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CAPITULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Fica instituído, nos termos desta Lei Complementar, o Código Municipal
de Limpeza Urbana, pelo qual são regidos os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos.
Parágrafo único. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) é a
autarquia do Município de Porto Alegre titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos urbanos, executando-os por meios próprios ou adjudicando-os a terceiros,
remunerada ou gratuitamente.
Art. 2º São classificados como serviços públicos de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos, dentre outros serviços concernentes à limpeza do Município de Porto Alegre:
I – o conjunto de atividades, infraestrutura e instalações operacionais de coleta,
transporte, transbordo e destinação final dos resíduos sólidos urbanos;
II – a conservação da limpeza de vias, praias, balneários, sanitários públicos,
viadutos, elevadas, áreas verdes, praças, parques e outros logradouros e bens de uso comum da
população do Município de Porto Alegre;
III – a remoção de bens móveis abandonados nos logradouros públicos, exceto
veículos automotivos;
IV – a fiscalização no âmbito do cumprimento desta Lei Complementar.
Art. 3º Os serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos terão
a sustentabilidade econômico-financeira assegurada mediante remuneração pela cobrança dos
serviços.
Art. 4º A logística reversa será a política prioritária de coleta dos resíduos sólidos,
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de acordo com a Lei Federal nº 12. 305 de 2 de agosto de 2010.
CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Dos Resíduos Sólidos
Art. 5º Para fins desta Lei Complementar, os resíduos sólidos gerados por pessoas
físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, classificam-se da seguinte forma:
I – resíduos sólidos de limpeza urbana os originários da varrição e demais serviços
de limpeza executados nos logradouros públicos;
II – resíduos sólidos ordinários domiciliares, para fins de coleta regular, os não
recicláveis, produzidos em imóveis, residenciais ou não, que possam ser acondicionados em sacos
plásticos com volume igual ou inferior a 100 (cem) litros, compostos por resíduos orgânicos, de
origem animal ou vegetal, e rejeito, que são resíduos para os quais ainda não há reaproveitamento
ou reciclagem, e que possam ser destinados aos sistemas de tratamento disponibilizados pelo
Município de Porto Alegre;
III – resíduos sólidos recicláveis, para fins de coleta seletiva, são aqueles
originários de atividades em imóveis, residenciais ou não, capazes de passar por processo de
transformação através do qual o material pode retornar para o seu estado original ou se transformar
em outro produto. Os resíduos sólidos recicláveis serão destinados às unidades de triagem
contratadas pelo DMLU;
IV – resíduos sólidos especiais àqueles que necessitam de sistema de recolhimento
diferenciado, tratamento diferenciado ou destinação específica, enquadrados da seguinte forma:
a) resíduos gerados em imóveis, residenciais ou não, que não possam ser dispostos
na forma estabelecida para a coleta regular;
b) resíduos gerados em imóveis não residenciais oriundos de processos
agrossilvipastoris, comerciais, industriais ou de prestação de serviços;
c) resíduos provenientes do tratamento de águas e esgotos;
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d) resíduos de mineração, os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios;
e) resíduos de serviços de transportes rodoviários e ferroviários e os originários de
portos e aeroportos;
f) pilhas e baterias;
g) lâmpadas de descarga;
h) equipamentos eletrônicos;
i) pneumáticos;
j) resíduos da construção civil, os gerados nas construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de
terrenos para obras civis;
k) resíduos de serviços de saúde, os gerados nos serviços de saúde, conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos regulamentadores;
l) outros, por sua composição ou por ser objeto de legislação específica.
V – resíduos sólidos extraordinários são àqueles produzidos em atividades ou
eventos que se enquadram no Inc. II ou III deste artigo, tais como:
a) resíduos gerados por feiras;
b) resíduos gerados pelo comércio ambulante e gastronomia itinerante
(foodtrucks);
c) resíduos gerados em eventos, parques de diversão, circos ou similares em
logradouros e espaços públicos;
Subseção I
Dos Resíduos Sólidos de Limpeza Urbana
Subseção II
Dos Resíduos Sólidos Ordinários Domiciliares
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Art. 6º A coleta regular, o transporte e a destinação final dos resíduos
sólidos ordinários domiciliares são de competência exclusiva do DMLU.
§ 1º A prestação dos serviços descritos no caput deste artigo dar-se-á
pela mera disponibilidade, independentemente de sua utilização ou não pelo
responsável do imóvel servido.
§ 2º A não observância ao disposto no caput deste artigo constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar.
Subseção III
Dos Resíduos Sólidos Recicláveis
Subseção I V
Dos Resíduos Extraordinários
Subseção V
Dos Resíduos Especiais
Seção I I
Da Apresentação do Resíduo Sólido à Coleta
Seção III
Dos Grandes Geradores
Art. 29º O Grande Gerador deverá confeccionar e afixar em local visível, junto ao
número do estabelecimento, adesivo para sua identificação como "Grande Gerador - Coleta
Particular", conforme especificações e modelo disponível no sítio eletrônico do DMLU.
Art. 30º Os resíduos especiais dos Grandes Geradores que excederem os 100 (cem)
litros diários, de que trata este Decreto, deverão ser mantidos no interior do estabelecimento
gerador até a realização da coleta, sendo vedada a colocação de seus resíduos especiais em vias e
logradouros públicos.
Art. 30º É vedada a disposição dos resíduos oriundos dos Grandes Geradores em
vias ou logradouros públicos.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.
Seção IV
Dos materiais podetencialmente resicláveis
Seção V
Dos Terrenos Baldios e dos Passeios
Seção VI
Da Taxa de Fiscalização da Limpeza Urbana de Eventos de Massa e Eventos em Áreas Públicas
Art. 35. Considera-se Evento de Massa, para efeitos dessa Lei, atividade coletiva
de natureza cultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, acima de 1000 pessoas,
em área pública ou privada, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional
de pessoas, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde
pública e à limpeza urbana.
Art. 36. Considera-se Eventos em Áreas Públicas, para efeito dessa Lei, eventos
em Parques Urbanos, Praças ou nos demais logradouros públicos para quaisquer finalidades, tais
como recreação, lazer e cultura, ou ainda para atividades de caráter institucional, comercial e
prestação de serviços, independentemente do número de pessoas.
Art. 40. O responsável pelo evento, fica responsável pela realização limpeza das
vias públicas, praças e parque e logradouro, no raio de:
I – 80 (oitenta) metros para os eventos com público estimado de até 2.000 (duas
mil) pessoas.
II – 150 (cento e cinquenta) metros para os eventos com público estimado entre
2.000 (duas mil) e 10.000 (dez mil) pessoas.
III – 200 (duzentos) metros para os eventos com público estimado entre 10.000
(dez mil) e 20.000 (vinte mil) pessoas.
IV – 300 (trezentos) metros para os eventos com público estimado acima de
20.000 (vinte mil) pessoas e 30.000 (trinta mil) pessoas.
V – 500 (quinhentos) metros para os eventos com público estimado acima de
30.000 (trinta mil) pessoas.
§ 1º A não observância ao disposto I e II neste artigo constitui infração média,
punível conforme o Art. 52, inciso II, desta Lei.
§ 2º A não observância ao disposto III e IV neste artigo constitui infração grave,
punível conforme o Art. 52, inciso III, desta Lei.
§ 3º A não observância ao disposto V neste artigo constitui infração gravíssima,
punível conforme o Art. 52, inciso IV, desta Lei.
Art. 41. Caso o público participante seja superior ao presumido, será efetuada a
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adequação e a cobrança do valor suplementar da Taxa.
§1º A verificação do público participante do evento deverá ser fornecida pelo
promotor, organizador ou responsável do evento ao Serviço de Fiscalização do DMLU, se
solicitado.
§ 2º Para fins de aferição do quantitativo de pessoas participantes do evento, o
DMLU adotará o registro de acesso ao evento, ou na sua inexistência, o cálculo adotado pelas
áreas de segurança pública, que prevê o quantitativo de 04 (quatro) pessoas por metro quadrado.
§ 3º A não observância ao disposto neste artigo constitui infração leve, punível
conforme o artigo 52, inciso I, desta Lei.
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Art. 44. Ficam isentos do pagamento da TFLU-POA:
I – Eventos de Massa em área privada com público total inferior à 500
(quinhentas) pessoas;
II – Eventos realizados pelo Poder Público Municipal;
III – Eventos em áreas públicas, realizados por associações de bairros e demais
entidades privadas sem fins lucrativos, com público total inferior a 1.000 (um mil pessoas)
pessoas.
Seção VI
Dos Atos Lesivos à Limpeza Urbana
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§ 4º Excetua-se ao disposto nos incs. I e VII do caput deste artigo
a utilização de itens de oferenda conhecidos como ebós, como pipocas, balas sem
papel, flores, bandejas de papelão, papel-celofane, papel de seda e, somente o
líquido, cachaça e espumante, em cultos e liturgias de religiões de matriz africana
e da umbanda. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 769/2015)
CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÂO
Seção I
Da Fiscalização
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Art. 37º Será atribuição da Guarda Municipal de Porto Alegre, a
partir da alteração do inc. XV do art. 2º da Lei nº 9.056, de 27 de dezembro de
2002 , e alterações posteriores, e dos agentes de fiscalização do DMLU a emis são
de notificações e autos de infração, bem como o estabelecimento de gradua ção de
sanções, tendo em vista a gravidade das infrações e a reincidência dos infratores.
Art. 41. Fica autorizado ao DMLU celebrar acordos para uso de veículos, da
propriedade ou posse direta dos Agentes de Fiscalização, na execução de tarefas externas de
caráter permanente ou preponderante, na forma de indenização.
Parágrafo único. A indenização prevista no caput deste artigo será
regulamentada por Instrução Normativa emitida pelo Diretor-Geral do DMLU, até sua
regulamentação, serão utilizados os parâmetros e índices previstos no Decreto nº 15.409 de 18 de
dezembro de 2006 e os cálculos oriundos desse Decreto.
Art. 41. Fica vedado impedir ou dificultar a realização das ações fiscais, mesmo
que frustradas, constituindo infração gravíssima, punível conforme o Art. 52, inc. IV, desta Lei
Complementar.
Seção II
DO FUNDO DE REAPARELHAMENTO, MODERNIZAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO CONTINUADA DA FISCALIZAÇÃO .
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CAPÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS E PENALIDADES
Seção I
Dos Procedimentos, das Infrações e das Penalidades
I – a qualificação do autuado;
II – o local, a data e a hora da lavratura;
III – a fiel descrição do fato infringente;
IV – a capitulação legal e a penalidade aplicável;
V – o prazo para que o infrator impugne a autuação e a legislação
atinente; e
VI – a assinatura do Agente de Fiscalização, seu cargo e seu número
de matrícula.
Art. 44º Os valores das multas serão atribuídos em função da
gravidade da infração, definidos conforme os seguintes critérios:
I – para a infração leve, multa de 90 (noventa) Unidades Financeiras
Municipais ( UFMs);
II – para a infração média, multa de 180 (cento e oitenta) UFMs;
III – para a infração grave, multa de 720 (setecentas e vinte) UFMs;
IV – para a infração gravíssima, multa de 1.440 (um mil,
quatrocentas e quarenta) UFMs.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, a multa será aplicada
em dobro.
Seção II
Do Rito Processual para Assegurar o Contraditório e a Ampla Defesa
Seção III
COMPROMISSOS DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA
CAPÍTULO III
Da Educação Socioambiental
CAPÍTULO IV
Das Normas Gerais
CAPÍTULO III
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DISPOSIÇÕES FINAIS
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CLASSE: AGENTE DE FISCALIZAÇÃO
GRUPO: FISCALIZAÇÃO E VIGILÂNCIA
INDENTIFICAÇÃO: a) Código: FV 3.01.07
b) Referências: A, B, C, D, E e F
ATRIBUIÇÕES:
.
b) Descrição Analítica: Planejar, executar, avaliar, coordenar, programar, supervisionar orientar,
inspecionar e exercer a fiscalização nas áreas de fiscalização do DMLU; lavrar privativamente nas
áreas de competências: autos de infração, de imposição de penalidade, de apreensão, de interdição
cautelar, e de interdição e fechamento; emitir termos de depósito, de devolução, de inutilização, de
doação, e de apreensão; requerer a inscrição em dívida ativa de multas não-tributárias; efetuar registros e
comunicações das ações fiscais; elaborar relatórios e pareceres técnicos na área de fiscalização; analisar e
monitorar processos relativos a fiscalização; realizar diligências fiscais necessárias à instrução de processos
da área de fiscalização; efetuar a gestão, controle e fiscalização de contratos de eventos autorizados pelo
Município; emitir documentos de arrecadação municipal; fiscalizar as taxas de poder de polícia
administrativa; instaurar e instruir processo administrativo por infração às Leis e posturas municipais;
integrar a comissão judicante de fiscalização; proferir despachos interlocutórios; propor correções e
soluções referentes a processos de fiscalização; emitir pronunciamento a respeito de defesa e
recursos apresentados pelas partes autuadas; licenciar equipamentos e atividades; emitir
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autorizações, exercer a fiscalização e o gerenciamento de contratos; fiscalizar os tributos e taxas
de competência do DMLU; executar plenamente e privativamente a fiscalização e o exercício do poder
de polícia nas áreas de competências do DMLU e legislações referentes à limpeza urbana elaborar
relatórios estatísticos relativos aos dados gerados pela fiscalização; elaborar relatórios
operacionais; pesquisar, propor e executar ações de fiscalização e formular novas alternativas
para a fiscalização; mapear, planejar, realizar levantamentos, elaborar estudos, e executar a
fiscalização em terrenos baldios, em focos e infrações crônicas; planejar, coordenar e executar
ações preventivas de fiscalização; estudar e propor métodos de qualificação das atividades de
fiscalização; e executar tarefas afins da fiscalização.
CONDIÇÃO DE TRABALHO:
a) Geral: carga horária semanal de 30 horas;
b) Especial: o exercício do cargo poderá exigir a prestação de serviços à noite, sábados,
domingos e feriados, sujeito a trabalho externo e desabrigado, atendimento ao público.
RECRUTAMENTO:
a) Forma: preferencial e geral;
b) Requisitos:
1) Instrução formal: educação superior completa em curso autorizado e reconhecido, nos
termos da legislação vigente. Poderá ser exigida graduação específica de acordo com as
necessidades técnicas do cargo no edital do concurso, e registro no Conselho de Classe
competente.
2) Idade: de 18 anos completos a 45 anos incompletos;
3) Outros: conforme instruções reguladoras do processo seletivo.
ASCENSAÇÃO FUNCIONAL:
a) Progressão:
1) Por merecimento: segundo os critérios estabelecidos no regulamento; interstício mínimo de
três (3) anos na referencia em que estiver situado;
2) Por antiguidade: interstício mínimo de seis (6) anos na referencia A;
b) Promoção: da classe de Agente de Fiscalização para outra que assegure valor básico superior
ao percebido.
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