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INSTITUTO POLITÉCNICO DO CAZENGA

ISPOCA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLÓGIA

TRABALHO DE REDES DE ALTO DEBITO

SERVIÇOS E TECNOLOGIAS
AVANÇADOS: VRRP, SLB

Autor: Grupo nº 9
Ano Académico: 4º
Período: Manhã

Docente:
_________________________
MSc. Edson Neto

Luanda, 2022
INSTITUTO POLITÉCNICO DO CAZENGA
ISPOCA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA E TECNOLÓGIA
CURSO DE INFORMÁTICA

TRABALHO DE REDES DE ALTO DEBITO

SERVIÇOS E TECNOLOGIAS
AVANÇADOS: VRRP, SLB

Autores:
Bernardo Bondo Kiaku
Domingos Miguel da Silva
Luanda, 2022
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a DEUS por ter a quem agradecer e por ainda poder abraçar a
quase todos.
Agradecemos aos nossos pais por mostrarem o caminho e ainda retirarem
pesadas pedras.
Agradecemos aos nossos familiares por mostrarem na luta, momentos de paz.
Agradecemos a professores e todos os amigos pela parceria no calor da batalha.

iv
DEDICATORIA

Apesar de simples, mas por ter exigido um valoroso esforço, dedicamos este
trabalho à Deus por permitir que pessoas próximas permanecessem mais próximas e que
outras pessoas não tão próximas se aproximassem e, da mesma forma, contribuíssem
com um voluntário e bem-vindo apoio.

v
EPIGRAFE

“O valor das coisas não está no tempo que


elas duram, mas na intensidade com que
acontecem. Por isso existem momentos
inesquecíveis, coisas inexplicáveis e
pessoas incomparáveis.”
(Gilberto Hashimoto)

vi
RESUMO

O presente trabalho trata sobre a alta disponibilidade, que visa manter um


sistema
totalmente disponível, sem nenhuma falha, ou seja, tendo a disponibilidade para o
usuário vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana. O objetivo do trabalho é
realizar a implementação de um Gateway Virtual em roteadores como modelo de Alta
Disponibilidade para LANs de pequeno e médio porte. A metodologia abordada no
estudo foi a pesquisa bibliográfica e exploratória, com a obtenção de dados existentes
em livros, artigos e sites, como também a pesquisa experimental, no qual foi possível
realizar o experimento e obter com detalhes os resultados do estudo. Por fim, foi
possível constatar que os sistemas essenciais de alta disponibilidade juntamente com
hardwares de baixo custo, podem fornecer uma boa performance para os usuários, tal
que, mesmo com possíveis limitações de hardwares e com um baixo investimento, é
possível fornecer uma experiência aceitável para os usuários.

Palavras-Chave: Alta Disponibilidade; Gateway Virtual.

vii
ABSTRACT

This paper discusses high availability, which aims to keep a system fully
available and without any flaws, in other words, accessible to users twenty-four hours a
day, seven days a week. This study aims to implement a Virtual Gateway in router
cluster with High Availability model for small and medium-sized LANs. The
methodology used in the study was the bibliographical and exploratory research,
obtaining data from books, articles and websites, the research was also experimental,
enabling the conduction of an experiment to obtain detailed results about the subject.
Finally, it was possible to observe that the High Availability Systems, together with
low-cost hardware, may provide users with good performance, in such a way that, even
with the eventual hardware limitations and low investment, it is possible to achieve an
acceptable user experience.

Keywords: High Availability; Virtual Gateway.

viii
LISTA DE FIGURAS

Página
Figura 1 – Topologia básica do VRRP 3
Figura 2 – Configuração VRRP Herdada 4
Figura 3 – A breve iteração do comando 4
Figura 4 – O estado detalhado do VRRP 5
Figura 5 – Configuração do VRRP Hierárquica 5
Figura 6 – Topologia 6
Figura 7 – Alta Disponibilidade 7
Figura 8 – Alta Disponibilidade 7
Figura 9 – Alta Disponibilidade 8

ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

IOS Internet Operating System


VRRP Virtual Router Redundancy Protocol
IP Internet protocol
LAN local Area network
RFC Request for Comments
MAC Media Access Control
LSA Link-State Advertisement
OS Operating system
WAN Wide Área Network
SLB Server Load Balancing
GSLB balanceamento global de carga do servidor
DNS Domain Name System
http hype Texto Trasferprotocol
TCP Trasmission Control protocol
TI Information Technology

x
SUMÁRIO

AGRADECIMENTOS..............................................................................................................iii
DEDICATORIA........................................................................................................................iv
EPIGRAFE.................................................................................................................................v
RESUMO...................................................................................................................................vi
ABSTRACT..............................................................................................................................vii
LISTA DE FIGURAS..............................................................................................................viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...............................................................................ix
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................1
1.1. PROBLEMATICA.....................................................................................................2
1.2. JUSTIFICATIVA.......................................................................................................2
1.3. OBJETIVO.................................................................................................................2
1.3.1. Objetivos Específicos..........................................................................................2
1.3.2. Objetivos Específicos..........................................................................................2
2. VIRTUAL ROUTER REDUNDANCY PROTOCOL (VRRP)......................................3
2.1. Configuração VRRP Herdada...................................................................................4
2.2. Estado VRRP..............................................................................................................4
2.3. Configuração VRRP Hierárquica.............................................................................5
2.4. Topologia.....................................................................................................................6
2.5. Alta Disponibilidade...................................................................................................7
3. SERVER LOAD BALANCING (SLB).............................................................................8
3.1. Funcionamento do balanceamento de carga do servidor........................................9
3.2. As vantagens do balanceamento de carga do servidor.............................................9
3.3. A diferença entre o balanceamento de carga do servidor HTTP e o
balanceamento de carga TCP................................................................................................9
4. METODOLOGIA DE PESQUISA.................................................................................10
4.1. Tipo de pesquisa.......................................................................................................10
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................11
6. BIBLIOGRÁFIAS............................................................................................................12

xi
1. INTRODUÇÃO

Com a grande difusão de serviços pela internet para as empresas poderem


trabalhar, a necessidade de estabilidade na conexão com a internet se faz cada vez mais
necessária. Porém um link de internet não está livre de sofrer um problema,
ocasionando uma perda de conexão com a internet. Se uma empresa tiver um serviço de
vendas on-line dependendo deste canal de comunicação, isto pode gerar atrasos ou até
uma perda de facturamento.

Para contornar esta situação, estas entidades vêm buscando métodos para que
sua conexão com a rede pública fique o máximo possível disponível. Uma destas
maneiras é tendo mais de um provedor de internet disponível, provendo redundância do
sistema. A redundância é definida como a "capacidade de um sistema em superar a falha
de um de seus componentes através do uso de recursos redundantes" (PINHEIRO,
2004). Desta maneira quando um está indisponível, o outro passa a ser o canal de
comunicação principal.

Esta troca acaba se tornando trabalhosa quando precisa ser feita manualmente
devido às configurações que precisam ser feitas e o tempo de reação da pessoa que está
monitorando.

Para solucionar esta questão muitas empresas especializadas em redes criaram


protocolos específicos para gerenciar estes canais de comunicação com a internet,
criando ferramentas para prover alta disponibilidade. Desta maneira na ocorrência de
uma falha no equipamento principal (mestre), outro componente do grupo de alta
disponibilidade (escravo) assume a tarefa de roteamento, deixando a falha ficar
impercetível aos usuários. (SONDEREGGER et al. 2009).

Uma das grandes empresas especializadas na área de rede é a Cisco Systems,


que em seus roteadores equipados com o sistema operacional IOS (Internet Operating
System) utilizam 3 protocolos para fazer redundância, e uma delas e o VRRP (Virtual
Router Redundancy Protocol), que estes permitem compartilhar o mesmo endereço IP
entre vários hosts, além de possibilitar a balanceamento de carga (JUNIOR, 2008, p. 2).
Este endereço IP é um IP virtualizado, que é configurado nos computadores dos
usuários como gateway default (CISCO, 2015).

1
1.1. PROBLEMATICA

Nesta linha de raciocínio, fica naturalmente exposto o seguinte questionamento:


como viabilizar o emprego otimizado da redundância de componentes críticos de
uma rede local estruturada, de forma a obter alta disponibilidade e máxima
confiabilidade dos serviços e recursos oferecidos pela mesma?

1.2. JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento deste trabalho surgiu da necessidade de garantir alta


disponibilidade, associada a escalabilidade.

O avanço tecnológico hoje observado acaba por estabelecer definitivamente a


dependência operacional e administrativa das instituições em relação à sua estrutura de
redes de comunicação. Ao possuir a capacidade praticamente ilimitada de conexões e
absorver funcionalidades como armazenagem de dados, suporte a tráfego de dados,
áudio e vídeo de forma convergente, além de um conjunto diversificado de aplicações
simultâneas, a rede deve atender a quesitos básicos como: desempenho, segurança,
disponibilidade, confiabilidade, entre outros. Apesar de não se tratar de conceitos
compartimentados, mas sim inter-relacionados, as propriedades “disponibilidade” e
“confiabilidade” serão aqui tratadas de forma mais específica. Isto se deve ao fato de
que, ao adotar o recurso da redundância, procura-se principalmente agregar uma alta
disponibilidade e máxima confiabilidade aos serviços prestados por uma LAN.

1.3. OBJETIVO

1.3.1. Objetivos Específicos:


O presente trabalho tem como objetivo geral demonstrar que a crescente
exigência quanto à disponibilidade e à confiabilidade operacionais de uma estrutura de
rede de comunicações podem ser alcançadas através da aplicação otimizada do recurso
da redundância.

1.3.2. Objetivos Específicos:


 Implementar um Gateway Virtual em roteadores como modelo de Alta
Disponibilidade para LANs de pequeno e médio porte;
 Compreender os conceitos e características da alta disponibilidade;
 Entender o funcionamento, funções dos protocolos que possibilitam o
balanceamento de carga.

2
2. VIRTUAL ROUTER REDUNDANCY PROTOCOL (VRRP)

O protocolo de redundância VRRP é um protocolo aberto, onde a versão 2 foi


apresentada a RFC 3768, sendo possível ser utilizado em qualquer equipamento que
suporte o protocolo, não havendo restrição, e consiste em prover maior confiança e
resolver o problema de ponto de falha único de uma rede ao ter apenas um roteador,
introduzindo a definição de um roteador virtual (HASHIMOTO, 2009, p30).
Posteriormente a RFC 3768 se tornou obsoleta com a criação da versão 3 do protocolo,
que foi apresentada da RFC 5798. (NADAS, ERICSSON, 2010).

O roteador virtual consiste na criação de um grupo de roteadores, incluindo um


roteador mestre e um ou mais backups, com um IP virtual e um MAC Virtual. O MAC
Virtual recebe uma variação do valor 0000.5e00.01xx, onde os dois últimos caracteres é
um valor hexadecimal. Cada host da rede comunica com redes externas através deste
roteador virtual (H3C, 2015).

Dentro do grupo de roteadores são enviadas mensagens denominadas Link-State


Advertisement (LSA), que são encaminhadas do roteador mestre para os demais a cada 1
segundo por padrão, e os roteadores backup podem opcionalmente aprender este
intervalo. Dentro da rede cada roteador tem uma prioridade definida, que varia entre 1 e
254, sendo 100 o padrão, e quando os roteadores backup param de receber o LSA,
elegem o backup com maior prioridade como mestre. Estas mensagens são enviadas
para o
endereço IP multicast 224.0.0.18 nas redes IPv4, e endereço IP multicast FF02::12 em
redes IPv6. (NADAS, ERICSSON, 2010).

O VRRP tem o benefício da redundância, pois implementa múltiplos roteadores


como um único gateway para a rede, assim como balanceamento de carga, de maneira
manual, pois suporta até 255 roteadores virtuais, através de vários grupos com diversas
prioridades, buscando distribuir de forma equivalente os gateways virtuais para os
clientes da rede. (HASHIMOTO 2009, p31). A figura 1 ilustra a topologia básica do
VRRP.

3
Figura 1 – Topologia básica do VRRP. Fonte: Autor (2020).
2.1. Configuração VRRP Herdada

As primeiras configurações de VRRP suportavam apenas VRRPv2 e não eram


hierárquicas em sua configuração. A seguir as etapas usadas para configurar versões de
software mais antigas com VRRP:
 Etapa 1. Define a instância VRRP usando o comando vrrp instance-id ip vip-
address.
 Etapa 2. (Opcional) Define a prioridade VRRP usando o comando vrrp
instance-id priority priority. A prioridade é um valor entre 0 e 255.
 Etapa 3. (Opcional) Ative o rastreamento de objeto para que a prioridade seja
diminuída quando o objeto for falso usando o comando vrrp instance-id track
object-id decrement decrement-value.
 Etapa 4. (Opcional) Estabeleça a autenticação VRRP usando o comando vrrp
instance-id authentication {texto password | text texto-senha | md5 {key-chain
chaveiro | key-string string-chave}}

Figura 2 – Configuração VRRP Herdada. Fonte: CISCO (2019).

2.2. Estado VRRP

O comando show vrrp [brief] fornece uma atualização no grupo VRRP, juntamente
com outras informações relevantes para solução de problemas. A figura 3 mostra a
breve iteração do comando e a figura 4 mostra o estado detalhado do VRRP.

Figura 3 – A breve iteração do comando. Fonte: CISCO (2019).

4
Figura 4 – O estado detalhado do VRRP. Fonte: CISCO (2019).

2.3. Configuração VRRP Hierárquica

A versão mais recente do software IOS XE fornece configuração de VRRP em um


formato hierárquico de vários endereços. A seguir estão as etapas para configurar o
VRRP hierárquico:
 Etapa 1. Ative o VRRPv3 no roteador usando o comando fhrp version vrrp v3.
 Etapa 2. Defina a instância VRRP usando o comando vrrp instance-id address-
family {ipv4 | ipv6}.
 Etapa 3. (Opcional) Altera o VRRP para a versão 2 usando o comando vrrpv2.
VRRPv2 e VRRPv3 não são compatíveis.
 Etapa 4. Define o VIP do gateway usando o comando address ip-address.
 Etapa 5. (Opcional) Define a prioridade de VRRP usando o comando priority
priority.
 Etapa 6. (Opcional) Ative o rastreamento de objeto para que a prioridade seja
diminuída quando o objeto for falso usando o comando track object-id
decrement decrement-value.

5
Figura 5 – Configuração do VRRP Hierárquica. Fonte: CISCO (2019).
O status dos roteadores VRRP pode ser visualizado com o comando show vrrp
[brief]. A saída é idêntica àquela de configuração VRRP herdada.

2.4. Topologia

A topologia híbrida foi utilizada neste trabalho, utilizando sistemas virtualizados


compostos por três roteadores com Router OS 6.47.10, no qual ambos utilizaram o
protocolo Virtual Router Redundacy Protocol (VRRP), tal qual foram definidas as suas
prioridades para em caso de falhas, venham a ser realizados o processo de redundância
de acordo com o nível de prioridade, sendo aquele que tiver o maior valor de prioridade
será o master da rede (priority).

Entre a interligação dos roteadores e máquinas foi adicionado um Switch


Gigabit Ethernet visando prover o máximo de desempenho, para que os dados obtidos
estejam o mais próximo de valores aceitáveis. Inclui-se também na topologia, a inclusão
de duas máquinas com sistema operacional Windows 10 Professional 64 Bits visando
obter através de Softwares atualizados, dados mais confiáveis e compatíveis com a
realidade dos usuários.

6
Figura 6 – Topologia Fonte: Erick Barros (2021).
2.5. Alta Disponibilidade

Buscando demonstrar a efetividade da alta disponibilidade por meio do


protocolo VRRP nos sistemas de alta disponibilidade, durante o processo de
redundância em caso de indisponibilidade do roteador master ativo, foi realizado uma
análise do trafego para identificar o tempo de custo da troca de roteador durante essa
indisponibilidade.

Figura 7 – Alta Disponibilidade Fonte: Erick Barros (2021)

Conforme observa-se na Figura 7, entre as linhas 33 e 35 levou 3 segundos para


o roteador 2 que possui um nível de prioridade 200 para assumir a função de roteador
master principal, tal que perante o uso de um usuário essa troca é imperceptível, pois em
caso de desastres ou falha em algum dos roteadores utilizados, o tempo médio entre a
redundância será de 3 segundos, um tempo considerável aceitável para uma rede.

Por isso, o uso do protocolo VRRP é eficiente pra prover uma alta
disponibilidade para os sistemas de uma organização, tal que perante uma falha em
algum dos roteadores, a rede mediante uma imperceptível troca de roteadores,
continuará realizando a troca de tráfego entre as redes conectadas, seja LAN-LAN ou
LAN-WAN, provendo os sistemas disponíveis para os seus usuários como mostra a
Figura 8.

7
Figura 8 – Alta Disponibilidade Fonte: Erick Barros (2021).
Em relação a figura 8, podemos observar que nas linhas 124 e 125 houve uma
troca de função de roteadores, ou seja, o roteador que possui prioridade 250 retornou a
sua função de roteador master principal, em um intervalo de 1 segundo, ou seja, o tempo
de redundância em seu retorno é imperceptível ao usuário em sua navegação, tornando o
roteador de prioridade 200 a sua função de roteador backup.

Portanto, através dos resultados obtidos, percebe-se que a alta disponibilidade


através do protocolo VRRP é de grande importância e benéfico para uma rede e os
sistemas disponíveis na mesma, tal que em caso de falhas, durante o processo de
redundância, na troca de função master entre os roteadores, será imperceptível perante
aos usuários, demonstrando um bom desempenho aos sistemas fornecidos e do tráfego
de rede.

3. SERVER LOAD BALANCING (SLB)

SLB é uma solução baseada no IOS que define um servidor virtual como
representante de um grupo de servidores reais em uma fazenda. Este ambiente permite
conectar clientes a um servidor virtual. O endereço IP do servidor virtual é configurado
como endereço de loopback ou endereço IP secundário em cada um dos servidores
reais.

Quando um cliente inicia uma conexão com o servidor virtual, a função SLB
escolhe um servidor real para que forneça a conexão, baseado num algoritmo de
balanceamento de carga. A rede adquire escalabilidade e disponibilidade quando
servidores virtuais representam fazendas de servidores. O acréscimo de novos
servidores e a remoção de servidores por falhas podem ocorrer a qualquer momento,
sem afetar a disponibilidade do servidor virtual.

Server Load Balancing (SLB) é uma tecnologia que distribui sites de alto tráfego
entre vários servidores usando um hardware baseado em rede ou dispositivo definido
por software. E ao balancear a carga em várias localizações geográficas, a distribuição
inteligente do tráfego é chamada de balanceamento global de carga do servidor
(GSLB). Os servidores podem estar no local nos próprios data centers da empresa ou
hospedados em uma nuvem privada ou pública.

Os balanceadores de carga do servidor interceptam o tráfego de um site e


redirecionam esse tráfego para os servidores.

8
Figura 9 – Alta Disponibilidade Fonte: Autor (2021).
O Server Load Balancing (SLB) fornece serviços de rede e entrega de conteúdo
usando uma série de algoritmos de balanceamento de carga. Ele prioriza as respostas às
solicitações específicas dos clientes na rede. O balanceamento de carga do servidor
distribui o tráfego do cliente para os servidores para garantir a entrega de aplicativos
consistente e de alto desempenho.

O balanceamento de carga do servidor garante a entrega de aplicativos,


escalabilidade, confiabilidade e alta disponibilidade.

3.1. Funcionamento do balanceamento de carga do servidor

O balanceamento de carga do servidor funciona em dois tipos principais de


balanceamento de carga:
 O balanceamento de carga em nível de transporte é uma abordagem baseada em
DNS que atua independentemente da carga útil do aplicativo.
 O balanceamento de carga no nível do aplicativo usa a carga de tráfego para
tomar decisões de balanceamento, como no balanceamento de carga do
Windows Server.

3.2. As vantagens do balanceamento de carga do servidor

A distribuição do tráfego de entrada de rede por meio de balanceadores de


carga de servidor da Web em vários servidores visa aumentar a eficiência da entrega de
aplicativos aos usuários finais para uma experiência de aplicativo confiável. As equipes
de TI estão confiando cada vez mais nos balanceadores de carga do servidor para:
 Aumentar a escalabilidade: os balanceadores de carga são capazes de aumentar
ou diminuir os recursos do servidor com base em picos de tráfego para o pool de
servidores mais adequados para lidar com esses aumentos de tráfego e manter o
desempenho dos aplicativos otimizado.
 Redundância: o uso de vários servidores da Web para fornecer aplicativos ou
sites fornece uma proteção contra falhas inevitáveis de hardware e tempo de
inatividade do aplicativo. Quando os balanceadores de carga do servidor estão
em vigor, eles podem transferir automaticamente o tráfego para servidores em
funcionamento de servidores que ficam inativos com pouco ou nenhum impacto
no usuário final.
 Manutenção e desempenho: empresas com servidores Web distribuídos em
vários locais e uma variedade de ambientes de nuvem podem agendar
manutenção a qualquer momento para melhorar o desempenho com impacto
mínimo no tempo de atividade do aplicativo, pois os balanceadores de carga do
servidor podem redirecionar o tráfego para recursos que não estão passando por
manutenção.

3.3. A diferença entre o balanceamento de carga do servidor HTTP e o


balanceamento de carga TCP

9
O balanceamento de carga do servidor HTTP é uma arquitetura simples de
solicitação/resposta HTTP para o tráfego HTTP. Mas um balanceador de carga TCP é
para aplicativos que não falam HTTP. O balanceamento de carga TCP pode ser
implementado na camada 4 ou na camada 7. Um balanceador de carga HTTP é um
proxy reverso que pode executar ações extras no tráfego HTTPS.

4. METODOLOGIA DE PESQUISA

Neste estudo é adotado o método qualitativo. Serão consideradas as informações


significativas obtidas através do levantamento técnico do material bibliográfico físico e
eletrônico obtido.

4.1. Tipo de pesquisa

Quanto ao objetivo, esta é uma pesquisa parcialmente exploratória por tratar o


recurso da redundância como o tema central de forma pouco explorada na literatura
técnica, ao mesmo tempo em que se torna descritiva por pretender oferecer contornos
descritivos das principais características dos fatores que levam ao uso da redundância
numa LAN, em busca da total disponibilidade e confiabilidade.

Quanto aos meios utilizados, conforme acima exposto, foram realizadas


pesquisas bibliográficas documentais, com levantamento e seleção de material técnico
apropriado.

10
5. CONCLUSÃO

Atualmente os serviços de internet são cada vez mais necessários no cotidiano


das
pessoas, principalmente no ambiente corporativo. Garantir que esta comunicação com a
rede mundial permaneça disponível para a boa fluência dos trabalhos produtivos é um
desafio constante que profissionais de TI e áreas de comunicações enfrentam. No
objetivo de deixar o tempo de disponibilidade destas conexões em 100% do tempo de
necessidade, se investe em estruturas e recursos para a prevenção e redundância dos
mesmos.

Através deste trabalho, foi realizado um estudo teórico e prático sobre os


sistemas de alta disponibilidade, com o objetivo de apresentar os seus conceitos,
características e estruturas dos mesmos, como também, realizando de forma prática o
seu funcionamento, demonstrando a eficácia de sua utilização.

11
6. BIBLIOGRÁFIAS

PINHEIRO, José Mauricio dos Santos. Conceitos de Redundância e Contingência.


Disponível em: <
http://www.projetoderedes.com.br/artigos/artigo_conceitos_de_redundancia.php#.UTFn
xJYsuJ > Acessado em 5 de dezembro de 2022, às 23:14.

SONDEREGGER, James, BLOMBERG, Orin., MILNE, Kieran., and


PALISLAMOVIC, Senad. Junos High Availability: Best Practices for High Network
Uptime. O’Reilly Media, Inc. 2009. 656 p.

JUNIOR, João Eurípedes Pereira. Alta disponibilidade em roteadores: Um ambiente


de teste. 2008. 7f.

CISCO. First Hop Redundancy Protocol (FHRP). Disponível em: <


http://www.cisco.com/c/en/us/products/ios-nx-os-software/first-
hopredundancyprotocolfhrp/index.html >. Acessado em 5 de dezembro de 2022, às
22:56.

HASHIMOTO, Gilberto Tadayoshi. Uma Proposta de Extensão para um Protocolo


para Arquitetura de Alta Disponibilidade. 2009. 79 p. Universidade Federal de
Uberlândia, 2009

NADAS, S.; ERICSON, Ed. RFC 5798 Virtual Router Redundancy Protocol (VRRP)
Version 3 for IPv4 and IPv6. 2010. Disponível em: <
https://tools.ietf.org/html/rfc5798#section-1.3 >. Acessado em 5 de dezembro de 2022,
às 22:27.

H3C. VRRP Configuration. Disponível em <


http://www.h3c.com/portal/Technical_Support___Documents/Technical_DocumentsSe
curity_Products/H3C_SecPath_F1000E/Configuration/Operation_Manual/
H3C_SecPath_HighEnd_OM
%28F3169_F3207%295PW106/05/201109/725890_1285_0.htm > Acessado em 10 de
dezembro de 2022, às 13:45.

ALEXANDRE GARCIA. ESTUDO DE PROTOCOLOS DE REDUNDANCIA


VRRP, HSRP E GLBP UTILIZANDO IPV6. Novo Hamburgo 2015

VIRTUAL ROUTER REDUNDANCY PROTOCOL (VRRP): Um Protocolo para


Sistemas Redundantes Aplicado em Ambientes Virtualizados. Erick Barros Nascimento.

12
Docente do Centro Universitário do Rio São Francisco – UniRios,
Mestre em Ciências da Computação pela Universidade Federal de Sergipe – UFS
(2018).
erick.nascimento@unirios.edu.br

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