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Você conhece o Cordão de São José?

Conheça a origem, finalidade, modo de usar e benefícios espirituais desta antiga devoção.
16 novembro 2021
Comshalom

A origem do uso do Cordão de São José deve-se ao testemunho da irmã Isabel Sillevorts que vivia em um
convento Agostiniano na cidade de Anvers na Bélgica. Conta-se que esta irmã foi diagnosticada com pedras nos rins
sem que os recursos da medicina em uso na época pudessem curá-la. Devota de São José, a religiosa, animada da
mais firme confiança no Patrocínio do Glorioso São José, teve a ideia de pedir a um sacerdote que benzesse um
cordão, com o qual cingiu a sua cintura, em homenagem ao grande Patriarca e iniciou, com todo o fervor, uma
Novena de súplica ao esposo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus.
Alguns dias depois, mais precisamente em 10 de junho de 1649, quando, entre fortes dores, fazia ao santo
as mais ardentes súplicas, irmã Isabel se vê livre de um cálculo de dimensões muito grandes, ficando, assim,
completamente curada. A repercussão do milagre foi muito grande e rápida, fazendo com que aumentasse, nos
habitantes de Anvers, a devoção a São José, que já não era pequena. Em 1842, na igreja de São Nicolau, em Verona,
por ocasião dos piedosos exercícios do mês de São Paulo, foi esse fato publicado, causando grande repercussão e
muitas pessoas enfermas cingiram-se com o cordão bento e experimentaram o valioso auxílio do Glorioso Patriarca,
o Santíssimo José.
O uso do Cordão de São José foi crescendo cada vez mais e, hoje, ele não é só procurado para alívio das
enfermidades corporais, mas, também, e com igual sucesso, para os perigos da alma.
O Cordão de São José, desde que esteja bento, pode ser usado das seguintes formas: usá-lo cingido à
cintura sob a roupa (o cordão maior), no pulso (o cordão menor) ou tê-lo bem guardado para ser usado por ocasião
de dores e sofrimentos físicos, aplicando-o com fé na parte enferma do corpo e rezando, então, diariamente sete
vezes o Glória ao Pai em honra das sete dores e das sete alegrias de São José, conforme representado pelos setes
nós do cordão. Pode, também, ser usado no carro, nos livros escolares, na carteira de documentos, na carteira de
motorista, no travesseiro etc. Assim como, ser colocado na cabeceira do doente e no pulso.
O Cordão de São José pode e deve ser usado pelas gestantes que o levarão cingido à cintura, protegendo-
as do perigo de aborto, nos partos difíceis etc., como comprovam centenas de fatos.
As pessoas que usam habitualmente o Cordão de São José obtêm a graça da boa morte. São José, tendo
falecido ao lado de Nosso Senhor e de Nossa Senhora, é padroeiro da boa morte, e obtém essa graça para todos os
que têm devoção por ele.
A principal graça associada ao uso do Cordão de São José é a de conservar a castidade, sendo uma arma
muito eficaz contra o demônio da impureza. Além disso, os devotos de São José recebem por sua intercessão outras
muitas graças para o corpo e para a alma, tais como proteção especial de São José, pureza da alma, perseverança
final e assistência particular na hora da morte.
Devido à sua comprovada eficácia contra os males corporais, espirituais e morais, a Santa Igreja, ao longo
dos séculos, autorizou a devoção do Cordão de São José. Em setembro de 1859, a pedido do Bispo de Verona, a
Sagrada Congregação dos Ritos aprovou a fórmula da bênção do Cordão de São José. O Cordão de São José deve ser
confeccionado com linho ou algodão bem alvejado. A cor branca do cordão indica a candura e a virginal pureza de
São José, castíssimo esposo da Virgem Maria, Mãe de Deus.

O nome José, em hebraico, significa: Deus cumula de bens. São José foi cumulado por Deus de muitas
graças para cuidar dos dois tesouros mais preciosos: Jesus e Maria.

O cordão branco possui sete nós em uma das extremidades, que representam as sete dores e as sete
alegrias do Glorioso São José. É importante conhecê-las para que o uso do cordão tenha sentido.

fonte: https://comshalom.org/voce-conhece-o-cordao-de-sao-jose/
A BÊNÇÃO DO CORDÃO DE SÃO JOSÉ

É das maiores e mais belas do ritual, a bênção do cordão de São José. Pode-se avaliar o tesouro desta
devoção pelas expressões. Um cordão é coisa, em si, sem valor, insignificante.
Mas se o sacerdote vem e lhe derrama as bênçãos da Igreja, ei-lo que se tornou um desses objetos
sagrados que contêm virtudes do alto para nos favorecer a alma e o corpo.
Pelas preces e bênçãos da Igreja, Deus Nosso Senhor fez dele um sinal, um instrumento, um veículo, direi
quase, da proteção de São José.
Avivada a nossa fé no poder da Igreja pelos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo e no Dogma da
Comunhão dos Santos, despertada a nossa confiança no valioso auxílio de São José, obedecemos sem dificuldade às
prescrições da devoção do cordão de São José. Em recompensa receberemos do céu os favores espirituais e
corporais que São José no-los alcança.
São belíssimas as orações da bênção do cordão de São José.
Para que todos possam conhecer-lhes a beleza, deixo-as aqui transladadas do latim em linguagem
portuguesa.

***

Revestido de sobrepeliz, cuja alvura representa a pureza da alma que todo o sacerdote deve ter, e
trazendo ao pescoço a estola da imortalidade, símbolo do poder eterno que Jesus lhe conferiu pelo
Sacramento da Ordem, o sacerdote começa a bênção declarando que seu poder está em Deus, e diz:
V. Nosso auxílio está em nome do Senhor.
R. Aquele que fez o céu e a terra.
V. O Senhor esteja convosco.
R. E com o vosso espírito.

OREMOS
Senhor Jesus Cristo, que inculcas conselhos e amor da virgindade e dais preceito da castidade, rogamos à
vossa clemência se digne abençoar e santificar esses cordões, senha de castidade, para que todos os que
com ele se cingirem no intuito de bem guardar a castidade, por intercessão de São José, esposo de vossa
Mãe Santíssima, consigam manter uma castidade que Vos seja agradável, obedecer a vossos
mandamentos, alcançar perdão de seus pecados e obter a vida eterna. Vós, que viveis e reinais com Deus
Padre em união com o Espírito Santo que é Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém.

OREMOS
Dai, vo-lo pedimos, ó Pai Eterno todo-poderoso, que venerando a integérrima virgindade da puríssima
Virgem Maria e do seu esposo São José, por intercessão deles consigamos a pureza da alma e do corpo.
Por Jesus Cristo Senhor nosso. Amém.

OREMOS
Ó Deus todo-poderoso, que aos cuidados de São José, varão castíssimo, entregastes a puríssima sempre
Virgem Maria e o Menino jesus, suplicantes vos exoramos que os fieis que, em vossa honra e sob proteção
do mesmo São José, cingirem estes cordões, por vossa generosidade e por intercessão dele, perseverem na
castidade sempre e devotamente. Pelo mesmo Jesus Cristo vosso Filho, que convosco vive e reina em
unidade com Deus Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

OREMOS
Ó Deus, restaurador e amigo da inocência, nós Vos pedimos que os vossos fieis que fizerem uso destes
cordões, pela intercessão do bem-aventurado José, esposo da vossa Mãe Santíssima, estejam sempre
cingidos nos rins e tenham nas mãos lâmpadas acesas e sejam como os servos que esperam que o Senhor
volte das bodas, para Lhe abrirem a porta logo que chegar e bater, e mereçam ser recebidos nas alegrias
eternas. Vós, que viveis e reinais nos séculos dos séculos. Amém.

Havendo antes posto incenso no turíbulo, o sacerdote borrifa com água benta os cordões, dizendo aquela
súplica de David no Salmo 50, que reza:

Vós me aspergireis com o hissopo e serei purificado: Lavar-me-eis e me tornarei mais branco que a neve.

A água benta, com que se asperge, dá aos cordões a virtude de afugentar os demônios e frustrar-lhes as
artimanhas, como pede a Deus a Igreja na bênção da água.

DEPOIS INCENSA OS CORDÕES.

Como o fumo aromático do incenso sobe em aspirais, perfumando o ambiente, assim as orações sobem
até Deus, que ouvindo-as nos perfuma a alma com sua graça.

Feito isso, o sacerdote continua, dizendo:

V. Fazei salvos a vossos servos.


R. Que esperam, meu Deus, em Vós.
V. Do alto, Senhor, mandai-lhes auxílio.
R. E guardai-os lá de Sião.
V. O Senhor esteja convosco.
R. E com o vosso espírito.

OREMOS
Deus de misericórdia, Deus de clemência, a quem tudo o que é bom é grato, sem quem nada de bom tem
princípio nem nada se faz de bom, ouçam os ouvidos de vossa piedade as nossas preces humildes, e aos
fieis que em vosso Nome Santo trouxerem, sob a proteção e em honra de São José, o cordão bento,
defendei-os dos empecilhos do mundo, ou dos desejos do século; concedei-lhes que, perseverando
devotos neste propósito, remidos, consigam penetrar no consórcio de vossos eleitos. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina em unidade com o Espírito Santo que é Deus, por todos
os séculos dos séculos. Amém.

***
De orações tão sublimes, e que fazem o Ritual da bênção do cordão de São José, com muita clareza se vê a
poderosa arma que ali temos contra o demônio da impureza.
Propaguemos o uso devoto e piedoso do cordão de São José.
Com esse meio tão fácil e tão benéfico procuremos o saneamento moral da sociedade, cuja chaga mais
cancerosa e deletéria é hoje, sem dúvida, o vício da volúpia ou desonestidade nas suas várias formas de degradação
pessoal e da família.
Guerrear o vício da impureza e empenhar-se pela virtude da castidade, é servir a Deus e salvar a Pátria.

(Frei Ângelo M. Bom Conselho, ‘O Cordão de São José’)

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