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Serviço Público Federal

MINISTÉRIO DA ECONOMIA
INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO

PORTARIA Nº 290, DE 7 DE JULHO DE 2021

Aprova os Requisitos de Avaliação da Conformidade


para Motores Elétricos Trifásicos de Indução Rotor
Gaiola de Esquilo – Consolidado.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA - INMETRO,


no exercício da competência que lhe foi outorgada pelos artigos 4º, § 2º, da Lei nº 5.966, de 11 de
dezembro de 1973, e 3º, incisos I e IV, da Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999, combinado com o
disposto nos artigos 18, inciso V, do Anexo I ao Decreto nº 6.275, de 28 de novembro de 2007, e 105,
inciso V, do Anexo à Portaria nº 2, de 4 de janeiro de 2017, do então Ministério da Indústria, Comércio
Exterior e Serviços, considerando o que determina o Decreto nº 10.139, de 28 de novembro de 2019, e o
que consta no Processo SEI nº 0052600.002582/2021-36, resolve:
Objeto e âmbito de aplicação
Art. 1º Fica aprovado o Regulamento Consolidado para Motores Elétricos Trifásicos de Indução
Rotor Gaiola de Esquilo, na forma dos Requisitos de Avaliação da Conformidade e das Especificações para
o Selo de Identificação da Conformidade, na forma da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
(ENCE), fixados, respectivamente, nos Anexos I e II desta Portaria.
Art. 2º Os fornecedores de motores elétricos trifásicos de indução rotor gaiola de esquilo deverão
atender integralmente ao disposto no presente Regulamento.
Art. 3º O motor elétrico trifásico de indução rotor gaiola de esquilo objeto deste Regulamento,
podendo doravante ser denominado de, simplesmente, motor, deverá ser fabricado, importado,
distribuído, e comercializado, com seu respectivo rendimento nominal e fator de potência informados
corretamente ao consumidor.
§ 1º Aplica-se o presente Regulamento aos motores, sejam unidades independentes ou
componentes de máquinas motrizes de uso final, com as seguintes características:
I – para operação em rede de distribuição de corrente alternada trifásica de 60 Hz, e tensão nominal
até 1000 V, individualmente ou em quaisquer combinações de tensões;
II – frequência nominal de 60 Hz ou 50 Hz para operação em 60 Hz;
III – uma única rotação nominal ou múltiplas rotações nominais para operação em uma única
rotação nominal;
IV – nas potências nominais de 0,12 kW (0,16 cv) a 370 kW (500 cv) nas polaridades de dois polos,
quatro polos, seis polos e oito polos;
V – para operação contínua, ou classificada como operação S1 ou como operação S3 (com fator de
duração média do ciclo maior ou igual a 80%), conforme a norma ABNT NBR 17094-1;
VI – desempenho de partida de acordo com as características das categorias N, H, NY e HY da norma
ABNT NBR 17094-1, ou categorias equivalentes, tais como A, B ou C da National Equipament
Manufactures Association (NEMA);
VII – motores abertos ou fechados, com refrigeração a ar, acoplada ou solidária ao próprio eixo de
Fl.2 da Portaria n° 290/Presi, de 7/07/2021

acionamento do motor elétrico; e


VIII – motores abertos sem ventilador.
§ 2º Encontram-se excluídos do cumprimento das disposições previstas neste Regulamento os
motores componentes de máquinas motrizes destinadas à exportação, ou comercializados
nacionalmente, porém como componente de máquinas motrizes para exportação.
Art. 4º A cadeia produtiva de motores elétricos trifásicos de indução rotor gaiola de esquilo,
abrangidos por esse Regulamento, fica sujeita às seguintes obrigações e responsabilidades:
I – o fabricante nacional devem somente fabricar e disponibilizar, a título gratuito ou oneroso,
motores conforme o disposto neste Regulamento;
II – o importador deve importar e disponibilizar, a título gratuito ou oneroso, motores conforme o
disposto neste Regulamento;
III – os demais entes da cadeia produtiva e de fornecimento de motores, incluindo o comércio em
estabelecimentos físicos ou virtuais, devem manter a integridade do produto, das suas marcações
obrigatórias, preservando o atendimento aos requisitos deste Regulamento.
Parágrafo único. Caso um ente exerça mais de uma função na cadeia produtiva e de fornecimento,
entre as anteriormente listadas, suas responsabilidades são acumuladas.
Art. 5º O comércio de motores, em estabelecimentos físicos ou virtuais, fica sujeito ainda às
seguintes obrigações:
§ 1º Os produtos deverão, no ponto de venda, ostentar a ENCE, de forma claramente visível ao
consumidor, sem que sua visualização seja obstruída por qualquer outra informação anexada pelos
fornecedores.
§ 2º No comércio virtual, é de responsabilidade do administrador do site disponibilizar a ENCE ou,
alternativamente, as informações nela constantes em formato de texto, em todas as páginas onde haja
oferta ou exibição do produto, de forma ostensiva, clara e unívoca junto à imagem ou identificação do
modelo do produto.
§ 3º Em catálogos de venda e em material publicitário físico ou virtual, a ENCE ou, alternativamente,
as informações nela constantes em formato de texto, devem estar disponíveis de forma clara e unívoca
junto à imagem ou identificação do modelo do produto.
Exigências Pré-Mercado
Art. 6º Os motores fabricados, importados, distribuídos e comercializados em território nacional,
a título gratuito ou oneroso, devem ser submetidos, compulsoriamente, à avaliação da conformidade, por
meio do mecanismo da declaração do fornecedor, observado os termos deste Regulamento.
§ 1º Os Requisitos de Avaliação da Conformidade para Motores Elétricos Trifásicos de Indução Rotor
Gaiola de Esquilo estão fixados no Anexo I desta Portaria.
§ 2º A declaração do fornecedor não exime o fornecedor da responsabilidade exclusiva pelo
desempenho do produto.
Art. 7º Após a declaração do fornecedor, os motores fabricados, importados, distribuídos e
comercializados em território nacional, a título gratuito ou oneroso, devem ser registrados no Inmetro,
considerando a Portaria Inmetro nº 258, de 6 de agosto de 2020, ou substitutiva.
§ 1º A obtenção do registro é condicionante para a autorização do uso Selo de Identificação da
Conformidade nos produtos avaliados e para sua disponibilização no mercado nacional.
§ 2º O modelo do Selo de Identificação da Conformidade aplicável para os motores encontra-se no
Fl.3 da Portaria n° 290/Presi, de 7/07/2021

Anexo II desta Portaria.


Art. 8º Os motores abrangidos pelo Regulamento ora aprovado estão sujeitos ao regime de
licenciamento de importação não automático, devendo o importador obter anuência junto ao Inmetro,
considerando a Portaria Inmetro nº 18, de 14 de janeiro de 2016, ou substitutiva.
Art. 9º A importação de motores elétricos recondicionados está sujeita às condições estabelecidas
pela Portaria Secex nº 23, 14 de julho de 2011, ou substitutiva.
Vigilância de Mercado
Art. 10. Os motores objetos deste Regulamento, estão sujeitos, em todo o território nacional, às
ações de vigilância de mercado executadas pelo Inmetro e entidades de direito público a ele vinculadas
por convênio de delegação.
Parágrafo único. As ações de vigilância referidas no caput incluem a fiscalização do cumprimento
dos rendimentos mínimos estabelecidos na Portaria Interministerial MME/MCTIC/MDIC nº 1, de 29 de
junho de 2018, ou substitutiva, observadas as seguintes condições:
I - independentemente do método de resfriamento e do grau de proteção do invólucro, os
rendimentos dos motores deverão estar de acordo com os níveis mínimos determinados na referida
Portaria Interministerial; e
II – motores recondicionados (reparados e remanufaturados), cujas características estejam
abrangidas nos incisos de I a VIII do § 1º do art. 3º, independentemente do método de resfriamento e do
grau de proteção do invólucro, estão igualmente sujeitos às ações de vigilância de mercado quanto à
fiscalização do cumprimento dos rendimentos mínimos estabelecidos na Portaria Interministerial
MME/MCTIC/MDIC nº 1, de 2018, exceto aqueles abrangidos nas condições previstas no § 2º do referido
artigo.
Art. 11. Constitui infração a ação ou omissão contrária ao disposto nesta Portaria, podendo ensejar
as penalidades previstas na Lei nº 9.933, de 1999.
Art. 12. O fornecedor, quando submetido a ações de vigilância de mercado, deverá prestar ao
Inmetro, quando solicitado, as informações requeridas em um prazo máximo de 15 dias.
Prazos e disposições transitórias
Art. 13. A publicação desta Portaria não implica na necessidade de que seja iniciado novo processo
de avaliação da conformidade com base nos requisitos ora consolidados.
Art. 14. Os fabricantes e importadores terão até 30 de junho de 2022 para adequarem o layout do
Selo de Identificação da Conformidade, conforme estabelecido no Anexo II desta Portaria.
Art. 15. Máquinas motrizes, tendo por componentes motores ainda com os rendimentos mínimos
anteriores à Portaria Interministerial MME/MCTIC/MDIC nº 1, de 2018, poderão ser comercializadas para
o mercado até 30 de agosto de 2021, desde que os referidos motores tenham sido fabricados antes da
vigência dos prazos determinados na Portaria Interministerial nº 1, de 2017, e tenham sido registrados no
Inmetro.
Cláusula de revogação
Art. 16. Ficam revogadas, na data de vigência desta Portaria, as Portarias Inmetro:
I – nº 488, de 8 de dezembro de 2010, publicada no Diário Oficial da União de 10 de dezembro de
2010, seção 1, página 95; e
II – nº 200, de 3 de junho de 2020, publicada no Diário Oficial da União de 13 de julho de 2020, seção
1, página 22.
Fl.4 da Portaria n° 290/Presi, de 7/07/2021

Vigência
Art. 17. Esta Portaria entra em vigor em 02 de agosto de 2021, conforme determina o art. 4º do
Decreto nº 10.139, de 2019.

MARCOS HELENO GUERSON DE OLIVEIRA JÚNIOR


Presidente
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

ANEXO I – REQUISITOS DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE PARA


MOTORES ELÉTRICOS TRIFÁSICOS DE INDUÇÃO ROTOR GAIOLA DE ESQUILO

1. OBJETIVO
Estabelecer os critérios e procedimentos de avaliação da conformidade para os motores elétricos
trifásicos de indução rotor gaiola de esquilo, através do mecanismo de Declaração do Fornecedor, visando
à conservação de energia elétrica.

1.1 AGRUPAMENTO PARA EFEITO DE DECLARAÇÃO DO FORNECEDOR


Para a declaração do fornecedor do objeto deste RAC, aplica-se o conceito de família, que se constitui
como o agrupamento de modelos do produto, de um mesmo fabricante e de uma mesma unidade fabril,
com princípios funcionais e de construção elétrica semelhantes, que operem no mesmo regime de serviço
e com mesmo número de polos.

2. SIGLAS
Para fins deste RAC, são adotadas as siglas a seguir, complementadas pelas siglas constantes dos
Documentos Complementares listados no item 3:
ENCE Etiqueta Nacional de Conservação de Energia
IAR Índice de Afastamento de Resultado
PET Planilha de Especificação Técnica

3. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES
Para fins destes Requisitos de Avaliação da Conformidade (RAC), são adotados os documentos
complementares a seguir, complementados por aqueles citados no RGDF Produtos:
Portaria Inmetro nº 140, de 2021 Aprova os Requisitos Gerais para Declaração da
Conformidade do Fornecedor de Produtos - RGDF Produtos.
ABNT NBR 17094-1:2018 Máquinas Elétricas Girantes. Parte 1: Motores de indução
trifásicos – Requisitos
ABNT NBR 17094-3:2018 Máquinas Elétricas Girantes. Parte 3: Motores de indução
trifásicos – Métodos de ensaio

4. DEFINIÇÕES
Para fins deste RAC, são adotadas as definições a seguir, complementadas por aquelas contidas nos
documentos complementares citados no item 3 deste RAC.

4.1 Modelo de motores elétricos de indução trifásicos rotor gaiola de esquilo


Motores com a mesma relação de potência e carcaça, mesma categoria e mesmo número de polos,
possuindo, cada modelo, um único valor de rendimento nominal e fator de potência nominal.

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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

4.2 Planilha de Especificação Técnica


Documento contendo as principais características dos modelos de motores que compõe a família objeto
da declaração, que deve ser preenchido conforme os resultados de ensaios obtidos.

5. MECANISMO DE AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE


O mecanismo de avaliação da conformidade para os motores elétricos de indução trifásicos rotor gaiola
de esquilo é o da declaração da conformidade do fornecedor.

6. ETAPAS DA AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE


6.1 Avaliação inicial
6.1.1 Ensaios iniciais
Os critérios para os ensaios iniciais devem seguir os requisitos descritos no RGDF Produtos.
6.1.1.1 Definição dos ensaios a serem realizados
6.1.1.1.1 Os critérios para a definição dos ensaios a serem realizados devem seguir os requisitos descritos
no RGDF Produtos.
6.1.1.1.2 O rendimento nominal e o fator de potência dos motores elétricos de indução trifásicos rotor
gaiola de esquilo devem ser declarados na PET.
6.1.1.1.2.1 Para motores de múltiplas rotações, o rendimento nominal a ser declarado deve ser o menor
alcançado.
6.1.1.1.3 As informações obrigatórias a serem marcadas nos motores devem atender aos critérios
definidos na norma técnica ABNT NBR 17094-1:2018.
6.1.1.1.3.1 As marcações devem ser providas de forma legível, indelével e durável (por gravação ou
impressão), diretamente na carcaça do motor, ou em uma das placas de identificação fixadas diretamente
ao motor, de modo a serem facilmente visíveis na posição de utilização determinada pela sua forma
construtiva e disposição de montagem.
6.1.1.1.4 A determinação do rendimento nominal e o fator de potência e a determinação da conformidade
quanto às marcações obrigatórias devem seguir as atividades da Tabela 1.
Tabela 1 - Atividades de determinação da conformidade para motores elétricos de indução trifásicos
rotor gaiola de esquilo
Procedimento de ensaio e critérios de aceitação
Atividade
Base normativa Item
Ensaio de rendimento para motores
fracionários (potências menores que 0,75 ABNT NBR 17094-3:2018 14.3
kW ou 1 cv)
Ensaio de rendimento para motores com
ABNT NBR 17094-3:2018 14.4
potência maior ou igual a 0,75 kW (1 cv)
Ensaio de fator de potência ABNT NBR 17094-3:2018 15
Inspeção visual das marcações obrigatórias ABNT NBR 17094-1:2018 21

6.1.1.1.5 Para fornecedores com laboratório de primeira parte (próprio), aprovado na comparação
interlaboratorial, não são exigidos os ensaios iniciais e demais atividades constantes na Tabela 1.
6.1.1.1.5.1 As condições para a comparação interlaboratorial referida anteriormente estão no Anexo A.

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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

6.1.1.2 Definição da amostragem


Os critérios para a definição da amostragem devem seguir os requisitos descritos no RGDF Produtos.
6.1.1.2.1 Para fornecedores que não possuem laboratório próprio, o número de modelos a serem
submetidos aos ensaios iniciais, descritos na Tabela 1, depende do número de polos dos motores
pertencentes à família, conforme a Tabela 2.
Tabela 2 – Amostragem por família conforme o número de polos para os ensaios iniciais para
fornecedores que não possuem laboratório próprio
Família Tamanho da amostra por família
Motores 2 polos 25% dos modelos devem ser ensaiados
Motores 4 polos 50% dos modelos devem ser ensaiados
Motores 6 polos 13% dos modelos devem ser ensaiados
Motores 8 polos 10% dos modelos devem ser ensaiados
6.1.1.2.2 A diferença entre o rendimento nominal declarado na PET e o rendimento medido em ensaio,
calculada pelo Índice de Afastamento de Resultado (IAR), deve atender às tolerâncias descritas na Tabela
3.
Tabela 3 – IAR e tolerâncias permitidas na etiquetagem inicial
Classificação Equação para cálculo do IAR Tolerância
Para rendimentos
(valor declarado – valor medido) x 100
maiores ou iguais a que ± 100%
0,2 x (1 – valor declarado)
0,851

Para rendimentos (valor declarado – valor medido) x 100


± 100%
menores que 0,851 0,15 x (1 – valor declarado)

6.1.1.2.3 A diferença entre o fator de potência declarado e o fator de potência medido deve atender às
tolerâncias descritas na Tabela 4.
Tabela 4 - Tolerâncias permitidas para o fator de potência
Equação para cálculo da tolerância Limites
Mínimo: 0,02
- (1/6) x (1- fator de potência nominal)
Máximo: 0,07
6.1.1.3 Definição do laboratório
6.1.1.3.1 Os critérios para a definição do laboratório devem seguir os requisitos descritos no RGDF
Produtos.
6.1.1.3.2 O cálculo da incerteza de medição e os critérios de aceitação do resultado da incerteza do
rendimento devem seguir os Anexos E e F da norma ABNT NBR 17094-3:2018.
6.1.1.3.3 Enquanto não houver laboratório acreditado nacional com capacidade tecnológica para ensaiar
os motores elétricos com potência acima de 185 kW, o ensaio pode ser realizado em laboratório não
acreditado, de primeira ou terceira parte.
6.1.1.3.4 Não é possível utilizar laboratório de primeira parte para os ensaios iniciais.
6.1.2 Emissão da Declaração da Conformidade do Fornecedor
O fornecedor deve emitir uma Declaração da Conformidade do Fornecedor por família de produtos,
apresentando a documentação especificada no RGDF Produtos, além dos seguintes documentos para
cada modelo que compõe a família:
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

a) PET da família (Anexo B deste RAC);


b) ENCE (conforme Anexo II);
c) Para fornecedores com laboratório próprio, relatório, conforme requisitos presentes no Anexo A, com
os resultados da comparação interlaboratorial; e
d) Para fornecedores sem laboratório próprio, relatórios de ensaio dos modelos submetidos aos ensaios
iniciais, em língua portuguesa, conforme o plano de ensaios descrito no item 6.1.1.1, contendo, no
mínimo:
- Razão social, nome fantasia, CNPJ, número da acreditação (quando aplicável) e endereço do laboratório
de ensaio;
- Número do relatório de ensaio, data de recebimento da amostra e data de emissão do relatório de
ensaio;
- Identificação da família, incluindo seu número de Registro no Inmetro, quando existente;
- Incertezas de medição praticadas;
- Identificação do modelo ensaiado, inclusive todas as marcações obrigatórias;
- Rendimento medido e fator potência medido do modelo ensaiado;
- Índice de Afastamento de Resultado (IAR);
- No item conclusão, especificação da conformidade do modelo ensaiado ao rendimento nominal mínimo
requerido, ao IAR e ao fator de potência, bem como às marcações e informações obrigatórias, por meio
dos termos “conforme” ou “não conforme”, de acordo com o modelo da Tabela 5.
Tabela 5 – Modelo de tabela a constar na conclusão do relatório de ensaio
Critério de Determinação da Resultado geral
Parâmetros Valores
aceitação Conformidade
Resultado “conforme”; “não
Conforme “conforme”; “não
IAR calculado do conforme”
Tabela 2 do RAC conforme”
IAR
Conforme Resultado “conforme”; “não Observação:
Fator de Potência somente com todos
Tabela 3 do RAC calculado conforme”
Conforme os parâmetros
“conforme”; “não considerados
Rendimento nominal mínimo critério do Valor declarado
conforme” conformes é que o
CGIEE
Marcações e Informações Conforme item “conforme”; “não resultado geral será
Não se aplica. “conforme”.
obrigatórias 6.1.1.1.3 do RAC conforme”
6.1.2.1 Validade da Declaração da Conformidade do Fornecedor
A validade da Declaração da Conformidade do Fornecedor é de 4 (quatro) anos, devendo atender aos
demais critérios estabelecidos no RGDF Produtos.
6.2 Avaliação de Manutenção
Após a emissão da Declaração da Conformidade, é de responsabilidade do Fornecedor manter as
condições técnico-organizacionais que deram origem à Declaração inicial. A avaliação de manutenção
deve ser realizada a cada 12 (doze) meses, conforme os critérios estabelecidos no RGDF Produtos.
6.2.1 Ensaios da Manutenção
6.2.1.1 Definição de ensaios de Manutenção a serem realizados
6.2.1.1.1 Os critérios para os ensaios de manutenção devem seguir os requisitos descritos no RGDF
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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

Produtos.
6.2.1.1.2 Devem ser realizadas as atividades de determinação da conformidade listadas na Tabela 1, pelos
fornecedores com ou sem laboratório próprio.
6.2.1.2 Definição da amostragem de Manutenção
6.2.1.2.1 Os critérios para a amostragem de manutenção devem seguir os requisitos descritos no RGDF
Produtos.
6.2.1.2.2 O número de modelos a serem submetidos aos ensaios de manutenção depende do número de
polos dos motores pertencentes à família, conforme a Tabela 6.
Tabela 6 – Amostragem por família conforme o número de polos para os ensaios de manutenção
Família Tamanho da amostra por família
Motores 2 e 4 polos 20% dos modelos devem ser ensaiados (1 a cada 5 da mesma família)
Motores 6 e 8 polos 10% dos modelos devem ser ensaiados (1 a cada 10 da mesma família)

6.2.1.2.3 O fornecedor deve estabelecer um rodízio dos modelos selecionados na Avaliação de


Manutenção, de forma a maximizar o número de modelos ensaiados durante a validade da Declaração
do Fornecedor.
6.2.1.2.4 O IAR e a tolerância para o fator de potência devem atender aos critérios da Tabela 3 e Tabela 4
desse RAC.
6.2.1.3 Definição do laboratório
Os critérios para a definição do laboratório devem seguir os requisitos descritos no RGDF Produtos.
6.3 Avaliação de Renovação
Os critérios para a avaliação de renovação devem seguir os requisitos descritos no RGDF Produtos. A
avalição de renovação deve ocorrer a cada 4 (quatro) anos, devendo ser concluída até o limite da validade
da Declaração anteriormente emitida.

7. ENCERRAMENTO DA DECLARAÇÃO DA CONFORMIDADE DO FORNECEDOR


Os critérios para o encerramento da declaração da conformidade do fornecedor devem seguir os
requisitos descritos no RGDF Produtos.

8. SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE


Os critérios para o Selo de Identificação da Conformidade, na forma da Etiqueta Nacional de Conservação
de Energia - ENCE, deve seguir o estabelecido no RGDF Produtos e as condições definidas no Anexo II.

9. AUTORIZAÇÃO PARA USO DO SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE


Os critérios para a autorização para uso do Selo de Identificação da Conformidade devem seguir os
requisitos descritos no RGDF Produtos.

10. RESPONSABILIDADES E OBRIGAÇÕES


As responsabilidades e obrigações são definidas no RGDF Produtos.

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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

11. DENÚNCIAS, RECLAMAÇÕES E SUGESTÕES


O canal para o recebimento de denúncias, reclamações e sugestões está definido no RGDF Produtos.

6
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

ANEXO A – CRITÉRIOS PARA A COMPARAÇÃO INTERLABORATORIAL

A.1. Para o laboratório próprio ser considerado apto e, com isso, o fornecedor ser isento dos ensaios
iniciais, é preciso que ele participe de atividade de comparação interlaboratorial e obtenha desempenho
satisfatório.
A.2. Considerando a capacidade laboratorial do fornecedor, serão selecionadas 3 (três) amostras
representadas pelas de menor potência, potência intermediária e maior potência, variando o número de
polos, para a realização dos ensaios de comparação interlaboratorial.
A.3. Para os motores fracionários, de potência menor que 1 cv (0,75 kW), a comparação interlaboratorial
deve se valer de 3 (três) amostras específicas, variando a potência e o número de polos.
A.4. As amostras devem ser ensaiadas conforme as normas técnicas descritas na Tabela 1.
A.5. A máxima diferença entre o Índice de Afastamento de Resultado (IAR) medido pelo fabricante e pelo
laboratório acreditado de referência deverá ser de ± 50%, por unidade ensaiada.
A.6. Para os demais resultados, a máxima diferença entre os resultados obtidos pelo fornecedor e pelo
laboratório acreditado e designado deve ser de ± 3%.
A.7. Em caso de reprovação na comparação interlaboratorial, o laboratório de ensaios do fornecedor pode
implementar ações corretivas e realizar novos ensaios com a mesma amostra ensaiada pelo laboratório
de referência, com vistas à nova tentativa de obtenção de aprovação.

7
ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

ANEXO B – PLANILHA DE ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Programa Brasileiro de Etiquetagem – Motores Elétricos de Indução Trifásicos Rotor Gaiola de Esquilo
Planilha de Especificação Técnica
1. Nome da família: [especificar]
2. Nome do fornecedor: [especificar]
3. Unidade fabril: [especificar]
4. Regime de Serviço ( ) S1 ( ) S3
5. Número de polos ( ) 2 polos ( ) 4 polos ( ) 6 polos ( ) 8 polos
Combinação potência x carcaça
Marcas Potência Potência Carcaça Unidade Rendimento Fator de
comerciais (kW) (cv) (mm ou (%) potência
polegadas)
Modelo 1
Modelo 2
Modelo 3
Modelo ...
Modelo n
Observações:

Data: ___________

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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 290/2021

ANEXO II – SELO DE IDENTIFICAÇÃO DA CONFORMIDADE – ETIQUETA NACIONAL DE


CONSERVAÇÃO DE ENERGIA (ENCE)

1. A ENCE deve ter o formato e as dimensões descritos na Figura II.1, conforme arquivo editável
disponibilizado pelo Inmetro por meio do canal selos.dconf@inmetro.gov.br.
2. A ENCE deve ser aposta diretamente no motor elétrico abrangido na declaração do fornecedor.
3. A ENCE deve ser aposta de forma visível no produto, podendo ser de papel autocolante ou inserida
na própria placa de identificação do motor ou máquina motriz, mantendo a proporcionalidade das
suas dimensões.

Figura II.1 – Modelo da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE)

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