Acreditar na misericórdia de Deus

para seguir um novo caminho

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MÃE APARECIDA, CONTAGEM REGRESSIVA FAMÍLIA DOS DEVOTOS
ACOLHEI-NOS COMO PAR A A ENTREGA DO ACOLHE E SAÚDA O
PEREGRINOS DA PRESENTE DA MÃE EPISCOPADO BRASILEIRO
ESPERANÇA! APARECIDA NA CASA DA MÃE
SUMÁRIO

4 PALAVRA DO REITOR / SOU DEVOTO

6 SANTUÁRIO EM AÇÃO / CONSTRUINDO GENTE
10 NOSSA FAMÍLIA NA REDE
11 DE FAMÍLIA PARA A FAMÍLIA
12 APARECIDA PELO BRASIL / VIDA SANTA Utilize nossos
13 MENSAGEM REDENTORISTA / VEM E SEGUE-ME canais e deixe sua
14 JORNADA BÍBLICA mensagem!
15 FACHADA SUL 0300 2 10 12 10
16 VIVENDO A FÉ / ATUALIDADES whatsapp (12) 3104-1212
17 IGREJA A CAMINHO / REFLEXÃO A12.com/familiadosdevotos
18 CATEQUESE MARIANA familiadosdevotos
19 ESPECIAL @familiadosdevotos
20 ÁLBUM DE FAMÍLIA @familiadosdevotos
21 HISTÓRIAS DE FÉ / TERÇO DOS HOMENS App Aparecida
22 LITURGIA devotos@santuarionacional.com
24 DEUS EM MINHA CASA

Arcebispo Coordenação de Marketing Digital

Dom Orlando Brandes Mariane Somma
Superior Provincial Coordenador de Comunicação
Pe. Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R. Romulo Barros
Reitor Secretaria de Redação
Pe. Eduardo Catalfo, C.Ss.R. Flávia Campos
Ecônomo Revisão
Pe. Fábio Evaristo, C.Ss.R. Maria Isabel de Araújo
Ecônomo adjunto Capa e anúncios
Pe. Adam Rapala, C.Ss.R. Mayra Boncristiano e Núcleo de Criação
Diretor de Marketing Fotos: Thiago Leon e Carlos Rodrigues
Marcos Spalding Projeto Gráfico
Gerente de Marketing Simbio | MCason Marketing e Criação
Gisele Aparecida Fabiano Design e Diagramação
Editora-chefe MCason Marketing e Criação
Tatiane Carvalho - MTB 48.277/SP Impressão e Acabamento
Editor Plural Indústria Gráfica
Victor Hugo Barros - MTB 86710/SP Atendimento: 0300 2 10 12 10
Editor-assistente (0,05 o minuto mais impostos -
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Coordenadora de Marketing Site: A12.com/revistadeaparecida

e Relacionamento E-mail: devotos@santuarionacional.com
Maria Rita Goulart Tiragem: 595.000 exemplares

SEGURANÇA DE DADOS
O SANTUÁRIO NACIONAL zela por sua privacidade e está em processo permanente de bus-
ca pela conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) - Lei Federal 13.709/18.
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EDITORIAL Tatiane Carvalho MENSAGENS
DOS LEITORES

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Acreditar na misericórdia de Deus
para seguir um novo caminho
Querida Família dos Devotos!

FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

P apa Francisco, em sua Carta Apostólica Misericordiae Vultus, diz que a Palavra
de Deus nos ensina que a misericórdia é o alicerce para indicar o agir de Deus
para conosco, Ele não se limita a afirmar seu amor, tornando-o visível pela Paixão
de Cristo. “Aliás, o amor nunca poderia ser uma palavra abstrata. Por sua própria
natureza, é vida concreta: intenções, atitudes, comportamentos que se verificam na
atividade de todos os dias. A misericórdia de Deus é sua responsabilidade por nós.
Ele sente-se responsável, isto é, deseja o nosso bem e quer ver-nos felizes, cheios
de alegria e serenos. E, nessa sintonia, se deve orientar o amor misericordioso
dos cristãos. Tal como ama o Pai, assim também amam os filhos. Tal como Ele
é misericordioso, assim somos chamados também nós a ser misericordiosos uns
para com os outros”, afirma o Papa. Meu nome é Rosa Maria
de Sousa e me sinto muito
A misericórdia de Deus abraça nossas misérias humanas, e por sua justificação,
bem e feliz em participar da
concedida pelo Espírito Santo, podemos ser purificados pelo batismo, nossa fé
Família dos Devotos. Grata e
em Cristo e a conversão. “A justificação é a obra mais excelente do amor de Deus acolhida pelo grupo desde a
manifestado em Cristo” (CIC, 1994). Nossa justificação é graça de Deus, aceitando primeira vez que me tornei
o convite para sermos filhos dele, participando da sua natureza divina, da Vida uma devota. Acompanho
Eterna. E quando aceitamos o amor de Deus, por meio de sua misericórdia, nos toda a programação da Rede
tornamos homens novos, crendo na vitória de Cristo sobre a morte e renovando Aparecida e fico muito feliz
a fé e a esperança na vida por meio da evangelização. com o recebimento da Revista
de Aparecida.
Neste mês, a Revista de Aparecida celebra a misericórdia de Deus sobre nós, com
catequese e formação sobre o assunto. Além disso, traz informações sobre as realizações ROSA MARIA DE SOUSA,
BACABAL/MA
do Santuário Nacional, que acontecem graças à Família dos Devotos. Pe. Eduardo Catalfo,
reitor do Santuário Nacional, apresenta o tema da Novena e Festa da Padroeira - Mãe
Aparecida, acolhei-nos como peregrinos da esperança! “O tema central da Novena Faço parte da Família dos
da Padroeira deste ano faz referência direta ao Ano Santo de 2025, cuja abertura vai Devotos há mais de vinte anos.
acontecer no dia 24 de dezembro de 2024, com encerramento na véspera do Natal do Comecei como um tijolinho.
Sou muito feliz por dar um
próximo ano. Estamos a caminho de mais um ano jubilar”, ressalta o Reitor.
pouco de ajuda a Casa da Mãe
Pe. Fabio Evaristo, administrador do Santuário Nacional, destaca que vivemos a Aparecida e poder visitá-la
contagem regressiva para a entrega do presente da Mãe Aparecida. “Eis que estamos sempre. Gosto muito de
muito próximos de ver concluída a segunda das quatros etapas de revestimento das assistir às missas de Aparecida
fachadas do Santuário Nacional”, evidencia o Ecônomo. e sempre acompanho
a TV Aparecida.
Querida Família dos Devotos, agradecemos sua doação que, por MARIA LEVINIA MOTTA
misericórdia, ajuda a Casa da Mãe e se faz chegar a milhares de pessoas, OLIVEIRA, MONTES CLAROS/MG
construindo gente, mantendo o Santuário Nacional e evangelizando
pela Rede Aparecida de Comunicação. Faço parte da Família dos
Devotos e sou muito grata a
Nossa Senhora pelas bênçãos
recebidas e por receber a
Revista de Aparecida
Revista de Aparecida. Por meio
A12.com/revistadeaparecida
da Revista sinto a presença da
Acesse e leia todos os nossos Mãe Aparecida em minha vida.
conteúdos exclusivos para
a Família dos Devotos! MARIA JOSE NEVES FERNANDES
DA CRUZ, CUIABÁ/MT

Revista de Aparecida 3
 PALAVRA DO REITOR Pe. Eduardo Catalfo, C.Ss.R.
Reitor do Santuário Nacional

Mãe Aparecida, acolhei-nos

como peregrinos da esperança!
O tema central da Novena
da Padroeira deste ano faz
referência direta ao Ano Santo de
2025, cuja abertura vai acontecer
no dia 24 de dezembro de 2024,
com encerramento na véspera
do Natal do próximo ano.
E stamos a caminho de mais um ano jubilar. A cada 25 anos
vivemos com alegria esse itinerário muito particular de pere-
grinação e de encontro com a misericórdia de Deus. Centrado
no verbo acolher e na expressão Peregrinos da Esperança, o tema
da Novena de Nossa Senhora Aparecida quer realçar a missão mais
importante do Santuário Nacional: acolher os peregrinos e enviá-los
em missão! Na Casa da Mãe Aparecida nosso povo encontra a força
da própria fé, a alegria na esperança e o fervor na caridade.

4 Revista de Aparecida

Os verbos acolher e enviar, em cer-
to sentido desenham o movimento
daquilo que pastoralmente queremos
promover durante o ano jubilar: dese-
jamos que os peregrinos sejam atraí-
dos pelo Santuário de Aparecida e que
aqui encontrem motivações para se
sentirem comprometidos e enviados
para a missão.
Um dos principais objetivos da No-
vena e Festa da Padroeira é apresentar
uma catequese sobre o significado, o
sentido atual e os sinais do jubileu.
FOTO: THIAGO LEON
Cada dia da novena foi formulado a
FOTO: FREEPIK
partir dos assim chamados sinais do
jubileu: a Peregrinação propriamente
dita, a Porta Santa, a Profissão de Fé,
a Caridade, a Reconciliação e a Indul-
gência Jubilar.
Ao longo da história da Igreja, o
Jubileu foi sempre um evento do povo.
Ele é fruto da piedade popular e da fé
do Povo de Deus. O ritmo celebrativo
dessa novena tem uma metodologia
orante, sempre na perspectiva bíbli-
ca. Somos peregrinos da Esperança
e, também por isso, queremos ver,
julgar, agir e celebrar a partir da rea-
lidade da Igreja do Brasil e da piedade
da nossa gente.
Muitos personagens bíblicos, des-
de Abraão e Sara, também foram pe-
regrinos da esperança, respondendo
positivamente ao chamado de Deus.
A missão evangelizadora da Família
dos Devotos ganha especial destaque
nesse caminho jubilar. Nós é que so-
mos hoje chamados por Deus a viver
a caridade.
Não nos esqueçamos: a verdadeira
caridade vai além da mera solidarie-
dade. Afinal, caridade significa fazer o
bem em nome de Deus, em nome de
Jesus Cristo. Queremos que você, que-
rido devoto, seja nosso companheiro de
todas as horas nesta bonita peregrina-
ção rumo à esperança e ao bem comum,
na alegria de construir um mundo mais
justo e fraterno para todos.
O Ano Jubilar nos convida a viver
a misericórdia infinita de Deus. Venha
visitar Nossa Senhora e seu Santuário.
A peregrinação que vamos fazer à Casa
da Mãe Aparecida indica quem somos:
pessoas a caminho e, enquanto esta-
mos a caminho, descobrimos quem
somos nós mesmos. Descobrimos que
temos necessidade de Deus em cada
passo da peregrinação da nossa vida.
SOU DEVOTO
Marcelo Costa
Você sabia que pode
fazer sua doação
mensal de forma
automática?
O
Santuário Nacional de Apare-
cida se preocupa sempre em
oferecer a melhor estrutura de aco-
lhimento e cuidado para todos aque-
les que vêm em família, a pé, de carro
ou ônibus. Esse cuidado também se
estende para aqueles que abrem seus
braços e nos ajudam na missão de
cuidar da Casa da Mãe.
Pensando em facilitar seu ges-
to de amor, oferecemos a você uma
nova forma de realizar sua doa-
ção on-line, por meio do crédito
recorrente.
Mas o que significa isso?
Essa forma de doação periódica
e automática é uma maneira prática
e eficaz de apoiar as obras de acolhi-
mento, evangelização e manutenção
do Santuário Nacional. Funciona
da seguinte maneira: você escolhe
a data do mês que é melhor para
você, cadastra um cartão e escolhe
um valor – que será debitado todos
os meses da sua conta, sem você pre-
cisar realizar o processo novamente.
Tudo para você manter sua fidelida-
de de uma forma fácil.
APONTE A CÂMERA
DO SEU CELULAR PARA
O QR CODE E ASSISTA AO
PASSO A PASSO COMPLETO
Revista de Aparecida 5
 SANTUÁRIO EM AÇÃO Pe. Fábio Evaristo, C.Ss.R.
Adm./Ecônomo do Santuário Nacional

FOTO: CARLOS RODRIGUES

Contagem regressiva
para a entrega do presente da Mãe Aparecida
Eis que estamos
muito próximos de ver
concluída a segunda
das quatro etapas
E ssa segunda etapa precisou ser realizada ao longo de dois anos e acabou
se tornando a mais desafiadora de todas as fases previstas, porque incluiu
também a reedificação da Colunata dos Apóstolos e a adequação dos es-
paços situados em frente à Nave Sul da Basílica. Agora estão sendo realizados os
últimos retoques, com instalação dos sistemas de iluminação. Em breve poderemos
de revestimento dizer, cheios de alegria e de esperança, que já chegamos à metade desse projeto
das fachadas do que está tornando as fachadas do Santuário repletas de beleza e de mensagens
Santuário Nacional bíblicas, graças à ajuda fiel de todos vocês, membros da Família dos Devotos.

6 Revista de Aparecida
E o mais bonito de todo
esse caminho é que
todos os devotos de
Nossa Senhora acabam
tendo a oportunidade
de conhecer ainda mais
a Palavra de Deus para
amá-la e comunicá-la
com suas vidas. Assim
como Maria, que vivia
da Palavra de Deus e a
comunicava com todo
o seu ser (Lc 1,39ss.), as
paredes e os tetos da
Basílica de Aparecida
estão se transformando,
FOTOS: JOÃO PEDRO RIBEIRO

por dentro e por fora, em

uma verdadeira Bíblia,
cumprindo sua missão
de acolher e evangelizar
todos os que a visitam.

11 de maio:
guarde essa data
A data para a inauguração desse presente
especial que a Família dos Devotos preparou
para Nossa Senhora Aparecida será 11 de maio.
Não por acaso será o fim de semana do Dia das
Mães. Tenho certeza que esta data ficará para
sempre guardada em nossa memória, pois será
o dia em que concluiremos a segunda etapa des-
sa caminhada e nos sentiremos todos fortaleci-
dos para prosseguirmos com a realização desse
projeto. Nesse dia, os devotos entregarão a sua
Mãe querida um majestoso presente que será
contemplado por todas as gerações (Lc 1,48).
Uma programação especial foi planejada para
o fim de semana do Dia das Mães e você devoto
está convidado para participar e celebrar conos-
co esse momento inesquecível. Mas se não for
possível para você visitar o Santuário nesse dia,
não deixe de acompanhar a programação pela
Rede Aparecida de Comunicação. Será um emo-
cionante tributo à Senhora Aparecida e a todas
as mães que participam da Família dos Devotos.

Revista de Aparecida 7
SANTUÁRIO EM AÇÃO CONSTRUINDO GENTE

FOTO: THIAGO LEON

Conheça

FOTO: THIAGO LEON

Nossos trabalhos não podem parar o PEMSA
Ao mesmo tempo que nos preparamos para esse dia inesquecível, precisamos
seguir com o cronograma das obras. Já estamos bem adiantados com os trabalhos G raças a sua generosidade, o
PEMSA (Projeto de Educação
Musical do Santuário de Aparecida)
de revitalização do Porto Itaguaçu e de sua capela. A instalação dos andaimes
forma mais de 500 crianças e ado-
e a preparação das paredes da Fachada Leste estão em andamento, para que no
lescentes pela música, fazendo da
mês de setembro os mosaicistas do Centro Aletti possam iniciar a aplicação dos
educação musical uma ponte para
mosaicos. Essa será a terceira das quatro fachadas do
construir vidas. Por meio de sua ge-
Santuário Nacional que estão recebendo os esplêndi-
nerosa doação, jovens de 7 a 17 anos
dos mosaicos com passagens bíblicas. Uma obra muito da região podem se dedicar a mais de
grande, que somente está sendo possível acontecer com 18 oficinas musicais, entre musicali-
a doação mensal que você, querido devoto, faz por meio zação, violino, canto coral, guitarra,
do Calendário da Jornada Bíblica, aquele que você rece- violão, clarinete, saxofone e flauta.
beu no início do ano. Mas você também ajudará se doar Os usuários do projeto, além
pela modalidade PIX, por meio do cartão do devoto, por das aulas, recebem alimentação,
meio de crédito recorrente, usando o cartão de crédito assistência social e psicológica. As
que você já possui, ou por meio do boleto que você virtudes enfatizadas pela música re-
recebe todos os meses com sua Revista de Aparecida. forçam a concentração, a disciplina,
a atenção, o espírito de equipe e o
respeito. Pelo PEMSA, os usuários
Muito obrigado, Família dos Devotos! ganham uma possibilidade a mais
FOTO: THIAGO LEON

na própria vida, também abrindo

possibilidades para caminhos pro-
fissionais dentro do universo musi-
cal e contribuindo com momentos
históricos do Santuário Nacional.
Ser Família dos Devotos é abrir
portas e transformar vidas por sua
generosidade! Muito obrigado por
tudo isso!

APONTE A CÂMERA
DO SEU CELULAR PARA
ESSE QR-CODE E CONTRIBUA
COM AS OBRAS DO
SANTUÁRIO NACIONAL
 NOSSA FAMÍLIA NA REDE
FOTO; DIVULGAÇÃO TV APARECIDA SOBRE FOTO: FREEPIK.COM
TV Aparecida e sua presença
digital cada vez mais ampla
Com 18 anos de existência e entre as 14 maiores redes de televisão do Brasil em abrangência,
segundo a ANATEL, a TV Aparecida também se destaca por sua presença digital
C om o avanço tecnológico e a
ampliação dos meios de co-
municação, a emissora vem
estendendo significativamente sua
programação e inovando por meio do
conteúdo direcionado às redes sociais,
plataformas on-line e, também, de seu
site oficial (A12.com/tv).
Pelas redes sociais, a emissora
de Nossa Senhora passou a diversi-
ficar ainda mais em seus conteúdos,
compartilhando vídeos exclusivos e
cenas dos bastidores e, ainda, pode
contar com a participação dos
telespectadores.
10 Revista de Aparecida
E como fruto desse trabalho, a TV
Aparecida conquistou, pela segunda
vez, o Prêmio iBest, alcançando o
Top 3 na categoria Religiões e Cren-
ças. Essa é uma importante premia-
ção, pois proporciona visibilidade e
reconhecimento a talentos e incia-
tivas que moldam positivamente o
ambiente digital.
E tudo isso pode ser visto de per-
to, seguindo @tvaparecida em nossas
redes sociais (Instagram, Facebook,
X, Threads e Youtube) e acompa-
nhando nossa programação, seja pela
TV aberta ou pelo Samsung TV Plus,
Elis Castro
onde o canal também está disponível.
E como a mais recente novidade, a TV
Aparecida agora está com seu canal
no WhatsApp, pelo qual é possível
receber as atualizações de forma rá-
pida e prática.
Acompanhe, siga, comente e
compartilhe nossos conteúdos
e faça parte do universo
digital da TV Aparecida!
ACESSE O QR-CODE
E SIGA NOSSO CANAL
NO WHATSAPP
DE FAMÍLIA PARA A FAMÍLIA Raquel de Godoy Retz Pompeo

FOTO; FREEPIK
Felicidade é fazer o que eu desejo?
É mito ou verdade?
Eu quero meu filho feliz, então deixo que faça o que ele gosta.
Será que isso está certo?

P odemos confundir fazer tudo

o que gostamos com felicida-
de, mas são coisas diferentes.
“Fazer o que se gosta” tem relação
com a realização dos desejos. Felici-
dade é muito complexo e se relaciona
com uma busca profunda de vencer os
obstáculos, de buscar a realização de
sonhos mais amplos e não de peque-
nos desejos do dia a dia.
É importante ajudar os filhos a
identificarem essa diferença. Todos
nós, na vida, fazemos muitas coisas
que não gostamos, desde a hora que
acordamos até a hora que vamos dor-
mir, contudo fazemos.
As pequenas coisas que nem
sempre queremos fazer podem ser
fundamentais para a construção, no
futuro, de grandes sonhos e grandes
realizações. Por exemplo: sonho no
futuro ter um bom emprego e que eu
me sinta realizado. Sabemos que para
alcançar esse sonho uma das etapas é
o esforço de enfrentar horas dedica-
das a aprender e isso não é gastar tem-
po com jogos ou redes sociais como
muitos adolescentes e jovens desejam.
Temos que passar por etapas que não
gostamos no momento, mas que irão
garantir sonhos maiores.
Queremos ser bem comunicativos e
simpáticos, mas não gostamos de visi-
tar os avós ou de acompanhar as con-
versas de adultos com paciência. Não
se educa sem enfrentar situações nas
quais não sejam as mais agradáveis no
momento.
De alguma forma essa é tarefa
dos pais - “ensinar limites”, ensinar
a fazer o que “não se gosta” para for-
mar uma pessoa capaz de buscar so-
nhos maiores, ou seja, mostrar para
as crianças e jovens que ser feliz é
muito mais do que fazer o que dese-
jamos, mas ter garra para enfrentar
as dificuldades e construir sonhos
maravilhosos.

Se você não conhece o projeto Devotos Mirins ou Jovens de Maria vá agora

no site a12.com/devotosmirins ou a12.com/jovensdemaria. Educar os filhos é coisa séria.
Nós ajudamos você nessa tarefa!

CADASTRE-SE www.jovensdemaria.com A12.com/devotosmirins

Revista de Aparecida 11
 APARECIDA PELO BRASIL
João Pedro Ribeiro
FOTO: ACERVO PESSOAL
Família Alves, que recebeu a capelinha em cidade mineira
Apóstolos de Aparecida,
portadores de misericórdia
Representante de Mariana (MG) relata visitas
da Capela Peregrina em presídios e hospitais
E
m um mundo ferido pela man-
cha do pecado, a misericórdia
e a compaixão curam corações
e trazem conversão aos homens. A ter-
nura de Cristo anuncia o que a Igreja
ensina: “Não há limites para a miseri-
córdia de Deus” (CIC, 1864). Por isso,
homens e mulheres de todo o Brasil
aceitam a missão de serem Represen-
tantes, apresentando a muitas pessoas
uma nova vida.
Antonio Francisco da Silva obser-
vou a diferença que a misericórdia faz
na vida dos fiéis em Mariana (MG). En-
tre os meses de setembro e dezembro
de 2023, ele esteve com a Capelinha
Peregrina na cidade mineira. “[A expe-
riência] foi uma coisa inédita (...) Deu
para a gente fazer um trabalho muito
bonito”, conta.
Entre os locais que receberam a
imagem peregrina de Nossa Senhora
Aparecida, estava um presídio. “Fomos
lá duas vezes. Conversamos muito com
os presos, os detentos. (...) Hoje eles pre-
cisam muito de uma palavra, de uma
12 Revista de Aparecida
VIDA SANTA
Pe. Anísio Tavares, C.Ss.R.
Vice-Postulador da Causa de Beatificação
do Pe. Vítor Coelho, C.Ss.R.
Pe. Vítor Coelho,
comunicador
da Boa-Nova
FOTO: CDM / SANTUÁRIO NACIONAL
missão do Venerável Pe. Vítor
Coelho de Almeida está forte-
mente relacionada à comunicação.
evangelização. Porque muitas vezes eles
Seu bom êxito como locutor da fé,
cometeram aquela falha momentânea
pelas ondas da Rádio Aparecida,
e se arrependeram. Ela foi muito bem
muito se deveu à experiência direta
aceita por todos os detentos”, relata.
que teve com o povo de Deus quan-
Além do presídio, Antonio se alegra
do foi membro da equipe missioná-
por ter levado a imagem da Mãe aos
ria itinerante (1931-1940). Pe. Vítor
hospitais de Mariana. “Foi uma coisa
conheceu de perto a vida de nossa
maravilhosa, graças a Deus saíram de
gente e seus clamores por mais co-
lá acreditando em Nossa Senhora”,
nhecimento da fé, por mais consci-
afirma. Para ele, muitas pessoas saíram
ência sociopolítica, por mais vida e
do hospital curadas graças à interces-
vida em abundância (Jo 10,10).
são da Mãe de Deus. Ainda assim, ele
Por isso, sua mensagem radio-
espera ter outras oportunidades para
fônica chegava com facilidade ao
poder levar a experiência da Mãe com
entendimento e ao coração das pes-
seus filhos por ainda mais tempo em
soas. Sua comunicação era afetuosa
sua cidade. “Ser Representante é fazer
ao transmitir as riquezas da fé, as
o bem sem olhar a quem”, conclui.
complexidades da conjuntura polí-
Ser Apóstolo de Aparecida é ser
tica e econômica de nosso país e do
portador de misericórdia, bondade e
mundo, e o amor a Jesus, a Nossa
fé em companhia da Santíssima Vir-
Senhora e à Igreja.
gem Maria. Você, devoto-missionário,
é convidado a fazer parte dessa missão! APONTE A CÂMERA
Mande uma mensagem pelo WhatsApp DO SEU CELULAR PARA
(12) 3104-1212 ou ligue para 0300 2 10 ESTE QRCODE E LEIA
12 10 e leve esse sinal de misericórdia O TEXTO COMPLETO
NA REVISTA DIGITAL
a sua comunidade!
 MENSAGEM REDENTORISTA
Pe. Marlos Aurélio da Silva, C.Ss.R.
Uma fé viva para a eternidade
e para a Copiosa Redenção
A fé é uma força que nos move e nos coloca em
sintonia com o que dá sentido a nossa existência.
P ara nós cristãos ela é dom e
busca por Deus! E, mais espe-
cificamente, é a confiança que
nos leva ao encontro com Jesus Cris-
to, pois é Ele quem nos revela quem
e como é Deus; caso contrário, tería-
mos uma busca pelo Transcendente,
porém, sem termos os sinais, os traços
mais evidentes da sua presença. No en-
tanto, em Jesus Cristo tudo adquire
forma, densidade, encarnação e pre-
sença divino-humana em nosso meio!
Com São Paulo, podemos deduzir que,
se queremos saber como é Deus, basta
contemplarmos a Jesus; Ele é a visibili-
dade de Deus para nós; em seus gestos
FOTO: THIAGO LEON
humanos e em suas atitudes, sentimos
e vemos Deus agindo (cf. Cl 1,15)!
VEM E SEGUE-ME
Da Redação
Ademais, a fé também consegue
fazer uma antecipação do que está por
vir, ou seja, crer que um dia estaremos
contemplando Deus face a face, já nos
faz entrar em comunhão de vida com
Ele e, acima de tudo, nos faz desejar viver
Nele! Consequentemente, isso provoca
em nosso ser uma conformidade com a
vontade de Deus, ou seja, vamos nos tor-
nando mais Dele, que é nossa origem e
nossa meta! De modo que, vivendo neste
mundo, mas orientados para a eternida-
de junto de Deus, temos a possibilidade
de rumar para lá ajudando que aqui seja
mais parecido com a vida feliz que todos
queremos! Quem deseja o céu, deveria
ajudar a tornar esta Terra mais de Deus!
FOTO: THIAGO LEON
Assim, a fé viva e genuína jamais nos
deveria alienar da realidade e do coti-
"Vocação
diano da vida, mas nos inspirar a per- acertada,
severar em nosso itinerário existencial,
vencendo as dificuldades e dando-nos a
vida feliz!"
certeza da direção para onde seguimos. (Santo Afonso
Pois, ela é uma experiência sapiencial Maria de Ligório)
V
que faz a diferença na vida e nos com-
ocê já sentiu o chamado de
promete com a transformação do mun-
Deus para a vida religiosa
do, segundo o plano do Criador! Afinal,
como padre ou irmão? Venha se-
é para a vida humana concreta que a fé
guir o Santíssimo Redentor e anun-
é necessária, pois quando já estivermos
ciar a Copiosa Redenção!
em Deus, a fé será a plena realização da
Conheça mais em A12.com/vo-
Copiosa Redenção em nós! Portanto,
cacional ou entre em contato com
cultivemos nossa fé e testemunhemos
o Secretariado Vocacional pelo e-
ao mundo que a fé nos aproxima de
-mail vocacional@a12.com ou pelo
Deus e dos irmãos!
telefone (12) 3105-2245.
APONTE A CÂMERA DO SEU
CELULAR PARA ESTE QRCODE APONTE A CÂMERA DO
E LEIA OUTROS CONTEÚDOS SEU CELULAR PARA ESTE
SOBRE A ESPIRITUALIDADE QRCODE E APRENDA MAIS
REDENTORISTA SOBRE AS VOCAÇÕES
Revista de Aparecida 13
 JORNADA BÍBLICA
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.

O outro: minha metade,

FOTO: WIKIMEDIA COMMONS

e carne de minha carne (Gn 2)

Nós-humanos, imagens-semelhanças de Deus, filhos e filhas Seus! Divina receita a nos
capacitar a construir o mundo-jardim da convivência pacífica, divina aqui na terra!

O homem já estava criado, vi-

via “no jardim de Éden para
o cultivar e guardar” (Gn
2,15). Mas Deus queria mais: “Não é
bom que o homem esteja só: quero
fazer-lhe um auxílio que lhe corres-
ponda” (v.18). Se Deus “é amor”, cada
uma das Pessoas Divinas vive pelas
Duas outras, é-Lhes auxílio. Queria-
-nos capazes de assumir Sua mes-
ma dinâmica de vida: sermos amor,
auxílio-para-o-outro!
Não encontrando, entre todos os
demais seres já criados, um que fosse
o auxílio para o homem-auxílio, num
sono profundo, Deus tira do homem
uma metade e dessa metade “formou
FOTO: THIAGO LEON
a mulher e a conduziu ao homem”. Que
maravilha: cada pessoa ser absoluta
igualdade ante todo semelhante seu,
ser uma metade sempre em “auxílio”
da outra! Cada um de nós sentir-se
completo, um todo, apenas se vive
como “auxílio” do outro e recebe do
outro esse “auxílio”!
E diante de todo outro – minha “me-
tade” – vibrar de alegria: “Desta vez esta
é carne de minha carne e osso de meus
ossos!”. Eu ter todo outro – seja quem
for – como carne de minha carne!
Paulo aplica esse projeto criador
ao matrimônio: “quem ama a esposa
ama a si mesmo. “E ninguém jamais
odiou sua própria carne, mas, ao con-
trário, alimenta-a e dela cuida, como
Cristo faz com a Igreja, “pois somos
membros de seu Corpo” (Ef 5,28b-30).
Jesus cuida de Si ao alimentar-nos,
ao ser “auxílio” a nós-Igreja, pois so-
mos “membros de seu Corpo”! Atitude
d’Ele para conosco! Nossa para com
Ele! De cada um de nós para com todo
nosso semelhante, porque carne de
nossa carne! Se a Divina Família fosse
carnal, Cada um dos Três diria com
toda verdade, dos Dois outros: “carne
de minha carne, osso de meus ossos”!
•O
 que significa eu ver
cada próximo como “carne
de minha carne”?

Plantão Bíblico
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.
Você tem alguma pergunta sobre a Bíblia? Se tem algum questionamento ou
o texto gerou alguma dúvida, envie-nos sua pergunta. Ela será respondida pelo
Pe. Domingos Sávio, C.Ss.R.. A cada mês uma questão bíblica será explicada!
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14 Revista de Aparecida
FACHADA SUL Felipe Koller
Professor de teologia - Studium Theologicum - Curitiba

FOTO; CARLOS RODRIGUES

A entrada de Maria no templo
Cheia de liberdade, uma criança se aproxima do véu do Santo
dos Santos e, puxando por um fio, começa a desfiá-lo

U m escrito cristão do século II,

chamado de Protoevangelho
de Tiago, narra que aos três
anos Maria foi levada por seus pais, Ana
e Joaquim, ao Templo de Jerusalém, e lá
permaneceu até se casar com José. “O
Senhor Deus lançou graça sobre ela. E
ela dançou com seus pés; e toda a casa
de Israel amou-a”, diz o Protoevangelho
de Tiago. É um texto poético, que quer
falar de como Deus cercou a menina
de Nazaré com seus cuidados, forman-
do nela um coração disponível, aberto,
capaz de amar.
Esse mistério aparece nos mosai-
cos da Fachada Sul do Santuário Na-
cional. Ali vemos uma cena chocante:
cheia de liberdade, uma criança sobe
os degraus da área mais sagrada do
Templo de Jerusalém, se aproxima do
véu do Santo dos Santos e, puxando
por um fio, começa a desfiá-lo. O véu
separava Deus de seu povo e toda a
missão de Maria consistirá em tecer
a carne daquele que rasgará definiti-
vamente esse véu (cf. Mt 27,51), isto é,
que realizará a reconciliação definitiva
entre Deus e a humanidade.
O gesto se desenrola sob o olhar
atônito de um sacerdote do templo,
agarrado à Lei. Que Deus habite em
nossa própria carne é algo escanda-
loso demais para o sistema que esse
sacerdote representa — um sistema
desenhado para manter Deus distante,
para perpetuar uma condição de irre-
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E ASSISTA OS VÍDEOS CATEQUÉTICOS DA JORNADA BÍBLICA
denção, o que permite às lideranças
que explorem e controlem o povo.
Essa cena é a imagem da vocação
de Maria e, portanto, da vocação da
Igreja, da comunidade dos batizados,
sacramento do mistério de Cristo no
mundo: destruir toda estrutura que
pretenda separar o Deus vivo do seu
povo, da humanidade. Como Maria,
que reconheceu a ternura do cuida-
do do Pai desde a sua meninice, nós
também fizemos a experiência da vida
nova e sabemos que “nada será capaz
de nos separar do amor de Deus que
está em Cristo Jesus, nosso Senhor”
(Rm 8,39).

Revista de Aparecida 15
 VIVENDO A FÉ
Pe. Antonio Clayton Sant'Anna, C.Ss.R.
FOTO: VATICAN NEWS
A misericórdia
em face ao
pecado!
O
Papa Pio XII governou a Igreja
de 1939 a 1958. Uma frase mar-
cou seu pontificado: “o pecado
do século 20 é ter perdido o senso do
pecado”. A segunda guerra mundial ha-
via traumatizado a consciência coletiva
após semear o ódio, as mortes, a des-
truição e todos os pecados. Perdera-se
o senso do pecado na medida em que
faltou a prática, a estima da misericór-
dia. Quanto menos esta, mais aquele!
Hoje há o consumismo exagerado, há a
badalação exibicionista das aparências,
a irresponsabilidade na diversão, na
bebida, drogas etc. Procura-se saúde,
conforto, consolo, cura, bom viver. É a
fuga nas ilusões de todo tipo. A deseja-
da amizade social faz-se difícil e rara.
A reconciliação é quase impossível.
Desculpam-se erros, falhas, pecados:
são incuráveis ou taras. Conflitos, frus-
trações, decepções, remorsos de culpa,
revoltas, violências e inseguranças es-
peram o remédio da autoajuda. O que
importa é manter o gosto individual
como critério absoluto de escolhas.
Sendo assim, como acreditar no en-
sino de Jesus: “Sede misericordiosos,
como também o vosso Pai é misericor-
dioso. Não julgueis e não sereis julgados;
16 Revista de Aparecida
não condeneis e não sereis condenados;
perdoai, e sereis perdoados... porque
com a mesma medida com que medir-
des os outros, vós também sereis medi-
dos” (Lc 6,36-38). Ora, prometer curas
e milagres não produz a fé num Deus
que espera nossa reconciliação com Ele
e com os outros. O culto à prosperidade
não nos livra do senso do pecado e nem
realiza a misericórdia com os outros.
Quanto menor for a presença de Deus
no modo de viver, tanto mais se enraíza
a mediocridade, a apatia espiritual, o en-
fado com a oração, a indiferença com os
pecados. E aí a lógica do convívio social
será: não perdoar e nem ser perdoados!
Misericórdia e perdão se entrelaçam.
Não há perdão sem misericórdia. Não
há misericórdia sem o perdão. Compre-
ender essa mútua dependência e entre-
laçamento na lógica do Evangelho não é
fácil! A misericórdia não apaga os peca-
dos. O que apaga o pecado é só o perdão
de Deus. Mas, a misericórdia é a maneira
com a qual Deus quer nos perdoar. Aí
está a súplica do Pai-Nosso: perdoai-nos
as nossas ofensas como nós perdoamos
ao que nos ofendem. Quando o pecado é
perdoado, a vida divina é restaurada em
nós. Um mundo onde não se perdoa, faz
infelizes. Sofre com todo tipo de violên-
cia, arrogância, vingança, terrorismo,
orgulho do poder etc. Está à beira do
abismo das armas armazenadas, que
podem destruir-nos num clic. Os des-
varios vingativos, os ímpetos do coração
raivoso, o arsenal de armas destrutivas
modernizadas: tudo isso se esboroa
com a palavra do cordeiro crucificado:
“Pai, perdoai-lhes porque não sabem
o que fazem” (Lc 23,34).
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CONTEÚDOS NA REVISTA
DE APARECIDA DIGITAL
ATUALIDADES
Pe. Jonas Luiz de Pádua, C.Ss.R.
FOTO: WIKIMEDIA COMMONS
A misericórdia
como porta
A misericórdia é fruto da fé dos
que creem no Reino de Deus.
Ela não é uma teoria e nem um
“produto” de uma prateleira de
mercado, que podemos pegar e pa-
gar. Ela é dom e resultado de uma
experiência, isto é, de um encontro
confiante com Jesus, o Deus-Filho
de Deus-Pai. A sua vinda ao mundo
é prova máxima do quanto Deus é
misericordioso, que nos ama e nos
perdoa, a fim de que vivamos como
filhos(as) de seu Reino. Pois Ele
sabe quem somos: necessitados de
sua misericórdia, dada a desobedi-
ência de Adão e Eva, que nos seduz
a todo instante.
Em uma de suas obras, o Vene-
rável Fulton Sheen escreveu que
“não temos medo de Deus não nos
amar devidamente, mas de Deus
nos amar demais”. Porque o amor
liberta, cura, cuida e não exige nada
em troca, mas compromete-nos.
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 IGREJA A CAMINHO
Ir. Alan Patrick Zuccherato, C.Ss.R.
FOTO: THIAGO LEON
Família dos Devotos
acolhe e saúda o episcopado
brasileiro na Casa da Mãe
O Santuário Nacional de Aparecida recebe, entre os
dias 10 e 19 de abril, a Assembleia Geral da CNBB
O
encontro reúne nossos Pas-
tores de todo o Brasil: Car-
deais, Arcebispos e Bispos
das igrejas particulares do nosso país,
além dos Assessores da Conferência
(Padres, Religiosos(as), leigos e cola-
boradores) e demais organismos.
Esse importante evento é marcado
pela fraternidade e num espírito de
sinodalidade. Há muita comunhão e
partilha entre os Bispos, que dialogam
respeitando as diversidades e buscam
no dinamismo do Ressuscitado os me-
lhores caminhos para a evangelização
num Brasil cada vez mais urbano e de
transformação.
As reflexões se darão à luz do tema
Central: um olhar sobre a realidade da
Igreja no Brasil hoje - análise de conjun-
tura eclesial, pois, a presença pública
da Igreja na sociedade é um sinal de
profetismo.
Como afirmam as Diretrizes Gerais
da Ação Evangelizadora (DGAE), que-
remos renovar nosso compromisso de
evangelizar pelo anúncio da Palavra,
formando discípulos e discípulas de
Jesus Cristo em comunidades eclesiais
missionárias, na preferência pelos po-
bres, cuidando da Casa Comum e tes-
temunhando o Reino de Deus.
Neste ano de 2024,está programa-
do o relato de Dom Laurent Dabiré,
Bispo de Dori-Burquina Faso, que irá
falar sobre a perseguição à Igreja e
aos cristãos na realidade onde vive e
trabalha.
Pelo amor fraternal da Família dos
Devotos, que doa e partilha, consegui-
mos “acolher bem” esse acontecimen-
to eclesial favorecendo a colegialidade
episcopal e todas as atividades, encon-
tros, acomodações, hospedagem, o
Retiro Espiritual e celebrações desses
sucessores dos Apóstolos. Por isso,
querido(a) Devoto(a), persevere conos-
co nesta missão de evangelizar a partir
de Aparecida. Você também é Igreja!
Acompanhe esses dias com suas
orações e também pela Rede Apareci-
da de Comunicação (Central Dons da
Igreja) a cobertura da Assembleia Geral
Ordinária da CNBB.
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CONTEÚDO ESTENDIDO
COM O IR. ALAN
REFLEXÃO
Pe.Ferdinando Mancílio, C.Ss.R.
O que
transbordamos
em nós?
A vida nos dá belas comparações
FOTO: FREEPIK
em coisas muito simples, roti-
neiras. Se eu estiver com uma xícara
cheia nas mãos, uma xícara de café,
por exemplo, e alguém esbarrar em
mim, o que acontece? Você poderia
dizer que derramou café porque
alguém esbarrou em você. Errado!
Depende do que estiver na xícara.
Você derramou café porque na xícara
havia café, se houvesse chá, iria der-
ramar chá. O problema não é o “em-
purrão”, mas sim o que está dentro.
Vamos olhar para nossa vida que
pode ser comparada a esse fato de
alguém nos esbarrar pela vida afora.
E o que vou transbordar de dentro
de mim? Vou transbordar daquilo
que estiver cheio meu coração. Nos-
sas atitudes manifestam o que está
dentro de nós, em nosso interior.
Quando vemos violência, tanto pes-
soal como grupal, concluímos que as
pessoas estão “derramando” o que
está em seu coração. Se é bondade
transborda bondade, se é violência
ou agressividade é isso que será
transbordado.
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TEXTO COMPLETO
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Revista de Aparecida 17
 CATEQUESE MARIANA
Ir. Afonso Murad, F.M.S.

Maria e o
cuidado da
nossa Casa
Comum
O papa Francisco
escreveu em 2015 uma
importante encíclica, na
qual convoca os cristãos
e toda a humanidade para
colaborar no cuidado do
nosso planeta.

E sse belo e profundo escrito

FOTO; WIKIMEDIA COMMONS

se chama “Laudato Si” (LS),
expressão tomada do Cântico
das Criaturas, de São Francisco. É
um convite a bendizer a Deus pela be-
leza da criação: “Louvado sejas, meu
Senhor, por todas as tuas criaturas”.
A Laudato Si está organizada em
capítulos, como se fosse um trenzinho
com seis vagões. A locomotiva é a in-
trodução, na qual se diz que o planeta
Terra é “Casa Comum”. Nele habitam
bilhões de seres humanos, como tam-
bém a água, o solo, o ar, a energia do
sol, os microrganismos, as plantas e os
animais. E tudo está interligado! Essa
nossa Casa Comum é para nós como
uma irmã, com a qual partilhamos a
existência, ou uma mãe bondosa que
nos acolhe nos seus braços (LS 1). Fran-
cisco nos convoca a uma “conversão
ecológica”: passar de atitude de indife-
rença ou de destruição para a de cui-
dado e de reconstrução. Os vagões do
trenzinho da Laudato Si são: (1) O que
está acontecendo com essa nossa Casa;
(2) O evangelho da criação; (3) A raiz
humana da crise ecológica; (4) Uma eco-
logia integral; (5) Linhas de orientação
e ação (para quem tem poder político
e econômico) e (6) Educação e espiri-
tualidade ecológicas (para todos nós).
No parágrafo 241, Francisco liga a
pessoa de Maria com alguns temas da
Laudato Si. Vejamos resumidamente:
• Maria, a mãe que cuidou de Jesus,
agora cuida com carinho e preocu-
pação materna deste mundo ferido.
Maria não somente se volta para os
seres humanos, como também para
toda a criação. Com seu exemplo, ela
nos ensina a tomar atitudes pessoais
e comunitárias em relação à criação
ameaçada.
• Assim como chorou com o coração
trespassado a morte de Jesus, assim
também agora Maria se compadece
do sofrimento dos pobres crucifi-
cados e das criaturas deste mundo
exterminadas pelo poder humano.
Maria sente no seu coração a dor
diante da situação de exploração
dos pobres, dos excluídos e do meio
ambiente.
• Ela vive, com Jesus, completamente
transfigurada, e todas as criaturas can-
tam a sua beleza. Elevada ao céu, é Mãe
e Rainha de toda a criação. No seu cor-
po glorificado, juntamente com Cristo
ressuscitado, parte da criação alcan-
çou toda a plenitude da sua beleza. A
assunção de Maria significa o começo
da participação da humanidade e das
outras criaturas na ressurreição de Je-
sus. Maria nos aponta para a esperança
de “um novo céu e uma nova terra”.
• Maria, que «guardava» cuidadosa-
mente todos os fatos no seu coração
(Lc 2,51), agora compreende o sentido
de todas as coisas. Por isso, podemos
pedir-lhe que nos ajude a contemplar
este mundo com um olhar de sabe-
doria. Peçamos então a Maria que ela
nos dê esse olhar de carinho e respeito
pela criação e mobilize nossas mãos
para atitudes pessoais e ações comu-
nitárias, a começar de onde moramos
e trabalhamos. Amém.

18 Revista de Aparecida
ESPECIAL Victor Hugo Barros

Família dos Devotos, “um

FOTO: THIAGO LEON

milagre de Nossa Senhora”
Há 70 anos na Congregação Redentorista, Pe. José
Ulysses da Silva acompanhou o surgimento da Família
dos Devotos e compartilha suas lembranças

P eregrinar a Aparecida é um fato

marcante na vida dos devotos
de Nossa Senhora Aparecida.
Para o padre José Ulysses da Silva, mis-
sionário redentorista que trabalha no
“Uma semana depois, eu já estava
voltando para Aparecida, mas como
seminarista”, recorda.
Após trabalhar em diversas frentes
missionárias na Congregação, o reli-
Santuário Nacional, não foi diferente. gioso retornou no ano 2000 a Apare-
Foi em 1954, há 70 anos, que ele esteve cida. “Vim para o Santuário novo, já
pela primeira vez na Terra da Padroeira como reitor, na passagem do milênio”,
e, aqui, decidiu ser padre. esclarece.
Apenas um ano antes de o padre
assumir o cuidado pastoral da Basíli-
ca, havia sido criada, em 1999, a então
Campanha dos Devotos, responsável
FOTO: CDM / SANTUÁRIO NACIONAL

por angariar fundos para o acabamento

interno do espaço basilical. “Surge essa
inspiração maravilhosa junto com essa
necessidade. Nunca mais cessaram as
doações e hoje temos a Família dos De-
Pe. José Ulysses durante Missa nos votos que nos dá este aporte em tudo o
anos 2000, quando era reitor da que se faz neste Santuário”, diz.
Basílica de Aparecida
Padre Ulysses acompanhou duas
grandes obras no início da Família dos
Devotos. A primeira delas, a remodela-
ção do Morro do Cruzeiro, inaugurado
em 21 de abril de 2000. A segunda, a
própria construção do Altar Central,
sagrado em 21 de julho de 2001.
Em 2002 o sacerdote deixou o San-
tuário para assumir outras frentes de
missão, retornando a Aparecida em
2015. Nessa altura, muitas outras rea-
FOTO: CDM / SANTUÁRIO NACIONAL
Pe. Ulysses viu a construção
do Altar Central
foi uma contribuição, mas várias, que
hoje permitem o sustento da Rádio,
da TV, do Santuário e dessa mara-
vilha que a gente está realizando, a
finalização externa que já podemos
ver na Fachada Norte e agora na Sul
também. E vamos em frente com as
outras duas fachadas. Isso tudo está
nas mãos de Nossa Senhora, pois o
romeiro doa para Nossa Senhora”.

lizações já tinham acontecido graças à Com confiança, ele projeta os pró-

Família dos Devotos.
“A gente tem que estar muito aten-
to que isso foi um milagre de Nossa
Senhora”, afirma. “Ou seja, foi ela que
Desde 1999 a Família dos Devotos
propicia acabamento do Santuário
deu este presente maior. Sei que ali
Nacional entrou o dedo de Maria, porque não
ximos 25 anos da Família dos Devotos.
“O importante é saber que o Reino de
Deus está presente e nós somos apenas
lampadinhas que se acendem para mos-
trar isso”, reflete. “O futuro é sempre
uma bênção de Deus”, finaliza.

Revista de Aparecida 19
 ÁLBUM DE FAMÍLIA
FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

LINDINALVA
GOMES DE
OLIVEIRA
E FAMÍLIA,
GUARUJÁ/SP

GUIOMAR FERREIRA ANTONIO

JOSÉ SEBASTIÃO DE JESUS E FAMÍLIA, APARECIDA/SP E JOÃO BATISTA, MARILENA/PR

ARENICE DO NASCIMENTO GUARNIERI

ANTONIO BELLE E GRACIEMA BELLE, REALEZA/PR E FAMÍLIA, MARILÂNDIA/ES

ANA MARTA LINO LIMA E PAULO BENTA BENEVENUTTI E FAMÍLIA, GASPAR/SC

SÉRGIO, PONTE NOVA/MG

20 Revista de Aparecida
TERÇO DOS HOMENS João Pedro Ribeiro

FOTO: ARQUIVO PESSOAL

Homens do Terço celebram caminhada
de graça e fé em Conselheiro Lafaiete (MG)
Fundado em 2011, grupo auxilia no crescimento do movimento no estado mineiro

A alegria faz parte dos fiéis de Conselheiro Lafaiete

(MG) que participam do grupo do Terço dos Homens
da Paróquia Bom Pastor, com uma caminhada de devoção
que se iniciou há 12 anos.
Emerson Lopes Mendonça Diniz, coordenador, explica
a diferença que o terço fez na vida dos homens. “Ao longo
desses mais de 11 anos de caminhada de fé, conseguimos
muitos testemunhos de homens que, por meio do terço,
alcançaram diversas graças, livramentos, cura de vícios
como o álcool e cigarros. Também nesse período fizemos
diversos trabalhos missionários como, por exemplo, ajuda-
mos diversas comunidades e paróquias vizinhas a imple-
mentarem e incentivarem a reza do Terço dos Homens”,
ressalta. Além disso, o movimento na cidade, que conta
com a condução do diácono permanente Anderson Lucio
da Costa e do pároco Pe. Edir Martins Moreira, formou
um grupo de música que auxilia nas Missas e Celebrações
da Palavra. Atualmente, 120 homens costumam se reunir
para continuar com a prática mariana da reza do Santo
Rosário. Os homens de Conselheiro Lafaiete podem se
juntar ao grupo da Paróquia Bom Pastor às segundas-
-feiras, às 20h.
CADASTRE-SE A12.com/tercodoshomens

HISTÓRIAS DE FÉ

Minha primeira romaria à Casa da Mãe

O lá, me chamo Sandra, tenho 27
anos e sou da cidade de Arujá-SP.
Em 2023, fiz minha primeira romaria
até a casa da Mãe Aparecida, e no pri-
meiro dia de peregrinação, após uns
40km percorridos, senti uma dor na
Senhora Aparecida falasse dentro do
meu coração o que eu deveria fazer
para que eu pudesse continuar, neste
momento me acalmei e logo após uns
2 minutos, avistei um homem em uma
caminhonete com uma criança entre-
FOTO: ARQUIVO PESSOAL

coxa da perna esquerda, uma dor que
estava me limitando a andar, pensei que
não iria conseguir continuar andando,
não pensei em desistir em momento al-
gum, apenas que não conseguiria andar.
Não tinha água e nem remédio e estava
com a boca seca, querendo tomar água.
Neste trecho não havia apoio para que
eu pudesse pedir água.
Pedi, em oração, para que Nossa
gando água, eles estavam apenas en-
tregando água e nada mais, pedi uma
garrafa e logo no primeiro gole, sem
ao menos tomar o comprimido, senti
que a dor foi embora. Neste momento
percebi que a Mãe Aparecida nos cuida lagre da Mãe que tinha acontecido em
nos mínimos detalhes, chorei muito mim. Obrigada, Mãe Aparecida, por
de emoção pelo milagre acontecido e ser tão piedosa comigo e com todos os
segui viagem, dali em diante não tive seus filhos que recorrem a vós. Amém!
mais dor nenhuma na coxa, era o mi- Sandra Aparecida Rodrigues, Arujá/SP

Revista de Aparecida 21
 LITURGIA
Pe. Rodrigo Arnoso, C.Ss.R.

Com cantos
e orações
vamos ao
encontro
do Senhor

D esde os primórdios do cris-

tianismo, como herdeiros
de algumas práticas religio-
sas do judaísmo, os cristãos sempre
conceberam o gesto de peregrinar a
lugares santos como uma experiência
de encontro com o Senhor. São várias
as narrativas bíblicas que registram
a experiência de homens e mulheres
que saíam dos mais variados lugares
para celebrarem a páscoa em Jeru-
salém. Para os membros do povo da
antiga aliança era necessário pelo
menos uma vez na vida se dirigir à
cidade que denominavam de eterna.
Os anais da história cristã também
registram muitas experiências de pe-
regrinação vividas por aqueles que, a
exemplo dos primeiros discípulos de
Cristo, deixaram tudo para anunciá-lo
ao mundo, peregrinando de um lugar
a outro. Um dos mais belos textos se
chama Peregrinação de Etéria. Com
riqueza de detalhes, essa discípula
FOTO: GUSTAVO CABRAL

do Senhor deixou registrado para a

posteridade o modo como os cris-
tãos das primeiras horas celebravam
a Páscoa do Senhor, em Jerusalém.
O relato nasce de uma peregrinação
dessa jovem a essa terra bendita e de
sua participação nas celebrações que
recordavam, de modo memorial, a
paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Do tempo de Etéria até nossos dias
o povo de Deus não deixou de peregri-
nar a santuários, para ali experimen-
tar a ação misericordiosa do Senhor.
Por isso, uma peregrinação é sempre
um momento forte de experiência de
Deus, que convida o peregrino a um
processo de conversão. Converter-se
não significa uma mudança superficial
de vida, mas o trilhar de um caminho
que nos faz discípulos, capazes de ter
uma vida segundo o Espírito de Cris-
to, o eterno peregrino do Pai. Desse
modo, o que nos cabe, como peregri-
nos, é irmos ao encontro do Senhor,
com cantos e orações.
Conteúdos exclusivos em
A12.com/revistadeaparecida

22 Revista de Aparecida
DEUS EM MINHA CASA

ESTE
ABRIL SEJA
ALEGRE
A
liás, o nome já é alegre, como o
tilintar de festa, como o branco
aberto a todas as cores. Vou, en-
tão, fazer do abril alegre página em bran-
co, que me desafia a olhar para o lado bom
do mundo. E louvar, porque o mundo é
bom. Presto atenção e vejo tanta bondade
e tanto amor ao meu redor, nos lares, nos
hospitais, nas escolas ou nos conventos.
Gente alegre porque faz o bem, é bem e
felicidade para os outros. Há tantos que
com sua voz, seus versos, suas cores, suas
formas, seus ritmos, suas palavras e sorri-
sos alegram minha vida. Por toda parte há
mãos que se estendem para me entregar
o que preciso, ou me ajudar a vencer o
degrau. Há sempre muitos prontos para
cuidar de mim, para um abraço, uma boa
palavra. É inegável; ainda há muito abril
no mundo. Graças a Deus.

Oração da manhã
para todos os dias
Senhor meu Deus, mais um dia está
começando. Agradeço a vida que se
renova para mim, os trabalhos que
me esperam, as alegrias e também os
pequenos dissabores que nunca faltam.
Que tudo quanto viverei hoje sirva para
me aproximar de vós e dos que estão ao
meu redor. Creio em vós, Senhor. Eu vos
FOTO: JOÃO PEDRO RIBEIRO

amo e tudo espero de vossa bondade.

Fazei de mim uma bênção para todos
que eu encontrar. Amém.
As reflexões seguintes supõem que você
antes leu o texto evangélico indicado.

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A12.com/deusemminhacasa Acesse "Família dos
Devotos" no Spotify e ouça
Deus em Minha Casa

1 SEGUNDA-FEIRA
EVANGELHO (MT 28,8-15)
“As mulheres partiram depressa
do sepulcro. Estavam com medo, mas
correram com grande alegria, para
dar a notícia aos discípulos.”
Elas viram a sepultura vazia, e saíram de-
pressa para fazer o que o anjo mandara. Não
tinham visto o Senhor, não entendiam o que
estava acontecendo, mas estavam alegres
por ele estar vivo. Pararam ao se ver dian-
te dele, vivo, real, ao alcance de seu abraço.
Não imagino o que viviam. Uno-me, porém,
a sua alegria e ao seu espanto, ao pensar que
ele está sempre comigo, vivo, real, amigo.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, alegria é o que vivo ago-
ra e sempre que penso que vencestes a
morte e estais vivo, ao meu lado, para me
acompanhar em minha caminhada até a
vida. Não permitais que eu esqueça essa
alegria, quando a vida de agora for áspera
e cinza. Creio em vós, confio em vós, não
posso entregar-me à tristeza e ao desâ-
nimo. A esperança alegre, a coragem de
viver provam minha fé. Amém.
Santos: Hugo de Grenoble, Teodora,
Ludovico Pavoni
2 TERÇA-FEIRA
EVANGELHO (JO 20,11-18)
“Então Jesus disse: – Maria! Ela
voltou-se e exclamou, em hebraico:
Rabuni! (que quer dizer: Mestre).
Eu também acredito em Jesus porque ele
me chamou pelo nome, veio procurar-
-me, deu-me uma vida que, por mim
mesmo, nem podia imaginar. Sou impor-
tante para ele, trata-me como amigo e
está sempre a meu lado. Diz que de fato
sou seu amigo, e não servo. Pede-me que
o ame e viva como ele próprio viveu. Por
isso tudo não o posso tratar à distância,
friamente, obrigado como a um patrão.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, acho que a Madalena jamais
se esqueceu desse momento, quando
da tristeza passou para a alegria de en-
contrar quem pensava ter perdido. Eu
também preciso de alegria, Senhor, e da
felicidade de vossa companhia. Assim,
tendo-vos a meu lado, poderei superar
meus momentos duros. Estais sempre a
meu lado; se for preciso, puxai-me pelo
braço, para que me lembre. Amém.
Santos: Francisco de Paula, Leopoldo de Gaiche
3 QUARTA-FEIRA
EVANGELHO (LC 24,13-35)
“Naquele mesmo dia, o primeiro da
semana, dois dos discípulos de Jesus iam
para um povoado chamado Emaús.”
Eles tinham acreditado em Jesus. Sabiam,
ou talvez até viram o que aconteceu, des-
de sua condenação até sua morte pavo-
rosa e sua sepultura. Estavam destruídos,
não sabiam o que pensar nem o que fazer
no futuro. Não posso imaginar o que ia
em seu coração. Tudo começou a mudar
quando o convidaram para ficar em sua
casa. E voltaram a viver ao reconhecê-lo
quando lhes partiu o pão.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, eu também muitas vezes
fico sem compreender o que o Pai quer
fazer de mim. Fico abatido pelo cansaço,
pela enfermidade, pela desilusão, pela
tristeza e pela certeza da morte. Ao cair
da tarde, ensinai-me a vos convidar para
ficar em casa. Tenho certeza que então
tudo começará a mudar quando, mesmo
sem dizer palavra, partirdes para mim o
pão da vida e da esperança. Amém.
Santos: Irene, Sisto I, Gandolfo de Binasco
4 QUINTA-FEIRA
EVANGELHO (LC 24,35-48)
“Vós sereis testemunhas de tudo isso.”
Ser testemunha é dizer eu fiz, eu vi, ouvi
e toquei. É garantir um fato, e não apenas
apresentar notícia ou teoria. E, na sua for-
ma mais alta, testemunhar é estar pronto
a morrer antes que se desdizer. Os discí-
pulos foram convidados e aceitaram ser
testemunhas em favor de Jesus. Muitos e
muitas, uma multidão ao longo dos sécu-
los morreram por isso. Tenho de dizer se
aceito ser testemunha.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, ninguém tem direito de me
Pe. Flávio Cavalca de Castro, C.Ss.R.
flcastro22@gmail.com
pedir o que me pedis. Vós o podeis fazer,
porque sois Deus, porque me amais como
ninguém, porque sois caminho, verdade e
vida, e porque fostes testemunha fiel até a
morte. Preciso de vossa ajuda para mostrar,
com minha vida, o caminho que me mos-
trais, e para testemunhar que sois o salva-
dor, o único que nos pode libertar de todo
mal. Amém.
Santos: Isidoro de Sevilha, Platão,
monge, Pedro de Poitiers
5 SEXTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 21,1-14)
“Os outros discípulos vieram
com a barca, arrastando a rede
com os peixes.”
Jesus tinha perguntado: – Moços, tendes
alguma coisa para comer? Responderam:
– Não. Sozinhos, toda a noite lançaram e
recolheram as redes sem peixe. Agora ti-
nham de arrastar a rede pesada, que não
conseguiam erguer para a barca. Mais de
uma vez isso dever ter acontecido conos-
co. Mas, se confiamos em Jesus, obede-
cemos e continuamos lançando a rede,
teremos de arrastá-la.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, Pedro e seus companheiros
jamais esqueceram aquela pescaria. Em
muitas ocasiões, em mil lugares essa lem-
brança deu-lhes coragem. Eu também
não posso esquecer que me mandais
continuar lançando rede. Teimosamente,
sem desanimar, ainda que a rede pareça
vir sempre vazia. Ajudai-me, dai força a
meus braços, clareza à cabeça, e confian-
ça ao coração. Amém.
Santos: Vicente Ferrer, Catarina Tomás
6 SÁBADO
EVANGELHO (MC 16,9-15)
“Jesus apareceu primeiro a Maria
Madalena ... Ela foi anunciar isso aos
seguidores de Jesus, que estavam
de luto e chorando.”
Marcos diz que duas vezes foi anunciado
aos discípulos que Jesus estava vivo, mas
eles não acreditaram, nem mesmo quan-
do ele se mostrou a eles enquanto co-
miam. Quando afinal acreditaram que ele
Revista de Aparecida 25
 DEUS EM MINHA CASA
estava vivo, depois da cruz e da sepultura,
Jesus os enviou para levar o evangelho da
vida a todos. Se acredito que Cristo Jesus
vive e está comigo, posso levar a todos
uma esperança de vida.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, levado pelo dom da fé, aco-
lho o testemunho de vossos discípulos,
os do começo e os de agora. Vós viveis e
ofereceis para mim a vida plena, de todo
o meu ser. Acredito em vós, e aceito a
vida que nos ofereceis para agora e para
a eternidade. Ajudai-me a viver meus dias
à luz dessa certeza. Não importa o que
acontecer, estareis sempre comigo, a me
ensinar e amparar. Amém.
Santos: Celestino, Catarina de Pallanza, Diógenes
7 2º DOMINGO DE PÁSCOA
EVANGELHO (JO 20,19-31)
“A paz esteja convosco. Como o Pai me
enviou, também eu vos envio.”
Jesus veio para nos trazer a paz, que é o
conjunto de todo bem, da vida plena e
da felicidade. Por isso podemos alegrar-
-nos, apesar das dificuldades e trabalhos,
podemos vencer o mal em todas as suas
manifestações, tendo-o sempre em nos-
so meio, a viver conosco. E ele nos envia.
Não nos quer fechados em casa, portas
e janelas trancadas, cuidando de nossas
coisinhas, indiferentes ao mundo ao nos-
so redor. Envia-nos para levar a libertação
do pecado e de todo mal, a verdade que
não se impõe, mas conquista, a esperan-
ça que vai além do sonho de um mundo
já agora sem males. E podemos cumprir
a tarefa que nos confia, porque ele envia
sobre nós o Espírito, o Sopro da vida e da
verdade. Façamos como seus discípulos e
discípulas daquele tempo que saíram.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, deixai-me pensar que, se
ao chegardes, portas e janelas estavam
fechadas, e vossos discípulos encolhidos
na penumbra, ao sairdes todas estavam
abertas, e havia muita luz, e soprava um
vento novo. De novo, Senhor, vinde e fi-
cai conosco para que tenham a paz que
só vós podeis dar. Mexei na minha vida,
na vida de minha comunidade e de toda
26 Revista de Aparecida
a igreja, estourai trancas e taramelas, e
empurrai-nos para levar ao mundo vos-
so evangelho. Dai-nos pressa e paciência,
coragem e prudência, e muita clareza
para saber como falar à gente de hoje.
Para isso preciso de ajuda. Aumentai mi-
nha fé e minha esperança, fazei que vos
ame e saiba amar meus irmãos. Que meu
amor, a vós e a eles, seja inventivo, cons-
tante e eficiente. Amém.
Santos: João Batista de La Salle, Ursulina
8 SEGUNDA-FEIRA
EVANGELHO (LC 1,26-38)
“O anjo Gabriel foi enviado
por Deus a uma cidade da Galileia,
chamada Nazaré, a uma virgem,
prometida em casamento a um
homem chamado José.”
Deus criou homens e mulheres para os
fazer participantes de sua vida, do seu
modo divino de ser. Ele nunca desistiu,
mesmo quando a humanidade errou, em
suas decisões coletivas e pessoais. No
tempo escolhido, seu Filho uniu-se a nós,
para viver nossa vida e participar de nos-
sa caminhada. Tudo por um amor que
nunca poderíamos esperar; podemos
apenas dizer: que se faça vossa vontade.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, vossa mãe Maria não ten-
tou compreender; apenas entregou-
-se confiante e deixou-se levar, deixou
acontecer. Que ela peça por mim, para
que me deixe levar por vossa oferta, que
tenha a coragem humilde de me entregar
a vós, sem poder de fato compreender a
vida que me ofereceis. Confio em vossa
misericórdia e creio que sois tudo para
mim, caminho, verdade e vida. Amém.
Santos: Edésio, Máxima
9 TERÇA-FEIRA
EVANGELHO (JO 3,7B-15)
“Vós deveis nascer do alto.
O vento sopra onde quer e tu podes ouvir
o seu ruído, mas não sabes de onde vem,
nem para onde vai.”
Nicodemos, homem culto, procurou Je-
sus, que lhe falou longamente. Deixou
claro que anunciava uma nova vida, que
nasce do poder do Espírito (Sopro, Alen-
to, Vento) cuja ação não podemos com-
preender. Como não se compreende o
sopro misterioso do vento. Só podemos
renascer para a vida, que Jesus oferece,
se nos deixamos levar pelo Espírito San-
to, que nos transforma e leva.
ORAÇÃO
Senhor meu Deus, experimento a ação
do mal em mim, a falta de esperança, a
incapacidade para o bem. Vejo que, por
mim, não consigo a vida pela qual an-
seio. Preciso que envieis vosso Espírito,
o sopro de vida, que me faça nascer para
a vida nova. Enviai vosso Espírito Santo,
que me faça compreender Jesus e acei-
tar a vida que me oferece, vida na verda-
de, na justiça e no amor. Amém.
Santos: Maria de Cléofas, Acácio, Demétrio
10 QUARTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 3,16-21)
“Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito, para
que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.”
Puramente por amor Deus nos criou para
a vida. Por um amor infinitamente maior
e mais incompreensível quis que, por
nossa união com seu Filho, participemos
de sua vida divina. Porque Deus nos ama,
ele nos mantém na vida, e nos torna pos-
sível viver também uma vida nova na paz,
no bem, na verdade e no amor. Porque
ele nos ama, podemos ser felizes, à es-
pera da felicidade plena.
ORAÇÃO
Senhor meu Deus, creio que me amais e
quereis minha felicidade, e para isso tudo
fazeis. Só eu posso excluir-me e rejeitar
vossa oferta, para procurar felicidade na
ilusão e no vazio das riquezas e do or-
gulho. Quero seguir o jeito de viver que
Jesus ensinou, e chegar à felicidade com-
pleta e eterna. Não permitais que, mesmo
sendo tão amado, não vos ame o máxi-
mo que me for possível. Amém.
Santos: Miguel, Ezequiel e Pompeu
11 QUINTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 3,31-36)

“Aquele que acredita no Filho possui a vida
eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho
não verá a vida...”.
O Pai enviou o Filho para nos salvar do
mal que nos domina. Para ter a vida que
nos é oferecida, é preciso crer no Filho,
aceitá-lo como o único que nos pode
salvar. É preciso aceitar que ele nos una
a si, para podermos participar de sua vida
divina, precisa deixar que ele nos oriente
e seja tudo para nós. Sem Jesus Cristo, o
Filho de Deus Encarnado, não existe ne-
nhuma esperança para nós.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, creio em vós. Creio que sois
o Filho de Deus e entrego-me todo em
vossas mãos. Sois minha única esperança.
Transformai meu coração, para que pen-
se como vós e me deixe guiar por vós em
tudo que faço. Ajudai-me a vencer a in-
dolência e as más inclinações que me im-
pedem de vos seguir como devo. Dai-me
perseverança, para que nunca me separe
de vosso amor. Amém.
Santos: Estanislau, Gema Galgani, Isaac
12 SEXTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 6,1-15)
“Jesus tomou os pães, deu graças e
distribuiu-os aos que estavam sentados,
tanto quanto queriam. E fez o mesmo
com os peixes.”
Faltava um ano para a última ceia com a
eucaristia, e a morte de Jesus. Nessa nar-
rativa encontramos muitas expressões
que vemos também na descrição da úl-
tima ceia. Logo em seguida João traz o
sermão sobre o pão da vida. Podemos,
pois, ver na multiplicação dos pães uma
preparação para a entrega que Jesus fará
de si na eucaristia e para a entrega de sua
vida pela morte na cruz.
ORAÇÃO
Senhor, creio que sois o Filho de Deus en-
carnado para me dar a vida, creio que sois
o pão, o alimento que sustenta em mim
essa vida divina. Reconheço que depen-
do totalmente de vós para viver. Sem vós
morreria à míngua, sem nada e ninguém
que possa saciar minha fome e minha
sede de felicidade. Senhor Jesus, sede
sempre para mim pão, água, luz, caminho,
verdade e vida. Amém.
Santos: Júlio I, Sabas Godo, Ângelo de Chivasso
13 SÁBADO
EVANGELHO (JO 6,16-21)
“Quiseram, então, recolher Jesus
na barca, mas imediatamente a barca
chegou à margem para onde
estavam indo.”
Jesus não queria ser rei, ou apenas um
mestre ou profeta. Queria que isso ficasse
muito claro para os discípulos. Por isso vai
a eles, cansados de remar no lago agitado.
Quando se espantam ao vê-lo, diz: – Sou
eu. E eles podiam entender: – Eu posso
caminhar sobre as águas, posso fazer que
cheguem à praia mesmo se os ventos e as
ondas são contrárias. Não tenham medo.
Posso salvá-los.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, sabeis que muitas vezes
enfrento ventos e ondas, e já não tenho
forças para remar. E ninguém me pode
ajudar. Preciso que venhais a mim, nes-
ta minha vida difícil. Não precisais dizer
nada; apenas me levai para o seguro da
praia. Perdoai se demoro tanto em cha-
mar por vós. Sabeis que só em vós posso
confiar. Aumentai minha fé e minha espe-
rança, e fazei grande meu amor. Amém.
Santos: Martinho I, Márcio, Quintiliano
14 3º DOMINGO DE PÁSCOA
EVANGELHO (LC 24,35-48)
”Então Jesus abriu a inteligência
dos discípulos para entenderem
as Escrituras...”
Aquelas mulheres e aqueles homens tinham
vivido um tempo de maravilhas, vendo e
ouvindo Jesus, que conquistara seu coração
e os enchera de esperanças. É verdade que,
nem logo nem sempre, perceberam que a
proposta de Jesus não era só uma proposta
social e política. Apesar de ele várias vezes
ter falado que seria preso e condenado. E
quando isso aconteceu, ficaram sem saber
o que pensar ou fazer, mesmo quando se
mostrou vivo depois da morte. Lucas conta-
-nos como começaram a ver tudo de outra
Pe. Flávio Cavalca de Castro, C.Ss.R.
flcastro22@gmail.com
forma: “Então Jesus abriu a inteligência dos
discípulos para entenderem as Escrituras...”
Tocados pelo poder divino, abriram-se para
a fé, começaram a entender tudo de um
jeito novo, tudo em sua vida ganhou outro
sentido, e podiam dar testemunho do que
viram e ouviram.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, conheço bastante de vossa
vida e de vossa doutrina; sei, porém, que
esse conhecimento é limitado, e minha
compreensão superficial. Eu vos peço, abri,
alargai meu entendimento, enviai sobre
mim vosso Espírito, que me ilumine, e me
faça compreender-vos sempre mais pro-
fundamente. Afastai meu medo e minhas
resistências, que me impedem de vos se-
guir mais de perto. Aumentai minha sede
de vos conhecer, e ajudai-me a procurar
a ajuda de livros e outros meios, e princi-
palmente o contato com pessoas que me
possam ajudar. Ensinai-me a orar refletin-
do para assimilar vossas ideias, para co-
nhecer minhas carências e converter-me
para uma vida mais de acordo com vosso
evangelho. Aumentai meu amor por vós, e
serei capaz de vos compreender. Amém.
Santos: Lamberto, Donina, Próculo
15 SEGUNDA-FEIRA
EVANGELHO (JO 6,22-29)
“– Que devemos fazer para realizar
as obras de Deus? Jesus respondeu:
– A obra de Deus é que acrediteis
naquele que ele enviou.”
Aquelas pessoas não estavam só procu-
rando pão para sua fome. Queriam tam-
bém saber o que Deus esperava delas e
o que lhes oferecia. E Jesus respondeu:
– Deus quer que acrediteis em mim, que
sou o enviado por ele, e que aceiteis a sal-
vação que ele vos oferece, uma vida na
bondade e no amor. Essa resposta é tam-
bém para mim: devo entregar-me a ele, e
aceitar a salvação que me oferece.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, creio que sois o enviado
do Pai para minha salvação. Creio que
podeis e quereis dar-me uma vida nova,
fazendo-me participante de vossa vida.
Creio em vós que me ensinais o caminho
Revista de Aparecida 27
 DEUS EM MINHA CASA
da felicidade e da paz. Creio, ponho toda
confiança em vós. Tudo espero de vosso
poder e de vossa misericórdia. Guardai-
-me sempre em vossa amizade, não dei-
xeis que vos seja infiel. Amém.
Santos: Êutiques, Anastácia, Vitoriano
16 TERÇA-FEIRA
EVANGELHO (JO 6,30-35)
“Eu sou o pão da vida. Quem vem
a mim não terá mais fome e quem crê
em mim nunca mais terá sede.”
Foi depois da multiplicação dos pães.
Jesus disse que deviam procurar o pão
que vem de Deus, e pode dar a vida, a
vida nova, a vida para sempre. Se que-
riam essa vida, deviam acreditar que ele
é o pão, a fonte da vida, enviado pelo Pai,
que sacia toda fome e apaga toda sede.
A mim também Jesus desafia: se quero a
vida, preciso crer nele, e aceitar que ele
é quem sacia minha fome e minha sede.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, tenho fome e sede de fe-
licidade, de paz e de bondade. Sei que
ninguém além de vós pode socorrer-me.
Somente vós, que sois Deus, podeis liber-
tar-me da mentira e do mal, e dar-me a
vida nova na liberdade e na esperança.
Confio em vós, Senhor, entrego-me em
vossas mãos. Creio que não me abando-
nareis. Mas preciso que me conserveis a
fé, para que nunca vos deixe. Amém.
Santos: Bernadete, Calisto de Corinto, Júlia
17 QUARTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 6,35-40)
“Esta é a vontade do meu Pai:
que toda pessoa, que vê o Filho
e nele crê, tenha a vida eterna.
E eu o ressuscitarei no último dia.”
O Pai quer nossa salvação, nossa felicida-
de, quer que vivamos para sempre. Essa
mensagem de Jesus é nossa alegria e
nossa esperança. Nada, ninguém poderá
impedir que o Pai nos salve, porque nos
ama e é misericordioso. Somente nós
podemos destruir o presente e o futuro
que ele nos oferece. Se cremos em Jesus,
ele cumprirá sua promessa: – Eu o res-
suscitarei no último dia.
28 Revista de Aparecida
ORAÇÃO
Senhor, agradeço o amor que tendes por
mim, apesar de minha pequenez, fraqueza
e maldade. Dai-me o amor com que vos
devo amar em troca. Tudo espero de vos-
sa bondade, o perdão, a ajuda, a acolhida
no final de minha vida. Aumentai minha fé
e minha união com Jesus, vosso Filho, para
que eu possa ter a ressurreição, a passagem
feliz para a vida eterna e definitiva. Amém.
Santos: Aniceto, Roberto, abade, Hermógenes
18 QUINTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 6,44-51)
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me
enviou não o atrai.”
Sempre houve pessoas que admiram Je-
sus, sua figura, seu jeito de ser, de pensar
e falar. Nem por isso acreditam que seja o
Filho de Deus encarnado para nos salvar,
nem o aceitam com seu Senhor e centro
de sua vida. Só pelo dom, graça e favor do
Pai podemos reconhecê-lo como nosso
salvador, aceitar sua palavra. Nunca agra-
deceremos devidamente o dom da fé,
que dá sentido a nossa vida.
ORAÇÃO
Senhor meu Deus, Pai de misericórdia,
agradeço o dom da fé, essa atração ín-
tima, essa certeza que me leva a colocar
Jesus no centro de minha vida. Bendi-
to sejais por me iluminar para aceitar e
compreender a proposta de vida que ele
me faz. Perdoai-me, porque nem sempre
sou coerente com minha fé. E ajudai-
-me a viver de modo que também outros
queiram ser seus discípulos. Amém.
Santos: Maria da Encarnação, Faustino, Galdino
19 SEXTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 6,52-59)
“Em verdade, em verdade vos digo, se não
comerdes a carne do Filho do Homem e
não beberdes o seu sangue, não tereis a
vida em vós.”
É fácil perceber que João quer ajudar-nos
a perceber o sentido da Eucaristia. Comer
e beber é assimilar o necessário para a
vida; é transformar e ser transformado.
Para ter a vida nova precisamos comer
e beber, assimilar carne e sangue, a hu-
manidade real do Filho. Viver a Eucaristia
é unir-nos à humanidade de Jesus, para
participar de sua divindade, e chegar à
vida plena que o Pai oferece.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, creio que estais entre nós
de modo especial quando nos reunimos
para viver a Eucaristia. Ajudai-nos a reno-
var e intensificar nossa união convosco e
entre vós, sempre que renovamos o que
nos mandastes fazer. Que ao partilhar
vosso corpo e vosso sangue, deixemo-
-nos transformar por vossa humanidade,
para viver de vossa divindade. Esperando
a vida eterna que prometeis. Amém.
Santos: Sócrates, Gálata, Expedito
20 SÁBADO
EVANGELHO (JO 6,60-69)
“Muitos dos discípulos de Jesus, que
o escutaram, disseram: “Esta palavra é
dura. Quem consegue escutá-la?”
Que foi que Jesus disse que os espantou?
Sem esquecer a referência à eucaristia, o
que os desafiou foi a frase: “Assim como
o Pai, que vive, me enviou e eu vivo pelo
Pai, assim também quem de mim se ali-
menta viverá por mim.” Não acreditavam
que ele fosse o Filho de Deus, nem que
nossa única esperança de salvação e de
vida é nossa união com ele, nossa partici-
pação em sua vida divina.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, eles entenderam o quanto
exigíeis deles, e não quiseram reconhe-
cer-vos como Salvador, Filho de Deus.
Confiaram mais em si mesmos. Não que-
ro segui-los. Creio em vós, confio em vós.
Coloco em vosso poder e bondade toda
minha esperança. Mudai-me, transformai
minha vida, fazei-me participar de vossa
vida divina, à espera da plena realização
de vossas promessas. Amém.
Santos: Antonino, Marcelino de Embrun
21 4º DOMINGO DA PÁSCOA
EVANGELHO (JO 10,11-18)
“Eu sou o bom pastor. O bom
pastor dá a vida por suas ovelhas.
O mercenário ... vê o lobo chegar,
deixa as ovelhas e foge.”

Para nós não é muito clara essa linguagem
que fala de pastor e ovelhas, de assaltan-
tes e lobos. Lendo João desde o versículo
primeiro, parece que podemos entender
o seguinte (sem toda a poesia pastoril): Je-
sus é o enviado verdadeiro, que nos pode
guiar e proteger. Ele nos conhece um a
um, e nós o reconhecemos como salva-
dor porque ele fala diretamente a nosso
coração. Ele se compromete conosco,
porque nos ama e nos faz seus. Para nos
libertar e salvar, aceitou até morrer para
que possamos viver. Ele é o salvador de
todos, quer que todos estejamos unidos
na obediência ao Pai e no amor entre nós.
E ele o conseguirá, porque para isso foi
enviado, para fazer acontecer o projeto
divino da salvação oferecida a todos.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, ninguém fora de vós pode
ensinar-me o caminho da felicidade, nem,
menos ainda, salvar-me do mal e fazer-
-me feliz. Aceito a oferta que me fazeis, e
reconheço-vos como meu único salvador.
Confio em vosso poder e em vosso amor,
que não olha para minhas bondades, mas
gratuitamente me escolhe e chama. Aju-
dai-me a vos conhecer sempre mais, para
que possa ir avançando no vosso jeito de
viver. Protegei-me dos falsos mestres, e
mais ainda me protegei de mim mesmo,
de meu orgulho e de minha vaidade. Só
vos posso ser fiel se me guardais ao abri-
go de vossas mãos, e se a cada instante
me dais a ajuda de vossa graça. Hoje não
quero pedir só por mim e pelos que já vos
conhecem. Hoje vos peço por aqueles que
ainda não vos conhecem, e andam à pro-
cura de quem os possa guiar. Amém.
Santos: Anselmo, Conrado de Parzão, Sílvio
22 SEGUNDA-FEIRA
EVANGELHO (JO 10,1-10)
“... as ovelhas ouvem sua voz; ele as
chama pelo nome e as conduz para fora
... caminha à sua frente, e elas o seguem,
porque conhecem a sua voz.”
Na parábola temos várias ideias. Vejamos
apenas uma: a iniciativa é de Jesus, que
chama cada um por seu nome, porque o
ama, escolhe e chama pessoalmente. E
quem é chamado segue-o, porque é con-
quistado interiormente por ele, e apren-
deu a conhecer sua voz. Não segue outras
vozes, com suas falsas propostas de vida.
Fomos chamados por Jesus; podemos
segui-lo tranquilamente.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, tomastes a iniciativa de me es-
colher, amar e chamar. Por misericórdia, por
puro amor, sem nenhum merecimento de
minha parte. Não só me chamastes, mas me
tomastes pela mão, para eu não cair, nem
me extraviar. Agradeço tanto amor, e peço
que não permitais que vos abandone. Além
de vós não há quem me possa salvar; só vós
podeis fazer minha felicidade. Amém.
Santos: Bartolomeu de Cervere, Sotero, Miles
23 TERÇA-FEIRA
EVANGELHO (JO 10,22-30)
“Os judeus disseram: – Se tu és o Messias,
dize-nos abertamente. Jesus respondeu:
– Já o disse, mas vós não acreditais.”
Os adversários viam como Jesus era, o
que fazia e o que ensinava. A graça de
Deus convidava-os e movia interiormen-
te a acreditar nele. Eles, porém, resistiam.
Estamos diante do mistério da liberda-
de. Nós também, por mais que Deus nos
convide com sua graça, podemos resistir.
É preciso pedir continuamente que o Se-
nhor dobre nosso coração, e nos conser-
ve perseverantes no seu caminho.
ORAÇÃO
Senhor, iluminai meu coração, afastai de mim
todas as ilusões, dai-me a graça de aceitar
sempre vossos convites. Aumentai minha fé
e minha esperança, ajudai-me a vos amar de
todo o meu coração, acima de tudo e de to-
dos. Sem vossa ajuda nada posso; mas com
vosso auxílio posso acompanhar-vos até as
últimas consequências. É isso que vos peço e
espero de vossa bondade. Amém.
Santos: Jorge, Adalberto de Praga
24 QUARTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 12,44-50)
“Se alguém ouvir as minhas palavras e não
as observar, eu não o julgo, porque eu não
vim para julgar o mundo, mas para salvá-lo.”
Um pouco antes (v. 36), João diz que se
Pe. Flávio Cavalca de Castro, C.Ss.R.
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vendo rejeitado por seus adversários, “Je-
sus saiu e escondeu-se deles”. Pode-se
rejeitar Jesus não querendo ouvi-lo, ou
não pondo em prática o que se ouve. Je-
sus não condena os que o rejeitam; não é
preciso, porque a atitude deles tem como
resultado inevitável a privação da vida,
a escravidão do erro, o afastamento do
amor. Não encontrarão a Deus.
ORAÇÃO
Senhor, há muito tempo que vos conhe-
ço e tenho procurado seguir-vos. Falhei
muitas vezes, e por isso peço perdão.
Guardai-me, segurai-me firme para que
não vos abandone, porque sem vós não
existe salvação para mim. Fazei-me mais
atento à vossa palavra, mais dócil às vos-
sas orientações. Aumentai meu amor, e
poderei compreender-vos mais intima-
mente. Preciso muito de vós. Amém.
Santos: Fidélis de Sigmaringa, Honório
25 QUINTA-FEIRA
EVANGELHO (MC 16,15-20)
“Ide pelo mundo inteiro e anunciai o
Evangelho a toda criatura!”
Nós também, como aqueles discípulos,
fomos enviados para anunciar o Evange-
lho a todos. Mesmo sem ministério oficial
igreja, temos uma tarefa. E precisamos
lembrar que o Evangelho não consta só
de aspectos religiosos. Precisamos anun-
ciar de forma eficaz e defender os valores
da verdade, da justiça. Anunciar o Evan-
gelho é procurar que todos tenham con-
dições de vida digna para todos.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, acho que tenho de lhe pedir
perdão. Até que tenho feito alguma coi-
sa para anunciar a salvação e a esperan-
ça que nos ofereceis. Tenho, porém, de
ouvir o que dissestes (Mt 25,31-46). Não
posso dormir tranquilo. Ajudai-me a me
preocupar com meus irmãos necessita-
dos, explorados, com tanta necessidade e
tanta injustiça, pela qual eu também sou
responsável. Ajudai-me. Amém.
Santo: Marcos, evangelista
26 SEXTA-FEIRA
EVANGELHO (JO 14,1-6)
Revista de Aparecida 29

DEUS EM MINHA CASA
“Não se perturbe o vosso coração. Tende
fé em Deus, tende fé em mim também.”
Na ceia de despedida, havia tristeza, in-
certeza e medo. A seus amigos Jesus lem-
bra que nessas situações, que se repetem
muitas vezes, a saída é a fé e a confiança
no Pai e nele mesmo. Ele promete voltar,
não só na manifestação final, mas sem-
pre que precisarem dele. Devo lembrar-
-me que o Cristo volta, está ao meu lado,
sempre que a perturbação, incerteza e o
medo ameaçarem minha paz.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, sei bem o que é ter medo,
muitas vezes não saber o que esperar
nem o que fazer. Já experimentei o vazio
inquietante quando pessoas queridas nos
deixam. Vi também como é bom confiar
em vós, saber que estais comigo, e me
tomais pela mão, e me dais coragem
mesmo se a tempestade continua. Eu vos
agradeço e peço que olheis por aqueles
que ainda não confiam em vós. Amém.
Santos: Clarêncio, Lucídio, Exuperância
27 SÁBADO
EVANGELHO (JO 14,7-14)
“Jesus respondeu: – Há tanto tempo estou
convosco, e não me conheces Filipe?”
Filipe estava havia três anos com Jesus. E
nós, há tanto tempo estamos com Jesus,
há tanto tempo ouvimos falar dele, dize-
mos acreditar nele como nosso Salvador.
Há muito, muito tempo. Mas também
nós ainda não o conhecemos, ainda não
pensamos como ele, ainda estamos mui-
to longe de sua maneira de agir. Sabemos
falar sobre ele, mas ainda não nos deixa-
mos transformar por ele.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, perdoai-me porque em todos
esses anos não me entreguei completamen-
te a vós, não permiti que me transformásseis
à vossa imagem. Ainda vos conheço apenas
por fora, ainda não aceitei em tudo vossas
ideias. Falta muito ainda para que meu amor
por vós oriente tudo em minha vida. Enquan-
to é tempo, tomai conta de mim, ajudai-me a
vos conhecer sempre mais. Amém.
Santos: Zita, Tertuliano
30 Revista de Aparecida
28 5º DOMINGO DA PÁSCOA
EVANGELHO (JO 15,1-8)
“Eu sou a videira e vós os ramos.
Quem permanece em mim, e eu nele,
esse produz muito fruto; porque
sem mim nada podeis fazer.”
O povo de Deus era comparado com uma
vinha e suas videiras. Jesus diz que ele é
o tronco, a fonte da vida da videira; nele,
para ele e por ele são chamados todos
que fazem parte do povo de Deus, dele
dependem todos. Por sua união com ele
é que todos participam da vida divina; fora
dele não há vida de filhos de Deus, não há
esperança, não há salvação. Só unidos a
ele podemos viver a fé, ter a esperança fir-
me da vida para sempre, amar colocando
Deus em primeiro lugar, e fazendo a sal-
vação dos irmãos. Ele nos diz o que só um
Deus nos poderia dizer: “sem mim nada
podeis fazer”! Se não precisamos dele, se
não acreditamos que ele nos pode justi-
ficar, então ele não nos deve interessar,
porque não nos serve para nada.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, por pura bondade vós me
amastes, escolhestes e chamastes. Desde
a infância pude conhecer-vos, protegido
por um ambiente cristão. Para mim tudo
foi mais fácil. Agradeço tanto favor, e peço
que me ajudeis a viver totalmente unido
a vós. Creio que sois meu único Salvador,
que me libertais do mal, e me fazeis par-
ticipante de vossa vida divina. Aumentai
sempre mais essa vida que me alegra e faz
feliz. Quer seguir-vos como discípulo e,
unido a vós, quero ser bênção e salvação
para outros. Conto com vossa ajuda para
viver de modo a mostrar a todos como é
bom estar unido a vós e aos irmãos. Per-
doai-me, porque muitas vezes não vos
tenho sido fiel como deveria. Muitas vezes
tenho feito o mínimo possível por vós que
tudo fazeis por mim. Amém.
Santos: Pedro Chanel, Valéria
29 SEGUNDA-FEIRA
EVANGELHO (JO 14,21-26)
“Judas – não o Iscariotes –
disse-lhe: – Senhor, como se explica
que te manifestarás a nós
e não ao mundo?”
Pe. Flávio Cavalca de Castro, C.Ss.R.
flcastro22@gmail.com
Judas esperava que o Messias se mani-
festasse de modo grandioso, convincen-
te para todos. Jesus diz que para reco-
nhecê-lo como salvador é preciso amar
a ele e ao Pai: “Se alguém me ama, guar-
dará minha palavra, e meu Pai o amará, e
viremos e faremos nele a nossa morada.
Quem não me ama não guarda a minha
palavra.” Se não amamos, nada do que
ele nos diz tem sentido e valor para nós.
ORAÇÃO
Senhor Jesus, às vezes vossa palavra
parece-me dura, e quase penso que sois
exigente demais. É que é pouco e insu-
ficiente meu amor por vós, e ainda me
coloco acima de vós. Mudai-me, aumen-
tai meu amor e meu comprometimen-
to convosco. Ajudai-me a vos conhecer
mais para mais vos amar, e ajudai-me a
vos amar mais para mais vos conhecer.
Apesar de tudo quero ser vosso. Amém.
Santa Catarina de Sena
30 TERÇA-FEIRA
EVANGELHO (JO 14,27-31A)
“Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou;
mas não a dou como o mundo.”
“Paz” na Bíblia é saudação, e também o
conjunto de todos os bens e bênçãos. Je-
sus fez questão de dizer que não estava
apenas usando uma fórmula de sauda-
ção: estava oferecendo de fato a paz, a
reconciliação, a plenitude das bênçãos de
Deus, a felicidade plena. Por isso mesmo
é que pôde acrescentar: – Não se pertur-
be nem se intimide o vosso coração. Com
essa “paz”, nada precisamos temer.
ORAÇÃO
Senhor, dai-me essa paz, essa vida em paz
convosco e com todos. Só vós a podeis
dar, porque só temos paz se somos inte-
riormente transformados por vosso poder.
Agradeço vossa bondade que quer saciar
minha sede de felicidade com uma felici-
dade que nem posso imaginar. Alegro-me
com as bênçãos que me dais desde agora;
ajudai-me a continuar sempre em vossa
amizade. Amém.
Santos: Pio V, Lourenço de Novara, Sofia