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BACHARELADO EM FILOSOFIA
ITAPECERIA DA SERRA
2022
INSTITUTO TEOLÓGICO MARIA MATER ECCLESIAE
BACHARELADO EM FILOSOFIA
ITAPECERICA DA SERRA
2022
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INTRODUÇÃO: "Conhece-te a ti mesmo"
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Capítulo I. A Revelação da Sabedoria de Deus
a) Jesus, Revelador do Pai
Importância fundamental do tempo, pois é nele que tem lugar toda a obra da
criação e da salvação. "A verdade que Deus confiou ao homem a respeito de Si
mesmo e da sua vida insere-se, portanto, no tempo e na história.".
O homem como ser relacional, não nasceu para ser sozinho. Integrado desde
o nascimento em tradições, recebendo a linguagem, formação cultural e verdades
nas quais acredita por instinto. Mas, o ser humano cresce e amadurece, implicando
dúvidas a estas verdades pelo pensamento crítico.
A verdade que Deus nos revela em Jesus Cristo não está em contraste ou
oposição com as verdades que se alcançam filosofando.
Ligação do discurso de São Paulo nos Atos dos Apóstolos com as correntes
filosóficas do tempo. Exigência do uso da razão universal perante a religião no
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pensamento antigo, necessária uma ligação para dar fundamento a sua crença na
divindade. “Vede que ninguém vos engane com falsas e vãs filosofias, fundadas nas
tradições humanas, nos elementos do mundo, e não em Cristo” (Cl 2, 8).
Importância de Santo Tomás não só pelo conteúdo mas pelo diálogo com o
pensamento hebreu e árabe de seu tempo. Ele teve grande mérito, principalmente
em afirmar em primeiro lugar a harmonia que existe entre razão e fé, pois para ele, a
luz da razão e a luz da fé provém ambos de Deus. Ele também reconhece que a
natureza, objeto próprio da filosofia, pode contribuir para compreensão da revelação
divina, assim a fé não teme a razão, mas solicita-a e confia nela.
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Por outro lado, vemos que na cultura moderna alterou-se a função da filosofia.
De sabedoria universal foi se tornando um papel completamente marginal e a "uma
qualquer" dentre tantas áreas do saber humano, tendo assim um fim utilitarista.
Porém, mesmo com todos estes contratempos, se analisamos de mente e coração
reto alguns germens de pensamentos preciosos manifestados nestes tempos,
vemos que eles podem fazer descobrir o caminho da verdade.
É importante termos claro que a Igreja não propõe nenhuma filosofia própria e
nem canoniza uma das correntes filosóficas em detrimento de outras. Mas, vemos
que quando teses filosóficas ameaçam a reta compreensão do dado revelado é
necessário a reação clara e vigorosa do Magistério.
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Capítulo VI - Interação da teologia com a
filosofia
a) A ciência da fé e as exigências da razão filosófica
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Capítulo VII - Exigências e tarefas atuais
a) As exigências irrenunciáveis da palavra de Deus
Existe uma dupla tarefa da teologia: Que é renovar suas metodologias com o
objetivo de tornar mais eficaz a sua evangelização, mas sem deixar de manter o
olhar fixo sobre a verdade última que lhe foi confiada por meio da Revelação, sem
se contentar ou se deter quando estiver no meio desta batalha, interpretando as
fontes e trabalhando na compreensão da verdade revelada, por isso deve seu
estudo estar intimamente ligado à Sagrada Escritura. A teologia é encarregada de
apresentar a compreensão da Revelação e o conteúdo da fé.
CONCLUSÃO
São João Paulo II foi magnífico no desenvolvimento deste documento, que é
tão necessário para os nossos tempos e de preciosa ajuda para todos os católicos
que procuram corresponder ao chamado de Deus no meio do mundo, através da
docência e na vida de estudos do jovem intelectual. Mas uma das coisas também
incríveis é perceber que este documento pode servir como uma luz para aqueles
que estão perdidos em meio ao caos filosófico e moral que padece a nossa
sociedade hoje.
Para mim, especialmente, foi de muita valia ler estas palavras de São João
Paulo II. Ele aprofunda com suas palavras em discussões que pareciam batidas
para mim, como na relação estrita entre o intelecto e a Revelação que eu via muito
superficialmente e sem entender muitas vezes a sua ligação profunda. Jogando este
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ponto basilar, ele disseca brilhantemente sobre todos os ramos que brotam dessa
ligação, passando não só pela história do desenvolvimento do pensamento filosófico
mas também pela ação coerente e prudente do Magistério, que para mim foi uma
descoberta nova, e pelas tarefas da teologia em relação ao pensamento filosófico.
Isto para mim foi o mais genial desta encíclica: a forma brilhante que São
João Paulo II discorreu sobre a filosofia e sua ligação com a fé usando como ponto
basilar não só a via da razão natural mas também a vida da Revelação.
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