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FISHER, Mark. Realismo Capitalista: é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim
do capitalismo?-Tradução Rodrigo Gonsalves, Jorge Adeodato, Maikel da Silveira.1.ed-
São Paulo: Autonomia Literária, 2020.
“POSTERGAÇÃO INDEFINIDA”
Fisher apropria-se de Deleuze par mostrar a distinção entre as sociedades
disciplinares descritas por Foucault, organizadas em torno dos ambientes fechados das
fábricas, escolas, prisões e as novas sociedades de controle, nas quais todas as instituições
estão imersas em uma corporação dispersa.”. (p.44)
Em Kafka, Fisher destaca “os dois tipos de absolvição disponíveis ao acusado:
absolvição ostensiva: o acusado é absolvido, mas pode em algum momento não
especificado, ter que enfrentar as acusações integralmente e postergação indefinida: o
acusado se engaja em um processo prolongado para tornar cada vez menos provável à
chegada do julgamento derradeiro”. (p.44-45). E afirma que as sociedades de controle
operam pela postergação indefinida.
Fisher articula a “postergação indefinida” com a educação. Afirmando que “a
educação é um processo para toda a vida; o treinamento para o trabalho se estende por toda
a vida profissional; o trabalho nunca termina porque você o trabalho para casa; trabalha-se
em casa e se fica em casa no trabalho”. (p.45)
Para nós da educação brasileira, essa “postergação indefinida” se traduz como
garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida, sendo um dos
princípios do ensino posta no inciso XIII (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) alterando
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (LDBEN).
TEMPO
“A antiga segmentação do tempo disciplinar está sendo erodido pelas tecnologias
de controle, com seus sistemas de consumo perpétuo e desenvolvimento contínuo”. (p. 45)
Referências
TREICHLER, Paula A.; GOSSBERG, Lawrnce. Estudos Culturais: uma introdução. IN:
Alienígenas na sala de aula. Uma introdução aos estudos culturais em educação.
SILVA, Tomaz Tadeu. Da Silva (org)-Petrópolis-RJ: Vozes, 1995.