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LEI COMPLEMENTAR Nº xx, DE x DE MARÇO DE 2022.

Institui o Código Municipal de Limpeza


Urbana, revoga a Lei Complementar nº
7 2 8 e dá outras providências.

CAPITULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Fica instituído, nos termos desta Lei Complementar, o Código Municipal
de Limpeza Urbana, pelo qual são regidos os serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos.
Parágrafo único. O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) é a
autarquia do Município de Porto Alegre titular dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo
de resíduos sólidos urbanos, executando-os por meios próprios ou adjudicando-os a terceiros,
remunerada ou gratuitamente.
Art. 2º São classificados como serviços públicos de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos, dentre outros serviços concernentes à limpeza do Município de Porto Alegre:
I – o conjunto de atividades, infraestrutura e instalações operacionais de coleta,
transporte, transbordo e destinação final dos resíduos sólidos urbanos;
II – a conservação da limpeza de vias, praias, balneários, sanitários públicos,
viadutos, elevadas, áreas verdes, praças, parques e outros logradouros e bens de uso comum da
população do Município de Porto Alegre;
III – a remoção de bens móveis abandonados nos logradouros públicos, exceto
veículos automotivos;
IV – a fiscalização no âmbito do cumprimento desta Lei Complementar.
Art. 3º Os serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos terão
a sustentabilidade econômico-financeira assegurada mediante remuneração pela cobrança dos
serviços.
Art. 4º A logística reversa será a política prioritária de coleta dos resíduos sólidos,

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de acordo com a Lei Federal nº 12. 305 de 2 de agosto de 2010.

CAPÍTULO II
DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I
Dos Resíduos Sólidos

Art. 5º Para fins desta Lei Complementar, os resíduos sólidos gerados por pessoas
físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, classificam-se da seguinte forma:
I – resíduos sólidos de limpeza urbana os originários da varrição e demais serviços
de limpeza executados nos logradouros públicos;
II – resíduos sólidos ordinários domiciliares, para fins de coleta regular, os não
recicláveis, produzidos em imóveis, residenciais ou não, que possam ser acondicionados em sacos
plásticos com volume igual ou inferior a 100 (cem) litros, compostos por resíduos orgânicos, de
origem animal ou vegetal, e rejeito, que são resíduos para os quais ainda não há reaproveitamento
ou reciclagem, e que possam ser destinados aos sistemas de tratamento disponibilizados pelo
Município de Porto Alegre;
III – resíduos sólidos recicláveis, para fins de coleta seletiva, são aqueles
originários de atividades em imóveis, residenciais ou não, capazes de passar por processo de
transformação através do qual o material pode retornar para o seu estado original ou se transformar
em outro produto. Os resíduos sólidos recicláveis serão destinados às unidades de triagem
contratadas pelo DMLU;
IV – resíduos sólidos especiais àqueles que necessitam de sistema de recolhimento
diferenciado, tratamento diferenciado ou destinação específica, enquadrados da seguinte forma:
a) resíduos gerados em imóveis, residenciais ou não, que não possam ser dispostos
na forma estabelecida para a coleta regular;
b) resíduos gerados em imóveis não residenciais oriundos de processos
agrossilvipastoris, comerciais, industriais ou de prestação de serviços;
c) resíduos provenientes do tratamento de águas e esgotos;

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d) resíduos de mineração, os gerados na atividade de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios; 
e) resíduos de serviços de transportes rodoviários e ferroviários e os originários de
portos e aeroportos; 
f) pilhas e baterias;
g) lâmpadas de descarga;
h) equipamentos eletrônicos;
i) pneumáticos;
j) resíduos da construção civil, os gerados nas construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de
terrenos para obras civis; 
k) resíduos de serviços de saúde, os gerados nos serviços de saúde, conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos regulamentadores; 
l) outros, por sua composição ou por ser objeto de legislação específica.
V – resíduos sólidos extraordinários são àqueles produzidos em atividades ou
eventos que se enquadram no Inc. II ou III deste artigo, tais como:
a) resíduos gerados por feiras;
b) resíduos gerados pelo comércio ambulante e gastronomia itinerante
(foodtrucks);
c) resíduos gerados em eventos, parques de diversão, circos ou similares em
logradouros e espaços públicos;

Subseção I
Dos Resíduos Sólidos de Limpeza Urbana

Art. 5º A coleta, o transporte e a destinação dos resíduos sólidos


gerados na execução dos serviços de limpeza urbana são de competência exclusiva
do D M L U .

Subseção II
Dos Resíduos Sólidos Ordinários Domiciliares

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Art. 6º A coleta regular, o transporte e a destinação final dos resíduos
sólidos ordinários domiciliares são de competência exclusiva do DMLU.
§ 1º A prestação dos serviços descritos no caput deste artigo dar-se-á
pela mera disponibilidade, independentemente de sua utilização ou não pelo
responsável do imóvel servido.
§ 2º A não observância ao disposto no caput deste artigo constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar.

Subseção III
Dos Resíduos Sólidos Recicláveis

Art. 7º A coleta regular, o transporte e a destinação do resíduo sólido


reciclável são de competência exclusiva do DMLU.
§ 1º A prestação dos serviços descritos no caput deste artigo poderá
se dar pela disponibilização de postos de entrega voluntária (PEVs) para a
entrega dos resíduos sólidos recicláveis por seus geradores.
§ 2º A não observância ao disposto no caput deste artigo constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar e
o perdimento e a remoção dos resíduos.

Subseção I V
Dos Resíduos Extraordinários

Art. 8º Os estabelecimentos comerciais são responsáveis pela limpeza e


conservação do entorno dos locais públicos impactados pelo exercício das suas
atividades.
Parágrafo único. A não observância ao disposto neste artigo constitui
infração média, punível conforme o art. 52, inc. II, desta Lei Complemen tar.
Art. 9º Nas feiras livres instaladas em logradouros públicos, em que
haja a venda de gêneros alimentícios, produtos hortifrutigranjeiros ou outros
produtos de interesse do ponto de vista do abastecimento público, é obrigatória a
colocação de recipientes de recolhimento de resíduos de, no mínimo, 40 (quarenta)
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litros, posicionados em local visível e acessível ao público em geral, em
quantidade mínima de 2 (dois) recipientes por banca instalada, contendo letreiros
de fácil leitura com os dizeres resíduo reciclável e resíduo orgânico ou rejeito .
Parágrafo único. A não observância ao disposto neste artigo constitui
infração média, punível conforme o art. 52, inc. II, desta Lei Complemen tar.
Art. 10º Os comerciantes, feirantes, artesãos, agricultores ou
expositores, que realizarem suas atividades em logradouros públicos, deverão manter
permanentemente limpa a sua área de atuação, acondicionando corretamente o
produto da limpeza em sacos plásticos.
Parágrafo único. Os comerciantes, feirantes, artesãos, agricultores
ou expositores deverão obrigatoriamente, cadastrar-se no DMLU, a contar da
data de publicação desta Lei Complementar.
§ 1º A não observância ao disposto neste artigo e no parágrafo
único constitui infração média, punível conforme o art. 52 , inc. II, desta Lei
Complementar.
Art. 11º Os responsáveis por circos, parques de diversões e similares,
vendedores ambulantes e veículos de gastronomia itinerante (foodtrucks) instalados
em logradouros públicos, deverão manter limpa a sua área de atuação.
§ 1º É obrigatória a colocação de recipientes de recolhimento de
resíduos, de 60 (sessenta) litros, em local visível e acessível ao público, contendo
letreiros de fácil leitura com os dizeres resíduo reciclável e resíduo orgânico ou
rejeito .
§ 2º A não observância ao disposto no caput deste artigo constitui
infração média, punível conforme o art. 52, inc. II, desta Lei Complementar.
Art. 12º Os vendedores ambulantes e veículos de gastronomia
itinerante (foodtrucks) detentores de licenciamento de estabelecimento nos
logradouros públicos deverão, obrigatoriamente, cadastrar-se no DMLU, a
contar da data de publicação desta Lei Complementar.
§ 1º A não observância ao disposto no caput deste artigo constitui
infração leve, punível conforme o art. 52, inc. I, desta Lei Complementar.
Art. 13º Os veículos de qualquer espécie destinados à venda de
alimentos de consumo imediato deverão ter recipientes de resíduos neles fixados
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ou colocados no solo, a seu lado, feitos de metal, plástico ou qualquer outro
material rígido, que tenham capacidade para comportar sacos de, no mínimo, 40
(quarenta) litros.
§ 1º Os recipientes referidos no caput deste artigo deverão conter
identificação para resíduo reciclável e resíduo orgânico ou rejeito.
§ 2º A não observância ao disposto no caput e no § 1º deste artigo
constitui infração leve, punível conforme o art. 52, inc. I, desta Lei Complementar.
§ 3º Os resíduos devem ser dispostos da seguinte forma:
a) nos dias e nos horários da prestação dos serviços de coleta regular
do DMLU no endereço; ou
b) em contêineres nos locais em que a coleta é prestada de forma
automatizada;
§ 4º Se Os resíduos resultantes destas atividades forem disponibilizados para os
serviços de coleta regular do DMLU, deverão estar acondicionados em sacos plásticos de até 100
(cem) litros.
§ 5º A não observância ao disposto no caput e no § 1 º deste artigo
constitui infração média, punível conforme o art. 52 , inc. II, desta Lei
Complementar.

Subseção V
Dos Resíduos Especiais

Art. 14º O acondicionamento, a coleta, o transporte, o destino e a


disposição final do resíduo sólido especial, quando não regulado em contrário
nesta subseção, serão, obrigatoriamente, responsabilidade do gerador desse
resíduo.
§ 1º O manejo de resíduos sólidos especiais deverá ser realizado por
empresas devidamente habilitadas para prestar tal serviço.
§ 2º Não é permitida a apresentação de resíduo sólido especial para os
serviços de coleta domiciliar regular e coleta seletiva.
§ 3º Não é permitida a disposição de resíduos sólidos especiais em
locais não l icenciados para este fim.
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§ 4º Havendo a necessidade, por parte do Executivo Municipal, de ação
corretiva pelo não cumprimento das disposições contidas neste artigo, será cobrado
do gerador do resíduo sólido especial o custo correspondente, independentemente
das sanções legais cabíveis.
§ 5º A coleta, o transporte e outros serviços relativos ao resíduo
sólido especial podem ser realizados pelo Executivo Municipal, desde que
solicitado para tanto e o Município disponha de tratamento adequado à tipologia,
sendo cobrados conforme tabela própria.
§ 6º É vedada a apresentação de resíduos recicláveis junto aos resíduos
especiais quando destinados às unidades do DMLU.
§ 7º A não observância ao disposto nos §§ 1º, 2º, 3º, 4º, 5º e 6º deste
artigo constitui infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei
Complementar.
Art. 15º O DMLU poderá oferecer alternativas para o recebimento de
resíduos sólidos especiais, com limitação de tipologia e volume, para o seu
tratamento ou disposição final.
Art. 16º O eventual inadimplemento das multas decorrentes de
infração ao disposto nesta subseção sujeitará o infrator ao cancelamento de seu
cadastro junto ao DMLU, resguardando-se o direito ao contraditório e à ampla
defesa.

Seção I I
Da Apresentação do Resíduo Sólido à Coleta

Art. 17º O acondicionamento dos resíduos sólidos ordinário domiciliar


e reciclável à coleta regular deverá considerar as determinações que seguem:
I – deverá ser efetuado em sacos plásticos com volume i n d i v i d u a l
não superior a 100 (cem) litros;
II – materiais cortantes ou pontiagudos deverão ser devidamente
embalados, a fim de evitar lesão aos trabalhadores da coleta;
III – os sacos plásticos ou recipientes indicados devem estar
convenientemente fechados, em perfeitas condições de higiene e conservação;
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IV – é facultado o uso de recipientes móveis para a apresentação dos resíduos à
coleta, desde que a sua profundidade não seja superior a 60 cm (sessenta centímetros) de modo a
permitir seu esvaziamento manual. Os recipientes móveis devem ser recolhidos para o interior do
imóvel após a realização da coleta dos resíduos.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo
constitui infração média, punível conforme o art. 52 , inc. II, desta Lei
Complementar.
Art. 18º O resíduo sólido ordinário domiciliar e o resíduo sólido
reciclável deverão ser apresentados para a coleta regular nos seguintes locais:
I – no logradouro público, junto ao alinhamento de cada imóvel, nas
regiões em que a coleta for executada porta a porta;
II – no interior dos contêineres exclusivos para resíduo sólido domiciliar nas
regiões em que a coleta for automatizada;
III – no interior dos conteineres exclusivos para resíduo sólido reciclável nas
regiões em que a coleta for automatizada.
§ 1º Fica vedado o depósito de resíduos em desacordo com o
especificado nos conteineres da coleta automatizada.
§ 2º A não observância ao disposto nos incisos do caput deste artigo e
a não observância ao disposto no § 1º deste artigo constituem infração média e
grave, respectivamente, puníveis conforme o art. 52, incs. II e III, desta Lei
Complementar.
Art. 19º Somente serão recolhidos pelo serviço regular de coleta os
resíduos acondicionados em consonância com o disposto nesta lei.
Parágrafo único. As informações sobre os dias e turnos de coleta
seletiva de resíduos recicláveis, por endereço, estão disponíveis para consulta no
sitio eletrônico do DMLU.
Art. 20º Os resíduos quando apresentados em suporte fixo no passeio público,
autorizado pelo órgão competente, deverão atender as seguintes condições:
I – o resíduo sólido apresentado deverá estar, obrigatoriamente,
acondicionado em sacos plásticos;
II – o suporte deverá possuir abertura pela face superior e dimensões
que permitam a fácil retirada do resíduo de seu interior, sem a necessidade de o
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coletor entrar naquele;
III – são obrigatórias a limpeza e a conservação do suporte pelo
proprietário ou possuidor do imóvel em cujo alinhamento estiver instalado;
IV – o seu acesso não seja restrito com trancas, cadeados ou qualquer
outro elemento.
Parágrafo único. A não observância ao disposto nos incs. I a IV do
caput deste artigo constitui infração média, punível conforme o art. 52, inc. II,
desta Lei Complementar.
Art. 21º Os suportes considerados inservíveis, ou que não atendam
às determinações desta Lei Complementar, deverão ser adequados pelo
responsável, no prazo de 30 (trinta) dias subsequentes à sua notificação.
Parágrafo único. Transcorrido o prazo descrito no caput deste artigo,
sem a adoção das providências necessárias pelo responsável, o DMLU
providenciará o recolhimento dos suportes inservíveis, sem que caiba qualquer
espécie de indenização ao seu proprietário e sem prejuízo do estabelecido no pa
rágrafo único do art. 38 desta Lei Complementar.

Art. 22 Os resíduos quando apresentados em suportes móveis, deverão…..

Seção III
Dos Grandes Geradores

Art. 22º Grandes geradores são as pessoas jurídicas, os proprietários, possuidores


ou titulares de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e
industriais, terminais rodoviários e aeroportuários, entre outros, que geram resíduos acima de 100
(cem) litros diários de resíduo ordinário domiciliar.
§ 1º Ficam excluídos do estabelecido no caput deste artigo:
I – os geradores residenciais;
II – os estabelecimentos públicos municipais.

Art. 23º Os Grandes Geradores ficam obrigados a realizar o seu cadastramento no


sistema disponível no sítio oficial do DMLU a ser regulamentado via decreto.
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§ 1º O Grande Gerador deverá atualizar o cadastro a cada 12 (doze) meses ou
quando houver alterações cadastrais.
§ 2º A não observância ao disposto no caput deste artigo pelos geradores constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar.

§ 3º A não observância ao disposto no §2º deste artigo pelos geradores constitui


infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.

Art. 24º Os Grandes Geradores que não se cadastrarem terão suspensa,


automaticamente, a coleta ou o recebimento na Estação de Transbordo, localizado na Lomba do
Pinheiro ou em outra unidade indicada pelo DMLU, dos seus resíduos especiais, caso não efetuem
o cadastramento.
Parágrafo único. O restabelecimento do serviço, somente se dará após o
cadastramento e a quitação de possíveis débitos pendentes junto ao DMLU.

Art 25º Os Grandes Geradores deverão promover a coleta, o transporte e a


destinação final ambientalmente adequada dos seus resíduos, buscando a redução na geração, nos
termos desta lei.

Art. 26º Os Grandes Geradores deverão observar as regras de segregação,


acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento, destinação de resíduos sólidos e
disposição final dos rejeitos estabelecidos pelo Poder Público, constantes nesta lei.
§ 1º Os Grandes Geradores são corresponsáveis pelos danos decorrentes do manejo
inadequado dos resíduos sólidos realizados pelas empresas prestadoras de serviço.
§ 2º A não observância ao disposto no caput deste artigo pelos geradores constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar.

Art. 27º Os Grandes Geradores poderão firmar termo de cooperação técnica,


convênio ou contrato com o DMLU para a prestação de serviço de coleta, transporte e destinação
final dos resíduos especiais.
§ 1º Quando a coleta for realizada pelo Poder Público, o ajuste poderá prever a
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disponibilização de containers padrão pelo Grande Gerador, a fim de viabilizar a coleta.
§ 2º O Grande Gerador deverá confeccionar e afixar em local visível, junto ao
número do estabelecimento, adesivo para identificação "Grande Gerador - Coleta Especial",
conforme especificações e modelo disponível no sítio eletrônico do DMLU.

Art. 28º Os transportadores contratados para a coleta, transporte e destinação final


ambientalmente adequada dos resíduos deverão:
I – cadastrar-se junto ao DMLU, indicando os Grandes Geradores para os quais
prestam os serviços, bem como os caminhões que serão utilizados, o destino final ambientalmente
adequado e licenciado dos resíduos;
II – responsabilizar-se pela constante atualização dos dados fornecidos ao DMLU;
III – informar, trimestralmente, ao DMLU no sistema a relação dos Grandes
Geradores para os quais presta os serviços e os locais de disposição final dos resíduos sólidos
coletados e transportares.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, ou aos inc.
I, II e III, pelos transportadores, constitui infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta
Lei Complementar.

Art. 29º O Grande Gerador deverá confeccionar e afixar em local visível, junto ao
número do estabelecimento, adesivo para sua identificação como "Grande Gerador - Coleta
Particular", conforme especificações e modelo disponível no sítio eletrônico do DMLU.

Art. 30º Os resíduos especiais dos Grandes Geradores que excederem os 100 (cem)
litros diários, de que trata este Decreto, deverão ser mantidos no interior do estabelecimento
gerador até a realização da coleta, sendo vedada a colocação de seus resíduos especiais em vias e
logradouros públicos.
Art. 30º É vedada a disposição dos resíduos oriundos dos Grandes Geradores em
vias ou logradouros públicos.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.

Art. 31 Os Grandes Geradores deverão manter a guarda dos comprovantes de coleta


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dos seus resíduos, por empresa contrata, durante o período de 24 (vinte e quatro) meses.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.

Art. 32 Os Grandes Geradores deverão apresentar à Fiscalização, quando


solicitado, os comprovantes de coletas dos resíduos, nos quais devem constar:
I – Nome e endereço do Grande Gerador;
II – Data da coleta;
III – Nome do transportador;
IV – Volume estimado coletado; e,
V – Nome do destinatário.
§ 1º. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui infração
gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.
§ 2º. A não observância a cada item dispostos nos inc. I, II, III e IV deste artigo,
constitui infração leve, punível conforme o art. 52, inc. I, desta Lei Complementar.

Parágrafo único. A não realização do cadastro no SGR-POA configura


inobservância das normas regulamentares, na forma do art. 47 da Lei Complementar nº 728, de
2014, ensejando infração média, punível com multa de 180 (cento e oitenta) Unidades Financeiras
Municipais (UFM´s), na forma do art. 52 da Lei Complementar nº 728, de 2014.

Seção IV
Dos materiais podetencialmente resicláveis

Art. 31 Os materiais potencialmente recicláveis transportados no território do


Município, excetuando-se os transportados pela coleta regular do DMLU, deverão estar
acompanhados do Manifesto de Transporte de Resíduos Recicláveis (MTRR).
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.

Art. 32 O Sistema de Emissão de MTRR será disponibilizado pelo DMLU, sendo


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sua regulamentação dar-se-á por decreto.

Art. 32 É vedada a apresentação, o transporte e o recebimento de resíduos


domiciliares ou especiais junto aos materiais potencialmente recicláveis acompanhados ao MTRR.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar, respondendo
pela infração tanto o gerador, o transportador e destino final.

Art. 33 São responsáveis pela emissão do MTRR os seus respectivos geradores,


sendo facultada a emissão unificada para coletivos como condomínios e shoppings centers.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar.

Art. 34 São itens obrigatórios para a emissão do MTRR:


I – Nome e endereço do gerador;
II – Data da coleta;
III – Nome do transportador;
IV – Volume estimado coletado; e,
V – Nome do destinatário.
Parágrafo único. A não observância a cada item dispostos nos inc. I, II, III e IV
deste artigo, constitui infração leve, punível conforme o art. 52, inc. I, desta Lei Complementar.

Art. 35 É de responsabilidade do transportador, ao coletar os resíduos junto ao


gerador, a conferência dos resíduos recolhidos e a das informações com o MTRR recebido.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.

Art. 36 É de responsabilidade do destinatário final ao receber os resíduos junto ao


transportador, a conferência dos resíduos recebidos e a das informações com o MTRR recebido.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
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infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.

Art. 36 É de responsabilidade do transportador e do destinatário final a


comunicação junto ao Sistema de Emissão do MTRR disponibilizado pelo DMLU de entrega e
recebimento dos materiais.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.
Art. 37 Os geradores, transportadores e destinatários finais deverão manter a guarda
dos comprovantes de coleta, transporte e recebimentos dos resíduos, durante o período de 24 (vinte
e quatro) meses, e deverá de ser apresentado à Fiscalização, quando solicitado.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo, constitui
infração grave, punível conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar.

Art. 37 Fica vedado o transporte e o recebimento de materiais potencialmente


recicláveis sem seu respectivo MTRR ou em volume superior ao informado no MTRR, sendo
obrigatória a apresentação à Fiscalização quando solicitado.
Parágrafo único. A não observância ao disposto no caput deste artigo constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar e o perdimento e
a remoção dos resíduos.

Art. 37 Os casos de reincidências nas infrações desta Seção, os transportadores e os


destinatários finais, terão seus cadastrados suspensos por 6 meses junto ao DMLU, não sendo
possível a emissão de novas MTRR no período.

§ 1º Os geradores são responsáveis pela emissão do MTRR.


§ 2º Os transportadores deverão portar o MTR durante o transporte, sendo
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obrigatória a apresentação quando solicitado pela Fiscalização.
§ 3º Os destinatários são responsáveis pela baixa do MTRR.
§ 4º A não observância ao disposto no caput deste artigo pelos
transportadores constitui infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV,
desta Lei Complementar, e o perdimento e remoção dos resíduos.
§ 5º A não observância ao disposto no caput deste artigo pelos
geradores constitui infração média, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei
Complementar,

Seção V
Dos Terrenos Baldios e dos Passeios

Art. 32º Os proprietários ou possuidores de terrenos baldios,


edificados ou não, são obrigados a:
I – mante-los em perfeito estado de limpeza, evitando que sejam
usados como depósito de resíduos de qualquer natureza;
II – nos logradouros que possuam meio- fio, manter a área destinada
a passeio público constantemente em bom estado de limpeza.
§ 1º Constatada a não observância ao disposto neste artigo, o
proprietário será notificado para proceder à regularização do apontado, dentro do
prazo de 15 (quinze) dias, conforme o previsto no art. 49, inc. II, desta Lei
Complementar .
§ 2º A não observância ao disposto nos incisos do caput deste artigo
constitui infração média, punível conforme o art. 52, inc. II, desta Lei
Complementar.
§ 3º No caso de comprovada impossibilidade de atendimento da
regularização dentro do prazo estipulado no § 1º deste artigo, o notificado poderá,
no mesmo prazo previsto para a regularização, protocolar solicitação de ampliação
de prazo, mediante requerimento escrito e fundamentado, o qual deverá ser dirigido
e submetido à apreciação da autoridade competente, que poderá autorizar sua
dilação em até o dobro.
§ 4º Em caso de não atendimento ao disposto no inc. I do caput deste
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artigo, os terrenos baldios, edificados ou não, serão limpos compulsoriamente pelo
Executivo Municipal, ficando seus proprietários obrigados ao pagamento dos custos
de limpeza, t r a n s p o r t e e d e s t i n a ç ã o definidos pelo DMLU.

Seção VI
Da Taxa de Fiscalização da Limpeza Urbana de Eventos de Massa e Eventos em Áreas Públicas

Art. 33. Fica criada a “Taxa de Fiscalização da Limpeza Urbana de Eventos de


Massa e Eventos em Áreas Públicas (TFLU-POA)”, tendo como fato gerador o poder de polícia
administrativa exercida pelo serviço de fiscalização do DMLU no território do Município.

Art. 34. O Contribuinte da “Taxa de Fiscalização da Limpeza Urbana de Eventos


de Massa e Eventos em Áreas Públicas (TFLU-POA)” é a pessoa física ou jurídica responsável
pela execução de eventos de massa ou em áreas públicas no município de Porto Alegre, e que
realizam ou executam o evento ou aquelas que solicitam a autorização para tal.

Art. 35. Considera-se Evento de Massa, para efeitos dessa Lei, atividade coletiva
de natureza cultural, esportiva, comercial, religiosa, social ou política, acima de 1000 pessoas,
em área pública ou privada, por tempo pré-determinado, com concentração ou fluxo excepcional
de pessoas, e que, segundo a avaliação das ameaças, das vulnerabilidades e dos riscos à saúde
pública e à limpeza urbana.

Art. 36. Considera-se Eventos em Áreas Públicas, para efeito dessa Lei, eventos
em Parques Urbanos, Praças ou nos demais logradouros públicos para quaisquer finalidades, tais
como recreação, lazer e cultura, ou ainda para atividades de caráter institucional, comercial e
prestação de serviços, independentemente do número de pessoas.

Art. 37 O organizador ou responsável pelo evento deve prever e apresentar ao


DMLU o Plano de Serviços de Limpeza, onde devem constar os mecanismos de gerenciamento
de resíduos que serão adotados durante a realização do Evento, especificando local de
armazenamento, cronograma de coleta e destino final dos resíduos sólidos e orgânicos, através
do preenchimento completo de formulário específico disponibilizado ao promotor do evento
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através da Divisão de Limpeza e Coleta do DMLU.

Art. 37. A solicitação e o respectivo Plano de Serviços de Limpeza deverão ser


devidamente preenchidos e protocolizados junto ao DMLU com antecedência mínima de 10
(dez) dias úteis da data programada para o evento.

Art. 38 A não aprovação do Plano de Serviços de Limpeza será comunicado em


até cinco dias úteis da data de entrega do formulário e em caso de aprovação será emitida
autorização formal pelo DMLU.

Art. 39 Os requisitos que devem constar no Plano de Serviços de Limpeza para


Eventos de Massa e Eventos em Áreas Públicas são os seguintes:
I – Nome, CPF e contato telefônico do responsável local pelo evento;
II - Descrição dos Procedimentos de Limpeza e Desinfecção;
III – Localização das lixeiras temporárias, na área interna e adjacentes, na
proporção de recipientes de 100 litros para cada 250 pessoas, sendo permitidos recipientes
maiores de 100 litros, desde que respeitada a proporção;
IV – Cópia do contrato com a empresa responsável pela execução da limpeza do
local e entorno, ou declaração de limpeza, quando prevista de ser realizada por meios próprios;
V – Descrição do local para destinação final dos resíduos produzidos em
decorrência da realização do evento.
VI – Cópia do contrato para disponibilização de sanitários móveis, ou declaração
de cedência de uso quando se tratar de sanitários particulares, em número compatível com a
dimensão do evento;
§ 1º Caso o responsável pelo evento opte pela limpeza do entorno ou do local do
evento por meios próprios, a informação deverá constar no Plano de Serviços de Limpeza
fornecido ao DMLU.
§ 2º Para o cálculo da quantidade de sanitários públicos móveis destinados ao
evento deverá ser considerada 01 (uma) unidade de banheiro para cada grupo estimado de 200
(duzentas) pessoas durante um período de até 04 (quatro) horas.
§ 3º Caso o local já possua sanitários em suas instalações físicas, ou que venha a
utilizar em local próximo, deverá ser declarado no Plano de Serviços de Limpeza, anexando
17
registros fotográficos dos ambientes, os quais serão deduzidos do cálculo deste artigo.
§ 4º O DMLU poderá inspecionar, previamente, se necessário, no local as
condições dos banheiros existentes utilizados na dedução do cálculo para a disponibilidade dos
sanitários móveis.

Art. 40. O responsável pelo evento, fica responsável pela realização limpeza das
vias públicas, praças e parque e logradouro, no raio de:
I – 80 (oitenta) metros para os eventos com público estimado de até 2.000 (duas
mil) pessoas.
II – 150 (cento e cinquenta) metros para os eventos com público estimado entre
2.000 (duas mil) e 10.000 (dez mil) pessoas.
III – 200 (duzentos) metros para os eventos com público estimado entre 10.000
(dez mil) e 20.000 (vinte mil) pessoas.
IV – 300 (trezentos) metros para os eventos com público estimado acima de
20.000 (vinte mil) pessoas e 30.000 (trinta mil) pessoas.
V – 500 (quinhentos) metros para os eventos com público estimado acima de
30.000 (trinta mil) pessoas.
§ 1º A não observância ao disposto I e II neste artigo constitui infração média,
punível conforme o Art. 52, inciso II, desta Lei.
§ 2º A não observância ao disposto III e IV neste artigo constitui infração grave,
punível conforme o Art. 52, inciso III, desta Lei.
§ 3º A não observância ao disposto V neste artigo constitui infração gravíssima,
punível conforme o Art. 52, inciso IV, desta Lei.

Art. 40. No dia do evento o promotor, o organizador ou o responsável local pelo


evento deverá estar de posse da Autorização emitida pelo DMLU para ser apresentada, se
necessário, à Fiscalização do DMLU.
Parágrafo único. A não observância ao disposto neste artigo constitui infração
média, punível conforme o artigo 52, inciso II, desta Lei.

Art. 41. Caso o público participante seja superior ao presumido, será efetuada a
18
adequação e a cobrança do valor suplementar da Taxa.
§1º A verificação do público participante do evento deverá ser fornecida pelo
promotor, organizador ou responsável do evento ao Serviço de Fiscalização do DMLU, se
solicitado.
§ 2º Para fins de aferição do quantitativo de pessoas participantes do evento, o
DMLU adotará o registro de acesso ao evento, ou na sua inexistência, o cálculo adotado pelas
áreas de segurança pública, que prevê o quantitativo de 04 (quatro) pessoas por metro quadrado.
§ 3º A não observância ao disposto neste artigo constitui infração leve, punível
conforme o artigo 52, inciso I, desta Lei.

Art. 12 Os valores de referência da TFLU-POA dar-se-á pelo público total


presumido:
I – 150 UFM para eventos com público total acima de 500 pessoas até 2.000
pessoas
II – 250 UFM para eventos com público total acima de 2.000 pessoas e inferior a
10.000 pessoas;
III – 500 UFM para eventos com público total acima de 10.000 pessoas e inferior
a 20.000 pessoas;
IV – 1.000 UFM para eventos com público total acima de 20.000 pessoas e
inferior a 30.000 pessoas;
VI – 1.500 UFM para eventos com público total acima de 30.000 pessoas.
Parágrafo Único. Quando se tratar de evento realizado integralmente em espaço
aberto os valores de referência estabelecidos neste artigo serão acrescidos de 50% (cinquenta por
cento).

Art. 43. A reiteração da atividade nas mesmas condições e local ou a sucessão


sequencial das etapas de um evento dentro do mesmo espaço não implica em cobrança adicional
da respectiva Taxa, devendo, no entanto, ser considerado o somatório dos públicos, no computo
geral para fins de estabelecimento do valor da taxa.
Parágrafo Único - A não observância ao disposto neste artigo constitui infração
gravíssima, punível conforme o Art. 52, inciso IV, desta Lei.

19
Art. 44. Ficam isentos do pagamento da TFLU-POA:
I – Eventos de Massa em área privada com público total inferior à 500
(quinhentas) pessoas;
II – Eventos realizados pelo Poder Público Municipal;
III – Eventos em áreas públicas, realizados por associações de bairros e demais
entidades privadas sem fins lucrativos, com público total inferior a 1.000 (um mil pessoas)
pessoas.

Art. 15 Entende-se por entorno a área compreendida no raio:


I - 50 (cinquenta) metros para os eventos com público estimado de até 2.000 (duas
mil) pessoas.
II – 75 (setenta e cinco) metros para os eventos com público estimado entre 2.000
(duas mil) e 10.000 (dez mil) pessoas.
III – 100 (cem) metros para os eventos com público estimado entre 10.000 (dez
mil) e 20.000 (vinte mil) pessoas.
IV – 200 (duzentos) metros para os eventos com público estimado acima de
20.000 (vinte mil) pessoas e 30.000 (trinta mil) pessoas.
V – 400 (quatrocentos) metros para os eventos com público estimado acima de
30.000 (trinta mil) pessoas.
Parágrafo Único - A não observância ao disposto neste artigo constitui infração
grave, punível conforme o artigo 17, inciso III, desta Lei.

Seção VI
Dos Atos Lesivos à Limpeza Urbana

Art. 3 3 º São atos lesivos à limpeza urbana:


I – depositar ou arremessar nos logradouros públicos, papéis,
invólucros, embalagens e demais resíduos de pequeno porte constituindo infração
leve, punível conforme o art. 52, inc. I, desta Lei Complementar ;
II – realizar triagem ou catação no resíduo sólido disposto em
logradouros públicos, de qualquer objeto, material, resto ou sobra, seja qual
for sua origem, constituindo infração leve, punível conforme o art. 52, inc. I,
20
desta Lei Complementar;
III – depositar, lançar ou atirar, em quaisquer áreas públicas ou
terrenos, edificados ou não, de propriedade pública ou privada, resíduos sólidos de
qualquer natureza em volume:
a) de até 100 ( cem) litros, constituindo infração grave, punível
conforme o art. 52, inc. III, desta Lei Complementar;

b) acima de 100 ( cem) litros, constituindo infração gravíssima,


punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar ;
IV – assorear logradouros públicos em decorrência de obras e demais
atividades urbanas, constituindo infração gravíssima, punível conforme o art. 52,
inc. IV, desta Lei Complementar;
V – depositar e arremessar em riachos, canais, arroios, córregos,
lagos, lagoas e rios, ou às suas margens, resíduos de qualquer natureza que causem
prejuízo à limpeza ou ao meio ambiente, constituindo infração gravíssima, punível
conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar;
VI – dispor materiais de qualquer natureza ou efetuar preparo de
argamassa sobre passeios ou pista de rolamento, constituindo infração média,
punível conforme o art. 52, inc. II, desta Lei Complementar;
VII – fazer varrição do interior de prédios, terrenos ou calçadas para
os logradouros públicos, constituindo infração leve, punível conforme o art. 52,
inc. III, desta Lei Complementar;
VIII – danificar equipamentos de coleta automatizada dispostos em
logradouros, constituindo infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV,
desta Lei Complementar.

IX – As construções e as demolições deverão manter em estado


permanente de limpeza e conservação o trecho fronteiro à obra e dispor de
medidas que evitem quedas de detritos nos logradouros públicos constituindo
infração média, punível conforme o art. 52, inc. II, desta Lei Complementar a não
observância deste inciso.
X – O transporte de resíduos sólidos ou pastosos deverá ser
21
realizada de modo que não provoque o seu derramamento no local de
carregamento, constituindo infração média, punível conforme o art. 52, inc. IV,
desta Lei Complementar a não observância deste inciso.
XI. O transporte de resíduos sólidos ou pastosos deverá ser feito
em conformidade com o que segue:
a) os veículos transportadores de material a granel, como terra,
resíduos de aterro, entulhos de construções ou demolições,
areia, barro, cascalho, brita, escória, serragem e similares,
deverão ser dotados de cobertura e sistema de proteção que
impeça o derramamento dos resíduos; punível com infração
média conforme o art. 52, inc. II, desta Lei Complementar a não
observância desta alínea; e
b) os veículos transportadores de resíduos pastosos, como
argamassa ou concreto, deverão ter sua carroceria estanque de
forma a não provocar derramamento nos logradouros públicos,
punível com infração grave conforme o art. 52, inc. III, desta
Lei Complementar a não observância desta alíena;

§ 1º No caso do disposto no inc. II do caput deste artigo, os


infratores estarão sujeitos à apreensão do veículo ou equipamento usado para
transporte do material e à remoção do resíduo

§ 2º Nos casos dos incs. I e III a XI do caput deste artigo, os


infratores ou seus mandantes estarão sujeitos a efetuar a remoção do material
disposto, reparar danos causados ou indenizar o Município de Porto Alegre pela
execução dos serviços, sem prejuízo das multas correspondentes.

§ 3º Excetua-se ao disposto no inc. XI do caput deste artigo a


utilização de animais em cultos e liturgias de religiões de matriz africana e da
umbanda.

22
§ 4º Excetua-se ao disposto nos incs. I e VII do caput deste artigo
a utilização de itens de oferenda conhecidos como ebós, como pipocas, balas sem
papel, flores, bandejas de papelão, papel-celofane, papel de seda e, somente o
líquido, cachaça e espumante, em cultos e liturgias de religiões de matriz africana
e da umbanda. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 769/2015)

§ 5º Somente se enquadram nas exceções do § 4º deste artigo os


itens de oferenda feitos com materiais biodegradáveis que não agridam ao
ambiente e que utilizem materiais que, na sua decomposição, sejam absorvidos
pela natureza ou que sirvam de alimentos a cães, gatos, pássaros, entre outros
animais. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 769/2015)

§ 1º No caso do disposto no inc. II do caput deste artigo, os infratores


estarão sujeitos à apreensão do veículo ou equipamento usado para transporte do
material e à remoção do resíduo
§ 2º Nos casos dos incs. I e III a XI do caput deste artigo, os infratores
ou seus mandantes estarão sujeitos a efetuar a remoção do material disposto,
reparar danos causados ou indenizar o Município de Porto Alegre pela execução
dos serviços, sem prejuízo das multas correspondentes.
§ 3º Excetua-se ao disposto no inc. XI do caput deste artigo a utilização
de animais em cultos e liturgias de religiões de matriz africana e da umbanda.

CAPÍTULO II
DA FISCALIZAÇÂO

Seção I
Da Fiscalização

23
Art. 37º Será atribuição da Guarda Municipal de Porto Alegre, a
partir da alteração do inc. XV do art. 2º da Lei nº 9.056, de 27 de dezembro de
2002 , e alterações posteriores, e dos agentes de fiscalização do DMLU a emis são
de notificações e autos de infração, bem como o estabelecimento de gradua ção de
sanções, tendo em vista a gravidade das infrações e a reincidência dos infratores.

Art. 37º Compete ao DMLU, através de seus Agentes de Fiscalização,


o exercício privativo do poder de polícia desta lei, e demais que versem sobre
versem sobre a limpeza urbana, através da lavratura de autos de infração, emissão de
notificações, emissão de licenças e autorizações, bem como o estabelecimento de
graduação de sanções, tendo em vista a gravidade das infrações e a reincidência dos
infratores.
Parágrafo único. No exercício da atividade fiscalizatória, o A gente
de Fiscalização poderá fazer uso de quaisquer provas materiais, bem como
informações oriundas de aparelhos eletrônicos, equipamentos de audiovisual ou
outros meios tecnologicamente disponíveis ou outros meios de prova admitidos
em direito.

Art. 38. A aplicação desta Lei, observar-se-á à:


I – Orientação;
II – Educação;
III – Regularização;
IV– Mediação de conflitos; e
V – Aplicação das penalidades.

Art. 39. As demais fiscalizações do Município poderão contribuir com a


observância dos Atos Lesivos desta lei, comunicando ao DMLU os fatos ocorridos, através de
processo administrativo ou formulário próprio a ser disponibilizado pelo DMLU.
Parágrafo único. São itens mínimos para o recebimento e prosseguimento da
comunicação:
I - nome, cargo e matrícula do Agente Público;
24
II - relatório ou descrição da potencial infração;
III - vídeo e/ou imagens que indiquem a infração e a autoria;
IV - o local, a data e a hora da ocorrência; e
V - demais provas, quando possíveis.

Art. 40. Fica alterada as espeficificações de Classe dos Agentes de Fiscalização


do DMLU, constante no Anexo I, da Lei 6.253, de 11 de novembro, conforme Anexo I desta Lei.

Art. 41. Fica autorizado ao DMLU celebrar acordos para uso de veículos, da
propriedade ou posse direta dos Agentes de Fiscalização, na execução de tarefas externas de
caráter permanente ou preponderante, na forma de indenização.
Parágrafo único. A indenização prevista no caput deste artigo será
regulamentada por Instrução Normativa emitida pelo Diretor-Geral do DMLU, até sua
regulamentação, serão utilizados os parâmetros e índices previstos no Decreto nº 15.409 de 18 de
dezembro de 2006 e os cálculos oriundos desse Decreto.

Art. 41. Fica vedado impedir ou dificultar a realização das ações fiscais, mesmo
que frustradas, constituindo infração gravíssima, punível conforme o Art. 52, inc. IV, desta Lei
Complementar.

Seção II
DO FUNDO DE REAPARELHAMENTO, MODERNIZAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO CONTINUADA DA FISCALIZAÇÃO .

Art. 42 Fica criado o Fundo de Reaparelhamento, Modernização e


Qualificação Continuada da Fiscalização – FUNFISC, cujos recursos se destinam
a aparelhar, modernizar, qualificar, capacitar e apoiar, em caráter supletivo, os
programas de trabalho desenvolvidos ou coordenados pelo Serviço de
Fiscalização do DMLU (SEFIS).

Art. 43 Compreende-se como programas de trabalho desenvolvidos


25
ou coordenados pelo SEFIS o conjunto de ações relativas à execução de suas
atribuições e competências.
Parágrafo único. Os recursos orçamentários do FUNFISC serão
aplicados:

I. No reaparelhamento administrativo e operacional do SEFIS;


II. Na modernização das rotinas de trabalho e das ações de
fiscalização;
III. Na qualificação, capacitação, treinamento e no aperfeiçoamento
profissional de seus servidores;
IV. Na melhoria das instalações físicas;
V. Na ampliação da capacidade operacional dos equipamentos e
infraestrutura do SEFIS;
VI. No desenvolvimento e aperfeiçoamento dos instrumentos de
planejamento, gestão, administração e controle das ações e atividades inerentes à
SEFIS;
VII. Na aquisição de equipamentos ou implementos necessários à
execução das atividades da SEFIS;
VIII. No custeio de despesas viagens, deslocamento, estadia e
alojamento, que visem a qualificação, a capacitação, ao treinamento e ao
aperfeiçoamento profissional de seus servidores;
IX. No custeio da remuneração por trabalho extraordinário;
X. No pagamento de premiação ou recompensa por desempenho de
seus servidores;
XI. No pagamento da indenização pelo uso de veículo próprio e de
posse dos seus Agentes de Fiscalização;
XII. Outras aplicações vinculadas ao caput deste artigo.

Art. 44 Constituem recursos financeiros do FUNFISC:


I. O valor de 40% dos valores arrecadados pelas multas,
provenientes dos autos de infração emitidos pelo SEFI, inclusive os juros
26
relativos as multas;
II. Doações, auxílios, contribuições, subvenções e transferências
de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, de entidades e
organismos de cooperação nacionais e internacionais e de organizações
governamentais e não governamentais;
III. As taxas que tenham como fato gerador o exercício do poder de
polícia administrativa;
IV. O valor de 1 % (um por cento) da Taxa de Coleta de Lixo;
V. Contribuições, subvenções e auxílios da União, do Estado, do
Município e de suas respectivas autarquias, empresas públicas, sociedades de
economia mista e fundações, expressamente destinados ao FUNFISC;
VII. Dotação orçamentária do DMLU ou do Município de Porto
Alegre, na forma do regulamento;
VIII. O valor de 40% dos recursos advindos de compromissos de
ajustamentos firmados
IX. Aplicação de seus recursos;
XI. Outras rendas ou rendimentos destinados ao FUNFISC.

§ 1º As receitas do FUNFISC serão depositadas em instituição


financeira oficial e, não sendo efetivamente utilizadas, serão aplicadas em
operações financeiras.
§ 2º As doações e as transferências para o FUNFISC poderão ser
vinculadas ao custeio de despesas específicas, mediante declaração daquele que
aporte os recursos e anuência do Diretor-Geral do DMLU.

Art. 45 Fica autorizada a abertura de créditos especiais para a


consecução de despesas do FUNFISC no exercício econômico-financeiro da
vigência desta Lei Complementar.

Art. 46 O Poder Executivo fará a regulamentação do FUNFISC por


decreto.

27
CAPÍTULO II
DOS PROCEDIMENTOS E PENALIDADES

Seção I
Dos Procedimentos, das Infrações e das Penalidades

Art. 39º Para os fins desta Lei Complementar, considera-se infração


a não observância ao disposto em normas legais, bem como em regulamentadoras ou
outras, que, por qualquer forma, se destinem à promoção, à preservação, à
recuperação e à conservação da limpeza pública.
Art. 40º Responde pela infração quem, por ação ou omissão, lhe
deu causa, concorreu para sua prática ou dela se beneficiou.
Art. 40. Constatada infração a esta Lei, o Agente de Fiscalização poderá:
I – emitir Notificação;
II – lavrar Auto de Infração para aplicação de penalidades;
§ 1º A Notificação Fiscal referida no inciso I poderá ser emitida nos casos em que
a infração possa ser sanada, de acordo com sua gravidade, nos prazos previstos nos inc. I, II, III e
IV do Art. 41, dias corridos e que não acarrete iminente risco à saúde, à segurança das pessoas
ou ao meio ambiente.
§ 2º O prazo previsto no § 1º deste artigo, poderá ser prorrogado uma única vez
por igual período.

Art. 41º Notificação é o ato pelo qual se dá conhecimento à parte,


por escrito, de providência ou medida que a ela incumbe realizar, podendo ser
procedida pelo correio, por meio de carta registrada com aviso de recebimento,
por correio eletrônico ou por mensageiro eletrônico.
Parágrafo único. Na notificação, será informado o prazo para que
o notificado tome as providências ou as medidas solicitadas em função da gravidade
da infração, sendo que:
I – na infração leve, a t é 30 (trinta) dias;
II – na infração média, a t é 15 (quinze)
dias; III – na infração grave, a t é 10 (
28
dez) dias; e
IV – na infração gravíssima, a t é 5 ( cinco) dias.
Art. 42º Na hipótese de o infrator estar em lugar incerto ou não sabido,
a notificação far-se-á por meio de publicação no Diário Oficial Eletrônico do
Município de Porto Alegre (DOPA- e), concedendo-se o prazo de 10 (dez) di- as a
partir desta para cumprimento da obrigação.
Art. 43º De acordo com a gravidade do fato ou persistindo a situação
proibida ou vedada por esta Lei Complementar, será lavrado o auto de infração, o
qual deverá conter, obrigatoriamente:

I – a qualificação do autuado;
II – o local, a data e a hora da lavratura;
III – a fiel descrição do fato infringente;
IV – a capitulação legal e a penalidade aplicável;
V – o prazo para que o infrator impugne a autuação e a legislação
atinente; e
VI – a assinatura do Agente de Fiscalização, seu cargo e seu número
de matrícula.
Art. 44º Os valores das multas serão atribuídos em função da
gravidade da infração, definidos conforme os seguintes critérios:
I – para a infração leve, multa de 90 (noventa) Unidades Financeiras
Municipais ( UFMs);
II – para a infração média, multa de 180 (cento e oitenta) UFMs;
III – para a infração grave, multa de 720 (setecentas e vinte) UFMs;
IV – para a infração gravíssima, multa de 1.440 (um mil,
quatrocentas e quarenta) UFMs.
Parágrafo único. Em caso de reincidência, a multa será aplicada
em dobro.

Art. 45º As multas aplicadas em decorrência da transgressão ao


disposto nesta Lei Complementar deverão ser recolhidas em Documento de
Arrecadação Municipal (DAM), específico para cada multa, nas instituições
29
financeiras autorizadas.
Art. 46º Os valores não recolhidos pelas multas impostas e pelos
preços de serviços prestados, esgotados os prazos administrativos, serão inscritos
em dívida ativa, nos termos da legislação municipal atinente à matéria.
Art. 47º O pagamento da multa não exonera o infrator do cumpri-
mento das disposições desta Lei Complementar.

Seção II
Do Rito Processual para Assegurar o Contraditório e a Ampla Defesa

Art. 48º Os procedimentos e os prazos para a apresentação de defesas


e recursos em face da lavratura de auto de infração por descumprimento ao disposto
nesta Lei Complementar obedecerão ao rito processual estabelecido para
assegurar o contraditório e a ampla defesa no processo administrativo des- tinado a
constituir dívida ativa não tributária, conforme legislação municipal atinente à
matéria.

Seção III
COMPROMISSOS DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

Art. 49 O DMLU poderá celebrar Compromissos de Ajustamento de Conduta –


CAC, às exigências legais, nos termos do § 6º do artigo 5º da Lei Federal nº 7.347, de 24 de
junho de 1985, na órbita de suas respectivas competências.
§ 2º A qualquer tempo, o DMLU poderá, diante de novas informações, ou, se
assim as circunstâncias o exigirem, retificar ou complementar o acordo firmado, determinando
outras providências que se fizerem necessário.
§ 3º O CAC conterá, entre outras, cláusulas que estipulem condições sobre:
I. A obrigação do infrator de adequar sua conduta às exigências legais no
prazo ajustado;
II. A pena pecuniária, diária, pelo descumprimento do ajustado, levando-se em
conta os seguintes critérios:
a) a natureza da infração;
30
b) a sanção pecuniária por ventura aplicada;
c) os antecedentes do infrator; e
d) a situação econômica do infrator.
III. A possibilidade de conversão da pena pecuniária em fornecimento de bens
ou serviços necessários ao bom funcionamento do DMLU, sendo que, em nenhum caso, o valor
dos bens ou serviços adquiridos e entregues poderá ser inferior a 51% (cinquenta e um por
cento) do valor da sanção pecuniária aplicada no processo administrativo aberto em desfavor do
infrator.
§ 4º O Diretor-Geral do DMLU terá a competência para a análise de conveniência
e oportunidade de conversão da pena pecuniária em fornecimento de bens ou serviços, devendo
tal decisão ser fundamentada no respectivo processo administrativo e os bens objeto de tal
conversão ser tombados no patrimônio público.
§ 5º A celebração do CAC suspenderá o curso do processo administrativo
somente depois de atendidas todas as condições estabelecidas no respectivo termo.
Art. 49 O Poder Executivo fará a regulamentação do disposto desta Seção por
decreto.

CAPÍTULO III
Da Educação Socioambiental

Art. 49º O Executivo Municipal desenvolverá política visando


conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental, em
particular, em relação à limpeza urbana e ao correto gerenciamento dos resíduos
sólidos.
§ 1º Para cumprimento do disposto neste artigo, o Executivo Muni-
cipal deverá:
I – realizar regularmente processos educativos sobre o gerenciamento
dos resíduos sólidos, l impeza urbana e preservação ambiental;
II – promover processos educativos e informativos, utilizando-se de
meios de comunicação de massa;
III – realizar palestras e visitas técnicas, promover mostras itinerantes,
31
apresentar audiovisuais, produzir folhetos e cartilhas explicativas;
IV – desenvolver programas de informação, por meio de processos
educativos, sobre resíduos recicláveis, resíduos orgânicos e rejeito;
V – celebrar convênios, termos de cooperação ou parcerias com
entidades públicas ou privadas, objetivando a viabilização das disposições
previstas nesta Seção.
§ 2º Do resultado da cobrança das multas, 20% (vinte por cento) da
receita serão destinados às ações elencadas nos incs. I, II, III e IV do § 1º deste
artigo, ressalvadas as matérias publicitárias.
§ 3º Do orçamento destinado aos serviços contratados de limpeza urbana e
do manejo de resíduos sólidos, 1% será destinado às ações elencadas nos incs. I, II, III e
IV do § 1º deste artigo, ressalvadas as matérias publicitárias.

CAPÍTULO IV
Das Normas Gerais

Art. 50º Fica proibido, em todo o território do Município de Porto


Alegre, o depósito ou qualquer forma de disposição de resíduos que tenham sua
origem na utilização de energia nuclear e de resíduos radioativos, quando
provenientes de outros municípios, de qualquer parte do território nacional ou de
outros países.
Parágrafo único. A não observância ao disposto neste artigo constitui
infração gravíssima, punível conforme o art. 52, inc. IV, desta Lei Complementar.
Art. 51º Fica proibido o uso de resíduos in natura para servir como
alimentação de suínos ou outros animais.
§ 1º Constatada a irregularidade, essa deverá ser comunicada aos
órgãos competentes na área da saúde pública, para que sejam tomadas as
providências cabíveis, sem prejuízo da aplicação da multa prevista.
§ 2º O resíduo orgânico proveniente de estabelecimentos de comér-
cio alimentício e de fornecimento de alimentação deverá ser submetido à segregação
na origem ou a tratmento para efeito de aproveitamento como ração animal.
32
§ 3º A não observância ao disposto no caput e no § 2 º deste artigo
constitui infração grave, punível conforme o art. 52 , inc. III, desta Lei Comple-
mentar.
Art. 52º Os veículos transportadores de resíduos a serviço do
DMLU deverão ter estampados, destacadamente, identificação conforme
disposições específicas do órgão, para auxiliar na fiscalização direta a ser
exercida pela população.
Art. 53º Em locais previamente estabelecidos, o Executivo Municipal
disponibilizará à população contêineres para o recolhimento do material
proveniente de poda de galhos de árvores, móveis e eletrodomésticos descarta-
dos pela população.
Art. 54º Serão destinados 20% (vinte por cento) da receita decorrente
das multas referidas nesta Lei Complementar à qualificação e à modernização dos
espaços de triagem e reciclagem de resíduos sólidos recicláveis.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo dar-se- á
priori tariamente:
I – na melhoria da infraestrutura dos galpões de triagem e recicla-
gem;
II – na instalação de esteiras automatizadas para triagem e seleção
dos resíduos sólidos recicláveis.
Art. 55º Serão destinados 10% (dez por cento) da receita decorren
te das multas aplicadas, com base nesta Lei Complementar, à qualificação e à
capacitação continuada dos servidores do DMLU nas áreas de limpeza urbana e de
manejo de resíduos.
Art. 56º A pessoa com baixa renda cadastrada em programas sociais do
Governo Federal, quando autuada, poderá s o l i c i t a r desconto de 90% do valor da
multa, o qual será concedido mediante a sua participação em curso de limpeza urbana
e manejo de resíduos promovido pelo DMLU .
Parágrafo único. O benefício disposto no caput não será concedido
em caso de reincidência de infração a esta lei complementar.

CAPÍTULO III
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DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 57º O Executivo Municipal poderá, atendendo ao interesse


público e de acordo com a necessidade e a conveniência, mediante consulta
popular, editar atos normativos que tratem dos serviços públicos de saneamento
básico de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos.
Parágrafo único. Sempre que necessário, o regulamento poderá ser
reformulado, garantida a necessária divulgação.
Art. 58º Fica o Executivo Municipal autorizado a contratar os serviços
de coleta seletiva de resíduos, destinação e separação por meio de convênio com
as cooperativas de catadores e recicladores de resíduos sólidos e as associações de
catadores e recicladores de resíduos sólidos.
Art. 59º Nos primeiros 30 (trinta) dias, contados da data de publicação
de alteração desta Lei Complementar, cabe ao Poder Executivo dar ampla
divulgação dessa alteração.
Art. 60º Esta Lei Complementar deverá ser revisada em um prazo
de 4 ( quatro) anos, contados da data de sua publicação, ou em prazo inferior,
conforme a implementação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos.
Art. 61º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua pu-
blicação.
Art. 62º Ficam revogadas:
I – a Lei Complementar nº 728 de 08 de janeiro de 2014;
.

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CLASSE: AGENTE DE FISCALIZAÇÃO
GRUPO: FISCALIZAÇÃO E VIGILÂNCIA
INDENTIFICAÇÃO: a) Código: FV 3.01.07
b) Referências: A, B, C, D, E e F

ATRIBUIÇÕES:

a) Descrição Sintética: executar privativamente a fiscalização, o planejamento, a programação,


a supervisão, a coordenação, a realização de vistorias técnicas, a inspeção, a auditoria, a
orientação e o controle do cumprimento das normas, no exercício das suas atribuições privativas
e de acordo com a competência genuína; exercer plenamente o poder de polícia administrativa
em todo território do município em observância às normas, leis e posturas municipais, adotando
medidas que visem à correção de irregularidades nas áreas suscetíveis de fiscalização pelo
DMLU e demais legislações pertinentes à limpeza urbana.

.
b) Descrição Analítica: Planejar, executar, avaliar, coordenar, programar, supervisionar orientar,
inspecionar e exercer a fiscalização nas áreas de fiscalização do DMLU; lavrar privativamente nas
áreas de competências: autos de infração, de imposição de penalidade, de apreensão, de interdição
cautelar, e de interdição e fechamento; emitir termos de depósito, de devolução, de inutilização, de
doação, e de apreensão; requerer a inscrição em dívida ativa de multas não-tributárias; efetuar registros e
comunicações das ações fiscais; elaborar relatórios e pareceres técnicos na área de fiscalização; analisar e
monitorar processos relativos a fiscalização; realizar diligências fiscais necessárias à instrução de processos
da área de fiscalização; efetuar a gestão, controle e fiscalização de contratos de eventos autorizados pelo
Município; emitir documentos de arrecadação municipal; fiscalizar as taxas de poder de polícia
administrativa; instaurar e instruir processo administrativo por infração às Leis e posturas municipais;
integrar a comissão judicante de fiscalização; proferir despachos interlocutórios; propor correções e
soluções referentes a processos de fiscalização; emitir pronunciamento a respeito de defesa e
recursos apresentados pelas partes autuadas; licenciar equipamentos e atividades; emitir
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autorizações, exercer a fiscalização e o gerenciamento de contratos; fiscalizar os tributos e taxas
de competência do DMLU; executar plenamente e privativamente a fiscalização e o exercício do poder
de polícia nas áreas de competências do DMLU e legislações referentes à limpeza urbana elaborar
relatórios estatísticos relativos aos dados gerados pela fiscalização; elaborar relatórios
operacionais; pesquisar, propor e executar ações de fiscalização e formular novas alternativas
para a fiscalização; mapear, planejar, realizar levantamentos, elaborar estudos, e executar a
fiscalização em terrenos baldios, em focos e infrações crônicas; planejar, coordenar e executar
ações preventivas de fiscalização; estudar e propor métodos de qualificação das atividades de
fiscalização; e executar tarefas afins da fiscalização.

CONDIÇÃO DE TRABALHO:
a) Geral: carga horária semanal de 30 horas;
b) Especial: o exercício do cargo poderá exigir a prestação de serviços à noite, sábados,
domingos e feriados, sujeito a trabalho externo e desabrigado, atendimento ao público.

RECRUTAMENTO:
a) Forma: preferencial e geral;
b) Requisitos:
1) Instrução formal: educação superior completa em curso autorizado e reconhecido, nos
termos da legislação vigente. Poderá ser exigida graduação específica de acordo com as
necessidades técnicas do cargo no edital do concurso, e registro no Conselho de Classe
competente.
2) Idade: de 18 anos completos a 45 anos incompletos;
3) Outros: conforme instruções reguladoras do processo seletivo.

ASCENSAÇÃO FUNCIONAL:
a) Progressão:
1) Por merecimento: segundo os critérios estabelecidos no regulamento; interstício mínimo de
três (3) anos na referencia em que estiver situado;
2) Por antiguidade: interstício mínimo de seis (6) anos na referencia A;
b) Promoção: da classe de Agente de Fiscalização para outra que assegure valor básico superior
ao percebido.

LOTAÇÃO: Exclusiva no Departamento Municipal de Limpeza Urbana.

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