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Ano LVI • agosto • 2016 • nº 500

EDIÇÕES

Acervo
Pe. Caffarel
Obra literária

agora também
em áudio
ÍNDICE

01 editorial Comunidade N. S. da Esperança


33 Não era um sonho qualquer
super-região
02 Dia do Padre: o que é Vocação Sacerdotal? Equipe de Jovens de Nossa Senhora
03 Pai 35 A festa de Nossa Senhora
04 Equipes de Nossa Senhora, riqueza da Igreja
06 Vocação acervo literário do Padre Caffarel
36 A obra literária do Padre Caffarel
Igreja Católica
08 Encontro mundial das famílias formação
42 Casamento sacramento do dia a dia
vida no movimento
10 Província Norte reflexão
11 Província Nordeste 43 As nossas escolhas
14 Província Centro-Oeste 44 Missão: Matrimônio
16 Província Leste 45 Uma nova civilização do amor
19 Província Sul I
21 Província Sul II Carta Mensal no 500
23 Província Sul III 46 Uma edição significativa
47 Equipistas de todo o Brasil saúdam a
raízes do movimento Carta Mensal
26 O amor mais forte que o mal
54 Casais que foram responsáveis pela Carta
27 Pedro Moncau: uma alma santa
Mensal
29 Vida de Rquipe: um encontro de corações
e almas e a presença de Pe. Caffarel nas 60 notícias
ENS
32 Dez anos sem Dona Nancy Moncau 64 dicas de leitura

Carta Mensal
Equipes de Nossa Senhora
no 500 • agosto 2016
Carta Mensal é uma publicação periódica das Equipes de Nossa Senhora, com Registro “Lei de Imprensa”
Nº 219.336 livro B de 09/10/2002. Responsabilidade: Super-Região Brasil - Hermelinda e Arturo -
Equipe Editorial: Responsáveis: Fernanda e Martini - Cons. Espiritual: Padre Flávio Cavalca - Membros:
Regina e Sérgio - Salma e Paulo - Patrícia e Célio - Jornalista Responsável: Vanderlei Testa (mtb 17622)
Edição e Produção: Nova Bandeira Produções Editoriais - R. Turiassu, 390 Cj. 115 Perdizes -
05005-000 - São Paulo SP - Fone: 11 3473-1286 Fax: 11 3473-1284 - email: novabandeira@
novabandeira.com - Responsável: Ivahy Barcellos - Foto capa: Fabiano Godoy - Diagramação,
preparação e tratamento de imagem: Samuel Lincon Silvério - Tiragem desta Edição: 26.500 exs.
Cartas, colaborações, notícias, testemunhos, ilustrações/imagens, devem ser enviadas para ENS
- Carta Mensal, Av. Paulista, 352 3o Conj. 36 - 01310-905 - São Paulo - SP, ou através de email:
cartamensal@ens.org.br A/C de Fernanda e Martini. Importante: consultar, antes de enviar, as instru-
ções para envio de material para a Carta Mensal no site ENS (www.ens.org.br) acesso Carta Mensal.
editorial
Queridos equipistas,
No mês de julho, a Carta Mensal está em festa. Chegamos à edi-
ção de número 500! Feita pela equipe responsável e pelos equipistas e
sacerdotes que nos enviam artigos e testemunhos, a Carta se fortalece
cada vez mais como meio de comunicação, formação e informação
do nosso Movimento.
Para relembrar o processo de construção e as histórias guardadas
por trás destas 500 edições, temos testemunhos dos casais que foram
responsáveis pela Carta e de equipistas espalhados pelo Brasil.
Como presente para o nosso Movimento, todas as Cartas estão sen-
do digitalizadas, ainda este ano, para garantir a preservação da história
e facilitar a consulta.
Não só pela celebração, mas por se tratar de um mês repleto de
datas importantes, esta Carta está mais longa. Dia dos pais, dia dos
padres, mês das vocações, 10 anos da morte da Dona Nancy Mon-
cau, 34 anos do falecimento do Dr. Pedro Moncau, além, é claro, das
informações sobre eventos e acontecimentos que envolvem a vida do
Movimento.
Como não poderia faltar, em homenagem ao fundador das Equi-
pes de Nossa Senhora, Padre Henry Caffarel, temos um artigo que
traz o balanço de sua obra literária.
E para fechar a celebração, uma grande surpresa: a Carta Sonora.
Agora é possível ouvir a Carta Mensal! Seja no trânsito ou durante a ca-
minhada matinal, lançamos uma nova maneira de se conectar às infor-
mações do Movimento. Esta ferramenta também auxiliará as pessoas
que não podem, por algum motivo, fazer a leitura.
Por fim, queremos reforçar nosso agradecimento pela participação
dos equipistas que enviam textos, aos que leem e aos que trabalham
para que a Carta fique pronta todos os me-
ses. Um agradecimento especial à Editora
Nova Bandeira, que não tem poupado es-
forços para que a Carta Mensal fique cada
dia mais bonita.
Como casal responsável pela Carta, gos-
taríamos de agradecer a SRB pela oportuni-
dade de contribuir com as Equipes de Nossa
Senhora.
Abraços fraternos
Fernanda e Martini
CR Carta Mensal

Tema: “Ousar o Evangelho - VIVER A MISSÃO COM ALEGRIA”

CM 500 1
super-região

DIA DO PADRE:
o que é Vocação Sacerdotal?
Essa pergunta por vocacionado ganha uma dimen-
si só já seria inte- são subjetiva. Cada um faz uma
ressante. Mesmo experiência pessoal da vocação
quem não tem fé, sacerdotal. Cada padre tem uma
ou não a tem com história já vivida e uma perspecti-
a configuração cristã-católica, se va para o futuro que justificam sua
admira quando encontra um jo- vocação. E experiência pessoal nós
vem, com a vida inteira pela frente, não explicamos, mas vivemos e
optando pelo sacerdócio. Para as realizamos.
ENS, a resposta a essa pergunta é Por isso, se é que posso, me ar-
mais que interessante, ela é funda- risco a dar uma reposta à pergunta
mental. O sacerdócio tem um es- sobre a vocação sacerdotal: é uma
paço ímpar no início do movimen- loucura de amor de ambas as par-
to. Tentar descobrir essa resposta tes. Loucura de Quem chama, pois
é mergulhar nos fundamentos do confia a homens falíveis coisas in-
nosso Movimento, a união entre o falíveis, e loucura de quem respon-
Sacramento do Matrimônio e o da de, pois entrega sua vida a Alguém
Ordem. com quem fez uma experiência
Sendo assim, neste mês em que pessoal-subjetiva, experiência que
comemoramos o “dia do padre” dificilmente conseguirá explicar ra-
aproveito para escrever algumas cionalmente a outro alguém.
linhas sobre o assunto. A maio- A plenitude dessa “loucura de
ria das perguntas importantes de amor” é o episcopado. As ENS no
nossa vida pode ser respondida Brasil têm tido muita alegria em ver
objetiva ou subjetivamente. Com vários de seus sacerdotes conse-
relação à Vocação Sacerdotal não lheiros serem chamados a exercer
é diferente. Objetivamente pode- essa missão. Quero aproveitar para
mos dizer que a vocação sacerdo- cumprimentar nossos bispos que
tal é o chamado da parte de Deus enquanto padres foram conselhei-
a homens que, configurados sacra- ros de nossas equipes e mesmo
mentalmente a Cristo-Sacerdote e como bispos continuam exercendo
agindo na sua pessoa, tanto na esse serviço junto ao Movimento.
Celebração quanto na pregação Desejo no “dia do padre”uma feliz
da Palavra e no serviço caridoso missão sacerdotal aos nossos con-
aos irmãos e irmãs, têm por missão selheiros, padres e bispos. Deus
perpetuar seu verdadeiro e único nos abençoe e nos mantenha fiéis.
sacrifício na história.
O problema é que esta resposta Pe. Paulo Renato F. G. Campos
objetiva quando toca a pessoa do SCE Super-Região

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PAI
Um pai não se compreende a si
mesmo sem os seus filhos. Pode ser
um ótimo trabalhador, profissional,
marido, amigo, mas o que o torna
pai tem um rosto: são seus filhos.
Pai, aquele que ensina o jogo da
vida, compreende as inseguranças
dos filhos, está sempre por perto,
atento às necessidades ditas, e as
não ditas, mas que gritam no olhar
silencioso e desesperado do filho. da proteção física, a força espiritual
Pai dá apoio, proteção, e apon- para reflexões, discernimentos, to-
ta o erro, sempre com o objetivo de madas de decisões e escolhas im-
construir algo melhor. portantes para suas vidas. Portanto,
Pai trava incansavelmente as a responsabilidade de um pai diante
batalhas do dia a dia para dar aos de um filho é imensurável.
filhos uma vida satisfatória, muitas É imprescindível que o pai, cons-
vezes melhor do que a que teve. ciente de sua missão paternal, bus-
Porém, o pai aprende sua mis- que “na fonte” os dons espirituais
são paterna através dos desafios necessários para bem realizá-la. Esta
cotidianos com os próprios filhos; a fonte inesgotável é Deus nosso Pai
relação pai-filho é um aprendizado supremo e único. Este Deus irá sa-
dos dois lados. A cada situação ga- ciar a sede de todos os pais que o
nha-se experiência, mas não o livra buscarem.
de acertar todos, daí surgem as ten- Com sua “água limpa” vai cla-
sões e os conflitos. Mas o que seria rear os discernimentos e decisões.
desta relação pai-filho sem isto? Um Também vai purificar as escolhas
cemitério! Quando há vida, há ten- erradas, que fatalmente levam ao
são e conflito. arrependimento, ao sofrimento e
Então não se deve ter medo das à angústia. Quantos pais adoecem
tensões e conflitos, porque os fa- vendo seu filho mal orientado e so-
zem crescer: pais e filhos. E como frendo, muitas vezes por omissões,
resolver? Com diálogo, que busca negligências e erros de sua parte...
o consenso, a união. Mas o mais Mas beber desta fonte vai per-
importante é não apegar-se muito a mitir o perdão e o recomeço. Como
uma tensão, porque senão ela nos Isaías, o profeta, que descobre que
destrói! Deus purifica suas intenções, perdoa
A figura paterna é muito mar- seus pecados, cura seu coração e tor-
cante, os filhos veem nos pais, além na-o idôneo para uma importante

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missão: ...“Tendo esta brasa tocado compartilhar com seus filhos esta
teus lábios, teu pecado foi tirado, e alegria imensa que é realizar uma
tua falta apagada.” (Isaías 6, 7) grande viagem na vida com Deus,
É muito bom reconhecer-se fra- Pai eterno!
co e pequeno, e se não resistir à Sua Abraço forte em todos os pais!
ação, Ele o tocará com seu amor mi-
sericordioso, revestindo-o de uma Hermelinda e Arturo
grande força, que poderá então CR Super-Região

EQUIPES DE NOSSA SENHORA,


Riqueza da Igreja
que Deus realiza e a Igreja jubilosamente
anuncia, é para todos, e Deus criou um
caminho para Se unir a cada um dos seres
humanos de todos os tempos. Escolheu
convocá-los como povo, e não como se-
res isolados. Ninguém se salva sozinho,
isto é, nem como indivíduo isolado, nem
por suas próprias forças. EG 113
O caminho quando feito sozinho
é difícil e sem encanto. Há tantos ir-
mãos que por não terem com quem
Após o Concílio Vaticano II, caminhar, com quem partilhar tentam
acentua-se a importância das vá- resolver seus problemas de forma so-
rias pastorais e movimentos que ao litária e muitas são as vezes que nada
mesmo tempo contribuem e enri- conseguem. Tantos são os casais que
quecem a nossa Santa Igreja, cada por não terem uma espiritualidade, e
qual com o seu carisma. com quem se orientar, têm seu casa-
Sem deixar-se tomar pela vaida- mento fracassado com dores terríveis
de, sabemos que também as Equi- que também adentram aos corações
pes de Nossa Senhora têm o seu va- dos filhos.
lor e a sua missão a cumprir. Na contramão desta realidade, as
Quando entramos para as Equi- Equipes de Nossa Senhora tornam-
pes de Nossa Senhora somos logo se então, para a Igreja, uma grande
convidados a viver em comunidade riqueza, um lugar privilegiado, lugar
como bem faziam os primeiros cris- de encontro, lugar fecundo em que
tãos. Pela certeza de que não pode- os cristãos caminhando juntos, carre-
remos nos salvar sozinhos, nesta pe- gando os fardos uns dos outros, tam-
quena comunidade somos levados à bém são encorajados a colocarem
prática da ajuda mútua e a caminhar seus dons a serviço. Somente os dons
juntos o que torna-se para nós mo- ofertados se transformam em amor
tivo de grande alegria. Esta salvação, e em caridade aos desamparados.

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Somente com esta partilha generosa nhar, anunciar e comunicar para fora
deixa-se vivo o pedido de São Paulo: aquilo que vivem como casais e famí-
Alegrai-vos com os que se alegram, cho- lias”. “Os casais e as famílias cristãs
rai com os que choram. Rm 12,15 normalmente estão em melhores
O mundo tem sede de respostas condições para anunciar Jesus Cristo
duradouras, e estas não as encontra- às outras famílias, apoiando-as, forti-
remos se não forem em Deus. Repos- ficando-as e encorajando-as”.
tas de esperança, coragem, alegria, Outra riqueza para nossa Igreja en-
mas, sobretudo de misericórdia, de contra-se nos testemunhos de nossos
doação e de amor para superar as ad- queridos sacerdotes, onde partilham
versidades. Resposta de quem é Igre- que as equipes têm sido apoio fun-
ja, de quem é povo de Deus, de quem damental ao seu ministério, que pela
caminha junto e quer ser fermento na vivência com os casais, pelo contato
massa, de quem quer anunciar e levar com as famílias, tem renovado a ale-
aos outros a Sua Salvação. gria sacerdotal e contribuído no enten-
Em 1965 Padre Caffarel quando se dimento profundo da sua paternidade
dirigiu aos peregrinos de Lourdes de- espiritual. Ressaltamos a reciprocidade
pois de ser perguntado sobre “qual é desta doação e aprendizado.
então a vocação do nosso movimento Com tantas famílias machucadas,
dentro da Igreja”, ele responde: “De como é bonito ver as equipes, cultivar a
bom grado eu a defino assim: as Equi- oração familiar e conjugal. Que riqueza
pes de Nossa Senhora sabem e querem manter viva a fé e o amor nesta peque-
estar a serviço do Novo Mandamento, na Igreja com este gesto já esquecido
elas entendem que devem trabalhar em tantas partes do mundo. Também
com todas as suas energias para a ins- o dever de sentar-se, quão bem faria a
tauração da caridade fraterna entre os tantos casais que envoltos pelas cor-
cônjuges, entre os pais e os filhos, entre rentes individualistas e materialistas,
os casais e, além, na cristandade toda.” mergulhados na agitação do dia a dia,
Fazendo uma leitura dos tempos não se dão o presente de um encontro,
atuais, vemos que o mundo tem uma um encontro entre eles e o Senhor. Um
necessidade imensa de cristãos que encontro onde a água limpa do amor
se amem entre si. Que testemunhem possa novamente encontrar o seu
este amor. Então, não podemos fra- espaço e jorrar, onde o perdão possa
quejar em nossa vocação, em nossa curar as feridas, onde o compromisso
missão. Sabedores de que a Igreja es- com o sacramento seja renovado e, por
pera muito de nós, com alegria preci- fim, onde a gratidão pelas graças rece-
samos promover a caridade fraterna bidas possa chegar a Deus.
e fazer com que esta riqueza que re- Deus Pai de amor, abençoa as Equi-
cebemos possa habitar outros lares. pes de Nossa Senhora para que, colo-
No Encontro de CRR 2015, em cando-se pequena e humilde à serviço,
Roma, o Santo Padre insistiu no “pa- possam cada vez mais tornar-se riqueza
pel missionário das Equipes de Nos- para Tua Igreja e assim possamos dizer
sa Senhora, onde a vida conjugal se como São Francisco: ”Fazei-nos instru-
aprofunda e se aperfeiçoa graças à mento de Vossa paz”. Amém!
espiritualidade do Movimento”. Ao Adriana e Hudson
mesmo tempo exorta “a testemu- CR Província Sul III

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Vocação

Antes mesmo de te formar Tal dinâmica, que corresponde às


no seio materno, eu te conheci, exigências do mandamento novo
antes que nascesses eu te con- de Jesus, pode encontrar uma ex-
sagrei e constitui profeta para pressiva e singular realização nas
as nações. (Jr 1,4-8) famílias cristãs, cujo amor é expres-
são do amor de Cristo, que Se en-
Nesse mês, de maneira espe-
tregou a Si mesmo pela sua Igreja.
cial, a Igreja nos convida a sermos
Nas famílias, comunidades de vida
obedientes à Palavra do Senhor,
e de amor, as novas gerações po-
que nos pede para orarmos ao se-
dem fazer uma experiência maravi-
nhor da messe para que envie mais
lhosa do amor de oblação. De fato,
operários à sua colheita, a rezarmos
as famílias não são apenas o lugar
pelas vocações. Alguém poderá se
privilegiado da formação humana
perguntar: por que a Igreja propõe
e cristã, mas podem constituir tam-
todos os anos o mesmo tema? Por-
bém a primeira e a melhor casa de
que ele é fundamental na vida da
formação da vocação à vida consa-
Igreja, a Igreja é formada pelas famí-
grada pelo Reino de Deus, fazendo
lias, sacerdotes, consagrados, cada
descobrir, mesmo no âmbito da fa-
qual colocando seus dons e caris-
mília, a beleza e a importância do
mas a serviço dos irmãos.
sacerdócio e da vida consagrada.
É um desejo da Igreja que nos-
Somos convocados pela Igreja,
sas famílias, nossas comunidades,
com viva solicitude, a uma escuta
se tornem lugar de vigilante discer-
atenta de quantos, no âmbito das
nimento e de verificação vocacional
comunidades paroquiais, associa-
profunda, oferecendo aos jovens
ções e movimentos, sentem mani-
e às jovens um sábio acompanha-
festar-se os sinais de uma vocação
mento espiritual. Deste modo, a
para o sacerdócio, para uma espe-
própria comunidade cristã torna-se
cial consagração, como também
manifestação do amor de Deus, que
ao matrimônio. É importante que
guarda em si mesma cada vocação.
se criem, na Igreja, as condições fa-

6 CM 500
Apostolos: Afresco Bisantino
voráveis para poderem desabrochar e freiras, contudo esse horizonte
muitos sins, respostas generosas ao vocacional, com o tempo, foi alar-
amoroso chamamento de Deus. gado. Hoje quando falamos em
Quando perguntaram a Rosa vocação, falamos de padres, religio-
Clara Franzoi, uma animadora voca- sas(os), vida matrimonial, missioná-
cional: Qual é a maior vocação? ela rios(as), novas comunidades de vida,
respondeu da seguinte forma: “Ex- maneiras específicas de vivermos o
perimente perguntar a um pai ou a chamado que Deus faz a cada um
uma mãe qual dos filhos é o mais dentro de seu estado de vida. Deus
importante. Você irá receber mais continua a chamar, contudo deve-
ou menos essa resposta: o menor, mos estar atentos para ouvir o cha-
até que cresça; o doente, até que mado.
sare; o extraviado até que volte... Na Que esse mês vocacional nos
verdade, não existe vocação maior conscientize ainda mais sobre os
ou menor; todas têm a mesma im- nossos chamados, e que possamos
portância e dignidade. Mas, se qui- rezar com intensidade pelas voca-
sermos mesmo saber, a maior será ções, pelos jovens, para que ouçam
aquela que for vivida com a maior o chamado que Deus lhes faz e que
intensidade de amor e fidelidade”. a exemplo de Nossa Senhora pos-
O Senhor chama todos, não há sam dar um sim sem reservas ao
ser humano inútil, pois uma das Senhor.
maiores desgraças na vida do ser
humano é a sensação de não servir
para mais nada, isso gera um gran-
de vazio existencial. Deus não brinca
conosco, Ele nos chama e nos envia.
Por um bom tempo em nossa
Igreja, essa “história” de chama- Pe. Antonio Junior
do parecia ser apenas para padres SCE Província Sul III

CM500 7
igreja católica

EN CONT R O
MUN DI A L DA S
FAMÍL I A S

Nas ed içõ es an t e r i o re s d a nos mostra que, como a felici-


Cart a M en sal ab ord a m o s o s dade, a santidade está sempre
principais temas discutidos no ligada aos pequenos gestos que
Encontro Mundial das Famílias. se aprendem no lar; gestos de
Nesta edição, para finalizar o família que se perdem no anoni-
tema, falaremos sobre a partici- mato da cotidianidade, mas que
pação do Papa Francisco no En- fazem diferente cada jornada,
contro. O papa, antes de chegar como preparar o prato quente
à Filadélfia, passou pelo Caribe, para quem chega para jantar,
Nova York e Washington, de a bênção antes de dormir e o
maneira que fez várias homilias abraço ao retornar de uma larga
e discursos que muito repercu- jornada de trabalho. O amor se
tiram na mídia dos Estados Uni- manifesta em pequenas coisas,
dos. Nas vésperas do Encontro, na atenção mínima cotidiana
a cobertura jornalística sobre faz-se que a vida sempre tenha
sua visita era total, realizada por sabor de lar. A fé cresce com a
vários canais, locais e nacionais, prática, e é plasmada pelo amor.
durante todo o dia. Mas de tudo Por isso, nossas famílias, nossos
o que ele falou, na homilia da lares são verdadeiras Igrejas do-
missa de encerramento do En- mésticas. É o lugar próprio onde
contro, da sua visita à América, a fé se faz vida e a vida cresce
nos chamou atenção o trecho na fé”. O chamado do Papa ao
que destacamos: “Oxalá cada “milagre do amor”, como ele
um de nós se abrisse aos mila- define a vivência do amor na
gres do amor para o bem de sua família, já é bem conhecido das
própria família e de todas as fa- Equipes de Nossa Senhora, e a
mílias do mundo, e estou falan- conhecemos por espiritualidade
do do milagre de amor, e dessa conjugal. Padre Caffarel já nos
maneira poder assim superar o falava que a vida cristã deve ser
escândalo de um amor mesqui- vista na globalidade. Não se re-
nho e desconfiado, encerrado sume a culto, ascese e vida in-
em si mesmo e impaciente com terior. É também o serviço de
outros. A fé abre a ‘janela’ à Deus nos locais onde Ele nos
presença atuante do Espírito e indicou: a família, a profissão

8 CM 500
e a cidade. Assim casais que se (“A Missão do Casal Cristão”,
reúnem para iniciar-se na espi- p. 65). Vemos com alegria, en-
ritualidade, longe de procurar tão, como a pedagogia das
meios de fugir do mundo, es- Equipes de Nossa Senhora for-
forçam-se por aprender como, a mulada pelo discernimento do
exemplo de Cristo, podem servir Padre Caffarel, já na década de
a Deus, por toda a sua vida e em 1950, impulsionava os casais a
meio ao mundo (Carta Mensal, zelarem pelo importante papel
junho, 1950). Completava tam- da família na sociedade, exa-
bém Padre Caffarel que a vivên- tamente com o Papa Francisco
cia da espiritualidade conjugal pede hoje. Vemos também a
ajudaria a melhorar a sociedade importância da vivência da es-
como um todo: “A Igreja ne- piritualidade conjugal para o
cessita de homens e mulheres fortalecimento das famílias, que
totalmente entregues a Cristo, hoje são testadas das mais di-
habitados por caridade e mo- ferentes formas pela sociedade,
vidos pelo Espírito. Operários, de modo que o casal equipista
camponeses e empresários que deve estar na vanguarda dessa
sejam santos, artistas e cientis- missão, testemunhando a par-
tas que sejam santos, homens tir de seu próprio lar, paróquia,
políticos que sejam santos. Não trabalho, comunidade e assim
podemos esperar que eles sur- por diante!
jam por geração espontânea. Cristiane e Brito
Eles só poderão surgir de fa- CR Comunicação
mílias profundamente cristãs... Super-Região
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vida no movimento

EU SOU O CAMINHO,
A VERDADE E A VIDA
Na CM de novembro/2015 o celebração da Santa Missa sob
CR-SRB – Hermelinda e Arturo a presidência de Dom José Al-
comunica que o Movimento no buquerque, da Arquidiocese de
Brasil iniciará a Formação Per- Manaus – na centenária capela
manente em 2016 – Equipes em do Colégio Santo Antônio Maria
Caminho; Equipes em Movimen- Zaccaria, dos Padres Barnabitas.
to e Equipes Novo Fôlego. Des- No plenário os participantes
de então a expectativa foi geral receberam as informações ge-
– cada um contando os anos de rais sob a sessão de formação
existência de sua equipe para – repassadas pelo CRP Marilena
identificar em que formação se e Jesus.
enquadraria e também quando A metodologia formativa
e onde seriam realizadas. aplicada estruturou-se no en-
E assim aconteceu sob as contro entre equipes novas
bênçãos e graças de Deus em pertencentes aos setores Capa-
sua Unidade Trina o I Encon- nema, Castanhal e São Miguel
tro de Equipes em Caminho da do Guamá e foi desenvolvida
Província Norte – Região Norte em quatro módulos: Cristo,
II, nos dias 21 e 22 de maio de peregrino e companheiro de
2016, na cidade de São Miguel caminho; Caminhar em casal –
do Guamá – estado do Pará. ultrapassar os obstáculos para
O encontro iniciou com a crescer; Caminhar em Equipe

10 CM 500
com alguém ao nosso lado e pensável do sentimento místico
O Matrimônio, um sacramento e carismático das ENS.
para o caminho. A celebração da Santa Mis-
Ao término de cada módulo sa, em homenagem e honra à
os participantes eram divididos Santíssima Trindade, foi o pon-
em grupos para aprofundamen- to de encerramento do encon-
to e partilha dos temas apre- tro – sem que antes Dom José
sentados. Em clima de alegria, Albuquerque tenha pedido a
o casal relator de cada grupo Deus que enviasse os casais para
apresentava sobre o que foi a o compromisso fiel ao carisma
estrutura vivencial da partilha, e mística das Equipes de Nossa
com ricos testemunhos do ver- Senhora, na busca da santidade
dadeiro sentido da caminhada – através do amor crescente na
espiritual dos casais, na feliz espiritualidade conjugal.
certeza da presença de Jesus Bazzy e Ailton
Cristo em todos os momentos Região Norte II
de vivência grandiosa e indis- São Miguel do Guamá-PA

EQUIPE 36 NA FORMAÇÃO NÍVEL III


Estamos juntos desde 2011 mos hoje num total de seis ca-
quando iniciamos a Experiência sais orientados pelo nosso SCE
Comunitária, de onde continua- Cícero Lenisvaldo. Vimos parti-
ram quatro casais. Nossa equipe cipando das formações oportu-
foi recompletada e persevera- nizadas pelas Equipes de Nossa
CM500 11
Senhora: Encontro de Equipes regados de um quero mais. Des-
Novas, EACRE, Pós-EACRE, For- taque-se também o momento
mação Nível I e II, Mutirões, Re- cultural ocorrido no jantar após
tiros, etc. E no final de semana as atividades do sábado. No do-
21 e 22 de maio de 2016, es- mingo, uma mistura de alegria
tivemos na Formação Nível III, ao rever os irmãos de grupo e
uma pena que somente três ca- equipe de acolhida e uma pi-
sais de nossa equipe puderam tada de saudade por saber que
participar: Iraci/Sandoval, Kari- estávamos chegando ao final da
ne/Eudes e Michelle/Tonhão. Formação.
As belíssimas contribuições dos A missa da Santíssima Trin-
Casais da Super-Região Brasil (Her- dade coroou o encerramento e
melinda/Arturo) e Província Nor- reforçou o nosso compromisso,
deste (Conceição/Macêdo) fortale- fortalecendo os laços de Deus
ceram o nosso caminhar equipista Pai-Filho-Espírito Santo em nos-
despertando para um Amor maior sa missão cristã no mundo e em
abnegado, reforçando o Carisma e nosso seio familiar.
Mística do Movimento. Conhecer Obrigado Deus por integrar
os detalhes da implantação das esse lindo Movimento e aben-
ENS no Brasil e escutar as cartas çoai toda a equipe da Região
trocadas entre o Pedro Moncau e Alagoas, quando a Unidade, a
o Padre Caffarel foram uma emo- Simplicidade e a Ajuda Mútua
ção só. transmitidas são sentidas por
O reencontro com nosso Ca- nós da Equipe 36.
sal Coordenador de Experiência Nossa Senhora Auxiliadora,
foi motivo de muita alegria e intercedei por nós.
descontração, transformando Michelle e Tonhão
cada refeição em encontros in- Eq.36C - N. S. Auxiliadora
formais ricos de fraternidade e Maceió/AL

FORMAÇÃO NÍVEL II EM ALAGOAS


São José da Tapera (Alagoas) es- Todos foram muito participa-
teve em festa entre os dias 16 e 17 tivos e empenhados em dar con-
de abril com a participação de um tinuidade aos Estudos dos Docu-
grande número de casais para a Ses- mentos da Igreja, ocasião em que
são de Formação Nível II, conduzida foram abordados os seguintes
pelo SCE da Região, Frei Romildo, temas:
que em brilhantes colocações cha- - Os Concílios na história da
mou os casais para o aprofunda- Igreja;
mento dos Documentos da Igreja, - O Concilio Vaticano II;
não ficando restritos à Formação. - A Conferência de Aparecida;

12 CM 500
- Humanae Vitae; a Formação receberam o Certifi-
- Familiares Consortio. cado de Participação, oportuni-
dade em que foram homenagea-
Muito gratificante a intera-
dos por toda a equipe.
ção, com debates e participações,
O evento teve um momento
onde houve indagações, quando
especial feito pelo equipista Ade-
o Conselheiro Espiritual teve a
mir de Rosilda, que espontanea-
oportunidade de fazer as devi-
mente fez uma paródia salientan-
das explanações, respondendo de
do a importância da Formação
forma clara e objetiva as dúvidas
no Movimento, homenageando
suscitadas.
todos os equipistas presentes,
Houve a participação marcan-
bem como os coordenadores do
te da Acompanhadora Espiritual,
encontro: Casal Regional Amélia
Irmã Olga.
e Moab, o Conselheiro da Região
Chamou atenção de todos a
Frei Romildo e a Acompanhadora
cordialidade, partilha e compro-
Espiritual Irmã Olga.
metimento com o Movimento e
Amélia e Moab
seus Temas de Estudos.
CR Região Alagoas
Foi marcante e contagiante a
Elisabeth e Luiz
participação dos equipistas pre-
Eq.03 - N. S. da Conceição
sentes, onde todos ao concluírem
Maceió-Al

CM500 13
PRIMEIRO ENCONTRO DE
EQUIPES EM CAMINHO (EEC) EM BRASÍLIA
Nos dias 21 e 22 de maio de (A Espiritualidade Conjugal).
2016, foi realizado o primeiro En- Todas as apresentações de
contro de Equipes em Caminho tema foram seguidas de refle-
das Regiões Brasília I, II e III da xões em casal, em grupos mistos
Província Centro-Oeste. Concebi- ou em equipe para uma melhor
do para oferecer às equipes em assimilação, aprofundamento e
fase de consolidação a possibili- troca de opiniões e experiências.
dade de se fazer uma revisão da Muitos casais relataram suas di-
vida em equipe e de aprofundar ficuldades de fazer diariamen-
alguns Pontos Concretos de Es- te e com qualidade a Escuta da
forço, o encontro teve a apre- Palavra, a Meditação e a Oração
sentação e reflexão sobre qua- Conjugal. Uma vida agitada com
tro temas específicos, chamados horários apertados, filhos peque-
módulos: 1. Cristo, peregrino e nos, necessidade de consolidação
companheiro de caminho (A Es- da vida profissional e estudos cer-
cuta da Palavra e a Oração). 2. tamente estão na origem destas
Caminhar em casal e ultrapas- dificuldades. Ao mesmo tempo,
sar os obstáculos para crescer porém, houve o reconhecimen-
(O Dever de Sentar-se e a Regra to de que a equipe pode ajudar,
de Vida). 3. Caminhar em Equi- como de fato ajuda, na sua su-
pe com alguém ao nosso lado (A peração. Os obstáculos compar-
Reunião de Equipe e a Ligação ao tilhados, a entreajuda e os bons
Movimento). 4. O Matrimônio, exemplos vividos no seio da
um sacramento para o caminho equipe são de grande valia. Mas
14 CM 500
também os testemunhos vindos ram citadas como alguns aspec-
de fora nos encontros com ou- tos negativos. Todas estas e ou-
tras equipes, ou divulgados pelo tras reflexões foram partilhadas
Movimento nas suas publicações, para todos em sessões plenárias,
acabam sendo um incentivo, ao um formato habitual nas forma-
mesmo tempo que o Conselhei- ções do Movimento.
ro Espiritual e o Casal Ligação O encontro-piloto cumpriu
também ajudam e muito. seu papel de oferecer às equipes,
Quanto à vida de equipe, os no âmbito do hoje cada vez mais
casais foram convidados a relatar propagado conceito da Formação
os seus melhores e mais difíceis Permanente, um momento de
momentos e aspectos. Alguns parada para uma reflexão sobre
dos melhores momentos e aspec- a sua caminhada e de busca de
tos vividos foram relacionados às novas experiências de crescimen-
práticas de entreajuda, à presen- to espiritual através do aprofun-
ça ativa do Conselheiro Espiritual damento do ser cristão e equipis-
e ao retorno de casais saídos an- ta, obedecendo-se cada etapa de
teriormente. Mas, do outro lado, vida do casal e da equipe.
a falta de maturidade e compro-
metimento de casais e da equipe, Afra e Beto
a perda e saída de membros e a CR Região Brasília II
longa duração das reuniões fo- Brasília-DF

ENCONTRO DE EQUIPES NOVAS


(EEN) REGIÃO MS
Foi realizado nos dias 21 e 22 de presos pela riqueza que esse encon-
maio de 2016, na cidade de Doura- tro oferece. Percebemos, no teste-
dos, o 4o EEN da Região MS. munho dos casais participantes, a
A cada EEN, nós e toda a equipe alegre constatação de que as ENS
de casais formadores ficamos sur- realmente podem contribuir para o
CM500 15
crescimento espiritual de cada casal conceitos, sua participação dentro
e de sua equipe de base e, conse- de sua equipe de base e no Movi-
quentemente, a confiança de que mento, seu caminhar pessoal e em
nosso Movimento os acolhe, os casal e novamente podem decidir
orienta e oferece amorosamente e se comprometer com um novo
a ajuda necessária para o casal se- caminhar. O EEN renova o sentido
guir um novo e animador caminho, de que as ENS nos oferecem muito
onde Jesus é o caminho, a verdade mais do que ser simplesmente um
e a vida. grupo de casais, mas sim um instru-
Portanto, nos conforta repetir mento que nos dá a oportunidade
o que escrevemos sobre o primei- de um verdadeiro encontro com
ro encontro realizado em 2012, Deus. Lembra-nos que, se mergu-
que até então era uma novidade lharmos no que nos é oferecido e
para todos nós, e que hoje se con- vivermos plenamente o que nos é
solida como um grande alicerce à pedido, deixando que a luz do Espí-
estrutura do Movimento: “O EEN rito Santo nos conduza, certamente
nos permite relembrar que, para sentiremos a ação de Deus em nos-
sermos equipistas de verdade, ne- sas vidas.”
cessitamos seguir um caminho de Por fim, encerramos mais uma
santificação sem máscaras, através missão tendo a certeza de que os
de um amor mútuo irradiante de 40 casais que estiveram presentes
uns para os outros, de uma sincera nesse encontro puderam se encher
e decidida caminhada dentro das de entusiasmo, renovar a vonta-
ENS, conhecendo e vivendo todas de de seguir adiante, convictos de
as riquezas que o Movimento nos que, para alcançarmos a santidade,
oferece. Nos dois dias de encontro, é necessário decidirmos por um ca-
a sabedoria divina transpassa nossa minho santo.
ansiedade humana e se manifesta Solange e Kleber
de uma forma alegre e espontâ- Eq. N. S. da Santíssima Trindade
nea, onde todos podem rever seus Dourados-MS

SESSÃO DE FORMAÇÃO
SETOR ALFENAS
Diante das exigências da nossa de Alfenas na Sessão de Formação
missão de casais cristãos, reconhece- que aconteceu no dia 13 de maio.
mos a importância do conhecimen- A sessão foi conduzida por Padre
to e compreensão dos documentos Vicente Ferreira de Lima, Sacerdo-
que a nossa Igreja nos oferece e te Conselheiro Espiritual das ENS e
nos juntamos aos casais do setor A presidente do Tribunal Eclesiástico
16 CM 500
filhos, o bem dos cônjuges, inclusive
sobre a nossa unidade, fidelidade e
ajuda mútua no caminho da amiza-
de plena com o Senhor. Diante de
tudo o que vimos, estamos empo-
derados das verdades e dos valores
evangélicos nunca ultrapassados,
mas exigentes que nos levam a
amar e acolher como Jesus! Além
de tudo, reconhecemos que nosso
Movimento tem muito a oferecer ao
mundo e à Igreja, especialmente no
que se refere às questões pastorais
e à conversão missionária; vejam,
queridos irmãos, o quanto temos
a oferecer! Há muito que se fazer!
de Divinópolis. Padre Vicente nos Sintamo-nos motivados para contri-
apresentou a exortação apostólica buir com a formação de agentes lei-
Amoris Laetitia, A alegria do amor, gos da pastoral familiar, guiando os
que muito contribui para que seja- noivos no caminho de preparação
mos capazes de viver e testemunhar para o matrimônio e acolhendo os
com honra e fidelidade a alegria da sacerdotes e seminaristas em nossas
nossa vocação. Sentimo-nos ouvi- equipes! Que Nossa Senhora nos
dos e amados pelo Santo Padre que inspire ao serviço que indica o cami-
tratou nossas inquietações de forma nho para Nosso Querido e Amado
prática, objetiva e sensível! Pudemos Senhor!
discutir sobre a indissolubilidade e Gabriela e Fernando
sacramentalidade do matrimônio, Eq.05 - N. S. de Fátima
transmissão da vida e educação dos Alfenas-MG

EEN - SÃO GONÇALO


REGIÃO RIO IV
Se fosse possível resumir toda melhor a minha frase de efeito
a experiência/vivência obtida no para abertura deste texto. A va-
EEN (Encontro de Equipes Novas) cina quando injetada no organis-
a frase síntese seria: “Uma vacina mo, proporciona imunidade ao
para a vida em equipe”. ser humano (bem propício aos
Tal frase resumiria com ma- tempos atuais que estamos vi-
estria o que vou contar a seguir, vendo). O EEN quando “aplicado
mas antecipo-me um pouco aos ao equipista” proporciona, ou es-
fatos que irei narrar e traduzo peramos, que o equipista adquira
CM500 17
uma imunidade contra tudo de cular. As minhas filhas pareciam
errado que ataca este Movimento que chegavam na casa delas (o
e o seu núcleo de base: a equipe. que não deixa de ser verdade)
Para a minha família a prepa- e rapidamente se enturmaram.
ração para o encontro começou Um alívio para nós, pois, quando
bem antes do dia 16 e 17 de abril, a criança teima em ir embora, o
quando recebemos o convite do dia demora a passar. Superada
casal Dayse e Luiz para participar- esta etapa, subimos ao auditó-
mos do EEN. Nossa primeira rea- rio e sentamos na primeira fileira
ção foi informar ao Luiz que não para escutar a primeira pales-
poderíamos participar, porque tra. Nossa estratégia foi sentar
temos duas filhas pequenas (Ma- na frente, pois desta forma não
ria Luiza e Sofia) e ninguém para desviamos a atenção e mante-
deixar. Mas o grupo estava aten- mos o interesse.
to às dificuldades de cada casal O Espírito Santo é o poder de
e preparado para nos conquistar. Deus em ação, é sua força ati-
Rapidamente foi apresentada a va. (Miqueias 3:8; Lucas 1:35).
solução: “Temos uma equipe de A Bíblia diz que Deus “envia seu
berço preparada para cuidar das espírito”. Como ele faz isso? Ele
crianças”. Resultado: presença projeta sua energia para onde
confirmada. Glória a vós Senhor! for necessário a fim de fazer
Manhã do dia 16 de abril de sua vontade. — (Salmo 104:30;
2016, um dia lindo, diga-se de 139:7). Pois nesta manhã, o Es-
passagem, ao olhar o sol e tudo o pírito Santo foi enviado ao casal
que poderia fazer com o dia livre, formador, e foi através dele que
pensei em desistir e levar minha eu tive uma lição de como um
família para outro lugar (mais di- equipista deve ser. O Espírito
vertido). Comecei a pensar em Santo me vacinou contra o desâ-
coisas para encorajar a minha de- nimo e comodismo para a minha
sistência. Neste mesmo sábado, vida em equipe e é isso que es-
tinha o aniversário de um amigo tou compartilhando com vocês.
da Maria Luiza às 16h; a minha Quando o formador come-
camisa laranja de equipista es- çou a falar sobre os obstáculos
tava amarrotada; e passar um que criamos para não estar em
fim de semana inteiro escutando equipe, ele relatou todos os fa-
outras pessoas falarem alguma tos que narrei um pouco antes,
coisa, que supostamente eu já sem sequer me conhecer. Sen-
sabia, nem pensar!!! Errado. Este ti a presença do Espírito Santo
não era o plano de Deus para a falando para mim, sobre as mi-
minha família. Nós fomos ao en- nhas dificuldades pessoais em
contro de Deus e do Movimento. estar no Movimento. Tocou mi-
Glória a vós Senhor! nha alma... desabei em choro.
Chegamos ligeiramente atra- Não um choro como quem tem
sados, mas a acolhida foi espeta- medo da vacina, e sim um choro

18 CM 500
que ajudou a lavar meu interior podemos desperdiçar estes mo-
e perceber o quão grandioso é mentos com desculpas.
pertencer ao Movimento das Cuide da sua equipe como
ENS; o quanto foi importante você cuida da sua família.
participar do EEN; que precisa- Sabrina e Rafael
mos “vestir a camisa laranja” (Maria Luiza e Sofia)
no sentido amplo da palavra; Eq.09 - São Gonçalo B
que temos sempre algo a mais Região Rio IV
para aprendermos na vida e não

UM “SIM”
A DEUS E AO MOVIMENTO
“Nos dias 23 e 24 de abril de Além da Equipe de Forma-
2016, com muito entusiasmo e dores e do Padre Flávio Cavalca,
dedicação, realizou-se o 1º EEN responsáveis por este impor-
da Região SP Centro I, na Capela tante momento, a logística foi
da Ressurreição em Vinhedo. preparada e acompanhada pelo
Participaram 24 casais de Casal Regional bem como por
equipes novas, sendo 3 casais seus Casais de Setor e casais das
advindos da Região SP Leste III. equipes de base.
Os casais testemunharam a Que Deus abençoe a todos
importância de fazer o EEN, bem em sua caminhada de vida e fé!”
como a alegria do acolhimento
na casa de irmãos equipistas e da Marcia e Rubens
pertença ao Movimento das ENS. Região SP Centro I
CM500 19
PEREGRINAÇÃO A APARECIDA
EM AÇÃO DE GRAÇAS AOS 66 ANOS DAS ENS
NO BRASIL MUITOS MOTIVOS PARA DAR GRAÇAS
Mês de maio é o mês de gra- monial e viver a família nos ca-
ças, mês de grandes celebrações minhos do Senhor a partir das
(Ascensão do Senhor, Pentecos- orientações dos Conselheiros
tes, Santíssima Trindade, Corpus Espirituais e do Movimento ENS
Christi) e mês de Maria (Fátima são como viver os primeiros cris-
e Visitação de Nossa Senhora). tãos que se reuniam em “uma só
E nada melhor que celebrar es- alma e um só coração e tinham
tes momentos na casa de Nossa tudo em comum”. (At 4,32)
Mãe em Aparecida. No último
Agradecemos às Equipes de
dia 14 de maio, aconteceu a Pe-
Nossa Senhora por esta oportu-
regrinação pelo 66º aniversário
nidade de encontro e pela aco-
do Movimento no Brasil e foram
lhida das novas ENS que vão se
momentos de graças recebidas
formando nesta espiritualidade
por Deus e estar presentes com
tão rica. De maneira especial à
nossos irmãos e irmãs das ENS
nossa Equipe ENS 18B – Nossa
e poder passarmos pela PORTA
Senhora Desatadora dos Nós.
SANTA DA MISERICÓRDIA.
Ao sairmos de nossa rotina Às Equipes de Nossa Senhor,
diária e encontrarmos casais que deve ser constante um momen-
vivem uma espiritualidade matri- to de encontro, entrosamento e

20 CM 500
crescimento do casal, principal- amigo de outro se não for pri-
mente de toda a família. Assim, meiro amigo da própria Verda-
fazer parte desta experiência é de, e se tal amizade não for gra-
nos encontrarmos com os ami- tuita, ela não existe de nenhum
gos que buscam os mesmos modo”. (Carta 155,1-2)
ideais, o Amor de Deus. Santo Frei William Micheleto da Silva
Agostinho menciona que “nin- SCE Eq.18B - N. S. Desatadora dos Nós
guém pode ser com verdade São Paulo-SP

EQUIPES EM MOVIMENTO
ENCONTRO
Nos dias 30 de abril e 01 de se, partilhando com diferentes
maio foi realizado na cidade de equipes e também com nossas
Ourinhos/SP o primeiro Encon- equipes de base.
tro de Formação Permanente - Os momentos de formação
Equipes em Movimento, Setor em equipe foram muito ricos,
Piraju/Ourinhos, Província Sul II, neles tivemos a oportunidade de
Região São Paulo Oeste I, onde refletir as experiências de outras
pudemos juntos refletir bastante equipes. Dentre os assuntos tra-
sobre vocação e missão, exerci- tados foram destaque os Pontos
tando muito o dever de sentar- Concretos de Esforço (PCE), e o
CM500 21
Dever de Sentar-se como grande para desfrutar de suas virtudes,
aliado para a vida a dois. A im- é mais fácil perdoar as falhas dos
portância de proporcionar mo- outros quando lembramos que
mentos de diálogo no dia a dia somos pecadores e necessita-
utilizando-se de palavras certas mos do perdão também, preci-
sem ofensas resolvendo os pro- samos confiar a Cristo as nossas
blemas diariamente, o que faz fraquezas, entregando a Deus o
sobrar mais tempo para namo- controle de nossas vidas. Jesus
rar. disse: “Vem e segue-me”.
Fomos alertados a colocar o Somos equipe, não caminha-
diálogo na vida conjugal, come- mos sozinhos, as ENS não têm
çando sempre com uma oração por objetivo consertar casamen-
para que o Espírito Santo se to e sim auxiliar na caminhada
faça presente, inserindo Deus da Igreja, preparar os casais
no centro da união conjugal. A para alcançar a santidade jun-
base do casal é o amor. Deus es- tos. Para isso o equipista tem
creve no homem e na mulher a que estar aberto à missão. As
vocação do amor e o matrimô- equipes são escolas de espiritua-
nio é uma vocação. É no cerne lidade conjugal, são espaços de
do amor de Deus que nasce o formação, escolas permanentes
amor conjugal. de crescimento espiritual, bus-
Casal não é casal se não co- cando em casal, através do diá-
locar em primeiro lugar o per- logo e da oração, colocar a vida
dão; ganhamos a oportunidade na vivência do evangelho, pois
de viver a vocação matrimonial somos portadores da Boa Nova,
e para isso temos que privilegiar devemos ser sinal de luz na nos-
o despojamento e a renúncia, sa família: “Jesus, Maria e José,
por isso a necessidade de viver minha família vossa é”. As Equi-
a comunhão como casal, como pes de Nossa Senhora nos apre-
equipe, viver em comunhão com sentam um porto seguro.
Deus, através da oração, viven-
Os casais de equipe sentem-
ciando os Pontos Concretos de
se fortalecidos no matrimônio,
Esforço. Os equipistas têm a
e devem anunciar ao mundo
oportunidade de partilhar suas
através do testemunho o que
vivências nos PCE, e falando das
sentem e o que vivem. Precisa-
dificuldades e os progressos po-
mos discernir os sinais do tem-
demos assim ajudar os outros a
po e descobrir as questões que
vivenciar sua fé.
nos afligem, estando plenamen-
O Movimento nos chama a te conscientes para sermos no
“Ousar o Evangelho” em família, mundo sal, fermento e luz. As-
lançar o olhar na misericórdia de sim como evolui o homem físi-
Deus, santificarmos uns aos ou- co temos que evoluir o homem
tros, dando o perdão ao próximo espiritual. Deus espera de cada

22 CM 500
um de nós que sejamos cada vez com amor e viver a Igreja em
melhores cristãos, santificados forma de comunidade cristã.
pelo matrimônio. Viver a missão com amor. Com-
partilhar a missão com alegria!
Tenho que ser graça de Deus
para o outro. Como equipista,
valorizar a Vocação de ajudar Rita de Cássia e Mauricio
os casais a se santificar é nos- Eq. N. S. Aparecida
sa Missão, ser Igreja doméstica Ourinhos-SP

FORMAÇÃO PERMANENTE: ENCONTRO


DE EQUIPES EM MOVIMENTO

Quando uma situação de exigência é decorrente de um


encontro com Deus, ela é sempre enriquecedora, mesmo que
nos sintamos arrasados pela nossa embaçada visão do mundo
que não nos permite enxergar o Cristo diante de nós. Mesmo
quando buscamos o encontro com Deus e a realização de Sua
vontade em nossas vidas, podemos estranhar a forma com
a qual Ele se manifesta, e somos pegos de surpresa, pois, na
nossa mente terrena, pensamos que podemos agendar este
encontro de acordo com a nossa disponibilidade.
CM500 23
A proposta da Formação Permanente parecia impossível
para nossa equipe. Tantos compromissos exatamente naque-
le fim de semana. Mas o convite não poderia ser recusado
porque pertencemos a um Movimento que nos apresenta um
método eficaz para responder a exigência de Deus para co-
nosco na vida matrimonial, e que nos traz sempre riquezas
daquelas que não se juntam na terra.
Assim, mais uma vez, fomos agraciados com momentos
de reflexão sobre nossa vocação e nossa missão de casal as-
sumida como comunhão de amor e cultivada diariamente por
meio do Carisma do Movimento que abraçamos: a Espiritua-
lidade Conjugal! No domingo de Pentecostes, o vento gelado
que soprava em Campo Largo naquela manhã de maio foi
transformado em línguas de fogo, que nos aqueceram e im-
pulsionaram para a vivência da mística que dá vida às Equipes
de Nossa Senhora: estamos reunidos em nome de Cristo para
auxiliarmos uns aos outros e testemunharmos o Seu Amor!
Louvado seja Deus por esta oportunidade e que Ele aben-
çoe os irmãos que prepararam com carinho a Formação Per-
manente – Encontro de Equipes em Movimento.
Queremos, sim, viver nossa vocação e missão com Alegria!
Denise e Ruy
Eq.33 - N. S. da Conceição
Curitiba-PR

FORMAÇÃO NÍVEL III


EM NOSSA REGIÃO SC II
Foi realizada em Blumenau a Formação de Nível III para
os casais da Região SC II, no Seminário Mãe de Jesus, dias
23 e 24 de abril. Fim de semana ensolarado e local de
muito verde e indescritível beleza, o ambiente simples e
acolhedor foi preparado com muito carinho por Gercy e
Zanatta, junto com seu Colegiado da Região.
Nossa alegria foi imensa, por podermos contar com a
presença e condução dos temas, feita com grande simpli-
cidade e maestria, por nossos queridos casais Hermelinda e
Arturo, Casal Responsável da Super-Região Brasi, e Adria-
na e Hudson, Casal Responsável Provincial. Todos pudemos
beber direto da fonte!
24 CM 500
Nos brindaram também com inspirada sabedoria, os
sacerdotes conselheiros espirituais, Padre Milani e Padre
Carlos, e Gercy e Zanatta, nosso querido Casal Regional.
Estiveram presentes equipistas de Lages, Balneário
Camboriú, Itajaí, Bombinhas e Brusque, além dos anfitriões
de Blumenau.
Os conteúdos foram muito ricos e passados com extre-
ma clareza e abrangência.
Hermelinda e Arturo abordaram a história, estrutura do
Movimento e pontos de unidade, ingresso nas equipes e
a ligação nas Equipes de Nossa Senhora. Adri e Hudson
abordaram Crisma, Mística / Colegialidade e Reunião de
Equipe. Padre Carlos abordou a Oração e o Padre Caffarel.
Por fim, Hermelinda e Arturo e Adriana e Hudson ain-
da responderam vários questionamentos sobre os temas e
outros assuntos relativos, esclarecendo todas as dúvidas e
situações apresentadas.
Houve também momentos de descontração e convivên-
cia, com a presença animada do grupo folclórico regional
“Badenfurt”.
Todos saímos gratificados e louvando a Deus por esta
oportunidade ímpar de crescimento e formação de riquís-
simo conteúdo!
Lena e Sergio
CRS Brusque-Itajaí
Itajaí-SC

CM500 25
raízes do movimento

O amor mais forte que o mal


1

Para poder aconselhá-la vemente, ternamente, acrescen-


com conhecimento de tou: ‘Compreenda! Estou sofrendo
causa, perguntei a uma cruelmente faz seis meses. Mas esse
viúva sobre a evolução sofrimento era suportável, porque
de sua vida espiritual. não me arrasava; enquanto que
“É ao Sérgio, meu ma- você estava arrasada pelo seu mal,
rido, que devo minha intolerável para seu amor. Vi clara-
vida interior. Mais pre- mente o que deveria fazer, a única
cisamente à sua atitude coisa que poderia fazer: amar você
para comigo durante mais ainda do que antes, para que
uma fase pouco gloriosa de minha ressuscite para o amor, e para que
vida conjugal: casada havia cinco esse amor totalmente novo não
anos, mãe de duas crianças, eu lhe apenas queime seu mal com suas
tinha sido infiel. E, no entanto, eu chamas, mas lhe traga um coração
o amava. Não querendo pôr a per- novo, uma pureza nova, uma bele-
der sua felicidade, cuidava que ele za mais radiante que nunca’. E de
não pudesse suspeitar de nada. fato o amor de Sérgio fez de mim
Seu amor por mim, de uma um novo ser.”
qualidade excepcional, tornava- A confidência dessa mulher per-
se cada dia mais profundo. Uma mitiu-me perceber mais claramen-
noite – lembro-me como se fosse te o que seja o verdadeiro perdão.
ontem – expressou, com palavras Com ares de superioridade, o per-
que me chegaram ao coração, sua dão gera revolta; reticente, oprime;
ternura, sua estima, sua admiração. sem amor, não pode libertar, nem
Era demais. Deixei escapar: ‘Se você salvar. Somente o verdadeiro per-
soubesse!’. ‘Eu sei’, respondeu-me. dão, fruto de um amor muito puro,
Essas palavras fizeram explodir em pode fazer jorrar uma fonte viva no
mim uma indignação tão violenta coração de quem foi infiel, regene-
quanto injusta: ‘Nesse caso, por rar o que fracassou no amor, fazen-
que representar comigo essa comé- do-o renascer para o amor.
dia horrorosa? De duas, uma: ou Para Deus também, aliás, para
você não sofre com o que sabe, e Deus em primeiro lugar, perdoar
isso prova que não me ama, ou está é amar, amar com amor que faça
transtornado e sua serenidade não surgir na escuridão e na impureza
passa de uma mentira!’ Eu estava da alma um amor totalmente novo,
fora de mim, agressiva, zombeteira, que a purifique, transforme, enca-
ferina. Esperou que a tempestade minhe para uma nova perfeição.
passasse. Depois calmamente, gra- Pensemos no olhar do Cristo sobre

1 Henri Caffarel. Nas Encruzilhadas do Amor. Páginas 74 a 76. Editora Santuário, 3ª edição.

26 CM 500
Pedro que acabou de o negar... Cer- afirmar ao Cristo sem hesitação: “Tu
tamente não foi um olhar de repro- bem sabes que te amo, e de todo
vação ou de cólera. Muito mais ter- o coração, desde a outra noite”. E
rível foi um olhar de amor, de amor Pedro não está mentindo: esse amor
intenso, manifestando uma ternura novo, que o olhar do Mestre fez bro-
mais forte, mais ardente, mais ampla tar nele, haverá de levá-lo até o dom
que nunca. Pedro não pôde resistir; da vida numa cruz, depois de uma
seu coração partiu-se, deixando jor- existência toda gasta em anunciar às
rar lágrimas amargas e doces. Ao multidões o amor com o qual somos
mesmo tempo, sob a ação conjuga- amados por Deus.
da do olhar de Cristo e do espírito Henri Caffarel
do Cristo que agia nele, um novo Colaboração
amor tomou posse de todo o seu Maria Regina e Carlos Eduardo
ser. Tanto que, poucos dias depois Eq. N. S. do Rosário
de o ter renegado, teve coragem de Piracicaba-SP

PEDRO MONCAU:

Neste mês de agosto, faz trinta e quatro anos de seu


falecimento. Muitos, apesar de saber que as Equipes
de Nossa Senhora no Brasil foram trazidas por Nancy
e Pedro Moncau, não sabem a dimensão do esforço,
obstinação e persistência do casal Nancy e Pedro para
que o Movimento mantivesse o carisma fundador
preservado.
Falar de Pedro Moncau é falar de alguém que teve
sobre si o olhar do Espírito Santo, que o fez nascer
numa família simples, mas perseverante na busca de
uma vida familiar doce e amorosa, com a prática da
partilha cordial e afetuosa.
Sob a influência dos pais, em especial da mãe, teve
uma cuidadosa educação cristã. Muito cedo foi im-
pregnado da vocação religiosa e do pendor pela li-
teratura e a arte, que fascinavam e encantavam seu
espírito. Porém, mais tarde surgiu outra vocação, a
medicina, na qual se formou, fazendo desta profis-
são um apostolado permanente em favor dos mais
humildes.
Em 1936 casou com Nancy, com quem teve seis
filhos. Com o tempo o casal percebeu que apesar
de possuir forte vivência cristã lhe faltava o alimento
espiritual que tanto desejavam para a vida conjugal.

CM500 27
Até que, em 1950, ouviram falar de um movimento de Casais na
França, orientados pelo Padre Henri Caffarel, onde, enfim, fizeram
a descoberta do pensamento de Deus sobre o amor humano. Com-
preenderam que, ao aplicarem-se em fazer do lar uma célula viva da
Igreja, estariam construindo a própria Igreja.
No início não foi fácil, pois os Movimentos, salvo raras exceções,
até então não eram organizados e dirigidos por leigos. Muitos tam-
bém não estavam convencidos de que o casamento pudesse ser um
caminho de perfeição. Pedro, porém, foi firme e perseverante.
Tinha sempre presente o que o Padre Caffarel disse em sua pri-
meira visita ao Brasil em 1957: “Sois generosos, sois devotados. E,
por isso mesmo, sois solicitados pela ação. Mas eu vos suplico: nunca
deixeis de vos formar. Se a ação não vos permitir continuar vossa for-
mação, a ação vos perderá”.
Pedro seguiu à risca a recomendação. Exemplar no aprofunda-
mento do estudo doutrinário das ENS e no aspecto da formação.
Tanto que em determinada ocasião o Padre Caffarel afirmou: “Pedro
é uma das pessoas em todo o mundo que melhor apreendeu o que
são as ENS”.
Faleceu em 17/08/1982. Sua alma ficou eternizada nos corações
dos equipistas brasileiros, pelo trabalho humilde, perseverante e de-
terminado na implantação do carisma e da mística das equipes do
Brasil. Pedro Moncau nos ensinou que acreditar em Deus não é viver
de forma complexa. Não! A experiência de crer em Deus nos remete
diretamente ao cuidado com a experiência humana diuturnamente.
Pela sua biografia, percebe-se, que sempre tentou viver a experiência
da purificação pela oração e escuta da Palavra. A Palavra que bendiz e
tem o poder de purificar, de jogar fora os excessos. A figura de Pedro
nos faz refletir, e nos remete a uma poesia, ou a uma música, e nos dá
a sensação de que preenche todos os espaços da nossa alma, de for-
ma a não haver lugar para amargura. Há apenas uma palavra... uma
palavra tocada pela leveza, pela inspiração poética e que tem o poder
de eliminar dissabores. Pedro Moncau sempre esteve fortalecido pela
fé e por isso enfrentou com segurança os percalços, os problemas, as
vicissitudes da vida. Essa forma de viver a fé é que desenvolveu nele e
na dona Nancy o desejo de buscar incansavelmente a espiritualidade
conjugal e o crescimento como pessoa e como casal. Muito se deve a
ele o Brasil ser hoje o país com o maior número de equipes e equipis-
tas no mundo. Reverenciemos, portanto, com saudades os 34 anos
do falecimento do querido e saudoso Irmão PEDRO MONCAU.
Doris e Alfredo
CR Região RS
Porto Alegre-RS

28 CM 500
VIDA DE EQUIPE:
Um encontro de corações e almas
e a presença de Pe. Caffarel nas ENS

Esta Carta Mensal 500 pede de significado. Encontros são


uma reflexão sobre o Movimen- uma constante no Movimento e
to das Equipes de Nossa Senhora não são só o que aparentam, são
e dentre tantas maravilhas que muito mais. E, não por acaso, es-
vivemos queremos nos deter na tamos sempe participando de um
Vida de Equipe, que não se re- ‘encontro’.
sume à reunião mensal ou na E foi então um ‘encontro’ o
vivência partilhada no dia a dia, que aconteceu entre Madeleine
em nossa vida conjugal ou duran- D’Heilly e o pároco de sua igreja
te o mês todo, na equipe e com em Paris – Pe. Henri Caffarel e que
a equipe; ou, num modo de vida continuou com os ‘encontros’ dos
que tem disciplina, método, pe- quatro casais pioneiros e um SCE,
dagogia, pontos visíveis e concre- em 1939 – no que agora chama-
tos. Vida de Equipe é tudo isso mos Movimento das Equipes de
e muito mais; queremos pontuar Nossa Senhora.
o ‘muito mais’: o aspecto espiri- Se avaliarmos este primeiro en-
tual, transcendente, de uma Vida contro não só em sua dimensão
em Equipe com Cristo, em Cristo, visível como uma ‘reunião de pes-
alimentada pelo Espírito Santo e soas’, percebe-se que não foi só
com a presença fundamental e isso! A dimensão deste momento,
decisiva do Padre Henri Caffarel e tudo que dele derivou, ainda é
no Movimento. um mistério que refletimos e em
Este aspecto ‘espiritual’ está que vislumbramos o sobrenatural,
muito ligado ao modo com que o a ação do Espírito Santo, a vontade
Movimento começou: um encon- de Deus, a presença do Cristo.
tro. Foi um início simples e singe- Este encontro foi sem dúvida
lo, um encontro aparentemente um ‘encontro de almas’, porque
despretensioso, mas em circuns- Madeleine D’Heilly quer falar de
tâncias especialíssimas e cheias sua vida espiritual - dos anseios de

CM500 29
sua alma que a fazem pressentir que Esta alma de Caffarel já viven-
‘há mais da vida conjugal a buscar’. ciara um ‘encontro especial’, em
O pároco que a atende, Henri Ca- março de 1923, como ele mesmo
ffarel, percebe a expectativa deste relata: “Aos vinte anos, Jesus Cris-
coração e daqueles outros que logo to, em um instante, tornou-se Al-
mais a eles irão unir-se e de modo guém para mim. Oh! Nada de es-
natural responde a este apelo: “Fa- petacular. Neste longínquo dia de
çamos o caminho juntos”. março, eu soube que era amado e
Seria então um exagero falar em que amava, e que a partir daquele
‘encontro de almas’, este que acon- momento entre ele e eu seria para
teceu há 77 anos e todos aqueles toda a vida.” Estas palavras pode-
que irão suceder-se e continuam a riam sair dos lábios de muitos de
acontecer? Talvez não, porque fala- nós ao relatarmos nosso primeiro
mos do encontro entre pessoas em encontro um com o outro.
situação de graça recebida pelos Um encontro de corações e de
sacramentos que vivem: o Matri- almas…
mônio e a Ordem; seus atos e senti- É Caffarel, com seu coração
mentos, nossos atos e sentimentos apaixonado – arrebatado por Cris-
são condicionados por graça santi- to, esta alma totalmente voltada
ficante e transformadora. para Deus quem irá guiar o cami-
Sabemos bem como foi nosso nho destes casais e muitos outros.
encontro com nosso cônjuge, de São as características deste amor
seu caráter sobrenatural – não im- que o consumia que irá transmitir
portam as evidências, o que pen- aos equipistas; características que
samos ver ou sentir: ‘estava escrito irão ajudar a construir uma espiri-
no Projeto espiritual’, classifiquem tualidade conjugal e comunitária
como quiserem; sabemos, no pro- que se revelam no Movimento das
fundo de nosso ser, que nosso en- ENS, como foram reveladas aos pri-
contro de casal transcende nossos meiros casais e àqueles que os su-
planos e nossa vida visível. cederam.
E, voltando àquele primeiro en- São características fundamen-
contro que iniciou o Movimento, tais que eram dele e que fazem
que foi um encontro de corações, parte da Vida de Equipe: a exi-
de almas conduzidas pelo amor do gência consigo mesmo e com os
Criador, ‘pressentimos’ também outros; o rigor intelectual e muita
que a vontade do Pai guiou o ape- clareza em seu pensamento e em
lo daquela senhora ao coração de suas orientações. Como ouvimos
Caffarel; um coração tocado pelo D. Nancy dizer: ‘Nosso Movimento
amor de Cristo, uma alma sensí- é exigente’. É verdade, nossos fun-
vel ao chamado de Deus; só ele dadores eram exigentes consigo e
poderia atender àquele apelo, em com os outros.
uma época em que o leigo casado e Pe. Caffarel submetia seus es-
a mulher eram pouco considerados critos e pensamentos às pessoas
na Igreja e na sociedade. que o acompanhavam, ouvia suas

30 CM 500
opiniões; herdamos este comporta- pe; nestes encontros fazemos nos-
mento para a correção fraterna, a so caminho, porque é preciso cami-
Partilha, a Coparticipação, a Vida nhar para ‘encontrar-se’ e em todo
em Equipe. encontro vai-se e volta-se. ‘Subimos
Esta exigência de perfeição ele e devemos descer a montanha’
levava para a organização dos gran- para o encontro acontecer e irmos
des encontros, dos eventos do Mo- adiante, trilhar o caminho, fazer o
vimento, que persistem até hoje; caminho, mas fazermos o caminho
tudo era minuciosamente pensado das ENS como Caffarel propôs: “Fa-
e previsto, os textos das palestras çamos o caminho juntos”, assim
deviam ser apresentados anteci- ele responde a nós hoje também e
padamente para não provocarem assim, alguns casais, desejosos de
atrasos no horário; mantidos assim corresponder a este apelo, tendo
também hoje. Mas Caffarel preo- consciência de sua fraqueza, mas
cupava-se também com a beleza confiando na graça do Sacramento
e a estética: a decoração das salas do Matrimônio, acreditando na efi-
devia levar ao recolhimento e à ora- cácia da mútua ajuda fraterna e na
ção; assim buscamos até hoje. promessa de Cristo – “Quando dois
Caffarel era um homem de seu ou três estiverem reunidos em meu
tempo, mas aberto ao futuro, ao nome, eu estou no meio deles” (Mt
novo, à concretização de suas in- 18,20) – decidem unir-se em equipe
tuições, impelido a proporcionar e pedem ao Movimento que os aju-
às pessoas uma vida ‘em Cristo’; de. Tal é o propósito comum aos ca-
apesar de considerar-se um homem sais das Equipes de Nossa Senhora.
prático era profundamente espiri- É o projeto de juntos caminharmos,
tual: suas exigências e criatividade juntos percorrermos uma Vida em
eram postas ao serviço do Senhor. Equipe com Cristo, em Cristo e no
Sacerdote de oração, desde o Espírito de Deus.
Seminário, quando encontrava di- - E quem vai conosco nesta cami-
ficuldades de aprendizado, com- nhada? – questão colocada no iní-
pensava-as com horas de oração cio de toda empreitada.
interior. A sua convicção quanto à - Vamos em casal, nesta equipe em
importância da Oração Interior, que que fomos escolhidos, em que vive-
transmitiu aos equipistas, estava ar- remos nossa caminhada para o Pai;
raigada numa sólida prática de ora- com a sua Graça que recebemos
ção pessoal, de ‘desertos’ antes das gratos e humildemente na Vida
grandes realizações ‘para mergulhar em equipe, na vida no Movimento,
mais profundamente na oração e com seus encontros e caminhos de
pensar a sua ação à luz do Senhor’. Deus, atendendo ao chamado que
Falamos aqui de encontros sig- Jesus não cessa de fazer : “Vem e
nificativos porque os valorizamos segue-me”.
e deles derivaram Orientações que Salma e Paulo
conduziram o Movimento, atualiza- Eq.01B - N. S. da Esperança
ram, aprofundaram a Vida em Equi- São José dos Campos-SP

CM500 31
DEZ ANOS SEM
Dona Nancy Moncau

Hoje, fazendo parte das Equipes de Nossa


Senhora, talvez nem percebamos, ou sequer
avaliamos, o longo caminho percorrido por
tantos antes de nós.
Com muito carinho, volvemos o olhar para
nossa querida Dona Nancy Moncau, que par-
tiu para a “casa paterna” já há dez anos.
Partiu... não morreu!
Está viva aqui e ali, onde o Movimento exis-
te... vive através dos escritos que nos deixou.
Sua vida: uma bela e marcante presença,
cheia da vivência do amor conjugal e de tes-
temunhos de fé.
Em um de seus livros, “O Sentido de uma
Vida”, encontramos uma riqueza tão grande e tão
simples, que proporciona ao leitor uma viagem às origens das Equipes no
Brasil, e um contato muito íntimo com aquela “Primeira Inspiração” dos
seus fundadores, que ela, melhor do que ninguém, pôde partilhar.
Dona Nancy, nesses dez anos que vivemos sem a sua presença
física, não nos faltaram suas palavras, e seus ensinamentos, cheios
de maturidade cristã.
Não foram poucas as vezes em que, nos EACRES e Forma-
ções, assistimos aquele singelo vídeo, gravado com suas respos-
tas à perguntas feitas por casais atuantes na época. Nele, com
muita sabedoria e firmeza, responde sem vacilar, como o Movi-
mento é profundo e exigente, mas também libertador e seguro,
para os casais que realmente desejam crescer na Espiritualidade
Conjugal, investindo livremente na busca da santidade.
Assim, nesse ano que marca uma década da sua passagem, não
sentimos tristeza, mas júbilo por saber que temos mais uma inter-
cessora junto ao Pai; e agradecemos a Deus por tudo o que Ele
realizou através de suas mãos generosas e transbordantes de amor.
Só um coração amado sente a necessidade de amar; e, confiante, se
empenha para que tantos outros possam chegar ao mesmo ideal de vida.
Partiu... não morrerá jamais!
Permaneça em paz, Dona Nancy!
Florinda e Celso Antonio Rossoni
CR Região Paraná Sul
Campo Largo-PR

32 CM 500
Não era um
sonho qualquer
“Em verdade o Senhor está neste lugar e eu não o sabia”
(Gen 28, 16)

Antes de escrevermos este artigo, estivemos relendo deze-


nas das nossas Cartas Mensais para ver o que já foi falado so-
bre Dona Nancy enquanto fundadora das Comunidades Nossa
Senhora da Esperança.
Mas, por trás de cada acontecimento ali narrado, na traje-
tória que começou por volta de 2003, havia principalmente um
sonho. Não era um sonho qualquer, sonhado por uma pessoa
determinada. Era, sim, o sonho de Deus, a manifestação da
sua vontade, por Ele assoprada e enviada através de sonho a
quem ele escolheu.
Um dia ouvimos um sacerdote dizer que Deus se serviu dos
sonhos para manifestar sua vontade. Na Bíblia encontramos
muitas menções a sonhos, ora sonhados por patriarcas (Gêne-
sis 28, 10), ora por algum dos profetas (Daniel 7, 1), até mes-
mo por José, o pai adotivo de Jesus (Mateus 2, 13), e muitos
outros. Em cada um havia uma mensagem, uma ordem e um
desejo do Senhor.
Foi o que Jacó descobriu na frase que serve para o título
acima escolhido: “O Senhor está neste lugar e eu não sabia”.
Houve um dia um sonho de Deus sobre as pessoas em es-
tado de viuvez e outras situações de estarem sozinhas. Foi um

VIII Encontro de Coordenadores Regionais e Conselheiros / Orientadores Espirituais

CM500 33
sonho sonhado por uma comunidade de fé, constituída como
Movimento de casais, chamado Equipes de Nossa Senhora. Po-
deria parecer estranho e incompreensível um sonho assim para
quem sonhava a espiritualidade conjugal, para quem conjuga-
va os verbos sempre na primeira pessoa do plural, para quem
caminhava em dupla nas trilhas do amor a Deus.
Precisava-se assim de um intérprete para decifrar o sonho
de Deus. O que Ele queria dizer? Com quem contar e como
fazer para transformar o sonho em realidade?
Deus fez sonhar as dores das pessoas sós no coração de
Dona Nancy Cajado Moncau e ela, ao acordar, não falou
exatamente as mesmas palavras do patriarca Jacó, mas algo
semelhante e com a mesma intensidade, no alto dos seus 94
anos: “Quando Ele abre uma porta, eu logo entro por ela”.
Não importaram mais os desafios da missão, nem os percal-
ços da saúde já desgastada, nem o peso dos anos, ou qualquer
outro obstáculo. Ela era a intérprete do sonho de Deus e, como
ela fez em toda sua vida, não podia desapontar nem o Criador
nem as criaturas que ansiavam para que o sonho se tornasse
uma realidade.
No seio das ENS do Brasil, das quais Dona Nancy era o es-
pírito mais altaneiro, surgiram as Comunidades Nossa Senhora
da Esperança, que, em pouco mais de uma década, crescem e
se espalham pelo Brasil afora, como a boa semente do Reino
de Deus, abrindo os braços para acolher viúvas e viúvos, pes-
soas separadas de seus casamentos e também as solteiras.
Não só acolher, mas garantir a essa gente que há em seu esta-
do de vida um encontro a fazer com o Senhor, que os quer felizes,
resgatando-os em sua dignidade e devolvendo-lhes a importância
do papel que lhes cabe na construção da Igreja de Cristo.
Dona Nancy já ultrapassou a última porta que a levou até
o Pai. Que do céu ela continue intercedendo para que casais
e viúvas equipistas descubram
esta nova possiblidade de
evangelização e serviço que
o sonho de Deus oferece
também a nós.
O Senhor também está ali,
nas pessoas das CNSE, e eu já
sei disso!

Silvia e Chico
Coordenação Nacional das CNSE
34 CM 500
A festa de
NOSSA SENHORA
Como bons exemplos de ca- No final do ano passado, as ENS
sais que são, as Equipes de Nossa compartilharam com as EJNS o siste-
Senhora deram muitos frutos. Um ma Magnificat. Um banco de dados
deles são as Equipes de Jovens de eletrônico para cadastro e registros
Nossa Senhora (EJNS). dos Equipistas das
Se isso ainda é uma surpresa, EJNS de todo o Brasil!
convidamos à seguinte reflexão, que Desenvolvido para as
pretende inspirar em todos os casais ENS e adaptado para
das ENS do Brasil um sentimento de as EJNS agora temos
unidade conosco. um controle eficiente
Nas bodas de Caná, quais os no- e unificado de todos os Jovens Equi-
mes dos noivos? Acertou quem disse pistas que nos permite avançar para
Jesus e Maria. Na passagem da auto- águas mais profundas.
revelação de Jesus, São João dá a um O vinho bom veio para fazer a
evento histórico um sentido espiritual diferença na nossa festa. Nosso Mo-
e teológico. A leitura oficial é de que o vimento espera ser para a Juventude
casamento retratado, na verdade, é o Católica uma experiência tão impor-
de Cristo com sua Igreja, representada tante como a festa de casamento era
por Maria. O sinal da Caná é uma an- para a tradição judaica: algo pleno,
tecipação da Páscoa, quando o Cristo, que expressa efusivamente o amor
Esposo ressuscitado, desposará para entre nós e para com Deus.
sempre a Igreja, dando-lhe como dote Casais, nunca desprezem o va-
eterno o dom do Espírito. lor que vocês têm para nós. Este é
Como Equipistas de Nossa Se- só o exemplo mais recente das ma-
nhora, seja de Jovens ou de Casais, ravilhas que o Poderoso fez em nós,
podemos ir além... podemos lançar através de vocês. Que nossas mãos
um novo olhar sobre essa conheci- estejam cada vez mais unidas nessa
da passagem: o olhar das Equipes nossa caminhada rumo ao Céu, com
de Jovens de Nossa Senhora. o empurrãozinho de Nossa Senhora.
E se as ENS fossem, para nós das A verdade é que nós somos dupla-
EJNS, como Maria, o que ela foi para mente abençoados por termos a Vir-
os Noivos? Aquela que alcança das gem como mãe
mãos de Jesus verdadeiros milagres. no Céu e as ENS
Apesar de já termos 26 anos no como nossa
Brasil e quase 190 equipes, as EJNS, mãe na terra.
até pouco tempo atrás, não tinham O Poderoso
um controle eficiente para cadastro fez em mim ma-
dos Jovens Equipistas e por meio ravilhas e Santo
das ENS agora nós teremos! é o Seu nome!
O vinho que as ENS alçaram das Lucas Godoi
mãos de Jesus para nós é o SISTE- Responsável Nacional
MA MAGNIFICAT! Equipes de Jovens de Nossa Senhora
CM500 35
acervo literário do Pe. Caffarel
A OBRA LITERÁRIA
DO PADRE CAFFAREL1
O nosso objetivo nesta edição mado mais tarde de Horizonte
especial é levantar um balanço do (Horizon) – é o boletim direcio-
conjunto dos escritos do padre nado aos movimentos das viúvas,
Caffarel que representa aproxi- animados pelo padre Caffarel:
madamente 3.000 páginas. publicado de janeiro-fevereiro
Entre as revistas, a Carta Mensal de1947 até março-abril de 1968.
constitui o meio de ligação, o Os Cadernos sobre a Oração
centro de informações e instru- foram publicados de dezembro de
ções internas do Movimento das 1957 até abril de 1987, no princípio
Equipes de Nossa Senhora a partir em ritmo mensal, e depois bimen-
de 1948. Neste boletim redigido sal, num total de 224 números.
com a equipe dirigente do Mo- A “Sala do Alto” (La Cham-
vimento, o padre Caffarel ofere- bre Haute),2 publicada de 1973
ce regularmente um editorial, às a 1978, em 32 edições. Essa re-
vezes um artigo mais elaborado. vista fora lançada à intenção dos
De dezembro de 1945 até maio- grupos de oração da Renovação à
junho de 1973 temos 175 tex- qual o padre Caffarel se interes-
tos. Uma das “obrigações” dos sou desde cedo.
membros das equipes, durante
os primeiros anos, era a leitura do Em 1958 padre Caffarel es-
editorial da Carta, assunto para creveu importante posfácio para
reflexão. uma coletânea de cartas de São
Francisco de Sales que cons-
A revista mais conhecida do
tituíram um número especial d’A
grande público é A Aliança de
Aliança de Ouro.
Ouro (L’Anneau d’Or). Esta revista
ficou estreitamente ligada às Equi- Livros do Padre Caffarel
pes de Nossa Senhora sem, contu-
Quanto aos livros do padre
do, ser o órgão oficial. A Aliança
Caffarel, eram essencialmente
de Ouro foi publicada de 1945 até
compilações de artigos, ou às ve-
1967. Há 124 artigos assinados
zes de conferências, publicados
pelo padre Caffarel que vão do edi-
anteriormente. Mas os reagru-
torial de duas páginas ao artigo de
pamentos de textos para compor
dez ou doze páginas, ou ao relató-
números especiais constituem
rio de pesquisa ainda maior. Um to-
verdadeiros livros.
tal de mais de 730 páginas.
Ofertório (Offertoire) – cha- Vale a pena mencionar esses

1 Texto baseado em uma conferência de Mons. Fleischmann, pronunciada em 3 de dezembro de 2010.


2 Este título tem por referência o local onde os apóstolos ficavam reunidos depois da ascensão de Jesus, conforme
Atos 1,13 (N.T.)

36 CM 500
volumes em ordem cronológica: - 1983, Prends chez toi Marie,
- 1956, Propos sur l´amour et la ton épouse (Recebe Maria
grâce (Palavras sobre o amor como tua esposa): este livro re-
e a graça, traduzido no Brasil produz o conteúdo do número es-
como “O Amor e a Graça”) pecial da Aliança de Ouro de 1965
- 1960, Lettres sur la prière (Car- Por outro lado, o padre Caffarel
tas sobre a Oração): primeiro preparou e publicou antologias:
volume de uma série que será de- - 1971, Amour qui es-tu?
senvolvida por meio da Présence (Amor quem és tu?), mara-
à Dieu em 1967, traduzido como vilhosas páginas de escritores
“Na Presença de Deus” contemporâneos sobre o amor.
- 1973-1976, dois volumes sobre - 1984-1987, Dieu, ce nom le
a Renovação: “Deve-se falar plus trahi (Deus, o nome mais
de um pentecostalismo ca- traído) : antologia comportan-
tólico?” (Faut-il parler d´un do vários textos do próprio pa-
Pentecôtisme catholique)?, dre Caffarel.
edição do Feu Nouveau; “A - 1989, L´Oraison, jalons sur la
Renovação carismática ques- route (A oração, balizas para
tionada” (Le Renouveau o caminho): seleção de páginas
charismatique interpellé) sobre a oração de diversos au-
- 1980, Cinq soirées sur la prière tores comportando 17 textos do
intérieure (Cinco noites sobre padre Caffarel.
a oração interior): publica os
Textos e Transcrições
textos de noites memoráveis.
de Conferências
- 1982, Camille C. ou l´emprise
de Dieu (Camille C. ou a in- Os arquivos das Equipes de
fluência de Deus): a publica- Nossa Senhora e dos outros mo-
ção da correspondência dessa vimentos preservam uma cen-
mística contemporânea é prece- tena de textos, especialmente
dida por um longo prefácio do das transcrições de conferências,
padre Caffarel, e em seguida, frequentemente anotadas com
em apêndice, encontra-se uma menções “não publicar”, “a re-
nota técnica. No total, mais de ver”. De fato, ele mantinha que
100 páginas de nosso autor. O não se deveriam divulgar trans-
Portrait spirituel de Camille crições contendo imperfeições e
C. (O retrato espiritual de Ca- incertezas da linguagem falada.
mille C.) é objeto de um peque- Estamos, portanto, no limite da
no volume publicado em sepa- “escrita”. Alguns desses textos ti-
rado no mesmo ano. Apesar de veram, todavia, sua importância,
tratar de uma apresentação dos como as conferências de 1972 no
escritos de Camille C., podemos Brasil, bastante divulgadas entre
classificar o volume entre os li- nós, ou ainda a Conferência de
vros do padre Caffarel. Chantilly em 1987, quando o

CM500 37
padre Caffarel levanta um balan- não comporta nenhum artigo assi-
ço e esboça uma perspectiva, o nado por Caffarel.
que recentemente muito inspirou Sua Forma de Escrever
as Equipes de Nossa Senhora.
Este balanço já demonstra a Frequentar os escritos do padre
amplitude da obra escrita do pa- Caffarel leva a apreciar sua forma
dre Caffarel. O que ele escreve de escrever. Nos textos transpa-
está vinculado às necessidades rece o conferencista, o pregador,
dos movimentos que ele anima, pois com frequência ele se diri-
às circunstâncias da atualidade. ge diretamente ao leitor como a
um ouvinte presente diante dele.
Cuidado com a Preparação Aliás, vários artigos desenvolvidos
Há um aspecto importante na são uma reprise amplamente cor-
atividade editorial do padre Caffa- rigida de conferências em encon-
rel que devemos relembrar. Henri tros de responsáveis de equipe ou
Caffarel foi um incansável diretor de setor das Equipes de Nossa Se-
de revista. Ele se envolveu muito nhora, em uma peregrinação das
para levar avante a publicação d’A viúvas a Lourdes, uma peregrina-
Aliança de Ouro durante 23 anos, ção de casais a Roma. Seu estilo
ou os Cadernos sobre a Oração du- comporta algumas originalidades.
rante 30 anos. Se nem todos os nú- A escrita é viva, frequentemente
meros contêm textos dele próprio, nervosa. Ele gosta de páginas
ou sob sua assinatura, sabemos curtas, mas domina também nar-
que ele cuidava da preparação de rativas cuidadosamente elabora-
cada caderno. Testemunha disso das. Ele gosta do estilo epistolar,
é uma carta de 18 de fevereiro de já o sabemos no que se refere à
1951 a Pedro Moncau, fundador oração, mas certos editoriais são
das Equipes de Nossa Senhora no respostas a uma carta, a uma per-
Brasil, na qual ele pede desculpas gunta recebida. Os que estão fa-
por escrever brevemente: miliarizados com o padre Caffarel
sabem o quanto ele insistia sobre
Eu estive sobrecarregado de tra- as exigências necessárias à fideli-
balho esses últimos tempos. O que dade do Movimento ao seu caris-
me ocupa particularmente nesta ma. Nas principais revistas há per-
época do ano é a composição do to de 500 usos de palavras tendo
número especial que será publi- por raiz “exigir” e, detalhe sig-
cado no mês de junho. É sempre nificativo, são encontradas mais
um grande trabalho. Esse número frequentemente na Carta Mensal
especial, sendo um número duplo, e n’A Aliança de Ouro do que nos
está me dando praticamente dez Cadernos sobre a Oração. Acon-
vezes mais trabalho do que um nú- tece frequentemente ao nosso
mero ordinário. O deste ano terá autor forçar um pouco a lingua-
por assunto e por título: O Filho. gem; assim no famoso editorial
E observe-se que esse número que lança o “dever de sentar-se”,

38 CM 500
ele pede evitar o “enrotinamento” çol aberto ao sol? ” Em outra parte:
do lar. Ele chega às vezes a sequên- “Entregue-se nesta oração como a
cias de termos que se completam acha de lenha se entrega à chama,
com vivacidade. Como: tornando-se fogo por sua vez”.
Nada melhor do que o olhar Sente-se, por vezes, também o
para revelar o amor. Quem assim é sopro de certa eloquência. Uma úl-
olhado não se engana, todo o seu tima citação um pouco longa:
ser – falo de seu ser íntimo, de seu “Jesus Cristo não quer apenas
eu secreto – desperta, estremece, que sua prece seja nossa como
se maravilha, se lança e vive sob o se fosse um bem entre as nossas
choque deste olhar de amor. Uma mãos, do qual podemos dispor;
vida nova, desconhecida, arden- ele quer que ela seja implantada
te, intensa, surge nele: o olhar do visceralmente no mais profundo
amor suscita o amor. de nós mesmos, na raiz de nos-
Certas fórmulas são particular- so ser, alma de nossa alma e que
mente rudes. Como: “Reconhe- possa repetir, com total verdade,
çam que para honrar e servir a conforme São Paulo: Vivo, mas
Deus no próximo convém não ser não sou eu que vivo..., oro, mas
um homem anêmico, exausto, sem não sou eu que oro, é o Cristo que
vitalidade, um trapo socorrendo ora em mim. É o Espírito do Filho,
outros trapos”. Ou ainda: “No dia o Espírito Santo, que faz ressoar
final, muitos cristãos, leigos ou re- em mim o grito do amor filial:
ligiosos, compreenderão repentina- Abba, Pai! [...] Assim como na
mente com estupor ao descobrir a noite de Páscoa, na igreja escura,
Face de Deus, que eles tinham sido a chama da vela pascal se comuni-
convidados a viver a vida inteira- ca pouco a pouco com a multidão
mente entregues ao calor deste sol de pequenas velas nas mãos dos
resplandecente, e, no entanto, pas- fiéis, assim também o Cristo pelo
saram seu tempo enclausurados na batismo ganha os homens pouco
caverna úmida de seus corações”. a pouco, através do mundo, fa-
zendo surgir em suas almas, de
Ele usa expressões muitas vezes suas almas, sua prece filial.”
pitorescas, todas destinadas a fazer
entender o sentido e a urgência da Hélène e Peter
Eq.05 0A - N. S. da Santa Cruz
prece: “Deus nos ama não porque
São Paulo-SP
somos isto ou aquilo, mas simples-
mente, de forma admirável, porque Monique e Gérard
é nosso Pai. Com um amor inalte- Eq.01A - N. S. do Sim
rável, indestrutível, ‘indesanimá- São Paulo-SP
vel’, insuperável” ou ainda: “E se, M. Regina e Carlos Eduardo
durante quinze minutos, todo dia, Eq.01A - N. S. do Rosário Piracicaba-SP
você tentasse conversar com Ele ou Cidinha e Igar
mesmo simplesmente se colocasse Eq.01B - N. S. Aparecida
diante de seu olhar, como um len- Jundiaí-SP

CM500 39
Livros do Pe. Caffarel
Versão Francesa/Original Versão Brasileira
Ano Título Ano Título

1954 Propos sur l’amour et la grâce 1956 O Amor e a Graça


2016 Relançamento ENS
1958 L’amour plus fort que la mort 1958 O Amor mais Forte que a Morte
2013 Edição reduzida CNSE
1960 Lettres sur la prière
1963 L’anneau d’Or - Le mariage,
ce grand sacrement
1964 L’anneau d’Or -Mariage,
route vers Dieu
1967
Présence à Dieu. 1977 Presença de Deus
Cent lettres sur la prière 100 Cartas sobre a Oração
2015 Relançamento ENS
1970 La pensée de Paul VI sur Discurso de Paulo VI às ENS.3
sexualité mariage, amour
1971 Amour, qui es-tu?
1973 Faut-il parler d’um
pentecôtisme catholique?
1975 Nouvelles lettres sur la prière 1975 Novas Cartas sobre a Oração
2015 Relançamento ENS
1976 Le renouveau
charismatique interpellé
1980 Aux carrefours de l’amour 1 2004 Nas Encruzilhadas do Amor
Ed. Santuário
1980 Cinq soirées sur la prière 1991 5 Encontros s/ Oração Interior
intérieure Ed. Loyola
2016 Relançamento ENS
1980 Dieu, ce nom le plus trahi 2
1982 Camille C. ou l’emprise de Dieu 2016 Camille C. Possuída de Deus
Lançamento ENS
1982 Portrait spirituel de Camille C.
1983 Prends chez toi Marie, 2009 Recebe Maria como Tua Esposa
ton épouse Ed. Santuário
2006 L’oraison. Jalons sur la route
2006 O Carisma Fundador
Discurso de Chantilly 4 - ENS
2009 Père Caffarel - 2009 Padre Caffarel -
Prophète du mariage Profeta do Matrimônio 5 - ENS
2016 Espiritualidade Conjugal
Lançamento ENS
1 Coletânea de textos escritos entre 1945 e 1967 / 2 Uma antologia / 3 O discurso e os comen-
tários de Pe. Caffarel constituem um capítulo do livro “A missão do casal cristão”, publicado no Bra-
sil em 1990 / 4 Brochura publicada apenas no Brasil / 5 Seleção de textos

40 CM 500
Livros sobre o Pe. Caffarel
Versão Francesa/Original Versão Brasileira
Ano Título Ano Título
1988 Jean et Annick Allemand - 1990 A missão do Casal Cristão
Les Équipes - Notre Dame. Surgimento e caminhada
Essor et mission des couples das ENS
chrétiens
1997 Henri Caffarel 1999 Henri Caffarel - Um homem
Un homme saisi par Dieu Arrebatado por Deus
2002 Prier 15 jours 2002 Orar 15 dias com
avec Henri Caffarel Henri Caffarel
Ed. Santuário
2003 Henri Caffarel - 1903-1996 2009 Padre Henri Caffarel
Textes choisis. Thème d’étude Textos escolhidos. Tema de
des END estudos das ENS
2007 Gérard et Marie-Christine
de Roberty - À la rencontre,
Père Henri Caffarel
2010 Actes du Colloque 2016 O Padre Caffarell
sur le Père Caffarel 1903 -1996 Coloquio
Lançamento ENS
2013 Henri Caffarel: “Le Mariage,
aventure de sainteté”,
ed. Parole et Silence,
maio 2013; coletânea dos
principais escritos do Pe. Caffarel
sobre o matrimônio, reunidos
e organizados por Danielle
Waguet, sua colaboradora
em Troussures, com prefácio
do Cardeal Philippe Barbarin

Revistas
Titulos Ano Histórico

L’Anneau d’Or 1945 68 editoriais, 49 artigos e 5 análises


1967 de pesquisas escritos pelo Padre Caffarel
Offertoire 1947 “Boletim” direcionado aos movimentos de viúvas
1968
Cahiers sur l’Oraison 1957 “Cadernos sobre Oração”. 224 números
1987 produzidos em rítmo mensal e depois bimensal
La Chambre Haute 1973 “Sala do Auto”. 32 edições
1978 para grupos de oração da Renovação

CM500 41
formação
Casamento,
sacramento
do dia a dia
nados; humana porque se modifica
seguindo seu ritmo e ciclo próprios; e
finalmente sagrada porque a família
é lugar onde Deus reside, devendo
ser amado e servido. Família é um ca-
minho de superação, humanização e
amadurecimento.
As dificuldades são inúmeras e as
O livro Casamento, Sacramento tentações são diversas, isso porque o
do Dia a Dia é mais uma riqueza den- amor conjugal não se dá entre dois
tre tantas que recebemos nestes 20 seres perfeitos e totalmente integra-
anos de pertença nas Equipes de Nos- dos; mas entre seres com virtudes,
sa Senhora. Já foi tema de estudo e, defeitos e feridas deixadas pela vida;
tendo se revelado precioso pelos seus pessoas em construção que precisam
ensinamentos, foi adotado na primei- ser perdoadas, acolhidas, amadas.
ra etapa de iniciação das equipes. Homem e mulher podem se supe-
Partindo da descoberta de um rar na construção de um amor pleno
amor novo, exigências de entrega pela renúncia, diálogo, perdão apren-
em tempo integral, sentido cristão da dendo a ser feliz na felicidade do
paternidade e maternidade, culmi- outro. Por isso sugerimos a releitura
na com a sacralidade dos pequenos deste livro com verdades inesgotáveis.
gestos que ganham status de liturgia Somos felizes e agradecidos por
doméstica. Nele está escrito: “É fun- podermos investir no nosso amor, no
damental investir em relação e con- nosso matrimônio, através das ENS,
vivência duradouras (...) cultivando dos PCE e formações; meios estes
atitudes de perdão e de amor incon- que têm nos proporcionado força,
dicional, dedicando tempo no dia a graça e luz para consagrarmos o nos-
dia ao cônjuge, rezando e meditando so casamento em sacramento do dia
juntos a Palavra de Deus, dialogando a dia, para a honra e glória de Deus.
abertamente sobre o futuro.”
Estamos acostumados a investir
na realização pessoal, busca de su-
cesso e riqueza, conquista de apreço
e poder, nos esquecendo de investir
no Sacramento do Matrimônio, nes-
ta aliança desafiadora e maravilhosa,
humana e sagrada! Desafiadora por-
que comporta sofrimentos, renúncias Célia e Alfonso
e abnegação; maravilhosa pelas ale- CRR Paraná Norte
grias e prazeres legítimos dela ema- Londrina-PR
42 CM 500
reflexão
AS NOSSAS ESCOLHAS
No evangelho de Jesus Cristo, to do alimento
segundo Marcos, no capítulo eterno que Je-
3, versículos 13 a 19, encontra- sus oferecia.
mos a narração da “Eleição dos Portanto,
Apóstolos”, os quais ficariam na Jesus não
companhia de Jesus para serem escolheu
enviados em missão. “Depois, su- errado,
biu ao monte e chamou os que mas foi Ju-
Ele quis. E foram a Ele” (Marcos das quem
3,13). Dentre as suas escolhas, fez a esco-
encontrava-se “Judas Iscariotes lha errada
que o entregou” (Marcos 3,19). de abando-
Ora, penso, teria o Senhor esco- ná-lo, para
lhido errado? seguir pelo caminho da morte,
Meditando com o olhar e um do egoísmo, da vida que dá mais
coração misericordioso, o qual valor aos tesouros e alimentos da
somos especialmente chamados terra. Quando a conversão bateu
a viver neste Ano Santo da Mise- à porta de Judas, ele a abriu, mas
ricórdia, penso que o evangelho tal como a parábola do semeador,
me leva a concluir que não. O Se- cuja semente caiu à beira do ca-
nhor jamais escolheria errado, po- minho, entre as pedras, que não
deria talvez entristecer-se com as tem terra ou entre os espinhos,
atitudes dos escolhidos, mas não que sufocam o crescimento da fé
se equivocava nas escolhas. (Mateus 13,4-9), Judas ficou pelo
As escolhas erradas, normal- caminho, não teve raiz e foi sufo-
mente, partem de nós que, uma cado pela tentação que o levou às
vez escolhidos, temos a missão de escolhas erradas, afastando-o de
seguir no caminho, nutridos pelo Deus.
alimento da fé que o Senhor nos Deus não se equivoca no cha-
dá. Sem esse alimento, porém, mado, mas somos nós que nos
sucumbimos e desistimos da ca- desviamos, deixamos a conversão
minhada pela desnutrição espiri- de lado e persistimos escolhendo
tual. Jesus, que estava no meio do errado. Que alimentados pelo pão
povo, estava também entre justos da vida, possamos nos tornar ter-
e pecadores, pois também estes ra boa para que a semente da fé
precisavam de médicos (Lucas cresça em nossos corações e pro-
5,31-32) e a muitos curou e con- duza muitos frutos.
verteu das próprias escolhas erra- Paz e bem!
das. Outros, porém, a increduli- Márcia e Rogério
dade prevaleceu (Mateus 13,58), Eq.10 - N. S. da Esperança
diante da falta de reconhecimen- Florianópolis-SC

CM500 43
MISSÃO:
matrimônio
Estudando o livro Ousar o Evan-
gelho – Viver a Missão com Ale-
gria”, que é nosso Tema de Estudo
para o ano de 2016, logo nos chamou atenção a primeira
frase do primeiro capítulo: “Somos casados vivendo em um
mundo que não acredita no casamento”. Como chegamos
a esse ponto? O que acontece de errado para que o pensa-
mento da sociedade seja esse? Infelizmente já vivenciamos
uma situação assim.
Certo dia, uma antiga colega de escola da minha esposa
me parou na rua, cumprimentou e ao perceber a aliança no
meu dedo disse: “Você ainda está casado com a Cláudia? Não
vai separar? Esse casamento está muito longo, ninguém mais
fica tanto tempo junto! Eu mesma já me casei duas vezes...”.
Ao chegar em casa, contei a ela e tivemos a nítida impressão
de que o problema era o casamento e não o divórcio. Nossa
sociedade está passando por momentos de descrença total
no matrimônio: é muito fácil casar e depois separar, ou então
“morar junto para ver se dá certo”. É claro que não vai dar
certo. A maioria das pessoas faz isso para ser feliz, e não para
fazer o outro feliz. Temos que abrir mão de muitas coisas para
viver em harmonia conjugal. Só conseguimos isso com Deus
e as ENS. Ambos nos ajudam a ser um casal mais tolerante,
confiante e a seguir os passos do Senhor.
Em nosso casamento, fizemos um juramento perante
Deus. Esse laço é inquebrável porque convidamos Jesus para
estar conosco nessa missão e Ele nunca nos deixará sozi-
nhos. A chegada dos nossos filhos, missão preciosa que nos
dá muitas alegrias, mas também muitas dúvidas, não seria
completa sem a ajuda de Deus. Nosso matrimônio nos dei-
xa mais fortalecidos, pois sabemos que temos apoio um do
outro para o que der e vier. Nem sempre serão só alegrias,
já tivemos muitos momentos de dor, desespero, aflição e sa-
bemos que ainda não acabou... Mas juntos criaremos e edu-
caremos nossos filhos, e o que nos encoraja é a certeza que
Deus está conosco nessa incrível jornada: fazer o outro feliz!
Maria Cláudia e Agnaldo
Eq.11A - N. S. da Natividade
Votuporanga-SP

44 CM 500
UMA NOVA CIVILIZAÇÃO DO AMOR
como fermento no meio da massa
Com a violência que campeia e que brilha intensamente, sinaliza
na face da terra, tão hostil à convi- a todos tanto que o amor é mais
vência humana, a ideia que forma- forte do que a morte, quanto que
mos hoje do mundo é comparável os sentimentos que devem existir
a um ambiente árido, de muita e prevalecerem entre nós são o
secura, de uma terra sequiosa por amor, a misericórdia e o perdão.
uma gota d’água. A imagem que As ENS nos fazem lembrar as
nos vem à mente é a do sertão nor- palavras do Senhor: “A ninguém
destino, tão próximo está da deser- fiqueis devendo coisa alguma, a
tificação. O mundo está sedento não ser o amor recíproco; porque
de amor. Do amor de Deus. O cora- aquele que ama o seu próximo
ção do homem, tão cheio de ódio, cumpriu toda a lei” (Rm 13,8). Toda
precisa esvaziar-se para ser inunda- a lei e os profetas se resumem em
do por águas de chuvas torrenciais amar a Deus sobre todas as coisas
de amor, para se transformar de e ao próximo como a si mesmo (cf.
deserto, de terra da desolação, em Mt 22, 37-40).É isto o que as ENS
vale verdejante, em terra da conso- procuram viver, através da espi-
lação. ritualidade conjugal, mesmo em
Deus já está realizando esta solo agressivo ao cristianismo.
obra. O Senhor está criando oásis As ENS, com seu fecundo
de amor no meio do deserto do programa de santificação para
desamor. Ele está suscitando, na casais, unidos pelo Sacramento do
sua Igreja, movimentos, pastorais, Matrimônio, estão criando uma
serviços e novas comunidades nova civilização, a civilização do
para atuarem como sinais do seu amor, que povoará a terra nova que
Reino, que já está entre nós. O Deus deseja. Terra sobejamente rica
Movimento das Equipes de Nossa de paz, de justiça, de alegria e de
Senhora é um grande oásis de amor. Somos homens e mulheres
amor neste imenso semiárido em de fé que não desanimam nem
que o mundo se tornou, quanto recuam diante das dificuldades,
às relações interpessoais, em que mas avançam confiantes para
vida não tem valor algum. Mata- águas mais profundas, sabendo
se por um nada. que o trabalho que realizamos nas
Quando Equipes de Nossa equipes não será em vão, porque
Senhora se reúnem na Síria para Deus está conosco e Maria nos
realizar sua Reunião Formal e protege. Somos, sim, fermento
Noite de Oração, mesmo sob forte no meio da massa, como sonhado
ameaça de bombas caírem sob por nosso querido fundador, o Pe.
seu teto, acende-se enorme farol, Caffarel.
onde Cristo resplandece na ação Fátima e Luiz
dos nossos irmãos. O farol do amor Eq.05B - N. S. d’Ajuda
de Deus que os torna destemidos, Jaboatão dos Guararapes-PE
CM500 45
carta mensal no 500

Uma edição significativa


A edição da Carta Mensal que pes ajudaram e ajudam afetiva e efe-
você está lendo é a “Carta 500”. tivamente na elaboração deste rico
Qual a importância desse fato? Com periódico que hoje celebramos os
certeza muito maior do que um “nú- 500 números de edição. No pouco
mero redondo” na contagem de tempo como sacerdote conselheiro
nossas publicações. Celebramos com espiritual da Super-Região Brasil es-
alegria, através dessas publicações, o tou podendo testemunhar o esforço
simbolismo da caminhada histórica desses casais. Não são profissionais
do nosso Movimento. Desta celebra- de comunicação. São casais de boa
ção podemos perceber algumas con- vontade e boa intenção, muitas ve-
clusões, quero destacar três. zes com muita paciência também. O
A primeira delas é que o Movi- processo de uma Carta que chega
mento das Equipes de Nossa Senho- até as mãos de um leitor dura mais
ra é um movimento maduro. Já su- de um ano, a contar da elaboração
peramos nossos “primeiros passos”. do plano anual de trabalho até o
Temos uma história consolidada que despacho pelo meio que entregará
tem como um de seus indicativos nas diversas partes de nosso país.
justamente estarmos celebrando a Considerando as conclusões que
publicação da Carta 500. destaquei acima, mas também as
A segunda é o inestimável servi- tantas outras que poderia enumerar,
ço evangelizador-pastoral prestado quero antes de mais nada agradecer
a muitas famílias do nosso querido a Deus por ter utilizado e continuar
Brasil com as Cartas que periódica- utilizando as ENS, através da nos-
mente chegaram e chegam até os sa querida Carta Mensal, para fa-
lares de nossos equipistas. Cartas es- zer chegar a Boa Nova da Família a
sas que possuem um conteúdo que tantos casais de nosso Brasil. Quero
tem como único objetivo ajudar os ainda agradecer as equipes da Carta
casais a viverem com fidelidade ao Mensal que duran-
Evangelho num mundo conturbado te todos esses anos
no qual estamos inseridos. Com cer- estiveram à frente
teza a divina providência já se serviu dessa valiosíssima
das Cartas para resgatar muitos ca- missão evangeli-
sais fragilizados e famílias em mo- zadora.
mentos difíceis. Deus seja louvado!
A terceira é a dedicação de casais Pe. Paulo Renato F. G. Campos
das ENS que organizados em equi- SCE Super-Região

46 CM 500
Equipistas de todo o Brasil
saúdam a Carta Mensal
SOLANGE e EDWAN - Manaus-AM
Na música “A Carta”, sucesso dos anos 70, cantamos que a car-
ta “é uma prova de afeição”. E é o que a nossa Carta Mensal
representa: uma expressão de carinho e zelo das ENS para com
cada equipista. Da capa à contracapa! Temos muitos recursos dis-
poníveis para nos comunicar, enviar mensagens, estabelecer co-
nexões, encurtar distâncias. Mas receber uma carta é uma alegria
experimentada por poucos nos dias de hoje.
Enquanto destinatários, precisamos estar atentos ao carinho e
zelo dispensados a cada edição por tantos irmãos equipistas. Toda
carta precisa cumprir sua missão! Quantas vezes os artigos da CM
nos ajudaram, nos iluminaram, nos trouxeram conversão. Tantas
vezes foram subsídios para nosso trabalho pastoral, para a anima-
ção de nossa equipe, para atuarmos no Movimento.
Nossa Carta Mensal é uma carta de amor, que traz em si o
desejo de formar, informar, integrar, de nos conectar e aproxi-
mar, como uma grande família que somos. Que a leitura da CM
seja para cada um de nós, equipistas, uma experiência que proporcio-
ne o sentimento de pertença e que fique guardada em nosso coração.

CAROLINE e GEANCARLO TOLAZZI - Caxias do Sul-RS


A Carta Mensal é muito importante para nosso crescimento na fé e
no amadurecimento do nosso matrimônio, pois é um subsídio valioso
em nossos estudos, ao trazer relatos de casais que, assim como
nós, caminham em busca da santidade, e de sacerdotes que nos ali-
mentam com a visão da Igreja sobre temas do cotidiano, e ainda nos
convidam ao aprofundamento do estudo das coisas de Deus. Também
serve como base para estudos na equipe e nos traz informações sobre
o Movimento, proporcionando-nos um sentimento de pertença a este.

CM500 47
LUCINHA e JOÃO ARBEX - Três Corações-MG
Assim como uma mãe cerca seus filhos de cuidados para que
cresçam seguros e protegidos das mais diversas ameaças, o movi-
mento das ENS nos cerca com a Carta Mensal, para que possamos
crescer na vivência dos PCE. Seu conteúdo nos oferece plena in-
tegração com a Igreja, com o movimento e nos dá a segurança
de que não estamos sozinhos nessa caminhada. Além de cada
um de nós ler a CM, criamos o costume de terminar nossa oração
conjugal com a leitura de um artigo ou de uma notícia da CM,
pois assim no final do mês temos contato com todo o seu conteú-
do. É de uma riqueza indescritível.

ILDA e DIONÍSIO - Bauru-SP


Nos dias de hoje constatamos que os meios de comunicação só
se preocupam com as notícias enfáticas para o sensacionalismo. A
Carta Mensal ajuda a refazer o caminho de informação, for-
mação e de aprofundamento da fé de nós equipista. Ela traz
a proposta de sermos fraternos anunciando os temas centrais do
Movimento, com o objetivo de transmitir suas diversas etapas desde
seu início até hoje. Certamente os corações dos equipistas do Brasil
e do mundo inteiro esperam ansiosos pelo recebimento deste ma-
ravilhoso meio de comunicação entre nós, aguardando suas mensa-
gens e suas propostas com os ensinamentos de Jesus e de Maria. A
Carta Mensal mexe com a gente e nos deixa inquietos com seus ar-
tigos, pois nos leva a meditar e a colocar em prática os depoimentos
de cada irmão equipista. Somos suspeitos de falar da Carta Mensal,
pois é um dos contatos preferidos que recebemos do Movimento
das ENS. Há mais de 35 anos é o tempo que desfrutamos deste meio
de aprendizado em nossa vida como cristão e equipista.
Que Jesus e Maria continuem inspirando esses valorosos irmãos
da Equipe da Carta Mensal.

48 CM 500
EMÍLIA e LUIZ - Rio de Janeiro-RJ
Muito mais do que uma carta; muito mais do que uma revis-
ta; muito mais do que somente um conjunto de informações.
Acima de qualquer uma destas conclusões, um verdadeiro
documento que nós equipistas, temos o privilégio de saborear
os muitos assuntos que ela nos proporciona.
Quantas vezes, e não raras vezes, utilizamos a Carta Men-
sal como fonte de apresentações que fizemos a tantos traba-
lhos pastorais.
Muitas vezes pegamos uma revista e folheamos, folheamos
e não nos interessamos por assuntos que ela possui; com a Car-
ta Mensal não conseguimos folhear à procura de um ou outro
assunto, pois todos os textos nos envolvem, nos formam.
Tantas foram as vezes em que levamos, como reflexão e
coparticipação importantes, textos e testemunhos, vindos
na Carta Mensal, para a nossa reunião de equipe.
Já há algum tempo tiramos assuntos das Cartas Mensais e
compartilhamos em grupos das mídias sociais, tanto a nível
paróquia, família, sociedade.
Somos divulgadores incansáveis de artigos das Cartas Men-
sais até e com muita frequência sobre demonstrativos finan-
ceiros; afinal, encontramos equipistas com pouco interesse e
conhecimento sobre o assunto.
Não tendo oportunidade de possuir todas as Cartas Men-
sais, nas leituras de documentos, depoimentos, sempre encon-
tramos artigos, de Cartas Mensais antigas, escritos pelo nosso
Padre Caffarel; como é importante lermos essas relíquias para
nossa própria animação e formação como equipistas.
Obrigado por poder ter acesso à Carta Mensal, verdadeiro
documento equipista!

CM500 49
OLGUINHA e TONINHO - São Carlos-SP
Nossos parabéns a esse instrumento de unidade do Movimento
das Equipes de Nossa Senhora. Instrumento que é sempre aguar-
dado por nós, e, quando chega, é acolhido de forma intensa, e
isso há 45 anos. A Carta Mensal tem sido um farol a iluminar
e apontar para a caminhada em equipe e em nosso sacra-
mento. Revela-nos o amor de Deus e a grandeza do sacramento
do matrimônio, através de testemunhos e orientações várias, es-
pecialmente de nosso fundador, o Pe.Caffarel. Ela imita para nós
a atitude de Maria, que visitou Isabel e que nos visita sempre,
vindo a nós a cada mês. Que a Carta Mensal, este instrumento
maravilhoso, hoje de no. 500, continue sua missão, inspirada pelo
Espírito Santo, e por isso sempre nutrida por irmãos que se dis-
ponibilizam a elaborá-la. Nossas orações para que ela continue
visitando-nos.

ANDRÉIA e MORENO - São Paulo-SP


Há 5 anos tivemos a graça de entrar para um movimento de
casais. Que alegria! E qual não foi a nossa surpresa quando rece-
bemos pela primeira vez a revista do Movimento Carta Mensal.
Recordamos a sede e a curiosidade que tivemos ao debruçarmos
sobre cada página, cada artigo, e aprendermos mais sobre as ENS,
a Igreja, nossa fé e nosso matrimônio.
Hoje, muitas Cartas Mensais já chegaram em nossa casa,
mas nem por isso perdemos a alegria e a curiosidade em
desfrutar cada ensinamento, cada testemunho, cada ativida-
de do Movimento realizado não só no Brasil, mas no mundo.
E é essa unidade, essa esperança que nos motiva e nos anima
a vestirmos cada vez mais essa camisa chamada Equipes de Nossa
Senhora.
Deus seja louvado!

50 CM 500
LÚCIA e RUBSON - Ribeirão Preto -SP
A Carta Mensal, por ser um veículo de comunicação e infor-
mação da Super-Região Brasil, sempre nos ajudou, como cristãos
equipistas, em nosso crescimento espiritual, conjugal e familiar.
Os assuntos nela contidos, principalmente a parte de testemu-
nhos, têm sempre algo que nos sensibiliza a colocar em prática no
nosso dia a dia e também nas reuniões mensais.
Quando recebemos a CM a primeira coisa que lemos é o Edi-
torial, pois aí encontramos resumidamente os principais assuntos,
aqueles que despertam em nós sua leitura de imediato.
Nós valorizamos muito a CM, pois ela representa a “seiva”
do Movimento, visando sempre o fortalecimento da unidade.
É um excelente meio de formação que sempre nos ajudou em
pesquisas e na prática dos PCE (Pontos Concretos de Esforço).

CYLESIA e HELCIO GOES - Criciúma -SC


Participamos há 40 anos do Movimento das Equipes de Nossa
Senhora, e uma de nossas companheiras nestes anos todos é a Car-
ta Mensal, que anima o nosso caminhar e também estabelece uma
ligação entre o Movimento e seus membros, e destes entre si.
A Carta Mensal é um meio de comunicação formador das
Equipes de Nossa Senhora.
Através dela temos até hoje momentos de crescimento,
formação e gratidão.
Convido a todos os casais para que façam um esforço, e não
deixem sua Carta Mensal na pastinha, mas a coloquem em algum
lugar de fácil acesso em sua casa e todos os meses façam uma lei-
tura consciente, reflitam, e verão como ela nos ajuda em nossos
PCE e em nossa caminhada de casal cristão.

CM500 51
MEIRE e GILSON - Itumbiara-GO
A Carta Mensal, a cada mês, nos faz sentir mais pertencen-
tes ao Movimento das ENS, pois traz para dentro do nosso lar,
para nossa vida conjugal e pessoal, a vida do Movimento, que
estreita os laços fraternos com os demais equipistas, os teste-
munhos, verdadeiros exemplos a serem seguidos, os ensinamen-
tos e as formações que nos fazem crescer na fé e perseverar na
caminhada, rumo ao nosso maior objetivo, a santidade conjugal.

MARIA e AMÂNCIO - Jaboatão dos Guararapés-PE


Quando entramos no Movimento há 27 anos, de início não
tínhamos o hábito de ler a CM que todos os meses chegava em
nossa casa. Aos poucos fomos descobrindo as maravilhas que ela
contém e fomos, qual criança que começa a engatinhar, desco-
brindo o quanto é necessário para nós, para nos atualizarmos dos
acontecimentos aqui em nosso Brasil e também lá fora. Assuntos
importantes estão em nossas CM todos os meses: relembrar as
raízes do nosso Movimento, testemunhos tão importantes que
muitas delas trazem, ensinamentos sobre os PCE, atualidades da
nossa Igreja, orientação e atualização sobre formação em nosso
Movimento e tantos outros assuntos que só nos fazem bem e nos
contemplam como veículo de comunicação.
Tudo que as Cartas Mensais trazem são ensinamentos para
todo equipista.
Que Nossa Santíssima Mãe ilumine todos os casais que se dedi-
cam e zelam pela publicação deste veículo de comunicação todos
os meses.

52 CM 500
MARTA e DIRSON - Dourados-MS
A Carta Mensal é muito importante para nosso crescimento
na fé e no amadurecimento do nosso matrimônio, pois é um
subsídio valioso em nossos estudos, ao trazer relatos de casais
que, assim como nós, caminham em busca da santidade, e de
sacerdotes que nos alimentam com a visão da Igreja sobre temas
do cotidiano, e ainda nos convidam ao aprofundamento do estu-
do das coisas de Deus. Também serve como base para estudos na
equipe e nos traz informações sobre o Movimento, proporcionan-
do-nos um sentimento de pertença a este.
A Carta Mensal é um meio de comunicação que aproxima os
equipistas, exprime sentimentos, das várias regiões do Brasil,
onde o objetivo é fazermos o caminho juntos na unidade, onde
podemos experimentar o SABOR da vivência de outros equipistas
(sacerdotes e casais), com a grande riqueza de interpretações, se-
gundo a sintonia dos ensinamentos oferecidos pelas ENS.

Ouvindo a CARTA MENSAL:


mais um recurso disponível
para o equipista
A partir desta edição (nº 500) da Carta Mensal será possível ouvir
na íntegra todas as matérias publicadas em nossa revista. Um
recurso muito útil, principalmente em função da vida corrida que
atualmente temos, onde dedicar um tempo para a leitura é cada
vez mais difícil.
O áudio gravado de cada matéria da revista é produzido através
de voz digital e não gravação humana real, fato este que pode
conter algumas pequenas distorções na sua estrutura auditiva, não
comprometendo porém o seu entendimento.
É a Equipe da Carta Mensal escutando as necessidades dos
equipistas e agregando mais recursos no dia a dia da Carta Mensal.
Queremos ouvi-lo, partilhem conosco
suas críticas e sugestões sobre esta
nova modalidade de comunicação.
Casais que foram responsáveis
pela Carta Mensal
Nossos agradecimentos pelo compromisso e dedicação
1971 a 1985 - Monique e Gerard - São Paulo/SP
Mais de trinta anos se passaram e ainda
temos presentes as metas que orientavam
nosso trabalho, pois desde o início quería-
mos que a Carta Mensal tivesse também
o objetivo de abrir os horizontes para que
o equipista se sentisse membro não só do
Movimento, mas da Igreja, cônscio de sua
responsabilidade de cristão casado fren-
te aos desafios pastorais de sua diocese,
mormente da Pastoral Familiar. Naqueles
tempos pós-conciliares os bispos ainda
olhavam com certa desconfiança o nosso Movimento, “importado” e,
ainda, “dirigido por leigos”, por isso a menina dos nossos olhos eram as
“Notícias dos Setores”, quando procurávamos dar a conhecer os trabalhos
apostólicos que os equipistas, de Norte a Sul, faziam. Vivíamos à cata deles
nos Boletins dos Setores ou quando encontrávamos um C.R. de fora – o
que ficou mais fácil nos anos finais, quando Cidinha e Igar nos chamaram
a participar dos Encontros Nacionais. A ideia não era apenas desfazer a
impressão de “movimento fechado”, também esperávamos que o relato
do que vinha sendo feito aqui e acolá fosse despertando novas “vocações”
principalmente no campo da preparação ao casamento e do auxílio a ca-
sais em dificuldade. Ao lado disso e porque os equipistas de então tinham
pouco acesso a publicações estávamos sempre atentos a caminhar com a
Igreja, não só dentro do tempo litúrgico como destacando através de arti-
gos ou entrevistas aspectos de sua vida, e numa visão “ecumênica”, dando
a conhecer outros movimentos.
Somos gratos a todos os que nos ajudaram a manter o rumo ao longo
desses 14 anos, mas mais especificamente à Dirce do Reinaldo, nossa vi-
zinha de bairro, que ajudava Monique a corrigir as provas e, com a mania

54 CM 500
dessa pelo português correto, recebia uma bronca se deixasse passar uma
vírgula fora de lugar... Manter o prazo já virara rotina, mas o problema era
quando íamos viajar, o que ocorria a cada dois anos devido a compromissos
de Gérard: era preciso deixar a Carta do mês seguinte praticamente pronta
– e confiar na “secretária”, que receberia as provas – mas calculávamos a
volta sempre em tempo para a segunda prova!
Ficamos por muito tempo com a responsabilidade da Carta até Hélène
e Peter se oferecerem para nos substituir, permitindo que finalmente saís-
semos tranquilos, certos de que deixávamos a Carta nas melhores mãos
possíveis – como aliás o futuro sobejamente iria comprovar.

1986 a 1993 - Hélène e Peter - São Paulo/SP


Convidados por Igar e Cidinha – res-
ponsáveis pela ECIR - Equipe de Coorde-
nação Inter-Regional, que até 1999 era o
órgão super-regional do Brasil na época
– e escolados por nossos predecessores
Monique e Gérard, assumimos a respon-
sabilidade pela Carta Mensal no início de
1986. Preocupamo-nos em formar uma
equipe e distribuir as tarefas entre os par-
ticipantes. Introduzimos a figura de um Conselheiro Espiritual e convida-
mos o agora falecido frei J. P. Barruel de Lagenest para esta função.
Durante os sete anos em que servimos como responsáveis, procura-
mos adequar cada vez mais a Carta às necessidades dos equipistas no
Brasil. Motivava-nos muito uma pesquisa feita alguns anos antes pela
ECIR: para muitos equipistas, a Carta Mensal representava a única leitu-
ra que faziam durante o mês!
Foi uma experiência extremamente gratificante. Respondendo às
nossas solicitações, recebemos bem mais matérias dos equipistas do
que cabia nas 48 páginas de cada edição. Fazíamos reuniões mensais
com a equipe para definir a edição e frei Barruel nos controlava para
que houvesse mais matérias de leigos do que de padres!
Damos graças a Deus por nos ter permitido prestar este serviço ao
Movimento.

CM500 55
1994 e 1995 - Thereza e Carlos Heitor - São Paulo/SP
Desde 1985 já participavam dos
trabalhos da Carta Mensal na equipe
que Hélène e Peter coordenavam.
Mas foi somente a partir de 1993
que assumiram como responsáveis
pela edição da Carta Mensal, época
em que já se começavam a utilizar
processos eletrônicos de editoração.
Nos dois períodos, quase 11 anos,
desempenharam suas funções com muita dedicação e competência.
Em meados de 1995, após um período bem expressivo de trabalho
envolvendo os serviços da Carta Mensal, julgaram que era chegada a
hora de passar a responsabilidade dos trabalhos para outro casal. Mais
recentemente afastaram-se do Movimento por questões de saúde e
Thereza já bem debilitada fisicamente retornou à casa do Pai em 2015.

1996 a 1999 - Silvia e Chico - Sorocaba/SP


.
“Aquele que põe a mão no arado e olha para trás não é apto
para o reino de Deus”. (Lucas 9, 63)
Foi esse versículo do Evangelho que
nos levou a aceitar uma missão que nos
parecia impossível, pois não tínhamos a
menor qualificação para as exigências de
uma Carta Mensal.
Mas Deus já tinha nos “seduzido” e
não fomos capazes de dizer não. E entra-
mos no serviço contando com sua graça.
E Ele não nos decepcionou.
Tivemos os melhores casais na composição de nossa equipe, que
nos ajudavam em tudo e adivinhavam nossas necessidades. Recebemos
colaborações para capas (visto que optamos por colocar uma capa di-
ferente a cada mês) de equipistas que não conhecíamos e que envia-

56 CM 500
vam sugestões na hora exata. E foi na Carta Mensal que conhecemos
o padre Flávio Cavalca de Castro, que se tornou nosso SCE quando
assumimos a responsabilidade pela Super-Região Brasil e que continua
a evangelizar até hoje os casais das ENS.
Receber artigos de irmãos de todo o país, com depoimentos incrí-
veis, gente corajosa que não media esforços para atingir a santidade,
fez com que esse serviço se tornasse o mais prazeroso que já fizemos.
Nada foi muito pesado. Tudo “pagou a pena”, como diz o padre Flávio.
Só podemos louvar e agradecer a Deus por ter querido contar conosco.

2000 a 2004 - Cecília e José Carlos - Sorocaba /SP


Fomos responsáveis pela elabo-
ração do conteúdo da Carta Mensal
no período de novembro de 1999 a
agosto de 2004.
Foi um período de muitas graças e
bênçãos. A convivência com os casais
integrantes da Super-Região Brasil,
com D. Nancy, com padre Flávio Ca-
valca e com toda a equipe da Carta
Mensal ficou marcada em nossa memória e no nosso coração para
sempre.
Dentre tantas atividades, eventos e participações que tivemos,
destacamos como primeiro desafio a preparação da Edição Especial
da Carta Mensal comemorativa dos 50 anos de existência do Mo-
vimento no Brasil e que seria publicada no mês de maio de 2000.
Foi uma edição que nos trouxe muitas preocupações, desafios e que
quando vimos o resultado final, louvamos e agradecemos a Deus
por este fruto maravilhoso. Foi a primeira edição da Carta Mensal
totalmente em cores.
Também tivemos a graça de poder participar do Encontro de Ca-
sais Dirigentes do mundo todo, num total de 280 pessoas aproxima-
damente, em Roma e tendo como destaque a audiência particular
que tivemos com o Papa, agora São João Paulo II.

CM500 57
Durante os quase cinco anos nessa missão, tivemos a oportuni-
dade de fazer diversas visitas por muitos lugares do Brasil: visitas da
Equipe da Super-Região, dos EACREs, de Formações, tendo inclusive
participado de algumas reuniões de equipe, onde nos sentimos to-
talmente integrados com a equipe que visitávamos, tendo a sensa-
ção de sermos velhos conhecidos.
Finalizando podemos dizer que, durante este período, só fica-
ram em nossa lembrança e em nosso coração os ótimos momentos
que vivemos, contando sempre com a ação do Espírito Santo e a
proteção de Maria.

2005 a 2009 - Graciete e Gambim - Porto Alegre/RS


Nós não o conhecíamos, mas dis-
semos sim ao serviço da Carta Mensal
no início de 2004. Fomos responsáveis
pelas edições de outubro de 2004 a se-
tembro de 2009.
A responsabilidade pela CM era
compartilhada com a “Equipe da Carta
Mensal”, cujos casais e o SCCM liam e
analisavam os textos que, em reunião
mensal, eram aprovados ou não, em conformidade com os fins da CM
e a fidelidade ao Evangelho e ao Movimento. Para isso rezávamos e
estudávamos, formamos verdadeira equipe de vida, pois precisávamos
crescer como equipistas para que o trabalho de “transmitir a seiva do
Movimento” pudesse melhor servir aos casais. Foi um tempo de graça e
de alegria pelo serviço realizado em equipe de irmãos, bem como pelo
carinho recebido de tantos lugares do Brasil.
A convivência com a Equipe da SR Brasil muito nos enriqueceu e en-
sinou. Era de suas reuniões que colhíamos as orientações das ENS para
publicação. Deus seja louvado!

58 CM 500
2010 a 2014 - Zezinha e Jailson - Recife/PE
Fomos responsáveis pela Equipe da
Carta Mensal de 2010 a 2014. Na épo-
ca, não tínhamos ideia do motivo do
chamado de Jesus Cristo através de
Cida e Raimundo.
Naquele período nos dividimos
entre os nossos trabalhos profis-
sionais, os serviços aos nossos irmãos,
na Carta Mensal, e uma doença do
nosso filho, que exigiu de nós presença constante e muita vigilância,
para que o tratamento não sofresse intercorrências e falhas.
Passadas essas experiências, o nosso Bom Deus nos permitiu per-
ceber a grandeza da sua escolha em nós. Era como se Ele tivesse dito:
“eles não suportarão o peso sem se sentirem mais perto de Mim”. E
foi exatamente isso, enquanto trabalhávamos na edição da Carta, os
nossos pensamentos se desviavam do problema maior, do sofrimento e
da co-dependência da doença que rondava nossa casa.
Outro presente que Deus nos deu foi a oportunidade de conhecer-
mos muitos irmãos nesse querido Brasil, seja acolhendo-os, seja acolhi-
dos e, ainda, nas extraordinárias recepções das visitas da Super-Região
Brasil e na participação nos EACRES.
Culturas e sotaques diferentes formavam uma divina unidade: as
Equipes de Nossa Senhora.
Somos gratos a Deus por todas as graças e aos irmãos que, direta e
indiretamente, editaram conosco a mesma Carta escrita, originariamen-
te em 1947, pelo nosso Padre Henri Caffarel!

CM500 59
notícias

“O nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos,


mas a beleza da caminhada depende
dos que vão conosco!”
ANIVERSÁRIO DE EQUIPE

25 anos 40 anos
Eq. N. S. da Saúde Eq. N. S. de Lourdes
Rio Claro/SP Garça/SP

Preservando
a História do Movimento
Desde novembro de 2012 a Carta Mensal vem
sendo produzida integralmente também no formato
digital e colocada à disposição dos equipistas
através do site www.ens.org.br.
As edições de 2002 a 2012 estão parcialmente em formato digital.
Considerando que a Carta Mensal existe desde 1952, um
processo de digitalização das revistas foi iniciado a fim de,
gradativamente, estarem disponíveis no site.
Além de garantir a preservação das edições, os equipistas
poderão fazer suas pesquisas, uma vez que o sistema
escolhido permite a busca dos artigos “por palavra
ou frases”, ou seja:
basta digitar a palavra ou frase desejada que o
programa faz a busca automaticamente.
É uma alegria garantir que teremos toda
essa biblioteca a nossa disposição.
Faça suas consultas
e depois nos dê sua opinião

60 CM 500
“O amor entre um homem e uma mulher
é muito mais profundo e verdadeiro
quando Deus acontece primeiro.”
Parabéns aos casais pelo aniversário de casamento!
BODAS DE PRATA

Ma. Angélica e Reginaldo Eliana e Valmir


01/12/2015 31/03/2016
Eq. N. S. Mãe Peregrina Eq. N. S. de Fátima
Monte Alegre/MG Cascavel/PR

Sílvia e João Cristina e Celso


01/06/2016 20/04/2016
Eq. N. S. dos Anjos Eq. N. S. dos Anjos
Brasília/DF Brasília/DF

Aninha e Itamar Márcia e Nivaldo


06/04/2016 13/07/2016
Eq. N. S. do Imaculado Coração Eq. N. S. Aparecida
Batatais/SP Pindamonhangaba/SP
CM500 61
Rejane e Junior Lucivalda e Francisco
29/05/2016 29/09/2015
Eq. N. S. de Fátima Eq. N. S. Aparecida
Fortaleza/CE Sobral/CE

BODAS DE OURO

Olga e José Benedito Alzenir e Raimundo


21/05/2016 21/11/2015
Eq. N. S. Imaculada Conceição de Fátima Eq. N. S. do Divino Espírito Santo
Santa Bárbara d’Oeste/SP Brasília/DF

Alcidéa e José Margarido Mari e Ângelo


18/12/2015 18/06/2016
Eq. N. S. da Glória Eq. N. S. de Monte Serrat
Rio de Janeiro/RJ Araçatuba/SP

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BODAS DE RUBI BODAS
DE DIAMANTE

Helena e José Roberto Leonilda e José Schlindwein


15/05/2016 05/05/2016
Eq. N. S. do Bom Conselho Eq. N. S. Rainha dos Casais
São Paulo/SP Blumenau/SC

“Deixo-vos o exemplo, para que façais assim como


Eu fiz para vós” (Jo 13, 15)
JUBILEU DE OURO
SACERDOTAL
Frei José M. Flesch
01/07/2016
São José dos Campos/SP

Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida.


Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá.
E quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente.”
(Jo 11, 25-26)
Luiz Carlos (da Isabel) em13/04/2016
VOLTA AO PAI integrava a Eq. N. S. das Graças
Bady Bassit-SP
João Renato (da Ma. Matildes) em 22/05/2016
Paulo Braga (da Moema) em 17/05/2016
integrava a Eq. N.S. de Fátima
integrava a Eq. N. S. das Graças
Porto Alegre-RS São Paulo-SP
Nascimento (da Francisca) em 01/10/2016
integrava a Eq. N. S. de Guadalupe Hugo (da Beatriz) em 16/05/2016
integrava a Eq. N. S. do Perpétuo Socorro
Belém-PA
Brasília-DF
N. Therezinha (viúva do Maurício) em 19/03/2016
integrava a Eq. N. S. Mãe da Divina Providência Zildo Damásio (da Tereza) em 24/05/2016
- São Paulo-SP integrava a Eq. N. S. do Rocio – Jarinu-SP

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dicas de leitura
A ALEGRIA DO AMOR
Papa Francisco
Em pleno Jubileu da Misericórdia, o Papa
Francisco apresenta a tão esperada exor-
tação apostólica pós-sinodal sobre o amor
na família.
“A Alegria do Amor” constata que “o dese-
jo da família permanece vivo, especialmente
entre os jovens, e isto incentiva a Igreja”.
Fruto da reflexão do sínodo dos bispos
que aconteceu em dois momentos, outu-
bro de 2014 e outubro de 2015, o Papa
Francisco vê esta exortação como “uma
proposta para as famílias cristãs, que as
estimule a apreciar os dons do matrimônio
e da família e a manter um amor forte e
cheio de valores como a generosidade, o
compromisso, a fidelidade e a paciência”.
(Este livro pode ser adquirido na Livraria Paulus
através de solicitação via site www.paulus.com.br -
Loja virtual), ou em qualquer livraria/ editora católica

CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA


IGREJA E NA SOCIEDADE
Documento 105 - CNBB
Este documento “Cristãos leigos e leigas na
Igreja e na sociedade” foi aprovado na 54ª
Assembleia Geral da CNBB.
Tem como perspectiva a afirmação dos
cristãos como verdadeiros sujeitos eclesiais.
Esta expressão – sujeitos eclesiais - é
recorrente em todo o texto e se fundamenta
nos ensinamentos do Concílio Vaticano II
e do Magistério subsequente. Pretende-se
animar a todos os cristãos leigos e leigas
a compreenderem a sua própria vocação
e missão e atuarem como verdadeiros
sujeitos eclesiais nas diversas realidades em
que se encontram inseridos, reconhecendo
o valor de seus trabalhos na Igreja e no
mundo. Como sujeitos eclesiais não são
uma realidade pronta, mas um dom que se
faz compromisso permanente para toda a
Igreja, em sua missão evangelizadora.
(Pode ser encontrado nas principais livrarias/
editoras católicas)

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MEDITANDO EM EQUIPE
Caminho de felicidade
Nem sempre é fácil a convivência social, fraterna ou conjugal. No entanto, não
conseguimos ser felizes sozinhos. No amor está a possibilidade de sermos felizes,
num amor que vem de Deus.

Escutando a Palavra:
“Como escolhidos de Deus, santos e amados, revesti-vos de sentimentos de mise-
ricórdia, de bondade, de humildade, de mansidão e de paciência, apoiando-vos
uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se alguém tem de lamentar-se com
relação aos outros. Como o Senhor vos perdoou, perdoai também vós.
Acima de tudo, buscai o amor, que faz a perfeita união. Que a paz de Cristo reine
em vossos corações, pois a ela fostes chamados para formar um só corpo. Vivei
dando graças a Deus!
Que a palavra de Cristo habite em vós com toda a sua riqueza. Ensinai-vos e
exortai-vos uns aos outros com toda sabedoria, cantando a Deus de coração agra-
decido com salmos, hinos e cânticos espirituais. E tudo o que fizerdes em palavras
e obras seja feito em nome do Senhor Jesus, agradecendo por meio dele a Deus
Pai.” (Cl 3,12-17)

Refletindo
– Somos amados e escolhidos por Deus. Fazemos da misericórdia a inspiração de
nossa vida?
– Meu amor é amor efetivo, que produz união, e difunde paz?
– Que vou fazer para que meu amor seja mais efetivo?

Oração espontânea
– Agradeça a Deus que nos torna possível conviver na paz,
– Peça perdão por suas falhas de amor e peça que lhe ensina amar de fato.

Oração Litúrgica
– Aclamai a Deus, terra inteira, cantai a glória de seu nome; dai-lhe glorioso louvor.
– Dizei a Deus: “Como são estupendas vossas obras! Pela grandeza de vossa força
diante de vós se curvam vossos inimigos.
– A vossa frente toda a terra se prostra e canta para vós, canta para vosso nome”.
– Vinde ver as obras de Deus, as maravilhas que fez pelos filhos dos homens.
– Povos, bendizei nosso Deus e proclamai a plena voz seu louvor.
– Ele preservou nossa vida e não permitiu que vacilassem nossos pés.
– Vinde e escutai, vós todos que temeis a Deus, vou narrar o que ele fez por mim.
– Bendito seja Deus que não rejeitou minha oração nem apartou de mim seu amor.
(Do Salmo 65)

Pe. Flávio Cavalca de Castro, cssr


SCE Carta Mensal
Ouvindo a Carta Mensal
Os arquivos de áudio estão hospedados
no site SOUNDCLOUD
Como acessar a Carta Mensal sonora
1. Através de um computador:
• Pelo site www.ens.org.br
Acessar Carta Mensal no Brasil, posicionar o mouse
na Carta Mensal (somente a partir da edição 500) e
clicar em OUVIR (conforme figura ao lado), entrando
assim diretamente na Carta Mensal escolhida.

• Pelo site SOUNDCLOUD


www.soundcloud.com/ens-br
Esse endereço o levará diretamente às Equipes de Nossa
Senhora, onde poderá acessar a Carta Mensal e “ouvir”
a edição de sua preferência.

2. Através de smartphones e tablets:


• Entrar através dos sites conforme citado acima

• Utilizar o código QR (ao lado) e ir direto às


Equipes de Nossa Senhora no site SoundCloud

• Baixar o App da SoundCloud e buscar


“Equipes de Nossa Senhora”

Em todos os casos, após entrar no site ou no App


SoundCloud, clique em SEGUIR, pois nas próximas
vezes que entrar no site ou no App você já terá as
Equipes de Nossa Senhora selecionada bastando
escolher a Carta Mensal que quer ouvir.

Equipes de Nossa Senhora


Av. Paulista, 352 • 3o andar, cj. 36 • 01310-905 • São Paulo-SP
Fone: (11) 3256.1212 • Fax: (011) 3257.3599
secretariado@ens.org.br • cartamensal@ens.org.br • www.ens.org.br

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