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,.,J.!.' ~3
design no brasil:
origens e instalação
-
lucy Niemeyer
design no brasil:
origens e Instalação
4'edlção
Prêmio Museu da Casa Brasileira t 998
10lugar. Ensaios criticos
série De~gn
Rio de Janeiro
2007
(série design) Aparasér iea discu.são
Design , da 2AB Edito,"_ se p ropõe a ser um fórum
acadêmica sobre design, em abordagens
in t erd iscipli nar es que o enfo qu em como man ifes taç;1O
da cultura oo" te mporií ne "
~J.:~;l
2AB Editora Ltda.
A editora brasileira especializada em design
~,I,9)'
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Novas Idéias
www.novaside ias.com.br
Karl Marx,
18 Brumário e Cartas a Kugelmann
$umár o
prefácio 11
introdução 17
capitulo 1
origens e significado do termo design 23
capítulo 11
a institucionalização do design na europa 29
capítulo 111
o ensino do design na alemanha 37
bauhaus 40
escola de ulm 45
capítulo IV
a industr ialização brasileira 49
a era dos mestres de ofício 49
do café à chaminé 52
os anos dourados 53
novos ares sobre a guanabara 59
capítulo V
a formação do ensino do dcsign no brasil 64
os cursos de design no IAC 64
a seqüência desenho industrial da FAU- USP 67
a escola técnica de criação do MAM 70
o curso de desenho industrial do IHA 78
capítulo VI
a escola superior de desenho industrial 91
capítulo VII
conseqüências de uma idéia 122
anexo
professores de disciplinas e
instrutores técnicos de oficinas da Esdi 126
obras citadas 128
índice onomástico 132
De, ign no Brasil: Origens e ins lahção 11
p r , ; c o
Anamaria de 1',foraes, Dra.
....
12 Designno Brnsil: Origens e inslalação
o que é design?
Como observa Niemeyer, "a maioria dos trabalhos sobre
design se inicia pela conceituação da profissão. Talvez esse tipo
de ocorrência nâo se dê em outras áreas , mesmo mais novas, como
a informática e o marketing . Acreditamos que esta recorrência
advém do fato de que cada autor precise, de início, explicitar sua
concepção da profissão e descrever os compromi ssos que estão im -
plícitos na su a prática profis sional" .
Cabe mencionar, como cita Niemeyer, que "ao longo do tempo
u design tem sido entendido segundo três tipos distintos de práti-
ca e conhecimento . No primeiro o design é visto como atividade
art ística, em que é valorizado nu profissional o seu compromisso
como artífice, com a fruição do uso . No segundo entende-se o design
como um invento, um planejamento em que o designe r tem com-
promisso prioritário com a produ tiv idade do processo de fabrica-
çâo e com a at ualização t ecnológica. Finalm ent e, no t erceiro apa-
rece o design como coordenaçãu, onde o designer tem a função de
integrar os aportes de dife rente s especialistas, desde a
especificação de matéria-prima , passando pela produção à utili-
zação e ao destino final do produto . Neste caso a
interdisciplinaridade é a t ônica . ( ... ) estes conceitos tanto se su -
cederam como coexistiram, criando uma tensão entre as diferen -
t es tendências simultâneas.'"
Entre artista, tecnólogo e gest or, o designer flutua e navega
à deriva, sem profundidade. Não sulca a terra, não deita raízes,
só deixa marcas .
Iil3ííBI09::. lM. ml
-
Dcsign no Br~ ~;I : Or:gens e instalaçio 13
Qual design?
No que se relaciona com a estética tem-se, segundo Nicme}'er, que
"A estética modernista esteve presente nas propostas originais
dos cursos de design no Brasil. Neles cstav<I expressa !I preocupa-
ção de que fosse encontrada uma linguagem formal em design
que sintetizasse as concepções artísticas contemporâneas com
elementos da tradição nacional. Porém, quando se implantou o
curso da Esdi, os primeiros professores de projeto fizeram com
que prevalecesse a cst6tica racionalista da Escola de VIm (. .. ) e
coibiu, por longo tempo, a emergência de outras abordagens em
projeto de design."
Entende-se, portanto, a origem da busca constante de um
dcsign brasileiro, que ninguém sabe definir e que sc perdeu com a
derrota dos partidários do Modernismo. Quando se sabe por onde
recomeçar fica mais fácil retom ar idéias e avançar.
ZU , l llJ ~
14 Dç~i).,'1l no Brasil: Origens e instalação
E a pesquisa em design?
Conforme Niemeyer:
"O curso manteve uma estrutura centrada no desenvolvimento
de projeto e nas atividades nas oficinas, sem ênfase na formação
tecnológica, que era a tônica do currículo originalmente propos-
to, e pouca aproximação e pouco conhecimento da realidade
socioeconômica do país".
"A pouca fundamentação teórica dos cursos de design (generali-
zação) colaborou para que fosse cunhada a máxima de que
"design se faz fazendo", Tal assertiva conferia ao exercício pro-
fissional um caráter vocacional e iniciatário, baseado na pró-
pria prática" .
"Privilegiaram seu isolamentu e sua independência, valorizan-
do a preservação de mode los internos, em detrimento da
integração na dinâmica universitária".
Cumpre apontar a endogenia, que caracterizou as primeiras
escolas de design no país, como um dos fatores responsáveis pelo
pouco desenvolvimento da produção acadêmica. A falta de renova-
ção, de ampliação e de aperfeiçoamento acadêmico do corpo docente
colaborou para que fossem esvaziadas algumas tentativas pionei-
ras de desenvolvimento de pesquisa c de produção de conhecimento
em designo
"Mais uma vez encara-se um problema periguso. Como pouco se
pesquisa e defende-se ferrenhamente a especificidade e a dife-
rença, são poucas as reflexões. Curiosamente esquece-se que este
é o pensamento hegemônico que produziu tudo o que se tem na
pesquisa e no ensino de design .. Há, então, uma defesa difusa de
territórios - isto é e fou isto não é designo Muitas vezes esquece-se
da propalada interdisciplinaridade do design - comunicação não
é design, ergonomia não é designo Reservam-se territórios, que
acabam por não ser ocupados por falta de temas e docentes com
titulação. Retarda-se a criação dos mestrados. Procuram-se os
aliados conhecidos - as artes. Reduzem-se as possibidades de co-
nhecimento" (Moraes, 1997, Algumas estratégias para a
implementação da pesquisa em design considerando sua impor-
tância para a consolidação do ensino de design).
O trabalho de Lucy é didático, fundamental para o design que tão
pouco se conhece e quer ser reconhecido. Sua pesquisa compreende:
lAI.lggl~
14 De5.ign no Bnsil: üri.~s c insl:lbçio
~lAl. 1'lIJ
-
Oesign no [lras il: Orige ns e instala ção 15
E a pesquisa em design?
Conforme Niemeyer :
"O curso manteve uma estrutura centrada no desenvolvimento
de projeto c nas atividades nas oficinas, sem ênfase na formação
tecnológica, que era a tônica do currículo originalmente propos-
to, e pouca aproximação e pouco conheciment o da realidade
sociocconômica do país".
"A pouca fundamentação teórica dos cursos de design (generali-
zação) colaborou para que fosse cunhada a máxima de que
"design se faz fazendo". Tal assertiva conferia ao exercício pro-
fissional um caráter voeacianal e iniciatário, baseado na pró-
pria prát ica" .
"Privilegiaram seu isolamento e sua independência, valorizan-
do a preservação de modelos int ernos, em de t rimen t o d a
integração na dinâmica universitária".
Cumpre aponta r a endogenia, que caracterizou as primeiras
escolas de design no país, como um dos fatores responsáveis pelo
pouco desenvolvimento da produção acadêmica. A fal t a de renova-
ção, de ampliação e de aperfeiçoamento acadêmico do corpo docente
colaborou para que fo ss em esvaziadas algumas tentat ivas pionei-
ras de desenvolvimento de pesquisa e de produção de conhecimento
em designo
"Mais uma vez encara-se um problema perigoso. Como pouco se
pesquisa e defende-se ferrenhamente a especificidad e e a dife-
rença, são poucas as reflexões. Curiosamente esquece-se que este
é o pensamento hegemônico que produziu tudo o que se tem na
pesquisa e no ensino de design .. . Há, então , urna defesa difusa de
territórios - isto é e lou isto não é designo Muitas vezes esquece-se
da propalada interdisciplinaridade do design - comunicação não
é design, ergonomia não é design o Reservam -se territórios, que
acabam por não ser ocupados por falta de temas e docentes com
t it ulação . Retarda-se a criação dos mestrados . Procuram-se os
aliados conhecidos - as artes. Reduzem-se as possibidades de co-
nhecimento" (Moraes , 1997, Algumas estratégias para a
implementação da pesquisa em design considerando sua impur-
tância para a consolidação do ensino de design) .
O trabalho de Lucy é didático, fundamental para o dcsign que tão
pouco se conhece e quer ser reconhecido. Sua pesquisa compreende :
16 Design no Brnsil: Origens e instalação
Nota do Editor:
~ 11 1IilliIií1Ia. 1lI.!DI1
-
DCSI!,'!1 110 Br:lsil: Origcn5 c inm12Ç1lo 17
Introduçlio
11.1.1111 ~
-
18 De~;gn no Bu,i1: Origem c i~Slalaçâo
2!I. ml~
20 D~sign no Ur.\sil: Origens e inmlaçio
l AI ,llll .mlliíB'fIJI
22 Dcsign no Brasil: Origens e imt21açio
c a p u o
origens e significado
do termo desígn
lill!IiiB'EII 1A1. 21 11
Dcsign 1':0 Brasil: Origens e insl~ la ção 25
IlJBííB'Lm m. 1111
4
D~sign '10 ll:asil: Orig~!lS e ümalaçao 27
c a p I t u l o 11
a inslitucionallzação do
desllln na europa
~ IU, IOI!
~
-
l.)e51gn no Br1sil: Otig~ns e insl:lJaçio 31
-
pamentos para a casa e o trabalho, que foram apreciados pelos seis
milhões de visitantes nacionais e estrangeiros que, em cinco meses,
fo ram atraídos a Londres. A impressão que o Palácio de Cristal cau-
sou sobretudo aos estrangeiros foi analisada por Berman (1986),
f".f" 1
=
32 Design no Br:lsil: Origtns ~ immlaçào
: ...
: ", ~
36 D~sjgn no Bra,i]: Origens c jl)~t:uaçào
geométri cas pouco adornadas, antecipou o que viria ser uma confi-
guração funcionalista.
Um dos maiores teôricos c praticantes da Al't Nouveau da Eu-
ropa foi O belga Hcnry van de Vclde (1863-1957). Sua obra foi uma
demonstração da sua versatilidade como pintor, arquiteto e artesão.
Os princípios fundamentais que guiavam o seu trabalho - aproximar
a arte da indústria para beneficio de todos - o inspiraram em todas as
suas criações . Van de Velde desenvolveu sua própria linguagem for-
mal em que estavam presentes formas curvilíneas, porém abstra-
tas, c se mpre advogou que deveria haver na produção industrial
uma intervenção artística, com uma linguagem pessoal. Ao se trans-
ferir para a Alemanha, ele levou para aquele país suas convicções c
procurou fazê-las prevalecer, especialmente no ensino do design.
~
n~, i gn [lO Brasil: Origens e instalação 37
capítulo I I I
o ensIno do deslgn
na alemanha
I 1ill:lliI;l'~ l U.1JDl
Desif\n nu Tlrasil : O rigens ~ instalação 39
a I. 1011 lIl:.IEIill1'BJ
4ú Design no Brasil: Origens e inmlaçào
Ba uhau$
Ludwig Mies van der Rohe (1886~1969), o último diretor da
Bauhaus, escreveu em 1954 que ~a Bauhaus não era uma institui-
ção com um programa claro - era uma idéia.~ Que idéia era essa? O
equilíbrio ent re arte e técnica . A despeito da sua breve e eonturba-
da existência, o nome e as realizações da Bauhaus têm repetida-
mente sido tomados como expressão de perfeição. Alguns dos seus
professores se tornaram ícones para todo um contingente de artis-
tas, arquitetos e designers até o presente.
Com o fim da I Guerra Mundial, houve um intenso movimen-
to de reerguimento da identidade e da economia da Alemanha. Nes-
se contexto, Walter Gropius desempenhou um importante papel ao
dar uma diretriz a esse esforço, fazendo publicar em toda Alemanha
o Manifesto da Bauhaus, em 1919.
Gropius, que pelas suas ligações a W erk bund defendia a estan-
dardização da produção industrial, já vinha se interessando pelo
ensino de artes e ofícios desde 1915, quando mantinha correspon-
dência com Hemi van de Velde sobre a direção da Escola das Artes e
Oficios. Em 1916, Gropius enviou à Superintendência da Casa Real
a proposta de u ma escola que "fomentaria a estreita colaboração
entre o comerciante e o técnico, por um lado, e o artista por outro;
mas ele citava, simultaneamente, o ideal das lojas maçônicas medi -
evais, quando os artesãos trabalhavam 'o mesmo espírito', na 'uni-
dade de uma idéia comum'." A despeito de sua proposta haver sido
recusada, Gropius se manteve em contato tanto com o corpo docen-
t e da Escola Superior de Belas Artes, quanto com as autoridades
governamentais. Finalmente, em 12 de abril de 1919, foi criada
por ato administrativo a Staatliches Hallhaus Ín Wcimar.
É importante notarmos o carâter metafísico e reacionário dos
termos do Manifesto Buubaus. "Arquitetos, escultores, pintores, é
preciso passarmos todos a ser novamente artesanos! Pois não existe uma
~1AI.ml
•
•
C/cmcas, 1963)
Essas palavras parecem não ser de Gropius. que tem sido
adjetivado de racionalista. Porém, O processo geral da escola se inse-
ria, até 1923, no ambiente geral da sociedade, impregnada de um
espiritualismo intenso. Johannes Itten (1887- 1967) foi o responsá-
vel pela introdução de um princípio pedagógico "baseado em dois
conceitos opostos: 'intuição e método' ou 'experiência subjetiva e
recognição objetiva '. ( Droste. 1992) ltten assegurava também um
ensino altamente complexo, baseado na numerologia esotérica
(pitagorismo), trabalhando especialmente sobre pinturas dos mes-
tres antigos : Franke, Lukas Cranach etc ... ~ (Rodrigues, 1989). Ha-
via intensa atividade nos ateliês em que, em lugar de professores, ,
estavam os mestres de ofício. As disciplinas teóricas cobriam um
amplo espectro de âreas de conhecimento.
Durante essa fase inicial da Bauhaus, sua produção não aten-
deu ao princípio do trabalho em grupo postulado no manifesto, predo-
minando o trabalho fortemente individu:l1i7.ado c dcscompromissado
com qualquer proposta de estandardização . Nesta fase , enquant o
advogava uma "arte para todos", ignorava as exigências tia realida-
de concreta industrial. O socialismo utópico se mesclava ao esotcrismo
da época. A despreocupação com o objeto acabado, prevalecendo o
interesse pelo "processo pedagógico~, fazia com que somente os inici-
ados compreendessem a maioria dos trabalhos da Bauhaus.
A partir da Exposição da Bauhaus, em 1922, recrudesceram
as críticas à escola, sobretudo dos reacionários de
oSElO OA BAUHAUS
(DAOm, 1992,p. 73) -
1.
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-- - - - I
Uf. 1f11 ~
44 Dcs;b'l1 no B"'.l i1: Origens ~ j"'t1laçào
~ !AI.1'"
-
lJe~jgn no Brasil: Origcn~ e inmlaçio 45
A. Escola de mID
Com o fim da 11 Guerra Mundial, o bloco ocidental da Alemanha
se constitu iu, cm setembro de 1949, na República Federativa da Ale-
manha. O país estava com sua estrutura econômica desestabilizada.
Para superar essa situação, pôde contar com os beneficios da política
externa norte-americana, que, objetivando evitar o avanço soviético
na Europa, lançou O Plano Marshall. Este era um plano de reconstru-
ção econômica da Europa que assegurava os interesses da economia
americana no continente. Ele visava inicialmente a aumentar a pro-
dutividade agrícola e aliviar a escassez de alimentos que atingia o
continente europeu . Posteriormente, foram privilegiados os setores de
matérias-primas, produtos semi-industrializados, maquinária, veícu-
los e combustível. Cerca de 70% dos bens de consumo e de produção
utilizados nesses programas foram adquiridos nos Estados Unidos, O
que trouxe grandes benefícios para a economia americana .
A Alemanha, mais uma vez, trataria de reergucr a economia
e a identidade do país. A Bauhaus era um forte referencial para os
alemães, pois evocava valores tradi cionais da nação: quali dade,
46 Design no Brnil: Orib'C'ns e instah~o l
superioridade e idealização da tecnologia, que estavam nas bases
dos renascimentos industrial e cultural da Alemanha neocapitalista.
Máquinas simbolizavam organização e efici ência, que, por sua vez,
significavam aumento da produção e do poder.
A imprensa alemã publicava, então, incessantes artigos so -
bre a Bauhaus, fato que colaborou para que Max Bill (1908-1994) -
escultor, pintor, arquiteto, designer e educador suíço, ex-aluno da
Bauhaus - lograsse fundar, em 1951 uma escola de design em Ulm,
a Hocbschule für Gestaltung, com a proposta de continuar o traba-
lho a partir de onde a Bauhaus havia parado. "A Escola de Ulm
deve sua criação a Jnge Aichcr-Scholl, sobrevivente dc uma famí -
lia que foi assassinada por nazistas no fim da guerra. A senhora
Scholl conseguiu que o supe rintendente americano J. J. McCloy
desse a licença para a criação da Fundação Irmãos Scholl, cujo
objetivo exclusivo seria, mais tarde, conseguir verbas para a esco-
la. No entanto, a proposta inicial de Inge Scholl não era formação
de escola de design, mas de ciências políticas que atendia ao pro-
grama americano para a reconstrução ." (Bomfim , 1978)
Bill, que fora diretor da Escola de Ulm de 1953, quando co-
meçou a funcio nar, a 1956, privilegiava a questão formal do pro-
jeto, em detrimento de questões de uso, de produção e de mercado.
A sua proposta de curso desagradava ao corpo docente, que aspira -
va em fazer da escola um pólo de reflexão e produção em desígn de
base tecnológica.
Tomás Maldonado (1922), pintor argentino, redirecionou o cur-
so da Escola de Ulm, ao assumir a sua direção cm 1956, em substitui-
ção a ~Ia:... Bill. ~taldonado apontava como absurda a manutenção de
um ensino de 40 anos atrás, com forte caráter artístico, em que os
processos eram ainda bastante artesanais, desconsiderando os avan-
ços tecnológicos da época. Ele propunha uma estrutura de curso mais
rigorosa e interdisciplinar: matérias como sociologia, psicologia soci-
al, antropologia c teoria da percepção, história da cultura e outras
disciplinas correlatas seriam incluídas na formação do designer.
Maldonado escreveu (1958) que "somente é
indubitável que as considerações de ordem
~m . roll
- · .
n~s:gn no Brl~jl: Onger!! e in5!alaç:io 47
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'laulloM alpuux;JIV ;) (6;;61)
sUlpnJau p.le'ilp'.:! [ORcI '(W:6r) 1an!w'ilJag ZU1<lH pR)I :Il jo::lsa essap
opfo.ld ap salOSSa}Old SOl!alU!.Id so lmuoJ ',lluaUleAll<lJ<l 'anh J !ps3:
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::Jp '0961 aI' RPR::l9P nN 'u'il!sap Jp qOJSJ "wn ap "!;:Pl v. Cnr-wvw)
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1l10;)S~ v. UlOJ 0lUlUO::l
° nOl!\!lJlsSod lllH XIlJ'i! '0!;6r ~p souu sON
·wlfl ap 1:~Ju?nlJul ::JpUl'!J'3 uUln n<lJ}os
o.lla\!se~q ujo!lsap O "lO!lal Xa ou omOJ '-equeUl<JjV BU 9s o1;;u 'souulu
-xa a S~lOSSJJoJd SIl<lS sol' 01?)BUIU BP 0lam lod 1qS!X<l v. nonuquoJ
Ullfl ap qOJs3: e ' SJpep~A!l" sens oplllJa:lU~ JaAv.q ap .Ius;JdV
'8961 UlJ uln?:ullxa-olue as el0:Jsa B 'SOunJ1' ::J SJJoss<JJ0.ld e.lBd laA
- l}lj3JBUl llpas OSS! owo:) 'qOJsa uI' llJ!íl9IO::JPl 01?:'lqnmlOjaJ ewnu
epBJ11dUl! SOJ![Q1)d salJO:l sol' upnÇu ::Jp o'gss::J::lUOJ e :sosJnJaJ ap og;')
- ualqo llJlld assudUll Uln opepJ 10J 'esualdw! v.p 0!Pi"'Ul1JlUl lod OJ
-llqI)d e o~aA a SOJ!tu'Jp!J::lll sa1~w!1 so nossedellln eloJsa up SOl!aJUO::l
-
capitulo V
a induslrializaçilío
bras le ra
~lAI. tm
Design no Brasil: Origens e instúç~u 5 1
Do café li cha=iné
O caráter agroexportador cafeeiro da economia brasileira de-
terminou um parque industrial red uzido, pois os bens manufat ura-
dos eram importados. Uma alteração desse quadro se deu face às
medidas tomadas pelo Governo federal, para fazer filce à crise do café
- que teve seu ápice em 1930, quando houve excesso do estoque regu-
lador de preço. As reservas de capital oriundo da atividade agrícola
"
:;;, fo ram investidas na atividade industrial. Diferent emente, os set ores
industriais ainda em formação e consolidação tiveram facilidades
fiscais para importação de bens de capital. Assim, sobretudo em São
Paulo, houve uma diversificação industrial, com expansão de alguns
de seus setores, como da metalurgia, da mecânica, do cimento, do
papel. Enquanto de H)29 a 1932 a taxa de cresci mento industrial foi
de 1%, no período de 1933 / 1939 a taxa anual chega à ordem de
11,2% ao ano. O censo industrial de 1940 mostra o índice de 41%
para a indústria paulista em relação ao total do valor adicionado do
país . Para a indústria mecânica, de material elt"!trico e transporte,
este índiee é de 78%.
A relação de dependência do Brasil com os países centrais pas-
sa a ter nova configuração. A Inglaterra perde a hegemonia, em
declínio desde a Primeira Guerra, para os Estados Unidos e a Alema-
nha, palses com os quais o Brasil passa a alternar parceria. Passou a
ser discutido, com maior interesse por parte do empresmiado, o papel
do Estado no controle d,l economia, para serem definidos os rumos do
país no pós-guerra. O desenvolvimento da indústria, que implicava
numa nova dinâmica financeira, era estrangulado por estar a gran-
de sid erurgia ainda em seus primórdios, por a malha viária atender
a urna econ()m ia primário-export adora, a indústria de bens de capi-
l.i..lI3liB U U I. ""
L
-
Design no Brasil: Origens c irlStallç20 53
Os ,mos dourados
Em 1955, o projeto governamcntal para o desenvolvimento
da indústria tinha como alguns de seus fundamentos o ingresso de
capital estrangeiro e a importação de tecnologias . Para atender ao
requiSito de aumento de produtividade e da qualidade, o Estado
incentivaria o aperfeiçoamento tecnológico, utilizando O sistema
educacional e os centros de pesquisa, e formaria quadros para su-
prir as necessidades de mercado.
No projeto de desenvolvimento democrático, capitalista e naci-
onal, pretendia-se obter investimento nacional para fabricação de
bens de produção, de bens de consumo d\lfÍlveis e de bens de consumo
não duráveis. Somente este último setor, porém, foi efetivamente
implementado, tendo captado todo o excedente financeiro.
No bojo do projeto de modernização do Estado para uma nova
socied.\de, veio a estratégia do consumo. A euforia trazida pela acu-
mulação de capital e pelo aumento do podcr aquisitivo da classe
média definiu novos padrões de exigência de consumo, que a baixa
qualidade da manufatura dos produtos nacionais não satisfazia.
Na fala de Juscelino Kubitschek estavam claros o tipo de
ação do governo e a visão de futuro para o país: "Industrializar
UI.IIOI ~
54 Oesign nu Brasil: ürigcn~ e inmbçiu
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64 Dcsign no f\rasil: Origens ~ inst:illapo
capitulo V
a lorm.çAo do en sin o do
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(ÁLBUM D~ FAMfllA)
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92 Design no Brasil: Origens e inmbçio
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9{ Dcsign no Brasil: Origens e illstalaç:io
.
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em fase de elaboração, era planejado para ser implantado na condi-
ção de um curso dentro da estrutura do IBA. A ata da reunião do
, GT que estudava essa implantação, realizada em 26 de janeiro de
1962, apresentava o organograma que está representado pelo di-
agrama 2.
A superin tendência geral ficaria a cargo do secretário de
Educação e Cultura, que ocuparia também a presidência do Con-
selho Delibe rativo, formado pelo diretor do IBA, pelo secrctário
.
, do curso de descnho industrial, por um representante do MAM,
outro do IAB e outro mais da Faculdade de Arquitetura, que pres-
tariam assistência ao Conselho Deliberativo, discutindo c votan-
do as decisões deste. O Conselho Deliberativo teria a função de
dar a orientação didática e administrativa ao curso, decidindo
sobre a seleção e a contratação de professores, o currículo, a cria-
ção eventual de novos cursos, bem como a autorização para a
aquisição de equipamento s.
O diretor do IBA seria também diretor do curso e teria a fun-
ção de encaminhar o expediente para a Secretaria de Educação,
assinar diplomas e exercer todos os atos de direção. Por não ser cargo
de e:'l:pedientc integral, ele seria representado pelo secretário do cur-
so, que prepararia todo o expediente para o diretor c estaria enc'lr-
regado das matriculas, do controle de provas, da freqüência e do
contat o eom professores, alunos e pessoal administrativo .
A composição do primeiro Conselho Deliberativo deveria ser
análoga à do GT, ou seja, Flexa Ribeiro como presidente, Oberg como
diretor, Roberto como represen tante do IAB, Reidy como represen-
tante do MAM e Wladimir Alves de Souza pela Faculdade Nacional de
Arquitetura. Desse modo, estaria garantida a contimJidade da orien-
tação do curso esboçada pelo GT.
l1II3:ilB'a. !l1,!II1
nesign no Bnsi!: Origens (: inst:l.llçio 95
Diagr,lnu2
Primeiro organograma do curso de design do Estado
S«rtl:l.uo dt
E~ucaçiu < CuIM. do Emdo
S<o'tli,io ~o Curso
Di'elor do IBA Conselho ~eDesenho 'ndu",i.1
Deli berol ;" O
Diagr.una3
Segundo organognlma do curso da ESDI
Se cmario d.
Educ a,Jo c Cuhu .. do EJ"do
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Cen lro ci o
I Coord ono,ln
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tu.m) ~
9(, Dcsign no Brasil: Origens e instalaçio
-,--
nais para desenvolver projeto de objetos que compõem o cotidiano
doméstico : aparelhos clet romecânicos, mobiliário , mat eriais têx-
teis , serviços de mesa etc. A última especialidade trataria do desen-
-, volvimento de componentes industrializados para a construção ci -
~
vil, visando à melhoria das condições de execução e acabamento em
arquitetura. A oportunidade dessa especialidade se devia ao crcsci -
mento da construção civil no Brasil com a criação de Brasília e o
aument o da população urbana no país. Por outro lado, naquela épo-
ca, discutia-se também a adoção pelo Governo federal de uma polí-
tica de constrU(,:ão extensiva de casas populares .
Como já mencionamos, pode-se const atar a semelhança en-
tre a estrutura de curso apresentada acima e aquela que foi pro-
posta por Maldonado para a Escola Técnica de Criação do MAM, na
década de 1950, conforme o diagrama 1, apresentado anterior-
mente . Julgamos ser importante ressalt ar que essa transferência
educacional se daria segundo uma adesiío ingênua, conforme de-
nominou ?'1oreira (1990):
"uma modalidade de transferência que se caracter iza, fu nda -
mentalmcnte, por uma valor ização excessiva Ce mesmo
indevida) dc tudo que se cria nos Estados Unidos e na Europa e
uma forte desvalorização do que se faz aqui. Essa atitude reflete
uma identificação e um deslumbramento com os valores e bens
culturais do Primeiro .M undo, remon t ando ao isolamento e à
dependência a que foram submetidas as colônias dos paíscs euro-
peus. Essa atitude costuma levar a uma recepção acrítica e in -
I.tJ1IllI.iIHa lU . 1101
Design no Brasil: Or:gc ns c instabç:i o 9i
!".'ID1~
98 Dcsign nu Bras il: Origens e instalação
-.
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os planos de at uação propostos pelo Núcleo de Programação de
Estágios . Este núcleo est aria encarregado de estabelecer o cont a-
to com o setor produtivo a fim de ensejar e acompanhar os cstági-
os dos alunos e diagnosticaria as necessidades de mercado, para
orientar as modificações do curso.
:~
A orientação da escola era basicamente pragmática, volt ada
-, para o mercado de trabalho. No documento que apresentava esta
cst rutura do curso, o núcleo era definido como o "termostato" da
~
escola, pois ele daria a medida da adequação do currículo à realidade
profissional, permitindo a introdução de modificações, sempre que
necessárias , semprc em tempo hábil.
Nessa fase de plancjamento da Esdi, estava presente uma con-
cepção do curso, onde, em lugar das especializações propost as ante-
riormente em comunicação visual, comunicação verbal (ou infor-
mação), produtos e industrialização da construção, eram apresen -
tados três t ipos de formação : desenho industrial, comunicação visu -
al e a formaÇ".ão combinada dc dcscnho in dustrial e comunicação
visua l. num curso de nove semestrcs, conforme o diagrama 4,
apresentado anteriormente .
A discussão sobre as hab ilitaçoes está presente até hoje
não só na Esdi como em vários outros cursos de design do país .
Alguns têm advogado a formação generalist a, com o argument o
de que a compartimen talização do conheciment o levaria a uma
prát ica profissional empobrecida e com maior dificuldade de
a t uação no mercado. Por outro lado, o desenvolvimen t o
tecnológico impossibilita a atualização adequada dos conheci-
ment os que cobrem t odas as áreas do design. A formação cha -
mada de combinada, int egrada ou integral t em determinado,
Diagrama5
Organograma da Esdi, quando da sua criação
S (~ '~ti " o de
E du<.~!.~ C Cullu ' . do ESlado
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I Conselho Coo,u!ti,," Conscl hQ
I}o liborali,o
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I Admini""ç~o Cen lro de Pelquiu
I r enol l
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100 Dc,ign nO BrJ~il: Origem c inslalaçiin
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Dcsign 110 Era,i], Origens c ins lah ção 101
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artes, técnicas e estética; cultura cont emporânea, introdução à
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país tomou, aquela necessidade de conhecimento e consolidação de
uma identidade nacional foi suplantada pela alienação da realida-
de brasileira e a adesão a valo res estrangeiros.
No setor dc introdução ~ lógica e à teoria da informação (ta-
bela 4), há também diferenças claras entre o curso proposto e o que
se concretizou. No planejamento do curso foram introduzidas as dis-
ciplinas introdução à lógica matemática, investigação operacional
(ou pesquisa operacional) e teoria da informação. A investigação
operacional visava sobretud o à preparação do designer para uma
função gerencial na produção, enfocando as questões de operaciona-
lização do projeto industrial, da maximi:wção da produtividade e o
emprego da automação. A investigação operacional estabeleceria
a discussão entre tcoria da informação e lingüística, estética e
teoria matemática. Aquelas disciplinas formariam os alicerces ci-
entíficos para a construção de uma competência própria ao designer
como planejador do produto industrializado e da comunicação de
massa. No caso, os designers pensavam-se localizados entre os diri-
gent es. A fa la corporativa é sempre aquela que lida com a realida-
de por meio de um aparat o "científico" que vali daria sua infalibi-
lidade. Daquele mod o, à conco rrência dos "práticos" no ram o
1illiliíB.u:. /.li. 1m
Dc,ign no Brasil: Origens c instalação 107
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-PS!P SEp U1}::'EA01dB ap sqnBd SEU a 0]11;=10 4 ap SOlpEnb sou <tlu<tw
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-!lSU! BP sOA!nblp. sou SOpEp ap Ula2BdulpE2 Bwn 1JZE] anb SOlUaA
-11 !PS:;:[ cp s<tlOssalo1d Sop oluawe)uB.'I."[ o SOUllapJJOld eled
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1988
07
07
07
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85,71
1996
Gráfico 1
Presença de ex-alunos no quadro d{" docentes da ESDI
"T',-,-rr,-,-rr-,,-rr,-,-rr,-,-rr,-,-rr,-,-rr,-,-rr,
:1111111111111 illlllttttkt#IfN 11
.. llll l lllllllYII I I I II I I I III I II I III
.1 I I I I I I I 111'14 I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I I
"IIIIIJ..I'1'fIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII
M~MM~~~~l!nnUnThTI~~~'IVU~"~P""~~Ufl
.~
Gr.í.fico 2
Participação de ex-alunos na distribuição de disciplinas na ESDI
"I 1IIIIIIIIil i l l llll ll l l l l l l l OJOa
""
nativa mais simples. Progressivamente, ex-alunos, imediatamen -
te após a graduação, passaram a assumir a responsabilidade de dis-
ciplinas, sempre ligadas ao desenvolvimento de projeto.
Esse primeiro conjunto de professores ex-alunos ministrou
essas disciplinas sem passar, na sua maioria, por um processo de
aperfeiçoamento acadêm ic o, mest rado ou dou torado. Em ge ral ,
exerceram, por muitos anos, uma atividade liberal predominan-
te, paralela à função didática. Esses ex-alunos formaram, em dez
anos, um contingente, sem renovação, que se cristalizou no cor-
po docente - onde se mant ém até o present e. As caractedsticas
desse grupo constitulram fatores determinantes no dcsenvo lvi-
mento da escola .
A endogenia se deveu, em grande parte, à longa permanência
de Carmen Portinho na direção - que ocupou por 21 anos consecuti-
vos. Com eficiência, Portinho foi se cercando de ex-alunos que se
I I ll1I"::IiiB'Im !AI. flIll
~
Gráfico 3
Participação de ex-alunos na distribuição de
disciplinas de descnvoh'irncnt o de projeto na ESDI
•
•
•
•
••
•
•
•
"
• UMMM~MM~l lnn MH~TI~~W. ] n Il " 15 1Ó 1l11U9091 01')
.,,'"
Gráfico4
Participaçiio dee.t -aIunosna
distribuição de disciplinas ligad as a projetom. ESDI
•
•"
,•.. N-
•
"
"
• ~~ M ~~~M~Tln VM n~nnftH
.'~os
afi navam com a linha de sua gestão, o q ue levou a escola cada vez
mais a se fechar em si mesma. Dos 16 professores ex-alunos em
1993 , somente dois ingressaram no qua dro de docent es após sua
saída. O processo de recrutamento de ex-alunos para o quadro de
docentes da Esdi se deu, ao longo do tem po, pela aproxima(,:ão com a
direção da escola.
I UI Design no B r1I.~il: Ori.\,'ens c instalação
~1"". 111J
DCl'ign no Brasil: Origens c insolação 119
~ tu.lm
Design no Brasil: Origens e insu.laçio 121
u •. zm ~
122 Dcsign no Brnsil: Origcn, ~ inmlaçào
capítulo VII
conseqüências
de uma Idéra
a n • I o
professores de disciplinas
e Instrutoras técnicos
de oficinas da asdl
(entre 1963 a1991)
1J.ltlIlBI:r. m . lO"
•
ob ras citadas
ALBUQUERQUE, Manoel Maurí- CARDOSO, ,Miriam Limoeiro.
ciu de. Pequena história dn for - Ideologia do desenvolvimen-
mação soei.,l brasileira. Rio dc to - Rrasil: JK - JQ. 2. ed. Rio
Janeiro: Graal, 19S1 728p . de Janeiro : Paz e Terra, 1978.
BARROSO NETO, Eduardo . Es - 459p .
tratégia de design para países CAVALCANTI, Lauro (Org.) . Mo -
periféricos. Brasilia: CNPq, 1981. dernistas na repartição . Rio
30P. Cap.l: Conceituações: DeIi- de Janeiro : UFRJ, Paço Impe-
nição do "Design" p. 9-10. rial, Te mpo Brasileiro, 1993
BEISEGEL, C.R. Ação pulítica e 224 p .
expansão da rede escolar. Pes- CLEMENS, Roman. R1Uhtllls:
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~1Al,1COJ
Dc~ign no Ar.lsil: Origens e inSl,.ltç:io 119
(ndice onomástico
'"
Maranhão 126 lngc Aicber- Scho \l 46
Bran ca Shoph ia 121i Flávio d'Aquino lolanda Penteado óS
Cândido J osé l'erreim de 93, 111, 126 lrene "'anovs ky Kucchi
Car"alh o 126 Françi,co de Sierra ~
Cândido Malta Campos
Filho 69
)Iariscal Sl
Franc isco Malarano
"'
j,aac Ep,tein 126
Jsol J e llrams 66
Carlo, A l v~s d~ A. Sobrinho 65, 79 ltiro lida 126
Sch neider 121i Franco Zampari 115
1.l.J.[;li]B'~m,2D Dl
Delign ~" Bra5il: O:igens e irmalaçio 133
"",
José I.uiz Mcnde.o; Ripper
José Maria da Silva
43, 45, IUI
Margarida Maria Moura
"7
~Iaria Bárbara L.cn)' 127
Guimariies 127
Pao! Edgard Dccurtins
48. 80, 110, 111, 127
Paul Klce 42. 43, 44. 75
Ncve~ 69 Mana Cecilia A Cri lo Paulo Rittencourt 89
.Iosé Martinl 126 "7 l'aulo Carneiro 84
Jose MindJin 79 Mariu Cri."ina (Kiki) Paulo Prado 56
José Sellc Câm~ra ,59. 60 Basilio lOl Pedro l.uiz I'p.reir,~ de
Joseph Albcrs ~laria Gertrude Osvald Souza 17, 127
42, 43, 45, 75 127 Peler Reh rens 39
Joseph Carre iro 86. 101 Mário Andrade ~il\'a Pietro ~laria Bardi
J05cph I'ax(on 31 I'into 87 6::;. 66, 67
Ju~celino Kuhil~chek Mário de Alldrnde 56 I'rincipe Alherto 31
53. 5'1, .'nfi>.
~ 72, 122 Mário (j de Moura 127 Kuphacl de Almeida
Jussara Cruz de 8rilo Mário I1enrique Magalhães 89
126 Simon~en 87 Ka)'mandu Ottoni de
Karl Heinz Bcrgmiller Mário I.o~nlo Castro Maya 70
4I.ft\AJ,g],.IX\DI,IIJ, ~'crnandez 18, 92 Rcnina Katz I'edreira
111,112,113,115,126 Mário Pedrosa 80 ."
Kar! Marx 7 Marion Koch 66 Roberto Amaro Lunari
Karl Schmidt 37 Marlene ['icarelli 69 "7
'.
Lumartine Oberlí. Mary Vieira 66 Ro berto Cerqueira César
~:14 ~ i').A:\ &, a.1tl. MauríCiO Nuhuco 70
84. 8S. 86, 8<;, 92. 93. 126
l.a~ar ~egull 66
Laurinda de ~liranda
,.
~laurkio Nogueira Lima
Mauricio Rohhc de
Kob~rto
"7
Correia Maia
Rohel'to H . Giunnini
Barhosn 126 Almeida 127 Eppinghau .1 127
Lauro t'ressa lIarrll 66 Maurido Roherto Roberto I{ Gamboa 127
J.i,zlo Moholy-Nagy 17, 62, 63. fl2. 83, 89. Roherlo Samoonct 66
~2, 45, 86 93, 9j' L01, 11:'\ Roberto Verschleiner
l,e Corbusier 57, 112 Maurí io F Uma 23 115, 127
Leonardo Viscontti ~lax Rill Kudolfo Reis e Silva
C.\'alleiro L26 46, 48. 66, 71, 73, 80 Capeto 127
IU.ln,~
134 Desigll llo Bras il : Orib'Cn, t instalação
Hoger Ilastide 66
Ronald Gabriel ''''7
Ro_<a Ma ria Mello da Matta
'"
RO.<ine Sosef l'erelberg
12 7
Rubcm de Freita.< Mortin,
,6
Samir Emílio l amim 127
Samuel Wester 127
Sarah Eleonora Geiger
12 7
Sérgio Rernardes 82
Sérgio da Fonseca Ro ch a
'"
Sérgio Magalhães 60
Sérgio Milliet 6S
Sérg io Rodrigucs "'"
Sil vana Mice li de Araujo
'"
Sílvia Figueiras Steinberg
'"
Stefeen W. Lowedes 127
Thcdor Fishcr 38
Tomás Maldonado
46, 47, 48, 73. 76, í'l. &J, g,
Uwe Peter Kohn c n 127
Valéria London 18
Valéria M. v. Bot elho de M .
16rio 127
Victor Brecheret 57
Victor Horta 3'1
Virgínia Hel'garnasco ()6
\Valter Cranc 33, H
Walter de Souza Neves
''''7
Walter Gropin.<
39, 40, 42, 43, 44, 4,';, 112
Walter Macedo 66, 76
Wash in gto n Dias Lcssa
'"
Wassily Kandillsky
42, 43, 7,';
\Villiam MOrl'is 3 3
Wladimir Alve. de Souza
82, 83, 94
Wlad im ir da R. Mo raes
SarmenTO ''''7
Wl adim ir MUI·t inho
79, 80, 111
Yone lo.!aria de Oliveira 66
Zanine Cal <las 112
Zucnir Carlo, Vellt"r~
93, 127
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Novas Idéias