 1844 na
pequena cidade de Lourdes, na
França, teve uma infância simples e
saúde frágil, ajudando a família no
pastoreio e nos afazeres domésticos.
A primeira visão pessoal de Nossa
Senhora foi em 11 de fevereiro
de 1858, quando a jovem Bernadette refere-se a ter visto uma
“senhora” envolta de uma luz na gruta denominada massabielle
(“pedra velha” ou “rocha velha”), junto à margem do rio Gave.
Santa Bernadette afirmou ter tido 18 visões da Virgem
Maria, no mesmo local, entre 11 de fevereiro a 16 de julho de
1858. Em uma delas, foi orientada a cavar o chão na gruta
Massabielle. Onde ela cavou, brotou uma fonte de água pura
que jorra cerca de cinco mil litros por dia até os dias de hoje.
Muitos milagres acontecem diariamente no Santuário de
Lourdes, que recebe mais de seis milhões de peregrinos de todas
as partes do mundo.
Santa Bernardette realizou muitos milagres em vida e mais
ainda após a sua morte. Por causa dos milagres e visões, sua
fama se espalhou e muitas pessoas vinham procurá-la de todas as
partes. Para evitar a multidão, Bernadette se refugiou no hospital
das Irmãs de Caridade em Nevers, na cidade de Lourdes. Ali, ela
recebeu aulas, aprendeu a ler e escrever, além de confirmar sua
vocação para a vida religiosa.
Assim, ela entrou para o convento de Saint Gildard e fez
a profissão religiosa nas Irmãs da Caridade de Nevers em
30 de outubro de 1867. Lá dedicou sua vida para ajudar aos
necessitados como enfermeira, levando conforto aos enfermos.
Assim viveu até sua morte, em 16 de Abril de 1879.
Trinta anos após sua morte, seu corpo foi exumado por causa
do processo de canonização que se iniciara em seu favor. E,
para o espanto de todos, seu corpo estava intacto, incorrupto,
do mesmo modo como ela tinha sido enterrada. Desde o dia três
de agosto de 1925, seu corpo incorrupto se encontra exposto
numa urna de cristal, na capela do convento de Saint Gildard,
em Nevers.
Tendo milagres estudados e confirmados pela Igreja, o Papa
Pio XI celebrou a canonização de Santa Bernadette de Lourdes
no dia oito de dezembro de 1933, festa da Imaculada Conceição.
No Brasil, a sua festa é celebrada em 16 de abril, mas, na
França, esta acontece no dia 18 de Fevereiro. Junto à gruta foi
erguido um belíssimo e grandioso Santuário, o Santuário de
Nossa Senhora de Lourdes.
Ela é a santa padroeira dos pastores, dos pobres, dos doentes.
Santa Bernadette Soubirous, rogai por nós!
Por Rosana Irie
Graduada em Medicina (Faculdade de Medicina de
Jundiaí), Residente médica em Oncologia Clínica
(Faculdade de Medicina do ABC). Atualmente trabalha
como Médica Clínica em alguns hospitais do SUS de SBC
5
 FORMAÇÃO TEOLÓGICA
OS PRIMEIROS 10 ANOS DO
BRASIL REVISTAS
PAPA DO FIM DO MUNDO
“
Francisco é um ‘filho do Concílio’: seu imaginário ecle-
sial, teológico, espiritual e pastoral surgem diretamente
dos textos conciliares” (Andrea Grillo).
(considero o Papa Francisco) “como uma espécie de
‘novo profeta Moisés’; (no entanto) ‘falta união em torno desse
papa renovador’, capaz de levar ao redescobrimento de Jesus Cris-
to, para além da doutrinação e da Lei” (Eliana Yunes).
O Papa Francisco, jesuíta argentino, é o primeiro papa “sula-
mericano” vindo como ele disse “do fim do mundo”. Desse fim
do mundo quis o Espírito Santo dar novo impulso à sua Igreja na
figura desse bispo carismático, corajosos e ousado. Por isso, o fim
do mundo, para além de uma frase com humor, pode ser lida na
perspectiva da ruptura quanto às sucessivas escolhas de papas na
vitrine eurocêntrica. Pois, o deslocamento da escolha para a Amé-
rica Latina é, de fato, um giro para “a periferia do mundo” (An-
tonio I. Alves de Britto). Pois é, não veio da Europa, e não tem a
história europeia em sua bagagem nem sobre seus ombros. É sim,
o primeiro papa “filho do Vaticano II”; pois, ele não participou do
Concílio.
É efetivamente um filho que vive com tranquilidade a herança
conciliar. Essa diferença entre Francisco e seus predecessores é a
diferença entre uma leitura paternalista do Vaticano II como filho e
uma leitura filial do Concílio como pai.
Certamente que os concatenados pontificados dos papas mani-
festam o testemunho da longa e rica tradição da Igreja. Pois, cada
época recebe a tradição anterior e a relança para além de si mesma:
esse ato de recebimento e transmissão nunca é um ato mecânico;
6 Paróquia Nossa Senhora de Fátima
implica uma certa criatividade, ao mesmo tempo uma continuida-
de e uma descontinuidade. Assim foi com os “papas do Concílio”:
João XXIII, Paulo VI, João Paulo I e II, Bento XVI. Eles podem
ser considerados os “pais do Concílio”. Sempre ansiosos e preo-
cupados pelo desenvolvimento das decisões conciliares e os frutos
que esse Concílio poderia vir a produzir. Nessa linha, podemos
dizer que o pontificado de Francisco é uma “atualização da atuali-
zação” promovida pelo Concílio Ecumênico Vaticano II nos anos
1960. Sobretudo, no que diz respeito à encarnação da experiência
de encontro com o amor e a misericórdia de Deus em outra fonte
cristã concreta e muito humana: a pessoa do pobre, ‘carne de Cris-
to’. O Papa tem claro que são os pobres os vigários de Cristo na
terra, não é o Papa.
Nestes 10 anos, uma das marcas destacadas do pontificado de
Francisco é o diálogo com todos. Ele não só tem aberto a Igreja
voltando-a aos pobres como também tem construído pontes com
pessoas de todos os credos. E, claro, ele vem pondo a Igreja de
frente para os problemas do mundo. Edelberto Behs (luterano) ob-
serva que o papa realmente quer “uma Igreja em saída”, e, para
tanto, nos desacomoda.
Por isso os gestos e as palavras do Papa Francisco apare-
cem mais compreensíveis à luz do diálogo fecundo – inspirado
no pensamento de Paul Ricoeur -. Deste modo podemos compre-
ender o encontro do Papa com o Grão Imán Ahmed al-Tayyeb
– para promover fecundo diálogo e compromisso conjuntos
sobre a paz e o bem comum. Assim, o Papa se inspira não ape-
nas em São Francisco, mas também em Charles de Foucauld, e,
em outro nível, em Martin Luther King, Desmond Tutu e Mahat-
ma Gandhi (Andreas Lind).
Os jornalistas que estão perto dele, dizem que Jorge Mario
Bergoglio seria um excelente repórter no quesito de analisar
competentemente as realidades mundiais. Um redator que, to-
mando um ‘gancho’ importante desse contexto, diz que Francisco
é um líder de grande repercussão, que consegue chamar a atenção
de leitores e leitoras do mundo inteiro. Mas é melhor tê-lo como
papa do que como repórter!
Outro aspecto que destaca seu pontificado é o que ele mes-
mo conceituou como “Ecologia Integral”: “Se há necessidade
de conversão é porque a sociedade contemporânea está imersa
num pecado sistêmico. O dinheiro ocupou o lugar de Deus. Virou
ídolo sagrado... Isso tem ferido, gravemente, os pobres e a mãe
terra”... Para isso, precisamos de uma Igreja servidora do Evan-
gelho para construir o Reinado de Deus na humanidade ferida...
Sem dúvida, que um dos pilares mais vigorosos de seu ponti-
ficado é a misericórdia. Esta pode identificar-se como o “nome de
Deus”, mas também como seu “tempo”. Que a misericórdia seja
um dos pilares do seu pontificado se deduz, em primeiro lugar,
do fato de que nas vésperas do quarto domingo da Quaresma,
em São Pedro (13/03/2015), segundo aniversário de sua eleição,
diante uma assembleia reunida para celebrar a liturgia peniten-
cial, o Papa Francisco anunciou um “Jubileu extraordinário que
tem por centro a misericórdia de Deus”. No 11 de abril seguinte,
vésperas do segundo domingo de Páscoa, conhecido como “Do-
mingo da Divina Misericórdia”, o Papa proclamou o Jubileu com
a Bula Misericordiae Vultus, dizendo – entre outras coisas - que
ter misericórdia é possuir “como uma paciência infinita”.
BRASIL REVISTAS
O Papa insiste: “A misericórdia muda o mundo”. Pois ela
tem uma dimensão radicalmente temporal. Como passado, é o
esquecimento do mal; como presente, é a urgência de salvar a
vida; como futuro, é a paciência do cuidado, do tratamento. É um
processo que adota diversas formas, também linguísticas, mas
por vezes não verbais: a nova evangelização “não pode deixar
de utilizar a linguagem da misericórdia, feito de gestos e atitudes
antes do que de palavras”. O Papa definiu algumas dessas formas.
Destacamos ao menos três: o abraço, a empatia e a consolação.
Esta “visão” de Francisco configura sua maneira de entender
o sentido da Igreja como testemunha da misericórdia, mas tam-
bém a maneira de ver o mundo e a realidade. Deus atua na vida
das pessoas, mas também nos processos históricos dos povos e
nações, inclusive em situações complexas e intrincadas. Assim,
a misericórdia de Deus está enxertada nos acontecimentos deste
mundo: das sociedades, dos grupos humanos, das famílias e dos
indivíduos. Na homilia do 1o de janeiro de 2016, com ocasião
da 49ª Jornada Mundial da Paz, Francisco propôs uma reflexão
sobre o sentido do tempo e da história: “Um rio de miséria, ali-
mentado pelo pecado, parece contradizer a plenitude do tempo
realizada por Cristo”. No entanto, continuou Francisco, com um
pulo no discurso, “este rio desbordado não pode nada contra o
oceano de misericórdia que alaga nosso mundo. Todos estamos
chamados a nos submergir nesse oceano”.
Por outra parte, se reafirma em seu pontificado a centralidade
de Cristo na fé e na vida da Igreja, em continuidade com as con-
vicções expressas na carta programática Evangelii Gaudium: a
atenção de toda a igreja deve ser dirigida ao Senhor Jesus Cristo
e não a si mesma. A celebração do Concílio de Niceia em 2025
poderá ser uma oportunidade para a Igreja desviar o olhar do ob-
sessivo narcisismo de si mesma e olhar para a simplicidade de
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Cristo.
Outro aspecto de significativa importância no pontificado do
Francisco é a firme atitude de compreender e interiorizar a refor-
ma conciliar da Liturgia. Compreender e interiorizar os princí-
pios que a inspiraram, o que requer formação continua de todos
os fiéis, a começar pelos seus legítimos pastores. O Papa declara:
Podemos afirmar com certeza e com autoridade magisterial que a
reforma litúrgica promovida pelo Concílio é “irreversível”. Com
isso, o Papa vai observar um percurso firme de restauração gra-
dual do espírito e da letra da Constituição Conciliar Sacrosanc-
tum Concilium sobre a Sagrada Liturgia.
A Igreja deve reconhecer a persistência do Papa por sua fi-
delidade à Liturgia conciliar. Cabe a cada membro da Igreja
acolher suas propostas que são as mesmas do Concílio, para que
floresçam, em seu esplendor, a beleza e a nobre simplicidade da
liturgia romana, longe de aplicar estéreis rubricas e dissonantes
criatividades.
Enfim, é fundamental acolher de Francisco sua corajosa de-
cisão de implementar um audacioso caminho sinodal para toda a
Igreja. Sem dúvida que esse caminho não produzirá logo frutos:
levará muito tempo, mas para a reforma da Igreja se deve partir
daquilo que está em crise: a fé. Qual é o rosto de Cristo que a
igreja proclama? Aqui está a raiz dos problemas e da desorien-
tação. E se nos concentrarmos em Cristo, se descentralizarão o
papado e a hierarquia e a igreja assumirá as aparências e o estilo
do Cristo humano que traz a libertação pra todos os homens e
mulheres.
Só assim poderão ser identificados novos e decisivos papéis
das mulheres na Igreja. Poderá tomar forma uma moral cristã
renovada, inspirada pela misericórdia abrir-se-á um caminho de
fraternidade no qual o bispo de Roma será o servidor da comu-
nhão e, para os cristãos, a memória da fé autêntica assumida e
celebrada de todo coração.
Gostaria de terminar, lembrando as palavras de Jesus: “bus-
cai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas
essas coisas vos serão dadas por acréscimo” [Mateus 6, 33]. Mas,
neste momento histórico [ano 2023], acho que precisamos algo
mais. Há que ampliar, radicalizar este período de reformas sino-
dais na Igreja em que desafiadoramente nos coloca o Papa Fran-
cisco, retomando e atualizando o espírito do Vaticano II e, acima
de tudo, a dinâmica discipular do Evangelho [Xavier PIKAZA].
Enfim, o pedido frequente de Francisco “rezem por mim”,
desde a sua primeira aparição na sacada do Vaticano, convoca-
-nos para uma vida de oração. Rezemos pelo Papa. Que ele siga
lúcido, saudável e corajoso. E todos nós, unidos a ele, nos esfor-
cemos por uma Igreja verdadeiramente fraterna e sinodal.
Foto da Matéria: Vatican News
Por Pe. Guillermo D. Micheletti
presbítero argentino da Diocese
de Santo André. Vigário Paroquial
na Paróquia Santíssima Virgem
de São Bernardo do Campo.
Especialista em Pedagogia e
Catequética. Membro fundador da
Sociedade Brasileira de Catequétas
[SBCat]: gdmiche@terra.com.br –
Whatsapp [11] 9 9574-8558.
7
 DESTAQUE DO MÊS

CAPA

BRASIL REVISTAS

“EU SOU A RESSUREIÇÃO E

A VIDA...” (JO 1, 25-26)
O despertar da vida nova e seus efeitos na vida cristã!

x
8 Paróquia Nossa Senhora de Fátima
 A ressurreição de Jesus de Nazaré é a confirmação, da parte
de Deus, de seu projeto de missão. Uma vez que o assassinato de
Jesus foi um complô de falsas testemunhas e manipulações por
inveja (Cf. Mt. 26, 59 - 61; 27, 11 - 18) para tirá-lo de circulação,
portanto, algo tendencioso e ideológico; fica claro que ele foi in-
justamente condenado. Foi por causa da injustiça cometida contra
Jesus que Deus interveio ressuscitando-o dos mortos (Cf. At. 2,
22 – 24; 3, 12 - 15). A ressurreição de Jesus é a aprovação de seu
projeto vivido e proclamado.
O testemunho de Jesus incomodou e, por isso, o conduziu
à morte vergonhosa na cruz. Ter assumido a sua vida junto dos
empobrecidos, mulheres, crianças, loucos, pecadores públicos,
prostitutas, teve o preço de sua vida. Jesus sabia desse desfecho
fatídico esperando a reprovação das lideranças religiosas de sua
época. Missão, comprometimento com a verdade, fidelidade ao
Deus da Aliança, são elementos vitais da espiritualidade cristã,
assumidos por Jesus e que têm as suas consequências, nem sem-
pre agradáveis.
A nossa fé e a vida nova oferecida por Jesus Ressuscitado.
A nossa vida se mistura com a vida de Jesus de Nazaré. Isto
acontece quando permitimos que sua vida esteja presente nos nos-
sos projetos assumidos a partir de nossa fé no Verbo de Deus.
O que Jesus viveu com suas consequências, nós também pode-
mos viver, pois fazemos parte de um corpo cuja cabeça é Jesus,
o ressuscitado (Cf. Cl. 1, 18; Ef. 4, 15 – 16; ). Na vivência da fé
cristã não estamos soltos, independentes, cada qual vivendo do
seu jeito. Temos um programa para vivermos que se concentra no
modelo de vida experimentado por Jesus. A sua vida deverá ser
a nossa vida. O seu jeito de encarnar a vontade de Deus em sua
missão deverá também ser o nosso. O ritmo de nossa vida pesso-
al e comunitária deverá assemelhar-se ao ritmo estabelecido para
Jesus e seus seguidores/as.
Quando decidimos seguir Jesus puxamos para nós dom e ta-
BRASIL REVISTAS
refa. O Dom de Deus para a nossa vida são as graças necessárias
para vivermos bem as realidades nas quais estamos inseridos.
Mas, a aceitação de Jesus e seu projeto de misericórdia, compai-
xão, cuidado, também trazem consigo a tarefa de amarmos mais
e assumirmos, como nossa, o que foi vivido por Jesus e sua co-
munidade inicial. Os presentes, dons de Deus, sempre são plenos
de dom e tarefa, graça e compromisso. É na gratuidade de Deus
que entendemos a necessidade de responder positivamente ao seu
chamado.
A ressurreição de Jesus de Nazaré é como algo contagian-
te que nos envia para a tomada de atitudes concretas em favor
da vida e da esperança das pessoas. Isto demonstra que não é à
toa que a ressurreição de Jesus está no centro de nossa atividade
cristã. Tudo o que somos, enquanto identidade cristã, e o que re-
alizamos por gestos e palavras têm em si os efeitos gerados pela
ressurreição de Jesus. Todos os sacramentos e ações da Igreja são
fundamentados na ressurreição do Senhor. Se não existiu a ressur-
reição de Jesus, tudo o que somos e fazemos é em vão (Cf.1Cor.
15, 12 - 22). Daí a necessidade de não deixarmos a celebração da
ressurreição do Senhor somente para um dia do ano. Mas, assumi-
-la na nossa vida cotidiana como nosso jeito de ser no mundo.
Páscoa da ressurreição: Vida nova em Cristo Jesus.
Ao celebrarmos a ressurreição de Jesus de Nazaré, é bom ter-
mos presente que ela está localizada no contexto da páscoa ju-
daica. Isto significa que se trata da celebração de uma vivência
concreta de passagem. Esta passagem significa a vivência de uma
vida nova, mais concreta e plena que demonstre o que fomos e o
que somos, em termos de mudança de vida, e o que queremos ser
enquanto seres humanos plenos da vida nova oferecida por Jesus
Cristo.
Na Páscoa, encontramos a ressurreição na forma de embrião,
o potencial para sermos no mundo uma presença renovadora de
luz, paz, perdão e misericórdia. Se a ressurreição de Jesus está
situada na Páscoa, exige de nós não só uma compreensão men-
tal do evento salvífico e/a ritualística, mas algo que modifique o
nosso comportamento, levando-nos a uma verdadeira conversão
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
de costumes.
Aquilo que nos foi pedido no tempo quaresmal – a conversão
– não é algo restrito aos quarenta dias de jejuns e penitências. A
conversão é uma necessidade contínua a partir da aceitação da
pessoa de Jesus vivo e ressuscitado em nosso modo de viver. A
direção tomada para a nossa conversão, o itinerário para uma mu-
dança não tem outro foco senão a vida nova trazida por Jesus
Cristo a partir de sua todos os seus gestos e palavras.
Celebrar a Páscoa é algo grandioso. Tão grande que não po-
demos vivê-la no limite de alguns dias. A Páscoa da ressurreição
é uma realidade que exige ser vivida sempre nos proporcionando
oportunidade para vivermos essa experiência de fé no nosso modo
de vida cotidiano.
Páscoa, ressurreição e vida nova. Eis a combinação perfeita se
desejarmos que a nossa fé se transforme em vida e tenha sentido
para nós e para quem estiver ao nosso lado, tornando-se prática de
amor e libertação. Assim, teremos o sentido pleno da ressurreição
de Jesus de Nazaré associada à passagem da escravidão para a
libertação. Esta passagem para a liberdade nos coloca em sintonia
com os efeitos contínuos da nova Páscoa, inspirando-nos ações
que comprovem a nossa opção pela vida ou pela morte. Ao esco-
lhermos a vida, estamos em concordância com o projeto assumido
por Jesus e confirmado por Deus quando trouxe o seu Filho da
morte para a vida definitiva.
Como viver plenamente a ressurreição?
Viver os efeitos da ressurreição de Jesus de Nazaré em nossas
vidas não é algo tão complicado assim, mas exige compromisso e
fidelidade ao projeto de vida inaugurado com o modo do Deus da
Aliança agir no meio de seu povo. Isto é, exige uma compreensão
de que a vida nova trazida por Jesus Cristo é uma realidade tão
profunda que deverá nos transformar de dentro para fora. Sendo
assim, deixaremos de viver de aparências (hipócritas), com más-
caras e seremos nós mesmos/as, como Deus realmente nos conhe-
ce na simplicidade de nosso coração e na sinceridade de nossas
ações e palavras.
A ressurreição de Jesus de Nazaré, vivida em nossas atitudes,
trará consigo um olhar diferenciado sobre nós, sobre as outras
pessoas e sobre a nossa casa comum. Todas as realidades ao nosso
redor se transformarão a partir dos efeitos do ressuscitado em nós.
Assim, como Ele é a verdadeira luz, sua presença em nós certa-
mente nos facilitará sermos iluminados/as e iluminadores/as. Os
reais efeitos da ressurreição do Senhor são de vida nova por onde
passarmos. Seremos como um espelho refletindo as graças rece-
bidas e acolhidas por nossas opções provenientes da verdadeira
escolha que fizemos diante da morte e da vida. Como precisamos
transformar o mundo no qual estamos inseridos/as! Como preci-
samos iluminar as trevas do ódio, do feminicídio, das escravidões
modernas, do racismo, da indiferença com tudo e todos que estão
ao nosso redor!
Quando de fato permitiremos que nossas celebrações anuais
da Páscoa deixem de ser meros rituais e se tornem, realmente,
vida na transformação da sociedade?
Por Pe. Gilberto Orácio de Aguiar
Referência do autor
Doutor em Ciências Sociais
(antropologia); Mestre em Ciências
da Religião. Tem especializações
nas áreas: Teologia e História;
Hermenêutica Bíblica Contextualizada;
Espiritualidade e Doutrina Social
da Igreja (em andamento). É pároco
da Paróquia Imaculado Coração de
Maria, Região episcopal Belém da
Arquidiocese de São Paulo. Professor
de teologia em escolas de Teologia
Pastoral e escritor.
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 OITAVA DA PÁSCOA
Inicia-se no Domingo da Páscoa até o domingo seguinte (2º Domingo da Páscoa ou Domingo da
Misericórdia)
BRASIL REVISTAS
O
termo oitava na liturgia católica significa os oito dias
seguintes a uma festa muito importante, incluindo o
próprio dia da festa. Assim, a oitava da Páscoa corres-
ponde aos oito primeiros dias do tempo pascal, da Páscoa até
o domingo seguinte1.
A oitava de uma grande festa tem o significado de
prolongá-la; o mistério da Páscoa é tão vasto e profundo
que apenas um dia não é o bastante para meditá-lo, gozá-lo
e aprofundá-lo2.
Os oito dias da Oitava da Páscoa são os seguintes : 3
I - A Páscoa ou Domingo da Ressurreição: Comemora-
se a ressurreição de Jesus dentre os mortos, descrita no
Novo Testamento como ocorrendo no terceiro dia de seu
sepultamento após sua crucificação.
II - Segunda-feira da Páscoa, ou do Anjo: Diante do Advogado formado pelo Mackenzie, Mestre em Filosofia
sepulcro, na descoberta do desaparecimento do corpo de do Direito e do Estado pela Unimep, e Doutor em Filosofia
Cristo, o anjo se manifestou e disse “Não tenham medo!
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10 Paróquia Nossa Senhora de Fátima
Vocês estão procurando Jesus de Nazaré, o crucificado.
Ele ressuscitou, ele não está aqui...” (Mc 16,1-7).
III - Terça-Feira da Oitava da Páscoa: “Noli me
tangere”, que significa “não me toques”, é a versão em
latim das palavras ditas por Jesus a Maria Madalena
quando ela o reconhece após a sua ressurreição (Jo 20,
16-18).
IV- Quarta-Feira da Oitava da Páscoa: Jesus encontra
dois discípulos na estrada a Caminho de Emaús e se faz
reconhecer por eles durante a Ceia (Lc 24,13-35).
V- Quinta-feira da Oitava da Páscoa: São Pedro fala
aos israelitas, no Pórtico de Salomão, a respeito da morte
do Autor de Vida para enfatizar que Deus o ressuscitou
dentre os mortos (At 3,11-26).
VI- Sexta-feira da Oitava da Páscoa: Jesus
Ressuscitado apareceu de novo aos discípulos, à beira do
mar de Tiberíades (Jo 21,1-14).
VII- Sábado da Oitava da Páscoa: Jesus apareceu aos
onze discípulos, enquanto estavam comendo, e disse-lhes:
“Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda
criatura!” (Mc 16, 14-15).
VIII- O Domingo da Oitava da Páscoa também
chamado de Segundo Domingo da Páscoa é denominado
“Domenica in Albis”, ou “Quasi Modo”, Domingo de São
Tomás ou da Divina Misericórdia.
- “In Albis” significa em branco, pois outrora o batismo
era administrado na noite de Páscoa, e os batizados usavam
uma túnica branca até o primeiro domingo após a Páscoa.
- O nome “Quasi Modo”, refere-se ao preâmbulo
litúrgico próprio deste dia: “Quasi modo géniti infántes,
alleluia...” (Quase como crianças, Aleluia...).
- Neste dia na liturgia Católica se lê a passagem do
Evangelho que fala da incredulidade de São Tomás (Jo 20,
26-29), daí Domingo de São Tomás.
- Desde 30 de abril de 2000 é conhecido como Domingo
da Divina Misericórdia, pois o Papa João Paulo II instituiu
a Festa para toda a Igreja, segundo as promessas de Jesus
Misericordioso nas aparições à Santa Faustina Kowalska,
freira e mística polaca (1905 – 1938) da qual falaremos em
um próximo artigo.
Referências:
1 - LELLO, José; LELLO, Edgar. Lello Universal. Dicionário Enciclopédico Luso-Brasileiro.
Porto: Lello & Irmão, 1954. 4v. Verbete: Oitava.
2 - Oxford Dictionary of the Christian Church (Oxford University Press 2005), Artigo: Octave.
3 - KUNZLER, Michael, La liturgia della Chiesa, Jaca Book, 2003, p. 514.
Por José Guida Neto
do Direito e do Estado pela PUC-SP
“TODO DIA, ERA DIA DE DO MAR
ÍNDIO” VERMELHO AO
Filhos da Terra Mãe, Os Povos Originários têm uma
trajetória de luta, resiliência e esperança SÉCULO XXI:
A ESTRATÉGIA
O QUE AVANÇA HÁ
ano era 1981. Baby do Brasil, à época, Baby Consuelo, lançava uma música
cujo título emprestamos para esta matéria. A música fez muito sucesso e ainda
é tocada todo o dia 19 de abril, data em que, em nosso país, é comemorado o
Dia do Índio (hoje, chamado Dia dos Povos Indígenas ou ainda, Dia dos Povos
Originários). MILÊNIOS
Tal música retrata um grande Povo, formado por diversas nações, e a alegria que A credibilidade de cada estratégia
este Povo sentia em ser livre proprietário desta terra e deste chão. Retrata, também, as dependerá da sua motivação.
benesses de viver em pleno contato com a natureza, respeitando-a; sem rios poluídos,
sem maltratar a flora e a fauna.
Mas no famigerado ano de 1500, tudo isso mudou. Grandes embarcações chegaram NASCEMOS PARA VIVER EM constantes
ao nosso litoral e trouxeram o homem branco. E com o homem branco, vieram a sua descobertas e emoções, mas também para as pequenas
cultura, os seus costumes, a sua religião, as suas doenças e a sua ganância. A partir de en- e grandes conquistas, ou até mesmo, se preferir, galgar
tão, as amarguras passaram a grassar, ininterruptamente, em cada canto da terra Brasilis. alguns objetivos e metas. Para que tudo isso se concretize
Os indígenas vislumbraram, com espanto, os portugueses em suas roupas suntuosas é necessário exercer o domínio da perseverança e da
debaixo de um sol escaldante. A História nos conta que ficaram maravilhados com es- estratégia (no sentido de planejamento, de processo) seja
pelhos e outros objetos. Após, foram enganados, subjugados e humilhados. Seguiram-se no âmbito profissional ou pessoal. Quando se coloca
os processos de Colonização e de Escravização, acompanhados de torturas, cativeiros, a estratégia nas coisas simples da vida, estas fluem
fome, violências física e sexual e, por fim, a morte. Estima-se, que à época do Desco- tranquilamente. Entretanto, o que falta na humanidade
brimento, corriam livres cerca de 5 milhões de indígenas. Hoje, pouco mais de 500 anos como um todo é idealizar os propósitos firmemente,
após o homem branco pisar aqui, há pouco mais de 860 mil indígenas em nosso país, planejar e acreditar que as coisas irão prosperar. Colocar
segundo censo parcial de 2022 do Ministério dos Povos Indígenas. em prática a estratégia que nos foi apresentada há séculos
Sabemos que o Brasil, como conhecemos hoje, tem como base três povos: os Por- pode nos tornar melhores.
tugueses, os Africanos e os Indígenas. Os Portugueses são os colonizadores, aqueles Na Bíblia há um
que trouxeram a cultura, a civilização, a civilidade (???) e as tecnologias. Os Africanos relato formidável
representam a força braçal, pois após terem sido arrancados de suas terras, foram trazidos e, ao analisá-lo
ao Brasil e escravizados, colocados sob a solidão das senzalas, sob o peso dos açoites e profundamente, percebe-
dos chicotes e forçados a trabalhar de sol a sol. se que a estratégia
Quanto aos Indígenas, aprendemos na escola que após um longo processo de escra- nos abraça há séculos.
vização, os Portugueses não conseguiram dominá-los por completo, substituindo-os pela Observe em Êxodo:
BRASIL REVISTAS
mão de obra negra escravizada. Então, há um lapso na História, e os indígenas voltaram a
ser notícia com as expedições dos Irmãos Villas-Boas e, depois, com a criação da FUNAI
“Tendo o faraó deixado
partir o povo, Deus não
em 1967. Tempos depois, descobriu-se que, neste lapso de tempo, os indígenas sofreram o conduziu pelo caminho
nas mãos dos bandeirantes, dos fundadores de vilarejos e cidades e de outros povos es- da terra dos filisteus, que
trangeiros. Os Indígenas ficaram cada vez mais é, no entanto, o mais
acuados, cada vez mais isolados, cada vez mais curto, pois disse: ‘Talvez
exilados em suas próprias terras. o povo possa arrepender-
Pouco tempo atrás, indígenas da Terra Ya- se, no momento em que
nomami emocionaram o Brasil e o mundo ao tiver de enfrentar um combate e voltar para o Egito’.
serem encontrados doentes e famintos. Quem Por isso, Deus fez com que o povo desse uma volta
não se lembra dos pequenos curumins desnu- pelo deserto, para o lado do mar Vermelho. Os israelitas
tridos? E do indígena Yanomami em situação partiram do Egito em boa ordem” (Ex 13,17-18). Neste
de extrema desnutrição que, deitado em uma contexto é visível que entre métodos que pudessem
maca para atendimento médico emergencial, ser desconsiderados para aquele período, ocorre uma
tal qual Cristo Crucificado, era somente pele articulação de estratégia que foi implementada em prol de
e osso? salvamento de vidas de um povo sofrido, embora todos
A Campanha da Fraternidade de 2002 já cansados e sem exceção estavam descrentes das ben-
trouxe o tema “Fraternidade e Povos Indíge- feitorias que pudessem vir dos céus.
nas” e o lema “Por uma terra sem males”. Con- A quem pense que estratégia é algo aplicável apenas
vidou cada um de nós, Católicos, a unirmos a ao cenário corporativo, está redondamente enganado.
nossa voz a das nações Yanomami, Munduku- Observe o ser humano que por si já arquiteta ideias, ações
ru, Guarani, Churruas, Xavantes, Guatós, Pirarrãs, Tupiniquins, Tabajaras e tantas outras e combate pontos, sejam eles positivos ou negativos
nações indígenas que por mais de 500 anos carregam a luta, a resiliência e a esperança. (isso é, Estratégia!). Um ser pensante precisa colocar
Sobre estas nações indígenas ainda pesam os grilhões da mineração clandestina, a em prática sua estratégia de vida, para que possa vencer
desfaçatez das invasões de terras por garimpeiros, grileiros e madeireiros, o desmata- o fracasso ou medo, para que possa seguir adiante com
mento sem limites, o descaso dos governantes e, depois, a humilhação, a opressão e, por confiança. Por isso, coloque em ação o seu processo de
fim, a morte. Para estas ações descabidas, temos um nome: GENOCÍDIO. ensino-aprendizagem adquiridos durante sua caminhada
de vida e não tenha medo, é com os erros que se criam
hábitos de melhorias e, com os acertos, passamos a
Referências: lapidá-los para poder chegar à glória. Lembre-se, Deus
Bíblia de Jerusalém nos mostrou, em Êxodo (13,17-18), a importância da
Álbum ‘Canceriana Telúrica’, Baby Consuelo, 1981, lançado pela WEA
Canção Nova https://formacao.cancaonova.com/diversos/cf-2002-a-luta-por-uma-terra-sem-males/ estratégia, que nos esquecemos de praticá-la.
Ministério dos Povos Indígenas https://www.gov.br/funai/pt-br/assuntos/noticias/2022-02/censo-2022 Não seja descrente das pequenas ou grandes
Museu das Culturas Indígenas https://museudasculturasindigenas.org.br/
Povos da Floresta https://www.povosdafloresta.eco.br estratégias que apareçam em sua caminhada.
Politize - https://www.politize.com.br

Por Luciano Domingos Por José Neves

Professor Jornalista e Pesquisador

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Paróquia Nossa Senhora de Fátima
11
 SAÚDE

POR QUE ENVELHECEMOS? A

HISTÓRIA NUNCA CONTADA
O envelhecimento começa a definir a qualidade de vida

V
ocê desejaria desvendar um dos maiores mistérios da
humanidade? Já parou para pensar sobre a velhice?
Saber o real motivo do envelhecimento tem sido
a busca da ciência atual e de inúmeros pesquisadores.
O envelhecimento é um dos grandes enigmas da
vida. Além do nascimento e da morte, é talvez a única
experiência que todo ser humano divide(2).
A partir dessa reflexão, vamos pegar emprestadas
as belas palavras do nobre Mário Quintana ao dizer que
“ninguém pode estar na flor da idade, mas cada um pode
estar na flor da sua própria idade”.
No livro sagrado de Provérbios (Prov 16, 31), também
há uma colaboração significativa que diz que “o cabelo
grisalho é uma coroa de experiência e esplendor, que deve
ser conquistada mediante uma vida justa”(1). Aqui já temos
algumas pistas do motivo do envelhecer, que é buscar
a experiência para uma vida cada vez melhor, buscar o
esplendor para ser luz no mundo, e buscar conquistas
positivas e frutíferas ao longo do trajeto.
A magnífica autora Spirduso (2004) relata que o
envelhecimento começa a definir a nossa qualidade
BRASIL REVISTAS
de vida e ele nos afeta cognitiva, psicológica, social e
espiritualmente(2). Afinal, envelhecer é de alguma maneira
mudar e se adaptar às novas demandas.
Torna-se prudente lembrar que o índice de
envelhecimento é diferente nos homens e nas mulheres(3),
e já é sabido que cada órgão do corpo tem o seu próprio
relógio do envelhecimento(5), influenciado diretamente
pelos hábitos e pelo estilo de vida.
O primeiro entusiasta a propor uma teoria sobre o
envelhecimento foi o cientista Hipócrates (460 – 377
a.C.), com a qual explica que o envelhecimento é um tipo envelhecimento expressa sabedoria, bondade e vigor”.
de acontecimento irreversível e natural causado pela perda Lembre-se que, para isso de fato acontecer, você
gradual de calor do corpo. precisará do movimento, como a atividade física sistemática,
Por outro lado, se os danos químicos e biológicos que sempre esteve ligada à imagem de pessoas saudáveis e
fossem reduzidos ao máximo, o envelhecimento poderia vigorosas, segundo o escritor José Maria Santarém.
ser retardado e até reversível em certos pontos. Como deseja contar a sua história de envelhecimento?
Nessa ótica, a vida pode ser descrita brevemente de
duas formas: a primeira é a quantidade de vida definida por
quanto tempo ela pode durar, e a segunda é a qualidade de Referências:
1. BÍBLIA. Português. Bíblia Sagrada. Tradução da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
vida expressa pelo quão satisfatória e congruente ela é. Um Décima edição. São Paulo. Canção Nova, 2002.
2. SPIRDUSO, W. W. Dimensões Físicas do Envelhecimento. Manole, 2004.
envelhecimento bem-sucedido deve passar pela harmonia 3. EKONOMOV, A. L. RUDD, C. L. LOMAKIN, A. J. Actuarial aging rate is not constant within
the human life span. Gerontology. 1989;35(2-3):113-20. doi: 10.1159/000213008.
entre essas. 4. FILHO, W. J. Promoção da Saúde do Idoso. Lemos, 1998.
5. HAYFLICK, L. Como e Por que Envelhecemos. Campus, 1996
Visando à quantidade e à qualidade de vida, aumentar
a reserva funcional do ser humano(4) se faz presente, e para
mantê-la é essencial evitar hábitos deletérios e desuso
(sedentarismo).
Já que o envelhecimento é uma experiência única,
individual, que só se vive uma vez, é fundamental que se
Por Alex Souza
reconheça as fases pelas quais se passa na vida, entendendo Bacharel e Licenciado em Educação Física; Pós-graduação em
o próprio envelhecimento como mais uma dessas fases(4). Fisiologia do Exercício no Envelhecimento; Personal Trainer
Na Odisseia, do poeta Homero, consta que “o Especialista em Longevidade; Mentor do Grupo Exercício e Fé e
Mentor da Liga da Longevidade

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12 Paróquia Nossa Senhora de Fátima
HIPERDULIA
A Seção Hiperdulia a cada mês abordará a história de alguma invocação mariana da Santa Igreja Católica de Roma. Na teologia católica,
hiperdulìa (do grego “alta veneração” composto por hyper no sentido de “acima” + dulia no sentido de “culto”) é o culto dirigido à Virgem
Maria, mãe de Jesus, que difere daquele dos santos, que é simplesmente referido como dulia (veneração de nível “inferior”). O culto da latria
(ou seja, a adoração) é prestado apenas a Deus, Uno e Trino.
NOSSA SENHORA DO
PILAR
O título de Nossa Senhora do Pilar é o mais antigo da Virgem Maria
BRASIL REVISTAS
Artigo I - Nossa Senhora do Pilar.
Nossa Senhora do Pilar (espanhol: Nuestra Señora del
Pilar; Virgen del Pilar) é uma invocação mariana da Igreja
Católica, cuja imagem tem o seu principal centro de culto
na Catedral Basílica do Pilar, em Saragoça, Espanha¹.
O título de Nossa Senhora do Pilar é, entre todas as
invocações da Virgem Maria, o mais antigo e sua aparição
é única e que se deu enquanto Maria ainda vivia na Terra.
Suas origens remontam ao ano 40 da Era Cristã, quando,
no dia 2 de janeiro, a Virgem Maria apareceu a São Tiago
Maior, Apóstolo, em César Augusta, fundada como colônia
de Roma em 14 a.C., (esp. Zaragoza; pt. Saragoça).
Na ocasião São Tiago afrontava enormes tribulações em
suas investidas missionárias e estava bastante desanimado.
Enquanto o apóstolo orava por força e coragem às margens
do rio Ebro, chegou Maria, antes de sua Assunção, em
carne mortal².
“El Pilar”, que testemunhou a visita da Virgem, é
uma coluna de jaspe, deixada por Maria ao apóstolo,
demandando-lhe para construir uma igreja em sua honra.
O pilar se encontra ainda hoje, quase 2000 anos depois, no
mesmo local onde fora colocado por São Tiago³.
Nestes dois milênios, a igreja primitiva, construída pelo
apóstolo com auxilio dos sete convertidos da cidade, sofreu
diversas vicissitudes, entre as quais um incêndio, e passou
por inúmeras reformas e ampliações; no entanto, o pilar foi
preservado.
Em 716, os muçulmanos capturaram Caesaragusta
(Saragoça) e adaptaram seu nome para o árabe como
Saraqusta. A religião cristã foi permitida e o Pilar tornou-se
Paróquia Nossa Senhora de Fátima
um dos seus redutos de resistência4.
A Beata Anna Catarina Emmerich (1774-1824),
mística alemã, em suas visões marianas, relatou a aparição
da Virgem ao apóstolo São Tiago5.
O Pilar está hoje todo recoberto de bronze e prata e, na
parte de trás da capela onde está instalado, há um óculo
(instrumento cilíndrico) que permite venerar a original
pedra de jaspe.
Sobre o Pilar repousa uma imagem da Virgem com
Jesus Menino nos braços, em madeira dourada e estilo
gótico tardio atribuída a Juan de la Huerta, com altura
36,5 cm datada de 1435.
A imagem foi doada ao santuário por patrocínio de
Branca I, rainha de Navarra, por direito próprio, e que fora
anteriormente rainha consorte da Sicília, como esposa de
João II de Aragão, como ex-voto pela cura de uma doença
que a afligia.
A 20 de maio de 1642, o município de Saragoça
proclamou a “Virgen del Pilar” a padroeira da cidade,
padroado que se estendeu a todo o Reino de Aragão nas
Cortes Aragonesas de 1678. Acumula outros padroados,
como o do Conselho Superior das Missões (1948), a
Armada Submarina da Marinha Espanhola (1946) entre
tantos outros. Em 1908, por meio de um Decreto Real, a
Virgem do Pilar foi declarada Capitã-General do Exército
Espanhol. Em 24 de junho de 1948, por decreto do Papa
Pio XII (1948) seu santuário foi elevado à categoria de
Basílica Menor6.
Referências:
1 - LELLO, José; LELLO, Edgar.
Lello Universal. Dicionário
Enciclopédico Luso-Brasileiro.
Porto: Lello & Irmão, 1954. 4v.
Verbete: Pilar
2 - FERRAZ, Orlando. Maria Mãe
de Deus – Títulos que Honram Nossa
Senhora. Curitiba: Novo Mundo,
2003. Pág. 126.
3 - ADUCCI, Edesia. Maria e seus
Títulos Gloriosos. 2. ed. São Paulo:
Loyola Novo Mundo, 1999. Pág.
31-34
4, 5 e 6 - CAMMILLERI, Rino, Tutti
i giorni con Maria, calendario delle
apparizioni, Milano, Ares, 2020,
pág. 12.
Por José Guida Neto
Advogado formado pelo Mackenzie, Mestre em Filosofia
do Direito e do Estado pela Unimep, e Doutor em Filosofia
do Direito e do Estado pela PUC-SP
13
 PADRE CARLOS CAVINA
Venerável servo de Deus: rogai por nós
O
padre italiano Carlos Cavina foi um sacer-
dote diocesano, fundador da Congrega-
ção das Filhas de São Francisco de Sales.
Sua atividade apostólica andava de mãos dadas
com uma profunda vida interior e uma constan-
te oração. Frequentemente, o sacristão da igreja,
quando ia abrir a igreja pela manhã, encontrava-
-o ainda decidido a rezar depois de uma vigília
noturna. Ele sempre usava o lema “A Cruz, onde
toca, dá fruto”, de São Francisco de Sales.
Em sua biografia consta que nasceu
em 1820, em Castel Bolognese, província
de Ravena, pequena aldeia entre Ímola e
Lugo. Carlos Cavina pertencia a uma família
fervorosamente cristã. Era uma criança que
a providência tinha escolhido. Carlos crescia
e prestava muita atenção quando seus pais falavam sobre a
Bíblia Sagrada; aprendia, estudava o catecismo e orações em
latim. Muito cedo começou a ajudar sua mãe no ensinamento do
catecismo a seus irmãos mais novos. Com o passar do tempo, seu
irmão Francisco manifestou o desejo de se consagrar a Deus, na
vida franciscana. Foi, então, que Carlos, também, descobriu a sua
própria vocação. Seus pais, comovidos, incentivaram-no para que
se fizesse a vontade de Deus. Pela primeira vez, vestiu a Batina
em 1836. Em 1843, foi ordenado sacerdote pelo cardeal Mastai
BRASIL REVISTAS
Ferretti, bispo da diocese de Ímola, aquele que seria o futuro papa
Pio IX. O seu ideal era “a glória de Deus e a salvação das almas”.
Em 1850 criou a “Congregação do Clero da cidade de Lugo”
objetivando a formação espiritual dos fiéis. Em 1869, conseguiu
realizar um de seus sonhos: a “Pequena Casa de São José” para
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14 Paróquia Nossa Senhora de Fátima
atividades educativas - uma pequena escola para meninas pobres e
para o ensino do catecismo. Em 23 de agosto de 1872, Don Carlos
fundou, com Madre Teresa Fantoni e Madre M. Luigia Montanari,
apoiados pelo bispo de Ímola Luigi Tesorieri, a congregação das
irmãs “Figlie di S. Francesco di Sales” (“Filhas de São Francisco
de Sales”), as quais passaram a cuidar da “Pequena Casa de São
José”. Em 15 de setembro de 1880, ele faleceu em Lugo, aos 60
anos, deixando uma grande obra para a educação e evangelização.
Em 8 de abril de 2019, o pontífice, Papa Francisco, reconheceu
as virtudes heroicas do Servo de Deus Carlos Cavina, sacerdote
diocesano, fundador da Congregação das Filhas de São Francisco
de Sales, o qual se tornou venerável, em 13 de maio de 2019.
A sua espiritualidade assentava em três pilares: o mistério da
Trindade, que para recordá-lo diariamente sugeria a recitação do
Te Deum ao fim do dia; o mistério da cruz, que se deduz do lema
que escolheu, tirado dos escritos de S. Francisco de Sales, A cruz
onde toca, fecunda; o mistério da Eucaristia, celebrado e adorado.
A sua intensa caridade chegava a todos, desde os seus irmãos
sacerdotes, com quem tinha comunhão fraterna e fazia retiros
frequentes, até aos mais pobres, que de tudo precisavam.
Pelo belíssimo e incansável trabalho cristão em prol dos
menos favorecidos, o centro Social, situado na Estrada do Rio
Preto, no município de Itanhaém, São Paulo, leva o nome Carlos
Cavina em sua homenagem.
Por Sandra Regina Pícolo
Doutora em Ciências da Comunicação
 Encontro do Conselho Regional de Pastoral - Rudge Ramos
em 08 de março de 2023

24 horas para o Senhor

em 18 de março de
2023

Procissão e Missa de Domingo REVISTAS

BRASIL de Ramos em 02 de abril de 2023

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Paróquia Nossa Senhora de Fátima 15
 BRASIL REVISTAS

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Paróquia Nossa Senhora de Fátima