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Técnicas de

Pintura, Alvenaria,
Ferro e Madeira

Série Construção Civil


Técnicas de

Pintura, Alvenaria,
Ferro e Madeira

Série Construção Civil


Expediente
Firjan – Federação das Indústrias do estado do Rio de Janeiro

Presidente
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira

Superintendente da Firjan SESI / Diretor Regional da Firjan SENAI


Diretor Executivo de Operações
Alexandre dos Reis

Gerência Geral de Educação


Gerente
Regina Malta

Gerência de Desenvolvimento e Tecnologias Educacionais


Gerente
Allain Fonseca

Coordenador da Divisão de Plataformas e Recursos Educacionais


Othon Gomes Lucas Neto

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Ficha Técnica 2007

Elaboração:

Ângela Elizabeth Denecke


Huveniston dos Santos Rocha
Luiz Antônio da Cruz Braga
Roberto da Cunha
Simone Dória Medeiros
Vera Regina Costa Abreu

Coordenação 2019
Luis Gustavo Costa Gama
Marina Lacerda Paes dos Santos
Samuel Soares Barbosa
Zuleide Ponciano de S. Santos

Projeto Gráfico e Editoração


Luis Gustavo Costa Gama

www.firjan.com.br
Av. Graça Aranha, 1
Centro, Rio de Janeiro
Técnicas de
Pintura, Alvenaria,
Ferro e Madeira

Série Construção Civil


Sumário

Palavra inicial ................................................................................................................... 9


Introdução ......................................................................................................................... 11
Recomendações para Iniciar uma pintura ............................................................ 15
Ferramentas .................................................................................................................... 21
Tintas e complementos ................................................................................................ 31
Recomendações gerais de pintura ......................................................................... 47
Dicas para manutenção de pintura ......................................................................... 53
Recomendações de saúde, segurança e meio ambiente ............................... 57
Cálculo de orçamento para pintura ....................................................................... 61
Rendimentos e diluição dos produtos ..................................................................... 65
Dicionário de pintura .................................................................................................... 69

Referências bibliográficas .......................................................................................... 77


Palavra inicial

Olá! A Firjan SENAI agradece pela sua escolha e dá boas-vindas a vocês!


Esse material de apoio foi elaborado para facilitar a sua compreensão sobre os
principais conceitos e etapas relacionados com as Técnicas de Assentamento de Blocos
Cerâmicos. Nesse módulo, o destaque é para o conjunto de procedimentos que
constituem as técnicas de assentamento, ou seja, os trabalhos fundamentais que
precisam ser executados para que se obtenham os resultados esperados.

As principais técnicas, ou seja, aquelas que são imprescindíveis para o assentam-


ento, envolvem principalmente a escolha das ferramentas, preparação da argamassa,
construção da parede, dentre outras que você verá no decorrer desse estudo.

Convém ressaltar que o presente material foi elaborado para ser um recurso a
mais, como facilitador do seu processo de aprendizagem; portanto, ao longo da sua
leitura e ao final dela, você encontrará dicas de bibliografias, sites e vídeos caso queira
9
se aprofundar nos conceitos e nas abordagens que envolvem a gama de conhecimentos
sobre as técnicas de pintura em alvenaria, ferro e madeira e outros assuntos da
Construção Civil.

Quanto mais você se dispuser a pesquisar e praticar esse e outros recursos dessa
atividade, melhor será a sua atuação nesse e em outros contextos de trabalho.

Mãos à obra e boa leitura!

Técnicas de Assentamento de Blocos Cerâmicos


Introdução
Introdução

Noções básicas sobre tintas

Tintas são basicamente revestimentos aplicados sobre os mais variados substratos,


a saber: madeira, metais, reboco, concreto, plástico, telhados, pisos, couro etc. Conheci-
das há mais de 40 mil anos, o que comprovam pinturas até hoje existentes em cavernas
na Europa e na África, as tintas foram se desenvolvendo através da história. Daí o fato de
as fábricas aplicarem atualmente vultosas somas na pesquisa de novas matérias-primas
e de novos produtos, tendo em vista não só o surgimento contínuo de novos substratos,
mas principalmente de diferentes atmosferas corrosivas.

Composição Básica de uma Tinta


Uma tinta é formada basicamente pelos seguintes componentes: resinas, pigmentos,
cargas, solventes e aditivos.

Resina (Veículo)
13
É a formadora do filme propriamente dito. Sem a presença da resina, todos os de-
mais componentes de uma tinta não teriam aderência junto ao substrato. Componente
mais importante de uma tinta, confere-lhe as qualidades mais significativas: secagem,
resistência química, dureza, flexibilidade, aderência, brilho etc. Aliás, as tintas podem ser
qualificadas segundo o veículo que as compõe. Temos assim tintas alquídicas, tintas
poliuretano, tintas látex acrílico, tintas epóxi, etc.

Pigmentos
São partículas sólidas (pó), orgânicas ou inorgânicas, coloridas, pretas, brancas ou
fluorescentes. Os pigmentos conferem cor e poder de cobertura à tinta, aumentam a
proteção ou durabilidade da pintura, diminuindo o impacto dos fatores corrosivos da
atmosfera, como radiação ultravioleta, umidade e gases corrosivos.

Cargas
Cargas minerais são elementos inorgânicos de origem mineral extraídos de jazidas.
Servem para ajustar brilho, aumentar o teor de sólidos da tinta (poder de enchimento) e,
dependendo da carga, aumentar a resistência à abrasão.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Solventes
São produtos que possuem a capacidade de dissolver outros materiais sem alterar
suas propriedades químicas. O resultado dessa interação é denominada solubilização.

Aditivos
São substâncias sólidas ou líquidas adicionadas à tinta com a finalidade de propiciar
certas características. Exemplos: secagem, proteção bacteriológica, viscosidade etc.

Vantagens de uma Pintura

As principais vantagens de se pintar não são só estéticas e decorativas.


Basicamente, todas as superfícies sofrem algum tipo de desgaste com o passar do
tempo, seja devido ao uso, intemperismo (sol, chuva, umidade) natural ou outros agentes
externos.

14 Entre essas superfícies têm-se os metais, que sofrem os efeitos da corrosão; a


madeira, que acaba apodrecendo, empenando ou rachando, e a alvenaria, que vai
absorvendo água e acaba trincando e causando infiltrações.

As tintas e seus complementos servem para proteger estas superfícies, bloqueando


ou retardando possíveis desgastes, o que proporciona maior durabilidade à superfície
e beleza estética, bem como valoriza o ambiente.
Recomendações
paraIniciar uma
Pintura
Recomendações para iniciar uma pintura

Condições ambientais de aplicação

Realizar a pintura com temperatura entre 10°C e 40º C., e com umidade relativa do
ar não superior a 80%. Pinturas fora destas condições poderão apresentar problemas
de secagem, aderência, corrugamento, marcas de rolo, manchas de brilho e cor, dentre
outros.

Aplicações dentro destes limites, mas com temperatura superior a 30ºC e/ou com
umidade relativa do ar inferior a 40%, provocam secagem muito rápida, podendo ocor-
rer problemas de falta de aderência, marcas de rolo, manchas de brilho e cor. Nestes
casos é recomendável aplicar em horários de menor temperatura, sem incidência direta
de sol. No caso de tintas à base de água, utilizar maior diluição, selar a parede com
selador acrílico incolor para uniformizar a absorção da tinta no substrato e usar um rolo
de alta transferência para retardar a secagem da tinta.
17

Pinturas externas não são recomendadas se num período de 24 horas está sendo
esperada chuva ou condensação intensa de umidade (nevoeiro, sereno, maresia etc.).
A pintura sobre superfícies aquecidas e/ou com incidência direta de sol deve ser
evitada, pois caso contrário ocorrerão problemas de falta de aderência, corrugamento,
marcas de rolo, manchas de brilho e cor.

Não fazer aplicações de pintura em ambientes fechados sem circulação de ar, por
questões de segurança, saúde e para que a tinta possa secar/curar adequadamente sem
deixar manchas ou a parede ficar pegajosa.
Após período de chuva, aguardar pelo menos três dias de tempo bom para a
parede secar e efetuar a aplicação.

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Preparação de superfícies (alvenaria, metal e madeira)

Toda superfície (substrato), seja ela: metal, madeira ou alvenaria, a ser pintada
deverá estar corretamente preparada, observando-se as seguintes condições:

• Perfeitamente limpa, isenta de partículas soltas, óleos, graxas, ceras,


mofo ou qualquer outro tipo de sujeira.

• O pó originado pelo lixamento de massa, pinturas antigas etc.


Deve ser completamente removido com um pano umedecido no solvente
recomendado para a diluição da tinta a ser utilizada.

• A textura e o grau de absorção da superfície devem estar uniformes.

• Livre de calcinação, sais solúveis, eflorescência, trincas, fissuras,


descascamento ou sangramento.

18 • Em superfícies de alvenaria, aguarde a cura do concreto/reboco


por no mínimo 28 dias antes de pintar.

• A superfície deverá estar: seca, curada, impermeabilizada,


livre de umidade e infiltrações.

• Em caso de repintura, se a superfície estiver em boas condições,


lixar até remover o brilho. Caso contrário removar toda a pintura
e corrigir as imperfeições.

• As superfícies de alvenaria pintadas com cal hidratada deverão


ser totalmente lixadas e limpas, feito isto, aplicar selador de paredes
base solvente ou selador acrílico incolor para isolamento de qualquer
resíduo de cal.
• Para superfícies com sujeira, mofo/algas ou degradasdas pela intempérie,
realizar limpeza utilizando uma solução de água clorada a 1% de cloro ativo
(água sanitária de uso doméstico) na proporção de 1:1 água sanitária para
água. Aguardar 15 minutos para a solução agir, lavar com água para remover
a solução e os resíduos, e esperar secagem completa para executar a pintura.
Em caso de grandes extensões, utilizar hidro/jato.

• Superfícies vitrificadas, muito lisas, com brilho ou com baixa porosidade,


devem ser lixadas até criar uma boa condição de ancoragem/aderência.
Uma superfície adequada para pintura deve ser absorvente.

• Em superfícies de gesso, por exemplo: tetos, onde existam problemas


de manchas originadas por sangramento da corda utilizada na fixação
das placas, do desmoldante ou de outros contaminantes, recomendamos
a utilização de um fundo (selador) base solvente ou do fundo branco fosco
para isolar a mancha. Após isolamento proceder a pintura normalmente.

• Em caso de superfície de cimento queimado, fibrocimento ou com 19


eflorescência, estas devem ser lavadas com ácido muriático diluído a 10%
em água, para abertura de poros ou eliminação dos sais solúveis. Deixar a
solução agir por 40 minutos e logo após enxaguar com água em abundância.
Aguardar secagem completa (72 horas) para executar a pintura.

• Eliminar sujeiras e incrustações aderentes por meio mecânico, verificando


a existência de descascamento, desplacamento ou falta de aderência
promovendo a sua remoção e correção.

• Para repinturas sobre tintas alumínio ou grafite, a pintura antiga deve ser
completamente removida. Caso a superfície esteja pintada com tinta alumínio
ou grafite, não será necessária a remoção.

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• Superfícies oxidadas deverão ser raspadas e lixadas, com lixa 220 ou 280.
Após aplicar solução fosfatizante e desengraxante para remover a ferrugem.
Aguardar 10 a 15 minutos e lavar com água e sabão e em seguida enxaguar
com thinner. Se necessário repetir o procedimento até a completa remoção
da oxidação.

• Metais novos sem oxidação, lixar a superfície com lixa 220 ou 280 e remover
o pó com pano umedecido no solvente da diluição da tinta ou thinner.

• Para repintura de esquadrias metálicas, portões e grades que possuam fundo


ou proteção temporária, recomenda-se a remoção prévia destes produtos
através de lixamento ou com a utilização de removedor.

• Em aplicações sobre madeira, lixar sempre após a aplicação da primeira


demão para eliminar as farpas.

• Não pintar sobre madeira verde (umidade de equilíbrio da madeira entre 10

20 a 15%). A madeira está verde quando a sua umidade é superior a 15%.

• Em caso de repintura em quaisquer tipos de superfícies sobre pintura antiga


muito deteriorada, recomenda-se a remoção completa da tinta,
com removedor recomendado para uso no substrato a ser repintado.
Ferramentas
Ferramentas

Ferramentas e assessórios utilizados para pintura

• ESCOVAS para remoção de restos de pinturas e sujeiras.


Elas podem ser de AÇO, PÊLO ou PIAÇAVA

AÇO – Servem para remover restos de pintura em superfícies de alvenaria


(caiação velha) e especialmente nas reentrâncias em que outras
ferramentas não têm acesso. Também são utilizadas para remoção
de camadas mais grossas de oxidação das superfícies metálicas.
Para mantê-las em bom estado de conservação não pressioná-las
demasiadamente para não empenar os fios. Também devem ser limpas
e secas ao término do trabalho a fim de evitar que se oxidem.

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Fig. 1 – Escova de pêlo Fig. 2 – Escova de piaçava

PÊLO – São mais utilizadas para remover à poeira das superfícies.

PIAÇAVA – A vassourinha de piaçava é utilizada para remover pinturas


a base de esmaltes e óleo com soda cáustica, resíduos de canaletas
e oxidação de esquadrias de metal.

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• ESPÁTULA
A espátula é constituída de uma lâmina de aço temperado flexíve e um cabo.
Este cabo pode ser de madeira ou plástico. Serve para raspagem,
emassamento e aplicação de texturas.

Fig. 3 – Espátula larga Fig. 4 – Espátula estreita

• DESEMPENADEIRA
É uma ferramenta utilizada para a aplicação de massa corrida (PVA e acrílica),
massa para madeira e texturas. Pode ser de aço flexível ou de plástico.
As de aço são utilizadas para aplicação dos materiais descritos anteriormente,
24 já as de plástico são para efeito artístico em texturas (efeito riscado, verticais
e circulares etc.).

Fig. 5 – Desempenadeira de aço Fig. 6 – Desempenadeira de plástico

• LIXA
A lixa é composta de grãos abrasivos fixados a um suporte ou costado
por meio de adesivos. Os abrasivos são componentes da lixa que efetuam
o trabalho de cortar o material. Cada grão abrasivo age como uma pequena
ferramenta de corte, retirando o material da superfície em que é atritada.
As lixas apresentam-se em forma de folhas, geralmente retangulares, para uso
manual na construção civil. Servem para lixar paredes, madeiras, metais,
nivelar superfícies emassadas, eliminar o brilho de tintas e vernizes para
aplicar outra demão de tinta ou desoxidar superfícies metálicas.
São fabricadas como lixa para madeira e para metal, de acordo
com a superfície a ser trabalhada (alvenaria, madeira e metal).
O grau de abrasividade depende da rugosidade da superfície.

• ROLO DE PINTURA
Rolo de pintura é composto pela armação (cabo) e pela camisa de rolo,
que pode ser de material natural, como a lã de carneiro, ou de material
sintético, como a espuma de poliéster. Os rolos de espuma de carneiro
são ideais para superfícies rugosas ou semirugosas e indicados para tintas
25

e seladores PVA e acrílicas. Quando confeccionados em lã alta (rolo de pêlo


alto mais cheio e espesso), têm maior capacidade de transferência de tinta
e/ou selador para a superfície, sendo ideal para selagem de superfícies
grossas e porosas, as quais absorvem muito rápido o produto aplicado.

Fig. 7 – Rolo de pintura

Rolo de espuma poliéster é indicado para aplicar tintas a óleo, esmalte


sintético, vernizes e tinta base epóxi. É confeccionado com material poliéster
resistente aos solventes utilizados nas tintas descritas anteriormente.

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Rolo Antigota ou Anti-respingos é um tipo de rolo
desenvolvido recentemente com pêlos baixos, transferindo
menos material para a superfície a ser pintada.
É indicado para acabamentos e retoques em superfícies
lisas, reduzindo o respingamento. Atualmente vem sendo
muito utilizado em pinturas internas, das quais se exige
um acabamento mais liso/fino.

Fig. 8 – Rolos anti-respingos

Rolo para aplicação de textura é um rolo especialmente desenvolvido


26
para aplicação de massas texturizadas, proporcionando o efeito decorativo
desejado.

Fig. 9 – Rolo para aplicação de textura

• GAMBIARRA
Quer dizer “lâmpada instalada na extremidade de cabo elétrico para poder
ser utilizada numa determinada área.” Na pintura, utiliza-se esse recurso
para visualizar os defeitos não vistos aparentemente. Exemplo: em geral
após a aplicação da massa corrida, passase a gambiarra para encontrar
os defeitos deixados em sua aplicação.
• PINCÉIS, BROCHAS E TRINCHAS

Fig. 10 – Brocha Fig. 11 – Trincha Fig. 12 - Pincel

São constituídos de um corpo de madeira cujo prolongamento


forma um cabo e de uma parte utilizável na pintura formada
por um tufo de pêlos ou cerdas que se prendem à extremidade
oposta do cabo por meio de anel metálico.

O pincel e a trincha servem para aplicar tinta a óleo, vernizes,


esmaltes sintéticos e látex acrílica em pequenas superfícies,
assim como para recortar cantos ou locais de difícil acesso 27
para o rolo. A brocha serve para aplicar cal em superfícies
de alvenaria.

• BALDES
São utilizados para dividir a tinta e levá-la até o local de aplicação.
Neles molha-se o pincel, a trincha ou a brocha. Devem possuir uma alça
para transporte, possibilitando pendurá-los na escada.

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• BANDEJA DE PINTURA

Fig. 13 – Bandeja de pintura

É um recipiente especialmente preparado para molhar o rolo com a tinta


a ser aplicada. Pode ser de matéria plástica ou metálica.

• ESCADA DUPLA

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É constituída de duas escadas simples
unidas em sua parte superior por meio
de dobradiças. A escada deve ser “travada”
para limitar sua abertura e evitar que
escorregue, causando acidentes.
Em geral a escada é “travada” com
uma corda, sendo que algumas possuem
braços articulados metálicos
Fig. 14 – Escada dupla para esse fim.

Em pinturas de fachadas prediais devem ser montados andaimes,


balancinhos ou Jahu, de acordo com o tipo de fachada e características
da mesma, visando à total segurança dos pintores. Nestes casos, deve ser
chamada a engenharia de segurança local da obra e /ou fornecedores
de locação destes equipamentos para especificação do tipo
mais adequado a ser usado.
• PROLONGADOR

Fig. 15 - Prolongador

Cabo extensível adaptável ao rolo, ideal para pintar paredes


e corredores sem o uso de escada; geralmente confeccionado
em alumínio, é leve e prático.

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Tintas
e Complementos
Tintas e complementos

Para cada tipo de substrato (alvenaria, metal, madeira) existem complementos e


acabamentos adequados. Complementos são massas, seladores, fundos ou primers.
Acabamentos são tintas e texturas.

Pintura sobre Alvenaria – Tipos de acabamentos e Complementos

• Massa Corrida
Recomendada para uso exclusivo em interiores, é composta com resina à base látex
(PVA), cargas inertes, aditivos e água. Massa de fácil aplicação, cremosa e com grande
poder de enchimento tem secagem rápida e é fácil de lixar.
É indicada para nivelar paredes e retocar imperfeições causadas por raspagens,
rachaduras, orifícios ou fendas. O tempo de secagem depende muito das condições
climáticas no dia da aplicação. Em geral a secagem ao toque é de 1 hora, manuseio
(lixamento) 2 horas e completa 6 horas.
33

Método de aplicação
Utilizar desempenadeira de aço e espátula, espalhando-a, mas contém camadas
finas até alcançar a espessura desejada. Normalmente a massa vem pronta para
uso, verificar a necessidade de diluição; caso seja preciso usar até no máximo
5% de água, homogeneizar e seguir os seguintes passos:

a) retire do recipiente uma porção de massa, introduzindo somente a metade


da lâmina da espátula na massa, movimente a espátula em semicírculo
para retirá-la do recipiente; não deixe acumular massa nas bordas
do recipiente; Pressione a massa contra a lâmina da desempenadeira
e puxe a espátula para baixo; coloque até três porções de massa;

b) espalhe a massa na superfície com a desempenadeira de aço, fazendo


movimentos de baixo para cima até uns 50 centímetros e depois de cima
para baixo, emendando na parte que já foi emassada; alise os cantos
com a espátula, retirando o excesso;

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c) lixe quando a massa estiver seca, utilizando lixa para madeira ou lixa
d´água de baixa abrasividade (lixa fina) para não provocar riscos
na superfície. Ao lixar a massa retire antes as rebarbas das esquadrias
de ferro e madeira, rodapés, das caixas de luz etc. Quando a área for grande,
lixe por etapas, de 1m2 aproximadamente;

d) após lixar a massa, retire a poeira com uma escova de pêlos ou com um pano
seco e aplique o acabamento desejado.

Observações importantes
A massa requer sempre a aplicação de um acabamento. Para inpedir
a formação de bolhas, deve-se evitar a aplicação de tinta sobre o pó originado
de lixamento, aplicação de massa em camadas muito espessas bem como sobre
superfícies com vazamentos, e infiltrações de umidade.
No caso de repinturas, faça uma raspagem antes de aplicar a massa.
Caso a superfície esteja muito porosa, com elevada absorção, aplique sobre
a mesma um selador antes da aplicação da massa para melhor rendimento

34 e performance da mesma.

• Massa acrílica
Composição à base de resina acrílica, cargas inertes, aditivos e água. É uma Massa
de fácil aplicação, com grande poder de enchimento. Secagem rápida, fácil de lixar e
alta resistência. É utilizada para nivelar superfícies de reboco curado, concreto e semel-
hantes, em interiores e exteriores. Serve de fundo para pinturas convencionais, fachadas
e pinturas catalisadas (epóxi, poliuretano). O tempo de secagem depende muito das
condições climáticas no dia da aplicação. Em geral a secagem ao toque é de 1 hora,
manuseio (lixamento) 2 horas e completa 6 horas.

Método de aplicação
Igual ao descrito para massa corrida. Deve ser aplicada em várias camadas
finas, até alcançar a espessura desejada, não sendo recomendável aplicá-la
em camadas demasiadamente grossas.
Observações importantes
Não é recomendável lixar a massa após o tempo especificado, pois se a massa
exceder muito este tempo de secagem, ficará dura em função da resina acrílica
da sua fórmula, o que a torna mais resistente e difícil de ser lixada. Caso isso
ocorra, umedecer a parede com um pano molhado para amolecer um pouco
a massa e facilitar o lixamento.

A massa requer sempre a aplicação de um acabamento. Para impedir


a formação de bolhas, deve-se evitar a aplicação de tinta sobre o pó originado
de lixamento, aplicação de massa em camadas muito espessas bem como sobre
superfícies com vazamento e infiltração de umidade. No caso de repinturas,
faça uma raspagem antes de aplicar a massa. Caso a superfície esteja muito
porosa e com elevada absorção, aplique sobre a mesma um selador antes
da aplicação da massa para melhor rendimento e performance da mesma.

• Seladores 35
São indicados para isolamento de paredes internas e externas, tetos, visando à
uniformidade de absorção do substrato, maior rendimento e durabilidade do acabamen-
to, e fabricados à base de resina PVA ou acrílica. Atualmente os mais utilizados são os
acrílicos pigmentados indicados para uso interno e externo. A diluição é feita de acordo
com as recomendações de cada fabricante e tipo de substrato (reboco curado, concreto,
gesso e semelhantes). O uso de selador antes da pintura fecha os poros da parede e
impede que grande quantidade de tinta seja desperdiçada.

Método de aplicação
a) Para paredes novas, aplicar diretamente o selador com um rolo,
de preferência de pêlo alto, para maior transferência do produto
e um bom isolamento do substrato.

b) Selar os cantos com uma trincha. Aplicar o selador no restante da parede


com o rolo em movimentos uniformes de vaivém iniciados da esquerda
para a direita e de cima para baixo, em lances de aproximadamente
1,50m x 1,50m, até atingir o rodapé.

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c) A primeira passada do rolo deve cobrir uma parte do local selado
com a trincha para que não haja falhas de aplicação.

d) Em sistemas de repintura verificar a necessidade de remoção da pintura


antiga por meio de lixamento ou remoção com espátula, caso não seja
necessário aplique o selador conforme descrito anteriormente.

e) Após remoção por espátula ou lixamento, limpar a superfície, retirando


a poeira e o pó, e proceder à aplicação do selador.

• Fundo preparador de Paredes


Selador de superfície não pigmentado, sendo base solvente (óleo-resina, nafta,)
ou aquoso (resina acrílica), de uso interior e exterior, com grande capacidade de
penetração e excelente resistência à alcalinidade.
Sua função é isolar o substrato, aglutinar partículas soltas e uniformizar a absorção

36 do acabamento, evitando manchas de brilho e cor.


É indicado para superfícies de reboco e concreto caiadas, cimento amianto e tijolos
à vista, principalmente em repintura. O fundo formulado à base de solventes é também
indicado para isolamento de manchas de teto de gesso.

Deve ser diluído ou não de acordo com o tipo de substrato, seguindo as orientações
do fabricante.

Método de aplicação
Pode ser aplicado com rolo de lã, trincha ou pincel, observando-se
as recomendações para preparação da superfície a ser repintada.
A técnica de aplicação é a mesma de uma selagem com selador
acrílico pigmentado.
Para se obter a máxima performance do produto, é importante
observar a diluição, o tipo de solvente: água ou aguarrás de acordo
com a sua formulação, o tipo e o estado do substrato a ser pintado
(caiado, reboco antigo e fraco, gesso).
• Tintas e texturas
Tintas (PVA e acrílica) - As tintas de acabamento para alvenaria mais utilizadas
são as fabricadas à base aquosa com resina PVA ou acrílica. As tintas base PVA, de
acabamento fosco, podem ser econômicas ou de alta performance, devido às car-
acterísticas da própria resina, são tintas de boa cobertura, porém baixa resistência à
lavabilidade. Isto é, ao “paninho molhado” passado na parede ou esponja com sabão
para limpeza da pintura; normalmente, a tinta vem toda no pano ou esponja. As tintas
econômicas não são especificadas para uso externo.

As tintas acrílicas atualmente são as mais utilizadas no mercado por serem uma
evolução do PVA, mais resistentes a intempéries (para pinturas externas, fachadas) e à
lavabilidade (remoção úmida). Indicadas para uso em interiores e exteriores, possuem
três tipos de acabamento: fosco, acetinado e semibrilho.
O acabamento fosco é mais indicado para paredes com defeitos e irregularidades,
pois não destaca as imperfeições das superfícies com saliências e rugosidade, do que o
acabamento acetinado e o semibrilho que realçam mais estas imperfeições.

Quanto maior a quantidade de resina em uma tinta, maior resistência (maior 37


durabilidade) ela terá e maior será o seu brilho. Assim, as tintas acetinadas e semibrilho
são mais resistentes à lavabilidade (remoção úmida) que as foscas, porém destacam
e realçam mais os defeitos que a parede possa ter. Uma boa preparação da superfície
com selador, emassamento e lixamento é indispensável para que esta parede não
apresente tais defeitos e tenha a resistência e o aspecto decorativo desejados.

Método de aplicação
Utilizar rolo de pêlo baixo (antigotas) se a parede for lisa e de pêlo alto
com alta transferência se a parede for rugosa ou sem-rugosa. Este método
de aplicação é válido tanto para tinta PVA, quanto acrílica.

Sistema de pintura para parede sem emassar: 1 demão de selador + 2 a 3


demãos de acabamento, conforme diluição recomendada pelo fabricante.
Sistema de pintura com parede emassada: 1 demão de selador + massa
corrida + 2 a 3 demãos de acabamento, conforme diluição recomendada
pelo fabricante.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Observação
Alguns fabricantes de tinta recomendam dar a primeira demão mais diluída,
tipo um selador da própria tinta, para que a mesma tenha melhor penetração
no substrato, facilitando as próximas demãos. Assim, é aconselhável ler sempre
as orientações contidas nas embalagens dos produtos e os seus respectivos
boletins técnicos.

Procedimentos
a) Umedeça o rolo de pintura na água limpa e elimine o excesso de água
do rolo fazendo-o girar rapidamente com as mãos ou contra a parede.

b) Após a preparação da superfície e diluição da tinta, os recortes dos cantos


e teto com trincha.

c) Molhe o rolo na bandeja com a tinta, fazendo-o deslizar suavemente


em sucessivos movimentos de vaivém, de modo que a tinta umedeça
por igual toda a superfície.

38
d) A primeira passada do rolo na parede deve ser no sentido horizontal,
acompanhando o teto e cobrindo uma parte do local pintado
com trincha (recorte do teto).

e) Aplique a tinta na parede, fazendo uma leve pressão do rolo sobre a mesma
e com movimentos uniformes de vaivém, executando faixas verticais
na parede ou transversais se for teto. O intervalo entre demãos deverá
ser no mínimo de 4 horas. Ao pintar tetos devem-se retirar os respingos
da parede com a trincha.

f) Cada passada do rolo deve recobrir a metade da passada anterior.


Repasse a parte pintada, com a finalidade de eliminar falhas e espalhar
a tinta por igual, cruzando com a passada anterior. Para executar
este subpasso, não molhe o rolo.

g) Faça os retoques necessários e espere a secagem.


h) Após a secagem da primeira demão, é recomendável passar uma lixa fina
entre demãos para se obter um acabamento mais fino.

i) Aplique a segunda ou terceira demão caso necessário, conforme instrução


anterior.

Texturas acrílicas - É uma massa Acrílica Texturizada, formulada com grânulos de


minerais de diversos tamanhos, o que proporciona um revestimento texturizado com
riscos intensos ou suaves, de acordo com o tamanho dos mesmos. Especialmente desen-
volvida para valorizar tanto ambientes internos quanto externos, de forma prática e
versátil.
Possui grande poder de enchimento, fácil aplicação, secagem rápida e alta
resistência à abrasão. É indicada para superfícies de reboco curado, concreto e sem-
elhantes. Possibilita diversos efeitos decorativos suaves e delicados ou arranhados e
intensos (grafiato) de acordo com os utensílios utilizados.
Normalmente são formuladas com hidrorepelente, isto é, não absorvem água.
A maioria das texturas disponíveis no mercado são prontas para uso; porém caso seja 39
necessária diluição, adicionar até no máximo 5% de água.

São fabricadas na cor especificada pelo cliente, mas também podem ser pintadas
com acabamento de tinta acrílica, garantindo o máximo desempenho, durabilidade
do sistema como um todo e cor uniforme, principalmente se a textura for aplicada
externamente em fachadas expostas a intempéries.

Observação
Conforme as características do produto, do aplicador e da técnica utilizada,
ao trabalhar a textura para obter o desenho ou efeito desejado, o fundo
ou selador empregado poderão aparecer aleatoriamente, gerando riscos
e manchas de cor diferente entre a textura e o fundo/selador, caso estes não
tenham a mesma cor. Estas diferenças de cor poderão ser um defeito indesejado
ou um efeito decorativo, dependendo do que se busca.
Caso não se deseje esta diferença, deverá ser utilizado um fundo ou selador
de mesma cor da textura.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Sistemas de aplicação:
1 demão de selador/fundo + 1 demão de textura na cor desejada
1 demão de selador/fundo +1 demão de textura branca + 2 a
3 demãos de acabamento (tinta).

Método de Aplicação
Utilizar espátula, desempenadeira de aço e desempenadeira de plástico.

Procedimentos
a) Aplicar o selador ou fundo na superfície a ser texturada, conforme
orientado no item seladores. Aguardar no mínimo 2 horas para iniciar
a aplicação da textura.

b) Homogeneizar a textura na própria embalagem antes de usá-la.

c) Utilizando a desempenadeira de aço, espalhar a textura como se fosse


massa corrida na parede, retirando o excesso com a desempenadeira

40 até que a massa tenha a mesma espessura dos grãos, isto é, começando
a riscar.

d) De acordo com as condições climáticas (temperatura, umidade etc.)


aguardar alguns minutos antes de começar a fazer o efeito.
Depois, iniciar o efeito, que pode ser em movimentos circulares
ou verticais (conforme desejado). Nesta etapa usar desempenadeira
de plástico com as bordas levemente dobradas para cima,
previamente umedecida.

e) Sempre que o excesso de produto for retirado da aplicação


e devolvido para a lata, homogeneizar novamente o produto
antes de dar continuidade a aplicação.
Pintura sobre metais (acabamentos e complementos)

Esquadrias, grades e estruturas metálicas

• Metais ferrosos
Primers mais utilizados: zarcão e fundo óxido de ferro

Zarcão → Fundo anticorrosivo à base de resina alquídica, indicado para proteção


de superfícies metálicas ferrosas, internas e externas.

Fundo Óxido de Ferro → Primer formulado com pigmentos anticorrosivos, indicado


para proteção de superfícies ferrosas.

Solução desoxidante → Solução fosfatizante, desengraxante e removedora


de ferrugem, destinada a superfícies ferrosas e não ferrosas. Produto. Elimina
focos de corrosão em profundidade e aumenta a aderência das tintas, graças
a fosfatização incipiente que promove.Além disso, prolonga a vida útil da pintura,
retardando o aparecimento da corrosão. É indicado na limpeza de superfícies 41
em geral (ferro, alumínio, aço, galvanizados) para remover óleos e graxas,
condicionando-as recebimento da pintura. É compatível com qualquer classe
de tinta.

Métodos de aplicação
Sistema de aplicação padrão para metais oxidados (metais com ferrugem)
• Superfícies oxidadas deverão ser raspadas e lixadas, com lixa 220 ou 280.
Após aplicar solução desoxidante para remover a ferrugem. Aguardar 10 a 15
minutos e lavar com água e sabão. Em seguida enxaguar com thinner.
Se necessário repetir o procedimento até a completa remoção da oxidação.

• Após limpeza com solução desoxidante, aplicar uma demão de primer + 2 a 3


demãos de acabamento (esmalte sintético).

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Sistema de aplicação padrão para metais novos sem oxidação
• Para metais novos sem oxidação, lixar a superfície com lixa 220 ou 280
e remover o pó com pano umedecido no solvente da diluição da tinta
ou thinner.

• Aplicar uma demão de primer + 2 a 3 demãos de acabamento


(esmalte sintético).

Recentemente o mercado de tintas lançou um esmalte Anti – Ferrugem,


o chamado 3 em 1, que dispensa a remoção da oxidação do metal com solução
desoxidante, a aplicação de primer e ainda serve como acabamento de pintura.

Esmalte Antiferrugem → Tinta esmalte com propriedades anticorrosivas.


Protege as superfícies ferrosas da oxidação, mesmo quando elas já apresentam
este problema (oxidação/ferrugem). É indicado para a pintura de superfícies
de ferro e aço tanto em interiores quanto em exteriores.

Sistema de aplicação → Para superfícies já oxidadas, remover mecanicamente


42
(escova ou lixa) as partículas soltas de óxidos (ferrugem), o pó com um pano
umedecido no solvente de diluição da tinta ou thinner. Metais novos sem oxidação,
lixar com lixa 220 ou 280 e remover o pó da mesma forma utilizada para metais
oxidados.
Após a preparação da superfície aplicar no mínimo duas demãos de esmalte
anti ferrugem.

Observações Importantes
- Para repintura de esquadrias metálicas, portões e grades que possuem fundo
ou proteção temporária, recomenda-se a remoção destes produtos por meio
de lixamento.

- Em caso de repintura sobre pintura antiga muito deteriorada, recomenda-se


remoção completa da tinta com removedor jindicado para uso no substrato
a ser pintado.
• Metais não ferrosos (alumínio e galvanizado)
Para a pintura de alumínios e galvanizados é necessário a aplicação de um fundo
especial a base de resina acrílica, destinado a promover aderência do acabamento no
substrato.
Sistema de aplicação 1 demão do fundo p/ Galvanizado + 2 a 3 demãos de esmalte,
conforme diluição especificada pelo fabricante.

Observação
Após a aplicação do fundo ou selador, deve-se aplicar o acabamento
escolhido o mais breve possível, pois os mesmos são destinados à preparação
do substrato, não possuindo boa resistência a intempéries quando utilizados
sem acabamento. Se houver desgaste ou remoção do fundo ou selador
pela exposição ao tempo, antes da aplicação do acabamento,
deve-se reaplicá-lo nas áreas com problema.

Acabamento sobre superfícies metálicas 43

Esquadrias, grades e estruturas metálicas

• Esmalte sintético
Acabamento à base de resina alquídica e solvente tipo aguarrás. Indicado para
superfícies metálicas e madeiras em ambientes internos e externos. Pode ser aplicado
a rolo, pincel e pistola. Possui acabamento fosco, acetinado e brilhante.
O esmalte sintético é uma evolução da tinta óleo, pois tem a mesma função, porém
é uma tinta de melhor qualidade em termos de acabamento, aplicabilidade e secagem.

Os fabricantes de tintas buscam sempre novas tecnologias, desenvolvendo pro-


dutos mais práticos de se aplicar, com melhor performance de acabamento, visando a
segurança, saúde e menor grau de poluição ao meio ambiente.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Já existe no mercado esmalte sintético aquoso, formulado com resina acrílica e
água como solvente. As características de aplicação, indicação de superfícies ferra-
mentas para aplicação são as mesmas comparadas à base solvente, sendo superior em
performance de acabamento final, pois se pintado na cor branca, não amarela com o
tempo de aplicação, o que é uma característica do esmalte base solvente, além de ter a
vantagem de água como solvente, evita cheiro forte, acelera o tempo de secagem,
facilita a limpeza de ferramentas e economiza o sistema.

Pintura sobre madeira (acabamentos e complementos)

Massa para madeira → Corrige as imperfeições de esquadrias de madeira. Atual-


mente quase não se usa mais massa a óleo para madeira Alguns dos principais fabri-
cantes de tintas disponíveis no mercado não fabrica mais a massa a óleo, e sim a massa
para madeira, utilizando água como solvente. A principal vantagem desta massa é o
tempo de secagem que é muito menor e a redução do odor do solvente, facilitando
a aplicação.

44
Fundo branco fosco → formulado com resina alquídica, é um selador pigmentado
para madeira que forma uma película, reduzindo a absorção dos poros da madeira,
bem como aumentando o rendimento do acabamento final. É recomendado como
primeira demão sobre superfícies de madeiras e compensados, em interiores e exteriores.
Aplicado com pincel ou rolo de espuma resistente a solventes pode ser usado também
como selador em paredes e tetos de gesso com manchas amareladas.

Sistema de pintura para portas e rodapés de madeira: 1 demão de fundo branco


fosco + massa para madeira + 1 demão de fundo branco fosco + 2 a 3 demãos de
acabamento com esmalte sintético.

Observação
Este é o chamado sistema sanduíche: fundo + massa + fundo + acabamento.
Dependendo da qualidade da madeira, se ela for muito resinosa é necessário
aplicar este sistema para evitar manchas de resina da madeira no acabamento
final da pintura, principalmente se o acabamento for na cor branca.
Sistema de pintura convencional: 1 demão de fundo branco fosco + massa para
madeira (a aplicação da massa é opcional) + 2 a 3 demãos de acabamento

Observações
- Após a aplicação do fundo, aguardar no mínimo 10 horas e lixar suavemente.

- Em madeira encerada, deve-se eliminar totalmente a cera antes da aplicação


do fundo, pois ela poderá ser prejudicial à secagem e aderência do produto.

Vernizes → São acabamentos à base de resinas diluídas tipo: alquídica, acrílica,


poliuretânica, solventes e aditivos que lhe conferem resistência a intempéries e proteção
UV (filtro solar). Possuem textura lisa, com acabamento fosco, acetinado ou brilhante.
Alguns são transparentes, pigmentados, normalmente em tons de madeira, tipo: canela,
cedro, imbuia, mogno e ipê. Podem ser também transparentes e incolores. Aplicados a
pincel ou rolo de espuma.

Sistema de aplicação 45
Normalmente aplicam-se 3 demãos para maior proteção da madeira (substrato).
Aplicar em camadas finas e bem distribuídas, sempre no sentido do veio da madeira.
• É recomendável que a primeira demão seja aplicada a pincel, pois ela
tem a função de selar a madeira e garantir aderência ao sistema.

• Não pintar sobre madeira úmida ou verde, com teor de umidade maior
que 15%.

• Na aplicação sobre madeira, lixar sempre após a aplicação da primeira


demão para eliminar farpas.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Recomendações
Gerais de Pintura
Recomendações gerais de pintura

• A durabilidade e a integridade da pintura dependem das condições


e da qualidade do substrato a ser pintado. Problemas de substrato
ou de pinturas antigas, tais como desagregação, deterioração,
descascamento, infiltrações de umidade, desplacamento, fissuras,
trincas, proliferação de microorganismos, sujeiras e outros
contaminantes/problemas, comprometerão a integridade
do acabamento bem como sua durabilidade e desempenho.
Assim, para evitar estes problemas, é fundamental a preparação
da superfície, segundo todos os procedimentos e recomendações
dos fabricantes de tintas.

• Normalmente em superfícies externas expostas diretamente


a intempéries, podem ocorrer manchas após as primeiras chuvas,
que desaparecerão quando a superfície for lavada de forma 49

homogênea, e não comprometem as propriedades finais


de desempenho do produto.

• Tintas de cores fortes, principalmente cores cítricas, puxadas


para o amarelo, coral, vermelho, violeta e alguns tons de verde,
são muito pigmentadas. Estes pigmentos quando expostos
a intempéries (sol, chuva) tendem a desbotamento precoce,
isto é, a tinta desbota rapidamente em meses.
Exemplo: uma superfície pintada de vermelho em alguns
meses nestas condições, passa a coloração rosa.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


• Para escolha de cores, tipos de acabamentos (fosco, acetinado,
brilhante etc.) de tintas ou texturas para fachadas, pedir orientação
dos fabricantes dos acabamentos, quanto a desbotamento precoce
e durabilidade do mesmo. Em 24 média a durabilidade de uma fachada
pintada ou texturada é de cinco anos, quando observados estes itens,
e feita a preparação da superfície, conforme explicado nos itens
anteriormente.

• Limpar gotas e respingos de tinta com os solventes recomendados


para a diluição da tinta, enquanto ainda estiverem úmidos.

• Em um sistema de pintura, usar somente tintas e complementos


de um único fabricante, tais como fundos, primers, seladores, solventes,
massas, texturas etc., para evitar problemas de incompatibilidade

50 entre os produtos, obter o máximo desempenho da pintura e questionar


o fabricante, caso haja algum problema na qualidade dos produtos
aplicados, pois o mesmo só irá se responsabilizar pelo seu produto
e não por todo um sistema de pintura quando se utiliza
mas de um fabricante.

• Para uma cobertura perfeita e uniforme da superfície, dependendo


das condições de porosidade, uniformidade, textura, contraste
e cor, poderá ser necessário maior número de demãos.
• Para uma pintura uniforme é recomendável que seja adquirida
uma quantidade de tinta do mesmo lote de fabricação, suficiente
para fazer toda a pintura do início ao fim, pois em função das características
intrínsecas do processo produtivo, lotes de tintas diferentes podem apresentar
pequenas variações de tonalidade, de lote para lote.
Caso não seja possível utilizar somente o mesmo lote de tinta,
fazer a emenda em uma descontinuidade da parede (como um canto).
Se não houver descontinuidade e a pintura tiver que ser realizada
em um único pano, com tintas de lotes de fabricação diferentes,
a emenda deve ser feita enquanto as tintas estiverem úmidas,
misturando em um balde ou tambor os lotes diferentes;
devem ser feitas as respectivas diluições para que elas
fiquem com uma única tonalidade e evite diferença de cor.

• Caso seja necessário efetuar reparos/retoques de pintura,


pintar a parede por inteiro até uma descontinuidade (como um canto), 51
pois a tinta sofre envelhecimento natural e, quando retocada
somente em uma parte da parede, pode apresentar diferenças
de aspecto, textura e cor.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Dicas para
Manutenção
de Pintura
Dicas para manutenção de pintura

• Para garantir os benefícios de durabilidade, aguardar no mínimo


2 semanas para limpeza da superfície pintada.

• Para a manutenção do aspecto estético da pintura, recomendamos


que sejam feitas limpezas periódicas anuais da superfície pintada
para a remoção de maresia, poluição, microorganismos
e outros contaminantes /sujeiras.

• Para limpeza da superfície pintada, usar detergente líquido


neutro e esponja macia. A limpeza deverá ser efetuada de forma
suave e homogênea, em toda a superfície pintada.
Enxaguar com água limpa. O uso de produtos abrasivos
pode danificar a superfície pintada. 55

• Não limpar a pintura com pano seco, pois poderá ocorrer


o polimento da superfície.

• Não recomendamos o uso de equipamentos do tipo vaporetto,


pois podem gerar manchamentos indesejáveis.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


• Para manchas mais agressivas, como caneta, lápis,
gorduras, respingos de alimentos, que não sejam
removíveis com detergente líquido neutro e esponja
macia, deve ser realizada a repintura de toda
a superfície antiga.

• Quando do aparecimento de mofo, a superfície


deve ser limpa com uma solução de água sanitária
e água na proporção de 1:1. este procedimento
deve ser repetido após 15 dias, para evitar
o reaparecimento do problema.

56
Recomendações
deSaúde, Segurança
e Meio Ambiente
Recomendações se saúde, segurança
e meio ambiente

• Manter a embalagem bem fechada, em lugar fresco e bem ventilado, afastada


de chamas, faíscas ou outras fontes de ignição, fora do alcance de crianças
e animais, longe de alimentos e bebidas.

• Alguns produtos de pintura, especialmente solventes, removedores e thinners


são irritantes para a pele, olhos e vias respiratórias. Não comer, beber
ou fumar durante sua utilização.

• Evitar respirar os vapores do produto e o contato com a pele e os olhos, usando


luvas, óculos de segurança e máscara respiratória com filtro para vapores
orgânicos. Se a inalação causar dificuldade respiratória, remover a pessoa para
lugar ventilado. Se necessário, aplicar respiração artificial.
59

• Em caso de contato com os olhos ou a pele, lavar com água em abundância


(15 minutos.). Em caso de ingestão, lavar a boca da vítima com bastante água
e não provocar vômito. Em todos estes casos, procurar auxílio médico, levando
a embalagem do produto.

• Em caso de incêndio, usar extintor de pó químico, gás carbônico ou espuma.

• Em caso de vazamento de solventes (produtos inflamáveis), sinalizar e isolar


o local, eliminar todas as fontes de ignição, impedir fagulhas ou chamase não
fumar. Absorver o material derramado com areia, terra seca ou outro material
absorvente e não combustível.

• Não reutilizar a embalagem.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Recomendações para eliminar o desperdício e evitar a contaminação
do meio ambiente, por meio da reciclagem (reutilização).

Ver quadro a seguir.

SIM NÃO
Determinar - Medir a área
- Basear-se apenas em
o volume - Informar-se sobre
estimativas (“olhômetro”)
de tinta o rendimento da tinta

Tinta em uso
- de um dia - Manter a lata bem fechada - Deixar a tampa da lata aberta
para o outro

- Deixá-los imersos no solvente - Limpá-los a cada vez que se usa


Instrumentos
específico para a tinta em uso - Deixá-los jogados em qualquer
em uso
(água ou aguarrás) lugar ou expostos ao tempo

- Usar imediatamente: doar,


- Guardar por muito tempo
Sobra de tinta reaproveitar, misturar com
60 - Descartar no lixo ou esgoto
outras sobras para reutilizar

- Esgotar, escorrer, raspar


Limpar a lata - Lavar a lata
com espátula

Lata limpa ou
- Colocar na rua ou no lixo comum
com restos de - Encaminar para reciclagem
- Reaproveitar
tinta seca

Resíduos - Direcionar a uma ATT* ou um


- Jogar no lixo comum
de tinta seca ponto de coleta licenciado

- Guardar em recipiente fechado


- Descartar no solo ou no esgoto
- Reutilizar
Solvente - Deixar em recipiente exposto
- Recuperar
ao tempo
- Incinerar

*ATT – Área de transbordo e triagem


Cálculo
deOrçamento
para Pintura
Cálculo de orçamento para pintura

Para você saber o quanto de tinta vai precisar para efetuar a pintura, basta medir
o comprimento da superfície e multiplicar pela altura da mesma, obtendo assim os
metros quadrados da área a ser pintada.

Exemplo:

Superfície I Superfície II

A = 2m A = 2m

C = 2m C = 5m

C x A = 2m x 2m = 4m² C x A = 5m x 2m = 10m²

Superfície I + Superfície II = 4m² + 10m² = 14m²

63
Para o cálculo da área de pintura em colunas arredondadas, basta medir o diâmetro
da coluna e multiplicar pela altura.

Devem-se somar todas as metragens das superfícies que vão ser pintadas, para
obter o total de metros quadrados a serem pintados. Dividindo-se os m² pelo rendimento
do galão, encontra-se o número de galões necessários para se efetivar a pintura.

Quantidade de galões = área da superfície


Rendimento do produto (m²/galão/demão)

Quantidade de galões necessária


para efetuar a pintura de 1 demão

*Não se esqueça:
Normalmente, aplica-se de 2 a 3 demãos de tinta em uma pintura.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Dicas de diluição:

Para obter 20% de diluição Para ter 10% de diluição


Embalagem
diluir com diluir com

720ml ou 1 garrafa 360ml ou 1 xícara


3,6 litros (galão)
de cerveja de chá

0,9 litro 180ml ou 2/3 90ml ou 1/3 xícara


(1/4 de galão) de xícara de chá de chá

1 galão (3,6 litros)


18 litros (lata) 1,8 litro ou meio galão
ou 5 garra de cerveja

1 galão americano = 3,785 litros / 1 galão inglês = 4,454 litros

64
Rendimentos
eDiluição
dos Produtos
Rendimentos e diluição dos produtos

O rendimento e a diluição dos produtos aqui apresentados variam de fabricante


para fabricante. Atualmente muitos optam por produtos prontos para uso, pois diluições
com solventes e quantidades erradas afetam a performance final do produto.

Desta forma é aconselhável, sempre que se utilizar um produto pela primeira vez,
ler atentamente todas as orientações contidas em sua embalagem ou catálogos.

O rendimento de um produto também pode variar de acordo com a superfície em


que ele está sendo aplicado. O apresentado pelo fabricante é um referencial.

Aconselha-se em pinturas de grande extensão fazer um teste de aplicação do


produto para verificar im loco o rendimento real no sistema de pintura especificado,
aplicando todo o sistema: complemento (massa e/ou selador) e acabamento (tinta e/ou
textura), para que não haja erros de orçamento.
67

Exemplo: 35-45m2/galão*/demão (rendimento referencial de esmalte sintético)

Trabalhar com a média de rendimento do produto, sendo de 40m2/demão/galão

*galão de 3,6 litros.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Dicionário
dePintura
Dicionário de pintura

Alastramento: Capacidade de a tinta de nivelar após a aplicação,


de modo que marcas de pincel ou rolo desapareçam.

Algicida: Produto químico, normalmente presente em tintas ou selantes


para exteriores, que evita o crescimento de algas na superfície em que é aplicado.

Alvenaria: Construção feita com cimento, argamassa, pedras, tijolos e estuque.

Bactericida: Produto químico adicionado à tinta, à massa e aos seladores


que impede o desenvolvimento de bactérias na embalagem de tinta durante
seu período de armazenamento.

Biocida: Aditivo químico com função de eliminar ou inibir o crescimento


de microorganismos que podem destruir a tinta na embalagem ou após pintada,
tais como: bactérias, fungos e algas.
71

Bolhas (também conhecidas por “fervura”): Ocorre devido à perda de aderência


localizada entre o filme de tinta e a superfície. Também podem acontecer
pela preparação inadequada do substrato, utilização de produtos para interior
e exterior, infiltração de umidade, degradação da parede, excesso da repintura.

Calcinação: Deterioração natural da superfície de uma tinta em exteriores


pela ação das intempéries, resultando numa superfície desbotada coberta de um pó
esbranquiçado. A calcinação ocorre quando o ligante é degradado por condições
ambientais adversas. Deve ser removida antes de repintar.

Cimento queimado: Superfície na qual o desempenamento final é feito


com cimento puro, ficando com aspecto vitrificado.

Cobertura: Capacidade de esconder a superfície pintada. Refere-se não apenas


à opacidade do filme, mas também à sua espessura e nivelamento. Deve-se levar
em conta o tipo de aplicação (pincel, rolo, pistola (revólver).

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Com brilho: Superfícies que refletem a luz, podendo ser brilhantes ou semelhantes.
Estas superfícies devem ser lixadas até a completa remoção do brilho antes
da aplicação do acabamento.

Corante (ou colorante): Concentrado, na forma líquida ou em pó, adicionado


à tinta para se obter uma determinada cor.

Desbotamento: Perda gradual da cor de uma tinta, geralmente causada


pela exposição à luz, calor, intempéries e pela alcalinidade
ou eflorescência do substrato.

Descascamento: Perda de aderência e posterior rompimento do filme de tinta.

Durabilidade: Grau de resistência de uma tinta ou massa aos efeitos destrutivos


do ambiente ao qual está exposta, especialmente intempéries. O termo também
se refere à resistência à abrasão em tintas para interiores.

72 Eflorescência: Caracteriza-se pela migração de sais esbranquiçados


para a superfície, constituída de compostos inorgânicos solúveis em água,
presentes nas argamassas de assentamento, de revestimento ou no próprio
elemento da alvenaria, e que foram conduzidos à superfície pela umidade,
cristalizando-se sobre esta e formando, em geral, manchas esbranquiçadas.
O problema só pode ser resolvido com a utilização do Aquabloc ou /repelente.

Elasticidade: Capacidade de a tinta ou massa expandir-se e contrair-se


com o substrato, sem sofrer danos ou manchas no seu aspecto. A expansão
e contração geralmente são causadas por variações de temperaturas e umidade.

Enrugamento (ou corrugamento): Camada de tinta com defeito


normalmente causada devido à aplicação muito carregada (espessa)
ou sobre superfície aquecida.

Facilidade de aplicação: Característica de uma tinta ou massa que facilita


a sua aplicação, como por exemplo, ausência de respingos, bom nivelamento
e bom tempo de abertura.
Ferrugem / oxidação: É a degradação natural dos metais pela ação
das intempéries. No caso de metais ferrosos (ferro, aço) é caracterizada
por material amarelado na forma de pó ou crosta aderida à superfície.

Formação de filme: Capacidade de a tinta de formar uma película


contínua e seca. Numa tinta látex, esse processo é resultado da evaporação
da água e da aglomeração das partículas do ligante (resina).

Fungicida: Produto químico adicionado a tintas e seladores, para impedir


o crescimento de fungos sobre a superfície pintada, o que normalmente
ocorre em ambiente interno.

Galvanizado: Metal recoberto com outro metal, por meio de processo químico
(eletrólise)

Grau de absorção uniforme: Parede selada com o produto mais apropriado


ao substrato/sistema utilizado.

73
Impermeabilizante: Substância que não se deixa atravessar por fluidos,
especilamente pela água. Utilizado para impedir que a umidade
do substrato atinja a superfície.

Infiltração: Penetração de água líquida ou umidade, quando o substrato


não está impermeabilizado (fundação, muro de arrimo, contato direto
com o solo, platibandas, calhas, lajes) e em caso de vazamentos hidráulicos.

Lavabilidade: É a capacidade de remover sujeira da superfície, de forma a manter


a integridade do filme de tinta. A maior ou menor lavabilidade está relacionada
ao tipo de tinta/acabamento utilizado.

Madeira verde: Madeira que não atingiu a umidade de equilíbrio


com o ambiente e que, se utilizada, pode trincar, entortar, empenar.
A umidade de equilíbrio recomendada é de 10% a 15%.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Madeira resinosas: É a madeira que possui concentração muito grande de resinas
naturais, que podem migrar para a superfície das tintas, causando retardamento
da secagem, manchas ou pegajosidade. Madeiras resinosas mais comuns: ipê,
itaúba, louro-freijó, peroba, grápia.

Manchamento por água: Alteração de cor e/ou brilho, na pintura, onde se deu
o escorrimento da água, não molhando de forma homogênea toda a superfície,
o que provoca uma remoção heterogênea dos componentes solúveis
presentes na tinta. Normalmente ocorre em pinturas novas,
em que o processo de secagem ainda não está completo.

Mofo: Mofo ou bolor é a denominação popular utilizada para o crescimento


natural de microorganismos do tipo fungos ou algas sobre as superfícies,
quando encontram as condições ideais de temperatura, umidade
e luminosidade, podendo ocorrer nas diversas superfícies pintadas ou não.

Nós de madeira: São defeitos naturais da madeira e que apresentam

74 alta concentração de resinas naturais que podem migrar para a tinta


causando retardamento da secagem, manchas ou pegajosidade.
Madeiras que comumente apresentam este defeito: pinus e pinho.

Oxidação: Reação química ao oxigênio. Por exemplo: A secagem de óleos


em tintas à base de óleo ou o enferrujamento de ferro ou aço.

Partículas soltas: Poeira, resíduo gerado pelo processo de lixamento,


calcinação, degradação do substrato. Devem ser removidos por escovação,
lavagem ou outro método eficaz.

Polimento: Alteração do brilho do acabamento, em função da fricção


de pano seco, mãos ou outro agente abrasivo.

Remoção úmida: Remoção do acabamento por ficção de um pano úmido


sobre o acabamento.
Resistência à abrasão: Capacidade de uma tinta resistir quando esfregada
com escova, esponja ou pano e sabão abrasivo.

Respirar: Deixar passar a umidade do substrato através do filme seco.

Retenção de cor: Capacidade de uma tinta conservar a sua cor original


e resistir ao desbotamento. Esse termo é geralmente aplicado a tintas
para exteriores.

Sangramento: Migração de substâncias solúveis de pinturas antigas,


por ataque de substâncias presentes na pintura (ex.: pintura sobre hidroasfalto,
piche, nicotina).

Superfícies curadas: Paredes de alvenaria com tempo de secagem superior


a 28 dias.

Superfícies vitrificadas: São superfícies geralmente cerâmicas que apresentam


alto brilho, baixa absorção e alta dureza superficial (aspecto de vidro). 75
São superfícies difícieis de pintar por não permitirem a penetração da tinta
(não absorvem líquidos).

Trincas e fissuras: Fendas e rachaduras que ocorrem no reboco e no concreto,


decorrentes de esforço de deformação que não são absorvidos pelos matérias
construtivos.

Umidade: Substrato molhado por ação extrema (chuva, orvalho).

Viscosidade: Grau de fluidez de uma tinta.

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


Referências bibliográficas
Manual Prático de Pinturas – Tintas Renner

Cartilha da Abrafati* sobre reutilização e reciclagem de resíduos de pintura:


http://www.abrafati.com.br/bnews3/images/multimidia/revista_abrafati/folhe-
to%20residuos.pdf

SENAI – Técnicas de Pintura em Alvenaria, Ferro e Madeira – 2001

Conversor de unidades de medida IPEM:


http://www.ipem.sp.gov.br/5mt/cv2/index.htm

Conversor de unidades de medida:


http://www.universal.pt/site/medidas/conv_medidas.htm

Cuidados com a pintura: http://www.fazfacil.com.br/Tintas.htm

Pesquisa de preços de tinta: http://preco2.buscape.com.br/tinta-para-casacon-


strucao.html

77
Tipos de tinta: http://www.ebanataw.com.br/roberto/tintas/pintur5.htm

Equilíbrio das cores: http://www.ebanataw.com.br/roberto/tintas/pinturas.php

Fazendo tinta (Educar): http://educar.sc.usp.br/youcan/paint/paint.html

*ABRAFATI – Associação Brasileira dos Fabricantes de tintas:


http://www.abrafati.com.br

Técnicas de Pintura, Alvenaria, Ferro e Madeira


firjan.com.br/publicacoes
80

Firjan-SENAI

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